Revista Reparação Automotiva 162

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EDIÇÃO 162 | Março de 2022

VERSÃO IMPRESSA E

DIGITAL

DIREÇÃO

ELETRICAMENTE ASSISTIDA

Como funciona e os componentes que integram este sistema compacto que auxilia o motorista e proporciona economia de combustível

O BARATO QUE SAI CARO!

Módulo eletrônico de má qualidade condena o motor do veículo e provoca prejuízo de mais de R$ 100 mil para o proprietário

GESTÃO DE OFICINAS

Escolha os clientes, funcionários e fornecedores!

TRANSMISSÃO

Substituição do fluido da caixa de transferência

MERCADO AUTOMOTIVO

Produção, vendas e exportações alcançam bons resultados

OFICINA MAIS LUCRATIVA

Quanto sua oficina mecânica vende em....

E MAIS: ELETRIFICAÇÃO VEICULAR, UM CAMINHO SEM VOLTA/ POR DENTRO DA REPOSIÇÃO



Edição 162 | Março 2022 Consultores de Gestão | Dicas Técnicas | Notícias de Mercado | Reparação Pesados | Motos

Editorial Editada pela IBR Editora e Marketing Digital, de circulação dirigida aos profissionais do segmento automotivo para contribuir com o desenvolvimento do setor. Tiragem 30 mil exemplares. Enviada para 60 mil e-mails cadastrados. Fale com o profissional que decide a compra. Anuncie! comercial@ibreditora.com.br

Oportunidades para todas as oficinas

Odades. Levantamento feito pelo Sindipeças (Sindicato

Equipe Revista Reparação Automotiva

Sendo assim, há oportunidades para as oficinas reparadoras, desde as mais simples até as mais sofisticadas. Por isso a Revista Reparação Automotiva esta atenta às necessidades do mercado e leva a informação com qualidade e no tempo certo para auxiliar o leitor no dia a dia de trabalho. Nesta edição destacamos o sistema de direção eletricamente assistida. Este componente passou a ser quase que obrigatório nos automóveis, para auxiliar a cumprir as metas de emissões de poluentes e, claro, oferecer conforto e segurança para o motorista. A reportagem completa mostra quais os componentes do sistema, como é montado, sua funcionalidade e itens a serem observados durante a manutenção. Nossa obrigação também é alertar e mostrar os procedimentos corretos, inclusive ao comprar a peça para reposição. Por isso, mostramos como exemplo, o prejuízo causado por um componente de má qualidade no motor do Ford EDGE. A lubrificação é fundamental para que a transmissão automática funcione perfeitamente. Este é o tema do artigo sobre câmbio automático. Ainda temos a opinião de nossos colunistas, as quais são direcionadas a auxiliar no negócio oficinas reparadora. Conte sempre com a Revista Reparação Automotiva, a conexão entre fabricantes e reparadores. Boa leitura e até a próxima edição.

Diretoria Flavio Guerra guerra@ibreditora.com.br Carlos Oliveira carlos@zmix.com.br Editor Responsável Edison Ragassi (MTB 38.204) redacao@ibreditora.com.br Colaboradores: Alexandre Akashi Design Gráfico Marcos Bravo criacao1@ibreditora.com.br Comercial Fernanda Bononi comercial1@ibreditora.com.br Consultor de Negócios Jeison Lima jeison@zmix.com.br Coordenadora Financeira Luciene Alves luciene@ibreditora.com.br Impressão Gráfica Oceano

SUMÁRIO 04. ARTIGO RODIMAR Como transformar sua oficina em um grande negócio! 06. ARTIGO KARINE O quanto a sua oficina vende em... 08. ARTIGO ALEXANDRE A eletrificação veicular é um caminho sem volta

mercado de reposição brasileiro é repleto de oportuni-

Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), mostra que a idade média dos automóveis que circulam no Brasil é de 10,2 anos.

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10. CAPA Direção eletricamente assistida

Apoios e Parceiras

14. TRANMISSÃO Substituição do fluido da caixa de transferência 20 ELÉTRICA O barato que sai caro! 24. MOTOR Instalação de válvulas 26. MERCADO Emplacamentos, produção e exportações de automóveis cresceu em fevereiro

Rua Acarapé, 245, Chácara Inglesa CEP: 04139-090, São Paulo/SP Atendimento ao Leitor: tel. 11 5677-7773 | contato@ibreditora.com.br

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28. POR DENTRO DA REPOSIÇÃO O que acontece no mercado e as novidades em produtos e serviços

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ARTIGO / RODIMAR MARCHIORI

Terceira dica da série

COMO TRANSFORMAR SUA OFICINA EM UM GRANDE NEGÓCIO! por RODIMAR MARCHIORI - Diretor da Marchiori Consultoria

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lá pessoal, na edição passada a dica tinha um objetivo específico, ser um divisor de águas para você empresário ou potencial empresário, ter clareza sobre suas responsabilidades, não entrar no vitimismo e sair do mundo dos argumentos que até convencem, mas não entregam resultados. Talvez você tenha lido a dica, mas prefere acreditar que isso é papo de consultor que na prática é diferente. Eu respeito sua opinião, mas caso você queira transformar sua oficina em um grande negócio, corre lá e leia novamente, faça uma autoavaliação e comece logo a mudança no que for necessário. Você só será “dono” do seu negócio quando você puder: Escolher o cliente que quer atender, escolher os funcionários que irão trabalhar com você e escolher os fornecedores que irão lhe atender. Essas premissas são baseadas na lei da barganha, enquanto precisar de clientes que não pagam o que você merece, ou não respeitam os processos da sua empresa, enquanto você tiver que “aturar” funcionários que não respeitam as regras e não querem se alinhar aos objetivos do seu negócio e enquanto você tiver que aceitar e pagar o preço dos erros de seus fornecedores, você é apenas um “refém” do seu próprio negócio. Está diante de um processo que ganhou dimensões que você não consegue mais administrar, então aceita a condição e vive esperando que algum dia isso mude, que alguém traga uma fórmula mágica para mudar tudo, que o Governo mude, que entidades de classes 04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

