Revista Point da Neve Temporada 2017/2018

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TEMPORADA 2017/2018

A ROTA DOS SETE LAGOS Desfrute um roteiro mágico repleto de picos, lagos e bosques

DESCUBRA ASPEN, VAIL E BEAVER CREEK As mais badaladas estações de esqui dos Estados Unidos

POINT DA NEVE EM SÃO PAULO Filial consolida expertise em turismo de neve

A BOA MESA DE USHUAIA Conheça a gastronomia do fim do mundo




SUMÁRIO

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24 36 10 NA BAGAGEM Dicas para viajar com estilo

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CONCIERGE Beto Valle e Sandro Saltz orientam sobre como escolher esquis e pranchas

NO POINT Sonho concretizado: Point da Neve inaugura filial em São Paulo

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ENTREVISTA Marco Oliva, diretor comercial Brasil do Club Med, fala sobre o turista brasileiro

ARGENTINA Aventure-se nas montanhas, lagos e bosques da Rota dos Sete Lagos

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SABOR Fique por dentro das melhores dicas da excepcional gastronomia de Ushuaia

CHILE Gastronomia, cultura e esportes de neve em Santiago e seus centros de esqui

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FOTO DE CAPA: Cerro Chapelco/Divulgação

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66 30 50 COMPORTAMENTO Viajar sempre é possível, desde que você encare o planejamento com seriedade

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PEISEY-VALLANDRY Sonhe acordado no coração dos Alpes, onde França, Itália e Suíça se encontram

70 LES DEUX ALPES Conheça a montanha que leva iniciantes a aventurarem-se como experts

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ASPEN A joia do Colorado que atrai milionários, celebridades e esportistas radicais

NA LENTE Fatos e imagens de quem foi, viu e gostou

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VAIL MOUNTAIN E BEAVER CREEK Conheça as estações estelares da Vail Resorts, no Colorado

MEMÓRIA Sophia Catalogne, gerente de marketing do Point da Neve, comenta sua última trip

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EXPEDIENTE

Conselho editorial: Beto Valle, Cristiano Reis Simões e Sandro Sclovsky Saltz Criação e execução: Voxx Press Comunicações Ltda. (www.voxpress.com.br) Jornalista responsável: Rita D’Cunha Pinto (Reg. Prof. 7394) Projeto editorial e edição: Rita D’Cunha Pinto Redação, entrevistas e pesquisa: Vinícius Fernandes e Rita D’Cunha Pinto Revisão: Percival de Carvalho Projeto gráfico: Filipe Borin Editoração: Filipe Borin Fotógrafos colaboradores: Cristian Jung, Flavio Rother, Ricardo Lage e Sophia Catalogne Impressão: Cromo Gráfica e Editora Ltda. Tratamento de imagem: Filipe Borin Periodicidade: Anual Tiragem: 1.250 exemplares

A Revista Point da Neve é uma publicação do Point da Neve Viagens e Turismo Ltda., dirigida a clientes e demais públicos de relacionamento do Point da Neve. Os destinos apresentados integram o portifólio 2017/2018. Entre em contato pelo fone +55 51 2108.7171 ou pelo site www.neve.com.br. Av. Coronel Lucas de Oliveira, 505/910 – CEP 90440-011 – Bairro Mont’Serrat – Porto Alegre – RS. O Point da Neve é titular dos direitos autorais sobre o conteúdo de toda a Revista Point da Neve e se reserva todos os seus direitos. Nenhum conteúdo aqui publicado, como material protegido por direitos autorais, marcas, logotipos e demais informações sobre as quais incidam direitos de propriedade intelectual, incluindo mas não se limitando a textos, fotografias, ilustrações e todo o conteúdo da Revista Point

da Neve, poderá ser reproduzido, alterado, modificado como uma obra derivada, redistribuído, transmitido ou usado para fins comerciais, no todo ou em parte, em qualquer forma, idioma ou qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer sistema para guardar ou recuperar informações, sem expressa autorização prévia, por escrito, do Point da Neve. Qualquer uso não apropriado do conteúdo da Revista Point da Neve é estritamente proibido e pode violar a legislação de propriedade intelectual.

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© Ricardo Lage

WELCOME

A HORA É AGORA!

A

gente pode até passar um ano sem fazer uma grande viagem, mas a vontade fica ali represada quando se é um aficionado por desbravar novos lugares. Nos últimos tempos, muitos que curtem viajar estão vivenciando essa sensação. Afinal, quem não está empenhado em segurar as economias? Mas, apesar da estabilidade econômica estar longe, o cenário para o turismo se mostra um pouco mais favorável. Ou será que é o incontrolável desejo de fazer as malas, escapar da rotina e respirar novos ares que nos leva a planejar a trip e repensar como e onde gastar? Independente do que nos leva à ação, a verdade é que, nesse contexto, errar no roteiro vira até sacrilégio. Identificar um destino que seja a sua cara e caiba no seu bolso requer pesquisa e boa orientação. Para inspirar seu planejamento, a REVISTA POINT DA NEVE traz destinos bacanas, depoi-

mentos dos que foram, viram e gostaram, dicas para você não entrar em roubadas, entrevistas com pessoas que sacam do mercado de turismo e muita foto para servir de inspiração. Mais do que apresentar montanhas de neve, nosso propósito foi preparar um conteúdo rico para que, além de deslizar nos Andes, fazer manobras no Colorado ou curtir o charme dos Alpes franceses, você vivencie experiências completas. Enjoy it!

Beto Valle • betovalle@pointdaneve.com.br Cristiano Reis Simões • cris@pointdaneve.com.br Sandro Sclovsky Saltz • sandro@pointdaneve.com.br

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NA BAGAGEM

Dicas para viajar com estilo

Lábios macios Depois de alguns dias na montanha, seus lábios exigirão uma boa esfoliação e hidratação. Neste caso, opte pelo Bubble Gum Esfoliante Labial, da marca de cosméticos inglesa Lush. Com ingredientes como óleo de jojoba e açúcar refinado, esse poderoso esfoliante eliminará a pele morta causada pelo frio e sol, proporcionando ampla hidratação e um sorriso rejuvenescedor. Basta aplicar uma leve camada com os dedos limpos sobre os lábios fazendo movimentos circulares. br.lush.com

Tecnologia antiembaçante Não tem coisa que dificulte mais a vida de esquiadores e snowboarders do que visão embaçada. Pensando nisso, a Abom desenvolveu uma nova tecnologia para apresentar o Abom Anti-Fog Googles. Nesse modelo, cada lente vem com duas camadas, e entre elas é aplicada uma película condutora de calor, que dissipa o vapor e garante visão sempre clara. O calor é gerado por uma bateria recarregável que dura até seis horas ininterruptas. Os googles são fabricados com lentes Carl Zeiss de primeira linha. abom.com

App para neve Excelente ferramenta de mapeamento, o Ski Tracks é um dos aplicativos mais usados por esquiadores e snowboarders. Disponível para Android e iOS, grava mais de 14 horas de desempenho, oferecendo análises de velocidade, distância, altitude, entre outros índices. Com esse app, você pode compartilhar fotos e comparar as suas experiências com as de seus amigos, sejam eles experientes ou iniciantes. corecoders.com goo.gl/MXjzlH goo.gl/6vzwqi

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Desempenho, esporte e sustentabilidade Fabricada pela The North Face com tecnologia exclusiva DryVent™, a Jaqueta Powdance Feminina é 100% impermeável e respirável. Sua costura totalmente selada confere resistência, leveza e flexibilidade à peça, fazendo dela a proteção necessária na montanha. Mas a The North Face não se limita a roupas e acessórios esportivos de alto desempenho. É uma marca fortemente comprometida com a conscientização e valorização do planeta. Não por menos, seu fundador, Doug Tompkins, foi o maior doador de terras privadas na história da humanidade. Há 25 anos, ele comprou áreas no Chile e na Argentina para protegê-las e depois doá-las ao Estado. Para saber mais sobre essa linda história, assista ao vídeo através do código QR abaixo. thenorthface.com.br

Adeus, avalanche! Desenvolvido para garantir a segurança de esquiadores e snowboarders em caso de avalanche, o Arc’teryx Voltair é um ultramoderno sistema de airbag com bateria recarregável. O design em forma de mochila e a bateria à base de um potente polímero de lítio permitem ao esportista acionar a ferramenta de segurança tantas vezes quanto necessário. Com o Arc’teryx Voltair, você pode dizer adeus aos tradicionais cilindros de ar comprimido. arcteryx.com

Resistência e flexibilidade Ideal para snowboarders que praticam freestyle, a Burton Almighty Snowboard Boot possibilita manobras em várias direções por ser superflexível e muito resistente. Fabricada com material impermeável e antimicrobiano de última geração, mantém os dedos dos pés aquecidos mesmo após longas horas na montanha. É uma bota desenvolvida para acompanhar o snowboarder por muitas temporadas. burton.com

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CONCIERGE

Esclareça dúvidas com o Point da Neve

NÃO DERRAPE NA ESCOLHA Passadas as primeiras experiências, você pegou gosto por deslizar sobre a neve. Repetiu a dose nas temporadas seguintes e se tornou seletivo ao alugar o equipamento. Esse é o comportamento mais comum de quem se apaixona por esqui ou snowboard e acaba optando por adquirir sua própria prancha ou par de esquis. Mas atenção! Na hora de comprar, uma boa assessoria é importante. Confira o que dois especialistas no assunto, Beto Valle e Sandro Sclovsky Saltz, diretores do POINT DA NEVE, têm a dizer. © Ricardo Lage

Esqui Ao escolher o par de esquis, você deve considerar a modalidade e o nível da prática. “Para facilitar o entendimento, costumo comparar à compra de um automóvel”, assinala Beto Valle, diretor do POINT DA NEVE e esquiador há 40 anos. “Há carros que nos levam ao supermercado — esses vão desde um popular 1.0 até um Rolls-Royce. Existem também a Ferrari e o Porsche, que não usamos para ir ao supermercado, mas desejamos ter na garagem. Já os modelos de Fórmula 1 vemos apenas pela TV, e o Jeep é o carro ideal para fazer trilhas. Ou seja, cada modelo de automóvel tem um propósito, assim como cada modelo de esqui”, conclui. Beto Valle, diretor do Point da Neve

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MODALIDADES TURISMO Nessa modalidade, é indicado o all mountain ski, que é o mais comum e o eleito pela maioria por sua alta resistência e ênfase no design. Opte por um modelo que se adapte fácil a qualquer terreno e adversidade. “Como a categoria se divide em diferentes níveis — iniciantes, intermediários e experts —, o equipamento vai ganhando em sofisticação e o preço, via de regra, aumenta”, explica Beto Valle.

ESPORTE Para uso esportivo, privilegie esquis sensíveis e velozes. Entre as muitas opções encontradas no mercado, há o modelo park and pipe ski. Mas lembre-se: é preciso ser expert para fazer essa escolha! A alta velocidade só é recomendada se combinada com longa prática. “O equipamento para categoria esportiva é mais sofisticado e caro e varia conforme as características do terreno.”

COMPETIÇÃO Há cerca de dez anos, os esquis passaram a ser fabricados em formato parabólico, onde as pontas são mais largas do que o centro para estabilizar o esquiador. Foi o início do carving, que representou uma revolução. Os modelos de competição, no entanto, são menos carving. Você só os verá pela TV ou se der sorte de estar na montanha durante um grande torneio. “Esses esquis são extremamente tecnológicos, e a especificidade varia de acordo com a condição da pista.”

FORA DE PISTA Fora das pistas a neve é sempre muito fofa. Nesse caso, a melhor escolha é o powder ski, que apresenta maior superfície de contato e maciez.

COMPRIMENTO

100% 80% Altura do esquiador

Não há um tamanho perfeito para cada altura e peso, mas o design parabólico dos esquis recomenda que o comprimento tenha entre 80% e 100% da altura do esquiador. “Quando as pessoas me consultam, costumo sugerir esquis com aproximadamente 10 centímetros menos que a altura do esportista”, orienta Beto Valle. Experts e profissionais, no entanto, costumam escolher um tamanho um pouco maior que a altura deles. Mas há várias razões para optar por modelos mais curtos ou mais longos. Os curtos são adequados para praticantes intermediários, para aqueles com peso mais leve do que a média para a altura e ainda para os que gostam de fazer curvas rápidas e curtas. Já os esquis maiores são indicados para quem tem um desempenho veloz e agressivo, para praticantes de freeride e aqueles com peso superior à média para a altura.

Comprimento do esqui

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CONCIERGE

Snowboard Muito além do design, a compra de uma prancha está condicionada à modalidade praticada, ao peso e altura do esportista e às condições da montanha. Apesar de óbvias, essas variáveis confundem um bocado quando se está em frente ao vendedor. Escolher uma prancha de snowboard é mais ou menos como escolher uma de surfe. Confira, a seguir, o que você deve ponderar na hora da compra.

