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Direitos autorais, venda e distribuição cedidos pelo autor à Planeta Azul Editora www.planetazuleditora.com.br | e-mail: planetazul2014@yahoo.com.br Copyright © 2013 by Jairo Aleixo Todos os direitos desta edição reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida por qualquer processo eletrônico ou mecânico, fotocopiada ou gravada sem autorização expressa do autor. ISBN: 978-85-8255-060-1
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Dedico esta obra aos meus pais Jayr e Edna, à minha esposa Irinete, às minhas filhas Giselle e Cíntia e aos meus netos Pedro Henrique e Manuella, pois o apoio e carinho da família alimenta a nossa força interior, para que possamos realizar todos os desejos de nossos corações, no meu caso, a arte de escrever. Dedico ainda, o capítulo 2 desta obra aos amigos, que quando adolescentes, fomos todos alunos na Escola Preparatória de Cadetes do Ar, onde as narrativas ali presentes são meramente fictícias e irreais. Jairo Aleixo
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Prefácio
Neste romance, o autor nos leva a refletir sobre os valores familiares e ainda sobre a extrapolação destes valores. A exclusão social, a força de vontade, o autoritarismo e sobre tudo o amor são também fatores preponderantes. O conflito gerado na resolução desse caso de amor é descrito pelo autor de forma homeopática, quase a conta-gotas, que prende o leitor a aferir célula por célula contada, absorver personagem por personagem para formar o todo. Daí, o leitor se delicia com a narrativa final e o epílogo. As atitudes do personagem Renato, identificam-se com os versos de uma canção do saudoso compositor/ cantor Gonzaguinha, quando diz que “Há um lado carente dizendo que sim e a vida da gente gritando que não”. O autor procurou mostrar que nem sempre a “a vida da gente” e o “politicamente correto” vencem, pois o lado carente de Renato foi mais forte, levando-o a procura de Sandra, o seu grande amor, sobrepujando todos os tentáculos que o prendiam ao mundo “politicamente correto”, que seria criar os seus filhos com uma esposa digna e, sobretudo, fiel, o que contrastava com Sandra, uma esposa prostituta e drogada.
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Sumário
Capítulo 1 — O Que Será de Nós Dois?........................... 11 Capítulo 2 — A Saída de Sandra....................................... 13 Capítulo 3 — A Mudança de Renato................................. 21 Capítulo 4 — A Nova Moradia ....................................... 25 Capítulo 5 — Jorge, o Padrasto de Sandra ....................... 27 Capítulo 6 — Sandra e Sua Origem. ................................. 29 Capítulo 7 — Jorge e a Difícil Solução. ........................... 39 Capítulo 8 — Jorge vai Embora de Casa............................ 49 Capítulo 9 — Silvério vai Morar com a Isaura .................... 53 Capítulo 10 — Jorge Aparece na Festa Junina . .................. 57 Capítulo 11 — Sandra vai na Casa de Jorge ...................... 65 Capítulo 12 — Sandra Conhece Renato ........................... 69 Capítulo 13 — Renato Fica Amigo de Sandra..................... 73 Capítulo 14 — Renato a Procura de Sandra....................... 75 Capítulo 15 — Renato Visita Sandra . ............................... 81 Capítulo 16 — Jorge Retorna para a Antiga Moradia ......... 95 9
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Capítulo 17 — A Chegada de Jorge na Casa de Isaura. ....... 99 Capítulo 18 — O Casamento de Sandra e Renato............. 103 Capítulo 19 — A Procura por Sandra ............................ 109 Capítulo 20 — A Fuga de Betinha.................................. 115 O Paradeiro de Jorge............................................... 134 O Encontro........................................................... 141 Capítulo 21 — Renato em Madrid .................................. 147
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Capítulo 1 O Que Será de Nós Dois?