façam sua parte, que as escolas técnicas formem melhores profissionais e assim por diante. Agora chega a hora de acordar, vamos sair do mundo ideal para o real, sua empresa, seu negócio, sua responsabilidade, suas decisões e as consequências delas. Você não pode voltar para mudar o passado, utilize as experiências vividas para lhe dar forças no processo de mudanças que for necessário, você não precisa ser refém do seu negócio, mas sim assumir uma posição clara nele, seja Empresário, aprenda a ser, estude, faça treinamentos que lhe habilitem a tomar decisões mais assertivas na gestão. Acredite, trabalhar é fácil e gostoso, difícil é ouvir besteiras de clientes e de funcionários desalinhados aos objetivos da empresa, e o primeiro passo para fugir disso é administrar de maneira eficiente e planejada o setor financeiro, para assim aos poucos selecionar os clientes e os melhores funcionários, reduzindo o possível impacto no caixa e lucratividade da oficina. Quer aprender de maneira simples e fácil como elaborar o custo, apurar o lucro e determinar a meta da sua empresa, vá até o Facebook Rodimar Marchiori e você encontrará algumas dicas. Para receber mais dicas de gestão, siga nas redes sociais Instagram, Facebook e no Youtube Rodimar Marchiori, e participe do Grupo no Telegram envie seu Nome, Cidade e Estado para o WhatsApp (48) 9 9959 9733.


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ARTIGO / OFICINA MAIS LUCRATIVA

O QUANTO A SUA OFICINA VENDE EM... por KARINE QUINJALMO, Mãe do Enzo, consultora especialista na gestão de oficinas, Mentora de soluções em sistemas para a reparação automotiva e Influencer para o segmento de reposição automotiva. @karinequinjalmooficial

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lá, oficineiros e oficineiras do Brasil! Tudo bem com vocês? Para quem me acompanha aqui, sabe que eu escrevo sobre o meu dia a dia. Tudo o que acontece comigo, com os clientes nos diversos momentos da reparação automotiva. É o que me inspira a escrever aqui e compartilhar com vocês. E para esta edição, decidi falar num assunto, baseado nos feedbacks do meu grupo de consultoria coletiva, o Acelera Vendas. Bateu curiosidade? Continue aqui comigo! Quando iniciamos o gerenciamento da oficina, vamos nos adaptando a controlar os números que nós mesmos vamos gerando e fechando. Como na maioria das vezes, não conhecemos outra forma de olhá-los, vamos crescendo e continuamos com a mesma forma de controle. Mas, quando nos deparamos com comparativos, que é o que o Acelera Vendas propõem, nos pegamos em uma encruzilhada. Estou me referindo a forma de fechar os valores da OS, ou seja, tudo junto, ou o quanto vendemos na oficina em serviços e em varejo. Minha orientação é de separar a venda nestes três grupos: venda de serviços, venda de serviços de terceiros e venda de peças. A venda de serviços, diz muito sobre a produtividade da oficina. O quanto aquela equipe está conseguindo converter em “grana” o seu tempo de trabalho. Esta reflexão é muito válida para analisarmos se estamos mantendo a regularidade de vendas de serviços, mas principalmente “o quanto estamos tirando de suco” deste limão. Cada profissional está vendendo quanto por dia? Este valor, é satisfatório? A soma da venda de cada um deles é o resultado da venda global da oficina. Se você aumentar a equipe em um profissional, qual a tua expectativa ou meta de aumento de venda de mão

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de obra? Estas são algumas perguntas que eu te faria... Agora quero te falar sobre a venda de serviços de terceiros. Muitos me questionam porque separar da venda de serviços. Minha resposta é: porque este faturamento é realizado com a “musculatura” ou “esforço” ou “custo” de outra empresa e não da sua oficina. Este serviço é adquirido, vendido para a OS e considerado no ticket médio da sua empresa. Para o cliente, é venda realizada por você, porém, não produzida por você. Entendo e concordo que certos tipos de serviços devem sim ser realizados por especialistas, como o caso dos retificadores para as oficinas mecânicas. O que eu quero, é que você reflita, qual é a sua dependência destes serviços? O quanto eles representam nas suas vendas? É um índice aceitável? Após analisarmos a venda de serviços, vamos a venda de peças. Esta área de varejo (compra e venda), continua sendo muito significativa para a oficina. O lucro bruto obtido, contribui e muito para pagar a despesa do negócio, mas isto eu contarei para você em outro momento. Os estudos e análises que faço frequentemente, apontam que a cada R$100,00 vendidos pela oficina, R$60, é da venda de peças. E aí na sua oficina, qual é esta proporção? Por todas estas razões, oriento que se você ainda não tem estas “áreas” de faturamento separadas, inicie a partir de agora! Mesmo que para o cliente, o que interessa é o valor total da solução ou uma solicitação, dentro da oficina, são oriundos de áreas diferentes. Assim, ficará mais fácil você analisar,projetar crescimento e definir metas. Esta é minha dica, para sua oficina ainda mais lucrativa!


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ARTIGO / OFICINA PRODUTIVA

ELETRIFICAÇÃO COMO AGENTE CATALISADOR NA REPARAÇÃO! por ALEXANDRE COSTA, consultor sênior especializado em inovação para o setor automotivo, com 25 anos de experiência. Palestrante convidado a participar dos principais eventos do mercado em todo o País e diretor da ALPHA Consultoria, empresa dedicada ao segmento automotivo

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ue a eletrificação veicular é um caminho sem volta, isso venho anunciando há bastante tempo. Que representa uma ponte que iremos atravessar e depois ela irá ruir, isso é um fato! A própria resposta do mercado sobre isso apenas ratifica aquilo que já venho profetizando há alguns anos. Então, agora passemos para o próximo ponto e entendamos como isso vai efetivamente mudar o setor de reparação automotiva. A eletrificação será mais que um divisor de águas no setor, onde de um lado estarão aqueles que optaram por não seguir nessa cruzada, e ficaram do outro lado da ponte e que estarão a assistir as margens tudo que ocorrerá daqui por diante. E do outro estarão aqueles que tomaram a decisão de cruzar a ponte, sem olhar para trás, sem apego ao que já tinha aprendido e resolveram aprender ainda mais, e que desfrutarão das novas oportunidades que surgirão. A questão é que essa transformação será um catalisador no mercado da reparação automotiva, ou seja, irá acelerar mudanças e por isso se tornará tão relevantes em nosso segmento. Em breve não se admitirá um técnico que não tenha um curso NR10 do Ministério do Trabalho, ou mesmo uma oficina que não tenha um ponto de recarga para híbridos plug-in ou elétricos.

