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EDIÇÃO 160 | Janeiro de 2022
VERSÃO IMPRESSA E
DIGITAL
TROCA DO PIVÔ RENAULT SANDERO
São vários os cuidados a serem tomados para substituir o pivô com segurança e confiabilidade
MEDIÇÃO DE PASTILHAS E UTILIZAÇÃO DO TORQUÍMETRO
Conheça a maneira correta de medir com a ferramenta as pastilhas dos freios e o torque a ser aplicado nos prisioneiros das rodas do Honda Civic
CÂMBIO AISIN AT6 STELLANTIS
O desgaste do trocador de calor traz prejuízo para o proprietário do veículo
OFICINA MAIS LUCRATIVA
Administrar uma oficina é como cuidar de uma árvore!
PERFIL TÉCNICO
Condições de reparabilidade do Ford Mustang Mach 1
DICA DE ELÉTRICA
Ferramentas e equipamentos homologados
IMPOSTOS
Os recolhimentos obrigatórios para as oficinas mecânicas
E MAIS: POR DENTRO DA REPOSIÇÃO / ENTREVISTA RODRIGO CARNEIRO / AVALIE QUAL É O NÍVEL DA GESTÃO DE SEU NEGÓCIO
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Edição 160 | Janeiro 2022 Consultores de Gestão | Dicas Técnicas | Notícias de Mercado | Reparação Pesados | Motos
Editorial Editada pela IBR Editora e Marketing Digital, de circulação dirigida aos profissionais do segmento automotivo para contribuir com o desenvolvimento do setor. Tiragem 30 mil exemplares. Enviada para 60 mil e-mails cadastrados. Fale com o profissional que decide a compra. Anuncie! comercial@ibreditora.com.br
Ano repleto de esperanças
s dois últimos períodos foram marcados pela pandemia da Covid-19. Toda a cadeia, desde as fabricantes de veículos, passando pelas indústrias de autopeças, distribuidores, lojistas e oficinas reparadoras de automóveis, precisou buscar alternativa e se adaptar a nova realidade, já que por longos períodos os estabelecimentos estavam com as portas fechadas ou com restrições para atender.
Equipe Revista Reparação Automotiva
Uma das consequências deste conturbado período foi a falta global de peças, componentes e matéria prima, o que diminuiu a oferta de veículos novos no mercado. Assim, os consumidores que precisavam trocar o veículo, buscaram no segmento de usados e seminovos uma alternativa. Levantamento feito pela FENABRAVE-Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, mostrou que, no ano passado foi registrado o maior volume de transações de usados. No total foram transferidos, trocaram de dono, 15.134.904 unidades, o que representa crescimento de 18,64% sobre 2020.
Diretoria Flavio Guerra guerra@ibreditora.com.br Carlos Oliveira carlos@zmix.com.br Editor Responsável Edison Ragassi (MTB 38.204) redacao@ibreditora.com.br Colaboradores: Alexandre Akashi Design Gráfico Marcos Bravo criacao1@ibreditora.com.br Comercial Fernanda Bononi comercial1@ibreditora.com.br Consultor de Negócios Jeison Lima jeison@zmix.com.br Coordenadora Financeira Luciene Alves luciene@ibreditora.com.br Impressão Gráfica Oceano
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SUMÁRIO
O aquecimento das vendas dos usados e seminovos, refletiu de maneira positiva para as oficinas de reparação de veículos. Este ano a expectativa é de que o comércio dos automóveis usados continue em alta, o que projeta bons negócios para o aftermarket. Vale lembrar que os modelos fabricados em 2017 e 2018 saem da garantia de fábrica e buscam os independentes. Sendo assim, prepare-se, para atender estes novos clientes.
04. ARTIGO RODIMAR Como transformar Sua oficina em um Grande negócio!
Por isso, a Revista Reparação Automotiva, continua com seu trabalho de esclarecer dúvidas, levar informação de primeira qualidade para auxiliar o reparador em todas as áreas, desde a informação técnica até no que diz respeito a gestão do negócio.
06. ARTIGO KARINE A gestão da oficina É como cuidar de Uma árvore
Começamos o ano com muito conteúdo, não só nas edições impressa e digital, mas também nos canais digitais como a TV Reparação Automotiva no YouTube e Facebook. Confira nossos vídeos.
08. ARTIGO ALEXANDRE Qual o nível Da sua gestão? 10. MERCADO Produção e venda de veículos cresceu em 2021 14. PASSO A PASSO Troca do pivô renault sandero 20.FERRAMENTAS Medidor de pastilhas de freio e torquimetro
E nesta publicação temos o passo a passo que mostra a maneira correta de substituir o pivô de um Renault Sandero, sem a marreta e o soldador. As ferramentas que auxiliam no dia a dia de trabalho, como o medidor das pastilhas dos freios e o torquimetro também estão nas páginas seguintes. Esclarecemos a polemica sobre o trocador de calor do câmbio AISIN AT6 utilizado nos modelos do Grupo Stellantis e explicamos porque as ferramentas são homologadas. O ano só está começando, continue com a Revista Reparação Automotiva em todas as plataformas, porque vem muito mais por aí. Feliz ano novo e até a próxima edição.
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24 TRANSMISSÃO Trocador de calor câmbio aisin
Apoios e Parceiras
26. ELÉTRICA Ferramentas homologadas 28. ENTREVISTA Rodrigo Carneiro presidente da ANDAP 30. PERFIL TÉCNICO Ford Mustang Mach 1 32. POR DENTRO DA REPOSIÇÃO As novidades do mercado de aftermarket
Rua Acarapé, 245, Chácara Inglesa CEP: 04139-090, São Paulo/SP Atendimento ao Leitor: tel. 11 5677-7773 | contato@ibreditora.com.br
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36. ARTIGO ABEL ROSA Recolhimentos obrigatórios para as oficinas
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ARTIGO / RODIMAR MARCHIORI
Série
COMO TRANSFORMAR SUA OFICINA EM UM GRANDE NEGÓCIO! por RODIMAR MARCHIORI - Diretor da Marchiori Consultoria
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lá Pessoal, inicialmente quero desejar um feliz 2022 a todos, que este ano seja repleto de realizações e muitas conquistas. Este ano quero mensalmente oportunizar a vocês, uma possibilidade de reflexão sobre o Negócio Oficina. Isso mesmo, é preciso falar de negócio, você que hoje é proprietário de uma oficina mecânica não pode vê-la apenas como uma maneira de obter o sustento da sua família, ou uma oportunidade de ter um salário diferenciado do que o mercado oferece.
Você precisa desenvolver uma visão ampla sobre o negócio, ser um grande investidor, que investe seu tempo e dinheiro em busca de um resultado satisfatório. Que a sua oficina possa remunerar o capital investido e fazer valer a pena o risco, afinal quando você era funcionário seu risco era limitado, se restringia as atividades da sua função, agora como empresário você responde para seus clientes, funcionários, fornecedores, sociedade e Governo através dos impostos e processos administrativos. Então, entendeu agora por que avaliar se vale a pena o risco? Atuo há mais de 16 anos prestando consultoria em oficina mecânica, posso afirmar que já tive a oportunidade de conhecer grandes negócios, onde o empresário enxergava apenas como uma maneira de sustentar a família, e promover uma melhor qualidade de vida no curto prazo, não conseguindo enxergar grandes oportu04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
nidades que estavam na sua frente, e algumas vezes chegando a um cenário caótico, com baixo fluxo de caixa e despesas pessoais sobrecarregando o custo da empresa. Acredite isso é mais comum do que você imagina. Então, vamos neste ano trocar experiências para que você consiga transformar a sua oficina em um grande negócio. A primeira dica é você anotar em um papel, agenda ou arquivo digital, o que aconteceu de errado no ano de 2021, coisas que prejudicaram seu negócio, que fez você perder dinheiro ou perder oportunidade de ganhar mais dinheiro, que gerou atritos, desconforto com clientes, com sua equipe, em fim o que talvez tenha impedido o crescimento do seu negócio e você não aceitará mais em 2022. Isso mesmo, essa lista servirá como base para seu planejamento, após listar os itens você deverá descrever um plano de ação para resolver ou o que fazer para evitar que ocorram as falhas novamente, e todas as semanas você deverá olhar esta lista, para monitorar se você está seguindo o que você determinou como mudanças prioritárias. Parece simples, mas não subestime, faça as anotações e siga o roteiro acima descrito. Para receber mais dicas de gestão, siga nas redes sociais Instagram, Facebook e no Youtube Rodimar Marchiori, e participe do Grupo no Telegram envie seu Nome, Cidade e Estado para o WhatsApp (48) 9 9959 9733.
