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NO V - NUMERO 51 - FEVEREIRO 80
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDUSTRIA GRÁFICA
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EM REVISTA
REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Existem 86 maneiras de alguém perder a visão por lesão na córnea. Mas só uma maneira de recuperar essa visão: um transplante de córnea. Todos nós podemos precisar de um transplante de córnea, um dia.Todos nós devemos ser doadores do Banco de Olhos, hoje. N. Nim
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EM REVISTA
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Orgão oficial da Associação Brasileira da Indústria Gráfica Regional do Estado de São Paulo Registrada no 2.° Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Comarca da Capital do Estado de São Paulo, República Federativa do Brasil, sob número de ordem 915, no livro B, n.° 02
Capa: Cria9SO e Arte-final: Francisco Carlos Stocker Fotolitos: alunos da Escola SENAI "Theobaldo De Nigris"
da Matrícula de Oficinas Impressoras, Jornais e outros periódicos. Publicação registrada no Departamento de Polícia Federal — Divisão de Censura de Diversões Públicas de São Paulo sob n.° 1.517-P, 209/73. Diretor Responsável: Rubens Amat Ferreira
Sumário Editorial
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Cartas
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Produtor: Maria Lirio Sampaio
Princípios de Desenvolvimento Econômico
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OLAF LEU — "Comunicação visual arte ou técnica?"
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Jornalista Responsável: René Santini Filho MTPS 1203
6.8 turma de técnicos em Artes Gráficas
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Boicote ã URSS: Técnico afirma que EUA não pressionarão Brasil
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Diagrarnador: Valter Trevisan
ABIGRAF/SIGESP — Ministro Centurion, no Paraguai, visita a casa da Indústria Paulista
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Consultores Técnicos: Drausio Basile Thomaz Frank Caspary
Nossa Impressão
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FIESP/CIESP — IRS Entrega na FIESP Prêmio "Arquiteto Henrique Mindlin"
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Colaboradores: Luiz Carlos Cunha Vieira Weiss SENAI - ABTG - FIESP
Bolsa de Máquinas
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SENAI — Senai recebe prédio-sede em caráter definitivo e homenageia De Nigris
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FLASHES — A Heidelberg desenvolveu novo sistema de registro
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JURÍDICO — Fiscal e Comercial
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JURÍDICO — Civil e Administrativo
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Regionais da ABIGRAF
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Delegados no Estado de São Paulo
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Diretor Editor: Rose Maria Priolli
Circulação: Benedicto Lopes dos Santos Composição Gráfica: Cooperadora Gráfica Ltda. Impressão: Priolli & Cia. Ltda. Redação e Administração: Rua Marquês de Itu, 70 - 12.° andar Fones: 231-4733 - 231-4143 - 231-4923 e 231-4353 End. Teleg.: "ABIGRAF" - CP 7815
2/1980
ABIGRAF EM REVISTA — ANO V — N.° 51 — fevereiro de 1980 Publicação mensal distribuída aos empresários gráficos e afins 3
Os dias de dúvidas já passaram. Quem não possui fotocomposicão tem que pa rtir para ela. Quem já tem, precisará de equipamento mais sofisticado para uma maior e melhor produção. ANNEEMENnak
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sistema de fotocomposição: pode ser alimentado através de seu teclado direto, ou por fita de papel, ou por discos magnéticos. Tem um poderoso sub-sistema de Correção, com um Video que pode mostrar em sua tela até 1.920 caracteres (em 24 linhas de 80 caracteres, ou 48 de 40 caracteres, ou até mesmo dois diferentes textos). Os textos, depois de corrigidos e editados, podem ser arquivados em discos magnéticos para futura utilização; até dois discos podem ser operados ao mesmo tempo, pois o Linoterm, pela sua avançada tecnologia, permite que se execute dois trabalhos diferentes simultaneamente (por exemplo: correção de um texto, enquanto outro
texto já corrigido, editado e armazenado em disco esteja sendo fotocomposto). A unidade de fotocomposição pode ter duas diferentes configurações: a do Linoterm-Standard, que é exatamente igual à já conhecida Linocomp II (17 linhas por minuto) e a do Linoterm-High Speed (50 linhas por minuto e justificação com hifenação automática igual à da VIP). Ambas podem trabalhar com programa de unidades de largura de 1/54 do "M", com 4 fontes individuais de tipos, além de inúmeras outras revolucionárias características destinadas a facilitar e dinamizar as operações de composição gráfica!
