Revista Siderurgia Brasil

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A REVISTA DE NEGÓCIOS DO AÇO

SOLUÇÕES DIGITAIS: O CAMINHO PARA A IMPLANTAÇÃO DA ESG

A REFORMA TRIBUTÁRIA CONTINUA PARADA NO BRASIL

AS INFINITAS UTILIDADES DO AÇO

GRIPS EDITORA – ANO 24 – Nº 164 – MARÇO DE 2023

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Siderurgia Brasil 164 - Março - 2023 FUSÕES E AQUISIÇÕES Oficial: Arcelormittal comprou a CSPecém 28 UTILIDADES DO AÇO As infinitas utilidades do aço 6 46 ANUNCIANTES 44 VITRINE GESTÃO E GOVERNANÇA Como otimizar as práticas ESG no setor de siderurgia 16 38 ESTATÍSTICAS EDITORIAL Editorial EMPRESAS Nascida para servir 20 REFORMA TRIBUTÁRIA Uma reforma urgente e possível 32 4 ÍNDICE 3

O ANO COMEÇOU MUITO MORNO

No final do ano passado, quando participávamos da Coletiva de Imprensa do Instituto Aço Brasil, o presidente do Conselho da entidade, Jefferson De Paula – que também é o presidente e CEO da ArcelorMittal Brasil e América Latina, o maior grupo produtor mundial de aço –, dizia que, para 2023, a expectativa era de um crescimento muito comedido, da ordem de 2%, em face às dificuldades de demanda que o setor enfrenta. A “bola de cristal” de Jefferson estava brilhando, pois segundo os dados estatísticos que divulgamos nesta edição da revista Siderurgia Brasil , os números do 1º Bimestre do ano não foram nada animadores.

O problema maior é que não só os números da produção siderúrgica nacional não foram bons. Acabamos de receber as informações da Worldsteel Association relativas ao mês de fevereiro, mostrando que, a exemplo de janeiro, houve queda na produção mundial de aço. E a coisa não parou por aí, pois, infelizmente os dados da ANFAVEA, da Abimaq e do Sinduscon, que são grandes demandadores da liga, também não foram positivos no 1º Bimestre do ano. Para complementar esse cenário desolador, as informações do INDA, que é o canal por onde escoa a produção do aço para o varejo, também foram negativas em fevereiro. Mas temos certeza de que, dada a resiliência do empresariado

brasileiro, encontraremos caminhos para driblar mais esse momento, que, sim, exigirá muita atenção e muita capacidade para tornar suas empresas conhecidas e procuradas, a partir de uma gestão responsável.

Na edição deste mês, começamos oficialmente o ano de 2023 falando das múltiplas aplicações do aço. Todo mundo sabe que ele está presente em nossas vidas desde o nosso nascimento até o nosso adeus final. Assim, em uma reportagem especial, colocamos de forma ordenada alguns dos principais momentos em que o aço é exigido e tem papel de protagonismo em nossa existência. Confira!

Em nossas páginas, damos também algumas pistas sobre os melhores caminhos a serem seguidos para que as empresas implantem e coloquem em prática em toda a sua operação os conceitos de governança expressos pela sigla ESG, o que passou a ser uma exigência em todos os mercados. Falamos ainda da tão esperada –e incompreensivelmente tão adiada – Reforma Tributária. Para tanto, buscamos as opiniões de um especialista, professor da Fundação Vanzolini, que nos deu seu ponto de vista sobre aquilo que pode nortear e estimular as comissões parlamentares a encontrarem soluções adequadas para realizá-la com a qualidade e eficiência que o Brasil tanto necessita para garantir seu desenvolvimento. Veja ainda nesta edição os últimos

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4 EDITORIAL

COMEÇOU MORNO

Foto: Divulgação

HENRIQUE ISLIKER PATRIA EDITOR RESPONSÁVEL

detalhes da maior operação de fusão e aquisição da última década na siderurgia brasileira, com a ArcelorMittal assumindo definitivamente o controle da Companhia Siderúrgica do Pecém.

Confira também o grande destaque que damos à comemoração do aniversário da distribuidora e prestadora de serviços Newport Steel, que está fazendo 30 anos de vida. Para celebrar esse invejável marco, a empresa realizou recentemente uma bonita e animada festa, na qual homenageou seus parceiros e companheiros de jornada. O Portal e a revista Siderurgia Brasil fizeram questão de prestigiar o evento, cumprimentando toda a comunidade da empresa pela data.

No mais, confira também as estatísticas e notícias gerais sobre o nosso setor, e compartilhe conosco a alegria de iniciarmos um novo ciclo em 2023, ano em que esperamos trazer novidades e informações alvissareiras para os nossos leitores, a fim de mantê-los sempre muito bem atualizados.

E continuamos sempre à disposição e aguardando o contato de vocês, trazendo-nos suas sugestões, críticas e elogios, é claro. Isso porque, ouvir suas opiniões e atendê-los da melhor forma possível é, e sempre será, um exercício muito gratificante para nós.

Boa leitura!

Henrique Patria

henrique@grips.com.br

EXPEDIENTE

Ano 24 – nº 164 – Março de 2023

Siderurgia Brasil é de propriedade da Grips Marketing e Negócios Ltda. com registro definitivo arquivado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial sob nº 823.755.339.

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Henrique Isliker Patria Maria da Glória Bernardo Isliker

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Editor Responsável

Henrique Isliker Pátria - MTb-SP 37.567 Reportagens Especiais Marcus Frediani - MTb 13.953

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Projeto Editorial: Grips Editora

Projeto gráfico e Edição de Arte / DTP: Via Papel Estúdio

Capa:

Criação: André Siqueira

Créditos: Fotos André Siqueira e divulgação

Divulgação: Através do portal: https://siderurgiabrasil.com.br

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A opinião expressada em artigos técnicos ou pelos entrevistados são de sua total responsabilidade e não refletem necessariamente a opinião dos editores.

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS:

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Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou qualquer meio, sem prévia autorização.

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AS INFINITAS UTILIDADES

O aço é a liga metálica mais popular do mundo. Sua capacidade de reciclagem por inúmeras vezes a tornou praticamente indestrutível. A sua presença na vida humana é fundamental e tudo que se possa pensar e fazer tem aço.

HENRIQUE PATRIA

Aversão mais aceita sobre o surgimento do ferro e do aço dá conta de que o ferro foi descoberto por volta de 4.000 a 4.500 a.C. E, segundo historiadores, a descoberta foi ao acaso, pois algumas pedras que protegiam as fogueiras de antigos guerreiros, quando submetidas ao calor, derretiam formando bolhas e, posteriormente, quando frias, se transformavam em um produto muito forte e resistente. Um passo adiante, e ele passou a fazer parte das armas de guerra ou de caça dessas tribos.

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Foto: Montagem de André Siqueira com fotos de Divulgação
6 UTILIDADES DO AÇO

UTILIDADES DO AÇO

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UTILIDADES DO AÇO

Outros historiadores atribuem seu descobrimento à queda de meteoritos no Continente Asiático, que, ao cair, espalhavam pequenas pedras, que se mostravam muito fortes. Tribos nômades passaram a recolhê-las no deserto, e a moldá-las em forma de armas, utilizando o fogo para fazer essa transformação.

