ANO 4 | EDIÇÃO 11 | MAR/ABR/MAI 2012
Entrevista Dra. Lyz Helena fala sobre emagrecimento sustentável
Viver Bem comemora 10 anos de sucesso na TV
COMPORTAMENTO Falar “não” sem culpa faz bem
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Edição nº 11 | mar/abr/mai/2012 Geovanna Reis
editorial
Expediente
Direção geral Juliana Garcia e Patrícia Guedeville
O bambu enverga, mas não quebra! O ditado popular é um mantra que entoou sempre que a calmaria cedeu espaço para a tempestade chegar na minha vida. É preciso ter a flexibilidade do bambu, se curvar até o chão, se preciso for, para em seguida voltar a subir mais fortalecida e, principalmente, inteira. E como é bom, depois que os ventos se acalmam, perceber que o bambu está intacto, pleno, mais bonito e cheio de vida. Em maio, o Viver Bem, programa de TV que deu origem a essa revista e ao portal guiaviverbem.com.br, completa 10 anos e o bambu é o símbolo dessa trajetória. Porque, como a criança da capa, que está na expectativa para concluir a sua primeira década de vida, o Viver Bem já se desenvolveu bastante. Superou dificuldades, muitas vezes se dobrou até tocar o chão e continua em pé, com muita fibra e em pleno processo de crescimento, olhando para frente com a certeza de que ainda tem um longo caminho para desbravar, inúmeras escolhas para fazer e, claro, muito para conquistar. E você, é flexível e paciente como EM REVISTA
o bambu ou se deixa quebrar pelos ventos fortes das tempestades da vida? Para se manter firme é preciso boa saúde, equilíbrio emocional e paz de espírito. Nas páginas dessa edição da Viver Bem em Revista, você vai encontrar um pouco de cada coisa. Desde receitas práticas para consumir a couve todos os dias, passando pela importância de saber falar “não” sem culpa e chegando na prática do ho’oponopono, uma filosofia havaiana indicada para curar as relações. Tem ainda uma entrevista com a endocrinologista Lyz Helena, que dá a receita para o emagrecimento sustentável. Na seção Infância falamos sobre a criação do filho único e, na seção Maturidade, você vai encontrar um manual sobre Alzheimer, doença que atinge 18 milhões de pessoas no mundo. Desfrute da leitura e daqui pra frente, a cada ventania mais forte que você enfrentar, respire fundo e tenha a certeza de que o bambu enverga, mas não quebra.
Coordenação editorial Juliana Garcia Textos Patrícia Gabriela Soares, Shâmala Jewur e Taciana Chiquetti Revisão Márcia Melo Fotos Ramón Vasconcelos Projeto Gráfico Carlos Soares Diagramação GR Design Editorial www.grdesigneditorial.com.br Comercial GGTec Produções Impressão Impressão Gráfica Tiragem 10.000 exemplares Fale conosco 84 3213.8592
Juliana Garcia
viverbememrevista@ggtec.com.br
comportamento
maturidade
meio ambiente
equilíbrio
saúde
infância
entrevista
alimentação
qualidade de vida
beleza
Ramón Vasconcelos
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Sumário ANO 4 | EDIÇÃO 11 | MAR/ABR/MAI 2012
32 Capa Modelo: Bruna Menezes Cabelo e maquiagem: Chic Coifeur Foto: Ramón Vasconcelos
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Infância O dilema do filho único Maturidade Aprendendo a lidar com o Alzheimer EM REVISTA
O mês de aniversário é maio. Mas toda a produção do programa já está na expectativa para a comemoração. “Temos motivos de sobra para festejar. O Viver Bem é uma produção independente que conseguiu se firmar no mercado. Conquistamos nosso espaço e ampliamos nosso produto com a revista, o portal na internet e os eventos”, analisa Patrícia Guedeville, diretora comercial e uma das idealizadoras do Viver Bem. Nesses 10 anos, mais de 500 programas foram produzidos. “Sempre procuramos abordar temas variados a cada edição. Queremos atrair a atenção de toda a família. Porque quando todos se comprometem juntos fica mais fácil adotar uma rotina saudável”, explica a apresentadora Ju-
liana Garcia, que percebeu a carência de informações nessa área e teve a ideia de produzir o Viver Bem. Para comemorar os 10 anos, será realizada no dia 12 de maio, dia em que o primeiro programa foi exibido, a Caminhada Viver Bem e uma edição especial do evento Conexão Viver Bem, com aulas variadas e muitos serviços que promovam o bem estar e a saúde dos participantes. Nesse dia, será lançada também a promoção de aniversário que já virou tradição na cidade, pois oferece aos telespectadores do programa a possibilidade de cuidar da saúde e mudar hábitos após uma temporada num Spa. Acompanhe as novidades e a programação de aniversário do Viver Bem pelo www.guiaviverbem.com.br.
“Queremos atrair a atenção de toda a família. Porque quando todos se comprometem juntos fica mais fácil adotar uma rotina saudável” Juliana Garcia, apresentadora EM REVISTA
Fotos: Ramón Vasconcelos
viver bem 6
Viver Bem completa 10 anos na TV
“Conquistamos nosso espaço e ampliamos nosso produto com a revista, o portal na internet e os eventos” Patrícia Guedeville, diretora comercial
Projeto Energia Verde 2012. O bem que você faz ao planeta, volta pra você. O projeto Energia Verde possibilita a troca dos seus eletrodomésticos velhos por aparelhos novos e mais eficientes, com o Selo Procel de Economia. É muito fácil participar: você faz doações na conta de energia, de acordo com sua faixa de consumo, e ganha o dobro ou mais na conta de energia para trocar por refrigeradores, freezers ou aparelhos de ar-condicionado. Essa doação será revertida para o reflorestamento da Mata Atlântica Parque das Dunas – Natal/RN.
Principais Resultados do Projeto
•2.752 clientes cadastrados; •Troca de 2.396 equipamentos ineficientes por equipamentos eficientes com selo Procel de Economia de Energia; •Distribuição de 24.304 lâmpadas econômicas fluorescentes compactas. Consulte regulamento no site: www.cosern.com.br/energiaverde
Participe! Lojas Conveniadas • Lojas Maia Magazine Luiza –Av. Engº Roberto Freire e Lojas Insinuante na Av. Rio Branco e Midway Mall ou pelo telefone: 84 3645-7190.
Fotos: Divulgação
Conexão Viver Bem 8
A agenda de 2012 do Conexão Viver Bem já começou. No dia 17 de março, no Parque das Dunas, realizamos a primeira das 10 edições que estão programadas para 2012, o ano em que o Viver Bem completa 10 anos. Nessa edição o público conheceu, em primeira mão, a terapia da gravidade invertida. Confira as fotos! Os próximos eventos serão realizados nos dias 14 de abril, 12 de maio e 07 de junho de 2012.
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SUA OPINIÃO “A Viver Bem em Revista é a melhor de Natal quando o assunto é bem estar do corpo e da alma. Sucesso e parabéns a toda equipe!” Christiane Potter, via twitter
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1. Aula de aero axé, comandada pelo professor Vitor Mendes, mais uma vez foi um sucesso. 2 e 3. Alunos do curso de Enfermagem, da Uni-RN, realizaram teste de glicemia e aferição da pressão arterial 4. Treinamento de corrida - WM Fitness
“Li a Viver Bem em Revista pela primeira vez e gostei muito do conteúdo, diagramação, fotografia e papel usado. Parabéns a cada um de vocês que fazem esta excelente e útil revista. Quem ganha com todas estas revistas bonitas e bem feitas aqui na terra é a cidade, a cultura, os costumes e sobretudo a sociedade. Vocês e Natal estão de parabéns. Sucesso longo e duradouro para Viver Bem em Revista!!!” Marcos Pedroza, por e-mail
5. Aula de jump show e terapia da
“Se o mundo vai acabar ou não em 2012, eu não faço a mínima ideia. Mas quero agradecer a oportunidade de reflexão que vocês me deram. Não vale a pena perder tempo com coisas que não acrescentam. Obrigada por me abrirem os olhos.” Lia Gusmão, por e-mail
gravidade invertida
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“Gostei da reportagem sobre frutas secas. Ótimas opções para os lanches. Não saio mais de casa sem uma delas na bolsa. Alimentação saudável para viver bem.” Joana Helena , por e-mail 4
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PrOGraMa ViVEr BEM - sÁBaDO, 9H, na TV POnTa nEGra - WWW.GUiaViVErBEM.COM.Br - TWiTTEr: @PrOG_ViVErBEM
EM REVISTA
Cedida
E você, se tivesse uma nova chance?
artigo
Por Kalina Masset - Blog: http://passoapassodiadia.blogspot.com
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Eu entendi sozinha. Ninguém precisou submeter-se ao constrangimento de me contar. Foi assim que resguardei a dor intransferível da descoberta. Uma voz opaca insistia: - Tá sentindo minha mão, professora? Visão turva, dormência, falta de ar, desordem mental, audição confusa... eu aturdida, imóvel, ausência de sensações, movimentos sem resposta... como fui parar ali no chão? Lembrei então que eu descia as arquibancadas do ginásio para aplicar uma prova prática aos meus alunos do curso de Educação Física, escorreguei nos degraus e caí. Subitamente a compreensão do acontecimento me inundou os olhos, alagando meu desespero, pensei: “eu estou paraplégica”... é... brusco assim, apenas um detalhe, meio segundo de desatenção, um movimento em falso, o acaso que surpreende, um quase nada que tudo desaba. E assim seguiu-se o cotidiano: UTI, sondas, perfusões, fisioterapia, colos, solidão, longos silêncios, choro compulsivo, dúvida permanente, sensação de impotência e desolação. A vida repassava na cabeça enquanto eu deslizava na cadeira de rodas, enclausurada no próprio corpo, minhas ambições reduzidas, minha dependência alargada. Lembrava-me da sensação do granulado da areia na beira da praia e
EM REVISTA
as ondas de mansinho rastejando aos pés. Mas devia fazer frente a minha falta de liberdade sem piedade nem constrangimento. Descobri na pele insensível o gosto da discriminação, o embaraço com os olhares piedosos, a indignação com a covardia dos indiferentes. E as vagas para deficientes? E as prioridades a eles concedidas? Você que não tem este direito, gostaria de estar na condição de quem realmente tem essa necessidade?
“Tive uma nova chance, sim, de enxergar felicidade em elementos simples” Dentro de mim crescia uma força, uma voz aprendendo a linguagem da busca. Intensifiquei meu tratamento em um hospital especializado para aprender a viver a nova vida. Acordar com a esperança em meus braços era meu maior desafio. Arrancar a força de dentro com unhas e dentes era minha melhor versão, renascida para vislumbrar projetos felizes, independente de minhas novas limitações. Tive que nascer todos os dias e acreditar sem lamentações que a
vida pregava peças e cobrava minha contribuição. E não quis mais esquivar-me. Não me detive no sentido dos prognósticos ou números das probabilidades, apenas investi na procura por uma felicidade sem padronização. Visualizei meu resgate interior refazendo ou não passos novos com as próprias pernas. Quantas vezes reclamei de bobagens na vida e sequer reparei que andava? A rotina tomava rumo. Mas eis que um dia, no meio de um exercício de alongamento, minha perna esboçou uma contração muscular. Fiquei noites sem dormir por medo de acordar do sonho. E se eu tivesse uma nova chance? Dali, cada esforço foi convertido em progresso. Luta, esperança renovada, pesares abandonados, acreditando no improvável. E assim voltei a andar! Uma sensação mais esfuziante do que as palavras podem descrever. Superação? Venci? Não sei ao certo se seria isso, pois conheci pessoas preciosíssimas que se superam ao avançar todos os dias sobre rodas ensinando o quanto tudo é possível. Para mim, minha incontestável resiliência. Contudo, tive uma nova chance, sim, de enxergar felicidade em elementos simples, reforçando meus reais valores e acreditem: esta chance não vou desperdiçar! E você, se tivesse uma nova chance?
