Prévia Edição 24 Revista Vírus Planetário

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Música e Resistência_Inauguramos a série sobre música como expressão popular

Vírus Porque neutro nem sabonete, nem a Suíça

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Planetário

Sob controle do Estad o

liberdades ameaçad as Estatuto do Nascituro amea

ça saúde e direitos d as mulheres

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edição nº 24 junho 2013


Contra a privatização dos Hospitais Universitários!

Gestão Mobilização Docente

e Trabalho de Base

NÃO À EBSERH! www.aduff.org.br

Em defesa do projeto dos movimentos sociais para o petróleo, com monopólio estatal, Petrobrás 100% pública e investimento em energias limpas.

Vamos barrar os leilões do petróleo! organização:

Participe do abaixo-assinado: www.tinyurl.com/nao11leilao Notícias da campanha:

www.sindipetro.org.br

www.apn.org.br | www.tvpetroleira.tv


traรงo livre

Por Adriano Kitani / Veja mais em: www.pirikart.com.br

Por Carlos D Medeiros / Veja mais em: facebook.com/fucalivro


o i e r l r a o r C Vi >Envie colaborações (textos, desenhos, fotos), críticas, dúvidas, sugestões, opiniões gerais e sobre nossas reportagens para

contato@virusplanetario.net Queremos sua participação!

Afinal, o que é a Vírus Planetário? Muitos não entendem o que é a Vírus Planetário, principalmente o nome. Então, fazemos essa explicação maçante, mas necessária para os virgens de Vírus Planetário: Jornalismo pela diferença, não pela desigualdade. Esse é nosso lema. Em nosso primeiro editorial, anunciamos nosso estilo; usar primeira pessoa do singular, assumir nossa parcialidade, afinal “Neutro nem sabonete, nem a Suíça.” Somos, sim, parciais, com orgulho de darmos visibilidade a pessoas excluídas, de batalharmos contra as mais diversas formas de opressão. Rimos de nossa própria desgraça e sempre que possível gozamos com a cara de alguns algozes do povo. O bom humor é necessário para enfrentarmos com alegria as mais árduas batalhas do cotidiano.

O homem é o vírus do homem e do planeta. Daí, vem o nome da revista, que faz a provocação de que mesmo a humanidade destruindo a Terra e sua própria espécie, acreditamos que com mobilização social, uma sociedade em que haja felicidade para todos e todas é possível.

Recentemente, unificamos os esforços com o jornal alternativo Fazendo Media (www.fazendomedia.com) e nos tornamos um único coletivo e uma única publicação impressa. Seguimos, assim, mais fortes na luta pela democratização da comunicação para a construção de um jornalismo pela diferença, contra a desigualdade.

Expediente: Rio de Janeiro: Aline Rochedo, Ana Chagas, Artur Romeu, Beatriz Noronha, Caio Amorim, Catherine Lira, Chico Motta, Eduardo Sá, Gabriel Bernardo, Ingrid Simpson, Julia Maria Ferreira, Livia Valle, Maria Luiza Baldez, Mariana Gomes, Miguel Tiriba, Noelia Pereira, Raquel Junia, Seiji Nomura e William Alexandre | Mato Grosso do Sul: Marina Duarte, Tainá Jara, Jones Mário, Fernanda Palheta, Eva Cruz e Juliane Garcez | Brasília: Alina Freitas, Edemilson Paraná, Luana Luizy, Mariane Sanches e Thiago Vilela | São Paulo: Ana Carolina Gomes, Bruna Barlach , Duna Rodríguez, Jéssica Ipólito, Luka Franca e Sueli Feliziani | Minas Gerais: Ana Malaco, Laura Ralola e Paulo Dias Diagramação e projeto gráfico: Caio Amorim Ilustrações: Adriano Kitani (SP), Andrício de Souza(SP), Aroeira(RJ), André Dahmer(RJ) e Elisa Riemer(PR) Revisão: Bruna Barlach e Jones Mário Capa: Foto de Marcelo Camargo/ABr

Conselho Editorial: Adriana Facina, Amanda Gurgel, Ana Enne, André Guimarães, Claudia Santiago, Dênis de Moraes, Eduardo Sá, Gizele Martins, Gustavo Barreto, Henrique Carneiro, João Roberto Pinto, João Tancredo, Larissa Dahmer, Leon Diniz, MC Leonardo, Marcelo Yuka, Marcos Alvito, Mauro Iasi, Michael Löwy, Miguel Baldez, Orlando Zaccone, Oswaldo Munteal, Paulo Passarinho, Repper Fiell, Sandra Quintela, Tarcisio Carvalho, Virginia Fontes, Vito Gianotti e Diretoria de Imprensa do Sindicato Estadual dos Profissionais de Edução do Rio de Janeiro (SEPE-RJ) Siga-nos: twitter.com/virusplanetario Curta nossa página! facebook.com/virusplanetario

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Comunicação e Editora A Revista Vírus Planetário - ISSN 2236-7969 é uma publicação da Malungo Comunicação e Editora com sede no Rio de Janeiro. Telefone: 3164-3716


Edição Digital reduzida.

