Revista Voar na Amazônia Brasil - 06

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Sumário

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GOVERNO FEDERAL INVESTE EM AEROPORTOS DA REGIÃO NORTE

Investimentos acontecem na primeira etapa do Plano de Aviação Nacional

MODERNIZAÇÃO DA GLOBAL PARTS / GLOBAL PARTS’ MODERNIZATION Líder de vendas no setor de peças de aeronaves / Leader in aircraft’s gears

CONHEÇA O JETPROP / THIS IS JETPROP

28 34

Aeronave é uma das melhores do mercado brasileiro / Aircraft is one of the bests in the Brazilian Market

ESCOLA INTERNACIONAL DE AVIAÇÃO / INTERNATIONAL AVIATION SCHOOL Conheça a melhor instituição de ensino de Belém / Get to know the most important institute in Belém

10 OFICIAL DE AÇÃO

76 ALERTA

24 INTERIOR

78 ARTIGO

42 LEADER TECH

80 KAMOV NA AMAZÔNIA

60 ARTE DE RAIMUNDO PACCÓ

82 WIP AVIAÇÃO

O Major-Brigadeiro Perez está à frente do 7º Comando Aéreo Regional Dilma Rousseff vai ajudar a construir sete aeroportos no interior do Amazonas Trabalhando em família, empresa se prepara para construir nova sede em Goiânia Fotógrafo capta o entorno da pista de Iauaretê

68 ARTIGO

Irregularidades na Aviação Civil Brasileira

74 ARTIGO

Aviação Brasileira sob nova direção

Helicópteros clandestinos operam no GP Brasil de Fórmula 1 CISTAC, democracia e inclusão na Aviação Civil Brasileira Aeronave é a melhor opção para o transporte de grandes peças e equipamentos pesados Empresa tem atendimento diferenciado

84 PAINEL LABACE

Stoco Aviação Helicópteros e Quick Aviação se destacam na 9ª LABACE, em São Paulo


ANO 3 • N˚ 6 • JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO 2013

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COMARA / COMARA

ESQUADRÃO POTI

Helicópteros AH2 Sabre da Base Aérea de Porto Velho são a vanguarda de combate na Amazônia

48

SEGURANÇA

Seripa I de Belém realiza seminário na área

86 TECNOLOGIA DE MOTORES

Vera Cruz Táxi Aéreo faz modificações em aeronaves com kits Garrett e Blackhawk

88 CONQUISTA

52 62

Comissão constrói três pistas na Amazônia Ocidental / Commission builds three new lanes in Occidental Amazon

4º ENCONTRO NACIONAL ABTAer Encontro reuniu em São Paulo mais de cinquenta empresas de aviação

70

Aeronaves menores são isentas de tarifas de navegação

90 4º BAvEX

Passagem de comando do 4º Batalhão de Aviação do Exército

92 SUPER PETREL LS

O anfíbio ideal para os rios da Amazônia

94 SONHO DE AVIAÇÃO

Voar na Amazônia nas palavras do Padre Marcelo, de Novo Airão

PARAQUEDISMO

Manaus recebe 34º Campeonato Brasileiro de Formação de Queda Livre


EDITORIAL DILMA INVESTE EM AEROPORTOS A presidente Dilma Rousseff está tomando as medidas certas para resolver o grave problema da falta de infraestrurua aeroportuária do Brasil. Ela começou privatizando os aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos. Agora, em um movimento igualmente ousado determinou que se passasse para a iniciativa privada, no segundo semestre, os aeroportos do Galeão e de Confins.

ANTONIO XIMENES

DIRETOR DE REDAÇÃO

Disposta a reverter um problema crônico, que tem impossibilitado o país de alavancar o seu crescimento no interior, Rousseff lançou um mega plano de construção e modernização de 270 aeroportos, inicialmente, para depois ampliar para um total de 800. ”O Brasil precisa da aviação civil em todas as regiões e não somente nas grandes cidades”, afirmou a presidente. Dilma foi mais ousada ainda, ao determinar que não se cobre mais tarifas de navegação aérea das empresas dotadas de aviões menores que pousam e decolam em aeroportos de pequeno e médio porte. Ainda falta muito para resolver o gargalo nacional da malha aeroportuária, mas devemos aplaudir a coragem da presidente e cobrar da Secretaria de Aviação Civil (Sac), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), dentre outros órgãos de controle, fiscalização e regulamentação, para que a sociedade tenha uma realidade aeronáutica de primeiro mundo. Aqui, merece destaque o trabalho extraordinário da Comara (Comissão de Aeroportos da Região Amazônica) que com determinação, logística e senso cívico constrói aeroportos nas áreas mais distantes e inóspitas da nação, como nos pelotões de fronteira de Iaueretê, Palmeiras do Javari e Estirão do Equador. Aliás, é na Amazônia que a Aeronáutica tem se destacado como uma guardiã da soberania nacional, como se percebe no Esquadrão Poti, da Base Aérea de Porto Velho, que com seus helicópteros AH-2 Sabre forma a linha de ataque com asa rotativa mais poderosa da Amazônia Ocidental (RR, AM, RO, AC). No âmbito das empresas do setor merece aplausos a Escola Internacional de Aviação de Belém que, ao longo de 13 anos, tem formado comissários (as), mecânicos e pilotos no Pará. A Global Parts, com sede em Goiânia, e especializada na venda de peças para a aviação civil em geral, é outra que orgulha o setor profissionalmente, com sua política de atendimento personalizado, preços competitivos e qualidade surpreendente dos seus serviços. Por fim, mas com importância estratégica para a categoria, a Associação Brasileira de Táxis Aéreos (ABTAer) realizou em São Paulo o seu quarto encontro nacional, onde participaram mais de 50 empresas e autoridades aeronáuticas. “Nós estamos mobilizados e apoiamos as iniciativas da presidente Dilma Rousseff, sabemos que ela está no caminho certo, mas que precisa de todos nós que vivemos da aviação”, disse o presidente da ABTAer, comandante Milton Arantes Costa. Que em 2013, o Brasil continue firme com sua política de valorização da infraestrutura aeroportuária. Feliz Ano Novo. Antonio Ximenes

Jornalista Responsável

EPIFÂNIO LEÃO

DIRETOR EXECUTIVO

EXPEDIENTE Diretor de redação e Antonio Ximenes jornalista responsável Mtb: 23.984 DRT/SP Diretor executivo Epifânio Leão Repórteres Antonio Ximenes Fernanda Martins Leandro Santos Marcela Matos Nathália Silveira Designer diagramador Rui de Almeida Fotógrafos Antonio Ximenes Epifânio Leão Iury Damásio Raimundo Paccó Robson S. Custódio Tradutora Thais Souza Passos Produtora Arleane Passos Designer de publicidade Marcelo Duque Revisão Epifânio Leão Thais Souza Passos Capa João Ricardo Sena Tiragem Cinco mil exemplares Distribuição Nacional Periodicidade Trimestral Impressão Imanam Rua Pará, 810, sala 01, Páteo Vieiralves, Cj. Vieiralves N. Sa. das Graças – CEP: 69053-575 Manaus – Amazonas Fone: 92 3087-5370 wegamanaus@gmail.com Para assinar assinatura.wega@gmail.com Publicidade publicidade.wega@gmail.com



PLANO DE AVIAÇÃO REGIONAL

A presidente da República, Dilma Rousseff, atendeu os pedidos da sociedade, que já não aguenta mais a ineficiência da infraestrutura aérea do Brasil, e lançou em dezembro um programa de desenvolvimento do setor

Governo Federal investe em 67 aeroportos da Região Norte Para fortalecer e ampliar a malha de aeroportos regionais, o Governo Federal vai investir R$ 7,3 bilhões na primeira etapa do plano de aviação regional. Serão contemplados nessa primeira fase 270 aeroportos regionais. As medidas permitirão aperfeiçoar a qualidade do serviço prestado ao passageiro, agregar novos aeroportos à rede de transporte aéreo regular e aumentar o número de rotas operadas pelas empresas aéreas. Os investimentos previstos são da ordem de R$ 1,7 bilhão em 67 aeroportos na região Norte; R$ 2,1 bilhões em 64 aeroportos na região Nordeste; R$ 924 milhões em 31 aeroportos no Centro-Oeste; R$ 1,6 bilhão em 65 aeroportos no Sudeste; e R$ 994 milhões em 43 aeroportos na região Sul. O programa visa ampliar o acesso da população brasileira a serviços aéreos. O objetivo é que 96% da população brasileira esteja a menos de 100 km de distância de um aeroporto apto ao recebimento de voos regulares. Os projetos promoverão a melhoria, o reaparelhamento, a reforma e a expansão da infraestrutura aeroportuária, tanto em instalações físicas quanto em equipamentos. Os investimentos incluirão, por exemplo, reforma e construção de pistas, melhorias em terminais de passageiros, ampliação de pátios, revitalização de sinaliza8

Voar na Amazônia Brasil - Janeiro/Fevereiro/Março • 2013

ções e de pavimentos, entre outros. Os recursos virão do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC). ■ Fonte: Trechos da nota emitida pela Secretaria de Aviação Civil (SAC) no ato de lançamento do programa Aeroportos/logistica pela presidente Dilma Roussef, em 20 de dezembro de 2012, no Palácio do Planalto, Brasília.



PERSONAGEM

MAJOR-BRIGADEIRO PEREZ, COMANDANTE DOS 30 ANOS DO 7º COMAR

Formação de Mirages, na Base Aérea de Anápolis

O Major-Brigadeiro do Ar Marco Antonio Carballo Perez é um oficial de ação. Piloto de caça, foi um dos ases dos velozes Mirage, na Base Aérea de Anápolis, Goiás, onde também foi comandante. Ele tem como uma de suas principais características o amor a velocidade, a disciplina clássica dos miltares e a sabedoria de comandar sem levantar a voz, com a autoridade de quem é lider por natureza e formação.

Perez, primeiro da esquerda sentado, com os colegas, pilotos de Mirages, na Base Aérea de Anápolis.

É este comandante que está à frente do 7º Comando Aéreo Regional, instituição que em março completará 30 anos, que conduz as principais atividades de comando da Aeronáutica na região. Perez, que também foi adido militar na embaixada brasileira na Itália, comandante da Academia da Força Aérea em Pirassununga, e, que, nas horas de descanso pilota uma potente moto BMW, está preparando com sua equipe, sob a coordenação da major Estela de Magalhães Ambrósio Perez, o livro comemorativo do 7º Comar. A obra conta a história desta vanguarda de comando da Força Aérea Brasileira na Amazônia Ocidental, uma leitura imperdível. Aguardem, março está chegando. Boa leitura. ■ 10

Voar na Amazônia Brasil - Janeiro/Fevereiro/Março • 2013

Perez, no início da carreira



MODERNIZAÇÃO

GLOBAL PARTS FAZ MODERNA REESTRUTURAÇÃO E FORTALECE CARTEIRA DE CLIENTES Global Parts makes modern restructuration and fortifies costumer’s portfolio


Reportagem: Antonio Ximenes Fotos: Antonio Ximenes

Proprietários, José Fernando e Pedro Misael Owners José Fernando and Pedro Misael


MODERNIZAÇÃO

Mecânicos experientes, com mais de 30 anos de atividade, atestam a qualidade técnica das oficinas da empresa

G

lobal Parts é uma empresa familar que fez uma escolha pela qualidade total em sua gestão. Liderada por dois irmãos, Pedro Misael Alves Ferreira e José Fernando Alves Ferreira, pais de quatro filhos Patrícia e Leonardo (Pedro) e Nelson e Flávio (Fernando), transformaram a companhia em uma joia de eficiência, onde a pronta entrega de peças, a maioria importadas dos Estados Unidos, é uma regra reconhecida como a mais eficiente no mercado de aviões da aviação civil geral no Brasil, a partir de Goiânia, sua sede administrativa e operacional. Depois de uma reestruturação completa em suas instalações, a Global Parts se reapresenta aos clientes como a empresa do presente/futuro, pronta para continuar atendendo a sua carteira de mais de 2,5 mil clientes, com a tradicional credibilidade, que à faz líder de vendas no setor de aeronaves de pequeno e médio porte da região Centro-Oeste. “Nós trabalhamos para melhor servir os nossos clientes, por isso fizemos um forte investimento na reestruturação das nossas instalações, com novas oficinas, equipamentos e a construção de um amplo espaço 14

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Experienced mechanics, with more than 30 years of activities, testify the technical quality of the company’s workshops

Global Parts is a familiar firm that chose for the best quality in its administration. Led by the two brothers Pedro Misael Alves Ferreira and José Fernando Alves Ferreira, that have four kids – Patrícia and Leonardo (Pedro) and Nelson and Flávio (Fernando) they’ve made this company one of the best ever on gear demand, most of them imported from the US, is a rule well known as the most efficient in civil aircraft business in Brazil, since Goiania, its operational headquarters. After a full restructuration in its installations, Global Parts resubmits to its customers as the past/future company, ready to keep meeting its portfolio with more than 25 thousand hundreds of customers, with its traditional credibility, which makes her a medium and large companies sales leader in Centro-Oeste area. “We work to make a better service for our customers, that’s why we made a huge investment in our installation’s restructuration, with new workshops, new equipment, and now we’re creating a new space to stock our gear, which have been making a huge difference, in a comparison with other companies.”, said Pedro Misael.


Equipe de profissionais da empresa une experiência com juventude, profundo conhecimento técnico e capacidade de inovação no mercado

The company’s professional team unify youth and experience, deep technical knowledge and the innovation capacity in the market

para acondicionar o estoque de peças, que tem feito a diferença positivamente em relação aos concorrentes”, disse Pedro Misael.

“We’re very conservative when we talk about our clients, we follow a proverb: a customer is a friend that we should preserve forever. That’s why we do everything thinking about them. My kids and nephews follow this philosophy, that’s been working in our business.” said Fernando Ferreira.

“Nós somos conservadores em relação aos nossos clientes, seguimos aquele ditado, que diz: que o cliente é um amigo que devemos preservar para a vida toda. Por isso que tudo que fazemos é pensando neles. Os meus filhos e sobrinhos seguem essa filosofia que tem dado certo em nossos negócios”, disse Fernando Ferreira.

OPERAÇÕES INTERNACIONAIS

Segundo o gerente de Operações Internacionais, Nelson de Oliveira Alves, o conceito da empresa mudou, a partir da logomarca. “Nós fizemos um estudo de marca e constatamos que depois de doze anos mudanças teriam que ser feitas, mas dentro da nossa cultura, por isso a letra G, que antes remetia a um globo terrestre, agora remete ao voo de um avião. Continuamos globais, mas com um avião como símbolo. Depois veio o site, onde disponibilizamos os nossos serviços e produtos, com a nossa linguagem e identidade”, comentou.

INTERNATIONAL OPERATIONS

According to the International Operations manager, Nelson de Oliveira Alves, the company’s concept changed, since the logo. “We made a logo’s study, and we realized that after twelve years some changes should’ve been made, but inside our culture and that’s why the letter G, that remembered our planet, and now it reminds of a plain flying. We’re still global, but now we have a plane in our symbol. After that, we created the website, where we share our gears and services, using our own language and identity”, he commented. The company is well-positioned in business and it sells and gears and motors maintenance and also accessories in piston planes, and also buys and sells aircrafts. It has a great relationship with the American market, which makes easier to customer’s gear demand. Janeiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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MODERNIZAÇÃO

Gerente internacional, Nelson Alves, recebe prêmio pela empresa

International Manager, Nelson Alves, receives the award for the company

PRÊMIO A C.N.E.P - Cia. Nacional de Eventos & Pesquisas, em parceria com a Revista Best Business, em cerimônia realizada no último dia 19 de outubro, no salão de convenções do Blue Tree Towers, em Goiania-GO, congratulou empresas, profissionais, instituições de classe, meio artístico e cultural nos mais diversos segmentos atuantes de Goiás, que foram destacados no ano de 2011/2012 pela excelência e qualidade em serviços e produtos, constatado em pesquisa de opinião pública. A Global Parts foi selecionada para receber um dos prêmios mais almejados do cenário empresarial deste país, o “Top of Quality Brazil”. A cerimônia é sempre prestigiada por autoridades, jornalistas, colunistas, revistas e jornais locais. O objetivo do evento é reconhecer o alto padrão de excelência e qualidade em serviços e produtos de empresas e profissionais que atuam com destaque e credibilidade gerando resultados positivos no mercado globalizado.

AWARD The E.R.N.C – Events & Research National Company, in partnership with the Best Business magazine, in a ceremony that happened in October 19th, in the Blue Tree Towers Convention Center, in Goiania-GO, pleased companies, professionals, class institutions, artistic and cultural business things in most of Goiás business segment, that were highlighted in 2011/2012 for their excellence and the quality in their products and services, according to a public opinion research. Global Parts was selected to receive one of the most wanted of the business scenario in Brazil, the “Top of Quality Brazil”. The ceremony is always favoured by authorities, journalists, columnists, magazines and local newspapers. The main objective is to recognize the high quality and excellence standard in services and products of companies and professionals that act with detach and credibility, creating positive results in the globalized market.

