CATALOGO OLHEIRO DA ARTE

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Os novos talentos das Artes Visuais 2009/2010



Os novos talentos das Artes Visuais 2009/2010



Sobre o Olheiro da Arte Apresentação Artistas Anderson Lopes Bruno Vonmozart Carolina Paz Daniela Avelar Daniella de Moura Fábio Baroli Flávia Junqueira Isabela Lira Ismael Monticelli Leonardo Motta Campos (AoLeo) Leticia Weiduschadt Lucas Dupin Manoel Novello Marta Egrejas Mirian Yukie Kajiki Priscila Piantanida Raquel Versieux Vanessa Rosa Sobre o CCJE Vídeos

ÍNDICE

7 9 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 31 34


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Sobre o Olheiro da Arte

Apresentar a produção de arte contemporânea no Brasil e revelar novos talentos são os objetivos do projeto Olheiro da Arte, uma iniciativa lançada pelo Centro Cultural da Justiça Eleitoral, o CCJE, em parceria com a Fundação Padre Anchieta. Com curadoria de Fernando Cocchiarale - crítico de arte e professor de Filosofia da Arte da PUC-RJ -, o concurso abriu, no segundo semestre de 2009, inscrições gratuitas para estudantes de arte de todo o país, por meio da internet. Durante seis meses de intenso processo de seleção, o Olheiro da Arte recebeu cadastros de 1.288 artistas e 2.333 obras em diversas categorias como pintura, desenho, gravura, ilustração, escultura, instalação, vídeoarte, fotografia, entre outras expressões artísticas contemporâneas. Foram, no total, seis etapas, de junho de 2009 a janeiro de 2010. Em cada fase, a curadoria do projeto escolheu até 20 estudantes de arte. Em seguida, as obras ficaram disponíveis em uma galeria virtual para que os internautas, além de apreciar a diversidade dos trabalhos, pudessem votar nos candidatos preferidos e, deste modo, ajudar a eleger os três melhores do mês. Neste catálogo, apresentamos os 18 artistas finalistas do concurso selecionados para participar da exposição coletiva no Centro Cultural da Justiça Eleitoral, no Rio de Janeiro no primeiro trimestre de 2010. Outras obras desses jovens talentos, bem como outros artistas de destaque selecionados pela curadoria, podem ser visualizados no endereço www.olheirodaarte.com.br.

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Apresentação Já há algum tempo existem iniciativas semelhantes ao Olheiro, tais como os extintos Projeto Macunaíma e Projéteis de Arte Contemporânea, da Funarte, e o Projeto Rumos, do Itaú Cultural. Mas o Projeto Olheiro da Arte possui características singulares. Ele é o primeiro voltado especificamente para estudantes de arte e único quanto ao processo de inscrições e de seleção feitos on line. Num país de dimensões continentais como o Brasil, com regiões de desenvolvimento desigual e um mercado de arte restrito a alguns centros urbanos, um projeto como o Olheiro é da maior importância. Ele cria um espaço de difusão nacional que permitirá aos artistas iniciantes de todo o país mostrar seus trabalhos, tanto na rede (quando aqueles selecionados mensalmente pela curadoria tiveram seus dossiês disponíveis para serem votados on line), quanto na exposição final, no Centro Cultural da Justiça Eleitoral, no Rio de Janeiro, dos 18 selecionados pelo voto público e dos vídeos inscritos por 16 artistas selecionados pelo curador ao longo dos seis meses de duração do projeto. A inclusão dos vídeos foi pensada como um complemento da mostra do Olheiro da Arte, uma vez que a sua exibição em monitores, num espaço anexo, não compromete a área destinada aos mais votados. Entretanto sua ausência deixaria a descoberto parte importante da produção artística atual, onde a experimentação de meios técnicos e tecnológicos, a busca

