Ano 2, Número 87, 1º de janeiro de 2016
Foguete de bolso Configuração “nervosa” Abarth dá desempenho de bólido ao subcompacto Fiat 500 Chevrolet Cruze LTZ com OnStar E ainda: Bentley Continental GT Perspectivas 2016: Mercado de automóveis, caminhões e motocicletas
Sumário
EDITORIAL
De olho no futuro
O Fiat 500 Abarth é o destaque dessa semana na Revista AutoPress. O subcompacto italiano pesa 1.164 kg e é empurrado por nada menos que 167 cv, uma relação peso/potência de 6,79 kg/cv, melhor trunfo do carrinho. A configuração de topo ostenta configuração “nervosa” e surpreende na esportividade. Nas estradas do México, o Bentley Continental GT é posto à prova. O modelo esbanja requinte e sofisticação com um desempenho avassalador. E a nova linha 2016 do Chevrolet Cruze mostra seu Sport6 com o sistema OnStar. A revista dessa semana ainda traz um panorama do que pode acontecer em 2016 no mercado brasileiro de automóveis, motocicletas e caminhões. Entre os carros, já se espera retração diante das indefinições que podem acontecer neste novo ano. A queda por volta de 25% no mercado automotivo nacional em 2015 exige cautela na hora de planejar as estratégias diante de um período de incertezas. Nas duas rodas, o ano de 2016 promete algum alívio para o mercado. Mesmo com a retração de aproximadamente 12% ao longo de 2015, a expectativa é de estabilidade para os próximos 12 meses. Já a venda de caminhões chegou a cair 50%, algo inimaginável até então. Executivos das fabricantes não conseguem previsões para 2016 e esperam medidas que estimulem o setor. Boa leitura!
Edição de 1º de janeiro 2016
03 - Fiat 500 Abarth
28- Bentley Continental GT
12 - Perspectivas 2016: Mercado de automóveis
35 - Perspectivas 2016: Mercado de caminhões
21 - Chevrolet Cruze LTZ com OnStar
38- Perspectivas 2016: Mercado de motocicletas
Pequeno
teste
e invocado
Fotos: Jorge Rodrigues Jorge/CZN
O subcompacto Fiat 500 ganha performance esportiva na configuração Abarth
por Márcio Maio Auto Press
O
Fiat 500 já é um “funcar” por natureza. Mas sua configuração de topo acentua o que de mais divertido o subcompacto da marca italiana tem a oferecer: uma esportividade surpreendente. Afinal, na versão Abarth, o carrinho pesa 1.164 kg e é empurrado por nada menos que 167 cv. E é justamente a relação peso/potência de 6,79 kg/cv o melhor trunfo da variante Abarth – departamento de competição desportiva da Fiat criado depois que a fabricante comprou, em 1971, a marca de automóveis de corrida Abarth. O propulsor é o mesmo 1.4 16V MultiAir, que rende no 500 Cabrio Automático 105 cv. No Abarth, porém, ele ganha o reforço de um turbo de até 1,24 bar, filtro de ar de alto fluxo e coletor de escape otimizado de dupla saída. Para manter tamanha força sob controle, entra em ação uma suspensão esportiva e tecnologias voltadas para a segurança. Além disso, há toda uma preparação estética que envolve saias laterais, spoiler avantajado sobre o vidro traseiro e para-choques dianteiro e traseiro mais robustos – o modelo também cresceu 6 cm em relação ao 500 “civil”. O brasão do escorpião, símbolo da Abarth, aparece em diversos lugares de fora e de dentro – até mesmo no motor e no cubo das rodas, que têm aro 16 e recebem pneus 195/45. O interior também se destaca. Além do brazão vermelho e amarelo do escorpião centralizado no volante, o carro tem painel em cristal líquido com velocímetro digital. Nas laterais, dois medidores em barras mostram, à esquerda, um modesto contagiros, e à direita, para manter o equilíbrio estético, um exagerado marcador de combustível. Os bancos esportivos, no estilo concha, têm apoio de cabeça integrado. O revestimento é em couro preto e, para incrementar o visual de bólido, há pespontos em vermelho. A mesma combinação é usada na alavanca do câmbio e no volante. Todos os plásticos são em preto, exceto o charmoso aplique no painel, na
cor da carroceria, típico do 500. E, como não poderia deixar de ser, as pedaleiras em alumínio reforçam a atmosfera agressiva do habitáculo. Mas o melhor do 500 Abarth está mesmo sob o capô. Os 167 cv do propulsor 1.4 16V MultiAir Turbo são acompanhados pelo generoso torque de 23 kgfm, que fica pleno na faixa entre 2.500 e 4 mil giros. Ele trabalha em conjunto com um câmbio manual de cinco velocidades e, com essas especificações, o Abarth sai do zero e chega aos 100 km/h em apenas 6,9 segundos. Já a velocidade máxima fica em 214 km/h.
Os itens de série englobam alguns voltados para a segurança. Há controles eletrônicos de tração com transferência de torque entre as rodas e de estabilidade configurável em três níveis. Um botão “Sport” amplia dos 0,8 bar normais para 1,24 bar a pressão do turbo e sete airbags estão disponíveis – frontais, laterais, de cortina e de joelhos para motorista. A lista de opcionais é curta: há apenas teto solar panorâmico e som Beats. O preço inicial parte de R$ 94 mil, mas completo chega a R$ 100.335. Não é barato, mas a compra de um automóvel com essas características não contempla qualquer critério racional.