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editorial
Sempre é tempo de reflexão ão devemos pensar apenas em melhorias, quando está tudo mal, mas, isso deve ser uma preocupação constante, não somente em termos de avanços tecnológicos, mas, também em termos politicos e sociais. Infelizmente, quando o homem vê envolvido suas bases culturais, na adaptação as novas realidades, apenas consegue se confundir totalmente. Uns parecem querer regredir para a Idade Média e outros progredir para o século XXII e a grande maioria vive um conflito de identidade entre esses dois grupos barulhentos. Certamente, este é o quadro que vivemos entre chamados conservadores, progressistas e o centro, representado normalmente pela classe média, cuja única preocupação é, poder perder aquilo que foi conquistado a duras penas, portanto, só reage contra a liderança da situação, quando se vê ameaçado. O mundo atual, na velocidade que estão sendo criados novos conhecimentos, não tem mais lugar para esse tipo de atitudes. 8 o final de dogmas politicos e socias, pois, esses, pela razão, não conseguem mais sobreviver uma única década. 8 o tempo da reflexão constante, do equilíbrio, do progresso gradativo e harmonioso. Temos de deixar de pertencer a alguma coisa, para sermos alguma coisa, ou melhor, para encontrarmos uma identidade individual e social, sem radicalismo, procurando o caminho da paz e do progresso. E deixamos claro, que o progresso não se resume nas conquistas técnico-científicas, mas, no conhecimento geral do homem, no equilíbrio e na harmonia social, transformando as novidades específicas em progresso genérico. Desta forma, as nossas bases culturais deixarão de ser uma ameaça ou de constituir o último refúgio, para assumir um papel construtivo na nossa vida social. Nada é absoluto no conhecimento humano. Desde que o homem surgiu •há progresso. Portanto, apenas uma coisa é certa: o progresso é a mola propulsora do homem. Em outros termos, podemos dizer, que o homem sempre se confronta com um enigma: o desconhecido. E, enquanto existem coisas a descobrir o homem está fadado ao progresso. A reflexão é o anti-dogma. Se estamos preocupados com o progresso do país, não o conseguiremos com frases pré-fabricadas, com slogans vazios, com atitudes inflexíveis, nem com soluções casuísticas, nem com soluções de algibeira. Cada problema tem suas particularidades e, portanto, suas soluções específicas. O mundo é um só e o progresso é um só, adaptado ao "modus vivendi" de cada nação, cada grupo e cada indivíduo. Isso é, as preferências se distinguem, mas os conhecimentos têm aspectos universais. Está na hora de deixarmos de ser revolucionários e contra-revolucionários, ditadores e subjugados, comunistas e anti-comunistas, capitalistas e anti-capitalistas, pa2/ 1980
trões e empregados, governantes e governados, situacionistas e opositores. Está na hora de refletir, portanto, de criar e não de assumir posições que já recebemos prémastigados ou que estamos seguindo por pura tradição ou porque não sabemos mais nos adaptar as novas realidades. Está na hora de refletir e agir conforme a razão. Não queremos dizer com isto, que todos os homens são iguais. A nossa opinião é exatamente o contrário, a que todos os homens são diferentes, inclusive em potencial de aptidões físicas e mentais. No entanto, todos estes homens devem ter os mesmos direitos e as mesmas oportunidades, além de uma garantia minima de condições de vida, garantia essa, mínima no sentido de possibilitar a qualquer cidadão desfrutar as oportunidades existentes. Com tal mentalidade podemos construir uma sociedade em harmonia, na qual, novamente, as diferenças naturais do homem se reduzem a um mínimo. Essas formas sociais podem ser conseguidas por vários meios, no entanto, todas elas devem ter uma coisa em comum: manter uma certa competição e os estímulos necessários, para que o homem pratique o progresso de forma natural. Certamente, as