eUAU Edicao09

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P07

PROJECTO PLAGE Apresentação

P08

EQUIPA JURÍDICA Lista Pública de Execuções

P11

Territórios digitais SIG nas Nuvens

P12

A Cor dos números O PEC ou a Bolsa?

Amplificar Talento

CONCEXPLA

Caso de Sucesso Solução Integrada NormaCAD e AutoCAD Civil 3D

Geração BIM

Interoperabilidade e Normalização BIM em Ambiente Colaborativo

Rumo ao Objectivo

As Derrapagens na Construção

Edição 09 Bimestral - Maio 2010 www.tecad.pt

Magazine Digital eUAU! - Maio 2010


www.tecad.pt Certificação A TECAD é certificada em sistemas informáticos e soluções para projecto,

Consultoria

Normalização de Projecto Implementação BIM

integrando na sua equipa um conjunto

Projecto Colaborativo

de profissionais altamente qualificados

Sistemas de Informação

e com vasta experiência na implementação

Acordo Empresarial Microsoft

de soluções tecnológicas.

Financiamento de Projectos

Como principais intervenientes

Integração Soluções Autodesk

no processo produtivo da empresa, são objecto de uma constante selecção e qualificação, com utilização extensiva do tipo de soluções

Formação

AutoCAD 2D/ 3D/ AutoCAD Civil/ AutoCAD Map 3D Revit Architecture/ Revit MEP/ Revit Structure Ecotect Analysis/ Green Building Studio

comercializadas, garantindo elevada

3D Studio Max/ Navisworks

qualidade e inovação em serviços

Normalização

de consultoria e de formação.

Portfolios Digitais

A TECAD é certificada

Sustentabilidade

nos equipamentos e aplicações

Protecção de Projecto

que comercializa e implementa, pelas empresas que representa, incluindo a Autodesk, Adobe, Hewlett Packard, Microsoft, Cadlock, Symantec, McAfee.

Sistemas Informáticos

Servidores Workstations Plotters, Impressoras

Nos nossos quadros estão integrados

Redes Informáticas

profissionais com certificação MCS

Suporte Técnico Manutenção Preventiva

Microsoft Certified Systems.

Protecção de Sistemas Informáticos Integração Sistemas Microsoft

Inovação A TECAD tem desenvolvido um trabalho de investigação e optimização de métodos,

Software

AutoCAD/ AutoCAD LT/ AutoCAD Civil 3D/ AutoCAD Map 3D Revit Architecture/ Revit MEP/ Revit Structure Ecotect Analysis/ Green Building Studio

suportado pelo desenvolvimento

3D Studio Max/ Navisworks

de ferramentas normalizadas

Buzzsaw

e adição permanente de conteúdoS

NormaCAD/ NormaBIM

e funcionalidades, afirmando-se

CADVault

no mercado profissional

Adobe/ Microsoft/ McAfee/ Symantec

como uma das melhores empresas portuguesas de tecnologias de projecto.

fazemos bem surpreendemos pela excelência

O vasto número de implementações de soluções tecnológicas, com um elevado grau de satisfação dos seus Clientes, comprova a sua eficiência e empenho em cumprir objectivos, ultrapassando as melhores expectativas.

Certificação

Referências

business business partner partner

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Sumário

Editorial03

Faça o download em: www.tecad.pt

Novo! www.tecad.pt Esta é uma edição especial da nossa eUAU! pois é lançada em simultâneo com o nosso novo portal www.tecad.pt A evolução da web e dos ambientes online está a alterar profundamente a forma de promover, negociar e divulgar conteúdos, produtos, serviços ou ideias. A comunicação é Arq. Vânia Guerreiro cada vez mais desenvolvida Direcção Editorial numa lógica directa com o vguerreiro@tecad.pt cliente/utilizador, privilegiando ao máximo a partilha do conhecimento e da informação de uma forma generalizada. Com um visual renovado, novas funcionalidades e potencialidades acrescidas, o novo site da TECAD permite uma consulta directa, rápida e eficaz de qualquer conteúdo, produto, serviço ou campanha, tendo como objectivo principal a optimização na interacção com os nossos visitantes.

P06 Geração BIM Interoperabilidade e Normalização BIM em Ambiente Colaborativo P07 Projecto PLAGE Apresentação do Projecto P08 Equipa Jurídica A Lista Pública de Execuções e a sua Importância na recuperação do IVA P10 Rumo ao Objectivo As Derrapagens na Construção P11 Territórios Digitais SIG nas Nuvens P12 A Cor dos Números O PEC ou a Bolsa? P14Arquitectura: Um novo Humanismo? Elegia por uma vocação? P15 Perfil Eng. Genoveva Mendes P16 B.I. Concexpla Solução Integrada NormaCAD e AutoCAD Civil 3D P18 Ficha Técnica AutoCAD Tarefas facilitadas

Uma das grandes novidades do novo site é a área Comunidade, onde promovemos fortemente o intercâmbio com a sociedade, investigando soluções, desenvolvendo conteúdos e partilhando informação. Uma comunidade activa manifesta-se pela profusão de reflexões, troca de saberes, partilha de meios, resultando na publicação de ideias e estudos em locais privilegiados. A TECAD orgulha-se de disponibilizar um meio que amplifica as ideias de todos os elementos da comunidade! Relativamente a esta edição da eUAU!, destaco a apresentação do Gabinete de Arquitectura, Engenharia e Topografia - Concexpla, bem como, as novas rúbricas “Rumo ao Objectivo” e “Projecto PLAGE” do Eng. António Flor e do Eng. António Aguiar Costa, respectivamente. Como habitualmente, poderá também ler nesta edição vários documentos técnicos e informativos relacionados com tecnologia, sistemas informáticos, software, gestão, fiscalidade, jurisdição, sustentabilidade, ambiente, construção, comunicação, entre outros.

P19 Ficha Técnica AutoCAD Civil 3D Interoperabilidade com Google Earth P20 Ficha Técnica Revit Apresentar ou Esconder Links em Modelos de Revit P21 Ficha Técnica Robot Structural Analysis Novidades na Versão 2011 P22 Ficha Técnica Sistemas Informáticos Rede Particular Virtual P23 Laboratório Os “AIS” e os “UIS” P24 Truques e Dicas AutoCAD - Restrições dimensionais P26 Espaços de Conforto A importância da temperatura interior no consumo energético dos sistemas de climatização

Finalmente, quero agradecer a toda a Equipa da Concexpla a agradável semana que me proporcionaram enquanto formadora. Foi para mim muito gratificante partilhar experiências com esta equipa, numa lógica de interacção directa e valorização mútua. Obrigada!

Ficha Técnica

P04 Perspectivas Notícias breves

P27 Ambiente e Sustentabilidade Estufas e Colectores de Ar P28 Ferramentas de Arquitecto VisionREZ 7 P29 Soluções para PME’s 750 Milhões de euros disponíveis para as PMEs em Portugal P30 Comunicar Marketing Sustentável

A eUAU! é uma revista online e bimestral com o objectivo de divulgar conhecimento e informação de actualidade, a todos os profissionais nas áreas de arquitectura, engenharia, construção e território. A informação contida nesta revista poderá ser reproduzida somente com uma autorização prévia da TECAD. A informação relativa aos produtos está sujeita a alterações e/ou actualizações. Coordenação: Álvaro Sardinha Direcção Editorial: Vânia Guerreiro Design e Paginação: Pedro Silva Marketing e Comunicação: Luísa Duarte Colaboração: Abel Prada, Ana Ferreira, António Aguiar Costa (PLAGE), António Flor (Rumo ao Objectivo), Bernardo Vaz Pinto (Lisbon Design Studio), Bruno Rodrigues (Microsoft), Carlos Bruno, Duarte Miranda, Gabriel Serra (Gestec), Helena Santos, Hugo Delgado (LG Electronics), Joana Andrade, João Santos (QualiCAD), Levi Dacosta (Lisbon Design Studio), Luís Baptista, Maria José Cunha, Nuno Santos (Estupe), Paula Ruivo, Paulo Castanheira (BPO), Pedro Aroso, Sérgio Antunes, Teresa Boino (BPO), Magazine Digital eUAU! - Março 2010

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envie-nos a sua opiniÃo tecad@tecad.pt 21 919 92 30


Notícias04

Perspectivas

Natura Towers obtém certificação energética A+ Foi atribuído ao edifício Natura Towers, sede do grupo MSF, o Certificado de Desempenho Energético e da Qualidade do Ar Interior com a classificação máxima, classe A+. Este é, de acordo com o comunicado da empresa, o “primeiro edifício de escritórios em Portugal a alcançar esta classificação”. Esta avaliação implica que o consumo energético de um edifício novo, neste caso de escritórios, é de 0% a 25%, comparativamente aos consumos de referência para edifícios desta categoria. Nas Natura Towers, as emissões anuais estimadas de gases de efeito de estufa, “são de 117,6 toneladas, o que representa uma redução de, pelo menos, 75% face às emissões de referência”.

No directório de empresas a presença em cada sub-tema inclui uma imagem descritiva com logotipo da empresa e uma descrição dos produtos/serviços, os contactos e 5 imagens.

Fonte: Jornal Construir

Fonte: www.espacodearquitectura.com

IBM inaugura Centro de Estudos Avançados na FEUP A IBM e a Universidade do Porto inauguraram em Abril o primeiro Centro de Estudos Avançados (CAS) em Portugal, sedeado no campus da Faculdade de Engenharia (FEUP). Este CAS é o nono centro de investigação da IBM na Europa e o vigésimo em todo o mundo, estando orientado para a “excelência da pesquisa aplicada na engenharia, gestão e ciência dos serviços (SSME)”. O CAS dedicar-se-á a “promover a colaboração entre universidades, indústria, governo, e os laboratórios de pesquisa da IBM” e conta com o apoio do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC) Porto, o Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (INEGI) e o Instituto de Engenharia Mecânica (IDMEC).

Ciclo de Conferências HUMAN HABITAT 2010 Trata-se de uma plataforma aberta de comunicação dedicada ao tema das Cidades Sustentáveis. Este ciclo de 10 conferências, concebido e coordenado pela Iniciativa Construção Sustentável, numa parceria com o Oceanário de Lisboa, com a Parque Expo e com a Agência Portuguesa do Ambiente, promove o estabelecimento de um diálogo franco e directo entre oradores e participantes. As conferências centram-se sobre o habitat humano, explorando a nova linguagem que nos cabe adoptar e partilhar para conseguirmos ultrapassar, com sucesso, todos os desafios e responsabilidades inerentes ao desenvolvimento sustentável. O ciclo envolve ao longo do ano de 2010, dez conferências que têm como perspectiva as cidades, lugares onde habita mais de metade da população do planeta. Serão dados a conhecer novos conceitos de desenvolvimento urbano sustentável, segundo quatro temas estruturais: a resiliência, a dimensão humana, os metabolismos dos sistemas que as apoiam e as transformações expectáveis.

Os nossos Valores Em primeiro lugar e em cada momento, queremos o sucesso dos clientes Respeitamos e apoiamos os nossos pares, as nossas equipas Zelamos pelo desconforto que alimenta a criatividade e inovação Respiramos responsabilidade, franqueza, integridade, transparência e humildade Fazemos bem, surpreendemos pela excelência

O nosso nome é TECAD, Se podíamos viver sem os pequenos mimos

Além da oferta do link de hiperligação directa, existe ainda a possibilidade de colocar o portfólio da respectiva empresa.

dos nossos clientes? Poder podíamos, Mas não era a mesma coisa!

“É com muito gosto que acolhemos o vosso

Fonte: Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Espaço de Arquitectura - Disponibilização de projectos na base de dados O Espaço de Arquitectura convida os arquitectos a inserir gratuitamente os seus projectos na base de dados deste portal.

empenho e dedicação neste projecto.” Paulo Fontainha, IST, Projecto PLAGE

“Muito obrigado e parabéns pelos vossos inovadores e valiosos trabalhos.” Professor Luís Valadares Tavares, IST, Projecto PLAGE

“A vossa apresentação foi espectacular (…) Mais uma vez, os nossos parabéns pelo vosso excelente trabalho, esforço e dinâmica nesta área.” Arq. Carlos Vieira, Datech - Tech Data Portugal

“ Foi com muito gosto que vi a vossa apresentação. Uma excelente Visão, óptima motivação e uma melhor execução. Parabéns.” Eng. António Fernando Tavares Flor, Rumo ao Objectivo

“Os nossos agradecimentos à Tecad, pela excelente acção de formação que nos proporcionou. Agora ninguém nos pára com Civil3D e a NormaCAD nos nossos projectos!” Eng. Genoveva Mendes, Concexpla

“Obrigada pela vossa disponibilidade e atenção! Gostei muito!” Eng. Joana Melo, Somague

“Mais uma vez, obrigado pelo apoio prestado pelo Sérgio.” António Araújo, Proman PUBLICIDADE

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Notícias05 Dez oradores de reconhecido mérito internacional partilham as suas poderosas visões holísticas sobre os novos modelos de desenvolvimento urbano sustentável, renovando a nossa confiança e a energia de que precisamos para promover o desenvolvimento sustentável das nossas cidades. A próxima conferência será realizada no dia 7 de Junho e é dedicada ao tema CIDADES ECOLOGICAMENTE INTELIGENTES (METABOLISMOS) - O que faz uma Cidade Sustentável? O orador será André Heinz. A entrada é gratuita e a inscrição é obrigatória. Informação detalhada no portal www.humanhabitat.pt

Polegares Num tempo caracterizado pela falência de políticas públicas, as iniciativas individuais e empresariais tornaram-se fundamentais para eliminar as desigualdades e estabelecer formas revigoradas de promoção social. Carlos Alberto Júlio

A única segurança que um homem pode ter na sua vida é a sua reserva de conhecimento. respeito pelo meio natural envolvente”, afirmou Carlos Carreiras, presidente da Cascais Natura e vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais. Fonte: Diário Digital

Henry Ford

É da natureza do conhecimento que ele mude rapidamente e que as certezas de hoje se tornem os absurdos de amanhã. Peter Drucker

Fonte: Human Habitat 2010

Schindler lança elevador eco-eficiente A introdução do Schindler 6300 no mercado marca a opção da empresa suíça pela “modernização e eco-eficiência”. Este elevador para edifícios residenciais ou pequenos edifícios de escritórios foi “pensado para projectos de remodelação integral de edifícios ou substituição de equipamentos obsoletos”.

