TFG FAU UNB - MAIS VIVER: O LAR PARA AS NOVAS GERAÇÕES NA TERCEIRA IDADE

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O LAR PARA AS NOVAS GERAÇÕES NA TERCEIRA IDADE

AUTOR: YAN CHERMONTE ALVES SANTANA

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O LAR PARA AS NOVAS GERAÇÕES NA TERCEIRA IDADE

AUTOR: YAN CHERMONTE ALVES SANTANA

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

YAN CHERMONTE ALVES SANTANA 150050208

ORIENTADOR PROF. OSCAR LUÍS FERREIRA

BANCA EXAMINADORA PROF. MARIA CECÍLIA FILGUEIRAS LIMA GABRIELE PROF. EDUARDO PIERROTTI ROSSETTI ARQ. JÉSSICA GOMES DA SILVA

BRASÍLIA, MAIO DE 2021

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RESUMO O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma perspectiva diferenciada sobre o morar na Terceira Idade, abordando, em conjunto com o desenvolvimento dos espaços arquitetônicos, a transformação nas necessidades das futuras gerações de idosos. A partir de estudos acerca do conceito sobre o envelhecimento, seus dilemas históricos e suas condicionantes atuais em diversas escalas (Nacional e Local), serão lançadas interpretações futuras mais imediatas sobre este grupo etário cujas fronteiras da vitalidade serão avançadas sobre um caráter mais ativo, livre e de independência. O projeto final consistirá na criação de um Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) que abrangerá os três graus de dependência do Idoso estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) na resolução RDC nº 285 de 2005. O conjunto domiciliar contará com serviços caráter público e de assistência para idosos de todas rendas, priorizando faixas salarias inferiores a 4 salários mínimos (baixa renda). A Instituição será governamental, de interesse coletivo e de utilidade pública sob a forma de serviço social autônomo sem fins lucrativos. A ideia é que o espaço conte com a parceria de Instituições de Ensino Superior para o desenvolvimento de suas atividades assistenciais. De modo geral, busca-se o conforto nas atividades do usuário antepondo uma arquitetura que se volte à valorização do tempo, da liberdade e da autonomia do idoso. PALAVRA CHAVE: ILPI. Idoso. Envelhecimento. Lar. Terceira Idade. 6


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SUMÁRIO 8


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14 -17

18 -29

30 -49

50 -65

APRESENTAÇÃO

CONTEXTUALIZAÇÃO

REFERÊNCIAS DE PROJETO

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

0 1 2 3

INTRODUÇÃO.................................................................................... 14

CARACTERIZAÇÃO DO USUÁRIO.................................. 20

LAR DE IDOSOS DE PERAFITA.......................................... 32

TEMA PROBLEMÁTICA.............................................................. 17

ENVELHECIMENTO NO BRASIL...................................20

LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER........................... 37

JUSTIFICATIVA.................................................................................... 17

ENVELHECIMENTO NO DISTRITO FEDERAL...21

VILA DOS IDOSOS.......................................................................... 42

O IDOSO INSTITUCIONALIZADO.................................22

OUTRAS REFERÊNCIAS........................................................... 47

O IDOSO DO FUTURO............................................................23

FACHADA...........................................................................................47

CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO..................................... 25

MATERIAIS..........................................................................................48

O QUE SÃO ILPI’S?......................................................................25

SISTEMAS ESTRUTURAIS E CONSTRUTIVOS...49

INSTITUIÇÕES PARA IDOSOS NO BRASIL..........26 INSTITUIÇÕES PARA IDOSOS NO DISTRITO FEDERAL....................................................................................................................27 INSTITUIÇÕES PARA IDOSOS E A COVID-19...28

ANÁLISE URBANÍSTICA DA ÁREA DE ENTORNO E DE INTERVENÇÃO.................................................................... 55 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO.........................................55 GABARITO..........................................................................................56 CHEIOS E VAZIOS......................................................................57 HIERARQUIA VIÁRIA...............................................................58 MOBILIÁRIOS E EQUIPAMENTOS PÚBLICOS.59

ÁREA DE INTERVENÇÃO........................................................ 60 TERRENO............................................................................................60 NORMAS E PARÂMETROS URBANÍSTICOS.....61 ESTUDOS BIOCLIMÁTICOS................................................62 FOTOS DA ÁREA DE INTERVENÇÃO.......................64

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66 -73

74 -85

86 -162

163 -166

PROGRAMA DE NECESSIDADES

CONDICIONANTES E DIRETRIZES

PROPOSTA PROJETUAL

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

4567

CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES.................................................................................................... 68

CONDICIONANTES E DIRETRIZES POLÍTICO-LEGAIS.............................................................................................................. 76

CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES......................................................................................... 70

CONDICIONANTES E DIRETRIZES FUNCIONAIS..

78

VOLUMETRIA E MATERIALIDADE.................................. 91

CONJUNTO DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES .......................................................................................................................... 71

CONDICIONANTES E DIRETRIZES TECNOLÓGICAS................................................................................................................ 79

IMPLANTAÇÃO.................................................................................. 96

ESPAÇO DE CULTURA E LAZER .................................71 ESPAÇO DE SAÚDE PARA O IDOSO.......................72 RESTAURANTE COMUNITÁRIO.....................................72 PREFEITURA ...................................................................................73

CONDICIONANTES E DIRETRIZES AMBIENTAIS...

SÍNTESE.................................................................................................... 88 STORYBOARD.................................................................................... 88

CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES...................................................................................... 100

81

RESTAURANTE COMUNITÁRIO..................................... 105

CONDICIONANTES E DIRETRIZES SOCIOCULTURAIS.............................................................................................................. 82

COMPLEXO DE CULTURA E LAZER.......................... 106

CONDICIONANTES E DIRETRIZES ECONÔMICAS

83

QUADRO RESUMO DE CONDICIONANTES E DIRETRIZES................................................................................................ 84

CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES................................................................................................. 133 AUDITÓRIO........................................................................................ 145 ESTRUTURAS................................................................................... 155 PAISAGISMO..................................................................................... 157 11


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APRESENTAÇÃO

INTRODUÇÃO Uma vida mais longeva significa uma oportunidade, tanto para sociedade quanto para o indivíduo, de desenvolvimento e evolução. Os avanços na medicina têm permitido que mais pessoas tenham uma vida prolongada, mudando profundamente o perfil demográfico da sociedade onde as pessoas idosas representam uma significativa parcela da população. As novas necessidades que surgem nesse processo, acarretam diferentes desafios. As novas gerações na velhice demandarão por mais qualidade de vida que envolverão diversos fatores como a independência, a autonomia, a liberdade, o conforto, os cuidados de saúde e integração social (CARLI, 20041 apud MILANEZE, 2013, p.25) A partir de análise acerca desses e muitos outros aspectos, hoje é possível enxergar as falhas de assistência e de atendimento as diversas carências as quais este público detém. Neste contexto, a arquitetura entra com o papel de, em conjunto com outras áreas de conhecimento, conceber projetos que contemplem as especificidades do usuário. O estudo em questão parte da caracterização do usuário. Então, primeiro precisamos saber: O que significa ser idoso? O que é o envelhecimento? Segundo descrições da OMS (2005, p.6) e estabelecido pelas Nações Unidas, o idoso, ou pessoa “mais velha”, está inserido no padrão de idade de 60 anos. O Brasil, a exemplo da definição da Política Nacional do Idoso (Lei 8.842, de 4 de Janeiro de 1994), estabelece o limite etário igual ou superior 60 anos. O Estatuto do Idoso (Lei 10.741, de 1º de Outubro de 2003) também endossa esse limite.

O envelhecimento individual está associado a um processo biológico de diminuição das capacidades físicas e por um processo de fragilidades psicológica e comportamental (IPEA, 2004). Deste modo, a saúde vai além da idade cronológica e parte para a capacidade de responder as necessidades de vida cotidiana. Além disso, ser “idoso”, não corresponde somente a sinais biológicos de senilidade, mas também um ponto do curso de vida social, já que o indivíduo começa a atuar em diferentes esferas (social, do trabalho, da família etc.). São dramáticas as variações nos status de saúde, participação e níveis de independência entre idosos da mesma idade. A determinação teria o papel de servir como base para o desenvolvimento de políticas e programas para a população nesta faixa etária. O envelhecimento também traz consigo visões estereotipadas e distorcidas embasadas em generalizações da população idosa como uma população homogênea que possui as mesmas experiências e necessidades. A maioria das percepções são negativas geralmente ligada à sua dependência e vulnerabilidade ligado tanto a saúde quanto a autonomia econômica, além de fatores particulares como a improdutividade. Desta forma, a visão sobre o envelhecimento acaba se tornando cada vez mais indesejável aos indivíduos mais jovens da sociedade, acarretando a população idosa, o papel de peso e ameaça ao sustendo e ao futuro da comunidade, ou seja, o causador de uma “crise do envelhecimento” (IPEA, 2004, p.7). Assim, vê-se a importância de os estereótipos associados ao envelhecimento serem revistos. Novos termos e conceitos deverão surgir. O envelhecimento sobre uma perspectiva positiva está envolto pela garantia de uma vida longa, com saúde e segurança. A OMS (2005)

apropriou-se do termo “envelhecimento ativo” para acompanhar essa visão. O objetivo desse processo é melhorar a qualidade de vida à medida do envelhecimento e tornar o indivíduo ser ativo nas questões sociais, econômicas, culturais e civis além das físicas. Desta forma, como meta fundamental durante o processo do envelhecimento temos a manutenção da autonomia e independência para os idosos. No mundo, ocorre uma revolução demográfica da Terceira Idade. Segundo o relatório da OMS (2002), a proporção de pessoas a partir dos 60 anos está crescendo mais rápido do que outros grupos. Entre 1970 e 2025, o crescimento será de 223 %, em média 694 milhões de pessoas. Prevê-se que em 2025, os idosos serão uma população de 1,2 bilhões de pessoas e em 2050 chegará quase o dobro com 2 bilhões, sendo que 80% viverão em países em desenvolvimento. O envelhecimento da população demonstra também um declínio na proporção de crianças e jovens. Além disso, o estudo da OMS (2002) expõe que enquanto os países desenvolvidos cresceram social e economicamente antes de ficarem velhos, os países em desenvolvimento enfrentarão desafios tornando-se cada vez mais velhos antes de um substancial acúmulo de recursos para assistência. No Brasil, segundo informações do IBGE (2018), existem, em média, 28 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que representa cerca de 13% da população. De acordo com projeções populacionais, este percentual tende a dobrar nas próximas décadas. Diante a este cenário, é importante destacar a importância da manutenção de uma qualidade de vida mínima para os idosos de hoje e do futuro. É imprescindível a garantia de direitos como saúde, trabalho, assistência social,

1 CARLI, SANDRA M. M. P. HABITAÇÃO ADAPTÁVEL AO IDOSO: UM MÉTODO PARA PROJETOS RESIDENCIAIS. 2004. 334F. TESE (DOUTORADO EM ARQUITETURA) – FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, 2004.

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educação, cultura, esporte, habitação e meios de transporte. Face ao envelhecimento populacional brasileiro, em 2043, um quarto da população deverá ter mais de 60 anos enquanto os jovens até 14 anos totalizarão apenas 16,3%. No Distrito Federal, o fenômeno do envelhecimento da população também vem se tornando casa vez mais visível. Atualmente, 303.017 pessoas, 10,5% da população do DF tem mais de 60 anos (CODEPLAN, 2018).

FIGURA 1 - HTTPS://LOGOONLINE.MTVNIMAGES.COM/URI/ M G I D : AO : I M A GE:LOGOTV. COM:652556?QUALITY=0.8&F O R M AT = J P G & W I D TH=1800&HEIGHT=1012

Desta forma, acompanhados de mudanças dramáticas na estrutura social, familiar e de trabalho nas últimas décadas, a disponibilidade de assistência domiciliar ao idoso tornou-se cada vez mais dificultada. Com aumento da longevidade e outras questões como moradia, saúde e autonomia, a possibilidade de demanda para que as pessoas procurem uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) ou uma alternativa domiciliar adequada aumenta. Segundo Milaneze (2013, p.25): ”para que se possa realizar uma arquitetura que permita aos idosos uma vida digna, gratificante e confortável pelo maior tempo possível em uma ILPI, faz-se necessário conhecer elementos pertinentes ao ambiente físico que promovam esse bem-estar”. No Brasil, as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI’s) apresentam serviços de acolhimento institucional sendo uma das alternativas de cuidados não-familiares às pessoas idosas. Elas representam 3.548 instituições no país contabilizando 109.447 leitos (IPEA, 2011). A carência financeira e a falta de moradia estariam entre os maiores motivos para as buscas destas instituições, das quais mais da metade são de caráter filantrópico (CAMARANO; KANZO, 2010). Alguns critérios são utilizados para orientar o padrão mínimo de funcionamento destas instituições. Alguns deles são apresentados na Resolução nº 283 de 2005, da Anvisa, além das normati-

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FIGURA 2 - HTTPS://I. P I N I M G . CO M /O R I GINALS/32/83/33/ 328333FB00B5 6 F 5 A 4 C D8 9 7E 4 8 768 A2 3 4 . JPG FIGURA 3 - HTTPS://I. PINIMG.COM/564X/ 4D/3E/0D/4D3E0DF 1 0 2 3 6 2 E FA B 4 3 C 07FB4DD3B5C0.JPG

FIGURA 4 - HTTPS://STATIC.BOREDPANDA.COM/ BLOG/WP-CONTENT/ UPLOADS/2016/08/BADASS-GRANDMA-INSTAGRAM-BADDIE-WINKLE-16-57A FIGURA 5 - HTTPS:// W W W . L I F E M AT T E R S MEDIA.ORG/WP-CONTENT/UPLOADS/2014/01/ GEN-SILENT.JPEGD79660A4D9__700.JPG

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vas de cada estado.

Idade.

Diante do contexto presente com influências fortemente futuras, este trabalho busca uma nova ótica sobre transformação do morar na Terceira Idade através dos espaços arquitetônicos. Por meio de referências gerais dos aspectos da relação do idoso com a moradia, foram lançadas estratégias de desempenho dos ambientes destinadas a uma arquitetura residencial adequada ao idoso à medida de suas necessidades proporcionando-lhe conforto, autonomia e qualidade de vida.

Como demonstrado anteriormente, as mudanças histórica, econômica e sociais das estruturas familiares geraram uma migração de alguns idosos as instituições de cuidados.

TEMA PROBLEMÁTICA Vemos que devido aos avanços e desenvolvimento no campo da saúde e na qualidade de vida da sociedade urbana durante as últimas décadas, o processo de envelhecimento da população torna-se cada vez mais latente. Como visto em levantamentos estatísticos, a proporção de idosos globalmente (indivíduos de 60 anos ou mais) nas próximas décadas chegará a cerca de um terço da população. A pessoas estão vivendo mais. Contudo, mesmo diante desse aumento na longevidade dos idosos, questões biológicas sobre a idade ainda recaem sobre essa população. Atualmente, diversos países no mundo já organizam suas políticas públicas e econômicas a fim de enfrentar esta nova geração idosa. Por outro lado, é evidente que as condições ambientais de moradia para esses usuários estão longe das ideais. Os projetos arquitetônicos ainda não preveem uma habitação plena para o uso adaptativo ao longo da vida do morador. Muitas das barreiras físicas de um desenho pouco universal dos espaços tornam o lar atual um desafio de acessibilidade e de autonomia à Terceira 2

Desta forma, o novo lar para esses novos moradores deverá atender satisfatoriamente aos seus anseios. O perfil do idoso vem sofrendo transformações e a autonomia para decisões e independência para execução de suas vontades e atividades tornam-se essenciais para seu bem-estar (CARLI, 2004 apud MILANEZE, 2013, p.27). A existência da pluralidade de necessidades deposita nos arquitetos a responsabilidade no desenvolvimento de projetos para Instituições de Longa Permanência para idosos (ILPI’s) que respeitem essas demandas. Tanto atualmente quanto nas próximas décadas, a qualidade de vida será o fator mais importante para esses domicílios coletivos de assistência asilar. Respeito, acolhimento e dignidade veem contribuir para esse cenário. Ademais, com a tendência de possível aumento da proporção de idosos, o número de instituições assistenciais filantrópicas no Brasil ainda é pequeno. Somente 218 dos asilos são públicos. De acordo com estudos do IPEA em 2011, 71% dos municípios não têm instituições para idosos. No Distrito Federal, o governo conta com o Serviço de Acolhimento para Idosos que acolhem temporariamente somente idosos independentes ou com Grau I de dependência2. Desta forma, este estudo projetual agirá de frente as condicionantes que envolvem o morar assistencial no futuro. Com base no cenário atual e nas projeções futuras, diretrizes socioculturais, ambientais, tecnológicos, funcionais, políticas e econômicas serão estabelecidas de forma

a embasar o projeto arquitetônico institucional diante as problemáticas apresentadas.

JUSTIFICATIVA Este projeto surgiu de uma observação pessoal sobre a vivência de pessoas idosos do meu convívio familiar. Isto me trouxe uma visão um pouco mais concreta sobre essa fase e se apresentou como uma oportunidade de realizar esse exercício de empatia. Ao frequentar ambientes públicos de saúde junto a parente idosos, observei a diversidade de cuidados e necessidades que elas aspiram. Um estudo do Ministério da Saúde de 2019 aponta que 75% dos brasileiros dependem exclusivamente dos serviços prestados pela rede pública de saúde. Desta forma, verifiquei como de fato esta etapa significa uma grande mudança no modo de vida do indivíduo, como diversas questões impactam de forma crítica a qualidade de vida de uma pessoa com mais idade. Observei que por mais que o envelhecimento seja acompanhado por algumas limitações físicas e biológicas próprias do passar da idade, os anseios por uma vida mais ativa e autônoma persistem. Esta nova fase da vida representaria uma fase de libertação. Os anos de idade seriam somente números com algumas rugas e mais experiência. Por outro lado, refleti que isto tudo seria a mínima parte do todo que envolve o processo do envelhecimento no Brasil. Diante dessa reflexão, os asilos surgem na pesquisa. A partir de estudos, deparei-me com um cenário não tão positivo. Além do baixo número de instituições filantrópicas e públicas no Distrito Federal, percebi que, mesmo que hou-

vesse esforços diários para a manutenção mínima de assistência e cuidado aos residentes, ainda nos deparamos com as faltas de recursos e infraestruturas adequadas. Além disso, inferiu-se que os idosos nestas instituições possuem em sua maioria maiores graus de dependência e diversas comorbidades. A partir da contextualização sobre o tema e das projeções futuras sobre o avanço no número de idosos em todas as escalas, decidi tornar essa nova geração da Terceira Idade a protagonista e o usuário do novo lar. Estabeleci o ano de 2060, no centenário de Brasília, o ano data do projeto. A geração Millenials, ou geração Y (nascidos entre 1980 e meados dos anos 1990) tornar-se-ão os novos velhos da nossa sociedade. Em 40 anos, de acordo com projeções da CODEPLAN (2018), o percentual de idosos no Distrito Federal chegará a quase 33% da população ultrapassando o de crianças e jovens entre 0 e 19 (17,4%.) Diante desse cenário, viu-se nas Instituições de Longa Permanência para Idosos um tema relevante para um projeto arquitetônico prevendo condições mais ideias como forma de um anseio de mudança sobre o cenário atual. A instituição procurará abranger os quatros graus de dependência do Idoso estabelecidos pela ANVISA na resolução RDC nº 285 de 2005. O conjunto domiciliar contará com serviços de assistência para idosos priorizando faixas salarias inferiores a 4 salários mínimos (Baixa renda). A exemplo das Instituições públicas, ela terá caráter governamental, de interesse coletivo e sem fins lucrativos. A ideia é que o espaço conte com a parceria com Instituições de Ensino Superior. De modo geral, buscar-se-á a união entre arquitetura e qualidade de vida para a Terceira Idade.

DE ACORDO COM RESOLUÇÃO RDC Nº 283, DE 26 DE SETEMBRO DE 2005 DA ANVISA, O GRAU DE DEPENDÊNCIA I REFERE-SE AOS IDOSOS INDEPENDENTES, MESMO AQUELES QUE REQUEIRAM USO DE EQUIPAMENTOS DE AUTOAJUDA.

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CONTEXTUALIZAÇÃO

CARACTERIZAÇÃO DO USUÁRIO ENVELHECIMENTO NO BRASIL O perfil demográfico brasileiro tornou-se evidente a partir dos anos 1970. A sociedade, antes, majoritariamente rural com famílias grandes e com alto número de mortes na infância, passou para uma sociedade predominantemente urbana com poucos filhos. A transição demográfica deu vazão a redução das taxas de mortalidade e queda nas taxas de natalidade o que alterou a estrutura etária da população (MIRANDA et al., 2016, p. 508). De acordo com o IBGE (2018), o Brasil possui cerca de 28 milhões de pessoas na faixa dos 60 anos ou mais representando 13% da população. Segundo projeção, esse percentual tende a dobrar nas próximas décadas. Conforme pesquisa, em 2043, a população “mais velha” corresponderá a um quarto do número de pessoas no país, enquanto a proporção de jovens será de apenas 16,3%. A partir de 2047 a população deverá parar de crescer entrando no processo de envelhecimento populacional. Na observação dos gráficos, diante a pirâmide etária, junto a tendência mundial, o Brasil terá o afunilamento da base (menos crianças e jovens) e um alargamento do corpo e do topo (mais adultos e idosos). Dentre as principais causas para essa tendência temos a queda de fecundidade. Além disso temos o aumento da expectativa de vida. Desde 1940, a expectativa de vida já aumentou 40 anos. Se prevê a expectativa de vida de em média 76 anos para os nascidos no Brasil em 2017. Em 2060 a previsão será de 81 anos. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde desenvolvida pelo IBGE em 2018, 17,3%

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GRÁFICO 1 - PIRÂMIDE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA EM 1940, 1980, 2018 E 2060.

faixa etária

1940

1980

90 + 75 - 79 55 - 59 35 - 39 15 - 19 0-4

homens

Fonte: Censo 1980.

mulheres 2018

faixa etária

2060

90 + 75 - 79 55 - 59 35 - 39 15 - 19 0-4

Fonte: Censo 2018.

Fonte: Censo 2060


GRÁFICO 3 – POPULAÇÃO IDOSA SEGUNDO O GÊNERO – DF Gráfico 8. População idosa segundo (%).

GRÁFICO – PIRÂMIDE ETÁRIA 2018 – 2060. Gráfico 7.2Pirâmide Etária doDO DFDF 2018 - 2060. Gráfico 7. Pirâmide Etária do DF 2018 - 2060. Gráfico 7. Pirâmide Etária do DF 2018 - 2060. 2018 2060 2018 2060 2018 2060

faixa etária faixa etária faixa etária 90 + 90 + 90 + 75 - 79 75 - 79 75 - 79

Gráfico 8. População idosa segundo genero - DF (%) segundo Gráfico 8.oPopulação idosa o genero - DF (%) o genero - DF (%) 44% 44% 44%

55 - 59 55 - 59 55 - 59 35 - 39 35 - 39 35 - 39 56% 56% 56% homens Fonte: CODEhomens Fonte: CODEhomens PLAN, Fonte: 2013. CODEmulheres 2013. mulheres PLAN, PLAN, 2013. mulheres

15 - 19 15 - 19 15 - 19 0-4 0-4 0 - 4IBGE, 2020. Fonte: Fonte: IBGE, 2020. Fonte: IBGE, 2020.

35,0 35,0 35,0 30,0 30,0 30,0 25,0 25,0 25,0 20,0 20,0 20,0 15,0 15,0 15,0 10,0 10,0 10,0 5,0 5,0 5,0

Gráfico 10. Distribuição dos idosos. segundo classes Gráfico 10. Distribuição dos idosos. segundo classes GRÁFICO – DISTRIBUIÇÃO DOS IDOSOS SEGUNDO de Rendados (em SM) (%). Gráfico 10. 5Distribuição idosos. segundo classes de Renda (em SM)(EM (%).SM) (%). CLASSES DE RENDA de Renda (em SM) (%). 25% 25% 25% 20% 20% 20% 15% 15% 15% 10% 10% 10% 5% 5% 5%

Gráfico 9. Faixas etárias dos idosos (%). Gráfico 9. Faixas etárias dos idosos (%).

Gráfico 49.– Faixas dos idosos (%).(%). GRÁFICO FAIXASetárias ETÁRIAS DOS IDOSOS 31,9

31,9 31,9

24,4 24,4 24,4 19,9 19,9 19,9

12,012,2 12,2 12,0 12,2 12,0

60-65 65-69 70-74 75-79 80 + 60-65 65-69 70-74 75-79 80 + 60-65 65-69 70-74 75-79 80 + Fonte: CODEPLAN, 2013. Fonte: CODEPLAN, 2013. Fonte: CODEPLAN, 2013.

Gráfico 11. Idosos segundo a religião. Gráfico 11. Idosos segundo a religião. GRÁFICO 6 – IDOSOS SEGUNDO A Gráfico 11. Idosos segundo a religião. RELIGIÃO.

4,6% 3,0% 4,6% 3,0% 4,6% 3,0% 21,5% 21,5% 21,5%

-1 1-2 2-3 3-5 5-10 10-20 + 20 -1 1-2 2-3 3-5 5-10 10-20 + 20 1 1-2 2-3 3-5 5-10 10-20 + 20 Fonte: CODEPLAN, 2013. Fonte: CODEPLAN, 2013. Fonte: CODEPLAN, 2013.

Gráfico 12. Idosos segundo as Gráfico 12. Idosos segundo as regiões naturalidade. Gráfico 12. Idosos segundo as GRÁFICO 7 de – IDOSOS SEGUNDO regiões de naturalidade. AS regiões REGIÕESde DEnaturalidade. NATURALIDADE. 2,1% 2,1% 3,0% 2,1% 0,7% 3,0% 0,7% 11,6% 3,0% 0,7% 11,6% 11,6%

Gráfico 13. Idosos segundo grau de Gráfico 13. Idosos segundo grau de escolaridade. Gráfico 13. 8Idosos segundo grau de GRÁFICO – IDOSOS SEGUNDO escolaridade. GRAU escolaridade. E ESCOLARIDADE

10,8% 10,8% 10,8% 50,6% 50,6% 50,6% 17,6% 17,6% 17,6%

69,0% 32,0% 69,0% 32,0% 69,0% 32,0% Católica Nordeste Sul Católica Sul Nordeste Católica Evangélica Sul Nordeste Sudeste Norte Evangélica Norte Sudeste Evangélica Espírita Norte Sudeste Centro-Oeste Exterior Espírita Exterior Centro-Oeste Espírita Sem religião Exterior Centro-Oeste Fonte: CODEPLAN, 2013. Sem religião Fonte: CODEPLAN, 2013. Sem religião Fonte: CODEPLAN, 2013. Fonte: CODEPLAN, 2013. Fonte: CODEPLAN, 2013. Fonte: CODEPLAN, 2013.

18,1% 18,1% 18,1%

33,5% 33,5% 33,5%

19,6% 19,6% 19,6% Fund Inc. Fund Inc. Fund Inc. Sup. Comp. Sup. Comp. Sup. Med.Comp. Comp/ Sup. Inc Med. Comp/ Sup. Inc Med. Analf.Comp/ Sup. Inc Analf. Analf. Fund. Comp/Med. Inc Fund. Comp/Med. Inc Fund. Comp/Med. Inc Fonte: CODEPLAN, 2013. Fonte: CODEPLAN, 2013. Fonte: CODEPLAN, 2013.

dos idosos apresentavam limitações funcionais para AIVD (Atividades Instrumentais de Vida Diária). Contudo, também temos no Brasil a classe dos trabalhadores idosos. Esse crescimento da população idosa gera uma série de alterações na sociedade, relacionadas ao setor econômico e ao mercado de trabalho. Atualmente, as pessoas “mais velhas” vieram de uma geração em que estudar era um privilégio da elite, logo com baixos níveis de escolaridade mantiveram seu foco no trabalho. Já no futuro, as pessoas de mais idade terão mais escolaridade e exercerão funções que dependam de mínimo esforço físico. Com isso, podemos observar que o envelhecimento aumentará as demandas sociais e econômicas no país. Desta forma, os idosos devem ser considerados essenciais para a estrutura das sociedades (PERRISÉ; MARLI, 2019). Cada vez mais, o idoso brasileiro vem se tornando um ator político importante ocupando cada vez mais espaços na mídia, na indústria de consumo, no lazer, no turismo e na sociedade de modo geral. Desta forma, intervenções propostas devem promover ao máximo um processo de envelhecimento saudável e ativo superando os estereótipos de uma idade. ENVELHECIMENTO NO DISTRITO FEDERAL Em estudo mais recente, conforme análise da Companhia de Planejamento do Distrito Federal, sobre a Pesquisa por Amostra de Domicílios (PDAD) de 2018, o Distrito Federal soma o total de 303.017 idosos, 10,5% da população total. Além disso, a pesquisa acrescenta que as mulheres representam 57,9% das pessoas com mais de 60 anos. Em relação a sua localidade, 40% da população idosa do Distrito Federal vive nas Regiões Administrativas mais populosas (valores em números absolutos): Ceilândia (42.869), Plano Piloto (39.157) e Taguatinga (31.483). Segundo dados desse mesmo estudo da CODEPLAN, a

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renda média da população idosa no DF é de R$ 3.938,00. Nas regiões de maior renda, a média total por idoso pode chegar a R$ 9.941,50. Já entre as RAs de menor renda, ele pode ser até 67,1% menor totalizando R$1.295,00 (PDAD, 2018).

metade dos idosos migrantes são oriundos da Região Nordeste (50,4%). No Plano Piloto, os migrantes idosos são oriundos em sua maioria da região Sudeste (42,7%). Por outro lado, nas demais RAs de média e de baixa renda, predominam os migrantes naturais da Região Nordeste.

Agora em relação a sua ocupação, 37,5% da população de idosos não está aposentada. Ademais, 23% dessa população não conta com aposentadoria e está desempregada.

Em relação a religião, em maior proporção, temos os católicos com 69,0%, seguidos dos evangélicos com 21,5% e espíritas com 4,6%. Os que professam outras religiões perfazem 1,6%.

No tocante a escolaridade e ao nível de saúde, do total da população idosa no DF, 46,4% têm plano de saúde. Sob um panorama de renda, a desigualdade fica evidente. Dentre as RAs de maior renda, 87,9% dos idosos tem plano de saúde. Já nas RAs de grupo de menor renda, apenas 13,7% possuem. De acordo com o nível de escolaridade, 33% das pessoas idosas têm o ensino fundamental incompleto e 26,7% possuem ensino superior completo.

O IDOSO INSTITUCIONALIZADO

Sobre projeções futuras para o Distrito Federal. A capital, em seu aniversário de 100 anos, enfrentará o processo de envelhecimento da população. Com base nos estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2060, o percentual de idosos deverá chegar a cerca de 33% da população. O maior impacto será na proporção do número de jovens entre 0 e 19 anos. Hoje representam 30% da população, em 40 anos, apenas 17,4%. De forma complementar, em 2013, a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (CODEPLAN), em compilado realizado por Júlio Miragaya et al (2013), lançou sua análise mais completa, porém menos atual que o estudo sobre o PDAD 2018, sobre o perfil dos idosos no Distrito Federal, segundo as Regiões Administrativas. Sobre a naturalidade, pouco mais da

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Como destacado anteriormente, com o envelhecimento da população, existe o aumento da procura por instituições para idosos. Contudo, o Brasil não se encontra, estruturalmente preparado para receber essa demanda. Diante disso, a institucionalização brasileira tem trazido inúmeras consequências, que na maioria das vezes, refletem em fatores negativos. Como se tem observado, a população idosa vem crescendo em ritmo acelerado nas últimas décadas. Esse crescimento implica diretamente nos serviços de assistência social e de saúde da população geriátrica. Por outro lado, também é observado um serviço de assistência pouco eficiente, além da precariedade e de valores exorbitantes dos convênios médicos e do baixo salário da aposentadoria. Ademais, é vista a não assistência familiar relacionada aos cuidados de seus idosos. As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) aparecem como alternativas de casas de repouso ou instituições geriátricas para esses idosos desassistidos. Estudos brasileiros demonstram que quase a metade dos idosos precisa de auxílio para a realização de pelo menos uma das atividades necessárias à sua da vida diária e uma minoria (7%) mostrou ser altamente independente (FREITAS; SCHEICHER, 2010).

