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T.M. Frazier #07 Preppy: The Life & Death of Samuel Clearwater,
Parte Três Série King
Tradução Mecânica: Bia Revisão Inicial: Beatriz, Eryka, Cristiane, Jéssica Revisão e Leitura Final: Anne Pimenta Data: 08/2017
Preppy Copyright © 2017 T.M. Frazier
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SINOPSE A gravata-borboleta está de volta! Dre era apenas uma bela estranha quando Preppy a salvou pela primeira vez. Agora, ele tem que salvá-la novamente, mas ela não é mais uma estranha, ela é família, e ele não tem ideia de quem ou o que ele enfrenta. O que ele sabe é que juntar a família é o único resultado aceitável. A lista de tarefas para fazer? SALVAR FAMÍLIA. PROCURAR VINGANÇA. Ele está vivo... e ele quer SANGUE.
Preppy Parte III é o terceiro livro e a conclusão da história de Preppy e Dre. É também o 7º livro da Série King, que para começar deve ser lido KING & TYRANT.
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A SĂŠrie
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Prologo DRE Há o tipo de mal que habita no fundo das almas dos homens, o tipo que os faz fazer coisas cruéis, porque eles são levados a fazê-lo pelos demônios sussurrando dentro deles. O mal pode ser subjetivo. Pelo menos é o que eu aprendi no meu tempo com Preppy. Nem todos os atos de maldade são criados iguais. Nem todos os homens que têm esses demônios escolhem liberá-los para o mundo. Há aqueles como Preppy, como Bear, como King, que escolheram canalizar essa necessidade, compartimentá-lo em algo que só saem quando necessário. Quando ameaçado. Preppy é capaz tanto de crueldade quanto de misericórdia, tanto do assassinato quanto da salvação. Ele tem sido a vítima, o vilão e o herói. O que eu acho que ele nunca vai perceber é que isso lhe dá um poder que a maioria dos homens não ousaria aspirar. Ao longo de sua vida inteira, ele trilhou uma fina linha entre o céu e o inferno, entre o pecador e o santo, entre o amor sem fim e o ódio endurecido. Então ele morreu. E embora sua morte não incluísse cessar de respirar, ele ainda se encontrava em um inferno vivo. Preppy tinha todas as razões para abrigar o ressentimento tão profundo que não haveria volta do lugar sombrio. Ele poderia ter deixado o diabo transformá-lo em um daqueles homens que responde a seus demônios sem questionar.
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Eu não quero dizer que Preppy foi domesticado. Doméstico é a última palavra que eu usaria para descrevê-lo. Ele é muito selvagem. Muito imprevisível. Formal demais1. Domesticar Preppy seria como tentar colocar uma coleira no vento. No entanto, ele tinha essa estranha sensação de calma sobre ele. Ele ficou focado. Preciso. Se você olhasse além do sorriso e das piadas, você veria alguém que segurava suas cartas perto do peito e sabia quando tocá-las. Como agora. Com os ecos do choro de meu filho repetidas vezes na minha cabeça eu sabia que Preppy viria para mim. Ele jogaria essas cartas. E ele ganharia. Eles dizem que o caminho para o inferno é pavimentado com boas intenções. O caminho de volta será pavimentado com sangue.
Aqui ela fala To Preppy. Que quer dizer tanto o nome dele quanto Formal, que é a tradução literal. 1
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Um DRE Eu estava voltando a consciência, minha cabeça bateu contra a lateral do lugar que eu estava presa dentro. Eu abri meus olhos, mas nada além de escuridão me cumprimentou. A pancada ocasional e o zumbido de um motor me faziam perceber que eu estava em algum tipo de veículo, mas eu não estava na cabine. Eu estava no porta-malas. Minhas mãos e pés estavam unidos. Uma mordaça foi amarrada tão firmemente em torno da minha cabeça que o tecido impediu a minha boca de fechar, então eu fui forçada a morder sobre ela. Meu coração batia um milhão de milhas por minuto. Senti meus dedos ficarem frios. Senti-me tonta e, quando tentei engolir, descobri que não conseguia. Não entre em pânico. Eu tomei uma respiração profunda e defini uma imagem mental de Preppy e Bo na minha mente. Um agudo sentido de foco assumiu. Uma determinação para sair daquele porta-malas e voltar para minha família. Mas como? Eventualmente, alguém iria abrir o porta-malas, eu tinha que estar pronta. Eu tateei ao redor com minhas pontas dos dedos e os pés descalços por qualquer coisa que eu poderia usar como uma arma, mas desapontamento chegou rapidamente. Estava vazio.
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Por causa da frustração e do medo, bati com os pulsos presos contra a caixa sobre rodas, parando quando me lembrei de algo. — Andrea, como o gato acabou no porta-malas do carro? — meu pai perguntou. — Eu não sei, — eu cantei inocentemente, torcendo de um lado para o outro enquanto meu pai apertava um botão em suas chaves, estalando a trava. O Sr. Wiggles sibilou, saindo como se tivesse sido expulso de uma catapulta. Ele olhou para mim com sua própria cara especial de desprezo de um gato quando ele voltou para a casa, sem dúvida, para despejar uma bola de pelos como vingança no meu travesseiro. — Bem, não faça isso de novo, ok? — Eu juro que nunca mais vou fazer isso. — eu teria que encontrar outro lugar para brincar de abrigo de bombas. Um lugar que não travaria automaticamente quando ele fechasse. — Ótimo. — meu pai assentiu, aparentemente satisfeito com a minha promessa. Ele se curvou na cintura e puxou levemente uma das minhas tranças. — Porque eu não acho que as travas de abertura de emergência foram projetadas com gatos em mente. Imediatamente depois de lembrar as palavras do meu pai eu toquei ao redor com minhas pontas do dedo, aumentando cada vez mais a frustração com minhas mãos amarradas. Eu não sabia para onde eu estava sendo levada, mas eu sabia que meu tempo era limitado, e se eu não agisse agora, eu terminaria no lado errado de qualquer plano que tivesse sido feito para mim por qualquer psicopata que fosse estúpido o suficiente para me raptar. Preppy encontraria esse idiota, e ele não pararia até se certificar de que ele pagasse. Esse pensamento me alimentou enquanto eu continuava minha busca. Minha frustração cresceu. Eu virei para o meu estômago e empurrei meus dedos para baixo, tanto quanto eles poderiam ir para o vinco no forro do piso na parte traseira do fundo. Eu engasguei com prazer através da minha mordaça quando meus dedos bateram em algo plástico. Eu resmunguei, chegando mais e mais até que finalmente consegui encaixar meus dedos na trava. Era agora ou nunca. Com a mão e os pés amarrados eu ia ter que sair do porta-malas. Era possível que eu pudesse ser atingida por outro carro ou morrer no ~8~
impacto. Eu empurrei esse pensamento de lado e novamente concentrei minha atenção nas únicas duas pessoas no mundo que importavam. Eu puxei a trava com todas as minhas forças. Nada aconteceu no início, mas quando eu tentei novamente, puxando e puxando até que eu senti um vaso sanguíneo saltar no meu pescoço, o teto acima de mim finalmente levantou. O vento quente voou para dentro e ao redor de mim, soprando meu cabelo em meu rosto. O ar sensual da noite instantaneamente invadiu a minha pele. Não havia tempo para contar até dez. Não havia tempo para pensar nas consequências. Um porta-malas aberto não era algo que passaria despercebido. E não aconteceu. O carro deu uma parada brusca enquanto eu estava no meio do caminho, posicionada sobre a borda entre o para-choques e o portamalas. Eu fui voando para o ar, girando várias vezes. A carne em meus braços e pernas estavam como se estivessem no fogo, queimando enquanto minha pele fazia contato com a estrada, arrastando contra a concha afiada embutida no asfalto. Quando eu finalmente parei, luzes de freio encheram minha visão embaçada. Ouvi uma porta de carro abrir, seguida pelo som de passos na calçada cada vez mais perto.
PREPPY Eu estava conversando com King e Bear sobre o futuro da operação Granny Growhouse perto da fogueira quando Bo subiu atrás de mim e puxou um de meus suspensórios. — Ei amigo, — eu comecei parando quando vi as lágrimas manchando seu rosto. Eu me agachei, então estávamos olho no olho, derrubando minha cerveja na grama. Ele pode não ter sido capaz de falar, mas eu nunca tive problema de entendê-lo, e então ele estava me dizendo que algo estava muito errado. — É a mamãe? — eu perguntei, meu coração martelando no meu peito. Bo assentiu e agarrou minha mão, arrastando-me para a casa onde uma garrafa de vinho estava quebrada no chão, o vinho tinto se
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infiltrando em todos os cantos e ranhuras, manchas de vermelho espalhados por toda a cozinha. Eu não tinha percebido que Bear e King tinham seguido até que King falou. — Que merda aconteceu? — Eu não tenho certeza, mas eu sei que temos que ir, — eu respondi. Voltei-me para Bo. — Você viu quem a levou? — eu perguntei o mais calmamente que pude sem tentar alarmá-lo mais do que ele já estava. Bo balançou a cabeça e esfregou as mãos por todo o rosto e a cabeça. — Ele usava uma máscara? — eu perguntei. Bo assentiu com a cabeça e o pavor se mexeu no estômago. — Quantos? — eu perguntei. Bo levantou um dedo. — Sabe se era um homem ou uma mulher? Bo agarrou sua virilha através de sua calça jeans. — Você viu onde eles foram? — eu perguntei. Bo balançou a cabeça e correu no lugar. — Bom rapaz, — eu disse, puxando-o contra mim para um abraço rápido. — É bom você ter corrido. Eu soltei Bo e corri da casa, do outro lado do quintal para onde a festa ainda estava acontecendo, como se minha vida não estivesse saindo do maldito controle, em direção ao estúdio de tatuagem de King, onde tirei a foto da parede que escondia o cofre. Minhas mãos estavam tremendo quando eu coloquei a combinação, felizmente consegui na primeira tentativa. Comecei a atirar armas e munição para King e Bear, que dobraram e amarraram armas e facas em seus corpos em tempo recorde. — O que está acontecendo? — perguntou uma voz. Virei-me para ver o pai de Dre parado na porta. — O que é tudo isso? — Nada, eu vou explicar mais tarde, — eu apertei minha mandíbula. — Filho, eu não sou estúpido, — ele disse, cruzando os braços sobre o peito em um movimento de pai que teria sido intimidador se eu não fosse eu e ele não fosse ele.
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— Eu sei disso, senhor, — eu disse. — Mas não há tempo. Alguém levou Dre. Isso é tudo que sabemos. Nós temos que ir e nós temos que ir agora. — Nós... nós temos que chamar a polícia... — ele começou. Bear o interrompeu. — Com todo o respeito, senhor, isso não vai acontecer. — sua voz sulista arrastou cada palavra como se estivesse brincando com elas. — Nós temos nossa própria maneira de lidar com as coisas por aqui. Você está no sul sujo agora. King colocou uma pistola em suas calças e agarrou outra arma, ativando a trava no lugar e preparando sua arma adicional. — Nós vamos trazê-la de volta, — disse ele com confiança. Meus amigos e eu passamos pelo pai da Dre. — Eu não sei o que Dre te disse sobre mim, — eu disse por cima do meu ombro enquanto ele nos seguia através do pátio para a entrada. — Ela me disse o suficiente, filho, e eu não me importo. Eu não me importo com nada disso, — ele fez uma pausa. — Apenas... vá buscar a nossa garota. Traga-a de volta para mim. O que for preciso. — Aqui, pegue estas, — Thia disse, de repente aparecendo com o bebê amarrado ao seu peito e Ray ao lado dela. Thia pegou sua bolsa de fraldas e jogou duas pistolas de Bear com alças cor-de-rosa. — Já está carregada, — disse ela. Bear deu a ela e ao bebê um beijo rápido na testa e moveu-se sobre a sua moto onde empurrou as pistolas em seu Alforge. — Chaves, — eu pedi a Doe que não hesitou em jogá-las para mim. — Vou cuidar de Bo, — ela disse com um sorriso triste. King e eu entramos na caminhonete de Ray enquanto o som da moto de Bear roncava para a vida encheu a cabine quando partimos pela estrada. Eu dirigi enquanto King estendia a cabeça para fora da janela do banco do passageiro, olhando para a estrada para qualquer sinal de onde Dre poderia ter sido levado. — Nós ainda sabemos para onde estamos indo? — perguntou King. — Não, mas quem a levou não poderia ter ido longe demais, — eu disse. No final da estrada, Bear parou ao nosso lado e apontou para a
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esquerda, virando para cá. Eu saí na outra direção, pressionando meu pé no acelerador até que ele bateu no chão. Tínhamos acabado de virar a esquina quando vimos um carro estacionado no meio da rua. Ele acelerou quando nos aproximamos, mas então algo mais chamou minha atenção para a estrada à frente. Não, não era algo. Alguém. Eu bati meu pé no freio e puxei a direção para a esquerda. A caminhonete virou para o lado. King veio batendo contra mim. Enquanto a caminhonete derrapava em frente à estrada, eu não estava pensando sobre o metal torcer e amassar em torno de nós. Meus pensamentos estavam sobre as pilhas de cabelos pretos e pele pálida estendida em uma pilha no meio da estrada. Eu só esperava que eu não tivesse virado muito tarde.
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Dois PREPPY — Bem, amigos, — eu comecei, encostado na parede na loja do King. — Esta é a parte divertida da noite em que nos encontramos e discutimos quem está tentando foder conosco e todas as maneiras que eles precisam morrer. — desembainhei a faca amarrada ao meu cinto e comecei a limpá-lo com um pano, embora estivesse impecável e eu podia ver meu reflexo na lâmina. Dre estava desmaiada no andar de cima. Ela estava com alguns arranhões, mas nada estava quebrado. Ela ficaria bem. Graças a Deus, ela ficaria bem. Bear se sentou no tamborete de rolamento usado por King quando tatuava. Sacudiu um cabelo errante de seus olhos e fez um campanário com as mãos, inclinando-se para a frente com os cotovelos apoiados nos joelhos. — Eu sempre disse que a melhor maneira de eliminar uma ameaça desconhecida, é começar acabando com as conhecidas, — disse ele em sua voz grave de motoqueiro. A mesmo que ele usava com seus irmãos quando a merda batia no ventilador. — Então vamos fazer uma lista, — sugeriu King. Sua enorme estrutura ocupava todas as polegadas disponíveis do sofá de couro. Seus joelhos se separaram. — Qualquer um que tenha sequer uma pequena razão para querer causar algum mal à nossas famílias. — E depois? — eu perguntei, minha cabeça ainda latejando. Eu apertei a ponte do meu nariz. Bear deu de ombros. — Depois nós matamos todos. — Concordo, — disse King, cruzando os braços sobre o peito. — Ao remover todas as ameaças contra nós, não importa qual seja a
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razão. As possibilidades são que nós também removeríamos aquele que tentou chegar à Dre. — Processo de eliminação, — eu disse, rolando a ideia em torno da minha cabeça, gostando cada vez mais como ela se apoderou do meu cérebro. — Embora, eu não acho que assassinato em massa é como esse processo geralmente começa. Bear riu. — Dre não tem ninguém atrás dela, então isso é definitivamente algo relacionado comigo, — eu disse. — E o outro sujeito com quem Dre estava quando a conheceu? — perguntou King. — Aquele que você não matou. — Eric, — eu disse, odiando a maneira como seu nome soava alto. — Antes que Dre fosse embora da primeira vez, eu o segui, mas eu cheguei tarde demais. O fodido já estava morto. — Ótimo, — disse King. — Então ele está fora. Quem mais? Bear limpou a garganta. — Finalmente conseguimos um local do médico legista que assinou seu certificado de óbito. Não há como ele não estar na folha de pagamento de Chop. Além disso, o idiota foi embora pouco depois da notícia de que você estava vivo começou a circular pela cidade. Ele pensou que poderia se esconder de nós, mas pensou errado. Smoke o achou em um complexo de habitações públicas em Fort Romig, apenas um passeio de trinta minutos pela costa. — Perto o suficiente para fazer dele um suspeito para a noite passada também, — eu disse. King bufou e estalou os nós dos dedos. — O filho da puta deveria ter corrido mais. Eu balancei a cabeça. — Ele está na lista. — O cara na casa funerária que estava cobrindo Chop, que nos disse que o caixão aberto não era uma opção por causa de alguma merda sobre um acidente de embalsamamento? Ele tem tomado cuidado da cortesia de Jake Dunn, — King disse, brincando com uma fivela em um dos cintos de couro enrolados em torno de seus antebraços.
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— Graças a merda por aquele filho da puta louco, — eu disse, tomando um gole de uísque da garrafa e limpando minha boca com as costas da minha mão. — Quem mais? — perguntou Bear. — E a mãe de Bo? — Dre é a mãe dele, — corrigi com mais raiva do que eu pretendia. — Você sabe o que eu quero dizer, Prep. A mãe biológica. A cadela que o empurrou pela vagina, — Bear emendou. — Ela está morta. — Você? — perguntou King, perguntando se eu era quem a matou. Eu balancei a cabeça. — Não. Embora, teria sido. Eu dei a ela H suficiente para fazer o trabalho depois que ela assinou os papéis de adoção. A cadela deve ter tido uma tolerância como pré-Iron Robert Downey Jr. Enfim, ela deve ter irritado um de seus negociantes realmente sério porque o filho da puta acertou um machado na cabeça dela. — Ai, — disse Bear, mas o filho da puta sorria. — Sim, e eu pensei que eu tinha uma dor de cabeça, — eu disse com uma risada. — Onde estamos com o pessoal do hospital? — A porra do hospital é uma fodida bagunça, — King zombou. — A equipe lá assina em cada um dos outros gráficos. O médico que estava no comando do PS na época, morreu um tempo atrás de um acidente vascular cerebral. Então descobrimos que a pessoa que sai para lhe dizer que o seu ente querido está morto, não é necessariamente a pessoa que lida com o caso. Eles são escassos de pessoal e sobrecarregados, então eles apenas mandam quem está disponível para fazer algo. Tem sido um maldito desastre para resolver. A papelada leva você em um círculo e de volta a nenhum lugar. — Um dos meus caras está fodendo a enfermeira-chefe no turno da noite, — disse Bear. — Ele vai ver o que mais ele pode ser capaz de obter. Acendi um cigarro. — O buceta sorridente. Dr. Reid. Não com Chop. Pode estar tentando cobrir toda a merda que ele fez.
médico com essa tatuagem de uma tem como o fodido não estar envolvido chegar a Preppy através de Dre para Ele teria que ter bolas do tamanho de
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pneus para tentar, mas ainda é uma possibilidade. Faz meses que o seguimos sem sorte. Ele saiu do hospital e desapareceu, mas vamos encontrá-lo. Ele vai aparecer. Eles sempre aparecem, — eu disse. — Não se sabe quem mais poderia estar envolvido. Esse é o problema. — King acendeu um baseado. — Não podemos ter certeza de que chegamos a quem estava envolvido, a menos que matemos todo o pessoal do hospital, — ele riu, passando o baseado para Bear. — Bem, pode ser, — eu comecei, mas Bear interrompeu antes que eu tivesse a chance de dizer uma palavra. — Não, Preppy, essa não é uma opção. Suspirei. — Eu sei, mas você tem que entender que eu tenho essa coisa pendurada sobre mim agora. Sei que essa merda levará tempo, e sei que vamos nos certificar de que qualquer pessoa responsável por toda essa merda pague e pague muito. — eu parei e olhei para as minhas mãos. — E outra parte de mim pensa que se houver alguma chance de alguém dentro desse lugar tentar vir atrás de Dre novamente, então eu vou ligar para essa psicopata, Rage, e deixar que ela exploda esse hospital em um milhão de pedaços de merda. — Que tal chamarmos isso de Plano B? — ofereceu King. — Fechado, — eu disse, esfregando meu ombro dolorido e esticando meu pescoço. — Você está bem, Prep? — perguntou King. Ele tinha saído do acidente com apenas um arranhão acima do olho esquerdo. — Sim, mas nem todos nós tínhamos almofadas fofas de Preppy para pousar, — eu disse. — Quem mais nós temos? — Com Chop, Isaac e Eli fora, não há muito, — disse King, trocando um olhar com Bear. — O quê? — eu perguntei. — O que você não está me dizendo? Bear limpou a garganta. — E Kevin? — O que tem ele? — eu cortei. King deu de ombros. — Nós não sabemos muito sobre ele. O cara aparece e diz que é seu irmão. — ele tomou um gole de cerveja. — Não dizendo que ele está envolvido nisso, por apenas ser seu irmão, se é isso que ele é, não é suficiente para lhe dar razão para querer chegar até
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você ou Dre. Mas estamos listando possibilidades, certo? Porque o garoto poderia ser uma. — Qual é a história dele, afinal? — perguntou Bear. Eu apertei a ponte do meu nariz. — Não conversei muito com ele. Fiquei tão envolvido em Dre e, em seguida, levá-la de volta para casa. E depois ter certeza de encontrarmos Bo e mantê-lo seguro. Não falei com Kevin mais do que algumas palavras, e geralmente, é porque eu estou afastando ele. Ontem à noite na festa foi a primeira vez que eu o vi em meses. — senti uma sensação estranha de culpa começar a rastejar em meu cérebro. — Acho que essa conversa está muito atrasada. — Como devemos lidar com isso então? — perguntou King. — Deixe-me lidar com Kevin, — eu disse. Bear se sentou reto. — Como? Você vai matá-lo? — Não, — respondi. King e Bear me lançaram olhares que eram parte simpatia e em parte ‘ele tem que ir’. Eu olhei entre meus dois amigos. — Pelo menos ainda não.
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Tres DRE Os freios gritavam cada vez mais alto. Um ruído de raspagem agudo rasgou a noite. O cheiro de borracha queimando enchia o ar. Eu consegui levantar a cabeça apenas a tempo de ver uma caminhonete se apressando virando no ar e virar para o lado do motorista com um barulho alto. Metal raspou contra o pavimento. Faíscas alaranjadas saíam de debaixo da caminhonete, derrapando e raspando seu caminho através do pavimento. Diretamente para mim. Meus olhos se abriram. Eu estava desorientada quando me encontrei no mesmo quarto onde eu descobri que Preppy estava vivo. As mesmas paredes cor-de-rosa. O mesmo relógio da Barbie na parede. Claro, eu sabia que agora era o quarto de Max. Eu puxei os lençóis, percebendo que eu estava usando apenas uma camisa grande demais abotoada e calcinha. Por que estou aqui? Procurei no meu cérebro a razão pela qual eu estava no quarto da filha de King e de Ray, mas continuava saindo em branco. Eu tentei esticar meus braços sobre minha cabeça sem sorte. Dores me pararam antes mesmo que eu fosse capaz de levantá-los pelo meu peito. O tecido da minha camisa escovou contra a minha coxa, e eu sibilei de dor. Eu levantei a bainha para ver uma bandagem grande cobrindo a maior parte da minha coxa superior até a bochecha da minha bunda.
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De repente, minha nova consciência foi inundada com memórias da noite anterior. O quarto começou a girar. Um gosto azedo na parte de trás da minha boca eu não consegui engolir. Havia uma razão pelo qual meu sonho parecia tão real. Não era um sonho. Com a realização veio o reconhecimento. A caminhonete. O motorista. Um peso se formou no meu peito, esmagando-me sob a possibilidade de que eu poderia ter perdido ele. Novamente. — Nãooooooo! Preppy! Nãoooooooo! — eu gritei, sentindo meu coração quebrar pouco a pouco ao pensar no que poderia ter acontecido. Eu pulei e fui até a porta. Ela abriu antes que eu pudesse girar a maçaneta. A coisa mais linda que eu já vi apareceu. O homem que eu pensei que nunca voltaria a ver. Alívio foi difícil para registrar. Eu ainda estava em um estado de pânico total enquanto eu olhava para cima e para baixo. Ele estava sem camisa, cortes e arranhões sobre seu ombro e lado esquerdo de seu peito. Seus suspensórios estavam fora de seus ombros, pendurados em suas calças em ambos os lados de suas coxas. Eu olhei para ele, dos seus cabelos desgrenhados, para seus pés descalços. Seus olhos estavam injetados de sangue, círculos escuros estavam sentados embaixo. Estendi a mão, meio esperando que ela passasse por ele como se fosse uma aparição. Quando o calor de sua mão envolveu a minha, eu fechei meus olhos firmemente e suspirei. — Procurando por mim, Doc? — Preppy perguntou. E embora suas palavras fossem ditas com um pequeno traço de humor, seus olhos mostraram apenas preocupação quando ele me olhou pela terceira vez desde que abriu a porta. Preppy balançou as sobrancelhas e então fez uma careta. Ele alisou um dedo sobre o ponto de borboleta branca cobrindo um corte de três polegadas acima de seu olho direito. Alívio inundou através de mim. Meus joelhos se curvaram. Preppy me pegou pelos ombros antes que eu pudesse cair, me segurando perto de seu peito. Lágrimas brotaram em meus olhos, e embora eu tentasse, eu não conseguia encontrar as palavras certas para expressar a ele o que eu estava sentindo. Eu não sabia o que estava sentindo. Tudo que
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eu sabia era que eu não queria o deixar ir. — Você está bem? — eu perguntei freneticamente. — Bo está bem? Onde está Bo? Preppy se afastou um pouco e inclinou meu queixo para que meu olhar se encontrasse com seus olhos âmbar. — Shhhhh. Está bem. Estou bem. Bo está bem. Ray e Thia levaram todas as crianças para a praia hoje. Bear tem um par de seus caras cuidando deles apenas por precaução. — ele colocou minha mão em seu peito nu quase como se ele estava confirmando para mim que ele realmente estava lá. Então ele me espelhou, colocando sua própria mão em meu peito sobre minha camisa. Foi quando eu percebi porque Preppy estava com o peito nu. Eu estava usando sua camisa. Preppy deu um passo em direção a mim sem me soltar para que ele pudesse nos empurrar para dentro do quarto. Ele fechou a porta atrás de nós. Aparentemente, eu não era a única que não conseguia encontrar as palavras porque ficamos ali em silêncio por alguns minutos apenas sentindo o coração um do outro batendo. — Como você está se sentindo? — Preppy finalmente perguntou, me guiando de volta para a cama. Sentei-me quando senti as costas dos meus joelhos baterem no colchão. Preppy se ergueu sobre mim, me olhando de cima abaixo por ferimentos. — Você... você se feriu? Alguém te machucou? — Não. Nada permanente de qualquer maneira. Nada está quebrado, que eu saiba. Estou bem, só um pouco dolorida, — eu disse. — Embora isso não seja tão bom. — eu levantei a camisa de Preppy e desenrolei o canto da atadura na minha coxa, revelando o machucado por ter me jogado na estrada. — Mantenha isso coberto. Ele vai curar, — Preppy disse, ajoelhando na minha frente. Ele colocou as mãos nos meus joelhos. — Você saiu da caminhonete, — eu disse. — Você está vivo. — Você deveria saber, Doc, que até mesmo a morte não pode acabar com um filho da puta, — disse Preppy com um sorriso diabólico. Ele encolheu os ombros. — Além disso, o corpo monstro de King quase me esmagou, mas então nós capotamos e eu acabei aterrissando nele. Eu disse a esse filho da puta que cortasse a proteína antes que seu tamanho acabasse matando alguém. É um serviço público, sério. Eu sorri, ainda não sendo capaz de acreditar que nós dois saímos praticamente ilesos e vivos depois de uma noite que poderia ter terminado de forma diferente e muito mais mortal.
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Preppy suspirou e brincou com a bainha da camisa nos meus joelhos. — Eu realmente não quero falar sobre essa merda agora. Eu quero que você descanse, mas eu tenho que perguntar, Doc. Você viu quem era? Eu balancei a cabeça e olhei para a parede, concentrando minha atenção no relógio de Cinderela sobre a porta do banheiro, esperando que algo viesse a mim que pudesse ajudar. — E o carro? — perguntou ele. — Uma marca ou um modelo? Eu balancei a cabeça. — Cor? Fechei os olhos e busquei as respostas para suas perguntas, mas nada veio. — Eu... eu estava no porta-malas. Eu estalei a trava de emergência. Preppy fez uma careta, mas rapidamente o cobriu com um sorriso suave. — Isso é... isso é bom, Doc. Pensamento rápido. Além disso, travas de emergência só foram colocadas em carros a partir do início de 2000, então já é algo para começar. Algo mais? Pensei um pouco mais. — O carro parou quando a pessoa dirigindo percebeu que o porta-malas estava aberto. Eles começaram a vir para mim. Eu os ouvi, mas suas luzes devem ter os assustado. A próxima coisa que eu sei que sua caminhonete estava derrapando alguns centímetros de mim e eu não me lembro muito depois disso. Eu nem sei como cheguei aqui. — Você desmaiou. Choque, — disse Preppy. — Eu te carreguei. — Você não está machucado? — eu disse, apontando para um corte em seu peito que ainda estava escorrendo sangue. Preppy sacudiu a cabeça. — A única coisa que teria me machucado é perder você. — Eu também, — eu disse, sentindo as lágrimas brotando novamente. Senti uma coceira na parte de trás do meu pescoço e fui arranhá-lo, encontrando uma espécie de gaze gravada na minha pele. — O que é isso? — eu perguntei, coçando. — Não, — Preppy disse, suavemente agarrando meu pulso, pressionando um beijo suave nos nós dos meus dedos. — É apenas um corte. Você precisava de alguns pontos, é tudo. Você não quer arrancá-
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los. Os pontos são muito piores quando você está consciente. — ele pousou minha mão na cama e entrelaçou seus dedos com os meus, e eu me senti relaxar, meus ombros caíram, e minha guarda baixou. Preppy acariciou meu braço enquanto falava, arrastando os dedos para cima e para baixo pela minha pele. — Achei que tinha te perdido. — ele riu, mas não alcançou seus olhos. — De novo. — Nah. Não pode se livrar de mim tão facilmente , — eu disse, inclinando em seu toque. — Quem você acha que poderia ter feito isso? — eu perguntei. — Estava prestes a te perguntar a mesma coisa. Eu conversei com King e Bear, e a única coisa que pudemos encontrar é que Bear tem mergulhado pesadamente em tentar descobrir quem poderia estar trabalhando com Chop para encobrir que eu estava vivo. Pessoas no necrotério, médicos legistas, médicos, enfermeiras. Merda, até mesmo as pessoas na funerária. — Então você acha que poderia ser alguém que acha que Bear está se aproximando demais da verdade? — eu perguntei. — Talvez, mas ainda não faz sentido por que eles vieram até você e não diretamente até a mim. A outra teoria é que poderia ser apenas alguém que não gosta que eu esteja vivo e respirando novamente e quer chegar até mim através de você, embora eu seja uma pessoa bastante surpreendente, então eu não tenho ideia de quem poderia ser. Estamos procurando de tudo. Incluindo Kevin. — Seu irmão? — eu perguntei. — Vamos encarar, Doc. Ele apareceu do nada e eu ainda não sei realmente o que ele sabe sobre tudo. Vou passar mais tempo com ele. Descobrir qual é a sua história, — disse Preppy. As sobrancelhas de Preppy viraram para dentro, os vincos na testa se aprofundaram. — Dre, olha. Eu estou tão arrependido... — Não, — o interrompi. — Pare com isso. Eu poderia ter perdido você também. Eu não posso fazer isso de novo, tá me ouvindo? Não posso. Preppy ficou de pé e se inclinou sobre mim até que eu fui forçada a deitar de novo no colchão, suas mãos em ambos os lados da cama. Ele parecia irritado quando disse: — Eu nunca vou deixar você, e você nunca vai me deixar. Está entendido? — Sim, — eu disse. ~ 22 ~
O ar entre nós ficou espesso. Estendi a mão e limpei o sangue do arranhado em seu peito com o dedo. A gota era maior do que eu pensava. Correu até as linhas da minha palma, pintando a carne da minha mão com seu sangue. Eu olhei de volta para cima onde o sangue tinha agora se agrupado em torno de um dos mamilos duros de Preppy. Pressionei minhas coxas, ignorando a dor e dor que irradiava de minhas pernas e focalizando na maneira feroz que as narinas de Preppy inflavam quando ele olhou para seu sangue em minha mão. Ele então seguiu meu olhar para seu peito. Minha pele estava ruborizada, e de repente eu me senti tonta. Um arrepio percorreu minha espinha. Estendi a mão para tocá-lo novamente, mas me afastei quando percebi que estava tremendo. — Merda, — Preppy xingou quando notou o sangue escorrendo em um fluxo lento, mas constante. Ele olhou para mim. Nenhum de nós fez um movimento para limpar o sangue de nós mesmos ou um ao outro, apenas continuamos a nos encarar. Minha boca ficou seca. Eu não poderia dizer o mesmo da minha calcinha. Preppy respirou profundamente. Um grunhido surgiu do fundo de sua garganta, um som que fez meu corpo inteiro zumbir com consciência. Ele pegou minha camisa e abriu, enviando botões em volta da cama e para o chão. — Era a sua camisa, — eu apontei, respirando pesadamente. Meu rosto corou e meu rosto ficou quente. Preppy observou os seios expostos e os mamilos endurecidos, e senti meu corpo ganhar vida sob sua inspeção. — Eu não me importo, — ele disse. — Eu rasgaria cada fodida camisa que eu tenha, em pedaços. Eu andaria sem camisa todo dia só para te ver assim por um segundo. Preppy levantou seus olhos de meu corpo e nossos olhares se encontraram. Uma batida do coração.
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Duas. Então todo o inferno escapou. A boca de Preppy caiu sobre a minha enquanto a barreira construída com preocupação e bem-estar um com o outro ruía, inundando o ar à nossa volta com pura luxúria desenfreada. O querer e a necessidade de nos sentir conectados tomou precedência sobre tudo, incluindo a respiração. Nossas línguas entraram em colapso e se emaranharam. Agarrando um punhado de seus cabelos, o puxei para mais perto. Não conseguimos chegar perto suficientemente, rápido o suficiente. Nem agora. Nem nunca. Preppy alcançou minhas costas e levantou meus quadris de modo que meu núcleo estava nivelado contra sua dureza debaixo de suas calças. Eu gemi quando senti seu calor através do tecido. Ele agarrou a parte de baixo de uma das minhas coxas, massageando-a com as mãos antes de forçar minhas pernas em torno de sua cintura. Nós balançamos um contra o outro. Contorcendo. Gemendo. Desesperados para sentir algo que não era pavor ou alívio. Viva. E ninguém que caminhava pela Terra jamais me fez sentir viva como Preppy fez. Eu alcancei entre nós e desabotoei suas calças. Ele puxou seus quadris um pouco para trás para que eu pudesse empurrar suas calças e cueca para baixo sobre as bochechas perfeitas de sua bunda para o chão. Ele as chutou de seus pés e estava de volta em mim. Seus lábios contra os meus. Seu pau contra minha abertura com apenas o tecido da minha calcinha nos separando. Preppy soltou minha boca para chupar um dos picos rígidos de meu mamilo em sua boca, lambendo-o com a língua enquanto ele enfiava seus dedos nas bochechas da minha bunda. Eu me contorci contra ele até que eu jurei que se ele continuasse assim, eu poderia gozar apenas da fricção de seu pau contra minha calcinha. — Porra, eu preciso de você, Doc. Eu preciso de você agora, — Preppy exigiu. Sua voz era profunda e rouca. Ele não se incomodou em tirar minha calcinha. Não havia tempo para isso. Estávamos frenéticos
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com a necessidade. Ele enganchou dois dedos em torno do tecido molhado e puxou para o lado, enquanto ele alinhava a cabeça maciça de seu pau com minha buceta. O sentimento da pele sedosa quente da sua dureza bem no lugar que eu precisava dele enviou mais uma onda de prazer percorrendo meu corpo. Eu tremi. — Sim. Agora. Eu preciso de você AGORA, — eu disse, meu interior se contraindo em torno do vazio, desesperado para ser preenchido. Preppy agarrou seu pau. Ele se moveu tão rápido que quando ele estava avançando, seus lábios já estavam de volta dos meus. Sua língua procurando a minha, quando seu pau procurou um tipo diferente de entrada, esticando e enchendo-me, cada gloriosa polegada por polegada, até que eu estava gemendo incoerentemente seu nome em sua boca, rolando meus quadris para acomodar mais de seu tamanho maciço. Cada movimento do meu corpo provocando mais uma faísca de necessidade. O prazer era tão grande que doía. Um belo tipo de dor que eu nunca quis parar de sentir. — Porra, — Preppy gemeu, puxando seus lábios dos meus para olhar onde estávamos conectados. Ele se afastou um pouco para voltar. Profundamente. — Droga, Dre. Isso é tão bom. Sempre. — ele recuou novamente e empurrou seus quadris para frente, murmurando, enquanto ele repetia este movimento até que ele entrou completamente dentro de mim. A sensação de alongamento doce fez com que minhas paredes internas se apertassem ao redor de seu eixo. Ambos gememos com a sensação. O corte em seu peito não tinha parado de sangrar e agora o sangue começou a gotejar em seu mamilo e em meu estômago. A fricção de nossos corpos esfregando um contra o outro, afrouxou o curativo em minha coxa, esfregando o rosa fresco de encontro às mãos e aos antebraços de Preppy, enquanto usava meu corpo como alavanca. Seu próprio sangue escorria constantemente de seu mamilo com cada empurrão duro, respingando contra meus seios, pintando minha pele pálida em uma tatuagem de redemoinhos vermelhos e manchas. Não paramos. Não podíamos parar.
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Merda, um trem poderia ter descarrilhado e passado através janela do caralho, e nós ainda teríamos continuado. Talvez porque, certa forma, Preppy e eu éramos o nosso próprio comboio. E fôssemos descarrilhar, íamos fazer isso juntos, conectados, com nomes dos outros nos nossos lábios.
da de se os
Seus esforços se tornaram ainda mais poderosos. Mais exigentes. E suas palavras também. — Você nunca vai me deixar, diga! Você nunca vai me deixar, porra, — Preppy grunhiu. Eu queria responder, mas eu estava literalmente sendo fodida sem sentido. Comecei a ver estrelas. Flashes de luz branca, enquanto ele fodia as palavras em meu coração, da mesma maneira que ele estava fodendo minha buceta. Apaixonado. Implacável. Rude. Frenético. Nós éramos tudo isso e muito mais. Muito mais. Preppy empurrou meus braços para cima sobre minha cabeça e segurou meus pulsos enquanto ele me fodia brutalmente com seu pau monstro. Uma e outra vez ele me puniu e me deu prazer. Mantendo-me à beira do êxtase. Eu mal registrei a dor na parte inferior das minhas costas quando eu levantei meus quadris para encontrar seus golpes. Nossa foda se tornara selvagem e imprudente. Qualquer tipo de ritmo caiu no esquecimento enquanto nós corríamos para um caminho onde apenas FODA primal e bruta iria. Mais rápido e mais rápido ele me fodeu. Cada empurrar e puxar resultou em uma quantidade excruciante de puro prazer correndo através de mim. Eu gritei seu nome quando se tornou demais e não o suficiente ao mesmo tempo. — Preppy. Com cada uso de seu nome, meus gritos se tornaram cada vez mais altos até que eu tinha certeza de que eu estava gritando em seu ouvido. — Nunca mais me deixe! — Preppy repetiu. — Olhe para mim, Doc, me veja gozar para você.
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Como se eu pudesse afastar meus olhos dele. Havia uma beleza no modo como as cordas do pescoço se apertavam. Do jeito que seus dentes rangiam. Havia uma beleza nele. O pau de Preppy latejou dentro de mim, e eu gemi longamente e alto enquanto acariciava o ponto sensível de minhas paredes internas, uma e outra vez. Seus lábios se separaram. Os músculos de seus ombros e bíceps esticados. O suor escorreu em sua testa, correndo de sua têmpora para as tatuagens coloridas que adornavam seu pescoço. Ele manteve seu olhar fixo nos meus e não piscou quando ele gozou, gemeu meu nome através de sua liberação, jorrando correntes quentes de sua libertação dentro de mim. Fazendo-me dele de novo. Abri a boca para tentar lhe dizer as palavras que ele queria ouvir, que eu nunca iria partir, mas não consegui porque seu impulso final desencadeou meu próprio orgasmo, interrompendo quaisquer pensamentos coerentes que eu pudesse ter, enviando-me e transformando em um retalho de puro prazer. Arqueei minhas costas da cama, enterrei meus dedos na bunda perfeita de Preppy e me empurrei sem vergonha contra ele, cavalgando as sacudidas da felicidade cega que me deixou tremendo pela magnitude e força com que gozei. Quando eu pude me concentrar novamente, eu abri meus olhos e percebi a cabeça de Preppy descansando contra meu peito. Seus braços em volta da minha cintura. Eu passei a mão pelo cabelo dele e pelo lado do seu rosto e fiquei surpresa quando eu senti a umidade nas pontas dos meus dedos. Preppy olhou para mim, uma mancha de lágrimas em sua bochecha, o sangue do meu peito manchado o meu. Eu tossi quando meu coração pulou uma batida, chocada por um choque elétrico de consciência e emoção. Eu agarrei seu rosto em minhas mãos e finalmente respondi a seu pedido. — Samuel Clearwater, eu prometo que nunca vou te deixar, — eu sussurrei, minha voz tão trêmula quanto meus membros. — Eu te amo. Preppy fechou os olhos. Um sorriso preguiçoso e satisfeito apareceu em seu rosto. Ele baixou a cabeça para o meu peito. — O amor nem sequer começa a descrever isso, Doc, — disse Preppy, seguido por um bocejo.
