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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PILOTOS DE HELICÓPTERO 10a EDIÇÃO AGOSTO 2014

A INFRAESTRUTURA, A FORMAÇÃO DOS PILOTOS E O SETOR DE ASA ROTATIVA NAS PRINCIPAIS CAPITAIS DO PAÍS

O MERCADO NO BRASIL

DO “BRAVO” AO “ECHO” QUASE 4 DÉCADAS DE SUCESSO abraphe.org.br


ÍNDICE EDITORIAL 04 PALAVRA DA DIRETORIA

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CHARGE 06 CURTAS 07 CAPA 08 ABRAPHE MINAS

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ABRAPHE SUL

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ABRAPHE RIO

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CERTIFICAÇÃO AW 169

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11ª LABACE

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ONDE IR

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ARTIGO SEGURANÇA DE VOO

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MOMENTO PILOTO

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Da formação ao mercado de trabalho, os detalhes da profissão de piloto de helicóptero 3


A ABRAPHE ON AIR se atualiza e junto a este processo consolida em seu número 10, uma Edição Especial Comemorativa, que circula junto ao maior evento da aviação executiva na América Latina, a LABACE. Nossas empresas associadas se destacam não só no evento como também nas páginas desta publicação especial. O cenário brasileiro da asa rotativa, bem como a infraestrutura, o mercado de trabalho para os pilotos de helicóptero e claro, a Segurança de Voo, norteiam esta edição especial. Como não poderiam faltar, as conquistas e os desafios da ABRAPHE pelo País e o trabalho desenvolvido nas regionais Minas, Rio e Sul. Também a reprodução do artigo do comandante Ruy Flemming, publicado recentemente na imprensa, sobre a importância em confiar no piloto. E, como anunciado neste espaço na edição passada, trazemos também mais uma nova seção, ONDE IR, e a primeira PALAVRA DA DIRETORIA. Esperamos que gostem!

DIRETORIA: Presidente: Jorge Faria Vice - Presidente: Rodolfo Lopes Secretária - Geral: Ana Paula Sócio Diretora Administrativo Financeiro: Fernanda G. Andrade Faria Diretor de Associados: Marcelo Jorge Graciotti Diretor de Comunicação: Felipe Diniz Diretor de Instrução e Disciplina: Antonio Sebastião Candido Diretor de Relações Públicas: Ruy Flemming 1° Suplente: Marco Antonio Adami 2° Suplente: Marcelo Cobra CONSELHO FISCAL: Presidente: Caio Mazza 1° Conselheiro: Guilherme Juc 2° Conselheiro: Jovilde Calisctil

Boa Leitura e bons voos a todos, sempre!

abraphe.org.br

Capa AS350 B3 e AS350 B (no detalhe)

CONSELHO DOS EX-PRESIDENTES: Marcos Otte (1ª gestão) Moacir Onório da Silva (2ª gestão) Carlos Mendes (3ª gestão) Carlos Alberto Artoni (4ª gestão) Cleber Mansur (5ª gestão) Rodrigo Duarte (6ª gestão)

Márcio Jumpei A edição nº 09 da ABRAPHE ON AIR publicou equivocadamente o nome do cmte Marco Otte. Ao estimado comandante que presidiu a ABRAPHE em sua primeira gestão, as desculpas desta redação.

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Na mesma edição, em Momento Piloto, o prefixo correto da aeronave é PPJMA. Aos comandantes Mendes e Daniel, nossas desculpas.

Acredite no COMANDANTE! A aviação geral, aqui compreendida como aquela que não vende passagens, tem um dos maiores patrimônios em termos de segurança e prevenção de acidentes: faz o próprio horário de decolagem, tem a opção de adiar ou cancelar a viagem sempre que lhe aprouver. Nunca está pressionada pelos passageiros que compraram a passagem. O piloto, muitas vezes o próprio dono da aeronave, pode simplesmente não ir.

EQUIPE: Ricardo Martins Roberta Gabriel Willian Farias

É claro que para isso precisa se programar, planejar, avaliar as condições e características do voo. Não basta o destino estar aberto para operação. É necessário voar até o destino, a rota deve estar em boas condições também.

ASSESSORA DE IMPRENSA CD Comunica – Imprensa e Content Marketing

Por exemplo, o empresário que irá com a própria aeronave fechar um grande e inadiável negócio em outra cidade num dia em que está entrando uma frente com chuva, trovoada, teto baixo, precisa entender que nessas circunstâncias, a viagem merece ser reavaliada ou, se possível, feita de carro. Sendo adiável, o melhor é simplesmente adiar. E se for o casamento da filha? Isso não é adiável! Melhor ir de véspera.

Arquivo pessoal

ERRAMOS

A PALAVRA DA DIRETORIA

JORNALISTA RESPONSÁVEL: Carolina Denardi - mtb 28205 REDAÇÃO FINAL E EDIÇÃO: Carolina Denardi

Contato / Assinatura

SUPERVISÃO GERAL: Caio Mazza

ABRAPHE - Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero Avenida Olavo Fontoura, 1078 - St. C - Lt. 07 Hangar da Go Air - Santana - São Paulo - SP - CEP 02012-021 Tel.: +55 11 2221-2681 | FAX: +55 11 2221-1348

DESIGN GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: marciovillar.com.br IMPRESSÃO: NYWGRAF - http://www.nywgraf.com.br

Poupe seu piloto ou você mesmo, piloto e proprietário, desse estresse e desse risco de ter que ir a qualquer custo. E não é qualquer lugar que opera IFR. O litoral de São Paulo e Rio, entre Guarujá e Angra dos Reis, tem grande movimento de helicópteros e aviões executivos. Regularmente apresenta condições adversas de tempo e a região não dispõe de auxílios que permitam o voo por instrumentos.

CMTE JOVILDE AP CALISCTIL Arquivo pessoal

Editorial

Safety ABRAPHE e suplente no Conselho Fiscal. Instrutora, Checadora, CENIPA 03196. 4.500 horas de voo. Habilitações: R22, R44, Agusta e SK 76 Sikorsky.

