Ano 1, Número 52, 1º de maio de 2015
Busca por espaço Sucessor do SX4, Suzuki S-Cross chega ao Brasil de olho no mercado de utilitários
E ainda: Yamaha MT-09 Tracer Ford F-150 BMW M3 Nissan Leaf Inauguração do Polo Automotivo Jeep em Goiana
EDITORIAL
Boa leitura!
Sumário
Na surdina
Apesar do destaque que os crossovers estão conseguindo no Brasil, a Suzuki nem sonha fazer barulho com o novo SX4 S-Cross. Depois de passar de hatch médio para utilitário compacto, descer do propulsor 2.0 litros para o 1.6 litro e trocar a tração integral por uma que varia entre 4X2 ou 4X4, a marca quer emplacar modestas 250 unidades por mês com atributos que a “Revista Auto Press” mostra na matéria de capa. Mas silencioso mesmo é o Nissan Leaf, elétrico com mais de 100 mil unidades vendidas em 35 países e que roda no Brasil apenas em parcerias estabelecidas pela marca nipônica no Brasil. Esta edição traz ainda detalhes da nova fábrica do Grupo Fiat Chrysler Automobiles, ou FCA, em Goiana, na Zona da Mata pernambucana. É dela que sai o SUV Renegade, que começou a ser vendido neste mês no país. Do México, a picape Ford F-150 exibe seu novo “corpo” em sua 13ª geração, disposta a manter o sucesso de vendas da Série F, que emplaca um veículo a cada minuto, sem parar, desde 1948, nos Estados Unidos. Diretamente da Itália, outra categoria de veículos mostra seu charme entre crossovers. É o caso da Yamaha MT-09 Tracer, recente integrante da família Masters of Torque, que mantém traços de naked, mas incorpora características de bigtrail. Para encerrar, uma avaliação realizada no Chile com o BMW M3, que guarda sob o capô um poderoso seis cilindros 3.0 litros biturbo, capaz de “expelir” 437 cv de potência e torque de 56,1 kgfm.
Edição de 1º de maio 2015
03 - Suzuki SX4 S-Cross
25 - Polo Automotivo Jeep em Goiana
11 - Nissan Leaf
31 - Ford F-150
18 - BMW M3
37 - Yamaha MT-09 Tracer
Onde a demanda vai
Por Raphael Panaro Auto Press
Suzuki SX4 ganha nome S-Cross, muda de segmento e fica mais econĂ´mico para seduzir consumidores de SUVs
Fotos: Raphael Panaro/CZN
teste
D
e hatch médio para crossover. Do motor 2.0 litros para 1.6 litro. Da tração integral para uma inteligente, que varia entre 4X2 ou 4X4. Essas são as principais mudanças da nova geração do Suzuki SX4, que agora acrescentou um S-Cross na nomenclatura. Como se pode perceber, a marca japonesa promoveu uma modificação geral no modelo que chega este mês às concessionárias brasileiras. A aposta, porém é diferente. A Suzuki não quer fazer barulho com o SX4 S-Cross. No máximo, botar uma pulguinha atrás da orelha dos potenciais compradores de utilitários compactos. A meta da fabricante nipônica é emplacar esporádicas 250 unidades por mês em 2015 – os concorrentes querem até a 5 mil carros/mês. Importado da Hungria, com visual que mistura hatch e utilitário, motorização menor, dimensões mais avantajadas e bastante tecnologia embarcada, o SX4 S-Cross quer apenas “comer” pelas beiradas. O segmento pode até ter mudado, mas a “pegada” off-road ainda está presente no S-Cross. Um dos principais itens do modelo é o sistema de tração integral sob demanda chamado de All Grip. Ele consegue interpretar o movimento do motorista ao volante combinado com o micro escorregamento dos pneus no solo e modula a distribuição de torque entre as rodas e o esforço do volante. Se necessário, a tecnologia ainda aplica frenagem de forma individual em qualquer uma das rodas para garantir aderência e tração. Ele ainda traz quatro diferentes modos. O “Auto” é o padrão e visa maior economia de combustível e automaticamente muda de 4X2 para 4X4, de acordo com as necessidades do terreno. Já o “Sport”, otimiza as trocas de marchas e as características de torque do motor, dando um aspecto mais esportivo ao carro – também transfere torque para o eixo traseiro. O “Snow/Mud” é para pisos de baixa aderência como neve, lama ou outras superfícies escorregadias. O “Lock” auxilia
no extremo off-road quando o veículo está atolado na lama ao distruibuir o torque quase 50/50 entre o eixo dianteiro e traseiro. A aparência externa é outra virtude do S-Cross. A frente traz faróis grandes com lentes translúcidas e grade frontal também avantajada, em formato de trapézio invertido, com o emblema ao centro. De lado é como se melhor percebe a altura do carro em relação ao solo. São quase 20 cm de distância, que parecem mais graças ao acabamento em preto fosco com uma parte prateada, que simula um estribo lateral. A traseira é simples e também protegida com revestimento de plástico, que a torna mais resistente a pequenos arranhões. O S-Cross ainda impressiona pelo seu baixo peso. São apenas 1.085 kg na versão de entrada e 1.190 kg na “top”, recheada de equipamentos. A razão é o uso ostensivo de diferentes tipos de aços de alta tensão na carroceria e, também, o motor menor. Aí que entra o “pacato” 1.6 litro de 120 cv a 6 mil rpm e 15,5 kgfm de torque a 4.400 giros. Ele toma o lugar do 2.0 litros de 145 cv e 18,7 kgfm que estava sob o capô do SX4. Ele trabalha em conjunto com uma transmissão manual de cinco marchas ou câmbio CVT com sete relações pré-definidas e paddle-shifts atrás do volante. Apesar do “downsizing”, de acordo com a marca japonesa, o S-Cross cumpre o zero a 100 km/h em 11,7 segundos – 0,3 segundos a menos que o antecessor. A missão de atingir a meta de vendas será das 54 concessionárias no Brasil e das quatro versões oferecidas do crossover por aqui. A “básica” é a GL 4X2, que sai por R$ 74.900. Traz câmbio manual de cinco marchas, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, airbags dianteiros, ar-condicionado, bancos com revestimento de tecido, rodas de 16 polegadas e rádio com Bluetooth. O preço sobe para R$ 88.900 na GLX 4X2, que começa a ficar interessante: adiciona botão de partida, transmissão CVT, ar-condicionado digital duas zonas, rodas de 17 polegadas
controles eletrônicos de estabilidade e tração, além de assistente de rampas e seis airbags – dianteiros, laterais e de cortina. A versão GLX também pode ser encontrada com o tração 4X4, de R$ 95.900. Além da tecnologia, ela traz ainda bancos e portas revestidos em couro. O S-Cross ultrapassa a barreira dos R$ 100 mil na versão topo de linha GLX 4X4. Ela custa exatos R$ 105.900 e é a única a vir equipada com faróis bixenônio, teto solar panorâmico com dupla abertura e um sistema multimídia com tela sensível ao toque de 8 polegadas. O dispositivo parece um tablet acoplado ao painel central do carro. Lá é possível descarregar aplicativos – Waze, Facebook, por exemplo – para a memória do modelo por meio de conexão Wi-Fi. Mas só para aparelhos com Android.