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Meu coração inchou em meu peito. Eu sorri sonhadoramente e continuei a correr minhas mãos através do cabelo de Preppy até que nós nos afastamos. Nós dormimos até tarde da manhã e teríamos dormido ainda mais tarde se não fôssemos acordados pelo som de armas disparando.
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Quatro PREPPY — Merda! — Dre gritou, saltando da cama. Eu estava sendo derrubado para longe de seu corpo, eu o estava usando como o mais confortável travesseiro que eu já tive o prazer de dormir, cai desajeitadamente no chão em uma pilha de membros nus. — Se você quer isso duro, baby, você terá, — eu murmurei, ainda meio sonolento. — O quê? — perguntou Dre. Abri os olhos e me vi olhando para o mais lindo e escuro olhar de minha mulher, que parecia muito confusa. — O que exatamente está acontecendo? Você está tentando me acertar enquanto durmo? Porque isso não parece justo, — disse eu, esfregando os olhos e apreciando o fato de que Dre estava agachada nua no chão, seu pequeno traseiro no ar, ainda coberto de machas de sangue que agora estavam secos. Um bonito lembrete de como nós tínhamos gastado nosso tempo antes de chegarmos a exaustão. — Eu acho que alguém está atirando lá fora, — Dre sussurrou, agachando-se atrás da cama ao meu lado. Um boom familiar veio de fora da janela. — Escute! O som. Lá fora de novo. — Ninguém está atirando na gente, — eu disse, puxando minha mulher para meu colo. Eu me levantei, a arrastei para cima comigo. Posicionei-a para que ela pudesse ver pela janela a calçada onde uma lata velha marrom que eu esperava ver veio estacionar na entrada. O boom soou novamente, desta vez uma pequena faísca de fogo e fumaça saiu pelo escapamento. Os ombros de Dre relaxaram instantaneamente. — Quem é este? — ela perguntou, de pé na ponta dos pés para ter uma visão melhor.
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Eu estava atrás dela admirando seu belo traseiro e pernas bem torneadas. Percebendo que eu não a tinha respondido, ela se virou para me encarar, mas eu a segurei no lugar, envolvendo meus braços ao redor de sua cintura e colocando meu queixo em seu ombro. Apontei para a porta lateral do motorista, que acabara de abrir. — Isso, — eu disse. — É chamado um pedaço de merda de carro. — Kevin saiu e acendeu um cigarro. — E aquele, você já sabe, é meu irmão mais novo. — Por que ele está aqui? — Eu o chamei. Ele está insinuando sobre querer trabalhar para mim, — eu disse a ela. — Então eu disse a ele para me encontrar aqui. Dre se virou em meus braços e ergueu a sobrancelha para mim. — Não há melhor momento do que o presente para descobrir se sua família está querendo matar sua esposa, — eu expliquei. — Então poderia acabar logo com isso. Antes de chegarmos perto demais. — Então, o que exatamente você planeja fazer? — Dre perguntou como se ela soubesse que tinha que haver algo mais nessa história. E ela estava certa. Havia. Ela envolveu seus braços ao redor do meu pescoço e acariciou seu nariz em meu peito. Meu pau, muito consciente de suas coxas nuas levemente roçando contra ele, começou a saltar por atenção. Dre olhou entre nós para o meu pau completamente duro. Ela lambeu os lábios e me lançou um olhar interrogativo. — Não me culpe. Quando você passeia com o cachorro da família e o acaricia atrás das orelhas, ele levantará sua cabeça exigindo atenção. Dre riu seguido por um gritinho quando eu me inclinei e a peguei pela cintura, jogando-a de costas na cama. Seus peitos saltaram quando ela se acomodou nos travesseiros. Eu me arrastei para cima da cama e em um movimento rápido eu a virei de barriga para baixo. Eu corri minha mão pelas costas dela até a rachadura de sua bunda e subi novamente. — Então, — ela disse, suas bochechas avermelhando quando eu mergulhei meus dedos ainda mais baixo em suas dobras. — Você não respondeu à minha pergunta. — Que pergunta? — eu perguntei, focado em sua buceta reluzente, já molhada para mim.
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— Kevin. Você quer obter mais informações dele. Você o convidou para vir. Eu perguntei o que exatamente você planejava fazer com ele, — ela terminou. Eu bati na bochecha de seu traseiro e ela baixou a cabeça, gemendo no travesseiro. — Kevin quer entrar no negócio da família, — eu disse, rastreando a marca vermelha que eu tinha acabado de fazer em sua bunda perfeita. Ela olhou por cima do ombro e eu esbocei um sorriso malicioso. — Então eu vou mostrar a ele o negócio da família. Eu empurrei suas coxas separadas com meu joelho e direcionei meu pau em sua entrada, empurrando para dentro em seu calor úmido e apertado. — Mas Kevin pode esperar, — eu gemi, meus olhos praticamente se fechando de quão bom que era sentir sua buceta em torno de mim. — Há algo mais que eu tenho que fazer primeiro. — Ah, sim? — ela perguntou, empurrando contra mim. Eu podia praticamente sentir o sorriso em sua voz. — O que seria isso? Empurrei com força, forçando meus quadris para frente até que eu estivesse enterrado dentro de sua buceta mágica o mais fundo que seu corpo permitira. — Você.
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Meia hora mais tarde eu saí da casa e cumprimentei os motoqueiros do LAWLESS MC que estavam de guarda em cada lado da entrada. Saltei os degraus da varanda de três em três para encontrar Kevin. — Você tem sangue no pescoço, — Kevin apontou. Eu dei de ombros e não fiz nenhum movimento para limpá-lo. Meu eu interior babaca estava morrendo de vontade de divulgar todos os detalhes fodidos do sexo que Dre e eu fizemos essa manhã para Kevin. No entanto, meu eu interior adulto, que eu não sabia que eu tinha até recentemente, rapidamente lembrou que Dre era minha esposa. Um sentimento de posse que eu nunca senti assumiu. MINHA. MINHA. MINHA. Correu através do meu cérebro como um registrador automático de cotações na bolsa de valores. Em caps look e tudo mais. Fiz uma careta para Kevin como se ele estivesse ali, olhando-nos foder ou pudesse de algum modo vê-la nua dentro do meu cérebro.
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— Uh, você tem certeza que quer fazer isso hoje? — Kevin perguntou, enfiando as mãos dentro dos bolsos de seus shorts. — Quero dizer, depois de tudo o que aconteceu na noite passada. Eu girei minhas chaves em minha mão. — Escute, cara, a vida é curta. Ninguém sabe isso melhor do que eu. Temos de aproveitar o dia. Aproveite ao máximo enquanto nós ainda tivermos o dia para aproveitar e toda essa merda. — eu agitei minha mão ao redor no ar. — Além disso, os motoqueiros estão mantendo um olho na família, então tudo está bem por enquanto. Não vamos demorar muito. — eu olhei para a janela e peguei uma cortina de cabelo preto brilhante embrulhado em um lençol virando para longe da janela. — Ela é gostosa, cara, — Kevin disse, olhando para a mesma janela vazia. — Ela é, — eu concordei, batendo nas costas dele e cavando meus dedos grosseiramente em seu ombro enquanto eu o levava até a van de Bear. — Toque nela e eu cortarei suas duas mãos. Mmm... entendido?
***
— Leave the pieces when you goooooo, — eu cantei, batendo meu pé para a música The Wreckers na minha cabeça quando Kevin e eu estávamos fora da van em um campo vazio fora da cidade. — O que exatamente estamos fazendo aqui? — Kevin perguntou. — Eu pensei que você ia me levar para as casa das vovós. Que iria me mostrar as coisas. Você sabe, como cultivar e colher. Esse tipo de coisa. Eu estalei minha língua. — Oh não, querido irmão. Antes de se tornar o chefe, você tem que lavar muitos pratos. — naquele momento, um caminhão arrastando um trailer virou a esquina e veio fazendo barulho para o centro do campo, saltando de um lado para o outro quando ele passou por sobre pedras e terra irregular. — Tem certeza de que ainda quer entrar? — Sim, — Kevin respondeu. — O que é isso? — A merda dos pratos.
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À primeira vista, parecia como qualquer outro caminhão transportando um trailer, com o mesmo barulho irritante bipando quando ele finalmente parou e desligou o motor. Jake Dunn, o maldito diabo loiro, saltou do lado do motorista e deu a volta na traseira do trailer. Ignorando nossa presença quando ele destrancou a porta. Puxei Kevin para o lado para evitar ser atingido pela porta que caía quando ela bateu com tanta força na grama que um sopro de terra subiu no ar. — Whoa, o que é tudo isso? — Kevin perguntou, olhando para o trailer. Dentro havia um interior totalmente metálico, de aparência muito estéril. Fileiras de ferramentas afiadas pendiam dos ganchos que se alinhavam na parede. Facas, o que se parecia mais facões, juntamente com picareta entre outras coisas e algumas mangueiras. Uma mesa correspondente localizada no meio, um dreno em uma extremidade. Uma pia pequena estava anexada à parede diretamente atrás do banco do motorista. Eu estendi meu braço. — Isto é o que eles chamam de um matadouro móvel, kemosabe, — eu informei a Kevin, acendendo um cigarro. — E esse lindo cavalheiro loiro é Jake. Desde que estamos aqui para aprender, lição número um é não dizer a Jake que ele parece ter saído de uma boyband, ou saído de uma revista de adolescente, ou qualquer outra coisa que faria ele parecer menos do que o fodão filho da puta que ele é. Jake franziu o cenho, mas seus olhos azuis brilharam. O cara era uma contradição ambulante. Eu coloquei meu braço em torno de Kevin. — Vamos mudar isso. Lição número um é não falar com Jake. Tipo nunca, — eu disse. Inclinei meu queixo para Jake. — Bom dia, Luz do Sol! — gritei, ignorando meu próprio conselho. Jake resmungou. — Quem diabos é esse? — Você não o conhece? É sobre trazer o seu irmãozinho-você-nãosabia-que-existia-até-recentemente para o dia de trabalho. Jake olhou para Kevin como se odiasse sua própria existência. Provavelmente. Porque ele era Jake. Nenhuma outra explicação necessária.
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— Lição número dois, — eu disse, passando meu isqueiro para Kevin que acendeu seu próprio cigarro. Olhei para seus shorts. — Vistase para o trabalho que você quer, não para trabalho que você tem. — O que exatamente isso quer dizer? — Kevin perguntou, olhando para sua manchada e enrugada camiseta coral e seus chinelos como se não houvesse nada de errado com o que ele estava usando. — Isso significa nada de usar roupas de praia, a menos que você esteja indo para praia pegar algumas meninas. Você se veste como uma colegial no dia de lavar roupas. Tenha orgulho, garoto. Kevin suspirou. — Como eu devo me vestir para o trabalho que eu quero quando eu não sei qual é o trabalho que eu tenho, ou mesmo o que estamos fazendo? — Kevin perguntou, parecendo frustrado. — Eu disse a você, — eu disse quando Bear e King saltaram do velho caminhão de King. — Você vai lavar pratos. King e Bear rodearam a traseira do caminhão e baixaram a porta traseira. Juntos, cada um deles tomou uma extremidade de algo com cerca de seis metros de comprimento, embrulhado em sacos de lixo e amarrados com cordas. Eles carregaram ele... quero dizer, ISSO, para o trailer, colocando-o sobre a mesa com um forte baque. — Quer que fiquemos e ajudemos? — perguntou King, inclinando o queixo para Jake, que estava encostado à mesa com as pernas cruzadas nos tornozelos e os braços cruzados sobre o peito. — Obrigado, mas deixa com a gente, Chefe, — respondi. King e Bear olharam para nós dois com ceticismo, o mesmo olhar que eles me deram quando eu disse a eles quais eram meus planos para o jovem Kevin naquele dia. — Bom, tenho que ir ajudar esse idiota de qualquer maneira, — disse Bear. — Sim, e o cara está matando seu próprio dia de trabalho. Você pode acreditar nessa merda? — perguntou King. Bear balançou a cabeça e eu lhes enviei uma saudação com dedo médio enquanto eles se afastavam. — Ummm... o que diabos é isso? — Kevin perguntou, olhando para a mesa no trailer. — Esterco, — eu respondi. — Sério?
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— Não. Mentira, — eu suspirei. — É uma bolsa de plástico em forma de corpo, Kevin. O que diabos você acha que é? — eu bati meus dedos na frente de seu rosto para chamar sua atenção. — Escute, Daniel-son2. — Quem é esse? — Kevin perguntou, completamente focado no que estava acontecendo no trailer. Seu olhar seguiu cada movimento de Jake enquanto afiava uma das facas da parede com um apontador de aço. — Os mortos não têm nomes, — eu disse. — Essa é uma das falas de Game of Thrones, — Kevin apontou. — Isso não significa que não seja verdade. Jake fez um gesto para a porta e Kevin e eu a levantamos juntos, segurando-a até ouvirmos o clique do interior travá-la no lugar. — Agora o que acontece? — Kevin perguntou. Acendi um cigarro e passei para ele, em seguida, acendi outro para mim. — Agora esperamos. — nós nos inclinamos contra o trailer. — Para que essa coisa é usada de qualquer maneira? — Kevin perguntou, olhando por cima do ombro para a porta fechada do trailer. — Bem, quando Jake aqui não está a usando para fins mais nefastos, geralmente é usada como uma maneira para os agricultores ‘despacharem’ seus animais sem ter que pagar as taxas de transporte para que os animais sejam enviados para uma instalação de corte e, em seguida, enviados de volta para vender as peças. — Despachar? — Kevin arranhou o queixo barbeado. — Sim, eu ouvi isso na rede de viagem, — eu disse. — Quando o anfitrião deste show não quer dizer coisas como ‘brutalmente cortar suas gargantas até que todo o sangue se esgote’ ele diz coisas como ‘despachar’. Faz com que assassinar nosso alimento soe muito mais agradável, não acha? — O que ele está fazendo lá dentro? — Kevin perguntou. Eu não sabia muito sobre ele, só nos falamos algumas vezes. Mas eu sabia que o garoto não era estúpido. Ele poderia ter perguntado o que Jake estava prestes a fazer, mas algo me disse que ele já sabia a resposta.
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É referência ao Karatê-kid. ~ 35 ~
O som de uma serra vibrou dentro do trailer, seguido por um estalo de algo contra a porta. Eu me encostei de lado, virando-me para encarar Kevin. — Gênio não é? — eu pisquei. Kevin olhou para trailer como se os acontecimentos lá dentro estivessem sendo projetados na porta e ele pudesse ver tudo. Percebi então que, embora seus olhos estivessem arregalados, não estava horrorizado. Estava fascinado. Ponto para meu irmãozinho. — Parece que você passou no primeiro teste. Por um segundo eu fiquei preocupado como você poderia reagir, — eu disse. Só então Jake bateu na porta, três rápidos golpes. Saímos do caminho e deixamos a porta cair de volta ao chão. Kevin de um lado e eu do outro. Quando Jake apareceu novamente ele não estava usando uma camisa. Um avental de borracha preta estava preso ao pescoço e à cintura. Era tão longo que cobria o topo de suas botas. Você não saberia que o líquido brilhante espalhado nele era sangue a menos que você olhasse Jake e a cena que ele deixara para trás no trailer. Diferentes tons de vermelho estavam pingando de cada superfície e foi salpicado em toda parede e ferramentas. — Você vê, os civis têm essa coisa sobre a morte. Eu acho que é todo o sangue e as vísceras que os incomoda. — eu acenei meu cigarro no ar. — Coisas que o ódio e a vingança têm uma tendência a lavar com o tempo. Coisas como um senso de certo e errado. Culpa. Toda essa merda. Kevin encolheu os ombros. — Eu não sou um civil, — ele argumentou. — Ah, é? — eu inclinei minha cabeça para o lado. — Então, o que você é exatamente? Ele encolheu os ombros e depois olhou como se estivesse pensando. Seus olhos se encontraram com os meus. — Sou um Clearwater. Eu não conseguia responder porque, por alguma razão, suas palavras me tornaram estúpido. Felizmente, Jake o interrompeu pisando na porta. Acendendo um cigarro, encolhendo os ombros. Seu
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pescoço estalou em um pop audível. Ele apontou para o cooler a seus pés. — Todo seu, — ele disse com uma leve sugestão de um sorriso. — Você quer pegar uma carona com a gente? — eu perguntei, Kevin pegou um lado do cooler e o baixou de volta quando percebeu como era pesado. Os olhos de Jake se iluminaram em diversão. Ele balançou a cabeça. — Não posso. Minhas filhas têm um recital de balé às quatro. — Entendi. O meu quer se inscrever no MMA, — eu disse a Jake. Eu não pude deixar de sorrir quando eu me lembrei de como Bo tinha reagido ao ver a luta na TV, saltando para cima e para baixo. Jake olhou para mim como se eu tivesse brotado um pau no meio da testa. — Longa história. Eu vou te contar tudo algum dia. Eu costumava não saber como Jake poderia ir do tipo serial-killer virtual de dia e se transformar em um homem de família à noite. Isso foi até que eu tinha minha própria família e agora eu respeitava ele pra caralho por isso. Grace sempre me disse que você pode ser um menino mau e ainda ser um bom homem. Acho que finalmente entendi o que isso significava. Jake ligou a mangueira e começou a lavar o interior do trailer. A água tingida de vermelho escorreu da parte traseira do caminhão em uma pequena cachoeira sangrenta. Ele assobiava enquanto trabalhava. As bochechas de Kevin ficaram rosadas e depois vermelhas, esticando-se sob o peso do cooler enquanto eu o ajudava a levá-lo para a van, enfiando dentro de sacos de lixo que eu já tinha colocado para fora. Eu bati a porta. — E agora? — Kevin perguntou. Eu sorri. — Agora? Agora nos divertimos um pouco. Vinte minutos depois estávamos no velho bote de Billy, voando pelo pântano. Eu mudei minha música tema de ‘Leave the Pieces’ para ‘Piece of Me’ da Britney Spears. Eu tinha um pouco desse tema acontecendo naquele dia. Paramos no meu lugar favorito. Bem, o meu local favorito para o tipo de atividade que estávamos fazendo. Era uma clareira ao lado de um barranco de areia atrás de uma parede de árvores onde o pântano
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encontrava o rio. Logo atrás de uma ilha, King e eu tínhamos apelidado de Ilha Filha da Puta quando éramos crianças. Kevin estava me ajudando a carregar os pedaços de quem quer que estivesse no saco (negócio do MC, não meu) para alimentar os jacarés que cercavam o barco. — Bem, garoto. Você queria entrar, — eu disse. — Agora você está dentro. Kevin enviou um pedaço do que eu acho que era um joelho. Um sopro de comoção irrompeu enquanto os jacarés lutavam por seu jantar de carne e cartilagem humanas. Kevin riu e pôs os pés na beira do barco. O sol começou a se pôr. — Obrigado, Preppy, — ele disse, enxugando as mãos nos shorts. Eu assenti e virei o cooler, deixando cair o excesso de sangue na água. Eu o coloquei de volta e pousei uma mão sobre o ombro de Kevin. Eu sorri alegremente. — Bem-vindo ao maldito negócio da família, garoto. — Falando de família, — disse eu. — Nós não temos que falar exatamente sobre isso, mas... você nunca vai me dizer como exatamente você acha que eu sou seu irmão? — Não há muito para contar, — disse Kevin, sentado na beira do barco de costas para a água infestada de jacaré. — Eu nasci no Norte. Uma pequena cidade fora de Daytona pela mesma mulher que te pariu. — Então ela te contou sobre mim? — eu perguntei. — Porque eu acho difícil acreditar que a mulher que me deixou para trás como um sofá que ela não queria mais realmente falou meu nome depois que ela fugiu. Kevin sacudiu a cabeça. — Nah, nunca disse uma palavra sobre você. Na verdade, não me lembro dela falar. Um policial me encontrou vagando pela rodovia em minha fralda quando eu era apenas uma criança. Entregaram-me aos serviços sociais. Eu cresci no sistema. — Acredite ou não, isso o torna mais afortunado de nós dois, — eu disse. Kevin soltou um suspiro e revirou os olhos. Ele parou a cerveja polegadas de seus lábios. — Claro, se você chamar de ser espancado por seus pais adotivos de sorte. Ou não ser alimentando porque eu não era uma de suas ‘crianças reais’ ou talvez na época quando eu estava tão desesperado que eu deixei um caminhoneiro me masturbar em troca de uma refeição quente.
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Eu senti pela criança. Eu realmente senti, mas eu não poderia evitar a maneira como meus pensamentos funcionavam ou a explosão de riso que borbulhou e estourou da minha boca. — Você acha isso engraçado? — Kevin disse, levantando-se e balançando o barco de um lado para o outro. — Sim, na verdade eu acho. — Por quê? — Kevin perguntou, parecendo horrorizado e extremamente chateado. Seus punhos fechados ao lado de seu corpo. — Sente-se, — ordenei. Kevin bufou quando ele se sentou, seus braços cruzados protetoramente sobre seu peito. Inclinei-me para frente e apoiei os cotovelos nos meus joelhos. — Você quer saber por que eu acho que é engraçado? — eu perguntei, sem rastro de piadas desta vez. — Ilumine-me, — Kevin estalou. — Porque eu teria matado para trocar de lugar com você. Você acha que conseguir um caminhoneiro acessível é um mau negócio? Por favor, eu faria negócios com uma dúzia de caminhoneiros de merda, deixando-os masturbarem meu pau. — eu me inclinei mais perto. — Qualquer coisa teria sido melhor do que ser estuprado por seu padrasto. Melhor do que ficar para trás como mobília indesejada quando sua mãe se muda e te deixa sozinho com um maldito pedófilo. A boca de Kevin se abriu e depois se fechou. Ele coçou a cabeça despenteando o cabelo. — Então, o que aconteceu com seu padrasto? — Ele morreu em um trágico acidente. — Você o matou? — King matou, — eu disse. Fiquei de pé e apontei para os jacarés cercando o barco. — Foi assim que descobrimos esse lugar. — Merda, cara, — Kevin disse, esfregando os olhos. — Desculpe, eu não pensei que´´ — Então minha infância foi um pouco mais severa do que a sua. Eu superei isso, vamos seguir em frente. — eu acenei a ele. — Então, como diabos você acabou em Logan Beach? — eu perguntei, alcançando o cooler, aquele não era designado para as partes do corpo. Eu puxei duas cervejas e joguei uma para ele.
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— Vim para te encontrar, — disse Kevin. — E? — E você estava morto, — disse Kevin. Seus olhos direcionados em toda parte, exceto nos meus, ele tomou um longo gole de sua cerveja. Eu fiz o mesmo. Nós terminamos ao mesmo tempo, batendo as latas contra nossas coxas e limpamos nossas bocas com a parte traseira de nossas mãos. Nós dois rimos quando observamos um ao outro fazer os mesmos movimentos e foi quando eu comecei a notar as semelhanças entre nós. Seu cabelo era a única grande diferença. Era alguns tons mais escuro do que o meu louro arenoso. Uma espessa bagunça no topo de sua cabeça, há várias semanas precisando de um corte de cabelo, mas ele tinha a mesma aparência, embora o meu rosto estivesse com uma barba excepcionalmente esculpida. Tínhamos os mesmos olhos cor de avelã, embora os meus fossem distantes. Nós tínhamos a mesma altura exceto que minha configuração era muito mais volumosa depois de ter começado a malhar com King vários meses antes. King tinha chamado a minha rotina de treino de ‘vou pegar minha cadela de volta’. Agora era uma espécie de nossa coisa diária. Kevin pegou outra cerveja e a jogou para mim. — Eu realmente só descobri sobre você porque quando eu fiz dezoito anos, a casa de acolhimento estava me chutando para fora. Eu não tinha para onde ir. Minha assistente social fez algumas escavações, me disse que eu poderia ter um irmão. Tinha o seu nome e possível localização. Nada mais. — ele olhou para mim. — Você sabia que você é um pouco famoso por aqui? — Temido é mais parecido, — eu ofereci. — Como quer que queira chamar. Tudo o que sei é que cada pessoa com quem conversei o conhecia ou sabia de você. Eu nem mesmo olhei sua foto de cadeia para que eu pudesse ver com que você parecia. Dirigi pela sua casa um ou dois minutos para ver onde você morava, antes de ouvir que você tinha partido dessa. Visitei o túmulo uma vez. Te trouxe uma cerveja. — ele mordiscou seu lábio. — Bem, eu te trouxe uma cerveja. Eu poderia tê-la bebido para você. Eu sorri. — Que prestativo você foi. — Eu conheci Meryl e Fred quando eu estava vendendo erva pela estação de ônibus. Caras legais. Deixaram-me ficar com eles algumas
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vezes, mas eles não ficavam muito por lá. Eu disse o que pensava, porém, quando você apareceu em sua casa naquele dia, fugindo desse policial, eu quase me irritei quando percebi que era você. Eu levantei meu polegar e olhei para ele através do pequeno espaço entre nós. — Foi um pouco chocante para mim também. Nunca esperei que alguém me chamasse de irmão, — eu disse. — Seu sobrenome é realmente Clearwater? — eu perguntei, lembrando o que ele havia dito antes. Kevin sacudiu a cabeça. — Não, — disse ele, como se não pudesse acreditar no que ia dizer. — É Schmooter. Eu ri e zoei Kevin e seu ridículo sobrenome, brindando minha cerveja com a ele. — Você precisa de um apelido ou algo assim, — eu disse. — Sim, eu acho que você está certo, — ele concordou. — Eu vou arranjar um para você... Schmooty? Kevin sacudiu a cabeça. Eu liguei o barco. — O Kev-ster? É muito Esqueceram de Mim. Muito 1990. Ele revirou os olhos. Acelerei e gritei sobre o vento. — Handy-Kevin3? Kevin me lançou um olhar. — O quê? Muito cedo? — perguntei. — Vá se foder, — Kevin disse, tentando esconder seu sorriso com a mão. — Eu odeio trazer isso a tona quando estamos nos divertindo e tudo mais, — eu comecei, elevando a minha voz acima do som do motor e do vento quando eu acelerei cada vez mais rápido. Kevin agarrou a barra de metal preso ao assento entre as pernas. — Mas você sabe se eu descobrir que você teve alguma coisa a ver com o que aconteceu com Dre ontem à noite, ou se você foder com ela ou meu filho de qualquer maneira que me deixe nervoso, você será o próximo a estar alimentando os jacarés.
Acho que aqui ele quis dizer sobre a parte que ele teve que masturbar o caminhoneiro, porque é handjob. 3
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Eu não sei como eu esperava que ele reagisse depois que eu o ameaçasse, mas eu não esperava que ele sorrisse, que era exatamente o que ele estava fazendo. — Eu não duvidei disso por um segundo, Prep, — ele gritou de volta. — Estou feliz que estamos na mesma página. Eu apertei o acelerador, aumentando o barulho sobre a água rasa e grama alta. Eu fiz algumas curvas maliciosas e cantei algumas músicas anos oitenta e ri ao longo do caminho. Kevin até mesmo cantou junto comigo para uma interpretação muito fora do tom de ‘Piece by Piece’ de Kelly Clarkson. Bem, era mais como ‘gritar no vento’ do que cantar realmente. Por dentro, eu não sentia como se Kevin tivesse algo a ver com a tentativa de sequestro de Dre, mas eu não poderia estar cem por cento certo. Pelo menos ainda não. E a família para mim era tudo, mas o ditado de que o sangue era mais grosso do que a água não significava merda nenhuma para mim porque eu sabia o que minha família era e sangue era algo que derramamos um pelo outro, não compartilhamos. — Talvez da próxima vez que viermos aqui, correremos com os jacarés. Vermos o quão grande suas bolas são, — eu disse. — O que diabos é correr com os jacarés? — Kevin perguntou. — Eu vou te mostrar na próxima vez, — eu disse. Depois de alguns minutos de silêncio, olhei para Kevin e soltei uma gargalhada. Sua boca estava bem aberta, suas bochechas inchadas pelo vento, expondo todos esses dentes e gengivas. Ele me deu um polegar para cima. Bobinho. Eu meio que gosto do meu irmão. Eu refleti para mim mesmo. Seria uma droga ter que matá-lo.
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Cinco PREPPY Dezesseis anos de idade
Eu nasci a poucos minutos da praia e a poucos minutos das aldeias, em Logan’s Beach, Flórida. Água salgada está em minhas veias. Poeira em minha alma. Que foi provavelmente a razão de eu nunca ter me incomodado quando Bear, King, e eu não passamos as nossas noites de sexta-feira como a maioria dos adolescentes em LB faziam. Chutando merdas na floresta ou esgueirando cerveja para o estacionamento do cinema. King, Bear e eu não éramos adolescentes normais. Nossas noites de sexta-feira foram gastas de forma um pouco diferente. Como remar para uma ilha para enterrar nossos ‘investimentos’. Embora não tivesse um nome oficial, nós apelidamos a pequena laje de cinco acres de terra que separava a Baía do Golfo da Ilha Filha da Puta. IFDP em breve. A Ilha Filha da Puta foi desabitada e apenas como um grande típico centro comercial. Densa lama cobria a maior parte dela, com exceção de uma pequena clareira no centro composto de terra vermelha. Uma linha quase perfeita de manguezais rondava o perímetro. Nós tínhamos começado nosso ‘abrigo de suprimento’ um ano antes. Era realmente apenas um buraco no chão, mas você só poderia chegar à ilha de barco e os manguezais e as águas rasas infestadas de
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jacarés em torno dela não exatamente a tornava um destino atraente para ninguém, mas sim para três adolescentes delinquentes tentando esconder dinheiro recém adquirido de armas e drogas. O apartamento que King e eu estávamos alugando não era muito seguro a menos que você considerasse a corrente e o cadeado frágil na porta com dobradiças enferrujadas seguro. Daí a necessidade da IFDP. O sol estava se pondo quando nós remamos em direção a Ilha Filha da Puta no barco de metal minúsculo apenas grande o suficiente para aguentar nós três. A hora do dia em que ainda não era dia, mas a noite ainda dominava o céu. Eu gostava de chamar isso de a hora do dia quando eu não podia ver merda nenhuma. Os raios da bola de fogo que caía do céu refletiam tudo à vista, me deixando meio cego enquanto eu remava, esperando que King e Bear pudessem nos manter no alvo. Um peixe-boi explodiu fora d´água a poucos metros do nosso barco. — Ei, amigo, — eu disse, inclinando-me sobre o lado e acariciando a superfície da água. — Que porra você está fazendo? — perguntou King com uma risada. — Fazendo ele vir para mim. Eu vi isso em um programa de TV quando eu era criança. — eu continuei a acariciar a água. — Venha aqui, amigo. Venha para o Preppy, — eu disse, assobiando como se estivesse chamando por um cachorro. — Tenho certeza de que só funciona para golfinhos, — disse Bear, com um cigarro pendendo no lábio. — Os peixes-boi são golfinhos muito mais gordos, primos de longe, — eu discuti. Ou eu me lembrei desse fato de algum lugar, ou achava que lembrava. As chances eram de que eu inventei isso. A cabeça do peixe-boi desapareceu. Ele jogou sua barbatana no ar antes de desaparecer de volta sob a água, criando uma ondulação circular na superfície onde ele acabara de estar. — Alguém mais pensa que o peixe-boi nos tirou? — perguntou King. — Ele com certeza fez, — Bear concordou. — É uma maneira de falar com um encantador primo do golfinho.
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Eu me sentei de volta e olhei para os meus amigos. — São suas atitudes que o assustaram. Isso afasta até mesmo a vida selvagem. — eu peguei meu isqueiro no bolso traseiro. — Além de meninas. — Não tenho problemas com as meninas, — argumentou King. — Sim, elas vão foder com você, mas elas têm medo de você, — eu disse. — Não me aborreça, — disse King, respirando fundo. — Eu prefiro dessa maneira, na verdade. — Esta cidade pode ser uma merda as vezes, — disse Bear, exalando fumaça. Ele apontou com o cigarro ao ver a onda desaparecendo na água onde o peixe-boi tinha acabado de estar. — E então você vê merdas assim e isso faz você pensar que talvez não seja tão ruim. — Eu amo essa cidade, — eu disse. — E nós vamos possuí-la algum dia. Bem, do nosso jeito. — Então nós vamos ter uma dessas, — disse King, inclinando o queixo para várias casas enormes, localizadas acima da água. Algumas delas eram escuras, com proteções contra furacão cobrindo as janelas e portas. Um sinal certo de que elas eram de propriedade de alguém que só vinham ‘de vez em quando’, que era aparentemente de novembro a março. — Que desperdício, — disse King, ecoando meus pensamentos. Ele apontou para uma dessas casas. Uma casa de três andares quase a beira d’água. Estava completamente escura, persianas contra tempestade em cada janela e porta. Tinha um quintal enorme e tijolos desintegrando-se da pilha. — Que desperdício mesmo, — concordei. — Quando chegarmos a ser um daqueles grandes caras, eu nunca vou deixar o lugar. Como um rei em seu castelo. King me lançou um olhar. — Já temos um rei. Eu sabia que ele estava me provocando porque ele tinha isso quando ele estava tentando ser sério, mas estava prestes a rachar onde o canto do seu lábio estava em tão ligeiramente em contração enquanto ele estava lutando fisicamente contra sua reação. — Como um Preppy em seu castelo então, — eu emendei. King sorriu.
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— Estou feliz que você tenha deixado esse sorriso sair, Chefe. Eu por um segundo fiquei com medo de que você estava entrando espontaneamente em combustão. Isso ou você teve um caso grave de constipação, — eu disse. Bear bufou. — Bem, certifique-se de que quando você conseguir um desses lugares, você separe um quarto para mim, — disse Bear, soando derrotado. — Uh, Bear. Você está numa quadrilha de motoqueiros, — eu disse. Eu parei de remar apenas o tempo suficiente para passar por uma lata de Pepsi amassada que eu poderia ter transformado em um bong4 improvisado depois de deixar cair meus papéis de cigarro no maldito Caloosahatchee. — Eu odeio soar como uma cadela, mas... você não pode viver conosco. — É um clube de motoqueiros, — corrigiu Bear, olhando para longe. — E eu não vou me mudar. Apenas tenha certeza de ter um quarto para mim, se eu precisar. King e eu olhamos um para o outro e compreensão entre nós de que Bear quis dizer que ele precisava de um lugar para se esconder para quando Chop o empurrar até o limite, o que ele estava fazendo cada vez mais desde que Bear se tornou um prospecto para o clube MC. — Claro, cara, — disse King, casualmente. Nós três continuamos a examinar o desperdício de imóveis abandonados até que chegamos a um que era diferente dos outros. Estava iluminado e era mais perto da água do que os outros, poderíamos ver diretamente dentro onde uma família estava jantando juntos na mesa da sala de jantar. Uma mãe, pai e garotinho. Eles estavam sorrindo e rindo juntos. — Não sabia que as famílias realmente faziam isso, — eu disse, sem perceber o quão triste isso soou naquele momento. — Você não quer isso, — disse Bear. — Essa merda parece chata. King concordou com um ligeiro aceno de cabeça. — Eu não disse que queria isso, — eu brinquei, encolhendo os ombros. — Eu simplesmente não sabia que as pessoas realmente faziam isso. Pensei que era algo inventado ou algo que você só vê na TV. Uma Garrafa cortada o fundo, com uma mangueira na boca, envolvida por fita isolante. É para fumar e sentir mais “onda”. 4
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— É, — disse Bear. — O que você viu lá era uma mentira. O pai provavelmente está fodendo seu assistente, que é um cara, a mãe engravida do diretor da escola do garoto e tem um vício de drogas de mil dólares por dia, além do garoto estar tão viciado em drogas que ele não sabe que o seu pau é um peso morto. — Eu sinto que você deu mais importância a esse pensamento do que merecia, — eu observei enquanto a família que comia seu jantar se distanciava cada vez mais e mais. — Espere? — eu fingi um suspiro. — Você é o cara fodendo o pai? Bear me socou no ombro e sorriu. — Chato pra caralho, — ele disse novamente, como se fosse um fato que ele queria me lembrar. Ele deslizou seu cigarro para o lado de sua boca para que ele pudesse usar ambos os braços para remar contra a corrente crescente. — Sim, — eu concordei. — Chato pra caralho. À medida que nos aproximávamos da ilha, tudo era lançado nas sombras, fazendo com que as longas raízes dos manguezais parecessem centenas de pernas magras mergulhando na água. As próprias árvores pareciam ser grandes criaturas parecidas com as aranhas que ficavam de guarda ao redor da ilha. Segurei a lanterna, tentando encontrar a clareira que tínhamos cortado meses antes. A luz captou os olhos amarelos e brilhantes de uma dúzia de jacarés na superfície da água. Alguns se arremessaram para a margem, outros mais corajosos se aproximaram de nosso barco sem criar qualquer de barulho para inspecionar os intrusos. Nós. — É como uma orgia de jacarés aqui, — eu disse. — Sim, então vamos chegar lá rapidamente sem deixar o maldito barco virar e nos tornarmos o banquete desses jacarés, — disse King. Uma vez que encontramos a clareira nós remamos em direção a ele com toda a nossa força para impedir a maré de nos empurrar de volta. O segundo em que barco entrou em contato com a terra, King saltou para fora primeiro puxando o barco ainda mais para a costa, raspando o fundo de metal do barco sobre a rocha e barro. Bear e eu o seguimos, cada um de nós carregando mochilas com o nosso estoque. Levou apenas uma hora ou mais para localizar o nosso buraco, desenterrá-lo novamente, enterrar o nosso esconderijo e cobrilo de volta. ~ 47 ~
Quando voltamos para o barco, minha lanterna novamente captou os olhos amarelos dos jacarés que cercavam o barco. Um se debateu enquanto pegava um peixe na boca antes de mergulhar de volta sob a água com a refeição entre os dentes. — Ótima noite para nadar, — eu cantei, olhando para King e Bear. — Você está com medo? — disse Bear, enfiando a mochila vazia no barco. — Você é o medroso de nós três, — eu disse. — Aposto que você não iria mergulhar seu dedo do pé na água. Bear levantou uma sobrancelha. — Oh, sim? Eu vou fazer algo melhor, vou correr, até a altura do joelho se você correr comigo. — Uma volta ao redor do barco? — eu perguntei, já arrancando meus sapatos e enrolando minhas calças. Bear fez o mesmo. Nós dois olhamos para King. — Porra, — disse ele, tirando as botas. — A única razão pela qual eu estou fazendo isso é para eu não ouvir merdas sobre isso para o resto da minha maldita vida. — ele parou na beira. — Não diga a Grace uma palavra disto, — ele murmurou. Nós três estávamos na borda e Bear empurrou o barco até a metade da água. — Prontos? — eu perguntei, estalando meu pescoço e relaxando meus ombros. — Primeiro filho da puta a ser comido... bem, morre. — Eu não estou com medo, — disse Bear. — Eu tampouco, — King entrou. — Ok então, — eu disse. — Pronto. Vamos! — eu gritei enquanto nós três salpicávamos pela água como um rebanho de zebra correndo de um leão. Levou apenas alguns segundos para nós rodarmos o barco antes de desmoronar na costa, respirando com dificuldade por causa da adrenalina. — Todos os trinta dedos das mãos e dos pés podem ser contados? — bufou King. — Sim, — Bear e eu dissemos ao mesmo tempo. Eu segurei um dedo no ar, — Mas o dedo mindinho de Bear em seu pé direito é estranhamente menor do que o resto de seus dedos do pé, então a coisa ‘todos os dedos e dedos do pé’ é subjetiva na melhor das hipóteses.
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— Feche a porra da boca, Preppy, — disse Bear, tentando me bater, mas seu punho caiu, batendo no chão. — Isso não foi tão ruim, — eu disse, ainda ofegante. Minha vida nunca seria como a família de aparência perfeita jantando naquela janela, mas não precisava ser, porque naquele momento, com meus amigos ao meu lado, eu decidi que preferia viver o tipo de vida que tinha ao me embrenhar através de águas infestadas de jacarés, sentindo-me muito VIVO. Eu olhei para King e Bear, que reconheceram o olhar no meu rosto e se encolheram. — Querem ir de novo?
