VIEW 127

Page 1

I M P R E S S O

O universo das cores em Mondo Fashion

Os números da

óptica no Brasil Entrevista com duas personalidades-chave

do setor Vision Vision Line

ENVELOPAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELO CORREIO

R$ 9,90


O GUIA VIEW 2013 chegou! Quentinha que nem pão fresco, a versão 2013 do GUIA VIEW começa a ganhar o Brasil acompanhada desta edição da revista, a 127, com todas as informações atualizadas, dos contatos dos fornecedores à lista de marcação de lentes progressivas. Tudo para fazer do seu dia a dia na óptica o mais eficiente possível w

w w. fac ebo ok.co m/revistaview

ew istavi v e r / om itter.c w t . www

www.revistaview.co m .b r


ra sil eir o

!

Não recebeu? Quer exemplares adicionais? Basta fazer contato com a redação e fazer seu pedido: 11 3061 9025 ramal 108 ou cristianabrito@revistaview.com.br

A VIEW: a fonte de info b GUI rmaçã o o ma c is com pti ó o pleta so bre o mercad


dezembro 2012

sumário

6

Editorial A mensagem do publisher Flavio Bitelman

planeta óculos Going blind: a perda da visão em primeira pessoa

8

Diário da redação O que moveu a VIEW durante a produção deste número

14

Marky Ramone: um oferecimento Evoke

Aconteceu

10

Jogo Rápido

As notícias do universo dos óculos

A cobertura dos eventos de óptica no Brasil e no mundo

18

24

A Óptica no Mundo

Max Mara: renovação com Safilo

As novidades das maiores corporações ópticas do planeta

Especial Os números da óptica no Brasil Uma extensa pesquisa revela dados inéditos do Brasil de óculos

Marina Lima: boa de óculos

30

Hall of Frames Famosos e seus óculos

Entrevista

opinião

32

Luca Lisandroni

O diretor geral da Luxottica no Brasil, Luca Lisandroni, é um dos entrevistados desta edição

2

VIEW 127

dezembro 2012

38 Caito Maia

A VIEW abre suas páginas para o visionário Caito Maia, fundador e presidente da Chilli Beans

www.revistaview.com.br


46

Espaço do Eric

sucesso

48

A nova série do colunista Eric Gozlan derruba os mitos da proteção total contra os raios ultravioleta

Dicas & Estratégias Provar A análise do retorno financeiro das promoções no ponto de venda é o tema do artigo da professora Caroline Cordeiro

52

54

Varejo & Experiência

Garage Rock: a aposta da Oakley para o verão

Mondo Fashion

O colunista Richard Vinic fala sobre a importância da execução

O encanto colorido de Kate Spade

O colunista Miguel Giannini fala sobre as lentes solares

65

galeria

66

Iniciativas e ações do varejo

As palavras da editora Andrea Tavares

visão Foco As notícias dos fornecedores do mercado

serviços

67

Um outro olhar

Atitude

Óticas Carol: promoção de verão com Carrera 6000

Os lançamentos de produtos da temporada

Calendário + Agenda Os eventos de óptica no Brasil e no mundo e as oportunidades de formação e aprimoramento profissional

72

Armação do Cipis

VISION Vision Line Modelo 8621 PR

Coluna do Miguel

58

Vitrine

68

70 71

Anunciantes

A visão lúdica e bem humorada do artista plástico Marcelo Cipis sobre o universo da óptica Débora Nascimento

Divulgação

Fernanda Guedes

J. Egberto

Kriz Knack

Mauro Nakata

Rodrigo Trevisan


Yi Zhou - Director



editorial

Mais um ano se passou...

publisher e editor Flavio Mendes Bitelman flaviobitelman@revistaview.com.br

editora Andrea Tavares (MTb. 16.030) andreatavares@revistaview.com.br

redatora Laís Clemente laisclemente@revistaview.com.br

diretora de arte Débora Nascimento deboranascimento@revistaview.com.br

Muitas foram as novidades neste ano de 2012 na óptica nacional. Aquisições, vendas, trocas de executivos entre empresas, fracassos, sucessos... Como sempre, a vida vai dando seus sábios passos e trazendo novidades a cada momento.

E por falar em um ano novo próspero, compartilho com você, leitor, uma boa oportunidade de co-

meçar a turbinar sua óptica em 2013. A organização da feira de Nova York, a Vision Expo East, mais uma vez convida empresários e executivos de varejo e de laboratórios do Brasil para um atendimento especial nesse evento óptico que é o mais importante das Américas. A exposição em si ocorre de 15 a 17 de março, mas o dia 14 brinda os convidados com treinamentos e palestras de ponta sobre técnica, vendas, marketing, entre outros temas. Caso você tenha interesse, envie-me um email, que será encaminhado à organização da Vision Expo East a fim de que você usufrua esse convite para lá de especial. Um 2013 muito promissor a todos. Tudo de bom! Flavio Mendes Bitelman Publisher flaviobitelman@revistaview.com.br

Debora O. Alves deboraalves@revistaview.com.br Nara Monteiro naramonteiro@revistaview.com.br

secretária de redação Cristiana Brito cristianabrito@revistaview.com.br

gerente administrativa Kriz Knack

Desejo de coração que em 2013 suas vendas cresçam, que os clientes fiquem mais satisfeitos com o seu atendimento, que os funcionários ganhem mais e estejam mais felizes cuidando bem dos seus clientes, que o lucro cresça e traga mais motivação para novos investimentos, criando mais empregos e abrindo as portas para resultados ainda melhores.

gerentes de marketing e comercial

Juliana Vasconcelos administracao@revistaview.com.br

gerente de circulação Judith Belleza judith@brandmember.com.br

projeto do logotipo Kiko Farkas (Máquina Estúdio)

projeto gráfico Débora Nascimento

projeto editorial Andrea Tavares

colaboradores Caito Maia • Caroline Cordeiro Eric Gozlan • Graziela Canella Ivani Migliaccio • J. Egberto Kriz Knack • Luca Lisandroni Luciane Crippa • Marcelo Cipis Marcia Curi • Marisa Giraldis Miguel Giannini • Pauliane Claro Richard Vinic • Simone Ferraz

computer to plate e impressão Ipsis Gráfica e Editora S.A.

circulação Nacional

tiragem 15 mil exemplares

assinaturas 11 3971 4372 assinaturas@revistaview.com.br As opiniões expressas nos artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores. Nenhuma parte desta edição (textos ou imagens) pode ser utilizada ou reproduzida em qualquer meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação etc. e tampouco apropriada ou estocada em sistema de banco de dados sem a autorização prévia e por escrito da Jobson Brasil. A revista VIEW é uma publicação da Jobson Brasil Ltda. para o setor óptico-oftálmico. Rua Cônego Eugênio Leite 920 - Pinheiros São Paulo/SP - 05414-001 Tel. 11 3061 9025 Fax 11 3898 1503 revistaview@revistaview.com.br www.revistaview.com.br

6

VIEW 127

dezembro 2012

www.revistaview.com.br


SM 3010

+ 55 11 2078-3100


diário da redação

dezembro 2009 2012

o ã ç a d e r a diário d

io Eis aqu ? r o t i e ol de 2012 , querid ê W c E o I v V á t ima omo es rque o ) da últ o R p é D ( , Hello! C s o ão açã ia ar nas m da Red l p o i que o d r m á e e i x d e D a e i t r s e istó cê tem a nova e essa h m s u E a ! e, se vo o u i íc bo z ue dá in não aca q o a d t n a o nos fa u d ã s a m r e é v o , essa ezembr eteoros rdade, e m v r m 21 de d o o f oc . planeta ma visã u e u tástrofe era no a q c s e a z i m l ais fe e cine oe muito m cenas dignas d ciment e h n o c e a gente ena de l e p u vulcões q a r o e r iss ja uma de o! É po n a Que se m u h adinha e o h t c n e e r m e ição olvi a gente uma ed desenv m s o i c a m m u . Ve preparo alidade u q e 7! d ações IEW 12 V a e t inform desfru

Divulgação

A 2ª capa e a página 1 desta edição já anunciaram a chegada do GUIA VIEW 2013, mas é sempre bom lembrar que mais um produto muito bem cuidado pela nossa equipe chega às suas mãos. São meses de trabalho da secretária Cristiana Brito, que cuida de cada informação com o máximo carinho para que o GUIA VIEW seja uma fonte de consulta de fato eficiente. Paralelamente, as gerentes comerciais Debora Alves e Nara Monteiro entram em ação para comercializar os espaços e, então, a editora Andrea Tavares e a diretora de arte Débora Nascimento cuidam com muito carinho para que a publicação chegue à sua forma final. Mas há outro aspecto que vale ser citado: a imagem da capa. Todo ano, é a primeira coisa que Andrea e Débora Nascimento pensam quando o assunto é o GUIA VIEW. Como a experiência com o artista plástico e fofo de plantão, Marcio Alek já tinha sido muito boa na elaboração do Fashion & Acessórios que circulou na VIEW 125, decidimos contar sua genialidade e eficiência mais uma vez. Como sempre, amamos o resultado! ☺

Kriz Knack

#GUIAVIEW

#MuitoPrazer #ParaPensar

Nesta edição, a VIEW tem o prazer e o orgulho de trazer entrevistas com duas personalidades do mercado para lá de top e que cumpriram com louvor a missão de um bom entrevistado: transmitir ideias e mensagens que façam o leitor refletir. O primeiro é o diretor geral da Luxottica, Luca Lisandroni, que recebeu nossa equipe em uma tarde de outubro na sede da empresa, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, para um bate-papo de qualidade e sem economia nos assuntos. O segundo é até hoje considerado por muitos como o inimigo público número um do mercado óptico brasileiro. Se você, querido leitor, pensou no fundador e presidente da Chilli Beans, Caito Maia, acertou em cheio. Antes de ligar seu botãozinho da crítica, deixe as reservas de lado e leia a matéria feita pela editora Andrea Tavares. Depois, então, você pode tirar suas conclusões. Pense o que quiser, você é livre, mas não dá para não achar que Caito Maia é um dos empresários mais bem-sucedidos e visionários da óptica moderna brasileira.

www.facebook.com/revistaview www.twitter.com/revistaview www.revistaview.com.br revistaview@revistaview.com.br 8

VIEW 127

dezembro 2012

Í-u”

= “V VIEW

#PorqueAGenteAma... você, querido leitor! Agradecemos toda a “audiência” e o carinho em 2012 e, em fevereiro, a VIEW já estará de volta com sua edição 128 cheia de gás para iniciar um ano que promete “chegar chegando”. Até lá! ☺ www.revistaview.com.br



jogo rápido

o que é noticia no mercado

Abióptica resgata o varejo Quando foi fundada, em 1997, a Abióptica ainda não tinha o “p” e seu nome por extenso era “Associação brasileira de produtos e equipamentos ópticos” o “p” foi adicionado em 2009, quando seu título também foi atualizado para “Associação brasileira da indústria óptica”. A entidade nasceu no seio dos Sindicatos da indústria óptica de São Paulo e do Rio de Janeiro, respectivamente, Siniop e Siniorj, com o intuito de congregar todas as frentes do mercado óptico nacional, reunindo em uma mesma mesa de discussões representantes da indústria, importadores, varejistas e demais categorias. Os tempos eram outros há exatos 15 anos: Siniop e Siniorj eram as entidades de maior influência no ramo, responsáveis pela feira brasileira que, naquela época, se chamava “Óptica”. Havia menos de uma década que o Brasil começara a entrar na roda da globalização, abrindo sua economia, liberando as importações, estabelecendo assim uma nova dinâmica de mercado de consumo no país. Diante disso, era natural que surgisse uma entidade de caráter global na óptica, também pelo fato de ser um segmento com multinacionais de porte e que começava a consolidar seus laços com a moda e a desfrutar dos avanços tecnológicos. Mas o destino reservou outros rumos para o setor, que, em 2002, assistiu a uma Abiótica fortalecida ganhar vida própria, “descolando-se” dos sindicatos aos quais era conectada. A feira “Óptica” deu lugar à “Abióptica” (essa já nascida com “p”) e que, em 2010, passou a se chamar “Expo Abióptica”. Sem dúvida, essas mudanças despertaram a participação de mais empresas e seus respectivos líderes na tomada de decisão dos rumos do mercado óptico brasileiro, mas o varejo nunca de fato teve seu lugar me-

10

VIEW 127

dezembro 2012

rios do á s e r p m e Fórum de iciativa n i a é o c i t varejo óp azer à r t a r a p a c i da Abiópt iva fatia t a t n e s e r p luz essa re acional, n o c i t p ó o do mercad tidade e n e a ” r a z i “global para o o t a f e d r i contribu ercado. m o d o t n crescime recido. Houve algumas tentativas de trazer os lojistas para a mesa de discussões, mas o varejo continuou sendo um mero coadjuvante.

A busca nas raízes - Em abril, a entidade deu sinais de resgatar de suas origens a necessidade de fortalecer o mercado, gerando renda e crescimento para todos os segmentos, ao lançar o Fórum de empresários do varejo óptico, série de reuniões que ocorreu durante o ano e cuja quinta e mais recente edição se deu em 27 de novembro, em São Paulo. O objetivo primeiro é a união real de todos os segmentos do mercado e os cinco principais pontos em discussão para a implantação de ações são a efetiva participação do varejo nos trabalhos da entidade, o aumento das receitas na óptica (o termo “receitas” surge aí em duplo sentido, como valor arrecadado e também prescrição oftalmológica para a venda dos óculos), o combate à concorrência desleal e à informalidade, a capacitação profissional e os tributos. “Sempre foi uma preocupação da indústria que, se o varejo for bem, a indústria irá bem até por ‘inércia’. A ponta que tem de ser sempre cuidada e aprimorada é o varejo. Por isso, sentiu-se a necessidade de definir pautas comuns a todo mercado, convidando os varejistas”, explica o presidente da Abióptica, Bento Alcoforado. Uma nova reunião, em fevereiro, dará sequência aos trabalhos.

www.revistaview.com.br


Proudly Designed in Brazil | www.evoke.com.br


jogo rápido

o que é noticia no mercado

Perda da visão em primeira pessoa

Exames: o diretor Joseph Lovett no consultório oftalmológico

Diretor de cinema diagnosticado com glaucoma realiza o documentário Going blind, sobre a vida de deficientes visuais.

Andrea Tavares Tel. 11 3061 9025 ramal 105 andreatavares@revistaview.com.br

tin g e

c

er com cial Nara Monteiro Tel. 11 3061 9025 ramal 104 naramonteiro@revistaview.com.br

ra

agosto 2012

Cristiana Brito Tel. 11 3061 9025 ramal 108 cristianabrito@revistaview.com.br

ri a tá

de red

ão aç

atendimento ao assinante

assuntos gerais Está precisando de algum apoio ou esclarecimento e não sabe como fazer? Fale com a secretária de redação.

secr e

laisclemente@revistaview.com.br

Quer assinar a VIEW? Já é assinante e tem alguma dúvida? Ligue para a nossa Central de atendimento no 11 3971 4372. VIEW 124

rketing ma

ra

Redat o

ke ar

Debora O. Alves Tel. 11 3061 9025 ramal 109 deboraalves@revistaview.com.br

e

to Edi

m

anúncios Deseja anunciar? Procure uma das gerentes de marketing e comerciais da Jobson Brasil.

VIEW

matérias Você tem comentários, sugestões, críticas ou dúvidas sobre a VIEW? Ou então quer divulgar notícias de lançamento de produtos ou novidades sobre a sua óptica? Faça contato com a editora Andrea Tavares na redação. Na sua ausência, fale com a redatora Laís Clemente.

Mido 2009: em Nova Iorque, durante a Vision Expo Laís East, os líderes italianos anunciaram as Clemente mudanças do maior evento de óptica do planetaTel. para próximo ano 11o3061 9025 ramal 107

12 12

Divulgação

buído para 300 canais públicos de televisão nos Estados Unidos. Lovett teve um de seus roteiros indicados ao Emmy (o Oscar da tevê norte-americana) e dirigiu seis longas, entre documentários e filmes para televisão falando de assuntos que variam do câncer (Cancer: evolution to revolution, de 1999) ao universo gay antes da descoberta da Aids (Gay sex in the 70s, de 2005). O filme não foi exibido nas salas de cinema brasileiras, mas é possível adquirir ou alugar a versão digital em sites como Amazon (www.amazon.com/Going-Blind-AudioDescribed-Version/dp/B005059QV4) ou na iTunes Store (www.itunes.apple.com/us/movie/going-blind/id493380395).

ercial om

fale com a

Há anos, o cineasta norte-americano Joseph Lovett convive com um lento processo de perda da visão. Diagnosticado com glaucoma, doença que atinge cerca de 4,5 milhões de pessoas no mundo, decidiu falar sobre o assunto por meio de sua arte. No documentário Going blind (do inglês, algo como “ficando cego”), Lovett conta não só sua própria história, mas relata como outras pessoas lidam com a perda da visão. O filme traz depoimentos como o de Pat Williams, que não quer ser definida por sua doença e o do soldado Steve Baskis, que ficou cego aos 22 anos em uma explosão no Iraque. Lovett investiga também o universo da visão e questiona os motivos pelos quais não há recursos suficientes para que sejam desenvolvidas mais pesquisas para a cura do glaucoma. Desde o lançamento, em 2010, a obra tem sido uma ferramenta para promover o diálogo e despertar a conscientização sobre a doença, tanto que o filme foi distri-

O dia a dia no escuro: cenas do documentário Going Blind


Brasil

Rua Fidêncio Ramos, 223 - cj.31 - Vila Olímpia - São Paulo - SP - Telefone: (011) 2361-9409 - www.feniciadobrasil.com.br


aconteceu o que anda acontecendo por esse mundo afora

Francisco Gomes, Gabriel Manara, Jonathan Silva, Leonardo Barone, Paulo Lugatto e Reinaldo Pacini (Safilo)

Atitude na festa dos solares Em 10 de novembro, a GO participou com a Atitude, uma das marcas de seu portfólio, da Sunglasses Day Party, realizada no hotel Dois Santos, em Itu, interior de São Paulo. Além de um concurso cultural que concedeu ingressos e óculos para o vencedor, a Atitude contou um lounge no local com cabine de fotos instantâneas.

