Revista Point da Neve Temporada Edição 5

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RE VIS TA

HUMOR NA MONTANHA

O global Marco Luque faz da neve e do snowboard refúgios da sua agitada rotina no teatro e na TV

ALPES FRANCESES

Três estações dos sonhos para quem aprecia luxo, exclusividade e tradição

CALIFÓRNIA

A terra da neve e dos esportes de inverno

PORTILLO

Os encantos da montanha para esportistas com necessidades especiais

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Sumário

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10 NA BAGAGEM Dicas para viajar com estilo

12 CONCIERGE

© Divulgação

Orientações para a saúde e o bem-estar das crianças na neve

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16 ENTREVISTA O humorista e ator Marco Luque fala sobre suas experiências na montanha e a paixão pelo snowboard

20 SABOR Mestres parrilleros revelam os segredos do asado hermano

© iStock

28 VILLA LA ANGOSTURA

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Conheça o destino mais romântico da Patagônia argentina

32 SAN MARTÍN DE LOS ANDES O vale que encanta pela hospitalidade, aconchego e diversidade cultural

38 PORTILLO

© Divulgação Ski Arpa

Saiba mais sobre a estação chilena que se dedica a ensinar esportistas com necessidades especiais

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42 SKI ARPA Traslados de snowcat e adrenalina nos melhores roteiros fora de pista do Chile

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46 TORRES DEL PAINE

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Aventure-se no parque nacional que é o principal ponto turístico da Patagônia chilena

48 CALIFÓRNIA

54 DICA DO EXPERT Passes integrados de esqui dão nova perspectiva ao turismo de neve

56 ALPES FRANCESES

© Divulgação Alpine Meadows © iStock

Neve e esportes de inverno: uma Califórnia diferente da dos seriados americanos

Confira nossa sele o de tr s estações para você pôr na sua wishlist

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60 BAQUEIRA BERET

62 JAPÃO Entenda por que o Japão se tornou um hotspot de esquiadores e snowboarders

64 GALERIA Fatos e imagens do universo da neve

48 © Divulgação Hakuba Valley

Visite o destino nevado predileto da família real espanhola

68 MEMÓRIA Aventuras e "causos" de Beto Valle

FOTO DE CAPA: DIVULGAÇÃO

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RE V

IST A

Expediente

EDIÇÃO 5 Conselho editorial: Beto Valle, Cristiano Reis Simões e Sandro Sclovsky Saltz Criação e execução: Voxx Press Comunicações Ltda. (www.voxpress.com.br) Jornalista responsável: Rita D’Cunha Pinto (Reg. Prof. 7394) Projeto editorial e edição: Rita D’Cunha Pinto Redação, entrevistas e pesquisa: Vinícius Fernandes e Rita D’Cunha Pinto Revisão: Percival de Carvalho Filipe Bonin Fotógrafo colaborador: Ricardo Lage Impressão: romo ráfica e Editora Periodicidade: Anual

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Tiragem: 3.000 exemplares

A Revista Point da Neve é uma publicação do Point da Neve Viagens e Turismo Ltda., dirigida a clientes e demais públicos de relacionamento do Point da Neve. Os destinos apresentados integram o portfólio 2019. Em caso de dúvida, entre em contato pelo fone +55 51 2108 7171 ou pelo site www.neve.com.br, que teremos o maior prazer em esclarecê-la. Avenida Coronel Lucas de Oliveira, 505/910 – CEP 90440-001 – Bairro Mont’Serrat – Porto Alegre – RS. O Point da Neve Viagens e Turismo Ltda. é titular dos direitos autorais sobre o conteúdo de toda a Revista Point da Neve e se reserva todos os seus direitos. Nenhum conteúdo aqui publicado, como material protegido por direitos autorais, marcas, logotipos e demais informações sobre as quais incidam direitos de propriedade intelectual, incluindo mas não limitado a textos, fotografias, ilustraç es e todo o conteúdo da Revista Point da Neve, poderá ser reprodu ido, alterado, modificado como uma obra derivada, redistribu do, transmitido ou usado para fins comerciais, no todo ou em parte, em qualquer forma, idioma ou meio, eletr nico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer sistema para guardar ou recuperar informações, sem expressa autorização prévia, por escrito do Point da Neve Viagens e Turismo Ltda. Qualquer uso não apropriado do conteúdo da Revista Point da Neve é estritamente proibido e pode violar a legislação de propriedade intelectual.

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Welcome

BOAS VIBES DE VIAGEM Viajar é a melhor válvula de escape

que há. Ir para a neve é o melhor método de relaxamento do universo. E juntar viagem com neve é a melhor rota de fuga já inventada. Mas para onde fugir? A Revista Point da Neve Edição 5 ajuda nessa difícil escolha, informando sobre destinos de inverno clássicos e outros recém-descobertos, e apresentando opções para quem vai em família, em casal, atrás de balada ou louco por sossego. Nossa equipe de redação apurou, escreveu, editou e concebeu para as páginas da revista indicações de lugares para você esquiar, praticar snowboard, comer, beber, passear, agitar e descansar. É um esforço de reportagem prazeroso, porque nos deixa participar da formação dos seus sonhos de viagem. revista está cheia de est mulos ao fervor dos via antes. onvidamos nossos clientes e profissionais que trabalham com turismo de neve para relatar suas experiências e contar suas histórias incomuns, como a dos instrutores de Ski Portillo que se dedicam a treinar esportistas com necessidades especiais; a trajetória da empresa i rpa, que leva esquiadores e sno boarders para áreas com neve virgem e descidas dignas de filmes de ação; ou ainda a transformação de Baqueira Beret, que passou de um destino outrora isolado para a maior estação de esqui na Espanha. Ah! Ainda tem conteúdos bacanas sobre o Japão, os Alpes franceses, a Califórnia, a Patagônia argentina e a Patagônia chilena. Tudo isso para você desfrutar a temporada mais viajandão que nunca, porque a gente sabe: quem começa a delirar por viagem nunca mais volta completamente para o juízo do sofá.

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© Ricardo Lage

Desejemos boa leitura e boas voltinhas pelo universo da neve!

BETO VALLE

betovalle@pointdaneve.com.br

SANDRO SCLOVSKY SALTZ @sandrosaltz

CRISTIANO REIS SIMÕES @crissimoes

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FÉRIAS TOP NO TOPO D

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O DOS ANDES, PARTIU? VENHA À ESTAÇÃO PREFERIDA DOS BRASILEIROS.

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Na bagagem

HYPERVOLT VENOM HYPERSPHERE

ADEUS, LESÕES 10

Práticos, portáteis e com design inovador, os produtos Hyperice são voltados para a automassagem e o relaxamento muscular, auxiliando na recuperação e prevenção de lesões. O modelo Venom proporciona calor e massagem a partir de quatro tipos de vibração com sequências variáveis. Os níveis de temperatura são ajustáveis, o controle é por touch screen e o tecido é neoprene. O modelo Hypervolt estimula o aumento da circulação por meio de massagem vibratória. Com até tr s horas de uso por carga, possui tr s configuraç es de velocidade que fornecem até 3.200 percussões por minuto. A bola Hypersphere, leve e compacta, de apenas 13 cm de di metro, a uda a liberar a tensão em áreas espec ficas. Com até duas horas de uso por carga e aprovada como bagagem de mão, é ideal para ser usada durante viagens aéreas. Com esses massageadores, você vai curtir a montanha sem dores. → maxrecovery.com.br

MÃO DE APOIO O Heroclip foi projetado para pendurar diferentes objetos em superfícies diversas. Fabricado com alumínio e borracha, este gancho rotativo multifuncional oferece liberdade para as mãos, sendo ideal para pendurar casacos molhados da neve, capacetes e mochilas. Disponível em várias opções de cores, o Heroclip é um item versátil para você levar na sua próxima ski week. → myheroclip.com

ESQUI INTELIGENTE O Snowcookie é um sistema inteligente que auxilia esquiadores a desenvolverem técnica e estilo sobre as pistas. Acoplado aos esquis e conectado ao celular, o dispositivo vem com tr s sensores sem fio que captam com precisão a velocidade, os saltos, as curvas, os ângulos e a posição do corpo. Por meio de imagens 3D, o Snowcookie mostra o que parece ser invisível. → snowcookiesports.com

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PASSO À FRENTE Lançamento da Burton, a Step On é uma bota que oferece conveniência e desempenho sem precedentes em um sistema simples e seguro. Com três pontos de conexão — dois pelo dedo do pé e um pelo calcanhar —, a bota não vem com presilhas, mas traz um sistema de fecho rápido que livra o snowboarder de precisar se curvar ou se sentar na neve para fazer o ajuste na prancha. É só pisar em cima e sair deslizando! Para testar o modelo, acesse o site da Burton e localize os endereços nos Estados Unidos e no Canadá que disponibilizam test centers. → burton.com

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16 EM 1 A Light L16 é uma câmera profissional em formato de celular. Com 16 lentes individuais e resolução de 52 megapixels, cria imagens de alta qualidade com detalhes impressionantes e cores realistas. Com ela, os fotógrafos têm a liberdade de que precisam para ampliar, cortar e dar vida à sua visão. Sua potente bateria de íons de lítio tem durabilidade de oito horas de uso contínuo, o que se traduz em 400 capturas. A Light L16 pesa 435 g, oferecendo conveni ncia sem sacrificar a qualidade. → light.co

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ABAIXO DE ZERO

Qualidade e tecnologia caracterizam os produtos fabricados pela Chaval, que desenvolveu o Alpha Heat™, tecnologia de aquecimento de vestuário. O lançamento SuperNova Heated Glove – Single Button garante mãos quentes em todas as condições, inclusive em temperaturas abaixo de zero. O calor autorregulador tem durabilidade contínua de quatro a seis horas por carga. Além do design lindo, as luvas são compatíveis com tela sensível ao toque — polegar e indicador. → chavalusa.com

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Concierge

OS PEQUENOS NA MONTANHA neve ma diversão para a garo ada. onfira algumas dicas para que a experiência dos pequenos na montanha seja plena de bem-estar e saúde.

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Se para os adultos montar um boneco de neve e se jogar na imensidão branca é um barato, imagine para as crianças! A aventura, no entanto, pode preocupar pais de primeira viagem, porque, quando o assunto é frio, o medo das doenças de inverno vem a reboque. “O frio em si não deixa ninguém resfriado. O que causa constipação é a falta de cuidado ou o cuidado inadequado com a saúde , afirma o m dico pediatra Alexandre Fiore, de Porto Alegre (RS), que também é esquiador e pai da Amanda (17 anos) e da Karina (14 anos).

