GOmag #12

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GO mag_12 ENTREVISTA Rita Redshoes, a cantora dos sapatos vermelhos fala-nos um pouco do seu percurso e afirma “não vale a pena antecipar o futuro ou viver preso ao passado”.

DESTAQUE New in Town apresenta-lhe as duas novas lojas GrandOptical em Portugal.

MODA OUTONO-INVERNO Maria Guedes, autora do blog Stylista mostra-lhe como a inspiração nos anos 70 e a fusão do estilo dandy são as grandes tendências femininas e masculinas da próxima estação.


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25 6 | 7 ATITUDE CHLOÉ A atitude de uma das griffes mais aclamadas no mundo da moda internacional é apresentada através do alfabeto que acompanha a génese da marca. 10 | 14 TENDÊNCIAS Inspire-se com as sugestões de Maria Guedes. A blogger Stylista apresenta-nos, em primeira mão, as próximas tendências da estação.

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11 16 | 19 GRANDE ESNTREVISTA Rita Redshoes é a nossa convidada desta edição numa entrevista privada onde o seu percurso artístico é apresentado.

24 | 25 O PODER DAS SEMENTES A esta edição trazemos sete das sementes mais populares para introduzir no seu cardápio. Um verdadeiro must eat à mesa.

20 | FOTOGRAFIA&ARQUITETURA Atrás da objetiva Fernando Guerra vê o mundo que o rodeia noutra perspetiva. O conceituado fotógrafo português mostra-nos alguns exemplos de um trabalho sem igual.

32 | 33 FASHION WEEKS Não vai querer perder as datas das principais Semanas da Moda internacionais. A GO MAG dá uma ajuda.

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EDITORIAL

Convidada Especial GO MAG

5 TOP

A criadora do blog Stylista é a convidada especial desta edição e partilhou connosco as principais tendências da próxima estação Outono/Inverno em moda Feminina, Masculina e moda Kids.

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DOLCE&GABBANA Ref. DG_3232_2957 Preço sob consulta na sua GrandOptical

30 MARC BY MARC JACOBS Ref. MMJ 477/S – LSD Preço sob consulta na sua GrandOptical

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Rita Redshoes, a cantora dos sapatos vermelhos fala-nos um pouco do seu percurso e afirma “não vale a pena antecipar o futuro ou viver preso ao passado”.

DESTAQUE New in Town apresenta-lhe as duas novas lojas GrandOptical em Portugal.

MODA OUTONO-INVERNO Maria Guedes, autora do blog Stylista mostra-lhe como a inspiração nos anos 70 e a fusão do estilo dandy são as grandes tendências femininas e masculinas da próxima estação.

CAPA Fotografia: Filipe Ferreira

“Terminada a época dos saldos de verão, as lojas continuam a ser salpicadas com algumas tendências da próxima estação. Ainda numa fase de transição - longe dos casacos grossos e das botas quentes - afirmam-se as sugestões outonais.

Ill.i OPTICS Ref. WA008V03 Preço sob consulta na sua GrandOptical

Tons quentes de especiarias, silhuetas fluídas e boémias, estampados coloridos com motivos folk, franjas em camurça que migram da Primavera para o frio e outras novidades que se distanciam por completo do noir total de outros outonos. CÉLINE

Leve a revista no seu smartphone ou tablet

Propriedade: GrandOptical Portugal, S.A. www.grandoptical.pt Coordenação: Dept. Marketing Gestão Integrada de Conteúdos: Greenmedia Agência de Comunicação Tiragem: 22.500 Depósito Legal: 325416/11 Distribuição Gratuita Esta revista foi redigida conforme o novo Acordo Ortográfico

A silhueta outrora justa (skinny) dá lugar a jogos de volumes e de assimetrias; de desproporções e de mixed prints. Tendências que terão também as suas declinações nas coleções de homem e criança. Vai ser uma estação cheia de apelos à liberdade, à vida boémia, ao romance e à descontração. A mulher ‘guerreira’ terá este ano o seu descanso.” Maria Guedes Autora do Blog Stylista

Ref. CL 41370/S – PD9 Preço sob consulta na sua GrandOptical

JULIUS Ref. JUL35 CO2 Preço sob consulta na sua GrandOptical

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TOM FORD

GO FOR... NEWS

Ref. FT5360 Preço sob consulta na sua GrandOptical

NEW IN TOWN GrandOp cal inaugura nova unidade no Palácio do Gelo Shopping, em Viseu. No Centro Comercial Colombo, reabre com uma nova imagem.

Palácio do Gelo Shopping recebe GrandOptical Viseu foi a cidade escolhida para reforçar a presença da GrandOptical na zona norte, perfazendo já um total de seis lojas em território nacional. O Palácio do Gelo Shopping é a nova morada da marca. Lembramos que a GrandOptical conta ainda com mais duas unidades na zona norte, Porto e Matosinhos e mais a sul na cidade Almada, em Cascais e em Lisboa, no Centro Comercial Colombo.

Festa de reabertura contou com muita animação e caras conhecidas Sendo a primeira loja da marca em Portugal, a GrandOptical do C.C. Colombo reabriu este verão, após um curto tempo de obras de restauro que culminou numa festa de abertura com traços latinos pelas mãos da Dolce&Gabbana. A temática flamenca preencheu a tarde e convidou os presentes a assistirem a espetáculos de música e dança ao vivo, a desfiles de moda com a nova coleção Dolce&Gabbana e a conhecerem a nova imagem da loja de ótica. 4_GOmag_12

FENDI Ref. FF 0060/S – MSU Preço sob consulta na sua GrandOptical



GO FOR... FASHION

ATITUDE

A Mulher Chloé de hoje tem um espírito livre e atitude independente, que tem crescido de forma audaciosa, de geração em geração. O DNA da Chloé encontra-se na sua féminité française e a marca transporta, nas suas coleções, uma atitude urbana de extrema feminilidade resultando em peças super modernas e inovadoras que abarcam uma linguagem de expressão distinta. A marca de moda, acessórios e perfumes foi fundada em 1952 por Jacques Lenoir e Gaby Aghion, cresceu e tornou-se famosa na década de 70, devido às linhas de aparência descontraída, simultaneamente, ‘hippies’ e sofisticadas. Desde então que se tem afirmado no mundo da Haute Couture como uma das griffes mais aclamadas do mercado. A GO MAG fez um percurso pelo Alfabeto Chloé à procura do significado genuíno da marca… resumiu-o em cinco preciosas letras que constroem o nome da preciosa griffe.

CHLOÉ Ref. 6_DAFNE5CE665_0 Preço sob consulta na sua GrandOptical

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GO FOR... FASHION CHLOÉ Ref. 4_CARLINA5CE120731_0 Preço sob consulta na sua GrandOptical

CH LOÉ C /Counter-Couture – Abraçando os novos tempos, num mood anything-is-possible, Gaby Aghion pretendia um vestuário despreocupado, jovem, sensual e maravilhoso a vestir. A partir de 1952, começou a criá-lo. Os ventos de mudança começaram a fazer-se sentir no pós guerra na cidade de Paris, sobretudo para as mulheres. A egípcia Gaby Aghion chega a Paris em 1945 preparada para quebrar os laços que a geração da sua mãe teve de suportar - não apenas no estilo de vida, como também nas roupas duras e rígidas que se usavam. A fundadora da marca era uma força pioneira por detrás do “pronto-avestir”. Teve o objetivo de romper com a cultura elitista da alta-costura com que ela própria tinha crescido - apenas mulheres influentes podiam ter roupas bonitas - a designer de 31 anos foi uma das pioneiras a concentrar-se numa cliente mais jovem. Pelas suas mãos, a moda de luxo tornou-se acessível em tamanhos padronizados e a preços mais razoáveis.

nesta temática. Inspirado pelo pintor britânico, de cavalos, é George Stubbs, Stella fez “galopar” o padrão temático em direção aos bordados e estampados da griffe. Nessa temporada o desfile de abertura contou com um filme de Mustangs galopando pelas telas – um espetáculo de tirar o fôlego.

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/Light – A marca convida a pensar num raio de sol que atravessa as cortinas num dia de verão. Luz é o mood do mundo Chloé. O legado de Gaby vive da luz. O primeiro desfile de Clare Waight Keller, como diretora criativa da maison, obrigou que o telhado do local fosse removido - inundando a passerelle com luz pura, natural e metaforizando o verdadeiro ethos de Gaby. Acariciada pelo calor da luz natural, a mulher Chloé sente-se livre - jovem feliz, sorri. Esta luz é refletida nos tons de areia usados nas coleções, com o leve toque que a marca confere à moda.

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/The Roundness of ‘O’ – Arredondamento é um tema recorrente para a estética Chloé, com formas apetecíveis em bordados e em silhuetas. Esquecendo associações de palavras com a letra “O”, vamos olhar para a sua forma puramente rodada, um círculo da vida. Ela simboliza plenitude, o arredondamento da forma feminina, um mundo para saltar para o “oooh” de excitação. As mais emblemáticas malas Chloé - o Paddington e Marcie - têm formas suaves e arredondadas.

