Revista Point da Neve Temporada 2018/2019

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TEMPORADA 2018/2019

GAROTA DA NEVE Raquel Iendrick, snowboarder e apresentadora do canal OFF, conta como a neve mudou sua vida

PATAGÔNIA SUL

GRAND MASSIF

JACKSON HOLE

Das geleiras de El Calafate aos lagos de Ushuaia, a história de uma rara região

O Mont Blanc dá as boas-vindas no novo village do Club Med

Rocky Mountains, neve e faroeste: o Wyoming que você nunca viu

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SUMÁRIO

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© Arquivo Cervejaria Patagônia

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NA BAGAGEM Dicas para viajar com estilo

SABOR O turismo cervejeiro impulsiona o crescimento de Bariloche

LAS LEÑAS Baladas e esportes de neve no coração dos Andes argentinos

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NO POINT Conheça as agências do Point da Neve em Florianópolis e Recife

TRES VALLES A versão latina dos vales saboianos nas cercanias de Santiago

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PATAGÔNIA SUL A história, as belezas e as atrações da região mais austral do planeta

CORRALCO E CHILLÁN Esqui, paz e exclusividade no sul do Chile

12 CONCIERGE Cuidados com a saúde e o bem-estar nas montanhas nevadas

16 ENTREVISTA Raquel Iendrick, bicampeã brasileira de snowboard e apresentadora de TV, fala sobre sua trajetória e os esportes de neve no Brasil

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© Arquivo Jackson Hole

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COMPORTAMENTO Custo-benefício dos destinos de neve leva brasileiros a mudarem hábitos de verão

WHISTLER Neve e hospitalidade no padrão canadense

NA LENTE Fatos e imagens de quem foi, viu e gostou

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GRAND MASSIF O mais novo village do Club Med ao pé do Mont Blanc

MEMÓRIA "Neve & amor de verdade", por Beto Valle

52 JACKSON HOLE O mais inusitado roteiro de neve dos Estados Unidos

56 PARK CITY Uma estação de esqui repleta de superlativos

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FOTO DE CAPA: Miguel Arenas

PRAGELATO No coração da Via Lattea, o Club Med e um centro de esqui formam o casamento perfeito

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EXPEDIENTE

Conselho editorial: Beto Valle, Cristiano Reis Simões e Sandro Sclovsky Saltz Criação e execução: Voxx Press Comunicações Ltda. (www.voxpress.com.br) Jornalista responsável: Rita D’Cunha Pinto (Reg. Prof. 7394) Projeto editorial e edição: Rita D’Cunha Pinto Redação, entrevistas e pesquisa: Vinícius Fernandes e Rita D’Cunha Pinto Revisão: Percival de Carvalho Projeto gráfico: Filipe Borin Editoração: Filipe Borin Fotógrafos colaboradores: Ademar Filho, Cristian Jung, Evandro Rocha, Miguel Arenas, Rafael Peters e Ricardo Lage Impressão: Cromo Gráfica e Editora Ltda. Tratamento de imagem: Filipe Borin Periodicidade: Anual Tiragem: 3.000 exemplares

A Revista Point da Neve é uma publicação do Point da Neve Viagens e Turismo Ltda., dirigida a clientes e demais públicos de relacionamento do Point da Neve. Os destinos apresentados integram o portifólio 2018/2019. Entre em contato pelo fone +55 51 2108.7171 ou pelo site www.neve.com.br. Av. Coronel Lucas de Oliveira, 505/910 – CEP 90440-011 – Bairro Mont’Serrat – Porto Alegre – RS. O Point da Neve é titular dos direitos autorais sobre o conteúdo de toda a Revista Point da Neve e se reserva todos os seus direitos. Nenhum conteúdo aqui publicado, como material protegido por direitos autorais, marcas, logotipos e demais informações sobre as quais incidam direitos de propriedade intelectual, incluindo mas não se limitando a textos, fotografias, ilustrações e todo o conteúdo da Revista Point

da Neve, poderá ser reproduzido, alterado, modificado como uma obra derivada, redistribuído, transmitido ou usado para fins comerciais, no todo ou em parte, em qualquer forma, idioma ou qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer sistema para guardar ou recuperar informações, sem expressa autorização prévia, por escrito, do Point da Neve. Qualquer uso não apropriado do conteúdo da Revista Point da Neve é estritamente proibido e pode violar a legislação de propriedade intelectual.

Leia. Acesse. Baixe. www.neve.com.br

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© Ricardo Lage

WELCOME

NOSSA COMUNIDADE

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ostumamos dizer que o POINT DA NEVE não é uma agência de turismo. É uma comunidade que congrega gente bacana, que curte esquiar e praticar snowboard, que adora aventura e natureza e que valoriza cada minuto na companhia da família e dos amigos. Os profissionais que selecionamos para fazer parte do nosso time são assim, porque nosso cliente tem esse perfil e nada melhor do que alguém que entenda nossas necessidades e desejos para oferecer a dica e o pacote que mais combinam com a gente. As pessoas que fazem parte da comunidade POINT DA NEVE são curiosas, prezam relacionamentos de qualidade, buscam autonomia para suas escolhas, sabem identificar o real valor das coisas e vão atrás de experiências que as mantenham inspiradas e motivadas. É uma galera especial, porque viajar e conhecer novas culturas, ao mesmo tempo que se pratica esporte na companhia daque-

les de quem a gente mais gosta, nos permite ver o mundo com outros olhos. Olhos mais vivos, mentes mais abertas e corações mais acolhedores. É para essa comunidade que fomos atrás de um conteúdo exclusivo, apresentado agora nesta edição da REVISTA POINT DA NEVE. Nas páginas a seguir você vai encontrar entrevistas, comportamento, dicas e reportagens com gente bonita e interessante, como a Raquel Iendrick, embaixatriz da neve no Brasil e capa da nossa edição. Voilà!

Beto Valle • betovalle@pointdaneve.com.br Cristiano Reis Simões • cris@pointdaneve.com.br Sandro Sclovsky Saltz • sandro@pointdaneve.com.br

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NA BAGAGEM

Dicas para viajar com estilo

Visão extra O Uvex HLMT 500 Visor é um capacete que alia tecnologia a design. Fácil de abrir e fechar, proporciona ângulo de visão extra, sendo ideal para quem curte manobras em fora-de-pista. Ajustável a qualquer formato de cabeça, esse capacete com goggles oferece visão antiembaçante. Para quem tem necessidade de óculos de grau, o Uvex HLMT 500 Visor é imprescindível. uvex-sports.com

Instrutor digital

Dois em um A UAG (Urban Armour Gear) lançou um protetor de celular para quem é ligado em design e aventura, mas principalmente para aqueles que praticam esportes de neve. Além de súper resistente, o Trooper Series vem com espaço para guardar passes para a montanha e cartão de crédito. Compatível com iPhone 8, 7, 6S e 6, tem fácil acesso ao touchscreen. O Trooper Series é um acessório dois em um cheio de estilo.

Fazer aulas de esqui é um barato, mas nem sempre se pode ter instrutores à disposição. O Carv é um aplicativo de última geração que ajuda a desenvolver as técnicas do esporte através de instruções em áudio e em tempo real. Por meio de um dispositivo que funciona com bluetooth conectado ao celular e que se ajusta a qualquer tipo de bota, o Carv atende tanto esquiadores amadores quanto profissionais. Sensível à pressão e ao movimento, o dispositivo analisa manobras, oferecendo dicas personalizadas e detalhadas. getcarv.com

urbanarmorgear.com

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Térmica e recarregável A norte-americana K2, fabricante de equipamentos e acessórios esportivos, apresenta o K2 Spyne 120 Heat Heat, botas de esqui térmicas e recarregáveis com USB. O lançamento assegura potência no desempenho mesmo nas mais variadas condições de pista. A tecnologia de fabricação otimiza o uso de matérias-primas e utiliza espuma moldável especial. evo.com

Imagens estáveis O Karma Grip é um estabilizador que garante imagens estáveis e impressionantemente suaves, seja qual for o movimento e o tipo de atividade a ser executado. Fabricado pela GoPro, o equipamento funciona como uma extensão da câmera. O Karma Grip possibilita destacar as melhores tomadas e alterar os modos de gravação. Com bateria autônoma de duas horas, pode ser acoplado ao capacete, à bicicleta, ao carro ou ainda ao kit que o acompanha. shop.gopro.com

Alto e bom som O Mini Blaster, novidade da Nixon, é um alto-falante à prova d'água, areia e choque. Com design incrível e bateria de até oito horas, apresenta tecnologia bluetooth que permite escutar música e fazer chamadas sem a necessidade de internet. Seu formato compacto amplifica o som em altíssima qualidade. nixon.com

Cuidados botânicos Cuidar da pele é sempre importante, principalmente quando as condições climáticas são adversas. A ação conjunta do frio e do sol pode causar queimaduras e manchas irreversíveis. A linha de cuidados faciais da Aesop alia ingredientes botânicos e alta tecnologia. O Camellia Nut Facial Hydrating Cream 120 ml dá alívio imediato a peles ressecadas por efeito da sua fórmula contendo aloe vera, macadâmia, coco, cacau e glicerina. aesop.com

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CONCIERGE

Esclareça dúvidas com o Point da Neve

CURTA A NEVE COM SAÚDE Chegar à montanha, pegar um resfriado e se lesionar é um verdadeiro fim de festa. Desfrutar a neve requer cuidados que só quem entende do assunto sabe. Acompanhe as dicas que farão você aprovetar sua viagem sem efeitos colaterais.

PREPARAÇÃO FÍSICA Uma viagem para um resort de neve tem tudo para ser um sonho: diversão esportiva de sua preferência, clima de descontração, pessoas bacanas, lojas e restaurantes cheios de estilo. Ocorre que tudo isso é vivenciado em baixa temperatura e altitude que, em geral, ultrapassa a casa dos 2.000 metros. Imergir nesse ambiente é uma curtição, mas

requer cuidados. Iniciar um condicionamento físico prévio é uma boa maneira de planejar sua trip. “O esqui e o snowboard são esportes com características muito particulares. Sendo você sedentário ou não, o ideal é começar a trabalhar grupos musculares de 8 a 12 semanas antes de esquiar”, recomenda José Antônio Aranha, educador físico de

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Porto Alegre (RS). Isso equivale a dizer que você não precisa ser um expert para se aventurar nos esportes de neve, mas vai aproveitar muito mais se estiver bem condicionado. O esqui e o snowboard trabalham especialmente os membros inferiores – quadril, coxas, pernas e pés – em movimentos que envolvem potência, equilíbrio e velocidade. Aquela

corridinha semanal e a musculação são válidas, mas procure privilegiar exercícios funcionais, que trabalhem o maior número de grupos musculares em uma única série. “Priorize atividades multiarticulares. Enquanto na academia de musculação você trabalha um grupo muscular por vez, na montanha a demanda é por força e movimento”, explica Aranha.

SÉRIES DE EXERCÍCIOS

José Antônio Aranha, educador físico 1

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AGACHAMENTO OU SQUAT

PASSADA

O movimento consiste em agachar com os pés afastados à largura dos ombros, mantendo os braços estendidos à frente do corpo.

A passada ou afundo consiste em dar um passo à frente, descer o quadril devagarinho, subir e voltar à posição inicial. Durante a série ponha as mãos na cintura ou atrás da cabeça, ou então, se quiser um desafio maior, segure halteres.

SALTO NA CAIXA Este exercício trabalha potência muscular, queima de calorias e condicionamento cardiorrespiratório. Importante: a queda na caixa tem de ser feita com os dois pés simultaneamente.

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CONCIERGE

FRIO QUEIMA

CUIDE AS EXTREMIDADES

Quem acompanhou as últimas Olimpíadas de Inverno terá reparado nos competidores com o rosto besuntado de protetor solar. Acredite: não é capricho de atleta. "As pessoas pensam que o impacto do frio sobre a pele não é grande, mas só pela altitude elevada os danos da irradiação solar aumentam 20%. Somado a isso, a neve tem o poder de refletir os raios UV em grau ainda maior se comparada à areia”, explica Raquel Bonfá, dermatologista de Porto Alegre (RS). Outro cuidado é com o ressecamento da pele. Mesmo antes de viajar, habitue-se ao uso de hidratante. “Como os homens não têm esse costume, procuro estimular. Oriento aplicar o produto nas extremidades e nos braços após o banho. E, se a cútis for seca, vale sobrepor hidratantes”, recomenda Raquel.

