Revista Agridoce

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TABLOIDE AGRIDOCE - 1ª EDIÇÃO - ANO I EXPEDIENTE REDAÇÃO BRUNA TAMIRES TALITA TRENTO WESLEY BISCHOFF DIAGRAMAÇÃO BRUNA TAMIRES TALITA TRENTO FINALIZAÇÃO E DIREÇÃO DE ARTE WESLEY BISCHOFF ORIENTAÇÃO EMERSON ANDUJAR

© 2015

ESTA É UMA PUBLICAÇÃO EXPERIMENTAL DO TERCEIRO ANO DE JORNALISMO. AS REPORTAGENS APRESENTADAS FORAM BASEADAS EM PORTAIS DE NOTÍCIA. MATERIAL SEM FINS COMERCIAIS, APENAS DE USO ACADÊMICO. UNICESUMAR MARINGÁ, NOVEMBRO DE 2015


SUMÁRIO

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GELÉIA DE SONHOS E HISTÓRIAS ADOCICADAS

DO FORNO DIRETO PARA MESA

HISTÓRIA NOVA, RECEITA VELHA

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SOBRE OS PRATOS DE UM TAL PARANÁ

IDENTIDADE MARINGAENSE


GELÉIA DE SONHOS E HISTÓRIAS ADOCICADAS Moradora de Rolândia (PR) descobre uma nova maneira de criar os FIlhos a partir de produtos naturais

Os olhos guardam histórias de anos; as mãos escondem os segredos das receitas que fábrica e no sorriso, a experiência que ultrapassa décadas. Produtora de geleias artesanais, Anete Barison Dal Sasso, 76, completa a vida com sabores. Moradora de Rolândia (aproximadamente 77 km de Maringá) Anete e o marido sustentaram a família com a produção têxtil por quase 30 anos. Os problemas financeiros impediram que eles continuassem com a fábrica aberta. “Eu e meu marido sentamos na calçada e não me lembro quanto tempo passamos lá, apenas, pensando”, conta, Anete, emocionada. A produtora brinca que depois das horas sob a chão gelado, ela o marido decidiram usar as receitas da avó dela para terminar de criar os filhos. Um vizinho doou a eles

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sete quilos de abóbora, para ajudar na abertura do novo negócio. A empresária explica que no início eles cozinhavam no fogão de barro e mexiam o doce até o braço doer, “isso significava que nossa geléia estava pronta”, brinca. Anete se profissionalizou com o apoio do programa Fábrica do Produtor, oferecido pela Emater, e passou a produzir patês, conservas, relishes – verduras e legumes feitos em azeite – e temperos. As iguarias são fabricadas, atualmente, por máquinas da empresa dela. Em 2005 a empresária foi convidada para apresentar a geleia de caipirinha em uma comemoração ao “Ano do Brasil”, na França. O produto tem 55% de teor alcoólico, “é praticamente uma caipirinha geleificada”, explica. Anete visita feiras em todo o Brasil mostrando os produtos e contando a própria

história por meio de sabores inusitados. A tecnologia na produção, ajudou a empresária a inovar, criando combinações como banana e maracujá, jabuticaba com cereja e strudel (maçã, nozes, canela e passas). Os produtos, que têm quase 15 anos, estão espalhados em lojas especializadas em gastronomia do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Anete leva a marca dela para várias feiras do país e, assim, consegue perceber a aceitação dos clientes. “As pessoas fizeram algumas observações e, então, mudei o meu produto para agradar elas”. Viúva há 8 anos, Anete afirma que quis desistir da produção de geleias, mas o marido deu força a ela. “Sempre que eu entrava na fábrica, me lembrava que ali naquele pote sempre existiria um pedacinho dele”, diz, emocionada.