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/Embroidery – Gaby Aghion rejeitou as restrições da alta-costura e abraçou o artesanato e os bordados. Quebrando os padrões tradicionais, Gaby conferiu-lhes humor, juventude e diversão. A história pode ser contada através do pormenor das costuras: um fio de ouro é adicionado como um detalhe de luxo numa camisa simples. A mulher Chloé usa os bordados com um leve toque de delicadeza e sofisticação.

H /Horses – O cavalo corre livre, sem rédeas ou sela. É um símbolo que não poderia ser mais apropriado para Chloé, agora e sempre. Para a mulher Chloé, o cavalo é uma soul mate - selvagem e livre. A liberdade é uma qualidade essencial. Foi natural os cavalos tornarem-se um dos padrões da marca. A direção criativa de Stella McCartney foi fundamental

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GO FOR… STYLING

PANTONES QUE PINTAM TENDÊNCIAS As cores são indissociáveis do nosso universo. Do ambiente à alimentação, do mobiliário à moda, não existe matéria que não dependa desse ‘fenómeno fisiológico, de caráter subjetivo e individual’ – a Cor.

Ephemera Os tons nude e pastel mantêm-se em grande foco. São delicados e servem todas as paletas: azuis pálidos, tons de pêssego e amarelos ténues farão as delícias dos looks primavera.

Nesta edição a GO MAG foi à descoberta das novas tendências de cor: aquelas que irão pintar o design, a arquitetura e a moda em 2016. A Pantone Color Institute revelou as tendências de cores para o próximo ano. De acordo com a Pantone, esta previsão destina-se a fornecer aos designers fontes de inspiração para os seus produtos e projetos em 2016. Nas palavras de Leatrice Eiseman, diretora executiva do Pantone Color Institute “Cada vez mais as marcas se direcionam para uma comunicação de impacto evocativo, imaginativo e inovador. A semântica da cor é um dos aspetos mais importantes para atrair consumidores e, com isso, surgem histórias em torno de cores, por vezes algo ‘inesperadas’ ou, puramente, ilustrativas. Para captar a atenção e manter linhas de produtos que se diferenciam é necessário entender, a cada ano, a vantagem das tendências que estão em voga.” A GO MAG deixa-lhe as nove principais tendências nas paletas de 2016:

FENDI

Dichotomy

Ref. FF 0137/S - NTA Preço sob consulta na sua GrandOptical

Reforça o conceito de que os opostos se atraem e por este motivo as combinações antagónicas serão uma tendência. O metálico prata combina com amarelo dourado? Ou um azul cobalto brilhante que se associa a nuances de anil… veremos se resulta!

Natural Forms Cores inequívocas e tons que são provenientes de fontes naturais, como a argila rosada e os tons de tecido de lã crua. 8_GOmag_12

Soft Focus Também os tons suaves ‘esfumados’, sempre versáteis, estarão em voga.


GO FOR… STYLING

Lineage Cinzentos-sombra, azuis navy, preto, beges e os verdes caqui conjugar-se-ão em mix criativos com cores mais vivas.

Mixed Bag Merriment Combinações alegres e divertidas que conjugam verdes e amarelos vibrantes a contrastar com laranjas e rosas muito pink.

Uma variedade de padrões e estampagens ecléticas, com cores estimulantes e originais, tais como, preto vibrante, vermelho-tangerina, violetas, laranjas e floreados.

Bijoux Na língua francesa, bijoux significa “jóia”, um título apropriado para uma paleta colorida que brilha com drama e intensidade em muitos tons quentes e frios que irão marcar as Peças Statement, incidindo, sobretudo, em colares ao estilo vintage.

Footloose Combinações sofisticadas de azuis e verdes, a lembrar destinos paradisíacos, e a criar paletas que evocam a natureza e os ambientes idílicos.

Sabia que em 2015 a cor do ano foi Marsala? Um tom natural quente e robusto a lembrar o cheiro a terra molhada e vinho tinto. De acordo com a Pantone Color Institute, a “Marsala enriquece as mentes, corpos e almas”.

MARC BY MARC JACOBS Ref. MMJ 479/S –J5G Preço sob consulta na sua GrandOptical

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Chloé

TENDÊNCIAS MULHER

Marc Jacobs

AG

Para conhecermos as tendências da próxima estação nada melhor que uma expert para nos ajudar. A pensar nisso, a GO MAG convidou a personal stylist Maria Guedes, autora do conhecido blog Stylista, que nos sugere as linhas mais trendy a seguir em moda feminina, masculina e moda infantil para o próximo Outono-Inverno.

Burberry Prorsum

Marc Jacobs

Franjas

A moda para a próxima estação segue as tendências que já têm sido implementadas nas duas últimas estações: muita inspiração vinda dos anos 70, silhuetas boémias, cortes geométricos (por oposição à tendência anterior, e mais dentro da estética dos anos 60), calças justas cada vez mais curtas (e o extremo oposto, largas e até ao chão), saias e casacos cada vez mais compridos.

A coleção Chloé ditará mais uma vez as tendências no circuito mainstream. Vestidos compridos, tiras finas enroladas à volta do pescoço, blusas femininas, sobretudos compridos. Por Maria Guedes 10_GOmag_12

MARC JACOBS Ref. MJ 621/S – KS3 Preço sob consulta na sua GrandOptical

Marc Jacobs

Burberry Prorsum

Inspiração Folk Chloé

O estilo retro desta estação evolui, no Outono, para uma estética assumidamente folk! Há muita cor, estampados, mistura de materiais e motivos. A camurça destronou por algum tempo o cabedal, o veludo volta a entrar na narrativa, as franjas continuam a estar presentes numa série de acessórios e as cores de especiarias paprika, mostarda e canela - são a palette oficial da estação.


TENDÊNCIAS MULHER

Chloé

Fendi

Dior

Casacos Compridos

VON ZIPPER Ref. SJJFAQUE-PHG Preço sob consulta na sua GrandOptical Optical

TOM FORD

Balenciaga

Calças Curtas

Dior

Valentino

Célinee

Valentino

Fendi

Padrões Geométricos Pad

Burberry Prorsum

Burberry Prorsum

Ref. FT0385 Preço sob consulta na sua GrandOptical

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Nas coleções de homem para o Outono 2015 a tendência é a fusão do estilo dandy - muito mediterrânico - com peças desportivas, casuais e, por vezes, coloridas. Sobretudos são conjugados com ténis, blusões usados por cima de blazers e os acessórios são os grandes game changer. Óculos de sol, cachecóis grandes, chapéus e mochilas são os mais destacados para esta estação. Os óculos continuam a usar-se arredondados, de estilo académico. Por Maria Guedes

DIOR HOMME Ref. DIOR 0204/S – 010 Preço sob consulta na sua GrandOptical

RAY-BAN

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Ref. 2447RB Preço sob consulta na sua GrandOptical

Joshua Kane

Hermés

MODA MASCULINA


Agnès B

Fendi

MODA MASCULINA

FUZION Ref. F10202B-PU25 Preço sob consulta na sua GrandOptical

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MIKI NINN Ref. MNAFB2 L Preço sob consulta na sua GrandOptical

MODA INFANTIL

As tendências para crianças estão cada vez menos clássicas e cada vez mais desportivas, cómodas e divertidas. Com motivoss muitas vezes abstratos, cores outonais, estampados geomé-tricos e uma forte predominância de preto como cor base, ass linhas infantis permitem todas as conjugações que miúdos dos e mães conseguirem imaginar. Não há regras em termos de composição visual, o único objetibjetivo é que as crianças se divirtam com as roupas que usam. IN STYLE

Por Mari Maria Guedes uedes

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Preço sob consulta na sua GrandOptical



GRANDE ENTREVISTA

RITA RED GLASSES

FENDI Ref. FF 0132/S – N7F Preço sob consulta na sua GrandOptical

A Rita é psicóloga, cantora, escritora… a criatividade que a carateriza é da medida exata do seu talento. O Feiticeiro de Oz inspirou-lhe o nome. A musicalidade de ‘Rita Redshoes’ inspira-nos todos os dias. Rita Redshoes nasceu em Loures, no dia 10 de Julho de 1981. Foi vocalista dos Atomic Bees e, entre 2003 e 2009, integrou a banda de David Fonseca. A sua voz ajudou a eternizar o sucesso da canção “Hold Still”. Nesta edição da GO MAG conversámos com a dona dos “sapatos vermelhos” mais famosos do território musical. O mundo descobriu-a com “Dream On Girl” nos Novos Talentos da FNAC em 2007, mas o seu percurso iniciou-se em 1996, quando Rita integrava o grupo de Teatro ITA VERO na qualidade de baterista. De que forma a Rita Redshoes de 2015, recorda essa Rita de 1996? Muitas coisas continuam exatamente na mesma: a vontade e o prazer de fazer música ao invés de pensar no fator comercial que, por ser esta a minha profissão, tem mesmo que existir. Por outro lado, há menos inocência, mais experiência e tudo isso contribui para que hoje olhe com alguma saudade para essa ‘Rita’, tenho feito um percurso com uma evolução natural, tendo começado muito cedo e aprendido imensas coisas, como no grupo de teatro, de onde hoje tiro muito do conhecimento para os meus cenários nos espetáculos e concertos, mas também nos discos. Tive a sorte de me cruzar com pessoas muito talentosas desde cedo, pessoas artísticas que me deram muita inspiração e sabedoria para as facetas que são necessárias no mundo da música. Para além disso, tive também a sorte de ter uma banda com o meu irmão e com amigos da escola, onde não poderia ter começado melhor. Uma memória da sua infância, que queira partilhar com a GO MAG? Há imensas. Tinha 14 anos quando comecei a dar os meus concertos e por isso muitas das minhas recordações são ligadas à música. Uma das memórias que ainda tenho muito clara foi quando estava no grupo de Teatro ITA VERO, era baterista e tínhamos feito as primeiras apresentações na escola, mas no