Editorial A mulher deve ser livre para escolher o aborto A maioria dos abortos no país é feito por mulheres de 20 a 29 anos de idade, que trabalham, têm pelo menos um filho, usam métodos contraceptivos, são da religião católica e mantêm relacionamentos estáveis. Elas têm até oito anos de escolaridade e estão no mercado de trabalho com renda de até três salários mínimos. De acordo com uma das coordenadoras do estudo realizado em 2008 pela Universidade de Brasília (UnB), Débora Diniz, o perfil apontado não traz surpresas, pois reproduz as características gerais das brasileiras em idade reprodutiva. As estimativas do Ministério da Saúde apontam a ocorrência entre 729 mil e 1,25 milhão de abortos ao ano no Brasil. Em 2012, as Nações Unidas destacou o fato de 200 mil mulheres morrerem em cirurgias clandestinas ligadas ao aborto anualmente no Brasil e pressionou o governo a rever sua legislação. Uma das peritas responsável pelo relatório, Magaly Arocha, disse que “o comitê da ONU não pode defender o aborto. Mas as mulheres vão a abortar. Essa é a realidade. O que queremos é que o Estado garanta que elas possam velar por suas vidas.” Uma das maiores especialista sobre direito das mulheres da Europa, Patricia Schulz criticou na ocasião Estatuto do Nascituro: “Uma mulher não pode ser apenas o barco onde o feto cresce. Não se pode dar total prioridade ao bebê e deixar de lado a saúde da mulher”. O Projeto de Lei do “Estatuto do Nascituro” foi aprovado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara no dia 5 de junho deste ano reacendendo a polêmica, mas ainda deve ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser votado pelo Plenário. Esse Estatuto é de todas as formas um retrocesso ao debate sobre o aborto no país. Atualmente, a legislação brasileira define o aborto como legal em casos de risco de vida para mulher, gravidez resultante de estupro e/ou diagnóstico de anencefalia fetal. O Estatuto do Nascituro tem como objetivo criar mecanismos para impedir a ampliação de casos em que o aborto é legal e criar incentivos para que as mulheres não optem pela medida na situação de estupro. No Artigo 3º o Projeto de Lei afirma que “reconhecem-se desde a concepção a dignidade e natureza humanas do nascituro conferindo-se ao mesmo plena proteção jurídica” (o nascituro é o feto). A atual legislação brasileira como um todo, e no que se refere à defesa dos direitos humanos (especificamente das mulheres), fica mais conservadora caso o Estatuto de Nascituro seja aprovado. Ele trava os avanços para a ampliação do direito ao aborto (e também de qualquer pesquisa científica que envolva embriões ou células tronco) e empurra com mais força milhões de mulheres para a clandestinidade, sem oferecer melhorar em nenhum aspecto a saúde pública. Nós, mulheres, devemos ter liberdade para tomar a já difícil decisão de escolher o aborto sem sofrer a criminalização legal advinda de valores morais e religiosos de uma parcela da sociedade. Durante o fechamento desta edição, explodiram os protestos por todo o Brasil contra o aumento da passagem de ônibus e contra a repressão do Estado. Acompanhe em nosso site - www.virusplanetario.com.br e em nossas redes sociais a cobertura.

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Sumário (da edição completa)

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Sórdidos Detalhes

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Sociedade_Chutando Cachorro Morto

10

Fazendo Media_Brasil de Fato realiza mudanças ao completar 10 anos

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Bula Cultural_Indicações e Contraindicações

14

Bula Cultural_Música e Reistência #1 Blues e Jazz

18

Movimentos Sociais_Pedras e Sonhos são nossas únicas armas

20 Varal Artístico 22 Internacional_Pela paz na Colômbia

25

CAPA_Política_Sob o controle do Estado

30 Comportamento_Todos os corpos 34 Entrevista Inclusiva_André Souza 38 Traço Livre


Revista

V írus

Planetário

é nicípio do dos Jornalistas do mu Este ano, o sindicato a renoum de a oportunidade Rio de Janeiro recebe para rio ssá ce ne a lut biente de vação, de trazer o am m, outra vez, sonhar. que os jornalistas possa os profissão muitas, nós e tod As lutas dos jornalistas sa desen int o, enfrentamos a sionais da comunicaçã fissão. regulamentação da pro diveros os lados acumulam Comunicadores por tod meinú as m co os, ad recarreg se sas funções e são sob am cis e mais jornalistas pre s ras demissões, mais sto po s seu ção para garantir e submeter à precariza ção nta me ula reg lutamos pela de trabalho, por isso os. eit dir de garantia onde tedá já na Universidade, O início do desafio se . A cada s com nossa formação mos diversos problema ricos, teó o uc po is técnicos e uz dia temos cursos ma red se or ad nic mu ntal do co nionde o papel fundame mu co O resultado disso são a reproduzir tarefas. rcado e lusivamente para o me cadores formados exc ação nic mu co a e qu ção social que esquecem da fun juramento expressa inclusive no deve exercer, função al. do jornalista profission jornalismo Acreditamos num e contra lut a, nç que faça a difere

