ANO 2 | EDIÇÃO 04 | JUN/JUL/AGO 2010
Novas famílias
Uma nova realidade
Meu pai e a namorada
Meu tio e o namorado
Minha mãe e o marido
Meu meio-irmão Meu meio-irmão e eu
Filha do namorado do meu tio
Minha irmã e meu meio-irmão
ENTREVISTA Satyaprem fala sobre o encontro com a verdade EQUILÍBRIO Nascer bem: as vantagens e benefícios do parto normal
meio ambiente
maturidade
equilíbrio
comportamento
qualidade de vida
entrevista
beleza
alimentação
editorial
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Sumário ANO 2 | EDIÇÃO 04 | JUN/JUL/AGO 2010
14 24 NOSSA CAPA ILUSTRAÇÃO: VITOR NEGREIROS
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ALIMENTAÇÃO Carne vermelha, saudável ou dispensável? QUALIDADE DE VIDA Sedentarismo, saiba como afastar esse vilão MATURIDADE Conheça os exemplos dos guardiões da natureza
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editorial
Expediente
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Edição nº 4 jun/jul/ago de 2010 Direção geral Juliana Garcia e Patrícia Guedeville
Controle Se você se sente como se estivesse sentado junto a um grande painel, cheio de botões coloridos e identificados com sentimentos ou ações, pronto para acessá-los de acordo com suas necessidades e vontades, bemvindo ao clube, você é uma pessoa controladora. Não é fácil admitir tal rótulo, mesmo porque, para nós controladores humildemente me incluo nesse hall -, o ato de achar que podemos planejar tudo é praticamente natural. Aí vem o universo furioso, nos olha com desdém e joga de lá de cima situações que fogem completamente do nosso controle e vontade. Uma grande rasteira, é verdade. Mas nós continuamos firmes e fortes, atentos ao nosso painel de botões até acontecer outra rasteira do universo. Acho que chegou a hora de aprender, não? Já tenho hematomas suficientes de tantos tombos, doloridos e marcantes. A pauta dessa nova edição da Viver Bem em Revista mostra que temos que baixar a bola e deixar as coisas acontecerem; não podemos decidir e controlar tudo. Assim mostra a matéria Nascer Bem, quando cita a marcação da hora e data do bebe vir ao
Coordenação editorial Adriana Keller mundo. Também é o caso das novas famílias que se formam hoje em dia, provando que não controlamos nossos sentimentos, nem os sentimentos dos outros. A entrevista com o guru Satyaprem fala diversas vezes sobre a arte de soltar as rédeas do controle, “não pense na melhor maneira de viver, apenas viva”, insiste ele. Esta edição está especialmente rica, um pouquinho maior e estreando a sessão Meio Ambiente, com exemplos de empresas ecologicamente corretas. Exemplos dados também pelos Guardiões da Natureza que revelam a simplicidade e plenitude que é viver para a natureza. Enquanto isso, sugiro fazer uma pausa, usar mais nossa intuição e menos os botões do controle, desenrugar a testa, deixar de tanto stress e simplesmente deixar a vida vir. Vamos aceitar que em certos casos nada depende de nós, e largar de vez o manche e as manivelas, porque do contrário, vamos perder a paisagem que passa na janela. Eu vou fazer essa lição de casa. Prometo. Boa leitura! Adriana Keller
Editorial Bureau de Comunicação bureaudecomunicacao@gmail.com Textos Adriana Keller, Cleonildo Mello, Kennya Amorim e Rafael Duarte Revisão Andrea Vianna Fotos Armando Trindade, Camila Ferraz, Fernanda Lima e Geovana Reis Projeto Gráfico Carlos Soares Diagramação GR Design Editorial www.grdesigneditorial.com.br Comercial GGTec Produções Impressão Impressão Gráfica Tiragem 10.000 exemplares Fale conosco 84 3213.8592 viverbememrevista@ggtec.com.br Distribuição gratuita
CANAL VIVER BEM 6
Promoção Viver Bem oito anos Por Juliana Garcia As promoções de aniversário do Viver Bem sempre movimentaram a cidade e atraíram um grande número de participantes. Este ano foi ainda mais especial. Ousamos ao levar uma telespectadora para um dos melhores spas do Brasil e, como o sorteio foi feito pelo portal www.guiaviverbem.com.br, participantes de todo o País se inscreveram para concorrer. A sorteada foi a turismóloga Bartira Seixas que de 30 de maio a 5 de junho ficou exclusivamente dedicada ao bem-estar. Durante sua temporada no Spa Maria Bonita, ela teve a oportunidade de desintoxicar o corpo, praticar exercícios e relaxar muito. “Essa semana no SPA me trouxe a tal da disciplina que a gente sempre busca para assuntos ligados à alimentação e ao exercício físico. Eu pude entender, fisicamente, que isso faz bem para mim”, diz Bartira. Localizado na serra de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, o Spa é cercado pela natureza. O clima frio e o ar puro são um convite para esquecer a correria do dia a dia e
priorizar os cuidados com a saúde do corpo e da alma. O Maria Bonita segue a filosofia higienista, 70% do cardápio servido é composto de alimentos crus, como frutas, verduras, grãos e sementes germi-
“O Spa procura oferecer ferramentas para que a pessoa consiga levar para o seu dia a dia o que vivenciou aqui” Haydee Lemos, terapeuta
nadas. É uma alimentação inteligente, baseada nas necessidades do nosso corpo, sempre respeitando as etapas do processo digestivo, a combinação dos alimentos e o não comer excessivamente. O programa conta com três dias de desinto-
xicação profunda: um dia de crus, um dia de líquidos e um dia de frutas. “Meu corpo me provou que eu posso passar um dia inteiro só comendo frutas ou tomando líquidos. Eu me adaptei muito rápido e isso me traz a certeza de que vai ser fácil colocar em prática essa filosofia aqui fora”, comemora. Para conscientizar os hóspedes são realizadas palestras, aulas de culinária, dinâmicas em grupo e terapias individuais. “O Spa procura oferecer ferramentas para que a pessoa consiga levar para o seu dia a dia o que vivenciou aqui”, explica Haydée Lemos, terapeuta que faz parte da equipe do Maria Bonita desde a sua fundação. Para nós, que fazemos o Viver Bem, resultados como os alcançados por Bartira são motivo de muita felicidade. Sempre que lançamos uma promoção imaginamos como ela poderá contribuir para uma real mudança na vida do vencedor. Afinal, a busca por uma vida saudável deve ser constante e só assim será possível melhorar os níveis de saúde e viver bem.
Novidades
SUA OPINIÃO “Parabéns pela forma com que conduziram a entrevista com a Monja Coen. Sou católica e não pretendo mudar de religião, mas confesso que as sábias palavras dessa budista me fizeram enxergar o mundo e os meus problemas com outros olhos. Consegui tirar um grande peso das costas. Estou mais leve, mais amorosa e esbanjando felicidade”. Joana Lima - Administradora de empresas
MUDANÇA O Viver Bem está de cara nova. Mudamos a logomarca, as vinhetas, a abertura e o cenário do programa. Queremos saber o que você achou da mudança. Acesse www.guiaviverbem.com.br e mande o seu recado para a nossa produção. OFICINA DE CULINÁRIA PARA GRÁVIDAS No dia 27 de julho o Viver Bem vai promover a primeira oficina de culinária para grávidas. Além de orientar as futuras mamães sobre a importância da boa nutrição e sobre os alimentos que devem ser evitados nessa fase, a nutricionista Graça Morais vai ensinar receitas práticas, saudáveis e saborosas para serem consumidas durante a gestação e no período em que a mulher estiver amamentando. O curso será realizado das 18 às 21 horas na Clinam, na Avenida Prudente de Morais, Tirol. As vagas são limitadas. Faça a sua inscrição através do telefone 3213 8592. EQUIPE VIVER BEM COM TODO O GÁS A temporada de corridas de rua já começou e a equipe Viver Bem segue marcando presença em todas elas. Depois da Corrida Noturna do Sesi, realizada no final de junho, todas as atenções estão voltadas para a Meia Maratona de Natal, que será realizada em 12 de setembro, com provas de 5 km, 10 km e 21 km. Os treinos continuam e estamos na expectativa para a estreia da nossa repórter Amanda Fernandes, que entrou para a equipe recentemente e promete fazer bonito nos 5 km da Meia Maratona.
“Parabéns pela evolução. A cada edição a revista se supera. Também sou telespectador cativo do programa e sempre acesso o site. Vocês fazem diferença no mundo. Agradeço por me ajudarem a viver bem”. Paulo Brito - Aposentado “Amanhã poderemos ser nós, idosos solitários, implorando por um pouquinho do tempo dos nossos filhos”. Esse trecho do artigo sobre o tempo, que abriu a revista, é pura verdade. É o que escuto diariamente nas verbalizações dos idosos com quem convivo no meu trabalho. As pessoas usam o tempo como desculpa. Na verdade, o administram de maneira desastrosa. Fantástica também a entrevista com a Monja Coen. Até li para as minhas alunas na sala de aula. Sucesso! Miriam Morais - Professora de ginástica e consciência corporal “Parabéns a toda equipe do Viver Bem pelos seus oito anos formando mentes, corpos e almas. Vocês realizam um trabalho de excelência, produzindo um programa e uma revista maravilhosos e belíssimos”. Ilda Feitosa - Por e-mail “Mudar é preciso. A reportagem acendeu uma luz na minha vida. Me espelhei nos exemplos da reportagem, tomei coragem, e decidi terminar um relacionamento de 9 anos que em nada contribuía para a minha felicidade. Impressionante como estou mais feliz no trabalho e orgulhosa por ter de volta as rédeas da minha vida. Muito, muito, muito obrigada!” Liz Carvalho - Por e-mail
VIVER BEM NA TV: aos sábados, às 9 horas, na TV Ponta Negra • VIVER BEM NO TWITER: @prog_viverbem
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beleza
Nada melhor do que traçar um poderoso plano de extermínio para esse indesejável deformador do corpo humano. Conheça melhor a celulite para acabar de vez com ela
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Celulite. Conheça seu inimigo
Por Adriana Keller
Ela é reconhecida pelo aparecimento de ondulações na pele, dando a esta o aspecto de casca de laranja ou do colchão da vovó. Sua causa é dada através de alterações no tecido gorduroso sob a pele, em conjunto com alterações na microcirculação e o consequente aumento do tecido fibroso. Essa terrível inimiga de qualquer fêmea costuma aparecer na região dos glúteos, coxa, abdômen e braços.
O que causa?
Amélia Hetzel: setor de estética da Depilla
“O diferencial do sucesso do tratamento está numa avaliação precisa que define o grau de celulite” Amélia Hetzel
Os fatores que causam a celulite são vários e quase todos ligados ao estilo de vida que a pessoa leva. Podemos destacar fatores como a he-
reditariedade, ou seja, predisposição genética; alterações hormonais (principalmente dos níveis de estrógeno) e circulatórias; alimentação deficiente; fumo; sedentarismo; uso de pílulas anticoncepcionais e tratamentos de reposição hormonal. A alimentação também tem um papel muito importante na ocorrência desse problema: o consumo exagerado de doces e gorduras (em forma de frituras, salgadinhos industrializados, excesso de óleo vegetal nas preparações, maionese, etc.) favorece o acúmulo de gordura subcutânea e, com isso, o aparecimento da celulite nas regiões propícias.