Safilo na Fórmula 1

A socialite Luiza Lunardelli

O autódromo paulistano de Interlagos foi o cenário do Grande Prêmio do Brasil, a última etapa da temporada 2012 da Fórmula 1, em 25 de novembro, e também o palco para a Safilo brindar as ópticas vencedoras (Casa dos Óculos, Joá, Max’s Ótica e Wanny) da promoção da grife Hugo Boss para a Sunglasses Business Point, a feira de Angra, em agosto.

Ricardo e Carlos Torquato (Casa dos Óculos)

Carrera versão Florianópolis

Marina Abreu e Fernanda Paolone (Safilo)

14

VIEW 127

dezembro 2012

Eduardo Zappia

Fernanda Paolone (Safilo), a terceira da esquerda para a direita, com os atores Cassio Reis, Fernanda Paes Leme e Giovanna Ewbank

Divulgação

Em 16 de novembro, a Safilo abriu o circuito de festas de verão da capital catarinense com a Carrera pool party (do inglês, expressão que significa “festa à beira da piscina” e serve para batizar um dos tipos de balada em alta), em uma mansão da cidade. O som ficou a cargo dos DJs Guga Guizelini e Marcelo Botelho.


BEYOND REASON

©2012 Oakley, Inc. | Facebook.com/OakleyBRPerformance


aconteceu o que anda acontecendo por esse mundo afora Marky Ramone em si

Marky Ramone entre os irmãos Fabiano e Demian Moraru (Evoke)

Fabiano Moraru (Evoke) e a cantora Marina De La Riva

A DJ Pathy de Jesus e o coreógrafo e ator Sebastian, célebre pelos comerciais da rede de varejo C&A

Marky Ramone com Evoke na Den Optika O lançamento de linha Evoke Wood Series e a presença no Brasil do baterista da lendária banda de punk rock norte-americana, Marky Ramone, que assina uma série especial de óculos para a Evoke, marcaram o coquetel realizado pela grife nacional de óculos na Den Optika da Vila Madalena, bairro da zona oeste paulistana em 1º de novembro, com direito a

Felipe Yung, o Flip, e Gustavo Martins (Evoke) Marky Ramone e o chef Henrique Fogaça (Sal Gastronomia)

Luciana Rodrigues e Tabata Venceslau (Den Optika Vila Madalena)

live painting (do inglês, algo como “pintura ao vivo”) do street artist Felipe Yung (mais conhecido como Flip) e som da DJ Pathy de Jesus.

O vocalista do Sepultura, Derrick Green, e Marky Ramone O DJ Zegon, também parceiro da Evoke em modelos de óculos

16

VIEW 127

dezembro 2012

Rodrigo Trevisan

Parceira da ouvidoria estadual do Rio Grande do Sul no projeto Enxergando melhor o futuro, que proporciona inclusão social a jovens com deficiências visuais, a rede gaúcha De Conto entregou, em 12 de novembro, óculos para o menino Vinícius Cordeiro da Silva, portador de alta miopia. A De Conto teve a parceria do laboratório Lunalens nessa ação.

Ronaldo Warmeling (Lunalens), Patrícia Couto (ouvidoria do estado), Vanise Vontobel (Ótica De Conto) e o jovem Vinícius Cordeiro da Silva

Divulgação

De Conto em ação social



especial

mercado óptico brasileiro temsalão novafrancês pesquisa tudo sobre a versão 2009 do de óptica

Os números da óptic Análise do cenário econômico Norte 4,1% O Brasil tem

Nordeste 24,8%

35.925 ópticas

Mapa do Brasil: 47,7% das ópticas se concentram no Sudeste. O nordeste mostra seu poder de fogo ao ocupar o segundo lugar com 24,8%. O terceiro lugar é do sul, com 15,7%. O centro-oeste tem 7,7% e norte, 4,1%

Centro-oeste 7,7% Sudeste 47,7%

Mercado óptico brasileiro representará 0,46%

do PIB de 2012

Em 2012, o mercado óptico brasileiro faturou

R$ 19,5 bilhões

Sul 15,7%

Norte 3,41%

Centro-oeste 6,69%

Sudeste 58,02%

Nordeste 15,63%

Maior concentração de consumo no sudeste

Sul 15,7%

Os hábitos do consumidor Para realizar essa etapa da pesquisa, a GS&MD Gouvêia de Souza promoveu seis grupos de discussão na cidade de São Paulo entre homens e mulheres de 25 anos a 40 anos e de 40 anos a 55 anos das classes AB1 a B2C, usuários ou não de lentes de grau. Além de 1,4 mil entrevistas pessoais nas cidades de Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo com homens e mulheres das classes AB1 a B2C, usuários ou não de lentes de grau.

Usuários de armações de receituário De 100% do público masculino, 67% usam De 100% do público feminino, 59% usam Até 25 anos .....................44% 26 anos a 30 anos..........48% 31 anos a 40 anos .........47% 41 anos a 50 anos ..........70% 51 anos a 60 anos..........84% Mais de 60 anos...............96%

Usuários de lentes de contato

A

18

VIEW 127

dezembro 2012

De 100% do público masculino, 67% usam De 100% do público feminino, 65% usam Até 25 anos .......................79% 26 anos a 30 anos ...........77% 31 anos a 40 anos..........81% 41 anos a 50 anos ..........63% 51 anos a 60 anos ..........49% Mais de 60 anos ...............29%

De 100% do público masculino, 15% usam De 100% do público feminino, 10% usam Até 25 anos.......................15% 26 anos a 30 anos ..........18% 31 anos a 40 anos ..........12% 41 anos a 50 anos ..........17% 51 anos a 60 anos ......... 8% Mais de 60 anos ............. 2%

Usuários de óculos solares

Número médio de óculos solares por entrevistado: 3

Classe social

C

58%

B

A

84%

69%

www.revistaview.com.br


mercado óptico brasileiro tem nova pesquisa

especial

1 E T R PA

ica no Brasil D/E 2,00%

Classes B e C correspondem a 86,9% do mercado óptico no Brasil

Armações de receituário e óculos solares equivalem a dois terços do faturamento total do mercado óptico brasileiro

C 41,84%

B 45,08%

Lentes de contato 13,4%

Armações de receituário e óculos solares 66,6%

As prioridades são diferentes entre os tipos de usuários Aspectos levados em conta por usuários de armações de receituário e lentes de contato no momento da compra

Necessidade

Acessórios 3,0%

Lentes oftálmicas 17,0%

A escolha dos produtos na óptica

Trabalho >>>

A 11,08%

>>> Leitura

Moda

Texto Andrea Tavares

Arte Débora Nascimento

Intitulada “Óptica”, extensa pesquisa realizada pela GS&MD Gouvêia de Souza sob encomenda da Associação brasileira da indústria óptica (Abióptica) analisa o cenário econômico, revela hábitos do consumidor brasileiro e promove um raio-x do varejo. A VIEW compilou as informações e publicaas em duas partes.

Periodicidade de visita à óptica Pelo menos uma vez por ano o consumidor procura a óptica Consumidor de armação de receituário Entre 1 vez e 1,5 vez por ano Quando os óculos quebram...............................................49% Quando os óculos ficam velhos ou fora de moda ....27%

Consumidor de lentes oftálmicas Entre 1 vez e 1,2 vez por ano

Aspectos levados em conta por usuários de óculos solares no momento da compra

Estilo

>>> Proteção Moda >>> Beleza Estética >>> Modernidade Vaidade >>> Status

Classe social

C A

Consumidor de óculos solares 2 vezes por ano Para acompanhar novidades e tendências.......54% Quando estão quebrados ou velhos ..................47%

Consumidor de lentes de contato

7%

23%

Quando muda o grau ........................................78% Recomendação médica .......................................30%

2 vezes por ano

B

15%

Quando muda o grau ou acaba a validade .....65% Quando as lentes ressecam ou danificam.........32%

dezembro 2012 VIEW 127

19


especial

mercado óptico brasileiro tem nova pesquisa

Os hábitos do consumidor Influência na compra

A missão do profissional e da loja O consultor e a óptica são influentes na busca de informações pelo consumidor e auxiliam na escolha dos modelos e informam sobre tecnologia Alguns consultores são mal vistos por tentarem “empurrar” os produtos Já os oftalmologistas têm maior influência para indicar lentes oftálmicas ou lentes de contato com grau

Internet informa, mas não vende A internet é um importante canal de informação. É utilizada como forma de visualização de anúncios e pesquisas de preço por 36%. 50% dos respondentes afirmam que não comprariam pela internet, pelo fato de não oferecer experimentação do produto (43%) e a falta de segurança online (37%). A impressão é a mesma para a compra por catálogos

A moda nas ruas é uma importante fonte de informação A opinião de amigos e conhecidos influencia no momento da compra

Lojas de rua, as preferidas dos consumidores Atendimento

Relacionamento

Preço

Localização

Variedade

Rua Shopping Ópticas de clínicas Quiosques

Percepção de qualidade ruim

É das ópticas independentes que eles gostam mais Atendimento padronizado Grandes redes

Independentes e pequenas redes

V

Atendimento personalizado

Relacionamento

Lealdade

V

V

V

In te rn et C at ál o g G o re ra d n es d es In pe de qu pe en nd as en t re es d o es u

ui os qu e

Q

C lí n ic a

Sh op pi ng

Óculos de grau

R ua

Onde prefere comprar produtos ópticos?

Lentes de grau

Lentes de contato Preferência

VIEW 127

dezembro 2012

Lojas físicas são as que possuem mais características que o consumidor considera necessárias em um canal. O cliente valoriza: Garantia .....................................90% Possibilidade de experimentar os produtos..........88% Bom atendimento........................86% Descontos e/ou parcelamento ....85%

Óculos de sol

20

Garantia é o maior aval de confiança

Alternativa

www.revistaview.com.br


VIVA BRASIL - 0800-703-2993


especial

mercado óptico brasileiro tem nova pesquisa

Os hábitos do consumidor Onde compra produtos ópticos? Loja de rua (rede)

Lojas de rua (independente)

Lojas de shopping (rede)

Lojas de shopping (independente) Quiosques de shopping

Camelôs Clínicas

Lojas de departamento Internet

lojas de surfwear

lojas de vestuário

Catálogos

16 14 13 12 11 8 4 4 3

Para pensar e agir A extensão da pesquisa permitiu reunir tantas informações a ponto de gerar reflexões para planejar o crescimento do mercado, eliminando obstáculos e desenvolvendo oportunidades. Todas sempre começam com a constatação da condição do mercado por meio de uma afirmação e são seguidas por questões que convidam à reflexão. O número de pontos de venda tende à estabilização. Como projetar o

crescimento orgânico de redes? Há espaço para outro tipo de expansão? As classes B e C respondem por 86,9% do mercado. Como

A competência da óptica

35 31

60

Variedade e atendimento técnico são fatores fundamentais em uma loja

O consumidor valoriza: Modelos de óculos que o façam se sentir bem .................60% Atendimento técnico que inspira confiança......................53% Atendimento técnico de moda e estético que inspira confiança .................................44% Área de atendimento ampla e confortável................40%

Venda de solares em canais mais pulverizados Lojas de rua (rede) Lojas de rua (independente) Lojas de shopping (rede) Clínicas

Lojas de shopping (independente) Internet Quiosques de shopping Lojas de departamento Catálogos Camelôs

lojas de vestuário/surfwear

4 4

3

9

12

15

2

4

63

36

19

10

3

2

21

31 32

48

21

18

12

Armação de receituário

Óculos de sol

desenvolver canais que falem o idioma desse consumidor? Apesar da tendência à estagnação dos pontos de venda de óptica no país, o sudeste corresponde a 47,7% do mercado. Como distribuir melhor o

varejo óptico pelas demais regiões? O consumidor vem à óptica pelo menos uma vez por ano. Como atraí-lo

para um retorno mais frequente? Como ampliar o tíquete médio?

22

Os consultores ópticos são vistos como extremamente importantes no processo de compra. Estarão recebendo do varejo

e da indústria a atenção necessária? As lojas de rua detêm a preferência do consumidor. Como potencializar

essas características nas lojas de rede e de shopping centers?

A internet não é vista como canal de compra pelo consumidor. É hora de

A localização ou o status da loja não interfere demasiadamente no valor do tíquete de compra. Como criar

iniciá-lo nessa modalidade?

características originais e gerar valor?

VIEW 127

dezembro 2012

www.revistaview.com.br



a óptica no mundo um giro pelo universo da óptica

Safilo

Marcolin e Cristallo Negociação concluída

Max Mara até 2019 A relação comercial que começou em 1997 continuará, pelo menos, até 2019. Esse é o contrato recémrenovado entre a Safilo e a companhia da família Maramotti, que detém as marcas Max Mara e Max&Co, para o desenvolvimento, a fabricação e a distribuição das coleções de óculos de ambas as grifes.

Oakley “iOakley” para neve A norte-americana Oakley, que desde 2007 pertence à Luxottica, focou a prática de esportes na neve para lançar o Oakley Airwave, a nova investida de sua divisão de eletrônicos. Trata-se de uma máscara (ou “goggle”, o termo em inglês) com uma variedade de possibilidades tecnológicas como GPS, bluetooth, conexão com smartphones etc. Por exemplo, ao esquiar, o usuário consegue checar a sua velocidade. Ao fazer uma pausa, pode conferir a análise de sua performance, guiar-se pelo GPS e localizar seus companheiros que também sejam usuários do Oakley Airware ou tenham o aplicativo do dispositivo no telefone. Tudo isso é controlado no pulso, com um aparelho em forma de relógio por meio do qual também pode mudar a música em execução ao descer uma montanha congelada. Por conta da conexão com o smartphone, também é possível ver quando mensagem ou ligação é recebida. A tecnologia foi desenvolvida em parceria com a Recon Instruments, empresa canadense líder no desenvolvimento de displays eletrônicos capazes de projetar informações na linha dos olhos de seus usuários. O produto tem valor de US$ 599 e já está à venda no site da Apple e em algumas lojas da marca nos Estados Unidos, na Europa e no Japão. O CEO (do inglês, "Chief Operating Officer", sigla que denomina o cargo de diretor executivo) da Oakley, Colin Baden, argumentou que a escolha da Apple para comercialização do Oakley Airware foi feita levando-se em conta o treinamento que os funcionários da empresa de tecnologia têm para explicar as funções de produtos, além do desejo da Oakley de ressaltar o casamento da tecnologia com aparelhos celulares. O aparelho também está disponível em lojas Oakley e, virtualmente, no sites da própria Oakley, da Sunglass Hut, a rede da Luxottica especializada em óculos solares, e da Recon Instruments. 24

VIEW 127

dezembro 2012

A Marcolin divulgou em 5 de dezembro a conclusão da aquisição de 78,601% de suas ações pela Cristallo S.p.A., empresa controlada indiretamente por meio de fundos gerenciados pelo fundo de investimentos europeu Pai Partners. O preço pago foi de € 4,25 por ação. A transação havia sido anunciada em 15 de outubro e foi publicada na VIEW 125. Além disso, também ficou decidido o novo conselho de diretores, que será composto por Giovanni Zoppas (como CEO e chefe do conselho), Antonio Abete, Cirillo Coffen Marcolin, Maurizio Boscarato Roberto Ferraresi, Violaine Grison, Vittorio Levi, Emilio Macellari, Stefano Salvatori, Frédéric Stevenin, Frank Teman, Vito Varvaro e Raffaele Roberto Vitale. A Cristallo não quer parar por aí. Concluída a transação, lançará uma oferta pública de compra para adquirir o restante das ações da Marcolin, podendo assim retirála do mercado de ações. A empresa, que teve faturamento de € 224,1 milhões em 2011, anunciou também a renovação dos contratos com a casa de moda Cavalli para criação, produção e distribuição das coleções de óculos das grifes Roberto Cavalli e Just Cavalli até 2020 e com a marca norte-americana Kenneth Cole até 2016.