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cos e esa aos interesses públi a desigualdade, atend riamente dia os tam Lu e. ad ied teja à disposição da soc sociais tos en manos e movim para que os direitos hu s, a gro ne os a ntr opressões co sejam pautados e as nomi as ers div as as tod xuais e mulher, aos homosse aliqu la pe . Por isso, lutamos rias não se reproduzam comunicador. dade de formação do a, onde municação democrátic Acreditamos numa co nitámu co ios rád de m lugar, on todas as vozes tenha aço, esp e es tenham incentivo rias e veículos popular cucir m ssa s independentes po sta onde jornais e revista exi zes vo de de e diversida lar, onde a pluralidade de fato. transforcessidade de intensa Neste contexto de ne nasce sil, comunicação no Bra mação da realidade da ais, ion fiss pro s tário, onde joven rea Revista Vírus Plane esc e m ha son ais e intelectu estudantes, militantes muniCo da o açã tiz cra Demo vem os caminhos da da quaopressões na mídia, às ate mb Co do , ão caç nossos de tia ran ga mação e da lificação de nossa for direitos! ouvidos, vimentos sociais são Um espaço onde os mo se relar s lutas, a cultura popu sindicatos pautam sua de chegar. vela, onde o novo po formaé pra Lutar ”, tem em sua A Chapa 2 “Sindicato uma vel ssí po é e mostraram qu ção pessoas que nos s enno e qu es sor fes Pro nicar. outra forma de comu mação a e nos espaços de for e ad rsid ive un na sinam piram, ins s no e s populares qu inovar, comunicadore ntam fre en os ad rm -fo e recém colegas estudantes qu itas mu a colocados a nossa e com garra os desafios gerações de jornalistas. possível, am que outro olhar é Pessoas que nos mostr conheo nd mu o e s garantir qu e que juntos, possamo do Muas list rna Jo s d@ dicato ça este olhar. Para o Sin netário Pla eiro, a Revista Vírus nicípio do Rio de Jan ar! lut pra é , ato a 2, É Sindic apoia e constrói a chap


A verdade varrida pra debaixo do tapete

s o d i d r só . . . s e h l deta

Ilustrações: Adriano Kitani

Nem padre escapa

Vivendo nos Horizontes

quem são os selvagens? Lá dos céus, cavalgando em seus helicópteros, nossos queridos governantes estão em polvorosa com o crescimento das manifestações contra o aumento das tarifas que atingiu o bolso dos trabalhadores em cheio nos últimos meses. O que nos empolga é que essas manifestações tem unido nacionalmente o militantes de todas as idades e diferentes origens entorno de uma discussão em comum: o direito de ir e vir. Todas as cidades também estão unidas através da mídia grande que tem feito uma das coberturas mais absurdas de todo os tempos, tentando convencer de que estes manifestantes são um bando de baderneiros e vândalos sem propósito. Ah sim, porque realmente, ter o equivalente a três meses do seu salário por ano saindo do seu bolso pros cofres dos empresários do transporte não é motivo para se manifestar. Deveriam é estarem todos quietinhos em casa assistindo suas TVs e sorrindo. Até as próximas eleições quando os candidatos farão novos acordos com os empresários do setor de transporte para se elegerem e nós teremos que lidar com um novo aumento. E depois são os manifestantes que impedem o direito de ir e vir das pessoas... foto: www.facebook.com/povomeuacorda

E a luta tem conquistado vitórias! Depois da grande vitória do movimento em Porto Alegre da qual falamos na edição 23, os movimentos por toda parte cresceram. Até o fechamento dessa edição em Goiânia e em Campinas a luta dos manifestantes havia conseguido barrar o aumento. É isso, caros companheiros, só a luta muda a vida.

No dia 29 de Abril foi excomungado o padre Beto, presbítero de Bauru, como foi bastante veiculado na mídia. O grande crime do padre foi defender a união entre pessoas do mesmo sexo, frisando que, apesar de favorável, o padre nunca realizou uma cerimônia desse tipo. No dia 14 de maio, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - que não tem nada a ver com religião - aprovou a união por maioria esmagadora (14 a 1). Vitória para o Estado laico que - apesar de malafaias, felicianos e PSC’s da vida afirmarem o contrário - não deve ser submetido a religião A ou B.