Sandro Sclovsky Saltz, diretor do Point da Neve © Ricardo Lage

MODALIDADES

FREESTYLE

FREERIDE

ESTILO ALPINO

É o estilo para fazer park, pipe, trilhos e saltos com giros. Se você gosta de half-pipe ou snowpark, o mais conveniente é uma prancha com muito pop. Se optar por realizar truques técnicos, uma twintip (bidirecional) é a mais adequada, enquanto as direcionais irão servir se o contato com a neve for maior. “No geral, o ideal é uma prancha leve para facilitar a movimentação”, recomenda Sandro Sclovsky Saltz.

Se a preferência for fazer saltos, praticar methods, passar em meio às árvores e ficar fora de pista na neve fofa (powder), você aceita todo o tipo de condição de neve. Por isso, sua prancha precisa responder a todas as ocasiões. Nesse caso, o recomendável são pranchas maiores. “Em termos gerais, estamos falando de equipamentos flexíveis e muito resistentes, que respondem perfeitamente e proporcionam controle.”

Se seu desejo é competir, necessitará de total precisão. As pranchas devem ser estáveis a alta velocidade e transmitir força. Nessa categoria, pranchas agressivas e rígidas respondem com perfeição quando a neve está muito dura, além do que, quanto mais angulação você abrir (ou suportar), melhor será. “No estilo alpino, o equipamento deve vir acompanhado de botas duras como as usadas por esquiadores.”

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COMPRIMENTO

DURA OU FLEXÍVEL?

Depende do gosto pessoal, do estilo que você pratica e do seu peso. No freestyle a tendência é optar por pranchas mais curtas, pois facilitam a execução dos truques. Os homens costumam usar pranchas mais compridas do que as mulheres, porque, no geral, pesam mais. “Como orientação geral, deve-se observar a relação do comprimento da prancha com o peso e o estilo do rider.”

Uma prancha mais flexível facilita o início do giro e a execução de alguns truques, mas será menos estável a alta velocidade. Já uma mais dura proporciona maior estabilidade em velocidade e favorece a segurança e o equilíbrio sobre as edges em neve dura. Porém, dificulta a execução de truques e complica o início dos giros. “Você deve ficar atento à torção, que é a flexão da prancha em relação ao seu eixo central. Uma torção suave pode facilitar alguns truques, enquanto uma torção dura pode auxiliar a se segurar nos giros.”

Varia conforme: • peso • estilo • gosto pessoal

ESTILO E NÍVEL DE PRÁTICA

LARGURA Se a prancha for menos larga, o esforço para mudar de canto será menor e a facilidade para manter a prancha na trajetória e realizar o manejo, maior. Porém, se você for iniciante, terá menos estabilidade. Vale lembrar ainda: a medida também deverá respeitar a largura da bota para que esta não encoste na neve enquanto a prancha estiver inclinada durante o carving.

Se você está iniciando no esporte, o melhor é uma prancha menos rígida, que se adapte às diferentes situações até que defina seu estilo. Se preferir saltos em kickers (grandes ou pequenos) ou estiver interessado no powder, uma prancha suave e flexível é ideal. “Um equipamento rígido é mais estável, porém mais difícil de manejar se você não for experiente no esporte. Com uma prancha menos rígida, será mais fácil fazer um ollie e você terá menos dificuldade no manejo”, finaliza Sandro Sclovski Saltz, snowboarder há 28 anos.

-larga +manejo +larga +estabilidade

BOTAS Se o pé for grande, é importante que ele não sobressaia da prancha, evitando contato com a neve. Experimente várias botas antes de comprar, já que cada modelo tem sua própria forma.“A bota é onde você não deve economizar, porque, com certeza, irá trocar de prancha algumas vezes, mantendo a mesma bota”, aconselha Sandro.

AQUISIÇÃO Uma boa dica para quem vai comprar é pesquisar pela internet. Hoje, é possível criar designs especiais e até mesmo testar virtualmente o produto. “Numa busca rápida, você já pode descobrir quais os modelos considerados topo de linha”, comenta Beto Valle. Para ele, a compra de esquis, por exemplo, se justifica quando o esportista esquia duas temporadas por ano, após uma longa pesquisa e se for expert. “Esse é o perfil de quem sabe que é enorme a influência do equipamento na qualidade da descida. Pesquise sem pressa e sem preguiça. Sentir-se progredindo em seu próprio par de esquis ou prancha de snowboard é uma sensação bem parecida a de se apaixonar."

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NEVE NO RADAR

DO BRASILEIRO Marco Oliva | Diretor comercial Brasil do Club Med

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© Marcos Vieira/Caderno W

ENTREVISTA


O

Club Med foi fundado em 1950 com uma proposta pioneira: férias esportivas ao ar livre. A prática esportiva, presente nos 70 resorts espalhados pelo mundo, tem na neve um elemento cada vez mais importante. Entre as razões do protagonismo está o fato de que o brasileiro vem se rendendo, ano após ano, às delícias do frio. Nesta entrevista, Marco Oliva, que foi diretor comercial nas empresas MMT Operadora, Assist Card e Club Med – neste último ocupou o cargo de 1999 a 2009, retornando em 2012 –, analisa essa mudança de comportamento e o desempenho do Club Med nos mercados nacional e internacional.

Levantamentos apontam que o brasileiro está pegando gosto por desfrutar destinos de neve. Este é o novo perfil do turista? Sim. Estou no Club Med desde 1999, e naquela época o foco em neve era tímido. Tínhamos um village, no estado norte-americano do Colorado, chamado Copper Mountain, e em 2000 inauguramos outro na mesma região. Isso nos motivou a ser mais agressivos e a incentivar agências de viagem a explorarem o produto neve. Atualmente somos o maior exportador de brasileiros para neve, e isso se deve principalmente ao fato de que o Club Med tem um produto adequado ao gosto do brasileiro. Os pacotes são all inclusive, o que deixa o cliente seguro para realizar a viagem. Minha esposa, por exemplo, não tem predileção por neve, mas gosta de ir ao Club Med, pois sabe que as opções de entretenimento são muitas. O que o Club Med está fazendo para atender a essa demanda crescente? A cada um ou dois anos é inaugurado um novo Club Med. Isso nos permite fidelizar clientes, abrir novas pistas e novas possibilidades. Essa corrente de crescimento é necessária para fazer a roda girar.

Sendo o Brasil um país de clima tropical, a procura por neve seria um contraponto? Acredito que sim. Dependendo da região onde se vive, a mudança é radical. Nossas vendas no Nordeste são muito boas, o que quebra o paradigma de que o nordestino só gosta de calor. Uma curiosidade é que o cliente que viaja a Punta Cana ou outro destino do Caribe desfruta exclusivamente o resort. Já os que elegem os clubes de neve tendem a esticar a viagem para Paris, Viena ou Veneza, por exemplo. Qual é a representatividade dos resorts de neve para o Club Med? A representatividade é enorme. Para dimensionar, temos 21 resorts de neve entre Europa e Ásia. Nos dois primeiros meses de 2017 crescemos 50% em relação ao mesmo período de 2016. É um salto enorme! Nosso crescimento está se dando sempre acima de dois dígitos, o que sinaliza que o volume de passageiros transportados para montanha é cada vez maior. O que representa entretenimento para o Club Med? Costumo dizer que não vendo cama. Ven-

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ENTREVISTA

do experiência em hospedagem, e isso significa entretenimento. Em um só espaço, o Club Med oferece várias possibilidades de diversão. Hoje, somos considerados a maior escola de esportes do mundo em razão das opções que oferecemos. Quando o GM [gentil membro] está conosco, ele não tem a sensação de estar em um hotel. Além do quarto confortável, há a experiência gastronômica e a integração com outras pessoas. Nosso propósito é conduzir a vida do GM no village de forma que ele não perceba, mas logo esteja contagiado pela energia e participando espontaneamente das atividades.

A que você atribui esse crescimento? A parceria que o Club Med tem com as agências de viagem é um dos grandes segredos da consolidação. Em 1999 implantamos nossa estratégia de relacionamento com a indústria do turismo. E, como buscamos a transparência com todas as empresas que trabalham conosco, criamos o clube de incentivo Club Med Expert. Por meio dele é estabelecida uma meta e, ao conquistá-la, o parceiro ganha tratamento diferenciado. Quais as perspectivas para os próximos dez anos? No Brasil, é complicado fazer qualquer projeção que ultrapasse 12 meses, mas sobre o Club Med Internacional é diferente. Até 2020, a intenção é abrir, pelo menos, de 15 a 20 novos villages pelo mundo. Aqui, acabamos de inaugurar um complexo dentro do Club Med Rio das Pedras, em Mangaratiba (RJ). Esse novo village é o primeiro cinco-tridentes do Brasil. Não estamos parados!

"O conceito continua o mesmo: entrosar pessoas e interagir com os hóspedes."

Qual é a previsão de crescimento para 2017? Em relação aos destinos de neve, o crescimento previsto é de 25% aproximadamente. Como mencionei, nos dois primeiros meses deste ano crescemos 50%, e não dá para crescer 50% sempre! Isso é muito agressivo em se tratando de um produto internacional, que depende da oscilação do dólar.

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Esportes ao ar livre estão no core business do Club Med? O Club Med nasceu com o propósito de


© Club Med/Divulgação

Na página ao lado: à esquerda, Val D'Isère e, à direita, Tignes Val Claret. Nesta página, Serre-Chevalier

entrosar pessoas. Há 65 anos dois amigos belgas resolveram trazer mais felicidade ao mundo no pós-guerra. Então, reuniram grupos de amigos para viajar pelo Mediterrâneo. A cada ano o grupo aumentava e se renovava. Hoje, são 70 resorts em 35 países e nos cinco continentes. O conceito continua o mesmo: entrosar pessoas e interagir com os hóspedes. Entendemos que o esporte contribui muito para isso. Cada vez mais, as pessoas estão procurando realizar atividades físicas e mostram-se preocupadas com a saúde, o bem-estar e a alimentação. Tudo isso faz parte do DNA do Club Med. Fale sobre a trajetória do Club Med no Brasil. Em 1979 inauguramos o primeiro village no Brasil, na Ilha de Itaparica (BA). Dez anos depois iniciou-se a operação do Club Med Rio das Pedras. Em 2003 abrimos o resort de Trancoso (BA) e em 2016 o Club Med Lake Paradise, em Mogi das Cruzes (SP). Classificamos os villages por tridentes, sendo três, quatro e cinco tridentes, a exemplo das estrelas na hotelaria convencional. Embora o conceito seja o mesmo nos resorts, existem diferenças entre eles.

Em 2016, o POINT DA NEVE foi premiado como uma das agências que mais venderam pacotes do Club Med. Como é a parceria entre vocês? A parceria vem de longa data. A equipe do POINT DA NEVE é ótima! O Beto Valle, o Cristiano Reis Simões e o Sandro Sclovsky Saltz sempre entenderam nosso produto e são experts no que fazem. Eles souberam transmitir muito bem essa expertise a todos os profissionais que trabalham com eles. O POINT DA NEVE é uma agência que se destaca na região Sul, e podemos dizer que somos verdadeiros amigos. Costumo dizer que o Club Med não vende, se relaciona. A venda é apenas uma consequência. A amizade extrapola o senso comercial e queremos sempre o melhor às pessoas com quem nos relacionamos.

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SABOR

© David Roldan/Divulgação

SABORES DO FIM DO MUNDO

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© David Roldan/Divulgação

© Valeria Otero Faus/Divulgação

© Valeria Otero Faus/Divulgação © David Roldan/Divulgação

Uma rede hoteleira de primeira, um centro de esqui invejável e paisagens deslumbrantes compostas por bosques, montanhas e geleiras. Esse conjunto faz de Ushuaia um dos destinos mais atrativos da Argentina. Mas a cidade ainda oferece algo mais: a primorosa gastronomia. A cada ano aportam em Ushuaia chefs de várias procedências, que optam por lá se estabelecer. Nessa ponta do mundo onde o oceano Atlântico se une ao Pacífico, a boa mesa aplaca o frio.

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SABOR

U

shuaia, a capital da província da Terra do Fogo, tem a origem de seu nome na fusão das palavras ushu e aia, que no idioma de seus antigos nativos significa "baía profunda". Em suas gélidas águas estão os mais saborosos frutos do mar, encontrados somente ali. Não à toa, chefs de todos os cantos do mundo visitam o lugar. A fama corre mundo e nos últimos anos, seja inverno ou verão, a cidade vive repleta de turistas.

