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Feliz 2012! Os famosos de óculos em

R$ 9,90

I M P R E S S O

Hall of Frames

ENVELOPAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELO CORREIO

4ªCAPA

O Brasil na rota da

Conforto ACUVUE® Lentes de contato

óptica mundial

VO2677S


VO2695S

1996:2012


VO2694B


dezembro 2011

sumário

planeta óculos

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VIEW: uma cara nova para seus 16 anos de vida

Editorial A mensagem do publisher Flavio Bitelman

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Diário da redação O que moveu a VIEW durante a produção deste número

Jogo Rápido As notícias quentes do mercado. Temporada impactante essa: a morte do presidente da Safilo Brasil, Renis Gabriel Filho, e a compra da Tecnol pela Luxottica, negociação que coloca o Brasil definitivamente na rota da óptica mundial

Noite especial: Emerson Fittipaldi lança óculos com a Evoke

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Aconteceu A cobertura dos eventos de óptica no Brasil

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A Óptica no Mundo

Ricky Martin: fã do estilo aviador

As novidades das maiores corporações ópticas do planeta

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Jean-Paul Gaultier por Alain Mikli: colaboração especial

Hall of Frames Famosos e seus óculos

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Espaço do Eric O colunista Eric Gozlan apresenta o quinto capítulo da série sobre óculos solares curvados com lentes graduadas

Dicas & Estratégias Provar

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O impacto das mudanças sociais, econômicas e demográficas nos negócios é o tema do artigo do professor Marcos Luppe em mais um artigo que celebra a parceria entre a VIEW e o Provar

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sucesso

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Varejo & Experiência O colunista Richard Vinic questiona o valor do tempo

Guess by Marciano: uma das novidades da temporada

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Mondo Fashion

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A genialidade de Miuccia Prada

69galeria

Coluna do Miguel Os óculos e sua imagem ao longo dos séculos pelo colunista Miguel Giannini

Vitrine Os lançamentos de produtos

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Um outro olhar As palavras da editora Andrea Tavares

serviços

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visão

ACUVUE® lentes de contato

Foco As notícias dos fornecedores do mercado

Calendário e agenda Os eventos de óptica no Brasil e no mundo em 2012

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Anunciantes

Armação do Cipis A visão lúdica e bem humorada do artista plástico Marcelo Cipis sobre o universo da óptica

Divulgação

Fernanda Guedes

J. Egberto




e ditorial

editorial

Renis vai deixar saudades

publisher e editor Flavio Mendes Bitelman flaviobitelman@revistaview.com.br

editora Andrea Tavares (MTb. 16.030) andreatavares@revistaview.com.br

Conheci o Renis no final da década de 80. Foi quando eu trabalhava na Fotoptica e houve a compra das Óticas Fluminense, do Rio de Janeiro. O Renis coordenava um grupo de lojas da Fluminense sempre com muita simpatia e desembaraço. Começamos uma amizade que foi se solidificando a cada ano, principalmente quando ele veio morar em São Paulo.

Que surjam mais Renis com a mesma luz. Renis, nós te amamos! Flavio Mendes Bitelman Publisher flaviobitelman@revistaview.com.br

Ana Lima analima@revistaview.com.br

diretora de arte Débora Nascimento deboranascimento@revistaview.com.br

gerentes de marketing e comercial Debora O. Alves deboraalves@revistaview.com.br Kriz Knack

Primeiro, foi distribuidor da Safilo até que a empresa resolveu se estabelecer no Brasil e convidou-o para ser seu principal executivo. Sábia decisão essa. Renis despontou ainda mais nessa função e também fez a Safilo despontar no Renis cativou todos. Simpático, low profile (do inglês, mercado brasileiro. jargão jornalístico que define pessoas discretas), trabalhador, líder de sua equipe e querido pelos clientes. No passado, muitos duvidavam e Ótimo articulador. até sorriam pelos cantos da boca quando a Luxottica, comandada Dia desses, fui fazer parte como voluntário de uma enentão pelo querido Carlos Guitidade beneficente e, na primeira reunião, o presidente lherme, e, depois, a Safilo, gerida disse que estava orgulhoso do grupo, pois ninguém nepelo querido Renis, se estabelececessitava daquilo para aparecer e se realizar, mas a enram com regras claras de seguir as tidade precisava muito daquelas pessoas. O Renis tamleis brasileiras acima de tudo. Esbém era assim: conselheiro da Associação brasileira da ses que duvidavam diziam que o indústria óptica (Abióptica), não precisava dela para se método não iria vingar no Brasil. realizar, mas colaborava sempre com tudo e com todos em silêncio. Sem alarde. Sem cobrar holofotes. Mas tanto a Safilo quanto a Luxottica provaram que bons produtos, Há quem só trabalhe com holofotes. O Renis não preciacompanhados de profissionais de sava. Tinha luz própria e nenhuma luz de outrem era valor queridos e respeitados pelas necessária para ele. Era uma pessoa feliz e se realizava suas equipes e pelos clientes e opecom seu bonito trabalho. rando na formalidade, podiam dar certo. E deram. Vai deixar muitas saudades. Sua mulher Simone e seus filhos Mariana e João vão sentir muito a sua falta, mas todos do mercado óptico também. Foi uma perda irreparável.

redatora

Nara Monteiro naramonteiro@revistaview.com.br

secretária de redação Cristiana Brito cristianabrito@revistaview.com.br

gerente administrativa Eliana Caravelli elianacaravelli@revistaview.com.br

gerente de circulação Judith Belleza judith@brandmember.com.br

projeto do logotipo Kiko Farkas (Máquina Estúdio)

projeto gráfico Débora Nascimento

projeto editorial Andrea Tavares

colaboradores Carlo Ferreri • Diana Danke Eric Gozlan • Fabrizio Del Ducca Graziela Canella • Ivani Migliaccio J. Egberto • Kriz Knack Marcelo Cipis • Marcos Luppe Marge Axelrad • Mauro Nakata Miguel Giannini • Pauliane Claro Richard Vinic • Sabrina Duran

computer to plate e impressão Ipsis Gráfica e Editora S.A.

circulação Nacional

tiragem 15 mil exemplares

assinaturas 11 3971 4372 assinaturas@revistaview.com.br As opiniões expressas nos artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores. Nenhuma parte desta edição (textos ou imagens) pode ser utilizada ou reproduzida em qualquer meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação etc. e tampouco apropriada ou estocada em sistema de banco de dados sem a autorização prévia e por escrito da Jobson Brasil. A revista VIEW é uma publicação da Jobson Brasil Ltda. para o setor óptico-oftálmico. Rua Cônego Eugênio Leite 920 - Pinheiros São Paulo/SP - 05414-001 Tel. 11 3061 9025 Fax 11 3898 1503 revistaview@revistaview.com.br www.revistaview.com.br

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dezembro 2011

diário da redação

o hand c e f 8 W 11 ito bom E I V u a aí a m ano m h l O u ra de o o! o s l i l h e a é H nov fa, m e agora m U u ! 1 a r ás 201 as pa dias! ra tr i a r e p t ficou gar as ba e 365 uma d o e l r r mais al cic reca , n m o e i s que sac nte e e n d e g s a a e ovid pírito do com n a e h d s Ven pleta trata o e os. e r o e ã re, r eta Ócul ediç p m o se Plan o com n o ent mom tura! lei Boa

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:2 1996 #FaçaUm16Diferente Não há dúvida de que a gente gosta de registrar nossas datas especiais. Para a celebração dos 15 anos da VIEW, em 2011, lançamos nosso logo comemorativo e ficamos tão, mas tão apaixonados por ele que optamos por registrar os 16 anos comemorados em 2012 e festejar de um jeito aritmético, isto é, “15 + 1” e manter o espírito do tal logo apaixonante. E, para que não haja dúvidas, o “15+1” é acompanhado do ano de fundação e o ano em que se comemora o décimo sexto aniversário separados pelos simpáticos dois pontos. As novas identidades “15+1” já circulam nesta edição (na capa e na 3ª capa), na versão resumida (apenas meio par de óculos) e na versão completa (estampada nos óculos inteiros).

#VidaQueSegue Infelizmente, por duas edições consecutivas, a VIEW precisou noticiar a morte de duas pessoas muito importantes para sua trajetória e para os mercados em que atuavam. E, sobretudo, para o mundo, por se tratarem de seres humanos incríveis. O primeiro foi o ex-presidente da Jobson norte-americana, Bob A. Amato, na VIEW 117. E nesta edição que você tem em mãos, a partida do presidente da Safilo Brasil, Renis Gabriel Filho. Bob Amato se associou ao publisher da VIEW, Flavio Bitelman, em 1999 para abrir a Jobson Brasil e adquirir a revista, fundada no Rio de Janeiro três anos antes. Era sempre muito bom encontrá-lo nas feiras internacionais, nos jantares promovidos pela Jobson e foi uma honra e tanto recebê-lo no Brasil para o “lançamento” da VIEW pela Jobson Brasil. Do Renis, nem se fala... Só quem teve a oportunidade de conviver com ele, sabia o quanto era especial e agregava. Resta agora guardar no coração com carinho os ótimos momentos e os aprendizados e seguir em frente.

#GUIAVIEWNaÁrea

E a edição do GUIA VIEW chega quentinha às suas mãos ao circular acompanhado desta edição da revista, a 118. Além da costumeira atualização dos dados dos fornecedores do mercado, entre outras informações, uma ilustração especialíssima do artista plástico gaúcho Fernando Volken Togni, que deixa seus traços em muitos trabalhos pelo mundo afora. A equipe da VIEW ficou super feliz de poder contar com Togni para a capa do GUIA e, como se diz na gíria do campo, está até agora “lambendo a cria” por conta dessa capa linda! ☺

#CurtaESiga...

Até +... E a gente volta em 2012, abrindo os trabalhos de um ano que promete, com a VIEW 119. Até lá! ☺

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Torne-se mais um fã da VIEW no Facebook (www.facebook.com/revistaview) e siga a gente no Twitter (www.twitter.com/revistaview). Assim, você poderá a interagir em tempo real com a equipe da revista e os demais leitores. Mas se ainda for adepto da comunicação virtual mais formal, mande um @ pra gente: revistaview@revistaview.com.br.




Muitas são as palavras que nos vêm à mente quando pensamos na trajetória de Renis Gabriel Filho, mas não há dúvidas de que a que melhor a define é PAIXÃO, sentimento que ele nutria diariamente pela vida, pelas pessoas, pela família e pelo mercado ótico. Mercado este ao qual se doou com todo amor e total competência nos últimos 34 anos de sua vida. Nascido na Tijuca e criado no Leblon (Rio de Janeiro), aos 17 anos, Renis começou a trabalhar nas óticas do pai e, desde então, não tirou mais esse mercado do coração. Em 1999, após anos de pesquisas e conversas, conseguiu pôr em prática o grande projeto de sua vida: trazer a Safilo para o Brasil. Foram 12 anos de um consolidado desempenho, motivado pela veia comercial e pelo grande valor às relações, que sempre marcaram seu estilo profissional.

É com essa mesma paixão que a Safilo do Brasil homenageia o líder, o companheiro, o amigo e o profissional Renis Gabriel Filho. Será com a mesma determinação que daremos continuidade ao trabalho realizado por ele até hoje. Um de seus principais ensinamentos – “olhar o futuro e antecipar tendências” – é o que motivará toda a equipe a manter a credibilidade, a qualidade e o respeito conquistados pela marca. Nossos sinceros agradecimentos à toda essa dedicação e um imenso respeito pela dor de familiares, amigos e companheiros de trabalho.

Renis Gabriel Filho 1960 « 2011


jogo rápido

o que é noticia no mercado

Morre R

Em 24 de novembro, o presidente da Safilo do Brasil, Renis Gabriel Filho, 51 anos, morreu no hospital Alber Einstein, em São Paulo, de problemas cardíacos. A óptica nacional perdeu um de seus membros mais representativos em 24 de novembro. Morreu em São Paulo, de problemas cardíacos, aos 51 anos, o presidente da Safilo Brasil, Renis Gabriel Filho. Carioca da Tijuca, Renis tinha 34 anos de mercado e há 12 anos comandava a Safilo Brasil. Sua vida profissional começou em 1977, na Óticas Brasil, uma das mais importantes redes no Rio de Janeiro de então. Sua família já militava no setor desde, pelo menos, 1930, quando seu avô abriu as Óticas Ítalo-Brasil, uma homenagem a sua terra natal e ao país em que havia se estabelecido. Com a Segunda Guerra Mundial, italianos e alemães precisaram se autoimpor uma espécie de “anonimato voluntário” a fim de evitar as naturais perseguições depois de um fracasso em um conflito mundial. Diante de tal situação, as Óticas Ítalo-Brasil passaram a se chamar Óticas Brasil, nome pelo qual se eternizaram na história do varejo óptico nacional como a maior cadeia da época no país, com 45 lojas, ao lado da outra forte rede do estado, a contemporânea Óticas Fluminense. Renis passou por vários setores das Óticas Brasil. Da contabilidade ao balcão das ópticas, teve a oportunidade de ver de perto e aprender como funcionava uma rede, de uma ponta a outra. Já aos 17 anos, estudou para obter o diploma de óptico - na-

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quela época, a formação era em Óptico Prático, pois a certificação de Técnico Óptico só foi implantada no decorrer dos anos 80. E foi no Senac, ao cursar a sua formação como óptico, que encontrou o seu grande mestre na área técnica, que sempre fez questão de mencionar a sua gratidão por tudo que aprendeu com ele: o russo Alexis Fedosseeff, de fato um dos “monstros sagrados” da óptica nacional, morto em 2001. Depois de cinco anos nas Óticas Brasil, passou a atuar como supervisor de vendas na Ótica Nova Iorque, de propriedade de seu pai e um outro tio, que anos depois foi comprada pela maior concorrente da sua família: as Óticas Fluminense, naquela época parte do Grupo American Optical. Renis era praticamente um “arquivo vivo” da Nova Iorque e foi convidado a permanecer na casa. Com o passar do tempo, a Fluminense incorporou a Ótica Nova Iorque e tudo passou a ser Fluminense, quando Renis se tornou gerente de compras e, na sequência, gerente da área médica. Depois, foi a vez de a rede paulistana Fotoptica (ainda com “p” e sob a gestão da família Farkas) adquirir a Fluminense e então foi nomeado gerente de produto. Até que, em 1992, resolveu passar para o outro lado do balcão. De varejista, tornou-se fornecedor, atuando como distribuidor da Safilo no Rio de Janeiro. Dois anos mais tarde, estabeleceu-se em São Paulo como diretor da Optical Affairs, empresa que concentrou as operações da Safilo no país e preparou o caminho para a abertura da subsidiária. Foi em 1999 que a matriz italiana resolveu apostar no país e então delegou a Renis a missão de comandar a filial local, a Safilo do Brasil. Desde então, Renis comandou com maestria a subsidiária brasileira da corporação italiana. Entre outros feitos, redesenhou os conceitos de comercialização, reestruturando a área de vendas e, em 2009, ano em que a empresa comemorou dez anos de sua filial, inaugurou a Casa Safilo, espaço de 600 metros quadrados que recebe diariamente, com muito charme, clientes de todo o país, além de sediar desfiles, lançamentos e treinamentos. A VIEW compartilha a seguir alguns trechos da entrevista que Renis concedeu à editora Andrea Tavares, em 2003, publicada na VIEW 58. São sábias palavras de quem tirou muito proveito de atuar em várias frentes do mercado e aprendeu com a experiência