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Estoque de peças para pronta-entrega é um dos mais diversificados em itens do mercado brasileiro na região Centro-Oeste, Goiás, em Goiânia

On demand gear stock is one of the most diversified in Brazilian Market in the Midwest region, Goiás, in Goiânia

A empresa está muito bem posicionada no mercado e vende peças, faz serviços de manutenção de motores e acessórios em aviões a pistão, compra e vende aeronaves. Ela tem um excelente relacionamento com o mercado americano, o que facilita as demandas dos seus clientes por peças.

We’ve been working to make the distance between the supplier and the customer shorter. We know our suppliers and we always look for the best prizes to our customers,” said Nelson Alves.

“Nós temos trabalhado para encurtar as distâncias entre os fornecedores e os consumidores. Conhecemos as indústrias fornecedoras e buscamos sempre os melhores preços para os clientes”, disse Nelson Alves.

MERCADO INTERNACIONAL

“É importante que se faça uma distinção entre criar empresas nacionais e se manter preso a uma configuração geopolítica limitada por fronteiras entre países. Em tempos de mercado globalizado, é impossível estar concentrado apenas num país. É preciso se deslocar e pensar numa engenharia maior, que não se encerre nas fronteiras entre nações... os limites geográficos são mentalmente derrubados...” Eike Batista, O X da Questão.

GLOBAL MARKET

“It is very important that a distinction between creating national companies and being stuck because of geographic borders is created. It is needed to move around and think about a new engineering, that’s not over in the borders between nations. Geographic borders are mentally destroyed”, Eike Batista, O X da Questão. Our customer’s businesses are also ours, because they’re all the basis we need. Just like our suppliers, collaborators, our direct and indirect partners. And in this globalized “Babel’s Tower” , the direct touch, a good communication, and the know-how of what you’re about to do, it’s a very important thing.

NEW GENERATIONS

The professional heirs are already working and have defined positions in the company. Patricia and LeonJaneiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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MODERNIZAÇÃO

NOTAS

O padrão de excelência das oficinas da empresa é fruto do trabalho integrado dos diretores com os funcionários experientes, mas com a colaboração da nova geração

The excellence standard of the workshops is thanks to the integrated work of the directors, the experienced employees, with the collaboration of the new generation

Estar ligado no que se passa ao redor do mundo, e principalmente ao nosso redor, em todos os aspectos, deve ser tarefa diária, e é de fundamental importância para a sustentabilidade da empresa.

ardo take care of the financial and administrative area. Nelson and Flávio take care of the workshops and the international operations. It’s all in the family, following the natural country’s hierarchy.

Os negócios dos nossos clientes passam também a ser nossos, no conhecimento, pois eles são o nosso alicerce. Assim como os nossos fornecedores, colaboradores, parceiros diretos e indiretos. E nessa “Torre de Babel” globalizada, o contato direto, a comunicação clara, e ter conhecimento do que se propõe a fazer, é um diferencial valioso. Devemos sempre estar no lugar certo, na hora certa, e com as pessoas corretas!

NOVA GERAÇÃO

Os herdeiros profissionais já estão em campo e têm as posições bem definidas dentro da empresa. Os filhos de Pedro e Norma Peixoto: Patricia e Leonardo cuidam, respectivamente, das áreas administrativa e de vendas. Os Filhos de Fernando e Vera Lúcia de Oliveira: Nelson 18

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IMPORTANT

For the last three years, Global Parts sold gears to all Brazilian states, a perfect example of credibility, on demand delivery and solidity with their partners, the national companies, besides the 30 years that Pedro and Fernando, the founders, have in the market.

SELLS

Leonardo, sells manager – “I’ve been working in the company for ten years. Through all this time I’ve worked in every area, but in the last five years I’m most dedicated to selling. This is an important part of the company, because it deals directly with our customers, and with our teamwork we made this company stronger with thousands of new business”, Leonardo said. The on demand market it’s a direct way to be in touch with factories and suppliers. Sometimes, the customer


Equipamentos de alta precisão fazem parte da moderna estrutura das oficinas da Global Parts, que tem se destacado pela rapidez no atendimento aos clientes nacionalmente

High accuracy equipment is a part of the modern structure of the workshops in Global Parts, which have been foregrounded by the quickness in the service for the clients, nationally

e Flávio cuidam das operações internacionais e das oficinas, respetivamente.

can’t wait for a gear that’s coming from other country, because their planes are still in the ground and they need to fly. “This is a decisive moment, because we have more than 3650 items, and approximately 400 thousand units, everything ready to be delivered in any Brazil’s corner. This is our differential”, Leonardo said.

As funções foram determinadas por Pedro e Fernando com base nas aptidões de cada um. Mas os principais conselheiros e gestores do negócio continuam sendo os pioneiros da empresa. Tudo em família, mas com a hierarquia natural dos pais.

DESTAQUE

Nos últimos três anos a Global Parts vendeu peças para todos os Estados brasileiros, uma clara mostra da sua credibilidade, referência na pronta entrega e solidez nas parcerias com as empresas nacionalmente; além dos 30 anos de mercado de Pedro e Fernando, os fundadores.

VENDAS

Leonardo, gerente de vendas. ”Eu estou na empresa há dez anos. Durante este período passei por todas as áreas, mas nos últimos cinco anos tenho me dedicado, exclusivamente, às vendas. Esta é uma área fundamental na empresa, porque trata diretamente com os clien-

To be fluent in English, and know all the airplane’s manuals is another way to captivate the customers, because when you’re about to talk to an American person, where’s the world’s largest gear market, “we speak the supplier’s language and everything is much easier and faster”, Leonardo affirmed. Another Global Parts’ characteristic is to be boarding internationally, every week. It allows receiving the costumers properly, without rushing after gears when it’s asked, but you have to do everything to possess that gear stocked up, because the boarding is faster.

WORKSHOPS

“The moment the company grew, we’ve realized how important the technic issues are. With our engine’s Janeiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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MODERNIZAÇÃO tes e, a partir do nosso trabalho em equipe conseguimos fortalecer ainda mais a empresa com centenas de novos negócios”, disse Leonardo. O mercado de pronta entrega é a forma de conexão direta com as fábricas, os fornecedores. Muitas vezes os clientes não podem esperar muito que uma peça chegue do exterior, porque estão com as aeronaves no chão e precisam voar. “É neste momento que o nosso estoque é decisivo, porque nós temos mais de 3.650 itens e, aproximadamente, 400 mil unidades, tudo ca-

maintenance we built a solid market, and with our business traditions, we’ve improved our technical performance”, Flávio Augusto, the workshop manager, said. Clean and organized workshops, employees wearing uniforms, a perfect library full of aircrafts’ manuals, and happier customers with the faster business, this are the operational characteristics of Global Parts’ modern installations. The workshops work in all the piston engine areas, but the “operational stars”, speaking of mobility

O PADRINHO Raimundo José Ribamar Silva, 63, o Padrinho, como é conhecido, faz negócios com Pedro Misael há mais de 25 anos. ”O Pedro cuida de todos os meus aviões. Hoje tenho 10 aeronaves, mas já tive mais. Trabalho para o grupo SLC Agrícola, com aviação nas fazendas de Balsas, no Maranhão, e outros Estados. Todas as minhas hélices, motores, governadores, injetoras, magnetos e acessórios quem faz é a Global Parts. Acredito no Pedro, no Fernando e nos filhos deles”.

THE GODFATHER Raimundo José Ribamar Silva, 63, as known as Padrinho, makes business with Pedro Misael for more than 25 years. “Pedro takes care of all of mine aircrafts. Today I have 10 aircrafts, but I had more once. I work for the SLC Agrícola with aviation for the ferry-boat farms, in Maranhão, and also in other states. All of my propellers, engines, governors, injectors, magnetos and other accessories are all made by Global Parts. I believe in Pedro, in Fernando, and in their sons.”

“Padrinho” e Pedro Misael, amigos e parceiros nos negócios “Godfather” and Pedro Misael, friends and partners in business


Nova área de estoque de peças da empresa

New company’s stock gear

talogado e pronto para ser enviado para qualquer parte do Brasil. Esta é a nossa diferença”, destacou Leonardo.

until the path, are the mobile benches engine and fuel tests, developed with a Global Parts technology.

Falar fluentemente inglês e conhecer tecnicamente os manuais das aeronaves é outra forma de cativar os clientes, porque na hora de falar com os americanos, onde está o maior mercado do mundo de peças, “nos comunicamos na linguagem dos fornecedores e tudo fica mais fácil e mais rápido”, afirmou Leonardo.

And there’s still a counterweight machining and grinding, and rod machining and grinding, equalizer machining and grinding and lathe tool services. He’s well known because of a full engine observation.

Outra característica da Global Parts é estar semanalmente operando com embarques internacionais. Esta prática permite atender os clientes com planejamento constante, sem que haja necessidade de correr atrás de peças quando demandado, mas fazer o máximo para estar com a peça já em estoque, por isso o fluxo dos embarques é fundamental.

OFICINAS

“A partir do momento em que a empresa começou a crescer em larga escala percebemos que a questão técnica nas oficinas tinha um papel decisivo. Com nossos serviços de manutenção de motores e acessórios ga-

Beyond equipment and technical qualifications, Flavio is also a specialist in other areas, as in some factories in the US, such as Continental and other factories too. The next trip will be for an advanced stage in American Lycoming. All of this structure explains why this company jumped from a 30 engines/years delivery for a 70 engines/years system, which means a great thing in the piston’s workshop.

ADMINISTRATION AND FINANCIAL STUFF

Inside the family’s culture and strongly connected to Fernando, speaking of administration and financial things, Patricia Peixoto Alvez Ferreira, very conservaJaneiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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MODERNIZAÇÃO

Patrícia Peixoto Alves Ferreira, nova geração à frente da área de finanças, tem o apoio estratégico do pai e do tio

Patrícia Peixoto Alves Ferreira, the new generation ahead of the financial area, has the strategic support from her father and uncle

nhamos um mercado fiel e, com a nossa tradição de negócios na pronta entrega de peças, melhoramos, ainda mais, a nossa performance técnica”, afirmou Flávio Augusto, gerente de oficinas.

tive, is being known for her capacity of managing this strategic areas, talking with all the factory’s sections.

Segundo ele, os clientes procuram a empresa porque sabem “que somos capazes de entregar os serviços dentro de prazo menores do que a concorrência e porque temos todas as peças em estoque. Além disso, nossas oficinas são organizadas e com planejamento integral, temos ainda, a qualidade da mão de obra altamente especializada em motores a pistão”, disse Flávio Augusto. Oficinas limpas, organizadas, funcionários uniformizados, documentação em dia, biblioteca de manuais impecável, bancadas vistoriadas e clientes satisfeitos pela rapidez dos serviços. Essas são as características operacionais das modernas instalações da Global Parts. As oficinas operam com bancadas em praticamente todas as áreas das aeronaves a pistão, mas as ‘estrelas operacionais’, no que se refere à mobilidade até as 22

Voar na Amazônia Brasil - Janeiro/Fevereiro/Março • 2013

“I identify myself a lot with my uncle Fernando and I’m a quick learner. I’m dedicating myself to the new functions and specializing myself in business financials, because I realized that we’ll keep growing and that we need to be updated”, she said. With her father and uncle’s consulting, Patricia has the responsibility of controlling and following daily the financials of a company that’s growing to a medium/ large outlet with more than 30 employees. “We’re working in Brazil and also outside of it, all of this means to preserve and create new jobs and to grow solid and sustainable”, Patricia commented. ■ Translation by: Thais Passos


Equipe altamente qualificada das oficinas da Global Parts trabalha com metas bem definidas para atender o mercado

Highly qualified team from the Global Parts’ workshops Works with defined goals to serve the market

pistas, são as bancadas móveis de teste de motor e de teste de combustíveis, ambas desenvolvidas com tecnologia própria da Global Parts.

é conservadora, tem se destacado pela capacidade de gerenciar essas áreas estratégicas conversando com todos os setores da empresa.

Há ainda a parte de usinagem e retífica de contrapeso, usinagem e retífica de bielas, usinagem e retifica de balancim e serviços de torno em geral. A revisão geral de motores é uma das suas forças.

“Eu tenho muita identificação com o tio Fernando e aprendo muito rapidamente. Estou me dedicando integralmente às novas funções e fazendo especialização superiora em finanças empresariais e gerenciamento de custos, porque percebo que vamos continuar crescendo e que temos que estar, permanentemente, nos atualizando”, disse Patrícia Peixoto Alves Ferreira, gerente administrativa/financeira.

Além dos equipamentos e da qualificação técnica dos mecânicos, a Global Parts tem em Flávio, um especialista com vários estágios em fábricas dos Estados Unidos, como na Continental e outras unidades industriais. A próxima viagem será para um estágio avançado na Lycoming americana. Toda essa estrutura explica, porque a empresa saiu da entrega de 30 motores/ano para 70 motores/anualmente, um salto que evidencia a força da Global Parts, na parte de oficinas a pistão.

ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS

Dentro da cultura da família e fortemente ligada ao tio Fernando, no que se refere ao jeito de administrar e cuidar das finanças, Patrícia Peixoto Alves Ferreira, que

Com a consultoria do tio e do pai, Pedro, Patrícia tem a responsabilidade de controlar e acompanhar, diariamente, as finanças de uma empresa que está evoluindo para uma categoria de porte médio/grande, com seus mais de trinta funcionários. “Estamos em todo o Brasil e operamos com o exterior, administrar e cuidar das finanças significa preservar e criar novos empregos e crescer de maneira sólida e sustentavel”, comentou Patrícia. ■

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AEROPORTOS

UNIテグ vai construIr 7 aeroportos no AMazonas

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Voar na Amazテエnia Brasil - Janeiro/Fevereiro/Marテァo 窶「 2013


Reportagem: AGECOM / Fotos: Alex Pazuello / AGECOM

Presidente Dilma recebeu os senadores Eduardo Braga, Vanessa Graziottin, o governador Omar Aziz, Miriam Belchior, ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão e Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais.

O

governador do Amazonas, Omar Aziz, esteve reunido com a presidente da República, Dilma Rousseff, em 16 de outubro, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), para tratar da malha aeroportuária do Estado do Amazonas. O governador do Amazonas, Omar Aziz, anunciou que o Governo Federal irá construir sete novos aeroportos no Estado (Jutaí, Maraã, Amaturá, Nova Olinda, Pauiní, Codajás e Uarini) e outros 18 serão reformados. Cada novo aeroporto deverá custar entre R$ 22 milhões e R$ 25 milhões. “Quem

conhece a realidade do Amazonas sabe a dificuldade de transporte que temos na nossa região. Ainda vamos licitar essas obras dos aeroportos, e esperamos concluir essas construções em um ano e meio”, afirmou. Aziz explicou que a princípio esses recursos seriam oriundos do ProInveste, Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal. Mas após conversa com a presidente Dilma ficou acertado que a verba virá de outra fonte. “Um programa com recursos para Janeiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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AEROPORTOS

Governador Omar Aziz e presidente Dilma Rousseff acertaram em Brasília o repasse de recursos para a construção de aeroportos no Amazonas

a construção de aeroportos em todo o país deve ser lançado pela presidenta Dilma em dezembro de 2013. Portanto, os sete aeroportos serão incluídos nesse novo programa de Governo. Com isso, poderemos usar a verba do ProInveste para outras obras no Amazonas”, pontuou à época. Os projetos de cinco dos sete novos aeroportos já estão prontos. No Amazonas, dos 61 municípios do interior do Estado, 54 já têm aeroporto. Além da equipe técnica do Governo Federal, participaram da reunião as ministras do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM) líder do governo no Senado, e Vanessa Graziottin (PCdoB-AM). ■ 26

Voar na Amazônia Brasil - Janeiro/Fevereiro/Março • 2013

Governador Omar Aziz manifesta a importância da estrutura aeroportuária



SUCESSO

JetPROP, A MELHOR OPÇÃO TURBO-HÉLICE JetPROP, the best choice for turboprops Presidente da Rocket Engineering, Darwin Conrad, veio a Goiânia, na Quick Aviação, para apresentar o avião Rocket Engineering’s president, Darwin Conrad, was at Quick Aviation, in Goiania, to present the airplane


Reportagem e Fotos: Antonio Ximenes

A

Quick Aviação recebeu o presidente da Rocket Engineering, Darwin Conrad, em suas instalações em Goiânia, em evento no mês de agosto que contou com mais de 30 pilotos, donos de JetPROP (avião modificado pela empresa americana) e empresários interessados em conhecer a tecnologia desta aeronave, que tem se caracterizado pela alta performance, na relação custo/benefício, em comparação com outros aviões com características próximas às suas, como: Meridian, King Air, TBM 700, Pilatus, Citation 700, entre outros. Conrad foi recebido pelos diretores técnicos Abrão Berberian e Haig Arthur Berberian na sede da Quick Aviação, localizada no Aeroporto Santa Genoveva. O evento, um dos mais concorridos na área, contou com uma dinâmica operacional que contou ainda com a participação de outros conferencistas, mas o destaque foi o presidente Conrad.