Há ainda outras versões dando conta que a transformação do minério de ferro para uso prático e regular em peças que podiam ser armas de guerra ou utensílios aconteceu na Europa, mais especificamente na Itália, na época pós-império romano. Mas foi a Revolução Industrial, que aconteceu na Europa entre os anos 1760 a 1840, que se deu o grande impulso ao uso do ferro e do aço, aumentando a demanda por ferro trabalhado, que, na época, era o principal material disponível e confiável para fabricação de máquinas, locomotivas e equipamentos industriais.

A PRIMEIRA PATENTE MUNDIAL DO AÇO

Segundo a Wikipédia, Henry Bessemer, um engenheiro metalurgista do Reino Unido, foi o criador do processo que levou o seu sobrenome para a fabricação de aço, patenteado por ele em 1856.

Interessado na fabricação de canhões de maior alcance e de maior poder ofensivo para a Marinha Real Britânica, Bessemer deparou-se, entretanto, com um problema. O ferro utilizado para a fabricação dessas armas era tão quebradiço, que elas explodiam quando se usavam grandes cargas de pólvora para lançar seus projéteis.

Tendo em vista essa questão, após muitos estudos, Henry Bessemer acabou desenvolvendo um processo de fundição de ferro beneficiado, produzindo grande quantidade de lingotes de qualidade superior. E a solução foi realmente inovadora e eficiente, tanto que o aço moderno é feito utilizando a tecnologia baseada no processo Bessemer.

QUANDO O AÇO CHEGOU AO

BRASIL?

O Brasil é um dos celeiros mundiais de minério de ferro. Segundo o Sumário Mineral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) do Ministério de Minas e Energia, “As reservas lavráveis brasileiras, com um teor médio de 49,0% de ferro, representam 13,6% das reservas mundiais. Os principais estados brasileiros detentores de reservas de minério de ferro são: Minas Gerais (72,5% das reservas, e teor médio de 46,3% de Fe), Mato Grosso do Sul (13,1%, e teor médio

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Foto: Divulgação ArcelorMittal

de 55,3%) e Pará (10,7%, e teor médio de 64,8) ”

Apesar de haver registro de algumas tendências de fabricação de ferro desde a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, esse mercado começou efetivamente a se desenvolver no século 20, com o surto industrial verificado entre 1917 e 1930.

Segundo o “Livro do Aço”, que pode ser encontrado no portal: https://acobrasil.org.br/, “... por volta de 1589, o bandeirante Afonso Sardinha deu início à industrialização do ferro no Brasil. Ele e seu filho, que também se chamava Afonso Sardinha, encontraram minério de ferro enquanto estavam à procura de ouro e metal aos pés da Serra de Araçoiaba, atual Morro de Ipanema, situado no estado de São Paulo. Sardinha era mestre na arte da fusão de metais, trabalhou na redução do minério na atual região de Sorocaba e acabou transmitindo o ofício ao filho. Versados em mineração, pai e filho construíram, no ano de 1591, uma pequena forja, que se tornou a primei-

ra usina siderúrgica reconhecida no Brasil, próxima ao Rio de Jeribatiba. Esse episódio só ocorreu nos EUA, segundo maior produtor mundial de aço da atualidade, no ano de 1646.”

Com a eclosão da 1ª Guerra Mundial (19141918), a importação de ferro para o Brasil, que era uma recém-criada República (1889), tornou-se insuficiente dado o seu elevado consumo, o que levou alguns empreendedores da época a animarem-se a criar uma indústria nacional produtora de aço. Já haviam sido feitas outras tentativas menores, principalmente em Minas Gerais, onde a Escola de Mineração de Ouro Preto era muito respeitada e formava engenheiros e metalurgistas, sempre vislumbrando novos horizontes.

Em 1921, foi criada a Companhia Siderúrgica Mineira, que depois tornou-se a Siderúrgica Belgo-Mineira, a partir da junção com o consórcio industrial belgo-luxemburguês ARBEd-Aciéres Réunies de Bubach-Eich-dudelange.

Monlevade-MG 9
Usina de João

UTILIDADES DO AÇO

A década de 1930 registrou um grande aumento na produção siderúrgica nacional, incentivada pelo crescimento da Belgo-Mineira que, em 1937, inaugurou a usina de Monlevade, com capacidade inicial de 50 mil toneladas anuais de lingotes de aço. Ainda em 1937, foram constituídas a Companhia Siderúrgica de Barra Mansa e a Companhia Metalúrgica de Barbará. Apesar disso, o Brasil continuava muito dependente de aços importados. Esse retrato foi alterado apenas em 1946, com a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda/RJ.

Atualmente, existem no Brasil as usinas integradas e as mini mills , que são aquelas que operam aciarias elétricas, e se utilizam de sucata como sua principal matéria-prima. Normalmente são usinas menores em tamanho e no comparativo com a produção das integradas.

Hoje, ao todo operam no país 15 grupos empresariais, que administram 31 unidades distribuídas em dez estados brasileiros. Em 2022 foram produzidas no Brasil 33.07 milhões de toneladas de aço, segundo o Instituto Aço Brasil.

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Usina Mini Mills da Gerdau
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Foto: Divulgação

TIPOS MAIS COMUNS DE AÇO

A variedade é enorme, mas os aços considerados comerciais e mais comuns utilizados pelos mercados são:

AÇO CARBONO

É uma liga metálica, e sua constituição confere ao aço o nível de resistência mecânica, dispondo de 0,008% a 2,11% de concentração de carbono em sua composição. Ele pode ser:

Aço de Baixo Carbono – Possuem até 0,30% de teor de carbono, sendo o tipo de aço mais popular no mercado.

Aço de Médio Carbono – Possuem entre 0,35% e 0,60% de teor de carbono, e entre 0,31% e 1,60% de manganês.

Aço de Alto Carbono – São aqueles que possuem entre 0,61% e 1,00% de teor de carbono, e entre 0,40 e 1,00% de teor de manganês. Quando se trata de dureza e tenacidade, esse aço é a escolha correta, embora seja um aço muito difícil de soldar, cortar ou moldar.

Aço Ligado / Especial – Os aços Ligados ou Especiais, que também recebem o nome de Aços-Liga, são variações de aço com a inclusão e combinação de outros elementos, tais como o níquel, o alumínio, o tungstênio, o vanádio e o manganês.

Após a sua produção e antes de serem entregues ao consumo os aços podem ser Laminados a Quente, Laminados a Frio, Trefilados ou Relaminados. Tudo vai depender da sua aplicação que atualmente são múltiplas em todo os campos da era moderna.

Ainda com o avanço da Engenharia, é possível produzir-se Aços Especiais ou Ligados para múltiplas e bem específicas aplicações.

Como exemplo, os aços que vão ao espaço nas naves da NASA são considerados Aços Especiais. Assim como os aços formam os microtubos que moldam os aparelhos ortodônticos e são feitos de aço inox, são também aços especiais.