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de novos suportes, de materiais de trabalho alternativos e a pluralidade de tendências - que tem caracterizado a produção artística das últimas décadas - permanecem como marcas da nova geração de artistas contemporâneos não só do Brasil, como do exterior. Para o jovem estudante de arte, expor seu trabalho é de vital importância. O artista somente começa a existir quando sua produção passa a ser vista pelo público. Expor é o objetivo profissional de todo artista. Para um iniciante, portanto, participar de um projeto como o Olheiro da Arte pode ser o começo de sua carreira profissional, É preciso considerar ainda que, ao mostrar publicamente seus trabalhos, um artista tem o retorno crítico essencial para o amadurecimento de sua obra. Esta primeira edição do Olheiro pode ser, portanto, tomada como uma experiência (de um novo formato para a difusão da produção de artistas iniciantes) e como um teste específico (que contempla o gosto público e talvez a capacidade de articulação de alguns selecionados) cujos resultados e apostas somente o futuro poderá avaliar.

Fernando Cocchiarale Curador

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artistas

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Anderson Lopes

www.andeartnow.blogspot.com

Sobre o artista Natural do Rio de Janeiro (RJ), é graduado e bacharel em Artes Plásticas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É assistente da artista Andréa Facchini.

Sobre a obra Na série Seres Dourados, a cor pura encontra as formas geométricas não tão rigorosas, abrindo caminho para o surgimento de seres dourados e enigmáticos de olhos germinantes. As composições fazem a vida brotar, os seres são pensantes e trazem sentimento, ora são sozinhos, ora são questionadores, mas, acima de tudo, são o espelho de um mundo que já conhecemos.

Brilho, 60 x 90cm. Acrílica s/tela,2009. 12 – Olheiro da Arte


Bruno Vonmozart

http://vonmozart.multiply.com/

Sobre o artista É brasileiro, natural do Rio de Janeiro. Graduado pela UERJ em Artes Plásticas. Produz desde histórias em quadrinhos até pinturas e instalações artísticas. Atualmente trabalha como diagramador.

Sobre a obra Em Por favor, entre, olhe (se) o espectador, como vidente e visível, está convidado a entrar, manipular os elásticos, criar novas formas com essas “linhas pretas” que dividem as cores, quebrar a harmonia presente e audaciosamente, reconhecer-se e ser reconhecido. Se cada um vê ou sente algo de forma particular, o artista não pretende com esse convite expresso no título obra, ditar nada ao espectador, que é livre para agir, entrar ou não entrar.

Por favor, entre, olhe (se). Pintura no espaço. Tinta acrílica, elásticos, fita isolante, espelho, grampos sobre parede. 152,0 x 102,0 x 144,2 cm. 2009. Novos Talentos das Artes Visuais – 13


Carolina Paz

http://carolinapaz.com

Sobre a artista Radicada em Campos do Jordão, onde tem seu ateliê, a paulistana Carolina Paz, começou a pintar em 2004. Nutrindo forte identificação com a antropologia humana, sua graduação em ciências sociais a levou a produção de imagens que tratam da condição humana na contemporaneidade. Seus trabalhos vêm sendo expostos desde 2007. Em 2009, realizou sua primeira mostra individual intitulada Les Garçons. Atualmente, está em residência artística na Central Saint Martins, em Londres.

Sobre a obra Antoine (2009), trabalho em pintura integrante da série intitulada Les Garçons, foi produzido a partir de fotos que Carolina fez de um amigo, em 2004, em Florianópolis. Tratava-se de uma reflexão sobre androgenia e invasão à privacidade, pois eram a casa, as roupas, a comida etc da artista que eram apropriadas pelo modelo durante a sessão de fotos. Segundo Carolina, a representação humana nas pinturas e as próprias pinturas de figuras humanas, mesmo que pouco penetráveis, causam uma mudança de dinâmica do espaço onde se encontram de uma forma toda própria, o que outras figuras não causam.