FIGURA 6 - HTTPS://F.I.UOL. COM.BR/FOTOGRAFIA/2020/0 3/30/158559986 05E825574080 09_1585599860 _3X2_RT.JPG FIGURA 7 - HTTPS://LINKD I G I TA L . I F S C . EDU.BR/FILES/ ASILO3.JPG-


De modo geral, a maioria das ILPIs possui um perfil assistencialista cujos cuidados resume-se na oferta de abrigo e na alimentação do residente. Contudo, estas instituições estão envoltas em um cenário de mão-de-obra barata e muitas vezes não habilitada legalmente além das condições de uma infraestrutura física inadequada para a unidade. Esses fatores repercutem sensivelmente nas atividades técnicas de saúde e na qualidade de vida do próprio idoso institucionalizado.

FIGURA 8 HTTPS://I.PINIMG. COM/564X/07/65/28/076528E51D2FF0488D5881ACB8C7D439.JPG FIGURA 9 - HTTPS://STATIC.BOREDPANDA.COM/BLOG/WP-CONTENT/ UPLOADS/2016/08/BADASS-GRANDMA-INSTAGRAM-BADDIE-WINKLE

A institucionalização de um idoso pode ser uma situação muito estressante e traumática. De acordo com Oliveira e Novaes (2013), a institucionalização pode representar para o idoso uma quebra dos laços familiares e sociais causando solidão, depressão, desânimo, descrença e transtornos psíquico. Além disso, acredita-se que a morbidade aliada ao sedentarismo e ao elevado consumo de medicamentos corroboram neste infeliz estado. A institucionalização representa ao idoso um cenário de transformações abruptas e diversas. Ou seja, a vida do idoso institucionalizado é tirada de seu estado comum de conforto e conhecimento para um lugar imprevisível e fora de seu controle. Somado a isso, comumente, ele é posto em uma condição de isolamento social. Esta condição causa à perda de identidade, de liberdade, de autonomia e de autoestima. Este estado de solidão muitas vezes causa a recusa da própria vida, o que acaba sendo refletida na alta prevalência de doenças psicológicas nestas instituições (FREITAS; SCHEICHER, 2010). Sob um perfil funcional ainda antigo, os idosos são afastados do seu convívio familiar, favorecendo ao seu isolamento, sua inatividade física e mental, reduzindo sua qualidade de vida. As visitas aos residentes são inconstantes ou até inexistentes e as atividades intelectuais são pouco incentivadas. A autonomia e independência do idoso anterior a institucionalização são completamente perdidas.

A maioria dos institucionalizados são do sexo feminino. Sua presença é comumente justificada devido à maior expectativa de vida das mulheres em relação aos homens; a maior frequência de viuvez; e geralmente as idosas possuem grau de instrução e nível de renda mais baixos, desta forma, favorecendo seu o ingresso nas ILPIs (FREITAS; SCHEICHER, 2010). Diante disso, julga-se que as problemáticas vivenciadas pelos idosos, principalmente aqueles institucionalizados, comprometem de diversas formas a sua qualidade de vida. Desta maneira, os cenários permitem concluir que a qualidade de vida em idosos institucionalizados tende, infelizmente, a ser ruim. Avaliar a qualidade de vida é algo imprescindível para garantir um tratamento digno aos idosos e para a determinação de uma política de qualidade para essas pessoas. O IDOSO DO FUTURO Para se caracterizar os novos idosos do futuro, temos que saber quem são eles no presente. Neste trabalho, definiu-se o ano de 2060 como ano base de projeto. Logo serão 40 anos de diferença para o tempo presente. Por consequência, hoje, os futuros idosos são conhecidos como os Millenials. O Millenials, também denominados como geração Y, são caracterizados como os indivíduos que nasceram entre os anos de 1980 e meados dos anos 1990. Posteriores a eles já é considerada a geração Z ou os “Centennials”. Essa geração é marcada por sua vivência da transição do mundo analógico para o mundo conectado. Eles vivem um ambiente altamente urbanizado e em um sistema virtual de interação social e midiática, além das relações de trabalho mais automatizada necessitando ainda menos de esforços braçais. Eles também começam a trabalhar mais tarde,

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mais também possuem um nível de escolaridade maior em comparação as gerações anteriores. São uma geração com amplo acesso à informação em qualquer lugar e qualquer hora dentro de uma cultura do imediatismo. Elas já ocupam uma parcela considerável da população economicamente ativa sendo, atualmente, os principais grupos consumidores no Brasil e no mundo. Além disso, os jovens e adultos dessa geração contam com importantes papéis políticos, culturais e sociais para a comunidade. Mas uma questão também surge. Será que daqui a 40 anos a geração Millenials continuará sendo a protagonista no cenário sociocultural brasileiro ou acabarão sendo substituídos pelas novas gerações? De acordo com pesquisas do IPEA, o Brasil seguirá o caminho dos considerados países desenvolvidos, mas com uma velocidade ainda maior no processo de envelhecimento e de queda nas taxas de fecundidade. Com base nos estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2060, o Distrito Federal contará com aproximadamente um terço de idosos em sua população total. Como visto exaustivamente neste estudo, as pessoas estão vivendo mais graças aos avanços tecnológicos, da saúde e da possibilidade de um envelhecimento mais ativo. Desta forma concluímos que os idosos do amanhã serão um reflexo dos jovens e adultos de hoje. A percepção sobre o envelhecimento já está mudando, e o idoso passa a atuar em importantes papéis sociais a desempenhar maior poder político. Por outro lado, setores como saúde, previdência, educação, meio ambiente, segurança e família serão afetados com o envelhecimento populacional. As mulheres terão um protagonismo nesta etapa, considerando o balanço entre os sexos, o

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envelhecimento no Brasil será feminino. Predominado por elas, hoje 54% dos idosos são mulheres; e esse índice aumenta conforme a idade. Já em 2040, dos “super idosos” com mais de 80 anos, 60,3% serão mulheres no Brasil. Logo vemos que quanto mais velha a população, mais feminina ela é. Com essas mudanças no perfil da sociedade, o próprio cotidiano brasileiro mudará. Como visto, haverá uma queda da população jovem no país. Desta forma os investimentos gradualmente irão para novas direções. Fatores indicam que o novo público mais velho ainda será considerado uma parcela importante da população e assim detendo um maior valor econômico e de consumo as empresas. Deste modo, novas demandas poderão ser alcançadas. Claro que os privilégios adquiridos dependerão da classe social a qual o idoso pertencerá. Os idosos de classes mais baixas continuarão a trabalhar, principalmente em serviços informais, vendo-se que a garantia de aposentadoria estará cada vez mais distante. Futuramente, sua independência econômica e laboral será coercitiva. Como o processo de envelhecimento é acompanhado com fatores biológicos, é inegável que doenças ainda continuarão a afetar as pessoas mais velhas. Nesta fase da vida, os idosos terão um portifólio de doenças somáticas. Estas serão doenças crônicas, que não tem cura, como diabetes, hipertensão, depressão, osteoporose, osteoartrose etc. Mesmo com incontáveis tratamentos, remédios e dietas, as pessoas ainda continuarão a adoecer. Isso se dará principalmente porque elas vão começar a viver mais e ter mais tempo para adquirir doenças ao longo da vida. O viver mais também aumenta a probabilidades de o idoso brasileiro desenvolver Alzheimer. Dos 60 aos 70 anos, a probabilidade é de 5%. Dos 70 aos 80, essa probabilidade dobra. Já dos 80 aos 90 ela pode atingir 20%. Logo, vemos que avanços

na saúde e na qualidade de vida não significará ausência de doenças. Para uma qualidade de vida, serão necessárias mudanças no paradigma da saúde. A prevenção é um fator essencial para que problemas que surjam na velhice sejam impedidos. Esta iniciativa, que deve partir, prioritariamente do governo, garantirá que o Sistema de Saúde não entre em colapso e que não tenha capacidade de atender os novos doentes. Entretanto, já vemos que o cenário atual não é tão animador. Além da prevenção, deverá ser investido também na manutenção da saúde da população. Serão importantes incentivo para uma alimentação mais adequada, prática de atividades físicas e promoção de interações sociais entre as pessoas em condições ideais a todas as classes. A mudança do perfil do idoso no futuro quebrará cada vez mais com os estereótipos sociais e políticos da velhice. Questões como sexualidade, gênero e identidade de gênero serão transpostas para esse novo período de vida da geração Millennial. Além disso, a própria configuração familiar desses novos idosos será modificada. Elas serão habituadas com relações mais fluidas, com separações e “recasamentos”. Elas serão como mosaicos. A vida sexual ativa na Terceira Idade será cada vez mais desestigmatizada. Desta forma, a percepção negativa de todo idoso ser dependente e vulnerável tanto em saúde quanto economicamente será contestada. A capacidade de produtividade e de trabalho será revista. Desta forma, a visão sobre o envelhecimento acaba se tornando cada vez mais valorizada aos indivíduos mais jovens da sociedade acarretando a população idosa o papel mais importante e de aprendizado para o futuro da comunidade. FIGURA

10

- HTTPS://I.PINIMG.COM/564X/D4/CB/99/D4CB99AC2123A95BC47C9F30ED93C3B1.JPG


CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO O QUE SÃO ILPI’S? Com o crescimento da população idosa, também se presencia um cenário de incertezas das condições de cuidados a esse público no futuro. Mesmo que a legislação brasileira estabeleça que os cuidados com os dependentes sejam de responsabilidade das famílias, em um contexto atual de mudanças na estrutura funcional familiar e maior foco dos membros no trabalho, essas responsabilidades nos cuidados com a população idosa se tornam cada vez mais dificultadas. Desta forma, uma das alternativas de cuidados não-familiares corresponde às Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), estas podendo ser públicas ou privadas. A origem das ILPIs está relacionada aos asilos. Asilo, do grego asylon, significa local de abrigo e proteção contra danos de qualquer natureza. Historicamente, as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) surgem fundamentadas na caridade e no atendimento básico das necessidades de vida que envolvem o alimentar, o se banhar e dormir. Estas ações de assistência são frutos da ausência de políticas públicas. De modo geral, eram destinadas ao cuidado aos sem-família, pobres e mentalmente enfermos. Desta forma, vemos que sua identidade esteve sempre ligada a caridade assistencialista sob uma visão de indivíduos em condição de decadência, degradação e infantilização (CREUTBERG; GONÇALVES; SOBBOTKA, 2004 apud WATANABE; GIOVANNI, 2009). FIGURA 11 - HTTPS://CONTEUDO.IMGUOL.COM.BR/C/ENTRETENIMENTO/2013/07/11/VELHICE-IDOSA-IDADE-IDOSOS-VELHOS-FAMILIA-PAIS-AVOS-1373572479542_1920X1080.JPGD79660A4D9__700. JPG

Atualmente, com o envelhecimento da população, os asilos passam a ser uma rede hibrida de assistência social e de saúde. Diante disso, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia

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sugeriu a adoção da denominação “Instituição de Longa Permanência para Idosos” ou ILPI. Contudo, ainda é comum o uso dos termos como casa de repouso, clínicas geriátricas, abrigos e asilos (WATANABE; GIOVANNI, 2009). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 283 de 26 de setembro de 2005, define as ILPIs como instituições governamentais ou não-governamentais, de caráter residencial, destinada ao domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade, dignidade e cidadania. Sob condições gerais, a instituição deve atender aos direitos e garantias dos idosos, incluindo o respeito a liberdade de credo e de ir e vir, desde que não haja restrição de saúde. O espaço da instituição deve promover uma ambiência acolhedora, de convivência mista entre dependentes de diversos graus e a integração de todos nas atividades desenvolvidas. Ademais, é papel da instituição incentivar e promover a participação da família e comunidade na atenção ao idoso residente, desenvolver atividades que estimulem sua autonomia, e promovam o lazer (atividades físicas, recreativas e culturais). Estas instituições podem atender pelo menos três graus de dependência: a) Grau de Dependência I - idosos independentes, mesmo que requeiram uso de equipamentos de autoajuda; b) Grau de Dependência II - idosos com dependência em até três atividades de autocuidado para a vida diária tais como: alimentação, mobilidade, higiene; estes idosos podem possuir alteração cognitiva controlada; c) Grau de Dependência III - idosos com dependência que requeiram assistência em todas as atividades de autocuidado para a vida diária e

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ou com comprometimento cognitivo. Em relação ao seu espaço construído, a Instituição deve atender aos requisitos de infraestrutura física presentes na (RDC) nº 283 de 2005, além das exigências estabelecidas em códigos, leis ou normas pertinentes e específicas da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. A Instituição de Longa Permanência para Idosos deve oferecer instalações físicas em condições de habitabilidade, higiene, salubridade, segurança e garantir a acessibilidade a todas as pessoas com dificuldade de locomoção. Nas últimas décadas, têm ocorrido mudanças nos perfis das instituições para idosos. Atualmente, valoriza-se uma estrutura para promoção do envelhecimento ativo. Considerado como espaço de longa permanência, a ILPI deve ser considerada como um lar para o residente. Ali, os idosos encontram a oportunidade de resgatar a sociabilidade perdida para o experimento de novas formas de interação e desenvolvimento de novas habilidades.

GRÁFICO 9 – PROPORÇÃO

28.2%

6.6%

Sob uma visão geral, a pesquisa mais recente realizada pelo IPEA em 2011, mostra o perfil, as condições de funcionamento e infraestrutura das Instituições de Longa Permanência para Idosos no Brasil. Mesmo com este déficit de tempo, este estudo pode nos auxiliares para termos uma noção mais simples sobre o panorama brasileiro. A pesquisa na época localizou 3.548 instituições no território brasileiro onde moravam cerca de 83.870 idosos. Este número correspondia a 0,5% da população idosa. As instituições são encontradas em 28,8% dos municípios brasileiros. Como esses dados foram coletos em 2009, pode-se inferir que houve um crescimento sistemático no número de instituições no país. No período en-

65.2%

LEIRAS (2007 – 2009) (%).

(%)

70 63, 63, 60 51,7 Gráfico 16. Distribuição proporcional da população idosa, das ILPIs e de Gráfico 15. Proporção das 50 seus residentes, sendo as regiões brasileiras (2007-2009) (%) IPLIs brasileiras (2007-2009) 40 30 24,7 (%) 19,5 18,4 20 14,2 28.2% 6.6% 65.2% 1070 8,5 63, 63, 4,9 7,0 6,6 1,4 1,4 060 51,7 Sudeste Sul Centro-Oeste Nordeste Norte 50 40 Filantrópica Privada População Idosa Residentes 30 24,7 19,5 Pública+Mista ILPIs 18,4 20 14,2 8,5Fonte: Pesquisa Ipea/SEDH/MDS e CNPq,7,0 10 2011. 6,6 Fonte: Pesquisa Ipea/SEDH/MDS e CNPq, 4,9 2011. 1,4 1,4 0 Sudeste Sul Centro-Oeste Nordeste Norte Gráfico 18. Distribuição proporcional das ILPIs por números de residentes (2007Gráfico 19. Composição dos Filantrópica Privada População Idosa - Brasil Residentes -2009)(%) gastos das ILPIS (%) Pública+Mista ILPIs Fonte: Pesquisa Ipea/SEDH/MDS e CNPq, 2011.

Fonte: Pesquisa Ipea/SEDH/MDS e CNPq, 2011. 5,3%

INSTITUIÇÕES PARA IDOSOS NO BRASIL

GRÁFICO 10 – DISTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL DA POPULAÇÃO IDOGráfico 16. Distribuição proporcional da população idosa, das ILPIs e de SA, DAS ILPIS E DE SEUS RESIDENTES, SENDO AS REGIÕES BRASIseus residentes, sendo as regiões brasileiras (2007-2009) (%)

Gráfico 15. Proporção das DAS IPLIS BRASILEIRAS IPLIs brasileiras (2007-2009) (2007 – 2009).

62,6%

9,4% Gráfico 19. Composição dos GRÁFICO 11 – DISTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL gastos das ILPIS (%) DAS ILPIS POR NÚMEROS DE RESIDENTES – 14,1% BRASIL (2007 – 2009) (%). 5,3%

62,6%

9,4%

18,8% Medicamentos Outros

ILPIS SEGUNDO Nº DE LEITOS (%).

10 30

13,0

10,0 27,9

<10

2,1 24,0 23,0 10-19 20-29 30-49 50-99 >= 100

13,0 10,0 10 Fonte: Pesquisa Ipea/SEDH/MDS e CNPq, 2011. 2,1 0 <10 10-19 20-29 30-49 50-99 >= 100

Fonte: Pesquisa Ipea/SEDH/MDS e CNPq, 2011.

18,8% RH Despesas fixas Alimentação

27,9 Gráfico 18. Distribuição proporcional das ILPIs 23,0 por números24,0 de residentes - Brasil (2007GRÁFICO 12 – PROPORÇÃO DOS QUARTOS NAS -2009)(%) 20

0 20

14,1%

RH Despesas fixas Alimentação

30

Medicamentos Outros


tre 1940 e 2009, 2.897 novas instituições para idosos foram abertas, o que apresenta uma média de crescimento líquido de 40,3 instituições por ano. Logo, até 2019 podemos inferir que tenham surgido cerca de 403 novas instituições para idosos no Brasil. No período da pesquisa, houve um crescimento de novas instituições privadas com fins lucrativos. Contudo o estudo ainda aponta que a maioria das instituições brasileiras é filantrópica com 65,2%, somando as religiosas e as laicas. Somente 6,6% das instituições brasileiras são públicas ou mistas, significando cerca de 218 instituições. Além disso, foi observado que o percentual de residentes independentes em instituições públicas e filantrópicas é maior que nas privadas com fins lucrativos. Isso se dá devido a carência de renda e moradia do idoso. O que se vê em instituições privadas com fins lucrativos um número maior de idosos dependentes. Sugere-se que a institucionalização desses idosos com renda está ligada a dependência física /metal mais elevada. Em geral, o idoso independente permanece com familiares ou mesmo residindo sozinho. Em relação a distribuição das instituições no território brasileiro, a maioria estava concentrada na região Sudeste e nas maiores cidades. Cerca de dois terços estavam na região Sudeste e 34,3% do total concentrava-se em São Paulo. Observa-se uma super-representação nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e uma sub-representação nas regiões Norte e Nordeste. Além disso, 31% das instituições estão nas grandes cidades do Brasil (com mais de 500 mil habitantes). FIGURA 12 HTTPS://I.IMGUR.COM/ Z AV R D V B . JPG

Relativo ao número de residentes, em média, cada ILPI no Brasil abriga 30,4 residentes, configurando-se desta forma, instituições pequenas.

INSTITUIÇÕES PARA IDOSOS NO DISTRITO FEDERAL Agora partindo para um panorama mais local, o Distrito Federal ainda tem poucas pesquisas sobre suas instituições para idosos. O Instituto de Pesquisa e Estatística Aplicada (IPEA) realizou uma pesquisa mais direcionada ao tema concluída em 2008. Esta foi a última e mais recente pesquisa divulgada pelo Instituto sobre as características das Instituições de Longa Permanência para Idosos na Região Centro-Oeste. Neste projeto, se utilizará seus dados para se ter uma noção mais generalizada sobre as condições das ILPIs no Distrito Federal. Na época, foram identificadas 15 ILPIs em funcionamento. A maioria localizada no Plano Piloto. Sobre os residentes, foram encontrados 555 idosos. O número de residentes correspondia a 0,4% da população idosa total do DF, mostrando a baixa cobertura do serviço. As mulheres predominam no total de idosos residentes (63,2%). Dos residentes destas instituições, 42,3% tinham mais de 80 anos nos quais a maioria eram mulheres. Aproximadamente metade dos residentes nas ILPIs eram considerado dependente, 30,6% independentes e 19,7% semi dependentes. Em relação a seus números, as instituições no DF abrigam, em média, 37 residentes. Na variação, a menor casa de repouso contava com 3 residentes e a maior com 141 idosos. Ampla maioria das instituições em funcionamento no Distrito Federal era filantrópica contando com 86% do total. E o restante eram privadas com fins lucrativos. Nem todas as instituições contavam com serviços de saúde próprios. Cerca de 2/3 das instituições recorriam ao Sistema Único de Saúde (SUS). Em relação a políticas públicas de proteção social, o Distrito Federal conta com Serviço de Acolhimento para Idosos. Este serviço é ofer-

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tado a pessoas sem familiares próximos, que não tem condições de autossustento, que não tem independência plena para as atividades da vida diária, que estão em condição de violência ou por motivos e negligência ou situação de rua. O acolhimento se dá como medida excepcional de proteção social quando não se tem mais alternativas de permanência das pessoas com a família nem mesmo com a comunidade. Os Serviços de Acolhimento Institucional para Pessoas Idosas em ILPIs são ofertados pela Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (SEDESTMIDH) do Distrito Federal por meio de parceria com quatros Organizações da Sociedade Civil (OSCs), que possuem no total, aproximadamente, 242 leitos e recebem idosos com diferentes necessidades e graus de dependência e de cuidados. A institucionalização é realizada em concordância com idosos e/ou com responsável legal. O serviço de acolhimento público é executado por meio da Unidade de Acolhimento para idosos – UNAI que, basicamente, como unidade publica de assistência social do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), acolhe temporariamente homens idosos com mais de 60 anos que cumpram os níveis de necessidades citados. Este serviço tem o tempo de acolhimento de até três meses. Períodos superiores podem ser avaliados em conjunto com o acolhido e especialistas. A UNAI está localizada na região de Taguatinga Norte e tem capacidade para 20 idosos. INSTITUIÇÕES PARA IDOSOS E A COVID-19 Durante esse ano de 2020, e perdurando neste ano de 2021, o mundo vem sofrendo os impactos da pandemia do novo coronavírus, denominada como COVID-19 ou SARS-Cov-2. A COVID-19 é uma doença infecciosa respiratória identificado pela primeira vez em dezembro de

2019, em Wuhan, na China. Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como pandemia, reconhecendo os surtos de COVID-19 em vários países e regiões do mundo. Atualmente, no mês de agosto, o Brasil registrou cerca de 110 mil mortes e mais de 3,5 milhões casos confirmados. Até o mês de agosto de 2020 foram mais de 22 milhões de infectados e cerca de 800 mil mortes. Agora, em Maio de 2021, foram mais de 116 milhões de infectados e cerca de 3,43 milhões mortes. De acordo com a folha informativa sobre a COVID-19 da Representação da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS/OMS) no Brasil (2020), um sexto das pessoas infectadas pelo vírus fica gravemente doente e desenvolve problemas respiratórios. Diante disso, se destacam as pessoas idosas que são mais suscetíveis a forma mais graves e até fatal da doença. O que piora o cenário para esse público é que o vírus também tem maior risco aos grupos com condições de saúde como diabetes, hipertensão arterial, doenças do coração, pulmão e rins, doenças neurológicas, em tratamento para câncer, portadores de imunossupressão entre outras doenças comuns nesta faixa etária. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), por meio da Comissão de Imunização, aconselha aos idosos, especialmente os portadores de comorbidades, com mais de 80 anos e/ou portadores de síndrome de fragilidade que adotem as medidas médicas aconselhadas pelo Ministério da Saúde e pela OMS. Deste modo, também deve-se dar uma atenção especial aos idosos que vivem em Instituições de Longa Permanência os quais representam o grupo mais frágil e de maior risco para complicações pelo vírus. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde, quase metade das mortes causadas pela COVID-19 na Europa foi

30

27,9

24,0

20 10 0

23,0 13,0

10,0

<10

10-19

FIGURA 12 - HTTPS://WWW. 2,1 ADVOCATE.COM/SITES/DEFAULT/FILES/02/TRANS-EL20-29 30-49 50-99 >= 100 DERS08_0.JPG

Fonte: Pesquisa Ipea/SEDH/MDS e CNPq, 2011. GRÁFICO 11 – DISTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL DAS ILPIS POR NÚMEROS DE RESIDENTES – BRASIL (2007 – 2009) (%).

30

27,9

36,6% 24,0

20 10 0

23,0 34,6%

13,0

10,0

2,1 <10

GRÁFICO 12 – PROPORÇÃO DOS QUARTOS NAS ILPIS SEGUNDO Nº DE LEITOS (%).

15,0%

10-19 20-29 30-49 50-99 >= 100

7,9% 5,9%

Fonte: Pesquisa Ipea/SEDH/MDS e CNPq, 2011.

1 leito 2 leitos

4 leitos 5 leitos ou mais

3 leitos Fonte: Pesquisa Ipea/SEDH/MDS e CNPq, 2011. 36,6% 34,6%

28

15,0%


registrada em asilos. A fim de reduzir o risco de transmissão e evitar um cenário catastrófico nas instituições para idosos brasileiras, a ANVISA publicou orientações para a prevenção e o controle de infecções pelo COVID-19 nas ILPIs. As orientações foram publicadas na Nota Técnica 05/2020, e abarcam residentes, profissionais e cuidadores que trabalham nesses locais, além dos visitantes. De modo geral, as medidas de prevenção são semelhantes as indicadas para detectar e impedir a propagação de outros vírus respiratórios.

analisadas de acordo com suas características de contexto, implantação, volumetria, forma, espacialidade, materialidade, estrutura, iluminação, ventilação natural e setorização funcional. Os projetos estudados se encaixam no perfil de Instituição tendo suas atividades funcionais direcionadas a habitação para idosos. Além disso, os objetos selecionados se encaixam na escala idealizada para a Instituição de Longa Permanência e servem como referencial já construído. A partir dessas informações, os pontos mais relevantes serão considerados para o lar a ser proposto neste trabalho.

O Brasil é um país continental, portanto, diferentes cidades e Estados apresentam fases distintas da epidemia. O Distrito federal, no mês de agosto, registrou mais de 140 mil casos e cerca de 2.100 mortes. Diante a condição dos idosos face ao coronavírus, o Governo do Distrito Federal, a exemplo das orientações contra o vírus, abriu chamamento direcionado aos idosos que se encontram em situação de risco para que se hospedassem temporariamente em hotéis selecionados pela Secretaria de Justiça e Cidadania (SEJUS).

FIGURA 13 – HTTPS://RIDVAN-INTERVIEW.IMGX.ME/PART-ONE-OF-A-TWO-PART-INTERVIEW-WITH-CHESTER-HIGGINS-JR-THE-FIRST-BLACK-STAFF/

O objetivo principal foi proteger esse grupo contra a exposição ao COVID-19. O edital contemplou o programa “Sua vida vale muito – Hotelaria solidária” em que o público-alvo foram idosos de baixa renda, não infectados pelo coronavírus, que se encontrem em condições de vulnerabilidade domiciliar e/ou compartilham moradia com pessoas infectadas ou suspeitas não podendo manter o isolamento social. O Hotel Brasília Palace foi a primeira hospedagem e abarcará cerca de 300 idosos. O tempo de permanência foi de três meses e os custos foram pagos pelo GDF. Contudo, mesmo com o agravamento da pandemia, no final do mês de julho os idosos tiveram que voltar para casa. A seguir, três referências projetuais serão

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+ 31


REFERÊNCIAS DE PROJETO 32

LAR DE IDOSOS DE PERAFITA INFORMAÇÕES Localização: Largo da Igreja, 4455-469 Perafita, Portugal. Autoria: Grupo Iperforma. Ano: 2015. Área de intervenção: 840 m². Área Construída: 3515.0 m². ÁREA DE INTERVENÇÃO O Lar de Idosos de Perafita faz parte do Centro Social e Paroquial Padre Ângelo Ferreira Pinto. Implantado em um terreno de 840 m² com uma área bruta construída de 3.515m², levando em conta todos os níveis. Foi dimensionado para atender cerca de 60 moradores (ARCHDAILY BRASIL, 2015). Levando em conta o lote em que se implanta, a ele é conferido uma geometria mais irregular. Os entornos principais são as unidades residenciais, a Paróquia e uma área livre antecedente a uma rodovia. Seus acessos de veículos e pessoas são realizados por intermédio do estacionamento da Paróquia em via compartilhada. Devido a topografia, há uma diferença importante de desnível entre os dois blocos que constituem o conjunto. Se destaca o bloco principal, o qual concentra as atividades comunitárias, possuindo três níveis edificados, sendo o primeiro semienterrado. Os edifícios são implantados diagonalmente em relação ao Norte, quebrando, de certa forma, a ortogonalidade do entorno.


N

VOLUMETRIA Em relação a sua composição volumétrica, o projeto constitui dois blocos de edifícios interligados ao nível superior por meio de uma passarela de corpo metálico e envidraçado. O bloco principal se eleva do solo em três níveis, um deles, semienterrado. O bloco secundário se eleva do chão acima de um piloti em um volume prismático contando somente com um pavimento. Eles se relacionam em paralelismo ocupando quase a mesma área. Sob formas simples, suas fachadas lançam mão de molduras e abertura de recorte para a diferenciação desses volumes prismáticos. Sua configuração espacial é linear. PROJETO Sua intenção foi estabelecer uma setorização funcional bem definida, proporcionando uma distribuição correta ao longo de cada nível. O projeto define uma circulação independente entre os funcionários e os residentes do espaço.

FIGURA 14 - LOCALIZAÇÃO DO LAR DE IDOSOS PERAFITA. FONTE: GOOGLE EARTH. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR. FIGURA 15 - VOLUMETRIA DO LAR DE IDOSOS DE PERAFITA. FONTE: GOOGLE EARTH. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.

O bloco principal concentra os usos sociais, de serviço, de cuidado e administrativos. Dentre os principais espaços temos: a recepção, sala de convívio e atividades, cantina com cozinha, banheiro e vestiário para funcionários, lavandria, gabinete médico, gabinete de enfermagem, cabeleireiro, salas de reuniões e gabinetes administrativos. O bloco secundário eleva-se do solo estabelecendo um piloti para atividades externas em área coberta direcionadas para os moradores. Quando necessário, a mesma área serve como estacionamento complementar. Somando ambos os blocos, são totalizados 40 quartos (duplos ou individuais) distribuídos no piso superior dos edifícios (ARCHDAILY BRASIL, 2015).

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O projeto buscou se aproximar ao máximo de um ambiente residencial cumprindo com todas as restrições e determinações impostas legislativamente. A intenção foi estimular a estadia do idoso no espaço e desenvolver várias atividades que o possibilitem sua autonomia (ARCHDAILY BRASIL, 2015). Tendo a integração como conceito chave, o grupo de arquitetos buscou alternativas inovadoras para a acessibilidade dos usuários em todos os espaços no dia- dia. Deste modo, o edifício responde com a otimização dos espaços criando soluções estéticas. Como estratégia de facilitação de localização para o morador, o grupo procurou distinguir os ambientes, tanto internos quanto externos, com o uso de cores. Os espaços que possuem uma permanência mais curta do morado, criaram-se um ambiente de cores ritmadas e dinâmicas, com volumes e grafismos angulares nas paredes, tetos e na iluminação. Por outro lado, para espaços de longa permanência, foi dada a preferência a ortogonalidade e cores mais neutras (ARCHDAILY BRASIL, 2015). Em relação a circulação, ela acontece de forma linear em todos os níveis de projeto. Identificou-se a presença constante de corredores de distribuição conferindo ao projeto áreas de acesso mais restritos e profundas em relação ao contato externo. Os dormitórios dos residentes e os banheiros comuns são, dentre outros ambientes, os mais reservados ao contato externo. Esta privacidade garante ao idoso uma certa sensação de segurança. Se conferirmos mais atentamente, podemos também observar uma circulação distinta, exclusiva para funcionários, no setor de serviço do Lar de Idosos de Perafita. Em relação a circulação vertical, somente o bloco principal detém os dois únicos elevadores de acesso. O que predomina são os acessos por escada, principalmente no bloco secundário, sendo sua única alternativa de acesso direto ao nível superior.