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Seis DRE Depois que Preppy saiu com Kevin, liguei para meu pai para tranquilizá-lo de que eu estava bem. Ele soou como se ele estivesse esperando pelo telefonema, então demorou algum tempo para acalmá-lo e convencê-lo de que eu estava segura, o que era difícil quando nem eu estava tão certa. Aparentemente, eu não fiz um grande trabalho em convencê-lo porque ele decidiu ficar na cidade por um tempo. Pelo menos até que ele estivesse seguro de que qualquer ameaça que estava aparecendo lá fora tinha ido embora. Depois que desligamos e eu prometi que nos encontraríamos no dia seguinte ou algo assim, eu percebi que em toda a confusão sobre o que tinha acontecido na noite anterior eu tinha esquecido algumas coisas. Número um, eu não tive a chance de dar a surpresa a Preppy, mas ele tinha visto e me agradeceu com a língua entre minhas pernas. O brilhante Chrysler preto clássico agora estava no canto escuro do espaço de estacionamento sob a casa, coberto com uma lona. Eu também quase esqueci que a casa de Mirna era agora minha. Não minha. Nossa. Esse pensamento me fez sorrir de orelha a orelha. Eu não sei como Preppy e Ray a conseguiram, especialmente sem me contatar por tanto tempo, mas eu estava além de agradecida que tinham. Aquela casa significava tanto para mim e eu mal podia esperar para voltar. Era como o começo de uma nova vida e o renascimento de um velho eu. Uma mudança era a distração perfeita que eu precisava para afastar minha mente dos acontecimentos da noite anterior. Quando a transportadora apareceu na casa, imediatamente senti uma sensação
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de alívio que eu poderia me concentrar em algo diferente de quem poderia estar lá fora para me pegar, embora a dor pungente da ferida na minha perna e outros numerosos arranhões e hematomas, tomou a liberdade de me lembrar de todos os outros movimentos. Além de um pequeno arranhão no lado de seu braço você nunca pensaria que King tinha estado em um acidente na noite anterior, não importa que a caminhonete tenha tombado em seu lado. Quando eu lhe agradeci por ter vindo em meu socorro, ele olhou para mim como se meus agradecimentos fossem ridículos, e então ele e Bear começaram a carregar tudo, desde o apartamento da garagem até um caminhão de aluguel, incluindo o sofá e a cama, que já havia sido desmontada. Pensando nisso, a cama desmontada era provavelmente a razão de eu acordar no quarto de Max naquela manhã. Não tínhamos muitos móveis, e não precisávamos dele. Felizmente a casa de Mirna era aconchegante e não demoraria muito para enchê-la. Todo o mais que possuímos, roupas e tudo, já tinham sido embalados em caixas, então não demorou muito para os meninos colocarem tudo no caminhão. Ray voltou da praia com as crianças e quando Bo saiu saltando do novo SUV de Ray, eu o abracei com força e não soltei até que ele começou a se mexer nos meus braços. — Você está bem? — eu perguntei. O som dele me chamando ainda ecoava em meus pensamentos. Eu me afastei, não querendo transmitir qualquer de minhas preocupações ou medo para ele. Bo assentiu e apontou para um arranhão na minha bochecha. — Estou bem, — eu disse, tocando meus dedos na pequena crosta. — É apenas um arranhão. — eu peguei a mão dele na minha e entramos novamente no carro de Ray juntos. Depois do ritual de nos certificarmos de que todos estavam de volta no carro e seguros em seus assentos, verificando se cada fivela estava no nível do peito e cada trava de segurança estava apertada, nós seguimos para casa de Mirna. Nosso lar. Bear e King já estavam descarregando quando chegamos. Alguns dos caras de Bear estavam lá também, vigiando o perímetro do pátio e no final da entrada.
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— Você se lembra deste lugar? — eu perguntei a Bo, enquanto soltávamos todas as crianças uma a uma e as deixamos livres para correr pelo pátio e pela casa. Bo assentiu com entusiasmo. Eu me agachei ao lado dele e o abracei ao meu lado. — Você quer ir ver o seu quarto? Você pode escolher o primeiro à esquerda, que costumava ser o meu antigo quarto, ou o quarto no final do corredor. — antes de eu terminar a minha sentença, Bo já estava subindo os degraus entrando na casa, passando por King e Bear que estavam carregando o sofá para dentro. Demorou menos de uma hora para descarregar tudo. Bear e King verificaram os motoqueiros que tinham deixado para trás e partiram. Ray ficou mais um pouco para ajudar a colocar os pratos na cozinha, mas não demorou muito para as crianças ficarem inquietas. — Muito obrigada por toda a sua ajuda, — eu disse para Ray enquanto estávamos do lado de fora de sua SUV depois de afivelarmos todas as crianças de novo. Eu tinha deixado Bo em seu quarto, aquele que costumava ser o meu antigo quarto, deitado de costas olhando para o ventilador de teto girando e rodando com um sorriso pateta em seu rosto. — Sem problemas. Thia lamenta não poder vir, mas Trey pegou outro resfriado e ela não queria que as outras crianças o pegassem. — Diga a ela para não se preocupar com isso e quando Trey estiver se sentindo melhor, podemos fazer a noite das meninas. — Agora é disso que estou falando, — disse Ray. — Obrigada novamente, Ray, — eu disse, envolvendo-a em um abraço apertado. — Isso é antes ou depois do beijo? Não importa. De qualquer maneira, estou muito bem com a sua decisão de sair do nosso casamento... mas só se eu puder assistir. — eu não precisava me virar para saber que Preppy estava atrás de mim, mas quando eu fiz, fiquei surpresa ao ver Kevin ainda com ele. Especialmente porque Preppy tinha ligado para dizer que estava indo levar ele na casa dele antes de me encontrar na casa. Ray entrou no SUV e afivelou o cinto de segurança. — Vejo você depois, — ela disse para mim antes de voltar para Preppy. — Só pra registrar, Preppy, você apareceu após o beijo, e você perdeu. Foi muito ~ 52 ~
épico. Com língua e tudo. — Ray estendeu a língua enquanto saia para a rua. Todas as três crianças no banco traseiro a imitaram, estendendo para fora suas línguas também. — Você pode simplesmente mentir para mim e me dizer o que realmente aconteceu? — Preppy perguntou, envolvendo-me em seus braços. Ele olhou para os meus lábios. — Deixa pra lá. Eu gosto da ideia de que esses lábios sejam apenas meus. — ele pressionou seus lábios macios nos meus, então recuou um pouco. — A menos que você realmente fez, em todo caso... Eu ri e dei um rápido beijo no meu homem. — Ei Kevin, — eu chamei sobre o ombro de Preppy. — Ei, Dre, — disse Kevin. Ele estava parado desajeitadamente na varanda da frente, olhando para todos os lados, menos para nós, brincando com as cordas na frente de seus shorts. Saí do aperto de Preppy, não querendo fazer Kevin se sentir desconfortável. Preppy alcançou algo em seu bolso e jogou para Kevin um conjunto de chaves. — Vá pegar sua bolsa da van, — disse ele. Kevin acenou com a cabeça e seguiu para a entrada enquanto nós entrávamos. Nós rapidamente verificamos Bo que estava em seu novo quarto, ainda no chão, jogando um jogo que Preppy insistiu em comprar. Ele nos deu um sorriso e um polegar para cima. Depois que eu fechei a porta, peguei a mão de Preppy na minha e puxei-o para dentro do que era o quarto de Mirna, mas agora seria o nosso quarto. Fechei a porta atrás de nós. — Eu gosto de onde isso está indo, — Preppy disse, puxando-me contra seu duro peito. — Não, — eu disse, saindo de seu aperto e andando para o outro lado da cama. Eu tive que colocar algum espaço entre nós antes de Preppy me tornar estúpida e eu não conseguir formar minhas palavras. — Não? — Preppy perguntou, parecendo um pouco magoado. — Eu só quero dizer não está certo neste momento, — eu corrigi. Sua expressão instantaneamente se iluminou. — Kevin, — eu perguntei. — Você ia levá-lo para casa, agora ele está pegando sua bolsa da van. — Sim, sobre isso, — Preppy disse, coçando o pescoço dele. Esperei que ele continuasse, mas sua única resposta foi um sorriso estranho.
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— Depois de ontem à noite eu poderia estar um pouco confusa, — eu expliquei. — Então, tenha paciência comigo. O que aconteceu? Por que você não levou Kevin para casa? — Eu o levei para casa, esse é o problema do caralho, — disse Preppy com um gemido. Ele se sentou na cama e desamarrou as botas, chutando-as, se deitou de volta no colchão e me olhou de cabeça para baixo. Sentei-me ao lado dele e acariciei seu cabelo. — O lugar onde ele mora é um buraco de merda. E eu não quero dizer, como se tivesse uma lâmpada na varanda ou como a máquina de café expresso e o tapete manchado. Quero dizer, como se eu pudesse cheirar a merda real da rua. Kevin disse que a senhoria que aluga o quarto tem uma tonelada de gatos e não possui caixas de areia. Além disso, o teto sobre seu quarto é inexistente. É coberto com uma lona onde houve dano de fogo que nunca foi concertado. — Merda, — eu disse. — Por que ele fica lá? Não pode encontrar outro lugar? Preppy sacudiu a cabeça. — Eu perguntei isso a ele. Ele disse que não pode pagar mais nada. Faz sentido. O garoto só tem 19 anos. Ser um traficante de maconha com uma educação de nona série não o leva muito longe. — ele suspirou. — Eu sei que eu deveria ter perguntado se eu poderia trazê-lo pra cá, mas acabei fazendo isso no calor do momento. Tudo que eu sabia era que eu não podia deixá-lo ficar naquele lugar, então eu disse para ele arrumar as coisas e eu o trouxe aqui. — Preppy olhou para mim através de seus cílios ridiculamente longos. — Ele não pode voltar para lá. Não vou deixar. Meu coração apertou. — Você está brava? — ele perguntou. Eu me inclinei e pressionei um beijo de cabeça para baixo nos lábios dele. — Não, — eu disse. — Eu não estou brava. Estou muito orgulhosa de você, Samuel Clearwater. — Obrigado. — Preppy se enfiou em meu toque enquanto eu continuava passando os dedos pelos cabelos dele, arranhando levemente o couro cabeludo com as unhas. — Você confia nele? — eu perguntei. Preppy fechou os olhos por um momento. — Não. Não inteiramente, mas eu ainda assim não podia virar as costas para ele.
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Houve uma batida na porta. — Uh, Preppy? — uma voz hesitante perguntou do outro lado. — Você pode entrar, Kevin, — eu gritei. A porta se abriu lentamente. Kevin estava ali, com uma mochila verde esfarrapada do exército pendurada sobre seu ombro. — Há alguém aqui procurando por você. Do lado de fora. Um cara. — Quem? — Preppy perguntou, sentando-se e alcançando suas botas. — Eu não tenho certeza, mas ele é meio que um idiota, — disse Kevin. Fui até a janela e puxei a cortina marfim para o lado. Olhei para fora e vi um homem usando macacão, de pé contra uma grande caminhonete azul sem placa estacionada na rua. O homem estava impacientemente batendo uma prancheta contra sua perna enquanto olhava entre os motoqueiros vigiando o quintal. — Kevin, Dre, vocês ficam aqui, — pediu Preppy. Ele abriu a porta para o quarto de Bo. — Vamos, meu rapaz. É aqui. — Bo se levantou e correu atrás de Preppy, que não parecia estar preocupado. Ele deu um grande passo enquanto se dirigia para a porta da frente. Ele estava animado com o que estava esperando por eles lá fora. — O que está acontecendo? — perguntei. — É uma surpresa, — Preppy gritou de volta. A porta de tela se fechou atrás deles. — Uma surpresa? — eu murmurei, tentando descobrir que tipo de surpresa era entregue em sua casa em uma caminhonete. — Que diabo poderia ser? — Eu não tenho nenhuma pista, — Kevin disse, vindo para ficar ao meu lado na janela da frente. — Mas o que quer que seja, está fazendo um barulho do caralho na traseira daquela caminhonete. — Barulho? — eu perguntei, arranhando meu nariz. — Que tipo de barulho? Kevin encolheu os ombros e se virou para a cozinha. — Do tipo gritando.
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— Você conseguiu um cachorro para ele? — eu perguntei, espiando a coleira e a cama do cachorro no corredor quando Preppy finalmente disse que era seguro sair do nosso quarto porque ele insistiu que eu me escondesse enquanto ele e Bo aprontavam a ‘a surpresa’. —Certo... — Preppy disse. Só então um grito alto rasgou a sala seguido por riso. Um borrão de branco e preto rasgou na sala de estar e para fora para o quintal através de uma nova porta de cachorro que tinha sido instalada na porta de vidro deslizante. Bo o seguiu, rastejando pela porta atrás dele. — Isso não foi um cachorro, — eu disse, caminhando até a janela da cozinha. — Depende. Qual é a sua definição de cachorro? — perguntou Preppy. Eu levantei minhas mãos para o meu peito com meus dedos enrolados sobre minhas palmas para imitar patas. — Wuff. Wuff. — Então não. Não, eu não trouxe um cachorro para ele. Não no sentido do DNA, — disse Preppy. Ele parou atrás de mim e passou os braços em volta da minha cintura. Ele dobrou seu pescoço e pressionou seu nariz em meu cabelo e respirou profundamente, inalando meu cheiro. Eu relaxei nele. — Você cheira tão bem, — ele gemeu. — É isso que eu acho que é? — eu perguntei, ainda não acreditando no que eu estava vendo. Bo correndo atrás de um porco gigante no quintal. — Isso não é qualquer porco gigante, não é? — eu perguntei, sentindo minhas esperanças começarem a subir. Preppy sacudiu a cabeça e sorriu em meu cabelo. — Não. Não é. — Oscar? — eu perguntei, girando em torno dos braços de Preppy. — Como isso é possível? Preppy deu de ombros. — Sra. Saddleston, a senhora para quem ele foi doado depois de Mirna, morreu há algumas semanas. A agência de Alzheimer achou que Oscar estava muito triste para ser colocado com outro paciente de Alzheimer, aparentemente ele não lida bem com a morte. Enfim, era hora de ele se aposentar e eles disseram que ele poderia voltar e morar conosco se quiséssemos. Então...
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— Então você trouxe Oscar de volta! — eu gritei, envolvendo meus braços ao redor de seu pescoço e de pé na ponta dos pés para colocar um beijo suave no canto de seus lábios. — Você conseguiu. Você conseguiu ele de volta! — eu disse, não tendo certeza se eu estava mesmo fazendo sentido, eu estava tão animada. — Sim, senhora. Eu consegui, — disse Preppy com orgulho. — Obrigada, — eu suspirei, voltando para a cena no quintal. Aquele em que meu filho estava brincando com seu novo, meu velho, porco. — Afinal de contas, todo garoto precisa do melhor amigo de um homem, — disse Preppy, passando as mãos pela delicada pele da minha garganta e pela clavícula. — Eu tenho certeza que eles queriam dizer cão quando eles vieram com essa frase, — eu respondi. Meus mamilos endureceram. — Na verdade, tenho certeza de que a buceta é a melhor amiga de um homem. Mas teremos que concordar em discordar, — disse Preppy, baixando as mãos para o cós da minha saia, mergulhando seus dedos em um instante antes de puxá-los para fora. — Mas só para ter certeza, — ele disse, chegando até a bainha da minha saia e puxando-a para que ele tivesse acesso à minha calcinha. Ele empurrou o tecido de lado e provocou minhas dobras molhadas com o polegar. — Preciso investigar bem. Ele inseriu um dedo longo e glorioso dentro de mim e apenas quando ele atingiu o ponto que me fez estremecer, ele o tirou e Preppy estava endireitando minha saia e me manobrando para que eu estivesse em pé na frente dele. Presumivelmente para esconder a ereção maciça me empurrando na bunda porque Bo e Oscar vieram correndo pela porta. Bo apontou para o porco e pulou para cima e para baixo, seu rosto vermelho de excitação. Oscar empurrou Bo, acariciando-o no braço até que Bo caiu de bunda. O sorriso nunca deixou seu rosto. — Você sabe. Isso não é apenas um porco, Bo, — eu disse, inclinando-me para Oscar que estava realmente abanando sua cauda encaracolada quando ele me viu. — Olá, garoto. — Não. Ele é um super porco, — acrescentou Preppy. — Sim, ele é um super porco, — eu concordei. Passamos as próximas duas horas brincando com Oscar, que ainda estava tão ativo como sempre em sua velhice e parecia mais feliz ~ 57 ~
do que um... bem, mais feliz do que um porco na lama, estar em casa novamente, embora eu o tenha encontrado persistente no Porta do quarto de Mirna. Ele pareceu triste quando eu o cocei na cabeça e disse que ela não voltaria. Mas quando Bo saltou pelo corredor, Oscar gritou e felizmente o seguiu de volta para o quintal. Quando me virei para porta, Preppy estava olhando para mim com uma expressão ilegível em seu rosto. — Foi uma grande surpresa. Muito obrigada, — eu disse enquanto me encurralava no corredor, pressionando minhas costas contra a porta do banheiro. Ele apertou um beijo na ponta do meu nariz e deixou cair sua testa para a minha. — Ainda não viu nada, Doc.
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Sete DRE Nas próximas semanas, nossa pequena família se estabeleceu em uma rotina confortável. Os motoqueiros continuaram a fazerem a ronda em volta da casa para vigiar as coisas, mas eles tinham sido reduzidos de mais de seis deles para apenas dois. Nós não tínhamos descoberto quem ou por que eu fui alvo naquela noite, mas Preppy me disse que estava investigando e eu confiava em sua palavra. Eu não pedi por detalhes, onde, como e por que, porque eu sabia que ele iria me dizer, e às vezes a felicidade está em não saber das coisas, simples assim. Felicidade. Kevin e Preppy passavam mais tempo juntos. Preppy começou a levá-lo para a casa das avós para ensiná-lo a montar o quarto de cultivo e dobrar as vovozinhas. Nós matriculamos Bo em uma escola privada especial, e embora ainda fosse verão ele estava frequentando o programa de verão da escola em tempo parcial para que eles pudessem avaliar suas necessidades. Não havia registros de que ele alguma vez frequentou a escola e ele não tinha dito mais uma palavra desde que ele gritou para mim naquela noite. Não sabíamos exatamente o que ele havia sofrido nas mãos de sua mãe e de seu padrasto, de modo que Preppy, atraído por seus próprios traumas de infância, achou melhor que Bo fosse avaliado por um profissional para se certificar de que não sofresse mais emocionalmente do que ele já havia sofrido, então ele estava se consultando com um psicólogo especialista em abuso de crianças duas vezes por semana. Se tudo corresse bem, o que até agora parecia estar, Bo estaria oficialmente frequentando o jardim de infância no outono. Preppy também contratou um professor particular para ajudar Bo a aprender a
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se comunicar melhor através da linguagem de sinais. O professor passaria uma hora com Bo sozinho, então logo depois Preppy e eu nos juntávamos à sessão e todos nós aprenderíamos juntos. Kevin finalmente se juntou a nós e nós quatro tivemos uma compreensão muito boa sobre o básico. Eu passei a maior parte do meu tempo quando Bo estava na escola fazendo nossa casa parecer acolhedora, organizando os móveis que eu tinha encontrado na garagem, fazendo a reparação de canos quebrados e fiação. Não era um espaço grande, então eu pintei as paredes de marfim. A mobília era toda branca e eu tinha lixado a mesa da sala de jantar para dar a ela um aspecto desgastado. O mais importante é que eu tivesse certeza de que o quarto de Bo fosse tudo o que um garotinho poderia querer. Quando Preppy perguntou a Bo sobre o tema que ele queria para seu quarto, ele escolheu cowboys e índios. Não era a escolha mais politicamente correta, mas não estávamos prestes a explicar isso a uma criança de seis anos. Eu pintei as paredes de seu quarto e os móveis de um cinza pálido. Eu comprei um pedaço de lona branca e encontrei alguns bastões que serviriam como base e os lixei. Pintei em listras zig-zag das cores cinza e laranja sobre a lona e a anexei sobre os bastões lisos, fazendo para Bo sua própria cabana. Com um ramo eu pintei o teto com tinta preta que contrastava com luzes cintilantes brancas. Eu terminei o design com algumas almofadas coloridas que eu tinha costurado com patchs. Uma com botas de vaqueiro vermelhas, a outra com chapéu de vaqueiro amarelo e outra com bandana correspondente à cabana. O resultado final foi um quarto de criança contemporâneo divertido e funcional. Eu tinha acabado de instalar uma escrivaninha e cadeira no canto do seu quarto para ele poder jogar jogos ou fazer seus trabalhos escolares quando ouvi um barulho que soou como pés arrastados na varanda. Entrei na sala de estar e ouvi o ruído novamente, desta vez bem ao lado de fora da porta, mas ninguém bateu ou tocou a campainha. Provavelmente era Rev ou Wolf. Ajeitei-me, agarrei a maçaneta e abri a porta. Eu gritei de surpresa ao encontrar Preppy parado lá com um olhar atordoado em seu rosto, seu punho fechado no ar quando ele
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estava prestes a bater. — Eu esqueci minhas chaves, — ele disse sem rodeios. — Oh meu Deus, o que há de errado? — eu perguntei, o medo correndo através de mim. — Eu pensei que você tivesse ido encontrar King. — foi quando eu percebi que Preppy não parecia atordoado. Ele parecia horrorizado. — Eu acho que eles estão tentando me matar, — ele sussurrou. — Quem está tentando matar você? — eu perguntei, afastandome para deixá-lo entrar para que pudesse evitar qualquer ameaça que poderia estar atrás dele. Mas então, dois borrões de cabeças louras choramingando se comprimiram passando por nós para dentro da casa, meus joelhos dobraram quando eles trombaram com minhas pernas no caminho. Preppy grunhiu quando o menino o acotovelou para se livrar dele. — Eles, — Preppy rosnou, segurando a virilha. Ele apontou para as duas crianças que agora estavam perseguindo um ao outro em torno da ilha na cozinha. — Eles. São eles que estão tentando me matar. — Max e Sammy? São crianças! — eu bato no braço dele. — Você quase me deu um fodido ataque cardíaco. Preppy se endireitou e me seguiu. Ficou de pé atrás do sofá e continuou a olhar para os dois filhos mais velhos de King e Doe enquanto corriam pelo corredor. Imediatamente houve um som como se eles tivessem batido contra a parede, seguido por risos e mais correria. — Onde está Bo? — Preppy perguntou. — Tirando uma soneca em nosso quarto, mas algo me diz que com os dois correndo em torno da casa ele não estará cochilando por muito mais tempo, — eu disse. — Eu não sei de onde eles conseguem toda essa energia de merda. Bo não é assim. Ele tem energia, mas eu nunca tenho a sensação de que ele está tentando me matar de exaustão. Estes dois não abrandam. Eles nem sequer respiraram. Além disso, eles continuam me dizendo que estão com fome, mas eles não comem nada que eu lhes dê, eu tentei de tudo, — disse Preppy, apoiando os cotovelos no balcão e olhando para mim através de seus cílios que eram ridiculamente muito longos para um homem.
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— Tio Preppy, queremos macarrão com queijo! — Max disse. — E eu acho que Sammy quebrou sua lâmpada. — Não, queremos hambúrgueres. Tia Dre, podemos comer hambúrgueres? — Sammy interveio. — E Maxy quebrou sua lâmpada, não eu. Eu estava sendo bonzinho. — Não, Sammy, eu quero macarrão com queijo, — Max argumentou com seu irmão, acotovelando ele nas costelas. Preppy se inclinou para mim enquanto as crianças continuavam a discutir. — É possível que as crianças sejam bipolares? — ele perguntou enquanto os dois começaram a rir e a perseguir-se mutuamente em torno da casa. — Sério, — Preppy disse, tirando-me dos meus pensamentos. — Eu acho que eles precisam ser analisados. Ou lítio. Temos lítio? — ele abriu e fechou cada um dos armários da cozinha. Eu revirei os olhos. — Não, — eu ri. — Estou com medo. Preppy deixou os ombros caírem em derrota. Eu ri. — Eles não precisam de lítio, Preppy, eles só precisam gastar alguma energia. — eu coloquei dois dedos na minha boca como meu pai me ensinou a fazer e assobiei alto e longo. As crianças congelaram. — Vocês se beijam e abraçam como mamãe e papai? — Sammy perguntou de repente. — Porque é tãããão nojento e eles fazem isso tooodo tempo. — a pronuncia de nojento soou mais como crescimento5 do que com a própria palavra com seus dois dentes da frente faltando. — Uhhhhh... — eu gaguejei. Senti os olhos de Preppy em mim. Eu senti minha pele ruborizar. Eu estava prestes a mudar de assunto, mas Max me cortou. — Você é muito bonita, tia Dre, — disse ela, virando a cintura de um lado para o outro com as mãos atrás das costas. — Como a minha mãe. — E você também, — eu disse, curvando-me para puxar um de seus cachos elásticos. Ela riu e meu coração apertou em meu peito. Eu limpei minha garganta. — Então, que tal eu preparar o lanche de vocês enquanto vocês dois vão brincar lá fora? — eu disse, abrindo a porta de Aqui não dá pra traduzir. Não faz sentindo em português porque inglês a palavra nojento é gross e ele falou algo como growth (crescimento) por causa dos dentes faltando. 5
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vidro deslizante. — Não deixem o quintal, — eu gritei, mas eu já estava falando para suas costas, porque antes de eu terminar de falar eles já se lançavam para o quintal, correndo, rindo e gritando. Eu mantive a parte de vidro da porta aberta, mas fechei a parte de tela. — Eles são crianças tão doces, — eu disse, voltando para Preppy, que estava olhando para mim com confusão escrita em todo o rosto. — Eles são o maldito diabo, — disse Preppy. — Eles são apenas crianças. Você não se lembra de como você era quando criança? — eu abri um armário e puxei um pacote azul de macarrão com queijo e comecei a ferver um pouco de água. — Eu acho que eu nunca fui criança, não assim, — ele disse, olhando pela janela enquanto Sammy e Max corriam pelo quintal. — Eu acho que fui direto de bebê para me tornar um adulto incrível, sem parar no meio da zona do terror. Empurrei meu dedo indicador contra seu peito. — Além do mais... você nunca realmente cresceu, — eu brinquei. — Oh, você faz piadas agora? — ele perguntou, puxando a bainha da minha camisa. — Algumas vezes. — eu estava prestes a voltar para o fogão quando meus olhos pousaram na cicatriz grossa cortando sua pele, cortando várias de suas tatuagens coloridas ao meio com uma linha branca irregular que costumava ser carmesim. Preppy ergueu o braço para olhar para o que me chamara a atenção e senti o embaraço subindo pelas minhas bochechas. — Eu não queria olhar, é só que está tudo curado agora. — Você pode olhar tudo o que quiser, Doc, — disse Preppy, me puxando contra seu peito. — Você pode tocar tudo o que quiser também. Um som estridente chamou nossa atenção. A panela no fogão estava fervendo. Espuma derramando sobre o topo, pousando no queimador com um chiado irritado. — Porra, — eu disse, agarrando a panela com duas luvas de forno. Eu estava prestes a despejar a água do macarrão cozido quando Preppy me parou. — Espere, — disse Preppy. Voltei a girar o botão para a esquerda, baixando o queimador do fogão. — Temos azeite?
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Eu abri um armário e encontrei o que ele precisava, formigamento percorreu meu braço quando nossos dedos se escovaram quando ele pegou a garrafa de azeite de mim, mas era difícil negar que eu senti qualquer coisa quando meus mamilos estavam apontando em minha camiseta. Se ele olhasse para lá não havia nenhuma maneira que ele não seria capaz de ver o efeito dele em mim. Preppy derramou um pouco do azeite na panela com macarrão e mexeu. Instantaneamente a espuma ascendente baixou. — Tudo sobre controle, — ele disse orgulhosamente. Limpei minha garganta e molhei meus lábios secos. — Você vai me dizer por que você está com os filhos de King e Ray? — eu perguntei curiosamente, tirando um pacote de carne moída da geladeira. Preppy tirou o pacote de mim, já tinha lavado as mãos e estava pressionando os hambúrgueres antes que eu pudesse protestar. Ele encolheu os ombros. — Ele me pediu. Eu estava com King em seu estúdio e estávamos discutindo sobre os negócios. Depois de alguns minutos Doe, quero dizer Ray, ligou para King e então ele estava me pedindo para ficar com as crianças por um tempo porque ele tinha que ir encontrá-la. — Espero que tudo esteja bem, — eu disse. — Ele não me disse o que estava acontecendo, mas ele não tinha essa urgência de vida ou morte na cara dele, — e confie em mim, eu estou bastante familiarizado com esse olhar, — disse Preppy. — Tenho certeza que se eles estão me pedindo para ficar com seus filhos, isso deve ser um sinal do apocalipse zumbi. — Deve ser, — eu ri, amando os lugares interessantes que sua mente ia. — Sério, o apocalipse zumbi é o único motivo sério pelo qual eu poderia pensar por que eles iriam querer que eu cuidasse de seus pequenos troféus sexuais quando eles têm muitas outras pessoas para pedir para fazer isso. — Primeiro de tudo, eles viram o quão bom você está sendo com Bo, então isso é besteira. Em segundo lugar, troféus sexuais? — perguntei. — Sim, você sabe, porque eles são um produto do... — Uh, eu entendi. Eu sei como isso funciona, Preppy.
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— Oh, você sabe? — ele perguntou, arqueando uma sobrancelha. — Merda, — eu disse, quando uma realização chutou dentro de mim. — O grill não funcionava. Era antigo, então eu o coloquei no meiofio com o lixo na semana passada. Devemos fazer os hambúrgueres em uma panela ou assá-los no forno? — Blasfêmia! — Preppy gritou, ofegando e olhando ao redor como se ele tivesse certeza de que ninguém mais tivesse me ouvindo. Ele baixou a voz para um sussurro. — Você sabe que está no sul, certo? — Uh, sim, mas o que isso significa? Isso não nos dá automaticamente um grill. — eu pulei para sentar no balcão, minhas pernas penduradas contra o armário enquanto eu assistia Preppy se movimentar em torno da cozinha com facilidade. — Isso significa que nós, meninos do sul, podemos fazer uma churrasqueira com qualquer coisa, — disse Preppy, colocando o último hambúrguer na assadeira. — Eu sou como um MacGyver do campo. — Oh sim? Prove, — eu disse, o provocando. — O que você quer apostar? — Preppy caminhou pela cozinha, chegando tão perto quanto ele podia de mim com apenas a bandeja de hambúrgueres entre nós. Meu corpo estremeceu e zuniu como uma luz sendo ligada pela primeira vez em muito tempo. — O que você sugere? — eu perguntei, sugestivamente. Bo apareceu na cozinha, esfregando os olhos com as costas da mão e bocejando. — Bo, meu garoto! Na hora certa. Você deve vir comigo para que possamos fazer coisas de homem! — Preppy disse com a voz mais profunda possível. Ele bateu os punhos cerrados no peito. Bo sorriu e ficou instantaneamente acordado enquanto seguia Preppy para fora no quintal. — Homem do macarrão com queijo, mulher! Aí vamos nós, — disse ele, fechando a porta de vidro deslizante. Tão louco e tolo quanto esse homem poderia ser, eu não o queria de qualquer outra maneira. Demorou um louco tempo para eu e Samuel Clearwater ficarmos juntos e ele era o meu tipo de louco favorito. Eu terminei o macarrão com queijo e o coloquei no forno para aquecer enquanto Preppy levava as três crianças através do portão. Eles ficaram fora por cerca de vinte minutos e quando eles voltaram eles vieram trazendo um pote de barro e um carrinho de compras velho.
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— Por que as pessoas sempre despejam seu lixo ao lado da estrada? — eu perguntei quando Preppy colocou o carrinho perto do pote de barro. — Que lixo? — Preppy perguntou, dando um passo para trás. — Esta se tornará uma máquina da arte culinária, certo crianças? — as três crianças acenaram com a cabeça com entusiasmo quando elas observavam Preppy transformar sucata em uma churrasqueira. Meia hora mais tarde, nós quatro nós sentamos nos degraus do quintal, comendo macarrão e queijo, e hambúrgueres cozidos em um carrinho de compras vendo o pôr do sol. As crianças terminaram a comida e começaram um gritante jogo de pega-pega no qual. Oscar decidiu que ele queria fazer parte, correndo entre as crianças e praticamente pulando enquanto corriam de um lado do quintal para o outro. Preppy se aproximou do meu lado para que nossas coxas estivessem se tocando. Ele pegou minha mão na dele e o calor de sua palma subiu para meu braço indo diretamente para meu coração. — Você sabe, — ele disse, acariciando minha mão com seu polegar. — Você fez um trabalho realmente muito bom com o lugar. — Preppy apontou através das portas deslizantes para a sala de estar da casa. — Eu sei que você estava falando sobre como conseguir um emprego como conselheira, mas pessoalmente eu acho que isso é o que você deveria estar fazendo. Construindo coisas. Projetando coisas. Fazendo a merda velha parecer nova outra vez. Você é incrível nisso. — Eu estive pensando sobre isso, — eu admiti, corando em seu elogio. — Mas não é tão nobre como ser um conselheiro antidrogas, mas eu adoro isso. — eu mordi meu lábio inferior. — Nobre não é realmente uma coisa de onde eu venho, — Preppy riu. — Você não tem que ter uma profissão nobre, Dre. Você apenas tem que ser feliz. Merda, você não tem que ter uma profissão. Mas você é realmente boa nisso. E você deve fazer mais do que móveis. Porra, faça uma casa inteira. Você pode projetar o interior, mobília e tudo. Tenho certeza de que as pessoas iriam se encaixar muito rápido e não há casas na cidade que não precisam de um retoque depois que o mercado imobiliário enfraqueceu. — Essa é uma ótima ideia na teoria, Preppy. Mas as casas são muito mais caras do que os móveis, — apontou. — E você já conseguiu comprar esta sem que eu soubesse.
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Preppy inclinou meu queixo para cima, assim nossos olhos se encontraram. — Deixa isso comigo, ok? Deixe-me cuidar de você, — disse ele com sinceridade em seus brilhantes olhos âmbar. Eu sorri como uma estudante. Meu estômago revirou. — Ok, — eu sussurrei, porque não havia discussão com Preppy. Nunca houve. Mesmo que seu lado argumentativo o levasse para o ridículo, ele ainda ganharia. Cada. Momento. Mesmo com uma possível ameaça pairando sobre nossas cabeças, eu ainda estava pensando quão sortuda eu era até que o portão ao lado do quintal foi escancarado. Preppy e eu ficamos de pé e paramos no caminho de onde as crianças estavam sentadas em um círculo brincando com joaninhas na grama. Os três estavam completamente alheios ao homem ensanguentado que estava sendo carregado nos ombros de dois dos motoqueiros de Bear. Um único olho inchado e fechado, sua bochecha com um corte, seu cabelo revestido em um vermelho pegajoso. Suas roupas esfarrapadas e manchadas. Os motoqueiros o colocaram de joelhos na grama. Preppy foi o primeiro a reconhecê-lo. Ele deu um passo à frente. — Kevin?
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Oito PREPPY — O que diabos aconteceu? — eu perguntei, olhando para Wolf e Rev. — Vocês dois? Wolf ergueu as mãos defensivamente. — Não nós, irmão. O garoto veio cambaleando sangrando até o caminho e desmaiou. Alguém o pegou, mas não fomos nós. — Eu estou beeem, — Kevin gemeu, caindo na grama quase como se estivesse lutando com a necessidade de se deitar. — Sim, você parece muito bem, — eu disse, revirando os olhos. Teimoso filho da puta. Atrás de mim eu ouvi Dre enviando as crianças para dentro da casa. — Você quer que o carreguemos? — perguntou Rev, descansando as mãos nas passadeiras de seu cinto. — Estamos bem, — eu disse. — Obrigado. — os motoqueiros deixaram o quintal para voltar para seus postos na frente da casa. — Alguma coisa quebrada? — eu perguntei, agachado ao lado de Kevin. — Apenas meu espírito, meu orgulho, — ele gemeu. Agarrei-o pelos cotovelos e o puxei para uma posição sentada. Ele estremeceu e sibilou entre os dentes. — E talvez a minha clavícula. — Bem, há boas e más notícias, — comecei. — A má notícia é que não há merda nenhuma que você possa fazer sobre uma clavícula
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quebrada. Eu sei, porque eu quebrei a minha duas vezes. — eu fiz uma pausa. — Quer ouvir as boas notícias? — Claaaaro, — Kevin cantou, olhando para mim através de seu único olho que não estava inchado e fechado. — A boa notícia é que você PODE fazer algo sobre seu espírito e orgulho ferido. Acendi dois cigarros e passei um para Kevin. — Oh, sim? E como exatamente eu faço isso? Eu me inclinei para perto. — Você pode começar me dizendo quem diabos fez isso com você. O rosto de Kevin ficou vermelho de vergonha quando ele me contou a história de como ele havia sido roubado por três idiotas sobre o viaduto com quem ele se encontrara pensando que queriam comprar maconha. Os caras estavam tendo um ‘fim de semana de garotos’. Aparentemente, este ‘fim de semana de garotos’ incluía roubar o esconderijo do meu irmãozinho, sua moto, e depois bater nele por diversão. Kevin ficaria dolorido pra cacete nos próximos dias, mas ele sobreviveria. Pena que eu não poderia dizer o mesmo dos idiotas. — Você pode andar? — eu perguntei. — Sim, — Kevin gemeu enquanto eu o ajudava a ficar de pé. — Eu acho que sim. — Ótimo, então vamos, — eu disse. — Onde estamos indo? — É hora de outra lição, — eu disse. — Exceto que desta vez você será o único a ensiná-la. — Que tipo de lição? — A mais importante. — eu já estava desabotoando os punhos das minhas mangas, enrolando-as acima dos meus cotovelos. Eu puxei minha arma de minha calça e empurrei para as mãos de um Kevin surpreso. Eu bati no ombro dele. — Não foda com Samuel Clearwater.
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Nós estávamos na praia observando os três filhos da puta que roubaram Kevin através de uma abertura na grama alta. Estava escuro, quase meia-noite, mas as luzes do hotel nas proximidades davam luz suficiente para ver corretamente nossos alvos que estavam reunidos ao redor de uma pequena fogueira, bebendo cerveja e rindo entre si. Eles não ririam por muito tempo. — O que você vai fazer? — Kevin perguntou. — Você verá. Só fique atrás de mim por enquanto. — eu tirei meus sapatos e os levei em minhas mãos, passeando por eles como se eu fosse qualquer outro cidadão dando um passeio para sentir a areia fria entre os dedos dos pés. Eu não vou mentir, isso me fez sentir espetacular. Eu tinha passado sobre eles quando eu girei minha cabeça para trás. Os três olharam enquanto eu me aproximava. — Ei, como você está, cara? — eu perguntei com entusiasmo. — Tem sido um longo fodido tempo. Na minha cabeça eu tinha dado nomes a eles. Cretino #1, #2 e #3. O cretino #1, que estava de pé, com a perna apoiada em um tronco como o capitão Morgan, olhou para mim e apertou os olhos. — Um. Sim, tem sido, cara, — ele disse, confusão cruzou por todo o seu rosto quando ele tentou me reconhecer. — Venha aqui, dê um abraço no seu velho amigo, — eu disse pegando sua mão e puxando-o para um abraço de irmão. Exceto que quando ele fez um movimento para dar um passo atrás eu peguei minha arma e antes que ele soubesse o que estava acontecendo, eu o puxei e dei uma coronhada na lateral de seu rosto, fazendo com que ele caísse duro. Eu cobri minha boca com minha mão. — Opa, eu acho que nós não nos conhecemos afinal. — Que diabos? — o cretino #2 disse, levantando-se de sua cadeira.
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— Continue sentado, porra, — eu ordenei, apontando minha arma para ele. — Kevin, venha aqui, — eu gritei. Kevin saiu das sombras. O cretino #2 xingou. — Porra. — Vocês já conheceram meu irmão, Kevin, certo? — eu perguntei, apontando minha arma para o cara tremendo. — Vocês devem ser de fora da cidade, — eu disse. O cretino #3 sacudiu a cabeça. — Não, somos de Coral Pines. — Então vocês deveriam saber melhor do que mexer comigo e mexer com meu irmão, — eu disse. — Quem... quem é você? — o cretino #3 perguntou. — Oh, merda, foi mal. Eu não me apresentei ainda. — eu limpei minha garganta. — Vamos começar de novo. Meu nome é Samuel Clearwater. — Oh merda! — o cretino #2 gritou. Ele tentou fugir, mas antes que ele pudesse saltar sobre o tronco em que estava sentado, eu disparei, acertando um tiro na parte de trás de sua coxa. Ele desmoronou na areia e apertou sua mão sobre a ferida, lamentando como se eu tivesse acabado de matar sua mãe. Eu revirei os olhos. — Feche a porra da boca. Eu já fui baleado, — eu parei para contar com meus dedos. — pelo menos três vezes e não é tão ruim assim. Não seja um maricas. Aceite seu castigo como um homem. Eu me virei para o cretino #3 — Diga a ele que ser baleado não é tão ruim assim. — Eu nunca fui... — ele começou. Eu disparei, acertando-o no pé. — Kevin, pegue suas coisas de volta, — eu disse. Kevin abriu o refrigerador e puxou um saco de ervas e uma pilha de dinheiro. — Pronto. — Agora, quando este acordar, vocês dois terão de lhe dizer exatamente como é, — eu chutei o cretino #1, rolando-o sobre as costas com o pé. — Ah, porra, eu certei seu braço. Ele descobrirá quando acordar. Eu me virei para Kevin. — Merda, eu não posso acreditar que eu roubei toda a diversão para mim em sua primeira vingança armada.