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enato, me dê uma oportunidade. Eu juro, vou sair dessa. — Mais uma? Cansei. Segue o seu destino, Sandra. — Não entendo. Me manda embora. Dormiu comigo hoje ! — Eu te amo Sandra, mas mesmo com o coração sangrando, sabendo das dificuldades que estão me esperando para criar as crianças, não vou aceitar o seu jogo. MEU DEUS DO CÉU, EU SOU UM INFELIZ. Renato e Sandra estavam casados fazia já dezesseis anos. Elizabeth, Marília, Vitor, Thiago e a temporã Raquel, seus filhos, viviam felizes até que Renato flagrou Sandra trabalhando como prostituta. Sim, Sandra saía todos os dias. Com Renato trabalhando, e Elizabeth, a Betinha, tomando conta da mais nova, ficava mais fácil. No primeiro flagrante, Sandra chorou, falou que não queria fazer aquilo, que era um ato compulsivo, incontrolável, e, em nome do amor, das crianças, do seu lar, Renato levou-a a um psiquiatra. Ela fez terapia. Outros flagrantes aconteceram com Sandra na Avenida Atlântica e outros lugares. Procurou ajuda em todas as opções que lhe vieram a cabeça, até espiritual. Vieram também o seu comprometimento com as drogas e, agora, Renato estava jogando a toalha: Sandra tinha que ir embora. 11
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— Mas os nossos filhos Renato? — Já falei. Amanhecendo, pegue as suas coisas e, por favor, segue a sua vida, porra. Eu estou me dobrando ao destino, ferindo o meu coração, desestabilizando a minha vida. De manhã, táxi na porta. — Mãe, você vai viajar? — Sim, Betinha, vou. — Mas por que papai não vai? Por que vocês estão chorando? — Querida, mamãe vai cuidar de uma amiga em Minas. Está muito doente. A Olga, de quem te falei, lembras? — Sandra, o táxi está te esperando. — Mas Renato, manera a atitude. Betinha vai notar que estou mentindo. Eu vou poder vir visitar as crianças? — Lógico. — Tchau Betinha. Cuide de seus irmãos. Eu te amo Renato, assim que a Olga melhorar eu volto. Mando notícias. — Não demora muito mãe. — Eu também te amo Sandra. Susurrando, no ouvido do Renato: — Como vai ser agora? Não vou suportar ficar longe de vocês. — Entrega a Deus, Sandra. Eu estou fazendo uma força enorme para entregar também. — Vai lá dentro filha. Raquel está chorando. Vai lá ver o que é. Ok querida? Vai lá filha, para não ver o papai soluçar. Isto é o que o coração do Renato estava querendo dizer.
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Capítulo 2 A Saída de Sandra
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decisão de Renato deixou Sandra sem chão. Pedira ao motorista de táxi para ir para o centro da cidade. Sandra necessitava de um tempo para pensar. Decidir para onde ir, vieram a cabeça algumas opções como algumas mulheres donas de bordéis, mas chegar assim para morar era a certeza de se subjugar a uma escravidão de onde ela dificilmente sairia. Atualmente, seus encontros eram agendados frutos de anuncio de jornal que ela colocava e o atendimento era a domicílio. Pensou naquele cliente que de tantos encontros, apaixonara-se e queria porque queria tirá-la daquela vida. Pensou em procurar Jorge, o seu padrasto, que separado da sua mãe, morava com um amigo. Sua mãe? Só em último caso, pois as decepções, acontecimentos na infância e na adolescência marcaram-na muito, e morar com a sua mãe era vivenciar um passado nada agradável. — Senhora, já passamos da rodoviária e o valor que o seu marido me antecipou já está expirando. — Segue moço, segue. Eu tenho uns trocadinhos aqui. — Então, vamos para onde? — Segue o fluxo, segue o fluxo, por favor. 13
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— Quer dizer que a senhora não vai para a rodoviária conforme planejado com o seu marido não é? — “Mô”, daria para não se meter na minha vida? Segue o fluxo. O motorista percebeu para aquela que não era a mulher séria que encontrara com o marido. Veio-lhe a cabeça a imagem, de que tanto se penitenciara, pelo retrovisor de Sandra cruzando as pernas e em outros ângulos quando via a sua calcinha. O interessante é que esse motorista era entrar passageira e ele fazer a mesma coisa, e depois se penitenciar. — Ok, Ok vou seguir o fluxo. Você então está indo para o trabalho? — Não, não. Estou aborrecida, transtornada, estou precisando é de esfriar a cabeça — Que tal darmos umas voltas lá pelo corcovado? — 0800? — Sim querida. Também estou aborrecido lá em casa. A minha mulher, essas pragas que depois a gente não sabe nem porque casou, só sabe me contrariar e me aborrecer. Coincidentemente, estou aborrecido também. — Mentiu o motorista — Então vamos lá. Você é que está convidando, hein? — Tá legal. Podemos até fazer melhor: deixar o carro no Cosme Velho e seguirmos de trenzinho. — Ok. Mas eu vou dizer uma coisa para o senhor: não vai passar disso. Estou aceitando porque estou precisando de uma companhia. Os contatos que Sandra tivera com homens de vários tipos e nível deixaram-na experiente e ela enxergava de longe as suas intenções. Este, ela já sentira que era ingênuo, pouco tempo de praça, porque motorista de taxi só pelo “cheiro” conhece uma mulher como Sandra. Ela se deixou levar e tinha a certeza de que dali sairia mais um freguês apaixonado. — Engraçado, estamos subindo e eu nem sei o seu nome. — Sandra, Brigite, Veruska, como você quiser, mais eu gosto mais de Sandra. 14