ARTIGO / OFICINA MAIS LUCRATIVA
A GESTÃO DA OFICINA É COMO CUIDAR DE UMA ÁRVORE por KARINE QUINJALMO, Mãe do Enzo, Especialista na gestão da oficina e Influenciadora digital. @karinequinjalmooficial
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lá, pessoal! Tudo bem com vocês? Para quem me acompanha aqui, sabe que eu escrevo sobre o meu dia a dia. Tudo o que acontece comigo, com os clientes nos diversos momentos da reparação automotiva. É o que me inspira a escrever aqui e compartilhar com vocês. E para esta primeira edição do novo ano, divido com vocês minha orientação de como visualizar a melhor gestão da oficina, fazendo a relação com uma árvore. Ficaste curioso(a)? Então, continue aqui comigo! Quando falamos de gestão, estamos falando de todas as áreas, estratégias, processos e pessoas envolvidas com o funcionamento da empresa. Se você pensa que é muita coisa, está corretíssimo! É sim, é TUDO da empresa. Mas, pode ficar mais leve. Farei aqui uma analogia que faço com metodologia BSC (Balanced Scorecard). A gestão da oficina é como uma árvore! Deixa eu te explicar... A semente foi lançada ao solo quando você abriu o seu negócio. Agora precisamos fazer ela se desenvolver de forma saudável. A primeira área que devemos dar atenção é a de “aprendizado e crescimento”, ou seja, ensinar as pessoas que trabalham em nossa equipe a realizar os serviços de acordo com o nosso padrão de qualidade. Neste aspecto, também precisamos observar se os serviços que temos precisam ser melhorados em relação à qualidade e produtividade e se há possibilidade de inovar nas áreas em que atuamos. Eis aqui as raízes da árvore. Agora, vamos cuidar do tronco. É ele que faz com
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que tudo que as raízes absorvem seja transportado aos galhos e folhas. Estamos falando dos “processos internos” da empresa. São a estrutura da oficina. É o funcionamento das nossas regras, da utilização correta das ferramentas e dos equipamentos, da comunicação clara e objetiva para atender e identificar a necessidade e expectativa do nosso cliente e entregar o melhor serviço a fim de satisfazê-lo. É aqui que é definido o que fazer e por quem será feito cada etapa do atendimento e do serviço da OS dentro da oficina. Chegamos aos galhos e as folhas. Eles representam os “clientes e o mercado” em que estamos inseridos. Quanto melhor nutrirmos as raízes e quanto menos obstruções no tronco, mais rapidamente os galhos crescerão e ocuparão o espaço ao redor, ou seja, manter e conquistar novos clientes. Só assim então, esta árvore gerará os frutos, sendo eles os resultados econômicos e financeiros da oficina. É gerir a capacidade de reinvestir em equipamentos, ferramentas, de expandir, de distribuir o lucro aos donos e de gerar caixa suficiente para pagar tranquilamente as contas da empresa. Que tal olhar para estas áreas da sua oficina e planejar pelo menos uma melhoria em cada uma destas quatro áreas? É assim que planejo e estruturo cada trabalho de consultoria. Sugiro focar em cada uma delas a cada trimestre deste ano. Assim, a gestão fica mais leve! Então, me conta, fez sentido para você?! Esta é minha dica, para sua oficina ainda mais lucrativa!
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ARTIGO / OFICINA PRODUTIVA
Parte 3
QUAL O NÍVEL DA SUA GESTÃO?
Nesse artigo você vai entender o nível mais importante da gestão, o estratégico! por ALEXANDRE COSTA, consultor sênior especializado em inovação para o setor automotivo, com 25 anos de experiência. Palestrante convidado a participar dos principais eventos do mercado em todo o País e diretor da ALPHA Consultoria, empresa dedicada ao segmento automotivo
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esse terceiro e último artigo sobre nível de gestão, vamos falar daquele que é o mais importante de todos: o estratégico. Nesse patamar mais elevado da administração de uma oficina, o gestor toma as decisões baseado não naquilo que ele acha mais adequado para o negócio, mas sim, pautado sobre métricas e indicadores específicos que conseguem traduzir através de números e dados os aspectos mais importantes da empresa. Nesse nível, o empresário, por ter conseguido constituir uma operação que não dependa diretamente de sua figura, consegue se ausentar da empresa sem que haja impacto na produtividade. E, não menos importante, no ambiente estratégia, as metas e planos de longo prazo passam a fazer parte da administração da oficina. Parece até um sonho, não? Mas é realidade! Pena, que ainda para poucos! E, é essa a pergunta que sempre faço em meus trabalhos de consultoria. Afinal, se a gestão estratégica é tão importante, porque apenas algumas empresas não conseguem chegar a esse ponto? Bem, posso elencar alguns fatores que explicam muito bem porque isso ocorre: ü Primeiro um ponto muito importante é que 08 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
o empresário puxa para sí toda a responsabilidade, sendo incapaz de delegar, por achar que outra pessoa não seria capaz de fazer algo tão bem quanto ele. Isso o sobrecarrega de atividades que poderiam ser realizadas por alguém de sua equipe, além disso, a postura de resolver tudo cria uma dependência dos colaboradores, que não conseguem desenvolver autonomia própria para resolver os problemas. ü Uma vez sobrecarregado, o empresário não consegue encontrar tempo para pensar o negócio no longo prazo. Todas as suas decisões são baseadas em períodos curtos de tempo, o que resulta em uma gestão imediatista e focada apenas na solução de problemas de curto prazo. Ai se perde a oportunidade de planejar o futuro da empresa. ü E, por último, mas não menos importante, o acesso a informações é limitado. Seja por deficiência do próprio sistema da empresa, seja pelo input de dados incorretos ou pela ausência de informações. Isso cria um ambiente de incerteza, onde não há parâmetros para medir o resultado do negócio. Na próxima coluna vou te contar como subir de patamar em sua gestão, até chegar ao tão almejado nível estratégico! Até lá!