Mas há muitas outras espécies como os de alta resistência para a fabricação de caçambas das mineradoras, para operarem em ambientes de muita corrosão ou na fabricação

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Foto: Divulgação

UTILIDADES DO AÇO

de molas, rolamentos, ou para eixos de vida útil indefinida, e por aí vai. Também são considerados Especiais os Aços-Ferramentas, que, como o próprio nome diz, são utilizados para a fabricação de ferramentas comumente utilizados na indústria metal mecânica ou instrumentos em várias especificações.

AÇOS INOXIDÁVEIS

O Aço Inoxidável é um tipo diferenciado de aço formado por uma liga de ferro e cromo, podendo conter também níquel, molibdênio ou outros elementos, que os torna superiores aos aços comuns, sendo a alta resistência à oxidação atmosférica, suas principais características.

Neste momento, a indústria siderúrgica estuda novas variações de ligas, a fim de, cada vez mais, tornar os aços mais leves, com maior resistência e maior trabalhabilidade.

APLICAÇÕES DO AÇO

O aço está presente ao longo de toda a nossa vida. Desde o momento sublime do nosso nascimento, quando são utilizados instrumentos cirúrgicos feitos de aço, em mobiliário hospitalar também feito com o mesmo material, até o momento derradeiro da nossa partida – quando são utilizados instrumentos de outra natureza, como pás, enxadas que cavarão a nossa última morada – ele está sempre lá.

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Foto: Divulgação

Entre as suas múltiplas aplicações, o aço se destaca de maneira muito especial em alguns setores e segmentos. Apenas como exemplo, vamos citar alguns!

Na Construção Civil – O aço é largamente utilizado na construção de prédios, residên cias, bem como em obras de infraestrutura, tais como pontes, viadutos, estradas, estações de transporte e todo o tipo de edificação. Aliás, sem o aço não existiria a construção civil. O mundo está permanentemente em movimento, demolindo e construindo, desenvolvendo novos projetos, nos quais o componente aço é sempre um dos principais protagonistas, desde a fundação, o estaqueamento da obra, a construção das paredes, a das estruturas e do acabamento, ele está presente em todas as etapas. Há, no momento, alguns sistemas construtivos de sucesso com o emprego exclusivo de aço em toda sua execução. Cito sempre como exemplo que até mesmo nos casebres mais humildes feitos com madei -

ra e papelão, considerados as submoradias, sempre haverá no mínimo um prego ou um arame que segura algo, que é feito de aço. E ainda, como exemplo de monumento arquitetônico mundial, temos a Torre Eiffel, “plantada” no coração de Paris, na França, que agora no próximo dia 31 de março vai comemorar mais um aniversário, já que foi entregue neste dia no ano de 1889. E ela é totalmente feita em aço.

Nos Meios de Transporte – Você sabia que 80% do automóvel que você dirige são compostos de aço? E a mesma coisa acontece com os meios de transportes coletivos – tais como aviões, trens, metrôs, ônibus urbanos,

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Foto: André Siqueira

intermunicipais e internacionais, navios e até a sua bike , seus patins e o elevador de seu prédio têm nele o seu material construtivo principal. Sim, todos eles têm em comum o uso do aço na sua produção.

Na Energia – Além das enormes turbinas feitas de aço instaladas nas usinas geradoras de eletricidade espalhadas pelo mundo, todas as torres de transmissão de energia e seus componentes são de aço. Nos dias de hoje, há um grande esforço mundial para a geração de energia mais limpa, que ajudaria o mundo a alcançar níveis superlativos de sustentabilidade. Os mais comuns no Brasil são a Energia Solar e a Energia Eólica. E ambas necessitam de aço para o seu funcionamento. Todos os

painéis solares e as placas de sustentação dos captadores de luz solar são de aço, assim como as torres de captação de energia eólica em terra ou no mar. E aí podemos incluir os navios sonda da Petrobras, por exemplo, e as plataformas de petróleo, que são feitas totalmente de aço.

Na Agricultura – Grande parte do sucesso que o Brasil vive nesse campo está ligado ao fornecimento de aço, pois todos os instrumentos, máquinas e implementos agrícolas utilizam grandes quantidades de aço em sua estrutura. E o mesmo acontece com os silos

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Foto: Divulgação Petrobras
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Foto: Divulgação Case / New Holland Agriculture
UTILIDADES DO AÇO

de armazenamento, as instalações para ordenha de leite, os abatedouros e muitas outras instalações do agro.

PARA CONCLUIR VAMOS OLHAR AO NOSSO DIA-A-DIA

Para poder ler este artigo você certamente está em frente ao um computador pessoal, um tablet ou um smartphone , todos eles certamente todos com inúmeros componentes de aço.

O aço está na sua casa, em seus utensílios domésticos, no seu chuveiro, nas ferramentas, nas panelas ou travessas que servem seu alimento, no fogão ou forno que produz o seu alimento, nos talheres, na estrutura dos

móveis de sua casa, nos aparelhos eletro eletrônicos, no seu material de escritório... Se quiséssemos, poderíamos ficar enumerando uma série infindável de produtos que estão automaticamente inseridos em sua vida que têm o aço como componente.

E se você teve a desventura de sofrer um acidente ou um problema de saúde que ocasionou alguma deficiência, ou necessidade física especial, é provável que você tenha alguma prótese em seu corpo que foi feita de liga de aço. Então, é só olhar ao seu redor, e você irá perceber que o aço faz parte da sua vida.

*Henrique Patria é editor-chefe do Portal e da revista Siderurgia Brasil. Foto: André Siqueira

COMO OTIMIZAR ESG NO SETOR

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GOVERNANÇA

OTIMIZAR AS PRÁTICAS

SETOR DE SIDERURGIA

Oaço é a base do mundo moderno, mas a sua produção é uma importante fonte de emissões de gases de efeito estufa (GEE). Segundo a IEA (International Energy Agency - Agência Internacional de Energia), a intensidade em carbono no setor de siderurgia, em 2021, foi de 1,39 toneladas de dióxido de carbono por tonelada de aço, o que corresponde a cerca de 7% das emissões globais de GEE do sistema de energia – igual às emissões globais de aviação, transporte marítimo e produtos químicos combinadas.

As emissões globais de carbono totalizaram 37,12 bilhões de toneladas em 2021 e, ao contabilizar as emissões indiretas, como as da mineração de ferro e do transporte de aço acabado em todo o mundo, o volume só aumenta.

Mas já existe uma alternativa: o aço verde. Análise da McKinsey sugere que a demanda na Europa por esse produto, gerado por meio de carvão vegetal, aumentará para 45 milhões a 50 milhões de toneladas métricas por ano até 2030, com o risco de um déficit

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Foto: Montagem com fotos de André Siqueira ROBERTO ABREU*

de oferta de mais de dez milhões de toneladas. De acordo com um relatório da Wood Mackenzie, o caminho para a produção do aço neutro em CO2 exigirá entre US$ 1,3 e US$ 1,4 trilhão até 2050. Esses investimentos precisarão ocorrer em toda a cadeia de produção, desde a mineração até a fabricação, passando pela captura do carbono produzido no processo. As siderúrgicas também terão que adotar a energia renovável e investir em formas de hidrogênio verde. Mas como atingir a meta de emissões líquidas zero e ao mesmo tempo reduzir custos e adotar as práticas de ESG (Environmental, Social and Governance – Ambiente, Social e Governança)?