Pode parecer estranho, mas muita gente viaja para outro país buscando encontrar o... Brasil! A prática do intercâmbio é justamente a oportunidade que o estudante tem de mergulhar em outra cultura e alargar seu universo cognitivo e horizontes culturais, mas não é raro encontramos muitos alunos sinceramente decepcionados com o país escolhido pela falta “do feijão brasileiro”, da música ou (acredite!) da cama dos pais. É claro que aqui eu não estou falando da saudade natural que acompanha uma experiência como essas, mas de pessoas que de tanto comparar (e reclamar!) acabam perdendo o saboroso momento atual que se apresenta com toda a sua riqueza de experiências, cores e sabores. O fato é que comparar faz parte da natureza
humana. Comparamos pessoas, cidades, carros e tudo mais que a nossa imaginação permitir. Os mais competitivos fazem disso, inclusive, um eterno sinal de dor e insatisfação por ver a grama do vizinho sempre mais verde do que a dele. Mas o fato é que uma viagem como essa é para experimentar e não para comparar. Experimentar novos pratos, sons, emoções. No final das contas, uma boa viagem é como a vida que, em última análise, não deixa de ser também isto: uma louca e inesperada viagem rumo a um destino que nós simplesmente desconhecemos. E o que fazer? Certos estão aqueles que fazem esta jornada vivenciando o momento com cada gosto que ele se apresenta – doce
Por Nélio Júnior
ou amargo. Quem passa a vida comparando perde muito da paisagem do momento e é isso – somente isso – que temos agora e que chamamos – não por acaso – de presente. Boa próxima viagem! Fotos cedidas
mundo a fora 12
Entre viver e comparar
Você já se imaginou vivendo apenas
um dia sem água Nem precisa, basta preservar! A água é o principal recurso das nossas vidas. E para marcar e conscientizar a todos sobre a sua importância, dia 22 de Março comemoramos o dia internacional da água. A SterBom se preocupa com o líquido mais precioso da terra e oferece há 7 anos água pura da fonte para toda a sua família. Para nós, todo dia é o dia da água.
22deMarço Dia Internacional da Água
consciência 14
Quando fui apresentada a Deus era ainda uma garotinha e morava em uma pequena cidade do interior. Não sei se você se lembra desse episódio em sua vida, mas que é marcante, não há dúvidas. Ele vivia na boca de meus pais, principalmente quando fazia algo errado: “menina, não faça isso que Deus castiga!” Esse Deus “morava” num livro grosso e austero, de capa preta, letras miúdas e de difícil compreensão, que mais me intimidava do que acolhia e de pronúncia por demais complicada para minha tenra idade: Bíblia. Com o passar dos anos, meu referencial divino saltou das páginas de conteúdo ainda obscuro para a voz aveludada de um narrador de parábolas crísticas, que o pároco fazia soar através de um possante alto-falante que alcançava toda a pequena vila, antes das missas dominicais. “Olhai os lírios dos campos, como eles crescem, não trabalham nem fiam, e eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu com qualquer deles...” Eu conseguia ver grandes extensões de terra cobertas de lírios amarelos e Deus passou a ter voz e muita doçura. Ele falava da beleza da natureza e da simplicidade de seu universo e foi assim que consegui me sentir integrada em algum contexto espiritual pela primeira vez. Anos mais tarde, vi o “meu” EM REVISTA
Deus apresentando um noticiário em uma emissora de televisão. Tinha até nome: Cid Moreira. Foi esquisito! De lá até por esses dias vim me desvencilhando do que não se sintonizava comigo, sem me furtar a algumas experiências por envolvimento de amigos queridos ou por simples curiosidade de minha alma inquieta e questionadora.Todos esses mergulhos, no entanto, se mostrariam com breves prazos de validade. Deus era grandioso demais para estar contido num espaço acanhado entre tantos preceitos fabricados pelos homens. Essa busca aconteceu ao sabor dos tempos mais escuros e, como convém a todo desesperado, sem qualquer rota definida. Não sei qual é o seu lugar preferido para seus desabafos, mas a Via Costeira de nossa linda cidade testemunhou muitas lágrimas. Fui me deixando levar como as águas de um rio, visitando as margens mais fascinantes e fluindo com os dias. Encontrei um mestre que me apresentou a meditação, de métodos vigorosos, essenciais para driblar nossas mentes tagarelas e alcançar o silêncio interior. Nesse silêncio estariam adormecidas todas as respostas que tanto ansiamos, dizia ele. Segui todas as instruções, mas os resultados eram desalentadores. Uma angústia que não dava tréguas, uma tristeza que parecia fazer parte das instruções
Álvaro Rocha
O Divino de cada um Élcia Luz, terapeuta holística
de minha bula existencial. Um vazio sem precedentes. Foi nesse conturbado cenário que cheguei à India. Jamais poderia imaginar que, sob o sol morno do sul desse exótico país, um encontro marcado com Deus me esperava. No silêncio promovido através de técnicas milenares de yogas e meditações, recebi a Diksha, a energia dourada ancorada por um casal de avatares, Amma e Bhagavan. Sem qualquer aviso prévio que nossa mente adora organizar, eis que surge o Deus tão sonhado, tão suspirado por mim por tanto tempo, com todo o requinte que uma cidade requer: surpreendentemente simples, sagrado, com um profundo respeito pelo que eu era, sem distinção. Alegre, feliz! Um Deus que nunca esteve fora, mas dentro de mim o tempo todo. Abençoada Diksha, energia que trouxe meu despertar de consciência, respeitando minhas escolhas religiosas e me conectando com minha essência de luz, sem exigir nada em troca. Que bom poder merecer esse grande presente ao alcance de todos nós. Élcia Luz amalaluz@gmail.com
Geovanna Reais
Pergunte ao personal 16
1. Caminho todos os dias há mais de 10 anos. tenho 50 anos. Já tentei começar a correr, mas falta fôlego. O que faço? Joel Medeiros – por e-mail Caro Joel, diferente da caminhada, a corrida exige algumas técnicas para a prática. Provavelmente, você está correndo numa intensidade muito alta. No início, intercale corridas leves (trotes) com caminhadas (um minuto correndo por um minuto caminhando) e, à medida em que for se adaptando, você vai aumentando o tempo de trote. Essa técnica facilita muito a transição da caminhada para a corrida. 2. Corro 4 km todos os dias e faço musculação 3 vezes por semana. durmo bem à noite, mas às vezes sinto muito sono durante o dia. tenho que diminuir o ritmo? Beatriz Paiva – por e-mail Beatriz, o que você precisa levar em consideração são os seguintes fatores: qualidade do sono, alimentação, horários dos treinos e repouso. Experimente mudar sua rotina e dar uma mexida no seu dia a dia. Mudanças sempre vem acompanhadas de uma dose de motivação! 3. Já pratico corrida há 2 anos. sempre participo de provas, mas não consigo reduzir meu tempo. Faço 5 km em 28 minutos. Queria muito chegar em 25 ou menos. Onde estou errando? Camila Torres – por e-mail
EM REVISTA
Walter Molina Profissional de educação física, especializado em treinamento de corrida de rua. É diretor técnico da assessoria esportiva Natal Runner.
Olá, Camila! Dois anos são suficientes para se obter alguns resultados em provas. O seu problema pode estar no treinamento desenvolvido nesse período. Treinos intervalados (tiros e fartleks) melhoram a velocidade e a capacidade cardiopulmonar, mas deverão ser aplicados em momentos e em doses adequadas. 4. Qual a melhor modalidade aeróbica para intercalar com os treinos de corridas? Pedro Hilton - por email Olá, Pedro! É aquela que mais se difere da mecânica da corrida como: natação, deeprunning (corrida na água, sem tocar o solo) e ciclismo. Ao praticá-la você alivia as articulações e muda o estímulo muscular. 5. sei que o tênis deve ser adequado ao tipo de pisada de cada pessoa. Mas, recentemente, ouvi falar que cada prova tem um modelo adequado. É verdade? Qual a melhor opção para quem corre 21 km?? Tiago Vasconcelos - por email Sim, Thiago, mas não é regra, na verdade o tênis deve estar associado ao tipo de corredor, levando em consideração alguns (aspectos) fatores como: conforto, performance, peso, tipo de pisada, tipo de prova, histórico de patologias (hérnias, lesões articulares, entre outras). Geralmente, tênis de prova são mais leves e com menor amortecimento, conhecidos como tênis de perfil baixo ou minimalistas, diferente dos tênis de treinos diários, com mais amortecimento. Mas para usá-los você deverá estar adaptado aos mesmos.
F
2. E como é a sua alimentação diária? Em casa eu primo por uma alimentação bem saudável, com muitos legumes e verduras. Evito ao máximo glúten e carne vermelha, não como frituras. Faço um rodízio com arroz integral, cateto, vermelho e preto. Só como arroz branco na rua. Também não consumo refrigerantes e evito os doces. No final de semana, libero um pouco. Mas sempre escolho opções mais saudáveis.
Divulgação
Fernanda Tavares Do início da carreira como modelo se passaram 17 anos. A potiguar Fernanda Tavares já figurou entre as 4 modelos mais badaladas do mundo e traz no seu currículo trabalhos para várias marcas e grifes. Entre elas: Chanel, Versace, Giorgio Armani, Victoria Secret´s. Casada com o ator Murilo Rosa, é mãe de Lucas, de 4 anos, e vive com a família no Rio de Janeiro. Depois da maternidade, reduziu a rotina de viagens por opção para poder dar mais atenção à família. Durante uma curta temporada em Natal, Fernanda aproveitou para cuidar da beleza. E foi numa de suas sessões de Detox, na Revivare, que ela falou para a Viver Bem em Revista.
3. Qual a sua atividade física preferida? Atualmente, eu pratico muay tai duas vezes por semana. Acho um exercício bem completo. Você fica sempre em movimento, dá soco, chuta, interage. E trabalha também a capacidade cardiovascular. Também faço um rodízio de aulas com spinning, jump, running. O meu objetivo é apenas tonificar o corpo e não engordar. Morro de medo de engrossar as pernas. 4. O que gosta de fazer nas horas livres? Gosto de curtir minha família. Sempre que posso venho à Natal porque acho importante que o Lucas conviva com a parte da família que vive aqui. 5. Como será a Fernanda daqui a 20 anos? Nunca pensei nisso. Espero estar bem ocupada, fazendo as coisas com prazer, cuidando da minha família e dos meus negócios, do mesmo jeito que faço hoje. Acho que estarei bem realizada. 6. O que é Viver Bem pra você? É viver com paz de espírito. Quando você está bem com o seu interior tudo flui. EM REVISTA
beleza
1. Você segue algum ritual para manter a beleza da pele e do cabelo? Eu acordo de manhã, lavo o rosto, tonifico e passo protetor solar 30. Faço acompanhamento com uma dermatologista, ela passa cremes e eu procuro usar todos, mas confesso que não sigo muito as regras. Com o cabelo eu já sou bem mais tranqüila. Aproveito um banho mais longo para fazer hidratação em casa mesmo.
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beleza 18
Por Juliana Garcia
Detox Revivare
A eliminação das toxinas torna o corpo mais saudável e contribui para o emagrecimento
EM REVISTA
O processo de eliminação de toxinas do organismo faz parte da fisiologia humana. Diariamente, todas as células, tecidos e órgãos, principalmente o intestino e o fígado, trabalham para colocar para fora do corpo essas substâncias tóxicas. O problema ocorre quando consumimos toxinas em excesso e, como o corpo não consegue se livrar delas sozinho, começa a acumular. Os efeitos disso no organismo podem ser medidos através de sintomas como fadiga, desânimo, constipação, insônia, depressão, diarréia, ansiedade, aumento de peso e retenção de líquidos. A Detox Revivare surgiu para dar uma forcinha ao organismo e aumentar a sua capacidade de detoxificação. Durante dois dias os pacientes retiram da dieta alimentos que contenham glúten e lactose. Também são excluídos os industrializados, conservantes, corantes e enlatados. A dieta, nesses dois dias, é personalizada. As seis refeições são oferecidas pela Revivare. Algumas pessoas fazem a detox apenas com sucos. Outras, in-
cluem alimentos sólidos nas principais refeições. “Utilizamos vitaminas, minerais, antioxidantes, probióticos, aminoácidos e alguns fitoterápicos para que o organismo receba todo o aporte nutricional necessário”, explica Lyz Helena, médica ortomolecular que desenvolveu a Detox Revivare. Nesses dois dias de Detox, os pacientes realizam exercícios, através do treinamento funcional, e alguns procedimentos estéticos para potencializar o resultado (veja box abaixo). REViVaRE Rua Joaquim Fabrício, 709, Petrópolis. Natal/RN. 84 3211 6769 www.revivare.com.br
benefícios - O corpo continua excretando toxinas enquanto há redução na absorção; - Com a eliminação dos alérgenos o sistema imune é estimulado; - Redução da inflamação intestinal; - Acelera a quebra de gorduras, favorecendo a retirada de produtos químicos do tecido adiposo para posterior eliminação do corpo; - Menos energia é despendida para a digestão dos alimentos e pode ser desviada para processos de cicatrização. Fotos: Ramón Vasconcelos
procedimentos estéticos DrEnaGEM LinFÁTiCa Massagem que ativa a circulação venosa e linfática. Promove redução da celulite e retenção hídrica.
que as atividades físicas convencionais. Reduz gordura localizada, celulite, flacidez muscular e drena os líquidos retidos.
