25 anos de Prevenção do Câncer Bucal no Paraná

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25 Anos de prevenção de câncer bucal no Paraná HOSPITAL ERASTO GAErTNER (1989 a 2013)



Dr. Laurindo Moacir Sassi

25 Anos de prevenção de câncer bucal no Paraná HOSPITAL ERASTO GAErTNER (1989 a 2013)

CURITIBA 2013


Editora Appris Ltda. 1ª Edição - Copyright© 2013 dos autores Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda. Nenhuma parte desta obra, poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.

Catalogação na Fonte Elaborado por Sônia Magalhães Bibliotecária CRB 9/1191

Sassi, Laurindo Moacir S252 25 anos de prevenção de câncer bucal no Paraná : Hospital Erasto 2013 Gaertner (1989 a 2013) / Laurindo Moacir Sassi. – 1. ed. – Curitiba : Appris, 2013. 200 p. ; il. ; 21 cm ISBN 978-85-8192-296-6 1. Boca – Câncer - Prevenção. 2. Boca – Câncer – Paraná. 2. Hospital Erasto Gaertner – História. 4. Saúde bucal. I. Título. CDD 20. ed. – 616.99431

Editora Appris Ltda. Rua Alfredo Escorsin, 59, Orleans Curitiba/PR - CEP: 82300-460 Tel: (41) 3408-2380 | (41) 3030-4570 | (41) 3151-1450 http://www.editoraappris.com.br/ Printed in Brazil Impresso no Brasil

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Autor

Dr. Laurindo Moacir Sassi • Cirurgião-dentista, graduado pela UFPR. • Especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial pela UFPR. • Mestre pelo Complexo Hospitalar Heliópolis do Estado de São Paulo. • Doutor pela Unifesp/EPM, pelo Programa de Pós-graduação em Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. • Ex-professor do Curso de Pós-graduação em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, da UFPR. • Chefe do Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Erasto Gaertner, de Curitiba-PR. • Coordenador da Residência de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Erasto Gaertner, de Curitiba-PR. • Coordenador do Programa de Residência Multiprofis-

sional em Cancerologia e do Programa de Residência em Área Profissional de Saúde - Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. • Membro do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário Evangélico de Curitibar-PR. • Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. • Membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. • Membro da Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral (Sobep). • Membro da International Journal of Oral & Maxillofacial Surgery. • Autor do Livro: “Manual Prático para Desenvolvimento de Projetos de Pesquisa e Teses”. São Paulo: Santos Editora. 2011.

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Ficha Técnica Direção – Arte e produção Sara C. de Andrade Coelho Editorial Augusto V. de A. Coelho Administrativo Selma Maria Fernandes do Valle Comercial Eliane de Andrade Livrarias e Eventos Silvana Vicente Ludni Amadeu Diagramação Vera Andrion Revisão Silvia Bocchese de Lima capa Vera Andrion Comitê editorial Edmeire C. Pereira – Ad hoc. Iraneide da Silva – Ad hoc. Jacques de Lima Ferreira– Ad hoc. Marli Caetano – Análise Editorial Impressão Ajir Artes Gráficas e Editora – (41) 3329-8803 ajir@ajirgrafica.com.br – www.ajirgrafica.com.br

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Dedicatória A minha esposa Claudia e ao meu filho Fernando pelo apoio para o desenvolvimento do projeto e desfecho para a publicação do livro, os meus sinceros agradecimentos.

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Homenagem Póstuma Aos meus pais Leonardo Sassi e Diletta Sassi, por sua luta incansável em prol dos filhos. Aos meus irmãos Marlete I. Sassi Miranda Ramos e Claudio R. Sassi, pelo esforço para que pudéssemos atingir os nossos objetivos. Ao professor Dr. Silvio Baras, da UFPR, por sua dedicação e pelo apoio em meus estágios como acadêmico, meu agradecimento à família. Ele foi o primeiro diretor e criador da Bioengenharia Erasto Gaertner com Dr. BeneditoV. Oliveira. Ao professor Dr. Silvio Gevaerd, da UFPR, pela sua dedicação e prevenção de doenças bucais e pelo seu apoio, meu agradecimento à família. Ao professor Fernando Tommasi, da UFPR, o nosso agradecimento pela orientação e por ter nos guiado para caminhos especiais na área de prevenção de câncer bucal.

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Agradecimentos • À Secretaria Estadual de Saúde do Paraná. • À Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba. • À Sociedade Paranaense de Cancerologia. • Aos presidentes do Conselho Regional de Odontologia do Paraná, no período de 1988 a 2013, nas pessoas de: Dr. Isac Nudelman; Dr. Rubens Pinho; Dr. Miguel Francisco Ferreira; Dra. Katia Jorge Bittencourt; Dr. Manoel Eduardo Correa Costa; Dra. Beatriz Helena Sottile França; Dr. Marcio Jacomel; Dr. João Luiz Carlini; Dr. Wagner João Carreira; Dr. Edson Milani de Holanda; Dr. Antonio Ferelle; Dr. Ermensson Luiz Jorge; Dr. César José Campagnoli e Dr. Roberto Eluard da Veiga Cavali. • Aos presidentes da Associação Brasileira de Odontologia Secção Paraná, no período de 1989 a 2013, nas pessoas de: Dr. Sérgio Herrero de Moraes; Dr. Dino Pasqual; Dr. Gastão do Valle Nicolau; Dr. Edson Milani de Holanda; Dr. Roberto Eluard da Veiga Cavali; Dr. Ermensson Luiz Jorge; Dr. Osiris Pontoni Klamas e Dr. Celso Minervino Russo. • Aos superintendentes da Liga Paranaense de Combate ao Câncer, no período de 1978 a 2013, nas pessoas de: Dr. Luiz Pedro Pizzatto; Dr. José Carlos Gasparin Pereira; Dr. Luiz Antonio Negrão Dias; Dr. Flávio Daniel Saavedra Tomasich; Dr. José Clemente Linhares e Dra. Claudiane Ligia Minari. • Aos diretores do Hospital Erasto Gaertner, no período de 1985 a 2013, nas pessoas de: Dr. Benedito Valdecir de Oliveira; Dr. Isidoro José Cestari; Dr. Massakazu Kato; Dr. Luciano José Biasi; Dr. Flávio Daniel Saavedra Tomasich; Dra. Claudiane Ligia Minari; Dra. Ana Luiza G. M. Wiermann e Dr. Leandro Carvalho Ribeiro. • Aos coordenadores e gerentes da Unidade de Ensino,

• À União Gakusseis de Curitiba. • Ao Tribunal de Justiça do Paraná. • Ao Sistema Fecomércio Sesc Senac PR. Pesquisa e Tecnologia, no período de 1988 a 2013, nas pessoas de: Dr. Marco Flavio Montenegro; Dr. Sonival Cândido Hunhevicz; Dr. José Clemente Linhares; Dr. Gyl H. A. Ramos; Dra. Rosane Johsson; Jurema Mendonça Leyser; Dr. Edson Michalkiewicz; Dr. José Noronha; enfermeira Luciana Kalinke; Dr. Flavio Daniel Saavedra Tomasich e Dr. Leandro Ribeiro Carvalho. • Ao professor Cleto M. Piazzeta, da UFPR; ao professor Cassius Torres, à professora Marina Ribas, da PUC-PR; ao gerente da Unidade de Ensino, Pesquisa e Tecnologia, Dr. Flávio D. S. Tomasich, nosso agradecimento pela ajuda no desenvolvimento do projeto. • Ao coordenador do Núcleo de Comunicação e Marketing do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, César Luiz Gonçalves; ao diretor regional do Sesc PR, José Dimas da Fonseca; ao ex-chefe do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Erasto Gaertner, Dr. Benedito Valdecir de Oliveira; ao chefe do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Erasto Gaertner, Dr. Gyl H. A. Ramos, meu muito obrigado. • À chefe do Registro do Hospital Erasto Gaertner, jornalista Regina A. Silva e ao estatístico do Hospital Erasto Gaertner, Dinarte Orlandi, pelo apoio incondicional para que os objetivos fossem alcançados. • Ao professor Anderson Straub, do Departamento de Marketing do Hospital Erasto Gaertner e equipe e, ao preceptor da Residência de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Erasto Gaertner, Dr. José Luis Dissenha, nosso agradecimento.

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• Ao diretor da Divisão de Saúde e Ação Social do Sesc PR, Dr. Francisco C. T. da Costa e Silva, nosso agradecimento por abrir as portas em prol da sociedade. Ao nobre colega nosso carinho em especial. • À gerente de Ação Social do Sesc PR, Dra. Elisângela Domingues, sempre abrindo os caminhos para que nosso projeto alcançasse objetivo, o nosso agradecimento. • À Dra. Luiza Nascimento e Dayane Figueiredo, pelo apoio na prevenção. • Ao coordenador OdontoSesc, Dr. Acir José Dirschnabel, nobre colega e professor convidado de nossa residência, nosso carinho em especial. • À gerente da Odontologia do Sesc PR, Dra. Pricila Souza, sempre pronta para nos auxiliar no bom andamento de nosso projeto. • À analista da gerência de Ação Social do Sesc PR, Aline Maria Dalabona, nosso carinho em especial pela sua ajuda em nosso projeto. • À Dra. Regiane Benez Bixofis, pela ajuda constante no desenvolvimento do livro, nosso muito obrigado. • À bibliotecária Tania Frigo, pela ajuda constante no desenvolvimento do projeto, nosso reconhecimento. • Aos colaboradores e professores convidados: Dra. Lúcia Fátima de Castro Ávila; Dra. Iolanda Manfron; Dr. Ricardo Luiz Radaelli; Dr. Ricardo Botter Nickel; Dr. Acir José Dirschnabel; Dr. Paulo Roberto Muller; Dra. Rafaela Scariot de Moraes; Dr. Leandro Eduardo Klüppel; Dr. Nelson Luis Barbosa Rebellato; Dr. Delson Costa; Dr. Cassius Carvalho Torres Pereira; Dr. João Luiz Carlini; Dra. Luciana Signorini; Luciane Grochocki Resende; Dr. Hamilton Tadeu Pontarola Junior; Dr. Marco Antônio

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de Oliveira; Dr. Lilian Passett; Dr. Fabiano A. e Melo e Dr. Mário Pasini. • À administradora do Cepep, Sueli Karpinski, meu muito obrigado. • Aos professores do Hospital Erasto Gaertner: Dr. Benedito Valdecir de Oliveira; Dr. Gyl Henrique Albrecht Ramos; Dra. Paola Andrea Galbiatti Pedruzzi; Dra. Marja Cristiane Reksidler; Dr. Sergio O. Ioshii e Dra. Juliana Jung. • À equipe do Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial que sempre esteve à disposição de nosso trabalho de prevenção: Dr. José Luis Dissenha; Dr. Fernando L. Zanferrari; Dra. Maria Isabela Guebur; Dra. Juliana L. Schussel e Dra. Roberta T. Stramandinoli-Zanicotti. • Aos residentes: Regiane Benez Bixofis; Cleverson Patussi; Daniela Cristina Lunelli; William Philipi P. da Silva; Larissa Baldo Zavarez; Joslei Carlos Bohn e aos ex-residentes: Caroline Beatrice Ramos; Jean Carlos Della Giustina e Thiago Serafim Cesa, muito obrigado.


Agradecimentos Especiais • Ao presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, pela ajuda para poder desenvolver este livro e publicá-lo, nosso muito obrigado.

• Ao Dr. Luiz Antônio Negrão Dias, presidente do Conselho Diretor da Liga Paranaense de Combate ao Câncer, nosso muito obrigado pelo seu apoio.

• À desembargadora Dra. Joeci Machado Camargo, do Tribunal de Justiça do Paraná, idealizadora do projeto Justiça no Bairro, pela ótima parceira no desenvolvimento de nosso projeto, o nosso carinho em especial e à toda sua equipe.

• Ao Dr. Gyl H. A. Ramos, chefe do Serviço de Cirurgia, por ser um apoiador e parceiro na prevenção do câncer bucal.

• À professora Dra. Édela Puricelli, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pelo apoio na formação de novos profissionais da área cirúrgica. • À professora Dra. Maria Isabela Guebur, membro de nossa equipe, pela correção de todo livro e ajuda, nosso carinho especial. • À Dra. Claudiane Ligia Minari, superintendente da Liga Paranaense de Combate ao Câncer, nosso agradecimento pelo apoio no desenvolvimento do projeto e na publicação do livro. • Ao Dr. Leandro Ribeiro Carvalho, diretor do Hospital Erasto Gaertner, nosso agradecimento pelo apoio no desfecho da publicação de nosso livro.

• Ao Dr. Benedito Valdecir de Oliveira, por ter sido o criador do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HEG e por ter nos apoiado na prevenção. • Ao Dr. Eder R. Biazolla, da Unesp, pelo constante apoio na área de prevenção de câncer bucal. • Ao Dr. Luiz Paulo Kowalski, daUSP e chefe do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia do Hospital A. C. Camargo, pelo apoio incondicional na área de prevenção de câncer bucal. • Ao Dr. Fabio Alves, da USP e chefe do serviço de Estomalotologia do Hospital A. C. Camargo, pelo constante apoio. • Ao Dr. Celso Lemos, da USP, pelo constante apoio na área de prevenção de câncer bucal.

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CONSELHO AOS FUMANTES Autoria: Albina Possebon O cigarro é uma arma Que engatilha com o tempo. E a mira é o pulmão Que se espatifa com o vento. São muitos aditivos químicos Que atuam na composição do cigarro Entre eles, metais pesados e pesticidas Enchendo assim seu pulmão de catarro E aquela atraente fumacinha Que é tragada pelo fumante! Contém mais de quatro mil substâncias Agindo todas ao mesmo instante Mais de quarenta substâncias São consideradas cancerígenas Infiltrando-se em nosso organismo E dentre elas está a nicotina E assim, os fumantes passivos Se expõem a este grande perigo Inspirando aquela fumacinha Antecipando a morte do amigo Portanto, fumar é uma maneira Terrível de se morrer

É o gesto mais assassino Dos que não gostam de viver Por isso, quando vejo um cigarro Nos lábios de uma pessoa Parece ver uma lagarta Comendo uma folha boa O cigarro entorpece o cérebro Sugando a nossa vitalidade Não importando a fase da VIDA Quer esteja na velhice ou na mocidade Os fumantes conscientes Já estão com um pé atrás Precisam parar de fumar Para manter sua vida em paz Troquemos a cultura do fumo Por alimentos agroecológicos É um gesto por mais vida Para salvar todos os povos Parabéns a todos os fumantes Que tomarão a decisão de parar Aceite este meu conselho Para que sua vida possa prolongar.

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epígrafe “Se um homem tem um talento e não tem capacidade de usá-lo, ele fracassou. Se ele tem um talento e usa somente a metade deste, ele fracassou parcialmente. Se ele tem um talento e de certa forma aprende a usá-lo em sua totalidade, ele triunfou gloriosamente e obteve uma satisfação e um triunfo que poucos homens conhecerão.” Thomas Wolfe

“Potencialmente o câncer é a doença mais evitável e curável na vida da humanidade. Ao aplicar conhecimento e promover ações baseadas em evidências no controle do câncer, vamos transformar essa verdade em realidade para todas as pessoas em todos os lugares.” John R. Seffrin – presidente da UICC

“Onde houver Ser Humano, haverá potencial para a deselegância, porém, muito mais para a elegância.” Laurindo Moacir Sassi

“Os caminho nos levam aos locais mais longínquos onde sempre alguém nos espera por uma mão estendida ou por uma prevenção de câncer bucal.” Laurindo Moacir Sassi

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lista de figuras Figura 1:.......................................... página 40 Figura 2:.......................................... página 40 Figura 3:.......................................... página 40 Figura 4:.......................................... página 40 Figura 5:.......................................... página 40 Figura 6:.......................................... página 41 Figura7:........................................... página 45 Figura 8:.......................................... página 45 Figura 9:.......................................... página 45 Figura 10:........................................ página 45 Figura 11:........................................ página 46 Figura 12:........................................ página 46 Figura 13:........................................ página 46 Figura 14:........................................ página 46 Figura 15:........................................ página 47 Figura 16:........................................ página 47 Figura 17:........................................ página 47 Figura 18:........................................ página 50 Figura 19:........................................ página 51 Figura 20:........................................ página 51 Figura 21:........................................ página 51 Figura 22:........................................ página 52 Figura 23:........................................ página 52 Figura 24:........................................ página 54 Figura 25:........................................ página 54 Figura 26:........................................ página 55 Figura 27:........................................ página 55 Figura 28:........................................ página 55 Figura 29:........................................ página 55 Figura 30:........................................ página 56 Figura 31:........................................ página 56 Figura 32:........................................ página 64 Figura 33:........................................ página 65 Figura 34:........................................ página 65 Figura 35:........................................ página 65 Figura 36:........................................ página 65 Figura 37:........................................ página 65 Figura 38:........................................ página 66 Figura 39:........................................ página 66 Figura 40:........................................ página 68 Figura 41:........................................ página 69 Figura 42:........................................ página 69 Figura 43:........................................ página 70 Figura 44:........................................ página 72

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lista de abreviações ABO-PR: Associação Brasileira de Odontologia do Paraná. Alacibu: Asociación Latinoamericana de Cirurgia Buco Maxilo Facial. BESC: Banco do Estado de Santa Catarina. CAIF: Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Lábio-palatal. CBMF: Cirurgia Buco-Maxilo-Facial. CDLB: Centro de Diagnóstico de Lesões Bucais. CEP: Código de Endereçamento Postal. Cepep: Centro de Projetos de Ensino e Pesquisa. CGC: Cadastro Geral de Contribuintes. Cobrac: Congresso Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. Copel: Companhia Paranaense de Energia. Coremu: Comissão de Residência Multiprofissional. CRO-PR: Conselho Regional de Odontologia do Paraná. CTBMF: Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. DCNT: Doenças Crônicas Não Transmissíveis. EPM: Escola Paulista de Medicina. Fecomércio PR: Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná. FFFCMPA: Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre. HEG: Hospital Erasto Gaertner. HPV: Papilomavirus humano. IAOMS: Internacional Conference on Oral and Maxillofacial Surgery. IAOO: Internacional Academy of Oral Oncology. IBEG: Instituto de Bioengenharia Erasto Gaertner. ICOOC: Internacional Congresson Oral Cancer. IDH: Índice de Desenvolvimento Humano. INCA: Instituto Nacional de Câncer. InformHEG: Informativo da Liga Paranaense de Combate ao Câncer. ISSN: International Standard Serial Number. LPCC: Liga Paranaense de Combate ao Câncer.

MEC: Ministério da Educação. MS: Ministério da Saúde. OMS: Organização Mundial de Saúde. ORN: Osteorradionecrose. PAVM: Pneumonias Associadas à Ventilação Mecânica. PhD: Philosophiæ Doctor. PPR: Prótese Parcial Removível. PUC-PR: Pontifícia Universidade Católica do Paraná. PUC-RS: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. RPC TV: Rede Paranaense de Comunicação. Senac PR: Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Paraná. Sesc PR: Serviço Social do Comércio do Paraná. SMS: Secretaria Municipal de Saúde. Sobep: Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral. SUS: Serviço Único de Saúde. UEL: Universidade Estadual de Londrina. UEPG: Universidade Estadual de Ponta Grossa. UFPE: Universidade Federal de Pernambuco. UFPR: Universidade Federal do Paraná. UFRJ: Universidade Federal do Rio de Janeiro. UFSC: Universidade Federal de Santa Catarina. UGC: União dos Gakusseis de Curitiba. UICC: União Internacional para Controle do Câncer. Unicamp: Universidade Estadual de Campinas. Unicenp: Universidade Positivo. Unifesp: Universidade Federal de São Paulo. Unioeste – Cascavel: Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus Cascavel. Univale: Faculdades Integradas do Vale do Ivaí. Univille: Universidade da Região de Joinville. Unopar: Universidade Norte do Paraná. UP: Universidade Positivo. UPF: Universidade de Passo Fundo. URC: Ulceração Oral Crônica. USP: Universidade de São Paulo. UTI: Unidade de Terapia Intensiva.

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apresentação I A descrição da experiência reunida nesta obra algumas vezes se sobrepõe à história do próprio serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial no Hospital Erasto Gaertner. Pioneirismo, desafios, perseverança, ousadia, criatividade, capacidade de adaptação, persistência, determinação, certamente são as tônicas que permeiam o trabalho do autor. Na oncologia e, em especial, para o paciente de cabeça e pescoço, o estágio da doença ao diagnóstico são fatores determinantes para o sucesso, seja na sobrevida, seja na qualidade de vida. Poucas neoplasias e tratamentos requerem tantos esforços para o controle da doença e reintegração global do paciente. E pela profunda consciência dos desafios que envolvem o tratamento e reabilitação do paciente com neoplasia avançada, o autor se dedica a esta importante atividade clínica com a mesma dedicação e excelência que desenvolve a atividade altamente especializada da cirurgia buco-maxilo-facial. Com isso, mostra que é possível conciliar o perfil tecnicista do especialista com o perfil comunitário sensível às necessidades da população sob uma ótica epidemiológica e sanitarista. Sempre se fizeram presentes as duas atividades no serviço: de um lado, o serviço altamente especializado e do outro, a prevenção no sentido mais amplo, com assistência aos pacientes do Hospital Erasto Gaertner e nas campanhas comunitárias de detecção precoce nos inúmeros municípios. Também, ganhou vulto a formação de recursos humanos na rede básica, estimulando o diagnóstico precoce. As duas fortes vocações culminaram com o crescimento e desenvolvimento da atividade, ainda como setor do Serviço de Cirurgia Oncológica de Cabeça e Pescoço.

O próximo passo seria ganhar autonomia de Serviço do Corpo Clínico, tornando-se serviço independente da Cabeça e Pescoço, viabilizando o crescimento e ampliação da equipe. Outro marco que oficializaria a veia de ensino foi o credenciamento da residência em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, formando especialistas que multiplicarão o conhecimento e a vocação da prevenção. E coroando de êxito, a maturidade como mestre e doutor, vem com a coordenação de toda a residência multiprofissional. Humildade e generosidade na transmissão do conhecimento e frequentes publicações são características marcantes do autor. Mais que técnica e vocação, destacam-se também a habilidade de articular parcerias e a sensibilização política para envolvimento do maior número de atores, uma vez que o trabalho necessário para a alteração do cenário epidemiológico do câncer de boca é extenso e contínuo para atingir resultados efetivos no aumento dos casos precocemente diagnosticados. Saber formar e agregar aliados nas mais variadas regiões é a garantia da continuidade do objetivo do projeto, capacitando os recursos humanos regionais a dar continuidade ao trabalho. Este nobre trabalho de prevenção tem sido, ao longo de 25 anos, um pilar importantíssimo que dá base para o cumprimento da missão do hospital – combater o câncer com humanismo, ciência e afeto. E a melhor forma de combate ao câncer é a prevenção. Dra. Claudiane Lígia Minari – Médica Oncologista Superintendente do Hospital Erasto Gaertner

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apresentação II “Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha”. Confúcio

Nestas páginas, torna-se perceptível ao leitor identificar a ilustração de um sonho, observando nas entrelinhas, exposições de casos, situações e resultados, a determinação do construtor ao elaborar, cuidadosamente, planos da edificação do conhecimento, traçando metas a serem alcançadas. Aqui se mostra de forma simples, mas eloquente, que o conhecimento científico absorve muito além da técnica. Percorre a trilha do afeto, da doação, da solidariedade, ao dividir os ensinamentos que garantem a vida e qualidade para se viver. Ao facilitar que a população mais vulnerável, sem acesso à informação, possa ser acolhida e orientada para uma melhor qualidade de vida, o autor partilhou a sabedoria nos dizeres esculpidos por Cora Coralina: “O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes”. É a dedicação ao trabalho de Laurindo Moacir Sassi, cirurgião-dentista buco-maxilo-facial, mestre e doutor, voltado à Oncologia, junto ao Hospital Erasto Gaertner, que no espírito de doação, levou o seu projeto aos mais distantes lugares – com único propósito de semear esperança e salvar vidas. Na ânsia de apresentar soluções, desde 2005 o projeto Justiça no Bairro em parceria com o Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, por meio do Sesc Cidadão, colocou-se ao lado do sonhador, para acompanhar a trajetória da simplicidade do profissional. O doutor que após horas a fio de viagem de ônibus, apresentava-se como um soldado fiel ao quartel, para a jornada da cura, estreitando em seus braços seres humanos, combalidos pela angústia das dificuldades e sem saber que a doença já tinha morada em suas vidas.

Desponta no horizonte com o nascer do sol a beleza da natureza da Ilha do Superagui que abre os braços para receber o homem de guarda-pó branco, como se vestido com a alva bandeira da paz, traz àquele povo esquecido os ensinamentos da prevenção, o encaminhamento para o tratamento, o afago que garante ao homem humilde que há cura onde sequer se imaginava a existência da doença. Dr. Sassi, assim chamado carinhosamente pela equipe de voluntários, apresenta conduta vibrante, temperamento alegre. É incansável na busca do aperfeiçoamento, dividindo experiências e ensinamentos com jovens profissionais. Fez de sua vida um verdadeiro sacerdócio em prol do próximo, apresentando uma nova proposta de serviço comunitário, voltado a uma política pública séria, de imediato acolhimento, contando com a agregação de voluntários e seguidores. O brilho dos olhos, o sorriso franco e confiante, distingue o homem do cientista que, rompendo definitivamente a barreira do impossível, comprova que é possível educar e conscientizar, porque a perseverança é a crença da realização do sonho que se faz realidade. Ademais, chega a bom momento a edição deste trabalho científico que foi perfilhado pela integridade, dedicação, capacidade intelectual, competência, habilidade e, principalmente, amor e respeito pelo ser humano. Muito me alegra cumprimentar o profissional e o amigo que muito tem contribuído na prevenção do câncer, porque teve coragem de ousar e manter acesa a esperança, permitindo que o sonho se eternize no despertar da alma. Dra. Joeci Machado Camargo Desembargadora do Tribunal de Justiça do Paraná e coordenadora estadual do projeto Justiça no Bairro

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SUMÁRIO LIGA PARANAENSE DE COMBATE AO CÂNCER.......................................................................................................... 27 Hospital Erasto Gaertner | Unidade de Ensino, Pesquisa e Tecnologia | Rede Feminina de Combate ao Câncer PARCERIA DO HEG COM O SESC PR.............................................................................................................................. 30 INTRODUÇÃO..............................................................................................................................................................................33 LITERATURA.................................................................................................................................................................................36 PREVENÇÃO DE 1985 a 1988....................................................................................................................................................39 PREVENÇÃO 1989........................................................................................................................................................................43 PREVENÇÃO 1990........................................................................................................................................................................49 PREVENÇÃO 1991........................................................................................................................................................................53 PREVENÇÃO 1992........................................................................................................................................................................57 PREVENÇÃO 1993........................................................................................................................................................................59 PREVENÇÃO 1994........................................................................................................................................................................61 PREVENÇÃO 1995........................................................................................................................................................................63 PREVENÇÃO 1996........................................................................................................................................................................67 PREVENÇÃO 1997........................................................................................................................................................................71 PREVENÇÃO 1998........................................................................................................................................................................75 PREVENÇÃO 1999........................................................................................................................................................................79 PREVENÇÃO 2000........................................................................................................................................................................83 PREVENÇÃO 2001........................................................................................................................................................................87 PREVENÇÃO 2002........................................................................................................................................................................91 PREVENÇÃO 2003........................................................................................................................................................................97 PREVENÇÃO 2004......................................................................................................................................................................101 PREVENÇÃO 2005......................................................................................................................................................................103 PREVENÇÃO 2006......................................................................................................................................................................107 PREVENÇÃO 2007......................................................................................................................................................................111 PREVENÇÃO 2008......................................................................................................................................................................119 PREVENÇÃO 2009......................................................................................................................................................................131 PREVENÇÃO 2010......................................................................................................................................................................135 PREVENÇÃO 2011......................................................................................................................................................................147 PREVENÇÃO 2012......................................................................................................................................................................159 PREVENÇÃO 2013......................................................................................................................................................................169 rESULTADOS..............................................................................................................................................................................191 Considerações FINAIS........................................................................................................................................................197 REFERÊNCIAS........................................................................................................................................................199 [26] Dr. Laurindo Moacir Sassi


LIGA PARANAENSE DE COMBATE AO CÂNCER (LPCC) Institucional Referência no tratamento de câncer no Sul do país, a Liga Paranaense de Combate ao Câncer (LPCC) é composta por três unidades: o Hospital Erasto Gaertner (HEG), a Unidade de Ensino, Pesquisa e Tecnologia e, a Rede Feminina de Combate ao Câncer, que juntas trabalham na missão de combater o câncer com humanismo, ciência e afeto.

Hospital Erasto Gaertner (HEG)

Centro de excelência em diagnóstico e tratamento de câncer, o HEG é referência no Sul do país. É uma instituição filantrópica e atende mais de 90% de seus pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com profissionais altamente capacitados.

Unidade de Ensino, Pesquisa e Tecnologia

• Instituto de Bioengenharia Erasto Gaertner (IBEG) Criado em 1985, o IBEG é o único fabricante nacional de cateter totalmente implantável e hoje conta com uma equipe de técnicos especializados na área médico-hospitalar voltada para o desenvolvimento e a fabricação de próteses ortopédicas, buco-maxilo-faciais, cateteres venosos e materiais de uso hospitalar. • Centro de Projetos de Ensino e Pesquisa (Cepep) Também criado em 1985, o Cepep é referência em ensino e pesquisa; desenvolve congressos, palestras, especializações e forma recursos humanos especializados em oncologia há mais de 25 anos. Por meio dessa ampla produção de conhecimento científico sobre o câncer, foi possível ao Hospital Erasto Gaertner tornar-se um hospital-ensino em 2004.

Rede Feminina de Combate ao Câncer

Grupo de aproximadamente 400 voluntárias e voluntários que atuam em diversos setores, dentro e fora do Hospital Erasto Gaertner. Reconhecido pelas ações de assistência a pacientes e familiares, de prevenção e de arrecadação.

Dra. Claudiane Minari Superintendente da LPCC Dr. Leandro Carvalho Coordenador Geral do HEG Dr. Luiz Antônio Negrão Dias Presidente do Conselho Diretor da LPCC

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prefácio A união inicial das ações de saúde bucal com a visão entre o passado e o presente, pode por nós ser ilustrado como “um passo de mágica”. Os 25 anos se passaram e ainda há necessidade de muitas realizações na área de prevenção de câncer de boca. Sonhos colocados em prática e quase todos realizados, faltando a construção do projeto: Centro de Treinamento de Prevenção e Diagnóstico Precoce Câncer Bucal para os profissionais de odontologia da saúde pública do Estado do Paraná. Nesta retrospectiva da prevenção e diagnóstico de câncer bucal no Estado do Paraná, temos prevenido o câncer e disseminado novos hábitos saudáveis e estimulado desprender-se do fumo e do álcool que são fatores desencadeadores do câncer bucal. Vários congressos foram oferecidos pelo Hospital Erasto Gaertner relacionados à prevenção de câncer bucal e à formação de novos profissionais. Foram mais de 200 artigos e apresentações de pesquisas em congressos internacionais e nacionais e mais de 12 novas técnicas cirúrgicas em reconstrução com retalho microvascularizado de fíbula na reconstrução dos ossos da face e do aparelho nivelador de face relacionados às reabilitações de pacientes mutilados pelos grandes tumores sendo realizado o trabalho de reconstrução e os pacientes voltam a ter suas funções de deglutição, fonação e estética. O registro do Hospital Erasto Gaertner mostrou que existe falha na prevenção do câncer bucal, uma vez que foram identifica-

dos inúmeros casos de pacientes com tumores em estado clínico avançado. Encontramos parceiros de trabalho como a União dos Gakusseis de Curitiba; o Sesc PR; o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, com seu projeto Justiça no Bairro, coordenado pela desembargadora Joeci Machado Camargo, além do apoio da Secretaria Estadual de Saúde, secretarias municipais de Saúde, UFPR; PUC-PR; Universidade Positivo e Universidade Tuiuti, que vieram somar ao nosso projeto. Em 25 anos, realizamos projetos de prevenção de câncer bucal no Estado do Paraná, chegando próximo de 22 mil atendimentos. Em meio a tantos atendimentos, diagnosticando e evitando o câncer bucal, creio ter cumprido a minha função e que tenho semeado a ideia da prevenção, orientando sobre o câncer bucal, o autoexame e hábitos nocivos à saúde. Hoje, temos a certeza que muitos abandonaram os vícios e seguiram as orientações da prevenção, evitando ser candidatos ao tratamento do câncer nos centros oncológicos. Quando realizamos a síntese de nosso trabalho pudemos rever as ações de saúde e amigos que ao longo desta caminhada fomos aglutinando, e foram muitos. Temos a certeza que muito já realizamos na área de prevenção de câncer bucal, mas muito ainda falta.