Tratamento Quanto antes iniciar o tratamento, mais fácil e rápido será o resultado. O mercado da estética, com todo avanço da tecnologia, oferece vários tipos de tratamento bastante eficazes. Porém a paciente deve sempre procurar um médico endocrinologista que possa avaliar a dieta alimentar necessaria para ajudar nos resultados. A professora Amélia Hetzel, que há 30 anos atua no mercado da estéti-
ca, é hoje a responsável pelo setor de estética da Depilla. Amélia defende a importância do diagnóstico. “Os objetivos e necessidades de cada um são extremamente pessoais. O diferencial do sucesso do tratamento está numa avaliação precisa que define o grau da celulite, a indicação e a combinação dos equipamentos para um resultado satisfatório. Existem no mercado muitos procedimentos, por isso, a ne-
cessidade de uma avaliação é importantíssima“, explica. O segredo do sucesso do tratamento da Depilla está no diagnóstico, na combinação e na escolha de equipamentos e cosmetologia que garantam a precisão do resultado. “A Depilla oferece uma gama de tratamentos e equipamentos de última geração para tratar o problema, assim como toda a parte estética. Todos os nossos clientes passam por um diagnóstico e contam com um acompanhamento do profissional”, finaliza Amélia.
ALTERE SEUS HÁBITOS UM DIA DE PURIFICAÇÃO Elimine as toxinas e limpe o sistema digestivo, faça uma purificação com sucos vegetais, tome meio litro antes de cada refeição. Alguns dos vegetais mais indicados são: aipo, maçã e espinafre. Outra opção para sua jornada de purificação consiste em ingerir somente frutas, hortaliças ou verduras da estação. OPTE PELO NATURAL Prefira os alimentos crus, cozidos ao vapor, biológicos e integrais. Eles são digeridos e assimilados mais facilmente, possuem mais nutrientes e menos compostos tóxicos.
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CONSUMA POUCO SAL Reduza o consumo de sódio, que não está presente apenas no sal de mesa, ele também é encontrado em produtos embutidos e pré-cozidos. INVISTA NOS CHÁS A Sálvia e a Camellia sinensis, da qual é feito o chá verde, são plantas medicinais eficazes para eliminar os líquidos e as toxinas. CONSUMA MAIS FIBRAS As comidas ricas em fibras vegetais são mais úmidas, o que facilita sua movimentação no intestino e, consequentemente, sua eliminação.
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Tolerância: faça as pazes com ela artigo
Por Mirani Rocha
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Neste espaço vamos ter um encontro a cada nova edição da Revista Viver Bem, onde quero compartilhar com você, leitor, experiências pessoais, conhecimentos e ferramentas adquiridas ao longo de uma caminhada de aproximadamente quinze anos de muito estudo, cursos, terapias, muita leitura, participação em encontros, seminários de autoajuda e desenvolvimento humano, dentro e fora do Brasil. Além de intensa dedicação aos assuntos da espiritualidade, sem rótulos de religião. Todos os temas abordados serão indicativos que poderão facilitar a sua cura pessoal no que diz respeito às atitudes que tomamos frente à vida e no convívio com as pessoas que nos cercam. A tolerância é considerada uma virtude que, transformada em atitude rotineira, pode trazer inúmeros benefícios à nossa saúde mental, emocional, espiritual e física, hoje tão necessária à boa convivência nos relacionamentos. Esta é uma atitude, social ou individual, que nos leva não somente a reconhecer nos demais o direito a ter opiniões diferentes, mas também de difundi-las e manifestá-las pública ou privadamente. As pessoas buscam soluções para viver bem (viver em paz, em harmonia) consigo mesmas e com as demais. Tolerar é aceitar os limites, é, na
realidade, ser paciente. A paciência é justamente aceitar o desagradável com bom humor. Quando à tolerância, costumamos agir, como diz o provérbio, “com dois pesos e duas medidas”: tendemos a ser muito complacentes com os desvios de nossa conduta (quando os reconhecemos...) e implacáveis com os outros: não lhes damos o tempo necessário
“Tolerar é aceitar os limites, é, na realidade, ser paciente. A paciência é justamente aceitar o desagradável com bom humor.” para mudar. De fato, abandonar um mau costume e agir de modo completamente oposto é uma tarefa que exige esforço e pode durar meses ou anos... E, quanto aos outros, exigimos que tudo ocorra no mesmo instante, esquecendo que as coisas têm seu ritmo natural. O que leva duas pessoas a entrarem em discórdia? A invasão do direito alheio, o ultrapassar o limite de tolerância, a
incapacidade de compreensão mútua ou própria, a falta de empatia, a nossa própria natureza, o nosso temperamento. Somos limitados, e isto se manifesta também no modo tosco com que muitas vezes nos relacionamos com as pessoas. Nossas limitações são patentes. Não somos o que queremos, não fazemos tudo que sonhamos, não temos o dom de estar onde desejamos. Dentro desses limites é que nos movemos. Conhecer os limites pessoais e os dos outros - pois somos seres que não se repetem - é uma tarefa que dura toda a vida. O limite também não é algo estático, as pessoas mudam. Logo, o sistema de comunicação entre as pessoas é algo dinâmico e tem suas “leis” próprias, que cabe a cada um descobrir em cada momento. Compreender cada um como é, acaba sendo o melhor modo de interagir. A tolerância está inserida neste contexto e a cura da nossa vida exige que, entre tantas virtudes, possamos desenvolvê-la. Não importa de onde viemos e como estamos no momento; sempre modificamos a nossa vida para melhor. Você pode curar a sua vida começando a mudar atitudes, desenvolver verdadeiros valores, fazer uma viagem profunda para dentro de você, descobrir caminhos novos. A tolerância pode ser um deles.
Dermanatal 2010 reúne profissionais de destaque Ética, ciência e seriedade, são as palavras que melhor definem o evento realizado no Pestana Beach Resort, entre os dias 3 e 5 de junho
Em parceria com o curso de Dermatologia Geriátrica, o Dermanatal 2010, evento anual promovido pelo Departamento de Geriatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, contou com a participação de 191 dermatologistas, 15 estandes de laboratórios parceiros e dois eventos sociais marcados pelo humor e pela leveza, a começar pela mudança da tradicional mesa de debates por um descontraído lounge.
CURSO NACIONAL DE DERMATOLOGIA GERIÁTRICA Por Dr. Maurício Alchorne, coordenador do departamento de Geriatria da SBD: “A população geriátrica é muito importante para nós e deve ser encarada como um público exigente que deseja dar continuidade a uma vida saudável.” PITIRÍASE VERSICOLOR RECIDIVANTE Por Dra. Alice Alchorne (SP). Tratando uma patologia tão simples de identificar, mas tão complicada de resolver. REJUVENESCIMENTO FACIAL Por Dra. Andreia Mateus RJ, Dra. Carla Gayoso (PB), Dr. Emerson Andrade Lima (PE). Fatores que fazem a diferença na hora da decisão do melhor cosmecêutico. ATUALIDADES EM CÉLULASTRONCO: PERSPECTIVAS NA DERMATOLOGIA Por Dr. Omar Lupi. O avanço da ciência, a possibilidade de regeneração da pele em casos de queimaduras, reparação de doenças genéticas como a epidermólise bolhosa e calvície através da coleta de células-tronco.
www.sbdrn.org.br
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MOMENTOS
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Reabilitação oral: seja feliz por completo 30 milhões de brasileiros já perderam pelo menos um dente permanente, segundo o Ministério Público Por Kennya Amorim
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Dor de dente tira qualquer um do sério. Ela sinaliza com um bombom a mais ali ou com a falta de escovação adequada. Tais situações se repetem até que um pequeno orifício surge no dente. Assim que a cárie atinge a polpa dentária, uma dor muitas vezes insuportável toma conta da pessoa. Seja por falta de recursos financeiros ou até mesmo por medo do tratamento, o fato é que é enorme a chance de uma situação como essa terminar com a
extração do dente dolorido. Não é à toa que o Brasil tem, segundo estatísticas, 30 milhões de desdentados. Para enfrentar a perda dentária - um dos maiores problemas de saúde bucal do país - surgiu o implante dentário, procedimento utilizado para recolocar um dente ou um grupo de dentes perdidos. O implante dentário apresenta muitas vantagens em relação às pontes convencionais e próteses móveis: ele não se apoia nem nos
dentes vizinhos nem na gengiva, portanto, não há risco de deslocamentos. Porém, nem todas as pessoas podem receber implantes. É preciso uma cuidadosa avaliação primeiro, com um exame clínico no consultório, coleta de dados sobre o histórico médico do paciente, radiografias ou outro exame que se faça necessário. Os resultados indicarão se os implantes dentários são a melhor solução para o caso do paciente.
CURIOSIDADES O que é um implante dental? É uma técnica para recolocar um dente ou um grupo de dentes perdidos. Um parafuso de titânio é fixado no osso embaixo da gengiva e, passado um período, que pode ser imediato ou de até dois meses, é colocada a prótese feita de maneira a parecer natural, com a mesma forma e coloração do restante dos dentes. Esse tempo de cicatrização é necessário para que a peça de titânio fique aderida à camada óssea. Quanto tempo dura um implante? Um implante dentário de ótima procedência, colocado segundo o pro-
tocolo, com uma prótese bem ajustada ao implante dentário e à oclusão do paciente, com uma boa higiene, dura muitas décadas. Existem casos documentados na literatura científica de implantes dentários em função por mais de 30 anos. No meu consultório eu tenho casos de implantes dentários com mais de 15 anos e em perfeito estado. Qual o tipo de anestesia utilizada? O implante dentário é feito sob anestesia local. Em alguns casos especiais é feita a sedação do paciente com a presença de um médico anestesista.
O implante pode ser rejeitado pelo organismo? Não existe “rejeição” ao implante. Existe implante dentário ruim ou mal colocado por um cirurgião não habilitado ou colocado em um paciente mal avaliado. Onde não existe osso suficiente, existem os enxertos ósseos feitos com osso de doador ou por biomateriais que, com muita eficiência, criam o ambiente ideal para a colocação do implante dentário. Quem fuma pode fazer um implante dentário? O tabagismo dificulta tudo, mas mesmo assim é possível fazer im-
O implante é planejado por especialistas e feito a oito mãos, com extrema segurança, devido ao material utilizado
Equipe de profissionais do Grupo Implante
plantes dentários em fumantes, com bons resultados. Quem é candidato a implante dentário? Não são todas as pessoas que podem receber implantes. Antes de dar início ao tratamento, é realizada uma cuidadosa avaliação para verificar se o paciente pode realmente passar pela cirurgia. Somente o cirurgião dentista especialista em Implantodontia tem condições de avaliar o candidato ao implante dentário, através de radiografias, tomografias, exames clínicos e laboratoriais. A taxa de sucesso dos implantes dentários beira os 98%.