Ponto a ponto
Desempenho – O motor 1.6 litro de 120 cv e 15,5 kgfm de torque move o S-Cross corretamente. A transmissão CVT usa bem a faixa de torque, mas dá um comportamento um tanto anestesiado ao modelo. Para quem não tem pretensão de explorar a esportividade, o crossover cumpre o que promete. Ao abusar do acelerador, a única resposta imediata é o aumento de ruído. Nota 7. Estabilidade – Equipado com o sistema All Grip, o S-Cross mostra boa desenvoltura em trajetos mais sinuosos. Em curvas fechadas, a carroceria rola mais do que deveria. Mas nada que preocupe o motorista. O crossover também não foi feito para “arroubos” esportivos. Caso isso aconteça, a tração integral sob demanda está lá para consertar qualquer “deslize” do condutor. Assim como os controles de estabilidade e tração. Nota 7. Interatividade – O volante é inclinado à esquerda, mas o condutor se acostuma e ainda pode regulá-lo em altura e profundidade. O S-Cross tem muitos botões – principalmente no volante. Porém, não há nenhum mistério no manuseio. O seletor dos modos de tração fica em uma boa posição – atrás da alavanca de câmbio. A tela multimídia tem uso intuitivo. Para as versões que tem apenas rádio com Bluetooth, o condutor pode perder muitos minutos tentando conectar seu smarthphone. Nota 8. Consumo – De acordo com o Programa Brasileiro de Etiquetagem do InMetro, o Suzuki S-Cross registrou médias de 11,9 km/l em trajeto urbano e 13,2 km/l em trecho rodoviário. Os números deram nota “A” no segmento e “B” no geral. Já o consumo energético ficou em 1,73 MJ/km. Nota 8. Conforto – O Suzuki S-Cross vai bem nesse aspecto. Os espaço para o motorista e carona são ótimos. A suspensão filtra os
desníveis do asfalto e o modelo é macio no rodar. Os bancos têm a densidade correta e os corpos dos passageiros são bem recebidos. E desde que não abuse do pedal do acelerador, o isolamento acústico dá conta do recado. Nota 7. Tecnologia – Assistente de rampa, tração integral sob demanda, motor econômico, transmissão CVT, plataforma nova e sistema multimídia com tela de 8 polegadas com Wi-Fi e GPS integrados. O S-Cross chega ao Brasil com uma lista interessante de equipamentos. Destaque para o sistema 4X4 inteligente, que adapta o carro a diferentes situações e para o dispositivo de entretenimento e navegação. Nota 8. Habitabilidade – Os cinco ocupantes de acomodam confortavelmente no S-Cross. O teto solar panorâmico com dupla abertura eleva a percepção de espaço no habitáculo. Os porta-objetos são poucos, porém eficientes para levar chaves, celulares e carteiras. O porta-malas engole bons 440 litros. E, por ser um carro “altinho”, a capacidade pode chegar a 1.270 litros com os bancos traseiros rebatidos. Nota 8. Acabamento – O habitáculo do Suzuki S-Cross é rechado de plásticos. Mas nenhum aparenta má qualidade e todos têm boa textura. Os encaixes também são esmerados. Há ainda detalhes prateados na moldura do sistema de som, saídas de ar e nas portas. Tudo simples e de acordo com a racionalidade japonesa. Nota 7. Design – O S-Cross é bem resolvido nesse aspecto. De hatch médio a um crossover, o modelo ficou mais encorpado e traz um desenho que não impressiona, mas também não deixa a desejar. Os faróis são grandes, a linha de cintura tem uma altura compatível e o perfil é marcado por uma grande vinco – para dar sempre a sensação de que o carro está em movimento. Nota 8. Custo/benefício – A Suzuki acredita que pode arrebatar alguns potenciais clientes do Honda HR-V – dimensões e equipamentos
– e Mitsubishi ASX – por ter tração 4X4. O S-Cross começa em R$ 74.900 e atinge os R$ 105.900. A favor está a boa mecânica e lista de equipamentos. O utilitário da Honda começa em R$ 69.900 e vai até os 88.700 – sempre com tração 4X2. Porém, o modelo conta com o prestígio da fabricante japonesa no Brasil. Já a briga “caseira” com o ASX é nas versões com tração integral. Enquanto o S-Cross custa R$ 95.900 e R$ 105.900, o ASX parte de 107.990 e chega a R$ 115.490. Nota 6. Total – O Suzuki S-Cross somou 74 pontos em 100 possíveis.
Primeiras impressões
Sob controle
Guarujá/SP – Nos poucos mais de 130 km que ligam a capital paulista à cidade litorânea do Guarujá, o Suzuki S-Cross mostrou o que pode oferecer para tentar “roubar” compradores de Honda HR-V e Mitsubishi ASX. A versão testada foi a intermediária GLX dotada da tração integral sob demanda All Grip. Se é a primeira impressão é a que vale, o S-Cross passou no teste. Apesar de simples, o habitáculo é espaçoso e sóbrio. O que “pega” é o excesso de plásticos duros. Pelo menos a montagem das peças não revelou folgas. Em movimento, na primeira metade da viagem, recheada de longos trechos retilíneos, o S-Cross se mostrou à vontade: leveza, suavidade, conforto e economia – chegou a registrar cerca de 17 km/l. O motor 1.6 litro de 120 cv e 15,5 kgfm de torque também deu conta do recado, trabalhando em baixas rotações e com fôlego. A conjunto suspensivo é macio e voltado para o conforto, mas ainda assim é capaz de controlar as rolagens da carroceria e deixar quem dirige tranquilo ao volante. Nos quilômetros finais, o crossover foi posto à prova em um trajeto sinuoso e de subida. Quando exigido, o S-Cross revela outra característica. O propulsor faz um
grande esforço para atender a solicitação do condutor. O giro sobe rapidamente e o motor solta todo seu ruído que logo invade o interior e faz o som do rádio se tornar secundário. O S-Cross não é um carro para quem está atrasado para o trabalho. Todo “rosnado” não se traduz em ganho de velocidade subitamente. No crossover, isso se dá de forma gradativa. Já em curvas, o sistema de tração integral deixa o crossover com um comportamento interessante – ou entediante para quem gosta de abusar. A todo momento,
o dispositivo analisa um conjunto de fatores – condição da pista, aceleração e esterçamento do volante – e modula a distribuição de torque entre quatro rodas, independentemente da vontade do motorista ou do modo de condução selecionado. Portanto, eletronicamente, o carro tenta ao máximo evitar algum descuido por parte do motorista ou deixá-lo em maior segurança possível em um terreno de baixa aderência. Os controles de tração e estabilidade também estão lá para garantir a ordem em situações mais extremas.