A resposta está na automação de processos em todas as áreas, como produção, logística, vendas, financeiro e, também, monitoramento de toda a cadeia de suprimentos.

DADOS CONSISTENTES EM TODA A CADEIA DE PRODUÇÃO

Para atender aos requisitos ESG e, ao mesmo tempo, reduzir custos, é preciso obter insights sobre emissões, oferta, demanda e preços para cada entrada de material. E, para planejar a descarbonização da cadeia de suprimentos, as siderúrgicas devem primeiro entender as emissões geradas durante todo o ciclo de produção.

Uma siderúrgica não depende apenas do desempenho de seu alto-forno. É mais do que na hora de adotar tecnologias digitais, com sistemas de gestão e de monitoramento, em toda a cadeia de valor, criando um modelo de relacionamento com fornecedores, clientes e stakeholders.

Inovadoras soluções, implementadas por equipes especializadas, oferecem o monitoramento e análise de processos; avaliações de sustentabilidade de produtos e fornecedores, e gestão ambiental, financeira, qualidade, entre outras.

COMO MELHORAR O DESEMPENHO

Muitas siderúrgicas já são líderes digitais, adotando tecnologias para reduzir o risco de falhas, e aumentar a segurança do processo e a garantia de qualidade. Mas existe um potencial para fazer maior uso da digitalização para quantificar, monitorar, registrar e avaliar processos para melhorar o desempenho e os relatórios de sustentabilidade.

As soluções digitais também podem ajudar a melhorar a produtividade, otimizando o consumo de energia, minimizando o desperdício e controlando as emissões, com cadeias de suprimentos mais ágeis.

Realizar essa mudança exigirá uma jornada digital consistente para liberar o potencial de novas tecnologias e obter economias de escala, melhorando a sustentabilidade em toda a cadeia de valor.

Construir um processo de produção mais sustentável é um investimento de longo prazo, mas que certamente trará enormes benefícios

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GESTÃO E GOVERNANÇA

ambientais ao longo de todo o ciclo de vida do aço verde, gerando maior lucratividade para o setor de siderurgia.

* Roberto Abreu é mestre em Banco de Dados pela Universidade de Londres. Larga experiência em tecnologia da informação, sendo 17 anos em implantação do sistema SAP ERP associado à

Reengenharia de Processos de Negócios. É sócio da Blend IT Consultoria e um dos responsáveis pela parceria com a SAP Brasil, também é ponto focal para o SIG Mining & Mills da Asug Brasil.

Foto: Divulgação

NASCIDA PARA

MARCUS FREDIANI

Reconhecida como uma das referências no fornecimento de aços planos de baixo, médio, alto carbono e ligados em todo o Brasil, a Newport Steel, está completando 30 anos de atividades. A data foi comemorada com uma grande festa no dia 16 de março em um buffet no bairro da Mooca, contando com a participação de um grande número de clientes, amigos e convidados, entre eles a equipe do Portal e da revista Siderurgia Brasil.

Fundada oficialmente no dia 8 de março de 1993 por Ariovaldo Carmignani, Rubens Galhardo (já falecido), João Fortunato Marzi e Ecidir Dias Taverneiro, a empresa iniciou suas ativida -

EMPRESAS
Fotos: Divulgação
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Ao completar três décadas de atuação, a Newport Steel reforça seu compromisso com o futuro e com a satisfação de seu maior patrimônio: os clientes.
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PARA SERVIR

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des produzindo lâminas para corte de pedras, desde então trazendo como missão principal a manutenção do foco no cliente.

Porém, conforme explica Ecidir, é bem mais do que isso. “Desde o início de nossas operações, a gente se preocupou em direcionar nossa contribuição no mercado sempre através dos olhos dos nossos parceiros comerciais, buscando sempre encontrar soluções customizadas para suas reais necessidades, tornando a nossa oferta de produtos a mais apropriada para cada um deles, a fim

de que eles pudessem usufruir de benefícios e vantagens únicas, sempre com o melhor custo. Por isso, a gente costuma dizer que a Newport, além de colocar foco ‘no’ cliente, prioriza a manutenção do foco ‘do’ cliente. Ou seja, o nosso maior compromisso é ver e entender o que cada um deles precisa para evoluir, em cada situação particular, para atendê-los estritamente dentro dessa proposta de customização. Assim, não é de se estranhar que 86% do nosso faturamento é composto por clientes cativos e satisfei -

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tos, porque entregamos a eles exatamente o que eles precisam em termos de soluções, porque quando eles crescem, a Newport os fideliza e, obviamente, cresce junto com eles também”, explica, com compreensível orgulho Ecidir, que hoje divide a sociedade da empresa apenas com João Marzi. De sua formatação original, com muita competência na condução dos negócios, a Newport Steel foi evoluindo sua operação, incluindo em sua oferta de produtos soluções de siderurgia direcionadas aos mais diversos setores, com destaque para os aços especiais para tratamento térmico, corte la -

ser e estamparias em geral. Assim, atualmente, a empresa é dona de um grande portfólio de produtos destinados à fabricação de máquinas, equipamentos, ferramentas e implementos agrícolas, construção civil, auto e moto peças, componentes para o segmento de óleo e gás, além de calços e arruelas, serras circulares e facas industriais, utilidades domésticas, molas e elementos de fixação.

Sua nova fábrica, instalada em abril de 2018 no bairro paulistano do Parque da Mooca, ocupa uma área de 7.800m², em local com logística privilegiada. Nela, são processados rolos, bobinas, chapas, tiras,

e blanks de aço de baixo (SAE-1006/10), médio (SAE-1045), alto teor de carbono (SAE-1075) e ligados (Cromo Vanádio SAE6150/58 e ao Boro (15B30 – 15B50) em dimensões variadas. Complementarmente, a unidade fabril também possui um Centro de Serviços de Aços, no qual são realizadas operações de aplanamento e corte transversal de bobinas em chapas, corte transversal em guilhotinas em tiras e blanks, bem como corte longitudinal de bobinas em rolos (slitters).

CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL

Inovar e sempre trazer produtos diferenciados visando ao aperfeiçoamento do trabalho de seus clientes é algo que, mais do que estar na missão, também está no DNA da Newport Steel ao longo de toda a sua trajetória. Para manter sua operação constantemente atualizada em termos de metodologia de produção, a companhia investe ininterruptamente, incorporando sempre ao seu parque industrial o que existe de mais moderno no Brasil e no mundo em termos de tecnologia de fabricação. Para ilus-

EMPRESAS
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trar esse compromisso de evolução contínua, neste momento a empresa está concluindo a modernização de sua linha de aplanamento, o que deve acontecer até o final de maio deste ano. E, com a injeção de recursos como esses, obviamente a Newport pretende ampliar sua linha de produtos e sua capacidade produtiva.

“Hoje, funcionamos como uma empresa familiar em processo de profissionalização de gestão. Por conta disso, estamos aptos a acompanhar o crescimento do mercado, e até crescer acima da atual demanda dele. Para tal, contribui também o estreito relacionamento que mantemos com nossos fornecedores principais, a CSN e a Aperam. E, atualmente, o nosso maior desafio é fazer com que a Newport Steel continue crescendo de maneira sustentável, atingindo níveis cada vez mais superlativos de qualidade”, enfatiza Ecidir Taverneiro, destacando que, desde 2015, a companhia é certificada pela Norma ISO 9001.