As extremidades do corpo são as mais acometidas pela mudança brusca de temperatura. Enfrentar o frio não será incômodo se suas mãos, pés e cabeça estiverem aquecidos. Pele esbranquiçada e formigamento são sinais de que você está mal agasalhado. Nesses casos, o ideal é reaquecer o corpo sem atritá-lo. “Se perceber sensação de dormência no corpo, não atrite a pele para se aquecer, pois ela já fica frágil com o frio e o atrito pode ocasionar erosão ou úlcera. Leve na mala uma bolsa de calor, lembrando-se de usar uma toalha ou outro tecido para evitar o contato direto, que pode provocar queimaduras”, orienta a dermatologista. Raquel Bonfá, dermatologista

NA NÉCESSAIRE PROTETOR LABIAL

SABONETE SUAVE

Os lábios são muito sensíveis a temperaturas extremas e à baixa umidade do ar. Por isso, o protetor labial precisa ser um companheiro inseparável durante toda a viagem.

No dia-a-dia, os sabonetes adstringentes são mais usados. Como podem provocar o ressecamento da pele, troque-os por versões mais suaves para a sua snow trip.

FILTRO SOLAR FÍSICO O protetor solar químico é o mais conhecido. Ele é bom, porém não estável, exigindo nova aplicação a cada duas horas. Já os protetores físicos ou inorgânicos são compostos por minerais e sua formulação mais resistente não se funde na pele.

COSMÉTICOS Muitas mulheres usam ácidos rejuvenescedores ou clareadores. Esse tipo de produto pode causar irritação quando a pele é exposta a um clima seco. O ideal é consultar o dermatologista a respeito antes de viajar.

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Renata Schwartz, nutricionista

AJUSTE NUTRICIONAL Quem fica uma ou mais semanas exposto ao clima frio e seco e praticando atividade física deve fazer um planejamento alimentar prévio. Isso porque as baixas temperaturas tornam os exercícios ainda mais desgastantes. Essa demanda faz com que a nutrição tenha um papel fundamental em atenuar o desgaste físico e acelerar a recuperação muscular. Não é mito: o frio exige consumir alimentos de maior densidade calórica, tais como frutas secas, castanhas, proteínas e geleias, bem como repositores hidroeletrolíticos e bebidas esportivas ricas em carboidratos. “A preparação para esportes no frio pede um ajuste nutricional adequado, pois o ambiente externo exige muito do organismo por conta da adaptação ao clima e à altitude. O gasto energético de quem pratica atividade física na neve é considerável, chegando ao consumo calórico de até 6.000 kcal por dia, no caso de atletas”, explica a nutricionista porto-alegrense Renata Schwartz, especialista em nutrição esportiva e mestre em metabolismo e fisiologia. O momento ideal para iniciar a preparação alimentar é uma semana antes de embarcar

para a trip. “O mais importante é consumir carboidratos de três a cinco dias antes do exercício na neve, para que haja estoque suficiente de glicogênio muscular e hepático. Chegar à montanha bem alimentado e hidratado é fundamental. Lembrando que não é qualquer tipo de carboidrato que se deve somar à dieta: frituras, refrigerantes, salgadinhos e doces devem ser evitados para se assegurar uma alimentação saudável”, afirma Renata. Uma dieta correta previne ainda alguns efeitos colaterais da altitude, como náusea, enxaqueca e mal-estar. O ditado “saco vazio não para em pé” ganha outra dimensão a 3.000 m de altitude.

NO CARDÁPIO • Barras energéticas • Barras de proteína • Biscoitos simples • Castanhas, amêndoas e nozes • Chocolates • Comidas liofilizadas

• Frutas desidratadas • Goiabada • Mariolas • Sardinha e atum em lata • Semente de abóbora • Semente de girassol

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ENTREVISTA

RAQUEL EM OFF Raquel Iendrick | Snowboarder e apresentadora de TV

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icampeã brasileira de snowboard, medalhista em torneios sul-americanos e há oito anos apresentadora do OFF, canal esportivo da Globosat, Raquel Iendrick se tornou embaixadora da neve no Brasil. Embora essa carioca tenha crescido na praia, foi na neve que encontrou um sentido maior para sua vida.

© Evandro Rocha

Como e quando se iniciou sua paixão pela neve e pelo snowboard? Eu tinha obsessão por fazer intercâmbio. Logo que concluí o ensino médio, comecei a trabalhar para juntar dinheiro e ir à Nova Zelândia. Meu desejo era pular de paraquedas e saltar de bungee jumping. Neve para mim era coisa de outro planeta. Mas trabalhando na Osklen, marca de roupas e acessórios, comecei a prestar atenção nos vídeos de snowboard exibidos na loja. Quando me dei conta que não teria dinheiro para ir à Nova Zelândia, decidi fazer intercâmbio profissional em uma estação de esqui nos Estados Unidos, não muito famosa e sem brasileiros, para eu treinar inglês e praticar snowboard. Foi aí que, em 2005, fui trabalhar em Kirkwood, centro de esqui em South Lake Tahoe, na Califórnia, como operadora de teleférico. Quando você percebeu que o snowboard seria seu ganha-pão? Fiquei indo e voltando de South Lake Tahoe durante algum tempo. Minha vida se resumia a trabalhar para viajar e continuar praticando snowboard. Como andava com as americanas locais, como a famosa Jamie Anderson, pensava que meu desempenho não era bom

o bastante para me profissionalizar. Mas, ao começar a andar com as brasileiras e a viajar pela América do Sul, me destaquei e fui convidada para entrar no time da Confederação Brasileira. Certo dia, fui chamada para um torneio de snowboard com neve artificial na praia de Botafogo. Uma produtora do canal Multishow me viu e convidou para fazer um teste. De início recusei. Mas estava num momento da vida em que precisava agarrar todas as boas oportunidades. Fui aprovada para apresentar o programa Vai pra Onde? junto com o Bruno de Luca. A partir disso, tudo mudou. Acabei apresentando também o programa Sem Destino, no mesmo canal, durante cinco anos. Como foi sua trajetória até estreiar seu próprio programa no canal OFF? O processo foi lento. Desde a época do Vai pra Onde?, insistia com meus chefes para fazer um programa de snowboard. Naquele tempo, não existia o OFF e me diziam: “Você é louca! Quem vai assistir? Não tem neve no Brasil”. Eu sempre bati na tecla de que o brasileiro curte neve justamente porque aqui não tem neve. Importunei tanto que ganhei um quadro no Batom e Parafina, programa da Claudinha Gonçalves exibido aos domingos. Fomos a Andorra, na Europa, para gravar o piloto para o quadro. Voltamos com quatro episódios de meia hora cada, e assim nasceu o Snow Camp, que pouco depois estreou no recém-lançado canal OFF. Como foi para a atleta o contato com câmera, luz, maquiagem e todo o universo que envolve a produção televisiva? Foi tranquilo, porque não tem luz artificial

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ENTREVISTA

E qual foi a entrevista mais memorável? Foi com Nicolas Müller, snowboarder suíço. Estava indo para a Europa e pedi a uma amiga austríaca que indicasse pessoas interessantes para entrevistar na Suíça. Ela me apresentou o Nicolas e descobri que ele amava o Brasil. Amava tanto que nos recebeu em sua casa e ofereceu um jantar típico. Então veja só: eu estava na casa do meu ídolo, jantando com ele e mais outras pessoas megaimportantes do universo snow. No dia seguinte, Nicolas e eu praticamos snowboard juntos e ele me mostrou alguns dos seus secret spots na comuna de Laax.

nem maquiagem e tampouco estúdio. Tanto o Snow Camp como o Melhores Resorts de Inverno são programas que retratam a vida real, e na montanha estou sempre em minha zona de conforto. No Chile, inclusive, participei do campeonato brasileiro enquanto gravava. De todos os episódios que você apresentou, qual foi o mais marcante? Foi o do Japão, por ser um sonho antigo,

© Evandro Rocha

desde a época dos intercâmbios. Eu queria ir para o Japão e, na primeira vez que disse isso à produção do programa, me chamaram de doida. Levei dois anos para convencer meu chefe, e até hoje ele diz que foi nossa melhor temporada.

Nos Jogos Olímpicos de Inverno deste ano o Brasil mais uma vez ficou sem medalha. Aqui os esportes de neve recebem pouco investimento ou esbarram nas condições climáticas? A Confederação Brasileira de Desportos na Neve faz um bom trabalho, mas a dificuldade de captar verba para um esporte pouco popular é enorme. Há esportes de maior visibilidade que sofrem para conseguir patrocínio. Ironicamente, os atletas que melhor representam o Brasil não são brasileiros. Cresceram em outras terras, com mãe ou pai brasileiro, e pegaram a nacionalidade, pois não teriam chances de se classificar pelo país onde vivem. Já competi com uma norte-americana que representava o Brasil

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"Nunca imaginei que minha maior paixão estaria na neve e que minha carreira viria dali. Sempre digo às pessoas: experimentem o diferente. Vale a pena!" e não falava uma palavra de português. Faz parte, mas faltam pessoas nascidas e criadas no Brasil. A gente vê uma menina japonesa ganhando provas olímpicas com 15 anos. Eu vi neve pela primeira vez aos 20, quando trabalhava operando teleférico. Assim fica realmente difícil competir com elas. Qual é o barato da neve para você? A sensação de deslizar com a prancha nos pés, de escutar o barulho da neve powder montanha abaixo e de escolher aonde ir é indescritível. É diferente do surfe, em que você segue a onda. No topo da montanha, eu tenho um mundo de possibilidades. Eu me encontrei nesse esporte, aprendi muito sobre mim e, quando pratico, estou 100% conectada com o momento presente e com a natureza. Nasci na praia, mas amo a montanha.

O brasileiro está pegando gosto pela neve e trocando destinos tropicais pelas montanhas durante as férias? Sim. Quando mudamos o nome do programa Snow Camp para Melhores Resorts de Inverno, tentamos mostrar isso. É importante englobar a família, pois cada vez mais as pessoas viajam para a neve para vivenciar todas as possibilidades da montanha, que vão além do esporte. Você se sente uma representante dos esportes de neve no Brasil? Acho que estou contribuindo para o crescimento dos esportes de neve entre as mulheres. Recebo muitas mensagens que me emocionam. Nunca imaginei que minha maior paixão estaria na neve e que minha carreira viria dali. Sempre digo às pessoas: experimentem o diferente. Vale a pena!

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SABOR

Pense na gastronomia argentina. Carnes, empanadas, medialunas e um excelente malbec vêm à sua mente? Então é bom rever seu conceito, pois os hermanos entraram de vez na produção cervejeira, tendo Bariloche como importante polo.

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m Bariloche, é comum a temperatura mínima chegar a -1 °C. É justamente esse clima gélido que vem encorajando muitos mestres cervejeiros a migrarem para a Patagônia, região que hoje acolhe cervejarias tradicionais e pequenas produções familiares. Entre os muitos rótulos está a popular Berlina. “O ambiente natural onde se fabrica a Berlina é perfeito. A fábrica fica ao pé da Cordilheira dos Andes, o que significa dizer que a água é de excelente qualidade”, explica Bruno Ferrari, mestre cervejeiro da marca. Atualmente, Bariloche conta com mais de 40 cervejarias. E não pense que o frio é desculpa, pois lá são elaborados tipos robustos e encorpados, como a stout, a tripel e a barley wine, que possuem teor alcoólico elevado e sabores complexos, e que por vezes são envelhecidos em barris. Esses tipos apostam menos no frescor e mais no sabor, devendo ser degustados acima de 6 °C.