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Traga sua bunda até aqui, cabeça oca. — Kevin andou até mim e eu passei a ele minha arma. — Você já atirou antes? Kevin sacudiu a cabeça. — Cretino #2, fique de pé, — eu pedi. Quando ele não se levantou eu fui até ele e o levantei, apoiando-o de volta em sua cadeira quando ele continuou a cuidar de seu ferimento realmente ruim. — Eu me pergunto se seus pais sabem que seu filho tem uma fodida vagina, — eu murmurei, voltando para Kevin. — Ok, agora você pode apontar para a canela dele. — eu fiquei atrás de Kevin e ajustei a mão dele na arma. Eu levantei seu braço para que ele fosse adequadamente apontado para o alvo. — Fique exatamente onde está, — avisei o cretino. — Se você se mover uma polegada ele pode facilmente acertar você no peito ou na cabeça. Essa polegada poderia significar a diferença entre ái, ele está apenas ferido, e um oops, ele está morto. Ele choramingou como um cachorro machucado. — Quem diabos está criando crianças hoje em dia? Todo mundo está assustado? Você deveria estar envergonhado. Eu vou escrever uma carta fortemente redigida ao nosso congressista sobre o problema da vagina maciça que nossa juventude está enfrentando. — E se eu não o acertar? Dei de ombros. — Então ele estará morto. Então os outros dois têm que ir para o mesmo caminho porque você sabe, nenhuma testemunha pode ser deixada para trás e tudo mais. — Não, por favor. Eu sinto muito. Espere! — o cretino gritou, mas era tarde demais para implorar. Kevin puxou o gatilho.
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— Eu não posso acreditar que você caiu para trás na areia! — eu sussurrei, não querendo acordar Dre ou Bo enquanto desenrolava a mangueira do suporte no lado da casa.
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O tiro de Kevin havia acertado a areia cerca de quatro segundos antes dele cair. Nós tínhamos deixado os três cretinos vivos, mas não antes de avisá-los que da próxima vez não seria assim. — Eu lhe disse que eu nunca atirei com uma arma antes, — Kevin murmurou. — Tudo bem, acho que na primeira vez que atirei, fiz a mesma coisa, a não ser que não caí em uma espessa camada de areia, — eu disse. — Sério? — Kevin perguntou, soando esperançoso. — Não. Na verdade não. Eu fui bastante incrível desde o primeiro segundo que toquei em uma arma, mas tudo bem, nós não somos todos naturalmente iguais. — eu torci a boca. — Ok, agora tira a roupa. — Uh, Preppy? Por que eu tenho que me lavar do lado de fora? — Kevin perguntou, tirando as botas. — Porque Dre passou todo o fim de semana arrumando o rejunte do azulejo naquele banheiro. E de nenhuma maneira que eu vou deixar a argamassa branca suja com seu sangue, então tire a roupa, — eu disse. — Obrigado por hoje, Prep. Quero dizer. Eu... nunca tive alguém que fizesse isso por mim antes. Foi legal, cara. — Eu vou cobrar mais tarde, — eu brinquei quando Kevin tirou o resto de suas roupas. Eu abri a torneira e os tubos rugiram à vida quando água encheu a mangueira. — Ok, vamos lá, — eu disse, virando-me para Kevin. Eu estava prestes a pulverizá-lo quando eu parei com o meu dedo em um tipo totalmente diferente de gatilho do que antes. — Puta merda, — eu murmurei, olhando para Kevin e seu corpo agora nu. — Cara, o quê? — Kevin perguntou, olhando para baixo para ver onde eu estava olhando. — Que porra você está olhando? Kevin tinha ocasionalmente feito algo que me lembrou de mim mesmo, mas ao lado de um teste de DNA, eu ainda não tinha nenhuma prova válida de que ele era meu irmão. Nada que nos conectasse como família. Até agora. ~ 73 ~
— Cara, você está me assustando, — disse Kevin, pegando seus calções. Antes que ele pudesse puxá-los de volta, deixei cair a mangueira e me virei para ele, envolvendo-o em um abraço de urso. — Você realmente é meu irmão. — Huh? — Kevin perguntou, parado como uma estátua. — Shhhh... apenas me deixe te amar. — O que exatamente está acontecendo aqui? — perguntou Dre da varanda, acendendo a luz. Eu ainda não o deixei ir. — Ele é meu irmão. Tenho certeza disso agora, — eu a informei. — Eu não tenho ideia do que está acontecendo, — Kevin disse, movendo-se de meu aperto. — Oh, sim? — Dre perguntou, diversão brilhou em seu tom sonolento. Ela bocejou e apertou o cinto do roupão sexy que ela usava que mostrava aquelas pernas incríveis dela. — Como você tem tanta certeza? Eu dei um passo para trás e apontei para o pau enorme de Kevin. — Por causa disso! O doce riso de Dre encheu o ar. Peguei a mangueira novamente e comecei a lavar Kevin. — Merda, está frio! — ele gritou, dançando na grama. — E você vai me informar sobre o que exatamente ela está rindo? — Isso, — eu o informei, lavando sua virilha com água. — Porque eu encontrei mais provas de que somos irmãos do que o fato de que pensamos que ambos fomos apenas concebidos pela mesma buceta. — eu sorri de orelha a orelha. — Ok? E o que é isso? — Kevin perguntou. Eu desliguei a mangueira e Dre jogou a ele uma toalha. Abaixei os olhos para o enorme pedaço de carne de homem entre as pernas de Kevin. — Da cintura para baixo nós não somos apenas irmãos, nós somos malditamente gêmeos. — Uh, que porra, Preppy? — Kevin perguntou, colocando seus shorts de volta.
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— Rápido, — eu disse. — Me conte algo. Como você gosta de suas panquecas? Kevin estremeceu. — Honestamente, eu sou mais o tipo waffle. Dre ofegou. Fechei os olhos com força, apertando os punhos ao meu lado. Eu estralei meu pescoço e lentamente me virei para encará-lo. Eu abri meus olhos. — Que porra você disse, garoto? É melhor você começar a correr. — Espere, o quê? — Kevin perguntou, dando um passo para trás e tropeçando sobre a mangueira. Ele se levantou e correu para o portão. Eu o segui enquanto Dre olhava e ria. — Esqueça tudo que eu disse! Você não é meu irmão! — eu gritei, jogando-o no chão e sentando em seu peito. — Que porra, Preppy? — Kevin disse, se contorcendo sob mim. — Você e eu precisamos ter uma conversa séria. — eu me inclinei até que meu nariz estava quase tocando o dele. — Sobre a abominação que são os waffles.
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Nove PREPPY Eu sei que Dre estava provavelmente confusa com a nota que deixei. Tudo o que tinha escrito era para me encontrar na torre d’água e ela provavelmente estava se perguntando por que diabos eu pedi a ela para me encontrar aqui, mas eu não tinha dúvida de que ela viria. Eu sorri quando ouvi o chacoalhar da escada, logo depois que uma mão delicada apareceu e então Dre apareceu e levei um segundo para registrar o sexo ambulante que era minha esposa. Eu tinha ficado abobalhado. Durante os primeiros segundos tudo que eu podia fazer era olhá-la fixamente. Eu nem percebi que minha boca estava aberta até Dre caminhar até mim e gentilmente tocar minha mandíbula, fechando-a para mim. A primeira coisa que chamou minha atenção foram os lábios dela. Ela tinha pintado com sua marca registrada vermelho brilhante. Forte e brilhante. Meu pau doeu e isso foi antes de eu ter verificado o resto dela. — O que você... — ela começou, mas eu levantei minha mão no ar para detê-la. — Shhhhh, deixe-me olhar para você por um minuto, — eu disse. Eu dei um passo para trás para que eu pudesse fazer exatamente isso. Ela era perfeita. Ela tinha uma bandana azul amarrada em um nó no topo de sua cabeça. Seus brilhantes cabelos escuros caíam em ondas ao redor de seus ombros, encaracolados nas pontas. Ela usava uma saia preta apertada de cintura alta com grandes botões prateados na frente que fazia suas pernas parecerem ainda mais incríveis. Sua parte superior não era tanto uma parte superior e sim mais como algo que você usa sob uma parte superior. Era um top azul e preto, sem alças. ~ 76 ~
Apertado em torno de sua pequena cintura com uma faixa de fita azul amarrada no meio, amarrados no topo em um arco de seda azul como ela fosse um presente e eu fosse um garoto que só queria abrir o embrulho e chegar ao que estava por baixo. Ela usava pérolas em cada orelha com uma gargantilha combinando em volta do pescoço e um bracelete grosso preto em volta do pulso. — O que você...? — ela começou a perguntar, mas eu a interrompi novamente colocando um dedo sobre seus lábios. Eles se separaram e ela lançou sua língua para me lamber. Provocando-me. — Ainda não terminei de olhar para você, — eu disse. Varrendo meus olhos sobre suas pernas bem torneadas e, em seguida, até seus pés, que estavam nus. Ela sustentou os sapatos plataformas nas costas em sua mão. — Eu não poderia exatamente andar nestes nesse local, mas eu queria usá-los desde que eu não os usei em um longo tempo, — disse ela quando ela percebeu o que eu estava olhando. — Em pouco tempo, eles vão ser tudo o que você estará usando, — eu avisei. O rubor de Dre se aprofundou de um rosa para um vermelho escarlate. Ela sugou um suspiro, que o empurrou em seu peito. O inchaço de seus peitos perfeitos espiou por cima do topo de seu decote. Minha boca salivou e meu pau endureceu. Dre era tudo que qualquer homem poderia desejar. Mas ela era toda minha. Eu gemi e dei um passo para trás dela, precisando de distância para lembrar do meu plano. — Tanto quanto eu quero colocar minhas mãos e boca por toda parte em você agora, — eu engoli em seco, apenas capaz de manter meu controle. — Há algo que eu quero lhe dar primeiro. — Eu tenho algo para você também, — disse ela. — Bem, por todos os meios, você primeiro, — eu disse, fazendo um grande movimento arrebatador com a minha mão. Ela sorriu e fez uma reverência. — Obrigada. — ela olhou para o seu pulso, então de volta para mim como se estivesse adivinhando algo. Finalmente, ela respirou fundo e desamarrou o bracelete preto de seu
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pulso. Ela levantou seu braço e meus olhos ficaram tão grandes que eu pensei que eles iriam cair da minha cabeça. — Você gostou? — ela perguntou nervosamente, mordendo seu lábio. — Eu... — eu comecei, meus olhos incapazes de acreditar no que eu estava vendo. Agarrei seu pulso e segurei para que eu pudesse me certificar de que o que eu estava vendo era real. Dre tinha feito uma tatuagem no interior de seu pulso. E não apenas qualquer tatuagem... era uma gravata borboleta. Era feminino, cinza e preto. MUITO Dre. — Não, eu não gostei, — eu disse, balançando a cabeça. — Eu amei. Ela sorriu e saltou sobre os calcanhares. — Ray? — eu perguntei. — Não, King fez. Disse que ele esteve olhando para suas gravatas borboletas a maior parte da vida para que ele pudesse fazer a maior justiça sem fazer com que parecesse muito masculino. Ela gritou quando eu a puxei para perto de mim e cobri seus lábios com os meus. Eu não achava que meu coração poderia crescer mais, mas meu peito estava inchado até que senti como se ele fosse estourar. Com minha língua se entrelaçando com a dela, eu quase tinha esquecido meu propósito pela segunda vez quando Dre se afastou. — Sua vez, — ela respirou. — Eu não sei se posso superar isso, — eu disse, coçando meu queixo. Eu a beijei nos lábios suavemente. — Mas eu tenho certeza que vou tentar. Dre ofegou quando viu a pequena caixa preta na minha mão. Ela começou a chorar quando eu me abaixei em um joelho.
DRE Eu não sabia o que esperar quando Preppy disse que tinha algo para mim, mas eu não esperava que ele caísse de joelhos. — Eu sei que já estamos casados legalmente, mas nós dois sabemos que você nunca
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pensou em se casar comigo, mas mesmo quando eu estava sendo um idiota teimoso todos aqueles anos atrás, você sempre foi minha. Preppy abriu a caixa e minha mão disparou para cobrir minha boca. Não era como qualquer coisa que eu já vi. O anel era de prata ou platina com um grande diamante negro redondo no centro e diamantes triangulares em cada lado. — Parece que nós dois temos gravatas borboletas um para o outro hoje, — disse a ele com uma risada. Eu não conseguia falar. Eu não podia nem me mexer. Eu estava atordoada no lugar. — Quando nós nos conhecemos, seu timing estava todo errado, — disse Preppy. — Por que isso? — perguntei. — Porque você estava tentando pular, mas ainda não era a hora. Agora, eu acho que é hora de um salto diferente, um que podemos fazer juntos. — ele deslizou o anel no meu dedo trêmulo. — Então, o que você acha, Doc? Quer fazer isso desta vez? Você quer pular comigo? Lágrimas escorreram pelo meu rosto. Tudo o que consegui foi um aceno de cabeça. Preppy se levantou e me levantou em seus braços. Minhas pernas foram ao redor de sua cintura e ele se sentou com as costas contra a torre, me sentando em seu colo. Todo o esforço que eu passei me preparando foi jogado pela janela em cerca de trinta segundos enquanto emaranhávamos os cabelos um do outro e tirávamos as roupas. Eu estava gritando seu nome não muito tempo depois disso. Enquanto ele empurrava para dentro de mim, ele continuava beijando a nova tatuagem no meu pulso e então meu novo anel, sorrindo como se não pudesse acreditar que tudo era real até que estivéssemos juntos. Agarrando a pele um do outro como se não pudéssemos chegar perto o suficiente. Porque nós não poderíamos.
***
— Por que é que você não precisa mais me machucar quando fazemos sexo? — eu choraminguei. Tínhamos acabado de descer de nossos orgasmos e eu estava admirando meu novo anel, segurando-o enquanto a luz da lua brilhava nos diamantes. Preppy estava atrás de
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mim, beijando meu ombro nu seus dedos traçando círculos preguiçosos sobre meu clitóris. — Porque está tudo bem se você precisar. Entendo. Eu entendo. — Eu sei que você entende. Você é a única que realmente entende. — Preppy olhou profundamente em meus olhos de uma maneira que só ele podia. De uma maneira que me dizia que ele podia ver através de mim. — Baby, — ele gemeu. Eu gemi em resposta. Talvez porque ele me chamou de baby. Talvez porque ele começou a me acariciar mais. Mais rápido. — Só porque eu não preciso machucá-la, não significa que a dor não está lá. Pressão começou a construir profundamente dentro de mim. — O que... o que você quer dizer? — eu disse, ofegando com necessidade. Preppy colocou a outra mão atrás do meu pescoço, puxando-me para mais perto. — Dre, quando eu olho para você, quando eu toco você. Eu te amo tanto que malditamente doí, — ele disse contra meu pescoço, a vibração de suas palavras deixaram meus mamilos arrepiados em atenção firmes novamente. — Eu não quero que você se machuque, — eu disse, embora eu soubesse exatamente o que ele queria dizer por que eu sentia o mesmo. Eu tinha tanto amor por ele que fez meu peito inchar até o ponto onde eu pensei que poderia explodir por dentro. Preppy olhou entre nós para onde seu pau inchado gotejava com cada movimento seu. A cabeça grossa e roxa, latejante e cintilante na ponta, pingando com sua própria necessidade. — Não, Doc, isso dói, mas é o melhor tipo de dor. — os olhos de Preppy estavam semicerrados. Um sorriso diabólico tocou seus lábios. — Olha, isso dói tanto que meu pau está chorando. Eu devolvi seu sorriso, olhando para ele através de meus cílios. Eu lambi meus lábios. Preppy gemeu, colocando as mãos em ambos os lados da minha cabeça, passando os dedos pelo meu cabelo. Eu o empurrei para suas costas e rastejei por seu corpo, dando uma rápida lambida até a ponta de seu pau, que pulsou em resposta. Eu assisti a expressão dele escurecer enquanto ele me olhava beijar e lamber meu caminho em torno de seu eixo espesso. — Porra, — ele amaldiçoou. — O que você está fazendo comigo, mulher? — Se o seu pau está chorando, então eu estou enxugando as lágrimas, — eu disse, levando a cabeça em minha boca e girando minha língua em volta para provar seu pré-sêmen salgado. Eu gemi, o som disparando diretamente entre minhas pernas.
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Preppy enfiou as mãos entre meu cabelo, o puxando, me segurando com mais força. Seu abdômen flexionou quando eu levei mais e mais dele na minha boca, sugando levemente enquanto eu circulava meus lábios ao redor da pele macia de seu eixo extremamente duro. Eu recuei e suavemente soprei seu pau molhado. Todos os músculos de seus braços ficaram tensos. Seus quadris se curvaram no ar. Sua boca abriu enquanto ele olhava para mim com uma expressão cheia de luxúria que eu conhecia. — Melhor? — eu perguntei, envolvendo minha mão em torno da base do seu eixo. Preppy sacudiu a cabeça. — Não, não está melhor. Eu acho que está pior, — ele rosnou, parecendo como se estivesse sofrendo. — Como assim? — eu perguntei, acariciando-o da raiz a ponta com uma ligeira torção no topo. Ele sibilou. — Porque eu quero foder você de novo, mas agora eu também não quero que meu pau esteja em qualquer lugar além dessa bela boca novamente. Esses lábios vermelhos. Jesus Cristo, Doc. Pensei que já tinha morrido, mas você é quem está me matando. — Você quer dizer mesmo isso? — eu perguntei, tomando-o em minha boca novamente. Desta vez mais profundo. Preppy tinha um pau monstro e embora eu costumava pensar que ele estava brincando quando ele me dizia isso, essa era uma verdade honesta. Não havia nenhuma maneira que eu seria capaz de tomar tudo dele, mas eu fiz o melhor que pude, levando-o até que a ponta de seu pau bateu na parte de trás da minha garganta. Dando a ele tudo o que eu podia porque eu queria fazê-lo sentir tão bem como ele me fez sentir. — Puta merda, — grunhiu Preppy, segurando o chão para apoio com uma mão, a outra ainda emaranhada em meu cabelo. As próximas frases que saíram de sua boca eram incoerentes porque comecei a deslizar para fora e depois de volta, usando minha mão na parte do seu eixo que minha boca não conseguia alcançar. Uma e outra vez eu acariciei e chupei com minha língua, apertando-o com meus lábios e esvaziando minhas bochechas para que minha boca estivesse embrulhada tão firmemente em torno dele quanto possível. Eu usei minha outra mão para alcançá-lo e apertar sua bunda, puxando-o para perto, segurando-o para mim. Soltei-o e puxei-o de volta, deixando-o saber que estava tudo bem em se mexer. Ele acenou com a cabeça, e mordeu o lábio inferior, observando como ele começou
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a empurrar seus quadris para cima em minha boca, então lentamente recuando e saindo, gemendo enquanto ele repetia o movimento. Uma e outra vez ele empurrou para frente e puxou para trás. Eu me preparei e com a outra mão em sua bunda ele segurou minha cabeça com ambas as mãos quando ele fodeu minha boca. Mais e mais duro até que as lágrimas fluíssem pelas minhas bochechas. Eu assisti quando as veias em seu pescoço tencionaram com cada movimento dele. Senti seus músculos do pau tensos e assisti quando seu corpo inteiro se apertou e seu pau endureceu ainda mais na minha boca antes de jatos dispararam dele, profundamente em minha garganta. Preppy jogou a cabeça para trás e, com um rugido animalesco, gozou e gozou até que eu pensei que não poderia engolir mais uma gota de sua liberação salgada. Ele saiu de mim e caiu no chão sem puxar as calças para cima. Ele me puxou para baixo com ele e envolveu seus braços em torno de minhas costas. — Acho que acabei de lhe fazer uma promessa — ofegou, tentando recuperar o fôlego. Nossos peitos arfando juntos. — Que promessa? — eu perguntei, confusa. Ele me colocou mais perto, colocando uma palma sobre o meu peito. — Aquela onde eu disse que não morreria de novo, — ele riu. — Pois, Doc, tenho certeza que você me matou. Eu fiz um movimento para me levantar, ainda tonta com luxúria e instável em meus pés. Preppy me puxou para baixo e me jogou nas costas. — Eu não terminei com você, nem mesmo perto disso, — ele gemeu, empurrando minhas pernas afastadas, espalhando-as largamente enquanto ele lambia seus lábios e me observava. Seu olhar tocando cada parte do meu corpo. Meu interior apertou e eu senti a umidade de minha buceta pingar para baixo na rachadura da bunda. Preppy viu isso também. Ele olhou entre minhas pernas para o meu rosto. — Porra, — ele disse correndo as mãos para cima do meu corpo, ele se posicionou sobre mim e empurrou para dentro com um empurrão longo e duro. Eu me senti tão completa. Senti seu pau quente dentro de mim e meu corpo o apertou, puxando-o para mim ainda mais. Meus mamilos se apertaram e minha pele se sentiu viva quando ele puxou para fora e empurrou de volta, usando a mesma velocidade que ele tinha quando seu pau estava na minha boca. Ele me surpreendeu quando ele chegou debaixo de mim, levantando meus quadris para que ele pudesse empurrar ainda mais fundo. Eu gritei e ele gemeu. ~ 82 ~
Ele saiu, apenas brevemente, para mergulhar dois dedos dentro de mim, molhando-os. Ele empurrou para dentro de mim ao mesmo tempo em que ele tocou o círculo apertado da minha entrada traseira, molhando-o antes de pressionar para dentro. — Eu quero te foder bem aqui, — ele gemeu. Ele puxou para fora e me virou de repente, dando um tapa minha bunda com tal força que meus olhos se arregalaram, mas eu não tive tempo para processar a picada de dor porque um novo tipo de dor tinha começado. A deliciosa dor de Preppy deslizando seu pau dentro da minha bunda. A única vez que eu fiz sexo anal foi quando eu estava com Preppy e Bear ao mesmo tempo e foi Bear que penetrou minha bunda. Não Preppy. Mas eu não me lembro muito sobre essa parte. Era como estar em uma névoa. Tudo o que me lembro é de Preppy e a dor no meu coração, não a dor do meu corpo ou como me sentia. Quase como se eu fosse um espectador assistindo tudo acontecer. Queimou quando ele me penetrou. Não há nenhuma outra maneira bonita de explicar isso. Mas quando ele passou pelos nervos apertados e se aprofundou mais em mim, eu fui capaz de relaxar ao ponto onde eu não senti nada além de completa e uma estranha onda de prazer que fez minha buceta apertar. — Ahhhhh, essa é a minha maldita esposa. Você gosta de mim na sua bunda, não é? — Preppy perguntou. Ele recuou e eu choraminguei a perda dele, mas quando ele empurrou de volta, foi que eu vi estrelas. Nós dois gememos e eu empurrei de volta contra ele, precisando sentir mais. Preppy tomou a dica e começou a se mover. Agarrando meus quadris e cavando seus dedos em minha carne, ele bombeou furiosamente como o louco que era. Trazendo-me cada vez mais perto de algum reino de prazer que eu nunca tinha experimentado antes. — Você é minha. Sua buceta é minha. Esse rabo é todo meu, porra, — Preppy cantou enquanto empurrava mais e mais. Meus olhos começaram se fechar, minha garganta ficar seca. O equilíbrio de prazer e dor mudando de um para o outro com cada empurrão. Uma tensão começou a se construir dentro de mim e eu apertei meus dentes, empurrando cada vez mais duro contra Preppy, encontrando-o e empurrando até que suas mãos estavam em meus ombros puxando-me contra ele e grunhindo. Não havia mais nenhuma rima ou razão para o nosso ritmo. Era selvagem e furioso e errático e quando ele inseriu um dedo em minha ~ 83 ~
buceta eu gritei quando meu orgasmo me consumiu, enviando faíscas de prazer através de todo o meu corpo. Meu sexo se apertou em torno do vazio e minha bunda se apertou em torno do pau de Preppy até que ele estava gritando com sua própria liberação, empurrando para dentro quando seu calor me inundou, derramando em torno de nós e escorrendo pelas costas das minhas coxas. Ele saiu e novamente nós dois desmoronamos. Desta vez meu corpo doeu da felicidade extrema rolando através dele. Senti-me satisfeita e energizada. Quando fomos finalmente capazes de reunir nossas ideias sobre nós, eu notei Preppy olhando para mim. — O quê? — eu perguntei, sentindo o rubor espalhar em minhas bochechas. — Eu morri, — ele sussurrou, esfregando o polegar sobre meus lábios. — Eu sei, — eu sussurrei de volta, virando-me para ele. Ele apontou para o próprio peito. — Mas este é apenas um saco de ossos. — ele apontou para mim, então alisou sua palma sobre meu coração. — Este. É minha vida. Você é minha vida. Você e Bo. Eu olhei para ele enquanto as lágrimas se formavam em meus olhos. Eu segurei seu rosto em minhas mãos e beijei levemente seus lábios. — E você e Bo são a minha. — Por quê? — ele perguntou. Eu procurei em seus olhos e não havia sarcasmo. Era uma pergunta honesta. — Porque, Samuel Clearwater. Você é tudo. — eu imitei seus próprios movimentos esfregando meu polegar contra sua bochecha. — Porque você é a luz em toda a minha escuridão, — eu disse, recitando uma frase da carta que ele me escreveu. Preppy me puxou para perto, apoiando sua cabeça contra a minha. Eu nem percebi que estava chorando até que Preppy se inclinou e me surpreendeu lambendo uma lágrima na minha bochecha. — O quê? — ele perguntou, com um sorriso perverso. — Você lambeu minhas lágrimas, é justo que eu lamba as suas. Eu nunca pensei que eu poderia amar alguém tanto quanto eu amava Samuel Clearwater. Mas enquanto riámos juntos, nossas vozes
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foram levadas com a brisa de Logan’s Beach, e nós nos abraçamos como se nunca mais nos soltaríamos. Nós nunca faríamos isso.
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Dez PREPPY Nós conversamos e ficamos na torre das águas por horas. O sol estava começando a subir quando eu ajudei Dre a se vestir e fomos para casa. Nós não estávamos nem mesmo na metade da varanda quando Kevin abriu a porta parecendo assustado. — O que está acontecendo? — eu perguntei, subindo os degraus. Apertei a mão de Dre, sentindo que qualquer notícia que Kevin estivesse prestes a dizer não seria boa. — Bo! — Kevin gritou. Seus olhos arregalaram. — Ele se foi!
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Kevin correu para todas as casas dos vizinhos enquanto Dre procurava freneticamente em casa de cima abaixo. Corri para o bosque. Quando vi o trem descendo pelos trilhos um milhão de cenários do que poderia ter acontecido com ele correu pela minha mente. E se ele estivesse machucado? E se alguém o estava machucando? Eu peguei uma pedra e a joguei na pista gritando, — Booooooo! — uma e outra vez no topo de meus pulmões enquanto o trem passava. Eu estava prestes a voltar para a casa e verificar a floresta mais uma vez quando houve um puxão na parte de trás da minha camisa. Eu me virei para encontrar Bo olhando para mim com um olhar preocupado em seu rosto. — Bo! — eu gritei, levantando minhas mãos no ar em uma aleluia fingida.
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Bo se encolheu e minha celebração terminou. Ajoelhei-me e afastei as mãos do rosto dele. — Eu nunca vou bater em você, Bo. Você não precisa se preocupar com isso, ok? Bo assentiu enquanto eu o puxava para perto de mim e o envolvia em um abraço. — Mas você não pode fugir assim. Nunca mais, ok? Mamãe está realmente preocupada com você e ela está ficando louca agora. O que você estava fazendo aqui fora sozinho? — eu perguntei. Eu me afastei e Bo sinalizou. Me siga. — Onde? — eu perguntei. Me siga. Por favor. Ele não esperou uma resposta, apenas puxou minha mão e me arrastou alguns metros para dentro da floresta tão espessa que eu não podia ver mais de um metro na minha frente. Bo manobrava com facilidade como se tivesse feito isso mil vezes. Provavelmente. Quando eu estava prestes a dizer a ele que uma caminhada no bosque provavelmente não era a melhor ideia, enquanto Dre provavelmente estava desesperada o procurando pela casa, Bo empurrou uma cortina de galhos sobre um toco de árvore enorme no chão com um grande buraco no lado onde a madeira tinha apodrecido. Bo subiu e acenou para que eu o seguisse. Eu me agachei e rastejei nas folhas seguindo ele em um espaço de vinte por vinte no tronco. Dentro dele estava um cobertor sujo dos Dallas Cowboys. Livros para colorir que estavam manchados e pareciam ter sido recuperados do lixo junto com gizes quebrados. — Isso é onde você estava? — eu perguntei, mas não era realmente uma pergunta. Eu tinha certeza de que era aonde Bo tinha fugido e para onde ele provavelmente tinha fugido por anos quando ele estava sendo abusado pela merda de sua mãe e seu padrasto que eu queria que ainda estivesse vivo para que eu pudesse colocar mais uma bala nele e matá-lo de novo. Sim. Olhei para o pequeno forte que ele havia criado e meu coração afundou. Eu tentei não transparecer no meu rosto que eu estava
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quebrando por dentro, mas quando eu vi a pequena artilharia empilhada ao longo da parede ao lado de seu cobertor, eu quase perdi a cabeça. As facas, a metade de um par de tesouras, uma pequena pá de jardinagem e um machado de mão estavam empilhados perfeitamente. Ninguém o defendeu, então Bo decidiu que precisava se defender. — Bo, — eu disse, pegando o machado e inspecionando-o. — Este lugar é um forte muito legal. É aqui que você veio quando morava com sua antiga mãe? Quando você queria se sentir seguro? Sim. — Você é tão inteligente por fazer tudo isso. Você é como um super-herói e esta é a sua toca. Vamos lá, batman, — eu disse. Bo sorriu brilhantemente. Eu limpei minha garganta. — Mas, amigo, você entende que você mora com mamãe e eu agora? Você não precisa mais vir aqui. Você certamente não precisa disso, — eu disse, baixando o machado, que tinha uma lâmina surpreendentemente afiada. Bo olhou para mim sem dizer ou sinalizar nada. Ele baixou a cabeça e os ombros caíram. — Eu era como você quando eu era criança. Você sabe que quando eu tinha a sua idade eu tinha a mesma coisa? Um lugar especial para ir quando as coisas em casa não estavam tão boas? Bo se animou. — Quero dizer, não era tão legal quanto isso. Apenas uma casa abandonada de um cão atrás do nosso reboque, mas eu fiz a mesma coisa que você. Eu mantive as coisas lá que eu pudesse usar para machucar qualquer um que tentasse me machucar porque eu não tinha ninguém para fazer isso por mim, — comecei. — Mas você sabe o quê? Você tem pessoas que poderiam te proteger, não importa o quê. Você tem mamãe e você me tem. E ninguém vai te machucar. Eu nunca deixaria ninguém te machucar. Você entende isso, Bo? Vi Bo pensando e lembrando como me sentia com sua idade. Sozinho e abandonado. Como eu me sentiria se de repente eu me encontrasse com uma família que realmente desse a mínima e então eu percebi algo. — Você tem medo de que mamãe e papai vão deixar você ou fazer você ir embora? Bo relutantemente acenou com a cabeça. — Bem, deixe-me te dizer uma coisa. Esta coisa aqui? — eu perguntei, fazendo sinal entre Bo e eu. — É permanente. Mesmo se você ~ 88 ~
quiser, você não pode mudar. Você é meu filho. E na nossa família um filho é uma coisa permanente. Para sempre e sempre você estará preso conosco. Nós sempre estaremos aqui para você. Seu lugar é conosco. Eu gosto do sempre, Bo sinalizou, mas ele ainda parecia cético. Como eu convenceria um garoto de seis anos de minhas intenções quando ele foi fodido durante toda a vida dele? E então isso me atingiu. — Ok, agora eu quero te mostrar uma coisa, mas você não pode dizer a mamãe, ok? Bo estremeceu como se ele já não pensasse que era uma boa ideia. Garoto esperto. Eu ri. — Não, não é nada ruim, eu prometo. Mas eu planejei mostrá-la mais tarde esta noite como uma surpresa, mas desde que você é um dos homens da casa agora, eu imaginei te mostrar primeiro. Você guardaria isso com você? Sim. Sim, ele sinalizou duas vezes. — Você sabia que estas, — eu apontei para as tatuagens em meus braços e mãos, — são para sempre. Estes desenhos estarão para sempre em mim. — eu puxei minha camisa e Bo olhou a atadura branca cobrindo uma das piores áreas marcadas no meu abs. — Eles podem ser lavadas, mas nunca vão embora. Estarão comigo para sempre. Eu retirei a fita e revelei a nova tatuagem embaixo. Cicatrizes, vinhas e corações ligaram dois nomes. Bo & Dre. Era a melhor obra de King. — Lembra como estávamos escrevendo seu nome esta semana? Você vê seu nome? — eu perguntei. Bo entusiasticamente apontou para seu nome. Eu sorri ainda mais em vez de franzir o cenho quando ele tocou a tinta fresca com seu pequeno dedo indicador. — Sim, meu homenzinho. É isso. — eu coloquei a atadura e abaixei minha camisa. — Estará aqui para sempre. Então você não vai a lugar nenhum, assim como essa tatuagem não vai a lugar algum. Você entendeu?
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Os olhos de Bo se arregalaram quando a realização se instalou. Ele se lançou para mim, envolvendo seus braços em torno de mim fortemente. Eu beijei o topo de sua cabeça. — Agora vamos levar você para casa. Juntos, rastejamos para fora da unidade de armazenamento do seu esconderijo. Eu escovei a sujeira de minhas calças e agarrei a mão de Bo. Com a outra mão, ele sinalizou , pressionando as pontas dos dedos no canto da boca e de novo na testa. Casa.
***
Quando eu trouxe Bo de volta para casa, Dre correu para nos encontrar. Ela não desperdiçou tempo em alcançá-lo, levantando-o, ela o abraçou tão apertado que eu tinha certeza que ela estava cortando sua circulação. Eu quase queria rir quando ele olhou para mim com os olhos arregalados sobre o ombro, mas eu consegui me conter. — Não faça isso de novo, ok? — ela falou, olhando para ele. — Prometa-me, Bo. Nunca saia sem um de nós, está bem? Nós amamos você e se alguma coisa... — Dre parou. — Apenas me prometa. Bo assentiu e sinalizou: ‘Desculpe’, seguido de ‘Eu prometo’. — Para onde você foi? — perguntou Dre. Foi quando ele olhou para mim como se ele não soubesse se ele deveria dizer a ela o que ele estava tramando. Eu não queria que ele se sentisse envergonhado. Eu puxei um buquê de flores silvestres que eu estava escondendo atrás das minhas costas e as entreguei a ela. — Ele foi buscar flores para você, — eu disse. — Não seja muito duro com ele. Ele queria que fosse uma surpresa. Certo, amigo? — Owhm, obrigada, Bo, — disse Dre, segurando o buquê no nariz e inalando profundamente. — Eles são lindos, mas você tem que levar alguém com você da próxima vez, — disse ela. — Agora vá para dentro se lavar. Coloquei seu banquinho ao lado da pia. Bo entrou pela porta de vidro enquanto Dre e eu o olhávamos. Ele apareceu novamente, desta vez através da janela da cozinha. Em cima do banquinho, ele lavou as mãos como lhe disseram. Ele acenou
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quando nos viu olhando, espirrando água com sabão de suas mãos na janela. — Então, o que ele realmente estava fazendo? — perguntou Dre, usando as flores para cobrir a boca enquanto falava. Acenei para Bo e lhe dei um sinal de aprovação enquanto ele secava as mãos. — Organizando seu arsenal.
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Onze DRE Após o susto com Bo, Preppy e eu decidimos que ele precisava do sentimento de permanência conosco. Ele era nosso, a adoção era legítima e executada segundo as autoridades legais, mas nós três ainda tínhamos sobrenomes diferentes. É por isso que, em uma manhã ensolarada de sexta-feira, eu levei Bo ao escritório do escrivão e esperei por quarenta minutos. O objetivo era deixarmos o prédio com o mesmo sobrenome. A família Clearwater estava prestes a se tornar oficialmente uma festa de três. — TRINTA E QUATRO, — gritou uma voz grave e feminina. — TRINTA E QUATRO. Levantei-me e mostrei minha senha para Bo. — Vamos, amigo. É nossa vez. — eu peguei sua mão e o levei até o balcão. — Eu preciso de dois formulários para mudança de nome, por favor, — eu anunciei à mulher entediada atrás da divisória de vidro. — Dois? — ela perguntou, olhando para mim por cima de seus óculos de leitura. — Sim, eu disse. — Um para mim e outro para ele. — Bo ficou na ponta dos pés e sorriu para ela. — Ei, — ela disse, secamente. Ela clicou em algumas teclas em seu teclado enquanto olhava para Bo. — Quais são as razões para as mudanças de nome? Divórcio, casamento, adoção, emancipação... — Casamento para mim. Adoção para ele. ~ 92 ~
— Você tem o certificado oficial de aprovação legal e sua certidão de casamento? — ela zumbiu. Passei os formulários de Bo, mas percebi que tinha me esquecido de trazer a licença de casamento. Era falso, mas eles não precisavam saber disso. — Merda, eu esqueci a licença de casamento, você pode, por favor, procurá-la para mim? — Você vai ter que preencher esses formulários antes que eu possa fazer isso. — ela me passou formulários rosa e amarelo, o tipo que faz uma duplicata por baixo quando você escreve. — Você pode usar as canetas naquele canto lá, — disse ela, apontando para a parede distante com uma mesa vazia e várias cadeiras. Todos ocupados por pessoas preenchendo o mesmo tipo de papéis que eu tinha agora em minhas mãos. — Ou você pode preenchê-lo no computador lá. — ela apontou para o computador mais antigo do outro lado da sala. — Quando terminar, pegue outra senha. — Oh, mas eu... — Número TRINTA E CINCO! — ela chamou. — Vamos, Bo, — eu disse, optando pelo computador, já que não havia ninguém lá, sentei-me e apoiei Bo no meu colo. O formulário que eu precisava apareceu quando eu cliquei REQUERIMENTO PARA MUDANÇA DE NOME. Era algo relativamente simples, mas o computador me odiava. — Tá vendo? Nós podemos fazer isso, certo? — eu perguntei. Bo assentiu, mas estava fixado com um pedaço de mofo crescendo na laje do teto acima de nós. O sobrenome atual era o primeiro campo que eu tinha que preencher. Eu entrei em CAPULET e apertei enter em vez de TAB. Uma nova tela mostrou todos os registros públicos que tinham a ver com o sobrenome Capulet, incluindo a transferência da escritura da casa de Mirna. — Merda, — eu xinguei. Bo olhou para mim e me mostrou um sorriso. — Quero dizer, atirar6. Atire, — corrigi, bagunçando seu cabelo. Eu fechei todas as abas desnecessárias e voltei para o formulário. Eu estava na segunda linha para preencher com meu novo sobrenome e eu já tinha apertado a tecla Enter novamente em vez da tecla TAB depois de digitar Clearwater. — GGGGrrrr, — eu rosnei para o computador enquanto uma dúzia de guias aparecia na tela novamente, cobrindo meu formulário. Em inglês ela diz “shit” (merda) e depois “shoot” (atirar) numa tentativa de confundir a criança e assim ela não aprenda o palavrão. 6
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Bo mostrou os dentes e dobrou as mãos contra o peito como patas. — Você é um ótimo leãozinho, — eu disse a ele. Eu fechei as guias que eram principalmente formulários de mudança de endereço. Pessoas se mudando de Logan’s Beach para Clearwater, Flórida. Eu estava prestes a fechar a última guia quando algo chamou minha atenção. Não era um requerimento de mudança de endereço. Era um processo. Nancy Clearwater Bateman contra Mutual Life of Nassau. Mutual Life of Nassau era uma companhia de seguro de vida bem conhecida com uma música chiclete em seus comerciais que era difícil de esquecer. Eu li o documento rapidamente e, basicamente, cheguei a conclusão que Nancy estava processando a Mutual Life por não pagar o número de apólice #456479874840, mas não deu nenhuma informação sobre a política em si. Mutual Life tinha contra-atacado dizendo que Nancy tinha feito um pagamento atrasado da apólice e havia um monte de relatos e declarações e documentos arquivados entre as duas partes. Eu tamborilei meu pé contra a mesa, sabendo do fundo do meu coração que estava vindo quando eu fechei a guia, revelando o próximo documento, a resolução do processo. Aquele em que Mutual Life Insurance of Nassau tinha concordado em pagar a Nancy Clearwater Bateman, beneficiária, cem mil dólares na apólice de seguro de vida contratada em nome de seu filho. Samuel Clearwater.
PREPPY Dre estava agindo de forma estranha desde que chegou em casa. Depois que Bo foi para a cama, ela agarrou uma cadeira que ela tinha recoberto e virou de cabeça para baixo no meio da sala de estar. Kevin e eu assistíamos American Ninja Warrior quando ela grunhiu e xingou a cadeira, lutando para o grampo não soltar. — Você quer minha ajuda? — eu perguntei.