Antoine, série Les Garçons, óleo sobre tela, 173 x 157 cm, 2009, coleção particular. 14 – Olheiro da Arte


Daniela Avelar

www.daniela-avelar.blogspot.com

Sobre a artista Possui bacharelado em Artes Plásticas pela Faculdade Santa Marcelina. Durante a graduação, realizou a pesquisa de iniciação científica “Leonilson e a palavra nas Artes Visuais”. Participou de exposições coletivas, destacando, entre elas: 25ª Anual de Artes Plásticas da Faculdade Santa Marcelina (SP), em 2009; Coletivo de mim 3x4, em 2009 na Galeria Gravura Brasileira (SP); Role Reversal: narrated illustrations (EUA), em 2008 na Galery Night and Day e a 3ª Mostra de vídeo da FASM (SP), em 2007.

Sobre a obra Na relação entre as palavras e seus objetos, uma busca pela delicadeza: aquilo que quase nos escapa. Nesse sentido, os trabalhos buscam chegar aos lugares da delicadeza para não pesar, não exceder e não perturbar. Essas qualidades são buscadas desde a escolha dos materiais até a forma dos objetos, onde se cria uma relação entre palavra e imagem, onde o que se lê contagia o que se vê. Assim, os objetos Desculpe a delicadeza e Frágil procuram inserir, de forma sutil, mínima, um espaço para a delicadeza que se faz escassa no mundo atual.

Frágil, 2009. Parafina e fio de náilon. 10,8 x 12 x 12 cm. Novos Talentos das Artes Visuais – 15


Daniella de Moura

www.vistameuscabelos.blogspot.com

Sobre a artista É mestranda em Artes Visuais, Bacharel em Escultura e Licenciada em Desenho, EBA/ UFMG. Coletivas: Disseminação III e IV, Museu Inimá de Paula dez/08 e Palácio das Artes dez/09, BH/MG. CorpoInstalação, SESC Pompéia set/09, SP/SP. 40 anos depois, Galeria da Copasa jun/08, BH/MG. Terceiro Espaço, Galeria Hemma Thomas mai/08, SP/SP. 3ª Bienal de Gravura Olho Latino, Museu Olho Latino mai/07, Atibaia/SP. 1º Salão Cataguazes-Usiminas dez/04, Cataguases/MG. Individuais: Interferências, Galeria da EBA, mar/07, BH/ MG. Remendos, Café do Teatro SESI Minas nov/05, BH/MG.

Sobre a obra Cabelos humanos tornam-se trama e urdidura para a troca entre os corpos. Vestimentas capilares, que vão da peça de roupa íntima tecida com os próprios cabelos da artista aos adornos construídos com doações, buscam corpos dispostos a sentir. Vestir cabelos pretende uma espécie de ritual doméstico, requer espaço íntimo e um tempo mítico. O espaço configura-se em função do tempo individual do corpo, tempo das mãos que tecem os cabelos e do corpo que é capilarmente despido. Tempo de vestir, de olhar-se no espelho, de crescer os cabelos e cortar novamente, tempo que materializa a obra através do eu no outro.

Vista meus cabelos. Técnica: série fotográfica de corpos vestindo cabelos - fotografias analógicas. Ampliações fotográficas 30x40cm. Ano: 2009 16 – Olheiro da Arte


Fábio Baroli

www.fabiobaroli.com

Sobre o artista Nasceu em Uberaba, Minas Gerais, em 1981. Vive e trabalha em Brasília desde 2003. Bacharel em Artes Visuais pelo Instituto de Artes (IdA) da Universidade de Brasília (UnB). Cursa licenciatura na mesma instituição. Em 2009 recebeu prêmios no 5° Salão de Artes Plásticas de Suzano - SP, na 28° edição do Salão Arte Pará - PA, no 9° Salão de Artes Visuais de Guarulhos - SP e no 1° Prêmio Espaço Piloto de Arte Contemporânea - DF.