Ficha técnica Suzuki SX4 S-Cross Motor: A gasolina, 1.586 cm³, dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, duplo comando no cabeçote e comando variável de válvulas. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico. Potência máxima: 120 cv a 6 mil rpm. Torque máximo: 15,5 kgfm a 4.400 rpm. Aceleração de 0 a 100 km/h: 11,7 segundos. Velocidade máxima: Não informado. Diâmetro e curso: 78 mm X 83 mm. Taxa de compressão: 11:1 Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas ou automático CVT com múltiplas relações à frente e uma a ré. Tração dianteira ou integral sob demanda. Oferece controle de tração. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores pressurizados e barra estabilizadora. Traseira com barra de torção, molas helicoidais e amortecedores pressurizados. Pneus: 205/50 R16 (GL), 205/50 R17 (GLX) e 225/50 R17 (GLS). Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás com ABS, EBD, BAS e BOS. Carroceria: Crossover em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,30 metros de comprimento, 1,76 m de largura, 1,60 m de altura e 2,60 m de distância entre-eixos. Airbags frontais de série. Peso: 4X2 GL MT: 1.085 kg. 4X2 GLX CVT: 1.125 kg. 4X4 GLX CVT: 1.170 kg. 4X4 GLS CVT: 1.190 kg. Capacidade do porta-malas: 440 litros. (1.270 litros com os bancos traseiros rebatidos). Tanque de combustível: 47 litros. Produção: Esztergom, Hungria. Lançamento mundial: 2013. Lançamento no Brasil: 2015. Itens de série: 4X2 GL MT: rodas de 16 polegadas, ar-condicionado, faróis de neblina, computador de bordo, rádio com CD/MP3/USB, Bluetooth e quatro altofalantes, direção elétrica, volante multifuncional revestido em couro e com ajustes de altura e profundidade, piloto automático, Isofix, cintos de segu-
rança traseiros de três pontos Preço: R$ 74.900. 4X2 GLX CVT: adiciona transmissão CVT, airbags laterais e de cortina, rack de teto, rodas de 17 polegadas, ar-condicionado duas zonas, botão de partida, controlador de velocidade, retrovisores com rebatimento elétrico e pisca integrado, controles eletrônicos de tração e estabilidade e assistente de partida em rampa. Preço: R$ 88.900. 4X4 GLX CVT: adiciona o sistema de tração integral All Grip com quatro modos de condução e bancos revestidos em couro. Preço: R$ 95.900. 4X4 GLS CVT: adiciona faróis bixenônio, teto solar panorâmico com dupla abertura, sistema multimídia com tela de 8 polegadas, sensor de chuva, retrovisor eletrocrômico e sensor crepuscular. Preço: R$ 105.900.
Do barulho
Q da questão
Enquanto não lança sua versão nacional do QQ, prevista para o segundo semestre, a Chery passa a comercializar no Brasil o subcompacto reestilizado, importado da China. A tampa do porta-malas do carro agora é em vidro, junto com as lanternas e luzes de freio. Os vincos das portas laterais são mais marcantes e as maçanetas das portas traseiras, em posição elevada. Internamente, há 14 porta-objetos, painel de instrumentos digital e bancos dianteiros com quatro posições. O modelo parte de R$ 31.990 na versão Look e sai por R$ 33.900 na ACT. A configuração de entrada já conta com arcondicionado, direção hidráulica, vidros elétricos dianteiros, rádio AM/FM com USB, freios ABS com EBD e airbags frontais. Na topo de linha, o modelo recebe sensor de ré, rodas de liga leve de 14 polegadas, ajuste elétrico dos faróis, alarme, vidros traseiros e retrovisores elétricos e rádio com MP3/CD. Ambas mantém o motor 1.0 de três cilindros e 12 válvulas capaz de render 69 cv com sistema de injeção direta de gasolina. A transmissão é sempre manual de cinco marchas.
Tecnologia de entretenimento é um dos pontos fortes da Ford. A marca norte-americana apresentou nos Estados Unidos um novo sistema de som capaz de oferecer uma qualidade sonora similar a de aparelhos domésticos premium. Desenvolvido pela Sony, o equipamento conta com 12 alto-falantes e sua potência chega a atingir 500 watts. O aparelho já está disponível na versão de topo do SUV Explorer – que já foi vendido no Brasil na década de 1990 e segue nas concessionárias americanas. A fabricante contou com a ajuda do violinista Giro Shiraishi para o desenvolvimento do sistema. Shiraishi visitou salas de concento de Berlim, na Alemanha, Viena, na Áustria, e Amsterdã, na Holanda, para inspirar sua qualidade sonora. A novidade deve ser oferecida nas versões “top” de linha de modelos como Fusion, Focus e Edge no futuro.
Conectar é preciso
Previsto para ser vendido no Brasil no início do segundo semestre, o Apple Watch – relógio inteligente operado em conjunto com um iPhone – terá uma utilidade extra para quem adquirir um BMW i3, vendido no país a R$ 235.950. Isso porque o “gadget” conta com um aplicativo que pode ser baixado na gratuitamente na Apple Store e foi criado especificamente para a linha de automóveis elétricos i da montadora alemã. Com o BMW i Remote, é possível conferir a carga das baterias do veículo e até prosseguir com a navegação até o destino final, após estacionar o carro. Desta forma, o aparelho orienta o motorista a voltar ao local onde seu i3 está parado. Ainda dá para controlar a temperatura do interior do carro e ter acesso a informações como a autonomia e se as portas estão travadas.
Vque erde vende
fotos: Márcio Maio: CZN
autoperfil
por Márcio Maio auto press
Carro elétrico mais comercializado no mundo, Nissan Leaf alia vigor e conforto com zero emissões
T
rinta e cinco países. Quatro continentes. Mais de 100 mil unidades vendidas. Os números poderiam ser de qualquer automóvel movido a combustão. Porém, são do Nissan Leaf. Criado em 2010 pela marca japonesa, o modelo é o carro a eletricidade mais vendido no mundo. Para se ter uma ideia, 75 mil emplacamentos são só nos Estados Unidos. O Leaf até pode ser visto circulando aqui no Brasil, onde não é comercializado oficialmente. Ele integra algumas frotas de táxi, polícia e corpo de bombeiros, nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Funcionam como uma boa vitrine tecnológica, capaz de atrair atenções e contar pontos para a imagem da fabricante, que tem a ambição de atingir 5% de participação no mercado nacional até 2016. O hatch médio da Nissan foi o primeiro veículo elétrico a ser
fabricado e vendido em massa, apresentado mundialmente como versão de produção no final de 2010, pouco antes do início de sua comercialização. Chegou à Europa em 2011 e, de lá para cá, foi ocupando lugar de destaque entre as opções de modelos com emissão zero de poluentes. Para mover o Leaf, a Nissan adotou um motor elétrico de 80 kW, cerca de 110 cv, e 28,4 kgfm de torque. A reação do propulsor movido a baterias de íons de lítio é instantânea, o que faz com que entregue respostas imediatas. As baterias ficam embaixo dos bancos dianteiro e traseiro e podem ter a carga reestabelecida a 80% em cerca de meia hora quando conectadas a um carregador de alta capacidade. Já em uma tomada comum, o estoque de energia vai a 100% em oito horas. Com carga total, a autonomia chega a aproximadamente 170 km. Mas esse número varia de acordo com
a utilização do carro. Além de ser um veículo com emissão zero de poluentes, o Nissan Leaf tem um design peculiar. Os faróis e lanternas avantajados e a falta de escapamento e do tradicional bocal de abastecimento são características marcantes no estilo do modelo – o “plug” para recarregar as baterias fica no parachoque dianteiro, entre o capô e a grade. As comodidades são similares às de vários modelos médios. Vão desde ar-condicionado, sistema de entretenimento, vidros, travas, retrovisores e direção elétrica e chegam à chave presencial, que possibilita abrir o carro e ligar o motor com apenas um toque. Nos Estados Unidos, o preço inicial é de US$ 29.010, cerca de R$ 87.600. Mas, caso fosse vendido no Brasil com a atual falta de incentivos públicos, esse valor facilmente se aproximaria da barreira dos R$ 200 mil.