Ainda sobre o caso...

Quem dá uma fuçadinha na bíblia encontra uma fala do apóstolo Paulo em I Coríntios 14:34-35 dizendo que a mulheres se calem na igreja e, conforme a lei, submeta-se ao seu marido. A Igreja de hoje diz que Jesus (um bom sujeito, socialista e defensor dos Direitos Humanos) nunca discriminou as mulheres e que o texto, expressão de um homem da época, não reflete as palavras de Jesus. O interessante é que a homossexualidade é condenada no novo testamento pelo mesmo “homem da época”e ninguém usa o mesmo argumento.

Por falar nisso... Jesus só usou de intolerância e violência uma vez e foi contra quem resolveu transformar a fé em um comércio quando expulsou os “vendilhões do templo”. Creio que se certas figuras tivessem vivido há 2 mil anos, teriam levado uns bons pescotapas do queridão, Jesus Cristo. Saiba mais sobre os vendilhões: www.tinyurl.com/vendilhoes E sobre cristianismo e homossexualidade: www.tinyurl.com/cristao-gay

Vírus Planetário - junho 2013

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FAZENDO

*É isso mesmo, caro leitor, agora a Vìrus e o Fazendo Media são um veículo único!

MEDIA

Março de 2013 | Ano 10 | Número 104 | www.fazendomedia.com | contato@fazendomedia.com

Brasil de Fato realiza mudanças ao completar 10 anos

Por Eduardo Sá O semanário Brasil de Fato vai terminar 2013 de cara nova, após completar dez anos, no último mês de janeiro. Mudança no projeto gráfico para a edição nacional e edições regionais em formato tabloide (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília) são algumas das novidades, além do aumento da tiragem e a distribuição gratuita. Os cariocas

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a média que a mídia faz

Vírus Planetário / fazendo media - junho 2013

foram premiados com a primeira edição regional no último 1º de maio, dia do trabalhador, durante as manifestações que ocorreram nas ruas da cidade. Houve um balanço sobre a trajetória do jornal junto às forças sociais que lhes dão sustentação financeira e política, sobretudo os movimentos e sindicatos, e foi avaliado que apesar das vitórias e da resistência é

preciso avançar mais, explicou Nilton Viana, editor do veículo. Segundo ele, o objetivo é tentar chegar mais próximo à classe trabalhadora, com edições massivas de linguagem mais simples e enfoque mais direto. “Vivemos um momento extremamente delicado no país com avanço tecnológico nas comunicações, mas as elites continuam com o monopólio. Avaliamos que precisamos in-


comunicação que consiga definitivamente influenciar a opinião pública e, assim, elevar o nível de consciência da classe trabalhadora para que façamos as mudanças estruturais tão necessárias que o país precisa”, afirmou o jornalista.

As edições regionais do Brasil de Fato serão semanais, em formato tabloide, distribuídas gratuitamente nos centros de aglomeração de trabalhadores, como metrô, central de ônibus, trens, universidades e nas aglomerações da juventude trabalhadora das grandes cidades. A expectativa é que seja ampliada para outras capitais, contando também com o apoio, através de A edição regional anúncios, de prefeituras progressistas. Alguns jornalistas foram contratados, mas o projeto continua sustentado pelo apoio de do Brasil de Fato vai colaboradores e dos movimentos.

disputar hegemonia com os veículos tradicionais de comunicação cariocas”

terferir mais na conjuntura. É um governo contraditório, com políticas progressistas, que não rompeu com esse modelo. É um momento propício, com respaldo dos movimentos sindical e social. Com esses novos desafios, vamos tentar fazer com que o Brasil de Fato seja efetivamente um veículo de

De acordo com Vivian Virissimo, correspondente do jornal no Rio de Janeiro, a publicação será distribuída gratuitamente nas estações de barcas, metrô e trens da Supervia, além de escolas, universidades e espaços de ampla circulação. A edição regional do Brasil de Fato, segundo ela, vai disputar hegemonia com os veículos tradicionais de comunicação cariocas.

“Com 100 mil exemplares por semana, vamos disputar a atenção dos trabalhadores(as) que estão se deslocando de casa para o trabalho e receberão o jornal de graça. Nossa intenção será abordar o cotidiano sempre com uma visão popular dos fatos. Nos dias de distribuição, quinta e sexta-feira, será uma das maiores tiragens da cidade. Isso é um feito muito significativo para a comunicação popular, que antes ficava muito restrita. Ao dialogarmos com grandes parcelas da população, em curto e médio prazo, poderemos trazer avanços em diversas lutas dos trabalhadores e dos movimentos sociais”, afirma a jornalista.