A cirurgia é simples, de nível ambulatorial, com anestesia local e duração aproximada de uma hora. A recuperação é tranquila, desde que o paciente respeite as regras do pós-operatório, sobretudo no que diz respeito à alimentação, ao uso de medicamentos e à higienização da boca. É uma solução eficiente, com resultados ótimos, duradouros e esteticamente perfeitos. O Grupo Implante, que atua há 16 anos com uma equipe de quatro profissionais com larga experiência e multiespecialidade nas diversas áreas da implantodontia, se destaca por realizar um planejamento completo de todas as fases do procedimento. Na clínica são oferecidos diversos serviços, entre eles o implante, planejado por especialistas e feito a oito mãos, com extrema segurança, devido ao material utilizado: o titânio, que é um metal compatível com o organismo humano e aprovado por toda a comunidade científica mundial. O resultado é voltar a sorrir em público, mostrando uma dentição completa.
Quanta dor devo sofrer? Nenhuma! A medicação e avaliação correta, planejamento na execução da cirurgia, orientação minuciosa ao paciente nos cuidados pós-operatórios, o uso de implantes dentários de altíssima qualidade, com equipamentos de última geração para gerarem o mínimo de trauma durante a cirurgia, praticamente garantem a ausência de dor. Qual o período para revisão do implante? A cada semestre é bom avaliar o implante com limpezas e verificações, para garantir maior durabilidade e ótima performance do mesmo.
Uma adolescente de 14 anos poderia fazer um implante dentário? Não, pois o crescimento não está completo e a paciente deverá esperar até parar o crescimento da sua estrutura óssea para fazer o implante dentário, ou ficará com o implante fixado “para trás”. O implante dentário não acompanha o crescimento do rosto do paciente como os dentes normais. Onde são realizadas as cirurgias para colocação dos implantes? No próprio consultório, em uma sala totalmente preparada para tal procedimento.
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alimentação 14
Por Cleonildo Mello
Carne vermelha,
saudável ou dispensável? Para muitos comer carne significa ingerir toxinas de um “bicho morto”. Para outros, ela garante os níveis de proteínas que o corpo necessita
Em uma mesma casa, uma família e desejos alimentares bem diversos. A jornalista Eliane Pereira, 46 anos, não ingere carne vermelha desde os 18. A filha Amanda, de 22 anos, segue a mesma linha. Já o marido, Armando Diniz, não resiste a um bom prato com as partes nobres do boi e como ele, o caçula Vitor, também gosta. Como a mãe é quem determina o que vai à mesa, a carne só entra no cardápio uma vez por semana e os que gostam podem saboreá-la em meio a verduras, legumes, folhas e grãos integrais. A situação da família Pereira Diniz exemplifica bem a dúvida que ainda paira sobre muitos lares na hora das refeições. Muita gente não sabe se degustar carne faz bem à saúde ou não. A abstinência começou quando Eliane ainda estava na faculdade. Na casa dos pais, a proteína era obriga-
tória. Todos os dias havia pelo menos dois tipos de carne à disposição. “Comia e me sentia mal, meio empanturrada. Uma amiga sugeriu ir substituindo alguns alimentos e ver o que acontecia, começando pela carne vermelha”. A resposta foi imediata. Passou a se sentir melhor, mas teve de se submeter a uma reeducação alimentar numa época em que existiam poucas opções de alimentação alternativa. “Sempre tive anemia crônica e meu pai, que é médico, achava aquilo um absurdo”. Quando resolveu trocar São Paulo por Natal, em 1987, foi outra prova de fogo, já que as comidas regionais são baseadas na proteína animal. “Era constrangedor ir à casa de amigos, pois me ofereciam buchada, picado e carne de sol, e eu rejeitava. Isso causava espanto. Fiquei muito suscetível a cheiros de carne, que sempre me remetem a sangue.
“O mal da carne está no excesso e não no alimento em si” Eliane Pereira, jornalista
Erika Melo, especialista em nutrição
O cheiro que fica na pele das pessoas quando estão num churrasco ainda me incomoda”, revela. Em casa, ela não obriga todos a seguir a abstinência, mas, como dá as ordens na cozinha, os pratos são mais coloridos e têm a soja em substituição à carne. “Tenho sempre alternativas. Uso muito berinjela, quibe de soja e omeletes. Como queijos, que adoro, para suprir a necessidade de proteína animal. Mas não sou tão radical, de vez em quando como carne branca: frango às vezes e peixe esporadicamente”. A meta da jornalista, que pratica musculação e corrida pelo menos três vezes por semana, é retirar o leite da dieta. “O mal da carne está no excesso e não no alimento em si”, explica Erika Alessandra Melo Costa, que é especialista em Nutrição e Metabolismo, professora da FARN e da PósGraduação da Universidade Gama Filho (SP) na área de Nutrição Esportiva. Afirma que o organismo precisa diariamente desse nutriente, mas quando consumido em excesso ele é eliminado do corpo através da urina, principalmente. Segundo a especialista, as carnes
vermelhas (de origem bovina, ovina, caprina e suína) e brancas (aves e pescados) pertencem ao grupo de alimentos que são fontes primárias de proteínas. Além de proteínas, as carnes são ricas em ferro-heme, que está ligado à prevenção da anemia ferropriva. “As carnes são importan-
“As carnes são importantes quando consumidas de forma fracionada na rotina alimentar” Erika Melo, nutricionista
tes quando consumidas de forma fracionada na rotina alimentar. É importante destacar que o consumo deve ser preferencialmente de carnes magras, sem a gordura aparente, e feitas ao forno, assadas na grelha ou em panelas antiaderentes com pouco óleo para cozimento”, ensina.
Quando se associa exercício à alimentação balanceada, a presença da proteína auxilia no ganho de massa muscular, ligada a outro nutriente, o carboidrato. “O excesso de proteínas é eliminado do nosso organismo, mas o consumo em excesso traz danos, sobretudo a órgãos como fígado e rins”, alerta. A forma de preparo também é importante. Carnes gordas dificultam a digestão, tendem a aumentar a massa gorda do organismo e aumentam o risco de doenças crônicas não transmissíveis. Não existe muita discrepância entre as vermelhas e as brancas. Ambas são consideradas de alto valor biológico. A carne branca tem um percentual de gordura menor que o da carne vermelha. Em relação ao vegetarianismo, a nutricionista acredita que é preciso fazer substituições. “É importante que essas pessoas mantenham o consumo de proteínas, oriundas dos alimentos vegetais, como feijão, grão de soja, lentilha, grão de bico, ervilha em grão. A alimentação precisa ter uma atenção ainda mais redobrada para evitar alguma deficiência de outros nutrientes”.
Vegetarianismo e yôga, sim Seve Cunha tem 55 anos, é formado em Educação Física e pós-graduado em Medicina tradicional chinesa. Ele também é mestre de yôga e shiatsu. Há 30 anos, não sabe o que é o sabor da carne, apenas laticínios, mas com bastante moderação. O yôga foi responsável pela decisão. “Me identifiquei com a filosofia do yôga, mas não me considero estritamente vegetariano porque como todos os outros tipos de alimentos, desde que sejam saudáveis. Procuro ter na minha ali-
mentação um variedade maior de alimentos, principalmente do complexo B e o ferro”. Esse processo começou de forma gradativa, trocando leite e derivados por alimentos integrais. O yôga prega que alimentos que não contenham carnes são mais saudáveis, principalmente para os praticantes, por enfocar a dinamização da energia vital, o que é fundamental para as nadís - os canais equivalentes às veias e artérias por onde a energia circula. Para Seve Cunha, o
Seve Cunha e o filho Yan: ambos vegetarianos
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maior problema da carne é o risco de esclerosar esses canais de energia, assim como as artérias. Com o tempo de prática do yôga, a pessoa começa a sentir essa energia mais sutil circular mais intensamente e sente necessidade que as nadís estejam mais livres para essa circulação. Ele conta que segue um estilo de vida, em que moderação e alimentação balanceada são as palavras de ordem. “Evito excesso em tudo que faço, embora eu viva com bastante intensidade e ame cada momento da vida”. Seve é muito discreto em relação
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à divulgação de seus hábitos alimentares, o que lhe poupa qualquer constrangimento. “Se só tem comida com carne, encontro opções boas e saudáveis ou consigo passar muito bem até 24 horas sem comer, apenas tomando água”. Ele faz jejum de 24 horas com objetivo de desintoxicar o organismo, mas não recomenda que se faça o mesmo sem acompanhamento de um profissional. “Já existem muitos estudos científicos que provam ser possível viver de maneira mais saudável, sem carne. Existe até o dia mundial sem carne”, defende.
“Me identifiquei com a filosofia do yôga, mas não me considero estritamente vegetariano” Seve Cunha, mestre de yôga e shiatsu
Depressão e carne, não Primeiro, vem a falta de ânimo. Depois, chega o choro escondido pelos cantos da casa. Em seguida, instaura-se uma tristeza e uma falta de esperança que parecem nunca ter fim. As coisas antes prazerosas ficam completamente sem graça. Apatia e mau-humor são constantes. Nessas horas, as palavras não são suficientes para explicar por que a vida ficou tão sem graça. Conviver com amigos, filhos e cônjuge vira um martírio. O trabalho, um sacrifício insuportável. O cansaço no corpo e na alma leva a um diagnóstico: depressão. Quem já vivenciou esse quadro deve fugir da ingestão de carnes. Isso é o que prega a nutricionista funcional gaúcha, Betina Moritz, que esteve em Natal participando de um congresso internacional da categoria. Ela afirma que os pacientes com de-
pressão devem evitar uma dieta rica em proteínas, que reduzem a disponibilidade do triptofano no cérebro, e priorizar um cardápio rico em carboidratos complexos, que aumentam a quantidade desse aminoácido na região cerebral. Por isso, o ideal é consumir grãos integrais, como arroz integral e granola, aveia, frutas, verduras e carnes magras, essa última em proporções reduzidas. “Essa alimentação deve ocorrer de forma fracionada, de preferência de três em três horas, para não faltar energia no cérebro”, explica. Para entender como a alimentação é fundamental para alterar o estado de letargia provocado pela depressão, é preciso primeiro entender o que ocorre bioquimicamente com a pessoa acometida desse mal, caracterizado pela falta de substâncias equi-
“Pacientes com depressão devem evitar uma dieta rica em proteínas” Betina Moritz, nutricionista
libradoras das funções do cérebro. A principal delas é a serotonina, um neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar. Sem essa substância, a pessoa sofre de alterações no sono, ansiedade e irritabilidade. O principal aminoácido sintetizador da serotonina é o triptofano, mas, para a transformação, são necessárias algumas vitaminas e minerais. Esse é um dos fatores que fazem a alimentação ajudar na recuperação.
Comer bem e viver melhor Prevenção é sinônimo de qualidade de vida A diferença entre comer bem e mal está na qualidade dos alimentos escolhidos para a dieta. Quando a escolha é errada, o resultado é a queda da imunidade, o organismo começa a responder de forma diferente com sinais e sintomas de desequilíbrio nutricional. O segredo é eliminar o alimento que faz mal, entre eles o açúcar, frituras, café, alimentos industrializados, como enlatados e embutidos e, principalmente, o fumo e o álcool. Se essa “faxina diária” for interrompida, as toxinas não são liberadas como deveriam e terminam sendo reabsorvidas e acumuladas pelo organismo. O primeiro passo é afastar
os alimentos que fazem mal, recuperar a mucosa intestinal se necessário e fazer uma desintoxicação através de sucos antioxidantes (maçã com couve, abacaxi com salsinha, ou chás nos intervalos das refeições). Depois, recolocar os nutrientes no organismo, dando preferência aos orgânicos, naturais e frescos. “Diversificar ao máximo as folhas, frutas e legumes, variando tipos e cores”, afirma a nutricionista Graça Moraes. Mas de nada adianta escolher alimentos adequados, se eles chegam à mesa contaminados, seja por uma produção carregada de agrotóxicos ou por má higienização no manuseio.