Todos conhecemos casos nos quais um simples voo terminou em acidente por decolar em horário ina­ dequado e ou sob condições meteorológicas adversas. Qualquer um de nós, mesmo sem acompanhar em detalhes o assunto, pode enumerar alguns acidentes na região. Vários, a maior parte, com algo em comum: mau tempo, chuva, teto baixo, ventos fortes. E se tivessem adiado a decolagem? Ou mesmo cancelado o voo? Mas não apenas no litoral. Em qualquer local. Basta apenas algumas regras básicas de segurança quebradas e a taxa de risco é aumentada a ponto de ultrapassar a capacidade do piloto ou da máquina, às vezes do conjunto piloto/máquina em fazer frente e vencer a situação. Isso não quer dizer que não pode alguém utilizar a própria aeronave quando precisar. Isso quer dizer que não precisa correr riscos desnecessários, “forçar a barra”, decolar sob pressão da necessidade quando uma análise tranquila aconselhar o adiamento ou mesmo o cancelamento da viagem.

Comandante, planeje, analise, avalie os riscos. Proprietário, acredite na análise de seu comandante!

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CHARGE

CURTAS Manutenção de motores O Helipark ampliou o setor de motores, para atender a crescente demanda de manutenção para Rolls Royce, Turbomeca e Pratt & Whitney. O espaço permitirá triplicar a capacidade de atendimento do setor, que também recebeu um grande investimento em equipamentos e ferramentas, além de novos cursos para uma equipe que já acumula 30 anos de experiência no assunto. O Helipark é Centro de Serviços Rolls Royce M250 e está homologado pela ANAC para atender outros 42 modelos de motores. Consulte a lista completa de certificações no site www.helipark.com.br .

Helipark 1 As oficinas do Helipark estão atuando na pintura e tapeçaria completa de dois helicópteros Agusta AW 139. Este é o maior modelo já assumido pelo setor, que contabiliza mais de 80 pinturas completas desde 2002, e é considerado referência no assunto dentro e fora do país. A primeira aeronave já foi concluída e entregue ao cliente em julho, e a próxima está prevista para o segundo semestre.

NOSSO CHARGISTA: ADELSON Formado mecânico de helicópteros no final do anos 80 pela E.A.P.A.C. (coordenadoria geral de operações aeropoliciais ), Adelson trabalhou em Macaé pela Helijet T.A. a serviço da Petrobras Offshore sendo transferido para Amazônia após alguns anos para trabalho onshore com sismografia. Retornou a Macaé ainda pela extinta Helijet, se mudou para Jacarepaguá para trabalhar na Riana Taxi Aéreo criado pelo Cmte Malagutti. Em 96 foi transferido para São Paulo a serviço da TV Globo com o famoso Globocop HLU e em 2006 foi transferido para Helisul, do Cmte Eloy, onde está até hoje, ainda cuidando do Globocop, mas o HTV.

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Sobrevoando na Lapa Novas reclamações relativas ao sobrevoo na região do Alto da Lapa e Lapa de Baixo foram encaminhadas à ABRAPHE. Sempre bom lembrar que a Rota Externa da região está extinta e que bons voos são regidos pelo cumprimento às normas e rotas regulares. Fiquem atentos!

Comunicar o Cenipa sempre O CENIPA, por meio do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – SERIPA deve ser sempre acionado imediatamente a qualquer ocorrência de incidente ou acidente. O helicóptero não pode ser removido sem a autorização do SERIPA.

Seguro para o piloto A UMBRIA, empresa associada ABRAPHE, se destaca no mercado em Seguro Aeronáutico diferenciado com atendimento personalizado e a qualidade e consultoria das melhores seguradoras do País.Reconhecida pelos produtos voltados exclusivamente aos pilotos, a UMBRIA dispõe de produtos específicos para atender as necessidades dos pilotos, entre eles, Seguro de Vida com até R$ 500 mil de cobertura e, ainda seguros veículo, residencial e saúde. Mais informações em www. umbriaprivate.com.br ou nos telefones 55 11 983654545/ 3044-6447 ou ID 55*13*11370.

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CAPA Apesar da retração econômica vivenciada nos últimos doze meses, o mercado de helicópteros no Brasil se mantém aquecido e cresce em média 10% ao ano. A versatilidade da aeronave e os benefícios em tempo e segurança contribuem para o crescimento da asa rotativa como ferramenta de trabalho e opção de transporte entre as capitais com grande fluxo de veículos. Entre os executivos, o uso da aeronave é crescente considerando a economia não só em tempo, mas financeira, se comparado aos custos de um trânsito cada vez mais caótico nas cidades brasileiras, além é claro dos setores de segurança, SAR (Busca e Salvamento) e atendimento a Urgências e Emergências.

Frota mundial Com 2.131 aeronaves registradas, segundo o último levantamento da ANAC – Agência Nacional da Aviação Civil, datado de junho deste ano, o Brasil está entre as maiores frotas de helicóptero do mundo. Estu-

Brasil possui a quarta maior frota de helicóptero do mundo; cidade de São Paulo é líder mundial em frota e operação superando Nova Iorque e Tóquio

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Ainda pelo levantamento da entidade, São Paulo foi confirmada oficialmente a capital mundial dos helicópteros em frota e número de operações, com 411 aeronaves registradas na ocasião e com a maior quantidade de operações diárias: em torno de 2000 pousos e decolagens/dia. As cidades de Nova Iorque, nos Estados Unidos e Tóquio, no Japão, cidades de maior similaridade com São Paulo nas operações por helicóptero ocupam respectivamente a segunda

FROTA DE HELICÓPTEROS POR ESTADO DADOS DE JUNHO/2014

Fonte: ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil)

MERCADO AQUECIDO

do realizado pela ABRAPHE e apresentado durante a LABACE 2013 confirmavam o País na posição de quarta maior frota de helicópteros civis do mundo na comparação por países, estando atrás dos Estados Unidos (12000 helicópteros), Canadá (2776 helicópteros) e Austrália (2025 helicópteros). E a frente da França (1300 helicópteros) e do Reino Unido (1260 helicópteros). Importante destacar que o estudo realizado em 2013 analisou como dado base as informações consolidadas do ano de 2012.