Ponto a ponto
Desempenho – O Fiat 500 Abarth é divertido. São 1.164 kg empurrados por nada menos que 167 cv. Essa relação peso/ potência de 6,79 kg/cv justifica bem a denominação “pocket rocket” – foguete de bolso – empregada à versão. O acelerador é bastante suscetível à pressão, os giros sobem rapidamente e o ganho de velocidade é vigoroso. O motor se enche facilmente, principalmente em saídas de curvas. Com isso, arrancadas, ultrapassagens e retomadas são sempre eficientes. E o modo de direção Sport ainda garante um comportamento mais reativo. Nota 9. Estabilidade – É impressionante a sensação de segurança que o 500 Abarth transmite. A suspensão esportiva segura bem o subcompacto nas curvas. Não se notam rolagens de carroceria e o modelo ainda conta com bons aparatos tecnológicos: há controles eletrônicos de tração com transferência de torque entre as rodas e de estabilidade que pode ser configurado para atuar em três níveis: pouco permissivo, permissivo ou muito permissivo. Nota 9. Interatividade – No interior, tudo parece conspirar para que se explore a esportividade do 500 Abarth. Principalmente o painel com medidor de força G, que instiga a levar a ótima estabilidade do modelo ao limite. Mas não há luxos que justifiquem a faixa de preço por volta dos R$ 100 mil, como câmara de ré ou central multimídia. O quadro de instrumentos tem leitura simples e existem poucos comandos, todos acessíveis e de uso intuitivo. O câmbio manual de seis velocidades tem engates precisos e o volante, boa pegada. Nota 8. Consumo – O Fiat 500 Abarth foi avaliado pelo Programa de
Etiquetagem do InMetro e registrou 9,5 km/l na cidade e 10,9 km/l na estrada, o que garantiu classificação E em sua categoria e C na geral. É pouco para um modelo apenas a gasolina e tão pequeno e leve. Nota 5. Conforto – A esportividade da versão mais apimentada do 500 prejudica levemente a vida dos ocupantes, já que a suspensão firme transfere para a cabine os desníveis das ruas brasileiras – mas nada tão exagerado. O espaço atrás é apertado e só indicado para crianças. O isolamento acústico é eficiente, já que o barulho do motor só invade mesmo o habitáculo quando sua força é exigida e, nesse caso, cria uma atmosfera instigante. Nota 7. Tecnologia – A base é o 500, mas na versão Abarth o carro foi totalmente revisto, a começar pelo conjunto suspensivo esportivo e os discos de freios redimensionados, maiores e com poder de frenagem realçado. São sete airbags, controle eletrônico de estabilidade em três níveis de atuação, controle de tração e função “Sport”, que aumenta automaticamente a pressão do turbocompressor na faixa de torque do motor, de 0,8 bar para 1,24 bar. O pacote pode ser completado ainda com teto solar elétrico opcional e sistema de áudio premium Beats. Nota 8. Habitalidade – Há poucos porta-objetos na cabine do 500 Abarth. Até os bolsões das portas são pequenos. O porta-malas leva apenas 185 litros. O espaço na frente é razoável, mas pessoas mais altas podem se sentir um pouco apertadas. Nota 5. Acabamento – O painel tem aplique plástico na cor da carroceria e mescla um aspecto jovem com uma qualidade aparentemente boa e encaixes bem feitos. O volante recebe um couro pespontado, assim como os bancos. Os cromados são
utilizados sem exageros e o resultado é um habitáculo harmônico, charmoso e agradável. Mas na mesma faixa de preço há carros bem superiores nesse quesito. Nota 7. Design – A configuração Abarth parece uma variante convencional do 500, mas tunada. Um visual que expressa esportividade com certo exagero. Há duplo escapamento cromado, rodas de liga leve exclusivas de 16 polegadas, faixas laterais disponíveis nas cores vermelho, branco e preto e capa dos retrovisores externos acompanhando a mesma cor da faixa. O parachoque dianteiro tem 69 mm a mais, para alojar os radiadores de ar e água, enquanto o traseiro foi renovado. Além disso, são 16 exclusivos detalhes “Abarth” espalhados pela carroceria e interior, como o logotipo do escorpião, que aparece até no motor. Nota 8. Custo/benefício – O preço do Fiat 500 Abarth é R$ 94 mil. Com sistema de áudio Beats e teto solar, sobe para R$ 100.335. Um Audi A1 Sportback Attraction 1.4 TFSI S tronic tem menos potência, quatro portas e custa R$ 96.190. A Suzuki pede R$ 76.990 pelo Swift Sport com motor 1.6 aspirado de 162 cv e, na versão R, com pintura no teto e na cobertura do motor, rodas de liga leve aro 17 – normalmente são 16 –, retrovisores externos com pisca integrado e sensor de estacionamento, esse valor sobe para R$ 83.990. A própria Fiat vende o Punto T-Jet completo, com motor 1.4 turbo de 152 cv por R$ 82.816 – e bem mais equipado que o 500 Abarth. A Renault entrega o Sandero RS, com motor 2.0 de 150 cv, por R$ 58.880. O 500 é importado e chegou a custar cerca de 20% menos que o valor atual. Com a variação cambial, fica difícil se dar bem nesse quesito. Nota 4. Total – O Fiat 500 Abarth somou 70 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir
Opção diminuta Visualmente, o Fiat 500 Abarth não chega a chamar tanta atenção, comparado com outras configurações do modelo. Ele tem elementos que inserem certa agressividade ao seu design, mas o estilo retrô e simpático prevalecem a ponto de ficar até difícil acreditar que o carro seja capaz de um desempenho tão instigante. Apesar das muitas indicações de que se trata de um Abarth – há escorpiões espalhados por todo o carro –, é o ronco rouco do motor o responsável por dar a maior pista de até onde a versão consegue chegar. O banco esportivo em concha recebe o motorista bem e o volante parece do mesmo tamanho que as outras versões – o que é uma pena, porque se fosse um pouco menor estaria mais próximo da realidade de um bólido. Afinal, tudo no modelo é diminuto, principalmente o espaço. Trata-se de um carro para duas pessoas na frente e, talvez, crianças no assento traseiro – mas com duas portas, manusear cadeirinhas infantis é nada prático ali. Já a posição do câmbio, assim como em qualquer 500, encaixa bem na mão e torna as trocas de marchas mais confortáveis.
O acelerador responde bem. Basta pressioná-lo com vontade e esperar poucos instantes para ver os giros subirem rápido. Há um pequeno “turbo lag”, mas é pouco perceptível. É uma direção extremamente instigante, principalmente quando se aperta o botão “Sport”. Ele faz a pressão do turbocompressor aumentar de 0,8 bar para 1,24 bar na faixa de torque, entre 2.500 rpm e 4 mil giros. A suspensão esportiva garante uma
estabilidade ímpar e quase não se vê intervenção do controle eletrônico de estabilidade. Ela até cobra um pouco do conforto, mas nada tão distante de muitos modelos que não têm a mesma potência do 500 Abarth. Um dos pontos fortes do carro é sua desenvoltura também no trânsito urbano. Além do tamanho perfeito para as grandes cidades, sua agilidade chama atenção nos engarrafamentos cotidianos.
Ficha técnica Fiat 500 Abarth Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.368 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, turbo, comando variável de válvulas na admissão e comando simples no cabeçote. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle de tração. Potência máxima: 167 cv a 5.500 rpm. Torque máximo: 23 kgfm entre 2.500 e 4 mil rpm. Aceleração de 0 a 100 km/h: 6,9 segundos. Velocidade máxima: 214 km/h. Diâmetro e curso: 72,0 mm X 84,0 mm. Taxa de compressão: 9,8:1. Suspensão: McPherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores a geometria triangular e barra estabilizadora. Traseira do tipo semi-independente, eixo de torção e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 195/45 R16. Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS com EBD e BAS. Carroceria: Subcompacto em monobloco com duas portas e quatro lugares. Com 3,67 metros de comprimento, 1,63 m de largura, 1,49 m de altura e 2,30 m de distância entreeixos. Oferece airbags frontais, laterais, de cortina e joelho para motorista de série. Peso: 1.164 kg.