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final do ano fomos fazer a apresentação de uma peça a um teatro. Essa foi a primeira vez que pisei um palco a sério para fazer música, lembro-me perfeitamente de, nesse momento, decidir que era aquilo que eu queria fazer na minha vida. A partir daí, fui completamente obstinada em seguir esta carreira, tendo estudado música e agarrado todas as oportunidades que me eram apresentadas. Ao longo do seu percurso, quais são os três momentos-chave que pode identificar como “aqueles” que levaram a vocalista dos ‘Atomic Bees’ a ser, hoje, uma das mais reconhecidas cantoras portuguesas? Acho que o percurso e os primeiros anos com a banda que tive com o meu irmão e com os amigos da escola, foram bastante importantes. Foi com essa experiência que eu me conheci a cantar e a atuar em palco para o público, o que se revelou um ponto de partida essencial para que eu hoje continue a fazer música. Outro dos momentos-chave, foi o convite do David Fonseca para tocar com ele durante seis anos, onde aprendi muito e tive a oportunidade de tocar pelo país todo, o que foi uma experiência mais profissional e, como estava mais atrás, havia menos pressão e mais oportunidade para absorver conhecimento. Depois disso, o momento mais importante foi o primeiro disco a solo, a ocasião em que me consegui aperceber que aquilo que tinha sonhado durante tantos anos era possível, esse disco ainda é muito importante na minha vida. ‘Life Is a Second of Love’. A Rita é psicóloga, cantora, escritora…O tempo é

essencial e precioso para alguém com uma criatividade tão ‘ativa’ e diversificada. Existem truques para o gerir? Quais? Não sei se tenho truques, mas tenho a sorte de poder fazer só musica e de me dedicar inteiramente a esta arte. Se tivesse outra profissão certamente teria que ter outros métodos de gestão do tempo que tenho disponível. Sou uma sortuda porque consigo, de facto, estar concentrada apenas na música e na escrita. Para mim, os processos artísticos não encaixam com uma rotina horária, são espontâneos e surgem a qualquer hora. A verdade é que chego até a ter períodos em que parece que não faço nada. O que eu acho que acontece a pessoas com trabalhos criativos é que há um tempo em que se tem que se absorver coisas, para se poder transformá-las e criar algo diferente. Sente que a sua formação académica tem contributo prático na sua vida profissional? O curso de psicologia foi algo que fiz apenas por “carolice”, uma vez que sabia que não viria a exercer. A ideia surgiu após ter passado por um breve período de psicoterapia que foi muito importante para mim e que me fez descobrir que a psicologia é um momento de encontro connosco próprios e, assim, decidi ir estudar, porque também gosto muito de aprender coisas novas. Nesse sentido, não diria que há uma ligação estreita entre mim e a psicologia, porque só nos conseguimos entender relacionando-nos com os outros, pelo que não me adianta estar sentada a analisar-


GRANDE ENTREVISTA me a mim própria. Nunca iria obter conclusões realistas, mas permitiu-me, isso sim, exercer mais disciplina sobre mim própria, algo que foi bastante enriquecedor para mim enquanto pessoa, mais do que na minha profissão na música. Serve também para brincar com os amigos (risos)… mas também tenho uma boa base de raciocínio e perceber algumas coisas para saber lidar com certas situações. É porta-voz da Associação Fonográfica Portuguesa no combate à pirataria na internet. Esta guerra é feita de batalhas incontáveis... Porque motivo vale a pena permanecer nessa luta? Eu gosto sempre de esclarecer que a minha luta não é pelo lado do policiamento e da proibição. Tenho uma postura de sensibilização e acho que se deveria fazer um trabalho nas escolas, ou mais até, na educação de base das crianças. As políticas que têm sido exercidas em Portugal não são suficientes ou eficazes nessa sensibilização. A formação cultural de um povo com hábitos saudáveis e com sanidade mental, passa muito pela arte e pela educação e sensibilização para o valor da mesma. Tendo isso em conta, na minha opinião, aquilo que acontece é que estamos a formar crianças para ter um papel ativo na sociedade e, se os pais não derem esta educação em casa, ela não está a ser passada institucionalmente. Nesse sentido, a minha luta tem a ver com a valorização da arte. Não acho que faça sentido andar a correr atrás das pessoas a proibi-las de descarregar coisas da internet, porque a verdade é que as pessoas não percebem o real problema dessa ação. É por isso que acredito que as crianças devem ser educadas desde cedo para perceber que a evolução, ou até a manutenção, da carreira de um músico, está dependente de os fãs comprarem os seus discos.

Um artista não se deve fechar na sua arte. Para além dos meus discos é importante para mim compor bandas sonoras para cinema, trabalhar com teatro, fazer música para outras pessoas.

Sonhos de uma rapariga quase normal é o mais recente projeto. Qual foi o “sonho” que determinou de forma decisiva o lançamento deste livro? Nunca sonhei fazer um livro de sonhos, foi algo que acabou por acontecer naturalmente. Sempre tive ideia de escrever um livro mas, não era um projeto em concreto e nem o tema estava determinado. Partilhei alguns textos com o meu editor, que me ligou dias depois a dizer que tinha gostado muito e particularmente na questão dos sonhos, ao que me perguntou se eu não gostaria de desenvolver algo mais com isso. Revelou-se uma experiência muito boa que acabou por se tornar num livro com algumas ilustrações também da minha autoria. Foi um processo saudável, uma vez que defendo que um artista não se deve fechar na sua arte. Para além dos meus discos é importante para mim fazer bandas sonoras para cinema, trabalhar com teatro, fazer música para outras pessoas e, como aqui sucedeu, escrever. Essa faceta permite desdobrar-me e ir buscar inspiração a outros sítios. Foi um projeto saudável, ‘entre discos’ em que nem depositava grandes expetativas. O público aceitou muito bem, tenho tido algumas entrevistas que acabam por se tornar conversas muito informais porque o tema dos sonhos desperta o lado infantil e genuíno das pessoas, pelo que este projeto me surpreendeu bastante.

GUCCI Ref. GG 3771/S – HQX Preço sob consulta na sua GrandOptical

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DOLCE&GABBANA Ref. DG4256 Preço sob consulta na sua GrandOptical

GRANDE ENTREVISTA Como consegue conciliar a sua vida familiar sem abrandar o ritmo da sua carreira? Sou muito ligada à família e aos amigos, para mim são o fio condutor de tudo o que faço e, por isso, gosto muito de ser chamada à realidade. Isso faz de mim uma pessoa muito ‘pés-na-terra’, não me deslumbro facilmente, apesar de saber que tenho imensa sorte de poder fazer aquilo de que gosto na vida. Para além disso, sou muito obcecada pelo trabalho e isso faz com que seja muito centrada no ponto de partida e não no ponto de chegada. É claro que quando o nosso trabalho é público há um feedback, que sendo muito bom ou muito mau, interfere naquilo que sou, na minha estabilidade e no meu estado de espírito, mas depois de ultrapassar todas essas questões, volto outra vez ao ponto de partida. Pensar no próximo ‘grande disco’ ou na próxima ‘grande canção’ fazme sentir artisticamente válida, mais do que vender discos. A frustração que pode advir de as coisas não correrem tão bem comercialmente é contrabalançada pela minha realização artística. No fim da vida é isso que conta! “Tenho muitas imagens gravadas na minha cabeça e tudo isso me influencia”. A criação de projetos diversificados é apanágio do seu percurso de vida. Pode dar-nos alguns exemplos dessas “imagens” que a influenciam? A vida no geral influencia-me: as pessoas, os meus relacionamentos ou, simplesmente, estar sentada a observar a relação entre os outros, adivinhar como determinada pessoa é. Funciono, de facto, por imagens: a compor não penso muito como, supostamente, um músico pensaria ‘agora vou fazer Sol maior, Dó menor’, mas eu não penso assim. Para mim há uma espécie de sensação que tem uma imagem e, posteriormente, vou à

