Análise 2020 / 2021 do Mercado de Reposição

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O MERCADO BRASILEIRO

DE REPOSIÇÃO

DE AUTOPEÇAS RELATÓRIO DE ANÁLISE DO BALANÇO DE 2020 E TENDÊNCIAS 2021

A RETOMADA COMEÇA EM 2021

TENDÊNCIAS DE DESEMPENHO

CRESCIMENTO DO SEGMENTO DE VEÍCULOS ELETRIFICADOS

VEÍCULOS MAIS SEGUROS APENAS EM 2024


Editorial

UM ANO DE APRENDIZADO

E SUPERAÇÃO Normalmente quando chega o final de um ano é feito um balanço dos resultados obtidos, as analises de acertos, erros e inicia-se o planejamento para o próximo período. Este ano não será diferente, porém, o planejamento será feito com muita cautela, pois ainda vivemos os efeitos da pandemia causada pelo coronavírus. Com o intuito de auxiliar os empresários, executivos e profissionais de marketing a traçar estratégias e o planejamento para 2021, lançamos esta edição especial da REVISTA REPARAÇÃO AUTOMOTIVA com a análise dos resultados de 2020 e as tendências para 2021. É sabido que 2020 foi um ano atípico, uma situação sem precedentes que assolou o mundo. O coravírus obrigou as pessoas a se refugiarem em casa e com isso um colapso econômico. O ser humano usou aquilo que o diferencia de outros seres vivos, a inteligência, perspicácia e capacidade de se adaptar a uma nova situação. No aftermarket automotivo não foi diferente. As fabricantes de

veículos intensificaram as operações on-line, as fabricantes de autopeças desenvolveram ferramentas de treinamento a distância, os distribuidores e lojas de autopeças implantaram processos de logística, as oficinas reparadoras transformaram o leva e trás em serviço recorrente, e assim a roda econômica voltou a girar. Para o período que em breve se inicia, estas medidas estarão consolidadas, passaram a integrar o cotidiano da cadeia de reposição automotiva e ainda serão melhoradas. Independente da chegada ou não da vacina, a economia em geral adaptou-se a nova realidade mundial. Assim, as perspectivas de crescer, por vários motivos, os quais são apresentados nas próximas páginas por nossos consultores são enormes. A equipe da REVISTA REPARAÇÃO AUTOMOTIVA está atenta, em contato com todas as pontas da cadeia automotiva e sempre a procura da melhor informação para o publico leitor. Desejamos um ótimo fim de ano, boas festas e que 2021 seja repleto de realizações e metas alcançadas.

Apoio

Canal no Youtube Expediente IBR Editora e Marketing Dezembro de 2020 Rua Acarapé, 245 Chácara Inglesa 04139-090 - São Paulo - SP (11) 5677.7773

Diretor de Negócios | Flavio Guerra Projeto Gráfico | Marcos Bravo (criacao1@ibreditora.com.br) (guerra@ibreditora.com.br) Editor-chefe | Edison Ragassi (redacao@ibreditora.com.br)

Jornalista Responsável Edison Ragassi | MTB 38.204


FROTA DE VEÍCULOS AUTOMOTORES

* Economista, pós-graduado em Marketing e professor universitário. Há 30 anos atua no mercado de reposição de autopeças

| P O R: S É R G I O D U Q U E* | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO

SUA EMPRESA VENDERÁ MAIS EM 2021 Comece já a planejar suas metas e ações objetivas para o mercado e aproveite a onda de crescimento Não dá para dizer o contrário: o ano de 2020 foi implacável e passou provocando estragos maiores que qualquer “tsunami” poderia causar, praticamente agredindo a tudo e a todos de uma só vez. Ficará marcado para a história, como muitos outros ficaram, só que infelizmente por aspectos negativos no que diz respeito ao mal causado para a humanidade. Se houve algum ponto positivo como consequência dessa passagem avassaladora, talvez só o tempo mostrará. Enquanto isso, nós que ainda lutamos para nos resguardar e precaver dos riscos que a pandemia da COVID-19 insiste em nos alarmar, continuamos a tocar nossas vidas. No setor automotivo, não diferente dos demais setores da economia, 2020 ficará marcado como um ano de retrocesso no crescimento e recuperação do mercado, fator de estudos conclusivos que, no início do ano, se discutia apenas o quanto deveria crescer o mercado, e não se iria crescer, posicionamento praticamente de opinião unânime das consultorias e grupos de estudo. Mas, nos estudos e projeções da ciência econômica, os mais precavidos profissionais da área, após análises e definição de modelos, costumam inserir a seguinte frase no encerramento: “ceteris paribus”, que traduzido do latim, quer dizer: se tudo mais permanecer constante. Como muitas projeções feitas em 2019, não consideraram esta condicional, deu no que deu. No inicio de outubro a ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) emitiu um relatório de projeções para 2020 estimando uma queda de produção de 35%