“A optimização, em termos de eficiência energética e de espaço permite ganhos de poupança de energia e consequente redução de custos operacionais”, refere a nota de imprensa da Schindler. Fonte: Jornal Construir

Primeira rede eléctrica inteligente em Évora Quase dois anos e meio depois do seu lançamento, o projecto de rede eléctrica inteligente da EDP, InovGrid, arrancou no início de Abril, em Évora (chamada de InovCity), a cidade-piloto escolhida para a instalação de 31 mil contadores inteligentes que permitem mais comunicação entre o cliente e a empresa. O projecto InovGrid, feito através de parcerias da EDP com o INESC Porto, a Efacec e a JANZ, passa por contadores inteligentes (denominados Energy Box ou e-boxes), bem como terminais de comunicação ligados a vários pontos de transformação da cidade. Os novos contadores inteligentes são a face mais visível do projecto e garantem a telecontagem dos consumos de energia em tempo real, mas também permitem mudar a tarifa à distância por solicitação do cliente, garantindo assim uma gestão mais eficiente dos consumos individuais de electricidade, não sendo necessário a deslocação de uma equipa da EDP nem a presença do consumidor no local.

A estratégia vitoriosa do ano anterior pode ser hoje o caminho mais certo para o fracasso. Há dois tipos de empresas: as que mudam e as que desaparecem. Philip Kotler

O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. Fernando Pessoa

Fonte: Renováveis Magazine

Cascais Natura vence Prémio de Arquitectura Paisagista A Cascais Natura conquistou o 1º Prémio na «Urba Verde 2010», na categoria Espaços Públicos Exteriores de Equipamento, com o projecto do espaço envolvente da Eco-Cabana, implementado junto do Parque Marechal Carmona, em Cascais. “Este prémio deixa-nos muito orgulhosos, porque representa o reconhecimento de um projecto que acarinhamos e premeia a transformação de um espaço degradado num espaço de utilidade pública, com

Paula Ruivo

Certificação de novas construções vai passar a ser feita por engenheiros credenciados A partir de Julho a certificação das novas construções vai ser feita por engenheiros credenciados, e não por empresas certificadoras, uma medida que o Governo tomou para “combater as falsas declarações de conformidade” e reduzir custos aos utentes, no âmbito do diploma DL nº 26/2010 de 30 de Março sobre o novo RJUE. Fonte: Jornal Construir

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As formigas têm megafones. Para uma geração de clientes acostumados a fazer as suas pesquisas de compras através de motores de busca, a marca de uma empresa não é aquilo que a empresa diz ser, mas sim o que o Google diz que é. Os novos criadores de preferências somos nós. O passa-palavra é agora uma conversa pública, levada a cabo nos comentários dos blogs e nas avaliações que os clientes fazem dos produtos, exaustivamente analisados e comparados. Chris Anderson

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Geração BIM06 Interoperabilidade e Normalização BIM em Ambiente Colaborativo O Building Information Modelling é uma linguagem de Modelação Integrada de Informação aplicada à construção, que faz todo o sentido em ambiente colaborativo. Arq. Ana Ferreira Especialista em Autodesk Revit aferreira@tecad.pt Building Information Modelling Tratando-se de uma representação digital das características físicas e funcionais de um edifício ou empreendimento, o modelo BIM permite em fase de projecto a simulação do seu comportamento real e ao longo do ciclo de vida da construção constitui uma base de dados de conhecimento que pode e deve ser partilhado. É de grande importância, tendo em consideração a multiplicidade de informação que pode conter, a possibilidade de interpretação e partilha do modelo BIM pelos vários intervenientes no processo de materialização da construção, desde a fase de estudo prévio até à gestão do seu funcionamento, manutenção e mesmo eventual demolição ou alteração. Um modelo BIM pode ser sujeito a variadas análises (de consumos energéticos, de estabilidade estrutural, de conforto térmico, etc.) em aplicações especializadas diversas e pode ser criado em programas distintos. Apresentam-se no mercado ficheiros de modelos de informação com formatos diferentes: para a interpretação e análise desses modelos é necessária garantia de interoperabilidade entre as várias aplicações ou um formato de transmissão de informação que permita a partilha da mesma sem obstáculos. IFC O formato IFC ou Industry Foundation Classes é um Standard Internacional para a Partilha de Informação BIM. É um formato aberto, neutro e com especificações padronizadas para o BIM: transporta propriedades alfanuméricas, materiais e relações entre objectos além das suas propriedades geométricas. O objectivo deste formato universal que nasceu em 1994 numa organização de empresas americanas ligadas à Arquitectura, Engenharia e Construção é garantir a interoperabilidade entre aplicações na indústria AEC, melhorando assim a comunicação, a produtividade, o tempo de entrega, o custo e a qualidade, em todo o ciclo de vida do edifício. Actualmente gerido pela International Alliance for Interoperability (IAI) onde participam vários países, o IFC encontraMagazine Digital eUAU! - Maio 2010

-se em constante desenvolvimento: é necessária a sua actualização permanente com a evolução das aplicações informáticas BIM e da própria indústria AEC. Está neste momento em revisão a versão IFC 2x4 que será brevemente lançada e que foi submetida à ISO (International Standardization Organization) para que seja aprovado o seu reconhecimento como Standard Internacional ISO16739. Actualmente o formato apresenta algumas limitações de interpretação entre aplicações de fabricantes distintos devido às diferenças de algoritmos e organização da informação existentes, apresentando ainda alguns erros de interpretação e perda de informação na passagem do modelo BIM de um software para outro. De qualquer forma o IFC apresenta-se como um bom formato de transporte de dados (melhor que o formato CAD) reconhecido por um número alargado de aplicações. Nas situações em que não se pretenda fazer alterações ao projecto mas apenas visualização e coordenação de modelos provenientes de diversas origens, ferramentas como o Autodesk Navisworks permitem a adição de vários modelos e formatos num ficheiro comum, a detecção de interferências e colisões, a gestão de projecto, com ligação a tabelas para listagens, planeamento ou calendarização e ainda a apresentação do projecto, com navegação em tempo real, imagens foto-realistas e animações. Normalização Para uma transmissão de informação correcta e facilmente interpretável é fundamental a existência de procedimentos de normalização. Tendo em consideração que a transmissão da informação contida no IFC entre aplicações varia com a forma como a informação é criada é imprescindível a normalização, a criação de standards e definições de formas de trabalho para uma transmissão de dados o mais correcta possível. A NormaBIM desenvolvida pela TECAD é um bom exemplo de procedimentos de normalização que facilitam a criação, interoperabilidade e partilha de Portfolios Digitais em conformidade com as principais Normas Internacionais e Portuguesas de desenho e projecto em ambiente BIM/Revit. É muito importante, para comunicação com terceiros, a organização dos projectos, a designação dos ficheiros, a nomenclatura de objectos e layers e a definição de tipos de linha e de traço, estilos de texto e cota, legendas, folhas e impressão, escalas e unidades de desenho, simbologia, blocos, tramas. O estado da arte As vantagens associadas ao BIM, específico para a indústria AEC, ultrapassam em grande escala o desenho CAD. Na América alguns estados já exigem que projectos públicos sejam desenvolvidos em BIM. Em Portugal encontra-se em desenvolvimento uma plataforma electrónica para contratualização em BIM (projecto PLAGE). O BIM já não é uma opção mas, cada vez mais, uma necessidade.

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Projecto PLAGE07 Apresentação do Projecto

Eng. António Aguiar Costa Assistente no IST - DECivil aguiar.costa@ist.utl.pt

O projecto PLAGE nasceu com a ambição de inovar e estimular a modernização do sector da construção, criando sinergias entre diversas entidades dispostas a liderar a mudança.

Em 2008 um conjunto de empresas (Vortal, Microfil e Primavera) e universidades (IST e UNL) reuniu-se em torno de uma mesma vontade, a de criar um instrumento e uma metodologia inovadores, que permitam: A - Criar um espaço colaborativo para todos os profissionais, decisores e clientes envolvidos no desenvolvimento de um empreendimento, desde o esboço inicial à gestão do seu ciclo de vida; B - Oferecer uma colecção de serviços interactivos e iterativos que permitam melhorar as opções seleccionadas em cada fase do projecto e gerir cada processo da melhor forma; C - Oferecer a possibilidade de acesso rápido a recursos especializados e úteis para o desenvolvimento do empreendimento (catálogos electrónicos, bases de conhecimento, normativos internacionais, etc.). A visão definida para o projecto PLAGE segue estas directrizes, disponibilizando um instrumento de apoio a todo o ciclo do empreendimento: • Cruzando a plataforma colaborativa e o modelo BIM com o contrato e o processo de contratação; • Disponibilizando serviços de apoio à gestão dos contratos (através de indicadores de desempenho); • Fornecendo serviços de monitorização de desempenho (através de indicadores de desempenho); • Disponibilizando catálogos electrónicos com suporte de elementos BIM; • Recorrendo a arquitecturas tecnológicas bastante interoperáveis, capazes de facilitar a integração de outros modelos avançados; • Considerando a rede de projectos e a rede de actores (e o conhecimento gerado por elas) como elementos activos na aprendizagem e num melhor desempenho em cada projecto.

Casos de Estudo No âmbito do projecto PLAGE alguns trabalhos de I&D estão a ser desenvolvidos e diversas iniciativas estão a ser dinamizadas. O Cesur-IST, com o apoio das empresas promotoras do projecto, está a desenvolver diversos casos Figura 1 - LOD1 do modelo BIM do Liceu Passos Manuel de estudo e a dinamizar a Rede Colaborativa Plage-IST, com o objectivo de divulgar e promover boas práticas e desenvolve metodologias apropriadas ao novo paradigma de trabalho colaborativo emergente. Um dos casos de estudo desenvolvidos foi cedido pela empresa Parque Escolar, que tem participado na Rede Colaborativa Plage-IST e disponibilizado todo o apoio necessário. Trata-se do Liceu Passos Manuel, que está a ser modelado em BIM tendo como base a Portaria 701H/2008.

Figura 2 - LOD2 do modelo BIM do Liceu Passos Manuel

No sentido de se adaptar às diversas fases previstas por esta portaria e à informação necessária em cada uma delas, a modelação foi simulada tendo em consideração diferentes níveis de detalhe do modelo BIM, designados por LOD (Levels of Development). Estes diversos níveis (LOD1, LOD2, LOD3, LOD4 e LOD5) foram então sistematizados para cada uma das fases, sendo apresentados alguns dos resultados já obtidos para a fase de projecto (Fig.1, Fig.2 e Fig.3).

A plataforma PLAGE encontra-se em desenvolvimento, estando a ser construída de forma modular, pelo que os diferentes serviços irão sendo disponibilizados de forma gradual. O projecto PLAGE tem o apoio do QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional 20072013 e é liderado pela Vortal, a Microfil e a Primavera em parceria com o CESUR - IST e a UNIDEMI - FCT UNL.

Promotores

Figura 3 - LOD3 do modelo BIM do Liceu Passos Manuel

Parceiros I&D

Financiamento:

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Equipa Jurídica08 A Lista Pública de Execuções e a sua Importância na recuperação do IVA As dificuldades na recuperação de créditos constitui uma das principais causas dos problemas de tesouraria e, quantas vezes, da própria subsistência, das empresas nacionais. Dra. Teresa Boino Advogada Teresa.Boino@BPO.pt A morosidade nos pagamentos como regra pacificamente aceite entre os operadores comerciais e a percepção de uma relativa impunidade perante o incumprimento generalizado são, como, aliás, apontam todos os relatórios internacionais, verdadeiros entraves ao tráfego comercial e a um salutar desenvolvimento da economia nacional. No intuito de criar um mecanismo desencorajador do incumprimento foi criada, em 2008, uma lista pública de execuções, com a indicação das execuções iniciadas após 31 de Março de 2009, bem como das execuções anteriores, mas que apenas se venham a extinguir após essa data por falta de pagamento ou de indicação de bens à penhora. Nessa lista está identificado, não só o executado, mas também os processos a que este está associado e a referência ao facto das execuções contra ele intentadas terem sido extintas por ausência de bens penhoráveis. A boa cobrança de um crédito começa em momento que é anterior à sua própria obtenção. É essencial que, logo no momento da celebração de um contrato, e acautelando sempre uma eventual e futura necessidade de avançar para uma cobrança judicial, o empresário esteja já munido de toda a informação sobre o seu cliente que lhe possa vir a ser útil e relevante num qualquer futuro processo de execução (todos os contactos, as diferentes instalações, a mais completa possível identificação dos seus sócios e gerentes, etc.). Nem sempre existirá o circunstancialismo ou o poder negocial para exigir de todos e cada um dos seus clientes tão completa informação, contudo, muitas empresas têm encontrado as mais variadas e imaginativas soluções para fazer face a este problema. Quem nunca estranhou a quantidade de informação que é solicitada aquando do preenchimento de uma ficha cliente, na obtenção de um cartão de pontos ou na subscrição de uma simples newsletter?