Capacidade do porta-malas: 185 litros. Tanque de combustível: 40 litros. Produção: Toluca, México. Itens de série: controles eletrônicos de estabilidade e tração, rodas de 16 polegadas, controle de transferência de torque, assistente de partida em rampas, sete airbags, ar-condicionado automático dual zone, volante multifuncional, bancos revestidos em couro, rádio/CD/MP3, Bluetooth, comandos de voz e entrada USB/AUX, computador de bordo e trio elétrico. Preço: R$ 94 mil. Opcionais: Teto solar elétrico e som premium Beats by Dr. Dre. Preço completo: R$ 100.355.
Para fora
Caçamba renovada
A nova geração da Nissan Frontier já é vendida na Argentina, importada do México. Em 2016, a picape deve começar a ser produzida na fábrica argentina da Renault, em Córdoba. Por enquanto, ela só está sendo comercializada na versão LE, equipada com motor 2.3 biturbodiesel de 190 cv e 45,9 kgfm de torque a 3.750 rpm. O trem de força é completado por uma caixa manual de seis marchas com tração traseira ou integral com reduzida e bloqueio de diferencial ou transmissão automática de sete velocidades e tração integral. O preço começa em 593 mil pesos, cerca de R$ 176 mil, mas pode chegar a 693 mil pesos, equivalentes a R$ 206 mil. Na lista de itens de série estão airbag duplo, freios ABS, controle eletrônico de estabilidade, assistente de partida em rampas, controle de cruzeiro, bancos dianteiros com aquecimento, ajuste elétrico do banco do motorista, revestimentos em couro, partida e acesso ao carro sem chave e central multimídia com tela de cinco polegadas, entre outros. A previsão é de que a nova geração da Frontier comece a ser vendida por aqui ainda em 2016.
A Volkswagen vem conquistando bons resultados com o Up. Pelo menos no que diz respeito às exportações. O hatch compacto, fabricado na cidade paulista de Taubaté, foi lançado no Brasil em fevereiro de 2014 e vem ganhando outros mercados. O mais recente é o Peru, que se junta à Argentina, ao Uruguai e ao México na lista dos que recebem o modelo brasileiro. Nesses quase dois anos de produção, já foram enviadas ao exterior mais de 21,5 mil unidades do carro. A versão do subcompacto que a Volkswagen exporta é equipada unicamente com motor 1.0 de três cilindros aspirado de 82 cv, abastecido apenas com gasolina. No Brasil, a marca vende esse mesmo modelo com motor flexível e também comercializa a versão TSI, com propulsor turboalimentado de 105 cv.
Corte necessário
A Audi reduziu os planos globais de investimentos previstos para 2016. Após o escândalo da Volkswagen sobre a fraude nos testes de emissão de poluentes dos motores TDI – o mesmo que equipa a picape Amarok vendida no Brasil –, a marca das argolas, que faz parte do mesmo grupo, decidiu enxugar o orçamento para 3 bilhões de euros, cerca de R$ 12 bilhões, o montante que antes chegava a 3,3 bilhões de euros, algo em torno de R$ 14 bilhões. A decisão foi tomada após o anúncio da Volkswagen de cortar 1 bilhão de euros do planejamento para 2016, aproximadamente R$ 4 bilhões. A medida é necessária para que o grupo possa arcar com as despesas de multas e recalls nos milhares de carros envolvidos no escândalo, incluindo unidades de consumidores brasileiros.
Cheia de gás
A Tesla tem pressa para finalizar seu carro totalmente autônomo. Tanto que existe a possibilidade de a tecnologia estar totalmente pronta em um prazo de dois anos, metade do tempo planejado por fabricantes maiores, como Volvo e MercedesBenz, que vão lançar seus modelos autônomos apenas em 2020. As peças que envolvem um carro com essa tecnologia já existem. Mas falta refinar o funcionamento do sistema. Além disso, problemas com a legislação podem surgir para a marca ao lançar já em 2018 um carro 100% autônomo. Isso porque as leis de vários países ainda não especificam questões como a responsabilidade de um acidente envolvendo um carro conduzido sem motorista.
Briga acirrada
A Hyundai planeja apresentar no segundo semestre de 2016, no Salão de São Paulo, seu novo SUV ix25. Esse nome, na verdade, ainda não foi definido, já que o modelo é conhecido na Ásia como Creta e há grandes chances de ser ser batizado de HB25 por aqui – devido ao tamanho sucesso da linha HB20 no Brasil e a possível produção nacional. A intenção é brigar no segmento que mais cresce no país e mirar justamente nos líderes Honda HR-V e Jeep Renegade, além dos já desgastados Ford EcoSport e Renault Duster. Ligeiramente maior que a concorrência, mas com peso na faixa dos 1.200 kg, o modelo é equipado com mesmo motor 1.6 de 128 cv e 15,4 kgfm do HB20 e que também será usado pelo Kia KX3, previsto para desembarcar aqui neste ano e com quem o ix25 divide a plataforma.
Tapa no visual
A Volkswagen já marcou a data da primeira reestilização da picape média Amarok. O face-lift está planejado para ocorrer no ano que vem e a mudança afetará não só o exterior, mas também o interior. A ordem é tentar melhorar a imagem do modelo, que é equipado com o fatídico motor 2.0 turbodiesel envolvido no escândalo das fraudes nos testes de emissões. A alteração do software envolveu, inclusive, unidades brasileiras do modelo. Em termos de tecnologia, a novidade principal da Amarok será uma central de entretenimento compatível com os sistemas Apple CarPlay e Android Auto. Mas, além da imagem manchada pelo escândalo com os motores a diesel fraudados para testes, outro fator pode dificultar o desempenho da picape nas vendas: a forte concorrência das novas gerações da Nissan Frontier, Mitsubishi Triton L200 e Toyota Hilux.
D esastre anunciado por Márcio Maio auto press
Setor automotivo já espera retração diante das indefinições de 2016
autoperfil
A
queda por volta de 25% no mercado automotivo nacional em 2015 provocou expectativas nada animadoras para 2016. Mesmo quem caminhou na contramão da crise prefere manter a cautela na hora de planejar as estratégias diante de um período de incertezas. “Nos mantemos em alerta com as dificuldades atuais. Os planos para o início das operações de nossa segunda fábrica de automóveis no país, na cidade de Itirapina, em São Paulo, foram revisados e a nova data será definida de acordo com a evolução do mercado”, explica Paulo Takeuchi, diretor de Relações Institucionais da Honda South America. O mais curioso é que a Honda cresceu cerca de 14% ao longo de 2015, com o lançamento bem-sucedido do utilitário esportivo compacto HR-V. Os planos da fabricante eram colocar a unidade de Itirapina em funcionamento já no final de 2015, mas agora não há qualquer previsão de inauguração. A planta recebeu investimentos de R$ 1 bilhão, incluindo aquisição do terreno, compra de equipamentos e construção das instalações. A Toyota não cresceu no ano passado – a queda foi de cerca de 8%¨–, mas já se prepara para aumentar a produção do compacto Etios na fábrica de Sorocaba, em São Paulo.