De prótese a acessório: sobre a mudança do perfil da óptica “O varejo passou por uma transformação de 180 graus. Deixou de ser a óptica tradicional que vendia próteses e soluções para aqueles ‘coitadinhos com problemas’ que precisavam usar óculos e passou a vender moda, vender objetos de desejo. Antigamente, havia uma ligação com o médico e hoje a relação direta é com a moda. Hoje, a vitrine tem de ser diferente, muito mais fashion e mais bonita.” www.revistaview.com.br


enis Gabriel Filho Novo conceito: óptica também é vender moda

Mido 99: Renis com Vittorio Tabacchi durante o anúncio para a imprensa mundial da criação da Safilo Brasil

“O concorrente da óptica não é a óptica ao lado, mas todo mundo que vende e faz moda. Por isso, é preciso vender moda, beleza, treinar o pessoal, deixar a loja sempre bonita, limpa e cheirosa, para que o consumidor entenda que, ao entrar naquela óptica, não está comprando óculos, mas também está comprando moda.” “A óptica ainda tem um privilégio que quase nenhum outro varejo desfruta: ser multimarca. O fato de não ter de ser exclusiva de uma grife é muito positivo. E é isso que precisa mostrar para o cliente: que tem tudo, variedade e grife.”

Óptica 2000: durante a visita do então presidente mundial da Safilo, Vittorio Tabacchi (o primeiro, à esquerda), em um almoço oferecido pelo óptico e colunista da VIEW, Miguel Giannini

Atendimento 1: dica para estabelecer vínculo “Fazer uma análise do cliente em trinta segundos. Observar a sua roupa, a receita, quem é o oftalmologista... Só isso já diz um pouco de quem é aquela pessoa e o que veio buscar. Um bom primeiro passo é perguntar sobre o médico para criar uma sinergia com o consumidor. Caso não o conheça pessoalmente, pode dizer que recebe muitas receitas dele há muito tempo etc.“

Atendimento 2: sacando o cliente

Hora da verdade na óptica: o mito da cadeira “Muitas vezes, o cliente está lá só para ver quanto é que custa. O varejo óptico tem uma coisa boa e ruim ao mesmo tempo: a cadeira. Quando o cliente senta é ótimo, mas até sentar... Porque ele tem a idéia de que se sentar estará se comprometendo e, em pé, é muito mais fácil ir embora. A cadeira é a “hora da verdade” no atendimento de uma óptica.

Visão: o dia a dia dos negócios “Deve-se mudar todo dia e sempre pensar no futuro. É difícil? É, mas tem de ser assim.”

Março, 2009: na inauguração da Casa Safilo e celebração de uma década da Safilo Brasil, uma homenagem aos membros da equipe com dez anos de casa. Da esquerda para a direita, Boni Bezerra, Klibelle Simões, Francisco Lopes e Renis

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Óptica 2001: com o empresário e cineasta Thomaz Farkas (morto em abril), seu patrão nos tempos em que a Fotoptica era dona das Óticas Fluminense Acervo VIEW

“O brasileiro segue muito os padrões europeus para óculos, estéticos e de atendimento. Aqui, as pessoas gostam de ser bem atendidas. A venda/compra dos óculos deve ser personalizada, pois óculos já têm um quê de personalização. Hoje, quando um executivo, por exemplo, vai comprar óculos, precisa de alguém para orientá-lo, porque se de manhã ele é executivo, à noite é esportista. Eu acho que as ópticas no Brasil tendem a ser ainda mais intimistas e, tal qual nas joalherias e nas relojoarias, deve-se ter um atendimento muito focado em cada cliente. Por que vender óculos como em um supermercado?”


jogo rápido

o que é noticia no mercado

Luxottica e Tecnol: o Brasil na rota da óptica mundial Por anos seguidos, os boatos deram conta de que a Luxottica estaria iniciando a entrada de sua operação de varejo no Brasil ao comprar uma ou outra rede de ópticas já estabelecida. Como o bom senso determinava, muito se falou, mas nada se concretizou. Até que, em maio, a corporação italiana abriu no Rio de Janeiro a primeira filial da Sunglass Hut, sua rede especializada em óculos solares. Mas a grande novidade veio mesmo em 1º de dezembro com um anúncio de outro caráter: nada menos que a aquisição de 80% das ações da Tecnol (e os demais 20% nos próximos quatro anos), a maior operação nacional de óculos. Texto Andrea Tavares Colaboração Ana Lima Imagens Divulgação e Reprodução

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Se você cresceu ou já era adulto durante a ditadura, lembra com clareza do clima de ufanismo que “reinava” no Brasil. Definitivamente, propagar o orgulho exagerado pelas belezas e potências do país era uma das armas das quais os comandantes de então dispunham para manter a ordem estabelecida - diga-se de passagem, à força. Dentre as mensagens propagadas por essa máquina ufanista, uma das mais batidas era que “o Brasil é o país do futuro”. Na escola, durantes as aulas de Estudos Sociais (risível hoje, mas no país de então, matérias como História e Geografia eram consideradas subversivas, daí criarem uma terceira que englobava ambas, essa tal de Estudos Sociais), eram incansáveis as menções às maravilhas brasileiras, obviamente também às forças armadas e às potências do país, com a promessa de um futuro brilhante. Mas os anos foram passando e cada crise econômica, cada zero cortado na moeda, cada notícia de subdesenvolvimento e muita fome era um golpe nessa crença que o governo da ditadura tentou empurrar goela abaixo da população. Pura balela, a maioria pensava.

Brasil, bem na foto - Eis que mais de 40 anos depois, parte desse tal futuro brilhante deu as caras. Desde que as finanças mundiais começaram a ruir no final de 2008 (primeiro, a economia norte-americana e, na sequência, a europeia) e o Brasil não fez coro à crise, parece que a ordem mundial estava mudando de eixo. Se o país era considerado subdesenvolvido nos anos 80, em desenvolvimento nos anos 90 e emergente na primeira década de 2000, integrante de um grupo de países batizado como “Brics” (termo cunhado pelo economista inglês Jim O’Neill, chefe de pesquisa do banco de investimentos norte-americano Goldman Sachs, que é a reunião das iniciais de “Brasil”, “Rússia”, “Índia”, “China” e, mais recentemente, “África do Sul” em inglês, esse último é chamado de “South Africa”, daí o “s”), é potência reconhecida nesta década. O tal futuro chegou. Não necessariamente a visão de futuro ufanista da ditadura, mas um futuro que agora já é presente e traz dias mais favoráveis e de uma vida mais digna aos brasileiros por conta da estabilidade econômica. O potencial de consumo então adormecido de uma gigante fatia da população e a atual constância do Brasil na agenda mundial fazem brilhar os

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olhos estrangeiros, especialmente quando Estados Unidos e vários países europeus vivem um delicado momento econômico. Dá até a sensação de que o país foi descoberto de fato em 2011, 511 anos depois da data oficial.

Nova ordem mundial - Na óptica, não é diferente. A combinação de uma economia sólida de um país que deixou de ser emergente para ser uma potência recém-desabrochada com a crise lá fora tem feito muitas corporações depositarem sua confiança e esperanças no Brasil, fazendo desta nação berço para seus investimentos e colocando o país na rota da óptica no planeta. A face mais visível dessa nova fase da nova ordem mundial na óptica é a aquisição da Luxottica pela Tecnol, anunciada oficialmente em 1º de dezembro. Pelos termos do acordo, em uma primeira fase, a corporação italiana adquire 80% das ações da empresa brasileira em uma transação com valores não revelados, que deve ser concluída no início de 2012. Ao final de quatro anos, terá a totalidade acionária, com a compra, a cada ano, de 5% dos 20% restantes com valores predeterminados. A única cifra oficial relativa à negociação divulgada no documento para a imprensa e os investidores foi o valor avaliado da Tecnol: € 110 milhões, mas nos bastidores comenta-se que a transação atingiu a casa dos € 120 milhões. Atualmente, o Brasil integra o top 10 do ranking de países da divisão de atacado da Luxottica (a outra divisão da empresa é a Luxottica Retail, seu braço de varejo, com mais de 7 mil pontos-de-venda em 130 países), com preço médio por unidade maior que na Europa, apesar do foco predominante no segmento de luxo. A compra da Tecnol escancara as portas para o crescimento da empresa no Brasil e deve elevar o país, segundo a própria Luxottica, ao posto de uma das cinco principais nações na sua operação de atacado, além de sinalizar ótimas perspectivas de avanço em toda a região latino-americana. Na atual estratégia da Luxottica, o Brasil e, por consequência, a América Latina - são regiões-chave. Suas taxas de crescimento cresceram para a casa dos dois dígitos nos últimos anos, transformando o país em um dos principais locais de investimento, ao lado da China, da Índia, do México e da Turquia.

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Local lá e cá - "Essa operação se encaixa perfeitamente em nossa estratégia de crescimento em longo prazo", comentou o CEO (em inglês, “Chief executive officer”, sigla que denomina o cargo de diretor executivo) da Luxottica, Andrea Guerra. "O Brasil é um dos países em que a empresa tem por objetivo ser tão ‘doméstica’ como é na Itália, onde está estabelecida há 50 anos, construindo raízes locais por meio de investimentos em pessoas, ações e cultura. A Tecnol é a melhor parceira possível para fortalecer a presença no Brasil e em toda a América Latina, já que temos a mesma visão, a mesma abordagem de excelência de serviço e o mesmo modelo comercial de integração vertical”. A corporação italiana declarou que, com a aquisição da Tecnol, elevará a qualidade dos serviços a seus clientes brasileiros, oferecendo os mesmos padrões de excelência praticados em países como Itália, França e Estados Unidos. Tornar-se doméstica no Brasil, usando a expressão do próprio CEO Andrea Guerra, significará também minimizar grande parte dos custos e das complexidades atualmente enfrentados na importação, com a redução de cerca de dois terços no tempo de entrega, por conta da produção local, além de abrir a possibilidade de novas sinergias para os negócios. Sucesso para ambas as partes - A Tecnol é a principal empresa de óculos no Brasil e, segundo o documento que divulga a negociação, o grupo campineiro registrou vendas líquidas de aproximadamente € 90 milhões em 2010, com taxa anual de crescimento de aproximadamente 14% nos últimos três anos. Além da operação industrial que já lhe garantiu o posto de quarta maior fábrica de armações de receituário do mundo no final da década de 90, estendeu sua atuação para o varejo em 2009 com o lançamento da Ótica Íris, atualmente com 90 lojas. No ano seguinte, mudou-se para uma nova sede, com tecnologia fabril de ponta, instalando também no local um laboratório óptico de alta tecnologia (inclusive com surfaçagem digital). "Estou muito satisfeito em iniciar a colaboração com a Luxottica no Brasil. Reconheço a Luxottica como empresa líder em nosso mercado e acredito que essa operação irá conduzir o sucesso de ambos os grupos", foram as palavras do presidente e fundador do Grupo Tecnol, Sergio Carnielli.

Repercussão pelo mundo afora: na véspera do anúncio oficial, o site norte-americano wwd.com (no alto) já antecipou a novidade. Em 1º de dezembro, a Luxottica publica a notícia em seu site (imediatamente abaixo) e então se seguiu a publicação em portais italianos e brasileiros, entre outros

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Andrea Tavares

Homens de sucesso - Tanto Sérgio Carnielli quanto o fundador da Luxottica Leonardo Del Vecchio são a tradução perfeita da expressão “self-made man”, cunhada pelos norte-americanos, para definir alguém que vence na vida graças a seu próprio esforço. De Campinas para o mundo - Desde cedo, a vida de Sergio Carnielli sempre foi de muito trabalho: filho do meio de uma família grande, aos oito anos, ajudava o pai na fabricação de tijolos. Aos 14 anos, já tinha uma profissão, ao receber o diploma técnico de ajustador mecânico e torneiro. Aos 21 anos, abria seu primeiro negócio: uma pequena oficina mecânica, usinando peças e desenvolvendo projetos para pequenas empresas. Em 1972, começou a flertar com a óptica. Cinco ex-funcionários da recém-extinta empresa de armações Ibroc entre eles, um de seus tios - lhe procuraram para que montasse uma fábrica para o grupo. Além de construir os equipamentos e botar a indústria para funcionar, Carnielli juntou-se aos cinco e, em agosto do mesmo ano, fundava a Técnica Nacional de Óculos, que se celebrizou como Tecnol, com 20 funcionários e produção diária de 100 peças, localizada em um galpão de 200 metros quadrados no bairro do Taquaral, em Campinas. Por um ano e meio, dividiu-se entre a oficina mecânica e a Tecnol, até que decidiu dedicar-se integralmente aos óculos. No decorrer dos anos, alguns de seus sócios resolveram se aposentar, outros optaram por aventurar-se em outros projetos e, então, em 1981, Carnielli tornou-se o único dono da Tecnol. A empresa foi de vento em popa, mesmo quando a maré não era das melhores para os fabricantes nacionais de óculos, com a abertura do mercado, no início da década de 90. Em 2009, começou sua empreitada no varejo com a abertura das Óticas Íris, com foco no interior de São Paulo e atualmente com 90 pontos-de-venda.