CUIDADO COM AS ROUPAS Para evitar que os pequenos passem frio, é comum os pais os entrouxarem de roupas. Resulta que muitas vezes a garotada acaba passando calor, perdendo a mobilidade e ficando desconfortável. “O ideal são três camadas de roupas: a primeira deve ser uma segunda pele térmica; a segunda deve manter o calor, podendo ser um moletom grosso e a terceira imprescind vel que se a um casaco impermeável , orienta o pediatra, que cita como imperativo o uso de meias, luvas e toucas. O excesso de camadas e peças muito justas também podem provocar lesões e coceiras, sobretudo em crianças que apresentam dermatite atópica. Em relação à mudança brusca de temperatura, lexandre di ser inevitável e não v nisso grande problema o problema, a sim, o indiv duo ficar hipot rmico. t tulo de prevenção, o pediatra dá dicas de ouro uando for sair para a montanha, vista o casaco ainda dentro do hotel e, assim que voltar ao resort, tire as primeiras camadas de roupa a fim de preparar a temperatura do corpo . POINT DA NEVE

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LUVAS

TOUCA

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ALERTA COM A HIGIENE lexandre iore alerta para ambientes fechados e com aglomeração de pessoas, onde a transmissão de v rus se dá facilmente. or isso, ele recomenda que as crianças lavem as mãos ao sa rem das áreas de recreação — os tradicionais kids clubs. “No caso do pequeno apresentar sinais de resfriado, é importante ele não circular no kids club, para prevenir a contaminação dos demais.”

PRUDÊNCIA COM OS OLHOS

© Ilustração: Filipe Borin

Óculos de sol convencionais não são recomendados para uso infantil na montanha. or ficarem frouxos, podem cair, correndo-se o risco de quebrar a lente e lesionar o olho. esmo para uma simples caminhada na neve, o aconselhável equipar a garotada com óculos especiais para esqui. A incidência dos raios solares sobre o branco da neve é incomodativa e prejudicial à visão, daí esse acess rio ser indispensável.

ÁREAS DE RECREAÇÃO á que mencionamos os kids clubs, vale falar sobre o trabalho ali reali ado, onde as din micas ficam condicionadas ao clima. Em dias de céu aberto, as atividades se dão nos snowparks, enquanto que em dias de nevasca as brincadeiras são realizadas dentro do resort. Natural da epública checa, b ne olace á trabalhou em estaç es sul americanas, europeias e norte-americanas instruindo crianças e adultos. ara o esquiador ho e baseado em Aspen Snowmass, o idioma não é barreira quando os pequenos encontram afinidades. incr vel como interagem mesmo falando l nguas diferentes , comenta olace , ou od , como mais conhecido. A idade mínima para esquiar varia conforme a política de cada estação de esqui. “Primeiro ensino a andar sobre a neve com as botas, para a criança desenvolver o equilíbrio. Assim que ela conquista segurança, começo com deslizamentos lentos e fáceis. egundo o treinador, a garotada está sempre disposta a aprender e esse processo envolve muito improviso.

ATENÇÃO À FARMACINHA Embora as estações de esqui ofereçam centro de enfermagem, nunca demais levar o it de primeiros socorros. oloque nele soro fisiol gico, que serve tanto para o ressecamento do nariz, quanto para a limpeza de machucados anals gicos e antit rmicos e reidratante oral em p para o caso de v mitos e náuseas. uide da hidratação para manter as vias a reas da criança sempre úmidas e evitar dores de cabeça, irritabilidade e infecções. POINT DA NEVE

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Alpe d’Huez

Explore o novo resort do Club Med na França.

O Alpe d’Huez é o grande lançamento do Club Med em 2019. Um resort de neve localizado no cruzamento dos seis vales do Oisans, entre a França, Itália e Suíça, perfeito para receber famílias e amigos. Conheça esse cenário deslumbrante para esquiar nas melhores pistas do mundo e aproveitar o melhor do All Inclusive. Garanta a sua viagem!


RESTAURANTES EXCLUSIVOS PARA FAMÍLIAS OU APENAS ADULTOS

PISCINA EXTERNA, COBERTA E JACUZZI

RESORT MODERNO COM INOVAÇÕES DIGITAIS

250 KM DE PISTAS DE TODOS OS NÍVEIS

ACESSO À PISTA MAIS LONGA DO MUNDO


Entrevista

LUZ, CÂMERA E NEVE Entre gravações e apresentações, o humorista e ator Marco Luque descobriu a montanha, a neve e o snowboard, combo que virou o refúgio da sua agitada rotina.

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ocê já o terá visto na TV, nos palcos de teatro, no stories do Instagram ou no YouTube, onde o canal dele tem mais de um milhão de inscritos. O humorista e ator Marco Luque é impagável quando incorpora o motoboy Jackson Faive, o taxista Silas Simplesmente e o rastafári vegetariano Mustafary, personagens que há três anos levam diversão ao Altas Horas, programa da Rede Globo apresentado por Serginho Groisman. Quem só o conhece por suas interpretações, no entanto, não imagina que um dia ele vislumbrou a carreira de jogador de futebol e que também é um tremendo snowboarder. É na neve que Marco Luque encontra refúgio e paz para enfrentar sua rotina atribulada, dividida entre teatro, televisão, contratos comerciais e seus grandes amores, as filhas Mel, de 6 anos, e Isadora, de 8 anos. Confira a seguir as dicas deste global para o snowboard e as suas experiências na montanha.

Em suas redes sociais há mais registros de montanha que de litoral. A neve é a sua praia? Eu gosto muito da neve. Foi ali que encontrei meu esporte predileto, o snowboard. Mas não deixo de ir à praia, e quando vou gosto de praticar futevôlei.

O que fez você optar pelo snowboard e não pelo esqui? uando criança, eu era s atista. identificação com o snowboard veio daí.

Considerando que os esportes de neve são pouco praticados no Brasil, como e quando nasceu seu interesse pelo snowboard? Minha primeira experiência com o snowboard foi em 2012, em Valle Nevado (Chile). Lá conheci uma galera de lorian polis de quem fiquei muito próximo. Tanto é que não deixamos passar uma POINT DA NEVE

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temporada sequer sem praticarmos juntos. Além de ser um esporte que exige grande demanda física, possibilita boa interação social. É muito divertido praticar com os amigos.

Além do sistema all inclusive, agora são oferecidos os multi-resort ski passes. Ficou mais acessível viajar para a neve? É notório o empenho dos resorts e das estações de esqui em proporcionar excelentes temporadas. A cada ano são criadas novas facilidades para que mais pessoas possam desfrutar o que a neve tem de melhor.

Descreva sua sensação ao visitar pela primeira vez uma estação de esqui e como foram as experiências iniciais na prancha. A montanha é encantadora e proporciona um

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MARCO LUQUE HUMORISTA E ATOR © Divulgação

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Entrevista

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“Além de ser um esporte que exige grande demanda física, possibilita boa interação social. É muito divertido praticar com os amigos.”

astral leve em razão do contato com a natureza. Mas não é fácil começar a praticar um esporte de neve. Os primeiros dias requerem paciência e dedicação, e não são todos que conseguem superar as dificuldades iniciais. Mas, vencida essa etapa, o bichinho pica e tudo fica imensamente pra eroso.

Você já levou suas filhas à montanha. Como é viajar com crianças para resorts de neve? inhas filhas amam a montanha e a neve Elas gostam de esquiar, fazem aulas com instrutores e já progrediram bastante. Hoje elas descem a montanha, e é muito legal percorrer as pistas com elas.

© Divulgação

O que você sente ao deslizar e saltar na neve em alta velocidade: a tensão da adrenalina ou o relaxamento da liberdade?

Qual é sua estação de esqui predileta nos Estados Unidos? Snowmass é incrível. Faz cinco anos que vou para lá todo mês de janeiro. Recentemente, conheci estações de esqui na região de Lake Tahoe, entre a Califórnia e o estado de Nevada, que me deixaram encantado. Mas Snowmass ainda é a minha número um.

E na América do Sul, qual é a sua preferida? Cerro Chapelco, na Argentina, é muito legal. A cidade onde fica a estação, San Martín de Los Andes, é muito charmosa, tem vários bares e os hotéis ficam na região central, o que ocasiona conforto e fácil acesso. San Martín de Los Andes tem certa semelhança com Campos do Jordão, em São Paulo.

A adrenalina é impressionante. Alcançar 80 km/h sobre uma madeirinha — a prancha de snowboard muito desafiador. Enfrentar o medo e encarar a montanha é uma grande conquista.

Na sua opinião, quais são os destinos de neve que têm a noite mais animada e a melhor gastronomia?

Você costuma conciliar suas apresentações internacionais com viagens à neve?

Você tem a percepção de que o brasileiro está viajando mais para destinos de neve?

refiro separar, pois assim posso me dedicar de corpo e alma a cada atividade. Quando estou na neve, gosto apenas de curtir e relaxar.

Na verdade, o que eu percebo é que tem brasileiro em todos os lugares do mundo. Para qualquer destino de neve que vou, encontro um.

Os restaurantes de Snowmass são excelentes e Aspen é bem movimentada e divertida durante a noite.

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SUA MAJESTADE, EL ASADO! Motivo de orgulho para os argentinos, o churrasco representa bem mais do que uma simples refeição dominical. Clima, vegetação e cultura gastronômica jogam a favor do país que tem no asado uma bandeira nacional.

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Argentina é um país parrillero. Isso significa não s uma nação not ria pelo abundante consumo de carne de gado, como também toda uma cultura gastronômica ligada aos rebanhos bovinos. Os bifes de ancho e de chorizo estão para a rgentina assim como as pi as e os talharins estão para a tália e a fei oada para o rasil. Não conversa para boi dormir: na Argentina a carne tem um sabor diferente.

PARRILLA X CHURRASCO

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Fundador da Escuela Argentina de Parrilleros, há nove anos arlos at pe vem se dedicando a ensinar as melhores técnicas para preparar um assado. Instalado numa estrutura anexa ao restaurante do pai — a Parrilla Checho —, o chef instrui aprendizes de todas as partes do mundo. Norte-americanos, ingleses e guatemaltecos são algumas nacionalidades que já passaram por sua

afamada escola. “O assado argentino é mundialmente famoso, por isso as pessoas nos procuram para aprender”, comenta o mestre, que trata de desmitificar as diferenças entre a parrilla argentina e o churrasco brasileiro. “O que difere é o modo de preparo. Enquanto no Brasil predomina o uso do espeto, na Argentina se usa a grelha.” Afora isso, a matériaprima outra diferença nada sutil. No Brasil, o zebu — animal que tem uma enorme corcova — é o mais popular, embora no Sul e no Sudeste também seam comuns as raças europeias. á na rgentina, os rebanhos em sua grande maioria são povoados por angus e hereford. diferença de sabor está na quantidade e na locali ação da gordura. angus, por exemplo, tem no seu contrafil ou ancho) 6% de gordura, porcentagem que é a soma da manta externa com a gordura marmorizada — aquela entremeada à carne —, estando aí a chave para a sua maciez, suculência e sabor. O nelore, principal raça ebu na brasileira, tem de gordura no contrafil , ra ão por que a carne mais dura e seca se comparada s raças criadas no pampa argentino. angus e o hereford são raças bovinas que resistem bem s baixas temperaturas. or isso se adaptam melhor ao nosso clima , ustifica at .