“Vamos passar das 74 mil unidades anuais para 108 mil”, avisa Ricardo Bastos, diretor adjunto de Relações Públicas e Governamentais da Toyota no Brasil. A marca se prepara ainda para inaugurar, já no primeiro semestre deste ano, uma nova fábrica de motores em Porto Feliz, também em São Paulo. Mas há quem acredite, pelo menos, na estabilidade dos números em 2016. “Quando tivermos uma definição política e econômica e informações sobre ajuste fiscal, o mercado deve se acalmar e encerrar o ano, no mínimo, com os mesmos resultados de 2015”, aponta o analista automotivo Paulo Roberto Garbossa, da ADK Automotive. E se o ano passado foi marcado pela proliferação de SUVs, 2016 reserva boas apostas no segmento de picapes. A Toyota já renovou a Hilux e a Renault lançou a Duster Oroch em 2015, mas ambas recebem novas versões com novidades nos trens de força para os próximos meses. Além disso, já se espera no Brasil a reestilização da Ford Ranger, a nova geração da Nissan Frontier e, em fevereiro, a chegada da mais nova integrante na categoria: a Fiat Toro, que usa a plataforma do Jeep Renegade e é um pouco maior que a Renault Duster Oroch – tem um tamanho próximo ao de antigas picapes médias, como a
Chevrolet S-10 e Ford Ranger vendidas no país até a década passada. “Essa nova configuração é meio que um balão de ensaio no Brasil. Não dá para saber o que vai acontecer, mas pode ser que apresente bons resultados e atinja alguns consumidores dos SUVs. Afinal, são praticamente utilitários esportivos com caçamba”, analisa Garbossa. A Fiat ainda promoverá mais um lançamento importante em 2016, entre o fim do primeiro e o início do segundo semestre. Trata-se de um subcompacto, possivelmente chamado de Mobi, que fará a função de modelo de entrada, hoje ocupada pelos hatches Uno Vivace e Palio Fire. A Chery também ampliará sua aposta nos subcompactos, com a nacionalização de seu QQ, enquanto a conterrânea Lifan deve trazer, já no primeiro semestre, o crossover compacto X50, que é menor que o carro-chefe da marca por aqui, o SUV X60. Outra a investir no segmento dos crossovers é a Nissan, que nega, mas tem planos de lançar o utilitário compacto Kicks, construído sobre a mesma plataforma dos compactos March e Versa, já fabricados em Resende, no interior do Rio de Janeiro. Outro modelo neste segmento que pode surgir por aqui no Salão de São Paulo, em outubro, é o ix25, disposto a pegar carona nos bons
resultados de concorrentes como o Jeep Renegade e o Honda HR-V. Estes dois, aliás, devem seguir 2016 travando uma disputa acirrada pelo primeiro lugar nas vendas de SUVs no Brasil. “Será nosso primeiro ano cheio de produção e com 200 concessionárias trabalhando a pleno vapor. Estamos bem otimistas em relação ao nosso crescimento de participação no mercado”, diz Sérgio Ferreira, diretor geral da Chrysler Brasil e da Jeep para a América Latina. Entre os médios, os mais esperados no Brasil em 2016 são as novas gerações do Chevrolet Cruze e do Honda Civic. Há ainda chances do Nissan Sentra ser vendido com o recente face-lift apresentado nos Estados Unidos, mas isso só deve acontecer no fim do ano, como linha 2017. Outra novidade da marca deve ser a nova geração do sedã médio-grande Altima, lançada em setembro último, nos Estados Unidos. A Volkswagen, que começará este ano a comercialização do hatch Golf nacional, se prepara para trazer, nas próximas semanas, o sedã médio-grande Passat, enquanto a Ford promete para este ano a chegada da nova geração do Edge, SUV médio-grande que divide a plataforma com o sedã Fusion e foi mostrado na edição de 2014 do Salão de São Paulo.
Luxo “on demand” Quem vive dias melhores no Brasil é o segmento de carros premium. Ao contrário do mercado generalista, os veículos de luxo cresceram cerca de 20% em vendas em 2015 e os bons resultados recentes repercutem neste ano, com a nacionalização de novos modelos. “A construção de nossa fábrica está dentro do planejado e sua inauguração está programada para o primeiro trimestre de 2016”, avisa Dirlei Dias, gerente sênior de Marketing e Vendas de Automóveis da Mercedes-Benz do Brasil. A marca alemã começará produzindo o crossover GLA e o sedã Classe C na unidade de Iracemápolis, em São Paulo. A BMW também se prepara para ampliar seu portfólio de modelos brasileiros na unidade de Araquari, em Santa Catarina. De lá, além do hatch Série 1, do sedã Série 3, do utilitário X3 e do Mini Countryman, passará a sair da linha de produção neste ano a nova geração do crossover X1 e o X4. A Audi, que iniciou sua produção local com o A3 sedã recentemente, vai fabricar também o crossover Q3 na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná. “Também traremos novidades na linha de produtos, com lançamentos que chegarão à nova geração do superesportivo R8”, promete Jörg Hofmann, presidente e CEO da Audi do Brasil. A Jaguar Land Rover atua numa faixa de
preços superior à dos modelos de entrada das concorrentes alemãs, mas também se prepara para iniciar sua linha de produção local. Da fábrica de Itatiaia, no Rio de Janeiro, sairão o novo Land Rover Range Rover Evoque, em sua versão reestilizada, e o Discovery Sport. A Jaguar ainda reserva para 2016 a chegada do crossover F-Pace e da nova geração do sedã XF. Já a Porsche, que assumiu diretamente as operações no Brasil em 2015, venderá o novo Porsche 911 ainda neste primeiro trimestre do ano, em versão de entrada e com motor turbo de 370 cv. Mas potência mesmo tem o icônico Dodge Challenger Hellcat, com incríveis 717 cv e que tem sua importação estudada para cá, prevista para sair até o fim do ano. De qualquer forma, não há uma expectativa de forte crescimento no segmento premium em 2016. Pelo menos não comparado ao registrado em 2015. “Quando começarem a importar veículos com os valores de câmbio atuais, vai ser difícil manter os mesmos preços”, avalia o consultor Paulo Roberto Garbossa. De fato, os reajustes serão uma realidade. “Prevemos acréscimo de 6 a 10% em toda a linha de produtos já a partir deste mês”, entrega Dirlei Dias, da Mercedes-Benz. O presidente da Audi é mais otimista, porém não tanto. “Temos espaço para crescer, mas fatores como a flutuação cambial têm um impacto significativo sobre nossas operações”, justifica Jörg Hofmann.
Identidade
–
visual A Chevrolet vai promover, ainda no primeiro semestre de 2016, o primeiro face-lift do hatch Onix, que vai aproximá-lo da nova assinatura de design da marca americana. Os faróis ficarão mais finos e com contornos curvos. A dianteira vai priorizar a elegância e ficará menos agressiva. A seção inferior da grade diminuirá e borda prateada dará certo refinamento à frente do carro. Além disso, o Onix vai ganhar a segunda geração da central multimídia MyLink e ganhará o OnStar em sua linha 2017.