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de existência, passou a dedicar-se exclusivamente à produção de óculos. Em 1981, deu início à internacionalização das operações com a abertura da primeira subsidiária - o país escolhido foi a Alemanha - e, em 1988, deu um passo que revolucionou a indústria óptica ao assinar seu primeiro contrato de licenciamento. Ao lançar uma coleção com o criador italiano Giorgio Armani, redesenhou a relação da óptica com a moda, gerando uma bem-sucedida operação baseada em design e identidade de moda, distribuição mundial e lucros. Dois anos mais tarde, as ações da empresa passam a ser cotada na bolsa de valores de Nova Iorque e ocorre a assinatura de novas licenças com marcas de moda. Em 1995, Del Vecchio adquire a legendária marca de óculos Persol, fundada em 1917, e se estabelece no varejo, com a aquisição da LensCrafters, uma das mais importantes redes de óptica dos Estados Unidos. O ano de 1999 também é emblemático por conta da aquisição por US$ 640 milhões do portfólio de marcas de óculos da norte-americana Bausch & Lomb, que inclui outra legendária marca e sinônimo de óculos solares em várias partes do planeta: a Ray-Ban (as demais eram Arnette, I’s, Killer Loop e Revo). Em 2001, mais um grande passo no varejo, com a compra da Sunglass Hut, a rede especializada em óculos solares. Seis anos mais tarde, outra aquisição de peso: a norteamericana Oakley, gigante do universo óptico. Hoje, a corporação produz mensalmente 50 milhões de peças e está em mais de 130 países com 62 mil funcionários. Leonardo Del Vecchio ocupa a 71ª posição na lista mundial de bilionários de 2011 da revista de negócios norteamericana Forbes com a fortuna de US$ 11 bilhões. No ranking italiano de bilionários, também segundo a Forbes, é o segundo colocado - o líder é o empresário Michele Ferrero, 32º colocado na relação mundial, dono do império de guloseimas Ferrero, com marcas como Ferrero Rocher, Kinder, Tic Tac e Nutella e posses de US$ 18 bilhões.

De Agordo para o mundo - A Luxottica foi fundada há

Repercussão internacional - A aquisição foi divulgada oficialmente em 1º de dezembro, mas, na véspera, alguns veículos de comunicação já anunciavam a novidade, como o prestigioso site norte-americano Women’s Wear Daily (www.wwd.com) e o jornal brasileiro O Estado de São Paulo. Na sequência, a notícia foi divulgada com amplitude mundial.

exatos 50 anos pelo italiano Leonardo Del Vecchio, ao pé dos Alpes dolomitas na pequena cidade de Agordo, na região italiana do Vêneto, e atua globalmente no atacado e no varejo de óculos, com vendas líquidas na casa dos € 5,8 bilhões. Del Vecchio, até hoje presidente da empresa, começou sua carreira como aprendiz de ferramentaria em Milão e dedicou-se à produção de partes para óculos. Mudou-se para Agordo em 1961 e, no mesmo ano, abriu a Luxottica, inicialmente na condição de fornecedora de componentes para fábricas de óculos. Seis anos mais tarde, começou a fabricar armações e vendê-las sob a marca “Luxottica” e, em 1971, ano em que a empresa completou uma década

Grande passo - Tal negociação faz do Brasil a quarta nação na lista de sedes de fábricas da Luxottica (além da Itália, há unidades produtivas nos Estados Unidos e na China), coloca definitivamente o país na vitrine da óptica mundial e pode ser apenas o princípio de um novo momento para o mercado óptico nacional. Momento esse pautado, sobretudo, pelo profissionalismo e a possibilidade da concretização de outras operações do gênero, fazendo do Brasil uma das grandes potências do Planeta Óculos. O futuro chegou e já é presente: que venham 2012, 2013 e muito mais.

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jogo rápido

o que é noticia no mercado

Mercado ganha mais um livro Por que os consultores ópticos não vendem mais?

Chegou o GUIA VIEW 2012

Essa é uma das perguntas-chave do livro O segredo para vender + óculos do palestrante e instrutor de vendas Luiz Amorim, publicado pela Qualittá Edições. A partir dessa questão,

Esta pode ser a última edição do ano, mas a VIEW já está pensando em como apoiar seus leitores no próximo. Por isso, circula com este número um exemplar do GUIA VIEW 2012, a principal fonte de informações do mercado. São meses e meses de apuração para trazer todos os dados atualizados e facilitar mais um ano de trabalho. Caso seu exemplar não tenha chegado, faça contato com a redação para solicitá-lo, pelo e-mail cristianabrito@revistaview.com.br ou o telefone 11 3061 9025 ramal 108.

que podem atrapalhar a performance de vendas e o atendimento ao cliente. Além disso, a publicação aborda técnicas de ambientação e merchandising, trazendo Divulgação

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Mido 2009: em Nova Iorque, durante a Vision Expo Ana East, os líderes italianos anunciaram as Lima mudanças do maior evento de óptica do planetaTel. para próximo ano 11o3061 9025 ramal 107

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Ilustração de Fellipe Gonzalez

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Studio Evoke

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aconteceu o que anda acontecendo por esse Brasil afora

Evoke apresenta DJ Zegon

Para ilustrar a tarde, um vídeo assinado por Raul Machado, que já dirigiu videoclipes das bandas Chico Science e Nação Zumbi, Planet Hemp, Sepultura e Vive la Fête, que inclui cenas filmadas em Milão, Itália, registrando Zegon visitando os bastidores da produção dos óculos nas fábricas, além de trechos rodados em São Paulo, que ilustram o seu estilo de vida e a parceria com a Evoke. A atriz Laura Neiva e o apresentador Felipe Solari

lera: Iggor, A família Cavae Antônio on yt Le a Laim O DJ Zegon em ação

ora A apresentad a Débora Vilalb

A modelo e a apresentador Maryeva ira Olive

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Divulgação

Em 19 de novembro, a Evoke abriu as portas de seu quartel-general, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, para amigos, parceiros e celebridades a fim de lançar mais uma Evoke Signature Series, dessa vez com o DJ e produtor musical paulistano José Gonzáles, mais conhecido como DJ Zegon.

O rapper Criolo

O artista plástico Stephan Doitschinoff, também conhecido como Calma

O vocalista do CPM 22, daui Fernando Ba

ora A apresentad s Renata Simõe

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Reconhecimento O pioneirismo e a visão de empreendedor fizeram de Renis Gabriel Filho, diretor da Safilo do Brasil, uma das principais personalidades do setor óptico brasileiro, cuja marca será seguida por funcionários e admiradores. A trajetória de Renis no mercado óptico brasileiro teve início há mais de 30 anos. A história de sucesso do empresário começou em 1977, no Rio de Janeiro, quando o jovem deu início a sua carreira profissional nas Óticas Brasil, empresa de propriedade familiar e pioneira no setor, desde a década de 1930. Entusiasta, Renis atuou em vários setores das Óticas Brasil, desde o atendimento no balcão até a contabilidade, fato que o levou a aprender como funcionava uma rede de óptica de forma abrangente. Motivado com as possibilidades de crescimento, foi diplomado como Técnico Óptico, na época denominado Óptico Prático. Anos mais tarde, Renis assumiu o cargo de supervisor de vendas, na Óticas Nova Iorque, também de propriedade familiar, e que posteriormente seria comprada pelo Grupo America Optical. Aproveitando a oportunidade de crescimento, tornou-se gerente de compras e, posteriormente, gerente da área médica. Na sequência, a Fotoptica adquiriu a marca, e Renis se tornou gerente de produto. Já em 1992, com as mudanças no mercado óptico, o empresário decidiu passar de varejista a fornecedor, atuando como distribuidor da Safilo no Rio de Janeiro. Após 2 anos, mudou-se para São Paulo, como diretor da Optical Affairs, empresa que concentrava as operações da Safilo no Brasil. Em 1999, a matriz italiana abriu uma filial no Brasil e Renis teve a missão de comandar a empresa. Como o mercado brasileiro ainda não havia deslanchado, coube a ele o desafio de torná-lo atrativo e competitivo. E, mais uma vez, Renis obteve êxito e, como um verdadeiro incentivador do segmento, transformou o mercado óptico nacional em um verdadeiro sucesso. Além de revolucionar o mercado óptico, Renis foi também um dos principais incentivadores, na Associação Brasileira da Indústria Óptica (Abióptica), do combate à pirataria. Nesse sentido, sempre atuou no combate à ilegalidade, principalmente pela conscientização da população em relação aos malefícios trazidos pela falsificação de produtos ópticos, tanto na saúde como na economia. Para Bento Alcoforado, diretor-presidente da Abióptica, a imagem inesquecível de Renis na Associação foi sua importante atuação no G21, grupo que em 2001 deu início ao movimento que transformou a relação entre os empresários do segmento e promoveu a nova Abióptica.

Uma homenagem da

Abióptica desde 1997


A atleta Tatiele Carvalho

Noite de ouro na Marchon

Vairo Gimenes (Marchon), Daniel Neves (Nike), Eduardo Corrocher e Rejane Dias (Marchon)

Pedro Daraya e Gabriela Ribeiro (Marchon) com membros da Óticas Diniz

Em 1º de dezembro, a Marchon celebrou, na sua sede paulistana, a parceria com a Óticas Diniz em uma noite regada a crepes, coquetéis e a presença de vários membros da equipe brasileira de atletismo, patrocinados pela Nike e medalhistas no Pan-americano ocorrido em outubro, na cidade mexicana de Guadalajara.

Os atletas Bárbara Farias e Diomar Souza Nilva Glebock, Luciene Costa, Sueli Martinez, Rejane Dias, Leo Souza, Tatiana Mitiko, Eduardo Corrocher e Gabriela Ribeiro (Marchon) Vairo Gimenes (Marchon), os atletas Ailson Feitosa e Nilson André, Rejane Dias (Marchon) e o atleta Luiz Alberto de Araújo

Elivania Mesquita e Ricardo Tozzi

Divulgação

O ator Ricardo Tozzi, rosto da Carrera para a Óticas Carol, foi um dos destaques do evento para clientes, amigos e parceiros que comemorou em 1º de dezembro a abertura da quarta unidade da rede na capital piauiense, localizada no Jockey Club. Além do coquetel, houve uma badalada noite de autógrafos com o astro global.

Benonias Cardoso

Carol com Carrera em Teresina

O ator Ricardo Tozzi entre Maurício Ferrante e Ronaldo Pereira

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Mode l I R oc k e r

P r ot e j as e usol h os .E x i j aos e l odequal i dadeABNT .


aconteceu

Carrera Escape chega ao Rio Após passar por São Paulo, em outubro, a capital fluminense foi a escolhida para sediar, em 19 de novembro, a segunda edição brasileira do Carrera Escape, evento promovido pela grife de óculos que integra a carteira de marcas próprias da Safilo, no hotel boutique La Suite by Dussol, no Joá, zona sul da cidade. Batizada de Carrera Escape at Versão Brasileira by Aperol Spritz (a bebida italiana), o evento tem edições em várias cidades como Chicago, Las Vegas e Miami, sempre com o conceito de ser um refúgio para celebridades no modelo pool party (do inglês, termo que define as festas realizadas à beira de piscinas). A versão carioca contou com a performance do DJ Pablo Morais e, entre as celebridades que marcaram presença, estiveram os atores globais Bruno Gagliasso, Giovanna Ewbank e Malvino Salvador.

Tadeu Neves e Claudia Bonfeld (Ótica Visão Central, Rio de Janeiro), Selma e Marcelo Benchimol (Benoptic, Rio de Janeiro)

Camila de Paula, Fernanda Paolone e Marina Abreu (Safilo)

O ator Malvino Salvador

Camila de Paula e Fernanda Paolone (Safilo), Hélio Crespo (New Vision, Rio de Janeiro) e Luis Felipe Bonilha (Excalibur Savaget)

Diane von Furstenberg no Brasil

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Diane von Furstenberg entre Karla Borges e Fran Lavieri (La Croisette - Den Optika, São Paulo)

Divulgação e Murilo Tinoco

As coleções chamadas de Cruise (do inglês, “cruzeiro”) ou Resort (nome dado a hotéis de lazer de luxo, fora das grandes cidades, em geral instalados à beira mar) são lançadas entre temporadas por grandes marcas internacionais para originalmente atender a clientela jet-setter (do inglês, expressão que define pessoas da alta sociedade que se deslocam de avião a jato) que se refugia em destinos paradisíacos durante o inverno. Com uma variedade de acessórios e roupas leves e confortáveis, mas luxuosas.

Sueli Martinez e Leo Souza (Marchon), a estilista Diane von Furstenberg e Rejane Dias (Marchon)

Divulgação

A estilista belga esteve mais uma vez no Brasil, dessa vez no início de novembro, para o lançamento de sua coleção Resort 2012, composta de roupas e acessórios, inclusive óculos (que são distribuídos pela Marchon), realizada no dia 9, no Espaço Fashion do Shopping Iguatemi, centro de compras localizado na região oeste da capital paulista que abriga a loja da criadora.

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MOD: CRM 32255 / CRM 32299


aconteceu o que anda acontecendo por esse Brasil afora

Evoke celebra parceria com Fittipaldi O paulistano Museu da casa brasileira, situado na zona oeste da cidade e que é dedicado ao design e ao mobiliário, recebeu na noite de 28 de novembro o evento de lançamento dos óculos solares do lendário piloto Emerson Fittipaldi pela Evoke.

Emerson Fittipaldi recebeu celebridades, amigos, empresários do setor óptico e imprensa para apresentar seus óculos

Os músicos Jairzinho Rodrigues e Wilson Simoninha com Emerson Fittipaldi Norberto Farina (Mitani Ótica, São Paulo) e Emerson Fittipaldi

Emerson e Rossana Fittipaldi entre Fabiano e Demian Moraru (Evoke)

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Fabiano e Aparecida Moraru, Ana Luiza Caldas, Demian e Roxana Moraru (Evoke)


Divulgação

Um dos apresentadores do CQC, Maurício Meirelles

Voriques Oliveira (Voriques Óptica, Brasília) e Emerson Fittipaldi

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a óptica no mundo

parte

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Luxottica, 50 aos

A VIEW publica nesta edição a segunda e última parte da entrevista que o diretor executivo da Luxottica, Andrea Guerra, concedeu à vice-presidente sênior e diretora editorial da Jobson Optical Group, Marge Axelrad, nos Estados Unidos, por ocasião do aniversário de 50 anos da corporação italiana. O executivo fala de internet, tecnologia de lentes, perspectivas para o futuro e o potencial de países emergentes como o Brasil. Texto em inglês Marge Axelrad Tradução Fabrizio Del Ducca Edição Andrea Tavares

Datas comemorativas são uma ótima oportunidade para fazer retrospectivas e falar de estratégias futuras. Qual sua visão da empresa para os próximos cinco anos? O que será diferente? É uma sorte poder viver nesse período histórico. Há uma série de questões no mundo hoje, dentre elas financeiras, mas se a Luxottica chegou aonde está, vendendo mais de 60 milhões de peças por ano e atendendo, em média, um potencial de 1 bilhão de consumidores, não acho que existam muitos executivos de outras épocas que puderam dizer que nos próximos cinco anos, dez anos há um potencial extra de 2 bilhões de consumidores a ser atendido. Se a Luxottica foi capaz de atingir mais de 60 milhões de peças com 1 bilhão, imagine com um adicional extra de 2 bilhões de consumidores?