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hidratante, rejuvenescedor, bactericida, fungicida e cicatrizante. Melhora o metabolismo, aumenta a reprodução das células e ajuda a eliminar os radicais livres. Para os dias posteriores ao tratamento, os pacientes recebem uma série de orientações sobre a alimentação ideal, a importância da ingestão de água e prática de exercícios para dar continuidade ao processo de eliminação das toxinas. Tudo para que o sistema de detoxificação funcione a todo vapor.
EM REVISTA
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qualidade de vida
“Adrenalina nas alturas”
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Por Shâmala Jewur
Para alguns, uma forma de aliviar o estresse do dia a dia, para outros, um meio de desafiar os seus próprios limites. Seja qual for o motivo, a escalada vem conquistando cada vez mais adeptos. EM REVISTA
que ela faz questão de transmitir ao pequeno Luca, de apenas 4 anos. “Quando eu engravidei dele eu já escalava há um bom tempo, escalei até dois dias antes dele nascer. Dois meses depois eu voltei a escalar e como ele sempre vinha pra acompanhar, isso despertou o gosto pela escalada e hoje ele está escalando”, comenta. Outro aspecto que também chamou a atenção da educadora física foi uma das peculiaridades do esporte. “É muito diferente dos outros esportes que são praticados no chão. Na escalada, a sua base é vertical e não horizontal”, comenta. A característica torna a atividade física ainda mais interessante e imprevisível. Esses atributos foram os que mais chamaram a atenção do escalador Léo Rocha (35), que pratica o esporte há 7 anos. “O que eu mais gosto da escalada é o desafio. É um desafio constante e que nunca acaba. Sempre você vai ter que estar superando seus limites. É uma coisa que não tem explicação”, conta.
Fotos: Ramón Vasconcelos
O final de semana é, geralmente, muito aguardado pelas pessoas por ser um período propício para o relaxamento. Uma pausa na correria diária para descansar, recarregar as energias e preparar o corpo para mais uma semana intensa de atividades. Um grupo específico de pessoas tem buscado cumprir esse objetivo em um lugar bem inusitado. Não é na praia, na balada, muito menos em casa, mas a 200 metros do chão, em serras, formações rochosas e picos, cenários ideais para a prática da escalada. A escalada esportiva surgiu a partir do alpinismo, pela necessidade de treino, principalmente no rigoroso inverno europeu. Emoção é o que não falta durante a prática desse esporte, que tem ganhado expressividade em todo o país. Há 9 anos, a educadora física Débora Hashiguchi (36) foi apresentada à escalada por um amigo e descobriu nesse esporte um meio para adquirir confiança em si mesma. Valores
“É um desafio constante e que nunca acaba. Sempre você vai ter que estar superando seus limites” Débora Hashiguchi, educadora física
Escalada e preparo físico Aí vai uma boa notícia para os escaladores. É que, além de desfrutar do contato direto com a natureza através da contemplação de belas paisagens e da superação dos seus próprios limites, os movimentos realizados durante a escalada são responsáveis por um aumento significativo do condicionamento físico dessas pessoas. O educador físico Francisco Batista, pós-graduado em Fisiologia do Exercício (UGF) e em Avaliação Física (UFRN), considera a escalada uma atividade completa. “Trabalha aspectos físicos e psicológicos, agrupando características importantes para o desenvolvimento integral de qualquer pessoa e se torna uma ótima maneira
de manter o preparo físico e cuidar da saúde, para os que buscam qualidade de vida e bem estar”, explica. O educador físico aponta como os principais benefícios da escalada o aumento da disposição física e mental, a melhora das capacidades físicas como resistência, força muscular, coordenação, equilíbrio e concentração do praticante. Em relação aos aspectos mentais, Francisco ressalta a melhora do estado de espírito, que é responsável pelo bom humor e relaxamento. “Como em todos os esportes radicais, há liberação dos hormônios adrenalina e endorfina, provocando em nosso corpo sensações de bem estar, euforia e relaxamento”, completa.
“Como em todos os esportes radicais, há liberação dos hormônios adrenalina e endorfina, provocando em nosso corpo sensações de bem estar, euforia e relaxamento” Francisco Batista, educador físico EM REVISTA
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Segurança na escalada
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O presidente da Associação de Escaladores do Rio Grande do Norte - AERN, Jalon Medeiros, explica que antes de se aventurar nas superfícies verticais das rochas é preciso que os escaladores adotem alguns cuidados. “A escalada é, por definição, um esporte de risco. Mas se você praticar com orientação adequada, observando a especificação do equipamento e comprando um material adequado para a prática, você consegue reduzir e muito o risco no esporte”, diz.(ver box na página ao lado) O grau de dificuldade não é definido pela altura, mas pelo percurso enfrentado pelo escalador. Durante a definição de roteiros verticais, o praticante cria caminhos que são marcados pelas chamadas “costuras”, o ato de unir as fitas aos mosquetões, estruturas presas na rocha. “Se ele, por ventura, sofrer uma queda, essa costura e o freio do participante vão impedir a queda do escalador”, expli-
ca Jalon Medeiros. Assim como os esportes convencionais que exigem muito esforço físico, na escalada as lesões também podem ser recorrentes, caso o atleta não esteja preparado fisicamente. O educador físico Francisco Batista destaca algumas das lesões mais comuns: “se o praticante dessa modalidade esportiva não estiver suficientemente treinado, lesões como estiramento muscular (ocorre quando as fibras são alongadas mais do que seus limites) ou contratura muscular (disfunção muscular sem rompimento das fibras) podem ocorrer”, diz. Ele recomenda que sejam praticados alguns exercícios específicos para o preparo físico desses atletas. “Os exercícios funcionais ganham destaque na preparação da escalada esportiva em virtude destes proporcionarem os estímulos mais próximos possíveis da realidade de cada situação que o praticante de escalada irá se deparar”.
“Se ele, por ventura, sofrer uma queda, essa costura e o freio do participante vão impedir a queda do escalador” Jalon Medeiros, presidente da AERN
Terapia? Durante a escalada esportiva é preciso autocontrole e muita autoconfiança na superação de medos e fobias. Cooperação e sintonia entre os participantes são fundamentais para a execução da atividade. O instrutor de escalada Édervan Menger acompanhou casos de pessoas que começaram a escalar e mudaram totalmente o seu comportamento para melhor. E
a mudança vai muito além do espírito de equipe. “O que se percebe muito é a parte de concentração. Você vê que pessoas muito eufóricas, afobadas, depois de um certo período de tempo escalando, começam a se controlar mais, tem um maior domínio, se tornam mais equilibradas, mais centradas. A escalada também é um exercício que desenvolve o autocontrole”.
“A escalada também é um exercício que desenvolve o autocontrole” Édervan Menger, instrutor de escalada EM REVISTA
É FUNDAMENTAL:
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A escalada no RN Édervan Menger foi um dos fundadores da Associação de Escaladores do RN, em 1994, que começou com um grupo de 4 amigos unidos pela paixão aos esportes radicais. Hoje, o instrutor de escalada diz que já é possível encontrar de 30 a 40 pessoas escalando apenas nos fins de semana, o que considera uma grande conquista. O Rio Grande do Norte conta com uma boa estrutura para quem quiser iniciar o esporte. “Na escalada, não é como você chegar numa quadra de futebol e pedir pra jogar bola junto, tem que participar de uma sequência de treinamentos. E isso é feito através de um curso básico de escalada. A gente tem uma associação voluntária do RN, que é composta pela maioria dos escaladores daqui, e essa associação credencia algumas escolas, alguns instrutores. Quem quiser começar primeiramente procura a associação e a gente vai indicar instrutores credenciados pra essa pessoa, até que ela escolha qual é o mais viável”, orienta Menger. Além desse aparato, o escalador no RN pode contar também com um Centro de Treinamento de Escalada Indoor, localizado em Pium, além de poder participar de eventos relativos ao tema. Em setembro de 2012 acontece o 11º Encontro de Escaladores do Nordeste, que será sediado aqui no Estado.
“Na escalada, não é como você chegar numa quadra de futebol e pedir pra jogar bola junto, tem que participar de uma sequência de treinamentos” Édervan Menger, instrutor de escalada
1. COrDas Equipamento básico de segurança do montanhista. Serve para unir o escalador na rocha, protegendo-o no caso de uma queda. 2. FrEiOs Controlam a descida do escalador na corda, ao final de uma escalada utilizando técnicas verticais. 3. MaGnÉsiO O carbonato de magnésio é utilizado para absorver o suor nas mãos, mantendo-as secas e mais aderentes. 4. CaDEirinHa Serve basicamente para sustentar o atleta durante a escalada. Sua função é unir o escalador com a corda, proporcionando conforto e segurança. 5. CaPaCETE Equipamento de uso obrigatório. Sua função básica é proteger de pedras soltas que podem cair acidentalmente na cabeça do escalador ou no caso de escorregões. 6. saPaTiLHas Oferecem maior sensibilidade aos pés e é feita de uma borracha especial que adere com maior facilidade às pedras. 7. GraMPOs E CHaPELETas Peças de metal fixadas na rocha através de buchas metálicas e parafusos. Utilizadas para segurança do escalador, apresentam um orifício por onde é preso o mosquetão ou as costuras. Fontes: http://www.escalando.kit.net/ dicionario.htm e Associação dos Escaladores do RN
EM REVISTA
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alimentação
Por Patrícia Gabriela Soares
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Santa couve
Dá pra imaginar uma dieta saudável sem o consumo de legumes, frutas, verduras e folhas? Os vegetais exercem um papel fundamental na nutrição. Mas, entre eles, um merece destaque e deve ser consumido todos os dias, a couve.
EM REVISTA
“A couve possui ainda o folatus, substância que normaliza as taxas hepáticas TGO e TGP”
Fotos: Ramón Vasconcelos
A folha é considerada um alimento altamente nutritivo. Contém proteínas, vitaminas A, B1, B2, B6, C, K, ômega 3 e minerais como magnésio, potássio, cálcio e ferro. É rica também em fibras, bom para pessoas com diabetes. Com tantos nutrientes, a couve possui muitas propriedades nutricionais, atuando na prevenção de diversas doenças como, por exemplo, osteoporose, anemia, hipertensão, intolerância à lactose e alergias à proteína do leite. O consumo da couve também ajuda a combater problemas do fígado e estômago, ameniza a asma e bronquite, previne a infecção urinária e possui ainda ação laxativa, vermífuga e cicatrizante. Além de tudo isto, a couve possui alguns compostos como os fenólicos, que, segundo pesquisas, tem ação eficaz na diminuição da multiplicação de células cancerígenas. A nutricionista Graça Morais ressalta ainda outros benefícios nutricionais da hortaliça. “É importante saber que a couve contém uma substância chamada sulforafano, que protege o corpo das toxinas, dos pesticidas, agrotóxicos, malefícios do uso de antibióticos prolongados, entre outros. De qualquer forma, é importante que se dê preferência ao consumo da couve orgânica, dessa forma é possível garantir a qualidade dos alimentos, seus valores nutricionais e, consequentemente, seus benefícios para a saúde. Possui ainda o folatus, substância que normaliza as taxas hepáticas (Transaminase Glutâmica Oxalacética - TGO e Transaminase Glutamina Pirúvica - TGP)”, explica. A couve deve ser, portanto, consumida diariamente e inclusive fazer parte do cardápio dos pequenos. Foi o que Irineliene Macêdo fez no car-
Graça Morais, nutricionista
dápio da sua filha Fernanda, de um ano e seis meses. Quando começou a introduzir sucos e outros alimentos na dieta, sua filha já passou a tomar suco de couve, inclusive sem açúcar, e a treinar as papilas gustativas para aceitar a hortaliça. “Em minha casa sempre foi costume o consumo da couve no feijão e saladas, faz parte da alimentação do nosso cotidiano. Certo dia, a minha mãe preparou o suco de couve, ela viu e logo pediu para tomar. Tomou tudo. A presença da couve não altera o sabor do suco de frutas, ela adora”, conta a mãe da
pequena Fernanda, que está com uma alteração no fígado e hoje consome couve todos os dias por recomendação médica. A couve pode estar presente em saladas, refogados, sucos, como também em diversas receitas como sopas, caldos, molhos, recheios, entre outras. Quando consumida crua, a couve deve ser devidamente higienizada. O consumo da couve deve ser evitado principalmente durante o tratamento de quimioterapia e quando o paciente tem problemas de tireoide e de ferritina alta.