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DO FORNO DIRETO

PARA MESA Uma receita simples com um toque caseiro, uma torta de frango para ninguém botar defeito

MODO DE PREPARO Junte os ingredientes da massa na batedeira, e bata até obter uma consistência firme. Em um recipiente à parte, misture os ingredientes para o recheio. Depois, unte uma assadeira com margarina e coloque a metade da massa. Adicione o recheio e cubra com o restante da massa. Salpique queijo ralado e orégano sobre a torta e asse a 150 graus, até dourar. O tempo de preparo da torta de frango é de 45 minutos. Sirva a torta em seguida.

MASSA 750 ml de leite; 200 ml de óleo; 2 xícaras (chá) de farinha de trigo; 2 xícaras (chá) de queijo ralado; 1 colher (sopa) de caldo de galinha; 1 colher (sobremesa) de fermento em pó; 3 ovos; Sal a gosto. RECHEIO 500 g de frango, temperado e desfiado; 200 g de presunto ralado; 200 g de mussarela; 1 lata de milho verde; 2 tomates sem pele, picados pequenos; Cheiro verde a gosto; Queijo ralado e orégano a gosto (para salpicar por cima da torta).

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HISTÓRIA NOVA, RECEITA VELHA Aprenda a fazer uma massa que leva menos ingredientes e rende muito mais Não precisa ser festa e nem uma data especial. Comer bolo é sempre bom e os bolos de cenoura são deliciosos. Existem diversas opções de bolos de cenoura práticos que são feitos no liquidificador. E, claro, para os amanMASSA 1/2 xícara (chá) de óleo; 3 cenouras médias raladas; 4 ovos; 2 xícaras (chá) de açúcar; 2 1/2 xícaras (chá) de farinha de trigo; 1 colher (sopa) de fermento (pó). COBERTURA

tes de chocolate, o bolo de cenoura também fica uma perdição com cobertura de chocolate. Sem falar das opções light que deixam a preocupação com as medidas mais tranquilizada. Anote os ingredientes: PREPARO

Bata no liquidificador primeiro a cenoura com os ovos e o óleo, acrescente o açúcar e bata por uns 5 minutos. Depois numa tigela ou na batedeira, coloque o restante dos ingredientes misturando tudo, menos o fermento. O fermento precisa ser misturado lentamente e com delizadezacom uma colher. Asse em forno pré-aquecido em 180ºC, por, aproximadamente, 40 minutos.

1 colher (sopa) de manteiga; 3 colheres (sopa) de chocolate em pó ou achocolatado; 1 xícara (chá) de açúcar; Se desejar uma cobertura molinha coloque 5 colheres de leite.

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SOBRE OS PRATOS DE UM TAL PARANÁ Assim como a cultura, a gastronomia paranaense também é resultado de múltiplas influências que passam pela riqueza do litoral, imigração, até a herança dos tropeiros O Paraná não tem apenas um prato que o identifique de leste a oeste e de norte a sul, como o pão de queijo em Minas Gerais ou o churrasco no Rio Grande do Sul. Pelo contrário, a nossa gastronomia é plural e baseada em um tripé: a influência dos imigrantes, o fato de estarmos situados no meio do caminho dos tropeiros (que iam do Rio Grande do Sul para São Paulo) e a riqueza do litoral, com receitas e ingredientes tanto do mar quanto da Mata Atlântica. O barreado certamente é o mais conhecido dos pratos típicos do Paraná. Mas, nas nossas panelas, entram bem

mais do que carne, laranja e banana. Entram a carne suína e o repolho do pão no bafo da região de Palmeira, o peixe pintado servido na telha, da região oeste; a quirera branca e o coelho (que anos mais tarde se transformou na amarela com porco), da Lapa, e outros tantos preparos. Essa diversidade é resultado em parte das muitas correntes migratórias – como os árabes, ucranianos, poloneses, portugueses, italianos, alemães, japoneses e africanos, apenas para citar algumas – que colonizaram nosso estado. “Quando acolhemos essas et-