Primeiras impressões
Vigor calado
Resende/RJ – A primeira característica que deixa clara a condição de veículo elétrico do Nissan Leaf é a total ausência de ruído do motor. Ao entrar no carro, para quem não conhece o modelo, fica difícil perceber se ele está ou não ligado. Os comandos essenciais estão bem posicionados e é bem fácil encontrar uma posição prazerosa de direção. A visibilidade, tanto à frente quanto atrás, é condizente com a maior parte dos hatches médios. O espaço interno é generoso para todos os passageiros e um quinto elemento viaja bem em distâncias curtas, mais urbanas. O sistema multimídia facilita a vida do condutor, com câmara de ré para manobras. A direção elétrica é extremamente suave sem deixar
de ser precisa e o painel de informações tem leitura fácil e destaca com eficiência os dados cruciais para a utilização do modelo. Caso da autonomia, por exemplo, que ganha mais espaço que os indicadores de combustível dos modelos da fabricante japonesa. É em movimento que o “ecologicamente correto” da Nissan mostra seu maior trunfo. O motor elétrico, além de extremamente silencioso, tem saídas e retomadas eficientes graças ao torque quase instantâneo de 28,4 kgfm. A potência final de 110 cv é capaz de levar o modelo à velocidade máxima de 145 km/h. Quem não quiser ou não precisar desse desempenho no uso rotineiro do modelo pode aproveitar a função Eco, que diminui consideravelmente as respostas do carro ao pedal do acelerador e aumenta a autonomia do veículo, que é de cerca de 170 km com uma carga completa.
Ficha técnica Nissan Leaf
Motor: dianteiro, transversal, elétrico; Bateria: íons de lítio de 24 kWh. Transmissão: Manual com uma marcha, tração dianteira. Oferece controle de tração e de estabilidade. Potência máxima: 110 cv. Aceleração 0-100 km/h: 11,9 segundos. Velocidade máxima: 145 km/h. Torque máximo: 28,6 kgfm quase instantâneo. Suspensão: Dianteira independente com barra estabilizadora frontal e traseira do tipo eixo de torção. Pneus: 205/55 R16. Freios: disco ventilado na dianteira e na traseira. Tem ABS com EBD e freio de estacionamento eletrônico. Carroceria: Hatch com quatro portas e cinco lugares. Com 4,45 metros de comprimento, 1,77 m de largura, 1,55 m de altura e 2,70 m de distância entre-eixos. Airbags frontais, laterais e de cortina. Peso: 1.450 kg. Capacidade do porta-malas: 330
litros. Autonomia: 170 km. Recarga: 8 horas em tomada 220 volts. Produção: Oppama e Yokohama no Japão; Sunderland na Inglaterra e Tennessee, nos Estados Unidos. Lançamento mundial: 2010. Itens de série: Airbags dianteiros e
laterais, controle de tração e estabilidade, banco com regulagem de altura e profundidade, ar-condicionado, som com CD, MP3 e entrada USB, sistema de navegação e computador de bordo. Preço: A partir de US$ 29.010 nos Estados Unidos, algo em torno de R$ 87.600.
Briga de galo -
Ferdinand Piech, presidente do conselho administrativo da Volkswagen, renunciou ao seu cargo no grupo nesta semana. O neto de Ferdinand Porsche – um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento do Fusca e da marca de esportivos Porsche – encarava uma rivalidade polêmica com o atual CEO da empresa, Martin Winterkorn. Nos últimos dias, tentou afastá-lo de suas funções, mas o comitê diretor da fabricante alemã decidiu manter Winterkorn no cargo, culminando na desistência de Piech. A função de presidente do conselho será ocupada, temporariamente, por Berthold Ruber, que é o vice-presidente do Conselho Fiscal. Piech estava na Volkswagen há 22 anos e seu mandato chegaria ao fim apenas em abril de 2017. De acordo com a fabricante, o conselho chegou a um consenso de que não existia uma confiança mútua necessária para o sucesso da cooperação entre Piech e Winterkorn.
Só falta falar
Um dos Volkswagen Fusca mais famosos do mundo foi leiloado nesta semana por US$ 126.500, cerca de R$ 369 mil. É o que anunciou a empresa Barrett-Jackson, responsável pelo leilão de uma das três unidades utilizadas na série de filmes “Herbie – Se meu Fusca falasse”, do ano 1963. A autenticidade foi comprovada com uma série de documentos, inclusive a cópia do título de propriedade de 1972, em que consta a empresa Walt Disney Productions como proprietária do carro. O modelo arrebatou as bilheterias do cinema no mundo com cenas em que o Fusca ganha vida própria. Por exemplo, como na sequência em que suja um policial com óleo. Ou em outra, quando “paquera” outros veículos.
Superlativo -
O sucessor do Bugatti Veyron anda causando um burburinho. Sem informações oficiais sobre o novo hiperesportivo da marca, a imprensa britânica afirma que o carro pode se chamar Chiron. Outro detalhe ventilado é que o modelo poderá cumprir o zero a 100 km/h partindo da imobilidade em apenas 2 segundos – 0,6 segundo a menos que o Veyron. O Chiron ainda deve ter 90% de componentes novos em relação ao seu antecessor. O futuro substituto ostentará números ainda maiores que os 1.200 cv do motor W16 8.0 litros biturbo do Veyron. Especula-se que o Chiron tenha 1.500 cv, mas o torque será mantido em absurdos 153 kgfm. A máxima também passará dos 415 km/h para os 463 km/h. A produção do Veyron se encerrou após dez anos de comercialização e 450 unidades vendidas ao redor do mundo.