8 36 21 0 24 1 7 8 13 69 9 97 79 48

RR PA AM AP MA AC RO TO MT DF MS PR SC RS

l l l l l l l l l l l l l l

l l l l l l l l l l l l l

PI CE RN AL PE PB SE BA GO MG ES RJ SP

7 45 7 15 42 4 5 29 65 253 36 469 734

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CAPA Segurança de Voo: setor cresce, número de acidentes caem

gional da Austrália, além dos dados mundiais da IHST (International Helicopter Safety Team) e da ANAC (Agência Nacional da Aviação Civil) e do DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), que respondem respectivamente pelo registro de aeronaves e movimentação do espaço aéreo nacional. Para a ABRAPHE, os números reforçam as ações proativas da entidade junto às autoridades aéreas e órgãos governamentais do País e da cidade de São Paulo, no sentido da segurança de voo e da defesa do planejamento do espaço aéreo e da infraestrutura local para comportar a demanda. Estão entre os pontos de apoio da ABRAPHE a defesa da representatividade da aviação por helicóptero no desenvolvimento social e econômico do País e a formação e atuação dos pilotos licenciados em atividade no espaço aéreo nacional, com vistas na responsabilidade e atualização constantes necessárias ao exercício da profissão.

Frota cresce, acidentes caem e terceira posição no ranking. O estudo foi concluído em agosto de 2013. Os dados utilizados pela ABRAPHE foram disponibilizados pelas entidades representativas dos principais polos de aviação por asa rotativa do mundo – FAA (Federal Aviation Administration), dos Estados Unidos; Canadian Civil Aircraft, do Canadá; MLIT (Ministry of Land, Infrastructure, Transport and Tourism), do Japão; CAA (Civil Aviation Authority), do Reino Unido; Deutscher Aero Club e Gleitschirm und Drachem fliegen in Deutschland, da Alemanha e Departamento de Infraestrutura, Transporte e Desenvolvimento Re-

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Enquanto o setor cresce, o número de acidentes cai. Levantamento divulgado em 31 de janeiro pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos - CENIPA aponta a queda de 8,42% no número total de acidentes aéreos em 2013 no país. Para os helicópteros a redução continua, acompanhando o ocorrido em 2011 e 2012 (estudo completo em http://goo.gl/bg882Z ). Até 2016, a meta do IHST (International Helicopter Safety Team) - entidade internacional voltada a segurança de voo por helicóptero parceira da ABRAPHE e - é reduzir em 80% o número de acidentes com helicópteros no País.

Helicidade. Localização, requinte e sofisticação ao seu lado. O Helicidade oferece localização estratégica e uma estrutura premium. Você, seu helicóptero e sua tripulação contam com itens de conforto, como estacionamento coberto com manobristas, salas VIP e de reuniões, loja de conveniência, caixa eletrônico 24 horas, restaurante, suítes para pernoite, sala de pilotos com TV, DVD e internet, hangaragem, serviços pré e pós-pouso, abastecimento e muito mais. Além de tudo isso o Helicidade também se preocupa com a questão socioambiental, criando oportunidades de emprego, incentivando a educação e cuidando da natureza; é pioneiro na neutralização da emissão de CO2. Helicidade. Muito mais do que um Heliporto.

23 48 S / º32’

44 13 W

046º

VHF - 130,37 Av. Onófrio Milano, 186 - Jaguaré 11 11 3767 3500


CAPA

EMBASAMENTO TÉCNICO É SOLUÇÃO PARA

HELIPONTOS EM SÃO PAULO

Falta de diálogo e estudo relacionado às operações depõe contra a Segurança de Voo O fechamento dos helipontos em São Paulo sem análise técnica criteriosa das operações compromete a Segurança de Voo ao canalizar todo o tráfego para um único lugar causando não só a concentração de ruídos como também aumento do nível de exposição ao risco em determinado local. A ABRAPHE tem acompanhado os desdobramentos do tema e se mantém à disposição para poder apresentar argumentos técnicos e de rotina da aviação por helicóptero, na expectativa de contribuir para um consenso que permita a continuidade das operações na capital, com segurança e sem desconforto para a comunidade no entorno dos helipontos.

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O que a entidade defende é o diálogo e a regulamentação baseada em estudos técnicos individualizados com a aplicação de linhas para o estudo. A avaliação dos impactos é necessária justamente para contribuir com a determinação de viabilidade operacional para cada heliponto, considerando também as especificidades da região em termos de ruídos primários, tráfego aéreo e estudo teorizado do número de operações locais, a exemplo dos hospitais, que requerem uma estrutura local para pousos e decolagens de helicóptero, por conta dos benefícios da aeronave no atendimento às urgências e emergências. Isso vale para qualquer instalação tida como restritiva na lei municipal aprovada no mês de abril de 2013.

MAIS SOBRE O TEMA l A ABRAPHE participou ativamente das discussões junto ao poder público e a sociedade civil organizada durante as Audiências Públicas e estudos que resultaram nas leis em vigor. l Com imparcialidade e sempre a favor do diálogo, a ABRAPHE contribuiu com o poder público na ocasião, fornecendo argumentos técnicos e operacionais voltados à segurança de voo e à tranquilidade da comunidade no entorno de locais com grande fluxo de aeronaves, propondo inclusive

restrições, a exemplo do horário permitido de voo entre 6 e 23 horas. l Desde 2009, quando aprovada a lei municipal restringindo os helipontos na capital, mais de 30% dos helipontos foram fechados na cidade de São Paulo. l O fechamento não reduz o número de helicópteros em operação na cidade e gera problemas à população e à segurança de voo por restringir pousos e decolagens a um pequeno número de pontos habilitados.