nias, acolhemos também seus costumes e sua gastronomia”, afirma o chef Celso Freire. Vander Valduga, professor do Mestrado em Turismo da Universidade Federal do Paraná, diz que o prato típico do imigrante foi “adaptado com os ingredientes e outros pratos que eles encontravam no local”. Temos o caso do frango com polenta (dos italianos), do pierogi (dos poloneses), da carne de carneiro (dos árabes) e de tantos outros. O Paraná também foi palco das trocas feitas entre a população nativa e os tropeiros. “Os tropeiros que vinham do Rio Grande do Sul trouxeram a quirera branca, de sabor amendoado, e a preparavam com coelho. Eles levaram essa quirera para São Paulo e voltaram trazendo o suã e os miúdos do porco, além do milho amarelo”, explica o chef Flávio Frenkel, da Anis Gastronomia. Além da quirera, eles ainda nos deixa-

ram o charque e o virado de feijão. Para redescobrir e identificar a identidade da gastronomia paranaense em todas as regiões, foi criado em 2013 o projeto Gastronomia Paraná, da Paraná Turismo em parceria com várias instituições. Além de pesquisa de campo para descobrir receitas quase esquecidas na história, outra ação foi convidar chefs para “atualizar” os pratos (a linha da releitura foi adotada pelas preparações dessa reportagem). “Você pega uma tradição e a traz para os dias de hoje com a raiz e a história da família que prepara. O chef mostra como fica este prato em uma roupagem contemporânea, que é exatamente o que o Marcelo [Amaral, do Lagundri] fez com o peixe ao molho azul. Ele usou os camarões do nosso litoral e ficou excelente”, explica Jussara Voss, coordenadora do Gastronomia Paraná.


IDENTIDADE

MARINGAENSE Mais conhecido como ''dogões'', lanches fazem parte da história da cidade canção há gerações

A história de Maringá se confunde com os famosos “dogões” encontrados em estabelecimentos e esquinas da cidade. Conheça um pouco mais a história de alguns deles. NEGRÃO DA PRAÇA MANOEL RIBAS O Negão é uma figurinha carimbada em Maringá. Há quatorze anos, ele prepara seus cachorrões no mesmo ponto: a Praça Manoel Ribas. Ali, ele faz, atualmente, 21 tipos de lanches. O mais barato é o Simples (R$ 3,00), com purê de batata, batata palha, alface, tomate e uma salsicha. O lanche do Negão tem um diferencial. Ele não usa catchup de jeito nenhum - ele justifica dizendo que o sabor do molhodele tira o gosto do lanche. Mas ele não é nenhum xiita, e você mesmo pode co-

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locar a quantidade que quiser de catchup. O cachorrão mais caro, porém diferente, é o Super Especial (R$ 11), recheado com todos os ingredientes. Tome nota: bacon, calabresa, frango, catupiry, cheddar, hambúrguer, alcatra, salsicha, presunto e maionese. BANZÉ E SEUS 17 TIPOS DE LANCHE Desde 1996, o Banzé vem expandindo o número de fiéis que compõe a sua clientela. Quem conhece o lanche, sabe que a maionese deles é o ponto forte e faz toda a diferença nos 17 tipos de sanduíches do cardápio. Para os fãs de lanches volumosos, a saída é encarar o Bagunça. Como o próprio nome sugere, é uma mistura de tomate, pão, alface, batata

palha, catchup, maionese, salsicha, molho de tomate, frango desfiado, bacon, calabresa, ovo, presunto, queijo e hambúrguer. O PASTOR ALEMÃO DO BIG DOG No Big Dog, os 18 cachorrões do cardápio são nomeados com raças de cachorros. Há, ainda, seis tipos de x-búrguer. O Pinscher, com uma salsicha, alface, tomate, batata palha, maionese, catchup e um pouco de calabresa, pode ser uma boa opção. Já o Pastor Alemão vem carregado de recheio: uma salsicha, alface, tomate, batata palha, maionese, catchup, queijo, hambúrguer, bacon, calabresa e ovo. Nos dias de chuva é melhor ligar antes para encomendar o lanche e garantir o serviço.


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