“Em minha casa sempre foi costume o consumo da couve no feijão e saladas, faz parte da alimentação do nosso cotidiano” Irineliene Macêdo, mãe de Fernanda
EM REVISTA
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RECEITAS
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GELO DE COUVE ingredientes: - 3 folhas de couve - 1 xícara e 1/2 de chá (300 ml) de água
Escolha
Armazenamento
Ao escolher a couve dê preferência a de folhas lisas, de cor verde vibrante, brilhantes e descartar as que possuem folhas amareladas e com furos. “Quanto menor a folha, menor é a quantidade de agrotóxico contido nela”, acrescenta Graça Morais.
Ao chegar das compras, retire a couve da sacola de transporte e deixe na geladeira por cerca de duas horas para fechar os poros e impedir a penetração do agrotóxico na hortaliça. Após as duas horas, deve-se fazer a higienização.
Modo de fazer: Liquidifique os ingredientes e coloque na forma de gelo. Sem orientação de um especialista consuma cerca de dois cubos diariamente. “O consumo em excesso pode trazer prejuízos à saúde, é importante consultar também um especialista”, lembra Graça Morais.
te minutos. Isso irá eliminar o efeito tóxico do hipoclorito. Para finalizar o processo, é importante detoxificar. Coloque a couve no vapor por cerca de dois minutos, retire e lave com água fria. O processo também prepara a hortaliça para fazer os cubos de gelo.
sUCO DE COUVE ingredientes: - 1 polpa da fruta de sua preferência ou 1 porção da fruta; - ½ folha de couve; - 200 ml de água, água de coco ou chá de sua preferência.
“O consumo em excesso pode trazer prejuízos à saúde, é importante consultar também um especialista”
Modo de preparo: Liquidifique e sirva em seguida. Se possível não coar, assim é possível conservar as fibras. Se adoçar, dê preferência ao açúcar demerara ou mascavo.
Higienização Coloque a couve de molho em um recipiente com 1 colher de sopa de hipoclorito para cada 1 litro de água, por vinte minutos. Depois, repita o processo em uma nova solução, agora com 1 colher de sopa de vinagre para cada 1 litro de água, por mais vin-
Graça Morais, nutricionista EM REVISTA
entrevista
Por Juliana Garcia
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Emagrecimento sustentável Ela é endocrinologista, com especialização em obesidade. No consultório, Dra Lyz Helena sempre se deparou com pessoas insatisfeitas com o seu peso e que voltavam a engordar depois de um processo de emagrecimento. Ela mesma enfrentou esse problema na adolescência. Hoje, adepta a prática ortomolecular, ergue a bandeira do emagrecimento sustentável e se orgulha dos resultados obtidos pelos seus pacientes.
Lyz Helena - Durante 5 anos de consultório, eu vi que não conseguia ter grandes resultados. Os pacientes conseguiam perder peso, mas depois voltavam a recuperar. Então, eu comecei a ler várias reportagens falando sobre a ortomolecular e fui procurar conhecer mais sobre o assunto, saber o que tinha de tão bom nisso. Conheci o Dr. Efraim Olszewer, que trouxe a ortomolecular para o Brasil. Ele é cardiologista e trabalha muito essa parte de síndrome metabólica e obesidade abdominal, que tem muita relação com a endocrinologia. Fiz 2 anos de pós-graduação e me encantei porque a prática ortomolecular, que hoje já é reconhecia pelo Conselho Federal de Medicina, melhora muito a qualidade de vida do paciente e a perda de gordura vem como conseqüência. VBR - E o que a ortomolecular tem de tão especial? LH – O que acontece é que, nessa vida louca que vivemos, somos intoxicados a todo momento. Desde o desodorante que é rico em alumínio, passando pela comida que tem muito agrotóxico e conservante. A contaminação ambiental é muito grande e isso faz com que as vias bioquímicas não funcionem normalmente. Além disso, tem o estresse que sobrecarrega o organismo. Com isso, o nosso corpo consome muito substâncias como vitamina C, vitamina E, oligoelementos, entre outros, ocasionando uma carência. Então, quando você começa a repor, de acordo com as necessidades de cada um, o paciente se sente muito melhor. Nos casos de ansiedade, angústia e compulsão, a resposta é rápida e eficaz. Você dá os
aminoácidos que vão formar os neurotransmissores que estão baixos, como a serotonina, pro exemplo. O paciente se sente melhor, a compulsão diminui, a disposição melhora e ele consegue desempenhar as funções a que se propôs, sem desistir no meio do caminho.
Fotos: Ramón Vasconcelos
Viver Bem em Revista - Como descobriu a prática ortomolecular?
VBR - E como é feito esse diagnóstico para saber exatamente quais são as necessidades de cada pessoa? LH – O diagnóstico é bem completo, você vai desde o fio de cabelo até o dedo do pé. Além dos exames laboratorias, existe o eletrossomatograma que realiza uma espécie de check up das células, órgãos e sistemas do corpo humano. É preciso também levar em consideração a história clínica do paciente, o seu estilo de vida, o que pode estar interferindo na qualidade de vida dele. Na verdade, você volta um pouco para a medicina antiga, que avalia o paciente como um todo. Você não foca, ao contrário, você abre o leque e procura dosar as suas necessidades. Como eu já falei, a resposta é muito rápida. Não me imagino trabalhando como antes. É outro resultado, não tem como comparar, principalmente na manutenção do peso. Pacientes que eu tratei voltam depois de um tempo para fazer um check up, mas a maioria está conseguindo manter o peso. Voltam para reequilibrar o corpo depois de algum momento de estresse ou ansiedade. VBR - Além dos suplementos, sabemos que a nutrição também exerce um papel fundamental nesse processo. Como é a dieta num tratamento ortomolecular?
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“A contaminação ambiental é muito grande e isso faz com que as vias bioquímicas não funcionem normalmente. Além disso, tem o estresse que sobrecarrega o organismo.”
LH – Aqui na Revivare, retiramos o glúten e a lactose nas dietas do DeEM REVISTA
A proposta é seguir a orientação de Sócrates, que já dizia: “Que o alimento seja o seu remédio” 30 tox e no Spa. Mas é importante um acompanhamento com uma nutricionista. As pessoas sabem retirar os alimentos, mas para que a dieta tenha sucesso e o corpo funcione bem é preciso introduzir alguns alimentos funcionais. A proposta é seguir a orientação de Sócrates, que já dizia: “Que o alimento seja o seu remédio”. É tudo muito individualizado e prescrito de acordo com a avaliação do paciente. As pessoas precisam se conscientizar que comem muito não por falta de comida e sim de nutrientes. Então, quando você começa a equilibrar, o organismo precisa de menos e o paciente se sente saciado com uma menor quantidade de comida. E uma coisa boa é que a nutrição evoluiu muito. Você tem à disposição muita coisa saborosa, bonita e saudável. VBR - A atividade física também é um ponto importante nesse processo de emagrecimento. Mas o número de sedentários ainda é grande. É possível conquistar bons resultados só com uma boa alimentação?
EM REVISTA
LH – Não. Para conseguir manter o peso saudável você precisa perder gordura e ganhar músculo. É o músculo que faz o metabolismo funcionar, que faz o corpo gastar energia. Aquela ideia de que é preciso fazer uma atividade aeróbica para emagrecer está ultrapassada. Você precisa começar pela musculação e, claro, se puder associar com o treino aeróbico, ótimo. Mas se não puder, a prioridade é a musculação ou qualquer outra modalidade que promova o ganho de massa magra. Não existe fórmula mágica. A atividade física é um remédio para qualquer situação e eu prescrevo para todos os meus pacientes. É importante não só para essa questão do peso, mas para o sistema cardiovascular, para a saúde mental. Se você tem pouca massa magra e muita gordura vai acabar tendo problemas como colesterol alto, a pressão vai subindo, vai enfrentar dores nas articulações. Mas é importante frisar que o exercício tem que ser na dose certa. O excesso não é saudável. Produz radicais livres, o corpo passa a economizar energia e você não consegue perder peso.
VBR - E a estética? Onde entra nesse processo? LH – No processo de emagrecimento precisamos respeitar a fisiologia. Se você perde peso muito rápido, vai perder também massa magra. Por isso é preciso ter paciência. Quando você associa a estética, você consegue ir diminuindo gordura localizada e reduzir medidas. O paciente se sente melhor mais rápido. Mesmo que a balança ainda não esteja refletindo essa perda de peso, é possível sentir a roupa mais folgada, por exemplo. Mais uma vez é importante saber que não existe fórmula mágica. Só fazer estética e não mudar seus hábitos alimentares, nem praticar exercícios, não vai resolver. VBR - Qual o seu conselho para essas pessoas que vivem nessa eterna briga com a balança e são insatisfeitas com o seu peso? LH – Retire o glúten e lactose da dieta e pratique atividade física. Aí eu acho que está na metade do caminho.
infância
O filho único é cada vez mais comum e, ao contrário do que muitos pensam, não precisa ser sinônimo de criançaproblema
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Por Taciana Chiquetti
Único e especial EM REVISTA
Fotos: Ramón Vasconcelos
“Não me considero dependente emocionalmente de minha mãe e nunca me senti diferente por não ter irmãos” Aline, mãe de Dudu
Maria Clara é mãe somente de Aline, que é mãe apenas de Dudu. Três gerações e, mesmo assim, a família permanece enxuta. Este é um fenômeno cada vez mais comum para os núcleos familiares brasileiros. De acordo com dados divulgados, no ano passado, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao Censo 2010, a taxa de fecundidade da mulher brasileira caiu para 1,86 filho, por mulher, no período, ficando abaixo da taxa de 2,38 filhos constatada há dez anos. Esta queda ocorreu em todas as grandes regiões do país, principalmente no Norte (de 3,16 filhos por mulher para 2,42) e no Nordeste (de 2,69 para 2,01), que possuíam os mais altos níveis de fecundidade em 2000. A oficial de justiça Maria Clara Borba (52) - mesmo há mais tempo do que revelaram as estatísticas – já vem confirmando a tendência nos números apurados. Ela até tentou ter mais filhos, mas somente Aline nasceu. No balanço da educação, apesar de admitir o excesso de proteção, ela relata que Aline não vem sendo uma “filha única-problema” – egoísta ou dependente ao extremo como no estereótipo
dos filhos únicos. “Ela sempre foi uma criança reservada, responsável com os estudos e muito religiosa. Acho que ela também está conseguindo passar bons valores ao seu filho. Dudu é tímido, mas não tem problemas em fazer amigos”, observa a avó-mãe. Aline também considera sua educação positiva, apesar da proteção exacerbada. “Acabei aprendendo a buscar meus objetivos sozinha e ter me tornado mãe cedo contribuiu para isso. Não me considero dependente emocionalmente de minha mãe e nunca me senti diferente por não ter irmãos”, conta, relatando que os amigos acabaram preenchendo muito satisfatoriamente esta lacuna. Nada melhor para analisar o “fenômeno filho único” do que uma psicanalista e economista ao mesmo tempo. Segundo Odete Bezerra, profissional com as duas formações, o que se observa em seu consultório é que os casais estão mais conscientes quando o assunto é procriar, assim como mais atentos à busca da felicidade, como um todo, em suas vidas. “De forma geral, as pessoas ainda querem casar e ter filhos, mas sabem que terão que fazer algumas renún-
cias, principalmente materiais, para realizar estes objetivos. Por isso, estão planejando mais e, consequentemente, o filho será mais bem recebido quando chegar ao mundo”, avalia. Se o garoto de 7 anos, Eduardo Di Donato Cabral, fosse desenhar a árvore genealógica de sua família, haveria bem menos galhos, mas provavelmente muito mais cuidado e dedicação com cada um deles. “A questão econômica pesa muito. Se eu tivesse mais filhos, não conseguiria dar o melhor para todos eles. Além disso, a atenção teria que ser dividida”, observa a enfermeira Aline Di Donato, 25. A psicanalista-economista concorda: “somente no período da gestação até o primeiro ano de vida do bebê são investidos cerca de R$ 20 mil a R$ 40 mil neste projeto de um novo membro na família: o preço de um carro popular ou de uma viagem internacional”, compara. As fases mais caras na criação de um filho são as iniciais, até o primeiro ano de idade, e o período dos 20 aos 23 anos de idade, considerando custos com educação, saúde, vestuário, alimentação e lazer. “As pessoas querem dar o melhor e isso custa caro”, resume Odete. EM REVISTA
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“Se eu tivesse mais filhos, não conseguiria dar o melhor para todos eles. Além disso, a atenção teria que ser dividida”
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As mulheres também estão sendo mães mais tarde – fato observado no consultório e comprovado pelo IBGE. A participação das mulheres mais jovens (15 a 24 anos de idade) em novos nascimentos diminuiu e cresceu a fecundidade entre as com mais de 30 anos, passando de 27,6% em 2000 para 31,3% em 2010. Com isso, há maior maturidade para criar uma criança e as vantagens decorrentes deste fato e da opção por somente um descendente são muitas, como, por exemplo, mais dedicação do casal, que oferecerá melhores oportunidades ao novo ser. Segundo Odete, geralmente não existe angústia nos casais por optarem em viver apenas uma experiência de maternidade ou paternidade, mas é preciso observar alguns aspectos para serem bem-sucedidos na educação. “A construção da identidade das crianças é feita de acordo com a sanidade dos pais. Geralmente, as mães projetam muitas expectativas em seus filhos, o que os tornam ansiosos por corresponderem. E isso não é bom, porque pode gerar sentimento de culpa neles. Outro aspecto é que os pais de filhos únicos podem ter a tendênEM REVISTA
cia de “roubar” a liberdade da criança de se relacionar com outras pessoas, prejudicando a formação de outros vínculos afetivos. Desta forma, a ‘Síndrome do Ninho Vazio’, quando o filho vai embora, pode realmente vir a acontecer”, explica. No entanto, se os pais seguirem algumas dicas e buscarem o autoconhecimento podem sim construir um ser humano com muito mais chances para ser feliz e ter sucesso no futuro. “É preciso deixar bem claro para o filho que ele, apesar de ser muito amado, não é a única coisa boa na vida dos pais. Pais e filhos não podem depender emocionalmente um do outro, embora a demonstração de amor seja fundamental. É necessário também incentivar a socialização do filho com familiares e amigos e incentivar a autonomia desta criança”, orienta Odete. Tomando estas “precauções” psicológicas, a escolha por apenas uma criança em casa tende a ser até mais bem-sucedida do que a opção por vários irmãos e o investimento financeiro, que pode chegar a quase meio milhão de reais, será compensado em questão de segundos, com apenas um sorriso do filho único e especial.