Quick Aviation received the president of Rocket Engineering, Darwin Conrad, in their installations in Goiania, in an event that happened in August and counted with more than 30 pilots, JetPROP owners (airplane designed by the American company) and businessmen interested in the airplane’s technology, which has been characterized by its high-performance in the cost-benefit relation, when compared with other airplanes with the same characteristics such as: Meridian, King Air, TBM 700, Pilatus, Citation 700, and many others. Conrad was welcomed by the technical directors Abrão Berberian and Haig Arthur Berberian in the Quick Aviation headquarters, localized in the Santa Genoeva airport. This event, one of the most crowded in the area, counted with an operational dynamics that counted with other speakers, with a special highlight to the president Conrad.


SUCESSO

Comandante Abrão Berberian (em pé), presidente da Rocket Engineering, Darwin Conrad, e sua esposa, Jeanie Sadler (sentados) Commandant Abrão Berberian (stand), Rocket Engineering’s president, Darwin Conrad, and his wife, Jeanie Sadler (seated)

No computo geral das atividades, e foram muitas, ficou evidente que a Quick Aviação, que é a representante oficial para o Brasil e América do Sul da Rocket Engineering, no que diz respeito ao JetPROP, foi escolhida para representar um dos aviões mais solicitados pelo mercado brasileiro em sua categoria, pela sua capacidade técnica e operacional (oficinas e engenheiros de reconhecida capacidade, segundo as normas das autoridades norte-americanas e brasileiras). “É o parceiro ideal para a região”, disse Conrad.

DEMANDA

O Brasil conta com dezenas de JetPROP em menos de dois anos e meio. Conrad, que além de empresário é um conceituado piloto de teste no mercado americano, desvendou todos os segredos da aeronave passando a confiança necessária para os presentes.

COMPRADOR

“Eu trouxe o coronel Tanaka, que é uma autoridade da aviação brasileira, para me ajudar na análise do avião que estou comprando. As minhas dúvidas foram dirimidas com as explicações do presidente Conrad”, disse o comandante Cleiton, dono da CTA Táxi Aéreo de Manaus.

PNEUS

O coronel Tanaka, que é conhecido pelo seu perfeccionismo e rigor técnico, especialmente no que se refere 30

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In the whole calculation of the activities, which were very many, it was evident that Quick Aviation, which is the official deputy for Brazil and South America of Rocket Engineering, when we speak about JetPROP, was chosen to represent one of the most requested in Brazilian market in its own category, for his technical and operational capacity (workshops and well capacitate engineers, according to the rules stipulated by the north-American and Brazilian authorities). “It’s the ideal partner for this region”, Conrad said.

DEMAND

Brazil counts with 14 JetPROP in less than two and a half years. Conrad, which is a highly regarded test pilot in American market beyond businessman, discovered all the secrets of the aircraft, sharing the needed confidence with the people present in the event.

BUYER

“I brought Colonel Tanaka, an authority in Brazilian aviation, to help me in the airplane analysis of the plane I’m buying. My doubts were left behind with President Conrad’s explanations”, said Commandant Cleiton, president of CTA Air Taxi from Manaus.

TIRES

Colonel Tanaka, which is known for his perfectionism and technical rigor, specifically speaking about modified aircrafts, said that JetPROP is a high-performance


Confraternização dos participantes Participant’s confraternization

Conferencista Michael D. Roy (em pé) apresenta e fala sobre moderno fone de ouvido empregado na comunicação via rádio Conference man (stand) introduces and talks about a modern headphone used in the radio communication

as aeronaves modificadas, disse que o JetPROP é uma aeronave de alta performance, mas que ainda precisa provar do que é capaz em climas como os existentes na floresta amazônica, onde a aeronave da CTA Táxi Aéreo vai atuar. Ele observou, ainda, que a exclusividade de venda dos pneus do avião pela Rocket Engineering precisa ser revista.

FLEXIBILIDADE

O presidente Conrad respondeu ao coronel Tanaka que este item pode ser contornado, pelo uso de pneus de outras marcas, mas com desempenhos diferentes aos produzidos pela sua empresa. ”Nada que interfira no desempenho normal do avião, apenas criamos um pneu mais reforçado”, pontuou Conrad.

CÉLULA

A fuselagem do Malibu é a base do JetPROP, Conrad demonstrou em vídeo a resistência da aeronave, que foi capaz de suportar as mais arriscadas manobras de teste, como os parafusos radicais, entrando sempre pelo lado esquerdo do piloto. ”Fizemos centenas de testes e a célula da aeronave se mostrou segura nas mais arriscadas provas de resistência”, comentou Conrad.

aircraft but that still needs to prove itself against the weather conditions such as the ones in the Amazon rain forest, where the CTA Air Taxi aircraft will work. He also said that the sale’s exclusivity of the aircraft’s tires needs to be revised.

FLEXIBILITY

President Conrad answered to Colonel Tanaka that this item can be negotiated by using different trademarks, with different performances. “Nothing that interferes in the regular aircraft’s performance, we just created a more resistant tire”, said Conrad.

CELL

Malibu’s fuselage is the basis of the JetPROP, Conrad showed in a video the aircraft’s resistance, which was capable of handle the most risk maneuvers, such as bolt maneuver, always getting in the pilot’s left side. “We made hundreds of tests and the aircraft’s cell showed herself secure in the most risk resistance tests”, commented Conrad. Translation by: Thais Passos

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SUCESSO

JetPROP de participante do evento no hangar da Quick Aviação, no Aeroporto de Santa Genoveva, em Goiânia A participant’s JetPROP in the event in the Quick Aviation hangar, in St. Genoveva’s Airport, in Goiânia

Comparação de Voo / Flight comparison 700nm Tempo / Time

Velocidade / Speed

Combustível / Fuel

JetPROP DLX

25.000 pés/ft

262 ktas

2 h 45 min a 98 galões 2 h 45 min at 98 gallons

Meridian

25.000 pés/ft

262 ktas

2 h 50 min a 130 galões 2 h 50 min at 130 gallons

TBM 700

25.000 pés/ft

285 ktas

2 h 35 min a 145 galões 2 h 35 min at 145 gallons

Pilatus

25.000 pés/ft

255 ktas

2 h 55 min a 185 galões 2 h 55 min at 185 gallons

KingAir

25.000 pés/ft

235 ktas

3 h 10 min a 217 galões 3 h 10 min at 217 gallons

Citation

25.000 pés/ft

310 ktas

2 h 20 min a 264 galões 2 h 20 min at 264 gallons



ENSINO

ESCOLA INTERNACIONAL DE AVIAÇÃO DE BELÉM BELÉM International Aviation School Belém é referência de formação de pilotos, comissários e mecânicos Belém is the mechanics, flight attendants and pilot’s formation pioneer

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Reportagem e Fotos: Antonio Ximenes

B

ELÉM - A Escola Internacional de Aviação é a mais importante instituição de formação de pilotos, comissários (as) e mecânicos do Pará. Com 13 anos de existência (em janeiro de 2013), ela se caracteriza pela qualidade de seus professores, aeronaves à disposição para voos dos alunos, padrão de excelência na metodologia de ensino e o cumprimento do rigor técnico determinado pela Anac.

BELÉM - The International Aviation School is the most important important mechanics, flight attendants and pilots formation’s institute in Pará, With 13 years in the mark (celebrating in January, 2013) it’s characterized by its teacher’s quality, aircrafts destined to its student’s flights, excellence standard in their methodology, and because they carry out with technical asperity every rule determined by Anac.

Segundo a diretora geral da instituição de ensino, a também comissária Mara Rubia de Lima Reis Sá Gille, a escola nasceu no bairro do Umarizal com um perfil profissional, com base na sua formação. “Eu fiz o curso de comissária de voo na Escola Superior de Aeronáutica com sede em Belo Horizonte (ESAER). Me formei em 1996, em Belém, através de um curso exclusivo itinerante da ESAER. Sempre tive muita curiosidade sobre o mundo da aviação. Minha formação foi excelente e, a partir dela, idealizei montar uma escola com as mesmas bases sólidas”.

According to the institute’s director, and also a flight attendant, Mara Rubia de Lima Reis Sá Gille, the School was born in the Umarizal district with a professional profile, based on its formation. “I attended a flight attendant course in the Aeronautics Superior School, sited in Belo Horizonte (ESAER). I’ve graduated in 1996, in Belém, by an exclusive itinerant course made by ESAER. I’ve always been very curious about the aviation universe. I’ve had an excellent formation, and using it, I dreamt building a school with the same ideals.”

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ENSINO

Professores, funcionários, alunas e alunos na frente da Escola Internacional de Aviação em Belém

Teachers, employees and students in front of the International Aviation School, from Belém

No começo os instrutores eram, na maioria, militares, comandantes da TAM e outros especialistas de Belém. Desde o princípio ela sabia da enorme responsabilidade de formar profissionais com conhecimentos técnicos adequados, para atuar em uma área em que não pode haver erros.

In the beginning, the instructors were, most of them, military, TAM commandants and other specialists from Belém. Since the beginning, she knew about the huge responsibility of educating professionals with the technical know-how, to act in areas that can’t have any mistakes.

Na época, como agora, havia uma instituição, que formava os pilotos, mas que apresentava algumas defi-

DEPOIMENTOS DOS ALUNOS

Suzana Gemaque dos Santos, 24, aluna do curso de Comissária “Eu sempre tive interesse na aviação, me identifico com a área, porque gosto de viajar e atender bem as pessoas. Escolhi a escola pela qualidade técnica na formação e o ambiente profissional”. Nelson Maués de Paula, 20, piloto privado “Formei aqui na escola com 18 anos. Tenho 70 horas de voo e estou me preparando para ser piloto comercial. Ter voado com o Cesna 172 da escola, nas minhas aulas práticas, foi fundamental na minha formação”. Kátia Paes Silva, 35, aluna do curso de Comissária “Sou formada em Administração e Gestão Empresarial. Tenho experiência nessas áreas, mas escolhi fazer o curso de comissária, porque o mercado de trabalho é bom e pela minha vocação para aviação.Aqui, tenho uma formação qualificada”.

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In that time, there was an institution, that formed the pilots, but that also had some formation problems. “We wanted to create a national standard school, where

STUDENT’S TESTIMONIALS

Suzana Gemaque dos Santos, 24. Flight attendant’s student. “I’ve always been interested in aviation, I identify myself with it, because I like to fly and to serve people properly. I chose the school because of the formation’s technical quality and the professional environment”. Nelson Maués de Paula, 20. Privat Pilot “I graduated here when I was 18. I have 70 flight hours and I’m preparing myself to be a commercial pilot. Flying with the school’s Cesna 172 in my practical lessons, was very important in my formation”. Kátia Paes Silva, 35. Flight attendant’s student. I’m a Business Management and Administration graduated. I have experience in these areas, but I chose the flight attendant course, because job market is good and my because of my vocation for aviation. Here, I’m qualified”.


Turma de comissárias (os) com diretora-geral da EIA, Mara Sá Gille (no centro) nas dependências da Instituição de Ensino

Flight attendant course with the EIA general director, Mara Sá Gille, in the center, in the institute’s facilities

ciências na formação. “Tratamos de criar uma escola com padrão nacional, onde os alunos poderiam atuar no mercado local e nacionalmente, a partir da formação em nossa instituição. Tivemos êxito, porque conseguimos formar as primeiras turmas que serviram como referência pedagógica e de mercado, porque eles, os alunos daquela época, estão praticamente todos empregados, principalmente aqueles que seguiram a vocação aeronáutica”, afirmou.

students could feel the national and international market, based in their formation in our school. We’ve been lucky, because we were able to make our first classes that were also basis for pedagogic and marketing reference, because the students from that time, are practically employed, specially our students that followed their aeronautic dream”, she affirmed.

DISCIPLINA

Casada com um oficial da Força Aérea Brasileira, ela é muito exigente, e, desde o começo, atua com muita disciplina e atenta às determinações da Anac, que é quem baliza tudo dentro da escola. A escola começou com os cursos de comissários de voo e piloto. O curso de mecânico iniciou em 2002.

FUNDAMENTOS

Na avaliação de Mara Sá Gille, o aluno (a) tem que ter comprometimento, respeito pela profissão, pelos colegas e o público em geral. Ele (a) deve amar o que faz para ser um bom profissional. A profissão é muito mais que um bom salário. Ele (a) tem que ter segurança no que faz para passar segurança aos outros que dependem dos seus conhecimentos. A qualificação da graduação é decisiva, mas ele (a) sempre tem que estar se atualizando.

DISCIPLINE

Married with a Brazilian Air Force officer, she’s very determined, and since the beginning, she works with discipline, paying attention to Anac specifications, that rules in the school. The school began with the flight attendant and pilot courses. The mechanical one started in 2002.

FOUNDATIONS

According to Mara Sá Gille, the sudent has to be compromised, and be respectful about his profession, his classmates and the public. He has to love what he does to be a good professional. The profession is much more than salary. He has to be sure in what he does to pas security to others that depend on his knowledge. The graduation’s qualification is very decisive, but the student has to be updated.

JOB MARKET

In the beginning, the student starts asking if after graduation a job is guaranteed. “We answer that here he Janeiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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ENSINO

Aluno e instrutor se preparam para voo em aula prática de pilotagem da Escola Internacional de Aviação

MERCADO DE TRABALHO

No início, o aluno chega perguntando se após a formação o emprego é garantido. “Nós respondemos que aqui ele tem a melhor formação e que podemos ajudá-lo, se ele se ajudar estudando, obedecendo as normas, se dedicando e tendo consciência de que está nas suas mãos o sucesso”. Ela salienta que como a escola conhece o mercado regional, costuma encaminhar para as empresas de Belém e do Estado os seus alunos, o que, muitas vezes, resulta no primeiro emprego na área. A formação técnica é obrigatória e neste quesito assegura Mara Sá Gille, “nós preparamos muito bem os nossos alunos. Tem mercado em Belém, mas os nossos alunos são preparados para atuarem no Brasil e no exterior, além do mercado regional”, disse.

IDIOMAS

Na área, o conhecimento de outros idiomas é fundamental para obter sucesso na carreira, claro que falar inglês é pré-requisito básico para todos, porque esta é a língua da aviação. Agora, quem souber francês, italiano, espanhol, alemão, chinês, japonês, entre outras línguas, também vai estar em vantagem. A aviação é, cada vez mais, uma profissão com demanda internacional.

VAL-DE-CANS

Mara Sá Gille foi supervisora do Aeroporto Internacional de Val-de-Cans por cinco anos e também trabalhou no 38

Voar na Amazônia Brasil - Janeiro/Fevereiro/Março • 2013

Student and instructor getting ready for a practical flight class in International Aviation School

has the best formation, and that we can help him, if he helps himself studying, following the rules, putting a little effort into it and being aware that the success is in his hands”. She also says that because school knows the regional market, they also send their students to Belém’s companies, which can lead to a guaranteed job. Technical formation is an obligation, and according to Mara Sá Gille, “we prepare our students very well”. We have market in Belém, but our students are prepared to work in Brazil and in other countries, beyond regional market”, says.

LANGUAGES

In this area, knowing other languages is important to be successful in your career; of course speaking English is something very basic to everyone, because this is the universal aviation language. Besides, knowing French, Italian, Spanish, Chinese, Japanese and other languages is an advantage. Aviation is now something international.

VAL-DE-CANS

Mara Sá Gille was a Val-de-Cans International Airport supervisor for five years and also worked on Seripa I for two years, so she’s qualified in strategic sections of aviation.


Aeronaves da aviação civil geral em hangar onde ficam os aviões da EIA, no aeroporto Júlio Cezar Ribeiro em Belém

Seripa I, por dois anos, portanto, com experiência técnica qualificada em setores estratégicos da aviação.