Jorge Monopoli, chef do restaurante Kalma © Valeria Otero Faus/Divulgação

TURISMO INTERNACIONAL

© Juan Jose Perez/Arquivo pessoal

Ao lado do marido Javier Gallizzi e mais outros dois sócios, a argentina Luciana Lupotti é proprietária do Patagonia Villa Lodge e mora em Ushuaia desde 1998. Ela é testemunha da internacionalização da cidade, onde o que menos ouve é o espanhol. Acostumou-se com o inglês, o português e demais idiomas das centenas de turistas. “Eu amo esse astral, pois gosto de conhecer gente de todo o mundo. Morei nos Estados Unidos e na Europa. Conheci vários lugares, mas Ushuaia foi amor à primeira vista.” A expressão "fim do mundo",

Luciana Lupotti e o filho Luca Galizzi

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usualmente pejorativa, associada à escassez de atrações, nesse caso é garantia de uma rotina nada ociosa. “As pessoas pensam que o verão aqui é pouco atrativo. Mal sabem que, nessa época, aportam navios com 1.500 turistas”, informa Luciana.

DELÍCIAS DO MAR Entre os que visitam Ushuaia, há os que decidem ficar. É o caso de muitos chefs que viajam ao destino, atraídos pelos crustáceos e pescados raros. A qualidade das refeições tem um segredo: a relação direta entre pescador e cozinheiro, que assegura receitas que fazem a fama da cidade. Entre elas, a centolla, um crustáceo enorme, cheio de farpas e sabor estupendo. Cada animal pode pesar quase dois quilos, e suas patas chegam a ultrapassar um metro de largura entre uma ponta e outra. A carne farta vem guarnecida com limão, molhos, salada e arroz. Não menos relevante à culinária local é a merluza negra, que ganhou o apelido de bacalhau de profundidade por ser encontrada a 70 metros abaixo do mar. “Para mim, é o pescado mais saboroso do mundo”, avalia Jorge Monopoli, chef do restaurante Kalma. Segundo Monopoli, à diferença da centolla, cuja pesca se dá


Iguaria preparada no Kalma Resto Cocina de Autor

Lino Adillon, chef do restaurante Volver © David Roldan/Divulgação

© Valeria Otero Faus/Divulgação

Entre os que visitam Ushuaia, há os que decidem ficar. É o caso de muitos chefs que viajam ao destino, atraídos pelos crustáceos e pescados raros. entre março e junho, a merluza negra é encontrada durante todo o ano. “Mas vale lembrar que a centolla nunca sai do cardápio, pois mesmo congelada mantém o sabor." Peixes e crustáceos não fazem a festa apenas dos turistas. “Em Ushuaia todos pescam. Meu marido, por exemplo, aprecia pescar trutas, e as que temos aqui são tão grandes que se parecem com salmão”, comenta a empresária Luciana Lupotti. Para Jorge Monopli, a dieta se assemelha a outros lugares da Argentina, mas com itens próprios do Canal de Beagle – canal que delimita a fronteira entre Chile e Argentina e também separa as ilhas do extremo sul do continente da Terra do Fogo.

CORDEIRO FAMOSO "70% da dieta argentina baseia-se na carne vermelha”, afirma Lino Adillon, chef do afamado Volver. Assim, por mais marítima que seja a gastronomia, é impossível deixar o churrasco de fora. Nenhum assado é tão requerido quanto o cordeiro patagônico. Os animais são

criados nas províncias vizinhas de Santa Cruz e Chubut. O preparo leva alho, salsinha, pimenta moída, rosmaninho e menta, ingredientes que ressaltam o sabor da carne. No entanto, as receitas variam bastante de um restaurante a outro. Há os que oferecem o cordeiro ensopado, ao forno ou brochetes. Como quer que seja servido, é um prato delicioso, e degustá-lo é programa obrigatório.

FRUTA MÍSTICA Dos arbustos verdes com flores amarelas nasce a mais tradicional fruta da região, o calafate. Segundo uma lenda indígena, uma jovem de nome Calafate foi transformada num arbusto ao tentar fugir com um rapaz da tribo vizinha. O pequeno fruto seria o coração da jovem. Com ele, são preparados geleias, licores, sorvetes, alfajores, biscoitos recheados e o que mais a imaginação permitir. E nem pense em não experimentar a fruta. Reza ainda outra lenda – esta mais recente e popular – que quem prova o calafate retornará a Ushuaia.

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NÃO DEIXE USHUAIA SEM CONHECER... Pescados, frutos do mar, cordeiro, empanadas, vinhos e cervejas são as atrações dos menus em Ushuaia. Embora existam estabelecimentos para todos os gostos, há os que viraram unanimidade entre turistas e moradores. Confira a seleção!

bém pode degustar carne de castor. De sobremesa, a casa oferece seu famoso sorvete de calafate.

RESTAURANTES

Maipú, 9410

© Valeria Otero Faus/Divulgação

Chez Manu Restaurant | Quan-

Kalma Resto Cocina de Autor |

do chegou a Ushuaia vindo da França, no final da década de 1990, o chef Emmanuel Herbin tinha em mente oferecer uma gastronomia inspirada na culinária francesa, mas com ingredientes da Patagônia. Dessa fusão nasceu o Chez Manu. O restaurante fica afastado do centro, mas a localização no alto de uma colina compensa pela vista. No cardápio, um vasto repertório de frutos do mar e o tradicional cordeiro da Patagônia.

Bodegón Fueguino | Prepara um dos mais tradicionais cordeiros da cidade. A iguaria é apresentada em diversas receitas e acompanhamentos. Além do cordeiro, oferece outros tipos de carne, massas e saladas. Seu interior é rústico, com paredes de madeira e poltronas revestidas em lã. San Martín, 859

Maria Lola | Indicado para os amantes de uma boa massa. No Maria Lola, elas são leves e vêm acompanhadas de pescados e frutos do mar. O ambiente é simples, a decoração nada extravagante. Tudo para você se concentrar no ravióli recheado com centolla, a especialidade da casa. Governador Esteban Deloqui, 1048

© Divulgação

Gobernador M. F. Valdez, 293

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Pres. Julio Argentino Roca, 470

Fernando Luis Martial, 2135

A simplicidade de sua fachada azul contrasta com a sofisticação do cardápio à base de frutos do mar, sendo a centolla e a merluza negra as atrações. “Oferecemos menu-degustação com os melhores ingredientes da Terra do Fogo”, afirma o chef e proprietário, Jorge Monopoli, que faz questão de circular entre os clientes, explicar o cardápio e dar sugestões.

Restoran Volver | Sua decoração exótica é a representação fiel do talentoso chef Lino Adillon. Ali, é possível escolher a centolla ainda viva dentro do aquário. “Você terá a intensa experiência de vivenciar algo novo e inesperado”, promete Lino. Quem estiver interessado em uma aventura gastronômica tam-

Degustar um vinho, saborear um crepe de centolla e apreciar o belo visual da cidade é um programa e tanto! Nesse restaurante de administração familiar, os frutos do mar protagonizam o cardápio e a carta de vinhos é completa.

Kaupé | Ambiente pequeno e aconchegante. A dica é fazer reserva antecipada e, se possível, pedir uma mesa próxima à janela.

Tia Elvira | Há mais de 40 anos, mesmo antes das pessoas ouvirem falar em centolla, o restaurante já era especializado na iguaria. A poucos metros do Canal de Beagle, sua localização é um dos diferenciais. Chegar lá é um passeio bacana; por isso o ideal é ir de dia para contemplar a exuberância das águas. Maipú, 34


Quelhue San Martin, 214

CAFÉ E MEDIALUNA Tante Sara | Ideal para quem deseja um café ou um brunch com dulce de leche, medialunas, empanadas e tudo o mais que a afamada confeitaria argentina tem a oferecer. Luciana Lupotti, empresária de Ushuaia, é cliente assídua da casa. "Você vai experimentar tortas que não provou em nenhum outro lugar", derrete-se ela.

© Divulgação

"Em todos os restaurantes você encontra uma carta de vinhos completa e variada. Os melhores possuem suas próprias adegas. Minha dica, no entanto, é escolher um vinho na Quelhue e levá-lo ao restaurante", recomenda o chef Jorge Monopoli. A Quelhue é a maior casa de vinhos da cidade e unanimidade entre os nativos. "Se você aprecia um vinho suave e equilibrado, sugiro um pinot noir ou merlot da Patagônia. Se o desejo for por um branco, proponho um torrontés de Salta”, indica Monopoli. “Não deixe de provar o pinot noir, syrah e merlot Los Misterios, de Ernesto Catena”, também recomenda o chef Lino Adillon.

CERVEJA

Maipú, 749

Beagle | É a artesanal mais afamada da cidade. Produzida nos tipos ale, stout, india pale ale, entre outros. É muito saborosa, e uma Beagle no fim do dia não cai nada mal. É vendida nos principais restaurantes e pubs. © Divulgação

VINHO

rou em Ushuaia em 1913. Por muitos anos o Almacén Ramos Generales sediou encontros sociais e, por isso, foi fundamental ao desenvolvimento da cidade. Sua decoração é repleta de objetos antigos. O cardápio é variado, com sopas, massas, carnes e empanadas deliciosas.

La Cabaña | Parece uma casa de boneca! A estrutura de madeira confere aconchego ao local, conhecido por servir as melhores tortas da região. Outro atrativo é sua localização, ao pé do Glaciar Martial. Uma dica é subir de teleférico a montanha e, na descida, se deliciar com um brunch no La Cabaña.

cerveja artesanal da Terra do Fogo. É produzida nos tipos pilsen, pale ale e stout. Destaque para a stout, com sua coloração negra, boa espuma e aromas de malte, café e chocolate. Assim como a Beagle, é facilmente encontrada em restaurantes e bares.

Patagonia | Opção industrializada para quem prefere fugir da popular Quilmes. É oferecida nos tipos amber, lager, pilsen e witbier, sendo este último o mais popular por ser leve e frutado.

Luis Fernando Martial, 3560

Dublin Pub | Essa cerveja você

© Divulgação

San Martín, 701

Almacén Ramos Generales | Um dos locais mais históricos e singulares para se fazer uma refeição. Misto de padaria, restaurante, doceria, vinoteca e museu, foi inaugurado no começo do século XX pelo comerciante Don Jose Salomón. Após peregrinar pelo Líbano fugido da guerra, da fome e do preconceito, Salomón anco-

Cape Horn | Outra tradicional

encontra no Dublin Pub, além de outras opções internacionais. É um point disputado entre turistas que buscam agito. Lá, você encontra mesas e balcões lotados, gente em pé e rock clássico. A pipoca é cortesia da casa para o cliente sentir sede e recorrer à cerveja. “Gosto de ir ao Dublin Pub para conversar com pessoas dos mais variados lugares. É isso que torna Ushuaia rica e divertida”, comenta o chef Jorge Monopoli.

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NO POINT

Cristiano Reis Simões, Beto Valle e Sandro Sclovsky Saltz, diretores do Point da Neve

© Ricardo Lage

DA GAROA

PARA A NEVE Para movimentar um negócio, é preciso inovar e melhorar a experiência do consumidor, tornando prazerosa a relação com serviços e produtos. Enquanto a estrutura online é dinâmica e prática, a estrutura física possibilita sentir-se parte de um seleto grupo de clientes que aprecia e se identifica com o que a empresa oferece. Ciente da importância das duas plataformas, o POINT DA NEVE inaugurou uma filial na terra da garoa, como São Paulo é carinhosamente conhecida.

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A

abertura de uma filial no maior mercado brasileiro é a concretização de um antigo sonho dos sócios Beto Valle, Cristiano Reis Simões e Sandro Sclovsky Saltz. Localizado na rua Frei Caneca, no bairro Consolação, o novo escritório representa a consolidação da expertise em turismo de neve. “Não temos medo da concorrência nem do tamanho do mercado, pois somos especialistas no segmento onde atuamos. Será um prazer participar desta disputa”, comenta Cris Simões. Sandro Saltz ressalta que o clima da cidade para fazer negócios foi fundamental na tomada de decisão. “Quando estou sobrevoando São Paulo, já sinto a boa energia das oportunidades e sei que a cidade brinda com sucesso quem trabalha bem.“

SEGURANÇA NO INVESTIMENTO Fundada em 2003, a agência se consolidou no mercado nacional como uma das poucas a trabalhar apenas destinos de neve. Hoje, com o comércio virtual ganhando cada vez mais espaço, inaugurar uma sede física pode até parecer anacrônico. Afinal, por que investir em um escritório se é possível comprar passagens aéreas pelo celular e acompanhar roteiros de viagens em blogs? “Esse dilema se apresentou a nós. Em tese, é um esforço que vai contra a lógica. Mas, quando compram uma viagem pela internet, as pessoas tendem a hesitar em relação à segurança do investimento. Assim, abrir uma loja física com atendimento personalizado ajuda bastante”, acredita Beto Valle. É impossível nadar contra a maré do digital, mas é estratégico utilizar a presença física para ca-

Ambiente da filial paulistana © Flavio Rother

pitalizar as vendas pela internet. “O ambiente físico avaliza a venda online. O cliente pode nem ir ao escritório, mas nossa presença física assegura tranquilidade e segurança na compra”, avalia Cris.

