Viver bem 10

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ANO 3 | EDIÇÃO 10 | DEZ/2011 JAN/FEV 2012

Entrevista Ingrid Betancourt fala de superação após quase 7 anos de cativeiro

INFÂNCIA Um manual completo para um verão saudável

MOVIMENTE-SE Exercício e emagrecimento caminham juntos

2012

O que você faria se o mundo fosse acabar?








editorial

Expediente

O que realmente importa?

8 O que você faria se tivesse certeza absoluta que o mundo iria acabar em 2012? Joguei essa pergunta para a equipe durante a reunião de pauta dessa edição. As respostas foram diferentes no conteúdo, mas iguais no desejo de mudar, de correr contra o tempo, de redefinir prioridades e fazer o que tem valor para cada um. A partir daí, surgiu a ideia para a reportagem de capa, que o jornalista Paulo Araújo, convidado especial dessa edição, conduziu com maestria. Aproveite a leitura e embarque no seu mundo interior para descobrir o que tem valor para você. Lembre-se que tão importante quanto identificar o que mudaria na escala de prioridades da sua vida, é se questionar o porquê de não fazer isso já. Afinal, a única certeza que temos é que vamos partir dessa vida, independente do mundo acabar ou não, e isso pode ser hoje, amanhã, daqui a 50 anos ou mais. A entrevista com a ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt, que passou seis anos e meio sequestrada na selva amazônica, também é inspiradora. Uma excelente reflexão sobre medo, força, fé e superação. EM REVISTA

Para marcar a décima edição da Revista, reunimos ainda 10 dicas de profissionais que atuam no ramo da saúde e bem-estar. Cada um tem a sua receita para viver bem e, alguma delas, pode ter o ingrediente que falta para o seu bolo da felicidade. E para quem vai terminar mais um ano fazendo promessas para emagrecer, a reportagem “Em busca do peso ideal” enfatiza a importância da prática de exercícios nesse processo. Incluir esse hábito na sua rotina, só depende de você, sabia? Nessa época tudo está propício para a renovação. Um ano termina, um novo começa. As pessoas sonham, planejam, decidem e se abrem para as mudanças. Que tal fazer desse momento o ponto de partida para uma nova vida, em que você é prioridade absoluta? Até quando você vai ficar esperando um novo emprego, um novo relacionamento, os filhos crescerem ou a aposentadoria chegar para priorizar o que, verdadeiramente, faz seu coração vibrar? Desejo, de coração, que o mundo não acabe antes disso. Boa leitura e que venha 2012! Juliana Garcia

Edição nº 10 | dez/11 jan/fev/12 Direção geral Juliana Garcia e Patrícia Guedeville Coordenação editorial Juliana Garcia Textos Dênia Cruz, Patrícia Gabriela Soares, Paulo Araújo e Shâmala Jewur Revisão Scriptoria Textos Empresariais Lucílio Barbosa - 84 9114.9790 Fotos Álvaro Rocha Projeto Gráfico Carlos Soares Diagramação GR Design Editorial www.grdesigneditorial.com.br Comercial GGTec Produções Impressão Impressão Gráfica Tiragem 10.000 exemplares Fale conosco 84 3213.8592 viverbememrevista@ggtec.com.br



equilíbrio

maturidade

meio ambiente

comportamento

entrevista

infância

alimentação

saúde

qualidade de vida

beleza 10

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Jornalista Paulo Araújo nos bastidores da entrevista

Sumário ANO 3 | EDIÇÃO 10 | DEZ/2011 JAN/FEV 2012

74 78 EM REVISTA

Maturidade Saiba como viver bem na menopausa equilíbrio Fazer o bem é tudo de bom



O Natal ĂŠ bonito, mas pode ser lindo.

www.oboticario.com.br Para parcelamentos a partir de 7 vezes, incidirĂŁo juros.


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viver bem 14

Guia Viver Bem de cara nova O lançamento do novo Guia Viver Bem marca o início das comemorações dos 10 anos do Viver Bem. O portal está mais interativo, integrado com as redes sociais, e permite que o internauta também tenha acesso aos vídeos exibidos no programa, ao conteúdo das 10 edições da Viver Bem em Revista e fotos dos eventos que são realizados todos os meses. Atualizado diariamente com novas notícias, o portal também aperfeiçou o sistema de busca do Guia, que traz os nomes das melhores empresas e profissionais do Rio Grande do Norte que atuam no mercado do bem-estar. www.guiaviverbem.com.br, o seu portal da saúde e bem-estar.

SUA OPINIÃO “A reportagem sobre educação financeira para as crianças me ajudou a perceber o quanto sou analfabeta no assunto. As dicas vieram em boa hora. Estou a espera do meu primeiro filho” verônica Pinto, por e-mail

“É incrível como vocês conseguem falar sobre tanta coisa boa de uma só vez. Gostei de todas as reportagens, principalmente das dicas para fazer os carros poluírem menos. Estou fazendo a minha parte para salvar o planeta” Hélio Pontes, por e-mail

“O dilema criança X comida tira qualquer mãe do sério. A Viver Bem abordou o assunto com maestria. Bom saber que não estou sozinha e que posso sonhar com o dia em que meus filhos vão comer bem, sem tanto chororô” Maria Eduarda, por e-mail

“Dei boas risadas com o título da reportagem Abduzidos pelo Smartphone. Confesso que sou vítima. É dificil encontrar o equilíbrio, mas sigo em busca dele. Tenho certeza que vou conseguir.” anna Karla, por e-mail

PrOGraMa vivEr BEM - sÁBaDO, 9H, na tv POnta nEGra - WWW.GuiavivErBEM.COM.Br - tWittEr: @PrOG_vivErBEM

EM REVISTA



Conexão Viver Bem Royal Palms Para apresentar o seu primeiro empreendimento ao mercado, a BSPAR Delphi reuniu cerca de 400 corretores no terreno onde será construído o Royal Palms, em Capim Macio, para uma manhã de saúde e bem-estar. O novo empreendimento tem uma proposta diferenciada, va-

1. Alongamento (Studio Body Fit) 2. Sh`bam (Studio Body Fit) 3. Avaliação física com a Persona 4. Hidratação facial 5. Café da manhã 6. Hora de presentear os corretores

lorizando a sustentabilidade e qualidade de vida. Além de conhecer em primeira mão o Royal Palms, os convidados puderam participar de uma edição especial do Conexão Viver Bem, que levou uma programação variada para quem queria suar a camisa, cuidar da beleza e relaxar.

7. Aero Axé (Summer Fit) 8. Jump Show (Summer Fit) 9. Brincadeiras para as crianças 10. Massagem (Bem Estar) 11. BSPAR Delphi e Conexão Viver Bem, uma parceria de sucesso 12. Que venha o próximo Conexão

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Conexão Viver Bem Outubro Rosa 1

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A edição do Conexão Viver Bem de outubro foi especial, dentro da campanha de prevenção ao câncer de mama. Além do rosa estampado nas camisetas, o evento contou com a participação das voluntárias do Grupo Despertar da Liga Norte-rio-grandense Contra o Câncer. A programação teve ainda aulas de yoga, treinamento de corrida, body combat, power jump, aero axé, hidratação facial, avaliação física, shiatsu express e degustação da AquaCoco e comidinhas saudáveis da Jasmine. Agradecimentos: Prefeitura de Natal, Ame, Ápice Academia, WM Fitness, Set Entretenimento, Espaço Corpomente, NAF/UnP, Herbalife, AquaCoco, Natures Distribuidora e Grupo Despertar.

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1. Aero axé (Set Entretenimento) 2. Shiatsu Express (Espaço Corpomente) 3. Equipe da Ápice Academia 4. Meditação dinâmica com a professora Olga Trindade 5. Treinamento de corrida (WM Fitness)

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Sua confiança nos transformou em referência. A Prontoclínica de Olhos acaba de adquirir sua nova plataforma cirúrgica, a mais moderna do Norte-Nordeste, para correção de miopia, hipermetropia ou astigmatismo. Ela é composta pelo alegretto de última geração para correção de ametropias e do laser de femtossegundo que é usado para execução do flap, o que torna a cirurgia totalmente realizada por laser e aumenta a sua precisão.


Conexão Viver Bem na Meia Maratona de Natal

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A III edição da Meia Maratona de Natal reuniu cerca de 6 mil pessoas e consolidou a prova como o maior evento esportivo do estado. Atletas profissionais e amadores se dividiram em 3 provas: 5km, 10km e 21km. A equipe Viver Bem mais uma vez marcou presença nas 3 provas, inclusive com a estreia da nossa diretora comercial Patrícia Guedeville. De-

pois da corrida, os partipantes continuaram a maratona de exercícios com as aulas do Conexão Viver Bem. A Summer Fit comandou as aulas de Jump Show e Aero Axé e, para finalizar, os professores da Ápice Academia comandaram uma aula de alongamento completa, para alongar os músculos e relaxar os corredores. Próximo ano tem mais. Aguarde!

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Largada da prova de 21 km

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1. Equipe Viver Bem 2. Jump show (Academia Summerfit) 3. Alongamento (academia ápice) 4. A editora Ana Roberta e sua família 5. Sucesso do Conexão Viver Bem 6. Patricia Guedeville e Juliana Garcia 7. Marcos Antônio, 1° lugar (21km)

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Para marcar a décima edição da Viver Bem em Revista, fomos em busca dos conselhos de 10 profissionais que atuam na área de desenvolvimento pessoal e bem-estar. Sabemos que para cada pessoa a expressão Viver Bem tem um significado diferente, por isso as dicas são bem variadas. Aproveite!

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10dicas

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“Ao acordar, reserve 5 minutos para respirar bem devagar e agradecer a vida, sentir-se vivo e capaz de tudo. Respeite seus horários de alimentação e de beber água; seu corpo agradece. Crie foco em algo importante para você e determine tarefas a cumprir. Antes de deitar, reserve 5 minutos para respirar bem devagar, e agradeça e reavalie o seu dia.” Adda Barreto, numeróloga

“Viver bem é ser independente de alguém ou coisa alguma para ser feliz, mantendo-se num estado interior de bem estar permanente.” Mirani Rocha, terapeuta holística (Mukti Espaço Holístico)

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“Aprenda a limpar sua mente todos os dias. Pensamentos negativos poluem a mente e alimentam sentimentos negativos, e esses comandam seu corpo que responde ao seu desejo com dor e sofrimento. Lembre sempre, o seu desejo é uma ordem, o seu pensamento manda a informação e o seu corpo obedece. Limpe sua mente todos os dias antes de dormir e durma somente com pensamentos e sentimentos positivos. Você decide o que quer gerar para viver bem.” Karina Braga e Roberta Forastieri, designers do ser humano (Humanocenter)

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“Fazer exercícios traz benefícios para pessoas de todas as idades. Realize uma avaliação física, estabeleça metas, procure um profissional e escolha uma atividade que te traga felicidade. Além disso, divulgue seus resultados; as pessoas ao seu lado vão sentir a energia e querer ser ativas também.” Daniele Mafra – educadora física (Persona Avaliação Física)

“Observe seus pensamentos e aceite que eles vem criando suas experiências a todo o momento. Reconheça que por trás de um sentimento você SEMPRE encontrará um (ou mais) pensamento (s). Escolha pensamentos que o façam sentir-se bem. Não estou falando de positivismo, mas sim de consciência. Assim, ao acordar coloque um sorriso no rosto e diga: “hoje escolho pensamentos bons!” Amarilis Castro (Dak) , psicóloga e terapeuta holística


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“Um pessoa pra Viver Bem precisa do método 3D - Desapego (de antigos hábitos), Disciplina (fazer todo dia), Disposição (fazer e achar bom).” Fabiana Gondim, esteticista (Clínica Therezinha Gondim)

para Viver Bem “Desta vida não se leva nada, mas podemos deixar muita coisa, então vamos fazer o melhor.” Seve Cunha Mestre de yoga e shiatsu (Espaço Corpomente)

“Ao longo de nossas existências, assimilamos muitos milhares de condicionamentos, que nos distanciaram e distanciam cada vez mais de nós mesmos, atrás de um único objetivo: amar e ser amado. Para viver bem, rompa com tudo isso que não é você. Aceite-se como é. Você é maravilhoso, perfeito, exatamente como é. Não como fizeram-no acreditar que deveria ser.” Élcia Luz, terapeuta holística

“O ato inaugural da vida, o primeiro choro de um recém-nascido, é interpretado como pedido de comida e o seio materno oferecido vem atrelado a sensações, aconchegos e afetos, que são bem aceitos como resposta satisfatória a essa primeira demanda. Após a retirada do leite materno, garfadas e garfadas são consumidas a cada dia e são muito bem avaliadas pelo nosso sistema imunológico(defesas) como promotoras de saúde ou doenças. Assim, adote um cardápio cotidiano tendo como base frutas,legumes,verduras variadas,cereais integrais, carne e laticínios orgânicos, e reduza ao máximo alimentos processados,para uma melhor qualidade de vida ao longo dos anos.” Graça Morais, nutricionista (Clinam)

“Uma postura bem trabalhada, com harmonia entre flexibilidade, equilíbrio e força, possibilita desde a realização das atividades diárias como ir ao supermercado, carregar o filho no colo ou estar a frente do computador, até a prevenção de dores causadas pelo desgaste das vértebras, que surgem com o passar do tempo. Então, a minha dica é essa: cuide da sua postura para Viver Bem.” Ingrid Meneses, fisioterapeuta e professora de pilates

EM REVISTA

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Cedida

Todo final de ano artigo

Por Daniela Medeiros - daniellamedeiros@hotmail.com

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Todo final de ano, nossas expectativas vão para cima. Desejamos que o próximo seja melhor e cheio de mudanças. Porém, o que nos acontece é que o ano passa voando e pouca coisa muda. Continuamos com a mesma atitude, o que termina nos deixando infelizes. Então, vamos aproveitar 2012 para botar para quebrar e declarar para o mundo que somos apaixonados pelo que fazemos. Uma boa sugestão é ler o livro “Organize sua vida em 21 dias”. Nele, você encontra um direcionamento do que fazer nestes últimos dias do ano, para começar o próximo com toda energia e poder afirmar em dezembro de 2012 que você renasceu porque vivenciou seus desejos mais profundos. Agora, escreva em um papel as dez coisas que mais ama fazer e as dez coisas que mais odeia. Trate de se libertar das que não gosta. Tire essa mochila pesada que você teima em carregar achando que está ajudando outras pessoas. Lembre que são SUAS costas as mais prejudicadas! Eu não gosto de ir a salão. Ia para ficar dentro de um padrão de beleza. Agora, prefiro pegar o tempo que investia no salão e aproveitá-lo em um banho de mar! Não gosto de falar muito ao telefone.