COMANDANTE BOSCO

Piloto civil com 45 anos de experiência e habilitado a pilotar jatos, helicópteros e outras aeronaves, João Bosco Queiroz Monteiro, 65, é um dos mais respeitados profissionais da aviação civil do Pará. Ele tem 18 mil horas de voo, das quais 7.500 em helicópteros e o restante em aviões. Sua sabedoria, prudência, detalhismo, disciplina, pragmatismo, conhecimento técnico, dedicação, capacidade de relacionamento e didática para ensinar fazem dele uma referência na aviação, não por acaso, ele é o responsável pela formação prática dos alunos do curso de pilotos da Escola Internacional de Aviação. À sua disposição há dois Cessnas, sendo um 172 e outro 152. “A aviação exige aeronaves mais modernas para as aulas práticas dos alunos, com mais recursos técnicos, com mais tecnologia inicial no painel de comando. Por isso que utilizamos os Cessnas. O antigo Aerobueiro e o Paulistinha, aeronaves muito usadas na formação básica dos candidatos a piloto, já estão ultrapassadas”. Comandante Bosco sempre diz que para ser um bom piloto tem que seguir alguns quesitos, como ter vocação, disciplina, preparo técnico, fazer avaliações pe-

Aircrafts of general Civil Aviation in a hangar where the planes of the IAS are, in Júlio Cezar Ribeiro Airport, in Belém

COMMANDANT BOSCO

A 45 years old civil pilot and capable of driving jets, helicopters and other aircrafts, João Bosco Queiroz Monteiro, 65, is the most respected professional of civil aviation in Pará. He has 18 thousand flight hours, which 7500 are in helicopters and the other are in planes. His knowledge, prudence, meticulous behavior, discipline, pragmatism, technical knowledge, dedication, capacity to relate with others and education to teach others made him a reference in the aviation world, and not by coincidence, he’s the responsible for the practical formation of the International Aviation School mechanics courses’ students. He has two Cesnas, which is a Cesna 172 and a Cesna 152. “Aviation requires modern aircrafts for the practical lessons, with more technical resources, with more technology in the Control Panel. That’s why we use the Cesnas. The old Aerobueiro and the Paulistinha, used in the pilot candidate’s lessons, are old fashioned.” Commandant Bosco always says that to be a good pilot you have to have vocation, discipline, and technical preparation, make regular health evaluations, respect the aircrafts limits, and know something about meteorological things, look at the instruction book, never invent, follow the procedures and be able to think clearly Janeiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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ENSINO

Turmas de mecânicos mostram equipamentos que servem para as aulas teóricas e práticas na instituição de ensino de aviação

Mechanics’ classes show their equipment that are also used in theoric and practical classes in the institute

riodicas da saúde, respeitar os limites da aeronave, ter conhecimento de meteorologia, observar o que consta nos manuais, não inventar, seguir os procedimentos padrões e ter capacidade de raciocínio rápido para resolver situações de risco e de emergência.

and fast to solve risk and emergency situations. “I always say that for airplanes to takeoff need to have a good pilot and a good mechanic, because a good maintenance can save a life and allow safety in an area where you can’t make any mistakes by distracting yourself or because you didn’t look closer to your machine. Regular overhauls, exchanging gear and constant equipment overhaul is our business every day, and there can’t be any neglects, otherwise accidents can happen. A good

“Costumo dizer que as aeronaves para decolar precisam de piloto e mecânicos, porque uma boa manutenção, salva vidas e permite segurança em uma área

DICAS PARA UM BOM MECÂNICO

João Luis de Moraes Lopes, 40, especialista na mecânica das aeronaves C-115 Bufalo, Grand Caravan, C-95 Bandeirante, entre outras. Leciona há quatro anos. “O trabalho de mecânico é diferenciado. A gente é respon-

sável pela vida dos outros. Ensinamos os nossos alunos que eles têm que seguir o que está nos manuais. Eles devem conhecer os sistemas das máquinas em que estão trabalhando. A aviação é toda normatizada, a gente não deve inventar nada. É fundamental estar, permanentemente, estudando os manuais para ter segurança e não haver dúvidas nos procedimentos. A aviação está muito automatizada, portanto, conhecer a cultura digital é importante. Saber inglês é básico, porque esta e a língua oficial da aviação mundial, mesmo que os europeus também tenham participação importante na área. Um bom mecânico tem que ter humildade para estar sempre aprendendo com os mais experientes. Ele tem que ter curiosidade, determinação para não desistir no meio do caminho e estar sempre atento à segurança”.

TIPS ON HOW TO BE A GOOD MECHANIC

João Luis de Moraes Lopes, 40, mechanic specialized in the C-115 Bufalo, Grand Caravan, C-95 Bandeirantes, among any others. He’s being teaching for four years. “The mechanic job is different. We’re responsible for each

other’s life. We teach our students that they have to follow the instruction book. They should know the machine’s systems in which they’re working. Aviation is all about rules, we can’t make something up. It’s very important to study the instruction books to be sure and to have no doubts in the procedures. Aviation is automatized, so, you should know the digital culture. If English is basic, because it’s the official language of aviation, even if the Europeans had something to contribute. A good mechanic has to be humble to be always learning with the most experienced people. He has to be curious and determined to not give up, and have to be always aware of safety”.

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Voar na Amazônia Brasil - Janeiro/Fevereiro/Março • 2013


em que não se admite erros por distração ou falta de observância dos limites da máquina. As revisões regulares, troca de peças e constante checagem dos equipamentos faz parte do nosso dia-a-dia e não pode haver negligências, caso contrário, os acidentes acontecem, como temos observado com mais frequência. Avião bom é aquele com manutenção, e piloto bom é aquele que respeita os limites da aeronave”, ensina.

AULAS PRÁTICAS DE PILOTAGEM

Os pilotos em formação que voam nas aeronaves da escola são exemplos de dedicação. Isto ficou evidente no ensaio fotográfico em que participaram Eraldo Florêncio da Silva, 19; Renato Fortuna, 33; Marcelo Rebonatto, 28; Gilvan Ferreira Lopes,18; Emilio Wesley Ozório Fiuza de Mello, 19; Nelson Maués Lins de Paula, 20.

INSTRUTOR

Todos os jovens aprendizes de piloto estão sob a coordenação técnica do experiente instrutor de voo, Ilson Melo de Oliveira, 65, dos quais 42 anos na ativa, onde pilotou jatos, Bandeirante, King Air, Baron, entre outras aeronaves. “É gratificante e sinto orgulho em formar esta garotada.Com o passar do tempo é como se eles fossem nossos filhos ou irmãos mais novos. Passamos toda a nossa experiência para eles. A gente está sempre focado na segurança. Falamos de ética, disciplina, condições climáticas, camaradagem, humildade e dos nossos limites”. ■

Intrutor Ilson de Oliveira (primeiro da esquerda em pé), comandante Bosco, diretorageral Mara e alunos de pilotagem da Escola Internacional de Aviação Instructor Ilson de Oliveira (the first one on the left), commandant Bosco, main director Mara and students from International Aviation School

plane is that with the good maintenance and a good pilot is the one that respects the aircraft’s limits”, he teaches.

FLIGHT TECHNICAL LESSONS

The pilot graduates that fly in the school’s aircrafts are true examples. That was really evident in the photo shoot, and also were there Eraldo Florêncio da Silva, 19; Renato Fortuna, 33; Marcelo Rebonatto, 28; Gilvan Ferreira Lopes, 18; Emilio Wesley Ozório Fiuza de Mello, 19; Nelson Maués Lins de Paula, 20.

INSTRUCTOR

All the new pilot’s apprentices are under the technical coordination of the experienced flight instructor Ibson Melo de Oliveira, 65, in which 42 of them were driving jets, Bandeirante, King Air, Baron, among any others. “It’s gratifying and I feel proud to graduate these kids. With time it feels like they’re our kids or even our oldest brothers. We’re always focused in safety. We talk about ethics, discipline, weather conditions, friendship, humility and our limits’. ■ Translation by: Thais Passos

Janeiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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SOLIDARIEDADE

Leader Tech trabalha em família A empresa se prepara para construir nova sede em área já adquirida em Goiânia e se destaca pelo excelente relacionamento interno e com os clientes Leader Tech é uma das principais referências na área de serviços aviônicos, eletrônicos em geral e acessórios da região Centro-Oeste, em Goiânia. Com sua equipe entusiasmada, altamente técnica e vivendo em clima permanente de uma grande família, a empresa se prepara para voos mais altos com a construção da nova sede, aquisição de novos equipamentos, modernização tecnológica e contratação de mais funcionários, para ampliar o seu quadro de colaboradores diretos.

Os quatro sócios da Leader Tech, estão confiantes no sucesso da empresa

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Voar na Amazônia Brasil - Janeiro/Fevereiro/Março • 2013

“Acreditamos na capacidade de trabalho, na administração familiar e na boa gestão dos nossos negócios, onde o cliente está sempre em primeiro lugar”, disse Carlos Antônio Jacino, um dos quatro sócios. Quem também se mostra revigorado para o ano que nasce é José Fernando Corrêa (Zezinho), que nas novas instalações digitais do laboratório de eletrônica tem imprimido um ritmo de trabalho e sofisticação que atende a demanda.


Equipe de diretores e funcionários da empresa trabalha com total dedicação aos clientes, na capital da aviação civil no Brasil: Goiânia

Família de sócio-diretor Carlos Antônio Jacino (sentado) é a referência na administração da empresa

”Agora, que estou em tempo integral na empresa, tenho muito mais tempo para agilizar os nossos serviços na área”, disse zezinho. O sócio-diretor, Silvio Rosa Mendes, continua firme na sua política pragmática de atender à aeronaves na pista e onde houver necessidade. ”É o trabalho constante, a especialização, o respeito aos clientes e a atenção redobrada com os aviões, que faz o nosso sucesso”, destacou Sílvio. Igualmente entusiasmado no propósito de servir o mercado, com o que de mais avançado existe no setor, o sócio-diretor, Loimar Ataú Gomes, disse que acredita que em 2013 as atividades profissionais vão ganhar mais impulso, por todos os investimentos que estão sendo feitos na Leader Tech. ■ Janeiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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AVIAÇÃO MILITAR

Comandante da Base Aérea de Porto Velho, coronel-aviador Augusto César Abreu dos Santos

Helicópteros de fabricação russa formam a vanguarda de combate da Amazônia Esquadrão Poti comemorou 39 anos com modernas instalações para suas máquinas de guerra. Hangares são os mais modernos do Brasil e foram construídos pela Comara


Reportagem e Fotos: Antonio Ximenes

A

Base Aérea de Porto Velho é a vanguarda de helicópteros de ataque de fabricação russa da Amazônia Ocidental. No momento, nove aeronaves fazem parte do 2º/8º Grupo de Aviação, que é comandado pelo tenente coronel Cláudio Wilson Saturnino Alves. Até o final do ano outros três helicópteros MI 35hj, os AH2 Sabre, devem ser incorporados ao Esquadrão Poti. Para abrigar esta frota de ataque foi construido o mais moderno hangar da aviação brasileira para helicópteros. Armados com misseis, metralhadoras e canhões os Sabres, como são conhecidos, estão prontos para fazer frente a todo tipo de agressão ao território nacional. Eles são os guardiões das fronteiras mais isoladas do país, onde atuam grupos transnacionais ligados ao narcotráfico, contrabando de armas e outros tipos de cri-

mes. Evitar que essas organizações criminosas entrem pela floresta no Brasil é uma, entre tantas outras missões desses guerreiros do ar, que estão preparados para ações imediatas a partir da capital de Rondônia. Uma base da Aeronáutica armada com o que de mais avançado existe na guerra inteligente de combate aéreo com helicópteros. A importância estratégica deste esquadrão pode ser comprovada com a presença de nove brigadeiros do ar no descerramento da placa de inauguração das novas instalações do Esquadrão Poti.

ALTO COMANDO

Capitaneados pelo comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Juniti Saito, que estava acompanhado dos comandantes do 7º Comar, o major-brigadeiro do ar Marco Antonio Carballo Perez, do I Comar, major Janeiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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AVIAÇÃO MILITAR

Hangar tem capacidade para abrigar todas as aeronaves de ataque do Esquadrão Poti

-brigadeiro do ar, Carlos Eurico Peclat dos Santos; bem como pelo brigadeiro do ar Jose Alberto de Mattos, da Segunda Força Aérea, pelo comandante da Base Aérea, coronel-aviador Augusto Cesar Abreu dos Santos; e pelo tenente-coronel aviador Cláudio Wilson Saturnino Alves, comandante do 2º/8º Grupo de Aviação. Outra autoridade de alto escalão presente no evento em que se comemorou os 39 anos do Esquadrão Poti, foi o comandante do Comando-Geral de Operações Aéreas (Comgar), tenente-brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, que disse que em 2013 a Base Aérea de Porto Velho receberá os três últimos modelos Sabre, de um total de 12 helicópteros, além de um simulador de alta tecnologia.

As instalações do Esquadrão Poti foram projetadas, licitadas e fiscalizadas pela Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (Comara), que é presidida pelo major-brigadeiro Peclat, “cardeal de número 170”.

HOMENAGEADOS

Na ocasião, foram homenageados o piloto mais eficiente do Esquadrão Poti, o capitão-aviador Andre Luis Vidal Agostini, o graduado padrão, suboficial Luis Antonio Martins, e o praça padrão, soldado de 1ª classe Rodrigo Rodrigues Cavalcante. O tenente-aviador Carlos Siqueira Besch e o 2°sargento QSS BMA Laercio Antonio Farias Souza receberam os prêmios de segurança de voo. ■ *Com a colaboração do 2º/8º GAV/Cecomsaer

Brigadeiros capitaneados pelo comandante da Aeronáutica, Juniti Saito (3° da esquerda), participaram da inauguração do hangar do Esquadrão Poti, na Base Aérea de Porto Velho

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Voar na Amazônia Brasil - Janeiro/Fevereiro/Março • 2013


Armamentos de ataque do AH2-Sabre são expostos para conhecimento dos convidados na comemoração dos 39 anos do Esquadrão Poti, na Base Aérea de Porto Velho

Comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, passa em revista a tropa da Base Aérea de Porto Velho

Comandante do Esquadrão Poti, Cláudio Wilson Saturnino, e seu filho, quando da inauguração do hangar

Janeiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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SEMINÁRIO

Segurança Da Aviação NA Amazônia Especialistas da área estão preocupados com a quantidade de acidentes na Amazônia, em 2012 o Brasil bateu recorde

A conscientização de todos os envolvidos no processo aéreo foi o principal objetivo do VII Seminário de Segurança de Voo, realizado no Hangar Centro de Convenções da Amazônia. Cerca de 450 pessoas participaram do evento, parte das comemorações da Semana da Asa em outubro de 2012, que reforçou a importância do desenvolvimento de uma cultura aeronáutica que possa ampliar a perspectiva da prevenção de acidentes aéreos. A disciplina na hora dos procedimentos de voo e a manutenção correta das aeronaves foram os pontos mais abordados pelos palestrantes. Organizado pelo Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa I) em parceria com o Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará (GRAESP), o seminário teve seu foco voltado para todos os atores envolvidos com a atividade aérea. “Desde de o mecânico até o piloto ou o dono

da empresa aérea, todos precisam ter essa preocupação intrínseca com a segurança. No trânsito, às vezes, você até pode relaxar, mas em um voo, jamais. Então viemos mais uma vez repetir que a atenção máxima é fundamental”, disse o chefe do Seripa I, tenente coronel Maurício Teixeira. No auditório, oficiais da Aeronáutica, empresários do ramo comercial da aviação, pilotos, mecânicos e aeronavegantes assistiram com atenção aos discursos dos profissionais convidados, que abriram sessões de perguntas ao final de cada palestra. O juiz federal, Marcelo Honorato, oficial aviador da Força Aérea Brasileira, abriu o evento com a palestra “Responsabilidade Civil e Penal no Acidente Aeronáutico”, e abordou em sua análise as implicações jurídicas que envolvem proprietários, pilotos, empresas de manutenção e todos os demais agentes envolvidos em um acidente aeronáutico. “Tudo chega ao jurídico hoje em dia. Desde um atraso de voo até um acidente com vítimas. É preciso esclarecer às partes envolvidas quais são suas responsabilidades nestes casos e o que podem ser obrigados a pagar em indenizações”, explicou. Na sequência, o assessor jurídico da ABTAer (Associação Brasileira de Táxis Aéreos), Georges de Moura Ferreira, ministrou a palestra intitulada “O novo cenário do Táxi Aéreo na Aviação Civil Brasileira”, apresentando como estão distribuídas as empresas de táxi aéreo no contexto da aviação civil, suas formas de operação e os principais problemas enfrentados no segmento. “A aviação vem crescendo bastante na Amazônia, pois, devido as grandes distâncias, o avião acaba se tornando o meio de transporte mais eficiente. Aproveitando esta demanda, as companhias de táxi aéreo acabam se transformando em ‘mini linhas aéreas’, para atender as mais diversas necessidades”, declarou. Major-brigadeiro Carlos Eurico Peclat dos Santos, comandante do 1° Comar e presidente da Comara defendeu que se observe todos os procedimentos padrão antes da decolagem

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Voar na Amazônia Brasil - Janeiro/Fevereiro/Março • 2013


Reportagem: Fernanda Martins / Fotos: Raimundo Paccó

Conferencista fala da segurança na aviação, dos cuidados que se deve ter para evitar acidentes, especialmente na região amazônica, onde as condições climáticas são muito instáveis