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— Eu sou o Felício, mas a rapaziada me chama de Félix. Visitaram o Cristo, almoçaram juntos e, ao descerem e pegarem o taxi, veio a proposta que Sandra já esperava — Sandra você quer ficar comigo? — Ficar, como assim? Você não tem que trabalhar? — Não, não é neste sentido. — Em que sentido então? — Gostei de você, Sandra, é isso. — Ah! Já sei. Gostou, mas a sua mulher é isso e aquilo, mas não vai largar, vai levando até onde puder. Não posso ficar me metendo em aventuras, Félix. Você viu aquelas criancinhas lá na porta de casa? São minhas crias. — Mas Sandra, parece que estava escrito nas estrelas: eu com problemas com a minha mulher e você com o seu marido. Encontramo-nos, os dois aborrecidos, anuviados. — Não, deixe para outra oportunidade. Além do mais é você que está dizendo que estou aborrecida com o meu marido. — Mas Sandra, porque não ficamos o final da tarde juntos? Vocês, mulheres, têm mania de não deixar nada acontecer na primeira vez, porque senão poderemos pensar que vocês são oferecidas, não prestam e.... — Piranha, não é? — É, é. — Interprete como você quiser o que vou te propor. — Fale, fale. — 500, nós passamos juntos o fim de tarde; 1000, nós vamos até meia — noite. O motorista ficou surpreso, atônito. — Mas você, Sandra? — Cara, você ficou olhando a minha calcinha pelo retrovisor, e de uma mulher como eu já posso dizer que foi o preço da corrida. Já paguei a corrida. — Dona Sandra, não acredito que a senhora é da vida. — Já que está me chamando de dona... cliente, Felix.. 500, 1000 ou vai me deixar em paz? Não adianta vir com violência, pois eu conheço todos os policiais aqui do Cosme Velho. O motorista mais atônito ainda. 15
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— Está bem, está bem. Vamos deixar para outro dia. –Mas agora que me apresentei a você, você corre? — Não, é que tenho que chegar cedo em casa. — Ver aquela mulher, nojenta e chata? Sua esposa? Coisas que vocês inventam quando querem comer alguém?Vocês são uns otários. — Sandra mentindo. — Por causa deste dia de bobeira, perdi uma grana e não vejo clima para te pagar corrida alguma. Não vai atrás do meu marido não, que ele é delegado e se souber das cantadas que você me deu, as coisas vão ficar ruins para você. E Sandra, abrindo o porta-luvas do táxi... — Com licença, este dinheiro que está aqui é o que o meu marido deixou não é? Estou pegando de volta. Felix ficou mudo. — Vai Félix, vai com Deus. Félix fazendo a manobra do taxi, e Sandra encostando na porta. — Pensando bem. Quem me trouxe para o Cosme Velho foi você. Não vai me tirar daqui não? Félix, apesar de ingênuo, perdeu a cabeça. Saiu do carro, pegou Sandra pelos cabelos e deu-lhe dois sopapos e gritava: vagabunda, vagabunda, enquanto retirava as malas de Sandra. Feito isto, entrou no carro e saiu em disparada. No primeiro bar que Sandra encontrou, foi direto ao banheiro, onde recompôs o cabelo, lavou o rosto e refez a maquiagem. Depois, sentou-se à mesa, pediu uma taça de vinho enquanto ligava para Renata, colega de profissão (infortúnio?) e confidente. Renata era solteira, universitária, morava com os pais e tinha um apartamento alugado. — Alô Renata, é a Sandra. — Oi Sandra, tudo bem? E as crianças, o Renato vão bem? — Tudo bem. Você agora está na casa dos seus pais ou no seu apartamento? — No meu apartamento, sabe como é, disse que tinha que estudar para as provas e me mandei para cá. 16
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— Está esperando algum cliente aí? — Até estava, mas não veio. — Ah! Então estou indo aí. Estou aqui no Cosme Velho. — Estou te esperando. Chegando lá, Sandra explicou o que tinha ocorrido em casa. O sentimento de perda dos seus filhos e que não conseguiria viver longe do Renato. — Mas Sandra, é claro que o Renato não ia suportar. De que jeito? O homem e a mulher estão presos aos conceitos da sociedade. Flavio, o meu noivo, jamais imagina, mas eu faço isso porque quero me formar, pagar a minha faculdade. Depois disso, minha filha, Adeus. Tenho é que rezar todos os dias para o Flavio não descobrir que faço programas. Agora você, Sandra, te respeito, mas não entendo, com seus filhos, marido empregado que diz que ama... Sei lá, deixa pra lá. — Eu também não entendo. Deve ser algum tipo de loucura. Este tipo de coisa me dá muita satisfação. Parece que uma coisa me empurra. Às vezes até me