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Então, prefiro marcar um happy hour e conversar pessoalmente com as pessoas que eu gosto. Agora, se dê ao luxo de curtir as dez coisas que mais ama fazer. Dedique mais da metade de seu dia para essas dez coisas e dê adeus para o mau humor e a insatisfação. Eu gosto de escrever, conhecer pessoas novas e de cozinhar. Nos dias que não faço isso, acho que des-

“De acordo com estudos da neurociência, 21 dias é o tempo necessário para se adquirir um novo hábito” perdicei um dia de vida e sempre me pergunto: O que foi que eu fiz hoje? Não dediquei nem cinco minutinhos a fazer o que gosto? Não prestei atenção e deixei o dia passar assim? Você tem desperdiçado seus dias com coisas que não gosta? Está na hora de reverter esse quadro, colocar vibração em sua vida e substituir “não posso” por POS-

SO; “não consigo” por CONSIGO; e “não mereço” por MEREÇO! Ter essa atitude por um dia é fácil. Por isso que a proposta do livro “Organize sua vida em 21 dias” é de 21 dias praticando exercícios mentais para que você continue na rota de sua paixão. De acordo com estudos da neurociência, 21 dias é o tempo necessário para se adquirir um novo hábito. Você fez isso, sem saber, quando começou a escovar os dentes diariamente ou pentear os cabelos ou beber água. A proposta do livro é que você realmente tenha a rotina de realizar as coisas que você gosta de fazer. Como eu sei que isso é possível? Porque foi possível para mim! No livro, eu conto como. Nele, descrevo como foi que esse despertar aconteceu comigo e como vai acontecer com você! Nos encontramos lá!



mundo a fora 26

Viver Bem enseja uma gama de opções Por Nélio Júnior

Aos leitores fiéis desta revista, acredito que já ficou claro que viver bem é, antes de tudo, uma escolha. Vive-se bem em qualquer lugar e a qualquer tempo com a mudança de atitudes diárias e cotidianas que, às vezes, nos impedem de vislumbrar o quão maravilhoso é o minuto que está por vir e a sua infinita possibilidade de mudança. O meu minuto veio dentro de um carro ao ouvir as palavras de uma amiga. Ela disse - “Está na hora de você fazer a viagem que sempre sonhou”. Concordei. A partir daí foi organizar as tarefas até chegar o dia de embarcar para o destino que desejava há tantos anos: Toronto – a maior cidade do Canadá. Viajar alimenta a alma e mexe com a gente em todos os sentidos. Comigo não foi diferente, é claro. Um programa de imersão, como esse, serve para repensar muitas coisas e também solidificar aquilo que sempre foi importante para mim, como o amor da minha família e dos meus amigos. A escola faz a sua parte. Eu estudo na ILAC, uma das maiores escolas de inglês do Canadá, e que conta com

uma estrutura extraordinária para receber alunos do mundo todo. São mais de 70 nacionalidades andando e interagindo pelos corredores, e os brasileiros contam com um atendimento especial por aqui. Muito bom mesmo. Eu sempre imaginei que intercâmbio fosse direcionado para adolescentes, mas para quem, como eu, já passou da casa dos 30, eu garanto que é uma experiência única. Muita gente aproveita as férias de um mês para passar 4 semanas imerso em uma outra cultura.

No caso de Toronto, a cidade é um pólo de cultura e diversidade com cartões postais de tirar o fôlego e, assim como ela, existe um mundo inteiro para desbravar e conhecer. Vamos lá?



Cedida

Léo Lima Educador Físico, pós-gradu-

Pergunte ao personal 28

ado em Reabilitação cardíaca e Grupos Especiais pela Universidade Gama Filho. Profissional credenciado pela escola de Treinamento Funcional CORE 360º. Coordenador da academia HI-FIT e o STUDIO HI30.

1. Não gosto de musculação. O que posso fazer para aumentar a massa muscular? Fátima Joana – por e-mail

3. Gostaria de saber se fazer musculação em forma de circuito, sem parar, ajuda a emagrecer mais rápido. Sandro Barros – por e-mail

Existem várias modalidades que podem ser praticadas para esse fim, como a ginástica localizada, que utiliza sobrecarga menor e maior repetição. Você pode participar também das aulas de Body Pump, treino funcional e outras. Mas se você pretende um aumento considerável de massa muscular, precisa engolir o orgulho e assumir a musculação como “remédio controlado” para o resto de sua vida, se empenhar e obter os resultados desejados, afinal, nem todo “remédio” tem um sabor agradável, mas não deixa de ser eficaz.

Essa é a melhor forma que existe em termo de treinamento quando o objetivo é estimular o ganho de massa, aumentar o gasto calórico, aumentar o metabolismo basal, aumentar o VO2 (capacidade de captar, transportar e utilizar o oxigênio), reduzir o tempo de treino e de permanência na academia. É importante que esse treino tenha sua intensidade controlada pela frequência cardíaca, e aí vale aquele velho parâmetro de frequência, 70 a 85% da frequência cardíaca máxima para otimizar o gasto calórico (Frequência Cardiaca Máxima=220-idade). Para melhorar ainda mais essa tipo de treino, você pode colocar em seus intervalos uma atividade aeróbica, mantendo uma intensidade entre 80 e 95% da frequência máxima. Mas para isso tem que estar com o exame cardíaco em dia, ok?

2. Sou muito magra, tenho dificuldade para engordar. Posso praticar corrida? Kalina Furtado – por e-mail É preciso desmistificar essa questão de que correr emagrece e treinar musculação “engorda”. A principal diferença que faz uma atividade (seja ela qual for) emagrecer ou aumentar o peso é o quanto de caloria você gasta na atividade e o quanto você ingere com a alimentação. No entanto, pessoas mais esguias, de membros mais alongados e com dificuldade de ganho de massa muscular e gordura subcutânea, como deve ser seu caso, seria necessário fazer atividades com menor gasto calórico e maior ênfase na sobrecarga. Mas o principal ponto é: se você gosta de correr, minha amiga, não sou eu nem ninguém que poderá te impedir ou dizer que não deve; o importante é termos prazer no que estamos fazendo, daí fazemos melhor!

EM REVISTA

4. Quero muito emagrecer. É indicado fazer musculação e spinning no mesmo dia? Carla Ribeiro – por e-mail Se você treina apenas três vezes em dias alternados, os dois podem ser feitos no mesmo dia porque terá um repouso adequado no dia seguinte. Mas se treina de quatro a cinco dias, procure alternar um dia de musculação com um dia de spinning, podendo deixar a quarta-feira para repouso total do corpo. Lembrando que é sempre interessante aliar a um trabalho de emagrecimento com spinning e musculação, uma dieta equilibrada, para evitar uma redução no rendimento, queda no metabolismo e retardar a perda de gordura.



beleza

1. Você tem algum ritual para manter a beleza da pele e do cabelo? Nos cabelos uso Joico, Schuwarzkopf ou Cris Dios Organics. No rosto uso loção Secatriz da Dermatus para acne; Triluma alternado com Vitanol Gel para manchas; creme D’Elegance Repaisteur KIEHL’S para revitalizar. Na área dos olhos uso Revitalift Lóreal Roll On. Não abro mão também do pó compacto com FPS 30 da ADCOS.

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2. Como é sua alimentação diária? Devido a alimentação do meu esposo Frederico, aqui em casa atualmente todos comemos pão, arroz e macarrão integral e estamos acrescentando cada vez mais o peixe. 3. Qual a sua atividade física preferida? A preferida é o patins (sonho de consumo). A que realizo é ir para o trabalho caminhando. 4. O que gosta de fazer no tempo livre? Ficar em casa com a família e assistir televisão. 5. Como será a Fabiana daqui a 20 anos? Daqui a 20 anos terei várias ruguinhas, mas ainda serei muito bem humorada. Afinal, essa é a verdadeira fonte da juventude. 6. O que é Viver Bem pra você? Viver Bem para mim é ser dedicada à família e a família ser dedicada à você.

Fabiana Gondim EM REVISTA

Quando o assunto é beleza ela fala com propriedade. Fabiana Gondim começou a trabalhar na área aos 13 anos, depois que sua mãe faleceu. No início fazia depilação. Depois veio a estética facial e corporal. Hoje coordena as equipes da Clínica Therezinha Gondim e do Chic Coifeur. Viaja bastante por todo o país, para divulgar e treinar equipes que utilizam o Hair Size, uma ferramenta criada por ela, que trabalha a sustentabilidade nos salões de beleza. Casada com o consultor Frederico Alecrim e mãe de duas filhas adolescentes, Renata e Bruna, ela valoriza a simplicidade da vida e garante que o bom humor é a verdadeira fonte da juventude.



qualidade de vida

Em busca do peso ideal

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É difícil praticar atividade física com excesso de peso. Por outro lado, se você não coloca o corpo em movimento, o metabolismo desacelera e o ponteiro da balança só aumenta. Algo precisa ser feito para quebrar esse ciclo vicioso. Que tal começar agora? EM REVISTA


“O Muay Thai me fez ter vontade de fazer atividade física, coisa que eu antes não tinha. Eu me encontrei”

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Tirzah Petta, bióloga molecular

Por Shâmala Jewur Pelo menos duas vezes por semana a bióloga molecular Tirzah Petta, 32, sai do trabalho direto para a academia e durante 1 hora se entrega aos golpes do Muay Thai. Quem vê tanta disposição nem imagina que a atividade física começou a fazer parte da sua vida há apenas 2 meses. Ela nunca foi adepta da prática de exercícios. Não sentia vontade, nem prazer em suar a camisa. Até que se viu com 16kg a mais, herança da gravidez do seu primeiro filho, e decidiu que era hora de mudar de hábitos. Se matriculou na aca-

demia para fazer spinning, mas foi nos golpes ágeis do Muay Thai que mais se identificou. “Além da perda de peso, o Muay Thai me fez ter vontade de fazer atividade física, coisa que eu antes não tinha. Eu me encontrei”, comemora. Infelizmente, poucas pessoas têm a mesma reação que a bióloga Tirzah Petta teve ao perceber os quilinhos a mais. Os dados são alarmantes: 48,1% dos brasileiros (52,1% homens e 44,3% mulheres) estão com excesso de peso. É o que aponta um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, em 2010, com mais de 50 mil adultos, nas 27 capitais do país. A alimentação inadequada não é a única motivação do alto índice de pessoas acima do peso ideal, no país. O sedentarismo, ou seja a ausência da prática de atividades físicas na rotina, também figura entre as causas responsáveis pela elevada parcela de pessoas com excesso de peso. Ana Carolina, 30, é uma delas. Ela conta que o primeiro regime que fez, foi aos cinco

anos de idade, quando, na primeira ida ao endocrinologista, descobriu que tinha obesidade infantil. “A minha infância foi bem problemática em relação a isso. Sempre tive dificuldade de manter o meu peso. Fiz milhões de dietas. Eu emagreço, 15, 20, 30 kg e volto a engordar tudo de novo; a vida inteira foi assim”, conta Ana. Ela também afirma que a prática de exercícios físicos na infância não era suficiente para perder o peso em excesso. O endocrinologista Carlos Alexandre explica que são inúmeros os motivos que levam à dificuldade encontrada por muitas pessoas de emagrecer. Um deles está relacionado ao ritmo do metabolismo, reações internas no organismo, que variam de pessoa a pessoa. “Têm pessoas que possuem o metabolismo mais rápido e, assim, conseguem colocar mais calorias para fora nas reações internas. Já outras, têm o metabolismo mais preguiçoso e são essas pessoas que têm uma dificuldade maior de perder peso.” EM REVISTA