O engenheiro da Embraer, Fábio Couto Bonnet, falou em seguida e abordou o tema “Os inventores”, tratando do projeto e desenvolvimento dos aviões, destacando a história do desenvolvimento tecnológico e enfatizando as pessoas que alavancaram a tecnologia aeronáutica. Por fim, o coordenador do Curso de Mestrado em Segurança do Voo do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), professor Donizeti de Andrade, comentou “A evolução da Aviação no século XX”, detalhando os acontecimentos históricos que marcaram a evolução da tecnologia aeronáutica, trazendo inovações históricas e atuais. Nos últimos 10 anos, a aviação civil brasileira totalizou 918 acidentes, com perda de 303 aeronaves e de 984 vidas em 245 acidentes com fatalidades. Somente na área de jurisdição do Seripa I, que compreende os estados do Pará, Maranhão e Amapá, ocorreram 98 acidentes aéreos, com destaque para os segmentos da aviação geral regular, táxi aéreo e aviação agrícola. O ano de 2011 registra um aumento significativo no número de acidentes em comparação com os demais, demandando a intensificação das atividades de prevenção. A região amazônica possui trafego aéreo intenso, em comparação as demais regiões do Brasil. O grande

movimento se dá pelas dificuldades de acesso a municípios e vilarejos, que acabam transformando o avião no único meio eficaz de transporte para emergências e abastecimento do local. Entretanto, com o aumento, cada vez maior, no número de aeronaves em operação na Amazônia, cresce também a quantidade de acidentes, quase sempre com vítimas fatais. Pistas clandestinas, planos de voo ‘maquiados’, negligência na manutenção e a própria dificuldade na localização e resgate de vítimas nos casos de acidentes estão entre os problemas peculiares da região. Essa necessidade motivou o VII Seminário de Segurança de Voo, que aconteceu no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, e contou com a participação de atores de diversos segmentos da aviação civil e militar. Durante o evento, representantes dos órgãos envolvidos com a segurança aérea apontaram peculiaridades da região amazônica nesse aspecto. “A Amazônia já é complexa em si mesma, pois o tipo de vegetação dificulta muito a localização dos locais de acidente e das vítimas, o que acaba diminuindo chances de possíveis sobreviventes. Os homens que trabalham em resgates nesta região precisam ser muito atentos e minuciosos”, afirma o comandante do 3º e 7º esquadrões marítimos, tenente coronel José Avelar. Janeiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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SEMINÁRIO

PECULIARIDADES

As longas distâncias entre certas cidades e vilas, além da dificuldade de acesso a muitas delas, onde só se chega após dias de barco, transformaram os aviões no meio de transporte mais viável para determinadas situações. “Se alguém está doente, em casos de emergência, o transporte do enfermo é, obrigatoriamente, feito de avião. O abastecimento de comida e transporte de valores também são feitos em aeronaves. E a tendência destas necessidades é crescer mais e mais”, observa o chefe do Seripa I, tenente coronel Maurício Teixeira. As dimensões geográficas dos estados da Amazônia acabam facilitando outro problema sério: as pistas clandestinas. “Uma pista de pouso precisa seguir um conjunto de normas. Não pode haver obstáculos a uma determinada distância, precisa de iluminação e uma cerca para impedir a aproximação de pessoas ou animais no momento de um pouso ou decolagem. Porém, as pistas clandestinas – nome dado a todas que não possuem homologação da Anac – se proliferam cada vez mais, para atender este crescimento”, aponta Teixeira. A negligência na manutenção das aeronaves, principalmente daquelas utilizadas para aviação agrícola, é fonte constante de preocupação para o Seripa I. “A importância de manter os papéis em dias não é levada a sério em alguns casos. Ainda existe o uso de ‘gambiarras’ e adaptações na mecânica dos aviões, devido indisponibilidade de peças na região”, lamenta Teixeira. A situação é agravada pela dificuldade de fiscalização da Anac,

que não possui quadro de funcionários suficiente para realizar todas as tarefas atribuídas ao órgão. “O aumento na mão de obra da Anac é uma demanda antiga de todos os setores da aviação. As empresas de táxi aéreo são alvo de fiscalizações constantes, mas sabemos que o mesmo não é feito com a aviação particular”, explica o consultor Georges de Moura Ferreira. Apesar da defasagem, em 2011, os inspetores lotados em Belém realizaram na região a fiscalização de 343 pilotos e de 278 aeronaves, notificaram 40 aeronaves, emitiram 16 autos de infração para pilotos e empresas e 4 autos de interdição para aeronaves. Além das atividades de fiscalização “in loco”, a Anac tem investido em ações de fiscalização indireta. A agência informa, através de nota, que “Todas as aeronaves civis brasileiras são controladas pelo Sistema de Aviação Civil e seus dados são frequentemente atualizados junto à Anac. Quando solicitam autorização para voar no espaço aéreo controlado, isto é, fazem plano de voo, foi estabelecida uma forma mais efetiva de fiscalizar a regularidade dessas aeronaves e dos tripulantes por meio do sistema Decolagem Certa (Dcerta). Essa iniciativa inédita foi desenvolvida conjuntamente pela Anac e pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), do Comando da Aeronáutica, que verifica em tempo real a situação de conformidade de pilotos e da aeronave com relação às bases de dados da Anac de forma a fiscalizar e evitar a decolagem de voos que possuam alguma irregularidade.”

TOTAL DE AERONAVES REGISTRADAS NO PARÁ NOS ÚLTIMOS ANOS

818

739

2010 50

2011

Voar na Amazônia Brasil - Janeiro/Fevereiro/Março • 2013

834

2012*

*Até julho


Major-brigadeiro Peclat e outras autoridades militares e civis na plateia do concorrido evento sobre segurança na aviação no hangar do Centro de Convenções da Amazônia

PREVENÇÃO

A maneira encontrada pelos envolvidos com a segurança aérea para manter a curva do crescimento do mercado da aviação em alta e a dos acidentes em bai-

xa é a prevenção. “Uma investigação de acidente feita pelo Seripa não visa buscar justiça, e sim entender o que aconteceu e utilizar o exemplo para alertar os demais aviadores sobre aquele erro”, diz Teixeira. ■

EM 2012 O BRASIL REGISTROU RECORDE DE ACIDENTES AÉREOS

FORAM 168 ACIDENTES COM 71 MORTES A aviação civil brasileira registrou em 2012 um total de 168 acidentes, o que representa o maior número de acidentes em sua história e supera em 5,6% os casos ocorridos em 2011.

cial brasileira melhoraram nos últimos anos, mas admitiu que ainda existem problemas em outras áreas da aviação civil.

As tragédias que ocorreram durante o ano passado causaram 71 mortes, frente às 90 registradas em 2011, segundo um balanço divulgado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

“Nos preocupa melhorar a segurança com aviões e helicópteros privados, táxis aéreos e aparatos usados na agricultura, entre outros”, disse o militar, que afirmou que esse será o foco das ações do Cenipa durante 2013.

Cento e quarenta e seis (146) dos acidentes registrados em 2012 foram sofridos por aviões, enquanto outros 22 por helicópteros.

Segundo o presidente da ABTAer, Milton Arantes Costa, as deficiências nos órgãos reguladores, com regras imprecisas, inadequadas, onerosas e a morosidade nos processos; bem como as operações com Transporte Aéreo Clandestino – TACA, que não têm sido combatidas adequadamente, são os maiores responsáveis por esses acidentes.

O brigadeiro Luis Roberto do Carmo Lourenço, chefe do Cenipa, disse que os níveis de segurança na aviação comer-

Janeiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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SELVA AMAZÔNICA

Comara constrói três pistas para jatos e transporte na Amazônia COMARA builds three lanes destined to jets and planes in Amazon Comara termina obras da pista de Palmeiras do Javari (1.240 metros) e trabalha na construção das pistas de Iaueretê (2.000 metros) e Estirão do Equador (1.500 metros) Comara finishes works in Palmeiras do Javari lane (1240 meters) and works in the construction of the Iaueretê lane (2000 meters) and Estirão do Equador (1500 meters)


Reportagem: Antonio Ximenes Fotos: Raimundo Paccó

Pista pronta de Palmeiras do Javari, na fronteira com o Peru Palmeiras do Javari’s lane ready, bounded with Peru

A

Comara construiu centenas de pistas e aeroportos na região Norte, desde a sua fundação há 55 anos. Atualmente continua construindo nas regiões mais distantes do país, como em Iaueretê (pista em cimento de 2.000 metros por 30 metros de largura); Palmeiras do Javari (1.240 metros por 30 metros de largura) e Estirão do Equador (1.500 metros por 30 metros de largura). Iaueretê fica em São Gabriel da Cachoeira, fronteira com a Colômbia e Venezuela, na Cabeça do Cachorro; e as outras pistas estão localizadas no município de Atalaia do Norte, na fronteira com o Peru, todas no Amazonas. Com uma capacidade logística extraordinária, a Comara navega pelos rios amazônicos com dezenas de empuradores e balsas carregadas de areia, seixo, britas, ferros, cimento e todo tipo de materiais para a construção das pistas nos lugares mais remotos da Amazônia. Tem ainda à disposição pedreiras no distrito de Moura (Barcelos) e no município de Monte Alegre no Pará, de onde extrai as pedras necessárias para as fundações de suas obras. Em Belém, fica a sede da Comara, com todo o seu corpo administrativo, de Engenharia e das demais funções

Coronel Ricardo José Freire de Campos, vice-presidente da Comara

Comara built hundreds of lanes and airports in the North region, since its creation, 55 years ago. Nowadays, it keeps building in the most remote regions in the country, just as Iaueretê (cement lane with 2000 meters per 30 meters width); Palmeiras do Javari (1240 meter per 30 meters width) and Estirão do Equador (1500 meters per 30 meters width). Iaueretê is located in São Gabriel da Cachoeira, bounded with Colômbia and Venezuela, in Cabeça do Cachorro; the other lanes are located in Atalaia do Norte, bounded with Peru, and all of them are in Amazonas. With an extraordinary logistics capacity, Comara sails through the Amazon Rivers with hundreds of pushers and ferryboats loaded with sand, pebble, iron, cement and any kinds of materials needed to build lanes in the most remote corners in Amazonia. There are also quarries in Moura district (in Barcelos) and in Monte Alegre county in Pará, where rocks needed to make the foundation are extracted. In Belém, the Comara headquarters are located, with all its administrative body, of Engineer and others executives functions; as the Brucutu fluvial port, where you can find the main shipyard, responsible for the


SELVA AMAZÔNICA

Pista de Iauaretê em construção no município de são Gabriel da Cachoeira, na região da “cabeça do cachorro”, na fonteira com Colômbia e Venezuela Iauaretê’s lane under construction, in São Gabriel da Cachoeira’s county, in the Cabeça do Cachorro’s region, bounded with Colômbia and Venezuela.

executivas de comando; bem como o porto fluvial Brucutu, onde encontra-se o estaleiro responsável pela fabricação e reforma dos empurradores, balsas e dragas. Em Manaus localiza-se o porto Piquiá, entreposto para despacho de insumos e equipamentos às diversas

making and reformation of the pushers, ferryboats and dredges. In Manaus, is located the Piquiá port, raw materials shipment and equipment destined to Comara’s works

COMANDANTE PECLAT, CARDEAL DE NÚMERO 170

O comandante do 1°Comar, major brigadeiro-do-ar, Carlos Eurico Peclat dos Santos, também é o presidente da Comara. Cardeal de formação, este oficial patrulheiro, é conhecido pela liderança firme e serena. Com passagem pela África, onde foi observador da ONU em Angola, quando da guerra civil neste país de fala portuguesa, Peclat, como é conhecido na Força Aérea Brasileira, caracteriza-se pelo raciocínio rápido, sensibilidade no trato com os subordinados e um profundo sentido de patriotismo. Na condição de presidente da Comara, ele tem feito um dos trabalhos mais difíceis da região amazônica, que é o de dotar de infraestrutura aeroportuária as regiões mais longínquas da nação. “Servir a pátria acima de tudo”, afirma Peclat, o cardeal de número 170.

COMMANDANT PECLAT, NUMBER 170 CARDINAL

First Comar commandant, Brigadier major Carlos Eurico Peclat dos Santos, is salso Comara’s president. Formation cardinal, this ranger officer is known for his steady and serene leadership. After passing through Africa, where he was an ONU observer in Angola, when the Civil War happened in a country who speaks a fluent Portuguese, Peclat, as he’s known in Brazilian Air Force, characterizes himself because of a quick thinking, sensibility with others and a deep patriotic sense. Because of his condition of Comara’s president, he has done one of the hardest works in the Amazon region, which is to build in the most remote regions, some airport infrastructure. “To serve our Nation above everything”, says Peclat, number 170 cardinal. Comandante Peclat (primeiro a esquerda, em pé) em Missão de Paz em Angola, com guerrilheiros da Unita Commandant Peclat (the first on the left) in a Peace Mission in Angola, along with Unita’s fighters

Major-brigadeiro Peclat em seu gabinete no I Comar Brigadier-major Peclat in his office in I Comar


Comitiva militar da Comara que inspecionou as pistas de Iauretê, Palmeiras do Javari e Estirão do Equador, na Amazônia Ocidental Military entourage that inspected the Iaueretê, Palmeiras do Javari and Estirão do Equador’s lanes, in Occidental Amazon

obras da Comara, e uma unidade avançada (Destacamento de Apoio da Comara); o mesmo acontecendo em Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira (Dacos).

warehouse, and an advanced unity (Comara’s Detachment Support); the same thing is happening in Tabatinga and São Gabriel da Cachoeira (Dacos).

Como as maiores obras da instituição militar estão sendo realizadas no Amazonas, como citado acima, podese dizer que a vanguarda das atividades da instituição, no momento, estão em solo amazonense.

Because of the major works of the military institution that are been realized in Amazonas, as we said above, you can say that the vanguard of the institute’s activities, so far, are in amazon soil.

O presidente da Comara é o major brigadeiro-do-ar Carlos Eurico Peclat dos Santos, que também é o comandante geral do 1º Comar. Ele tem sob sua coordenação direta o vice-presidente da Comara, o coronel aviador Ricardo José Freire de Campos, que é quem toca as atividades executivas da Comara.

Comara’s president is the Sergeant Major Carlos Eurico Peclat dos Santos, who is also the main commandant of 1°Comar. He has the Comara’s vice-president, the aviator colonel Ricardo José Freire de Campos under his direct coordination, who is responsible for the executive activities of Comara.

PELOTÕES

A Comara é a coluna vertebral da soberania nacional, no que se refere a infraestrutura aeroportuária militar. Não haveria os pelotões de fronteira, unidades militares essenciais para a defesa do território, se não fosse a atuação dela, que com seus profissionais e equipamentos tem construído as pistas que recebem os Búfalos C-115, Hercules C-130, Casa C-105, Caravan, Bandeirantes, Brasília, Supertucanos, F5, e, futuramente, os C-390 que estão sendo construidos pela Embraer. Os caças Rafale, F-18 ou Gripen, que vierem, por ventura, a vencer a licitação internacional de reaparelhamento da Força Aérea Brasileira, na área de aviões de alta performance de combate também poderão pousar em Iaueretê e Estirão do Equador.

CHEIA E VAZANTE

Planejamento e cumprimento dos prazos norteiam as atividades da Comara, que depende do nível das águas

SQUADS

Comara is the backbone of national sovereignty, if speaking ok military airports infrastructure. There wouldn’t be frontier’s squads, essential military unities to defend our territory, if it wasn’t for her actions, by using her professionals and equipment they’ve built lanes to receive Búfalos C-115, Hercules C-130, Casa C-105, Caravan, Bandeirantes, Brasília, Supertucanos, F5 and, in the future, the C-390 that are been built by Embraer. The fight crafters Rafale, F-18 or Gripen, that, for some reason, lose their Brazilian Air Force international reequip bidding, in the high fight performance planes, can land in Iauretê and Estirão do Equador.

FLOOD AND RECEDING

Planning and compliance guide the Comara’s activities, which depends on the water level to navigate in the world’s largest river basins. Constructions as Iauretê Janeiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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SELVA AMAZÔNICA

Operário do porto fluvial Brucutu de Belém, trabalha em uma balsa de grande porte nas instalações próprias do estaleiro da Comara

Worker of the fluvial port of Brucutu, in Belém, works in a ferry in Comara’s facilities

para navegar na maior bacia hidrográfica do mundo. Obras como a de Iaueretê, depende diretamente da época de cheia e de vazante, porque pelo leito do Rio Negro, onde as cachoeiras e corredeiras são comuns, só passam balsas durante um determinado período do ano e, sempre tendo de fazer o transbordo de material por terra em um trecho acima da sede do município de São Gabriel da Cachoeira. Pelo rio Javari, na fronteira com o Peru, não é diferente.

depends directly of the flood and receding period, because by the Rio Negro’s riverbed, where waterfalls and rapids are very common, ferryboats can only travel during a determined period of time and always having to make the transshipment by land in a path above the São Gabriel da Cachoeira county’s headquarters. By the Javari River, bounded with Peru, it’s not very different.

LOGÍSTICA

Mesmo com todas as dificuldades, a Comara tem conseguido superar os obstáculos com uma das mais complexas logistica do planeta em área de floresta tropical umida, como é o caso da pista de Palmeiras do Javari, que já está pronta. Nesta inóspita região habitada por militares, poucos ribeirinhos e índios isolados do Vale do Javari, a Comara construiu uma moderna pista de concreto que terá vida útil, segundo projeções dos engenheiros, de mais de 40 anos, em função do material empregado, bem superior ao asfalto tradicional.