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Em um futuro não tão distante não haverá uma predominância de uma tecnologia em especial no pátio da oficina. Veículos eletrificados em vários níveis como híbridos leves 48V, híbridos regenerativos, híbridos plug-in ou elétricos conviverão em harmonia e serão tão comuns na oficina quanto os flex ou diesel de hoje. Serviços e profissionais se tornarão mais especializados. Muito mais! Muito mais mesmo, se é que você me entende! Só haverá dois tipos de reparadores: o centro automotivo que atende a toda a parte undercar e pneus, e a oficina mecânica especializada! E quando digo especializada é especializada em diagnóstico de sistemas eletrificados, especializada em reparo de baterias de alta tensão, só para dar dois exemplos. Toda a cadeia vai mudar! Do borracheiro ao técnico mecânico, do vendedor de carros ao consultor técnico, da oficina ao posto de gasolina, que passará a se chamar posto de abastecimento, onde se abastece com energia elétrica ou combustível líquido e gasoso. Eu já atravessei a ponte, e não tenho mais como voltar atrás, mesmo que quisesse, e não o quero!!! Eu a queimei, antes mesmo que viesse a ruir!!! Tomei essa decisão e estou preparado para o que vem aí! E você?


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CAPA / SISTEMA DE DIREÇÃO

Edison Ragassi / Fotos: Saulo Mazzoni

DIREÇÃO ELETRICAMENTE ASSISTIDA Conheça os componentes que integram e como funciona este auxilio a direção que ocupa menor espaço e proporciona economia de combustível

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engenharia automotiva desenvolve constantemente sistemas que ampliam a segurança e o conforto para o motorista ao utilizar um veículo. Um destes sistemas é o de auxilio para que o motorista exerça menor força no volante ao realizar uma manobra. Conhecido como sistema de direção hidráulica, ele passou a integrar um modelo de linha, o Chrysler Imperial 1951. O tempo passou as várias fabricantes de veículos e seus fornecedores estudaram, testaram e evoluíram este sistema de auxilio até o atual, denominado pela ZF, como Direção Eletricamente Assistida. Um componente que ocupa pouco espaço, é leve, proporciona economia de combustível, já que não utiliza força do motor a combustão para ser acionado. 10 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

A parte cilíndrica acomoda o motor elétrico e abaixo o redutor


Assista o vídeo deste passo a passo no canal TV Reparação Automotiva

Laércio Pereira, analista de pós-vendas da ZF Aftermarket, mostra quais os componentes deste avançado sistema. “O sistema de Direção Eletricamente Assistida, é composto por motor elétrico, redutor, ECU, sensor de ângulo de rotação, alavanca para a regulagem de altura e profundidade do volante e o dispositivo de fixação em baixo do painel do veículo”. Os componentes foram projetados para oferecer o máximo de segurança ao usuário do veículo. “Quando ocorre uma colisão, o dispositivo de fixação desbloqueia e retrai todo o conjunto. Isso ocorre para que o volante não pressione o peito do motorista, ou seja, também é um dispositivo de segurança que auxilia a absorver impactos”, comenta o técnico.

no volante, o que proporciona maior segurança. Ele funciona assim, quanto mais velocidade, mais firmeza no volante”, fala ele.

Caixa de direção do sistema EPS, pinhão com relação especifica e cremalheira com usinagem dos dentes diferente da utilizada na caixa hidráulica

A caixa de direção com assistência elétrica é semelhante a caixa que tem o sistema de auxilio hidráulico. “Na caixa hidráulica o fluido circula por dentro dela, já na caixa para o sistema de Direção Eletricamente Assistida não há fluido, o pinhão tem uma relação diferente da utilizada na caixa convencional. Devido ao torque que ela recebe, a usinagem dos dentes da cremalheira são diferentes da utilizada nas caixas hidráulicas. Isso significa que o reparador deve ter atenção ao substituir uma caixa de direção utilizada em modelos com assistência elétrica, a peça deve ser especifica para a Direção Eletricamente Assistida.”, avisa Laercio.

Dispositivo de fixação retrai durante uma colisão

Ele também exige menos espaço para acomodação. “O conjunto está fixado dentro do veículo, ele é conectado por um eixo cardan e uma cruzeta na caixa de direção mecânica, a qual está na parte inferior do veículo” explica Laércio. Outra vantagem é a de que o sistema eletricamente assistido fornece toda a energia para a caixa mecânica. “Quando o motorista exerce torque no volante, ou seja, gira o volante para o lado direito ou esquerdo, o sensor de ângulo de rotação envia a informação para a ECU que faz o motor elétrico trabalhar mais ou menos. Quando o motor elétrico trabalha mais, o motorista exerce força menor para girar o volante. Por isso ao realizar uma manobra de estacionamento, por exemplo, o volante é leve, já que a força total é aplicada pelo motor elétrico. Quando aumenta a velocidade do veículo, a força exercida pelo motor elétrico diminui, assim o motorista passa a ter mais firmeza