Lado negro A
Ducati já vende no Brasil a Monster 821 Dark. A moto é equipada com motor de 821 cc com refrigeração líquida capaz de entregar 112 cv a 9.250 rpm e 9,1 kgfm a 7.750 rpm. Há três modos de pilotagem,
assento com ajuste de altura, controle de tração com 8 níveis, freios Brembo com ABS e farol com leds, além de uma ampla gama de acessórios para personalização. A pintura é especialmente na cor preto fosco e o preço é de R$ 45 mil.
Por
–
cima A Lexus, assim como outras marcas premium que atuam no Brasil, se deu bem em 2015. A divisão de luxo da Toyota emplacou cerca de 400 unidades, 63% a mais de carros que em 2014, quando foram vendidos 245 exemplares. E metade de todas as vendas foram do SUV NX 200t, lançado em março do ano passado. Em seguida, aparecem os sedãs IS 250 e ES 350. Hoje, a Lexus dispõe de 14 pontos de serviços espalhados em 10 capitais, todos em espaços exclusivos dentro de concessionárias da Toyota.
Novas direções
Depois do escândalo dos motores a diesel fraudados, que atingiu pouco mais de 10 milhões de veículos em todo o mundo, a Volkswagen abandonou o slogan “Das Auto”, que significa “o carro”. A expressão poderia parecer pretensiosa, diante das recentes denúncias. No site brasileiro da marca alemã, o slogan não aparece mais abaixo do logo na página principal.
Homenagem ao passado
Estreia dupla A
BMW já está de olho no Salão de Detroit, nos Estados Unidos, que acontece neste mês. Tanto que reserva para o evento o lançamento dos modelos M2 e X4 M40i. O M2 será equipado com motor de seis cilindros 3.0 turbo de 365 cv, que pode ser acoplado a um câmbio manual de seis velocidades ou um automatizado de sete marchas e dupla embreagem. Já a versão M40i é a mais potente da linha X4 e traz o mesmo motor, com 360 cv e câmbio automático de oito velocidades e tração 4X4.
Depois de “ressuscitar” os nomes Tipo e 124 Spider, a Fiat planeja estrear um compacto de duas portas na Europa chamado Topolino, apelido utilizado para identificar a primeira geração do 500 fabricada entre 1936 e 1955, na Itália. A ideia é que o novo projeto dispute mercado com o Volkswagen Up e o Toyota Aygo.
Carro do futuro
A Ford foi autorizada pelo governo da Califórnia, nos Estados Unidos, a iniciar testes de rodagem do Fusion Hybrid totalmente autônomo. O modelo traz tecnologias desenvolvidas no Centro de Pesquisa e Inovação da Ford de Palo Alto, na própria Califórnia, inaugurado há um ano. Auxiliam ainda nas pesquisas universidades como California-Berkeley e Carnegie Mellon, que firmaram parcerias com a marca norte-americana.
Aamplificada ssistĂŞncia
Fotos: Isabel Almeida/CZN
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por LĂĄis Rezende Auto Press
Chevrolet Cruze Sport6 ganha mais possibilidades com o sistema OnStar na linha 2016
A
o lançar o OnStar no Brasil, a General Motors quis acrescentar um ar mais tecnológico à marca Chevrolet. O sistema foi criado em 1995, nos Estados Unidos, mas somente em 1996 foi lançado oficialmente nos modelos Cadillac DeVille, Seville e Eldorado. Por aqui, o primeiro com OnStar é a linha 2016 do Cruze, como seu hatch chamado de Sport6. Mas a marca americana pretende ampliar a tecnologia interativa por todo seu line-up – como no recém-lançado Cobalt 2016. O “gadget” permite ao motorista usar sua conexão de áudio para entrar em contato com representantes do OnStar para diversos serviços, sendo eles de emergência, diagnósticos de veículos, direções e entretenimentos. Esta tecnologia também pode ser usada para ajudar os pais a controlarem seus filhos jovens através de alertas sobre a utilização do veículo via internet ou até por mensagens no celular. O sistema disponibiliza informações sobre quando o motor é desligado ou ligado, se o carro ultrapassa uma determinada velocidade ou sai da área delimitada para utilização. A intenção é deixar os pais tranquilos para seus filhos usarem seus carros. O OnStar permite ao motorista se conectar à central de atendimento 24 horas por meio de uma linha telefônica exclusiva para o veículo. A conversa é transmitida pelos alto-falantes e microfones do carro. É possível fazer desde consultas rápidas, como previsão do tempo e horóscopo do dia até o envio de destinos ao GPS do veículo, reserva de restaurante e hora no salão de beleza. Em caso de acidente com o acionamento dos airbags, uma mensagem automática é enviada para a central de atendimento OnStar, para tentar contatar os ocupantes e oferecer o melhor suporte de acordo com a situação, como ambulância, bombeiro ou guincho. Caso não obtiver contato na chamada com os ocupantes, o resgate é enviado mesmo assim. Para serviços como assistência na recuperação em caso de roubo e situação de arrombamento, é possível observar o deslocamento via satélite do veículo e enviar um comando remoto de redução gradual da velocidade e até mesmo o bloqueio total do motor para ajudar a polícia em sua localização.
Outro modo de utilizar o sistema OnStar é através do aplicativo específico para smartphones Android, que inclui o travamento e o destravamento das portas, acionamento de luzes e buzina, envio de percurso para o GPS do MyLink, alerta de movimento e de velocidade, localização do veículo e outras notificações. A linha Cruze 2016 oferece como cortesia o serviço OnStar por 12 meses. E para utilizar o beneficio, a habilitação pode ser inicializada na concessionária e após, o cliente recebe um e-mail para finalizar o cadastro e começar a experimentar o beneficio. Fora o OnStar, na linha 2016 do Cruze Sport6 LTZ, a lista de equipamentos continua igual. O esportivo traz retrovisores externos com rebatimento elétrico, sistema multimídia com Bluetooth, navegador e comando de voz em português, acabamento interno com bancos, portas e painéis revestidos em duas cores – marrom e preto – com costura pespontada e chave presencial, que permite o motorista acionar o motor fora do carro para climatizar o habitáculo antes de entrar no veículo. Desde a versão mais básica, os itens de segurança já saem de fábrica, com controles eletrônicos de tração e estabilidade, controle de velocidade de cruzeiro, airbags frontais e laterais, freios ABS com assistência de frenagem de urgência, além de cinto de segurança de três pontos em todos os assentos. A linha 2016 ganha duas opções de cores metálicas em sua carroceria, a Cinza Graphite e a Bege Pepper Dust. E a lista de opcionais cresceu com o suporte para tablet e dois modelos de cadeirinhas de bebê compatíveis com o sistema isofix do carro. Sob o capô, nenhuma alteração foi promovida. O motor 1.8 litro flex de 144 cv ao ser abastecido com etanol tem torque de 18,9 kgfm a 3.800 giros, sempre acompanhado da transmissão automática com modo sequencial de seis velocidades, nas versões LTZ e LT, que também pode ser manual. Para adquirir um Cruze hatch topo de linha, é preciso gastar R$ 89.990. Já a versão mais básica LT sai por R$ 79.890. O Cruze sedã parte de R$ 79.950 e chega em R$ 88.990 na versão topo.