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Dre não respondeu e eu não tinha certeza se ela não tinha me ouvido ou se ela estava me ignorando. Finalmente, ela largou seus alicates e irrompeu em nosso quarto. — O que eu faço? — perguntei a Kevin. — Eu não sei, — ele disse, tomando um gole de sua cerveja. — Mas é melhor você consertar isso porque, provavelmente, é culpa sua. — Verdade, cara. — eu me levantei e estava prestes a ir encontrar Dre e consertar o que quer que a incomodava quando ela apareceu com uma bolsa grande, uma que eu não a via carregar com frequência, pendurada em seu ombro. — Ei, — ela disse, quando ela praticamente se chocou comigo. — Ei, — eu disse de volta. — Para onde você vai? — Oh, eu só vou a loja de tecido pegar suprimentos para a cadeira. Eu não tenho os grampos certos e o alicate é todo curvado e instável. Talvez enquanto eu estiver lá eu encontre algum tecido novo para o sofá também. Não vou demorar muito, — disse ela de uma vez só. — Eles ainda estão abertos? — eu perguntei, verificando meu relógio. — São oito horas. — Está aberta até as dez, — respondeu ela. — É domingo, — eu lembrei a ela. — Uum sim, eu fiquei surpresa por ficarem abertos até tão tarde também. — ela olhou por cima do meu ombro. — Kevin, eu posso usar seu carro? — Uh-huh, — ele falou do sofá, seu foco apenas na TV. — Por que você não pega o meu? — eu perguntei, oferecendo a ela minhas chaves. Ela pegou as chaves de Kevin, que pendiam do chaveiro de pé de coelho sujo. — Porque eu gostaria de chegar lá ainda hoje e se eu pegar o seu, vou dirigir a duas milhas por hora, com medo de que eu possa danificálo, — disse ela. — Eu posso brincar de carrinho de bate-bate com a lata velha de Kevin e ele vai sair ileso. — Ei, — Kevin gritou, ainda não se virando. — Pode ser verdade, mas isso não significa que não machuque menos.
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Ela ficou na ponta dos pés e plantou um beijo em meus lábios. Nada sobre suas razões para sair, ou aquele beijo, parecia certo. Nem uma maldita coisa. — Leve Wolf com você, — eu disse. — Não seja bobo. Vou ser rápida, ninguém estará procurando por mim na loja de tecidos, — disse Dre, saindo pela porta. Fiquei na varanda e a vi sair. Ela estava realmente enganada se achava que ela podia ir desprotegida a algum lugar quando uma ameaça ainda poderia estar lá fora. Nós tínhamos eliminado todos da lista que tínhamos feito, mas como não tínhamos certeza de termos eliminado o responsável por tentar capturar Dre, isto sempre estaria na minha cabeça. E era por isso que Wolf ainda estava de guarda na casa. — Você quer que eu a siga? — perguntou Wolf. — Não, — eu disse, observando as lanternas traseiras desaparecerem ao virar a esquina antes de tirar minhas chaves. — Você vai deixá-la ir sozinha? Eu estava a meio caminho do meu carro quando eu respondi. — De jeito nenhum.
DRE Eu não sabia o que eu iria encontrar quando eu dirigi para o endereço listado nos documentos legais. Principalmente, porque eu realmente não sabia o que eu estava procurando. Nem em um milhão de anos eu adivinharia o que estava me esperando lá. NUNCA. Quando a porta da frente se fechou atrás de mim, eu caminhei pela garagem até o carro de Kevin em um deslumbramento. Eu mudei minha bolsa agora muito mais pesada e brinquei com minhas chaves apenas para derrubá-las quando do nada uma voz me assustou.
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— Você é uma terrível mentirosa, Doc. — disse Preppy, sua voz cheia de raiva e algo mais me fez encolher e meu estômago afundar. Ferido. — Desculpe, mas eu queria checar... — De quem é essa casa? — perguntou Preppy, descruzando os braços e levantando-se. — Ah... eu vim aqui para ver sua mãe. — Minha mãe? — Preppy perguntou, dando um passo para trás, em seguida, olhando para a casa. — Por que diabos você quer vir ver minha mãe e, mais importante, por que diabos você mentiria para mim sobre isso? — Eu sinto muito. Eu só não queria te deixar chateado se não houvesse nada que incomodasse. Eu queria verificar tudo sozinha, primeiro. — Que porra você está falando? — Preppy perguntou, parecendo tão confuso quanto eu me sentia. Eu tirei os documentos legais da minha bolsa, os que eu tinha imprimido do sistema, e os entreguei a Preppy, que os leu. — Que merda, — ele sussurrou. — Ela recebeu apólices de seguro de vida sobre você e Kevin. Ela também está coletando seguro social e de deficiência de você desde que vocês eram praticamente bebês. Burlando o sistema por todos os lados, — eu comecei, saltando de pé a pé. — Eu acho... Preppy, eu tenho certeza que ela era a pessoa que me seguiu, ou que contratou alguém para vir atrás de mim, para chegar até você. Quero dizer, a mulher reuniu cem mil dólares com base no fato de que você estava morto e eu acho que ela queria você assim antes que ela fosse presa ou eles exigissem o dinheiro de volta ou ambos. Era apenas uma questão de tempo. Então ela me usou para chegar até você. Preppy abaixou as páginas e olhou para mim. — Isso não responde por que você veio aqui para vê-la. Por que você não veio a mim primeiro. Eu respirei fundo. — Eu sabia que se você a encontrasse primeiro eu não teria a chance de falar com ela e eu queria olhar nos olhos da mulher que negou amor ao ser humano mais incrível que eu já conheci, de mãe para mãe. Eu queria vê-la para que eu pudesse entender melhor
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sua dor. Melhor te entender antes de contar tudo isso e você encontrála primeiro. — Você perguntou.
encontrou
o
que
estava
procurando?
—
Preppy
— Não. Não exatamente. — O quê? Ela não estava em casa? — ele perguntou. — Eu não diria isso. — eu disse, tirando a caixa que o marido de Nancy tinha me dado da minha bolsa. — O que há nisso? — ele perguntou. — Os restos de sua mãe.
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Doze PREPPY O sol batia seus raios da tarde no alto da minha cabeça quando eu estava em nossa entrada segurando um pequeno quadrado de papelão em minhas mãos. Eu virei, examinando cada lado. A caixa não era maior do que uma torradeira. Dentro dela estava tudo o que restava da mulher que, pelo DNA apenas, era minha mãe. Eu pensei em um monte de palavras diferentes enquanto eu a imaginava e ‘mãe’ em qualquer forma que não fosse essa. Vagabunda geralmente era a primeira palavra que cruzava minha mente. — Você tem certeza que não quer que eu vá? — perguntou Dre. Ela mordeu seu lábio cheio. Temerosa, ela estava nervosa por mim. Eu balancei a cabeça. — Nah, serei rápido sobre esta merda e eu vou estar de volta antes de Bo chegar da escola. Além disso, a cadela não precisa de mais pessoas perdendo tempo com ela do que já fizemos. Ela sorriu, mas não alcançou seus olhos. Como se ela não soubesse se podia acreditar em mim. Eu não sabia o que mais eu poderia fazer para convencê-la de que eu realmente estava bem. Que isso era mais um descarte do que qualquer outra coisa. Meu olhar saiu de Dre quando eu a peguei olhando por cima do meu ombro. Virei-me para ver o meu irmão mais novo, e não tão bonito quanto eu, saindo da casa, uma mochila da marinha pendurada sobre um ombro. — E aí, Kev-ster? — eu perguntei, apertando seu ombro. Kevin sorriu e se afastou. — Pare de me chamar assim, cara, — ele gritou. — Ok, eu vou pensar em outro, mas Kev-ster é com certeza o apelido do plano B. ~ 99 ~
— Ela está aí? — Kevin perguntou, apontando para a caixa. — É o que me disseram, — respondi. Kevin estreitou os olhos como se estivesse tentando ver o que estava dentro sem abrir a tampa. — Parece pequeno. — Vocês se comportem, — disse Dre, virando-se para voltar para casa. — Espere, — eu disse, puxando-a de volta. Eu a beijei nos lábios e ela aprofundou o beijo, me puxando para perto até que Kevin limpou sua garganta e ela se afastou, enxugando seus lábios deliciosos. — Empata-foda, — eu murmurei. Dre riu. Eu peguei Kevin olhando para sua bunda enquanto ela subia os degraus e desaparecia dentro da casa. Eu bati no braço dele. — Ow, — ele disse, esfregando seu ombro. — Me desculpe, cara. Não é minha culpa. Ela tem uma boa bunda, — ele disse, suas desculpas soando sem arrependimento. Não é como se eu pudesse culpar o garoto. A bunda de Dre era realmente épica. Quando a porta de tela se fechou, Kevin se virou para mim. — Você está pronto para fazer isso? — ele perguntou, protegendo seus olhos do sol. Eu coloquei a caixa debaixo do meu braço e Kevin me seguiu até meu carro. Entrou no lado do passageiro, jogando sua mochila no banco de trás. Passei a ele a caixa para segurar no seu colo enquanto eu dirigia. — Por que exatamente nós temos as cinzas da cadela de qualquer maneira? Você não disse que ela era casada com um cara rico? — Sim, Mitch. Aparentemente, ele disse a Dre que descobriu um relato secreto que ela vinha escondendo dele. Ele disse que ela admitiu que vinha economizando dinheiro para que pudesse deixá-lo. — Você não acha que Mitch... — Eu não iria culpá-lo se ele fizesse, — eu respondi antes que Kevin pudesse fazer a pergunta. — Então o que está no saco? — eu perguntei, ligando o motor. Eu não pude deixar de sorrir quando ouvi as vibrações doces de meu carro ganhando vida. Dre me deu isso ontem
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à noite, cansada de esperar por um momento perfeito quando nossas vidas estivessem em equilíbrio entre a total anarquia e o selvagem caos. — Você vai ver. — Kevin sorriu. — Onde estamos indo? Eu dei a ré. — Eu conheço o lugar perfeito.
***
Eu senti o cheiro do nosso destino muito antes de o alcançarmos. — Cara, este lugar é realmente perfeito, — Kevin disse, inclinando a cabeça para fora da janela aberta e sorrindo de orelha a orelha como um garoto se aproximando dos portões da Disney World enquanto ele contemplava a vista diante de nós. Uma placa enferrujada balançava para frente e para trás do topo de uma cerca de metal. Logan’s Beach City Dump. Eu estacionei o carro. Kevin me entregou a caixa e agarrou sua mochila. Nós subimos algumas escadas provisórias de construção que conduziam ao alto de um guindaste oxidado que parecia um dinossauro sujo sobre pilhas e pilhas de lixo compactado. Meus olhos ardiam do cheiro pútrido vindo de baixo. — Vamos fazer isso, — eu disse pegando a caixa. Eu abri a tampa e a joguei como um frisbee. Girou no ar até cair, com pouco barulho nas pilhas de lixo abaixo. — Espere! — Kevin disse, levantando a mão. Largou a mochila e ficou de joelhos. Ele vasculhou sua bolsa e puxou um par de chapéus vermelhos de festa de aniversário de lojas de um dólar e dois daqueles kazoos7 baratos com a coisa plástica na extremidade que se desenrola quando você sopra nela como a língua de uma rã. — Aqui, use isso, — ele exigiu. — É uma celebração apesar de tudo.
7
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— Eu gosto de seu espírito, garoto. — coloquei o chapéu em minha cabeça e posicionei o kazoo entre meus lábios, pendurando no canto da minha boca como um charuto. Kevin puxou uma garrafa de uísque barato e deu um longo gole, entregando a garrafa para mim. Eu fiz o mesmo, saboreando a maneira como o líquido amargo queimou minha garganta no caminho para baixo. Kevin então acendeu um cigarro de maconha e deu dois longos tragos, novamente passando para mim. Nós ficamos lá, com nossos chapéus de festa, as cordas elásticas cavando em nossas bochechas e pele sob nossos queixos, com vista para o lugar de descanso final da nossa mãe. Ficamos em silêncio confortável por alguns momentos. Passando o cigarro de um para o outro até que o sol começou a se pôr sobre as árvores, pintando o céu amarelo e laranja. — Devemos dizer alguma coisa? Algumas palavras? — Kevin perguntou, olhando para mim. — Claro, — eu disse, exalando a fumaça e apertando a ponta do cigarro. Enfiei no bolso traseiro. — Tanto faz, irmãozinho. Comece. Kevin limpou a garganta e tirou a caixa das minhas mãos. — Você nos tratou como um lixo inútil e agora você ficará nele para sempre. — nós dois aplaudimos e sopramos nossos kazoos, os ruídos estridentes que eles fizeram foi semelhante ao pisar em um brinquedo de cachorro. — Poético, — eu disse com um aceno de cabeça. Kevin entregou a caixa de volta para mim e eu olhei para o que restava da minha mãe. Cinzas e pedaços do que eu suponho ser osso. — Desculpe, — comecei. Kevin olhou para mim como se eu estivesse tendo um derrame. Uma sobrancelha se levantou. — Deixe-me terminar, — eu rosnei para ele. Ele inclinou a cabeça com reverência e eu fiz o mesmo. — Desculpe, eu não tive a chance de te matar eu mesmo. Sinto muito por você ter sido tão inútil. Mas eu tenho que agradecer por me mostrar como não ser um pai. Obrigado por definir um limite tão baixo que eu me sinto um vencedor. Por ser tão inútil, você me ensinou a valorizar as pequenas coisas. Kevin me deu o que soou como um aplauso. — Brilhante. — Foi difícil, mas de alguma forma eu consegui. — eu alcancei a caixa e peguei a bolsa de plástico transparente segurando os restos de minha mãe.
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— Devemos abrir e espalhar por toda parte? — Kevin perguntou. Eu revirei os olhos e sem cerimônia joguei a sacola no lixo abaixo. — Ela não merece esse tipo de esforço, — eu disse. Eu estava prestes a jogar a caixa também quando algo no fundo me chamou a atenção. Um envelope branco com SAMUEL escrito no exterior. Eu puxei para fora. — Que porra é essa? — perguntou Kevin. — Eu estava pensando a mesma coisa, — eu disse. — Só há uma maneira de descobrir, certo? — eu o rasguei e no interior eu encontrei dois cheques e uma nota curta.
Samuel, Aqui está tudo o que sua mãe tirou de você ao longo dos anos (gaste sabiamente). Se eu pudesse te devolver tudo o que ela te roubou, eu o faria. Em vez disso, eu juntei essa quantia e fiz uma doação para o centro de mulheres e crianças abusadas em seu nome para ajudar os outros para que eles não sofram tanto quanto você. Pensei que poderia salvá-la. Acontece que algumas pessoas simplesmente não valem a pena salvar. Como seu marido é meu dever corrigir as coisas, então é isso que eu estou tentando fazer. Faça o que você achar apropriado com suas cinzas, eu não as quero em minha casa ou em minha vida. Não há necessidade de entrar em contato comigo novamente. Você não vai me encontrar. Mitch Bateman PS - Sua esposa me disse que você está em contato com seu irmão. Por favor, certifique-se de passar o que eu tenho incluído para ele, já que eu não tenho meios para entrar em contato com ele.
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Passei a nota a Kevin, que ele rapidamente leu e depois o cheque feito em seu nome no valor de cinquenta e cinco mil dólares. — Puta merda, — Kevin disse, olhando do cheque para mim como se não pudesse acreditar em seus olhos. — Sim, puta merda mesmo, — eu disse, olhando para o meu próprio cheque, que não era de cinquenta e cinco mil dólares. E sim duzentos e cinquenta e cinco mil dólares. — Whoa, — Kevin disse, olhando por cima do meu ombro. Eu dobrei o cheque e o empurrei no bolso, não gostando da sensação dele enrugando enquanto eu caminhava de volta para o carro, os cantos rígidos do papel caro me cutucando na coxa. — Mamãe está morta E eu estou rico? — Kevin começou a pular. — Este é o melhor dia da minha vida! Entramos e eu liguei o motor. — Você sabe de uma coisa, Preppy? — Kevin perguntou. — O quê? — eu perguntei, puxando para a estrada principal. — Eu meio que gosto de ter um irmão. Eu me inclinei e rocei seu cabelo. — Você sabe, Kevin, eu meio que gosto também. A torre d’água aparecia entre os pinheiros à distância. O segundo grande pau preto à vista. O ar salgado soprou no carro e eu inspirei profundamente, segurando-o em meus pulmões como se fosse fumaça da maconha. Passamos por placas de vasectomia e, em seguida, vimos minha placa favorita, o aviso de BEM VINDO À LOGAN’S BEACH. Eu sorri como um pré-adolescente que tinha tocado seu primeiro peito. — O que vamos fazer agora? — Kevin perguntou. Agarrei-o pelo ombro, dando a ele um duro aperto. — Agora nós comemoramos! — eu gritei, sentindo um peso sair do meu peito. — Diga-me kimosabe, o que você acha sobre strippers e boquetes? — Eu acho que sim, — Kevin respondeu, seu rosto brilhando. Eu virei o carro para nos levar para a casa de King, onde ele e Bear estavam esperando por nós no estúdio de tatuagem para uma pseudofesta de despedida de solteiro, que significava nos trancar longe ~ 104 ~
de mulheres e crianças enquanto ficamos bêbados para caralho e conversamos sobre todas as idiotas e divertidas merdas que fizemos. — Ótimo. Isso é o que vamos fazer então. Strippers e boquetes. — eu pisquei para Kevin e vi seu sorriso cair quando eu adicionei. — Menos as strippers.
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Treze PREPPY Quando chegamos à casa de King e estacionamos, Ray nos encontrou no carro. — Posso falar com você por um minuto? — Ray perguntou. — Eu te encontro lá dentro, — Kevin disse, indo para o estúdio de King. — Qualquer coisa para você, garoto, — eu disse, colocando meu braço sobre seu ombro. Eu acho que você poderia dizer que eu estava aproveitando porque King não estava aqui fora para rosnar para mim. — Eu só queria dizer parabéns, — ela disse, mas algo sobre seu sorriso parecia desligado. — Obrigado, — eu disse enquanto ela olhava para o chão. — É isso? — perguntei. — Você veio só para dizer parabéns? — eu cutuquei, sabendo quando algo estava em sua mente. — Não, não é isso. É só que nós realmente não tivemos a chance de falar muito desde que, você sabe. Nárnia, — ela riu nervosamente e torceu os dedos. — Eu só queria te dizer o quanto senti sua falta quando você se foi. Você era meu melhor amigo. Eu sei que todos nós estivemos ocupados com nossas próprias vidas, crianças e tudo mais, mas eu estava meio que esperando, se estiver tudo bem com Dre, que poderíamos ser melhores amigos novamente, porque você está aqui agora, mas eu ainda sinto sua falta. Envolvi Ray em um abraço e beijei o topo de sua cabeça. — Você foi minha amiga, você sabe. Bem, amiga que é uma menina, — eu falo. — Eu sei que nós não tivemos tempo para sentar e conversar sobre coisas, mas acho que muito disso tem a ver com o fato de que eu nunca
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senti que você precisava de uma explicação, bem, isso e o fato de que King quer me matar toda vez que eu olho para você. Desculpe, eu não queria te ignorar. Nunca. Porra, na minha mente nós nunca deixamos de ser melhores amigos. — Assim como eu, — disse ela, enxugando uma lágrima em sua bochecha. — São esses malditos hormônios. Seu amigo King me engravidou de novo. — Um após o outro, não é? — eu ri. — Achei que seus peitos pareciam maiores mesmo. Ela deu um tapa no meu ombro. — Que tal se em um dia desses, depois que as crianças forem para a escola, nós faremos o almoço e teremos uma conversa de menina. — Eu realmente gostaria disso, Prep, — disse Ray. — Mas vamos preparar o café da manhã. Você pode cozinhar para mim. — Oh sim? Acho que consigo resolver isso. Algum pedido especial para o café da manhã? Ela colocou as mãos nos bolsos traseiros e deu alguns passos em direção a casa. Ela olhou para mim com olhos vidrados, parte da tristeza persistente de antes parecia ter sumido. — Panquecas.
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Depois de algumas horas nós deixamos Kevin desmaiado no chão do estúdio de tatuagem de King e seguimos com a nossa ideia incrível de correr para a Ilha Filha da Puta às cinco da manhã, o que estava ótimo para mim. Eu fumei o suficiente para ficar acordado por pelo menos um mês. — Estou feliz por estar tão chapado. Se eu não estivesse, eu provavelmente sentiria o quão bêbado eu estou, — eu arrastei. Estávamos sentados na margem da IFDP. Com as pernas das calças enroladas até nossos joelhos, nossos pés nus. Passando um cigarro de maconha e uma garrafa de Jack entre nós três. De alguma forma, a conversa mudou de pensar em um apelido para Kevin para a noite em que eu morri.
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— Tudo o que me lembro é que quando as balas começaram a voar, eu só pensava em Ray e precisava chegar até ela. Bear, você é como uma maldita parede humana, e Preppy você é sempre tão rápido. Eu nunca pensei que alguma coisa iria acontecer com vocês, — disse King. — Eu penso muito naquela noite. O que eu poderia ter feito diferente. Como tudo deu tão errado. Eu não consigo aceitar isso. Eu dei de ombros e evitei fazer contato visual com King, pegando meu isqueiro do bolso interior do blazer, sentindo a intensidade de seus olhos em mim. — Não penso mais nisso. Não é como se pudéssemos mudar. Qual é o ponto? Bear inclinou a cabeça para o lado e ignorou minha filosofia de não pensar no passado. — Pensando nisso, você estava atrás de King quando tudo começou a dar errado, mas então você se moveu na frente dele até que ele entrou naquela sala onde Isaque tinha Ray. — Nada disso importa agora. Acho que eu não era tão rápido quanto você pensava, porque eu obviamente não saí do caminho rápido o suficiente. — eu disse, assobiando enquanto acendia um cigarro. Bear e King trocaram um olhar de conhecimento. — O quê? — eu perguntei, a fumaça saindo em sopros enquanto eu falava. King sacudiu a cabeça. Bear sorriu. — Nada, Preppy, — King disse, me dando tapinhas nas costas e um pequeno aperto no meu ombro. Eu passei para King o cigarro. — Não é porra nenhuma. — Certo, — eu disse, olhando para a água sob as luzes da cidade. A cidade que eu amava. A cidade onde eu morava com minha família. A minha mulher. Meu filho. — Agora podemos ficar chapados ou o quê? — Você quer mais? — perguntou Bear. — Vou ficar acordado até o próximo Natal depois desta noite. Bear e King mudaram o assunto e logo estávamos todos rindo sobre alguma merda que fizemos quando adolescentes. Graças a Deus. Eles não precisavam saber o que realmente aconteceu naquela noite. Eu nunca iria admitir isso de qualquer maneira. Se os papéis tivessem sido invertidos, eu sabia que eles fariam a mesma coisa por mim. Ninguém precisava saber que eu levei a bala por King.
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É isso que a família faz. Eles protegem uns aos outros. Pelo menos, isso é o que esta família faz. — Alguém quer fazer um crocodilo correr? — eu sugeri. — Não, — gemeu King. — Porra, — disse Bear. Mas quando seus olhos encontraram os meus, eles me disseram uma resposta diferente. Em segundos estávamos todos correndo em direção à água, respingando nas águas infestadas de jacarés como os idiotas que éramos. Quando estávamos seguros em terra, respirando pesadamente, eu olhei para meus amigos e todos explodimos em um ataque de riso incontrolável. Bear ainda estava rindo quando King se inclinou atrás dele e puxou meu braço para chamar minha atenção. — Obrigado, Prep. Eu não sabia se era por levar a bala por ele ou pela excelente maconha que eu providenciei para a noite, mas de qualquer forma eu acenei com a cabeça e nós voltamos para a devassidão. Porque é isso que a família faz. Vivemos um para o outro. Morremos um pelo outro. — Quer ir de novo? — perguntou Bear. Nós três não hesitamos, correndo de volta para a água, empurrando um ao outro no processo. Agimos como idiotas completos uns com os outros.
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Quatorze DRE — É ótimo vê-la novamente, Andrea, — disse East, agitando a mão com entusiasmo. — Você pode me chamar de Dre. A única pessoa que me chama de Andrea é meu pai, — respondi. — Fiquei muito feliz em ouvir de você na semana passada. Espero que possamos encontrar exatamente o que você esteja procurando. — ele sorriu calorosamente, revelando duas linhas brancas brilhantes perfeitas que eu apostaria que eram folheados. — Estou pronta para descobrir, — respondi nervosamente. East tinha passado aqui em casa no início da semana e trouxe uma lista de casas disponíveis na área que precisavam ser reformadas. Das quinze na lista, eu pedi para ver apenas uma. No segundo que eu vi a imagem e li a descrição, algo sobre falou comigo. Foi por isso que me vi parada na calçada daquela casa com East, o corretor de imóveis que também ajudara com a venda da casa de Mirna, prestes a entrar e verificar o possível primeiro projeto de minha nova empresa. Preppy tinha apelidado de Dre’s Digs, um serviço completo de reforma e design de casas com foco na reutilização e reciclagem de móveis e utensílios. — Seu marido vai se juntar a nós? — East perguntou enquanto eu examinava o quintal e a rua. — Eu acho que não, — eu sorri. — Ontem à noite seus amigos o levaram a uma despedida de solteiro, então as possibilidades são ou eles estão dormindo ou ainda estão acordados aprontando. — eu quase ri ruidosamente quando eu recordei da ligação de Preppy gaguejando ~ 110 ~
‘eu te amo’ enquanto Bear, King e Kevin atiravam coisas nele, eventualmente tirando o telefone dele. — Despedida de solteiro? Pensei que vocês já fossem casados. Desculpe, estive chamando dele de seu marido esse tempo todo, — disse East, sinceramente, como se o erro fosse dele. — Não. Nós somos casados. É uma longa história, — respondi. — Uma história muito longa. — Ah, bem, todos nós temos algumas assim, não é mesmo, — disse East. — Com certeza. Então, me diga, quais são os impostos anuais? — perguntei. East falou alguns números escritos em sua mão. Eu balancei a cabeça. Somei ao valor que as outras casas semelhantes na área estavam pagando. — Vamos entrar, — disse East. Eu o segui até a porta da frente. — Como você já sabe, a casa tem duas histórias e cerca de 92 metros quadrados de área, — ele disse, sacudindo os fatos da lista enquanto eu o seguia pela entrada rachada. — É muito aconchegante por dentro. Tem muito potencial, mas precisa de um pouco de amor. — Então, o que você está dizendo é que é pequeno, sujo, e precisa ser reformado? — eu perguntei, arqueando uma sobrancelha para East. Ele riu e sacudiu o dedo indicador para mim. — Ah, você fala como um corretor de imóveis. — ele virou a chave na fechadura. Eu dei um passo longe da porta para inspecionar a frente novamente enquanto ele resmungava sobre não ser capaz de abrir a porta. A casa parecia exatamente como na foto. Tapume amarelo mofado. Mato crescido. Telhas faltando. Janelas quebradas. Conserte-me. Gritava para mim. Até agora era perfeito. — Foi construída em 1921 e em seus dias de glória pertenceu a uma família rica e usada muitas vezes como um lugar para entreter e impressionar, — disse East, finalmente conseguindo abrir a porta e empurrando seu ombro contra ela. Abaixei-me sob uma teia de aranha e o segui até a sala de estar principal. — As propriedades Ford/Edison
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não estão muito longe daqui, então há chances de quem construiu este lugar originalmente hospedado eles aqui. — Infelizmente, ela não está muito impressionante agora, — eu disse, tentando não mostrar o que eu estava sentindo por dentro, porque se eu fizesse, eu estaria pulando e dizendo ‘EU QUERO SIIIIM!’ Este não seria um lugar para entreter os ricos, mas eu sabia que eu poderia torná-la não apenas linda novamente, mas funcional, e até mesmo acessível para a família certa, se eu prestasse mais atenção aos meus custos e fizesse a maior parte do trabalho eu mesma. — Eu tenho que ter certeza de que a estrutura ainda está boa, — eu disse. — Curativos e remédios são reparos inúteis se forem colocados em cima de ossos quebrados. — Ah, então você já fez isso antes, — disse East. — Não, isso é realmente algo que minha avó costumava dizer, embora eu tenha certeza de que ela estava falando sobre outra coisa, eu sinto que isso se aplica aqui. A guarnição em torno das portas e rodapés eram originais e pediam uma boa lixa e pintura. O piso consistia de tapete felpudo manchado e rasgado e piso de azulejos laminado, do tipo preso ao solo como grandes varetas. No entanto, quando eu puxei um canto do tapete meus olhos pousaram em uma bela vista. Pisos de madeira original. Eles tinham visto dias melhores, mas para mim era como encontrar ouro no final do arco-íris. A fiação elétrica era outra história. Tão velha, escapando das paredes de gesso em ruínas, que também precisava ser substituído. Assim como a tubulação exposta era praticamente inexistente. Uma vez que a casa estava vaga há mais de sete anos, qualquer coisa de valor tinha sido roubada há muito tempo, incluindo a sua tubulação de cobre. — Está em um total de dois hectares, que é raro nesta área, a maioria dos lotes têm apenas um quarto de acre, — East informa enquanto descemos as escadas após ter visto os três quartos menores e único banheiro no segundo andar. O quarto master estava no nível principal, mas precisaria ser eviscerado e completamente substituído. — Há muito espaço para um grande e agradável terraço no quintal, até mesmo uma piscina dependendo do seu público-alvo, — acrescentou. —
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Famílias podem não querer isso, mas turistas ou segunda residência8 não comprariam, a menos que já tivesse uma. Além disso, é a única casa de estilo vitoriano na área que ainda não foi comprada e remodelada, pois há um mercado para este estilo de casa, uma vez renovada. Eu quero dizer, atualmente todas as casas são caixas quadradas de estuque que parecem saídas da linha de uma montagem de uma fábrica de casas. Eu vim de um evento em Harper’s Ridge e deixe-me dizer, eles querem um milhão de dólares por esta merda coberta de brilho. — East cobriu a boca com a mão. — Sinto muito pela minha linguagem. Eu ri. — Confie em mim, não precisa se desculpar. Eu corri minha mão ao longo do corrimão empoeirado, revelando dicas de seu acabamento de cerejeira original. Eu não queria apenas remodelar esta casa. Eu queria trazê-la à vida. Não precisava mudar, precisava de RCP para poder respirar novamente. Seria uma tarefa difícil, considerando todo o trabalho que precisava ser feito, mas eu estava preparada para isso. Excitação surgiu dentro de mim, mas eu mantive minha compostura. — Eu vou precisar de um relatório de inspeção completa, é claro. Eu não consigo ver o telhado, então eu vou precisar de um profissional para avaliar isso para mim, então minha oferta poderá mudar se não precisar ser completamente substituído até as vigas, entre outras coisas. — East anotava em seu smartphone o que eu falava. — Claro, — disse ele, acenando com a cabeça e clicando em um último botão antes de enfiar o telefone no bolso. — Você está familiarizada com isso. — Isso ainda será decidido, — eu disse, — mas acho que vamos descobrir. — O que você fazia antes de decidir começar a reformar e vender casas? — ele perguntou. Estávamos no quintal, que estava empilhado com lixo negligentemente jogado sobre a cerca ao longo dos anos. — Eu estava na escola, — eu disse, quase tropeçando em uma bicicleta enferrujada sem rodas. — Antes disso, passei muito tempo cometendo erros. — Bem, Jesus perdoa nossos pecados, somos nós, pecadores, que geralmente temos dificuldade em esquecer, — disse East. Não me Seria uma casa onde se passa pouco tempo ou temporada, pois se tem uma casa “principal” onde se vive. 8
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surpreendeu que ele fosse um homem de fé. O adesivo ‘O que Jesus faria?’ em seu pára-choque e a sua pulseira de borracha escrito ‘Cristo é meu Superstar’ que ele usava pareciam dicas. Eu empurrei o painel da cerca de madeira para testar sua estabilidade quando os seis painéis inteiros unidos a ele caíram ao chão. Destruído. — Eu cresci na igreja. Saí por um tempo, mas finalmente encontrei meu caminho de volta. Se você e seu marido desejarem, eu poderia fazer uma visita a vocês. Ministérios de Cristo, além da Bayshore Drive, — East disse gentilmente. — Muito obrigada. Não é realmente para nós, mas eu aprecio a oferta, — eu disse. — Não dói perguntar, certo? — East apontou para a tubulação de plástico colada no canto do quintal. — Você notou que o equipamento é bastante novo? Provavelmente foi colocado antes do último ocupante sair. Demorou um tempo para percorrer a lista de coisas que eu precisava ver antes de tomar qualquer decisão. Eu estava de pé na sala de estar olhando para a janela quebrada a frente quando Preppy veio pela porta da frente, um cigarro pendurado em seus lábios, um lado de sua camisa fora da calça. Ele sorriu quando me viu. Sexy para caralho. — Aí está você, — ele disse, me puxando para um beijo rápido, em seguida, mantendo-me firmemente ao seu lado. — Eu pensei que você estava com os caras, — eu disse, embora eu estivesse feliz em vê-lo. Eu mal podia esperar para mostrar a ele a casa. — Eu estava, mas isso é muito importante. Eu queria estar aqui, — Preppy respondeu, me dando outro doce beijo. Ele cheirava a cigarros e uísque. Suas palavras eram ligeiramente arrastadas e seus olhos ligeiramente vidrados. — Como você soube onde me encontrar? Eu não lhe dei o endereço? — eu perguntei. — Você deve saber que tenho meus métodos, Doc. Eu sempre vou te encontrar. Sempre.
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— Você dirigiu? — eu perguntei. — Eu vim andando, — disse Preppy. — Você sabe, falam que andar duas milhas sob sol ardente faz essa merda suar para fora de seu sistema. Bem, acontece que não é verdade. Porra, eu estou mais chapado agora do que antes. — ele olhou para East. — Ei, esse cara parece roxo para você? — É bom ver você de novo, — disse East, estendendo a mão para Preppy, seus olhos indo até o cigarro em seus lábios. Preppy o segurou, oferecendo-o a East. — Você quer? — Não, obrigado, — East recusou. — Eu não faço uso de narcóticos. — Oh, não é narcótico, é apenas maconha, — Preppy respondeu, segurando o cigarro mais para fora. — Mas se você quer narcóticos, ontem à noite eu tinha uma mesa cheia de... East levantou a mão. — Mesmo assim, não, mas obrigado. — Então o que você acha, Doc? — Preppy perguntou, olhando em volta da casa. — Acha que pode trabalhar sua mágica nessa? — Sim. Eu realmente acho que posso, — eu disse, excitada. Eu me virei para East. — Antes que eu esqueça, o contrato também teria de ser sujeito a mudanças sobre eu obter financiamento. Eu agendarei uma reunião no banco... — Não, não precisa, — disse Preppy. Eu não tinha percebido que ele não estava parado ao meu lado até que ele veio deslizando pelo corrimão, pousando em seu traseiro na minha frente no chão. — Você não precisará de nenhum financiamento. Está coberto. — Preppy, será mais de cem mil dólares, — eu sussurrei disfarçadamente e pensando que talvez ele tenha lido o preço errado ou os efeitos da noite passada de alguma forma o fizeram pensar que ele dorme em uma cama de notas de cem dólares. Ele se ergueu e tragou o cigarro. Ele olhou para mim e colocou suas mãos em meus braços. — Eu sei quanto é, e eu mal posso esperar para ver o que você fará com o lugar. — Quão chapado você está? — eu perguntei, virando minha cabeça para o lado.
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Ele riu e coçou a nuca. — Numa escala de um a dez? Tenho certeza de que estou em torno de uns quarenta. — ele se virou para East. — Não de maconha embora, principalmente dinheiro. Eu expulsei isso isso enquanto caminhava, — Preppy explicou, voltando-se para mim. — Mas não chapado o suficiente para dizer merda que eu não quero dizer. Você quer isso, Doc. Eu sei que você quer. E eu cubro você. Voltei-me para East. — Ofereça aos vendedores vinte de início. Colocaremos mais dez. Vamos ver o que eles dizem. Uma vez que alcancemos um preço aceitável, mandarei um inspetor para verificar a estrutura. Contanto que uma busca rápida do título possa ser feita, nós podemos fechar a negociação em duas semanas. East tocou em seu telefone novamente, felizmente acenando com a cabeça enquanto anotava meus requisitos. Voltei-me para Preppy, apenas para encontrá-lo olhando para mim com a boca aberta. — O quê? — eu perguntei, imaginando se eu ainda tinha teias de aranha na minha camisa. — Porra, puta merda. Eu estou duro pra cacete agora, — Preppy disse, plantando um beijo em meus lábios. Ele se afastou. — Ela é esperta pra porra, não é? — Sim, ela é. Ela tem andado por aqui como uma especialista. Eu quase pensei que ela estava mentindo quando disse que nunca tinha feito isso antes, — disse East. — Meu assistente está preparando os papéis. Eu os trarei amanhã. — Obrigado, cara. — Preppy se inclinou e me pegou pela cintura, jogando-me sobre seu ombro. Eu gritei de surpresa quando ele me arrastou pela porta da frente em direção ao carro. — Ok, eu entrarei em contato, — East falou da varanda da frente. — Obrigada! — eu respondi, levantando minha cabeça do ombro do Preppy. Ele me colocou ao lado do carro, abrindo a porta do lado do motorista para eu entrar. Sentei e balancei minhas pernas, Preppy fechou a porta atrás de mim. — Escute, homem das cavernas, por que me capturar? — eu perguntei. — Eu tinha que mostrar a quem você pertence. Eu vi como ele estava olhando para você, — Preppy disse, olhando de volta para a casa onde East estava lutando para fechar a teimosa porta da frente.
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— Ele não estava me olhando de forma alguma, — eu disse, revirando os olhos. — Dre, você não vê o que eu vejo. Ou o que qualquer um com olhos vê. Você é sexy pra porra e como seu marido igualmente sexy pra porra, é meu trabalho como alfa ter certeza de que todos saibam que você é minha. — Você poderia ter feito xixi em mim e pronto, — eu bufei, ligando o motor. Preppy deu a volta no carro e entrou no lado do passageiro. — Quero dizer, se você gosta desse tipo de coisa, então com certeza. Eu faço, se você quiser. Há pouca coisa que eu diria não para você. Mas eu não achei que você fosse o tipo de garota que gosta de chuva dourada9, Doc. Eu dei a ele um olhar de lado. — Você está realmente chapado, — eu disse, saindo da entrada. — Sim, — ele concordou, apontando o dedo para mim. Ele apertou os olhos contra o sol cegante entrando pelo para-brisa. — Eu também poderia estar realmente, realmente bêbado pra porra. — Você vai me dizer como você chegou a estar em posse de mais de cem mil dólares? — eu perguntei, indo para a estrada. — Eu roubei um carro forte, — Preppy brincou. — Haha. Preppy suspirou e tirou um cheque dobrado do bolso. — Ou isso ou o marido da minha mãe morta decidiu reparar as besteiras dela me dando mais de duzentos e cinquenta mil dólares. — desta vez, não houve piada. Nenhum riso. Ele alisou o cheque no painel. — Uau. Como você se sente sobre isso? — eu perguntei. — Eu não tenho certeza ainda, — ele disse, olhando para o cheque. — Se isso pode ajudar a começar o seu negócio, então é assim que eu vou pensar nisso. Quero dizer, tenho certeza de que não vai ser alguma obrigação moral errada. Eu nunca tive problema em aceitar dinheiro por morte. Mas no momento, eu ainda estou bem fodido, então há isso. E por agora? — ele suspirou, dobrou o cheque e empurrou-o de volta em seu bolso. — Está perfeitamente bem comigo.
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Prática sexual na qual, durante o ato sexual, o parceiro urina sobre o outro. ~ 117 ~
— Vamos levá-lo para casa, — eu disse, seguindo a estrada. Preppy olhou pela janela para o céu. — Sim, Doc. Me leve para casa.
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Quinze DRE Preppy insistiu em me levar em um encontro porque, como ele disse ‘estamos casados e temos um garoto, mas nunca estivemos em um encontro’. Eu lembro que ele me levou para almoçar uma vez no Billy’s Crab Place (pré Nárnia) mas ele simplesmente declarou que como eu não sabia se ele iria ou não me matar, realmente não contava. É assim que nos encontramos sentados no deck de Red’s Seafoods and Steaks, um lugar que os moradores amavam, mas normalmente não frequentavam devido aos turistas sazonais. No entanto, fomos levados à nossa mesa no segundo que chegamos e, embora fosse agitado, não estava excessivamente cheio. E cheirava a PARAÍSO. Frutos do mar fritos, alho e pão fresco assado. Inspirei profundamente e gemi. Meu estômago roncou. — Continue fazendo isso e não vamos esperar o jantar, — disse Preppy, olhando para mim com uma expressão aquecida em seus olhos. — E eu te disse que eu estava levando você em um encontro real e em um encontro real geralmente têm uma refeição. — Oh sim? Onde você aprendeu isso? — eu perguntei. — Google, — Preppy respondeu, mostrando um sorriso que fez meus mamilos implorarem por atenção. Sério, o homem era insanamente bonito e durante o jantar eu oficialmente decidi algo. Não havia ninguém no planeta mais sexy do que Samuel Clearwater. NINGUÉM.