SERVIÇO MAIS DO QUE TRANSAÇÃO Há alguns anos, procurar uma agência de turismo era pré-requisito para viajar. A menos que o turista fosse fluente na língua do país de destino ou estivesse disposto a pagar por uma chamada internacional, reservar hotel era tarefa exclusiva das agências de viagem. É fato que isso mudou. Com a era digital, o trabalho do agente deixou de ser a interme-

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© Flavio Rother

NO POINT

apreciava passear pela cidade depois de esquiar, mas as duas opções eram encravadas na montanha. Por isso, acabei dando a indicação de um terceiro destino, Val Thorens, que ele aceitou feliz. Com certeza, esse aconselhamento ele não teria pela internet.“

SEDE DE VIAJAR

ONDE FICA POINT DA NEVE SÃO PAULO Rua Frei Caneca, 558 CEP 01307-000 I Bairro Consolação Fone: 11 4506.2999

diação entre viajante, hotel e companhia aérea. “Não somos mais percebidos como meio transacional, pois com um clique o cliente resolve tudo sozinho. Hoje, ele está interessado na nossa orientação, informação e dicas de roteiro. É por isso que somos especialistas em neve. Quem planeja uma viagem conosco está comprando nosso know-how”, argumenta Cris. Beto Valle endossa a opinião do sócio, citando um recente episódio. "Há poucos dias, me ligou um potencial cliente indicado por uma amiga. Estava em dúvida se passava as férias em Le Deux Alpes ou Arcs Extrême. Ele poderia ter pesquisado na internet, mas preferiu falar comigo. Comentou que

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A instabilidade da economia levou muita gente a postergar viagens ou programar férias econômicas. Mas a baixa do dólar e o aparente reequilíbrio financeiro começam a movimentar o mercado. A filial paulistana chega no momento em que o brasileiro está sedento por viajar. “Quem esquia, sempre quer voltar a esquiar. Não é uma atividade que pode ser praticada em qualquer lugar; por isso é um desejo que fica represado em épocas de crise. Quando aparece a oportunidade com grupo de amigos, de um parcelamento camarada ou do dólar em baixa, a galera se joga mesmo”, afirma Cris Simões. Embora praia ainda seja o destino da maioria, a predileção por roteiros de neve vem crescendo cada vez mais. Um estudo da Harris Interactive, consultoria norte-americana especializada em pesquisas de mercado, revelou que 19% dos brasileiros preferem curtir férias em lugares frios. "A melhor forma de sair da rotina é fazer algo novo. Na montanha, até respiramos diferente em razão da altitude. Por isso, acredito fortemente nesse crescimento", comenta Sandro Saltz. A busca por neve talvez esteja na necessidade de contrapor o clima tropical do Brasil. “A neve povoa nosso imaginário. Crescemos assistin-


Bibiana Frantz responde pela operação da agência na capital paulista

© Christian Jung

O ambiente físico avaliza a venda online. A filial assegura tranquilidade e segurança na compra da viagem. do a filmes de Natal com neve. Não é por menos que o Natal de Gramado, na Serra Gaúcha, faz tanto sucesso”, relata Beto.

ESTRATÉGIA DE EXPANSÃO Ao se estabelecer em São Paulo, o POINT DA NEVE percorre caminho inverso ao da maioria das agências, que têm a matriz na capital paulista e filiais em outros estados. Esse movimento visa atender à alta demanda de clientes identificada por ferramentas de análise. Para capitanear a nova unidade, foi es-

calada a gaúcha Bibiana Frantz, que trabalha há seis anos no POINT DA NEVE. “Transpor o know-how, a qualidade e a seriedade do trabalho realizado em Porto Alegre para a capital paulista é o nosso grande desafio”, afirma ela. Os sócios não escondem que a nova agência pode ser o início de uma expansão maior. “Se a implantação for exitosa, podemos replicar o modelo a outras praças, já que temos escritórios da S7 Study, o braço de intercâmbio do grupo, no Rio de Janeiro e em Recife”, antecipa Cristiano Simões.

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Neve com a FamĂ­lia!


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DESTINOS

AMÉRICA DO SUL

OS SETE LAGOS Há quem diga que o mais importante em uma viagem não é exatamente o destino, mas o caminho percorrido até ele. Essa máxima vem a propósito quando nos referimos ao trecho da estrada Ruta Nacional 40 conhecido como Rota dos Sete Lagos, na Argentina. O trajeto liga Villa La Angostura a San Martín de los Andes, extendendo-se por 110 km entre magníficos lagos, montanhas e bosques. Além da exuberância natural, a estrada atrai turistas por dar acesso à cidade de San Carlos de Bariloche.

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© Saiko3p/Istock

ARGENTINOS


BARILOCHE E ROTA DOS 7 LAGOS

car pé em um só lugar. Em maio de 2015, voaram do Rio de Janeiro para Buenos Aires e de lá para San Carlos de Bariloche. O objetivo era fazer a famosa Rota dos Sete Lagos, que percorre os lagos Nahuel Huapi, Correntoso, Espejo Grande, Escondido, Villarino, Falkner e Machónico até chegar a San Martín de los Andes, totalizando 195 km desde Bariloche. A saída desta cidade compreende o trajeto que con© Arquivo pessoal

E

mbora a Rota dos Sete Lagos se inicie em Villa La Angostura e termine em San Martín de los Andes, o roteiro que descreveremos aqui parte de San Carlos de Bariloche, um dos mais afamados destinos de neve do continente sul-americano. A cidade, localizada às margens do lago Nahuel Huapi, recebe milhares de turistas brasileiros desde a década de 1970. Cerro Catedral, sua concorrida estação de esqui, fica a 21 km e oferece pistas para todos os níveis de dificuldade. Com mais de 110 mil habitantes, Bariloche está longe de ser apenas um vilarejo: é um tradicional e excelente ponto de partida para quem curte trips de carro. Para os que chegam à cidade de avião, o recomendável é alugar o automóvel no centro e não no aeroporto.

PÉ NA ESTRADA O casal Fernanda Todeschini e Rafael Kaufmann prefere se lançar numa aventura de carro a fin-

Fernanda Todeschini e Rafael Kaufmann

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VALE A PARADA

1

Alto El Fuego | Sair de Bariloche sem comer um assado hermano é um vacilo tremendo. Um dos lugares mais recomendados é o Alto El Fuego, famoso pelo cordeiro e chorizo. A carta de vinhos não deixa nada a desejar.

2

Konna Microcerveceria | As rotas turísticas mais comuns talvez não incluam este estabelecimento, mas ali a diversão é garantida. A pedida é um pint de cerveja artesanal e o hambúrguer de cordeiro. O clima é descontraído e o preço acessível.

3

Tante Frida | Esta é uma das melhores chocolaterias da região, e sua sorveteria não é menos maravilhosa. O alfajor de helado (alfajor de sorvete) é de comer rezando. Uma deliciosa e necessária reposição de glicose!

4

Restaurant del Puerto | Você vai encontrar este local na saída de Villa La Angostura em direção a San Martín de los Andes. É um check-in necessário à beira do lago Nahuel Huapi. As massas e o cordeiro são famosos.

5

Ñancu-Lahuen | Se você optou por fazer o desvio até Villa Traful, reserve uma refeição no Ñancu-Lahuen, especializado em truta. O salmão com ervas frescas, plantadas no jardim do restaurante, também é uma excelente pedida.

6

El Malamado Resto Bar | Quem se desviou da travessia para conhecer o lago Hermoso vai adorar o El Malamado Resto Bar. Com cardápio especializado em frutos do mar, o ambiente é a grande atração. As mesas distribuídas no deque são um charme.

7

El Mesón de la Patagonia | Pequeno, aconchegante e disputado. Se estiver hospedado em San Martín de los Andes, faça reserva antecipada. O estabelecimento retrata a tradição dos pescados e assados argentinos. Experimente o salmão ao champanhe ou o cordeiro com molho de menta. Divinos!


BARILOCHE E ROTA DOS 7 LAGOS

© Mariano Buenaventura /Istock

© Hbrizard /Istock

Além da beleza, Villa La Angostura brinda o visitante com opções gastronômicas, hoteleiras e esportes de neve. torna o Nahuel Huapi, lago de origem glacial, cuja profundidade alcança incríveis 450 metros. Já ali, as ramificações e entradas para os bosques circundantes descortinam para o viajante um cenário cinematográfico.

VILLA LA ANGOSTURA Se Bariloche é agito e aventura, Villa La Angostura é aconchego e tranquilidade. Além da geografia impressionante, o destino brinda o visitante com boas opções gastronômicas e hoteleiras e, claro, esportes de neve. Cerro Bayo é o centro de esqui e snowboard, que oferece pistas para todos os níveis, aulas para iniciantes e aluguel de equipamentos. “É uma cidade muito simpática. Desfrutamos uma tarde com direito a sorvete e café", conta Fernanda Todeschini. "Para quem está hospedado em Bariloche, vale dar um pulo, mesmo que o objetivo não seja completar o percurso dos lagos. Inclusive, sugiro o local para os que não praticam esportes de neve e desejam cur-

tir um astral mais aconchegante do que Bariloche. Ficamos arrependidos de passar pouco tempo em Villa La Angostura”, lembra.

ENTRE DOIS LAGOS À saída de Villa La Angostura, trafegando pela rodovia 231, estende-se um dos trechos mais belos do passeio: o encontro dos lagos Correntoso e Nahuel Huapi. Faz-se a travessia entre eles por uma ponte, que presenteia o turista com uma vista deslumbrante. Rodando mais alguns quilômetros, após a bifurcação entre as rodovias 231 e 40, repousam lado a lado os lagos Espejo Grande e Correntoso. A água ganha um aspecto de espelho, pois o lago é alimentado pelo degelo das montanhas e pelos arroios que ali desembocam. Pouco depois de Espejo Grande está Espejo Chico, que é, como o nome sugere, uma versão em miniatura do anterior. Espejo Chico localiza-se em uma área de camping, e vale lembrar que o trecho de 50 km entre os lagos não é asfaltado, embora regular.

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DESTINOS

AMÉRICA DO SUL

DESVIANDO DO CAMINHO No caminho entre Espejo Chico e Correntoso, tudo o que se vê são montanhas. Esse é o percurso predileto dos aficionados por trilhas. “Para quem gosta de fazer trilha, indico pernoitar ali. Além do trekking, vale a pena para curtir a paisagem e desviar da rota”, recomenda Fernanda. Um dos mais tradicionais desvios é o que leva para Villa Traful, distante 25 km da rodovia 40. O vilarejo, situado às margens do lago de mesmo nome, tem cerca de 500 habitantes, e suas casas são charmosas e rústicas. Apesar de pouco populoso, oferece boa estrutura turística, com hotéis, camping e restaurantes especializados em frutos do mar.

TRÊS LAGOS Passando Villa Traful e voltando à Ruta Nacional 40, três lagos protagonizam a cena. O primeiro faz jus ao nome: Escondido. É pequeno e encoberto por árvores, sendo até possível

© Dmitry Saparov/Istock

passar por ele sem avistá-lo. Impossível é não notar o vistoso Villarino, que vem na sequência. Mais alguns minutos na rota e o viajante se depara com o lago Falkner, onde nativos comercializam doces e pães caseiros – um cantinho ótimo para um agradável piquenique. Embora ali o trecho seja asfaltado, não pise fundo no acelerador. “Ao trafegar, avistamos muitos ciclistas, o que nos fez redobrar a atenção. Mas isso não foi problema, pois em um cenário de tamanha beleza não existe razão para alta velocidade”, comenta Rafael Kaufmann. Passando o Falkner, o viajante topa com a Cascada Vullignanco, uma cachoeira com 20 metros de altura.

ÁREA ESQUIÁVEl Iniciantes

Intermediários

Avançados

Experts

Teleféricos

CERRO CATEDRAL

CERRO BAYO

CERRO CHAPELCO

(Bariloche)

(Villa La Angostura)

(San Martín de los Andes)

600 ha (53 pistas) 16%

42%

36 26%

460 ha (25 pistas) 16%

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27%

35%

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140 ha (22 pistas) 11%

9%

25%

50%

12 16%


BARILOCHE E ROTA DOS 7 LAGOS

© Divulgação

Em Cerro Chapelco, cercado por bosques de coníferas, você avista o lago e o vulcão enquanto desliza neve abaixo. ENFIM, EM CERRO CHAPELCO! O final da rota presenteia o viajante com o lago Machónico e, se ainda lhe sobrar gás, vale uma parada no mirador para o último registro. E depois de tanto rodar, enfim, San Martín de los Andes! A chegada à cidade já é um prenúncio do que será o passeio. Para acessar San Martín, é preciso margear o exuberante lago Lácar, seguindo um trajeto que não se apagará tão cedo da sua memória. Chegando lá, o que se encontra é uma cidade delicada e charmosa, cercada por bosques de coníferas, ao pé de Cerro Chapelco – um dos mais belos centros de esqui do continente. E quem conhece, garante: nenhum lugar da América do Sul se parece tanto aos Alpes quanto San Martín de los Andes, seja pelo estilo de suas construções, pelo comércio, pela facilidade de locomoção ou pela afabilidade de seus habitantes. Tudo faz lembrar o Velho Continente. A 21 km do centro está Cerro Chapelco, um dos destinos preferidos dos brasileiros. O complexo de nível internacional oferece ex-

celente infraestrutura, facilidade para o aluguel de equipamentos e, claro, paisagens de tirar o fôlego. No topo da montanha avista-se o vulcão Lanín, símbolo da província de Neuquén. As pistas para todos os níveis de dificuldade, as aulas de esqui e o snowpark com direito a half-pipe e slalom dimensionam a versatilidade dessa fabulosa estação.