© Arquivo cervejaria Patagônia

EXPLOSÃO CERVEJEIRA Em pleno crescimento, o mercado cervejeiro de Bariloche segue os passos da cidade, que tem se expandido com a chegada de novos moradores em busca de paz e trabalho, vindos de grandes centros urbanos como Buenos Aires, Córdoba e Rosário. Eles trouxeram a demanda por uma vida noturna com mais opções, e as cervejarias entraram em cena como uma alternativa aos restaurantes e às casas noturnas. “Com o movimento migratório, até os nativos que não eram acostumados a sair passaram a frequentar bares. À exemplo da maioria das cidades pequenas, os habitantes de Bariloche não tinham o hábito de jantar fora ou sair para ouvir música à noite. Agora, em qualquer dia da semana as cervejarias ficam repletas de pessoas. As

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Bruno Ferrari, mestre cervejeiro da cervejaria Berlina © Francisco Ramos Mejía

cervejarias transformaram a cidade”, descreve o uruguaio Gianni Campochiaro, que hoje vive em Bariloche, mas já morou em Buenos Aires, São Paulo, Porto Alegre e San José, na Costa Rica. Outra explicação para essa explosão é a necessidade de favorecer o jovem turista. Em todas as temporadas, Bariloche recebe muitos jovens e universitários. “A cidade tinha um problema antigo, que era a falta de locais onde os estudantes pudessem se encontrar, beber e comer. As cervejarias preencheram essa lacuna”, completa Campochiaro.

TURISMO ETÍLICO Passar por Bariloche sem conhecer a cervejaria Patagônia seria uma experiência incompleta. O rótulo, que hoje pertence à Ambev, é o maior expoente da região. Seu bar, localizado às margens do lago Perito Moreno, é ponto turístico obrigatório. Acredite: apreciar a cerveja vislumbrando o bosque de mata nativa é uma experiência indescritível. Ali mesmo na reserva florestal produzem-se os melhores tipos da marca. “A produção de Bariloche é consumida somente no bar de Bariloche. Temos mais

de 15 tipos, pois, ao contrário de sedes como Buenos Aires, somos uma casa criadora. Aqui inovamos, experimentamos, recepcionamos cervejeiros de outros países e, às vezes, criamos tipos que não vendemos e sequer saem daqui”, revela a gerente de eventos e conteúdo da cervejaria Patagônia, Lucia Molina. O estabelecimento oferece aos visitantes uma visita guiada ao setor de produção. O público fica conhecendo os ingredientes da cerveja e o processo de fabricação, e o roteiro é finalizado no bar, onde se serve entrada, prato principal e sobremesa, tudo harmonizado com tipos específicos. “O visitante aprende sobre o alinhamento entre os sabores da comida e da bebida de maneira a não sobrepô-los. Por exemplo: servimos um pescado de entrada que vai bem com o sabor cítrico de uma weiss. O cordeiro como prato principal combina com uma Indian pale ale (IPA) e a sobremesa de chocolate fica perfeita com uma porter”, observa Lucia. Pioneiro, o tour da Patagônia inspirou outras empresas e hoje há uma programação completa voltada para as cervejarias e bares da região. Victoria Queirolo e Sofía Martín criaram, em 2017, o Beertour Bariloche. “A receptividade é excelente. Assim como Bariloche oferece variadas possibilidades gastronômicas, tem também muitas opções de cervejarias”, afirma Victoria, que refuta a máxima de que cerveja é bebida de verão. “A cerveja artesanal não deve ser saboreada gelada, porque a baixa temperatura torna os sabores e os aromas imperceptíveis. Nosso propósito é evidenciar ao máximo todos os ingredientes para que o turista tenha uma experiência memorável.”

GEOGRAFIA FAVORÁVEL San Carlos de Bariloche situa-se a apenas 120 km de El Bolsón, cidade que abriga o maior

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© Arquivo cervejaria Patagônia

© Arquivo cervejaria Patagônia

Em pleno crescimento, o mercado cervejeiro de Bariloche segue os passos da cidade, que tem se expandido com a chegada de novos moradores vindos de grandes centros. percebe que a cidade está crescendo, e isso não vai parar. Bariloche está cheia de vida e todos ficam felizes com essa atmosfera positiva”, finaliza Gianni Campochiaro.

Lucia Molina, gerente de eventos e conteúdo da cervejaria Patagônia

© Arquivo cervejaria Patagônia

aeroporto da região e ostenta o título de maior produtora de lúpulo na América do Sul. “Essa característica se explica facilmente. A cidade está localizada no paralelo 41 – a mesma distância da Alemanha em relação à linha do Equador –, o que torna o clima de lá ideal à produção de malte, lúpulo e levedura. Além disso, o clima seco e frio auxilia na maturação, já que dispensa máquinas de refrigeração”, explica Victoria. Diz-se que o responsável por descobrir esse favorecimento geográfico foi um alemão. Admirado com o clima propício à cultura do lúpulo, Otto Tipp estudou e tirou proveito do solo local. Ao repararem que o lúpulo crescia com prosperidade, os demais agricultores passaram a investir no cultivo da planta. Hoje, El Bolsón celebra a Fiesta Nacional del Lúpulo, que irá para sua 44ª edição em 2018. No tradicional evento, mestres cervejeiros e produtores de lúpulo expõem seus produtos ao lado de pratos típicos e atrações diversas. Definitivamente, Bariloche é muito mais que um destino de neve. “Quem vive em Bariloche

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RÓTULOS O tour cervejeiro de Bariloche inclui três proeminentes cervejarias, mas a cidade também conta com pequenos e qualificados produtores. Confira abaixo. Manush | Outro disputado point cervejeiro de Bariloche. Essa aconchegante cervejaria capricha na tábua de frios, que harmoniza com com os mais de 20 tipos de cerveja da sua carta.

Bachmann | Localizada no centro de Bariloche, é uma das mais concorridas cervejarias. A IPA é a especialidade da casa.

Blest | A cervejaria Blest é uma das pioneiras na produção artesanal de Bariloche. O ambiente informal é carcaterizado pelos descansos de copos desenhados por visitantes e fixados nas paredes. Entre os tipos produzidos estão pilsen, bock, scotch ale e cream stout.

Konna | A Konna começou a fabricar cervejas em 2009, e o sucesso foi tão grande que dois anos mais tarde ela abriu um bar. Seus tipos mais pedidos são a porter, a kölsch e a IPA.

Wesley Brewery | Este microempreendimento é tão familiar que mantém a fabricação na chácara do avô que fundou o negócio. Seu pub aposta em estilos robustos, como IPA, double IPA, porter e American pale ale.

é irlandês, o clima é irlandês, mas o produto é argentino. Cervejaria especializada em tipos encorpados, como IPA, English pale ale, barley wine e IPA double hop.

© Divulgação

La Cruz | O método de produção

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HARMONIZAÇÃO

© Freepik

A gastronomia portenha é reconhecida por suas carnes e sua confeitaria. Na região patagônica, contudo, predominam os frutos do mar. Para cada item de toda essa variedade há um tipo ideal de cerveja. O propósito da harmonização é que os sabores não se sobreponham. Por isso, a relação deve se dar por contraste e não por semelhança de sabor.

ASSADOS No caso de carnes vermelhas e gordurosas, aposte em cervejas lupuladas, como a IPA. Cervejas escuras, mais amargas e com notas de caramelo ou café contrastam bem com a gordura do assado.

FRUTOS DO MAR Para harmonizar com pescados, a pale ale é ideal, por ser clara, suave e cítrica.

DOCES Bariloche tem confeitarias maravilhosas. Para harmonizar com doces, a dica é apostar em uma porter ou em uma barley wine, que são escuras, possuem malte tostado e graduação alcoólica mais elevada.

EMPANADAS Os hermanos são famosos pelas empanadas. Se optar pelo recheio de carne, escolha cervejas vermelhas e amargas. O recheio de frutos do mar pede tipos claros e leves, e o de frango combina com cervejas claras e não muito amargas.

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NO POINT

A NEVE E O MAR Embora distantes geograficamente, Recife e Florianópolis têm duas coisas em comum: praias paradisíacas e muitos moradores que, a despeito desses espetáculos nativos, têm optado por passar as férias em destinos de frio. Pensando nesse público, o Point da Neve abriu filiais nas duas capitais.

M

© Arquivo Point da Neve Florianópolis

ilhares de turistas de todas as partes do Brasil rumam todos os verões para Florianópolis e Recife, mas acredite: por lá há muita gente que opta pela neve. Para satisfazer essa demanda que se tornou significativa, o Point da Neve inaugurou escritórios nas duas capitais. Com isso, os clientes catarinenses e pernambucanos, que já eram assistidos pelos snow

advisors de Porto Alegre e de São Paulo, ganharam atendimento presencial. “Embora tenhamos uma estrutura de ponta para atendimento à distância, os escritórios físicos nos permitem estreitar o relacionamento e oferecer um apoio ainda mais personalizado”, explica Roberto Tonin, sócio da filial de Florianópolis, localizada no centro da cidade. “Nosso propósito é oferecer consultoria especializada, ao contrário de comércios online, que não conseguem oferecer esse tipo de serviço.” A proximidade com o Hemisfério Sul é mais um diferencial da sede catarinense. “A curta distância até o Chile e a Argentina conta muitos pontos a favor. Uma vez atendi um cliente que desejava visitar Valle Nevado logo na semana seguinte. A facilidade de voos para a América do Sul facilita a logística e contribui para aumentar o interesse dos catarinenses pelos destinos de neve”, completa Roberto.

NEVE NO PARAÍSO TROPICAL

Roberto Tonin e Cristina Madeira, sócios da filial de Florianópolis

Em Recife são raros os prognósticos meteorológicos indicando mínimas abaixo dos 22 °C. Na terra das cores, do frevo e de Ariano Suassuna, é cada maior o desejo de ter trégua do calor e aventurar-se na neve. Para

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© Arquivo Point da Neve Recife

Ambientações do Point da Neve Recife

ONDE FICA POINT DA NEVE FLORIANÓPOLIS Av. Trompowsky, 291 - Sala 906 - Torre 2 CEP 88015-300 | Bairro Centro Fone: 48 3206.0037 POINT DA NEVE RECIFE Av. Conselheiro Aguiar, 1748 - Sala 902 CEP 51111-010 | Praia da Boa Viagem Fone: 81 3072.6294 Silvana Mattoso, sócia da filial de Recife © Ademar Filho

Silvana Mattoso, sócia da filial pernambucana, situada na praia da Boa Viagem, o fascínio das realidades climáticas antagônicas desperta o interesse por montanhas nevadas. “A busca pelo diferente é compreensível e a presença de uma agência especializada diz muito sobre o nível de exigência do mercado local. O cliente quer mais do que conhecer; deseja explorar e vivenciar. Além de identificar essa oportunidade, detectamos que o turismo de neve se torna cada vez mais procurado pelos recifenses”, afirma Silvana. Mais próxima do Hemisfério Norte e com voos diretos para o Hemisfério Sul, Recife é um ponto de partida interessante para quem

deseja esquiar. "O Aeroporto Internacional dos Guararapes oferece voos diretos para a Argentina, o que facilita ao turista de nossa região viajar para Bariloche e Las Leñas, por exemplo. Sem dizer que há várias promoções para os centros de esqui da Europa, Estados Unidos e Canadá, tornando mais acessível o turismo de neve para esses destinos.“ Fundado em 2003, o Point da Neve se consolidou como uma das poucas agências de turismo a trabalhar exclusivamente com destinos de neve. Além das filiais de Florianópolis e de Recife, a empresa tem matriz em Porto Alegre e conta ainda com um escritório em São Paulo, inaugurado em 2017.

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Corralco MOUN TA IN & SKI R ESORT RESERVA NACIONAL DE MALALCAHUELLO, IX REGIÓN, CHILE

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DESTINOS

AMÉRICA DO SUL

HISTÓRIA E BELEZAS DA

Patagonia Sul Pinguins, lobos-marinhos, lagos congelados e vegetação cristalizada pelo frio. Na região mais austral do planeta, a maior atração turística é uma geleira. A história da muralha congelada de Perito Moreno é pano de fundo de um cenário extasiante. Embarque nessa trip onde tudo é extremo.