Dr. Laurindo Moacir Sassi Autor do Projeto

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Parceria Do HEG com o SESC Pr Fortalecer a participação social é estratégia fundamental para a promoção de saúde dos indivíduos e das coletividades humanas, pois resgata a capacidade do cidadão de refletir e atuar sobre sua saúde e de sua comunidade e, ainda, permite a quem gerencia estas ações, executá-las com base nas reais necessidades da população. Desde a sua criação, o Sesc comprometeu-se com a promoção da saúde como elemento inseparável na relação entre padrão de vida e bem-estar, ao estabelecer suas finalidades, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores do comércio e seus dependentes e, dentro de suas áreas de ação, influindo igualmente para um desenvolvimento econômico e social, assegurando as melhores condições de vida para todos. Assim, as ações devem ser uma resposta clara aos desafios colocados pela clientela e pelo contexto no qual está inserida, considerando os múltiplos aspectos envolvidos na produção do processo saúde-doença, nas perspectivas da reflexão sobre seus determinantes e contribuição para a resolução concreta dos problemas identificados. Incentivar a participação e a integração comunitária, através da atuação do Sesc com a comunidade e estabelecer parcerias com outras instituições são igualmente ações destinadas a promover o desenvolvimento social, econômico e cultural das comunidades. No interior de nosso país ou mesmo nos arredores das grandes cidades, muitas imagens expressam o quanto desigualdades sociais humilham, degradam e fazem sofrer milhões de brasileiros; símbolo e expressão da exclusão social e muitas dessas imagens são do corpo humano e entre elas,

[30] Dr. Laurindo Moacir Sassi

imagens de bocas e dentes. As condições dentárias precárias são, sem dúvida, um dos mais significativos sinais de exclusão social. A falta de escolaridade e trabalho, baixa renda e a consequente má qualidade de vida produzem efeitos destrutivos sobre dentes, gengivas e adjacências. O estabelecimento de políticas intersetoriais e a integração de ações preventivas, curativas e de reabilitação devem ser o enfoque de uma necessária promoção de saúde e universalização do acesso, evitando assim que esta população seja atingida fortemente por mutilações, dores, infecções e sofrimentos físicos e muitas vezes psicológicos. Dentre as enfermidades cujas lesões apresentam-se na boca, o câncer apresenta uma singularidade: mata. O câncer é a segunda causa de morte por doença no Brasil, sendo as doenças cardiovasculares, a primeira. Estima-se que no ato do diagnóstico, cerca de 50% dos afetados vão a óbito em até cinco anos. O câncer bucal, por sua elevada letalidade aliado à possibilidade de reduzir o grau de exposição da população aos fatores de risco e de, por meio do diagnóstico precoce, controlá-lo como causa de morte; constitui um problema de saúde pública no Brasil. A maioria das ocorrências na boca é precedida por lesões com potencialidade cancerizável como leucoplasia, eritroplasia, queilite actínica, ou outras, quase sempre indolores, mas que podem evoluir dependendo da informação, hábitos e cuidados próprios. O tabaco e o álcool, isoladamente, aumentam o risco de contrair a doença, assim como exposição excessiva à radiação solar, injúrias mecânicas ou


térmicas na mucosa bucal também estão associados à sua ocorrência; sendo a biópsia o único método de diagnóstico definitivo do câncer. Neste contexto, dois grandes projetos desenvolvidos pelo Sesc PR: o Justiça no Bairro Sesc Cidadão e o OdontoSesc atuam nas comunidades de baixa renda e dão a oportunidade de ir diretamente de encontro ao cidadão e, por meio de ações de saúde, promover educação e assistência, envolvendo para tanto os parceiros necessários. O Hospital Erasto Gaertner é um centro de excelência em diagnóstico e tratamento de câncer, referência em Oncologia no Sul do país e atestado pelo Ministério da Saúde, sendo o Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial chefiado pelo Dr. Laurindo Moacir Sassi, nosso principal parceiro. O professor Dr. Sassi tem um extenso currículo de ações e trabalhos voltados à prevenção do câncer bucal e cirurgia BMF. Além disso, é responsável pela formação de jovens residentes e pela produção de trabalhos científicos, mesas-redondas e congressos nesta área da saúde. Entre 2008 e 2013, o Dr. Laurindo Sassi e sua equipe realizaram cerca de 80 ações de diagnóstico e prevenção precoce de câncer bucal além de treinamento a profissionais de saúde dos diversos municípios atendidos pelos projetos – Justiça no Bairro Sesc Cidadão e OdontoSesc – com palestras com o tema: “Prevenção e Diagnóstico de Câncer Bucal” e, realizando exames clínicos nos pacientes atendidos e também esclarecimento à população acerca das lesões cancerizáveis da boca. Em consultórios, nas comunidades, ou no interior das carretas OdontoSesc, a realização de

exames clínicos da cavidade bucal, coleta de dados relativos aos indivíduos que se submeteram a estes exames, visando traçar o perfil das pessoas em relação à frequência da ocorrência destes tipos de afecção. Nos casos identificados, o encaminhamento por meio das secretarias municipais de saúde diretamente ao Hospital Erasto Gaertner agiliza o pronto atendimento destas pessoas. Neste ano de 2013, Dr. Laurindo Moacir Sassi completa 25 anos de campanhas de prevenção de câncer bucal no Estado do Paraná e com o registro de todos os projetos no Cepep do HEG, desde 1989. Nós do Sesc PR sentimos muito orgulho em participar desta trajetória exitosa, com os projetos Justiça no Bairro Sesc Cidadão e OdontoSesc que lhe propiciou a oportunidade de, saindo de Curitiba, visitar inúmeros municípios de baixo IDH, carentes de uma atenção maior à saúde e lá desenvolver também a capacitação das equipes locais de saúde. Prova de que com muito trabalho e dedicação unindo-se forças, os objetivos podem sempre ser alcançados para benefício de todos.

Darci Piana Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR Dimas Fonseca Diretor Regional do Sesc PR Francisco Costa e Silva Diretor de Saúde e Ação Social Sesc PR

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introdução Ao comemorarmos os 25 anos de prevenção de câncer bucal, temos a certeza de que muito já foi feito e ainda há muito trabalho a desenvolver. A série histórica publicada no Relatório de Registro Hospitalar de Câncer do Hospital Erasto Gaertner (HEG), no período de 1990 a 1999, comprova que durante 10 anos, o percentual de lesões iguais ou menores a 2 cm foi baixo, pois considerando os casos de tumores T1 diagnosticados e, aplicando o mesmo raciocínio para os tumores T2 (tumores que medem até 4cm), a soma de ambos resultou em apenas 28% para estes tumores iniciais (Tomasich, et al., 2002). O resultado das campanhas de prevenção para o câncer bucal em conscientizar as pessoas a procurar atendimento especializado na presença de lesões que não cicatrizavam começaram a ser evidenciados em 2004, quando cerca de 24% dos tumores de até 2 cm e 23% dos que atingiam até 4 cm já estavam sendo diagnosticados no HEG. Estes dados mostraram a possibilidade de uma mudança da realidade por meio das campanhas de prevenção. Entretanto, estes dados demonstraram a necessidade de engajamento de profissionais de oncologia e daqueles que compunham o vasto campo de trabalho para esta atuação, incluindo voluntários. As campanhas de prevenção de câncer bucal foram iniciadas em 1989, em praças públicas dos municípios do Estado do Paraná, objetivando trabalhar principalmente com a população menos favorecida. Essas primeiras campanhas tinham duração de até 15 dias e os participantes ficavam hospedados em colégios locais. A equipe treinada tinha o sonho de diagnosticar precocemente o câncer bucal e diminuir o número de pacientes com grandes tumores recebidos pelo HEG. O aumento dos casos de diagnóstico precoce elevou a presença de pacientes com tumores menores no HEG e ampliou as estatísticas desse tipo de tumor. As campanhas estavam cada vez mais atuantes e o engajamento de profissionais da área era visível em nosso meio.

Na trajetória deste trabalho de prevenção foram feitas parcerias, como com a instituição União dos Gakusseis de Curitiba (UGC), fundada em 1949. O projeto foi instituído em 1985, quando eu ainda era acadêmico e tinha o objetivo de realizar prevenção de câncer bucal e promoção de saúde bucal nos bairros da capital paranaense e no interior do Estado, junto à população de baixa renda. Os Gakusseis em formação e alguns formados em cursos de área de saúde foram treinados pelos professores das faculdades de Odontologia e Medicina de Curitiba. Nesta época, o conhecimento do número de pessoas com doenças bucais e lesões relacionadas, por exemplo, ao uso de próteses quebradas ou mal adaptadas, que poderiam ser evitadas simplesmente com uma orientação foi o estímulo para este grupo começar a desenvolver pesquisas e orientação sobre prevenção. Este conhecimento sobre prevenção de câncer bucal foi obtido através da UFPR, UGC e, principalmente, do HEG. O meu ingresso no HEG ocorreu em caráter de estágio entre os anos de 1986 a 1988. Inicialmente, fui orientado pelo professor Silvio Baras, da UFPR, que permaneceu no HEG até fim de 1987 e, depois, supervisionado pelo Dr. Benedito Valdecir de Oliveira, chefe do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. No ano de 1989, passei a integrar o corpo clínico como profissional responsável pela Odontologia do HEG. Durante o período de 1985 a 1988, inclusive no período em que fui estagiário, várias ações de prevenção para saúde foram realizadas (projeto Gakusseis de Curitiba) em escolas dos bairros, praças públicas de Curitiba e em vários municípios do interior do Estado do Paraná, que ocorriam semestralmente e duravam 15 dias. Participei de várias campanhas e após colação de grau, em fevereiro de 1989, todos os projetos de prevenção de câncer bucal realizados a partir de então, estavam inseridos no Centro de Projetos de Ensino e Pesquisa da Liga Paranaense de Combate ao Câncer.

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Anualmente, durante 15 dias, foram realizadas campanhas no interior do Estado do Paraná, nos seguintes municípios: 1985 – Assaí e Cornélio Procópio. 1986 – Colorado e Santa Helena. 1987 – Paranavaí e Faxinal. 1988 – Uraí e Assaí. 1989 – Iretama e Porecatu. 1990 – Pato Branco e Castro. 1991 – Andirá e Wenceslau Braz. 1992 – Formosa do Oeste e Altônia. 1993 – Assaí. 1994 – Telêmaco Borba e Pitanga. 1995 – Reserva e Turvo. 1996 – Turvo. 1997 – Dois Vizinhos e Ibaiti. 1998 – Laranjeiras do Sul. 1999 – Palmital. 2000 – Capitão Leônidas Marques. 2002 – Carlópolis. Paralelamente aos trabalhos realizados nos municípios, entre os anos de 1989 a 2013, várias ações de saúde foram realizadas em Curitiba, sediadas em praças públicas, atingindo assim, a população em geral. Em 1989, as campanhas de Curitiba foram realizadas nas praças Rui Barbosa e Osório, na região conhecida como Boca Maldita, com apoio das secretarias Municipal e Estadual de Saúde, das entidades de classes: CRO-PR, ABO-PR e, Faculdades de Odontologia e Medicina de Curitiba, centros de saúde de Curitiba e outros municípios da Região Metropolitana de Curitiba, tais como São José dos Pinhais, Araucária e Pinhais. Como nestas campanhas foram realizados um elevado número de exames clínicos, um montante considerável de lesões benignas foi encontrado e estes pacientes foram orientados sobre o diagnóstico, tipos de tratamento e encaminhados para unidades de saúdes. Tumores com características de malignidade também foram encaminhados para confirmação do diagnóstico e tratamento pelo

[34] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HEG. Ainda houve apresentação de palestras educativas em unidades de saúde, trabalhos científicos voltados para prevenção, inseridos na categoria “temas livres” e que foram apresentados em congressos realizados em Porto Alegre-RS; Brasília-DF; São Paulo-SP e outros em países como Inglaterra, Japão, Espanha, Estados Unidos, Áustria, Canadá, Chile e Grécia, sendo o último apresentado em Barcelona, na Espanha, em 2013. Em 1998, foi aberta a possibilidade de estágio para acadêmicos e profissionais no Serviço de Odontologia do HEG e, entre esses acadêmicos, estava o Dr. Ricardo Leandro Simette, que fez parte da equipe até 2010 e Dr. José Luis Dissenha, que hoje é parte do corpo clínico do hospital e preceptor da residência. No ano 2000, foi criado o Centro de Diagnóstico de Câncer Bucal em Curitiba, com a Secretaria Municipal de Saúde, com a participação do professor Dr. Silvio Gevaerd, Dr. Shozo Miyachi e da professora Dra. Maria H. Tommasi, na Praça do Ouvidor Pardinho. O Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial foi emancipado ao status de Serviço, no ano 2000. Este serviço do HEG presta atendimento, orienta e diagnostica lesões bucais em pacientes encaminhados pelas unidades de saúde e ou pelo Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HEG. A parceria do Conselho Regional de Odontologia foi realizada, em abril de 2002, com a Campanha Estadual de Prevenção de Câncer Bucal e, para que essa parceria fosse efetivada, elaborei um projeto e houve aprovação do Dr. Wagner João Carreira, presidente do CRO – Curitiba, na época. Para promover esta campanha foram utilizados outdoors espalhados estrategicamente em todo o Estado do Paraná, além de anúncios em rádio e televisão, distribuição de sacolas de lixo impressas com mensagens dirigidas à campanha, distribuição de manual de autoexame e realizados exames clínicos da cavidade bucal. Assim, as campanhas de prevenção de câncer bucal foram desenvolvidas no Estado do Paraná, sob minha coordenação e com apoio do Dr. Francisco


Alérico, de Francisco Beltrão, cidade localizada no Sudoeste do Paraná. Neste mesmo ano foi criado, em Araucária-PR, um Centro de Diagnóstico de Câncer Bucal, com a imprescindível colaboração do Dr. Shozo Miyachi. Em 2007, um novo projeto de prevenção de câncer bucal denominado “Ação Comunitária contra o Câncer Bucal no Estado do Paraná”, foi lançado no Estado do Paraná, com apoio do presidente do CRO-PR, Dr. Ermensson Luiz Jorge, do Dr. Cesar Campagnolli; Dra. Carmen Lúcia Arrat; do Dr. Francisco Alérico; Dr. Osires Klasma e outros professores das universidades, com intenção de revalidar e dar continuidade ao projeto e formar multiplicadores da prevenção de câncer bucal, por meio de treinamento teórico. Entretanto, passados 25 anos de campanhas de prevenção, observamos que ainda existe uma amostra de 22% da população que nunca ouviu falar em prevenção de câncer bucal. Em 2008, foi obtida dos ministérios da Educação e Saúde a autorização para abertura do Programa de Residência de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do HEG com bolsa auxílio fornecida pelo MEC/MS, e para a qual foram oferecidas três vagas em prova oficial no ano de 2009, por um período de três anos. Vários trabalhos de pesquisas relacionados aos eventos de prevenção foram apresentados no Congresso Americano de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, na Califórnia, em 2008, quando recebi premiação pela participação na criação do Centro de Diagnóstico de Curitiba. Em 2008, uma nova parceria surgiu entre o Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial e o OdontoSesc, com apoio do presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana; do então diretor regional do Sesc PR, Paulo Cruz; da Dra. Elisângela Domingues e da Dra. Renatha C.N. Peres, que perdura até o presente ano. Nesse convênio, o serviço de CBMF do HEG executa o trabalho de prevenção de câncer bucal em todos os projetos do OdontoSesc, no interior do Paraná. Ainda nesse ano, foi iniciada a partici-

pação do Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial no projeto Justiça no Bairro, coordenado pela desembargadora Joeci Machado Camargo, com a realização de exames clínicos e orientação sobre câncer de boca para os cidadãos presentes no local do projeto. O Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial é composto, em 2013, pelo Dr. Laurindo Moacir Sassi, chefe do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial; Dr. José Luis Dissenha, preceptor do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial e, pelos professores membros do corpo clínico: Dr. Fernando Luiz Zanferrari, Dra. Maria Isabela Guebur, Dra. Juliana Lucena Schussel e Dra. Roberta Targa Stramandinoli -Zanicotti. Colaboradores e professores convidados: Dra. Lúcia Fátima de Castro Ávila, Dra. Iolanda Manfron, Dr. Ricardo Luiz Radaelli, Dr. Ricardo Botter Nickel, Dr. Paulo Roberto Muller, Dra. Rafaela Scariot de Moraes, Dr. Leandro Eduardo Klüppel, Dr. Nelson Luis Barbosa Rebellato, Dr. Delson Costa, Dr. Cassius Carvalho Torres Pereira, Dr. Paulo R. Muller, Dr. João Luiz Carlini, Dra. Luciana Signorini, Luciane Grochocki Resende, Dr. Hamilton Tadeu Pontarola Junior, Dr. Marco Antônio de Oliveira; Dr. Lilian Passett; Dr. Fabiano A. E. Melo; Dr. Mário Pasini e professores voluntários. O serviço ainda conta com a colaboração dos professores Dr. Benedito Valdecir de Oliveira, Dr. Gyl Henrique Albrecht Ramos, Dra. Paola Andrea Galbiatti Pedruzzi, Dra. Marja Cristiane Reksidler.

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LITERATURA A prática e a experiência têm nos ensinado que a prevenção e a informação são as únicas formas para a diminuição da incidência e do dano causado por tumores bucais. A partir das últimas quatro décadas do século passado, seguindo tendência mundial, têm-se observado, no Brasil, processos de transição que produziram, e ainda produzem, importantes mudanças no perfil das doenças ocorrentes na população. A chamada “transição epidemiológica” decorre da urbanização acelerada, do acesso a serviços de saúde, dos meios de diagnóstico e das mudanças culturais, expressivos nas últimas décadas, entre outros fatores (Malta et al., 2006). As mudanças nos padrões de ocorrência das doenças têm imposto novos desafios, não só para os gestores e tomadores de decisão do setor da saúde como também para outros setores governamentais, cujas ações repercutem na ocorrência dessas doenças. O desafio do financiamento das ações é um deles, pois doenças crônicas são onerosas para o Sistema Único de Saúde (SUS) e, quando não prevenidas e gerenciadas adequadamente, demandam uma assistência médica de custos sempre crescentes. Para toda a sociedade, o enfretamento das “novas epidemias” causadas por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), em que se inserem o tabagismo e etilismo crônicos, demandam significativos investimentos em pesquisa, vigilância, prevenção, promoção da saúde e defesa de uma vida saudável (Malta et al., 2006). Campanhas são realizadas no intuito de orientar e conscientizar a população sobre os riscos relacionados ao câncer bucal. Examinar a boca desses indivíduos, procurando lesões, orientar sobre os efeitos de hábitos nocivos à saúde, conscientizar sobre os riscos do câncer bucal e relatar resultados encontrados são condutas da nossa equipe. A saúde da boca é considerada de responsabilidade do cirurgião-dentista, devido ao fato de ser este o profissional que, com maior frequência, consulta esta região. Assim,

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fica sob sua responsabilidade o reconhecimento de alterações das normalidades presentes, bem como os exames para a prevenção, diagnóstico precoce e a realização do tratamento em tempo hábil. Scola et al. (1997) frisaram a necessidade do exame sistemático da mucosa bucal de tabagistas e etilistas, sobretudo aqueles com idade acima de 40 anos. Visscher et al. (1998) relataram que os fatores como o sol, a pele clara, higiene bucal pobre, as condições sócio-econômicas, a ocupação, a deficiência, a pré-disposição familiar e genética contribuem para o câncer de lábio. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os principais fatores de risco para o câncer da cavidade oral são o tabagismo, o etilismo e as infecções pelo HPV. Estudos apontam que o hábito de fumar e beber estabelece um sinergismo entre esses dois fatores de risco, aumentando em 30 vezes o risco de desenvolvimento desse tipo de câncer. O fumo é responsável por cerca de 42% dos óbitos por essa neoplasia. Já o etilismo pesado corresponde a, aproximadamente, 16% dos óbitos. Para Malta et al. (2006) o tabagismo é mais frequente entre homens de todas as capitais pesquisadas. Em relação ao nível de escolaridade, a proporção de fumantes sempre foi maior entre os grupos com menor escolaridade (Ensino Fundamental incompleto), sendo a razão de prevalência entre indivíduos com menor e maior escolaridade é da ordem de dois: ou seja, há cerca de dois fumantes com baixa escolaridade para um fumante com maior escolaridade. As pequenas lesões consideradas benignas, como o papiloma oral, podem sofrer transformação maligna se não forem removidas, como demonstraram Sassi et al. (2005) quando relataram um caso de papiloma em palato duro com transformação para carcinoma epidermóide. Sendo assim, mesmo parecendo uma lesão aparentemente inocente, o papiloma tem potencial de transformação para malignidade e a realização de biópsia é fundamental para o diagnóstico e a prevenção de transformação, pois quan-


do associada a fatores locais como trauma, tabaco, álcool, irritação ou fricção contínua e também aos agentes biológicos, o quadro clínico do papiloma pode ser agravado. Sassi et al. (2005) mostraram que o líquen plano oral é uma lesão inflamatória mucocutânea, precedida de lesões bucais e, relataram dois casos de “transformação” para carcinomas epidermóides. Miyachi, Sassi et al. (2002) encontraram como resultado de uma avaliação de fatores de risco para câncer bucal feita em 1.316 pacientes em Curitiba, 26% de fumantes, 14% de estilistas e 20% de consumidores de chimarrão. Sassi et al.(2005) demonstraram a necessidade de prevenir e diagnosticar precocemente lesões cancerizáveis de boca na população. Ao realizarem 6.544 exames clínicos no Paraná encontraram 863 lesões bucais em pacientes de baixa escolaridade e higiene bucal péssima. De todos os avaliados 22,5% nunca tinham ouvido falar em prevenção de câncer de boca e 24,1% já haviam feito exame preventivo. Cabe aqui falar sobre a busca constante, o policiamento, a verdadeira ação de vigiar, no sentido de identificar os pacientes de risco, realizando orientação sobre hábitos nocivos à saúde e vícios, higiene bucal e indicação de tratamentos, se necessário, além de continuamente planejar ações preventivas e realizar a detecção precoce de lesões. Ainda entre a população examinada, os autores encontraram 1.326 pacientes idosos (acima de 60 anos de idade). Nessa pesquisa Sassi et al. puderam observar que, entre as lesões de boca encontradas, foi grande o número de lesões de etiologia traumática (53,%) e inflamatória (17,9%); lesões avermelhadas estavam presentes em 10,4% e leucoplasias em 9,%; outros 1,5%. Foram encontrados 16 casos sugestivos de câncer (7,5%). O INCA (2012) estimou o aparecimento de 14.170 novos casos de câncer bucal no Brasil em 2012, sendo 9.990 para homens e 4.180 para mulheres. Ainda dentro da estimativa de 2012, válida para o ano de 2013, o número de casos de câncer estimado foi de 385 mil novos casos. Mitka (2013) mostrou a estimativa norte americana para 2013, como sendo de 36.000 novos casos para 6.850 mortes, tendo como os principais fa-

tores causais o fumo e o álcool, além da incidência do HPV. Recomendações para o abandono do fumo e a diminuição do consumo abusivo de álcool foram feitas. Sassi et al. (2007) mostraram o resultado de uma campanha no Estado do Paraná, em um único dia em 2002, em dez regionais (CRO-PR), abrangendo 58 municípios, com a realização de 9.210 exames clínicos e o achado de 1.998 lesões. Nesta pesquisa, os autores mostraram o baixo nível de informação sobre prevenção de câncer bucal, pois 63% nunca havia feito exame preventivo, 22% nunca ouviu falar de prevenção e apenas 15% fez o exame de prevenção de câncer bucal. Nesta mesma pesquisa mostrou que, 65,5% não vai ao dentista. Sassi et al. (2011) relataram que, em 20 anos de pesquisa de prevenção de câncer bucal, segmentando esses 20 anos em frações de cinco anos, observaram que em torno de 20% da população nunca ouviu falar sobre prevenção de câncer bucal. Nos últimos cinco anos desta pesquisa, as campanhas foram mais concentradas na capital e região metropolitana, onde houve uma regressão no percentual de indivíduos sem informação sobre prevenção de câncer bucal, diminuindo para um índice de 7,5%. Entretanto, o interior do Estado do Paraná ainda apresentou índice de 20% neste quesito. Sentindo a necessidade de acompanhar os avanços da área de diagnóstico e tratamento de manifestações estomatológicas e doenças que envolvem a boca, com especial destaque para o câncer bucal, o Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do HEG, propôs a criação de um selo em homenagem aos profissionais que se dedicam às campanhas de diagnóstico e prevenção de câncer bucal. Acredita-se que este selo trará maior impulso aos profissionais que se dedicam ao tema. Esta campanha realizada há mais de 25 anos tem caráter voluntário e a sua principal finalidade é a de promover a prevenção e detecção do câncer de boca. Diante de todo o conteúdo exposto temos a certeza da necessidade de novas intervenções na área de prevenção de câncer bucal. Citamos inúmeras vezes esta doença, porém não poderíamos nos esquecer de deixar uma definição do câncer.

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Uma definição para o câncer1 É o nome dado a uma alteração que leva ao crescimento desordenado e acelerado de células em determinados tecidos e órgãos, normalmente com evolução rápida, agressiva e incontrolável. Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo: • Tecido epitelial (pele e mucosas) g Carcinoma. • Tecido conjuntivo (osso, músculo e cartilagem) g Sarcoma. Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos.

1 Fonte: INCA

[38] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Prevenção 1985 aa1988 1988


Figura 1: Jovens idealistas (UGC) se unem e rumam aos municípios no interior do Estado do Paraná, com o objetivo de fazer uma campanha de prevenção à saúde. Em Cornélio Procópio-PR, permaneceram pelo período de 15 dias. Imagem registrada em julho de1985.

Figura 3: Dr. Sassi e colegas da União dos Gakusseis de Curitiba orientando os pacientes sobre a prevenção de doenças bucais, na cidade de Paranavaí-PR. Cartazes com desenhos das estruturas anatômica dentárias hígidas e doentes foram utilizados como material didático e facilitaram o entendimento dos pacientes.

Figura 4: Grupo formado por jovens acadêmicos levando conhecimento à população. Campanha de prevenção à saúde, na cidade de Paranavaí-PR, pelo projeto Gakusseis de Curitiba, em julho de 1987.

Figura 2: Dr. Sassi participando de uma corrida rústica no município de Santa Helena-PR, em julho de 1986, na qual obteve o primeiro lugar. Além do trabalho na prevenção também há o cuidado com a nossa saúde, participando de atividades sociais na área de esportes.

Figura 5: Equipe parcial da UGC na campanha de prevenção a saúde no município de Uraí-PR, em 1988. Além da área de saúde, nossa equipe também atuava no lazer para a população, construindo parques com o auxílio do departamento de Engenharia.

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Figura 6: Realizando prevenção e orientação sobre as doenças bucais. Trabalho executado em escolas públicas de Curitiba, em 1988.

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Prevenção 1985 1989 a 1988


1ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal O marco zero da prevenção de câncer bucal com projeto elaborado ocorreu quando ingressei como profissional no HEG. O município de Iretama foi o primeiro em que eu atuei como profissional da área de Saúde e como orientador de acadêmicos.

Atividades básicas programadas e efetuadas Um treinamento aos profissionais de Saúde do município foi realizado por meio de palestras sobre “Prevenção e diagnóstico de câncer bucal”. A atividade prática resultou em exame clínico nos pacientes. Foram dados esclarecimentos à população acerca de lesões cancerizáveis da boca. Também foram realizados exames clínicos da cavidade bucal e coleta de dados pessoais dos indivíduos que se submeteram ao exame clínico, visando traçar o perfil dos participantes nesse tipo de trabalho. De 1986 a dezembro de 1988 fui estagiário no HEG. Os primeiros projetos como profissional da Saúde foram despertados pela ausência de prevenção de câncer bucal durante as estadas do Projeto Gakusseis, ainda como acadêmico de Odontologia no interior do Estado do Paraná. Estes trabalhos somente me fortaleceram e me estimularam a levantar a bandeira da prevenção. Em Curitiba, desenvolvíamos o projeto na Praça Rui Barbosa, com apoio do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HEG e do Cepep. Permanecemos por três dias, com barracas montadas e uma cadeira odontológica, fazendo exame clínico nos transeuntes que aceitavam ser examinados, mas a maioria passava e simplesmente ignorava o nosso convite. Porém, não desistimos e fomos quebrando as barreiras, chegando ao fim dos três dias tendo examinado mais de 180 pacientes. As barracas utilizadas foram emprestadas pela Defesa Civil do Estado do Paraná.

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Locais de execução dos projetos • Iretama-PR: realizando trabalho de prevenção de câncer bucal e doenças bucais na população carente. • Porecatu-PR, realizamos a campanha de prevenção de câncer bucal. Dr. Sassi e a equipe da UGC viajaram ao norte do Paraná em busca da história da UGC. • Campanha de prevenção de câncer bucal na Praça Rui Barbosa, em Curitiba-PR, nos dias 12, 13 e 14/10/1989. • Praça Osório, em Curitiba-PR, no dia Nacional de Combate ao Câncer, em novembro de 1989.

Veículo de comunicação • Jornal da UGC - “A voz da União”, de 1989 – Jornal da União dos Gakusseis de Curitiba, marco do início do trabalho de prevenção de doenças da boca para o Dr. Sassi e a inauguração do Centro Odontológico do HEG. • Jornal InformHEG – 1989 - Dr. Sassi – Realizando prevenção de doenças bucais. • Jornal InformHEG - Serviço de Odontologia, integrante da equipe multidisciplinar (Pediatria). Jornal sob responsabilidade da jornalista Regina Silva, chefe do registro do Hospital Erasto Gaertner. • Consultório no interior de uma das escolas municipais de Iretama, no interior do Estado do Paraná. • Jornal da UGC - “A voz da União”, de 1989 – Jornal da União dos Gakusseis de Curitiba.


Figura 7: Dr. Sassi orientando os acadêmicos de Odontologias e realizando trabalho de prevenção de câncer bucal e doenças bucais na população carente. Campanha de prevenção à saúde no município de Iretama, ocorreu em 1989.

Figura 8: Dr. Sassi em atendimento, utilizando mesas e cadeiras escolares para montar, de maneira improvisada, o seu consultório para o atendimento. Além disso, foram utilizados pôsteres para melhor entendimento dos alunos e dos participantes. A campanha de prevenção à saúde foi no município de Iretama-PR, em janeiro de 1989.

Figura 9: Residência do Dr. Thochio e esposa. Em 1989, Dr. Sassi com a equipe da UGC viajaram ao norte do Paraná em busca da história da UGC. Fomos hospedados na casa do idealizador da primeira caravana científico-cultural da UGC, em 1956, o pediatra Dr. Thochio Igarachi.

Figura 10: Dr. Sassi e o acadêmico Marcio Moura – atual professor de Medicina na área de Anatomia, da UFPR – acompanhando a reforma da sede da UGC, patrocinada pelos Ugessences.

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Figura 11: Dr. Sassi e as voluntárias da área de Saúde (Vera e Neli). Campanha de prevenção à saúde, na Praça Osório, em Curitiba, no dia Nacional de Combate ao Câncer, em novembro de 1989. Ação realizada com o apoio do Hospital Erasto Gaertner (HEG) e da União dos Gakusseis de Curitiba (UGC). Segundo projeto realizado pela Odontologia e registrado no Cepep do Hospital Erasto Gaertner.

Figura 13: Serviço de Odontologia, integrante da equipe multidisciplinar (Pediatria), orientando e prevenindo as doenças bucais e os efeitos adversos das terapias antineoplásicas. Recorte do InformHEG, sob responsabilidade da jornalista Regina Silva, chefe do registro do Hospital Erasto Gaertner.

Figura 14: Recorte do jornal da União dos Gakusseis de Curitiba 1989. Neste jornal foi registrado o marco do início do trabalho de prevenção de câncer bucal pelo profissional Dr. Laurindo Moacir Sassi, que chefiou o setor de prevenção de doenças bucais e foi diretor do departamento Odontológico da UGC.

Figura 12: Dr. Gyl Ramos e voluntárias da área de Saúde (Vera e Neli), na campanha de prevenção a saúde bucal na Praça Osório, em Curitiba. Segundo projeto realizado pela Odontologia do HEG. Contamos com apoio do Dr. Benedito V. de Oliveira e Dr. Gyl H. A. Ramos, do HEG e UGC.

[46] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Figura 15: Foto de consultório improvisado no interior de uma sala de aula, em uma escola municipal de Iretama-PR, em 1989. A equipe permaneceu na cidade por 15 dias.

Figura 17: Inauguração do Centro Odontológico do HEG. Dr. Sassi reuniu médicos do Serviço de Cabeça e Pescoço do HEG. Na foto, da esquerda para a direita: o responsável pela Odontologia, Dr. Laurindo Moacir Sassi; o residente Médico Jesusmar; o superintendente da Liga Paranaense de Combate ao Câncer, Dr. Luiz Pedro Pizzatto; o cirurgião Oncológico/Cabeça e Pescoço, Dr. Gyl A. Ramos, e o oncologista e chefe do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Dr. Benedito Valdecir de Oliveira.

Inauguração do consultório odontológico do HEG

Figura 16: Seis meses depois de ter perdido o consultório “tipo cadeira de barbeiro”, o Dr. Sassi recebeu os comprimentos do superintendente do HEG, Dr. Luiz Pedro Pizzatto pela busca incansável e conquista de um consultório odontológico doado pelo Banestado.

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Prevenção 1985 1990 a 1988


2ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal As dificuldades econômicas e sociais serviram de estímulo para dar andamento ao nosso projeto. A cada ano, sentíamos mais necessidade de realizar o trabalho de prevenção após tomar conhecimento dos resultados analisados estatisticamente por Dinarte Orlandi, do serviço de registro do Hospital Erasto Gaertner. Neste mesmo ano, Dr. Sassi realizou uma residência tipo “sanduíche”, na Universidade (Hospital) de Bellvitge, em Barcelona, na Espanha.

Locais de execução dos projetos • Pato Branco-PR, de 22/1/1990 a 5/2/1990. • Castro-PR, de 16 a 28/7/1990. • Praça Osório, em Curitiba-PR, de 25 a 27/10/1990.

Veículos de comunicação • Jornal do Estado - Prevenção de câncer bucal, na Praça Osório, em Curitiba. Ação da União dos Gakusseis de Curitiba. Coordenador do projeto de câncer bucal: Dr. Sassi. • Jornal Diário Popular – Prevenção de câncer bucal em Pato Branco-PR, com o Dr. Sassi e a União dos Gakusseis de Curitiba. • Jornal Indústria & Comércio - Prevenção de câncer bucal em Pato Branco-PR.

Participação em eventos • Estágio tipo “sanduíche”, na Universidade (Hospital) de Bellvitge, em Barcelona, na Espanha.

[50] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 18: Recorte do Jornal do Estado - Prevenção de câncer bucal na Praça Osório, em Curitiba. Ação da União dos Gakusseis de Curitiba. Coordenador do projeto de câncer bucal: Dr. Sassi.


Figura 20: Recorte do Jornal Indústria & Comércio. Prevenção de câncer bucal em Pato Branco-PR. Ação com a União dos Gakusseis de Curitiba e o Dr. Sassi, do Hospital Erasto Gaertner de Curitiba, responsável pela ação.

Figura 21: Neste momento foi registrado o trabalho de prevenção e a estrutura das escolas municipais no interior do Estado do Paraná utilizadas, com o objetivo de desenvolver projetos pela UGC e Serviço de Odontologia do Hospital Erasto Gaertner de Curitiba. Com uma luz frontal e pôsteres com fotos de lesões bucais, os pacientes eram orientados e conscientizados da importância da prevenção câncer bucal. Figura 19: Recorte do Jornal Diário Popular. Prevenção de câncer bucal na cidade de Pato Branco-PR, por meio do projeto do Dr. Sassi. Hospital Erasto Gaertner e União dos Gakusseis de Curitiba.

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Em 1990, o Dr. Sassi foi a Barcelona, na Espanha, em busca de mais conhecimentos na área de Prevenção de Câncer Bucal e Cirurgia e Traumatologia-Buco-Maxilo-Facial.

Figura 22: Vista parcial do Hospital Universitário Bellvitge, em Barcelona, onde o Dr. Sassi realizou estágio no ano de 1990. Figura 23: Vista geral do Hospital Bellvitge, em Barcelona, na Espanha.