O RETORNO Os que se apaixonam pelo passeio podem retornar à Ruta Nacional 40 e desbravar outros desvios. Mais uma opção é sair de San Martín de los Andes, subir até Junín de los Andes e pegar a rodovia 234 com destino a Bariloche. A estrada não contempla lagos, mas compensa pela paisagem desértica. A calmaria e o vazio evocam cenários de filmes texanos. “Fomos e voltamos por caminhos diferentes. Ainda que seja uma travessia longa, não sentimos cansaço, porque a paisagem é puro entretenimento”, arremata Fernanda.

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DESTINOS

AMÉRICA DO SUL

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chile m © Arquivo pessoal

Por sua geografia privilegiada, o Chile é um dos destinos mais procurados por quem deseja fazer turismo na América do Sul. A capital Santiago é desenvolvida, segura e hospitaleira. Sem dizer que está a poucos quilômetros das famosas estações de esqui. Conheça esse destino de múltiplos encantos!

Dominique Rudloff, gerente comercial e de marketing do Valle Nevado Ski Resort

V

ocê pode desembarcar em Santiago pela manhã e, antes do meio-dia, estar na montanha. Que outra grande capital proporciona isso?”, indaga Dominique Rudloff, gerente comercial e de marketing do Valle Nevado Ski Resort. Esse privilégio envaidece Dominique e os chilenos de forma geral. Antes mesmo de pousar em terra firme, Santiago já oferece um show! A janela do avião emoldura o espetáculo da cordilheira dos Andes. Somadas a isso, a tradicional gastronomia e a forte cultura vitivinícola atraem uma multidão de turistas. “Poucas cidades têm, além de segurança, a vantagem de estar próxima à cordilheira e à costa”, afirma a executiva.

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últiplo FRUTOS DO MAR E VINHO A capital reserva surpresas aos que procuram experiências gastronômicas. E poucos locais são tão emblemáticos quanto o Mercado Central. Inaugurado em 1872, foi eleito pela revista National Geographic o quinto melhor mercado do mundo. Lá, é possível degustar pratos como o pirocoro, uma espécie de crustáceo; o choro, um tipo de mexilhão; e o ouriço-do-mar. “Minha recomendação é experimentar a sopa de mariscos”, sugere Dominique, que além do mercado elenca quatro restaurantes imperdíveis: Ambrosía, Peumayen Ancestral Food, Castillo Florestal e Aquí Está Coco. Quem visitá-los será surpreendido por suas excelentes cartas de vinho. A vitivinicultura é uma tradição chile-

na explicada pela geografia. O território é delimitado por quatro fronteiras: ao norte, o deserto do Atacama; ao sul, as geleiras da Patagônia; a oeste, o Oceano Pacífico; e a leste, a cordilheira dos Andes. As barreiras são responsáveis por proteger os vinhedos contra pragas, e a variação térmica permite o cultivo de diversas espécies de uvas. “Existem vinícolas maravilhosas próximas de Santiago, mas mencionaria três em especial: Odfjell Vineyards, Matetic e Indomita", destaca Dominique.

HISTÓRIA E CULTURA Visitar a casa onde viveu um artista, um escritor, uma figura pública é sempre uma experiência única. Um dos passeios obrigatórios em

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DESTINOS

AMÉRICA DO SUL

Santiago são as casas do poeta Pablo Neruda, prêmio Nobel de Literatura em 1971. É possível adquirir pacotes fechados que incluem as residências La Chascona, em Santiago; La Sebastiana, em Valparaíso; e Isla Negra, em El Quisco. A primeira e mais visitada foi comprada em 1951 e lá viveu Matilde Urrutia, seu grande amor. "Aqui estão o pão, o vinho, a mesa, a casa, tudo o que é necessário ao homem, à mulher, à vida", escreveu na obra Cem sonetos de amor, em referência a La Chascona. Outro passeio imperdível é o Museo de la Memoria y los Derechos Humanos, inaugurado em 2010 em homenagem às vítimas do regime militar, que vigorou de 1973 a 1990. O Museo Chileno de Arte Precolombino também é destaque, considerado o melhor museu da cidade e um dos melhores do continente sul-americano. Em seu prédio estão abrigadas mais de duas mil peças indígenas. Por fim, vale incluir no roteiro o Palácio de La Moneda, sede da Presidência da República, a Catedral Metropolitana e a Plaza de Armas, todos no centro histórico de Santiago.

ESTAÇÕES DE ESQUI Se conhecer Santiago por meio da gastronomia, cultura e história é inesquecível, adicionar momentos de aventura é transformar o roteiro na viagem dos sonhos. Por isso, na alta tempora-

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da muitos brasileiros rumam à cordilheira a fim de curtir esportes de neve. “Farellones, El Colorado, La Parva e Valle Nevado são as quatro estações de esqui, situadas a poucos quilômetros da capital. À exceção de Farellones, é possível esquiar entre elas, pois estão interligadas por teleféricos. O ideal é desfrutar vários dias nos centros e, antes de retornar para o Brasil, reservar um tempo para dar uma volta em Santiago”, recomenda Dominique. Pela proximidade, pode-se fazer um bate-e-volta às estações, mas a recomendação é que o turista fique hospedado em uma delas. A estrada é regular e bem sinalizada, mas há pelo menos 40 curvas fechadas, que podem se tornar mais complicadas em razão da altitude. Um pouco mais distante desses centros está Portillo, a duas horas de carro da capital chilena. Também vale a visita!


SANTIAGO E SEUS ARREDORES

© Valle Nevado/Divulgação

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Se conhecer Santiago por meio da gastronomia, cultura e história é inesquecível, adicionar momentos de aventura é transformar o roteiro na viagem dos sonhos. VIZINHAS DA NEVE As estações mais próximas de Santiago são Farellones, El Colorado e La Parva. É possível conhecer as três de uma tacada só. Por isso são as preferidas dos chilenos que buscam distância dos agitos turísticos de Valle Nevado e Portillo. Saindo da capital, basta percorrer 36 km para chegar a Farellones, um simpático e bucólico vilarejo, com prédios baixos, casas de madeira e cafés acolhedores. Jogos aéreos, tubing, circuitos de tirolesa e pontes de corda são as atrações lúdicas do lugar. A apenas 1 km está El Colorado, que oferece mais opções de pousadas, cabanas, condomínios e apart-hotéis. O centro conta com boa variedade de restaurantes e lojas para aluguel de equipamentos, além de pistas para todos os níveis de dificuldade e es-

colas de esqui e snowboard. Pouco menos de 3 km separam El Colorado de La Parva, outra opção bucólica para quem procura calmaria na montanha. É conhecida por apresentar boa variedade de pistas para esquiadores e snowboarders intermediários e experientes.

VALLE NEVADO Fundado em 1988 com o propósito de ser um cruzeiro marítimo na neve, Valle Nevado é o mais afamado centro de esqui do Chile. Se as estações vizinhas brindam o turista com aconchego e tranquilidade, aqui tudo é grandioso e moderno. Considerado a melhor infraestrutura para esportes de neve no país, o centro se tornou point de brasileiros. “Valle Nevado é a estação mais alta, o que lhe dá vantagem em relação às demais. Além

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DESTINOS

AMÉRICA DO SUL

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Considerado a melhor infraestrutura para esportes de neve no Chile, Valle Nevado se tornou point de brasileiros. disso, disponibiliza três hotéis para diferentes orçamentos e estilos”, justifica Dominique Rudloff. O Valle Nevado Hotel é cinco-estrelas, o Puerta del Sol é quatro, e o Tres Puntas é três-estrelas. Cada hotel possui seu próprio bar e a noite acontece por ali, com sinuca, karaokê, música ao vivo e cerveja. Os que não abrem mão de um ambiente reservado e cozinha própria podem encontrar condomínios de apartamentos a preços módicos. Por ser a estação mais elevada, sua área esquiável é extensa, e há pistas para todos os níveis. Para comportar tamanha oferta, é necessário um sistema de transporte eficaz. Por isso, há 15 teleféricos, sendo o Andes Express o mais moderno e rápido da América do Sul. Aos que nunca desceram a montanha ou desejam aprimorar suas técnicas, o resort disponibiliza instrutores. “Os professores falam vários idiomas, pois trabalham conosco na alta temporada e depois rumam a outros centros, como Aspen, por exemplo”, relata Dominique. Para os snowboarders, a atração

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é o snowpark, que inclui border cross. Em Valle Nevado a oferta de restaurantes não é das mais amplas, mas é suficiente para agradar a todos os gostos. Os principais são o Mirador del Plomo, no hotel Puerta del Sol; o Sur, localizado no hotel Tres Puntas; e o La Fouchette, que fica no Valle Nevado Hotel e serve comida francesa. Fora do circuito dos hotéis, há o Don Giovanni, com suas massas e carnes; o Bajo Zero, que oferece hambúrgueres, empanadas e pizzas; e o La Leñera, cujo cardápio são sopas, fondues, massas e grelhados. Agora, se a preguiça for maior, pode-se apenas abrir um vinho e relaxar na piscina do centro de esqui, que ferve durante o happy hour.

PORTILLO Portillo é o mais tradicional centro de esqui do Chile, tendo sido construído no final de década de 1940. Fica a 3 km da fronteira com a Argentina, na estrada que leva a Mendoza, encravado na cordilheira dos Andes e ao pé da Laguna


SANTIAGO E SEUS ARREDORES

© Divulgação/Ski Portillo

COMO CHEGAR

A avenida Las Condes liga Santiago ao Camino a Farellones, que dá acesso a Farellones, El Colorado e La Parva. Para Valle Nevado o trajeto é o mesmo, porém é preciso pegar uma bifurcação à direita após a curva 40. O percurso pode ser feito de transfer, táxi ou automóvel. Todas as opções partem do Aeroporto Internacional de Santiago. Quem for a Portillo deve seguir pela rodovia 57, que mais tarde se torna 60. Ela conduz à estação e também permite o trânsito de carro, transfer ou táxi.

del Inca – um espetáculo cromático que varia do azul ao verde em diversas tonalidades. Se a ideia é fixar pouso por lá, há três hotéis: Hotel Portillo, Octógono e Inca. O primeiro é, sem dúvida, o mais procurado, marcante por sua fachada azul e amarela e reconhecido por sua incomparável gastronomia. Quem comanda a cozinha é o chef Rafael Figueroa, mestre na utilização de ingredientes locais. Como outras estações de nível internacional, Portillo tem pistas para todos os níveis, além de aulas de esqui e clube infantil. Os pós-graduados na modalidade podem curtir um heli-ski. Essa estação, sem dúvida, complementa o passeio por um país que é múltiplo de atrações e um dos mais apaixonantes do continente sul-americano. Entre as águas do Pacífico e a cordilheira dos Andes tudo é possível!

ÁREA ESQUIÁVEl Iniciantes

FARELLONES 60 km (22 pistas)

Intermediários Avançados Experts

50%

20%

18 30%

Teleféricos

EL COLORADO 60 km (77 pistas) 35%

30%

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VALLE NEVADO 40 km (40 pistas) 10%

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LA PARVA 30 km (40 pistas)

24

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PORTILLO 47 km (30 pistas) 15%

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Corralco

Exclusivo Centro de Esqui no Chile

Um lugar único para aproveitar os desafios powder: 860 metros de Vertical Drop, Big Mountain Freeride, 1.800 hectares de área esquiável e com a temporada de neve natural mas longa do Chile. Você não pode perder! Pistas para esquiadores avançados e experts, mais de 4 metros de neve acumulada. 54 Apartamentos / Restaurante / Bar / SPA / Sala de reuniões / Escola de esqui / Aluguel de Equipamentos / Área de recreação para crianças / Situado dentro da Reserva Nacional de Malalcahuello a 90 minutos de Temuco / 6 Teleféricos / 29 pistas.


RESERVA NACIONAL MALALCAHUELLO, NOVENA REGION, CHILE. VALLE CORRALCO HOTEL & SPA


COMPORTAMENTO

Daniel Resende Araujo Santos, consultor financeiro

© Christian Jung

FÉRIAS

PLANEJADAS 50 POINT DA NEVE | TEMPORADA 2017/2018


Montanhas cobertas de neve, geleiras e bosques povoam os sonhos de muita gente. Quem já se aventurou com esquis e pranchas de snowboard conhece o poder regenerador de uma viagem dessas. No entanto, esse tipo de experiência não é barato – envolve passagens aéreas, hospedagem, aluguel de equipamento e passes para as montanhas. Em tempos bicudos, fazer a trip sonhada requer planejamento financeiro e uma boa consultoria de turismo.