Entenda os alimentos Orgânicos – Os vegetais recebem fertilizantes naturais e são cultivados sem uso de pesticidas convencionais, fertilizantes artificiais ou dejetos humanos. Os animais são aqueles criados sem o uso rotineiro de antibióticos e sem utilização de hormônios de crescimento. Devem ter um selo de qualidade. Hidropônicos (cultivados dentro de estufas sem uso de solo) - As plantas são submetidas a agrotóxicos e fertilizantes químicos para resistir à ausência do solo. São plantas de um metabolismo desequilibrado, que ficam mais predispostas a doenças e ataques de pragas. Convencionais - Recebem inseticidas pra reduzir a incidência de pestes e herbicidas para controle de ervas daninhas. No pasto, os animais recebem antibióticos, hormônios e medicamentos para estimular o crescimento rápido. Transgênicos - Criados em laboratório. Vale a pena estar atento à Lei de Biossegurança Nacional, que determina quais alimentos podem ser transgênicos no Brasil, sem riscos à saúde.
Graça Moraes, nutricionista
Por Kennya Amorim
FIQUE ATENTO - Lave os alimentos com água corrente e retire as impurezas como terra, partes danificadas, sementes, raízes, talos e cascas. Coloque o alimento em uma solução de água e hipoclorito de sódio a 2% (uma colher de sopa de hipoclorito para cada litro de água) por 20 a 30 minutos. Depois, enxágüe o alimento em água corrente tratada, deixe escorrer e utilize; - Evite ou diminua a ingestão de líquidos durante as refeições; - Ingira pelo menos 2 litros de água, chá ou sucos por dia; - Fracione sua alimentação em 5/6 refeições por dia, mantendo intervalos entre elas de 3 horas; - Evite frituras e alimentos gordurosos; - Prefira alimentos integrais e ricos em fibras para substituir alimentos refinados; - Aumente o consumo de hortaliças, principalmente orgânicas. Use sementes, como gergelim, girassol e linhaça; - Faça rodízio de feijão (preto, macassar e mulatinho) e do arroz, dando preferência ao da terra, integral e parboilizado; - Inclua as proteínas do peixe, soja e frango e diminua o consumo de carnes vermelhas. - Prefira os cereais provenientes da terra, como inhame, mandioca, milho e batata doce.
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entrevista 18
NinguĂŠm sabe como viver bem.
Apenas viva!
Por Adriana Keller e Rosy de Sousa
Despretensiosamente Satyaprem acomoda suas palavras e divaga sobre o entendimento dos leitores com relação à entrevista que concedeu à Viver Bem: “A revista é para uma grande massa, mas o que eu estou falando é para poucos e vai chegar aos poucos através dessa revista” “Amor pela Verdade”, é o significa do nome Satyaprem, batizado pelo mestre Osho logo no primeiro encontro. Até então, Satyaprem era um jornalista gaúcho interessado em Terapias e Meditação da Multiversity da Osho Commune International. Mais foi no ano 2000 que lhe foi revelado o “fim da busca” e, desde então, Satyaprem invoca o despertar das pessoas para sua natureza original, compartilhando o “Encontro com a Verdade”, chamado Satsang, através de palestras e retiros, além dos livros que trazem trechos desses encontros. Dono de uma conversa calma, ele explica com serenidade questões complexas, desmistifica as dificuldades de viver e aconselha que a vida seja simplesmente vivida. Viver Bem em Revista: De estudan-
te comunista à busca da iluminação há uma mudança muito radical. Você acredita que o ser humano é capaz de transformações tão fortes como essa? Satyaprem: Sem dúvida, esse acontecimento chamado iluminação está prestes a acontecer com aquele que começa a investigar sua verdadeira natureza. Que entende que todas as histórias a seu respeito são apenas histórias. Quando isso acontece você está “namorando” com a iluminação. VBR: Como foi o seu encontro com o mestre Osho. Explique a transformação que ocorreu em você. S: Foi extremamente acalentador, um momento de graça, como se eu estivesse chegando em casa, muito embora no momento eu não tivesse
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o reconhecimento do que isso significava. Me senti acolhido, aceito incondicionalmente. A verdade é que esse encontro não foi com Osho, foi comigo mesmo, ele foi apenas a porta de entrada. O evento transcendeu a compreensão de encontrar “um outro”, na verdade eu encontrei a mim mesmo. VBR: Não acha que a frase: ”Quando você estiver pronto o mestre te encontrará”, pode provocar um comportamento de acomodação? S: Não. As pessoas acomodadas ficam assim até o momento em que nasça internamente o desejo de acordar, de buscar a verdade. O “atender ao chamado” não se trata de um movimento intelectual que eu possa propor às pessoas, é um movimento super interno, individual e muito preciso.
20 Encontros Satsang
“Você faz parte de um fluxo incontido e incompreensível, extremamente perfeito. Esqueça a viagem mental, ponha de lado. A forma de pôr de lado não é negar o que aparece na mente, é ver o que aparece na mente como uma aparência, e mais nada” Satyaprem
VBR: “Você não é o que você pensa que é”, essa afirmação, que caracteriza suas palestras, revela que o conteúdo da sua mente não é você. Como agir e saber distinguir a nossa real essência? S: Só é possível através da observação. Não existe como explicar para alguém que ela não é a mente, ela precisa ver isso, então o meu trabalho e essa frase, funcionam como um chamado, mas é só para aqueles que estão se dando conta que os pensamentos e a mente são duas coisas diferentes. Quando isso acontece você percebe que não é quem você pensa que é. VBR: Existe alguma forma de aguçar essa “observação”, algum meio ou caminho que faça isso acontecer? S: O contato com alguém que já passou por esse processo ajuda muito, é fundamental. É como aproximar uma vela apagada de uma vela acesa, é impossível que essa vela não acenda também.
VBR: Você se define como “Eu sou alegria”, como conseguir esse estado maravilhoso no atual mundo e rotina em que vivemos? Acha possível estar em paz ou com alegria num momento de turbulência? S: Sim, o problema é que estar em paz num momento de turbulência significa estar em paz com a turbulência. Se você é chamado à briga, não é preciso bancar o pacífico; se tiver que brigar, brigue e esteja em paz com o contexto. A proposta é que você saiba discernir: estar em paz com o que está acontecendo, ser o que está acontecendo e ser os desejos da sua mente. E não catalogar “eu sou pacífico” e simplesmente não ter respostas, não ter ação. Isso é uma farsa. O que eu digo com essa frase é estar em paz com o que quer que seja, sem problema nenhum, sem culpa e sem orgulho. VBR: As pessoas desejam muito a felicidade para suas vidas e colocam metas para atingi-la como: vou ser
“Não espere para ser feliz amanhã. Sua felicidade é agora” Satyaprem feliz quando tiver a minha casa própria, for alguém ou quando encontrar o companheiro perfeito, enfim, como se existisse uma fórmula para a felicidade. Você acredita nisso? S: Entra aí uma coisa muito relativa que é fundamental: descobrir a si mesmo, isso o coloca numa outra perspectiva de visão. Com esse despertar você entende que a felicidade está exatamente em não ter uma casa, não ter um companheiro e não ser alguém, e com essa revelação você percebe que, de repente, você já tem isso tudo, ou seja, nada do lado de fora é necessário para a sua alegria e felicidade internas. A alegria e a felicidade vêm de dentro e não de fora. VBR: Certa vez você afirmou que a morte é uma idéia criada, que de fato ela não existe. É um dos elementos
usados para o medo. Explique... S: Se você tiver medo, certamente contém as suas ações. O medo foi usado para reprimir, para proibir as ações das pessoas. Tudo o que temos sofre de perecimento, então, o medo de perder só existe para aquilo que é permanente. No refrão da igreja e do senso comum o desejo é ter as coisas para sempre. Porém, nada é perene, e sim temporário. O problema é esse, projetar o desejo permanente em coisas temporárias. A partir do momento em que você descobre o que é permanente, você muda o foco e as coisas temporárias têm outro valor, passam a ser secundárias. VBR: O que significa Satsang, como ele funciona? Quais são os benefícios que ele traz? Existe alguma aptidão para freqüentar?
S: Nenhuma aptidão. Satsang é tão revolucionário que vai pôr no chão todo o seu conteúdo mental. A condição seria essa, que você já tenha partido de um questionamento do seu conteúdo mental. O Satsang são conversas que vão levando você ao silêncio, até chegar ao ponto em que você fica absolutamente em silêncio. VBR: O que fazer para viver bem? S: Viver já é um fato, ou você vive ou fica aprendendo como viver. Viver bem seria, para mim, viver no momento, no agora, totalmente despojado de ontem e de amanhã. Viver bem seria o oposto, morrer bem. Aprender a abandonar as coisas que estão pesando em você e não se preocupar com o futuro. Ser feliz agora. Ser total agora. Se você está querendo viver bem é porque você está vivendo mal.
“A vida apresenta desafios somente quando você está preparado para lidar com eles” Satyaprem
LIVROS •Fragmentos de Transparência •Quem você é? •Aqui e Agora - Onde você mora •Satsang - Encontro com a Verdade •Palabras Despiertas •Além do Colapso das Possibilidades
www.satyaprem.com
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Por Adriana Keller
A arte de fazer 22
escolhas Os caminhos e possibilidades são tantos que por vezes os objetivos acabam mudando em relação a eles. Como escolher? Como identificar sua verdadeira vocação e seguir no sentido certo?
Talvez esse seja um dilema tipo telenovela, ou seja, encaixa-se perfeitamente na vida de quase todo mundo. A carapuça serviu? Tudo bem, isso não quer dizer que você é uma pessoa fraca, sem personalidade e que não sabe o que quer. Muito pelo contrário, muitas vezes o caso é outro. Existem pessoas flexíveis e “boas” para muitas coisas, aquelas que fazem teste vocacional e obtêm respostas positivas em varias áreas diferentes. Saber o que quer, talvez seja uma das questões mais difíceis da humanidade, criando uma angústia que em alguns casos pode ser traduzida até na dificuldade de valorizar suas conquistas. Então, vamos começar pelo que NÃO queremos e fazer o caminho contrário, até chegar ao que realmente nos faz vibrar. A psicanalista e coach Roberta Forastieri explica que o passo deve ser para trás, que o principal diagnóstico para a dificuldade de fazer escolhas, é mergulhar em um processo de au-
toconhecimento. “Na verdade, para se fazer qualquer tipo de escolha é necessário primeiro se conhecer, o ponto de partida é esse. Esse será certamente o pontapé inicial para encontrar o caminho correto num mar de encruzilhadas”, diz Forastieri. Nesse processo de autoconhecimento, entender os princípios da autoliderança é igualmente importante: “Autoliderança é saber o que quer, quem realmente é, conhecer suas capacidades e habilidades, saber onde você está, seu ponto de partida e para onde ir, ou seja, planejar o caminho para atingir o objetivo desejado”, explica Roberta em uma visão simples, prática e otimista. A proposta da Humanocenter é iluminar o caminho para facilitar a busca de se conhecer melhor, através do curso de formação de líderes. “Trata-se de um curso prático que vai fazer com que o aluno fortaleça sua capacidade de autoliderança. Afinal, não é possível liderar outra
“Autoliderança é saber o que quer, quem realmente é, conhecer suas capacidades e habilidades, saber onde você está, seu ponto de partida e para onde ir” Roberta Forastieri, coach
pessoa sem antes liderar a si mesmo. Você saberá reconhecer os padrões de qualidade que estabelece para si, partindo do princípio que não existem erros, somente resultados, então aprenderá com seus resultados”, explica Karina Braga, consultora e trainer da Humanocenter. Todas as práticas oferecidas pelo curso visam despertar o líder que existe dentro de cada um para, assim, agir de maneira integrada com a realidade, redimensionando objetivos concretos para o indivíduo, sua família, empresa ou organização e sociedade. “É impressionante como depois das quatro fases da formação, descobri uma nova e maravilhosa pessoa. É como nascer de novo! Mais confiante, mais seguro e com a convicção de realmente poder alcançar meus objetivos. Respeitado e reconhecido em todas as minhas relações pessoais, sociais e profissionais, principalmente comigo mesmo”, relata Wendell da Silva Araújo.