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CARNE DOS TROPEIROS as, afinal, quem o pai do churrasco churrasco tal como o conhecemos tem sua origem entre os tropeiros, que viajavam pelo Uruguai, Argentina e sul do Brasil para transportar mantimentos. Com o tempo, esses peregrinos perceberam que o gado usado como meio de transporte também poderia dar uma rica e saborosa fonte de alimento. astava o fogo de chão, uma faca afiada e galhos de árvore para sustentar o boi á carneado unto à brasa. Assim nasceu o churrasco, que era temperado com o mesmo sal grosso que fazia parte da dieta do rebanho. Para suportar as longas e exaustivas jornadas, os tropeiros não podiam dar se ao luxo de desperdiçar qualquer que fosse a parte da rês. A necessidade de consumir praticamente todo o animal acabou por moldar a parCarlos "Paty" López rilla argentina, que até hoje leva Chef à brasa o chinchulín intestino POINT DA NEVE

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delgado), a morcilla linguiça feita com sangue coagulado), achuras rgãos menores como rins e fígado), a molleja timo e a criadilla test culo . No rasil, em contrapartida, comemos apenas os cortes nobres do animal, como a fraldinha, o vazio, a maminha, a costela e a picanha.

SENSIBILIDADE DE ASSADOR Na Argentina costuma-se dizer que um bom parrillero é alguém dotado de privilegiada capacidade sensorial. Para uma boa parrilla, o ideal é trabalhar com temperaturas entre 1 e1 . aso o fogo ultrapasse essa m dia, a gordura ficará saturada e a carne queimada, gerando colesterol ruim. Por outro lado, se o calor for inferior, em vez de assar a carne, sua água interna vai ferver e ressecá la. m bom churrasqueiro não usa termômetro, mas os seus cinco sentidos:

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ASADO ARGENTINO

CHURRASCO BRASILEIRO*

MÉTODO DE ASSAR A CARNE

Grelha

Espeto

MÉTODO DE PREPARAR O FOGO

Lenha

Carvão

TIPO DE SAL efi

Na Argentina costuma-se dizer que um bom parrillero é alguém dotado de privilegiada capacidade sensorial. visão, audição, tato, olfato e paladar , ensi na pe , que sempre recomenda pre ar o “tempo da carne”. Esse tempo é ditado pela espessura e pela quantidade de sangue, sendo que cortes consistentes e com mais suco interno demoram mais para ficar pron tos. “O segredo é nunca adiantar nem atrasar esse ritmo”, revela.

CORDEIRO PATAGÔNICO Você pode rodar toda a Buenos Aires que dificilmente encontrará um cordeiro como aquele que é preparado na Patagônia. O cordeiro patagônico é uma das principais receitas de nossos vizinhos, e parte do segredo está na qualidade do pasto que é oferecido aos animais. “O sabor diferenciado vem da grama cultivada na região. s baixas tempe raturas fazem o pasto desenvolver uma prote na que não encontrada em outros solos ,

Grosso

APERITIVO Queijo provolone grelhado

Pão com alho e queijo coalho

PRIMEIRO PRATO Coração de frango, Morcilla, achuras,

molleja, chinchulín e criadilla

asinha de frango e linguiça

CORTES Chorizo, ancho, costela, maminha e fraldinha

Picanha, maminha, fraldinha e costela

GUARNIÇÕES Batata frita, salada, legumes e molho chimichurri

Farofa, arroz, salada e vinagrete

onsideraram se os itens predominantes no rasil , embora existam variaç es de região para região.

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explica dolfo ansma. dolfo administra a Estancia Nibepo Aike, uma fazenda de 12 mil hectares, localizada dentro do Parque Nacional Los Glaciares, a 55 km de El Calafate. O empreendimento herdado de seu avô oferece hospedagem e uma experiência agroturística no ponto mais austral do planeta, com direito a cavalgadas, tre ing, dia de campo e, claro, degustação do afamado cordeiro patagônico acompanhado de excelentes vinhos. Espetado numa cru de ferro cravada no chão, o cordeiro já carneado tem suas extremidades amarradas por um arame, dando início a um preparo de três horas. O segredo está no tempo de cocção, que exige paciência e respeito ao processo. “Primeiro pré-aquecemos a carne com a fumaça da lenha, depois a temperamos com sal e adicionamos um pouco de água quente para selar o tempero. Adolfo Jansma assadas as tr s horas, finali aAdministrador da Nibepo Aike mos na salmoura. O resultado é POINT DA NEVE

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uma carne suculenta, macia e delicada, apreciada por sua textura única”, instrui Adolfo.

EL ASADO GOURMET Nem mesmo o tradicional churrasco passou inc lume pelas transformaç es gastron micas e pela ascensão do veganismo. resci entre as parrillas e sou assador há mais de anos, mas entendo que o mundo se transforma. Hoje, além das parrillas tradicionais, que servem apenas a carne, há também um preparo incrementado, que acrescenta à grelha cogumelos, piment es e outros vegetais , observa pe . ara ele, a parrilla uma refeição democrática. “Diferente do espeto, sobre a grelha é possível colocar tudo. Há pouco tempo, ensinei um aluno a preparar pizza na parrilla. O asado é e sempre será nossa bandeira nacional. Ele pode se transformar, mas jamais perder sua essência”, conclui.

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PARRILLA NA NEVE Confira a seleção das melhores parrillas em destinos de neve na Argentina. → AL ALBA PARRILLA RESTO Embora tenha um ambiente simples, este restaurante de Villa La Angostura serve carnes deliciosas. A enorme parrilla posicionada à frente das mesas oferece aos clientes o que há de melhor em termos de asado argentino. AVENIDA ARRAYANES, 256 – VILLA LA ANGOSTURA Divulgação

→ ALTO EL FUEGO Em meio ao agito de Bariloche, há uma churrascaria instalada numa casa de madeira datada de 1941, localizada no Centro Cívico. Os legumes assados na brasa e as papas fritas são excelentes acompanhamentos para aquela que é considerada a melhor parrilla da cidade.

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CALLE 20 DE FEBRERO, 451 – SAN CARLOS DE BARILOCHE Divulgação

→ BODEGON FUEGUINO restaurante, que tem como sede um casarão de 1 , brinda o cliente com um dos melhores assados de Ushuaia. Servida em ambiente rústico e aconchegante, a comida é farta e de qualidade. AVENIDA SAN MARTÍN, 859 - USHUAIA

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→ PATAGONIA PISCIS PARRILLA Situada no centro de San Martín de Los Andes, é uma das mais famosas parrillas da cidade. Da vitrine pode-se ver o cordeiro sendo preparado no estilo tradicional. CALLE GENERAL VILLEGAS, 598 – SAN MARTÍN DE LOS ANDES

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Destinos América do Sul | Villa La Angostura

PATAGÔNIA ROMÂNTICA Exclusiva, romântica e charmosa, Villa La Angostura é um destino de natureza exuberante situado numa das maiores áreas esquiáveis da Argentina.

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cordar e avistar um imenso lago, escutar o canto dos pássaros e respirar o ar puro dos bosques é privilégio de poucos destinos esquiáveis. Esqueça o agito, os carr es importados e as filas para esquiar e comer. Villa La Angostura é um lugar pequeno, bucólico e que proporciona imersão no que a Patagônia tem de melhor: a natureza. Localizada entre Bariloche e San Martín de Los Andes, a cidade é tida como o melhor roteiro de inverno para casais na Argentina. Suas ruas tranquilas e seus inúmeros bosques impregnam de romantismo o lugar. “É uma cidade bacana para ser desfrutada em família, mas acima de tudo é ideal para casais que curtem privacidade, belos cenários e bons vinhos”, descreve Roberto Tonin, sócio do oint da Neve para a filial de lorian polis.

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LAGOS, BOSQUES E URBANIZAÇÃO Villa La Angostura é abraçada pelos lagos Nahuel Huapi e Correntoso. O primeiro é um dos símbolos da Patagônia argentina, e o segundo é famoso por suas

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Destinos América do Sul | Villa La Angostura

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trutas. Como não poderia deixar de ser, a tradição pespessoas. Se em San Martín de Los Andes as atrações queira in uenciou a formação da cidade, que, diferense concentram numa determinada região, em Villa ça das vizinhas Bariloche e San Martín de Los Andes, não La Angostura a marca é a descentralização. Embofoi povoada pelos índios mapuches. A tribo só se avenra o comércio fique na avenida principal, a rede hoturava por ali em busca de cervos e trutas, pescado que teleira é bastante pulverizada. No bairro Correntoso até hoje é referência gastronômica de Villa La Angostura. estão os hotéis luxuosos e exclusivos, sendo alguns O lugar tardou a urbanizar-se, e isso explica, em situados em meio aos bosques e margem do lago. parte, a tranquilidade das ruas Já o bairro Bahía Mansa oferee a predominância da arquitece opções de hospedagem mais tura em estilo alemão. No séeconômicas. É de lá que parte culo XIX, imigrantes alemães a embarcação com destino ao assentados no Chile rumaram Parque Nacional Los Arrayanes, para Villa La Angostura, e com reserva natural onde predomio tempo vieram a transformar o na a espécie Luma apiculata, árvilarejo em cidade. Nas últimas vore de tronco avermelhado podécadas, o crescimento popupularmente chamada arrayane. lacional tem sido significativo. “O parque é muito lindo! É tão Em 1991 eram 3.056 habitantes, bonito que a gente chega a perRoberto Tonin Sócio da franquia do Point em 2001 a população já totalider a fala enquanto o percorre”, da Neve de Florianópolis zava 7.301, e hoje chega a 12 mil lembra Roberto. rquivo oint da Neve lorian polis

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© Divulgação La Escondida © Divulgação La Escondida

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“É uma cidade bacana para ser desfrutada em família, mas acima de tudo é ideal para casais que curtem privacidade, belos cenários e bons vinhos.” Roberto Tonin

CERRO BAYO Distante 9 km do centro de Villa La Angostura, a estação de esqui Cerro Bayo é considerada uma estação-butique em razão da qualidade de seus serviços, de sua ótima infraestrutura e de sua atmosfera tranquila. São 14 km de área esquiável e 25 pistas para todos os níveis de dificuldade. s percursos para iniciantes são longos, o que proporciona sensação de liberdade. A escola conta com professores qualificados e elosos, e oferece aulas particulares e em grupo. Além de esqui e snowboard,

caminhadas com raquete, tubing e fora de pista são as atrações da montanha. “A acessibilidade dos terrenos fora de pista é um ponto a ser destacado. Você pode chegar a essas áreas esquiando”, observa Roberto. Na base da montanha há seis restaurantes com cardápios de qualidade e serviço atencioso, ficando de fora os fast-foods presentes na maioria das estações de esqui. Destaque para o Point 180, que, além de excelentes pratos, possui um agradável ambiente. ale registrar que o i fi gratuito na base da montanha faz a festa dos instagramers. Cerro Bayo está a 114 km de Cerro Catedral, em Bariloche; e a 119 km de Cerro Chapelco, em San Mart n de os ndes. u se a, caso o esportista queira diversificar as pistas, pode dar um pulo nas estaç es vizinhas. “Para mim, Villa La Angostura é o melhor lugar para se hospedar na região. Ao mesmo tempo que está resguardada, fica perto de tudo. l m de ser um excelente destino de neve, é um maravilhoso destino gastron mico , finali a oberto. POINT DA NEVE

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Destinos América do Sul | San Martín de Los Andes

CHARMOSA E PLURAL

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San Martín de Los Andes possui uma atmosfera aconchegante e hospitaleira, que contrasta com sua diversidade cultural.