Esta nova lista pública de execuções é mais um passo no fomento de uma atitude eminentemente preventiva face às dificuldades na recuperação de créditos. O que aqui está, uma vez mais, em causa, é a concessão de um mecanismo pelo qual, os empresários poderão, de um modo muito fácil e rápido, obter um valioso conjunto de dados sobre a credibilidade e solvabilidade do parceiro com quem pretendem efectuar um qualquer negócio. A lista pública de execuções encontra-se on-line na Internet e é livremente acessível mediante o link: http://www.citius.mj.pt/Portal/execucoes/ListaPublicaExecucoes.aspx. A pesquisa poderá ser efectuada não só com base no nome do cliente, mas também no seu NIF, número de BI, Passaporte ou Carta de Condução. O escasso tempo de existência da lista pública de execuções implica que da mesma constem, para já, poucos devedores. Mas, se em Fevereiro de 2010, constavam dessa lista pouco mais de centena e meia de devedores, no presente mês de Abril o seu número ultrapassa já as sete centenas, e a tendência será, naturalmente, para um aumento muito significativo nos próximos meses. Enquanto esta nova ferramenta não se tornar verdadeiramente eficaz pelo aumento de número de devedores que nela estão referenciados, o empresário sempre poderá continuar a socorrer-se do Registo Informático de Execuções que contém o rol das execuções cíveis, dos processos laborais de execução e dos processos especiais de insolvência e recuperação de empresas que estará, neste momento, já satisfatoriamente completo. No entanto, o acesso ao Registo Informático de Execuções é muito mais moroso e burocrático se comparado com a consulta da lista pública de execuções, carecendo a sua consulta da apresentação de um requerimento junto de qualquer tribunal e de uma subsequente autorização judicial. Mas se esta lista pública de execuções é muito importante quando possibilita um estudo praticamente imediato da situação patrimonial de um hipotético cliente, permitindo uma melhor ponderação por parte da empresa na celebração do contrato ou na avaliação da possibilidade de sucesso de uma acção executiva, é ainda de uma maior relevância no que respeita à recuperação de IVA, naqueles casos em que os créditos são susceptíveis de vir a ser considerados como incobráveis. Conforme resulta do artigo 78.º do Código do IVA, o credor que liquidou o IVA para uma posterior entrega ao Estado, poderá, em certos casos, recuperar o imposto relativo a créditos considerados incobráveis. Haverá, contudo, que ter em atenção a alteração legislativa feita por ocasião do Orçamento de Estado para 2009, vertida na Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro, que veio introduzir um novo requisito que vem limitar a faculdade de recuperação do IVA nas circunstâncias contempladas pelo número 8 do artigo 78.º, requisito esse que se prende com o conteúdo da Lista Pública de Execuções.

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Equipa Jurídica09 de injunção ou reconhecimento em acção de condenação e o devedor seja um particular ou sujeito passivo isento. Finalmente, possibilita-se a recuperação do IVA quando os créditos sejam inferiores a € 6000, IVA incluído, desde que seja devedor um sujeito passivo com direito à dedução e o crédito tenha sido reconhecido em acção de condenação ou reclamado em processo executivo e o devedor haja sido citado editalmente. Ao conjunto de condições plasmadas no n.º 8 do artigo 78.º do CIVA, quanto à possibilidade de recuperação do IVA, foi agora aditado um novo requisito no n.º 17 desse mesmo artigo. O credor não poderá proceder à recuperação do IVA se, no momento da realização da operação, o devedor constava já da lista pública de execuções, seja com uma execução extinta por pagamento parcial, seja numa execução extinta por se não encontrarem bens susceptíveis de penhora. Figura 1 - Lista Pública de Execuções no Portal Citius

De referir, no entanto, que o requisito introduzido pela alteração legislativa citada não é extensivo aos casos em que exista um processo de execução, após registo da suspensão da instância, ou quando num processo de insolvência a mesma seja decretada (número 7 do artigo

O número 8 do artigo 78.º do Código do IVA estabelece que o credor pode recuperar o IVA quando, em crédito de valor não superior a € 750, IVA incluído, a mora do pagamento se prolongue há mais de 6 meses e o devedor seja um particular ou sujeito passivo realize só operações isentas. Nesse mesmo número, prevê-se ainda a possibilidade de recuperação do IVA quando os créditos variem entre os € 750 e os € 8000, IVA incluído, e o devedor seja um particular ou sujeito passivo isento que conste do registo informático de execuções ou da lista de acesso público de execuções extintas, com execução suspensa ou extinta por pagamento parcial ou ausência de bens penhoráveis. A recuperação de créditos superiores a € 750 e inferiores a € 8000 é permitida quando tenha sido aposta fórmula executória num processo

78.º). Nestes casos, a recuperação poderá ser feita sem limite de valor e mesmo que o devedor já constasse, ao tempo da contratação, da lista pública de execuções.

Concretizando.

Em face do actual artigo 78.º do CIVA, torna-se hoje imprescindível às empresas, aquando da contratação, a prévia consulta da lista pública de execuções, sob pena de, perante um crédito incobrável, não poderem sequer recuperar o IVA que entregaram ao Estado. Nota final da BPO Advogados Artigo de autoria conjunta: Dra. Teresa Boino e Dr. Paulo Castanheira

Conheça a nova família 2011 de Soluções Autodesk para o sector AEC AutoCAD AutoCAD LT AutoCAD Architecture AutoCAD Civil 3D AutoCAD Map 3D Buzzsaw Ecotect Analysis

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Rumo ao Objectivo10 As Derrapagens na Construção

Eng. António Flor Consultor de Gestão e Engenheiro antónio.flor@rumoaoobjectivo.com

A Rumo ao Objectivo tem o prazer de contribuir para a Revista eUAU! com artigos que permitam sustentar a ideia de que as derrapagens financeiras no sector da construção são uma excepção e não a regra.

• Quer acabar com os Erros e Omissões? Agora é possível com BIM 5D. • Quer medir o desempenho do Projectista e a eficácia de uma reunião? Conheça os Key Performance Indicator. • Conflito na Obra? Existe a Solução: Dispute Resolution Board. • Quer aumentar a fiabilidade do seu planeamento? Utilize o conceito Lean Construction. • Conheça o sistema que apoia a sua decisão de accionar ou libertar a Garantia Bancária da sua obra. Em cada artigo será seguida a seguinte metodologia: 1. Tipificar uma situação crítica em termos de derrapagens / Erros e Omissões / trabalhos a mais; 2. Identificar as causas e as consequências; 3. Propor ferramentas e metodologias que minimizem as causas e as consequências da situação identificada; 4. Estabelecer a ligação entre a proposta e a redução de custos nas obras.

Ao longo dos próximos números iremos abordar e desenvolver diversos aspectos ligados à construção de uma obra, que corroborarão esta ideia da evitabilidade das derrapagens financeiras no sector. Constata-se, da investigação desenvolvida, que a derrapagem é comum a todos os países, diferindo apenas o grau da sua magnitude. Define-se derrapagem quando o desvio financeiro é superior a 25% do valor contratado. Assim, a existência de uma derrapagem não é admissível nem normal. As causas de uma derrapagem têm que ser identificadas e accionados todos os mecanismos possíveis para que tal situação não ocorra. Afinal é simples, mas, se o é, porque é que persistem as derrapagens? Com vista a esclarecer esta questão, e ao longo de uma série de artigos, a Rumo vai ficcionar algumas derrapagens, identificar as causas e indicar as ferramentas que as minimizam. Concretamente irão ser abordados os seguintes temas: • A Derrapagem é uma fatalidade? Não, pode ser evitada pelo Código dos Contratos Públicos.

No próximo número vamos analisar a seguinte história ficcionada: Num determinado dia, veio a autorização para a execução da estrada entre povoação Aquiqui até à povoação Jáalijáali, o concurso está limitado a 7 M€. A festa para a implantação da primeira pedra é para daqui a 6 meses. Ao trabalho… O prazo é tão curto que só é contratado a fase de Estudo Prévio do projecto. Não existe tempo para fazer reconhecimentos, ensaios. Faz-se o projecto com base em informações gerais. Não existe tempo para compatibilizar os vários projectos. O concurso é lançado por 7 M€ e adjudicado por 10 M€ e procede-se, com grande pompa e circunstância, à festa da colocação da primeira pedra da obra. No dia seguinte, as máquinas avançam, mas oops… Como é que está história acabará? Terá alguma derrapagem? Até ao próximo número!

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Territórios Digitais11 SIG nas Nuvens A nuvem é a representação convencionada para representar a Internet esquematicamente.

Dr. Luís Baptista Geógrafo digilandpt@gmail.com Cloud computing refere-se à utilização da capacidade de armazenamento e cálculo de computadores e servidores, ligados através da Internet. Desta forma, o utilizador não necessita de utilizar os recursos do seu computador pessoal pois estes passam a estar do lado dos servidores, da “cloud” (nuvem). Qualquer dispositivo que possa aceder à Internet possibilita que o utilizador execute um comando e em algum lado, na nuvem, este será realizado. Com a uniformização dos protocolos de comunicação, um trabalho pode começar a ser feito a partir de um desktop, ser actualizado pelo telemóvel e analisado numa consola de jogos. Neste modelo em nuvem, o consumidor recebe e utiliza apenas serviços, que podem cobrir quatro áreas distintas: • Infra-estrutura - quando é utilizada uma parte de um servidor devidamente configurado para as necessidades do cliente (webhosting); • Plataforma - quando é utilizada uma plataforma como uma base de dados ou um webservice; • Desenvolvimento - quando são as ferramentas e os ambientes de desenvolvimento a serem partilhados; • Software - quando há um software que é utilizado na web, como os webmails, Sharepoint ou Google Docs.

SIG nas Nuvens Desde sempre que o sucesso de um SIG dependia - para além da qualidade dos resultados - da quantidade de pessoas que o utilizavam. Hoje, esse sucesso está dependente da quantidade de pessoas que nele participam. O suporte de todo o SIG é a informação, em qualidade e em quantidade. Quantos mais dados de entrada tivermos, Figura 1 - Diagrama simplificado mais e melhores resultados de computação em nuvem poderemos obter. Se abrirmos as portas a toda a informação, potenciamos melhores resultados. Até hoje a maior dificuldade no tratamento de grandes volumes de informação tem sido a capacidade de processamento. Neste modelo, a nuvem trata disso de forma distribuída, descentralizada. Em aplicações de nível (inter)nacional como a emergência médica, o combate ao terrorismo ou a segurança militar, se pudermos dispor de cidades digitais em modelos tridimensionais, de dados reais do tráfego com horários e fluxos, os resultados práticos poderão ser extraordinariamente mais expeditos e eficazes. Nos anos 80 o filme “War Games” transportava um jogo de guerra para a realidade. Hoje podemos transportar a realidade para um ambiente de jogo e trazer de novo os resultados para a realidade, mas com os cenários devidamente estudados. A segurança tem sido apontada como o calcanhar de Aquiles deste modelo pois toda a informação está disponível online. Uma das formas de minimizar esse problema é criar várias nuvens, com diferentes modelos de segurança e partilharem webservices entre elas. Os SIG difundiram-se, tornaram-se móveis e estão a chegar às nuvens.

Em 1999 o programa SETI (Search for Extra-Terrestrial Inteligence) disponibilizou um serviço que permitia a cada utilizador participar no projecto a partir da sua própria casa, mediante a instalação de um pequeno aplicativo. Partindo deste conceito de “trabalho partilhado”, hoje já é possível não só distribuir o trabalho, como utilizar software online e visualizar os resultados de imediato, permitindo uma análise em tempo real. Com estes quatro tipos de serviço, muitos negócios podem desenvolver-se em ambiente exclusivamente virtual, reduzindo as equipas de IT, focando-se mais no negócio e menos na manutenção da infra-estrutura, equipamento e licenciamento.

Figura 2 - Em www.giscloud.com pode-se criar e utilizar um SIG desenvolvido num modelo de Cloud Computing

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A Cor dos Números12 O PEC ou a Bolsa? Entre os dois, venha o Diabo e escolha. Ou, melhor, perante este “assalto” não há escolha possível para o comum dos mortais: eu e você, que vivemos dos rendimentos do trabalho ou da pensão de reforma, ou os Gabriel Serra seus (vários) vizinhos Técnico Oficial de Contas gabrielmpserra@gmail.com que vão fingindo que têm um “negócio”: uma lojeca aberta de trazer por casa, e cuja especialidade, pouco interessando o ramo a que se dedicam - café, cabeleireiro, oficina de automóveis, restaurante, etc. é exactamente pagar o PEC. Bem sei que este é o outro, não aquele que agora está na berra, mas não deixa de ser também um “assalto” aos seus vizinhos comerciantes e industriais que se vêem coagidos a pagar este outro PEC (mais conhecido por Pagamento Especial por Conta), um imposto que os vários Governos tem entendido justo apenas por aqueles terem a “porta aberta”, não obstante a registadora teime em manter-se silenciosa a maior parte do tempo. Tanto é o silêncio que, por mais ensurdecedor que se mostre a ameaça de coimas, juros e custas, este tem vindo, infelizmente e cada vez mais, a impedir o cumprimento daquela obrigação fiscal. Nem sempre o silêncio é de ouro, como usa dizer-se, mas, às vezes, é apenas a falência anunciada para a maioria dos pequenos empresários em Portugal. Como se vê, o termo PEC de há muito que se mostra pouco agradável e o seu entendimento presta-se, aliás, a confusões. Sobretudo este relacionado com o pagamento especial por conta. Devem estar recordados que, numa demonstração inequívoca de democracia, aqui há poucos meses atrás, todos os partidos da oposição consideraram injusto este “imposto” e revogaram/suspenderam a sua aplicação já para 2010. Mas o que era injusto ainda há pouco passou a ser justo agora para alguns destes partidos, sem que se descortine a razão para tamanho volte-face. Sabe-se, no entanto, das capacidades extra-sensoriais de muitos políticos que vêem o futuro onde nós só vimos presente: e lá terão visto em antecipação a nuvem negra do vulcão que iria pairar sobre a economia portuguesa, mais do que sobre os aeroportos. E é aqui que entra o novo PEC, o Programa de Estabilidade e Crescimento 2010-2013, como lhe chama o Governo. Não sei se bem, se mal. Tinha que ser baptizado, pois que seja. E se todos temos direito a um nome, aceite-se este. Veremos se faz jus a ele. Pretende o Governo (e a isso se vê obrigado pela Comunidade Europeia) a repor o défice das contas públicas nos carris, ou seja reduzir o actual défice de 9,4% em 2009 para menos de 3% em 2013. Magazine Digital eUAU! - Maio 2010