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procura do som, do acorde ou da melodia que caracterize essa imagem. Portanto, acabo por ter uma memória visual muito apurada. Não esconde o gosto pela moda e apresenta sempre uma imagem sofisticada. Como definiria o seu estilo? Sou um bocado conservadora e clássica, mas também gosto de pegar nesse estilo e o destruir (risos). Acho que tenho muito ar de menina e de bonequinha e a minha personalidade não tem nada a ver com isso. Nesse sentido, tenho que contrabalançar entre a ‘Ritinha’ que os outros vêem e o meu lado mais duro e negro e isso reflete-se na minha apresentação: algum classicismo ligado mais aos meus traços físicos, com um lado mais punk que revela os meus rasgos de personalidade. Se abraçasse um projeto humanitário, com que aspeto gostaria que estivesse relacionado? Tenho a sorte de conhecer muitas pessoas ligadas a projetos humanitários em muitas frentes e, por isso, muitas vezes sou convidada a apoiar as suas causas, num formato de ‘amadrinhamento’. Assim, tenho estado ativa em diversas causas de que me orgulho muito, nomeadamente um projeto que está a ser desenvolvido e que dará frutos brevemente, que se chama ‘Rita Red Shoes’ e que se foca na produção de sapatos adaptados a pessoas com paralisia cerebral. O objetivo é diversificar as opções estéticas desses sapatos que, até então, os poucos existentes eram muito feios. Quem tem esse problema também quer ter direito a ter sapatos bonitos e esse foi o mote do grupo da Faculdade de Engenharia do Porto. Tenho colaborado, com o Paulo Furtado, o ‘The Legendary Tigerman’, no hino dessa instituição. Vou fazendo aquilo que posso mas acho que se pode fazer sempre mais.

“Há sempre espaço a novos projetos” é uma frase sua. O que podemos esperar a curto e a médio prazo? Agora estou concentrada num disco novo, que gostava de lançar brevemente. Vai sair também, uma banda sonora em que estou a colaborar com o Paulo Furtado, num filme de Rodrigo Areias que vai estrear no início de 2016. Uma mensagem inspiradora que queira deixar aos leitores da GO MAG. Acho-me pouco moralista e gosto da diversidade a todos os níveis. Não tenho nenhuma tirada que possa servir a todos. Algo que possa fazer sentido para uns, pode não fazer para outros e ainda bem que assim é. Mesmo assim, dando exemplo da minha vida, é que não vale a pena antecipar o futuro ou viver preso ao passado, é das coisas mais importantes da vida: viver o diaa-dia. Isso ajuda a que se viva melhor e cada dia terá momentos especiais.

Uma cidade… Lisboa! totalmente. Uma viagem… Roadtrip nos Estados Unidos. Um desporto… Ballet… só consigo pensar num desporto ligado à arte (risos) Um autor… David Lynch Um filme… ‘África Minha’ Um poeta… Fernando Pessoa Uma marca… Bordallo Pinheiro Uma marca de moda… Alexandra Moura Não saio de casa sem… Infelizmente… o telefone Um acessório indispensável… o batom do cieiro… sofro muito (risos)



GO FOR... ARQUITECTURE

FERNANDO GUERRA É fotógrafo muito antes de ser arquiteto, começou aos 16 anos a “ver coisas bonitas e a querer guardá-las para sempre”. Após formação em arquitetura, trabalhou em Macau durante cinco anos mantendo a sua paixão pela fotografia, nessa altura, sonhava com uma imagem na capa da National Geographic e não na Casabella, a mítica revista italiana de arquitetura, onde fez capa por duas ocasiões e publicou dezenas de vezes, com fotografias de projetos de Álvaro Siza Vieira. Vinte e nove anos depois, é este o seu dia-a-dia. Fernando Guerra é arquiteto e é fotógrafo…não necessariamente por esta ordem! O que é mais correto dizer-se sobre o seu trabalho: é um “fotógrafo de arquitetura” ou um “arquiteto da fotografia”?

O que é para si um bom desenho arquitetónico, aquele que merece um registo fotográfico?

Ambas as designações são a minha vida neste momento, o meu dia-a-dia. Fotografo arquitetura mas também “arquiteto” as minhas fotografias, tenho a sensação que trabalho na minha fotografia todas as horas do dia em que estou acordado. Seja a fotografar, a viajar, a produzir novos conteúdos para o meu website, a trabalhar em novos livros, ou noutros projetos, sempre feito à volta da arquitetura. Perguntamme muitas vezes se não tenho saudades de projetar, mas hoje, mais do que nunca, sinto que não. Existem muitas formas de fazer arquitetura, de a viver intensamente. Hoje comunico-a e vivo feliz assim.

O principal motivo pelo qual peguei numa máquina, nestes últimos 29 anos, para fotografar, foi pelo prazer de estar ligado a algo especial. Não existe uma regra que defina um bom de um mau projeto, digno de ser fotografado ou não. Assento o meu trabalho em fotografias que tiram partido de quem passa, do que acontece naquela rua, ou naquela casa, mas que enriquece a imagem com mais uma camada de informação. Na fotografia de arquitetura tradicional, o “instante decisivo” nunca teve muita relevância e realmente sempre dependeu muito pouco dos fatores exteriores ao edifício que

se fotografava. As pessoas que passam, o carro que parou no local certo, a nuvem perfeita, são elementos que gosto de adicionar ao que fotografo. Adicionam escala mas, acima de tudo, dão-lhe sentido e fazem a ponte para o meu trabalho pessoal que sempre procurou esses elementos. As melhores imagens, ou aquelas de que gosto mais, são vítimas do acaso e não de um grande planeamento. Só é preciso estar pronto para o apanhar quando o instante chegar. Para que aconteçam muitas coisas durante um dia na obra, é essencial que esteja em funcionamento. Vê-lo a funcionar dá-lhe sentido. Cria ritmos e essas são as fotografias que me interessam.

Existem muitas formas de fazer arquitetura, de a viver intensamente. Hoje comunico-a e vivo feliz assim.

Like architects | Wonderwall | Lisboa, Portugal

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GO FOR... ARQUITECTURE

A boa imagem de uma arquitetura é aquela que comunica a obra. Álvaro Siza & Carlos Castanheira Shihlien Chemical Industrial Park Office | Jiangsu, China

Pedro Gadanho + CVDB Arquitectos | Sede “Transforma” - Torres Vedras - Portugal

A arquitetura é muito importante pois estou ligado ao meu ofício, às pessoas, o que me dá a oportunidade de conhecer novos lugares e ouvir novas histórias. Tudo é diferente todos os dias. Encantame que a comunicação de uma obra seja feita de um detalhe do projeto ou uma imagem do quarteirão tirada a 200m. Pode-se fazer tudo. A boa imagem de uma arquitetura é aquela que comunica a obra.

Arquitetura bioclimática, sistemas domóticos e materiais inovadores, vivemos uma revolução profunda na construção e urbanismo. Que novas tendências geram maior interesse do ponto de vista fotográfico? Não existe um regulamento. Os projetos são diversificados e eu fotografo quase tudo um pouco, por todo o mundo e com

fins de utilização diferentes. Podem ser hospitais, residências ou escritórios. Os novos materiais ou tecnologias, são irrelevantes para as fotografias. O que pode ter interesse é novas imagens tiradas numa tecnologia antiga. Um projeto recente no qual estou a trabalhar, o Terminal de Cruzeiros em Leixões, é forrado quase inteiramente de um mosaico. A mesma base cerâmica que se usa há centenas de anos, aplicada numa inclinação e num desenho pentagonal, cria um dinamismo que me deu reflexos muito bonitos e uma luz que nunca parece acabar, mesmo quando o sol desaparece. Interessa-me muito mais fotografar uma casa em que se usou um mosaico hidráulico com um desenho com 50 anos do que um pavimento novo, tecnicamente indestrutível, mas aborrecido e de gosto discutível.

Que material o acompanha para fotografar um projeto? Algum material é imprescindível, tais como as minhas máquinas fotográficas que utilizo em cada trabalho, que são como eletrodomésticos, muito competentes, quase perfeitas. No entanto, são completamente aborrecidas. Uma boa Rangefinder com poucos ou muitos anos, que se esconde na palma da mão e se usa na rua de forma invisível, é um objeto de um prazer imenso, ou as máquinas fotográficas que não uso no dia-a-dia, mas que me acompanham profissionalmente, e claro que existe sempre o telemóvel ou o portátil, que me ajudam na ligação ao escritório em Lisboa e a gerir a vida que levo enquanto viajo em trabalho.

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Centro de Alto Rendimento do Pocinho | Vila Nova de Foz Côa, Portugal.

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GO FOR... ARQUITECTURE

Phyd Arquitectura Loja Renova & Teatro Almonda, Portugal

Toda a arquitetura é fotogénica? Com a responsabilidade da passagem da mensagem do que é a obra, em que muitas vezes os meus olhos são os únicos responsáveis pela forma como uma de-

terminada obra é vista em todo o mundo, o registo tem de ser claro, muito preciso. A fotografia perfeita é o que persigo todos os dias da minha vida. Uma imagem que reúne tudo aquilo que me interessa guardar, para ver mais tarde.

A fotografia perfeita é o que persigo todos os dias da minha vida. Uma imagem que reúne tudo aquilo que me interessa guardar, para ver mais tarde.