Primeiras impressões
Para utilidades e futilidades O Cruze Sport6 não mudou quase nada na linha 2016 . Nem mesmo as duas novas cores que entraram em oferta são capazes de quebrar a rotina. Uma é o Cinza Graphite e a outra é o Bege Pepper Dust, ambas metálicas. Apenas ganhou o novo sistema de telemática OnStar, que incorpora uma espécie de linha de comunicação com uma central de serviços. Há um chip da Claro instalado na base do espelho, que não tem custos extras para fazer ligações para o sistema OnStar. Dá para usar de todos os jeitos: descobrir onde fica o pronto-socorro mais próximo ou saber o horóscopo do dia. Através de um aplicativo para smartphones Android, é possível também usar o celular para desfrutar de mais pequenas “mordomias” oferecidas pelo OnStar – travar ou destravar as portas, acionar luzes e buzina ou até mesmo localizar o veículo. A comunicação com a central de atendimento começa no retrovisor interno. Ali estão três botões, separados por cores. Ao pressionar o azul, a ligação é atendida em poucos segundos por um atendente, e se percebe que existem poucos funcionários ainda atuando, pois um mesmo representante atendeu nas três ligações feitas no decorrer do teste. Ao solicitar pelo sistema OnStar um percurso por GPS, a consulta do atendente é feita no Google Maps, que pode acabar levando ao lugar errado, caso o endereço tenha mudado. O vermelho é de S.O.S, para ser acionado em casos de emergência. E o preto tem a função de finalizar as chamadas.
Ficha técnica Chevrolet Cruze Sport6 LTZ Motor: Etanol e gasolina, dianteiro, transversal, 1.796 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, duplo comando do cabeçote e comando variável nas válvulas de admissão e escape e duto de admissão de dupla geometria. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial. Transmissão: Câmbio automático de seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Possui controle eletrônico de tração. Potência máxima: 144 cv e 140 cv a 6.300 rpm com etanol e gasolina. Aceleração 0-100 km/h: 10,2 segundos. Velocidade máxima: 196 km/h. Torque máximo: 18,9 kgfm e 17,8 kgfm a 3.800 rpm com etanol e gasolina. Diâmetro e curso: 80,5 mm X 88,2 mm. Taxa de compressão: 10,5:1. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos pressurizados e barra estabilizadora. Traseira semi-independente com eixo de torção, molas progressivas e amortecedores telescópicos pressurizados. Possui controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 225/50 R17. Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS com EBD. Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,53 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,48 m de altura e 2,68 m de entre-eixos. Airbags frontais, laterais e de cortina. Peso: 1.450 kg. Capacidade do porta-malas: 402 litros. Tanque de combustível: 60 litros.
Produção: São Caetano do Sul, São Paulo. Lançamento mundial: 2008. Lançamento no Brasil: 2011. Itens de série: Seis airbags, alarme, controle de tração, controle eletrônico de estabilidade, faróis e lanternas de neblina, luzes diurnas de leds, regulagem de altura dos faróis, sensor de estacionamento traseiro, Isofix, rodas de alumínio de 17 polegadas, abertura das portas e partida do motor através de botão, sensor crepuscular, ar-condicionado digital, câmera de ré, coluna de direção com regulagem em altura e profundidade, computador de bordo, controlador de velocidade de cruzeiro, volante multifuncional, direção elétrica, retrovisor interno eletrocrômico, retrovisores externos elétricos e com rebatimento elétrico, vidros elétricos, sensor de chuva, bancos em couro bicolor e sistema multimídia com tela LCD de 7 polegadas sensível ao toque, rádio AM/FM estéreo, CD, MP3, USB, entrada auxiliar, Bluetooth com função áudio streaming, seis alto-falantes, visualizador de fotos, navegador, GPS integrados e sistema OnStar. Preço: R$ 89.990.
Na mira A
Toyota ainda não sabe se traz o crossover C-HR para o Brasil no segundo semestre de 2016 ou no primeiro de 2017, em função da variação cambial. Mas já se prepara para levar a versão de produção do modelo para ser uma de suas principais atrações do Salão de Detroit, que acontece neste mês. A intenção inicial era guardar o lançamento para o motorshow de Genebra, em março, mas a fabricante japonesa
parece ter mudado de ideia. O modelo, porém, pode surgir com emblema da Scion, divisão jovem da marca nipônica na América do Norte. Isso porque a marca já levou uma versão própria do conceito do futuro utilitário compacto para o Salão de Los Angeles, em novembro último. Com o C-HR, a Toyota espera bater de frente no SUVs compactos Honda HR-V e Jeep Renegade.
Salvação possível Após o anúncio da General Motors sobre o fechamento da fábrica da Holden na Austrália, o empresário Guido Dumarey, da Bélgica, quer salvar a produção do Holden Commodore, sedã de referência para os australianos. A intenção de Dumarey é comprar as instalações e os direitos sobre a produção do modelo. O empresário já salvou outras marcas da falência, como a Punch Powertrains – que produz a caixa de câmbio dos Commodore com motores de seis cilindros –, a fabricante de rodas BBS e a
marca de empilhadeiras Still. Caso a proposta de compra seja aprovada pela justiça australiana, o empresário belga deve retrabalhar o modelo. Tanto a versão sedã quanto a perua, para serem vendidos também em outros países. O Commodore chegou a ser comercializado no Brasil sob o nome de Omega, entre 1999 e 2014, através da subsidiária Chevrolet. O sedã grande da Holden também compartilhou sua plataforma com a primeira geração do Camaro vendida por aqui.