Sobre a obra Narrativas Privadas é uma série de pinturas a óleo composta por trípticos e polípticos realizados a partir da apropriação de imagens anônimas encontradas em sites pornográficos. Essas imagens, em sua maioria, são fotografias amadoras de baixa resolução. Nenhum tratamento em software de edição de imagem é dado a elas. Assim como se dispõem nos sites são impressas e (re)contextualizadas nas pinturas em pinceladas curtas e marcadas.

Fábio Baroli. Série Narrativas Privadas. Óleo sobre tela. 60x18x4. Novos Talentos das Artes Visuais – 17


Flávia Junqueira

www.flajunqueira.blogspot.com

Sobre a artista Graduada em Bacharelado pela Faculdade de Artes Plásticas/ Fundação Armando Álvares Penteado-FAAP. Atuou como assistente de cenografia no Espaço Cenográfico de São Paulo de J.C.Serroni. 2006/2008. Estudou na Escola Panamericana de Artes, Artes Plásticas (1995/1997).

Sobre a obra Para a série intitulada Na companhia dos objetos, a artista apresenta fotografias que abordam a ideia de memória atrelada ao acúmulo de objetos em ambientes distintos no interior de uma casa. Os cenários para as imagens da casa são intencionalmente construídos. A casa, como cenário acolhedor de objetos de memória, apresenta-se de modo a recobrir seu possuidor.

Flávia Junqueira. Na Companhia dos Objetos#1, 2008. Ampliação Fotográfica, 120x150cm. 18 – Olheiro da Arte


Isabela Lira

Sobre a artista Artista plástica, carioca, 33 anos, formada em Comunicação Visual pela PUC-Rio. Fez cursos complementares de Fotografia e Artes Plásticas no Ateliê da Imagem e é aluna de Maria do Carmo Secco em cursos no Parque Lage. Participou de diversas exposições coletivas , dentre as quais se destacam: Novíssimos do IBEU 2006, A Imagem do Som da MPB 2006, “Estranhamentos-Arte sem barreiras-Centro Cultural de Bauru/SP”, “O que é normal?” Espaço Ecco em Brasília.

Sobre a obra Hairycane, o furacão ruivo de cabelos é o ápice das obras da artista com cabelos ruivos. No emarranhado de fios do furacão estão todas as emoções, sentimentos e o feminino. É uma grande touca, presa por grampos e laquê que simbolizam as amarras femininas e a obssessão por um cabelo domado.

Hairycane. Escultura com base aramada em espiral coberta por cabelos e grampos. 3.0x 0,8 x 0,8m. 2008. Novos Talentos das Artes Visuais – 19


Ismael Monticelli

http://ismaelmonticelli.wordpress.com/

Sobre o artista Cursa Artes Visuais na UFRGS e Arquitetura e Urbanismo na UNISINOS. Compõe a equipe da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo - IA/UFRGS, atuando de modo geral nas produções de exposições, mais especificamente, na concepção da museografia. Participou da 8ª Mostra experimental de vídeos VAGALUME, Pinacoteca IA/UFRGS, Porto Alegre, 2009. Tem 22 anos.

Sobre a obra O trabalho é fruto de uma pesquisa em andamento, parte do registro fotográfico diário de um espaço expositivo, onde as cenas são retratadas de único ponto predefinido. O estabelecimento dessa rotina evidencia a modificação espacial da galeria, através das sucessivas montagens de exposições. Em um filme, a contagem do tempo dá-se através dos segundos, onde estão contidos os frames, imagens sequenciais que tornam perceptíveis os movimentos. Em uma galeria de arte, a quantificação do tempo é realizada através da contagem dos dias. Desta forma, podemos relativizar o conceito de frame da película para utilizá-lo aqui na denominação das imagens do registro fotográfico diário. Ao sobrepor quatro cenas pertencentes a uma sequência, é sugerida uma dissolução temporal: acontecimentos diferentes são transformados em um fato único.