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PATAGÔNIA SUL

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DESTINOS

AMÉRICA DO SUL

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© Arquivo Pessoal

Patagônia Sul é uma região de rara beleza natural. Sua fauna e flora impressionam e lembram aqueles documentários da National Geographic e da BBC que de tão incríveis até parecem ficção. Embora as comunidades de pinguins e lobos-marinhos encantem, não há nada mais imponente do que a geleira Perito Moreno ou, como é chamada pelos argentinos, Glaciar Perito Moreno. Essa muralha de 60 metros de altura se estende do campo de gelo sul-patagônico ao Lago Argentino, o mais austral dos grandes lagos do mundo. A geleira foi batizada Perito Moreno em

Ignacio Moreno, em visita ao Glaciar Perito Moreno (1995)

homenagem a um dos mais renomados pesquisadores naturalistas do planeta. Francisco Pascasio Moreno viveu de maio de 1852 a novembro de 1919. Seu legado são centenas de descobertas fósseis, a expansão do território argentino em 1800 léguas quadradas e o termo parque nacional, adotado pelos Estados Unidos na denominação do Parque Nacional de Yellowstone. Hoje a memória de Francisco está viva nos livros didáticos e entre seus familiares que residem na Argentina e no Brasil.

FAMÍLIA MORENO Francisco Moreno palmilhou a Argentina no rastro de descobertas. Suas andanças incluem subidas de carroça pela Cordilheira dos Andes com a família a bordo, travessias de lagos com escassos mantimentos e pesquisas em tribos indígenas isoladas. Foi casado e teve uma porção de filhos e netos. Alguns de seus descendentes vieram para o Brasil, entre eles Ignacio Moreno, tataraneto do grande cientista e hoje residente em Imbé (RS), cidade no litoral gaúcho. Ignácio é pesquisador do Centro © IStock

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PATAGÔNIA SUL

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pertenciam a um país e não ao outro”, conta Adela Gimenez, outra tataraneta de Moreno, que hoje mora e trabalha como assistente social em Mar del Plata, na província de Buenos Aires. Com fundamentação científica, Francisco Moreno comprovou que regiões montanhosas e marítimas até então consideradas chilenas pertenciam à Argentina. Graças aos seus estudos, nossos vizinhos anexaram ao seu território 1800 léguas quadradas, acontecimento que tornou o pesquisador um ícone, sobretudo

© Arquivo Pessoal

de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em 1983, aos 10 anos de idade, Ignacio se mudou para Porto Alegre (RS) com a família, afligida pelos desdobramentos da Guerra das Malvinas. Do famoso tataravô ele apenas ouvia falar. Só foi dimensionar a relevância de Francisco muito longe da América do Sul. “Não ligava para o parentesco até fazer doutorado na Nova Zelândia com um dos melhores paleontólogos do mundo. Quando me apresentei como argentino, meu orientador perguntou se eu conhecia outro paleontólogo de nome Moreno. Quando disse que era meu tataravô, ele chamou um japonês que também era fã do perito e ambos me reverenciaram. Ali percebi sua enorme valorização científica”, relata.

PALMILHANDO A CORDILHEIRA E por que ganhou a geleira patagônica o nome do naturalista? “Seu maior objetivo era encontrar o ponto de intersecção da Argentina com o Chile na Cordilheira dos Andes. Era obstinado em descobrir por que algumas terras

Adela Gimenez e seu marido Jorge Iacono em visita à Patagônia

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DESTINOS

AMÉRICA DO SUL

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na Patagônia. Para Adela, mais do que as inestimáveis descobertas científicas, Francisco Moreno deve ser lembrado pelo profundo respeito à igualdade humana. "Ele e sua esposa cozinhavam para os jovens da Patagônia na época em que a região era pouco habitada. Ele tinha uma frase que sempre carrego comigo: ‘Um menino de barriga vazia não pode escrever a palavra pão’ ”, finaliza Adela.

EL CALAFATE Não se costuma chegar ao Glaciar Perito Moreno sem passar por El Calafate. A cidade de 22 mil habitantes é um dos principais pontos

de hospedagem para quem visita a Patagônia Sul. De lá partem os passeios guiados rumo à geleira. El Calafate gira em torno da Libertador San Martín, a principal avenida da cidade, onde se encontram boas opções hoteleiras, gastronômicas e varejistas. É um lugar bacana para comprar geleias, patês, tomar um chocolate quente e bater perna atrás de artigos de lã e couro. Uma dica valiosa: não deixe a cidade sem experimentar o cordeiro patagônico, uma saborosíssima carne de ovinos criados nas províncias vizinhas de Santa Cruz e Chubut. Outro importante monumento natural das cercanias de El Calafate é o Glaciar Upsala, uma

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PATAGÔNIA SUL

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Se El Calafate é conhecida pelas geleiras, Ushuaia se notabiliza pelos lagos e animais marinhos. geleira que embevece os olhos pelo singular tom azulado de seus icebergs. A cor se intensifica ainda mais com a incidência dos raios solares. O Glaciar Upsala fica bem próximo à Estancia Cristina, uma área particular que desde 1912 pertence à família Masters, da Inglaterra. O terreno, de extensão equivalente a 30 campos de futebol, foi comprado para criação de ovelhas e hoje possui uma pousada e um restaurante muitíssimo aconchegantes. A Estancia Cristina oferece passeios e trilhas guiadas pela região.

USHUAIA Se El Calafate é conhecida por suas geleiras, Ushuaia se notabiliza pelos lagos, animais marinhos, infraestrutura hoteleira qualificada e excelente gastronomia. Trata-se da cidade mais austral da Patagônia Sul; sua distância em relação a El Calafate é cerca de uma hora

e meia de avião. Localizado a 800 km do continente antártico, onde as temperaturas médias no verão não chegam a 10 °C, o destino é banhado pelo Canal de Beagle. Dali partem passeios de catamarã, onde se avistam aves e leões-marinhos. Outro barato é o centro de esqui, a 26 km da cidade e a somente 195 metros acima do mar. A estação Cerro Castor inaugurou-se em 1999 e conta com 33 pistas, 12 meios de elevação e 34 km esquiáveis. As lagoas abastecidas pelo derretimento das geleiras são outro grande atrativo de Ushuaia. Ganham destaque os lagos Escondido e Fagnano e a Laguna Esmeralda, cujo verde da água tem efeito espelhado, refletindo a circundante cadeia de montanhas. Se a tão rara beleza e história desse lugar lhe parece ficção, não pense duas vezes: embarque nesta trip para ver e crer.

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DESTINOS

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NO CORAÇÃO DA CORDILHEIRA No coração da Cordilheira dos Andes, a 2.430 metros de altitude, Las Leñas respira esportes de neve e reserva aos visitantes cenários belíssimos.

© Arquivo Las Leñas

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ão há na Argentina estação de esqui pouco desnível”, relata Fernando Musauer, remais alta do que Las Leñas, que veio a presentante de Las Leñas no Brasil. notabilizar-se ainda pela extensão da Na América do Sul há dois tipos de montemporada, pela qualidade da neve tanha: a pré-cordilheira e a core pela invejável estrutura esportiva. dilheira. A primeira é mais baixa e “Sou nascido e criado na Patagônia. rodeada de bosques e lagos, rePor isso, posso atestar que os maiosultando em neve úmida e carreres diferenciais de Las Leñas são os gada. A segunda é mais alta e ínfora-de-pista e a qualidade da neve. greme, o seu clima é mais seco e Sem dizer que, em razão da geono seu entorno não há lagos nem grafia da montanha, iniciantes no vegetação abundante, o que toresporte conseguem evoluir com rana a neve mais leve e fofa, ideal pidez. As pistas são trabalhadas o para a prática esportiva. Las Leñas Fernando Musauer, representante de ano inteiro para que, por ocasião é considerada uma montanha de Las Leñas no Brasil das nevascas, fiquem amplas e com cordilheira, condição que contri-

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LAS LEÑAS

bui para uma superfície integralmente esquiável. Lá o visitante deixa a porta do hotel deslizando. O vilarejo, localizado a 450 km de Mendoza, respira esportes de neve, e sua geografia favoreceu a realização dos Jogos Pan-Americanos de Inverno de 1990, quando a estação não havia completado ainda nem uma década de fundação.

AGITO À NOITE Se a proposta diurna é imersão na neve, a noite é ditada pelos pubs. Engana-se quem pensa que, por ser pequena, Las Leñas não oferece atrativos noturnos. “São 18 estabelecimentos, quase todos súper descontraídos, e ficam abertos até tarde”, comenta Fernando. Para ele, não há nada melhor do que passar o dia na montanha e saborear um chivo patagonico. “É difícil descrever o chivo, pois é uma receita diferente de tudo que há no Brasil. É uma carne de cordeiro macia e saborosa, que com o vinho forma uma combinação incrível.” Las Leñas é pequena. Portanto, onde quer que você se hospede, estará próximo dos atrativos gastronômicos e das pistas de esqui. Lá há hotéis de cinco, quatro, três e duas-estrelas, assim como apart-hotéis e hostels. Essa versatilidade é responsável por captar cada vez mais turistas do Brasil e do Hemisfério Norte. “Las Leñas tem um astral muito diferente. A geografia propicia boas condições de vento, neve e sol. Conheço uma moça que foi a Las Leñas para acompanhar o pai esquiador. Ela nunca tinha posto esquis nos pés, mas ficou tão apaixonada pelo lugar que montou uma agência de viagens. Também conheço gringos que compraram apartamentos por aqui. Todos percebem a energia particular deste lugar”, conclui Fernando Musauer.

ÁREA ESQUIÁVEL Iniciantes Intermediários Avançados Experts

LAS LEÑAS 68 km (30 pistas) 15%

45%

14 35%

5%

Meios de elevação

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DESTINOS

AMÉRICA DO SUL

OS TRÊS VALES CHILENOS Já pensou visitar uma das mais cosmopolitas capitais sul-americanas e esquiar em três centros de excelente qualidade numa só tacada? Santiago brinda o visitante com Valle Nevado, El Colorado e La Parva, batizados de Tres Valles em alusão aos Trois Vallées franceses. Conheça a versão latina que pouco deve aos vales saboianos.

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TRES VALLES

© Arquivo Valle Nevado

S

antiago é uma das metrópoles sul-americanas mais procuradas por turistas. Além das muitas opções hoteleiras, gastronômicas e culturais, a cidade de Pablo Neruda atrai visitantes em busca de neve. A capital do Chile fica a uma hora e meia de carro de três centros de esqui: Valle Nevado, El Colorado e La Parva. Embora diferentes entre si, as estações se conectam por meio de pistas e lifts, o que possibilita ao turista transitar por todas elas usando um único passe. Os Tres Valles são bastante procurados por quem deseja dar os primeiros passos no esqui ou no snowboard antes de rumar para aventuras mais radicais no Hemisfério NorNAS ALTURAS te. Os resorts de neve estão capitalizando Valle Nevado é a estação de esqui mais alta a euforia turística dos brasileiros. “60% dos do Chile. Em razão de sua altitude e sua ponossos hóspedes são brasileiros e, por isso, sição voltada ao sul, a temporada costuma grande parte da nossa equipe fala português. ser mais longa que a das estações vizinhas. Também enviamos sistematicamente nossos O centro conta com 39 pistas e o melhor de profissionais ao Brasil para pesquisar tendêntudo é que se pode usar o passe conjugado e cias na gastronomia e na hotelaria. Além disdescer até El Colorado e La Parva. so, nossa interface com operadoras de turisO destino conta com três hotéis bem dimo e hotéis é constante, para que ofereçam ferentes entre si. O mais requintado é o Hotel passeios na montanha a quem está em SanValle Nevado, um cinco-estretiago”, explica Ricardo Margulas ski-in/ski-out com restauranlis, gerente geral de Valle Nete francês, spa e um elegante bar vado. O crescente apreço dos para après-ski. O Puerta del Sol é brasileiros por neve tem feito uma opção quatro-estrelas, ideas estações reverem seu posial para famílias, pois está a 50 m cionamento. Valle Nevado, por das pistas, oferece zona infantil e exemplo, disponibiliza producibercafé. Por último, há o Tres ção de conteúdo em portuPuntas, um três-estrelas provido guês. “Nossa meta é sermos o de um bar concorrido, que à noicentro de esqui oficial dos braRicardo Margulis, gerente te bomba com esportistas e tursileiros na América do Sul”, degeral de Valle Nevado mas de amigos. clara Ricardo.

