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Viajar de motocicleta: hobby ou paixão?
O que faz com que algumas pessoas se aventurem em viagens de motocicleta mesmo sabendo dos riscos e perigos do motociclismo, hobby ou paixão?
Fazer parte do cenário e não só estar passando por ele, indescritível sensação de liberdade, a visão sem janelas, sentir os cheiros, a temperatura, o vento, poder sair fora do caminho, interagir e fazer conexão com outras culturas, explorar e descobrir lugares incomuns, pilotar a moto por si só.
Hobby ou paixão?, não importa, as recompensas superam os riscos.
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JORNADA AO FIM DO MUNDO
Ushuaia, cidade argentina conhecida como a mais austral do mundo, foi o destino escolhido para nossa viagem.
Num roteiro limitado a 15 dias, iniciando em Temuco no Chile, percorreríamos 6.500 km da Patagônia no sul do Chile e Argentina.
No Chile, pela Carretera Austral, iríamos cruzar diversos parques nacionais, viajando entre montanhas, vulcões, geleiras, fiordes, rios, florestas e lagos, numa região tida como uma das mais cênicas do mundo.
Do Chile cruzaríamos a Cordilheira dos Andes para a Argentina e seguindo pela Ruta 40 continuaríamos indo
na direção sul, até Ushuaia.
Na mítica Ruta 40, paralela à Cordilheira dos Andes, percorreríamos a Patagônia argentina passando pelo Parque Nacional Los Glaciares.
No final da Ruta 40, após atravessar o Estreito de Magalhães, entraríamos na Terra do Fogo, em pouco mais de 450km chegaríamos a Ushuaia. O retorno de Ushuaia a Temuco, seria quase todo pela Ruta 40 na Argentina, passando agora pelo Parque Nacional Los Alerces e pela Ruta de los Siete Lagos
Um roteiro com todos os ingredientes para uma aventura inesquecível.
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TEMUCO A HORNOPIRÉN
Iniciamos a viagem de São Paulo, Brasil, para Temuco no Chile via aérea, onde pegamos as motos que havíamos alugado.
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Nesse primeiro dia, percorremos cerca de 500km, até Hornopirén.
De Temuco até Puerto Montt, foram 400 km pela auto estrada Ruta CH5, sem grandes atrativos além de poder acelerar nossas motos KTM 1190 ADV. Abusamos da potencia dessas excelentes motos, acelerando e nos divertindo nessa excelente auto estrada.
Depois de três horas de viagem, próximos a Frutillar , começou a chover. Aproveitamos e fizemos uma parada para almoço nessa linda cidade, em restaurante que já conhecíamos de viagem anterior.
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Chegamos em Puerto Montt onde chegamos a tão esperada Carretera Austral.
Em pouco mais de 50 km, tivemos nossa primeira travessia de balsa em Caleta La Arena, e depois nosso primeiro trecho em ripio até Hornopirén, onde pernoitamos.
Logo cedo fomos até agencia da KTM em Temuco, onde tivemos o primeiro contato com as companheiras de viagem : as motocicletas
KTM 1190 ADV.
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A aventura rumo ao Fin del Mundo estava começando.
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Motos liberadas, seguimos de volta ao hotel para carregar nossas bagagens e iniciar nossa tão esperada aventura.
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Já passava das 11h quando deixamos Temuco pela excelente auto estrada Ruta 5, em direção sul para Puerto Montt.
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Alguns quilômetros depois de Temuco, ultrapassamos uma moto com um casal, e nos chamou atenção uma bandeira do Brasil pendurada na moto, com certeza brasileiros se aventurando pelo Chile .
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O tempo ensolarado mudou bruscamente e caiu uma forte chuva. Resolvemos parar e almoçar em Frutillar, uma cidade colonizada por alemães, as margens do Lago Llanquihue.
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Frutillar uma linda cidade que já era nossa conhecida de viagem anterior ao Chile.
Almoçamos em restaurante em frente ao lago Llanquihue, pena que a chuva e neblina encobriam a beleza do lugar.
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A chuva parou e seguimos para Puerto Montt. Em Puerto Montt esta o início da Carretera Austral, que termina na Villa O´Higgins a 1240km. Passando por regiões de natureza intocada entre montanhas, geleiras, fiordes, rios, florestas e lagos, é tida como uma das rodovias mais cênicas do mundo.