Pela descrição do programa apresentado, torna-se evidente que a “estabilidade” pretendida só vai ser conseguida com cortes significativos nas rubricas das despesas com maior significado, como sejam: • Despesas com pessoal dos funcionários públicos, com a contenção dos salários e a redução do seu número através da entrada de 1 funcionário quando se verifique pelo menos a saída de 2. Comentário: é bem certo que o Simplex tende a desburocratizar a vida do cidadão. Mas, pergunta-se, tem o tecido empresarial capacidade para absorver os excedentes e os que, em condições “normais”, entrariam no funcionalismo público? Queira-se ou não, a burocracia é, ainda, o emprego de grande parte da população activa portuguesa. • Despesas Sociais - redução das prestações sociais, nomeadamente da redução do período de desemprego subsidiado; controlo das despesas de saúde e política de medicamentos (será pela menor comparticipação ?); e aceleração da convergência dos regimes de pensões da CGA com o regime geral. Comentário: cortar neste tipo de prestações (desemprego e comparticipação nos medicamentos) é criar mais e mais dificuldades a quem dificuldades já tem. Já se entende e aplaude o controlo das despesas de saúde e dos gastos em medicamentos injustificados, às vezes a reboque das multinacionais do sector, como parece ter sido a aquisição da vacina contra a última gripe, mais anunciada do que propagada. • Despesas de capital e investimento com o adiamento por dois anos da execução das linhas ferroviárias de alta velocidade PortoVigo e Lisboa-Porto, cujo concurso será lançado somente em finais de 2011, de forma a evitar, segundo o Governo, qualquer impacto financeiro até 2013; e a não assumpção de novos compromissos em matéria de concessões rodoviárias. Comentário: Vingou o bom senso no adiamento destas duas linhas do TGV. Quanto às concessões rodoviárias: sendo concessões a empresas não ligadas ao Estado, qual a comparticipação deste? Existe? Fica a dúvida. • Redução da despesa fiscal, nomeadamente limitações às deduções à colecta e benefícios fiscais no IRS; alinhamento da dedução específica para pensões acima de 22.500€/ano com a dedução especifica para rendimentos de trabalho, o que se traduz numa redução bastante gravosa da dedução específica para os pensionistas nestas condições; alargamento da base contributiva para a segurança social, que passa a tributar rendimentos até aqui isentos; e introdução de portagens nas SCUTS. Comentário: Aceita-se o “sacrifício” da redução dos benefícios fiscais, o que implica o pagamento de mais IRS, podendo atingir, segundo as contas do Governo, até 700 euros por pessoa/ano, no caso de rendimentos superiores a 64.623 euros. O alargamento da base contributiva para a segurança social é também um dado adquirido, embora não restem dúvidas que irá criar mais constrangimentos às empresas e famílias. Resta a consolação de tais medidas só terem aplicação em 2011. Sobram as portagens nas SCUTS a norte do Porto, que deverão começar ainda este ano (Junho/Julho). Na minha opinião, que sou claramente contra as portagens, pôr “portas” nas vias rápidas é retroceder à época medieval em que um dos principais impostos

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A Cor dos Números13 consistia no pagamento pelos almocreves das portagens nas pontes e nas portas da cidade. Quem perde? As pessoas, que pagam as tais portagens e já pagaram outros impostos que deveriam garantir vias adequadas à época em que vivem, e é sabido que hoje não se vai de burro para o trabalho, ou transportar bens, ou negociar, ou em viagem de lazer.. Quando as Câmaras recebem cada vez mais imi´s e imt’s relacionados com as habitações, as fábricas, as lojas do seu concelho e parte do irs; e o Estado o iva, o ia, o isv, o imposto sobre os combustíveis, relacionados estes apenas e só com os veículos que possuímos, não deveriam estas entidades agregadas entre si proporcionar vias de circulação condizentes com vida actual? E a vida actual não deveria, como hoje faz, em hora de ponta, transformar um pequeno percurso que se faria em calmos 20 minutos numa dor de cabeça, Mas ir pelas A’s e Crel’s de qualquer sítio todos os dias dói na bolsa; Perde a economia, que o tempo perdido nas filas de trânsito não é tempo útil e os custos das portagens têm de pesar no custo dos produtos; E perde o país, que vê o seu desenvolvimento centrado em duas grandes metrópoles e o resto do território a definhar; Quem ganha? Os concessionários que terão, creio, por contrato a clientela mínima garantida. Não têm? O Estado pagará a diferença. Pela amostra (assim lhe chamo, porque falta definir os termos da sua aplicação), vê-se que a vida do comum dos portugueses não vai ser fácil nos próximos anos. Como o Governo neste seu Programa de Estabilidade e Crescimento sublinha “o desafio da consolidação orçamental é uma exigência nacional… exigindo, por isso, o contributo de todos. Um contributo que se quer equitativo, que exija mais a quem tem mais. Por isso, … introduzem(-se) iniciativas significativas de reforço de equidade fiscal”, como sejam a tributação das mais-valias mobiliárias e a tributação do IRS à taxa de 45% (antes 42%) para os rendimentos colectáveis superiores a 150.000€, iniciativas que são de louvar, mas que merecem reparos. Se são medidas com as quais se procura “um contributo que se quer… em reforço da equidade fiscal”, nas palavras do próprio Governo, é porque se reconhece que ela (equidade fiscal) não existe. E sendo assim há muitos anos, porque é que estas tributações, nomeadamente o imposto previsto sobre o ganho em acções e outros títulos negociados na bolsa, nunca antes foram postas em prática? Por notícias que têm vindo a correr, a aplicação deste tributo (20% sobre as mais-valias) não pode, na opinião de alguns juristas, ter efeitos retroactivos, pelo que só teria efeitos sobre transacções futuras, estando-se entretanto a verificar a venda de títulos imobiliários e a deslocalização de activos para sociedades não residentes, o que, a ser assim, limitará a tributação aos que se mantenham residentes ou com sede em Portugal, esvaziando as pretensões do programa. A não ser que surja alguma alteração que elimine a isenção prevista em IRS e IRC para os não residentes.

Por último, estranha-se que, tendo sido o sistema financeiro mundial o grande responsável pela crise em que nos encontramos todos envolvidos e que, apesar de tudo, continua ainda assim a apresentar resultados altamente positivos, se mantenha de fora da crise e continue a beneficiar de taxas IRC bastante inferiores à generalidade das empresas em Portugal. Portugal não está sozinho nesta crise. Há outros com maior défice: Irlanda, Espanha e Grécia, que terão de encetar caminho de recuperação semelhante ao nosso. À Grécia já estamos habituados a ser comparados: ou estamos um bocadinho pior ou um bocadinho melhor. Às vezes, a diferença é só de um golo. Valha-nos isso, ficar em segundo não é mau, embora esse ainda seja o “campeonato” em que ainda temos algum talento. O pior é que o campeonato “a sério” que disputamos com a Grécia já vem de muito longe e nenhum dos dois países fica bem na fotografia. Leia-se o que escreveu Eça de Queiroz, em Janeiro de 1872, no livro “Uma Campanha Alegre”, pag. 234/240, edição Livros do Brasil, comentando a questão da emigração em Portugal. Como os anos passam e parece ter sido ontem: “ … Nós estamos num estado comparável somente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento dos caracteres, mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas, quando se quer falar de um país caótico e que pela sua decadência progressiva poderá a vir a ser riscado do mapa da Europa - citam-se, a par, a Grécia e Portugal. É este o triste “campeonato” que vimos disputando com os gregos e por razões que pouco mudaram desde então. Continue-se a ler Eça: “… As indústrias fabris são poucas, periclitantes, com interrupções constantes de trabalho. A indústria mineira está abandonada à exploração de companhias estrangeiras. A agricultura vive de rotina, empobrecendo a terra e empobrecendo o homem. Não temos piscicultura, nem silvicultura, nem indústria pecuária. … A usura e a agiotagem, unidas, exploram a gente do campo. …Nas cidades, o operário é vítima do monopólio - monopólio no pão, no bacalhau, no azeite”. O retrato, com alguns retoques, mantém-se actual. Se o país está de pantanas, como pode a banca florescer? Não pode cobrar juros altos? Cobra em serviços. Não temos o monopólio do pão, do bacalhau e do azeite? Temos o da água, da electricidade, das comunicações, da grande distribuição, dos combustíveis, que todas, mesmo parecendo concorrentes, se conluiem e assemelham. Enriquecem, porque sem concorrência real, enquanto o resto do país empobrece. Este é o quadro que se irá manter, com ou sem Programa de Estabilidade e Crescimento: sem produção agrícola, industrial e de pescas (com tanto mar, tanto mar!), não há forma de reduzir a nossa dependência externa, equilibrar a balança de pagamentos e, de facto, criar riqueza. Só com serviços não vamos lá. É curto para tanto desequilíbrio.

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Arquitectura: Um novo Humanismo?14 Elegia por uma vocação? “one of the greatest gifts we can give to another generation is our experience, our wisdom”1 “a verdade vive-se, não se ensina”2

Arq. Bernardo Vaz Pinto Masters in Architecture (Harvard MArch II) bpinto@lisbondesignstudio.com Desde os primórdios da humanidade que mestres e discípulos, alunos e professores, são principais actores na transmissão do conhecimento de geração em geração. Em muitos casos de forma até inconsciente ou improvisada. Alguém queria ouvir e aprender, e alguém sentia que teria algo para dizer. Lembro o texto de Louis Khan sobre o nascimento imaginado da instituição como “a escola começou com um homem debaixo de uma árvore, sem saber que era professor, discutindo as suas ideias com algumas pessoas que não sabiam que eram alunos.”3 No entanto, numa época em que se sente de muitas e variadas formas um certo sentido de “fim do tempo” ou mesmo de “fim da história”, parece importante questionarmo-nos sobre os objectivos, a necessidade e a própria possibilidade de ensinar, e neste caso específico, ensinar a arquitectura. Surpreendo-me ao constatar que a essência que definiu o ensinar ao longo dos tempos mantém-se quase que inalterada nos dias de hoje: “A necessidade de transmitir conhecimento e competências, e o desejo de os adquirir são constantes da natureza humana”4. Interessa por isso neste contexto do ensino e da instrução, perguntar o que realmente mudou ao longo dos séculos e de que forma podemos continuar a ser participantes nesta continuidade histórica. Porque muito mudou. A dimensão sagrada ou canónica do ensino. O privilégio da participação no espaço público da Polis clássica estende-se agora a quase toda a sociedade; a informação ou “data”, abundante e massificada, preenche em muitos casos o lugar do próprio conhecimento. As auto-estradas tecnológicas, a computação, obrigam a alterações da própria consciência de quem ensina e de quem quer aprender, substituindo-se a existência física do lugar (locus) da academia, e das próprias personagens envolvidas, professor e aluno, por modelos virtuais acessíveis ao toque de um botão. Ao nível da arquitectura os resultados e as consequências merecem ser analisadas: a imagem representada e simulada substituiu a experiência acumulada, transformando a experiência sensorial num simulacro de sensações. Alunos espalhados pelos muitos cantos do mundo, “conhecem” La Tourette ou o Parthenon sem nunca se terem deslocado ao local do edifício construído, através de belas imagens de livros, ou simplesmente simulando essa experiência através do ecrã da televisão, do Iphone ou do computador. Os resultados são vários. Por um lado, e como referia recentemente o arquitecto Peter Eisenman5, existe uma cada vez maior passividade da parte do sujeito, que o torna permissivo e espectador acrítico Magazine Digital eUAU! - Maio 2010

da mensagem codificada que recebe. Por outro lado acresce uma cada vez maior dificuldade em distinguir entre o real e o simulado, aquilo que é e aquilo que parece ser. Neste contexto, o Mestre com a sua experiência e exemplo, terá deixado de existir, e o professor arrisca-se a conhecer os seus alunos no “facebook “ da educação, sem sair da sua sala de estar, do seu quarto de hotel, do seu lugar reservado no comboio de alta velocidade. Afinal que papel deve ainda desempenhar o professor, o instrutor, neste contexto actual? Que objectivo se apresenta para quem ensina, que expectativas para quem quer aprender? Como já referi estou convicto que esse papel é insubstituível, por ser responsável pela passagem do conhecimento de uma geração para outra, factor nuclear na construção da nossa identidade histórica. E como é que ainda pode ser feita esta passagem? Acredito que a melhor forma de o fazer será através de uma experiência que se torna exemplo. De uma experiência vivida, pessoal ou conjunta, que serve de exemplo para quem se quer arriscar na aventura de ir mais além, de saber mais um pouco. Exemplo também de coerência como resposta a problemáticas distintas, exemplo no entender dificuldades e imaginar soluções. Exemplo de trabalho e de obra construída para alguns, trabalho desenhado, escrito, ou pensado para outros. Mas em todos os casos exemplo que passou por nós e nos transformou e que pode vir a passar e a transformar outros. Para isso é preciso tempo e dedicação. É necessário ter tempo para ouvir, tempo para ensinar, tempo para admirar, e tempo para reflectir, e no fundo tempo para viver. O papel do ensino mantém-se assim central, ao ser responsável pelo despertar da expectativa de poder aceder a uma esfera do conhecimento até então não contemplada. O ensino, no seu entendimento mais lato, tem o poder de transformar um património de conhecimento restrito em património de conhecimento alargado, ocupando por isso um lugar único e insubstituível na sociedade. Lugar que se arrisca a desaparecer caso não saibamos como sociedade entender e valorizar o conhecimento tornado experiência, conhecimento inserido na própria História, diferenciando-se Figura 1 - Khan a desenhar para estudantes de forma clara do tipo de informação passiva e anónima acessível a todos indiscriminadamente. Claro que sem ouvintes não pode haver oradores, sem sede de conhecimento, sem a vontade de conhecer mais, de evoluir, de progredir, qualquer tentativa de ensinar ou instruir, será vã e infrutífera. Também por parte de quem quer ensinar se não existe vocação, vontade de transmitir, vontade de partilhar, vontade de “despertar noutro ser humano poderes e sonhos além dos seus”6, então aquilo que se passa para os outros é em parte frustração, incapacidade. Cabe a todos envolvidos manter viva esta tarefa muitas vezes subestimada, através do nosso percurso individual, do nosso trabalho e do nosso exemplo, participando colectivamente nessa grande aventura Humana que é a construção da História. Notas 1. Desmond Tutu, retirado do Livro “Wisdom” de Andrew Zuckerman, 2008. 2. Hermann Hesse, no livro “o Jogo das Contas de Vidro”, 1943. 3. Louis L. Khan, no livro “Between Silence and Light”, 1979. 4. George Steiner, no livro “As Lições dos Mestres”, 2003. 5. Refiro-me ao artigo intitulado “Insegnare l’architettura: sei punti”, publicado no número 769 da revista Casabella, Setembro de 2008. 6. George Steiner, ibid.

