Versátil Magazine 04

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Ano 1 • Edição 04 • Jun / Jul 08 • Distribuição gratuita

20.000 exemplares

auditados pela ASPR Auditores Independentes.

Os mascotes do Centenário da Imigração Japonesa Gastronomia

Bem Estar

Decoração

Roteiro Oriental

Shiatsu

Minimalismo japonês

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Na natureza, nada se perde... ...tudo se aproveita.

Foto:

Praia do Lรกzaro e Domingas Dias - Ubatuba


SUMÁRIO

06 Nosso Bairro 24 Decoração Brasil e Japão

Minimalismo japonês

26 Bem Estar Shiatsu

28 Esportes Origem das artes marciais

08 Educação 30 Gastronomia

Prioridade não tem plural

Roteiro Oriental

09 Educação Kumon

10 Games Spore

12 Pet Terapia Assistida por Animais

31 Vinhos Combinam com comida japonesa?

14 Saúde Implantes dentais

32 Veículos

16 Turismo 33 Cidadania

Deserto de Atacama

Você pratica a inclusão?

18 Meio Ambiente 34 Mix Cultural 20 Entrevista 41 Cupons de Descontos Tikara e Keika

Foto: Mauricio de Sousa Produções


EDITORIAL

Expediente

HYAKUNENSAI OMEDETO GOZAI MASU*

Diretor Edgar M. Kage Jornalista Responsável Marcos Garbelini – MTB 50.991 marcos.belini@terra.com.br Projeto Gráfico e Diagramação ED+ Comunicação

* Parabéns pelo Centenário

A Versátil Magazine procurou uma forma de prestar uma justa homenagem à Comunidade Nipônica residente da região. Uma geração de pessoas de importância incomensurável ao país pelo exemplo de trabalho árduo, disciplina e equilíbrio. Do navio Kasato-Maru que partia de Kobe em 1908, muitos viajantes não imaginavam trabalhar até como escravos, nem as dificuldades que enfrentariam pela barreira do idioma. Daí em diante, a trajetória tem sido heróica. Há muitos descendentes de japoneses que vivem em nossa região, alguns deles a Versátil Magazine apresentará nesta edição especial. Parabenizamos a todos que souberam transformar suas adversidades em sabedoria! Decidimos, para nossa capa, pela leveza encontrada nos personagens criados por Mauricio de Sousa e Alice Takeda, que mais uma vez surpreendem pela criatividade ao trazerem Keika e Tikara como mascotes das comemorações do Centenário de Imigração dos japoneses ao Brasil. Ao casal, nosso agradecimento sincero pela gentileza concedida. Entrevistamos um jovem judoca que é também campeão de sumô; um senhor responsável por trazer o aikidô para o Brasil e que tem sua academia localizada no Butantã; e um engenheiro que participou ativamente na construção do primeiro Metrô de São Paulo e que atualmente traduz livros do idioma japonês. Em nosso Mix Cultural, apresentamos alguns livros traduzidos, além de seleção de textos imperdíveis de autores consagrados no Japão. Ainda nessa seção, sugestões de DVDs de filmes japoneses e lançamentos do cinema. A importância da educação em nossa sociedade foi novamente lembrada: a seção Educação faz uma menção interessante ao Japão pós-guerra, que se reergueu com dignidade porque priorizou o ensino das crianças. Quem assina a matéria é um experiente professor, que levará o leitor a uma reflexão inspirada no exemplo do país do sol nascente. No mais, a Versátil Magazine continua apresentando em suas seções de gastronomia, turismo, pet, saúde e beleza excelentes opções para nosso leitor.

ARIGATÔ! Os editores

Revisão Carlos Copelli Comercial comercial@revistaversatil.com.br Administração Lourdes Ap. R. Penteado Colaboradores Adelino Varella, Carlos Alexandre Nascimento, César Dinóla, Danilo Valeta, Juliana Jamilles, Luciana Sorensen, Nicole Balestro, Paola P. Picalomini, Ricardo Franco Barbosa, Samuel Haddad e Thiago Passos. Agradecimento Especial Alice Takeda, José Alberto Lovreto, Malu Castelo Branco, Maria Luiza Paiva e Mauricio de Sousa Foto da Capa Mauricio de Sousa Produções Pré-Impressão, Impressão e Acabamento Diretriz Assessoria Gráfica Distribuição nas regiões do Butantã, Vl. Indiana, Jd. Rizzo, Vl. Gomes, Jd. Bonfiglioli, Morumbi, Jd. Guedala, Vl. São Francisco e Pq. dos Príncipes. Tiragem 20.000 exemplares Auditoria de Tiragem ASPR Auditores Independentes Tel.: 4437-6000 Certificado à disposição dos interessados. Versátil Magazine é uma publicação bimestral, distribuída gratuitamente e não se responsabiliza por eventuais mudanças na programação fornecida, bem como pelas opiniões emitidas nesta edição. Todos os preços e informações apresentados em anúncios publicitários são de total responsabilidade de seus respectivos anunciantes, e estão sujeitos a alterações sem prévio aviso.

Para Anunciar: (11) 3798.8135 comercial@revistaversatil.com.br www.revistaversatil.com.br

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‘ BAIRRO

Por Juliana Jamilles e Carlos Alexandre Nascimento Fotos: Divulgação

BRASIL E JAPÃO: CEM ANOS DE CONTRIBUIÇÕES

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uando os passageiros do navio Kasato-Maru aportaram no Brasil há um século atrás, não tinham idéia da contribuição cultural que propiciariam à população brasileira. E para falar a verdade, nem era essa a sua intenção. O objetivo principal era enriquecer no Brasil e retornar para sua pátria no extremo oriente. Porém, esse objetivo não foi alcançado com a rapidez que esperavam e, como em quase todos os processos de imigração, o começo não se apresentou de forma animadora. A realidade com que se depararam os primeiros imigrantes nipônicos era um tanto diferente das frases de incentivo que estavam presentes nos cartazes, que pregavam sua vinda às terras brasileiras. O árduo trabalho na lavoura, as péssimas condições de moradia e as contrariedades em relação ao pagamento de salários, que estavam bem distantes dos prometidos, configuraram-se entre alguns dos problemas encontrados pelos japoneses. Contudo, tais adversidades não foram capazes de minar a sua determinação, muitas vezes caracterizada pela tradicional disciplina oriental voltada para a construção de uma vida melhor. E foi com a percepção de que precisavam se unir para vencer os obstáculos

impostos nos momentos iniciais de adaptação, que formaram as primeiras cooperativas de trabalhadores agrícolas, onde podiam debater sobre os rendimentos da produção e, mais do que isso, resguardar as tradições e os valores do Japão. As dificuldades encontradas nesse início da imigração aos poucos foram sendo minimizadas, mas não desapareceram por

completo. Dentre os problemas que viriam, há que se destacar a limitação para entrada de imigrantes no Brasil durante a ditadura de Getúlio Vargas e, além disso, a ocorrência da Segunda Guerra Mundial, que teve como conseqüência o rompimento das relações entre Brasil e Japão. Isto fez com que o governo brasileiro adotasse

medidas sobre os japoneses e seus descendentes que estavam em nosso país, como por exemplo, a proibição de reuniões e do uso do idioma, o que constituiu um duro golpe contra a manifestação da milenar cultura japonesa. Mas, os nossos “samurais de terras tupiniquins” também venceram mais essas batalhas e alicerçaram no Brasil meios de crescimento econômico e social, sem deixar apagar a chama que os unia e une ao seu país de origem. Dentre muitos que poderíamos citar, mas que as páginas desta revista não seriam suficientes para comportar, escolhemos algumas personalidades da região que, de uma forma ou de outra, representam os integrantes da maior comunidade japonesa fora do Japão. Iniciemos, então, com o senhor Reishin Kawai, para muitos Sensei Kawai. Homem ilustre, com mais de setenta títulos honoríficos, dentre eles três de personalidade brasileira. Ao nos confidenciar sua trajetória até o nosso país, descobrimos um homem de muitos relatos interessantes a começar por sua quase ida para a Segunda Guerra Mundial na Marinha Japonesa. Fato este que foi interrompido pelo fim do conflito.


Após uma longa viagem de navio, Reishin Kawai conheceu o Brasil e depois de viajar pela Europa, retorna em fins da década de 1950 às terras brasileiras, já com a intenção de difundir a Acupuntura e o Aikido, inicialmente no interior de São Paulo e depois na capital. O Aikido - arte marcial milenar - até então era desconhecida pelos brasileiros e pouco conhecida entre os próprios japoneses que aqui residiam. Com essa carga de responsabilidade, que ele mesmo descreve, conseguiu romper a desconfiança e resistência que as pessoas impunham a essa arte. Acostumado ao modo de vida brasileiro, o senhor Reishin Kawai é sem dúvida um dos grandes contribuintes para o acréscimo dos valores japoneses à cultura brasileira. Outro que destacamos é o senhor Shintaro Hayashi, o qual, como muitos descendentes, nasceu no Estado de São Paulo em uma família tipicamente japonesa, que tem como característica a grande preocupação com a educação de seus filhos. Sua mãe lhe ensinou as primeiras palavras e já aos cinco anos de idade aprendeu a ler e a escrever, o que foi precoce, uma vez que as crianças iniciavam o processo de alfabetização aos 8 anos de idade.