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Sentado frente al Mar ou Estatua de los Enamorados, obra do escultor chileno Robinson Barría, com seis metros de altura se destaca na avenida Costanera de Puerto Montt.
Inaugurada em 2002 e mesmo sob muita controvérsia, devido à sua fisionomia e estética não convencional, acabou por se tornar um ícone turístico e se tornando em símbolo da cidade de Puerto Mont.
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Primeiro quilômetros na Carretera Austral. Trecho costeiro de 50km passando por vários povoados até Caleta La Arena, primeiro fiorde que iriamos atravessar de balsa.
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A Carretera Austral e contorna a baia que Seno de Reloncavi, banhando a região de Puerto Montt, e pequenos povoados.
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Chegamos a Caleta La Arena, onde embarcamos em balsa para atravessar o fiorde do Estuário Reloncavi. Navegando cerca de 30 minutos chegamos a Caleta Puelche, de onde seguimos para num estrada de cascalho até Hornopirén.
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A vista das montanhas que margeavam o Estuário Reloncavi já nos dava a primeira mostra da beleza da região.
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Finalmente primeiro trecho da Carretera Astral em cascalho.
Desembarcamos em Caleta Puelche e seguimos por cerca de 50 km até Hornopirén em estrada de cascalho.
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Embora pequeno, esse trecho de 50km da Carretera Austral era suficiente para todos se sentirem entusiasmados e felizes por estar percorrendo essa icônica estrada.
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Parecia um sonho, estávamos nos divertindo pilotando nossas motos pela espetacular Carretera Austral.
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O sol já se punha quando chegamos à pequena cidade de Hornopirén. Logo nos instalamos em um charmoso e aconchegante hotel todo construído em madeira.
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Hornopirén a Coihaique
Trecho de quase 600 km todo percorrido pela Carretera Austral. Planejado a ser feito em dois dias, cruzando fiordes em balsas, estradas de cascalho entre montanhas e parques nacionais de natureza intocada.
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O plano era chegarmos no segundo dia em Coihaique, mas devido a obras na estrada perdemos mais de 5 horas , e com isso tivemos que pernoitar em Villa Mañihuales.
Na estação embarque da balsa em Hornopirén, encontramos 4 motociclistas, um casal de brasileiros, Roger e Rose, que também estavam indo para Ushuaia de moto dois chilenos, Jorge e Victor que estavam indo até Coihaique.
Logo conversamos sobre nossos planos de viagem e acabamos seguindo juntos até Coihaique.
Agora em cinco motocicletas, a viagem ficou ainda mais divertida.
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Amanhecer no pequeno vilarejo de Hornopirén. Como a balsa que teríamos que tomar somente zarparia as 10:30h, tivemos tempo para um preguiçoso café da manhã.
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Na estação de embarque da balsa que nos levaria através do fiorde Comau até Leptepu, conhecemos mais três motociclistas.
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Uma era do casal , Roger e Rose, que havíamos ultrapassado na Ruta 5 entre Temuco e Puerto Montt e que também estavam indo para Ushuaia.
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As outras duas motos, eram de dois chilenos, Jorge Cortes e Victor Naranjo, que estavam indo até Coihaique.
Todos muitos simpáticos e no bate papo combinamos de seguir viagem até os destinos de cada um..
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Embarcando as motos em Hornopirén
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Deixando Hornopiren, rumo a Leptepu, uma viagem de 4 horas navegando pelo fiorde Comau entre montanhas, num cenário espetacular.
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Navegando pelo Fiorde Comau , beleza única por todos os lados
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Embora houvessem confortáveis instalações dentro da balsa, os turistas se acomodavam no deck superior para desfrutar de vistas deslumbrantes.
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Em alguns trechos vimos “fazendas de salmão”. Os salmões são criados em “currais” feitos de telas que os mantem confinados no lago.
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Telas resistentes são instaladas ao redor desses currais para proteger os salmões dos ataques de lobos marinhos.
Existem movimentos de ambientalistas, contra a essa atividade que estaria contaminando o meio ambiente.
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Após navegarmos por cerca de 4 horas pelo fiorde Comau, desembarcamos em Leptepu, e seguimos pela Carretera Austral em ripio.