A que você atribui esse potencial? Ao fato de os mercados emergentes não serem mais emergentes. Há pelo menos cinco, seis ou sete economias crescendo com taxas que ninguém poderia imaginar, tornando-se mercados tão grandes quanto alguns mercados europeus. Sem falar de tecnologias inovadoras conectando as pessoas ao redor do mundo, permitindo que tenham acesso a produtos e marcas que não pensavam um dia poder ter e que agora podem. Além disso, há muitas oportunidades na personalização de produtos para o ocidente, diferentes estilos de vida, diferentes momentos 31

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do dia e da semana. E, como líder mundial que é, a Luxottica tem a responsabilidade de construir plataformas para atender necessidades, avaliar tecnologias e instalar pelo menos mais quatro ou cinco subsidiárias no mundo. Há hoje milhares e milhares de pessoas no Brasil, na China, na Índia, na Turquia e no México. Mas, mesmo estando lá, isso não significa que a empresa já seja local: é uma estrangeira que, nos últimos 15 anos, tem investido nesses países, oferecendo produtos, serviços e dedicação. Mas há muito que fazer ainda.

O que uma empresa precisa fazer para ser vista por dentro e não por fora? Muito investimento cultural, em pesquisa e infraestrutura. A China, por exemplo, está bem à frente dos países ocidentais em termos de tecnologia digital. Por isso, a Luxottica investe mais em mídias alternativas na China que na Europa ou nos Estados Unidos, muito mais.

E por “alternativas”, você quer dizer... Nos os vemos como nativos digitais, que talvez não estejam mais assistindo tevê ou estejam fazendo a sua própria tevê online e navegam na internet mais do que nós. Ao lado dos Estados Unidos, a China é o segundo país com um site independente de Ray-Ban (http://china.ray-ban.com), diferentemente dos demais, que estão em um site geral, em um “menu” de países no site principal, o norte-americano (www.ray-ban.com).

Qual é a conexão com os óculos, a óptica e o que as marcas representam para esses consumidores chineses? Percebo muitos hábitos ocidentais. O mercado de óculos solares na China era inexistente até alguns anos atrás e agora está crescendo rapidamente.

Você considera necessário construir novas bases de compreensão sobre certas marcas? O tempo todo. É preciso conhecer os produtos e readaptá-los às necessidades específicas. Não são países com populações de 50 milhões ou 60 milhões, mas para uma audiência de 1 bilhão. Nos próximos cinco a dez anos, esses países poderão ser os maiores mercados da Luxottica. Já são anos trabalhando nesses locais e a empresa está começando a colher os benefícios desse investimento pioneiro.

É preciso comunicar sobre as marcas de forma diferente do que se fazia há cinco anos? E o que a mídia digital significa hoje para uma marca? Saindo da Europa em direção aos Estados Unidos, a Luxottica percorreu um longo caminho gerenciando as marcas. Mas acho www.revistaview.com.br


a óptica no mundo um giro pelo universo da óptica

Andrea Guerra: “hoje, há quase todas as opções em solares por conta das lentes digitais (...) É um mundo novo de opções. Para as pessoas da minha idade, então, isso representa uma mudança substancial no desempenho esportivo. E, obviamente, com a Ray-Ban e a Oakley no portfólio de marcas da empresa, isso é um foco. A segunda grande mudança são as lentes polarizadas. É preciso entender como essas lentes específ icas são compreendidas pelos consumidores atualmente.” que, especialmente no mercado de solares, os Estados Unidos são o maior mercado emergente do mundo. Considerando a fatia premium desse segmento de mercado, há um longo caminho a ser percorrido. Poderíamos nos sentar em 2016 para conversar e comentar como esse mercado dobrou, em comparação ao que era cinco anos antes.

A que você credita esse crescimento do mercado de solares? Tem havido um esforço das marcas de luxo norte-americanas e internacionais; sua presença em shopping centers tem se expandido por todo o país. As marcas norte-americanas estão crescendo. Na tevê, diferentes estilos de vida são representados em séries como Sex in the city e Mad men, por exemplo. Hollywood está mudando e campeões esportivos divulgam óculos de um novo jeito. Olhando cinco anos para trás e tirando a crise econômica, pode-se ver nitidamente essa nova configuração impactando o mercado de solares de forma positiva.

Solares, moda, estilo de vida e meios de comunicação levantam questões sobre tecnologia e lentes. Esse é um segmento em que a Luxottica, nos últimos cinco a oito anos, promoveu mudanças cruciais. Como será o futuro? Primeiro, houve o avanço enorme e inacreditável da tecnologia nos últimos três anos. As lentes oftálmicas digitais criaram um mundo completamente novo para os solares graduados, o que é muito diferente da época que, para se ter um par de solares com grau, podia-se escolher apenas entre 10% e 15% entre as peças de uma coleção. Hoje, há quase todas as opções em solares por conta das lentes digitais. Já se pode ter um modelo solar com grau em uma base alta, muito envolvente, e em outras formas. É um mundo novo de opções. Para as pessoas da minha idade, então, isso representa uma mudança substancial no desempenho esportivo. E, obviamente, com a Ray-Ban e a Oakley no portfólio de marcas da empresa, isso é um foco. A segunda grande mudança são as lentes polarizadas. É preciso entender como essas lentes específicas são compreendidas pelos consumidores atualmente. Enfim, por meio de tratamentos, designs mais suaves e trabalho específico, entra-se em um mundo em que as lentes se tornaram de fato personalizadas. Às vezes, reclama-se que a óptica tornou-se um mercado de commodities (do inglês, termo para “mercadoria”). Penso que a tec32

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nologia digital, a comunicação com os consumidores, o feedback dos usuários, a oportunidade de entrar em lojas e observar as novidades proporcionam um conjunto de oportunidades inimaginável há cinco anos. Um dos trabalhos mais difíceis foi explicar aos consumidores a diferença de uma lente para outra. Hoje, do consultório médico para a distribuição e o varejo, uma lente digital significa que é muito mais fácil entender porque o meu campo de visão é diferente, porque quando eu dirijo é diferente, porque quando eu jogo golfe é diferente de outros esportes. Há muito para dizer e explicar aos consumidores, porque estamos cuidando de seus olhos e porque às vezes eles podem gastar algum dinheiro cuidando de seus olhos.

Em função da personalização, existem o potencial e a sabedoria tecnológica para proporcionar grandes soluções ópticas e conquistar o consumidor. Nesse momento, em todo o mercado, percebe-se uma tensão entre o que a internet apresenta em termos de acessibilidade, conveniência e uma grande redução dos custos dos negócios, em oposição aos tradicionais custos das ópticas e à venda de óculos. O que você pensa disso? Em qualquer época, o público sempre foi capaz de encontrar o que quer. Antigamente, poderia encontrar no mundo físico, hoje pode encontrar no meio digital. A verdade é que é preciso dar ao consumidor o que ele quer. Se um consumidor vem à loja e deseja ter uma certa experiência e está disposto a investir nisso mais do que o valor médio de uma bolsa de marca, pode-se proporcionar isso. Se deseja entrar na internet e achar atalhos, também pode fazer isso. Se quer entrar na internet e encontrar um bom serviço, encontrará. Não há o que temer. Atualmente, muito se fala sobre internet, mas há poucos negócios ali. E o universo virtual é como uma selva: há alguns animais selvagens maravilhosos e algumas criaturas venenosas também.

Quais as perspectivas para a internet como canal de vendas? Qual a estratégia da Luxottica para esse segmento? Para todos, o meio digital é um novo canal, uma nova oportunidade. Mais adiante, entenderemos e saberemos como trabalhar com ela, usá-la, explorá-la, determinando o que queremos e o que tiraremos dela. Ainda se está no estágio da exploração. Fonte: V-Mail, o informativo virtual do Vision Monday, publicação da Jobson Publishing. www.revistaview.com.br


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Aquisição na Argentina A Bausch+Lomb comprou 100% das ações do Laboratorio Pfortner Cornealent SACIF, sediado na Argentina e detentor da Waicon, líder de mercado no país no segmento de lentes de contato e produtos para cuidados de lentes de contato. Com isso, a corporação norte-americana assume a liderança desse mercado. A família Pfortner continuará a operar a rede de varejo óptico que leva seu nome (Pfortner) como uma companhia independente, sem relações com a Bausch+Lomb. Os termos do contrato ainda não estão finalizados, mas já se sabe que as duas empresas devem operar sob nomes separados até o final da integração. O Laboratorio Pfortner foi fundado como um fabricante de lentes de contato em 1943, quando o óptico alemão Klaus Pfortner começou a confeccionar lentes de contato e próteses oculares na Argentina. Baseado nessa herança, seu filho Tomas abriu a Waicon Division em 1972, a primeira empresa a manufaturar lentes de contato hidrofílicas na América Latina.

Viva Novo executivo

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Giovanni Pesce: executivo de atuação internacional para a Viva

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Alain Mikli Parceria com Jean Paul Gaultier A Alain Mikli International anunciou um acordo de parceria com a maison Jean Paul Gaultier para o lançamento da coleção Jean Paul Gaultier by Mikli Eyewear Collection. A estratégia, que foi divulgada apenas como uma parceria entre amigos de longa data e não um acordo de licenciamento, traz o fashion designer francês de volta ao universo óptico, após o final de seu contrato de licenciamento com a italiana De Rigo, há cerca de três anos. A nova coleção chega ao mercado norte-americano em janeiro nas butiques Alain Mikli e em um seleto grupo de ópticas - em setembro, por ocasião do salão francês de óptica, o Silmo, as lojas do designer óptico francês na capital parisiense já exibiam a nova linha em suas vitrines. A distribuição mundial ocorrerá pelos mesmos canais de distribuição da Alain Mikli International.

Marchon

A corporação norte-americana anunciou em fins de dezembro a contratação do executivo italiano Giovanni Pesce para o cargo de vice-presidente internacional sênior. Dono de extensa experiência no mercado, com passagens por Safilo e Luxottica, Pesce se reportará diretamente ao presidente da Viva, Frank Rescigna, e será o responsável pela estratégia e os resultados operacionais de todos os negócios da empresa fora dos territórios norte-americano e canadense.

Amizade de longa data: Jean Paul Gaultier por Mikli Divulgação

Bausch+Lomb

a óptica no mundo um giro pelo universo da óptica

De casa nova Em novembro, a Marchon se mudou oficialmente para sua nova sede internacional, situada no número 201 da Old Country Road, em Melville, no estado de Nova Iorque. O prédio tem 62 mil metros quadrados e abriga 225 funcionários, que antes se dividiam entre dois endereços. Ali estarão os departamentos jurídico, financeiro, de tecnologia da informação, administração, recursos humanos, administração e operação de marcas, suprimentos, relações públicas e criação. Há também áreas designadas para reuniões virtuais, salas para eventos e exposição de coleções, tudo projetado para aproveitar ao máximo a luz natural e barrar sons incômodos.

Fonte: V-Mail, o informativo virtual do Vision Monday, publicação da Jobson Publishing. www.revistaview.com.br


gmark

MELHOR V I S Ã O

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Solares esportivos: coisa de homens jovens

Fonte: V-Mail, o informativo virtual do Vision Monday, publicação da Jobson Publishing.

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B. Robinson Isaac Mizrahi na casa A corporação norte-americana B. Robinson fechou contrato de licenciamento, desenho, produção e comercialização dos óculos de receituário e dos solares do criador novaiorquino, sob os nomes de Isaac Mizrahi e Isaac Mizrahi New York. Mizrahi, que lançou sua coleção em 1987, afirmou que "nada é tão instantâneo para o estilo quanto um belo par de óculos. Se estão corretos, todo o resto acaba entrando nos eixos". No portfólio da B. Robinson, também figuram marcas como Cynthia Rowley, Cole Haan, Izod, London Fog. As coleções de Mizrahi estarão disponíveis em setembro.

Agora na versão óculos: criação de 2010 do estilista norte-americano Isaac Mizrahi

Safilo

Um estudo recente da série VisionWatch, organizado e realizado pelo Vision Council, a principal entidade de óptica nos Estados Unidos, mostrou que ter e usar óculos solares esportivos é mais popular entre homens com menos de 45 anos e que praticam motocross ou atividades na neve, como snowboarding. Com a ideia de mapear a popularidade e o uso de óculos solares para performance esportiva, o Vision Council entrevistou 8.221 compradores de óculos em agosto, sendo que 46% desse total tinham participado de alguma atividade relacionada a esportes de ação no ano anterior. A pesquisa revelou algumas tendências. Por exemplo, quando perguntados sobre sua marca preferida de esportes de ação, a maioria (47%), disse que não sabia. No entanto, entre aqueles que citaram alguma marca, 23% informaram Oakley, o que a tornou, de longe, a mais popular. Em segundo lugar, veio a Ray-Ban, com 8% das menções. Possuir óculos solares para performance esportiva é mais popular dentro do mesmo grupo que disse efetivamente praticar esses esportes e que é representado, em sua maioria, por homens jovens. Ao todo, 12% disseram que haviam comprado ou tinham óculos desse tipo. Os que já possuíam essa categoria de óculos solares eram mais comuns entre as pessoas de mais alta renda: 15% disseram já ter um par, contra 10% do grupo com renda menor. Os esportes mais praticados são motocross (37%), esqui na neve (31%) e snowboarding (30%). O lugar mais comum para comprar esses acessórios são cadeias de lojas de esporte (18%), seguido por pontos-de-venda próximos aos locais da própria prática do esporte (14%).

