Informativo do Apostolado da Oração Maio-17 Paróquia N S Auxiliadora Rito Católico Ucraniano

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Intenção pela Evangelização – África Pelos cristãos na África, para que dêem um testemunho profético de reconciliação, de justiça e de paz, à imagem de Jesus Misericordioso. O Papa Francisco não se esquece daqueles que mesmo em condições adversas tem o desejo de levar Jesus aos outros, por isso neste mês de maio/17, nos propõe que rezemos pelos cristãos na África. Acolhamos este pedimos de oração do Papa Francisco e nos unamos à Rede Mundial de Oração do Papa – Apostolado da Oração – rezando por todos àqueles que na África desejam dar a conhecer da vida de Cristo através da misericórdia para com os irmãos daquele continente. Em novembro/15 o Papa Francisco visitou vários países africanos. Na sua homilia durante a cerimônia de abertura da Porta Santa na Catedral de Bangui (capital da República Centro Africana) falou: “os agentes de evangelização devem ser, antes de mais nada, artesãos do perdão, especialistas da reconciliação e peritos da misericórdia. É assim que podemos ajudar nossos irmãos e irmãs passar à outra margem, revelando-lhes a origem de nossa força, da nossa esperança e da nossa alegria que tem fonte em Deus, porque estão fundamentadas na certeza de que Ele está conosco no barco. Como fez com os apóstolos durante a multiplicação dos pães, é a nós que o Senhor confia os Seus Dons, para irmos distribuí-los por todos os lados, proclamando a sua palavra que garante ‘... Eis que virão dias... em que estabelecerei com a casa de Israel e com a casa de Judá uma aliança nova’ (Hb 8,8).” São muitos os países africanos onde o sofrimento é visível, seja devido à guerra, à pobreza extrema ou à falta de assistência médica. O Papa nos recorda que os pobres são os privilegiados do Evangelho, e que apesar de nestas condições de sofrimento ser difícil de perdoar, é este perdão que permite a evangelização. Peçamos ao Senhor que se faça presente na vida destes cristãos e lhes dê coragem e força, para se tornarem artesãos da reconciliação e paz. Todos nós somos responsáveis por todos, rezar pelos cristãos na África é sinal que estes irmãos e irmãs não estão longe do nosso coração. Peçamos ao Senhor, que ilumine com seu Espírito Santo os momentos em que a reconciliação é mais difícil nos países africanos, que nos corações fragilizados pela maldade se faça presente o Senhor crucificado pedindo perdão por àqueles que o crucificaram. Além da intenção deste mês, perguntemos ao Nosso Senhor Jesus Cristo: como podemos aproximar nosso coração daqueles que mais precisar de nós?


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Anunciar hoje o Evangelho da família As famílias cristãs são, pela graça do sacramento do matrimônio, os sujeitos principais da pastoral familiar, sobretudo oferecendo o testemunho jubiloso dos cônjuges e das famílias, igrejas domésticas. Para isso é preciso fazer-lhes experimentar que o Evangelho da família é alegria que enche o coração e a vida inteira, porque, em Cristo, somos libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Como igreja e à luz da parábola do semeador (Mt 13, 3-9), a nossa tarefa consiste em cooperar na semeadura: o resto é obra de Deus. É com humilde compreensão que a igreja quer chegar às famílias, com o desejo de acompanhar todas e cada uma delas a fim de que descubram a melhor saída para superar as dificuldades que encontram no seu caminho. Não basta a Igreja apenas se preocupar; para que as famílias possam ser sujeitos cada vez mais ativos da pastoral familiar, requer-se um esforço evangelizador e catequético dirigido à família que a encaminhe nesta direção. Por isso exige-se de toda a Igreja uma conversão missionária: é preciso não se contentar com um anúncio puramente teórico e desligado dos problemas reais das pessoas. A pastoral familiar deve fazer experimentar que o Evangelho da família é resposta às expectativas mais profundas da pessoa humana: a sua dignidade e plena realização na reciprocidade, na comunhão e na fecundidade. Não se trata apenas de apresentar uma normativa, mas de propor valores, correspondendo à necessidade deles. Há necessidade de uma evangelização que denuncie, sem assombros, as condicionantes culturais, sociais, políticos e econômicos, bem como o espaço excessivo dado à lógica do mercado, que impedem uma vida familiar autêntica, gerando discriminação, pobreza, exclusão e violência. Para isso, temos que encorajar e apoiar os leigos que se comprometem, como cristãos, na propagação do evangelho às famílias. A principal contribuição para a pastoral familiar deve ser oferecida pela paróquia, que é uma família de famílias – uma Paróquia Viva - onde se harmonizam os movimentos e associações eclesiais. Com uma pastoral especificamente voltada para as famílias, exige-se a necessidade de uma formação mais adequada dos presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas, catequistas e restantes agentes pastorais. Nas respostas às perguntas encaminhadas aos Bispos em todo o mundo, ressaltou-se que os ministros ordenados carecem, habitualmente, de formação adequada para tratar dos complexos problemas atuais das famílias; para isso, pode ser útil também a experiência da longa tradição oriental dos sacerdotes casados. Os seminaristas deveriam ter acesso a uma formação interdisciplinar mais ampla sobre namoro e matrimônio, não se limitando à doutrina. Além disso, a formação nem sempre lhes permite desenvolver o seu mundo psico-afetivo. Alguns carregam, na sua vida, a experiência da sua própria família ferida, com a ausência de pais e instabilidade emocional. É preciso garantir um amadurecimento, durante a formação, para que os futuros ministros possuam o equilíbrio psíquico que a sua missão lhes exige. Os laços


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familiares são fundamentais para fortificar a auto-estima sadia dos seminaristas. Por isso, é importante que as famílias acompanhem todo o processo do Seminário e do sacerdócio, pois ajudam a revigorá-lo de forma realista. Neste sentido, é salutar a combinação de tempos de vida no Seminário com outros de vida em paróquias, que permitam tomar maior contato com a realidade concreta das famílias. De fato, ao longo da sua vida pastoral, o sacerdote encontra-se sobretudo com famílias. A presença dos leigos e das famílias, particularmente a presença feminina, na formação sacerdotal, favorece o apreço pela variedade e complementaridade das diferentes vocações na Igreja.