No Brasil, destacou-se como engenheiro formado pela Escola Politécnica, tendo sido uma das pessoas que trabalhou na construção do primeiro metrô de São Paulo. Apaixonado por literatura, dedica-se à tradução de livros do japonês para o português. A obra “Sanshiro Sugata” conta a origem do judô e foi lançada um outubro de 2007. “Uma questão pessoal” de Kenzaburo Oe também foi traduzida por Shintaro. Atualmente prepara tradução de contos de Akutagawa e de uma obra sobre a história dos cem anos de imigração japonesa no Brasil, do jornalista Osamu Toyama, esta ainda sem título em português, e que recebeu o Prêmio Literário da Colônia de 2007. Devemos todo o nosso reconhecimento ao senhor Shintaro Hayashi por sua contribuição, tanto na área da engenharia, quanto na aproximação, que nos permite, através de seu trabalho como tradutor, maior contato com a literatura japonesa. Não poderíamos deixar de falar sobre um brasileiro de vinte e três anos que “sente na pele” a influência direta da cultura japonesa. Este típico brasileiro de coração japonês é Júlio César Vieira, faixa preta em judô, esporte que pratica desde os doze anos. Dedica-se também ao sumô, fazendo

parte da seleção brasileira e já conquistou diversos títulos para o país. Seu interesse por esse esporte surgiu ao mesmo tempo em que praticava o judô. Júlio nos confidencia que, lamentavelmente, no Brasil o praticante de sumô enfrenta muita resistência por parte da população que ainda não o conhece suficientemente para valorizá-lo, o que fica evidente pela própria ausência de patrocinadores (fica aí nosso alerta). Esse problema impede que seus praticantes se dediquem exclusivamente a ele, tendo que aliar o esporte a outras atividades profissionais. Júlio também nos confessa sua gratidão à influência da cultura japonesa em sua vida, a qual não se deu unicamente através do esporte, pois também o ajudou a superar problemas de saúde como a asma e também determinou o seu gosto pela música japonesa. Além de tudo isso, há o fato de poder contar com pessoas de origem nipônica entre os seus melhores amigos. Com seu jeito discreto e conservador, o povo da terra do “Sol Nascente” trouxe ao nosso país uma infinidade de traços que enriqueceram a já diversificada cultura brasileira. A todos eles, nossos sinceros agradecimentos.


EDUCAÇÃO

Por Geraldo Covre Foto: Divulgação

PRIORIDADE NÃO TEM PLURAL

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utro dia tive um encontro muito interessante com alguns de meus exalunos. O encontro teve por finalidade festejar os 35 anos de término do curso do ensino médio para os mais velhos e os 30 anos para os mais jovens. Fui professor desse pessoal em um tradicional colégio paulistano. Lá pelas tantas, perguntaram-me se eu ainda continuava entusiasmado com a educação e, se ainda considerava que ela continuaria sendo a única saída para o Brasil, como para qualquer outro país. Respondi que sim. Um dos presentes, hoje político importante, disse-me que concordava com a minha afirmação, mas que faltavam recursos para a educação e que esse é, e sempre foi, o grande problema. Respondi que na realidade faltava uma posição política, na qual educação fosse a prioridade do governo. Diante de minha afirmação ele me disse que a educação é uma das prioridades do governo. Minha resposta foi: “a palavra prioridade não tem plural”. Prioridade é apenas uma e não muitas. Ele ficou me olhando atravessado e eu lhe disse que se a educação fosse realmente a prioridade de qualquer governo, não faltariam recursos para ela. Em seguida fiz uma provocação; aliás, ele a entendeu assim, mas não foi e não é a minha posição. Afirmei: eu não tenho a opção de usar ou não os serviços de muitas companhias estatais ou paraestatais, como as empresas que me fornecem gás encanado, água ou energia elétrica. Se elas não precisam disputar clientes, a propaganda torna-se desnecessária, a não ser que esta seja uma fonte de corrupção: tipo mensalões, mensalinhos, etc. Sugeri ainda que todo o dinheiro gasto na propaganda das mesmas fosse durante 10 anos destinado à educação. A proposta

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só mereceu algumas considerações e apenas porque foi feita pelo ex-professor. Tive um grande amigo que me contou sobre um filme feito no Japão logo após a Segunda Guerra Mundial. Ele, um nissei, que nas palavras de Rolando Boldrin “partiu antes do combinado“, era um excepcional professor de Química e foi quem me falou sobre esse filme. A maioria da população japonesa em 1945 era constituída de crianças e de velhos. Apesar de o governo japonês ter assinado a rendição, era ainda muito respeitado pela população. Teve naquele momento que definir a prioridade de investimento: nas crianças ou nos velhos? Não obstante respeitar estes, o governo resolveu priorizar os investimentos naqueles. Investir em criança significa investir em educação. A prioridade do governo japonês, e não uma de suas prioridades, foi o investimento em educação. Para demonstrar isso foi feito esse filme do qual participou o Imperador Hiroito. Na abertura o filme fala-se da importância da educação, da necessidade dos estudos, assim como das obrigações dos estudantes. Ao final aparece, no meio de um grande arrozal, uma casa onde algumas crianças entre 7 e 12 anos se aproximavam. A ela também se dirigia um jovem que aparentava ter uns 17 anos. Este era o professor daquelas crianças. Eles entram na casa e o jovem professor inicia sua tarefa. A seguir o filme mostra um carro preto deslocando-se pela estrada que corta o arrozal trazendo o imperador. Quando o carro pára diante da casa, as crianças saem dela e todos o homenageiam, curvando-se diante dele; na realidade, deitando-se à sua frente. Quando se levantam, Hiroito vai até o jovem professor e se inclina perante ele, prestando-lhe homenagem. Certamente foi

uma das únicas vezes que o soberano assim procedeu. E disse: “as portas do meu palácio sempre estão abertas aos professores”. Imagine a repercussão que esse filme teve na população japonesa. E no que diz respeito às nossas famílias? A educação é realmente prioridade em seus lares? Diante de uma possível escolha entre comprar um livro e comprar um celular reivindicado pelo jovem que está em casa, qual é a sua opção? Um celular, o mais barato, custa hoje, no mínimo, 30 reais por mês. Este valor é o custo de um bom livro. Qual foi a sua posição? E quanto ao tempo realmente destinado ao diálogo com o jovem em seu ambiente familiar? O diálogo não significa obrigatoriamente a concordância. As crianças nem sempre encontram em casa a figura de autoridade; as famílias não são o que eram antes - um núcleo muito amplo - hoje o único que muitas crianças entram em contato é a televisão, ela sim está sempre presente em casa. Não é com freqüência que os pais querem assumir autoridade (autoridade e não autoritarismo), preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos “seja alegre” e sem conflitos, empurrando o papel disciplinador quase que exclusivamente para os professores. No entanto, quando os professores tentam exercer esse papel, são os próprios pais e mães, os quais não exerceram essa autoridade sobre os filhos, intentam exercê-la sobre os professores, vindo a confrontá-los. O ensino e a educação devem ser responsabilidades compartilhadas pela escola e pela família. Geraldo J. Covre é engenheiro, administrador e professor há mais de trinta anos. Leciona atualmente em universidade e cursinho prá-vestibular.


Por Marcos Garbelini Foto: Divulgação

EDUCAÇÃO

O MÉTODO KUMON DE ENSINO

Através do estudo autodidata, o método transmite ao aluno uma gama de conhecimentos importantes para uma vida futura em sociedade

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riado pelo japonês Prof. Toru Kumon em julho de 1954, o método objetiva o desenvolvimento da postura autodidata em crianças, através do estudo individualizado, formando pessoas com condições de contribuir para uma sociedade ainda melhor. O Prof. Toru Kumon tinha a preocupação de que seu filho Takeshi desenvolvesse o potencial máximo de aprendizado para conseguir trilhar seu próprio caminho. Sem tempo para lecionar para o filho, o professor de matemática criou um material didático próprio e auto-instrutivo para que o mesmo estudasse sem depender dos ensinamentos alheios. Em pouco tempo, as dificuldades de Takeshi foram sanadas e o Prof. Toru Kumon percebeu que seu filho poderia aprender conteúdos avançados em relação à sua série. Há que se considerar que Takeshi adquiriu conhecimentos de nível universitário estando ainda na sexta série do ensino fundamental. O método consiste basicamente no respeito à particularidade e ao ritmo de desenvolvimento de cada aluno, o qual assume o compromisso com a própria aprendizagem. Enquanto estuda Matemática, Português e Inglês, o indivíduo aprende como buscar o conhecimento e se prepara para o futuro. Salienta-se que o método Kumon também ensina a Língua Japonesa para mais de dois mil alunos no Brasil, desde crianças até pessoas da terceira idade. Mesmo quem nunca teve noção dessa Língua poderá iniciar o curso, que prioriza a capacidade de leitura e da escrita. Os orientadores do método possuem conhecimento e treinamento pedagógicos adequados para oferecer dicas voltadas à resolução e à correção dos exercícios. Traçam o planejamento de estudos e ainda prestam serviços de avaliação diária sobre o desempenho do estudante. A duração do curso varia de acordo com o ritmo de aprendizado, metas de estudo e o tempo disponível de cada aluno para fazer as lições diárias. O material é exclusivo dos matriculados no curso e aborda desde conteúdos pré-escolares até os de nível universitário. Este método chegou à América Latina em 1977, quando foi aberta a primeira unidade em Londrina (PR). Os resultados de Takeshi se espalharam pelos cinco continentes e hoje são aplicados em 45 países para mais de quatro milhões de alunos. Central de Franquia São Paulo Rua Tomás Carvalhal, 686 – Paraíso – São Paulo – SP Fone/Fax: (+55 11) 3059-3711 - e-mail: sp@kumon.com.br Horário de Atendimento: 2ª a 6ª feira, das 8h30 às 17h30

Denise Sawaia Tofik é diretora acadêmicopedagógica na Universidade de Santo Amaro, professora universitária e assistente social pela PUC-SP, onde desenvolve o seu doutorado.


GAMES

Por Danilo Valeta Fotos: Divulgação

SPORE Quem quer brincar de Deus?

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ill Wright gosta de brincar de Deus. Considerado um dos maiores criadores de jogos do mundo, Will alcançou a notoriedade com a clássica série SimCity. Mais tarde criou o jogo mais vendido de todos os tempos – o aclamado The Sims. Este ano Will Wright e sua empresa - a Maxis - apostam todas as fichas em mais um título que promete tirar o sono dos jogadores. O nome dessa nova empreitada é o Spore. O objetivo? Criar a vida!