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CAPA

FORMAÇÃO

O exercício da profissão de piloto de helicóptero exige reciclagem, estudo continuado e o cumprimento de todas as etapas práticas e teóricas exigidas para a licença de piloto de helicóptero, sempre em escolas homologadas e reconhecidas pela ANAC para a função. Como em qualquer outra atividade de transporte, depende do respeito às regras de segurança, do fator humano e das condições meteorológicas para funcionar bem e de forma segura. Atualmente, são mais de 3.000 pilotos de helicóptero em operação no território nacional e média anual crescente superior a 300 licenças emitidas para Piloto Comercial de Helicóptero (PCH) nos últimos três anos.

REQUER DISCIPLINA E ATUALIZAÇÃO São mais de 3.000 pilotos de helicóptero em operação no território nacional 14

Representante de mais de dois mil pilotos de helicóptero em todo o Brasil, a ABRAPHE acredita no incentivo à formação, à fiscalização, bem como o preparo e capacitação dos instrutores de voo, que estão na linha de frente do aprendizado prático, como fatores de suma relevância no que se refere à prevenção de acidentes envolvendo helicópteros no País. A frente de ações voltadas à troca de experiência para o aprendizado na prevenção de acidentes,

a ABRAPHE não só representa como dá todo o apoio possível aos pilotos agindo proativamente na prevenção de acidentes por meio de campanhas e na disseminação de informações sobre as doutrinas de segurança da aviação por asa rotativa.

Além do Safety Abraphe, composto por especialistas em segurança de voo, ativos junto ao CENIPA – Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes e SERIPAs – Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes, no sentido de acompanhar os relatórios e investigações para trazer informações atualizadas aos pilotos e esclarecer dúvidas, a ABRAPHE realiza bianualmente o Seminário Internacional sobre Segurança de Voo, que na sua última edição reuniu mais de 800 profissionais do setor. Também são realizadas campanhas sobre temas de relevância à carreira em favor da segurança de voo.

Algumas das campanhas recentes da ABRAPHE vão contra o lançamento de horas indevidas na caderneta de voo (prática conhecida como canetada ou BIC); contra o desrespeito às Rotas Especiais de Helicóptero (REH); contra o desrespeito aos fatores humanos e naturais e a favor da fiscalização e punição dos infratores.

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CAPA Etapas da formação de Piloto de Helicóptero

PPH

A Carteira de Piloto Privado de Helicóptero permite pilotar um helicóptero particular, mas não profissionalmente, como um trabalho remunerado. Exige Certificado de Capacidade Física (CCF). Exame Médico de 2° Classe, que deve ser realizado no Hospital da Aeronáutica. Curso teórico homologado pela ANAC, de 4 a 6 meses de duração com cinco (05) matérias: Regulamento Aéreo, Navegação Aérea, Teoria de Voo, Meteorologia e Conhecimentos Técnicos. Prova na ANAC. São 5 provas, uma de cada matéria. Cada uma com 20 questões de múltipla escolha. Nota mínima 7,0 em cada prova. Ground School (curso específico do equipamento que estará voando). Horas Práticas, são necessárias no mínimo 35 horas para PPH o que inclui três horas de voo noturno com no mínimo dez pousos e dez decolagens, demonstrando aprimoramento no treinamento e Avaliação prática de voo (check), após autorização da ANAC. É obrigatório o PPH para a realização do curso de Piloto Comercial (PCH).

PCH

A habilitação de Piloto Comercial de Helicóptero é obrigatória para o exercício da profissão em atividades, tais como táxi aéreo e instrução, porém as exigências em número de horas de voo e especialização para cada área de atuação variam. São exigidos novos Certificado de Capacidade Física (CCF) e Exame Médico de 1° Classe. Curso teórico para PCH com duração de três (03) meses. Prova teórica na ANAC para PCH com nota mínima 7,0 em cada prova. Novo Ground School se concluiu o PPH em outra aeronave que não a que será realizada as aulas práticas para PCH. Curso Prático para PCH, onde são necessárias mais 65 horas de voo para a habilitação, que somadas às 35horas para PPH resultam nas 100 horas necessárias para o check em PCH. E,

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ainda, treinamento de voo por instrumento, com o mínimo de 10 horas IFR, sendo que cinco delas podem ser substituídas por simuladores homologados pela ANAC. E, então, avaliação prática de voo (check), após autorização da ANAC. A qualificação em IFR é exigida para voar em condição meteorológica por instrumento em helicópteros bimotores. É obrigatório para operações em plataformas de petróleo, os chamados voos offshore.

PLAH

Piloto Linha Aérea Helicóptero. Requer estar licenciado (checado pela ANAC) na categoria de PCH. Novo Certificado de Capacidade Física (CCF). Exame Médico de 1° Classe. Curso teórico homologado pela ANAC. Prova teórica da ANAC. Curso Prático. São necessárias 1000 horas de voo, sendo: 250 horas como piloto em comando; 200 horas de voo de navegação, das quais no mínimo 100 horas como piloto em comando ou como piloto em comando com supervisão; 30 horas de voo por instrumento, sendo um máximo de 10 horas em simulador e 50 horas de voo noturno.6° Avaliação prática de voo (check), após autorização da ANAC.

INV/H

Para ser reconhecido como Instrutor de Voo de Helicóptero (INV/H), além da carteira de PCH e aulas teóricas específicas com duração de duas (02) semanas em período integral. Prova teórica aplicada pela ANAC. Curso Prático com no mínimo 200 horas de voo, portanto a licença de PCH, com 100 horas de voo e no mínimo mais 100 horas de voo específica na atividade de instrutor. Avaliação prática de voo (check), após autorização da ANAC.