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Dra. Odete Bezerra, psicanalista-economista
Financeiro Existem diversos levantamentos já realizados com o objetivo de se obter este valor. Abaixo, apresentamos os cálculos feitos por Odete Bezerra, com base em dados do Centro de Estudos de Finanças Pessoais & Negócios (Cefipe). Gestação até o 1º ano de vida: R$ 20 mil a R$ 40 mil 2 a 4 anos: R$ 46 mil 5 a 10 anos: R$ 57 mil 11 a 15 anos: R$ 70 mil 16 a 19 anos: R$ 79 mil 20 a 23 anos: R$ 91 mil TOTaL: Cerca de R$ 400 mil até os 23 anos de idade.
Sua confiança nos transformou em referência. A Prontoclínica de Olhos acaba de adquirir sua nova plataforma cirúrgica, a mais moderna do Norte-Nordeste, para correção de miopia, hipermetropia ou astigmatismo. Ela é composta pelo alegretto de última geração para correção de ametropias e do laser de femtossegundo que é usado para execução do flap, o que torna a cirurgia totalmente realizada por laser e aumenta a sua precisão.
cardiologia
Bate coração!
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Previna as doenças coronarianas e viva mais
EM REVISTA
As doenças coronarianas são responsáveis por 33% das mortes no Brasil, sendo a principal causa de óbito no país. A conclusão é de um estudo divulgado em setembro de 2011, pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O relatório mostra que as doenças não transmissíveis são muito influenciadas por fatores de risco comportamentais da população, como o fumo, falta de atividade física, consumo de álcool e alimentação pouco saudável. O desfecho, no caso desta patologia, é o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), popularmente conhecido como ataque cardíaco. As doenças coronarianas são distúrbios que envolvem a circulação das artérias coronarianas e consequentemente afetam a irrigação do miocárdio. Ocorre quando as artérias coronárias, que suprem o músculo cardíaco de sangue, ficam endureci-
das e estreitas devido ao acúmulo de placas. Esse processo de acúmulo de placas, endurecimento e estreitamento das artérias é chamado de arteriosclerose. As placas são uma mistura de substâncias gordurosas que incluem colesterol e outros lipídeos. Segundo a cardiologista clínica e intervencionista, Dra. Ludmilla Rocha, a prevenção deve ser feita desde a infância. “Como são placas de gordura que obstruem as artérias coronárias e elas se formam desde a infância é importante que desde esse período já se inicie um cuidado, para que não haja progressão da doença. Claro que ao longo dos anos evitando os fatores de risco como o fumo, estresse, álcool, praticando atividades físicas, cuidando da alimentação e controlando as doenças concomitantes (diabetes, hipertensão, etc)”, orienta.
Fotos: Ramón Vasconcelos
Por Patrícia Gabriela Soares
Diagnóstico A doença coronária é diagnosticada por meio de exames complementares não-invasivos específicos, como o teste de esforço, a cintilografia com radiosótopos, o ecocardiograma com estresse e a angiotomografia coronária, cujos resultados reforçam a suspeita clínica. Em casos de diagnósticos positivos, o médico necessita conhecer precisamente o local das eventuais estenoses, o número dessas obstruções coronárias e o estado de contração do músculo cardíaco para escolher a forma de tratamento mais adequada para cada caso. Se o doente é sintomático ou possui outros fatores de risco, o exame mais indicado e que fornece essas informações com exatidão é o cateterismo, realizado através da introdução de uma pequena sonda, chamada cateter, em uma artéria periférica (do braço, da virilha ou do pulso), que é conduzida até a origem das coronárias e que fornece o diagnóstico claro e determina a conduta a ser tomada. Se o cateterismo não elucidar totalmente uma possível dúvida no diagnóstico, o Incor-Promater detém a exclusividade em dois exames bastante modernos. Um deles é o exame de diagnóstico da doença coronária
moderada, que é feito através do ultrassom intracoronário, que é uma sonda que passa dentro da coronária e mede a quantidade de placas que tem no local e diz se ela é obstrutiva ou não. O outro exame é chamado reserva de fluxo coronário, que diz se essa placa é prejudicial ou não. Trata-se de uma sonda extremamente fina que mede a pressão dentro da coronária. O local ainda possui uma estrutura totalmente equipada para garantir a segurança do paciente, fator primordial quando o assunto é tratamento cirúrgico. Os tratamentos são feitos para reestabelecer o fluxo coronário e diminuir as chances das placas de gordura voltarem a crescer e é importante que se leve a sério. “Se o paciente fizer o tratamento e não tomar cuidado com os fatores de risco e mudar seus hábitos, provavelmente vai voltar a mesma situação e o pior, pode desenvolver a doença inclusive em outros locais da coronária, pois é uma doença progressiva. Não tem cura, mas tem controle, feito pelo tripé medicação, dieta e exercícios diários. Isso serve também para evitar problemas do coração em geral”, alerta dra. Ludmilla Rocha.
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“Se o paciente fizer o tratamento e não tomar cuidado com os fatores de risco e mudar seus hábitos, provavelmente vai voltar a mesma situação” Dra. Ludmilla Rocha, cardiologista EM REVISTA
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Perigo na mesa
A resistência bacteriana pode estar associada ao uso de antibióticos na produção de animais destinados à alimentação humana
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saúde
Por Patrícia Gabriela Soares
EM REVISTA
Ramón Vasconcelos
“Se você consome o antibiótico de forma desordenada, vai haver um processo de seleção de germes no indivíduo, germes estes que ficarão cada vez mais perigosos” Dr. Kleber Luz, infectologista
Em razão da morte de algumas pessoas devido à infecções que se mostraram resistentes ao uso de antibióticos, hoje as farmácias e drogarias não podem mais vender antibióticos sem prescrição e retenção de receita médica. Os antibióticos vendidos só são entregues ao consumidor mediante receita de controle especial em duas vias. A primeira é retida no estabelecimento farmacêutico e a segunda é devolvida ao paciente com carimbo para comprovar o atendimento. A determinação foi publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Diário Oficial da União (DOU), no dia 28 de outubro de 2010, por meio da portaria RDC nº 44 de 2010. Na resolução, as medidas valem para mais de 90 substâncias antimicrobianas, que abrangem todos os antibióticos com registro no país, incluindo os de uso dermatológico, ginecológico, oftálmico e otorrinolaringológico. Esse controle é importante para evitar a automedicação, a venda indiscriminada dos remédios e analisar quem está prescrevendo e como o estão fazendo.
39 O infectologista Kleber Luz acredita que as pessoas que consomem essas substâncias de maneira inadvertida não tem noção dos riscos, gerando um impacto enorme e perigoso para a saúde.“Se você consome o antibiótico de forma desordenada, vai haver um processo de seleção de germes no indivíduo, germes estes que ficarão cada vez mais perigosos”, alerta. Enquanto a administração de antibióticos é utilizada criteriosamente em pessoas, na indústria animal o antibiótico é utilizado, de certa forma, rotineiramente na promoção do crescimento, alterando a flora intestinal dos animais, aumentando a absorção de alimentos e permitindo a produção com custos mais reduzidos. Os antibióticos podem impactar a saúde humana de duas formas principais. Uma pelo desenvolvimento de bactérias resistentes, ou seja, bactérias que por ficarem expostas aos antibióticos passam a ser resistentes aos mesmos. Trabalhos científicos mostram de maneira inquestionável que o uso de antibióticos leva ao aparecimento de bactérias capazes de resistir aos seus efeitos, ou seja, EM REVISTA
as moléculas de antibióticos não levam as bactérias à morte ou à parada de sua reprodução. Tais bactérias resistentes, uma vez presentes nos produtos alimentícios de origem animal, podem infectar seres humanos e se mostrar refratárias a maioria ou a todos os antibióticos utilizados para tratar esta doença. O outro aspecto nocivo é que os antibióticos podem gerar níveis de resíduos nas carnes, ovos ou leite e induzir reações de hipersensibi-
lidade ou alergias em seres humanos. O uso indiscriminado de antibióticos na produção de frangos tem preocupado as autoridades sanitárias do Brasil e do mundo. Um estudo preliminar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicado no início de 2008, encontrou em certos frangos, ainda que em uma minoria dos casos, salmonelas (bactérias envolvidas em doenças de transmissão alimentar) resistentes
à drogas humanas e veterinárias. A própria agência considerou os resultados preocupantes por representarem riscos à saúde pública e recentemente ampliou o monitoramento da produção. Há muitos trabalhos que comprovam isso. O Instituto Osvaldo Cruz, do Rio de Janeiro, possui um programa e participa de uma rede de laboratórios no país com a tarefa de mapear os níveis de resistência bacteriana aos antibióticos.
cias e extratos de plantas (eucalipto, canela, óleo de limão, etc) como forma de complementar e equilibrar a dieta dos animais com princípios naturais que os animais tinham acesso quando viviam em condições de maior liberdade, antes que serem domesticados e impostos aos meios de criação de absoluto confinamento. “Foi um pioneirismo muito grande. Procuramos dar atenção à saúde dos animais e depois verificar como produzir mais. Em nenhum momento as aves recebem essas substâncias,
seja através da água ou da ração e toda a sua cadeia alimentar é monitorada, o que garante a qualidade e benefícios do alimento à população”, conta Dr. Luiz Demattê. A garantia de seus frangos também é confirmada pela certificação internacional de bem estar animal, ‘Human Farm Animal Care’. Trata-se de um protocolo de certificação conferido apenas para empresas produtoras que implantam e seguem as normas rigorosas com relação ao bem estar animal.