Além da conta
vitrine
Fotos: Divulgação
por Alejandro Mariman do Autocosmos.com/Chile exclusivo no Brasil para Auto Press
BMW M3 ganha carroceria
sedã e ajustes mecânicos e estéticos
E
m 1986, a indústria automotiva alemã tinha um grande desafio para confirmar seu nível de liderança e desenvolvimento: ingressar no mercado de superesportivos através do sucesso de vendas do BMW Série 3. Inspirado no M1, de 1978 e M5, de 1985, o M3 não só se tornou ponto de referência da série, como também foi capaz de proporcionar títulos de diversas competições. Agora, é disponibilizado em carroceria sedã, deixando para o M4 as variantes conversível e cupê. O novo M3 presenta um visual mais agressivo e robusto em relação ao seu antecessor. Na parte externa, os para-choques dianteiros estão mais encorpados, a grade frontal conta com aletas duplas, e as caixas de rodas traseiras foram alargadas. As rodas de 19 polegadas de liga leve seguem o padrão da linha M, com design diferenciado que permite a visão dos discos e pinças de freios esportivos. Na parte traseira, as duas saídas duplas de escape
transmitem ainda mais a sensação de esportividade. Dentro do habitáculo, os bancos dianteiros contam com ajustes elétricos e função de memória, além do design esportivo. Os assentos são revestidos em couro Merino com cinco opções de cores: Silverstone, laranja Sakhir, bege, marrom e preto. Os logos “M” aparecem nas soleiras e nos encostos dos bancos. O porta-malas possui abertura e fechamento automático. No painel, o destaque é a tela de 8,8 polegadas de alta definição, para navegação e controle dos sistemas de entretenimento, além da câmara de ré com função Top View, que auxilia em manobras mais difíceis em vagas estreitas. Há ainda o head up display, que projeta informações importantes ao motorista em seu campo de visão, para que o mesmo não tire o olhar da via. A sofisticação continua com sistema de som Harman Kardon, de 16 alto-falantes e 600 watts. Com o objetivo de aperfeiçoar a
relação peso/potência e, de quebra, tornar mais eficiente o consumo de combustível, alguns componentes do M3 foram construídos em materiais leves como fibra de carbono e alumínio, o que resultou na perda de peso do veículo em 80 kg. Aposentado o V8, o motor agora é um seis cilindros 3.0 litros com dois turbos, capaz de “expelir” 437 cv de potência e torque de 56,1 kgfm entre 1.850 a 5.500 rpm. A transmissão é automatizada de dupla embreagem e sete velocidades. Com tal trem de força, o BMW M3 é capaz de percorrer o zero a 100 km/h em apenas 4,1 segundos. Para poder equilibrar tanta força e desempenho, a lista de itens de segurança é bem “recheada”: oito airbags, controles de estabilidade e tração, regeneração de energia de frenagem e controle de cruzeiro. Os brasileiros já podem desfrutar de todo esse conjunto. Só terão que desembolsar uma quantia significativa: R$ 396.950 (colaborou Raffaele Grosso/AutoPress)
Primeiras impressões
Harmonia instantânea Santiago/Chile – Ao entrar no BMW M3, é difícil disfarçar o encanto com o acabamento de alta qualidade. Todos os comandos do veículo como ar-condicionado, controle de cruzeiro, computador de bordo e sistema de áudio, encontram-se no console central e no volante, e cria uma ergonomia perfeita para o uso. Embora a condução seja esportiva, e a posição de dirigir passe a sensação de estar bem próximo ao solo, as inúmeras combinações de regulagem de altura e profundidade tornam as coisas bem mais simples. Ao acionar o motor, é possível notar que o “coração” do M3 pulsa bem forte. O novo propulsor com 11 cv a mais de potência que o anterior junto a carroceria mais leve e torque elevado, a priori, pode parecer não fazer muita diferença. Porém, basta esticar o esportivo a rotações mais elevadas, que o condutor irá perceber uma notável melhoria. O comportamento do M3 em rodovias é impecável. Alia conforto, estabilidade e agilidade extraordinária. A dinâmica é excelente, devido à com-
binação entre chassi e suspensão. As “borboletas” para trocas de marchas atrás do volante ajudam a desfrutar ainda mais a condução manual, principalmente ao realizar ultrapassagens e frenagens mais bruscas. A direção assistida elétrica se porta de maneira eficaz, tanto no modo de condução normal ou no de maior adrenalina, o Sport.
Nas curvas, o BMW M3 representa um grande desafio ao piloto. Com tanta força gerada pelo motor, o modelo exige do motorista um pouco de cuidado. Durante algumas manobras, muitas vezes os controles eletrônicos de tração e estabilidade agem, não deixando dúvida que o condutor está diante de um grande carro.
Ficha técnica BMW M3
Motor: Gasolina, dianteiro, longitudinal, 2.979 cm³, seis cilindros em linha, biturbo, quatro válvulas por cilindros e comando duplo em cada cabeçote com válvulas variáveis. Transmissão: Câmbio automático de dupla embreagem e sete velocidades a frente e uma a ré. Tração traseira. Oferece controle eletrônico de tração. Potência máxima: 437 cv de 5.500 rpm a 7.300 rpm Aceleração 0-100 km/h: 4,1 segundos. Velocidade máxima: 250 km/h ou 280 km/h com o opcional M Drivers. Torque máximo: 56,8 kgfm entre 1.850 e 5.500 rpm. Diâmetro e curso: 89,6 mm x 84 mm. Taxa de compressão: 10,2:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com braços em alumínio, molas helicoidais e barra estabilizadora. Traseira independente com braços múltiplos em alumínio e molas helicoidais. Controle eletrônico de rigidez dos amortecedores e de estabilidade.
Pneus: 255/40 R19 na frente e 275/40 R19 atrás. Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Carroceria Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,67 metros de comprimento, 1,88 m de largura, 1,42 m de altura e 2,81 m de distância entre-eixos. Oferece air-
bags frontais, laterais e de cabeça. Peso: 1.520 kg. Capacidade do porta-malas: 480 litros. Tanque de combustível: 60 litros. Produção: Regensburg, Alemanha. Lançamento mundial: 2014. Lançamento no Brasil: 2015. Preço no Brasil: R$ 396.950.
Para mexicano ver – A Ford vai investir US$ 2,5
bilhões, aproximadamente R$ 7,3 bilhões, em uma nova fábrica para trens de força no México. Três projetos estão confirmados no local: uma linha de montagem de motores, a expansão da que produz o atual I-4 a diesel e a construção de um novo prédio, onde serão fabricadas caixas de câmbio. Com isso, a marca americana criará cerca de 3.800 empregos diretos e indiretos.
Proteção de vestir – A BMW Motorrad – divisão
A
Diabo novo
linha 2015 da Ducati Diavel já está no Brasil. Na configuração de entrada, o modelo custará R$ 64.900 e terá apenas a cor preta como disponível. Já na topo de linha, a Carbon, o modelo recebe alguns requintes, como peças em fibras de carbono, detalhes vermelhos e rodas diferenciadas. O preço sobe para R$ 74.900. A esportiva sofreu algumas alterações nos faróis, agora totalmente compostos de leds e a carenagem, em novo formato. O painel de instrumentos foi atualizado, e ganhou tela digital. Há ainda outra tela de cristal líquido onde se encontram as informações de velocidade e conta-giros. Guidão e banco também sofreram alterações, com o intuito de melhorar o conforto em viagens mais demoradas.
de motos da marca alemã – e a empresa italiana Alpinestars anunciaram uma parceria para a fabricação de equipamentos de segurança para motociclistas. O produto em questão é um colete com função de airbag. Desenvolvido sobre a tecnologia Tech-air da Alpinestars, o sistema funciona de forma independente, dispensando qualquer tipo de sensor ou uma motocicleta específica ao sistema de airbag utilizado pelo condutor. O colete com airbag oferece uma proteção abrangente para a parte superior do corpo, incluindo os ombros, costas e dorso frontal.