O offshore e a demanda e oferta de pilotos de helicóptero no País O mercado tem se ajustado e a demanda atual está sendo atendida. Para os próximos anos não há expectativa de falta de pilotos. Pelo número de licenças emitidas anualmente pela ANAC e o novo RBAC 61 (Regulamento Brasileiro da Aviação Civil), já em vigor, há condições de capacitar novos profissionais para atender a demanda local. Atualmente, os profissionais estão sendo treinados pelas próprias empresas para formarem comandantes preparados para operarem as aeronaves de grande porte necessárias nas operações offshore.

O tempo de treinamento pode chegar a seis meses e contribui para a segurança de voo permitindo um tempo maior de experiência e capacitação do profissional para a atividade que irá executar. Conforme chegam novas aeronaves, novas vagas são abertas e há novas contratações. No offshore, conforme o último levantamento realizado pela entidade existem 653 pilotos e copilotos em operação no País para uma frota de 128 aeronaves. O Governo espera ampliar a produção diária de petróleo para 4 milhões de barris até 2020, Frente a isso, a frota de helicópteros e a tripulação (piloto e copiloto) em operação deve dobrar.

Mais sobre a ABRAPHE

DIRETORIA ABRAPHE Biênio 2014/2016

A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PILOTOS DE HELICÓPTERO é uma entidade sem fins lucrativos, que representa mais de dois mil pilotos de helicóptero em todo o território nacional, atuando em iniciativas que contribuam com o aperfeiçoamento dos profissionais e a segurança de voo. Entre as prioridades da ABRAPHE está fomentar o intercâmbio técnico e cultural com outras entidades de classe nacionais ou estrangeiras, que congreguem aviadores, visando promover o aper-

feiçoamento profissional, técnico e sócio cultural dos seus associados, promovendo ações para elevar o grau de profissionalismo dos mesmos por meio de congressos, seminários, cursos, debates, reuniões e atividades técnicas. Fundada em 1995 como Associação dos Pilotos de Helicóptero do Estado de São Paulo (Aphesp), a ABRAPHE conta com sub sedes em Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ) e Sul do País (Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná).

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MINAS GERAIS Minas Gerais detém a terceira maior frota do País em número de helicópteros registrados (253) e necessita de medidas que incrementem a infraestrutura da região para atender a demanda de um setor que no estado mineiro vem crescendo entre 10 e 15% ao ano, desde 2009.

na capital, estimado em aproximadamente 50 decolagens e pousos /dia. A entidade acompanha a questão junto à prefeitura municipal oferecendo informações técnicas sobre as operações locais e disponibilizando as informações requeridas.

No Estado, Belo Horizonte responde pela maioria das operações registradas, com frota estimada de 56 helicópteros.

A ABRAPHE é a favor da regulamentação e da discussão técnica das questões envolvendo o tráfego aéreo de helicópteros em Belo Horizonte, permitindo inclusive o engajamento da comunidade no sentido do convívio harmônico entre o desenvolvimento e o crescimento da aviação por helicóptero no município, a segurança de voo e o conforto da população.

Além dos corredores e uso de frequência de rádio coordenada para helicópteros, em Minas Gerais, a ABRAPHE tem atuado em defesa de estudos que viabilizem novos helipontos para dar vazão ao número de operações diárias

Contato e informações sobre a ABRAPHE MINAS podem ser obtidos no email abraphe.minas@abraphe.org.br

CORREDORES PARA HELICÓPTEROS EM BELO HORIZONTE Após o esforço da ABRAPHE, que desde 2011 vem atuando com suporte da subsede Minas/ABRAPHE MINAS junto às autoridades locais em defesa das Rotas Especiais de Helicópteros – REHs em Belo Horizonte, os procedimentos IFR da TMA-BH serão modificados para facilitar a circulação VFR (aviões e helicópteros) nos setores NW da CTR-BH. Assim as propostas de REH serão redefinidas. Pela proposta enviada e acatada pelo DTCEA/CF após audiências públicas e reuniões com os operadores da região, compreende a redução e ascensão da CTR, criando um espaço “G” para que os helicópteros circulem coordenando em frequência específica com Código

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Conquista remete ao crescimento e importância da asa rotativa na capital mineira

XPDR discreto, conforme ocorre em SP. O case de sucesso em São Paulo e no Rio de Janeiro foi usado como justificativa e modelo à proposta enviada. A expectativa é de máxima capilaridade e abrangência para a melhoria do fluxo no terminal BH. Em breve, será emitido uma AIC, publicação aeronáutica da sigla em inglês Aeronautical Information Circular pelo DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo com as publicações e cartas de corredores REA e REH, redesenhando a circulação VFR na TMA e CTR BH. Na prática trata-se de uma grande conquista em favor da Segurança de Voo.

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SUL

PILOTOS REUNIDOS PRÓ

SEGURANÇA DE VOO Região concentra aproximadamente 15% da frota nacional de helicópteros e acompanha o crescimento do mercado em frota e número de pilotos

A ABRAPHE SUL, subsede da ABRAPHE na região, responsável por reunir os pilotos de helicóptero dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul está em atuação desde janeiro deste ano quando foi realizada a primeira reunião em Florianópolis, Santa Catarina. Responsável por concentrar aproximadamente 15% da frota nacional de helicópteros, a Região Sul acompanha

o crescimento do mercado em frota e número de pilotos. Os primeiros encontros oficiais do grupo reuniram mais de 25 pilotos entre em formação e em atuação nos segmentos offshore, táxi aéreo, instrução e executivo. De lá prá cá, representados pelo assessor geral da ABRAPHE SUL, Thiago Barbato, vêm participando das Assembleias e encontros gerais da ABRAPHE, com vistas à unificação e fortalecimento dos interesses em favor do desenvolvimento seguro da aviação por helicóptero no Sul do País. Atualmente, o grupo se mantém voltado em reunir o maior número possível de pilotos em formação e em atuação nos três estados representados pela regional, para que com o suporte operacional da sede da ABRAPHE possam estruturar as demandas e melhorias necessárias ao tráfego aéreo local, bem como apresentá-las e colocá-las em discussão junto aos órgãos reguladores,

a exemplo do que ocorre atualmente com as regionais Minas e Rio. Na região, os municípios com maior número de operações com helicóptero são Florianópolis (SC), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). Até setembro, o site da ABRAPHE contará com área exclusiva reservada às subsedes em atividade, o que inclui a ABRAPHE SUL. O contato com a Assessoria Geral da regional pode ser feita pelo email abraphe.sul@abraphe.org.br.