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Perfil15 Eng. Genoveva Mendes

Sócia-Gerente da CONCEXPLA Destaque um projecto ou acontecimento do seu percurso profissional. Grande parte da minha experiência profissional passa pela direcção de obras públicas, e como tal é difícil especificar um acontecimento em especial. Cada obra é diferente da outra e transmite-nos conhecimentos e experiências novas. Talvez pela complexidade da obra, por não existir projecto de licenciamento, pelas grandes dificuldades de relacionamento, possa dizer que a obra mais complicada foi o Hotel Santa Maria. Também foi a obra que me deu reconhecimento e respeito no contexto da empresa em que trabalhava na altura. Quanto à Concexpla, penso que o projecto de maior destaque seja o Retail Car (6000m2), pela dimensão e pela visibilidade que a nossa empresa adquiriu a nível local. Existe alguma pessoa que tenha marcado a sua evolução social/ profissional? Bom... ao nível social vou ter de responder o meu filho, pois alterou totalmente a minha vida social e acabaram-se as noitadas. Mas não a arruinou... Tive de fazer uma readpatação, mais jantaradas e menos noitadas. [risos] Quanto ao nível profissional, sem dúvida Marcelino Silva. Que música lhe dá vontade de cantar em voz alta? Não sei cantar, mas se fosse aos Ídolos cantava “Lusitânia Paixão” Qual o seu passatempo favorito? Viajar! É fantástico conhecer locais novos, culturas e pessoas! E se estivermos bem acompanhados ainda melhor! [risos]

Fotografia: Eng. Genoveva Mendes

Qual é a sua viagem de sonho? Não tenho uma viagem de sonho. Existem muitos locais onde tenho de ir um dia sem dúvida: à Índia, cruzeiro pelo Canal do Panamá, … Qual foi a última ideia absurda que teve? Não posso responder, é demasiada absurda! Qual a opinião acerca da evolução da economia? O total desaparecimento do capitalismo como o conhecemos. Vamos voltar ao tempo dos “Afonsinhos” troca directa de mercadorias! O que lhe falta fazer na sua vida? Tanta coisa...

Se possível, consegue resumir a sua Filosofia de Vida? Amor com amor se paga. Pode partilhar uma ideia que possa melhorar Portugal? Apenas uma?! Uma ideia fenomenal era que todas as pessoas deixassem de exigir só os direitos mas passassem também a lembrarem-se das responsabilidades e obrigações. Obrigações para com o país, para com o próximo, para com a entidade patronal, e para com o governo! E já agora, o que realmente podia começar a funcionar no nosso país era a justiça.

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Concexpla - Engenharia Lda Vale Formoso - Loulé, 8100-267 LOULÉ Tel: 289 355 841 Fax: 289 355 841 www.concexpla.com geral@concexpla.com

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B.I. CONCEXPLA16 Solução Integrada NormaCAD e AutoCAD Civil 3D Fundada em 2003 e constituída por uma equipa jovem e dinâmica, a Concexpla, sedeada em Vale Formoso no concelho de Loulé, adoptou recentemente a solução NormaCAD em ambiente AutoCAD e AutoCAD Civil 3D. Para a Concexpla, a adopção desta solução integrada surgiu com a necessidade de evoluir e modernizar os métodos internos de trabalho. Vânia Guerreiro Tendo como base a conhecida plataforma AutoCAD, a solução Autodesk Civil 3D integra funcionalidades eficazes e intuitivas em contexto de projecto de engenharia civil e topográfica. Por este motivo, a componente de normalização foi muito valorizada pela administração da empresa, e toda a equipa da Concexpla obteve formação personalizada em NormaCAD e Boas Práticas em AutoCAD e AutoCAD Civil 3D 2010. A empresa é especializada na elaboração de estudos e projectos de engenharia civil e arquitectura, execução de projectos de viabilidade, planos de segurança, bem como apoio, acompanhamento, fiscalização e coordenação de segurança de obras.

Figura 2 - Pinhal Novo Vilamoura

A experiência profissional dos sócios e colaboradores, permite à empresa abranger diversas áreas de actividade: Arquitectura, Engenharia Civil, Engenharia Topográfica e Design. De acordo com a Eng. Genoveva Sousa Mendes, sócia-gerente e responsável pela área de Engenharia Civil da empresa: “A Concexpla durante estes anos de trabalho conseguiu tornar-se numa empresa que aprimora os projectos... Pois nós exigimos na execução! Para nós, cada projecto/obra é também a nossa imagem de marca. Na concepção de cada projecto temos em conta a história e tradição do local onde o projecto se situa, assim como o seu design arquitectónico. No planeamento de novos projectos e tendo em conta a atitude da concorrência existente no sector, as definições de rigor, competência, criatividade e qualidade, tornam-se essenciais aos nossos objectivos que passam por um crescimento progressivo e sustentado.” Com a implementação NormaCAD na plataforma AutoCAD e AutoCAD Civil 3D, a Concexpla consegue obter benefícios significativos ao nível da diminuição do tempo despendido com a organização de informação de projecto e na partilha de informação digital com outras equipas. “Somos uma equipa constituída por 11 jovens dinâmicos, e apostamos sobretudo na eficiência e eficácia para bem servir os clientes. Planeamos o presente para rentabilizar o futuro...Com experiência no ramo estamos aptos a garantir qualidade, exactidão e rapidez. Somos muito rigorosos no cumprimento de prazos e rentabilização dos investimentos dos nossos clientes e procuramos as soluções tecnológicas que respondam eficazmente aos nossos requisitos.” conforme sublinha o Eng. Fernando Miguel Salvador, sócio-gerente e responsável pela área de Engenharia Topográfica da empresa. A solução integrada NormaCAD em ambiente AutoCAD e AutoCAD Civil 3D potencia mais-valias nos projectos e obras, e eleva os índices de confiança e produtividade dos projectos com a assinatura Concexpla - Arquitectura, Engenharia e Topografia, Lda.

Figura 1 - Equipa Concexpla

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B.I. CONCEXPLA17 O texto que se segue foi gentilmente elaborado pela Arq. Maider Brito apresentando detalhadamente um dos últimos projectos desenvolvidos na Concexpla e representativo dos rigorosos padrões de qualidade ao nível da concepção, inovação, integração ambiental e qualidade arquitectónica promovidos pela empresa. Apresentação do Projecto: Moradia do Bico Situada no Algarve, no sítio dos Quartos (Almancil), é uma moradia baseada nos conceitos da arquitectura moderna, “futurista”, destaca-se principalmente por ter uma cobertura em madeira com forma geométrica fora do comum e da inexistência de paredes de alvenaria exteriores que são substituídas por grandes áreas de envidraçados. Teve como ponto de partida a configuração (polígono irregular) e a área do terreno, cerca de 520m2. Com o cumprimento dos afastamentos legais resultou uma figura geométrica da área de implantação, “o triângulo”. O triângulo é uma figura geométrica que é instável e cria tensões no seu ângulo mais agudo formando sempre a sensação de caos, e com a enorme desvantagem do desperdício do espaço interior. Quando criamos uma moradia é pensando num lugar de descanso e convivência com a família e amigos, facto pelo qual tivemos a preocupação de neutralizar as energias negativas introduzidas pela forma triangular, para tal, utilizamos a forma curva que tem com uma das suas característica o descarregar de toda a tensão criada pelo triângulo interagindo com o terreno (meio natural). O alçado principal é constituído por um muro (“cortina”) de vidro que vai até a cobertura. Existe uma parede em alvenaria que será revestida a pedra tipo xisto preto para introduzir alguma privacidade aos quartos. Como já referimos, esta moradia destaca-se pela sua cobertura que foi um dos maiores desafios deste projecto. Esta cobertura é composta por duas vigas principais de metal curvadas que abrange toda a moradia, passa por cima da piscina e termina num pilar redondo na zona relvada. Pensou-se na utilização de painéis tipo Alaço para cobrir as vigas de madeira, mas devido a transmitir um aspecto mais industrial, optou-se por revesti-las a cobre tratado. Outra particularidade da moradia são as escadas que se desenvolvem sobre a piscina suspensas à cobertura, os degraus estão pensados em madeira com vidro. Outro de pormenor interessante é o facto de uma das paredes da piscina ser em vidro, esta parede em vidro é a parede divisória com a cave. O objectivo é introduzir iluminação natural à cave. No seu interior a moradia desenvolve-se em três Figura 3 - Plantas Moradia do Bico pisos:

Figura 4 - Moradia do Bico

• Rês do chão onde se desenvolve uma sala comum de poucos m2 que tem a possibilidade de se abrir para a zona do terraço coberto por uma pérgola de madeira e envidraçado, esta expansão de área consegue-se através da abertura das portas de vidro das fachadas, conseguindo a continuidade do espaço e amplitude do mesmo. Neste piso projecta-se um quarto principal que tem o privilégio de obter um pátio privado com jacuzzi. O acesso ao piso superior é feito através de umas escadas metálicas com acabamentos translúcidos e de estrutura pendurada às vigas de cobertura que se desenvolve por cima da piscina. • O 1º andar têm logo à entrada um espaço de recepção com vista para o mar. Este piso tem dois quartos com casas de banho privativas. • A cave é utilizada essencialmente como garagem.

Contactos CONCEXPLA Arquitectura, Engenharia e Topografia, Lda Vale Formoso - Loulé, 8100-267 LOULÉ Telefone: 289 355 841 Fax: 289 355 841 Website: www.concexpla.com E-mail: geral@concexpla.com

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Ficha Técnica18 AutoCAD 2011 - Tarefas facilitadas!

Sérgio Antunes Técnico de Aplicações santunes@tecad.pt

A Autodesk já disponibilizou aos seus clientes a nova versão AutoCAD 2011. Nesta versão existem várias funcionalidades que vão ajudar os utilizadores e executar as suas tarefas de uma maneira mais simples e eficaz.

Figura 4 - Transparências

a todos os objectos num determinado layer. Esta nova funcionalidade está disponível no “Layer Manager”. Para simplificar as tarefas mais básicas mas, ao mesmo tempo as mais utilizadas pelos utilizadores, o AutoCAD 2011 disponibiliza várias ferramentas que permitem a selecção dos objectos presentes num desenho de uma forma muito simples.

Com as novas ferramentas na utilização das tramas, nesta versão os utilizadores podem aplicar uma cor de fundo, ao mesmo tempo que aplicam um padrão para a trama. Esta opção está disponível na caixa de diálogo das tramas do AutoCAD. Ainda nesta caixa de diálogo os utilizadores podem definir desde logo em que layer a trama se irá inserir e, caso pretendam, um valor de transparência a aplicar a essa mesma trama. Ao seleccionar as ilhas às quais se pretende aplicar a trama, os utilizadores podem de imediato visualizar um preview do resultado final, mesmo antes de aplicarem definitivamente a trama. Existe ainda uma opção na “toolbar” “Draw Order” que permite aos utilizadores enviarem todas as tramas para trás de todos os restantes objectos presentes no desenho.

Figura 1 - Ordem de prioridade nas Tramas (Draw Order)

Se os utilizadores tiverem preferência pela utilização dos “Ribbon”, podemos destacar um separador totalmente dedicado às tramas e, caso o utilizador seleccione uma trama, automaticamente terá visível esse mesmo “Ribbon”. A versão 2011 do AutoCAD permite ainda a aplicação de transparências Magazine Digital eUAU! - Maio 2010

Figura 5 - Isolar objectos

A funcionalidade “Selection Cycling” permite de uma forma automática que os utilizadores se apercebam da existência de entidades sobrepostas nos seus desenhos. Esta opção está disponível na barra de estado do AutoCAD e ao ligar esta ferramenta, o cursor do AutoCAD ao passar por cima de entidades sobrepostas vai mostrar ao utilizador que entidades são, e qual pretende escolher. Ainda no âmbito da selecção de objectos, de salientar que esta versão conta com uma funcionalidade oriunda do Revit: a possibilidade de isolar e esconder objectos seleccionados, independentemente do layer em que estejam inseridos. Os utilizadores pode recorrer a esta ferramenta clicando em cima da lâmpada que existe no canto inferior esquerdo do seu AutoCAD. De seguida basta seleccionar os objectos que pretendem isolar ou esconder. Esta funcionalidade pode ser também acedida a partir do botão direito do seu rato, após seleccionar os objectos. Para terminar, os utilizadores podem agora seleccionar um objecto e clicando com o botão direito do seu rato, pedir ao AutoCAD que seleccione todos os objectos que sejam iguais nas propriedades previamente definidas. A ferramenta chama-se “Select Similar” e para aceder à sua configuração basta escrever na linha de comandos “select similar” e de seguida activar a opção “Settings”.