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Carretera Austral entre Leptepu e Fiordo Largo.
A floresta nativa parecia intocada, e samambaias gigantes se destacavam na beira da estrada.
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Em pouco mais de 10km terminou nossa diversão pela Carretera Austral até Fiordo Largo, onde embarcamos em outra balsa para Caleta Gonzalo.
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Embarque na balsa em Fiordo Largo.
Tomamos nossa terceira balsa que nos levaria num trecho de 10 km pelo Fiorde
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Reñihue até Caleta Gonzalo
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Desembarque na Caleta
Gonzalo.
Percorreríamos cerca de 60 km pela Carretera
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Austral, em trecho de cascalho até El Chaltén.
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Uma grande placa em madeira ao lado da pista nos chamou atenção e paramos para ver do que se tratava.
Era a entrada para uma trilha chamada Pasarela de Alerces.
Na placa um explicação detalhada do Alerce.
Uma árvore conífera da mesma família das sequoias gigantes.
Pode atingir até 45 metros de altura, e mais de 3000 mil anos.
Atualmente sua exploração é proibida, tendo sido o Parque Nacional Los Alerces declarado pela UNESCO como Patrimônio Mundial.
Esta presente em uma pequena área do Chile e Argentina, e uma espécie com mais de 5000 mil anos foi descoberta no Parque Nacional Alerce Costero, no sul do Chile.
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Essa trilha esta dentro do famoso Parque Nacional Pumalin, que foi criado pelo magnata americano Douglas Tompkins. Com recursos próprios, ele comprou mais de 300 mil hectares que posteriormente foram doados ao governo chileno, com o compromisso de mantê-lo como um parque nacional protegido como santuário da natureza.
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Uma passarela feita de madeira entrava pela floresta onde os alerces podiam ser vistos.
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Seguimos por ela até encontrar uma ponte pênsil sobre um riacho, mas que estava com avisos de perigo, por problemas na ponte.
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Mesmo com os avisos de interdição da passarela, nos arriscamos para fotos nessa natureza intocada no Parque Pumalin
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Riacho Gonzalo, dentro do Parque Pumalin. Matamos a sede e nos refrescamos tomando dessa agua deliciosa cristalina de e espetacularmente fresca
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Lago Rio Negro. Com natureza exuberante, entre lagos e montanhas, uma região de uma beleza espetacular.
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Vulcão Michimahuida, com 2450 m, teve sua última erupção em 1835.
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Carretera Austral, trecho em cascalho próximo a Chaitén.
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Vulcão Chaitén, ao lado da Carretera Austral. A natureza voltava aos poucos nas áreas destruídas pela grande erupção de 2008.
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Michael se aventurou indo com a moto no caminho das lavas.
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Ponte sobre o rio Rayas, ainda repleto de destroços da floresta destruída e arrastada rio abaixo pelas lavas do vulcão Chaitén
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As margens e o leito do Rio Rayas ainda com as marcas da erupção do Chaitén. Mesmo após tantos anos o cenário era aterrador.
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Chegamos a Chaitén ao final de um dia espetacular. Roger e Rose já tinham hospedagem reservada, enquanto Jorge e Victor foram acampar nas proximidades.
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Eu e Michael terminamos nosso dia num hotel com nome peculiar:
“ Mi Casa”, Minha Casa.
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Localizado numa parte alta da cidade, de onde tínhamos uma bela vista da baia de Chaitén ao por do sol.
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Vulcão Corcovado visto de Chaitén ao amanhecer. A cidade foi duramente atingida pela erupção do vulcão Chaitén em 2008, que foi evacuada na época.
Muitos habitantes não retornaram e casas abandonadas ainda podem ser encontradas na cidade.
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Casas abandonadas de habitantes que foram evacuados da cidade durante erupção do vulcão Chaitén e que não retornaram mais.
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As praias de Chaitén ainda tomadas pelas lavas e cinzas do vulcão.
Saindo de Chaitén em direção a Coyhaique a Carretera Austral é asfaltada, cortando um vale entre montanhas com cumes nevados e com campos e florestas muito verdes.
Uma típica cerca feita de galhos de arvores entrelaçados nos acompanhou por um trecho da estrada, num cenário de tirar o folego.