MANUTENÇÃO DA DIREÇÃO ELETRICAMENTE ASSISTIDA Este sistema não permite manutenção, o técnico da ZF explica. “Caso apresente alguma falha no motor elétrico, ou qualquer outro componente do sistema de direção com assistência elétrica, não há como reparar. A ECU não pode ser reprogramada, pois o sistema é criptografado. A ZF realiza a calibração de acordo com a recomendação exigida pela fabricante do veículo. O motor elétrico também não oferece possibilidade de reparo, o mesmo ocorre com a caixa de redução, ela não pode ser aberta, ao substituir algum item altera o torque que ela está ajustada e muda o comportamento”. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 11


CAPA / SISTEMA DE DIREÇÃO Mas não é só a parte interna que não oferece troca de componentes. “A fixação interna também não pode ser alterada, pois muda a velocidade do deslizamento do tubo, e assim deixa de ser seguro. É importante ressaltar que no caso de uma colisão, depois de ter o sistema de segurança acionado, mesmo que o motor elétrico e os outros componentes estejam funcionando, ele não pode ser reaproveitado, pois o suporte que corre para retrair o volante foi comprometido. Sendo assim é uma peça única, preparada para atender a vida útil do veículo e não exige manutenção preventiva ou corretiva”, orienta o profissional da ZF.

Assista o vídeo deste passo a passo no canal TV Reparação Automotiva

purezas, as quais podem danificar a parte interna. “Ao ocorrer danos internos na caixa também não há reparo ou troca de componentes, ela precisa ser substituída”. O diagnóstico do sistema EPS deve ser realizado com scanner atualizado, o qual tem todas as informações do veículo a ser analisado, inclusive ao realizar o alinhamento. “Só com o scanner é possível definir o posicionamento zero ao alinhar”, finaliza Laércio Pereira.

Já na caixa de direção é necessário verificar regularmente as coifas, pois elas protegem a entrada de imAs coifas devem ser verificadas regularmente

Mais informações: ZF AFTERMARKET 0800 011 1100 | www. amigobomdepeca.com.br

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TRANSMISSÃO / TROCA DO FLUIDO

SUBSTITUIÇÃO DO FLUIDO DA CAIXA DE TRANSFERÊNCIA, DIFERENCIAL DIANTEIRO E TRASEIRO

Texto técnico: Carlos Napoletano/ Fotos: Divulgação

S

ão várias as solicitações por parte dos reparadores quanto aos procedimentos de substituição dos fluidos da caixa de transferência, diferenciais dianteiro e traseiro. Sendo assim, para auxiliar os técnicos a executarem estes procedimentos de maneira correta e no menor espaço de tempo, vamos esclarecer alguns pontos no BMW X5 2001 em diante - 4X4. FLUIDOS ESPECIFICADOS: Diferencial dianteiro e traseiro: Óleo SHELL 75W90 API GL5 Quantidade: 1 litro cada diferencial. Período de troca: A cada 100 mil quilômetros máximo. Caixa de Transferência: Óleo RAVENOL TF 0870 TC ou equivalente. Quantidade: 1,5 litros Período de troca: a cada 100.000 quilômetros. O fluido dos diferenciais dianteiro e traseiro são considerados LIFETIME (ISENTOS DE MANUTENÇÃO) pela BMW. Isto não significa que eles não devam sofrer manutenção de tempos em tempos. Quando um fabricante se refere à um componente como LIFETIME, usualmente ele quer dizer que o período de tempo que ele pode funcionar sem necessitar de manutenção é de 100.000 quilômetros. Assim, o óleo tanto da transmissão quanto dos diferenciais deve ser trocado a cada 100.000 quilômetros. O que isto significa em termos de manutenção efetiva? O fluido do diferencial lubrifica os rolamentos e as engrenagens que acionam as rodas motrizes do veículo. Para que estes componentes tenham longa vida útil, e para isto é necessário que eles tenham manutenção preventiva. Sugerimos que a troca dos fluidos dos diferenciais e da caixa de transferência sejam substituídos a cada 4 anos, independente da quilometragem do veículo. 14 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Cada diferencial leva cerca de 1 litro de óleo conforme mostrado acima. A BMW recomenda a utilização de óleo sintético de engrenagens (SAF-XO). PROCEDIMENTO DE SUBSTITUIÇÃO: Dirija o veículo por pelo menos 2 ou 3 minutos para aquecer o óleo do diferencial. Levante o veículo em um elevador ou em suportes de maneira a que os componentes fiquem nivelados. Lembre-se de usar óculos de segurança nestes procedimentos.

Diferencial traseiro: esta foto mostra um diferencial traseiro com vazamento. O diferencial no BMW X5 E53 pode exibir vazamentos em poucos lugares como, os retentores dos eixos, o retentor do flange de entrada e da tampa traseira. Quando se procura por um vazamento, siga o fluido até a parte limpa (seta amarela). Isto usualmente indica o local do vazamento. No caso desta figura, o vazamento vem da tampa traseira. O diferencial dianteiro pode vazar nos mesmos lugares. Sempre siga o fluido até o ponto mais limpo para isolar o retentor defeituoso.


Diferencial traseiro: para verificar o nível do fluido do diferencial traseiro, utilize uma chave Allen 14 mm, remova o bujão de abastecimento (seta verde). O fluido deverá estar no lado inferior do furo do bujão de enchimento. Corrija o nível de fluido se for necessário. Sugerimos antes de substituir o fluido do diferencial, remover o bujão de abastecimento antes de remover o bujão de escoamento, pois se o de abastecimento não sair ou estiver danificado, teremos um problema , até que o bujão de abastecimento seja removido. Para substituir o fluido, utilize uma chave Allen 14 mm para remover o bujão de abastecimento (seta verde).

Diferencial traseiro: a seguir, utilizando uma chave Allen 14 mm remova o tampão de dreno do diferencial (seta verde). Drene o fluido em um recipiente adequado. O container deve ser capaz de conter pelo menos 2 litros. Com o fluido completamente drenado, reinstale o tampão de dreno com uma nova junta e aperte-o com um torque de 60 Nm.