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Vision Council

a óptica no mundo um giro pelo universo da óptica

Aquisição da Polaroid Após anunciar dias antes a aquisição da Polaroid Eyewear, marca que pertencia à Stylemark, a Safilo anunciou a parceria com a Multibrands Italy a fim de obter aporte financeiro para concretizar a negociação - ambas empresas são controladas pela Hal Holding. Essa estratégia garantirá à Safilo cerca de dois terços do valor necessário para a transação. Os principais termos financeiros da negociação dão conta de que a Multibrands Italy irá prover o empréstimo para a Safilo nos dias imediatamente anteriores à aquisição, em um montante de cerca de € 44 milhões, a fim de pagar pouco mais da metade. A porção residual, de aproximadamente € 21 milhões, será financiada pela própria Safilo, por meio de dinheiro já disponível em caixa ou de facilidades de crédito. A transação está sendo analisada pelo órgão regulatório italiano, conhecido como Consob.

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©J&JBr’ Dezembro 11


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Ocular Nutrition Society Alain Mikli

Reforço na liderança: o italiano Antonio Bortuzzo (à esquerda) junta-se ao time já formado por Alain Mikli e Dominique Alba

Novo CEO A corporação do designer óptico francês tem novo comando. Foi anunciada em novembro a contratação do executivo italiano Antonio Bortuzzo, que assume como CEO (em inglês, “Chief executive officer”, sigla que denomina o cargo de diretor executivo). Caberá a Bortuzzo, executivo com experiência de quase uma década no mercado óptico (cinco anos de Marcolin e três anos de Allison), o crescimento das operações e o fortalecimento da identidade da marca. A proposta é operar em quatro frentes para desenvolver a marca: produto (aumento de vendas sem o comprometimento do DNA Mikli, fundado na originalidade do design, e ampliação da participação no mercado com lançamentos para as grifes Alain Mikli e Starck Eyes, além de desenvolver uma identidade genuína de marca para a Mikli par Mikli, a linha de difusão da casa, lançar a coleção em parceria com Jean Paul Gaultier em vários mercados e continuar investindo na identidade e no posicionamento de mercado da Vuarnet); varejo (seis lojas foram abertas nos últimos meses - Hong Kong, Taipei, Tóquio, Kioto, São Francisco e Los Angeles - e a meta é continuar a rápida expansão no varejo com foco nos países asiáticos e nos Estados Unidos); distribuição (reforçar a presença em cada área, especialmente na América do Sul e no Oriente Médio) e serviço ao consumidor (fortalecer seu compromisso de serviço junto ao consumidor final e ao varejo). A contratação do executivo italiano é mais um passo rumo ao crescimento e à profissionalização da marca fundada pelo designer óptico francês em 1978, cuja reestruturação teve início em maio de 2009, quando entraram em cena o fundo de investimentos inglês Neo e o executivo francês com longa experiência no mercado, Dominique Alba. Com o novo arranjo, Alain Mikli e o fundo passaram a deter, cada, 47% das ações da empresa, e os restantes 6% ficaram com Alba. Até então como CEO, Dominique Alba mantém-se como acionista e diretor. Nos dois primeiros anos sob essa nova configuração, o executivo francês trabalhou para criar estrutura financeira e desenvolver um plano estratégico a fim de acelerar o crescimento da empresa e a sua expansão em mercados-chave. Alain Mikli, por sua vez, passou a se ocupar exclusivamente da direção criativa, da comunicação e do desenvolvimento de produto.

Baby boomers não fazem exames oculares Pesquisa realizada pela Sociedade norte-americana de nutrição ocular (Ocular nutrition society) detectou que as pessoas nascidas entre 1946 e 1964 (a geração batizada de “baby boomer”, título atribuído por conta da explosão de natalidade após a Segunda guerra mundial) se preocupam com a saúde visual, mas não fazem regularmente os exames necessários para manter os olhos e a visão em dia. De acordo com o Instituto norte-americano do olho (National Eye Institute), entidade também norte-americana, nos próximos 30 anos o número de pessoas nos Estados Unidos que terá algum problema de saúde ocular duplicará exatamente por causa do envelhecimento dessa geração. Os baby boomers se preocupam com a perda da visão, tanto quanto com doenças cardíacas e câncer, mas essa ansiedade não se traduz na forma de exames de rotina para os olhos. Mais precisamente, 55% se preocupam com perda da visão; 60%, com doenças cardíacas e 62%, com câncer. Enquanto 78% consideram a visão o mais importante dos cinco sentidos, apenas 43% visitam seu oftalmologista uma vez por ano. A pesquisa Eye on the boomer (do inglês, algo como de “olho nos baby boomers”) foi realizada por telefone em todo o território norte-americano com 1.001 pessoas entre 45 e 65 anos e teve apoio de um fundo educacional da Bausch+Lomb.

Marcolin Novo CEO Em fevereiro, o vice-presidente da Marcolin, Vito Varvaro, poderá ocupar apenas as suas funçoẽ s na empresa, já que desde setembro também atuava como CEO após a saída de Massimo Saracchi. Quem chega para assumir a posiçao ̃ é o italiano Giovanni Zoppas, que começou sua carreira na área financeira da Benetton.

Fonte: V-Mail, o informativo virtual do Vision Monday, publicação da Jobson Publishing.

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a óptica no mundo um giro pelo universo da óptica

Oakley A Oakley divulgou a parceria com o Comitê Olímpico norte-americano para desenvolvimento e lançamento da linha Team USA (do inglês, algo como “Time Estados Unidos). Além de equipar os atletas e os para-atletas da equipe do país de Barack Obama com óculos, máscaras e acessórios para garantir a melhor performance visual nas competições, poderá comercializar os produtos com a mesma tecnologia para o mercado consumidor sob a marca olímpica Team USA. Inicialmente, a coleção da marca será composta por quatro modelos solares masculinos e dois femininos, todos com as cores do país e o logo gravado a laser nas lentes. A coleção será vendida no site da Oakley nos Estados Unidos, no da delegação olímpica e em lojas credenciadas.

Bausch+Lomb Pesquisa reveladora

O que vai nas lentes de contato? Um estudo realizado em agosto, na Inglaterra, pela Bausch+Lomb mostrou que as soluções de limpeza específicas estão longe de ser o único liquido que os usuários empregam em suas lentes de contato. Há quem tenha confessado usar óleo de bebê, Coca-cola, cerveja, limonada, suco de frutas, manteiga, entre outras substâncias curiosas. Foram entrevistados 2 mil adultos e 20% deles disseram já ter lançado mão de algum desses incomuns e perigosos lubrificantes antes de colocar as lentes em seus olhos. E uma porcentagem ainda maior disse já ter usado água de torneira e saliva. Por mais que saliva e água soem inofensivas, a boca de um ser humano contém entre 500 e 600 diferentes tipos de bactéria e tanto a água de torneira quanto a destilada podem ter micro-organismos que causam danos aos olhos, inclusive os associados à queratite, infecção na córnea resistente a tratamento.

Fonte: V-Mail, o informativo virtual do Vision Monday, publicação da Jobson Publishing.

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Divulgação

Coleção olímpica

Safilo

Contrato com a Céline Mais uma nova grife aporta na Safilo para fechar 2011. Um contrato de licenciamento multianual, válido a partir de janeiro, foi firmado com a casa de moda francesa Céline para produção e distribuição de sua coleção de óculos - até dezembro, a licença da grife pertencia à De Rigo. Fundada por Céline Vipiano em 1945, a grife foi adquirida pelo conglomerado francês de marcas de luxo e moda LVMH em 1996 e atualmente tem garantido repercussão junto à imprensa especializada e ao público fashionista por conta do trabalho da atual diretora de criação, a britânica Phoebe Philo, há três anos no cargo. Em 2010, Phoebe conquistou o prestigioso prêmio do Council of fashion designers, o Conselho norte-americano de estilistas na categoria de fashion designer internacional. Ao assinar a licença com a maison Céline, a Safilo estreita ainda mais seus laços com o LVMH, cuja relação já se dá por conta do licenciamento de grifes como Dior e Marc Jacobs. A nova coleção deve ser lançada ainda em janeiro em alguns países.

Essilor

Sagnieres, presidente e CEO Em um encontro do conselho diretivo ocorrido no fim de novembro, a Essilor International decidiu que Hubert Sagnieres passará a acumular os cargos de CEO (em inglês, “Chief executive officer”, sigla que denomina o cargo de diretor executivo) e presidente a partir de janeiro. O até então presidente, Xavier Fontanet, seguirá como membro do conselho. Foi o próprio Fontanet que, em maio, durante um encontro de acionistas, defendeu o ponto de vista que a Essilor deveria voltar a seu tradicional modelo de gestão, com um único executivo nos dois cargos, separados desde janeiro de 2010, com a entrada de Sagnieres, que contabiliza 22 anos de experiência na corporação francesa. www.revistaview.com.br



hall of gente famosa e seus óculos

Frames

Celebridades que desfilam seus óculos diante dos flashes Fotos J. Egberto

O cantor Seu Jorge dá o toque final a seu look criativo com um solar estiloso de inspiração anos 80 e opulentos detalhes dourados

A atriz global Taís Araújo escolhe sabiamente um modelão de acetato de proporções avantajadas para emoldurar seu rosto

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A ex-top model Luiza Brunet não abre mão do estilo nem na praia, com um charmoso solar que dá o toque final a seu visual

Uma armação clássica de acetato e boas lentes antireflexo são os companheiros do autor Manoel Carlos na produção de suas novelas www.revistaview.com.br


A atriz Juliana Didone, a Brigitte da novela global Aquele beijo, escolhe um aviador preto Ray-Ban para sua prática esportiva

Em passagem pelo Brasil, o cantor porto-riquenho Ricky Martin revela sua predileção pelos solares de estilo aviador

O jornalista Merval Pereira segue o estilo clássico e discreto, ao optar por uma armação no estilo flutuante de hastes douradas

Há anos, o cantor Milton Nascimento incorporou os solares à sua imagem e, em geral, dá preferência a modelos mais envolventes

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Usuário constante de óculos fora das telas, o ator global André Gonçalves capricha na armação de acetato preto mais marcante inspirada no estilo Wayfarer


eric gozlan

espaço do eric

tecnologia com Eric Gozlan

Solares curvados

com grau No quinto capítulo da série sobre lentes solares o óptico francês está estabelecido em Curitiba com a óptica Eric Gozlan Lunettes

envolventes e graduadas, o colunista Eric Gozlan

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aborda elementos importantes que devem ser levados em conta na hora de adaptar tais lentes, como a escala de graus e a tomada de medidas.

Débora Nascimento

Para evitar muito risco, respeitar a grade ideal para armações curvadas de +3,00D até -5,00D com até 2,00D de astigmatismo pode ser uma atitude segura, com baixa margem de erros. No entanto, mesmo dentro dessa grade ou um pouco acima, pode haver dificuldade de visão. Outros fatores como distância naso-pupilar (DNP), tipo da lente, medidas da armação e o grau podem ajudar a determinar se um grau fora da grade ideal poderá ser confeccionado sem afetar muito a estética ou o conforto visual do usuário. É preciso ainda tomar cuidado com alguns materiais como o policarbonato, que não é muito “amigo” de coloração ou, dependendo do grau, a coloração pode ficar desigual em função das diferenças de espessura. Pode-se usar qualquer tipo de lentes em armações curvadas (progressivas e visão simples) e em-

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positivo, operante! Quer conversar sobre esses e outros assuntos técnicos com Eric Gozlan? Faça contato espacodoeric@revistaview.com.br Rua Cônego Eugênio Leite 920 São Paulo/SP 05414-001

pregar todos os tipos de tratamento como polarização, espelhamento e até anti-reflexo. Aliás, o anti-reflexo se revela um grande aliado das armações curvadas, já que assegura ainda mais conforto visual. Alguns fabricantes estão começando a investir em lentes especiais para armação curvadas chamadas de “wrap”, termo em inglês que significa “envolvente”. A vantagem de usar essas lentes especiais é que é possível obter graus fora da grade ideal e de maior diâmetro com grande precisão óptica, resultando em opções mais confortáveis para o usuário: a qualidade óptica será melhor, a amplitude do campo visual será maior e as lentes serão mais finas. Equipamentos sofisticados de montagem e cálculo permitem, a partir da prescrição, levar em conta as medidas da armação, a distância naso-pupilar (DNP) e o material das lentes, calculando a compensação de grau e o prisma com precisão inigualável, além de surfaçar curvas opticamente corretas. Em vez de trabalhar com curvas esféricas com o uso de lentes convencionais, as lentes específicas para armação curvada usam curvas atóricas. A tecnologia digital aperfeiçoou ainda mais a confecção dessas lentes, sobretudo no caso das multifocais, em função da possibilidade de maior diâmetro de lente e com o controle exato da posição do corredor progressivo. No próximo e último capitulo, algumas dicas sobre a escolha das armações curvadas. Boas vendas e feliz 2012! www.revistaview.com.br



dicas & estratégias

desempenho profissional em jogo

Uma sociedade em transformação Com base nas novas informações demográficas fornecidas recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o professor doutor Marcos Luppe analisa o impacto que as mudanças sociais, econômicas e demográficas estão causando nos negócios. Artigo Marcos Roberto Luppe

As mudanças sociais, econômicas e demográficas pelas quais o país vem passando nas últimas décadas transformaram a sua estrutura sócio-econômica. Além do aumento da renda, diferentes fatores demográficos vêm impactando o perfil da população em geral: entre eles, a diminuição do tamanho das famílias, o aumento da presença de mulheres como chefe do lar e o envelhecimento, sendo que esse último fato tem levado a um consequente estreitamento da base da pirâmide etária. Diante disso, o Brasil passa por uma transição demográfica pela qual a maioria dos países desenvolvidos já passou, o chamado “bônus demográfico”. A contínua queda da taxa de natalidade e o aumento da longevidade da população têm ampliado a quantidade de pessoas em idade ativa, criando esse fenômeno demográfico que é positivo para o atual momento da economia do país. Atualmente, as pessoas em idade ativa (entre 20 anos e 64 anos) representam dois terços da população, proporção inédita na história do país. E essa transição gera uma série de implicações para as empresas.