menor em relação a 2019 e queda de licenciamento de 31% no mesmo período, com aproximadamente R$ 60 bilhões de recuo nas receitas do setor. Para 2021 as previsões continuam cautelosas, com a expectativa que o mercado reagirá gradualmente a partir de fevereiro ou início de março, como é (de certa forma) nos tempos habituais. Há sim uma demanda reprimida por veículos novos, mas há também um fator de expectativa de consumidor mais contido para investir, ainda sob efeitos das precauções necessárias para poupar por incertezas do futuro, especialmente do mercado de trabalho.

Como o segmento da reposição automotiva tem seus resultados derivados da frota de veículos que nele circula, claro que o volume para mais ou para menos de entrada de novas unidades altera demanda de peças e serviços. Muitas vezes os efeitos das variações de produção e venda nas montadoras, serão percebidos no aftermarket apenas um ou dois anos depois. Mas certamente aparecerão, mais cedo ou mais tarde. Nossas previsões de produção e venda de veículos para o mercado interno para 2021 estão demonstradas na tabela abaixo:

FORECAST EMPLACAMENTO 2021

SEGMENTO DA FROTA AUTOMÓVEIS COMERCIAIS LEVES CAMINHÕES ÔNIBUS MÁQUINAS AGRÍCOLAS (*) MOTOS TOTAL

2021 1.600.000 335.000 90.000 19.500 48.000 925.000 3.017.500

2020 1.485.000 315.000 85.000 17.950 46.000 875.000 2.823.950

∆% + 7.7 + 6.3 + 5.8 + 8.6 + 4.3 + 5.7 + 6.8


FROTA DE VEÍCULOS AUTOMOTORES

Projeção para o PIB Brasileiro Projeção para o resultado do PIB em 2020 e 2021 Fonte: Bacen/Boletim Focus, FMI e Banco Mundial Elaboração: FIESP

Projeção FIESP para o PIB brasileiro. Esse cenário assume o respeito ao Teto de Gastos Elaboração: FIESP

O juro básico (selic) em patamar historicamente baixo Fonte: Bacen/ Boletim Focus Elaboração: FIESP


TENDÊNCIAS PARA DESEMPENHO DA ECONOMIA EM 2021 Incertezas sobre uma segunda onda de potencial pandêmico influenciarão a confiança, a demanda e os investimentos, até que uma vacina possa minimizar esses efeitos e, talvez, só a partir de junho ou julho isso venha a acontecer. Neste cenário e com esta visão geral, não se pretende avaliar modelos nem fazer juízo de valor sobre os tipos de medidas econômicas específicas. O que se pretende alertar ao nosso leitor é que, ainda estamos em tempos de crise pandêmica de saúde e, por mais que possa tentar discutir sobre qual política pública é mais adequada, devemos nos ater a pensar como agir no ambiente futuro, que em síntese, poderão obedecer os seguintes cenários:

CENÁRIO PESSIMISTA 1. Confirma-se segunda onda pandêmica de contaminação por COVID-19, com o estado promovendo novo programa de isolamento social, com maior e menor rigor, em regiões mais atingidas. Esse isolamento, como no ano de 2020, pode se estender por até 2 meses; 2. Desemprego atingindo níveis de 15%, sem tendências de desacelerar, por estagnação e demora de resposta de alguns setores da economia; 3. Aumento de custos de insumos e falta de matérias-primas que elevarão ainda mais o processo produtivo e a oferta de bens no mercado; 4. Níveis de inflação atingem entre 5 e 6% até o final do ano; 5. Elevação da carga tributária e maiores impactos fiscais necessários para compensar gastos extraordinários realizados com pandemia. 6. Crescimento do PIB não chega a atingir 1,5 e mais próximo de 1,0%. 7. Forte desvalorização do real em relação do dólar, com a moeda americana ultrapassando valores médios entre R$ 6,00 e R$ 6,15. 8. Cenário político instável e sem melhorias nas relações entre executivo e legislativo.