Darwinismo Virtual Depois de gerenciar cidades (SimCity), fazendas (SimFarm), formigueiros (SimAnt) e até famílias (The Sims), o novo desafio é no mínimo instigante. Ao jogar o Spore, você começa como uma única criatura unicelular em um mundo primitivo, onde a vida ainda está em formação. Através de habilidade e estratégia, você precisa “evoluir” sua criatura. De uma pequena ameba evolui para um organismo multicelular, depois para um animal, uma tribo e, por fim, para uma civilização inteira. Dividido em cinco estágios diferentes, o Spore leva você a uma viagem pela origem da vida e da civilização. Começando como uma criatura unicelular, você precisa tornar-se uma ameba de sucesso. Para isso deve comer outras criaturinhas

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e evitar ser comido pelas criaturas maiores. Comer criaturas permite a você ajustar sua criatura, colando-lhe apêndices que permitirão torná-la mais rápida ou mais forte. Com o tempo sua criatura vai evoluir para um animal completo. Vai competir em terra firme por alimento, território e companheiros(as) para acasalamento. Você continua evoluindo sua criatura acrescentando-lhe olhos, bocas, pernas, braços, caudas, asas e muito mais. Cada nova característica muda os parâmetros e os seus comportamentos, que eventualmente cria descendentes e forma uma tribo. Neste ponto o game se transforma em um jogo de estratégia, pois você precisa coletar recursos, descobrir tecnologias e interagir com outras tribos; interação essa que pode ser feita através de acordos diplomáticos ou pelo fio da espada.

Com o crescimento de sua população, sua tribo se transforma em uma civilização. A partir desse momento, sua criatura pára de evoluir, mas você ainda pode projetar prédios, veículos e armas, da mesma forma como fez com suas criaturas. Quando sua civilização torna-se a força dominante do planeta, a quinta e última etapa do jogo começa: a fase espacial. Ocasião em que você projeta discos voadores e vai explorar outros planetas, habitados por criaturas e civilizações criadas por outros jogadores. Todas estão catalogadas nos servidores on-line da Maxis. Há que se destacar que todos estes elementos contêm enormes doses de liberdade e criatividade. Spore está sendo desenvolvido há alguns anos e finalmente tem data para sair: 7 de setembro de 2008, chegando para PC, Mac, Nintendo Wii e Nintendo DS.



PET

Por Dr. César Augusto Dinóla Pereira Foto: Divulgação

TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS A Terapia Assistida por Animais, muito conhecida no exterior, ainda está em fase experimental no Brasil, mas já apresenta bons resultados.

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chamada Terapia Assistida por Animais (TAA) é, essencialmente, uma prática multidisciplinar e multiprofissional, na qual um animal “terapeuta” pode participar como um agente promotor da saúde física, psíquica, cognitiva e emocional, auxiliando diversos profissionais da área da saúde como fisioterapeutas, psicólogos, enfermeiros, entre outros. A princípio vários animais domésticos podem ser utilizados na TAA, contudo, o cão, em função do seu temperamento, inteligência e capacidade de sociabilização, ganhou um papel de destaque sendo citado como “coterapeuta” em diversos estudos realizados com esta finalidade. O fundamental é que o cão candidato à prática de TAA seja avaliado por um médico veterinário, que se responsabiliza por atestar a sanidade física do cão e um especialista em comportamento animal e adestramento, que realiza a avaliação de características comportamentais como a sociabilização, obediência e temperamento.

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Quanto aos critérios de inclusão dos pacientes candidatos à TAA, não existem restrições quanto à faixa etária. Contudo, uma questão relevante é a total cumplicidade entre o atendido e o cão. Como qualquer forma de comunicação, a interação homem/animal depende da disposição e consentimentos das partes envolvidas. Sendo assim, o atendido deve ser questionado, quando possível, da sua afinidade por animais, histórico de agressões e até de processos alérgicos. Apesar de amplamente divulgada no exterior, a TAA ainda é embrionária no Brasil e neste contexto, na Universidade Anhembi Morumbi, os trabalhos de TAA tiveram início no segundo semestre de 2005 na forma de projetos científicos pilotos. De início, o objetivo central era avaliar a eficácia desta prática, como atividade complementar a fisioterapia convencional, durante o atendimento de crianças com paralisia cerebral, atendidas por profissionais do SPA Saúde da Universidade. Em função dos excelentes resultados

apresentados, atualmente desenvolvemos linhas de pesquisa nesta área e implantamos um programa de extensão objetivando um público maior. Fazem parte da equipe multidisciplinar os professores doutores César Augusto Dinóla Pereira, Camila Sotello Raymundo e Álvaro da Silva Santos, respectivamente dos cursos de Medicina Veterinária, Fisioterapeuta e Enfermagem, o especialista em comportamento e adestramento de cães Dennis Martin (British Institute of Professional Dog Trainers), o Médico Veterinário Fernando Henriques de Almeida Ferraz e as alunas Talita Yoshikawa Pongelupe, Jennifer Ann Raposo (Medicina Veterinária) e Michele Martins Fosco (Fisioterapia). Prof. Dr. César Augusto Dinóla Pereira Professor das disciplinas de Microbiologia e de Doenças Infecciosas para alunos do curso de Medicina Veterinária, assessor acadêmico de ensino e responsável técnico pelos animais do canil da Universidade Anhembi Morumbi.



Por Dra. Rosiris Dall’agnol Foto: Divulgação

SAÚDE

IMPLANTES DENTAIS Uma solução definitiva para portadores de próteses.

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om o desenvolvimento da odontologia, a reabilitação protética dos pacientes tem encontrado nos implantes dentais a primeira opção para a resolução da maioria dos problemas por falta dos dentes. O bom resultado e o sucesso da técnica dependem, dentre outros fatores, das condições bucais e sistêmicas da pessoa, da fabricação do implante utilizado, da correta técnica cirúrgica e a da protética desenvolvida pelo cirurgião-dentista habilitado e capacitado. Os implantes são raízes artificiais instaladas (implantadas) nos ossos mandibular ou maxilar. Ao substituírem as raízes dentais, possibilitam a confecção de próteses sobre eles, permitindo a reabilitação estética e funcional (mastigação), além de devolver a qualidade de vida social com o resgate da auto-estima e da autoconfiança ao desdentado.

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Este sistema proporciona conforto e eficiência na mastigação, de forma similar aos dentes naturais, sendo superiores ao uso de próteses totais (dentaduras) e de próteses removíveis. Atualmente os implantes são fabricados com titânio comercialmente puro, com biocompatibilidade (não rejeição) cientificamente comprovada, portanto não causam reações adversas e permitem assim a osteointegração. Denomina-se osteointegração o processo em que o osso e o implante se integram de maneira fixa, sem mobilidade ou sensibilidade quando em mastigação. Este mecanismo é o que permite a alta taxa de sucesso. O bom candidato ao implante é a pessoa na qual falta um dente ou mais, ou que suas próteses não estejam confortáveis ou estáveis, ou ainda que estejam

estética ou funcionalmente inadequadas, gerando insegurança. Não são bons candidatos os portadores de doença sistêmica grave, como por exemplo, a leucemia, pacientes com câncer em tratamento, diabetes não controlada, doenças psiquiátricas, crianças e jovens até 15 anos, grávidas, dependentes químicos e fumantes em geral. A taxa de sucesso atualmente registrada para os implantes dentais é de 95%. Isto torna a técnica muito segura, previsível e duradoura, validando seu investimento. Sem dúvida, uma alternativa ímpar para o tratamento odontológico. Dra. Rosiris Dall’agnol é Cirurgiã-Dentista Bucomaxilofacial, Mestre em Cirurgia de Cabeça e Pescoço CRO 37154 Tel. 2977-2426


• Yakisoba • Sushi • Salgados • Petiscos • Bolos Caseiros • Chocolates Caseiros • Self-Service de Sorvete • Encomendas para festas Delivery e a La Carte Horário de Funcionamento: Segunda e Terça das 10:30 às 20:30hs Quarta a Sábado das 10:30 às 22:30hs Domingo e Feriados das 17:00 às 21:00hs

3731.6773 3731.8487 Praça Isai Leiner, 77 - Jd. Bonfiglioli


TURISMO

Por: Cláudia Liba e Luciana Sorensen Fotos: Divulgação

O DESERTO DE ATACAMA EM DIFERENTES NUANCES

Uma viagem pelo altiplano chileno proporciona uma visão de cores e geologia surpreendentes.

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ma viagem pelo Chile sempre surpreende: há belezas naturais do sul ao norte do país. Nesta edição, destacamos o deserto mais árido do planeta: o Deserto do Atacama. Este local, único em sua geografia e beleza, oferece, até mesmo aos olhares mais viajados e experientes, oportunidades ímpares para desfrutar paisagens espetaculares, lagoas salgadas e altiplânicas, vilas cordilheiranas, gêiseres e vulcões distribuídos de forma deslumbrante em seus 200 mil quilômetros de área.

Por onde começar Para conhecer o deserto, deve-se hospedar no Vilarejo de San Pedro, próximo a cidade de Calama, onde já se pode sentir a aridez da região. Em San Pedro - que mais parece um oásis no meio do deserto - você poderá conhecer a igreja que dá nome à cidade e que foi construída há quase 400 anos, apreciar casas originais do século XVI e visitar o

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Museu La Paige com muitas peças em ouro, cerâmica e até múmias, que guardam muito da milenar história local. Durante o dia vale a pena alugar uma bicicleta, ou mesmo fazer uma caminhada para conhecer os atrativos da vila. Por causa do caráter essencialmente turístico da cidade, o visitante conta muitas opções interessantes de pousadas e hotéis aconchegantes, além de bares e restaurantes típicos que servem pratos tradicionais da culinária local, como a saborosa cazuela – espécie de cozido com carnes, batatas e arroz. O final da tarde é muito especial e agradável; o pôr do sol destaca ainda mais a imensidão e a intensidade de cores entre a terra árida e o céu azul. A temperatura começa a baixar rapidamente, prenunciando a noite que sempre é muito fria e límpida, momento especial para degustar um bom vinho chileno, aquecer-se diante de uma lareira ou agasalhar-se bem, sair e apreciar o céu maravilhosamente estrelado.

O que explorar Uma atração imperdível é o passeio pela Cordilheira de Sal, no famoso Vale da Lua cuja geologia, cheia de depressões e rochas, lembra as crateras da lua. O local dever ser visitado preferencialmente ao cair da tarde, quando o pôr do sol no deserto apresenta uma impressionante mudança nas cores da cordilheira. No caminho, atenção aos cânions, formações rochosas e dunas. O viajante não deve perder a oportunidade de conhecer o Salar do Atacama. Com quase 100 km de extensão, trata-se de uma planície coberta por sal e calcário, vestígios de um mar que ocupou grande parte do altiplano chileno. Dele, afloram lagoas azuis que contrastam com as cores dos flamingos (rosas, amarelos ou cinzas).