MERCADO / PRODUÇÃO E VENDA DE VEÍCULOS VEÌCULOS Por: Edison Ragassi/ Fotos: Arquivo IBR Editora e divulgação
PRODUÇÃO E VENDA DE VEÍCULOS CRESCEU EM 2021 Apesar das restrições e paralisações em 2021 a produção e emplacamentos de veículos superou os resultados obtidos em 2020
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ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ), mostrou que, em 2021 a indústria nacional produziu 2.248.000 unidades de automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões. Este total é 11,6% maior que o alcançado em 2020 quando as montadoras somaram a produção de 2.014.000 autoveículos. Ao comparar com os volumes obtidos em outros períodos, o pico foi alcançado em 2012 quando as fabricantes nacionais atingiram 3.800.000 unidades, a produção do ano passado é igual a somada em 2016. No ranking mundial dos produtores de automóveis, o Brasil retomou a 8ª colocação perdida no 10 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
ano anterior para a Espanha. Em 2022, a expectativa é de um aumentar 9,4%, com 2.460.000 unidades produzidas. Os dirigentes da ANFAVEA consideram que nosso mercado tem potencial para ampliar os volumes, porém, a falta de componentes como os semicondutores, insumos, alta da inflação, índice de desemprego e achatamento dos salários são obstáculos para crescer. “A crise global de semicondutores provocou diversas paralisações de fábricas ao longo do ano por falta de componentes eletrônicos, levando a uma perda estimada em 300.000 veículos. Para este ano, a previsão ainda é de restrições na oferta
por falta de componentes, mas num grau inferior ao de 2021, o que projeta mais um degrau de recuperação”, afirmou o Presidente da ANFAVEA Luiz Carlos Moraes. As exportações também cresceram, por causa da rápida recuperação após o pico da pandemia em mercados como Chile, Colômbia, Peru e Uruguai. Isso ajudou a impulsionar as exportações de veículos brasileiros, apesar das restrições comerciais impostas pelo governo argentino. Com isso, as 376.400 unidades exportadas representaram crescimento de 16% sobre o ano de 2020. Ainda, pela primeira vez, a Argentina representou menos da metade dos embarques nacionais (34% do total). Em valores, as exportações tiveram alta ainda maior, de 37,8%, por conta do envio mais representativo de veículos com maior valor agregado, como caminhões e SUVs. Para 2022, a expectativa é de exportar 390.000 unidades, um aumento de 3,6% sobre o ano anterior. Em 2021também ocorreu uma pequena queda das vagas diretas de empregos nas fábricas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus tiveram ligeira queda em relação a dezembro de 2020, de 0,2%. O setor fechou o ano com 101.100 empregados. Porém, a entidade afirma que o quadro é de estabilidade, apesar do fechamento de algumas fábricas no início de 2021 e das constantes paradas de produção em função da falta de componentes eletrônicos nas linhas de montagem. A ANFAVEA mantém otimismo moderado, pois acredita em uma recuperação do mercado nacional de autoveículos. “Apesar das turbulências econômicas e do ano eleitoral, apostamos numa recuperação de todos os indicadores da indústria, que poderiam ser ainda melhores se houvesse um ambiente de negócios mais favorável e uma reestruturação tributária sobre os produtos industrializados”, concluiu Moraes. CRESCE EMPLACAMENTOS DE VEÍCULOS NOVOS EM 2021 O segmento de caminhões foi o que mais cresceu seguido por motocicletas e implementos rodoviários. Os resultados divulgados pela FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores mostram que os emplacamentos de veículos cresceram 10,5% no ano passado e as pro-
Luiz Carlos Moraes, Presidente da ANFAVEA
jeções apontam para aumento de mais de 5% em 2022. A entidade considera que o período passado foi de recuperação, para quase todos os segmentos automotivos, porém, o destaque ficou com os caminhões, motocicletas e implementos rodoviários. Já a falta de componentes, como os semicondutores, afetou a oferta da indústria e teve como conseqüência desempenho tímido no emplacamento de veículos leves. Em dezembro de 2021, todos os segmentos automotivos tiveram alta em relação ao mês anterior. Com isso, o setor, como um todo, registrou 337.623 emplacamentos de veículos, volume 13,99% superior a novembro. Porém, ao comparar com dezembro de 2020, houve retração de pouco mais de 7%, ao somar os emplacamentos obtidos em 2021, o acumulado registrou 3.497.077 unidades de veículos zero km comercializados, o que representa crescimento de 10,57% sobre 2020. Com quase 12.000 unidades emplacadas em dezembro, o segmento de caminhões foi o que registrou a maior alta de emplacamentos, de todo o setor automotivo, em 2021. “O volume de transações estabilizou em um patamar alto. Além disso, há muitas unidades já comercializadas, no ano passado, que ainda devem ser entregues nos próximos meses”, diz José Maurício Andreta Júnior, Presidente da FENABRAVE, recém-eleito para o triênio 2022-2024. As vendas de caminhões novos somaram 127.357 unidades. O segmento de ônibus, aos poucos, recupera o mercado, perdido durante a pandemia e deverá ser favorecido por programas de transporte público, como o Caminho da Escola, do Governo Federal, REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 11
MERCADO / PRODUÇÃO E VENDA DE VEÍCULOS VEÌCULOS ao longo de 2022. “O segmento oscilou bastante, durante o ano, mas tivemos os dois últimos meses de 2021 com altas acima de dois dígitos”, analisa o novo Presidente da FENABRAVE. No total foram emplacados 17.766 ônibus novos. Já para os implementos rodoviários, o segmento registrou, em 2021, o maior volume de sua série histórica. “Em 2013, quando havia apresentado o seu melhor resultado, até então, foram emplacadas cerca de 70 mil unidades. Em 2021, foram mais de 90 mil implementos rodoviários comercializados, num aumento de, aproximadamente, 30%”, afirma Andreta Jr., lembrando que esses veículos acompanham a demanda de caminhões. A comercialização de motocicletas zero km continua aquecida e as fabricantes de motos têm conseguido reduzir o tempo de entrega que, hoje, está na média de 30 dias. “Em meados do ano passado, os compradores aguardavam até 120 dias para receber suas Motocicletas” , lembra Andreta Jr. O emplacamento de motocicletas nova somou 915.473 unidades. Apesar da queda, registrada em novembro/2021, os segmentos de tratores e máquinas agrícolas mantiveram o ritmo de recuperação ao longo do ano. “As vendas de Tratores e Máquinas Agrícolas estavam em um patamar bastante alto. Então, é natural que estes ajustes aconteçam” , analisa José Maurício Andreta Jr. E os segmentos de automóveis e comerciais leves, apesar de bastante afetados pela instabilidade na produção, terminaram o ano com crescimento em relação a 2020. No entanto, segundo Andreta Jr., a alta poderia ter sido maior, não fosse a crise global
José Maurício Andreta Júnior, Presidente da FENABRAVE
de abastecimento de componentes. “Nosso mercado tinha potencial para absorver cerca de 20% mais veículos do que os comercializados no ano passado”, diz. “A boa notícia é que, em dezembro, a indústria conseguiu finalizar muitos veículos que estavam à espera de componentes”. A soma total de emplacamentos em 2021 foi de 1.557.957 automóveis e 335.226 comerciais leves. A FENABRAVE também divulgou as projeções de emplacamentos de veículos para o ano de 2022. A entidade prevê uma alta de 5,2%, para todo o setor, este ano. “Nossos estudos apontam para o crescimento de todos os segmentos automotivos neste ano. Mas, é claro que situações conjunturais podem afetar essas estimativas, considerando que a indústria ainda sofre com a falta de insumos e componentes eletrônicos, que estamos diante de uma economia ainda turbulenta e iniciando um ano em que teremos Eleições, que costumam criar um cenário de incertezas”, diz Andreta Jr.
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PASSO A PASSO / TROCA DO PIVÔ Por: Edison Ragassi/ Fotos: IBR Editora
TROCA DO PIVÔ RENAULT SANDERO
São vários os cuidados a serem tomados para substituir o pivô com segurança e confiabilidade
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mportante componente do sistema de suspensão, ele realiza a ligação da parte fixa do veículo (montante de roda ou manga do eixo), com a parte móvel (braços de suspensão e monobloco). Realiza movimentos rotacionais (com o esterçamento das rodas dianteiras) e angulares (movimento do braço de suspensão). São vários os tipos de pivôs, que variam de acordo com o veículo. Ele pode ser fixado por rebites, parafusos e também prensados na bandeja. Mas para fazer esta substituição é necessário alguns cuidados, pois se trata de um item de segurança. José Marciano, coordenador técnico da Viemar, fala que o procedimento não é difícil. “Este tipo de pivô, instalado na bandeja, ou balança, o nome é diferente dependendo da região, sofre interferência mecânica, através de uma prensa hidráulica. O que costuma ocorrer depois da aplicação é uma pequena folga. Isso porque este tipo de bandeja sofre desgaste no alojamento do pivô. Para que o reparador não tente aplicar solda, que é um procedimento condenável e perigoso, a Viemar desenvolveu uma linha de pivôs sobre medida com diâmetro centesimal maior que a me14 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
dida padrão e assim a substituição é feita sem riscos” . Um dos modelos comercializado no mercado nacional com o pivô prensado é o Renault Sandero, que mostramos a substituição nesta reportagem. DESMONTAGEM 1. Com uma chave catraca e soquete 16 mm e uma chave de boca 16 mm para apoiar, soltar o parafuso de fixação do pivô.
