Universidade São Judas Tadeu Curso:
Design Industrial
Disciplina:
Desenvolvimento do Projeto do Produto
TGI - Trabalho de Graduação Interdisciplinar Design de uma Unidade Modular para Serviços Públicos - Sanitários, ducha e telefone
Designers:
Fábio Marchiori Vinícius Lourenço Costa
Orientador:
Professor Dr. João Gomes Filho Professor Mc. Hernan N. Garcia Professor Esp. José de Oliveira
São Paulo, Novembro 2002
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Índice
Apresentação
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1 - Pesquisa
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2 - Análise e sintese das pesquisas
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3 - Desenvolvimento do Projeto do Produto
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4 - Logo
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5 - Desenho técnico
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6 - Ilustrações
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7 - Conclusão
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Apresentação
E
ste trabalho de graduação interdiciplinar (TGI), inserido no tema de prestação de serviço público, tem como objetivo o design de um sistema de uma unidade modular composto
por sanitário, ducha e telefone. Direcionado, principalmente, para utilização dos banhistas freqüêntadores de praias, como forma de atender as necessidades fisiológicas, de higiene, limpeza e comunicação de modo prático, eficiente e rápido. Eventualmente, poderá ser utilizado para outras finalidades assemelhadas em parques públicos, clubes, camping, eventos esportivos, culturais, etc.
O projeto de unidade obedece uma filosofia modular e sistêmica. Isto significa que a unidade poderá ser configurada de forma conjugada, como por exemplo: Finalidade principal: - Sanitário, ducha e telefone; - Uma unidade para sanitário ou ducha ou telefone; - Sanitário e ducha; - Sanitário e telefone; - Ducha e telefone. Outras finalidades: - Caixa eletrônico; - Balcão de informações; - Chaveiros; - Jornaleiro; - Banheiro químico, etc.
Neste trabalho de graduação, estamos apresentando o projeto do produto apenas na sua versão integral, ou seja, constituído por sanitário, ducha e telefone.
O sistema como um todo foi desenvolvido e planejado para ser gerido pelo governo estadual ou municipal, ou por particulares (empresas privadas). As despesas de implantação, manutenção e conservação poderão ser custeadas através da exploração publicitária com patrocínio de entidades, empresas públicas ou privadas.
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1 - Pesquisa
1.1 - Levantamento de informações bibliográficas 1.1.1 - Histórico do serviço público Conceito Não é tarefa fácil definir o serviço público, pois a sua noção sofreu consideráveis transformações no decurso do tempo, quer no que diz respeito aos seus elementos constitutivos, quer no que concerne à sua abrangência. Além disso, alguns autores adotam conceito amplo, enquanto outros preferem um conceito restrito. Nas duas hipóteses, combinam-se, em geral, três elementos para a definição: o material (atividades de interesse coletivo), o subjetivo (presença do Estado) e o formal (procedimento de direito público).
Serviço público em sentido amplo As primeiras noções de serviço público surgiram na França, com a chamada Escola de Serviço Público, e foram tão amplas que abrangiam, algumas delas, todas as atividades do Estado, incluindo a atividade judiciária e a administrativa.
Serviço público em sentido restrito Restritos são os conceitos que confinam o serviço público entre as atividades exercidas pela Administração Pública, com exclusão das funções legislativa e jurisdicional; e, além disso, o consideram como uma das atividades administrativas, perfeitamente distinta do poder de polícia do Estado. Parte-se da distinção entre atividade jurídica e atividade social. Na primeira, consoante ensinamento do Caio Tácito “atende-se à preservação do direito objetivo, à ordem pública, à paz e à segurança coletivas”. Na atividade social, ao contrário, “a Administração cuida de assuntos de interesse coletivo, visando ao bem-estar e ao progresso social, mediante o fornecimento de serviços aos particulares”. Equivale aos serviços públicos propriamente ditos. Para Celso Antonio Bandeira de Mello, “serviço público é toda atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade material fruível diretamente pelos administrados, prestado pelo Estado ou por quem lhe faça as vezes, sob um regime de direito público ... instituído pelo Estado em favor dos interesses que houver definido como próprios no sistema normativo”.
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Evolução do conceito de serviço público Em suas origens, os autores adotavam três critérios para definir o serviço público:
1- o subjetivo, que considera a pessoa jurídica prestadora da atividade : o serviço público seria aquele prestado pelo Estado;
2- o material, que considera a atividade exercida: o serviço público seria a atividade que tem por objeto a satisfação de necessidades coletivas;
3- o formal, que considera o regime jurídico: o serviço público seria aquele exercido sob regime de direito público derrogatório e exorbitante do direito comum.
Quando surgiram as primeiras noções de serviço público, era válida a combinação desses três elementos. Isso ocorreu no período do Estado liberal, em que o serviço público abrangia as atividades de interesse geral, prestadas pelo Estado sob regime jurídico publicístico.
No entanto, duas dissociações, pelo menos, ocorreram quanto àqueles três elementos, tal como considerados em suas origens. Em primeiro lugar, o fato de que o Estado, à medida que foi se afastando dos princípios do liberalismo, começou a ampliar o rol de atividades próprias, definidas como serviços públicos, pois passou a assim considerar determinadas atividades comerciais e industriais que antes eram reservadas à iniciativa privada. Trata-se dos serviços comerciais e industriais do Estado.
Paralelamente, outro fenômeno se verificou; o Estado percebeu que não dispunha de organização adequada à realização desse tipo de atividade; em consequência, passou a delegar a sua execução a particulares, por meio dos contratos de concessão de serviços públicos e, posteriormente, por meio de pessoas jurídicas de direito privado criadas para esse fim (empresas públicas e sociedades de economia mista), para execução sob regime jurídico predominantemente privado.