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Oto Arquitectos | Parque do Fogo, Cabo Verde

O que sente como artista com a partilha dos seus projetos na nova era da comunicação onde os direitos de autor muitas vezes se perdem? Agrada-me ver o meu trabalho em todos os suportes, seja digital ou impresso. Como tenho mais de 40 anos interessa-me mais o impresso porque gosto muito de livros e revistas, de os ter na mão, mas a web é sem dúvida a forma preferencial como as novas gerações vêem o que se faz. Consome-se arquitetura a uma velocidade vertiginosa. Projetos novos entram na web a toda a hora. E o mais incrível é que são bons e muito bem fotografados. No início da era digital, contavam-se pelos dedos os websites de fotógrafos de arquitetura que eram abertos ao público. A partilha era nula. Não só não era procurada como era dificultada. Pensava-se que assim se protegia o trabalho do fotógrafo. Sempre achei que o oposto era o único caminho a seguir quando comecei a pensar no conceito de um website como o meu, o Últimas Reportagens, que é hoje um local onde podemos ver arquitetura contemporânea em Portugal com quase 600 obras online, onde o conceito base era possibilitar a partilha do que fazia. Disponibilizo através do Facebook e do Google muitas reportagens inteiras, sem marcas de água, sem limites à sua utilização para estudo, documentação, etc. As reportagens que estão feitas seguem o seu caminho pela rede e pelos computadores de milhares de interessados. Só podemos ganhar com esta partilha. Vivemos um tempo de adaptação a uma nova realidade, sem um manual, à qual ainda não chegámos a 100% mas, na qual, a viagem tem de ser tão interessante como a chegada.


LAURA | BUELAH


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GO FOR… HEALTHY

O PODER DAS SEMENTES Nos primórdios da humanidade eram um dos alimentos principais. Foram preteridas durante muito tempo, mas agora, as sementes e bagas renovaram a sua popularidade e, hoje em dia, são um must eat às nossas mesas. A GO MAG foi descobrir quais as propriedades de algumas sementes e quais os benefícios de as adicionar ao nosso cardápio. São fontes de proteínas, fibras, minerais e vitaminas, com propriedades antioxidantes, diuréticas e anti-inflamatórias. Muitas delas são consideradas superalimento. Polvilhadas na salada, nos cereais, nos smoothies ou num snack de iogurte, as sementes estimulam-nos a mastigar mais cada garfada, antecipando a sensação de saciedade. São muitos os benefícios e, por estes motivos, os nutricionistas subscrevem, de forma generalizada:“as sementes são de um enorme potencial energético e nutricional”. A esta edição trazemos sete das sementes mais populares. Na temporada que se avizinha, experimente introduzir uma em cada dia da semana e prepare o organismo para a entrada num novo ano ainda mais saudável!

Abóbora

Chia

Girassol

É fonte de proteína, fibras, concentra vitaminas (ácido fólico, niacina e vitamina E) e minerais (selênio, magnésio, potássio e, principalmente, zinco). As sementes ideais são extraídas da abóbora do tipo Moranga. De acordo com estudos nutricionais, o consumo deste tipo de sementes contribui para a diminuição da glicemia, dos triglicéridos e do colesterol e pode funcionar também como laxativo.

Esta semente é famosa pela sua surpreendente quantidade de fibras - cerca de 4,5 gramas numa colher de sopa - para além de ser rica em proteínas, antioxidantes e ómega 3.

O ponto forte da semente de Girassol é o ácido gordo oleico e palmítico que, por serem considerados “gorduras boas”, saciam sem prejudicar a saúde. A semente de Girassol tem origem na planta Helianthus Annuus que é uma fonte de ácido linoleico e vitamina E. Estas substâncias são importantes na proteção das membranas das células, adiando o envelhecimento da pele e atuando no brilho do cabelo e na força das unhas.

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De acordo com um estudo publicado na Revista da Sociedade Europeia de Nutrição Clínica e Metabolismo, adicionar duas colheres de sopa de chia ao pequeno-almoço acalma o estômago e sacia a fome até a hora do almoço!


GO FOR… HEALTHY

Goji

Linhaça

Quinoa

Provenientes do arbusto Lycium barbarum, as bagas Goji são altamente nutritivas, tendo na sua composição 18 aminoácidos e 21 minerais, onde se destacam o zinco, cobre, ferro, cálcio, fósforo e selénio. Tem vitaminas B1, B2, B6 e vitamina E, e também polissacarídeos.

É célebre por ser uma das maiores fontes vegetais de ómega 3. Ajuda a reforçar as defesas, a prevenir o colesterol alto e reduz a resistência à insulina, favorecendo o metabolismo.

Fonte de cálcio, ferro e ácidos graxos ómega 3 e 6, é considerada um alimento de alto valor nutricional, dado que possui todos os aminoácidos essenciais que o nosso corpo precisa para funcionar corretamente.

São, por isso, consideradas superalimento e estão, normalmente, associadas ao fortalecimento do sistema imunitário, ao anti-envelhecimento, ao alívio da dor e à redução do colesterol.

Extraída da planta asiática Linum Usitatissimum, a linhaça é rica em fibras e lignanas, fitoquímicos que auxiliam no equilíbrio das hormonas femininas.

É muito rica em proteínas, fibras e possui quantidades importantes de vitaminas do complexo B. É ainda considerada uma excelente fonte de carboidratos na alimentação. A quinoa ajuda no fortalecimento muscular, principalmente para quem pratica atividades físicas, sendo uma importante fonte de energia para o organismo.

Sésamo Muito rica em manganês e cobre, as sementes de sésamo são uma excelente fonte de cálcio, magnésio, ferro, fósforo, vitamina B1, zinco e fibra alimentar. Além destes importantes nutrientes, contêm duas substâncias específicas: a sesamina e a sesamolina. Ambas as substâncias pertencem a um grupo de fibras benéficas específicas, as lignanas, que se demonstrou possuírem um efeito de redução do colesterol nos seres humanos. Entre os benefícios destas sementes, estão ainda o bom funcionamento do sistema nervoso central e a prevenção de doenças ósseas.

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GO FOR… SPORT

OAKLEY Ref. OO9013-51 Preço sob consulta na sua GrandOptical

A MODA ESTÁ NO DESPORTO Que o Desporto está na Moda ninguém duvida! E a par desta tendência, a Nike e a Adidas anunciaram, recentemente, a colaboração de novos estilistas. Johanna F. Schneider e Junichi Abe’s Kolor são, respetivamente, os responsáveis pelas novas coleções das marcas, o que nos faz antever peças de desporto únicas, que não vamos querer deixar de ter no nosso closet!

Este fenómeno não é isolado e relacionase, sobretudo com a crescente tendência das práticas desportivas cosmopolitas, nomeadamente, o running, o fitness e o yoga, que abriram um nicho, por explorar, aos principais gigantes sportswear do mundo. Numa recente campanha de marketing, a Nike associou-se à ex-bailarina e modelo Karlie Kloss. A praticante de yoga foi a escolha pioneira para a entrada da marca num novo mercado alvo: a mulher profissional, independente, urbana, sofisticada e que pratica desporto! Por outro lado, a Adidas tem no topo das suas linhas mais conceituadas as assinaturas de Stella McCartney (Adidas por Stella McCartney) e Yohji Yamamoto (Y-3) e, recentemente, também a Sportswear lançou um conjunto de novas coleções com designers de moda, incluindo Raf Simons, Rick Owens, Mary Katrantzou e Jeremy Scott.

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GO FOR… SPORT

SEJA UM EYEXPERT Quando os gigantes do desporto se aliam aos mais conceituados nomes no design de moda internacional, conseguem-se peças únicas e de excelente qualidade: opções modernas, sofisticadas, femininas e, geralmente, irreverentes. A estratégia é similar e pertinente em ambas as insígnias: uma forma inovadora de expandir o ecossistema criativo das marcas, sustentando peças fashion e arrojadas, associadas à qualidade ímpar que já é reconhecida a estas marcas desportivas. Desta forma, asseguram a atenção e interesse dos consumidores, num mercado que se move, necessariamente, em rápido movimento.

Indissociáveis à prática do desporto estão as Lentes de Contacto. A GrandOptical apresenta-lhe a gama eyexpert que além de práticas e extremamente confortáveis, as lentes de contacto eyexpert diminuem o risco de complicações, tais como alergias ou infeções pelo facto de serem descartáveis. Experimente. Cuidados a ter na manutenção das Lentes de Contacto: • Lavar sempre as mãos quando coloca, ou retira, as Lentes de Contacto; • Renovar diariamente o líquido das Lentes de Contacto; • Não usar saliva ou água da torneira para limpar as Lentes; • Evitar dormir com as Lentes de Contacto (somente se recomendado); • Em casa, usar óculos para seu descanso visual; • Fazer um check-up semestral; • Em ambientes com fumo ou ar condicionado, utilizar lágrima artificial.