2. Puxar a bandeja para destacar o pino da manga de eixo.
Assista o vídeo deste passo a passo no canal TV Reparação Automotiva
6. Remover a bandeja e verificar a condição das buchas, se não estão danificadas. Com as buchas em condições de uso seguir com o procedimento
3. Soltar a o suporte superior do agregado com uma chave L13 mm. 7. Remova o pivô em uma prensa hidráulica
4. Soltar a porca que prende o suporte com a chave de combinada 16 mm. Obs: Depois de remover a peça danificada consultar no site da Viemar o catálogo online (www.viemar. com.br/catalogoonline) para identificar a medida do alojamento do pivô e saber a peça para a aplicação correta.
5. Com a catraca e soquete 18 mm e a chave combinada 18 mm soltar os parafusos de fixação da bandeja.
ATENÇÃO! Não utilizar peça com medida menor e fixar com solda, pois compromete a instalação e pode causar acidente grave. 8. Faça a medição com um paquímetro faça a aferição da medida no alojamento do pivô. Na bandeja utilizada no Renault Sandero a medida é de 38,20 mm. A peça a ser aplicada tem o código Viemar 503288. Obs: Atenção! Caso a medida ultrapasse 38,65 mm, no caso a última medida, o braço da suspensão está comprometido. Neste caso é necessário trocar todo o conjunto. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 15
PASSO A PASSO / TROCA DO PIVÔ 12. Inserir o pivô no alojamento da manga de eixo e instalar o defletor de calor na parte superior do pivô, para proteção da alta temperatura provocada pelo sistema de freio.
MONTAGEM 9. A aplicação do novo pivô deve ser feita na prensa hidráulica, o que garante a correta montagem.
Obs: Observar o guia no pino do pivô, verificar as condições da manga de eixo e colocar o parafuso de fixação. 13. Fazer o aperto do pivô na manga de eixo com uma chave catraca, soquete 16 mm e chave combinada 16 mm.
10. Colocar o anel seeger com um alicate de trava ou alicate de anel. O anel não trava ou segura o pivô, mas posiciona a peça no lugar correto.
14. Torquear os parafusos da bandeja nas buchas de suspensão. O torqueamento final deve ser feito com o veículo no solo 11. Instalar a bandeja no veículo, começar pela parte traseira. O parafuso maior deve ser colocado na parte frontal e o menor na parte traseira
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Assista o vídeo deste passo a passo no canal TV Reparação Automotiva
15. Colocar o suporte do quadro da suspensão
16. Terminado o processo da montagem, baixar o veículo, colocar a roda e fazer o torqueamento final com o veículo no solo.
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REVISTA IMPRESSA São 30.000 exemplares com conteúdo direcionado aos reparadores e revista digital com mais de 50.000 visualizações, 55.000 pessoas alcançadas e enviada para 60.000 e-mails de profissionais do setor ES PLAR E X E M MERCADO O PARA O OSIÇÃ DE REP
PÚBLICO-ALVO: Empresários da reparação, grupos de reparadores premium, mecânicos, aplicadores, instaladores de peças, e profissionais da reposição. Perfil: 95% Homens | 5% Mulheres
FERRAMENTAS/ MEDIDOR DE PASTILHA E TORQUÍMETRO
Por: Edison Ragassi/ Fotos: Saulo Mazzoni
MEDIÇÃO DE PASTILHAS E UTILIZAÇÃO DO TORQUÍMETRO
A
Conheça a maneira correta de medir com a ferramenta as pastilhas dos freios e o torque correto a ser aplicado nos prisioneiros das rodas do Honda Civic
variedade de modelos de veículos existentes no mercado obriga o empresário da reparação automotiva a investir em vários tipos de ferramentas e equipamentos. Por causa disso, alguns empresários optaram por especializar-se em uma única marca. É o caso do Daniel Gustavo da Silva, diretor da oficina Mec Fire, localizada em São José dos Campos (SP). Ele inaugurou a oficina em 2015, na garagem de casa e o negócio prosperou. “Entre 2015 até 2020, mudamos anualmente, foram quatro prédios, até estabelecermos no atual. Neste período, também notei que os proprietários de veículos Honda do Vale do Paraíba, eram carentes de profissionais especializados para prestar serviços de manutenção preventiva e corretiva, assim busquei especialização na marca japonesa, por isso em 2020 20 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
passei a atender só veículos Honda”, lembra ele. Para divulgar seu trabalho Daniel utiliza o YouTube. “Eu criei um canal e comecei a postar vídeos de procedimentos e diagnósticos feitos em veículo Honda. Os vídeos ganharam visibilidade e foi um meio de trazer clientes para a oficina, inclusive de outras regiões”, complementa ele. Ao especializar-se em modelos Honda, Daniel equi pou sua oficina com as ferramentas específicas e firmou parceria com a Tramontina Pro para for necê-las. Existem ferramentas utilizadas em determinados procedimentos, as quais são especificas de um modelo de veículo e as comuns para a maior dos automóveis, como o medidor das pastilhas de freio e o torquimetro, este último, essencial em uma oficina, pois aplicar o torque correto é uma
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FERRAMENTAS/ MEDIDOR DE PASTILHA E TORQUÍMETRO questão de segurança. Nesta reportagem feita com as ferramentas da Tramontina Pro, o especialista em veículos Honda explica a maneira correta de utilizar o medidor de pastilhas de freio e a importância de aplicar o torque correto nos prisioneiros das rodas do Honda Civic e evitar retorno para oficina.
1
. Soltar a roda. Neste procedimento é permitido utilizar a pneumática, com soquete de impacto 19 mm. Ele tem uma proteção para não arranhar a roda, mas atenção! O aperto deve ser feito com torquimetro para evitar o desgaste do prisioneiro.
2
. A ferramenta de inspeção de pastilha de freio possui 8 medidas divididas da seguinte forma: 3 verdes nestas condições não há necessidade de substituir as pastilhas. As 3 amarelas indicam atenção, ou seja, o momento da troca está próximo. E 2 vermelhas, as quais indicam que as pastilhas precisam ser substituídas imediatamente.
3
. Iniciar a medição com as paletas verdes, uma indica 12 mm e a outra 10 mm. No caso das pastilhas do Honda Civic, a medida encontrada foi 10 mm, o que indica que não necessário realizar a troca. 22 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
4
. Colocar a roda e apontar manualmente as porcas e apertar com o soquete até encostar. Também pode ser utilizada uma chave catraca para encostar as porcas.
Obs: O proprietário da Mec Fire explica que, “a Honda utiliza prisioneiros para a fixação das rodas, o excesso de torque desgasta a peça. Quando o prisioneiro dianteiro da roda, por exemplo, sofre desgaste, é necessário remover o cubo, a manga de eixo e rolamento para reparar, ou seja, o custo alto para o cliente. Por isso fique atento e utilize o torquimetro com o torque recomendado pela fabricante do veículo no aperto da roda”.
5
. Descer o carro e ficar atento, ao colocar o soquete no torquimetro. Preste atenção para que ele esteja alinhado, assim, não há risco de soltar.
Assista o vídeo deste passo a passo no canal TV Reparação Automotiva
Obs: Após utilizar o torquimetro, para guardá-lo no estojo e não perder a calibração zerar a ferramenta. Isso porque dentro dele há uma mola que exerce pressão, ao ficar por longo período pressionada ela irá perder as propriedades.
6
. O torque final deve ser aplicado com o carro no chão. O torquimetro possui regulagem que varia entre 20 Nm a 200 Nm. Ajustar o torquimetro, no caso dos prisioneiros utilizados no Honda Civic, o torque correto indicado pela montadora é de 108 Nm.