COMITIVA

A reportagem da revista VOAR NA AMAZÔNIA BRASIL acompanhou uma comitiva sob a coordenação dos tenentes coroneis Raymundo Salgado (chefe da Divisão de Engenharia da Comara) e Ronaldo Pereira de Mello/oficial aviador (chefe do Daco/Manaus), pelas pistas de Iaueretê, Palmeiras do Javari e Estirão do Equador, ocasião em que teve a oportunidade de confirmar o trabalho diferenciado desenvolvido por suas equipes de campo na floresta. 56

Voar na Amazônia Brasil - Janeiro/Fevereiro/Março • 2013

LOGISTICS

Besides the many difficulties, Comara has been managing to overcome it with the most complex logistics in a rain forest area, just like the Palmeiras do Javari’s lane,

Comara has an important issue in national integration, in order to support the indian and riverine communities, projecting the presence of the State in the most remote corners and contributing for the Nation’s security and for the strengthening of our sovereignty (Colonel aviator and vice-president of Comara, Ricardo José Freire de Campos).


Militares vistoriam pista de cimento de Palmeiras do Javari com seus 1.240 metros, e uma das mais avançadas tecnologias de construção em clima tropical e floresta úmida Militaries checking cement lane of Palmeiras do Javari with 1240 meters and one of the most advanced technologies in construction in a tropic rain forest area

IAUERETÊ

Em Iaueretê, onde vivem 14 etnias indígenas, os trabalhos no pátio de aeronaves estão avançados, mas a pista ainda está em fase de construção. Nesta região, uma das mais distantes do Brasil, a vigilância aérea e terrestre é constante.

which is ready. In this remote region habituated by militaries, a few riverine and isolated Indians from Vale do Javari, Comara built a modern concrete lane that will be useful for more than 40 years, due to the materials that are been used, which are superior to the regular asphalt.

ENTOURAGE

Na área, narcotraficantes e guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) já fizeram diversas incursões. O pelotão de fronteira do Exército local depende das aeronaves que aterrissam no aeroporto em construção. No futuro, quando as obras estiverem prontas, os mais sofisticados caças do mundo poderão pousar e decolar na pista de cimento que está sendo construida.

Voar na Amazônia Brasil magazine reporting followed an entourage led by lieutenant colonel Raymundo Salgado (Comara’s Engineer Division chief) and Ronaldo Pereira de Melo (aviator and chief of Daco/Manaus), through the Iaueretê, Palmeiras do Javari and Estirão do Equador’s lanes, where they confirmed the differentiated work developed by their field teams in the forest.

In Iaueretê, where 14 indian ethnics, the works in the aircraft’s yard are very advanced, but the lane’s still been built. In this region, one of the most distant in Brazil, air and terrestrial surveillance is constant.

A Comara tem papel fundamental na integração nacional, viabilizando o apoio às comunidades indígenas e ribeirinhas, projetando a presença do Estado nos mais longíncuos rincões e contribuindo para a defesa da Pátria e para o fortalecimento da soberania brasileira (Coronel aviador Ricardo José Freire de Campos, vice-presidente da Comara).

IAUERETÊ

In that area, narcotics traffickers and CRF (Colômbia’s Revolutionary Forces) guerrilla made so many incursions. The local army frontier’s squad depends on the aircrafts that land in the airport that’s been built. In the future, when the works are finally over, world’s most sophisticated fight crafters will be able to land and takeoff in the cement lane that’s been built.

PALMEIRAS AND ESTIRÃO

After visitations in the Cabeça de Cachorro’s installations, reporting followed the military until Tabatinga (Alto Solimões), and then spent the night in the local Janeiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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SELVA AMAZÔNICA

Chegada da comitiva militar em Iaueretê, na Cabeça do Cachorro Arrival of the military entourage in Iaueretê, in Cabeça do Cachorro

PALMEIRAS E ESTIRÃO

Depois de visitar as instalações na ‘Cabeça do Cachorro’ (como é conhecida a região), a reportagem acompanhou os militares até Tabatinga (Alto Solimões), onde pernoitou no Daco local. No dia seguinte seguiu viagem para Palmeiras do Javari, onde verificou que uma moderna pista de cimento, impecável, já está pronta. Depois da visita às instalações, a comitiva seguiu para o pelotão de fronteira de Estirão do Equador (um voo de 25 minutos), onde as obras de terraplanagem do terreno já começaram. Nesta, máquinas e homens se agitam no canteiro de obras. Aproveitar o período de seca é fundamental, porque do contrário, as chuvas de janeiro, fevereiro e março impedirão que os operários toquem as obras na pista. Depois das vistorias técnicas e do breve convívio com as populações locais, a comitiva retornou a Manaus, onde uma equipe ficou na capital amazonense e outra seguiu viagem, no dia seguinte, para Belém. A impressão que ficou para o repórter Antonio Ximenes e o fotógrafo Raimundo Paccó, é que o Brasil precisa conhecer mais profundamente o trabalho extraordinário feito pela Comara, nas áreas mais selvagens da floresta amazônica.

CANADENSES

A comitiva da Comara contou ainda com a presença de três militares da Real Força Aérea Canadense, que, como convidados, foram conhecer de perto as obras das pistas concebidas com a mais alta tecnologia em ambiente adverso. 58

Voar na Amazônia Brasil - Janeiro/Fevereiro/Março • 2013

Trabalhadores da Comara no canteiro de obras da pista do Pelotão de Fronteira Estirão do Equador, limite com o Peru, no Vale do Javari Comara’s workers in the construction site of the Frontier Squad Estirão do Equador, bounded with Peru, in Vale do Javari

Daco. In the following day, they travelled to Palmeiras do Javari, where they checked an immaculate modern cement lane that was already made. After visiting the installations, they went to the frontier’s squad in Estirão do Equador ( a 25 minutes flight) where the road’s construction was happening. There, men and machine were agitated in the construction site. Enjoy the receding time is essential, otherwise, the rain in the months of January, February and March will stop the workers of working in the lane. After technical inspection, and the fast convivial with the local populations, the entourage returned to Manaus, where a team stayed in the capital city and the other travelled to Belém, in the following day. The impression that remained for the reporter Antônio Ximenes and for the fotographer Raimundo Paccó is that Brazil needs to know better the extraordinary work from Comara, in the most savages areas in Amazon rain forest.

CANADIANS

Comara’s entourage counted with 3 militaries from the Canadian Royal Air Force, that, as guests, could see a closer view of the works in the lanes, and that could only be possible with the most advanced technology in an averse environment. Major Stephen Button and capitain Grégoire LaForce, and the noncommissioned officer Luc Gauthier were surprised with the capacity of building sophisticated lanes in such a rustic environments. “Comara has one of the best logistics of the world in a tropical forest”, said Gauthier. Translation by: Thais Passos


MALÁRIAS E PICADA DE COBRA

Airton Pereira da Silva, 68, trabalha há 38 anos na Comara. Sua especialidade é a de operar máquinas pesadas, acima de dez toneladas. ”Eu dirijo trator de esteira, escavadeira e pá mecânica. Gosto de canteiro de obras e não me assusto com trabalho”, disse Silva que, no momento, está operando em Estirão do Equador. Experiente, ele já ficou 16 meses trabalhando ininterruptamente em uma pista no pelotão de fronteira de Ipiranga (divisa com a Colômbia). Silva, ou Natal, como é conhecido pelos colegas, já pegou 16 malárias e foi picado por cobra uma vez, no pé. ”São coisas do trabalho que a gente supera com determinação no meio da selva”.

MALARIA AND SNAKE’S BITES

Airton Pereira da Silva, 68, works for 38 years in Comara. His specialty is in operating heavy machines, weighting over 10 tons. “I drive a special tractor, an excavator and a wheel loader. I like the construction site and I’m not scared of the work”, Silva said, and by now is driving in Estirão do Equador. Experienced, he spent 16 months working unbrokenly in a lane in the Ipiranga’s frontier’s squad (bounded with Colômbia). Silva, or Natal, as he’s well known between his pals, has got 16 malaria and was bitten by a snake once, in his foot. “These are business things that can be overcome in the middle of the forest.

O major Stephen Button e o capitão Grégoire Laforce, bem como o sub -oficial Luc Gauthier ficaram surpresos com a capacidade de construir pistas sofisticadas em ambientes tão rústicos. “A Comara tem uma das melhores logisticas do mundo em floresta tropical”, disse Gauthier. ■


FOTOGRAFIA

oLHANDO ATRAVÉS DA ARTE DE raimundo paccó A pista de Iaueretê tem quatorze etnias vivendo em seu entorno, dentre elas os tucanos da foto

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Voar na Amazônia Brasil - Janeiro/Fevereiro/Março • 2013



ABTAer

4º Encontro Nacional ABTAer em SÃO PAULO Empresas de táxi aéreo criticam burocracia, exigência obrigatória de simuladores e taxas abusivas praticadas pela Anac, Infraero e Decea

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Reportagem: Antonio Ximenes e Marcela Matos / Fotos: Antonio Ximenes

M

ais de cinquenta empresas de aviação estiveram presentes no 4º Encontro Nacional das Empresas de Táxi Aéreo no dia 08 de dezembro último, nas instalações da Helimarte Táxi Aéreo, no Campo de Marte, em São Paulo. Elas criticaram a Anac, Infraero e Decea pela obrigação do uso de simuladores no exterior, excesso de tarifas aeroportuárias e burocracia generalizada, o que tem provocado prejuízos, desemprego e atraso no setor.

Sob a coordenação do presidente da ABTAer (Associação Brasileira de Táxis Aéreos), comandante Milton Arantes Costa, o encontro também contou com a presença de técnicos da Anac, que, oportunamente, se colocaram à disposição da ABTAer, para, juntos, encontrar as soluções aos problemas que afetam a categoria. Dentre as reividicações das empresas de táxi aéreo, três delas mereceram maior destaque, como as referentes Janeiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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ABTAer

Jornalista Marcela Matos, no centro, acompanhada de membros da ABTAer

Comandante Milton, (de gravata), Jorge Bitar da Helimarte (de terno) e outros associados da ABTAer

Comandante Geraldo Picão (primeiro à esquerda), casal de amigos e comandante Gilberto Scheffer à direita de terno

Comandantes Georges Ferreira, Jânio, Leo Rezende e Geraldo Picão

ao RBAC 61 endereçada à Anac, que contesta os parâmetros de aeronaves “tipo” a exigência de treinamento em simulador, sempre no exterior, algo que não é exigido pelas autoridades primárias (os fabricantes); a isenção das tarifas de navegação aérea para aeronaves TPX com PMD até 12.500 lbs (encaminhado ao Decea); e o requerimento de isenção das tarifas de pousos para aeronaves TPX com PMD até 12.500 lbs, uma contestação em função do serviço de pouso não justificar a cobrança pela Infraero.

de São Paulo com passageiros clandestinos, que não foram interceptados pelos fiscais da Anac.

Outros itens foram abordados com igual ênfase, como a ausência de fiscalização aos táxis aéreos clandestinos que têm inviabilizado as empresas regulares da área; como o que se observou no Grande Prêmio de Fórmula 1 de Interlagos, no dia 25 de novembro, ocasião em que centenas de helicópteros particulares cruzaram os céus 64

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“É uma total falta de respeito a ausência de fiscalização das autoridades que penalizam quem está dentro da lei. Isso não pode continuar desta forma”, disse o comandante Milton Arantes Costa. Com a mesma firmeza crítica o diretor do Departamento de Helicópteros da ABTAer, Jorge Bitar, que também é proprietário da Helimarte Táxi Aéreo, condenou a prática que, anualmente, tem desestabilizado o setor. “O Grande Prêmio de Fórmula 1 se transformou em uma vitrine de irregularidades, porque não há fiscalização de pista e todo mundo faz o que quer na época. É uma vergonha”, afirmou.


Vice-presidente Rui Aquino, comandante Cleiton, conferencista americana Emily Gruppo e outros membros da ABTAer

O clima em família se destacou entre os presentes do encontro

Comandantes do sul do Brasil, presentes no 4º Encontro Nacional da ABTAer

Ao centro, comandante Edson Guerra Dias, tendo ao lado seu filho Felipe Guerra, ambos da WDA Táxi Aéreo, juntos com colegas do evento

ANAC

Em nome da Anac estiveram presentes o gerente de Vigilância de Operações da Aviação Geral, Antonio Alessandro Mello Dias, e o gerente Técnico de Processo Normativo da Superintendência de Aeronavegabilidade, Roberto Honorato.

MANUAIS

Dias apresentou o que foi feito até agora pelo segmento de táxi aéreo, falou dos processos de desburocratização em andamento, e ouviu as críticas dos empresários do setor. A maior queixa diz respeito ao excesso de manuais pedidos para as empresas, 26. “O setor tem inúmeras demandas e problemas, por isso estabelecemos uma agenda de reuniões periódicas, a cada dois meses”, disse o gerente da Anac.

Ele disse ter consciência de que muitas das exigências não acrescentam nada em termos de segurança e nem servem de estímulo para o crescimento econômico. Para os empresários, ao contrário, fomentam o tráfego ilegal.

AUSÊNCIA

O 4º Encontro Nacional das Empresas de Táxi Aéreo também previa a presença de um representante do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), que cancelou na última hora, alegando não ter sido autorizado pela AGU (Advocacia Geral da União) a participar de nenhum encontro que fosse discutir tarifas aeroportuárias. O segmento de táxi aéreo sofreu 250% de reajuste nas tarifas no ano passado.

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TÁXI AÉREO

Comandantes Cleiton (CTA), Gilberto (RIMA) e Geraldo Picão (Amazonaves)

Gerentes da Anac, Antônio Dias e Roberto Honorato com diretor do departamento de helicópteros da ABTAer, Jorge Bitar

Comandantes Heiss e Elton (Stilus) representaram o Estado do Pará

Comandantes Jorge Bitar, Milton Arantes Costa e Dona Maylde Lucinda Ramos Bitar

Comandantes Elton, Milton, Jânio e Leo Rezende

A partir da esquerda, Jorge Bitar da Helimarte, comandante Milton Arantes Costa e Rui Aquino

CONQUISTAS

Segundo o presidente da ABTAer, Milton Arantes Costa, em dois anos e meio, a associação conquistou muita coisa, já é, por exemplo, parte do Conselho Consultivo da Anac, realiza reuniões técnicas mensais com a agência. “Mas ainda há muito por fazer, especialmente levando em conta que o segmento não transporta ricos a lazer 66

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como muitos pensam. Maior parte dos voos é aeromédico, levando pacientes e órgãos para transplantes, peças de reposição para a indústria, correio, malotes bancários e pessoas a lugares em que a aviação comercial não chega, incluindo as plataformas de petróleo”, afirmou Milton Arantes Costa. ■


Comandante Milton Arantes Costa e superintendente da ABTAer Enio Paes de Oliveira

Secretário-geral da ABTAer Álvaro Guimarães, da Abaeté Aerotáxi

Da direita para a esquerda, Geraldo Picão, Gilberto Scheffer e associado do Sul do Brasil

Comandante Leo Rezende da Aerotop e tesoureiro da ABTAer

Confraternização em churrascaria de São Paulo, dos membros da ABTAer

Recepcionistas da Helimarte deram apoio ao 4º Encontro Nacional da ABTAer

ABTAer

É uma organização não governamental, de âmbito nacional, sem fins lucrativos, composta atualmente por mais de 50 membros associados. A entidade nasceu há mais de dois anos da iniciativa dos empresários do setor, que buscam soluções para os problemas que atingem esse segmento. O objetivo da ABTAer é interagir com os órgãos reguladores da aviação civil, obter apoio político e da sociedade em geral visando mitigar os problemas e dificuldades que atingem a categoria.

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ARTIGO JORGE ALVES

IRREGULARIDADES NA AVIAÇÃO CIVIL BRASILEIRA

S

Sinto-me lisonjeado pelo convite recebido da Voar na Amazônia para transmitir algumas breves anotações acerca deste tema que alcança toda a Aviação Brasileira. Como se sabe, o homem é um ser social. Na sua essência, necessita estar em contato com seus semelhantes. Somente na interação social é possível o desenvolvimento de suas potencialidades e faculdades. E, nessa interação, conflitos são inevitáveis. Logo, precisamos de equilíbrio. Surge, então, o Direito, cuja atuação objetiva regrar a conduta social, visando à ordem e ao bem comum, com o fito de disciplinar os fatos sociais mais relevantes para o convívio social. E, como ocorre essa relação, na Aviação brasileira? De um lado, o Estado, na pessoa das Autoridades de Aviação Civil e Aeronáutica. De outro, os Regulados. Na busca de seus interesses, ao conflitarem com a norma, estes estarão sujeitos à correição Estatal, segundo regras previamente estabelecidas. E, justamente sobre este processamento, discorrerei a seguir. O ponto mais marcante do Estado de Direito é a subordinação do Estado ao ordenamento jurídico posto, ao Direito em si. Assim, toda e qualquer ação da Administração Pública deve pautar-se nos Princípios relacionados, tanto na Constituição da República, em seu art. 37, caput, chamados de explícitos, quanto no art. 2º da Lei 9.784/1999, chamada de Lei do Processo Administrativo Federal. E a Anac não está isenta desta obrigação. O bom Administrador é aquele que não cede às miragens da ilegalidade.