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De modo geral, o conjunto foi construído em estruturas de concreto armado, excetuando-se a passarela envidraçada metálica. Contudo, o que se vê, é que a materialidades da estrutura não se aparenta visualmente. Como dito anteriormente, se utilizou cores para conferir um maior nível de identificação de espaço aos usuários, logo, revestindo toda estrutura aparente. Porém, entre as cores mais predominantes no projeto, temos o branco. Além disso, a edificação possui um panejamento de vidro extenso ao longo de sua fachada. ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO NATURAL Relativo à incidência de luz solar, o edifício foi posicionado de modo a proteger as fachadas com janelas em fita, não recebendo a predominância da luz vinda do Sul, onde, no Hemisfério Norte, confere o maior tempo de incidência solar durante o dia. Desta forma, se auxilia no controle da temperatura interna do ambiente melhorando o conforto térmico da residência.

FIGURA 16 – LAR DE IDOSOS DE PERAFITA, INCIDÊNCIA SOLAR E VENTOS PREDOMINANTES.;. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW.ARCHDAILY.COM. BR/BR/767045/LAR-DE-IDOSOS-EM-PERAFITA-GRUPO-IPERFORMA/55593158E58ECE37C10000F0-LAR-DE-IDOSOS-EM-PERAFITA-GRUPO-IPERFORMA-IMPLANTACAO. MODIFICADO PELO AUTOR.

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LEGENDA: Incidência

Ventos predominantes


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SETORIZAÇÃO FUNCIONAL

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PLANTA BAIXA - TÉRREO LEGENDA:

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6 1. Suítes (Individuais e8com 2 10. Recepção; leitos); 11. Sala de convívio e ativida2. Sanitários comuns; des; 3. Sanitários de funcionários; 12. Sala de Estar; 4. Banheiros comuns; 13. Gabinete médico; 5. Sala de Limpeza/Depósito; 2 2 14. Gabinete de enfermagem; 9 6. Lavanderia; 15. Cabelereiro; 7. Estar de funcionários; 11 16. Gabinetes 5 de administrati8. Cozinha/Despensa; vos; 9. Refeitório; 17. Sala de Reuniões; 5 18. Piloti. 16 10 2

14 FIGURA 17 – LAR DE IDOSOS DE PERAFITA: SETORIZAÇÃO FUNCIONAL – PAVIMENTO TÉRREO. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW.ARCHDAILY.COM. BR/BR/767045/LAR-DE-IDOSOS-EM- P E R A F I TA - G R U P O - I P E R F O R M A / 5559317FE58ECE37C10000F1-LAR- D E - I DO S O S - E M - P E R A F I TA - G R U PO-IPERFORMA-PLANTA-TERREO. MODIFICADO PELO AUTOR.

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132 14 13

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1. Suítes (Individuais e com 2 leitos); 2. Sanitários comuns;1 3. Sanitários de funcionários; 4. Banheiros comuns; 5. Sala de Limpeza/Depósito; 6. Lavanderia; 5 12 7. Estar de funcionários; 8. Cozinha/Despensa; 1 9. Refeitório; 4 1

5

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4 12

1

PLANTA BAIXA - TÉRREO LEGENDA: Íntimo Social Circulação Serviço Saúde Administrativo Acesso/Saída 0

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LEGENDA: PLANTA BAIXA - TÉRREO

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PLANTA BAIXA - TÉRREO

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10. Recepção; 11. Sala de convívio e atividades; 12. Sala de Estar; 13. Gabinete médico; 14. Gabinete de enfermagem; 15. Cabelereiro; 5 16. Gabinetes de administrativos; 17. Sala de Reuniões; 4 18. Piloti.

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5 5

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N

2

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PLANTA BAIXA - TÉRREO

7 6

LEGENDA: 6 Íntimo 8 Social Circulação 2 2 Serviço 9 Saúde 2 112Administrativo 9 Acesso/Saída 11

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Íntimo Social Circulação Serviço Saúde Administrativo Acesso/Saída 0

7

N

FIGURA 18 – LAR DE IDOSOS DE PERAFITA: SETORIZAÇÃO FUNCIONAL – PAVIMENTO SUPERIOR. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW. A R C H DA I L Y . CO M . B R / B R / 7 6 7 0 4 5 / LAR-DE-IDOSOS-EM-PERAFITA-GRUPO-IPERFORMA/555931A2E58ECE37C10000F2-LAR-DE-IDOS O S - E M - P E R A F I TA - G R U P O - I P E R F O R M A - P L A N TA - 1 O - PAV I M E N TO. MODIFICADO PELO AUTOR.

2

N N

PLANTA BAIXA - NÍVEL SUPERIOR

N

PLANTA BAIXA - NÍVEL SUPERIOR

N

LEGENDA: LEGENDA: Íntimo LEGENDA: 10. Recepção; 1. Suítes (Individuais e com 2 Social leitos); 11. Sala de convívio e atividaÍntimo 10. Recepção; 2. Sanitários 10. Recepção; 1. Suítes (Individuais e com 2 1. Suítes (Individuais e com 2 1. Suítes (Individuais e comÍntimo 2 Íntimo 1. Suítes (Individuais 10. Recepção; comuns; e com 2 des; Circulação Social Social 11. Sala de convívio leitos); 11. Sala de convívio e atividaleitos); e atividaleitos); Social leitos); 11. Sala de convívio e ativida3. Sanitários de funcionários; 12. Sala de Estar; Serviço des; 2. Sanitários comuns; 2. Sanitários comuns; des; Circulação 2. Sanitários comuns; Circulação 2. Sanitários comuns; 4. Banheiros comuns; 13. des; Gabinete médico; Circulação 12. Sala de Estar; 3. Sanitários de funcionários;Saúde 12. Sala de Estar; 3. Sanitários de funcionários; 3. Sanitários de funcionários; Serviço 14. 12. Serviço 3. Sanitários de funcionários; Sala dede Estar; Gabinete enfermagem; 5. Sala de Limpeza/Depósito; Serviço 4. Banheiros comuns; 13. Gabinete médico; 4. Banheiros comuns; 13. Gabinete médico; Administrativo 4. Banheiros comuns; 4. Banheiros comuns; Gabinete médico; 6. Lavanderia; Cabelereiro; Saúde 15. 13. Saúde Saúde 5. Sala de Limpeza/Depósito; 14. Gabinete de7.enfermagem; 5. Sala de Limpeza/Depósito; 14. Gabinete de 5. enfermagem; Sala de Limpeza/Depósito; Acesso/Saída 5. Sala Limpeza/Depósito; 14. Gabinete de enfermagem; Estar dede funcionários; 16. Gabinetes de administratiAdministrativo Administrativo 6. Lavanderia; 15. Cabelereiro;8. Cozinha/Despensa; 6. Lavanderia; 15. Cabelereiro;6. Lavanderia; Administrativo 6. Lavanderia; vos;15. Cabelereiro; Acesso/Saída Acesso/Saída 7. Estar de funcionários; 16. Gabinetes de administrati7. Estar de funcionários; 16. Gabinetes de administrati7. Estar de funcionários; Acesso/Saída 7. Estar de funcionários; Gabinetes de administrati9. Refeitório; 17. 16. Sala de Reuniões; vos; 8. Cozinha/Despensa; 0 8. Cozinha/Despensa; 8. Cozinha/Despensa; 10 vos; 20 8. Cozinha/Despensa; 18. vos; Piloti. 9. Refeitório; 17. Sala de Reuniões; 9. Refeitório; 17. Sala de Reuniões; 9. Refeitório; 9. Refeitório; 17. Sala de Reuniões; 0 10 20 0 10 20 18. Piloti.20 18. Piloti. 0 10 18. Piloti.

10. Recepção; 11. Sala de convívio e ativ des; 12. Sala de Estar; 13. Gabinete médico; 14. Gabinete de enferma 15. Cabelereiro; 16. Gabinetes de admin vos; 17. Sala de Reuniões; 18. Piloti.

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IMAGENS

FIGURA 1- LAR DE IDOSOS DE PERAFITA 1. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW.ARCHDAILY.COM.BR/BR/767045/ LAR-DE-IDOSOS-EM-PER A F I TA - G R U P O - I P E R FORMA/5559307EE58ECE37C10000EA-LAR-DE-IDOSOS-EM-PERAFITA-GRUPO-IPERFORMA-FOTO. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. FIGURA 20 – LAR DOS IDOSOS DE PERAFITA, REFEITÓRIO. DISPONÍVEL EM: HTTPS:// WWW.ARCHDAILY.COM.BR/ BR/767045/LAR-DE-IDOSOS-EM-PERAFITA-GRUPO-IPERFORMA/555932A2E58ECEB4C8000115-LAR-DE-IDOSOS-EM-PERAFITA-GRUPO-IPERFORMA-FOTO. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR. FIGURA 21 – PASSARELA METÁLICA, INTERIORMENTE. DISPONÍVEL EM: HTTPS:// WWW.ARCHDAILY.COM.BR/ BR/767045/LAR-DE-IDOSOS- E M - P E R A F I TA - G R U P O - I PERFORMA/55593426E58ECE37C1000100-LAR-DE-IDOSOS-EM-PERAFITA-GRUPO-IPERFORMA-FOTO. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. FIGURA 22 - LAR DOS IDOSOS DE PERAFITA, CORREDOR TÉRREO DO BLOCO PRINCIPAL. DISPONÍVEL EM: HTTPS:// WWW.ARCHDAILY.COM.BR/ BR/767045/LAR-DE-IDOSOS- E M - P E R A F I TA - G R U P O - I PERFORMA/555933BDE58ECE37C10000FD-LAR-DE-IDOSOS-EM-PERAFITA-GRUPO-IPERFORMA-FOTO. ACESSO EM: 09 ABR. 2020.

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FIGURA 23 – LAR DOS IDOSOS PETER ROSEGGEER 2. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW.ARCHDAILY.COM.BR/BR/760936/LAR-DE-IDOSOS-PETER-ROSEGGER-DIETGER-WISSOUNIG-ARCHITEKTEN/545C1D76E58ECE70E0000054. ACESSO EM: 09 ABR. 2020.

LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER ÁREA DE INTERVENÇÃO Localização: Maria-Pachleitner-Straße 30, 8053 Graz, Áustria. Autoria: Dietger Wissounig Architekten. Ano: 2014. ÁREA DE INTERVENÇÃO O Lar de Idosos Peter Rosegger foi construído na cidade de Graz, capital da província de Styria, no sul da Áustria. Localiza-se no entorno de conjuntos habitacionais. Conforme a quadra onde se encontra, o lote tem o formato mais ortogonal e retangular. Além disso, como lote de esquina, possui acesso direto a via de circulação pública. O lar possui acessos e saídas próprios para os serviços, visitantes e funcionários. Os acessos de pessoas e veículos ocorrem nas laterais do edifício. A edificação faz uso de afastamentos generosos laterais, de frente e de fundo a fim de garante maior permeabilidade no de acesso entorno da edificação, além de servir os espaços livres para jardins e hortas dos residentes. O terreno é predominantemente plano e não interfere nas soluções de diferentes níveis no interior da instituição.

FIGURA 24 – LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER 1. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW.WISSOUNIG.COM/WP-CONTENT/UPLOADS/2014/10/%C2%A9PAUL-OTT_PRSGGRSTR_0051.JPG . ACESSO EM: 09 ABR. 2020.

VOLUMETRIA Seu projeto foi realizado de forma mais compacta lançando mão de um volume quadrático com cortes assimétricos lhe conferindo certo dinamismo. Formalmente, vemos que a edificação se organiza de maneira centralizada. A construção é constituída basicamente por 5 blocos. O bloco central seria o núcleo principal das atividades para o funcionamento do lar, servindo como suporte técnico e de apoio aos volumes periféricos

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N

onde se encontram os dormitórios dos residentes e seus setores sociais e de serviço. Para conferir certo dinamismo a forma, o arquiteto deslocou de modo sutil os blocos periféricos. Além disso, observando-se por cima, a volumetria adere aos recortes para a abertura dos átrios internos para a entrada de iluminação e melhorar o fluxo de ventilação internas as comunidades. Interpreta-se que essas aberturas aliviam a sensação de enclausuramento causado por essa volumetria extremamente compacta, fechada e pouco permeável visualmente, em um ponto de vista externo. Mesmo apresentando grandes janelas que se abrem para o exterior, o lar persiste na impenetrabilidade de sua edificação. Isso também é visto pela presença de pouco acessos. As permeabilidades são conferidas mais internamente dando a impressão de um espaço aberto e livre para os residentes. Esta configuração mais aberta internamente também auxilia aos serviços de apoio e cuidado a ter um maior controle das ocorrências interiores. PROJETO

FIGURA 25 - LOCALIZAÇÃO DO LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER. FONTE: GOOGLE EARTH. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR. FIGURA 26 – VOLUMETRIA DO LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER. FONTE: GOOGLE EARTH. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.

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São oferecidos espaços para um total de 104 residentes, acomodados em 88 quartos individuais e 8 duplos. Os quartos estão parcialmente mobiliados, equipados com banheira e possuindo conexão à TV (ARCHDAILY BRASIL, 2014). A casa possui oito “comunidades” habitacionais, quatro em cada pavimentos. Estas comunidades são agrupadas em torno de um pátio central. Em cada lado do eixo central do edifício, apresentam-se dois jardins térreos exclusivos aos residentes. Além disso, cada comunidade possui um átrio exclusivo garantindo um melhor fluxo de ventilação interna (ARCHDAILY BRASIL, 2014).


Cada comunidade habitacional fundamenta-se em um conjunto de suítes, cozinha e refeitório com capacidade para 13 residentes e um enfermeiro (ARCHDAILY BRASIL, 2014). Deste modo, o projeto visa gerar em cada uma dessas zonas, uma atmosfera administrável e familiar. Além disso, as comunidades contam com grandes varandas e galerias, assim como uma variedade de rotas e vistas ao longo da instituição configurando um ambiente mais aberto e estimulante. Além da distinção espacial, cada comunidade se desenvolve em torno de um conceito de cores diferentes para auxiliar na orientação dos residentes. Em relação aos quartos, eles variam de acordo com a sua localização e a direção que estão orientados. Mas, de modo geral, cada quarto possui uma grande janela com um parapeito baixo. Como dito anteriormente, a área central da instituição concentra o maior número de atividades. As atividades de cuidado e administrativas ficam neste núcleo e são de extrema importância para o funcionamento eficiente e supervisão dos residentes. Os quartos de enfermagem, ou seja, dos cuidadores ou servidores de apoio estão localizados no núcleo de cada bloco, à poucos passos de cada comunidade de residentes. Em relação a circulação, de acordo com as plantas, o edifício detém dois elevadores extremamente úteis para a melhor locomoção dos residentes. Estes elevadores ficam na área central, juntamente com a escada e próximo ao acesso de serviço. Este último é frequentemente utilizado em momentos de emergência caso algum residente passe mal não precisando passar pelo meio do edifício e sendo retirado o mais rápido possível. Os corredores internos são fundamentais para garantir certa profundidade de acesso aos quartos. Em relação ao seu sistema construtivo, este

lar de idosos foi elevado como uma casa pré-fabricada em madeira. Seu sistema conta com uma estrutura de madeira laminada cruzada nas paredes e no teto formando uma estrutura portante, com as superfícies aparentes. A madeira foi utilizada para atingir uma certa atmosfera aconchegante e espaçosa (ARCHDAILY BRASIL, 2014). Desta forma, vemos que a madeira acompanha toda motivação estética da instituição. Relativo à sua casca externa, a solução com madeira aparente de lariço austríaco não tratada foi aplicada. Internamente, painéis de madeira também fazem parte da composição.

N

O uso da madeira, a variedade de perspectivas, a quantidade de ambientes sociais e de jardins, além dos contrastes entre luz e sombra trazidos pelos painéis/brises, contribuem para a criação de um espaço confortável e acolhedor, assim como um lar. ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO NATURAL A instituição possui uma ventilação e iluminação eficientes, onde a edificação dispõe de aberturas distribuídas por toda sua extensão. Neste caso, estas aberturas seriam responsáveis pelo conforto ambiental e desta forma, mais agradável para os residentes. As janelas do edifício ocupam quase toda a parede dos dormitórios, que possuem uma parte específica de abertura, desta forma, mantendo certa segurança aos moradores. No lar, os brises auxiliam na contenção da luz solar aumentando o conforto térmico e luminoso. N FIGURA 27 – LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER, INCIDÊNCIA SOLAR E VENTOS PREDOMINANTES. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW. ARCHDAILY.COM.BR/BR/760936/LAR-DE-IDOSOS-PETER-ROSEGGER-DIETGER-WISSOUNIG-ARCHITEKTEN/545C210AE58ECE70E0000058. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.

LEGENDA: Incidência

Ventos predominantes

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SETORIZAÇÃO FUNCIONAL

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FIGURA 28 – LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER: SETORIZAÇÃO FUNCIONAL – PAVIMENTO TÉRREO. DISPONÍVEL EM: HTTPS:// WWW.ARCHDAILY.COM. BR/BR/760936/LAR-DE-IDOSOS-PETER-ROSEGGER-DIETGER-WISSOUNIG-ARCHITEKTEN/545C20F9E58ECE1AAE00004E?NEXT_PROJECT=NO. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.2020. MODIFICADO PELO AUTOR.

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10 11 10 8

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LEGENDA: Íntima Administrativa Social Circulação

16

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Acesso/Saída Cuidado/Saúde Serviço

1. Suítes Individuais; 12. Sala dos cuidadores; 2. Suíte com 2 leitos; 13. Sala de suporte de enfermagem; 3. Sanitários masc. e fem.; 14. Quarto para cuidador; 4. Sanitários Especiais; 15. Cabelereiro; 5. Varanda; 16. Administrativo; 6. Sala multiuso; 17. Horta; 7. Refeitório+Sala de Estar 18. Jardim; 8. Lavanderia; 19. Jardim interno; 9. Sala de Limpeza; 20. Acesso/Saída de Serviço. 10. Depósito; 21. Acesso/Saída de Social. 11. Sala de Terapia Médica;

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LEGENDA: Íntima Social

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PLANTA BAIXA - TÉRREO

1. Suítes Individuais; 2. Suíte com 2 leitos; 3. Sanitários masc. e fem.; 4. Sanitários Especiais; 5. Varanda; 6. Sala multiuso; 7. Refeitório+Sala de Estar 8. Lavanderia; 9. Sala de Limpeza; 10. Depósito; 11. Sala de Terapia Médica;

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PLANTA BAIXA - TÉRREO

Cuidado/Saúde Serviço

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1

1

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PLANTA BAIXA - PAVIMENTO SUPERIOR N

LEGENDA: Íntima Administrativa Social Circulação

Acesso/Saída Cuidado/Saúde Serviço

1. Suítes Individuais; 12. Sala dos cuidadores; 2. Suíte com 2 leitos; 13. Sala de suporte de enfermagem; 3. Sanitários masc. e fem.; 14. Quarto para cuidador; 15. Cabelereiro; 4. Sanitários Especiais; 5. Varanda; 16. Administrativo; 6. Sala multiuso; 17. Horta; 7. Refeitório+Sala de Estar 18. Jardim; 8. Lavanderia; 19. Jardim interno; de Limpeza; 20. Acesso/Saída9. deSala Serviço. 10. Depósito; 21. Acesso/Saída de Social. 11. Sala de Terapia Médica;

N

Administrativa Circulação

Acesso/Saída

12. Sala dos cuidadores; 13. Sala de suporte de enfermagem; 14. Quarto para cuidador; 15. Cabelereiro; 16. Administrativo; 17. Horta; 18. Jardim; 19. Jardim interno; 20. Acesso/Saída de Serviço. 21. Acesso/Saída de Social.

FIGURA 29 – LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER: SETORIZAÇÃO FUNCIONAL – PAVIMENTO SUPERIOR. DISPONÍVEL EM: HTTPS:// WWW.ARCHDAILY.COM. BR/BR/760936/LAR-DE-IDOSOS-PETER-ROSEGGER-DIETGER-WISSOUNIG-ARCHITEKTEN/545C20FBE58ECE70E0000057?NEXT_ PROJECT=NO. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.


IMAGENS

FIGURA 30 – LAR DOS IDOSOS PETER ROSEGGER, REFEITÓRIO. DISPONÍVEL EM: HTTPS:// WWW.WISSOUNIG.COM/ WP-CONTENT/UPLOADS/2014/10/%C2%A9PAUL-OTT_PRSGGRSTR_083.JPG . ACESSO EM: 09 ABR. 2020. FIGURA 31 - LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER, SALA DE ESTAR. D I S P O NÍVEL EM: HTTPS://WWW. ARCHDAILY.COM.BR/ BR/760936/L AR-DE-IDOSOS-PETER-ROSEGGER-DIETGER-WISSOUNIG-ARCHITEKTEN/545C1D93E58ECE1AAE00004C. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. FIGURA 32 - LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER, DORMITÓRIO. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW.ARCHDAILY. COM.BR/BR/760936/LAR-DE-IDOSOS-PETER-ROSEGGER-DIETGER-WISSOUNIG-ARCHITEKTEN/545C1D9CE58ECE70E0000056. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. FIGURA 33 - LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER, ÁTRIO E CIRCULAÇÃO. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW.ARCHDAILY.COM.BR/BR/760936/ LAR-DE-IDOSOS-PETER-ROSEGGER-DIETGER-WISSOUNIG-ARCHITEKTEN/545C1DA9E58ECE1E4700004A. ACESSO EM: 09 ABR. 2020.

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VILA DOS IDOSOS INFORMAÇÕES Localização: Av. Carlos de Campos, 840 Pari, São Paulo - SP, Brasil. Autoria: Vigliecca & Associados. Ano: 2003-2007 Área de intervenção: 7.270 m² Área construída: 8.290 m² ÁREA DE INTERVENÇÃO E VOLUMETRIA

FIGURA 34 – VILA DOS IDOSOS 1. DISPONÍVEL EM: HTTP://WWW. VIGLIECCA.COM.BR/ UPLOADS/MONGOID_ IMAGE/IMAGE/4ECBAC85457F0F7D0200000C/ BIG_DRAGONFLY20120228-562-18TNN99. JPG . ACESSO EM: 09 ABR. 2020. FIGURA 35 – VILA DOS IDOSOS 2. DISPONÍVEL EM: HTTP://WWW. VIGLIECCA.COM.BR/ UPLOADS/MONGOID_ I M AG E / I M AG E / 4 E C B A D0A457F0F7D02000021/ BIG_DRAGONFLY20120228-562-1DJ5Z4J. JPG . ACESSO EM: 09 ABR. 2020.

42

A Vila dos Idosos faz parte do programa Morar no Centro que é uma iniciativa da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB) responsável pelas habitações de caráter social na cidade. Neste caso particular, o empreendimento está dirigido ao público idoso. Este projeto pioneiro surgiu como respostas às reivindicações do Grupo de Articulação para Conquista de Moradia dos Idosos da Capital (GARMIC) em parceria com Conselho Municipal do Idoso (VIGLIECCA&ASSOCIADOS, 2020). O conjunto está implantado no Bairro Pari, próximo a Biblioteca Pública Adelpha Figueiredo. Localizado perto do centro da cidade, possui boa acessibilidade as linhas de transporte público bem como aos serviços de assistência básica próximos como os postos de saúde. O projeto se implanta no terreno assumindo a dimensão de um conjunto edificado contribuindo na estrutura urbana local cujo caráter é mais fragmentado. O conjunto está localizado num terreno de forma complexa e com frentes


de s rlo a .C v A

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Av. Marginal Tietê Central s o p

relativamente pequenas a três ruas. As Avenidas Carlos de Campos e Pedroso da Silveira tem o papel importante de promover diferentes tipos de contatos com o bairro, sejam eles comerciais, culturais e sociais. Tendo isso em vista, o projeto procurou incentivar ainda mais estes contatos entre os moradores com a vizinhança e aproveitar as condições adequadas de conforto que a região oferece.

N

*

Sobre a volumetria, a forma em L sugere uma ocupação perimetral do terreno. O conjunto contorna as instalações da biblioteca pública, criando uma área comum, vazia e sem edificações; um pátio entre os dois edifícios. A integração com a biblioteca vizinha, os alinhamentos dos pilotis com ruas ao redor e a ausência de fechamentos externos são elementos que denotam intenções do autor em somar a edificação ao meio urbano já existente, cuja paisagem do entorno se tornou um insumo para qualificação do espaço (ANITELLI; TRAMONTANO, 2017).

.P Av

Vila dos Idosos

ro ed

so da ra ei lv Si SETORIZAÇÃO FUNCIONAL E CIRCULAÇÃO

FIGURA 36 – LOCALIZAÇÃO DA VILA DOS IDOSOS. FONTE: GOOGLE EARTH. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR. FIGURA 37 – VOLUMETRIA DA VILA DOS IDOSOS - FONTE: GOOGLE EARTH. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.

O programa compreende 145 unidades. Dentre elas, 57 são apartamentos de um dormitório de 42m² e 88 são mono-ambientes de 30 m² (VIGLIECCA&ASSOCIADOS, 2020). Cada apartamento conta com áreas mínimas para as atividades domésticas individuais (a tripartição funcional: serviço, social e íntimo). Todas as moradias possuem áreas de serviço conjugada (soma de cozinha americana e lavanderia). Os apartamentos de 30 m² contam também com a conjugação dos ambientes de estar e de dormir. Já os apartamentos de 42 m² contam com estes espaços separados e bem definidos, além de ter a possibilidade de se dividir o quarto de casal em dois, assim, aumentando o número de dormitórios. Ambos os apartamentos possuem um banheiro simples e adaptável.

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Basicamente, o conjunto conta com uma variedade de funções exclusivas ao nível térreo contando com maior área para ambientes sociais e de serviço comunitários. Os demais três pavimentos superiores contam, com quase toda sua totalidade, com apartamentos. A Vila dos Idosos possui quatro pavimentos, com duas caixas de circulações verticais com escadas e elevadores. Os apartamentos foram implantados linearmente, com as portas de entrada dispostas para um longo corredor, boa parte deles com vista para o pátio central. As unidades adaptadas a portadores de deficiências físicas compreendem 25% do total, sendo a outra parte facilmente adaptáveis, caso necessário (VIGLIECCA&ASSOCIADOS, 2020). Em relação a sua configuração espacial, o conjunto obedece a uma organização e circulação mais linear. Com a predominância de corredores, se observando uma característica mais distributiva, ligando ambientes e espaços, e garantindo o melhor controle dos servidores e voluntários do conjunto a ocorrências. A presença de vários níveis de circulação vertical (garantidos por escadas e elevadores) garante uma maior privacidade aos apartamentos. Nas interseções entre as circulações, encontram-se espaços de caráter mais social como salas de estar e TV. Deste modo, vemos que o conjunto detém a predominância de circulações horizontais que garantem uma boa orientação e a fluxo das unidades. Além disso, permite as melhores condições de acessibilidade aos moradores, principalmente aos portadores de deficiências físicas. Em relação a assistência médica, o atendimento básico ocorre nas dependências do próprio conjunto. No caso de outras ocorrências ou consultas/exames periódicos são realizados em postos de saúde localizados nas proximidades (ANITELLI; TRAMONTANO, 2017).

44

Considerando as condições econômicas dos moradores, e as limitações orçamentárias, os materiais utilizados foram padronizados prevendo-se uma alta durabilidade e baixa necessidade de manutenção. Em relação ao seu sistema construtivo, estabeleceu-se acabamentos simplificados, com laje de concreto aparente, excetuando-se os revestimentos das paredes e pisos (ANITELLI; TRAMONTANO, 2017).

N

ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO NATURAL Em relação a iluminação solar, o conjunto recebe uma quantidade elevada de luz, muito devido a exposição de sua fachada frontal a direção Noroeste. Devido a imposições de caráter financeiro motivados pela COHAB, a estratégia de proteção das paredes dos apartamentos contra incidência solar por elementos cerâmicos vazados foi negada e substituída somente por guarda-corpos metálicos (ANITELLI; TRAMONTANO, 2017). Neste caso, se deduz um possível desconforto térmico interno aos apartamentos por conta do aquecimento. Sobre a ventilação natural, sua fachada posterior é responsável pelo recebimento dos ventos mais frequentes. Entretanto, devido a presença de outros edifícios posteriores, o fluxo de ventos é interrompido por barreiras. Desta forma, alguns níveis mais inferiores do conjunto sofrem com a sombra de vento causada. Por outro lado, o nível térreo ainda se serve de um bom fluxo de vento devido aos vãos livres com piloti.

N

LEGENDA: Incidência

Ventos predominantes

FIGURA 38 – VILA DOS IDOSOS, INCIDÊNCIA SOLAR E VENTILAÇÃO PREDOMINANTE. DISPONÍVEL EM HTTP://WWW.VIGLIECCA.COM. B R / U P L OA D S / M O N G O I D _ I M A GE/IMAGE/4ECBA5DB457F0F7B58000001/BIG_DRAGONFLY20120228-562-12KCXD8.JPG . ACESSO EM: 09 ABR. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.


SETORIZAÇÃO FUNCIONAL

N N

N

1

8

5

7 2

1

FIGURA 41 – VILA DOS IDOSOS: SETORIZAÇÃO FUNCIONAL – APARTAMENTOS TIPO 1 E 2. DISPONÍVEL EM HTTP://WWW.VIG L I E CC A . CO M . B R / UPLOADS/MONGOID_IMAGE/IMAGE/4ECBA5E1457F0F7B5800000A/ B I G _ D R AG O N F L Y 20120228-562-11CSLWA.JPG. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.

8

7 2

2

5

1

6

1

2 2

1

1 1

3

4

1 Apartamento - tipologia 1 1

3

LEGENDA: Zona íntima Zona Social

3

1

1

1

1

4

1. Dormit 2. Dormi 3. Bibliot 4. Cozinh

Circulação Zona de Serviço 2

1

2

1 1

Apartamento - ti

3 4

4

3

3

4

4

3

4 Apartamento - tipologia 1

1. Apartamentos; FIGURA 39 – VILA DOS IDOSOS: SETORIZAÇÃO FUNCIONAL – PAVIMENTO TÉRREO. DISPONÍ2. Sala de TV; VEL EM HTTP://WWW.VIGLIECCA.COM.BR/UPLOADS/MONGOID_IMAGE/IMAGE/4ECBA5DB457FLEGENDA: 0F7B58000001/BIG_DRAGONFLY20120228-562-12KCXD8.JPG . ACESSO EM: 09 ABR. 2020. MODIFI3. Biblioteca; CADO PELO AUTOR. Zona íntima Circulação 4. Salão comunitário/cozinha/ Zona Social

Zona de

sanitários;

FIGURA 40 – VILA DOS IDOSOS: SETORIZAÇÃO FUNCIONAL – PAVIMENTOS 5. Quadra de bocha; 1, 2 E 3. DISPONÍServiço VEL EM HTTP://WWW.VIGLIECCA.COM.BR/UPLOADS/MONGOID_IMAGE/IMAGE/4ECBA5DF457F6. Sala Multiuso; 0F7B58000006/BIG_DRAGONFLY20120228-562-1CI9HS3.JPG. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. MODIFI7. Módulos de Serviço; 0 CADO 3 PELO 15 AUTOR. 30

8. Horta comunitária;

LEGENDA: Zona íntima LEGENDA: Zona Social Zona íntima Zona Social 0

3

15

30

0

3

15

30

Circulação Zona de Circulação Serviço Zona de Serviço

Apartamento - tipologia 2

1. Apartamentos; LEGENDA: Apartamento - tipologia 1 Apartamento - tipologia 2 2. Sala de TV; 1. Dormitório/Estar; Zona íntima Circulação 1. Apartamentos; 3. Biblioteca; 2. Dormitório; Zona Social Zona de 2. Sala TV; 4. Salãode comunitário/cozinha/ 3. Biblioteca; LEGENDA: Serviço 3. Biblioteca; sanitários; 4. Cozinha/Área de Serviço; 1. Dormitório/Estar; Zona íntima Circulação 4. Salão comunitário/cozinha/ 5. Quadra de bocha; 2. Dormitório; Zona Social Zona de sanitários; 6. Sala Multiuso; 3. Biblioteca; Serviço 5. Módulos Quadra de 7. debocha; Serviço; 4. Cozinha/Área de Serviço; 6. Sala 8. HortaMultiuso; comunitária; 7. Módulos de Serviço; 8. Horta comunitária;

45


IMAGENS

FIGURA 42 – VILA DOS IDOSOS 3. DISPONÍVEL EM: H T T P : / / P O R TA L . C O H A B . SP.GOV.BR/NOTICIAS/IMAGES/11_ANOS_VILA_DOS_ IDOSOS88_AB.JPG. ACESSADO EM: 14 NOV. 2020. FIGURA 43 – VILA DOS IDOSOS 4. DISPONÍVEL EM: HTTPS://OBSERVASP.FILES.WORDPRESS. COM/2015/06/VILA-DOS-IDOSOS-2-SIMONE-GATTI. JPG. ACESSADO EM: 14 NOV. 2020. FIGURA 44 – VILA DOS IDOSOS 5. DISPONÍVEL EM: HTTPS://INONNI.COM. BR/BLOG/WP-CONTENT/ UPLOADS/2018/09/CONHECE-A-VILA-DOS-IDOSOS-EM-SP.JPG. ACESSADO EM: 14 NOV. 2020. FIGURA 45 – VILA DOS IDOSOS 5. DISPONÍVEL EM: HTTP://WWW. VIGLIECCA.COM.BR/ UPLOADS/MONGOID_IMAGE/IMAGE/4ECBACA5457F0F7D02000012/ BIG_DRAGONFLY20120228-562-1XUW37E. JPG . ACESSADO EM: 14 NOV. 2020.