Principais pontos em debate na região l Diferenças entre TMA/AIS Navegantes e TMA/AIS Florianópolis; l Exigência de plano de voo completo dentro de cada TMA para decolagens de grupo Zulu, assim como exigência de novo plano de voo para cada TGL, com ou sem desembarque de passageiros; l Problemas e dificuldades burocráticas diante a ANAC para checar e rechecar na região

O assessor geral da ABRAPHE SUL, Thiago Barbato, junto ao presidente da ABRAPHE, Jorge Faria, durante a solenidade de posse da nova diretoria

l Dificuldade dos órgãos de controle da região diferenciarem operações de asas fixas com as particularidades das operações de asas rotativas l AIC N 05/07 18 JAN 2007 - Apresentação de Plano de Voo por Telefone

Grupo reunido na reunião realizada em Navegantes, em janeiro

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RIO

ESTADO DETÉM A SEGUNDA MAIOR FROTA DO PAÍS Operações offshore e o respeito às altitudes e Rotas Especiais de Helicóptero- REHs norteiam ações da entidade

O Estado do Rio de Janeiro possui 469 helicópteros registrados. É a segunda maior frota de helicópteros do País, perde apenas para São Paulo com 734 aeronaves registradas, segundo balanço da ANAC de junho deste ano. Responsável por concentrar grande parte das operações offshore do País e pela forte atuação turística em sua capital, as ações da ABRAPHE via sub sede Rio estão voltadas nas campanhas junto aos pilotos em atuação para o respeito às normas relativas ao sobrevoo na Zona Sul e o suporte junto aos pilotos nas plataformas quanto à segurança de voo, formação, mercado de trabalho e licenças para atuação no segmento. A campanha intitulada “Respeite as Rotas Especiais de Helicóptero (REH). Mantenha-se no Corredor e na Altitude recomendada”, foi lançada em 2012 e se mantém ativa no sentido de reforçar aos pilotos a proibição da REH Lagoa, além de enfatizar outras determinações como a saída do heliponto da Lagoa a 1.000 pés de altitude até a REH praia;

o sobrevoo do Cristo Redentor a 2.500 pés de altitude e o uso da Boca da Barra para as aeronaves com destino ao Aeroporto Santos Dumont. Solidária aos anseios da população pelo reordenamento do tráfego em algumas regiões do Rio de Janeiro, a ABRAPHE se mantém aberta ao diálogo e tem tratado o tema com seriedade junto às autoridades aeronáuticas, DECEA, ANAC e INFRAERO no sentido de participar e contribuir com as doutrinas de segurança sem prejuízo à comunidade local.

Operação offshore

Mais informações e contato com a regional Rio podem ser feitas no email abraphe.rio@abraphe.org.br

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AW169

11ª LABACE

A MAIOR FEIRA DO SETOR NA AMÉRICA LATINA Já tradicional no calendário da aviação executiva do País, a LABACE - Latin American Business Aviation & Conference, em sua 11ª edição, reúne os principais players da aviação executiva mundial no Aeroporto de Congonhas. Maior feira da aviação executiva da América Latina, são mais de 90 empresas expondo produtos e serviços e fomentando negócios nos três dias de evento. Helibras, Bell e AgustaWestand apresentam os helicópteros que devem trafegar pelos céus de todo País nos mais variados segmentos da asa rotativa, assim como a asa fixa também marca presença com os principais fabricantes, tais como Embraer, Boeing e Bombardier.

PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO CONCLUÍDO ATÉ O FINAL DO ANO Até agora, são mais de 850 horas de voo registradas pelos quatro protótipos A conclusão do Programa AW 169 de certificação está previsto para o final de 2014. Até o momento, são mais de 850 horas de voo registradas pelos quatro protótipos. Atraindo forte interesse de clientes do mercado EMS e VIP, a AgustaWestland contabiliza mais de 120 encomendas em todo mundo, tendo contratos assinados durante a quinta edição da Farnborough Air Show, realizada em julho deste ano. Só no Brasil houve 20 pedidos para o AW169 com entregas previstas para começar em 2015. De acordo com a fabricante, a expansão das instalações da AW no Brasil, que é parte da estratégia focada em expandir a presença da empresa no País, apoia as novas adições à frota de helicópteros em operação no Brasil. O objetivo é

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Maiores players da aviação executiva marcam presença e consolidam Brasil como mercado promissor

aproximação cada vez maior com os clientes, prevendo a entrega de serviços personalizados e a disponibilidade de aeronaves. A ampla gama de plataformas já existentes e novas, o que inclui os modelos AW169, AW189, bem como o AW109 Trekker entram no mercado coincidindo com as demandas da aviação corporativa e da expansão das operações offshore. Ainda dentro da estratégia para o Brasil, com vistas em sustentar o crescimento da frota local, está o investimento em um grande estoque permanente de peças de reposição para atender eficazmente todos os helicópteros na área.

Outro ponto de destaque nesta LABACE 2014 é a presença dos heliportos e aeroportos privados com estandes próprios, a exemplo do Helicidade (São Paulo), Helipark (Carapicuíba), Aerovale (Caçapava) e JHSF (São Roque). Dias 12 (terça-feira) e 13 (quarta-feira) de agosto, das 12 às 20 horas. Dia 14 de agosto (quinta-feira), das 12 às 19 horas. Informações e notícias atualizadas do evento em www.abag.org.br/labace2014.