CAPITAL HUMANO

Embora o mercado se encontre bastante retraído desde agosto de 2022, os sócios da Newport estão confiantes em uma recuperação gradativa dele a partir do mês de abril, sem, contudo incluir projeções de grande crescimento em relação a 2022. Nesse cenário, a crença dos empresários é de que o mercado agrícola vai continuar em ascensão, enquanto o de petróleo e gás deverá performar uma retomada como resultado da forte demanda reprimida, ocasionada pela já citada desaceleração dos negócios observada no ano passado.

Porém, entrar em novos nichos de negócios não está, pelo menos por enquanto, nos planos da empresa: “Continuaremos desenvolvendo as atividades nos mesmos nichos, apenas ampliando nossa atuação geográfica. Para tanto, estamos investindo no crescimento da equipe comercial e téc -

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nica. No momento, nosso investimento está totalmente focado na evolução deliberada dos conhecimentos e qualificação da nossa equipe”, afirma Ecidir.

E quando lhe perguntam sobre os desafios futuros, o sócio da Newport não hesita em responder: “O maior deles, sem dúvida, é dar continuidade ao processo de profissionalização da empresa, a fim de garantir a perpetuação de seus princípios e valores, mesmo após o momento de eu e o João nos afastarmos do dia a dia dela”, pontua. “Assim, queremos

continuar sendo uma empresa solidária, que respeita a diversidade, e tem em seu capital humano um fator de diferenciação. Além disso, queremos que a Newport continue considerando o valor gasto com treinamentos e desenvolvimento como investimento, e não como despesa, que dê sequência ao seu processo de gestão participativa, e, sobretudo, que atue sempre com foco nos clientes, auxiliando-os a desenvolver seu mercado e a compartilhar esses resultados admiráveis”, finaliza Ecidir Taverneiro.

EMPRESAS
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UMA VERDADEIRA COMEMORAÇÃO EM FAMÍLIA

Vamos combinar: completar três décadas de atividades empresariais bem-sucedidas no Brasil, realmente não é para qualquer um. Prova disso foi o que se viu na grande comemoração de aniversário da Newport Steel. Só que mais do que um encontro com parceiros comerciais, marcados por apertos e votos de “parabéns”, a festa foi um verdadeiro encontro entre velhos e novos amigos, com muitos sorrisos e abraços sinceros, em uma carinhosa confraternização realizada em clima de contagiante alegria coletiva, recheada de gratidão e homenagens às pessoas que auxiliaram a empresa a alcançar, merecidamente, o lugar de destaque que tem no atual cenário da siderurgia.

“Comemorar hoje aqui os 30 Anos da Newport Steel com tantos amigos é um prazer muito grande, e algo realmente emocionante, que não dá para descrever. É a recompensa de muito trabalho e dedicação, que só nos incentiva a continuar lutando e seguir em frente, investindo e acreditando no Brasil e nas pessoas, para que nossa empresa seja capaz de criar valor, e, com isso, desenvolver nossa comunidade. Como se costuma dizer, a sorte é a união com o preparo.

E nós sempre nos preocupamos em estar preparados para inovar, e trabalhar o nosso forte que é colocar o foco do cliente, para que ele evolua e tenha sempre resultados melhores, e, com isso, os compartilhe com a gente”, destacou Ecidir Dias Taverneiro, sócio proprietário da empresa, no dia da comemoração.

“Considero os 30 Anos da Newport como um grande marco, porque não é fácil manter a vitalidade e disposição de uma empresa durante tanto tempo, a partir de uma bem orquestrada parceria entre os sócios e, naturalmente, com o mercado. Começamos praticamente do nada, e fomos vencendo todos os desafios, que não foram poucos ao longo de nossa trajetória, como foi o da mudança para a nossa nova fábrica, em 2018, e logo depois termos que enfrentar a pandemia da COVID-19, que causou grandes impactos em nossos negócios. Mas, felizmente, tivemos êxito em vencer essa fase difícil também, e, hoje, estamos vivenciando uma nova arrancada”, enfatizou, a seu turno, João Fortunato Marzi, sócio de Ecidir na Newport Steel, com bastante confiança no futuro e na nova fase de profissionalização da gestão da companhia.

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Fotos: Tadeu Sakagawa

OFICIAL: ARCELORMITTAL

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FUSÕES E AQUISIÇÕES
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COMPROU

ARCELORMITTAL

COMPROU A CSPECÉM

Em uma operação envolvendo US$ 2,2 bilhões a ArcelorMittal

concluiu a operação de compra da CSPecém no Ceará.

HENRIQUE PATRIA

Uma vez recebidas as aprovações regulatórias necessárias das autoridades constituídas a ArcelorMittal concluiu a aquisição da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), no Brasil, em uma operação envolvendo aproximadamente, US$ 2,2 bilhões.

A CSPecém é uma usina em operação, de classe mundial que produz placas de alta qualidade a um custo globalmente competitivo. Sua instalação, localizada no estado do Ceará, nos arredores do complexo portuário de Pecém, foi comissionada em 2016.

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FUSÕES E AQUISIÇÕES

Atualmente opera um alto-forno com capacidade de 3 milhões de toneladas, tendo acesso ao porto via correias transportadoras. Pecém é um porto de águas profundas de grande escala, localizado a cerca de 10 quilômetros da usina.

A nova aquisição da ArcelorMittal oferece sinergias operacionais e financeiras significativas e um potencial para futuras expansões, como a opção de adicionar capacidade primária de fabricação de aço (incluindo processo de redução direta) e capacidade de laminação e acabamento. Dada a sua localização, a CSP também apresenta uma oportunidade para criar um novo centro de produção de aço de baixo carbono, capitalizando a ambição do estado do Ceará de desenvolver um centro de hidrogênio verde de baixo custo em Pecém.

Segundo Aditya Mittal CEO da ArcelorMittal falando sobre a operação: “Esta é uma aqui-

sição estratégica muito importante para a ArcelorMittal. Ela nos permite atender o crescimento da demanda de aço, através da adição de capacidade de produção de placas de alta qualidade e competitivas em custo, provendo oportunidade de vender tanto dentro do nosso próprio grupo quanto para os mercados da América do Norte e do Sul. A longo prazo, também temos a opção de aumentar sua capacidade e adicionar instalações de acabamento, enquanto há um caminho claro para descarbonizar o ativo, tendo em vista os investimentos em energia renovável que estão sendo feitos no estado do Ceará.”

“Gostaria de dar as boas-vindas a todos os colaboradores da CSP na ArcelorMittal e agradecer à nossa equipe interna que trabalhou na transação e planejamento de integração. Estou confiante de que a CSP e nossos negócios atuais no Brasil formarão uma combinação sólida.”

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UMA REFORMA URGENTE

REFORMA TRIBUTÁRIA
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URGENTE E POSSÍVEL

Depois de décadas de atraso, a reforma tributária, que o Brasil tanto precisa, pode sair

ainda este ano.