[52] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Prevenção 1985 1991 a 1988


3ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal Os municípios do Estado do Paraná começaram a aderir à prevenção de câncer bucal e passaram a nos convidar para tal procedimento. Com o projeto Gakusseis, deslocávamos para o trabalho e permanecíamos pelo período de 15 dias, acampados em escolas. Usávamos salas de aula para realizar os exames clínicos e a nossa alimentação era feita carinhosamente pelas funcionárias das escolas. Neste mesmo ano, elegemos a unidade de saúde do Bairro Capanema, em Curitiba, para lançar uma ação de prevenção de câncer bucal. Foram atendidos pacientes frequentadores da unidade de saúde, duas vezes por semana, durante três meses. Usamos como divulgação uma faixa com os dizeres: “O câncer tem cura”; folhetos distribuídos no bairro, e auxílio da Igreja e das agentes comunitárias. Durante este trabalho, tivemos baixa adesão e examinamos apenas 127 pacientes. Conclusão: sugerimos não usar a palavra câncer e sim aproveitar outros eventos para fazer a atuação na área de prevenção.

• 1991 - Jornal do Estado, 13/6/1991 – Lançamento do projeto piloto de prevenção de câncer bucal, na unidade de saúde Capanema, em Curitiba – Dr. Sassi; Dr. Gyl Ramos e Dra. Carmencita Ramos, por três meses.

Figura 24: O Jornal Gazeta do Povo destaca a prevenção de câncer em Curitiba, na Boca Maldita, coordenado pelo Dr. Sassi.

Locais de execução dos projetos • Andirá-PR, de 21/1 a 3/2/1991. Dr. Sassi, com o projeto Gakusseis de Curitiba, realizaram trabalho de prevenção. • Wenceslau Braz-PR, de 13 a 28/7/1991. Dr. Sassi participou da 49ª Caravana com a UGC no trabalho de prevenção de câncer bucal – (Dr. Sassi foi assaltado no retorno da campanha de prevenção de câncer bucal, na rodoviária de Curitiba). • Prevenção de câncer bucal, na Praça Osório, em Curitiba-PR, de 10 a 12/10/1991.

Veículos de comunicação • Jornal Gazeta do Povo – Prevenção de câncer em Curitiba na Boca Maldita, coordenado pelo Dr. Sassi.

[54] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 25: Consultório no interior de sala de aula das escolas municipais do Estado do Paraná. Uma luz frontal e pôsteres com fotos de lesões bucais foram as ferramentas utilizadas na prevenção e nas orientações.


Figura 28: Projeto Gakusseis - 49ª Caravana em Wenceslau Braz, no período de 13 a 28/7/1991, com trabalho em destaque na área de prevenção de câncer bucal.

Figura 26: Município de Wenceslau Braz com grande necessidade do trabalho de prevenção devido às dificuldade de acesso aos profissionais especializados na área. Dr. Sassi participou da caravana com a UGC no trabalho de prevenção de câncer bucal.

Figura 29: Jornal do Estado, de 13/6/1991. Lançamento do projeto piloto de prevenção de câncer bucal na unidade de saúde Capanema, em Curitiba. Dr. Sassi; Dr. Gyl Ramos e Dra. Carmencita Ramos realizam o trabalho durante três meses.

Figura 27: Ao desembarcar do ônibus, na rodoviária de Curitiba, Dr. Sassi foi assaltado. As bagagens e todo o resultado de uma campanha de prevenção de câncer bucal durante 15 dias no município de Wenceslau Braz, incluindo biópsias, instrumentais e fichas de registros dos pacientes foram levados.

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Figura 30: Prevenção de câncer bucal, na Praça Osório, em Curitiba, sob a coordenação do Dr. Sassi. Instituições participantes: Hospital Erasto Gaertner e União dos Gakusseis de Curitiba.

Figura 31: Jornal do Estado, Wenceslau Braz-PR. Dr. Sassi e a União dos Gakusseis de Curitiba presentes na campanha de prevenção.

[56] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Prevenção 1985 1992 a 1988


4ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal As campanhas de prevenção de câncer bucal continuaram sendo realizadas no interior do Estado do Paraná com apoio do projeto Gakusseis de Curitiba.

Locais de execução dos projetos • Formosa do Oeste-PR, de 3 a 11/1/1992. • Altônia-PR, o trabalho de prevenção de câncer bucal foi executado no mês de julho de 1992. • Praça Osório, em Curitiba, em novembro de 1992.

Participação em eventos científicos • XI Internacional Conference of Oral and Maxillofacial Surgery, em Buenos Aires, na Argentina, em abril de 1992.

[58] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Prevenção 1993 1985 a 1988


5ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal A prevenção de câncer bucal começava conquistar pequenos espaços após as apresentações dos relatórios dos projetos em congressos. Neste ano foi ministrada uma conferência em Brasília sobre a prevenção de câncer bucal no Estado do Paraná.

Local de execução dos projetos • Assaí-PR, realizado projeto de prevenção de câncer bucal no período de 18/7 a 1/8/1993. • Praça Osório, em Curitiba, em novembro de 1993.

[60] Dr. Laurindo Moacir Sassi


1994 a 1988 Prevenção 1985


6ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal A busca por conhecimento não parou. O Dr. Sassi ingressou no mestrado, no Complexo Hospitalar Heliópolis-SP, da secretaria de Saúde de São Paulo, sob orientação do professor Dr. Abrão Rapoport. O curso teve a duração de 24 meses. Esta tarefa não foi motivo para diminuir os trabalhos de prevenção no interior do Paraná, para onde seguimos com as campanhas de prevenção.

Locais de execução dos projetos • Telêmaco Borba-PR, em 23/1 a 5/2/1994. • Pitanga-PR, de 9 a 17/7/1994 • Boca Maldita, na Praça Osório, em Curitiba-PR, de 15 a 17/9/1994.

[62] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Prevenção 1985 1995 a 1988


7ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal Passaram-se sete anos e o trabalho de prevenção manteve-se firme. Acreditando neste objetivo, buscamos ampliar a abrangência da prevenção seguindo para a Itália, onde fiz mestrado “sanduíche”. A busca por uma maior capacitação, novas orientações e tecnologias mais avançadas me levaram para fora do país, mais especificamente ao Instituto Nazionale Per Lo Studio e La Cura Dei Tumori, em Milão, na Itália. Dentro dessas novas técnicas estava a cirurgia de reconstrução com retalho microvascularizado de fíbula. A técnica foi utilizada em pacientes que chegavam em nosso hospital com tumores avançados, quando falhou a prevenção, e com mutilações causadas pelo câncer e necessidade de reconstrução de mandíbula e maxila devido grandes perdas.

Locais de execução dos projetos

dos Pinhais e Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Erasto Gaertner. • Jornal Gazeta do Povo – Prevenção de câncer bucal, coordenada pelo Dr. Sassi. • Jornal Cidade – Campanha de prevenção de câncer, na Praça Osório, em Curitiba-PR.

Defesa Civil • Montagem de barracas cedidas pela Casa Civil, para a campanha de prevenção de câncer bucal, em 1995. Equipe de manutenção do HEG.

Participação em eventos científicos • II International Conference of Oral and Maxillofacial Surgery, em Budapeste, na Hungria, em julho de 1995.

• São José dos Pinhais-PR, de 2 a 7/10/1995 e, em 29/10/1995. • Reserva-PR, de 14 a 29/1/1995. • Unidade de Saúde Cajuru, em Curitiba-PR, em 24/3/1995. • Turvo-PR, de 15 a 22/7/1995. • Praça Osório, em Curitiba-PR, de 14 a 16/9/1995. • Araucária-PR, em 25/10/1995.

Veículos de comunicação • InformHEG, 1995 – Dia Nacional de Combate ao Câncer, na Praça Osório, em Curitiba, nos dias 27 e 28 de novembro. Foi realizado o lançamento da Campanha Latino-americana contra o câncer, que veio somar com a Campanha de Câncer Bucal, coordenada pelo Dr. Sassi. • Tribuna de São José dos Pinhais-PR – divulgação da campanha de prevenção de câncer bucal com organização da secretaria de Saúde de São José dos Pinhais; Associação Brasileira de Odontologia Secção de São José

[64] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 32: Dia Nacional de Combate ao Câncer, na Praça Osório, em Curitiba, nos dias 27 e 28/11/2013. Foi realizado o lançamento da Campanha Latino-americana Contra o Câncer. Campanha de Câncer Bucal, coordenada pelo Dr. Sassi.


Figura 35: Recorte do Jornal Cidade, destacando a campanha de prevenção de câncer na Praça Osório, em Curitiba. Preenchimento de fichas para a pré-avaliação.

Figura 33: Campanha de Prevenção de Câncer, realizada no Calçadão do Centro de São José dos Pinhais-PR. Uma promoção da secretaria municipal de Saúde, da Associação Brasileira de Odontologia e do Hospital Erasto Gaertner sob coordenação do Dr. Sassi.

Figura 36: Montagem de barracas cedidas pela Casa Civil, para a campanha de prevenção de câncer bucal. Equipe de manutenção do HEG.

Figura 34: Jornal Gazeta do Povo mostrou o trabalho de prevenção de câncer bucal executado na Praça Osório, em Curitiba, sob a coordenação do Dr. Sassi, do Hospital Erasto Gaertner.

Figura 37: A busca de orientação e exame clínico pelos pacientes para evitar o câncer de boca, na Praça Osório, em Curitiba-PR, nos dias 27 e 28/11/1995.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [65]


Figura 38: Os pacientes têm mostrado confiança no nosso projeto. Ação realizada na Praça Osório, em Curitiba-PR, em 1995.

Figura 39: Além de nossa equipe que realizava o exame clínico, os acadêmicos acompanharam e também praticaram avaliação, na Praça Osório, em Curitiba.

[66] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Prevenção 1985 1996 a 1988


8ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal Nosso projeto de ação social foi incluído no calendário anual do Hospital Erasto Gaertner. O trabalho de prevenção a cada dia vem ganhando mais espaço, mas desta vez os resultados de nossa pesquisa foram apresentados no II Congresso Brasileiro de Câncer Bucal, buscando sempre melhorias na formação. Novamente me ausentei por um período para buscar novas informações e formação em prevenção de efeitos adversos da radioterapia em pacientes oncológicos, com a terapia de Oxigenação Hiperbárica, no Hospital Civilli de Brescia, na Itália.

Locais de execução dos projetos • Praça Osório, em Curitiba-PR, em 17 e 18/10/1996. • Turvo-PR, de 14 a 24/1/1996. • Borda do Campo, em São José dos Pinhais-PR, em 29/6/1996. • Praça Osório, em Curitiba-PR, de 25 a 29/11/1996. • Unidade de Saúde São Domingos, em Curitiba-PR, em 29/11/1996.

Veículos de comunicação

Apoio • Associação Brasileira de Odontologia, Associação Paranaense de Cancerologia do Paraná e União dos Gakusseis de Curitiba.

Relação dos conferencistas Dr. Laurindo M. Sassi, do HEG; Dr. Benedito V. de Oliveira, do HEG; Dr. Gyl H. A. Ramos, do HEG; Dr. Paulo Muller, da UFPR; Dr. Narcizo J. Grein, da UFPR; Dra. Liliane Yurges, da PUC-RS; Dr. Alaor Brener, da PUC-PR; Dra. Andrea Hilgenberg; Dr. Sebastião Cabral, de Belo Horizonte-MG; Dr. João Victor Salvajoli, do Hospital A.C. Camargo-SP; Dr. Luiz Paulo Kowalski, do Hospital A.C. Camargo, da USP; Dr. Nilton T. Herter, da Universidade Federal de Ciências Médicas-RS; Dr. Abrão Rapoport, do Complexo Hospitalar Heliópolis-SP; Dr. Pedro Carlos Tononi, da UEL; Dr. Marcos Nemetz, de Santa Catarina e Dr. Luiz Antônio Negrão Dias, do HEG.

Capacitação na área de CBMF, na Itália

• Jornal InformHEG – 1996 – Brescia, Itália. Dr. Sassi em busca da prevenção de ORN e reconstrução de face. • Jornal InformHEG da LPCC – Prevenção de câncer bucal, na Praça Osório, em Curitiba, coordenada pelo Dr. Sassi – 25 a 29/11/1996.

Participação em eventos científicos • III Congresso Brasileiro de Câncer Bucal, de 24 a 26/10/1996, no Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba. • II Congresso Brasileiro de Prevenção do Câncer, de 18 a 21/9/1996, em São Luís-MA.

[68] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 40: Hospital Civili, em Brechia, na Itália, em 1996, durante estágio do Dr. Sassi.


Figura 41: InformHEG, de 1996. Em busca da prevenção, tratamento da osteorradionecrose e reconstrução dos ossos da face, em Brescia, na Itália.

Figura 42: Jornal da LPCC - InformHEG - Prevenção de câncer bucal na Praça Osório, em Curitiba, coordenado pelo Dr. Sassi, de 25 a 29/11/1996.

Em 1995, fui a Milão em busca de dois objetivos: a prevenção de câncer bucal e a reconstrução de maxila e mandíbula. A experiência no Instituto Nacional pela Cura de Tumor, em Milão, na Itália, serviu para balizar e seguir os projetos de campanhas de prevenção que vinham sendo realizados no Brasil. O segundo objetivo foi buscar uma nova técnica de reconstrução de maxila e mandíbula com retalho microvascularizado de fíbula – técnica desenvolvida por uma brasileira, a Dra. Edela Puricelli, em 1984. Esta técnica passou a ser realizada no Hospital Erasto Gaertner a partir de 1996.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [69]


Figura 43: II Congresso Brasileiro de Câncer Bucal. Dr. Sassi apresentou resultados dos trabalhos sobre detecção precoce das lesões de boca no Estado do Paraná.

[70] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Prevenção 1985 1997 a 1988


9ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal As campanhas de prevenção de câncer bucal não cessaram. Várias unidades de saúde de Curitiba e região metropolitana têm recebido nossa equipe para realizar trabalhos de prevenção. Citamos uma, em especial, e com características semelhantes e próximas às da Unidade de Saúde Capanema, a Unidade de Saúde no Bairro São Domingos, em Curitiba, onde foi o lançamento do projeto piloto de prevenção de câncer bucal em 1991, por um período de três meses. Em um único dia, avaliamos aproximadamente 100 pacientes. Usamos o mesmo método da unidade Capanema, porém a aceitação foi excelente. Concluímos que há necessidade de divulgar a palavra câncer e torná-la social. Sugerimos manter as faixas com dizeres que englobem a palavra “câncer”. Na busca de algo a mais na prevenção procuramos apresentar os resultados de nossa pesquisa no Estado do Paraná e tendo observado a clareza estatística da deficiência na prevenção e informação sobre a prevenção, escrevi um “abstract” e fui apresentá-lo no 5th International Congress on Oral Oncology, “The Royal College of Physicians”, em Londres, na Inglaterra. O trabalho destacou-se e recebeu o prêmio de melhor pesquisa. No mesmo ano, apresentei uma pesquisa na área de prevenção, durante a XVIII Conferência Internacional de Cirurgia Oral e Maxilofacial, em Quioto, no Japão. O reconhecimento serviu de estímulo para seguir esta linha de pesquisa que havíamos eleito.

Veículos de comunicação • Jornal Gazeta do Povo – Dia Nacional de Combate ao Câncer – Coordenação do Dr. Sassi, na Praça Osório, nos dias 26 e 27/11/1997, em Curitiba-PR. • Revista do Conselho Regional de Odontologia do Paraná, nº 3; ano 10, edição matéria referente ao prêmio recebido na Inglaterra (Diagnóstico precoce de lesões cancerizáveis de boca no Estado do Paraná).

Participação em eventos • 5th Congress International Oral oncology, “The Royal College of Physicians”, em Londres, na Inglaterra. • XIII International Conference on Oral and Maxillofacial Surgery, em Quioto, no Japão.

Locais de execução dos projetos • Unidade de Saúde Tarumã, em Curitiba, em 25/6/1997. • Dois Vizinhos-PR, de 26 a 6/2/1997. • Ibaiti-PR, de 6/7/1997 a17/7/1997. • Praça Osório, em Curitiba-PR, em 26 e 27/11/1997. • Unidade de Saúde São Domingos, em Curitiba-PR, em 18/2/1997.

[72] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 44: Dr. Sassi apresentando pesquisa de prevenção de câncer bucal no Japão, no Congresso IAOMS.


Figura 45: Congresso IAOMS, no Japão, para apresentação de trabalho, em 1997. Equipe do Brasil formada por Dr. Sassi; Dr. Marco Pitta; Dra. Edela Puricelli; Claudia Sassi e Dr. Nilton Herter.

Figura 46: Dr. Sassi premiado na Inglaterra com o trabalho “Diagnóstico Precoce de Tumores da Boca: avaliação clínica no Estado do Paraná-Brasil”, em 1997. 5th International Congress Oral Cancer, em Londres, na Inglaterra. Revista CRO-PR.

Figura 47: Recorte do Jornal Gazeta do Povo, divulga o “Dia Nacional de Combate ao Câncer”. Campanha de Prevenção de Câncer Bucal, na Praça Osório, em Curitiba-PR, sob coordenação do Dr. Sassi.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [73]


Figura 48: InformHEG, 1997 – Jornal da Liga Paranaense de Combate ao Câncer. A foto mostra o Dr. Laurindo Moacir Sassi e seu trabalho premiado na Inglaterra com o primeiro lugar em pesquisa na área de prevenção de câncer, em frente ao The Royal College of Physicians, em Londres. A matéria traz outros trabalhos da área de prevenção apresentados na 13ª Conferência Internacional de Cirurgia Oral e Maxilofacial, em Quioto, no Japão.

[74] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 49: Revista do CRO-PR – Prevenção de câncer bucal, na Praça Osório, em Curitiba, coordenado pelo Dr. Sassi, nos dias 26 e 27/11/1997.


Prevenção 1985 1998 a 1988


10ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal Entramos no décimo ano de prevenção de câncer bucal no Estado do Paraná e no primeiro ano após ter recebio o prêmio na Inglaterra. Isto fez com que houvesse maior interesse na área de prevenção de câncer bucal, devido à divulgação do nosso trabalho de pesquisa pela mídia. Em 1998, criamos projeto de estágio no nosso serviço para acadêmicos e profissionais, o primeiro passo para uma futura residência. Nossa demanda estava crescendo e para atendê-la ingressaram dois profissionais em nosso serviço, os ex-estagiários, Dr. Ricardo Simette e Dr. José Luís Dissenha.

Locais de execução dos projetos • Laranjeiras do Sul-PR, de 12 a 24/1/1998. • Praça Osório, em Curitiba-PR – Prevenção de câncer bucal em novembro de 1998, sob a coordenação do Dr. Sassi.

Veículos de comunicação • Jornal InformHEG da LPCC – Campanha de Prevenção de Câncer Bucal, na Praça Osório, em Curitiba-PR, coordenada pelo Dr. Sassi. • Jornal InformHEG da LPCC – Dr. Sassi apresentou trabalho de prevenção de câncer bucal em Madri, na Espanha, no I World Congress on Head and Neck Oncology. • Jornal Estado do Paraná – Campanha previne o câncer bucal.

Participação em eventos científicos • I World Congress in Head and Neck Oncology, em Madri, na Espanha.

[76] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 50: Jornal da LPCC InformHEG divulga a campanha de prevenção de câncer bucal, realizada na Praça Osório, em Curitiba-PR, sob a coordenação do Dr. Sassi.


Figura 52: Apresentação do trabalho de prevenção no congresso, em Madri. Na foto, Dr. Sassi, Dr. Benedito e Dr. Gyl, em Madri, no I World Congress in Head and Neck Oncology, em 1998.

Figura 51: Jornal InformHEG mostrou participação do Dr. Sassi no I World Congress in Head and Neck Oncology, em 1998. O evento ocorreu em Madri, na Espanha, e o Dr. Sassi apresentou trabalho de prevenção de câncer bucal. Figura 53: Dr. Sassi; Dr. Onivaldo Cervantes; Dr. Nilton Herter; Dr. Benedito; Dr. Capela e Dr. Gyl, no I World Congress in Head and Neck Oncology, em Madri, na Espanha, em 1998.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [77]


Figura 54: O Jornal Estado do Paraná, em 1998, publicou uma reportagem sobre a campanha de prevenção de câncer bucal, realizada na Praça Osório, em Curitiba, sob coordenação do Dr. Sassi.

[78] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Prevenção 1985 1999 a 1988


11ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal Este foi o ano da criação de um centro de triagem na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Curitiba, pelo Dr. Sassi e Dr. Silvio Gevaerd. O Centro de Diagnóstico de Lesões Bucais (CDLB) foi criado por meio de uma parceira do HEG e da SMS de Curitiba, objetivando fazer uma triagem das lesões bucais não cancerizáveis antes de encaminhá-las, evitando sobrecarregar o hospital. A proposta foi realizar um treinamento a cada seis meses para todos os cirurgiões-dentistas da rede pública de Curitiba, esclarecendo dúvidas a respeito de lesões cancerizáveis de boca e seus possíveis fatores de risco. Em princípio, cinco cirurgiões dentistas receberam treinamento intensivo, durante três meses, no Hospital Erasto Gaertner, sob a orientação do Dr. Sassi. A Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho ficou, a partir de então, sob a responsabilidade do Dr. Shozo, Dr. Fabio Zardo e uma equipe treinada pelo nosso serviço para o trabalho de triagem. Outras novidades aconteceram aos poucos, como foi o caso da publicação do registro hospitalar (HEG) no período de 1990 a 1999, que mostrou o estadiamento clínico com o qual chegavam os pacientes com câncer de boca, em que se achou a maioria dos tumores em estado avançado: • Tumores in situ – 0,1%. • T1 – 14,2%. • T2 – 14,3%. • T3 – 15,8%. • T4 – 37,5%. • Não estadiáveis – 9,3%. • Ignorados – 8,8%. Os números altos em relação aos tumores avançados nos serviram como termômetros para as campanhas, ou seja, estimulando-nos a aumentar ainda mais a prevenção.

Locais de execução dos projetos • Palmital-PR, de 3 a 10/1/1999.

[80] Dr. Laurindo Moacir Sassi

• Praça Rui Barbosa, em Curitiba-PR, em outubro de 1999.

Veículos de comunicação • Capa da Revista do CRO – Dr. Sassi,“Dentista destaque”. • Congresso Sul Brasileiro de Cabeça e Pescoço. Apresentação de três trabalhos científicos, todos com a participação do Dr. Sassi. • Premiado em São Paulo pela Revista do Conselho Regional de Odontologia do Paraná. Durante o 4º Congresso Brasileiro de Câncer Bucal, em São Paulo, Dr. Sassi apresentou a pesquisa intitulada “Enxerto microvascularizado de fíbula para a reconstrução de mandíbula pós-exérese de tumor”. • Jornal A Voz da União – jornal oficial da URC, em 1999, destacou a participação do Dr. Sassi nos 50 anos da UGC, com grande atuação na área da prevenção. • Dr. Nils foi entrevistado na Campanha do Dia Nacional de Combate ao Câncer. Nesta data foi realizada a campanha de prevenção de câncer bucal coordenada pelo Dr. Sassi, com outras ações preventivas, na Praça Rui Barbosa, em Curitiba. • Dentistas homenageados pelo Conselho Regional de Odontologia do Paraná, entre eles o Dr. Laurindo Moacir Sassi. • Reunião Cepep, no Hospital Erasto Gaertner, para criação do Centro de Diagnóstico, na Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho, uma iniciativa do Dr. Sassi e Dr. Silvio Gevaerd.

Participação em eventos científicos • 14th International Conference on Oral and Maxillofacial Surgery, em Washington, nos Estados Unidos, de 24 a 29/4/1999.


Figura 55: Praça Rui Barbosa, em Curitiba, durante prevenção de câncer bucal, sob a coordenação do Dr. Sassi, em 1999.

Figura 57: 4º Congresso Brasileiro de Câncer Bucal, em São Paulo. Dr. Sassi, além de participar como conferencista, também apresentou a pesquisa intitulada “Enxerto microvascularizado de fíbula para a reconstrução de mandíbula pós-exérese de tumor”, com o qual recebeu o prêmio, em 1999.

Em 1995, Dr. Sassi buscou conhecimento sobre esta técnica cirúrgica no Instituto de Tumor de Milão, na Itália.

Figura 56: Congresso Sul Brasileiro de Cabeça e Pescoço. Apresentação de três trabalhos científicos com a participação do Dr. Sassi em todos eles.

Figura 58: Foto dos ex-ugecenses e fundadores da UGC: Dr. Toshio Igarashi e Dr. Yoshikiti Kanashiro, no jornal “A Voz da União”, órgão oficial da UGC. Participação do Dr. Sassi na comemoração dos 50 anos da UGC, com grande atuação na área da prevenção.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [81]


Figura 60: Dentista homenageado pelo Conselho Regional de Odontologia do Paraná e pela revista do CRO-PR.

Desenvolvimento de um Centro de Triagem de Lesões Bucal na SMS de Curitiba

Figura 59: Praça Rui Barbosa, com trabalho de prevenção de câncer. Dr. Nils foi entrevistado na campanha do Dia Nacional de Combate ao Câncer e enfatizou o nosso trabalho. Nesta oportunidade foi realizada a Campanha de Prevenção de Câncer Bucal, coordenada pelo Dr. Sassi.

[82] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 61: Sequência de reuniões no Cepep, para a criação do centro de diagnóstico na Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho, uma iniciativa do Dr. Sassi e Dr. Silvio Gevaerd. Na foto, Dr. Wilson Jurati; Dr. Sassi; Enfermeira Luciane Kalinke; Dra. Maria Helena Tommasi; Dr. Fabio Zardo; Dr. Ricardo Simetti. Também integrante da equipe, Dr. Shozo Miychi.


Prevenção 1985 2000 a 1988


12ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal A falta de informações sobre a prevenção causa aumento do número de casos de câncer bucal. São inúmeras as manchetes nos jornais com o objetivo de chamar atenção da população sobre esta doença. A mídia tem papel fundamental por levar a informação sobre a prevenção do câncer bucal aos seus ouvintes e leitores. Além de realizarmos trabalhos de prevenção de câncer bucal em ambiente externo ao HEG, também implantamos a prevenção de doenças bucais em pacientes internados, por meio da orientação sobre a higiene bucal e a padronização de três bochechos diários com o gluconato de clorexidina 0,12%, na rotina do internamento hospitalar. Mostramos em palestras aos profissionais do corpo clínico que isto seria possível e que os pacientes seriam beneficiados com a diminuição de infecções bucais e mesmo, pulmonares. Foi enviada uma correspondência protocolada a cada chefe de serviço relatando os benefícios propostos e sobre a padronização da medicação.

Locais de execução dos projetos • São José dos Pinhais-PR, em 17/5/2000, HEG (Dr. Sassi), Secretaria de Saúde e ABO de São José dos Pinhais. • Capitão Leônidas Marques-PR, de 15 a 27/1/2000. • São José dos Pinhais-PR, com participação da SMS, HEG, ABO Secção São José dos Pinhais. Trabalho realizado na Praça 8 de Janeiro. • Prevenção de câncer bucal – Praça Osório, em Curitiba-PR, em novembro de 2000. Equipe formada por: Dr. Laurindo M. Sassi; Ricardo Simette; Dr. José L. Dissenha; Maria Isabela Guebur; Fernando L. Zanferrari; Juliana L. Schussel; Roberta T. Stramandinoli; Ricardo B. Nickel e Lucia Ávila.

Veículos de comunicação • Jornal “Tribuna de São José dos Pinhais”.

[84] Dr. Laurindo Moacir Sassi

• Jornal “O Estado do Paraná”.

Coordenação de eventos científicos • Criação do Protocolo da Odontologia: saúde bucal em ambiente hospitalar.

Protocolo de odontologia: saúde bucal em ambiente hospitalar A importância da higiene bucal para o bem-estar, a prevenção de doenças sistêmicas e a melhor recuperação do paciente hospitalizado ainda não é totalmente difundida no Brasil. A saúde bucal está integrada à saúde geral e, assim, infecções no sistema estomatognático, principalmente as periodontopatias, podem agravar a condição sistêmica do paciente que já está com a saúde comprometida ou favorecer o aparecimento de novas doenças, em especial as respiratórias, infecções bastante comuns entre os pacientes críticos. Soma-se à essa deficiência, ainda, o fato desse paciente já ter sua saúde bucal prejudicada pela própria condição em que ele se encontra. Há uma diminuição na limpeza natural da boca, que ocorre pela mastigação de alimentos duros e fibrosos, pela fala e movimentação da língua e das bochechas. A diminuição no fluxo salivar ou hipossalivação, causada pela própria doença, por estresse ou ansiedade, ou ainda tratamento medicamentoso, também contribui para o aumento da placa bacteriana. Se o paciente necessita de ventilação mecânica, o que o impede de fechar a boca, esta fica ainda mais ressecada e em contato maior com o meio ambiente, favorecendo a colonização do biofilme por microrganismos.


Contudo, existem algumas medidas preventivas básicas que, por sua simplicidade e comprovada eficácia, têm sido recomendadas pela OMS, como a escovação adequada, fluoretação de cremes dentais, fluoretação da água de consumo público, de caixas d’água de escolas, creches e outros estabelecimentos, fluoretação do leite, do sal de cozinha e da dieta alimentar balanceada com redução dos alimentos compostos por açúcares entre as refeições (OMS, 1997). Desde 1970, quando Löe e Schiött demonstraram a eficácia da solução de gluconato de clorexidina 0,2%, em dois bochechos diários, no controle do crescimento do biofilme bacteriano e no desenvolvimento da gengivite clinicamente detectáveis por um período de 21 dias, a sua eficácia foi amplamente difundida. Em 1978, Bonesvoll & Gjermo demonstraram que a clorexidina apresenta um tempo de permanência na cavidade bucal de 12 horas, aproximadamente, exercendo uma ação bactericida inicial imediatamente após o bochecho, combinada com uma ação bacteriostática prolongada. Durante esta ação prolongada, a clorexidina penetra internamente no biofilme dental, pois verificaram a diminuição da vitalidade bacteriana tanto nesta, quanto na camada externa. Nosso objetivo é melhorar a condição de higiene bucal e diminuir as infecções em pacientes internados no Hospital Erasto Gaertner.

Método2

Durante a terapia antineoplásica (quimioterapia, radioterapia, cirurgia), todos os pacientes devem ser beneficiados pela higiene bucal, ter os seus dentes cuidadosamente escovados e passado o fio dental (quando os possuírem ou cuidados com a mucosa

bucal no caso de edentados), enquanto seus parâmetros hematológicos (e condições físicas) permitirem escovar e passar o fio dental, quando a contagem de neutrófilos for maior que 500/mm3 e a contagem de plaquetas menor que 30.000/mm3 e nenhuma limpeza mecânica quando a contagem de células for menor de 200 e/ou 30.000mm3, respectivamente. Em adição, todos os pacientes devem fazer bochechos com clorexidina a 0,12%, três vezes ao dia por um minuto (duas ou três vezes ao dia), para prevenir mucosites e manter a higiene bucal. O bochecho com clorexidina deverá ser cancelado quando o paciente desenvolver graus III ou IV de mucosite. Este grau de mucosite pode ocorrer durante a terapia de radiação ionizante em cabeça e pescoço. Este antisséptico foi incluído à rotina de higiene bucal dos pacientes do Hospital Erasto Gaertner.

Tabela de classificação da mucosite bucal3 • Grau 0 de mucosite – sem evidência de mudanças no tecido. • Grau I de mucosite – eritema inicial na mucosa, localizado em áreas estratégicas. • Grau II de mucosite – região jugal, borda da língua e palato comeritema generalizado, início de ardência e machucados. • Grau III de mucosite – destruição do epitélio, início e formação de pseudomembrana, pontos brancos/ amarelos e ardência mais intensa. • Grau IV de mucosite – ulceração frequentemente associada à presença de pseudomembrana, localizadas em regiões sangrentas. Dor com dificuldade para deglutir.

2 Uma carta protocolada para padronização da clorexidina no HEG foi enviada a todos os chefes de serviço, em 8/5/2000. 3 Fonte: Bondi et al., 1997.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [85]


Figura 62: Prevenção de câncer bucal, em São José dos Pinhais, em 17/5/2000. Dr. Sassi, Secretaria de Saúde e ABO de São José dos Pinhais.

Figura 63: Trabalho de prevenção realizado em parceria com a Secretaria de Saúde de São José dos Pinhais, HEG, ABO, na Praça 8 de Janeiro, em São José dos Pinhais-PR. Coordenação de Dr. Sassi, em 13/12/2000.

[86] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 64: Dr. Sassi realizando o exame clínico de boca nas campanhas de prevenção.


1985 a 1988 Prevenção 2001


13ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal Em 2001, foi realizado o trabalho de prevenção porém, buscamos disseminar a ideia da prevenção por meio da organização do I Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal, em Curitiba – um grande sucesso. Nele, pela primeira vez, a videoconferência foi usada, na capital paranaense. Para tanto, trouxemos como conferencista o professor Chistofer Squier, chefe do Departamento de Patologia Bucal da Universidade de Iowa e outros.

Locais de execução dos projetos • Prevenção de câncer bucal, em novembro de 2001, na Praça Osório, em Curitiba-PR. • São José dos Pinhais-PR, com o trabalho de prevenção de câncer bucal.

Veículos de comunicação • Divulgação do congresso por meio de folders e do Jornal Informheg.

Coordenação de eventos científicos I Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal, realizado nos dias 18 e 19/10/2001, no Palácio de Hyogo, na Câmara de Comércio Brasil-Japão, em Curitiba-PR. O congresso teve o apoio da Secretaria Estadual de Saúde; Sociedade Brasileira de Cancerologia e da Associação Brasileira de Odontologia.

Participação de eventos científicos • 15th International Conference on Oral & Maxillofacial Surgery, Durban, na África do Sul, entre os dias 19 e 24/5/2001. • 7th International Congress on Oral Cancer, na Nova Zelândia, entre os dias 22 e 26/4/2001.

[88] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 65: Em São José dos Pinhais-PR. Equipe de voluntários para o trabalho de prevenção de câncer bucal. Da esquerda para a direita: Dr. Plinio G. Précoma; Dra. Rejane Cristina Perretto Précoma; Dr. José Marques Filho; estagiários da UFPR; Dra. Flavia Villar Fonseca e, à frente, Dra. Carmen Lucia Arrata; Dr. José Luís Dissenha; Dr. Laurindo Moacir Sassi, coordenador do projeto.