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FAZENDO

MEDIA

Histórico do Brasil de Fato

Vamos fazer com que o Brasil de Fato seja um veículo de comunicação que eleve o nível de consciência da classe trabalhadora”

A edição mineira foi lançada no último dia 04, em Belo Horizonte, durante o Encontro Estadual de Formadores do Plebiscito Popular pela redução das tarifas de energia elétrica e do ICMS na conta de luz. Cerca de 700 pessoas receberam com entusiasmo a nova edição estadual, ressaltando a importância da iniciativa devido ao grande controle do governo estadual sobre a mídia comercial. Em seu editorial, é destacada a “ousadia” e “coragem” do novo projeto, “um grito de liberdade”, e que o povo mineiro sonhava há muito tempo com um veículo de comunicação comprometido com uma visão popular de Minas, do Brasil e do Mundo.

Distribuição da primeira edição regional do Brasil de Fato no Rio de Janeiro. Na foto, Vito Giannotti, coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação e colaborador do Brasil de fato. Foto: Marina Schneider

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O Brasil de Fato nasceu em 25 de janeiro de 2003, durante o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. As primeiras edições de 4 páginas foram encartes no jornal Sem Terra, do MST, com 2 milhões de exemplares distribuídos nos grandes centros para divulgar a luta dos trabalhadores em versões contadas por eles mesmos. Algumas edições especiais com temas específicos circularam nesse período. O semanário cresceu com apoio das forças sociais, como as pastorais sociais, a Via Campesina e os sindicatos. Por isso, é uma publicação essencialmente popular. Sua principal dificuldade continua sendo financeira. No início houve uma campanha que arrecadou R$ 400 mil para rodar as primeiras edições em todo o Brasil, com tiragem de 100 mil exemplares. Nessa trajetória foram realizadas campanhas de assinaturas e doações entre a militância, além de debates para dar visibilidade à iniciativa e suscitar o debate público, que resultou na autossustentação do projeto. Com a chegada do Partido dos Trabalhadores (PT) ao poder, o jornal adequou seu projeto gráfico, editorial e político, e conseguiu sanar todas as suas dívidas. Antes da atual reforma, circulava com tiragem de 50 mil exemplares (16 páginas coloridas tamanho standard). Reúne jornalistas, intelectuais, lideranças sociais do Brasil e do mundo. Entende, de acordo com o seu editor, que a democratização da mídia é fundamental na luta por uma sociedade mais justa e fraterna, daí sua contribuição no debate de ideias e na análise de fatos do ponto de vista da necessidade mudanças sociais em nosso país.


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Documentário em forma de roda de samba que conta o contexto social que gerou as grandes composições do sambista Bezerra da Silva. Contando a história pelo ponto de vista do morador do morro, das favelas do Rio de Janeiro, as músicas de Bezerra denunciam, desde 1969, temas ainda extremamente atuais como a Criminalização da Pobreza e do Consumo de Drogas, o Crime de Colarinho Branco, a Distribuição de Armas e a Dominação Religiosa exercida por charlatões. Nas canções de Bezerra, o pobre é o protagonista Assista - www.tinyurl.com/coruja-dorme

Contraindicações Dentista Mascarado Falar mal da globo é chover no molhado, mas, em algumas ocasiões, eles conseguem se superar, principalmente em seus programas de humor. Programa de estreia de Marcelo Adnet no canal é uma evolução do tradicional mau gosto que o canal tem para humor, demonstrando que o humorista cometeu um grande erro ao se vender para a emissora. Diferente de tudo que fez, interpreta na série um personagem caricato, sem graça e deprimente, que não consegue arrancar nenhum riso. Pra piorar, o programa é palco para as opressões, reforçando um machismo pavoroso e com recorrentes episódios de transfobia.

POSOLOGIA ingerir em caso de marasmo ingerir em caso de repetição cultural ingerir em caso de alienação manter fora do alcance das crianças nocivo, ingerir apenas com acompanhamento médico extremamente nocivo, não ingerir nem com prescrição médica

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movimentos sociais

Se as pedras não

voam os sonhos são em vão*

Os protestos que estão acontecendo em todo o Brasil não são apenas contra o absurdo da tarifa de ônibus e a péssima qualidade do transporte coletivo, mas sim para propor outra sociedade! Por Chico Motta “Protesto é quando eu digo que algo me incomoda. Resistência é quando eu me asseguro que aquilo que me incomoda nunca mais acontecerá (...) Os estudantes não estão se revoltando, eles estão exercendo resistência. Pedras voaram, os vidros das janelas foram quebrados (...) a fronteira entre o protesto verbal e resistência física foi cruzada, pela primeira vez em grande escala: por muitos, e não apenas indivíduos isolados, por dias, e não apenas uma vez, em todo lugar , e não apenas na capital, de verdade, não apenas simbolicamente (...) Seria tudo apenas uma escalada terrorista apolítica, violenta, impotente e sem sentido? Que seja dito: aqueles aqui que, a partir de posições de poder político, condenam quem atira pedras e coloca fogo, mas não condenam a manipulação da imprensa fascista, nem as bombas caindo no Vietnã, nem o terror na Pérsia, e não falam da tortura na África do Sul, em vez disso espalham meias-verdades sobre os estudantes, a sua participação em nome da não-violência é hipócrita, eles têm um duplo padrão, eles querem precisamente o que os que