A força do autoconhecimento Outra importante ferramenta de autoconhecimento é a Programação Neurolingüística, PNL. A PNL é uma ponte para o desenvolvimento pessoal e profissional que utiliza um conjunto de modelos e crenças. Defende a ideia de que a mente, o corpo e a linguagem, interagem de forma a criar a percepção individual a respeito da visão do mundo. “A utilização da PNL pode ser traduzida como uma das mais eficazes ferramentas de mudança comportamental, reconhecida em todo o mundo como a fórmula da excelência humana”, explicam as consultoras da Humanocenter. Sobre essa mudança pode falar Marleide Falcão, consultora de vendas de uma importante empresa em Recife. Marleide vem de família muito humilde e sofreu diversas agressões morais e físicas na infância, tornando-se uma profissional frágil e com dificuldades de receber e assimilar suas conquistas. “Minha vida sempre foi de altos e baixos, após a minha separação me tornei ainda mais frágil. Sempre que alcançava um cargo de chefia, me via aflita e pedia demissão. Na verdade me boicotava me sentindo impotente e infeliz”, conta Marleide.
Marleide Falcão, consultora de vendas
Ouviu falar em PNL e começou a pesquisar sobre o assunto descobrindo a Humanocenter em Natal. Encheu-se de coragem e fez o curso. “Aos poucos fui entendendo o que se passava comigo, galgava a ascensão e quando alcançava tinha medo. Sentia medo de chefiar, de atuar, de decepcionar... Até descobrir a sua causa e aprender a enfrentá-lo. Fiz três cursos de PNL na Humanocenter e hoje posso dizer que não permito que nada mais seja capaz de me fazer sentir mal”. Profissionalmente ela atingiu o reconhecimento que sempre almejou, e hoje consegue tudo o que quer. “Lido melhor com as imperfeições, respeito as outras pessoas e, principalmente, escuto a mim mesma. Hoje me sinto mais do que uma vencedora e agradeço o acesso à Humanocenter, foi o melhor investimento que fiz na vida, investi em mim”, conclui Marleide Mais informações, no site www. humanocenter.com.br Karina Braga (esquerda), coach com 22 anos de experiência em consultoria de treinamento em RH. Roberta Forastieri (direita), psiconutricionista e coach com experiência em treinamento de desenvolvimento humano.
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Seden
qualidade de vida
tarismo.
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Afaste-se desse vil達o
Por Cleonildo Mello
Se você já não dispensa o carro para ir até a padaria que fica a duas quadras de casa, odeia ter que levantar do sofá para mudar o canal da tevê, detesta estacionar em andares do shopping distantes do seu destino ou já esqueceu o prazer de dar umas pedaladas, cuidado! Um feroz inimigo da saúde está prestes a dominá-lo: o sedentarismo Calma! A culpa não é apenas sua. O desenvolvimento tecnológico e a urbanização das cidades promovem mudanças de hábitos e contribuem para reduzir a atividade física. Porém, é preciso se mexer. O sedentarismo crônico traz reflexos diretos à saúde, já que está associado a diversas doenças graves, principalmente às cardiovasculares - incluindo o infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), hipertensão arterial e morte súbita -, além de males crônicos, como diabete mellitus, osteoporose, redução da massa muscular, obesidade e até alguns tipos de câncer. No caso das doenças ligadas ao sistema cardiovascular, a falta de exercícios inicia fatores de risco como hipertensão arterial, elevação dos níveis de colesterol e triglicérides e sobrepeso. A incidência dessas doenças na população cresce acentuadamente com a idade. Em geral, os idosos têm um aumento dos fatores de risco. Daí a importância de não ficar parado. Os benefícios de uma atividade física regular são muitos e bem variados. Do ponto de vista fisiológico, o exercício melhora, primeiramente, o aparelho cardiovascular, otimizando o trabalho cardíaco pelo aumento da força de contratilidade do coração, uma maior capacidade de circulação do sangue e distribuição nos vasos
sanguíneos. No sistema cardiorespiratório, o exercício proporciona o aumento da capacidade de absorção do oxigênio pelo pulmão e a difusão para diversos tecidos do corpo. Além disso, influencia na integridade funcional das articulações e melhora a atividade contrátil da musculatura. Com a tonificação, a sustentabilidade de toda a estrutura esquelética está garantida. “Vale ressaltar que existe uma série de outros benefícios ligados a todos os sistemas. O acúmulo de gordura corporal gera uma desordem em muitos aspectos funcionais e fisiológicos do corpo. A redução de massa gorda combate o aparecimento de diversas doenças”, explica o especialista em fisiologia do exercício e mestre em
avaliação física, Gleidson Mendes. No entanto, não dá para se mexer de qualquer jeito. Moderação e acompanhamento são as palavras de ordem. O corpo humano tem uma capacidade inata de adaptação, denominada de homeostase. As atividades do dia a dia serão assimiladas em pouco tempo como uma rotina e adaptação será logo estabelecida. Daí, precisaria aumentar a intensidade, a duração e a quantidade de atividades. Segundo Gleidson, a máxima ‘esporte é saúde’ é controversa. “O esporte competitivo profissional está longe de ser saudável, pois os atletas beiram seu limite suportável, andam sempre à beira de um colapso físico e fisiológico, seja por um trauma inerente ao esporte ou pelos treinamentos”.
“O esporte competitivo profissional está longe de ser saudável, pois os atletas beiram seu limite suportável” Gleidson Mendes, fisiologista
Não ficar parado: palavra de ordem
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PRAZER E SOCIALIZAÇÃO
Nunca é tarde para iniciar um programa de exercícios físicos
Antes de começar 26
Antes de iniciar uma atividade física, o ideal é passar por uma consulta médica completa, na qual serão avaliados os sintomas que podem alertar para algum problema cardiovascular, como dor no peito, cansaço fácil, tontura, desmaios, palpitações ou qualquer mal estar, principalmente se desencadeado pelo esforço físico. Para o cardiologista Felipe Guerra, é preciso fazer um exame físico minucioso com ênfase no sistema cardiopulmonar e muscular, além de se submeter a exames laboratoriais e a um teste de esforço em esteira ou bicicleta. “Isso serve para avaliarmos se há algum problema desencadeado pelo esforço, além de servir para avaliar a condição aeróbica e orientar melhor o treinamento físico”. Para ele, na hora de escolher que exercício praticar, é preciso avaliar se é prazeroso e ter uma freqüência de pelo menos três vezes por semana, contemplando os componentes aeróbicos (andar, pedalar, correr e nadar), de força muscular (exercícios com pesos) e de flexibilidade (alongamentos). “Não se deve contraindicar os exercícios físicos a pacientes com algum problema que dificulte sua realização, mas ajustar essa modalidade de tratamento a cada caso. Vale lembrar que, mesmo para as pessoas mais idosas sedentárias, nunca é tarde para iniciar um programa regular de exercícios físicos, que devem ser mantidos por toda a vida para que haja um maior beneficio”, ensina Felipe Guerra.
“Nunca é tarde para iniciar um programa regular de exercícios físicos” Felipe Guerra, cardiologista
Além de fazer bem ao corpo, a prática regular de atividades físicas proporciona bem-estar também para a mente e contribui para a socialização. Algumas pessoas buscam no exercício uma forma de aliviar as tensões diárias. “As pessoas criam em torno dos exercícios uma rede de associações que são muito positivas do ponto de vista mental. Na maioria, de socialização com grupos de pessoas que são peculiares ao local da prática. Seja na academia, clube, praças, à beiramar, no campo de futebol do bairro ou até mesmo no quintal de casa. Todos esses locais são formados por uma rede social de relacionamentos, que muitas vezes não transcendem aquele momento. Assim, muitas das tensões do dia a dia são esquecidas, pois não cabem naquelas relações”, analisa Gleidson Mendes. Além disso, as atividades aeróbias, quando feitas com intensidade controlada, libera na corrente sanguínea uma boa dose de endorfina, aqueles hormônios que dão uma sensação de prazer e satisfação. Essa substância é considerada a droga benéfica do exercício. O equilíbrio entre o exercício e a produção de endorfina é capaz de gerar uma dependência do organismo pelo exercício físico. Falta de dinheiro para freqüentar uma academia ou um clube esportivo não é desculpa para não se movimentar. Há alternativas para não ficar parado. Entre as opções estão as caminhadas e corridas em ruas pavimentadas ou praças. Os passeios de bicicleta também se revelam uma ótima alternativa. Quase toda a orla da cidade dispõe de calçadão para pedestres Existem algumas praças que podem ser aproveitadas para se exercitar. Há ainda o Parque das Dunas, que é excelente pela sua estrutura e pelos aspectos naturais. Para quem deseja exercícios mais específicos, algumas praças de Natal contam com equipamentos de ginástica. É o caso da Praça Augusto Leite, no Tirol. “Definir falta de tempo é muito subjetivo. Há pessoas que alegam não ter tempo, pois esse período de dedicação à prática de exercícios compete diretamente com o momento do chope ou do jantar com a turma do trabalho. Mas, se não adotarmos uma rotina de exercícios físicos, aceleramos os processos degenerativos relacionados ao sedentarismo, diminuindo a expectativa de vida”, alerta Gleidson Mendes.
comportamento chapéu 28
Da esquerda para direita, em cima: meu tio e o namorado, meu pai e a namorada, minha mãe e o marido, meu tio com a filha e sua ex-mulher, meu avô e a namorada. Abaixo: meu meio-irmão, a filha do namorado do meu tio, minha irmã e meu meio-irmão, eu e meu meio-irmão, e acenando, o filho da ex-mulher do meu tio. Ah! E o gato é do vizinho, mas vive aqui. É da família.