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DESTINOS

AMÉRICA DO SUL

Unidos. Ele ressalta que a experiência e a proA apenas 17 km de Valle Nevado, La Parva é uma ficiência no esporte são diferenciais importanestação mais reservada e vem se reestruturantes. “Não apenas eu, mas toda a minha equido para receber as centenas de turistas brasipe é formada por esquiadores. Aferimos com leiros que rumam para lá no inverno. O cenprecisão a diferença entre uma boa pista e tro é historicamente conhecido por suas pistas uma não tão boa. A manutenção da neve é de níveis avançado e expert, mas a cada temfeita por quem realmente entende, vive ou já porada esse quadro vem mudando. “La Parva viveu do esporte”, relata. A despeito do histósempre se posicionou como a estação da farico de Thomas, o carro-chefe de La Parva é mília chilena, mas estamos trao snowboard. A estação possui balhando para acolher cada vez um dos melhores snowparks do mais turistas. Recentemente, incontinente sul-americano, além vestimos na pista para principiande um imenso fora-de-pista. tes e na miniescola de esqui”, coImportante saber: em La menta o chileno Thomas Grob, Parva não há hotéis. A cidade gerente geral da estação. oferece aos visitantes condomíThomas foi esquiador pronios de três a cinco estrelas com fissional e competiu nos Joserviços de hotelaria. Como opgos Olímpicos de Inverno de ções gastronômicas, há cinco Thomas Grob, gerente 1998, em Nagano, Japão, e de restaurantes especializados em geral de La Parva 2002, em Salt Lake City, Estados carnes, pizzas e fondues.

© Arquivo La Parva

ÓTIMO SNOWPARK

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TRES VALLES

Embora diferentes entre si, as estações se conectam por meio de pistas e lifts, o que possibilita ao turista transitar por todas elas usando um único passe. PERTO DE SANTIAGO

próximo ao cume da montanha. Em razão de sua superfície íngreme, apenas 5% das pistas são para iniciantes. O destino oferece boas opções de hospedagem, entre hotéis, apart-hotéis, condomínios e cabanas. Seja qual dentre os três vales for o escolhido por você, ao partir de Santiago, opte por fazer o trajeto de transfer. Além de mais caro, o aluguel de um carro pode não ser um bom negócio se você não estiver habituado a dirigir em vias sinuosas e nevadas.

Entre as três estações, El Colorado é a mais próxima de Santiago. São 39 km da capital, distância que torna o destino o mais procurado entre os chilenos. Muitos santiaguinos possuem morada de inverno no local, uma charmosa estação de esqui fundada em 1946 e que desde então vem sendo administrada por três gerações de uma família. Apesar da proximidade com Santiago, El Colorado é um centro elevado, com 3.330 metros de altitude e

ÁREA ESQUIÁVEL

© Arquivo El Colorado

Iniciantes

Avançados

VALLE NEVADO 40 km (39 pistas) 10%

36%

Experts

LA PARVA 30 km (40 pistas)

15 33%

Intermediários

21%

10%

20%

50%

Meios de elevação

EL COLORADO 60 km (77 pistas)

14 20%

35%

30%

24 25%

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DESTINOS

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Corralco Mountain & Ski Resort © Arquivo Corralco

NO SUL DE SANTIAGO Para esportistas de primeira viagem, o agito nas estações de esqui é uma curtição, mas há quem prefira um astral mais sossegado. Corralco e Chillán são destinos eleitos por quem opta por paz e exclusividade nos Andes chilenos.

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orralco e Chillán são excelentes estações para quem procura variar o tradicional roteiro de Santiago e arredores. São destinos marcados pelo conforto e pela proximidade com a natureza. Por lá, a proposta é imergir no universo do esqui e relaxar nos spas de águas termais aquecidas por vulcões.

DONO DA MONTANHA Esquiar em Corralco significa ter uma montanha para chamar de sua. Localizado a 120 km de Temuco, capital da região de Araucanía, o centro está dentro da Reserva Nacional Malalcahuello. "Somos o único hotel que fica no interior de uma reserva natural. Por isso, nosso conceito de exclusividade é maior do

que qualquer outra estação chilena. Sem dizer que o movimento nas pistas é tranquilo, o que possibilita aprender, cair, levantar e dar boas risadas sem se preocupar com o tumulto em volta”, diz Guillermo Vergara, gerente comercial de Corralco Mountain & Ski Resort. Este resort é um hotel-butique no sistema ski-in/ski-out, que oferece 54 sofisticadas acomodações e um complexo esportivo com pistas para esquiador nenhum botar defeito. Tanto assim que o destino sedia anualmente o Campeonato Brasileiro de Snowboard, além de outros torneiros esportivos. De acordo com Guillermo, 50% dos hóspedes são brasileiros. “Ao visitar Corralco, você desejará regressar. Por isso nosso slogan é ‘Descubra Corralco’ ”, reitera Guillermo.

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CORRALCO E CHILLÁN

Gran Hotel

Nevados de Chillán © Arquivo Chillan

DESCANSO NAS TERMAS Paulina Acevedo, chefe do departamento de reservas e operações da estação Nevados de Chillán, não vê os demais centros esquiáveis de Santiago como seus concorrentes, pois são produtos muito diferentes. A menos de 100 km de Concepción – segunda região metropolitana mais populosa do Chile e aquela com o maior centro industrial do país –, a comuna de Chillán se situa em um dos mais privilegiados complexos geotérmicos andinos. A vegetação luxuriante das suas encostas é pano de fundo de um destino que tem as águas termais como principal atrativo. Entre as principais estações chilenas, nenhuma é tão marcada por vulcões quanto Chillán. Ao longo de sua história a cidade so-

freu em razão das erupções. Hoje sua estrutura antissísmica é referência em todo o país. Chillán também é famosa por seus spas, águas termais e centro de esqui. Lá o visitante desliza sobre a icônica Tres Marias, a mais extensa pista de todo o continente sul-americano. Classificado como intermediário, o trajeto contorna metade da estação em 13 km de belas paisagens e muita adrenalina. “A pista é tão longa que sua construção teve de se dar em etapas. Foram três anos de obras até a inauguração”, relata Paulina. Vale registrar ainda que Chillán tem ótimas opções de hospedagem para diferentes gostos e bolsos, entre elas: Hotel Altos de Nevados, Gran Hotel Termas de Chillán e Hotel Nevados. Nos três o visitante usufrui o conforto de estar próximo às pistas.

ÁREA ESQUIÁVEL Iniciantes Intermediários Avançados Experts

CORRALCO 1800 ha (30 pistas) 30%

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CHILLÁN 30 km (12 pistas)

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A NOVA PRAIA A rede amarrada ao coqueiro e o mar a poucos metros é a imagem clássica do descanso. Mas a praia ganhou um concorrente de peso. Os brasileiros que estão trocando a areia pela neve economizam com a escolha.

© Scott Markewitz

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turismo de neve no Brasil cresceu 30% entre 2016 e 2017. O País é o que mais envia turistas para Bariloche, na Argentina, para Aspen e Vail, nos Estados Unidos, e para as estações de esqui do Chile. Esses dados são da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens), que aponta o aumento das vendas de pacotes para o Hemisfério Norte como catalizador do crescimento do setor. Ao pôr na ponta do lápis uma viagem para um destino de neve, o brasileiro se dá conta que ela pode custar o mesmo ou até menos do que um roteiro convencional. “Quando bem planejada e organizada, uma experiência em um destino de neve se torna tangível”, analisa o diretor comercial Brasil do Club Med, Marco Oliva. Graças ao sistema All Inclusive, o Club Med se transformou na principal rede hoteleira da Europa para esquiadores brasileiros. “72% dos brasileiros que esquiam pela primeira vez elegem um resort do Club Med. Com o sistema All Inclusive, o cliente pode parcelar o pacote, que inclui acomodações, refeições, passes para a montanha e entretenimento, o que torna a experiência fácil e livre de percalços”, informa Marco Oliva.

NEVE NO PAÍS DO MICKEY Há alguns anos, quando se pensava em destinos turísticos dos Estados Unidos, a Flórida era uma escolha tradicional em razão das compras e dos parques temáticos. No entanto, o crescente gosto pela neve tem feito as estações norte-americanas procurarem atrair o turista do Brasil. “O brasileiro faz propaganda espontânea: o famoso boca-a-boca. Isso auxilia nossa expansão e nos motiva a ser mais agressivos nesse mercado”, avalia Liz Rovira, relações-públicas da Aspen Skiing Company, empresa que administra os centros de esqui Aspen Mountain, Aspen Highlands, Buttermilk e Snowmass, no estado do Colorado. Entre as vantagens das estações do Hemisfério Norte está a proximidade a centros urbanos com estrutura turística. Vail, por exemplo, fica a menos de duas horas de carro de Denver, a capital do Colorado. Pragelato situa-se a poucas horas de Turim, na Itália, e de Genebra, na Suíça. “Os resorts, de maneira geral, são bem localizados. Buscamos sempre as maiores regiões esquiáveis e as mais acessíveis para quem viaja”, finaliza Marco Oliva.

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COMPORTAMENTO

Confira algumas das estações mais procuradas pelos brasileiros. Desfrutá-las pode ser mais barato do que você imagina.

CANADÁ 5

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ESTADOS UNIDOS

5 WHISTLER

1 ASPEN Talvez a mais badalada estação de esqui norte-americana, Aspen é ideal tanto para quem deseja esquiar como para os que dispensam a adrenalina da montanha. É uma cidade com excelentes opções gastronômicas, bons programas culturais, farta rede hoteleira e incontáveis atrações.

Situada no norte da Califórnia, Heavenly fica às margens do belo Lake Tahoe. Além da deslumbrante natureza, o destino conta com um centro de esqui de altíssima qualidade. O vilarejo ao pé da montanha oferece excelentes hotéis, restaurantes, bistrôs, cafés e lojas.

A 125 km de Vancouver, no Canadá, Whistler é muito receptiva, bem estruturada e agradável. Uma das mais tradicionais estações do continente norte-americano, foi inaugurada em 1966 e recebeu provas dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2010.

4 PARK CITY Localizada no estado de Utah, a 48 km de Salt Lake City, Park City tem a fama de melhor neve dos Estados Unidos. A frente fria que sobrevoa o imenso lago de sal absorve a umidade da neve, resultando em flocos leves, perfeitos para esquiar e praticar snowboard. A estrutura da estação é um show à parte.

© Arquivo Club Med

© Arquivo Aspen Skiing Company

3 HEAVENLY

6 VALMOREL Distante 200 km de Denver, capital do Colorado, Vail é uma cidade que se desenvolveu a partir da sua estação de esqui. Tudo aqui gira em torno dos esportes de neve. Nessa atmosfera, o visitante tem acesso a um centro completo, que oferece 2.141 hectares de pistas para todos os níveis de dificuldade.

© Arquivo Vail Resort

2 VAIL

A tradicional estação Valmorel se localiza na requintada região da Saboia, bem no coração dos Alpes, próximo à fronteira entre França, Itália e Suíça — com fácil acesso a Lyon, Turim e Genebra. O centro de esqui fica pertinho de Moutiers, um simpático vilarejo medieval.

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10 VAL THORENS

© Arquivo Club Med

FRANÇA 7 SUÍÇA 9 12 13 6 10 ITÁLIA 8 11

Considerada a mais alta da Europa, conta com uma das mais longas temporadas de neve do mundo e já figurou algumas vezes no topo do ranking das melhores estações de esqui europeias. Val Thorens é um vilarejo francês próximo da Suíça e da Itália que abriga uma charmosa e badalada estação de esqui.

11 SERRE CHEVALIER

Inaugurado em dezembro de 2017, o resort Grand Massif Samoëns Morillon é o mais novo empreendimento do Club Med nos Alpes franceses. O centro fica na Alta Saboia, a uma hora de carro de Genebra. Vale lembrar que do alto da montanha se avista o icônico Mont Blanc.

8 PRAGELATO No coração do Piemonte, extremo norte da Itália, está uma preciosidade nevada da Europa. Pragelato pertence ao segundo maior domínio esquiável do continente europeu, o Via Lattea. É um destino que brinda o visitante com paisagens de tirar o fôlego, 450 km de pistas e muita tradição em receber turistas.