A partir daí, dois elementos foram afetados; o elemento subjetivo, porque não mais se pode considerar que as pessoas jurídicas públicas são as únicas que prestam serviço público; os particulares podem fazê-lo por delegação do Poder Público. E o elemento formal, uma vez
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que nem todo serviço público é prestado sob regime jurídico exclusivamente público. Os três elementos considerados pela doutrina para conceituar o serviço público não são essenciais, porque às vezes falta um dos elementos ou até mesmo dois.
Concluindo, conceitua-se como serviço público não só a atividade desempenhada diretamente pelo Estado, através de seus numerosos agentes e representantes, mas também a exercida por outras entidades, inclusive particulares, sempre visando, porém, o cumprimento de funções que visem atender interesses gerais e promover o bem-estar social.
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“O banheiro é o que resta de indevassável para a alma e o corpo do homen. Neste templo que serve, ao mesmo tempo, ao deus do narcisismo e ao da humildade, é que a civilização contemporânea encontrará sua máxima expressão, seu último espelho – que é o propriamente dito.” Millôr Fernandes
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1.1.2 - Histórico dos Sanitários e banhos Na Grécia antiga as casas de banheiros públicos eram tão movimentadas quanto as ágoras, e era onde, em completo relax, discutiam-se os problemas da pólis. Nas casas de banho Romanas, toda a capacidade artística era empregada. Compostas por inúmeras salas, cada uma correspondente às etapas do ritual: salas frias, quentes, secas, molhadas, salas para o repouso, para a preparação. Mosaicos inspiradores, estatuetas, pinturas murais preciosas, faziam do ambiente verdadeiros templos da arte.
A partir da idade média, a prática passa a ser considerada um ato (quem diria...) impuro e os banhos públicos são abolidos. Nesse momento, quase todo o hábito de higiene é relegado a segundo plano, até mesmo nos locais onde se praticavam medicina. Não é de se admirar o surgimento das grandes epidemias de peste que assolaram a Europa por tantos séculos! Ao contrário dos ocidentais, os povos do Oriente sempre fizeram do asseio íntimo um hábito de prazer, o momento especial do dia. O hindu banha-se no Rio Ganges para a purificação. Também os primeiros habitantes das Américas tinham o hábito de banhar-se junto à natureza, em rios de águas claras. Na tradição japonesa, reservam-se espaços privilegiados para o banheiro, ao ar livre, em contato com a natureza. O banho de imersão é o ápice do ritual, e só deve ser feito depois de retiradas do corpo, com panos úmidos, todas as impurezas. O formato do ofurô induz
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à acomodação do corpo em posição fetal, dando uma sensação de segurança.
A noção de higiene só volta a ser assimilada pelos ocidentais no século XIX, quando Pasteur descobre a fauna malévola escondida debaixo de nossa unhas e em outros tantos lugares. Hospitais, açougues, cozinhas, laboratórios passam a ser revestidos de azulejos brancos para facilitar e evidenciar a limpeza, que agora é palavra de ordem. O banheiro também seria alvo do expurgo da sujeira – e não é à toa que por tanto tempo preservaria o aspecto frio e hospitalar.
Mais tarde, já no século XX, Le Corbusier propõe a “máquina de habitar”: ainda a função, mas não o prazer. A introdução das cores talvez tenha sido o primeiro passo para as transformações que se seguiram... mas ainda um gesto muito tímido. Na verdade, a trasformação é conceitual. Passa-se da tradição calvinista norte-americana, na qual banho = expurgo de impurezas, para aquela japonesa, que sabe, há milênios, que banho = prazer.
Para atender o bem-estar coletivo, criou-se um sistema sanitário que atende as necessidades básicas da população em locais públicos.
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1.1.3 - Histórico do Telefone O telefone nasceu meio por acaso, na noite de 2 de junho de 1875. Alexander Graham Bell, um imigrante escocês que morava nos Estados Unidos e era professor de surdos-mudos, fazia experiências com um telégrafo harmônico quando seu ajudante, Thomas Watson, puxou a corda do transmissor e emitiu um som diferente. O som foi ouvido por Bell do outro lado da linha.
A invenção foi patenteada em 7 de março de 1876, mas a data que entrou para a história da telefonia foi 10 de março de 1876. Nesse dia, foi feita a transmissão elétrica da primeira mensagem completa pelo aparelho recém-inventado. Graham Bell se encontrava no último andar de uma hospedaria em Boston, nos Estados Unidos. Watson trabalhava no térreo e atendeu o telefone, que tilintara. Ouviu, espantado: “Senhor Watson, venha cá. Preciso falar-lhe.” Ele correu até o sótão de onde Bell havia telefonado. Começava uma longa história. A história das telecomunicações, que iria revolucionar o mundo dali em diante.
Mal tinha sido inventada, ainda em 1876, o telefone foi parar numa exposição famosa, a Exposição Centenária de Filadélfia, nos Estados Unidos. Mas o aparelho não fez o menor sucesso. Por mais de seis semanas, Graham Bell ficou com seu invento sobre uma mesa, sem que ninguém lhe desse atenção. Quando a comissão de juízes da exposição se aproximou, um deles apanhou o receptor do telefone, olhou-o com pouco caso e tornou a colocá-lo no lugar. Nem sequer colocou o aparelho no ouvido. Outro juiz fez um comentário que provocou risos.