CENÁRIO PROVÁVEL 1. Desemprego atingindo níveis de 14% ainda sem tendências de desacelerar por estagnação e demora de resposta de alguns setores da economia. 2. Elevação da carga tributária, como forma de recuperação dos gastos realizados com contenção pandêmica; 3. Crescimento gradual da economia em “V”, assim chamada por representar reversão da curva de tendência, com PIB podendo atingir entre 2,5 e 3,0% até fim do ano; 4. Meta de taxa Selic mantida na ordem de 2,75% 5. Forte desvalorização cambial, com o estado atingindo endividamento de 100% do PIB para 2021; 6. Dólar médio do ano entre R$ 5,20 e R$ 5,30; 7. Ambiente político longe de ser harmonioso, o que fará se manter contida qualquer tentativa de avanço nas agendas de reformas.

CENÁRIO OTIMISTA 1. Segunda onda de contaminação pandêmica por COVID-19 acontece de forma muito amena e sob maior controle das autoridades de saúde; 2. Programas de isolamento social reduzidos e controlados, não criam impacto maior e a produção industrial que deu mostra de recuperação consistente nos terceiro e quarto trimestres do ano de 2020, abre uma frente de dinamização na recuperação do ambiente de negócios em vários segmentos da atividade econômica; 3. Crescimento do PIB em 2021pode ficar entre 3,5 e até 4,0% em relação ao ano anterior; 4. Desemprego dá sinais de desacelerar e iniciar uma queda sensível, mas consistente; 5. Mudanças nas regras dos mercados derivativos futuros tenderão a forçar estabilização cambial, pois bancos deverão se desfazer de aproximadamente US$ 16 bi até dezembro de 2021 e dólar recua para níveis próximos de R$ 4,90; 6. Redução de juros atenuará o impacto na dívida pública no curto prazo. Inflação se manterá em níveis de 3,8%; 7. Nas questões políticas são atenuadas as tensões entre executivo e legislativo, com articulação favorável pelo alinhamento no congresso que permite avanço nas reformas administrativas e fiscal, influenciando diretamente o crescimento da economia, com juros mais baixos e elevação do lucro das empresas.


TENDÊNCIAS PARA DESEMPENHO DO MERCADO DE REPOSIÇÃO DE AUTOPEÇAS. O segmento do aftermarket em 2021 deverá responder por significativa receita para o setor automotivo de forma geral. Estima-se de 42,6 milhões de veículos automotores da nossa frota circulante, entre automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e máquinas agrícolas, necessitem de serviços e peças. Esse expressivo volume de veículos fomenta a demanda de peças e serviços, 3,6% superior ao ano anterior.

Distribuição do Faturamento do Setor Automotivo Por Segmento Montadoras 61,1% 66,1% 62,0% 65,0%