Luxottica Prada renovada A corporação italiana de óptica anunciou a renovação até 2018 o contrato com o Gruppo Prada para criação, produção e comercialização das coleções de óculos da Prada em si e de sua grife de difusão, a Miu Miu.

Fonte: V-Mail, o informativo virtual do Vision Monday, publicação da Jobson Publishing. www.revistaview.com.br



Essilor Adquirir para expandir Antes que 2012 acabasse, a Essilor International anunciou aquisições estratégias que aumentaram ainda mais sua participação no mercado norte-americano. Para começar, o laboratório Carskadden Optical, empresa com 66 anos de existência sediada em Zanesville, estado de Ohio, e receita anual estimada de US$ 1,7 milhão. A transação se deu por meio de um dos laboratórios da rede Essilor, o Select Optical, de Columbus, também em Ohio. E a expansão da corporação francesa não se limita aos Estados Unidos. A empresa tornou-se acionista majoritária da marroquina Movisia, distribuidora exclusiva no país das lentes oftálmicas Nikon e Kodak, que tem movimento anual de € 1 milhão e sede em Casablanca. Ainda no continente africano, a Essilor também comprou a maioria das ações do Evolution Optical, laboratório exclusivo das lentes BBGR para a África do Sul, com receita de € 1,2 milhão que é o resultado da fusão entre os laboratórios Uniti Optical e Progress Optical, baseados, respectivamente, na Cidade do Cabo e em Johanesburgo. Girando o globo em direção à Ásia, mais precisamente no Sri Lanka, a Essilor adquiriu o controle do laboratório Global Vision, com movimento avaliado em € 1 milhão. E, para fechar a lista de aquisições da temporada, a corporação anunciou a compra do Opak, na Turquia.

Allison

Mondottica

a óptica no mundo um giro pelo universo da óptica

Anna Sui, mais 14 anos A Mondottica, companhia de atuação global sediada em Hong Kong, anunciou a extensão do acordo de licenciamento para criação, produção e comercialização da coleção de óculos da estilista norte-americana Anna Sui até junho de 2026. O contrato tem caráter mundial, à exceção do Japão. Além da grife-mãe, está previsto o lançamento da coleção da marca de difusão Dolly Girl by Anna Sui.

Luxottica Investimento no varejo italiano Curiosamente e de forma indireta, a Luxottica e as raízes da Safilo acabaram se unindo de certa forma. A fabricante de óculos anunciou no final de novembro a aquisição de participação minoritária na rede italiana Salmoiraghi & Vigano, de propriedade de ninguém menos que o empresário Dino Tabacchi, um dos filhos do fundador da Safilo, Guglielmo Tabacchi, e que há muito estava distante dos negócios quando seu irmão Vittorio vendeu a companhia para o fundo holandês Hal, em 2009. A Luxottica ficará com 36% das ações, transação estimada em € 45 milhões e que tem como objetivo aumentar os recursos dessa que é a empresa líder do varejo óptico italiano. A Salmoiraghi & Vigano tem mais de 150 anos de existência e quase 500 pontos de venda na Itália. No ano fiscal concluído em 30 de setembro, as vendas da empresa beiraram os € 170 milhões.

Replay na casa A Allison assinou um acordo de licenciamento com a Asolo, o que faz dela a distribuidora mundial das coleções de óculos das marcas do grupo italiano Replay: Replay, Replay & Sons, We Are Replay e Red Seal por pelo menos cinco anos. A primeira coleção tem previsão de lançamento para a feira italiana Mido, em março. Anteriormente, a licença era da Marcolin, que cuidou da Replay Eyewear de 1997 a 2012.

Fonte: V-Mail, o informativo virtual do Vision Monday, publicação da Jobson Publishing.

26

VIEW 127

dezembro 2012

Adlens Apresentando John Lennon “Imagine all the people…” usando as armações de aros redondos, tão características do ex-Beatle John Lennon com foco variável ajustado pelo próprio usuário. Esse é o resultado do acordo entre a companhia inglesa Adlens e a norte-americana Eagle Eyewear, que detém os direitos de Lennon para óculos, concedidos por meio da Bag One Arts, a empresa da viúva Yoko Ono. Com isso, a empresa britânica lançou em dezembro, nos Estados Unidos, seus óculos (receituário e solares) cujo grau se obtém por meio de um fluido no interior das lentes inspiradas no icônico estilo do ex-Beatle. www.revistaview.com.br



a óptica no mundo um giro pelo universo da óptica

Zyloware Project Runway Eyewear

Allison e Marcolin Abertura de showrooms Mesmo que em continentes diferentes, Allison e Marcolin estão apostando em estratégias similares para seus negócios. No final do ano, as duas corporações italianas inauguraram showrooms para abrir mercado e difundir suas marcas. A Allison investiu em Barcelona. No topo de um prédio histórico na avenida Paseo de Gracia ficaram exibidas todas as marcas do portfólio da fabricante italiana. O local fica a poucos passos da Pedrera, uma das mais famosas casas assinadas pelo mestre da arquitetura Antoni Gaudí. Já a Marcolin escolheu Hong Kong. De acordo com o CEO (do inglês, "Chief Operating Officer", sigla que denomina o cargo de diretor executivo), Giovanni Zoppas, o novo espaço oferecerá a possibilidade de estar mais próximo do consumidor asiático, a fim de desenvolver produtos levando em consideração a sua morfologia facial e o seu perfil de consumo.

IOFT, a feira japonesa Resultados da versão 2012 Três dias, 520 expositores e 14.839 visitantes vindos de 20 países diferentes. Esse é o saldo da 25ª edição da IOFT, a feira óptica de Tóquio, realizada no Tokyo Big Sight de 22 a 24 de outubro, promovida pela Associação óptica de Fukui e organizada pelo braço japonês da Reed Exhibitions (a mesma empresa que organiza as feiras ópticas dos Estados Unidos, as Vision Expo - a East, em Nova York, e a West, em Las Vegas).

Luxottica

Marcolin: agora em Hong Kong

A produtora do reality show Project Runway, The Weinstein Company, fechou um acordo de licenciamento com a Zyloware para produzir uma coleção de óculos inspirada no programa apresentado pela top model alemã Heidi Klum, que deve chegar ao mercado norte americano ainda em 2013. Project Runway é exibido no Brasil pelos canais a cabo E! e Liv.

Confirmado: Alain Mikli A corporação italiana dá mais um passo rumo à aquisição da totalidade das ações do universo do designer óptico francês Alain Mikli, que compreende as marcas Alain Mikli, Mikli par Mikli, Philippe Starck, Vuarnet, empresa com vendas líquidas de € 60 milhões em 2011. O anúncio inicial ocorreu em 2 de novembro e, no dia 30 do mesmo mês, a Luxottica divulgou que o acordo de compra havia sido confirmado, após o sinal positivo do conselho de empregados da Mikli para a venda, e também abriu o valor aproximado da negociação, até então oculto: € 90 milhões. A chegada de Mikli à Luxottica é um reforço de peso no seu portfólio de marcas próprias, já que passará a contar com coleções de luxo e forte apelo, para as quais não precisará desembolsar nenhum euro de royalties (do inglês, termo que define a porcentagem das vendas paga a uma empresa pelo licenciamento de uma marca).

Oakley Término com Lance Armstrong Seguindo o caminho de empresas como Budweiser e Trek, a Oakley decidiu cortar suas relações comerciais com o ciclista norte-americano Lance Armstrong, que teve sete de seus títulos do Tour da França (de 1999 a 2005) anulados em função da comprovação de doping. O atleta foi julgado culpado pela União Ciclística Internacional e banido definitivamente das competições. Apesar de cortar laços com o atleta, a Oakley continuará apoiando a Livestrong, fundação de luta contra o câncer criada pelo atleta. A marca tem uma série de produtos batizada com o nome da fundação do texano e uma porcentagem das vendas é revertida para a entidade. Fonte: V-Mail, o informativo virtual do Vision Monday, publicação da Jobson Publishing. www.revistaview.com.br


©2012 Luxottica Group. All rights reserved.


hall of gente famosa e seus óculos

Frames

Celebridades que desfilam seus óculos diante dos flashes Fotos J. Egberto

Um modelo solar básico de linhas envolventes é a escolha do coreógrafo Carlinhos de Jesus

A cantora Marina sempre investe em armações estilosas e que emolduram seu rosto

30

VIEW 127

dezembro 2012

Os óculos escuros estão sendo acessórios fundamentais para o cantor Buchecha nessa nova fase em que está apostando em um visual mais luxuoso, com ares de rapper norte-americano. O solar de linhas mais quadradas, detalhe na ponte e lentes dégradés cumpre bem a missão

A atriz Claudia Alencar embarca com força no estilo gatinho e dá um toque final para lá de charmoso em seu look

www.revistaview.com.br


A armação de acetato de tom escuro caiu bem no rosto do cineasta Bruno Barreto

A atriz Arlete Salles é top no quesito óculos solares. Sempre com um modelo mais interessante que o outro. Dessa vez, as lentes da VIEW a flagraram com um Prada Baroque

Rodrigo Scarpa, o Repórter Vesgo do Pânico na Band, fez dos solares estilo Wayfarer seus companheiros inseparáveis a ponto de ter um acervo de várias cores do modelo

A atriz Simone Soares, a Laura de O astro, revela sua predileção solares fashion e de proporções avantajadas

A cantora Elba Ramalho é mais uma a engordar a lista de fãs do aviador Ray-Ban

www.revistaview.com.br

A gente preferia quando a atriz Fernanda Montenegro usava aquelas armações grandonas de ar vintage e cheias de estilo, há uns dez anos. Mas sua condição de dama do teatro nacional a libera de qualquer obrigação ou convenção


Luca


um bate-papo com personalidades do setor óptico

entrevista

Lisandroni Reportagem e texto Andrea Tavares

Fotos Kriz Knack

A VIEW conversa com o diretor geral da Luxottica no Brasil, Luca Lisandroni. Há sete anos na casa e há um ano e meio no cargo, foi o responsável por iniciar uma nova fase das operações da empresa no país após a

Colaboração Laís Clemente

coisa complexa e fazer óculos bem feitos é ainda mais complexo. Para garantir ao meu cliente um bom serviço, precisava entender mais do planejamento, como os óculos eram feitos, o tempo de produção de um grande pedido, o tipo de pedido. Foi aí que comecei um pouco a me apaixonar por essa parte. Logo depois, a Luxottica entendeu que era importante desenvolver um time de key account managers para cuidar bem perto desse porte de cliente que representava uma oportunidade e tanto. E assim ajudei meu chefe a montar essa nova estrutura comercial. Essa experiência foi muito importante porque me abriu um pouco a visão do que significa trabalhar em uma subsidiária. Sempre há mudanças na Luxottica. E assim chegou uma hora em que toda a equipe comercial foi totalmente renovada. O mundo foi dividido em oito novas áreas e foi criado um pequeno time de pessoas que poderiam cuidar para garantir a união de todas as regiões, trabalhando para a uniformização das atividades comerciais. No meio desse processo, surgiu essa oportunidade no Brasil e cheguei em julho para assumir a subsidiária brasileira.

integração entre Luxottica

Como você avalia esse primeiro ano e meio dirigindo a filial brasileira da Luxottica?

e Oakley e também cuidar

Entusiasmante, aconteceram muitas coisas. Minha primeira visita ao Brasil não foi como turista, foi meu primeiro dia de trabalho. Não houve um tempo para entender o país, mas imediatamente tive a sensação da grande oportunidade e de um time pronto para um grande desafio. Essa foi a minha maior sorte. E as frentes de trabalho eram claras. Havia em principio, e, em parte, ainda há, infelizmente, três problemas principais: o posicionamento das marcas, o nível dos serviços e o trade marketing.

da incorporação da Tecnol, adquirida em dezembro de 2011.

Fale-me sobre o posicionamento das marcas. Como você chegou à Luxottica? Depois de quase três anos no marketing da L’Oréal, resolvi mudar para a Luxottica, atraído pela ideia de trabalhar em uma empresa italiana com grande inclinação internacional. Comecei baseado em Milão, cidade para a qual minha família se mudou quando eu era bem pequeno e lá cresci, atuando como key account manager [do inglês, termo que designa "gerente de contas especiais"], atendendo uma grande rede europeia. Comecei a perceber que para vender mais e atender ainda melhor meu cliente eu precisava entender mais como a empresa funcionava, o que havia além das vendas. Então, comecei a passar muito tempo em Agordo, a cidade que abriga a sede operacional da Luxottica, e me apaixonei. Acho que qualquer pessoa que visita pela primeira vez uma fábrica de óculos entende que aquele acessório que parece muito simples, na verdade, é incrível. Fazer óculos é uma www.revistaview.com.br

Era um pouco oportunista. O Brasil tem muitas coisas boas, mas os preços das coisas são uma loucura. Usando como exemplo o aviador Ray-Ban, ícone dos óculos solares no mundo inteiro, um dos segredos de sucesso da marca é o posicionamento acessível. E aqui não era assim. Então, a Luxottica decidiu fazer uma aposta: reduzir os preços para vender muito mais. Depois de alguns meses, posso falar que deu certo e as vendas aumentaram. De R$ 520, o preço sugerido ao consumidor do aviador Ray-Ban caiu para R$ 400, mais próximo do valor praticado no exterior. Com essa baixa significativa, não vale mais a pena pegar um avião para comprar. E raramente se lembra da possibilidade de parcelamento (e, na maioria das vezes, sem juros) que o varejo brasileiro oferece. Usei o aviador como exemplo, mas a redução de preços foi geral.

Essa redução de preços se baseou em algum percentual específico ou variou por marca? A “rearquitetura” do portfólio no Brasil foi baseada nos exemplos dos Estados Unidos e da Europa, obviamente com algumas adequações. E essa arquitetura está bem clara hoje: marcas de entrada, marcas democráticas e marcas de dezembro 2012 VIEW 127

33


entrevista

um bate-papo com personalidades do setor óptico

luxo com uma baixa geral, em média, de 20%. Também houve uma boa simplificação do posicionamento de preços para as coleções. Antes, cada coleção tinha uma faixa muito extensa, até 100 preços diferentes. Hoje, Prada, por exemplo, vai de R$ 700 nas peças de entrada a R$ 900 na linha premium. Isso facilita até o entendimento do consumidor final.

Tenho a percepção de que a presença da Sunglass Hut no Brasil também foi uma forma de comunicar ao consumidor a nova política de preços da Luxottica, uma espécie de balizador. Faz sentido? A Sunglass Hut foi a primeira a praticar os novos preços da Luxottica e realmente é um elemento sinérgico na estratégia da empresa. No final de outubro, participei da convenção da Sunglass Hut e, durante a minha apresentação, comentei com os consultores ópticos que eles eram varejistas, mas eu estava ali representando também a Luxottica atacadista. Isto significa que a Sunglass Hut tem de ser um exemplo na forma de representar as marcas e no conhecimento em profundidade da oferta de produtos. Ao mesmo tempo, é preciso deixar claro que a competição da Sunglass Hut com as ópticas tem de ser absolutamente justa. A Sunglass Hut não venderá um par de óculos abaixo da sugestão de preço da Luxottica ou aplicará prazos e descontos fora do padrão. E, se algumas vezes a rede perder um pouco de agressividade, não importa, porque é importante que atue como uma vitrine para todo o mercado. Esse é seu papel. É óbvio que a equipe da Sunglass Hut está se dedicando para ter sucesso e não somente ser uma vitrine, mas as duas coisas têm de ocorrer ao mesmo tempo. Na condição de líder do atacado da Luxottica no Brasil, não vejo a Sunglass Hut como um competidor interno. E acho também que, na difusão dos preços, honestamente, a Sunglass Hut ajudou o trabalho da Luxottica no atacado.

E o nível dos serviços? A Luxottica arregaçou as mangas para agir em relação a isso, mas, conscientemente, ainda está longe do objetivo. O Brasil é um país complexo, a burocracia é um grande fator limitador. A importação é complexa; não somente a demora em si, mas não se sabe o quanto demora. É a antítese do planejamento. Mas isso era, em parte, um álibi interno. Acho que se eu fosse cliente, muitas vezes, ficaria descontente. Esse é um trabalho que não tem fim. A Luxottica tem de começar: algumas medidas importantes já foram tomadas como mais estoque de peças e estoque de partes para oferecer um serviço pós-venda. É preciso ter a orientação interna de entregar mais do que o cliente deseja. E ainda é preciso fazer mais para se alcançar esse objetivo. O percurso é longo, mas bem definido.

Significa incentivar a produção nacional, sem falar no desenvolvimento de produtos customizados para o mercado. Acho que um par de óculos bacana é bacana em todo o mundo, mas é muito bom ter a possibilidade de combinar um equipe internacional de desenvolvimento de produto, antenado com as tendências, com a experiência local de um time bem forte.

Como está a Tecnol hoje, um ano após a aquisição?

Sua execução é fundamental. O Brasil ainda está um passo atrás nesse aspecto. Em boa parte do varejo óptico, ainda se tem a percepção de que uma vitrine será melhor se tiver muitos óculos expostos. E a experiência de visual merchandising fala o contrário: quanto menos, melhor. Pode haver resistência de clientes mais tradicionais. É preciso cuidar e respeitar o dono de cada loja, mas, propondo, ao mesmo tempo, um teste, mostrando exemplos bem-sucedidos e pedindo um voto de confiança que a comunicação da óptica com o consumidor será melhor e as vendas vão aumentar.