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Cerca feita de galhos de árvores trançados , quantas árvores teriam sido derrubadas?.
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No companheira de viagem, participando daquela pintura feita pela natureza.
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Entrada do Parque Pumalin setor El Amarillo, onde existem áreas de camping e trilhas entre montanhas e rios. Infelizmente não tínhamos tempo para explorar essa parte do parque.
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Michael na ânsia de continuar pela estrada de rípio seguiu para a Entrada do Parque Pumalin setor El Amarillo, ao invés de seguir pela Carretera Austral.
Mas logo percebeu o engano e retornou para a rota correta.
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Ponte sobre o Rio Yelcho, entre Chaitén e La Junta. Suas aguas azul turquesa são de beleza hipnotizante.
A ponte esta localizada na confluência do Rio Frio com o Rio Yelcho.
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O rio Yelcho é formado pelas aguas glaciares do lago de mesmo nome.
O colorido das aguas entre montanhas nevadas formavam um cenário deslumbrante.
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Primeira placa da Carretera Austral, mereceu parada especial para registrar nossa aventura por ela. .
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Faltando alguns quilômetros para chegar a La Junta, a estrada voltou a ser de rípio. Nossos amigos Jorge e Victor tinham se juntado a nó, logo após a ponte sobre o Rio Yelcho, onde haviam acampado na noite anterior.
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Rio Palena, um importante rio com mais de 240km compartilhado por Chile e Argentina, formado pelo drenagem do lago de mesmo nome. Atravessa a patagônia chilena desaguando no Oceano Pacífico. A suas aguas verde-esmeralda iluminavam seu caminho.
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Ponte pênsil sobre Rio Palena
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A vontade era explorar mais o local, mas seguimos viagem, tínhamos ainda mais de 300 km até Coihaique onde pretendíamos pernoitar.
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A cada curva um espetáculo se abria diante de nós.
As paradas para contemplação e fotos eram constantes.
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Chegamos ao vilarejo La Junta por volta das 14:30h.
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Abastecemos as motos e fomos procurar um restaurante para almoçarmos, mas já estavam todos fechados.
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Uma senhora do restaurante El Gauchito, depois de insistirmos, acho que teve pena de nós, e se dispôs em fazer algo para comermos.
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Estávamos famintos, enquanto a comida não chegava os pães que haviam sobrado de outros clientes na mesa ao nosso lado, viraram “cordeiro assado” na nossa mesa.. A comida preparada pela bondosa senhora, estava espetacularmente deliciosa: ovos fritos, arroz, batatas fritas e bife.
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Logo após o almoço, seguimos viagem apressados, pois ainda tínhamos quase 300km até Coihaique e já passava das 15:00h.
Mas nossa pressa terminou logo, 30 km depois de La junta a estrada estava bloqueada para obras.
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Sem ter alternativas, ficamos aguardando a liberação que estava prevista para 17:30h.
Michael conseguiu dormir sobre o colchão de pedras fazendo inveja a nós que aguardamos impacientes pela liberação da estrada.
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Após três horas de espera a estrada foi aberta, com uma fila enorme de veículos acumulada atrás de nós.
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O trecho em obras estava bastante precário, com lama e pedras soltas por todo lado.
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Num trecho de muita lama, nosso amigo Victor saiu do trilho formado pelos veículos, e acabou caindo.
Felizmente não se machucou e a moto também não teve danos sérios.
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Puyuhuapi, vilarejo as margens do fiorde de mesmo nome. Dentro do Parque Queulat, esse vilarejo é destino turístico por suas aguas termais.
Jorge e Victor, decidiram pernoitar aqui, enquanto Roger e Rose seguiram com a gente, íamos tentar chegar até Coihaique.
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Puyuhuapi, famosa por suas termas, um lugar que merecia uns dois dias para conhecer suas atrações.
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Bosque Encantado: a paisagem mudou de repente, para montanhas muito íngremes com cumes cobertos de neve.
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Dizer Encantada não é exagero, a floresta encantada localizada no Parque Nacional Queulat tem paisagens surreais, florestas verdejantes, árvores retorcidas cobertas por camadas de outras plantas e trepadeiras cobertas de musgo e que formam um cenário sombrio e mágico.
Pena que não tínhamos tempo para explorar mais essa região.