Diferencial traseiro: aplique fluido no furo de abastecimento (seta verde) até que ele comece a Escorrer. Permita que o fluido pare de pingar ou pingue lentamente, e então reinstale o bujão de abastecimento e aperte-o com um torque de 60 Nm. Uma vez executado este passo, conduza o veículo por alguns minutos e inspecione o diferencial traseiro quanto a possíveis vazamentos.

CARLOS NAPOLETANO Diretor Técnico da Aptta Brasil www.apttabrasil.com

DIFERENCIAL DIANTEIRO

Remova a proteção inferior. Para verificar o nível de fluido do diferencial dianteiro, utilize uma chave Allen 14 mm e remova o bujão de abastecimento (seta verde). O fluido estará no nível quando estiver rente ao furo de abastecimento do diferencial. Complete o nível se necessário. Certifique-se que o bujão de abastecimento saia livremente antes de abrir o bujão de dreno. Se o bujão de abastecimento estiver preso ou engripado, e o óleo já tiver sido removido, teremos um grande problema. O veiculo estará imobilizado até que o bujão de abastecimento saia. Para substituir o fluido, utilize uma chave Allen 14 mm para remover o bujão de abastecimento (seta verde).

A seguir, utilizando uma chave Allen 14 mm, remova o bujão de dreno do diferencial dianteiro (seta verde). Drene o fluido aparando-o em um recipiente adequado, de pelo menos 2 litros de capacidade. Uma que o fluido tenha sido drenado completamente, reinstale o bujão de dreno com uma nova junta e aperte-o com um torque de 60 Nm.




TRANSMISSÃO / TROCA DO FLUIDO A localização dos bujões de abastecimento e dreno estão indicados na foto. A seta vermelha aponta o bujão de abastecimento da caixa de transferência, enquanto que a seta azul indica o bujão de dreno.

Utilizando uma bomba manual (seta verde), aplique o fluido recomendado no furo do bujão de abastecimento (seta amarela) até que ele comece a escorrer pelo furo. Permita que o fluido pare de pingar ou pingue bem lentamente e então reinstale o bujão de abastecimento, apertando-o com um torque de 60 Nm. A foto mostra o bujão de abastecimento conforme visto do lado esquerdo do veículo. O bujão de abastecimento está próximo ao semieixo dianteiro esquerdo, próximo ao subframe. Terminado este procedimento, conduza o veículo por alguns minutos e inspecione o diferencial dianteiro quanto a possíveis vazamentos. CAIXA DE TRANSFERÊNCIA A caixa de transferência do BMW X5 está localizada na parte traseira da transmissão. Ela transfere torque da transmissão e divide a tração para as rodas dianteiras e traseiras. A única preocupação do técnico, nos modelos X5 de 2004 em diante, é que como a caixa de transferência é gerenciada por um módulo de controle (On demand), toda vez que se substitui o fluido é necessário proceder a um reset do módulo de comando. De preferência, este reset deve ser efetuado por um escâner BMW original. O fluido recomendado está indicado na primeira página deste boletim. A recomendação é substituir o fluido da caixa de transferência a cada 100.000 quilômetros no máximo ou a cada 4 anos se o veículo permanecer muito tempo parado. Durante o procedimento de substituição do fluido, use sempre óculos de proteção e luvas. Dê a correta destinação aos fluidos usados atendendo à legislação ambiental vigente.

18 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Levante o veículo e deixe-o perfeitamente nivelado. Remova as proteções inferiores do veiculo. Verifique se o bujão de abastecimento sai facilmente antes de drenar o fluido. Utilize para soltar o bujão uma chave combinada de 17 mm.

Remova o bujão de abastecimento e guarde-o em um local seguro. Descarte a arruela de vedação. Ela deverá ser substituída.


Posicione um recipiente adequado embaixo da caixa de transferênciae remova o bujão de dreno utilizando uma chave combinada 17 mm. Descarte a arruela de vedação pois ela deverá ser substituída. Permita que o fluido drene completamente. Uma vez drenado, reinstale o bujão de dreno com uma nova arruela de vedação e aperte-o com um torque de 60 Nm.

Abasteça com fluido especificado até que o o nível esteja alinhado com a parte superior do furo de abastecimento ou até que vaze ligeiramente pelo furo. (veja destaque).

Uma vez abastecido, instale e aperte o bujão de abastecimento com um torque de 60 Nm. Certifique-se de substituir a arruela de vedação. Em modelos mais novos (2004 em diante), execute o procedimento de adaptação (reset) do módulo de controle da caixa.


ELÉTRICA / COMPONENTES

COMPONENTES ELETROELETRÔNICOS, O BARATO QUE SAI CARO!!! Amigo reparador, tudo bem? Vamos para mais uma edição cheia de informações técnicas e situações reais do dia a dia na oficina. Este mês, trataremos da seguinte situação: O BARATO QUE SAI CARO!

Já trouxemos em edições anteriores, informações de prejuízos por aquisição de peças de má qualidade, sem garantias e até falsificadas. Mas agora, temos um caso que extrapolou os limites aceitáveis, se é que podemos dizer, ser aceitável trabalhar com produtos ruins. De antemão, precisamos esclarecer uma afirmação de um amigo leitor, que ao ver o spoiler da matéria no Instagram, afirmou:

A Ford por exemplo, trazia o EDGE, FUSION,e recentemente passou a importar e comercializar o MUSTANG, que são veículos Premium e MuscleCar. E estes compartilhavam mecânica, eletroeletrônica com montadoras como Jaguar, Land Rover, Volvo, marcas que pertenceram a Ford. O mesmo acontece com a VW, AUDI, PORSCHE, entre outras. Bem, esclarecida a situação, vamos para o tema de nossa matéria;

20 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Professor de manutenção automotiva, graduado em Produção Mecânica Industrial, Mecatrônica Automotiva, Pós Graduado em Engenharia de Manutenção Automotiva, atua na reparação automotiva há 34 anos, proprietário da General Tech, Oficina de linha Premium em Uberaba MG.

extrair o máximo de informações) O motor apresentou cheiro estranho e fumaça no cofre, mas não acendeu luz de temperatura, luz de pressão de óleo e nem temperatura alta no painel. Antes disso, o mesmo havia baixado nível de fluído do arrefecimento, ao ser levado a um auto elétrico, identificaram que o eletro-ventilador não funcionava. Foi feito a substituição do Módulo de Controle do Sistema de Arrefecimento.

