Revista Ordem de Serviço #10

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www.ordemdeservico.com.br | ano 3 - nº 10

a Revista das concessionáRias

vendas em perfeita sintonia sua equipe tem ritmo ou desafina?

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• Especial: o brasileiro não faz test-drive • Decisão importante: a escolha do primeiro carro • Motos 2014

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Para a Honda, responsabilidade socioambiental não é um modismo. É filosofia. Que outra empresa alteraria todo o sistema de pintura de seus carros e motos para reduzir a emissão de poluentes e manteria quase mil hectares de reservas ambientais pelo Brasil? Ou pesquisaria tanto para criar a primeira moto flex do mundo ou o primeiro carro movido a hidrogênio?

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Respeite os limites de velocidade.

O compromisso da Honda com o bem estar das pessoas vai além dos produtos. E se manifesta de várias maneiras pelo mundo, seja em programas de educação no trânsito, no apoio a crianças com câncer, na distribuição de ingressos de cinema para comunidades carentes ou no desenvolvimento de robôs que auxiliam pessoas com dificuldade de locomoção. É assim, acreditando na força dos sonhos, que a Honda exerce seu papel transformador na sociedade. Honda. Transportando você para um mundo melhor.

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>>> SUMÁRIO

DIRETORES Aldo Tizzani Coppedé aldo@ordemdeservico.com.br Arthur H. Caldeira arthur@ordemdeservico.com.br REDAÇÃO editor-chefe Cicero Lima cicero@ordemdeservico.com.br Arte Edição: Felipe Lamas e Arthur Lamas Fotografia Mário Villaescusa Colaboradores Carlos Bazela, Rodrigo Lara e Igor Thomaz Consultores Técnicos Antonio Cássio Yassaka e Nico Borghi (EUA) PUBLICIDADE E MARKETING Elisabete M. Bonami bete@ordemdeservico.com.br contato@ordemdeservico.com.br (11) 2574-6737 – (11) 9830-7850 Tiragem desta edição 10.000 exemplares Jornalista Responsável Aldo Tizzani Coppedé – MTB 23.914-SP Assessoria Jurídica Márcio Luiz Henriques Gráfica e Acabamento Meltingcolor Site www.ordemdeservico.com.br

12 CAPA

Banda dá palestras sobre produtividade 6 OPINIÃO Uma volta no mundo das vendas

8 ESTUDO

O brasileiro não faz test-drive

22 REPORTAGEM

A escolha do primeiro carro

28 HONDA

É uma publicação bimestral da Infomotor Comunicação Integrada LTDA destinada a colaborar com o desenvolvimento dos profissionais da rede de distribuição e reparação de veículos, tendo como público alvo profissionais das áreas de gestão, comercialização, reparação, financiamento e seguros de veículos leves e pesados. É expressamente proibida a reprodução de reportagens, matérias e artigos publicados nesta edição. As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião e os interesses da revista Ordem de Serviço! MALA DIRETA Para receber a revista Ordem de Serviço! entre no site - www.ordemdeservico.com.br – preencha o formulário de contato ou baixe o arquivo PDF. Se preferir envie um e-mail para contato@ordemdeservico.com.br com os seguintes dados cadastrais: Nome completo, idade, endereço, profissão, cargo, empresa.

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Marca traz seis novos modelos ao Brasil

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34 CONSUMIDOR X

Como uma mala pode manchar a reputação de uma empresa

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>>>

EDITORIAL

É BOM TIRAR DE OUVIDO? A

expressão “tirar de ouvido” é bastante conhecida dos músicos e está associada a pessoas capazes de executar as notas e manter o ritmo do instrumento sem a ajuda de cifras. Na maioria dos casos, esse músico tem um repertório limitado. Porém, sua empolgação e emoção ao tocar o instrumento podem resultar em um verdadeiro show. Ao contrário dele, o músico que passou anos se dedicando a estudar um determinado instrumento pode ter um vasto repertório. Embasado na teoria, o músico estudioso tem a seu dispor uma infinidade de músicas. Porém, sem empolgação, a execução pode ser limitada, burocrática. Assisti à apresentação de Marcelo e sua banda na festa dos 40 anos do Grupo Cometa e fiquei empolgado com as reações da plateia. Tal empolgação resultou nessa matéria especial. Para escrevê-la, contamos com a sensibilidade do jornalista e músico Igor Thomaz, que brilhantemente conseguiu por no papel toda a genialidade dos

músicos e dos instrumentos a serviço das empresas e, claro, das pessoas. A partir de agora, nossa também estará disponível aos alunos das auto-escolas de São Paulo (SP), estabelecimentos frequentados por gente que, em sua maioria, começa a dar os primeiros passos na escolha do seu carro. Nossa revista tem também a função de auxiliá-los nessa tarefa. Afinal, a compra de um automóvel é uma decisão que exige conhecimento e planejamento. E, por mais que os vendedores das concessionárias sejam especializados em mostrar as características de cada modelo da sua marca, o consumidor está cada vez mais ávido por informação, principalmente quando ele decide tirar sua Carteira Nacional de Habilitação e finalmente ter o seu carro na garagem. Para isso ele conta com a experiência do jornalista Rodrigo Lara que mostrou em uma matéria especial o que esperar de cada categoria de automóvel. Cicero Lima

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UmA vOlTA AO mUndO dAS vEndAS Antes de falar com propriedade sobre o produto é fundamental ouvir as necessidades do cliente TEXTO: Rafael Karan – FOTOS: Arquivo Pessoal

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xistem vários fatores que fazem um profissional de vendas se destacar em sua carreira. A comunicação sem dúvida é uma delas. Saber falar com propriedade não significa ter grande eloquência, vocabulário diversificado, estar atualizado com as notícias em geral e em particular do mercado, do produto, da concorrência. É importante falar e entender a linguagem do cliente. O cliente espera ser orientado por você de forma objetiva, honesta, mostrando a ele que você está bem intencionado e quer lhe oferecer a opção que melhor atenda

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suas necessidades. Porém, antes mesmo de iniciar seu discurso, é preciso saber exatamente aquilo que seu cliente quer ou espera ouvir. De nada vale discorrer sobre o controle de tração ativado por sensores que indicam que os pneus que estão do lado de dentro da curva estão perdendo aderência, se ele busca um carro para que sua esposa apenas possa levar as crianças à escola. Desta forma, tão ou mais importante do que falar é ouvir com atenção. Obtendo as informações corretas, fica muito mais fácil aplicar todas as técnicas de vendas que aprendeu para concretizar o negócio, conquistar o cliente e criar um vínculo. Esta última parte é muito importante porque todos sabemos que, dentro de um ano ou dois, o consumidor trocará de carro ou moto novamente e você, tendo atuado com maestria, será lembrado. Ou seja, mais uma comissão no bolso. Quando estava percorrendo a Rússia e a Síria de moto, não falava russo, tampouco árabe (continuo não falando), mas, fiz questão de aprender as tais palavras mágicas: olá, por favor, obrigado, direita, esquerda, em frente, que, acrescidas de um sorriso, ajudavamme a obter o que necessitava e me faziam ser visto de uma forma mais simpática.