MAIS INFORMAÇÕES: TRAMONTINA PRO Site: tramontina.com.br/pro | Instagram: @tramontinapro e-mail: modulares.gar@tramontina.com OFICINA MEC FIRE ESPECIALIZADA HONDA R. Loanda, 332 - Chácaras Reunidas, São José dos Campos (SP) e-mail: mecfire@outlook.com.br
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TRANSMISSÃO / TRANSMISSÃO TF72-SC AISIN/AT6
TRANSMISSÃO TF72-SC AISIN/AT6
Problemas recorrentes com intrusão de água Por: Departamento Técnico APTTA Brasil/ Fotos: Divulgação
S
ão várias as reclamações que recebemos de técnicos reparadores, informando e questionando sobre as falhas dos trocadores de calor da transmissão TF72-SC AISIN, presente em vários modelos, de fabricantes diferentes. Conhecida como AT6, na linha Citroën está presente no C4 Lounge 6 marchas, também tem a mesma nomenclatura nos veículos da Fiat como o Argo, Toro, Cronos automáticos flex 6 marchas, e também nos da Jeep, ou seja, o Renegade e Compass automáticas, flex, 6 marchas. Os técnicos reparadores e a APTTA Brasil já conhecem o problema desde 2018, quando os primeiros veículos com esta transmissão foram lançados no mercado. Esta falha é decorrente da degradação do material do trocador de calor, feito de alumínio, peça responsável pela troca do calor gerado pela transmissão automática em seu trabalho, e que utiliza o próprio líquido de arrefecimento do motor como meio de reduzir o calor da transmissão. A principio se pensou que o problema era decorrente do próprio líquido de arrefecimento, que atacava o alumínio, e, portanto, a montadora envolvida (Stellantis) recomendava no manual do proprietário, a substituição do liquido de arrefecimento indicado por outro de composição ligeiramente diferente, porém sem sucesso. 24 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Como o problema persistiu, chegou-se a conclusão que a própria qualidade do material envolvido na fabricação do trocador de calor era a responsável pela falha, devido à redução de custos.
é altamente danoso ao fluido da transmissão, num primeiro momento o proprietário não percebe o que está acontecendo, e com a utilização frequente, os componentes internos são afetados por esta mistura. A única indicação ao proprietário que algo de errado está ocorrendo, é a diminuição do nível do liquido de arrefecimento do motor no reservatório de expansão, porém mesmo que ele completasse o nível do líquido, isto poderia não dar uma pista sobre o verdadeiro motivo do nível baixo.
Trocador de calor do câmbio AT6
Como sabemos, quando ocorre intrusão de água dentro de uma transmissão automática, e com a agravante do etileno glicol, que
Imagine os componentes eletrônicos dentro da transmissão (módulos, solenoides, sensores, chicote elétrico) e os componentes colados tais como cintas e discos de
compósito, trabalhando dentro d’água. A simples substituição do fluido, e do componente causador do problema, não conseguirá reverter os danos causados à transmissão. Isto sem contar a corrosão causada nos rolamentos, eixos e pistas de aço, e engrenagens internas da caixa. O proprietário somente terá ciência do problema quando a transmissão começar a se comportar de maneira estranha, porém aí já será tarde demais.
CARLOS NAPOLETANO Diretor Técnico da Aptta Brasil www.apttabrasil.com
turos de danos à transmissão. Isto é apresentado como manutenção preventiva. Embora onere um pouco mais o serviço, isto evitará que o proprietário gaste cerca de R$ 15.000 a R$ 20.000 mais tarde. O fato do trabalho de reparação numa transmissão que sofreu intrusão de liquido de arrefecimento e água ficar tão caro, é que quase nada do câmbio original poderá ser reaproveitado, envolvendo a substituição de rolamentos, corpo de válvulas, solenoides, peças de aço, etc. Somente a carcaça da transmissão e algumas poucas peças podem ser reutilizadas.
Conversor de torque de um Citroën C4 Lounge com a entrada de água na transmissão pelo trocador de calor
Os fabricantes dos veículos envolvidos não querem admitir que o problema é falha dos componentes, e dizem que ocorre por falta de manutenção preventiva, porém veículos com quilometragens tão baixas quanto 20.000 quilômetros, tem apresentado este problema. Alguns ainda dentro do período de garantia. Aos técnicos independentes, recomendamos que, por ocasião da substituição do fluido da transmissão, esclareça ao proprietário do veículo a necessidade de substituir também o trocador de calor, por um novo, para evitar problemas fu-
Também não recomendamos a compra de uma transmissão de desmanche, pois estas transmissões são bastante específicas do veículo,
e a compra de uma transmissão que parece igual, muitas vezes tem diferenças significativas entre si, gerando mais tarde códigos de falha relativos à relação de marchas, sensores, solenóides, etc. Isso irá ocasionar mais dor de cabeça ao técnico e ao proprietário. O que se pode fazer é comprar uma transmissão usada, com a devida documentação, e reaproveitar a maior quantidade possível de peças idênticas, para dar uma sobrevida à transmissão. O que as montadoras envolvidas farão no futuro para solucionar definitivamente este problema ainda não sabemos, porém podemos seguir as orientações acima para diminuir ao máximo o prejuízo de nosso cliente.
Corpo de válvulas com entrada de água
REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 25
ELÉTRICA / HOMOLOGAÇÃO DE FERRAMENTAS
FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS HOMOLOGADOS? Olá, amigo reparador, tudo bem? Vamos para mais uma edição, com informações técnicas e situações corriqueiras, do dia a dia do reparador automotivo. FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS HOMOLOGADOS? Soa estranho, não é verdade? Pois bem, com o avanço da tecnologia empregada nos veículos a cada dia, surgem novas situações, onde o reparador precisa estar atento e atualizado. Uma vez que, alguns reparos só poderão ser executados se a oficina tiver ferramental e equipamentos homologados. AFINAL QUEM FAZ A HOMOLOGAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS? A homologação é feita pelo fabricante dos veículos, órgão ou organismos autorizados pelo mesmo. E quando se trata de alguma norma de segurança, a competência para homologar é de entidades representativas do setor. ALGUNS EXEMPLOS Hoje já é de conhecimento que a Stellantis (Formada pela união do Grupo FCA e PSA), tem um portal onde os reparadores devem realizar um cadastro para ter autorização de acesso a seus veículos que trazem a Rede Can Protegida-SGW (Security Gateway). Ou seja, muitas vezes a oficina 26 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
tem um scanner novo, mas não consegue acessar corretamente o veículo pois, tem um bloqueio eletrônico. Para tal acesso autorizado, são dois passos: 1º. O fabricante da ferramenta ou equipamento, precisa ter sido homologado e autorizado pelo fabricante dos veículos, neste caso a Stelanttis. EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO AUTORIZADOS PELA STELLANTIS: A AUTEL, é hoje a empresa que mais homologou junto ao grupo Stellantis seus equipamentos, totalizando quase toda sua linha de modelos 11 equipamentos. No Brasil, temos a Gynprog Diagnostico Automotivo, da cidade Goiana (GO), que foi a primeira representante autorizada da marca AUTEL. Através do Suporte técnico, eles auxiliam o reparador no registro junto ao portal da Stellantis.
https://www.technicalinformation.fiat.com/
LEANDRO MARCO Professor de manutenção automotiva, graduado em Produção Mecânica Industrial, Mecatrônica Automotiva, Pós Graduado em Engenharia de Manutenção Automotiva, atua na reparação automotiva há 34 anos, proprietário da General Tech, Oficina de linha Premium em Uberaba MG.
Abaixo nosso equipamento homologado e registrado junto a Strellantis.
Scanner AutelMaxiSys MS909
2º. O reparador, faz o registro de sua empresa no portal da Stellantis: www.technicalinformation.fiat.com Ao realizar o registro no portal, que é gratuito, o reparador passa ter acesso a todas as informações para manutenção dos veículos, igual as concessionárias, porém, vale ressaltar que os acessos são pagos, tanto para manuais técnicos quanto a utilização do equipamento com autorização da fabricante. Em média de 20 euros por 24 horas de acesso.