Ismael Monticelli. Sem título. Objeto - desenhos sobre chapas de vidro. 10,4 x 51,5 x 38,5 cm. 2009 20 – Olheiro da Arte


Leonardo Motta Campos (AoLeo) www.flickr.com/aoleo_campos

Sobre o artista Tem graduação em Artes Plásticas (Uerj), Direção Teatral (Ufrj) e frequentou cursos na Eav Parque Lage. Em sua pesquisa artística, Ao Leo desenvolve o conceito do ato-percurso, que compreende o caminhar como um ato poético. Suas principais exposições SPA-Artes UERJ, AI-5 , Centro Cultural Castelinho do Flamengo. No campo das artes cênicas, participou de diversas montagens,como ator, cenógrafo e diretor. Dirigiu a Cia Inmetro Incena e participou do Riocenacontemporanea 2006. Tem 26 anos.

Sobre a obra Horizonte, uma linha na paisagem. Linha que estrutura a imagem. Na paisagem natural e urbana é construído um novo horizonte que reestrutura e reconstrói a paisagem.

Aoleo. Horizonte. Barbante. 15x65x0. 2009. Novos Talentos das Artes Visuais – 21


Letícia Weiduschadt

Sobre a artista É estudante da nona fase do curso de Artes Plásticas da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Trabalha com fotografia, instalação e performance com pesquisas relacionadas ao corpo humano e ao espaço. É pesquisadora de Arte Latinoamericana junto ao CNPq, e em 2009 recebeu o Prêmio Mérito Pesquisador Universitário da FAPESC. A artista vem participando de diversas exposições desde 2007 em Santa Catarina e em outros estados, como a mostra “Festival Dispositivo” realizado no Paço das Artes - SP (2008) e o “2 Salão 10x10” realizado pela Fundarte em Montenegro - RS (2009).

Sobre a obra Através da linguagem fotográfica a artista Letícia Weiduschadt provoca o olhar do expectador sobre a imagem da figura de um corpo estranho que permanece tensionado num território ambíguo e límbico, a qual Eros é quase intangível. A série de fotografias trabalha com o corpo do outro retesado, com vários modelos que se relacionam com espaços distintos colocando a tensão de suas musculaturas na relação corpo-espaço da própria fotografia numa busca pelo esgotamento de limites corporais e espaciais e na possessão dos limiares de suas formas.

Letícia Weiduschadt. Da série: penetrar 3. Fotografia. 60 cm x 40 cm x 5 cm. 2009. 22 – Olheiro da Arte


Lucas Dupin

www.flickr.com/lucasdupin www.noprelo.net

Sobre o artista Vive e trabalha em Belo Horizonte, onde se graduou em Artes Visuais na Escola de Belas Artes da UFMG. Foi bolsista do CNPq de 2007 a 2009, com a pesquisa de Iniciação Científica “Reverberações: a arte contemporânea sob uma ótica situacionista”, sob orientação da prof. Dra. Maria Angélica Melendi. Integra o coletivo “Kaza Vazia - Galeria de arte itinerante” (www.kazavazia.blogspot.com). Trabalha com encadernação desde 2005, desenvolvendo livros e ministrando cursos dentro e fora da UFMG. Recentemente obteve o 2º lugar do concurso da ABER de Encadernação Artística na categoria amadora. Atualmente está em continuidade de estudos na mesma instituição.

Sobre a obra A fotografia é pertencente a uma série de trabalhos intitulada “pequenas navegações” que envolvem vídeos, fotografias e uma performance.