arrependo, mas aí já fiz. O problema foi o Renato ter descoberto. — Você pode ficar por aqui, desde que não seja definitivo e quando eu tiver que atender temos que combinar alguma coisa, — Já é um grande favor, Renata. Você sabe que eu não posso cair nas mãos dessas cafetinas. Para você pagar o aluguel do quarto, refeições, percentagem por cliente, eu tenho que fazer uns trinta atendimentos diários, daí vou pegando as coisa fiado e depois que a dívida virar bola de neve, viro escrava. Lembra quando mataram a Perla, que tentou fugir? Neste tempo, tentarei descobrir o paradeiro do meu padrasto. — Qual o nome dele? — Jorge. Por muito tempo, eu pensei que ele fosse meu pai legítimo. Ele me criou. Até que descobri a verdade. Mas ele me ama. — Pelo que eu vejo você agora está zerada de clientes. — Quase isso. — Eu posso te ajudar e dividir alguns clientes com você. 17
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— Não, Não. Eu ainda tenho alguns relacionados, e também é só colocar anúncio no jornal. — Mas, por enquanto, eu posso te dar o endereço de um site que tem 450 velhinhos clientes potenciais. Moram em todas as regiões do país. — Velhinhos? — Em média 60 anos. — Mas como? — Vou te explicar. Tem um intermediário que o chamam Jerê, que leva uma graninha por transação. É só abrir o site que tem a fotografia de todos e ligar para o “seu” Jerê que faz os contatos. —“Mas qual é o site? — www.Epk.68 ou uma coisa assim, eu vou te dar o telefone do “seu” Jerê” — Você falou que eles são de todo o Brasil? Vou ter que viajar? — Sem problemas. O “seu”Jerê” arruma avião que te leva e traz. Não vou te negar, tem cara esquisito. Por exemplo: tem um que às vezes não quer nem sexo, você só fica no quarto com ele cantando “parabéns para você”, ou seja, finge que é o seu aniversario, ele agradece, te cumprimenta, te paga, o que é mais importante, e vai embora. E continuando: — Tem programas que eles pagam muito mais como quando te alugam com mais algumas para ir no aniversário da escola que eles estudaram quando eram adolescentes. Não vou mentir para você, é muito bom, boas comidas, organização, mas tem uma cafetina de lá que não se conforma, e quer colocar no baile aquelas “mocreias” de quando eles eram adolescentes e aí a coisa “fede”. Querem bater na gente. O “seu” Jerê sempre equilibra tudo, mas a coisa fica feia. — E as mulheres desse pessoal, não vão ao baile? — Esses caras são uns artistas, só vendo. Eu mesmo já passei como sobrinha de um deles que eu não me lembro o nome. Você sabe que o Jerê fez um concurso dos caras que fizessem mais 18
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programas e prometeu dar aos vencedores a medalha “O Dentista”. Enfim, aos velhinhos mais assanhados. — Mas por que este nome de medalha? — Eu acho que é porque deixaram na cidade que eles estudaram a cabeça de Tiradentes, ou alguma coisa assim, e quem tira dentes não é dentista? É por aí minha filha, é complicado. — Quais foram os dois que ganharam? — Não posso dizer, é antiético. Se eles quiserem falar com vocês quando te conhecerem, tudo bem. — Está bem amiga, vou topar esta. Sandra abraça Renata e num choro compulsivo... — Já estou com saudades do Renato, das crianças, não sei se vou suportar. Ele me falou que eu vou poder ir lá ver as crianças. — Claro, você é a mãe. Agora é suportar, a escolha não foi sua? — Não, já te falei, não foi bem assim. Eu queria também ficar com a minha família. — Você diz que tem uma força que te traz para isso. Olha, desculpe a minha sinceridade, você tem alguma religião? — Não, não tenho. — Aí é que está querida. Estou aqui, tenho meus objetivos, não é nenhuma força, mas não deixo de ir à missa todos os domingos. Você tem que acreditar em alguma coisa: catolicismo, espiritismo, evangelismo, budismo, qualquer coisa, garota. Você tem que estar em comunhão com Deus. — Com Deus? Fazendo essas coisas? — É uma profissão. Jesus aceitou Maria Madalena do jeito que ela era. Se você quiser ver alguma coisa na parte espiritual, conheço alguns lugares sérios que vão te dar uma direção. –Renato já procurou ajuda para mim nas religiões. — De repente, não viu no lugar certo. — E missas ao domingos? — A minha intuição me diz que você precisa mais do que isso. Desculpe a sinceridade. E pegando Sandra pelas mãos... — Vamos fazer um lanche querida, tomar um bom banho. Afinal, temos que estar sempre bonitas e dispostas, não é? De19
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pois, vamos lá no computador que eu vou te mostrar os seus futuros clientes no site www.epk.68 — Não tenho como te agradecer, querida. — Ah! Esqueci de te falar. No site, quando você olhar a fotografia de um cabra com uma pombinha na frente, não escolhe não que é “fria”. É indicação de que ele já está em outro mundo, segundo o “seu” Jerê”.
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