Mas a novidade não passou despercebida de todos. Ao visitar a exposição, no dia 25 de junho, o imperador do Brasil, D. Pedro II, tratou de procurar Graham Bell. Tempos atrás, ele tinha ficado impressionado com uma aula do jovem professor para surdos-mudos. Bell aproveitou a oportunidade e não deixou por menos. Estendeu um fio de um canto
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a outro da sala, dirigiu-se ao transmissor e pôs D. Pedro II em grande expectativa. - Ser ou não ser, eis a questão - falou Bell, sendo ouvido claramente pelo imperador. - Meu Deus, isso fala! - exclamou, assombrado, D. Pedro II.
Daí para frente, o reconhecimento veio rápido. Menos de um ano depois, já estava organizada a primeira companhia telefônica do mundo, a Bell Telephone Company, em Boston, nos Estados Unidos. A companhia tinha ao todo 800 telefones e era presidida por Gardner Hubbard, sogro de Graham Bell.
O telefone chegou ao Brasil em 1877, poucos meses depois da exposição de Filadélfia. O primeiro aparelho foi fabricado nas oficinas da Western and Brazilian Telegraph Company, especialmente para D. Pedro II. Foi instalado no Palácio Imperial de São Cristovão, na Quinta da Boa Vista, hoje o Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Ainda em 1877, começou a funcionar uma linha telefônica ligando a loja O Grande Mágico, na Rua do Ouvidor, ao Quartel do Corpo de Bombeiros.
Dois anos mais tarde, em 15 de novembro de 1879, era feita a primeira concessão para estabelecimento de uma rede telefônica no Brasil. Quem ganhou a concessão foi Charles Paul Mackie. Foi também em 1879 que a repartição de telégrafos organizou no Rio de Janeiro um sistema de linhas telefônicas ligadas à Estação Central de Bombeiros, para aviso de incêndios. Mais um ano, e estava formada a primeira companhia telefônica nacional, a Telephone Company of Brazil. Criada em 13 de outubro de 1880, ela tinha um capital de 300 mil dólares e foi instalada em janeiro de 1881, na Rua da Quitanda no 89. Em 1883, a cidade já tinha cinco estações de mil assinantes. A primeira linha interurbana também é de 1883. Ligava o Rio de Janeiro a Petrópolis. A novidade logo se espalhou para o resto do País. A primeira concessão para outros estados foi realizada em 18 de março de 1882. Foram atendidas as cidades de São Paulo, Campinas, Florianópolis, Ouro Preto, Curitiba e Fortaleza. Em 1884, São Paulo e Campinas foram beneficiadas com novas
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concessões.
A permissão para a construção de uma linha ligando São Paulo ao Rio de Janeiro foi concedida em 1890, para J.O. Simondsen. Ele teve a idéia de seguir pelo litoral e chegou a construir 60 km de linha. Acabou desistindo do projeto. Talvez por simples superstição, a população dos lugarejos por onde a linha passava derrubava de noite os postes levantados de dia. Mas a telefonia não parava de avançar. O primeiro cabo interurbano subterrâneo no Brasil foi inaugurado em 1913. Eram 30 pares, ligando Santos a São Paulo, numa distância de cerca de 70 km. Pouco mais tarde, a ligação foi feita também com Campinas. Os telefones tiveram uma responsabilidade e tanto no progresso de São Paulo.
Em Minas Gerais, a história é parecida. A primeira concessão foi obtida em 1882, para uma rede telefônica em Ouro Preto. Em 1891, foi concedida permissão para linhas ligando as cidades de Leopoldina, Cataguazes e São Paulo de Muriaé. A ligação entre Rio e Minas, por linha telefônica, aconteceu em 1895. E, em 19 de julho de 1913, o Decreto no 3.961 regulou as condições sob as quais o governo do Estado permitia as concessões do serviço telefônico, feitas desde o ano anterior, 1912. A partir dali, várias outras cidades estabeleceram suas redes.
1916 é outro marco. Nesse ano, a Companhia de Telephone Interestadoaes, a principal empresa de telefonia no Estado de Minas, tornou-se um dos ramos da Rio de Janeiro and São Paulo Telephone Company, mais tarde Companhia Telefônica Brasileira (CTB). Em 1929, várias cidades mineiras ainda possuíam redes telefônicas não integradas no sistema CTB. Várias redes foram então reconstruídas e uma grande rede interurbana passou a integrar Minas à principal rede. O privilégio não era apenas de Minas, Rio e São Paulo. Na grande maioria das outras regiões do Brasil, a telefonia foi implantada entre 1882 e 1891. Em 1889, as estatísticas apontavam um total aproximado de 160 mil telefones em todo o País. 104 mil eram da CTB
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Fatos que marcam a história das telecomunicações
1876
– 7 de março - Alexandre Graham Bell obtém a patente da invenção do telefone
1877
– O primeiro telefone do país é instalado no Rio de Janeiro
1878
– O primeiro telefone público é instalado nos EUA
1879
– D. Pedro II autoriza o funcionamento da primeira empresa de telefonia no Brasil
1883
– A 1a. estação telefônica do Brasil é instalada em Santos, com 75 assinantes
1884
– Os primeiros telefones começam a funcionar na cidade de São Paulo
1885
– Lars M. Ericsson revoluciona o design do telefone, acoplando bocal e fone numa única peça
1892
– Alon B. Strowgeer inaugura, em Indiana, a primeira central telefônica automática
1893
– As primeiras transmissões de sinais telegráficos e da voz humana em telefonia sem fio no mundo são realizadas pelo Padre Landell de Moura, na cidade de São Paulo
1922
– Os serviços de telegrafia e telefonia via rádio são introduzidos no Brasil, entre o Rio de Janeiro e Nova Iorque. Nesse mesmo ano é inaugurada a primeira central telefônica automática do país, em Porto Alegre.