I Congresso Sul-brasileiro de câncer bucal

Abertura do I Congresso Sul-Brasileiro de câncer bucal

Curitiba é conhecida como cidade ecológica do Brasil, por ter sua estrutura voltada ao meio ambiente e, consequentemente, ao bem-estar e lazer de seus habitantes. A capital paranaense oferece a seus visitantes uma série de opções de programas de cultura e lazer como o Teatro Guaíra, a Ópera de Arame, shoppings centers, parques como o Tanguá, Tingui, Jardim Botânico, Universidade do Meio Ambiente e o maravilhoso bairro gastronômico de Santa Felicidade, onde é possível saborear pratos típicos italianos. Uma outra opção, não menos interessante, é conhecer a Serra do Mar com um passeio de trem até Paranaguá, passando pela cascata do“Véu da Noiva”, pelo Pico do Marumbi, com parada obrigatória na cidade de Morretes para apreciar o prato tradicional da região, o barreado. Uma segunda alternativa, que também passa pela Serra do Mar, é a Estrada da Graciosa, uma das mais antigas da região toda construída em paralelepípedos, com vários mirantes que propiciam uma melhor apreciação da paisagem e um agradável passeio até a cidade de Antonina. Após ter criado e coordenado o I, II e III Congresso Brasileiro de Câncer Bucal, Curitiba está se preparando para sediar o I Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal e lança um desafio à Liga Paranaense de Combate ao Câncer, do HEG e à ABO Paranaense. Com uma programação científica que visa cobrir as principais e mais atuais áreas de prevenção e tratamento de tumores bucais, o congresso traz os mais renomados professores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Unesp, Hospital Heliópolis-SP, Hospital do Câncer-SP, além do professor Squier dos Estados Unidos. Há também a oportunidade dos participantes enviarem temas livres e painéis, para nossa comissão científica. Acredito que existam motivos de sobra para vir ao congresso com a sua família e visitar Curitiba e região. Aguardamos com carinho sua participação.

Bom dia senhoras e senhores, autoridades presentes. O Serviço de Odontologia e o Serviço de Cabeça e Pescoço do Hospital Erasto Gaertner agradecem a presença de todos vocês, que aceitaram nosso convite para, juntos, dividirmos nossa experiência e conhecimento em torno do tema câncer de boca. Nossa experiência ensina que a prevenção e a informação são as únicas formas para a diminuição da incidência e do dano causado por essa doença e é com esse objetivo que organizamos o I Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal, nos dias 18 e 19/10/2001. Durante todo o ano recebemos pacientes com lesões, que na sua maioria, já estão em estágio avançado e que muitas vezes pouco podemos fazer por eles. Para promover conscientização e disseminar a ideia da prevenção, realizamos campanhas com a colaboração de profissionais e estudantes voluntários, visando atingir a população que tem acesso difícil e, ao mesmo tempo, procuramos nos tornar alvo da mídia. Para aprimorarmos a ação de profissionais atentos as lesões, desde 1998, o Serviço de Odontologia oferece estágio com duração de até seis meses, além de outras parcerias com instituições privadas, municipais e estadual. Assim, dando continuidade ao nosso propósito, reunimos neste evento profissionais e pesquisadores renomados da área do Câncer Bucal de todo o Brasil. Ainda, contamos com a presença do professor Chistofer Squier, chefe do Departamento de Patologia Bucal da Universidade de Iowa. Todos os temas apresentados, as experiências de cada centro de tratamento transformadas em trabalhos científicos trarão, com certeza, a todos os congressistas uma proveitosa e importante colaboração. Boas-vindas. Bom congresso.

Dr. Laurindo Moacir Sassi Presidente do congresso

Dr. Laurindo Moacir Sassi Presidente do congresso

Caros Colegas:

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [89]


ESTATUTO DO CONGRESSO SUL-BRASILEIRO Diretrizes que regem o Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal. Durante o I Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal, realizado em Curitiba, nos dias 18 e 19/10/2001, define-se ser itinerante na Região Sul do Brasil, quando foi lançada a proposta pelo Estado de Santa Catarina em sediar o próximo congresso e a mesma foi aprovada. 1. Secretaria geral: Local da secretaria geral do Congresso Sul-Brasileiro: Centro de Projetos de Ensino e Pesquisa do HEG Rua: Dr. Ovande do Amaral, 201– Jardim das Américas CEP: 81.520-060 Curitiba-PR – Telefone: (41) 3361-5123 www.erastogaertner.com.br 2. Representantes de cada Estado da Região Sul do Brasil: • Paraná: Dr. Laurindo M. Sassi – HEG e-mail: sassilm@onda.com.br • Santa Catarina: Dra. Liliane Janete Grando –UFSC e-mail: ljgrando@ccs.ufsc.br • Rio Grande do Sul: Dra. Liliane Soares Yurgel – PUC-RS e-mail: yurgells@terra.com.br 3. Recursos financeiros: Cada estado é responsável pelo angariamento da verba, pelo lucro ou prejuízo. 4. CGC: Será utilizado o CGC da instituição de apoio. Em Curitiba, foi utilizado o CGC do Hospital Erasto Gaertner. 5. Público-alvo: Profissionais da área de saúde que estão engajados com o foco principal: prevenção do câncer bucal. 6. A secretaria geral deve ser informada do local, data e andamento do congresso. 7. Os anais do primeiro congresso foram publicados na Revista Brasileira de Cirurgia e Implantodontia com ISSN 1414-784X – Caderno Especial; Edição: Ano 8 – V.8 – nº 31 – jul/set. 2001. Foram incluídos os 59 anais do I Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal, entre as páginas 252 e 261.

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8. Conferencistas: professores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Unesp, Hospital Heliópolis-SP, Hospital do Câncer-SP, além do professor Chistofer Squier, chefe do Departamento de Patologia Bucal da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos. Curitiba, 19/10/2001. Dr. Laurindo Moacir Sassi Presidente do congresso

Professores conferencistas: Dr. Chistofer Squier, de Iowa, Estados Unidos; Dr. Laurindo Moacir Sassi, do HEG; Dr. Benedito V. Oliveira, do HEG; Dr. Gyl H.A. Ramos, do HEG; Dr. Luiz Antônio Negrão Dias, do HEG; Dra. Paola A. G. Pedruzzi, do HEG; Dr. Paulo Roberto Muller, da UFPR; Dr. Luciano José Biasi, do HEG; Dra. Maria Helena Tommasi, da UFPR; Dr. Narcizo José Grein, da UFPR; Dra. Liliane Soares Yurgel, da PUC-RS; Dr. Eder Ricardo Biazolla, da Unesp; Dra. Irassi Vaz dos Santos, da Universidade Tuiuti; Dr. Ney Soares de Araujo, da USP; Dr. Fabricio Augusto Martinelli de Oliveira, do HEG; Dr. Leandro Carvalho Ribeiro, do HEG; Dr. Julio Cesar Bisinelli, da PUC-PR; Dr. Sergio Ossamu Iosshii, do HEG e da UFPR; Dr. Alexandre Dorneles Pistola, do Rio Grande do Sul; Dra. Marina Ribas, da PUC-PR; Dr. Fabiano Rodrigues Palma, de Santa Catarina; Dra. Ana Paula N. Newton, do Paraná; Dra. Viviane Coimbra Augusto, do HEG; Dr. Cleto Mariosvaldo Piazzeta, da UFPR; Dr. Luiz Paulo Kowalski, da USP e do Hospital C. Camargo; Dr. Abrão Rapoport, do Hospital Heliópolis e Jurema de Mendonça Leyser, gerente do Cepep.


Prevenção 1985 2002 a 1988


14ª Campanha de Prevenção de câncer bucal Várias campanhas de prevenção de câncer bucal foram realizadas neste ano para chamar a atenção da população para a necessidade de cuidados com as lesões bucais, principalmente o câncer. O Conselho Regional de Odontologia, presidido por Wagner Carrera, apoiou o projeto de prevenção de câncer com o objetivo de se estender para todo Estado do Paraná. Vários profissionais aderiram a ideia, principalmente Dr. Ricardo Radaelli, Dr. Francisco Alérico e outros. A proposta foi treinar profissionais líderes nas regionais e, em uma semana, realizar campanha em todo Estado do Paraná, associado a uma divulgação em televisões. O projeto foi colocado em prática e o sucesso foi alcançado, pois foram atendidos em uma semana mais de sete mil pacientes. Os que apresentaram lesões foram encaminhados ao HEG e a outras instituições especializadas.

Dr. Laurindo Moacir Sassi, profissional do HEG, em parceria com Conselho Regional de Odontologia do Paraná. • Jornal Tribuna do Paraná – 20/4/2002 divulga a prevenção de câncer bucal na Boca Maldita, em Curitiba-PR. • Jornal Correio Paranaense – Prevenção de câncer bucal na Praça Osório, em Curitiba, em 20/4/2002.

Participação em eventos científicos • 8th International Congress on Oral Cancer (ICOOC), em novembro e dezembro de 2002, no Rio de Janeiro.

Locais de execução dos projetos • Carlópolis-PR, de 3 a 13/1/2002. • Praça Osório, em Curitiba-PR, de 19 e 20/4/2002. • Praça Osório, em Curitiba-PR, em 22/6/2002. • Praça Osório, em Curitiba-PR, em 27/11/2002.

Veículos de comunicação • Jornal Repórter Carlópolis – Prevenção de câncer bucal, Dr. Sassi com a União dos Gakusseis de Curitiba, de 3 a 13/1/2002, sendo a última caravana realizada pela da entidade e a 26ª com minha participação. • Jornal O Estado do Paraná – Prevenção de câncer bucal na Praça Osório, em Curitiba, em 22/6/2002, coordenado pelo Dr. Sassi. • Jornal Informheg – Campanha de prevenção de câncer bucal. Praça Osório, em Curitiba-PR. • Jornal Gazeta do Povo, de 19/4/2002 – Lançamento da Campanha de Prevenção de Câncer Bucal no Estado do Paraná, na Praça Osório, em Curitiba-PR – Iniciativa do

[92] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 66: Recorte do Jornal O Repórter de Carlópolis-PR, divulgando o trabalho do projeto Gakusseis de Curitiba e a prevenção de câncer bucal realizado pelo Dr. Sassi.


Figura 67: Jornal O Repórter, de 11/1/2002 – Carlópolis-PR – Prevenção de câncer bucal. Figura 69: Jornal O Estado do Paraná noticiou o projeto de prevenção de câncer bucal na Praça Osório, em Curitiba, em 20/4/2002, coordenado pelo Dr. Sassi.

O projeto está vinculado a vários parceiros como a Defesa Civil do Estado do Paraná que nos emprestou as barracas. Também utilizamos pôsteres com fotos de tumores de boca, para facilitar a compreensão dos pacientes. Contamos com o apoio das secretarias de saúde estadual e municipal, universidades, ABO-PR, CRO-PR, da União dos Gakusseis de Curitiba e da nossa instituição, a Liga Paranaense de Combate ao Câncer.

Figura 70: Jornal O Estado do Paraná divulga a prevenção de câncer bucal em 20/4/2002, na Praça Osório, em Curitiba. Figura 68: Jornal O Estado do Paraná divulga o projeto de prevenção de câncer bucal, na Praça Osório, em Curitiba, no dia 20/4/2002.

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Figura 72: Jornal Informheg divulga a campanha de prevenção de câncer bucal na Praça Osório, em 22/7/2002.

Figura 71: O jornal O Estado do Paraná divulgou a campanha de prevenção de câncer bucal, na Boca Maldita, em Curitiba, em junho de 2002, sob a coordenação do Dr. Sassi.

Na Praça Osório, em Curitiba, em 22/6/2002, campanha de prevenção de câncer bucal, com a participação do Dr. José L. Dissenha; Dr. Ricardo Simette; Dra. Maria Helena Tommasi; Dr. Shozo Myiachi e Dr. Laurindo M. Sassi, coordenador do projeto. Figura 73: Jornal Gazeta do Povo, de 19/4/2002. Lançamento da campanha de prevenção de câncer bucal no Estado do Paraná, uma iniciativa do Dr. Laurindo Moacir Sassi, do HEG, em parceria com o Conselho Regional de Odontologia do Paraná.

[94] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Figura 74: Jornal Tribuna do Paraná, de 20/4/2002, divulga a prevenção de câncer bucal na Boca Maldita, em Curitiba-PR.

Figura 75: Revista do CRO-PR divulga a campanha de prevenção de câncer bucal na Praça Osório, em Curitiba, no dia 27/11/2002, coordenado pelo Dr. Sassi.

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Figura 76: O chefe do Serviço de Pele e Melanona, Marcos Montenegro; o chefe do Serviço Gastrointestinal, Dr. Kato; Dr. Laurindo Sassi, chefe do Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial; o chefe do Serviço de Cirurgia, de Cabeça e Pescoço, Benedito; o superintendente, José Carlos Gasperin Pereira e o chefe do Serviço de Mama e Ginecologia, Sérgio Racbebach.

[96] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Prevenção 1985 2003 a 1988


15ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal A cada ano de campanha observamos novos adeptos à prevenção de câncer bucal que se aliavam a nós, acreditando em nosso trabalho e suprindo uma lacuna da população que apresentava “sede de prevenção”.

Locais de execução dos projetos • Praça Santos Andrade, em Curitiba-PR, em 28/11/2003. Trabalho de prevenção de câncer bucal, uma realização do Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do HEG. • São José dos Pinhais, na Praça 8 de Janeiro (em frente à Igreja Matriz), em 17/12/2003. Campanha prevenção de câncer bucal.

Figura 77: Foto da esquerda para a direita: acadêmica Mariana; Dr. Sassi; a coordenadora do Cepep, Jurema; Dr. Ricardo Simette, do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, do HEG; Dr. Eduardo; estagiários e Dr. José Luís Dissenha, sob coordenação do Dr. Sassi. Evento realizado na Praça Santos Andrade, em Curitiba, em 27/11/2003.

Veículos de comunicação • Informheg 2003 – Jornal da Liga Paranaense de Combate ao Câncer, edição de janeiro/fevereiro. • Jornal Tribuna de São José dos Pinhais divulga a campanha de prevenção de câncer bucal, em 17/12/2003.

Coordenação de eventos científicos • I Jornada de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do HEG, em 9 e 10/4/2003, realizado no Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba-PR, presidida pelo Dr. Sassi.

Participação em eventos científicos • II Congresso Sul-Brasileiro de Câncer de Boca, na UFSC, nos dias 26 e 27/9/2003, realizado no auditório do Centro Administrativo do BESC. O evento teve como presidente a Dra. Liliane Grando. • V Curso Ibero-Americano de Atualização em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, em Porto Alegre-RS, de 2 a 4/10/2003.

[98] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 78: Campanha de prevenção de câncer bucal, em São José dos Pinhais-PR, em 17/12/2003.


Figura 79: Campanha de prevenção de câncer bucal, na Praça da Matriz de São José dos Pinhais-PR, em 17/12/2003, oportunidade em que utilizamos o ônibus para exame clínico.

Figura 80: Informheg – Jornal da Liga Paranaense de Combate ao Câncer, edição de janeiro/fevereiro, divulgou a I Jornada de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do HEG, em 9 e 10/4/2003, no auditório do Hospital Erasto Gaertner e presidida pelo Dr. Sassi.

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I Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do HEG Com o avanço das pesquisas é possível dar aos pacientes oncológicos uma melhora da expectativa de vida, que embora prolongada, geralmente, apresenta sequelas da terapia antineoplásica, além dos altos custos que norteiam tais tratamentos. Os tumores avançados e suas sequelas trilham um caminho árduo para alcançar a cura com qualidade de vida digna. A realidade da ação preventiva no entanto, atua pelo favorecimento de uma vitória final que registra maior chance de cura, livre de sequelas e o desfrute da qualidade digna de vida. Comprovadamente, com a prevenção e detecção precoce das lesões, contando ainda com menores investimentos, podemos alcançar grandes grupos, por isso temos a responsabilidade de ofertar também esta oportunidade à população. E, este é um dos objetivos da I Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do HEG, estimulando o crescimento de ações na área da prevenção. Trabalhando com a prevenção há 14 anos sempre com o protocolo de seguimento repetido em campanhas desde 1989, destaco os números que comprovam o objetivo-chave deste evento, pois apenas 23,0% da população fez o exame de prevenção de câncer bucal; 55,6% nunca o fez e 21,4% nunca ouviu falar de prevenção. Este trabalho foi premiado com o primeiro lugar no 5th International Congress On Oral Cancer, em Londres, em 1997. Outro dado que comprova este vasto e importante campo de trabalho está registrado em recente publicação que divulga os números do Registro Hospitalar de Câncer do HEG, no capítulo sobre câncer de boca, onde foi citado apenas 0,1% de tumores in situ, apenas 1 caso, contra 37,5% com estadio clínico IV (lesões de maior tamanho). Durante os dias 9 e 10/4/2003 os preletores disponibilizarão um leque de informações que ilustrarão ainda mais os relatos acima apresentados e, que também colaborarão para aprimorar, reciclar, ensinar e motivar o ingresso nesta área, através dos temas que constituirão a programação que declaro aberta da I Jornada de Cirurgia E Traumatologia Buco Maxilo Facial do HEG. Dr. Laurindo M. Sassi Presidente da jornada

[100] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Prevenção 1985 2004 a 1988


16ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal Entra ano, sai ano, e estamos na 16ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal observando como é lento o processo de adesão à prevenção por parte da população. Entretanto, sinais de mudanças começam a surgir nos registros hospitalares do Hospital Erasto Gaertner. Para nós, estes documentos funcionam como um termômetro do nosso trabalho de prevenção e servem como um grande estímulo.

Locais de execução dos projetos • Praça Osório, em Curitiba-PR, em 27/11/2004, com a campanha de prevenção de câncer bucal.

Figura 81: Dr. Dissenha; Dr. Sassi; Dr. Simette e acadêmico de Odontologia.

[102] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 82: Campanha de prevenção de câncer bucal realizada na Praça Osório, em Curitiba, no dia 27/11/2004. Observa-se pela fila, o grande interesse pela prevenção de câncer bucal. Há credibilidade da população no trabalho que exercemos.


1985 a 1988 Prevenção 2005


17ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal Entramos na 17ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal estimulados pelos resultados de publicação do registro do Hospital Erasto Gaertner. Os estágios clínicos T1, T2 chegavam a 28% dos casos e, hoje, chegamos a 47%. A equipe está muito entusiasmada com os resultados. Isto prova que a chave do sucesso nesta área é a prevenção e isso só foi possível com os trabalhos de prevenção e disseminando as informações aos acadêmicos e profissionais, por meio de jornadas e congressos.

campanhas. Observou-se uma grande aceitação por parte do público, fato comprovado por meio dos nossos relatórios. Sugerimos que esta campanha entre no calendário anual da Prefeitura de Curitiba com apoio e participação da Liga Paranaense de Combate ao Câncer. A LPCC está pronta para manter esta parceria em busca do diagnóstico precoce do câncer de boca.

Curiosidade

Locais de execução dos projetos

Pacientes idosos que frequentam esta campanha há vários anos pediram uma carteirinha de prevenção. Um deles chegou a relatar que iria sugerir ao político Algacir Túlio que providenciasse tal documento.

• Praça Osório, em Curitiba-PR, em 25/11/2005.

Formação dos profissionais

Apoio

Além das campanhas de prevenção do câncer bucal, nossa equipe se preocupa com a formação de novos profissionais adeptos desta linha de pesquisa. Em nossa II Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial mostramos, durante a abertura, a grande ênfase na prevenção de câncer conforme mostrada a seguir.

• A campanha contou com o apoio da UFPR, PUC-PR, Unicenp, Universidade Tuiuti, ABO-PR, CRO-PR, União dos Gakusseis de Curitiba, Gnatus, Polícia Militar do Paraná e Copel.

Coordenação de eventos científicos • II Jornada de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Erasto Gaertner, em 6/4/2005, no HEG, em Curitiba.

Participação em eventos científicos • International Conference on Oral & Maxillofacial Surgery, em Viena, na Áustria, em 2005.

Sugestão

Nossa campanha de prevenção de câncer bucal atingiu o objetivo proposto, deixando expectativas para novas

[104] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Abertura da II Jornada de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do HEG Buscar a cada dia um objetivo traçado ao longo dos anos, sem cessar, mesmo imaginando estar só, é um desafio. Quando lançamos um objetivo temos a obrigação e o dever de persegui-lo, mesmo tendo a certeza que está distante, porém, se pararmos, como iremos saber se estávamos no caminho certo? Foi mais um fracassado que se perdeu no meio do caminho. Justificamos que forças ocultas, barreiras, falta de recursos e de apoio fizeram com que eu desistisse do meu objetivo? Nada mais resta dizer: sou um fracassado. Este título, com certeza, não caberia no meu currículo (e nem nos currículos de vocês, eu acredito!). Lanço um desafio para juntos vencermos esta luta contra o câncer. Acredito no tratamento curativo do câncer, porém acredito muito mais na prevenção e no diagnóstico precoce do mesmo. Para nós, cirurgiões dentistas, atender o paciente e fazer um exame clínico da mucosa bucal e palpação dos linfonodos cérvico-faciais é muito fácil. O difícil é diagnosticar ou prevenir o câncer em pacientes que não têm acesso aos nossos consultórios e às informações referentes à prevenção de lesões cancerizáveis ou de câncer bucal. Isto prova e mostra a necessidade de estimular campanhas de prevenção e qualificar os profissionais. Isto não quer dizer que as secretarias de saúde sejam responsáveis por esta situação, mas quando observamos esta fatia de clientes sem informação sobre a prevenção de câncer bucal vemos a necessidade de atuar mais. A Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba aceitou o desafio de criar um Centro de Diagnóstico e Prevenção de Câncer Bucal, sob orientação do Serviço do Hospital Erasto Gaertner. Isto deu muitos frutos com a publicação do resultado na Revista Brasileira de Cirurgia, com mais de 1.300 pacientes com lesões bucais encaminhados pelas 104 unidades de saúde. Só isso é pouco, queremos muito mais. Queremos que esta ideia se dissemine por todo o Estado do Paraná e por outros estados que queiram seguir esta metodologia. Porém, não é só o Ministério da Saúde e as secretarias Estadual e municipais de Saúde que devem se preocupar com tal situação e, sim, cada profissional deve somar esforços para atingir o objetivo de levar a informação e a prevenção do câncer bucal

à população. Cada um fazendo a sua parte, cada instituição com a sua função social, por menor que seja, o importante é iniciar e levá-la em frente. Muito obrigado pela presença de todos e, declaro aberta a II Jornada de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial. Curitiba, 6/4/2005. Dr. Laurindo Moacir Sassi Presidente da jornada

Figura 83: Em 2005, a 17ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal foi realizada na Praça Osório, em Curitiba, coordenada pelo Dr. Sassi. A partir desta data acrescentamos o número da campanha na faixa, orientados pelo especialista em Marketing do HEG, locutor e produtor do programa “Alô Doutor”, Adriano Dias.

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Figura 84: Foto do Dr. Sassi e Dr. Wlademir Cortezi, da UFRJ, durante apresentação dos resultados da Pesquisa de Prevenção e Diagnóstico Precoce de Câncer Bucal no Estado do Paraná, no Congresso IAOMS, em Viena, na Áustria.

Figura 85: Dr. Sassi, do HEG e Dr. Cortezi, da UFRJ, em local liberado para fumar, no aeroporto de Viena, na Áustria, em 2005. É isso que queremos?

[106] Dr. Laurindo Moacir Sassi


1985 a 1988 Prevenção 2006


18ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal Nossa faixa estampa a 18ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal. Temos observado a cada ano um aumento nas adesões dos pacientes a este chamado. Acredito que seja pelo desfecho que damos quando encontramos lesões bucais. Todos pacientes são encaminhados para o Hospital Erasto Gaertner, através do SUS, para receber a terapêutica indicada. Além das campanhas há uma frequência na atualização dos profissionais na área de prevenção por meio de cursos e, desta vez foi em 5/4/2005, no Auditório I do HEG. Na campanha da Praça Osório, em Curitiba-PR, contamos com a presença dos professores da PUC-PR, Dr. Gambus e professora Soraya Azambúja Berti Souza, chefe da Estomatologia e de alunos que auxiliaram nos trabalhos. Sempre contamos com o apoio do professor Monir Tacla, coordenador da Odontologia de PUC-PR. Ainda, tivemos a colaboração de alunos e professores da UFPR, Universidade Tuiuti, Universidade Positivo, CRO-PR e ABO-PR.

• 24º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo. Reconstrução com Enxerto Microvascularizado de Fíbula em Mandíbula com Duplo Segmento em Corpo de Mandíbula Dentado. Variante – II. • VI Congresso Brasileiro de Câncer Bucal. • I Encontro Científico – Capítulo Brasileiro da Undersea and Hyperbaric Medical Society e III Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica. Oxigenação Hiperbárica, cirurgia de cabeça e pescoço e odontologia. • XV Congresso de la Alacibu (Asociación Latinoamericana de Cirurgia Buco Maxilo Facial.

Locais de execução dos projetos • Praça 8 de Janeiro (em frente à Igreja Matriz), em São José dos Pinhais, em 20/9/2006. • Praça Osório, em Curitiba-PR, em 25/11/2006.

Coordenação de eventos científicos • Mesa-redonda com o tema: Lesões bucais e tratamento, coordenada pelo Dr. Laurindo Sassi, em 5/4/2005, no Auditório I , do HEG – LPCC.

Participação em eventos científicos • 24º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo. Liquen Plano Oral Precedendo Carcinoma Espinocelular: Relato de Dois Casos.

[108] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 86: Prevenção de câncer bucal, em 25/11/2006, na Praça Osório, em Curitiba-PR. Montagem das barracas

Necessitamos da liberação dos solos pela prefeitura; ligação da energia elétrica pela Copel; da equipe de manutenção do Hospital Erasto Gaertner, para montagem da barraca; da Guarda Municipal para fazer a segurança durante o dia e à noite; da mídia para levar a informação à população, falando sobre a prevenção de câncer bucal; do apoio da Secretaria Municipal de Saúde, dos conselhos de classe, CRO-PR; ABO-PR; da UFPR, da PUC-PR; da Universidade Tuiuti e da Universidade Positivo. Nós somos uma equipe e este é o segredo do nosso sucesso.


Todo o grupo procurou sempre levar a informação e a formação dos profissionais de saúde, uma vez que, além das jornadas e congressos, realizávamos mesas-redondas para debates conforme relatamos a seguir.

MESA-REDONDA Sentindo a necessidade de acompanhar os avanços da área de diagnóstico e tratamento de manifestações estomatológicas e patologias que envolvem a região de cabeça e pescoço, com especial destaque para o Câncer de Boca. O Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Erasto Gaertner, propõe a criação de uma mesa-redonda para debates e discussão dos temas relacionados ao diagnóstico bucal. As especialidades envolvidas no diagnóstico bucal são inúmeras, destacando-se a Estomatologia, Semiologia, Patologia Geral, Patologia Buco-dental, Radiologia Odontológica, Cirurgia Buco-Maxilo-Facial e demais especialidades da Odontologia e Medicina que, direta ou indiretamente, têm contato com patologias da região de cabeça e pescoço. Outras doenças importantes que apresentam repercussão na cavidade bucal têm feito com que a Odontologia repense alguns conceitos e estratégias de diagnóstico e tratamento. É preciso vigiar os pacientes de risco, orientar a população, planejar ações preventivas e fazer diagnóstico precoce do câncer bucal. Para isso, é necessário treinar equipes para tais procedimentos, com o objetivo de promover debates, discussões dos temas relacionados às lesões bucais, diagnóstico bucal e seu tratamento, vinculado aos cursos de graduação e pós-graduação em Odontologia, Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Bioquímica e Medicina. Além disso, incentivar os profissionais da saúde que trabalham com Câncer Bucal a discutir de maneira multiprofissional este tema. Curitiba, 5/4/2005. Dr. Laurindo M. Sassi Coordenador da mesa-redonda

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Prevenção 1985 2007 a 1988


19ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal Em 2007, foi criado um Centro de Treinamento de Prevenção e Diagnóstico Precoce de Câncer Bucal para os profissionais de Odontologia da Saúde Pública do Estado do Paraná. O novo projeto de prevenção de câncer bucal no Estado do Paraná foi coordenado pelo Dr. Sassi, do Hospital Erasto Gaertner e apoiado pelo Conselho Regional de Odontologia, Associação Brasileira de Odontologia-PR, tendo a participação de diversos municípios.

Locais de execução dos projetos • Praça Osório, em Curitiba-PR, em 23/11/2007. • Paranaguá-PR, em 24 e 25/10/2007.

Figura 87: Campanha de prevenção de câncer bucal realizada na Praça Osório, em Curitiba. Terminada a montagem das duas barracas à noite, para que no dia seguinte pudéssemos iniciar o mais cedo possível. “Mesmo se encontrando à frente de um só projeto, nunca desista, pois sempre que houver um bom objetivo e método bem descrito, com certeza levará ao sucesso” – Dr. Sassi.

Coordenação de eventos científicos • III Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal e III Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, no Hospital Erasto Gaertner, realizados nos dias 19 e 20/4/2007.

Participação em eventos científicos • Congresso Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. Reconstrução de Mandíbula com Enxerto Osteomiocutâneo de Fíbula. • XIX Cobrac – Congresso Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. Figura 88: Abertura do III Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal e da III Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial.

[112] Dr. Laurindo Moacir Sassi


III Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal e a III Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial Com grande entusiasmo e com o objetivo de levar informação e formação contínua aos profissionais de saúde, o III Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal e a III Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial serão realizados nos dias 19 e 20/4/2007, no HEG.

Bem-vindos Bem-vindos a mais um grande evento realizado pelo Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba. O III Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal e a III Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial têm por objetivo levar informações atualizadas aos acadêmicos e profissionais, incentivar o intercâmbio de experiências e integrá-los. Profissionais das mais diversas áreas de saúde estão reunidos em prol do sucesso do tratamento do paciente. Este é o III Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal e a III Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, organizados pelo HEG. Este evento trará importantes nomes para que possamos avançar na área científica de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. O evento será composto por conferências, mesas-redondas, temas livres e painéis, sempre procurando fomentar estas áreas, e disseminar as informações. Além da programação científica do congresso, Curitiba tem muito mais a oferecer como a linda Rua das Flores, shoppings centers, a gastronomia do Bairro Santa Felicidade, feira de artesanato aos domingos no Bairro São Francisco, lindos parques – como o Tingui e o Tanguá, a descida de trem pela Serra da Graciosa – uma experiência ímpar e, no final um prato do saboroso barreado – comida típica da região – o esperam em Morretes. Todos estão convidados para desfrutar deste grande evento nos dias 19 e 20/4/2007, no Salão de Atos do Parque Barigui, em Curitiba, oportunidade em que estarão reunidos nomes em

evidência no cenário nacional. Desejamos a todos um excelente congresso e sejam bem-vindos. Dr. Laurindo Moacir Sassi Presidente do congresso e da jornada

A pergunta que não quer calar é: O que é necessário para abraçar o tema Câncer Bucal? Ser um sonhador! Um entusiasta! Um idealista! Durante os projetos e execuções na área de prevenção, a União dos Gakusseis de Curitiba (UGC) nos deu a oportunidade e a viabilidade da realização de trabalhos preventivos em saúde bucal no interior do Estado do Paraná durante nossa fase de acadêmico e, depois como profissional. Vimos a falta de informações e avaliações dos pacientes a respeito das lesões bucais. As 26 ações de saúde que realizamos ocorreram em época de férias da faculdade ou depois de formados, advindos do consultório ou de um vínculo empregatício. Por um período de 15 dias ficávamos hospedados em escolas onde, pernoitávamos. As refeições eram feitas e servidas no mesmo local pelas zeladoras. Saíamos de Curitiba, levando em nossas bagagens as roupas de cama e a medicação doada pelos laboratórios – angariadas durante o semestre anterior. As barreiras que surgiram não foram impedimento para a realização do trabalho de prevenção de doenças bucais. Prestávamos assistência de saúde para pacientes boias-frias e a todas as pessoas que aceitavam ou necessitavam do atendimento. Os resultados das ações de prevenção feitas no interior do Estado do Paraná foram responsáveis pelo nosso entusiasmo em prosseguirmos. Ampliamos o projeto para a capital paranaense, em 1989 e fizemos o primeiro projeto de Campanha de Prevenção de Câncer Bucal em Curitiba, com o apoio da UGC, do HEG e da Secretaria Municipal de Saúde. O local do atendimento e da divulgação da importância do exame preventivo foi a Praça Rui Barbosa. Em três dias examinamos

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Homenagens aos professores do congresso pessoas que passavam pelo local. Em princípio elas ficavam desconfiadas com a abordagem, algumas aceitavam ser examinadas e a outras eram entregues folders e dadas explicações por meio de cartazes. O evento vem se repetindo anualmente em Curitiba, Região Metropolitana e interior do Estado do Paraná. Neste projeto de prevenção de câncer bucal o resultado provou o alto índice de falta de orientação e informações a respeito das lesões bucais dos pacientes. A série histórica desta trajetória da prevenção do câncer bucal já atingiu cerca de nove mil pessoas. Portanto, o sonho, o entusiasmo e o idealismo são combustíveis necessários quando o assunto é promoção da saúde, tanto no aprimoramento profissional, quanto gerando parcerias entre equipes e, conquistando resultados na evolução da nossa área de atuação. Na continuação desta trajetória e, em nome da comissão organizadora do III Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal e da III Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Erasto Gaertner, declaro abertos os trabalhos deste evento. Curitiba, 19/4/2007. Dr. Laurindo Moacir Sassi Presidente do congresso e da jornada

Durante o congresso, foram realizadas homenagens aos profissionais que trabalharam e aos que continuam trabalhando à área de câncer bucal no Brasil. Quatro profissionais que dedicaram e dedicam suas vidas à formação ética, moral e intelectual de profissionais da saúde foram homenageados. Professora Dra. Edela Puricelli Presidente da Alacibu. Professora titular da disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da UFRS. Autora da técnica cirúrgica de Retalho Microvascularizado de Fíbula para Mandíbula. Agraciada com vários prêmios internacionais decorrentes de seus trabalhos científicos.

Professor Dr. Nilton Tabajara Herter Chefe do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Santa Rita de Porto Alegre-RS. Professor da Universidade Federal de Ciências Médicas-RS

Professor Dr. Luiz Paulo Kowalski Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, chefe do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia do Centro de Pesquisa e Tratamento Hospital do Câncer A.C. Camargo, professor livre-docente da disciplina de Oncologia da Faculdade de Medicina da USP. Autor de vários livros nacionais e internacionais relacionados ao tema da cirurgia de cabeça e pescoço e quem mais publica artigos científicos na área da cirurgia de cabeça e pescoço no mundo.

Professor Dr. Benedito Valdecir De Oliveira Chefe do Serviço Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HEG. Autor de vários artigos científicos e capítulos de livros. Fundador da Unidade de Bioengenharia do HEG.

Relação dos professores conferencistas Paraná: Dra. Marina Ribas; Dra. Maria Isabela Guebur; Dra. Angela Fernandes; Dra. Carla Leandro Demachi; Dr. Ricardo Níquel; Dr. Daniel Curi; Dra. Juliana Lucena Schussel; Dr. Benedito Valdecir de Oliveira; Dr. Cleto Piazzetta; Dr. Luis Carlos Carta Gambus; Dr. Acir José Dirschnabel; Dra. Paula Trevilatto; Dr. Gyl H. A. Ramos; Dr. Allan F. Giovanini; Dra. Ana Paula R. Braosi; Dra. Lise M. Villani Souza; Dra. Virginia Hepp; Dr.