nações ainda não conseguiram chegar a tal ponto de perfeição e muitos países estão bastante longe dele. No entanto, pelo menos devem existir os planos para trabalhar neste sentido, sem ter que copiar um ou outro modelo existente ou praticar uma ou outra ideologia, mas sim, encontrar um caminho genuino, conforme os problemas específicos. Todo e qualquer grupo dentro de uma nação é uma parcela importante para seu progresso. Portanto, o caminho natural não é a confrontação, mas, a colaboração mútua, baseada, normalmente, em vantagens recíprocas. Nenhum grupo, portanto, deve forçar medidas conforme suas necessidades apenas, porém, encaixá-las nas necessidades globais da nação. Isso aparentemente é difícil de ser realizado. Realmente, principalmente em países com problemas estruturais, é penoso identificar o bem comum. No entanto, no mínimo deve existir a boa vontade e a pré-disposição, em trabalhar para um progresso global, no indivíduo e no grupo. Certamente, essas dificuldades aparentes teriam suas soluções garantidas, sem sobressaltos e extremismos, para o bem comum de uma nação, se todos tivessem o costume de refletir. Neste sentido, estamos apresentando, nesta edição, um artigo sobre problemas básicos do desenvolvimento. As conclusões apresentadas, não são verdades absolutas, mas, apenas contribuições do nosso ponto de vista, para levar à reflexão um segmento extremamente importante na nossa sociedade: a indústria gráfica. Peter Reohl
cartas
Prezados Senhores:
Prezados Senhores:
Prezados Senhores:
Parabenizamos a Diretoria da ABIGRAF Regional do Estado de São Paulo fazendo votos de que sejam desenvolvidos e atingidos todos objetivos visados, no sentido de maior fortalecimento do parque industrial gráfico, colocando-nos a sua disposição. Sem mais para o momento subscrevemo-nos, atenciosamente,
Para o fim de divulgação junto aos associados dessa conceituada entidade, comunicamos que pelo Ato Declaratório n.° 653/79, do Sr. Coordenador do Sistema de Tributação, o Depósito Alfandegado Público da Cia. Nacional de Armazéns Gerais Alfandegados, localizado A. Av. Alexandre Mackenzie, 850, na Capital de São Paulo (Bairro Industrial de Jaguaré),
Atendendo solicitação de uma de nossas clientes, estamos levando a efeito uma pesquisa de mercado sobre publicações. Essa cliente, uma companhia Européia, pretende fazer uma campanha promocional de caráter bastante institucional para o nome e os produtos de sua empresa, e fomos solicitados a fazer uma pesquisa nos vários veículos que poderiam servir a esse propósito. Por essa razão estamos interessados em receber informações sobre a revista "ABI GRAF". Estamos particularmente interessados em receber:
Archimedes Curvelo de Almeida Presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado da Bahia Prezado Senhor Presidente: Em nossas mãos a Circular n.° 22/79, Corn que V. Sas., nos honraram com a comunicação da eleição em 7 de dezembro de 79 de nova Diretoria da ABIGRAF Regional de São Paulo. Ao ensejo, formulamos os nossos melhores votos de pleno êxito da novel Diretoria e demais membros na ingente tarefa de conduzir os destinos dessa Associação e que, consiga levar a bom termo os encargos restantes da Diretoria anterior, lado a lado com os novos já assumidos. Aproveitamos a ocasião, para renovar a V. Sas., e dignos membros da Diretoria, Conselho Fiscal e respectivos Suplentes, os nossos elevados protestos de distinta consideração atenciosamente, Roberto Correa Lima Diretor Presidente Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado da Guanabara Rua Miguel Couto, 131 - 7.° - RJ RIO DE JANEIRO - RJ
foi autorizado a receber mercadorias importadas e transportadas por empresas habilitadas ao transporte rodoviário internacional (caminhões, roll
on-roll off, containers), passando assim, a operar como terminal Rodoviário Alfandegado. Sem mais, valemo-nos de ensejo para reiterar a V. Sas., nossos protestos de elevada consideração.