© Arquivo Club Med

7 GRAND MASSIF

Ao pé do icônico Parque Nacional dos Écrins está uma das mais tradicionais estações de esqui europeias. Serre Chevalier, situada nos Alpes franceses, é formada por 13 encantadores vilarejos e uma das maiores áreas esquiáveis da França.

12 LES ARCS

13 VAL D'ISÉRE

Les Arcs é uma estação de esqui situada na comuna francesa de Bourg-Saint-Maurice, na região da Saboia. Ali fica o Club Med Arcs Extreme, um resort repleto de atrações, onde esporte, gastronomia e diversão andam juntos. Em dezembro de 2018 será inaugurado um segundo village: o Club Med Les Arcs Panorama. Com dois resorts, o destino se torna um dos mais atrativos points dos Alpes franceses.

Val D'lsère tem lugar cativo nos rankings dos sites e revistas especializados, que elegem os destinos de neve mais bonitos do mundo. Localizada na região da Saboia, a cidade é marcada por bosques, vales, picos nevados, estradas sinuosas e fazendas. Nesse cenário deslumbrante foi construída, em 1934, uma das mais charmosas e tradicionais estações de esqui da Europa.

Courchevel é uma entre as oito estações de esqui que compõem o famoso Les Trois Vallées, a maior área esquiável interligada da Europa. Tradicional e charmosa, Courchevel oferece uma enorme estrutura para a prática esportiva; e La Tania, a cidade construída para abrigar os atletas dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1992, é muito simpática.

© Arquivo Club Med

© Arquivo Courchevel

9 COURCHEVEL

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DESTINOS

AMÉRICA DO NORTE

Velho Oeste Sabe a imagem do faroeste americano que construímos em nosso imaginário a partir de filmes, desenhos animados e histórias em quadrinhos? Pois adicione a isso neve, restaurantes badalados e uma estação de esqui com pistas radicais, e seja bem-vindo a Jackson Hole, o Velho Oeste nevado!

© IStock

NEVADO

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JACKSON HOLE

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eculiar talvez seja o adjetivo que melhor defina Jackson Hole, vale localizado no início das Rocky Mountains, cadeia rochosa que se estende até o Canadá. Abraçado pelos icônicos parques nacionais Yellowstone e Grand Teton, o lugar impressiona pela exuberância natural, pelo visual de Velho Oeste e pela imponência de suas pistas de esqui. “Há vários destinos de inverno que remetem aos filmes de bangue-bangue, mas nada se compara a Jackson Hole”, afirma Bibiana Frantz, snow advisor da filial paulista do Point da Neve que esteve lá em janeiro passado. Situada no oeste do estado de Wyoming, a alguns minutos do aeroporto de Jackson, essa é uma das comunidades rochosas mais acessíveis do continente norte-americano. Ao chegar a Jackson Hole, o visitante se depara com dois vilarejos: Teton Village, ao pé da estação de esqui, e Jackson, a apenas 20 km dali. Esses vizinhos garantem farta opção de hotéis, restaurantes e lojas.

© Arquivo Jackson Hole

© Christian Jung

onde mais de mil exemplares ficam abrigados durante o inverno. É um programa incrível! Se você é chegado em desbravar a natureza, vai curtir os parques nacionais Grand ALCES, BISÕES E FAROESTE Teton e Yellowstone, este o mais antigo dos Enquanto Teton Village é mais acanhado, Estados Unidos, fundado em 1872. “O passeio Jackson é maior e mais populoso. Em cada por Yellowstone é uma aventura fantástica", esquina se sente o clima de faroeste, seja pedescreve Adriana Boischio, representante de los estabelecimentos com portas em estiJackson Hole no Brasil. "Saímos do hotel às seis lo saloon, pela típica madeira das construda manhã e, lá chegando, tomamos um café ções ou pelos animais empalhados. ao estilo americano, com panO alce é o grande símbolo local. quecas, omelete, frutas e suQuando o animal troca sua galhacos. Vestimos roupas especiais da, normalmente entre final do oue montamos em motos para fatono e início do inverno, ela é recozer uma trilha guiada. Lembro lhida e ganha formas de pórticos e que paramos por alguns miesculturas. No George Washington nutos para a manada de bisões Memorial, importante parque de passar, animais enormes de Jackson, há um pomposo arco carranca avantajada." Embora Bibiana Frantz, snow construido com esse material. Para os passeios durem o dia inteiadvisor da filial paulista ver os animais ao vivo, a dica é viro, as belezas da fauna e da flodo Point da Neve sitar o Refúgio Nacional dos Alces, ra compensam cada segundo.

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DESTINOS

AMÉRICA DO NORTE

A NOITE

ESTAÇÃO EM TRANSFORMAÇÃO

Aqueles simpáticos bares de filme com freO complexo de esqui, Jackson Hole Mountain quentadores usando chapéu de caubói, banResort, é conhecido por suas pistas íngremes da tocando ao fundo e copos de cerveja soe extensas, projetadas para esquiadores de níbre o balcão são reais em Jackson Hole. “Está vel avançado. Graças a essa estrutura radical, a enganado quem pensa que a noite oferece estação se tornou point de esportistas da velha poucos atrativos. Jackson é uma cidade viva e guarda. Há alguns anos, no entanto, o centro com boas opções de restaurantes e bares”, code esqui reavaliou seu posicionamento e pasmenta Bibiana, que dá dicas sobre sou a investir pesado na ampliao destino: “Teton Village é muito ção de pistas de níveis fácil e inbacana, mas recomendo a hostermediário. Com o objetivo de pedagem em Jackson e o desatrair famílias, inaugurou-se em locamento para a montanha por 2016 o Sweetwater, um sistema meio de transfer". Ainda que agicom gôndolas fechadas que dá tada e urbana, Jackson não perde acesso ao magic carpet, onde os o clima interiorano. Por lá praticaprincipiantes dão seus primeiros mente não há estabelecimentos passos no esporte. “Mesmo para Adriana Boischio, comerciais de grande porte. Tudo quem nunca esquiou, uma estarepresentante de é local e artesanal, desde restauda de uma semana deixa o indivíJackson Hole no Brasil rantes até lojas especializadas. duo apto a enfrentar as pistas in-

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JACKSON HOLE

Abraçado pelos icônicos parques Yellowstone e Grand Teton, o lugar impressiona pela exuberância natural, pelo visual de Velho Oeste e pela imponência de suas pistas. termediárias. Tanto é assim que hoje 40% de nossas pistas são intermediárias, o que explica o aumento no número de visitantes”, relata a representante de Jackson Hole no Brasil. À diferença de outras estações norte-americanas, administradas por grandes corporações, Jackson Hole é gerida por uma empresa familiar desde 1992, quando o americano Jay Kemmerer adquiriu a área e investiu no centro de esqui. Natural de Wyoming, a família Kemmerer conhece bem a região. "Praticamente todo o lucro obtido é revertido em investimento na montanha. Isso faz com que Jackson Hole seja uma das estações com melhor estrutura de operação", finaliza Adriana Boischio.

© Arquivo Jackson Hole

ÁREA ESQUIÁVEL Iniciantes Intermediários Avançados Meios de elevação

JACKSON HOLE 1011 ha (133 pistas) 10%

40%

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NÃO DEIXE DE CONHECER Snake River Brewpub | A maior cervejaria de Jackson oferece amplo espaço de degustação da bebida, que é elaborada artesanalmente. Figs | Fica no interior do Hotel Jackson, inaugurado há dois anos. A cozinha libanesa pertence a uma família que imigrou há anos para a cidade e hoje possui lojas e galerias de arte. Bin22 | Um wine bar moderno, com mesas altas que podem ser divididas com outras pessoas. Ótimos petiscos, além de excelente e premiada carta de vinhos. Million Dollar Cowboy Bar | Não há local mais caubói e tipicamente Velho Oeste do que este. Música ao vivo, petiscos e cerveja regam uma noite para lá de animada.

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DESTINOS

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PARK CITY

A MAIOR ESTAÇÃO E A MELHOR NEVE Com o predicado de melhor neve do mundo, Park City carrega a responsabilidade de ser um completo centro esportivo. Na pequena cidade do estado de Utah, tudo é superlativo: os flocos são os mais perfeitos entre todas as estações norte-americanas e a área esquiável é a maior do país.

© Arquivo Park City

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ark City conta com mais de 2.900 hecA fama de melhor neve dos Estados Unitares de pistas. A grandeza territorial se dos se deve ao Great Salt Lake, o famoso lago justifica pela aquisição, em 2015, da vide sal, que retira a umidade da frente fria, fazinha The Canyons, tida como a maior estazendo com que os flocos caiam sequinhos e ção de Utah. A fusão transformou o centro em leves. Tão leves que, ao incidirem sobre as árum colosso nevado, administrado pela emvores, nem sequer lhes envergam os galhos. presa Vail Resorts, Inc. “As pessoas ficavam em O resultado desse raro processo climático é dúvida entre viajar para Park City e para The uma neve fofa, perfeita para a prática esporCanyons. Ao explorarmos todo o potencial da tiva. Por sua invejável condição, a cidade, que região, eximimos o visitante da escolha, ofeestá localizada a 48 km de Salt Lake City, serecendo-lhe uma experiência diou as provas dos Jogos Olímcompleta”, diz Zach Fyne, gepicos de Inverno de 2002. rente internacional de marketing HISTÓRIA E MODERNIDADE e vendas do complexo. As duas Saindo do Aeroporto Internamontanhas são interligadas pela cional de Salt Lake City, chegaQuicksilver Gondola, uma mo-se ao destino em uma viagem derna cabine de alta velocidade fácil e rápida, de apenas 35 micom capacidade para transpornutos. Mas melhor do que a ida tar até oito passageiros por vez. é a estada. Dois dos grandes “Soma-se a isso a qualidade e a atrativos da cidade são sua hisquantidade de neve, o baixo ínZack Fyne, gerente tória e sua gastronomia. As fadice de ventos fortes e os quase internacional de marketing chadas de madeira dos restau300 dias de sol por ano”, come vendas de Park City rantes, hotéis e lojas evocam plementa Zach.

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DESTINOS

AMÉRICA DO NORTE

"As pessoas ficavam em dúvida entre viajar para Park City e para The Canyons. Ao explorarmos todo o potencial da região, eximimos o visitante da escolha, oferecendo-lhe uma experiência completa." Zach Fyne o Velho Oeste, quando a principal atividade econômica da região era a mineração. “As edificações da Main Street preservam uma arquitetura secular. Não por menos, em 1979 a cidade entrou para a lista do Registro Nacional de Lugares Históricos. Mas vale lembrar que lá também há novos restaurantes, mostrando como história e modernidade andam lado a lado em Park City”, analisa o gerente. A gastronomia é tão importante na cultura local que visitas a restaurantes são organizadas diariamente. O Park City Food Tour narra a história através do paladar: à medida que se apresenta a cidade dos tempos da corrida do ouro e da prata, vão-se fazendo paradas em restaurantes icônicos. Já o Ritual Chocolate conduz às fábricas da tradicional iguaria. E o Wine Tour, realizado pela escola de enologia Fox School

of Wine’s Mines, promove visitações a lugares históricos, além de degustação e harmonização de rótulos em vinícolas locais. HOSPEDAGEM E ESPORTE Em Park City há mais de 100 opções de hospedagem, entre hotéis, condomínios de apartamentos, hostels e pensões. A rede hoteleira é bastante democrática e varia conforme o entorno. Se a opção for pela cidade, o visitante terá atrativos como restaurantes, cafés, lojas, outlets, farmácias e mercados nas cercanias. Caso se procure sossego, Canyons Village atenderá às expectativas. Qualquer que seja o tipo de hospedagem escolhido, o turista terá como vizinho o imponente Utah Olympic Park, construído para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2002. O local

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PARK CITY

permanece de portas abertas para esportistas, aventureiros e curiosos. As atrações ali incluem slide alpino, esqui de salto, tirolesa e bobsled. A estrutura também acolhe torneios locais e é muito usada para treinos de atletas. “As Olimpíadas de Inverno colocaram Park City no cenário internacional, e desde então a quantidade de turistas só aumenta. Diversos locais foram construídos para a competição e mantêm-se em excelentes condições”, conta Zach, entusiasmado com essa cidade erguida por mineradores e desenvolvida por esportistas.