Lucas Dupin. Pequenas Navegações. Fotografia digital. 50 x 40 cm. 2009 Novos Talentos das Artes Visuais – 23


Manoel Novello

http://manoelnovello.blogspot.com

Sobre o artista Tem formação artística na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - Rio de Janeiro. Participou das exposições coletivas Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional – Contemporâneo - MARP - Museu de Arte de Ribeirão Preto, SP; Salão de Artes Plásticas de Petrópolis, RJ; Galeria Anna Maria Niemeyer - Arte Contemporânea - Rio de Janeiro, RJ e Instituto dos Arquitetos do Brasil – RJ.

Sobre a obra A pintura A Outra Margem faz parte de uma série de trabalhos que Manoel Novello vem executando dentro de uma intenção de registrar, demarcar ou mapear. O mapeamento ou demarcação é um processo que o artista agrega de sua formação profissional em arquitetura. A sucessão de planos vazados que dominam o espaço da tela, criam um jogo que resulta em uma dualidade visual, dinâmica. A intenção é sempre oferecer uma situação ambígua, onde, no mesmo trabalho, convivem a tradição planar e a criação do ambiente ilusório, da visão do mundo através da janela. A pintura, por fim, não se fecha na ideia de um pensamento abstrato, mas, também proporciona uma sensação de lugar.

Manoel Novello. A Outra Margem. Pintura acrílica sobre tela. 198 x 198 cm. 2009. 24 – Olheiro da Arte


Marta Egrejas

www.martaegrejas.tk

Sobre a artista É graduada em Medicina Veterinária pela UFF e entrou na área de artes através da Escola de Artes Visuais do Parque Lage onde participou de cursos livres. Atualmente estuda Artes Visuais na UERJ. Participação em exposições: “Todos Juntos Misturados” no Parque Lage (2008); “O Passo do Elefantinho” na UERJ (2008), “Olha Geral” na UERJ (2009), “Reator Cultural” no Kreatori - Coletivo de Arte (2009) e “MOLA – Mostra Livre de Artes” (2009).

Sobre a obra Em um passeio pelo Parque Ibirapuera, na cidade de São Paulo, o dia maravilhosamente cinza deu um tom especial às fotos, que não receberam qualquer alteração digital posterior. O contraste dessa luz com as características peculiares das árvores fotografadas traz uma beleza intrigante e por vezes angustiante à obra; revela-se assim como uma textura que se confunde com uma imagem de reflexo na água.

Marta Egrejas. Homenagem ao cinza. Fotografia - impressão em lona. 100cm x 75cm. Novos Talentos das Artes Visuais – 25


Mirian Yukie Kajiki

www.teabymyk.blogspot.com

Sobre a artista Miriam Y. Kajiki nasceu no dia 02 de abril de 1990, na cidade de São Paulo. Hoje reside em Santa Bárbara d’ Oeste/Campinas e é aluna do terceiro ano de Licenciatura/Bacharelado do curso de Artes Visuais da UNICAMP. Em 2009, participou da exposição coletiva “Desenho” no MIS (Museu de Imagem e Som) de Campinas. É monitora da Oficina de férias de Pintura em Cerâmica, voltada para alunos de escolas públicas de Campinas, e foi selecionada monitora bolsista do Programa de Apoio Didático (PAD) da UNICAMP em disciplinas de Cerâmica durante o primeiro semestre de 2010.

Sobre a obra Encoste faz parte de uma série de auto-retratos e desenhos de pessoas com quem a artista convive, em situações cotidianas e em lugares familiares tanto para ela quanto para seus modelos. São lugares internos, salas e quartos tomados por uma atmosfera silenciosa privilegiada pela composição, pela interação das cores e da forma, pelas massas e pela linha.