1946
– Entra em funcionamento o primeiro computador eletrônico dos Estados Unidos, o Eniac
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1956
– Começa a funcionar o primeiro cabo telefônico transatlântico entre Estados Unidos e Grã-Bretanha
1958
– O primeiro sistema de discagem direta a distância (DDD) da América do Sul é implantado no Brasil, entre Santos e São Paulo
1962
– Entra em operação o primeiro satélite mundial de telecomunicações, o Telstar, construído pelos Laboratórios Bell
1966
– Início da aplicação de fibra óptica em telecomunicações
1971
– A Intel anuncia o invento do microprocessador, base dos futuros computadores
1972
– É criada a holding Telebrás, responsável pelas empresas governamentais de serviços públicos de telecomunicações do Brasil. São instalados os primeiros telefones públicos (os orelhões) no Rio de Janeiro e em São Paulo
1975
– O Brasil integra-se ao sistema de discagem direta internacional (DDI)
1978
– A Telefonia Móvel Celular é ativada no Japão
1982
– A primeira central de CPA (Central com Controle por Programa Armazenado) da América Latina é instalada em São Paulo
1990
– A primeira cidade brasileira a usar a Telefonia Móvel é o Rio de Janeiro
1995
– Implantada a Internet comercial no Brasil
1998
– Privatização do Sistema Brasileiro de Telecomunicações - Telebrás
– Início da competição no mercado nacional de Telecomunicações com a concorrência das
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operadoras “espelho” para o STFC (Sistema Telefônico Fixo Comutado)
1999
– A Telefônica introduz em São Paulo a tecnologia ADSL, que possibilita enviar e receber dados e imagens em altíssima velocidade
2000
– Escolha da faixa de 1.8 MHz para o PCS (Personal Communication Service)
2001
– Assinatura das primeiras licenças GSM
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1.1.3.1 - Histórico dos Telefones Públicos Em 1932, surgiam os primeiros e vistosos quiosques amarelos, vermelhos ou azuis, copiados do modelo inglês. Estávamos no início da automatização da rede telefônica, e a implantação do telefone na via pública correspondia a um anseio da maioria dos cidadãos, que, até essa data, era obrigada a recorrer à Estação de Chamadas ou aos vários estabelecimentos comerciais que tinham feito acordo com a Companhia de Telefone.
Para quem não tinha condições de comprar um telefone, a boa notícia veio em 1935. Nesse ano, a CTB instalou o primeiro posto público, na antiga Galeria Cruzeiro, hoje Ed. Avenida Central, no Rio de Janeiro. A novidade logo se multiplicou. Bares, farmácias e mercearias ganharam telefones públicos. Mas ainda havia um problema: só era possível usar esses telefones no horário comercial. Aos sábados, domingos, feriados, logo cedinho ou de madrugada, as lojas e bares estavam fechados. A solução foi importar cabines telefônicas do Canadá. Em pouco tempo, elas estavam instaladas nos principais pontos públicos: rodoviárias, estações de trem e praças públicas.
Os orelhões apareceram em 20 de janeiro de 1972, quando a cidade do Rio de Janeiro comemorava sua fundação. Foi no aniversário da cidade que a CTB lançou um novo tipo de cabine
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de telefone público, em fibra de vidro, cor laranja e formato de concha. A aceitação foi excelente e o apelido, imediato. Até hoje, os telefones públicos no Brasil são conhecidos como orelhões.
Durante muito tempo, os telefones públicos funcionaram com fichas metálicas. A companhia de Telecomunicações do Rio de Janeiro, a Telerj, foi a primeira empresa do Sistema Telebrás a instalar orelhões a cartão indutivo, em 1992. A tecnologia é genuinamente nacional e as vantagens sobre o aparelho tradicional são muitas: a manutenção é mais fácil, o vandalismo é reduzido e, graças ao sistema de supervisão automática, o custo de coleta de fichas é eliminado.
A instalação de telefones públicos a cartão atende a uma importante diretriz: a popularização da telefonia. O objetivo é que um número cada vez maior de pessoas tenha acesso aos serviços de telecomunicações. Também é de fundamental importância a conservação e o bom uso do telefone público. Isso vale especialmente para as áreas onde a população depende basicamente do telefone público para suprir suas necessidades emergenciais de comunicação: hospital, polícia, bombeiros etc.
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1.1.4 - Histórico da Comunicação Social 1.1.4.1 - Propaganda A propaganda moderna surgiu da evolução pela qual passamos nos últimos 500 anos, quando ocorreram os grandes aceleradores da produção. Os descobrimentos, aumento populacional, racionalização da agricultura, concentração urbana, acumulação de capitais e mão-de-obra, formação de grandes empresas e, finalmente, o domínio da técnica.
Todos esses fatores fizeram desencadear a Revolução Industrial, tornando-se fatores massificadores da produção e consumo de bens e utilidades. Novas utilidades foram criadas com o surgimento das grandes concentrações populacionais, tornando o consumo maior e o giro do dinheiro mais rápido, o que estimulou, ainda mais, a produção.
Dessa forma, com o domínio da máquina e da energia, bens e utilidades puderam ser fabricados em grande escala e oferecidos a um número crescente de pessoas.
É aí que entram os meios de comunicação e a propaganda. O consumidor deve ser informado que determinado produto está à venda, quais suas qualidades e vantagens e até mesmo ser induzido a preferir aquele produto e não os concorrentes. É preciso ir em busca de novos fregueses e não ficar esperando que eles venham até nós.
A comunicação precisa chegar até eles, onde quer que estejam os produtos, serviços ou o que quer que se esteja vendendo. E assim a propaganda começou a ser feita efetivamente, comercialmente e evoluiu ao que se conhece hoje.