© Arquivo Park City

NÃO DEIXE DE CONHECER High West Distillery | É uma das mais afamadas destilarias de Utah. Oferece diversos bourbons, drinques, cervejas e petiscos. A estrutura de madeira do deque externo e as paredes internas da casa conferem uma atmosfera country e descontraída. Miners Camp | Fica em frente à Quicksilver Gondola. Excelente restaurante de

montanha, serve hambúrgueres, pizzas, fritas e outros saborosos lanches. O Miners Camp é um dos mais disputados estabelecimentos de Park City. Riverhorse on Main | Graças ao Sundance Festival, importante premiação cinematográfica, a cidade fica repleta de artistas em janeiro, quando boa parte deles janta no Riverhorse on Main. É um dos mais sofisticados restaurantes para quem aprecia alta gastronomia. Handle | O Handle é um restaurante de cozinha experimental baseado em ingredientes locais. O cardápio tem poucos pratos, mas todos divinos, como o patê de fígado de pato, o pato confitado e as ostras grelhadas com limão. ÁREA ESQUIÁVEL Iniciantes Intermediários Avançados Experts

PARK CITY 140 km (223 pistas) 12%

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Meios de elevação

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DESTINOS

AMÉRICA DO NORTE

WHISTLER É TUDO! Há destinos que se tornam apaixonantes no transcorrer da estada e outros que você nem bem chegou e já morre de amores, como Whistler, encantadora cidade a 125 km de Vancouver. Antes mesmo de pisar nela o turista passa por uma das mais belas rodovias do mundo.

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WHISTLER

montanhas é a Peak 2 Peak, recordista mundial pelo vão mais comprido (3,024 km), pela altura (436 m acima do vale) e por integrar o sistema teleférico mais longo, que inclui também a gôndola Whistler Village e os teleféricos Solar Coaster Express e Wizard Express. O deslocamento de uma montanha a outra dura 11 minutos e se dá por meio de 28 cabines com capacidade para 28 pessoas cada. Em Whistler, a neve é conhecida como champagne dry powder. Sua rara feição se deve à mistura com a maresia — combinação que, além de interferir na tonalidade da neve, contribui para formação de flocos leves e secos, perfeitos para a prática esportiva. Nesse cenário, o visitante desliza sobre pistas lisinhas, orientado por excelentes instrutores e passando por percursos de todos os níveis de dificuldade. A estação também oferece escalada, heli-ski e atividades nos snowparks, sendo um deles o Whistler Olympic Park, que sediou os Jogos Olímpicos de Inverno de 2010 e permanece aberto à visitação e à prática esportiva. © Arquivo pessoal

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nfluenciados pelo sucesso que teve Squaw Valley, Califórnia, como sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1960, empresários criaram aquela que se tornou a maior referência canadense de esportes de neve. Whistler, estação que fez crescer a cidade homônima de poucos mais de nove mil habitantes, foi fundada em 1966. Hoje administrada pelo grupo Vail Resorts, Inc., é uma espécie de parque de diversões nevado. Com suas ruas aquecidas e exclusivas ao trânsito de pedestres, é quase uma cidade cenográfica. A arquitetura alpina das lojas, restaurantes, cafés e galerias lembra a Áustria; mas a atmosfera amigável, a eficiência no atendimento e a organização do complexo esportivo dão ao visitante a certeza de que está mesmo no Canadá. O acesso de carro de Vancouver a Whistler é feito pela rodovia BC-99, também conhecida como Sea-to-Sky Highway Route. O nome se explica: ao percorrer o trajeto até a estação de esqui, localizada a 670 metros de altitude, o viajante vislumbra o mar, a floresta tropical temperada e os picos nevados. “A pista é sinuosa e passa por lugares incríveis, tendo sempre ao fundo os picos de Tantalus Range, a enorme faixa de cordilheira”, relata Sarah Modern, especialista sênior em comunicações internacionais do centro de esqui.

© IStock

NEVE CHAMPANHE Embora tenha sido batizada Whistler, a estação compreende duas montanhas: Blackcomb e Whistler, que juntas constituem a maior área esquiável da América do Norte, superando Aspen, Vail e Park City. Ao todo são 3.300 hectares, três geleiras esquiáveis, 200 pistas e 36 meios de elevação. A gôndola a ligar as duas

Sarah Modern, especialista sênior em comunicações internacionais de Whistler

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DESTINOS

AMÉRICA DO NORTE

© IStock © IStock

© Arquivo Whistler

© Arquivo The Westin Resort & Spa

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WHISTLER

"Além da proximidade com Vancouver, Whistler brinda o turista com um centro de neve repleto de superlativos, belezas naturais e um povo muito hospitaleiro." Sarah Modern ATRAÇÕES Situada ao pé da montanha, Whistler Village é bastante movimentada, com suas mais de 200 lojas e 170 restaurantes, além de galerias, museus e cafés. A poucos minutos de caminhada fica Upper Village, uma opção mais tranquila, embora próxima ao centro. Se a preferência for por isolamento, a dica é Creekside, localizada a cinco minutos de carro de Whistler Village. “Lá o ritmo é lento e o silêncio é frequente. É uma região pacata e próxima da montanha”, explica Sarah Modern. Whistler é um dos destinos de neve mais culturais do Hemisfério Norte. Além de eventos importantes como o Whistler Film Festival, que apresenta o melhor do cinema canadense, há dois grandes museus: o Whistler Museum e o Audain Art Museum. O primeiro se dedica à história da cidade. Por meio de relíquias, narra a vida das tribos indígenas que lá

ÁREA ESQUIÁVEL Iniciantes Intermediários

Avançados Experts

Meios de elevação

Total de pistas: 200

WHISTLER 1.480 ha

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viveram e a chegada dos desbravadores que povoaram o Canadá. O Audain Art Museum exibe pinturas e esculturas de artistas consagrados. Também tem um importante acervo histórico protagonizado pela maior coleção de máscaras dos aborígenes da terra. Cultural, simpática, organizada e a apenas uma hora e meia de carro de Vancouver, Whistler é um retrato fiel do Canadá. “Queremos ser incluídos no itinerário de quem visita Vancouver. Além da proximidade, Whistler brinda o turista com um centro de neve repleto de superlativos, belezas naturais e um povo muito hospitaleiro”, conclui a especialista sênior em comunicações internacionais da estação.

NÃO DEIXE DE CONHECER Christine's | Localizado em Blackcomb Mountain, o restaurante tem vista para as pistas e, no cardápio, o melhor da cozinha canadense contemporânea. Araxi Restaurant & Oyster Bar | Especializado em frutos do mar, o Araxi é um dos restaurantes mais procurados de Whistler Village. As ostras são o carro-chefe da casa.

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BLACKCOMB 216 km 17

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Bearfoot Bistro | No saguão do hotel Listel está o Bearfoot Bistro, um lugar requintado, famoso pela apresentação dos pratos e pelas opções dos cardápios regional e internacional.

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Conheça o novo resort Club Med da França:

Les Arcs Panorama.

O Les Arcs Panorama está localizado no coração da região da Savóia, em Les Arcs Paradiski, uma das estações de mais fácil acesso da França. O novo resort, rodeado por uma floresta encantadora, é perfeito para sua família e oferece diárias com sistema Premium All Inclusive, vista panorâmica para o Vale da Tarentaise, pistas de esqui para todos os níveis e muita diversão.

Sistema Premium All Inclusive

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Open Bar

Ski Pass

Clubes infantis de 4 meses a 17 anos

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DESTINOS

EUROPA

DE FRENTE PARA O

Mont Blanc Em 2015, ao se aventurar na Alta Saboia, Henri Giscard d'Estaing, presidente mundial do Club Med, encontrou um desnível esquiável de primeira, neve fofa e uma vista espetacular. O fruto da experiência veio à luz dois anos depois com a inauguração do Club Med Grand Massif Samoëns Morillon.

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GRAND MASSIF

© Christian Martelet

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undado em dezembro de 2017, o novo village do Club Med situa-se no coração da Alta Saboia, região formada por cinco domínios de esqui: Flaine, Les Carroz d’Arâches, Morillon, Samoëns e Sixt-Fer-à-Cheval. Distante uma hora de carro de Genebra e seis de Paris, o resort tem vista privilegiada para o icônico Mont Blanc, a segunda maior montanha da Europa. A deslumbrante beleza do cenário foi o que definiu a localização do village. Em Grand Massif, o Mont Blanc te dá bom-dia! “Aqui é muito ensolarado e seco. Graças a essa condição climática, temos neve

acumulada por dias, chegando a quatro metros de altura e sempre em excelente estado”, comenta Cleidson Reis, assistente-chefe do Club Med Grand Massif. O executivo brasileiro está há sete anos na empresa e já trabalhou nos resorts de Trancoso (BA), Rio das Pedras (RJ) e Itaparica (BA), além de Columbus Isle, nas Bahamas. Apesar de ser sua primeira experiência na neve, o frio que chega a -15 oC não o intimida, pois a estrutura do resort é perfeita. “O Club Med na montanha é um produto único. Além da hospedagem, o pacote inclui refeições, bebidas, aulas de esqui e entretenimento. É um baita custo-benefício.”

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DESTINOS

EUROPA

INVASÃO BRASILEIRA

village, esse é outro grande atrativo. "Temos um dos mais incríveis itinerários fora-de-pista da Europa. A partir de Flane, o esportista desce 14 km, passa pela reserva florestal de Sixt-Fer-à-Cheval e é premiado com a vista do Mont Blanc.”

O village, que tem capacidade para acomodar 1.200 pessoas, recebe pelos menos 1.050 hóspedes todas as semanas durante a temporada de neve, sendo uma boa parcela de brasileiros. Apenas no mês inaugural, foram 750 O RESORT brazucas, que puderam contar, inclusive, com A estrutura de Grand Massif impressiona aina facilidade do idioma, já que 18 integranda mais quando se fica sabendo que tudo foi tes da equipe falam português. “O Club Med construído em somente 18 meses. A arquiteGrand Massif Samoëns Morillon está próximo tura preserva a tradição local, mesclando peda Suíça e cercado por vilarejos lindíssimos", dra e madeira. Em seu interior relata Cleidson. Além do visuhá dois grandes restaurantes, al, outro diferencial é a estrusendo o principal especializado tura esportiva. A estação possui em gastronomia internacional a maior pista de nível intermee o outro voltado para a culinádiário da Europa, com impresria mediterrânea e pratos típicos sionantes 14 km de extensão, e da região. O Club Med Grand a segunda maior área esquiável Massif é o primeiro passo de um entre os resorts europeus do projeto que visa construir reClub Med – 160 km e 64 pistas. sorts mais amplos. Para os esquiadores de nível avançado, Grand Massif reserNicolas Francfort, diretor O VILAREJO va um roteiro fora-de-pista digdo Club Med Grand Massif O vilarejo mais próximo é Sano de cinema. Segundo o franSamoëns Morillon moëns. Lar de pouco mais de cês Nicolas Francfort, diretor do

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GRAND MASSIF

© Christian Martelet

Distante uma hora de carro de Genebra e seis de Paris, o resort tem vista privilegiada para o icônico Mont Blanc. duas mil pessoas, o simpático vilarejo chega a receber até 25 mil turistas durante a alta temporada. Suas belas construções se tornaram patrimônio histórico, o que dá ao visitante a sensação de estar em um set de um filme ambientado no Primeiro Império Francês. Ali se encontram lojas de roupas e equipamentos de esqui, cafés, restaurantes e chocolatarias. Descer até o povoado é uma das tantas atrações do destino, que une a boa infraestrutura hoteleira à natureza alpina. Para os moradores, Grand Massif é como o reblochon, seu mais famoso queijo: leve e suave na medida certa.

artesanalmente. "Até o chantili é caseiro", comenta Nicolas Francfort.