MARCUS FREDIANI

Agora em março, o ministro da Fazenda Fernando Haddad reforçou o cronograma para a aprovação da mudança no sistema de impostos sobre consumo: votação até julho na Câmara e até outubro no Senado. E tal posicionamento, volta a alimentar as esperanças de 11 entre dez empresários de que, depois de um atraso de pelo menos 20 anos, a “coisa, agora, sai”.

Para jogar luz sobre a questão, a revista Siderurgia Brasil conversou com exclusividade com um dos maiores especialistas sobre o tema, o Professor de Gestão Financeira na Fundação Vanzolini, do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP, Michael Roubicek Confira!

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Foto: Montagem com fotos de André Siqueira

Siderurgia Brasil: Quais são as propostas de reforma tributária que estão sendo atualmente analisadas no Congresso?

Michael Roubicek: Existem duas propostas em tramitação no Congresso. Ambas têm o mesmo objetivo, que é simplificar e aumentar a transparência do sistema tributário brasileiro, sem provocar o aumento da carga tributária geral. As duas preveem a substituição de diversos impostos por impostos que incidam sobre o valor agregado de bens e serviços (IVA), eliminando a cumulatividade de impostos, que reduzem muito a competitividade das empresas. Os impostos sobre valor agregado são utilizados na maior parte dos países e em todos os países desenvolvidos. A PEC 45/2019, apresentada pelo deputado Baleia Rossi e idealizada pelo Centro de Cidadania Fiscal, do qual faz parte o Secretário Especial da Reforma Tributária Bernando Appy, já foi votada na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. A outra proposta é a PEC 110/2019, que está tramitando no Senado. A PEC 45/2019 prevê a criação de um imposto federal, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituiria o IPI, o PIS, Cofins, ICMS e ISS. Além disso haveria um Imposto Seletivo, que incidiria sobre bens específicos como bebidas, cigarros como forma de desincentivar seu consumo e sobre importação. Já a PEC

110/2019 prevê a criação de um IVA dual, com o CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) substituindo o PIS e Cofins e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) substituindo o ICMS e ISS. Haveria também um IS (imposto Seletivo), substituindo o IPI. Entretanto, existe também uma proposta que foi apresentada pelo governo anterior, que está descartada. Mas não se sabe ainda qual será o encaminhamento da proposta do governo atual, nem se utilizará alguma das duas propostas em tramitação. Provavelmente usará alguma delas como veículo para agilizar os procedimentos.

E em termos de aplicabilidade, como isso deverá funcionar?

Nos casos da PEC 45/2019 e da PEC 110/2019, haverá um período de transição com o objetivo de evitar que haja impacto muito forte na arrecadação de estados e municípios. Em ambos os casos a arrecadação dos impostos manterá, no início, a proporção atual de divisão das receitas entre os níveis federal, estadual e municipal. A tributação do IBS também será alterada para incidência no local de destino do consumo de bens e serviços ao invés da origem, o que tende a eliminar a guerra fiscal atual entre estados e municípios.

Quais seriam as linhas principais de uma reforma que melhorasse a nossa competitividade, tanto no que diz respeito à circulação interna de mercadorias quanto no que tange ao comércio exterior?

REFORMA TRIBUTÁRIA
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Uma das principais características da reforma é acabar com a cumulatividade dos tributos, o que acaba por onerar com maior intensidade os produtores de uma forma geral. As alíquotas ainda serão definidas, mas um dos impactos previstos é o provável aumento da tributação do setor de serviços. Dessa forma, a tributação de mercadorias tende a ser reduzida o que permitirá o aumento das vendas. Além disso, facilitará o trânsito de mercadorias no país, pois simplificará a complexa tributação do ICMS nas vendas interestaduais. Com relação à exportação, as propostas mantêm a isenção tributária das exportações, da mesma forma que existe hoje. Mas não há ainda uma solução à vista para os créditos acumulados de ICMS pelos exportadores e o mecanismo de devolução dos novos créditos que deverá fazer parte da discussão no Congresso. É impossível fazer uma reforma tributária que agrade a todos,

sempre haverá ganhadores e perdedores, uma vez que o objetivo é de manter a carga tributária total no mesmo nível atual. Mas a ideia geral é que de que todos ganhem no longo prazo, mesmo que alguns setores possam experimentar perdas em um primeiro momento.

É mais do que claro que os estados e municípios temem a reforma tributária por conta do receio da perda de competência fiscalizatória e arrecadatória. Como você analisa a questão?

Em ambas as propostas, os estados e municípios manteriam suas funções fiscalizatórias. No caso da PEC 45/2019, haverá uma coordenação em nível federal do IBS, enquanto o IS será gerido pela União. O IBS será repartido entre União, estados e municípios com base em porcentagens pré-definidas. Na PEC 110/2019, o CBS e o IS serão cobrados pela União e o IBS pelos estados e municípios. Como forma de facilitar a adesão de estados e municípios, haverá um período de transição bastante longo (pode chegar a 20 anos), o que permitirá aos entes federativos se

Fotos: Acervo Pessoal Michael Roubicek, professor de Gestão Financeira na Fundação Vanzolini, do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP.

REFORMA TRIBUTÁRIA

adaptarem. O próprio custo da máquina fiscalizatória poderá ser reduzido.

Os projetos em análise diminuirão efetivamente a carga tributária ou apenas simplificarão o sistema tributário brasileiro?

E corremos o risco de haver um aumento dessa carga?

O objetivo não é reduzir nem aumentar a carga tributária em um primeiro momento. A ideia é que o impacto seja neutro. Entendo que a discussão no Congresso será bastante complexa, e certamente haverá muita resistência caso haja aumento da carga tributária. A redução da complexidade dos tributos trará uma economia importante para as empresas, pois será possível reduzir os custos de acompanhar a legislação e suas mudanças, o custo de advogados e especialistas em tributação. As empresas poderão reduzir suas estruturas internas focadas no pagamento dos impostos e das obrigações acessórias.

O atual governo não parece muito favorável ao empresariado brasileiro. Até que ponto essa postura pode atrapalhar a qualidade da reforma tributária?

Veja bem, uma coisa é o discurso, que ainda parece sofrer algum resquício da campanha eleitoral, outra coisa é a realidade de se governar um país.

O Executivo não tem o poder de determinar sozinho o destino das reformas e será necessária uma articulação relevante não apenas com o Congresso, mas também com governadores e prefeitos. O Ministério da Fazenda vem mostrando até agora uma boa capacidade de negociação, como pudemos ver nas questões relativas aos combustíveis, onde chegou-se a bom termo tanto na questão da reoneração quanto na questão da compensação da redução da arrecadação do ICMS dos estados. Apesar da complexidade da matéria, mantenho um otimismo cauteloso. Após vários anos de intenções vazias, o assunto da reforma tributária parece ter alcançado algum grau de consenso entre todas as partes envolvidas.

Ainda acerca da pergunta anterior, em função desse viés ideológico, não há o risco de sair uma reforma extremamente protecionista, ou pioraria ainda mais a situação?

Não acredito. Caso a reforma tributária não avance, ficaremos como estamos hoje, neste cipoal de impostos, com alta carga tributária e baixa competividade.