No caminho, vale conhecer mais a fundo as diversas paisagens da região. A pequena Vila de Toconao, construída em pedra vulcânica (liparita) e, no meio do percurso que leva à Cordilheira dos Andes, a Vila de Socaire, com sua igreja centenária e terraços pré-incas de cultivo de Quinua, planta típica do deserto. Subindo a cordilheira, a 4.300 metros de altura, os viajantes chegam a duas deslumbrantes lagoas cercadas de vulcões, conhecidas como Miscanti e Meñiques, em cujas margens fazem um delicioso piquenique. A volta pode ser feita por uma estrada pavimentada com sal, de onde se vê a lagoa Chaxar, no meio do Salar do Atacama. Os visitantes observam de perto cristais de sal, afloramentos de água e uma rica fauna de pássaros. Além das opções citadas, há também a possibilidade de um tour Arqueológico, passando pelas ruínas da Aldeia de Tulor, um dos assentamentos mais antigos do Atacama com mais de três mil anos. Ruínas Incas de Catarpe, repletas de inscrições rupestres e Pukara de Quitor, uma fortaleza atacamenha do século XII construída na encosta da uma montanha são particularidades que encantam os visitantes. Nas Termas de Puritana, há um vale íngreme, fechado e cortado por um rio de águas quentes que vêm da base dos vulcões e formam deliciosas piscinas naturais. Caminhadas, escaladas de vulcões, passeios de bicicletas, cavalo e downhill para iniciantes, nas encostas dos Andes, aproximam ainda mais

o visitante da natureza. O Gêiser de Tatio, localizado na base do vulcão de mesmo nome, é considerado um dos mais importantes do mundo. São dezenas de buracos de onde são expelidas fumaça, lama e água fervente. Para quem gosta de aventura e de contato com a natureza, conhecer este deserto é uma experiência única e inesquecível.

Dicas Importantes • Muita atenção ao fazer os passeios. Procure sempre um guia, pois há algumas situações de perigo, como os gêiseres, onde a temperatura da água pode chegar a mais de cem graus. • A altitude pode provocar nas pessoas uma sensação de tontura, fraqueza porque a atmosfera é rarefeita. Para contornar o problema, servem ao turista chá de coca. • Os animais da região são belíssimos: vale parar para observar lhamas, vicunhas e flamingos. • Desenhos de figuras humanas, animais e geométricas, os geoglifos podem ser vistos na reserva nacional Pampa del Tamarugal. • A yareta é uma planta que floresce no deserto, perto de lagoas, e serve de combustível para os atacamenhos. Entre as operadoras de turismo, destaque para a Freeway, especializada em ecoturismo, que oferece em seu roteiro todas as atrações citadas e ainda um interessante tour astronômico.

Roteiro: Deserto de Atacama Hospedagem: Hotel Kimal Programa: 1º dia: São Paulo / Calama / San Pedro do Atacama 2º dia: San Pedro do Atacama / City Tour / Tour Valle de la Luna, de la Muerte e Cordillera de Sal. 3º dia: San Pedro do Atacama / Salar de Atacama / Toconao / Vale de Jerez / Socaire e lagoas andinas 4º dia: San Pedro do Atacama / Geisers del Tatio 5º dia: San Pedro do Atacama / Calama / São Paulo Outros itens incluídos: Passagens aéreas voando Lanchile (vôos internacionais e internos), passeios mencionados no roteiro como incluídos (em semi-privativo ou regular, confome descrito no roteiro), hotéis com café da manhã, traslados e seguro viagem. Valor (válido para uma pessoa em apto duplo – em USD): a partir de 1699. Saídas diárias Maiores informações: Freeway Rua Capitão Cavalcanti, 322 - São Paulo - SP Tel: (11) 5088·0999 - Fax: (11) 5574·1141 www.freeway.tur.br

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MEIO AMBIENTE

Por Marcos Garbelini Foto: Divulgação

VAMOS ECONOMIZAR ÁGUA? Cada dia que passa ouvimos diversos alertas: em alguns anos nossas reservas de água potável estarão esgotadas.

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ivemos no planeta Terra? Na verdade, nosso planeta deveria chamar-se planeta Água, uma vez que dois terços dele são cobertos por esse elemento. Apesar disso, apenas uma pequena parcela dele está disponível para o consumo humano; mesmo assim o desperdício agravase a cada ano. A maior parte da população ainda não se conscientizou que a água é um bem esgotável. Na cidade de São Paulo o desperdício chega a 45%. Como poderíamos colaborar para reduzir esse índice alarmante, uma vez que a responsabilidade é de todos? Algumas soluções ainda estão em estudo, como, por exemplo, o uso do vaso sanitário a vácuo, que gasta somente um litro de água por descarga, contra os 30 litros do atual sistema. Outras soluções são mais simples e dependem apenas de mudança de atitude. Em uma residência, o vilão do desperdício é o banheiro. Devemos fechar a torneira enquanto escovamos os dentes, fazemos a barba ou ensaboamos as mãos, tentar limitar o tempo do banho para seis minutos e somente ligar o chuveiro após tirarmos a roupa. Torneiras com sensores que se fecham automaticamente são uma boa alternativa para economizar água. Ao lavar roupas, o ideal é fecharmos a torneira enquanto as esfregamos. A máquina de lavar deve ser preenchida com a capaci-

dade máxima de roupa permitida e a água utilizada deve ser reaproveitada para lavar o quintal, o banheiro, a cozinha etc. Na cozinha é essencial que a torneira permaneça fechada enquanto panelas e pratos estão sendo ensaboados. O óleo dos alimentos não deve ser jogado em pias ou no vaso sanitário, pois além de dificultar o tratamento do esgoto, pode causar entupimentos. O ideal é recolhê-lo em um recipiente bem fechado e procurar um posto de coleta. Caso não exista um próximo de sua casa, deposite-o no lixo. Procure utilizar balde em lugar da mangueira para lavar o carro e o quintal, como também para regar as plantas. Diminua a freqüência da lavagem do carro em época de estiagem. Aproveite para regar as plantas ao final do dia a fim de evitar a rápida evaporação da água. Faça as contas: se escovarmos os dentes ou lavarmos a louça com a torneira aberta, gastaremos de 80 a 100 litros. Serão desperdiçados 560 litros para a lavagem de um carro com a utilização de mangueira por meia hora. Também se lavarmos a calçada com mangueira, consumiremos 280 litros e banhos longos levarão 95 a 180 litros de água para o ralo. Sem dúvida, iniciativas individuais que são muito simples podem resultar em uma melhora na qualidade de vida da coletividade.


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ENTREVISTA

Por Marcos Garbelini Imagens: Divulgação e Mauricio de Sousa Produções

KEIKA E TIKARA

Mauricio de Sousa com a ajuda de sua esposa Alice Takeda criaram para as festividades do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, Tikara e Keika. A idéia era representar a cultura milenar e a modernidade japonesa. Em breve, estes novos personagens farão parte das divertidas histórias em quadrinhos da turma da Mônica. 20


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ikara e Keika foram criados pelo pai da Turma da Mônica em parceria com sua esposa Alice Takeda, especialmente para a comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. Revelando muita simpatia, peraltice e felicidade esses mascotes conversaram com a Versátil Magazine sobre a sua participação no evento. Versátil Magazine - Em quem o pai de vocês - Maurício de Sousa - se inspirou para criá-los? Ele contou com alguma ajuda? Tikara / Keika - Nós, personagens de ficção e de histórias em quadrinhos, fomos criados a partir de sonhos, lembranças e momentos felizes. Pelo menos esse foi o nosso caso. O Maurício lembrou-se de coisas boas que viveu, guardadas na memória, desde o tempo em que brincava, quando criança, com seus amiguinhos nisseis e também das boas lembranças que teve a partir de seu casamento com Alice Takeda, que também é uma grande artista. Inclusive, ele a convidou para ajudar em nossa criação ... e deu no que deu! Cada um deles sugeriu um pontinho a mais para ficarmos bem bonitinhos para representarmos bem o jovem descendente dos primeiros e heróicos imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil. Nascemos bem na hora das comemorações do centenário da imigração. Foi ótimo.

VM - Quais são os significados dos nomes?

VM - De que forma vocês participarão das comemorações?

Tikara - Tikara quer dizer poder e coragem. Representa a coragem que os primeiros imigrantes tiveram para atravessar o oceano rumo ao desconhecido. Keika - Keika significa aquela que acrescenta bravura, pureza, integridade e honestidade. Nossa! Que responsabilidade!

Tikara / Keika - Estamos nos preparando para participar das festas pessoalmente. Também nossas imagens serão usadas em vários lugares, notícias e produtos; enfim, tudo que possa contribuir para divulgar mais e melhor a história dos nossos avós.

VM - Qual é a responsabilidade de vocês serem os mascotes do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil?

VM - Vocês nasceram no Brasil ou no Japão? O que vocês acharam do passeio pelo Japão? Qual é o lugar mais bacana?

Tikara / Keika - Naturalmente, nós ficamos muito orgulhosos e satisfeitos com essa honra. Afinal, nascemos para isso. Mas acho que cada um dos descendentes dos primeiros imigrantes deve sentir a mesma coisa que nós, isto é, orgulho e honra por representarem tudo o que esses heróis sonharam e quiseram para o futuro dos seus filhos e netos.

Tikara / Keika - Nascemos no Brasil, mas estamos vivendo momentos de sonho, conhecendo o Japão dos nossos antepassados em companhia da Alice, do Maurício - nossos criadores - mais um grupo formado pelos nossos novos amigos da Associação. Logo à nossa chegada a Tóquio, uma cidade moderna e ao mesmo tempo bem tradicional

VM - Quem escolheu os nomes de vocês? Tikara / Keika - Alguns nomes eram bonitos, mas não traduziam o que nós deveríamos representar. Então, fomos batizados como Tikara e Keika, e adoramos.

“Mas acho que cada um dos descendentes dos primeiros imigrantes deve sentir a mesma coisa que nós, isto é, orgulho e honra por representarem tudo o que esses heróis sonharam e quiseram para o futuro dos seus filhos e netos”

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ENTREVISTA

Tikara / Keika - Vai ser uma alegria só. Nascemos praticamente ontem, mas parece que a gente se dá bem com a turminha há séculos. VM - Vocês já estão estudando? Em que série estão?