“O BARATO QUE SAI CARO!”

Recebemos em nossa oficina, um veículo no guincho, cujo, o mesmo, havia sofrido superaquecimento. Após a substituição, percebia-se que ao chegar em com veículo e estaciona-lo, que o barulho do motor estava diferente, passando pela frente do veículo percebia um vento soprando quente do motor para frente.

“SE FOSSE PELO MENOS UMA MARCA PREMIUM...”

As montadoras, todas elas, tem em sua linha veículos Premium. No Brasil acostumamos enxergar os veículos das tradicionais como Ford, Fiat, GM, VW, como veículos comuns, claro que sempre foi a oferta para nosso mercado. Porém, todas elas, tem em seu portifólio a Linha Premium, que chegam a nosso país como importados.

LEANDRO MARCO

Veículo:

DEFEITO Relato do cliente (sempre devemos ouvir o cliente com atenção e

DIAGNÓSTICO Ao realizar um teste inicial com scanner na função: Teste Ativo (atuadores), identificamos que o eletro-ventilador soprava para frente, ou seja, invertido, pois o correto e puxar o ar de fora forçando a passagem pelo condensador e radiador no sentido do motor.



ELÉTRICA / COMPONENTES Após identificar a falha do módulo, verificamos que havia contaminação do óleo lubrificante com líquido de arrefecimento. Realizamos um teste de vazão de cilindros e não foi identificado que a junta de cabeçote estava queimada. Porém, o sistema de arrefecimento do motor 3.5 V6 Duratec da FORD, trabalha com a bomba d’água interna, banhada a óleo, tocada pela corrente comando de sincronismo do motor.

3- Bronzinas (casquilhos) fixas e móveis, corroídas

Salientando que, para acesso a todo o sistema, é necessário remover o motor sobre banda descendo o conjunto, suspensão, agregado, transmissão e motor, e assim desmembrá-lo do conjunto.

A mesma tem duas válvulas de segurança, que se rompe ao ter uma elevação de temperatura que sobe a pressão, evitando a queima de junta do cabeçote. Para chegar até a bomba e confirmar o rompimento das válvulas de segurança, é preciso remover a tampa de válvulas de ambos os cabeçotes, e a tampa frontal da corrente de sincronismo.

4-Pistão e cilindros com corrosão

Motor desmontado, metrologia realizada e relatório dos danos: 1-Cabeçotes danificados sem condições de retífica

Por fim, feito todas as análises mecânicas e orçamento, chegamos ao valor do reparo. Ele ultrapassa 100 mil reais a retífica completa! COMO ASSIM?

Ao remover a tampa de válvulas, identificamos que os eixos comandos apresentavam sinais de corrosão, retirando os mancais dos eixos, confirmamos o desgaste. 22 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

2- Eixos Comandos (04), corroídos

Este motor conforme informação da rede de concessionária FORD, foi descontinuado, verificamos em mais de 5 estados em suas capitais, fora as redes de cidades em nosso entorno, e a mesma resposta nos foi repassada:


Conforme o relato e orçamento apresentado pelo cliente, foi adquirido um módulo vendido em um dos sites de maior e-comerce conhecido, por R$750,00, quase 10% do valor original. Mas a falta de qualidade e garantia do módulo custou o motor do veículo.

módulos de controles, conjunto de turbos e muitas outras tecnologias, NÃO INSTALE peças sem procedência, sem garantia real. Compre peças de fornecedores com lojas físicas, marcas homologadas pelas montadoras e de renome. O e-comerce, está cheio de peças falsas, de baixa qualidade, etc. Fato comprovados por várias oficinas neste país. Explique a seu cliente estas condições, não compre ou revenda este tipo de componente, pois nós reparadores somos responsáveis pelos serviços que prestamos. Confira no site do fabricante das peças, sobre garantia, um grande exemplo de qualidade vemos em Indústrias como a MTE-THOMSON, DELPHI, BOSCH, NIDEC, MONROE, cujas páginas trazem com transparência sua política de garantia.

FIQUE ATENTO: Os veículos atuais, sejam eles da linha Premium ou populares, estão cheios de eletrônica embarcada,

Até a próxima edição, um forte abraço a todos que promovem a mobilidade com qualidade e eficiência na reparação automotiva!

não existe mais para venda. O motor do modelo a partir de 2011 a 2014, encontra-se por R$ 45 mil reais, porém ele é diferente e não compatível com o sistema do veículo. O conjunto, módulo eletro-ventilador original FORD, custa R$7.956,00. O módulo comprado no e-comerce custou apenas um motor completo! O BARATO QUE SAI CARO:

A lista completa de peças para realização de um reparo correto, com peças Genuínas, encontradas em concessionárias espalhadas pelo país, e algumas sendo importadas dos EUA, o valor incluindo um conjunto Módulo e Eletro-ventilador, chegou a soma que ultrapassa os 100 mil reais. Um Motor novo para este modelo 2009, conforme a imagem disponibilizada pela rede autorizada,

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MOTOR / INSTALAÇÃO DE VÁLVULAS

Texto técnico Motorservice/ Foto: Divulgação

DICAS PARA A CORRETA INSTALAÇÃO DAS VÁLVULAS DO CABEÇOTE Para a instalação do conjunto completo das válvulas e componentes é necessário verificar o diâmetro da guia de válvula com súbito interno