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ram meados de 1989 quando o engenheiro civil Eduardo Brunelli resolveu esquiar pela primeira vez, elegendo como destino San Martín de Los Andes, na Argentina. “O avião era pequeno e eu estava com um grupo de 20 amigos, o que equivale a dizer que éramos boa parte da tripulação”, diverte-se. No início, o povoado causou-lhe estranheza. “Era um lugar simples e pequeno. ensei que fim de mundo este . Mal sabia Brunelli que para lá ele voltaria mais outras 11 vezes e constituiria com a cidade uma relação de afeto inimaginável sob aquela primeira impressão.

© Divulgação Cerro Chapelco

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MAPUCHES E EUROPEUS Apesar do lugar ser pequeno, é internacional. Imigrantes vindos da Alemanha, da Itália e da Polônia se somaram aos povos mapuches, nativos da região, conferindo pluralidade à cidade. Tanto é assim que numa mesma área se encontra uma cantina italiana, um restaurante polonês, uma confeitaria alemã e uma comunidade mapuche. “Quando indago a razão por que esses imigrantes escolheram San Martín de Los Andes e não um centro maior, tenho como resposta que foi pelo aconchego e hospitalidade”, observa o engenheiro.

REGIÃO COBIÇADA

ATRAÇÕES

Lar de pouco mais de 20 mil habitantes, San Martín de Los Andes é conhecida por sua estação de esqui, situada a 17 km do centro e batizada Cerro Chapelco. A cidade forma com Villa La Angostura, que está a 108 km, e Bariloche, a 190 km, uma das regiões mais cobiçadas da América do Sul para a prática de esportes de neve, trekking e escalada. Por onde você olha, há montanhas, lagos e bosques, sendo o Lago Lácar um dos símbolos de San Martín de Los Andes. Não foi por menos que a urbanização da cidade se iniciou no seu entorno e mais tarde acabou avançando pelo vale. “Lá tudo é próximo e plano”, descreve Brunelli.

San Martín de Los Andes não é efervescente, mas também não se pode dizer que é pacata. O meio-termo é justamente um de seus diferenciais. “Já viajei para este destino com minha esposa e depois quando os meus filhos eram crianças, adolescentes e adultos, e ainda com meus pais, e posso afirmar que um timo lugar também para quem não esquia”, diz Brunelli. “As opções de lojas, cafés e restaurantes fazem com que San Martín de Los Andes não se torne entediante.” A cidade conta com aeroporto próprio, onde é possível pegar transfers. Para quem desejar passear pela região, a dica é alugar um carro, seguir pela POINT DA NEVE

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Destinos América do Sul | San Martín de Los Andes

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A cidade forma com Villa La Angostura, que está a 108 km, e Bariloche, a 190 km, uma das regiões mais cobiçadas da América do Sul para a prática de esportes de neve, trekking e escalada.

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Ruta Nacional 40 e percorrer os 195 km que ligam San Martín de Los Andes a Bariloche. O caminho é repleto de lagos, mirantes, trilhas, vilarejos e restaurantes que fazem a alegria dos apreciadores de vistas maravilhosas.

uma das melhores da atag nia argentina. ustificativa era que em virtude da geografia, marcada por lagos e montanhas, os ocos que ali se formam são excepcionalmente leves, originando a chamada neve powder. “Custou-me acreditar, pois sempre pensei que a melhor neve estava nas estações maiores. Mas, de fato, a de Cerro Chapelco é a excelente”, opina. Cerro Chapelco é uma estação de esqui de médio porte, que se moderniza a cada temporada para atender snowboarders e esquiadores vindos de diversos países. Entre os 45 km esquiáveis, há uma pista exclusiva para as crianças e um snowpark com uma área projetada para a prática de freestyle. Aos que dispensam os esportes de neve oferece-se a possibilidade de subir às zonas intermediárias da montanha para contemplar a vista do Lago Lácar e do vulcão Lanín. “A maioria das estações reserva a base para os que não esquiam. Em Cerro Chapelco é diferente: até mesmo meus pais puderam subir a montanha para avistar toda a região. Ainda hoje eles recordam a beleza do lugar.”

LAGOS E PEIXES Quem mora lá garante: a movimentação durante o verão é tão intensa quanto no inverno. Quando os termômetros sobem, a maioria dos destinos de neve sul-americanos vê os turistas minguarem. Mas é no verão que an art n de os ndes recebe aficionados por pesca, que viajam centenas e às vezes milhares de quilômetros em busca de trutas nos lagos Filo Hua Hum, Meliquina e Lácar. “As carnes bovina e ovina são tradição na Argentina, mas lá o cardápio é amplo graças aos saborosíssimos peixes locais , afirma runelli.

NEVE POWDER E CERRO CHAPELCO Antes de visitar o destino pela primeira vez, Brunelli ouvira de amigos que a neve que cai sobre a cidade é

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EDUARDO BRUNELLI, UM APAIXONADO POR CHAPELCO

1990

1991

2009 ∙ Cristina Dall’Igna, Eduardo Brunelli, Lucca Brunelli e Luigi Ribeiro

1997 ∙ Eduardo e o filho Lucca

2010 ∙ Cristina Dall’Igna e Eduardo Brunelli

2006 ∙ Eduardo e os filhos Eduarda e Lucca

2012 © Arquivo pessoal

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Destinos América do Sul | Portillo

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NEVE PARA TODOS POINT DA NEVE

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Há duas décadas, Portillo se dedica a ensinar esportistas com necessidades especiais. Essa estação de esqui chilena mostra que não existem limites para o sonho de deslizar sobre a neve.

issociar defici ncia f sica de incapacidade um paradigma a ser quebrado por todos os indiv duos portadores de necessidades especiais. e há pessoas que remam, nadam e lutam sem ter o movimento das pernas, tamb m poss vel descer uma montanha de . m de altura a 1 m h. udo poss vel na montanha. m parapl gico pode estar tão pronto para viver uma experi ncia radical quanto um esquiador com todos os movimentos do corpo , afirma anuela appellini, instrutora de i ortillo, uma das primeiras estaç es sul americanas a criar programas de esqui adaptado. Distante 1 m da capital antiago, i ortillo recebe desde a fundação ndes ágico, que se dedica a habilitar ao esqui crianças e ovens portadores de defici ncias motoras, visuais, intelectuais e cognitivas.

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© Divulgação Ski Portillo

ESPORTE PARAOLÍMPICO avanço da tecnologia esportiva trouxe mais possibilidades ao paradesporto e aumentou a responsabilidade de quem ensina. professor precisa de muito preparo e conhecimento , comenta anuela, que obteve no seu pa s natal, a u ça, a formação requerida para lecionar na área. oi no elho ontinente que o esqui adaptado nasceu. p s a egunda uerra undial, foram desenvolvidas na ustria cadeiras especiais para que esquiadores com sequelas da guerra continuassem a praticar o esporte. eteranos com membros inferiores amputados ou paralisados passaram a fa er descidas com o aux lio de estabilos, equipamentos especiais que servem de apoio aos braços, exercendo a mesma função dos bast es de esqui convencionais. esporte foi incorporado aos ogos araol mpicos de 1 , reali ados em rns ldsvi , u cia. De lá para cá, foram somadas ao evento as modalidades esqui cross countr para atletas com defici ncias f sicas e visuais, e sno board paraol mpico para esportistas com defici ncia nos membros superiores e com movimento parcial dos membros inferiores. POINT DA NEVE

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QUALIFICAÇÃO E DIDÁTICA o passo que anuela se qualificou na u ça, mar ngel, tamb m instrutor em ortillo, via ou para spen em busca de especiali ação. hoclo, como mais conhecido, dedica se a ensinar portadores de defici ncia visual e cognitiva, al m de parapl gicos, tetrapl gicos e amputados. s primeiros exerc cios são feitos em locais planos, mas variam de acordo com a necessidade do aluno. s que apresentam limitaç es nos membros inferiores precisam usar estabilos para desli ar e frear. s movimentos de braço são fundamentais eles que proporcionam equil brio e segurança na montanha , explica hoclo. cada temporada ortillo acolhe participantes motivados, vindos de diferentes regi es do hile para praticarem esportes de neve e se encantarem com as montanhas como parte do seu programa de reabilitação. ão esportistas que exigem criatividade do

professor e, em contrapartida, respondem com capacidade f sica e afeto. Eles são carinhosos, alegres e muito verdadeiros. e não querem esquiar por cansaço, logo di em. ara treiná los preciso improvisar, criar exerc cios novos e estar preparado para imprevistos , comenta hoclo. ara anuela, o segredo está na didática e na exibilidade. sucesso da aprendi agem depende da capacidade adaptativa de quem ensina. m exerc cio que funcionou para um esportista pode não funcionar para outro. reinar pessoas com necessidades especiais desafiador, mas nos torna indiv duos muito melhores , afirma anuela. l m do ndes ágico, o time de instrutores de i ortillo tamb m atende a undaci n Ni o áncer, o elet n hile e o hallenge spen. raças a esses programas mais de crianças e ovens t m se beneficiado e muitos instrutores foram capacitados.

Portillo acolhe participantes motivados, vindos de diferentes regiões do Chile para praticarem esportes de neve como parte do seu programa de reabilitação.

