Informativo do Apostolado da Oração Abr-17 Paróquia N S Auxiliadora Rito Católico Ucraniano

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Intenção Universal – Jovens Pelos jovens, para que saibam responder com generosidade à própria vocação, considerando seriamente também a possibilidade de se consagrarem ao Senhor no sacerdócio ou na vida consagrada. A juventude é a certeza de uma Igreja amanhã! Rezar pelos jovens é rezar pelo futuro da Igreja em todos os sentidos. Já é conhecido o ditado que não vamos ficar para semente, mas podemos plantar as sementes do Reino no hoje de nossa vida e de nosso apostolado: testemunhando e rezando. Façamos nossas preces para os jovens. Para que não sejam seduzidos pelo mundano, mas que de fato sejam o sal da terra e a luz do mundo, fazendo a diferença no meio em que vivem. Cabe a nós do Apostolado nutrir um verdadeiro carinho e apoio aos jovens, sobretudo apoiando e orientando suas escolhas. Em todas as nossas famílias, existem jovens que estão nesta fase de discernimento, de escolhas, de opções. Ajudá-los não é querer empurrá-los para dentro da igreja nem, muito menos, forçá-los a uma vida marcada por um moralismo barato. Mas antes saber ouvi-los, entender suas aspirações e motivações, seus sonhos e seus medos, para que a partir daí tenhamos condições de rezar com mais propriedade. Pode acontecer que nestes diálogos despontem vocações sacerdotais e religiosas para o serviço do Reino de Deus. Cabe aos pais e responsáveis nunca reprimir este chamado, mas sim incentivar, pois a messe é grande e os operários são poucos. Mas aqui um cuidado constante para que os jovens não respondam à vocação dos pais. Muitas vezes são os pais que têm o desejo de verem seus filhos como padres ou consagrados, e fazem de tudo para que isso aconteça. Não é prudente tal atitude, pois isso pode reprimir outra vocação, como por exemplo, ser um bom pai ou mãe de família, ser um excelente médico, um justo advogado e assim por diante. Rezar pelo discernimento, essa é a dica do Papa Francisco. Façamos nossa prece e Deus fará a parte Dele, mostrando os caminhos e tocando nos corações. E tenhamos uma plena certeza: se assim fizermos nossa parte com esmero, Deus nunca ficará impassível e sempre teremos operários para a vinha do Senhor, nunca há de faltar. Mas veja, a vinha do Senhor não é apenas a Igreja, é o mundo todo. Pois não se pode viver num mundo somente com uma vocação, mas com a multiplicidade de dons e carismas, para que a messe tenha um colorido melhor e mais alegre. Mensagem de São João Paulo II aos jovens da XX JMJ (Colônia - AL – ago/05): Jovens, não cedais a falsas ilusões nem a modas efêmeras, que muitas vezes deixam um trágico vazio espiritual! Recusai as soluções do dinheiro, do consumismo e da violência


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dissimulada que por vezes os meios de comunicação propõem. Escutar Cristo e adorá-lo leva a fazer opções corajosas, a tomar decisões por vezes heróicas. Jesus é exigente porque deseja a nossa felicidade autêntica. Chama alguns a deixarem tudo para segui-lo na vida sacerdotal ou consagrada. Quem sente este convite não tenha receio de lhe responder sim e ponha-se generosamente no seu seguimento. Mas, além das vocações de especial consagração, existe também a vocação própria de cada batizado: também ela é vocação àquela “medida alta” da vida cristã ordinária que se expressa na santidade. Quando se encontra Cristo e se acolhe o seu Evangelho, a vida muda e somos estimulados a comunicar aos outros a própria experiência. São tantos os nossos contemporâneos que ainda não conhecem o amor de Deus, ou procuram encher o coração com alternativas insignificantes. É urgente, por conseguinte, ser testemunhas do amor contemplado em Cristo. Não é porventura verdade que também vós tendes sede de Absoluto e andais em busca de algo que dê significado à vossa existência? Dirigi-vos a Cristo e não sereis desiludidos. Amados jovens, a Igreja precisa de testemunhas autênticas para a nova evangelização: homens e mulheres cuja vida seja transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres capazes de comunicar esta experiência aos outros. A Igreja precisa de santos. Todos somos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade. Sobre este caminho de heroísmo evangélico foram muitos os que nos precederam e exorto-vos a recorrer com frequência à sua intercessão. O Papa acompanha-vos com a sua oração. Maria, mulher eucarística e Mãe da Sabedoria, ampare os vossos passos, ilumine as vossas opções, vos ensine a amar o que é verdadeiro, bom e belo. Acompanhe todos vós até ao seu Filho o único que pode satisfazer as expectativas mais íntimas da inteligência e do coração do homem. Cristo: Ele é a Rocha sobre a qual construir o vosso futuro e um mundo mais justo e solidário. Jesus é o Príncipe da paz, a fonte de perdão e de reconciliação, que pode irmanar todos os membros da família humana.