Novas famílias Por Adriana Keller
Os meus, os seus e os nossos. Como a tradicional família, composta apenas de pai, mãe e filho se adequou a novos personagens como padrasto, madrasta e novos irmãos
Maria Eduarda de três anos, deitada na cama de casal com sua mãe, chama a sua atenção para perguntar: - Mãe, por que eu não posso dormir com o papai? - Você quer dormir na casa do seu pai? Pode sim. - Não, eu quero dormir com você e com o papai, aqui, nessa cama... Com muita calma e paciência a mãe explicou a ela que o papai tem uma casa diferente, com outra esposa e até com um novo irmãozinho. Essa é a realidade de inúmeras famílias, meias famílias ou novas famílias do nosso tempo. Pais que se se-
param, iniciam outro relacionamento e, de certa forma, aumentam os agregados da família. Trocando pai, mãe e filhos por pai, madrasta, meio-irmão, mãe, padrasto e filhos do padrasto... Enfim, estamos vivendo a era das novas famílias. Karla Botelho, que é gerente de marketing e tem Vitória (13) e Maria Eduarda (4) do primeiro casamento, recentemente uniu-se a Alexandre Bayer que traz Ludmila (12) e Paulo (15) do primeiro casamento. “Devido ao aumento de filhos, tivemos que pensar em uma casa maior. Hoje temos, ao todo, dependendo da época,
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Karla e Alexandre e os filhos Maria Eduarda, Vitória e Paulo na nova adaptação de união
quatro crianças e uma enorme dedicação para que essa mudança seja feita de maneira natural, principalmente para elas”, acrescenta Karla. É claro que se trata de uma adaptação para todos, novos personagens surgem nessa história e, em muitos casos, o percurso se torna maior até chegar ao almejado final feliz. Madalena Albuquerque é psicóloga e explica que essas situações exigem muita calma e tolerância para não despertar sentimentos de ciúmes, disputa e aspereza entre os personagens das novas relações. “Nesses casos, os relacionamentos são bem mais delicados, os parceiros devem ter claro que ninguém vira pai ou mãe de ninguém de uma hora para a outra. Essa relação deve ser conquistada através de compreensão, paciência e muito amor, cultivados com o tempo.
Se relacionar com uma pessoa que já traz um filho da primeira união, significa se relacionar também com a criança e de certa forma com a(o) ex”, alerta. A gestão de sentimentos deve
“Hoje temos, ao todo, dependendo da época, quatro crianças e uma enorme dedicação” Karla Botelho, gerente de marketing
ser controlada principalmente pelos adultos, uma vez que a criança ainda não tem poder para tal. Explica ainda a psicóloga que, por mais difícil que seja, o melhor é encarar a situação
como um ganho e nunca como perda, ou melhor o “aumento” da família. Andréa e Rafael estão nas suas segundas uniões. Andréa tem Pedro do primeiro casamento, Rafael tem Cristina da sua primeira união e Guilherme, filho do casal. “Festas em geral, como aniversários, Natal ou outras comemorações familiares, acabamos juntando um monte de gente. Eu me dou muito bem com meu ex-marido e a sua nova esposa, então, nada melhor do que estarmos todos juntos tentando ser felizes, mesmo separados”, relata Andréa. Para o conforto das crianças envolvidas, ver pai e mãe, mesmo que separados, convivendo em harmonia com madrasta e padrasto passa a elas segurança e tranqüilidade. Importantíssimo para seu crescimento e, conseqüentemente, para uma visão saudável dos relacionamentos.
Adaptação - aquele período sem fim
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Respeitar, tolerar ou interferir na educação que o seu filho tem em outros lares? Essa é outra questão difícil de ser resolvida. “Miguel quando está na casa do pai, faz as refeições assistindo televisão. Lá o hábito é esse. Eu abomino a ideia, acho que a refeição é o momento da família interagir, conversar e saber um do outro. Não cabe a televisão! Ao mesmo tempo não tenho direito de interferir nas regras e condutas adotadas na casa do pai do meu filho, desabafa a professora Maria do Carmo. Nesses casos, somente o tempo vai ajudar a criança a entender as regras e os limites de cada casa. “Não há como controlar o que você acha errado e a outra pessoa acha certo, cada cabeça uma sentença”. Por isso, o melhor é agir com naturalidade e fazer a criança entender que cada casa tem uma norma particular. “Mas tudo
isso sem críticas e com muita calma”, explica a psicóloga. Além de respeitar as opções dos outros, é hora de aprender a conviver e compartilhar a pessoa que amamos
“Não há como controlar o que você acha errado e a outra pessoa acha certo, cada cabeça uma sentença” Maria do Carmo, professora
com os outros. Sentimento vulgarmente conhecido como ciúmes: ele está com o filho e não está comigo, ou ele está com ela e não quer brincar comigo.
A teoria é muito bonita e fácil, mas pô-la em prática requer a paciência de um monge tibetano, a doçura de uma princesa e uma dose extra de sangue de barata. Como é difícil reconhecer o egoísmo que nos atinge o estômago e serenamente mudar de atitude... “No começo era insuportável, meu marido se derretia pela filha, fazia todas as vontades dela sem perceber que isso a estava transformando numa criança birrenta e mal educada. O fim de semana em que ela estava conosco, eu simplesmente não existia. Mas, aos poucos, com muita conversa, fui mostrando a ele que ela agora deveria fazer parte da ‘nossa’ vida e não nós, separadamente, entrarmos na vida dela. Hoje vivemos muito bem, gosto muito dela e sinto que ela de mim. Todos ganhamos”, conta Letícia Alencar, empresária.
Dois pais e duas filhas As novas famílias, também são aquelas formadas por casais do mesmo sexo. Já se ouve falar em casais homossexuais que adotaram filhos. Os casos não são raros no Brasil, tampouco no Rio Grande do Norte. Carlos Henrique é psicólogo e professor e sempre teve o sonho de ter filhos. Após o fim do seu casamento de oito anos, no qual a esposa não podia engravidar, Carlos iniciou uma nova relação com Wagner, também professor, vivendo 17 anos de união estável. “Já estávamos juntos já há mais de dez anos e a vontade de ter um filho reapareceu. Então decidimos adotar.
Pérola, com 7 anos, e Pétala, com 5 anos, em visita à casa da nova avó, no Rio de Janeiro
Quando da entrada do pedido, o sistema jurídico não aceitava que os pares da família homoafetiva entrassem em
conjunto com o pedido. Entrei na fila de adoção sozinho. Após dois anos de espera, nada acontecia. Em uma
das vezes em que estava em Recife ministrando um curso, uma amiga levou-me para visitar um abrigo onde tive meu primeiro contato com Pérola, uma menina de cinco anos. Algo aconteceu naquele momento, o magnetismo foi tal que acabei resolvendo transferir o processo de Natal para a comarca de Recife. Soube que Pérola ainda não havia sido destituída do pátrio poder, havendo a possibilidade de sua avó reaver sua guarda. Após algum tempo, a psicóloga me ligou dizendo que a avó dela tinha falecido e, assim, a menina teria a possibilidade de ser adotada. Como Pérola possuía uma irmã menor, Pétala, fiz a alteração no meu cadastro, disponibilizando-me a ficar com ambas. O tempo passou e poucos meses após recebi novo telefonema da psicóloga, dizendo: “- Parabéns, você vai ser papai!” A correria foi enorme. Em quatro dias adequamos a casa para receber nossas futuras filhas. Compramos algumas roupas básicas e coisas que julgávamos necessárias para receber as meninas. No dia marcado, com todos os transtornos sintomáticos da ansiedade, fui sozinho buscá-las. No desabrigamento (momento em que as crianças deixam o abrigo), elas vieram em minha direção, usando os vestidos que havíamos levado no último Natal. Foi um momento muito emocionante que nunca vou esquecer. Hoje, somos uma família igual a qualquer outra. O fato de as meninas terem “dois pais” não é visto como problema por elas. Muitas vezes dizem aos seus coleguinhas e se orgulham disso. Criamos nossas filhas com valores importantes como o respeito, a tolerância e o amor. Para aqueles que questionam a falta da figura feminina, respondemos que ela está pulverizada na própria sociedade através de professoras, tias, amigas,
Carlos Henrique e suas filhas
nossa secretária, podendo haver essa identificação. Nunca sofremos qualquer tipo de preconceito. Tudo acontece sempre com muita transparência e sinceridade, inclusive na escola. Nossas famílias, que moram no Rio, nos dão muito apoio e as meninas costumam passar as férias com os avós”, conta Carlos. Toda essa lição de força e deter-
minação está relatada em detalhes no livro “Duas filhas: dois pais – adoção homoafetiva”, escrito por Carlos Henrique, da Editora Idéia. Ai está ele, o tal final feliz! Ele sempre chega, mesmo com caminhos tortuosos. A grande afirmação é: o amor move montanhas, transforma pessoas, não tem sexo e dissolve toda dificuldade com sua onda de satisfação.
“O fato de as meninas terem ‘dois pais’ não é visto como problema por elas.” Carlos Henrique, psicólogo e professor
MUDANÇAS NAS LEIS Esse caso de adoção gerou jurisprudência no País. Pela primeira vez um casal do mesmo sexo entrou, conjuntamente, com pedido de adoção e ambos como pais. O entendimento jurídico de alguns magistrados concebe essa união como sendo estável e, portanto, igual a qualquer outra família. Assim, abriu-se um precedente e uma nova oportunidade para inúmeras crianças extremamente carentes de uma família e de amor. A certidão de nascimento das crianças foi substituída por outra onde, no lugar da filiação (o pai e a mãe) foi feita a modificação para pai e pai. Isso faz com que a Justiça e as Leis sejam repensadas e reformuladas, abrindo espaço para novos modelos de família, não menos completa e não menos feliz.
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equilíbrio 32
Por Rafael Duarte
Nascer Bem A correria dos dias atuais faz com que se chegue ao ponto de marcar hora para o filho nascer, de acordo com licenças ou conveniências pessoais. Isso faz da cesariana, que deveria ser utilizada apenas em casos de complicações no parto normal, praticamente regra geral no Brasil. Mas e o bebê? Alguém pensou nele?