Rafael Karan percorreu cinco continentes sobre duas rodas e diz que comunicação é fundamental

Falar a língua do cliente é fazer com que ele o veja como alguém que o entenda claramente e que está pronto para lhe oferecer a melhor opção. Há ocasiões em que o cliente está apenas pesquisando e que o momento da compra ainda não chegou. Necessita de subsídios para que tome a decisão e muitas vezes o vendedor percebendo isso, não investe tempo e argumentos necessários para que seja lembrado quando o momento chegar. O profissional de vendas atento e inteligente percebe aí uma oportunidade e o atende com excelência, deixando na memória do cliente o primor com

que ele foi tratado. Consequentemente, quando o momento oportuno chegar, ele será lembrado. Da mesma forma em que, caso o atendimento seja feito sem a devida atenção, também será lembrado, porém de forma negativa. “Faço questão de voltar naquela loja e comprar com outro vendedor, só pra ver a cara dele” Quem de nós nunca quis fazer isso? Nós, vendedores acostumados e instruídos a falar, não devemos esquecer que tão importante quanto falar, é aprender a ouvir. Como diria o sábio: “falar é prata, escutar é ouro”. Excelentes vendas e dinheiro no bolso a todos.

raphael karan - Administrador de empresas, ex-executivo da área comercial, idealizou o “Projeto 5 Continentes”, percorrendo sozinho, de moto, durante 8 anos, 60 países da América, Europa, Ásia, Oceania e África. A história se transformou em livre homônimo. Hoje, é palestrante motivacional, de vendas e colunista da revista OS! Informações, acesse www.raphaelkaran.com.br

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>>> OPINIテグ

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O BRASILEIRO NÃO FAZ TEST-DRIVE Estudo mostrou também que quase metade dos compradores de veículos novos no Brasil recorre à internet para ajudar a decidir FOTOS: Divulgação

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s compradores de veículos novos no Brasil confiam muito mais em informações de amigos e familiares e da Internet do que em outras fontes para ajudá-los a decidir qual veículo comprar, de acordo com o 2013 Brazil Sales Satisfaction Index (SSI) Study [Índice de Satisfação de Vendas no Brasil em 2013] da J.D. Power, divulgado no início de julho. Além disso, mais da metade dos compradores de carros novos (51%)

não faz test-drive, ou por que não lhe foi oferecida a oportunidade ou porque escolhem não fazê-lo. O estudo é uma ampla análise da experiência de compra de veículos novos e mede a satisfação do consumidor com o representante de vendas considerando quatro parâmetros (listados em ordem de importância): atuação do vendedor (27%); prazo de entrega (27%); instalações da concessionária (23%); e

fechamento do negócio (22%). Os compradores de veículos novos citam amigos e parentes (45%) e a Internet (43%) como suas principais fontes de informação ao decidir sobre qual marca e modelo de veículo comprar. Essas fontes são citadas substancialmente com mais frequência do que as fontes de informações tradicionais como proprietários do mesmo veículo (27%) ou vendedores e donos de concessionárias (23%).

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>>> OPINIÃO

Com 3,6 milhões de veículos leves novos vendidos no Brasil em 2012 e um crescimento esperado de 3% em 2013, o Brasil é hoje o quarto maior mercado de veículos novos no mundo, atrás de China, Estados Unidos e Japão. Como resultado da expansão contínua do acesso à Internet, os consumidores estão confiando cada vez mais em informações obtidas online para ajudar a tomar decisões sobre a compra de veículos. “Um veículo novo é uma despesa enorme para os consumidores no Brasil, e eles querem ter certeza de que sabem tanto quanto podem sobre os veículos que estão considerando comprar antes de entrar na concessionária,” diz Jon Sederstrom, diretor e gerente nacional da J.D. Power do Brasil. “Com quase metade dos consumidores no Brasil com acesso à Internet e com aproximadamente 55 milhões de smartphones em uso no país, as

informações obtidas online se tornam um recurso poderoso e influente para os compradores de veículos novos”, completa o executivo. Sobre como os compradores utilizam a Internet para obter informações, os tipos de sites mais frequentemente visitados incluem páginas de busca como o Google (69%); sites de fabricantes de automóveis (50%); sites especializados em automóveis (42%); e sites de revendedoras (37%). Além disso, 21 % dos compradores de veículos novos no Brasil utilizam as redes sociais para pesquisar sua compra. “Montadoras e revendedoras vão querer continuar monitorando as mídias sociais, uma vez que isto está se tornando um meio de

informação cada vez mais importante para os compradores, particularmente aqueles entre 18 e 34 anos,” diz Sederstrom. “Este grupo representa uma grande parte dos compradores atuais e futuros de veículos novos, e as redes sociais se tornarão uma forma ainda mais eficaz de se comunicar com eles.” ESCOLHENDO O VEÍCULO CERTO Experiências anteriores, reputação de marca e modelo e questões

Sobre a J.D. Power do Brasil Estabelecida em São Paulo desde 2010, a J.D. Power do Brasil realiza pesquisas de satisfação do cliente, além de prestar serviços de consultoria e inteligência de mercado para a indústria automotiva — fabricantes e concessionárias. Informações relativas à J.D. Power do Brasil e seus produtos podem ser acessadas através do site brasil.jdpower.com.

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financeiras desempenham papéis importantes em como os consumidores fazem sua escolha final de compra de veículos novos. Os motivos mais relevantes que levaram os proprietários de veículos no Brasil adquirirem um modelo e marca específico são experiência anterior com a marca (citado por 11% de todos os proprietários); preço baixo, facilidade de pagamento ou capacidade de obter financiamento (9%); e confiabilidade e durabilidade do veículo (8%). “A J.D. Power descobriu em sua pesquisa que os compradores de veículos novos em todo o mundo tendem a girar em torno de marcas e veículos com as quais eles estão familiarizados, que desfrutam de uma reputação sólida e que são razoavelmente acessíveis,” diz Sederstrom. “No entanto, quando se trata de escolher uma revendedora no Brasil, os compradores demonstram desejo de tentar algo novo.” O estudo constata que enquanto 84 % dos proprietários adquiriram seus

veículos novos para substituir outro ou para adicionar mais um carro ao seu patrimônio familiar, apenas 34 % adquiriram um novo veículo do mesmo revendedor com o qual eles já haviam comprado antes. NA CONCESSIONÁRIA Uma vez que o comprador decide visitar uma concessionária, isto não significa necessariamente que ele adquirirá seu novo veículo naquela loja. De fato, os compradores consideram uma média de três marcas durante o processo de compra. Um dos aspectos cruciais da experiência de vendas é o test-drive, porém apenas metade dos compradores o faz. O estudo avaliou se a oportunidade de testar o veículo foi oferecido pela concessionária e a importância da experiência. “O test-drive é uma oportunidade de os compradores passarem um tempo com o veículo que estão considerando comprar e pode ajudálos a determinar se aquele é o modelo

certo,” avalia Sederstrom. “Criar uma experiência positiva de test-drive é um desafio em muitos dos mercados de maior volume no Brasil devido ao congestionamento urbano. Entretanto, ter o veículo em seu estoque e permitir aos compradores o tempo necessário para eles dirigirem o carro em uma variedade de condições vai ajudar a impulsionar as vendas e aumentar a satisfação dos consumidores.” SATISFAÇÃO DE VENDAS Embora o test-drive seja fundamental, cada etapa no processo de vendas é importante, porque uma maior satisfação do consumidor promove maiores taxas de novas compras futuras, bem como referências mais positivas para a família, amigos e conhecidos. O 2013 Brazil Sales Satisfaction Index Study é baseado nas avaliações de mais de 3 mil entrevistas on-line com proprietários brasileiros de veículos novos de um a sete meses após a compra. O estudo foi realizado em abril e maio de 2013.