DIA

HORÁRIO

EVENTO

LOCAL

STATUS

3ª feira 12 de agosto

13h às 17h

CRM

Auditório Santos Dumont

Inscrição prévia

8h30 às 13h

BALA - Business Aviation in Latin America

Auditório Congonhas

Visitiantes podem assistir gratuitamente

8h30 às 17h

CRM

Auditório Santos Dumont

Inscrição prévia

8h30 às 12h

CRM

Auditório Santos Dumont

Inscrição prévia

4ª feira 13 de agosto 5ª feira 14 de agosto

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ONDE IR em produtos de ponta para a saúde física. De um lado, o fundador da The Body Shop, que se estabeleceu em 1980 prometendo não mentir sobre beleza e sobre a formatação de seus cremes e loções. Do outro, o dono da Algenist, a vanguarda dos cremes faciais.

BOTANIQUE HOTEL & SPA

Em Campos do Jordão, um espaço destinado aos que buscam o pós-luxo Silêncio absoluto, integrado à natureza. Assim é o BOTANIQUE HOTEL &SPA. Localizado no coração da Serra da Mantiqueira, fica a 1.200 m, no coração do Bairro dos Mellos, a apenas 12 km de Campos do Jordao, 13 km de Sto Antonio do Pinhal e na divisa com São Bento do Sapucaí – o novo Triângulo das Serras. Uma referência do novo design, cultura e gastronomia brasileiras – um projeto que cria um conceito moderno de montanha, totalmente nacional. Uma arquitetura que não é cópia, incorporando pedras naturais imensas, altas paredes de vidro, ardósia chocolate de uma jazida singular, explorada apenas uma vez a cada 17 meses, e aço exposto. Tudo isto emoldurado por enormes vigas de madeira recuperada de 120 anos de idade, com estrutura firmemente plantada em uma horta que envolve o edifício. Com mais de 7.000 m2 de área comum para apenas dezessete apartamentos, a propriedade, dentro de 80 mil m2 exclusivos em quatro milhões de metros de mata atlântica, em uma zona de um km sem veículos motorizados,

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cria o luxo que não vem de grifes ou mármore, mas de modernidade na proteção da privacidade do hóspede. A peça central do imóvel contém o restaurante, salão, biblioteca, espaços de convivência, spa de mais de 900 m2 e 6 acomodações exclusivas. Há também 11 vilas individuais delicadamente espalhadas ao redor das exuberantes montanhas, cada uma delas contendo elaborados jardins privativos, medindo entre 300 e 600 m2.

Spa Botanique Clichês não têm lugar no cardápio de tratamentos do Botanique. Não se fala em beleza ou rejuvenescimento instantâneos. Foram 09 anos de pesquisas com uma equipe técnica formada por professores da Unicamp, fisioterapeutas, médicos, quiropraxistas e osteopatas, até nascer o primeiro spa 100% brasileiro. E por que não? O Brasil nada deve à Índia, Suécia, Japão ou Havaí em termos de princípios ativos, diversidade botânica ou rituais de beleza. Não é por acaso que sócios do Botanique são líderes mundiais

Nem por isto o Spa Botanique tem produtos ou tratamentos de qualquer um deles. Muito pelo contrário, o que se aprendeu no Brasil com princípios da Mantiqueira, da mata e da água termal e mineral serve hoje de inspiração para ambos, que muito auxiliaram na longa e complexa pesquisa que deu origem ao Spa. Sorte que o contexto já provê oportunidades ímpares. Campos do Jordão foi duas vezes escolhido em congressos mundiais de climatologia de Davos como o melhor clima do mundo.

Como chegar POR TERRA: ao final da Rod. Carvalho Pinto, seguir rodovia para Campos por 20 minutos, até a Polícia Rodoviária. Seguir por mais 10 minutos e entrar para Santo Antonio do Pinhal utilizando o viaduto (à direita).Travessia da cidade (10 minutos). Seguir até o final da cidade. Na bifurcação, pegar à direita: ESTRADA DO MACHADINHO - no sentido Campos do Jordão (e não Sul de Minas) até o trevo da SP50 (6 Km) - asfaltado. Entrar à direita na SP 50 e seguir por mais 4 Km, até o BAIRRO JOSÉ DA ROSA. Siga por mais 8 km até o km 168.Vire à direita (estrada asfaltada) e siga por 6 km até a portaria do Botanique Hotel & Spa. PELOS ARES, AS COORDENADAS:

Não por que tenha mais ar rarefeito do que a Suíça, por exemplo, mas por ter 1.4 vezes mais ozônio do que Evian-Les-Bains e 2.3 mais do que São Paulo. E isto se deve às massas de coníferos, bem como ao altíssimo número de dias de pleno sol ao ano, 255. Adicione a qualidade do aquífero guarani e das fontes de água termal, e temos uma climatologia ímpar. O Spa possui aproximadamente 1.000 m2 e está localizado no mezanino do hotel. É composto também por uma piscina aquecida exterior, e por uma academia e consultório clínico de spa, na parte alta do terreno do Botanique. A academia baseia-se em uma esteira especial, brasileira de exportação, que simula maratonas de forma digital. Dentro do spa, em cerca de 700 m2 de salas de tratamento, encontra-se o staff, composto de fisio e massoterapeutas de conhecimentos profundos.

Atividades externas Professores de tênis, mountain bike, equitação, personal trainers e monitores para caminhadas, fauna e flora não podem faltar e estão à disposição gratuitamente e sem limitação de horário. Todos são certificados e estão no topo de suas profissões, tendo competido profissionalmente em suas especialidades. O Botanique gera uma frustração – não há tempo suficiente para provar de tudo. É preciso respirar profundamente o ar rarefeito e limpo e perceber que desta gama de opções nasce uma experiência que não se esquece tão logo.

l Geoterapia l Balneoterapia l Tratamentos com água l Salão de beleza l Massagens 27


ARTIGO Por CMTE RUY FLEMMING - diretor de Relações Públicas da Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero – ABRAPHE