Com este valor, o reparador terá acesso a todos os serviços sem ser considerado invasor de sistemas, mas estará autorizado a realizá-los conforme estabelece o fabricante do veículo.
EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS PARA MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS HÍBRIDOS E ELÉTRICOS.
O INSTITUTO DE TESTES E CERTIFICAÇÃO VDE, MARCA APROVAÇÃO
espaço de tempo, teremos uma frota dos mesmos, e o repardor automotivo ja deve se preparar para crescente demanda. Além de treinamentos específicos, o ferramental e equipamentos são cruciais para atenderem esta demanda, aqui não caberá o “jeitinho”, a “adaptação”, pois o risco de acidentes com óbitos são reais. Nossos equipamentos BETA, foram adiquiridos com a Minas Tools, a Beta Brasil, tem representes em todo o país. Quaisquer dúvidas entre contato com os mesmos.
Aqui, existe normas de segurança, no caso a NR10, e as homologações da fabricante das ferramentas para produzir e comercializar os equipamentos. AS FERRAMENTAS PARA CARROS ELÉTRICOS SÃO CONHECIDAS COMO VDE
Lista de equipamentos para atender veículos hibridos e elétricos: Certificação da (Alemanha
No momento da compra, as ferramentas e equipamentos, devem vir junto com os certificados entregues pelo fabricante em seu país de origem:
A homologação, autorização e certificação para a utilização das ferramentas e equipamentos, passam por órgãos internacionais e nacionais.
2. Megometro (equipamento de teste dos motores elétricos) 3. Luvas isoladas para 1000V
Não adianta comprar ferramenta em sites, pelo valor mais baixo. A maioria, não tem certificação e homologação para as montadoras no país e no continente europeu. Para homologar e autorizar, as ferramentas passam pelos Comitês Técnicos de cada país, e recebem: 1. Autorização para serem fabricadas, 2. Homologação por parte das montadoras, 3. Certificação de uso com segurança para realização das manutenções.
1. Conjunto de ferramentas isoladas,
As ferramentas BETA, são produzidas na Itália, então ela envia ao comprador, a autorização alemã, a certificação italiana, informativo sobre a NR10 Brasileira: Todos estes documentos, são verificados na compra junto ao fornecdor. Sabemos que os elétricos e hibridos, já estão frequentando algumas oficinas, em pouco
Além de criar box específico, isolado e identificado com placas alertando o risco elétrico. Amigo, encerramos aqui mais uma matéria, aguardamos vocês na próxima edição da Revista Reparação Automotiva. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |
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ENTREVISTA / RODRIGO CARNEIRO
ANDAP COMPLETA 50 ANOS DE SERVIÇOS PRESTADOS Por: Edison Ragassi/ Fotos: Arquivo IBR Editora e divulgação
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undada em 1971, no bairro do Brás em São Paulo, nas instalações da Sama Autopeças e Pneus, como ANCAP (Associação Nacional do Comércio de Autopeças), a entidade surgiu para reunir os distribuidores de autopeças instalados no Brasil. Posteriormente recebeu o nome de ANDAP (Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças), a qual, nos dias de hoje, reuni em seu quadro de associados as principais empresas do setor no Brasil. Rodrigo Carneiro, presidente reeleito para a gestão 2022/2026 conta nesta entrevista exclusiva, os principais momentos que marcaram estes 50 anos de história e também fala sobre como a entidade projeta o futuro do setor. Revista Reparação Automotiva: Ao completar 50 anos de atividades, a ANDAP está lado a lado com a história da indústria automobilística nacional, a qual completou 50 anos em 2017. Quais os períodos que foram mais marcantes para a entidade? Rodrigo Carneiro: Foram vários desde a criação da entidade, passando pela formação, e as diferentes crises econômicas, além de questões tributárias e outras situações adversas que o país enfrentou. A entidade sempre atuou para promover o fortalecimento da distribuição, trabalhando para o desenvolvimento do mercado. RA: Desde a fundação, a indústria e o comércio evoluíram. Como a ANDAP acompanha esta evolução? RC: Criada em 1971, inicialmente como Ancap – Associação Nacional do Comércio de Autopeças, posteriormente, passou a ser denominada de AN28 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
DAP – Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças, a entidade nasceu para dar uma identidade própria aos distribuidores que até então faziam parte de uma única instituição que reunia o comércio em geral de autopeças. Com a mudança, o mercado de reposição se fortaleceu e todos os elos da cadeia ganharam mais representatividade por suas respectivas entidades de classe. RA: Atualmente quais as maiores dificuldades enfrentadas pelos distribuidores de autopeças no Brasil para manter o negócio sustentável?
RC: Após meio século de trajetória, a ANDAP se renova para atender às novas necessidades do “figital”, unindo o físico ao universo digital. A proposta é atuar de forma consistente no online como fazemos há décadas no formato convencional. Começamos em 2020 com os eventos e reuniões online por conta da pandemia e a experiência surpreendeu positivamente e nos motivou a avançar no digital. Temos muitas novidades nesse sentido. RA: O comércio digital avança rapidamente. Como a ANDAP avalia esta modalidade de negócios e quais os efeitos para o setor da reposição independente? RC: A pandemia acelerou os processos para a digitalização das empresas e o mercado de reposição se mostrou forte e fantasticamente resiliente, bem como garantiu o transporte de pessoas e de bens de consumo ao longo da pandemia. O processo de digitalização é irreversível e deve avançar no setor de distribuição em todas as áreas para oferecer mais agilidade, bem como há a necessidade de estar presente nas plataformas digitais, criando mais um canal de vendas B2B que complementa o físico. RA: O ano de 2021 foi repleto de incertezas provocadas pela pandemia da Covid-19. A indústria e o comércio em geral precisou buscar alternativas para se manter. Como a ANDAP enfrenta estes desafios? O desabastecimento de peças prejudicou os negócios dos associados? RC: O setor de distribuição registrou resultado positivo, embora, sofreu quedas importantes no início da pandemia, quando as pessoas deixaram de circular de carro. Passado esse período veio a retomada e o balanço foi satisfatório em comparação a 2019. Isso aconteceu porque a manutenção de veículo foi considerada serviço essencial. RA: Por causa da falta de peças e componentes, as fabricantes de veículos diminuíram as vendas e o segmento de usados e seminovos aqueceu. Quais consequências esta situação traz para o mercado de reposição, agora e no futuro? RC:É importante destacar que a pandemia trouxe situações adversas, como paralisação de fábricas no início da quarentena não só no Brasil, mas no mundo inteiro. A China, primeiro país afetado com a doença, é o maior polo produtivo do setor e também reduziu as atividades no período, a alta do dólar e o momento de disputa comercial acirrada entre Estados Unidos e China acabaram afetando o
