Entrevista com... Nilton

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GRANDE ENTREVISTA

NILTON Descobriu a Stand-Up Comedy num VHS de Robin Williams e resolveu experimentar a fórmula, com amigos, em atuações ao vivo, em bares e salas de espectáculo, como no Teatro A Barraca. Hoje em dia, ninguém ca indiferente quando o nome na sala é Nilton. Nesta edição a GO Mag foi descobrir um pouco mais sobre o contribuinte que faz stand-up e escreve livros, edita DVD, faz rádio e televisão e é, também, cliente e a nova cara da GrandOptical! Desde a sua primeira atuação, em 1997 no Teatro A Barraca, já passaram quase duas décadas. Autor de sucessos como as “Teorias de Nilton”, “Supcelente” ou “Eu Amo Você” é um dos humoristas mais versáteis e relevantes na comédia nacional. Em 2002, gravou o primeiro DVD de Stand-Up Comedy feito em Portugal. “Nilton ao vivo no Teatro Maria Matos”.

MIKI NINN Preço sob consulta na sua GrandOptical

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GRANDE ENTREVISTA Vieste de Angola com 4 anos e viveste a infância e a adolescência em Proença-a-Nova. Quais são as memórias que guardas desse período? A minha infância em Proença-a-Nova foi muito feliz. Guardo boas memórias desse tempo e recordo-me de vários momentos passados. Lembro-me da felicidade de “ir a pé” para a escola ou de brincar na rua até tarde, sem problema. A liberdade que tinha em criança e, mais tarde, em adolescente é uma memória que conservo.

RAY BAN Ref. RB 7054 Preço sob consulta na sua GrandOptical

Começaste na rádio com 13 anos e querias ser DJ… era o apelo do “estar em palco”? Desde sempre que me imaginava em palco de microfone na mão, mesmo antes de conhecer o conceito do Stand-Up Comedy. Ser DJ veio do gosto que tinha pela rádio, o meu irmão mais velho era radialista e isso infuenciou algumas das minhas escolhas. Desde novo que eu ouvia o Herman no Rebéubéu Pardais ao Ninho o que me levou também a querer entrar na rádio.

so, mas o meu humor é infuenciado pelo dia-a-dia, pelas viagens, pelo meu olhar do mundo. Brinco muito comigo e tudo isso são as minhas fontes. Quando fazes rádio todos os dias, tudo serve para brincar. A minha imaginação (muito) fértil também ajuda!

Dizes com frequência, “só faço o que me apetece” - é uma flosofa que aplicas a tudo? Tenho a premissa que o essencial é sermos felizes. Por vezes, a vida leva-nos a escolhas arriscadas na procura da felicidade. Quando tinha 17 anos saí de Proença-aNova e fui de mota até ao Algarve. A vida é muito curta para não fazeres “o que te apetece”, independentemente das consequências. Muitas das vezes abdicamos do conforto em prol da felicidade.

da os primeiros textos que mandei para ele, entre 1991 e 1993. Vivia no Algarve e vinha de propósito para Lisboa tentar entregar-lhe alguns textos, mas voltava para trás sem conseguir. Lembro-me de ir a Alcântara, ao Café Café, para lhe fazer chegar o meu trabalho e não ter a hipótese sequer de falar com ele. Após muitas tentativas de mostrar o meu trabalho através de um humorista que subisse ao palco, ganhei coragem e tomei a decisão de ser eu a fazer valer os meus textos.

O que te inspira? Quais são as tuas fontes de inspiração? O povo português é muito caricaturável, sabe rir-se de si próprio. Inspiro-me nis-

Qual o balanço que fazes destes quase 20 anos de atividade? Quando comecei a fazer humor nunca pensei subir a um palco, eu queria escrever para o Herman José, aliás, guardo ain-