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Ele estava se exercitando com King como um louco. No começo, foi apenas para conseguir seu corpo de volta em ordem após a provação com Chop, e então meio que se tornou uma rotina que ele gostava. E agora ele estava além de atraente, ele era o sonho molhado de toda mulher. Todos aqueles músculos novos estavam me provocando de debaixo de sua camisa branca de botões para baixo da mesa. Eu estava embaraçosamente molhada quando eu o avaliei. Aparentemente, ele estava fazendo o mesmo. — Uau, — ele disse. — Se eu não a conhecesse e você passasse por mim, eu faria um retrato mental para meus momentos de punheta. Porra, eu vou fazer isso mesmo. Senti o rubor subir em minhas bochechas. — Eu acho que você está muito bem mesmo. — Deveria ser ilegal querer te foder tanto, — murmurou Preppy, estendendo a mão e roçando seu polegar sobre meu lábio inferior. Eu me inclinei ao seu toque. Dei um beijo no polegar. — E se fosse ilegal? — eu brinquei. — Não importaria. — ele baixou a voz. — Porque, baby, eu nasci para quebrar a lei. — Vocês precisam de mais alguns minutos? — a garçonete perguntou, seu rabo-de-cavalo louro balançando enquanto falava. Ela havia nos interrompido no instante em que eu ia convencer Preppy de que um encontro apropriado não consistia necessariamente em uma refeição, mas também em uma foda animal no lugar de sua escolha. Eu ainda estava olhando para o meu cardápio, mas eu não tinha lido uma palavra. Preppy vinha esfregando preguiçosamente a ponta de sua bota em meu tornozelo debaixo da mesa. Ele parecia completamente normal enquanto eu não tinha passado da lista de aperitivos. Preppy baixou o cardápio e sorriu para mim. — Acho que precisamos de mais alguns minutos. — Preppy? — perguntou a garçonete excitada, apontando a caneta para ele. — Eu não posso acreditar que é você. Faz um tempão. — ela inclinou o quadril e empurrou seu peito amplo. — Como você está, querido?
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— Ótimo. Você conhece minha esposa? — Preppy perguntou, nunca tirando seus olhos dos meus. — Você é casado? — ela perguntou, ainda sorrindo, seus lábios mal se movendo como se lhe doesse manter essa expressão emplastrada em seu rosto. — Casadíssimo. Esta é a senhora, Dre. Dre, esta é... — Preppy inclinou-se para ler o nome dela. A garota bufou de aborrecimento. — Tara. — É TAR-RUH, — corrigiu ela. — Saúde10, — disse Preppy. — Pode nos trazer duas cervejas, enquanto minha esposa aqui lê o cardápio outra vez? — sem esperar por uma resposta, ele acrescentou: — Obrigado. TAH-RUH foi buscar nossos drinques e Preppy continuou a esfregar meu tornozelo. — Eu acho que vou querer o bagre frito, — disse ele, olhando para seu cardápio. — Posso te perguntar uma coisa? Aquela garota. Ela é alguém que você... — eu deixei minha pergunta sair. — Fodeu? — Preppy disse, alto o suficiente para que os idosos na mesa ao nosso lado girassem para ver quem estava falando tal palavra ofensiva. Eu segurei uma risada. — Sim, provavelmente, — ele disse casualmente. — Por quê, Doc? Você está com ciúmes? Eu balancei a cabeça. — Não, — eu respondi, porque era verdade. Preppy não me deu uma razão para ficar com ciúmes. Suas atenções estavam sempre em mim e eu não era uma daquelas pessoas que poderiam ser chateadas pelo passado. Pelo menos não mais. — Curiosa, na verdade. — eu coloquei meu cardápio não lido sobre a mesa e me inclinei para frente. — E por que provavelmente? — Provavelmente é porque as chances são muito altas que, se ela me conhece e nós saímos juntos, então eu a fodi. No entanto, eu não me lembro dela. Eu não me lembro de nenhuma delas. — seus olhos encontraram os meus. — Mas você? — ele estendeu a mão sobre a mesa e atou a mão com a minha. — Não só me lembro de cada segundo incrível com você. — ele sugou seu lábio inferior, lançando a ponta de sua língua para fora quando ele a soltou, olhando para mim como se ele estivesse com fome, mas não por comida.
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É quando alguém espirra, a gente responde: gesundheit. ~ 121 ~
De mim. — Eu ainda posso sentir seu gosto. Meus lábios se separaram e eu senti minhas bochechas aquecerem. Tive medo de me levantar da cadeira de plástico e deixar uma poça em meu lugar. Minhas coxas tremiam. — Já decidiu? — perguntou a garçonete, tirando uma caneta e um bloco do avental. Eu ainda não tinha olhado o cardápio. Preppy riu, sentindo o meu dilema. — Queremos dois caranguejos azuis. — Boa escolha, — disse ela, anotando nossos pedidos e deixando a mesa. — Obrigada, — eu disse. O sol estava se pondo sobre o rio. Preppy marcava círculos preguiçosos sobre meus pulsos. Era um momento romântico e eu senti como se eu estivesse estragando por estar tão excitada que eu poderia gritar. Eu estava me contorcendo no assento como uma criança que não podia ficar parada. Meus mamilos estavam doendo debaixo da minha blusa. Meus seios pesados e cheios. Preppy chamou a garçonete. — Nós vamos dar uma pequena caminhada antes de nossa comida chegar. — ele agarrou minha mão e me puxou da minha cadeira. Ele me arrastou enquanto caminhávamos pelo cais até a pequena praia abaixo. — Para onde vamos? — eu perguntei, tentando continuar. — Eu tenho que cuidar de uma situação, — ele respondeu. O restaurante era metade em terra, metade sobre estacas, criando uma saliência sobre a praia que já estava escuro e o sol não tinha se posto completamente. — Que tipo de situação? — eu perguntei, respirando pesadamente quando ele me puxou para o canto de trás da saliência. Areia caía conforme clientes e a equipe andavam no deck acima de nós. — Eu posso sentir seu cheiro, baby. Eu sei do que você precisa. Meu objetivo é dar isso para você, este grande pau. Agora. — ele agarrou meu pulso e colocou minha palma na frente do enorme volume de suas calças. Eu suspirei. Ele não estava brincando. Ele estava duro como uma rocha e forçado contra o tecido.
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Ele esmagou seus lábios contra os meus e fez um trabalho rápido empurrando minha saia pelas minhas coxas. Eu alcancei suas calças, desfazendo seu cinto e seu zíper, liberando sua ereção maciça. Pendia pesado e quente na minha mão. Ele gemeu quando eu toquei nele, mas me empurrou para longe, girando em torno de mim. — Mãos na parede. — ordenou ele. Eu coloquei minhas mãos na parede como me pediu. Preppy já tinha empurrado a tira de tecido que cobria minha buceta de lado e estava empurrando seu duro calor para dentro de mim. Eu gemi e suspirei quando percebi que as pessoas acima de nós provavelmente poderiam me ouvir. Arqueei contra ele, precisando de mais e mais e ele me deu. Polegada por polegada até que eu não poderia levá-lo mais. — Se segure, Doc, — ele sussurrou o aviso delicioso em minha orelha, sua respiração fria fazendo cócegas na minha pele. Calafrios corriam por minha espinha. Eu mordi um grito quando ele começou a bater furiosamente em mim, seu enorme pau esfregando contra cada nervo dentro de mim com cada golpe tortuoso. Dentro e fora. Dentro. Fora. Seus dedos cavaram nas bochechas da bunda enquanto ele me dava exatamente o que eu precisava. O que eu tinha desejado. Ele. Tudo dele. — Eu nunca vou ter o suficiente desta buceta gostosa, — grunhiu Preppy. — Maldita merda. — seu ritmo se tornou rápido e imprudente, um sinal seguro de que ele estava prestes a gozar. Ele empurrou dentro de mim tão duro e tão profundo quanto ele podia e eu pensei que eu ia apenas gozar até que ele torceu seus quadris e eu perdi minha mente. Eu gritei com o orgasmo que tinha começado leve e explodiu em algo fora deste universo. Eu não o sentia apenas na minha buceta, mas em meus mamilos, na minha pele, na ponta dos dedos. Explosões de prazer que não eram como uma onda, mas como luzes que ficavam mais brilhantes e brilhantes até que as lâmpadas de vidro se estilhaçassem ao nosso redor. Ainda estávamos respirando pesadamente em nossas recuperações quando a realidade voltou ao foco e eu percebi o que exatamente ele tinha feito comigo. Ele me despedaçou. Completamente. Bela. E loucamente.
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Eu não queria ser consertada.
PREPPY Eu gostaria de dizer que cada vez com Dre era como a primeira vez, mas não era. Era melhor. A antecipação. A necessidade. Só crescia, espessando-se entre nós a cada toque do relógio. Eu nunca teria o suficiente de seu cheiro. Seu gosto. Seu toque. DELA. Nem agora. Nem nunca. Eu ajeitei minhas calças e tentei ajudar Dre o melhor que pude. Foi francamente adorável quando ela tropeçou como se eu a tivesse alimentado com meia garrafa de tequila, mas a verdade era que minhas pernas estavam um pouco instáveis também. Eu segurei firmemente em seu braço para guiá-la de volta até o deck. Ela olhou para mim com o sorriso mais bobo em seu rosto. Quando nós voltamos para nossos assentos, deixei Dre sentar primeiro e empurrei sua cadeira. — Obrigada. Tão cavalheiro, — Dre apontou, cruzando as pernas e voltando a colocar o guardanapo no colo. Ela estava praticamente brilhando, e eu não era um grande fã de uma palavra idiota como BRILHANDO, mas não havia outra maneira de descrevê-la. Sentei-me e peguei minha cerveja. — Quer dizer, se uma rápida foda áspera em um lugar público não me faz cavalheiresco, então eu não sei o que faz. Dre riu e TAR-RAH trouxe a nossa comida. Ela limpou a garganta. — Só pra registrar, eu ouvi você, — ela disse, colocando nossos pratos na nossa frente. Em vez de ficar embaraçada ou olhar para mim para fazer as coisas melhores como a maioria das garotas, minha esposa piscou para a garçonete. — Eu estava meio que esperando que você o faria. — ela colocou a conta na mesa e saiu, mas ela poderia estar nua pulando pelo lugar e eu não teria notado. Eu estava muito ocupado olhando para os
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lábios vermelhos da pequena malvada que era minha esposa quando ela tomou um gole de sua cerveja. — Puta merda, estou ficando duro de novo, — eu disse. Dre cobriu a boca para evitar cuspir sua cerveja sobre a mesa. Ela riu enquanto limpava seu queixo com um guardanapo. — As coisas que você diz, — ela disse, um rubor subindo por suas bochechas. — Isso te incomoda? — eu perguntei. — O jeito que eu falo. As coisas que eu digo. Ela balançou a cabeça. — Não. Eu acho a maneira como sua mente funciona incrível. Hilária às vezes, mas ainda incrível. É inesperado. — ela pressionou seus lábios juntos e brincou com a borda do rótulo de sua cerveja. — Você é só você, e não há ninguém como você. Eu tossi e olhei para a garrafa na minha mão como se fosse culpa da cerveja, e não minhas emoções, que eu estava sufocando. — Eu acho que a maneira que você olha. As coisas que você faz. Seu jeito com Bo. Comigo. Maldita seja, Doc. Você é incrível. Ela inalou bruscamente. — Agora coma enquanto puder porque eu tenho uma surpresa para você, — eu disse a ela. — Outra surpresa? — ela perguntou, ansiosamente pegando seu caranguejo. Ela estendeu a língua para o lado de sua boca e se concentrou em quebrar a casca dura do caranguejo. Eu tomei um gole da minha cerveja e me inclinei sobre o meu prato. Seus olhos encontraram os meus. — Você tem uma vida de surpresas pela frente, Doc.
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Dezesseis DRE Minha próxima surpresa acabou por ser de Ray e Thia, que foram gentis o suficiente para organizar uma despedida para mim. Ambos se tornaram grandes amigos nos últimos meses. Eles me levaram para um bar chamado Hansen’s onde jogamos sinuca, bebemos jarras de cerveja quente (todos menos Ray), dançamos a música da banda ao vivo, e falamos sobre todas as coisas de esposa/mulher/mãe/vida, fingindo que nós não sabíamos que Wolf e Rev, que estavam de pé em cantos opostos da sala, foram enviados para manter um olho em nós. Depois de nossa segunda jarra de cerveja, eu pedi licença para usar o banheiro. Eu estava utilizando o reservado quando ouvi a porta ser aberta. Uma onda de música alta da banda entrou, em seguida, desapareceu rapidamente como se a porta tivesse sido fechada novamente. Eu não pensei a respeito até que ouvi a porta sendo trancada. Passos lentamente soaram através do piso de azulejo desnivelado. — Ray? — eu perguntei. — Thia? Sem resposta. Eu realmente desejei que o reservado fosse do tipo que você podia ver por baixo, mas não tive tal sorte, a porta ia até o chão. O medo se transformou em pânico quando os passos pararam exatamente em frente ao box em que eu estava. Eu puxei minha calcinha e baixei meu vestido avaliando onde eu poderia ir ou o que eu poderia usar como uma arma, mas não havia nada. Eu estava prestes a apenas empurrar a porta esperando que ~ 126 ~
batesse em quem estava de pé atrás dela e fazer minha fuga quando uma batida forte veio à porta do banheiro. — Por que essa merda está trancada? — uma voz feminina falou, seguida por mais batidas. — Abra, temos que fazer xixi, — gritou outra garota. Os passos recuaram. Ouvi a porta sendo desbloqueada seguida pela música e as meninas conversando e entrando no banheiro. Eu destranquei lentamente a porta e quando eu saí, havia somente duas meninas no banheiro. Uma estava retocando seu batom. A outra estava mijando na pia com sua calcinha vermelha em torno de seus tornozelos. — Havia mais alguém aqui? — perguntei. — Não, mas achamos que a porta estava trancada. Eu acho que estava apenas emperrada e nós conseguimos abrir. — E não havia mais ninguém aqui? — eu perguntei. — Você tem certeza? Eu imaginei os passos? — Ninguém além de nós, — respondeu uma garota, saltando da pia e puxando a calcinha. — Espere, você estava esperando por alguém? — a outra garota perguntou, jogando seu cabelo sobre seu ombro. — Isso é tão sacana, eu adoro isto. Deixei-as no banheiro. A única explicação para o que eu experimentei foi um efeito colateral sobre quando a mãe de Preppy tinha alguém tentando me sequestrar. Medo, em sua forma mais básica, correndo freneticamente. Ela está morta. Não há nada a temer. Eu me lembrei. Além disso, havia um dia muito importante chegando, então é claro que eu estava um pouco nervosa. Logicamente, não havia nenhuma maneira que alguém poderia ter ido ao banheiro, destrancado a porta e saído, sem as duas meninas não ver. Quando voltei à mesa de bilhar para me juntar a Ray e Thia, eu me já tinha me convencido de que tudo era um mal-entendido e deixei minha imaginação e medo assumirem o controle. Era a minha festa de despedida, afinal. Eu ia aproveitar. Ray me entregou uma dose e eu bebi sem perguntar o que era. O líquido claro queimou minha garganta no seu caminho. Assim que ~ 127 ~
coloquei o copo sobre uma mesa próxima, um par de mãos masculinas me agarrou pela cintura por trás. Eu gritei, mas o dono das mãos só riu. Ele me soltou e eu me virei para me encontrar cara a cara com Brandon! Eu gritei novamente, desta vez por felicidade em vez de medo. Eu pulei em seus braços e lhe dei um abraço bem apertado. — Ei bonequinha, — ele disse, me colocando de volta no chão. — Eu não consigo acreditar que você está aqui! — eu disse. — Essas garotas aqui me chamaram e me disseram que seria uma grande tragédia se você não tivesse seu melhor amigo no mundo inteiro aqui para sua despedida. — Ray e Thia pararam seu jogo na sinuca. — Então aqui estou! Você tem que agradecer. — Muito obrigada, garotas. — eu disse, apoiando-me em Brandon. Eu senti falta dele nos últimos meses. Alguns telefonemas por semana não eram o mesmo que tê-lo perto o tempo todo. — Não nos agradeça, — Ray disse, alinhando a sua jogada. — Sim, eu nem sei do que ele está falando, — Thia acrescentou com uma piscadela. — Estou feliz por terem deixado um garoto invadir a sua festa, especialmente porque elas botaram um para correr. — Brandon disse com uma piscadela, bebendo sua própria dose e estremecendo, com um olho fechado. — O quê? Quem? — Oh, ele tá falando de Kevin, — Thia disse, afundando a bola no canto que ela estava apontando. — Ele apareceu assim que você foi ao banheiro. Tentou invadir nossa festa, então lhe demos um toco. Nenhum rapaz seria admitido... — ela olhou para Brandon, — a menos que esse garoto goste de outros garotos. Thia olhou para Wolf e Rev que estavam examinando a multidão. — Ou a menos que você tenha sido contratado para estar aqui por segurança, — ela emendou. Todos bridaram com suas garrafas de cerveja. — Ei, está tudo bem? — Brandon me perguntou com um empurrão. Eu não pude evitar a sensação de mal estar em meu estômago.
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— Sim, sim, está tudo bem, — eu disse, porque era o que eu estava sentindo. Não era como se Kevin aparecesse diante de um grupo de testemunhas potenciais e depois tentasse me atacar no banheiro. Certo? Eu coloquei um sorriso no meu rosto. O resto da noite foi passado rindo, jogando bilhar, dançando, bebendo e cantando fora do tom com toda força de nossos pulmões. Em nenhum momento eu pensei no incidente novamente porque eu estava me divertindo muito. Nem no fundo da minha mente, persistia qualquer pensamento a respeito. Nem um pouco. Como não poderia ter acontecido, não precisava ser pensado. Nem quando o bar fechou e todos nós dissemos nosso adeus. Nem quando Wolf me levou para casa. Nem quando eu virei a chave na fechadura. Nem quando eu empurrei a porta. Nem quando eu andei lentamente passando pela porta fechada de Kevin antes de checar Bo. Nem mesmo quando eu já estava enrolada na cama, ao lado de Preppy, e recostei ao seu grande corpo aquecido dormindo. Não. De modo nenhum. Além disso, mesmo se eu tivesse quaisquer medos ou preocupações persistentes, eles teriam que esperar. O meu amanhã já estava ocupado. Amanhã, me casaria com meu marido.
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Dezessete PREPPY — Você escolheu um lugar assustador para este buraco, Prep, — Bear resmungou. — O necrotério do condado estava reservado ou algo assim? — Não é minha culpa se você é tão insensível quanto está fora de moda, — eu disse, acendendo meu cigarro. — Este lugar é perfeito. Não fique chateado comigo porque Thia tornou você adulto hoje e o fez usar uma camisa. — Ok, meninas, acalmem-se, — disse King, seu braço em volta dos ombros de Ray. — Ti disse que você disse a ela que eu TINHA que usar uma. — rosnou Bear, puxando as mangas da camisa. — Você foi enganado, filho da puta! — eu cantei em uma voz aguda. Thia fez Bear tomar conhecimento que ela estava parada perto do portão da frente. — Esta coisa coça para caralho, vou tirar essa coisa, — ele disse, puxando o tecido para remover sua camisa apenas no momento que Thia vinha caminhando até nós. — Tarde demais, Catatau11, — eu brinquei.
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— Droga, — ele gemeu, encolhendo os ombros. — Ainda bem que eu sou seu melhor amigo ou essa camisa já estaria fora. — Pensei que eu fosse seu melhor amigo. — perguntou King. Eu não tive a chance de dizer a eles que nenhum deles era meu melhor amigo, porque naquele momento Thia passou por Bear e veio na minha direção em vez disso. — Posso falar com você por um segundo? — ela perguntou, seus cabelos vermelhos-rosados, que geralmente eram indisciplinados e se destacando em todas as direções, tinham sido domesticados em uma pilha de cachos presos ao topo de sua cabeça. — Uh, claro, — eu respondi, seguindo-a para um canto tranquilo. — Você sabe, eu não acho que nós já conversamos mais do que algumas vezes, — eu disse. — E seria bom conseguir nova munição contra Bear de vez em quando. — Conversar seria legal, — disse Thia. Ela enfiou a mão no bolso do vestido. — Queria te dar algo. — ela me entregou um pedaço de papel dobrado. — Ti, eu vou me casar hoje. É um pouco tarde demais para bilhetes de amor, não acha? — perguntei, virando o papel na minha mão. Thia riu e nós dois olhamos para Bear, que nos observava com os braços cruzados sobre o peito e um olhar duro no rosto. — Você sabe como Grace sempre estava escondendo coisas? — Thia perguntou, balançando de seus calcanhares até os dedos dos pés. — Sim, — eu disse. — Eu me lembro que sempre que ela precisava de dinheiro ela procurava alguma coisa ou vasculhava na parte de trás do congelador. Ela tinha coisas guardadas atrás de molduras e de caixas de cereais. — Bem, desde que nos mudamos para a casa dela eu encontrei um monte de coisas assim. Uma nota de vinte dólares aqui e ali. Um cupom para entrada gratuita para o swap meet12. Um livro-caixa para uma conta bancária que já não existe. — Thia apontou para o papel que eu tinha começado a desdobrar. Samuel estava escrito em toda a parte superior com uma letra familiar. — Isto estava guardado em um baú no sótão e eu o encontrei quando eu estava limpando lá. Eu pensei que você poderia querer ver isso hoje, então você pode ter uma parte dela com você.
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Mercado de pulgas, local onde as pessoas vendem ou trocam objetos usados. ~ 131 ~
Olhei para a caligrafia de Grace, passando os dedos por suas palavras. — Obrigado, Ti, — eu disse, incapaz de demonstrar mais a minha apreciação com palavras, porque fiquei espantado com o que eu estava segurando. — Vou deixá-lo sozinho. — Thia se virou. — Não, por favor. Fique, — eu disse. — Eu não vou te segurar enquanto você chora, — Thia brincou. — Mas eu vou ficar. — Fechado. — eu disse, voltando minha atenção para as palavras de Grace, escritas em letra cursiva. Meu querido Samuel, Isso pode ser apenas uma carta louca vindo de uma mulher ainda mais louca, mas eu sinto em meu coração que eu tenho que escrever de qualquer maneira. Você pode nunca ler isto, mas eu não posso NÃO o escrever. No caso de você não saber, você está morto. Ou pelo menos é o que me disseram muitas pessoas, o que me faz querer atropelá-las com a velha caminhonete de Edmond. Então é isso que eu acreditei todos esses meses. Que você se foi. Eu acreditei quando eu segurei sua camisa manchada de sangue no hospital. Eu acreditei quando abaixamos seu caixão no chão. Eu chorei por você. Todos os dias eu chorei por você, meu querido menino. Mas algo está faltando e no início eu pensei que era uma sensação normal de perda. Perda da luz que sempre o cercou. A cor na minha vida. Mas é mais do que isso. Muito mais. Porque quando eu fico de joelhos à noite e rezo, fecho meus olhos e rezo para não me sentir como se você estivesse do outro lado como meu Edmond. Eu não disse isso para ninguém, e eu sei que é impossível, mas a minha esperança é que isso é tudo ou um pesadelo ou eu esteja realmente louca. Se eu estou louca, então eu desejo deixar a sanidade para aqueles que querem ou precisam mais, porque eu não quero viver em um mundo onde eu não tenha esperança de que você não está lá em algum lugar.
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Coração batendo, pele morna. Eu tenho esperança. E porque tenho esperança, ainda tenho você. São as pequenas coisas que sinto saudades de você. Como corrigilo mesmo que eu amava cada palavra que saia de sua boca esperta, mesmo as más. Mesmo quando eu estava aparentemente zangada com você, meu coração estava sempre sorrindo por dentro. Porque Você, Samuel, é raro. Alguém que é tão esperto quanto eles podem ser. Desde o dia em que King te trouxe para casa, apenas um garoto magro e enrugado, eu te amei. Espero que ela também. E minha esperança é que quando você voltar, você vá para quem quer que eu tenha visto com lampejos de tristeza em seus olhos, e você vai segurá-la e nunca deixá-la ir. Você é uma boa pessoa meu Samuel, mesmo você achando que não. Volte para nós e compartilhe seus fardos com seus irmãos. Com sua família. Deixe-os estar lá para você como você sempre esteve lá para nós. Deixe-a estar lá para você. Quem quer que ela seja. Você é difícil. O jovem mais teimoso que eu já conheci em toda a minha vida e isso é muito, uma vez que eu conheço Abel e Brantley e eu vivi uma vida longa e conheci muitas, muitas pessoas. Nenhum é tão original como você. Nenhum é tão defeituoso como você. Nenhum é tão apaixonado e selvagem e entusiasmado com a vida como você. Não há substituto para Samuel Clearwater e nunca haverá. A vida é incolor sem você. Eu te amo, filho. Sinto mais a sua falta do que as palavras podem expressar. Se alguém neste planeta pode vencer a morte de alguma forma, eu sei que é você. Então volte. Volte para sua família. Eu posso não estar aqui quando você voltar, mas eu vou estar assistindo você transformar o mundo em algo brilhante novamente. Se estou errada. Se você está lá do outro lado quando eu chegar lá, só sei que eu vou ficar mais irritada do que você já me viu em sua vida, então considere este seu único aviso. Eu te amo, Samuel. ~ 133 ~
Meu filho. Sempre para sempre Nesta vida e na próxima, Mamãe Grace Eu não disse uma palavra quando eu terminei de ler, eu apenas envolvi Thia em um abraço. Ela estava certa. Agora, de certo modo, Grace estava comigo. Eu me sentia mais completo agora. Mais à vontade com ela não estado lá. — De nada, — ela disse em meu peito. Bear já estava vindo em nossa direção. Eu a soltei e enfiei a carta no meu bolso. — Você sabe, eu nunca te agradeci. Por ter acabado com Chop. Eu me sinto como uma porcaria porque eu não tive a chance de fazer isso sozinho ou vê-lo derrotado, mas estou feliz que o fodido esteja morto, então obrigado, — eu disse. — Eh, não foi nada importante, — Thia respondeu. — Tinha que proteger esse bruto aqui. Bear chegou até nós e colocou um braço sobre os ombros de Thia. — Você não pode realmente sentir ciúmes por causa de um abraço, — eu disse, rolando meus olhos na direção de Bear. — Quero dizer, eu não tenho ciúme quando você fala com Dre e você já teve seu pau nela. Bear fez uma careta. Ops. Thia riu. — Eu sei, Preppy. Bear me contou que ele e ela e você... quer dizer, está tudo bem, eu sei. Eu também já disse a Dre que eu sei, então não há nada estranho entre nós. Eu realmente gosto dela por perto. — Você é uma garota legal, Ti, — eu disse. Dei um tapinha no casaco onde a nota de Grace estava guardada. — E além disso, não é como se a coisa com Bear tivesse sido importante, foi apenas anal. — Eu tenho que ir ajudar Ray, — Thia disse, ainda rindo e balançando a cabeça. — Vou deixá-los sozinhos para assassinar um ao outro. Afinal, estamos no lugar perfeito para isso. — ela correu para encontrar Ray onde ela estava esperando Dre.
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— Você está certo, Prep. Foi apenas anal, — disse Bear e me perguntei para onde ele estava indo com esse tom provocador em sua voz. — Porque quando eu olho para trás e eu imagino tudo na minha mente, quero dizer que eu não me lembro muito no início, mas agora eu posso ver cada pequeno... — Bear, — eu o interrompi. — Se você tem lembranças daquela noite rondando em sua cabecinha bonita, eu vou matá-lo enquanto você estiver dormindo, — eu avisei. Bear sorriu e me puxou para um abraço, ele bateu nas minhas costas. — Eu não esperaria nada menos que isso, Prep. — Ela chegou! — gritou Ray. — Mas sério, — Bear começou quando voltamos e nos juntamos a King. — Quem é seu melhor amigo? Kevin? Então Bo veio correndo através do cemitério usando um terno cinza claro combinando e laço azul claro. Ele ainda tinha um par de suspensórios marrons e ele estava ostentando um novo corte de cabelo. Quando ele me viu, ele mudou de direção, correndo direto para mim até que ele saltou para cima e eu o peguei. Voltei para meus amigos com meu filho em meus braços. — É ele.
***
Quando a música começou e o som de ‘LIFER’ por Florida Georgia Line começou a tocar, eu fiquei do lado do túmulo vazio marcado com minha lápide e esperei que Dre aparecesse. Eu sabia que ela estava prestes a entrar, mas nada poderia ter me preparado para o momento em que eu a vi. NADA. Ela não era apenas linda ou deslumbrante. Ela era pura arte. Eu tossi porque de repente eu não podia respirar. Os lábios de Dre estavam pintados de vermelho vivo, mas enquanto ela caminhava pelo corredor de lápides, percebi que eles eram de um vermelho sangue escuro e combinavam com a rosa em seu cabelo, que estava preso e solto ao lado de sua nuca.
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Seu vestido de marfim sem alças, com decote em forma de coração sobre a elevação perfeita de seus peitos. Curto na frente, logo acima de seus joelhos, mudando para um vestido longo na parte de trás que se arrastava ao longo do chão enquanto ela andava. Havia rendas na parte de cima para dar a ilusão de mangas, mas era tão leve e delicado que parecia estar flutuando em cima de sua pele cremosa. Ela carregava um buquê de flores silvestres e eu ri quando vi os caules amarrados com um das minhas gravatas vermelhas. Ela sorriu quando nossos olhos se encontraram e de repente ela não estava usando seu vestido de noiva. Ela estava nua, magra e machucada como se estivesse no topo da torre no dia em que nos conhecemos. Seu cabelo brilhoso soprando em seu rosto. Em seguida, ela estava vestindo roupas de Mirna estilo pin-up pela primeira vez. Então ela estava na noite que eu propus, a saia preta apertada e o espartilho azul. Quando ela chegou na minha frente e uniu as mãos dela com a minha, ela estava usando seu vestido novamente e eu estava preso em algum lugar entre tanto amor que doía e tão excitado que doía. — Porra... Doc, — eu gemi, aparentemente em voz alta, porque a multidão a nossa volta riu. O reverendo começou a dizer algumas palavras, mas eu não ouvi uma única, porque eu estava firmemente focado em Dre. A única coisa que ouvi foi o meu cântico de homem das cavernas. Minha. Minha. Minha. Minha. Minha.
DRE Preppy usava um terno cinza claro com um laço azul claro e amarelo. Estava perfeitamente ajustado aos seus músculos e eu não conseguia arrancar meus olhos dele enquanto eu caminhava pelo corredor. Meu estômago dava cambalhotas. Eu não me lembro de andar rápido ou lento enquanto meu pai me guiava em direção ao meu marido. Eu só me lembro de tentar chegar a ele o mais rápido possível, enquanto ele me esperava. Um olhar atordoado ainda apreciativo em seus olhos que me fazia formigar por toda parte. ~ 136 ~
Enquanto eu fazia o meu caminho para ele eu pensei que estava vendo coisas. Sua imagem surgiu da versão assustadora dele que encontrei na torre no primeiro dia, para a alma torturada, macilenta, com cabelos longos e cicatrizes recentes. Quando eu cheguei a ele, ele voltou a ser o meu marido no smoking, pronto para fazer promessas de eternidade. — Ei, Doc, por que demorou tanto? — Você não quer dizer o que NOS levou tanto tempo? — eu perguntei. Quando chegou a hora de dizer nossos votos, Preppy me surpreendeu se oferecendo para ir primeiro. — Eu era um menino quando nos conhecemos, alguém que evitava e fugia de tudo em sua vida com que ele não queria lidar. De certa forma eu nunca vou crescer, mas você me fez querer ser mais. Para você. Para Bo. Agora eu sou um homem que sabe que é hora de parar de fugir e começar a correr em frente e eu estou escolhendo correr para você, Doc. Para sempre. Havia várias fungadas na multidão, mas eu não podia olhar para ver quem estava se emocionando porque eu não podia afastar meu olhar de Preppy. Ele esfregou o polegar sobre a minha mão e continuou. — Eu sei que é aqui que eu deveria fazer promessas e eu vou chegar a essa parte, mas primeiro quero agradecer por estar aqui, por colocar esse vestido e andar por esse corredor. Por dizer sim. Para mim. Para Bo. Para nós como uma família. — ele respirou fundo. — Eu odeio aqueles votos onde eles fazem promessas que parecem ridículas, então que eu vou te dizer como eu sei que as coisas vão ser e a verdade é que eu provavelmente vou errar. Muito. Eu não vou fazer isso de propósito e eu nunca vou fazer nada para machucá-la intencionalmente, mas eu sou falho e vou errar de vez em quando. Eu não sou um homem religioso, mas eu prometo nunca perder a fé em você. Por favor, não perca a fé em mim. — Eu não vou, — eu falei, sentindo meu peito doer de felicidade. — Eu posso não ser muito, mas eu sou muito egoísta para deixála ir encontrar alguém que será bom o suficiente para você, embora eu duvida que ele existe porque você é boa. Muito boa. Eu prometo que sou seu e apenas seu. Corpo e tudo o que resta dessa alma esfarrapada. — Preppy estendeu a mão e pegou minhas mãos nas dele. — Lembre-se de um longo tempo atrás, quando eu disse que éramos os mesmos? Eu realmente não sabia o que eu queria dizer naquela época, mas eu sei agora. Nós lutamos. Nós superamos. Somos leais. Nós amamos com ~ 137 ~
tudo o que temos e lutar com tudo e muito mais. Eu vou lutar por você e Bo. Todo dia com tudo o que tenho. Preppy enxugou os olhos e depois estendeu a mão para pegar uma lágrima no canto do meu olho. — Andrea, — disse o reverendo. Eu mentalmente passeei sobre as palavras que eu tinha preparado, mas não tinha ideia de como fazê-las sair da minha boca. Eu tomei uma respiração profunda e, em seguida, foquei em Preppy e seus olhos âmbar. No último segundo eu mentalmente joguei fora minhas palavras preparadas e decidi voar, indo direto ao ponto. — Eu amo você, Samuel Clearwater. Eu vou te amar para sempre e eu vou te mostrar todos os dias como você não é apenas perfeito para mim, mas bom o suficiente para mim, e eu vou tentar o meu melhor para ser digna de você. Você não só salvou minha vida, mas me deu uma vida. Eu sou quem eu sou por causa de você. Eu vou te amar agora e para sempre. Na vida e na morte e especialmente entre uma e outra. Preppy respirou fundo quando percebeu que eu tinha usado uma frase da carta que ele me escrevera. — Nem mesmo a morte nos separa — ele sussurrou. — Nem mesmo a morte nos separa, — eu repeti sobre um soluço sufocado. — Porra... Doc, — Preppy disse, enlaçando-me pela parte de trás do meu pescoço. Ele me puxou para perto e me beijou profundamente. A multidão assobiou e nos saudou para a consternação do reverendo, que literalmente teve que colocar as mãos entre nós para nos separar. — Só um minuto, nós temos que chegar à parte que faz essa coisa legítima, — disse Preppy, recuando e limpando a garganta. Inclinei-me para limpar meu batom do lado da boca de Preppy. Eu estava flutuando em outro nível de felicidade quando o reverendo nos apresentou como — Sr. e a Sra. Samuel Clearwater. Nós dois agarramos a mão de Bo e estávamos prestes a caminhar de volta pelo corredor quando Kevin colocou dois dedos em sua boca e fez um ruído alto, assobiando, silenciando a multidão que voltou suas atenções para ele. — Espere! — ele gritou, pisando na nossa frente, bloqueando a nossa saída. Eu apertei a mão de Preppy firmemente e em um instante minha felicidade se transformou em pânico.
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Kevin colocou a mão dentro do bolso do casaco. — Ainda não acabou.
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Eu estava prestes a empurrar Bo para a multidão para a sua segurança e longe de mim e de Kevin quando eu percebi que o que ele puxou para fora de sua jaqueta não era uma faca ou arma, era um lenço. Ele usou para limpar as gotas de suor de sua testa. — Está muito quente aqui fora, — ele murmurou, colocando o pedaço de tecido de volta em seu bolso. Ele olhou para Bo, dando a ele uma piscadela. — Você está pronto, garoto? Bo mostrou um polegar para cima e a multidão se abriu para nos dar mais espaço. Kevin trouxe Bo de volta para frente da multidão. Ele estendeu uma caixa de engradado de leite para Bo subir. — Assim que você estiver pronto, — Kevin disse, dando um passo para trás. Agora, Preppy e eu fazíamos parte dos espectadores e ambos trocamos um olhar confuso. — O que exatamente você tem escondido, garoto? — Preppy perguntou. Calma. Bo sinalizou. Preppy riu entre os dentes, mantendo minha mão enfiada sob seu braço. Bo olhou para Kevin buscando encorajamento. — É a sua vez, amigo, — ele disse antes de virar para nós. — Ele queria dizer algo em seu dia especial. Ele tem praticado sem parar. Preppy e eu sorrimos e Bo respirou fundo. Ambos esperávamos que ele começasse a sinalizar seu discurso, mas quando ele abriu a boca e começou a falar, Preppy teve que me segurar para que eu não caísse. Eu nem sequer senti que estávamos em movimento, mas antes que eu pudesse perceber, eu estava dando um passo na frente do outro, Preppy e eu já estávamos ambos na frente de Bo. — Feliz da do casamento, mamãe e papai. Eu amo vocês. Esse foi o seu discurso inteiro, mas eu senti que ele tinha dito tanto com tão poucas palavras. Ele mal tinha terminado quando ele saltou em nossa direção e nós o envolvemos em um abraço. — Isso foi incrível pra caralho, — disse Preppy. Ninguém se incomodou em corrigir
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seu palavrão para Bo porque ele estava certo. Incrível por si só não teria feito justiça a este momento. Era incrível pra porra. Depois de abraçar Bo até que ele se contorceu desconfortavelmente, Preppy se levantou para se dirigir à multidão. — Eu percebi que eu quase esqueci uma coisa. Toda a razão pela qual estamos aqui. Neste cemitério para o nosso casamento. — ele apontou para a lápide. — Isso não é mais meu. — foi quando eu notei pela primeira vez o saco de papel marrom que o cobria. — Mas há outra pessoa que pensei que deveria ter. — ele olhou para mim. — Alguém que deveria ser lembrado. — ele tirou o saco e eu ofeguei. Meu coração preso em minha garganta, como se eu tivesse engolido pedra. Preppy tinha mudado a lápide. Já não se lia Samuel Clearwater. Eu caí de joelhos e corri meus dedos sobre as letras gravadas no granito liso. Bebê Clearwater Amada Filha e Irmã Nos veremos novamente, No meio do caminho. Não sei por quanto tempo fiquei sentada ali, olhando para aquelas belas letras honrando a filha que Preppy e eu nunca chegamos a conhecer, mas deve ter sido um tempo, porque na hora em que olhei para cima, todo mundo tinha ido embora. Todos, exceto Preppy, que estava ajoelhado ao meu lado. — Onde está Bo? — eu perguntei. — Ray e King o levaram com eles para a casa deles para preparar a recepção. — Obrigada, — eu disse, permitindo que ele me puxasse para ficar em pé. Sacudi a grama do meu vestido. — Muito obrigada. — Não me agradeça. Ela precisava de um lugar e eu não. Considere isso como um tipo de sublocação, — Preppy disse com um sorriso. — Eu não queria te deixar triste. Eu balancei a cabeça. — É uma tristeza do tipo feliz, se isso faz algum sentido.
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— Faz, — disse Preppy. Não havia dúvida de que ele entendia o que eu queria dizer, porque de alguma forma ele sempre entendia. Eu funguei. — Eu amo você, Samuel Clearwater. — eu envolvi meus braços ao redor de seu pescoço. — Eu te amo, Andrea Clearwater, — ele respondeu, cobrindo meus lábios com os seus. Quando ele se afastou, ele enfiou os dedos nos meus, puxando-me para além das fileiras de lápides e atravessando o portão que conduzia à estrada. Preppy não era o único com surpresas. Eu mal podia esperar para dar a ele a minha, mas teria que esperar. Tínhamos uma recepção para participar. Nós atravessamos o portão da frente do cemitério, oficialmente deixando a morte para trás. Coloquei minha mão sobre minha barriga. Com apenas uma nova vida pela frente.
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Dezoito DRE Nossa recepção foi uma festa casual na piscina na casa de King e Ray. Quando chegamos, Preppy foi falar com seus amigos enquanto eu subia para trocar de vestido e sapatos por um vestido de verão branco e sandálias, então eu estaria mais confortável andando pelo quintal. Eu acabei de me vestir quando a porta se abriu e Kevin apareceu. Sua gravata solta ao redor de seu pescoço. Sua jaqueta se foi. Suas mangas roladas até seus cotovelos. — Ei, — eu disse. — Eu estava descendo. — Eu só queria agradecer, — disse Kevin. Suas mãos estavam nos bolsos e os olhos no chão. — Você não me conhece, mas me deu um lar. Você me deu.. uma família. Você não precisava, mas você fez e eu não entendo por quê. Eu não acho que eu teria feito o mesmo. Você confiou em mim. Me deu o benefício da dúvida. Ninguém nunca fez isso por mim antes. Coloquei a mão no braço de Kevin e me senti um pouco culpada por pensar que ele não teria as melhores intenções comigo ou com Preppy. — Ter um irmão deixa Preppy feliz. A família o deixa feliz. Eu nunca ficaria no caminho disso, — eu admiti. — Apenas me faça um favor, é importante. — Qualquer coisa, — Kevin disse ansiosamente. — Não o decepcione. Ele já teve o suficiente disso. Kevin cobriu minha mão com a dele, determinação em seus olhos. — Eu nunca o decepcionaria. NUNCA. Você verá. — Ótimo, agora desça. Eu só vou tirar os grampos do meu cabelo, eles estão machucando meu couro cabeludo, — eu disse, puxando um para fora dos cachos na nuca do meu pescoço.