Atenciosamente Cia. Nacional de Armazéns Gerais Alf andegados Avenida São Sebastião, 1750 São Sebastião
Informações sobre tiragem e distribuição Um perfil dos leitores Lista de preços para 1980 Um exemplar da publicação Solicitamos a V. Sas., assim, a gentileza de enviar as informações para a nossa Caixa Postal.
Prezado Senhor, 8 com maior satisfação que renovamos a V. Sas., e aos companheiros da nova Diretoria dessa Regional, eleita para o triênio 1979/82, as nossas congratulações assim como votos de feliz e profícua gestão. Com os nossos cordiais cumprimentos, reafirmamos os protestos do maior apreço e consideração.
Apreciamos também a visita de uma representante, , mas apenas mais tarde, quando entraremos em contato com V. Sas. Caso sejam necessárias maiores informações, solicitamos a gentileza de contatar-nos no telefone 288-6645. Antecipadamente apresentamos nossos melhores agradecimentos pela colaboração prestada e firmamo-nos,
Francisco da Silva Villela Presidente em Exercício
Cordialmente, Frederico B. Schonau
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Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
Made= do Brasil Rua Peixoto Gomide, 581 - Cj. 141 ABIGRAF EM REVISTA
Princípios
de desenvolvimento econômico Peter (Continuação do n.° anterior) 06. Desenvolvimento e Educação
E amplamente conhecido, que a educação é um fator importante no desenvolvimento de um pals. Novas funções exigem novos conhecimentos, que necessitam ser transmitidos. Mas, não só isso, pois, para conseguir impor um maior desenvolvimento, a população, ou, pelo menos, uma parte da população, deve estar espiritual e materialmente preparada. Um homem desprovido do conhecer, não procura novos fins. Assim, o maior impecilho no desenvolvimento de um pals, é o povo ignorante, que, devido it falta de conhecimentos, não tem aspirações. Sem aspirações não existem impulsos para mudar uma situação vigente,
Pais
População em Milhares
mais efetiva, as diferenças de produtividade setorial existentes na economia e, a possibilidade de utilização mais eficiente dos fatores de produção. O fator relevante da educação no desenvolvimento é assinalado por uma série de cientistas. Assim, Aukrast calculou, que o crescimento econômico da Noruega, nos anos de 1.900 a 1.955, igual à uma média de 3,46%, teve contribuição de 1,88%, atribuida h educação e ao progresso técnico. Denison fez cálculos semelhantes para os Estados Unidos e chegou it conclusão, que 0,67% do aumento do produto real médio do ano, eram representadas pela educação, de uma média total de 2,93%. Até que ponto a educação é representativa no grau de subdeesnvolvimento de um país, pode-se verificar pelo alto índice de analfabetismo e, dentro do sistema educacional, a baixa percentagem de alunos que vão além do curso primário.
e, sem estes impulsos, não haverá desenvolvimento. Um dos grandes problemas dos países subdesenvolvidos é a acumulação de capital. Ora, a educação significa investimento no capital humano. Economicamente, encontramos dois efeitos principais na acumulação do capital humano. O primeiro seria o aumento da produtividade da mão de obra, que reflete num aumento relativo do salário real, um benefício primordialmente individual dos investimentos em educação, e que são responsáveis pelo incentivo em permanecer anos adicionais na escola. O segundo efeito pode ser chamado de alocativo, isto é, existe um maior acesso as fontes informativas, aliadas a uma maior possibilidade de transformar essas informações em matéria prima de grande valor econômico, que, resumindo teria duas conseqüências: aumento da mobilidade do fator trabalho, que passa a explorar, de maneira
Alfabetização em milhares
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Curso Swum:166o
Curso Primário
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Relação
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Professores em Milhares
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Bolivia
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Angola
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21,1
Etiópia
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0,8
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37,6
Senegal
3.200
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RAU
26.700
6.675
25
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8,7
385
1,4
62
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Ceilão
10.200
7.140
70
1.961
19,2
n.d.
n.d.