Reposição 17,7% 14,4% 16,5% 15,0%

Exportação 15,3% 15,7% 16,5% 15,0%

Intrassetorial 6,0% 3,8% 5,0% 5,0%

Dados obtidos até o final de outubro, projetam queda entre 6 e 7% no faturamento do segmento de 2020 em relação a 2019, mas já dão clara mostra de recuperação nos dois trimestres finais do ano, sobretudo na linha leve Considerando que o segmento do aftermarket representará perto de Faturamento Nominal do Setor Automotivo (em $ milhão) 15% do faturamento das empresas, significa que só de autopeças se2018 2019 2020 2021 rão gerados negócios com valores próximos de R$ 21,75 bilhões no 38.672,3 38.238,1 28.000,0 35.000,0 início da cadeia de distribuição da reparação, isto é, aplicando-se os 141.378,1 150.891,2 110.000,0 145.000,0 fatores de margem sobre os elementos da cadeia, estima-se então a comercialização a preço de mercado na ponta de consumo de aproximadamente R$ 55 bilhões. Não inclui óleos, pneus e acessórios, mas inclui todos os modais da frota como automóveis, comerciais leves e pesados, motos e máquinas agrícolas. Ao incluir neste valor mais 35% de mão de obra (média), a movimentação total estimada atingirá entre R$ 75 e 80 bilhões no ano. Quanto ao volume de veículos que demandarão por peças e serviços citado logo no início deste artigo, estão distribuídos de acordo com critérios de estudos técnicos por segmento da frota da seguinte forma: Para o cálculo são considerados a frota líquida por respectivo ano de emplacamento do veículo, a curva de sucateamento recorrente a cada segmento específico, mais a curva de retenção em concessionárias, que é o tempo médio de uso de serviços e peças enquanto os veículos estão em período de garantia. Oferecendo ao nosso leitor mais detalhamentos para alimentar com precisão sua inteligência de mercado, na a tabela abaixo mostramos os volumes de demanda por ano de emplacamento da frota. FROTA DE VEÍCULOS ESTIMADA DE DEMANDA DE SERVIÇOS AUTOMOTIVOS PARA 2021 Total de 42.615.215 veículos automotores (*) Inclui automóveis, comerciais leves e pesados, motos e tratores


RETOMADA 2021

A RETOMADA COMEÇA EM 2021 A GiPA, entidade internacional especialista em estudos e projeções para o segmento de aftermarket projeta retomada em 2021 Em 1.986, nasceu na Europa a GiPA automotive afetermarket intelligence. Trata-se de uma entidade internacional que estuda e faz levantamentos sobre o setor de pós-vendas. Ela atua nos segmentos leves, pesados, de duas rodas e também agrícola. Com escritórios na Argentina, Alemanha, China, Itália, ao todo são 35 países, em 2020, a filial brasileira da GiPA completa 20 anos de atividades. Ela desenvolveu para seus clientes a ferramenta de projeção SDP+ (Smart Demand Planner), que permite estimar a evolução da atividade e faturamento do aftermarket para os 3 próximos anos. A expertise da GiPA, com duas décads

de monitoramento do aftermarket automotivo no Brasil, permitiu identificar e avaliar os efeitos das principais variáveis que determinam o nível passado, atual e futuro da atividade do mercado. Ela analisou os efeitos dessas variáveis em função da estrutura do parque por idade, por tipo de operação, por canal, a fim de determinar com precisão seu impacto no mercado e calcular projeções realistas. As variáveis consideradas são a evolução do parque circulante, em função das estimativas de emplacamentos futuros, a evolução da quilometragem percorrida pelos motoristas, as evoluções de preços, e variáveis macroeconômicas, como o PIB, taxa de desemprego e consumo das famílias. Na ferramenta SDP+, os clientes da GiPA podem alterar as estimativas para essas

variáveis a fim de estudar vários cenários. A ferramenta ainda projeta a repartição do mercado entre concessionárias e mercado independente, e por tipo de operações. Em exclusividade para a edição especial da Revista Reparação Automotiva, a GiPA divulga parte das suas projeções para o volume de atividade do aftermarket. A entidade observa uma retomada em 2021, em relação a 2020, porém, o nível de atividade (em volume) de 2019 só deverá ser alcançado em 2023. Todavia, se considerar o mercado em valor, o faturamento do aftermarket, puxado pela alta dos preços, deve retornar ao nível de 2019 em pouco mais de 1 ano, conforme mostrado no gráfico.