P

revalece a ideia de que viagem internacional é privilégio de poucos. Soma-se a essa crença o hábito do brasileiro de deixar tudo para a última hora, postergando a concretização da aventura. Pois saiba que viajar todo ano é possível, desde que se encare o planejamento com a mesma seriedade com que se economiza para adquirir um carro ou imóvel. “O planejamento representa uma grande economia no investimento total da viagem. Significa fazer o dinheiro trabalhar por si”, analisa o consultor financeiro Daniel Resende Araujo Santos. Segundo ele, quem se organiza permite que o dinheiro renda juros, se aplicado, e pode comprar a viagem à vista para fugir das parcelas.

ECONOMIZAR PARA INVESTIR Começar o planejamento das férias no início do ano para embarcar somente no ano seguinte é uma boa economia, ainda mais em se tratando de roteiros internacionais. De forma geral, as pessoas administram bem seus gastos fixos, mas tendem a se atrapalhar nos gastos variáveis, como refeições fora de casa, compras e pequenas viagens. “Eu, por exemplo, não tenho casa na praia. Foi a escolha que fiz para investir em viagens pelo mundo. Na vida sempre temos dois caminhos, e é preciso optar por um. Poucos são os que podem escolher ambos. Experimente economizar no lazer do dia-a-dia para investir na diversão em um lugar diferente”, recomenda o consultor.

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COMPORTAMENTO

© Sophia Catalogne

Cristina Todeschini, gerente comercial do Point da Neve

ENVOLVA A FAMÍLIA

O BARATO SAI CARO

Para quem tem família, uma dica é envolver todos os membros no projeto das férias. “Filhos pequenos não precisam saber quanto se economiza. Tenho um menino de 11 anos e uma garota de 13, que me perguntam por que não temos casa na praia. Explico que é porque viajamos todos os anos. Com os filhos é importante exercitar o 'ou' e não o 'e'”, sugere Daniel. Um bom caminho para iniciar o projeto é fazer uma planilha de gastos, que pode estar na agenda, no Excel ou no aplicativo de celular. É um recurso importante para mapear gastos e receita. “Formar uma poupança para viajar é motivador”, completa ele.

Hoje, graças à internet, é possível desbravar o mundo e escolher um destino pelo computador ou dispositivo móvel. Pois é justamente pensando em economia que muitos recorrem à web para emitir passagens, fazer reservas em hotéis, alugar equipamentos e outras facilidades. Na internet surgem ofertas sedutoras. Mas atenção! Aquele pacote de viagem que à primeira vista parece tentador pode se revelar uma dor de cabeça, se não estiver respaldado por uma consultoria especializada. Entre as pegadinhas clássicas estão os voos com conexões extremamente longas, que você só perceberá quando estiver no aeroporto.

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Desconfie de passagens absurdamente baratas e hotéis com diárias incomparáveis, pois no turismo não existe mágica. Por isso é que os bons agentes de viagem se transformaram em consultores de turismo: eles têm contatos confiáveis e acesso a sistemas específicos. Lembre que, na hora de fazer um grande investimento, segurança é fundamental. “O bom consultor de turismo detém informação qualificada e sabe qual o contato certo para cada necessidade. O relacionamento adequado com fornecedores possibilita, por exemplo, a flexibilização de prazos. Muitos resorts de neve operam com datas fixas, e em vários casos conseguimos quebrar essas datas por causa da boa parceria”, relata Cristina Todeschini, gerente comercial do POINT DA NEVE.

dicas. Sem dizer que, durante a viagem, em caso de cancelamento de voo, mal-estar, roubo ou outros inconvenientes, será a ele que você recorrerá. “O consultor presta suporte antes, durante e depois da viagem. Falar com um profissional especializado é diferente de falar com um call center, onde você não sabe quem irá atendê-lo e terá que explicar a mesma situação inúmeras vezes, em caso de imprevisto”, comenta a gerente comercial do POINT DA NEVE.

UMA TRIP COM A SUA CARA

ELIMINE SURPRESAS DESAGRADÁVEIS Durante a organização da viagem, principalmente as intercontinentais, é inevitável o envolvimento de diversos fornecedores nos trâmites burocráticos, como emissão de vistos, organização de documentos, confirmação de reservas e compra de moeda estrangeira. Selecionar um consultor qualificado significa eliminar problemas e organizar um roteiro rico e cheio de boas

Outro problema frequente de quem organiza uma viagem sem orientação de um especialista é aportar no destino e perceber que ele não se parece nada com a descrição da blogueira ou com as imagens do Google. E tem coisa pior do que planejar uma semana de saltos radicais e se hospedar em um resort sem half-pipe? “Clientes têm diferentes perfis. Alguns são mais sensíveis a preço e outros procuram excelência mas sabem que pagarão mais por isso. O bom consultor tem habilidade para trabalhar os diferentes perfis e oferecer as melhores alternativas”, conclui Cristina Todeschini. O mundo é vasto e as férias são muito curtas para errar.

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DESTINOS

AMÉRICA DO NORTE

A FELICIDADE É BRANCA Quando escreveu a canção "Starwood in Aspen", o cantor e compositor John Denver revelava uma joia encravada a 2.400 metros acima do nível do mar. A letra notabilizou a cidade como um paraíso para os jovens viverem naquele período de contracultura. Hoje, no entanto, Aspen é de jovens, adultos, crianças, idosos e de quem aprecia ou não esquiar. Terra com pouco menos de sete mil habitantes, tem sua população multiplicada durante a alta temporada por ser um dos melhores destinos de neve do mundo. Em Aspen, a felicidade é branca!

© Arquivo pessoal

O

Lea Tucker, relações-públicas da Aspen Skiing Company

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refinamento de Aspen atrai desde celebridades e milionários norte‑ame­ricanos até novos-ricos russos, australianos radicais e muitos brasileiros. Lea Tucker, relações-públicas da Aspen Skiing Company, atribui esse perfil de turistas à história e à alma da cidade, traduzidas em sua primorosa arquitetura, sofisticada cultura, belos cenários e excelentes opções gastronômicas. “Esse conjunto faz de Aspen um dos melhores lugares para quem procura entretenimento além da montanha.”


ASPEN

ROCKY MOUNTAINS

© Cpiotto/Istock

HISTÓRIA E CULTURA A região foi território indígena e se desenvolveu com a migração de mineradores e fazendeiros, que fixaram posto ao descobrirem ali grandes jazidas de prata. Por volta de 1891, o vilarejo, que crescia exponencialmente, se tornou o maior produtor de prata dos Estados Unidos. Com o declínio da mineração, investidores, inspirados no sucesso dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1932, decidiram apostar no potencial de Aspen para esportes de neve. Em 1945, o casal Walter e Elizabeth Paepcke adquiriu terras e construiu o primeiro centro de esqui. Essa linha do tempo é contada nos museus da cidade – sendo o maior e mais importante deles o Aspen Art Museum (AAM), que inaugurou nova sede em 2016.

Apesar da efervescência cultural, o grande chamariz são os esportes de neve. O protagonismo fica por conta das quatro montanhas que formam as Rocky Mountains: Aspen Mountain, Aspen Highlands, Buttermilk e Snowmass, todas administradas pela Aspen Skiing Company. A Aspen Mountain é a queridinha dos esquiadores que apreciam tranquilidade mas não dispensam uma dose de adrenalina. Por não possuir pistas verdes (iniciantes), é mais procurada por praticantes de nível intermediário. A Snowmass é uma versão bem familiar. As melhores escolas ficam ali, prontas para auxiliar novatos em esqui e snowboard. Já a Aspen Highlands é onde ficam as pistas mais desafiadoras. Por fim, a Buttermilk é o paraíso do snowboard, e é lá que acontece o famoso X Games. A renomada competição, organizada pela emissora de TV ESPN, contempla diversas modalidades de esportes de neve.

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DESTINOS

AMÉRICA DO NORTE

SOLTA O SOM

© Divulgação

Jetsetters, turistas, esquiadores e snowboarders migram para Aspen ao cair da noite, reforçando a fama de uma das melhores nightlifes dos Estados Unidos durante a temporada de neve. © Divulgação

Kenichi | A cozinha asiática contemporânea do Kenichi oferece os mais afamados sushis de Aspen. O ambiente descontraído e a boa localização fazem dele um hot spot. Element 47 | “Vem sendo considerado o melhor para degustar vinhos, jantar e descontrair”, comenta Lea Tucker. Há dois anos o Element 47 é classificado com cinco estrelas pela revista Forbes. O nome faz referência à prata, metal que colocou Aspen no mapa do mundo. Sundeck | Sopas, pizzas, saladas e sanduíches representam a versatilidade do cardápio. Localizado no topo da Aspen Mountain, com acesso via teleférico, o Sundeck oferece uma deslumbrante vista 360 graus. O serviço é self-service e pratos como pizza e salada são montados pelos clientes.

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Belly Up Aspen | Reduto de shows, é bem frequentado por visitantes e artistas. A eclética casa recebe grandes

DICA: Fique de olho na agenda de eventos da cidade. O som rola na abertura e encerramento do X Games, no New Year’s Eve Aspen e na Gay Week, uma das principais semanas do calendário gay mundial.

DJs internacionais, mas também embala suas noites com reggae, pop e rock. O Belly Up é parada obrigatória para os amantes da boa música. Base Camp | Localizado em Snowmass Village, o bar tem um dos mais prestigiados pós-esquis da região. O motivo são os free shots de gim, vodka e tequila. Um programa bacana para quem quer se divertir sem gastar muito. Caribou | Se você estiver lendo esta reportagem e planeja passar o Valentine’s Day (14 de fevereiro) em Aspen, não deixe de ir ao Caribou. Trata-se de um clube exclusivo, que tem entre seus sócios Paris Hilton, Antonio Banderas e Oprah Winfrey. Para conhecer a boate em dias normais é preciso desembolsar 500 dólares. Na semana do Valentine’s Day a casa abre suas portas sem custo.

X Games

© Pete Demos/ESPN Images

Explorar a gastronomia de Aspen é uma grande diversão. Aqui, selecionamos algumas dicas imperdíveis.

© Rightdx/Istock

SABORES DE ASPEN


ASPEN

© Darren Bridges/Istock

COMO CHEGAR

SACOLA NA MÃO Com mais de 200 lojas, Aspen é considerada um paraíso de compras. Burberry, Dior, Ermenegildo Zegna e Gucci, entre outras grifes, exibem suas coleções lá. As joalherias também fazem a fama do comércio local, que é referência em roupas esportivas. As opções mais econômicas ficam nos outlets. Quem não está disposto a gastar faz a festa na Aspen Thrift Shop, loja de artigos de segunda mão que vende desde roupas de esqui até bolsas italianas.

PROGRAMAS IMPERDÍVEIS Um passeio por Aspen Village | A simpatia das ruas se reflete na arquitetura das casas e dos prédios históricos. Reserve uma parte do dia para desbravar a região a pé, sempre com paradas estratégicas para esquentar o corpo com chocolate quente. Outra dica é alugar um 4x4 com motorista. É bacana conhecer as estradinhas em meio a bosques, vistas de tirar o fôlego e mansões de cinema. Country style program | Perto de Aspen Village fica o T-Lazy-7 Ranch.

Trata-se de um centro de lazer country que oferece programas bem familiares, como passeios a cavalo e em snowmobiles, além de caminhadas com raquetes de neve. Uma dica é fechar o pacote com refeição inclusa. Wheeler Opera House | Se a opção for por um dia cultural, a Wheeler Opera House é uma ótima pedida. Shows de música, exposições, festivais e filmes estão entre as atrações. A programação é agitada, eclética e rotativa, portanto vale consultar a recepção do hotel.

Aspen possui um pequeno aeroporto, o Aspen-Pitkin County Airport, que recebe voos de Chicago, San Francisco, Los Angeles, Houston, Dallas e Denver. Está a 6,7 km da estação, que pode ser acessada de táxi ou shuttle. Também é possivel desembarcar no Denver International Airport, distante 350 km de Aspen, e lá alugar um automóvel, pegar um shuttle ou táxi.

ÁREA ESQUIÁVEL Iniciantes Intermediários

Avançados Experts

ASPEN MOUNTAIN | 103 km 48%

26%

26%

ASPEN HIGHLANDS | 135 km Um pulo em Denver | A capital do Colorado está a 318 km de carro de Aspen. A rodovia que liga as duas cidades é a Interstate 70, que oferece uma vista deslumbrante. Denver, sempre vibrante, vasta em programas culturais, gastronômicos e comerciais, convida ao turismo. "Vale um pulinho em Denver, sim! Grandes museus, uma vibe casual e um centro cool justificam a visita", afirma a RP da Aspen Skiing Company.