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rquivo pessoal

Poke Martínez Atleta que participou dos Jogos Paraolímpicos de Inverno de 2010, em Vancouver

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SUPERAÇÃO NA NEVE esporte paraol mpico devolveu a eonardo art ne a alegria que ele pensava ter perdido numa montanha de as e as em . nstrutor daquela estação, então aos anos, o e art ne , como mais conhecido, sofreu um acidente quando reali ava um salto de esqui. argentino, que esquiava desde os seis anos de idade, perdeu todos os movimentos das pernas. oram quatro longos anos at redescobrir o esporte. Desistir passa pela cabeça de qualquer um que sofre um acidente como o meu, mas minha fam lia e meus amigos me mantiveram firme , conta o esportista, que teve no irmão o maior exemplo de mobili ação. eu irmão ndr s art ne foi Espanha para fa er um curso de esqui adaptado a fim de me a udar. om esse apoio, eu não tinha como desistir.

Não foi fácil estar numa cadeira depois de tantos anos em p sobre os esquis. No in cio me sentia preso e sem liberdade, mas fui pegando confiança, comecei a dar os primeiros giros, e a bateu aquela vontade de competir novamente , relembra o e, que participou dos ogos araol mpicos de nverno de 1 , em ancouver, e segue disputando torneios internacionais. acidente e o redescobrimento do esporte transformaram sua perspectiva de vida. uitas coisas mudaram na minha vida, e não foi s fisicamente. o e sou uma pessoa mais forte e encaro os problemas com uma perspectiva simples, pois a maioria dos nossos obstáculos está na nossa mente , conclui o atleta vencedor nas pistas e na vida.

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Destinos América do Sul | Santiago do Chile

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AVENTURA RADICAL NOS ANDES Conheça os roteiros da Ski Arpa, empresa que se dedica a levar esquiadores e snowboarders para áreas com neve virgem e descidas dignas de filmes de ação. ra 1983 quando o austríaco Toni Sponar, que por anos trabalhou em Portillo, resolveu empreender nos arredores de Santiago. Deu início, ainda naquele ano, à construção de um resort em Valle Arpa, situado a 104 km da capital chilena, mas uma avalanche devastadora alterou para sempre o rumo do negócio. Soterrado pela neve, o empreendimento foi cancelado, para ser retomado somente em 2003. A ideia era erguer no mesmo local outra estação de esqui, mas era preciso atrair investidores. Para isso, o austríaco passou a levar até lá, de snowcat, potenciais interessados no projeto. Sponar fazia viagens que partiam de Santiago num veículo com capacidade para 12 pessoas, e acabou

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percebendo que ali estava o seu negócio. Assim nasceu a Ski Arpa, empresa que se dedica a transportar esquiadores e snowboarders para a montanha, guiá-los na aventura e conduzi-los de volta à cidade.

TRASLADOS DE SNOWCAT O negócio cresceu bastante e a Ski Arpa, que já conta 16 anos, se tornou a principal referência sul-americana de traslado em snowcat. O veículo, projetado para rodar na neve, é dotado de cabine fechada e tem o tamanho de um caminhão. Ele parte da Ruta Los Libertadores, a mesma que conecta Santiago a Portillo, em direção ao Valle Arpa e ao Valle La Honda. Ambos proporcionam vistas privilegiadas do

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Monte Aconcágua, o pico mais alto da América do Sul. “É uma vista maravilhosa que dificilmente se vislumbra das estações de esqui”, comenta Brian Pearson, o gerente da empresa, que oferece alternativas aos que optam por fazer um bate-volta entre a montanha e Santiago.

avaliando as rotas com melhores condições, as mais seguras e as mais divertidas”, explica o gerente, que recomenda o passeio a esportistas mais experientes. “Como são destinos fora de pista e muito íngremes, aconselhamos que o visitante tenha um nível avançado para melhor desfrutar a experiência.”

NEVE VIRGEM

ADRENALINA NA MONTANHA

A Ski Arpa faz dois traslados por dia, um de manhã e outro à tarde. Ao chegarem ao destino, os aventureiros imediatamente se encantam com a qualidade da neve. “Nossos clientes estão acostumados a deslizar nas pistas das estaç es de esqui, mas ficam impressionados com o que oferecemos, pois fazemos trajetos fora de pista com neve virgem”, explica Brian. Não há percursos pré-determinados: o visitante é levado para a área do vale com a melhor condição esquiável do dia. guia fica com o grupo durante todo o turno,

O Valle Arpa se caracteriza pelo seu terreno muito escarpado, somente acessível por snowcat. Já o Valle La Honda conta com descidas um pouco menos íngremes, podendo ser acessado por esqui e por quem vem de Valle Arpa. Os dois vales oferecem experiências completas para esportistas que gostam de trajetos fora de pista, neve powder e percursos entrecortados por vegetação. Os roteiros da Ski Arpa são ótimas alternativas para quem curte uma atmosfera urbana, mas não abre mão da adrenalina na montanha. POINT DA NEVE

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Destinos América do Sul | Torres del Paine

PATAGÔNIA SELVAGEM Geleiras, lagos, picos de tirar o fôlego e 242 mil hectares de natureza. Conheça Torres del Paine, o parque nacional mais incrível do Chile. s gélidas rajadas de vento foram a trilha sonora das férias do empresário Mauro Dorfman, de sua esposa, a produtora de festas infantis uciana h art mann, e das filhas Cecília e Alice, de 11 e 14 anos respectivamente. Em janeiro de 2019, a família gaúcha desbravou a Patagônia, iniciando a aventura em El Calafate, Argentina, e concluindo-a em Torres del Paine, Chile. “Nosso briefing para a equipe do Point da Neve foi: queremos fazer uma imersão na natureza, e o nosso esporte é o trekking, não o esqui”, conta Mauro ainda entusiasmado com a experiência que ele e a família vivenciaram. Principal ponto turístico da Patagônia chilena, Torres del Paine é um gigantesco parque nacional cuja cordilheira se formou no decurso das últimas eras glaciais. O cenário também é composto de imensos icebergs e lagos em tons de verde, azul e cinza. “Os lagos formados a partir do degelo têm cores impressionantes que resultam da volumosa carga de minerais provenientes das encostas”, explica Luciana.

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HOSPEDAGEM E GASTRONOMIA A família escolheu hospedar-se em Puerto Natales, distante 110 km de Torres del Paine, por ser essa a cidade mais estruturada da região. Lá, os restaurantes servem o melhor da gastronomia patagônica, destacando-se o famoso assado de cordeiro; a merluza negra, conhecida como bacalhau de profundidade por ser encontrada a 70 metros abaixo do mar; e a centolla, crustáceo enorme cheio de farpas e sabor estupendo. “Como o dia era reservado às atividades em Torres del Paine, o almoço acabava acontecendo lá. Uma lembrança especial foi a gentileza do nosso guia ao preparar carne e legumes na chapa acompanhados de vinho para que melhor contemplássemos a natureza extraordinária”, comenta Mauro, que considera Torres del Paine um destino ideal não apenas para ser desfrutado em família, como também a dois e em grupo de amigos. © Arquivo pessoal

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PASSEIOS IMPERDÍVEIS CERRO BENÍTEZ É quase impossível não parar a cada metro para registrar a variedade da paisagem da região. O céu também é atração, pois Cerro Benítez é um excelente ponto de observação de condores. O trekking não é dos mais cansativos e pode render um ótimo passeio para quem queira experimentar o espírito de aventura sem correr grandes riscos. Por ser a subida ao cume a parte mais difícil, há pontos de apoio — e em um deles o turista pode conferir, impressos nas paredes da montanha, escritos rupestres datados de quatro milênios. “A dura subida recompensa os aventureiros com uma bela vista a rea da atag nia. li voc sente a imensidão da região e dese a ficar lá para sempre”, descreve Mauro Dorfman. © Arquivo pessoal

LAGO GREY A expedição de catamarã ao Lago Grey é passeio obrigatório, oferecendo um dos mais impressionantes cartões postais do Chile. O lago, declarado Reserva da Biosfera Mundial, coberto por sedimentos e enormes blocos de gelo que se desprendem do Glaciar Grey, deixa qualquer um boquiaberto. Além disso, suas águas acinzentadas e com mais de 500 metros de profundidade permitem praticar caiaque e deslizar em canoa. “Ficamos extasiados assistindo aos desprendimentos da parede de gelo e dos icebergs azuis, que contrastam com a tonalidade negra do lago”, relata Luciana Chwartzmann.

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CIRCUITO W Cobiçado por trakkers e aventureiros de todo o mundo, o Circuito W é uma travessia de aproximadamente 76 km dentro do Parque Nacional Torres del Paine, e tem esse nome por causa do caminho em forma de W. O percurso é formado por áreas íngremes e solo acidentado em quase toda a sua extensão. É preciso atravessar riachos, vencer montanhas, pular poças d’água e cruzar pontes. Trata-se de uma trilha selvagem, marcada pela presença de animais e de águas provenientes de fonte natural.

Mauro Dorfman, Luciana Chwartzmann e as filhas Alice e Cecília

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© Arquivo pessoal

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Destinos América do Norte | Califórnia

DA PRAIA À NEVE Famosa por suas praias e pelo surf, a Califórnia também é a terra da neve e dos esportes de inverno. Conheça um espírito californiano bem diferente do que é exibido nos seriados norte-americanos.

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LAKE TAHOE 340 km → São Francisco 710 km → Los Angeles 720 km → Las Vegas

alco de filmes e s ries de , a ali f rnia sempre foi sin nimo de mar, areia e p eres lotados de pesso as acompanhando os surfistas e suas mano bras sobre as ondas. ara os norte america nos, no entanto, essa associação á se desfe há muito tempo. e para voc o turismo de neve nos Estados nidos se resume aos esta dos do olorado e de tah, saiba que na ali f rnia há estaç es de esqui modernas em lu gares de nature a exuberante e com neve de excelente qualidade. l m disso, esquiar ali possibilita combinar a experi ncia na mon tanha com passeios em ão rancisco, Napa alle , os ngeles e at mesmo em as e gas, no estado de Nevada.

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© Divulgação Squaw Valley

ROAD TRIP EM LAKE TAHOE

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maior concentração de estaç es de esqui na alif rnia na região de a e ahoe, assim bati ada em homenagem ao lago hom ni mo. maior lago alpino de toda a m rica do Norte brinda o visitante com águas cristalinas circundadas por pinheiros e montanhas co bertas de neve. oi este cenário que a empre sária catarinense manda unelli encontrou em 1 , quando conheceu a região na com

panhia do marido árcio io. Em fevereiro de 1 , ela retornou pela terceira ve para des frutar a experi ncia com toda a fam lia. l m do marido, embarcaram na aventura sua mãe unto com o namorado e seu irmão acompa nhado da esposa e da filha beb . manda esquia desde criança e á esteve em estaç es sul americanas, europeias, cana denses e norte americanas. ara ela, a alif r nia como destino de neve ainda pouco ex plorada pelos brasileiros. odas as ve es que esquio nas estaç es californianas, reforça se esta impressão. Durante minha última es tada, em 1 , escutei pessoas falando em portugu s apenas em qua alle , e eram intercambistas brasileiros que estavam traba lhando na estação de esqui , comenta. egundo a empresária, a alif rnia pro p cia a uma road trip. Embora tiv ssemos um plane amento, não quer amos ficar limitados a ele. or isso, ao pegar a estrada, ligávamos o e nos deixávamos levar. a e ahoe uma região com paisagens lind ssimas. uando me dava conta, não fa ia mais nada al m de foto grafar , diverte se manda, que se aventurou com a fam lia por eavenl , qua alle , l pine eado s e Northstar.