Queda da fecundidade e da mortalidade - Esse bônus tem origem na mudança do comportamento das famílias brasileiras. Desde a década de 60, tem havido uma diminuição progressiva da taxa de fecundidade. A mulher brasileira tinha, em média, mais de seis filhos no começo dos anos 60 e, atualmente, tem menos de dois filhos - nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro essa taxa é de, respectivamente, 1,67 e 1,63 filho por mulher. Fato importante de ser mencionado é que a taxa atual não atinge nem os níveis mínimos de reposição da população. A crescente queda da fecundidade e da mortalidade gera mudanças rápidas no ritmo de crescimento da população e também na distribuição etária e na oferta de força de trabalho - uma das mais importantes altera46

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ções dos últimos anos foi o envelhecimento populacional. Um dado que demonstra esse crescimento é o número de pessoas com mais de 60 anos no Brasil, que contava com 7,2 milhões em 1980, 21,7 milhões em 2009 e projeta-se que, em 2050, serão 64 milhões de pessoas maiores de 60 anos. Ou seja, a população idosa mais que triplicará nas próximas quatro décadas e representará aproximadamente 30% da população. Outro dado que evidencia essa tendência é a expectativa de vida, que era de 50 anos em 1950 e, atualmente, beira os 73 anos.

A força da mulher - Esses fatores também têm gerado lentamente mudanças no perfil demográfico da população em relação aos novos arranjos sociais e familiares, com destaque para o novo papel social das mulheres. As grandes mudanças nas últimas quatro décadas reduziram significativamente o tamanho das famílias, contribuindo para o surgimento ou o aumento da representatividade de novos arranjos familiares. Para ter uma ideia dessa redução, o número médio de pessoas em uma família média caiu de 3,4 para 3,1 entre 1999 e 2009. O arranjo familiar predominante no Brasil é o do tipo casal com filhos, mas essa predominância vem diminuindo constantemente ao longo do tempo - constituía 62,8% do total em 1992 e passou a representar 47,3% em 2009. A redução na proporção de casais com filhos tem sido compensada pelo aumento do número de solteiros que vivem sozinhos, casais homossexuais e heterossexuais que apenas moram juntos, domicílios com apenas um adulto, casais sem filhos, casais que já não vivem com os filhos, divorciados etc. e cada um desses grupos tem suas necessidades e hábitos de compra. Outro indicador que demonstra a mudança é o aumento da proporção de domicílios chefiados por mulher, diretamente relacionado ao aumento da participação feminina no mercado de trabalho. A proporção de arranjos do tipo casal com e sem filhos chefiados por mulher passou de 4,5% em 1992 para 31,2% em 2008, indicando que o perfil das famílias brasileiras está mudando e a mulher tem grande contribuição nisso. Um exemplo dessa tendência são as ações para atenwww.revistaview.com.br


der um público que se convencionou chamar de “dink” (termo gerado pelas iniciais de “double income, no kids” do inglês, casais com duplo rendimento e sem gasto com dependentes), cuja renda disponível para consumo é muito maior que em outros arranjos familiares.

Brasileiros mais abonados - Além dos fatores demográficos, outro aspecto que tem tido um impacto importante nas mudanças ocorridas nos últimos dez anos no país é o aumento da renda da população, principalmente das faixas mais baixas de remuneração. O lado mais visível dessa transformação é a mudança de uma grande quantidade de famílias para classes superiores de consumo. A queda da inflação imediatamente produziu um substancial ganho de renda real, particularmente nas faixas da população menos abastadas, beneficiando as classes de menor renda, sendo que a maior variação se deu na faixa intermediária de renda, a chamada classe C. O pesquisador do Centro de políticas sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV/CPS), Marcelo Neri, rotulou esse grupo econômico como “a nova classe média brasileira”. Entre 2003 e 2011, ingressaram nessa faixa aproximadamente 40 milhões de pessoas, sendo que atualmente essa é a classe dominante no sentido populacional. Traduzindo em números, são 100 milhões de brasileiros com renda mensal entre R$ 1,2 mil e R$ 5.174. Finalmente, outra tendência de impacto direto no

mercado de consumo é a redistribuição geográfica da população. As grandes cidades têm apresentado taxas de crescimento bem inferiores em relação às cidades médias em diferentes localidades do país. Além disso, regionalmente também têm ocorrido alterações significantes: o sudeste cresceu 10,97% em número de habitantes nos últimos dez anos enquanto o nordeste evoluiu 11,18% e o norte, 22,98%. Com isso, essas mudanças sócio-econômicas e demográficas devem refletir significativamente nos comportamentos de compra e nos padrões de consumo dos indivíduos e das famílias, abrindo um grande potencial de mercado que poderá ser explorado por empresas nos mais diferentes segmentos. Tais tendências impactarão na maneira como as pessoas se relacionam com produtos, serviços, marcas, formatos de lojas e canais de vendas, que exigirão das empresas novas estratégias para atender as demandas de consumidores cada vez mais conscientes e exigentes. Fonte: informações demográficas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O professor doutor Marcos Luppe é diretor de cursos do Provar/Labfin.

positivo, operante! Quer conversar mais sobre perfil de consumidor com o professor Marcos Luppe? revistaview@revistaview.com.br Rua Cônego Eugênio Leite 920 São Paulo/SP 05414-001


Richard Vinic fala sobre varejo

André Penteado

Richard Vinic

varejo & experiência

Stock.xchng

Richard Vinic é palestrante, consultor, professor e apaixonado pelo mundo das compras

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Quanto vale o tempo? A proximidade do Natal e os preparativos para um novo ano sempre proporcionam um interessante momento de reflexão. Independentemente da crença ou do grau de religiosidade de cada um, o encerramento de um ciclo e a perspectiva de reinício sempre revigoram os sonhos e trazem novos desafios. É fato que o estilo de vida moderno impôs um ritmo alucinante para os dias de hoje: todos correm em busca de suas metas, conquistas e objetos de desejos superando os mais diferentes desafios e, na maioria dos casos, um dos maiores obstáculos nessa maratona é a falta de tempo. Dá até para dizer que o dia encolheu e que não se tem mais as mesmas 24 horas de outros tempos, porque as atividades se multiplicaram, os deveres aumentaram e falta tempo. Tempo para executar as tarefas, cumprir prazos, tempo para fazer, ver e ser visto, tempo para atender o cliente, para estar com os amigos e com a família, tempo para curtir essa aventura que é a vida. Parece que a moeda de troca é o tempo. Ganhase dinheiro para ter mais tempo, corre-se contra o tempo para ganhar dinheiro, falta tempo, faz tempo, dá um tempo! Ufa, sufocante! Recentemente, assisti ao filme de ficção O preço do amanhã, em que se debate exatamente esse tema. Em um futuro não muito distante, as pessoas acordarão, trabalharão e viverão buscando ganhar tempo. Quanto mais tempo “acumulado”, melhor a qualidade de vida. Aos mais humildes e com menos dinheiro, falta tempo, luta-se a cada dia para ganhar mais tempo, tempo suficiente para sobreviver e poder despertar no dia seguinte. Para que? Para ganhar o tempo de viver mais um dia! Que em 2012 você possa se dar mais tempo, curtir, vibrar mais e aproveitar cada segundo de um tempo muito valioso. Faça valer mais seu tempo: deixe um pouco o telefone celular de lado e não se aflija com os inúmeros e-mails. Valorize cada segundo do precioso tempo que você tem para ser, crescer e ser feliz. positivo, operante! Está a fim de falar mais sobre varejo com Richard Vinic? Faça contato varejoexperiencia@revistaview.com.br Rua Cônego Eugênio Leite 920 São Paulo/SP 05414-001

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mondo fashion a tradução do universo fashion

Ícone do luxo italiano, a marca idealizada por Mario Prada incorpora a unanimidade do mundo da moda afinal, não somente o “diabo” veste (em referência ao best seller de Lauren Weisberger), mas o Papa também alegadamente não abre mão de seus sapatos.

Texto Graziela Canella Concepção Andrea Tavares

Túnel do tempo: bolsa de couro de lagarto com pedras de 1918

Orgulho milanês Fundada pelos irmãos Mario e Martino Prada em Milão, em 1913, com o nome Fratelli Prada (do italiano, “irmãos Prada”), a marca nasceu como uma fábrica de acessórios de luxo. Suas bolsas, sapatos, chapéus e malas feitos de couro, peles e outros materiais de alta qualidade logo ganharam notoriedade e a loja inaugurada em 1919 na Galleria Vittorio Emanuele II, no coração da cidade, tornou-se o destino de compras favorito de toda a aristocracia europeia e também da realeza italiana. Nos anos 50, apesar da recusa dos irmãos Prada em permitir que as mulheres da família se envolvessem nos negócios, os herdeiros homens não tiveram interesse em suceder os pais e foi a filha de Mario, Luisa Prada, quem assumiu o comando da loja após a morte do pai - posição que ocupou durante 20 anos.

Fundador: Mario Prada em retrato de 1941

Berço: a primeira loja, na Galeria Vittorio Emanuelle II, em Milão

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Império feminino Retrato: Miuccia Prada pela top fotógrafa francesa, Brigitte Lacombe

Apesar da importância de Luisa, é o nome de sua filha, Miuccia Prada, que surge quando se fala na mulher responsável pelo absoluto sucesso atual da marca. Miuccia nasceu em 1949 com o nome Maria Bianchi Prada, em Milão. Apesar da formação em teatro e ciências políticas e do discurso comunista, comum entre os jovens da época, Miuccia começou a trabalhar com a mãe em 1970. Em 1977, a herdeira conheceu Patrizio Bertelli, italiano que havia criado sua própria marca de acessórios de couro aos 17 anos e que passou a contribuir com ideias inovadoras no design e na gestão da Prada. No ano seguinte, Miuccia assumiu o lugar da mãe na empresa, que contabilizava vendas anuais de apenas US$ 450 mil. O casal permanece até hoje no comando da grife - Miuccia como diretora criativa e Bertelli no papel de diretor administrativo.

Dupla imbatível: Miuccia Prada e Patrizio Bertelli

Ascensão nos anos 80 O lançamento de uma linha de bolsas e mochilas básicas pretas, feitas de um tipo de náilon de uso militar, resistente e impermeável, com tiras de couro, foi um dos primeiros passos de Mochila de Miuccia na recuperação da marca do náilon: avô - que nos anos 70 já não tinha inovação de mais o prestígio das primeiras décadas. Miuccia Prada As bolsas tornaram-se febre entre as celebridades e seu sucesso, bem como a expansão comercial com presença em grandes lojas de departamentos, colaboraram para uma nova fase de ascensão da Prada, na década de 80. O triângulo invertido da logomarca transformava acessórios em objetos de desejo, desde as bolsas de náilon até os novos sapatos com aparência de tênis. Em 1983, o casal inaugurou uma nova loja em Milão, com decoração moderna e predominância da cor verde palha, elementos que se tornariam padrão na arquitetura das novas boutiques - desde 1986, foram inauguradas unidades em Nova York, Madri, Londres, Paris e Tóquio.


mondo fashion a tradução do universo fashion

Favorita na passarela

Ateliê: a construção de uma peça no corpo da modelo

Em 1989, Miuccia Prada apresentou sua primeira coleção de roupas femininas prêt-à-porter na semana de moda de Milão. Na contramão da sensualidade e da exuberância das outras grandes casas italianas, a Prada se destacou pelas silhuetas minimalistas, cinturas mais baixas marcadas por cintos finos, além de técnicas e tecidos de alta tecnologia. A marca surpreendeu ao lançar um estilo único que permanece até hoje e, apesar da aparência muitas vezes austera, foi conquistando o público conhecedor de moda com a medida exata de elegância e vanguarda. Influente e visionária, leva à passarela, a cada temporada, roupas e acessórios de design inovador que causam estranheza em um primeiro momento, mas rapidamente são copiados no mundo inteiro. Nas palavras da editora-chefe da Vogue norteamericana, Anna Wintour, “a Prada é o melhor motivo para assistir à temporada de moda de Milão”. Aliás, a jornalista e fã declarada da marca foi quem inspirou a personagem antagonista do livro O diabo veste Prada, de Lauren Weisberger, que ganhou versão cinematográfica em 2006, com Meryl Streep no papel de Anna e de Anne Hathaway como a “mocinha” e assistente da editora, Andrea Sachs.

Expansão A década de 90 ficou marcada pelo desenvolvimento da Prada em diversas áreas. Foi lançada a segunda marca da casa, a Miu Miu, nada menos que o apelido de Miuccia, com roupas e acessórios chiques, jovens e de valores mais acessíveis. Foi também nesse período que a marca lançou sua linha masculina, além de objetos de decoração, roupas íntimas, relógios, cosméticos, perfumes e óculos. As novas linhas ainda ganharam visibilidade nas vitrines de pontosde-venda inaugurados em Londres, Nova Iorque, São Francisco e Paris, além de uma nova unidade destinada exclusivamente às coleções masculinas em Los Angeles, totalizando 40 boutiques próprias - metade delas no Japão. Outro marco da década foi a criação da Prada Sport – que em 2006 foi rebatizada de Linea Rossa (do italiano, “linha vermelha”, traduz com perfeição a assinatura dos produtos da marca: um estreito retângulo vermelho com a inscrição “Prada” em seu interior). Patrocinadora do barco Luna Rossa na prestigiada competição de iatismo America’s Cup, a Linea Rossa inclui solares mais tradicionais, de inspiração esportiva, e armações de receituário de estilo casual. 52

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1996: campanha com o ator norteamericano Willem Dafoe


Bem calçado: os sapatos vermelhos do Papa Bento 16

Loja dos sonhos

Pés sagrados Em 2007, a revista masculina norte-americana Esquire elegeu o Papa Bento 16 como o accessorizer of the year (algo como “o homem que melhor vestiu acessórios no ano”) por conta de seus sapatos de couro vermelhos, reconhecidos por especialistas como um item Prada. O Vaticano não confirmou, mas também não negou as especulações sobre a marca dos sapatos, alegando apenas que o Papa só veste “Cristo”. Além de evitar um possível trocadilho com o livro O diabo veste Prada, o Vaticano também preferiu não confirmar que o Sumo Pontífice consumiria sapatos que chegam a custar US$ 2,5 mil, dependendo do modelo.

Moda também é cultura: exposição de saias intitulada “Waist down” (do inglês, algo como “da cintura para baixo”) na loja novaiorquina

cidade de Pronúncia - Para felino topo das á todos, a grife italiana est ada: “PRÁnci nu pro mais fáceis de ser da”. Mistério zero.