Fervilhante, posso dizer. O Brasil já tem os primeiros 12 modelos de receituário Vogue produzidos aqui, que estão tendo uma aceitação muito bacana tanto do lojista quanto do cliente. Chegar ao coração do mercado é ser aspiracional e acessível. São duas palavras-chave no posicionamento da Luxottica e isso deve ser visto não como algo antagônico, mas de forma complementar. A Luxottica e a Tecnol são duas empresas de grande história, de valores muito fortes, muitos deles em comum, e quando duas empresas de tal tamanho e reconhecimento são postas lado a lado é preciso cuidar muito bem dessa integração.

E a compra da Tecnol?

Hà planos de fabricar outras marcas?

Foi uma oportunidade de negócio muito coerente para a Luxottica, tanto em termos de ampliação da faixa de atuação de perfis de consumidores, chegando ao coração do mercado, quanto no nível de serviço.

Sim, é um plano constante e a velocidade de sua execução dependerá da dinâmica das vendas e da contínua integração. Já há planos para produzir Vogue solar, Ray-

Sobre o trade marketing...

34

“Qualquer pessoa que visita pela primeira vez uma fábrica de óculos entende que aquele acessório que parece muito simples, na verdade, é incrível. Fazer óculos é uma coisa complexa e fazer óculos bem feitos é ainda mais complexo.”

VIEW 127 dezembro 2012

www.revistaview.com.br



entrevista

um bate-papo com personalidades do setor óptico

Liderança comercial Lisandroni posa com seus gerentes de área. Da esquerda para a direita, em pé: Henrique Pavanello, Luiz Nascimento, Leandro Marinho, Marcelo Polesso, Alvaro Lahm, Marcio Tacuchian, Luca Lisandroni, Davi Miyake, Renata Correa, Francesco Santachiara, Davi Veeck e Cristiane Furlan. Sentados, Samantha Beserra, Sheyla Ferreira, Paulo Morosini e Alex Lopes

Ban receituário e solar. Oakley, a qualquer momento, poderá entrar nos planos também.

A aposta na Tecnol foi mais uma prova de que a intenção da Luxottica no mercado é investir no atacado... A Luxottica investiu € 110 milhões ao comprar a Tecnol. Com esse valor, poderia comprar muitas e muitas ópticas. Acho que essa aquisição realmente foi a prova do desejo da empresa para o Brasil. Outro elemento é que, no processo de expansão mundial da Sunglass Hut, a Luxottica normalmente compra cadeias e assim aumenta sua rede rapidamente. É difícil começar do zero uma operação e aqui foi assim. Acho que a resposta também está aí: a ansiedade não é fazer dinheiro no Brasil com varejo. Era muito mais o desejo de comunicar que a Sunglass Hut é uma marca forte de varejo óptico em todo o mundo e ajudou a elevar o nível dos mercados em que atua e o objetivo é fazer o mesmo no Brasil.

A minha impressão é que a Luxottica olha para o Brasil como um mercado muito especial, de muitas oportunidades... O Brasil é claramente o foco agora. E por motivos diferentes. Primeiro, pelo fato de que é um dos pouquíssimos países do mundo em que a Luxottica está presente com atacado, produção e varejo. A produção até hoje era na Itália, na China, nos Estados Unidos (com a fábrica da Oakley) e uma pequena unidade na Índia. Com a aquisição da Tecnol, o Brasil passou a ser o terceiro no mapa mundial de produção da empresa. O segundo motivo é o volume. O Brasil já está brigando pelo pódio. Atualmente, o país ocupa o quarto lugar em termos de unidades vendidas no atacado. O desafio é chegar ao segundo lugar. 36

VIEW 127 dezembro 2012

“O Brasil é claramente o foco agora. E por motivos diferentes. Primeiro, pelo fato de que é um dos pouquíssimos países do mundo em que a Luxottica está presente com atacado, produção e varejo. A produção até hoje era na Itália, na China, nos Estados Unidos (com a fábrica da Oakley) e uma pequena unidade na Índia. Com a aquisição da Tecnol, o Brasil passou a ser o terceiro no mapa mundial de produção da empresa.” A liderança é dos Estados Unidos? Sim. Eu torço para o Juventus, não sou acostumado a ficar em segundo lugar, mas, nesse caso, chegar em segundo, superando a Itália, já será uma conquista. Mas há muito que fazer para chegar lá.

Como é a estrutura comercial da empresa atualmente? A Luxottica tem a maior rede de representantes do Brasil, são cerca de 250 profissionais. Agora já está tudo integrado: não existe mais marca da Luxottica ou marca da Tecnol, há uma única empresa. Isso claramente é um investimento pesado e é a grande vantagem da Luxottica frente à concorrência. Porque a empresa que quer encontrar o cliente do Mato Grosso, do Acre, por exemplo, tem de ter uma estrutura de vendas à altura. E não se trata somente de vender, mas garantir a melhor apresentação das marcas, levar treinamento etc. Hoje, a Luxottica tem, diariamente, 500 olhos no mercado. E, mais que 500 olhos, também tem 500 ouvidos. Trata-se de atendimento, não de controle. E, quanto mais a empresa oferecer um bom nível de serviço às ópticas, maior será a oportunidade de elas atenderem seus clientes com excelência. A minha grande confiança no futuro é porque aqui dentro e lá fora a Luxottica Brasil tem um time pronto que acredita no desafio, entende os caminhos e cada um traz a sua contribuição para a empresa. A Luxottica tem tudo para ter sucesso: marcas, investimentos, pessoal, boas ideias, comunicação e transparência. E coerência entre o que diz e faz. Não falta nada.

Como o varejo óptico pode vender mais e melhor? Nesse momento, o varejo vem se dedicando a criar estratégias para atingir o consumidor da classe C. Mas creio que esse consumidor não esteja procurando nada diferente do consumidor das classes A e B: quer ser bem atendido e encontrar o produto na melhor loja pelo preço certo. Então, essa estratégia, na verdade, é para fortalecer a própria posição do varejista e não se limita ao consumidor C. É uma evolução para ser mais competitivo, cada dia com mais qualidade no atendimento, que é algo que, honestamente, aqui não falta. Em geral, o consumidor quando entra em uma loja no Brasil tem uma boa experiência de atendimento. www.revistaview.com.br



Um intervalo de apenas 15 anos separa o Caito que começou com um stand vendendo óculos em espaços alternativos de moda como o Mambo Bazar ou o Mercado Mundo Mix (esse último, um dos embriões do atual cenário fashion brasileiro) e o empresário de hoje, à frente da Chilli Beans, que fechou 2012 com cerca de 600 pontos de venda - desse total, apenas nove são próprias. Iniciante ou bem-sucedido, uma característica é constante: o visionarismo. Confira nesta e nas próximas páginas os melhores momentos da entrevista concedida à editora Andrea Tavares na sede da empresa, em Alphaville, Grande São Paulo.


um bate-papo com personalidades do setor óptico

entrevista

Caito Maia Reportagem e texto Andrea Tavares

Colaboração Laís Clemente

Posso contar nos dedos de uma mão as vezes que aqui, nas páginas de Entrevista, escrevi um texto em primeira pessoa. Mas, dessa vez, peço-lhe licença, querido leitor, para conduzir o texto dessa forma. Afinal, trata-se de um bate-papo com uma das personalidades mais polêmicas da óptica moderna brasileira, que, para muitos, é até hoje o inimigo público número um do mercado. Sim, tive a honra de ter uma longa conversa em outubro com o fundador e presidente da Chilli Beans, Caito Maia. Paulistano, 43 anos, casado e pai de dois filhos (Luca, dois anos e meio, e Benício, dois meses) carrega em sua identidade o nome “Antonio Caio Maia”, mas revela que o pânico de sua mãe era tão grande que o filho pudesse ser chamado de “Toninho” que, antes mesmo de nascer, ela já o havia "rebatizado" de “Caito”. Uso a expressão “personalidade polêmica” porque sei o quanto a evolução da Chilli Beans e os caminhos que Caito Maia decidiu trilhar incomodaram o mercado. Fui testemunha de desabafos públicos de varejistas de óptica, indignados com as estratégias do empresário. Abro meu coração: também tinha reservas em relação à Chilli Beans, mas todas tinham a ver com produto, sofria com as cópias descaradas e a baixa qualidade dos óculos no passado, mas também admirava - e muito o fato de a rede oferecer reposição imediata às eventuais quebras. Mas já faz um bom tempo que me rendi, graças ao investimento em design, à transferência de parte da produção para fábricas brasileiras e ao visionarismo de Caito. Com o passar do tempo, a operação Chilli Beans mais que se consolidou e há uns bons anos esperava pelo momento de trazer Caito Maia para as páginas da VIEW. Quando o fenômeno da fast fashion (do inglês, expressão que tem o fast food como inspiração e significa “moda rápida”, estratégia que revolucionou o segmento de confecção no início deste século, ao pregar a produção de roupas com design a preços razoáveis, em ritmo acelerado e com trocas vertiginosas do estoque, a fim de dar ao consumidor a sensação de exclusividade) se instaurou de vez no mundo, lá pelos idos de 2003, ainda levou alguns anos para que a indústria óptica mundial conseguisse fazer a sua versão de negócio nos moldes da moda rápida a fim de potencializar o consumo e fazer crescer ainda www.revistaview.com.br

Imagens Divulgação

mais o desejo do consumidor por óculos. Caito, porém, há muito fazia da fast fashion um dos combustíveis essenciais de seu negócio. E quando o mercado finalmente deu sinais de que havia conseguido equacionar essa fórmula, lá estava a Chilli Beans na frente mais uma vez, agregando valor percebido e qualidade a seus produtos para dar sustentação à marca já estabelecida. Obviamente, em algum momento de sua trajetória, um passo de consolidação dos negócios também seria investir em receituário. Assim, veio à luz a Chilli Beans Vista em 2010, que já nasceu cheia de valor, por conta de uma coleção assinada pelo top estilista brasileiro Alexandre Herchcovitch. Primeiro, foi a coleção de receituário e, em 2012, deu-se o pontapé inicial para a entrada formal na óptica com a venda de um par de óculos de receituário completo, isto é, armação e lentes oftálmicas. Quer o mercado queria, quer não, Caito Maia formatou um negócio sem seguir regras e manuais e construiu uma operação campeã, com uma marca forte, que foi a primeira com presença em horário nobre nos canais abertos de tevê, lança 18 novas peças por semana (três modelos de receituário, dez solares e cinco relógios), tem coleções assinadas com criadores de moda do porte de Alexandre Herchcovitch e Ronaldo Fraga, é uma das patrocinadoras de top festivais como o Rock in Rio, suas equipes de venda são reconhecidas pelo atendimento de qualidade e por aí vai uma longa lista de feitos capazes de preencher mais umas boas linhas de texto. Enfim, demorou um pouco, mas é chegada a hora de receber Caito e a Chilli Beans aqui na VIEW. Livre-se dos preconceitos e acompanhe a seguir os destaques dessa conversa, em que Caito conta o começo de tudo, o desenvolvimento dos negócios, seus pontos fortes, a loja-conceito que será inaugurada em breve e muito mais. O olhar valioso de alguém que criou um dos mais bem-sucedidos negócios de varejo óptico no Brasil.

O começo de tudo "Fiz faculdade de música em Boston e morei sete anos nos Estados Unidos. Sempre tive uma veia comercial: para mim, 2 + 2 era igual a cinco em vez de quatro. De maneira honesta, sempre ganhei meu dinheirinho. Levava a música super a sério. Era o vocalista do Las ticas tienem fuego, uma banda que lançou disco pela Warner e fez show no Brasil inteiro. Aí não ganhar Video Music Brasil (VMB) da MTV na categoria democlip a que a banda estava concorrendo, em 1996, trouxe à tona a veia comercial e vieram os óculos. Não tenho pai rico, precisava pagar minhas contas. Era tudo muito na raça e não tenho a vergonha de falar. Passei a trazer uns 'óclinhos' na mala para o Brasil e vender para os amigos. Vendia muito. Trazia por Nova York no esquema muamba: 200 peças, 300 peças por vez. Decidi que não queria mais vender no varejo, comecei a bater na porta de empresas, estava de olho no atacado. Mas não deu muito certo, sempre fui muito bom de vendas, mas administração não é o meu forte. Quebrei. Aí fui para o Mercado Mundo Mix. dezembro 2012 VIEW 127

39


entrevista

um bate-papo com personalidades do setor óptico

A primeira loja em shopping, em 2002

i Hotel Chill Beans: a e nt mais rece campanha da marca

Chegando lá, todo mundo tinha uma marca e eu era só um vendedor de óculos. Vi que precisava criar a minha marca. Aí eu 'viajei' no nome 'Chilli Beans', porque sou louco por pimenta e queria um nome com onze letras. Aí a coisa começou a andar."

A experiência no Mercado Mundo Mix "Foi a minha grande faculdade de varejo. Aprendi a desenvolver conceito de marca, precificar, atender, expor produto. Essa coisa de self service, aprendi lá. E por viajar o Brasil inteiro, aprendi a ‘ler’ os públicos de cada cidade. Isso ajudou muito."

A primeira loja: Galeria Ouro Fino, 1997 "O povo começou a cobrar uma loja. Segui meu lado inovador e fui o primeiro a me instalar na Ouro Fino [galeria na Rua Augusta, região dos Jardins, em São Paulo, que se tornou no final da década de 90 o reduto de modernos e descolados]. Comecei a motivar os conhecidos para se estabelecerem lá. Eu era o patinho feio da óptica, mas no universo moda até hoje sou um cara respeitado. No sentido de ser um cara direitinho, sabe? Muito louco, era 1999 e aquilo lotava. Todo mundo ia lá, de famosos a pessoas de fora de São Paulo que queriam muito conhecer o espaço. Chegou um momento em que o Mercado Mundo Mix começava a não fazer mais sentido. Foquei na loja e aí foi o boom. Eu era gerente, vendedor, office boy, tudo..."

O primeiro quiosque: Shopping Villa Lobos, ano 2000 "A Chilli Beans começou a bombar na Ouro Fino até que o Shopping Villa Lobos me convidou para abrir uma loja. Só tinha dinheiro para um quiosque. Pedi ao arquiteto Gustavo Menegazzo, parceiro desde o começo, um projeto de quiosque aberto, como uma doceria, para despertar a curiosidade e o desejo das pessoas. Foi um sucesso. Pensei que ia atrair só um tipo de público, os mais antenados, mas nada, todo mundo comprava. E aí, em 2001, uns loucos começaram a querer comprar franquia e comecei a vender franquia. O quiosque foi o grande pulo do gato, porque custa barato e não é preciso pagar pelo ponto."

O avanço dos quiosques "Dei três 'tiros' em janeiro de 2000. Propus abrir quiosques nos shoppings Iguatemi, Morumbi e Eldorado, achando que ia acertar um, mas os três toparam. Depois de três meses, o Iguatemi me tirou de lá porque a Chilli Beans vendia mais que as quatro ópticas juntas. E aí o projeto ganhou velocidade. Estar no meio do corredor é lindo, as pessoas 'caem' em cima da sua loja. É como um ponto de merchandising, só que o dinheiro está entrando." 40

VIEW 127 dezembro 2012

"Senti a necessidade de entrar no shopping Ibirapuera, mas a proposta de quiosque foi recusada. Lá, só loja. Eu me perguntava se a Chilli Beans já tinha força para puxar o consumidor do corredor para dentro da loja. Decidi por não ter vitrine, mantive o self service e foi um sucesso, explodiu. Três vezes a venda de um quiosque."

Filosofia "Eu sempre acreditei, sempre fiz meu trabalho... Doze anos atrás, a China me pegou no colo, pagando três viagens para conhecer as fábricas e analisar possibilidades de negócios porque achavam que eu ia ter futuro. Enfim, hoje gasto alguns milhões de dólares com as fábricas chinesas, que investiram US$ 15 mil em mim. Mas mesmo assim, como brasileiro, desenvolvo o mercado trabalhando com indústrias nacionais.”

A relação com o mercado e o sucesso "Não tenho mágoa do mercado óptico, apesar de ter tomado porrada a vida inteira. O setor vem crescendo absurdamente e acho que alguma ajudazinha a Chilli Beans deu. Principalmente pela vocação da empresa de sacudir o mercado. O varejo óptico tem redes regionais, mas não há nenhuma presente de Porto Alegre a Manaus. Já a Chilli Beans, só no Acre, tem quatro lojas e faturamento de R$ 450 mil. A empresa tem essa homogeneidade, sabe? Está no país inteiro. Fecho 2012 com 600 lojas e o interessante é que todos ganham dinheiro, estão no azul. Sei que a Chilli Beans continua sendo vilã, mas não tenho mágoa. Olho pra cima, sempre. E quem pensa pequeno, fica pequeno. Quem pensa grande, cresce. Mas quero deixar claro que tenho a maior admiração do mundo pelo mercado óptico. As portas estão sempre abertas, a Chilli Beans está à disposição."