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Destinos América do Norte | Califórnia

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Divulgação lpine eado s

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s águas de a e ahoe ocupam , m , uma área tão vasta que nem um plano panor mico capa de abrang la por inteiro. Do alto da estação de esqui de eavenl , no entanto, poss vel ter uma boa visão do maior lago alpino do continente norte americano. eavenl situa se bem na divisa entre a alif rnia e Nevada metade de suas pistam ficam num estado, metade noutro. Enquanto o lado californiano preserva uma atmosfera de vilare o montanh s, com hot is, pousadas e restaurantes constru dos de madeira e pedra, em Nevada há edif cios, cassinos e boates. ara desfrutar todos os atrativos do vilare o preciso pegar os meios de elevação. or isso, em eavenl estar nas alturas não privil gio de esquiadores e sno boarders. uem não pratica esportes de neve tamb m tem acesso montanha. namorado da minha mãe não esquia e p de apreciar a vista da região e circular pelas lo as e restaurantes sem se sentir isolado , conta manda. aprés-ski de eavenl tem um astral bem californiano descontra do e ovial, com o agito invadindo a noite. rata se de um timo destino para conhecer gente nova e desempoeirar o ingl s afinal, o lugar conta com de enas de bares. pesar das atraç es noturnas, o carro chefe são os esportes de neve. estação de esqui oferece pistas para todos os n veis de dificuldade, atendidas por modernos meios de elevação. EDIÇÃO 5

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© Divulgação Squaw Valley

SQUAW VALLEY E ALPINE MEADOWS oltar a qua alle e lpine eado s era um so nho de manda, e a lembrança de uma infinida de de pistas e possibilidades nas alturas se con firmou. estação se tornou ainda mais moderna desde nossa visita em 1 , e dá a sensação de que podemos ficar esquiando por um m s sem chegar a conhecer todas as pistas. manda não exagera. qua alle e lpine eado s ho e somam pistas e meios de elevação, e a dist ncia de ape nas m entre as duas estaç es fa com que se am consideradas um único destino. aior e mais tradicional do que lpine eado s, qua alle sediou os ogos l mpi cos de nverno de 1 , evento que legou ci dade o l mpic useum. pr dio que revisita o

passado esportivo da cidade tamb m dimensio na sua relev ncia para o esqui e o sno board dos Estados nidos. Equipes profissionais do pa s in teiro tomam o rumo de lá toda temporada para desli ar em sua imensidão esquiável. s vilare os ao p das montanhas de qua alle e de lpine eado s são simpáticos e oferecem boas opç es de hospedagem, restaurantes e bares. 11 m está ahoe it , uma das maiores cidades da re gião. l m de boas opç es de lo as, encontra se ali o ma estoso lago, cercado por parques estadu ais, entre eles o urton ree tate ar . incr vel como o lago atrai as pessoas. No verão a galera costuma pescar e fa er piqueniques, e no inverno todos se divertem praticando esquibunda.

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Nesta última viagem alif rnia, Northstar foi a única novidade para manda. oi uma grata surpresa. estação de esqui muito simpática. Em nossa pr xima visita região ficaremos hospedados lá. Northstar fica ao norte de a e ahoe e no lado oposto de eavenl . rata se de um dos mais belos e luxuosos destinos de inverno dos Estados nidos, com hot is cinco estrelas, restaurantes refinados e uma experi ncia na neve de primeira qualidade. ão pistas largas, compridas e bem sinali adas, que atendem esportistas dos mais variados n veis t cnicos. exemplo de eavenl , do alto da montanha tem se uma visão panor mica do lago. utro atrativo a abundante oferta de entretenimento, incluindo spa, ioga, cinema, lo as de grife, caf s e bares. centro comercial se distribui nas cercanias de uma enorme pista de patinação no gelo, que se tornou s mbolo do luxo de Northstar.

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Amanda Lunelli Empresária

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Dica do expert

UM PASSE E MUITAS ESTAÇÕES Passes integrados de esqui oferecem uma nova perspectiva a quem sonha desfrutar várias estações na América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia e Oceania.

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á destinos que somam três, quatro ou até Mountain Co., outra gigante do mercado norte-americinco estações de esqui separadas por poucano, a criar o Ikon Pass em 2012. Juntas as duas corpocos quilômetros de distância. Viajar para um rações lideram o turismo de neve na América do Norte, desses lugares e ficar limitado a uma única montanha e alçaram o negócio a um patamar de grande compode ser muito pouco para esportistas mais experienpetitividade graças aos passes conjugados. “Os nortes. Ciente disso, em 2008 a Vail Resorts Inc. — empresa te americanos t m o hábito de reali ar ski trips, e os que administra diversas estações passes integrados reforçam esta de esqui nos Estados Unidos, Catradição, além de movimentanadá, entre outros países — idenrem fortemente a economia das tificou a oportunidade de ampliar estações de esqui”, explica Sanseu público, integrando as monta dro Sclovsky Saltz, sócio e diretor nhas por meio de um único passe. do Point da Neve. Segundo ele, Assim surgiu o Epic Pass, um diviantes o visitante ia a ail e ficava sor de águas no mercado do turislá, consumindo apenas naquele mo de neve. Com ele, o esportisdestino. o e o dinheiro melhor ta tem livre acesso a dezenas de distribuido entre as estaç es. estações de esqui durante toda a O esportista pode esquiar em temporada de inverno. O sucesrec enridge e ficar hospedado Sandro Sclovsky Saltz Sócio e diretor do Point da Neve so do Epic Pass motivou a Alterra em Vail, por exemplo.

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© Divulgação Park City

Breckenridge → Amada por praticantes de snowboard freestyle, Breck, como é chamada, abriga half-pipes de tirar o fôlego e modernos meios de elevação. Vail → São 193 pistas naquela que é considerada uma das melhores estações do mundo. Vail é famosa pelos snow parks e half-pipes. Park City → Dizem que aqui está a melhor neve do mundo. Verdade ou não, ela cai sobre incríveis 3 mil hectares esquiáveis, um superpipe, um minipipe e seis back bowls. © Divulgação Park City

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O resultado tem sido tão positivo que a Alterra Mountain Co. e a Vail Resorts Inc. começaram a integrar outras estações além das administradas por elas, mantendo parcerias com empresas no Japão, Austrália, Nova Zelândia, França, Itália, Suíça, Áustria e Chile. As opções de passe variam conforme o tempo de duração e o número de estações de esqui em questão. “Um passe diário nos Estados Unidos não sai por menos de 100 dólares. Se você permanecer duas semanas no Colorado e usar o passe conjugado todos os dias, fará uma economia significativa , elucida andro, que menciona a modalidade season pass, válida para toda a temporada, e as opções básicas, que custam a partir de 649 dólares. “Para quem curte alugar carro e fazer uma road trip, a aquisição do passe a alternativa ideal. O Epic Pass inclui três destinos do Colorado e de Utah perfeitos para snowboarders. Já entre o Colorado e a costa oeste dos Estados Unidos há uma trip ideal para esquiadores integrada pelo on ass. onfira ao lado.

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© Divulgação Snowbird

CARDÁPIO ECONÔMICO

Jackson Hole → A estação é considerada uma das melhores para a prática de esqui estilo livre, com terrenos ideais para esportistas de níveis intermediário e avançado. Deer Valley → Aqui só pode subir a montanha quem for esquiar. Deer Valley é uma estação exclusiva para esquiadores, com 101 pistas privilegiadas pela neve powder e por cenários de cinema. Snowbird → Luxuosa e radical, Snowbird é famosa pelos spas e pelas pistas de esqui largas e perfeitas para esquiadores de primeira viagem.

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Destinos Europa | França

TRÊS ESTAÇÕES IMPERDÍVEIS NA FRANÇA

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Céu azul, vales e montanhas nevadas formam o cenário de uma das mais belas regiões do mundo para a prática de esqui e snowboard. Selecionamos três estações nos Alpes franceses para você pôr na sua wishlist. e resorts exclusivos e luxuosos a chalés acolhedores, os Alpes franceses oferecem uma das melhores estruturas no mundo para a prática de esqui e snowboard. Quando os termômetros daqui chegam a 40 °C, é para lá mesmo que centenas de brasileiros rumam todos os anos. Com arquitetura e gastronomia seculares, os atrativos das montanhas francesas transcendem os esportes de neve. Dentre os destinos, os sócios do Point da Neve Beto Valle e Sandro Sclovsky Saltz destacam o luxo de Courchevel, a tradição de Chamonix e a modernidade do lub ed es rcs anorama. onfira a seguir.

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COURCHEVEL Ao deslizar pelas pistas, você se depara com uma charmosa butique, uma elegante pâtisserie e um possante Porsche. Bem-vindo a Courchevel: talvez o único destino do mundo cujas ruas são pistas de esqui! “Minha estada lá poderia ter como trilha sonora o Fred Astaire cantando "Heaven, I'm in Heaven", pois de fato é um paraíso. É o lugar mais luxuoso em que já estive”, comenta Beto Valle. Hotéis-palácios, restaurantes com estrelas Michelin e lojas que vendem as mais badaladas grifes vieram a fazer de Courchevel um destino predileto entre a elite mundial. LUXO NAS ALTURAS Courchevel foi fundada em 1946 pelo governo francês para ser exatamente o que é hoje: um destino exclusivo com edificaç es de pedra e madeira que remontam a tempos longínquos. A cidade sobe a montanha, com lojas, restaurantes, boates e cafés assentados em terreno íngreme — e ao longo dos anos tudo se

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verticalizou ainda mais. “O curioso é que Courchevel se expande para cima. Começou a 1.650 m de altitude, depois foi para 1.850 m e agora já vai em 2.000 m”, explica Beto. O destino forma com Méribel e Val Thorens os Trois Vallées, que têm pistas e meios de elevação interligados. Nos Alpes franceses há destinos que se caracterizam pelo sossego e outros que agradam à turma da balada. Courchevel é o meio-termo, oferecendo desde opç es de entretenimento mais comedidas at noitadas que não ficam devendo nada a bi a. um destino onde os russos estão em peso, e eles são muito festeiros. As noites são intensas e não deixam os baladeiros na mão”, comenta Beto. POINT DA NEVE

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Destinos Europa | França

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DIVERSIDADE cidade contrasta ruelas estreitas e construç es medievais com pistas modernas, butiques de grife e restaurantes sofisticados e ex ticos. gastronomia em POINT DA NEVE

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CHAMONIX Se Courchevel foi erguida para remeter a séculos passados, hamonix de fato milenar. cidade ficou conhecida em 1741, após uma expedição inglesa pela então inabitada região da Alta Saboia. Embora haja desencontros nos registros históricos, muitos pesquisadores consideram que o esqui como prática esportiva começou em Chamonix, palco dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1924, a primeira edição realizada. Situando-se a 81 km de Genebra, Suíça, a 172 km de Turim, Itália, e a 223 km de Lyon, França, a cidade se esparrama ao pé do Mont Blanc. “A primeira vez que o vi, chorei feito criança. O Mont Blanc não é francês, não é suço, nem italiano. o s mbolo maior da Europa , afirma Beto, que guarda com carinho seus dias em Chamonix. “Foi minha primeira vez nos Alpes franceses.”