18%

30%

16%

36%

BUTTERMILK | 34 km 35%

39%

26%

SNOWMASS | 241 km 6%

47%

17%

30%

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DESTINOS

AMÉRICA DO NORTE

EXCELÊNCIA EM DESTINOS

A Vail Resorts, Inc. é uma organização que administra 13 complexos de neve divididos em resorts de montanha e centros urbanos de esqui. No estado norte-americano do Colorado são quatro (Vail Mountain, Beaver Creek, Breckenridge e Keystone) e na Califórnia, região do Lake Tahoe, são três (Heavenly, Northstar e Kirkwood). O estados de Utah, Wisconsin, Minnesota e Michigan abrigam Park City, Wilmot, Afton Alps e Mt. Brighton, respectivamente. Além-fronteiras estão Perisher, na Austrália, e Whistler Blackcomb, no Canadá. São tantos resorts que poderíamos dedicar uma revista inteira a eles, mas aqui selecionamos dois paraísos para você curtir: Vail Mountain e Beaver Creek.

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Jennifer Viditz-Ward, gerente para o mercado internacional da Vail Resorts, Inc.

© Michele Maunier/Divulgação

DE NEVE


VAIL MOUNTAIN E BEAVER CREEK

VAIL MOUNTAIN © Jack Affleck/Divulgação

À

diferença de outras estações de esqui norte-americanas, que surgiram em meio a aglomerados urbanos, a cidade de Vail se desenvolveu a partir de sua estação, em finais dos anos 1960. E tudo se deu graças ao veterano de guerra Pete Siebert. Quando ingressou na Décima Divisão Montanhesa, uma espécie de tropa de elite de esquiadores, Pete foi treinar na inóspita Vail, distante 200 km da capital Denver. Passada a Segunda Guerra Mundial, o ex-militar retornou ao seu país determinado a fazer daquele pedacinho do Colorado um paraíso para os amantes de esportes na neve. Hoje, quem visita o moderno centro de esqui não hesita em louvar: bendito seja Pete Siebert!

ESTRUTURA "Somos a maior e mais avançada estação de esqui do Colorado. Contamos com 31 teleféricos, três gôndolas – sendo uma recém-instalada com wi-fi e aquecimento –, sete lendários back bowls, 193 pistas e a mais bonita e icônica cidade. Vail oferece entretenimento a todos e seu calendário de eventos é intenso", orgulha-se Jennifer Viditz-Ward, gerente para o mercado internacional da Vail Resorts, Inc. E não é para menos tanto orgulho. Vail Mountain é tão completa que foi subdividida em quatro áreas: Cascade Village, Golden Peak, Vail Village e Lionshead. Todas garantem belezas e atrações, entre butiques, spas, pubs e clubes noturnos.

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DESTINOS

AMÉRICA DO NORTE

Tantas possibilidades atraem não apenas anônimos, mas celebridades. Topar com famosos pelas ruas é bem comum. O requinte da cidade se estende até às suas calçadas, que são aquecidas durante o inverno. As caminhadas são gostosas, mas, se o plano for percorrer distâncias longas, o recomendável é o deslocamento de carro. Muitos hotéis disponibilizam motoristas, e a Green Line, linha de ônibus gratuita, transita por toda a cidade.

GASTRONOMIA Em Vail, as opções gastronômicas são muitas. O Game Creek Club é um dos mais afamados, comandado pelo chef Steve Topple, queridinho da James Beard Foundation, de Nova York. “No final de 2016, Steve foi convidado, pela terceira vez, a cozinhar no James Beard

House, espaço onde atuam os grandes chefs norte-americanos. Isso apenas reflete a excelência de nossa culinária”, opina Jennifer Viditz-Ward. Dividindo com o Game Creek Club a fama de melhor restaurante estão o Matsuhisa, especializado em comida japonesa, o Sweet Basil, com sua elogiada carne de pato, e o La Tour, que prepara sopas divinas.

TRADIÇÃO Com tantos atrativos fora da montanha, nem parece que estamos falando de uma estação com mais de 2 mil hectares de área esquiável,

COMO CHEGAR O Denver International Airport, 192 km até Vail Mountain, oferece transfers, ônibus, vans e aluguel de veículos. O Vail/Eagle Airport, 56 km até Vail Mountain, disponibiliza as mesmas opções.

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© Jack Affleck/Divulgação

VAIL MOUNTAIN E BEAVER CREEK

Vail está para os esportes de neve assim como Wimbledon está para o tênis. Só mesmo estando lá para entender por que é tão famosa e querida. picos de até 3,5 mil metros e quase 200 pistas. Vail está para os esportes de neve assim como Wimbledon está para o tênis. Só mesmo estando na montanha para entender por que ela é tão famosa e querida. Entre as razões estão os teleféricos posicionados estrategicamente ao fim das descidas para possibilitar o retorno ao topo. Afinal, uma subida tão longa exige esse conforto.

EXPERTS E INICIANTES Não acredite nos que afirmam que Vail é apenas para esquiadores profissionais. É bem verdade que a maioria das pistas é para experts, mas iniciantes também têm vez. A começar pelo fato de que é possível fazer aulas de esqui com professores de mais de 20 nacionalidades. Já os experts têm na Riva Ridge seu maior desafio. Essa é a pista mais longa do Colorado, com 6,4 km de extensão. E saiba que o que acontece

na montanha pode ser registrado pelo aplicativo EpicMix, desenvolvido pela Vail Resorts, Inc., um app que possibilita compartilhamento nas redes sociais em tempo real. Cada passe para a montanha contém um chip de identificação e, quando os fotógrafos espalhados pela estação registram o visitante, a imagem fica disponível no dispositivo móvel. E vale lembrar ainda que nem só de esqui vive a montanha: snowparks, passeios de trenó e snowmobile, caminhadas e tubing estão entre as alternativas.

ÁREA ESQUIÁVEL Iniciantes Intermediários Avançados

VAIL MOUNTAIN 2.141 ha (193 pistas) 18%

29%

31 53%

Teleféricos

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DESTINOS

AMÉRICA DO NORTE

BEAVER CREEK

A

20 minutos de Vail Mountain, transitando pela rodovia Interstate 70, você chega a Beaver Creek, um charmoso, sofisticado e aconchegante cantinho do Colorado. Com pistas de baixa inclinação, infraestrutura impecável, excelentes restaurantes e vistas privilegiadas, o destino mescla a modernidade de um ambiente de resort à serenidade de uma aldeia — perfeito para curtir com a família.

EUROPA NO COLORADO Com suas magníficas geleiras e picos nevados, o trajeto pela rodovia Interstate 70 é um deslumbre. Chegando a Beaver Creek, você se depara com um vilarejo com cara de Europa. A sofisticada arquitetura, as opções gas-

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tronômicas e os elegantes estabelecimentos transportam o visitante aos Alpes Suíços. Beaver Creek se divide em Beaver Creek Village, Bachelor Gulch e Arrowhead Village.

GASTRONOMIA Em Beaver Creek Village estão as melhores lojas, galerias de arte, pubs e restaurantes, todos conectados por passarelas aquecidas e escadas rolantes. Dentre as opções gastronômicas destacam-se o Hocker, famoso por seus pescados; o 8.100, elogiado pelos hambúrgueres e sopa de cebola com queijo Gruyère; o Grouse Mountain Grill, reconhecido por sua cozinha criativa; e o Allie's Cabin, o mais tradicional restaurante, que fica em meio a um bosque. Nessa casa, que de tão requintada parece um set de filmagem, é possível fazer a refeição em frente à lareira, enrolado num cobertor.


VAIL MOUNTAIN E BEAVER CREEK

COMO CHEGAR O Denver International Airport, 210 km até Beaver Creek, oferece transfers, ônibus, vans e aluguel de veículos. O Vail/Eagle Airport, 41 km até Beaver Creek, disponibiliza as mesmas opções.

© Jack Affleck/Divulgação

VINHO E NEVE Quem aprecia boa comida e bebida será fisgado pela Winter Wine Excursion, uma trilha que termina em uma memorável degustação. A experiência começa no Beaver Creek Nordic Sports Center, onde os participantes são equipados com tênis para neve. De lá, tomam o Strawberry Park Express rumo ao MyCoy Park, um parque projetado exclusivamente para trilhas. A partir daí tem início uma caminhada de 60 a 90 minutos com guia. O destino final é o Osprey Fireside Grill, onde os equipamentos cedem lugar a degustações de vinhos e charutos.

ATLETAS E INICIANTES Embora Beaver Creek seja conhecida pelas pistas para iniciantes, é para lá que muitos atletas se deslocam na alta temporada. Todos os anos, esportistas, jornalistas e espectadores em geral aportam na cidade para curtir o Birds of Prey Men’s World Cup, um dos torneios mais prestigiados do esqui mundial. Também entre os atrativos da estação está sua escola de esqui. “Iniciantes aprendem técnicas deslizando em um terreno suave com neve esculpida. O recurso auxilia a controlar a velocidade e também a posição do corpo, permitindo ao aluno relaxar e se divertir”, explica Fred Rumford, diretor da escola.

OLHA OS COOKIES! O conforto e a estrutura em Beaver Creek são tão completos que, se o estômago se manifestar na pista, não é preciso retornar ao village. A montanha oferece opções de alimentação, e não se surpreenda se um chef se aproximar para lhe oferecer cookies! Todos os dias, às 15 horas, acontece o cookie time, quando são servidos mais de 490 mil biscoitos recém-assados. E, se você estiver por lá no mês de novembro, não perca o World’s Best Chocolate Chip Cookie Competition, evento que elege o melhor cookie de chocolate do mundo. O julgamento acontece em Beaver Creek Village e a participação é gratuita. Todos que estão no local são convidados a desgustar e escolher o vencedor.

ÁREA ESQUIÁVEl Iniciantes Intermediários Avançados

BEAVER CREEK 741 ha (150 pistas) 19%

42%

25 39%

Teleféricos

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Conheça o novo Village Club Med Samoëns Morillon Design moderno, localizado no coração da região esquiável do Grand Massif e de fácil acessibilidade, a apenas 1h15 de Genebra. O Samoëns Morillon foi desenhado especialmente para você desfrutar a vista deslumbrante de 360 graus dos Alpes Franceses e transformar as suas férias com as crianças em uma verdadeira aventura na neve.

Sistema Premium All Inclusive

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DESTINOS

EUROPA

SONHO

ALPINO Charmoso é a palavra que melhor define Peisey-Vallandry. É verdade que o adjetivo pode valer para qualquer cidade francesa, mas neste caso estamos falando do coração dos Alpes: aqui, o encanto é supremo. Não bastasse estar rodeado de bosques de pinheiros e montanhas de neve, o destino fica próximo à Itália e à Suíça. Vivenciar Peisey-Vallandry é sonhar acordado.

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PEISEY-VALLANDRY

© Fullempty/Istock

U

ma das regiões mais exuberantes da Europa é a Savoie, onde se situa o Vallée de la Tarentaise. Esse pedaço alpino divide-se em três áreas, cada qual com seu centro de esqui: Espace Killy, Les Trois Vallées e Paradiski. Neste último está Peisey-Vallandry, um vilarejo a 15 minutos de carro da cidade de Bourg-Saint-Maurice e a poucos quilômetros de Genebra, na Suíça, Lyon, na França, e Turin, na Itália. O charmoso destino não goza de fama mundial, mas é conhecido pelos mais exigentes apreciadores de neve. Foi lá que Marli Santos, residente em Palmas (TO), desfrutou férias inesquecíveis ao lado da filha Sophia. Quando recebeu a sugestão do destino, dada pelo POINT DA NEVE, logo procurou se informar. “Quanto mais lia sobre o lugar, mais deslumbrada ficava, principalmente em relação às atividades infantis”, conta Marli, que embarcou em abril de 2016 para a Savoie com a filha de nove anos.

© Club Med/Divulgação

© Arquivo pessoal

Marli Santos e a filha Sophia

POINT DA NEVE | TEMPORADA 2017/2018

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DESTINOS

EUROPA

CLUB MED PEISEY-VALLANDRY © Club Med/Divulgação

COMO CHEGAR Peisey-Vallandry está a 665 km de Paris. Na capital francesa, você pode tomar um trem na estação Gare d'Austerlitz em direção a Bourg-Saint-Maurice e, de lá, pegar um transfer até o resort.

CONEXÃO PARIS-PEISEY Normalmente, quem visita Peisey-Vallandry pega o TGV (trem de grande velocidade) em Paris. Em pouco mais de quatro horas o viajante chega a Bourg-Saint-Maurice e, de lá, toma um transfer para o village, que leva 15 minutos. Todo esse percurso é um espetáculo, então procure ficar acordado durante a viagem. “Fiquei completamente apaixonada por tudo que vi. A agricultura, as criações de gado e os picos nevados enchem os olhos”, recorda a cliente do POINT DA NEVE.