NÃO DEIXE DE CONHECER

ÁREA ESQUIÁVEL

8 M des Monts | Com decoração contemporânea, o restaurante promove exposições de arte. O cardápio oferece clássicos das gastronomias francesa e suíça elaborados

Ferme Dunoyer | Quem comanda a cozinha é o chef Michel Dunoyer, que pertence a uma conhecida família de agricultores de Samoëns. Os Dunoyers se especializaram na produção artesanal de leite para os queijos saboianos. A la Jaÿsinia | Uma das mais respeitadas confeitarias de toda a França. Geleias, sorvetes e doces à base de chocolate e framboesa estão entre as delícias mais pedidas.

GRAND MASSIF 160 km (64 pistas)

Iniciantes Intermediários Avançados

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DESTINOS

EUROPA

DIVERSÃO E GASTRONOMIA

© Arquivo Club Med

A 90 km de Turim, no coração da Via Lattea — o segundo maior domínio esquiável da Europa —, estão uma charmosa estação de esqui e o Club Med Pragelato. Nesse cenário, o casamento entre estrutura esportiva, gastronomia e diversão é perfeito.

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ara quem já esteve nos Alpes franceses, fica a dica: desfaça a ideia de Club Med que lhe vem à mente ao imaginar Pragelato. Se a experiência nos demais villages é de imersão na estrutura hoteleira, aqui a proposta é vivenciar a neve nas mais diversas situações. Ao contrário do grande resort, em Pragelato o hóspede fica em chalés localizados no centro do vilarejo, que não chega a ter mil habitantes. “Nas áreas externas das cabanas, os pequenos se divertem fazendo bonecos de neve e brincando de esquibunda. Sem dizer que, para acessar a montanha, a escola de esqui e o restaurante, o hóspede percorre ruelas a pé. Essas experiências, além de propiciarem maior contato com o ambiente externo,

despertam no visitante uma sensação de pertencimento”, descreve Cristiano Reis Simões, diretor do Point da Neve que visitou Pragelato em fevereiro passado. Apesar da atmosfera tranquila do Club Med, em poucos metros de caminhada é possível embarcar em uma gôndola com capacidade para 60 pessoas e desfrutar as atrações da Via Lattea. Utilizando o passe para a montanha disponível no sistema All inclusive, o visitante pode esquiar desde Pragelato até Sestriere, a maior estação da Via Lattea e sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2006. O passe também dá acesso às demais estações vizinhas: Gare d’Oulx, Sansicario, Cesana e Claviere.

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PRAGELATO

© Rafael Peters

COMER E COMER Entre as muitas atrações do Club Med Pragelato Via Lattea está a gastronomia. O restaurante principal é dividido em quatro ambientes e serve o melhor da gastronomia italiana e internacional. Carnes, massas, frutos do mar, pizzas e queijos produzidos na região são algumas das delícias. “Os pratos servidos nos quatro ambientes são incrivelmente bem elaborados. Sem dizer que a distribuição das comidas por ilhas é primorosamente organizada”, recorda Cris Simões, que menciona as sobremesas como atrações à parte. “Os sorvetes italianos oferecidos no restaurante são divinos.” Vale lembrar também que o Club Med Pragelato tem convênio com alguns restaurantes da Via Lattea. Basta o hóspede se identificar para que o consumo dos cardápios seja inserido no sistema All inclusive. “É uma excelente alternativa. Para quem vai esquiar em Gare d’Oulx, por exemplo, voltar ao resort apenas para almoçar pode ser um incômodo”, observa Cris.

TURIM E MILÃO Combinar a viagem para o Club Med com uns dias em Turim e Milão, eis uma bela

© Rafael Peters

programação. A pouco mais de uma hora de carro, Turim é a quarta maior cidade da Itália. Em 2006 sediou os Jogos Olímpicos de Inverno e hoje se caracteriza pela segurança de suas ruas e pelo ritmo boêmio, cosmopolita e histórico de suas praças e museus. Milão, localizada a duas horas e meia de carro de Pragelato, dispensa maiores apresentações. É a mais moderna e cosmopolita metrópole italiana. É lá que se ouve a maior variedade de idiomas e sotaques por metro quadrado no país. A capital da moda, como é conhecida, presenteia o turista com centenas de referências históricas Cristiano Simões, e contemporâneas. diretor do Point da Neve © Rafael Peters

ÁREA ESQUIÁVEL Iniciantes Intermediários Avançados Experts

VIA LATTEA 450 km (256 pistas) 12%

23%

48%

78 17%

Meios de elevação

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NA LENTE

Fatos e imagens especiais

Esqui e festa VAL D’ISÈRE • LES ARCS A brasiliense Dévola Rocha visitou dois villages do Club Med na temporada de neve 2017/2018. Curtiu uma semana em Val D’Isere, cidade localizada na região da Saboia e marcada por bosques, vales e picos nevados. De lá, partiu para Les Arcs, centro de esqui situado na comuna francesa de Bourg-Saint-Maurice. Ali está o Club Med Arcs Extreme, um resort repleto de atrações, onde esporte, gastronomia e diversão andam juntos. “A noite no Club Med Arcs Extreme é muito animada. Party every day!”, comenta Dévola, que na próxima temporada retornará aos Alpes franceses, tendo como destino Serre Chevalier, Valmorel e Grand Massif.

Montanha para todos

© Arquivo pessoal

VALMOREL Em janeiro passado, o cliente de São Paulo (SP) Felipe Novaes desfrutou o Club Med Valmorel na companhia da namorada Laryssa de Araujo. O casal aproveitou as mordomias do sistema All Inclusive e ficou impressionado com a qualidade das pistas, dos meios de elevação e das aulas de esqui. “A área esquiável é excelente. É ampla e atende todas as categorias de esportistas, desde o iniciante até o fora-de-pista, que é o meu caso”, relata Felipe, que cita o destino como ideal para famílias com filhos pequenos.

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Visual de tirar o fôlego GRAND MASSIF SAMOËNS MORILLON Gaúcha residente em Erechim, Cristiane Vaccaro é esquiadora de longa data. Em fevereiro deste ano, embarcou em uma aventura nos Alpes franceses junto com o marido, Fábio Vaccaro, e as duas filhas, Victória e Valentina. A família ficou hospedada no Club Med Grand Massif Samoëns Morillon, inaugurado em dezembro de 2017. O novo village situa-se no coração da Alta Saboia, região formada por cinco domínios de esqui: Flaine, Les Carroz d’Arâches, Morillon, Samoëns e Sixt-Fer-à-Cheval. Distante uma hora de carro de Genebra, o resort oferece vista cenográfica para o icônico Mont Blanc. Graças às aulas de esqui, Cristiane fez novos amigos. “Depois da experiência os grupos de esqui no WhatsApp só aumentaram. Em Grand Massif, as pistas são perfeitas e o visual dispensa comentários”, recorda.

© Arquivo pessoal

Neve e boa mesa PRAGELATO Após experiências em Valle Nevado e Corralco, o casal Fernanda e Roger Bandeira optou pelo Hemisfério Norte para curtir a temporada de 2018. Em março passado eles foram para Pragelato, distante 90 km de Turim, e a poucos minutos da fronteira com a França, no coração da Via Lattea. Em Pragelato está uma das mais charmosas estações de esqui europeias e o Club Med, que oferece estrutura esportiva, gastronomia e diversão na medida certa. “Foi uma experiência ótima. Curtimos demais as aulas”, conta Fernanda, que viajou na companhia do marido e dos filhos, Mateus e Laura. Entre os pontos altos da viagem, a família menciona a estrutura hoteleira com destaque para os simpáticos chalés. “A comida do resort é maravilhosa. Pragelato é um lugar para voltar muitas vezes”, completa.

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© Mauricio Mello

NA LENTE

Equipe Iguana

© Rafael Peters

© Rafael Peters

BARILOCHE Em 2018 os gaúchos da Equipe Iguana, de Porto Alegre (RS), completam 15 anos ininterruptos de viagens. A celebração dos 15 anos será em Valle Nevado, no próximo mês de agosto. No ano passado os amigos desfrutaram dez dias de muita neve, adrenalina e curtição em Cerro Catedral, a estação de esqui de Bariloche. Tiago Mendes, esquiador e assador oficial da equipe, garantiu as delícias e a diversão da boa mesa, como já é tradição nas viagens da turma.

HEAVENLY Luccas Constanza, que reside em Ourinhos (SP), embarcou para Heavenly, norte da Califórnia, em março de 2017. Escolheu viajar sozinho para desbravar o centro de esqui, que fica às margens do belo Lake Tahoe. Além da deslumbrante natureza, a estação é de altíssima qualidade, e o vilarejo ao pé da montanha oferece excelentes hotéis, restaurantes, bistrôs, cafés e lojas. “Queria curtir a montanha fazendo o máximo de descidas por dia”, explica Luccas, que ficou impressionado com a extensão das pistas e com a extasiante vista para o lago. Ele ainda combinou a viagem para Heavenly com uns dias em Los Angeles.

© Arquivo pessoal

Natureza deslumbrante

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MEMÓRIA

DE VERDADE

E

ra o início dos anos 1990. O esqui na neve era algo desconhecido para a maioria dos brasileiros. Tanto era assim que colocávamos a bandeirinha do Brasil em algum canto do macacão para o caso de encontrar algum brother em um centro de esqui deste mundão e, claro, fazer a maior festa. Durantes as temporadas de neve do Hemisfério Sul, eu ficava em Bariloche de junho a setembro, recebendo os grupos de esquiadores para a sagrada Skiweek. Eu operava com diversos hotéis e pousadas da região, pois havia quem queria ficar no centro, quem preferia a beira do lago Nahuel Huapi, e ainda quem optava pela base de Cerro Catedral para acordar junto às pistas. Assim, acabei amigo de muitos hoteleiros, vivenciando ótimos momentos ao longo de muitos anos. Entre as muitas pousadas estava a pequena e aconchegante Hosteria Santa Rita, localizada à beira do lago e com uma das mais lindas vistas deste universo. O dono era o Alfredo, uma figura especial. Executivo de multinacional, ele resolveu viver a natureza de Bariloche após um divórcio. Comprou a pousada e fez dela um lugar esplêndido. Seus happy hours eram memoráveis e atraíam gente de outras pousadas. Ficamos amigos de infância à primeira vista e eu vibrava com seus êxitos a cada semana. Mas o Alfredo sofria de amor. Aliás, de falta de amor. O êxito profissional nessa nova etapa, a natureza quase inigualável de Bariloche, os muitos amigos conquistados, os discos de jazz, o esqui no

Beto Valle, sócio do Point da Neve

© Ricardo Lage

NEVE & AMOR

Cerro Catedral, os passeios de barco no lago, os passeios de bike no Circuito Chico, tudo isso junto era pouco, pois lhe faltava o tal do Amor. Um dia... Que dia! Recebi um grupo de 20 pessoas, algumas das quais iam se hospedar na Hosteria Santa Rita. No grupo estava a Clarisse, uma professora de inglês lindona e querida, mas triste por causa de um divórcio recente. Meninos, eu vi: quando os dois se olharam na portaria, o Amor aconteceu! O Alfredo ficou gago, a Clarisse ficou muda, e quem fez o check-in dos hóspedes na pousada fui eu, absolutamente encantado com tudo. Bem, a noite deve ter sido longa na Santa Rita, mas eu tinha gente para atender em outras pousadas e saí para a ronda com meu potente Gol 84 e suas correntes para neve. No dia seguinte, ao raiar da manhã, passei na hosteria para organizar a programação de esqui da galera. O Alfredo havia preparado, durante a noite, um café na neve. Imaginem toalhas xadrez vermelho e branco, todo o tipo de guloseimas, guardanapos brancos, som escolhido (acreditam?) e mais um montão de belezuras. Tudo isso no bosque ao lado da pousada, rodeado por muita neve e em frente ao lago. Ainda tinha cheirinho de cipreste no ar e blackbirds cantando nos pinheiros. Algo lindo, em um lugar belíssimo... na mais pura Magia do Amor. É claro que deu certo. Alfredo & Clarisse seguem juntos, quase 30 anos depois, rodando o mundo e curtindo a vida. E eu sigo apaixonado pela neve e pelas histórias de amor. L’amour, toujours!

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