Chamonix é eclética: você encontra culinária tailandesa, indiana, japonesa, italiana e os tradicionais raclettes e fondues da região", conta Beto. À diferença de outros destinos alpinos, onde a vida se confina ao resort, a atmosfera de Chamonix é urbana, com escolas, hospitais, prefeitura e tudo o que envolve a rotina de uma pequena cidade. diversidade de opç es atrai toda sorte de esportistas radicais. “Chamonix se tornou a meca dos trekkers, dos escaladores e, claro, dos esquiadores. O destino é um paraíso para o esqui, pois as pistas são bem distribuídas, o que faz com que cada descida proporcione uma vista diferente. Sempre presente no horizonte, apenas o Mont Blanc, mas quem visita Chamonix logo se acostuma a ele.”

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LES ARCS PANORAMA om estrutura esportiva de ponta e acomodaç es aconchegantes, Les Arcs Panorama é o mais moderno village do Club Med. Localizado em Paradiski, uma das maiores regi es esquiáveis da Europa, tem como estaç es vi inhas eise allandr e a lagne, todas conectadas por meios de elevação, totalizando incríveis 425 km de pistas. “Les Arcs Panorama é um espetáculo, e é o melhor produto do Club Med nos Alpes franceses atualmente. Ali está o que há de melhor em experiência hoteleira num local construído do zero”, comenta Sandro Sclovsky Saltz, que esteve no resort por ocasião da inauguração, em dezembro de 2018. “É tanta opção esquiável que o instrutor se transforma em guia turístico. Mesmo os esportistas mais experientes acabam recorrendo a ele para que lhes indique as melhores pistas, meios de elevação e restaurantes.” O MELHOR DO CLUB MED O complexo foi projetado para privilegiar a luz solar. Janelas e paredes de vidro asseguram luminosidade em todas as áreas internas. Enquanto a maioria dos empreendimentos aposta no estilo clássico, Les Arcs Pa-

norama conta com arquitetura arrojada e acomodaç es espaçosas. área infantil a maior que á vi. á diversas salas para atender desde os mais novos até adolescentes”, relata Sandro. Embora o resort seja grande, as distâncias entre os ambientes não são longas, o que facilita o deslocamento interno. O sistema all inclusive do Club Med abrange alimentação e bebidas alcoólicas e não alcoólicas, passes para a montanha, aulas de esqui e snowboard e acesso a toda a estrutura de lazer do resort. Ou seja: relaxar na piscina degustando um bom vinho francês é uma questão de opção. Para os que apreciam viver uma experiência rústica e tipicamente alpina, ao pé da montanha fica o vilare o de ourg aint aurice. li possível saborear iguarias locais e comprar vinhos por bons preços. “Um queijo francês é sempre um queijo francês. Tudo lá tem sabor especial”, conclui Sandro. POINT DA NEVE

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Destinos Europa | Baqueira Beret

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ESTAÇÃO REAL

Divulgação aqueira eret

Após mais de 40 anos isolada do resto da Espanha, a estação de esqui preferida da monarquia espanhola está mais convidativa do que nunca. Em Baqueira Beret exclusividade, história e adrenalina estão em sintonia. ituado na região dos Pirineus, a 287 km de Barcelona, Baqueira Beret é o destino nevado predileto da família real espanhola, onde automóveis de luxo contrastam com edificaç es rústicas e de arquitetura medieval. vilare o, localizado no Vale de Aran, foi fundado em 1964 e durante quase meio século permaneceu isolado pelas cordilheiras, tendo acesso mais fácil pela rança e por ndorra do que via Espanha. isolamento teve fim em com a construção do túnel de iella, que liga Lérida ao Vale de Aran, permitindo o acesso a todas as demais províncias da Catalunha, incluindo Girona, Tarragona e a capital arcelona. o e a principal estação de esqui dos espanh is, atraindo turistas de todas as partes do mundo por sua beleza, atmosfera e excel ncia. isitei aqueira eret no r veillon e, dado o per odo, imaginei que encontraria preços bem mais elevados do que realmente encontrei. oi uma grata surpresa , lembra ristiano eis im es, s cio e diretor do oint da Neve. POINT DA NEVE

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VILAREJOS, CULTURA E HOTELARIA

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o longo do tra eto que condu estação de esqui, há de enas de vilare os, entre eles rties, alardú, red s e aqueira, todos com menos de mil habitantes e orgulhosos de suas tradiç es. ão povoados que ficaram isolados por muitas décadas e, em razão disso, possuem uma cultura pr pria. uitos visitantes optam pela hospedagem nos vilare os para viver uma experi ncia t pica , comenta ris im es, que se hospedou em Viella, a mais estruturada cidade da região, provida de boa rede hoteleira, restaurantes e com rcio. oi um pra er ficar em Viella, pois ali tudo é perto, mas na minha próxima viagem a Baqueira Beret pretendo vivenciar a cultura dos pueblos.

ESTAÇÃO DE ESQUI maior e mais procurada estação de esqui espanhola conta com três áreas esquiáveis: aqueira, eret e onaigua. s tr s são interligadas por g ndolas e telef ricos de cadeira, que atendem as pistas. o subir a montanha, a hist ria dos povoados dá lugar a uma estrutura esquiável súper moderna, que conta com centenas de instrutores bil ngues. o p da montanha, bares e restaurantes honram a boa gastronomia catalã e saciam os esportistas com farta variedade de sopas, lanches e os afamados tapas. Estar em aqueira eret desli ar na neve o dia todo, contemplar o mágico entardecer nos Pirineus e dar uma esticada até Barcelona (287 km) e Andorra (118 km) para viver uma das mais exclusivas experi ncias catalãs. lgo para ficar gravado na mem ria.

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s construç es dos vilare os preservam um rico patrim nio histórico e muitas delas foram convertidas em pubs, delicatéssens e restaurantes, o que significa que uma simples refeição pode se tornar uma experi ncia cultural. Degustar uma cerve a naqueles ambientes rústicos e repletos de hist ria foi incr vel e se tornou uma das lembranças marcantes da viagem. amb m recordo das delicatéssens com seus presuntos e demais embutidos de inigualável sabor , relata ris. isolamento geográfico dos Pirineus acabou por moldar a gastronomia local, que assimilou in u ncias das culinárias francesa e andorrana. l m dos embutidos, o trinxat, prato preparado com repolho, carne de porco e batatas, uma tradição de aqueira eret.

Cristiano Reis Simões Sócio e diretor do Point da Neve

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© Ricardo Lage

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Destinos Ásia | Japão

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NEVE NA TERRA DO SOL NASCENTE

© Divulgação Niseko United

NEVE A VALER apão soma mais de estaç es de esqui, conhecidas até há pouco tempo apenas entre os nativos e atletas profissionais. o e, no entanto, o destino se tornou cobiçado por esportistas de todas as nacionalidades e níveis de desempenho. Cercado pelo mar e contornado por uma vasta cordilheira, o pa s conta com abundante neve powder, o tipo seco e leve que nem sequer enverga os galhos dos pinheiros. Lá as pistas são largas e longas, ideais para iniciantes. ara os á experientes e interessados em percursos fora de pista, abre se um amplo leque de opções. Dentre as estações de esqui aponesas destacam se a uba alle , distante m de quio, e, mais ao norte, Nise o illage, na ilha de o aido situando se elas em duas das regi es com maior índice de queda de neve em toda a Ásia.

Tão tecnológico quanto ancestral, o Japão se tornou um hotspot dos desbravadores da neve. Japão do imaginário coletivo é personificado pelas gueixas e samurais, movimentado pelos filmes e mangás, e encenado em templos e praças cobertas de cerejeiras. É incrível que um dos países com maior incidência de neve do mundo seja ainda pouco conhecido pelas suas estaç es de esqui. No apão, a neve é tão farta que surpreende até mesmo os esquiadores e snowboarders mais viajados. A embaixadora do oint da Neve e apresentadora do canal OFF Raquel Iendrick peregrina o mundo no rastro dos melhores picos para seu programa Melhores Resorts de Inverno. “A neve cai sem tr gua durante toda a noite, o que fa com que as pistas estejam em ótimas condições na manhã seguinte. Acredito que só no Alasca neva mais do que no apão , comenta a apresentadora e bicampeã brasileira de snowboard. POINT DA NEVE

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HAKUBA VALLEY Trata-se de um vale com dez ski resorts e uma enorme área esquiável, localizado na província de Nagano. Apesar de ter atraído toda a modernidade e os holofotes do mundo durante os Jogos Olímpicos de Inverno de 1998 realizados ali, Hakuba Valley preserva suas tradições ancestrais. “Esta é minha estação preferida no Japão. Desde o desembarque no aeroporto até a chegada ao centro de esqui, sinto mergulhar numa experiência verdadeiramente oriental”, descreve aquel. Embora se a um destino fiel aos costumes japoneses, Hakuba Valley também oferece opções de hospedagem ao estilo ocidental. Na maioria dos hotéis há quartos convencionais, além, é claro, dos chamados dormitórios japoneses, onde o chão é forrado de tatame, sobre o qual repousam o colchão e as roupas de cama, e onde se toma banho sentando-se num banquinho. © Divulgação Hakuba Valley

NISEKO UNITED Dificilmente voc encontrará condiç es esquiáveis tão favoráveis quanto em Niseko United, a principal estação de esqui da ilha de Hokkaido, situada no norte do Japão. Distante mais de 1.000 km de quio, Nise o fica numa região vulc nica, onde ventos sa onais se misturam à umidade, gerando uma neve perfeita. O acesso se dá por Sapporo, capital de Hokkaido, que recebe voos de Tóquio e outros destinos da Ásia e Oceania. O fácil acesso e as boas condiç es geográficas fa em Nise o fervilhar de australianos e neozelandeses durante todo o inverno. “Não raro se escuta mais inglês do que japonês, sendo a invasão majoritariamente australiana, o que se re ete numa vida noturna bastante animada. Niseko é mais internacional do que Hakuba”, explica Raquel.