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OUTRAS REFERÊNCIAS FACHADA

FIGURA 46 – BIBLIOTECA DO INSTITUTO DE BELAS ARTES DE SICHUAN / TANGHUA ARCHITECT & ASSOCIATES HTTPS. DISPONÍVEL EM: //IMAGES.ADSTTC.COM/MEDIA/ IMAGES/55FC/C8F9/E58E/CEDC/5700/004C/SLIDESHOW/002_-_%E6%88%B4%E7%90%BC_%E6%91%84%E5%BD%B1. JPG?1442629876

FIGURA 48 – THE STREET / SANJAY PURI ARCHITECTS. DISPONÍVEL EM: HTTPS://IMAGES.ADSTTC.COM/ MEDIA/IMAGES/5A0C/CC87/B22E/ 38F1/6B00/00DC/SLIDESHOW/ WINDOWS_5.JPG?1510788200. ACESSADO EM: 30 NOV. 2020.

FIGURA 47 – FACHADA DNIT. DISPONÍVEL EM: HTTPS://I2.WP.COM/ WWW.OLHARBRASILIA.COM/WP- CO N T E N T / U P L OA D S / 2 0 1 7 / 0 8 / I M G _ 4 5 0 2 . J P G ? R E S I ZE=1150%2C863. ACESSADO EM: 30 NOV. 2020.

FIGURA 49 – ØRESTAD PLEJECENTER / SENIOR HOUSING. DISPONÍVEL EM: //IMAGES.ADSTTC.COM/ MEDIAHTTPS://I.PINIMG.COM/ORIGINALS/93/E4/25/93E42585F9B352F976DEAA802643D632.JPG. ACESSADO EM: 30 NOV. 2020.

FIGURA 50 – HUB CREATIC / TETRARC ARCHITECTS. DISPONÍVEL EM: HTTPS://IMAGES.ADSTTC. COM/MEDIA/IMAGES/53C8/D669/ C07A/8049/2D00/01F4/LARGE_ JPG/5.HUB_CREATIC%E2%88%8FS.CHALMEAU.JPG?1405671000. ACESSADO EM: 30 NOV. 2020.

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MATERIAIS

FIGURA 52 – FRONTISTÉRIO DE CONCRETO / TARIK ZOUBDI ARCHITECTE + MOUBIR BENCHEKROUN ARCHITECT 2. DISPONÍVEL EM: HHTTPS://IMAGES.ADSTTC.COM/ MEDIA/IMAGES/5F93/0818/ 63C0/175E/8200/00F0/SLIDESHOW/00FI_01_NORTH_ W E S T _ V I E W _ M A I N _ FAC A D E . JPG?1603471356. ACESSADO EM: 30 NOV. 2020.

FIGURA 51 – FRONTISTÉRIO DE CONCRETO / TARIK ZOUBDI ARCHITECTE + MOUBIR BENCHEKROUN ARCHITECT 1. DISPONÍVEL EM: HTTPS://IMAGES.ADSTTC.COM/ MEDIA/IMAGES/5F93/0977/63C0/ 17C8/9700/00C8/SLIDESHOW/03_ M A I N _ F A C A D E _ D E TA I L _ 0 1 . JPG?1603471694. ACESSADO EM: 30 NOV. 2020.

48

FIGURA 54 – FINLAYSON STREET / CANDALEPAS ASSOCIATES. DISPONÍVEL EM: HTTPS://IMAGES. ADSTTC.COM/MEDIA/IMAGES/5551/ 0 D A 9 / E 5 8 E /C E C E / 5 C 0 0 / 0 1 C 1 / LARGE_JPG/CANDALEPAS_LANECOVE_003856.JPG?1431375267. ACESSADO EM: 30 NOV. 2020.

FIGURA 53 – PRAÇA DAS ARTES. DISPONÍVEL EM: HTTPS://IMAGES.ADSTTC.COM/MEDIA/IMA GES/52A5/DD95/E8E4/4E00/D800/ 00FF/SLIDESHOW/IMG_5969. JPG?1386601869. ACESSADO EM: 30 NOV. 2020.

FIGURA 55 – CENTRO EDUCATIVO CBT TOLEDO / JUAN CAORSI CASTILLO + ANEP - DSI. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW. ARCHDAILY.COM.BR/BR/952088/ C E N T R O - E D U C AT I V O - C B T - TO L E D O - J U A N - C A O R S I - C A S TILLO-PLUS-ANEP-DSI/5FB2BB6763C01790D0000091-CENTRO-EDUCATIVO-CBT-TOLEDO-JUAN-CAORSI-CASTILLO-PLUS-ANEP-DSI-FOTO?NEXT_PROJECT=NO. ACESSADO EM: 30 NOV. 2020.


SISTEMAS ESTRUTURAIS E CONSTRUTIVOS

FIGURA 56 – CENTRO PAULA SOUZA / SPADONI AA + PEDRO TADDEI ARQUITETOS ASSOCIADOS 1. DISPONÍVEL EM: HTTPS://IMAGES.ADSTTC.COM/MEDIA/IMAGES/5747/ E A B D / E 5 8 E /C E A 2 / 7 2 0 0 / 0 1 4 C / SLIDESHOW/10_IMG_8610. JPG?1464330930. ACESSADO EM: 30 NOV. 2020.

FIGURA 58 – SISTEMA INOVADOR DE LAJE GRELHADA USA 55% MENOS CONCRETO. DISPONÍVEL EM: HTTPS:HTTPS://IMAGES.ADSTTC.COM/ MEDIA/IMAGES/567A/FE1B/E58E/ CEE2/8A00/0171/SLIDESHOW/ PLUG01.JPG?1450901003. ACESSADO EM: 30 NOV. 2020.

FIGURA 57 – MADEIRA LAMINADA COLADA. DISPONÍVEL EM: HTTPS://2.BP.BLOGSPOT.COM/-WNH2JTXMTY0/W3TYAVDKAAI/ AAAAAAAAEH4/RNT-G5M686M-054X3NDHA_LXSVFVRJRFWCLCBGAS/S1600/T3-MASS-WOOD-TIMBER-1488663276.JPG. ACESSADO EM: 30 NOV. 2020.

FIGURA 59 – CENTRO PAULA SOUZA / SPADONI AA + PEDRO TADDEI ARQUITETOS ASSOCIADOS 2. DISPONÍVEL EM: HTTPS://IMAGES.ADSTTC.COM/MEDIA/IMAGES/5747/ EB35/E58E/CEA2/7200/014F/ SLIDESHOW/17_IMG_8496_222. JPG?1464331050. ACESSADO EM: 30 NOV. 2020.

FIGURA 60 – MADEIRA LAMINADA CRUZADA (CLT). DISPONÍVEL EM: HTTPS://IMAGES.ADSTTC.COM/ MEDIA/IMAGES/5D4B/3B00/284D/ D155/AC00/00E2/SLIDESHOW/ MGA_WIDC_IN14_EMAPETER. JPG?1565211385. ACESSADO EM: 30 NOV. 2020.

49


3 50


+

+ 51


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO 52

estrutura urbana do Plano Piloto. A área de intervenção escolhida se localiza na metrópole brasiliense, na área central do Distrito Federal, mais especificamente, na Região Administrativo I - Plano Piloto. O terreno está inserido dentro no Conjunto Urbanístico de Brasília fazendo parte do Patrimônio Cultural da Humanidade. A área em questão faz parte da Unidade de Preservação 6 (UP6) que engloba todo o Setor de Grandes Áreas Norte e Sul (SGAN e SGAS, respectivamente) contando as quadras 600’s. Indo mais a fundo, o projeto será implantado no Território de Preservação 10 (TP10) que, segundo o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília, corresponde a área limite do tecido principal da cidade situada a oeste da Asa Norte do Plano Piloto. O endereço escolhido é o Setor de Grandes Áreas Norte (SGAN) Quadra 606 Módulos C, D e E. A área de intervenção conta com o remembramento de três lotes de 10.000 m² de área cada. Desta forma o espaço conta com a área total de 30.000 m². Basicamente, este setor é constituído por atividades múltiplas, institucionais e de serviços complementares, de escala local e regional. Dentre as escalas urbanas de Brasília, ela está inserida na Escala Residencial, cujo perfil apresenta-se mais doméstico e cotidiano. Desta forma, vemos, de acordo com as características comuns a esta escala, a presença de faixas verdes densamente arborizadas, equipamentos de uso comunitário, de esportes e comércios locais próximos a Área de Vizinhança. Além disso, o terreno encontra-se em área lindeira servindo como divisa física entre a escala bucólica (Campus Universitário Darcy Ribeiro [UnB], Setor de Clubes Norte e Lago Paranoá) e a escala residencial (Superquadras). Desta forma, as quadras 600’s se apresentam como barreiras nas asas que marca a

Dentre as diretrizes principais para esse Território de Preservação temos o fomento de novos usos e atividades na área; a renovação e qualificação do território como área complementar; a intensificação da arborização nos espaços públicos e no interior dos lotes; e uma flexibilização das atividades. Além dos fatores físicos e conceituais do espaço, a escolha da área de intervenção se deu por outro fator: o público alvo. Como já observado em estudos anteriores presentes neste trabalho, o Plano Piloto é uma das Regiões Administrativas em que se encontra (e continuará se encontrando nos próximos 40 anos) a maioria da população idosa do Distrito Federal. Por diversos fatores relacionados e qualidades de vida e de acesso a atividades (o que será mais esclarecido nas observações e análises da área de intervenção) o local pôde ser caracterizado como uma área para projetação relevante. A confluência entre as escalas residencial e bucólica, o fluxo importante de pessoas (principalmente de outras gerações), a presença de instituições de saúde próximas e de equipamentos públicos, além de comércios e serviços essenciais somado a uma assistência razoável de transporte público faz do espaço uma área ótima de boa acessibilidade e integração. Ademais, podemos contar com a possibilidade de interação com as gerações mais jovens, desta forma, contribuindo com as necessidades sociais importantes nesta etapa da vida. Em relação ao seu entorno, a oeste, delimitado pela via L3 Norte, encontra-se o Campus Universitário Darcy Riberio, grande área onde se encontram as principais atividades acadêmicas e administrativas da Universidade de Brasília. O próprio Campus Universitário Darcy Ribeiro e suas obras arquitetônicas integram o patrimônio


FIGURA 61 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO. DISPONÍVEL EM: : HTTPS://WWW.GEOPORTAL. SEDUH.DF.GOV.BR/GEOSERVICOS/. ACESSO EM: 24 AGO. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.

53


01. Escola Classe 407 Norte; 02. Igreja Batista Capital; 03. Igreja Metodista 406 Norte;

11

33. CENTRO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL;

6 5/20

20 CLN

04

35 - FIOCRUZ BRASÍLIA (FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ - BRASÍLIA);

6 05

400 m

24 31

36. AUTOTRAC; 37 - CENTRO DE ATENDIMENTO E ESTUDOS PSICOLÓGICOS (CAEP/UNB);

30

28 27

32

29 33

34

35

12

37 36

N

100

0

100

LEGENDA: Institucional Comércio e Serviço

Residencial Área de Intervenção

100

54

22

SGAN

300

10

E

200

25

0

100

200

300

400 m

200

300

artístico e cultural da cidade e constituem importantes marcos da memória urbana de Brasília. Durante o dia, mais de 50 mil pessoas circulam no Campus. Ele é responsável por abrigar dezenas de institutos, faculdades, laboratórios, além de restaurantes, bibliotecas, blocos residências, complexos esportivos etc. O Campus Universitário da UnB se insere dentro da escala bucólica, onde se mantem baixa taxa de ocupação com as extensas áreas desocupadas e verdes e baixo gabarito. Ao se analisar a distribuição de áreas ocupadas, é sensível a predominância de vazios urbanos e longas distancias de percurso. As principais edificações próximas a área de intervenção são: a Casa do Professor - Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), a APOSFUB - Associação dos Aposentados da FUB; e a Faculdade de Educação (FE). O Hospital Universitário de Brasília (HUB) se encontra próximo à um raio de distância de aproximadamente 500 metros, na Quadra 604/605 Norte. Em leitura sobre a macro parcela a qual pertence, lavando-se em conta o entorno, conseguimos observar a predominância de pontos de referências e orientação no espaço. De modo geral, a educação está no topo das atividades que cercam a área de intervenção. Ao norte e a sul da área, as edificações mais lindeiras são: o Centro de Ensino Médio Asa Norte (CEAN) e Casa Thomas Jefferson (Escola de Idioma), respectivamente. A Leste, em limite fronteiriço, interseccionado pela via L2 Norte, temos a Superquadra Norte 406 protagonizando o perfil residencial do território.

FIGURA 62 – MAPA DE SITUAÇÃO. FONTE: GOOGLE EARTH. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. ELABORADO PELO AUTOR.

205

20. Observatório Sismológico;

23

SQN

19. SG-12 - Laboratório de Engenharia Civil;

03

32. PAVILHÃO MULTIUSO II (PMU II);

09

40 5

18. Centro de Planejamento Oscar Niemeyer (CEPLAN);

31. PAVILHÃO MULTIUSO I (PMU I);

NORT

17. Departamento de Música;

30. OCA II - COPP SEGURANÇA;

SQN

16. Restaurante Universitário (RU);

26

21

29. Departamento de Métodos e Técnicas (FE1);

34, CENTRO DE EXCELÊNCIA EM TURISMO (CET);

08

VIA L2

Ciências

407

40 6

e

14. Faculdade de Tecnologia (FT); de

406/ CLN

28. Faculdade de Educação (FE);

SQN

12. Hospital Universitário de Brasília (HUB);

15. Instituto Central (ICC);

27. Auditório Dois Candangos;

19

17

18

O IBEIR R CY R O DA ITÁRI R TE IVERS 3 NO S UN VIA L

Farmá-

13. Laboratório de Termociência Metrologia Dinâmica;

26. Instituto de Artes da Universidade de Brasília (IDA);

U CAMP

e

20

29. Departamento de Métodos e Técnicas (FE1);

10. Colégio SIGMA 606 Norte;

16

07

6 06

09. Casa Thomas Jefferson;

06

SGAN

08. Centro de Ensino Médio Asa Norte (CEAN);

25. Departamento de Artes Cênicas;

15

14

607

07. Centro Clínico Brasília Medical Center;

13

40 7

Educação Unida-

11. Centro de Odontologia cia Escola;

S QN

24. SG-9 - Laboratório de Engenharia Mecânica;

05. Loja Rosacruz Brasília; de

02

23. SG-11 - Laboratório de Engenharia Elétrica;

04. Escola Classe 405 Norte;

06. Secretaria de II;

05

dos

SGAN

22. APOSFUB - Associação Aposentados da FUB;

01

206

rviço

21. Casa do Professor - Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB);

SQN

00

LEGENDA:

400 m

Residencial Área de Intervenção N

N


ANÁLISE URBANÍSTICA DA ÁREA DE ENTORNO E DE INTERVENÇÃO

Em relação aos lotes remembrados para área de intervenção, a NGB-1/86 (Norma de Edificação e Gabarito) e os Parâmetros Urbanístico e de Preservação indicam a possibilidade de uso institucional com atividades de atenção à saúde humana integradas com assistência social, prestadas em residências coletivas e particulares no qual inclui as Instituições de Longa Permanência para Idosos. Além disso, como atividades complementares, são permitidas atividades artísticas, criativas e de espetáculos; e atividades esportivas e de recreação e lazer. Elas têm a potencialidade de se tornarem uma dentre as atividades presentes no programa de necessidades do projeto em questão.

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Em relação ao uso e ocupação do solo dos lotes de entorno, há um zoneamento claro de separação entre atividades residenciais e institucionais. As Superquadras residenciais são representadas por edifícios de apartamentos de até três andares. Em sua área inter quadras se implantam instituições educacionais e equipamentos coletivos. Além disso, também se vê a presença do comércio e serviços nas entre quadras. Todas estas características são comuns a setorização funcional estabelecida no projeto urbanístico de Brasília. Como observado, o Campus Universitário Darcy Ribeiro se apresenta em uma grande área com a predominância de atividades institucionais. Devido seu perfil prioritariamente educacional, fica clara a colocação de uso. Também diante a leitura deste cenário vemos que a atividade de maior predominância de entorno a área de intervenção é a institucional. Conforme os Parâmetros Urbanísticos e de Preservação, o Setor de Grandes Áreas Norte englobando todas as quadras 600’s, as atividades institucionais são obrigatórias. Dentre elas temos: educação, administração pública, defesa e seguridade social; atividades de atenção à saúde humana; atividades integradas com assistência social, prestadas em residências coletivas e particulares; e serviços de assistência social sem alojamento. Além das atividades institucionais obrigatórias, as atividades complementares como comércio, prestação de serviços, indústria e outras de caráter também institucional estão inclusas entre os usos comuns a estas quadras.

100

0

100

LEGENDA: Institucional Comércio e Serviço

100

0

100

LEGENDA: Institucional Comércio e Serviço 100

0

100

LEGENDA: Institucional Comércio e Serviço

200

300

400 m

Residencial Área de Intervenção

200

300

200

300

100 400 m

0

100

LEGENDA: Institucional Residencial Comércio e Serviço Área de Intervenção

400 m

200

300

400 m

N

Residencial Área de Intervenção

FIGURA 63 – MAPA DE USO DO SOLO. DISPONÍVEL EM: HTTPS:// WWW.GEOPORTAL.SEDUH.DF.GOV. BR/GEOSERVICOS/. ACESSO EM: 24 AGO. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.

N

Residencial Área de Intervenção N

55


GABARITO De acordo com a leitura do Mapa 4 – Gabarito por nº de pavimentos, pode se observar a maior presença de edificações com no máximo 2 pavimentos (considerando o nível térreo como pavimento), especialmente os direcionados para os usos institucionais, que incluem escolas, edifícios universitários e institutos de saúde. Os edifícios de 3 a 4 pavimentos estão identificados em sua maioria como os edifícios residenciais de apartamentos das Superquadras da 400’s, além das entre quadras comerciais. Os edifícios com 6 a 7 pavimentos são direcionados para atividades institucionais de saúde além de alguns edifícios específicos do Campus Universitário (Fiocruz Brasília [Fundação Oswaldo Cruz – Brasília] e Restaurante Universitário).

100

0

100 200

100

100 0 100 LEGENDA: 1 a 2 pavimentos LEGENDA: 3 a 4 pavimentos 1 a 2 pavimentos 3 a 4 pavimentos

0 300

100 400 m 200

300

200 300 400 m LEGENDA: pavimentos 5a6 5 1aa62pavimentos 9 10pavimentos paviementos pavimentos 7 a 8 de pavimentos 7 3a a8 4pavimentos Área Intervenção 5 a 6 pavimentos 9 a 10 paviementos 7 a 8 pavimentos Área de Intervenção

N

N

400 m

N 9 a 10 paviementos Área de Intervenção

FIGURA 64 – MAPA DE GABARITO POR Nº DE PAVIMENTOS. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW.GEOPORTAL.SEDUH.DF.GOV.BR/GEOSERVICOS/. ACESSO EM: 24 AGO. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.

100

0

100

LEGENDA: Institucional Comércio e Serviço

200

300

400 m

N

0

100

LEGENDA: Institucional Comércio e Serviço

Residencial Área de Intervenção

100

56

100

0

100

LEGENDA: 1 a 2 pavimentos 3 a 4 pavimentos

200

300

300

400 m

Residencial Área de Intervenção N

400 m

5 a 6 pavimentos 7 a 8 pavimentos

200

9 a 10 paviementos Área de Intervenção


CHEIOS E VAZIOS Em análise ao Mapa 5 – Cheios e Vazios, pode ser verificado a predominância de vazios urbanos que aumentam ainda mais se considerado os pilotis térreos dos edifícios residenciais. Isso pode resultar em maior permeabilidade nestas regiões, mas em excesso resulta em uma maior espraiamento. Como reflexo desse espraiamento dos objetos edificados, se viu construída a necessidades de um longo percurso de acesso para pedestres não contribuído positivamente aos níveis de integração entre edificações. Além disso, deve-se considerar que quase todas os edifícios construídos nas quadras 600’s Norte possuem longas barreiras limitantes ao acesso externo em todo seu entorno loteado. Desta forma, essas características contribuem para a classificação do Setor de Grandes Áreas Norte como barreira física fronteiriça entre as escalas bucólica (Campus Universitário) e residencial (Superquadras) o que diminui os níveis de integração e permeabilidade entre os dois. 100

0

100

LEGENDA: Cheios Vazios

200

300

N

400 m

Área de Intervenção

FIGURA 65 - MAPA DE CHEIOS E VAZIOS. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW.GEOPORTAL. SEDUH.DF.GOV.BR/GEOSERVICOS/. ACESSO EM: 24 AGO. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.

100

0

100

LEGENDA: Institucional Comércio e Serviço

200

300

400 m

Residencial Área de Intervenção

N

100

100

0

LEGENDA: Cheios Vazios

100

200

300

0

100

LEGENDA: Institucional Comércio e Serviço 400 m

200

300

400 m

Residencial Área de IntervençãoN

Área de Intervenção 57


E

L3 NO RTE VIA L

RTE 2 NO

Em uma análise simplificada do Mapa 6 – Hierarquia Viária, se observa que as hierarquizações morfológica e funcional são congruentes, ou seja, suas características de fluxo e uso são coincidentes e correspondentes. As vias internas as Unidades Vizinhanças e de acesso direto aos edifícios universitários foram classificados como locais. As vias entre quadras e a maioria das vias do Campus foram classificadas como coletoras as quais distribuem o fluxo paras vias L2 e L3 Norte, ambas arteriais. A classificação hierárquica foi feita em relação a área de intervenção.

VIA L

RTE 2 NO

0

100

200

LEGENDA: Arterial Principal Arterial Secundária Área de Intervenção

300

0

100

LEGENDA: 400 mArterial Principal

Arterial Secundária Área de Intervenção EntrocamenCanteiro

Coletora Local/Estc.

200

300

Coletora Local/Estc.

RTE

100

3 NO V IA L

00

HIERARQUIA VIÁRIA

N

400 m N EntrocamenCanteiro

Ciclovia Passeio

Ciclovia Passeio

VIA L RTE 2 NO

FIGURA 66 – MAPA DE HIERARQUIA VIÁRIA. DISPONÍVEL EM: HTTPS:// WWW.GEOPORTAL.SED U H . D F. G OV . B R /G E O SERVICOS/. ACESSO EM: 24 AGO. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.

100

0

100

LEGENDA: Institucional Comércio e Serviço

200

300

400 m

N

0

100

LEGENDA: Institucional Comércio e Serviço

Residencial Área de Intervenção

100

58

100

0

100

LEGENDA: Arterial Principal Arterial Secundária

200

300

Coletora Local/Estc.

200

300

400 m

Residencial Área de Intervenção

N

400 m

EntrocamenCanteiro

Ciclovia Passeio


MOBILIÁRIOS E EQUIPAMENTOS PÚBLICOS

QUADRO 1 – SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO.

Em observação acerca dos mobiliários e equipamentos públicos de entorno a área de intervenção, a maioria dos objetos está distribuído internamente as quadras residenciais. A exemplos destes objetos temos as escolas públicas de ensino infantil e fundamental e os mobiliários de esporte e lazer como quadras poliesportivas, parquinhos infantis e equipamentos públicos de exercício. A instituição de saúde mais próxima (aproximadamente a 500 metros da área de intervenção) é o Hospital de Universitário de Brasília (HUB) que dentre as especialidades oferecidas temos a geriatria, cardiologia, pneumologia e fisioterapia, serviços essenciais para o atendimento dos idosos.

Em relação ao sistema de transporte público, as paradas de ônibus em atividade se encontram ao longo da via L2 Norte, em ambos sentidos (desta forma assistindo a necessidade do usuário na área de intervenção) além das paradas internas ao Campus universitário. contando 100 diversas 0 100 (Quadro 200 400 m com linhas 1).300 400 LEGENDA: m Escola Mob. Esporte e Lazer

e da de ônibus

00

rviço

N

Poste de ilum. Área de Intervenção

Poste de ilum. Área de Intervenção

FIGURA 40 – MAPA DE MOBILIÁRIOS E EQUIPAMENTOS PÚBLICOS QUADRO 1 – SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO: LINHAS DE ÔNIBUS.

FIGURA 67 – MAPA DE MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS PÚBLICOS. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW.GEOPORTAL.SEDUH.DF.GOV.BR/ GEOSERVICOS/. ACESSO EM: 24 AGO. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.

200

300

400 m

VIA L2 NORTE - SENTIDO NORTE

0.011, 0.022, 0.032, 0.115, 0.167, 0.176, 0.338, 0.338, 0.339, 0.348, 0.348, 0.349, 0.370, 0.371, 0.392, 0.521, 0.522, 0.605, 0.760, 0.769, 0.816, 0.819, 0.851, 0.853, 0.884, 105.2, 115.1, 115.2, 128.4, 136.5, 136.7, 140.1, 147.4, 147.9, 160.2, 167.1, 19.

CAMPUS DARCY RIBERIO - UNB

N Saúde Parada de ônibus

LINHAS

VIA L2 NORTE SENTIDO SUL

Relativo à iluminação pública encontrada, a sua presença predomina junto as vias L2 e L3 Norte, além de algumas passagens entre as quadras 600’s.

300

PARADAS

100

0

100

LEGENDA: Institucional Comércio e Serviço

Residencial Área de Intervenção

0

100

LEGENDA: Escola Mob. Esporte e Lazer

0.110, 0.167, 0.167, 0.168, 0.176, 0.176, 0.338, 0.338, 0.339, 0.339, 0.348, 0.348, 0.349, 0.349, 0.370, 0.370, 0.371, 0.371, 0.392, 0.392, 0.521, 0.521, 0.522, 0.522, 0.605, 0.605, 0.769, 0.769, 0.816, 0.816, 0.819, 0.819, 0.851, 0.851, 0.853, 0.853, 0.

FONTE: HTTP://GEOMOBI.SEMOB.DF.GOV.BR/ LAYERS/SEMOB:PARADAS_STPC. ACESSO EM: 24 AGO. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.

N

100

0.011, 0.023, 0.031, 0.110, 0.116, 0.140, 0.167, 0.168, 0.176, 0.338, 0.339, 0.348, 0.349, 0.370, 0.371, 0.392, 0.521, 0.522, 0.605, 0.760, 0.769, 0.816, 0.819, 0.851, 0.853, 0.884, 106.2, 110.2, 116.1, 128.4, 136.5, 136.7, 147.4, 147.9, 160.2, 167.1, 19.

200

300

400 m

Saúde Parada de ônibus

Poste de ilum. Área de Intervenção

200

300

400 m

N

Residencial Área de Intervenção N 59


ÁREA DE INTERVENÇÃO TERRENO O terreno em questão faz parte da conjunção de 3 módulos loteados (de 200 por 50 metros cada) que dá forma a um quadrilátero de 200 metros de largura por 150 metros de comprimento. Sob o Setor de Grandes Áreas Norte, Quadra 606, Módulo C, D e E. Possui área total de 30.000 metros quadrados. O tipo de cobertura vegetal na área é de cerrado campestre e o tipo de solo predominante é o Latossolo Vermelho de textura argilosa com relevo plano a suavemente ondulado, normalmente aconselhada para fundações rasas como sapatas com o reforço de estacas. O terreno é ladeado por duas vias importantes do eixo Norte do Plano Piloto: Via L2 Norte e Via L3 Norte. Além disso, conta com uma via conectora entre as duas últimas cujo fluxo é menor e tem caráter mais distributivo. Essas vias foram representadas através de cortes viários. O Corte 01 é relativo à via L2 Norte indo a partir da ciclovia da SQN 606 até o limite de início a área de intervenção. A rede viária L2 Norte conta com dois sentidos opostos (Sentido Sul e Norte), normalmente, com três faixas cada, a depender de sua localização. No caso do corte em questão, o sentido Norte possui uma faixa a mais. Ttambém foi necessário a representação das faixas de retorno e da bacia de recuo do ônibus. A largura do canteiro também é variável a depender de retornos e a própria caixa viária. Este trecho de via da L2 Norte possui o limite de velocidade de 60 km/h além de possuir uma boa assistência de faixas de pedestres sinalizadas. O Corte 02 representa a rede de ligação entre a L2 e L3 Norte. Ela vai a partir do limite

60

do lote do Centro de Ensino Médio Asa Norte (CEAN) até o limite da área de intervenção. Basicamente, ele mostra as duas vias de sentido contrário com duas faixas cada. Ademais, ao lado do CEAN apenas a presença de uma ciclovia que comumente é utilizada por pedestres pela falta de passeios.

100

0

100

LEGENDA: Institucional Comércio e Serviço

200

300

400 m

N

Residencial Área de Intervenção

O Corte 03 representa a caixa viária da L3 Norte, desta vez partindo do limite a área de intervenção até o final da ciclovia do Campus Darcy Ribeiro. A largura do canteiro, ao contrário da via L2 Norte é constante na faixa de 14 metros de largura. A distância entre o limite do lote até o leito carroçável é expressiva, sendo vista a necessidade de compensações sobre esses vazios para um melhor uso do espaço público. A via possui dois leitos carroçáveis de sentidos contrários (Norte e Sul), e cada um contam com três faixas. Em relação aos passeios, somente o relativo à área da universidade conta com uma largura menor, mesmo que não esteja fora do padrão, há a possibilidade de se tornar mais generosa para o pedestre. Este trecho de via da L3 Norte possui o limite de velocidade de 50 km/h além de possuir uma boa assistência de faixas de pedestres sinalizadas e de fiscalização eletrônica com controle de velocidade. Em relação as questões topográficas do terreno, constatou-se porcentagens de inclinação muito reduzidas. Longitudinalmente, a diferença de nível entre os dois limites opostos do terreno é de 5 metros, cerca de 2,5%. Já latitudinalmente, a diferença chega a ser menor ainda, alcançando cerca de 2 metros de altura de uma ponta a outra do terreno, o que representa uma inclinação de 1,5%. Estes valores demonstram uma condição ótima e adaptativa do terreno para o perfil do usuário que o projeto procura atender: o idoso. FIGURA 68 – MAPA DO TERRENO. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW.GEOPORTAL.SEDUH.DF.GOV.BR/GEOSERVICOS/. ACESSO EM: 24 AGO. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.