Rdeeferência luxo
automundo
Bentley Continental GT esbanja requinte e
fotos: divulgação
sofisticação com um desempenho avassalador por Victor Alves Auto Press
A
Bentley mostra com o Continental GT porque é uma das marcas mais ostensivamente luxuosas do mundo. O carro, fabricado desde 2003, na cidade inglesa de Crew, tem um nível insuperável de requinte e conforto e ainda é dotado de esportividade brutal. E o responsável por isso é o poderoso motor 6.0 W12 biturbo, com nada menos que 582 cv de potência e 73,4 kgfm de torque. Este propulsor, desenvolvido pelo Grupo Volkswagen, que controla a marca britânica, é gerenciado por uma transmissão automática de oito velocidades. Ele distribui torque e potência nas quatro rodas através de um sistema de tração chamado pela marca de “complexo”, capaz de transferir até 80% da força ao eixo traseiro. Com esse arsenal, o cupê de 2.320 kg é capaz de fazer de zero a 100 km/h em 4,5 segundos e chegar à máxima de 331 km/h. Embora tenha potência de sobra, dentro de um Bentley ninguém fica muito aflito para chegar ao destino. O interior do Continental GT é assombrosamente sofisticado. Mas como um bom cupê, tem dimensões até enxutas
para o segmento. São 4,82 m de comprimento, 1,95 m de largura, 1,39 m de altura e 2,75 m de entre-eixos – tamanho semelhante ao de um BMW Série 3 ou Mercedes-Benz Classe C. Só que o requinte do modelo britânico é incomparavelmente superior. A fábrica da Bentley está há 96 anos em atividade e, mesmo com o processo de automação e modernização tecnológica, ainda utiliza mão-deobra artesanal para produzir as peças de acabamento. Para dimensionar melhor isso, os cristais que compõem os detalhes do Gran Turismo são polidos com pedras finamente moídas para obter o maior grau possível de transparência. Esse tipo de tratamento só é dado a cristais destinados a instrumentos de precisão, usados em microscópios e telescópios profissionais. Outro exemplo é o couro utilizado no revestimento. Para evitar que a pele tenha marcas ou qualquer imperfeição, ela é extraída de animais criados em fazendas sem cercas de arame farpado instaladas em locais frios, onde não há insetos. A ideia, como tudo em um Bentley, é que o acabamento seja absolutamente impecável.
Primeiras impressões
Na linha da ostentação
por Héctor Mañón do Autocosmos.com exclusivo no Brasil para Auto Press
Cidade do México/México – A experiência de dirigir um Bentley é sempre especial. Absolutamente tudo em que se toca é da melhor qualidade possível. Parece que foi feito verdadeiramente com atenção obsessiva aos detalhes. O fato de ter 12 cilindros à disposição no acelerador é algo muito tentador. Uma vez que se pisa fundo no pedal, não há decepção. Não que o carro fique descontroladamente rápido, mas é empurrado de uma maneira muito singular. Parece uma locomotiva que não tem limite de potência. Simplesmente segue. Por fim, a suspensão está claramente orientada para o conforto, de forma que é tão suave que absorve a cada uma das imperfeições do piso. Mesmo o Bentley tendo uma experiência esportiva, a atuação da suspensão pneumática ajustável faz o papel de endurecer o sistema de amortecimento e entrega uma direção mais firme. Quando o modo “Sport” é selecionado tanto na suspensão quanto no câmbio, o Continental GT se transforma num Gran Turismo muito esportivo e veloz.
Ficha técnica Bentley Continental GT Motor: Gasolina, dianteiro, longitudinal, 5.998 cm³, doze cilindros, quatro válvulas por cilindro, biturbo. Injeção direta e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio automático de oito velocidades à frente e uma a ré. Tração integral. Oferece controle eletrônico de tração. Potência: 582 cv a 6 mil rpm. Torque: 73,4 kgfm a 2 mil rpm. Aceleração de 0 a 100 km/h: 4,5 segundos. Velocidade máxima: 331 km/h. Diâmetro e curso: 84,0 mm X 90,2 mm. Taxa de compressão: 9:1. Suspensão: Dianteira e traseira do tipo Double-Wishbone com amortecedores a ar e barra estabilizadora. Pneus: 275/40 R20. Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS. Carroceria: Cupê em monobloco, com duas portas e quatro lugares. Com 4,82 metros de comprimento, 1,95 m de largura, 1,39 m de altura e 2,75 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série. Peso: 2.320 kg. Porta-malas: 358 litros.
Tanque de combustível: 90 litros. Produção: Crew, Inglaterra. Lançamento: 2003. Itens de série: Ar-condicionado, vidros elétricos, travas elétricas, bancos e volante com revestimento de couro, acabamento
em madeira no painel, rádio com tela sensível ao toque de 7 polegadas, CD/ DVD/MP3/USB/Bluetooth, bancos dianteiros com ajuste elétrico de altura, computador de bordo, direção elétrica, freio de estacionamento eletrônico, sensores de
luminosidade, chuva e estacionamento, freios ABS, airbag frontais, laterais e de cabeça, regulagem de altura para o volante, retrovisores elétricos. Preço: US$ 298 mil, cerca de R$ 1,2 milhão.
N ovo integrante A
Audi segue com os trabalhos para a produção do inédito Q2, que até então era chamado de Q1. O modelo é feito sobre a plataforma MQB, mede cerca de 4,20 metros de comprimento e seu design externo é inspirado no conceito Crosslane,
apresentado pela marca em 2012. A estreia é aguardada para o Salão de Genebra, no mês de março. Por enquanto, nenhuma informação a respeito do trem de força foi fornecida, mas o crossover já foi flagrado em testes na Europa.
Ilustração: Afonso Carlos/CZN
Cexpectativas arga de
por Márcio Maio Auto Press
Previsões para 2016 são variadas e instabilidade econômica preocupa executivos do setor de caminhões
transmundo
Q
uando 2015 começou, as expectativas no mercado de caminhões apontavam estabilidade diante da queda registrada em 2014, de cerca de 12%. Mas a realidade foi bem diferente. A retração chegou à casa dos 50%, algo inimaginável até então. Um resultado que acaba por gerar muita cautela na hora de tentar especular sobre o comportamento da indústria em 2016. “Muito difícil fazer previsões no ambiente econômico em que vivemos hoje. O Brasil precisa de medidas macroeconômicas que controlem a inflação e as elevadas taxas de juros. Temos de retomar o crescimento econômico e despertar a confiança dos investidores para realizar novos negócios no país”, aponta Roberto Leoncini, vice-presidente de Marketing, Vendas e Pós-Venda de Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. Mesmo com os maus resultados, há quem adote uma visão otimista. “Acreditamos que teremos um cenário mais animador, com início da estabilidade política e consequentes medidas que ajudarão o Brasil a impulsionar a economia e, sobretudo, a confiança dos compradores. É provável que enxerguemos um leve crescimento, de 3% a 5%, a partir do segundo semestre”, torce Ricardo Alouche, vice-presidente de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da MAN Latin America. Ricardo Barion, diretor de Marketing da Iveco para a América Latina, engrossa o coro. Mesmo sem citar números, o executivo também prevê tempos menos difíceis. “Devemos ter uma leve melhora em segmentos que atualmente registram quedas expressivas, como o de pesados. O mercado estará mais adaptado à nova realidade econômica”, avalia. Na contramão desse pensamento, a Scania não vislumbra crescimento. Ao contrário: a marca sueca já espera uma retração significativa nas categorias em que atua. “Imaginamos que o mercado acima de 16 toneladas, fatia relativa aos semipesados e pesados, deverá ser 10% menor do que foi em 2015”, antevê Victor Carvalho, diretor de Vendas de Caminhões da Scania no Brasil. Por isso mesmo, a estratégia da fabricante deve permanecer próxima à maior parte do setor: concentrar o máximo de serviços possível para ofertar aos clientes e, assim, garantir perdas menores com o incremento dos resultados do pós-venda. “Vamos trabalhar cada vez mais com propostas estruturadas, que englobem produto, serviço, solução financeira e seguro”, entrega Victor. A Mercedes-Benz também promete intensificar a atenção na relação com seus clientes em 2016. A marca alemã antecipa algumas
das novidades planejadas para este ano. “Teremos três novos serviços diferenciados. O ‘Veloz’, serviço rápido de manutenção em até uma hora no concessionário, além de oficinas próprias nas instalações de grandes frotistas e em postos de combustíveis nas estradas, em parceria inédita com a rede Ipiranga”, adianta Roberto Leoncini. Alguns fatores, no entanto, podem ajudar o Brasil a conquistar alguma melhora nesse segmento. E o principal é uma unanimidade na lista de estímulos para o crescimento nas vendas de caminhões: o incentivo do poder público. “A aprovação do ajuste fiscal, o anúncio de concessões feito pelo Governo Federal e uma safra recorde podem trazer a confiança de volta ao mercado”, pontua Barion, da Iveco. Além disso, outra questão que já virou clichê na batalha pelo lucro na indústria de caminhões é a do financiamento. De qualquer forma, todas as fabricantes garantem que os números atuais são suficientes para deixar o Brasil na lista de suas prioridades globais. “O mercado brasileiro é muito forte e a Iveco aposta que o país possui todas as condições para crescer, com bases firmes”, defende Barion.