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© Divulgação Niseko United

Esqueça sua concepção de comida japonesa: o que é preparado no Brasil é uma releitura do que de fato se come em Hakuba ou Niseko. “No Japão, os pescados são primeiro mergulhados no shoyu para depois serem colocados no topo do arroz”, nota Raquel, que se impressiona com a variedade de peixes. A culinária nipônica é bastante condimentada e muitos pratos são preparados com o curry japonês. Este condimento é imprescindível no lámen, macarrão imerso numa sopa à base de porco, peixe ou frango, algas e brotos de bambu marinados. “Pode-se saborear este cardápio trajando quimono ou simplesmente comer um hambúrguer num fast food. Ou seja: dá para viver no Japão como um japonês ou como um turista, a escolha é sua.”

Raquel Iendrick Embaixadora do Point da Neve e apresentadora do canal OFF

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© Evandro Rocha

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Galeria

EMBAIXADORA DO POINT Bicampeã brasileira de snowboard , medalhista em torneios sul-americanos e há nove anos apresentadora do OFF, canal esportivo da Globosat, Raquel Iendrick foi eleita a embaixadora do Point da Neve. “A Raquel simboliza muito bem o DNA da nossa empresa. Ela tem um espírito jovem e aventureiro, percorre o mundo em busca da melhor neve, faz da paixão pela montanha a sua profissão e procura dar, a partir dessas escolhas, um sentido maior sua vida , ustifica o s cio e diretor ristiano eis Simões. “Represento a marca com orgulho, pois acho importante contribuir para o crescimento dos esportes de neve no Brasil, e o oint da Neve abraça essa causa com muita seriedade , afirma a carioca que nasceu na praia, mas ama a montanha.

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Um grupo de 39 gaúchos, em janeiro deste ano, elegeu para destino os Alpes franceses. A turma, formada por ovens casais com filhos, distinguia se por serem todos tenistas da Associação Leopoldina Juvenil, um dos mais exclusivos clubes de Porto Alegre. Os esportistas escolheram Les Arcs Parnorama, o recém-inaugurado village do lub Med, para curtir dias neve, diversão e descanso. Entre eles estava a engenheira civil aria láudia ons ent , que retornou a es rcs ap s 1 anos. “A viagem foi espetacular e a infraestrutura da estação de esqui está ainda melhor”, comenta ela, que viajou com o marido Andreas Renner Mentz, os filhos icente, nt nio e rancisco e a sogra Felicitas Renner. Nas semanas que sucederam os dias na montanha, o grupo se dividiu. “Por ser uma região com tantos atrativos, algumas famílias optaram por visitar Paris e outras foram para Amsterdã, Genebra e Lyon.” POINT DA NEVE

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GAÚCHOS EM LES ARCS

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ALPES FRANCESES EM FAMÍLIA Em janeiro deste ano , Henrique Schneider concretizou um antigo sonho: viajar para os Alpes franceses. Acompanhado da esposa irg nia haves e da filha afaela, o advogado foi para rand Massif. Lá a família porto-alegrense desfrutou o conforto e as facilidades do Club Med. Enquanto o casal esquiava, a pequena ficava aos cuidados dos recreacionistas no kids club. “A estrutura é incrível. O sistema all inclusive é realmente all! Eram muitas as opções de cardápio e todas com bebidas incluídas”, comenta enrique, que ficou impressionado com a conexão entre as estações de esqui da Alta Saboia. “Há diversas estações de esqui vi inhas a rand assif. uanto mais alto se sobe, mais fica evidente a imensidão da área esquiável.

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FÉRIAS NOS ANDES Fábio Goldschmidt escolheu Valle Nevado para desfrutar suas férias de inverno de 2018. O advogado e seu s cio levaram os filhos para curtir dias de aventura numa das mais afamadas estações de esqui do Chile. “Valle Nevado conta com extensa área esquiável e boa variedade de pistas. E o modelo ski in / ski out é perfeito”, relata o porto-alegrense. O resort de neve oferece três opções de hospedagem, sendo que, independentemente da escolha, é possível usufruir os bares e os restaurantes instalados nos demais. “Há praticamente tudo nos hotéis, o que equivale a di er que a experi ncia na neve de fato imersiva. O grupo aproveitou a trip para curtir um dia em Santiago antes de retornar ao Brasil. POINT DA NEVE

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Galeria

REENCONTRO EM WHISTLER Janeiro de 2019 foi especial para o carioca

hales avalla i. fisioterapeuta, que atualmente mora em lorian polis, reencontrou os amigos do col gio em histler, anadá. “Alguns vivem em São Paulo, outros no Rio de Janeiro, eu em anta atarina e tem o que está morando no anadá. omo sempre muito dif cil reunir todos, decidimos que Whistler seria o ponto de encontro para tornar a ocasião ainda mais especial”, conta Thales, que viajou pela primeira vez ao destino. “A estação de esqui é fantástica. É a melhor em que á estive. Dos 11 dias de viagem, um foi em ancouver e os demais foram desfrutados em histler. Não s uma estação de esqui. um lugar com vida pr pria, onde tudo muito organi ado, como dita o costume canadense”, explica Thales.

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Sempre que pode , a designer paulistana Irene Smitas se refugia em alguma estação de esqui. Janeiro passado, o destino escolhido foi Snowmass, nos Estados Unidos. Embarcaram com ela para o olorado o marido enrique e os filhos ichael, all e ulie, que levou o namorado Bernard. O roteiro foi escolhido pela garotada, que curte Snowmass pelas baladas, bares e agito. A família optou por se hospedar em um condomínio, onde todos puderam provar os dotes culinários de Michael. “Fizemos todas as refeições no apartamento. Foram momentos em família especiais”, recorda Irene. POINT DA NEVE

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© Arquivo pessoal

AGITO EM SNOWMASS

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PROCURE O ÚNICO O Ikon Pass é o novo padrão nos passes de temporada, conectando as montanhas mais icônicas da América do Norte, Austrália, Nova Zelândia, Japão e Chile, oferecendo autênticas e memoráveis aventuras na neve. O MELHOR PASSE PARA AS SUAS PRÓXIMAS FÉRIAS DE ESQUI.

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Memória

NEVE & COISAS DA MÚSICA II

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Gustavo era um argentino inesquecível... Morava nas nuvens. No fim da conversa ele me disse, apontando em Aspen há muitos anos, trabalhando como guia com um sorriso para o maravilhoso Yamaha branco: "Go de montanha & skier (além de bicos de toda a esBeto, give me Tom, please." Imaginem a situação! A festa pécie) e, francamente, era um queridão. Todo mundo era tinha umas 50 pessoas, todas do mundo da música, genamigo do Gustavo, seja na montanha ou no povoado. Alite famosa em todo o planeta e eu iria tocar piano para ás, caminhar com ele pelas ruas ou esquiar junto era semelas em alguns segundos em Aspen. pre uma sucessão de abanos e abraços apertados. FicaSentei ao piano com um sentimento de terror, algo mos amigos de infância à primeira vista no primeiro skilift que minhas células associavam naturalmente a escaladas e, é claro, logo estávamos fazendo churrascos, explorando estúpidas ou a ondas grandes, mas não a festas chiques. foras de pista, cantando milongas & tangos e, por supuesPensei em praticar um haraquiri com uma taça de chamto, chorando de saudade dos Pampas, pois não é fácil estar pagne, simplesmente desmaiar ou entrar num coma prolonge daqui do Sul nem em Aspen, tchê! fundo e irreversível. Coloquei as mãos no teclado, elas trePoucos dias após o Natal'98, ele me convidou para uma miam, olhei em volta procurando ajuda, inspiração, apoio. festa de um brother seu que era um figurão do mundo da Todos me olhavam atentos. Eu era o Brasil em campo, enmúsica e que tinha uma baita mansão na montanha. Lá fui tende? E aí ela chegou. Vinda do nada, suavemente poueu, lépido e fagueiro, mais feliz do que pinto no milho. Fazia sou na minha alma a Dindi — há muito eu brincava com um frio danado naquela noite. Creiam todos, a tal casa era meus brothers mais chegados, avisando pra não esqueceabsolutamente linda — um enorme chalé de madeira, no rem que Dindi era a música oficial para a minha cremação meio de um bosque e com vista para a Aspen Mountain. A — e, bueno, imagino que deve ter sido isso que me fez copartir da porta de entrada, era um encanto total, em que se meçar a tocá-la naquele piano surreal. Ou foi o Tom quem misturavam cores e texturas da tribo Navajo com tapetes me deu a dica desde a Grande Invernada, vá saber. orientais e peças vindas de lugares exóticos. Quadros incríNos primeiros acordes, levanta de um canto da sala uma veis, móveis lindíssimos — acho que até o rodapé era bonimulher negra majestosa com um vestido idem que, com to — e tinha um piano de cauda branco bem no meio do liuma voz espantosa, começa a cantar os versos em inglês, ving, iluminado por um spot e lindo como ele só. atravessando a sala na minha direção em meio ao silêncio Logo na chegada o Gustavo me apresentou ao Jim, e a atenção de todos. Ela sentou ao meu lado na banqueo anfitrião que, como todo bom americano, dedicou sua ta para entoar, maravilhosamente, toda a minha sempre atenção ao convidado (eu) agradeamada Dindi. Pois era a Dianne cendo a minha adorável presença e Reeves! Eu costumava ouvi-la em fazendo perguntas gentis. No meio discos desde muito tempo. delas, comentou que tinha ficado No dia seguinte, teve fora de sabendo que eu adorava música, pista com os brothers na Aspen que tocava piano e que o Maestro Mountain bem cedinho. E aí eu me Soberano era a minha paixão. Pois enrosquei numa raiz de cipreste, vio Tom Jobim (sim, o Jim tinha bom rei um chucrute e fiquei 11 dias no gosto para muitas coisas) também hospital. Mas isso já é outra história era a paixão musical dele. E lá fido Mundo da Neve, sempre cheio camos falando um tempão sobre delas, graça a Deus. Beto Valle bossa nova, Brasil, corcovado, feiSócio do Point da Neve joada, Tom de novo e eu, é claro, Aloha do Beto Valle! © Ricardo Lage

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SAN MARTÍN DE LOS ANDES • NEUQUÉN • PATAGONIA ARGENTINA

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21/05/2019 16:36


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