CANTEIRO

CARROÇÁVEL

CANTEIRO

CARROÇÁVEL

6.70

ÁREA DE INTERVENÇÃO ÁREA DE INTERVENÇÃO ÁREA DE INTERVENÇÃO ÁREA DE INTERVENÇÃO

CICLOVIA

12.90

2.50

2.50

7.50

LEITO CARROÇÁVEL 6.70

CICLOVIA

CORTE BB

23.00

LEITO CARROÇÁVEL

2.00

2.00

7.50

0.65

6.20

LEITO CARROÇÁVEL 7.50

0.65

6.20

Como informado anteriormente, o uso institucional com atividades de atenção à saúde humana integradas com assistência social, prestadas em residências coletivas e particulares (código 87-Q) inclui as atividades de Instituições de Longa Permanência para Idosos (código Q-87.11-5/02) de acordo com as atividades econômicas da CNEA (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) esquematizadas pela Comissão Nacional de Classificação (CONCLA) do IBGE. Ademais, as atividades complementares podem ser adicionadas as atividades presentes no programa de necessidades do projeto.

2.00

LEITO CARROÇÁVEL

10.60 LEITO

14.25

10.60 LEITO

1.30 2.50 2.35 0.80 CICLOVIA

10.70

CANTEIRO

LEITO

CARROÇÁVEL

0.80

8.30

3.60

Segundo os dispositivos de uso e ocupação do solo, deve ser garantida a existência de, pelo menos, uma das atividades obrigatórias quando discriminadas além das complementares da PURP 63 - Planilha de Parâmetros Urbanísticos e de Preservação, UP6, TP10 (Anexo).

PASSEIO

2.00

2.50

7.50

0.80

23.00

LEITO CARROÇÁVEL

CORTE AA 2.50

6.95

CARROÇÁVEL 14.25

10.70

CANTEIRO

CARROÇÁVEL

LEITO

1.30 2.50 2.35 0.80 CICLOVIA

CARROÇÁVEL

CORTE CC

12.50

12.90

ÔNIBUS

13.40

3.00 3.75

LEITO

PASSEIO

PASSEIO

CARROÇÁVEL

10.60

4.80

8.30

3.60

LEITO

ÁREA DE INTERVENÇÃO ÁREA DE INTERVENÇÃO

4.80

1.80

6.95

13.40

3.00 3.75

LEITO

De acordo com o endereçamento da área de intervenção, o projeto deverá atender a normas e parâmetros urbanísticos específicos a área. O Setor de Grandes Áreas Norte (SGAN) Quadra 606 Módulos C, D e E obedecem a Norma de Edificação e Gabarito NGB - 01/86 esquematizados nos Parâmetros Urbanístico e de Preservação (PURP 63), anexo do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília. Em resumo, estes parâmetros foram esquematizados em tabelas.

LIMITE CORTE LIMITE CORTE

CICLOVIA

10.60

4.80

PASSEIO

ÁREA DE INTERVENÇÃO ÁREA DE INTERVENÇÃO

LIMITE CEANLIMITE CEAN

2.50

4.80

ÔNIBUS

ÁREA DE INTERVENÇÃO ÁREA DE INTERVENÇÃO

CICLOVIA

1.80

ALTURA MÁXIMA ALTURA MÁXIMA

LIMITE CORTE LIMITE CORTE

2.50

NORMAS E PARÂMETROS URBANÍSTICOS

200.00 12.50

PERFIL AA - LONGITUDINAL INCLINAÇÃO= 2.5%

PERFIL BB - TRANSVERSAL INCLINAÇÃO= 1.4% 150.00 PERFIL BB - TRANSVERSAL INCLINAÇÃO= 1.4%

ÁREA DE INTERVENÇÃO ÁREA DE INTERVENÇÃO

ÁREA DE INTERVENÇÃO ÁREA DE INTERVENÇÃO

150.00

QUADRO 2 – DISPOSITIVOS DE CONTROLE MORFOLÓGICO

ÁREA TOTAL DE INTERVENÇÃO: 30.000 m² PARÃMETROS

PORCENTAGEM (%)

ÁREA (m²)

TAXA DE OCUPAÇÃO

40%

12.000 m²

SUBSOLO*

50%

15.000 m²

COBERTURA

40% da área da laje do último pavimento.

12.000 m²

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO - CA

1,00 = 100% da área do lote.

30.000 m²

TAXA DE PERMEABILIDADE

30%

9.000 m²

MEDIDAS DA ÁREA DE INTERVENÇÃO: 200 m de largura X 150 m de comprimento. PARÂMTROS

200.00 PERFIL AA - LONGITUDINAL INCLINAÇÃO= 2.5%

Em relação aos dispositivos de controle morfológico aplicados a área de intervenção, temos as seguintes indicações no quadro:

FIGURA 69 – CORTE 01. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR. FIGURA 70 – CORTE 02. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR. FIGURA 71 – CORTE 03. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR. FIGURA 72– PERFIL AA. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR. FIGURA 73 – PERFIL BB. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

AFASTAMENTOS E RECUOS MÍNIMOS

MEDIDA 5,00 m em todas as divisas.

12,50 m, excluída caixa d’água e casa de máquinas. ALTURA MÁXIMA DA EDIFICAÇÃO – H** *O SUBSOLO DEVERÁ OBEDECER AOS AFASTAMENTOS MÍNIMOS EXIGIDOS.** ALTURA MÁXIMA REPRESENTADA JUNTO AOS PERFIS DO TERRENO, ONDE O NÚMERO DE PAVIMENTOS PODE CHEGAR A ATÉ 4.

Relativo aos dispositivos de parcelamento e qualificação urbana, o remembramento é permitido para loteamentos até 60.000 m². Desta forma, a junção dos Módulos C, D e E em um lote de área total de 30.000 m² se encaixa nas determinações estabelecidas. As proporções de afastamentos mínimos, taxa de permeabilidade e taxa de ocupação podem ser visualizadas no Mapa seguinte.

61


100

0

100

LEGENDA: Institucional Comércio e Serviço

200

300

400 m

N

Brasília (Latitude:15°46′46″ S Longitude: 47°55′46″) possui o tipo climático Tropical de Altitude o que lhe confere características comuns de temperaturas médias de 18ºC a 22ºC com verões mais chuvosos e invernos mais frios (LAMBERT; DUTRA; PEREIRA, 2014, P. 83). Resumido pela ferramenta Projeteee (Projetando Edificações Energeticamente Eficientes) trabalho desenvolvido pelo PROCEL/Eletrobrás e a Universidade Federal de Santa Catarina – UFSCS, foram identificadas as condições de conforto relacionados ao local. Há conforto térmico em 37% do ano. A Parcela de desconforto térmico engloba 46% do ano em desconforto por frio e 18% do ano em desconforto por calor.

Residencial Área de Intervenção

0%

TP = 3

Segundo o anexo A (normativo) na relação de 330 cidades cujos climas foram classificados na NBR 15220 - Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social, Brasília está classificada na Zona Bioclimática 4. Nesta condição, são indicadas aberturas médias (de 15% a 25% da área do piso) para a ventilação e sombreamento. Para vedações externas são indicadas paredes pesadas e coberturas leves. E como estratégias de condicionamento passivo para o Verão aconselha-se o resfriamento evaporativo e ventilação cruzada, e para o Inverno aconselha-se o aquecimento solar e vedações pesadas para inércia térmica (manutenção do aquecimento interno da edificação).

0%

TO = 4

,00 m

n.= 5 st. mi

Afa

FIGURA 74 - MAPA DE PROPORÇÕES DE PARÂMETROS. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

62

ESTUDOS BIOCLIMÁTICOS

Além disso outra característica importante de Brasília é a umidade relativa do ar na região durante o ano. Conforme os dados climáticos fornecidos pelo INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) adaptados na ferramenta Projeteee, Brasília conta com uma média de umidade relativa anual ainda dentro do aceitável de 60% estabelecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Por outro lado, as médias mensais mí-

nimas encontram-se comumente abaixo desse índice chegando a níveis de observação (31% a 40%). Sob os aspectos ambientais, se destaca a incidência do sol sobre a área de intervenção. Os maiores lados do perímetro de loteamento (200 metros) são responsáveis por receber a incidência solar vindas das direções Norte e Sul. Conforme as cartas solares de Brasília, a região Norte é o local de maior tempo de incidência e iluminação solar durante o dia. Esta informação é importante para a operalização de estratégias de conforto térmico (prioritariamente de resfriamento contra o processo de aquecimento pela radiação solar) e de conforto luminoso (sombreamento). Além disso, as laterais de menor comprimento (150 metros) recebem a incidência da direção Leste, sentido UnB (Sol matutino) e da direção Oeste, sentido Superquadra 606 Norte (Sol Vespertino). Como visto na carta Solar, as temperaturas mais altas são predominantes do período da tarde, logo, também se enxerga a importância da aplicação de proteções e otimizadores para o conforto térmico e luminoso para espaços construídos orientados nesta direção. As condições de temperatura e incidência solar podem ser observadas nas seguintes cartas solares. Ademais, no estudo, é relevante a análise da ventilação natural em relação a área de intervenção. Segundo a Rosa dos Ventos de Brasília, a direção de maior frequência de ocorrência durantes o ano é a Leste. Durante o Outono, Inverno e Primavera, esta direção é a predominante. Já no Verão, a direção do fluxo de vento mais frequente é a Noroeste. Além disso ela conta com a maior velocidade predominante durante a maioria das estações do ano. Esses dados são de extrema importância para a escolha de estratégia de conforto, especialmente, o resfriamento térmico.


200

300

49 10

100

5 10

0

N

400 m

1

5 10

100

2 0

Residencial Área de Intervenção

5 10

LEGENDA: Institucional Comércio e Serviço

1

49 10 051

52

10

1

52 10

4

51 3 10 05

5 10

50 10

54

10

10 51

54

10

53

10

52

10

10

FIGURA 76 – CARTA SOLAR (APÓS 21 DE JULHO). FONTE: SOL-AR.

54

FIGURA 75 – CARTA SOLAR (ATÉ 21 DE JULHO). FONTE: SOL-AR.

LEGENDA: Incidência

Ventos predomi-

Fonte de Ruído

FIGURA 79 – MAPA DE REPRESENTAÇÃO SIMPLIFICADA DOS ESTUDOS BIOCLIMÁTICOS. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

Em relação as condições de conforto sonoro, o terreno é envolto por algumas fontes relevantes de ruídos como o transito da via L2 Norte e as instituições de ensino médio (CEAN), de idiomas (Casa Thomas Jefferson) e de ensino particular (Colégio Sigma).

LEGENDA: A é possível ver uma representação, resumida, simplificada e didádica sobre a ocorrência dos últimos fatores ambientas citados (Incidência solar, Fluxo de vento e ocorrência de ruídos). FIGURA 77 – ROSA DOS VENTOS (FREQUÊNCIA). FONTE: SOL-AR.

FIGURA 78 – ROSA DOS VENTOS (VELOCIDADE). FONTE: SOL-AR.

Incidência

Ventos predomi-

Fonte de Ruído

63


FOTOS DA ÁREA DE INTERVENÇÃO 3

4

2

5

N

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1

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9 10 11 12

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3

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7

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9

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13

14

FIGURA 80 – FOTOS DA ÁREA DE INTERVENÇÃO. FONTE: GOOGLE EARTH. ACESSO EM: 09 ABR. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.

65


4 66


+

+ 67


PROGRAMA DE NECESSIDADES

O projeto de Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) (+) VIVER alcançaria usuários muito além dos graus de dependência. Seu objetivo é atender diversos perfis de idosos, logo desta forma, uma variedade de demandas é formada. Ademais, por se tratar de uma intervenção com previsão para 2060, muitas das necessidades e exigências podem ser modificadas ou transformadas. Desta forma, de maneira mais clara, a arquitetura será um conjunto domiciliar para um total de 143 idosos, dentro dos três graus de dependência estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) na resolução RDC nº 285 de 2005. A depender do grau de dependência, eles serão separados para melhor atender aos cuidados necessários. Somado a isso, levou-se em conta a presença de funcionários permanentes além dos provisórios como instrutores, cuidadores e profissionais de atendimento específico. A instituição será seletiva e contará com serviços caráter público e de assistência para idosos de todas rendas, priorizando faixas salarias inferiores a 4 salários mínimos (Baixa renda). A Instituição será governamental, de interesse coletivo e de utilidade pública sob a forma de serviço social autônomo sem fins lucrativos. A ILPI é um serviço de assistência de natureza médico-social devendo proporcionar cuidados para um viver com dignidade, assim caracterizando-se como um serviço híbrido de caráter social e de saúde. Assim sendo, o programa foi definido levando em consideração o usuário idoso de forma a atender suas necessidades, almejando o conforto e segurança, com o menor impacto possível, atendendo à expectativa do morar e do habitar bem. Segundo Carli (apud BESTETTI, 2006), o projeto deve comtemplar os valores contemporâ-

68

neos da arquitetura os quais incluem os aspectos culturais, tecnológicos, temporais, econômicos, estéticos e de segurança. Isto posto, e de acordo com a necessidade e a possibilidade de abrangência de atividades em que o projeto (+) VIVER demanda, pensou-se em uma divisão de blocos de atividades. Estes blocos serviriam como base de um sistema de setorizações funcionais. Esta setorização separaria as funções essenciais para comunidade em espaços e ambientes específicos. E este conjunto espacial estabeleceria um sistema de conexões, integrações e esquivanças. Diante disso, dividiu-se o programa de necessidades em três grandes conjuntos: Conjunto Domiciliar para Idosos Dependentes (abarca idosos com dependência grau II e III); Conjunto Domiciliar para Idosos Independentes (abarca idosos autônomos e com dependência grau I); e o Conjunto de Atividades Complementares (Espaço de Cultura e Lazer, Espaço de Saúde para o Idosos, Prefeitura, Restaurante Comunitário).

.

CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES O Conjunto Domiciliar para Idosos Dependentes é voltado para idosos com graus de dependência II e III, ou seja, aqueles que com dependência em até três atividades ou mais de autocuidado para a vida diária tais como: alimentação, mobilidade, higiene; sem e com comprometimento cognitivo ou com alteração cognitiva controlada. No total serão atendidos 50 idosos de todos os gêneros, servidos com 34 suítes com dormitórios e banheiro adaptado. O Conjunto será pensado com base no Desenho Universal normatizada na NBR 9050, de forma a atender satisfatoriamente a variedade de necessidades e de acordo com as diversas limitações físicas dos usuários. O Lar para Idosos Dependentes é organizado, basicamente, da seguinte forma: Considerado como espaço de longa permanência, a ILPI’s deve ser considerada como lugar de viver, um lar. Ali, os idosos encontram a oportunidade de resgatar a sociabilidade perdida para o experimento de novas formas de interação e desenvolvimento de novas habilidades. As 34 Suítes que são divididas em Suítes para duplas e Suítes individuais. Essas Suítes são distribuídas de forma binária entre os gêneros. Individuo dentro dos espectros fluidos, intergênero e não bináries tem liberdade de escolha para qual ala lhe parecerá mais acolhedora. Possíveis casais também podem ser incluídos nos quartos destinados a duplas. Os quartos contarão com um sistema de dispositivos inteligentes além da ajuda de uma assistente virtual inteligente que auxiliará o morador em processos do dia-a-dia para garantir uma autonomia segura.


QUADRO 4 – PROGRAMA DE NECESSIDADE DO LAR PARA IDOSOS DEPENDENTES

OUTROS Depósito

SOCIAL, LAZER E CULTURA ESPAÇO

ÁREA TÉCNICA

ÁREA

Área de Estar e Convivência

129 - 185 m²

Sala de Games e Realidade Virtual

101 m²

Sala de Videoconferências

13 m²

Ateliers (Pintura, Costura, Música e Artesanato)

71 m² cada

Capela Ecumênica

109 m²

Piloti

853,9 m²

Jardim Interno

341,5 m²

Varanda/ Solário

1416,1 m² SAÚDE E CUIDADO ESPAÇO

ÁREA

21 m² ESPAÇO

ÁREA

Casa de máquinas

A dimensionar

Shafts de instalações prediais e/ou de ventilação

21 m²

Casa de bombas, reservatório ou caixa d’água e barrilete

A dimensionar

Quadro Geral de Distribuição de Energia Elétrica

30m²

Ambiente para grupo gerador

20m²

Sala técnica

5 m²

Abaixo segue o quadro do Programa de Necessidade do Lar para Idosos Independentes: QUADRO 5 – PROGRAMA DE NECESSIDADE DO LAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES.

ÍNTIMO E RESIDENCIAL ESPAÇO Sanitários coletivos para moradores e visitantes

6 m² cada

27 m²

Despensa Farmacêutica

18 m²

34 Suítes (Dormitórios com Banheiros Adequados) 40 – 50 m² – (50 leitos)

Cabelereiro e Salão de Beleza

42 m²

14 Suítes masculinas (20 leitos)

ESPAÇO

ÁREA

SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO

SOCIAL, LAZER E CULTURA

ÁREA

Estação de Enfermagem/Farmácia

APOIO E SERVIÇO

Os 57 domicílios são divididos em apartamentos para duplas, para casais e apartamentos individuais. Os domicílios residenciais para duplas e individuais são distribuídos de forma binária entre os gêneros. Como no conjunto para Idosos Dependentes, os indivíduos dentro dos espectros fluidos, intergênero, e não bináries tem liberdade de escolha para qual ala lhe parecer mais confortável. Os quartos também contarão com um sistema de dispositivos inteligentes de monitoramento. Para mais, os idosos contarão com a ajuda de uma assistente virtual inteligente para auxiliá-los nas atividades cotidianas lhes garantindo uma autonomia segura.

6 Suítes para duplas (12 leitos)

48 m²

8 Suites individuais (8 leitos)

36 m²

ESPAÇO Área de Estar e Convivência

ÁREA 155,6 m²

SAÚDE E CUIDADO ESPAÇO

ÁREA

Estação de Enfermagem/Farmácia

33,2 m²

Despensa Farmacêutica

24,7 m² APOIO E SERVIÇO

20 Suites femininas (30 leitos)

ESPAÇO

ÁREA

Área de alimentação/ Refeitório

296 m²

10 Suítes para duplas (20 leitos)

48 m²

Área de lavanderia

100 m²

Área de preparo e limpeza/ Cozinha

50 m²

10 Suítes individuais (10 leitos)

36 m²

D.M.L. – Depósito de material de limpeza

3,2 m² cada

Despensa

50 m²

Depósito de Resíduos/Lixeira(s)

2,6 m² cada

Guarita(s)/ Controle de entrada e saída

6 m²

Bicicletário

31,4 m²

Estacionamento para moradores

1657,4 - 180ZZZZZ6,20 m²

SERVIÇO DE LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO Área de lavanderia

114 m²

D.M.L. – Depósito de material de limpeza

2 - 3 m² cada

Depósito de Resíduos/Lixeira(s)

2 m² cada

APOIO AOS FUNCIONÁRIOS Sanitário/vestiário de funcionários

40 m²

Copa/Área de descanso para funcionários

42 m²

Dormitório para funcionários

32 m²

CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES O Conjunto Domiciliar para Idosos Independentes é voltado para idosos com Graus de Dependência I (idosos independentes, mesmo que requeiram uso de equipamentos de autoajuda) e autônomos. No total serão atendidos 93 idosos de todos os gêneros, servidos com 57 apartamentos adequados. Como o conjunto anterior, o espaço arquitetônico será pensado com base no Desenho Universal normatizada na NBR 9050.

APOIO AOS FUNCIONÁRIOS Copa/Área de descanso para funcionários

33,2 m²

Sanitário/vestiário de funcionários

19,2 m² cada

ÁREA TÉCNICA

69


ESPAÇO

ÁREA

Casa de bombas, reservatório ou caixa d’água e barrilete

A dimensionar

Quadro Geral de Distribuição de Energia Elétrica

44 m²

Ambiente para grupo gerador

32,8 m²

Ambiente para subestação

44 m²

Sala técnica

6m² RESIDENCIAL ESPAÇO

ÁREA

57 Apartamentos (93 idosos)

CONJUNTO DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES ESPAÇO DE CULTURA E LAZER O Espaço de Cultura e Lazer está incluso nas atividades complementares permitidas para a locação (90-R Atividades artísticas, criativas e de espetáculos). O espaço serve como ponto de integração e interação dos idosos do conjunto domiciliar com a comunidade local. Está é uma oportunidade para ajudar os idosos e a comunidade local a criarem um vínculo psicossocial contribuído para o desenvolvimento de um ambiente acolhedor e de respeito entre as gerações.

15 Apartamentos para casais (30 idosos)

81,5 m²

Sala de Estar/ Jantar

25,8 m²

Cozinha/ Área de Serviço

20,7 m²

Quarto de casal

15,6 m²

De modo geral, as atividades desenvolvidas neste espaço são direcionadas principalmente ao público idoso. Os ambientes comuns são adaptados de forma a atender esse público de maneira mais ampla. A seguir, a lista de espaços sociais, de lazer e cultura oferecidos e seus demais setores funcionais de apoio:

Banheiro Adequável

8,7 m²

QUADRO 6 – PROGRAMA DE NECESSIDADE DO COMPLEXO DE CULTURA E LAZER.

Lavabo Adequável

3,7 m²

Varanda

7 m²

21 Apartamentos para duplas - 9 masculinas e 12 femininas (42 idosos)

76,7 m²

Sala de Estar

APOIO E SERVIÇO ESPAÇO

ÁREA

SERVIÇO DE LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO D.M.L. – Depósito de material de limpeza

3,35 m² cada

Depósito de Resíduos/Lixeira(s)

2,4 m² cada

APOIO AOS FUNCIONÁRIOS Sanitários/vestiários para funcionários

25 m² cada

Copa/Área de descanso para funcionários

37,5 m²

OUTROS Sala dos brigadistas

23,3 m²

Depósito

22,9 m² CIRCULAÇÃO ESPAÇO

ÁREA

Circulação horizontais de pessoas (corredores, pátios, pilotis etc.)

705,5 m²

ÁREA TÉCNICA

SOCIAL, LAZER E CULTURA ESPAÇO

ÁREA

ESPAÇO

ÁREA

Shafts de instalações prediais e/ou de ventilação

Variável

Quadro Geral de Distribuição de Energia Elétrica

34,7 m²

Sala técnica

5,8 m²

Salas Multiuso

112,5 m²

22 m²

Salas de Games e Realidade Virtual

71,9 m²

Cozinha/ Jantar/ Área de Serviço

20,6 m²

Ateliers (Pintura, Costura, Música e Artesanato)

54 m² cada

2 Quartos individuais

14,7 m² cada

Sala de Informática

73 m²

Banheiro Adequável

8,7 m²

Sala de Exposições

146 m²

Lavabo Adequável

3,7 m²

Midiateca

90 m²

Varanda

7 m²

Academia

49 m²

21 Apartamentos individuais (21 idosos)

66,1 m²

Capela Ecumênica

35 m²

Sala de Estar

13,7 m²

Cozinha/ Jantar/ Área de Serviço

18,5 m²

Quarto individual

14,5 m²

Recepção

12,5 m²

Banheiro Adequável

8,7 m²

Secretaria

35 m²

Plateia

303 m²

Lavabo Adequável

3,7 m²

22,7 m²

Placo

98 m²

Varanda

7 m²

Sala Administrativa (Gestão de operações, de recursos humanos e financeira)

Foyer

193 m²

70

ÍNTIMO ESPAÇO Sanitários para os usuários

28,5 m²

QUADRO 7 – PROGRAMA DE NECESSIDADE DO AUDITÓRIO.

ADMINISTRATIVO ESPAÇO

ÁREA

SOCIAL, LAZER E CULTURA

ÁREA

ESPAÇO

ÁREA


APOIO E SERVIÇO ESPAÇO

ÁREA

SERVIÇO DE LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO D.M.L. – Depósito de material de limpeza

3 - 3,75 m² cada

Depósito de Resíduos/Lixeira(s)

1,73 - 2 m² cada

APOIO AOS ARTISTAS E PRODUÇÃO Coxia

53 m² cada

Copa/ Estar de elenco

16 m²

Camarim

12 m² cada

Depósito

21 m²

Sanitários para artistas e produção

7 m²

As atividades mais específicas voltadas a área da saúde serão encaminhadas para o Hospital Universitário de Brasília, o qual conta com uma estrutura adequada para os procedimentos. Relembrando, o HUB conta com serviços de geriatria, cardiologia, pneumologia e fisioterapia, serviços essenciais para o atendimento dos idosos. A ideia é que o espaço conte com a parceria com Instituições de Ensino Superior para o desenvolvimento de suas atividades assistenciais. Assim sendo, o quadro a seguir conta com os ambientes essenciais para atendimento e cuidado de saúde para os idosos institucionalizados: QUADRO 8 – PROGRAMA DE NECESSIDADE DO ESPAÇO DE SAÚDE PARA O IDOSO.

ÁREA TÉCNICA ESPAÇO

tem de assistência médica ou enfermagem permanente em instituições asilares de caráter social.

ÁREA

Shafts de instalações prediais e/ou de ventilação

Variável

Quadro Geral de Distribuição de Energia Elétrica

37,5 m²

Sala técnica

3,5 m² ÍNTIMO ESPAÇO

Sanitários para os usuários

ÁREA 13 - 18 m²

ESPAÇO DE SAÚDE PARA O IDOSO O Lar para idosos das novas gerações também conta com o complemento de assistência de saúde aos residentes. De modo geral, uma instituição teve auxiliar a pessoa idosa para que ela tenha acesso à saúde e à obtenção de medicamentos e outros insumos necessários. Deve-se deixar claro que a instituição oferta esses serviços, mas não se configura como uma clínica ou terapêutica geriátrica. Este espaço de saúde é voltado para o acompanhamento de idosos, centrados na reabilitação, oferecendo cuidados paliativos e de primeira atenção sem caráter de internação, encaminhando para especialidades médicas por profissionais técnicos. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) formulado pelo Ministério da Saúde, determina na sua seção II, art. 4º, em parágrafo único que é proibida a permanência de portadores de doenças que necessi-

SAÚDE E CUIDADO ESPAÇO

ÁREA

Dispensário/Farmácia

12 m²

Atendimento de Urgência (5 leitos)

55 m²

Salas de Ergoterapia

67 m²

Sala de Espera/Recepção

116 m²

Consultórios Psicogerotologico

10 m²

Consultórios médicos

11 m²

Shafts de instalações prediais e/ou de ventilação

A dimensionar

Sala técnica

11 m² ÍNTIMO ESPAÇO

Sanitários para os usuários

O Restaurante Comunitário é um equipamento comum e de uso coletivo voltado a alimentação e nutrição. Ele é responsável pelo preparo e venda a preços acessíveis de refeições saudáveis, variadas e saborosas. De modo geral, o Restaurante Comunitário da Instituição será basicamente um espaço de refeição comum aos moradores. O objetivo é garantir aos idosos acesso a alimentação adequada, respeitando a diversidade cultural e de hábitos alimentares da região. Dentre as refeições, serão oferecidos café da manhã, almoço e jantar. O espaço possuirá mesas e cadeiras para cerca de 100 pessoas em condição de lotação do espaço. As refeições são elaboradas por funcionários da instituição e são planejadas e monitoradas por uma equipe de nutricionistas, desta forma garantindo a qualidade da alimentação servida e evitando o desperdício de alimentos e problemas de saúde. QUADRO 9 – PROGRAMA DE NECESSIDADE DO RESTAURANTE COMUNITÁRIO.

APOIO E SERVIÇO ESPAÇO

ÁREA

SERVIÇO DE LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO D.M.L. – Depósito de material de limpeza

9 m² cada

Depósito de Resíduos/Lixeira(s)

4 m² cada

APOIO AOS FUNCIONÁRIOS Vestiários de funcionários

21 m² cada

Copa/Área de descanso para funcionários

53 m²

Sala de Esterilização

36 m²

ÁREA

SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO Refeitório

458 m²

Área de preparo

44 m²

Despensa/Armazenamento

42 m²

SERVIÇO DE LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO D.M.L. – Depósito de material de limpeza

3 m² cada

Depósito de Resíduos/Lixeira(s)

2,7 m² cada

APOIO AOS FUNCIONÁRIOS DO BLOCO

ÁREA TÉCNICA ESPAÇO

5 m² cada

RESTAURANTE COMUNITÁRIO

APOIO E SERVIÇO ESPAÇO

ÁREA

ÁREA

Sanitários/vestiários de funcionários

19,3 m² cada

71


Copa/Área de descanso para funcionários

62 m²

ADMINISTRATIVO ESPAÇO

ÁREA

Central de Segurança

13 m²

Almoxarifado

16 m²

Sala de Suporte e Assistência Técnica

24 m²

Recepção/Área de Pagamento

10,6 m²

Sala de Reuniões e Videoconferências

22 m²

Sala Administrativa (Gestão de operações, de recursos humanos e financeira)

32 m²

Sala dos brigadistas

15 m² APOIO E SERVIÇO

ÁREA TÉCNICA ESPAÇO Shafts de instalações prediais e/ou de ventilação

Variável

Quadro Geral de Distribuição de Energia Elétrica

42,4 m²

Sala técnica

4,2 m² ESPAÇO

Sanitários para os usuários

ÁREA

SERVIÇO DE LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO D.M.L. – Depósito de material de limpeza

4,5 m² cada

Depósito de Resíduos/Lixeira(s)

3 m² cada

APOIO AOS FUNCIONÁRIOS

ÍNTIMO ÁREA 16,7 m² cada

PREFEITURA

Sanitários para funcionários

6 m² cada

Vestiários de funcionários

22 m² cada

Copa/Área de descanso para funcionários

45 m²

ÁREA TÉCNICA

A prefeitura será o centro de controle administrativo da Instituição como um todo usufruindo do conjunto de espaços reservados para essa atividade. Ela é responsável pela gestão dos serviços institucionais como eventos culturais e de lazer, assistência à saúde do idoso, transporte, recursos humanos, segurança institucional, gestão financeira, comunicação e ouvidoria, limpeza e higienização do espaço, e entre outros. A prefeitura conta, principalmente com os seguintes ambientes: QUADRO 10 – PROGRAMA DE NECESSIDADE DA PREFEITURA.