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1.1.4.2 - Publicidade No século XV, com a invenção da imprensa mecânica, por Gutemberg, vão registrar-se grandes progressos ao nível dos meios de comunicação. Surgiram os primeiros panfletos, o primeiro cartaz e as gazetas que introduzem o hábito de leitura. Em l625, apareceu no periódico inglês “Mercurius Britannicus” o primeiro anúncio publicitário de um livro. Em l63l, começam a ser criadas nas gazetas uma pequena seção de anúncios. Estava então encontrada uma nova fonte de receitas para o jornal, que até aí vivia unicamente da venda de assinaturas.
As primeiras mensagens publicitárias, pretendiam ser essencialmente informativas. Com Benjamin Franklin, a publicidade começou a ser encarada do ponto de vista do consumidor e não do anunciante, ou seja, em vez de se limitar a descrever o produto, começam a surgir as primeiras tentativas, para estimular a venda desse produto.
Em 1745, surge na Inglaterra, o primeiro jornal dedicado à publicação de anúncios publicitários -”General Advertiser”. O mesmo acontece na França em l75l, com o jornal “Les Petites Annonces” e alguns anos mais tarde surge o “Jornal d’ Annonces”, o “Jornal d’ Affiches” e o “Petites Affiches”.
Volney B. Palmer ficou conhecido como o primeiro angariador publicitário e criador da primeira agência, ao planear a publicidade de vários anunciantes em l84l. John Wanamker planeou a primeira campanha publicitária para uma loja de roupas masculina e serviu-se, para além dos anúncios de imprensa, de painéis de exteriores, de desfile de carros decorados e de oferta de galhardetes. Na França, Emile de Girardin, criou no seu jornal “La Presse” um suplemento publicitário, ligando, ao mesmo tempo, o preço da publicidade ao da tiragem. A agência de F. W. Ayer, fundada em l869, na Filadélfia, começa a fornecer diversos serviços de apoio ao cliente. De certa forma aparece como a precursora da moderna agência de publicidade de serviço completo e de autonomia da profissão.
No início do século XX, inicia-se uma outra fase, que passa pelo tratamento plástico que se
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poderia dar aos anúncios publicitários, nomeadamente, cartazes. Começam a ser explorados outros conceitos ao nível da imagem que não tinham sido ainda abordados.
Com o advento da era industrial, com a produção em massa e a consequente necessidade de aumentar o consumo dos bens produzidos, a publicidade começou a ser mais persuasiva nas suas mensagens e foi perdendo o carácter informativo. O valor da publicidade na economia cresceu com o desenvolvimento industrial. Com o aparecimento do rádio e da televisão, desencadeou-se um dinamismo publicitário e empresarial que não mais parou. O progresso tecnológico revoluciona o mercado da comunicação e faz com que apareçam no mercado novos produtos e serviços que vão ao encontro das necessidades dos consumidores.
Quando uma determinada publicidade alerta para o problema da poluição, quando tenta prevenir fogos florestais, acidentes, quando luta contra as drogas, etc., tem um papel social ativo. Tem sido dito que a publicidade determina o nosso estilo de vida, pois não só nos influencia em relação aos produtos e às marcas que devemos adquirir, como também em relação aos comportamentos que devemos assumir.
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1.1.5 - Utilização de sanitários e banhos Defecação – Uma das funções do vaso sanitário é ser utilizado para a defecação. Homens e mulheres têm melhor adaptação as dimensões padronizadas das peças nos dias de hoje (no passado eram mais altas). A altura dos vasos sanitários atende desde o percentil mais baixo, assim como as cadeiras, causando desconforto às pessoas de estatura média/alta pela curvatura com que posiciona o corpo durante seu uso.
Micção – A função do vaso para micção é a mais utilizada. Os homens utilizam em pé. As mulheres utilizam sentadas. Os idosos têm dificuldades na utilização, principalmente os homens, pois, enfraquecidos, têm dificuldade em permanecer em pé. As crianças, quando, sem ajuda de adultos, geralmente utilizam sentadas.
Higiene das mãos – Após a utilização do vaso sanitário para defecação ou micção, aconselhase a higienização das mãos através da lavagem com sabonete e água corrente. Essa prática garante a eliminação de bactérias que causam a transmissão de inúmeras doenças.
Banho – Existe no banheiro uma área específica para o banho, denominada box ou banheira. Normalmente é uma área de tamanho variado de acordo com a disponibilidade de espaço e do gosto do usuário. Pode ter chuveiro e duchas diferenciados, e as banheiras podem ser simples ou sofisticadas como as de hidromassagem.
Adaptações para uso: No caso de idosos e gestantes, o ideal é a instalação de barras de apoio nas laterais do vaso e do box, para facilitar o uso com segurança. Para crianças, existem vasos menores que raramente são instalados. Nesse caso, existem tampas que podem ser adaptadas nos vasos e, esses, utilizados normalmente.
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1.1.6 – Utilização do telefone público Normalmente instalado em locais de grande fluxo de pessoas e de fácil acesso, o telefone público atende às necessidades de comunicação local e interurbana.
Em lugares de entretenimento, passeio, é fundamental a sua existência, pois, normalmente, as pessoas estão longe de um telefone fixo particular que possam ter acesso.
O telefone público é muito utilizado apesar da existência do telefone celular, pois permite o acesso de qualquer pessoa, a um custo inferior ao do telefone móvel. Além disso, é possível, através dele, realizar qualquer tipo de ligação.
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1.1.7 – Utilização da publicidade A publicidade tem uma importância significativa pois tanto beneficia a empresa que realiza o investimento para promoção do produto ou mesmo institucional, quanto viabiliza o meio no qual está sendo exposta.
Nesse caso, a publicidade estará patrocinando a instalação dos serviços propostos. Ao mesmo tempo, para a empresa patrocinadora, é uma vantagem pelo baixo custo e pela exposição direta para os usuários dos serviços.