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Ao tomar conhecimento de um fato infracional, o INSPAC elabora um Relatório, como antecedente necessário à lavratura do respectivo Auto de Infração, inaugurando, assim, mais um Processo Administrativo. Ao receber o Auto de Infração em seu domicílio, o Regulado terá 20 (vinte) dias para apresentar sua defesa circunstanciada. Caso a Agência não dê provimento aos termos da Defesa, aplicando alguma sanção, o regulado receberá novo prazo de 10 (dez) dias para interpor o Recurso, com adargas nos fatos e fundamentos disponíveis. Ainda assim, tal como consta do Art. 65 da mesma Lei 9784/1999, os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. Consta, ainda, que, da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção (Parágrafo único). Segundo a Lei do Processo Administrativo, enquanto o Administrado deve prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos (Art. 4º, IV), o mesmo deve ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações (Art. 3º, I). Para que o equilíbrio tão almejado seja alcançado, assegurada a observância de um Processo Administrativo que respeite os Princípios do Contraditório e da Ampla Defesa, de estalão constitucional, tanto o Estado quanto os Regulados alcançarão seus objetivos, mediante a consignação de um compromisso indeclinável para o alcance de uma Aviação segura.

Dr. Jorge Alves, Professor de Direito Aeronáutico. Atuou como Inspetor de Aviação Civil – Operações, Consultor da Ouvidoria da Anac. Encaminhe seu questionamento ao e-mail consultor@ excathedra.adv.br. O Grupo de Consultoria EXCATHEDRA é colaborador da ABTAer.



PARAQUEDISMO

34º Campeonato Brasileiro de Formação em Queda Livre Após 33 anos sem receber um evento nacional de paraquedismo, Manaus sediou de 5 a 9 de setembro o 34°Campeonato Brasileiro de Formação em Queda Livre (FQL)

Durante os quatros dias de evento, passaram pelo Aeroclube do Amazonas (Estrada dos Oficiais, 300, Flores, Zona Centro-Sul) mais de mil pessoas, que do solo ficavam admirando a coragem dos atletas e a beleza desse esporte que é capaz de colorir o céu. “Todos os atletas, árbitros e dirigentes dos outros cantos do País, deixam Manaus já com saudades no peito e muita vontade de retornar a esta deslumbrante região”, ressaltou o presidente da CBPq, Jorge Derviche Filho, comentando que a maior dificuldade dos saltadores foi lidar com o forte calor que fez na Capital. Durante os quatro dias de disputa, o termômetro marcou 40 graus várias vezes. “O sol não deu trégua um dia sequer, e espantou alguns participantes, mas não no sentindo negativo. Na verdade, com o calor e a umidade os atletas tiveram que se poupar mais e se esforçaram mais na hora do salto”, considerou. Se a alta temperatura foi um impasse para os conjuntos, a CTR-Optimum de Boituva (SP), soube reverter


Reportagem: Nathália Silveira Fotos: Iuri Damásio e Robson S. Custódio

com êxito o obstáculo e garantiu pela décima vez o lugar mais alto do pódio na modalidade four way (FQL4), ao somar 167 pontos, após dez rodadas. “Estamos felizes com essa conquista. Isso é resultado de muito empenho e dedicação”, considerou o capitão da equipe, Fábio Diniz, ao contar que o time voltou a menos de um mês do Arizona (Estados Unidos), onde realizou um trabalho de túnel de vento (simulador de queda livre). “Lá nós chegamos a fazer 12 saltos por dia. Às 6h já estamos treinando e só paramos onze horas depois. Esse empenho vale muito a pena, até porque o Arizona é o melhor lugar para treinar e adquirir técnicas, bem como experiência. Não gostamos de desperdiçar nenhum segundo”, disse o

campeão. O time paulista representou o Brasil no Mundial de Paraquedismo em Dubai, nos Emirados Árabes, em novembro último. Com o favoritismo da primeira colocação sendo renovado no Campeonato Brasileiro na 4-way, pela Optimum CTR, a grande novidade do evento nacional ficou por conta do empate entre quatro equipes, que disputaram a modalidade four way na categoria Profissional e Intermediária. Fato não tão comum na modalidade, elas precisaram recorrer ao last jump (último salto) devido na somatória de pontos obterem o mesmo resultado, mesmo após completarem todas as dez rodadas oficiais do campeonato, com 35 segundos cada salto.


PARAQUEDISMO

Equipe Optimum CTR de Boituva, que ganhou na modalidade Four Way (FQL-1)

Equipe Falcões que ganhou na categoria profissional

Na categoria profissional, o embate ficou entre os times Falcões e Anima, que tiveram que decidir o terceiro lugar após ambos marcarem 108 pontos. No primeiro salto de desempate, Falcões e Anima levaram nota 10 na formação de figura, arrastando a decisão para o segundo salto, quando Falcões marcou 12 pontos, dois a menos que o adversário.

três anos. Do Campeonato Brasileiro, por exemplo, só tínhamos participado uma única vez. No caso, ano passado quando o evento foi realizado em Boa Vista (RR), e ficamos em quarto lugar. Por isso, considero um grande feito a terceira colocação. Ano que vem, vamos atrás do segundo lugar. Cada ano subimos um degrau”, afirmou o sargento.

“Vencemos, pois não tivemos medo de arriscar e fizemos uma figura no menor tempo possível. Logo, um salto mais bem rápido. Nós realmente sentimos essa vontade de ousar e em nenhum momento tememos o resultado. A gente tinha certeza que só poderia vencer pelo tempo, e apostamos nisso. Enquanto isso, a outra equipe foi mais devagar e ficou com a quarta posição”, comentou o integrante da equipe Falcões, sargento Antônio Augusto dos Santos, ao comentar sobre a história da equipe, que pode ser considerada uma iniciante no Brasileiro, pois participou apenas de duas edições a contar com essa.

Na disputa pela categoria Intermediária, o suspense ficou por conta da Skydive Resende (RJ) e Plano B (equipe formada por integrantes da região Norte), as duas marcaram 76 pontos e precisaram decidir o segundo lugar da prova. Logo no primeiro salto, a equipe carioca conseguiu bater oito pontos , enquanto a Plano B estacionou nos seis pontos e teve que se conformar com o terceiro lugar.

“Somos uma equipe militar do Rio de Janeiro, da Força Aérea Brasileira, e participamos de eventos civis apenas

Com um evento em casa, é claro que o Amazonas não poderia deixar de ter seus representantes no ar. Na Prova, o Estado foi defendido pela equipe Flay High, que ficou com a oitava posição, somando 86 pontos. E na Intermediária a Waimiri alcançou a quinta colocação

JULIANA RODRIGUES - PARAQUEDISTA DA EQUIPE FÊNIX E 3º SARGENTO DA INFANTARIA O presidente da Confederação disse que falta mulher na modalidade. Concorda com ele? Sou muita nova no paraquedismo para fazer essa avaliação, comecei em 2009. Mas, é um esporte difícil para sustentar, é muito caro. Vocês chegam a gastar em torno de quanto para vir ao Brasileiro? Nós temos um patrocinador e por isso conseguimos ir a campeonatos, a Naturae. Mas, com uma equipe de cinco pessoas, o gasto é em média de R$ 15 mil em dois dias de evento. Qual a maior dificuldade enfrentada por vocês nessa edição do Brasileiro? Sem sombra de dúvida foi o calor que fez durante todos os dias. A gente se poupava para tudo, com o intuito que na hora de saltar, estarmos bem. Além de tomar muito líquido e energético, evitamos conversar ou fazer esforço físico. Mesmo assim, ainda nos desgastamos bastante. É muito complicado se adaptar ao clima daqui.

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Manaus e Rio Negro foram os cenários dos paraquedistas que sofreram com o calor e a umidade mas se maravilharam com a paisagem

com 50 pontos. De acordo com chefe da equipe Flay Hight, Mauro Júnior, a preparação do conjunto para o Brasileiro começou em março de 2012, com o técnico americano Thomas Hugh, que mora no Arizona (Estados Unidos). “O Arizona é um dos melhores lugares para se treinar. Ficamos quinze dias por lá e realizamos nove horas de túnel de vento. Passamos pela mão do Thomas, que é campeão mundial e um técnico excelente. Ele com certeza ajudou em nossa evolução”, observou Mauro. A Flay High ainda viajou em junho de 2012 para Boituva (SP), quando frequentou o Centro Nacional de Paraquedistas (CNP). Além disso, no dia a largada da competição (05 de setembro) a equipe havia acabado de chegar da Carolina do Norte (Estados Unidos), onde realizou cinco horas de túnel. “Estamos investindo o máximo possível em técnica, pois além da gente querer se destacar no Brasileiro, temos o objetivo de em três anos disputar o mundial”, avaliou o amazonense. Representando as mulheres num evento em que o público masculino é a maioria, a equipe Fênix, do Rio de Janeiro, deu orgulho a classe e garantiu a primeira colocação na categoria feminina, com 96 pontos. O conjunto, ainda carrega um título inédito: é única equipe feminina a ganhar um bronze em Jogos Mundiais, tanto civil como militar (ambos no ano de 2012). De acordo com o titular da CBPq, Jorge Dervich, a Fênix ainda distingue-se por ser um exemplo dentro da modalidade que, desde 1987, tem número de praticantes

Equipe Fenix, representando a figura da mulher na competição

mulheres decrescendo. O presidente explica que há 25 anos a categoria feminina contabilizava 9% do total de praticantes. Atualmente calcula-se que 5% apenas esteja inserida na prática esportiva. “As mulheres parecem ter outras prioridades. Depois que casam, ou tem filhos, deixam de saltar. Abandonam e não voltam mais. Entende-se que isso acontece devido ao medo que começam a sentir com o esporte de aventura. Com filhos, preferem não correr risco”, afirmou Dervich, que espera em 2013 uma ascensão das mulheres no Paraquedismo. “As competições ficam mais bonitas com o charme, a coragem e a elegância da mulher”, elogiou. ■ Janeiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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ARTIGO MARINALDO M. GUEDES

AVIAÇÃO SOB NOVA DIREÇÃO

E

mpreender pelos céus do Brasil é desafiador. Permanecer voando por tantos anos é extremamente desafiador. As empresas de táxi aéreo, em sua maioria de gestão familiar, passam agora por um dos maiores obstáculos à sua sobrevivência, a mudança de comando entre as gerações.

Um líder não se forma da noite para o dia. Estimase que 10 anos é o tempo necessário para o profissional performar adequadamente. O herdeiro de empresa de táxi aéreo ou de aviação regional não pode ter gaps (pontos faltantes), diferente da aviação comercial que possui inúmeros executivos disponíveis para a tomada de decisões.

Os pioneiros, ases da aviação brasileira, estão entregando o manche aos filhos, muitos deles com legítima competência para seguir viagem. Mas, nem sempre os negócios do pai e da família geram entusiasmo a essa geração. A companhia aérea é vista por olhares distintos. De um lado consolidada, cheia de oportunidades e repleta de emoções em torno de sua história e, por outro, como capital de risco. O resultado é uma crise de intenções, quase sempre com final dolorido.

O proprietário precisa ter olhos antenados para o mercado, a política e o consumidor. Tudo ao mesmo tempo e, com um olhar refinado de prestador de serviço de alto valor agregado. Diante dos revezes inevitáveis, recuperam-se rapidamente. E ser resiliente neste meio, é o segredo para se manter voando com excelência.

Consultorias, mentoring e reuniões infindáveis passam a fazer parte da vida do futuro gestor. E nesta busca por soluções começa a aparecer a figura do coach, um profissional já bastante visível nas corporações americanas. Nos EUA, 46% dos executivos utilizaram a ferramenta de coaching para a tomada de decisões. Destes, 98% pretendem retomar as sessões sempre que estiverem em vias de novos desafios. Coaching é o processo, uma forma de aprendizagem acelerada com foco em resultados de alta performance. O Coach é um profissional com habilidades fora do comum, onde usa o tempo de algumas sessões, com ferramentas de gestão adequadas para a reestruturação de pensamento e aquisição de competências. O coach tem competência para apaziguar as emoções entre as gerações e potencializar os resultados almejados.

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O problema é que essas habilidades não são adquiridas nas universidades, nem mesmo na ”escola da vida”. É fato que comportamentos e competências podem ser conquistados, mas não são para qualquer pessoa. Esses empreendedores que tocam as empresas de táxis aéreos servem também de modelo para os seus filhos, porque a genética não deu esse salto quântico e nem tudo pode ser hereditário. A vida empresarial ficou mais interessante com coaching. Empreendedores, atual e futuro, podem visualizar o resultado esperado da transição e traçar o melhor plano para alcançá-lo. Com a mente potencializada para resultados positivos, diminuise a sobrecarga de erros e acertos nas decisões. Toda a energia é focada para uma só direção. É aí que a empresa passa a ter gestão de alta performance, otimizando os recursos e aproveitando as oportunidades. Por mais fina que seja a fatia, sempre haverá dois lados. Os mais habilidosos vêem o problema com uma segunda leitura. E essa dádiva é uma questão de tomada de decisão.

Marinaldo M. Guedes, Jornalista Reg. AM00264JP, Executive Coach, formado pela Sociedade Brasileira de Coaching


Acompanhamento pedagógico Higiene corporal e bucal Alimentação Balanceada Enfermagem Acompanhamento nutricional Atividades educacionais lúdicas e psicomotoras


ILEGALIDADE

Helicópteros clandestinos operam no Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 Mais de 90% dos helicópteros usados para o transporte de passageiros para o Autódromo de Interlagos, em São Paulo, para a corrida de Fórmula 1, eram irregulares e configuraram o que a ABTAer (Associação Brasileira de Táxis Aéreos) chama de transporte aéreo clandestino São aeronaves particulares usadas para transportar passageiros de maneira ilegal, oferecendo risco para o passageiro e para a cidade como um todo. “Basta conferir para comprovar que a maioria das aeronaves usadas no traslado para Interlagos era particular e sem autorização para transporte remunerado de passageiros”, disse o presidente da ABTAer, comandante Milton Arantes Costa. A ABTAer formalizou a denúncia junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para que o fato seja investigado e os envolvidos sejam punidos. Segundo o presidente, com a elevada demanda provocada pela corrida de Fórmula 1, proprietários de aeronaves particulares, não homologadas para esse fim, utilizam seus helicópteros ou colocam à disposição de terceiros que querem ganhar dinheiro com o evento. “Quem escolhe voar em um helicóptero de transporte aéreo clandestino não sabe em que aeronave está voando, que tipo de manutenção tem sido feita, não conhece o piloto, pois normalmente são freelancers, não sabe se quer se ele é habilitado para voar naquele tipo de aeronave e nem que hábitos de vida possui”, afirma o comandante. Muitas vezes os passageiros não sabem que este tipo de irregularidade existe e, consequentemente, desconhecem o risco. Aeronaves licenciadas para o fretamento nestes casos são apenas as aeronaves das companhias de táxi aéreo 76

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que são regulamentadas pela Anac para o transporte de passageiros. Para isso, são fiscalizadas com muito mais rigor que as aeronaves particulares em termos de manutenção, precisam trabalhar apenas com tripulação contratada e ainda são obrigadas a cumprir jornadas de trabalho com as tripulações para evitar os riscos de cansaço e de excesso de horas de voo em um dia. “No transporte aéreo clandestino não há nada disso, o risco é enorme para todos”, afirma o Comandante Milton. ■


Reportagem: Marcela Matos / Fotos: Antonio Ximenes e Divulgação

Vettel, da Red Bull, foi o vencedor da competição

Presidente da ABTAer, Milton Arantes Costa, formalizou denúncia sobre os helicópteros clandestinos junto à Anac

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ARTIGO GEORGES DE MOURA FERREIRA

CISTAC, democracia e inclusão na aviação civil brasileira

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o final do ano de 2011 foi criada a Subcomissão da Aviação Civil da Comissão de Infraestrutura e Serviços do Senado Federal, CISTAC, com um objetivo inédito na história do legislativo brasileiro: propor uma nova política pública para toda a aviação civil brasileira. Idealizada e instalada pelo Senador Vicentinho Alves do PR/TO e ora comandada pelo Senador João Costa do PPL /TO, a Subcomissão até o momento já obteve uma conquista importante para o setor Aéreo, que foi a democratização do exercício do direito de todas as categorias serem ouvidas quanto às suas necessidades, e de propor soluções não apenas às dificuldades em um grau individual, mas que fossem estendidos a todos os usuários do sistema. E o mais importante, as discussões aconteceram em um ambiente técnico a partir de audiências públicas no Senado Federal, que contaram com as contribuições dos maiores expoentes da aviação no Brasil, sendo que os trabalhos estão na fase de elaboração de seu relatório final, que será encaminhado à Presidência da República. Durante o ciclo de debates, que compreenderam 26 audiências públicas, muito foi observado quanto à contribuição de diversas associações e sindicatos, sendo que a Associação Brasileira de Táxis Aéreos se fez presente em 8 das audiências, com diversos de seus membros. Dessa forma, a oportunidade e o direito de participar da construção de uma nova realidade para a aviação brasileira foi concedido de maneira democrática a inúmeros players, cuja contribuição está em fase de avaliação para inclusão no relatório final. Os táxis aéreos opinaram sobre as condições da Infraestrutura Aeroportuária Brasileira, do

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papel da Agência Nacional da Aviação Civil, a Anac, entre outros, apontando diversos problemas que sequer dependeriam de uma solução legislativa, mas que estão a cargo da simples vontade dos órgãos reguladores, planejadores e fiscalizadores da aviação. Dessa forma, foi levado ao conhecimento da Secretaria de Acompanhamento Econômico, SAE, que apesar dos táxis aéreos colaborem com a melhoria das condições de vida especialmente das populações carentes mais afastadas, tal fato passa despercebido por algumas autoridades, que insistem em discriminar a categoria, o que põe em risco toda a segurança do sistema. As empresas TPX vêm padecendo da falta de mão de obra qualificada, do alto preço dos combustíveis, taxas, tarifas, valores de concessões, bem como da dedicação extensiva da Anac/Infraero com a aviação regular, entre tantos outros problemas. Mas também ficou evidente a força de vontade dos empresários da aviação no Brasil, que perceberam que mais do que lamuriar, é preciso colocar em prática suas demandas, sendo que o maior desafio que se avista, é o de lidar com a imobilidade de alguns órgãos da aviação civil, que conhecem dos problemas e até compadecem com o setor, sem, contudo, levar a cabo as mudanças necessárias. Essa situação deverá constar no Relatório Final da CISTAC, que será uma solução a médio ou longo prazo, mas para o dia a dia, é preciso contar com os trabalhos das associações para zelar dos interesses de seus associados, sendo que reforçá-las reverterá em ganhos contínuos e permanentes não apenas para uma categoria, mas para todo o sistema de aviação.