IMPACTO TECNOLÓGICO

* Consultor sênior especializado em inovação para o setor automotivo, com 25 anos de experiência. Palestrante convidado a participar dos principais eventos do mercado em todo o País e diretor da ALPHA Consultoria, empresa dedicada ao segmento automotivo

| P O R: A L E X A N D R E CO S TA* | F OTO S: D I V U LG AÇ ÃO

ELETRIFICAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO Apesar da pandemia, 2020 se consolida como o ano do câmbio automático, mais ofertas de automóveis eletrificados e adoção de equipamentos como a direção eletroassistida

O ano de 2020 foi atípico. Marcado pela avalanche pandêmica que varreu nosso planeta, esse ano que representou o início da terceira década dos anos 2000 ficará marcado para sempre como o mais desafiador e emblemático da história recente mundial. Salvo a aceleração da indústria no período da revolução industrial e o agitado inicio da indústria automotiva há mais de 100 anos, em poucos momentos da história pudemos presenciar uma dinâmica tão intensa no segmento.

Em alguns pontos retrocedemos, como no caso da melhoria na segurança nos veículos, em outros mantivemos o crescimento mesmo nas condições adversas, como no caso da venda de veículos eletrificados. Mas, não importando se é um destaque positivo ou negativo, relacionamos nesse estudo de Impacto tecnológico para o especial da Revista Reparação Automotiva, as principais tendências observadas no ano de 2020 que irão impactar as oficinas reparadoras de veículos a partir do próximo ano.

CRESCIMENTO DO SEGMENTO DE VEÍCULOS ELETRIFICADOS De certo, 2020 seria o ano da consolidação dos veículos eletrificados em todo o Mundo. A tecnologia que ganha força desde o início da década passada atingiria seu ponto de inflexão nesse ano. É notório que a tendência apresentou leve desaceleração em função de acordos feitos entre fabricantes de veículos e governos em vários países como forma de postergar novas normas antipoluição a fim de ter condições de escoar a produção atrasada e veículos que ficaram acumulados nos estoques devido a recessão econômica causada pelo novo Coronavirus. Apesar disso, números mostram que há gradativo interesse do público em geral pelo tema da eletrificação. No Brasil, segundo a ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos), de janeiro a outubro foram comercializados 15.565 modelos entre híbridos regenerativos, híbridos plug-in e elétricos. Esse número já supera em 31% o volume de veículos comercializados no ano de 2019 nesse semento, que foi de 11.858 unidades. Se mantiver esse ritmo, a projeção é fechar o ano com um aumento de 61% em relação a 2019, e 378% em relação a 2018. Fatos que contribuem para a boa perspectiva do segmento são as maiores ofertas de veículos híbridos e elétricos no País, gerando mais opções de preços para os consumidores. Só esse ano foram cinco novos modelos elétricos lançados, ante três no ano passado. No segmento de híbridos, até o momento foram nove

novos modelos em 2020, frente aos treze lançamentos de 2019. Isso inclui modelos com sistema mildhybrid (48V), regenerativos e plug-in. O reflexo está em um maior número de vendas, como no caso do mês de outubro desse ano que se consolidou como o mês recorde de venda de veículos eletrificados, emplacando 2.273 exemplares, ante o mês de dezembro de 2019, até então o pico de vendas do segmento, com 2.409 modelos emplacados. Atualmente a frota brasileira é de 38 mil modelos híbridos e elétricos. No Brasil, a Volvo anunciou que a partir deste ano, apenas comercializará modelos eletrificados, como híbridos plug-in (Leia o Perfil Técnico do Volvo XC40 T5 R-Design Plug-in Hybrid edição 146-novembro) e elétricos em nosso País, assim

como fez recentemente a Lexus. Para 2021 são esperados lançamentos muito significativos no segmento de veículos híbridos e elétricos. O Corolla Cross, por exemplo, que é o modelo SUV que compartilha a plataforma TNGA do novo Corolla deve iniciar as vendas a partir do próximo ano, inclusive com uma versão híbrida que compartilha o mesmo conjunto motopropulsor hibrido. No segmento de elétricos, é esperado o XC40 Recharge, versão 100% elétrica do SUV de entrada e o primeiro modelo elétrico da marca sueca. Além disso, cerca de cinco elétricos compactos, todos com preços previstos entre R$ 150 mil e R$ 200 mil estão previstos, como o VW eUP, Novo Renault Zoe com bateria de maior capacidade, FIAT 500e, Mini E e Peugeot 208 eGT.