A força da equipe "Cheguei aonde cheguei por causa do meu time. São profissionais de alto gabarito, que amam a marca. Sou animador de torcida da minha equipe, sabe? Aqui no escritório, são 153 pessoas. Trabalhando na rede, são quase 4 mil pessoas. E, indiretamente, 10 mil pessoas."

Tupiniquim: o relógio da série especial que homenageia o encontro entre os portugueses que chegaram ao Brasil, em 1500, e os índios tupiniquins. A história relata que a tribo foi a primeira a ter contato com os descobridores

www.revistaview.com.br


As lentes Transitions® se adaptam automaticamente aos ambientes, permitindo que só a quantidade certa de luminosidade chegue aos olhos. As lentes são transparentes em ambientes internos e escuras em ambientes com incidência de raios UV. Ofereça aos seus clientes a oportunidade de ver a vida da maneira como ela deve ser vista. Ou, quem sabe, até melhor. Veja o melhor da vida em transitions.com.br.

Transitions e o “Swirl” são marcas registradas da Transitions Optical, Inc. ©2012 Transitions Optical, Inc. O desempenho fotossensível é influenciado pela exposição aos raios UV, temperatura ambiente e material das lentes. Imagem meramente ilustrativa.


entrevista

um bate-papo com personalidades do setor óptico

Coexistência pacífica (e lucrativa!) "A Chilli Beans deve fechar 2012 com venda de 3 milhões de peças, é a maior marca de óculos da América Latina. E vai crescer mais, porque tem canal de venda, consumidores muito fiéis e a preocupação de lançar coisas bacanas. Então eu penso: em vez de o lojista de óptica ficar lutando contra, por que não pensar em fazer parceria com Chilli Beans? Podemos fazer algo juntos, estamos no mesmo shopping, ele tem um fluxo, inclusive um público que tem medo de entrar na óptica, joga esse público para dentro da Chilli Beans para fazer as coisas acontecerem..."

A vocação para a franquia "Praticamente tudo é franquia, tenho apenas nove lojas próprias. Tinha 40, mas vendi. O fato é que quando achei o meu lugar na cadeia, minha vida ficou fácil. Não sou fabricante e nem especialista em varejo. A Chilli Beans é uma rede profissional de franquia."

Preço baixo, uma das chaves do negócio “O modelo mais barato custa R$ 98. Os preços não aumentaram; é que foram lançadas linhas novas. Os mesmos óculos do Mercado Mundo Mix ainda estão aqui, só que naquela época sem qualidade e hoje têm uma qualidade top. E antes eu copiava. A minha onda não é preço. Não sei vender caro e não quero aprender. A minha onda é um consumidor comentar com o outro que comprou um produto sensacional e que, mesmo assim, ainda pagou pouco por isso.”

Ouvindo a ponta "Sabe as pessoas que ficam pirando em marketing e esquecem da base? Burro é aquele que não escuta quem está no ponto de venda. Os caras é que estão ali, têm contato direto com o cliente! Falo por experiência própria: converso, escuto e vou criando o canal para interpretar o que estão falando. A primeira pergunta que faço quando é: 'a Chilli Beans está perdendo algum tipo de venda hoje por alguma coisa que o consumidor está procurando e não encontra?' São umas coisas minúsculas, mas que fazem diferença. Por exemplo, se eu não fosse ao ponto de venda, não saberia que preferem vender as séries especiais, mesmo sendo mais caras. Talvez eu passasse a vida achando que o caminho seria focar nos modelos de R$ 118 se não escutasse as pessoas. Quando pergunto o porquê da preferência pelas séries especiais todos respondem que, quando contam a história do produto, os clientes piram - e compram!"

42

Conferindo valor percebido: coleções assinadas por Isabela Capeto (no canto, à esquerda), Ronaldo Fraga (ao lado, à esquerda) e Alexandre Herchcovitch (no alto, acima)

cada loja. Os vendedores ficam emocionados, fazem a maior festa. Amam o que fazem, são extremamente envolvidos. Aproveito e faço palestras, que, às vezes, reúnem mais de 1 mil pessoas."

A fama das equipes de venda bem treinadas "Não há nenhum segredo. Há um manual, um treinamento e uma base que é transmitida para o time. Mas acho que o mais importante é respeitar a personalidade de cada um e não deixar o ambiente robotizá-lo. Respeitar a pessoa do jeito que ela é e trazê-la para o coração. As pessoas geram uma personalidade dentro do sistema, que se enriquece com isso. A cada ano, as convenções são um grande instrumento de motivação. Em 2012, foram 3 mil pessoas durante três dias em um navio. A próxima vai ser em uma ilha fechada exclusivamente para a Chilli Beans. O contato com o meu time é constante. O respeito pelas pessoas. O constante lançamento de coisas interessantes, que geram histórias para a turma contar para o consumidor. Meu maior orgulho é ver todos os vendedores na mesma vibração em lugares tão distantes uns dos outros. Tem coisas que eu não sei muito explicar, mas o fato de eu visitar as lojas, respeitar as pessoas. Vou com o pedacinho de acrílico [as placas de destaques para os melhores vendedores] e, antes de entregá-lo, olho no olho de cada um e falo 'você é muito importante! Sem você, a Chilli Beans não faz nada. Posso ter os óculos mais lindos do mundo para vender mas, se eu não tiver cada um de vocês, nada acontece'.”

Recrutamento e “contaminação positiva” "Olha que coisa curiosa que os contratantes de Fortaleza criaram para recrutar pessoal: chamam a garotada de 18 anos, põem 30 deles em uma sala e mandam todos para casa para pesquisar na internet sobre a Chilli Beans e voltar no dia seguinte com um trabalho. O fato é que, nessas 24 horas, a molecada já se ‘contaminou’ positivamente com a marca. A contratação é feita levando em conta o resultado dos trabalhos.”

A Chilli Beans Tour

O respeito ao consumidor

"Inspirado na música, faço três viagens anuais, que chamo de 'turnês'. Só que a turnê é rock and roll mesmo: alugo um jatinho, levo o diretor de marketing, o diretor comercial, todo mundo que é estratégico e visitamos as lojas. Além de trocar ideias, entrego pessoalmente uma placa ao destaque de

“Respeito ao consumidor é tudo. Se ele tem um problema, a primeira coisa é resolver a vida dele e depois a empresa pensa o que fazer. Mesmo que o consumidor esteja querendo enganar, tudo bem. Vai por mim: o resultado é positivo.”

VIEW 127 dezembro 2012

www.revistaview.com.br



entrevista

um bate-papo com personalidades do setor óptico

"Hoje, tenho seis designers, mas vou fechar com dez. Em vez de ir ao mercado e contratar alguém com vícios - até porque quase não há designers especializados em óculos no Brasil, busquei universitários de design. Foram cerca de 1 mil candidatos das melhores faculdades de São Paulo e contratei esses seis. Mas, depois de desenvolvê-los, vi que precisava contratar mais quatro. E aí fiz o concurso no programa do Luciano Huck [Caldeirão do Huck, nas tardes de sábado, rede Globo]. O previsto era receber 500 trabalhos, chegaram 2,5 mil, muitos de alto gabarito."

Versão óptica: Chilli Beans Vista "É o mesmo conceito: o consumidor vai ser atendido em um ambiente de moda, divertido e gostoso. A pessoa entra em uma loja Chilli Beans e o vendedor só vai tratar de moda, de coisa divertida... Ao escolher a armação, o técnico óptico da loja é chamado. Aí entra em cena uma novidade tecnológica: o técnico tira a foto do cliente com um iPad que, por meio de um aplicativo, calcula imediatamente todas as medidas necessárias para a produção das lentes e oferece as opções mais adequadas às necessidades visuais daquele usuário. Depois de tudo decidido, é só enviar o pedido de confecção da lentes. Aí é a hora de o vendedor entrar em cena novamente e vender a segunda e a terceira peças. Vender grau dessa forma já rendeu muitos elogios durante a execução do projeto-piloto. Mais uma vez, a Chilli Beans está revolucionando o mercado de óptica. Não sou inventor de nada. Estou tendo umas ideiazinhas e colocando-as em prática. O grande lance é que o consumidor terá uma experiência diferente na Chilli Beans, sem essa de deixá-lo tenso como se estivesse doente, vai ser tratado de jeito especial para que saia feliz da loja.”

J.Meliani

Investimento em design

Loja em Hollywood: em um badalado centro comercial por onde passa o tapete vermelho na noite de entrega do Oscar

grupo da Colômbia, mais 40 lojas, dez já foram abertas. Na Europa, por enquanto, só Portugal. Não tem jeito: os Estados Unidos são o formador global de opinião. Então, estou investindo todas as minhas fichas lá para valorizar a Chilli Beans mundialmente.”

A loja-conceito nos Jardins, São Paulo “Abre em março. São 750 metros quadrados com projeto de Gustavo Menegazzo no melhor lugar da Rua Oscar Freire [a quadra entre as ruas Melo Alves e Consolação]. Um investimento de R$ 10 milhões. Estarão expostos quase 3 mil óculos e os demais produtos do universo Chilli Beans em vários espaços com muita interatividade. Só a área Vista reunirá cerca de 700 armações. O espaço Kids terá óculos da Barbie para as meninas e da Hot Wheels para os meninos, além de monitores para tomar conta das crianças. Além disso, shows de quinta-feira a domingo, transmissão de programas, workshops de estilistas e designers, café e até cabeleireiro. Outro destaque é o sistema inédito, uma parceria com a IBM, que permitirá ao consumidor criar o modelo de óculos que desejar e, em cinco minutos, ter a peça pronta em suas mãos. A Chilli Beans será a primeira empresa do mundo a oferecer isso." Vista da fachada: 750 metros quadrados e óculos customizados prontos em cinco minutos

A sociedade com o Gávea "Estou super contente, tem muita coisa legal para acontecer agora com a compra de 29,82% da Chilli Beans pelo Gávea Investimentos [de propriedade do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga]. É tudo muito especial. A negociação teve dois objetivos principais: globalizar a marca e atingir os 1 mil pontos de venda em 2016, ano das Olimpíadas."

Expansão internacional "Foram alguns anos de sofrimento no mercado norteamericano, mas agora decolou. Termino 2012 com dez lojas em Los Angeles, em pontos top como Beverly Hills, Huntington Beach e em Hollywood, essa última com um par de óculos gigantes e lentes feitas de telas de Led na fachada. Sem falar na localização, ao lado da Calçada da Fama, em um centro comercial por onde passa o tapete vermelho na entrega do Oscar. Em 2013, serão mais 20 pontos de venda nos Estados Unidos: mais dez em Los Angeles, cinco em Las Vegas e cinco em Nova York. Recentemente, a Chilli Beans também chegou ao Oriente Médio por meio de uma parceria com um sheik, que começou com três lojas no Kuwait e serão, no total, 35 pontos de venda. Com um 44

VIEW 127 dezembro 2012

Sobre a dedicação ao trabalho "Amo o que faço. Não tenho opção, tenho de me dedicar. Sou o dono da Chilli Beans, tenho uma grande responsabilidade nas costas. Estou com 43 anos. Aos 30 anos, eu não tinha domingo. Posso dar uma desacelerada, mas amo o que faço e cada dia está mais gostoso. A hora que não estiver legal, vendo tudo, ponho uma grana no bolso e vou morar em uma ilha. Imagina eu morando em uma ilha? Vou matar a ilha, não dá..."


THIN&HARD TRIVEX® TRANSITIONS® ULTRAX TRIVEX® TRANSITIONS®

LENTES ACABADAS TRIVEX TRANSITIONS. RESISTÊNCIA, QUALIDADE E PRATICIDADE. Resistentes a impacto e tensão, as lentes HOYA Trivex Transitions são ideais para armações três peças (ball grife) e fio de nylon, além de possuir garantia de dois anos contra quebras e trincas. As lentes HOYA Trivex Transitions são as únicas que combinam alta resistência com excelente qualidade óptica, além da tecnologia fotossensível desenvolvida exclusivamente pela Transitions. Transitions e o “Swirl” são marcas registradas da Transitions Optical, Inc. ©2012 Transitions Optical, Inc. O desempenho fotossensível é influenciado pela exposição aos raios UV, temperatura ambiente e material das lentes. Imagens meramente ilustrativas. Trivex é marca registrada da PPG Industries Ohio, Inc.


eric gozlan

espaço do eric

tecnologia com Eric Gozlan

o óptico francês está estabelecido em Curitiba com a óptica Eric Gozlan Lunettes

Os mitos das lentes com 100% de proteção UV PARTE 1 Os raios ultravioleta são o foco da nova série lançada pelo colunista Eric Gozlan. Em três capítulos, o óptico apresenta e derruba os mitos sobre a proteção total contra essa nociva radiação. Há décadas, as ópticas vendem produtos com garantia de proteção total contra os raios ultravioleta (UV). Quanto aos materiais das lentes oftálmicas, policarbonato, Trivex e até qualquer material de alto índice oferecem proteção total contra os raios ultravioleta dos tipos A e B. Já as lentes orgânicas, que protegem até 95% contra os raios (UV), podem receber um tratamento que passe a garantir os 100%. Os consultores ópticos recomendam lentes fotossensíveis, lentes polarizadas, tratamentos contra os raios UV, pois todas essas lentes oferecem proteção total. Quantas vezes não se vende o conceito para o cliente que “essa lente oferece 100% de proteção contra os raios UV” ou “estes óculos de grife têm lentes de qualidade e proteção total contra os raios UV”? Sabe-se também que a exposição aos raios UV provoca uma série de danos aos olhos como catarata, degeneração macular, fotoceratite, pinguécula ou pterígio. Por isso, é preciso oferecer

com segurança produtos eficientes com proteção total contra esses danosos raios para manter os olhos saudáveis. Mas será mesmo que usando tal tipo de lentes nenhum raio ultravioleta entrará nos olhos? Será? Infelizmente, a resposta é não. As lentes certamente bloqueiam todos os raios UV que penetram pela sua face externa mas os que refletem em sua face interna irão diretamente para os olhos. O primeiro mito está desvendado: as lentes com 100% de proteção contra os raios ultravioleta protegem apenas 50%! Até a metade: toda lente antireflexo reflete de 10% até 50% dos raios ultravioleta diretamente nos olhos

%

0 é5

at

X Proteção: a maioria das lentes brancas corta entre 95% e 100% dos raios ultravioleta que passam pela sua face externa

46

VIEW 127

dezembro 2012

Na próxima edição, mais dois mitos sobre a proteção total contra os raios ultravioleta. Boas vendas! positivo, operante! Quer conversar sobre esses e outros assuntos técnicos com Eric Gozlan? Faça contato espacodoeric@revistaview.com.br Rua Cônego Eugênio Leite 920 São Paulo/SP 05414-001 www.revistaview.com.br


Essi l orTr ansi t i ons

Cr i zalémar car egi st r adadaEssi l orInt er nat i onal .Tr ansi t i onseo swi r lsãomar casr egi st r adasdaTr ansi t i onsOpt i cal,Inc® 2010.DMK.

nza* om eCi r r a M s e r o c s a n vel sponí Di

Ampl i eosbenef í ci osdasLent es ® Essi l orTr ansi t i onscom Cr i zal: • Sã oai ndamai st r anspar ent es,chegando

a95% det r ansmi ssãodel uz. • Cl ar ei am

30% ai ndamai sr ápi do,em

apenas6mi nut os.

Emai s: • Re duzem

obr i l hoer ef l exos,mel hor andoo

conf or t ovi sualeaest ét i cadasl ent es. • Re si st em

àsuj ei r aeàpoei r a,dei xandoas

l ent esl i mpaspormui t omai st empo.

*Di sponí velem l ent esmul t i f ocai sevi sãosi mpl es.Inf or mesecom seuconsul t orEssi l or . SAC08007272007 | www. essi l or . com. br


dicas & estratégias

desempenho profissional em jogo

Avaliando o retorno das promoções Como saber se sua empresa está investindo em promoções de maneira eficiente? Os resultados obtidos com as promoções são suficientes para gerar resultados satisfatórios? A professora do Provar, Caroline Cordeiro, apresenta o conceito de ROI, cálculo que possibilita avaliar o retorno financeiro das promoções no ponto de venda. Artigo Caroline Cordeiro

Arte Débora Nascimento

É cada vez mais comum entrar em uma loja e ser bombardeado por ações promocionais tanto dos varejistas como das indústrias. Uma incessante busca por atrair o consumidor e oferecer incentivos para que realize a compra mais rapidamente ou em maior quantidade. São alternativas como materiais de merchandising, brindes, demonstradoras, pontas de gôndola, descontos etc. que a indústria e o varejo utilizam para aumentar as vendas. Ações promocionais representam uma poderosa ferramenta para alavancar as vendas de um produto. Além disso, pesquisas mostram que também são importantes aliadas para potencializar o resultado de investimentos em propaganda. Historicamente, indústrias que investem de forma intensa em propaganda sem acompanhar esse investimento com ações promocionais no ponto de venda perdem um significativo potencial de alavancar ainda mais seus resultados. Diante disso, é fundamental investir em ações promocionais no ponto de venda. Mas é preciso considerar também que a realidade do mercado exige tanto da indústria como do varejo uma grande eficiência dos recursos investidos. É o que se chama de “fazer mais, com menos”: é cada vez mais importante que os investimentos sejam feitos de maneira estratégica e com recursos bem direcionados a fim de gerar resultados positivos. Nesse contexto, surge o clássico dilema: investir menos ou investir de maneira mais eficiente? A resposta parece óbvia, mas muitas empresas ainda não possuem processos bem estabelecidos para gerenciar e medir o retorno sobre os seus investimentos em promoções, garantindo, assim, maior eficiência dos recursos investidos. Como saber se sua empresa está investindo em promoções de maneira eficiente? Os resultados obtidos com as promoções são suficientes para gerar resultados satisfatórios?