Georges de Moura Ferreira é aviador, advogado, professor de Direito Aeronáutico Internacional e Nacional da PUCGO. Consultor da Associação Brasileira de Táxis Aéreos e Conselheiro da Associação dos Diplomados da Escolar Superior de Guerra, Delegacia de Goiás



CARGUEIRO

KAMOV NA AMAZÔNIA

O helicóptero cargueiro russo Kamov é a estrela da Helipark. Com capacidade de içamento de cinco toneladas, a aeronave é a indicada para operações em grande escala na floresta amazônica, principalmente nas áreas de exploração de petróleo e gás, como em Urucu, no município de Coari. Na região, que fica no meio da floresta, a Petrobras tem a sua plataforma petrolífera, na Bacia do Solimões (diariamente são extraidos mais de 35 mil barris de petróleo). O Kamov também é a melhor opção para a manutenção das linhas de transmissão de energia do linhão de Tucurui, que rasga a maior floresta tropical do mundo fornecendo energia para o Amazonas e o Pará. Segundo o presidente da Helipark, João Veloso, a empresa conta com seis mecânicos especializados em Kamov, que foram formados na Rússia. Desta forma, a manutenção do helicóptero, que é todo analógico, o que melhora sua performance de segurança em áreas inóspitas com umidade acima do normal, está garantida. “A Amazônia precisa do Kamov, pela sua capacidade de transporte de grandes peças e equipamentos em áreas de dificil acesso”, afirmou Veloso. Estudos de logística em áreas isoladas apontam que as minas da ‘VALE’ e de outras mineradoras; bem como as obras das hidrelétricas, como a de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, também necessitam dos serviços deste super cargueiro. ■

Aviônicos analógicos são mais resistentes à umidade, areia, calor e frio

Presidente da Helipark João Veloso

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WIP AVIAÇÃO

Tecnologia e atendimento Pedro (sobre a escada) e Willian, parceiros na mecânica e na administração da equipa

Pedro de Freitas e Willian Correia da WIP Aviação atendem uma carteira de mais de 400 clientes nacionalmente. Atentos às necessidades do mercado brasileiro, eles foram buscar nos Estados Unidos peças diretamente com os fabricantes, com o objetivo de diminuir os custos finais. “Nós nos preparamos para este passo importante na empresa e, daqui para frente, iremos com mais frequência à América, para trazer tecnologia diretamente da fonte”, disse Willian de Correia. Pedro, por sua vez, destaca que além das peças e dos novos equipamentos comprados pela empresa, o que determina a qualidade é a mão de obra qualificada, o atendimento diferenciado, a experiência e o cumprimento dos prazos. “Quem nos procura quer seus aviões voando, porque ficar no solo é prejuízo. Servimos nossos clientes com rapidez e competência”, disse Pedro de Freitas. ■

Diretores Pedro e Willian (ao centro) acompanhados pela equipe de funcionários da WIP Aviação, na sede da empresa em Goiânia

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9ª LABACE

QUICK AVIAÇÃO RECEBE ENCOMENDAS DE JETPROP O stande da Quick Aviação na 9ª Labace recebeu centenas de visitantes interessados no JetPROP, aeronave turbo-hélice que vem ganhando projeção nacional, pela sua performance e relação custo benefício. Na região amazônica, a CTA Táxi Aéreo e outras empresas interessadas em serviços aeromédicos e transporte de executivos, foram lembradas por Abrão Berberian Júnior, diretor comercial, como as pioneiras deste avião nesta parte do território nacional. O JetPROP se destaca pela capacidade de decolar e pousar em pistas curtas, suavidade na navegação, autonomia e economia de combustível. ”Fomos consultados sobre o avião e recebemos algumas encomendas”, disse Abrão Berberian Júnior.

STOCO AVIAÇÃO HELICÓPTEROS Rodrigo Stoco e Márcia Stoco (casal) estão à frente da empresa, que representa com exclusividade no Brasil os helicópteros Safari e Hummingbird* (experimental*). Com preços competitivos (em média acima de U$ 200 mil, e U$ 318 mil), respectivamente, e tecnologia acessível e de fácil manutenção, essas máquinas se destacaram na última Labace em São Paulo. A praticidade da pilotagem e o baixo custo operacional, foram itens salientados por diversos pilotos que estiveram no stande da empresa. Goiânia, é a sede da Stoco Aviação. www.stocoaviacao.com.br

Comandante Cleiton (primeiro da direita) com Jonatas Barberian e o coronel Tanaka, no hangar da Quick Aviação

O comandante Cleiton Souza, proprietário da CTA Táxi Aéreo, foi aos Estados Unidos trazer seu JetPROP da cidade de Spokane, em Washington

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MOTORES

Vera Cruz Táxi Aéreo faz modificações com kits Garrett e Blackhawk A Vera Cruz Táxi Aéreo, a mais tradicional empresa de compra e venda de aeronaves Caravan e Grand Caravan do Brasil, está fazendo modificações nessas aeronaves com motores Garrett TPE 331-12 JR e Blackhawk/XP6 42A Sob a responsabilidade do comandante Fausto Jorge, a equipe de mecânicos, engenheiros e demais profissionais de suas oficinas fazem um apurado trabalho de moficação dessas aeronaves da Cessna, que, na Amazônia, são conhecidas como as mais robustas para o transporte de passageiros e carga.

ENTREGAS

Em fevereiro, mais tardar em março, o primeiro avião Grand Caravan será modificado com o kit da Blackhawk, nas oficinas da Vera Cruz Táxi Aéreo. Em junho do ano passado, o comandante Fausto Jorge apresentou e entregou a modificação de um Caravan com o motor Garrett e, até o final de janeiro, terá outra aeronave à disposição com o kit Garrett.

aumentam em mais de 30% de potência as aeronaves modificadas pela Vera Cruz”, disse o comandante Fausto Jorge, 83, dos quais 66 anos de aviação.

FACILIDADES

As facilidades na forma de pagamento, quando da aquisição de uma aeronave modificada, e a manutenção especializada da Vera Cruz Táxi Aéreo nos dois motores, faz da empresa do interior de São Paulo, a melhor parceira no mercado para esses tipos de modificações. O comandante Fausto Jorge disse que tem condições de oferecer kits dos dois motores, a partir de uma pronta-entrega que permite que os interessados possam ganhar tempo e dinheiro com o investimento. ■

EXPERIÊNCIA

“Nós conhecemos muito bem os dois motores e nos sentimos à vontade para oferecer aos mercados brasileiro e da América Latinas essas duas modificações, que

Corte longitudinal de uma turbina Garrett TPE 331-12 JR

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Vista do motor XP6 42A do kit Blackhawk


Frente de uma aeronave Grand Caravan modificada com o kit Blackhawk

Frente de um avião Grand Caravan modificado com o kit do motor Garrett

Comandante Fausto Jorge oferece as modificações com preços competitivos

Mecânicos-chefes responsáveis pelas modificações dos kits Garrett e Blackhawk Janeiro/Fevereiro/Março • 2013 - Voar na Amazônia Brasil

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ISENÇÃO

AERONAVES MENORES SÃO ISENTAS DE TARIFAS DE NAVEGAÇÃO AÉREA Medida é uma iniciativa da presidente Dilma Rousseff para diminuir o impacto dos custos nas empresas da aviação civil A redução e isenção, no caso dos aeroportos menores, das tarifas de navegação aérea - determinada pela presidente Dilma Rousseff - em seu programa Aeroportos, que foi lançado em 20 de dezembro último, e que passou a vigorar em primeiro de janeiro de 2013, é uma vitória histórica da Associação Brasileira de Táxis Aéreos (ABTAer). “Nós fomos atendidos pela presidente em uma das nossas mais importantes reinvidicações”, disse o comandate Gilberto Scheffer, da Rio Madeira Táxi Aéreo (Rima), empresa com sede em Porto Velho, Rondônia, e sócia fundadora da ABTAer, instituição presidida pelo comandante Milton Arantes Costa. De acordo com a medida da presidente Dilma Rousseff, as principais reduções foram para os aeroportos e aeronaves menores, mas a tarifa só não é cobrada no caso da TAT APP para aeródromos classe E e F - classificação

de acordo com a capacidade do aérodromo, segundo parâmetros da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). ■

Comandante Gilberto Scheffer defendeu o fim das tarifas



AVIAÇÃO MILITAR

Passagem de comando do 4º Batalhão de Aviação do Exército No dia 18 de janeiro o comandante do 4º Batalhão de Aviação do Exército, Coronel Carlos Waldir Aguiar, passou o comando da unidade militar para o TenenteCoronel Anysio Luiz Crespo Alves Negrão. O Militar que substituirá o comandante é oriundo do Estado do Rio de Janeiro e estava servindo no Comando de Operações Terrestres em Brasília/DF. A solenidade foi realizada às dezenove horas no Hangar do Batalhão que fica localizado na Estrada do Paredão s/n, Vila Militar Rio Negro, bairro Colônia Oliveira Machado, em Manaus/AM. O Coronel Aguiar assumiu o 4º BAvEX em trinta de novembro de dois mil e nove e está há três anos e dois meses à frente do Batalhão. Entre as ações que tiveram destaque nesse período sob seu comando, estão três missões de apoio ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), onde o comandante acompanhou o resgate de reféns da narcoguerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). O comandante é casado há dezoito anos com a senhora Kívia Guedes Aguiar com quem tem dois filhos. Após a passagem de comando, o coronel seguirá para a capital federal onde será lotado na Décima Primeira Região Militar. ■

Coronel Aguiar, comandante respeitado internacionalmente pelas missões humanitárias

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Coronel Carlos Waldir Aguiar ao lado de um Blackhawk de seu esquadrão

Comandante Aguiar em trajes de operação antes de sair para uma missão



ANFÍBIO

Reportagem: Marcela Matos / Fotos: Divulgação

Governo do Amazonas USA Super Petrel LS A primeira aeronave Super Petrel LS comprada pelo Governo do Amazonas está em operação no interior do Estado

A aeronave anfíbia de fabricação brasileira está sendo usada para o patrulhamento de áreas do interior, apoio nas barragens e suporte para operações especiais, incluindo a fiscalização de áreas plantadas ilegalmente. Graças à versatilidade, o Super Petrel LS é capaz de operar em pequenas distâncias com facilidade. Pousa em terra firme ou na água, possui tanques nas asas com capacidade para 95 litros de combustível, o que garante um alcance de 850 km. A velocidade de cruzeiro é de 180 km/h. O Super Petrel LS oferece um espaçoso cockpit, capaz de abrigar confortavelmente duas pessoas, e mais 25 kg de bagagem. A aeronave é fabricada com materiais compostos de alta resistência e leveza. Paralelamente,

Aeronave é versátil e pousa na áreas mais inóspitas da Amazônia

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ligas metálicas são usinadas em processos modernos. Trata-se de uma aeronave experimental. “O baixo custo e a versatilidade são os maiores trunfos da aeronave, e os governos começam a perceber que o Super Petrel pode ser uma excelente alternativa para patrulhamento”, disse Rodrigo Scoda, Diretor da Edra. A Edra Aeronáutica é uma referência no mercado mundial. O projeto Petrel começou na França no fim dos anos 1980 e já está na sexta geração, com o lançamento do Super Petrel LS em 2009. Mais de 20 países já possuem o anfíbio brasileiro que até o fim do ano atinge a marca de 300 aeronaves fabricadas. Mais informações em www.edraaeronautica.com.br



UM SONHO DE AVIAÇÃO

Texto: Pe. Marcelo (Novo Airão, Amazonas)

PADRE QUER ATENDER RIBEIRINHOS COm avião Nos anos oitenta, era muito comum aparecer na televisão a propaganda do CAN (Correio Aéreo Nacional). Nessas ocasiões, algo dentro de meu peito adolescente mexia. Via nisto um certo heroísmo que trazia ajuda e progresso a pessoas e comunidades que não poderiam ser atendidas em certas circunstâncias, em tempo hábil, a não ser por meio destes “aventureiros do espaço aéreo”. Era um modo de dar a vida, uma causa nobre. Mais tarde, quando ingressei por concurso na EPCAR (Escola Preparatória de Cadetes da Aeronáutica em Barbacena-MG), tinha um objetivo bem definido. Enquanto alguns de meus companheiros de esquadrão sonhavam com a velocidade da aviação de caça, ou com o arrojo da Esquadrilha da Fumaça, meus pensamentos voavam em outra direção: para a aviação de transporte no Norte do País. Entre os companheiros de caserna, na época, esta era tida como uma aviação militar de segunda classe.

resposta rápida, quais sejam acidentados, picados de cobras, e principalmente uma maior agilidade de comunicação e de movimentação de recursos espirituais, humanos e materiais. Estes motivos me levaram a sonhar “mais alto” e, como missionário - porque nada é por acaso em nossa vida - além da vocação religiosa, colocar em prática aquele “bichinho da aviação” que me fazia arrepiar os pelos do braço cada vez que ouvia o hino da propaganda do Correio Aéreo Nacional na adolescência. Tirei, no fim do ano passado, com a ajuda de amigos de Portugal, o brevê de piloto desportivo em um ultraleve avançado, o Super Petrel, e aguardo recursos para a aquisição do mesmo para a missão.

Para a mesma, tinha-se a impressão de que eram destinados aqueles que não tinham alcançado os primeiros lugares em excelência na Academia da Força Aérea. Hoje, vivendo na Amazônia, vejo que não é este o caso absolutamente. Em muitas ocasiões a precariedade das pistas de pouso, a adversidade das condições climáticas com a formação constante das famosas CB’s (Cumulus Nimbus), faz da aviação na Amazônia um grande desafio e um convite à excelência dos pilotos.

Neste meio tempo, tenho muito a agradecer ao Sr. José Messias Ferreira, empresário de combustíveis aeronáuticos residente em Manaus, que, em diversas ocasiões, colocou a sua aeronave, Super Petrel (PU-GED), normalmente usada para fins recreativos, a serviço de nossa missão com amizade e sempre com um grande sorriso. Recordo-me, por exemplo, uma vez que fomos levar a um casal da Comunidade São Sebastião do Rio Cuieiras, a notícia de que o seu casamento tinha sido aprovado pelo Bispo Diocesano, visto que existiam algumas circunstâncias especiais que precisavam de dispensa. Como a esposa estava dando aula na aldeia dos índios Barés, fomos até lá com o Petrel.

Antes, como aluno da EPCAR, apenas sonhava com esta realidade, que nunca toquei verdadeiramente como militar. Hoje, como padre e missionário Católico no Amazonas, vejo de perto tudo isto: grandes distâncias a serem percorridas (minha paróquia atual tem mais de 37 mil Km², ou seja, mais de 1/3 do território de Portugal, por exemplo), a lentidão dos transportes fluviais, certas emergências humanas que precisam de uma

Os Barés ficaram tão contentes com a inesperada visita de avião que, no mesmo dia, arranjei mais cinco casamentos nesta aldeia, que normalmente é visitada apenas duas vezes ao ano. Que o exemplo dele e de tantos outros, civis e militares, possa fazer da aviação na Amazônia um meio de aproximação das pessoas e de maior agilidade nas comunicações de recursos materiais e do espírito. ■

Padre Marcelo Nespoli Magalhães, um apaixonado pela aviação




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