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Já passava das 20h e ainda tínhamos mais de uma hora até Coihaique, decidimos então dormir em Mañihuales, um pequeno vilarejo ao lado da Carretera Austral. Pelo horário não se via uma viva alma nas ruas.
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Por fim conseguimos achar uma pousada, onde uma senhora nos atendeu.
A água do chuveiro não aquecia e nós mesmos tivemos que resolver o problema, a dona da pousada, depois de nos dar as chaves dos quartos desapareceu.
Chile Chico
Villa Mañihuales a El Calafate
Nesta etapa deixamos a Carretera Austral e atravessamos a Cordilheira dos Andes no Passo Palavicini para a Argentina.
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Seguimos pela icônica Ruta 40, na Patagônia Argentina. Num cenário totalmente distinto daquele havíamos visto no lado chile da cordilheira, agora as longas reta e a vegetação rasteira típica eram predominantes no horizonte.
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Alguns vilarejos as margens da estrada quebravam a monotonia dos longos trechos numa região bastante erma.
Mas o que nos esperava em El Calafate fazia valer a pena passar por essa região: O Glaciar Perito Moreno, considerado um dos mais fascinantes do mundo.
Percorremos quase 1000km em três dias até El Calafate.
A noite encontramos Roger e Rose que tinham ido até Chile Chico, para ver as famosas catedrais de mármore no lago Coronel Carrera, antes de atravessar para a Argentina.
Tres LagosAmanheceu um lindo dia em Mañihuales. Deixamos a Pousada logo cedo e nada de ver a senhora que havia nos atendido.
Tomamos café da manhã no posto em frente, onde na noite anterior ao parar sua moto Roger perdeu equilíbrio e acabou derrubando o Wilson que estava ao seu lado.
Seguimos direção sul, pela Carretera Austral em direção a Coihaique.
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Depois de uma noite muito fria, amanheceu um céu azul ensolarado que prometia um lindo dia.
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As motos pousaram no quintal da pousada, logo cedo nos aprontamos para seguir viagem.
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Carretera Austral logo após Villa Mañihuales, era asfaltada, seguindo um vale entre montanhas.
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Coihaique, vista da Carretera Austral, onde tínhamos planejado pernoitar no dia anterior.
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Cruzamos a cidade de Coihaique, e continuamos na Carretera Austral, sentido sul para Villa Cerro Castillo.
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Seguíamos pela Carretera Austral, quando de repente uma cancela de pare, impedindo a passagem dos veículos.
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Não entendemos o que estava acontecendo, pois deveríamos estar seguindo para Villa Castillo.
Mas na realidade num entroncamento tínhamos pego a Ruta245 em direção ao Paso Huemules na fronteira com Argentina.
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Ventava muito forte e somente dentro da aduana conseguirmos consultar o mapa e entender nosso erro.
Voltamos os 20km que tínhamos percorrido fora de nossa rota e seguimos pela Carretera Austral rumo a Villa Cerro Castillo.
Após retornarmos para a Carretera Austral, ela continuava asfaltada, e agora cortava uma região de montanhas mais altas, algumas com cumes nevados.
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De repente surgiu uma formação rochosa muito alta de montanhas negras recoberta de neve, era o majestoso Cerro Castilho. Ao lado havia um mirador onde paramos para admirar aquele cenário único.
Do mirador, se via todo o vale, com a Carretera Austral serpenteando morro abaixo no trecho chamada de Cuesta del Diablo.
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Depois de muitas fotos e vídeos e apreciando esse local espetacular seguimos viagem com nossos amigos Roger e Rose.
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Tínhamos ainda muitos quilômetros pela frente até nossos destinos daquele dia.
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Ziguezagueando pela Cuesta del Diablo, sob as mais lindas vistas das montanhas do Cerro Castilho.
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Sensação indescritível acelerar nossas motos pelas curvas, nesse cenário.
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Sem palavras para descrever as sensações de pilotar as motos aqui
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Almoçamos em Villa Cerro Castillo, e depois de alguns quilômetros, nos separamos de Roger e Rose.
Eles seguiram pela Carretera Austral até Chile Chico, enquanto eu e Michael tomamos a estrada vicinal X-723 em direção ao Paso Puerto Ing. Ibañes, onde iriamos para a Argentina.