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Vírus Planetário - junho 2013

foram às ruas - com e sem pedras em seus bolsos - não querem: a política como destino, massas ovelhas, uma oposição impotente que não perturba nada nem ninguém (...) e quando as coisas ficam sérias, o [a proclamação de um] estado de emergência.(...) Eles estão perdendo a justificação tanto moral quanto política para protestar contra o desejo de resistir dos estudantes” A citação acima poderia ser dos dias de hoje, mas é de Maio de 68, na Europa. À época, barricadas de lixo e tapumes eram erguidas pelas ruas, fogo ateado, vidros quebrados. Os estudantes de 68 nos ensinaram que ser realista é ultrapassar a barreira do possível, sem passividade, sem obediência, sem o conformismo insosso e inofensivo que reclama de tudo mas nada faz para mudar.

Luta, Brasil! No Brasil, maio de 68 foi diferente, vivíamos uma ditadura, os protestos não criticavam uma representatividade falsa. Com a instauração do AI 5, todo movimento foi impedido de se organizar, as pes-

soas impedidas de ir para as ruas, censura, prisões, torturas, execuções. A única alternativa era a luta armada. Talvez por isso, hoje, grande parte das pessoas, inclusive nos círculos da esquerda, condenem ingenuamente as ações que tem sido realizadas pelos estudantes Brasil à fora. O que fizeram só seria legítimo contra um estado ditatorial, a falsa democracia representativa lhes parece algo inatacável. Com um discurso de não-violência, pautados em exemplos que funcionaram em momentos muito específicos da história, e a custo de muita dor e mortes de pessoas inocentes, ignoram a importância e força dos processos que levaram às principais conquistas de direitos pelo mundo. Ignoram o direito dos estudantes de se revoltarem.

Cansados de apanhar calados Eles cansaram-se de apanhar calados, da repressão covarde de uma polícia criminosa que comanda milícias e assassina indígenas, de um judiciário conivente que desaloja famílias em nome do interesse de gente endinheirada, de uma mídia farsante que distorce a realidade


Brutalidade em 3 atos: Em ato contra o aumento da tarifa do dia 13/6 em São Paulo, PM mesmo com manifestantes com mãos para o alto, atiram balas de borracha a menos de 5 metros de distância. Fotos: www.feridosnoprotestosp.tumblr.com “Vovó militante”, como foi apelidada nas redes sociais, atira pedra contra polícia que desocupava a Praça Taksim, em Istambul, na Turquia, onde população protesta veementemente contra o governo. Leia mais em nosso site - tinyurl.com/turquiarevolta

por medo de uma possibilidade de emancipação popular, de um estado mafioso que atua em conluio com grandes empresários contra o interesse da população. Cansaram de serem violentados diariamente e não fazerem nada a respeito.

Se a passagem aumentar... A palavra de ordem é: Se a passagem aumentar, a cidade vai parar! Mas não fizeram disso só um discurso simbólico, sem efeitos na realidade, as cidades estão parando de verdade. Ultrapassaram a fronteira entre protesto verbal e resistência física. Se a polícia os reprime com balas de borracha eles revidam com pedras, se jogam bombas de gás, queimam o lixo e fecham as ruas, janelas e portas de vidro não são perdoados, a propriedade não pode estar à cima da vida humana. O desejo de resistência desses jovens é legítimo, e não será o jornal nacional, ou a revista veja que inverterão a realidade. Enquanto a polícia fere pessoas, sejam manifestantes ou não, os

Protesto também do dia 13/6 que parou o Rio de Janeiro ocupa escadarias da Assembleia Legislativa com mais de 5 mil pessoas. “Ei Cabral, vai tomar no cú!” - Cantavam em uníssono os manifestantes. Em São Paulo e no Rio, os protestos foram muito intensos e tiveram uma repressão criminosa das polícias locais, comparável com a repressão a passeatas contra a ditadura militar. | Foto: Julia Maria