O conceito de ROI - Há diversas metodologias financeiras para avaliar os resultados de ações promocionais. A mais utilizada é conhecida pela sigla “ROI”, que vem do inglês “return on investment”, que pode ser traduzida como “retorno sobre o investimento”. Como o próprio nome diz, o ROI mede o retorno incremental oferecido por um investimento ou a relação entre o dinheiro ganho ou perdido em um investimento e o montante de dinheiro investido. É uma metodologia largamente utilizada em finanças para diversos propósitos e com diferentes abordagens, mas, para o caso específico de avaliação de retorno sobre investimentos em atividades promocionais, vale utilizar uma visão simplificada do ROI. 48

VIEW 127

www.revistaview.com.br


financeiro

ROI no ponto de venda - Para medir os resultados de uma ação promocional no ponto de venda, utiliza-se a seguinte fórmula simplificada de ROI: ROI = Receita de vendas incremental Valor investido A receita de vendas incremental é calculada utilizando-se o volume vendido durante o período promocional menos o volume-base (isto é, a média de vendas daquele produto específico em períodos sem promoção) multiplicados pelo preço do produto. O valor investido deve ser todo o montante destinado à promoção (planejamento, execução, materiais etc.) ou, no caso de redução de preço, o valor total do desconto concedido. Por exemplo, uma padaria possui uma média de venda mensal de 10 mil pães por R$ 1 a unidade. Durante um mês específico, realiza uma promoção em que os clientes ganham um cupom para concorrer ao sorteio de uma bicicleta no valor de R$ 1 mil. O volume de vendas no mês da promoção é de 12,2 mil unidades. ROI = Receita de vendas incremental = 2.200 x R$ 1 = 2,2 Valor investido R$ 1.000 Um ROI de 2,2 significa que as vendas incrementais geradas pela atividade promocional foram suficientes para pagar 2,2 vezes o custo da promoção. Isso significa que, quando o ROI é maior que 1, a receita de vendas incremental gerada é maior que o custo da promoção. No caso do exemplo da padaria, o ROI de 2,2 indica que a receita de vendas incremental foi suficiente para pagar 2,2 vezes o custo da promoção. Mas será que qualquer ROI acima de 1 realmente é rentável? www.revistaview.com.br


dicas & estratégias

desempenho profissional em jogo

O conceito de ponto de equilíbrio - O resultado gerado pela ação promocional deve ser suficiente para pagar não apenas o custo da promoção, mas também os custos de produção (ou aquisição, no caso do varejo) das unidades adicionais de produto que estão sendo vendidas. Isto é, um ROI de 1 não é suficiente para tornar uma ação promocional rentável. Aí surge a questão: qual o ROI ideal para que a promoção seja rentável? Para isso, é preciso calcular o ponto de equilíbrio (que também é conhecido pelo termo em inglês, “break even point”), ou seja, o ponto a partir do qual a promoção começa a gerar resultado positivo. Para isso, utiliza-se a seguinte fórmula:

Em resumo, tem-se o seguinte cenário: ROI > Ponto de equilíbrio Aumento de receita e lucro SIGA! Ponto de equilíbrio 1 < ROI < Ponto de equilíbrio Aumento de receita e redução de lucro Como melhorar? 1 ROI < 1 Redução de receita e lucro PARE!

Ponto de equilíbrio = Preço Preço - Custo

Quando medir o ROI - O ROI deve ser calculado Considerando o exemplo da padaria citado anteriormente e levando-se em conta que o pão tem um custo de fabricação de R$ 0,60, o ROI que representa o ponto de equilíbrio é: ROI ponto de equilíbrio = Preço = R$ 1,00 = 2,5 Preço - Custo R$ 1,00 – R$ 0,60

antes e depois do lançamento da promoção. Antes, é necessário estimar o volume incremental de vendas que aquela atividade poderá gerar e, com isso, calcular o ROI estimado. Ao final da promoção, deve ser calculado novamente, considerando o volume incremental de vendas real (o ROI Real).

O ciclo do ROI Para que a promoção seja rentável e seus resultados sejam suficientes para pagar não apenas o seu custo, mas também os custos adicionais de fabricação do produto, as vendas incrementais precisam resultar em um ROI acima de 2,5.

Interpretando o ROI - Como já foi comentado, o resultado do ROI tem de ser no mínimo 1 a fim de que seja suficiente para pagar pelo menos o custo da promoção. Porém, o ROI acima de 1 não necessariamente garante uma promoção rentável, pois os resultados obtidos devem ser suficientes para pagar não apenas o custo da promoção, mas também os custos de fabricação das unidades adicionais vendidas. O ideal é que o ROI não só seja maior que 1, mas também seja superior ao ponto de equilíbrio. Mas o que ocorre com aquelas promoções cujo ROI é maior que 1 mas menor que o ponto de equilíbrio? São classificadas de “luz amarela” (em alusão às cores do semáforo) e definidas como atividades geradoras de receita, porém redutoras de lucro. Quando uma promoção possui um ROI entre 1 e o ponto de equilíbrio, está trazendo receita incremental mas não está gerando lucro incremental. Em curto prazo, essa promoção pode gerar aumento da participação de mercado (ou “market share”, a versão da expressão em inglês) e pode inclusive fazer parte de uma estratégia de penetração, porém é importante ressaltar que esse tipo de promoção não é sustentável em longo prazo e precisa ser revista de forma a garantir um plano de ação que a torne rentável, isto é, que gere vendas incrementais suficientes a fim de que o ROI ultrapasse o ponto de equilíbrio. 50

VIEW 127

dezembro 2012

Definir plano promocional

Simulador ROI da promoção (ROI estimado)

Lições aprendidas

ROI pós-avaliação (ROI Real)

ROI aprovado?

Não

Sim Coleta de dados

Executar promoção

Ao comparar o ROI estimado ao ROI real, podem-se tirar valiosos aprendizados para futuras promoções. Se o total das vendas incrementais gerado foi menor que o estimado é importante investigar as razões que levaram a isso. Dependendo das informações de mercado disponíveis, o volume incremental estimado pode ter um grau de precisão muito variável, porém, após vários ciclos de ROI, as lições aprendidas facilitam o aumento da exatidão na previsão de vendas. Aplicar a metodologia do ROI de forma constante e consistente garante maior eficiência dos recursos aplicados nas promoções com uma visão mais estratégica, gerando, assim, mais valor tanto para a indústria quanto para o varejo. A professora Caroline Cordeiro leciona nos cursos de pósgraduação, extensão e in company da Fundação Instituto de Administração (Fia) da Universidade de São Paulo (Usp). positivo, operante! Quer conversar mais sobre varejo com a professora Caroline Cordeiro? Escreva para revistaview@revistaview.com.br Rua Cônego Eugênio Leite 920 São Paulo/SP 05414-001 www.revistaview.com.br



Richard Vinic fala sobre varejo

André Penteado

Richard Vinic

varejo & experiência

Richard Vinic é palestrante, consultor, professor e apaixonado pelo mundo das compras

Você é bom de

execução?

Mauro Nakata

O que você entende por execução? Será que a sua óptica é boa nisso? “Execução” pode ser definida como a capacidade de fazer, de realizar. Trata-se do famoso “colocar a mão na massa”. Um dos mais importantes gurus da administração moderna, o indiano Ram Charan, despertou um novo olhar sobre o tema em um estudo realizado na década de 90. Segundo dados pesquisados em importantes corporações estrangeiras, apenas 10% das estratégias são de fato executadas. Seguindo esse estudo, importantes consultores brasileiros chamam sistematicamente a atenção para a falta da cultura de execução no país. Mas o que é então a execução? Diferentemente da definição que citei no início deste texto, é preciso entender por execução algo mais do que fazer, considerando que existem aspectos que antecedem a prática e que são fundamentais para o bom resultado. Fazem parte dessa observação o conhecimento, o planejamento, a definição de metas e objetivos, o alinhamento e o engajamento das pessoas, o acompanhamento e a revisão das metas durante o processo de execução. E quais os fatores que levam ao baixo resultado indicado no estudo? O principal motivo é a falta de clareza de que estratégia e execução devem caminhar juntas. Em muitas empresas, os líderes definem as estratégias e os empregados as executam. Errado! Cabe ao líder não apenas definir, mas também acompanhar, motivar e revisar. É como um corpo humano: o cérebro indica o que fazer, dá o comando, e os membros executam. Porém, ao executar, o cérebro não fica em “sua sala curtindo o ar condicionado”. Vai junto e precisa estar presente. A boa execução depende da integração de três processos: estratégia, operação e pessoal. A estratégia é o entendimento do ponto de partida e dos objetivos que se quer atingir. Uma estratégia tem como objetivo ganhar a preferência dos clientes e trazer ganhos para a empresa. A operação trata do dia a dia, a forma como chegar aos resultados esperados. O mais importante nessa etapa é a sincronização entre cada uma das áreas do negócio. Finalizando, talvez o mais importante dos três, é o processo de pessoal, já que são as pessoas quem definem as estratégias e as executam. Olhar para a sua loja, buscar a conexão entre os três processos, identificar o que deve ser iniciado e o que deve ser aprimorado. Essa pode ser a chave para iniciar uma cultura de execução na sua óptica. O tema “execução” tem sido muito discutido. Não importa o segmento ou o porte de sua empresa: pensar no assunto pode ser decisivo. E executar não é só fazer. Fazer de qualquer jeito, conduzir os negócios apostando apenas no famoso “jeitinho” já não sustenta uma empresa que atua no competitivo varejo óptico. Quer garantir que suas estratégias serão realizadas? Comece hoje a pensar no assunto. Olhe para a execução!

52

positivo, operante! Está a fim de falar mais sobre varejo com Richard Vinic? Faça contato varejoexperiencia@revistaview.com.br Rua Cônego Eugênio Leite 920 São Paulo/SP 05414-001

VIEW 127

dezembro 2012



mondo fashion

a tradução do universo fashion

Uma década antes da onda do color blocking - a tendência dos blocos de cores na moda e nos acessórios - a grife novaiorquina, criada por uma jornalista de moda louca por bolsas, já conquistava fãs em todo o mundo com seu colorido vibrante e inconfundível.

e Ka t Texto Graziela Canella

Concepção Andrea Tavares

Imagens Divulgação

Faça você mesma

No início dos anos 90, a ex-editora de acessórios da revista feminina norte-americana Mademoiselle, Katherine Brosnahan - nascida em Kansas City, em 1962 -, notou dificuldade para encontrar bolsas de mão com design e cores diferentes em Nova York. A então jornalista teve a ideia de começar a fazê-las e fundou, em janeiro de 1993, a Kate Spade New York em sociedade com seu futuro marido, Andy Spade (irmão do comediante David Spade, o Russel da série Rules of engagement, exibida no Brasil pelo canal a cabo Sony). A partir de pesquisas em brechós, Kate começou a produzir bolsas práticas e utilitárias, de náilon, com inspiração retrô, silhuetas simples, cores vibrantes e estampas marcantes.

Sucesso colorido Desde o lançamento, as bolsas rapidamente caíram no gosto das novaiorquinas antenadas e dos editores de moda e, em 1995, a marca já encerrava o ano com faturamento de US$ 1,5 milhão. No ano seguinte, o casal Spade decidiu inaugurar sua primeira loja, já com uma linha de produtos mais abrangente que incluía carteiras, cintos e agendas. Ainda nos anos 90, a empresa incorporou uma linha de bolsas masculinas a tiracolo, do tipo “carteiro”, com a etiqueta Jack Spade. Na mesma década, a marca também estabeleceu sua identidade visual, evidente não apenas no estilo das bolsas, mas também no símbolo do naipe de espadas (ou “spade”, em inglês) e outros recursos gráficos que proporcionaram seu reconhecimento em todo o mundo, como frases criativas bordadas nas etiquetas e no interior das peças especialmente o slogan “live colorfully” (do inglês, algo como “viva coloridamente”). 54

VIEW 127

dezembro 2012

Marca registrada: frases bordadas ou impressas no interior das peças são um dos ícones da grife

www.revistaview.com.br


p a e S d modelo Franca 2 650

. Tanto no nome

SPÊI-de” Pronúncia - “QUÊI-tisíla . ba forte é a primeira

a como no sobrenome, ves, bas são mais que sua síla s da un Já ambas as seg te. en pronunciadas levem

Tóquio: primeira loja fora dos Estados Unidos

Em 1999, Kate Spade vendeu 56% de sua marca para o grupo norte-americano de varejo de luxo Neiman Marcus por US$ 34 milhões, mas continuou no comando criativo da marca e, nos anos seguintes, viu seu nome emergir na fachada de várias novas lojas em cidades como Boston, Los Angeles, São Francisco e Chicago. A expansão logo atravessou fronteiras e também levou produtos da marca para outros países - em 2004, o Japão foi o primeiro país a inaugurar uma loja exclusiva Kate Spade. A oferta de produtos também cresceu nessa época, com o lançamento do primeiro perfume, em 2002, e também da linha Kate Spade at Home, com lençóis, toalhas de mesa, almofadas, papéis de parede e outros objetos para casa.

Fotosite

@thefashionplayground

Primeira expansão


mondo fashion

a tradução do universo fashion

Deborah Lloyd, atual diretora criativa da Kate Spade New York

Novo comando Um novo momento de expansão da empresa se deu em 2007, quando a marca foi comprada pelo grupo Liz Claiborne - que atualmente é conhecido como Fifth & Pacific Companies Inc. Com a aquisição, a marca ganhou uma nova diretora criativa, Deborah Lloyd, que introduziu novas linhas de produtos no portfolio da Kate Spade. Com passagens por grandes marcas como Burberry e Banana Republic, a estilista britânica passou a criar linhas de roupas, sapatos e bijuterias - com destaque para vestidos com aplicações de pedraria, grande sucesso internacional da marca. Em 2010, chegou mais uma novidade às lojas Kate Spade uma seleção de cosméticos e mais um perfume, o Twirl. Nos anos seguintes, vieram as linhas de moda praia e papelaria e a Kate Spade Saturday, coleção mais acessível para o dia a dia.

Mais marca registrada: vestidos com aplicação de pedraria são um dos ícones atuais da marca

Covent Garden, Londres: loja pop-up (aberta apenas por um determinado período)

Nova York: um dos espaços da flagship na Big Apple

2bp

Luxo acessível: Kate Spade Saturday

A marca em números

Sob o comando do executivo norte-americano Craig Leavitt e da designer Deborah Lloyd, a Kate Spade New York contabilizou faturamento de US$ 312,9 milhões no ano passado e conta atualmente com mais de 150 lojas próprias em 60 países, inclusive o Brasil - em 2011, com a abertura da primeira loja nos Jardins, em São Paulo, deu início à sua expansão pela América Latina. A receptividade das brasileiras à moda colorida e bem humorada da marca novaiorquina levou à inauguração de mais duas lojas em 2012 nos shoppings Leblon, no Rio de Janeiro, e JK Iguatemi, em São Paulo - além da abertura de um canal de e-commerce exclusivo para o mercado brasileiro. A marca também está presente em cerca de 500 pontos de venda ao redor do mundo, incluindo as mais prestigiadas boutiques e lojas de departamentos.

Ícones • Bolsas práticas, coloridas e estampadas • Estilo retrô, com inspiração nos anos 50 e 60 • Elementos visuais criativos, como as padronagens que simulam jornais e capas de livros

56

VIEW 127

dezembro 2012

• Frases bordadas ou impressas no interior de bolsas, bijuterias e objetos • Vestidos com aplicação de pedraria • O slogan “Live colorfully”

www.revistaview.com.br


modelo Angelique 650 modelo Graceanne 100

modelo Alathea 001

Cores para os olhos Desde 2005, a Kate Spade New York tem sua coleção de óculos, criada e produzida em parceria com a Safilo. No final de 2011, as empresas anunciaram renovação do contrato por mais quatro anos. O estilo que motivou Kate Spade a criar sua marca própria se reforça nas coleções de óculos, com design funcional, cores femininas, atenção aos detalhes e inspiração retrô.

modelo Franca 2 210

modelo Graceann 810

modelo Alda 043

Beverly Breeze

Leslie Satchel

tual

de vir te Spa

sileiro)

o bra mercad o a r a p al w ) e.com ja virtu asileira atespad m.br (lo o .c rsão br e e d www.k v a g p s lo e t (b a log ja.k om.br/b http://lo asil spade.c e t padebr s a e t .k a /k m www o k.c rasil aceboo spadeb k www.f m/kate o .c newyor r e e t d wit atespa /k www.t m o .c outube www.y

a ww: K

Pilgrim Hill Quinn

www.revistaview.com.br

Hadley Island Flora

Hot Spot Louis

Villabella Quinn

dezembro 2012 VIEW 127

57


vitrine o que há de novo no mercado

Blackfin 47 9264 5043 As formas contemporâneas e o estilo gatinho marcam as novas peças da italiana Blackfin, cuja coleção tem como matérias-primas o titânio e o betatitânio, com combinações de cores intensas e texturas nas hastes.