Caçamba de luxo – Muito se falava sobre a vontade
da Audi de produzir uma picape de luxo em breve. Mas o porta-voz da marca alemã, Marc Lichte, tratou de desmentir os boatos. Pelo menos para o curto prazo. Isso porque, segundo o executivo, seria complicado alinhar a nova linguagem de design da fabricante a um utilitário com este tipo de carroceria. De qualquer forma, com a investida da Mercedes-Benz nesse segmento – ela fechou parceria com a Renault-Nissan para produzir uma picape na Argentina – é possível que esse pensamento mude a partir do ano que vem.
automundo
Revolução
Fotos: Divulgação
industrial
por Eduardo Rocha Auto Press
Para fazer o Jeep Renegade, FCA cria desde a base um polo automotivo na Zona da Mata pernambucana
Q
uando a Fiat desembarcou no Brasil, coisa de 40 anos atrás, decidiu montar sua fábrica em um área virgem em relação à indústria automotiva. Em Betim, Minas Gerais, teria a chance de criar uma cultura automotiva própria, com a vantagem de ter menores chances de enfrentar problemas com sindicatos e greves, coisa que já começava a afligir a indústria instalada no ABC paulista. Agora, já como Fiat Chrysler Automobiles, ou FCA, a empresa inaugura sua segunda unidade de produção de veículos de passeio, em Goiana, na Zona da Mata pernambucana. E desta vez ela não apenas repetiu o conceito, de criação de um novo polo automotivo desde o zero, como decidiu aprofundálo. Focou exclusivamente na população local como fonte de mão-de-obra. Numa visão pragmática, foi um jeito de evitar os vícios de trabalhadores já experientes no setor. Numa visão romântica, foi uma forma de provocar um forte movimento de ascensão social e ainda obter um elevadíssimo nível de adesão da população local, comparável à de torcidas de futebol. A não ser por diretores e executivos, nenhum dos pouco mais de 5 mil funcionários contratados para trabalhar no Polo Automotivo Jeep já teve qualquer experiência na indústria. Todos recrutados
na região – 78% são pernambucanos – e treinados pela empresa. Para se habilitar a uma vaga, era necessário apenas ser alfabetizado. Havia de tudo: ambulantes, catadores de caranguejo, boleiras, balconistas, etc. Em paralelo à implantação do polo, a FCA investiu em parcerias com escolas e universidades locais para consolidar esta nova cultura industrial. E foi com este contingente que a empresa partiu para implantar uma unidade no padrão WCM – World Class Manufacturing, ou Fabricação de Classe Mundial. Ou seja: os modelos que saírem de Goiana serão comparáveis aos melhores produzidos pela empresa em qualquer outra parte do mundo. O primeiro produto a sair das linhas pernambucanas foi o SUV compacto Jeep Renegade, que terá uma produção média inicial de 60 mil unidades por ano e pode chegar a 90 mil em 2016. Na sequência, virá uma picape média da marca Fiat, nas configurações cabine simples e estendida – que deve ser apresentada no final deste ano ou no início do ano que vem – e por fim um SUV médio da marca Jeep, possivelmente no final de 2016. Segundo a montadora, os processos de fabricação no Polo Automotivo Jeep adotam as práticas mais consagradas nas demais unidades do grupo. Na área do
Polo, a FCA construiu 12 prédios para abrigar as 16 empresas fornecedoras. Eles são responsáveis por 40% das peças utilizadas no Renegade, que já nasceu com um índice de 70% de nacionalização – e deve chegar a 80% ainda este ano. E a não ser por câmbio e motor, a fábrica Jeep responde pelas principais etapas de produção do modelo. Vai da estamparia à montagem, passando pela funilaria e pintura. E como se trata de uma unidade que tem a função de implantar uma cultura automotiva, há ainda um setor chamado de centro de processos que nada mais é que uma fábrica-escola, onde há uma linha de montagem com cerca de 10% da extensão de uma verdadeira, feita apenas para treinamento de pessoal e aperfeiçoamento de processos produtivos. Na área da fábrica propriamente dita, cada uma das principais etapas de produção foi evoluída. Na área de estamparia, por exemplo, a precisão das máquinas de estampagem permite preservar a integridade da chapa, o que melhora a qualidade da carroceria. As partes são montadas na funilaria em uma estação com 18 robôs, que faz uma primeira soldagem das peças para cristalizar a geometria do modelo. A partir daí, a carroceria segue para as outras estações que fazem a solda definitiva. A funilaria absorve nada
menos que 650 dos 700 robôs do Polo. Esta carroceria segue para um mergulho químico para tratamento da chapa. Qualidade deste processo permitiu a dispensa do uso do primer, substância usualmente aplicada antes da tinta. Na parte de pintura, são 40 robôs que fazem o trabalho. A partir daí, a unidade vai para a área de montagem, onde ela fica afixada em um arco, que roda a carroceria e facilita ergonomicamente o
trabalho do operário. Este processo utiliza 10 robôs, em funções como colocação e colagem dos vidros. A grande presença de recursos eletrônicos na linha obrigou a climatização dos enormes galpões da fábrica – que funcionariam como fornos pois a temperatura passa fácil dos 40º C na região. Um bom efeito colateral disso foi a sensível melhora nas condições de trabalho dos operários. No total, a unidades consumiu
investimentos de R$ 7 bilhões, sendo 65% financiados com juros bastante amigáveis por órgãos oficiais como o BNDES. Serão 18 meses até que a unidade alcance as 250 mil unidades planejadas para a atual estrutura. Neste ponto, serão cerca de 9 mil empregos diretos no Polo. Uma primeira expansão pode elevar este volume para até 330 mil unidades/ano. O limite, segundo a marca, é dobrar a previsão inicial e chegar aos 500 mil veículos anuais.
Sinal verde
A
presentado como conceito durante o Salão de Xangai, na China, em 2014, o Volkswagen Golf R 400 ganhará uma versão de produção. A afirmação é de Heinz-Jakob Neusser, chefe do departamento do trem de força da marca alemã. O Golf R 400 tem como destaque seu motor
quatro cilindros de 2.0 litros turbinado capaz de “despejar” 400 cv de potência. Acredita-se que o conceito mantenha esse número, além do torque de 46 kgfm. A previsão é que o “hot hatch” de produção apareça durante o Salão de Frankfurt, em setembro desse ano.