setor de autopeças no Brasil. Somado a isso, o mercado se recuperou rapidamente, aliás, a reposição é bem resiliente em crises, uma característica muito positiva. Por conta de todos esses fatores, a situação deve se normalizar totalmente até os primeiros meses de 2022. Ficou um gap entre produção e demanda, isso leva um tempo para se reestabelecer, o que é natural em uma condição tão diferente como a que estamos vivendo. A boa notícia é que o mercado não parou na pandemia, as oficinas continuaram atendendo, o que refletiu positivamente em todos os elos da cadeia produtiva, ao contrário de setores que pararam por completo. Insisto em afirmar que mesmo assim a distribuição conseguiu, com sacrifício de estoques reguladores e margens, manter a frota brasileira de veículos. A previsão para 2022 é que o setor se mantenha em evolução. A frota circulante envelhecida, com idade de 11 anos, também demanda manutenção e impulsiona o mercado. É importante destacar que 80% do total frota circulante é atendido pelas oficinas independentes. Além disso, o aftermarket se mostra resiliente e mesmo em crises tem ritmo estável de crescimento. RA: Com 50 anos de atividades, o que o associado da ANDAP pode esperar da entidade? Qual será o futuro da distribuição de autopeças? RC: A ANDAP continuará acompanhando as transformações do mercado e atenderá às mais diversas necessidades dos associados. O foco das empresas da distribuição deve estar na gestão do negócio. Entre os desafios do mercado, há o gap que existe entre o desenvolvimento tecnológico da produção e a tecnologia de gestão no restante do trade marketing. O mundo está no pós-digital e, em muitas áreas, estamos no analógico. Vamos continuar promovendo palestras que destacam esse assunto tão importante. O futuro do setor de distribuição será promissor com a evolução da frota circulante de veículos para atender a demanda e continuará a oferecer a mais variedade de itens em todo o território nacional, assim como já faz há décadas. O mercado de reposição possui uma série de complexidade devido à enorme quantidade de peças e o setor de distribuição tem todo o know-how de atuação, sendo responsável pelo abastecimento de peças para a manutenção de 80% da frota estimada em mais de 46 milhões de veículos. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 29
PERFIL TÉCNICO / MUSTANG MACH1
Por: Edison Ragassi/ Fotos: IBR Editora e Divulgação Ford
UM ÍCONE FÁCIL PARA REPARAR
Í
O Mustang Mach1 tem motor V8 5.0, câmbio automático de 10 marchas e suspensões independentes na dianteira e traseira
cone da indústria automobilística mundial, o Mustang foi lançado em 1964, mas a Ford Brasil só passou a importar oficialmente o Pony Car em 2017. A primeira versão disponível para o público brasileiro foi a GT Premium. Depois disso, chegou o Mustang Black Shadow em 2021 foi a vez do Mustang Mach 1. Comparado ao GT, o Mach 1 tem o motor Coyote V8 5.0, o qual foi especialmente calibrado. Ele entrega 483 cv de potência a 7.000 rpm, ou seja, 17 cv a mais que a versão GT, e 58 kgfm de torque a 4.600 rpm. Este motor foi montado com os componentes revisados do Shelby GT350, entre eles, o corpo de borboleta maior, sistema de arrefecimento do motor, coletor de admissão e o radiador da transmissão. O filtro de ar “Open Air Box” é do Mustang Bullit. Também há radiadores extras para óleo 30 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
da transmissão, óleo do motor e diferencial traseiro com capacidade 50% maior de refrigeração.
O câmbio do Mustang Mach1 é automático de 10 marchas, com opção de trocas manuais através das borboletas colocadas no volante. “A reparabilidade básica deste motor não é difícil. O motor é grande e o cofre também, assim as velas são de fáceis de retirar, com ferramentas comuns de uso na oficina, também não há dificuldades para acessar o corpo de borboleta é só
retirar a mangueira de admissão. Para retirar o filtro de ar não há necessidade nem de desmontar uma tampa. O reservatório de expansão é comum, logo ao abrir o capô ele é visualizado. Até as correias são fáceis é só retirar o duto de admissão, esperar o motor esfriar, há bastante acesso e praticidade para retirar as correias”, avalia Roberto Montibeller da Oficina High Tech, localizada na Rua Guaicurus, 957, no bairro da Lapa em São Paulo. O comando de válvulas é variável na admissão e escape, porém ele é eletrônico. “Neste caso é necessário muito cuidado ao desmontar, fazer a marcação das peças e não danificar algum componente. Neste momento é que entra o conhecimento do profissional para não desmontar itens desnecessários. E ao remon-
Assista o vídeo deste Perfil Técnico no canal TV Reparação Automotiva
FICHA
TÉCNICA
FORD MUSTANG
MACH 1 2021
tar, tomar o máximo de cuidado pois é um carro que as peças não são fáceis de encontrar, não são baratas e muito importante, além do conhecimento é necessário ter os aparelhos para fazer o diagnóstico em um carro como este. Também é preciso atenção para trocar o óleo do motor, na tampa esta marcado a especificação do óleo 5W30 sintético”, alerta Montibeller.
o sistema de suspensão dianteira independente, eletrônica adaptativa (MagneRide) e na traseira independente do tipo multibraço. Os freios são esportivos Brembo com discos ventilados na dianteira e traseira. “No que diz respeito a eletrônica embarcada, não há como realizar diagnósticos e reparos sem o scanner atualizado, agora para realizar a desmontagem e montagem, as ferramentas utilizadas nos sistemas de suspensão e freios são de uso comum na oficina. Só recomendo ter um bom extrator para retirar o braço da suspensão e, por favor, nada de martelo”, avisa o diretor da Oficina High Tech.
Disposição: Dianteiro, longitudinal Número de cilindros: 8 em V Número de válvulas: 32, com 4 por cilindro Taxa de compressão: 12:1 Injeção de combustível: Direta e indireta Cilindrada: 5037 cm³ Potência: 483cv a 7250 rpm Torque: 58 kgfm a 4900 rpm Combustível: Gasolina Tração: Traseira Câmbio: Automático de 10 marchas com trocas manuais no volante Direção: Assistência elétrica
SUSPENSÃO
Dianteira: Independente, Eletrônica Adaptativa (MagneRide) Traseira: Independente do tipo multibraço
FREIOS
Dianteiro e traseiro: Discos ventilados Rodas: Liga leve 19”
PNEUS
Dianteiros: 255/40 R19 Traseiros: 275/40 R19”
DIMENSÕES
Para levantar o Mustang Mach1 o reparador encontra dificuldades, pois ele é baixo, já que o vão livre do solo é de 143 mm. Sendo assim, o melhor é utilizar um elevador pantográfico. No undercar, ele tem
O Mustang Mach 1 comercializado atualmente é uma releitura do modelo lançado em 1969. Ele custa R$ 545.000, entre os itens de exclusividade ele tem no painel a placa com a inscrição Mach1 e o número do chassis.
Comprimento: 4797 mm Largura: 2081mm Distancia entre-eixos: 2720 mm Altura: 1403 mm Porta-malas: 382 litros Tanque de combustível: 60,5 litros Peso em ordem de marcha: 1814kg Capacidade de carga 336kg Peso Bruto Total 2150kg
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por: Edison Ragassi / Fotos: Divulgação
BORGWARNER É FORNECEDORA DO CRETA 2022 A BorgWarner fornece o motor de partida Start / Stop PG260D + LLS, nomeado como Stop & Go pela Hyundai, para o Creta Nova Geração 2022 motor Turbo GDI 1.0l.Projetado e desenvolvido para corresponder à versão deste propulsor, o motor de partida oferece alta eficiência e baixo consumo de combustível para apoiar os fabricantes de automóveis na criação de motores menores, mais leves, potentes e mais econômicos.
FORD AUTO BUSCA AGORA É NACIONAL Auto Busca, a plataforma de venda de peças da Ford para oficinas e reparadores independentes, lançada inicialmente em algumas cidades, passa a atender todo o Brasil com a opção de entrega pelos Correios. Outra novidade é a oportunidade de comprar peças de vários vendedores em um único pedido, com o chamado carrinho múltiplo, que simplifica ainda mais o processo e amplia a versatilidade da ferramenta. O Auto Busca oferece hoje um catálogo com mais de 20 mil peças das marcas Ford e Motorcraft para veículos Ford de 2002 a 2020.
HOMENAGEM DA FIESP
O Presidente do Sindirepa Nacional e do Sindirepa-SP, Antonio Fiola, recebeu a Comenda da Ordem do Mérito Industrial concedida pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Criada em abril de 2007, a Ordem é destinada a reconhecer a importância e condecorar personalidades e instituições, nacionais ou estrangeiras, que se tenham tornado dignas do reconhecimento ou da admiração da indústria. Já receberam a honraria, empresários, líderes políticos, autoridades e pessoas que prestaram serviços relevantes para a indústria.