Miriam Yukie Kajiki. Encoste. Ano: 2009. 66x48cm. Giz pastel oleoso, grafite, carvão e nanquim sobre papel. 26 – Olheiro da Arte


Priscila Piantanida

http://www.flickr.com/photos/priscilapiantanida

Sobre a artista Priscila Piantanida (1981), estuda Escultura na Escola de Belas Artes da UFRJ. Frequentou cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e estuque na Fundação de Arte de Ouro Preto/MG. Participou das coletivas no Cine-Clube do Fundão, ‘Mola’ – Mostra Livre de Artes no Circo Voador e Geringonça no SESC-Tijuca. Performance no ‘Artes Visuais & Sonora’ no CCJosé Bonifácio. Vem atuando desde fevereiro/2009 através da Agroecologia e Natureza e relacionando essa extensiva pesquisa junto à Escultura.

Sobre a obra Trabalhar com esculturas de grandes dimensões e pesadas exige uma logística com a qual o artista deve saber lidar. Mutatis Mutandis agora é de concreto armado. Para chegar neste estágio, foi modelada em argila sustentada em estruturas de complicada feitura. Foram alguns meses de modelagem diária, salvo alguns finais de semana de descanso, pois quando a forma de uma escultura está em estado de argila, ‘pretendendo’ se transpor para outro material, através de suas fôrmas, esta precisa se manter úmida. Foram necessários 160kg de gesso para sua fôrma, dividida em três partes. Tendo sido desenformada dentro de ateliê, foi necessário fazer seu preenchimento em área externa, já que depois passaria a ter 400kg aproximadamente. O esqueleto da escultura foi feito com 60m de vara de ferro e aos poucos preenchida com a massa de concreto. Após algumas semanas secando, esteve pronta para perder suas fôrmas.

Mutatis Mutandis. Concreto armado e natureza. 1mx2mx90cm. Ano: 2007. Novos Talentos das Artes Visuais – 27


Raquel Versieux

www.raquelversieux.blogspot.com www.talvezsimalgumasreferencias.blogspot.com

Sobre a artista Raquel Versieux cursa Bacharelado em Desenho na Escola de Belas Artes da UFMG e é bolsista de Iniciação Científica orientada pela Professora Dra Mabe Bethônico, no projeto Colecionações. Entre 2007 e 2008 cursou Fotografia na Escola Nacional Superior de Artes Visuais de La Cambre, em Bruxelas, na Bélgica. Desde 2006 encorpora a fotografia como meio de expressão de sua pesquisa plástica autoral, associando-a à performance, ao desenho e à escultura.

Sobre a obra Reconhecer paisagens à margem, porém presentes no cotidiano de idas e vindas. Parar nesses lugares sem ordem e aí querer estabelecer algo de cartesiano. Se fixar onde normalmente nem os olhos se fixam. Desenhar no espaço, delimitar uma área. Possibilitar a exploração dessa área potencializada. Permitir a Arte a partir das Ciências Naturais. Perceber as diferenças entre ver e caminhar por onde vejo. Deixar que o corpo preencha deslocamentos invisíveis. Registrar os marcos-vértices da ação. Produzir uma nova imagem a ser explorada. Acreditar naquilo que é micro com a mesma força que creio no macro, e vice-versa. Entender as diferentes formas quadrículas que surgem em cada ação como vestígios de humanidade naquilo que julgo existir de mais exato.

Raquel Versieux. Quadrilátero na Terra I, II e III. C print. 80 x 50 cm. Ano: 2008/2009. 28 – Olheiro da Arte


Vanessa Rosa

Sobre a artista Graduanda em Artes Visuais pela UNIVILLE. Bolsista no Porgrama Inst. Arte na Escola. Tem experiência como auxiliar de restauração e mediação de exposição. Fez vários trabalhos artísticos na graduação, expostos na universidade, como: instalações e performances. Participou da mostra Experimentus do 3º ano de Artes Visuais com trabalho Ócio Criativo - Ação Coletiva na Associação dos artistas plásticos de Joinville.