A

s válvulas do cabeçote são responsáveis pela vedação da câmara de combustão, por controlar a troca dos gases no motor e pela dissipação do calor através do cabeçote. Elas desempenham importante papel no motor do veículo, por isso, é fundamental observar alguns cuidados na hora da manutenção. Para a instalação do conjunto completo das válvulas e componentes, ou seja, as guias, molas prato e travas, inicialmente, é necessário verificar o diâmetro da guia de válvula com súbito interno, considerando as especificações do fabricante. Antes da instalação, é preciso verificar algumas características dimensionais das válvulas do cabeçote, que podem ser comparadas com as válvulas usadas, como, por exemplo, o comprimento total da válvula, 24 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

o diâmetro da cabeça, o diâmetro da haste, o ângulo de assentamento e o tipo de chaveta para as travas. Nas válvulas usadas, é importante se atentar para aos danos por impactos nas regiões de assentamento e extremidade da haste. Em seguida, basta verificar o comprimento total da válvula, o diâmetro da cabeça, o diâmetro da haste, o ângulo de assentamento, o tipo de chaveta para as trava, e a concentricidade da superfície dos assentos de válvulas com prisma e relógio comparador. Travas devem ser sempre substituídas, bem como válvulas deformadas Para a instalação do conjunto completo das válvulas e componentes (guias, molas prato e travas), inicialmente, é necessário verificar o diâmetro da guia de válvula com súbito interno, considerando as especificações do fabricante.


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Caso a folga seja excessiva, a válvula ou a guia podem estar desgastadas e devem ser substituídas. Se a folga for insuficiente, a guia de válvula deverá ser retificada. Depois verifique a altura da válvula em relação à face do cabeçote, seguindo as especificações do fabricante. Em seguida, deve ser feito o teste de estanqueidade da válvula. Em caso de vazamento a sede do cabeçote deve ser retificada ou efetuar o assentamento da válvula. Também é necessário lubrificar as hastes da válvula e deslizar as vedações usando bucha protetora lubrificada. Empurre as vedações da haste nas guias utilizando ferramenta de encaixe adequada.

As molas são pressionadas pela ferramenta junto com o prato para inserir as metades das travas de forma que sejam colocadas nas ranhuras. É obrigatória a verificação das molas quanto ao comprimento, angularidade e tensão, seguindo recomendações do fabricante. Deve ser usado um dispositivo para medir a tensão, pressão ou carga das molas.

Mais Informações: MOTORSERVICE www.ms-motorservice.com.br Suporte técnico: 0800 721 7878


MERCADO / PRODUÇÃO DE VEÍCULOS

Por: Edison Ragassi/ Foto: Divulgação

Emplacamento e produção de veículos

O

A produção de veículos e os emplacamentos aumentaram em fevereiro, mas em relação ao ano passado a queda é significativa

s emplacamentos de automóveis e comerciais leves novos cresceram mais de 3% no mês de fevereiro de 2022, isso comparado a janeiro. Segundo levantamento da FENABRAVE (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Com apenas 19 dias úteis, mais de 120 mil unidades foram comercializadas, ante as 116 mil de janeiro, o que para o Presidente da entidade, José Maurício Andreta Jr., é “uma acomodação do mercado”, apesar das dificuldades ainda existentes, como a alta dos juros e a maior seletividade no crédito. A entidade também divulgou que o balanço do primeiro bimestre de 2022, para todos os segmentos automotivos em geral, apontou queda de 13% sobre igual período de 2021. O setor, como um todo, ainda sofre com a falta de peças e componentes para alguns modelos, além da queda da renda da população, do aumento dos juros e da maior seletividade no crédito continuarem impactando a recuperação do mercado no Brasil.

De acordo com dados da Federação que representa as concessionárias, os emplacamentos retraíram 5,6%, em relação a janeiro de 2021, e 10%, na comparação com fevereiro do ano passado. “Vemos segmentos, como o de automóveis, que mostraram recuperação, mas, vivemos, ainda, um momento complexo para o setor, no qual muitos têm enfrentado dificuldades para conseguir crédito, além de persistir a escassez de produtos em muitas categorias de veículos, em função da falta de insumos e componentes. Isso freia o avanço das vendas”, disse o presidente da FENABRAVE, Andreta Jr. No total, o emplacamento de automóveis somou 97.590 unidades e os comerciais leves 22.602 unidades. Os caminhões chegaram a 7.961 emplacamentos, enquanto que os ônibus somaram 1.123 modelos vendidos. Ao comparar com fevereiro de 2021 a queda foi de 24,03% nas vendas de automóveis e comerciais leves e pequena retração de 0,61% nas vendas de ônibus e caminhões.


DECRETO DO GOVERNO FEDERAL REGULARIZA REDUÇÃO DO IPI PARA AUTOMÓVEIS O Decreto Federal nº 10.979, anunciado pelo Ministério da Economia, promoveu uma redução de 18,5% na alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) incidente em veículos. A redução varia conforme a eficiência energética e incide sobre as alíquotas constantes na TIPI (Tabela de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados), que diferencia os veículos por cilindrada e peso, entre outras características. Esta resolução fará com que os preços dos automóveis baixem e por isso os dirigentes da entidade que agrega as concessionárias estão otimistas. A expectativa é de que no mês de maço as vendas sejam ainda maiores. INDÚSTRIA COM AUMENTO DISCRETO Depois de um primeiro mês mais fraco, a indústria automobilística apresentou discreta melhora nos indicadores em fevereiro, de acordo com o balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA). Mesmo com um dia útil a menos, a produção de 165,9

mil unidades cresceu 14,1% em relação a janeiro. O primeiro bimestre do ano tem desempenho 21,7% inferior ao do mesmo período de 2021, quando não havia uma crise de abastecimento de semicondutores, nem mesmo uma variante tão contagiosa da Covid-19 como a ômicron, que recentemente afastou muitos funcionários da linha de montagem. “As notícias de que o IPI automotivo estava prestes a ser reduzido fizeram com que muitos clientes adiassem a concretização do negócio”, explica o Presidente da ANFAVEA, Luiz Carlos Moraes. “Esperamos uma boa reação do mercado em março, um mês mais longo, sem feriados, com vários modelos com preços reduzidos nas lojas e historicamente mais aquecido que janeiro e fevereiro”. O resultado mais expressivo foi alcançado com as exportações, com 41,4 mil unidades enviadas a outros países, 49,6% a mais que em janeiro e 25,4% superior a fevereiro de 2021. No acumulado do bimestre, os embarques cresceram 17,3% sobre igual período do ano passado, num esforço das empresas para cumprir contratos atrasados por conta da pandemia e das quebras na cadeia logística.


por: Edison Ragassi / Fotos: Divulgação

SABRINA CARBONE ASSUME GERÊNCIA Com 34 anos de experiência em marketing e há 16 atuando na Nakata, a executiva Sabrina Carbone, passa a ser gerente de marketing da divisão Fras-le. Nesta nova função ela irá atuar com as marcas Fras-le, Controil, Fremax, Jurid e a própria Nakata. Formada em comunicação social com ênfase em marketing, tem MBA em administração.