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1.2 - Entrevistas de campo Aplicamos um questionário de oito perguntas através de entrevistas realizadas com 26 pessoas, sendo 13 homens e 13 mulheres, de diferentes faixas etárias e níveis sociais. Nele foram abordados problemas constatados atualmente e sugestões que poderiam ser implementadas para um melhor atendimento às necessidades das pessoas na utilização dos serviços oferecidos, objetos desse produto.
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1.2.1 - Análise quantitativa do questionário Usuários
Número de pessoas entrevistadas: 26
Idade média dos entrevistados: Homens – 29 anos Mulheres – 33 anos
Profissões: Diversas
Altura média : Homens – 1,77m Mulheres – 1,64m
Peso médio : Homens – 82 Kg Mulheres – 65 Kg
Questionário 1 – Qual a sua sugestão para uma maior segurança na utilização dos banheiros por crianças, idosos e gestantes? - Piso antiderrapante
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- Barras de apoio
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- Regulagem de peças sanitárias
06
- Higiene e limpeza
03
- Sensores para torneiras
02
- Sensores de iluminação
02
- Evitar cantos vivos
02
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- Protetor plástico para assento
02
- Sinalização
01
- Porta larga
01
- Evitar degraus
01
2 – Em um local público, quais os serviços que você mais utiliza ? - Banheiro
10
- Telefone
07
- Caixa eletrônico
07
- Local para alimentação
06
- Quiosques
05
- Barracas
05
- Policiamento
03
- Banca de jornal
02
- Mercado
02
- Balcão de informações
01
3 – Quais suas principais urgências na utilização de um banheiro público? - Higiene
09
- Ventilação
03
- Iluminação
03
- Espelhos
03
- Prateleiras
02
- Ganchos
02
- Assentos descartáveis
02
- Odorizador
02
- Papel higiênico
02
- Papel toalha
02
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4 – Quais suas principais urgências na utilização de um telefone público? - Boa conservação
10
- Limpeza
08
- Isolante acústico
05
- Assento
03
- Cobertura
02
- Apoios
02
- Lista telefônica
01
- Serviço gratuito de ligação local
01
5 – Você utiliza a ducha quando vai à praia? - Sim
15
- Não
11
6 – O que você acha de uma ducha pública privada na praia? - Interessante
08
- Muito útil
06
- Apropriado se tiver manutenção
04
- Refrescante
02
- Ótimo, pois tenho liberdade de tomar banho 02
7 – O que você acha do conjunto de serviços de sanitário, ducha, e telefone em um só local?
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- Prático
12
- Útil
8
- Muito funcional
6
- Soberbo
3
8 – Comentários: - Funcionalidade
06
- Segurança
04
- Lixeira
01
- Prateleira/apoio
01
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1.2.1 - Pesquisa de Campo Foi através de visitas a fornecedores, lojas de acessórios e peças sanitárias, pesquisas em sites e solicitação de matérias de nosso interesse e consultas a matéria relacionadas ao tema, que pesquisamos e identificamos todas as necessidades e oportunidades de aplicação do design funcional e bem resolvido estritamente chegando a algumas conclusões e embasamento para o prosseguimento do desenvolvimento do projeto.
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2 – Análise e Síntese da Pesquisa
2.1 – Problemas Detectados Atualmente, não existe uma unidade modular de serviço público nas praias, que ofereça sanitário, ducha e telefone. Os serviços atuais normalmente estão localizados em bares e restaurantes, pertencendo a esses estabelecimentos. Isso não permite a utilização por qualquer pessoa numa situação de necessidade em que não haja consumo.
Analisando a pesquisa realizada, percebemos que os serviços mais utilizados em locais públicos são o banheiro e o telefone. Nos sanitários e duchas:
– Os pisos não apresentam uma aderência adequada para evitar quedas, principalmente de idosos e crianças;
– A dimensão das peças sanitárias e de banho não está enquadrada dentro do percentil da população;
– Não há preocupação quanto a um bom padrão de higiene e limpeza;
– A ventilação é, normalmente, precária promovendo o mau odor do ambiente;
– Em muitos casos, não há local apropriado para colocação de papel higiênico e, muitas vezes, não existe nem papel higiênico, nem papel toalha;
– Não existe local para pendurar ou apoiar os pertences tais como bolsas, sacolas, etc...
– Geralmente, não existe sabonete para higienização das mãos.
– As portas convencionais são colocadas de maneira que ocupam a área útil dentro do ambiente dificultando a locomoção no mesmo;
– A dimensão da base do vaso sanitário dificulta o acesso para limpeza;
– As duchas são instaladas na calçada ou areia da praia, em local aberto, não permitindo, assim, a privacidade do usuário e a possibilidade de troca de roupas;
– Em geral, não há preocupação com o design interior, apresentando cores e iluminação inadequadas, bem como o posicionamento ergonômico das peças nem sempre acessível.
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Nos telefones públicos:
– Nos orelhões atuais constatamos que a concha amplifica o som prejudicando a escuta do usuário internamente, fazendo com que ele utilize o telefone externamente;
– O orelhão não protege o usuário adequadamente da chuva e do sol;
– So é possível a utilização do aparelho na posição em pé.
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2.2 – Pré-requisitos do Projeto
1º – Com base no levantamento dos problemas, resolvemos incluir numa mesma unidade, os serviços: sanitário, banho e comunicação. Essa unidade é independente, permitindo o acesso do público em geral, que poderá utilizar os serviços em situações de emergências fisiológicas, de higiene e de comunicação, de modo rápido, seguro e confortável.