ADMINISTRATIVO ESPAÇO

ÁREA

Recepção

16 m²

Secretaria

23 m²

Gerencia

30 m²

Sala de Comunicação e Ouvidoria

22m²

Sala de Gestão Financeira e Tesouraria

22 m²

Recursos Humanos

22 m²

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ESPAÇO

ÁREA

ESPAÇO

ÁREA

Shafts de instalações prediais e/ou de ventilação

A dimensionar

Sala técnica

6m²


73


5 74


+

+ 75


CONDICIONANTES E DIRETRIZES PROJETUAIS

CONDICIONANTES E DIRETRIZES POLÍTICO-LEGAIS Em resposta ao crescimento das demandas de uma sociedade em que a expectativa de vida aumenta e a disponibilidade de recursos familiares para o cuidado dos idosos diminui, ocorreu uma evolução no número de instituições de permanência para idosos em todo país nas últimas décadas do século XX. Diante a este cenário, começou a ser necessária a formação de uma estrutura legal que começasse a regular esse tipo de atividade. As questões que envolvem a legislação relativa ao asilamento de idosos é, neste momento, de grande importância, já que as projeções demográficas futuras apontam um boom de idosos e a desatenção a estes serviços pode se tornar um grande prejuízo as gerações futuras (PINTO; SIMSON, 2012). No decorrer das décadas, a própria terminologia Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), proposto pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia em substituição do termo asilo, simbolizou uma grande transformação sobre os estigmas historicamente construídos. Desta forma, a ILPI como um tipo especial de instituição hibrida de natureza sócio sanitária, deve seguir a um arcabouço legal sendo apoiado fortemente na área dos direitos dos idosos regulamentando tanto questões de saúde quanto de assistência social. Assim, neste trabalho, destaca-se, de maneira simplória, as principais regulamentações vigentes atualmente a fim de se dar um vislumbre sobre o cenário futuro. A princípio, o texto da Constituição Federal de 1988 se torna a base das regulamentações criadas durante as últimas décadas, refletindo diretamente a visão de cidadania:

76

A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. (BRASIL, 1988, Art. 230)

Podendo ser complementada pela Emenda Constitucional nº 64, de 4 de fevereiro de 2010 que alimenta o art. 6º da Constituição Federal como direito social: São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (BRASIL, 1988, Art. 6)

Sobre esta visão, temos o idoso como classe que detém uma atenção legal diferenciada e direitos específico. A atenção ao seu bem estar e qualidade de vida é efetivado por meio da construção de um arcabouço legal de proteção e seguridade social. A família, a sociedade e o Estado são explicitamente responsáveis pelo amparo aos idosos. Posteriormente as várias mobilizações de especialista e da população, e de forma a atender a um compromisso internacionais (PINTO; SIMSON, 2012), em 1º de outubro de 2003 foi promulgada a Lei nº 10.741/2003, definida como o Estatuto do Idoso. O Estatuto é destinado a pessoas com idade igual ou superior a 60 anos e reafirma e assegura a pessoa idosa todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, garantindo-lhe por lei todas a oportunidades e facilidades para a manutenção de sua saúde física e mental, seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, gozando de sua condição


de liberdade e dignidade. O Estatuto do Idosos é um avanço legal em relação aos princípios já estabelecidos pela Constituição de 1988. De modo geral, o Estatuto possui 118 artigos acerca de diversas áreas dos direitos fundamentais e de proteção e seguridades dos idosos. Em relação as Instituições de Longa Permanência, nesta lei, no Título IV sobre a Política de Atendimento ao Idoso são apresentados alguns princípios, regras e penalidades importantes a serem vistas pelos responsáveis de estruturas como estas. Além disso, as ILPIs também são citadas nos artigos 35 e 37 da lei estabelecendo parâmetros norteadores sobre Assistência Social e Habitação, respectivamente (PINTO; SIMSON, 2012). Um dos mais importantes artigos do Estatuto em relação as ações das entidades governamentais e não-governamentais de atendimento, é o Art.50, Capítulo II, que estabelece as obrigações e exigências dessas instituições para com o idoso. Contudo, dentre as principais regulamentações de fiscalização em relação as entidades de atendimento aos idosos, ou seja, as ILPIs, está a Resolução de Diretoria Colegiada 283 (RDC 283) promulgada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 26 de setembro de 2005. Esta Resolução define critérios mínimos de funcionamento e avaliação, bem como mecanismos de monitoramento das Instituições de Longa Permanência para Idosos.

FIGURA 81 – CAPELA DO MONTE DE ÁLVARO SIZA. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW.ARCHDAILY.COM. BR/BR/897514/CAPELA-DO-MONTE-DE-ALVARO-SIZA-PELAS-LENTES-DE-JOAO-MORGADO/5B3BA925F197CC9291000135-CAPELA-DO-MONTE-DE-ALVARO-SIZA-PELAS-LENTES-DE-JOAO-MORGADO-FOTO?NEXT_PROJECT=NO. ACESSO EM: 27 AGO. 2020.

Sem pormenorizar, a RDC 283 é responsável por estabelecer a classificação de modalidades de abrigo conforme os três graus dependência dos idosos, podendo indicar o quadro de pessoal necessário em cada cenário. Além disso, a Resolução prescreve a articulação entre as Instituições e o serviço público de saúde. De maneira geral, as legislações apresentadas mostram um cenário crescente de regulamentações que se transformam e buscam aten-

der melhor as demandas de uma população que envelhece. Como diretriz a este cenário amplo de condicionantes Político-Legais, o principal é buscar atender as demandas e necessidades em que essas leis impõem. Desta forma é possível alcançar idealmente a satisfação e qualidade de vida nesta fase de envelhecimento. De qualquer maneira, os esforços despendidos hoje sobre as desestigmação da velhice são de grande importância a uma continuidade e avanços das regulamentações sobre esta fase. Com o crescente número da população idosa, a demanda por políticas de garantia e seguridade a esta faixa vai ser ainda mais veemente. O próprio projeto e sua proposta espacial do Lar de Idosos para as Novas Gerações se guiará de acordo com as premissas apresentadas pelas legislações. A entidade, no poder de seu exercício, deve garantir a plenitude dos direitos humanos (civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e individuais) aos seus residentes. Dentre premissas, podemos destacar: a promoção da liberdade de credo com a inserção de capelas ecumênicas para a pratica comum de todas as religiões; a manutenção dos direitos e garantias dos idosos com auxílio do grupo de funcionários presentes para prestar os serviços necessários aos residentes; a liberdade de ir e vir garantida; preservação da identidade e expressão com o apoio de psicogerontologistas além do incentivo de atividades artisicas, culturais e sociais nos espaços destinas; a preservação da privacidade do idoso em suas residências e leitos individualizados; promoção de um ambiente acolhedor com espaços sociais e de convivência; a promoção de convivência mista entre os residentes de diversos graus de dependência nos espaços livres do complexo e a integração dos idosos nas atividades com comunidade local e com outras gerações por meio dos espaços de lazer, cultura e arte além da congregação nos espaços públicos comuns da instituição.

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CONDICIONANTES E DIRETRIZES FUNCIONAIS Para a funcionalidade de sua infraestrutura física, a instituição deve atender aos requisitos previstos tanto da Resolução técnica da ANIVISA nº283/2005 quanto das exigências do código de obras pertinente. Além dos códigos e leis de esferas federais e distritais, a entidade em questão deve seguir a normativas específicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A NBR 9050 sobre Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos é uma das mais importantes para uma funcionalidade comum dos espaços, em especial aos residentes. As diretrizes aqui propostas, de modo geral, podem garantir uma maior autonomia, independência e segurança no cotidiano do idoso institucionalizado, diminuído as barreiras físicas a sua ação. As instalações prediais de água, esgoto, energia elétrica, proteção e combate a incêndio, telefonia e outras devem atender as exigência do Código de Obras do Distrito Federal (COEDF), sancionado pela Lei nº 6.138, de 26 de abril de 2018 e regulamentado pelo Decreto nº 39.272, de 02 de agosto de 2018, além de outras posturas locais, como normas técnicas do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) e as normas técnicas brasileiras pertinentes a cada uma das instalações. Para seu funcionamento, a instituição deve atender as condições de higiene, salubridade, segurança, habitabilidade e acessibilidade. Ademais, ela deve eliminar as barreiras arquitetônicas que possam colocar em risco de acidentes o idoso. A área física destinada ao atendimento dos residentes deve ser adequado a maioria dos usuários que podem vir a apresentar dificuldades de locomoção e maior vulnerabilidade a acidente.

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As construções devem ser, preferencialmente, horizontais. Caso o contrário deve-se dispor de rampas e elevadores para circulação vertical e atender aqueles com problemas locomotores e ou psíquicos no pavimento térreo. Os elevadores devem atender as especificações da NRB 7192 e NRB 13994. As rampas devem atender a NBR 9050. Além disso, a ILPI deve atender a algumas exigências mais específicas. Por exemplo para o acesso externo, no mínimo duas portas devem ser previstas, uma sendo exclusiva para serviço. Em adicional, as rampas de acesso poderão ter uma inclinação máxima de 5%, com largura mínima de 1,50 m e possuir guarda corpo e corrimão, com piso não derrapante. Aliás, os pisos, tanto internos quanto externos, devem possuir este mecanismo antiderrapante, além de ser de fácil limpeza e conservação. O aconselhável é que sejam uniformes. As rampas e escadas devem atender as especificações da NBR 9050, em observância as exigências de corrimão e sinalização. Em relação as circulações internas, de forma resumida, elas devem ter no mínimo 1,00 m de largura. Nestas condições, larguras inferiores a 1,50 devem possuir apenas corrimão. Para circulação com 1,50 m e superiores e exido possuir dois corrimãos de cada lado. Relativo as aberturas, as portas devem possuir um vão mínimo de 1,10 m com travamento simples sem trancas ou chaves. No caso das portas de correr, aconselha-se trilhos embutidos no piso e as proas dos sanitários devem abrir para fora. De modo geral, as maçanetas não devem ser do tipo arredondado. Tanto as janelas quando os guarda-corpos não deverão ter peitoril menor que 1,00 m. Em referências aos ambientes, as institui-

ções devem seguir algumas especificações. Por exemplo, os dormitórios podem ter, no máximo, 4 leitos e 1 banheiro. Para dormitórios com 1 leito deve ter área mínima de 7,50 m² e para 2 a 4 leitos área de 5,50 m² por cama. As camas devem ser distância, minimamente, as 0,80 m e 0,50 entre a parede paralela e a lateral do móvel. Já os banheiros não devem ter áreas menores de 3,60 m² e precisam ser dotados de 1 bacia, 1 lavatório e 1 chuveiro. O piso do banheiro não deve produzir reflexos e brilhos e não possuir desníveis/degraus. O box para banho deve ter dimensões para pessoas em posição sentada. Além disso, deve ser dotado, obrigatoriamente água quente. Os banheiros coletivos devem ser separados por sexo com pelo menos um box adequado a pessoa em cadeira de rodas, conforme especificação da NBR 9050. Para área de desenvolvimento de atividades, aconselha-se: sala para atividades coletivas para no máximo 15 residentes, área mínima de 1,00 m² por pessoa e sala de convivência com área mínima de 1,30 m² por pessoa. Nas ILPIs, os ambientes podem ser compartilhados de acordo com a afinidade funcional. Dentre as precauções, devem-se evitar objetos espalhados pelos ambientes, tapetes sem dispositivo antiderrapante e pisos encerados. Além disso, os ambientes devem ser bem iluminados e arejados. Em relação ao mobiliário e equipamentos básicos, a sua disposição deve facilitar a circulação e reduzir o risco de acidentes. As cadeiras, camas e poltronas e vasos sanitários mais altos facilitam a pessoa cuidada a se sentar, se deitar e se levantar. Os assentos devem ter uma altura de 0,45 m. Além das garantias físicas de espaço para as atividades do usuário, a instituição deverá garantir alguns setores funcionais triviais para o exercício de outras atividades de assistência ao


residente. Neste caso, inclusos no programa de necessidades destes projetos, a arquitetura de oferecer espaços para as atividades íntimas dos residentes (dormitórios, apartamentos e banheiros/sanitários); para atividades sociais, de cultura e lazer com áreas de estar e convivência e espaços destinados para atividades culturais e artísticas (por exemplo: ateliers, salas multiuso, auditórios, espaço de exposições); para atividades de apoio e serviços que incluem alimentação, limpeza e higienização, apoio de funcionários e outros; para atividades de saúde e cuidado que incluem serviços médicos, de enfermagem e farmacêuticos; para atividades administrativas relativas a instituição; e para área técnicas que envolvam o sistema de instalações hidrosanitánitárias, elétricas, de ar condicionado e entre outros. FIGURA 82 – COMPLEXO HABITACIONAL E DE SAÚDE ELTHETO: CIRCULAÇÃO VERTICAL (ELEVADOR). DISPONÍVEL EM: HTTPS:// WWW.ARCHDAILY.COM. BR/BR/784454/COMPLEXO-HABITACIONAL-E-DE-SAUDE-ELTHETO-2BY4-ARCHITECTS/5603439AE58ECE47740000EC-ELTHETO-HOUSING-AND-HEALTHCARE-COMPLEX-2BY4-ARCHITECTS-IMAGE. ACESSO EM: 27 AGO. 2020. FIGURA 83 – MORADIA PARA IDOSOS EM HUNINGUE: CIRCULAÇÃO COM MAIS DE 1,50 M E CORRIMÃOS EM AMBOS OS LADOS. DISPONÍVEL EM: HTTPS:// WWW.ARCHDAILY.COM. BR/BR/903765/MORADIA-PARA-IDOSOS-EM-HUNINGUE-DOMINIQUE-COULON-AND-ASSOCIES/5B996FB9F197CCC03D00032B-HOUSING-FOR-ELDERLY-PEOPLE-IN-HUNINGUE-DOMINIQUE-COULON-AND-ASSOCIES-PHOTO. ACESSO EM: 27 AGO. 2020.

CONDICIONANTES E DIRETRIZES TECNOLÓGICAS Na mesma proporção em que a população envelhece, o mundo parece estar ficando cada vez mais tecnológico. Já atualmente, a sociedade tem essa grande necessidade de ingressar neste mundo. E com o processo de envelhecimento, o ser humano acaba se deparando com diferentes situações precisando estar sempre preparado, se aprimorando e se adaptando a este novo cenário. Assim, vemos que a tecnologia e sua relação com o idoso traz consequências importantes no estilo de vida deste público. Por outro lado, para isso acontecer, a própria tecnologia também deve se adaptar as peculiaridades especiais desta etapa. A tecnologia em si tem esse papel significativo de abrir novos horizontes a todas as gerações, desta maneira, não excluindo os idosos no mundo virtual. Como os avanços das diversas tecnologias da informação e comunicação já fazem parte da

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nossa realidade, os seres humanos acabam vivendo em processo de constante aprendizagem. Desta mesma forma, sua intensa difusão na sociedade contemporânea, acaba dando a elas um valor muito alto. A qualidade de veiculação em diferentes mídias, e a facilidade e rapidez desses recursos tecnológicos relativizam a questão do tempo e do espaço, interferindo radicalmente nos comportamentos de seus usuários. Hoje podemos observar, como exemplo, os avanços nas tecnologias de videoconferência e de realidade virtual, que transportam as pessoas em um espaço diferente mesmo de fisicamente distante. Em condições de afastamento físico e isolamento social, um sistema de comunicação a distância se traz relevante para a manutenção de uma boa condição psicológica dos idosos. Ademais, é visto também que a tecnologia tem um papel importante no tratamento e avaliação de pacientes. A própria autonomia no mundo digital é um fator primordial para que o idoso seja o sujeito ativo em suas tarefas diárias e que possa interagir e interpretar o cenário que o cerca. O Estatuto do Idoso em seu artigo 21 parágrafo 1º reclama ao Poder Público a oportunidade de acesso aos idosos à uma educação especial e inclusiva relativa ao conteúdo e técnicas de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos para a integração do indivíduo a vida moderna. Tudo indica que próprio futuro será guiado por novas linguagens geradas por meio eletrônicos, e dessa forma, as práticas sociais também. Por isso a importância da inclusão dessa geração. Dada a relevância e atualidade do assunto em discussão, muitas iniciativas buscam investir em tecnologia voltadas para esse público. As inovações vêm com o papel de integrar, dar autonomia e zelar pela saúde e qualidade de vida do idoso. Atualmente, empresas já conectam pessoas idosas com jovens universitários com o ser-

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viço de auxílio para idoso em tarefas domésticas, preparo de refeições, transporte para compromissos, passeios, serviço de companhia, compras etc. Além disso, já foram inventados sistemas de sensores inteligentes que oferecem serviços de atendimento e saúde identificando potenciais problemas e agindo rapidamente. A ideia é monitorar discretamente as atividades diárias do idoso como alimentação, hidratação, sono, uso do banheiro e prática de atividade física. Além disso, o sistema de assistente virtual também é utilizado como meio de coleta de informação sobre saúde do idoso. Esta solução baseada em inteligência virtual oferece notificações verbais sobre medicamentos, compromissos e alertas automáticos em caso de emergência. O sistema envia relatórios diários para familiares.

FIGURA 84 – CAMPEONATO DE BOLICHE VIRTUAL EM RESIDENCIAL PARA IDOSOS COM SUPERVISÃO DE ALUNOS DE GERONTOLOGIA DA USP. DISPONÍVEL EM: HTTPS://CONTEUDO. IMGUOL.COM.BR/C/NOTICIAS/ DF/2017/09/26/CAMPEONATO-DE-BOLICHE-VIRTUAL-EM-RES I D E N C I A - PA R A - I DO S O S - T E VE-SUPERVISAO-DE-ALUNOS- D E - G E R O N TO L OG I A - DA - U S P-1506444806003_615X300.JPG. ACESSO EM: 27 AGO. 2020.

Por outro lado, podemos ver que as inovações high tech apresentadas também trazem, em certo nível, uma renúncia da privacidade do usuário em detrimento de seu cuidado, sua autonomia e sua qualidade de vida. Deste modo, para o projeto arquitetônico deverá oferecer espaços que acompanharão um sistema de dispositivos inteligentes que contem com uma assistente virtual inteligente que auxiliará o morador em processos do dia-a-dia para garantir sua autonomia de forma segura. Levando em conta os avanços tecnológicos, a sala de jogos, no futuro próximo, se tornará a sala de games. Com no decorrer dos anos, os jogos físicos acabarão sendo abandoados e os vídeos games e jogos digitais se tornarão o novo tipo de entretenimento para essa geração de idosos. Além disso, a realidade virtual poderá ser inserida como uma interface entre um usuário e um sistema operacional, que através de recursos gráficos 3D ou imagens 360º criarão a sensação de presença em um ambiente virtual diferente do real. Ademais de sua função para jogos, a realidade virtual terá um papel importante no tratamento e avaliação

FIGURA 85 - LAR PARA IDOSOS DOMINIQUE COULON & ASSOCIÉS: CONTRASTE DE CORES. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW. ARCHDAILY.COM.BR/BR/796940/ LAR-PARA-IDOSOS-DOMINIQUE-COULON-AND-ASSOCIES/57CF7212E58ECE36A100005C-HOME-FOR-DEPENDENT-ELDERLY-PEOPLE-AND-NURSING-HOME-DOMINIQUE-COULON-AND-ASSOCIES-PHOTO. ACESSO EM: 27 AGO. 2020.


de pacientes com déficits cognitivos. Ademais, em condições de afastamento físico e isolamento social, um espaço específico e reservado para visitas e conversas via videoconferência será necessário e muito importante para a manutenção de uma boa condição psicológica dos idosos. Na falta de contato presencial, as visitas online aparecerão como alternativas.

CONDICIONANTES E DIRETRIZES AMBIENTAIS Determinar os parâmetros que influenciam o conforto ambiental é trivial tanto para projetar espaços agradáveis quanto para garantir o bem-estar e saúde daqueles que o ocupam. Uma boa concepção não só proporciona um ambiente confortável para os ocupantes, como também determina a quantidade de energia a ser gasta em sistemas artificiais. A satisfação em relação conforto ambiental vai de acordo com a junção de diversas variáveis de ambiente e a sensação que elas transmitem ao usuário. Ela engloba as variáveis de temperatura, luminosidade, conforto acústico e visual (HAZIN, 2012 apud HAYASHI; BORGES, 2017)3. Desta forma, deve-se refletir sobre as variáveis de conforto ambiental (conforto visual, térmico e acústico) auxiliando de forma subjetiva no aumento do bem estar do idoso, apesar das condicionantes de seus corpos, decorrentes da idade avançada, e compreendendo como a arquitetura pode colaborar neste processo de conforto. Primeiramente, parte-se para o conforto visual. Segundo Barbosa (2002 apud HAYASHI;

BORGES, 2017)4, o conforto visual é o estado que se obtém através da combinação de uma iluminação adequada e uma vista saudável. Devido ao processo de envelhecimento, os olhos, naturalmente, sofrem com o desgaste natural, assim como podem sofrer por doenças congênitas. Logo, nestas condições, as pessoas idosas sofrem mais com a diminuição da capacidade visual. Além disso, os longevos exigem um cuidado especial com a iluminação já que também podem possuir dificuldades motoras e perceptivas. Diante disso, dentre as diretrizes recomentadas, destaca-se a presença de luz natural como meio de benefícios psicológicos e fisiológicos. A luz solar também ajuda o idoso a manter seu ritmo biológico (HAZIN, 2012 apud HAYASHI; BORGES, 2017). Outra recomendação é o contraste de cores. A pessoa idosa precisa muito da luminosidade do ambiente para realizar suas tarefas. Assim, o contraste de cores o ajuda a identificar os ambientes e seus mobiliários. Contudo, deve-se ater ao ofuscamento, já que os idosos são sensíveis a isto (BARBOSA, 2002 apud HAYASHI; BORGES, 2017). Também recomendasse o uso de cores suaves para compor os espaços e a utilização de texturas distintas para estimular a percepção dos idosos. E por fim, a iluminação deve ser uniforme, continua, forte e não ofuscante. Agora parte-se para o conforto térmico. Ele é estado que se obtém pela satisfação dos indivíduos em relação a sensação térmica do ambiente. É uma característica que afeta a troca de calor entre o corpo humano e o ambiente, dependendo de fatores físicos e fisiológico. Neste tipo de conforto a temperatura, temperatura média interna do ambiente, a umidade e a ventilação (velocidade do ar) são variáveis que interferem na sensação térmica. Além disso, temos outros

FIGURA 86 – COMPLEXO SOCIAL EM ALCABIDECHE: ESQUEMAS DE VENTILAÇÃO E RADIAÇÃO SOLAR. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW.ARCHDAILY.COM.BR/BR/761557/ COMPLEXO-SOCIAL-EM-ALCABIDECHE-GUEDES-CRUZ-ARQUITECTOS/54C730ACE58ECE5C5E0000D2-DIAGRAM-3. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW. ARCHDAILY.COM.BR/BR/761557/ COMPLEXO-SOCIAL-EM-ALCABIDECHE-GUEDES-CRUZ-ARQUITECTOS/54C730C3E58ECE5C5E0000D3-DIAGRAM-5. ACESSO EM: 27 AGO. 2020. FIGURA 87 – COMPLEXO SOCIAL EM ALCABIDECHE: APARTAMENTO. DISPONÍVEL EM: HTTPS:// WWW.ARCHDAILY.COM.BR/ BR/761557/COMPLEXO-SOCIAL-EM-ALCABIDECHE-GUEDES-CRUZ-ARQUITECTOS/54C72FDBE58ECE5C5E0000CE-_DSC8949-JPG?NEXT_PROJECT=NO. ACESSO EM: 27 AGO. 2020.

3 HAZIN, M. M. V. OS ESPAÇOS RESIDENCIAIS NA PERCEPÇÃO DOS IDOSOS ATIVOS. 2012. 151F. MONOGRAFIA (ESPECIALIZAÇÃO) - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, RECIFE, 2012. 4 BARBOSA, A. L. G. M. CONFORTO E QUALIDADE AMBIENTAL NO HABITAT DO IDOSO. 2002. 136 F. DISSERTAÇÃO (MESTRADO EM ARQUITETURA), UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO, 2002.

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fatores humanos como a idade, sexo, tipo de vestimenta, grau de aclimatação e tipo de atividade exercida. De modo geral, os idosos percebem o conforto térmico de forma diferente. Geralmente, possuem menor taxa metabólica, assim necessitando de ambientes com temperaturas mais elevadas. Além disso, em média, eles têm uma capacidade de regular a temperatura corporal também reduzida. Por esses motivos, os idosos tem maior dificuldade de se adaptar e perceber as variações térmicas. Desta forma, vemos que esse fator pode ter um impacto significativo no bem-estar e no conforto diário dos residentes. Dentre as recomendações para minimizar o estresse térmico, aconselha-se estratégias como ventilação cruzada permanente, isolamento térmico e sombreamento. Por fim, parte-se para o conforto acústico. Ele está relacionado ao bem estar em relação ao som no ambiente. Por ser uma variável que é influenciada por diversos fatores, externos e internos, nem sempre pode ser totalmente controlado. Além disso, algumas de suas estratégias podem afetar outros confortos como térmico e luminoso. Com o processo de envelhecimento, a audição vai se perdendo gradualmente, sobretudo nas frequências altas (sons agudos). Além disso, a perda de audição também se reflete na inteligibilidade da fala (BARBOSA, 2002 apud HAYASHI; BORGES, 2017). Os idosos são mais frágeis e vulneráveis aos efeitos dos ruídos. Assim, para se alcançar um conforto acústico, deve-se eliminar os ruídos indesejáveis e estabelecer um equilíbrio de sons no ambiente, colaborando com o bem estar e saúde auditiva dos residentes. Dentre as estratégias construtivas

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para redução de ruídos, principalmente externos ao recinto, aconselha-se a aplicação de portas e janelas acústicas, além da colocação de lã de rocha nas paredes e o uso de cortinas. Para ruído interno, o uso de materiais e revestimentos que absorvam o som, diminuindo a reverberação. Projetar um lar para idosos em condições satisfatórias de conforto ambiental, se atentando as condições físicas e projetuais adequadas as suas condições a fim de evitar prejuízos na sua visão, audição entre outros é um desafio. Deste modo, vimos como os aspectos ambientais como iluminação, temperatura e sons influem de forma direta no bem estar dos idosos.

CONDICIONANTES E DIRETRIZES SOCIOCULTURAIS Para um ambiente social que estimule segurança, saúde e participação do idoso, são essenciais fatores como apoio social, oportunidades de educação e aprendizagem permanente, bem-estar e proteção contra a violência e maus-tratos. À medida que a pessoa envelhece, riscos como a solidão, o isolamento social, o analfabetismo e a falta de educação, maus tratos e exposição a situações de conflito aumentam a probabilidade de algum tipo de deficiência e até a morte precoce (OMS, 2005). Desta forma, as instituições para idosos tem a responsabilidade de garantir um ambiente de apoio, acolhimento e segurança aos seus residentes. Diante disso, a arquitetura pode proporcionar ambientes que permitam atividades que ajudem o idoso a chegar um equilíbrio em seu bem estar social. Adianta-se que a realização de interações com outras gerações e a comunidade local, visitas, passeios e eventos diversos, apoio psicológicos e entre outros são meios para que os

idosos se encontrem em um ambiente de estar social. Um dos fatores mais importantes é o apoio social. Sua falta ou ação inadequada se associa comumente a um aumento na mortalidade e em problemas psicológicos, além de um prejuízo na saúde. Fatores de estresse como rompimentos de laços pessoais, conflitos e solidão, enquanto relações sociais, enfraquecem a condição emocional do idoso. Além disso, com o envelhecimento, a probabilidade de perder amigos e parente, ter vulnerabilidade a solidão e ao isolamento social é maior. Estes últimos estão muito ligados a um declínio tanto da saúde física como mental. Culturalmente, em muitas sociedades, os homens tendem a ter uma rede de apoio menor que as mulheres. No entanto, as mulheres são as maiores vítimas da viúves, sendo muitas vezes excluídas ou até rejeitadas por sua comunidade (OMS, 2005). Organizações como o lar para idosos, assistido por profissionais de serviço social e saúde, assim como o governo e a sociedade podem ajudar na promoção de redes de contatos para as pessoas idosas por meio de grupos de serviços comunitários, trabalho voluntário, ajuda da vizinhança, visitas em parceria com a instituição, cuidados feitos por familiares, programas de interação entre gerações e entre outros (OMS, 2005). Violência e maus trados, como elencado anteriormente, são um dos fatores de enfraquecimento da pessoa idosa. Infelizmente, é comum a violência contra o idoso, principalmente, mulheres. O abuso é cometido geralmente por membros por familiares ou acompanhantes, independentemente do nível econômico. Os maus tratos podem englobar abusos físicos, sexuais, psicológicos, financeiros e/ou por negligências. O combate contra os maus tratos aos idosos é um trabalho

multisetorial que envolvem o poder executivo e judiciário, além de trabalhadores do serviço social e da saúde e a comunidade que o cerca. As instituições para idosos tem o trabalho de estarem atentas as ocorrências e acionarem organismos de defesa. O envelhecimento também traz consigo visões estereotipadas e distorcidas embasadas em generalizações da população idosa. Diante disso, vemos importância do surgimento de um novo conceito, revisão dos estereótipos sobre o envelhecimento e quebra dos preconceitos e paradigmas. O envelhecimento ativo surge como alternativa envolta pela garantia de uma vida longa, com saúde e segurança. Esta ideia visa aumentar a expectativa de vida da pessoa idosa, inclusive as que requerem mais cuidados. A instituição para idoso tem o papel contribuir para a emancipação do idoso para que ele participe continuamente nas questões sociais, econômicas, culturais e civis. Com isso, a instituição deve promover uma ambiência acolhedora, de convivência mista entre dependentes de diversos graus de dependência e integração dos idosos nas atividades desenvolvidas. Somado a isto, é papel da instituição oferecer espaços que incentivem e promovam a participação da família e comunidade na atenção ao idoso residente, desenvolver atividades que estimulem sua autonomia, e que promovam o lazer (atividades físicas, recreativas e culturais). Como se prevê uma ambientação para as gerações futuras de idosos, os espaços dentro desse espectro funcional sofrerão algumas modificações durantes o decorrer das décadas. As formas de se entreter, se comunicar e socializar se transformarão. Um espaço social, de cultura e lazer deve servir como ponto de integração e interação dos idosos e servir como meio de vínculo psicossocial entre eles, a comunidade local e outras


gerações contribuído para o desenvolvimento de um ambiente acolhedor, de apoio e de respeito.

CONDICIONANTES E DIRETRIZES ECONÔMICAS FIGURA 88 - ASILO PADRE PINTO EM RIO PIRACICABA: 1º ARRAIÁ DA TERCEIRA IDADE EM 2017. DISPONÍVEL EM: HTTPS://WWW. RIOPIRA.COM.BR/WP-CONTENT/ UPLOADS/2017/07/ARRAIA-DA-TERCEIRA-IDADE-2017-027.JPG. ACESSO EM: 27 AGO. 2020.

FIGURA 89 – OFICINA DE CORTE E COSTURA PARA IDOSOS EM NOVA IGUAÇU. DISPONÍVEL EM: HTTP:// WWW.NOVAIGUACU.RJ.GOV.BR/?ATTACHMENT_ID=11008. ACESSO EM: 27 AGO. 2020.

Alguns aspectos do ambiente econômico procedem efeitos relevantes sobre o processo de envelhecimento. Dentre eles podemos destacar três aspectos conforme a OMS (2005): a renda, o trabalho, e a proteção social. As políticas de envelhecimento rondam também projetos para redução da pobreza. De modo geral, as classes economicamente mais baixas apresentam riscos maiores para doenças e deficiências, situação em que os idosos estão particularmente vulneráveis. Em muitas situações, os idosos, especialmente as mulheres, vivem sozinhos sem uma renda definida. Estes fatores de renda afetam de forma significativa o acesso do indivíduo a alimentos nutritivos, moradia adequada, salubridade e cuidados de saúde e nesta situação o idosos de baixa renda são também os mais vulneráveis. A condição piora para aqueles sozinhos, os quais correm um risco maior de falta de moradia, abandono e pobreza (OMS, 2005). Desta forma, uma das diretrizes para projetação desta Instituição de Longa Permanência para Idosos é construir um conjunto domiciliar que conte com serviços caráter público e de assistência para idosos de todas rendas, priorizando faixas salarias inferiores a 4 salários mínimos, ou seja, baixas rendas.

ção que garantam a qualificação dos idosos, além de esquemas de participação e oportunidades dessa população para a geração de sua própria renda através de espaços oferecidos pela instituição. Espaços de promoção de pequenos comércios (por exemplo, de alimentos e artesanato) e serviços oferecidos por idosos microempreendedores devem ser ofertados de modo dar oportunidade de autonomia econômica aos residentes. Esses idosos qualificados e experientes podem atuar bem como voluntários em escolas, comunidades, instituições religiosas, negócios e organizações políticas e de saúde. Essas ações aumentam os contatos sociais e o bem-estar psicológico da mesma forma que é um meio de contribuição para a comunidade (OMS, 2005).