Livre de antibióticos 40
Cedida
A Korin Agropecuária, referência nacional quando o assunto é alimentação saudável, detém o método até hoje inédito de criação animal isenta do uso destas substâncias. A empresa produz frangos alimentados com ração vegetal, livres de antibióticos e promotores artificiais de crescimento e ainda com alimentos vegetais como o milho e a soja, adicionados de sais minerais e vitaminas. Além disso, são utilizados ácidos orgânicos, como o ácido acético (vinagre) e lático e óleos, essên-
“Em nenhum momento as aves recebem essas substâncias, seja através da água ou da ração e toda a sua cadeia alimentar é monitorada” Dr. Luiz Demattê, gerente industrial da Korin EM REVISTA
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A diferença da tradicional é o fato de substituir a retirada da safena pela fototermólise do sangue Varizes são veias dilatadas e tortuosas que se desenvolvem sob a superfície cutânea, de forma permanente, com perda da sua função. As veias têm a função de drenar o sangue de volta para o coração. Por isso, quando elas perdem a função, se tornam veias varicosas. Apesar de provocarem incômodo estético, as varizes não são apenas um problema estético. São, sim, uma doença que pode provocar vários sintomas, tais como: dor, cansaço, sensação de fadiga nas pernas, inchaço ou edema, cãibras, prurido ou coceira nas pernas. Quando não são tratadas de forma correta, as varizes podem progredir e desenvolver complicações. Dentre estas podemos citar: eczema, tromboflebite , trombose venosa profunda, pigmentação e escurecimento da pele, hemorragias e úlceras varicosas. Por tudo isso é que as varizes devem ser tratadas. A cirurgia de varizes é considerada um procedimento menor, seguro e com resultados conhecidos. Depois da introdução da agulha de crochê, nenhum outro avanço significativo havia ocorrido nesse campo da cirurgia de varizes, até que mais recentemente surgiram novas tecnologias como uma alternativa minimanente invasiva ao tratamento cirúrgico tradicional de varizes, cabendo destacar o laser endovenoso. EM REVISTA
O laser é um grande auxiliar no tratamento das varizes. A técnica foi importada da Europa e já passou por diversos aperfeiçoamentos. A cirurgia de varizes com laser tem como principal diferença da tradicional o fato de substituir a retirada da safena e de algumas varizes mais calibrosas pela fototermólise do sangue. O que isto significa? Que a veia é “fechada” pela lesão térmica causada pela fibra óptica do laser. O objetivo é produzir um dano térmico irreversível na parede do vaso. Desta forma, a veia não é retirada do corpo, é lesada e oclui. A veia ocluída permanece no corpo, sem ocasionar transtornos circulatórios. O próprio organismo se encarrega de desviar o sangue que passava por ali para outras veias saudáveis. Além disso, pode ser (e frequentemente é) necessária a retirada das veias colaterais e microvarizes adicionais. Por serem de calibre menor e mais tortuosas, elas não permitem a entrada e progressão da fibra ótica que transmite o laser. Assim, essas veias são retiradas da forma tradicional, com pequenas incisões e agulha de crochê. A cirurgia com endolaser é realizada em centro cirúrgico, com anestesia, porém com internação ao estilo hospital-dia. É fundamental o uso de ultrassom doppler no intraoperatório. É com ele que guiamos a intro-
Álvaro Rocha
angiologia 42
Cirurgia de varizes com laser
Dra. Regina Mendonça, angiologista e cirurgiã vascular
dução e a progressão da fibra óptica e temos o controle do fechamento da veia após o laser ter sido disparado. A grande vantagem dessa técnica é que, por ser menos invasiva, a dor no pós-operatório é mínima e com diminuição do tempo de recuperação em relação à cirurgia convencional. Clínica Angiocardio Rua Apodi, 556, Tirol 84 3133-4500 Centro Laser Clínica (Antiga Clínica Tony Elbert) Rua Mipibu, 720, Petrópolis 84 3221-2990
equilíbrio
Quem não deseja ouvir um “Eu te amo” verdadeiro, dizer um “Sou grato” do fundo da alma e ser bem recebido pelo outro ao expressar “Me perdoe” ou “Sinto muito”? Para a prática de origem havaiana ho’oponopono, voltada ao equilíbrio do ser humano, tais palavras vão além de relações humanas cordiais: passam a ser encaradas como mantras poderosos para um novo estilo de vida, com novos padrões de pensamento. Ho’o significa “causa” e ponopono quer dizer “perfeição”, portanto ho’oponopono pode ser interpretado como “corrigir um erro” ou “tornar certo”. Para quem pratica, um problema, por exemplo, é uma memória repetindo uma experiência do passado e o que as pessoas precisam fazer é limpar todas as recordações, por meio de quatro simples frases: “Sinto muito”. “Me perdoe”. “Te amo”. “Sou grato”. A terapeuta holística Shirley Broxado conheceu o ho’oponopono por meio de uma paciente e, depois de constatar os resultados obtidos por ela, passou a não somente praticar, como também recomendar aos seus outros clientes. “As quatro frases são mantras, um exercício repetitivo que nos leva a outro estágio do existir e que nos remete a autotransformação”,
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Palavras mágicas EM REVISTA
Por Taciana Chiquetti
Saiba como a prática havaiana conhecida como Ho’ oponopono pode ajudar na cura das relações
Fotos: Ramón Vasconcelos
observa. Ela conta que sua paciente começou a dizer os mantras sem críticas ou julgamentos, apenas se entregou à prática, e, em sete meses, conseguiu equilibrar seu corpo com a perda de peso, se livrar de um relacionamento afetivo conturbado e recuperar sua autoestima. “Ela pratica até hoje, porque conseguiu equilibrar várias áreas de sua vida”, frisa Shirley. A repetição do mantra geralmente começa no “automático” até que passa a se encher de sentido. “Cada palavra tem o poder de carregar uma vibração. O cérebro não diferencia a experiência lembrança da experiência vivida”, relata a terapeuta, lembrando do filme “Quem somos nós?”. No documentário que busca mostrar que tudo no universo é energia, o fotógrafo japonês Masaru Emoto apresentou seus experimentos com a água, submetidos ao pensamento humano. Segundo ele, palavras ou pensamentos fazem com que as moléculas de água se comportem de formas distintas. A experiência de Emoto consistiu em expor água a diferentes palavras, imagens ou músicas, positivas e negativas, e então congelá-la e examinar a aparência do cristal de água sob um microscópio. Mesmo sabendo que o trabalho não tem caráter
científico, vale destacar os resultados que mostraram melhor aparência dos cristais submetidos ao conteúdo positivo em relação ao negativo. Seguindo este raciocínio, a repetição das quatro frases pode provocar o mesmo efeito positivo na vida das pessoas. “O contato com o abstrato deve ser feito vivenciando-o”, sugere Shirley. Outro aspecto fundamental do ho’oponopono é assumir totalmente a responsabilidade por seus atos e pensamentos e, a partir disso, poder construir novas realidades. Culpar o outro ou a si mesmo é contrário a tal conceito. “Construir e não atrair. Porque nós somos o universo e temos o poder de criar. O que impede este poder é que, muitas vezes, as pessoas não querem assumir o que é negativo”, argumenta, comparando a vida a uma partida de frescobol. Não há vencedores, apenas o desejo de jogar, sem deixar a bola cair e, no entanto, sem facilitar para o parceiro. Acredita-se na potência do outro em conseguir fazer o melhor. Dr. Ihaleakala Hew Len e Morrnah Simeona, precursores do ho’oponopono, resumem o ponto de partida para qualquer comportamento que tenha o objetivo de promover uma mudança: “a paz começa comigo”.
insights 1. O universo físico é uma realização dos seus pensamentos. 2. Se seus pensamentos são cancerosos, eles criam uma realidade física cancerosa. 3. Se seus pensamentos são perfeitos, eles criam uma realidade física transbordando amor. 4. Você é 100% responsável por criar seu universo físico como ele é. 5. Você é 100% responsável por corrigir os pensamentos cancerosos que criam uma realidade doente. 6. Não existe lá fora. Tudo existe como pensamentos em sua mente. Preceitos de Morrnah Simeona. Fonte: http://www.hooponopono.ws
“Cada palavra tem o poder de carregar uma vibração. O cérebro não diferencia a experiência lembrança da experiência vivida” Shirley Broxado, terapeuta holística EM REVISTA
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meio ambiente
Por Shâmala Jewur
Entenda porque a suspensão do uso das sacolinhas plásticas está dando o que falar. E descubra porque essa discussão é tão importante para o planeta
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Ecobags: essa moda pega? EM REVISTA
Basta acompanhar por alguns minutos o seu telejornal favorito, ler as primeiras páginas de uma determinada revista ou até mesmo navegar pela internet para se deparar com termos como sustentabilidade, consumo consciente ou meio ambiente. Há meio século, esses assuntos eram raramente mencionados pelas pessoas ou instituições, mas hoje se tornaram itens prioritários na pauta de preocupações de muita gente. Seja na forma de enchentes, aquecimento global, desmatamento ou poluição dos rios e mares, enquanto consequências da ação do homem na natureza, as preocupações sociais estão se voltando para um mesmo objetivo: preservar o planeta para as atuais e futuras gerações. De forma geral, vontade de mudar a realidade para melhor é o que
não falta na maioria das pessoas. Mas por onde começar? E como começar? No dia 25 de janeiro deste ano, em meio às comemorações do 458º aniversário de São Paulo, a Associação Paulista de Supermercados - APAS e o governo do Estado de São Paulo firmaram um acordo com o intuito de suspender a distribuição voluntária e gratuita, por parte dos supermercados, das sacolinhas plásticas aos consumidores. Cerca de 4 mil supermercados acataram a ideia e a estimativa da associação é que mais de 2 bilhões de sacolas deixem de ser distribuídas por mês. A partir daí, quem ainda fizer questão de carregar suas compras em sacos plásticos
deverá preparar o bolso antes de sair de casa para arcar com cerca de R$ 0,19 por cada sacolinha. A mudança pode parecer radical à primeira vista, mas os números do Ministério do Meio Ambiente demonstram que tais iniciativas são plenamente necessárias. De acordo com um levantamento feito pela Campanha “Saco é um saco”, do Ministério do Meio Ambiente em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados - ABRAS, no mundo são distribuídas de 500 bilhões a 1 trilhão de sacolas plásticas por ano. Só no Brasil, circulam anualmente cerca de 12 bilhões de sacolas, o que equivale a aproximadamente 800 sacolas para cada brasileiro.
Onde mora o problema
Fotos: Ramón Vasconcelos
“Um saco não vem do nada. Para ser produzido é preciso que se explorem recursos naturais”. O alerta é feito pelo geógrafo José Petronilo, que chama atenção para os prejuízos causados ao meio ambiente em todas as etapas da circulação do saco plástico. O presidente da Associação de Supermercados do Rio Grande do Norte - ASSURN destaca outro aspecto que potencializa ainda mais os danos ambientais causados pelo consumo excessivo de sacolas plásticas. “Na realidade, o grande problema dessas sacolas é um uso irracional delas”, comenta. Para ele, a distribuição gratuita das sacolas pelos supermercados é vista como um dos principais fatores responsáveis pelo consumo desenfreado desses itens e que, muitas vezes, leva o consumidor final a descartá-los de forma inadequada. “Se todo mundo só levasse para casa a quantidade certa e descartasse as sacolas plásticas adequadamente, não precisava tirá-las de circulação”, diz. O elevado consumo de sacolas plásticas chamou a atenção do presidente da Assurn, que baseado no faturamento
e no uso desse item no supermercado, do qual é proprietário, estimou a distribuição de todos os supermercados do Estado e fez as contas. O resultado já era esperado: por ano, o Rio Grande do Norte chega a consumir, em média, 600 milhões de sacolas plásticas. Cada uma custa R$0,02 e o valor é repassado para o consumidor final. Quando questionado sobre a recepção dos supermercados locais à ideia de suspender o uso das sacolas plásticas, Geraldo Paiva explica que, em termos financeiros, não faz muita diferença. Para ele, a economia trazida pela suspensão da distribuição gratuita das sacolinhas plásticas reside em outros aspectos. “Tem supermercados que alagam aqui e bairros inteiros ficam debaixo d’água. Estamos gastando mais com refrigeração, porque a temperatura é maior e tudo que a gente faz pra diminuir o aquecimento global e o efeito estufa é bom para os supermercadistas. A contribuição que os supermercados precisam ter com o meio ambiente é tirar as sacolas de circulação”, frisa.
“A contribuição que os supermercados precisam ter com o meio ambiente é tirar as sacolas de circulação” Geraldo Paiva, presidente da ASSURN EM REVISTA
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Não faltam alternativas...