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Figura 7 - Select Similar Settings


Ficha Técnica19 AutoCAD CIVIL 3D 2011 e Google Earth Uma das ferramentas mais interessantes do AutoCAD CIVIL 3D é a sua interactividade com o Google Earth. A ferramenta permite que os projectistas testem, analisem, publiquem e compartilhem informações de projecto num contexto interactivo.

Figura 3 - Importação para o Civil 3D

Norte (verificar a orientação através do símbolo indicado no canto superior direito no Google Earth) Regressando ao Civil 3D, no menu File selecciona-se a opção Import » Google Earth Image and Surface e...voilá!

Vânia Guerreiro Os projectistas podem controlar o tipo de dados que desejam importar relativamente aos dados disponibilizados no Google Earth (terreno, estradas, edifícios, etc.) bem como a informação de projecto que pretendam publicar (pontos, alinhamentos, corredores, superfícies, redes hidráulicas etc.) e a forma como desejam que os objectos sejam exibidos. O processo de importação de informação do Google Earth é muito simples, há apenas que ter em consideração algumas configurações importantes: 1. Abrir a ToolSpace e no separador Settings expandir a lista da opção Surface » Commands 2. Com o lado direito do rato em ImportGEData e em Import Figura 1 - Configurações GESurface editar os parâmetros na Toolspace do Civil 3D para configurar os valores relativos à triangulação que irá ser modelada a partir dos dados importados do GoogleEarth (Rows/Columns = 70) Seguidamente abrindo o Google Earth posicione-se no local/ terreno que pretende importar para o Civil 3D. Aqui, há que ter em consideração as seguintes configurações: 1. Pode fazer a importação do total da informação disponibilizada pelo Google Earth (fronteiras, etiquetas, edifícios, clima, etc.) contudo, quanto mais informação for recolhida mais demorado será o processo de importação. De um modo geral, para análise de superfícies de forma simplificada no Civil 3D, basta que estejam seleccionadas as opções: Terreno e Estradas. 2. É importante que o local a importar esteja devidamente orientado a

Os projectistas podem assim fazer a importação de dados topográficos de forma simplificada e usá-los como modelos de superfície em fases inicias de projecto, estudando desde cedo as melhores alternativas e rentabilizando desta forma as ferramentas do Civil 3D enquanto o levantamento topográfico oficial é executado no campo. A interoperabilidade entre as aplicações é bidireccional, e os projectistas podem também efectuar a publicação dos modelos elaborados em Civil 3D no ambiente Google Earth.

Figura 4 - Publicação para o Google Earth

Figura 2 - Camadas “Estrada” e “Terreno” activadas

O Civil 3D cria um ficheiro com extensão *.KML (formato Google Earth), que contém os elementos visuais e as informações complementares de projecto (metainformação) e que pode ser partilhado em contexto colaborativo entre equipas e projectistas em localizações distintas permitindo que qualquer elemento visualize e navegue facilmente pelo projecto através do Google Earth. O realismo dos modelos do Civil 3D pode ser aprimorado, associando elementos do projecto com conteúdos reais do Google Earth. Os projectistas podem adicionar as camadas de dados tais como edifícios, postes de luz, casas e carros, sistemas de transporte, etc. para aprimorar a visualização do projecto através do nível de detalhe do contexto ao seu redor.

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Ficha Técnica20 Revit 2011 - Apresentar ou Esconder Links em Modelos de Revit A utilização de Links no Revit (que funcionam como referências externas) é muito importante para a gestão de modelos relativos a diferentes áreas/especialidades ou equipas de trabalho, bem como para gestão de modelos muito complexos, em que a separação da informação pode facilitar o manuseamento da mesma.

todos os links aninhados serão visualizados no modelo principal. As imagens que se seguem mostram que o Projecto A está como Link no Projecto B (portanto o projecto B é o modelo “pai” do Projecto A). A opção de Reference Type para o projecto A está como Overlay no Projecto B, logo quando o Projecto B é importado para o Projecto C, o Projecto A não é apresentado.

Figura 2 - Definição de Overlay

Joana Andrade Quando, num novo modelo, se coloca um Link que possui outros Links associados, deve ser dada a indicação sobre a visualização dos Links aninhados. As configurações de visualização são realizadas através do Reference Type, havendo duas opções possíveis: Overlay ou Attachment. Com a opção Overlay, os modelos contidos nos Links aninhados não serão apresentados no modelo principal. Já com a opção Attachment,

Figura 3 - Definição de Attachment

Esta pode ser uma boa opção quando, por exemplo, o modelo de arquitectura possui um Link do terreno e é enviado para especialidades para as quais este não faz falta (por exemplo para AVAC). Se for alterada a opção de Reference Type do Projecto A (que está colocado como Link no projecto B) for alterada para Attachment, quando o Projecto B é importado para o Projecto C, o Projecto A será apresentado. Esta será a melhor opção a tomar quando é necessário visualizar o modelo total, com todos os Links incorporados. Procedimentos para dar as configurações acima descritas: 1. Abrir o modelo “pai” que possui um Link 2. Clicar em Manager > Manage Project > Manage Links 3. Na caixa de diálogo Manage Links, clicar no separador Revit 4. Na coluna de Reference Type, alterar valor para o modelo linkado para a opção desejada: • Attachment • Overlay

Figura 1 - Painel Manage Links

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Ficha Técnica21 Robot Structural Analysis Novidades versão 2011

Novo método de cálculo Multithreaded Solver Mesmo em projectos relativamente pequenos, o processo de dimensionamento requer o cálculo de múltiplas variáveis. No caso de um modelo complexo, o numero de variáveis que precisam de ser calculadas aumenta exponencialmente. São cálculos que levam muito tempo para se realizar... A Solução Robot Structural Analysis 2011 fornece processos de análise avançada, usando métodos interactivos para ajudar a acelerar o processo de análise. O método de cálculo multithread solver contém uma biblioteca altamente optimizada, rotinas matemáticas para ciência e engenharia, extensivamente trabalhadas, que podem ser benéficas na análise de projectos complexos.

A Autodesk lançou no princípio do passado mês de Abril a versão 2011 do Robot Structural Analysis, software líder mundial na área de análise e dimensionamento de estruturas.

Códigos Na versão 2011 foram introduzidas uma serie de actualizações e novos códigos

Eng. Nuno Santos Engenheiro Mecânico ns@estupe.com De entre as novidades da versão 2011 encontram-se as seguintes: • Melhoria das capacidades de colaboração, com as seguintes aplicações de software: Autodesk Revit Structure 2011, Autodesk Inventor 2011 e AutoCAD Structural Detailing 2011. • Melhoria de análise e dimensionamento, ajudando-o a realizar uma análise mais rápida e dando acesso a um novo conjunto de códigos de dimensionamento. • Melhoria da interface com o utilizador, incluindo uma nova página inicial e outras alterações.

para análise e dimensionamento, nomeadamente: Eurocódigos • Steel design • Steel connections design • Reinforcement design • Timber design • Load combinations codes • Snow and wind loads • Geotechnical

Figura 3 - Eurocódigos

Other Codes • Seismic codes • Snow and wind loads • Load combinations codes

Geração paramétrica de armaduras Na versão 2011 existem menus de diálogo para definir armaduras da maioria dos perfis standard, nomeadamente vigas, pilares e fundações. Nesta versão as extensões para Autodesk Revit Structure, AutoCAD Structural Detailing e Autodesk Robot Structural Analysis Professional têm o mesmo menu de geração de armaduras. Graças a esta funcionalidade a interoperabilidade entre as aplicações de software foi melhorada. Os dados de armaduras, definidos por estes menus podem agora ser transferidos facilmente entre as aplicações. Agora com a solução Autodesk Robot Structural Analysis Professional o utilizador pode gerar armaduras reais usando estes menus e posteriormente efectuar a verificação da estrutura.

Figura 1 - Geração de Estruturas

Frame Generator O novo módulo de geração de estruturas é usado para uma rápida definição de modelos de estruturas 3D. Esta ferramenta vai gerar elementos estruturais tais como pilares, vigas e suportes baseados em parâmetros especificados para a estrutura, ajudando a poupar tempo de dimensionamento tendo em conta a automatizando do processo. A verificação e dimensionamento são feitos baseando-se nos seguintes códigos: • French code CM66 • European code EC3 EN1993-1:2005 ACC:2009 • American code ANSI/AISC 360-05

Figura 2 - Geração de Estruturas Figura 4 - Armaduras Paramétricas

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Ficha Técnica22 Rede Particular Virtual (VPN)

a ligação com sucesso que tiver um nome de utilizador e palavra pass na rede interna e autorização para acesso VPN. Caso contrário quando se tenta estabelecer ligação esta devolve uma mensagem a negar o acesso. Quando os utilizadores se conseguirem ligar à VPN, no servidor fica o status do utilizador, o login, o tempo de ligação, etc. Para além desde tipo de segurança, as ligações VPN são também encriptadas. Logo, caso a informação seja interceptada por meios não fidedignos, é muito complicado descodificar o que lá está.

Abel Prada Técnico de Suporte SI aprada@tecad.pt O que é uma VPN? VPN - Virtual Private Network, ou em português Rede Privada Virtual, tem como função estabelecer uma rede virtual entre duas redes, de forma segura. Bem, isto dito assim é muito subjectivo, por isso o melhor exemplo prático é o seguinte: estando em qualquer parte do mundo, e desde que se tenha Internet disponível, consegue-se efectuar uma ligação à rede do escritório de forma a conseguir utilizar os seus recursos da mesma forma como se estivesse lá fisicamente. Desde acesso a ficheiros, email, sharepoint, conseguem-se utilizar todos os recursos locais estando ligados virtualmente à rede interna, daí o acrónimo VPN. As maiores desvantagens deste tipo de ligações são maioritariamente a nível de velocidade de acesso, que irá sempre depender da velocidade de internet assim como, obviamente, disponibilidade do acesso. Para configuração deste tipo de ligações é necessário um servidor que consiga “lidar” com os protocolos de VPN, um router que tenha suporte para VPN e por fim a configuração da ligação no posto que pretende aceder à rede. Mas será só isto? E a segurança? Qualquer pessoa pode entrar? A resposta é não! Só consegue efectuar

Mais tecnicamente, as redes VPN baseiam-se na tecnologia de “tunneling” cuja existência é anterior às VPNs. Pode ser definido como o processo de encapsulamento de um protocolo dentro de outro. Mas uso do “tunneling” nas VPNs contém mais uma característica: antes do encapsulamento, o pacote que será transportado é encriptado de forma a ficar ilegível caso seja interceptado durante o seu transporte. Então, o pacote encriptado e encapsulado “viaja” através da Internet até alcançar o seu destino onde é “desencapsulado” e “desencriptado”, retomando o seu formato original de forma a ser legível para o utilizador.

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Fonte: www.petri.co.il

Conclusão As VPNs são sem dúvida mais valias. Tantas são as vezes em que é necessário aceder a determinado ficheiro urgente mas, por azar, hoje não estou na empresa, ou a um outro recurso. Basta haver uma ligação de internet disponível para tornar este acesso viável, aliando segurança durante todo o processo de ligação estando em qualquer parte do mundo. business business partner partner

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Laboratório23 Os “AIS” e os “UIS” “Ai que o servidor estoirou”. Bem, acho que isto deve ser uma das últimas coisas que alguém quer ouvir...

Duarte Miranda MCP - Microsoft Certified Professional dmiranda@tecad.pt

“Ui, que estava lá a informação toda”, é certamente a segunda última coisa que alguém quer ouvir...

“E agora?” - Consequentemente vem esta pergunta. O artigo deste mês não é um tema técnico. Não é nenhuma explicação acerca do que é melhor, ou do que deveria ser. É uma mensagem de que o perigo de perda de informação importante é real e que, infelizmente por vezes, acontece! O equipamento informático que trabalha em exaustiva produção é desenvolvido para que não dê problemas e que funcione 24h/dia e 365 dias/ano, como é o caso dos servidores. Mas, como qualquer equipamento eléctrico e/ou mecânico quando menos se espera avaria. As causas (inesperadas) podem ser várias: excesso de calor, um pico de corrente, uma inundação, um tremor de terra, um incêndio...entre outras. A panóplia de “desastres naturais” que podem ocorrer são muitos, e esperamos sempre que nenhum ocorra.