Sobre a obra Um cubo vermelho dentro do espaço expositivo quando adentrado já não é mais algo apenas geométrico. O cubo torna-se um novo espaço, um ambiente a ser praticado. O espectador pode entrar nesse ambiente. O vermelho do cubo é uma cor densa que pode despertar uma tensão e um alerta ao espectador. No seu interior o cubo é recheado por uma frase que é no mínimo instigante “EU AQUI SOZINHO E O OUTRO?”, que se divide nas quatro paredes do cubo. Parede 1: EU AQUI; parede 2: SOZINHO; parede 3: E O OUTRO; parede 4: ?. Dentro do espaço do cubo o espectador frente à pergunta é instigado a pensar sobre o assunto.

Vanessa Rosa. Sem título. Instalação. 75x75x75cm. Ano: 2009. Novos Talentos das Artes Visuais – 29


Sobre o Centro Cultural da Justiรงa Eleitoral


Foto: Berg Silva


Foto: Berg Silva

Inaugurado em abril de 2008, o Centro Cultural da Justiça Eleitoral – CCJE – fica na Rua Primeiro de Março, ao lado dos principais centros culturais e museus da cidade do Rio de Janeiro. No prédio projetado em 1892 para ser a agência central do Banco do Brasil (atualmente em processo de restauração) foram criados diferentes ambientes: duas salas de exposições, sala de leitura, espaços multifuncionais de dramaturgia, um centro de documentação digital e o Museu da Justiça Eleitoral. A curadoria do CCJE está a cargo da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da Rádio e TV Cultura. O prédio antigo se manteve sob a posse do Supremo Tribunal Federal (STF) de 1896 a 1909. Até 1946, foi temporariamente utilizado como Caixa de Conversão até que o

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Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assumisse o local. De 1960 a 1996, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) assumiu o prédio que ficou fechado por 12 anos até se tornar o CCJE. Do ponto de vista arquitetônico, a edificação é uma das precursoras do estilo eclético no Brasil, combinando elementos do neoclássico e do barroco com toques de art nouveau. Serviço: Centro Cultural da Justiça Eleitoral – CCJE Horário: 12 às 19h - quarta a domingo Rua Primeiro de Março, 42 – Centro – Entrada franca. Telefone: 021 2253-7566.

Foto: Berg Silva

O CCJE funciona de quarta a domingo, das 12h às 19h, e possui oito educadores, estudantes ou graduados em História, que realizam visitas guiadas, contando a história do local e apresentando as exposições vigentes. A entrada é franca.

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Vídeos Abel Pinto Duarte

Letícia de Alencar Bertagna

Título: Piano Duração: 53”

Título: No fundo Duração: 2’51”

Bruna Gama Lobo

Marco Antonio Oliveira Mota

Sem título Duração: 5’

Título: As coisas Duração: 19’40”

Camilla D Título: Rapsódia n. 3 Duração: 2’35” Título: Wash Over etc Duração: 6’54” Cássia Takahashi Hosni Título: Trem Duração: 2’12” Danilo Pera Pereira Título: Não cabe mais Duração: 2’55” Fabrício Noronha Fernandes Título: Cinema de Janela Duração 5’ Título: Cabra Cega Duração: 5’ Gilmara Caetano da Silva Título: O pestanejar Duração: 2’ Jaime Lauriano Sem título #1 (da série A casa) Duração: 1’40”

Título: Em que idioma cai a chuva sobre cidades doloridas Duração: 5’30” Maria Mattos Título: Loura ação I Duração: 1’04” Mariana Katona Leal Título: Natureza morta em gravidade Duração: 1’24” Monique Caroline dos Santos Título: Da janela de um ônibus Duração: 2’44” Paula Barreto Título: Pedra mole em água dura Duração: 2’10” Sidney Schroeder Título: Poética Duração: 5’49” Talita Caselato Título: Cair Duração: 9’53”


Projeto Gráfico Cultura Feita em Casa / Marketing TV Cultura Vinícius Lourenço Costa

Entidades Participantes

Patrocinadores

Realização


R. Primeiro de Março, 42 – Centro – Rio de Janeiro – RJ – Brasil


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