Espiritualidade da solicitude Os esposos cristãos são cooperadores da graça e testemunhas da fé um para com o outro, para com os filhos e demais familiares. Deus convida-os a gerar e a cuidar. Por isso mesmo, a família foi desde sempre o hospital mais próximo. Prestemo-nos cuidados, apoiemo-nos e estimulemo-nos mutuamente, e vivamos tudo isto como parte da nossa espiritualidade familiar. A vida em casal é uma participação na obra fecunda de Deus, e cada um é para o outro uma permanente provocação do Espírito. O amor de Deus exprime-se através das palavras vivas e concretas com que o homem e a mulher se declaram o seu amor conjugal. Cada um, cuidadosamente, desenha e escreve na vida do outro: “A nossa carta sois vós, uma carta escrita nos nossos corações (...) não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo” (2 Cor 3, 2-3). Cada um é um “pescador de homens“ (Lc 5, 10) que, em nome de Jesus, lança as redes (cf. Lc 5, 5) para os outros, ou um lavrador que trabalha nesta terra fresca que são os seus entes queridos, incentivando o melhor deles. A fecundidade matrimonial implica em amar uma pessoa e esperar dela algo indefinível e imprevisível; e ao mesmo tempo, proporcionar-lhe de alguma forma os meios para satisfazer tal expectativa. Isto é um culto a


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Deus, pois foi Ele que semeou muitas coisas boas nos outros, com a esperança de que as façamos crescer. É possível estar plenamente presente diante do outro, mas somente se uma pessoa se entrega gratuitamente, esquecendo tudo o que existe em redor. Assim a pessoa amada merece toda a atenção. Jesus é o modelo, porque, quando alguém se aproximava para falar com Ele, fixava nele o seu olhar, olhava com amor (cf. Mc 10, 21). Ninguém se sentia preterido na sua presença, pois as suas palavras e gestos eram expressão desta pergunta: “Que queres que te faça?” (Mc 10, 51). Família,nela recordamos que a pessoa que vive conosco merece tudo de bom, pois tem uma dignidade infinita por ser objeto do amor imenso do Pai. Assim floresce a ternura, capaz de suscitar no outro a alegria de sentir-se amado. Sob o impulso do Espírito, o núcleo familiar não só acolhe a vida gerando-a no próprio seio, mas abre-se também, sai de si para derramar o seu bem nos outros, para cuidar deles e procurar a sua felicidade. A família é símbolo, testemunho, participação da maternidade da Igreja. O amor social, reflexo da Trindade, é o que unifica o sentido espiritual da família e a sua missão fora de si mesma, porque torna presente o querigma (anunciar Jesus Cristo) com todas as suas exigências comunitárias. A família vive a sua espiritualidade própria, sendo ao mesmo tempo uma igreja doméstica e uma célula viva para transformar o mundo. Assim, os esposos poderão reconhecer o sentido do caminho que estão a percorrer. Com efeito nenhuma família é uma realidade perfeita e confeccionada duma vez para sempre, mas requer um progressivo amadurecimento da sua capacidade de amar. Todos somos chamados para algo mais além de nós mesmos e dos nossos limites, e cada família deve viver neste estímulo constante. Avancemos, famílias; continuemos a caminhar! Não percamos a esperança por causa dos nossos limites, mas também não renunciemos a procurar a plenitude de amor e comunhão que nos foi prometida.