Foto: Divulgação

Tikara / Keika - Começamos a vida já na segunda série do fundamental. Sabemos ler e escrever. Agora precisamos estudar também o japonês. Falar duas línguas é sempre bom e vai nos ajudar no futuro a conhecer ainda melhor nossas origens, além da facilidade que queremos ter: ler os bons mangás no original. Já pensou?

Alice Takeda e Mauricio de Sousa com os novos personagens.

em muitos hábitos, tivemos ainda o prazer de ver as cerejeiras em flor. Lindo! Ainda estamos nos maravilhando. Falta conhecer Kobe, local de origem dos nossos ancestrais. VM - Vocês já conhecem toda a Turma da Mônica? Tikara / Keika - Já quando nascemos, eles nos deram as boas-vindas e já vivemos as nossas primeiras aventuras em conjunto. Os gibis

com essas historinhas chegam até vocês em junho no auge das comemorações. VM - Vocês têm algum grau de parentesco com o Hiro? Tikara / Keika - O mesmo “DNA” do lápis, do papel e da paixão dos nossos criadores. VM - Qual é a expectativa de vocês para integrar os gibis da Turma da Mônica?

VM - Vocês sabem escrever com letrinhas japonesas? Tikara / Keika - Isso é fácil para quem nasceu de pais desenhistas. O difícil é entender tudo. Mas já estamos começando, principalmente nesta viagem ao Japão, que estamos fazendo agora. VM - O que vocês mais gostam da escola? Por quê? Tikara / Keika - Além de descobrir coisas interessantes e adquirir muito conhecimento para usar no futuro, também podemos fazer amiguinhos que vão nos acompanhar pelo resto da vida. Não apenas na lembrança. VM - Tikara, você gosta de jogar futebol? Quais outros esportes você gosta de praticar? Tikara - Adoro jogar futebol, nasci com a obrigação de jogar bola muito bem, mas aprender bastante com outros esportes também. Beisebol, por exemplo. Lógico. VM - Keika, qual é a brincadeira japonesa que você mais gosta? Keika - Mamãe Alice me ensinou a jogar “Cinco Marias”. É divertido. Nossos amiguinhos brasileiros brincam da mesma coisa,

“Amizade de criança vale por toda a vida. Ninguém quer perder uma amizade sincera”

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“Sabemos ler e escrever. Agora precisamos estudar também o japonês. Falar duas línguas é sempre bom e vai nos ajudar no futuro a conhecer ainda melhor nossas origens” só que com pedrinhas. A gente coloca saquinhos de areia entre os dedos de uma das mãos e, um por um, vamos jogando para cima equilibrando nas costas da mão. Cada vez em maior número, uns sobre os outros. VM - Quem come mais sushi, vocês ou a Magali? E natto*, vocês comem? Tikara / Keika - A gente já nasceu adorando sushi, mas natô é meio forte para nosso paladar. Deixamos para os otoossans e odiichians (pais e avós). VM - Vocês tomam banho no ofurô? Tikara / Keika - Vamos esclarecer uma coisa que já aprendemos: a gente não toma banho no ofurô. O banho a gente toma fora do ofurô; primeiro a gente se esfrega e se ensaboa. Depois é que a gente entra no ofurô para relaxar com água quentinha, gostosa e limpinha. VM - Vocês conheceram um príncipe japonês de verdade? Tikara / Keika - Viemos do Brasil trazendo ao Japão um quadro com nossas figuras. O papai Maurício vai entregar esse quadro para o

imperador. Ai, que emoção! E quanta pompa, quanta elegância no palácio imperial! Estamos muito orgulhosos de tudo isso. VM - É verdade que vocês deverão aparecer nas correspondências oficiais do governo japonês?

Tikara / Keika - Colocar as crianças para se conhecerem melhor. Amizade de criança vale por toda a vida. Ninguém quer perder uma amizade sincera. * natto (pronuncia-se natô): Pasta de soja fermentada, de consistência pegajosa e cheiro acentuado.

Tikara / Keika - Os correios do Japão vão usar nossas figuras em um carimbo oficial durante uma semana em todo o país. Já imaginou? Todo mundo sabendo da importância da imigração japonesa no Brasil. VM - O que vocês fazem às vezes de “errado” que a mamãe fica brava com vocês? Tikara / Keika - No nosso caso temos que fazer tudo certinho, bonitinho, principalmente durante as festas e os eventos. Fora isso, a gente faz algumas peraltices como toda criança, mas o papai Maurício e a mamãe Alice são legais. Eles explicam tudo direitinho o que a gente deve ou não deve fazer. E o porquê. Não ficam bravos. Entendem nossa infância. VM - O que vocês acham que falta para que os povos se respeitem mais?

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DECORAÇÃO

Por Eder Vendramel Fotos: Divulgação

DECORAÇÃO MINIMALISTA Simplicidade e elegância herdadas do Japão.

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inhas retas, móveis baixos, painéis de madeira e futons já são elementos conhecidos e bem inseridos no contexto da decoração atual no Brasil, o que deixa a casa muito mais confortável, elegante e contemporânea. Este estilo tão atual, tanto em formas quanto em cores, é na verdade, um estilo milenar, herdado desde o começo da imigração japonesa ao Brasil em 1908. Ele nos trouxe seu modo de vida equilibrado, leve e livre de excessos, criando hoje interiores harmônicos e claros. O estilo reverencia o tom das madeiras - uma paixão japonesa - aliado às mais recentes tecnologias de fabricação de móveis, sem perder seu aspecto tradicional japonês. Na decoração dos quartos, as linhas arrojadas dos móveis e os tons da madeira são destaques nos armários e camas, o que deixa o ambiente leve e confortável, sem excessos e com cores sóbrias. Esta é uma receita infalível para uma casa elegante e adaptada a nossa vida atual. Portas de armários com vidro leitoso lembram as portas em papel arroz japonesas, que trazem leveza e equilíbrio ao closet ou ao quarto. Na sala, o home theater adapta todos os aparelhos eletrônicos indispensáveis

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para nosso conforto, sendo uma característica nipônica mesclar a tecnologia ao ambiente “zen”. Com linhas leves e painéis de fundo em madeira, as estantes atuais dão espaço apenas ao essencial, tornando-se uma verdadeira “escultura” na parede. Os painéis de madeira, em variados tons e texturas, estão espalhados por todas as partes da casa. Eles vestem as paredes dos ambientes trazendo conforto e funcionalidade, dividindo ambientes ou sendo apenas decorativos. Podem ser altos ou baixos, funcionando como cabeceira para cama ou até com prateleiras embutidas fazendo as vezes de estante. Os móveis planejados são a melhor

opção para este estilo contemporâneo. A qualidade e a tecnologia de ponta dos materiais empregados, aliadas à vantagem de sua execução sob medida, possibilitam planejar melhor os espaços, tornando-os mais práticos e adequadamente utilizados. Dessa forma, os cantos são aproveitados e há como organizar os objetos, colocando-os em seu devido lugar com muito estilo. Dica: A mobília, à pouca altura do piso, é um recurso para aumentar o espaço dos apartamentos, que geralmente têm o pédireito baixo. Isto aumenta a sensação do espaço e de altura. Cores sóbrias, espelhos e linhas horizontais completam a tendência do minimalismo japonês.



BEM ESTAR

Por Marcos Garbelini Fotos: Divulgação

SHIATSU  TERAPIA ALTERNATIVA A técnica milenar japonesa Shiatsu, atua na promoção do bem estar e saúde preventiva através da acupressão.

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ada vez mais procurado pelas pessoas como forma de prevenção e tratamento, o shiatsu comprova, através de suas técnicas, que é um meio eficiente para resolver vários problemas de saúde. Conversamos com a shiatsuterapeuta Mariko Sato para esclarecermos um pouco mais aos nossos leitores este tipo de medicina preventiva. Versátil Magazine - O que é shiatsu? Mariko Sato - O shiatsu é uma terapia manual desenvolvida no Japão no início do século XX. É indicada para prevenir e tratar várias doenças como dores na coluna vertebral, insônia, ansiedade, paralisia facial, entre outras. VM - Qual é a origem da palavra shiatsu? MS - Ao pé da letra shiatsu significa pressão de dedos. Shi significa “dedo” e atsu significa “pressão”, ou seja, é uma técnica de massagem que se vale da pressão dos dedos, como o do-in, que também é realizado através desse mesmo sistema. Atualmente, é uma técnica bastante versátil, onde os massoterapeutas, especializados em shiatsu, tentam englobar outras manobras, desde que estas sejam convenientes para os seus pacientes que estão em atendimento.

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VM - Para qual finalidade é recomendada esta técnica?

diante, pois nessa fase o abdômen começa a pressionar o nervo ciático.

MS - Para todas dores de modo geral. Ela também é utilizada como medicina preventiva, pois faz com que as pessoas tomem conhecimento dos seus problemas antes que estes se manifestem. Enquanto a pessoa estiver com a sua resistência natural, ela não sentirá a dor e nem o desconforto, mas após a perda dessa resistência, começarão os problemas.

VM - O shiatsu pode ser aplicado em pessoas de qualquer idade? MS - Eu costumo dizer que o shiatsu pode ser aplicado em pessoas de zero a 100 anos. Logicamente há algumas contra-indicações, mas esse fator varia conforme o caso. VM - O shiatsu pode tratar uma pessoa com alergia?

VM - Quais são os princípios do shiatsu? MS - A sua base está nos princípios da acupuntura da medicina tradicional chinesa. É considerado uma massagem de acupuntura, com a diferença que utiliza os dedos em lugar das agulhas. VM - Uma gestante pode receber a terapia do shiatsu? MS - Pode e deve. Eu mesma já acompanhei várias gestantes desde o início de seu processo de gravidez até o seu final. Elas chegam aqui com muito enjôo e, em um minuto, esse mal-estar é eliminado. A massagem proporciona uma gestação mais tranqüila, principalmente a partir do sétimo mês em

MS - Depende do tipo de alergia. A mais comum é a rinite. No entanto, há a exceção para as alergias de pele, cujo local não pode ser tocado. De um modo geral, ele pode ser realizado para melhorar a condição da alergia.