[114] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Shozo Miyachi; Dr. Ricardo Leandro Simette; Dr. Laurindo Moacir Sassi; Dr. Luís Fernando Boros; Dr. Julio César Bisinelli; Dr. Enzio Rovigatti; Dr. Ricardo Pasquini Filho; Dr. Sung Hyun Kim; Dra. Karima Jaber; Dr. Ricardo L. Radaelli; Dr. Hamilton Tadeu Pontarolla; Dr. André L. Zétola; Dr. Paulo Roberto Kruk; Dr. Cassius P. Torres; Dr. Adilson Antônio Lima; Dr. César Costa; Dr. Fernando Henrique Westphalen; Dra. Maria Helena M. Tommasi; Dra. Rosilene A. Machado; Dra. Paola A. G. Pedruzzi; Dra. Maria Isabela Guebur; Dr. José Luis Dissenha; Dr. Adriano Antônio Mhel; Dr. Julio César Bisinelli; Dr. Paulo Roberto Müller; Dra. Edela Puricelli; Dr. Marco Antonio Oliveira Filho; Dr. Éber Stevão; Dra. Carla Leandro Demachi; Dra. Roberta Stramandinoli e Dr. Nelson Luiz Barbosa Rebelatto. São Paulo: Dr. Eder Ricardo Biazolla; Dr. Ali Amar; Dr. Eduardo Ribeiro da Silva; Dr. Luiz Paulo Kowalski; Dr. Fernando Walder; Dr. Onivaldo Cervantes; Dr. Eduardo Ribeiro Xavier; Dr. Luiz Fernando Lobo Leandro. Rio Grande do Sul: Dr. Nilton Herter; Dr. João Batista Burzlaff; Dr. Ferdinando De Conte; Dra. Liliane Soares Yurgel e Dr. Lauro Rosa. Santa Catarina: Dr. Gilberto V. Teixeira; Dra. Liliane Janete Grando; Dra. Lucia D’Avila; José Nazareno Gil; Dr. Fernando L. Zanferrari e Dr. Túlio Del Conte Valcanaia. Pernambuco: Dr. Josimário Silva.

Projeto Ação Comunitária Criação de Centro de Treinamento de Prevenção e Diagnóstico Precoce Câncer Bucal para os Profissionais de Odontologia Local: Hospital Erasto Gaertner

Introdução De acordo com Kowalski e Nishimoto (2000), as neoplasias malignas da cavidade bucal e da faringe situam-se na sexta posição entre os cânceres mais frequentes no mundo. A incidência no sexo masculino está na quinta posição enquanto que, no sexo feminino encontra-se na sétima posição. No Brasil, o câncer de boca equivale a 8% dos casos ocorridos em indivíduos do sexo masculino e a 2% nos indivíduos do sexo feminino. Tem-se observado que pacientes com neoplasias de boca apresentam, com frequência, hábitos de tabagismo e etilismo. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), no Brasil, em 1999, o câncer de boca foi a 12ª principal causa de morte. O câncer de boca é um dos mais incidentes em homens brasileiros, ocupando a quinta colocação e sendo o responsável por 5% do total de casos de câncer em homens. Segundo o INCA, estima-se em 2006 houve 10.060 novos casos de câncer bucal em homens, no Brasil e, 3.410 em brasileiras. No Estado do Paraná, a estimativa é de 820 novos casos em homens, ocupando o 7º lugar no ranking nacional e, nas mulheres, 260 novos casos, alcançando o 8º lugar na localização primária de neoplasia maligna de boca. Franco et al. (1989) estudaram o risco de desenvolvimento de câncer bucal e as associações entre o consumo de tabaco, álcool e chimarrão, e concluíram que o principal fator é a associação de álcool e tabaco. Estes dados servem de base para buscarmos o diagnóstico precoce das lesões de boca conforme mostraram Sassi et al. (1997), em sua pesquisa onde há um alto índice de lesões bucais e baixo nível de informações sobre a prevenção de câncer bucal. Eles indicaram planejar ações preventivas e diagnósticos preco-

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ces. Por outro lado, Sassi et al. (1999) mostraram uma pesquisa quando efetuada a prevenção e adetecção de lesões cancerizáveis de boca no Estado do Paraná, persistindo o baixo nível de informação sobre lesões cancerizáveis de boca. Mostraram que 51,2% nunca fizeram exame preventivo de câncer de boca e 20,8%, nunca ouviram falar no assunto. Miyachi, Sassi et al. (2002) indicaram que a organização escalonada e integrada do fluxo de atendimento para diagnóstico de doenças de boca tem um potencial de causar impacto na epidemiologia do câncer de boca e na saúde bucal da população, assim como produz um alívio na demanda nos hospitais. Miyachi, Sassi et al. (2003) constataram um alto índice de detecção de lesão bucais num período de 31 meses. Foram atendidos 3.153 pacientes, com 1.202 (38%) de biópsias em lesões suspeitas, confirmando diagnóstico de câncer em 38 pacientes, no Centro de Diagnóstico, com o apoio do Hospital Erasto Gaertner. Seguindo sua pesquisa, Sassi et al. (2005) mostraram a necessidade de prevenir e diagnosticar precocemente lesões cancerizáveis de boca na população. Em 6.544 exames clínicos no Estado do Paraná, foram encontradas 863 lesões bucais, onde 22,5% nunca ouviram falar de prevenção de câncer de boca. Sassi et al. (2005) relatam a possibilidade da lesão de Líquen Plano Oral, uma lesão inflamatória muco cutânea mais comumente encontrada na boca, podendo ou não apresentar manifestações cutâneas. Foi encontrado dois pacientes com carcinoma espinocelular de boca, com história prévia de Líquen Plano Oral. Outra lesões (Sassi, 2005) de papiloma em palato duro, com transformação para carcinoma espinocelular, geralmente considerado uma neoplasia benigna comum, com origem no epitélio de superfície. Porém associado aos fatores locais como químicos, irritação ou fricção contínua e agentes biológicos pode ser agravado. Os resultados da literatura nos indicam a necessidade de criar um centro de treinamento de prevenção e diagnóstico precoce de câncer bucal para os profissionais de Odontologia. Este é o real objetivo de nosso projeto. Objetivo: Criação de um centro de treinamento de prevenção e diagnóstico precoce do câncer bucal para os profissionais de Odontologia da área de Saúde Pública. Justificativa: É de fundamental importância a realização deste treinamento de prevenção e detecção de câncer bucal para os profissionais dentistas, visto que o índice de câncer bucal vem aumentan-

[116] Dr. Laurindo Moacir Sassi

do no Estado do Paraná, anualmente. O conhecimento e a orientação a população a respeito das lesões bucais e o autoexame podem fazer a diferença para a população, evitando a neoplasia bucal Significância: As lesões cancerizáveis de boca têm marcado presença na população. Esta doença tem prevalência em indivíduos acima de 40 anos, mas cada vez mais tem-se mostrado passível de desenvolvimento em pacientes de menos idade. Método: Com o objetivo de criar um centro de treinamento de prevenção e diagnóstico precoce do câncer bucal para os profissionais de Odontologia do Sistema Público de Saúde do Estado do Paraná. Há necessidade de construir um prédio com várias salas para que se possa colocar em prática o nosso objetivo: um anexo do Hospital Erasto Gaertner. Os profissionais serão capacitados por meio de palestras e/ou treinamento com pacientes. Tendo área física (solo), resta-nos buscar fundos para que possamos construir o centro de treinamento. Serão necessários os seguintes ambientes: Piso térreo • Sala de espera, com 50 cadeiras; monitor de aviso; televisão para transmitir matéria referente à prevenção e tratamento do câncer, durante o aguardo do atendimento. • Sala para as escriturárias. • Sala de triagem com cadeira odontológica. • Sala de ambulatório, com dez cadeiras odontológicas para consultas e cinco bombas a vácuo. • Sala com aparelho de RX odontológico. • Sanitários masculino e feminino. • Auditório com 300 lugares. • Hall para exposições e recepção. Primeiro andar • Sala de estar no centro cirúrgico para os profissionais. • Vestiários masculino e feminino. • Sala com quatro cadeiras: centro cirúrgico com anestesia loco-regional e sedação, aparelho de RX odontológico, duas bombas a vácuo. • Sala de espera com 15 cadeiras. • Sala de dispensário de material farmacêutico. • Sala de recuperação. • Sala para depósito. • Sala com guarda-volumes para profissionais.


• Sanitários para os profissionais – masculino e feminino. • Laboratório de próteses. • Rampa para acesso ao centro cirúrgico. Segundo andar • Sala para a secretaria do Serviço. • Sala para a direção do Serviço. • Sala para assistentes. • Sala de reuniões com 20 cadeiras. • Sala para estudos. • Sala para projetos e pesquisa. Materiais – bens duráveis • Computadores. • Dois projetores multimídia. • 15 cadeiras odontológicas equipadas com refletor, cuspideira, equipo e mocho. • Sete bombas a vácuo. • 300 cadeiras para auditório. • 50 cadeiras para sala de espera. • 15 cadeiras para sala de espera do centro cirúrgico. • Dois motores driller para cirurgia. • Mesa grande para sala de reuniões. • Seis mesas para sala de estudos. • Móveis para mobiliar todas as salas. • Três aparelhos RX odontológico. Financiamento Os recursos financeiros para a realização da pesquisa serão provenientes do projeto de pesquisa junto ao Ministério da Saúde. Cronograma de desenvolvimento Período: de março de 2008 a novembro de 2009. Início: Após aprovação de verba pelo Ministério da Saúde e o repasse ao Hospital Erasto Gaertner de Curitiba-PR. Atividades: Será realizada licitação para a execução da obra. Relatório: A cada seis meses após o início das obras. Curitiba, 29/10/2007. Dr. Laurindo Moacir Sassi Coordenador e chefe do Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial Hospital Erasto Gaertner-Lpcc

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Prevenção 1985 2008 a 1988


20ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal Além das comemorações da 20ª campanha, novos parceiros juntaram-se a nós na prevenção de câncer bucal. Com o Tribunal de Justiça do Paraná, tivemos a inclusão do projeto Justiça no Bairro, comandado pela desembargadora Dra. Joeci Machado Camargo e, com o Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, presidido por Darci Piana, o Sesc Cidadão e OdontoSesc, tendo como coordenadora a Dra. Renatha C. N. Peres; gerência da Dra. Elisângela Domingues; e comando do então diretor regional do Sesc PR, Paulo Cruz. Acredito numa parceria duradoura. Com o apoio da gerente do Cepep, enfermeira Luciana Kalinke e de funcionários, e do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e da equipe composta por Dr. Laurindo M. Sassi; Dr. Ricardo L. Simette; Dr. José Luís Dissenha; Dr. Fernando L. Zanferrari; Dra. Maria Isabela Guebur; Dra. Juliana Lucena Schussel e Dra. Roberta T. Stramandinoli Zanicotti, tenho a certeza de que quem ganha é a população. Houve um reconhecimento do nosso trabalho desenvolvido em 20 anos de campanhas de prevenção de câncer bucal no Estado do Paraná, pela Assembleia Legislativa do Paraná, com a homenagem ao Dr. Laurindo Moacir Sassi, que recebeu “Moção Honrosa”. A honraria foi uma proposição do deputado estadual Reinhold Stephanes Júnior, em 10/12/2008, extensível a toda a equipe do Hospital Erasto Gaertner. Na campanha realizada na Praça Osório, em Curitiba, contamos com o auxílio de professores como Dr. Gambus, da PUC-PR e seus alunos. Sempre fomos apoiados pelo professor Monir Tacla, coordenador da Odontologia da PUC-PR; do Dr. Ermensson Luiz Jorge, do CRO-PR; Dr. Osires Klamas, da ABO-PR; da Universidade Tuiuti e da Universidade Positivo. A 20ª campanha foi uma realização do HEG e da SMS de Curitiba-PR.

Locais de execução dos projetos • Bosque do Papa, em Curitiba, em abril.

[120] Dr. Laurindo Moacir Sassi

• São José dos Pinhais, na Praça 8 de Janeiro (em frente à Igreja Matriz), em maio. • Agudos do Sul-PR. • Praça Rui Barbosa, em Curitiba, nos dias 18 e 19 /7/2008. • Praça Osório, em Curitiba, no dia 27/11/2008. • Sesc Portão, em Curitiba, no dia 15/6/2008 – primeiro projeto de prevenção de câncer bucal executado em conjunto com o Justiça no Bairro Sesc Cidadão e Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do HEG.

Coordenação de eventos científicos Programa de Residência Multiprofissional em Cancerologia, na área de Concentração Profissional em Odontologia – Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial.

Participação em eventos científicos • 8º Congresso Brasileiro de Câncer Bucal. • Abertura da Ação Comunitária no Estado do Parana, em 18/2/2008, no HEG. • Lançamento da Ação Comunitária de Prevenção de Câncer Bucal no Estado do Paraná. O Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do HEG, Conselho Regional de Odontologia do Paraná e Associação Brasileira de Odontologia do Paraná lançaram esta ação comunitária sob a coordenação do Dr. Sassi com o slogan: “Todo o Paraná Contra o Câncer”. • A Residência de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, HEG.

Veículos de comunicação • Capa da Revista do CRO-PR, onde foi publicada matéria sobre o lançamento da Ação Comunitária no Estado do Paraná, coordenado pelo Dr. Sassi. • Jornal Gazeta do Povo – Lançamento da Ação Comunitária de Prevenção de Câncer no Estado do Paraná, sob coordenação do Dr. Laurindo Moacir Sassi, chefe


do Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do HEG, em fevereiro. • Programa Alô Doutor – Orientação sobre a prevenção de câncer bucal, na rádio do HEG.

Um sonho, hoje, realidade Programa de Residência Multiprofissional em Cancerologia Área de Concentração Profissional em Odontologia – Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial O sonho de ter uma Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial no Hospital Erasto Gaertner hoje é uma realidade em nosso hospital. O HEG é referência no tratamento dos tumores malignos e benignos do Estado do Paraná. Em 1998, após a criação do Serviço de Estágio em Oncologia para Acadêmicos e Profissionais da área Odontológica, observamos o grande interesse destes, que despertou a necessidade de dar mais um passo no aprimoramento de profissionais que ingressam na área de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. Esta é uma evolução normal de um Hospital-escola, galgando os degraus da escalada da ciência, na formação de profissionais, pesquisadores, educadores, em prol da cura ou para minimizar o sofrimento dos pacientes. O estágio proporciona aos residentes condições de posteriormente dar a sua contribuição social à ciência. Hoje, estamos proporcionando aos profissionais da área de Odontologia a oportunidade de conhecer e participar do nosso serviço, aumentando assim o número de pessoas que se dedicarão à prevenção, aos manejos de complicações do tratamento do câncer

bucal, às cirurgias de deformidades faciais, às cirurgias de fraturas buco-maxilo-facial, às reconstruções faciais, enfim, participando de equipe multidisciplinar, visando o melhor atendimento ao paciente oncológico e não oncológico. Desta forma estamos procurando melhorar os conhecimentos dos profissionais de Odontologia na área da Oncologia e na Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial para poder melhor observar o paciente como um todo e não apenas sua boca e, saber como encaminhá-lo aos serviços especializados. Com frequência, a terapia de radiação ionizante, para neoplasias malignas na região de cabeça e pescoço, é utilizada, e geralmente desenvolvem-se alterações bucais. O avanço no tratamento da doença maligna tem mostrado resultados satisfatórios. Isto nos dá a certeza que a sequela da radiação aparecerá e deve ser tratada e, principalmente, prevenida. As complicações da radiação ionizante dependem da dose, do local e da frequência e, estas complicações estão associadas com mucosa oral, glândulas salivares, dentes, ossos, músculos mastigatórios, podendo desencadear mucosite, cárie dental, infecção bucal, xerostomia, trismo muscular, osteorradionecrose. É necessário acompanhar estes pacientes e observar os efeitos dos antineoplásicos para prevenir as mucosite, cáries dentárias, xerostomia, osteorradionecrose. Com visitas ao dentista pré, trans e pós-terapia de radiação ionizante é possível controlar as infecções bucais com auxílio da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, prevenindo os trismos dos músculos mastigatórios com acompanhamento dos fisioterapeutas. Por meio deste programa, vamos disseminar a informação da prevenção de lesões cancerizáveis de boca e prevenir os efeitos adversos dos antineoplásicos em cabeça e pescoço, das cirurgias de tratamento de fraturas faciais, e das deformidades dentofaciais e

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levar aos locais mais distantes. Com a tão sonhada Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial e os residentes será possível semear e cultivar a ideia de prevenção. O programa consiste de residentes por um período de três anos na área de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial; Cirurgia de Cabeça e Pescoço; Anatomia Patológica, Prevenindo e Tratando (inclusive com Laserterapia de baixa intensidade) os Efeitos Adversos da Radioterapia; Anestesiologia, Controle de Infecção Hospitalar Incluindo o Dentista na Unidade de Terapia Intensiva e, Cirurgia de Fraturas Faciais, no Hospital e Maternidade de São José dos Pinhais-PR. O Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial é referência no tratamento dos tumores benignos de boca e no tratamento dos efeitos adversos da radioterapia em cabeça e pescoço. Nosso objetivo é preparar o cirurgiãodentista para a especialidade de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, interagindo com as demais especialidades área de saúde. O Hospital Erasto Gaertner oferece residência com área de atuação específica em Prevenção de Câncer Bucal; Cirurgia Oral, Trauma de Face; Cirurgia de Deformidade Facial; Reconstrução Óssea; Patologia em Região de Buco-Maxilo-Facial e Tratamento Cirúrgico Envolvendo Articulação Temporomandibular. Os residentes receberão informações e formação, passarão pelos Serviços de Anatomia Patológica, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Radioterapia e Anestesiologia. Além disso, deverão passar por serviços externos ao Hospital Erasto Gaertner, incluindo Trauma de Face, CAIF-Lesões Labiopalatais e campanhas de prevenção de câncer bucal na comunidade, com projetos registrados no Cepep.

Dr. Fernando Luiz Zanferrari. Dra. Maria Isabela Guebur. Dra. Juliana Lucena Schussel. Dra. Roberta T. Stramandinoli-Zanicotti.

Professores convidados Dra. Lúcia Fátima de Castro Ávila; Dra. Iolanda Manfron; Dr. Ricardo Luiz Radaelli; Dr. Ricardo Botter Nickel; Dra. Rosilene Andrea Machado; Dr. Paulo Roberto Müller; Dr. Acir José Dirschnabel; Dra. Rafaela Scariot de Moraes; Dr. Leandro Eduardo Klüppel; Dr. Nelson Luiz Barbosa Rebellato; Dr. Delson Costa; Dr. Cassius Carvalho Torres Pereira; Dr. João Luiz Carlini; Dra. Luciana Signorini; Luciane Grochocki Resende; Dr. Hamilton Tadeu Pontarola Júnior; Dr. Marco Antônio de Oliveira; Dr. Lilian Passett; Dr. Fabiano A. E. Melo; Dr. Mário Pasini; Dr. Marcos Flavio Montenegro; Dr. Luciano Biasi; Dr. Leandro Ribeiro; Dr. Raul Pizzato e outros. O serviço ainda conta com a colaboração direta dos professores do Hospital Erasto Gaertner: Dr. Benedito Valdecir de Oliveira; Dr. Gyl Henrique Albrecht Ramos; Dra. Paola Andrea Galbiatti Pedruzzi; Dra. Marja Cristiane Reksidler; Dr. Sergio Iioshi e Dra. Juliana Jung.

Professores Dr. Laurindo Moacir Sassi. Dr. José Luis Dissenha.

[122] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 89: Prevenção de câncer bucal, na Praça Osório, em Curitiba. Na foto, o coordenador do projeto, Dr. Sassi; Dr. Shozo Miychi, da SMS de Curitiba-PR e o gerente do Cepep, do HEG, Rafael Anciutti Bronislawski.


Lançamento da Ação Comunitária de Prevenção de Câncer Bucal no Paraná

Professores multiplicadores que nos ajudaram a desenvolver o projeto Curitiba: Cassius Torres, da UFPR; Júlio Cesar Bisinelli, da PUC-PR; Narcizo José Crein, da PUC-PR; Eraldo Cid Bastos, da Universidade Tuiuti; Dr. Ermensson Luiz Jorge, presidente do CRO-PR; Dra. Carmem Lúcia Arrata, tesoureira do CRO-PR; Dr. Laurindo Moacir Sassi, coordenador do projeto-HEG; Dr. Mario Pansini, presidente do Sindicato dos Odontólogos do PR e Dr. Osíris Pontoni Klamas, da ABO-PR. Londrina: Antônio Carrilho Neto, da UEL; Fernão Leito Junior, da UEL e Marcos Antonio Amaral, da Unopar. Maringá: Vanessa Veltrini, do Cesumar. Umuarama: Cintia e Souza Araujo, da Unipar. Cascavel: Daniela Boletta Cerante, da Unipar. Ponta Grossa: Alessandro Lisboa, do Cescage; Franscisco Ciesiki, da UEPG e Dr. César Compagnoli, da UEPG. Francisco Beltrão: Francisco Alérico.

Figura 90: Lançamento da Ação Comunitária de Prevenção de Câncer Bucal no Estado do Paraná. O Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do HEG, Conselho Regional de Odontologia do Paraná e Associação Brasileira de Odontologia do Paraná lançaram esta ação comunitária sob coordenação do Dr. Sassi. “Todo Paraná contra o Câncer”. Agradecemos a todos os apoiadores.

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Todo Paraná na Luta contra o Câncer Abertura da Ação Comunitária no Paraná

Figura 91: Lançamento da Ação Comunitária de Prevenção de Câncer Bucal no Estado do Paraná, em 18/2/2008, no Hospital Erasto Gaertner, sob coordenação geral do Dr. Sassi e parceria do CRO-PR, ABO-PR e Ministério da Saúde. O logotipo foi criado pela equipe de Marketing do HEG e pelo Dr. Sassi.

O que nos levou a lançar a ação comunitária de prevenção do câncer bucal no Estado do Paraná? O HEG com o CRO-PR e apoio da ABO-PR, da Secretaria de Estado da Saúde e das secretarias municipais de saúde, faculdades de Odontologia e do programa Cárie Zero lançaram a Ação Comunitária de Prevenção e Diagnóstico de Câncer Bucal no Estado do Paraná, devido ao resultado de pesquisas de projetos-pilotos realizadas pelo Dr. Sassi e colaboradores, no Estado do Paraná. Os autores mostraram o alto índice de lesões bucais e o baixo nível de informação a respeito da prevenção do câncer bucal. Os exames bucais revelaram que 22% da população examinada nunca ouviu falar sobre prevenção do câncer bucal e 55% nunca havia feito qualquer exame bucal preventivo. O HEG criou uma rádio local e o programa “Alô Doutor” para levar informações relativas à prevenção do câncer. Entretanto, acredito que seja muito pouco, pois há necessidade de se fazer outras intervenções. Para tanto, estamos lançando, nesta data, a Ação Comunitária de Prevenção de Câncer Bucal, com a qual pretendemos atingir o maior número possível de municípios. Entre os dias 7 e 12/4/2008, todo o Estado do Paraná realizará a ação. Os profissionais que se engajarem nesta ação receberão orientações de como proceder. Usarão fichas onde serão armazenados dados referentes aos clientes que aceitarem participar e, posteriormente, estes dados servirão como referência para novas ações de saúde bucal e indicarão as regiões que apresentam maior necessidade. Assim, declaro aberto o programa Ação Comunitária de Prevenção de Câncer Bucal no Estado do Paraná. Curitiba, 18/2/2008. Dr. Laurindo Moacir Sassi Coordenador da ação

[124] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Figura 92: Capacitação para os profissionais multiplicadores no Estado do Paraná. Presença de muitos professores, entre eles, o Dr. Luiz Paulo Kowalski; professora Lise Souza; professor Dr. Narcizo Grein, da UFPR e da PUC-PR e, professor Francisco Alérico.

Figura 93: Dr. Onivaldo Cervantes, da Unifesp; Dra. Lise Mara Villani Souza, coordenadora do programa Cárie Zero de Curitiba; Dr. Ermensson Luiz Jorge, presidente do CRO-PR; Dr. Laurindo Moacir Sassi, coordenador do projeto; Dr. Benedito V. de Oliveira, chefe do Serviço de Cabeça e Pescoço, do HEG e Dr. Giovanni Targa, diretor técnico do HEG.

Figura 94: Dr. Luiz Paulo Kowalski, da USP, do Hospital A. C. Camargo e conferencista e, Dr. Benedito V. Oliveira, presidente da mesa.

Figura 95: Dr. Onivaldo Cervantes, da Unifesp e conferencista.

Figura 96: Dr. César Compagnoli, da UEPG e presidente da Comissão de Ética do CRO-PR; Dra. Paola A. G. Pedruzzi, do HEG e debatedora e, Dr. Benedito V. Oliveira, do HEG.

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Figura 97: Dr. Cassius Torres Pereira, da UFPR e um dos conferencistas.

Figura 100: Dr. Laurindo M. Sassi, conferencista e coordenador do projeto; Dra. Paola A. G. Pedruzzi; Dr. Cassius Torres Pereira e Dr. Benedito V. Oliveira.

Figura 98: Dr. Julio César Bisinelli, da PUC-PR e conferencista; Dra. Paola A. G. Pedruzzi e Dr. Cassius Torres Pereira.

Figura 99: Dr. Julio César Bisinelli, da PUC-PR; Dra. Paola A. G. Pedruzzi, do HEG; Dr. Cassius Torres Pereira, da UFPR e, Dr. Gyl H. A. Ramos, do HEG, da UFPR e conferencista.

[126] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 101: Lançamento da campanha de prevenção no Paraná. Dr. César Compagnoli, da UEPG; presidente da Comissão de Ética do CRO-PR; Dr. Ermensson Luiz Jorge, presidente do CRO-PR; Dra. Carmem Lúcia Arrata, tesoureira do CRO-PR; Dr. Laurindo Moacir Sassi, coordenador do projeto; Dr. Mario Pansini, presidente do Sindicato dos Odontólogos do Paraná; Dr. Osíris Pontoni Klamas, da ABO-PR; Dr. Christian Alcântara Mendez, representando o secretário de Saúde do Estado do Paraná.


Professores do congresso Dr. Gyl H. A. Ramos e Dr. Benedito V. Oliveira, do HEG; Dra. Ângela Fernandes, da UFPR; Dr. Luiz Paulo Kowalski, diretor do Departamento de Cabeça, Pescoço e Otorrinolaringologia, do Hospital A. C. Camargo-SP e professor da USP; Dr. Onivaldo Cervantes, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e professor do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, da Unifesp; Dra. Paola Andrea Galbiatti Pedruzzi, do HEG; Dr. Cássius Torres, da UFPR; Dr. Julio César Bisinelli, professor adjunto, da PUC-PR; Dr. Francisco Alérico, de Francisco Beltrão; Dr. César Compagnoli; Dra. Carmen Lúcia Arrata; Dr. Ermenson Luiz Jorge, presidente do CRO-PR; Dr. Osíris Pontoni Klamas, presidente da ABO-PR e, Dr. Laurindo Moacir Sassi, coordenador do projeto e chefe do Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, do HEG.

Figura 103: Execução do projeto de prevenção de câncer bucal, no município de São José dos Pinhais. Realização do HEG, da ABO-PR e da SMS de São José dos Pinhais. Na foto: Dr. Valerio Flores; Dr. Paulo; Dr. Sassi; Dra. Carmem Lucia Arrata; Dra. Claudia; Dr. Fábio e equipe de Odontologia da prefeitura de São José dos Pinhais.

Programa educacional Alô Doutor

Figura 102: Programa Alô Doutor, do HEG, abordando o tema prevenção de câncer bucal. Na foto, o apresentador, locutor e produtor do programa, Adriano Dias e o entrevistado, Dr. Laurindo Moacir Sassi. A cada semestre, durante uma semana, o programa abrange todo o Estado do Paraná, em 32 emissoras. O programa pode ser ouvido pelo site www.erastogaertner.com.br.

Figura 104: Dr. Sassi foi condecorado em São Francisco, na Califórnia, nos Estados Unidos, com o prêmio de melhor trabalho na área, em julho de 2008.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [127]


Trabalho de pesquisa premiado Centro de Diagnóstico de Lesões Bucais: Potencial Impacto na Epidemiologia do Câncer de Boca em Curitiba. Parte II 2004 Autores: S. MIYACHI; L. M. SASSI; et al4. O Centro de Diagnóstico de Lesões Bucais (CDLB) foi criado em conjunto com o Hospital Erasto Gaertner e a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, em março de 2000, devido ao grande número de lesões bucais não cancerizáveis encaminhadas para HEG, com objetivo de fazer uma triagem destas. A proposta foi realizar um treinamento a cada seis meses para todos os dentistas da rede pública de Curitiba sobre as lesões cancerizáveis de boca e seus possíveis fatores. Cinco dentistas receberam um treinamento intensivo por três meses no HEG sob orientação do Dr. Sassi. Os pacientes portadores de lesões bucais, atendidos nas Unidades de Saúde Odontológica da Rede Básica de Saúde de Curitiba, são encaminhados ao Centro de Especialidades do Rosário, onde funciona o CDLB. Neste local, são realizados de exames clínicos estomatológicos, biópsias para diagnóstico histológico e encaminhamento para centros especializados para conduta e tratamento das lesões ósseas, processos neoplásicos, lesões com potencial de malignização, entre outras que exigem uma estrutura e uma equipe de profissionais especializados como a do HEG. Realizou-se um estudo retrospectivo de levantamento de prontuários dos pacientes atendidos no CDLB (hoje denominado de Serviço de Estomatologia) no período de novembro de 2003 até setembro de 2004. O objetivo era verificar a caracterização e a prevalência das lesões bucais neste centro. Foram revisados 762 prontuários, dos quais 68% eram mulheres e 32% homens. Um total de 216 pacientes foram submetidos à biópsia e encaminhados para tratamento em centros especializados.

O presente trabalho quantifica e qualifica o atendimento do CDLB, salientando a importância do diagnóstico precoce de lesões bucais, principalmente aquelas com potencial de malignização e neoplasias em estados iniciais, oferecendo tratamento adequado e especializado para os pacientes da Rede Básica de Saúde de Curitiba. Com isso, diminui-se a ocorrência de tratamentos radicais que comprometem a qualidade de vida dos pacientes portadores de lesões bucais diagnosticadas já em estados avançados e triando e agilizando o atendimento dos pacientes portadores de lesões com necessidade de tratamento especializado. A Secretaria da Saúde de Curitiba, pelo Serviço de Estomatologia e o HEG em parceria vêm desempenhado um importante trabalho em prevenção de câncer bucal e os resultados comprovam isto. Temos a certeza que a prevenção, a orientação de manter uma vida saudável, e o hábito de olharmos para a nossa boca é o caminho para reduzir a incidência do câncer bucal e diminuir o tamanho das lesões que chegam até o serviço especializado como é o caso do HEG. O prêmio de melhor pesquisa apresentada pelo Dr. Laurindo Moacir Sassi, chefe do Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Erasto Gaertner durante o 7th International Conference on Head & Neck Cancer, ocorrido de 19 a 23/7/2008, em São Francisco, na Califórnia, nos Estados Unidos, vem coroar e estimular os demais profissionais da Secretaria de Saúde de Curitiba e do HEG a buscar novos desafios na área de prevenção do câncer bucal.

4 Et al.: Roberta Targa STRAMANDINOLI; Wellington M. ZAITER; Josnete Elias SANTOS; Cibele Pereira OLIVEIRA; Paola A. G. PEDRUZZI; Gyl H. A. RAMOS; Benedito V. OLIVEIRA e Lise M. Vilani SOUZA.

[128] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Moção Honrosa

Figura 105: Homenagem ao Dr. Sassi, na Assembleia Legislativa do Paraná. Na foto, recebendo do deputado estadual Reinhold Stephanes Junior (ao centro), a Moção Honrosa, ao lado do gerente de Relações Institucionais, do HEG, Mario Luiz Bosso, no dia 10/12/2008.

Figura 106: Prevenção do Câncer Bucal do Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, do HEG, com apoio do Serviço de Cirurgia Cabeça e Pescoço.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [129]



Prevenção 1985 2009 a 1988


21ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal Nosso projeto seguiu com o objetivo de prevenir o câncer bucal e difundir a ideia entre os profissionais de saúde. Utilizamo-nos dos meios que os municípios nos ofereciam para fazer o treinamento aos profissionais de saúde por meio da apresentação de palestras sobre a prevenção e o diagnóstico do câncer bucal. Todos os profissionais presentes eram convidados a colocar em prática o aprendizado junto à população, realizando exames preventivos. Eram dados esclarecimentos acerca de lesões cancerizáveis da boca e, realizados exames clínicos da cavidade bucal e coleta de dados pessoais dos indivíduos que se submetiam ao exame clínico, visando traçar o perfil das pessoas que participavam das campanhas. O objetivando era formar um banco de dados que pudesse servir como base para nos auxiliar em futuras ações de saúde. A cada ano temos conquistado novos parceiros. Desde 2008, o Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, presidido por Darci Piana, com o projeto Sesc Cidadão, e o projeto de Justiça no Bairro, coordenado pela desembargadora Joeci Machado Camargo, vêm dando um grande apoio.

Figura 107: Reunião do colegiado da Coremu, no Hospital Erasto Gaertner.

Figura 108: Praça Rui Barbosa, em Curitiba. Campanha de prevenção de câncer bucal, em 27/11/2009.

Locais de execução dos projetos • Quitandinha-PR, em 2/6/2009. • Agudos do Sul-PR, em 2/6/2009. • Bairro Portão, em Curitiba-PR, em 25/10/2009. • Praça Rui Barbosa, em Curitiba-PR, em 27/11/2009.

Coordenação de eventos científicos Reunião do colegiado da Coremu – programa de Residência Multiprofissional em Cancerologia, no Hospital Erasto Gaertner, coordenado pelo Dr. Sassi.

[132] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 109: Praça Rui Barbosa, em Curitiba. Equipe formada pelo Dr. José Luis Dissenha, do HEG; Dr. Sassi, do HEG; Dr. Fernando Zanferrari, do HEG; Dr. Gambus, da PUC-PR e estagiários, em 27/11/2009.


Participação em eventos científicos

Figura 110: 21º ano de campanha de prevenção, na Praça Rui Barbosa, em Curitiba-PR. Ambiente no qual a equipe do Dr. Sassi passa o dia todo realizando os exames clínicos e orientações aos pacientes. Utilizam-se pôsteres com fotografias de lesões de boca para auxiliar a compreensão dos pacientes. No interior da barraca havia dois boxes onde eram realizados os exames clínicos nos pacientes.