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SEM DESAFI N

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Como uma banda de jazz pode aumentar a eficiĂŞncia das empresas

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rabalhar fora do ritmo, sem dinâmica, articulação e volume, completamente desafinado diante da equipe, é algo que também acontece no ambiente corporativo. Em muitas empresas, é comum notar o descompasso entre funcionários dos mais variados escalões. Para que a harmonia volte a reinar no ambiente profissional, uma boa alternativa é lançar o olhar para algo que, aparentemente, não tem nada a ver com as coisas do dia-a-dia, algo como... uma banda de jazz! Pois é, para muitos, é estranho pensar que um grupo de músicos pode mudar alguma coisa na vida de trabalhadores que não têm nenhuma relação com essa arte. Por outro lado, quem já teve a oportunidade

de conhecer o brilhante trabalho da Marcelo Torres Jazz Band sabe muito bem do que estamos falando. A banda percorre os quatro cantos do país há 17 anos, com sua palestra show “Gestão Empresarial no Ritmo do Jazz”. “Nossa palestra tem o objetivo de conscientizar a equipe sobre a interdependência e complementaridade que envolve o trabalho de todos. Os empresários que nos contratam buscam exatamente isso”, explica o trompetista, líder da banda e palestrante Marcelo Torres. Ele lembra que, com a música, tudo se torna tão claro que os funcionários passam a compreender a diferença que suas ações podem gerar, tanto para o sucesso quanto para o fracasso da empresa. “Como é

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uma palestra show, tudo foi pensado com o objetivo de levantar o moral da plateia. Nesse clima de alto astral, muitos gestores aproveitam para lançar novos desafios à equipe.” shoW DE paLEstra Com muita música de qualidade e bom humor, o conteúdo da palestra se encaixa perfeitamente à realidade do meio corporativo. Em 1h30, Torres fala sobre o papel de cada instrumento na banda; sobre comprometimento, capacitação e estrelismo; questiona a ideia de haver algum instrumento mais importante que os demais e utiliza instrumentos rudimentares (flauta doce, washboard e contra-balde), muito simples, para mostrar que é possível ter bons

Palestras da banda mostram a importância de se atuar como grupo coeso e unido

resultados também quando se trabalha com um equipamento limitado, desde que haja vontade para isso. O quadro sobre comprometimento, capacitação e estrelismo, por exemplo, é dos mais didáticos. Torres pede para o pianista tocar como quem não tem qualquer comprometimento. O que se ouve é uma música com uma série de erros grosseiros, que todos percebem. Depois disso, o saxofonista é convidado a tocar como se não tivesse capacitação. Então, ele executa o tema Blue Moon como faria um iniciante no instrumento: notas corretas, porém, sem qualquer interpretação. Na sequência, o mesmo músico toca com estrelismo, fazendo de tudo para ser o centro das atenções. Coisas muito comuns em certas empresas. “Sempre fecho esse quadro explicando que cada um de nós tem a prerrogativa de escolher entre a mediocridade ou a busca pela excelência quando pegamos nossos instrumentos de trabalho”, explica Torres.

o coMEÇo DE tuDo um trabalho tão original quanto esse não poderia ter começado de maneira mais inusitada. pode-se dizer que a carreira de torres como palestrante se deve, de certa forma, a peter Ferdinand Drucker (1909 – 2005), austríaco considerado pai da moderna gestão de empresas. “Eu tocava no Bourbon street Music club, casa tradicional de são paulo (sp), quando tive uma conversa com oscar Motomura, proprietário da amana-Key, que é uma empresa de consultoria e educação executiva. Ele havia lido um artigo muito interessante assinado pelo Drucker, que dizia que ‘cada vez mais, as organizações deverão se parecer com bandas de jazz’. Então, ele me disse que precisava de uma banda do gênero, com um músico que soubesse falar em público para apresentar uma palestra para alguns de seus alunos”, diz o trompetista. torres explica que a teoria de Drucker era bem interessante porque, até então, a orquestra era o modelo recomendado como referência para o meio corporativo. “Em contraposição, uma banda de jazz tem um número muito menor de músicos e não depende de um maestro. É mais flexível e conta com a improvisação que, no caso das empresas, é a habilidade de saber resolver problemas, com criatividade, dentro das regras estabelecidas.” unindo sua ampla cultura musical à experiência como administrador de empresas, ele partiu para a primeira palestra. Depois de tocar com a banda e de explicar como ela funciona, torres abriu espaço para os questionamentos dos espectadores. “perguntaram como seria se alguém deixasse de tocar, então fizemos isso para mostrar o que acontece.” a partir dessa experiência, o trompetista começou a dar forma à palestra. “nas seguintes, eu comecei a fazer as perguntas antes de dar os exemplos práticos com a banda. com o tempo, consolidamos o conteúdo de nossas apresentações.”

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JAZZ CORRENDO PELAS VEIAS Absolutamente apaixonado pelo jazz, o talentoso Marcelo Torres iniciou seus estudos ao trompete aos 13 anos, tendo aulas com o maestro Luiz Torres, seu pai e primeiro mestre. Mais tarde, foi aluno da Escola Municipal de Música e do Conservatório Musical Brooklin Paulista, ambos de São Paulo (SP). O gosto pelo jazz o levou a New Orleans, nos Estados Unidos, onde esse importantíssimo gênero musical nasceu. Lá, tocou com vários músicos pelas ruas da cidade, mostrou sua desenvoltura ao trompete em famosas casas de jazz, como o Maison Bourbon e o Preservation Hall, e teve o prazer (imenso para qualquer músico) de dividir o palco com os trompetistas Wynton Marsalis e Tommy Yetta e com o saxofonista Gary Brown. Formado em administração de empresas, Marcelo Torres é o líder dessa banda de jazz que conta com músicos da mais alta qualidade: Rafael Stefano ao saxofone tenor, Rogério Maçan tocando guitarra e cantando, Maurício Brito ao teclado, Maurício Xavier ao contrabaixo e Sérgio Matteo, determinando o ritmo em sua bateria. Dedicado como sempre, o palestrante segue aprimorando seus conhecimentos com o professor Magno D’Alcântara.