Movimente-se

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Não é de hoje o consenso de que praticar atividades físicas é um dos ingredientes fundamentais para o emagrecimento. No entanto, a dificuldade de aliar as restrições na dieta e o exercício físico acaba se convertendo em desestímulo para os que desejam entrar em forma. O educador físico Willian Marinho ressalta a importância das atividades físicas dentro de um programa de emagrecimento. “O exercício pode influenciar o peso corporal sob três formas diferentes: a prevenção do ganho de peso, o tratamento da obesidade e a manutenção do peso corporal desejável. Para isso, é de extrema importância que haja uma mudança radical no estilo de vida”, explica o educador físico. Mas, ao contrário do que muitos chegam a pensar, para iniciar a mudança não é preciso muito sacrifício, e sim força de vontade. O educador físico recomenda a essas pessoas que procurem por uma orientação médica, como o primeiro passo em busca do emagrecimento. Depois, o papel de um nutricionista é fundamental para a reeducação alimentar, e, por fim, as

atividades físicas devem ser orientadas somente por profissionais da área. “A boa orientação faz toda a diferença”, frisa. Ele também recomenda que devem ser praticadas atividades físicas que se identifiquem com o estilo de vida de cada pessoa. Lembram da Tirzah do início da reportagem? Em apenas 2 meses praticando Muay Thai conseguiu emagrecer 5 quilos. O auxiliar operacional Arnaldo Júnior, que pesava 135 quilos, perdeu 35 kg em apenas cinco meses. Como? Aliando alimentação saudável e exercícios físicos. Ele conta que o proces-

so de perda de peso não foi fácil, pois as restrições alimentares somadas ao stress do trabalho o deixavam muito ansioso. “Para diminuir a ansiedade, recorri à acupuntura”, completa. Começou a caminhar só depois de ter emagrecido mais de 20kg, para não correr o risco de lesões, já que sentia muitas dores nas articulações e exercia a atividade com muito cansaço. Hoje, Arnaldo alia a atividade aeróbica à musculação, com o objetivo de enrijecer o corpo e combater a flacidez. “Quero chegar aos 80 kg e manter o peso.”

“O exercício pode influenciar o peso corporal sob três formas diferentes: a prevenção do ganho de peso, o tratamento da obesidade e a manutenção do peso corporal desejável” Willian Marinho, educador físico EM REVISTA


E a musculação? Encarada por muitas pessoas como um obstáculo e não uma atividade a favor da perda de peso, a musculação, muita vezes, é deixada em segundo plano pelas pessoas que desejam emagrecer. Para o pesquisador do Grupo de Estudos Avançados em Saúde e Exercício da UNB, Paulo Gentil, tal pensamento é equivocado. “Muitos esquecem é que 20% do nosso gasto energético de repouso vêm da construção protéica. Dessa forma, fazer com que seu corpo construa proteína também faz com que ele gaste mais energia. Inclusive, se ele precisar de energia adicional nesse processo, ele a obterá justamente por meio da degradação do tecido adiposo”, explica. Segundo o pesquisador, a queima de calorias obtida através da musculação se trata de um processo contínuo. “Durante sua realização, a musculação promove alterações no metabolismo que fazem nosso corpo utilizar mais gordura por muitas horas, ou até mesmo dias, após o término da atividade”, completa. Para quem está muito acima do peso e deseja incluir a musculação no programa de emagrecimento, Paulo Gentil orienta: “Na musculação, o programa deve começar por uma fase de adaptação, para preparar músculos e articulações para os trabalhos futuros. Nessa fase, serão utilizados exercícios básicos direcionados para os principais grupamentos musculares, com cargas relativamente baixas. Depois o programa evolui até chegar à realização de exercícios com cargas altas, também sobe a velocidade de execução e se reduz os intervalos entre as séries. Mas é essencial que tudo isso seja acompanhado de perto por um professor de Educação Física, para que os resultados sejam assegurados sem exposição a riscos”.

“A musculação promove alterações no metabolismo que fazem nosso corpo utilizar mais gordura por muitas horas, ou até mesmo dias, após o término da atividade”

Prevenindo as lesões Tendinites nos joelhos e tornozelos, dores musculares e, principalmente, na coluna. Estas são as principais lesões que podem surgir durante a prática de exercícios. Tais resultados indesejáveis são alguns dos principais fatores que levam muita gente ao desestímulo e ao consequente abandono da rotina de exercícios. De acordo com o médico especialista em medicina esportiva Fábio Romualdo, as lesões surgem com mais frequência durante o período de transição entre o estado de repouso do corpo e o início das atividades, momento em que as articulações costumam ser sobrecarregadas. “Quando você é sedentário, seu corpo se acostuma com um determinado gasto de energia e na hora que você coloca uma proposta de exercício, ele sai de uma zona de conforto para buscar outra zona de conforto. A principal dica é respeitar o seu organismo”, explica. Para que você comece o seu programa de emagrecimento com saúde, Dr. Fábio Romualdo mostra o caminho: 1º) É preciso que o sedentário se conscientize de que é uma pessoa doente; 2º) Procure uma avaliação médica para descartar algum problema que o impeça de fazer exercícios. Endocrinologistas, ortopedistas, cardiologistas e médicos do esporte fazem muito bem esse papel; 3º) Tenha uma rotina de exercícios. 30 minutos por dia, 5 vezes por semana já é suficiente; 4º) Comece com exercícios de baixo impacto, como hidroginástica, natação e caminhadas. “A meta não deve ser medida em peso, mas em quantidade de exercícios.”

Paulo Gentil, educador físico EM REVISTA

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Arnaldo Júnior: “Estou mais disposto. Até meu desempenho sexual melhorou”.

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Além do emagrecimento O endocrinologista Carlos Alexandre ressalta que o papel da atividade física no tratamento da obesidade e do sobrepeso vai muito além da perda dos quilinhos indesejáveis. “A maioria das pessoas, quando faz uma dieta para emagrecer, fica deprimida. As atividades físicas têm o mérito de despertar o bem-estar e anulam a depressão que a dieta traz”, diz. Mas não é só isso. Os efeitos da prática de atividades físicas também se refletem diretamente na qualida-

de de vida das pessoas. Ana Carolina conheceu o pedal de aventura aos 27 anos. E foi através das pedaladas que descobriu a importância de praticar exercícios físicos. Hoje, aos 30 anos, costuma correr e não quer mais ficar parada. “Não sabia que o esporte era tão bom. Quando eu estou ativa eu fico menos mal-humorada e até mais simpática”, confessa. Depois que se identificou com o Muay Thay, Tirzah também sentiu no dia-a-dia, os reflexos da prática de

“A maioria das pessoas, quando faz uma dieta para emagrecer, fica deprimida. As atividades físicas têm o mérito de despertar o bem-estar e anulam a depressão que a dieta traz” Dr. Carlos Alexandre, endocrinologista EM REVISTA

exercícios. “Quero continuar fazendo atividades físicas, não só para emagrecer. Até mesmo com o meu filho eu sinto uma disposição maior. Hoje vou ao parque, à praia com ele, consigo fazer várias coisas. Melhorou tudo.” Arnaldo também sentiu a diferença no condicionamento físico, depois que começou a se movimentar. “Minha auto-estima melhorou. Estou mais disposto. Também senti muita diferença na respiração e até meu desempenho sexual melhorou”, conta.



saúde 38

Proteção solar Por Dênia Cruz

EM REVISTA


Morar em uma cidade com sol quase o ano inteiro tem suas vantagens. É um convite permanente ao lazer nas praias, mas, também, um perigo constante a excessiva exposição aos raios solares. A fotoproteção recomendada pelos médicos deve ser uma ação diária na vida de todos, da primeira infância até a melhor idade

Você passou protetor solar hoje? E ontem? Lembra quando fez isso pela última vez? Talvez, naqueeeeele dia que foi a praia no verão passado, acertei? Provavelmente, você já sabe que o uso do protetor solar é importante, mas por que não faz uso dele com frequência? Calma, não precisa se sentir culpado, você não está sozinho. Pesquisas revelam que aqui no Brasil, 70% dos homens e 60% das mulheres não usam nenhuma proteção solar. E é aí que mora o perigo. Esse é um dos fatores que mais contribuem para o aumento dos casos de câncer de pele no país. O INCA - Instituto Nacional de Câncer - estima que 130 mil novos casos surgirão em 2012. Para não fazer parte dessa estatística, é importante se cuidar. A chegada de mais um verão é uma ótima oportunidade para você começar a se proteger do sol e, assim, preservar sua saúde. Como a pele é o órgão do corpo que mais sofre com a exposição ao sol, é com ela que devemos ter mais cuidados quando o assunto é radiação solar. Os danos causados pela exposição solar excessiva têm efeito cumulativo que levam ao foto envelhecimento e podem causar câncer de pele. “Nas últimas décadas o número de casos da doença tem aumentado muito, e sabemos que medidas simples, mudanças de hábitos ajudam a diminuir consideravelmente a probabilidade desse tipo de câncer”, explica a dermatologista Kelly França, que faz questão de alertar que a proteção ao sol deve começar desde que nascemos e seguir por toda a vida. Colo, pescoço, orelhas, mãos, braços, rosto e o couro cabeludo, em pessoas carecas, são as áreas do corpo mais expostas ao sol, por isso merecem atenção especial. Para protegê-las pode-se recorrer a chapéu, guarda-sol, roupas e, claro, o protetor solar. EM REVISTA

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“O olho humano é um órgão delicado, e luz no olho promove danos de dois tipos: técnicos e danos termoquímicos” Dr. Marcelo Faria, oftalmologista

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Os olhos também precisam de proteção Assim como a pele, os olhos também sofrem com a exposição excessiva ao sol. Os danos são cumulativos e antecipam doenças que poderiam só aparecer numa idade mais avançada, como é o caso da catarata. O sol deixa o cristalino dos olhos opaco e turvo, dificultando a visão, como se tivesse uma cortina. A catarata é comum depois dos 60 anos, mas, sem fotoproteção, o problema pode surgir até mesmo antes dos 50 anos. Outro problema causado pelo

excesso de sol é a degeneração macular. A mácula é responsável por 80% da visão; sua degeneração afeta a visão para imagens distantes e próximas, dificultando o reconhecimento de detalhes das coisas. “As pessoas acham que só no verão há risco, mas a incidência de luz, de raios solares, é uma constante o ano inteiro, por isso temos que ter cuidados sempre. O olho humano é um órgão delicado, e luz no olho promove danos de dois tipos: técnicos (que podem provocar

Escolhendo o filtro solar Ao escolher um filtro solar devemos ter atenção ao FPS (Fator de Proteção Solar). Este é o indicador que informa a capacidade de proteção contra os raios UVs (15, 30, 45, 50, 60) Peles mais claras necessitam de fatores de proteção maiores, como o 50 e o 60. Para peles morenas é indicado o uso do FPS 15 ou 30, e mesmo pessoas de peles negras devem se proteger dos raios UVs, usando fator 15. EM REVISTA

Os dermatologistas recomendam que a aplicação seja feita 30 minutos antes da exposição solar. “Infelizmente nós não usamos o protetor solar na quantidade correta para ter uma proteção segura; devemos reaplicá-lo a cada duas horas (é o tempo eficaz de proteção dos filtros na pele). A reaplicação deve ser feita também após os banhos ou transpiração excessiva”, orienta Dra. Kelly.

uma queimadura) e danos termoquímicos (que atingem as células da retina), e os efeitos podem ser irreversíveis”, orienta o oftalmologista Marcelo Faria. De acordo com o ofalmologista, a proteção básica para os olhos é o uso de óculos escuros todos os dias. Mas as lentes têm que ter tratamento UVA e UVB, inclusive nos óculos de grau. O uso de chapéus ou bonés também impede a incidência direta da luz nos olhos.


Aliados da fotoproteção Roupa com proteção solar não é artigo de luxo como muitos pensam. Está bem acessível e é um acessório de fotoproteção fundamental. Aqui em Natal, podemos encontrar vários artigos na Biocosméticos, loja especializada em produtos com fotoproteção. São roupas (legs, blusas, camisas), bonés e chapéus nas linhas feminina, masculina e infantil. Os produtos proporcionam o bloqueio dos raios UVA e UVB em até 98%, e os tecidos ainda contém agente bacteriostático, que elimina o odor da transpiração. A empresária Isabelle Louise destaca que o fator de proteção das roupas não tem validade, dura a vida útil do produto. “Já estamos no mercado há 5 anos, e o que percebemos é que a procura está crescente. Os dermatologistas estão recomendando muito o uso de roupa com fotoproteção, diante do crescente número de casos de câncer de pele. Não há restrição quanto ao uso; todas as idades podem utilizar, de crianças a adultos. É uma proteção constante contra os raios UVs e o envelhecimento precoce da pele”, explica a empresária. Isabelle lembra ainda que o cloro da piscina e o sal do mar não danificam o tecido das roupas, não é preciso tirá-las quando for mergulhar, pois a fotoproteção é permanente.