Vamos combinar uma coisa: toda mãe de primeira viagem segue as recomendações do médico que a acompanha, certo? Calma. Muita calma nessa hora. Quando o assunto é o primeiro filho, o que pesa mais é o instinto maternal. E esse tal sentimento, algo quase sobrenatural que ninguém consegue explicar, soprou na consciência da empresária Priscilla de Sousa, 33, que o pequeno Pedro deveria vir ao mundo através de parto normal, embora a própria mãe tenha escutado durante a gravidez que a cesárea era o caminho mais fácil, mais rápido. Priscilla repete para quem
“Pedi uma luz bem fraquinha para que ele não tivesse um choque quando nascesse. Tanto que nasceu de olho aberto, foi tudo muito calmo.” Priscilla de Sousa, empresária.
quiser ouvir que sempre pensou no melhor para o filho. “Era uma questão de consciência. Se no parto normal humanizado quem decide a hora de nascer é o bebê, a cesárea é um sofrimento para ele. E eu pensava: por que eu não posso sofrer um pouco e o meu filho pode?”, questiona a empresária, que embora tenha convivido com as dores durante o parto que durou cerca de oito horas, só guardou a alegria que sentiu ao pegar nos braços o pequeno Pedro de Sousa Maia. Apesar de o instinto ter ajudado bastante, Priscilla de Sousa não esquece a ajuda que teve da irmã Rosy, que também optou pelo parto normal nas duas gravidezes e foi uma conselheira em tempo integral; ela lhe deu um livro sobre o parto humanizado, onde tirou todas as dúvidas e aprendeu a amar muito mais o filho. A empresária escolheu e decidiu todos os detalhes sobre o parto. Até a intensidade da luz da suíte do hospital particular onde o bebê nasceu foi determinada por ela. “Pedi uma luz bem fraquinha para que ele não tivesse um choque quando nascesse. Tanto que nasceu de olho aberto, foi tudo muito calmo. Pedro nasceu como quis”, derrete-se a mãe, que lembra com carinho do papel da “doula” – mulher que acompanha a mãe algumas horas antes do parto e a auxilia a, por exemplo, amenizar as dores das contrações. Durante os nove meses de gravidez, Priscilla enfrentou uma realida-
de bem diferente do sonho que escolheu para o nascimento do pequeno Pedro. De todos os lados a cesárea era apresentada como a melhor alternativa, a mais rápida e a menos dolorida. Uma realidade nacional, estadual e municipal. Hoje, por exemplo, de acordo com o setor de estatística da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), há um equilíbrio na proporção entre partos normal e cesárea. A diferença está no local onde são realizados. A estimativa é de que nas maternidades públicas, 60% das mães optem pelo parto humanizado. Já nos hospitais privados, mais de 85% dos partos são feitos através de cesáreas. Para Priscilla de Sousa, o que existe atualmente é a banalização da cesárea. “Hoje tem muita mulher que faz a escolha pela data, de acordo com a numerologia. Querem ter o neném com maquiagem. Algumas mães pensam mais nelas do que na saúde do próprio bebê. Quando Pedro nasceu veio direto para o meu colo, ficou deitado comigo por duas horas. Não troco aquela sensação por nada”, revela. Ela faz questão de dizer, no entanto, que não é contra a cesárea para casos específicos, como quando o cordão umbilical enrola no pescoço do bebê e a cesárea é a única solução. Mas defende a regra do nascimento natural e humanizado. “A cesárea é um recurso, mas não é natural. O melhor é o parto humanizado, não tenho dúvidas”, defende.
NÚMEROS O Brasil não possui números oficiais da importância das doulas durante os partos. No entanto, pesquisas realizadas no exterior apontam vantagens na presença dessas profissionais. Confira: DIMINUI EM 50% As taxas de cesárea; DIMINUI EM 20% A duração do trabalho de parto; DIMINUI EM 60% Os pedidos de anestesia; DIMINUI EM 40% O uso da oxitocina; DIMINUI EM 40% O uso de fórceps.
Priscilla em trabalho de parto
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Praticidade e comodismo favorecem a cesárea
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A diretora geral da Maternidade Leide Moraes, Edilza Pinheiro Araújo, não acredita em ‘máfia das cesáreas’ para explicar o maior número de partos em que a mulher escolhe o momento do nascimento do bebê. Mas acredita que, por ser mais rápido que o parto normal, boa parte dos médicos opta pelo comodismo da hora marcada. Isso porque, em média, um parto normal dura entre 8 e 12 horas contra apenas 40 minutos da cesárea. Outro fator fundamental apontado por ela ainda é o cultural. O medo da dor, segundo a diretora, continua afastando as futuras mães da possibilidade de dar à luz como reza a natureza. “Existem muitas coisas envolvidas. A praticidade do médico é uma delas. Tem mulher que ainda escolhe pensando no mais fácil, na hora marcada. Muitas marcam a cesárea na sextafeira para receber alta e ir para casa no domingo”, disse. A obstetra reforça, no entanto, a importância do parto normal humanizado para a própria formação do bebê. Na Maternidade Leide Moraes, conta, a equipe médica disponibiliza as melhores condições para as mães, mas faz um esforço mínimo no momento do nascimento. “Quem decide a hora de nascer, no parto humanizado, é o bebê. E as consequências disso são inúmeras. Só o fato do bebê não sofrer as consequências de uma anestesia é importante. Outro ponto: no parto normal, a criança nasce e vai para o colo da mãe em seguida, o que favorece o vínculo entre mãe e filho. Nas cesáreas, o risco de infecção também é maior”, analisa.
“Quem decide a hora de nascer, no parto humanizado, é o bebê” Dra. Edilza Araújo, diretora geral da Maternidade Leide Moraes
UMA MÃE PARA AS MAMÃES Na correria dos hospitais e da quantidade de partos realizados, uma figura se destaca por garantir tranquilidade às futuras mães antes, durante e depois do nascimento do bebê. A doula tem a função de acompanhar a mulher que terá o bebê durante todo o processo do parto. O nome vem do grego e significa “mulher que serve”. Na prática, a doula orienta o casal sobre o que esperar do parto e do pós-parto, além de explicar os procedimentos comuns da hora “H” e amenizar a frieza da equipe médica no momento mais importante da vida de uma mulher. DURANTE As doulas são mulheres treinadas que moram em comunidades próximas às maternidades e se apresentam nos hospitais, voluntariamente, com o intuito de ajudar. Não recebem salário. Hoje, esse tipo de doula não existe em Natal. Como as maternidades locais não possuem cursos abertos à comunidade externa, na maioria dos casos um parente ou acompanhante da futura mãe acaba fazendo o serviço. É o que acontece na Maternidade Leide Moraes e no Hospital da Mulher, Zona Norte de Natal. A diretora geral, Edilza Pinheiro Araújo, conta que os profissionais da unidade são treinados com as técnicas da doulagem e prevê que ainda no segundo semestre deste ano a maternidade abra os cursos para voluntárias de bairros próximos. “Muita gente vem aqui se colocar à disposição para ajudar. Ainda não temos condição de abrir para pessoas de fora por falta de estrutura, mas no segundo semestre isso deve aconter. A doula é uma figura fundamental no processo de parto normal porque, entre outras coisas, pode diminuir em até 20% a duração do parto e reduz em 50% o número de cesarianas”. DEPOIS Após o parto, a doula ainda visita a nova família, oferece apoio para o período de pós-parto, especialmente em relação à amamentação e cuidados com o bebê. É importante ressaltar também que a doula não substitui o pai no processo, presença fundamental ao lado da mulher no parto. Outro ponto que está fora do alcance da doula é a execução de qualquer procedimento médico, como cuidar da saúde do bebê.
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maturidade Trilha da Mata Estrela, em Baía Formosa
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Guardiões da Natureza
Envelhecer com atividade e qualidade já sabemos que é muito bom. Agora, continuar trilhando um incansável caminho pelo bem do planeta e da natureza, é de aplaudir. De pé! Por Adriana Keller
Guia de trilhas em Baía Formosa
Proteger e preservar já virou cantiga de roda nos nossos dias. Essa consciência está cada vez mais patente na cabeça dos jovens, mas o grande exemplo vem de cima, dos “jovens” mais velhos. Amantes da natureza, que se sentem bem e felizes inseridos nela e, ao mesmo tempo, cuidando dela; verdadeiros guardiões como a professora de Educação Física Vânia Maia e o guia turístico Francisco Cardoso de Oliveira, mais conhecido como Seu Tico. Vânia guia trilhas que passam pelo único parque de Mata Atlântica sob dunas, salpicado de lagoas, uma delas, a conhecida lagoa da Coca-Cola, com a cor da água que justifica o nome. Um passeio maravilhoso. Seu Tico, incansável, guia trilhas mais ousadas que contam com um parque ro-
choso na zona rural de Araruna, divisa natural do Estado com a Paraíba, o Parque Estadual da Pedra da Boca. No começo dos anos 80 no Recife, Vânia fundou junto com outras mulheres uma ONG chamada SOS Corpo - Grupo de Saúde da Mulher; já na década de 90, o nome sofreu uma alteração para SOS Corpo - Gênero e Cidadania, e depois, adotou-se o nome pelo qual é conhecida hoje, SOS Corpo - Instituto Feminista para a Democracia. “Não estava mais satisfeita com meu trabalho, nem com a minha vida. Acredito em mudanças através da transformação individual e espiritual no cotidiano. Não acreditava mais na possibilidade de qualidade de vida em uma grande cidade, nem pra mim e muito menos para o meu filho,
“Não acreditava mais na possibilidade de qualidade de vida em uma grande cidade, nem pra mim e muito menos para o meu filho” Vânia Maia, professora de Educação Física Seu Tico, 53, guia de trilha do Parque Estadual da Pedra da Boca
que estava chegando na idade de mais espaço. A necessidade de liberdade para os dois tornou-se evidente“, explica Vânia. Ela conta que já existia dentro dela o desejo de encontrar o lugar ideal para viver e a forte condição era que fosse junto da natureza. “Aconteceu, ao mesmo tempo, uma exaustão e descrença de tudo, o retorno da importância e vivência da espiritualidade e, por fim, o encontrar o lugar dos meus sonhos, da minha vida. Foi um movimento espiritual que se eu tivesse que pensar e planejar a mudança, não teria acontecido”, lembra. Assim, Vânia largou uma vida para iniciar outra, no Rio Grande do Norte. Atualmente ela tem um “pouso” onde aluga suítes e é guia de trilhas na região de Baía Formosa. “Me sinto uma catalisadora na integração gente e natureza, para pessoas que buscam novos caminhos, o que para mim, é tudo a mesma coisa, nós é que nos desagregamos e por isso, estamos fazendo tanto mal a nós mesmos e ao planeta. Para mim, a natureza é a volta pra casa, para Deus, penso que não preciso falar mais nada”, explica Vânia.
A Pedra da Boca e Seu Tico Se você ainda não conhece a região, não perca mais tempo. Imagine uma reserva de 156 hectares que possui um belíssimo patrimônio geológico, repleta de cavernas, rochas com agarras naturais e as mais diferentes formações rochosas, ideais para a prática de esportes de aventura. Essa beleza que você imaginou é a área de lazer da casa do Seu Tico,
ou melhor, o seu quintal. “Oi pessoal, meu nome é Tico, sou guia turístico, nascido e criado aqui e vou levar vocês para conhecerem algumas das trilhas do Parque Estadual da Pedra da Boca...” assim, um senhor muito simpático e cheio de energia inicia mais uma caminhada mata adentro com uma porção de curiosos e aventureiros trilheiros.
Algumas instruções antes de começar uma das trilhas do Parque
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Vista do quintal de Seu Tico. Área em que os visitantes acampam.
Seu Tico, com seus 53 anos, mexese como um menino, sobe e desce pedra, escala com cordas e ainda carrega alguns medrosos nas costas quando o desafio fica grande. “Desde menino vivo nesse mato, antigamente passava noites por aqui, com o meu pai, caçando. Essa é a minha vida, há 12 anos sou guia turístico no Parque”. Durante as trilhas, ele explica mi-
“Desde menino vivo nesse mato, antigamente passava noites por aqui, com o meu pai, caçando” Seu Tico, guia turístico
nuciosamente as espécies vegetais, mostra plantas medicinais, tipos de árvores e frutos. Caso alguém se arranhe, se machuque ou mesmo se queime com urtiga, imediatamente o remédio aparece da mata: Seu Tico seleciona a planta indicada, preparaa e aplica na região. “No mato não se grita, não se fala muito alto, estamos penetrando numa região que não é o
nosso habitat e sim dos bichos e animais, é preciso respeitá-los”, ensina. Ali mesmo, na casa onde mora Seu Tico com a esposa Dona Nazaré e filhos, a família oferece refeições e área de camping para quem quiser ficar. “Fazemos de tudo para receber bem as pessoas que vêm visitar o Parque, é claro que também cuidamos, afinal essa é a nossa casa”, conclui Seu Tico.