Em relação ao mercado de trabalho, os idosos economicamente ativos na velhice geralmente são pertencentes as classes mais baixas da sociedade a qual a necessidade de renda se torna prioridade. Além disso, esses idosos tendem a fazer parte do mercado informal, no qual sua valorização é reduzida e inclinam-se para atividades autônomas sem políticas de seguridade. Dentre as diretrizes, deve-se desenvolver uma ambienta-

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QUADRO RESUMO DE CONDICIONANTES E DIRETRIZES Se guiar de acordo com as premissas apresentadas pelas legislações; • Garantir a plenitude dos direitos humanos (civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e individuais) aos residentes; •

• POLÍTICO-LEGAIS

Aumento na expectativa de vida; Boom na população de idosos; Aumento do número de ILPI’s; Necessidade de uma estrutura legal e política para os Idosos; Necessidade de uma estrutura legal e política para regulação das ILPIs.

Oferecer espaços ecumênicos para promoção da liberdade de credo e prática comum de todas as religiões; • Assegurar a manutenção dos direitos e garantias dos idosos com auxílio do grupo de funcionários presentes para prestar os serviços necessários aos residentes; Garantir a liberdade de ir e vir; Dispor de ambientes para promover a preservação da identidade e expressão do idoso através de apoio de psicogerontologistas além do incentivo de atividades artísticas, culturais e sociais; Preservar a privacidade do idoso em suas residências e leitos individualizados; Promover um ambiente acolhedor com espaços sociais e de convivência; Promover a convivência mista entre os residentes de diversos graus de dependência nos espaços livres do complexo; Integrar os idosos nas atividades com comunidade local e com outras gerações por meio dos espaços de lazer, cultura e arte além da congregação nos espaços públicos comuns da instituição.

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• FUNCIONAIS

Requisitos previstos na Resolução técnica da ANVISA nº283/2005; Exigências do Código de Obras do Distrito Federal (COEDF); Normas Técnicas do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF); Normativa da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) - NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

Atender aos códigos, leis, normas e resoluções de esferas federais e distritais pertinentes a funcionalidade, circulação, mobiliário, infraestrutura física e instalações das Instituições de Longa Permanência para Idosos; As construções devem ser, preferencialmente, horizontais e dispor de rampas e elevadores para circulação vertical;

Garantir uma maior autonomia, independência e segurança no cotidiano do idoso institucionalizado, diminuído as barreiras físicas a sua ação;

Atender as condições de higiene, salubridade, segurança, habitabilidade e acessibilidade.

Garantir setores funcionais triviais para o exercício de outras atividades de assistência ao residente. Neste caso, inclusos no programa de necessidades destes projetos, a arquitetura de oferecer espaços para as atividades íntimas dos residentes; para atividades sociais, de cultura e lazer com áreas de estar e convivência e espaços destinados para atividades culturais e artísticas; para atividades de apoio e serviços que incluem alimentação, limpeza e higienização, apoio de funcionários e outros; para atividades de saúde e cuidado; para atividades administrativas relativas a instituição; e para área técnicas que envolvam o sistema de instalações hidrosanitánitárias, elétricas, de ar condicionado e entre outros.


TECNOLÓGICOS

AMBIENTAIS

Evoluções e avanços tecnológicos em geral; Mudanças importantes no estilo de vida dos idosos nas próximas décadas; Evoluções e avanços nas tecnologias de comunicação e informação; Renúncia da privacidade do usuário em detrimento de seu cuidado, sua autonomia e sua qualidade de vida.

Conforto Luminoso/Visual; Conforto Térmico; Conforto Sonoro.

Sistema de comunicação a distância: videoconferências aplicadas em um espaço específico e reservado; •

Inserir tecnologia como agente no tratamento e avaliação de pacientes; Proporcionar a autonomia e inclusão do idoso no mundo digital; Dar oportunidade de acesso aos idosos à uma educação especial e inclusiva relativa ao conteúdo e técnicas de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos para a integração do indivíduo a vida moderna;

SOCIOCULTURAIS

União entre tecnologia e qualidade de vida para facilitar as tarefas diárias dos idosos, tornando-os sujeitos mais ativos;

Riscos como a solidão, o isolamento social, o analfabetismo e a falta de educação, maus tratos, perdas e exposição a situações de conflito; O envelhecimento como estereótipo negativo.

Promover uma ambiência acolhedora, de convivência mista entre dependentes de diversos graus de dependência e integração dos idosos nas atividades desenvolvidas; Oferecer espaços que incentivem e promovam a participação da família e comunidade na atenção ao idoso residente, desenvolver atividades que estimulem sua autonomia, e que promovam o lazer (atividades físicas, recreativas e culturais); Prever um espaço social, de cultura e lazer que sirva como ponto de integração e interação dos idosos e como meio de vínculo psicossocial entre eles, a comunidade local e outras gerações contribuído para o desenvolvimento de um ambiente acolhedor, de apoio e de respeito.

Inserção da Inteligência virtual no cotidiano do idoso; Oferecer espaços para jogos digitais e a realidade virtual tendo um papel importante no tratamento e avaliação de pacientes com déficits cognitivos.

Diretrizes de Conforto Luminoso/Visual: a presença de luz natural como meio de benefícios psicológicos e fisiológicos; entrada de luz solar para a manutenção de um ritmo biológico; o contraste de cores; uso de cores suaves para compor os espaços e a utilização de texturas distintas para estimular a percepção dos idosos; e iluminação uniforme, continua, forte e não ofuscante. Diretrizes de Conforto Térmico: estratégias como ventilação cruzada permanente, isolamento térmico e sombreamento. Diretrizes de Conforto Sonoro: eliminar os ruídos indesejáveis e estabelecer um equilíbrio de sons no ambiente, colaborando com o bem estar e saúde auditiva dos residentes através de estratégias construtivas para redução de ruídos, como a aplicação de portas e janelas acústicas, lã de rocha nas paredes; o uso de cortinas e materiais e revestimentos que absorvem o som, diminuindo a reverberação.

Para a projetação desta ILPI, visar a construção um conjunto domiciliar que conte com serviços caráter público e de assistência para idosos de todas rendas, priorizando faixas salarias inferiores a 4 salários mínimos, ou seja, baixa renda;

ECONÔMICAS

Renda, Trabalho e Proteção Social

Proteger econômica aos idosos incapazes, sozinhos e/ ou em condição de vulnerabilidade; Desenvolver uma ambientação que garanta a qualificação dos idosos; Ofertar espaços de promoção de pequenos comércios (por exemplo, de alimentos e artesanato) e serviços oferecidos por idosos microempreendedores devem ser ofertados de modo dar oportunidade de autonomia econômica aos residentes.

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PROPOSTA PROJETUAL

SÍNTESE Ao longo do seu desenvolvimento, o projeto final definiu-se em resumo na criação de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) que abrangesse os três graus de dependência do Idoso estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) na resolução RDC nº 285 de 2005. A criação do espaço depende de parceria de Instituições de Ensino Superior para o desenvolvimento de suas atividades assistenciais. De modo geral, a proposta se focou no conforto nas atividades do usuário podendo assim lhe garantir mais tempo, liberdade e autonomia. A arquitetura será um conjunto domiciliar para um total de 143 idosos. De acordo com seu grau de dependência, eles foram separados para melhor atender aos cuidados necessários (Conjunto Domiciliar para Idosos Independentes e Dependentes). Como dito neste trabalho, a instituição será seletiva e contará com serviços de caráter público e de assistência para idosos de todas rendas, priorizando faixas salarias inferiores a 4 salários mínimos (Baixa renda). A Instituição será governamental, de interesse coletivo e de utilidade pública sob a forma de serviço social autônomo sem fins lucrativos. Aqui, definiu-se o ano de 2060 como ano base de projeto. Logo serão 40 anos de diferença para o tempo presente. Por consequência, hoje, os futuros idosos são conhecidos como os Millenials.

STORYBOARD A proposta inicial para o ordenamento espacial da Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) (+) VIVER foi de trazer ortogonalidade ao projeto. De início, pensou-se em quatro blocos edificados principais: dois blocos, que seguiriam o modelo predial das Superquadras

88

400s, destinados aos residentes independentes e com grau I de dependência; um bloco social e de lazer; e um bloco reservado para os idosos de maiores graus de dependência. Deste modo, especializou-se os objetos de acordo com os níveis de preservação. Já que o bloco para idosos dependentes (objeto quadrático com átrio centralizado) exigiria uma maior reclusão, inicialmente, foi proposto sua locação mais interna ao lote. O bloco social e de lazer (objeto retangular vizinho) teria já um acesso mais direto a via L2 Norte. Os blocos para idosos independentes fechariam a moldura do lote com acessos pela via conectora e via L3 Norte. Os blocos sobrepostos vieram com a intensão de criar certa continuidade a forma, uma linha de fechamento, além de contar com a possibilidade de uso da cobertura. A forma quadrática dos blocos foi pensada de forma a facilitar a criação de uma malha estrutural para cada um dos edifícios construídos. Deste modo, estabeleceu-se um vão de 7,5 x 7,5 metros como base para a estrutura e forma dos objetos. Como a intensão da proposta é integrar os idosos com os jovens e a comunidades local, foram previstos 4 acessos conectores que convergiriam em uma área central de congregação: um acesso para L2 Norte; um acesso para o CEAN; um acesso para a Thomas Jefferson; e uma acesso para o Campus Darcy Ribeiro. Posteriormente, viu-se a necessidade de melhor conectar os acessos entre o Campus e L2 Norte. O terreno é comumente utilizado pelos estudantes e funcionários como percurso direto a parada de ônibus da quadra 606. Desta forma, pensando no pedestre e usuário do local, pensou-se em um caminho direto em linha reta de conexão entre a passagem pedestre da L3 Norte próxima ao lote e a parada da 606. Assim, a espacialização inicial foi invertida e o bloco social e de lazer e o bloco para idosos dependentes foram realocados para a lateral oposta, próximo ao CEAN, mas afastados de certa forma de modo a

manter a privacidade dos espaços. O próximo passo foi criar mais dinamismo na forma implantada. Caminhos angulares abertos foram propostos como forma de mais uma vez atrair os usuários a área interna e central da Instituição. Os ângulos também trariam forma aos blocos. Toda a ortogonalidade e alinhamentos seriam contrapostos pelas formas angulosas. Além disso, um bloco adicional foi acrescentado: o Restaurante Comunitário. Voltando sua fachada principal ao centro de congregação, o Restaurante atrai o movimento ao seu interior. O seu posterior faz face ao limite do terreno. Assim, esta lateral servirá como zona de serviço, aos fundos, preservado o acesso aos funcionários. De modo a amenizar o efeito segregador do muro cego de divisa, em conjunto com as diretrizes de afastamento de 5 metros, se propôs também a implantação de um canteiro com uma vegetação que camuflasse essa divisão. O passo final foi adequar a forma aos ambientes propostos no programa de necessidades. Preliminarmente, os ambientes internos dos edifícios foram especializados e assim dando uma forma mais verossímios aos objetos construídos. Os dois blocos para idosos independente se tornaram um tomando assim a forma em L atual. Os acessos ao estacionamento e a garagem destes blocos residenciais foram alocados a lateral do lote, junto a divisa, facilitando atividades de serviço afastando das zonas mais sociais. O bloco social, de cultura e lazer foi dividido em dois, criando um espaço dedicado exclusivamente ao auditório. O bloco dos idosos dependentes teve seu tamanho reduzido. Mas por outro lado passou a atender também outras atividades necessárias para a Instituição: administração institucional (Prefeitura) e espaço para a saúde do idoso. Considerando seu caráter mais recluso, este bloco acabou recebendo mais afastamento dos outros blocos residenciais.


CROQUIS DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETO

FIGURA 90 – CROQUIS DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETO ELABORADO PELO AUTOR.

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STORYBOARD

N

100

0

100

NDA: al LEGE ucion erviço Instit io e S c r é Com

PROPOSTA

INICIAL

PROPOSTA

04

PROPOSTA

PROPOSTA

02

05

200

300

400 m

l encia ção Resid erven t n I e d Área

PROPOSTA

PROPOSTA

03

FINAL

FIGURA 91 – STORYBOARD. ELABORADO PELO AUTOR.

90


VOLUMETRIA E MATERIALIDADE Conforme os parâmetros urbanísticos, direcionou-se o projeto para volumetrias mais horizontalizadas, a espelhos das próprias superquadras residenciais de Brasília. Deste modo, esta dentre outras características marcam uma forte influência e apego da arquitetura tradicional modernista reproduzida na capital nos objetos edificados. Mesmo pensando-se que as edificações que serão concebidas em 40 anos, considera que a autorreferencia é algo cíclico e totalmente plausível. Mas assim como o tratamento espacial dado a implantação, são necessários símbolos que o afastem deste formalismo. Com isso, as fachadas serão as principais responsáveis por trazer essas mudanças, assumindo um papel, de certo modo, cenográfico. Assim, sua volumetria será variável, de avanços e recuos que tragam dinamismo a forma. Aqui, o projeto tenta embutir em si a arquitetura vernacular e popular brasileira. Aqui, o tijolo cerâmico é rememorado como elemento construtivo tradicional. Dentre suas várias vantagens, se destaca como técnica consolidada no cenário brasileiro. Além disso, o uso de um sistema de telha solar, ou , telha fotovoltaica traria o toque de inovação ao cenário construído neste projeto. Seria um dos meios de se atingir uma obra mais comprometida cultural e regionalmente explorando a familiaridade do elemento com a arquitetura tradicional. Seria a ideia do jogo entre o velho e o novo, deixando de forma clara a inserção da tecnologia como símbolo de renovação da expressão formal. Por outro lado, o concreto, material tão consolidado vem como elemento estrutural principal. Prevendo-se estruturas em tecnologia modular e pré-moldadas em concreto armado, além de lajes nervuradas, os edifícios também trazem um certo tradicionalismo, considerando o centenário da capital e sua contínua vigência. Assim, vemos que intenção para a instituição é trazer um espaço que remeta as lembranças, as raízes do passado e traga uma memória de lar, aspectos muito importantes para a adaptação e absorção do idoso ao local. O lar não responsável por lidar com as necessidades físicas, mas também de dar recursos par abrigar a identidade do residente. Como descrito por Pallasmaa (2017, p.18): “O lar não é um simples objeto, ou um edifício, mas uma condição complexa e difusa, que integra memorias e imagens, desejos e medos, o passado e o presente.”

REVESTIMENTO EXTERNO EM TIJOLINHO

Modelo de exemplo: Revestimento em tijolinho Georgian Red 07x26 cm - Portobello

LAJE NERVURA DE CONCRETO

TELHA FOTOVOLTAICA

Laje Nervura de Concreto Armado Moldada in loco por forma Bidirecional ATEX 740 I (Abas Iguais). Altura do Molde = 30 cm.

Modelo de telha de fibra de Vidro com tecnologia fotovoltaica embutida (ECOTELHASOLAR 200X100cm)

FIGURA 92 – MATERIAIS E REVESTIMENTOS. ELABORADO PELO AUTOR.

91


STORYBOARD/DIAGRAMAS

LOTE/TERRENO

OS EIXOS

A COMUNIDADE EM VOLTA

VOLUMETRIA E SETORIZAÇÃO

A área de intervenção inicialmente é limitada pelos três modulos de lote. A forma é de um quadrilátero de 200 metros de largura por 150 metros de comprimento e possui área total de 30.000 metros quadrados. Porém, considerando a escala da intervenção, para a proposta, se deu a liberdade de avançar os limites e projetar a área imediata como um todo.

Os eixos do projeto são basimente dois: o eixo vertical é paralelo ao linha de fluxo que liga a Superquadra ao Campus Darcy Ribeiro; o eixo horizontal concorda com o afastamento aedificandi dos lotes do Setor de Grande Áreas e com o potencia fluxo entre as instituições

O projeto depende do uso dos espaços públicos pela comunidade em volta. O uso do espaço ganhará com a influencia de quatro públicos específicos e especiais: estudantes da Thomas Jefferson e do Colégio Sigma; moradores das quadras 406/407; estudantes do CEAN e servidores e estudantes da UnB

A composição do projeto contará com quatro volumetrias diferentes que contarão com atividades variadas. O volume vermelho será direcinado ao Idosos Independentes. O volume em amarelo está ligado ás atividades culturais. O volume verde é o auditório. E o volume azul é direcionado aos Idosos Dependentes, além de contar com espaços de assistência a saùde e controle administrativo.

FIGURA 94 – STORYBOARD/DIAGRAMAS, PARTE 1. ELABORADO PELO AUTOR.

92


STORYBOARD/DIAGRAMAS

A FORMA FINAL

OS FLUXOS E CIRCULAÇÕES

ÁREAS VERDES

CENTRALIDADE

Com um edificio em L e mais dois blocos independentes, o projeto emoldura o espaço central e cria uma área pública de integração, agregação e visibilidade. Os edificios, principalmente o em forma de L trabalha a função da barreira fisica e visual a área central conferindo proteção e de certa formacontrolando os fluxos.

No projeto, indentificam-se quatros linhas de circulações principais: ascirculação amarela atende ao fluxo dos estudantes e servidores da UnB que se inicia nos pontos de onibus; a circulação vermelha corresponde a um fluxo seundário ao anterior; a circulação verde atende ao fluxo dos alunos da Thomas Jefferson e CEAN, e a circulação azul atende ao CEAN e à UnB.

Conforme as normas e parâmetros já estabelecidos, o projeto deve atender a uma grande área de permeabilidade. Com isso, as áreas verde foram distribuida no projeto, principalmente as margens criando um cinturão verde. As árvores de grande porte ficam implantadas nestas áreas. Já para os espaços centrais, deu-se prioriadades a árvores de pequeno porte e arbustos.

A convergência dos fluxos aos espaços centrais deram a possibilidade para a criação de áreas publicas de caráter mais agregadores. Nestes espaços são possíveis atividade culturais e de lazer. Servirão como pontos de integração e interação dos idosos e como meio de vínculo entre eles, a comunidade local e outras gerações.

FIGURA 95 – STORYBOARD/DIAGRAMAS, PARTE 2. ELABORADO PELO AUTOR.

93


FIGURA 96 – CONFRONTAÇÃO L2 NORTE. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 97 – CONFRONTAÇÃO LATERAL THOMAS JEFFERSON. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

94


FIGURA 98 – CONFRONTAÇÃO L3 NORTE. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 99 – CONFRONTAÇÃO LATERAL - CEAN. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

95


IMPLANTAÇÃO

N

PLANTA DE SITUAÇÃO - SGAN 606

100

0

100

NDA: al LEGE ucion viço Instit e Ser ércio m o C

PLANO PILOTO

ASA NORTE

96

200

300

400 m

l encia ção Resid erven t n I e d a Áre


IMPLANTAÇÃO

N

PLANTA DE LOCAÇÃO

100

0

100

NDA: al LEGE ucion viço Instit e Ser ércio m o C

200

300

400 m

l encia ção Resid erven t n I e d a Áre

97


IMPLANTAÇÃO CORTES

CORTE AA

CORTE BB

CORTE CC

98


IMPLANTAÇÃO FACHADAS

FACHADA (CEAN)

FACHADA (L2 NORTE)

FACHADA (THOMAS JEFFERSON)

FACHADA (L3 NORTE)

99


FIGURA 100 – PERSPECTIVA 1, CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES 100


CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES

FIGURA 101– PERSPECTIVA 2, CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 102 – PERSPECTIVA 3, CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 103 – PERSPECTIVA 4, CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 104 – PERSPECTIVA 5, CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

101


CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES

FIGURA 105 – PERSPECTIVA 6, CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 106 – PERSPECTIVA 7, CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 107 – PERSPECTIVA 8, CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

102


CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES

FIGURA 108 – PERSPECTIVA 9, CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 109 – PERSPECTIVA 10, CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 110 – PERSPECTIVA 11, CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

103


N

0

NDA: al LEGE ucion viço Instit e Ser ércio m o C

0,00

200

400 m

l encia ção Resid erven t n I e d a Áre -1,00

D

COMPLEXO DE CULTURA E LAZER + CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES + RESTAURANTE

D

100

RESTAURANTE COMUNITÁRIO

100

300

PLANTA BAIXA - PAVIMENTO TÉRREO LEGENDA:

B

A

7. 9.

1. APARTAMENTO TIPOLOGIA 1; 2. APARTAMENTO TIPOLOGIA 2; 3. APARTAMENTO TIPOLOGIA 3; 4. ESTAÇÃO DE ENFERMAGEM; 5. DML; 6. LIXEIRA; 7. ÁREA TÉCNICA; 8. DEPÓSITO; 9. PORTARIA; 10. COPA/ÁREA DE DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS; 11. VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS; 12. GARAGEM; 13. QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA; 14. BICICLETÁRIO; 15. AMBIENTE PARA GRUPO GERADOR; 16. PILOTI; 17. GUARITA; 18. SANITÁRIO PCD; 19. FARMÁCIA; 20. ESPAÇO DE ESTAR E CONVIVÊNCIA; 21. LAVANDERIA; 22. SOLÁRIO; 23. VARANDA.

17.

16.

7.

9.

17.

17.

17.

9. 7.

104

17.

16.

9. 7.

9. 7.

0

5

10

20


N

100

100

0

NDA: al LEGE ucion viço Instit e Ser io c r é Com

1.

200

300

400 m

l o encia ençã Resid t n I erv e d Área

6.

13. 10.

4.

6.

5.

6.

6.

2.

7.

5.

11.

3. 12.

8.

9.

LEGENDA:

RESTAURANTE COMUNITÁRIO PLANTA BAIXA - PAVIMENTO TÉRREO

1.REFEITÓRIO; 2. COZINHA; 3. DESPENSA; 4. COPA/ESTAR PARA FUNCIONÁRIOS; 5. VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIO; 6. SANITÁRIO; 7. SANITÁRIO PCD; 8. DML; 9. LIXEIRA; 10. SALA ADMINISTRATIVA; 11. QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA; 12. ÁREA TÉCNICA; 13. RECEPÇÃO. 105


FIGURA 111 – PERSPECTIVA 1, COMPLEXO DE CULTURA E LAZER. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

COMPLEXO DE CULTURA E LAZER 106


COMPLEXO DE CULTURA E LAZER

FIGURA 112 – PERSPECTIVA 2, COMPLEXO DE CULTURA E LAZER. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 113 – PERSPECTIVA 3, COMPLEXO DE CULTURA E LAZER. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 114 – PERSPECTIVA 4, COMPLEXO DE CULTURA E LAZER. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

107


N

PROJEÇÃO COBERTURA

0

100

20.

8.

100

NDA: LEGE ional viço 16. Instituc e Ser17. ércio m o C

15.

200

300

400 m

l encia ção Resid erven t n I e d a Áre

2.

15. 1. 19.

19. 2.

18.

21. 1. 13.

4.

2.

14.

7.

1. 11. 12.

2. 6.

5.

10. 9.

9.

12. 11.

COMPLEXO DE CULTURA E LAZER PLANTA BAIXA - COBERTURA/SOLÁRIO 108

LEGENDA: 1. SALA MULTIUSO; 2. ATELIER; 3. ESPAÇO DE EXPOSIÇÕES; 4. MIDIATÉCA; 5. SALA DE INFORMÁTICA; 6. SALA DE GAMES E REALIDADE VIRTUAL; 7. CAPELA; 8. ACADEMIA; 9. SANITÁRIO; 10. SANITÁRIO PCD; 11. DML; 12. LIXEIRA; 13. SALA TÉCNICA; 14. QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA; 15. RECEPÇÃO; 16. SECRETARIA; 17. SALA ADMINISTRATIVA; 18. COPA/SALA DE DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS; 19. VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS; 20. SALA DE BRIGARISTA; 21. DEPÓSITO.


N

100

0

100

NDA: al LEGE o ucion Instit Serviç cio e r é m Co

COMPLEXO DE CULTURA E LAZER PLANTA BAIXA - COBERTURA/SOLÁRIO

200

300

400 m

l encia ção Resid erven t n I e d Área

LEGENDA: 1. SALA MULTIUSO; 2. ATELIER; 3. ESPAÇO DE EXPOSIÇÕES; 4. MIDIATÉCA; 5. SALA DE INFORMÁTICA; 6. SALA DE GAMES E REALIDADE VIRTUAL; 7. CAPELA; 8. ACADEMIA; 9. SANITÁRIO; 10. SANITÁRIO PCD; 11. DML; 12. LIXEIRA; 13. SALA TÉCNICA; 14. QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA; 15. RECEPÇÃO; 16. SECRETARIA; 17. SALA ADMINISTRATIVA; 18. COPA/SALA DE DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS; 19. VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS; 20. SALA DE BRIGARISTA; 21. DEPÓSITO. 109


COMPLEXO DE CULTURA E LAZER CORTES

CORTE 1

CORTE 2

CORTE 3

110


COMPLEXO DE CULTURA E LAZER CORTES

CORTE 4

CORTE 5

111


N

3.

NDA: al LEGE ucion viço Instit e Ser ércio m o C

22.

l encia ção Resid erven t n I e d a Áre -1,00

D

COMPLEXO DE CULTURA E LAZER + CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES + RESTAURANTE

1.

D

0,00

0

100

RESTAURANTE COMUNITÁRIO

200

100

400 m

300

PLANTA BAIXA - PAVIMENTO 1 LEGENDA:

2.

7.

1.

A

1. APARTAMENTO TIPOLOGIA 1; 2. APARTAMENTO TIPOLOGIA 2; 3. APARTAMENTO TIPOLOGIA 3; 4. ESTAÇÃO DE ENFERMAGEM; 5. DML; 6. LIXEIRA; 7. ÁREA TÉCNICA; 8. DEPÓSITO; 9. PORTARIA; 10. COPA/ÁREA DE DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS; 11. VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS; 12. GARAGEM; 13. QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA; 14. BICICLETÁRIO; 15. AMBIENTE PARA GRUPO GERADOR; 16. PILOTI; 17. GUARITA; 18. SANITÁRIO PCD; 19. FARMÁCIA; 20. ESPAÇO DE ESTAR E CONVIVÊNCIA; 21. LAVANDERIA; 22. SOLÁRIO; 23. VARANDA.

B

2.

0

5

10

1. 2. 3. 7.

18. 5. 6.

19.

4.

20. 21.

1.

2.

1.

2.

6.5.18. 7.

112

1.

2.

3.

10. 11.

11.

20.

4. 19.

3.

1.

2.

1.

2.

6.5. 18. 7.

7.

1.

2.

3.

23.

20


N

200

400 m

l encia ção Resid erven t n I e d a Áre -1,00

3.

COMPLEXO DE CULTURA E LAZER + CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES + RESTAURANTE

1.

PLANTA BAIXA - PAVIMENTO 2

D

D

NDA: al LEGE ucion viço Instit e Ser ércio m o C

0,00

23.

0

100

RESTAURANTE COMUNITÁRIO

100

300

LEGENDA: 2.

7.

A

1. APARTAMENTO TIPOLOGIA 1; 2. APARTAMENTO TIPOLOGIA 2; 3. APARTAMENTO TIPOLOGIA 3; 4. ESTAÇÃO DE ENFERMAGEM; 5. DML; 6. LIXEIRA; 7. ÁREA TÉCNICA; 8. DEPÓSITO; 9. PORTARIA; 10. COPA/ÁREA DE DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS; 11. VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS; 12. GARAGEM; 13. QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA; 14. BICICLETÁRIO; 15. AMBIENTE PARA GRUPO GERADOR; 16. PILOTI; 17. GUARITA; 18. SANITÁRIO PCD; 19. FARMÁCIA; 20. ESPAÇO DE ESTAR E CONVIVÊNCIA; 21. LAVANDERIA; 22. SOLÁRIO; 23. VARANDA.

B

1. 2.

0

5

10

20

1. 2.

7.

3. 18. 5. 6.

19.

4.

20. 21.

1.

2.

1.

2.

6.5.18. 7.

1.

2.

3.

10. 11.

11.

20.

4. 19.

3.

1.

2.

1.

2.

6.5. 18. 7.

1.

2.

3.

23.

7.

113


N

NDA: al LEGE ucion viço Instit e Ser ércio m o C

0,00

3.

l encia ção Resid erven t n I e d a Áre -1,00

D

COMPLEXO DE CULTURA E LAZER + CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES + RESTAURANTE

1.

D

0

100

RESTAURANTE COMUNITÁRIO

200

100

400 m

300

PLANTA BAIXA - PAVIMENTO 3 LEGENDA:

2.

7.

1.

A

1. APARTAMENTO TIPOLOGIA 1; 2. APARTAMENTO TIPOLOGIA 2; 3. APARTAMENTO TIPOLOGIA 3; 4. ESTAÇÃO DE ENFERMAGEM; 5. DML; 6. LIXEIRA; 7. ÁREA TÉCNICA; 8. DEPÓSITO; 9. PORTARIA; 10. COPA/ÁREA DE DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS; 11. VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS; 12. GARAGEM; 13. QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA; 14. BICICLETÁRIO; 15. AMBIENTE PARA GRUPO GERADOR; 16. PILOTI; 17. GUARITA; 18. SANITÁRIO PCD; 19. FARMÁCIA; 20. ESPAÇO DE ESTAR E CONVIVÊNCIA; 21. LAVANDERIA; 22. SOLÁRIO; 23. VARANDA.

B

2.

0

5

10

1. 2. 3. 7.

18. 5. 6.

19.

4.

20. 21.

1.

2.

1.

2.

6.5.18. 7.

114

1.

2.

3.

10. 11.

11.

20.

4. 19.

3.

1.

2.

1.

2.

6.5. 18. 7.

7.

1.

2.

3.

23.

20


A

B

N

CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES ESPAÇO DE CULTURA E LAZER PLANTA BAIXA - PAVIMENTO 3 - TRECHO A

2.

1.

2.

23.

1.

2.

3.

200

1.

11.

19. 18.

5. 6.

7.

100

0

18.

100

3.

7.

RESTAURANTE COMUNITÁRIO 0,00

D

D

-1,00

LEGENDA:

A

B

1. APARTAMENTO TIPOLOGIA 1; 2. APARTAMENTO TIPOLOGIA 2; 3. APARTAMENTO TIPOLOGIA 3; 4. ESTAÇÃO DE ENFERMAGEM; 5. DML; 6. LIXEIRA; 7. ÁREA TÉCNICA; 8. DEPÓSITO; 9. PORTARIA; 10. COPA/ÁREA DE DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS; 11. VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS; 12. GARAGEM; 13. QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA; 14. BICICLETÁRIO; 15. AMBIENTE PARA GRUPO GERADOR; 16. PILOTI; 17. GUARITA; 18. SANITÁRIO PCD; 19. FARMÁCIA; 20. ESPAÇO DE ESTAR E CONVIVÊNCIA; 21. LAVANDERIA; 22. SOLÁRIO; 23. VARANDA.

0

5

10

20 115

Residencial Área de Intervenção

4.

LEGENDA: Institucional Comércio e Serviço

300

400 m

C

C

0,00


A

B

CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES ESPAÇO DE CULTURA E LAZER

N

PLANTA BAIXA - PAVIMENTO 3 - TRECHO B

0,00

0

100

200

100

300

400 m

l encia ção Resid erven t n I e d a Áre

C

C

NDA: al LEGE ucion viço Instit e Ser ércio m o C

21.

6. 5.

18.

1.

2.

1.

2.

1.

2.

3.

18.

7.

RESTAURANTE COMUNITÁRIO 0,00

D

D

-1,00

LEGENDA:

A

116

B

1. APARTAMENTO TIPOLOGIA 1; 2. APARTAMENTO TIPOLOGIA 2; 3. APARTAMENTO TIPOLOGIA 3; 4. ESTAÇÃO DE ENFERMAGEM; 5. DML; 6. LIXEIRA; 7. ÁREA TÉCNICA; 8. DEPÓSITO; 9. PORTARIA; 10. COPA/ÁREA DE DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS; 11. VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS; 12. GARAGEM; 13. QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA; 14. BICICLETÁRIO; 15. AMBIENTE PARA GRUPO GERADOR; 16. PILOTI; 17. GUARITA; 18. SANITÁRIO PCD; 19. FARMÁCIA; 20. ESPAÇO DE ESTAR E CONVIVÊNCIA; 21. LAVANDERIA; 22. SOLÁRIO; 23. VARANDA.