“Não há restrição quanto ao uso; todas as idades podem utilizar, de crianças a adultos. É uma proteção constante contra os raios UVs e o envelhecimento precoce da pele” Isabelle Louise, empresária

OS BENEFÍCIOS DO SOL Sim. O astro-rei também tem seu lado bom para a saúde. Isso porque sem os raios ultravioletas nosso corpo simplesmente não conseguiria sintetizar a vitamina D em quantidades suficientes. Essa vitamina está relacionada a uma série de funções do organismo e, apesar de ser nutriente, quase não é fornecida pela alimentação. Por isso, os raios do sol são bem-vindos. Os estudos da Sociedade Brasileira de Dermatologia constataram que 10 minutos diários de exposição ao sol, duas vezes por semana, em uma área equivalente a região facial, são o suficiente para o organismo se abastecer de Vitamina D e dos benefícios que ela proporciona à saúde. Veja alguns deles: • Atua contra a osteoporose; • Ameniza os sintomas da TPM; • Fortalece o cérebro; • Ajuda a manter os dentes sadios; • Protege o organismo contra alguns tipos de câncer; • Diminui os riscos de diabetes, hipertensão e depressão.

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alimentação 44

Frutas secas ou desidratadas Por Patrícia Gabriela Soares

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Práticas, saborosas e muito saudáveis, elas devem ser consumidas durante todo o ano


O consumo de frutas secas ou desidratadas surgiu durante a Primeira Guerra Mundial pela necessidade de alimentação das tropas em combate, que precisavam dos diversos nutrientes para produzir com maior eficiência, já que, durante uma guerra, os homens são exigidos ao extremo,fazendo longas caminhadas e passando várias horas ou até dias sem dormir. Ao longo do tempo, o desenvolvimento tecnológico foi atingindo números bem significativos e cada vez mais a desidratação de frutas e vegetais ganhou força, deixando o papel de alimento voltado para soldados em combate e passando a assumir um expressivo espaço comercial na sociedade civil. Hoje, esse tipo de alimento vem a cada dia ganhando mais espaço na mesa dos brasileiros e não só nas festas de final de ano, como eram mais comuns. As frutas secas, segundo a nutricionista Érika Melo, são ótimas opções para sobremesas, lanches, intervalos de refeições e são fáceis de serem levadas na bolsa ou deixadas na gaveta do escritório, por exemplo. A vantagem ainda é que, além de práticas, elas contêm quase todos os nutrientes das frutas in natura, duram bem mais e são saudáveis. Portanto,

podem e devem ser inseridas no cardápio diário. “Fica difícil deixar frutas naturais no carro, pois podem estragar mais facilmente, por isso as frutas secas fazem parte da minha rotina”, diz a arquiteta Camila Groff, que encontrou nas frutas secas uma opção saborosa e nutritiva para se alimentar. A arquiteta Candice Allis, que tem família de origem inglesa, já possui o hábito de consumo das frutas secas como algo natural e cultural. Em sua casa, elas estão presentes nas principais refeições diárias e na maioria das receitas durante todo o ano. Para ela, é bem melhor do que recorrer a refrigerantes, frituras e outros lanches menos saudáveis. “Tem sempre um recipiente com damascos secos na sala da televisão; se tenho vontade de comer algo recorro a elas. Não troco por uma coxinha jamais”, conta a arquiteta. Diversas frutas podem ser consumidas na versão desidratada: damasco, abacaxi, ameixa, banana, laranja, maçã, mamão, pêra, tâmara, uva passa, entre outras. Elas são fontes de fibras, vitaminas e minerais, atuam na beleza da pele, cabelo, unhas e melhoram o funcionamento do intestino. Sem falar que, segundo a nutricionista Érika Melo, para os praticantes de atividades

físicas, o consumo dessas frutas antes do treino é excelente. “Elas oferecem em pouco volume uma quantidade satisfatória de carboidratos, o que potencializa o exercício físico”, esclarece. A nutricionista faz um alerta quanto ao consumo diário por pessoas diabéticas. “Por mais que as frutas secas não tenham açúcar, o carboidrato delas é simples e de rápida absorção, que vai se transformar em açúcar do sangue normal. Por isso, eles devem optar pelas frutas desidratadas na versão Diet, que já passou por um processo diferenciado próprio para esses pacientes”, orienta.

“Fica difícil deixar frutas naturais no carro, pois podem estragar mais facilmente, por isso as frutas secas fazem parte da minha rotina” Camila Groff, arquiteta

“Se tenho vontade de comer algo recorro a elas. Não troco por uma coxinha jamais” Candice Allis, arquiteta EM REVISTA

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Secas ou cristalizadas?

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É comum as pessoas confundirem as frutas secas com as frutas cristalizadas. Tanto a cristalização quanto a desidratação são formas de conservação, porém utilizam métodos diferentes. A fruta torna-se seca quando é retirada parte da água contida quando ela está madura e fresca, através do processo de desidratação. Este processo pode acontecer de forma natural, com exposição ao sol, ou de maneira artificial, através de vapor, estufas, etc. Já para a cristalização é necessário submeter as frutas a um processo que consiste em fervê-las várias vezes, em sequência, em uma calda espessa, até que o suco seja substituído por açúcar. Dessa forma, explica Érika Melo, elas se tornam mais calóricas e menos saudáveis do

RAIO X DaMasCO: Contém também grande quantidade de ferro, fundamental no transporte de oxigênio para as células. Essa versão é pouco calórica e altamente nutritiva.

que as frutas secas ou desidratadas. Mas, não se iluda, essas apetitosas frutinhas mesmo secas, também escondem grandes quantidades de calorias, chegando a cinco vezes o número de calorias da versão fresca. Enquanto 100g de ameixa seca tem 233 kcal (quilocalorias), a ameixa fresca chega a 55 kcal; a tâmara fresca tem 178 kcal, já a desidratada, 280 kcal em 100g. Por isso, seu consumo deve ser moderado, para que não acabe prejudicando a dieta.

uva Passa: O grande efeito dessa fruta é seu poder cicatrizante. Auxilia no combate à anemia, às doenças renais, e ainda ajuda no controle da pressão arterial. aMEiXa: É rica em fibras que propiciam o bom funcionamento do intestino. Sua ingestão é recomendada para pessoas cardíacas ou com arteriosclerose, sendo útil também no combate a anemia e bronquite.

Balancear é preciso! É importante ressaltar também a importância do consumo das frutas frescas, que além de terem todos os nutrientes preservados, o teor de água delas ainda ajuda a repor perdas hídricas do organismo, principalmente no verão. A nutricionista Érika Melo lembra ainda que não se deve consumir frutas secas em substituição a nenhuma refeição diária. Elas podem e devem ser consumidas entre as refeições, inseridas em preparações, como saladas, por exemplo, mas jamais como um prato principal.

tÂMara: É indicada para quem sofre de alterações hepáticas e de anemia. Atua também como suave laxante. Maçã: Possui alto teor de fibras e é composta por antioxidantes, substâncias que protegem o organismo dos radicais livres.

“Não se deve consumir frutas secas em substituição a nenhuma refeição diária” Érika Melo, nutricionista EM REVISTA

Banana Passa: É indicada para prevenir cálculos renais, problemas hepáticos, doenças do estômago, tuberculose e anemias.

aBaCaXi: Possui a enzima bromelina, que atua no sistema digestivo favorecendo a digestão e o emagrecimento. Também possui propriedades anti-inflamatórias.



infância 48

O verão das crianças

Por Shâmala Jewur

É verão. É tempo de férias, praia e muita diversão. Nós preparamos um manual com orientações para que a estação preferida da criançada seja saudável e inesquecível EM REVISTA


Alimentação, vestuário, viroses... São incontáveis as preocupações dos pais na hora de arrumar as malas dos seus filhos rumo ao veraneio. A universitária Lucila Kathy é mãe dos gêmeos Giórgio e Sophia, de 4 anos. No ano passado eles passaram as férias

inteiras numa casa de praia. Roupas claras e leves foram os itens prioritários na bagagem dos dois irmãos: “Quando fui fazer as malas me preocupei em colocar apenas roupinhas de algodão, de cores claras e fresquinhas, regatas e shorts”, comenta. O calor da praia também foi um pré-requisito para a arquiteta Rafaela Dantas, durante a escolha das roupinhas da sua filha Marina, de um ano e seis meses, antes de passar todo o mês de janeiro em um apartamento à beira-mar, na praia de Pirangi. “Só queria levar coisas que ela realmente fosse usar. Até porque tinha muita gente. Muita coi-

sa que ela tinha aqui não iria usar na praia”, conta. De acordo com o pediatra Ney Fonseca, o vestuário da criançada que irá desfrutar o verão deve ser cuidadosamente selecionado pelos pais, para que as roupas não se tornem um empecilho à diversão na praia. “Os óculos de sol podem também ser usados. Hoje, estão disponíveis no mercado aquelas camisetas que filtram os raios ultravioletas e também previnem as queimaduras. Não só as camisetas, como os chapeuzinhos e protetores para cabeça, que protegem do calor e dos efeitos nocivos do sol”, orienta o pediatra.

já tem 1 ano e seis meses, mas ainda tenho dúvidas em relação ao protetor solar. Como ela nunca usou, realmente eu não sei se posso comprar agora”, revela a mãe. Para compensar a falta do filtro solar, Rafaela aposta no uso dos chapeuzinhos. Além disso, em todos os passeios na praia com a filha, o guarda-sol é um companheiro inseparável. O pediatra Ney Fonseca explica que o uso do filtro solar deve ser feito a partir dos seis meses de vida do bebê. Mesmo assim, após esse período, a exposição solar deve ser cautelosa e os pais devem optar pelos filtros solares apropriados para o público

infantil, além de renovar a aplicação após o banho de mar ou de piscina. Para as mães como Rafaela, que acreditam que é possível dispensar o uso dos filtros solares enquanto os filhos estiverem protegidos pela sombra, o pediatra alerta: “O calor vem por convecção, e queima a criança tanto quanto se ela estivesse exposta ao sol”.

Lá vem o Sol É impossível pensar no verão sem lembrar o principal agente responsável pelo calor e pela alegria da estação, o Sol. Mas, o astro-rei é um motivo de preocupação a mais para muitos pais que desejam levar os seus filhos à praia nessa época do ano. É importante ficar atento aos horários apropriados para a exposição (nunca entre 10h e 15h) e usar protetor solar sempre. No verão passado, quando passou o mês inteiro na praia, Marina tinha apenas 9 meses. Sua mãe seguiu o conselho da avó e decidiu usar filtro solar só depois que a pequena completasse 1 ano de vida. “Hoje Marina

“Só queria levar coisas que ela realmente fosse usar. Muita coisa que ela tinha aqui não iria usar na praia” Rafaela Dantas, arquiteta EM REVISTA

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É virose?

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Bem diferente das gripes, asmas ou alergias respiratórias que geralmente acometem as crianças durante o inverno, as viroses que costumam aparecer no verão estão associadas, principalmente, ao sistema gastrointestinal dos pequenos. O pediatra Ney Fonseca afirma que estas são as chamadas enteroviroses. “Quando vai chegando o verão, muda radicalmente a patologia e começam a aparecer os vômitos e as diarreias, produzidas por vírus. O mais comum é o rotavírus, para o qual já existe uma vacina, mas mesmo assim, continuam aparecendo casos”, explica. O pediatra alerta que, ao contrário do que muitos pais chegam a pensar, esse tipo de virose não é contraída pela criança pela ingestão de alimentos contaminados, mas da mesma maneira que se contrai um resfriado, por exemplo. “Esse vírus se transmite de criança a criança e se caracteriza pelo aparecimento de vômitos, e em segui-

“Quando vai chegando o verão, muda radicalmente a patologia e começam a aparecer os vômitos e as diarreias, produzidas por vírus” Dr. Ney Fonseca, pediatra

da de diarreia e dor na barriguinha.” A doença dura, em média, uma semana e, para a família, não resta outra alternativa a não ser ter paciência e esperar. “É importante frisar que não há necessidade de se usar antibiótico para essas crianças. A flora do intestino precisa ser preservada para não dificultar a recuperação do organismo”, ressalta o pediatra. A ingestão de líquidos é fundamental para prevenir esse tipo de patologia e também auxiliar a recuperação das “viroses do verão”. A nutricionista Fátima Nunes incentiva, além do consumo de sucos de frutas e água natural em abundância, o uso da água de coco, rica em propriedades nutricionais. “A água de coco é um alimento que tem sódio e potássio, importantes nesse período de sol quente em que a criança desidrata muito. Associada a ela deve ser ingerida muita salada de frutas”, comenta.