2 º – Em relação ao produto
a) Pré-requisitos técnicos
– Sistema modular que pode ser utilizado de inúmeras formas, através da padronização de peças, apresentando multi-funcionalidade, custo reduzido, facilidade na montagem e modulação;
– Sistema hidráulico central, facilitando sua manutenção e distribuição de água, energia e cabos telefônicos.
– Sistema de iluminação para uso noturno e na fachada da comunicação publicitária;
– Isolamento térmico-acústico, auxiliando os usuários de telefone e banhistas, para que o barulho e o odor interno não incomode;
– Utilização de materiais de anti-corrosão pois a Unidade Modular de Serviços Públicos será instalada primeiramente nos litorais;
– Espaço planejado para publicidade para custear as despesas decorrentes de manutenção e conservação.
b) Pré-requisitos de segurança e conforto
– Piso antiderrapante para evitar queda dos usuários, principalmente de crianças e ido-
sos;
– Dimensionamento das peças enquadrado no percentil 5 e 95;
– Portas deslizantes que não ocupam a área útil; – Peças sem cantos vivos que facilitam a limpeza e evitam a ocorrência de acidentes;
– Sistema de ventilação adequado e econômico;
– Recipientes específicos para colocação de sabonete, papel higiênico e papel toalha;
– Instalação de prateleiras e ganchos para apoiar e pendurar pertences;
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– No módulo da ducha, há um estrado de polímero sobre o piso, que permite o escoamento da areia da praia;
– A iluminação é ampla nos módulos do sanitário e da ducha. No caso do módulo dos telefones, há, ainda, o aproveitamento da iluminação do painel de publicidade;
– As cores utilizadas são em tom pastel que causam a sensação de um ambiente amplo;
– No módulo dos telefones há uma divisória para proporcionar privacidade ao usuário.
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3 – Desenvolvimento do Projeto do Produto
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3.1 – Função de uso
– Prestação de serviço público atendendo três utilidades aos usuários: sanitário, ducha e telefone para serem utilizados por freqüentadores de praias, clubes, campings, feiras, parques, entre outros locais;
– Sanitário para atender as necessidades fisiológicas de defecação, micção e higiene das mãos;
– Ducha para atender as necessidades de higiene pessoal;
– Telefones públicos que permitam aos usuários o acesso a um custo inferior ao do telefone móvel, possibilitando realizar qualquer tipo de ligação, com conforto e segurança;
– Propaganda para patrocinar o custo do produto e do serviço prestado, cooperando com a instalação e manutenção das unidades.
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3.2 – Função Operacional
– Sanitários: abrir e fechar a porta, levantar e abaixar a tampa sobre o vaso, dar descarga, pegar o papel higiênico, pegar papel toalha para secagem das mãos, jogar papel higiênico na lixeira, jogar papel toalha na lixeira, acionar a tampa da saboneteira para retirar o sabonete líquido, colocar pertences sobre as prateleiras, abrir e fechar torneira para higiene das mãos.
– Ducha: abrir a porta, abrir e fechar o registro, apoiar pertences nas prateleiras.
– Telefone: tirar o fone do gancho, colocar o cartão magnético, discar os números, colocar de volta no gancho; para maior conforto o produto oferece apoio para pertences em forma de prateleira, banco reclinável para utilizar sentado ou em pé.
– Outra função operacional diz respeito a pequenas manutenções do encanamento e esgoto, que se opera retirando a tampa da viga central, fazendo a manutenção nos canos e colocando de volta a tampa da viga central.
- Periodicamente, a tela de proteção do escoamento de água necessita de limpeza, bem
como, o sistema de águas pluviais.
- O estrado do módulo de banho deve ser retirado periodicamente para limpeza da areia
e outros detritos que acumulam em seus orifícios.
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3 .3 – Função Ergonômicas
– Sanitários:
• dimensionamento em função do percentil 5 e 95;
• na utilização do vaso sanitário, o usuário tem total acesso, ao alcance das mãos, ao papel higiênico e à lixeira, com conforto e praticidade;
• na utilização da pia, o usuário tem à sua frente, o espelho e, do lado direito, o acesso à saboneteira e ao papel toalha, em uma única peça, proporcionando praticidade e funcionalidade no alcance e conforto da operação.
– Ducha:
• a altura do chuveiro atende o percentil 99. Alcances de modo geral, baseados no percentil 5;
• o alcance ao registro e às prateleiras, adequado ao percentil 5, oferece acesso a diversos percentis com ergonomia;
• o estrado em polímero com ação antiderrapante, permite segurança ao usuário em contato com a superfície molhada, o piso não acumula areia e outros detritos ou sujeira.
– Telefones:
• bancos com percentil 5, possuindo sistema reclinável que possibilita a escolha do uso do telefone nas posições em pé ou sentado;
• altura da prateleira e do telefone adequado ao percentil 95.
– Dimensões:
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• a dimensão total da unidade modular é de 2m de diâmetro, dividido em três módulos iguais, resultando em espaços que atendem ao mínimo necessário de utilização dos serviços.
– Ventilação:
• uma tela está instalada na parte superior da porta, proporcionando uma ventilação natural, com proteção das águas pluviais.
– Iluminação:
• instalado no piso, há um sensor que aciona a iluminação através da pressão feita com o peso do corpo do usuário, economizando energia elétrica enquanto o produto não estiver sendo utilizado.
– Isolamento térmico-acústico:
• as paredes do módulo foram construídas através de um sanduíche de polímero em fibra de vidro e PU de baixa densidade (espuma rígida), que mantem a temperatura estável, impedindo a absorção de calor, e, ao mesmo tempo, promovendo o isolamento acústico.
– Portas:
• deslizantes em trilhos, que proporcionam o aproveitamento do espaço interior, intercalando com o painel externo.