Outro conceito comum à música e ao meio corporativo é o improviso. A dica do palestrante, mais uma vez, se encaixa perfeitamente nos dois mundos: se você estiver preparado, poderá resolver situações inesperadas de forma criativa, mas sempre respeitando as regras do grupo ao qual você faz parte. Em outro quadro, Torres pergunta para a plateia qual é o instrumento mais importante e, em seguida, explica a função de cada um e que todos são indispensáveis por estarem interligados, exatamente como deve ocorrer nas empresas. REAÇÕES DO PÚBLICO Foi justamente quando explicava que todos são

importantes que o palestrante teve uma surpresa. “Numa palestra para uma empresa do ramo petrolífero, estava dizendo que o contrabaixo, apesar de nem sempre notado por ser um instrumento de retaguarda, faria muita diferença se deixasse de tocar.” Então, um funcionário se levantou e começou a dizer, em voz alta, que ele e seus colegas eram o contrabaixo da empresa, pois eram eles que extraíam o petróleo lá do fundo, que poucos davam valor a eles. “Muitos espectadores se identificam rapidamente aos instrumentos, eles entendem que o trabalho de todos deve ser valorizado.” Aliás, as reações à palestra costumam ser bem curiosas. Torres cita alguns comentários que ouviu depois de algumas delas. (Continua na página 20)

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COM VOCÊS, OS INSTRUMENTOS Dixieland, swing, bebop, cool, hard bop, free e por aí afora. Verdade que as vertentes do jazz não são muito ouvidas pela maior parte dos brasileiros, mas, com toda a certeza, os instrumentos que fazem parte de uma banda do gênero são bem conhecidos por todos nós. E qual é o papel de cada um deles numa banda como essa? Com seis músicos, a Marcelo Torres Jazz Band conta com dois instrumentos de sopro fazendo parte da chamada

linha de frente: são eles o trompete e o saxofone tenor, também conhecidos como membros da “metaleira” no jargão musical. Como o palestrante costuma explicar durante as apresentações da banda, seu trompete tem a função de executar o tema principal, enquanto o sax cria uma melodia complementar, como se estivesse mantendo uma conversa com o companheiro. Ambos fazem parte da família dos instrumentos melódicos, que (a rigor) emitem apenas uma nota de cada vez – assim como a voz humana. Os instrumentos harmônicos, ou seja, capazes de emitir duas ou mais notas simultaneamente, formam a cozinha – como os músicos costumam chamar. São eles a guitarra, que executa os

acordes da música (ou, a harmonia), e o piano, que complementa o trabalho da guitarra e também conversa, vez ou outra, com o trompete e o saxofone. Além deles, temos a bateria, responsável pelo ritmo, e o contrabaixo, que pulsa como um coração indicando o caminho da harmonia. Aliás, este último instrumento também é capaz de

fazer soar mais de uma nota ao mesmo tempo, mas esse recurso não costuma ser utilizado enquanto ele cumpre a função de acompanhar – alguns baixistas exploram essa possibilidade quando chega seu momento de “dizer” o que querem, ou seja, a hora do improviso. Bem diferentes entre si e com funções específicas, é de se pensar que alguns instrumentos são mais importantes que outros, certo? Nada disso. Como bem explica Torres em cada palestra, cada um tem sua função e todos são fundamentais para que o trabalho da banda seja bem executado, raciocínio que também se aplica muito bem a funcionários de organizações empresariais.

Não há um instrumento mais importante: em uma banda jazz ou em uma empresa, todos os elementos devem atuar em conjunto para o sucesso comum

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Francis Maris Cruz, do Grupo Cometa, e Marcelo Torres na comemoração de 40 anos da empresa em Cáceres (MT)

“Essa foi a palestra mais divertida que já assisti. Dei risada, ouvi musica da melhor qualidade e depois daquele solo do pianista eu nunca vou esquecer o que é não ter comprometimento”, disse um funcionário da Saint Gobain. “Para nós, foi uma experiência extraordinária, foi surpreendente a repercussão entre os funcionários. Às vezes, a gente tende a subestimar o poder desta linguagem universal que é a música, principalmente de tão boa qualidade que foi a que vocês apresentaram. Tenho certeza de que todos que estavam lá vão se lembrar, por muito tempo, daquela tarde. Obrigada a você e ao seu grupo, que além de músicos são ótimos atores”, afirmou um colaborador da Lavasecco. “Até ouvir vocês, eu achava que jazz era música chata. Agora, me

tornei fã do gênero e de vocês”, apontou um funcionário da Petrobras. “Vocês são ótimos como artistas e palestrantes. A analogia demonstrada através do jazz com a rotina diária de uma equipe foi simplesmente fantástica. Vocês foram muito elogiados. Parabéns”, elogiou um funcionário da Acomac. Muita história para contar Há tantos anos em atividade, a banda passou por muitas experiências interessantes, como tocar em uma plataforma de petróleo, em Macaé (RJ), a 200 quilômetros da costa brasileira, ou no meio da floresta amazônica. Em algumas de suas apresentações, a Marcelo Torres Jazz Band foi assistida por funcionários e pelos

filhos deles, como ocorreu no Pará. “Poder explicar como funciona esse tipo de música faz com que muitos deles passem a entender e a gostar dela, nos pediram até autógrafo.” Outra curiosidade diz respeito ao tamanho das plateias. Torres lembra que a banda já se apresentou para 12 funcionários, certa vez. Por outro lado, também esteve diante de 5 mil pessoas, no Teatro Elis Regina, em São Paulo (SP). “A apresentação mais difícil foi para o presidente de um banco e seus diretores imediatos. Não havia nem 20 pessoas assistindo. Foi bem sucedida, agradeceram, aplaudiram. Aliás, todas as nossas palestras foram aplaudidas de pé nesses 17 anos.” Houve também as famosas “saias justas”. Uma delas aconteceu quando a empresa contratada para levar o equipamento de som, incluindo teclado e bateria, não chegou a tempo. O trabalho foi feito e, apesar do problema, agradou Outro momento tenso ocorreu quando uma moça da plateia foi convidada para ser maestrina da banda. Só que, enquanto a música era executada, ela começou a dançar com muita sensualidade. “Foi uma ‘saia justa’ danada”, diverte-se o líder dessa incrível banda, que continua viajando pelo Brasil para divertir plateias enquanto fala sobre profissionalismo tendo como base este gênero musical tão rico, que é o jazz.

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para ouVir reunimos aqui algumas sugestõeas de torres para quem quiser conhecer um pouco mais sobre o jazz. Ele recomenda temas interpretados por alguns dos maiores músicos de todos os tempos. confira as dicas e seus comentários: Louis arMstronG certa vez, Dizzy Gillespie (um dos criadores do bebop) disse: “Devo meu emprego de hoje a Louis armstrong. sem ele, nada disso (o jazz) existiria.” Louis armstrong - potato head Blues http://www.youtube.com/watch?v=EfGZB78r7uw Louis armstrong – When the saints go marching in http://www.youtube.com/ watch?v=wyLjbMBpGDa JaZZ EM FunEraL uma tradição em new orleans, mesmo nos dias de hoje. JaZZ FunEraLs in nEW orLEans http://www.youtube.com/watch?nr=1&v=zahlE71wE4&feature=endscreen DuKE ELLinGton um dos gigantes da era do swing tocando seu prefixo taKE thE “a” train. http://www.youtube.com/watch?v=8s6pt4FqKLu BEnnY GooDMan considerado o rei do swing, o músico de origem erudita se apaixonou pelo jazz. http://www.youtube.com/watch?v=aWr2X6J26uk GLEnn MiLLEr Band leader na era do swing, ele desapareceu durante um voo do exército na época em que liderava sua orquestra para os soldados americanos. http://www.youtube.com/watch?v=aQseFacWvtE charLiE parKEr Juntamente com Dizzy Gillespie, criou o bebop. http://www.youtube.com/watch?v=ukL3tDV6Xrg DiZZY GiLLEspiE – trompetista e coautor do bebop. http://www.youtube.com/ watch?v=koma8Low258 MiLEs DaVis influenciou o jazz durante 30 anos, inovando e surpreendendo sempre. http://www.youtube.com/watch?v=Vqo3DrwlFo4 ELLa FitZGEraLD conseguia cantar como se fosse um trompete improvisando. http://www.youtube.com/watch?v=QhWDnv0piqQ