68 POINT DA NEVE | TEMPORADA 2017/2018

Além de simpáticos chalés em Peisey-Vallandry, o visitante encontra butiques, lojas de artigos esportivos e eletrônicos, restaurantes e cafés requintados. Em meio ao acolhedor cenário está o Club Med, projetado pelo arquiteto francês Jean-Philippe Nuel. “A estrutura foi concebida para harmonizar com o meio ambiente”, explica o arquiteto. De fato, o resort e a montanha formam uma simbiose tão perfeita que parece que o prédio sempre esteve ali, compondo a paisagem natural. O resort oferece tantos atrativos que ir ao vilarejo acaba virando uma dentre várias opções. “A gastronomia do Club Med é excelente; por isso, fui ao centro apenas para conhecer os cafés.”

TRANQUILIDADE E DIVERSÃO Eleger Peisey-Vallandry como destino de neve é garantia de deslizar sobre uma montanha em boas condições durante a alta temporada. São 245 km divididos em 246 pistas para


PEISEY-VALLANDRY

© Arquivo pessoal

© Club Med/Divulgação

O resort e a montanha formam uma simbiose tão perfeita que a estrutura parece compor a paisagem natural. todos os níveis de dificuldade. No entanto, o grande diferencial está na estrutura montada para as crianças. Além das aulas de esqui, há ambientes de recreação – opções perfeitas para pais e mães que desejam curtir a montanha enquanto os filhos estão seguros e se divertindo. “Eu ia para as minhas aulas e a Sophia para as dela, o que criou uma saudável independência entre nós.” As aulas são ministradas por instrutores franceses que falam inglês e espanhol com fluência. ÁREA ESQUIÁVEL Iniciantes Intermediários Avançados Experts Teleféricos

PEISEY-VALLANDRY 208 ha (246 pistas) 5%

54%

26%

54 15%

ANIVERSÁRIO DOS SONHOS Pelo que foi dito até então, Peisey-Vallandry, certamente, ficou na lembrança de Sophia. Mas existem outras razões que tornaram a experiência memorável à pequena turista. Além de ter sido sua primeira viagem internacional, ela conheceu a neve e foi lá que celebrou seu aniversário de nove anos. “Quando as luzes do restaurante se apagaram, Sophia se assustou e pensou que a energia do resort havia caído. Foi então que viu o bolo de chocolate à sua frente. Ela chamou todos os atendentes brasileiros do Club Med para festejarem com ela.” Não por menos, na hora de fazer as malas para regressar ao Brasil, a pequena era só tristeza. “Sophia vive me pedindo para retornar a Peisey-Vallandry. Confesso que não foi só minha filha que se apaixonou pelo lugar. Eu também morri de amores”, finaliza a cliente do Tocantins.

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EUROPA

© Dontsov/Istock

DESTINOS

AOS

INICIANTES,

O CÉU!

Flavio e Letícia Cunha © Arquivo pessoal

Deslizar nos pontos mais elevados da montanha é exclusividade de esquiadores experientes, certo? Saiba que em Les Deux Alpes essa lógica se inverte. Conheça esse pedacinho charmoso dos Alpes franceses.

S

ituado a uma altitude de 1.650 metros, a 70 km de Grenoble, está Les Deux Alpes, um sofisticado centro de esqui erguido em 1950. Esse pedaço dos Alpes encanta por sua privilegiada geografia, ao pé da geleira de Meije e próximo às fronteiras com Suíça e Itália. De carro, é possível visitar os três países em um único dia, o que anima os mais desbravadores. Flávio Cunha, cirurgião-dentista

70 POINT DA NEVE | TEMPORADA 2017/2018

que reside em Porto Alegre (RS), se considera um deles. Em janeiro deste ano, ele, sua esposa Letícia Cunha e mais um casal de amigos embarcaram nessa trip.

FORA DA REGRA Quem já esquiou sabe que a lógica das montanhas é pistas difíceis no topo e fáceis na base. Les Deux Alpes, no entanto, contraria a regra. Pode parecer simples, mas faz toda a diferença para os esportistas de primeira viagem, que raramente têm a oportunidade de deslizar desfrutando a vista do alto. “Ao subir no teleférico, o medo logo aparece. Mas lá de cima, com aquela maravilhosa paisagem, surge uma sensação de poder, de estar próximo a Deus”, descreve Flávio, que é nível inter-


LES DEUX ALPES

© Rzoze19/Istock

COMO CHEGAR O Grenoble-Isère Airport está a 110 km do resort. Lá é possível alugar um carro, pegar um táxi ou transfer.

mediário no esporte. Já Letícia deu seus primeiros passos na modalidade em Les Deux Alpes. “Inicialmente, não fazia questão de esquiar todos os dias, pois estou em uma etapa de vida que não permite muitos radicalismos. Mas não queria deixar minha esposa sozinha, aí acabamos fazendo aulas juntos", recorda-se o marido em tom bem-humorado.

GÊMEAS DA NEVE Les Deux Alpes, na tradução, significa "os dois alpes". Poderíamos presumir que o nome se refere a duas das montanhas existentes lá. Mas, não! Trata-se de uma homenagem às aldeias vizinhas Vénosc e Mont de Lanas, que cobrem as pontas norte e sul de Les Deux Alpes. As vilas gêmeas, como são conhecidas, estão ligadas pela Avenue de la Muzelle, a mais agitada da cidade. Restaurantes, cafés, bares e clubes noturnos justificam o apelido de Las Vegas dos Alpes. Embora o clima seja familiar, a noite é vibrante e com boas opções para quem deseja dar uma escapada do resort. “Chegar lá é fácil, pois os ônibus são gratuitos. O centro é pequeno e charmoso, com opções para

degustar baguetes e vinhos”, conta Flávio, que ficou a maior parte do tempo no Club Med, cuja rotina não deixa ninguém entediado.

UM PASSEIO PELA VIZINHANÇA Nas cercanias de Les Deux Alpes, o que não falta são atrações. Entre as mais procuradas está Chamonix, ao pé do Mont Blanc – a montanha mais alta da Europa Ocidental. Se a ideia for trocar de ares, vale esquiar um dia lá. “Em Chamonix a estrutura é ótima, mas não troco Les Deux Alpes, pois gosto de seu ambiente familiar”, conta Flávio, que saiu de Chamonix para cruzar a fronteira com a Itália. O destino foi Courmayeur, uma pequena comuna italiana localizada na região do Vale de Aosta. “Tenho um amigo proprietário de uma vinícola no Rio Grande do Sul chamada Courmayeur. Ele sempre me falou desse lugar e resolvi conhecer. É lindo! Aliás, como todos os demais passeios dessa viagem”, conclui.

ÁREA ESQUIÁVEL Iniciantes Intermediários Avançados Experts

LES DEUX ALPES 225 km (96 pistas) 17%

45%

51 22%

12%

Teleféricos

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NA LENTE

Fatos e imagens especiais

Apaixonados por neve

PRAGELATO

USHUAIA

Neve em família CHILLÁN • VALMOREL Cristiane e Claudio Toigo e os filhos Guilherme e Lucca, de Porto Alegre (RS), não abrem mão de curtir férias em destinos de neve. Ao longo de duas semanas, entre fevereiro e março deste ano, Valmorel, localizada na região da Savoie francesa, foi palco de muita diversão. As longas pistas, entrecortadas por árvores e encostas, foram desbravadas pelo quarteto, que estava acompanhado do casal Eliana e Carlos Zanchi e o filho Rafael. “Descer a montanha em um tipo de minhocão foi divertidíssimo!”, comenta Cristiane. Em julho de 2016 a família curtiu Chillán. “As pistas são acessíveis a todos os níveis de dificuldade. As crianças adoraram esquiar até o topo da montanha e tomar chocolate quente no restaurante ali localizado.” Além de Chillán, os Toigos curtiram três dias em Santiago e três dias em Buenos Aires.

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VAL D'ISÈRE

VALMOREL

CHILLÁN

© Arquivo pessoal

© Arquivo pessoal

LAS LEÑAS

LAS LEÑAS • PRAGELATO • USHUAIA • VAL D'ISÈRE Jeferson Skzypek e Caroline Lavratti, que residem em Erechim (RS), são aficionados por neve. Já desbravaram vários destinos entre Europa e América do Sul. “Curtimos o réveillon de 2014 para 2015 em Val D’Isère, nos Alpes franceses", lembra Jeferson. Em agosto de 2015 o casal rumou para Ushuaia, na Patagônia, onde desfrutou uma aconchegante hospedagem. Em fevereiro de 2016 o destino foi Pragelato, no coração do Piemonte, na Itália. A última experiência foi em agosto de 2016, tendo como cenário Las Leñas, na Argentina.


Trip pela Argentina CERRO CHAPELCO • LAS LEÑAS Em agosto de 2015 o recifense Eduardo Victor e os amigos Eduardo Cavalcanti, Felipe Oliveira, Guilherme Lima e Suedilson Ramos desfrutaram uma semana de neve em Cerro Chapelco. O grupo aproveitou as pistas, curtiu o visual da estação e se deliciou com a gastronomia de San Martín de los Andes. No ano seguinte, mantendo a predileção pela Argentina, a turma seguiu para Las Lenãs, onde usufruiu a facilidade do ski-in/ ski-out do Virgo Hotel & Spa.

CERRO CHAPELCO

LAS LEÑAS © Arquivo pessoal

© Arquivo pessoal

Aventura chilena VALLE NEVADO Viajar com amigos é um grande prazer e esta galera sabe disso! O carioca Jorge Mota, o baiano Artur Tanuri e os paulistas Alberto de Boni Neto e Cristiano Caccuri fizeram uma snow trip para Valle Nevado, em agosto de 2016. Além da adrenalina no centro de esqui, o quarteto desfrutou as atrações de Santiago, em especial sua gastronomia. A aventura chilena foi tão prazerosa que a turma regressará em setembro deste ano.

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NA LENTE

Gosto pela montanha

VALLE NEVADO

CHAMONIX

Desbravador da neve

LAS LEÑAS

CERVÍNIA

VALLE NEVADO

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© Arquivo pessoal

CHAMONIX

CERRO CHAPELCO

CERRO CHAPELCO • CERVÍNIA • CHILLÁN • LAS LEÑAS • VALLE NEVADO Paranaense de Maringá, Claudio Caniato é um velho conhecido da neve. Tem por tradição reservar alguns dias do ano para deslizar nas montanhas em companhia da esposa, do filho e de amigos. Em 2013 optou por Chillán, onde recomenda o Gran Hotel Termas de Chillán, considerado um dos melhores cinco-estrelas da hotelaria chilena. Em 2014 o destino foi Las Leñas, e sua dica é o restaurante do Hotel Piscis & Spa, cuja carta de vinhos é excepcional. A aventura em Cerro Chapelco, destacada como sua melhor temporada na América do Sul, foi em 2015. A snow trip de 2016 foi em Valle Nevado e a de 2017 foi em Cervínia, sendo esta última a melhor experiência de sua vida em termos de beleza natural e dimensão de pista.

© Arquivo pessoal

CHAMONIX • VALLE NEVADO O casal paulistano João e Marjorie Tavares curtiu a beleza do Mont Blanc, a montanha mais alta da Europa Ocidental, na temporada de janeiro e fevereiro deste ano. A dupla hospedou-se no Club Med Chamonix em companhia dos amigos Douglas Kuroiva, Eliane Segantini, Bruno Okada, Lucas Oliveira, Renata Malagoli, Wilson Cimino, Caroline Coronado, Elaine Martins e Cesario Martins. Além da fascinante natureza, do charme da montanha e da excelente estrutura do resort, João Tavares cita como inesquecível o passeio à Aiguille du Midi, o local mais próximo ao cume do Mont Blanc, com 3.842 metros de altura. Antes dessa viagem, em julho de 2016, João esteve na estação chilena de Valle Nevado em companhia da irmã Camila Tavares. Entre os destaques da trip, ele menciona a excepcional gastronomia do restaurante La Fouchette.



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MEMÓRIA

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Aspen e Snowmass oferecem opções gastronômicas incríveis! Dentre as muitas lembranças destaco o Ajax Tavern, localizado no hotel The Little Nell (675 E Durant Ave), ao lado da Silver Queen Gondola. O restaurante, que fica na base da Ajax/ Aspen Mountain, tem uma vista deslumbrante e oferece um cardápio que deixa qualquer um com água na boca. Vale experimentar o fondue e o Ajax Double Cheeseburger, que acompanha uma maravilhosa porção de truffle fries. Graças à cozinha e ao charmoso ambiente, o local é super concorrido. No Ajax Tavern, as pessoas vão para ver e serem vistas. Quanto à montanha, vai uma dica: mesmo que você não seja esquiador ou snowboarder, pegue a gôndola e suba ao topo da Ajax, que tem 3.417 metros de altura. A vista é de tirar o fôlego!

Sophia Catalogne, gerente de marketing do Point da Neve


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