Modelo Stavanger BF672 cor 384

Filosofia Dona de um design marcante, a Blackfin é criada e produzida pela companhia italiana Pramaor, fundada em 1971 e reconhecida mundialmente pela excelência na produção de armações de titânio. Por mais de três décadas, a empresa atendeu exclusivamente as grandes corporações de óculos fabricando peças de titânio e, há alguns anos, optou por uma nova estratégia ao lançar-se no mercado com marcas próprias como a Blackfin, que, no Brasil, é distribuída pela Italiana Investimenti.

Modelo Malibu BF676 cor 337

modelo Garage Rock Matte Bone W Dark Grey R1 modelo Garage Rock Pol Blk W Jade Irid

Oakley Garage Rock 4003 8225

modelo Garage Rock Pol Wht W Violet Irid

Uma das grandes apostas da marca norte-americana para o verão é o Garage Rock, modelo que alia a influência da música com o DNA esportivo da Oakley. O resultado é um contraponto entre um visual moderno e a inspiração retrô nos detalhes, como as charneiras que fazem referência às guitarras elétricas, disponível em uma cartela de cores que vai das tradicionais aos tons mais ousados e lentes em versões clássica, espelhada e polarizada. Filosofia Adquirida pela Luxottica em 2007, uma das marcas esportivas mais conhecidas do mundo já soma mais de 600 patentes de tecnologias em eyewear que transcendem o universo dos esportes para trazer mais qualidade de vida a seus consumidores, fazendo da física uma arte, e com presença em mais de 110 países.

modelo Garage Rock Crystal Blk Irid 58

VIEW 127

dezembro 2012

www.revistaview.com.br


o Amplidiamond Chocolate Army Orange Gold Brown Gradient

Evoke

Amplidiamond Chocolate Ruby Gold Brown Gradient

11 3034 3690 Filosofia

Amplidiamond Chocolate

As coleções da Evoke, inclusive a linha baseada no conceito fast fashion, a EVK, são criação dos irmãos Demian e Fabiano Moraru, com distribuição a cargo da Brazilian Lab. O foco em inovação é a principal característica da marca, que aposta em parcerias criativas com grandes nomes da música, da arte, do design e da moda.

Depois de lançar em agosto a série Icecream, composta por vários de seus modelos icônicos em tons pastel tal qual um saboroso cardápio de sorvetes e com aroma de baunilha, agora a Evoke traz o Amplidiamond, o modelo que é a derivação de um seus modelos mais icônicos (o Amplifier), com design sextavado inspirado na lapidação do diamante, com exclusivo aroma de chocolate. O perfume tem duração média de seis meses e é uma divertida forma de a marca caracterizar seus modelos contra a inevitável onda de falsificação.

EVK 15 Blackshine Sanded Gold Mirror EVK 15 Blackshine Silver

EVK 15 O estilo Evoke está presente na silhueta marcante do EVK 15, de tamanho grande, linhas retas, frontal plano e design versátil. O modelo tem versões com hastes lixadas, nas opções receituário e solar.

EVK 15 Bone Gold Brown Grad

Prada Linea Rossa

Divulgação

modelo 0PS 51OS 1BO1A1

4003 8225

modelo 0PS 53DV 1BC1O1

A Prada Linea Rossa investe em tecnologia e apresenta a série Netex, armações de receituário e óculos solares cujas hastes são produzidas com a matéria-prima de mesmo nome e dispensam parafusos. Trata-se de uma fibra de vidro aluminizada (o Alutex) que, combinada à borracha injetada, resulta em leveza, conforto, flexibilidade e resistência à água, a baixas temperaturas e à transpiração. Filosofia

modelo 0PS 50OS 1AP6Y1

Uma linha vermelha (ou “linea rossa”, em italiano), é a característica mais marcante dessa marca da casa italiana Prada – que até 2006 era conhecida como Prada Sport. Ao contrário das criações conceituais e ousadas da grifemãe, a Prada Linea Rossa tem como princípio o minimalismo e o estilo casual e esportivo. A distribuição dos óculos da marca é da Luxottica. modelo 0PS 50OS 5AV5I1

www.revistaview.com.br

dezembro 2012 VIEW 127

59


vitrine o que há de novo no mercado modelo 9301248833

HB Hot Buttered 11 4591 8600 A marca introduz novos modelos solares e de receituário. Entre os solares, destacam-se o Carvin’ Round, versão de linhas arredondadas do modelo aviador hit da HB em 2011, e o unissex Gatsby, cujo nome remete ao personagem clássico da literatura e estilo inspirado nos anos 20 - além do Keel, com design que sugere uma quilha. Já os modelos de receituário contam com atributos como conforto, tons atemporais e alta tecnologia para garantir o melhor ajuste.

modelo 9301411433

modelo Carvin

modelo Gatsby

Filosofia

Divulgação

modelo Keel

A HB, sigla de “Hot Buttered”, foi criada pelo surfista australiano Terry Fitzgerald, em 1970, em Sydney. Inicialmente, o veterano comercializava apenas pranchas de surfe e logo evoluiu para a produção de roupas e acessórios. As coleções de óculos vendidas pela marca em todo o mundo são produzidas e distribuídas pela brasileira Suntech Supplies.

modelo Aviator Folding RB 3479 KQ001 M7

Ray-Ban 4003 8225

modelo Aviator Folding RB 3479 KQ003 N4

Depois da linha Ambermatic, a Ray-Ban dá sequência à comemoração dos seus 75 anos de existência (data do lançamento de seu icônico aviador) agora com a edição limitada em versão dobrável composta por 7,5 mil peças numeradas. A luxuosa novidade tem aros banhados em ouro amarelo ou branco e uma nova categoria de lentes, intituladas P3 Plus - polarizadas, com qualidade visual avançada e tratamentos anti-reflexo e hidro-repelente. Filosofia O nome que é sinônimo de óculos solares surgiu em 1937, quando o primeiro modelo aviador Ray-Ban foi desenvolvido para proteger os olhos de pilotos da força aérea norte-americana. O modelo foi lançado comercialmente nos anos 60 e manteve popularidade ao longo das décadas por conta da preferência de ídolos pop da música e do cinema. É produzida e distribuída mundialmente pela Luxottica. modelo Aviator Folding RB 3479 KQ001 N5

60

VIEW 127

dezembro 2012

www.revistaview.com.br


D esempenho

Tecnologia e modernidade além das lentes e armações

SavWin é o software que coloca o controle de suas lojas em suas mãos, veja algumas funções que irão modernizar o seu dia a dia.

Gestão de Clientes • • • • •

Dados pessoais e receitas Busca do endereço através de CEP Histórico de receitas dos clientes Médicos e Optometristas Mala Direta e envio de e-mail para aniversário, receita vencida e promoções

Gestão de Estoques • • • • • •

SavWin possui um suporte técnico sempre pronto para esclarecer todas as suas dúvidas. Ligue agora mesmo e descubra tudo o que o SavWin pode fazer por você e sua loja.

Armações e lentes Etiquetas com código de barras Produtos mais e menos vendidos Controle de trocas e quebras Conferência de estoque Pedido de compra

Gestão Financeira • Contas a receber e controle bancário • Mapa de cartões de crédito • Contas a pagar e Plano de contas

Mais Ferramentas

• Pré-visualização dos relatórios em tela • Controle de acesso por senhas Controle de Vendas (Ordens de Serviço) • Cupom Fiscal ECF Verificação de débitos existentes para o cliente • Homologado ao TEF Baixa automática do estoque • Integração de lojas via internet Lançamento no contas a receber • Compatível com os principais bancos de dados Caixa analítico e sintético Comissão para vendedores e gerentes Nosso Suporte Acompanhamento de pedidos no laboratório • Atendimento on-line e assistência remota Demonstrativo de faturamento diário • Telefone, Fax e e-mail

Gestão Comercial • • • • • • • •

visite nosso site e baixe a versão gratuíta para avaliação do SavWin

www.desempenho.com.br informatica@desempenho.com.br • (11) 3259 7348


vitrine o que há de novo no mercado

modelo 0PH4073 539987 modelo 0PH3074PQ 902887

Polo Ralph Lauren 4003 8225

modelo 0PH3075 92199A

Inspiração O universo dos carros, das corridas e dos pilotos é a grande inspiração no estilo da Automotive e homenageia um dos itens mais admiráveis da coleção do estilista, o Bugatti Type 57SC Atlantic Coupe, um dos dois únicos Atlantic existentes – apenas três foram produzidos por Jean Bugatti, filho de Ettore, fundador da montadora. Raríssimo, o carro tem valor estimado em US$ 40 milhões. Além desse, Ralph Lauren mantém uma coleção de mais de 70 automóveis em Katonah, no estado de Nova York, que inclui modelos raros de Alfa Romeo, Ferrari, Mercedes-Benz e Porsche e já ganhou exposições em museus de Boston e Paris.

“Automotive” (do inglês, “automotivo”, “motorizado”) é o título da edição limitada composta por peças de receituário e solares do estilista norte-americano Ralph Lauren, que também é colecionador de carros. De um modelo raro da tradicional marca de veículos de luxo superesportivos, a Bugatti, veio a influência dos detalhes de couro e texturas que reproduzem madeira, além de peças de metal e clip-on. Filosofia Produzidas e distribuídas pela Luxottica, as coleções de óculos com a assinatura de Ralph Lauren reproduzem o estilo clássico e sofisticado do criador novaiorquino, que combina alfaiataria e inspiração esportiva.

modelo 0PH4072 528471

Divulgação

modelo 0PH1124 9050

Única no mercado que reduz o depósito de proteínas nas lentes de contato e garante 16 horas de conforto para os olhos. Esses são os destaques da nova solução de desinfecção multipropósito da linha Opti-Free da Alcon, a Opti-Free Pure Moist. O produto destina-se especialmente às lentes de contato gelatinosas e às de silicone hidrogel. Embalagens com 120 ml, 300 ml e ainda em versão promocional (300 ml + 120 ml grátis). Tecnologia A exclusiva tecnologia HydraGlyde Matriz Umidificante assegura as 16 horas de lentes hidratadas. O produto também conta com atividade superior no combate a bactérias, fungos e Acanthamoeba, graças ao seu sistema de desinfecção duplo com Polyquad e Aldox.

História Fundada em Fort Worth, no estado norte-americano Texas, em 1945, a empresa farmacêutica Alcon foi adquirida pela gigante Novartis e, integrada à Ciba Vision, tornou-se a maior e mais rentável empresa no segmento de lentes de contato, soluções e outros produtos ligados à oftalmologia e à cirurgia da visão.

62

VIEW 127

dezembro 2012

Opti-Free Pure Moist 0800 7077993



AMPLIE SEU CAMPO DE

O EVENTO COMPLETO DA ÓTICA

CONFERÊNCIA: 14–17 MARÇO, 2013 | EXPOSIÇÃO: 15–17 MARÇO, 2013 New York, NY | Javits Center | www.visionexpoeast.com

ARMAÇÕES E ACESSÓRIOS

EDUCAÇÃO CONTINUA

LENTES & TECNOLOGIA DE PROCESSAMENTO

MEDICO & CIENTIFICO

SOLUÇÕES EMPRESARIAIS


coluna do miguel

miguel giannini

dicas do óptico mais famoso do país

Mais que as grandes armações de estilo retrô com tonalidades cítricas ou bicolores, tendências fortes para os meses de calor, as lentes solares são o foco da atenção feminina neste verão. As dégra- o óptico mais famoso do país dés, já em alta há três ou dois verões, chegam com uma novidade: agora, duas cores podem ser misturadas na mesma lente. Por exemplo, marrom e rosa, cinza e verde, azul e lilás se combinam para oferecer recursos mais estéticos às mulheres que não dispensam óculos escuros. Quem determina a fusão de cores ou tonalidades é a cliente, mas importante observar que a tendência sugere uma divertida brincadeira com solares, sem esquecer os dois elementos fundamentais para a saúde ocular: conforto visual e filtros para proteger olhos e pálpebras contra os raios solares. O mercado prevê uma invasão de lentes espelhadas furta-cores em dezembro, janeiro e fevereiro tanto na praia como na cidade. Como muitas modinhas que aparecem e desaparecem rapidamente, as espelhadas podem ser mais um desses cometas de verão. No entanto, para as que colecionam solares, vale ter uma peça para chamar de sua, mas atenção aos cuidados, porque lentes espelhadas riscam com muita facilidade. As dicas são lavar delicadamente e guardar os óculos somente no estojo. O que tenho observado durante o dia em São Paulo são as jovens, muito jovens, com solares de lentes graduadas e coloridas a 10% ou 12%. Para as que desconhecem, coloração baixa é para locais com baixa luminosidade - escritório, restaurantes, teatro, cinema - e jamais são indicadas para rua ou praia porque, com pouca filtragem de luz, não protegem dos raios de sol. Outro tipo de lentes que virou mania são as amarelas. Criadas para aumentar a luminosidade em locais escuros, só devem ser usadas à noite e em ambientes específicos como ruas ou estradas. A maior qualidade das amarelas é exatamente “abrir a imagem”, o que pode causar fotofobia em locais com luz excessiva. Nunca é demais lembrar que óculos solares só devem ser comprados com lentes dotadas de filtros com raios solares. Os olhos são sensíveis demais para receber diariamente uma carga tão pesada de sol e luz a ponto de gerar catarata, que restringe a visão aos poucos e pode acabar em cirurgia. Feliz 2013!

Fernanda Guedes

Lentes solares: o top do verão

positivo, operante! Quer conversar sobre esses e outros assuntos com Miguel Gianinni? Faça contato colunadomiguel@revistaview.com.br Rua Cônego Eugênio Leite 920 São Paulo/SP 05414-001 www.revistaview.com.br

dezembro 2012 VIEW 127

65


atitude

iniciativas e ideias do varejo

A Carol usa óculos: Carrera para final de ano e verão

Carol com Carrera em mais uma campanha temporada, e segue o espírito das campanhas da rede em 2012, cujo slogan é “Eu uso óculos” ao som de uma versão própria de um dos maiores hits do rock brasileiro: Óculos, do Paralamas do Sucesso. O filme, disponível em https://vimeo.com/54561624, foi produzido pela Guadalupe Films e a campanha foi criada pela Comunicação Explícita.

Divulgação

Pelo segundo ano consecutivo, a Óticas Carol fechou uma parceria com a Safilo para realizar sua campanha de final de ano. A marca escolhida também é a mesma: a Carrera, que integra o portfólio de marcas próprias da corporação italiana. Se em 2011, o astro global Ricardo Tozzi dava o tom à promoção de fim de ano da rede paulista, dessa vez o destaque vai para o modelo Carrera 6000, uma das apostas da marca para a

Natal estrelado na Diniz O ator Raul Gazolla é o convidado das Óticas Diniz na campanha para o final de ano, produzida por sua agência própria. Gazolla junta-se à garota-propaganda, Flavia Diniz, a fim de desejar um feliz ano novo aos clientes da rede. O filme pode ser assistido no canal da Diniz no Youtube ou diretamente no link www.youtube.com/watch?v=dqx9BxjjsB8.