assinatura Do autor Escalado por ordem de serviço para escrever a matéria que você acaba de ler, o jornalista igor thomaz também dedica seu tempo à música. sua agenda é bem interessante. há dias reservados para tocar com as bandas orquestra Brasileira de Música Jamaicana (oBMJ), Liquidus ambiento e big band de Guarulhos (sp). Em outros momentos, o compromisso é escrever, como freelancer, para as revistas ordem de serviço, automotive Business e auto Esporte. Formado em jornalismo pela Faculdade cásper Líbero, ele já passou pelas redações do Jornal da tarde, revista oficina Mecânica, Diário popular e o Estado de s. paulo, além de ter escrito, como colaborador, para as revistas Quatro rodas, Fusca & cia, sua Boa Estrela (da Mercedes-Benz) e car and Driver, entre outras publicações. como músico, estudou na antiga universidade Livre de Música e passou por muitas formações, como a Banda sinfônica Jovem do Estado de são paulo. no momento, ele se apresenta com a oBMJ para divulgar o disco recém-lançado Volume ii. no sitehttp://obmjoficial. bandcamp.com/ é possível ouvir todas as faixas dos dois discos lançados pela orquestra.

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>>> Escolha sEu carro

A PRIMEIRA VEZ... Confira alguns cuidados e práticas recomendadas na hora de comprar o primeiro carro Texto: Rodrigo Lara – Fotos: Divulgação

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Modelos compactos de entrada, como Volkswagen Gol, tendem a ser os escolhidos como primeiro carro

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ara alguns é a realização de um sonho. Para outros, a aquisição de uma ferramenta de trabalho ou um meio de transporte mais confortável. Em todos os casos, a compra do primeiro carro é um momento que gera empolgação. E é justamente nessa empolgação que residem os maiores riscos. “O mercado brasileiro de carros, no passado, tinha pouca oferta de modelos. Então era muito fácil saber muito sobre cada um deles e, com base nisso,

fazer uma escolha mais sensata”, aponta Francisco Satkunas, conselheiro e diretor da SAE Brasil, órgão que reúne engenheiros automotivos. Hoje, há mais de 40 fabricantes vendendo seus produtos no mercado nacional, com uma oferta que chega a superar os 900 modelos distintos. Essa variedade passa longe de ser algo ruim, afinal ela traz competição entre as marcas e tende a beneficiar o consumidor. Ela pode ser, contudo, um fator de complicação para o leigo. E, nesse caso, a recomendação é muito simples: pesquise os modelos e faça contas.

“O primeiro passo é conter a empolgação e fazer uma série de contas para saber se há condições financeiras de não apenas comprar o carro, mas mantê-lo. A recomendação é que se pague o modelo à vista, porém isso nem sempre é possível. Nesse caso, entram na equação, além da entrada e das prestações, o valor das revisões, do combustível, do seguro, dos impostos, entre outros”, alerta Paulo Roberto Garbossa, consultor da ADK Automotive. Segundo o especialista, esses custos correspondem a um gasto que pode se aproximar do valor da parcela e, em alguns casos, até superá-lo.

Sedãs médios, como o Honda Civic, são mais indicados para quem já tem filhos e precisa de um bom porta-malas

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“O ideal é fazer a primeira compra com alta dose de racionalidade. Se não puder ser comprado à vista, o ideal é dar a maior entrada possível, para evitar financiar por longos períodos. Outra recomendação é aproveitar os feirões e os momentos de baixa do mercado para poder ter poder de barganha nas concessionárias”, diz Satkunas, da SAE Brasil. POR QUE NÃO UM USADO? O mercado de carros novos está aquecido. Só para se ter uma ideia, em 2012 foram vendidos mais de 3,6 milhões de automóveis novos no país. Ao se comprar um carro zero, há algumas vantagens, especialmente no que diz respeito ao financiamento. Também entra na conta o fato de o veículo nunca ter sido usado, o que passa segurança ao comprador em relação ao estado de conservação do bem. Entretanto, é recomendável olhar o mercado de usados. “O recémhabilitado está mais sujeito a danificar o veículo, o que fazia as pessoas automaticamente optarem por um carro usado para ir ‘amaciando’ a habilitação. De qualquer maneira, o mercado de usados oferece boas opções a bons preços atualmente. Não raro, encontra-se modelos de categorias superiores com dois ou três anos de uso pelo mesmo preço de veículos zero, porém mais básicos”, aponta Francisco Satkunas, diretor da SAE Brasil. Uma vantagem é que um veículo semi-novo já passou pela desvalorização mais crítica. Caso opte por comprar um usado, recomenda-se cautela. Uma boa inspeção feita por um mecânico de confiança pode ser a diferença entre um bom negócio e um “mico”. Outra atitude necessária é checar se todas as revisões previstas pela fabricante foram feitas em concessionárias. Para saber isso, basta olhar os carimbos no manual do proprietário.

Mania nas ruas brasileiras, SUVs compactos como o Renault Duster aliam visual robusto e tamanho reduzido

Peruas como a Fiat Palio Weekend já foram a principal opção para as famíias brasileiras

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>>> ESCOLHA SEU CARRO

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Compactos mais completos como o Ford New Fiesta podem ser opções interessantes para quem quer um veículo de entrada mais equipado

ESCOLHENDO DE ACORDO COM AS NECESSIDADES Racionalidade é palavra de ordem na hora de comprar o primeiro carro e, levando isso em consideração, um dos pontos que mais merecem atenção do futuro motorista é se o novo carro é condizente com as suas necessidades. “É uma tendência que se compre carros menores e menos potentes para recém-habilitados, porém é preciso lembrar que carros muito básicos pecam em segurança.

É preciso levar isso em consideração e evitar economizar quando o assunto é garantir a integridade dos ocupantes em caso de acidente”, alerta Satkunas. Procurar adquirir um carro que tenha boas referências quando o assunto é segurança ainda não é prioridade para o consumidor brasileiro. “Muitas vezes a preferência é dada por itens de conforto, como o ar-condicionado, justamente por eles serem mais perceptíveis no cotidiano. Felizmente, com a adoção obrigatória do airbag e os freios ABS em 2014, a tendência é que o consumidor passe a prestar mais atenção nesse quesito”, afirma Garbossa.