Se a passagem aumentar,

a cidade vai parar! ”

manifestantes atacam a propriedade, enquanto as companhias de ônibus e o estado violentam o trabalhador diariamente, os manifestantes atacam a propriedade, enquanto a imprensa criminaliza e protesta contra aqueles que resistem, os manifestantes atacam a propriedade. Atacar a propriedade é a forma que tomaram para revidar toda a violência que sofrem diariamente. Sonham com um mundo novo, fazem do impossível necessário e urgente. Enfrentam com seus rostos mascarados muito mais que aumentos extorsivos de passagem, a criminalização da pobreza, o racismo, a homofobia, o machismo, o fascismo, a monormatividade, a violência policial, a concentração de renda, a máfia dos transportes, a máfia da política, a família burguesa heteronormativa, o egoísmo, a vaidade, as hierarquias e manicômios, prisões e todas as relações de poder e dominação. A liberdade agora é tomada como possibilidade plena de exercício das potências, em contraposição ao exercício de poder de poucos sobre uma massa submissa. Antes de condenarem a resistência desses quixotes, lembrem-se de que enquanto estão sentados em seus sofás, passivos em relação ao mundo, eles nos mostraram que ainda é possível sonhar, que ainda é possível agir.

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Bula cultural

algumas recomendações médico-artísticas

e a c i s ú m

resistência

O espaço da música é o da liberdade

Por Aline Rochedo Eu não me canso de escutar e re-escutar alguns depoimentos de artistas negros dos anos 1940-50-60. Gosto de sentir e captar a paixão deles ao relatar as histórias das lutas subterrâneas dos primeiros protagonistas de música negra no continente Americano. Você pode não acreditar a princípio, mas o que estes artistas diziam está muito próximo ao que os protagonistas de gêneros populares dizem atualmente. Apesar de estarmos falando sobre uma arte de entretenimento, esta arte pode entreter e conscientizar simultaneamente. Como disse Nelson Mandela, “a mensagem da música alcança lugares que não estão, necessariamente, ligados à política, e esta mensagem pode ir mais longe do que nossos políticos são capazes de empurrá-la”. Assim, um estilo de música pode atuar sobre as pessoas e tornar-se uma experiência mais abrangente. Na maioria dos casos, a música é o canal de voz e a referência para os que estão no seu entorno. A linguagem musical não pode ser compreendida sem considerarmos o contexto histórico e social em que circundam e as peculiaridades dos músicos. Convido você a caminhar um pouco comigo e conhecer as histórias destes artistas que fizeram e fazem da música algo muito maior do que a indústria fonográfica pensa que rotula e vende. Esta série pretende isso. Vamos dialogar e traçar este caminho sonoro.

1# Blues e Jazz E como os gêneros musicais surgem? Os estilos musicais tendem a surgir e existir em um nível regional, marginal, escondido de um público maior, antes de explodir em um conhecimento de massa. Os processos de lutas aos quais estes estilos passam são muito semelhantes: são repudiados por não se enquadrarem no que seria estipulado como “música de qualidade” ou “erudita”; seus protagonistas são perseguidos, sofrem discriminação de todas as formas e muitos acabam não recebendo os créditos de suas composições; expressam e carregam em si as vivências, alegrias, angustias e questionamentos não apenas dos artistas, mas de todos que se sentirem representados ou atraídos por determinado estilo. Esta dinâmica foi verdadeira para as principais explosões dos gêneros mais conhecidos e oriundos de matriz africana: o blues, o jazz, o rock, o samba, a salsa, o reggae, o hip-hop e o funk. Não podemos deixar de dizer, no entanto, que a música negra passou a se fundir com componentes brancos, e a evolução destes gêneros é resultado desta fusão. Assim, para além dos estilos citados de matriz africana, a música do branco pobre, ou simplesmente do pobre, principalmente as que surgiram das zonas portuárias e rurais, terão espaço nesta trajetória.

Confira a reportagem na edição completa digital ou impressa


internacional

Fotos: Rafael Daguerre

Pela paz na Colômbia Fórum pela paz na Colômbia reuniu cerca de mil pessoas de diversas entidades latino-americanas e europeias em Porto Alegre Por Marina Praça Faz quase dois anos que estive na Colômbia. Depois de três meses na Venezuela, entrei no país pela fronteira do litoral-norte, numa travessia obscura e estranha, com muitos guardas e controle. Vi o mundo da revolução bolivariana ir se transformando na desigualdade social da região super turística do litoral colombiano, nas cidades de Santa Marta e Cartagena. Locais em que a divisão entre ricos e pobres era escancarada e o turismo ostensivo. De lá segui o caminho até a cidade-modelo de Medellín, que inspirou o Rio de Janeiro nas transformações mercantilizadoras que vem ocorrendo nas favelas: teleféricos e unidades de polícias pacificadoras. Em Bogotá, vi uma capital com ares europeus, mas controlada e vigiada como as velhas ditaduras latino-americanas.