Falando em alimentação... “Mesmo que você esteja de férias, numa praia ou passeando, procure priorizar uma alimentação correta para os seus filhos.” É o que destaca a nutricionista Fátima Nunes, ao ressaltar a desidratação pela falta de líquido e as infecções alimentares, como os principais problemas associados à nutrição das crianças no verão. O arroz e o feijão de cada dia não devem ser dispensados do cardápio dos pequenos durante a temporada na praia. “A criança deve comer o básico, que é feijão, arroz, a própria carne, verduras, frutas à vontade e evitar o excesso de guloseimas, porque a maioria delas, hoje, tem muito conservante, que dá dor abdominal”, orienta a nutricionista. O consumo das guloseimas também foi uma das preocupações da universitária Lucila Kathy durante as férias dos filhos na praia. “Como tinha muita criança na casa e todo mundo gostava de biscoito, esse foi o lanche deles. Eu particularmente não gosto, e tentei compensar dando muitas frutas a eles.” Os horários das refeições dos gêmeos Giórgio e Sophia também sofreram modificações nesse

Os gêmeos Giórgio e Sophia, com 4 anos, de férias na praia

período. “O restante da família que ficava na casa de praia tomava café da manhã às 11h, e o almoço era às 16h. A gente procurava servir o café deles mais cedo do que o de todo mundo, mas acabavam comendo mais porque tomavam o café da manhã na hora que acordavam e também na hora que todo mundo tomava”, conta a universitária. Diante desse impasse, a nutricionista Fátima Nunes orienta os pais a procurarem seguir os horários alimentares de forma correta, bem como oferecer lanchinhos saudáveis entre as principais refeições. “O ideal é: às oito horas a criança tomar o seu café da manhã: ter um suco no meio da manhã; água de coco quando vier da praia ou um picolé de frutas. O almoço deve ser ao meio-dia. E se for o caso de você fazer um passeio com o seu filho, leve sempre um lanchinho nutritivo, um suco a base de soja ou natural, sanduíche integral, frutas ou barra de cereal, pra ela não ficar muito tempo sem se alimentar. No meio da tarde deve também ter lanches nutritivos e o jantar pode ser o de rotina da família”, completa.

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Tchibummmm Mar ou piscina? Como saber qual o local mais indicado para o banho das crianças? Segundo o pediatra Ney Fonseca, o banho de mar é o mais recomendado para as crianças. “A água do mar é rica em sais minerais, tem caráter anti-inflamatório, bactericida, é desintoxicante e previne uma série de doenças”, orienta. As dores de ouvido também são frequentes nas crianças que passam muito tempo na água. O pediatra aponta como a causa principal desse problema, o acúmulo de água nessa parte do corpo, decorrente de banhos repetidos e da falta de limpeza dessa região. “Isso favorece o aparecimento de fungos e é o que dá a dor no ouvido”, explica. Para prevenir o problema, o pediatra aconselha os pais a enxugarem, com a própria toalha, a água dos ouvidos dos pequenos assim que a criança sair do banho. No entanto, ele chama a atenção para os banhos muito repetidos, que podem levar a criança a desenvolver uma infecção no ouvido chamada otite externa, que causa muita dor nessa região. Nesse caso, ele aconselha que os pais suspendam temporariamente os banhos.

As ocorrências de afogamentos e de crianças perdidas de seus responsáveis foram as mais comuns registradas pela Operação Verão (2010/2011). A operação foi realizada pelo Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros, no Rio Grande do Norte, e divulgou dados preocupantes: 61% do total de ocorrências, constam como resgate de vítimas de afogamento menores e 12 anos e 30%, registraram o caso de crianças perdidas. O tenente do Corpo de Bombeiros Militar do RN, Natanael Avelino, aponta as praias de Búzios, Redinha Nova e a Praia do Meio, como as praias urbanas mais perigosas, locais onde ocorreram o maior número desses registros. Ele destaca ainda a importância da orientação dos pais aos seus filhos na prevenção de tais acidentes. Veja a seguir alguns cuidados básicos a serem obedecidos pelas crianças e pelos pais, indicados pelo oficial do Corpo de Bombeiros. Afinal de contas, se os procedimentos de prevenção forem adotados é possível evitar, e muito, esses acidentes.

“A água do mar é rica em sais minerais, tem caráter antiinflamatório, bactericida, é desintoxicante e previne uma série de doenças” Dr. Ney Fonseca, pediatra Leonardo Souza

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cuidados na praia

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- Manter o nível da água, no máximo, na faixa da cintura; - Só entrar na água sob a vigilância de um responsável; - Perguntar ao guarda-vida, que porventura esteja no local, quais os locais mais apropriados para banho; - Não tentar se aventurar em praias, percorrendo lugares desconhecidos; - Em caso de afogamentos ou desaparecimentos, entrar, imediatamente, em contato com o ramal 193 do Corpo de Bombeiros.


Não sabemos quantas calorias você gastou até essa página mas sabemos direitinho como você vai repor.

A água mais água.

Fone.: 84 3232 0100 | www.cristalina.com.br


entrevista 54

Por Paulo Araújo

“Liberdade é poder decidir quem somos”


Uma vida segura e confortável, um segundo casamento feliz, dois filhos adolescentes, uma carreira política vitoriosa como senadora e uma campanha eleitoral que provavelmente a conduziria à presidência da Colômbia dali a poucos dias. Tudo ia bem na vida de Ingrid Betancourt quando, em fevereiro de 2002, aos 41 anos, ela e os membros da sua equipe foram sequestrados pelos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (as Farc), organização terrorista que já havia matado outros 15 candidatos à presidência do país. Obrigada a viver como nômade na selva amazônica colombiana em meio às condições mais degradantes que um ser humano possa imaginar, durante seis anos e meio, Ingrid amar-

gou o cotidiano infernal de um cativeiro que durou exatos 2.321 dias - a maioria deles acorrentada pelo pescoço às árvores da floresta -, aprendeu a escutar a sua alma de forma quase monástica e foi libertada numa operação cinematográfica acompanhada por todo o mundo, em julho de 2008. A partir daí, a mulher que um dia pensou em melhorar seu país por meio da política passou a rodar o mundo fazendo um relato dramático, assustador e revoltante dos anos como prisioneira das Farc, por meio do que ela considera o maior veículo de todas as revoluções: a palavra. No final de outubro, Ingrid Betancourt esteve em Natal para lançar o livro “Não Há Silêncio que Não Termine” (Cia das Letras) e contar

aos participantes de um fórum de gestão como desenvolveu estratégias para escapar das garras do “diabo que vive na selva”, planejando uma fuga impossível, tentando escapar diversas vezes, sendo invariavelmente recapturada pela guerrilha, faminta e perdida na selva. Nesta entrevista à Viver Bem em Revista, marcada por olhares de meiguice e cansaço, voz gentil e uma expressão corporal em que tudo parece frágil - além da lembrança de que nasceu no dia 25 de dezembro e por pouco não foi batizada com o mesmo nome da nossa cidade - Ingrid transmite uma lição de força para resistir, em meio à doença e à fome, ao desespero e ensina: “Os medos são os maiores presentes que podemos ter na vida”.

Como a ex-senadora colombiana, que ficou seis anos e meio sequestrada na selva amazônica, transformou o inferno do cativeiro numa lição de vida, coragem e perdão

Viver Bem em Revista - Qual foi a primeira sensação que a senhora teve ao se dar conta de que havia sido sequestrada?

IB – Muito tempo depois, cerca de um mês. Nossa alimentação era somente farinha e feijoca (uma semente de uma flor parecida com feijão), água e açúcar. Certo dia, eles trouxeram repolho cozido envolto num jornal. Louca por notícias do mundo aqui fora, desembrulhei o repolho, alisei o jornal no colo e me deparei com a foto de um padre, rodeado por jornalistas, e a legenda abaixo: Consternação pela morte do pai da senadora Ingrid Betancourt. Não sei como não morri naquele momento. Eles fizeram de propósito.

Ingrid Betancourt – Nos primeiros dias, eu só pensava em fugir para reencontrar meu pai, que havia sofrido um infarto há três semanas, no hospital em Bogotá. Eu havia dado uma pausa na campanha para cuidar dele e, na minha cabeça, muito pior do que aquela situação de privação de liberdade era o desespero de, talvez, não voltar a vê-lo com vida. Nos primeiros dias, minha família fez apelos pelo rádio para os guerrilheiros me soltarem, mas nada adiantou, pois eles nos proibiram de ouvir o rádio. Um mês depois que fui sequestrada, na hora exata da captura, meu pai faleceu. VBR - Quando e como ficou sabendo da morte do seu pai na selva?

VBR - A partir daí, como foi o seu cotidiano no cativeiro? IB – Passei o primeiro ano do sequestro sem dormir, passando pelo sono durante poucos minutos e tendo sempre o mesmo pesadelo: eu era uma menina que ia levando o EM REVISTA

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meu pai pela mão para um hospital, até chegar num táxi. Acordava nesse ponto. Durante esse período tinha a esperança de que fossem me resgatar, mas a partir do segundo ano fui tomando consciência de que estava no meio da selva, completamente perdida, sem saber como e para onde fugir.

rados. Os medos são os maiores presentes da nossa vida, pois nos dão a oportunidade de nos vermos de frente e pensar: “E agora?”.

VBR - A senhora tentou fugir várias vezes. Como se preparava para estes momentos?

IB - Perde todo o sentido de solidariedade e se engalfinham em disputas por um pedaço de queijo, um comprimido de vitamina C e até um lugar para armar uma rede. É uma verdadeira reprogramação da mente.

IB - Antes de uma das fugas, aprendi a beber água barrenta de um rio para provar a mim mesma que sobreviveria aos parasitas quando fugisse. Colecionei restos de isopor, que vinham em caixas de remédios, para fabricar boias e não ter que nadar no rio o tempo todo, além de ficar longe das margens, onde estavam os jacarés. Numa dessas várias tentativas de fugas frustradas, recebi como castigo ficar com uma corrente de ferro pesada no pescoço, amarrada numa árvore. Durante meses ficava nessa situação, proibida de falar com qualquer companheiro, obrigada a fazer as necessidades fisiológicas na frente dos guardas.

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VBR - Como a senhora lidou com o medo de morrer ?

“Os medos são os maiores presentes da nossa vida, pois nos dão a oportunidade de nos vermos de frente e pensar: “E agora?” EM REVISTA

IB – A morte foi uma companhia constante, todos os dias. Aprendi que ela, mesmo sendo uma coisa ruim, é o que nos faz humanos. No começo, como já disse, meu medo não era do sequestro em si, mas da possibilidade de não ver mais meu pai com vida, o que acabou acontecendo. Depois, passei a ser confrontada com aquilo que foi sendo o maior temor a medida que os anos passavam, que era o terror da privação de liberdade. E é importante respeitarmos os nossos temores. Eles não podem ser igno-

VBR - O que acontece ao ser humano que é submetido a tantos anos de cativeiro?

VBR - Do que a senhora mais sentia falta do mundo aqui fora? IB – De coisas simples como sentir um cheio de um perfume, abrir uma geladeira ou usar um sapato de salto alto. Por outro lado, cada vez que hoje eu sinto cheiro de mata recém-cortada ou escuto barulho de helicóptero preciso correr ate o banheiro para vomitar. VBR - Sua libertação virou uma causa mundial. Em que medida isso ajudou ou atrapalhou sua integridade física? IB – Os terroristas estavam sempre em fuga do Exército colombiano e isso nos obrigava a estar sempre mudando o local do acampamento. Caminhávamos horas, dias, semanas, meses, escoltados por um comandante cruel que sentia prazer em matar um animal bonito como um papagaio e dizer: “Aqui eu mato quem eu quiser”. No meu caso, parece que não havia qualquer preocupação em me manter viva, pois fui submetida a castigos como levar coronhadas de fuzil nas costas, ser jogada na lama…Numa das mudanças, eu estava muito debilitada pela hepatite e não conseguia caminhar. Fui carregada numa rede por


dois guerrilheiros que faziam questão de balançá-la contra galhos e espinhos. Por outro lado, a guerrilha permitiu que eu enviasse poucas cartas à minha família e gravou vídeos como prova de que eu estava viva. Esses foram os únicos resquícios do mundo aqui fora de que eu continuava viva. Só sobrevivi por que Deus quis. Estou aqui em Natal por causa dele. VBR - Como manteve o seu espírito tranquilo em meio a tanto desespero? IB – Os dois únicos livros que me deixaram ter no cativeiro foram um dicionário e uma Bíblia. Nesse segundo, encontrei toda força necessária para sobreviver. Nunca perdi minha fé. Cheguei a confeccionar um terço com restos de botão de um uniforme militar e barbantes e estava sempre conectada com Deus. Rezava muito, pois aprendi que Deus, ao criar o mundo, tomou uma decisão fundamental: nos fazer livres. VBR - E o que é a liberdade para a senhora, depois de tanta privação? IB – É a possibilidade de decidirmos quem somos. No cativeiro, começaram a nos chamar por números, no lugar de nomes. Todos os dias, na hora da contagem dos prisioneiros, tínhamos que dizer: “1, 2, 3”. O meu era o 10. Até que um dia tomei coragem e disse: “Ingrid Betancourt”. Aquilo provocou uma revolta imensa no comandante, mas foi minha primeira reação de coragem: dizer o meu nome verdadeiro, quem eu era. “Ingrid Betancourt, Ingrid Betancourt.” Já que eu não podia defender meu corpo, defendia minha identidade. VBR - Como foi retomar sua vida aqui fora depois da libertação?