Não há uma fórmula a ser seguida na hora de escolher o tipo de carro que o recém-habilitado irá escolher, entretanto. Observada a regra de comprar um carro que seja adequado ao seu uso, resta apenas um outro conselho. “É preciso ter a consciência de que um carro pode ser uma arma se não utilizado corretamente. Sendo assim, veículos muito potentes devem ser evitados no caso de condutores inexperientes, já que eles demandam um período de adaptação”, salienta Garbossa, da ADK Automotive. Seguindo essas dicas e se munindo de racionalidade e bom-senso, o novo motorista dificilmente terá problemas na convivência com o seu primeiro veículo.

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>>> PRODUTO

NOVOS MICHELIN PARA

CARROS E MOTOS Primacy 3, para hatchs e sedãs médios, e Pilot Street Radial, radial para mini-esportivas, chegam ao mercado de reposição Texto: Aldo Tizzani – Fotos: Divulgação

Maior controle em piso molhado

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m menos de um mês, a Michelin resolveu agitar o mercado de pneus no Brasil com novos modelos de reposição para carros de passeio, como também para motocicletas. No caso do Primacy 3, a marca francesa promete desempenho superior em frenagem no seco, no molhado e também maior estabilidade, principalmente em curvas e em piso molhado. “O pneu é o único ponto de contato do carro com o solo e, portanto, o Primacy 3 pode contribuir fortemente para reduzir o número de acidentes”, afirma Marco Moretta, Diretor Comercial de pneus de passeio e caminhonete da Michelin para a América do Sul. Com testes auditados pela TÜV SÜD Automotive, o novo pneu obteve os melhores resultados em comparação aos

concorrentes: freia até três metros antes em solo seco; até quatro metros antes em solo molhado e possui aderência 12% superior em curvas, oferecendo maior controle da trajetória do veículo, mesmo em condições extremas. Isso em função da adoção das tecnologias e desenho, que aumenta a área de contato com o solo molhado, maximizando a aderência. Além disso, o pneu conta com novo composto de borracha, muito mais flexível, que se adapta às menores irregularidades do piso, e os blocos de borracha com corte em chanfro a 45 graus. O mercado brasileiro contará com o Primacy 3 em aros de 16, 17 e 18 polegadas em até 29 referências (dez delas serão fabricadas no Brasil e 19 importadas da Europa), com a maior parte da produção concentrada na fábrica brasileira em Itatiaia, no estado do Rio de Janeiro. O novo produto atenderá tanto o mercado de equipamento originais, quanto o de reposição. Volvo V60, Ford Fusion, Audi A6, Peugeot 308, além das próximas gerações do Ford Focus e do Citroën C4 sairão de fábrica com o novo produto da marca francesa. A novidade, no entanto, custa 5% a mais que a concorrência. Em São Paulo, na medida a 205/55 R16 tem preço sugerido de cerca de R$ 400, cada.

NAS MOTOS Falando em segurança e tecnologia, a marca apresentou o Pilot Street Radial, o primeiro pneu radial para motos de baixa e média cilindrada. Importados da Tailândia, os pneus Street Radial estão disponíveis em três medidas: 110/70 R 17 (TL/TT) para a dianteira e 130/70 R (TL/TT) e 140/70 R 17 (TL/TT) para a roda traseira. Eles podem ser montados em aros de aço ou em rodas de liga leve. O preço deve variar de R$ 280 (D) e R$ 380 (T). Outra novidade da marca foi o Pilot Street, projetado para oferecer segurança e durabilidade para motocicletas urbanas de baixa cilindrada. O produto será vendido em 12 dimensões, para equipar praticamente todos os modelos utilitários disponíveis no mercado. Modelo radial para para as motos de baixa cilindrada

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>>> lançamento motos

Família CG MuDA pArA CONTINuAr ainda mais líder M

Visual e chassi foram totalmente reformulados na linha 2014 da street da Honda. A motorização se manteve a mesma – 125cc a gasolina e 150cc flex. Texto: Arthur Caldeira / Agência INFOMOTO - Fotos Divulgação

Top de linha, a CG 150 Titan EX tem visual mais esportivo e motor 150cc flex

otocicleta mais vendida do Brasil, a Honda CG recebeu diversas alterações em seu modelo 2014. O design é novo desde o conjunto óptico, passando pelas carenagens laterais no tanque de combustível até chegar à lanterna traseira. Seu chassi ficou mais leve, a posição de pilotagem mudou e a espuma do banco também. Ou seja, a moto ficou mais confortável e ergonômica. O modelo ainda ganhou painel digital em todas as suas versões. Entretanto, as opções de motores mantiveram-se as mesmas: monocilíndrico de 125cc a gasolina alimentado por carburador ou de 150cc bicombustível com injeção eletrônica. “Queremos consolidar, manter e até mesmo ultrapassar os 80% das vendas no segmento utilitário”, revela Alfredo Guedes Jr., engenheiro da Moto Honda da Amazônia. Neste ano, as vendas das versões de 125cc e 150cc da Honda CG somam mais de 45 mil unidades mensais. O modelo 2014 traz itens inéditos até então para a categoria utility, como painel digital, além de novas versões com opções para todos os gostos e bolsos. A linha CG 2014 chegou à rede de concessionárias a partir da segunda quinzena de agosto na versão 150 e, no caso da família 125, na segunda quinzena de setembro. Nas cores preto, vermelho e amarelo, a CG 125 Fan tem preço público sugerido de R$ 5.490 (KS), R$ 6.100 (ES) e R$ 6.250 (ESD). Já o modelo CG 150 Fan, disponível nas cores

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Com partida elétrica, a versão ES da CG 125 Fan recebeu pequenas aletas laterais no tanque

preto, vermelho e azul, será comercializado por R$ 6.750 (somente na versão ESDi). Nas cores vermelho, preto e branco, a CG 150 Titan chega ao mercado por R$ 7.320 (ESD) e R$ 7.830 (EX). A versão da CG Fan 150 ESDi ficou R$ 70 mais barata em relação à sua antecessora. As demais motos tiveram um aumento entre R$ 100 e R$ 200. Os valores têm como base o Estado de São Paulo e não incluem despesas provenientes de frete e seguro. Até dezembro, a meta da Honda é vender mais de 260 mil unidades da nova CG. Desenho harMonioso Em sua oitava geração desde que foi lançada em 1976, os modelos da linha CG continuam divididos em três famílias: CG 125 Fan; CG 150 Fan e CG 150 Titan. Apesar da motorização diferenciada, agora todas têm o mesmo conjunto óptico, ao contrário do modelo em produção atualmente. Como diferencial, há detalhes de acabamento e grafismos exclusivos para cada versão. O farol em formato poligonal traz uma pequena cobertura com uma novidade embutida: painel completamente digital em todas as versões. O tanque ganhou pequenas carenagens (exceto na versão KS, a mais básica). A tampa lateral mudou e a rabeta tem novo formato. A lanterna traseira ganhou desenho inédito e uma lente que tenta se passar por LEDs, “enganando” muito bem, vale dizer.

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Muito em função do conjunto óptico remodelado, todo o desenho da Honda CG parece mais harmonioso e moderno, além de remeter aos modelos maiores da marca, como a CB 300R.