Inaugurada em 2001, a loja-conceito da Prada localizada na esquina da Broadway com a Prince Street, no Soho, em Nova Iorque, é hoje um dos pontos turísticos de Manhattan, com design moderno e proporções impressionantes. Sob o nome Prada Epicenter, o projeto arquitetônico do holandês Rem Koolhaas ocupa os 2,2 mil metros quadrados do prédio que antes abrigava o museu Guggenheim Soho, e custou US$ 40 milhões. A loja tem como ponto focal uma peça de madeira em forma de onda, que sai do piso principal e se desloca até o piso inferior e é usada muitas vezes como pedestal para os manequins. Também vale conferir o elevador de vidro redondo, as portas dos provadores de cristal líquido, que escurecem quando os mesmos estão ocupados, e ainda as telas de cristal líquido dentro dos provadores, que indicam outras opções de peças similares disponíveis na loja. Na sexta temporada da série Sex and the city, um dos episódios clássicos teve a loja como locação, quando a protagonista Carrie Bradshaw (SarahJessica Parker) decide apresentar um pouco de seu universo fashionista ao namorado, o escritor Jack Berger (Ron Livingston). Outra loja Prada que se tornou marco arquitetônico foi a unidade de Tóquio - um prédio revestido de losangos de vidro, projetado pela dupla suíça Jacques Herzog e Pierre de Meuron, em 2003.

Tóquio: loja icônica

Prada Epicenter: o templo da marca que virou atração turística em Nova Iorque dezembro 2011: janeiro 2012 VIEW 118

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mondo fashion a tradução do universo fashion

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Baroque: ilustração do italiano Andrea Tarella

Vanguarda em óculos A Prada lançou linhas de armações de receituário e óculos solares no final dos anos 90, mas somente em 2003 assinou a bem-sucedida parceria com a Luxottica para desenvolvimento e comercialização das coleções, que permanece até hoje. O design singular e a capacidade de lançar tendências da casa Prada é uma constante também nos óculos. Uma das propostas mais inovadoras foi o lançamento da Prada Private, em 2010 - serviço de customização que permitia ao cliente trocar as iniciais “PR” das hastes por outras letras, números ou símbolos como corações, caveiras e estrelas. Outra febre recente foi a Baroque, série lançada em 2011, cheia de curvas, frisos e detalhes em estilo barroco. E a marca já apresenta seu próximo hit: o Illusion, modelo solar oversized (do inglês, expressão que define algo de tamanho muito grande) em formato máscara e cores ousadas. Em novembro, foi visto pela primeira vez em uma instalação assinada pela excêntrica editora da Vogue japonesa, a italiana Anna Dello Russo, em Tóquio, durante o evento Vogue Fashion Night Out.

Baroque: ilustração pela artista norteamericana Marcela Gutiérrez

modelo SPR 520 ZVN-6S1 Customização: o projeto Prada Private

Lançamento da temporada: o modelo Illusion

modelo VPR 130 BF4-101 modelo SPR 100 2AU-301

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Prada em números

Arte: foto de desfile modificada digitalmente em colagem do grupo AMO+OMA, de designers holandeses, entre eles Rem Koolhaas, o responsável pela concepção da icônica loja novaiorquina da grife italiana

Com faturamento avaliado em mais de € 2 bilhões, a marca conta hoje com 320 lojas em 80 países e está presente também no Brasil. Com produção aproximada de oito milhões de peças por ano, suas linhas de produtos incluem roupas, acessórios, óculos, cosméticos, perfumes, objetos de decoração e até edições limitadas de celulares e carros.

Bastidores: processo de fabricação de uma bolsa Prada

www: Prada virtual www.prada.com www.youtube.com/user/PRADA www.facebook.com/pages/Prada/8612037257 Tecnologia: o smartphone Prada LG

Ícones :: Bolsas, sapatos e outros acessórios de couro e peles luxuosas :: O uso de novos materiais, como as icônicas bolsas de náilon :: Silhuetas limpas e minimalistas :: Design vanguardista, à frente das tendências :: Lojas-conceito com projetos visionários

Na tevê: Shirley Maclaine como Gabrielle Chanel

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vitrine o que há de novo no mercado

modelo Maylin

modelo Mylla

Estilos fe min

modelo Mayca

Mormaii 0800 6422001 Filosofia Principal marca de roupas e acessórios para surfe e outros esportes aquáticos da América Latina, a Mormaii surgiu em 1975, quando o médico e surfista gaúcho Marco Aurélio Raymundo, ou “Morongo”, encontrou no neoprene a solução para encarar as águas geladas de Garopaba, em Santa Catarina. Além do vestuário, os óculos estão entre os principais produtos da marca hoje, se caracterizam pela variedade de cores, as pinturas feitas à mão e os nomes de praias de todo o mundo que batizam os modelos.

inos Neste ve rão, a M ormaii se inspira na tendê ncia dos acess órios colo ridos para lan çar três so lares feminino s - Mylla , inspirado no estilo gatinho; Mayca, c om lentes gra ndes e arredond adas; e Maylin, e m forma to quadrad o. O dest aque fica para os tons d e berinjela , rosa, lilá s, amarelo , azul e vermelho , além da aplicação de folha s de metal na s hastes.

modelo Sun 375 (375 044 36)

s olarizada Lentes p ade da marca é a tra novid e metal,

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modelo Sun 378 (378 117 89)

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Ou lares d óculos so inglês, linha de Sun” (do “ e d a d o batiza etal com lém do m ssa e d s “sol”). A a ç , as pe a m ri -p a matéri m lentes ontam co orcionam coleção c que prop s, a d a a z polari l, perfeit ade visua id u c a r maio esportes rática de u para a p viador o o estilo a N s. o c ti aquá e ponte tal reto d m design com fron odelos tê m s o , a d vaza m leve rbano, co u e o ic cláss iva. o esport inspiraçã

modelo Sun 377 (377 016 03)

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vitrine o que há de novo no mercado

modelo EVK 03 Signature Series Herbert Baglione

modelo Signature Series Biano Bianchin

Dois novos modelos integram as linhas assinadas da Evoke, a coleção Signature Series (do inglês, “Série Assinaturas”). O solar Evoke x Herbert Baglione, criado pelo artista plástico paulistano, tem linhas curvas e frontal máxi, com contraste de cor em seu interior. Já o modelo Evoke x Biano Bianchin evoca a versatilidade do skatista em design moderno, mas com referências vintage.

Evoke Signature Series As coleções Signature Series, sempre em séries limitadas, são marca registrada da Evoke desde 2005, e já tiveram óculos desenvolvidos em parceria com atletas e músicos renomados.

Algumas criações recentes levam o nome do baterista norteamericano Marky Ramone, da banda Ramones, o skatista Pedro Barros, a estilista Juliana Jabour e o artista Stephan Doitschinoff, o “Calma”.

Becaclick

Filosofia

11 3034 3690

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Catherine Deneuve 0800 7032993 As novas armações de receituário da marca esbanjam elegância e feminilidade, com design clássico e riqueza de detalhes - como o acetato levemente texturizado, aplicação de brilho e desenhos elaborados nas hastes de metal.

modelo CD-293 DA

modelo CD-298 RO

modelo CD-301 GRY

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Filosofia A marca integra o catálogo internacional da Viva e seu nome presta homenagem a um dos grandes nomes do cinema francês, mademoiselle Catherine Deneuve - que inclusive estampa as campanhas das coleções. Ideais para mulheres maduras e sofisticadas, suas peças têm inspiração clássica e acabamento de joalheria.

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Guess by Marciano 0800 7032993 Detalhes artesanais nas hastes, brilho, texturas e frontais vazados tornam únicas as armações de receituário Guess by Marciano. Entre os novos modelos, destacam-se as transparências, aplicações e o tom sexy do acetato com estampas animais como leopardo e cobra, elementos constantes nas roupas e nos acessórios da marca. Filosofia A marca norte-americana de roupas e acessórios Guess by Marciano é uma das linhas de produtos da Guess e leva o sobrenome de seus fundadores, os irmãos de origem francesa Paul, Maurice, Georges e Armand. Em paralelo às criações da marca principal, que recriou o jeanswear com glamour e sensualidade, a Guess by Marciano aposta em looks sofisticados, alfaiataria e vestidos para ocasiões especiais, sempre com muita sensualidade.

modelo GM 127 GLDBRN

modelos GM 129 BLK, GM 131 BU, GM 121 BLK e GM 103 BLK

modelo GM 128 CL

modelo GM 100 BU

modelos GM 125 GLDSI, GM 124 GLDSI, GM 124 BRNGLD e GM 125 BLKGLD

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vitrine o que há de novo no mercado



modelo After Party AN4158-05 2088 87

Arnette 11 4003 8225 A marca aposta em lentes espelhadas e grafismos na parte interna das hastes nesta temporada, com destaque para os modelos Glory Daze, After Party e So Easy. Glory Daze evoca os “dias de glória” do surfe e do skate, com inspiração retrô e contraste de cores; After Party resgata o design básico de um dos clássicos da marca, o Heavy Hitler, porém com cores vibrantes que criam um estilo único; So Easy chama atenção pelo formato envolvente de um clássico esportivo. A tendência das lentes espelhadas coloridas aparece em alguns modelos nas opções de cores vermelha e azul.

modelo Glory Daze AN4161-08 2107 87

Filosofia Criada na Califórnia em 1992 pelo surfista Greg Arnette e, desde 1999, parte do portfólio da Luxottica, a marca tem estilo jovem e raízes no universo dos esportes radicais como surfe, skate, snowboard e BMX (também conhecido como bicicross).

modelo H127 GUN

modelo So Easy AN4159-06 2093 6Q

Lievissimo

21 2287 0531

Atributos constantes das armações de receituário da marca como resistência, discrição e extrema leveza estão presentes nos novos modelos, que mantém um estilo clássico, mas contam com detalhes atuais - como as lentes arredondadas e as hastes na cor branca.

Divulgação

Becaclick

Filosofia Fabricada na Itália e distribuída no Brasil pela Pupila, a marca oferece uma variedade de armações de receituário de estilo flutuante há mais de 20 anos. Tecnologia, design e materiais nobres como o titânio permitem que suas peças, apesar de muito finas, sejam duráveis e resistentes.

modelo H129 VI

modelo H126 YG

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Dolce & Gabbana 11 4003 8225 A combinação de materiais e texturas, que é forte característica das criações da dupla de estilistas italianos, é o ponto de partida criativo da nova série de solares da grife, que é produzida e distribuída mundialmente pela Luxottica. Padronagens de pele animal e estampas de bolinhas se fundem à textura da renda siciliana, carro-chefe da coleção, com variedade de cores e formas amplas.

modelo DG 4114 2501 8G

Filosofia Criada em 1985 pelos estilistas italianos Domenico Dolce e Stefano Gabbana, a grife tem uma essência sexy, irreverente, sofisticada e sem pudores. O processo de criação da dupla segue os passos da construção de um filme, em que criam histórias, personagens e ambientação antes de vestir seus personagens imaginários. Seus roteiros favoritos remetem à Sicília, em meio a mulheres austeras e poderosas, chefões da máfia, camponeses vestidos com simples camisetas regatas e suspensórios, além de uma estética com fortes influências católicas e barrocas. modelo DG 4114 2525 8G Renda siciliana: a tônica do desfile da Dolce & Gabbana na primavera-verão 2011 em Milão

modelo DG 4114 1999 4S

Divulgação

modelo DG 4114 2502 8G

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Renda siciliana Na temporada de primavera-verão 2011, Domenico Dolce e Stefano Gabbana prestaram tributo à renda típica da Sicília, diferente da que é produzida em outras regiões da Itália por conta da influência da ocupação islâmica na região durante o período medieval. Praticamente toda a coleção apresentada na semana de moda de Milão foi confeccionada em renda siciliana branca. Essa inspiração se estendeu a outras linhas da marca - como bolsas, sapatos e até a linha de maquiagem, que ganhou uma edição especial com texturas de renda não apenas nas embalagens, mas também em sombras e pós.

modelo DG 4132 1998 8G modelo DG 4132 2503 14

modelo DG 4132 2502 8G

modelo DG 4132 1995 13

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Expo Abióptica 2012.

Todas as novidades do setor óptico bem diante dos seus olhos. Em 2012, a Expo Abióptica comemora 10 anos de sucesso. O maior evento do setor óptico da América Latina vai apresentar ao mercado as últimas tendências mundiais em moda, saúde e tecnologia para seu negócio.

Participe d a E x p o A b ió p tica 2 0 1 2 . De 2 5 a 28 de ab ri l no Ex po Cent er N ort e/São Paulo.

15 anos

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coluna do miguel

miguel giannini

dicas do óptico mais famoso do país

Uma lenda de

oito séculos

o óptico mais famoso do país

A imagem popular de óculos com lentes graduadas continua associada a pessoas que gostam de ler e escrever. Não raro, ouve-se que

positivo, operante! Quer conversar sobre esses e outros assuntos com Miguel Gianinni? Faça contato colunadomiguel@revistaview.com.br Rua Cônego Eugênio Leite 920 São Paulo/SP 05414-001

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Fernanda Guedes

fulano ou sicrano passou a usar óculos e “ficou com cara de inteligente”. Nada mais deselegante. Se a frase intenciona um elogio, errou-se o alvo: ninguém reage de forma positiva diante de uma observação com esse nível de deseducação. Mas a frase indelicada tem explicação, como tudo na vida. Já se falou muito sobre preconceito contra óculos, que começou com a primeira armação no final da Idade Média. Peças feias, rústicas, semelhantes a equipamentos de tortura foram responsáveis pela não aceitação dos óculos como corretores de visão. Confeccionadas à mão inicialmente apenas para os homens, únicos provedores da família, as armações de ferro tinham péssima aparência e eram adquiridas por uns poucos alfabetizados, considerados inteligentes e poderosos pela sociedade. A fama nasce dessa visão deturpada que misturava alfabetização e saber. Os séculos se sucederam e a estética passou a incorporar os óculos, que se tornaram menores e mais leves. Mas a imagem antiga permaneceu e, de tanto se repetir, ficou sedimentada no imaginário da sociedade em pleno século 21. Tanto é verdade que pesquisas inglesas comprovam que candidatos a novos empregos são considerados sérios e confiáveis se usarem óculos, mesmo que as lentes não tenham grau. Não é fácil derrubar um mito, principalmente se estiver literalmente na cara das pessoas. Mas ajudar a derrubá-lo, sem dúvida, é uma luta boa para quem não acredita em lendas. Se o ser humano precisou de oito séculos para entender que óculos também podem ser acessórios importantes, certamente outros oitocentos anos devem passar para dar fim a essa mentira.