IB – Os cinco minutos que se passaram dentro do helicópeto, no trajeto entre a selva e a primeira cidade que encontramos, foram como séculos para mim, depois de seis anos e meio de espera para ser libertada. Senti um terror imenso de encarar de novo a liberdade. Fugir, depois de seis anos e meio, implicava sair do conforto. Como iria encontrar meus filhos, que eu havia deixado com 16 e 13 anos? E o meu marido?

“Rezava muito, pois aprendi que Deus, ao criar o mundo, tomou uma decisão fundamental: nos fazer livres”

VBR - Como ficou sua vida privada depois de libertada? IB – Assim como todos os outros companheiros, acabei me divorciando do meu segundo marido e hoje vivo entre Nova York e Paris, onde moram meus filhos. No fundo, eu jamais consegui recuperar esse tempo que fiquei “fora” da vida deles. Talvez pela experiência de constante mobilidade no cativeiro, hoje não consigo mais passar muito tempo no mesmo lugar. Brinco que a minha casa hoje é uma mala.

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VBR - O seu livro não fala de política ou ideologia. Por quê? IB – Procurei fazer um relato intimista, reflexivo, emocionado, às vezes até mesmo colegial do que foram aqueles dias. Durante doze meses, escrevi furiosamente das 8 da manhã às 4 da tarde, sem parar. Em alguns dias, as memórias eram tão dolorosas que eu não conseguia avançar. Não falo em política por que ela não faz mais parte da minha vida, pelo menos nesse momento. Passei por experiências tão recompensadoras nos anos de cativeiro que em lugar nenhum encontraria mais a realização que tive, em meio ao inferno do cativeiro, com coisas simples como a visão de uma simples lua cheia sobre a copa das árvores. EM REVISTA




comportamento 60

O ano da renovação Por Paulo Araújo

Uma série de fenômenos vistos por cientistas, religiosos e místicos como um sinal do fim do mundo em 2012 pode ser o ponto de partida para a grande revolução na sua vida EM REVISTA

A data exata é 21 de dezembro de 2012. De acordo com previsões feitas por povos antigos como os maias e livros sagrados como os Vedas, dos hindus, o mundo encerraria daqui a um ano mais um ciclo importante do seu “calendário”, com duração aproximada de 26.500 anos cada. Para este mesmo dia do próximo ano, cientistas da renomada agência espacial americana (NASA) esperam com ansiedade a ocorrência de um grande fenômeno celeste. Provavelmente será uma tempestade solar de proporções nunca vistas, em relação as que são registradas no céu de tempos em tempos, e que já chegaram a colocar em pane alguns sistemas de comunicação e provocar blecautes em

algumas cidades dos Estados Unidos. Nos quatro quadrantes da Terra, pessoas de elevada consciência espiritual se debruçaram sobre o fim desse ciclo e o que ele pode trazer de bom para os seres humanos. “Imagine que você tem uma despensa onde guarda coisas, iluminada por uma lâmpada de 40 watts. Se trocar por uma de 100 watts passará a ver muita desordem e um tipo de sujeira que você nem imaginava haver naquele local”, exemplificou o guru indiano Sai Baba, um dos mais renomados de todos os tempos, morto recentemente. Para ele, nós seremos testemunhas, no ano que vem, da maior transformação de consciência jamais imaginada pelo homem.


Para a terapeuta holística Élcia Luz, o ano de 2012 será uma oportunidade única para as pessoas empreenderem uma viagem de auto-conhecimento profunda, da qual sairão mais ricas sob todos os aspectos. “Essa alteração magnética planetária atingirá nossas células e até o ritmo dos nossos batimentos cardíacos, de forma quase imperceptível”, aposta Élcia, que já esteve na Índia quatro vezes nos últimos cinco anos. “No final, até mesmo nossas sinapses (conexões feitas pelos neurônios) estarão alteradas para melhor e contribuirão para nos aceitarmos do jeito que somos.”

“Até mesmo nossas sinapses estarão alteradas para melhor e contribuirão para nos aceitarmos do jeito que somos” Élcia luz, terapeuta holística

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Contagem regressiva Por outro lado, espalhou-se pelo mundo, principalmente por meio da internet, a teoria de que o mundo irá acabar exatamente no dia 21 de dezembro de 2012, data marcada no calendário de diversos povos como o fim dos tempos (veja quadro na pag. 62).Só nos restaria, portanto, aproximadamente um ano para nos despe-

dirmos deste planeta tal como o conhecemos, das pessoas querida que amamos, das coisas que construímos e, claro, dos sonhos que não realizamos. Daria tempo de ser feliz? Ao longo de todo o ano de 2011 que não foi fácil para muitas pessoas, tais como o ex-presidente Lula e tantos outros brasileiros confrontados com um medo real, imediato e paralisante de morte - os rumores dessa teoria vieram à tona quase todos os dias. Caixa de ressonância das mais variadas angústias dos moradores do planeta Terra, as redes sociais da internet volta e meia foram inundadas de comentários dos internautas que, ao lembrar de tragédias como os terremotos do Japão e Chile (para ficar em duas catástrofes naturais mais evidentes), diziam que tudo era porque 2012 estava chegando. Diversos sinais nos são dados todos os dias de que nossa civilização está realmente à beira do colapso. Nunca antes estivemos mergulha-

dos em tantas crises ao mesmo tempo: superpopulação humana (chegamos a 7 bilhões de habitantes na Terra em novembro!), pobreza e desigualdade social, crise financeira mundial, crise alimentar, crise energética, escassez de água e petróleo, consumismo frenético, ameaças de terrorismo e guerras nucleares, o reaparecimento de doenças mortais, escândalos envolvendo políticos, quedas de ditadores, mudanças climáticas e o aumento das catástrofes naturais. Será que, baseado nesse cenário, há algum fundo de verdade em todos esses “boatos” do fim do mundo daqui a doze meses? Estaríamos prontos, espiritualmente e do ponto de vista da mente, para um fim anunciado, com data marcada e tudo? Ou seria mais aconselhável nos apegarmos a essa grande oportunidade de mudança apontada no começo dessa reportagem? Para o neurologista português António Damásio, autor de O Mistério da Consciência (Cia das Letras), às vezes usamos nossa EM REVISTA


mente não para descobrir fatos, mas para encobri-los. “Usamos parte da mente como uma tela para impedir outra parte de perceber o que se passa em outro lugar”, aponta Damásio. Resta, portanto, você tomar consciência do que pode fazer de bom pelo seu corpo e mente e esperar 2012 com a esperança de mudanças positivas na sua vida (veja algumas dicas no quadro da pág. 64). Na vida real, a possibilidade iminente de uma “destruição” pode

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ter um efeito positivo: podemos fazer um balanço do que construímos até agora e, já que o mundo acabaria mesmo, o que poderíamos fazer para aproveitar ao máximo os próximos 12 meses. Nas páginas a seguir, diversos brasileiros, das mais diversas regiões do país e profissões, comentam de que forma correriam contra o relógio. E você, o que você faria, como pergunta o cantor Lenine na famosa canção cuja letra é reproduzida na pág. 64.

“Usamos parte da mente como uma tela para impedir outra parte de perceber o que se passa em outro lugar”

“Depois de dez anos de formada, com uma carreira estabilizada, tomei uma decisão radical que assustou minha família e amigos: pedi demissão do trabalho e resolvi passar um ano viajando pela Ásia. Visitei China, Índia, Vietnã, Camboja e Tailândia com um único objetivo: me descobrir espiritualmente. Foi a melhor decisão que tomei, pois descobri que as grandes mudanças precisam ocorrer dentro de você - e não no lugar físico onde você está. Hoje, se soubesse que o mundo acabaria daqui a doze meses, não hesitaria em fazer essa viagem novamente”. Marcela Centofanti Jornalista e estudante de Direito, de São Paulo

Antônio Damásio, neurologista

OPINIÕES O FiM DOs tEMPOs O que poderia ocorrer em 2012 de acordo com diversas vertentes Para Os Maias Segundo a cosmologia maia, a Terra possui cinco grandes eras (ou ciclos). Para eles, quatro já teriam se passado e todas terminaram em destruição. O juízo final, para os maias, seria no ultimo dia da 5a era, exatamente em 21 de dezembro de 2012. Para esse dia, os maias previram, há 2 mil anos, um raro fenômeno cósmico: um alinhamento astronômico (o Sol do solstício vai se alinhar

EM REVISTA

com o centro de nossa galáxia. Para Os aMBiEntalistas Na 14ª Conferência das Nações Unidas sobre a mudança climática, no início de dezembro de 2008, o ministro polonês do Meio Ambiente, Maciej Nowicki, considerou que a “humanidade com seu comportamento já empurrou o sistema do planeta Terra a seus limites”. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou na terceira Conferência da ONU sobre o Clima que o aquecimento global está colocando o mundo num abismo. “Estamos pisando fundo no acelerador e caminhamos para uma catástrofe”, denunciou Ban.


“Já cursei nutrição, teatro, fotografia, e me encontrei profissionalmente trabalhando com internet e mídias sociais. Há dois anos, troquei São Paulo por Natal e não me arrependo nenhum dia. Se o mundo fosse acabar? Eu continuaria a viver normalmente. Não sou de deixar as coisas pra depois (a vida está aí pra isso, não é?). Então eu digo que amo, me divirto, sempre faço o dia valer a pena. O fim seria só um ponto final numa história bacana.”

“Quando eu fui trabalhar na China a primeira coisa que observei foi uma diferença no ritmo de vida das pessoas, apesar do desenvolvimento econômico daquele país. Aprendi muito com isso, a ter mais tempo para me voltar para a espiritualidade. Hoje, se soubesse que o mundo iria acabar mesmo, procuraria primeiro fazer uma grande festa para todas as pessoas que gosto, como forma de reuni-las e dizer isso: o quanto as amo.”

Michelly Felipe Social Media, de Natal

Marco Nobre Fotógrafo e modelo, de São Paulo

“Faz quase 20 anos que vim de Currais Novos para Natal estudar e trabalhar. Deixamos para trás amigos e familiares queridos e geralmente só podemos reencontrá-los uma vez por mês e até mesmo por ano. São as escolhas da vida e não podemos nos arrepender delas. Se essa teoria realmente tivesse um fundo de verdade, aproveitaria o tempo que resta para fazer tudo o que gosto e ter mais momentos reunida com eles. Afinal, nada pode ser mais importante do que as pessoas que gostamos – e ter elas por perto faz bem à alma e ao coração.” Sanely Pinheiro Bancária, de Natal

Para Os GEÓlOGOs Especialistas consideram possível que nos próximos anos aconteça o temível terremoto de Tokai, no Japão, de proporções catastróficas bem maiores do que o do começo de 2011. Outra possibilidade que aterroriza os sismógrafos é a ocorrência do chamado Big One, que devastaria a costa oeste americana, com epicentro na cidade de São Francisco. Para Os aDivinHOs Estudiosos do “Livro Perdido de Nostradamus” fazem interpretações do que seria um aviso de Nostradamus sobre o período que vai de 1999 até 2012. Segundo estas in-

terpretações, o famoso adivinho francês parece nos avisar sobre um evento de grande magnitude que pode ocorrer por volta de 2012, em nosso Planeta. Para Os ÍnDiOs A data de 21 de dezembro de 2012 é também a data mágica para os índios Hopis, do Arizona, nos Estados Unidos. A profecia hopi é uma tradição oral de histórias que, no dizer dos índios, previu a chegada do homem branco, as duas guerras mundiais e o uso das armas nucleares. Ela prevê também que o tempo acabará quando a humanidade passar para o ‘quinto mundo’.

EM REVISTA

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Planos para o futuro

Cinema, boatos e Cristo Redentor

Agora pense: o que você faria realmente se o mundo fosse acabar? O cantor e compositor pernambucano Lenine deu algumas sugestões na letra da música.

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Meu amor O que você faria Se só te restasse um dia? Se o mundo fosse acabar Me diz o que você faria Ia manter sua agenda De almoço, hora, apatia? Ou esperar os seus amigos Na sua sala vazia

Meu amor O que você faria Se só te restasse esse dia? Se o mundo fosse acabar Me diz o que você faria Andava pelado na chuva? Corria no meio da rua? Entrava de roupa no mar? Trepava sem camisinha?