VM - Quanto tempo leva um tratamento de shiatsu? MS - O tempo do tratamento depende do problema que o paciente possui. Uma pessoa portadora de problema crônico pode realizar um tratamento com a duração de até um ano. Um problema mais simples pode ser resolvido com apenas uma sessão. VM - Qual é a duração de uma sessão? MS - O tempo ideal da sessão varia entre 45 a 60 minutos. Há também sessões com 12, 15 e 30 minutos, dependendo da necessidade, do tempo e da disponibilidade financeira da pessoa. VM - E por falar em dinheiro, qual é o valor de uma sessão? MS - O valor médio atual é de R$50,00 a R$150,00 por sessão. VM - Quais são os problemas mais encontrados em pessoas que procuram pelo shiatsuterapeuta? MS - A grande maioria procura por causa do sistema nervoso. O stress está relacionado com a maior parte dos problemas. Há que

se considerar que as pessoas se alimentam de forma errônea. Elas deveriam seguir uma rotina diária para comer, estudar e trabalhar. Sempre comento que uma semana tem sete dias, pelo menos cinco dias da semana procure levar uma vida mais regrada. Então, por dois dias você pode até sair da rotina, pois o corpo conseguirá recuperar-se. Caso contrário, não.

Mariko Sato é massoterapeuta há 40 anos e trabalha com shiatsu e acupuntura há mais de 32 anos. Atende no Jd. Paulista nos telefones 3887-6279/3887-1177. Maiores informações acesse o site: www.shiozawashiatsu.com.br


ESPORTE

Por Marcos Garbelini Fotos: Divulgação

A ORIGEM DAS ARTES MARCIAIS Baseadas adas em disciplinas mentais, os japoneses elevam as artes marciais através da sabedoria milenar.

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egundo a mitologia, as artes marciais ou militares foram ensinadas aos homens por Marte, deus greco-romano da guerra. Tais artes são sistemas voltados para o treinamento de combate, geralmente sem o uso de armas de fogo ou outros dispositivos modernos. Suas práticas ocidentais foram assimiladas pelos exércitos para o desenvolvimento dos treinamentos e das habilidades para serem utilizadas em guerras. A preocupação com a autodefesa fez com que esse gênero despertasse o interesse nas pessoas pelos sistemas orientais provenientes da China, da Coréia e do Japão. As filosofias marciais japonesas do bujutsu, que são as “artes marciais antigas” e as do budo, que são as “formas marciais novas”, foram baseadas em conceitos espirituais do Zen-Budismo, provenientes da Índia e da China. Atualmente, as artes marciais orientais como o judô, o karate, o aikido, o jiu-jitsu e o kendo são amplamente praticadas em todo o mundo. A Versátil Magazine esclarece aos seus leitores um pouco mais sobre algumas delas:

Aikido: foi criado pelo mestre Morihei Ueshiba e não é apenas uma arte marcial, ou técnica de defesa pessoal ou ainda um esporte, mas sim um caminho para o crescimento do homem. Caracteriza-se por técnicas de projeção ou torções de articulações que neutralizam o agressor, aproveitando sua própria energia com um mínimo de força física. Jiu-jitsu: chegou no Japão através de um monge chinês chamado Chen Yuanein no século XVII. Sua filosofia é conquistar o oponente por todos os meios, utilizando um mínimo de força. Possui características que incluem defesa contra ataques com faca e técnicas de imobilização. Judô: concebido no Japão no final do século XIX por Jigoro Kano, teve sua base em outras artes marciais como o jiu-jitsu. Como o tempo desenvolveu-se e aperfeiçoou suas técnicas de projeções e imobilizações. Karate: o maior responsável por sua introdução e desenvolvimento no Japão foi o mestre Funakoshi Gishin no ano de 1921. Esse mestre foi o criador do estilo Shotokan de maior difusão no ocidente. Atualmente

esse estilo possui três grandes escolas que estão sendo difundidas: o Shotokan, o Gojuryu e o Shorenji-kempo. Kendo: arte marcial proveniente do kenjutsu que significa “o caminho da espada”. Seu desenvolvimento está ligado à antiga arte japonesa da confecção de espadas de bambu e da esgrima. Os praticantes do kendo são treinados para superar quatro obstáculos mentais: medo, dúvida, surpresa e confusão. Sumô: sobre esta prática, que não é considerada arte marcial, não há relatos precisos sobre a data de origem. Os estudiosos acreditam que possui mais de dois mil anos e apareceu inicialmente como parte de rituais xintoístas de colheita. Tecnicamente os competidores tratam de derrubar o oponente no chão ou puxá-lo para fora do círculo onde se realiza o confronto. As artes marciais transmitem aos seus adeptos conhecimentos que auxiliam a autodefesa, além de mostrarem o caminho para o controle da mente, permitindo, assim, direcionamentos para decisões da vida.



GASTRONOMIA

ROTEIRO GASTRONÔMICO ORIENTAL Lugares onde você pode apreciar a culinária japonesa.

NOIÊ Um restaurante de excelente atendimento e decoração tradicional atende às expectativas de quem procura associar o bom gosto à culinária diferenciada. O Noiê, dirigido pelo proprietário Fábio, já conta com mais de 5 anos de atividades e vem expandindo suas instalações. Todos os pratos são servidos pelo sistema a la carte. O sushi tem o ponto do arroz e tempero impecáveis, agradando os paladares mais refinados. Para este resultado, “a escolha dos ingredientes é fundamental”, diz o proprietário, que faz questão de comprá-los pessoalmente. A casa abre agora para o almoço e as sugestões do chef Leonardo são os teishokus, como o de sakaná, de lula recheada, de sashimi e o de hot roll, sempre diversificando nos acompanhamentos em porções fartas a um valor justo. Para o inverno, a partir de julho, serão servidos udons e outros pratos típicos, como o tradicional sukiyaki, um macarrão especial com carne e legumes, preparado na mesa do cliente.

NOKYOSKI Na Vila do Jardineiro, entre palmeiras e cascatas, funciona há seis anos o restaurante Nokyoski, especializado em culinária contemporânea japonesa. Seu cardápio é composto por pratos clássicos e modernos. A casa conta com ambientes aconchegantes, o salão principal, bem arejado, com pé direito duplo e janelas amplas com vista para a vila e ainda um mezzanino, com mesas de estilo japonês, que pode ser reservado para ocasiões especiais. A decoração, composta basicamente em madeira e luminárias de fibras naturais e louças originárias do Japão, mistura de forma equilibrada o rústico ao requinte inerente à culinária japonesa. Os sushimen Sandro, Jorge e Roberto Shinohara não hesitam em combinar ingredientes novos aos sushis. Como sugestões especiais, Peixe à moda, Combinado Nokyoski e Meca no Missô. Na dúvida, a opção pelo rodízio também é interessante por oferecer pratos diferentes e boa qualidade.

Rua Hugo Carotini, 389 • Jardim Previdência (Marginal da Rodovia Raposo Tavares, altura do km 10) Telefone: 11 3726.4128 www.noie.com.br

Av. Eliseu de Almeida, 1077 • Butantã Tel.: 3726.8860 / 3721.5422 ww.nokyoski.com.br

IRASHAIMASE Em português significa “Seja bem vindo”. No Japão essa expressão é dita em voz alta pelos atendentes como um convite às pessoas a entrarem no estabelecimento. Foi com essa intenção que surgiu no Jardim Bonfiglioli, o restaurante Irashaimase. O ambiente é aconchegante, familiar e muito agradável. Os pratos, como o Yakisoba de carne bovina e frango, combinados de sushis e sashimis e temakis, são boas opções para o dia a dia. Para sobremesa possui um delicioso self-service de sorvetes e também doces e bolos caseiros. Aos sábados serve pratos especiais como Yakisoba de Peixe, Kare Rice (Curry). O Irashaimase conta também com serviço Delivery e aceita encomendas de sushis para festas, além de elaborar cestas para presente. Praça Isai Leiner, 77 • Jardim Bonfiglioli Tel.: 3731.6773 / 3731.8487

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GALERIA O restaurante, descontraído e informal, possui mesas em um salão amplo e aberto. O sistema self-service no almoço oferece festivais de salmão, sushi, bacalhau ou de peixes, além de servir diariamente vários tipos de saladas e pratos quentes. O destaque fica por conta da criação do sushiman, variando dos pratos clássicos aos modernos e permitindo um exercício com toques ocidentais, presentes tanto nos ingredientes quanto na apresentação. Aberto para o jantar somente às quintas-feiras, quando promove a Noite do Temaki, o cliente pode apreciar um rodízio com temakis de salmão, atum, kani, pepino, califórnia e outras boas combinações. Outro diferencial é a realização de festas e eventos com a mesma qualidade. Rua Dário Zambelli, 21 • Jardim Filipini • SP Tel.: 11 3654.3451 www.ggaleria.com.br


Por Eduardo Vieira Fotos: Divulgação

VINHOS

COMIDA JAPONESA COMBINA COM VINHO?

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ara responder esta pergunta, fizemos uma degustação de comidas japonesas com diversos vinhos e tivemos excelentes surpresas.

Selecionamos os vinhos com as premissas de serem brancos, secos, sem estágio de envelhecimento em madeira e o mais leve possível em aroma e sabor: nossa intenção era justamente ressaltar a delicadeza dos sabores e aromas da culinária japonesa com os aromas encontrados nos vinhos brancos, como floral, cítrico, etc. Prosecco Brut – Itália Espumante Salton Poetica – Brasil Vinho branco Chardonnay Pared Sur – Argentina Vinho branco Moura Basto Verde – Portugal A degustação dos sushis, sashimis e temakis foi realizada nos restaurantes Nokyoski e Noiê, às cegas, ou seja, sem conhecimento dos rótulos. Descobrimos empiricamente que tanto sashimi de atum quanto salmão ficam excelentes com Poetica e Proseco. Com sushis e temakis, as combinações mais interessantes se deram com o Vinho Verde, mas o Poetica também agradou. * Os vinhos degustados são encontrados no GOA Bebidas www.goabebidas.com.br. Av. Corifeu de Azevedo Marques, 795 (Posto BR) - Fone: 3727-1264


VEÍCULOS

Por Marcos Garbelini Fotos: Divulgação

A CONFIABILIDADE DOS VEÍCULOS JAPONESES O que influencia o consumidor na hora da compra de um automóvel?