DICAS DE MODA
Que Gafes! “Me inclua” fora dessa! É sempre sem querer, ninguém comete gafes de propósito. Ela sempre acontece em festas, reuniões de negócios, primeiros encontros amorosos, viagens, enfim... Conheça algumas dicas e fuja delas!
Acerte no traje
Masculino - Calça, camisa e blazer - Calçado Dock sider ou mocassin;
Masculino - Calça e casaco diferentes (blazer), com gravata.
Feminino - Sapatos baixos, saia e blusa - Calças compridas ou vestidos;
Feminino - Pantalonas, túnicas, vestidos simples, terninhos, sapatos de salto de médio para alto e bolsas mais discretas.
TRAJE PASSEIO COMPLETO OU SOCIAL Esse traje exige formalidade completa e é muito solicitado para jantares e eventos de porte maior.
TRAJE BLACK TIE (OU GALA OU TENUE DE SOIRÉE OU AINDA HABILLÉE) É o traje das grandes festas, das noites de gala.
Masculino - Terno escuro, gravata, camisa social (branca ou azul muito claro), sapato preto;
Masculino - Smoking
Feminino - Conjuntos ou tailleurs, vestidos mais longos, saltos altos e bolsa pequena;
Feminino - Vestidos longos e sofisticados em tecidos preciosos. (tecidos finos, como seda, blá,blá,blá...)
NUNCA FAÇA: Chegar meia hora antes do horário marcado para parecer “pontual” ou uma hora depois para parecer “casual”. Apresentar a mulher como “minha patroa”. Fazer críticas profundas a filmes que ainda não assistiu. Contar histórias intermináveis em reuniões sociais e exigir a atenção de todos.
Fonte: Glória Kalil, Oficina do Moda.
TRAJE ESPORTE É o mais simples e informal, porém não deve ser confundido com roupa de esporte, ou seja, não vale tênis, jeans rasgados ou desbotados, moletom ou bermuda.
TRAJE PASSEIO (ALTO ESPORTE OU TENUE DE VILLE) Caracteriza-se por ser um pouco mais formal, geralmente requisitado para eventos como almoços de negócios, eventos culturais, coquetéis.
“RSVP não significa ‘responder só vai piorar’, e sim Repondez S’il Vous Plaît, ou seja, responda, por favor, e deve ser contestada até 48 horas antes do evento”.
NUNCA PERGUNTE: Quantos anos você tem? Qual é mesmo o seu nome? Alguém vai querer este último pedaço? Esse é o seu pai? Esse é o seu marido? Você ainda está solteiro? Você está grávida? NUNCA FALE: Se não tiver DIET eu não quero NADA! Desculpe qualquer coisa! Não foi bem isso que eu quis dizer! Vou fazer só um xixizinho e já volto!
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meio ambiente 40
Por Kennya Amorim
O meio ambiente pede ajuda... Muitas empresas brasileiras já escutaram e mudaram seus hábitos; no Rio Grande do Norte também temos alguns exemplos. E você, está fazendo a sua parte?
Estamos vivendo um período de transição histórica, no qual a consciência dos conflitos entre atividades e meio ambiente está literalmente explodindo. Jamais tivemos tanto acesso ao conhecimento, tecnologia e recursos. O tempo e as oportunidades vieram romper com as tendências negativas do passado. Uma sociedade sustentável é aquela que não coloca em risco o ar, a água, a terra, a vida vegetal e animal dos quais o nosso bem-estar depende. Para isso, é necessário estabelecer os princípios da vida sustentável, como: respeitar e cuidar da comunidade; dos seres vivos; melhorar a qualidade de vida; conservar a vitalidade e a diversidade do planeta; permanecer nos limites da capacidade de suporte do planeta; modificar atitudes e práticas pessoais; permitir que as comunidades cuidem de seu próprio meio ambiente; criar uma estrutura nacional para integração de desenvolvimento e conservação; construir uma aliança global. Uma economia sustentável, por sua vez, é o produto do desenvolvimento sustentável, ela conserva sua
fonte de recursos naturais, mas consegue se desenvolver pela adaptação e pelo aprimoramento no conhecimento, na organização, na eficácia e, não menos importante, na sabedoria. Essa consciência teve o grupo Walmart Brasil que, desde 2005, assumiu o compromisso de adotar a sustentabilidade como um dos pilares do seu negócio em todo o mundo. Um dos objetivos do programa é a diminuição dos resíduos sólidos gerados pelas lojas, Centrais de Distribuição e escritórios da empresa. Em dezembro de 2008, eles lançaram, no Recife e em Salvador, o programa Cliente Consciente Merece Crédito. “Uma iniciativa pioneira da rede, que concede aos clientes R$ 0,03 de descontos por cada sacola plástica não utilizada. O programa deu tão certo, que em três meses de implantação, mais de R$ 35 mil de descontos foram concedidos. Em março de 2009, o projeto chegou às demais lojas da rede no Nordeste (duas lojas Bompreço e três Hiper Bompreço do RN), e em maio do mesmo ano, às lojas do Sul. Hoje, o valor dos descontos concedidos nas lojas em todas
“O desafio é melhorar ainda mais essa nossa atenção com os recursos naturais do planeta” Laranja: compromisso desde 2005
Eduardo Laranja, vice-presidente do supermercado Walmart Brasil
as unidades do país onde o programa funciona, passa de R$ 500 mil e o número de sacolas a menos no meio ambiente de 16 milhões”, afirma Eduardo Laranja, vice-presidente do Supermercado do Walmart Brasil. O valor do crédito é calculado de forma automática nos caixas das lojas. Cada sacola plástica não utilizada ou cinco itens adquiridos (quantidade média de produtos embalados em uma sacola) equivale a R$ 0,03 de desconto (valor que corresponde ao custo unitário de cada sacola). Ainda que leve para casa menos de cinco itens, o cliente recebe o desconto. Para ganhar o crédito, o consumidor pode trazer de casa e utilizar qualquer tipo de sacola retornável (tecido, lona, papelão ou plástico durável), caixa de papelão ou carrinho de feira. Caso não tenha nenhum desses produtos, o cliente poderá adquirir sacolas retornáveis nas lojas do Bompreço. Feitas em algodão cru, elas suportam até 35 quilos e custam R$ 2,50. Até agora, já estão em circulação mais de 2 milhões de sacolas retornáveis. “Os números provam que o consumidor é consciente e precisa apenas de um incentivo para se engajar na causa do meio ambiente. O nosso programa visa dar um passo além da conscientização, buscando acelerar essa mudança de hábito pela adoção de sacolas ou carrinhos retornáveis”, diz a diretora de Sustentabilidade do Walmart Brasil, Christiane Urioste. “O desafio é melhorar nossa atenção com os recursos naturais do planeta. Até 2013, vamos reduzir embalagens de produtos em 5% e diminuir o fosfato de detergentes em até 70%. Em 2012, pretendemos oferecer produtos para lavanderia no mínimo duas vezes mais concentrados, para reduzir o desperdício”, finaliza Laranja.
Equipe da TV Ponta Negra. Ao centro, Andréa Rocha, gerente de marketing da emissora
TV Ponta Negra e o projeto Ecoar Afiliada SBT nacional, a TV Ponta Negra é outro exemplo a ser seguido. Há um ano lançou o projeto ECOAR, um movimento de conscientização através da educação permanente e continuada dos seus colaboradores, que pretende provar que, juntos, suas escolhas podem construir um mundo social e ambientalmente melhor. “Fizemos um trabalho árduo nesse primeiro ano do projeto ECOAR. Iniciamos um movimento de cultura de sustentabilidade no ambiente interno da empresa, por meio de assimilação dos conceitos e práticas do consu-
A caneca, um dos produtos do projeto ECOAR
mo consciente e assim pretendemos expandi-la para a sociedade de forma educativa. Queremos implantar a conscientização de todos em relação à sustentabilidade e consumo consciente, responsabilidade social empresarial e cadeia produtiva, energia, água, além de minimização de resíduos”, afirmou Andréa Rocha, gerente de marketing da emissora. Na TV, uma simples atitude faz a diferença. Painéis foram anexados ao mural com informações sobre o tema; a coleta seletiva foi instalada; cada colaborador foi presenteado com um
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SAIBA MAIS
Mural informativo com dicas sobre ecologia e meio ambiente
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kit, contendo uma caneca, dispensando o copo descartável, sacolinha de lixo para o carro e uma caneta feita de material reciclável; o papel reciclado é o carro-chefe da casa. Além de várias atividades que movimentaram a empresa e criaram novos hábitos com todos da equipe. “Tudo isso, para despertar a consciência, provocar reflexão e, principalmente, além da responsabilidade ambiental, o consumo responsável”, conclui. Disso tudo podemos extrair uma lição: é preciso estar atento às ações que podem afetar o meio ambiente, estudar cuidadosamente os efeitos dessas ações e aprender rapidamente com os erros. Para diminuir o sofrimento e o risco de crises ambientais, o desenvolvimento deve tomar outro rumo. As pessoas e a sociedade podem progredir estando atentas aos cuidados com a Terra.
“Queremos implantar a conscientização de todos em relação à sustentabilidade e consumo consciente” Andréa Rocha, gerente de marketing da TV Ponta Negra
Embalagem do kit ecológico
Tente seguir algumas dessas ecodicas: • Não compre animais silvestres, peles ou quaisquer produtos extraídos de animais em perigo de extinção. • Utilize garrafas retornáveis; pois ela é reutilizada em média 30 vezes. • A energia economizada com a reciclagem de uma única lata de alumínio é o suficiente para manter ligado um aparelho de TV durante 3 horas. • Prefira detergentes biodegradáveis, que se decompõem e agridem menos o meio ambiente. • Na cozinha, use panos em vez de toalhas de papel, depois e só lavá-los e reutilizá-los. • Procure se desfazer de maneira racional dos restos de tinta. Venda-os ou doe a alguém. Nunca jogue na terra, pois contaminam o subsolo. • Pouca gente sabe que a correta calibragem dos pneus tem influência sobre o meio ambiente, pois economiza o combustível do automóvel. • Cuidado com as geladeiras velhas, pois o gás CFC usado no sistema de refrigeração pode vazar, ameaçando a camada de ozônio que cobre o planeta. • Preste atenção na sua maneira de cozinhar. Tipo de panela e maneira como se cozinha os alimentos. Use fogo baixo. • Não desperdice água ao deixar a torneira aberta enquanto escova os dentes, faz a barba ou lava a louça. • Pense bem antes de comprar um ar-condicionado, pois estará contribuindo para o aumento de CFC na atmosfera e com o crescimento do buraco na camada de ozônio. • O Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos. O número de intoxicações aumenta a cada ano. Para reverter esse quadro, reduza ou evite o consumo. • Separe o seu próprio lixo orgânico, varra o seu quintal e empilhe as folhas e restos de grama em um canto do jardim, onde irão se decompor, formando um excelente adubo. • Vamos seguir o exemplo de Curitiba, que recicla 22% do seu lixo e poupa 1200 árvores por dia, reutilizando o papel. • Não faça queimadas de folhas e restos de grama, muito menos em lavouras, pois isso libera fumaça tóxica e aumenta o efeito estufa.