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Ecobags são bolsas confeccionadas com material 100% natural ou reciclável, que podem ser feitas de linho, rami, algodão orgânico e, dependendo da sua matéria-prima, reutilizadas mais de 200 vezes. Seu uso tem como propósito a diminuição de materiais poluentes, que se não forem descartados corretamente, degradam a natureza. Bonitas, muito mais práticas e maiores que as sacolas convencionais, as Ecobags estão na frente de uma série de alternativas em substituição ao saco plástico. Uma das mais difundidas é a sacola oxibiodegradável, que se for disposta na natureza, pode ser degradada em pouco tempo. “Entretanto, ainda existem muitos questio-
namentos quanto ao uso dessa sacola, porque ela não desaparece, apenas se fragmenta e isso pode causar um impacto no solo também”, alerta o geógrafo José Petronilo. Ainda segundo Petronilo, as sacolas feitas de bioplástico, aparentemente inofensivas ao meio ambiente por serem feitas de material orgânico, também não são 100% ecológicas. “Essas sacolas, quando entram em decomposição, lançam gases na atmosfera, como dióxido de carbono e gás metano, que vão também gerar problemas ambientais”, explica. Um dos motivos que justificam a resistência da população quanto à adoção das sacolas retornáveis e ao abandono das sacolinhas plásticas se
remete à preocupação quanto ao descarte do lixo doméstico. Neste caso, o geógrafo José Petronilo mostra que é possível pensar de forma ecologicamente correta também durante o descarte desse tipo de resíduo. “Hoje já existe a possibilidade de pegar folhas de jornais e fazer origamis, colocar nos vasilhames para o lixo seco. No caso do lixo molhado, você pode aumentar o uso de folhas de jornais”.
“Essas sacolas, quando entram em decomposição, lançam gases na atmosfera, como dióxido de carbono e gás metano” José Petronilo, geógrafo
Consumo consciente Foi através de um trabalho voluntário de coleta seletiva no bairro de Mãe Luiza, no início da década de 90, que a engenheira civil, arquiteta e hoje facilitadora das redes de educação ambiental do RN, Marjorie Medeiros, decidiu defender a bandeira do meio ambiente. Ela conta que no início não foi fácil se aprofundar nesse tema, mas o envolvimento com a causa foi capaz de fazê-la criar metodologias para desenvolver trabalhos com a educação ambiental e, desEM REVISTA
de então, não parou mais. “Quando você começa a trabalhar nessa área, é um vírus. E que nunca mais você tem cura. É uma coisa maravilhosa. Porque você começa a ter outra visão de mundo”, ressalta. A facilitadora das redes de educação ambiental no RN destaca que as pessoas estão cada vez mais receptivas a essa mudança de hábito e tem como um dos maiores fatores motivacionais a situação vivenciada pelo mundo nos dias atuais: “são enchentes,
tsunamis, terremotos, deslizamentos, muitas catástrofes ditas naturais e que a gente sabe que no fundo são conseqüências da ação humana no ambiente“, explica. Em relação à suspensão do uso das sacolas plásticas, Marjorie aponta o consumo consciente como o primeiro passo a ser seguido para que seja possível cuidar do meio ambiente, antes mesmo de ir às compras. “É uma transformação da forma de ver o seu consumo, desde o momento que você compra até o momento em que você vai descartar. Você vai ter que repensar todo o processo de produção. O que eu vou comprar, eu preciso realmente disso? Pode ser reciclado depois? Foi produzido de uma forma que agrediu o meio ambiente? Envolveu trabalho infantil? Então você vai ter outra forma de ver o seu consumo”. Quando vai ao supermercado, Marjorie usa e abusa das caixas de papelão e ecobags, uma delas já vem sendo utilizada há mais de 8 anos. E o uso das ecobags virou moda? Marjorie responde que sim. “Virou moda, eu tenho até ecobag de grife. Mas por ser moda, a pessoa vai ao shopping com a ecobag pendurada no ombro, mas não usa para colocar as compras”, comenta. Diante de tantas mudanças no cenário brasileiro em relação a essa problemática ambiental, segundo a assessoria de comunicação da Câmara Municipal de Natal, em 2009 foi promulgada a Lei nº 00295-2009, que obriga os estabelecimentos comerciais a substituir as sacolas plásticas convencionais pelas oxibiodegradáveis. Outros projetos de lei relativos ao tema ainda estão em tramitação. Mas ainda há muito a ser feito, tanto pelos gestores como pela população. Incitar a discussão sobre o assunto já é meio caminho andado.
PAÍSES ECOLÓGICOS Veja alguns exemplos de países que se importaram com a temática: irLanDa - Em 2006, a Irlanda instituiu nacionalmente a cobrança de 22 centavos de euro por sacola plástica. O comércio disponibiliza sacolas retornáveis. iTÁLia - Em 1º de janeiro de 2011 entrou em vigor a proibição do uso e a comercialização de sacolas plásticas no comércio. EUa -São Francisco – EM 2007, passaram a ser permitidas apenas sacolas compostáveis, sacolas de papel feitas com um mínimo de 40% de conteúdo reciclado pós consumo ou sacolas reutilizáveis. rUanDa - Em 2008, foi sancionada lei que proíbe a fabricação, importação, uso e comercialização de sacolas plásticas. A pena para quem descumprir a lei vai de multa à reclusão de 6 a 12 meses. CHina - Em junho de 2008 entrou em vigor legislação que proíbe a distribuição gratuita de sacolas aos clientes e a multa para quem desrespeitar as regras pode chegar a quase 1500 dólares. Fontes: Ministério do Meio Ambiente (MMA) Instituto Akatu
EM REVISTA
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maturidade
Por Shâmala Jewur
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Ainda cercada de muito preconceito, a doença de Alzheimer atinge uma parcela considerável da população idosa de todo o mundo. O apoio da família é fundamental e pode adiar de forma significativa os efeitos da doença
Entendendo o
Alzheimer EM REVISTA
Fotos: Ramón Vasconcelos
“A gente percebeu através do esquecimento. Ela vinha ficando repetitiva e contava a mesma história várias vezes” Edinara Pinheiro, secretária
“Vovô não está bem. Passou a perder tudo, óculos, chave do carro, caneta. E ficava irritado: “Quem pegou meus óculos? Quem foi o desgraçado?”– gritava ele. Continuava a recordar perfeitamente as histórias que tinham se passado há muitos anos, mas não se lembrava do que ocorrera há poucos minutos. Um dia, sumiu por horas e foi encontrado no banco da pracinha, olhando o nunca (...)”. A passagem faz parte da cartilha “O que está acontecendo com o vovô – o que os jovens e crianças podem e devem saber sobre a doença de Alzheimer”, elaborada pela Associação
Brasileira de Alzheimer - ABRAZ. O grupo não governamental auxilia famílias e cuidadores de pacientes com esse problema a entender a doença e a lidar com ela da melhor forma possível. O drama vivido pelo avô de Ana, na ficção, é o mesmo de 18 milhões de pessoas no mundo, segundo a ABRAZ. Estima-se que, no Brasil, a quantidade de idosos com essa doença corresponda a 1,2 milhão. A secretária Edinara Pinheiro, 39, conhece bem os sintomas da doença. Há 11 anos, descobriu que a sua mãe, dona Edite, com 73 anos, estava com Alzheimer. “A gente percebeu através
do esquecimento. Ela vinha ficando repetitiva e contava a mesma história várias vezes. Começou a perder pequenas coisas em casa, como dinheiro e contava coisas da infância”, conta. A geriatra Vanessa Giffoni explica que quanto mais avançada for a idade, maior risco de desenvolver a doença. “Entre os idosos de 60 a 65 anos, menos de 1% vai ter a presença de Alzheimer. À medida que você vai aumentando, a cada meia década vivida, a proporção dobra. De modo que na faixa etária de 90 a 95 anos de idade, 40% de idosos terão a presença de Alzheimer”.
Ação do Alzheimer no organismo A doença de Alzheimer ocorre no cérebro e se trata de uma doença degenerativa, de lenta progressão e irreversível. Não tem cura e, assim como outras doenças que levam à demência, age de forma silenciosa e causa a morte dos neurônios, células fundamentais ao sistema nervoso, que formam redes responsáveis por inúmeras tarefas, como aprendizado, memória, comando dos músculos, re-
conhecimento dos cheiros, imagens. “Uma proteína que é tóxica começa a se depositar no cérebro, entre os neurônios, e o primeiro lugar em que ela se deposita é a região da memória e das funções intelectuais: raciocínio, pensamento, planejamento, orientação em termos de espaço, cálculo (...) Funções que o ser humano, quando fica independente, precisa delas”, comenta a geriatra.
Vanessa Giffoni, geriatra EM REVISTA
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Nesse período inicial da doença de Alzheimer, a geriatra Vanessa Giffoni descreve alguns sintomas mais comuns. Um deles está nas freqüentes alterações de memória. “Não é esse branco do tipo - onde é que eu deixei a chave? É você esquecer de fazer as obrigações de casa, esquecer de pagar uma conta e isso começar a ficar rotineiro. É emprestar um dinheiro a alguém e esquecer que fez isso”, explica. A geriatra conta que em um segundo momento, as proteínas, que antes estavam depositadas na região cognitiva do cérebro, se espalham para outras áreas, que são responsá-
veis pelo comportamento e pela personalidade do paciente. “Às vezes um senhor que era super avarento fica desenfreado, gasta muito além dos seus limites. Tem dificuldade de lidar com as finanças e alteração espacial. Também demonstra agressividade e compulsão”, ressalta. No período mais avançado, o portador da doença de Alzheimer pode apresentar perda de peso, dependência completa e torna-se incapaz de desenvolver qualquer atividade de rotina, ficando restrito ao leito. Não conversa, sente dor ao engolir e fica suscetível à infecções.
“Não é esse branco do tipo - onde é que eu deixei a chave? É você esquecer de fazer as obrigações de casa, esquecer de pagar uma conta e isso começar a ficar rotineiro” Vanessa Giffoni, geriatra
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Apoio familiar A presidente da Associação Brasileira de Alzheimer no RN, Nilze Dias, acompanhou todas as fases da doença. Ela perdeu o pai e o marido pelo mesmo motivo. E hoje é uma das cuidadoras da mãe, de 94 anos, que também é portadora da doença de Alzheimer. A experiência de vida se transformou em vontade de transmitir força e conhecimento para outras pessoas que estão passando pela mesma situação. “A finalidade da Abraz é dar apoio ao cuidador e ao familiar e mostrar o caminho que o paciente deve tomar”, conta. A associação não tem fins lucrativos e sobrevive das ações voluntárias dos participantes, desde 2002. Hoje, a Abraz-RN promove palestras, eventos, dá orientação aos familiares sobre toda a parte estrutural que envolve a doença, além de contar com o apoio de especialistas na área. Nilze Dias comenta que a primeira reação dos familiares ao descobrir que algum parente está com a doença é basicamente a mesma. EM REVISTA
A dedicação de Edinara com a mãe, portadora de Alzheimer há 11 anos.
“Realmente a família fica perdida. Quem disser que não é desgastante está mentindo”, conta. Este foi o caso de Edinara, que ao descobrir a doença da mãe, admite não saber por onde começar a cuidá-la. “Eu achei que fosse o fim do mundo. Eu não conhecia a doença, então comecei a pesquisar. Hoje ela vai ao geriatra, faz terapia ocupacional, fisioterapia. Com isso a doença estacionou”. Para a geriatra Vanessa Giffoni, esse é o melhor caminho para os
familiares entenderem a doença e saberem como agir de forma correta, enquanto cuidadores. Ela orienta que o primeiro passo está na procura por um diagnóstico, através da avaliação médica de um neurologista, geriatra ou psiquiatra, profissionais habilitados para tal finalidade. E após o diagnóstico, a geriatra sugere que sejam apresentadas aos pacientes alternativas para que a doença demore a evoluir, atividades físicas e terapias ocupacionais são algumas delas.
Atividades complementares “Com o medicamento e a terapia, a gente tem como fazer com que essa piora ocorra em um tempo maior, com menos sofrimento e o nosso trabalho é especificamente para isso, para que essa pessoa tenha qualidade de vida”, explica o terapeuta ocupacional e vice-presidente da Abraz-RN, Nilton Genobie, ao incentivar a inclusão de terapias durante o tratamento da doença, na busca pelo estímulo das habilidades físicas e mentais do paciente. Além da educação física, fisioterapia e fonoaudiologia, as sessões de reabilitação cognitiva realizadas pelos terapeutas ocupacionais também trazem resultados positivos aos pacientes. “É aquela que faz a estimulação da memória através dos sentidos. Por exemplo, a gente utiliza muito a memória tátil, olfativa, memória auditiva, provérbios. A gente pode trabalhar de várias formas”, completa. Além de todas essas atividades complementares, a secretária Edinara Pinheiro dá a receita que vem seguindo há 11 anos, no convívio com a mãe, paciente de Alzheimer. “Ter paciência e carinho é fundamental. E a família tem que estar bem unida”, completa a filha caçula de dona Edite.