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ESTUDO DE IMPACTO TECNOLÓGICO

VEÍCULOS MAIS SEGUROS APENAS EM 2024 A pandemia também mudou o cenário da implementação de sistemas de segurança veicular, em função da crise econômica instalada. O ROTA 2030, programa do Governo que visa o estímulo a eficiência energética e segurança nos veículos automotores no país, teve seu calendário alterado atendendo a um pedido da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de veículos Automotores). Para tanto, o órgão regulamentador CONTRAN (Conselho Nacional de Transito estabeleceu para 1° de janeiro de 2024, e não mais de 2022 como estava previsto o texto original , a obrigatoriedade do sistema de controle de tração (CT) e estabilidade (ESP) em todos os

veículos nacionais produzidos a partir dessa data. Fica mantida a obrigação dos equipamentos para os veículos com novas plataformas fabricados a partir de 2020, e as montadoras ficam orientadas a cumprir com 50% da produção para as demais plataformas em 2023, chegando a 100% em 2024. Não apenas a obrigatoriedade do sistema de controle de tração e estabilidade foi adiada. O uso como equipamento de série dos faróis DLR (luzes de rodagem diurna) e novas normas para proteção contra impactos laterais foram postergadas de janeiro de 2023 para o mesmo mês de 2024.

Lembrando que mudanças nos últimos anos nas normas de segurança e eficiência energética ajudaram a encerrar a vida de veículos, mesmo com grande volume de vendas, como no caso do Fiat Mille e da VW Kombi, produzidos até 2013. Outro caso recente, onde a partir desse ano a obrigatoriedade do suporte de fixação para cadeiras infantis Isofix, exigiu a mudança na estrutura do banco traseiro dos VW Fox, Gol e Voyage, sob o risco de não poderem ser produzidos esse ano, além do VW up!, que não atende a exigência de cintos de três pontos para todos os passageiros, passou a ser classificado como 4 lugares a partir desse ano.

VEÍCULOS BIOLOGICAMENTE MAIS SEGUROS A pandemia efetivamente irá mudar o interior dos veículos e o sistema de ventilação e climatização interno. As fabricantes de veículos perceberam que o automóvel pode assumir o papel de modelo de transporte mais seguro em termos de proteção biológica. Primeiramente por evitar o contato de pessoas fora do círculo familiar durante os trajetos, o que evitaria a exposição do condutor e passageiros a riscos de contaminação. As montadoras perceberam que o automóvel pode ser uma eficaz barreira. Por isso, nos próximos anos investirá em sistemas de climatização que agregarão funções adicionais de combate a vírus e bactérias com sistemas de filtragem mais eficientes, tornando-os mais eficientes no combate a vírus e bactérias. Ao mesmo tempo que pode ser um fator de diminuição do risco de contaminação, por outro lado o automóvel pode ser um potencial vetor de transmissão pois um vírus pode sobreviver por várias horas sobre uma superfície. Por esse motivo, as montadoras estudam novos materiais de forração dos assentos e coberturas de superfícies que sejam mais fáceis de higienizar e que não reajam quimicamente a produtos de limpeza com álcool a 70% evitando manhas ou ressecamento dos materiais.


CONSOLIDAÇÃO DA TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA E DIREÇÃO ELETROASSISTIDA ENTRE OS MODELOS NACIONAIS Equipamentos comuns em modelos importados, a transmissão automática e direção eletroassistida passaram a ser item de série em muitos modelos fabricados no País. Em 2020 isso ficou ainda mais evidente onde dos 40 modelos mais vendidos na categoria de SUVs em 2020, 100% deles possuem versões com transmissão automáticas. Alguns inclusive, sequer possuem versões com trocas de marchas manuais, como no caso do VW Nivus e Jeep Compass. Desse ranking, apenas a Toyota SW4 e o Mitsubishi Pajero ainda utilizam sistema de direção assistida hidraulicamente. O segmento de SUVs inclusive foi responsável por 34% das vendas no acumulado de janeiro a outubro desse ano, a frente do segmento que há pouco dominava o mercado o de veículos compactos. O que mais chama atenção, é que diferentemente de itens obrigatórios como os dispositivos de segurança, ABS, Airbag e controle de estabilidade, a transmissão automática e a direção elétrica são elementos mais ligados ao conforto e comodidade, e claro contribuem para a melhoria da dirigibilidade e maior eficiência do conjunto mecânico, mas o transito das grandes cidades está contribuindo para a popularização desses itens.