Figura 112: Registro da defesa de tese de doutorado do aluno Laurindo M. Sassi, em 19/6/2009. Na foto, professor Dr. Eder R. Biazolla, da Unesp; professor Dr. Abrão Rapoport, do Hospital Heliópolis-SP; professor Dr. Onivaldo Cervantes, orientador da Unifesp; professor Dr. Luiz Paulo Kowalsk, da USP e do Hospital A. C. Camargo e professor Dr. Marcio Abrahão, da Unifesp.

Figura 113: Foto da esquerda para a direita: Dr. Gyl Ramos; Dra. Denise Oliveira; nutricionista Anita Sassi; engenheiro José Alceu Sassi; Dra. Juliana Schussel; Dr. José Luis Dissenha; Dr. Laurindo Sassi; Dra. Maria Isabela Guebur; Dra. Roberta Stramandinoli-Zanicotti e Dra. Claudiane Minari.

Figura 111: Professor Gambus, da PUC-PR, examinando a paciente; professor Dissenha, do HEG e professor Fernando Zanferrari, do HEG, na Praça Rui Barbosa, em 27/11/2009. Figura 114: Defesa de tese de doutorado do Dr. Sassi, na Unifesp, em 19/6/2009.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [133]


Figura 115: Foto da equipe de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Unifesp, em visita aos pacientes do Hospital São Paulo – local onde que passei cinco anos de minha formação profissional.

[134] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Prevenção 2010 1985 a 1988


22ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal As buscas por lesões bucais são incansáveis e a nossa equipe está sempre pronta para o atendimento, contando com o valioso e imprescindível apoio da mídia na divulgação das campanhas. Inúmeros profissionais das universidades têm participado conosco, não tendo sido diferente nesta campanha, pois pudemos contar com o auxílio de professores como o Dr. Gambus, da PUC-PR e a professora Soraya Azambúja Berti Souza, chefe da disciplina de Estomatologia da PUC-PR e outros, com seus alunos. Além desses, pudemos contar com o apoio do professor Monir Tacla, coordenador da Odontologia de PUC-PR e alunos da UFPR, Universidade Tuiuti e Universidade Positivo. Campanha realizada pelo HEG e SMS de Curitiba.

Veículo de Comunicação • Tribuna dos Minérios, de Rio Branco do Sul. Publicação em 18/10/10.

Participação em eventos científicos • IV Congresso Sul Brasileiro de Câncer Bucal e IV Jornada de Cirurgia Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, promovidos pelo HEG, nos dias 14 e 15/4/2010, no Salão de Atos, do Parque Barigui, em Curitiba-PR.

Local de execução dos projetos • Ilha Superagui, em Guaraqueçaba-PR, em 19 e 20/2/2010. • Piên-PR, em 11 e 24/2/2010. • Tijucas do Sul-PR, em 31/3/2010. • Colombo-PR, em 8/5/2010. • São João do Triunfo-PR, em 2/6/2010. • Porto Amazonas-PR, em 8/6/2010. • Sesc Portão, em Curitiba-PR, em 4/6/2010. • Barracão-PR, em 19/6/2010. • Doutor Ulysses-PR, em 30/8/2010. • Palmas-PR, em 11/9/2010. • Antônio Olinto-PR, em 16/9/2010. • Sarandi-PR, em 9/10/2010. • Cerro Azul-PR, em 21/10/2010. • Goioerê-PR, em 23/10/2010. • São José dos Pinhais-PR, em 17/11/2010. • Irati-PR, em 27/11/2010. • Paranaguá-PR, em 4/12/2010. • Rua da Cidadania, do Bairro Pinherinho, em Curitiba-PR, em 11 e 12/12/2010. • Praça Osório, em Curitiba-PR, em 26/11/2010.

[136] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 116: O Dr. Sassi; a gerente de Ação Social do Sesc PR, Elisângela Domingues; a ex-funcionária do Sesc Paranaguá, Patricia Stunitz; a funcionária do Tribunal de Justiça do Paraná, Jiovana Bruning e a voluntária Katia Bruning.


Figura 117: Foto da saída do Porto de Paranaguá-PR, com destino à Ilha de Superagui, em Guaraqueçaba-PR. Porto de Paranaguá, local de embarque para pequenas embarcações.

Figura 119: Já dentro de uma pequena embarcação com destino à Ilha de Superagui, em Guaraqueçaba-PR. Dr. Sassi com o colete salva-vidas, ao lado do Dr. Vinicius Pretti, Oncologista do HEG, responsável pela prevenção de câncer de pele, mama e ginecológico. Dr. Sassi trabalhou na prevenção de câncer bucal, o restante da equipe era formado por profissionais do Tribunal de Justiça do Paraná e colaboradores do Sesc PR, que ajudaram na organização do trabalho.

Figura 118: Entrando no barco em Paranaguá-PR, em dia chuvoso com mar agitado. Viajamos cerca de quatro horas, inclusive em mar aberto, o que gerou certa insegurança.

Figura 120: Foto da desembargadora Dra. Joeci Machado Camargo, autora do projeto Justiça no Bairro e a gerente do Sesc PR, Elisangela Rodrigues (também advogada), coordenando o trabalho de organização para a execução do projeto.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [137]


Figura 121: Foto mostrando um grande navio à espera do descarregamento no Porto de Paranaguá.

Figura 122: Ilha de Superagui começando a se tornar visível. Havia nuvens carregadas para chuva, o tornou a viagem desconfortável na pequena embarcação.

Figura 123: O capitão da embarcação já havia diminuido a velocidade para começar a atracar na ilha, e já se podiam observar as casas dos pescadores em um local que parecia ter parado no tempo.

[138] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 124: Já em terra firme. Momento de solidariedade para carregar toda a mudança. Neste local não havia carro de transporte e sim, cinco charretes.

Figura 125: Moradores da ilha a espera pelo atendimento de saúde e confecção de documentos. O Sesc PR já havia montado as suas tendas para auxiliar no atendimento à população.

Figura 126: Dr. Sassi indo ao local de atendimento. Não havia calçadas mas sim, algumas trilhas de areias.


Figura 127: Local de confecção de documentos para os ilhéus.

Figura 130: Foto do Dr. Vinicius no momento do embarque da ilha para o continente, onde permaneceram dois dias. Dr. Sassi e Dr. Vinicius Pretti deixaram ilha em uma pequena lancha da Polícia Marinha. Esta parecia ser mais segura que a embarcação que os levou à ilha.

Figura 128: Foto do Dr. Sassi. Primeiro momento em uma trilha de cimento devido ao brejo existente. Local de atendimento que continha apenas duas divisórias para separar os consultórios que se encontravam em precárias condições.

Figura 131: Foto no momento de embarque do Dr. Sassi em direção ao continente.

Figura 129: Dr. Sassi ao lado dos pacientes para o registro fotográfico. Disseram: “O doutor é um homem simples” – alegrando o doutor.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [139]


Capacitação para os profissionais de Saúde de Piên-PR

Figura 132: Conferência para capacitação dos profissionais de Saúde de Piên-PR, na Câmara dos Vereadores, nos dias 11 e 24/2/2010 – Projeto de prevenção de câncer bucal, do HEG e do OdontoSesc.

Tijucas do Sul

Figura 134: Foto da equipe de profissionais da Saúde na capacitação dos profissionais de Saúde de Tijucas do Sul-PR, em 2010. Presença do prefeito.

Figura 135: Campanha de prevenção realizada em Doutor Ulysses, município mais pobre do Estado. Figura 133: Pacientes na espera por atendimento.

[140] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Figura 136: Jornal dos Minérios, de Rio Branco do Sul, relatando o trabalho de prevenção de câncer bucal no município de Doutor Ulysses-PR, em 30/8/2010. Publicação em 18/10/2010.

Figura 138: Dr. Sassi ministrando aula, em Antônio Olinto-PR, em 16/9/2010.

Figura 139: Dr. Thiago Serafim Cesa (R3 do HEG) e o Dr. Sassi realizando exames clínicos nos pacientes do município de Antônio Olinto-PR.

Figura 137: Profissionais do Exército e do Sesc PR, ao lado do Dr. Sassi, em Palmas, no Sudoeste do Paraná, em 11/9/2010. Projeto de prevenção de câncer bucal do HEG, do projeto Justiça no Bairro e do Sesc PR.

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Figura 140: Dr. Sassi e equipe do Sesc PR, em Sarandi-PR.

Figura 141: Projeto de prevenção de câncer bucal do HEG, do projeto Justiça no Bairro e do Sesc PR, no município de Irati-PR, em 27/11/2010.

[142] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 142: Capacitação dos profissionais de Saúde de Irati, em 27/11/2010.

Figura 143: Município de Irati-PR, em 27/11/2010. Projeto de prevenção de câncer bucal. Na foto Dr. Sassi e colaboradores do Sesc mostram material didático.


Diretrizes que regem o Congresso Sul-Brasileiro

Figura 144: Dr. Sassi e do Dr. Dissenha concluindo a montagem da barraca e prontos para iniciar o trabalho de prevenção de câncer bucal na Praça Osório, em Curitiba, em 26/11/2010.

A Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial possui o ISSN – 18080383 e publica os anais do IV Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal e IV Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, sendo esta uma publicação eletrônica. Durante o IV Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal e IV Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial foi definida a cidade de Porto Alegre-RS, como sede do V Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal, e terá como presidente o Dr. Nilton T. Herter e, como secretária, a Dra. Liliane Yurgel. Curitiba, 11/5/2010. Dra. Liliane Janete Grando, da UFSC. Dra. Liliane Yurgel, da PUC-RS. Dr. Laurindo Moacir Sassi, do HEG e presidente do evento. Dr. Nilton T. Herter, do Hospital Santa Rita-RS.

Figura 145: Foto com a equipe do Sesc PR, ao lado do Dr. Sassi, em Paranaguá.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [143]


IV Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal e a IV Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial O IV Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal e a IV Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial que ocorrerá nos dias 22 e 23/4/2010 é uma realização do Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, do HEG que comemora vinte e dois anos consecutivos de projetos de ação de prevenção de câncer bucal. É com imensa satisfação que, na qualidade de presidente deste congresso e jornada, posso anunciar que faremos parte de um grande acontecimento organizado pelo HEG; programa Cárie Zero, da SMS de Curitiba e apoio do Ministério da Saúde, através do INCA; CRO-PR, ABO-PR e faculdades de Odontologia (UFPR, PUC-PR, Universidade Tuiuti e Universidade Positivo). A programação do evento foi selecionada com rigor. Contaremos com palestrantes de destaque nacional, capacitados técnica e cientificamente, que apresentarão temas de grande relevância sobre o Câncer Bucal, em especial, sobre a prevenção, diagnóstico precoce, tratamentos e na área de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. Congressistas, vocês participarão de uma programação composta por conferências, mesas-redondas e trabalhos científicos. Certamente não poderia deixar de comentar sobre a nossa capital – Curitiba –, uma linda cidade, que tem muito a oferecer aos nossos visitantes, com seu povo acolhedor, bons restaurantes, belos parques, shoppings centers, facilidade de locomoção aos pontos mais longínquos da cidade, um maravilhoso passeio pitoresco pela Serra do Mar, feito de trem, visitando cidades históricas do litoral paranaense. Congressistas, sejam bem-vindos, pois quero recebê-los com o maior carinho possível e desejar a todos um excelente congresso. Curitiba, 10/5/2010. Dr. Laurindo Moacir Sassi Presidente do congresso e da jornada

[144] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Abertura O IV Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal e a IV Jornada de Cirurgia Traumatologia Buco-Maxilo-Facial promovidos pelo HEG e seus apoiadores divulgarão através da programação deste evento os benefícios das ações que impulsionam o campo da prevenção e a diminuição dos casos de diagnóstico tardio do câncer bucal. Ao longo de mais de duas décadass, pela experiência do Paraná, podemos enfatizar que este trabalho contínuo tem colhido frutos por meio da promoção de cura, tratamentos de baixo custo e melhor prognóstico. Na área acadêmica, oportunidades de aprimorar, reciclar e capacitar profissionais para posturas mais críticas, quanto aos exames das lesões bucais. A disseminação das ações estão ocorrendo por meio de parcerias vindas do governo federal, secretarias municipais e estaduais e hospitais de referência para o tratamento do câncer. Neste ano de 2010, o Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo Facial, com o apoio do Serviço de Cabeça e Pescoço do Hospital Erasto Gaertner, Secretaria de Estado da Saúde e do município, completou 22 anos de trabalho no projeto de prevenção de câncer bucal, com campanhas em Curitiba, Região Metropolitana e interior do Estado. A criação do Centro de Diagnóstico de Lesões Bucais foi possível graças a uma importante parceria de dez anos entre o HEG e a SMS, cujos resultados motivaram a criação de outros centros de diagnósticos, com dados registrados e normatizados, os quais geraram trabalhos científicos, sendo um deles no ano de 2008, contemplado com uma premiação internacional. O Registro Hospitalar de Câncer do HEG coleta, sistematicamente, há 19 anos, dados dos tumores encaminhados para tratamento. Os tumores de cabeça e pescoço admitidos na década de 1980 apresentaram redução no tamanho das lesões quando comparados aos da década de 1990. A divulgação de dados mais recente, através do Relatório de casos 2005 a 2008, mostrou a confirmação da diminuição do número de casos com estadiamento clínico T3 eT4. Positivamente, a afirmação é a de que está sendo tratado um número maior de lesões iniciais, com estadiamentos T1 e T2. Em 2010, o HEG alcançou mais um dos seus objetivos na área acadêmica ao conquistar junto ao MEC três bolsas de


estudos oferecidas para a residência em Cirurgia de Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, que entendemos como mais uma das ações para a disseminação da prevenção e do diagnóstico precoce. Senhores congressistas, em nome da comissão organizadora, salientamos que elaboramos uma rica programação em conteúdo. Teremos a presença de preletores pioneiros, idealistas e de grande capacitação na área. Haverá neste evento muita integração e não faltarão oportunidades para a ampliação do conhecimento, do despertar de talentos, criatividade, novos intercâmbios e, em especial, para a reflexão, pois desejamos que o entusiasmo e a união vividos neste evento nos levem à multiplicação de ações, visto que os avanços neste campo sempre dependerão de muito trabalho. Assim, é com esta convicção que declaro abertos os trabalhos deste congresso e desta jornada. Obrigado a todos. Curitiba, 22/4/2010. Dr. Laurindo Moacir Sassi Presidente do congresso e da jornada

Figura 146: Foto do Auditório Salão Atos – IV Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal e a IV Jornada de Cirurgia Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, em 14 e 15/4/2010, no Salão Atos Parque Barigui, em Curitiba-PR. Espaço com mais de 500 congressistas, nos obrigou a acrescentar fileiras de cadeiras. Presença do Dr. Gyl Ramos, do HEG; Dr. Josimário Silva, da UFPE; Dr. Eder Biazolla, da Unesp; Dr. José Luiz Dissenha, do HEG; Dr. Antônio Adilson Soares de Lima, da UFPR; Dra. Paula Trevilatto, da PUC-PR e da Dra. Maria Helena Tommasi, da UFPR, entre outros.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [145]



Prevenção 1985 2011 a 1988


23ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal Durante o ano de 2011 conseguimos manter um número bastante elevado de projetos e execução na área de prevenção de câncer bucal no Estado do Paraná. Com o apoio do Sesc PR e do projeto Justiça no Bairro, chegamos a municípios longínquos com maior frequência. No entanto, permaneceu alto o número de lesões bucais encontradas e encaminhadas para o serviço especializado, tal qual o HEG. Neste mesmo ano, tivemos o lançamento do livro do Dr. Laurindo Sassi, intitulado “Manual Prático para Desenvolvimento de Projetos de Pesquisa e Teses” e que tem como objetivo ensinar aos acadêmicos e alunos da pós-graduação como realizar projetos de desenvolvimento de pesquisas e, tudo isso, para a formação de novos profissionais. Durante a campanha de prevenção de câncer bucal, na Praça Rui Barbosa, em Curitiba, contamos com a colaboração dos professores Dr. Gambus, da PUC-PR e da professora chefe da Estomatologia da PUC-PR, professora Soraya Azambúja Berti Souza, acompanhados de seus alunos. Sempre fomos apoiados pelo professor Monir Tacla, coordenador da Odontologia de PUC-PR e das universidades Positivo, Tuiuti e UFPR. Em outros eventos também tivemos a presença do Dr. Franscisco C. T. da Costa e Silva, que assumiu como diretor da Divisão de Saúde e Ação Social do Sesc PR, em 2010 e, do Dr. Acir Dirschnabel, que assumiu, em fevereiro de 2011, a coordenação do projeto OdontoSesc, substituindo a Dra. Renata.

Locais de execução dos projetos • São Mateus do Sul-PR, em 15/2/2011. • Roncador-PR, em 22/2/2011. • Pinhais-PR, em 19/3/2011. • Guarapuava-PR, em 2 e 3/4/2011. • Pontal do Paraná-PR, em 28/4/2011. • Campo Mourão-PR, em 30/4/2011. • Ubiratã-PR, em 3/5/2011.

[148] Dr. Laurindo Moacir Sassi

• Francisco Beltrão-PR, em 7/5/2011. • Foz do Iguaçu-PR, de 17 a 19/6/2011. • Cândido de Abreu-PR, em 28/6/2011. • Terminal do Carmo, no Bairro Boqueirão, em Curitiba-PR, nos dias 2 e 3/7/2011. • Campina da Lagoa-PR, em 5/7/2011. • Adrianópolis-PR, em 30/7/2011. • Cidade Industrial de Curitiba, em Curitiba-PR, em 6 e 7/8/2011. • Jaguariaíva-PR, em 20/8/2011. • Prudentópolis-PR, em 23/8/2011. • Araruna-PR, em 30/8/2011. • Paranavaí-PR, em 21 e 22/10/2011. • Peabiru-PR, em 3/11/2011. • Guaramiranga-PR, em 8/11/2011. • Colombo-PR, em 19/11/2011. • Almirante Tamandaré -PR, em 18 e 19/11/2011. • Arapoti-PR, em 19/11/2011. • Barracão-PR, em 19/11/2011. • Praça Rui Barbosa, em Curitiba-PR, em 25/11/2011.

Participação em eventos científicos • Formatura da primeira turma da residência de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do HEG. • Primeira turma de formandos da Coremu, do HEG. • Apresentação do trabalho: Reconstrução de mandíbula com retalho microvascularizado de fíbula, no 4th World Congress of the International Academy of Oral Oncology – IAOO, realizado na Grécia, de 15 a 18/5/2013. • Lançamento do Livro Manual Prático para Desenvolvimento de Projetos de Pesquisa e Teses, dos autores Dr. Laurindo Moacir Sassi e Dr. Onivaldo Cervantes, em 11/5/2011.

Veículos de comunicação • Jornal Folha de São Paulo, domingo, em 16/10/2011.


Primeiro grupo de formandos da residência multiprofissional

A prevenção do câncer, no Paraná

Caros formandos e familiares A Coremu do HEG sente-se honrada em poder entregar mais uma turma de profissionais para cumprir as exigências do mercado e, com a certeza de tê-los preparado com o maior nível educacional possível, ou seja, ter cumprido com nosso papel de educador. Caros formandos, encontraram as respostas para as suas perguntas durante a estada no HEG? Se não as encontraram, acredito que procuraram as respostas em fontes erradas ou seja, não era esta a residência que almejavam. Falo isto, a partir do momento em que se tem uma pergunta, tem-se um objetivo. Faz-se um projeto e espera-se encontrar uma resposta. Isso é o que diz a metodologia da pesquisa. Tenho a certeza de que a resposta foi encontrada, se um bom projeto de pesquisa foi executado de acordo com a metodologia proposta, se fizeram um bom projeto e, já sabiam a fonte a ser pesquisada, se encaminharam para a resposta que buscavam. Parabéns pela sábia busca da resposta de suas dúvidas ou perguntas. Por isso, procuraram o HEG.

Figura 147: No município de Roncador, em 22/2/2011, com a participação dos residentes Leonardo e Thiago, e dos cirurgiões-dentistas do Sesc PR, Dr. Acir e Dr. Sassi.

Curitiba, fevereiro de 2012. Dr Laurindo Moacir Sassi Coordenador da Coremu, do HEG

Figura 148: Em Pinhais-PR, em 19/3/2011, os residentes Regiane e Cleverson; Dra. Lucia Ávila, Dr. Sassi e profissionais da SMS de Pinhais.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [149]


Figura 151: Em Ubiratan-PR, em 3/5/2011. Dr. Acir, do Sesc e o Dr. Dissenha, do HEG, fantasiado de Sescília – mascote do projeto OdontoSesc. Figura 149: Equipe que trabalhou em Guarapuava-PR, no projeto de prevenção do câncer bucal, nos dias 2 e 3/4/2011.

Figura 152: Em Ubiratan-PR, em 3/5/2011. O residente Cleverson fantasiado de Sescília – mascote do projeto OdontoSesc, ao lado do Dr. Dissenha, do HEG. Figura 150: No município de Campo Mourão, em 30/4/2011, os residentes Regiane e Cleverson, com Dr. Sassi, acadêmicos e colaboradores do Sesc PR.

[150] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Figura 155: Na cidade de Cândido de Abreu, em 28/6/2011. Figura 153: Em Francisco Beltrão-PR, em 7/5/2011. Dr. Sassi; diretor presidente de um canal de televisão local, Dr. Francisco Alerico; o residente Cleverson e o gerente executivo do Sesc Pato Branco, Neri Schneider.

Figura 156: Em Cândido de Abreu, em 28/6/2011, os pacientes foram orientados em uma palestra sobre a prevenção do câncer bucal, na tenda do Sesc PR.

Figura 154: Município de Cândido de Abreu, em 28/6/2011.

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Figura 157: Interior da carreta do OdontoSesc, equipada com cinco cadeiras odontológicas. Registro fotográfico no município de Cândido de Abreu-PR.

Figura 159: Município de Adrianópolis-PR, em 30/7/2011. A nossa querida Cassiane da Silva Barbioti, funcionária do HEG e voluntária no projeto em sua cidade. Posteriormente a esta campanha sofreu um acidente fatal trânsito. A ela, a nossa homenagem. Na foto, Cassiane da Silva Barbioti, a residente Regiane Bixofis; a desembargadora Joeci Machado Camargo e Dr. Laurindo Moacir Sassi, coordenador do projeto.

Figura 158: No Bairro Boqueirão, em Curitiba-PR, em 2 e 3/7/2011. Dr. Sassi; Dra. Iolanda, ao lado dos residentes Leonardo e Thiago.

Figura 160: Em Adrianópolis-PR, em 30/7/2011, a residente Regiane e o supervisor Dr. Sassi, realizando exame clínico em um consultório improvisado com biombo e cadeira comum.

[152] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Figura 161: Projeto Justiça no Bairro, realizado na Cidade Industrial de Curitiba, em 6 e 7/8/2011. Dr. Laurindo Moacir Sassi, chefe do Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do HEG e coordenador do projeto de prevenção de câncer bucal; Dr. Sérgio Hatschbach, chefe do Serviço de Mama e Ginecológico do HEG e estagiárias.

Figura 163: No município de Prudentópolis-PR, em 23/8/2011, o trabalho de prevenção e diagnóstico de câncer bucal sendo realizado pela equipe do HEG. Na foto, o residente Leonardo, sob a orientação do Dr. José Luís Dissenha, realizando atendimento dentro da carreta do OdontoSesc, equipada com cinco cadeiras odontológicas.

Figura 162: Em Prudentópolis-PR, em 23/8/2011, os pacientes preencheram fichas para serem examinados na campanha. Figura 164: Em Paranavaí, nos dias 21 e 22/10/2011. O residente Leonardo realizando exame clínico da boca, com a supervisão do Dr. Sassi.

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Reconstrução de mandíbula com retalho microvascularizado de fíbula O Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial em parceria com os Serviços de Cirurgia Cabeça e Pescoço e de Cirurgia Plástica do HEG, desde 1995, tem se preocupado, desde 1995, com a remoção do tumor, mas também com a qualidade de vida do paciente. Diante disso, iniciaram-se as reconstruções dos ossos da face com retalhos microvascularizados. O trabalho de reconstrução de mandíbula com fíbula foi apresentado em maio de 2013, no 4º Congresso Mundial de Câncer Bucal em Rhodes, na Grécia (4th World Congress of the International Academy of Oral Oncology – IAOO). O trabalho foi publicado em edição especial do periódico Oral Oncology. O caso clínico teve uma grande repercussão na mídia nacional pois, até então, um paciente que teve a sua fíbula removida nunca havia retornado ao atletismo e a dúvida foi até onde poderia resistir sem a fíbula. O Jornal Folha de São Paulo fez uma reportagem, conforme Figura 165.

Maratonista volta às pistas após reconstrução de mandíbula com retalho microvascularizado de fíbula Introdução: As ressecções de tumores de face envolvendo maxila e mandíbula têm deixado grandes sequelas e a possibilidade do uso de retalhos microvascularizados para reconstrução melhorou a qualidade de vida do paciente oncológico, devolveu função mastigatória, fonação e estética e, vêm possibilitando o retorno de alguns pacientes as suas atividades normais, tal qual, a prática do atletismo.

[154] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Objetivo: Mostrar o caso de um paciente após a reconstrução da mandíbula com retalho microvascularizado de fíbula, o qual conseguiu correr uma maratona de 42,195km. Método: O uso do retalho microvascularizado de fíbula para reconstrução de mandíbula é uma rotina no HEG. O paciente foi submetido à ressecção de corpo e ramo ascendente de mandíbula devido a uma lesão óssea diagnosticada como ameloblastoma. Foi reconstruído com retalho microvascularizado de fíbula. Na região anterior foi construído um nicho no remanescente da mandíbula onde foi introduzida a extremidade da fíbula. Esta foi fixada por miniplacas de titânio. No pós-cirúrgico, o paciente foi liberado para realizar fisioterapia. Entretanto, como atleta, não se acomodou com os resultados da fisioterapia e fez caminhadas e pequenas corridas com ampliação das mesmas, chegando a participar de maratona de 42 km após 19 meses da cirurgia. Resultado: Paciente NMM, sexo feminino, 39 anos de idade apresentou ameloblastoma em corpo e ramo ascendente esquerdo de mandíbula, o qual foi ressecado. Após ressecção do tumor, a reconstrução foi realizada com retalho microvascularizado de fíbula. Conclusão: Paciente mostrou recuperação total da função da perna após a doação de retalho microvascularizado de fíbula. Há necessidade de estimular os pacientes a levar sua vida normal.


Lançamento do livro: Manual Prático para Desenvolvimento de Projetos de Pesquisa e Teses Introdução Durante a pós-graduação, na Universidade Federal de São Paulo, encontrei dificuldades para a elaboração dos projetos e para pesquisa de literatura, mas estas foram superadas. A partir consolidei a ideia de escrever um livro sobre o assunto.

Figura 165: Recorte do Jornal Folha de São Paulo, de 16/10/2011. Relato de paciente pós cirurgia de tumor de mandíbula e reconstruído com retalho microvascularizado de fíbula que manteve as suas atividades de maratonista.

Objetivo Auxiliar acadêmicos, residentes, especializandos, mestrandos, doutorandos e professores no desenvolvimento de seus projetos de pesquisa. Este manual apresenta caminhos para fazer as diversas buscas e visa conduzir os novos pesquisadores por atalhos que agem como um fator positivo de aprendizado, pelos quais possam encontrar facilidade para alcançar seus objetivos. O conhecimento das ferramentas apontadas leva o leitor ao desenvolvimento do projeto de forma prática e o ajuda a obter as respostas para suas perguntas, independentemente de áreas, disciplinas e ou curso pesquisado. A minha experiência do dia a dia me levou a crer na existência de um eixo de ligação entre sucesso, educação e conhecimento. Para trilhar este eixo há uma formula ou seja, este manual.

Sucesso

Educação

Conhecimento

Figura 166: O autor defente a ideia da relação entre sucesso, educação e conhecimento.

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Figura 169: As palavras do autor, Dr. Laurindo Moacir Sassi, durante lançamento do livro. Presença de várias autoridades, incluindo o superintendente da Liga Paranaense de Combate ao Câncer, Dr. José Clemente Linhares; do professor Dr. Flavio Tomasich; o Dr. Francisco Costa e Silva, do Sesc PR, entre outros convidados.

Figura 167: O Manual Prático para Desenvolvimento de Projetos de Pesquisa e Teses, de autoria de Laurindo M. Sassi e Onivaldo Cervantes, publicado pela Santos Editora.

Figura 170: Livro sendo autografado pelo autor, Dr. Laurindo Moacir Sassi.

Figura 168: O autor do livro, Dr. Sassi, foi apresentado pelo professor Dr. Flávio Tomasich, ex-superintendente da Liga Paranaense de Combate ao Câncer e atual diretor do Hospital das Clínicas da UFPR, no auditório Sadi Pizzatto, do HEG.

[156] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Figura 171: Durante o lançamento do livro, Dr. Sassi acompanhado da esposa, a Dra. Claudia e do filho, Fernando.

Figura 173: Foto com colegas que prestigiaram o lançamento do livro. Dr. Acir José Dirschnabel, da coordenação do OdontoSesc; Dr. Laurindo Moacir Sassi, autor do livro; Dra. Priscila Souza, gerente da Odontologia do Sesc PR e o Dr. Francisco C. T. da Costa e Silva, diretor da Divisão de Saúde e Ação Social do Sesc PR.

Figura 172: Dr. Sassi autografando sob o olhar atento do filho.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [157]


Saúde bucal Orientação sobre câncer de boca hoje, no Centro A Secretaria Municipal da Saúde participará, nesta sexta-feira (25), na Praça Rui Barbosa, do evento promovido pelo HEG para chamar a atenção do público sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer bucal – o 11º tipo de neoplasia mais incidente na população de Curitiba entre 1998 e 2005. Haverá oferta de exames e prestação de informações durante a atividade, das 9h às 17h. A meta é estimular as pessoas a fazerem o autoexame da boca e ir às unidades de saúde para que um dentista faça a avaliação. O alerta se justifica porque, segundo estimativas do INCA para o ano passado, seriam diagnosticados no país cerca de 14 mil novos casos de neoplasias malignas de assoalho de boca, gengiva, lábio, palato e língua, com 10,3 mil casos entre homens e 3,8 mil em mulheres. O Paraná contribuiria com cerca de mil casos e Curitiba com duzentos. Em Curitiba, foram diagnosticados 641 casos entre 1998 e 2005. Isso representou 2% das notificações relacionadas a neoplasias. De 1996 a 2009, o número de óbitos decorrentes de câncer bucal chegou a 608. No período, 31,4 mil pessoas morreram por algum tipo de câncer. O assunto é tão importante que Programa de Prevenção e Detecção do Câncer Bucal, lançado em outubro de 2009, faz parte das metas do contrato de gestão firmado entre o setor saúde e a administração municipal e da programação anual da SMS. O programa integra as equipes de saúde bucal das 109 unidades municipais de saúde em ações para sensibilizar a população sobre a doença e a ne-

[158] Dr. Laurindo Moacir Sassi

cessidade do diagnóstico precoce. Desde julho, os 565 dentistas, 223 técnicos e 572 auxiliares de saúde bucal passam por um processo de capacitação coordenado pela secretaria prevendo a abordagem da população. A meta é chamar a atenção principalmente dos homens - alvos mais frequentes da doença por causa de hábitos como fumo e bebida e de serem bem menos assíduos que as mulheres nos serviços de saúde. “A ideia é orientar as pessoas sobre como evitar o câncer bucal e, quando isso não for possível, fazer o diagnóstico precoce e controlar a doença”, resume a secretária municipal da Saúde, Eliane Chomatas. A doença - O câncer bucal pode se desenvolver no lábio, nas estruturas da boca ou em parte da garganta. Pode se apresentar por meio de feridas que não cicatrizam, inchaço, caroços, dormência, sangramento sem causa determinada ou dor contínua na garganta. Uso de cigarro e álcool, má higiene e de próteses inadequadas estão entre os fatores de risco para desenvolver a doença. Esses sintomas aparecem principalmente entre homens a partir dos 40 anos. A língua é a região mais afetada nos dois sexos, com 59% dos diagnósticos de câncer bucal em 2009. O número de óbitos também é maior entre os homens, chegando a 84%. Secretaria Municipal de Saúde, em 25/11/2011.


1985 a 1988 Prevenção 2012


24ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal Em nosso vigésimo quarto ano de prevenção de câncer bucal, observamos um número crescente de campanhas no interior do Estado do Paraná. Foram realizados 20 projetos com o apoio do Sesc PR. Nosso programa de treinamento dos profissionais da área de saúde tem se mostrado atraente, haja visto o número crescente de participantes. Nossa proposta foi a de ministrar uma palestra para os profissionais de saúde dos municípios que visitamos, assim disseminando a ideia de prevenção de câncer bucal. Contamos com o apoio do professor Monir Tacla, coordenador da Odontologia de PUC-PR e de outros professores da UFPR e das Universidades Tuiuti do Paraná e Positivo, além do CRO-PR e da ABO-PR.

Locais de execução dos projetos • Paranaguá-PR, em 18/8/2012. • Ponta Grossa-PR, em 25 e 26/2/2012. • Cornélio Procópio-PR, em 5/5/2012. • Umuarama-PR, em 23/6/2012. • Jaraguariaíva-PR, em 20/7/2012. • Toledo-PR, em 29/4/2012. • Tibagi-PR, em 15/5/2012. • Piraí do Sul-PR, em 23/10/2012. • Matinhos-PR, em 17/7/2012. • Cianorte-PR, em 16/10/2012. • Imbituva-PR, em 28/2/2012. • Pinhais-PR, em 10/3/2012. • Bandeirantes-PR, em 24/7/2012. • Barbosa Ferraz-PR, em 16/2/2012. • Goioerê-PR, em 9/5/2012. • Curitiba-PR, em 10/11/2012. • Praça Rui Barbosa, em Curitiba-PR, em 27/11/2012. • Bairro Boqueirão, em Curitiba-PR, em 16/6/2012. • Casa de Recuperação Nova Vida, em Curitiba-PR, em 21/9, 26/10 e 23/11/2012.

[160] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Coordenação de eventos científicos • V Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, pelo Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do HEG, do projeto Justiça no Bairro e Sesc Cidadão, em Curitiba, nos dias 8 e 9/11/2012.

Veículos de Comunicação • RPC TV.

Participação em eventos científicos • Reunião executiva do Congresso Sul Brasileiro de Câncer Bucal. • Aula multiprofissional no HEG, com residentes e professores. • Formatura dos residentes do programa de Residência Multiprofissional em Cancerologia, na área Profissional da Saúde - Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial.