E existe alguma possibilidade de a reforma tributária sair ainda este ano?

É difícil prever, pois o assunto trará perdas a alguns setores que resistirão muito às mudanças. Aparentemente o assunto está mais maduro do que já esteve em situações semelhantes no passado. Um bom exemplo é a reforma da previdência, que passou anos sendo discutida, sem que se chegasse a uma proposta viável. Mas finalmente o tema amadureceu e foi possível aprovar uma reforma bastante razoável. Creio que veremos um percurso semelhante. Caso não seja aprovada este ano, creio que o será no ano que vem.

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INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA TEM SALDO POSITIVO

Mesmo acreditando que se não houver reaquecimento da economia, será difícil para a indústria automobilística cumprir a suas metas em 2023, o primeiro bimestre deste ano, mostrou números positivos, segundo dados divulgados pela Anfavea, entidade que reúne as montadoras de veículos no Brasil.

Outro dado interessante divulgado na reunião do inicio de março, é de que os 8,8 mil automóveis eletrificados vendidos no bimestre representaram aumento de 45% sobre janeiro e fevereiro do ano passado, o que projeta um crescimento superior a 40% até o fim deste ano -- um volume superior a 70 mil modelos

híbridos e elétricos e mostra uma tendência a ser confirmada nos próximos encontros.

Segundo disse na ocasião o presidente da Anfavea, Marcio de Lima Leite: “Este segmento é muito importante para a Anfavea, por isso todos os nossos esforços estão voltados para a atração de novos investimentos na produção local de veículos eletrificados, que vão desde a transformação local das nossas matérias primas em componentes, o desenvolvimento de fornecedores ligados a essa nova tecnologia, até o uso de novas fontes de energias limpas e de infraestrutura de transmissão e distribuição”.

As vendas apresentaram crescimento na mé -

ESTATÍSTICAS
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dia diária o que ajudou o primeiro bimestre a fechar com saldo positivo. A média de 7,2 mil unidades/dia ficou 11% acima das 6,5 mil/dia em janeiro. Com isso, o primeiro bimestre deste ano teve 272,8 mil emplacamentos, 5,4% a mais que neste período de 2022.

A produção também cresceu muito pouco no bimestre, pois persiste o problema da falta de semicondutores, além do que algumas empresas tiveram ajustes em linhas de montagem. Os 313,8 mil autoveículos pro -

duzidos (161,2 mil deles em fevereiro) representaram ganho de 0,8% sobre o primeiro bimestre de 2022.

As exportações recuaram na comparação com o início do ano passado. Foram 67,4 mil unidades com queda de 2,6%. No entanto, a receita gerada com essas exportações cresceu 28,5%, o que foi explicado por um mix de embarque formado por modelos de maior valor agregado, como caminhões e ônibus.

Fone: Anfavea

DISTRIBUIÇÃO DE AÇOS PLANOS VOLTA A RECUAR

Depois de apresentar um crescimento muito consistente no mês de janeiro, os números de fevereiro já demonstraram uma certa retração no setor de distribuição e processamento de aços planos.

Segundo informações divulgadas pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço – Inda, no mês de fevereiro o setor apresentou uma retração nas vendas de 5,4% quando comparadas com janeiro, com um montante de 294,5 mil toneladas contra 311,2 mil toneladas registradas naquele mês. Em comparação com fevereiro do ano passado, a queda foi de 2,1%, uma vez que haviam sido vendidas 300,1 mil toneladas.

As compras junto às usinas produtoras foram 12,8% menores perante janeiro com um volume de 279 mil toneladas contra 319,8 mil daquele mês. Também houve queda se considerarmos

o mês de fevereiro do ano passado, quando foram adquiridas 293,8 mil toneladas. Neste caso a queda foi de 5,1%.

Os estoques se mantiveram equilibrados, pois mesmo com a queda de 1,9 em relação a janeiro, o montante de 810,2 mil toneladas garante um giro de estoque de 2,8 meses de venda que é um número considerado bom pelos próprios empresários do setor.

As importações ou internações de aços planos em janeiro foram de 154,2 mil toneladas com uma queda de 13% sobre o mês de janeiro (117,2 mil) e em relação a fevereiro do ano passado houve uma ligeira alta de 1,8% pois naquele mês havia sido registrada a entrada de 151,5 mil toneladas. Segundo o Instituto há uma expectativa de crescimento tanto nas vendas como.

Fonte: Inda

ESTATÍSTICAS
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INDÚSTRIA DE MÁQUINAS COM FRACO DESEMPENHO EM JANEIRO

Segundo dados da Abimaq – entidade que reúne produtores de máquinas e equipamentos, o ano não começou bem para o setor. Isto porque foi registrada mais uma queda na sua receita líquida de vendas em relação ao mês anterior. É a oitava queda consecutiva, que já fez acender o sinal amarelo do setor.

De quebra o ano de 2023 começou com o pior desempenho dos últimos 3 anos, reforçando a percepção de desaceleração do setor e da economia como um todo. No comparativo com o melhor período do setor (2010-13) o mês de janeiro começa 30,4% menor.

Enquanto as receitas liquidas do mercado interno despencaram consolidando uma posição negativa que vem se acumulando mês a mês, as exportações de máquinas e equipamentos apresentaram boa

performance nas vendas, Já as vendas no mercado interno, ficaram 14,2% abaixo no nível de 2022.

A soma do mercado interno e externo mostrou que pelo segundo ano consecutivo o setor inicia com janeiro abaixo do mesmo mês do ano passado.

Em janeiro de 2023 o setor exportou novamente uma quantia superior a US$ 1 bilhão em máquinas e equipamentos o que vem confirmar os 8 meses no ano passado em que o setor chegou a tais números. Este movimento de alta pode ser observando, também, quando analisamos a quantidade exportada de bens.

Apesar de manter o nível estável de pessoal empregado a carteira de pedidos, medida em número de semanas para atendimento, registrou queda de 2,4%, em relação a dez22. Atualmente o setor possui uma carteira equivalente a 11,2 semana de atividade 11,5% inferior à de jan22.

Para os próximos meses há muita preocupação com o desempenho, pois repetindo a colocação de empresários de outros segmentos que acompanhamos, o Brasil precisa dar um impulso na sua atividade econômica de forma muito urgente.

Fonte: Abimaq

ESTATÍSTICAS
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NÚMEROS NEGATIVOS NA SIDERURGIA BRASILEIRA

O mês de fevereiro mostrou um quadro preocupante para a siderurgia brasileira.

Segundo dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil a produção de aço em fevereiro fechou em 2,5 milhões de toneladas, com recuo de 9,1% em comparação a janeiro.

As vendas internas atingiram 1,5 milhão de toneladas, com queda de 7,2% e as exportações fecharam em 1,1 milhão de toneladas, com alta de 10%.

São números que refletem que a economia nacional e a demanda pelo aço não estão reagindo como era esperado e foi preconizado nas declarações dos dirigentes da entidade no recente Anuário Brasileiro da Siderurgia (veja em nosso portal)

O consumo aparente de produtos siderúrgicos (vendas internas mais importações) atingiu 1,8 milhão de toneladas, recuo de 9,9%.