0

5

10

20


A

B

CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES ESPAÇO DE CULTURA E LAZER

N

PLANTA BAIXA - PAVIMENTO 3 - TRECHO C

0,00

0

100

100

200

400 m

l encia ção Resid erven t n I e d a Áre

C

C

NDA: al LEGE ucion viço Instit e Ser ércio m o C

10.

4. 20.

11.

300

3.

11.

1.

2.

1.

2.

1.

2.

3. 23.

19. 6. 5. 18.

7.

7.

RESTAURANTE COMUNITÁRIO 0,00

D

D

-1,00

LEGENDA:

A

B

1. APARTAMENTO TIPOLOGIA 1; 2. APARTAMENTO TIPOLOGIA 2; 3. APARTAMENTO TIPOLOGIA 3; 4. ESTAÇÃO DE ENFERMAGEM; 5. DML; 6. LIXEIRA; 7. ÁREA TÉCNICA; 8. DEPÓSITO; 9. PORTARIA; 10. COPA/ÁREA DE DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS; 11. VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS; 12. GARAGEM; 13. QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA; 14. BICICLETÁRIO; 15. AMBIENTE PARA GRUPO GERADOR; 16. PILOTI; 17. GUARITA; 18. SANITÁRIO PCD; 19. FARMÁCIA; 20. ESPAÇO DE ESTAR E CONVIVÊNCIA; 21. LAVANDERIA; 22. SOLÁRIO; 23. VARANDA.

0

5

10

20 117


CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES APARTAMENTOS - AXONOMÉTRICO

APARTAMENTO TIPOLOGIA 1 1 SUÍTE INDIVIDUAL

APARTAMENTO TIPOLOGIA 2 2 SUÍTES INDIVIDUAIS

FIGURA 115 – APARTAMENTOS, AXONOMÉTRICO. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

118

APARTAMENTO TIPOLOGIA 3 SUÍTE PARA CASAL


CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES APARTAMENTOS

FIGURA 116 – ESTAR E COZINHA, APARTAMENTO, TIPOLOGIA 1. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 117 – ESTAR E COZINHA, APARTAMENTO, TIPOLOGIA 2 FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 118 – ESTAR E COZINHA, APARTAMENTO, TIPOLOGIA 3. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

119


CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES APARTAMENTOS

FIGURA 119 – SUÍTE, COMUM A TODOS OS APARTAMENTOS. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 120 – BANHEIRO, COMUM A TODOS OS APARTAMENTOS. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 121 – COZINHA, COMUM A TODOS OS APARTAMENTOS. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

120


CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES PLANTA BAIXA - APARTAMENTO TIPOLOGIA 1 - 1 SUÍTE INDIVIDUAL PISO DE PORCELANATO ACETINADO BRANCO CIMENTADO 58,5 X 58,5 cm

PISO LAMINADO DURAFLOOR 1,20 X 0,20 m

0

1

2

5 121


CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES PLANTA BAIXA - APARTAMENTO TIPOLOGIA 2 - 2 SUÍTES INDIVIDUAIS PISO DE PORCELANATO ACETINADO BRANCO CIMENTADO 58,5 X 58,5 cm

PISO LAMINADO DURAFLOOR 1,20 X 0,20 m

0 122

1

2

5


CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES PLANTA BAIXA - APARTAMENTO TIPOLOGIA 3 - SUÍTE PARA CASAL PISO DE PORCELANATO ACETINADO BRANCO CIMENTADO 58,5 X 58,5 cm

PISO LAMINADO DURAFLOOR 1,20 X 0,20 m

0

1

2

5 123


A

B

CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES ESPAÇO DE CULTURA E LAZER PLANTA BAIXA - PAVIMENTOS SUBSOLO 1 E 2

N

0,00

C

C

12.

13.

8.

14.

7.

Residencial Área de Intervenção

300

D

0,00

13.RESTAURANTE COMUNITÁRIO

12.

14. 7.

7.

100

0

100

15.

100

NDA: al LEGE ucion viço Instit e Ser ércio m o C

200

LEGENDA: Institucional Comércio e Serviço

200 0

100

SUBSOLO 1 (-3,15)

300

N

400 m -1,00

l ção erven t n I de

7.Residencia Área

D

7.

400 m

15.

SUBSOLO 2 (-4,15) LEGENDA:

B DE ESTAR E CONVIVÊNCIA; 4. ES1. APARTAMENTOATIPOLOGIA 1; 2. APARTAMENTO TIPOLOGIA 2; 3. ESPAÇO TAÇÃO DE ENFERMAGEM; 5. DML; 6. LIXEIRA; 7. ÁREA TÉCNICA; 8. DEPÓSITO; 9. PORTARIA; 10. COPA/ÁREA DE DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS; 11. VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS; 12. GARAGEM; 13. QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA; 14. BICICLETÁRIO; 15. AMBIENTE PARA GRUPO GERADOR 124

0

5

10

20


N

0

NDA: al LEGE ucion viço Instit e Ser ércio m o C

0,00

200

400 m

l encia ção Resid erven t n I e d a Áre -1,00

D

COMPLEXO DE CULTURA E LAZER + CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES + RESTAURANTE

D

100

RESTAURANTE COMUNITÁRIO

100

300

PLANTA BAIXA - COBERTURA LEGENDA:

A

B

1. APARTAMENTO TIPOLOGIA 1; 2. APARTAMENTO TIPOLOGIA 2; 3. APARTAMENTO TIPOLOGIA 3; 4. ESTAÇÃO DE ENFERMAGEM; 5. DML; 6. LIXEIRA; 7. ÁREA TÉCNICA; 8. DEPÓSITO; 9. PORTARIA; 10. COPA/ÁREA DE DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS; 11. VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS; 12. GARAGEM; 13. QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA; 14. BICICLETÁRIO; 15. AMBIENTE PARA GRUPO GERADOR; 16. PILOTI; 17. GUARITA; 18. SANITÁRIO PCD; 19. FARMÁCIA; 20. ESPAÇO DE ESTAR E CONVIVÊNCIA; 21. LAVANDERIA; 22. SOLÁRIO; 23. VARANDA.

0

5

10

20

125


A

B

COMPLEXO DE CULTURA E LAZER + CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES + RESTAURANTE ESPAÇO DE CULTURA E LAZER CORTES

C

C

0,00

CORTE AA

CORTE BB

RESTAURANTE COMUNITÁRIO 0,00

D

D

-1,00

CORTE CC

A

B 0

126

5

10

20


COMPLEXO DE CULTURA E LAZER + CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES + RESTAURANTE CORTES

OMUNITÁRIO

D

-1,00

B 0

5

10

20

CORTE DD

TRECHO 1

TRECHO 2

CORTE EE

127


COMPLEXO DE CULTURA E LAZER + CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES + RESTAURANTE CORTE EE - TRECHOS 1 E 2 TRECHO 1

CORTE EE - TRECHO 1

TRECHO 2

CORTE EE - TRECHO 2

128


COMPLEXO DE CULTURA E LAZER + CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES + RESTAURANTE DETALHES

DETALHE 1 ESCALA 1/20

129


COMPLEXO DE CULTURA E LAZER + CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES + RESTAURANTE DETALHES

DETALHE 2 ESCALA 1/20

Modelo de telha de fibra de Vidro com tecnologia fotovoltaica embutida (ECOTELHASOLAR 200X100cm)

FIGURA 122 – TELHA SOLAR E SUAS MONTAGEM. DISPONÍVEL EM: HTTPS://ECOSOLAROOF.COM/#PORTFOLIO. ACESSO EM: 21 MAI. 2020. MODIFICADO PELO AUTOR.

130


COMPLEXO DE CULTURA E LAZER + CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES + RESTAURANTE DETALHES

DETALHE 3 ESCALA 1/25

DETALHE 4 ESCALA 1/25 131


A

B

COMPLEXO DE CULTURA E LAZER + CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES + RESTAURANTE ESPAÇO DE CULTURA E LAZER FACHADAS

C

C

0,00

FACHADA FRONTAL

FACHADA LATERAL ESQUERDA

FACHADA LATERAL DIREITA RESTAURANTE COMUNITÁRIO 0,00

D

D

-1,00

FACHADA POSTERIOR

A

B 0

132

5

10

20


FIGURA 123 – PERSPECTIVA 1, CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES 133


CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES

134

FIGURA 124 – PERSPECTIVA 2, CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 125 – PERSPECTIVA 3, CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 126 – PERSPECTIVA 4 CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 127 – PERSPECTIVA 5, CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.


N

8. 10.

39.

39.

39.

39.

100

23.

3.

29.

3.

30.

28.

29.

27.

26.

22.

21. 20.

9.

19.

9. 8.

8. 9.

32. 7.

7.

33.

31.

35.

29.

39.

30.

19.

37.

39.

3.

3.

3.

3.

35.

36.

35.

36.

35.

36.

34.

38. 8.

9.

NDA: al LEGE ucion viço Instit e Ser ércio m o C

200

400 m

l encia ção Resid erven t n I e d a Áre

CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES PLANTA BAIXA - PAVIMENTO TÉRREO LEGENDA:

24.

25.

0

100

300

1. DORMITÓRIO TIPOLOGIA 1; 2. DORMITÓRIO TIPOLOGIA 2; 3. SANITÁRIO PCD; 4. ESPAÇO DE ESTAR E CONVIVÊNCIA; 5. ÁREA DE ESTAR E TV; 6. ESTAÇÃO DE ENFERMAGEM; 7. ÁREA TÉCNICA; 8. DML; 9. LIXEIRA; 10. DEPÓSITO; 11. CAPELA; 12. ATELIER; 13. SALA DE GAMES E REALIDADE VIRTUAL; 14. CABELEIREIRO E SALÃO DE BELEZA; 15. DESPENSA; 16. COZINHA; 17. REFEITÓRIO; 18. SOLÁRIO; 19. RECEPÇÃO; 20. SECRETARIA; 21. ASSISTÊNCIA TÉCNICA; 22. GERÊNCIA; 23. ALMOXARIFADO; 24. SALA DE REUNIÕES/VIDEOCONFERÊNCIA; 25. FINANCEIRO/TESOURARIA; 26. SALA DE RECURSOS HUMANOS; 27. SALA DE COMUNICAÇÃO/ OUVIDORIA; 28. SALA DOS BRIGADISTAS; 29. COPA/ÁREA DE DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS; 30. SALA DE ESTERILIZAÇÃO; 31. LAVANDERIA; 32. HALL DE ENTRADA; 33. SALA DE ESPERA; 34. SALA DE ERGOTERAPIA; 35. CONSULTÓRIO MÉDICO; 36. CONSULTÓRIO PSICOGERONTOLÓGICO; 37. DISPENSÁRIO/FARMÁCIA; 38. ATENDIMENTO DE URGÊNCIA (5 LEITOS); 39. VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS.

7.

135


N

3. 1.

1.

1.

1.

1.

1.

1.

1. 1.

1.

10.

100

NDA: al LEGE ucion viço Instit e Ser ércio m o C

3. 5.

3.

0

100

8. 9.

200

300

400 m

l encia ção Resid erven t n I e d a Áre

CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES PLANTA BAIXA - PAVIMENTO TÉRREO LEGENDA:

4. 2.

6.

1. DORMITÓRIO TIPOLOGIA 1; 2. DORMITÓRIO TIPOLOGIA 2; 3. SANITÁRIO PCD; 4. ESPAÇO DE ESTAR E CONVIVÊNCIA; 5. ÁREA DE ESTAR E TV; 6. ESTAÇÃO DE ENFERMAGEM; 7. ÁREA TÉCNICA; 8. DML; 9. LIXEIRA; 10. DEPÓSITO; 11. CAPELA; 12. ATELIER; 13. SALA DE GAMES E REALIDADE VIRTUAL; 14. CABELEIREIRO E SALÃO DE BELEZA; 15. DESPENSA; 16. COZINHA; 17. REFEITÓRIO; 18. SOLÁRIO; 19. RECEPÇÃO; 20. SECRETARIA; 21. ASSISTÊNCIA TÉCNICA; 22. GERÊNCIA; 23. ALMOXARIFADO; 24. SALA DE REUNIÕES/VIDEOCONFERÊNCIA; 25. FINANCEIRO/TESOURARIA; 26. SALA DE RECURSOS HUMANOS; 27. SALA DE COMUNICAÇÃO/ OUVIDORIA; 28. SALA DOS BRIGADISTAS; 29. COPA/ÁREA DE DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS; 30. SALA DE ESTERILIZAÇÃO; 31. LAVANDERIA; 32. HALL DE ENTRADA; 33. SALA DE ESPERA; 34. SALA DE ERGOTERAPIA; 35. CONSULTÓRIO MÉDICO; 36. CONSULTÓRIO PSICOGERONTOLÓGICO; 37. DISPENSÁRIO/FARMÁCIA; 38. ATENDIMENTO DE URGÊNCIA (5 LEITOS); 39. VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS.

37.

2.

2.

2. 2.

2.

9. 8.

8. 9.

2.

2. 2.

2.

7.

7.

2.

2. 2.

37.

2.

6.

4. 5.

2.

9. 8. 3. 3. 3.

136

2.

1.

1.

1.

1.

1.

1.

1.

1.

8. 9.

3.

3.

3.


N

100

0

100

NDA: al LEGE ucion viço Instit e Ser ércio m o C

18.

9. 8.

7.

7. 15.

14.

3.

3.

8. 9.

13.

12.

12.

12.

l encia ção Resid erven t n I e d a Áre

CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES PLANTA BAIXA - PAVIMENTO TÉRREO

1. DORMITÓRIO TIPOLOGIA 1; 2. DORMITÓRIO TIPOLOGIA 2; 3. SANITÁRIO PCD; 4. ESPAÇO DE ESTAR E CONVIVÊNCIA; 5. ÁREA DE ESTAR E TV; 6. ESTAÇÃO DE ENFERMAGEM; 7. ÁREA TÉCNICA; 8. DML; 9. LIXEIRA; 10. DEPÓSITO; 11. CAPELA; 12. ATELIER; 13. SALA DE GAMES E REALIDADE VIRTUAL; 14. CABELEIREIRO E SALÃO DE BELEZA; 15. DESPENSA; 16. COZINHA; 17. REFEITÓRIO; 18. SOLÁRIO; 19. RECEPÇÃO; 20. SECRETARIA; 21. ASSISTÊNCIA TÉCNICA; 22. GERÊNCIA; 23. ALMOXARIFADO; 24. SALA DE REUNIÕES/VIDEOCONFERÊNCIA; 25. FINANCEIRO/TESOURARIA; 26. SALA DE RECURSOS HUMANOS; 27. SALA DE COMUNICAÇÃO/ OUVIDORIA; 28. SALA DOS BRIGADISTAS; 29. COPA/ÁREA DE DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS; 30. SALA DE ESTERILIZAÇÃO; 31. LAVANDERIA; 32. HALL DE ENTRADA; 33. SALA DE ESPERA; 34. SALA DE ERGOTERAPIA; 35. CONSULTÓRIO MÉDICO; 36. CONSULTÓRIO PSICOGERONTOLÓGICO; 37. DISPENSÁRIO/FARMÁCIA; 38. ATENDIMENTO DE URGÊNCIA (5 LEITOS); 39. VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS.

16.

3.

400 m

LEGENDA:

17.

8. 9.

200

300

12.

11.

137


N

100

0

100

NDA: al LEGE ucion viço Instit e Ser ércio m o C

200

300

400 m

l encia ção Resid erven t n I e d a Áre

CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES PLANTA BAIXA - PAVIMENTO TÉRREO LEGENDA: 1. DORMITÓRIO TIPOLOGIA 1; 2. DORMITÓRIO TIPOLOGIA 2; 3. SANITÁRIO PCD; 4. ESPAÇO DE ESTAR E CONVIVÊNCIA; 5. ÁREA DE ESTAR E TV; 6. ESTAÇÃO DE ENFERMAGEM; 7. ÁREA TÉCNICA; 8. DML; 9. LIXEIRA; 10. DEPÓSITO; 11. CAPELA; 12. ATELIER; 13. SALA DE GAMES E REALIDADE VIRTUAL; 14. CABELEIREIRO E SALÃO DE BELEZA; 15. DESPENSA; 16. COZINHA; 17. REFEITÓRIO; 18. SOLÁRIO; 19. RECEPÇÃO; 20. SECRETARIA; 21. ASSISTÊNCIA TÉCNICA; 22. GERÊNCIA; 23. ALMOXARIFADO; 24. SALA DE REUNIÕES/VIDEOCONFERÊNCIA; 25. FINANCEIRO/TESOURARIA; 26. SALA DE RECURSOS HUMANOS; 27. SALA DE COMUNICAÇÃO/ OUVIDORIA; 28. SALA DOS BRIGADISTAS; 29. COPA/ÁREA DE DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS; 30. SALA DE ESTERILIZAÇÃO; 31. LAVANDERIA; 32. HALL DE ENTRADA; 33. SALA DE ESPERA; 34. SALA DE ERGOTERAPIA; 35. CONSULTÓRIO MÉDICO; 36. CONSULTÓRIO PSICOGERONTOLÓGICO; 37. DISPENSÁRIO/FARMÁCIA; 38. ATENDIMENTO DE URGÊNCIA (5 LEITOS); 39. VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS.

138


CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES DORMITÓRIOS - AXONOMÉTRICO

DORMITÓRIO TIPOLOGIA 1 1 LEITO

DORMITÓRIO TIPOLOGIA 2 2 LEITOS

FIGURA 128 – DORMITÓRIOS, AXONOMÉTRICO. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

139


CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES DORMITÓRIOS

FIGURA 129 – DORMITÓRIO, TIPOLOGIA 1. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 130 – DORMITÓRIO, TIPOLOGIA 2 FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 131 – BANHEIRO, COMUM A TODOS OS DORMITÓRIOS. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

140


BRANCO CIMENTADO 58,5 X 58,5 cm PISO LAMINADO DURAFLOOR 1,20 X 0,20 m

CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES DORMITÓRIOS - TIPOLOGIAS

TIPOLOGIA 1 - DORMITÓRIO COM 1 LEITO.

PISO DE PORCELANATO ACETINADO BRANCO CIMENTADO 58,5 X 58,5 cm PISO LAMINADO DURAFLOOR 1,20 X 0,20 m

PISO DE PORCELANATO ACETINADO BRANCO CIMENTADO 58,5 X 58,5 cm

PISO LAMINADO DURAFLOOR 1,20 X 0,20 m

TIPOLOGIA 2 - DORMITÓRIO COM 2 LEITOS.

0

1

5

10 141


CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES CORTES

CORTE AA

CORTE BB

142


CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES FACHADAS

FACHADA FRONTAL

FACHADA LATERAL DIREITA

143


CONJUNTO DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES FACHADAS

FACHADA POSTERIOR

FACHADA LATERAL ESQUERDA

144


FIGURA 132 – PERSPECTIVA 1, AUDITÓRIO. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

AUDITÓRIO 145


FIGURA 133 – PERSPECTIVA 2, AUDITÓRIO. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 134 – PERSPECTIVA 3, AUDITÓRIO. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 135 – PERSPECTIVA 4, AUDITÓRIO. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

146

AUDITÓRIO


N

AUDITÓRIO PLANTA DE BAIXA - PAVIMENTO TÉRREO

12. 9.

4.

7.

200

5.

0

5.

300

6.

400 m

3.

1.

2.

10.

14. 8.

7.

6.

10.

3.

COBERTURA

+9,45

COBERTURA

+6,30

PAV. 1

+3,15

11. 12.

13.

0,00

PAV. TÉRREO

-3,15

SUBSOLO

LEGENDA: 1.PALCO; 2. PLATEIA; 3. SANITÁRIOS; 4. SANITÁRIO PCD; 5. BANHEIRO PCD; 6. DML; 7. LIXEIRA; 8. ÁREA TÉCNICA; 9. DEPÓSITO; 10. CAMARIM; 11. COPA/ESTAR; 12. COXIA; 13. PLATAFORMA ELEVATÓRIA; 14. FOYER; 15.. QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA.

0

1

2

5

10 147


N

AUDITÓRIO PLANTA DE BAIXA - PAVIMENTO 1

400 m

3.

0

200

300

4.

1.

2.

8.

7.

6.

3.

13.

COBERTURA

+9,45

COBERTURA

+6,30

PAV. 1

+3,15

0,00

PAV. TÉRREO

-3,15

SUBSOLO

LEGENDA: 1.PALCO; 2. PLATEIA; 3. SANITÁRIOS; 4. SANITÁRIO PCD; 5. BANHEIRO PCD; 6. DML; 7. LIXEIRA; 8. ÁREA TÉCNICA; 9. DEPÓSITO; 10. CAMARIM; 11. COPA/ESTAR; 12. COXIA; 13. PLATAFORMA ELEVATÓRIA; 14. FOYER; 15.. QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA.

148

0

1

2

5

10


N

AUDITÓRIO

0

200

300

400 m

PLANTA DE BAIXA - COBERTURA

COBERTURA

+9,45

COBERTURA

+6,30

PAV. 1

+3,15

0,00

PAV. TÉRREO

-3,15

SUBSOLO

LEGENDA: 1.PALCO; 2. PLATEIA; 3. SANITÁRIOS; 4. SANITÁRIO PCD; 5. BANHEIRO PCD; 6. DML; 7. LIXEIRA; 8. ÁREA TÉCNICA; 9. DEPÓSITO; 10. CAMARIM; 11. COPA/ESTAR; 12. COXIA; 13. PLATAFORMA ELEVATÓRIA; 14. FOYER; 15.. QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA.

0

1

2

5

10 149


AUDITÓRIO CORTE

COBERTURA

+9,45

COBERTURA

+6,30

PAV. 1

+3,15

0,00

PAV. TÉRREO

CORTE AA -3,15

SUBSOLO

0 150

1

2

5

10


AUDITÓRIO CORTE

COBERTURA

+9,45

COBERTURA

+6,30

PAV. 1

+3,15

0,00

PAV. TÉRREO

CORTE BB -3,15

SUBSOLO

0

1

2

5

10 151


COBERTURA

+9,45

COBERTURA

+6,30

PAV. 1

+3,15

0,00

PAV. TÉRREO

-3,15

SUBSOLO

15. CORTE CC

1

2

5

10

N

0

15.

DETALHE 5

CORTE E DETALHE

ESCALA 1/25

0

152

: ENDA al c o u ion Instit Serviç cio e r é m Co

AUDITÓRIO

100

PLANTA BAIXA - PAVIMENTO SUBSOLO

200

300

400 m

l encia ção Resid erven t n I e d a Áre

QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA.


AUDITÓRIO FACHADAS

FACHADA FRONTAL

COBERTURA

+9,45

COBERTURA

+6,30

PAV. 1

+3,15

0,00

PAV. TÉRREO

-3,15

SUBSOLO

FACHADA POSTERIOR

0

1

2

5

10 153


AUDITÓRIO FACHADAS

FACHADA LATERAL DIREITA

COBERTURA

+9,45

COBERTURA

+6,30

PAV. 1

+3,15

0,00

PAV. TÉRREO

-3,15

SUBSOLO

FACHADA LATERAL ESQUERDA

0 154

1

2

5

10


ESTRUTURAS CONJ. DOMICILIAR PARA IDOSOS INDEPENDENTES

155


ESTRUTURAS AUDITÓRIO E CONJ. DOMICILIAR PARA IDOSOS DEPENDENTES

156


N

100

0

100

200

NDA: al LEGE ucion viço Instit e Ser ércio m o C

PAISAGISMO PLANTA BAIXA - FORRAÇÕES E ARBUSTOS

300

400 m

l encia ção Resid erven t n I e d a Áre

LEGENDA:

Jibóia

Clorofito

Trapoeraba-roxa

Grama Santo Agostinho ou Grama Inglesa

Papiro-brasileiro (espelho d’água)

157


N

100

0

100

NDA: al LEGE ucion viço Instit e Ser ércio m o C

PAISAGISMO PLANTA BAIXA - ÁRVORES 158

200

300

400 m

l encia ção Resid erven t n I e d a Áre

LEGENDA:

Pau-ferro ou Jucá

Ipê-roxo

Ipê-amarelo

Quaresmeira

Jabodicabeira


PAISAGISMO ESPÉCIES VEGETAIS

REPRESENTAÇÃO

ILUSTRAÇÃO

NOME POPULAR

NOME CIENTÍFICO

CARACTERÍSTICAS

PORTE

Pau-ferro ou Jucá

Libidibia férrea/Caesalpinia leiostachya

Árvore perenifólia nativa da mata atlântica, ocorrendo do sudeste ao nordeste do Brasil. A copa é arredondada e ampla, com cerca de 6 a 12 metros de diâmetro. O porte pode atingir de 20 a 30 metros de altura.

Árvore de Grande Porte

Ipê-roxo

Handroanthus impetiginosus

Árvore decídua, de crescimento rápido, com altura de 8 a 12 m. Floração ocorre na estação seca (maio-agosto)

Arvore de Médio Porte

Handroanthus ochraceus/ Tabebuia ochracea

Espécie comum na região centro-oeste. Ela pode alcançar de 6 até 14 metros de altura e tronco de 30 a 50 cm. Suas flores são amarelas e costumam florescer a partir do final de julho até setembro.

Árvore de Médio Porte

Tibouchina granulosa

Espécie nativa da Mata Atlântica. Sua floração tem predomínio entre os meses de janeiro e abril, normalmente coincidindo com o período da quaresma cristã. Seu porte geralmente é pequeno a médio, podendo atingir de 8 a 12 metros de altura.

Árvore de Pequeno/ Médio Porte

Plinia cauliflora

Árvore brasileira. Surgindo na primavera, os frutos são comestíveis e assim como as flores, são apreciadas pela fauna diversa. Alcança até 8 metros de altura de copa frondosa bastante ramificada composta de pequenas folhas.

Árvore de Pequeno Porte

Ipê-amarelo

Quaresmeira

Jaboticabeira

159


PAISAGISMO ESPÉCIES VEGETAIS

Tradescantia pallida purpurea

Cultivo em iluminação sol pleno ou meia-sombra. Suas folhas e caules são roxos. Excelente para formar maciços e bordaduras. Origem na América do Norte, México pode chagar de 30 a 40 centímetros.

Forração

Clorofito

Chlorophytum comosum

O clorofito é uma planta herbácea de pequeno porte, muito semelhante a uma grama. Forração indicada para meia sobra ou sol pleno. Pode chegar a cerca de 30 cm.

Forração

Jibóia

Epipremnum pinnatum

Folhagem de ambiente externo, ideal para meia sol ou sol pleno. Trepadeira tropical de fácil manutenção chega a cerca de 30 cm.

Forração

Grama Santo Agostinho ou Grama Inglesa

Stenotaphrum secundatum

Popular em regiões tropicais. Essa grama deve ser cultivada em áreas com sol pleno, ou à meia-sombra, podendo ser plantada em qualquer época do ano.

Forração

Papiro-brasileiro

Cyperus giganteus

Adapta-se a beira de laguinhos, fontes e espelhos de água. Sua altura pode chegar de 2,4 a 3,0 metros.

Arbusto

Trapoeraba-roxa

160


FIGURA 136 – PERSPECTIVA AÉREA 1. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 137 – PERSPECTIVA AÉREA 2. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 138 – PERSPECTIVA AÉREA 3. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

161


FIGURA 139 – PERSPECTIVA AÉREA 4. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 141 – PERSPECTIVA AÉREA 6. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

FIGURA 142 – PERSPECTIVA AÉREA 7. FONTE: ELABORADO PELO AUTOR.

162


7 163


+ 164

+


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANVISA - AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC nº 283, de 26 de setembro de 2005. Aprova o Regulamento Técnico que define normas de funcionamento para as Instituições de Longa Permanência para Idosos. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2005/ res0283_26_09_2005.html. Acesso em: 30 mar. 2020. ANITELLI, Felipe; TRAMONTANO, Marcelo Cláudio. Vila dos idosos: novos insumos para a política habitacional, novos parâmetros para a arquitetura, novas resultantes urbanas. Oculum Ensaios, Campinas, Pontifícia Universidade Católica de Campinas - Faculdade de Arquitectura e Urbanismo, v. 14, n. ja/abr., p. 63-80, 2017. Disponível em: http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index. php/oculum/article/view/3246/2448. Acesso em: 09 abr. 2020. DOI: 10.24220/2318-0919v14n1a3246. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, p. 162. 2015. ARCHDAILY BRASIL. Lar De Idosos Em Perafita / Grupo Iperforma. 18 Mai 2015. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/ br/767045/lar-de-idosos-em-perafita-grupo-iperforma. Acesso em: 9 abr. 2020. ISSN 0719-8906. ARCHDAILY BRASIL. Lar de Idosos Peter Rosegger / Dietger Wissounig Architekten. 30 Out 2014. Disponível em: https://www. archdaily.com.br/br/760936/lar-de-idosos-peter-rosegger-dietger-wissounig-architekten. Acesso em: 9 abr. 2020. ISSN 0719-8906. BESTETTI, Maria Luisa Trindade. Habitação para idosos. O trabalho do arquiteto, arquitetura e cidade. 2006. Tese (Doutorado em Estruturas Ambientais Urbanas) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. doi:10.11606/T.16.2006.tde-04032010-085452. Disponível em: https:// www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16131/tde-04032010-085452/ publico/Habitacao_para_idosos_o_trabalho_do_arquiteto_arquitetura.pdf .Acesso em: 17 maio 2020. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 30 mar. 2020. BRASIL. Decreto nº 1.948, de 3 de julho de 1996. Regulamenta a Lei nº 8.842, de 3 de julho de 1996, que dispões sobre a Política

Nacional do Idoso. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D1948.htm>. Acesso em: 13 jan. 2017. BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Disponível em: https:// bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estatuto_idoso_3edicao.pdf . Acesso em: 30 mar. 2020. FREITAS, Mariana Ayres Vilhena de; SCHEICHER, Marcos Eduardo. Qualidade de vida de idosos institucionalizados. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3, p. 395-401, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232010000300006&lng=en&nrm=iso . Acesso em: 17 maio 2020. https://doi.org/10.1590/S180998232010000300006 . HAYASHI, Jessica Akemi; BORGES, Fabrícia Dias de Moraes Fernandes. Conforto Ambiental em Arquitetura para Idosos. Colloquium Socialis, Presidente Prudente, v. 01, ed. Especial 2, p. 672-676, 2017. DOI 10.5747/cs.2017.v01.nesp2.s0211. Disponível em: http://www. unoeste.br/site/enepe/2017/suplementos/area/Socialis/04%20-%20 Arquitetura%20e%20Urbanismo/CONFORTO%20AMBIENTAL%20 EM%20ARQUITETURA%20PARA%20IDOSOS.pdf . Acesso em: 8 maio 2020. IPEA - INSTITUTO DE PESQUISA E ESTATISTICA APILCADA. Características das instituições de longa permanência para idosos – região Centro-Oeste. Coordenado por Ana Amélia Camarano – Brasília: IPEA; Presidência da República, 2008. 158 p. ISBN - 978-857811-006-2. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/images/ stories/PDFs/livros/Livro__CaractdasInstituicoesRegiao_CentroOeste. pdf. Acesso em: 30 mar. 2020. IPEA - INSTITUTO DE PESQUISA E ESTATISTICA APILCADA. Os Novos Idosos Brasileiros: Muito Além dos 60? Organizado por Ana Amélia Camarano. - Rio de Janeiro: IPEA, 2004. 604 p. ISBN 8586170-58-5. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/images/ stories/PDFs/livros/Arq_29_Livro_Completo.pdf. Acesso em: 30 mar. 2020. MIRAGAYA, J. et al. Perfil dos Idosos no Distrito Federal, segundo as Regiões Administrativas. Brasília: CODEPLAN, 2013. Disponível em: http://www.codeplan.df.gov.br/wp-content/ uploads/2018/02/Perfil_dos_Idosos_no-Distrito_Federal-Segundo-as-Regioes_Administrativas.pdf. Acesso em: 30 mar. 2020.

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