Reunião executiva do Congresso Sul Brasileiro de Câncer Bucal Em decisão da Comissão Executiva do V Congresso Sul Brasileiro de Câncer Bucal em Porto Alegre - RS, foi definido que a sexta edição do congresso será realizada em Florianópolis-SC, tendo como presidente a Dra. Liliane Janete Grando. Curitiba, 19/5/2012. Dra Liliane Janete Grando, da UFSC. Dr. Nilton T. Herter, do Hospital Santa Rita-RS. Dr. Laurindo Moacir Sassi, do HEG.

Figura 174: Aula multiprofissional no Hospital Erasto Gaertner, com a presença de residentes e professores. “Estamos em uma mesa redonda”.

Programas de Residência Multiprofissional em Cancerologia e Área Profissional da Saúde – Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial Boa noite a todos. Na qualidade de coordenador da Coremu – residência multiprofissional de saúde e coordenador da residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, presenciei a interação das especialidades, cada uma dando sua preciosa contribuição e todos tiveram a oportunidade de observar, saber e aprender o que o colega pode fazer em sua área de atuação. Isto enriquece muito a residência multiprofissional e, tenho a certeza que estamos entregando ao mercado de trabalho profissionais do mais alto nível técnico e científico, pois o HEG tem tradição em qualidade de formação. Nossa residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial foi a primeira do Brasil a ser reconhecida e a receber bolsa auxílio do MEC/MS. O trabalho iniciado em 1989, rende frutos. Temos aqui profissionais diferenciados, preparados para aplicar na comunidade toda a sua técnica e seu conhecimento científico. Assim, continuaremos pensando sempre em formar novos profissionais. Agradeço a minha equipe que se esmerou em dividir seu conhecimento, ao Cepep pelo suporte operacional e dedicação e à instituição HEG, sempre aberta ao ensino e à pesquisa. Parabéns aos formandos! Curitiba, 1/2/2012. Dr. Laurindo Moacir Sassi Coordenador da Coremu, do HEG

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Representante do Conselho Regional de Odontologia de Paraná Prezado formandos! É com muita alegria e satisfação que o Conselho Regional de Odontologia do Paraná se faz presente nesta noite para prestigiar e parabenizar os formandos da 1ª turma do programa de residência multiprofissional em cancerologia e do programa de residência em Área Profissional de Saúde – Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Erasto Gaertner, da Liga Paranaense de Combate ao Câncer. A história do HEG e a sua luta para dignificar o tratamento do câncer ao longo desses 40 anos são louváveis e merecem todo o nosso respeito, carinho e admiração. O Conselho Regional de Odontologia do Paraná reconhece o empenho e a dedicação do cirurgião-dentista e professor, Dr. Laurindo Moacir Sassi e toda a sua equipe, coordenador do programa em Odontologia - Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do HEG, que com o programa de prevenção do câncer bucal já atenderam mais de 15.000 pacientes em mais de 20 anos de trabalho e dizer-lhe que o CRO-PR estará sempre presente nas causas em prol da odontologia e do bem comum da nossa sociedade. Parabéns ao Dr. Laurindo Sassi! Parabéns aos cirurgiões-dentistas formandos. Parabéns ao demais formandos! Parabéns ao Hospital Erasto Gaertner! Muito obrigado! Dr. Carlos Moraes Representante do CRO-PR

[162] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 175: Primeira turma de formandos da residência pelo MEC/ MS de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do HEG: Caroline B. Ramos; Thiago S. Cesa; Jean Carlos Della Giustina e o coordenador da residência, Dr. Laurindo Moacir Sassi, no auditório da Universidade Positivo.

Figura 176: Formatura da primeira turma de residentes de CTBMF do HEG. Dra. Claudiane L. Minari, superintendente da LPCC; Dra. Nereida Dias, representando o presidente da ABO-PR, Dr. Celso Minervino Russo; Dr. Carlos Moraes, representando o presidente do CRO-PR; Dr. Roberto Cavalli; Dr. José Luís Dissenha, preceptor da residência; a formanda Caroline B. Ramos; Dr. Laurindo M. Sassi, coordenador da residência e da Coremu; o formando Thiago S. Cesa; Dra. Maria Isabela Guebur, professora da residência; o formando Jean Carlos Della Giustina e Dr. Fernando L. Zanferrari, professor da residência, no auditório da Universidade Positivo.


Prevenção de câncer bucal, na Praça Rui Barbosa, em Curitiba A equipe de prevenção de câncer bucal que atua nas praças sempre está pronta para o trabalho voluntário. No dia 27/11, a equipe esteve na Praça Rui Barbosa, em Curitiba, com uma barraca que possuía duas divisões, com duas cadeiras simples, para avaliações clínicas dos pacientes e, dois pôsteres para auxiliar na orientação aos pacientes. Todos os pacientes examinados que apresentassem qualquer lesão bucal foram encaminhados ao Serviço Especializado, no HEG, em Curitiba. O projeto somou forças para sua realização. O CRO-PR foi um parceiro neste projeto, patrocinando o empréstimo da barraca. A Prefeitura de Curitiba patrocinou o empréstimo de dez mesas e 40 cadeiras. O professor Dr. Gambus, da PUC-PR e a professora Soraya Azambúja Berti Souza, da PUC-PR, chefe da Estomatologia, estiveram presentes com seus alunos. Sempre contamos com o apoio do professor Monir Tacla, coordenador da Odontologia da PUC-PR.

Figura 178: Registro do atendimento na barraca instalada na Praça Rui Barbosa, em Curitiba, no dia 27/11/2012.

Figura 179: Equipe de prevenção buscando pacientes idosos que circulam na Praça Rui Barbosa. Dr. Sassi conversando com a população para orientá-la.

Figura 177: Equipe de manutenção da Cepep e o Dr. Sassi, do Hospital Erasto Gaertner, no auxílio ao projeto, na Praça Rui Barbosa, em Curitiba.

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Figura 180: Foto da equipe de prevenção que auxiliou no trabalho, na Praça Rui Barbosa, em Curitiba.

Figura 182: Pôster para orientação aos pacientes, na Praça Rui Barbosa, em Curitiba, em 2012.

Figura 181: Prevenção de câncer no Sesc Portão, Na foto, Dr. Sassi e o residente William, em Curitiba, em 2012.

[164] Dr. Laurindo Moacir Sassi


V Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, do HEG, em Curitiba

Abertura do Congresso

Bem-vindos à quinta edição da Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba. Esta jornada já se tornou tradicional a cada dois anos, por zelar pela qualidade de seu conteúdo e, principalmente, pela escolha dos conferencistas. Os temas foram escolhidos por meio de enquetes, realizadas em jornadas anteriores e nós buscamos profissionais de destaque no cenário de Odontologia contemporânea para palestrarem sobre diferentes assuntos, de maneira que todos nós possamos aprimorar os nossos conhecimentos. Podemos afirmar que a organização deste evento cientifico foi muito criteriosa e gostaríamos de dar ênfase aos trabalhos baseados em evidências cientificas, já que esse é um segmento muito importante no nosso serviço. Também discutiremos as inovações tecnológicas que têm sido aplicadas clinicamente, programas de prevenção e promoção de saúde bucal, enfim, ações voltadas para a melhoria da saúde bucal de nosso país. Além da programação científica, temos algo mais a oferecer aos congressistas que visitam a cidade de Curitiba, como grandes parques, shoppings centers, cinemas, teatros, o Bairro de Santa Felicidade – com sua culinária típica. Não nos esquecendo da Litorina, que corta a Serra do Mar com visual maravilhoso, seguindo para as cidades históricas de Morretes, Antonina e o Porto de Paranaguá. Para finalizar, em nome de todos aqueles que trabalharam na realização deste evento, desejo que todos os presentes aproveitem ao máximo o aprendizado aqui disponibilizado. O nosso muito obrigado pela escolha, pela presença e tenham a certeza de que vocês levarão em suas bagagens de volta a melhor lembrança e o melhor aprendizado expostos pelos nos-

Bem-vindos à V Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do HEG e Sesc PR, com ênfase em cancerologia. Este ano também comemoramos a 24ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal pelo HEG, no Paraná, com participação do Sesc PR desde 2008. Em nossa pesquisa detectamos um alto número de pessoas mal informadas ou que nunca ouviram falar sobre o câncer bucal. Encontramos uma grande incidência de lesões com potencial para malignidade, número crescente de etilistas e, uma queda discreta no número de tabagistas. Recentes publicações mostraram presença do HPV em 80% dos cânceres de orofaringe. Assim, de posse destes dados, surgem questões que merecem ser discutidas: “O que necessitamos fazer para levar informação a esta fatia da população e também como evitar hábitos nocivos à saúde bucal?” Algumas de nossas sugestões são a criação de políticas públicas que envolvam toda a sociedade em prol da prevenção do câncer bucal e vacina anti-HPV providenciada pelo Estado. Reunimos especialistas de todo o Brasil para juntos, atualizarmos o conhecimento no assunto e, com certeza, ao fim dessa jornada, surgirão respostas, mas também novas questões, dando continuidade e motivação a novos estudos. Continuo acreditando que a chave do sucesso é a prevenção! Declaro aberta a V Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do HEG e do Sesc PR, com apoio das secretarias estadual e municipal de Saúde, ABO-PR, CRO-PR, e das faculdades de Odontologia de Curitiba. Um agradecimento ao Cepep, ao Sesc PR, a minha valorosa equipe e a todos professores que vieram nos brindar com os seus conhecimentos. Desejo uma ótima jornada a todos.

Bom dia!

sos conferencistas. Curitiba, 8/11/2012. Curitiba, 8/11/2012. Dr. Laurindo Moacir Sassi Presidente do congresso

Dr. Laurindo Moacir Sassi Presidente da jornada

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Professores e colaboradores do congresso Dr. Laurindo Moacir Sassi, Dr. Benedito Valdecir de Oliveira, Dra. Juliana L. Schussel, Dra. Paola Pedruzzi, Dr. Gyl H. A. Ramos, Dra. Daniela Cristina Lunelli, Dra. Maria Isabela Guebur, Dr. Jean Carlos Della Giustina, Dr. Fernando L. Zanferrari, Dra. Roberta Stramandinoli, Dr. Ricardo Nickel, Dra. Regiane Benez Bixofis, Dra. Danielle Del Santo, Dra. Caroline Ramos, Dr. José Luís Dissenha, Dr. Cleverson Patussi, Dra. Marja Reksidler e Dr. William Philipi P. da Silva, ambos do HEG. Também colaboraram no congresso: Dr. Eder Ricardo Biasoli, da Unesp; Dra. Priscila Marcoccia Souza, do Sesc PR; Dr. Ricardo Gama, do Hospital Evangélico de Curitiba-PR; Dr. Onivaldo Cervantes, da Unifesp; Dra. Lucia Fátima de Castro Ávila, da Univille-SC; Dr. Oslei Paes Almeida, da Unicamp-SP; Dr. Luis Paulo Kowalski, da USP; Dr. Nilton T. Herter, da FFFCMPA-RS; Dr. Cassius Torres Pereira, da UFPR; Dra. Ana Paula Ribeiro, da UP e da SMS de Curitiba; Dr. Francisco C. T. da Costa e Silva, do Sesc PR; Dr. Shozo Miyachi, da SMS de Curitiba-PR; Dra. Ana C. Allegretti, da SMS-SC; Dr. Ferdinando De Conte, da UPF; Dr. Acir José Dirschnabel, do Sesc PR; Dra. Ana Lucia C. A. Rangel, da Unioeste Cascavel-PR; Dr. Oslei Paes Almeida, da Unicamp-SP; Dr. Julio César Bisinelli, da PUC-PR; Dra. Vanessa Chaves, da Universidade Tuiuti-PR; Dr. Allan F. Giovanini, da UP-PR; Dra. Iolanda Manfron; Dr. Marcelo Marcucci, do Hospital Helionópolis-SP; Dr. Celso Lemos, da USP; Dra. Liliane Janete Grando, da UFSC; Dra. Maria Antônia Z. Figueiredo, da PUC-RS; Dra. Marina Ribas, da PUC-PR; Dra. Ângela Fernandes, da UFPR; Dr. Thiago Serafim Cesa; Dr. Antônio Adilson Soares de Lima, da UFPR; Dr. Luis Carlos Carta Gambus, da PUC-PR; Dr. Fabrício Togni, da Universidade Tuiuti-PR; Dr. Paulo Roberto Muller, da UFPR; Dr. Fábio Alves, do Hospital A.C. Camargo/USP; Dr. Liogi Iwaki Filho, da UEM-PR; Dr. Delson João Costa, da UFPR, Dr. Aleysson Olimpio Paza, da Univille-SC; Dr. José Nazareno Gil, da UFSC; Dr. Túlio Del Conte Valcanaia, de Itajaí-SC; Dr. Mauricio Zardo, da UEP-PR; Dr. Josimário João da Silva, da UFPE; Dra. Angela Fenandes, da UFPR; Dra. Melissa Araujo, da UP-PR; Dr. Ricardo L. Radaelli e a acadêmica da UFPR, Luiza Nascimento.

[166] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 183: Foto dos professores da V Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do HEG. O evento ocorreu nos dias 8 e 9 de novembro, no Teatro do Sesc da Esquina, em Curitiba. Na foto: Dr. Alisson, da Univale; Dr. Liogi, da UEM; Dr. Delson Costa, da UFPR; Dr. Francisco C. T. da Costa e Silva, diretor da Divisão de Saúde e Ação Social do Sesc PR; Dra. Priscila Souza, gerente da Odontologia do Sesc PR; Dr. Laurindo Moacir Sassi, coordenador da jornada do HEG; Dr. Mauricio Zardo, da UEPG; Dr. Eder Ricardo Biazolla, da Unesp e Dr. José Luís Dissenha, do HEG.

Figura 184: Almoço dos professores da V Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do HEG. Na foto, Dr. Sassi; Dr. Ferdinando De Conte, da UPF-RS; Dr. Julio César Bisinelli, da PUC-PR; Dra. Priscila, do Sesc PR; professora palestrante; Dr. Acir, do Sesc PR; Dr. Marcelo Marcucci, do Hospital Heliópolis-SP; Dr. Celso Lemos, da USP; Dr. Luiz Paulo Kovalski, do Hospital A. C. Camargo, da USP; Dr. Eder Ricardo Biazolla, da Unesp e Dr. Onivaldo Cervantes, da Unifesp.


à

Considerações finais

Figura 185: Foto da equipe em frente ao Sesc da Esquina, em Curitiba-PR, local da execução do congresso.

Agradecimentos Caros amigos e colegas, A V Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do HEG e Sesc PR, foi um total sucesso graças a participação de todos. Faço um agradecimento especial a todos os professores que deixaram seus afazeres para dar a sua contribuição em nossa jornada. Aos congressistas, nosso carinho especial. Muito obrigado a todos e tenho a certeza que juntos poderemos fazer muito mais ainda. A minha equipe que não parou um só minuto, trabalhando para o sucesso da jornada, meus agradecimentos. Ao Cepep do hospital do qual tivemos uma dedicação ímpar, muito obrigado. À direção do HEG, enfim, a todos um agradecimento especial. Diante de tudo isto só tenho a agradecer. Muito obrigado a todos. Dr. Laurindo Sassi Presidente da jornada

O sucesso da V Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial que ocorreu nos dias 8 e 9/11/2012, foi graças a uma equipe que trabalhou com o único objetivo de levar informações e atualização aos congressistas. No entanto, de nada adiantaria todo este trabalho se vocês, congressistas, não tivessem atendido ao nosso chamado. Muito obrigado por terem feito parte de mais um degrau da história do Hospital Erasto Gaertner. Aos professores que abrilhantaram este congresso, à equipe organizadora, aos funcionários do Centro de Projetos de Ensino e Pesquisa do HEG, à bibliotecária pela correção das normas técnicas, à equipe do setor de Marketing do HEG, aos funcionários e diretores do Sesc PR de Curitiba, à Superintendência da Liga Paranaense de Combate ao Câncer, à Direção Geral do HEG e, por fim, ao nosso Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, o nosso reconhecimento. Dr. Laurindo Moacir Sassi Presidente da jornada

Figura 186: Conferência na UFPR ministrada pelo Dr. Sassi.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [167]



Prevenção 1985 2013 a 1988


25ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal Bodas de Prata na prevenção de câncer bucal Há 25 anos, iniciávamos um projeto de prevenção de câncer bucal, em Curitiba, na Praça Rui Barbosa, centro da cidade, com baixa credibilidade. Os transeuntes passavam longe da barraca onde tínhamos um consultório montado para realizar avalição de boca e face daqueles que aceitavam tal procedimento. Entretanto, com o passar do tempo, os pacientes foram aderindo ao chamado. Acredito que o sucesso obtido ao longo desses 25 anos de campanhas seja devido ao desfecho dado no atendimento e/ou tratamento dos pacientes portadores de lesões bucais.

Locais de execução dos projetos • Pinhais -PR, em 16/3/2013. • Bairro Centro Cívico, em Curitiba-PR, em 16/2/2013. • Mangueirinha-PR, em 5/3/2013. • Jaguariaíva-PR, em 12/3/2013. • Cornélio Procópio-PR, em 11/5/2013. • Matelândia-PR, em 21/5/2013. • Ipiranga-PR, em 28/5/2013. • Londrina-PR, em 15/6/2013. • Maringá-PR, em 22/6/2013. • Rio Azul-PR, em 23/7/2013. • Itapejara d´Oeste-PR, em10/8/2013. • Cruzeiro do Oeste-PR, em 17/8/2013. • Bairro do Pinheirinho, em Curitiba-PR, em 10/8/2013. • Mandirituba-PR, em 24/8/2013. • Bairro Cajuru, em Curitiba-PR, em 14/9/2013. • Santa Mariana-PR, em 24/9/2013. • Laranjeiras do Sul-PR, em 28/09/2013. • Bom Jesus do Sul-PR, em 22/10/2013. • Praça Osório, em Curitiba-PR, em 26/11/2013. • Paranaguá-PR, em 30/11/2013.

[170] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Coordenação de eventos científicos • VI Congresso Sul Brasileiro de Câncer Bucal, em Florianópolis-SC, que será realizado em abril de 2014 e presidido pela Dra. Liliane Grando, da UFSC. • Procedimentos de higiene bucal no controle das infecções em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva, associados à atuação multiprofissional.

Participação em eventos científicos • The 4th World Congress of the International Academy of Oral Oncology - 24 years of campaign for prevention and early detection of oral cancer in Parana State, Brazil, in 2013. • 21st Internacional Conference on Oral and Maxillofacial Surgery, 21 to 24 october, 2013, em Barcelona, na Espanha.

Figura 187: Prevenção de câncer bucal no município de Pinhais, com o projeto Justiça no Bairro. Na foto, Dr. Sassi acompanhado dos residentes Daniela Lunelli, Joslei Bohn, Larissa Zavarez e Danielle De Santo e a dentista do Sesc.


Figura 188: Prevenção de câncer bucal no município de Ipiranga-PR, em maio de 2013. Na foto, Dr. Sassi e o diretor da Divisão de Saúde e Ação Social do Sesc PR, Dr. Francisco Costa e Silva, com colaboradores do Sesc e residente.

Figura 189: Durante realização do projeto, em Mangueirinha-PR, em 5/3/2013. Na foto, Dr. Sassi, o residente Willian Silva e o gerente executivo do Sesc Pato Branco, Neri Schneider.

Figura 190: Palestra do Dr. Sassi, na Câmara dos Vereadores de Mangueirinha, em 5/3/2013.

Figura 191: Prevenção de câncer bucal em Maringá-PR. Dr. Sassi e a residente Larissa Zavarez, em 22/6/2013, uma parceria do HEG, Sesc PR e Justiça no Bairro.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [171]


Figura 192: Projeto Justiça no Bairro, realizado na Unicesumar, em Maringá-PR. Equipe formada por Dr. Sassi, residente Larissa e colaboradora do Sesc.

Figura 194: Portal de acesso à cidade de Rio Azul-PR, em 23/7/2013, quando toda a região foi surpreendida pela neve. Mesmo assim, os pacientes não deixaram de atender ao chamado da campanha de prevenção de câncer bucal. Foram examinados mais de 130 pacientes e foi encontrado um número de lesões bucais acima da média em relação aos outros municípios visitados. Há uma peculiaridade no município, o plantio de fumo. Em nossos projetos de prevenção de câncer bucal temos encontrado as maiores diversidades climáticas, porém esta foi extrema e, quem a suportou foram os cirurgiões-dentistas, Dr. José Luís Dissenha e o residente Dr. Joslei Carlos Bohn.

Figura 193: Paciente com lesão inicial de lábio inferior diagnosticado nas campanhas de prevenção de câncer bucal com carcinoma epidermóide.

Figura 195: Acesso ao município de Rio Azul-PR.

[172] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Figura 196: A neve em fase de descongelamento, no município de Rio Azul-PR.

Figura 197: Pacientes aguardando o atendimento em Rio Azul-PR.

] Figura 198: Residente Dr. Joslei Carlos Bohn, do HEG, em Rio Azul.

Figura 199: “É claro que o homem não vive somente para o trabalho, pois quando a vida se estreita o que sustenta são as boas ações e as amizades construídas”.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [173]


Figura 200: “Os caminhos nos levam aos locais mais longínquos onde sempre alguém nos espera com uma mão, estendida aguardando pela prevenção de câncer bucal”. Município de Rio Azul-PR, no dia 23/7/2013.

Figura 202: Município de Itapejara d’Oeste-PR. Exame clínico sendo realizado no paciente pela residente Dra. Larissa e pelo Dr, Sassi (preceptor).

Figura 203: Equipe jantando em um restaurante no município de Itapejara d’Oeste-PR.

Figura 201: Dr. Sassi e Dra. Larissa no portal do município de Itapejara d’Oeste-PR, para a realização do projeto OdontoSesc, em parceria com o Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, do HEG.

[174] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Figura 206: Dr. Sérgio K. Furukita (ex-UGC); Dr. Laurindo Moarcir Sassi e Pedro Rocha, presidente do Rotary Club de Mandirituba-PR. Figura 204: Município de Itapejara d’Oeste-PR.

Figura 207: Desembargadora Dra. Joeci Machado Camargo; Dr. Laurindo M. Sassi e Dra. Elisângela Domingues, do Sesc PR. Parceria com o Tribunal de Justiça e Sesc PR, em Laranjeiras do Sul-PR. Figura 205: Município de Itapejara d’Oeste-PR, em 13/8/2013. Dr. Sassi, o residente Joslei Carlos Bohn, do HEG, diretores do Sindicato do Comércio de Pato Branco, conselheiros do Sesc e o diretor regional do Sesc PR, Dimas Fonseca.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [175]


Residentes de CBMF do HEG

Figura 208: Foto do Dr. Sassi realizando pré-exame de boca na desembargadora Dra. Joeci Machado Camargo, coordenadora do projeto Justiça de Bairro.

Figura 210: Foto no Centro Cirúrgico do Hospital Erasto Gaertner com residentes e preceptores. No primeiro plano da direita para esquerda: Jean C. Della Giustina; professor Dr. Laurindo M. Sassi; Cleversson Patussi; Danielle Del Santo; Daniela Lunelli, Regiane Bixofis; professora Dra. Maria Isabela Guebur; William P. Silva e Thiago C. Serafim.

Figura 211: Professor Dr. Sassi; William P. Silva; acadêmica Julia; Jean Della Giustina; Danielle Del Santos; Daniela Lunelli e o professor Dissenha.

Figura 209: Foto do Dr. Sassi realizando exame de prevenção de câncer bucal na paciente desembargadora Dra. Joeci Machado Camargo, coordenadora do projeto Justiça de Bairro.

[176] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Última campanha, em Curitiba, realizada em 2013

Figura 214: Dr. Sassi em sua 25ª Campanha de Prevenção de Câncer Bucal, na Praça Osório, em Curitiba, em 26/11/2013.

Figura 212: A estagiária Dayane Figueiredo; Dr. Acir José Dirschnabel, da coordenação do OdontoSesc e o Dr. Sassi no trabalho de prevenção de câncer bucal na Praça Osório, em Curitiba, em 26/11/2013.

Figura 213: O professor Dr. Sassi, a professora Dra. Ana Paula Ribeiro e acadêmicos da Universidade Positivo, na Praça Osório, em Curitiba, em 26/11/2013.

Figura 215: Dr. Sassi acompanhado do Dr. Francisco da Costa e Silva e Emilia da Costa e Silva, no trabalho de prevenção de câncer bucal na Praça Osório, em Curitiba, em 26/11/2013.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [177]


Departamento de Registro Hospitalar Resultados dos Congressos e Jornadas do Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do HEG I Jornada de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, do HEG, em 9 e 10/4/2003, realizada no HEG, presidida pelo Dr. Sassi, com presença de conferencistas brasileiros.

Figura 216: Chefe do Registro Hospitalar do HEG desde 1972, a jornalista Regina A. Silva, e o estatístico do HEG, Dinarte Orlandi, ao lado do Dr. Laurindo Moacir Sassi, coordenador do projeto de prevenção. Mais uma reunião com o Serviço de Registro do Hospital Erasto Gaertner buscando o melhor aproveitamento dos dados estatísticos do Projeto de Prevenção de Câncer Bucal, em 21/8/2013.

Prevenção quaternária em Hospital Terciário

I Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal, nos dias 18 e 19/10/2001, no Palácio de Hyogo, na Câmera de Comércio Brasil-Japão, em Curitiba-PR. II Jornada de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do HEG, no dia 6/4/2005, no Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba. II Congresso Sul-Brasileiro de Câncer de Boca da UFSC, nos dias 26 e 27/9/2003, no auditório do Centro Administrativo do BESC, presidido pela Dra. Liliane Grando, da UFSC. III Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal e III Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, do HEG, dos dias 24 a 26/10/2006, no Salão de Atos, do Parque Barigui, em Curitiba-PR. IV Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal e a IV Jornada de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, nos dias 22 e 23/4/2010. V Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal, maio de 2012, do Hospital Santa Rita, em Porto Alegre-RS.

Figura 217: Dr. Sassi; Dra. Juliana Schussel e o Dr. José Casali discutindo a criação de um centro quaternário de pacientes com alto risco para o câncer. Segunda reunião, em 4/9/2013.

[178] Dr. Laurindo Moacir Sassi

VI Congresso Sul-Brasileiro de Câncer Bucal, previsto para abril 2014, em Florianópolis-SC, sob coordenação da professora Dra. Liliane Grando, da UFSC.


Como elaborar projetos de prevenção de câncer bucal em outras instituições ou municípios O primeiro passo é fazer um projeto, com objetivos claros, sendo descrito o tipo de população a ser atingida. A justificativa é a explicação do motivo de se querer desenvolver o projeto ou seja, na região ou local, onde muitas pessoas podem estar sendo acometidas, um grande número de lesões bucais podem estar ocorrendo e os pacientes não estejam tendo assistência. O método é como o projeto será realizado, ou seja, a descrição dos passos que o idealizador irá seguir, os procedimentos, o roteiro do projeto. Quando encontrar dificuldades para a elaboração do projeto, o idealizador poderá utilizar o Manual Prático para Desenvolvimento de Projetos de Pesquisa e Teses, dos autores Laurindo Moacir Sassi e Onivaldo Cervantes, Editora Santos. Além disso, buscar e associar-se a pessoas com afinidades para os procedimentos.

Figura 218: Foto mostra a entrada do Dr. Sassi na Unidade de Ensino, Pesquisa e Tecnologia para registrar o projeto.

Rotina dos nossos projetos no Cepep Após a elaboração do projeto, este deverá ser encaminhado para o registro do mesmo no Centro de Projeto de Ensino e Pesquisa (Cepep). O projeto seguirá para apreciação do gerente do Cepep que no nosso caso é o Dr. Flavio D. S. Tomasich. Após a aprovação seguirá para direção geral do HEG para apreciação do diretor Dr. Leandro Carvalho. Em seguida o projeto segue para apreciação e aprovação da superintendência, pela Dra. Claudiane L Minari. Sendo aprovado ou reprovado, o mesmo voltará ao Cepep para ciência do autor. Projeto aprovado em todas instâncias no Cepep, colocamos em prática. Utilizamo-nos de uma ficha para armazenamento dos dados dos pacientes, a qual se encontra na página nº 188.

Figura 219: Colaboradoras do Cepep, Alesandra J. Sansonowski e Rosemeri Dunker recebendo o projeto de prevenção de câncer bucal e realizando o registo para a avaliação do gerente.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [179]


Figura 220: Foto Dr. Laurindo M. Sassi e do Dr. Flávio D. S. Tomasich, gerente do Cepep, discutindo ajustes no projeto de prevenção de câncer bucal.

Figura 221: Coordenador geral do Hospital Erasto Gaertner de Curitiba-PR, Dr. Leandro Carvalho Ribeiro e o Dr. Sassi.

[180] Dr. Laurindo Moacir Sassi

Figura 222: Foto da Dra. Claudiane L. Minari, superintendente da Liga Paranaense de Combate ao Câncer; Dr. Vinicius Pretti, diretor técnico do Hospital Erasto Gaertner; Dr. Laurindo Moacir Sassi.

Figura 223: Foto da pedagoga Margarete Cruz e secretária da pós-graduação e responsável pela formalização dos residentes e o Dr. Laurindo M. Sassi solicitando a liberação dos residentes para participarem do projeto de prevenção de câncer bucal já apresentado ao Cepep e aprovado em todas as instâncias.


Protocolo: UTI Projeto Educação e Saúde Multiprofissional do HEG5 Procedimentos de higiene bucal no controle das infecções em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva, associados à atuação multiprofissional.

Introdução Figura 224: Congresso IAOMS em Barcelona, na Espanha, em 2013. Apresentei o resultado da pesquisa de prevenção de câncer bucal com o título: “Prevention and early detection of oral cancer in the State of Parana-Brazil, between 2008-2012”, no 21st International Conference on Oral And Maxillofacial Surgery, Barcelona, Abstract (2013e).

De acordo com Scheneid et al. (2007), os profissionais da saúde envolvidos no atendimento de indivíduos hospitalizados reconhecem a importância da promoção da higiene bucal durante o período de internação. A mucosite bucal é uma complicação comum em pacientes nos hospitais oncológicos, os quais são submetidos à terapia antineoplásica com quimioterapia e/ ou terapia de radiação ionizante, intensificando-se na ausência ou deficiência de higiene bucal. Pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) também apresentam mucosites, mesmo não sendo oncológicos, devido à carência de higiene bucal. Os pacientes críticos internados nas UTIs devem receber cuidados em higiene bucal tão logo seja possível, pois a colonização da cavidade bucal por patógenos respiratórios ocorre em até 72 horas após a internação na UTI (ASSIS et al., 2012). Ciais et al. (1992) relataram que o aparecimento da mucosite é o efeito secundário mais frequente e doloroso da quimioterapia (tratamento antineoplásico), visto que os pacientes que desenvolvem toxidade bucal durante o primeiro ciclo de tratamento, quase

Figura 225: International Conference on Oral And Maxillofacial Surgery (IAOMS), em Barcelona, em outubro de 2013.

5 Autor principal: Dr. Laurindo Moacir Sassi, do Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial. Co-autores: Serviço de Intensivista, José H. Wasilevski; Serviço de Infectologia; Serviço de Enfermagem, Francisco José Koller; Serviço de Nutrição, Marina Lopes; Serviço de Psicologia, Fernanda Voigt Miranda; Serviço de Assistência Social, Luiza de Q. Gandin; Serviço de Fisioterapia, Cesar Costa; Serviço de Fonoaudiologia, Sheila Zampini e Serviço de Farmácia, Marcela C. Bechara. Curitiba-PR – 2013

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [181]


sempre mostrarão efeitos colaterais idênticos durante cada ciclo subsequente, a menos que as drogas sejam mudadas ou as doses sejam baixadas. Na ausência de um antídoto eficaz ou de uma profilaxia preventiva para tais lesões, o laser He-Ne (Hélio – Neônio), reduz a mucosite e a dor bucal. Bensadou & Magné (2001), observaram que a mucosa lesionada facilita o aparecimento de infecções secundárias bacterianas, virais (herpes simples) e fúngicas (candidíase) e, estas podem vir a desencadear uma infecção sistêmica. Ainda, esses mesmos pesquisadores descreveram uma graduação (classificação) para a mucosite objetivando facilitar a observação clínica: • Grau zero: sem mucosite. • Grau I: presença de úlcera pouca dolorida, eritema e dor moderada; • Grau II: presença de eritema doloroso, edema, ou úlceras sem interferência na mastigação e deglutição. • Grau III: úlceras confluentes que interferem na ingestão de sólidos. • Grau IV: sintomas tão severos que levam o paciente a alimentação parenteral. Atualmente, alguns centros de saúde e hospitais incorporam o atendimento odontológico à rotina das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), mas o processo é lento e precisa ser cauteloso. A assistência odontológica ao paciente hospitalizado é complexa e determina conhecimentos e habilidades específicas para o manejo de um paciente gravemente enfermo. Os pacientes de UTI têm o risco de contrair infecções aumentado entre cinco e dez vezes, devido ao estado clínico comprometido, aos procedimentos invasivos e à desidratação terapêutica, que causa diminuição do fluxo salivar, aumento da saburra lingual, produção de componentes voláteis de enxofre, odor desagradável e aumento da colonização bacteriana (GOMES et al., 2012). A incidência de Candida sp na boca e as razões

[182] Dr. Laurindo Moacir Sassi

para o estabelecimento da candidose são decorrentes de fatores de risco tais como: queda de imunidade do hospedeiro, desordens endócrinas, lesões em mucosas, higiene bucal deficiente, tratamento prolongado com antibióticos e corticosteróides (RAMIREZ-AMADOR et al., 1997). Dentre os fatores que dependem do micro-organismo temos como mais relevantes a virulência da C. albicans, bem como sua capacidade de superar os mecanismos de defesa do hospedeiro e invadir os tecidos, lesionando-os (LAZARDE, 2003). Embora existam evidências que confirmam o aumento de microrganismos na boca de pacientes submetidos à radioterapia, alguns parâmetros envolvidos não estão adequadamente elucidados e ainda são incipientes as informações sobre a quantificação destes microrganismos. Bensadou & Magné (2001) observaram que o ciclo de renovação das células da mucosa oral varia de sete a 14 dias e, radioterapia e quimioterapia reduzem a habilidade de regeneração celular da mucosa oral. Entre os fatores de risco encontram-se idade acima de 70 anos, desnutrição, doença inicial, depressão do nível de consciência, doenças pulmonares e cardiológicas, VM intubação ou reintubação orotraqueal, (AMARAL et al., 2009). Os bacilos Gram-negativos facultativos não são comuns em adultos saudáveis, mas podem ser proeminentes em doenças graves e pacientes hospitalizados e idosos. As pneumonias associadas à ventilação mecânica (PAVM) que se desenvolvem dentro de até 72 horas após a intubação endotraqueal são geralmente causadas por micro-organismos de baixa resistência, destacando-se o Streptococcus pneumoniae, Haemophilus infuenzae e Staphylococcus aureus (ASSIS et al., 2012). O controle de infecção bucal nos pacientes internados ajuda a reduzir o tempo de internação em até dez dias, di-


minuindo a ocorrência de úlceras, comuns nos pacientes intubados, além de uma redução paulatina das taxas de pneumonia associadas à ventilação mecânica e no tempo de recuperação dos pacientes (GOMES et al., 2012). Em 1978, Bonesvoll & Gjermo demonstraram que a clorexidina apresenta um tempo de permanência na cavidade bucal de 12 horas, aproximadamente, exercendo uma ação bactericida inicial imediatamente após o bochecho, combinada com uma ação bacteriostática prolongada. Durante esta ação prolongada, a clorexidina penetra internamente no biofilme dental, fato comprovado pela diminuição da vitalidade bacteriana tanto neste quanto na camada externa. Em 1997, Bondi et al. indicaram bochechos com clorexidina 0,12% por três vezes ao dia, durante um minuto, para prevenir a ocorrência de mucosite em pacientes pediátricos que se submetem à terapia antineoplásica. Migliorati et al. (2001), utilizaram o aparelho de laser, tipo mucolaser (Ga A/As laser, MMOptics São Carlos, Brasil), para irradiação de mucosa bucal. Os parâmetros usados foram 780 nm de comprimento de onda e força de “output” 60mW, dando uma densidade final de energia de 2J/cm2. A ponta do laser “roughly” tocava a mucosa bucal por um total de 35 min por paciente, com sessões diárias, tendo observado resultado satisfatório em relação à mucosite bucal. As pneumonias hospitalares são as infecções mais importantes, visto que as bactérias colonizadoras e oportunistas da cavidade oral são a segunda maior causa de infecção hospitalar. A pneumonia associada à respiração artificial acomete entre 20% a 25% dos pacientes que necessitam deste recurso e está associada a uma taxa de mortalidade de 50% a 80% (RABELO et al., 2010). Há escassez de conhecimentos profissionais da área da saúde em referência a patologias e métodos preventivos odontológicos. A importância da terapia preventiva (especificamente a higiene bucal) como

método profilático para redução da incidência das pneumonias nosocomiais. A presença de uma equipe multidisciplinar propicia diagnóstico e tratamento precoce das doenças odontológicas em pacientes de UTI (PASETTI et al., 2013). Seguindo orientações da literatura e experiência do HEG, implantada em 2000 pelo Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial e intensificamos o projeto na UTI, somado ao trabalho de uma equipe multidisciplinar.