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Kevin saiu e eu fiz o trabalho rápido de retirada dos grampos. Uma sombra cruzou a porta. — Você esqueceu algo, Kevin? — eu perguntei, puxando o último grampo para fora e passando meus dedos pelo meu cabelo para aliviar meu couro cabeludo dolorido. Eu me virei e fui pega totalmente desprevenida quando eu me encontrei olhando para o cano de uma arma.
PREPPY Eu não consegui encontrar Dre. Pensando que ela poderia precisar de ajuda com um zíper ou algo, eu subi as escadas de dois em dois, mas quando eu abri a porta do quarto de Max, eu não a encontrei lá. O que eu achei foi a sua bolsa de maquiagem espalhada pelo chão, a penteadeira virada para o lado e o sangue espalhado por seu vestido branco de casamento que estava amassado no centro do quarto. — Cara, o que caralho está prendendo vocês por tanto tempo? Vocês tem toda a noite para foder. Eu tenho um presente todo preparado e eu vou trazer uma coisa que você nem sequer se lembra desde que nós éramos pequenos punks que aprontavam nas ruas... — a voz de Bear parou quando ele examinou o quarto. — Porra, eu vou chamar King. — ele desceu as escadas. Eu corri atrás dele para procurar por Dre, mas em meu estômago eu sabia que ela já tinha ido embora. Uma estranha sensação de calma controlada me dominou. Não havia tempo para ficar com raiva. Não havia tempo para se preocupar. Só havia tempo para vingança. O resto eu me preocuparia quando minha esposa estivesse em casa segura, e o sangue de quem a pegou estivesse escorrendo pelas minhas mãos.
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Dezenove DRE Todos nós temos um passado. Alguns bons. Alguns maus. Durante muito tempo, meu problema tinha sido tentar manter o passado para trás, onde ele pertencia. Mas quando seu passado era cheio de cicatrizes, bem como meus braços, era difícil esquecer o que eu tinha passado. O que eu tinha feito. Mas isso é a coisa engraçada do passado. Não importa o quão longe você acha que está, está sempre lá, beliscando seus calcanhares, te perseguindo até que ele está em seu rosto, mostrando os dentes e você é incapaz de ignorá-lo. Tão cafona como pode soar, a coisa que finalmente deixou o passado para trás, onde pertencia, foi o amor. A noção de amor romântico era algo que eu sempre pensei pertencer a gerações anteriores e muito mais velhas. Meus pais tinham. Meus avós também. Mas eu acreditava que era algo que tinha passado com o tempo, cada geração era cada vez menos capaz de ter o tipo de amor encontrado em romances. Até Preppy. Por causa dele eu sabia que o amor não era um mito, porque de repente meu coração estava tão cheio que ia arrebentar. O amor não era apenas uma noção. Nosso amor era praticamente tangível. Eu senti que se movia entre nós. Uma energia. Uma conexão nos amarrando juntos mesmo quando eu pensei que ele estava morto.
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O amor de Preppy não era romântico. Era maravilhosamente doloroso. Era o tipo de amor radical e eu nunca quis escapar dele. Dele. Eu não achava que eu tinha qualquer espaço restando dentro do meu coração, mas quando Bo veio, ele me ensinou sobre um tipo totalmente diferente de amor. Um que eu pensei que nunca seria capaz de experimentar. O tipo de amor entre mãe e filho. Só quando eu pensei que estávamos começando, tudo estava sendo roubado. Eu estava sendo levada embora. De novo. Eu estava com os olhos vendados. Uma dor crepitante e contínua disparava da base da minha coluna, me chocando a cada trinta segundos ou coisa assim. Isso causava um espasmo nos meus músculos das costas, indo e vindo como se eu tivesse sido queimada com um ferro de marcação. Não haveria nenhuma trava de emergência desta vez. Não haveria escapatória. Eu não podia sentir minhas pernas ou braços. Não podia me mover. Não podia gritar. Paralisada pelo medo e pelo corpo. De repente, eu fui arrancada do tinha sido empurrada por alguém excessivamente almiscarada. Minha coração começou a bater mil milhas tocando em todo o meu corpo.
banco familiar do carro que eu que cheirava a uma colônia adrenalina aumentou e meu por minuto, enviando alarmes
Alarmes que eu não poderia responder. Incapaz de lutar, eu fui arrastada até que fui derrubada sem cerimônia. Minha cabeça bateu contra o piso duro, mas eu ainda não sentia nada. Nada além do medo. Minha venda escorregou para a ponte do meu nariz. Esse foi o momento em que eu soube que eu estava errada sobre finalmente ter ~ 146 ~
deixado o passado onde pertencia porque ele não tinha ficado para trás completamente. Estava de pé sobre mim, olhando para mim, um sorriso malicioso em seu rosto bem raspado. East? No começo eu não entendi. Que razão East teria para querer me machucar. Mas então ele inclinou a cabeça para o lado e seu sorriso se inclinou para cima, formando um sorriso cruel. O sorriso estava cheio de dentes brancos, mas não havia dúvida em minha mente que eu tinha visto esse sorriso antes. De perto. Enquanto ele estava me estuprando. O reconhecimento me atravessou a medida que ele começou a rir. O mesmo riso que assombrou meu sono noite após noite. A mesma risada que encheu o ar da primeira vez que ele tirou minha virgindade enquanto Conner me segurava. Ele correu um dedo pela minha bochecha, mas eu não conseguia me mexer. Não poderia fugir. Eu tinha razão. East, o corretor de imóveis, não tinha razão para me machucar. Eric sim. — E eu aqui com medo que você não se lembrasse de mim, — Eric disse, batendo palmas com orgulho. — Eu sei que eu pareço muito diferente agora. É incrível o que ficar limpo, corpo e alma, pode fazer por sua aparência. Merda. Se eu não visse meus braços e minhas mãos com meus próprios olhos, eu não saberia que ainda estavam conectados ao meu corpo porque eu não podia senti-los. Eu não podia sentir nada além da dor na minha coluna que me deixou vendo estrelas. — Eu estou bem assim, não é, Dre? — Eric perguntou, apontando para sua camisa branca com botões e calças pretas apertadas. Ele baixou a voz para um tom sugestivo, olhando para mim de cima a baixo. — Não é tão bom quanto você, é claro. Eu sabia que um pouco de carne em seus ossos faria essa bem ao seu rabo. — ele disse, um som
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de tapa ecoou através da sala e eu estava grata que eu não podia sentir sua mão em meu corpo. — Estou sóbrio há quase três anos. Minha mandíbula começou a formigar. — O quê... por quê? — eu consegui perguntar com um sussurro, minha língua pesada e inútil na minha boca. Incapaz de levantar meu pescoço, meus lábios se moveram contra o chão sujo, a baba escorrendo pelo canto da minha boca. — Oh, você pode falar agora. Isso seria tão chato se eu não pudesse ouvi-la gritar. — Eric se agachou diante de mim. Seu caro relógio de ouro brilhou quando ele alisou uma mecha de cabelos caídos de volta sobre sua cabeça. — Porque você pergunta? Porque eu não terminei com você. — Nãoooo, — eu disse. Meus dedos do pé começaram a formigar e eu esperava que fosse um sinal de que meu corpo estava voltando à vida. — O que você me deu? — e eu gemi. — Você gosta disso, huh? Eu tive que ter certeza que você não poderia pular do carro desta vez, apesar de ter que te elogiar por isso, porque eu pensei que eu tinha tudo planejado, mas você pulando de um carro em movimento, enquanto estava amarrada no porta-malas não estava nessa lista. As drogas que usei desta são de fabricação própria. Um pouco de ketamina, um pouco de clorofórmio. Eu injetei essa merda na sua coluna também. Você realmente pode aprender alguma coisa do YouTube, — Eric disse orgulhosamente. — Vai demorar uma hora ou próximo disso e até lá, nós vamos nos divertir um pouco. Assim como nos velhos tempos, — ele riu, cobrindo a boca com os dedos como uma estudante apanhada conversando durante a aula. — Você está louco, — eu disse. Eric me ignorou. — Procurei por você. Procurei e procurei até descobrir que você devia ter morrido. Pensei assim até que eu encontrei você naquela casa perto do cemitério. Você caminhou direto para a minha vida novamente, parecendo como se estivesse sóbria há pouco tempo e muito confusa. Você parecia estar procurando alguma droga. Lembra, Dre? Lembra de como era sentir a agulha no seu braço? Aquela primeira picada na sua pele antes de entrar em sua veia e o mundo ir embora? — Eric riu e se levantou, lentamente andando pelo pequeno quarto. — Às vezes fico acordado à noite, apenas lembrando como me sentia estando inconsciente deste mundo cruel. Insano é um eufemismo.
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— A coisa é, você não estava sozinha quando eu vi você naquela casa, — o tom de Eric ficou mais profundo, mais sombrio, zangado. — Eu vi você no cemitério... com ELE, — Eric fervilhava, colocando ênfase extra na palavra ELE. — O mesmo cara que matou Conner. Isso mesmo, eu o vi naquela noite. Eu vi da estação de ônibus como ele tirou você do quarto de motel. Quando me aproximei para procurar Conner, tudo o que encontrei foi o corpo dele sem vida no banheiro. E quando eu te vi novamente, no cemitério, e percebi que vocês dois estavam juntos, eu sabia que você tinha participação na morte de Connor. Quem sabe, talvez você tenha feito isso sozinha. — Pensei que estivava morto, — murmurei. Eu queria que você ainda estivesse. Eric apontou para si mesmo. — Eu surtei e pulei de uma puta ponte! Eu também pensei que eu estava morto! Foi um milagre que eu sobrevivi. Quando eu despertei e vi que eu ainda estava respirando, sabia com certeza que eu tinha sido poupado por uma razão. Um poder superior pensou que eu era mais útil aqui na terra. Eu fiquei sóbrio logo depois disso e decidi que parte do plano de Deus estava exigindo vingança por Conner. — Eu... eu nem imaginava que você gostasse tanto de Connor, — eu disse, meus lábios se movendo com um pouco mais de facilidade. Conner e Eric estavam sempre discutindo. Sobre o dinheiro ou as drogas ou até mesmo de quem era a vez para me estuprar. — Não! — exclamou ele, batendo o punho pela parede, o gesso caiu no chão. Ele se virou e andou na minha direção, chutando meu estômago com a ponta de um dos seus sapatos. Eu ouvi algo quebrar e como eu não conseguiria nem mesmo me mover, eu apenas tive que suportar. — Você não entendia. Connor era... ele era mais. — O quê? — eu tossi. — Você estava... apaixonado por ele? — Eu... — ele começou, parando para respirar fundo para se lembrar. — Isso não importa. Não mais. — Eric foi até uma mesa na outra extremidade da sala e pegou alguma coisa dela. Foi só quando ele estava agachado na minha frente novamente que eu podia ver o objeto que ele pegou era um livro de couro preto encadernado. Mais especificamente, uma bíblia. — Você sabe, ele vai vir atrás de mim, — eu disse. — Preppy. Ele não vai deixar você fugir assim. Provavelmente já está quase aqui.
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— Estou contando com isso, — respondeu Eric com um sorriso calculista, parecendo muito menos preocupado do que um homem em sua posição deveria estar. — Você sabe que eu tenho perturbado ele há anos, não é? Eu até explodi seu carro. No momento em que eu estava pronto para tentar novamente, esperançosamente planejando algo com ele, divulgaram a notícia que ele estava morto e eu não posso te dizer como eu fiquei decepcionado que eu não seria eu o único a matá-lo, mas então outro milagre aconteceu e não só ele estava vivo, mas você tinha voltado. As minhas orações tinham sido ouvidas. Tentei mexer os dedos. Eu precisava sair de minhas amarras se eu quisesse alguma chance de escapar, mas eles ainda estavam muito dormentes. — Você vê isso? — ele perguntou, erguendo a bíblia. — Isto é o que substituiu Conner e meus pensamentos antinaturais em relação a ele. Isso substituiu a heroína. — ele acariciou amorosamente a capa de couro preto. — Eu perdi Conner, mas encontrei alguém muito melhor. — ele olhou para mim. — Encontrei Jesus. — Então não é você, é Jesus quem quer que você me mate? — eu perguntei através da dor em minhas vísceras. Eu queria mantê-lo falando o maior tempo possível para dar tempo a Preppy para me encontrar. COMO ele ia me encontrar era outra história. Eu nem sabia onde estava. Eric estalou a língua e balançou a cabeça lentamente de um lado para o outro. — Eu não vou matar você. Bem, não imediatamente. Agora que eu encontrei o Senhor, eu preciso exorcizar seus demônios de seu corpo primeiro. Liberá-los de seu interior. — ele estendeu os braços para o lado e olhou para o teto com os olhos fechados, respirando profundamente como se estivesse cheirando algo diferente do mofo e poeira que permeava a sala. Abriu os olhos e abaixou o olhar. — Eu vou te salvar, Andrea, — ele sussurrou. — Você vai me salvar, com isso? — eu olhei a bíblia em sua mão. Ele a fechou, parou e caminhou de volta para a mesa. Eric revirou os olhos. — Não, garota estúpida. Não com a Bíblia. — ele pegou uma faca com um espesso punho preto, sua longa lâmina serrilhada brilhava contra a luz enquanto ele a virava para inspecioná-la, passando um dedo pela borda afiada. Seu sorriso sumiu, os lábios formando uma linha reta. Ele apontou a lâmina na minha direção.
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— Com isto.
PREPPY Eu rastreei Dre através de um aplicativo no meu telefone, disse para Bear onde virar até que nos encontramos a uma hora de Logan’s Beach, em uma cidade chamada Estero Springs, dirigindo a van através de um portão com uma placa que anunciava que estávamos entrando em um local histórico do Estado. — Eu ainda não posso acreditar que você colocou GPS na sua esposa, — disse King. — Você pode me dizer o quanto foi uma ideia idiota depois que a encontrarmos. — Porra, não. Vou colar um no pescoço de Ray quando chegarmos em casa. Merda, talvez nas crianças também. — Eu perdi o sinal! — eu resmunguei, jogando meu telefone para o chão. — O que isso significa? — Kevin perguntou por trás de mim. — Isso significa que ele parou de funcionar, — eu disse. — Como? — Kevin perguntou. — É um chip na parte de trás de seu pescoço. A única maneira de parar de funcionar seria se alguém cortasse... Bear lhe lançou um olhar e a voz de Kevin se apagou. — Ela tem que estar por aqui em algum lugar, — eu murmurei enquanto estacionávamos atrás de uma fileira ordenada de árvores arredondadas. — Fique na maldita van, — eu ordenei a Kevin que estava no banco de trás. — Chame-nos se você vir qualquer coisa que sair ou entrar. Nós vamos entrar. O último sinal estava em algum lugar nessa direção, — eu apontei para o norte. Eu puxei minha arma. O terreno desconhecido era a única coisa que me impedia de correr toda a velocidade no escuro para encontrar minha garota.
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King, Bear e eu percorremos nosso caminho silenciosamente através das árvores no escuro. Havia por volta de uma dúzia de pequenos edifícios ao redor do perímetro da propriedade. — Todas essas casas têm pelo menos cem anos de idade, — disse King. — Que porra é esse lugar? — É o sítio histórico do Estado de Koreshan, — respondeu Bear. — Alguns charlatões médicos no anos 1800 começaram um culto e este deveria ser a seu sonho realizado. Tudo porque um filho da puta se eletrocutou uma noite e teve uma epifania de que o universo inteiro existia dentro de uma esfera oca gigante. Que merda, huh? Acho que a maioria das pessoas pensou isso também, considerando que este lugar é agora um parque estadual que aluga caiaques nos finais de semana e oferece um brunch no Dia das Mães. — Como diabos você sabe tudo isso? — perguntou King. — Está escrito aqui, — disse Bear, apontando sua lanterna para uma pedra no chão com uma placa de metal fixada em ângulo com o topo. — Você ouviu isso? — perguntou King. As folhas próximas se agitaram por um momento e, em seguida, pararam. — Provavelmente uma cobra ou roedor, — disse Bear. — Shhhhhh, meninas. Eu acho que é para ali que devemos ir, — eu disse, apontando para uma grande construção amarela de dois andares além da clareira na nossa frente. Eu me agachei e usei o feixe da minha lanterna no chão para que pudéssemos ver quaisquer obstáculos no nosso caminho sem brilhar a luz através das janelas e anunciar a nossa presença para quem quer que fosse o filho da puta que estava com Dre. Eu apertei meus dentes. — Como você sabe que é onde ela está? — perguntou Bear. — Há um monte de edifícios por aqui. Poderia ser qualquer um deles. — Por causa disso, — eu disse, levantando minha luz para a placa do modelo familiar do mais novo Honda Civic estacionado na lateral do edifício. O porta-malas aberto e vazio. O QUE JESUS FARIA estava escrito no vidro traseiro. — Eu sei quem a pegou, — eu rosnei.
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— Liguei para os irmãos. Eles estão a caminho. Nós vamos precisar de mais apoio do que seu irmãozinho... — a voz de Bear parou à distância porque eu já estava na metade da clareira. Eu ia buscar minha esposa. Então eu ia queimar East vivo. Estou indo, Doc.
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Vinte DRE Todo o sentimento em meu corpo voltou exatamente no momento errado, justo quando Eric cortou sua faca ao longo da pele na parte de trás do meu pescoço onde a cicatriz de saltar do tronco ainda estava vermelha. — AAAAHHHHHHHH! — eu gritei enquanto ele cavava seu dedo dentro da ferida fresca. Ele puxou para fora algo pequeno, azul, em forma de uma pílula revestida em meu sangue fresco. Ele riu longo e alto, antes de jogá-lo no chão em frente ao meu rosto, esmagando-o sob seu sapato de grife. — Parece que seu marido te marcou com um rastreador. Acho que ele estará aqui mais cedo do que eu pensava. — disse Eric, estralando o pescoço. — É melhor começarmos então. Ele voltou para a mesa, limpando o sangue da lâmina com um pano. Enquanto trabalhava, ele cantarolava ‘Jeremiah Was A Bullfrog’. Ele voltou para mim com a lâmina brilhando mais uma vez. — Isso vai doer muito. — ele ergueu a faca acima da cabeça com as duas mãos no punho. — Não! — eu gritei, tentando recuar pelo chão, mas eu ainda estava contida e mal podia me mexer. — Em seu nome Jesus Cristo eu libero os demônios do corpo desta pecadora. Eu os lanço da escuridão para a luz! — ele abaixou a faca em um movimento rápido, diretamente em meu ombro. Senti a lâmina atingir o osso antes de sair do outro lado, virando-me para o chão de madeira. Eu senti tudo de novo quando ele retirou a lâmina, mexendo-se em torno de minha carne para liberar sua pressão no chão. Eu estava prestes a desmaiar. Minha visão ficou turva pela dor.
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— Afaste-se dela, — disse uma voz muito familiar. Quando Preppy entrou em exibição irradiando raiva com sua arma treinada em Eric, eu pensei que era tudo um sonho ou uma alucinação. Preppy permaneceu ali, fervendo, enquanto seus olhos se moviam entre minha ferida jorrando e o homem segurando a faca. Se era uma alucinação, era uma boa. Preppy era uma mistura de belo ódio e vingança luxuriosa. Ele já era bonito com seus olhos brilhantes de âmbar, cabelos louros arenosos, um corpo forte cheio de músculos magros e tatuagens que decoravam cada centímetro de sua pele bronzeada, incluindo os lados de sua cabeça, mas naquela sala ele parecia um paraíso puro com intenções malignas e eu não conseguia desviar meus olhos. Mas ali, com as narinas queimando, notei um novo tipo de beleza em Preppy. Mais escura. Mais sinistra. O rosto de Preppy estava retorcido de raiva. As cordas do pescoço dele estavam tensas e apertadas. Seu peito inchado em fúria, levantando-se para cima e para baixo contra o tecido de sua camiseta branca, o tipo destinado a ser usado sob uma camisa. Seus suspensórios estavam presos às calças, mas não estavam em seus ombros, em vez disso pendiam ao redor de cada lado de suas coxas. Os músculos de seus antebraços e bíceps flexionados sob suas tatuagens coloridas quando ele ajustou seu aperto na arma em sua mão. Preppy era poder puro, crepitando e zunindo com energia como uma pá de vento atingida por relâmpagos. Uma aura elétrica de vingança o rodeou enquanto ele mantinha um foco que eu raramente tinha visto nele, a menos que estivéssemos nus. O que fazia sentido, porque havia algo muito sexual na maneira como ele avançava. A confiança, o ritmo. A forma como o suor perlou em sua têmpora antes de escorregar pelo rosto e pescoço. Erótico, mas assustador. Era uma dança de vingança e Preppy tinha assumido a liderança. Eric cacarejou quando viu o movimento de Preppy e respondeu a seu movimento deslizando lentamente a lâmina debaixo de meu queixo, perfurando minha pele com a ponta. Preppy congelou e Eric parecia triunfante que ele tinha a vantagem. Isso foi até que Preppy disparasse e o bíceps de Eric explodisse. Ele gritou e caiu no chão.
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— Droga, Doc! — Preppy gritou. Ele correu para mim e procurou freneticamente meu rosto. Ele passou suas mãos sobre meu corpo para verificar se havia mais feridas. Ele rasgou uma tira de sua camisa e amarrou-a em torno de meu ombro. Consegui inclinar o queixo para dizer a ele que estava bem. Seus olhos se fixaram nos meus. — Você tem certeza? Preciso ouvir você dizer, Doc. — Tenho certeza, — eu murmurei. — Não é East. É Eric. Como Eric e Conner, Eric, — eu disse, as palavras tomando tudo o que eu tinha para formar. — Porra, — grunhiu Preppy, olhando para onde Eric estava gemendo no chão. King e Bear apareceram. — Acabe com ele, — disse Preppy, empurrando os braços para baixo de mim e me levantando. King e Bear caminharam em direção a Eric, mas eles não chegaram muito longe. A sala tremeu, um som agudo soou em meus ouvidos. O telhado do outro lado da sala desmoronou, armando King e Bear atrás dele. Ou sob eles. — Porra, nós temos que tirar você daqui, — gritou Preppy, escalando sobre detritos comigo em seus braços. — Preppy, espere! — eu gritei com tudo que eu tinha. Ele se virou e seus olhos seguiram para onde eu estava olhando para um vermelho encarado e irritado Eric olhando. Sua mão tremendo. Uma arma apontava para Preppy. — Sabe, eu nem gosto dessas coisas, — Eric disse, sacudindo a arma de um lado para o outro com a mão direita, a esquerda pendurada e sem vida ao lado dele. — Mas a arma não é o que é importante aqui. Terminar sua vida é. — seu lábio se contraiu. — Então é uma arma. Preppy lentamente me colocou no escombros com minhas costas contra a parede. — Se sou eu quem você quer. Sou eu que você pode ter. Apenas deixe-a ir. — Preppy pisou na minha frente me protegendo com seu corpo. Ele levantou as mãos em rendição.
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Suas mãos vazias me fizeram perceber que ele não tinha sua arma. Ele deve ter deixado cair quando ele me pegou. Procurei ao redor, observando-o apenas fora de alcance nos escombros. Eric zombou de Preppy. — Não há OU, eu quero que os dois morram. — Sem aviso, Eric mudou seu alvo para mim e disparou. Foi quando tudo mudou e tornou-se como assistir a um filme em câmera lenta. Mesmo o POP POP POP da arma soou esticado. Preppy saltou de lado, seu corpo quase no ar enquanto se esticava o máximo que podia, como um defensor tentando pegar uma bola de beisebol. Só que ele não estava jogando um jogo. Ele estava me protegendo. E não foi uma bola de beisebol que ele pegou. Era uma bala. Preppy aterrou em seu lado com um ‘UMPH’. O tecido de sua camiseta ficou vermelho com seu sangue. Eu me arrastei até ele, apenas percebendo que Eric se aproximava. — Precisamos tirá-la daqui, — Preppy disse, sentando. — Não importa o que aconteça você vai para Bo. Cuide dele. Eu estava prestes a discutir quando ele acrescentou. — Por favor, Dre. Apenas cuide do nosso filho. Os sons de sapatos clicaram contra o concreto. Eric se agachou diante de nós. Um olhar de satisfação atravessou seu rosto quando percebeu que nos tinha indefesos e encurralados. Quando outra parte do telhado desabou perto, eu usei aquele momento de distração para estender meu pé e deslizar a arma do Preppy entre minhas pernas. — Realmente esperava que tivéssemos mais tempo para nos reencontrar, Dre. Mas parece que Romeo aqui está encustando nosso tempo. Bem, isso e eu meio que fiz o prédio explodir, — Eric cantou enquanto olhava para Preppy. — Por que você não se move para que eu possa matar essa puta de merda primeiro sem ter que atirar em você... de novo, — ele riu. — Então eu posso mandar você para o inferno onde você pertence. Preppy riu. — Inferno? Cadela, eu acabei de voltar de lá e eu não planejo voltar em breve. Sinto muito, mas você estará fazendo esta viagem sozinho.
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— O que você não entende é que é tarde demais! — gritou Eric, maniacamente, pressionando sua arma contra a testa de Preppy. — Esta é apenas a chuva. Logo, você vai se afogar no dilúvio. — Ouça, filho da puta. Eu amo Bon Jovi tanto quanto o próximo homem, mas vamos nos concentrar menos em citar as letras pungentes de uma banda icônica, e se concentrar mais no fato de que eu estou prestes a cortar você, seu intestino, como se você fosse um salmão, e alimentar o meu porco com suas bolas. — Você não pode fazer essa merda! — Eric gritou. — Eu tenho o poder do Senhor do meu lado e ele diz que você tem que morrer. — Eric ergueu a arma. — Eu sinto que este é um timing muito ruim da sua parte, — Preppy começou. — Eu me sinto compelido a compartilhar um pouco de algo com você. Uma lição de vida, se quiser. — a respiração de Preppy se tornou trabalhosa. — O maior presente que me foi dado foi a morte. Porque só então eu aprendi o que significava viver verdadeiramente. — Isso é tocante, — Eric disse sarcasticamente. Eu tinha que pegar a arma para Preppy. Eu teria disparado eu mesma, mas eu não tinha mira. Eu não queria arriscar não acertar Eric, ou pior ainda, acidentalmente acertar Preppy. Eu finalmente consegui acertar a arma entre minhas pernas. Eu pressionei contra as costas de Preppy. Ele se recostou contra mim e Eric o seguiu com a arma ainda em sua cabeça. Preppy dobrou os braços atrás de seu pescoço, sobre minhas pernas, como se estivesse se preparando para se bronzear na praia, agarrando a arma no processo. — E desde que minha morte foi um presente para mim, estou prestes a dar o mesmo presente para você. — Preppy deslocou a arma de costas para a frente enquanto Eric estava muito ocupado concentrado em suas palavras. — Agora diga ‘obrigado’, — Preppy exigiu, disparando um tiro antes que ele soubesse o que aconteceu. Acertou no antebraço, sua arma voou pela sala. Ele caiu de joelhos. — Diga ‘obrigado’, — Preppy repetiu com seus dentes apertados, armando a arma mais uma vez e apontando para o peito de Eric. Nada ainda. — Diga ‘obrigado’, porra! — Preppy rugiu, sentando-se de joelhos para que os dois homens ficassem cara a cara, apenas alguns metros de distância.
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— O-o-obrigado! — Eric gritou com medo. Preppy apertou o gatilho, acertando Eric na coxa. Um jorro de sangue escorria da sua perna para o chão. Eric caiu no chão. — De nada, — disse Preppy. Eric se sentou de volta, trazendo uma arma menor que deveria ter estado amarrada a sua perna. Preppy disparou sua arma primeiro, mas nada. Ele tentou repetidas vezes. Estava com problemas. Eric riu muito e alto. Meu coração batia tão rapidamente que eu temia uma parada cardíaca a qualquer momento. Preppy, ainda sangrando de sua própria ferida na parte superior do peito, caiu novamente para me proteger da bala de Eric. — Lembre-se do que eu disse, Doc! — ele gritou quando Eric apontou sua arma para a cabeça de Preppy. — Não! — eu chorei, alcançando Preppy, mas ele se virou para encarar Eric. — Não! Eu me preparei para o boom da bala, mas nunca veio. Eric parou, largando a arma. Sua boca se abriu e sangue derramou sobre seus lábios, derramando sobre seu queixo como uma fonte de chocolate. Ele caiu para a frente no chão revelando o machado de mão que tinha sido alojado em sua cabeça, e a pessoa que a colocou lá. Bo.
PREPPY A vida era toda sobre o sacrifício e meu filho acabou de fazer um enorme. Um humano. Não só tinha acabado de matar um homem, ele estava ali, girando os braços ao redor como se estivesse prestes a me pedir para mudar o canal de Bob Esponja para Mickey Mouse. Docemente. Inocentemente. Ele deu a volta ao redor do sangue de Eric se juntando a seus pés sem olhar pra ele. Ele apontou para Dre que estava acordada, mas
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incoerente. Seus olhos se abriram, mas não viram nada. Mamãe está bem? Ele gesticulou — Ela vai estar. Como diabos você chegou aqui, Bo? Escondido na van. Kevin entrou correndo. — Ouvi algo explodir. Que diabos aconteceu? — ele perguntou, examinando a cena, bufando como se tivesse corrido até a casa. — Não há tempo para explicar. Leve Bo para a van. AGORA! Kevin fez o que lhe disseram, agarrando a mão de Bo e arrastando-o para fora da casa. O teto desmoronado virou e a parede tremia, revelando poeirentos, mas vivos, King e Bear de pé no outro lado. — Parece que vocês caíram em uma tigela de farinha. — Quem dera, — respondeu Bear. Ambos pareciam aliviados ao me ver vivo assim como eu estava ao vê-los, mas não havia tempo para uma reunião de família. Peguei Dre, ignorando a dor em meu peito, e segui King e Bear para a luz do sol. Dre estava aturdida por toda a perda de sangue. Sua pele pálida. Os círculos sob seus olhos escuros. — Eu tenho que ajudá-la. Agora. Antes que seja tarde. King começou a discar números no telefone. Os olhos de Dre rolaram para trás e ela começou a tremer. Então o mundo começou a tremer. Estávamos a apenas alguns passos da casa quando ela explodiu em torno de nós com um boom que era tanto ensurdecedor. Rajadas de laranja inundaram minha visão, pedaços de metal rasgaram minha pele quando eu fui soprado para a frente. Minha esposa tirada de meus braços pela explosão.
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Vinte e Um PREPPY Eu odeio o termo ‘nada a perder’. Porque deitado lá naquele quarto do hospital era tudo que eu tinha a perder. Eu mal deixei a equipe do hospital cuidar da minha ferida de bala e parar o sangramento, era apenas uma ferida. Era uma pedra no meu sapato, em comparação com o pedaço de minhas tripas destruídas da última vez que eu tinha sido baleado. Mas minha lesão não era importante. O que era importante era Dre e é por isso que tão ridículo quanto a ideia que eu tinha era, eu não podia ignorá-lo. Eu tentaria tudo e qualquer coisa para trazê-la de volta. Eu não me importava se ela estava se sentindo confortável onde ela estava. Eu não me importava se eles estavam levando-a através dos portões de pérolas com uma garrafa de champanhe e três dúzias de fodidas rosas brancas. Eu não me importava se ela estava mais feliz que ela já tinha sido e se o céu era tudo o que ela poderia querer. Não me importava. Eu era um homem egoísta. Ela era minha, e eu não iria deixá-la ir. Nunca. Fechei os olhos e comecei a técnica de respiração profunda que Mirna me ensinara anos antes. Eu não tinha meditado desde que saí de Nárnia, mas sentado ao lado da minha esposa eu me sentia impotente. Valeu a pena levar um tiro. Foi apenas alguns segundos, ou pelo menos foi o que senti, quando eu não estava mais no quarto do hospital, segurando a mão sangrenta da minha esposa enquanto as máquinas que ela estava ligada bipava e piscava com a errática ascensão e queda de seu peito.
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Estávamos agora no topo da torre d’água. Ela estava acordada, parada na borda exatamente como na noite em que a conheci. Exceto que desta vez, ela não estava nua. Ela estava em um vestido de hospital salpicado de vermelho. O tubo IV ainda estava em seu pulso. Seu olho e lábio inchados e machucados. Ela olhou para a borda. Seu cabelo preto soprou ao redor de seu rosto surrado. — Não salte, — eu disse, dando um passo na direção dela. Tentei manter a minha voz o mais calma possível, escondendo o medo corroendo no fundo do meu estômago. Dre se virou para mim e sorriu. Eu engasguei quando ela saltou para se sentar no topo da grade fina e enferrujada. Meu coração pulou em minha garganta e eu pisei entre suas pernas, envolvendo meus braços em torno de sua cintura e descansando minha cabeça contra seus peitos. Segurando-a para mim. Segurando-a na torre. — Não me deixe, — eu disse a ela. — Não nos deixe. Bo sente sua falta. Eu sinto sua falta. — eu senti a vibração de sua risada e olhei para seu rosto ferido, mas bonito. Seu sorriso era grande, embora seus dentes inferiores estavam cobertos de vermelho. — Salve-me, Preppy, — ela disse, sua voz um eco estranho que não soava como se estivesse vindo de sua boca, mas do ar em torno de nós. Seus lábios nem sequer se moviam. — Eu salvei você, — eu discuti. — Pelo menos eu tentei te salvar. Agora é com os médicos. — eu a segurei mais apertado, mas não era suficientemente. Nunca era. Ela balançou a cabeça e pressionou o dedo indicador em meus lábios, que eu beijei por instinto. — Não, você ainda tem alguma economia para fazer. Ainda não acabou. Ainda não. — ela tocou meu rosto e de repente eu fui inundado com uma imagem. Um médico inclinado sobre mim e eu percebo que não era eu. Estava vendo ele através dos olhos de Dre. O doutor riu quando tentou tossir suas palavras. Questionando o que ele estava fazendo e por quê. — Salve-me, — ela me disse de novo, e a imagem do médico se foi. Estava de volta olhando para os olhos escuros da única mulher que eu já amei. A brisa era agora um vento. Folhas e árvores próximas balançavam em torno de nós, criando uma parede de detritos e um barulho que soava como um trem batendo contra os trilhos. — Mas... — eu comecei a discutir. Eu fui cortado quando ela se inclinou para trás sobre o parapeito, puxando-me com ela. Ela estava caindo e eu caí junto com ela, mas eu não a deixei ir. Eu não podia. Eu não faria isso. Logo antes de alcançarmos o chão, ela me mostrou a parte traseira de sua mão, que tinha algum tipo de adesivo sobre ela. ~ 162 ~
Não, era uma tatuagem. A cara amarela do smiley. À medida que o vento rasgava meu cabelo e o chão ficava mais e mais perto eu reconheci a tatuagem. Uma inundação de memória que eu não sabia que eu tinha correu para frente, tocando como um filme na frente dos meus olhos. A verdade não nos salvaria porque era tarde demais. Nós caímos no chão.
***
Meus olhos se abriram e eu inalei bruscamente como se eu estivesse me afogando e alguém me tivesse fazendo RCP. Eu estava de volta no quarto do hospital de Dre e meus olhos imediatamente pousaram no médico que estava inclinado sobre Dre. Ele tinha uma agulha na mão, mexendo com seus tubos. Ele olhou para mim com um sorriso que desapareceu quando ele viu o reconhecimento em meus olhos. — Você parece familiar, — ele disse, engolindo nervosamente e empurrando as mangas de seu casaco branco, revelando a tatuagem estúpida em sua mão que entregava a sua identidade. Fiquei de pé da minha cadeira, relutantemente deixando a mão de Dre suavemente voltar para a cama. — Eu deveria parecer familiar. — eu olhei ao redor do quarto. — Eu morri aqui uma vez, — eu disse, não reconhecendo minha própria voz que era profunda, sombria e mortal, cheia de raiva puxando em minhas veias. O Doutor que iria estar morto em breve endireitou sua postura e estava se arrastando para trás em direção à porta quando Bear e King apareceram na entrada. Imediatamente eles notaram o olhar no meu rosto e tudo o que precisou foi um inclinar do meu queixo para eles empurrarem o médico de volta para o quarto e bater a porta atrás deles. Ele caiu no chão e correu para o canto como o assustado rato de merda que ele era. — Estivemos procurando por você. — E aí? — perguntou King tão casualmente como se estivesse se perguntando se eu queria ir comer alguma coisa. Ele apontou para o médico. Eu me curvei no chão sobre o médico para agarrá-lo pela garganta. — Então você me entrega para o maldito motoqueiro lunático,
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tenta fazer parecer que eu estava morto, tenta me matar, minha esposa, e você matou minha mãe? O médico freneticamente sacudiu a cabeça. — É um pouco tarde demais para negar agora, — eu disse a ele. — Não, quero dizer, sim. Eu fiz isso. Tudo menos matar a sua mãe. Grace. Foi o câncer. Não eu. Eu juro! — ele gritou. — No começo eu fiz alguns papéis para ele. O ajudei há algum tempo quando ele foi baleado. Ele me pagou em dinheiro. — o médico balançou a cabeça. — Eu estava perdendo minha casa. Eu não queria fazer todas essas outras coisas para ele. Eu não tive escolha! — Você tinha que fazer? Por quê? — Porque... ele tinha minha irmã. Ela era uma de suas prostitutas no clube. As suas BBB’s. — ele acenou para o colete de couro do Bear. — Eu só queria levá-la para casa. Mantê-la a salvo. Chop disse que se eu não fizesse o que ele pediu, ele a mataria e depois a mim. — Isso nunca aconteceu, — disse Bear. Não era uma pergunta. O médico balançou a cabeça. — Não, aquele bastardo a matou e o resto delas antes que ele pudesse cumprir sua promessa e a devolver para mim. — ele suspirou. — Então, quando eu apareci você achou que tinha que acabar comigo? Terminar o trabalho? Então minha esposa? — eu balancei a cabeça e chutei ele nas costelas. — Seu pedaço de merda covarde. — Eu não sabia o que mais fazer! — ele gritou. Quando ele tentou se levantar, King o empurrou de volta para o chão, sua cabeça caiu contra a parede e ele desmaiou. — Opa, — ele disse. — Ela precisa de ajuda, — eu disse quando os monitores de Dre começaram a soar e piscar. — Eu não sei o que ele poderia ter feito com ela. — eu corri para o corredor e quase choquei com a enfermeira que me deu a informação de Bo meses antes. — Eu preciso de sua ajuda, — eu disse a ela, puxando-a para dentro do quarto. Ela tomou um segundo para avaliar a situação, mas não tínhamos um segundo. — Por favor. — Ele tentou matá-la, — eu disse, oferecendo a explicação mais rápida que pude. Abri o bolso do casaco e puxei a agulha e o tubo de vidro. — Ele poderia ter dado isso a ela, — eu disse a ela. Ela os tirou
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das minhas mãos, mas continuou a olhar para o médico no chão. — Por favor. O que é isso? — eu perguntei, tirando-a do choque. Ela olhou para baixo e virou a pequena garrafa de vidro. Ela cheirou e esfregou o nariz. Ela me empurrou de volta em minhas mãos, correu em direção a um armário no corredor e voltou com um par de luvas e mais duas garrafas com rótulos de cores diferentes do que ela atirou na cama pelos pés de Dre. A enfermeira pegou a lanterna e abriu as pálpebras de Dre, brilhando em cada pupila. Ela deu duas injeções em Dre na parte de trás de sua mão. — Nada de bom, com certeza. É a mesma merda que mata celebridades quando eles tomam para ajudá-los a dormir e percebem que é bom para um coma e talvez um pouco de morte, mas não é exatamente Tylenol. Nós nem usamos essa merda aqui. Não há anos. — Quanto está em seu sistema? — perguntou King. A enfermeira balançou a cabeça e agarrou o pulso de Dre para tomar seu pulso. Ela gentilmente baixou de volta para a cama e suspirou. — Não tenho certeza. Dei a ela algo que deveria combatê-lo, mas depende do quanto ela recebeu e de quanto tempo. Se ele está dando doses menores para fazer parecer menos suspeito quando seu coração parar, então nós temos uma chance melhor de recuperá-la do que se ele injetou um monte dessa merda. — Quanto tempo vai demorar para descobrir? — perguntou Bear e graças a Deus que ele fez, porque pela primeira vez em toda a minha vida eu não conseguia encontrar as palavras. Pânico. Medo. Dor física em cada nervo no meu corpo. Ela olhou para ele. — Se isso funcionar, só será uma questão de minutos antes de ela acordar. Estávamos todos em silêncio por cinco longos minutos. Meu coração morreu um pouco mais com cada movimento do relógio na parede. E então esperamos mais dez minutos. E então eu estava gritando no rosto de Dre, batendo em suas bochechas, exigindo que ela acordasse. — Você não pode morrer! Você não pode! — eu gritei, batendo meu punho contra o colchão ao lado de sua cabeça. King rodeou a cama e me puxou para fora da cadeira, colocando o braço em volta do meu ombro. Baixei a voz. Minhas palavras saíram quebradas, apenas todas as outras sílabas fizeram um
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som. — Ela não pode morrer, — eu repeti. — Não houve tempo suficiente. Nós não tivemos tempo suficiente. Ela me prometeu que nunca me deixaria. Ela prometeu. King e Bear me puxaram de volta enquanto a enfermeira me lançava um olhar. Aquela olhar. Ela olhou para o relógio e meus olhos seguiram. Vinte minutos de merda.
