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ESTRELAS F. C. DE FÂNZERES tem nova direção e pretende apostar no futebol feminino
O Estrelas F. C. de Fânzeres após 13 anos mudou o corpo dirigente. António Machado é o novo presidente e conta com dois vice-presidentes e um coordenador. Pedro Gonçalves é a nova aquisição e inovação do sexagenário clube. O VivaCidade foi perceber quais os objetivos desta nova direção.
Comecemos por falar sobre esta nova direção e dos seus objetivos
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O principal objetivo é a formação. Aqui tínhamos cerca de 155 atletas de formação sem coordenador e agora com coordenador, que foi uma aposta nova que fizemos, são cerca de 190 atletas, é sinal que já cresceu em pelo menos 35. Temos também uma equipa de sub-23 que apostamos a época passada e voltamos a apostar para cativar os atletas que sobem dos júniores e não podem entrar logo nos séniores paraterem uma fase de transição. A ideia é termos uma equipa de séniores com jogadores desde a formação, porque buscar jogadores fora eles não sentem o clube. Também queremos melhorar as infra-estruturas que é o que estamos a ter mais dificuldade. Nós temos dois campos laterais e queríamos melhorar as suas condições.
Tendo em conta que tiveram um presidente mais de 13 anos na direção do clube e sendo que era o vice-presidente, pretendem dar continuidade ao legado ou mudar a imagem do clube?
Já estou nesta direção há 13 anos ao lado do Senhor Sousa e quando ele decidiu que tinha de deixar por questões de saúde, quis que eu ficasse à frente do clube. A ideia sempre foi dar continuidade mas sempre a tentar melhorar porque não podemos descansar e ficar tudo como está, a nossa ideia é sempre melhorar, como a nível de atletas de formação como de infra-estruturas, eu acho que neste meio ano ainda é um pouco cedo para tirar conclusões sobre isso, mas a minha ideia é sempre tentar melhorar e engrandecer o Estrelas de Fanzeres e a própria freguesia.
A construção do parque urbano implicou retirar parte do muro e acabou por prejudicar as instalações do clube, segundo nos foi indicado, como está essa situação?
Não está. Estive a falar com o vereador do desporto, José Fernandes, do Município de Gondomar, sobre essa questão porque tínhamos feito um muro e depois tivemos que o retirar e a respetiva vedação. O objetivo era ter colocado outra vedação no próprio dia e não foi feito, acharam que não era sustentável. O problema é que colocaram abaixo o nosso muro de vedação e construíram um de contenção das terras, não é igual. Esta situação trouxe uma sensação de insegurança, pois após essa alteração já fomos assaltados três vezes. O vereador mencionou que seria uma questão moral colocar pelo menos a vedação, mas ainda nada foi feito.
Como já mencionado anteriormente apostaram na contratação de um coordenador qual é o objetivo?
A aposta no Pedro Gonçalves, o novo coordenador, tem como propósito a angariação de atletas e ter uma formação mais consistente. E, a longo prazo, gostaríamos de apostar no futebol feminino e como o Pedro já treinou várias equipas, e as femininas também, achámos que é uma mais-valia para o clube.
Porquê que pretendem apostar numa equipa feminina?
O futebol feminino há uns anos pouco se via e atualmente até podemos ver competições femininas no campeonato nacional, na primeira divisão. Já tivemos uma equipa sénior feminina um ano mas foi uma má experiência porque acabaram por ir todas embora. Desta vez, contrariamente ao que aconteceu antes, queremos começar pela formação e acompanhar o processo até à equipa sénior.
Há alguma diferença entre os rapazes e as raparigas na equipa mista?
Depende, temos uma equipa em que se calhar a rapariga é a melhor jogadora da equipa. Aqui não há géneros, são todos iguais, homens e mulheres.
No passado ganharam um certificado de três estrelas por parte da federação portuguesa de futebol, o que foi preciso para terem acesso a este prémio? O que sentiram ao ganhar este prémio? Sentimos que foi um objetivo cumprido.
Se foi fácil? Não. A certificação tem muito trabalho e depois tem pessoas que estão aqui a “trabalhar” após o horário laboral normal. Este não é o nosso trabalho, estamos aqui porque gostamos. Com muito esforço é que conseguimos ter a certificação e para a manter também é preciso muito trabalho, eles estão sempre a pedir novas coisas, novos documentos e há sempre alterações a fazer.
Quais foram os requisitos que tiveram que corresponder para ter acesso às três estrelas?
Para ter acesso às três estrelas precisamos de ter os escalões todos, espaço, posto médico, fisioterapeuta, desfribilhadores, toda uma estrutura, toda uma documentação. Sem o aparelho do desfribrilhador não conseguíamos as três estrelas.
Para terem acesso a estas condições é necessário fundo monetário, tiveram algum apoio nesse sentido?
O Munícipio ajuda com o apoio que é dado ao Associativismo que decorre uma vez por ano. A União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova ajuda-nos com publicidade e às vezes com máquinas para as limpezas.
Queríamos só deixar a nota que há clubes em Gondomar com mais que um relvado sintético e aí nota-se a desigualdade para com o nosso clube. Também gostaríamos de ter acesso, pode não ser num relvado para o futebol de 11 mas de 7 que seja. A região da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova é um meio desfavorecido e o futebol para muitas crianças é uma salvação e nós queríamos salvar muitas mais. ■
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