Discussão entre casais – como pedir desculpas Um casal acaba de ter uma discussão. Você pensa: “Não sou eu que preciso pedir desculpas. Não fui eu que comecei!” Mesmo com o fim da discussão, o clima tenso continua. Você até pensa que deve pedir desculpas, só que não consegue dizer as simples palavras “me desculpe”. Mas por que o pedido de desculpas não acontece? Na maioria das vezes é por causa do orgulho. Algumas pessoas até admitem que muitas vezes, acham difícil pedir desculpas porque o orgulho atrapalha. Ser orgulhoso demais pode fazer com que você fique com vergonha de admitir sua parte da culpa. Cada um dos conjuges tem ponto de vista diferente. Talvez você ache que só é necessário pedir desculpas quando a culpa é sua. Com certeza você já pensou: quando eu sei que a culpa é toda minha, é fácil dizer ‘me desculpe’. Mas, quando nós dois falamos coisas de que nos arrependemos, é difícil dizer isso. Por que sou eu que tenho que pedir desculpas se nós dois erramos? Quando você acha que a outra pessoa é totalmente culpada pelo que aconteceu, pode ser que você tenha ainda mais certeza de que não precisa se desculpar. Se você acredita sinceramente que não fez nada de errado, talvez se recuse a pedir desculpas para provar que é inocente. O modo de criação familiar também influencia. Talvez você tenha sido criado numa família em que pedir desculpas era algo muito raro. Nesse caso, pode ser que não tenha aprendido a admitir seus erros. Quem não criou esse hábito quando era criança, talvez não tenha o costume de pedir desculpas quando adulto. Mas o que podemos fazer? Pedir desculpas pode apagar as chamas de uma discussão que muitas vezes acaba em separação e com a destruição da família. Concentre-se na outra pessoa. Tente pensar numa ocasião em que alguém lhe pediu desculpas e em como isso fez bem a você. O que acha de fazer isso por seu conjuge? Mesmo que você acredite que não está errado, você pode pedir desculpas por tê-lo magoado ou pelo que causou sem querer. Suas palavras podem ajudá-lo a superar a mágoa. São Lucas nos lembra: “O que quereis que os homens vos façam, fazei-o também a eles” (Lc 6,31).


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Concentre-se no seu casamento. Considere pedir desculpas, não como uma derrota pessoal, mas como uma vitória para seu casamento. Afinal, quem continua ofendido “...é pior que uma cidade forte; as questões entre irmãos são como os ferrolhos de uma cidadela” (Pv 18,19). Se os dois estão na defensiva, é difícil, quase impossível, restabelecer a paz. Por outro lado, ao pedir desculpas, você evita que o problema se torne uma barreira para a paz. Dessa forma, estará colocando seu casamento acima de seus próprios interesses, como nos ensina o apostolo Paulo: “que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos" (Fl 2,3). Peça desculpas logo. A verdade é que pedir desculpas pode ser difícil se a culpa não for totalmente sua. Mas os erros de seu conjuge não justificam que você o trate mal. Por isso, não hesite em pedir desculpas, achando que é melhor deixar o tempo resolver o problema. Se você pedir perdão, vai ser mais fácil para seu conjuge fazer isso também. E quanto mais vezes você pedir desculpas, mais fácil isso vai ser para você. São Mateus nos orienta que “entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão” (Mt 5,25). Seja sincero. Justificar seu comportamento não é o mesmo que pedir desculpas. E dizer, talvez com tom de sarcasmo, “me desculpe, mas não sabia que você ia ficar tão sensível por causa disso” com certeza não é um pedido de desculpas! Assuma a responsabilidade por suas ações e reconheça os sentimentos de sua esposa, não importa se você concorda ou não com a reação dela. Seja realista. Admita humildemente que você vai cometer erros. Afinal, todo mundo erra. Mesmo que você ache que não tem nenhuma culpa, reconheça que sua versão do que aconteceu provavelmente não é a história toda. “Quem advoga sua causa, por primeiro, parece ter razão; sobrevém a parte adversa, que examina a fundo” (Pv 18:17). Você estará mais disposto a pedir desculpas se tiver um conceito realista de si mesmo e de suas falhas. Lembre-se: - um simples pedido de desculpas pode fazer toda a diferença no casamento: em vez de os problemas persistirem e causarem tensão, eles serão apenas pequenos buracos na estrada. Pedir desculpas é uma oportunidade de provar o amor que sentem um pelo outro; - o objetivo de pedir desculpas é restaurar a paz e a felicidade. Não é para ver quem está certo ou errado. Se seu cônjuge está magoado, faça tudo que puder para que ele ou ela se sinta melhor; - afinal de contas, você deseja ser feliz ou estar com a razão? (Fontes de adaptação e referência: Revista Mensageiro do Coração de Jesus; w2.vatican.va; www.popesprayer.net; www.apostoladodaoracao.pt; www.jw.org;Exortação Apostólica Pós-Sinodal - Amoris Lætitia - Alegria do Amor nr. 200 e ss)

Jesus, manso e humilde de Coração, faça o nosso Coração semelhante ao Vosso. Amém!


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