DRE — Acorde. Acorde! — a voz é suave e feminina. Tranquilizadora e amorosa. — Vovó? — eu perguntei, embora eu não conseguisse ver nada. Estava cansada. Queria voltar para onde eu estava. Descanso sem sonhos. — Acorde! Acorde! — eu ouvi novamente. — Vovó, é muito cedo, — eu gemi, tentando me virar do meu lado, mas eu fui impedida por algo invisível. Algo amarrando meus braços no lugar. — Volte mais tarde. É verão. Não tem escola hoje, — digo a ela. — Acorde, porra! — a voz agora era masculina e desesperada. — Por favor volte para mim. Volte para nós! Bo precisa de você. Eu preciso de você! — eu reconheci aquela voz e percebi que não estava no meu quarto na casa da minha avó. Estava sozinha em completa escuridão sem sinal de saída. Preppy precisava de mim. Bo precisava de mim. Eu precisava ir até eles. Eu comecei a entrar em pânico. Minha garganta ficou apertada e meu coração batia incontrolavelmente. — Eu não sei onde encontrá-lo! Aonde eu vou? — gritei de volta. Uma luz apareceu como se fosse a resposta para a minha pergunta e era a coisa mais linda que eu já vi. Um lado do quarto estava coberto de um brilho bonito e o outro lado camuflado no escuro. Eu estendi a mão para ela. Eu dei um passo mais perto. Eu estava prestes a tocá-lo quando eu fiz uma parada e balancei a cabeça, recuando a minha mão. — O que estou fazendo? — sussurrei. Eu lentamente dei alguns passos para trás antes de virar e correr para o lado oposto.
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A luz era linda, mas eu escolhi correr cegamente para o escuro, porque eu sabia, sem dúvida, que era onde Preppy estaria.
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— Obrigado, porra. Aí está você, — disse Preppy em voz baixa, olhando para mim com preocupação gravada em sua testa e manchas de lágrimas pelo seu rosto. Ele parecia cansado. Um de seus suspensórios estava solto do ombro. Sua gravata estava aberta em volta do colarinho. Sua barba, normalmente bem arrumada, estava indisciplinada e longa. Ele alisou o cabelo para longe do meu rosto. — Já era hora, Doc. — Eu sabia que te encontraria aqui, — eu sussurrei. — Eu sabia que você voltaria para mim. — O que... o que... aconteceu? — eu perguntei grogue, minha garganta dolorida e seca. O segundo que eu fiz a pergunta eu me lembrei da resposta por conta própria. Eric. Eu ofeguei e olhei para Preppy, que me mostrou um pequeno sorriso. Lágrimas brotaram em seus olhos. Ele limpou a garganta e se inclinou para perto de modo que sua bochecha estava tocando a minha. — Ok, eu vou te dizer. — ele suspirou. — Seus ferimentos são o produto de um acidente horrível no sex swing13. A enfermeira disse que era o pior que o hospital já viu. Não preocupe sua cabeça bonita embora. Eles conseguiram recuperar o gerbil14. Ele está um pouco abalado, mas eles acham que ele vai sobreviver. Eu ri, porque era Preppy e era impossível não rir. Entretanto, não durou por muito tempo porque a dor aguda passou pelo meu ombro. Eu assobiei através de meus dentes. — Não me faça rir, — eu engasguei.
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Roedor. ~ 167 ~
— Isso pode ser impossível. Eu sou um cara muito, muito engraçado, — disse Preppy, sacudindo as sobrancelhas. Ele pegou minha mão e pressionou contra seu rosto. Estendi os dois dedos e acariciei o pedaço de pele livre onde sua barba começava. — Eu sei, — eu disse. — Você também é muito, muito meu. — Não se esqueça disso. — uma lágrima solitária derramou do lado de seu olho e rolou para baixo do rosto em sua barba. Ele fungou e enxugou o nariz com o dorso da mão. Seu outro braço em uma tipoia. — Você terminou? — eu perguntei. — Ele... — Sim. Ele se foi. — Ótimo, — eu sussurrei, meus olhos ficando pesados. — Onde está Bo? — Ele está bem. Ele está brincando com Ray e as crianças. Não queria trazê-lo até que eu soubesse que você ia ficar bem. — Certo, — eu disse, querendo que meus olhos não fechassem. Eu precisava vê-lo. Saber que ele estava bem. Saber que a vida que estávamos planejando juntos não ia mais ser cortada. — Você pode descansar agora. Estarei aqui quando você acordar, Doc. — disse Preppy. Eu balancei a cabeça, incapaz de discutir. Meus membros se juntaram aos meus olhos, sentindo-se cansados e cansados. Mas antes que eu pudesse fechar os olhos, vi algo no canto do quarto. King e Bear, juntos com uma enfermeira. Eles estavam levando um saco cinza grande em uma maca. — Mais uma pergunta, — eu disse, voltando-me para Preppy, que beijou o dorso da minha mão. — Sim. — Quem está no saco? — eu perguntei, apontando com os meus olhos para a cena no canto. — Hmmmmm... J. Edgar Hoover? — Preppy respondeu, um ridículo sorriso falso esparramado em seu rosto que expôs seus dentes de cima e de baixo. — Tente novamente.
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Ele suspirou. — Que tal eu prometo contar tudo sobre isso mais tarde. Por agora, só sei que é um cara muito ruim que fez coisas realmente ruins, que está indo para um lugar muito, muito quente. — Inferno? — O incinerador no necrotério, — sussurrou Preppy. Ele colocou sua outra mão sobre minha bochecha delicadamente, acariciando minha pele com seu polegar. — Agora, repouse, Doc. — Ok, — eu concordei, indo embora. Desta vez, meu sono foi tudo menos sem sonhos. Toda a noite sonhei com minha casa. Bo. Preppy. Minha família.
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Vinte e Dois PREPPY Eram oito da manhã. Kevin levou Bo de volta para casa com ele sob as estritas diretrizes de manter um olho nele em todos os momentos e instruções para ‘mantê-lo longe das facas de cozinha ou qualquer coisa afiada’. Pelo menos até que eu tivesse uma chance de ter uma conversa real com ele sobre os prós e os contras de se tornar um assassino de machado da vida real. King e Bear tinham um corpo para se desfazer. Ray e Thia estavam com as crianças, mas ambos ligaram para me dizer que estariam de volta mais tarde. Eu estava sentado no corredor para que o pai de Dre pudesse visitá-la sozinha. Quando ele voltou, ele me disse que ela finalmente adormeceu e se sentou no outro lado do corredor na única outra cadeira. A luz fluorescente zumbiu acima, fazendo as bolsas sob seus olhos parecerem tão ruins quanto as minhas provavelmente. — Você vai me dizer, filho? — perguntou Capulet, inclinando-se para a frente. — Ela não lhe contou o que aconteceu? — Não, eu não queria discutir isso com ela, não agora, enquanto ela ainda está fraca, mas isso não é o que eu estou perguntando a você, nem agora, de qualquer maneira. Eu não quero que você me fale sobre esta noite. — ele levantou seus olhos para os meus. — Eu quero que você me conte mais sobre VOCÊ. Acho que essa conversa já está atrasada, não é? Eu nunca me importei com o que alguém pensava de mim, mas Dre se preocupava com seu pai e sua opinião, o que me fez desconfiar de lhe dizer qualquer coisa, porque eu não queria que sua opinião de mim mudasse de tolerante para PQP. ~ 170 ~
— Então? Vá em frente, — ele pediu. — Agora? — Ela está dormindo. Estou muito cansado e com frio para fazer o mesmo e pelo que parece você está no mesmo barco. Temos tempo e não há melhor hora do que agora, — disse ele, esfregando as mãos. Eu soltei um longo suspiro. — Eu nem sei o que Dre já te disse sobre mim, — comecei esfregando meus olhos cansados. — Ela me disse algumas coisas, mas tenho a sensação de que há muito mais. — ele apoiou os cotovelos nos joelhos e apontou para mim. — Então, por que você não me diz? Diga-me quem você é, então eu vou conhecer quem é a pessoa que minha filha está tão apaixonada. Vá em frente, filho. — foi a primeira vez que o uso da palavra filho não me fez encolher. — Você não vai gostar, — eu disse sem rodeios. — Sei que não vou. Mas por que você não me conta de qualquer maneira, — ele disse, erguendo as sobrancelhas. Eu olhei para Dre através do vidro e verifiquei o ritmo constante do monitor acima de sua cama antes de voltar para encarar seu pai e lhe dar a honestidade que ele queria, mas depois que eu estivesse terminado, eu estaria certo de que seria adicionado à sua lista dos arrependimentos da vida. — Eu sou tudo que você não deve querer para sua filha. Barulhento. Grosseiro. Bruto. Tenho certeza de que esta é a parte em que devo confessar que fiz coisas que não me orgulham, mas é isso, estou muito orgulhoso de tudo o que fiz. O bom. O mal. O sangrento. A única coisa que eu fiz que lamentei foi empurrar Dre para longe e agora estou lamentando trazê-la de volta para esta cidade, porque então talvez ela não estaria aqui agora. — Vá em frente, — disse ele, recostando-se e cruzando o tornozelo sobre o joelho. — Estou ouvindo. Eu respirei fundo e exalei lentamente e percebi que o homem tinha o direito de saber exatamente quem eu era. Achei que era como arrancar um Band-Aid, então eu decidi que direto e rápido era a melhor maneira de ir sobre esta sessão quero-te-conhecer. — Eu sou apenas eu. Samuel Clearwater. Eu nasci nesta cidade de merda. — Você não gosta de Logan’s Beach? — ele perguntou, soando confuso.
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— Não! Eu amo esta cidade. Não significa que não seja um buraco de merda, — eu esclareci. — Continue. — Minha palavra favorita é qualquer variação de FODA. Eu gosto do meu uísque e talvez de maconha. Eu tenho uma canção tema correndo na minha cabeça para praticamente todas as ocasiões e eu gosto de cantar no topo dos meus pulmões, independentemente de quem está ao redor ou onde estou. Uma das minhas coisas mais favoritas para fazer nesta vida é zoar o meu amigo Bear porque o olhar em seu rosto é inestimável. Eu amo todos os tipos de filmes e eu chorei como uma vadia durante toda a duas horas de PS Eu te amo. Eu ouço todos os tipos de música. Country. Folk. Pop. Blues. Rap. Tudo, desde Tupac até Taylor Swift. Eu tenho uma obsessão natural em fazer panquecas perfeitas. — eu abaixei meu olhar para o chão e cavei mais fundo. — Antes de Dre, havia um monte de garotas. Muitas. Eu festejei duramente. Assistia muita pornografia, as merdas mais loucas. Fodia ao redor com qualquer um que quisesse, e alguns que não. Eu não me importava com as consequências quando eu fazia coisas que eles nunca pediram. Às vezes eu as machucava tanto. Olhando para trás, acho que estava apenas punindo-as. Levando minha merda para elas, eu não consegui descontar em minha mãe. Eu queria machucá-las porque eu queria machucá-la. Por fugir de mim e me fazer pensar que ela estava morta quando ela não estava. Por me fazer me importar quando eu não deveria me importar. Por me deixar com meu saco de merda de cadastro que deve ter tomado uma aula de mestre em pedofilia porque depois que minha mãe saiu... — eu olhei para o pai de Dre que tinha uma expressão ilegível em seu rosto. — Ele gostava de mudar entre me bater e me estuprar, — eu esclareci. — Acho que essa merda continuou interessante para ele. Eu não quero simpatia. Nunca, — eu disse. — Ótimo. Porque eu não vou te dar nada, — disse o pai de Dre. Quando eu olhei para ele novamente, havia um sorriso puxando o canto de sua boca. — E? — E... e eu cultivo maconha nos quartos de hóspedes de casas de mulheres idosas em troca de ajudá-las com seus pagamentos de hipoteca. E honestamente? Essas senhoras são algumas das garotas mais legais que conheço. A Flórida acabou de legalizar a maconha medicinal, talvez nunca a legalizemos de forma recreativa, mas eu já comprei os campos e um armazém para a parte médica. Tenho um médico pronto para assinar as licenças e a papelada da empresa já foi arquivada. Deve estar em produção dentro de alguns meses. Além
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disso, eu morri uma vez. Pensei que tinha de qualquer maneira porque eu estava preso em um buraco abaixo do chão por um lunático que me torturou dia após dia, só porque podia. — eu olhei para o Sr. Capulet. — Como eu estou indo até agora? — Até agora eu quero empurrar meu pé em seu traseiro, mas parte de mim quer dar um abraço, e como isso não vai acontecer, por favor, continue. — ele acenou. — Tem certeza? Porque esta próxima parte... — eu fiz uma careta. — Sim, tenho certeza. Vá em frente, — ordenou ele. — Você se lembra de Conner? Ele assentiu. — Claro. Ele e Andrea saíram dos trilhos juntos depois que minha enteada morreu. — Você sabe o que aconteceu com ele? — eu perguntei. Ele balançou sua cabeça. — Sumiu, provavelmente em algum centro de reabilitação. Isso é o que nós assumimos de qualquer maneira. — É uma boa suposição. Quer dizer, provavelmente é isso que teria acontecido com ele... se eu não tivesse atirado e matado ele primeiro. Eu o senti congelar. Ele descruzou as pernas e as plantou firmemente no chão. — Você vê, — eu arranhei meu queixo debaixo da minha barba, — Conner roubou de mim, o que só é feito se você está realmente querendo um buraco de bala em seu corpo. Ele iria morrer de qualquer maneira, mas o fodido decidiu me dar mais razões para acabar com ele quando eu o encontrei em um sujo quarto de motel prestes a estuprar sua filha. — as palavras fizeram meu estômago virar só em dizê-las, lembrando de vê-lo sobre ela, tentando puxar sua calcinha para baixo, seu membro sem vida. A boca do pai de Dre se abriu. — Então eu o arrastei para o banheiro e nós tivemos uma conversa que terminou com ele mijando nele mesmo e eu colocando uma bala em seu cérebro. Honestamente? Eu faria tudo de novo, especialmente depois que descobri que Conner e seu amigo Eric decidiram que um bando de gangues contra sua vontade seria uma maneira super divertida de roubar a virgindade de Dre.
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Sr. Capulet empalideceu. — Ontem à noite era Eric. Nós pensamos que ele estava morto, mas ele foi o responsável pelo que aconteceu hoje à noite. Ele estava limpo. Encontrou Jesus e juntou tudo que era fodido em sua vida e jogou em Dre, mas era a mim que ele queria chegar por matar Conner. Vingança e tudo isso. Dre era apenas uma ferramenta para chegar até mim, — eu disse, me sentindo gasto, emocionalmente e fisicamente. Recostei-me na cadeira, apoiei meu cotovelo no apoio de braço e deixei cair minha testa em meu punho. — Onde está Eric agora? — ele perguntou, como se se ele não estivesse morto, ele iria trazê-lo de volta à vida e matá-lo novamente. Nossos olhos se encontraram. — No inferno. Ele tossiu e cobriu a boca com o punho fechado. — Andrea sabe tudo isso? Sobre Eric, sobre você? — Toda maldita coisa. E a coisa é que ela nunca me pediu para mudar ou ser qualquer outra pessoa que não seja exatamente quem eu sou. O que é bom porque de algum jeito eu sempre serei o mesmo, mas de outro eu vejo as coisas de forma diferente. Mais claras. E eu acho que é tudo por causa dela. É engraçado. Eu mudei não porque ela queria que eu mudasse, mas... — Porque ela não precisava, — Sr. Capulet terminou para mim. Ele não reagiu. Não disse uma palavra. Ele olhou do chão para o teto. De Dre para mim, aparentemente perdido em seus próprios pensamentos. O silêncio entre nós parecia continuar para sempre. O sinal sonoro dos monitores e passos ocasionais do pessoal hospitalar que passavam eram os únicos sons ecoando pelo pequeno quarto do hospital. Eu devia ter cochilado porque quando eu abri meus olhos, eu ainda estava no hospital. Dre ainda estava na cama. A única coisa que tinha mudado era que o Sr. Capulet estava agora em pé acima da minha cadeira, olhando para mim com uma expressão dolorida em seu rosto. Sem dizer uma palavra, ele me puxou para um forte abraço. Um tão forte era quase como se ele estivesse chutando minha bunda e me
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abraçando ao mesmo tempo. Ele finalmente me soltou e sentou-se de volta. — Eu entendo, se você me odeia. Eu falhei. — abaixei meu rosto em minhas mãos e falei através de meus dedos. — Mais de uma vez. Eu deveria ter deixado ela ir. Deixado ela ter uma vida normal. Encontrar um cara normal, — eu disse, mas mesmo quando as palavras saíram da minha boca, elas pareciam erradas. Ela era minha. Mesmo se ela tivesse ido e encontrado um cara normal, ela ainda seria minha. — Você não falhou comigo, filho. Muito pelo contrário, — disse Capulet. — Como você pode dizer isso? — eu olhei para cima. — Isso é tudo minha culpa. Eu sou a razão dela estar neste lugar. Eu sou a razão pela qual ela está em um mundo de dor. Eu sou a razão pela qual ela acabou no hospital pela primeira vez. Eu sou até mesmo a razão pela qual ela não pode... por que não podemos... — eu parei e apertei meus punhos. — Por que ela não pode engravidar? — Sim, — eu disse suavemente. Ele balançou sua cabeça. — Nada filho, você não é a razão, embora eu ainda lhe deva um pontapé na bunda por engravidar minha filha, eu acredito verdadeiramente que tudo acontece por uma razão. Se não fosse por esse incidente. Esse momento em sua vida. Se você não tivesse a conhecido e ela não tivesse perdido o bebê, ela poderia nunca ter ficado limpa. Além disso, ela me disse o que você fez por ela. Como você a salvou em mais de uma ocasião. E eu não te odeio, filho. Eu estou longe de te odiar. Andrea e eu conversamos muito quando ela estava em casa. Ela é uma garota forte e é capaz de fazer suas próprias escolhas. Ela escolheu você por um motivo. Eu não estou dizendo que há uma desculpa pelo que ela fez no passado. Eu nem sequer acho que ser uma viciada é realmente um bom termo para descrevê-la. — Que palavra você usaria? — eu perguntei, porque eu tinha pensado frequentemente a mesma coisa. Capulet sorriu. — Humana. — Ainda assim, ela me deu tanto. Eu não dei a ela merda nenhuma. — Eu não diria isso, filho. Você deu a ela mais do que você sabe.
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— Oh, é? Como o quê? — Você disse que ela sabe tudo, certo? Tudo? — ele perguntou. — Sim, — eu respondi. — Ela sabe. — Bem, então você deu você. Não há muito mais para dar a ela do que isso. — Às vezes eu me pergunto no que eu sou bom? — Pra ela? Você não tem preço. Olhei para minha esposa. Que ia viver e eu finalmente senti como se um pouco do peso em minha alma estava começando a se esvair. — Você também deu a ela algo que eu nunca pude, — acrescentou. Eu me virei. — É? O que é? Seus olhos brilharam com lágrimas não derramadas. — Felicidade, filho. Felicidade. — ele beliscou o nariz e enxugou os olhos, mudando de assunto. — Você sabe, você deve escrever sua história um dia. Escrever suas memórias. Você tem algumas coisas interessantes aí. Eu zombei da ideia. — Sim, e como eu o chamaria? Preppy vivo, Preppy morto? Ele colocou a mão no meu ombro. — Eu tenho um bom título. Isso nunca aconteceria. Minha vida estava em toda a parte. Não podia ser contida dentro de um livro, mas mesmo assim eu tinha que admitir, o nome que ele sugeriu tinha um certo toque. A Vida e a Morte de Samuel Clearwater.
DRE Uma enfermeira me acordou em um ponto enquanto Preppy estava dormindo para tirar um pouco de sangue e ela confirmou que, apesar dos meus ferimentos, o bebê que crescia dentro de mim ainda estava lá. São e salvo.
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Eu dormi e quando eu acordei novamente, eu encontrei não apenas uma, mas duas faces sorridentes. Uma pequena. Uma grande. Ambas minhas. — Eu tenho que te contar uma coisa, — Bo disse para mim. — Bo, podemos conversar mais tarde. Você não precisa dizer a ela agora, — Preppy começou. — Não, está tudo bem, — eu disse. — O que você quer me dizer, Bo? Ele me surpreendeu rastejando na cama e envolvendo seus braços ao redor do meu pescoço em um abraço apertado, sua cabeça em meu ombro não ferido. Olhei para Preppy e sorri, feliz por estar com meus meninos novamente. — Um abraço é definitivamente algo, meu lindo menino, — eu disse, beijando sua testa. Bo balançou a cabeça contra mim. — Não? Não é isso? — eu perguntei. Eu soltei meu apoio sobre ele para que ele pudesse se sentar para acenar para mim, mas ele só se aconchegou em mim ainda mais. — Bo, o que você queria... — eu comecei, mas eu não terminei porque a vozinha mais linda me interrompeu quando começou a sussurrar em meu ouvido. — Eu te amo, mamãe. A minha alma e o meu coração saltaram juntos. — Tenho algo a te dizer também, — eu disse. Eu olhei para Preppy quando eu sussurrei para Bo. — Mamãe vai ter um bebê.
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Vinte e Três Três meses depois...
DRE — O conselheiro de Bo chegará em uma hora, — eu disse a Preppy, que estava encostado no balcão com a camisa pendurada, me olhando como se estivesse nu em vez de coberto de farinha da cabeça aos pés. Um efeito colateral de biscoitos de chocolate famosos de Mirna combinado com um mau funcionamento do misturador infeliz. — Ray vai trazê-lo depois que ela pegar ele e Sammy da escola. — Ótimo, — disse Preppy, seus olhos no inchaço dos meus seios. — Ele terminou seu trabalho esta manhã, então deve funcionar. — Alguma vez você vai me dizer o que exatamente você e ele estão fazendo lá atrás? — eu perguntei, levando um pano úmido para o balcão. — Eu te disse. Ele está trabalhando em seu castigo, — Preppy respondeu, vindo atrás de mim com as mãos em meus quadris. — Sim, eu sei. Mas que tipo de castigo. Como limpar seu quarto? Ou como um trabalho duro? — eu perguntei, recostando-me em seu toque enquanto eu continuava a limpar. — Quero dizer, como você pune um garoto por algo assim? — Eu já resolvi isso, Doc. — Preppy sussurrou contra meu ouvido, suas mãos descansando sobre a proeminente saliência de minha barriga. Depois que Bo levou um machado para a cabeça de Eric, não demorou muito para colocar dois e dois juntos já que sua mãe biológica também foi encontrada com um machado na cabeça. — Eu ainda não
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posso acreditar que nosso menino, nossa pequena alma amável, matou duas pessoas. — Ele ainda é um bom garoto. Nós apenas temos que lidar com ele do jeito certo para ter certeza que ele saiba o que é certo e errado, mas não sinta muita culpa sobre isso. Eu te disse. Eu estive lá. Está tudo certo, — Preppy me assegurou. Eu girei em seus braços. — Eu confio em você. Você sabe. Mas você pode me dizer o que você está o fazendo fazer em seu quarto por uma hora todos os dias? Preppy pegou minha mão e me levou pelo corredor. — Você lembra de quando os professores faziam as crianças copiarem uma frase mil vezes como seu castigo? Algo como: EU NÃO VOU MAIS PUXAR O CABELO DELA? — Preppy empurrou a porta para abrir o quarto de Bo. — Bem, isso é o que ele tem feito e o que ele fará pelo resto do ano letivo. Ainda não apaguei a punição de hoje. — Puta merda, — eu disse, enquanto eu olhava para as palavras escritas repetidas vezes na parede de tinta de giz que eu tinha feito para ele. Eu não vou matar ninguém com um machado sem permissão. — Sem permissão? — eu perguntei. Preppy se encostou ao batente da porta. — Quero dizer, eu não queria descartar isso completamente. Ele meio que nos salvou da última vez. Isso era verdade, mas isso não mudou o fato de que eu não poderia arrancar meus olhos das palavras na parede. Preppy me puxou em seu peito e beijou meu cabelo. — Ouça Doc, se alguém sabe disso, sou eu. Não há preto e branco. Certo ou errado. O que Bo fez era a área cinza. Juntos vamos ensinar a ele como ser um bom homem, o que significa saber ser leal àqueles que importam. Quando sacrificar onde conta. E como manter suas promessas. Eu quero mostrar a ele que o que ele fez era errado, então ele não vai achar que pode ir matando todo mundo, mas eu não quero fazê-lo se sentir culpado por algo que eu realmente quero dar um tapinha nas suas costas e comprar um pônei para ele. — Nós podemos fazer isso, — eu disse, deixando as palavras de Preppy afundarem.
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— Juntos. Ok? — ele perguntou, esfregando as mãos pelos meus braços. — Ok, — eu concordei. Preppy estava certo. Juntos, poderíamos ensinar a Bo o que era realmente importante. Que seu passado não ditaria seu futuro. Que as coisas que você faz não definem quem você é. Essa família era mais espessa que o sangue. Sangue que você derrama por eles, mesmo que seja seu. Bo veio correndo para o quarto e jogou seus braços em torno de nós, fazendo nosso abraço de dois em um caso de família. Olhei de Preppy para Bo, que estavam descansando uma mão sobre minha barriga. Nós lhe ensinamos que a família era tudo. E nós tínhamos tudo.
PREPPY Dre é uma maldita milagreira. Depois que ela se recuperou de seus ferimentos, ela seguiu com a compra da casa que ela queria reformar com a ajuda de um corretor de imóveis que não queria assassinar ela ou nossa família. Ela estava grávida de cinco meses e em suas mãos e joelhos na casa, pondo alguns dos rodapés quebrados de volta no lugar. — Você precisa parar de trabalhar tão duro, — eu disse, pegando ela do chão. — Por que Kevin não está ajudando? — Ele está. Ele esteve aqui o dia todo — disse ela. Kevin ainda estava vivendo em nossa casa e estava dando uma mão a Dre quando ele não estava trabalhando para mim. — Ele deu um pulinho na loja de ferragens. — Ótimo. Eu não gosto da ideia de você aqui sozinha, — eu disse. — Está quase pronto, — Dre sorriu, olhando em volta para a pintura nova nas paredes, o chão recém-lixado, e as janelas novas com as etiquetas ainda sobre elas.
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— Parece fantástica. — eu baixei meu olhar para seus peitos, que eu não conseguia ter o suficiente normalmente, mas agora que eles estavam inchados, era como se eles estivessem me chamando todas as horas do dia e da noite. Preppy vem brincar conosco Preppy vem nos foder — O corretor de imóveis já tem alguém interessado e nem sequer está terminado, você pode acreditar? — ela perguntou alegremente, seus seios balançando quando ela se levantou. — Eu posso acreditar, — eu disse, inclinando seu queixo para mim. — Porque eu acredito em você. — Então, você vai me dizer? Ou o quê? — perguntou Dre, sabendo que eu viera de uma audiência no condado. Eu era oficialmente o primeiro produtor de maconha medicinal licenciado no estado. King, Bear e eu estávamos sendo legítimos... — Nós conseguimos, — eu disse a ela, incapaz de esconder meu sorriso. — Puta merda! — ela pulou em meus braços e envolveu suas pernas em torno de mim, enviando uma sacudida de consciência para meu pau quando seu calor escovou contra mim. Seus olhos escureceram e ela mordeu o lábio. Eu a apoiei contra a parede. — O que você acha de começarmos uma nova tradição? — E qual é? — ela perguntou enquanto eu esfregava meu pau duro contra sua suavidade. — Eu acho que esta casa precisa ser batizada. — eu segurei seu traseiro mais apertado, fazendo dela muito consciente de minhas intenções. Seu gemido foi a única resposta que eu precisava. Em poucos segundos eu tinha tirado ela de seus shorts e a colocado deitada contra as escadas enquanto eu entrava em sua buceta apertada repetidamente até que nossos gritos ecoaram por toda a casa vazia. Eu caí para o lado dela e apoiei minha cabeça em seus peitos. Eu tracei meus dedos sobre sua pequena barriga. — Ainda não consigo acreditar que estou realmente grávida, — disse ela, me observando. ~ 181 ~
Eu bufei. — Eu não posso acreditar que você subestimou o poder que eu estava carregando no saco. — Hmmmmm. Acho que ainda estou subestimando. — eu olhei para ela. — Você acha que pode me mostrar esse poder de novo? Meu pau saltou para a atenção quase tão rápido como eu. — Claro que sim. — eu deslizei para minha esposa de novo, sentindo amor, felicidade, e nunca estive mais vivo. Eu continuaria a ter certeza de que ela sentiria cada grama de amor que eu tinha por ela. Eu prometi que eu iria conseguir ou morrer tentando. Até que NEM mesmo a morte nos separe.
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Epilogo Um mês depois...
PREPPY — Merda, — eu xinguei. Saltando quando Pancakes empurrou seu nariz frio contra a parte de trás da minha calça. Quase deixei cair a caixa que levava, o ombro ainda fraco pelo ferimento de bala, mas no geral estava curando bem. Eu apontei para Panquecas. — Cara, é péssimo vir por trás sem aviso apropriado, confie em mim, eu sei sobre essas coisas, — eu repreendi. King apareceu na porta. — Ele está sempre fazendo isso. É meio que uma coisa dele, — disse ele. O coiote disparou pela porta e desapareceu. — Acho que ele também não gosta que lhe digam o que fazer. — Suponho que não, — eu concordei. King me seguiu até meu carro. — Então me diga. Será que Bear pensa que ele é um motoqueiro tão fodão a ponto de que ele não poderia comprar um cão como uma pessoa normal? — eu perguntei. — Quero dizer, ele poderia ter comprado um labrador ou um poodle, ou mesmo um daqueles que são misturados, um labradoodle ou alguma merda assim. Não. O filho da puta teve que ir pegar um maldito coiote. King riu. — Oh quem fala, o cara que tem um porco gigante. — Oscar é o cara. Sério. Eu vou te comprar um goldiepoodle ou alguma merda assim para o Natal. — Você se estabeleceu e agora você é um especialista em cão perfeito para uma família?
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— Quando sarcasticamente.
você
for
casado,
vai
entender,
—
eu
disse
— Oh, mesmo? Nos cansamos de adiar, então fomos e fizemos a coisa, — disse King, como se não fosse grande coisa. Eu notei uma tatuagem em sua mão que eu nunca tinha notado antes com Ray e os nomes das crianças ligadas em torno de seu dedo anelar. — Oh sim, isso... espere, o que! Você fez o que? — eu perguntei. — E eu não fui convidado? — Ninguém foi. Foi o dia que pedimos pra você ficar com as crianças. Eu estava cansado de tê-la não sendo minha esposa e ela me disse que ela não queria festa, então nós apenas fizemos isso. Agora ela é a Sra. Brantley King e eu sou um cara casado, assim como você. — Uau, parabéns, cara, — eu disse. — Você acha que quando Bear se casar, ele vai ter o casamento de motoqueiro completo com brigas e motores rugindo durante a cerimônia? — Provavelmente, — concordou King. — Eu me pergunto se ele vai usar uma camisa... — Então você finalmente veio buscar o resto de suas merdas? — King perguntou, apontando para a caixa em meus braços. Coloquei no meu porta-malas e fechei com força, limpando a poeira de minhas mãos. — Sim, pensei que não te ajudaria em nada ter essas coisas por aqui ocupando espaço quando eu não estou mais morando aqui. King e eu nos apoiamos no meu carro. Ele acendeu um cigarro e me passou seu isqueiro para que eu pudesse fazer o mesmo. — Eu sei que eu estive fora um pouco e eu ainda venho quase o tempo todo, — eu disse, olhando para a casa que tinha sido minha casa por dez anos, menos os vários meses em Narnia. — E parece estranho dizer isso, mas vou sentir falta desse lugar. Acho que deixar algumas das minhas merdas aqui fez sentir como se eu não tivesse realmente me mudado. Agora? Agora tudo parece real pra cacete. — O que você mais vai sentir falta? As festas? Meninas? Todas as malditas decisões que fizemos? — perguntou King com um sorriso. Ele deu uma longa tragada do cigarro, jogando-o sobre o cascalho.
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— Ei, eu vou fazer você saber que algumas das minhas lembranças favoritas começam com aquelas decisões ruins, — eu disse. — Eu sinto a necessidade de defender toda a diversão ridícula que tivemos aqui. — Você se lembra do dia em que nos mudamos? — perguntou King, olhando para a casa. — Como se fosse ontem. — Foi um bom dia, — disse King. Eu enruguei meu nariz e empurrei a fumaça do meu olho. — Foi o melhor dia. — eu concordei. — O melhor. King acenou com a cabeça e nós dois ficamos ali, olhando para a casa como se estivéssemos esperando que ela entrasse com uma opinião. O dia em que nos mudamos realmente foi um grande dia. Nem um de nós tinha muito quando nos mudamos do apartamento infestado de baratas que tínhamos alugado anteriormente. E então éramos apenas nós dois em uma casa vazia com um velho som. Nós nos revezávamos escolhendo músicas para tocar enquanto bebíamos da garrafa de uísque e cheirávamos pó do balcão da cozinha. — Nós éramos apenas um par de crianças estúpidas naquela época, — eu disse. — Tanta coisa mudou. — eu apontei para a pintura fresca e novo tapume. — Eu gosto do que você fez com o lugar. Como você e Ray consertaram tudo. Parece mais adulto e menos um monte de merda ilegal aí dentro. King riu. — Era uma grande casa naquela época e é uma grande casa agora. É apenas um tipo diferente de grande. — ele inclinou a cabeça para o lado. — Você sabe que pode construir o resto da garagem se vocês quiserem ficar aqui com a família. Deve haver espaço para todos. Quero dizer, merda, você pode construir até o paredão, se quiser. É a sua casa também, você sabe. — King baixou a voz. — Você não precisa viver em nenhum outro lugar. Coloquei a mão no ombro de King. — Eu acho que são as maiores frases que eu já ouvi você falar ao mesmo tempo, — eu disse. King me deu um soco no braço e eu esfreguei, fingindo que doeu. Embora na realidade, ele doesse como um filho da puta, mas eu nunca o deixaria saber disso.
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— Você sabe o que eu quero dizer, Prep, — disse King. — Eu não quero que você pense que você não pode ficar aqui. Você sabe, porque Ray quer você aqui. — Oh, RAY me quer aqui. É isso? — eu brinquei. — Ninguém mais. — Sim. Somente ela. Acho que você deveria se afastar da minha casa, — King disse, me lançando um olhar de lado, seus ombros tremiam enquanto ele silenciosamente ria de sua própria piada. Suspirei. — Não é como se eu estivesse do outro lado da lua. Estou a apenas algumas quadras de distância. Eu te digo que, quando você ficar triste e solitário e precisar de sua dose de Preppy, você pode vir me abraçar se você se cansar de abraçar essa mulher perfeita sua, — eu disse. — Eu não vejo isso acontecer, — King disse com o tipo de sorriso grudado em seu rosto que ele nem sequer possuía antes de Ray aparecer. — É, acho que não, — eu concordei. King suspirou. — Bem, se você insiste em sair, então eu tenho algo para você. Duas coisas na verdade. — ele empurrou dois envelopes amarelos de papel em minhas mãos. — O que diabos é isso? — eu perguntei, virando-o para inspecioná-lo. — Antraz? — Sim, Prep. Seus presentes pela mudança são envelopes cheios de veneno mortal, — King disse categoricamente. — Só abra, porra. — Ei, você sempre tem que mandar, — eu disse, abrindo o topo e espiando dentro. — Que porra é tudo isso? — eu peguei um dos rolos de dinheiro entre cerca de uma dúzia de outras pilhas espessas com centenas. — Já te disse, — disse King. — Sempre foi a nossa casa. Compramos juntos. Colocamos o mesmo dinheiro, suor e graxa no lugar. — Ele apontou para o dinheiro. — Você está seguindo em frente, então essa é a metade do que vale o lugar. — Eu acho que você subestimou o valor, — eu argumentei. — Há muita coisa aqui dentro. Embora para mim seria sempre inestimável.
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King enfiou as mãos nos bolsos traseiros. — Isso é porque é também sua divisão de tudo, de quando você foi embora. Além disso, você está prestes a ser um pai novamente. Você vai precisar. — Chefe, — eu comecei. — Você não precisa. — eu estendi o envelope para ele pegar. — Eu nunca esperei que você fizesse isso. Não preciso que me dê dinheiro. Eu ainda tenho uma tonelada de dinheiro de culpa sobrando de qualquer maneira. E você tem razão, este lugar sempre foi nosso. Quem nós mora aqui nem sequer me importa. Isso... isso nunca passou pela minha maldita mente. — Eu sei que não, — disse King, recusando-se a aceitar de volta. — Mas é seu de qualquer maneira. Não vou aceitar. — Obrigado, Chefe, — eu disse empurrando o dinheiro de volta no envelope e enfiando-o sob meu braço. — Então, e esse? — perguntei, sacudindo o segundo envelope e ouvindo qualquer sinal de seu conteúdo se contorcendo. — Antraz, — retorquiu o King. — Você está ficando engraçado a medida que envelhece. King olhou para o telefone. — Eu tenho que ir buscar as crianças. Abra isso quando você chegar em casa. — ele estendeu a mão, mas em vez de abraço de mano como ele estava esperando, eu o puxei para o verdadeiro negócio. Ficamos parados por um momento, nos degraus da casa que compramos juntos no segundo em que conseguimos arranjar o dinheiro, sem que nenhum de nós tivesse pressa para deixar o outro partir. Quando nós recuamos, não fizemos o contato com os olho, e era totalmente por causa do pólen no ar que estava provocando minhas alergias fazendo meus olhos lacrimejarem. King deve ter tido exatamente as mesmas alergias, que foi a razão pela qual ele estava fungando. — Obrigado, — eu disse de novo, sem saber o que mais eu poderia dizer a ele. Ele já me tinha dado tanto. Mais do que ele poderia saber. Ele me defendeu quando ninguém mais o faria. Ele me protegeu quando eu não podia me proteger. Ele se tornou família quando eu não tinha uma.
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King deu de ombros e limpou a garganta. — Você teria feito o mesmo por mim, — disse ele, casualmente. Eu sorri e finalmente encontrei o olhar aquoso do meu amigo. — Não. Não, eu não faria. — nós dois estouramos em um ataque incontrolável de riso. Foi totalmente o nosso riso que desencadeou as lágrimas induzidas pela alergia a fluírem para baixo de nossos rostos enquanto nos abraçávamos novamente antes de eu finalmente me virar e entrar no carro sem olhar para trás. E foi totalmente por causa do riso de novo que eu tive que parar ao lado da estrada a menos de um quarteirão de distância para passar dez minutos enxugando o meu rosto vazando para que eu pudesse ver bem o suficiente para dirigir o resto do caminho casa. Fodida alergia. Fodidas risadas. Quando eu finalmente voltei para a estrada, olhei para o espelho retrovisor e vi a casa em palafitas, a que King e eu sonhamos em ter filhos, a primeira casa real que eu tive, cada vez menor atrás de mim. Eu funguei e enxuguei meu nariz com o dorso de minha mão. Eu ainda estava no meu carro, indo para casa que eu agora chamava de lar, quando abri o segundo envelope de King. Eu puxei um porta retrato. Um porta retrato não era nada especial, mas o que estava dentro dele era. Era o desenho que King e eu tínhamos feito juntos no meu caderno no dia em que nos conhecemos no parque infantil, quando éramos duas crianças que não sabiam nada da vida exceto que podia ser fria e cruel. Eu corri minhas pontas do dedo sobre a figura de King e Preppy, então a casa dos Star Wars. Eu ri do sangue salpicado na página do meu nariz quebrado e fiz uma nota mental de que Tyler, o valentão responsável por aquele nariz sangrando, estava atrasado há muito tempo para a chuva de ovos na janela. Eu li nossas anotações em letras mal escritas. HOBBIES estava em negrito com King: arte de merda e Preppy: cadelas, escrita embaixo. Ao lado de HOBBIES estava METAS. Debaixo tínhamos escrito: possuir a cidade. Ser nossos próprios patrões. Matar qualquer um que ficar no nosso caminho. Aquele dia mudou tudo. Me mudou.
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King e eu entramos nesse playground como crianças sem futuro. Nós saímos com uma que tínhamos criado. O rabisco na parte inferior da moldura, em caneta preta, e a merda da caligrafia de King, estava uma única frase. Fizemos tudo, e muito mais. — Sim, sim, filho da puta, — eu disse em voz alta, piscando de volta as lágrimas frescas e sorrindo como um idiota enlouquecido. Melhores amigos do caralho. FIM, FILHOS DA PUTA
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