Durante a viagem, tentei diversas vezes contatos com organizações e movimentos sociais para conhecer melhor a conjuntura política do país. Em praticamente todos os casos me respondiam que a situação era muita delicada, que diversos militantes já haviam sido ameaçados de morte e negavam o encontro porque não poderiam garantir minha segurança. Durante a década de 80, os primeiros diálogos de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo abriram um caminho institucional para diversos movimentos de esquerda que começaram a disputar eleições pelo recém-criado partido político União Patriótica. Nos anos que se seguiram, entre três e cinco mil militantes do partido foram assassinados por militares e para-

militares colombianos (dos quais dois candidatos presidenciais, oito congressistas, cerca de oitocentos prefeitos, vereadores e deputados, além de milhares de ativistas locais e militantes de base). O genocídio político deixou sua marca.

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Vírus Planetário - junho 2013

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Foto: Artur Romeu

O Favela Não se Cala prioriza muito o trabalho nas bases e essa construção junto às massas”

Entrevista INclusiva:

André de Souza A Favela não se cala André Luiz Abreu de Souza tem 38 anos, todos vividos na Favela da Babilônia, localizada no Leme, bairro nobre do Rio de Janeiro. Ele tem sido um dos protagonistas do Movimento Favela Não se Cala que realiza encontros em comunidades para debater temas como remoções de moradores e os abusos das Unidades de Polícia Pacificadora. André defende o fim das UPPs e a maior união entre as favelas do Rio de Janeiro para fazer frente ao modelo de desenvolvimento adotado pelo atual governo. Com um discurso afiado, ele aponta caminhos que valorizam o trabalho de base, a formação política a longo prazo e a relação mais estreita entre movimentos sociais, academia e as massas.

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Vírus Planetário - junho 2013


política

Arte: Elisa Riemer

Sob controle do Estado Estatuto do nascituro representa o avanço do conservadorismo no país contra os direitos das mulheres

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Educação Estadual

anos

na luta!

Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro

Profissionais da educaç ão de São Gonçalo, que entraram em greve em maio realizam ato na pre feitura

Redes municipais em luta por reajuste e direitos Diversas redes municipais do estado do Rio de Janeiro estão em campanha salarial e a mobilização dos profissionais fez com que várias redes entrassem em greve para arrancar dos governos o atendimento às suas reivindicações. Veja um quadro das paralisações em diversos municípios do estado.

Vassouras

Educadores de Vassouras acampado s em frente à Câmara de Vereadores

A rede municipal de Vassouras entrou em greve no dia 6 de maio. Até o momento, a prefeitura não atendeu à pauta de reivindicações, além de tentar dividir a categoria, ao conceder reajuste apenas para o magistério. O índice de adesão, segundo o Sepe Vassouras, é de 90%. Desde o dia 03/06, os profissionais de educação se encontram acampados na frente da Câmara Municipal.

Itatiaia

A rede municipal de Itatiaia entrou em estado de greve no dia 6 de maio. A categoria exige a abertura de negociações com o prefeito Luiz Carlos Ferreira Bastos que, há quase dois anos não recebe o funcionalismo para negociar.

Valença

Os profissionais das escolas municipais de Valença entraram em greve no dia 29 de maio. A categoria reivindica reajuste salarial de 15%, aumento na gratificação para as diretoras das escolas e creches municipais, insalubridade para o pessoal das creches e o cumprimento do PCCS em vigor e do Estatuto do Funcionalismo municipal.

São Gonçalo

Em Assembleia da rede municipal de SG, realizada no dia 05/06, a categoria decidiu por dar continuidade a greve iniciada em 4 de maio. Na segunda-feira, dia 10/06 houve uma passeata, onde os profissionais da educação municipal, vestidos com camisas pretas, protestaram contra os baixos salários da educação e a falta de condições de trabalho nas escolas municipais.

Assembleia em Valença

Paulo de Frontin

No dia 28 de maio, os profissionais da educação municipal de Paulo de Frontin aprovaram por unanimidade a entrada em greve. A categoria, que já esteve paralisada em abril deste ano, reivindica o cumprimento da Lei Municipal nº 1.077/2012 que instituiu o PCCS, eleição para diretor de escola e concessão, por parte do poder executivo, do desconto sindical em folha dos sindicalizados ao Sepe.

Mesquita

A rede municipal de Mesquita realizou no dia 21 de maio uma paralisação de 24 horas. Neste dia, a categoria realizou assembleia e decidiu entrar em greve a partir do dia 11 de junho. Além do reajuste de 14%, a rede municipal exige incorporação do abono mensal e a abertura de discussão sobre questões como a terceirização da merenda na rede.

Belford Roxo

No último dia 06, os profissionais de educação da Rede Municipal de educação de Belford Roxo decidiram em assembleia por uma nova paralisação de 48 horas, a ser realizada nos dias 12 e 13 de junho – a rede está em estado de greve. Até o momento, o governo não apresentou o calendário de obras relativo à melhoria da infraestrutura das escolas. Os profissionais também reivindicam o valor de 10 % de gratificação incorporada (o governo ofereceu 6,49%) e o pagamento das duplas jornadas.

www.seperj.org.br


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