Fotos: divulgação
transmundo
D ieta da pesada
por Hector Mañón do AutoCosmos.com/México exclusivo no Brasil para Auto Press
Na América do Norte, Ford F-150 enxuga 318 kg em sua décima terceira geração e ganha mais vigor
A
série F é tratada de forma especial nos Estados Unidos. Suas vendas por lá superam as do esportivo Mustang e ultrapassam 32 milhões de unidades. Só para se ter uma ideia, isso significa que a Ford vendeu um a cada minuto, sem parar, desde 1948. Para comprovar o fenômeno, trata-se do projeto mais vendido durante 33 anos consecutivos. Uma credencial que justifica investimentos de grande porte e inovações para, se não impulsionar esses números, pelo menos mantê-los. Caso do que aconteceu na mais recente geração da F-150, apresentada inicialmente no Salão de Detroit de janeiro de 2014 e lançada no segundo semestre do ano passado. Na linha 2015, a Ford aprimorou o chassi em formato de escada da F-150. Totalmente novo, ele traz uma quantidade de aço de alta resistência, mais forte e leve. Ligas de alumínio – de uso militar, também aplicadas na indústria aeroespacial e no transporte comercial e energia – foram introduzidas em toda a carroceria, aumentando a resistência a torção e impactos e reduzindo o peso em cerca de 318 kg. Isso serviu para aumentar a capacidade de carga, de aceleração e frenagem, com ganho de eficiência. Em termos de tecnologia, os benefícios não ficam atrás. Câmaras externas propiciam visão 360° e os faróis e lanternas traseiras são em leds. Rampas de carga integradas facilitam o carregamento de equipamentos e motos e há ainda um auxiliar de engate de reboque com câmara traseira, que alinha a picape ao reboque com facilidade. Além disso, esse sistema usa novos cabos que ajudam a
identificar e informar o motorista sobre possíveis problemas de conectividade do reboque, luzes apagadas ou queimadas e falhas na bateria. Completando os aparatos externos, lanternas de leds foram instaladas nos retrovisores, melhorando a iluminação ao redor do veículo. Por dentro, tomadas de energia de 400 watts e 110 volts garantem a recarga de ferramentas elétricas, baterias ou aparelhos móveis. O painel ganhou nova tela LCD de 8 polegadas com aplicativos atualizados que informam desde economia de combustível a dicas de reboque. A caçamba recebeu iluminação também em leds, nas laterais, para ajudar na localização de ferramentas e outros itens. Fica disponível ainda sistema multimídia Sync, assistente de partida em rampa, câmara de visão traseira, sensor de ré, controle de freio do reboque e degrau extensível na caçamba. Sob o capô, a nova F-150 conta com quatro opções de motores. O novo EcoBoost 2.7 litros com start/stop – que desliga o motor em paradas como as de sinal de trânsito e religa-o instantaneamente ao retirar-se o pé do freio – de série de 329 cv e 51,8 kgfm e o V6 de 3.5 litros com duplo comando de válvulas independente e variável de 286 cv e 35 kgfm se juntam aos conhecidos EcoBoost de 3.5 litros de 370 cv e 58,1 kgfm e V8 5.0 Ti-VCT, de 390 cv e 53,5 kgfm. A tecnologia start/stop não funciona com reboque ou tração nas quatro rodas e, em todos os casos, a transmissão é automática de seis velocidades. (colaboração de Márcio Maio/Auto Press)
Primeiras impressões
Praticidade avantajada
Cidade do México/México – Graças aos ajustes elétricos no volante, assento e pedais, é fácil encontrar a posição ideal para condução. As janelas avantajadas proporcionam uma vista panorâmica em qualquer direção – algo até necessário em um veículo com 5,89 metros de comprimento, 2,02 m de largura, 1,95 m de altura e 3,68 m de entreeixos. Além disso, o teto solar amplia ainda mais a sensação de espaço interno. Para ligar o motor, basta pressionar o botão ao lado da coluna de direção. A resposta do acelerador é definitivamente superior, já que há menos peso para arrastar. Uma transmissão
com relações mais eficientes ajudaria não só a colocar no lugar certo os cavalos de potência, mas também a reduzir o consumo de combustível. Em uma situação de linha reta e por muitos quilômetros, talvez se consiga uma média de 10 km/l.
Mas, no mundo real, o consumo de gasolina é bem maior. O melhor de tudo é a sensação de indestrutibilidade que a F-150 transmite. O modelo é certamente melhor que o seu antecessor. Mais leve, mais verde e 100% livre de corrosão na carroceria.
Ficha técnica Ford F-150 SVT 3.5 V6 Motor: A gasolina, dianteiro, longitudinal, 3.496 cm³, seis cilindros em V, duas válvulas por cilindro e sistema de abertura variável de válvulas. Injeção eletrônica multiponto e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio automático com seis marchas à frente e uma a ré. Tração integral. Oferece controle de tração. Potência máxima: 370 cv a 5 mil rpm. Aceleração de 0 a 100 km/h: 6,6 segundos. Velocidade máxima: 160 km/h controlada eletronicamente. Torque máximo: 58,1 kgfm a 2.500 rpm. Diâmetro e curso: 92,5 mm X 86,7 mm. Taxa de compressão: 10:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo duplo A. Traseira por barra de torção. Barras estabilizadoras na frente e atrás. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 275/65 R18. Freios: Discos ventilados na frente e atrás. ABS, EBD, assistente de frenagem de emergência e controle de frenagem em curvas. Carroceria: Picape em chassi e longarina, com quatro portas e cinco lugares. Com 5,89 metros de comprimento, 2,02 m de largura, 1,95 m de altura e 3,68 m de distância entre-eixos. Airbags frontais, laterais, para os joelhos dos ocupantes dianteiros e do tipo cortina. Peso: 1.955 kg. Tanque de combustível: 87 litros. Produção: Dearborn, Estados Unidos. Lançamento mundial: 2014. Preço nos Estados Unidos: US$ 55.175, cerca de R$ 161 mil.
Futurologia – A Mitsubishi planeja o lançamento
de um crossover da linha Evo com configuração híbrida. Por enquanto, a ideia é usar como base a segunda geração do ASX e oferecer tração integral. O novo compacto deve ser equipamento com recursos como detector de pedestres, alerta de ponto-cego, câmara que sincronizada com os movimentos e os olhos do motorista – capaz de detectar cansaço, por exemplo – e um head-up display evoluído com função de ler semáforos e até placas de trânsito.
“Vette” especial N
ão é de Cristiano Ronaldo, mas a Chevrolet mostrou o Corvette CR7 Edition. Limitada a 500 unidades, o modelo se baseia no carro de competição. O esportivo de rua conta com itens exclusivos, como freios Brembo de carbono-cerâmica e seção do capô em fibra de carbono. Além disso, os bancos têm opção de revestimento em couro preto ou design com detalhes amarelos sobre o revestimento de microfibra. Com um motor sobrealimentado V8 de 6.2 litros capaz de render 650 cv de potência e torque de 90 kgfm acoplado a uma transmissão automática de oito velocidades, o Corvette CR7 é capaz de percorrer o zero a 100 km/h em menos de 3 segundos. Já com transmissão manual de sete marchas, o modelo realiza o mesmo desafio em 3,2 segundos
Sem motivos para comemorar – Ao lançar
o Up, em fevereiro do ano passado, a previsão da Volkswagen era vender média de 10 mil unidades mensais do compacto no Brasil. Mas a realidade se mostrou bem menos atraente e só agora, quase 15 meses depois, o modelo chegou a 100 mil unidades produzidas no país. As vendas, pelo menos por enquanto, beiram os 80 mil exemplares. O Up também é exportado para a Argentina.
De cara nova – A BMW marcou para 7 de maio,
na Alemanha, a apresentação oficial da reestilização da sexta geração do Série 3. Por fora, as mudanças são superficiais, com destaque para os faróis com luzes de leds adaptativas, parachoques remodelados e novas rodas e grade. Sob o capô, o sedã ganhará a opção do motor 1.5 de três cilindros que estreou recentemente no Série 1, que rende 109 cv movido a gasolina no hatch e 136 cv no cupê Série 2.