A

indústria automobilística desenvolveu sua tecnologia em todo o mundo com a mesma alta velocidade de suas invenções de quatro rodas. Aqui no país da diversidade cultural não poderia ser diferente. O crescimento foi tão satisfatório para a indústria, que hoje temos a opção de escolher uma ou mais dentre as diversas marcas encontradas no mercado. Afinal, o que influencia uma pessoa na hora da escolha? O item confiabilidade é um dos fatores que mais pesam no momento da decisão da compra. Segundo pesquisa realizada pela Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), os automóveis japoneses são os que despertam maior confiança nos consumidores brasileiros. O índice de confiabilidade conquistado pelos modelos da Honda e da Toyota supera a credibilidade dos carros nacionais. Um dos fatores decisivos dessa conquista foi a quase ausência de problemas de manutenção nessas marcas. De acordo com a pesquisa, o Honda Fit, por exemplo, é o veículo que as pessoas mais recomendam para os amigos. A pesquisa constatou ainda que problemas com os freios, que podem colocar

em risco a vida do consumidor, bem como problemas com o motor, tiveram maior peso na construção do índice de confiabilidade dos veículos. Após firmar-se no Brasil com a produção de motocicletas, a Honda apostou no crescimento do mercado automobilístico em 1992, passando a importar e comercializar o Honda Accord; logo em seguida os modelos Accord Wagon, Civic Sedan, Civic CRX, Prelude, entre outros, vindo a adquirir maior espaço no mercado nacional. A Toyota é a companhia automobilística líder nos mercados japonês e asiático, além de ser a maior vendedora de veículos não americanos nos Estados Unidos, sendo inclusive a marca japonesa mais procurada na Europa. Essa empresa atingiu no mercado brasileiro a liderança no segmento de sedans médios após o lançamento da nova geração do Corolla. Os carros japoneses, geralmente, além de serem mais confiáveis, estão preparados para redução de poluentes. A Toyota, por exemplo, considera o meio ambiente uma questão fundamental, portanto concentra esforços para sua preservação, in-

vestindo em pesquisas e desenvolvimento voltados para a fabricação de veículos menos poluentes. Seguindo a linha ecologicamente correta, a Honda deverá colocar em circulação nas estradas nipônicas a partir de 2015 o carro-conceito, que terá motor à base de célula combustível, que implica em uma tecnologia onde a formação e produção de água poderão gerar trabalho elétrico. As novidades não param por aí, pois no último Salão do Automóvel de Nova Iorque, a Honda revelou a nova versão do Fit, que deverá trazer ainda mais conforto a preços acessíveis. O novo assento traseiro Magic Seat e o navegador via satélite ativado por voz estão entre as novidades da empresa. Pensando em uma economia viável no Japão, a Nissan mostrou seu conceito elétrico equipado com baterias de íons de lítio. O modelo compacto Denki Cube já está disponível naquele país, utilizando a bateria avançada da empresa. Tecnologias como estas colocam o mercado automobilístico japonês entre os mais respeitados do mundo.


CIDADANIA

INFORME PUBLICITÁRIO

VOCÊ PRATICA A INCLUSÃO?

N

o Brasil há cerca de seis milhões de pessoas portadoras de deficiência em idade economicamente ativa, dos quais um milhão provavelmente atua no mercado informal. A legislação vigente, Decreto 3298/99, obriga as empresas a inserirem pessoas com deficiência em seu quadro de funcionários. Art.36 – A empresa que possui cem ou mais empregados está obrigada a preencher de dois a cinco por cento de seus cargos com beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com Pessoas Portadoras de Deficiência habilitada, na seguinte proporção: Número de Empregados Até 200 De 201 a 500 De 501 a 1000 Mais de 1000

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Contratar pessoas com deficiência é muito mais que agregar um novo colaborador em sua empresa, mas é investir em um potencial, apostar em indivíduos que muitas vezes não possuem qualificação profissional, mas têm

grande interesse em serem incluídos verdadeiramente no mercado de trabalho. Uma empresa socialmente responsável em relação a este assunto precisa ter os seguintes objetivos: - contribuir efetivamente para inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho; - reconhecer a pessoa com deficiência como um profissional com a necessidade de independência financeira e de auto-realização; - criar condições adequadas para seu trabalho, tanto no âmbito ergonômico como no social (vencer o preconceito). Em artigo, Adiron (2007) diz “que todos estão cansados de boas intenções”. O comentá-

rio é oportuno no que tange a inclusão, pois somente ações reais agregarão valores construtivos para todos. A Sprinter Recursos Humanos é ativa no projeto de seleção e contratação de pessoas com deficiência. Nossa missão é oferecer condições para que haja uma reflexão sobre as questões relativas à representação social, partindo dos princípios: valorização da diversidade no trabalho, construção de soluções e serviços e ampliação da cidadania. Atuamos em São Paulo e Jundiaí com mão de obra: Temporários, Efetivos, Terceirizados e Estágios.

Luciene S. Ferreira, psicóloga, pós-graduada em Psicopedagogia e Intérprete de LIBRAS, Coordenadora de R&S da SPRINTER.

Rua Dom José de Barros, 264 - 10° andar República - São Paulo - 011 3333-2221 Rua Cândido Rodrigues, 189 - Centro Jundiaí – 011 4526-4630 www.sprinter.com.br


MIX CULTURAL

Por Cláudia Liba e Edgar M. Kage Fotos: Divulgação

CANÇÃO DO SOL NASCENTE

BATMAN  CAVALEIRO DAS TREVAS

Para acompanhar as comemorações do Centenário da Imigração Japonesa, ouvir o CD Canção do Sol Nascente (2004) é uma boa oportunidade para conhecer a música japonesa. Há arranjos lindíssimos para músicas folclóricas associados à harmonia ocidental. Dos maiores violonistas brasileiros da atualidade, Camilo Carrara é produtor, compositor e arranjador. Já acompanhou músicos como Carmina Juarez, Mônica Salmaso, Zizi Possi entre outros. Em 2007, foi solista junto à OSESP.

Com Gary Oldman, Aaron Eckhart e Heath Ledger. No atual O Cavaleiro das Trevas, o herói aumenta seus esforços na guerra contra o crime. Com a ajuda do tenente Jim Gordon e do promotor Harvey Dent, Batman prepara-se para desmantelar as organizações de criminosos. A parceria se mostra eficiente, mas logo todos se descobrem presos no reino de caos espalhado pela mente genial de um criminoso em ascensão, o Coringa.

Site para mais informações: www.camilocarrara.com.br

KUNG FU PANDA

JAY VAQUER Um jovem cantor tem chamado a atenção da crítica, por apresentar um trabalho consistente nos seus quatro CDs lançados até agora - Nem Tão São (2000), Você Não Me Conhece (2005), Vendo a mim mesmo (2005) e Formidável Mundo Cão (2007). Possui formação musical sólida e, segundo a Revista Rolling Stones, jornal O Globo e MTV, é apontado como renovação do pop/rock nacional. Jay Vaquer é filho da cantora Jane Duboc e do guitarrista americano Anthony Jay Vaquer e também sobrinho de Raul Seixas. Se for possível atribuir talento musical à genética, ele já é um cantor privilegiado!

Animação computadorizada com história ambientada na China da antiguidade e sobre um preguiçoso e irreverente Panda chamado Po (Jack Black), que ironicamente é o único capaz de salvar o Valley of Peace (vale da paz) do vilão Tai Lung, um feroz leopardo da neve. Além de Jack Black (Escola de Rock) o filme conta com as vozes de Angelina Jolie, Dustin Hoffman e é claro, como todo filme de Kung Fu que se preze, Jackie Chan.

YOKO TOKUE A pianista nascida em Tóquio, formou-se no Conservatório Nacional Superior de Música, em Paris. Possui mais de 40 anos de carreira e este ano gravou um CD em comemoração ao Centenário da Imigração Japonesa. Atualmente Yoko Tokue trabalha com orquestras renomadas realizando recitais, concertos e participações especiais no Japão e no exterior. Em 2001 iniciou um projeto de recitais em prol de pacientes com AIDS e pessoas refugiados. Recital Yoko Tokue 15 de junho de 2008 às12h A Hebraica Teatro Arthur Rubinstein R. Hungria, 1000 – Jd. Paulistano

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SEX AND CITY  O FILME Quatro jovens, desejáveis e cheias de desejo. Amigas inseparáveis na selva urbana de Nova York, trocando confidências sobre seus confusos relacionamentos sempre em mutação, tão diferentes quanto suas naturezas. Descubra o que aconteceu com Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda, quatro anos depois do episódio final da série de sucesso. Filme baseado na série de TV norte-americana, inspirada no livro homônimo de Candace Bushnell.