Após as fases iniciais surge a fase da resolução do problema. Muito bem, o servidor queimou 4 discos, mandamos vir 4 novos discos, accionamos a garantia, etc.. Entretanto, o servidor tem que voltar ao activo no menor curto espaço de tempo e até então os colaboradores têm que trabalhar para conseguirem cumprir o prazo de “amanhã urgente”..! Algo que é vital e imprescindível nestes casos, é existir uma política de backups e garantir que existem sempre backups externos, fora do servidor. Com esta política a funcionar, em pouco tempo consegue-se repor a informação das semanas anteriores. Só por aqui, é logo um alívio para o gestor da empresa, que viu a sua informação “intacta” e para os colaboradores que vão poder cumprir os prazos. Tudo o que se desenrolar a partir daqui, estará nas mãos do técnico e da paciência da empresa porque nada nestes processos é de imediata resolução. Há que definir prioridades, objectivos e arranjar sempre a melhor maneira de colocar de novo o sistema a funcionar não como antes, mas ainda melhor. Reinstalação completa de servidor, configuração, reposição completa de informação, testes a todos os níveis em todos os utilizadores... Passado a fase da resolução, vem por final a fase do “UFAA!!! Sr. Cliente, consegui colocar tudo a funcionar em 3 dias. Não se perdeu informação nenhuma, já está tudo reposto de novo, os prazos foram cumpridos e o sistema encontra-se estável de novo. Missão cumprida!” Concluo este artigo dizendo que em situações ideais, tudo se resolve, sempre desta maneira. Mas, existem muitos factores que podem influenciar todos esses processos, ou fases. Basta um erro “azarado” num backup, um problema de discos de backup, o que for, para possam haver perdas reais de informação. Não existem soluções perfeitas. Não existem backups infalíveis.

Mas, por vezes são inevitáveis. E já dizem as Leis de Murphy, que é nas horas de maior aperto de trabalho, quando o tempo parece fugir por entre as teclas, que se houver algo para correr mal é no pior momento que vai acontecer. “Ai, que ficámos sem servidor…. “ Cheira a queimado e aparecem só luzes vermelhas. “Ui...luzes vermelhas geralmente não agoiram nada de bom. Vamos chamar o nosso informático para verificar isto o mais rápido possível porque o tempo não pára e, nesta fase, todo o tempo é precioso...” O que irá acontecer de seguida, eu classifico em 3 fases: 1. Fase do Aiiiii!: O servidor queimou 4 discos e não há redundância RAID que nos consiga ajudar. 2. Fase do Choque: Então e agora o servidor? E agora a informação toda? E agora os emails? E agora todo o trabalho que tinha que ser entregue dois dias a seguir? E tudo???? 3. Fase do Informático Uiiiii!: Sr. Cliente, antes de mais sossegue. Eu sei que é tudo urgente, tudo é preciso, tudo é necessário, tudo e tudo tem que funcionar. Mas para começarmos, o que é prioritário e necessário? Estas fases apesar de serem apresentadas por mim, em “tom de brincadeira”, são baseadas em factos verídicos...correspondem à verdade e não têm graça nenhuma! Como explicar ao gestor de uma empresa que toda a informação foi “à vida” quando ele tem um projecto urgente para entregar no dia seguinte? Com dificuldade, claro!

Fonte: www.thoughtsfromatexan.com

Não existem super máquinas que nunca avariam. O risco está patente em tudo. O que se tem de fazer é minimizar o risco, assegurando o mais possível a integridade da informação da melhor maneira e, em situações de crise, manter a calma e o discernimento necessário para que se consiga pensar naquilo que se irá fazer. Falo por experiência própria, há que manter a calma, analisar a situação junto da empresa e após examinadas as várias condições partir para a acção e colocar a malta toda a “trabalhar novamente”. Afinal de contas, nós, os gestores informáticos temos que garantir isto tudo. Esta responsabilidade é nossa!

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Truques e Dicas24 AutoCAD - Restrições dimensionais

Eng. João Santos Formador certificado e Autor AutoCAD jsantos@qualicad.com

No último número introduzimos as restrições geométricas, que permitem definir associações geométricas entre entidades. Vamos, agora, apresentar as restrições dimensionais, com as quais conseguimos parametrizar desenhos 2D.

Tipos de restrições dimensionais Por omissão, o comando DIMCONSTRAINT pede a selecção de uma cota associativa, que é transformação numa restrição dimensional, ou a criação directa de uma restrição, com a introdução de uma das seguintes opções, de uma forma similar às dos comandos de cotagem. Em todos os casos, após a a especificação dos dois pontos ou da selecção da entidade, é pedida a localização da linha de cota e a confirmação do valor ou variável. Linear - Esta opção não tem ícone. Cria uma cota constrangida horizontal, vertical ou rodada. Pede dois pontos ou a selecção de uma entidade. Horizontal - Cria uma cota constrangida horizontal. Pede dois pontos ou a selecção de uma entidade, a localização da linha de cota e a confirmação do valor ou variável. Vertical - Cria uma cota constrangida vertical. Pede dois pontos ou uma entidade. Aligned - Cria uma cota constrangida alinhada. Pede a marcação de dois pontos, a selecção de uma entidade, a marcação de um ponto e a selecção de uma linha ou a selecção de duas linhas.

As restrições dimensionais controlam dimensões, permitindo a alteração de geometria a partir da alteração do valor de cotas de restrição. Podem definir-se medidas como distâncias entre objectos ou pontos de objectos, ângulos entre objectos ou pontos de objectos e dimensões de arcos e circunferências. Podem converter-se cotas em restrições dimensionais, mas existe uma diferença fundamental: enquanto as restrições se aplicam, tipicamente, na fase de projecto, as cotas são usadas na fase de documentação. As restrições dimensionais devem ser aplicadas após as restrições geométricas.

Angular - Cria uma cota constrangida angular. Pede a selecção de um arco, de duas entidades lineares ou a marcação de três pontos. Radial - Cria uma cota constrangida radial. Pede a selecção de um arco ou de uma circunferência.

Por omissão, as restrições dimensionais não são objectos gráficos, usam um único estilo de cotagem, alteram o tamanho de representação com as operações de zoom e não aparecem na impressão. Se mudarmos a propriedade Constraint Form de dinâmica (dynamic) para anotativa (annotational), as restrições já são impressas. As restrições dimensionais são actuadas através do comando DIMCONSTRAINT, abreviatura DCON. Este comando tem a barra de ferramentas Dimensional Constraints e está no ribbon Parametric > Dimensional (figura 1).

Figura 1 - Acesso às restrições dimensionais

Diameter - Cria uma cota constrangida de diâmetro. Pede a selecção de um arco ou de uma circunferência. Nos valores das cotas constrangidas podem colocar-se expressões relacionando outras cotas (figura 3). O comando DELCONSTRAINT, ícone remover todas as restrições geométricas e dimensionais dos objectos a seleccionar. Apenas pede a selecção de objectos. Através do menu de contexto podem eliminar-se restrições individuais.

da barra Parametric, permite

Figura 3 - Altura dependente da largura

Seleccionando uma restrição dimensional, através do excelente PROPERTIES, podemos mudar uma série de propriedades, incluindo a sua designação (figura 2).

O comando PARAMETERS, ícone da barra Parametric, controla os parâmetros associativos do desenho ou do editor de blocos, através de uma paleta (figura 4). Para um desenho paramétrico, mostra as referências das cotas constrangidas e variáveis definidas pelo utilizador, com as respectivas expressões e valores.

Figura 2 - Propriedades das restrições dimensionais

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Truques e Dicas25 2. Aplicar as seguintes restrições geométricas (figura 7): Linha de baixo horizontal Linha de cima paralela à de baixo. Arcos com pontos coincidentes e tangentes Figura 7 - Exemplo: 2 às linhas Circunferências concêntricas com os arcos

Figura 4 - Comando PARAMETERS

O comando CONSTRAINTSETTINGS, ícone da barra Parametric, mostra uma caixa para a especificação de parâmetros de restrições, com 3 separadores (figura 5): • Geometric - Controla a visibilidade dos símbolos de restrições geométricas e a sua transparência. • Dimensional - Controla o formato das cotas

3. Aplicar as seguintes restrições dimensionais (figura 8): Comprimento (substituir a referência, em princípio d1, por comp). Largura (substituir a referência por larg). Raio da circunferência esquerda igual a 40% da largura (larg*0.4). Raio da circunferência direita igual a metade do raio da circunferência esquerda (raio_e/2).

Figura 8 - Exemplo: 3

constrangidas e se o cadeado é colocado para as anotacionais. • AutoConstrain Controla as opções de autoconstrangimento.

4. Alterar o comprimento para 3 e verificar a alteração de toda a geometria (figura 9):

Figura 5 - Comando CONSTRAINTSETTINGS

Exemplo de aplicação Aplicar as restrições geométricas e dimensionais para criar uma peça paramétrica. 1. Desenhar a seguinte peça, sem cotagem (figura 6).

Figura 9 - Exemplo: 4

5. Alterar o comprimento para 2 e a largura para 1.5 (figura 10):

Figura 10 - Exemplo: 5

No próximo número veremos a aplicação das restrições a blocos dinâmicos. Quaisquer comentários ou sugestões são bem-vindos.

Figura 6 - Exemplo: 1

de João Santos (Autor e Formador CAD)

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Espaços de Conforto26 A importância da temperatura interior no consumo energético dos sistemas de climatização

Eng. Hugo Delgado Engenheiro de Projecto hugo.delgado@lge.com

regra de boas práticas no manuseamento e controlo dos sistemas de climatização de forma a minimizar o grau de insatisfação, promovendo paralelamente poupanças energéticas substanciais.

As condições óptimas de conforto interior revelam alguma sensibilidade pessoal, pelo que em espaços comuns é necessário atribuir um denominador comum e bom senso na utilização dos sistemas de climatização, garantindo um correcto controlo na óptica da mais valia energética.

A determinação de uma temperatura óptima de conforto interior, congrega opiniões divergentes entre os utilizadores dos sistemas de climatização em espaços comuns, como é sabido. No entanto e se cada um dos utilizadores estiver correcto? É um facto que a temperatura de conforto de cada ser humano é decretada pelo seu próprio metabolismo, indumentária e variáveis térmicas externas, factores que podem condicionar uma temperatura de conforto “personalizada”. A norma ISO 7730 contempla mesmo garantidas as condições óptimas de conforto térmico em função do voto médio estimado, a existência de cerca de 5% de pessoas insatisfeitas, assumindo desta forma a impossibilidade de satisfazer termicamente todos os ocupantes no mesmo espaço climatizado. Importa definir as condições ambientes de conforto de referência (DL 80/2006 - R.C.C.T.E), em cerca de 20ºC para uma temperatura interior na estação de aquecimento e uma temperatura do ar de 25°C e 50% de humidade relativa para a estação de arrefecimento, aliar alguma preocupação na indumentária a adoptar, e veicular uma

O controlo da temperatura interior deve ser assegurado por controladores de ar condicionado que possibilitem o ajuste do valor de setpoint. Os valores medidos nos termistores das unidades interiores (ΔTar, fluido,Tsetpoint) são posteriormente enviados para a placa principal de gestão do sistema de climatização, servindo como variáveis de entrada no processo iterativo de obtenção do caudal mássico a debitar pelo compressor, traduzindo-se numa regulação de potência térmica em função das necessidades térmicas de cada zona a climatizar. A regulação da quantidade de fluído frigorigéneo a percorrer no permutador de cada unidade interior é ajustada à potência térmica a trocar no mesmo, ocorrendo igualmente no lado do ar, uma variação do caudal volúmico em função do grau de obtenção da temperatura de setpoint. Desta forma, no modo de arrefecimento verifica-se uma redução do caudal volúmico de ar para valores de step mínimo após atingir a temperatura de setpoint, em conformidade com o algoritmo de variação de frequência do compressor, convergindo numa redução drástica do caudal mássico de fluido frigorigéneo e consequente redução da potencia térmica total. A temperatura interior num espaço deve portanto ser controlada de forma a minimizar os consumos energéticos dos sistemas de climatização no modo de arrefecimento. A figura revela para um sistema de climatização no modo de arrefecimento a evolução de um quociente designado por E.E.R (Energy Figura 2 - Evolução da eficiência energética de Efficiency Ratio) arrefecimento de um sistema de climatização que relaciona a energia térmica de arrefecimento, com o consumo eléctrico dispendido para o efeito. Pretende-se desta forma que o E.E.R apresente o valor mais elevado possível, constituindo a forma mais eficiente de produzir energia de arrefecimento à custa da menor energia eléctrica possível. Como referência de cálculo energético, o efeito de joule (resistência eléctrica) apresenta um valor de 1. É demonstrado para a mesma temperatura exterior a evolução na poupança energética à medida que os espaços interiores arrefecem. Conclui-se igualmente que assegurando um isolamento adequado nas envolventes e protecção passiva de sombreamento nos envidraçados, garantindo desta forma uma temperatura interior mais baixa, promove-se uma poupança energética dos sistemas de climatização em cerca de 25%.

Figura 1 - Resposta do sistema de climatização ás variações térmicas

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Ambiente e Sustentabilidade27 Estufas e Colectores de Ar

Arq. Joana Andrade Especialista em Autodesk Revit jandrade@tecad.pt Retomando o tema dos Sistemas Passivos na Construção Bioclimática, continuamos em seguida a apresentação de estratégias de Sistemas de Aquecimento Passivo. No artigo que antecedeu este, com o mesmo tema, foram apresentadas as Paredes Trombe-Michel, que são um exemplo de estratégia de aquecimento por Ganho Indirecto (nestes sistemas, a massa térmica está entre a superfície de ganho e o espaço a aquecer).

(ganho indirecto) e ainda por convecção, no caso de serem criados orifícios que permitam a circulação do ar. As estufas devem ser projectadas tomando em conta a orientação solar, para que a captação da radiação solar seja potencializada, e devem ser previstos sistemas de sombreamento e ventilação que anulem o efeito de aquecimento na estação de arrefecimento (Verão). Colectores de Ar Os sistemas de Colectores de Ar permitem aquecer o ar exterior que será insuflado para o interior do edifício durante o Inverno e permite a extracção do ar interior durante o Verão, promovendo a ventilação e arrefecimento do ar. Os Colectores de Ar são constituídos por uma superfície de vidro e uma superfície absorsora sem capacidade de armazenamento térmico. Desta forma, funcionam em termosifão e permitem ventilar os espaços interiores adjacentes ao longo de todo o ano. No Inverno, o ar é aquecido graças ao envidraçado e insuflado no espaço interior por ventilação natural, permitindo assim o aquecimento.