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– Dimensionamento ergonômico das mensagens publicitárias: discriminação e legibili-
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dade.
3.4 –Função Informacional O produto tem identidade própria quanto ao seu formato em cone, com corte transversal na parte superior, que o identifica junto ao usuário, facilitando a memorização da sua forma e de suas cores.
A marca é um registro da forma modular representada no ícone de seu logo, denominado “COMBO”.
As características expressas, que interagem com o usuário, dialogam com as informações transmitidas a ele, oferecendo fácil reconhecimento dos serviços oferecidos, como o telefone, o sanitário e a ducha para banho.
Dentro do módulo também encontram-se informações sobre o correto uso das peças e acessórios, como a descarga, torneira, lixeira, entre outras.
As publicidades externas iluminadas informam e interagem com os usuários, apresentando anúncios dos patrocinadores.
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3.5 – Função Estético-formal
A organização visual articula com sua forma moderna e funcional, apresentando estilo contemporâneo com a forma geométrica, predominantemente na parte externa. Com aparência agradável, compartilha seu estilo com as informações expressas em seu conjunto.
A disposição e a forma das peças internas, trabalham com princípios gestálticos de harmonia e equilíbrio, ordem e pregnância visual.
A atribuição das cores ao produto foi aplicada com princípios de estilo e de natureza psicológica, compartilhando com a função do marketing.
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3.6 – Função Simbólica Partindo do princípio do local de instalação, por ser um projeto piloto, a função social está direcionada para o uso das classes média e média alta, sendo instalados em praias próximas a condomínios de médio e alto padrão.
Sua utilidade e prestação de serviços podem atender também a clubes, campings, e outros diversos locais de permanência e lazer.
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3.7 – Funções Técnicas 3.7.1 – Funções Tecnológicas Instalações: aplica-se, principalmente, na inovação de escoamento das águas pluviais. Através da viga central até a tubulação de esgoto, a mesma viga distribui em uma só coluna a tubulação que alimenta a instalação hidráulica da ducha, vaso e pia, e recebe o esgoto das mesmas peças. A instalação elétrica e de telefonia também passa por essa viga, alimentando seus componentes.
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3.7.2 – Funções do Sistema Construtivo A configuração do conjunto é dividida em três partes iguais formando um desenho circular, solucionando de forma simples o transporte, montagem e manutenção dos módulos. A forma circular com uma única viga central, onde encontram-se todas as instalações da unidade, configura simplicidade e funcionalidade. Os componentes internos são projetados, exclusivamente, para facilitar a montagem e manutenção do sistema, excetuando-se os acessórios.
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3.7.3 – Funções dos Materiais As paredes são em fibra de vidro com resina poliéster, material a ser transformado na fabricação dos painéis, formando um sanduíche de duas placas de fibra com preenchimento interno em espuma rígida de PU (poliuretano) de baixa densidade. As peças sanitárias serão produzidas em polímero injetado de alto impacto. Os acessórios e seus componentes serão peças já existentes no mercado.
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3.7.4 – Funções de Fabricação do Produto Estrutura
– Piso de concreto moldado na forma circular com espessura adequada para passar todas as instalações elétricas, hidráulicas e de esgoto;
– Paredes fabricadas através da laminação de fibra de vidro, com recheio de poliuretano, moldadas no formato das peças;
– A viga central produzida em chapa de aço, dobrada e soldada, formando o conjunto estrutural;
– O teto tem a forma de um funil para escoamento de água, que também será laminado em fibra de vidro;
– A tela instalada sobre o teto, será produzida em malha de aço cortada no formato do corte superior;
– A divisória entre os telefones será fabricada em chapa acrílica fosca.
Componentes
– Peças sanitárias em polímero injetados em moldes;
– Espaço para propaganda em fototransparência com iluminação interna.
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3.7.5 – Função de Marketing Veiculação de mensagem publicitária da entidade ou empresa patrocinadora.
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4 – Logo
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Redução
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Cores
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Sangramento
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fonte do logo
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fonte para publicações
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5 – Desenho Técnico
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6 – Ilustrações - 3D
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Banheiro QuĂmico
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M贸dulos de Banheiro ou Chuveiro
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M贸dulos de Telefone
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7 – Maquete
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8 – Conclusão
128
A
través da releitura dos serviços de utilidade pública já existentes no mercado, tais como, sanitários, duchas e telefones públicos, otimizamos a instalação de uma única Unidade
Modular para Serviços Públicos, que atenderá as necessidades dos usuários.
A unidade será implantada em locais como praias, clubes, campings, parques, entre outros, onde os usuários necessitarem de tais serviços.
A modulação em forma circular, dividida em três partes, pode ser combinada de acordo com as necessidades do local onde será implantada; sua configuração poderá ser mista entre os serviços propostos, como também, um único conjunto do mesmo serviço. A modulação também permite a combinação em colméias para a finalidade de serviços de banheiros químicos para eventos e afins.
Trata-se de um serviço inovador, pois oferece um conjunto de comodidades aos usuários dos ambientes onde serão instalados. Essa comodidades são serviços já existentes que reunimos num só posto. As alimentações elétricas, telefônicas, hidráulicas e de esgoto, serão centralizadas numa única viga estrutural, facilitando a instalação e a manutenção com praticidade e economia. O sistema de águas pluviais escoadas nessa mesma viga, mostra sua inovação na eliminação de calhas e condutores externos. Com a eliminação desses sistemas convencionais, sua forma é geométrica, externamente, e orgânica, internamente.
Para instalação e manutenção das unidades, foi incorporado um sistema de publicidade cooperada, através da parceria com empresas públicas ou privadas, que custearão, integral ou parcialmente, o investimento do projeto.
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