As importações caíram 13,8%, fechando em 325 mil toneladas.

Neste quesito de consumo aparente há uma disposição do Instituto Aço Brasil em trabalhar para dobrar em dez anos o consumo nacional do aço.

Estes números mostram que a atividade econômica que viabiliza o consumo das famílias e de toda a economia não decolou

neste início de ano. Espera-se novas medidas que venham incentivar os negócios e recuperar o tempo perdido.

Considerando o acumulado dos dois primeiros meses do ano, a produção atingiu 5,3 milhões de toneladas, com queda de 5,8% na comparação com igual período de 2022.

As vendas internas acumularam 3,1 milhões de toneladas, avanço de 2,6%.

As exportações fecharam em 2 milhões de toneladas, queda de 4,9%, e importações chegaram a 702 mil toneladas, alta de 16,5%, também na comparação do primeiro bimestre de 2023 com o de 2022.

Já o consumo aparente acumulou 3,7 milhões de toneladas no período, variação positiva de 2,4%.

Da mesma forma o Indicador de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) voltou a recuar em março de 2023. A queda de 5,6 pontos frente ao mês anterior levou o indicador ao nível de 32,7 pontos, o terceiro menor nível em toda a série histórica, iniciada em abril de 2019. O indicador se encontra 17,3 pontos abaixo da linha divisória de 50 pontos, que divide a confiança da falta de confiança dos CEOs da indústria do aço.

Fonte: IABr

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PLANTA DE DESSALINIZAÇÃO DA ÁGUA DO MAR

A unidade industrial de Tubarão da ArcelorMittal Brasil, localizada no município de Serra (ES), maior planta de aço da empresa, também é destaque na utilização racional de água. A usina conta com diversificação

de fontes de suprimento, que incluem a captação do rio Santa Maria (Grande Vitória), através da concessionária local, e a nova planta de dessalinização da água do mar, inaugurada em 2021. Iniciativa pioneira no Brasil, a planta de dessalinização tem capacidade de produção de até 500m³/h de água industrial. A unidade também prevê fazer o reuso de efluentes tratados do esgoto de Vitória (ES) - parceria com o governo capixaba e a Cesan, concessionária estadual.

Fonte: larissa.guinami@inpresspni.com.br Assessoria de Imprensa

USO DE ENERGIA SOLAR GANHA

ESPAÇO NO BRASIL

Segundo informado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), com base em dados da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), o Brasil entrou, pela primeira vez, na lista dos dez países com maior potência instalada, acumulada da

fonte solar fotovoltaica. O País encerrou 2022 com 24 gigawatts (GW) de potência operacional solar e assumiu, de forma inédita, a oitava colocação no ranking internacional. Ao analisar a capacidade instalada acumulada da tecnologia solar entre 2021 e 2022, o Brasil subiu cinco posições no ranking mundial da fonte fotovoltaica no período, saindo da 13ª colocação em 2021 para a oitava em 2022. O ranking é liderado pela China (392 GW), seguida pelos Estados Unidos (111 GW), Japão (78,8 GW), Alemanha (66,5 GW) e Índia (62,8 GW).

Fonte: Absolar

VITRINE
Foto: Divulgação
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Foto: PhotoDisc

SIMEC E O SEU CINTURÃO VERDE

Consciente dos benefícios da floresta para a sociedade, a Simec Cariacica mantém uma área verde de 567 mil metros quadrados no entorno da unidade, localizada em Jardim América. Em março é comemorado o Dia Internacional das Florestas. Importante para o planeta, as árvores estocam carbono, regulam o clima, evitam o assoreamento de rios e córregos, protegem a fauna, reduzem a propagação de ruído e ainda contribuem para a qualidade da água dos mananciais.

O gerente de Segurança, Saúde e Meio Ambiente da empresa, Dante Kegele, ressalta que o cinturão é formado por espécies exóticas e nativas como eucalipto, leucena, oiti, aroeira, bambu e ca -

suarina, funcionando como uma barreira.

Ele destaca ainda que essa é uma iniciativa entre tantas desenvolvidas pela empresa para proteger o meio ambiente, crescer de forma sustentável e contribuir com a qualidade de vida da população.

Fonte: robertapeixoto@contatus.com.br

- Assessoria de imprensa

SUPERAÇÃO DO AGRONEGÓCIO

Em 2022, o PIB (Produto Interno Bruto) nacional cresceu 2,9% em relação a 2021, e alcançou os R$ 9,9 trilhões. A maioria dos setores da economia apresentou incrementos, mas a Agropecuária teve queda de 1,7%, registrando um valor corrente de R$ 675,5 bilhões. Por outro lado, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) fechou 2022 em R$ 1,189 trilhão. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o valor é o segundo maior da série histórica, iniciada há 34 anos. O faturamento das lavouras foi R$ 814,77 bilhões e o da pecuária, de R$ 374,27 bilhões.

Mesmo com a queda no PIB, o agro pode considerar 2022 como um ano de superação, em um cenário marcado pela guerra na Ucrânia, escalada nos preços de fertilizantes, quebra da safra da soja e condições climáticas adversas. E foi justamente a atividade na Agricultura que apresentou queda, anulando as contribuições positivas das atividades de Pecuária e Pesca. Mesmo assim, o decréscimo real ficou abaixo das estimativas, o que é outra vitória.

José Guilherme Brenner, presidente da COOPA – DF, que realiza a AgroBrasília acredita que em 2023 o quadro será revertido mesmo porque “O setor tem participação relevante na balança comercial, gera empregos ao longo da cadeia produtiva, e teve e tem papel fundamental na integração do país”.

Fonte: Assessoria AgroBrasilia.

Foto: Divulgação
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Foto: Divulgação

CRESCE A EXPORTAÇÃO DE SUCATA

As exportações de sucata ferrosa, insumo usado na fabricação de aço, tiveram expressivo crescimento, de 84%, em fevereiro deste ano em relação ao mesmo mês de 2022. No mês passado, as vendas externas chegaram a 59.368 toneladas, contra 32.191 em fevereiro de 2022.

Nos dois primeiros meses deste ano, as exportações somaram 97.259 toneladas, em comparação a 70.395 toneladas em janeiro e fevereiro de

2022, uma alta de 38%, conforme dados do Ministério da Economia, Secex.

Conforme pesquisa semanal feita pela S&P Global Platts, agência americana especializada em fornecer preços-referência e benchmarkets para commodities, o mercado brasileiro de sucata ferrosa voltou a registrar queda de preços, o que levou mais empresas a recorrerem às exportações.

Fonte: Inesfa

ANUNCIANTES
Empresa Página Aços Vic Ltda. 15 Benafer S/A - Comércio e Indústria 35 Divimec Tecnologia Industrial Ltda. 19 Hospital Pequeno Príncipe 39 Intermach 2023 41 JLM Negócios e Soluções Ltda. Mercosistem 23 Larzinho Casa Jesus, Amor e Caridade 47 Metalurgia 2023 37 Portal Agrimotor 31 Red Bud Industries 02
DESTA EDIÇÃO
VITRINE
46 Siderurgia Brasil 164 - Março - 2023
Foto: Divulgação

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