Meu amor O que você faria Se só te restasse um dia? Se o mundo fosse acabar Me diz o que você faria Corria pr’um shopping center Ou para uma academia? Prá se esquecer que não dá tempo O tempo que já se perdia

Meu amor O que você faria? O que você faria? Abria a porta do hospício? Trancava a da delegacia? Dinamitava o meu carro Parava o tráfego e ria? Lenine

Dicas para esperar 2012 Independente do que venha ocorrer daqui a um ano, mantenha-se consciente e faça uma viagem de autoconhecimento. Veja como: • Comece a praticar uma atividade física. Evite hábitos que “poluem” o seu corpo, como fumar ou consumir bebida alcóolica; • Preste atenção na sua respiração e procure transformá-la num instrumento de força para o seu corpo; • Busque o autoconhecimento do corpo e da mente. A prática da ioga, com seus exercícios de postura (ássanas) e respiração (pranayamas), é recomendável para todas as idades; • Busque conhecimento espiritual. A prática de uma religião, qualquer que seja, aproxima sua consciência de um estado de elevação espiritual mais intenso e reconfortante; • Procure fazer o bem e ajudar às pessoas ao seu redor. A vida moderna está empurrando o ser humano para situações de isolamento e egoísmo. Lute contra isso.

EM REVISTA

Para a NASA, a agência espacial americana, o mundo não acaba junto com o calendário maia. O aviso foi dado depois que um site mantido pela agência foi inundado por mais de 1.000 e-mails com dúvidas sobre as previsões apocalípticas. O que alimentou tantos boatos, na verdade, foi o lançamento, em 2009, de um “filme de catástrofe” de Hollywood chamado “2012” (veja cartaz abaixo). A película faz referência ao calendário maia e mostra um cenário devastador nos quatro cantos do globo, incluindo a destruição do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Como parte da campanha de lançamento, o estúdio criou um site de uma suposta organização para a continuação da humanidade, que reúne evidências de que o mundo realmente acabaria em 2012. Foi o estopim para a boataria se espalhar na internet de forma descontrolada. Pura especulação e golpe de marketing, como provaram as respostas dadas pelos especialistas da NASA.



meio ambiente 66

Por Dênia Cruz

O verão está aí e cada cidadão deve fazer a sua parte para manter as praias limpas e preservar o nosso litoral

EM REVISTA

Vai dar praia? Seja para amenizar o calor ou para aproveitar o sol, a praia é um dos principais destinos durante o verão. Mas ninguém gosta de dividir seu espaço na areia ou no mar com garrafas, restos de comida, esgotos e outras sujeiras, não é? Então, faça a sua parte. Afinal de contas, a conservação das praias também é responsabilidade do cidadão. Há 30 anos trabalhando como comerciante na praia de Ponta Negra, Rogério Rodrigues faz sua parte como cidadão com consciência ambiental. Duas vezes por dia ele mesmo faz a limpeza no entorno de seu comércio, auxiliando na manutenção da areia da praia. “Acho que as cam-

panhas que são feitas pelas escolas e pelo Governo estão surtindo efeito e fazendo com que as pessoas não joguem tanto lixo na areia, mas ainda tem gente que não respeita”, revela. Segundo o comerciante a sujeira é maior quando há excursões de outras cidades e estados, fazendo piqueniques na praia. São latas de refrigerante e cerveja, copos descartáveis e os palitos de espetos usados para churrascos. Mas há também quem dá o exemplo: “Vejo que os turistas gringos são muito educados, eles às vezes andam o que for preciso até achar uma lixeira para colocar o lixo deles. Eles nunca deixam sujeira por onde passam”, coloca o comerciante.


Monitorando as nossas praias Há 10 anos o IDEMA (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Norte), com o apoio técnico-científico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN), realiza o monitoramento das praias do RN por meio do Programa Água Azul. O objetivo é realizar o acompanhamento sistemático da qualidade das águas, e verificar as condições de balneabilidade das praias do Estado. “É uma obrigação do poder público realizar esse estudo, seguindo uma resolução do Ministério do Meio Ambiente. Nosso trabalho consiste em orientar os banhistas sobre a qualidade ambiental das praias e oferecer aos órgãos competentes informações sobre o estado das águas, para que possam tomar as medidas necessárias e evitar a poluição das praias”, esclarece o coordenador do estudo de balneabilidade do IDEMA, professor Ronaldo Diniz. Segundo o professor, semanalmente são coletadas amostras nas praias metropolitanas para análise. Além disso, bolsistas do IFRN, dos cursos de

Meio ambiente, Turismo e Geografia, desenvolvem um trabalho no período de alta estação. “Há 5 anos, instalamos barracas nas principais praias da cidade, e durante seis finais de semana realizamos um trabalho de divulgação, conscientização ambiental e coleta de dados. O objetivo é fazer com que as pessoas também colaborem com o poder público, não sujando as praias nem poluindo as águas. Apesar das praias urbanas de Natal estarem em regiões 100% saneadas da cidade, infelizmente identificamos esgotos clandestinos que levam dejetos para as praias”, explica o professor. De acordo com o levantamento do IDEMA, Natal está na lista das cidades litorâneas com as suas praias entre as mais limpas do Brasil. “Nossos índices são muito bons; durante a maior parte do ano, Natal apresenta no máximo 3% de suas praias impróprias para o banho. Para se ter uma ideia durante seis semanas consecutivas as 18 praias monitoradas estavam todas próprias para uso, e isso só ocorreu três vezes desde que começamos o estudo em 2001”, esclarece o especialista.

“Nossos índices são muito bons; durante a maior parte do ano, Natal apresenta no máximo 3% de suas praias impróprias para o banho” Ronaldo Diniz, professor

COMPARATIVO DA QUALIDADE DAS PRAIAS NO NORDESTE O quadro abaixo revela uma comparação dos resultados de Natal com os últimos boletins de balneabilidade em outros estados do Nordeste brasileiro, fornecidos no período de 01/09 e 09/09/2011. A conclusão foi que as praias da Região Metropolitana de Natal estão entre as praias urbanas mais limpas do Nordeste: região Metropolitana

total de praias monitoradas

nº de praias impróprias

% impróprias/total

NATAL-RN

30

0

0

FORTALEZA-CE

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17

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JOÃO PESSOA-PB

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1

0,02

RECIFE-PE

47

25

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MACEIÓ-AL

54

18

33

SALVADOR-BA

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9

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EM REVISTA

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Praias limpas

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O auditor fiscal Marcos Valério de Araújo, integrante do Rotary Club Natal Sul, é um exemplo de responsabilidade ambiental. Há 4 anos promove uma ação coletiva de conscientização ambiental com ajuda dos rotarianos e voluntários, realizando limpeza das praias no final do veraneio. “Nosso trabalho é uma semente plantada. O processo é lento, porque infelizmente nem todos têm consciência do que estamos fazendo ao meio ambiente, existe uma marginalidade ambiental. Mas acreditamos no efeito multiplicador; tudo é uma questão de educação e respeito ao meio ambiente. Nossa luta é desvantajosa, porque somos minoria, mas tem que ser constante”, revela o auditor.

“Tem que haver uma consciência: quem produziu seu lixo deve colocá-lo no local apropriado” Marcos Valério, auditor fiscal EM REVISTA

Os voluntários da ação Praias limpas já realizaram limpeza nas praias de Búzios, Pirangi e Tabatinga, durante o veraneio e intensificando no final do verão, quando é encontrada a maior quantidade de lixo nas praias. Segundo Marcos Valério, a grande maioria das pessoas ainda não se deu conta da responsabilidade que tem com o meio ambiente. “Há pessoas que são as primeiras a reclamarem que as praias estão sujas, mas elas não fazem nada para ajudar. As desculpas são as mais esfarrapadas possíveis. Dizem que sujam porque o poder público não coloca lixeira na beira da praia. Isso é inviável. Tecnicamente não tem como colocar lixeiras nas áreas próximas ao mar. Tem que haver uma

consciência: quem produziu seu lixo deve colocá-lo no local apropriado”, coloca o auditor. O resultado da ação é o aumento dos voluntários a cada ano. De crianças a idosos. Quem se sente chamado a fazer o trabalho é contagiado com a sensação de bem-estar, em poder colaborar com o meio ambiente. Marcos Valério deixa uma mensagem para quem quer também ser um agente ambiental: “Comece fazendo pequenas ações na praia que você frequenta no veraneio, na escola do seu filho, na sua rua. Nos trajetos que faz no dia-a-dia, quando encontrar uma sujeira recolha, coloque numa lixeira. Cada um fazendo sua parte, nossa casa, o meio ambiente, ficará melhor”.



Aurino Neto

odontologia 70

Tratamentos modernos levam homens e mulheres em busca de um sorriso mais jovem

www.clinicavicentedepaula.com.br

Um sorriso perfeito para toda a vida Foi-se o tempo que pessoas da terceira idade tinham dentes amarelados e enfraquecidos com a ação do tempo. Hoje, com modernos tratamentos, homens e mulheres recorrem às tecnologias da reabilitação oral e, além de uma saúde bucal perfeita, conseguem o sorriso perfeito. O odontologista Rodrigo Sousa, especialista em Reabilitação Oral do Grupo Implante da Clínica Vicente de Paula, com 12 anos de experiência, explica que não existe um tratamento padrão para a terceira idade, pois cada caso é um caso. “São situações de pessoas que perderam um dente, outras que perderam todos os dentes e algumas que possuem os dentes, mas que estão amarelados e desgastados por ações mecânicas ou químicas”, relata o especialista sobre a diversidade dos tratamentos. EM REVISTA

No entanto, Dr. Rodrigo salienta que antes de tudo é preciso fazer um exame clínico e é na anamnese que o paciente fala sobre seus anseios. “Nós buscamos individualizar o cliente, e detectamos os desejos, necessidades e expectativas sobre o que ele almeja para si e a partir daí nós vamos elaborar um plano de tratamento para melhor atendê-lo”, ressalta. De acordo com o especialista em reabilitação oral, alguns tratamentos ocorrem por uma melhora funcional, no caso, a mastigação, mas outros se enquadram no novo perfil da terceira idade que procura um sorriso bonito, semelhante ao dos jovens. “Hoje o padrão da estética não é como antes; eles querem parecer mais jovens. Enquanto que algum tempo atrás os tratamentos eram feitos de acordo com as características da idade”, destaca.

Segundo Dr. Rodrigo Sousa, os tratamentos mais procurados são os clareamentos, facetas, restaurações estéticas e até reabilitações mais complexas, como é o caso dos implantes, que são tratamentos mais longos em virtude dos procedimentos. “Hoje com o surgimento de técnicas cirúrgicas e com as novas tecnologias para o desenvolvimento dos implantes, nós temos conseguido diminuir o número de enxertos”, destaca o especialista sobre um dos principais temores de quem recebe os implantes. Para o sucesso de qualquer tratamento que promova a reabilitação oral, Dr. Rodrigo explica que é salutar o trabalho em equipe. “Um trabalho realizado por uma equipe multidisciplinar nos permite conseguir melhores resultados”, finaliza.


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Fonte: Ibope Media Workstation • Universo Domiciliar | Grande Natal • Período: Set’11 | Domingo a Domingo. I. A. (Índice de Audiência)




maturidade 74

Menopausa Por Patrícia Gabriela Soares

Amadurecer é inevitável, mas ninguém precisa sofrer com isso. Menopausa não é uma doença, é apenas um estágio na vida da mulher, uma nova e importante fase a ser vivida

EM REVISTA

Com o passar dos anos vem a maturidade feminina, e o corpo se prepara para o fim da fertilidade. Então, chega a menopausa. Esse é o nome que se dá após um ano da última menstruação espontânea da mulher. A idade média das mulheres na menopausa varia de 47 a 52 anos. O período da vida que antecede e precede a menopausa é chamado climatério. Nessa fase, os ovários deixam de produzir os hormônios estrogênio e progesterona de forma gradativa, até perderem de vez a capacidade de funcionar. A mulher então deixa de ter a capacidade reprodutiva. A partir daí ocorrem diversas modificações no organismo feminino que podem predispor o aparecimento e o agravamento de várias doenças, por isso, é importante que se procure um especialista para fazer o diagnós-

tico e iniciar o seu tratamento. “Nesse período ela deve iniciar a profilaxia de algumas doenças, entre elas a osteoporose, que aumenta depois da menopausa, e prevenir problemas cardiológicos, já que após a menopausa a mulher passa a ter o mesmo risco dos homens de sofrer um infarto. Antes da menopausa, as mulheres são mais protegidas dos infartos devido ao hormônio estrógeno. O risco de cânceres ginecológicos também aumenta”, alerta a ginecologista Rossana Rebelo. Algumas mulheres chegam a essa fase sem enfrentar grandes desconfortos. Mas, na maioria delas, os sintomas mais comuns são as ondas de calor, mudança de humor, suores noturnos, insônia, irritabilidade, depressão, ressecamento vaginal e da pele, dor durante o ato sexual, entre outros.