O freio a disco na roda dianteira foi dotado de um novo flexível, que expande, e pretende assustar menos os pilotos inexperientes. “Por má preparação, em alguns locais o pessoal tinha medo do freio a disco”, revela Guedes Jr. Outra boa notícia é que o o sistema está disponível agora também na linha de 125cc como opcional e passou a ser de série em todas as versões de 150cc. Na roda traseira, o tradicional sistema de freio a tambor com 130 mm de diâmetro.

CiClístiCa Mais leve O chassi, redesenhado, tem novos materiais em sua estrutura, o que a fez perder 3,8 kg em relação ao modelo anterior. A geometria da coluna de direção também foi levemente alterada para dar mais agilidade nas mudanças de direção e a posição de pilotagem mudou. As versões de 150 cc ganharam novos amortecedores com 5 mm a mais curso. Na dianteira, a configuração tem garfo telescópico convencional com 135 mm de curso; na traseira, sistema bichoque com 106 mm de curso. Os pneus Pirelli City Dragon são outra novidade. Mantiveram as mesmas medidas (80/100 – 18 na frente e 90/90 – 18 atrás), mas tem novo desenho e composto. Na versão CG 150 Titan EX, top de linha que usa rodas de liga-leve, os pneus têm A CG 150 Fan estará agora construção radial e disponível apenas em uma dispensam o uso de câmara. versão mais completa, a ESDi

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>>> lançamento motos

jAponesAs pArA ToDos os gosTos Suzuki traz ao Brasil cinco novos modelos e agita o segmento das motos de média e alta cilindradas, com preços que variam entre R$ 26.990 e R$ 49.900 Texto: Aldo Tizzani e Carlos Bazella - Fotos Divulgação

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m grande estilo, a Suzuki volta ao segmento média/alta cilindrada. Sendo assim, a J Toledo, representante da marca no Brasil, apresenta agora não uma, mas cinco motos novas no mercado nacional. Outra novidade da Suzuki é trazer pela primeira vez ao país modelos equipados com sistema de freios ABS, caso da trail DL 650 V-Strom, da naked GSR 750 e da sport touring GSX 1250FA. O mix de

lançamentos também inclui a nova geração da superesportiva GSX-R 750 e a naked Gladius, que foi apresentada ao mercado internacional em 2008 e raz motor de dois cilindros em “V”. Com as novas motos, a Suzuki injeta ânimo no seu line-up de média e alta cilindradas e os torna ainda mais competitivos alguns segmentos, principalmente o das nakeds de 600 e 800cc.

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V-STROM Apresentada na Europa na virada do ano passado, a nova V-Strom chega ao Brasil na versão equipada com freios ABS de série pelo preço sugerido de R$ 34.900. Além do novo sistema de freios, a trail recebeu alterações na carenagem e na ergonomia. Os retoques estéticos a deixaram mais esguia do que sua versão anterior e alteraram a forma de encaixe das pernas, criando uma posição de pilotagem mais confortável. A V-Strom também teve sua proteção aerodinâmica melhorada com estudos realizados em túneis de vento. Desta forma, o parabrisa ganhou novo desenho e agora têm três posições de ajuste. As mudanças também incluíram uma redução no tamanho do tanque de combustível de 22 para 20 litros, que resultaram em uma diminuição de peso. A nova V-Strom passou de 217 para 214 kg em ordem de marcha. O motor do modelo manteve a arquitetura de dois cilindros em “V” a 90°, a refrigeração líquida e o duplo comando de válvulas no cabeçote (DOHC). Mas, apesar do curso e diâmetro dos pistões serem os mesmos e, consequentemente, a capacidade cúbica também (645 cm³), a Suzuki implantou alterações no propulsor para melhorar seu rendimento em baixas e médias rotações. O acionamento das oito válvulas (quatro por cilindro) agora é feito por uma mola simples em vez da antiga mola dupla. Segundo a marca, isso reduz as perdas mecânicas e permite uma alimentação mais precisa do motor. A nova V-Strom 650 chegou em julho nas cores azul e branca.

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GLADIUS Com nome que remete às espadas dos antigos gladiadores romanos, a Gladius chega por R$ 26.990 e é marcada pelo farol excêntrico com um pequeno painel sobreposto. As linhas fluem para um tanque de formato circular e um banco muito bem desenhado em dois níveis, com baixa distância do solo, o que facilita a pilotagem. A rabeta minimalista, com a lanterna traseira embutida completa o desenho. A Gladius conta com um propulsor de dois cilindros em “V” a 90º de 646 cm³, arrefecimento líquido e duplo comando de válvulas (DOHC). Para melhorar a combustão, a Gladius dotou cada cilindro com duas velas de ignição e conta com molas simples nas quatro válvulas por cilindro, que diminuem a perda mecânica e garantem um funcionamento mais suave. A naked é montada sobre um quadro de aço em treliça e a suspensão dianteira traz garfo telescópico convencional com ajuste na pré-carga da mola. Atrás, a balança de formato tradicional e feita em aço tem um único conjunto mola-amortecedor com sete regulagens da pré-carga da mola. Os freios tem disco duplo flutuante de 290 mm de diâmetro na dianteira e de 240 mm de diâmetro na traseira. Ambos com pinças deslizantes de pistão único atrás e duplo na frente. A Gladius poderá ser adquirida nas cores azul, preta e cinza a partir do início de agosto.

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>>> noVas sUZUKI GSX 1250FA Assim como já acontece com a versão de 650cc da Bandit, a naked com motor de 1250cc também passará a ter no Brasil sua versão carenada. Com foco nos praticantes do mototurismo, a Suzuki traz ao país no final de agosto a GSX 1250FA nas cores preta, branca e azul pelo preço sugerido de R$ 39.900. Esteticamente, o modelo apresenta diversas semelhanças com a GSX 650F. O desenho da carenagem e a posição das entradas de ar são tão parecidos que a única diferença fica por conta dos dois cortes maiores na lateral da moto de 1250cc. Por baixo da carenagem está o mesmo conjunto mecânico que compõe as versões naked e “S” da Bandit. O propulsor com quatro cilindros em linha de 1.255 cm³, de arrefecimento líquido e com duplo comando no cabeçote (DOHC) é capaz de gerar até 98 cv de potência máxima a 7.500 rpm e torque máximo de 11 kgf.m a 3.700 rpm. Se o motor é o mesmo que conhecemos há algum tempo, a Suzuki inova ao trazer a sport touring com sistema ABS de série, que chega para auxiliar o conjunto formado por discos duplos de 310 mm de diâmetro na dianteira e 240 mm na traseira.

GSX-R 750 Visualmente alinhada com o modelo vendido na Europa, a superesportiva GSX-R 750 passou por um sutil facelif. e apresenta menos cortes do que sua versão anterior e o escapamento foi remodelado com saída e protetor de calor diferentes. A maior mudança, entretanto, está na dianteira. O novo conjunto óptico abandona o formato de “tridente” anterior para adotar um desenho mais compacto e poligonal. As entradas de ar frontais também mudaram e estão menos protuberantes do que a moto de 2012. Já o propulsor da GSX-R 750 permanece o mesmo tetracilíndrico em linha de 750 cm³ com duplo comando no cabeçote (DOHC) e arrefecimento líquido. Os números de desempenho também são os mesmos: 150 cv de potência máxima a 13.200 rpm e até 8,80 kgf.m de torque a 11.200 rpm. Embora conserve os 810 mm de altura do assento, a moto está menor e mais leve. Comprimento total, entreeixos e largura total caíram para 2.030, 1.390 e 710 mm, respectivamente. O peso também diminuiu para 190 kg, mas, em contrapartida, a GSX-R 750 está mais alta e distante do solo, com 1.135 e 130 mm de altura total e distância do solo, nessa ordem. A nova superesportiva média da Suzuki chegou concessionárias nas cores azul e preta, pelo preço sugerido de R$ 49.900.