Fotos: Divulgação
M últiplas propostas
motomundo
Com a crossover Tracer, Yamaha mostra o lado estradeiro da tricilíndrica MT-09 Por Raphael Panaro Auto Press
A
mistura de conceitos ou segmentos não é uma exclusividade dos automóveis. No mundo das motocicletas, algumas fabricantes também apostam nos modelos chamados de crossovers. E a Yamaha é um exemplo disso. A marca japonesa apresentou no ano passado a MT-09 Tracer. Baseada na MT-09, a recente integrante da família Masters of Torque – que inclui as Street Rally e Sport Tracker – mantém traços de naked, mas adiciona algumas características de bigtrail à mistura. A marca japonesa quis atrair diversos perfis de motociclistas com a Tracer. Para isso, a moto ganhou algumas novidades em relação a MT-09. Entre elas estão o pára-brisa ajustável em três níveis, protetor de mãos, tanque de combustível maior – de 14 para 18 litros, assento com altura ajustável e cavalete. A posição de condução é mais ereta que na naked e o banco bipartido pode ter a altura ajustada entre 0,84 cm e 0,86 cm. Regulável também é o guidão. Ele pode ficar mais perto ou mais afastado do piloto, de acordo com a preferência de quem vai em cima. Apesar da aparência estradeira, a
Tracer busca oferecer a mesma ciclística encontrada na MT-09 “original”. Ou seja, quadro em alumínio, suspensão com garfo invertido na dianteira com 137 mm de curso e monoamortecida atrás com 130 mm de curso e freios com discos de 298 mm de diâmetro na roda da frente e 245 mm na traseira. Outro componente que foi mantido é o motor. Com duplo comando no cabeçote, quatro válvulas por cilindro e injeção eletrônica, ele tem capacidade de 847 cm³ e desenvolve 115 cv a 10 mil rpm, além de 8,9 kgfm de torque a 8.500 giros. A força é gerida por um sistema eletrônico – chamado Yamaha D-Mode –, que fornece três ajustes para o acelerador: um normal, outro que libera toda a potência e um terceiro mais “amansado”. Além disso, a Tracer conta com freios ABS, controle de tração e acelerador eletrônico. A variante Tracer foi lançada nos Estados Unidos e Europa, de onde parte de 9.590 euros – o equivalente a R$ 30.500. Por enquanto não há confirmação da vinda da motocicleta ao Brasil. Por aqui, a Yamaha só oferece a naked MT-09, que começa em R$ 35.990.
Impressões ao pilotar
Simples e versátil
por Carlo Valente do InfoMotori.com/Itália exclusivo no Brasil para Auto Press
Vicenza/Itália – Ao subir na MT-09 Tracer, fica claro o aspecto estradeiro da motocicleta. O párabrisas pode ser ajustado em três posições diferentes – sem o uso de ferramentas —, assim como o guidão. O painel de instrumentos totalmente digital também é de fácil leitura. O tanque de combustível não tem nada a ver com a naked em que se baseia a Tracer. Ele comporta 18 litros para a autonomia subir para cerca de 320 quilômetros. O motor três cilindros de 847 cc é capaz de fornecer 115 cv a 10 mil rpm e 8,9 kgfm de torque a 8.500 giros. No mapa A de ajuste, o caráter esportivo se sobressai e oferece mais satisfação a quem vai em cima. O modo B visa o conforto e é mais adequado para quem vai via-
jar com um garupa. A regulagem padrão é projetada para, em todas as condições, dar dirigibilidade e força no trajeto urbano. Porém, em velocidades acima do permitido das vias, a estabilidade da Tracer não é ideal. A suspensão é demasiadamente macia, o que permite o piloto conduzir no estilo motard. Mas há o ajuste de pré-carga para uma pilotagem mais esportiva.
A calibração do controle de tração e dos freios ABS são uma arte. Esse dos itens fazem da Tracer uma moto muito segura, mas também altamente “viva” e cheia de adrenalina. O peso em ordem de marcha de 210 kg ajuda o modelo a ser bastante fluido em mudanças rápidas de direção, além de bem “esperta” no tráfego das grandes cidades.
Ficha técnica Yamaha MT-09 Tracer Motor: A gasolina, quatro tempos, 847 cm³, três cilindros, quatro válvulas por cilindro, duplo comando no cabeçote, com virabrequim crossplane e refrigeração líquida. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico. Câmbio: Manual de seis marchas com embreagem multidisco banhada a óleo. Potência máxima: 115 cv a 10 mil rpm. Torque máximo: 8,9 kgfm a 8.500 rpm. Diâmetro e curso: 78 mm X 59,1. Taxa de compressão: 11,5:1. Suspensão: Dianteira com garfo invertido de 41 mm, ajustável, com retorno pré-carga e 137 mm de curso. Traseira com amortecedor único ajustável com retorno pré-carga e 130 mm de
curso. Pneus: 120/70 R17 na frente e 180/55 R17 atrás. Freios: Disco duplo hidráulico de 298 mm na frente e disco hidráulico de 245 mm atrás. Oferece ABS. Dimensões: 2,16 metros de comprimento total, 0,95 m de largura, 1,34 a 1,37 de altura, 1,44 m
de distância entre-eixos e 0,84 a 0,86 m de altura do assento. Peso em ordem de marcha: 210 kg. Tanque do combustível: 18 litros. Produção: Shizuoka, Japão. Lançamento mundial: 2014. Preço na Itália: 9.590 euros – cerca de R$ 30.500.
Aventura
o já conhecido motor turbodiesel de 3.2 Litros e 16 válvulas, com 180 cv de potência e torque de 38 kgfm acoplado a uma transmissão manual de cinco velocidades.
em série
Mais fúria
E
m parceria com o Off – canal de TV por assinatura –, a Mitsubishi lança uma nova versão para a L200 Triton. Batizada de Savana Off, a picape será limitada a 200 unidades. O preço sugerido para o modelo é de R$ 128.990. Em comparação a já conhecida configuração Savana, a picape traz como diferencial a cor laranja Sunshine, rodas em liga leve na cor grafite, capas de neoprene bordadas para os bancos, grafismo “Savana Off ” na tampa traseira, nas later-
ais e no capô, além da plaqueta de identificação do número de série na tampa do porta-luvas. Ainda há um cooler customizado da Ogio, para manter as bebidas geladas e chaveiro em formato de mosquetão. A picape é equipada com ar-condicionado digital, vidros, travas e retrovisores elétricos, central multimídia, diferencial traseiro autobloceante e tração Easy Select 4WD, com três modos de atuação: 4X2, 4X4 normal e 4X4 reduzida. Sob o capô,
A Jaguar vai deixar o F-Type R ainda mais “nervoso”. A marca britânica quer dar o tratamento SVR – já presente na Range Rover Sport – ao cupê. O veículo será desenvolvido pela divisão de veículos especiais e de alto desempenho chamada de SVO – Special Vehicle Operations. Detalhes não foram divulgados, mas o F-Type SVR usará o mesmo motor V8 5.0 Supercharger do carro atual. Porém, a potência deve subir dos 550 cv para mais de 600 cv. Com toda essa força, é provável que o cupê cumpra o zero a 100 km/h na casa dos 3 segundos. Para segurar o rojão, a transmissão automática ZF de oito marchas sofrerá mudanças na calibração. A marca britânica também não confirmou se o carro será oferecido apenas com tração traseira ou integral.
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