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GO FOR... SUCCESS

MADE IN PORTUGAL

DIOR Ref. DiorAbstract – A4E Preço sob consulta na sua GrandOptical

Muitos são os talentos portugueses que aclamam o orgulho português além fronteiras com novos projetos e ideias inovadoras. Alguns teimam em ficar mas muitos outros partem numa viagem que muitas vezes é só de ida. O sucesso nem sempre é garantido mas a atitude lutadora prevalece sobre quaisquer obstáculos. Nesta edição, a GO MAG foi procurar alguns casos de sucesso e saber o que de melhor se faz por cá…ou por lá. Ana Romero e Paulo Gomes são dois portugueses de sucesso, ela vive fora, ele ficou por cá, ambos representam exemplos de persistência e esforço que resultou num trabalho reconhecido internacionalmente e de qualidade assegurada. Apresentações feitas, ei-los:

Ana Romero Collection Nasceu em Lisboa formou-se em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Ana Romero é especialista em desenvolvimento de padrões para o mercado da moda. Estabeleceu-se como designer têxtil em Nova Iorque com o seu próprio estúdio de design. O seu trabalho tem sido utilizado por muitas marcas em beach e sportswear, feminino e também em moda masculina. Está presente também em tecidos de decoração ou embalagens. As suas coleções são uma constante celebração de cores e padrões visualmente influenciados pela arte ótica. Qual foi a ideia original para este projeto? A ideia foi utilizar os desenhos que são a minha assinatura – coloridos, energéticos, de inspiração ótica – como base para o desenvolvimento de produtos para o mercado premium de acessórios de moda e lifestyle. A ideia era mostrar que as cores vibrantes também podem ser sinónimo de sofisticação. A sua ideia surgiu ainda em Portugal ou já nos Estados Unidos? Fui para Nova Iorque com o meu marido por motivos de trabalho. A ideia de criar a minha própria marca já me acompanhava há algum tempo, quando ainda vivia em Portugal. O momento e o lugar certo para o fazer surgiram nos EUA depois de ter trabalhado na área dos estampados por conta própria e criado o meu atelier de design em NY. A marca está presente em vários paí-

ses: Portugal, Reino Unido (Irlanda e Inglaterra), Canadá e Japão, para além dos EUA que continua a ser o principal mercado. Quais são as suas fontes de inspiração? Sou muito influenciada pela arte ótica e pela Pop Art. Sempre fui fascinada por estes dois movimentos artísticos e a influência não foi consciente, apercebi-me dela quando terceiros descreviam o meu trabalho. De resto, a inspiração surge de muitas formas diferentes e, em particular, de muita pesquisa. Qual foi O momento da Ana Romero Collection? Gosto de pensar que esse momento ainda está para acontecer. Neste meu percurso a vida tem-me surpreendido com muitas oportunidades extraordinárias, algumas fruto do acaso e de muita sorte (leia-se trabalho!). Não consigo enumerar apenas um momento, foram muitos e inesperados: ver os meus produtos na série Gossip Girl; ter o retalhista de luxo Barneys New York como primeiro cliente (era impensável tê-lo sequer como cliente); ter os meus produtos à venda no Harrods em Londres numa parceria com a marca Portuguesa Fine & Candy; fazer uma coleção exclusiva com o meu nome para o Barneys New York e por último, realizar o meu primeiro desfile no Pestana Palace num evento privado para a Kerástase. Podemos esperar novidades em breve? Novidades sempre! Quem pára, morre! A novidade maior é mesmo a reabertura da loja online, prevista para a altura do Natal deste ano. GOmag_12 _29


GO FOR… SUCCESS

Manifesto Moda Paulo Gomes é Lisboeta de gema e formou-se em Psicologia pela Universidade de Lisboa mas foi o seu gosto pela moda que o levou a concluir o mestrado em Fotografia de Moda. Lecionou na Faculdade de Arquitetura de Lisboa no Curso de Design de Moda, foi diretor criativo da Moda Lisboa durante 19 anos, foi mentor do conhecido programa televisivo Project Runway Portugal 2012 e atualmente é Diretor Criativo da Manifesto Moda desde 2010, www.manifestomoda.com. Antes de mais, qual é a filosofia da marca? A Manifesto Moda, com quatro anos de existência, pretende ir de encontro das novas necessidades do consumidor. As pessoas procuram, hoje em dia, respostas à sua mudança como seres mais nómadas, mais informados e conscientes da sua inter-relação com o meio ambiente e não apenas com os outros. Durante anos a

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roupa tem servido prioritariamente para comunicar quem somos, na relação com os contextos sociais onde nos movimentamos. De há uns tempos para cá, o vestuário tem procurado a respostas mais primitivas na nossa relação com o meio ambiente. A Manifesto Moda é isso mesmo, um facilitador de maior conforto na nossa relação com o meio ambiente. Peças de roupa simples mas híper-funcionais. Recorrendo às novas tecnologias têxteis e ao design, a MM propõe soluções que nos permitem ser mais inteligentes na relação com o meio ambiente. Qual foi a ideia original para este projeto? Dar um passo em frente na questão da funcionalidade do vestuário. Trazer a investigação académica, a indústria têxtil e os designers para um confronto direto na resposta a soluções que tragam mais funcionalidade e conforto ao vestuário quotidiano. Fazer destas soluções o novo luxo deste século. Quem são os seus principais parceiros e mercados? Temos desenvolvido contactos em todas as regiões do mundo. Em curso estão parcerias na América Central/Caraíbas, Brasil, Africa Oriental e Subsariana, Estados Unidos e Europa. As universidades, os Centros de Investigação, a Indústria Têxtil e os designers privados são os nossos principais parceiros.


GO FOR... SUCCESS OUTROS CASOS DE SUCESSO Farfetch - A new way to shop for fashion

Quais são as suas fontes de inspiração? As viagens e a observação do comportamento das pessoas em várias regiões do mundo. A investigação académica e têxtil. As feiras do sector, o brain storming entre os elementos da equipe da Manifesto Moda… Celebration Second Skin as suas criações requerem muita investigação em termos de materiais, quais têm sido as maiores dificuldades? A maior dificuldade tem sido a concretização de estudos de campo, a logística de produção e algumas vezes a adequação das soluções encontradas aos valores de mercado praticados pelo comércio tradicional. Que novidades podemos esperar? Estamos sempre em constante pesquisa para novas soluções que respondam aos contínuos desafios da nossa relação com o meio ambiente. Em breve, esperamos ter respostas para questões ligadas à energia e aos recursos ambientais (como o uso de água na limpeza das peças de roupa, ultrapassando estes gastos excessivos, recorrendo a novas performances das fibras que através da luz do sol se auto limpam).

Fundada em 2008 pelo empresário português José Neves, a Farfetch é uma plataforma online de moda internacional com um stock de produto em mais de 300 lojas independentes que foram cuidadosamente selecionadas pela atitude avant-garde da marca em mais de 170 países, desde Paris, Londres, Nova Iorque, Milão, São Paulo, Los Angeles e a cidade do Porto, a Farfetch proporciona uma experiência única de compra, com prestigiadas marcas internacionais como Valentino, Yves Saint Laurent, ou Givenchy. Desde a sua criação que a Farfetch tem vindo a percorrer o mundo, aliando a diversidade cultural e a moda num

TMcolletion A TMcollection é uma marca portuguesa de design de moda e home decor. Distingue-se pela originalidade, diferença e qualidade e foi fundada em 2003 pelas mãos da designer de moda Teresa Martins. Está presente em 37 países, numa rede de mais 350 retalhistas que trabalha somente com tecidos naturais, cuidadosamente selecionados, como sedas, algodões, linhos e lãs. Cada peça da marca é complementada com impressões, bordados e detalhes feitos à mão com tecidos e padrões exclusivos e desenhados especialmente para cada

objetivo só: unir as perspetivas de centenas de compradores diferentes, cada um com o seu estilo próprio e uma visão única. Poderá descobrir mais na aplicação “Farfetch Discover” ou no website da marca: http://www.farfetch.com.

coleção. As coleções são exclusivamente desenhadas pela equipa de design portuguesa e produzida na Índia, no Nepal e em Portugal. O grande momento da TMcolletion foi marcado quando a carismática cantora Lady Gaga usou uma criação da marca portuguesa e postou a foto na rede social Instagram e afirmou “Obrigada pelo maravilhoso fato feito especialmente para mim em Lisboa. (...) Uma capa glamourosa para limpar lágrimas apaixonadas”. A foto contou com mais de 111 mil likes. Consulte o website da marca em www.tmcollection.com.

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GO FOR… RUNWAY

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Gucci

Chanel

Burberry

Giorgio Armani

Tommy Hilfigher

Fendi

FASHION WEEKS 2015/2016

Dolce&Gabanna

As grandes cidades já começaram a receber as famosas Semanas da Moda que dão início a cada estação. As coleções Primavera/Verão 2016 já espreitam com os estilistas a fazerem desfilar as suas propostas. A GO MAG fez um tour pelas mais mediáticas runways internacionais e está na frontline para apresentar as principais datas da época mais trendy do ano.