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editora da VIEW e maníaca por óculos

Kriz Knack

andrea tavares

um outro olhar as impressões de andrea tavares

É só o amor Definitivamente, continuo achando que a palavra do momento é “compartilhar”. E mais, a ação do momento é compartilhar. Seja nas redes sociais, seja na vida, é sempre bom tomar parte de algo e dividir. Talvez seja

esse um dos motivos do sucesso mundial do Facebook: em seus murais ou nos murais alheios, as pessoas compartilham. Coisas legais ou nem tanto, mas estão lá postando para seus amigos (ou o mundo) verem. Há até aquele rapaz brasileiro, dono de um vídeo de sucesso no Youtube, que foi filmado lamentando-se porque ninguém o cutucava no Facebook, mas, como estava muito bêbado, em alguns momentos solta uns “tucuta” em vez de “cutuca”. É sensacional - basta colocar a frase “ninguém me tucuta” no canal mundial de vídeos para assistir à hilária pérola. Outro dia, dei de cara com a declaração de uma pessoa (ou da autoria de um terceiro, porém sem o devido crédito) um tanto revoltada sobre a banalização do amor, que todo mundo pronunciava “eu te amo” todo o tempo, que a frase havia perdido o sentido etc. e tal. Por um décimo de segundo, achei que concordava com aquilo, mas imediatamente uma luzinha acendeu e me alertou que o amor não pode ser excludente. O amor é a essência básica do ser humano, por que regulá-lo dessa forma? Sim, às vezes as pessoas podem até estar soltando alguns “eu te amo” sem o estarem sentindo de fato, mas cada vez mais sinto que não dá para economizar a frase. Pronunciá-la, compartilhá-la gera revoluções silenciosas na alma e promove uma contaminação interna do bem. A partir do momento que alguém começa a assumir que se ama, que ama seu próximo, o amor de fato começa a

fazer parte de sua vida e de seu espírito. Praticá-lo é como jogar líquido inflamável sobre o fogo: só faz aumentar a chama! E mais: fazer esse amor crescer internamente faz ver o quanto é mais importante amar em vez de rastejar aos pés do mundo (e de seus habitantes) pedindo para ser amado. Pense nisso, se você não se sente à vontade, pronuncie em pensamento para você mesmo. Assim você começa a desenferrujar - e fará um bem e tanto à sua alma. Quem sabe, debaixo do chuveiro, de porta fechada, fale em voz alta - quando se animar, solte a voz! Depois, sem que ninguém perceba, diga pro seu animalzinho de estimação. Repita várias vezes, dias seguidos, até que vá se acostumando e que isso faça parte da vida. Compartilho com você, lei-

tor, que o “eu te amo” tem um poder absoluto, é mais que terapêutico. Passe a compartilhar seu amor com os outros e com o mundo! Viva o AMOR!

*** É muito ruim quando alguém especial se vai. É triste, dói, faz chorar... E incomoda. É assim que eu e muitas pessoas do mercado óptico se sentem com a morte de Renis Gabriel Filho. O mundo perdeu um ser humano de luz, o mercado perdeu um profissional e tanto e muitas pessoas perderam um amigo. Não há o que dizer para reparar essa dor. O importante é seguir em frente com as boas lembranças no coração. #VivaRenis positivo, operante! Quer trocar ideias com Andrea Tavares? umoutrolhar@revistaview.com.br fax 11 3898 1503 Rua Cônego Eugênio Leite 920 São Paulo/SP 05414-001

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Transitions e o “Swirl” são marcas registradas da Transitions Optical, Inc© 2011. Transitions Optical, Inc. O desempenho fotossensível é influenciado pela exposição aos raios UV, temperatura ambiente e material das lentes. Fotos meramente ilustrativas.

Não perca esta chance de dar à sua ótica a fama que ela merece. Participe do prêmio Ótica do Ano Transitions®. O Prêmio Ótica do Ano Transitions proporciona prestígio, respeito e reconhecimento do mercado ótico brasileiro. Para concorrer é só enviar à organização um relatório de ações realizadas na sua ótica que envolvam a marca Transitions. Poderão participar as óticas que possuem no máximo 40 lojas. Sendo que os concorrentes serão divididos em duas categorias: de 1 a 10 lojas e 11 a 40 lojas. Os vencedores nos quesitos “Exposição da marca Transitions” e “Ações Promocionais” serão anunciados durante a Feira Abiótica 2012. Mas atenção, o prazo para envio dos materiais é até 31/1/2012. Inscreva-se e saiba mais em www.oticadoanotransitions.com.br. Participe e faça da sua ótica uma celebridade.


foco

o espaço da indústria

Conexão celebridade

A atriz norte-americana Scarlett Johansson: Dolce & Gabbana (Luxottica) modelo DG 4129

mo e porquê: Quem, onde, quando, co s famosos e a VIEW mostra flashes do dação seus óculos enviados à re sta edição. durante a elaboração de

A atriz norte-americana Jessica Alba: Burberry (Luxottica) modelo BE 4107 3281

O cantor californiano Ben Harper: Evoke (Brazilian Lab) modelo Fittipaldi

A cantora norte-americana Katy Perry, no clipe da música The one that got away: Carrera (Safilo) modelo 1/B/S

Essilor e Transitions Chama-se Avenida de Prêmios Essilor Transitions a campanha que brindará os ópticos brasileiros com 145 prêmios para brincar o carnaval. A promoção é fruto do patrocínio oficial das duas empresas da escola de samba Império de Casa Verde, a primeira agremiação a abordar o tema visão em um desfile de Carnaval - o enredo foi batizado de Na ótica do meu Império, o foco é você. As vendas de lentes Essilor Transitions, Varilux Transitions e Brasilor Transitions valem pontos para o sorteio - pontos esses que foram computados até 31 de dezembro. Os nomes dos ganhadores serão divulgados em 16 de janeiro em www.carnavalessilortransitions.com.br. Do primeiro ao 20º colocado, o prêmio é um par de convites para um dia de desfile (17 de fevereiro, mais precisamente) no camarote Essilor Transitions no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, com hospedagem e passagens grátis. Do 21º ao 35º lugar, é um par de convites para um dia de desfile (19, 20 ou 25 de fevereiro) no camarote França Brasil, no Sambódromo carioca, com hospedagem e passagens grátis. As demais colocações (36ª à 145ª) ganham duas fantasias para desfilar na Império de Casa Verde em 17 de fevereiro, mas são válidas apenas para moradores do estado de São Paulo, já que não contemplam hospedagem nem passagens. Essa foi apenas a primeira ação da Essilor e da Transitions relacionadas à sua participação no Carnaval paulistano. Também haverá campanhas de saúde visual para pessoas menos favorecidas economicamente da comunidade com a atuação de médicos e ópticos.

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Divulgação

na avenida


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CONFERÊNCIA: 22 – 25 MARÇO, 2012 | EXPOSIÇÃO: 23 – 25 MARÇO, 2012 New York, NY | Javits Center | www.visionexpoeast.com

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EDUCAÇÃO CONTINUA

LENTES & TECNOLOGIA DE PROCESSAMENTO

MEDICO & CIENTIFICO

SOLUÇÕES EMPRESARIAIS



foco

o espaço da indústria

finalistas

Essilor

Serão reconhecidos na noite de 31 de janeiro, durante a 16ª edição da Transitions Academy, nos Estados Unidos, os vencedores do prêmio Laboratório do ano 2011 nas versões brasileira, latina e norte-americana. Nesta edição, os finalistas do Brasil vêm de Goiânia, Belém e Belo Horizonte - respectivamente, Art Lens, Laboóptica e PSA Nilo. A Laboóptica é a estreante entre os nomeados. Já Art Lens e PSA Nilo concorreram também na edição 2011, conquistada pelo laboratório cearense Unilab. Já o mineiro PSA Nilo foi o primeiro campeão do prêmio para o Brasil (em 2004) e também arrematou a versão 2009. A Art Lens foi a novidade do ano passado e repete o sucesso nesta edição, sendo finalista pelo segundo ano consecutivo. Estará em jogo a capacidade dos laboratórios de promover e divulgar com muita criatividade a marca Transitions por meio de estratégias de marketing, campanhas de incentivo a consultores ópticos e ações de treinamento. A Transitions Academy ocorrerá de 29 de janeiro a 1º de fevereiro no hotel Rosen Shingle Creek, em Orlando, no estado da Flórida.

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2003: PSA Nilo (Belo Horizonte)

Cristina Buzatto e Cidinha Alves exibem o troféu

Nilo Freitas, o primeiro vencedor da categoria

2004: Campilentes (Campinas)

2005: Quality Lab (São Paulo)

2006:

Edson Mello agradece a honraria ao lado da filha Lívia

Rigor (Rio de Janeiro)

Os vencedores Irineu e Ivan Pereira (ambos de branco) com Leo Menon e Vanessa Johns (Transitions)

2007: Fhocus (São Paulo)

A equipe do Rigor celebra a vitória Davi Holanda entre Vanessa Johns, Leo Menon e José Alves

2008: Ceprolab (Fortaleza) Nilo Freitas celebra o bicampeonato com o presidente da Transitions para a América Latina, José Alves

2009: PSA (Minas Gerais)

2010: Unilab (Fortaleza) Luís Lemos (Transitions), Marcelo Moraes (Unilab), José Alves (Transitions), Davi Holanda (Unilab) e Fernando Moraes (Transitions)

prorroga promoções A promoção Varilux Physio Crizal, mais forte do que nunca!, foi prorrogada até 31 de março. A mecânica da promoção é simples: o anti-reflexo Crizal Forte é grátis em qualquer lente comercializada de Varilux Physio ou Varilux Physio Short, Orma ou Orma Transitions com Crizal Forte. Além disso,

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cada par vendido dá direito a um bônus de 500 pontos no Clube de Prêmios. Outra promoção prorrogada até a mesma data é a Varilux 360º, em que cada par de Varilux 360º dá direito a até 1,5 mil pontos adicionais no Clube de Prêmios.

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Andrea Tavares

Lab of the year 2011:

Os laboratórios vencedores


calendário

feiras e eventos pelo mundo afora em 2012

calendário Janeiro 13 a 15

Expo Optica Madri, Espanha expooptica@ifema.es www.expooptica.ifema.es

Opta Brno, República Tcheca info@bvv.cz www.bvv.cz/opta-gb

Fevereiro 17 a 19

24 a 26

Opti’12 Munique, Alemanha office@okmessen.com www.opti-munich.com

22 a 24

Março 11 a 13

China (Xangai) International Optics Fair Xangai, China orientex@netvigator.com www.siof.cn

Vision-X Dubai Dubai, Emirados Árabes visionx@dwtc.com www.vision-x.ae

Diops Daegu International Optical Show Daegu, Coreia diops@koisc.org www.diops.co.kr

Abril 24 a 27

Maio 8 a 10

18 a 20

Expo Abióptica Expo Center Norte, São Paulo, Brasil abioptica@abioptica.com.br www.expoabioptica.com.br

17 a 19

Optexpo Varsóvia, Polônia biuro@targikielce.pl www.optexpo.pl

Ajorsul Fair - Mercoóptica’12 Gramado, Brasil eventos@ajorsul.com.br www.ajorsulfairmercooptica.com.br

Agosto 19 a 23 Sunglasses Business Point Club Med Rio das Pedras, Rio de Janeiro comercial@savagetpromocoes.com.br

Setembro 27 a 29

Outubro 2a7

22 a 25

Mido Milão, Itália infomido@mido.it www.mido.it

RomOptik 2012 Bucareste, Romênia cosmin.udateanu@romexpo.ro www.rommedica.ro

25 a 28

International Vision Expo East Nova Iorque, Estados Unidos inquiry@visionexpoeast.com www.visionexpoeast.com

Wenzhou Int’l Optics Fair Wenzhou, China optics@donnor.com www.opticsfair.com

Julho 10 a 12

22 a 25 Optatec Frankfurt, Alemanha info@schall-messen.de www.optatecmesse.com/en/optatec

MinasÓptica Expominas, Belo Horizonte comercial@mgmarketing.com.br www.minasoptica.com.br

International Vision Expo West Las Vegas, Estados Unidos inquiry@visionexpowest.com www.visionexpowest.com

Hong Kong Optical Fair Wanchai, Hong Kong exhibitions@tdc.org.hk www.hkopticalfair.com

5a8

Novembro 7 a9

Silmo Paris, França info@silmo.fr www.silmoparis.com

22 a 24 IOFT 2012 Tóquio, Japão ioft-eng@reedexpo.co.jp www.ioft.jp

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Av. Santo Amaro 1386 1º andar São Paulo/SP - 04506-001 11 3045 2090 abioptica@abioptica.com.br páginas 23 e 68

Rua Barão de Itapetininga 255 sala 814 São Paulo/SP 01042-002 11 3259 7348 desempenho@desempenho.com.br página 65

Calle 76 20B of. 503 Bogotá/Colômbia +571 346 6040 info@miraflex.com.co página 47

Anfao Via Petitti 16 Milão/Itália - 20149 +39 02 3267 3673 info@anfao.it página 30

ARK Rua Visconde de Pirajá 414 sala 1119 Rio de Janeiro/RJ - 22410-002 21 2523 3658 arkotica@arkotica.com.br página 39

Brazilian Lab Rua Fidalga 162 São Paulo/SP - 05432-000 11 3034 3690 atendimento@evoke.com.br página 19

Carl Zeiss Vision Rua Libero Badaró 425 6º andar São Paulo/SP - 01009-905 0800 7030480 duvidas.br@vision.zeiss.com página 35

Mormaii Essilor Brasil Rua Visconde de Ouro Preto 5 3º e 4º andares Rio de Janeiro/RJ 22250-180 0800 7272007 sac@essilor.com.br 4ª capa e páginas 45 e 59

Johnson & Johnson Rua Gerivatiba 207 16º andar São Paulo/SP - 05501-900 0800 7288281 sacvision@conbr.jnj.com capa e página 37

Luxottica do Brasil Rua Ministro Jesuíno Cardoso 52 São Paulo/SP 04544-050 11 4003 8225 servicos@br.luxottica.com 2ª capa e páginas 1 e 33 Av. Juruá 105 módulo 12 Barueri/SP 06450-010 11 2078 3100 opticlass@opticlass.com.br páginas 4, 5 e 7

Centro Ótico Rua Siqueira Campos 722 Indaiatuba/SP - 13330-290 19 3835 7120 centro@otico.com.br página 63

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Rodovia SC 401 km 7,5 6883 Florianópolis/SC 0800 6422001 sac@mormaiisunglasses.com.br páginas 20 e 21

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