COMPRESSOR DE ARCONDICIONADO PARA VEÍCULOS ELÉTRICOS A divisão de tecnologia da Rheinmetall firmou parceria com uma importante fabricante de veículos e irá fornecer um compressor elétrico de corrente alternada (a/c) de ar-condicionado. O componente foi recentemente desenvolvido, especialmente, para veículos elétricos. Este negócio soma um volume total de vendas de € 80 milhões e o pedido representa outro sucesso da empresa na estratégia de eletrificação, que envolve o desenvolvimento de novos componentes de acionamento para reduzir as emissões de CO2.
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MAGNETI MARELLI AMPLIA LINHA DE SENSORES ABS
A Marelli Cofap Aftermarket, atualizou o seu catálogo de produtos com a marca Magneti Marelli. Ela lança 24 novos códigos de sensores de freios ABS. Os componentes atendem os modelos das montadoras Audi, Chevrolet, Citroën, Fiat, Ford, Honda, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Peugeot e Renault. O lançamento vem para reforçar a estratégia de garantir a maior cobertura de frota do Brasil. Ao todo, a família de sensores ABS Magneti Marelli possui 116 códigos, o que atende desde carros de entrada até os do segmento Premium, como é o caso dos modelos Mercedes-Benz, para os quais estão disponíveis 24 códigos.
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PARCERIA TAKAO E SENAI
Marca 100% brasileira, com duas décadas de atuação no mercado nacional, a Takao associou-se ao maior centro de excelência do país na formação de reparadores automotivos: o o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). A empresa sempre revelou uma preocupação adicional com a formação e o treinamento de reparadores. Por intermédio da “Academia do Motor”, por exemplo, a marca produz um vasto e denso conteúdo em vídeos e textos didáticos que auxilia na construção de melhores profissionais.
GRUPO STELLANTIS COMPLETA 1 ANO Dia 19 de janeiro o Grupo Stellantis completou 1 ano de fundação. O Grupo surgiu da fusão entre a FCA e PSA. Na região a Stellantis conquistou a liderança de mercado no Brasil, também na Argentina e na América do Sul. Agora se prepara para ser cada vez mais uma empresa de tecnologia de mobilidade sustentável, oferecendo produtos e serviços inovadores e fortalecendo suas marcas icônicas. “Ao longo deste ano, nós criamos uma organização global e regionalmente forte, que tem uma estratégia de crescimento, com propósito e valores claros e, sobretudo, com um time valioso de 24 mil colegas, que se destacam por seu talento e comprometimento”, disse Antonio Filosa, presidente da Stellantis para a América Latina.
NOVAS EMBALAGENS EATON
A EATON modificou e modernizou as embalagens de válvulas comercializadas no mercado de reposição com uma nova identidade visual. Segundo a empresa, a nova embalagem facilita a identificação da marca. Ela tem a forma mais clara e as informações necessárias do componente. A mudança chega para criar um alinhamento com o novo padrão visual da EATON e será feita de forma gradual. Com uma fábrica dedicada à produção de válvulas, a unidade da EATON de São José dos Campos (SP) passa por um ciclo de modernização e automação.
AMORTECEDORES PARA HONDA, VW E FORD DPK E VALEO FTE INTENSIFICAM PARCERIA
A Monroe Amortecedores, uma das marcas DRiV, lança amortecedores para os modelos Honda Civic a partir de 2016, VW Golf 1.4 TSI Turbo versões Highline e Comfortline a partir de 2013 e Ford Transit para fabricadas de 2008 a 2014. Os componentes estão disponíveis em toda a rede de distribuidores da Monroe espalhada pelo país. “A Monroe Amortecedores tem o compromisso de ampliar sua linha de produtos, contemplando cada vez mais marcas e modelos com o objetivo de aumentar sua participação na frota circulante atual, afirma Péricles Batista, Supervisor de produtos da empresa.
34 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
A Valeo FTE intensificou parceria com distribuidora DPK especializada na distribuição automotiva para todo o país, para comercializar no mercado de reposição os atuadores. A Valeo FTE se destaca por oferecer peças originais para este segmento, além de atender 80% da frota brasileira. “Ter uma empresa como a Valeo FTE dentro do nosso portfólio só reforça a qualidade e a garantia dos produtos que nós oferecemos para as lojas e oficinas. Outra vantagem é a capacidade de poder atender tanto a linha de pesados como a de veículos de passeios”, explica Armando Diniz Filho, diretor de negócios DPK.
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ARTIGO / TRIBUTAÇÃO PARA OFICINAS
Tributação para oficinas mecânicas Conheça quais tributos e impostos que o empresário da reparação automotiva precisa recolher
por ABEL ROSA - Diretor da CAMBEL Assessoria Contábil, especializada em oficinas mecânicas e reparadoras de automóveis. WhatsApp (031) 98436-8938
O
sistema tributário brasileiro como um todo, é bem complexo, com seus vários regimes tributários, exceções, tributações antecipadas e adicionais. No caso das oficinas mecânicas, as oficinas reparadores de automóveis, não são diferentes sendo necessárias especialização e ferramentas para uma tributação adequada do negócio. Vamos começar a considerar o regime tributário incidente sobre a venda de peças e serviços, em que a maioria das oficinas se enquadra: o SIMPLES NACIONAL. O SIMPLES é um regime tributário simplificado que, em apenas um documento são recolhidos um conjunto de tributos, tornando a forma de recolher mais simples para o empresário, dentro desta guia chamada DAS – Documento de Arrecadação do Simples Nacional, o contribuinte recolhe IRPJ, CSLL, Cofins, Pis, INSS, ICMS e ISS. O SIMPLES é recolhido com base nas atividades de cada empresa, que são classificadas em anexos. A atividade de venda de peças está classificada no anexo I e tem alíquota nominal inicial de 4% e a atividade de serviço ou mão de obra está classificada no anexo III e tem alíquota inicial de 6%. Cada anexo tem uma alíquota inicial e a partir de determinado valor de faturamento as alíquotas crescem, os faturamentos são divididos em faixas e para cada faixa há uma alíquota e um valor a deduzir para redução de impactos na mudança de alíquota e faixas. Para oficinas existem outras peculiaridades que consideraremos a seguir: Vamos usar um caso real para considerar os reflexos das alíquotas reais: Venda de Peças:
R$ 81.782,54
Venda de Serviços:
R$ 31.157,21
Total da Venda:
R$ 112.939,75
Média de Faturamento 12 últimos meses:
R$ 102.127,15
Faturamento 12 últimos meses:
R$ 1.225.525,75
36 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA
Com base nessas informações a empresa se enquadra: VENDA DE PEÇAS
SERVIÇOS
Anexo
I
III
Faixa
4
4
Aíquota Valor a deduzir
10,70%
16,00%
R$ 22.500,00
R$ 35.640,00
Vamos aos valores reais de empresa de tributos: Essa empresa ao final da apuração tem uma DAS – Documento de Arrecadação do Simples Nacional no valor de R$ 8.348,72 sendo que o percentual de Simples sobre o faturamento total do mês é de 7,39% Anexo Faixa Aíquota
VENDA DE PEÇAS
SERVIÇOS
I
III
4
4
10,70%
16,00%
Valor a deduzir
R$ 22.500,00
R$ 35.640,00
Receita
R$ 81.782,54
R$ 31.157,21
Simples
R$ 4.278,61
R$ 4.070,11
5,23%
13,06%
% Efetiva Simples % Simples Total Efetiva
7,39%
Chegamos a uma alíquota efetiva de 7,39% para essas informações, cada empresa terá sua particularidade para a apuração da alíquota efetiva. Observa-se que há uma grande diferença entre a alíquota nominal e a efetiva na venda das peças. Nas peças que se requer um cuidado muito grande para classificação, pois cada grupo de itens possui tributação diferenciado que influenciará direto na alíquota efetiva apurada. A assessoria contábil (contabilidade) faz toda a diferença neste momento pois um acompanhamento minucioso de tudo que é vendido determinará uma apuração real ou de forma genérica gerando um tributo superior ao devido.