Como mostrar que valoriza seu cônjuge Para que o casamento seja feliz, marido e esposa devem valorizar um ao outro, e mostrar isso. Porém muitos casais não o fazem porque pararam de observar as qualidades um do outro. Frank S. Caprio - psicoterapeuta e médico – afirma em seu livro Infidelidade Conjugal que muitos que procuraram sua ajuda estavam mais preocupados com o que eles não tinham em seu casamento do que com o que eles tinham. E ainda diz: “Quando vêm ao meu consultório, eles só dizem o que precisa mudar, e não o que deve continuar como está. O erro desses casais é esquecer que o amor envolve valorizar um ao outro.” A relação fica menos estressante quando os esposos mostram que valorizam um ao outro. Na maioria das vezes, quando ambos se dedicam um pouco e passam a ver as qualidades um do outro e passam a fazer elogios, o relacionamento melhora. Quando se sentem que são valorizados, até uma situação muito tensa pode ficar mais fácil de lidar. Sobre as esposas o médico afirma: “Muitas esposas esquecem que os maridos recebem uma grande pressão para atender todas das necessidades de sua família.” Isso acontece também, em muitos casos, mesmo quando os dois contribuem para o sustento familiar. Muitos homens “arcaicos” não dão o devido valor a tudo o que sua esposa faz para cuidar da família, como trabalhar fora e cuidar dos filhos e das tarefas domésticas. Alguns chegam a cometer a estupidez de achar que cuidar da casa e dos filhos não é trabalho. Em um depoimento uma esposa relata: “Errar é humano. Mesmo assim, eu fico muito mal quando erro. Daí, se meu esposo me elogia por alguma coisa que eu fiz, mesmo que


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seja algum serviço na casa, eu sinto que ele me ama, apesar das minhas falhas. Isso melhora minha autoestima e eu vejo que meu marido está do meu lado.” Por outro lado, quando um deles se sente, desvalorizado, isso coloca pode colocar em risco a estabilidade ou a fidelidade no casamento. Uma esposa disse: “Se você não se sente valorizada, é fácil se sentir atraída a alguém que dá valor às suas qualidades.” Fique atento às qualidades do seu cônjuge. Observe também o que ele faz para ajudar na rotina da família. Pode ser que algumas coisas tenham passado despercebidas até agora porque você as considerava como obrigação. Pense em fazer uma lista com as qualidades que você admira no seu esposo ou esposa e outra com coisas que ele ou ela fez para o bemestar da família. São Paulo nos lembra; “Além disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos.” (Fil 4,8) Mas por que é importante ficar atento? Uma das esposas atendidas pelo médico diz: “Depois de alguns anos de casada, você pode parar de dar valor ao seu cônjuge. Em vez de perceber o que ele faz de bom, pode ser que você se concentre no que ele deixa de fazer”, e infelizmente isso é muito comum, apenas concentrando-se nas falhas e defeitos dos seres humanos. É hora de vocês se perguntarem: será que estou deixando de dar valor ao que o meu cônjuge faz? Por exemplo, se o seu marido conserta ou faz alguma coisa na casa, você agradece? Ou pensa que isso não é nada mais que a obrigação dele? Marido, você elogia sua esposa pelos esforços dela (não que isso seja apenas obrigação delas – não sejamos o homem arcaico) no cuidar da casa, da alimentação, de lavar e passar roupas e em criar os filhos? Ou acha que ela está fazendo apenas o dever dela? Esposos e esposas, o que acham de ter como meta ficar atentos e dar valor a cada coisa que seu cônjuge faz, por menor que seja, para você e sua família? O apostolo São Paulo nos fala: “Amai-vos mutuamente com afeição terna e fraternal. Adiantai-vos em honrar uns aos outros.” (Rom 12,10) Sempre elogie seu cônjuge. A palavra de Deus através de São Paulo vai além de dizer que devemos ser gratos. Ele diz: “Triunfe em vossos corações a paz de Cristo, para a qual fostes chamados a fim de formar um único corpo. E sede agradecidos.” (Col 3,15) Por isso, tente criar o hábito de agradecer ao seu cônjuge pelo que ele faz. Um dos maridos disse: “Quando minha esposa valoriza o que eu faço, isso me incentiva a ser um marido melhor e a fazer ainda mais pelo nosso casamento.” É isso que São Paulo nos disse “Que as vossas conversas sejam sempre amáveis, temperadas com sal, e sabei responder a cada um devidamente.” (Col 4,6) Maridos e esposas que dão valor um ao outro, e mostram isso por palavras e ações, e tem Deus no coração, têm um relacionamento mais forte. Muitos casamentos seriam salvos se esposos e esposas se concentrassem nas qualidades um do outro. O casal quando reza junto ajuda a fortalecer o relacionamento. Ao enfrentar problemas, eles não pensariam em acabar com o casamento. Eles se lembrariam de que têm ao seu lado uma pessoa com muitas qualidades, e um Deus misericordioso. (Fontes de adaptação e referência: Revista Mensageiro do Coração de Jesus; w2.vatican.va; www.popesprayer.net; www.apostoladodaoracao.pt; www.jw.org; pt.aleteia.org/; www.portalcarismatico.com.br; Exortação Apostólica PósSinodal - Amoris Lætitia - Alegria do Amor nr. 321 e ss)

Jesus, manso e humilde de Coração, faça o nosso Coração semelhante ao Vosso. Amém!


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