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A estrada X-723 que tomamos após Villa Cerro Castilho era bem precária, parecia mais com uma trilha do que estrada vicinal. Tivemos até que confirmar com os poucos veículos que cruzamos, se era mesmo o caminho correto para Puerto Ing. Ibañes.
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Por sorte estava correto, tratamos então de nos divertir.
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Atenção no entroncamento Rodovia provincial X723 com X735 para não nos desviarmos de nossa rota .
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Ponte sobre o Rio Claro, que corria rápido por entre pedras e que passou a seguir ao lado da estrada por alguns quilômetros.
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Alguns quilômetros após a ponte sobre o Rio Claro, nos deparamos com uma cena impactante.
Chegamos ao Rio Ibañez, que jorrava de forma violenta em uma queda d´agua impressionante.
Estávamos cruzando o famoso Salto del rio Ibañez.
A violência e velocidade com que as aguas corriam por entre as pedras era impressionante.
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O barulho e a velocidade das aguas era ao mesmo tempo assustador e espetacular.
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Estávamos saindo do Salto Rio Ibañes, quando chegou um ônibus cheio de turistas.
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Um lugar que realmente vale a pena ser visto.
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Poucos quilômetros depois do Salto del Rio Ibañes, chegamos ao pequeno vilarejo Puerto Ing. Ibañes.
Muito tranquilo, as margens do Lago General Carrera.
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A travessia do Chile para a Argentina se dá pelo Paso Palavicini.
Depois de liberados pela Aduana Chilena, seguimos viagem rumo a fronteira da Argentina.
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Tínhamos ainda mais de 100 km até Perito Moreno, e já passava das 18:00h.
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Após Puerto Ing. Ibañes, a rodovia passou a ser a X065, que seguiu até a fronteira com a Argentina. Ainda em rípio mas em boas condições.
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Lago General Carrera ao lado da Rodovia X-065. Localizado na fronteira entre Chile e Argentina, é chamado de Lago Buenos Aires pelos argentinos e General Carrera pelos chilenos.
O azul turquesa de suas aguas coloria de forma espetacular aquela paisagem.
É considerado o segundo maior lago da América do Sul, menor apenas que o Titicaca.
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Após Paso Ing. Palavicini, já na Argentina, a estrada passou a ser a Ruta Provincial RP45, também em rípio numa região bem erma.
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Os guanacos cruzando a estrada eram nossa distração.
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Faltando uns 50 km para chegarmos a Perito Moreno, a estrada estava em obras, e uma camada espessa e fofa de cascalho havia sido espalhada sobre ela.
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Ficou bem difícil a condução das motos, nos atrasando muito.
Chegamos a Perito Moreno já era noite.
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Perito Moreno, uma pequena cidade muito tranquila, amanheceu ensolarada.
O objetivo do dia era chegarmos o mais próximo possível de El Calafate, distante cerca de 650 km.
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Embora ensolarado o dia estava bastante frio, com sensação térmica acentuada pelos fortes ventos.
Essa região erma da patagônia argentina com vegetação rasteira é bastante monótona. Era raro cruzarmos com algum veículo.
A distração ficava por conta dos guanacos que vez ou outra apareciam nas margens da estrada.
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Parada para almoço em Gobernador Gregores e um rápido giro pela pequena cidade, que acabou nos levando a tomar por engano a Ruta 25 ao invés da Ruta 40. Mas Michael logo percebeu o erro e voltamos para nossa rota correta.
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Poucos quilómetros depois de Gobernador Gregores, terminou o asfalto e voltamos a trecho de rípio.
Esse trecho, até a cidade de Tres Lagos é conhecido pelos argentinos como “Los 72 Malditos de la 40”. Isso porque, os próximos 72 km, ficam praticamente intransitáveis durante período de chuvas.
Para nossa sorte estava totalmente seco em boas condições.
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Já anoitecia quando chegamos a um povoado chamado Tres Lagos.
A única pousada que encontramos estava ainda em construção mas os proprietários, um simpático casal de Buenos Aires, nos acolheu, com quarto improvisado.
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No dia seguinte fomos tomar café no posto de combustível e tivemos um má noticia. Não tinha mais combustível.