Nova Iorque: A cidade que nunca dorme foi a primeira a receber um dos mais importantes eventos de moda mundiais, decorreu nos dias 10 a 17 de setembro de 2015;

Londres: A moda atravessou o ocenao atlântico e invadiu a Europa na Fashion Week de Londres nos dias 18 a 22 de setembro.

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Milão 23 a 29 de setembro Em italiano se prossegue esta runway trip. As casas Valentino, Giorgio Armani ou Roberto Cavalli vão mostrar o que de melhor fazem no mundo da moda. Da Semana da Moda de Milão vão sair os modelos - a não perder - da próxima estação.


GO FOR… RUNWAY

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Miu Miu

Filipe Faísca

Valentino Roberto Cavalli

Vivienne Westwood

Paris 30 de setembro a 7 de outubro J´aime la mode! Paris acolhe os amantes da moda num dos palcos mais carismáticos do mundo. Com o pano de fundo mais inspirador de todos, os estilistas irão fazer desfilar os seus melhores modelos, desenhados para as temperaturas mais quentes da Primavera/Verão que não tardarão a chegar. As maisons Chanel, Yves Saint Laurent ou Louis Vuitton são presenças assíduas na emblemática cidade do amor…e da moda.

Moda Lisboa 9, 10 e 11 de outubro A nossa Fashion Week preferida será no mês de outubro na cidade de Lisboa. Grandes estilistas portugueses irão apresentar ao público nacional e internacional o que de melhor se faz por cá. Destaque para o projeto Sangue Novo que tem sido um dos momentos altos das últimas edições da Lisboa Fashion Week e pretende continuar a revelar os mais promissores designers de moda portugueses e a apostar no desenvolvimento de marcas de autores emergentes.

Stella McCartney

2016 As datas do próximo ano já estão fechadas, fique atento às novidades. - Nova Iorque, de 11 a 18 de fevereiro. - Londres, de 19 a 23 de fevereiro. - Milão, de 24 de fevereiro a 01 de março. - Paris, de 01 a 09 de março.

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GO FOR… DESIGN

MICHELIN CHALLENGE DESIGN 2016: NO CENTRO DAS TENDÊNCIAS DO UNIVERSO AUTOMÓVEL ‘Mobilidade para Todos – Projetando a próxima fronteira’ é o lema do Michelin Challenge Design 2016. O desafio é criar um veículo que ofereça mobilidade simples, funcional e acessível para as regiões mais desfavorecidas do planeta. O acesso a uma ‘mobilidade sustentável’ é um dos pilares do aperfeiçoamento económico, ambiental e social, mas centenas de milhões de pessoas ainda têm pouco, ou nenhum acesso, aos transportes. Sob o lema ‘Mobilidade para Todos - Projetando a próxima fronteira’, a Michelin lança uma oportunidade para celebrar, promover, divulgar e dar visibilidade à inovação na conceção de veículos. O desafio consiste em projetar um veículo pessoal, comercial ou familiar que proporcione de forma acessível e funcional uma mobilidade sustentável. Tal como o Citröen 2CV e o Volkswagen Beetle se tornaram veículos emblemáticos nas suas respetivas regiões, este projeto deverá ajudar a proporcionar mobilidade funcional e sustentável numa região desfavorecida. A título de exemplo, a Michelin sugere que se projete uma viatura para o sudeste da Ásia, para a América Central, para a África Central ou para qualquer outra área que se enquadre nos objetivos do concurso.

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Flexibilidade, criatividade, simplicidade e facilidade de uso são alguns dos critérios que serão alvo de avaliação das propostas. Inovação, design e tecnologia serão, necessariamente, tidas em conta na avaliação dos veículos e não devem comprometer a funcionalidade, a segurança e o conforto dos utilizadores. Na senda da sustentabilidade a GO MAG lança um desafio: designers que nos lêem… se são apaixonados pelo mundo automóvel, podem (e devem) contribuir com as vossas ideias para uma mobilidade segura, ambiental e socialmente amigável. Mais informação disponível no site da Michelin: www.michelinchallengedesign.com

Sabia que… A história de sucesso da Michelin resulta de uma herança com muita originalidade. Edouard e André Michelin assumiram a pequena fábrica do avô e, com boas ideias aliadas a um aguçado sentido de negócio, conduziram a empresa e transformaram-na num dos maiores ícones de mercado no universo automóvel. A companhia é hoje uma das líderes mundiais na produção e comercialização de pneus, com presença em mais de 170 países.


GO FOR… DESIGN

NEW DESIGN O mundo das artes e do design ganha em 2016 um novo espaço. O emblemático Commonwealth Institut em Kensington recebe as novas instalações do Design Museum. Esta importante mudança vai proporcionar ao museu uma dimensão três vezes maior comparada com o edifício antigo, que se situava em Shad Thames. A reestruturação irá incluir uma galeria dedicada à exibição da sua coleção permanente, com acessos gratuitos. Com a previsão de abertura no próximo ano, o Design Museum Kensington será o museu de design e arquitetura contemporânea, líder no mundo, ”saudado como um reconhecimento da importância do design na cultura contemporânea”, com uma janela aberta para muitos artistas de design internacionais, o novo museu promove a inovação nutrindo a próxima geração de talentos nesta área artística. O bairro cultural de Kesington acolhe ainda o Royal College of Art, V&A, o Museu da Ciência, o Museu de História Natural e o Serpentine Gallery.

WENDELL CASTLE REMASTERED Do outro lado do oceano, o Museum of Arts and Design em Nova Iorque apresenta, a partir de outubro, uma exposição individual do mestre americano do mobiliário, Wendell Castle. Na exibição, através de uma visão contemporânea, o designer lança um olhar crítico sobre a década de 60, a primeira da sua produção artística. A Wendell Caslle Remastered é constituída por uma seleção cuidada de Ron Labato, o curador do MAD, que encerrou na exposição as obras mais emblemáticas de Castle, numa exibição de novas obras do autor, que alia a escultura artesanal a terminologias tecnológicas,

como a digitalização, a modelagem e a impressão em 3D. O diálogo entre as novas obras do autor e as peças mais emblemáticas, que marcam o seu portefólio, será o mote principal, uma vez que a evolução da obra de Castle tem sido fortemente influenciada pelas ferramentas digitais do séc. XX. Contudo, a prática artesanal permanece enraizada na génese da sua obra. Wendell Castle Remastered irá explorar o aumento da capacidade de abordagem do artista aos temas tecnológicos de forma diferente, através das tecnologias computorizadas. Uma grande exposição a não perder.

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GO FOR... APPS

, APPS THAT YOU DON T WANNA MISS

CITYMAPPER O Citymapper surgiu em Londres, e hoje funciona nas maiores metrópoles do mundo. Para utilizar a aplicação, basta colocar o destino e é calculada a rota com as opções disponíveis na cidade em se encontra, como táxi, autocarro, metro, elétrico, a pé ou de bicicleta, tudo com a rota, o tempo e o preço.

PERISCOPE A aplicação de live streaming é a nova sensação das redes sociais. Criada pelo twitter, o Periscope permite transmitir vídeo ao vivo para o mundo. Ao entrar na aplicação, os seus seguidores serão notificados sobre quem pode participar, comentar e enviar gostos em tempo real.

utilizadores podem combinar ações e substantivos, permitindo-lhes criar um número infindável de frases diferentes. A aplicação possui também phrasebooks dentro de cada idioma por seções populares tais como cafés, bares e lojas, com um custo acrescido, exceto a seção de café, que é gratuita para todos os idiomas.

ARTSTACK “So it’s Pinterest for artists, right?”. Para uma comunidade artística exclusiva, o ArtStack é considerado a melhor maneira de descobrir e partilhar arte. Esta ferramenta inclui todos os tipos de trabalho artístico, desde a antiguidade até aos dias de hoje. A aplicação tem todas as suas funções sociais padrão: seguir outros stackers e artistas, criar coleções, organizar a arte que tenha selecionado e comentar qualquer peça.

Se vai viajar e não sabe falar a língua do país que vai visitar, não se preocupe que a Smigin ajuda-o. A aplicação permite aos viajantes construir e ouvir frases comuns ditas por um falante nativo do país escolhido. A phrasebuilder da aplicação consiste num interface com três colunas onde os

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Esta comunidade ativa na área da moda, design de interiores, e expressão artística é a nova maneira de descobrir e comprar artigos online. Quebrando o modelo tradicional de comércio, a aplicação “dá voz” aos seus utilizadores que podem moldar as tendências e influenciar as compras. Partilham dicas sobre como misturar e combinar artigos de vestuário, assim como peças de decoração. Na Polyvore todas as lojas são reunidas numa só permitindo personalizar as escolhas e facilitar o utilizador na descoberta de outros artigos.

SEVEN

ELEVATE BRAIN TRAINING SMIGIN

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Para treinar o seu cérebro regularmente, nada melhor que utilizar esta APP que funciona como ferramenta de treino cognitivo criado para construir comunicação e habilidades analíticas. Todos os utilizadores dispõem de um programa de treino personalizado que se ajusta ao longo do tempo baseado no desempenho de cada um. A Elevate foi considerada a Aplicação do Ano de 2014 pela Apple.