Fazendo uma análise mais abrangente, a linha Ford, por exemplo, em seu line-up 2020/2021, todos os modelos, sem exceção, possuem ao menos uma versão que combina a transmissão automática e sistema de direção eletroassistida. A linha Chevrolet segue o mesmo caminho onde dos atuais treze modelos comercializados como zero-quilomêtro, apenas três (Joy, Joy Plus e Montana) não oferecem essa combinação, o que representa 23% do total de modelos da Marca. VW e FIAT, por possuírem modelos de gerações antigas ficaram para trás nesse quesito. A Montadora alemã tem 50% do seu portfólio com modelos equipados com transmissão automática/dupla embreagem e direção eletroassistida. Os outros 50% representam modelos de geração anteriores como Gol, Saveiro, Voyage, up!, Fox e Amarok, dos quais apenas a picape grande deve se manter no portfólio da empresa nos próximos anos. A FIAT, que nos últimos anos concentrou esforços na consolidação dos produtos FCA, ficou na lanterna das quatro grandes fabricantes com apenas 33% dos modelos oferecendo versões com transmissão automática e direção elétrica (Argo, Cronos e Toro), o que deve mudar a partir de 2021 com a chegada do novo câmbio CVT que irá equipar a nova Strada e os novos modelos de SUV derivados do Argo e da Toro.


ESTUDO DE IMPACTO TECNOLÓGICO

FIM DA TRANSMISSÃO AUTOMATIZADA O ano de 2020 também será lembrado como o ano em que efetivamente a transmissão automatizada mono embreagem deixou de ser oferecida no País. O último modelo, o FIAT Cronos 1.3 GSR ainda era vendido nessa configuração de transmissão, e foi descontinuado no mês de outubro. Caso de amor e ódio entre os reparadores, o sistema chegou a ser ofertado em 10 diferentes modelos das fabricantes FIAT, Renault, Chevrolet e VW, sendo eletrohidráulicos ou elétricos. Lançado em 2008, com o FIAT Stilo o sistema que foi desenvolvido pela equipe Ferrari na F1, sofreu pela falta de calibração, dificuldade inicial de peças e diagnóstico complexo, mas mesmo assim se manteve por longos 12 anos em produção. Apesar disso, é difícil estimar o número de automóveis que circulam com o sistema, pois vários eram vendidos

SUPREMACIA DO MOTOR DE TRÊS CILINDROS Desacreditado em seu retorno ao País em 2013, com o VW Fox Bluemotion, o motor de três cilindros se mostra supremo nos dias atuais dominando o segmento de baixa cilindrada. Atualmente cerca de dezoito entre os quarenta modelos mais vendidos no Pais,

como “automáticos” entrando assim na lista de modelos com esse tipo de transmissão. Diferentemente do sistema mono embreagem, o automatizado de dupla embreagem continua em atividade, equipando SUVs como o VW Tiguan e CAOA CheryTiggo 8.

de cinco montadoras, possuem ao menos uma versão como motor tricilíndrico, quando não é a única opção, como no caso do novo VW Nivus e novo Chevrolet Onix. Isso representa cerca de 45% dos modelos, o que é um número bastante elevado, considerando que atualmente esse motor equipa não apenas modelos compactos de entrada mas também SUVs como Novo Chevrolet Tracker 1.2 Turbo.

Isso reflete uma tendência Mundial pela busca de maior eficiência energética, onde os motores abaixo de 1.5 cilindros se tornarão tricilindricos. Isso já é bastante explorado nos segmentos Premium, onde atualmente modelos BMW como o X1 e X2, Mini e Volvo XC40 T5 Hybrid utilizam motores de três cilindros 1.5. Podemos aguardar ainda a chegada no próximo ano do Land Rover Discovery e Evoq nas versões híbridas P300e com o motor 1.5 de três cilindros.


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