Já voei com passageiros que me confidenciaram que sentiram medo. Os motivos são os mais variados, um mau tempo na rota, turbulência, ou o simples fato de que não se sentiram completamente à vontade em invadir o espaço que foi originalmente destinado às aves. A dica que eu dou é a seguinte: - “Olhe nos olhos do piloto. Na maioria das vezes, mesmo aquelas situações que parecem ser mais críticas aos leigos, são rotina para quem optou pelo cotidiano de ver o mundo do alto”. São raríssimas as profissões cujos profissionais sejam submetidos a tantas avaliações quanto o piloto. Uma vez que um advogado tenha obtido seu OAB, fica por conta dele continuar ou não somando conhecimentos. Um cirurgião não é submetido a uma avaliação formal

TEM GENTE MUITO SÉRIA TRABALHANDO COM FOCO NA

SEGURANÇA DOS VOOS 28

da autoridade governamental quanto as suas habilidades motoras ou gerenciamento da sala de cirurgia para continuar operando seus pacientes. Se um engenheiro desenvolver diabetes vai continuar normalmente no exercício da profissão, sem interferência do governo. Um jornalista não precisa passar por uma avaliação cardiovascular na esteira para continuar escrevendo seus artigos. Se um piloto não atingir os mínimos em cada um dos requisitos listados, fica no chão ou, no máximo, embarca como passageiro. Fiz um pouco de tudo na aviação. Desde quatro anos de voo de precisão na Esquadrilha da Fumaça, passando por Inspetor de Voo da autoridade aeronáutica e professor de pós-graduação, até piloto de jatos comercias.

Não se sinta ofendido, mas um piloto consciente não se importa muito com o que está atrás da cabine de comando, se carga ou passageiros, incluindo você, sua família ou amigos. O bom piloto vai conduzi-lo com conforto, mas o foco maior sempre será a mais absoluta segurança. Sabe por quê? Porque muito mais que voar do ponto A ao ponto B, todo piloto sempre tem em mente voltar casa. Seja qual for o conceito que cada um tenha por “casa”.

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ARTIGO Hoje, porém, minha paixão está nos helicópteros e na segurança dos voos e empresto minha experiência e conhecimento como diretor da associação que reúne pilotos de helicóptero de todo o Brasil, a ABRAPHE – Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero. Essas máquinas têm entrado no gosto brasileiro. Estamos entre os cinco países do mundo com maior número dessas aeronaves. Há pelo menos vinte anos temos tido um crescimento positivo no número de helicópteros com matrícula civil. Esse crescimento tem sido maior que os principais indicadores econômicos e, não raro, nos deparamos com porcentagens de dois dígitos de um ano para outro. São Paulo é a cidade que abriga o maior número de helicópteros entre todas as metrópoles do planeta.

A que se deve esse fenômeno? Muito mais do que um símbolo de status, como querem alguns, a versatilidade dos helicópteros garante precisão nas operações policiais, rapidez nas remoções aero médicas, são os olhos que levam as notícias até a sua TV, rádio ou jornal. Helicópteros são ágeis e seguros no transporte de executivos, especialmente quando nossos planos de mobilidade urbana costumam ficar sempre muito aquém das necessidades e a segurança pública é precária. O helicóptero contribui para que o desenvolvimento do país aconteça num tempo menor. Existe uma frase muito conhecida no meio aeronáutico que mostra bem o tom do que é a aviação de helicópteros: Esqueça tudo o que você aprendeu sobre princípios, equações e Leis da aerodinâmica e da física, o que faz uma aeronave sair do chão é o dinheiro. Estamos falando em um segmento que movimenta, diretamente, uma soma que ultrapassa o meio bilhão de reais e emprega alguns milhares de trabalhadores cujas competências médias costumam ser mais elevadas que a maioria dos outros segmentos.

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Olhe nos olhos do piloto. Na maioria das vezes, mesmo aquelas situações que parecem ser mais críticas aos leigos, são rotina para quem optou pelo cotidiano de ver o mundo do alto

MOMENTO PILOTO Cmte Caio e Anatoly PT-YTU

Cmte Tonzano

Cmte Vianna PP-PEM

Cmte Edson e Cmte Pipo PR-CSA

Cmte Rodrigo PT-HYI

Os 2.104 helicópteros hoje registrados no Brasil, nos números de março, segundo a ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil, representam um total pouco maior que 13% da frota nacional de aeronaves, excluído as experimentais. Essa fatia, há 20 anos não passava dos 8%. A ABRAPHE trabalha junto às autoridades aeronáuticas para garantir o espaço aéreo dos helicópteros. Soluções como as desenvolvidas pelo Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo em parceria com a associação de pilotos, como o controle dos helicópteros sob a rampa de aproximação de Congonhas é inédita no mundo e vem sendo copiada por outros países. Ações que envolvem a segurança dos voos, como o trabalho conjunto com o IHST – International Helicopter Safety Team, que prevê a diminuição de 80% dos acidentes envolvendo helicópteros em todo o planeta até 2016, vêm sendo desenvolvidas e aplicadas às nossas operações. A aviação como um todo vai continuar a se desenvolver, os acidentes serão em número cada vez menor e o medo de voar vai ficar cada vez mais num patamar menos significativo. Tem gente muito séria trabalhando com o foco na segurança dos voos. Aqui vale uma dica fundamental: confie sempre no piloto, seja você proprietário de seu helicóptero ou passageiro ocasional. O piloto é sempre a pessoa que reúne as melhores condições para avaliar a conjuntura das operações aéreas e garantir que você possa sempre voltar para casa. Reprodução do artigo publicado em 09 de julho na página Opinião UOL http://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2014/07/09/quem-tem-medo-de-voardeve-ter-confianca-no-piloto.htm

Cmte Gui PR-CBB DE PILOTO PARA PILOTO Este espaço foi criado para interação e troca de emoções, experiências e momentos que marcam ou marcaram seus voos. Claro que a segurança de voo vem sempre em primeiro lugar, mas num duplo comando ou momento relax, se tiver algo para registrar, esse espaço é seu. As fotos devem ser enviadas com 300 dpi para revista@abraphe.org.br ou cmtemazza@hotmail.com.

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