Hábitos saudáveis já! O estilo de vida também exerce um papel fundamental para se ter menopausa saudável. Os riscos de doenças e os sintomas, principalmente as ondas de calor, são reduzidos com a prática regular de atividade física e uma alimentação balanceada. “Esses hábitos devem fazer parte da rotina da mulher muito antes da menopausa, para que ao chegar nessa fase, tudo seja bem mais tranquilo”, orienta a ginecologista. Pesquisadores brasileiros encontraram resultados positivos na utilização da soja. Segundo os estudos, os benefícios são semelhantes aos trazidos pela técnica de reposição hormonal. A Divisão de Ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, por exemplo, já recomenda a soja como uma das linhas terapêuti-

cas para aliviar os desconfortos provocados pela menopausa, principalmente as ondas de calor. Já a prática regular de atividades físicas também se configura como um forte aliado para amenizar os desconfortos da menopausa. Pesquisadores da Penn State University acompanharam 164 voluntárias previamente sedentárias. As mulheres foram divididas em três grupos. Um grupo realizava caminhadas de 1 hora, 3 vezes por semana; outro grupo participava de 2 sessões semanais de yoga; e um terceiro grupo não se engajou em nenhum tipo de atividade física. Os resultados foram publicados no Annals of Behavioral Medicine. Após 4 meses os dois primeiros grupos relataram melhoras consideráveis nos mais diversos sintomas, principalmente no humor.

“Antes da menopausa, as mulheres são mais protegidas dos infartos devido ao hormônio estrógeno” Dra. Rossana Rebelo, ginecologista

Tratamento Calores excessivos e a mudança de humor sinalizaram a chegada da menopausa na vida da enfermeira Ilda Feitosa. As visitas ao ginecologista sempre fizeram parte da sua rotina e isso influenciou de forma bastante positiva a sua adaptação a nova fase da vida. “Depois que a minha médica decidiu iniciar a terapia hormonal, os sintomas atenuaram consideravelmente, e isso foi fundamental para a melhoria de minha qualidade de vida”, relata. O tratamento depende dos sintomas apresentados e da qualidade de vida da paciente. Mas, geralmente, é feito através da terapia hormonal (TH). Há comprovação científica de que o tratamento hormonal em mulheres sintomáticas no início da menopausa tem um reflexo muito positivo na qualidade de vida. Mas nem todas as pacientes necessitam da terapia hormonal. “É um tratamento individualizado, nem todas as pacientes podem fazer, pois existem vários fatores de contra-indicação. Se existiu algum caso de câncer de mama na família (irmã, mãe ou avó) a terapia hormonal não é indicada. O mesmo acontece com casos de trombose venosa profunda, infarto prévio, AVC”, explica Dra. Rossana. EM REVISTA

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Menopausa precoce Cerca de 1 a 3% das mulheres terão sua menopausa antes dos 40 anos. A falência ovariana precoce (FOP) responde por cerca de 10% das amenorréias e 1% dos casos de infertilidade. Há fatores que antecipam discretamente a menopausa como: laqueadura tubária, que tem influência com a técnica utilizada para o procedimento cirúrgico; histerectomia e o fumo; um estudo publicado no peri-

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ódico científico Menopause revelou que as fumantes são 43% mais suscetíveis do que as não-fumantes de entrar precocemente na menopausa. A menopausa precoce também pode ter outras causas externas, como a radiação e a quimioterapia. Além de causas internas, principalmente as genéticas, ligadas a alterações no cromossomo X e doenças autoimunes. Uma histerectomia fez a gestora

de recursos humanos Marali Cardoso entrar na menopausa precocemente. Cerca de dois meses após a cirurgia, ela já percebia sintomas intensos. “Não aguentava as ondas de calor, alternando ao frio excessivo; isso incomodava bastante. Senti mudanças depois que iniciei a terapia de reposição hormonal. Tentei parar, mas os sintomas voltaram. Hoje, tomo os hormônios normalmente”, conta.

ANDROPAUSA O Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM) é o nome atual dado para a conhecida Andropausa. Ele acomete homens de várias faixas etárias, com início por volta dos 40 anos. De acordo com o urologista Dr. Rodrigo Trigueiro, com o envelhecimento, os níveis de testosterona, substância responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características masculinas normais, apresentam um declínio progressivo. “A porcentagem aproximada de homens que apresentam níveis de testosterona abaixo do normal, conforme faixa etária, é de 8% entre 40 e 49 anos; 12% entre 50 e 59 anos; 19% entre 60 e 69 anos; 26% entre 70 e 79 anos; e 49% acima de 80 anos”, explica. Entre os sintomas estão a diminuição do desejo sexual; dificuldade para conseguir ou manter ereção; alteração no humor, depressão e fadiga; perda de massa muscular; modificações do padrão do sono; aumento da gordura visceral (barriga), entre outros. No entanto, segundo Dr. Rodrigo Trigueiro, um dos sintomas que mais fazem os homens procurarem os consultórios dos urologistas é a disfunção erétil. E acrescenta: “O bom profissional não deve se limitar ao tratamento único e exclusivo do problema sexual. O diagnóstico é feito pelo quadro clínico (conjunto de manifestações) dos pacientes, além da dosagem sanguínea de Testosterona Total e Livre, SHBG e Albumina, conforme avaliação médica”. O tratamento, assim como o das mulheres durante a menopausa, visa à melhoria da qualidade de vida do paciente, sendo baseado na reposição hormonal, mas, neste caso, de hormônios masculinos, testosterona e seus derivados. E deve ser acompanhado por profissional qualificado, pois é individual e depende das particularidades de cada paciente. O tratamento adequado, porém, é considerado seguro, com poucos efeitos colaterais, fácil acesso, eficaz e muito gratificante para os pacientes. Usando uma citação de Bonnie Prudden, o urologista orienta: “Não se pode fazer regredir o relógio... mas pode-se tornar a dar-lhe corda”.

“Não aguentava as ondas de calor, alternando ao frio excessivo; isso incomodava bastante. Senti mudanças depois que iniciei a terapia de reposição hormonal” Marali Cardoso, gestora de RH

EM REVISTA


SHOW!

O 84 3221·5058 ASSINATURAS:

Promoção válida para as 10 primeiras assinaturas feitas através do telefone 84 3221 - 5058. As 10 (dez), primeiras pessoas que entrarem em contato com o jornal e fechar assinatura anual ou semestral a vista ou no cartão de crédito (master ou visa), irá ganhar uma senha para o show da semana. Cada ingresso corresponde a uma assinatura. Valor da assinatura anual R$ 210,00 reais e a semestral R$ 130,00 . Promoção válida até 29 de fevereiro de 2012.

Arte: Leonardo Sabino

O Jornal que é


equilíbrio 78

Por Dênia Cruz

A corrente do bem Realizar trabalhos voluntários não é só uma questão de solidariedade, é também uma promoção de equilíbrio e bem-estar

EM REVISTA

“Quando você doa de verdade, sente prazer em ver a felicidade do outro. Não importa a sua doação, seja um sorriso ou uma flor, mas que seja sincero e incondicional. Enquanto você dá, está recebendo. Quanto mais dá, mais cresce a sua confiança nos efeitos milagrosos desta lei. E quanto mais você recebe, mais cresce a sua capacidade de dar.” Esse é o trecho do livro “As 7 leis espirituais do sucesso”, em que o autor Deepak Chopra explica a lei da doação. Essa via de mão dupla que também é um ótimo remédio. Uma pesquisa realizada durante 10 anos por professores da Uni-

versidade de Harvard, nos Estados Unidos, com cerca de 2.700 pessoas, apontou que realizar trabalhos voluntários faz bem ao coração e ao sistema imunológico, além de aumentar a expectativa de vida e a vitalidade. Eles notaram que as pessoas que têm esses gestos de altruísmo, ao perceber a felicidade e a gratidão dos outros, liberam no cérebro a endorfina, responsável pela sensação de prazer. Ela diminui a sensação de dor e as chances de ficar doente. Outro ponto importante da pesquisa foi a melhora no funcionamento imunológico de quem ajuda.


Caravana Fé na Estrada

Casa do Bem A Casa do Bem é uma orgaização não-governamental comandada pelo jornalista Flávio Rezende, que tem como objetivo oferecer a crianças, jovens e adultos, moradores do bairro de Mãe Luiza, atividades culturais, educativas, esportivas e de inclusão social visando melhorar o dia-a-dia da comunidade. Toda a instituição é mantida por voluntários como a comerciante Aparecida Silva, que há quatro anos colabora dispondo de horas diárias para o trabalho na casa, auxiliando no bazar, organização das doações, entre outras atividades. “Na comunidade nem sempre temos oportunidades; eu encontrei aqui na Casa do Bem a chance de proporcionar às outras pessoas oportunidades; isso é muito gratificante. Contribuir para o dia-a-dia de crianças carentes, não tem preço, e faz muito bem para gente.” O jornalista Flávio Rezende, idealizador do projeto, há 20 anos desenvolve trabalhos voluntários; para ele o que importa é despertar nas pessoas a vontade de também ajudar o outro. “Incentivar a prática do voluntariado é o foco do projeto. A gente oferece todas as condições para que as pessoas se sintam chamadas a fazerem o bem. Percebo que elas ficam felizes por estarem fazendo um trabalho voluntário, e essa alegria se multiplica, termina no fim uma soma de muitas alegrias promovendo felicidade para todas pessoas envolvidas”, declara o jornalista.

Proporcionar momentos de solidariedade distribuindo alimentos, roupas, brinquedos e um abraço fraterno, para tornar vivo o verdadeiro sentido do Natal. Essa é a proposta da Caravana Fé na Estrada, projeto fundado, em 2002, pelo administrador Henrique Cruz, que reuniu um grupo de amigos para ajudar famílias carentes no interior do estado. Nesses 9 anos, já visitaram cerca de 12 municípios do RN, sempre um final de semana antes dos festejos natalinos. “Nosso grupo tem profissionais de várias áreas, que se dispõem a fazer um trabalho voluntário porque querem ajudar as pessoas. A gente acha que vai levando muito coisa, mas voltamos trazendo muito mais”, declara o administrador. A enfermeira Ana Claudia está no projeto desde o início e enfatiza que aprendeu muito ajudando o próximo. “É uma lição de vida. Muitas vezes as pessoas que têm menos condições financeiras é que nos ensinam mais. Temos tudo para sermos felizes e não nos damos conta. A paz de espirito é a maior felicidade.” Ideia compartilhada pela gerente de RH, Karla Botelho, que faz parte do projeto há apenas 2 anos. “Eu comecei a ver as pessoas de maneira diferente, comecei a ver a vida de forma mais fácil. Tudo tem solução”, diz.

“A gente acha que vai levando muito coisa, mas voltamos trazendo muito mais” Henrique Cruz, administrador

“Contribuir para o dia-a-dia de crianças carentes, não tem preço, e faz muito bem para gente” Flávio Rezende, jornalista EM REVISTA

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Voluntárias no combate ao câncer de mama

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O papel do voluntário pode ser também passar sua experiência como aprendizado de uma situação de dificuldade, com o objetivo de auxiliar outras pessoas que estão passando por problemas semelhantes a superá-los. É assim que o Grupo Despertar e a Rede feminina da Liga câncer de mama desenvolve seu trabalho. Mulheres que viveram a dura experiência do câncer de mama, mas que felizmente tiveram sucesso nos seus tratamentos, são voluntárias e doam amor, amizade e muito apoio a quem está em tratamento contra a doença. A aposentada Goretti Gusmão, integrante da Diretoria Executiva da Rede Feminina da Liga, foi surpreendida com um diagnóstico de câncer e durante o tratamento resolveu realizar um sonho que há tempos desejava: ser voluntária. “O trabalho voluntário é um compromisso verdadeiro, é gratificante ajudar os pacientes e ser retribuída com um sorriso ou abraço”, enfatiza a voluntária. Já a voluntária do Grupo Despertar Eleni Mesquita, uma das 72 mulheres que integram o Grupo Despertar de combate ao câncer de mama, revela que ter tido câncer a fez ver a vida de outra forma e desejar ajudar a pessoas que passam pelo que ela passou. “Fui abençoada por ter uma família que me ama, que me ajudou muito quando eu estava doente. Ganhei três provas de amor, das minhas duas filhas e do meu marido, mas infelizmente vemos mulheres que são abandonadas pela própria família no momento mais duro de suas vidas. Ajudar essas mulheres é muito gratificante; a gente pensa que está doando, mas estamos ganhando muito mais. Não custa nada oferecer carinho e amor ao próximo, promover solidariedade só faz bem.”

“Ajudar essas mulheres é muito gratificante; a gente pensa que está doando, mas estamos ganhando muito mais. Não custa nada oferecer carinho e amor ao próximo, promover solidariedade só faz bem” Eleni Mesquita, voluntária do Grupo despertar

NÚMERO DE VOLUNTÁRIOS NO BRASIL COM rElaçãO À atuaçãO DOs vOluntÁriOs 57% atuam em instituições religiosas; 17% atuam em instituições de assistência social; 14% atuam em áreas de saúde e educação; 8% atuam em instituições de defesa de direitos e ações comunitárias.

COM rElaçãO Às DOaçÕEs 50% fazem doações de alimentos, roupas, calçados, objetos, dinheiro diretamente para instituições; 30% fazem doações de bens e dinheiro diretamente para pessoas necessitadas; 22,6% doam “tempo”, isto é, fazem trabalhos voluntários. Destes voluntários, 16% atuam diretamente em organizações sociais. Fonte: Feira e Congresso Internacional ONG Brasil, 2009.

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