Boas festas: o rosto da rede, Flavia Diniz, estampa o material da nova campanha

Vídeo: na tevê, Gazolla junta-se à Flavia para brindar ao novo ano

66

VIEW 127

dezembro 2012

www.revistaview.com.br


Uma das coisas que a quarta década de vida me ensinou foi praticar o desapego. Mas desapego em um sentido que vai muito além de abrir o armário no final ou em qualquer época do ano e desfazerse de roupas, acessórios e outros itens que não uso mais. Sim, isso também, mas quando falo desapego quero dizer livrarse do desejo de querer controlar tudo na vida e a minha volta. Esse suposto controle traz uma suposta sensação de segurança, só que, no final das contas, não leva ninguém a lugar nenhum. É claro que eu não estou aqui falando para você deixar de controlar suas finanças ou a sua agenda de compromissos. Nada disso, não se trata de aspectos materiais. Quero dizer, principalmente, do desejo de controlar os sentimentos. Ás vezes, essa viagem de querer controlar é tão inebriante que a pessoa passa a determinar em sua louca cabecinha como as pessoas à sua volta devem demonstrar o amor que sentem por ela, a forma como devem agir e, caso não seja do jeito que ela determinou (isto é, controlou), lá vem a decepção e, logo depois, a mágoa. E vamos combinar: mágoa é uma das piores coisas com a qual uma pessoa pode se ocupar. A mágoa ganha um poder tão grande dentro de um ser humano que quando ele, no desejo de controle, percebe que colecionar mágoas pode ser interessante - porque aí terá um acervo de lamentos para devolver para quem o supostamente decepcionou - imediatamente cria um placar de mágoas, passa a contabilizá-las, a controlá-las. Que hábito venenoso! A cada mágoa que uma pessoa soma à sua coleção, menos espaço estará dando ao amor e menos energias positivas vibrarão em seu favor. Dia desses, assistindo a uma série de comédia brasileira, uma personagem consolava a amiga que se lamentava da vida e www.revistaview.com.br

eis que soltou a seguinte pérola: “isso mesmo, chora bastante, amiga, e não junte mágoas, porque mágoa nada mais é que ‘má água’”. Nunca imaginei que pudesse ouvir isso em um programa tão banal (olha o controle!). Simplesmente sensacional! Mágoa é má água, é água parada, e se água parada na vida real, no aspecto físico, pode causar dengue da pior espécie, imagina no aspecto emocional quanto medo e falta de amor é capaz de gerar?! Quando uma pessoa finalmente começa a ter consciência desse processo venenoso, tudo fica bem mais leve e já consegue dar aquela piscadinha charmosa para o desapego. Aí sim a vida começa a ser vivida, porque ela fica plena de amor, o que gera abundância e energias muito positivas! Desculpe-me pelo papo tão cabeça, mas esse “nãofim-de-mundo” e a possibilidade de uma nova era para a humanidade me inspiraram. Aproveitando, compartilho com você, querido leitor, uma mensagem que uma amiga postou recentemente em uma rede social e caiu como uma luva quando eu pensava no conteúdo desta coluna.

editora da view e maníaca por óculos

andrea tavares

Chega de más águas

um outro olhar

Kriz Knack

as impressões de andrea tavares

Pare de sonhar ‘ Comece a acreditar Comece a viver ‘ Pare de lutar Pare de pensar ‘ Comece a rir Comece a amar ‘ Pare de tentar É simples: poucas palavras conseguem resumir tão bem a prática do desapego emocional. E é com elas que saúdo 2013 e desejo o melhor a você neste novo ano, querido leitor! Desejo que você se desa-

pegue do apego, drene todas as más águas da sua vida e encha seu coração de amor. Assim, tenho certeza, a vida abrirá os sorrisos mais lindos para você! Seja feliz sempre! positivo, operante! Quer trocar ideias com Andrea Tavares? umoutrolhar@revistaview.com.br Rua Cônego Eugênio Leite 920 São Paulo/SP 05414-001 dezembro 2012 VIEW 127

67


foco

o espaço da indústria

Os finalistas do Lab of the year 2012 Vêm de duas cidades paulistas (Araçatuba e Barueri) e de Fortaleza os três finalistas da versão brasileira do prêmio Laboratório do ano 2012, o Lab of the year, concedido pela Transitions e que será entregue na noite de 29 de janeiro, durante a 17ª edição da Transitions Academy, nos Estados Unidos. Na mesma ocasião, também serão premiados um laboratório latino e um norte-americano. O Lab of the year leva em conta a capacidade dos laboratórios de promover e divulgar com muita criatividade a marca Transitions por meio de

estratégias de marketing, campanhas de incentivo a consultores ópticos e ações de treinamento. O laboratório estreante na competição deste ano é o Perego, situado em Araçatuba. Com sede em Barueri, na Grande São Paulo, o Technopark é a fusão dos laboratórios campineiro Campilentes e o laboratório paulista Surfnew e ambos são velhos conhecidos do Lab of the year: o primeiro venceu a edição 2004 e foi finalista em 2003 e 2006, enquanto o segundo concorreu em 2005. Já o Unilab venceu em

2010, mas, tal qual Campilentes e Surfnew, já traz experiência do passado: antes de se unir ao RX e ao Tec Lab para gerar o Unilab, o Ceprolab ganhou o prêmio em 2008, depois de ser finalista nas versões 2006 e 2007. E tanto Technopark quanto Unilab pertencem ao grupo de laboratórios no qual a Essilor detém participação societária, ambos desde 2008. A Transitions Academy de número 17 será realizada de 27 a 30 de janeiro no hotel Rosen Shingle Creek, em Orlando, no estado da Flórida.

2004

2005

PSA Nilo (Belo Horizonte)

Campilentes (Campinas)

Quality Lab (São Paulo)

Cristina Buzatto e Cidinha Alves exibem o troféu

Edson Mello agradece a honraria ao lado da filha Lívia

Nilo Freitas, o primeiro vencedor da categoria

2006

2007 Fhocus

2008

Rigor (Rio de Janeiro)

(São Paulo)

Ceprolab (Fortaleza)

A equipe do Rigor celebra a vitória

2009 PSA (Minas Gerais) Nilo Freitas celebra o bicampeonato com o presidente da Transitions para a América Latina, José Alves

Os vencedores Irineu e Ivan Pereira (ambos de branco) com Leo Menon e Vanessa Johns (Transitions)

Davi Holanda entre Vanessa Johns, Leo Menon e José Alves

2010

2011

Unilab (Fortaleza)

Art Lens (Goiânia)

Davi Holanda (Unilab) agradece a premiação

Degustando a vitória: Marcelo posa com o troféu de campeão

PSA Nilo no show de

Madonna

O laboratório mineiro entregou em 4 de dezembro, em São Paulo, o prêmio principal de sua promoção vigente no segundo semestre. Trata-se da campanha Um dia com a rainha do pop, realizada em parceria com Essilor, Transitions e CMC e que premiou dez consultores ópticos com passagem aérea, hospedagem e ingresso para assistir ao show de Madonna. Além disso, sorteou quatro relógios das marcas Carmim ou Cavalera para Antônia Brito (Óptica La Patrícia), Cláudio Miranda (Ótica Olímpio), Maria Tereza Paula (Ótica Metrópole), todos de Belo Horizonte, e Lourayny Faria (Taramar Ótica) de Uberlândia.

68

VIEW 127

dezembro 2012

O grupo, a caminho do show, da esquerda para a direita: Joyce Fróes (Ótica Saúde Ocular), Ana Beatriz Evangelista (Imperial Ótica), Jolimar Scardua (PSA Nilo), Maick Miranda (Ótica Matos), Kelly Higashiyama (CMC), Shandi Silva (Ótica Saúde Visão), Adriana Bertolino (Ótica Comercial), Francielly Rosa (Óticas Carol), Rita de Cássia Ribeiro (Itaótica) e Fernanda Paiva (Ótica Matos)

www.revistaview.com.br

Divulgação

2003

Andrea Tavares

Os laboratórios vencedores


Você, cara a cara com o que há de melhor no setor.

De 24 a 27 de abril – Expo Center Norte – São Paulo www.expoabioptica.com.br


agenda e calendário feiras, eventos e cursos

Hora de planejar: as feiras em 2013 Dois mil e treze chegou e, com ele, a hora de consultar o calendário e planejar pelo menos uma viagem a uma feira do setor no decorrer do ano. Afinal, a antecedência garante passagens e tarifas de hotel mais baixas. Obviamente, as feiras nacionais são campos obrigatórios no currículo de um bom profissional de óptica, por isso já vale ir cuidando das viagens e, um mês antes, agendar as reuniões com fornecedores e potenciais parceiros. Mas também vale investir para conhecer eventos internacionais. Iniciantes podem considerar as feiras mais estreladas como a milanesa Mido (2 a 4 de março), a novaiorquina Vision Expo East (14 a 17 de março) e o salão parisiense Silmo (27 a 29 de setembro). Já quem deseja variar o cardápio, eventos como a Opti 13 (25 a 27 de janeiro, em Munique), a Vision Expo West (2 a 5 de outubro, em

calendário Janeiro 25 a 27

The Eye Show Londres, Reino Unido www.theeyeshow.com visitor@theeyeshow.com

Opta Brno, República Tcheca msebestova@bvv.cz www.bvv.cz/en/opta

Mido Milão, Itália infomido@mido.it www.mido.it

Fevereiro 12 a 14

22 a 24

Março 2a4

Opti’13 Munique, Alemanha office@okmessen.com www.opti-munich.com

17 a 19

Expo Optica Madri, Espanha expooptica@ifema.es www.expooptica.ifema.es

26 a 28 13ª China (Shanghai) International Optics Fair Xangai, China orientex@netvigator.com www.siof.cn

14 a 17 International Vision Expo East Nova York, Estados Unidos inquiry@vision.reedexpo.com www.visionexpoeast.com

Opto Salon 2013 Sófia, Bulgária bul-reklama@bulgarreklama.com www.bulgarreklama.com

Vision-X Dubai Dubai, Emirados Árabes visionx@dwtc.com www.vision-x.ae

Diops Daegu International Optical Show Daegu, Coreia diops@koisc.org www.diops.co.kr/eng

Wenzhou Int’l Optics Fair Wenzhou, China fair@donnor.com www.opticsfair.com

Abril 1a3

10 a 12

17 a 19

Julho 10 a 12

9 a 12

Rommedica Bucareste, Romênia catalin.trifu@romexpo.ro www.rommedica.ro

13 a 15

Optrafair Birmingham, Inglaterra alys.cochrane@necgroup.co.uk www.optrafair.co.uk

Agosto 21 a 25

Setembro 26 a 29

27 a 29

Silmo Paris, França info@silmo.fr www.silmoparis.com VIEW 127

dezembro 2012

24 a 28

Expo Abióptica Expo Center Norte, São Paulo, Brasil contato@expoabioptica.com.br www.expoabioptica.com.br

Ajorsul Fair Mercoóptica’2013 Gramado, Brasil ajorsul@ajorsul.com.br www.ajorsulfairmercooptica.com.br

Sunglasses Business Point Club Med Rio das Pedras, Rio de Janeiro, Brasil comercial@savagetpromocoes.com.br

70

Las Vegas) ou então a Hong Kong Optical Fair (6 a 8 de novembro) são bem interessantes. Este ano, o calendário da óptica tem uma feira estreante: a londrina The Eye Show, que ocorre de 12 a 14 de fevereiro. Para alguns, a meteorologia pode ser um fator decisivo para escolher a viagem mais adequada. Quem se importa com frio, deve evitar aqueles eventos realizados durante o inverno do hemisfério norte (entre 20 de dezembro a 20 de março). Tanto o Silmo, em setembro, e a feira de Hong Kong, em novembro, normalmente contam com dias ensolarados e temperaturas agradáveis. E para enriquecer seu arsenal de informações, acompanhe nas páginas da VIEW no decorrer do ano as matérias especiais de Calendário sobre as principais feiras do mundo e informações essenciais sobre as cidades que as sediam, como Milão, Nova York e Paris.

Outubro 2a5

IOFT 2013 Tóquio, Japão ioft-eng@reedexpo.co.jp www.ioft.jp/en/Home

9 a 11

International Vision Expo West Las Vegas, Estados Unidos inquiry@visionexpowest.com www.visionexpowest.com

Novembro 6a8 Hong Kong Optical Fair Wanchai, Hong Kong exhibitions@tdc.org.hk www.hkopticalfair.com www.revistaview.com.br


Abióptica

Essilor Solutions

Optotal Hoya

Av. Santo Amaro 1386 1º andar São Paulo/SP - 04506-001 11 3045 2090 abioptica@abioptica.com.br página 69

Rua Visconde de Ouro Preto 5 2º, 3º e 4º andares Rio de Janeiro/RJ - 22250-180 0800 7221222 essilorsolutions@essilor.com.br página 37

Rua Gotemburgo 190 Rio de Janeiro/RJ 20941-080 0800 7076575 (RJ) 0800 7022541 (SP) sac@optotal.com.br páginas 25

Anfao Via Petitti 16 Milão - 20149 Itália +39 02 3267 3673 info@anfao.it página 63

Fenícia

Art Lens

Johnson & Johnson

Av. Goiás 1275 Goiânia/GO - 74050-100 62 3224 0101 sac@artlens.com.br página 35

Rua Gerivatiba 207 16º andar São Paulo/SP - 05501-900 0800 7288281 sacvision@conbr.jnj.com página 23

Arkótica

Look Vision

Rua Visconde de Pirajá 414 salas 1101 e 1102 Rio de Janeiro/RJ - 22410-002 21 2227 2218 arkotica@arkotica.com.br página 17

Rua Bento Coelho da Silveira 186 São Paulo/SP - 04330-080 11 5565 4233 lookvision@lookvision.com.br página 49

Rua Fidêncio Ramos 233 cj. 31 São Paulo/SP - 04551-010 11 2361 9409 fenicia@feniciadobrasil.com.br página 13

Luxottica do Brasil Brazilian Lab Rua Fidalga 162 São Paulo/SP - 05432-000 11 3034 3690 atendimento@evoke.com.br página 11

Rua Ministro Jesuíno Cardoso 52 São Paulo/SP - 04544-050 11 4003 8225 servicos@br.luxottica.br páginas 15 e 29

Marchon Brasil CMsatisloh Rua Professor Cardoso Fontes 137 Petrópolis/RJ - 25640-036 24 2237 1112 info.br@cmsatisloh.com.br página 43

Rua Julio Diniz 49 São Paulo/SP - 04547-090 0800 7071516 sao@marchon.com.br página 9

Mello Industrial Desempenho Rua Barão de Itapetininga 255 sala 814 São Paulo/SP - 01042-002 11 3259 7348 informatica@desempenho.com.br página 61

Rua Santo Irineu 163 São Paulo/SP 04127-120 11 2764 3000 melloindustrial@melloindustrial.com.br página 53

Essilor Brasil

OptiClass

Rua Visconde de Ouro Preto 5 2º, 3º e 4º andares Rio de Janeiro/RJ - 22250-180 0800 7272007 sac@essilor.com.br 4ª capa e página 47

Av. Juruá 105 módulo 12 Barueri/SP - 06455-010 11 2078 3100 opticlass@opticlass.com.br páginas 4, 5 e 7

www.revistaview.com.br

Stepper Brasil Praça São Marcos 624 São Paulo/SP 05455-050 11 3021 1017 info@stepperbrasil.com.br página 27

Suntech Supplies Rua Maria Soldera Lourençon 52 Itupeva/SP 13295-000 11 4591 8600 sac@hb.com.br 3ª capa

Transitions Rodovia Anhanguera km 106,5 s/nº Sumaré/SP 13170-970 19 3864 8600 atendimento@transitions.com.br páginas 41, 45 e 47

Vision Expo 383 Main Avenue Norwalk/CT - 06851 Estados Unidos +203 840 5436 inquiry@vision.reedexpo.com página 64

Fale direto com os anunciantes desta edição

anunciantes

Vision Line Rua Silva Jardim 3029 sala 13 São José do Rio Preto/SP 15010-060 17 3222 7644 sac@grupovisionline.com.br capa e página 51

Viva Brasil Rua Umbu 219 Condomínio Empresarial Alphaville Campinas/SP 13098-325 0800 7032993 vivabrasil@vivadobrasil.com.br página 21

dezembro 2012 VIEW 127

71


armação do cipis

armação a óptica do artista plástico marcelo cipis

72

VIEW 127

dezembro 2012

www.revistaview.com.br


/ h bbr as i l

P r ot e j as e usol h os . E x i j aos e l odequal i dadeABNT .

model

ANDES


maior proteção contra os raios uv. Essilor, Crizal Forte UV e Orma são marcas registradas da Essilor International. Transitions é marca registrada da Transitions Optical Inc.

nova geração de Lentes anti-refLexo crizaL com proteção uv.

Use o seu celular e saiba mais sobre os raios UV. *

novas Lentes crizaL forte uv. proteção e nitidez.

refLexos

arranhões

manchas

poeira

Água

uv

PARA SEUS OLHOS

PARA SUA VISÃO

Dia após dia, a radiação UV tem efeitos nocivos e irreversíveis sobre os olhos. As novas lentes anti-reflexo Crizal® UV oferecem a melhor proteção contra os raios UV refletidos nos olhos, graças à alta tecnologia desenvolvida pela Essilor.

Além da proteção contra os raios nocivos, as lentes Crizal® Forte UV proporcionam máxima nitidez de visão, combatendo 5 inimigos: reflexos, arranhões, manchas, poeira e água. Lembre seu cliente, que a Essilor oferece 12 meses de garantia de resistência a arranhões** que pode ser estendida mediante cadastro no site: www.essilor.com.br/garantiacrizal

* Índice de referência desenvolvido pelo departamento de Pesquisas e Desenvolvimento da Essilor International certificando a proteção UV global de uma lente. O índice FPS-O = 25 significa que os olhos estão 25 vezes mais bem protegidos com as lentes Crizal UV do que sem lente alguma. FPS-O = 25 para as lentes Crizal UV nos materiais Essilor Stylis, Essilor Airwear, Xperio, Transitions e FPS-O = 10 no material Orma transparente. Medições realizadas consideram apenas a performance da lente. ** Para arranhões ocorridos em condições normais de uso, a troca por lentes no mesmo grau (dioptria) e para a mesma armação da compra original é inteiramente gratuita. Estão excluídos danos decorrentes de acidentes ou mau uso. As imagens neste anúncio são meramente ilustrativas.

www.crizal.com.br | SAC 0800 727 2007


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.