As Estufas e Colectores de Ar são exemplos de sistemas por Ganho Isolado, ou seja, a captação dos ganhos solares e armazenamento da energia captado não se encontram nas áreas ocupadas dos edifícios, funcionando como elementos independentes. Estufas As Estufas constituem um meio para controlar o conforto no interior da habitação, uma vez que atenuam as trocas térmicas entre o exterior e interior, sendo também uma fonte de aquecimento. As Estufas combinam os efeitos dos sistemas de ganho directo e indirecto. A energia solar captada pela estufa de forma directa (pelos envidraçados que a compõem) é transmitida ao espaço adjacente à mesma através da parede de armazenamento que os separa

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Figura 2 - Colectores de Ar

No Verão, é feita a extracção do calor interior para o exterior. O ar aquecido pelo envidraçado provoca a ascensão do mesmo, que ao ser libertado pela abertura superior, faz extrair do espaço o ar quente interior.

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Figura 1 - Sistema Tipo Estufa

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Ferramentas de Arquitecto28 VisionREZ 7 O lançamento do Architectural Desktop, agora designado AutoCAD Architecture, despertou grande atenção entre os Autodesk Developers despoletando, quase de imediato, Arq. Pedro Aroso o aparecimento de Formador AutoCAD Architecture vários add-ons pedroaroso@clix.com e plug-ins vocacionados para clientes mais exigentes. Um dos mais interessantes foi desenvolvido pela empresa que criou o VisionREZ, mais tarde adquirida pela AMERI-CAD. Esta, por sua vez, foi comprada pela ITW, Inc., um gigante do mundo das ferramentas e componentes para a construção civil, passando o VisionREZ a enriquecer o seu excelente catálogo de software. A minha vontade de testar o VizionREZ era um desejo antigo, que fui adiando, sempre na expectativa de ver chegar uma versão compatível com o sistema Métrico. Cansado de esperar, resolvi aceder ao convite do Jay Moore e instalar a trial, que funciona durante 30 dias. Instalação Ao instalar a aplicação, ela cria automaticamente três atalhos, colocando os respectivos ícones no desktop (ambiente de trabalho do Windows). Os dois primeiros permitem escolher entre a versão 2009 ou 2010 do AutoCAD Architecture, enquanto o terceiro abre uma aplicação designada VisionREZ BOM, em que BOM significa Bill of Materials (Listagem de Materiais). Por manifesta falta de tempo, não tive oportunidade de testar esta ferramenta, pelo que vou concentrar a minha análise sobretudo nos conteúdos que o VizionREZ 7 tem para oferecer, seleccionando para o efeito a sua integração com o AutoCAD Architecture 2010.

Figura 1 - Toolbars

me ao vasto leque de componentes para o desenho de fogões de sala. É certo que as medidas dos objectos vêm indicadas no sistema Imperial, mas isso não constitui impedimento à sua inserção. Coloquei esta questão ao Jay Moore e ele prometeu-me que a próxima versão do VisionREZ já vai contemplar bibliotecas mais adaptadas aos utilizadores europeus e dos restantes continentes. Não nos podemos esquecer que, actualmente, só mesmo os Estados Unidos é que ainda não se converteram ao sistema decimal criado no tempo do imperador Napoleão. O VisionREZ 7 inclui ainda algumas ferramentas destinadas sobretudo a utilizadores muito experientes, que permitem adicionar guarnições nas portas, janelas e vãos, e resolver coberturas muito complexas. Embora menos vocacionada para o nosso mercado, não deixa de ser obrigatória uma referência à ligação com outra aplicação comercializada pelo grupo, denominada hsbCAD, orientada para a construção com estrutura de madeira (figura 3). Para exemplificar as vantagens desta aplicação, junto uma imagem (figura 4) obtida com o AutoCAD Architecture 2010, with a litle help from… VisionREZ 7, que conta com uma biblioteca adicional de texturas. O autor chama-se Robert Shelton. Figura 3 - Estruturas de madeira Mais informações em http://www.visionrez.com Os adeptos do Facebook encontrarão lá uma excelente colecção de vídeos/tutoriais.

Os Conteúdos Ao abrir o programa verificamos, com surpresa, que surgem várias toolbars no nosso ecrã (figura 1). Embora eu não seja um grande fã do ribbon, a minha primeira reacção foi colocá-las por baixo dessa barra (ou fita) de comandos. Posteriormente fui clicando nos ícones das toolbars, constatando que a sua função resulta, quase sempre, na abertura de paletas. As que mais me interessaram foram naturalmente aquelas onde estão alojados conteúdos vocacionados para projectos do tipo residencial e que incluem novos estilos de portas, janelas, elementos estruturais, gradeamentos, peças sanitárias, móveis de cozinha, electrodomésticos, etc. Houve uma que, por ser verdadeiramente inédita, chamou-me particularmente à atenção; refiroMagazine Digital eUAU! - Maio 2010

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Figura 4 - Imagem obtida no AutoCAD Architecture 2010 com VisionREZ


Soluções para PME’s29 750 Milhões de euros disponíveis para as PMEs em Portugal A Estratégia Europa 2020, baseia-se em três áreas prioritárias: um crescimento inteligente, desenvolvendo uma economia baseada no conhecimento e na inovação; um crescimento sustentável, Dr. Bruno Rodrigues promovendo Microsoft EU Grant Advisor - Portugal v-brunor@microsoft.com uma economia eficiente em termos de recursos; e um crescimento inclusivo, promovendo altas taxas de emprego e a coesão social e territorial.

• Linha PME Investe V- Micro e Pequenas Empresas, Empresas certificadas por declaração electrónica do IAPMEI, que apresentem um volume de vendas inferior a dez milhões de euros, uma situação líquida positiva, resultados líquidos positivos em dois dos últimos quatro exercícios e que assumam o compromisso de manter o volume de emprego observado à data da contratação do empréstimo durante a vigência do contrato de financiamento, com um montante de financiamento de 25 mil € para as micro empresas e 50 mil para as pequenas empresas, pelo prazo máximo de 4 anos e juro a suportar indexado à Euribor 3 meses acrescido de spread de 0,75%. De forma a facilitar o acesso das empresas à Linha PME Investe V, esta conta com a associação ao sistema de garantia mútuo, beneficiando as empresas de uma garantia emitida pelas Sociedades de Garantia Mútua, cuja comissão de garantia é integralmente bonificado. Trata-se de uma excelente oportunidade para as PMEs financiarem investimentos. Convidamo-lo a conhecer os diversos casos de sucesso de clientes Microsoft que através do programa MAIS encontraram soluções de apoios comunitários para os seus investimentos.

O crescimento da economia Portuguesa depende das Pequenas e Médias empresas crescerem de forma inovadora e sustentável. Para apoiar o investimento, ou reforço dos capitais permanentes ou o Fundo de Maneio, em condições particularmente vantajosas, a banca lançou em 7 de Abril, com a colaboração da PME-Investimentos a FINOVA e as Sociedades de Garantia Mútua, a Linha PME Investe V, Entre as vantagens conferidas pelas Linhas PME Investe V, destacamos as seguintes: • Juros bonificados • Isenção total de comissões • Prazos alargados de pagamento • Associação ao sistema de garantias mútuas • Modalidade de financiamento por empréstimo bancário ou por leasing mobiliário ou imobiliário (construção ou obras) A Linha PME Investe V, é constituída por duas linhas de crédito específicas: • Linha PME Investe V-Geral, para a generalidade das empresas PME e não PME, com pelo menos um exercício de actividade completo, com um montante de financiamento até 1 Milhão de Euros, pelo prazo máximo de 6 anos e juro a suportar indexado à Euribor 3 meses com spread de 1,75%.

Encontre soluções de financiamento, disponíveis através de um portal interactivo, que reúne toda a informação dos mais variados programas num único ponto de contacto. www.programamais.pt ou contacte a Microsoft sobre apoios comunitários através de v-brunor@microsoft.com.

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Comunicar30

Itinerários

Marketing Sustentável

A relação da empresa com as partes interessadas funciona em 2 sentidos, devendo ser considerado o impacto da empresa nas partes interessadas e o impacto das partes interessadas na empresa. A comunicação no Marketing Sustentável tem um papel fulcral no contributo para a promoção de ideias, mensagens e compromissos da empresa. Não chega ter apenas boas intenções, a empresa tem de agir em conformidade. A comunicação tem de integrar os 3 pilares, e evitar a tentação de cair no “greenwashing” (ou seja utilizar expressões ambientais de forma abusiva, por exemplo: afirmar que um determinado produto é amigo do ambiente, quando não há provas dessa alegação.) As expressões ecológico e verde, são expressões cada vez mais actuais mas cujo uso deve ser evitado, para serem utilizadas de forma correcta e eficaz.

Luísa Duarte Marketing e Comunicação lduarte@tecad.pt

No contexto empresarial, Sustentabilidade é uma estratégia integrada no sentido da progressão económica com preocupações ambientais e sociais a longo prazo no futuro. Em qualquer contexto, são 3 os pilares da Sustentabilidade: a dimensão económica, social e ambiental.

Uma estratégia empresarial de Sustentabilidade obriga a uma análise profunda de todo o ambiente da empresa numa vertente interna e externa, seguida de um planeamento e implementação cuidados.

Nesta estratégia surge o Marketing Sustentável ou Marketing da Sustentabilidade, conforme os gostos.

O Marketing dentro desta estratégia deve ser coerente com a mesma, reflectindo-a e em conjunto com a comunicação contribuir para a sua promoção, para a mudança nos comportamentos, criando valor para todas as partes interessadas.

Marketing Sustentável é um processo estratégico de planeamento e implementação integrada, para responder às necessidades dos clientes, da empresa, de todas as partes interessadas.

Esta vertente de marketing é muito abrangente na medida em que pode ser trabalhada a qualquer nível, em qualquer contexto, e em qualquer mercado. Tornando-se como a própria Sustentabilidade, numa ferramenta poderosa e acessível a qualquer marketeer.

Recomendo... ...Conferência WHAT ARE YOU DOING? As sessões “What Are You Doing?” estão de regresso à OA. O WAYD, recorde-se, é um espaço dedicado à partilha de experiências, no qual se dá a conhecer aos membros da Ordem e ao público em geral, a actual produção arquitectónica, através da apresentação e debate de projectos não construídos. Mais informações em: www.espacodearquitectura.com

...Concurso PRÉMIO OUTROSMERCADUS`10 O Prémio tem como objectivo distinguir e promover o reconhecimento público de obras de arquitectura | design | espaços efémeros, levadas a cabo no biénio em causa

Apresentação de Propostas: 13.07.2010 Local: Porto, Portugal Mais informações em: www.espacodearquitectura.com

...Portal Casa Certificada - Procura e Oferta de Certificados Energéticos www.casacertificada.pt

Fonte: www.mktonline.net

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Campanhas Activas Autodesk

Campanha Legacy Program Receba um Voucher de 1000€*

Campanha AutoCAD LT Reembolso garantido de 300€**

Até 15 de Julho

Até 31 de Julho Possui uma licença descontinuada de software Autodesk?

A Autodesk anuncia a promoção para a aquisição de novas licenças AutoCAD LT com reembolso garantido de 300€.

Se de momento está a trabalhar com uma versão descontinuada da Autodesk, aproveite agora para rectificar essa situação. A Autodesk oferece-lhe não só um preço especial, mas também um voucher exclusivo, no valor de 1.000€, o qual pode ser utilizado na compra da actualização legacy ou na compra de uma nova licença de software Autodesk. * Condições da Campanha Legacy Program

É uma oportunidade única para actualizar o seu software de projecto, adquirindo agora o AutoCAD LT e recebendo assim, uma das soluções de projecto 2D mais fiáveis e profissionais do mundo. E mais: recebe ainda um reembolso de 300€ após registar o AutoCAD LT junto da Autodesk. **Condições da Campanha AutoCAD LT

Todos os clientes que possuam uma licença comercial activa de uma versão

• Os reembolsos são válidas apenas para aquisições

descontinuada de software Autodesk listado no portal da campanha, com a data

de novas licenças comerciais de AutoCAD LT realizadas até 31 de Julho de 2010

de lançamento especificada nesse local, estão qualificados para um crédito no

• O valor do reembolso por licença é de 300€

valor deste voucher, quando adquirirem uma licença da versão actual de um

• Os reembolsos aplicam-se a um máximo de 5 licenças por comprador, não são

software incluído na lista Autodesk’s Legacy Program conforme descrito no portal

transferíveis, não podem ser combinados com outras promoções e têm de ser

da campanha. O crédito é válido apenas nos revendedores participantes, a ser

reclamados on-line através do link www.autodeskrebate.com/autocadlt até 30 dias

utilizado nas aquisições realizadas pelo mesmo revendedor. Válido até à data

após a data da factura, e nunca depois de 30 de Agosto de 2010

que consta no voucher. O voucher não pode ser transferido, dividido, convertido

• O reembolso é realizado através de transferência bancária

em dinheiro, utilizado em compras realizadas directamente à Autodesk ou combinado com outras promoções.

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Vantagens da Subscrição Anual A Subscrição Anual é a forma mais fácil de manter as aplicações actualizadas, assegurando a utilização da tecnologia mais recente a um preço acessível e controlado. Inclui: • Acesso gratuito a todos os upgrades lançados no período da subscrição

• Utilização em simultâneo de diferentes versões do software que possui • Licenciamento para utilização doméstica • Suporte e formação através da web • Melhoramentos incrementais e acessos a aplicações gratuitas • Oferta da assinatura anual da publicação eUAU! impressa e enviada por correio

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A inovação é a nossa força O Seu crescimento o nosso valor

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