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Conversando com a dona do posto, explicamos nossa situação e ela gentilmente conseguiu 5 litros de gasolina para cada moto, o que era suficiente para chegarmos a El Chaltén.
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Ainda no posto, encontramos um casal de britânicos que estavam viajando pela Patagônia com van alugada no Chile, com pintura chamativa.
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Antes de chegarmos a El Calafate, tomamos um desvio na Ruta Provincial 23 para El Chaltén, de onde é possível se ver o Monte Fitz Roy.
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A rodovia seguia por vários quilômetros contornando o Lago Viedma, de aguas esverdeadas e com mais de 80km de extensão. Mesmo com o tempo nublado e com chuvas em alguns trechos a vista era espetacular.
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A pequena e charmosa El Chaltén, entre montanhas sendo o mais famoso o monte Fitz Roy, que devido a forte neblina não estava visível.
Procuramos um posto de combustível para abastecer nossas motos.
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Para nossa surpresa o posto estava instalado em contêineres e por sorte havia combustível.
Voltamos para a Ruta 40 e retomamos para direção de El Calafate.
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Alguns quilómetros antes de chegarmos a El Calafate, a Ruta 40 passava ao lado do Lago Argentino.
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Formado por degelo glaciar, sua aguas de azulturquesa iluminavam a árida patagônia.
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Chegamos a El Calafate por volta das 14:00h a tempo de encontrarmos um hotel e tomarmos uma merecida cerveja local, antes de seguirmos para ver o tão esperado Glaciar Perito Moreno que fica a 70 km de distancia.
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Glaciar Perito Moreno, um espetáculo único e grandioso da natureza. Dentro do Parque Nacional Los Glaciares, onde existem outros glaciares, sendo o Perito Moreno o mais impressionante.
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Com várias passarelas é possível observar o Perito Moreno de vários ângulos Mesmo o dia estando nublado o espetáculo de gelo a perder de vista era fantástico.
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Pedaços de gelo que se desprendem do Glaciar seguem flutuando pelo lago Argentino
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Das passarelas mais altas era possível se ver a extensão do glaciar de mais de 5 km. Vindo das montanhas, está constante movimento, deslizando do alto das montanhas em direção ao Lago Argentino.
Esse movimento das enormes placas de gelo, provoca um som parecido com trovões distantes, que as vezes se ouvia nas passarelas.
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Voltamos para El Calafate e a noite encontramos nossos amigos Roger e Rose, que haviam chegado de Chile Chico.
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Combinamos de na manhã seguinte fazermos o passeio de barco ao glaciar.
Mas de manhã tivemos um imprevisto, a moto do Michael não dava partida. Para não perdermos barco que zarpava as 10h, eu e Michael decidimos ir de taxi, enquanto Roger e Rose foram de moto.
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O tempo estava mais aberto que no dia anterior, e pudemos apreciar melhor a aquela paisagem incrível.
Roger e Rose seguiam a nossa frente em moto eu e Michael de taxi.
Hoje com o céu azul as montanhas nevadas ao fundo compunham uma paisagem que era como uma verdadeira pintura da natureza.
A rodovia também acompanhava o lago Argentino em alguns trechos, com seu com seu azul turquesa.
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Ruta Provincial 11 de El Calafate para Glaciar Perito Moreno. A planície da Patagônia se encontrando com a Cordilheira dos Andes, uma vista espetacular.
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Um paredão de gelo de mais de 60 metros de altura visto de perto, um espetáculo impressionante.
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Ao longe vimos grupo de turistas caminhando no glaciar, um passeio de 5 horas, que infelizmente não tínhamos tempo para fazer.
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Próximos aos paredões, tivemos a sorte de ver alguns blocos de gelo se desprendendo e caindo no lago com fortes estrondos e formando icebergs de diversos tamanhos que flutuavam a deriva no lago.
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De vota a El Calafate, fomos buscar ajuda para dar partida na moto do Michael.
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Um mecânico rebocou a moto que finalmente pegou.
Deixamos funcionando por um tempo para a bateria recarregar e votou a dar partida normalmente.
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Concluímos que a bateria devia estar fraca e devido o frio da noite não tinha potencia para dar partida na motor.
Depois de um passeio por El Calafate, seguimos viagem, pela Ruta 40 rumo a Ushuaia.
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