GSR 750 Totalmente nova para o mercado brasileiro, a GSR 750 chega para apimentar ainda mais o segmento das nakeds tetracilíndricas. Traz na manga duas versões – com e sem freios de ABS – com preços sugeridos entre R$ 34.900,00 e R$ 36.900,00. De cara, a moto chama a atenção por seu design radical com desenho futurista. O assento do piloto foi projetado para se encaixar com as tampas laterais do chassi e do assento de garupa removível, que guarda um compartimento para armazenar objetos pequenos. A GSR 750 está equipada com motor de quatro cilindros em linha e 749 cm³, capaz de gerar 106 cv a 10.000 rpm e 8,16 kgf.m a 9.000 de torque. O motor prefere trabalhar em altos giros, mas uma válvula no escape faz com que ela não fique “boba” em médias e baixas rotações. Para dar o tom de esportividade, a GSR 750 conta com suspensão dianteira tipo garfo telescópico invertido com précarga da mola, retorno e compressão ajustáveis e balança traseira monoamortecida com link e sete modos de ajuste na précarga da mola. Os freios têm disco duplo flutuante de 310 mm na dianteira e disco único de 240 mm na roda traseira. A GSR 750 chegou à rede em julho nas cores branca, azul.

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>>> lançamento motos

PARA FugIR DO lugAR cOMuM Com belo visual e fácil de pilotar, a Dafra Horizon 250 pode ser uma boa opção para quem quer aliar liberdade e estilo sobre duas rodas Texto: Roberto Brandão Filho / Agência INFOMOTO - Fotos: Renato Durães / Divulgação

Motor tem acabamento preto eescape duplo, que fica do lado direito da moto

A nova Dafra Horizon 250 lembra modelos de maior capacidade cúbica

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oje, o mercado de duas rodas conta com pouquíssimas opções de motos custom de baixa cilindrada. Pensando nisso, a Dafra apresentou a Horizon 250, um modelo que traz muitos cromados e formas arredondadas. A mini-custom da Dafra também pode ser uma boa opção ao motociclista que quer fugir do lugar comum, aliando liberdade e estilo. A moto já está disponível nas revendas da marca. O preço sugerido é de R$ 13.690. A Dafra Horizon 250 chama a atenção pelo belo visual que nos remete aos modelos de maior cilindrada. Já o painel de instrumentos é em estilo “caneco”, ou seja, apenas um mostrador redondo, contendo informações como hodômetro total e parcial e luzes de advertência. O marcador de combustível está integrado

ao tanque, que tem capacidade máxima para 17,5 litros de gasolina. A nova custom foi equipada com motor de um cilindro e 250,2 cm³, injeção eletrônica, arrefecimento líquido e câmbio de cinco velocidades. Dessa forma, segundo a fabricante, a “motinho” alcança 23,1 cv a 8.000 rpm e tem torque máximo de 2,21 kgf.m a 7.000 rpm. Ou seja, oferece força suficiente para largar na frente dos carros quando o farol verde do semáforo acende. Seu quadro é do tipo berço duplo – que “abraça” o motor pela parte inferior da moto – e o comportamento da ciclística (conjunto formado pelos sistemas de freios a amortecimento) também merece destaque. O eficiente sistema de freios da Horizon é formado

O marcado de combustível está fixado sobre o tanque de combustível

por dois discos dianteiros de 276 mm de diâmetro. Na traseira, disco simples de 225 mm de diâmetro. O trabalho de suspensão é feito pelo tradicional sistema de garfo telescópico dianteiro de 140 mm de curso e duplo amortecedor traseiro com ajustes e 70 mm de curso. O assento baixo – 725mm – faz com que o piloto coloque os pés no chão com muita facilidade. Assim, parar a moto ou manobrar em baixa velocidade é fácil. Com um peso em ordem de marcha de 178,6 kg, a nova Horizon 250 está disponível nas cores preta e preta/pérola. Para quem quiser personalizar esta mini-custom, a rede de concessionárias da marca oferece três tipos de acessórios: Escudo, Sissy Bar (encosto para o garupa) e Protetor/ pedaleira avançada.

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>>> CONSUMIDOR X

O CRIME COM A MALA Transporte suja a mala e a mancha fica para a empresa que não respondeu reclamações

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m 2012 mais de 100 milhões de pessoas foram transportadas por via aérea no Brasil. Segundo os números divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), isso representa um aumento de quase 10% em relação a 2011. Neste mercado – dominado por gigantes como a Gol e TAM – as empresas menores têm a missão de atrair novos passageiros. Esse é o caso da Azul e da Avianca. A Azul entra na briga oferecendo desde a comodidade de poltronas mais largas e confortáveis até conexão internet nos ônibus que transportam os passageiros para os aeroportos onde operam e a comodidade de assistir televisão ao vivo durante os voos. Seguindo o mesmo caminho a Avianca atrai os clientes com a elegância e simpatia de sua equipe. Aviões confortáveis e um excelente serviço de bordo. Argumentos infalíveis em uma época onde viajar tornou-se um sacrifício. Os passageiros convivem com aeroportos tacanhos, sujos e com péssimas salas de embarque. Na maioria dos aviões da Gol, as poltronas são apertadas e o péssimo serviço

torna o voo ainda mais traumático. No caso da TAM, os preços assustam os passageiros. Nesse mercado, as companhias aéreas Azul e Avianca vão, aos poucos, cativando os passageiros com os atrativos descritos anteriormente. E são hoje mais eficientes e simpáticas ao passageiro. Essa preferência também cobra seu preço: a companhia não pode errar. Recentemente muitos passageiros que voltavam de Cuiabá (MS) pelo voo 6387 da Avianca se depararam com uma péssima surpresa. Ao retirar as malas da esteira muitas estavam sujas, manchadas de preto. Alguns demostravam clara insatisfação com o fato e buscavam algum funcionário para reclamar. Uma pena, pois o voo foi agradável e eficiente graças a uma equipe comprometida com a filosofia de prestar bons serviços. Como sou jornalista entrei em contato com a assessoria de imprensa da Avianca para descobrir o que aconteceu. Queria saber de quem foi a culpa pelo incidente, mas infelizmente até o fechamento dessa edição – após inúmeras cobranças – não tive resposta da empresa. Esse é mais um exemplo de como um erro pode desgastar a imagem de uma empresa. O mesmo pode acontecer com a concessionária ao entregar um veículo sujo após um algum serviço, de um conserto completo a uma revisão de rotina.

Manchas em diversas malas resultaram em reclamações e passageiros insatisfeitos

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