MIX CULTURAL

SANSHIRO SUGATA De Tsuneo Tomita, com tradução de Shintaro Hayashi que se preocupa em traduzir a cultura e não apenas o idioma, trata da origem do Judô durante a era Meiji, por volta de 1868. Valores como dignidade, honra e tradição desfilam pela história no texto envolvente escrito pelo filho do primeiro aluno de Jigoro Kano. O romance apresenta ao leitor a fase de transição do período feudal para a era moderna no Japão. Editora AKOBRACE Associação Kobra de Cultura e Esporte Para adquirir: livrosanshirosugata@hotmail.com

UMA QUESTÃO PESSOAL

HISTÓRIA DE HIROSHIMA EM MANGÁ: GEN PÉS DESCALÇOS

De Kenzaburo Oe, um dos romancistas mais conhecidos no Japão que conquistou importantes prêmios como Akutagawa e Tanizaki (1967) e Nobel de literatura (1944). A obra mostra a trajetória do professor Bird, enquanto aguardava o nascimento de seu primeiro filho, que nasceu com uma anomalia cerebral. O livro não se apresenta como mera confissão, mas parece levar o leitor a uma incursão pelo desespero enfrentado pelo próprio autor em 1964. Editora Companhia das Letras

Do autor Keiji Nakazawa. Gen Nakaoka é o personagem principal do quadrinho, que sobrevive à bomba de Hiroshima e comove o leitor pela descrição de situações inimagináveis causadas pela radiação. Elogiado por várias personalidades no mundo inteiro, possui versão em cinema, desenho animado e ópera, tem sido indicado em escolas americanas. Editora Conrad

NOS CONFINS DO MUNDO Um romance que vai agradar em cheio os leitores de Patrick O’Brian e Bernard Cornwell. O ano é 1820 e o jovem comandante Robert FitzRoy está à frente do navio Beagle, explorando as riquezas da Terra do Fogo. O oficial leva a bordo um desconhecido passageiro, o aprendiz de geólogo Charles Darwin. Nos confins do mundo retrata a história de uma profunda amizade cujo destino mudou a história das ciências naturais. Editora Record

EMPREGO DE A A Z  MAX GEHRINGER As dicas que você precisa para alavancar sua carreira profissional agora reunidas em livro, inspirado na série de TV para o Fantástico, que conquistou o público pela linguagem precisa e sem maneirismos e pelo humor. Os acessos ao site do programa o tornaram recordistas entre os quadros apresentados por especialistas no programa. Foram 250 mil em um único dia. Gehringer mostra que entende mais do que de empresas. Entende de gente. E sabe identificar, com um olhar curioso, quase de antropólogo, os tipos humanos e as relações cotidianas das corporações. Editora Globo

SAGA

BRINCAR DE SER FELIZ O livro-reportagem romanceado de José Ribeiro Rocha traz a história real de um órfão mergulhado nos maus tratos sofridos durante sua infância, em subversão com outras crianças e consigo mesmo. Ainda assim, conseguiu vencer seus conflitos com a ajuda de pessoas que souberam lhe dar amor e carinho Editora Edições Inteligentes

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Escrito por Ryoki Onoue, é um romance histórico sobre a imigração japonesa no Brasil. Entre dramas e conflitos de quatro gerações de uma família, a trama mescla suspense com uma sensível reflexão sobre diferenças étnicas e os limites entre tradição e preconceito, além de construir uma bela introdução à admirável cultura do país do Sol Nascente. Editora Globo


DOM CASMURRO

CARDÁPIO JUNICHIRO TANIZAKI

Machado de Assis, de estilo literário incomparável, instiga o leitor com a dúvida sobre a fidelidade de Capitu. Esse romance, mais que uma obra prima, sempre pode ser relido. Ainda mais agora, com a estréia mundial no 39º Festival de Inverno de Campos do Jordão, da obra Capitu, do compositor Guilherme Ripper, no ano do centenário da morte do grande escritor. Editora Globo

Um autor minimamente, instigante. Assim como Machado de Assis deixa questões sem fechamento, Tanizaki provoca no leitor inquietude. Descreve situações de masoquismo, sadismo, voyerismo, lesbianismo e outras condenáveis pela cultura ocidental, de uma maneira muito natural e elegante. Apresentamos uma série de livros que levaram Junichiro Tanizaki a ser o primeiro autor japonês eleito membro honorário da American Academy and Institute of Arts and Letters. Dentre suas obras principais encontram-se Naomi (1924), Voragem (1928) este com tradução de Leiko Gotoda (descendente do autor), Narrativas de um cego (1931), As irmãs Makioka (1946), A chave (1956) e Diário de um velho louco (1962). Editora Companhia das Letras

O MONGE INGLÊS Milão, 1246. Na escuridão da noite, uma luz sinistra ilumina os muros da cidade: um incêndio está destruindo a casa de Guglielmo Salvo. O homem, respeitado mestre-pedreiro, morre em meio às chamas, junto com a mulher. No limiar do bosque, Judita, a bruxa do Quadronno, segue em silêncio a fuga cautelosa do homem que ateou o fogo. A partir deste episódio, desenvolve-se uma complexa trama entre os que desejam esconder ou elucidar o crime. Editora Record

OS SETE SAMURAIS

BROTHER

DOLLS

AKIRA  WIDESCREEN

ZATOICHI

De Akira Kurosawa, uma das suas obras mais belas, do ano 1954. O filme conta a história de um samurai veterano que protege uma vila contra bandidos. A trama se passa durante a era Sengoku, século 16. Nessa época os poderosos samurais estavam com os dias contados. Ele reúne seis outros samurais aposentados e o grupo ensina também os moradores da vila a se defenderem. O diretor dispensa apresentações, mas vale ressaltar, em 1943, estreou no cinema com “Sugata Sanshiro”, cujo livro também indicamos.

Yamamoto (Takeshi Kitano) é um matador que lembra um samurai moderno em 2000. Como membro da máfia japonesa, deve obediência às ordens de seu chefe. Mas a gangue é derrotada e o seu chefe morre. Então, é obrigado a fugir para Los Angeles com uma identidade falsa, para reencontrar seu irmão caçula Ken (Kuroudo Maki), o qual acredita ter financiado seus estudos em território americano.

O enredo conta três histórias de amor, mostrando como as relações são construídas. Em uma das histórias, dois jovens tornam-se mendigos e apenas a relação estabelecida entre os dois salva suas vidas. Outra história conta como um velho chefe da yakuza retorna ao mesmo parque para encontrar sua antiga amada. A terceira história retrata o amor doentio de um fã por uma atriz que vive solitária. O filme é baseado no Bunraku, o teatro de títeres japonês e possui também uma fotografia bem interessante.

Kaneda é um líder da gangue de motoqueiros, que tem um amigo próximo envolvido em um projeto governamental secreto chamado Akira. Para salvar seu amigo, Kaneda pede ajuda para vários grupos como: ativistas anti-governo, políticos gananciosos, cientistas irresponsáveis e poderosas forças militares. Durante o confronto, Tetsuo recebe uma força sobrenatural que resulta em conseqüências para o resto de sua vida.

A trama se passa no século 19, sendo Zatoichi (Takeshi Kitano) um andarilho cego que sobrevive como massagista e jogador de cartas. Apesar de aparência humilde, também domina um talento espetacular como espadachim. Em uma de suas andanças chega a uma aldeia dominada pelo sanguinário bandoleiro Ginzo (Ittoku Kishibe), que, com a ajuda do samurai Hattori (Tadanobu Assano), elimina quem se oponha a seus objetivos. O embate entre Zatoichi e a quadrilha de Ginzo torna-se inevitável quando o cego conhece duas gueixas que desejam vingar a morte dos pais.

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MIX CULTURAL

PROJETOS SONS DA NOVA

CRISANTEMÚSICA! REFLEXOS DA IMIGRAÇÃO JAPONESA O belíssimo Centro Cultural Banco do Brasil apresenta Crisantemúsica! Reflexos da Imigração Japonesa, um panorama da influência da cultura do Japão na música brasileira, em 6 espetáculos e 40 músicos. Arrigo Barnabé será o curador desta série. Destaque para o violonista Camilo Carrara. Até 24 de junho. Centro Cultural Banco do Brasil Rua Álvares Penteado, 112 - Centro - São Paulo Informações: 3113-3651 / 3113-3652 www.bb.com.br/cultura

A série realizada pela Rádio Nova Brasil FM, trará todo mês aos palcos de São Paulo um artista da moderna música brasileira. A intenção é aproximar o público ouvinte do artista, como declara o gerente de marketing da rádio, Fauze Kanbour. Segue programação de nove shows. Maria Rita - 1º de junho - Via Funchal (8º aniversário da rádio Nova Brasil FM) Jay Vaquer – 6 e 7 de junho - Tom Jazz Fernanda Takai - 20 e 21 de junho - Tom Jazz Ana Cañas - 11 e 12 de julho - Tom Jazz Simoninha - 25 e 26 de Julho - Tom Jazz Isabela Taviani - 08 e 09 de agosto - Tom Jazz Djavan - 11 de agosto - HSBC Brasil Zé Geraldo - 12 e 13 de setembro - Tom Jazz Vanessa da Mata - 09 de outubro - HSBC Brasil

QUARTA EDIÇÃO DO FESTIVAL CORALUSP FESTIVAL INTERNACIONAL DE INVERNO DE CAMPOS DO JORDÃO A 39ª edição do Festival tem por tema Música e Literatura. Entre 5 e 27 de julho em seis espaços distintos, o público poderá apreciar cerca de 50 espetáculos em 23 dias do melhor da música clássica inspirada por grandes textos literários, sob direção artística do Maestro Roberto Minczuk. Presença de nomes como Nelson Freire e a soprano Rosana Lamosa. O compositor João Guilherme Ripper homenageará Machado de Assis em sua obra Capitu.

O Coral Universidade de São Paulo realizará, entre os dias 9 e 14 de junho, o Festival CoralUSP 2008. Em sua quarta edição, haverá palestras, oficinas e mesa-redonda, reunindo músicos de grande expressão no cenário musical. Anfiteatro Camargo Guarnieri Rua do Anfiteatro, 100 – Cidade Universitária Tel.: 3091-3930 / 3091-5071. ENTRE ESCULTURAS E FOTOS Para comemorar o centenário da imigração, haverá no museu duas mostras: “Um novo Cardume” do artista Lucas Isawa, mostrando suas luminárias-esculturas, e “Viagem à Liberdade”, mostra de fotos de Marcio Scavone. Até 6 de julho. Museu da Casa Brasileira Av. Faria Lima 2705, Jardim Paulistano Informações: 3032 3727

5ª DEBOSHOW

COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA IMIGRAÇÃO JAPONESA

Com direção de Sidney Rodrigues, o espetáculo lembra o estilo americano de show de entretenimento. A cada semana um personagem do meio artítisco é evidenciado. Bar Beverly Hills Rua Jurucê, 1001, Indianópolis Informações: 5054-3815.

Para as comemorações dos 100 anos da imigração japonesa no Brasil estão programados diversos shows, exposições, eventos esportivos e solenidades que homenageiam os imigrantes pioneiros, manifestando gratidão da comunidade nipo-brasileira pela receptividade do povo brasileiro. Os eventos buscam fortalecer o relacionamento sócio-cultural entre Brasil e Japão. Os destaques são a Semana da Cultura Japonesa, de 13 a 22 de junho, no Complexo Anhembi, em São Paulo, e também a inauguração prevista dos parques do Japão (Rolândia), Yumê (Maringá) e Centenário (Curitiba). Mais informações no site: www.centenario2008.org.br




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