Afetada A
Porsche precisou cortar salários e aumentar a carga horária de seus funcionários para levar adiante o projeto de produção do elétrico Misson E. Os empregados terão de trabalhar 35 horas, ante às 34 de antes, e concordaram em não terem aumento de salário. Entretanto, a fábrica em Zuffenhausen deve receber um investimento de 1 bilhão de euros, cerca de R$ 4,21 bilhões, para o desenvolvimento do carro e adequação da linha de montagem. A medida é em função da crise que afeta o Grupo Volkswagen, do qual a marca faz parte.
Ganho colateral
por MĂĄrcio Maio Auto Press
C rise e perda de poder aquisitivo no B rasil
geram otimismo no segmento de duas rodas
Foto: divulgação
motomundo
O
ano de 2016 promete algum alívio para o mercado de duas rodas. Depois de sequentes quedas nas vendas nos últimos anos e retração de aproximadamente 12% ao longo de 2015, a expectativa é de estabilidade para os próximos 12 meses. Possivelmente até com algum crescimento, ainda que bem pequeno. “Nossa posição é de que serão produzidas 1,28 milhão de motos. Isso significa mais ou menos 0,8% a mais que em 2015 e é essa também a nossa projeção para as vendas”, aponta José Eduardo Gonçalves, diretor executivo da Abraciclo. Um pensamento é geral: o fim do período de “vacas magras” depende do cenário político e econômico nacional. Mas há quem defenda que a própria crise que o Brasil enfrenta possa favorecer o mercado de motocicletas. Pelo menos em algumas categorias específicas. “Com o aumento dos preços dos combustíveis e a variação cambial, as pessoas podem começar a optar mais pelas
motos de entrada e scooters para se locomoverem”, analisa Alexandre Cury, diretor comercial da Moto Honda, que já confirmou a produção no Brasil da scooter SH 300i. Cury não está sozinho nesse raciocínio. “Quem não tem mais dinheiro para adquirir um automóvel já começa a partir para a habilitação em categoria A. Existe uma migração de consumidores”, garante o analista automotivo Paulo Roberto Garbossa, da ADK Automotive. Talvez por isso, outras scooters disputarão espaço no mercado brasileiro em 2016. A Dafra vai vender a SYM Fiddle III, apresentada no Salão de Duas Rodas 2015 e fruto da parceria com a marca taiwanesa SYM – a mesma da Citycom 300i. Já a Yamaha pretende brigar com a recém-renovada Honda PCX com a NMAX 160. Outra novidade da japonesa será a nova geração da esportiva YZF-R1, que recebe novo motor de quatro cilindros e 998 cc e entrega 200 cv de potência, 18 a mais que a anterior. De qualquer forma, uma movi-
mentação global que já começou em 2015 deve se manter em 2016 e refletir no cenário de duas rodas nacional: marcas premium, que sempre concentraram seus modelos no segmento de alta cilindrada, passam a dar mais atenção aos modelos de médio porte. A BMW, por exemplo, se prepara para vender e montar em Manaus, a partir do segundo semestre, a G310 R. Já a Ducati ainda não estipulou datas, mas pretende montar e comercializar no país a nova Scrambler 400 Sixty2, apresentada no último Salão de Milão. Até a Royal Enfield, centenária marca inglesa que pertence ao grupo indiano Eicher, estuda trazer a retrô Continental GT, releitura do modelo lançado em 1965 com 250 cc, agora com motor monocilíndrico de 535 cc, refrigerado a ar e capaz de desenvolver 29 cv de potência. Mas isso não significa que as motos mais pesadas serão deixadas de lado. A Honda mesmo, que detém quase 80% do mercado nacional, vai comercializar a maxitrail aventu-
reira CRF 1000L Africa Twin no país, com forte pegada “off road”. Já a Ducati se prepara para ampliar consideravelmente seu portfólio nesse segmento, com as superesportivas Panigale 1299 e 959 e ainda a maxitrail Multistrada 1200, além de novas versões da Scrambler 800. A Triumph, marca que “descobriu” o filão retrô, vai rivalizar com o modelo da Ducati com a nova integrante da linha Bonneville, que deve desembarcar por aqui em maio: a Street Twin, que é equipada com motor de dois cilindros e 900 cc. A Kawasaki é outra que seguirá sua aposta em modelos superesportivos. “Teremos, na verdade, lançamentos para a cidade, a estrada, as pistas e até para a água. No Salão de Duas Rodas, tivemos a prévia da ZX-10R e da H2R, que serão comercializadas em breve”, avisa Mauro Ferraz, gerente de Vendas da Kawasaki Motores do Brasil. Na contramão desse movimento, a Traxx só se atreve a prometer uma novidade para 2016: renovar
a Sky 125. “Outros lançamentos dependerão do cenário econômico”, informa, cauteloso, o gerente Comercial e de Marketing da marca, Zoghby Koury. Mas uma mudança
pode ajudar a embalar as vendas de ciclomotores, segmento em que a fabricante atua: a redução do valor do Dpvat para esses veículos. Antes, os donos de motos de até 50 cc paga-
vam os mesmos R$ 292,01 cobrados para modelos maiores. Agora, esse valor caiu para R$ 134,66. Um incentivo que pode favorecer a categoria daqui para a frente.
Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 2, Número 87, 1º de janeiro de 2016 Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.203 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória 20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: revista@autopress.com.br Diretores Editores: Eduardo Rocha eduardo@autopress.com.br Luiz Humberto Monteiro Pereira humberto@autopress.com.br Reportagem: Márcio Maio Laís Rezende redacao@autopress.com.br Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino redacao@autopress.com.br
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