NOVO CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO VOX A Vox inaugurou em Guarulhos (SP), um novo centro de distribuição o qual ampliará a capacidade de estoque da marca, e reduzirá o tempo necessário para atender as redes de distribuidores. “A Vox tem mais de 20 anos de mercado, e este é mais um passo que confirma o crescimento da empresa tanto no mercado brasileiro quanto latino-americano”, afirma Wagner Vieira, diretor comercial da empresa que tem um portfólio aproximado de 1.000 produtos.

NOVO PRESIDENTE NA SUMITOMO RUBBER DO BRASIL A Sumitomo Rubber do Brasil, empresa detentora das marcas Dunlop, Falken e Sumitomo no país, está sob novo comando. Desde o início de fevereiro, Hisaya Kamohara assumiu a vaga deixada por Yoshinori Wakitani, que retorna ao Japão. Hisaya Kamohara está há sete anos na filial brasileira e ocupava o posto de Diretor Administrativo e Planejamento Corporativo. Agora, o executivo acumula a função junto com a presidência da empresa. A expectativa é ampliar a linha de produção de pneus para veículos leves e pesados até 2025.

ARTEB FORNECE FARÓIS DO NOVO C3 Previsto para ser lançado este ano, o novo Citroën C3 2022 tem entre as novidades o desenho marcante dos faróis e lanternas, os quais são fornecidos pela ARTEB. O novo compacto do Grupo Stellantis tem visual de SUV e será oferecido com dois tipos de iluminação, uma que utiliza lâmpada e outra com LED. As lanternas traseiras, também da marca ARTEB, possuem duas versões, ambas com lâmpadas, mas com diferenças no visual, sendo uma delas com design diferenciado para uma assinatura especial do modelo.

28 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

RANDON COMEMORA RESULTADOS

As empresas Randon encerram 2021 com resultados recordes na história da companhia. A receita líquida do ano registrou crescimento de 67% se comparado a 2020, alcançando R$ 9,1 bilhões. O EBITDA consolidado foi de R$ 1,3 bilhão, com margem 14,7%, crescimento de 11% se comparado com 2020. Já o lucro líquido alcançou R$ 697,9 milhões em 2021, 5% superior ao ano anterior.


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por: Edison Ragassi / Fotos: Divulgação

RUMO A EMISSÃO ZERO

A ZF firmou acordo de cooperação com a Polestar, empresa fundada pela sueca Volvo e a chinesa Geely, para desenvolver um carro de passeio totalmente neutro em termos de emissões e pronto para produção em 2030. A fabricante de veículos elétricos está atualmente formando uma colaboração entre fornecedores da indústria automotiva, instituições de pesquisa, start-ups, investidores, organizações governamentais e não governamentais. O “Projeto Polestar 0” se concentra na prevenção real de emissões, e não na compensação por meio da compra de créditos de emissões. Esta é a primeira iniciativa abrangente desse tipo.

MAHLE AMPLIA A FÁBRICA MAHLE Filtros América do Sul ampliou a fábrica de filtros em Mogi Guaçu (SP). O espaço de 1.320 m² vai produzir filtros de óleo spin-on e atender o mercado pós-venda de reposição e montadoras, com o objetivo de melhorar os prazos nas entregas para os clientes. Para a produção, as matérias primas e componentes serão prioritariamente nacionais, garantindo uma independência das importadas. Para a ampliação, a MAHLE investiu mais de 10 milhões em novas máquinas e equipamentos para a linha de produção.

DELPHI AMPLIA A LINHA DE COMPRESSORES DE AR-CONDICIONADO A Delphi Technologies Aftermarket lança 25 novas aplicações de compressores que atendem, principalmente, as montadoras Volkswagen, Audi e Renault. O componente é considerado o coração do ar-condicionado, pois ele garante que o líquido refrigerante circule, o que possibilita a troca e a dissipação do calor nos momentos adequados. Ou seja, um problema no compressor pode comprometer todo o processo de refrigeração do veículo.

PRIMEIRO ANO POSITIVO QUÍMICOS EM ALTA A Usiquímica registrou em 2021 aumento de participação na maioria de seus produtos, como ácido fluorídrico e a linha de amônia e derivados e também o Arla-32. No total a empresa divulga que cresceu 30%, ou seja, o melhor desempenho dos últimos anos, inclusive 2019, antes da pandemia. A indústria química é uma das principais fabricantes do Arla-32 e espera manter os bons resultados nesse segmento. Para isso irá lançar campanha de conscientização sobre a importância da qualidade do produto para manter o bom funcionamento do motor e do sistema de exaustão, além de evitar aumento de emissão de poluentes.

30 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Formada em 17 de janeiro de 2021, a Stellantis N.V. Grupo fruto da fusão entre os grupos PSA e Fiat Chrysler Automobiles (FCA) divulgou resultados recordes relativos a 2021. O balanço global do grupo mostra receita líquida de € 152 bilhões, com alta de 14% em relação a período anterior equivalente. O lucro operacional ajustado quase dobrou para € 18 bilhões, com margem de 11,8% e todos os segmentos tendo desempenhos lucrativos. O lucro líquido alcançou € 13,4 bilhões, quase triplicando ano a ano.




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