SINAIS DA DOENÇA A percepção dos sintomas é fundamental para o diagnóstico precoce da doença de Alzheimer e a possibilidade de adiar os seus efeitos. A seguir confira dez sinais mais comuns apresentados pelos pacientes, descritos pela Associação Brasileira de Alzheimer: 1) Perda de memória que afeta as relações pessoais 2) Dificuldade para executar tarefas domésticas 3) Problemas com vocabulário 4) Desorientação no tempo e espaço 5) Incapacidade de julgar situações 6) Problemas com raciocínio abstrato 7) Colocar objetos em locais errados 8) Mudanças de humor e comportamento 9) Mudanças na personalidade 10) Perda de iniciativa Fonte: www.abraz.com.br
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clínica márcia ortiz 54
Saúde e bem estar, hoje e sempre Por Shâmala Jewur
Atendimentos terapêuticos, reabilitação, inclusão digital e atividade física promovem qualidade de vida e se tornam indispensáveis em qualquer idade As novas tecnologias, o avanço da medicina e o aumento da expectativa de vida são alguns dos efeitos que a influência da modernidade exerce na vida contemporânea. No entanto, devemos estar atentos a tantas facilidades proporcionadas pela praticidade das ferramentas tecnológicas, pelo imediatismo das rotinas e a alimentação, muitas vezes pobre em nutrientes, ou ao aparecimento de alguma patologia, por exemplo, pois estes sinais podem chegar a interferir de forma negativa na qualidade de vida das pessoas, caso não sejam respeitados os nossos limites de forma adequada ou não buscarmos ajuda a tempo. Tudo isso pode ser solucionado com o trabalho de profissionais preparados, de forma integrada. A Terapeuta Ocupacional Anne Karoline Correia explica a diferença entre esse tipo de atendimento e um atendimento convencional. “Quando se fala de interdisciplinaridade percebe-se uma evolução mais rápida do tratamento porque as informações percorrem um caminho entre a equipe de profissionais”. A psicóloga Ana Flávia Araujo, completa: “É no atendimento interdisciplinar que EM REVISTA
nós, profissionais, trabalhamos em prol de um ser bio-psicossocial e podemostrabalhar sob um ângulo mais humanizado, levando em consideração o indivíduo em si e não apenas seu diagnóstico”. Um espaço onde a população pode contar com um olhar diferenciado de profissionais qualificados, numa proposta interdisciplinar, cujos serviços são voltados para o contexto das atividades diárias e à dinâmica familiar de cada pessoa. Esta é a Clínica Márcia Ortiz, que oferece, além de um atendimento completo e personalizado, uma gama de opções de terapias, tratamentos clínicos, fisioterapia e sessões de atividades físicas, para atender a um vasto público. “Oferecemos atividades para toda fa-
NA PISCINA - Natação - Hidroterapia - Fisioterapia Aquática (idoso, adulto e infantil) - Hidroginástica (idosos, gestantes e fitness)
- Watsu Profissionais: André Nascimento, Eveline Constantino, Haryadna Pereira, Lindiane Souza, Márcia Ortiz e Têmis Viana
Fotos cedidas
“Eu gosto do atendimento integrado porque os profissionais interagem entre si” Cláudia de Oliveira, dona de casa
mília. Desde os bebês, com estimulação precoce e aulinhas de natação, passando pelas crianças com dificuldades escolares, de comunicação ou em seu desenvolvimento neuropsicomotor, como também para aquelas que querem aprender a nadar”, conta a diretora técnica da clínica, a psicomotricista Márcia Ortiz. Ela também destaca o trabalho direcionado aos adultos e idosos, com inúmeras possibilidades: aulas de internet, nutrição, natação e hidroginástica, fisioterapia, oficinas de terapia ocupacional e psicologia. Quem utiliza os serviços da clínica conta com uma estrutura montada para oferecer o melhor. O espaço foi planejado para ser acessível a qualquer pessoa. Os vestiários são adaptados, com ampla área de jardins e estacionamento com vagas reservadas para embarque e desembarque das pessoas com necessidades especiais, as salas são climatizadas e recepção confortável. A piscina é aquecida, coberta e com rampa de acesso, além de pontos de hidromassagem, cascata e com tratamento à base de sal para amenizar a utilização de produtos químicos mais agressivos como o cloro convencional.
A dona de casa Cláudia de Oliveira é mãe de Juliana, de 23 anos, que desde 2009 frequenta as sessões de terapia ocupacional, psicopedagogia, psicologia, hidroterapia e fisioterapia na clínica. “Eu gosto do atendimento integrado porque dá uma ideia de sequência nas intervenções e os profissionais interagem entre si. O que um está precisando aqui, pega o apoio do outro ali. Tivemos 80% de melhora”. Os fisioterapeutas da clínica, André Nascimento, Têmis Viana e Lindiane Souza, ressaltam o papel da integração dos profissionais para as pessoas atendidas. “O exercício do olhar da equipe integrada traz a possibilidade de uma mediação entre a pessoa, a queixa, o objetivo e os familiares. Numa perspectiva de favorecer toda a família”. Ao cuidar de toda família, a Clínica Márcia Ortiz tem na sua marca não apenas o propósito de atender bem, mas também fazer parte da vida de muita gente, garantindo o compromisso com a saúde e com o bem estar. CLíniCa MÁRCia ORtiZ Av. Passeio dos Girassóis, 2562 Mirassol. Fone: 84 3231-1727 www.marciaortiz.com.br
ESPECIALIDADES Psicologia: Ana Flávia Araújo Nadja Guerra Vanessa Indiara Machado Terapia ocupacional: Anne Karoline Correia Psicopedagogia: Edileuza Andrade Anilza Santos Vanessa Indiara Machado aulas de internet: Leonor Barbosa dos Santos Fonoaudiologia: Marileide Souza Leudedia Lopes Rosie Negromonte nutrição: Eveline Constantino Psicomotricidade: Vanessa Indiara Machado Márcia Ortiz rPG: Marizeli Lopes Uroginecologia: Marizeli Lopes
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comportamento
Por Taciana Chiquetti
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Aprender a falar essa palavra sem culpa é importante para o bem estar de qualquer pessoa
“Não”
Bem dito EM REVISTA
Fotos: Ramón Vasconcelos
“Sentia-me mal, angustiada por achar que dizendo ‘não’ eu perderia ou desagradaria alguém. Mas descobri, principalmente com a ajuda de terapia, que o ‘não’ para o outro pode ser o ‘sim’ para mim”
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Luciana Lopes, advogada
Poucos devem discordar que a palavra “não” é uma das mais ouvidas pelas pessoas desde a mais tenra idade. Curiosamente, mesmo ouvindo esta infinidade de negações, passar a dizer “não” nem sempre é tão fácil e corriqueiro como escutá-lo. E o pior: às vezes dizer um “sim” para alguém pode significar um “não” para si próprio. Certamente que toda criança precisa de limite para aprender sobre as suas próprias possibilidades e os direitos dos outros, porém o que se constata, segundo a psicóloga e terapeuta holística Amarilis Castro, a Dak, é que, desde cedo, não existe um critério por parte dos pais para se dizer “não” para o filho. Ora eles dizem “sim”, geralmente quando estão de bom humor, e ora dizem “não”, dependendo de seu estado emocional. Com isso, a criança não consegue acreditar no modelo que os pais representam justamente porque são instáveis. Obtendo retorno de seus pedidos de maneira intermitente e sem compreender as razões do “sim”
e do “não” recebidos, as crianças tendem a desenvolver um comportamento de manipulação, que provavelmente carregarão para a vida adulta. Para Dak, o presente momento da história é marcado pela falta de noção de limite e pela “cultura de extremos”, quando as relações humanas são marcadas pela polaridade repressão ou permissividade. “O principal desafio está relacionado à dificuldade dos pais de serem verdadeiros com seus filhos. Eles não observam suas próprias emoções e passam a agir sem critério. Outra situação comum é descarregar a agressividade nas crianças. A falta de equilíbrio não contribui para a formação de seres humanos com bom senso, capazes de identificar os momentos de se dizer “sim” e “não”, da forma correta, na vida futura”, analisa. A advogada e estudante de psicologia, Luciana Lopes, 30, viveu, principalmente no período da adolescência, esta dificuldade de negar algum pedido por medo de desagradar e, até mesmo, de perder a afeição das pes-
soas queridas. “Sentia-me mal, angustiada por achar que dizendo ‘não’ eu perderia ou desagradaria alguém. Mas descobri, principalmente com a ajuda de terapia, que o ‘não’ para o outro pode ser o ‘sim’ para mim. Então, dizer ‘não’ passa a ser positivo. Acho que o segredo é mudar o foco. Hoje, creio que melhorei em 90% este comportamento em minha vida”, relata, destacando que a forma de negar algo é importante. “Não é preciso ser grosseira para dizer ‘não’”, resume. As conseqüências de uma infância sem “nãos” de bom senso podem ir de comportamento antissocial, dificuldade em fazer suas próprias escolhas até dependência de álcool e outras drogas. Além disso, a criança pode desenvolver um comportamento de permissividade, sempre renunciando as suas vontades. Nas relações interpessoais, ceder é necessário, mas ceder sempre, anulando seus próprios desejos por causa do outro, pode trazer conseqüências psicológicas, especialmente se esta dinâmica começar na infância. EM REVISTA
“Engolir sapo” faz mal à saúde
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A doença é maneira simbólica de o corpo manifestar que está com algum problema. Os medos, raivas, angústias, experiências estressantes são gravados na mente e reproduzem-se, mais cedo ou mais tarde, em sintomas físicos. “Engolir sapos pode gerar males que atingem a garganta, doenças autoimunes e obesidade, associados à dificuldade de impor limite aos outros. Mágoas e ressentimentos podem gerar doenças mais graves, como o câncer”, explica Dak. Qualquer pessoa está sujeita a desenvolver doenças psicossomáticas. O termo foi introduzido pelo psiquiatra alemão J. C. Helmholtz (1773-1843) em 1818 e, atualmente, desde as linhas de estudo mais modernas as mais tradicionais abordam o assunto. Alguns livros relacionados a esse assunto são campeões de vendas, como “Você pode curar sua vida”, da
americana Louise Hay, que conseguiu se curar de um câncer, e o nacional “A Linguagem do Corpo”, de Cristina Cairo, que relaciona cada doença com um padrão negativo de pensamento. Para evitar angústias e doenças físicas, vale refletir sobre os “nãos” da vida. A dica é explicar para a outra pessoa os motivos que levaram às negações, falando de si próprio e nunca apontando os erros alheios. “Há três formas de se dizer as coisas: com a garganta, com a mente e com o coração - única situação em que sempre somos compreendidos. Abrir possibilidades é o caminho mais acertado para não ferir o outro e, ao mesmo tempo, não desagradar a si mesmo”, observa Dak. E para quem se anima a tentar dar uma negativa a partir desta reportagem, mais uma dica dada por especialistas: dizer “não” implica necessariamente em, antes, saber ouvir um “não”.
“Mágoas e ressentimentos podem gerar doenças mais graves, como o câncer” Dak, psicóloga e terapeuta holística
SINTOMAS FÍSICOS ASSOCIADOS ÀS PRINCIPAIS EMOÇÕES sinTOMa FÍsiCO
EMOÇÃO assOCiaDa
Dor de cabeça
Autocrítica, perfeccionismo
Gastrite
Reter ideias indigestas, raiva
Diarréia
Perda de controle, medo
Acne
Falta de autoestima
Gripe
Sobrecarga emocional
Dor ciática
Medo do futuro, crença na falta
Pressão sangüínea
ALTA: manter, por longo tempo, mágoa por problemas insolúveis; BAIXA: depressão, derrotismo, fragilidade
Diabetes
Profundo sentimento de mágoa, falta doçura na vida
Impotência
Pressão sexual, tensão, culpa, crenças sociais, rancor contra um antigo parceiro
Obesidade
Insegurança, necessidade de proteção
Sinusite
Irritação com pessoa de seu convívio
EM REVISTA