Objetivo: Avaliar clinicamente a condição bu-

cal e auxiliar na higienização bucal em busca da redução dos índices de infecções na UTI, atuando com equipe multiprofissional e multidisciplinar, em pacientes oncológicos.

Justificativa:

É de fundamental importância para o cirurgião-dentista da UTI e para a equipe multiprofissional e multidisciplinar envolvida no tratamento de pacientes oncológicos; no auxílio da higienização bucal, no conhecimento das infecções bucais como exemplo a Candidose, pois ao detectar precocemente esta doença oportunista, a equipe estará em condições de realizar um acompanhamento mais adequado e preciso, fato que poderá melhorar as condições de tratamento dos pacientes.

Método: Protocolo em UTI.

Serão empregadas as técnicas para prevenção das doenças bucais realizadas por meio da higenização com colutórios e laserterapia quando necessária. Para o controle das infecções hospitalar devemos ter uma equipe multiprofissional. A proposta do método é realizar cuidados rigorosos e proporcionar frequentes treinamentos para equipe multiprofissional e multiprofissional, para efetivar a higienização bucal, mesmo com as limitações que os pacientes apresentam nas UTIs. O protocolo envolve os serviço de: intensivista, infectologia,

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [183]


odontologia, enfermagem, nutrição, psicologia, assistência social, fisioterapia, fonoaudiologia e farmácia.

com 5,0 (10ml) ml. A laserterapia será empregada nos pacientes quando houver indicação.

Condutas: Manuseio das doenças de forma rápi-

Para tal procedimento necessita: Plano de

da e efetiva concomitante ao tratamento principal. • Redução da morbi-mortalidade dos pacientes. • Melhora da qualidade de vida e diminuição dos custos. • Redução no tempo de hospitalização. • A intenção deste protocolo é encorajar a uniformização dos serviços de saúde prestados no hospital.

Avaliações:

Médico assistente, infectologia, odontologia, enfermagem, nutrição, psicologia, assistência social, fisioterapia, fonoaudiologia e farmácia.

Monitorização: Peso, balanço hídrico, infusão

da dieta, sinais vitais, resíduos gástricos e eliminações fisiológicas.

Atividade física: Restrições, tipo de decúbito e

tratamento é determinado em conjunto com o médico intensivista. O alívio da dor e a adequação do meio bucal são as prioridades para o dentista (ASSIS et al., 2012). • Primeiro exame clínico da condição oral e avaliação do estado sistêmico. • Exame físico. • Intraoral, observar. • Sangramentos. • Alteração de coloração das mucosas. • Condição dos dentes presentes. • Quantidade e qualidade da saliva. • Úlceras. • Halitose. • Traumatismos. • Acúmulo de biofilme (ASSIS et al., 2012).

repouso, exercícios físicos e respiratórios, grau de dependência, conforme o médico assistente.

Condição Bucal: Dentado ou ausência parcial e

Tempo de permanência previsto: Depen-

Técnica de escovação bucal: Escova em 45°,

de da evolução do paciente.

Plano terapêutico: Tempo de tratamento/hospi-

talização depende da doença de origem. Após pacientes e familiares serão orientados para cuidados domiciliares.

Procedimentos de Higiene Bucal no Controle das Infecções Bucal pela Odontologia Controle químico: Serão

empregadas as técnicas para prevenção das doenças bucais através da higenização, colutórios, laserterapia quando necessário. Clorexidine 0,12% em forma de colutório, com três bochechos diários por um minuto,

[184] Dr. Laurindo Moacir Sassi

edentulismo.

posicionada entre colo dentário e sulco gengival. Fazer movimentos vibratórios em dentes posteriores e de arrasto em anteriores em faces vestibular, lingual e palatina dos dentes. Movimentos de vai e vem na face superior dos dentes. Utilizar a escova de dente sem pasta ou creme dental. Obs.: Se não houver escova de dente ou meio de utilizá-la, usar o ”boneco” - espátula de madeira (abaixador de língua) com gaze úmida – conforme orientação e demonstração durante treinamento.

Procedimentos de higiene – dentado ou ausência parcial:

• Escovação dentária conforme a técnica de Bass


modificada, com ou sem creme dental. • Escovação da língua. • Lavagem com água filtrada. • Aspiração do excesso de líquido. • Aplicação de espátula com gaze, embebidos em solução de gluconato de clorexidina a 0,12%, sobre toda a mucosa bucal, gengivas, dentes, língua e palato, para remoção do biofilme. Se o paciente não tiver condições de fazer a própria higienização complementando a higiene da boca com a escovação da língua, fazer a raspagem da mesma com o raspador próprio para isso. Obs. Se não houver raspador de língua, utilizar espátula de madeira. • Aspirar o excesso sem enxaguar.

Edentulismo: Procedimentos de higiene:

• Escovação da língua. • Lavagem com água filtrada. • Aspiração do excesso de líquido. • Aplicações de espátula com gaze, embebidos em solução de gluconato de clorexidina a 0,12%, sobre toda a mucosa oral, rebordos desdentados, língua e palato. • Aspirar o excesso sem enxaguar (GOMES et al., 2012).

Protocolo de treinamento da enfermagem para higiene oral: Em pacientes com le-

sões de boca, problemas gengivais, ou que estão sendo medicados com anticonvulsivantes e antihipertensivos – bochechos com solução de Digluconato de Clorexidina a 0,12% ou 0,20% por 20 segundos – 5,0 (10 ml) ml. Em pacientes incapacitados de realizar a própria higiene – irrigar durante 20 segundos as soluções indicadas realizando a aspiração concomitantemente.

Limpeza das próteses:

Lavar as próteses com água e sabão, ou com dentifrício e escova dental média ou dura, ou escova para limpeza

de mãos, desde que utilizada somente para esta finalidade. Se presença de processos infecciosos (cândida) deixarem após a limpeza mecânica, a prótese submersa em solução de Hipoclorito de Sódio a 1% (Solução de Milton) por 1h/dia. Modelo da escova de dente a ser utilizada na higiene oral: • Escova de cabeça pequena, arredondada, com cerdas macias e cabo reto. • Escovas unitufo ou interdentais, conforme indicação e orientação do cirurgião dentista (produtos não fornecidos pelo hospital). Controle com colutório com clorexidina + flúor (gluconato de clorexidina 0,12% a 0,20% - 10 ml por 20 segundos) - sem álcool. Solução de fluoreto de sódio 0,05% - 10 ml por 20 segundo após escavação (PASETTI et al., 2013).

Para candidíase

• Higiene oral. • Dieta branda – alimentos cozidos cuidando o pH dos alimentos. • Bochechos com água oxigenada (H2O2) 10 volumes e flúor. • Nistatina: tópica ou sistêmica. • Se prótese dentárias removíveis – realizar higienização da prótese escovando-a com água e sabão, seguida de imersão em solução de hipoclorito de sódio a 1% por 1 h/dia (solução de Milton).

Para processo infeccioso bucal (gengival e outras mucosas orais)

• Avaliar mobilidade dentária. • Antibióticos (infectologia). OBS: Se necessidade de intervenção odontológica quando houver presença de periodontite, lesões endoperiodontais. Prescrição de antibiótioco. • Dieta quando via oral – para disfagia (liquidificada). • Higiene oral mecânica sendo:

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• Mecânica: Escavação com cerdas macias de dentes e língua. • Química: colutório com clorexidina a 0,20% (10 ml por 20 segundos) após refeições. • Se ulcerações, realizar laserterapia. • Paciente com nutrição enteral, parenteral e cardiopatas – avaliações condições bucais para estabelecer protocolo a ser utilizado. Paciente renal e diabético. Dieta específica, conforme avaliação da nutrição. Higiene oral e flúor a 0,05%. • Pacientes com uso de anticonvulsivantes. Higiene bucal e clorexidina 0,12%.

Laserterapia

Dores agudas e crônicas, processos inflamatórios localizados, ulcerações (mucosa e pele), miosites, mialgias, artralgias, tendinites, lesões herpéticas, processo de reparação tecidual

Rotina de fisioterapia e odontologia

• Controle da ventilação mecânica I/NI. • Controle na extubação do paciente. • Classificação, como/quanto o cuff é insuflado. • Posicionamento do cuff. • Posicionamento do tubo ou máscara da VM. • Aspiração secreção pulmonar. • Exercícios cárdio/respiratórios e manutenção de massa magra. (PASETTI et al., 2013).

Resultados esperados: Espera-se que haja

uma integração entre as equipes de assistência ao paciente na busca por melhorias no acompanhamento dos pacientes que estão internados, resultando em uma recuperação menos complicada, ou até mesmo mais rápida, frente a tantos outros tratamentos aos quais os pacientes são submetidos em busca da cura.

[186] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Figura 226: Diagnóstico Histológico de Carcinoma Epidermóide. Fazemos a prevenção de câncer bucal ou continuaremos a receber pacientes em estágio clínico avançado.

Orientação para prevenção de câncer bucal: O passo a passo do autoexame Orientamos o paciente a ficar em ambiente bem iluminado, em frente ao espelho e retirar a(s) prótese(s) – caso a(s) tenha –, a abrir a boca e com o auxílio do cabo de uma colher (espátula de madeira ou próprio dedo indicador), afastar a bochecha, levantar a língua, examinar toda a boca, face e pescoço em busca de caroços, feridas, áreas com aspecto de estar anestesiada ou dormente, dor ao movimento da língua, manchas brancas e/ou vermelhas que não desapareceram em 15 dias, conforme a sequência dos oito passos abaixo descritos: Passo 1- Após ter lavado as mãos, observar a pele da face e pescoço. Pesquisar algum sinal que não tenha notado anteriormente. Deslize as pontas dos dedos em toda face. Passo 2- Usar os dedos e puxar o lábio inferior para baixo e examinar a mucosa e apalpar todo o lábio. Siga para o lábio superior, levante-o e o examine. Passo 3- Com o cabo de uma colher (espátula de madeira ou

com o dedo indicador) afastar a região da bochecha (bilateralmente), para examiná-la. Passo 4- Utilizando o dedo indicador, deslizá-lo sobre toda gengiva superior e inferior. Passo 5- Levantar a língua e, com auxílio do dedo indicador deslizar por baixo da mesma em busca de caroços (nódulos). A seguir, pedir ao paciente para que coloque a língua para fora (se puder, usar uma gaze para prender a língua com os dedos) e olhe a parte de cima e apalpe-a, em seguida peça para que coloque a ponta da língua no palato e olhe debaixo da mesma. Na sequência, faça movimentos puxando-a para a esquerda e direita, sempre olhando os lados da mesma e observando se o paciente tem dificuldade ou dor ao movimentá-la. Passo 6- Utilize o dedo indicador e deslize em todo o palato duro e mole sempre em busca de caroços. Passo 7- Com a boca bem aberta observar o fundo da boca, orofaringe e pedir ao paciente que pronuncie a letra AAAAA.... Passo 8- Fechar a boca e examinar o pescoço. Olhe um lado e, posteriormente o outro, sempre comparando-os. Use as pontas dos dedos e apalpe o pescoço do lado direito e esquerdo. A seguir, deslize o dedo polegar debaixo da mandíbula em busca de caroços duros. O sucesso na prevenção de câncer bucal depende da sociedade assumir tal papel tão importante, porque do contrário, estaremos apenas realizando exames bucais nos hospitais terciários e prestando tratamento paliativo aos pacientes.

Tabela para orientação da higiene bucal: Higiene boa

Higiene regular

Higiene ruim

Gengiva cor rosa pálida

Gengiva avermelhada

Gengiva vermelha

Aparência de casca de laranja

Halos avermelhados no contorno do sulco gengival

Gengiva brilhante, lisa e edemaciada

Sem exsudato

Pouco exsudato, fluido claro

Exsudato abundante/ fluido purulento

Sangramento à sondagem

Sangramento gengival sondagem delicada

Sangramento ao toque ou mesmo espontâneo

Sem resíduos, placa bacteriana ou cálculo supragengival

Resíduos alimentarespresença de indutos moles e/ou pouco cálculo supragengival

Presença de cálculo supra e subgengival

Dentes sadios e firmes

Presença de cáries ou não/ sem mobilidade dentária

Alterações no elemento dentário/ com mobilidade lateral e à intrusão

Autor desconhecido

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Ficha questionário para armazenamentos dos dados dos Pacientes

Projeto Prevenção de Câncer Bucal do HEG

Marcar apenas uma alternativa com x nos parênteses, exceto as questões 23 e 24 até duas respostas, quando não respondeu deixar em branco 01 – Cidade:............................................................................................................ Próxima cidade: ........................................................................ 02 – Data: ___/____/____ 03 – Nome:....................................................................................................................................................................... 04 – Telefone: (

)..........................................................

05 – Endereço:................................................................................................................................................................... 06 – Número: (atribuir número sequencial para localização futura da ficha) 07 – Sexo: (1) Masc. (2) Fem. 08 – Idade: (0)< 11 anos (1) 11 a 20 (2) 21 a 30 (3) 31 a 40 (4) 41 a 50 (5) 51 a 60 (6) 61 a 70 (7) 71 a 80 (8) 81 a 90 (9) > 91 anos 09 – Cor:

(1) Branco (2) Preto

(3) Amarelo (4) Pardo

(5) Outros

10 – Profissão:................................................................................................................................................................... 10.1 – História de câncer na família: (0) O próprio (1) Pai (8) Avó Paterno (9) Avô Materno 11 – Nível escolar:

(0) Analfabeto

12 – Nível sócio-econômico: 13 – Etilismo:

(2) Mãe (3) Irmão (10) Avó Materna

(1) 1º Grau

(0) Sem Renda

(4) Irmã (5) Tio (11) Filho (12) Filha

(2) 2º Grau

(1) < 2 Sal./min

(2) 2 a 5

(6) Tia (7) Avô Paterno (13) Outros (14) Sem história na família

(3) 3º Grau (3) 5 a 10

(4) Outro

(4) > 10 Salários

(0) Não bebe (1) 1 Aperitivo diário (2) 1 Garrafa por dia (3) 1 Garrafa por semana (5) Parou de beber há menos de 5 anos (6) Parou de beber há mais de 5 anos ou mais

(4) 2 Garrafas por semana

14 – Tabagismo: OBS.:1 cigarro de palha = 4 de papel industrializado (Franco, L.E.; et al.; Int. J. Câncer: 43:, 1989) (0) Não fuma (1) 5 de papel (2) 10 de papel (3) 15 de papel (4) 20 de papel (5) Parou de fumar há menos de 5 anos 15 – Chimarrão:

(0) Não toma (1) 1 vez ao dia

16 – Dentista:

(0) Não vai

(2) 2 vezes ao dia

(6) Parou de fumar há mais de 5 anos

(3) 3 ou + vezes ao dia

(1) Só com dor

(2) 1x ao ano

(3) 2x ao ano

(4) Extraiu todos

(3) Folheto

(4) Cartazes

(5) Outros

17 – Fez preventivo de lesões cancerizáveis de boca:

(0) Não Fez (1) Fez

(2 Não sabia

18 – Procurou o exame de boca:

(1) Rádio

(2) Ocasional

19 – Confiabilidade das resposta: (1) Boa

(2) Regular

(3) Não confiável (Opinião do entrevistador, não fazer a pergunta ao entrevistado)

20 – Higiene bucal: (1) Boa (2) Regular

(3) Ruim

21 – Prótese: (0) Sem prótese, porém sem dente Prótese Parcial Removível (PPR) metálica g (1) Superior (2) Inferior (3) Ambas Prótese Parcial Removível (PPR) acrílica g (4) Superior (5) Inferior (6) Ambas Prótese Total g (7) Superior (8) Inferior (9) Ambas 22 – Lesão:

(1) Sim

(2) Não

23 – Tipo da lesão: (1) Inflamatória g (2) Afta (3) Candidose (4) Herpes (5) Pênfigo (6) Lupus (7) Traumática g (8) Fibroma (9) Hiperplasia fibrosa (10)–––––––––––– (11) Leucoplasia g (12) Leuc. Plana (13) Leuc. Verrucosa (14) Leuc. Proliferativa (15) Papiloma g (16)----------------––––––– (17) Lesões c/características de malignidade (18) Queilite actínica (19) Hiperceratose (20) Líquen Plano 24 – Local da boca: (8) Lábio inf. 25 – Local da pele:

(1) Assoalho da boca (2) Língua (3) Gengiva (4) Mucosa jugal (9) Comissura Dir. (10) Comissura Esq. (11) Retromolar (1) Frontal

(2) Nariz

(3) Geniano (4) Membro superior

26 – Lesão suspeita encaminhada: (1) Centro Especialidades Odontológicas ou Universidade 27- Encaminhado para Serviço Especializado:

[188] Dr. Laurindo Moacir Sassi

(1) Sim

(2) Não

(5) Palato duro (12) Pilar ant.amigd.

(6) Palato mole (13) Orofaringe

(7) Lábio sup (14) Outros

(5) Membro inferior] (2) Monitora na Unidade Básica

(3) Outros serviços


Depoimentos de pacientes “Amigos, O que relato, é o caso de uma pessoa que descobriu uma doença, que para muitos é fatal. Sendo assim, entrei em pleno desespero e, o ser humano em desespero faz coisas que ninguém imagina, a não ser a pessoa que passa por uma situação desta. Sei muito bem disto porque quando ouvia relato das pessoas que chegaram onde cheguei, não dava muita importância, e na minha consciência fria de muitas vezes ver as coisas, pensava que as pessoas queriam se promover ou promover alguém, ou alguma coisa parecida. Pois bem, quando descobri a doença, a primeira coisa é a gente correr para os pés de Deus, pedir a cura, imaginar o poder dele, que tire esta doença como que um toque de mágica. Pedi para que Jesus Cristo fizesse comigo o que fez com os leprosos, cegos, a multiplicação dos pães, a multiplicação dos peixes, enfim, que fizesse um milagre para que aquela doença saísse do meu corpo da mesma forma que ele praticou os milagres. Fiz os exames fui para a cirurgia e na UTI comecei a lembrar do que tinha pedido e constatei que aquele milagre que Jesus fez com os leprosos, cegos, a multiplicação dos pães, a multiplicação dos peixes, ele tinha feito comigo e usou cada um de vocês, de uma forma ou de outra para se manifestar para mim. As pessoas que oraram, que me visitaram, que me ajudaram financeiramente, os médicos que me avaliaram, os médicos que me operaram, as pessoas que cuidaram de mim no hospital, a atenção e cuidados da minha família, enfim, tudo que recebi das pessoas era o milagre que pedi tanto a Deus. É isto mesmo que estou falando, vocês foram um instrumento nas mãos de Deus e que proporcionaram um milagre como citado nas escritas sagradas. Não tenho como citar nomes, mas sei um por um quem são estas pessoas e agradeço a todos e coloco-me à disposição, sendo que o que precisarem e onde estiverem, não importa, achando que posso ajudar de uma forma ou de outra, sendo à vocês ou pessoas que queiram ajudar, entre em contato comigo e me deem um prazo de apenas chegar ao local, que não medirei esforços para retribuir o que fizeram por mim e até, se Deus me permitir, ser o que vocês foram para mim, nas mãos de Deus – a forma que ele achou para praticar o milagre em mim. Que Deus abençoe a todos.” Paciente J. G. J.

Figura 227: Carta de agradecimento da paciente A.C.P.M., prontuário 8005084, do Hospital Erasto Gaertner ao Dr. Sassi

“Dr. Sassi, faz oito anos que estamos nessa luta. Desde o início do meu tratamento, além de um grande profissional, você também me passou muita confiança. Não te vejo apenas como um médico, mas sim, como um amigo. Agora nós estamos chegando ao fim do tratamento e em todos esses anos, tudo veio dando certo. Nas oito cirurgias que fiz, eu estava sempre muito nervosa e era só você chegar com seu jeito carinhoso que me acalmava. Você sempre está em minhas orações, onde peço a Deus que te dê sabedoria e ilumine as suas mãos, para que você continue esse excelente médico e que com sua equipe tragam a felicidade de muitas pessoas, assim como trouxe para mim. Saiba que tenho um carinho imenso por você e que sou muito grata por tudo o que já fez.” A. B. M.6

6 Nota: paciente iniciou tratamento com sete anos de idade.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [189]


Será que o povo tem todo o tempo do mundo, a ponto de nós podermos andar a passos de tartaruga na prevenção do câncer bucal?

Figura 228: Ilustração Ayrton Scorsato Neto TCA estúdio

[190] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Prevenção resultados1985 a 1988


Sugestão

Resultados

Nossas campanhas de prevenção de câncer bucal atingiram o objetivo proposto, deixando expectativa para novas campanhas. Observou-se uma grande aceitação por parte do público e isto pode ser comprovado por meio dos nossos relatórios. Sugerimos ampliar as campanhas (ações de saúde) de saúde onde se possa incluir a prevenção quaternária em todos Hospitais Terciários do Estado do Paraná.

Foram examinados 22.909 pacientes com 3.970 (20,1%) lesões, em 126 municípios, do total de 399 municípios no Estado do Paraná, pela equipe do Hospital Erasto Gaertner de Curitiba-PR, entre 1989 a 2013. Todas lesões de boca encontradas foram encaminhadas para Secretaria Municipal de Saúde para posterior desfecho nos serviços especializados. Os dados foram agrupados de cinco em cinco anos, conforme abaixo: • 1989 a 1993: Realizados 1.698 exames clínicos de boca com 305 lesões (18%) dessas, 13,8% inflamatórias; 46,9% traumáticas; 38,75% leucoplásicas e outras 0,7%. Biópsias, 2,7%; analfabetos, 24,9%; desconheciam a prevenção, 21,6%; sexo feminino, 68,2%; renda menor que U$ 250, 81,7%; 1º grau incompleto, 61,6%; fumantes, 27,5% e etilistas, 12,75% (SASSI et al., 2013a). • 1994 a 1998: Realizados 2.316 exames clínicos de boca com 287 lesões (12,39%) dessas, 30,0% lesões inflamatórias; 51,25% traumáticas; 54 (18,8%) leucoplásicas. Biópsias 5,25%; analfabetos 18,1%; desconheciam a prevenção 23,4%; sexo feminino 58,5%; renda menor que U$ 250, 64,45%; 1º grau incompleto 55,1%; fumantes 26,8%; etilistas 15,0% (SASSI et al., 2013b). • 1999 a 2003: Realizados 10.938 exames clínicos de boca com 1.926 lesões (16,01%) sendo 32,4% inflamatórias; 53,4% traumáticas; 23,55% leucoplásicas. Biópsias 8,2%; analfabetos 23,25; desconheciam a prevenção 20,35%; sexo feminino 63,05%; renda menor que U$ 250 74,4%; 1º grau incompleto 59,95%; fumantes 21,65%, etilistas 14,75% (SASSI et al., 2013c). • 2004 a 2008: Realizados 1.826 exames clínicos de boca com 375 lesões (20,5%), dessas, 33,2% inflamatórias; 45% traumáticas; 17% leucoplásicas; 0,5% lesões vermelhas e 3,2% outras. Analfabetos 14,6%; desconheciam a prevenção 7,5%; sexo feminino 54,9%; renda menor que U$ 250 58,4%; 1º grau incompleto 50,7%; fumantes 20,3%; etilistas 17,6% (SASSI et al., 2013d). • 2008 a 2012: Realizados 5.522 exames clínicos de boca com 1001 lesões, sendo 28,8% inflamatórias; 48,6% traumáticas; 7,7% leucoplasias; 6,6% papilomas. Analfabetos 15,5%; des-

Curiosidade

Pacientes idosos que frequentam estas campanhas há vários anos pediram uma carteirinha de prevenção. Relatou um deles que iria sugerir a um político que providenciasse tal documento.

Resultados dos trabalhos de prevenção, de 1989 a 20137

Total: de 22.909 pacientes, 3.930 com lesões de boca Distribuição/Sexo Feminino Masculino

38,5% 61,5%

Figura 229: Gráfico de resultados.

Distribuição/Lesões de boca/face Lesões de face Lesões de boca

21%

79%

Figura 230: Gráfico de resultados.

7 Fonte: Hospital Erasto Gaertner

[192] Dr. Laurindo Moacir Sassi


conheciam a prevenção 9,2%; sexo feminino 61,%; renda menor que U$ 250 60,0%; 1º grau incompleto 59,5%; etilismo 17.4%; tabagismo 22,7%; (SASSI et al., 2013e). • 2013: Realizados 609 exames clínicos de boca, com 76 lesões, destes 14,5% analfabetos, desconheciam prevenção de câncer bucal 7,9%, sexo feminino 59,2%, renda menor que U$ 250 68,4%; 1º grau incompleto 59,2%; faz uso do etilismo 25,0% e faz uso do tabagismo 36,8%. • Conclusão: O maior número de lesões foi encontrado em pessoas entre 41 a 70 anos de idade. Todos pacientes com lesões foram encaminhados para centros especializados. Novas ações de saúde devem ser feitas.

Resumo de prevenção de 1989 a 2013 • Projetos de Ação Social realizados no Período de 1989 a 2013 pelo Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial com o apoio do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Erasto Gaertner de Curitiba, Sesc PR, Tribunal de Justiça por meio do projeto de Justiça no Bairro, União dos Gakusseis de Curitiba. A duração foi de um a 15 dias de realização dos exames clínicos em pacientes que aceitavam ser submetidos à prevenção de câncer bucal. Além do exame clínico também houve treinamento aos profissionais de Saúde do município com palestras sobre a prevenção e diagnóstico de câncer bucal e a prática, realizando exame clínico nos pacientes. Foram dados esclarecimentos à população acerca de lesões cancerizáveis da boca, exame clínico da cavidade bucal, coleta de dados pessoais dos indivíduos que se submeteram ao exame clínico, visando traçar o perfil das pessoas neste tipo de trabalho catalogados em uma ficha clínica. • Foram realizados projetos e concluídos nos municípios relacio-

nados onde todas lesões bucais encontradas foram encaminhadas para unidades de Saúde dos municípios de origem para depois encaminhá-los ao serviço especializado no HEG para dar desfecho dos casos. A campanha de prevenção de câncer bucal atingiu o objetivo proposto, deixando expectativa para novas campanhas. Houve uma grande aceitação por parte do público, o que pode ser comprovado em nossos relatórios.

Fatores que podem fazer o diferencial • Manter hábitos de vida saudáveis. • Evitar fumo. • Evitar excesso de bebida alcóolica. • Alimentação saudável rica em vitaminas A, C e E. • Fazer autoexame uma vez ao mês. • Visitas frequentes ao dentista. • Vacina para prevenção do HPV • Pacientes com alto risco para câncer deverão fazer acompanhamento com equipe multiprofissional na área de prevenção quaternária. Após ter passado por todas intempéries climáticas (rios, montanhas, mar, neve, chuvas e frio), temos a certeza que nenhuma barreira foi capaz de interromper o projeto. Podemos garantir que valeu a pena ter lançado este projeto há 25 anos.

Podemos resumir em cinco palavras

Sucesso Prevenção

Educação

Disciplina

Conhecimento

Figura 231: Ações diferenciais na prevenção do câncer.

25 ANOS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER BUCAL NO PARANÁ | HOSPITAL ERASTO GAERTNER (1989 a 2013) [193]


Como compartilhar os conhecimentos dos 25 anos de prevenção de câncer bucal? Escrever um livro foi a forma de materializar a experiência e contribuir com os projetos futuros. “O conhecimento das doenças leva à prevenção”. Acredito na necessidade de ampliar o conhecimento científico nesta área, agregando a atuação de equipe multidisciplinar na prevenção, que considero atualmente praticamente nula. Um projeto bem embasado, com objetivo definido, método bem descrito e claro, alinhado a persistência conseguiu ir adiante, apesar das dificuldades iniciais de implantação. Não havia uma visão da necessidade de prevenir o câncer de boca somente do tratamento que muitas vezes era tardio, paliativo com prejuízos enorme à qualidade de vida deste doente. Compartilhando a experiência dos 25 anos na prevenção do câncer bucal no Estado do Paraná lanço algumas questões: Quando iremos nos posicionar? A quem atribuir a culpa? Aos governos federal, estadual ou municipal? A cada um de nós? Enquanto ficarmos somente buscando os culpados a fila de doentes continuará crescendo. Os dados estatístico que buscamos na literatura eram muito poucos. Hoje possuímos muitas ferramentas de busca de conhecimento científico e deixamos publicada a estatística de 25 anos de campanhas de prevenção de lesões bucais no Estado do Paraná no intuito de colaborar em novos projetos de ações de saúde (Sassi, et al. (supll, Greece) Oral oncology, Congress, Anais, 2013). Espero que a comunidade científica dê sequência a esta pesquisa. Porque o tempo foi, é e será o astro rei na estatística. Curitiba, 30/10/2013.

[194] Dr. Laurindo Moacir Sassi


Uma mostra do QUE é possível fazer em 25 anos Em síntese, mais de 200 artigos e apresentações de pesquisas em congressos internacionais e nacionais, mais de 12 novas técnicas cirúrgicas em reconstrução com retalho microvascularizado de fíbula na reconstrução dos ossos da face, além do aparelho nivelador de face, relacionados à prevenção e à formação de novos profissionais e nas reabilitações de pacientes mutilados pelos tumores, por ter havido falha na prevenção, sendo reconstruídos e devolvidos à sociedade com suas funções de deglutição, fonação, estética devolvidas. Nestes 25 anos realizamos inúmeros projetos de prevenção de câncer bucal no Estado do Paraná e ultrapassamos os 22 mil atendimentos. Por acreditar em um objetivo e ter avaliado e orientado sobre a prevenção do câncer bucal, o autoexame e os hábitos nocivos à saúde, como fumo e álcool, é que as pesquisas nos provam serem fatores desencadeantes do câncer bucal. Hoje temos a certeza de que muitos abandonaram os vícios e seguiram as orientações da prevenção. Assim, muitos destes pacientes evitaram ser candidatos a tratamento do câncer nos centros oncológicos.

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Considerações finais As ações de saúde e diagnóstico precoce de lesões bucais são os métodos eficazes de prevenção do câncer bucal, estimulando e disseminando a técnica do autoexame e identificando os principais fatores de risco, ou seja, álcool, fumo e HPV. Geralmente, o tratamento de tumores avançados tem um resultado muito pobre, um processo oneroso, de grande morbidade e sofrimento. Após a trajetória dos 25 anos de trabalho na área de prevenção de câncer bucal no Estado do Paraná temos a certeza que este é o melhor caminho, porém devemos acrescentar a qualidade de vida. Nosso objetivo é direcionar as escolas de Ensino Fundamental para que possam introduzir no currículo a qualidade de vida com hábitos saudáveis (evitar o fumo e o excesso de álcool). Entretanto, o projeto deverá ser aplicado desde a pré-escola. Mostrar que o fumo leva o homem à impotência sexual e causa o envelhecimento precoce da pele, tanto a mulher como do homem. Além da prevenção em escolas, ações de saúde em geral, criação centros de prevenção quaternária nos hospitais terciários para pacientes de alto risco para câncer e a formação de equipes multiprofissionais com a participação de Geneticistas. No Hospital Erasto Gaertner iniciaram-se reuniões para a criação de um centro de prevenção de pacientes de alto risco para o câncer (Dia 21/08/2013, com a presença além do Prof. Dr. Laurindo Moacir Sassi, PhD; do Geneticista Prof. Dr. José Casalli, PhD e da Profa. Dra. Juliana Lucena Schussel, PhD, com formação em Patologia e pertencente ao Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do nosso Hospital) No dia 12 de setembro foi realizada a terceira reunião na qual contou-se com a incorporação do Serviço de Mama e com a presença do Dr. Sérgio Bruno Bonatto Hatschbach, chefe do Serviço de Mama e Ginecológico,

além da equipe do projeto do Dr. Sassi; Dra Juliana Schussel; Dr José Casali. Foi definido o local do Ambulatório de ama e Genética, o qual será na Ala de Radioterapia. O exame preventivo de câncer de boca será no ambulatório do Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial nas terças e quintas-feiras à tarde. O de mama e Genética será realizado nos dias equivalentes. Foi definido o nome do ambulatório: “Ambulatório de Prevenção de Câncer Personalizada”.

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Dr. Laurindo Moacir Sassi Rua: Dr. Ovande do Amaral, 2001 Jardim das AmĂŠrica - Curitiba-PR Telefones: (41) 3361-5000 / (41) 3244-7405 / (41) 9974-5322




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