Para utilizar esta aplicação não precisa de mais nada além de: uma cadeira, estar perto de uma parede e o peso do próprio corpo. O treino de 7 minutos durante 7 meses oferece o benefício máximo de treinar regularmente no menor tempo possível. Tal como um jogo, o Seven funciona com um sistema de três vidas por mês motivando o utilizador a cumprir 100% os treinos, caso contrário, o seu progresso volta ao zero e o jogo termina. Se treinar todos os dias, torna-se um campeão 7/7. Não precisa de acesso à internet.


GO FOR…. FUTURE

TECH – IMPRESSÃO 3D: REVOLUÇÃO DA MODA À MEDICINA

Avi Reichental é presidente da 3D Systems desde 2003 e sob sua liderança a empresa desenvolveu um modelo de negócio que revolucionou esta tecnologia, tornando-a mais acessível ao público e a pequenas empresas. Para esse efeito, deixaram de ser apenas fabricantes de impressoras 3D para produzir elementos com esse método para criar soluções reais para os mais diversos problemas. Reichental prevê que o futuro é que as impressoras 3D estejam em todas as casas, para que qualquer um possa projetar a sua roupa à medida, criar objetos de decoração ou mesmo mobília. Atualmente, as impressoras 3D já são capazes de imprimir em diversos materiais e em simultâneo, como plástico, aço inoxidável, titânio ou até chocolate, tornando as suas aplicações infinitas. A revista económica americana Forbes estima que o mercado de impressoras 3D vai crescer exponencialmente nos próximos anos e poderá valer mais de 21.000 milhões de dólares.

Eric Moger foi a primeira pessoa a receber uma prótese produzida por impressão 3D.

Em 1983, Chuck Hull foi o percursor da tecnologia que, este ano, tem sido apontada como a terceira revolução industrial: a Impressão 3D. Nos anos 80 foi impresso o primeiro objeto de resina numa impressora 3D e enquanto os filmes de ficção científica elaboravam teorias pouco precisas sobre a viagem no tempo e o teletransporte, no mundo

real, a 3D Systems, fundada por Hull na Califórnia, desenvolvia esta tecnologia até se tornar no fenomenal mundo de oportunidades que se conhece hoje. No limiar de uma nova era do conceito na produção e distribuição de todo o tipo de objetos, é possível produzir um motor, uma prótese ou mesmo orgãos, totalmente funcionais.

Dita von Teese, apresentou um ousado vestido impresso com esta tecnologia. Urbee é um modelo de carro urbano, pequeno e com 3 rodas, criado através de uma impressora 3D. Um altifalante funcional, com todos os seus componentes, foi impresso no modelo Kornell 3D. A NASA já está a testar a impressão de produtos alimentares para viagens espaciais.

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GO FOR… MUSIC

BLUES: DO SUL DOS “STATES” AO SOL DE PORTUGAL O Blues é um dos géneros musicais basilares da história da música. As suas melodias têm origem nos cânticos, notas e métricas levadas para os estados sulistas dos EUA pelos escravos africanos, que se fundiram com as sonoridades locais para criar o género que influenciou o Jazz, o R&B, o Soul e até mesmo o Rock&Roll. A sua influência chegou a todo o mundo e em Portugal existem vários festivais dedicados ao tema, até uma Capital do Blues, a ilha de Santa Maria, nos Açores. Num género em que B.B. King era rei e que viu nascer grandes lendas da música internacional, como Robert Johnson, Muddy Waters, John Lee Hooker, Chuck Berry e, mais tarde, Eric Clapton ou Jimi Hendrix, os amantes das suas sonoridades são inabaláveis. Esse fenómeno é comum aos gigantes Estados Unidos, onde o blues é muito popular, mas também em Portugal, que começa a conhecer muitas ofertas dedicadas ao género, criando oportunidades para escapadelas a locais distintos mantendo o intimismo da pequena dimensão, atraindo grupos de apreciadores destes sons que viajaram de África para o mundo, mutando-se com histórias, sentimentos e um groove inigualável.

BB Blue Fest

Fast Eddie Nelson & Har pin’ Joe Jammer

Mais recentemente, um novo mundo de blues surgiu na margem sul do Tejo, com a associação BB Blues Portugal, sediada na Moita, que organiza o festival BB Blues Fest desde 2012. A última edição foi reflexo da transversalidade do blues pelo mundo, com notas que soaram desde Londres e com diversos artistas dos USA, com sonoridades coast to coast. Para além dos grandes nomes, o festival tem também o objetivo de revelar o que de melhor se faz em Portugal, como os Fast Eddie Nelson & Harpin’ Joe Jammer ou os The Fried Fanekas. www.bbbluesfest.com.pt/ 38_GOmag_12

Marofa Folk Blues Fest

André Indiana

A decorrer pela primeira vez este ano, o Marofa Folk Blues Fest 2015, na aldeia histórica de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda, aliou o poder do blues à legítima missão de reforçar o potencial deste local único nos mapas da música e do turismo, quer fervem de atividade no verão português. Mais focado nos artistas nacionais e nos vizinhos espanhóis, o festival contou com a atuação do célebre André Indiana, com a André Indiana Blues Band. cm-fcr.pt/eventos/2015/07/1o-marofa-folkblues-fest-2015/

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Santa Maria Blues

Alvon Johnson

A influência americana sempre foi visível nos Açores, fruto de ser um porto seguro para todos os navios que cruzam o atlântico entre a Europa e os Estados Unidos. Nos últimos anos esse fator tem sido mais palpável, ou até audível, com o trabalho da Associação Escravos da Cadeínha, que organiza o Santa Maria Blues desde 2004 e já deu projeção a artistas portugueses como Bruno Walter Ferreira & Friends e Maria João & Budda Power Blues, mas também trouxe às Ilhas de Bruma os reconhecidos artistas americanos Alvon Johnson e Dwayne Dopsie & The Zydeco Hellraisers. www.santamariablues.com/


GO FOR…. A NÃO PERDER

FIND A PLACE IN YOUR AGENDA…

London Design Festival 19 a 27 de setembro Londres é o imperdível palco deste Festival, uma inovadora associação de eventos que reúne a mestria de diversas empresas locais de publicidade e design, galerias, escolas, retalhistas, empresas de hotelaria, conselhos governamentais, corporações e organizações de caridade. Todos se aproximam para criar um grande festival com mais de 300 palestras, painéis, pop-ups, workshops, instalações e exposições de arte. O clima varia da azáfama londrina e pretende ser descontraído, amigável e aberto, até porque apresenta obras de design de todo o mundo e a hospitalidade é uma das virtudes de que os britânicos se orgulham.

Hardly Strictly Bluegrass De 2 a 4 de outubro Nos últimos anos os americanos têm-se deliciado a reencontrar as suas diversas raízes, fundindo os seus géneros musicais como o country e o blues com os sons celtas e do folk, havendo hoje uma pequena legião de fãs que caracterizou essa sonoridade como Bluegrass. Em San Francisco, o Hardly Strictly Bluegrass é o primeiro festival dedicado ao género enchendo o Golden Gate Park com artistas como Hazel Dickens, Emmylou Harris, Alison Krauss & Union Station com Jerry Douglas, e Dale Ann Bradley e Coon Creek. São três dias, 2, 3 e 4 de outubro, em que a boa onda se respira, contagiada pelos sons de harmónicas, violinos, bandolins e outros instrumentos tradicionais célticos e americanos.

Art Basel Miami 3 a 6 de dezembro É uma das feiras de arte mais completas do mundo e tem chamado a atenção do público internacional desde a sua primeira edição, em 2002. A Art Basel Miami realiza-se de 3 a 6 de dezembro e o seu palco central é o Miami Beach Convention Center. Para além da exposição principal, é possível comprar arte, ver exposições alternativas, comer, festejar e ouvir concertos nos vários eventos associados à Art Basel. Existem dezenas de festas e exposições paralelas, como a NADA Art Fair, num registo de arte mais elitista, a Aqua, no Aqua Hotel, a mais boémia das exposições, a Design Miami, a Verge, focada na arte emergente, a Art Miami, com um espaço de venda de arte mais acessível, ou a Pulso, com programas culturais originais, uma sala de vídeo e art performance.

Fiera Internazionale Tartufo Bianco d’Alba De 11 de outubro a 15 de novembro Há muitos festivais de trufas no norte e centro de Itália na época de colheita desta iguaria, mas este é sem dúvida o mais icónico e que vale a viagem e estadia por si só. Entre 11 de outubro e 15 de novembro, o cheiro inconfundível do tartufo bianco enche as ruas de Alba e é possível saboreá-lo em diversos pratos de pasta, risoto ou legumes grelhados. Os restaurantes criam menus especiais e diversas feiras decorrem por toda a cidade para associar esta rara delicatessen a outros excelentes produtos regionais, como o queijo, enchidos, mel, vinho e azeite. Para celebrar a delícia, Alba é também palco de concertos, degustações de vinho, uma corrida de burros, um desfile medieval e oficinas de culinária.

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