O povo português é muito caricaturável, sabe rir-se de si próprio GOmag _13 _15


GRANDE ENTREVISTA Qual o estado-da-arte no humor nacional? Quando comecei no Teatro A Barraca, “corria” os bares do Bairro Alto e ninguém me deixava atuar. O veículo de divulgação que existe hoje facilita a divulgação dos conteúdos produzidos pelos artistas de qualquer área. Plataformas como o Youtube e o Facebook abriram as portas à facilidade de criar e de partilhar quase em simultâneo. É mais fácil trilhares um caminho porque já existe uma ferramenta que permite expores o teu trabalho ao mundo a uma velocidade impressionante. O passado do Stand-Up Comedy em Portugal permitiu aos novos talentos desenvolverem as suas competências humorísticas e mostrá-las a um público. O conceito começou a ser aceite a partir de programas como o Levanta-te e Ri, momento em que houve uma viragem no humor nacional. Atualmente o humor já é considerado uma pro ssão. Ao longo do teu percurso, quais são os três momentos-chave que podes identi car como “aqueles” que levaram o Nilton a ser, hoje, um dos mais reconhecidos humoristas portugueses? Na verdade tenho quatro momentos-chave na minha história: primeiro foi quando estava a atuar n’ A Barraca e conheci o Júlio César e o Raúl Solnado. Outro momento foi a participação no Levanta-te e Ri, onde tive oportunidade de fazer StandUp Comedy logo no segundo episódio. A participação no 5 Para a Meia-Noite onde sou residente há já 7 anos, é outro dos momentos importantes no meu percurso e o convite da RFM, a experiência de rádio que tanto me completa e onde continuo todas as manhãs.

CARRERA Ref. 5023-V Preço sob consulta na sua GrandOptical

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Já consideraste a internacionalização do teu trabalho? Quais são as principais dificuldades? Atuei três vezes no Brasil, em 2008. O Ranha Bastos, um dos melhores humoristas brasileiros, já tinha atuado em Portugal e decidimos fazer um intercâmbio de humor entre os dois países. Já z também piadas em inglês, nos Estados Unidos. A principal di culdade é a falta de tempo e de disponibilidade para apostar nesse caminho. Neste momento, a minha carreira em Portugal está solidi cada e não sinto necessidade de me internacionalizar, embora tenha público brasileiro que acompanha o meu trabalho.

Como concilias a tua vida familiar sem abrandar o ritmo da tua carreira? É um ritmo alucinante mas adoro viver dessa forma. Sou muito organizado com os horários e guardo sempre tempo para a família nos intervalos e não prescindo de ir buscar os meus lhos à escola.

O conceito do começou a ser aceite a partir de programas como o , momento em que houve uma viragem no humor nacional.


GRANDE ENTREVISTA Quais são os teus hobbies? Fotogra a. Adoro fotogra a! E o que é que te surpreende? Surpreende-me a bondade e a entreajuda humana. Fala-nos da tua relação com a GrandOptical… como nasceu? Tenho uma relação duradoura com a GrandOptical (risos). Sou cliente há algum tempo e tudo começou quando parti a armação dos meus óculos. A GrandOptical resolveu o meu problema numa hora! Para os apaixonados por óculos, como eu, a vasta gama de modelos e marcas que a GrandOptical nos apresenta é um dos fatores responsáveis pela minha delização como cliente.

Hoje em dia, os óculos já são uma parte da tua fisionomia? Sim. Gosto muito de usar óculos. No início da minha carreira era conhecido pelos óculos azuis mas agora vou alternando com outras cores. Podes desvendar-nos um pouco sobre os teus novos projetos a curto e médio prazo? Estou a trabalhar num projeto novo onde crio um monólogo para uma personagem no registo do Stand-Up Comedy. Consiste em estar sozinho no palco mas com uma personagem. Vou experimentar.

Como definirias o teu estilo? Sou uma pessoa muito curiosa em relação à moda, tenho um estilo descontraído e confortável, que permite sentir-me bem durante a rotina. Costumas seguir as tendências ou crias o teu próprio guarda-roupa? Sou mais criador do meu próprio estilo do que seguidor de tendências. Estou sempre à procura de novas marcas no mundo da moda.

Um local… Casa Uma cidade… Lisboa Uma viagem… Nova Iorque Um desporto… Ping-Pong (para quê correr…) Um autor… Mário Henrique Leiria Um humorista… Aldo Lima Um filme… O Fabuloso Destino de Amélie Um clube… não tenho Um programa de televisão… 5 Para a Meia-Noite Uma banda de música… O Martim O livro do momento… Eu Sou Deus (Pedro Chagas Freitas) Um acessório que não dispensas (além dos óculos)… Relógios Não sais de casa sem… uma caneta e um livro Uma marca de óculos de sol… Ray-Ban, na GrandOptical

MIKI NINN Ref. MNAM48 Preço sob consulta na sua GrandOptical

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