60
32,6
440.000
105.600
24
25.965
5,7
7.602
1,7
710
35,1
Paquistão
94.700
14.205
15
4.227
4,4
1.337
1,4
117
36,1
Marrocos
920
7,6
33
2,5
18
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2
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1,5
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Argentina
India
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3,5
27,6
12.000
1.800
15
Togo
1.500
75-150
5-10
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Haiti
3.500
350
10
218
6,2
12
0,3
4
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México
35.700
20.092
56
4.372
12,2
209
0,6
103
42,4
Panamá
1.100
770
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146
13,3
31
2,8
5
29,2
Fonte: Divisão de Estatística e Relatórios, U. S. Agency for Interna ional Development, março de 1962; dados de 1961 2/1980
PRINCÍPIOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
••••••••1
Na tabela retro citada, podemos observar, de maneira geral, uma baixa taxa de alfabetização. Nos casos, em que esta taxa
for superior, encontramos países, onde, realmente, existe um esforço maior para o desenvolvimento. No entanto, não deve ser sobrestimada tal taxa. Saber ler e escrever é uma condição necessária para melhorar as condições de desenvolvimento, porém, pouco adianta se paralelamente não se melhoram, também, as condições econômicas, para que a melhoria deste capital humano, efetivamente, seja transformado em fatores de produção. Só com a educação aumenta, evidentemente, a criatividade e a capacidade empresarial, que constituem fatores importantes para o desenvolvimento. Porém, é necessário existir alguma coisa onde tais predisposições possam ser aplicadas. Embora o homem, com uma melhor base educacional, possa criar condições novas, devemos ter em mente que: a) deve existir capital para os empreendimentos; b) que a sua falta possa desistimular a procura por educação ou c) que se educa para países já mais avançados em forma de êxodo de cientistas e técnicos, etc. Investimento em capital humano significa um sacrifício social, portanto, o desembolso para este fim, deve ser feito racionalmente. E necessário, não só a preocupação na melhoria do capital humano, como
também, em criação de empregos, para que as melhores condições individuais, encontrem possibilidades de aplicação. E, de certa forma, até contra-producente, investir demais na educação e negligenciar, assim, os outros fatores de produção. Em países de baixo grau de desenvolvimento, como já dito, é normal, o reduzido capital e o pequeno poder de investimento. Portanto, nada mais lógico, do que a preocupação em distribuir, as baixas disponibilidades, racionalmente, procurando o deesnvolvimento a um custo social mais baixo possível. Em resumo, o investimento público em educacão deve ser o suficiente e o necessário para gaarntir o preenchimento racional dos empregos existentes e, que, por ventura, devam ser criados. Procedendo desta maneira, a melhor educação terá vantagens pessoais, principalmente, proporcionando melhores salários. Assim, a procura por melhor educação deve aumentar. Inicialmente, com muita probabilidade, não vai muito além de uma caça por diplomas, mas, em certo ponto, o mercado de oferta de trabalho, por si só, será mais seletivo e mais exigente. De tal forma podemos afirmar, que na educação, quando bem encaminhada, observando a relação oferta de trabalho e nível de educação, o próprio mercado de trabalho será um fator para a melhoria da educação, portanto, pressionando um maior grau de desen-
volvimento à procura de melhores salários condições de trabalho. Quando o desenvolvimento oferece condições gerais melhores para uma educação mais apurada, a
procura por ela aumenta devido à maior utilidade e aos maiores benefícios. Foi a Economia, que introduziu uma variável na análise da educação, antes praticamente inexistente, a variável quantitativa o refinamento do conceito de custo de educação. Os educadores, por definição, não vão além de uma preocupação qualitativa do ensino. Graças a Economia, surgiram as preocupações com outras variáveis importantes, as análises quantitativas do ensino, custo e retorno de investimento. Concordamos, que, principalmente, em países com baixo grau de desenvolvimento, tal problemática é de extrema importância, para idealizar os investimentos a um custo social mais baixo possível. No entanto, vem aqui uma crítica contra uma verdadeira invasão dos economistas na educação e uma certa distorção da opinião pública. Com dados quantitativos procura-se convencer sobre os efeitos da educação, observando a tabela retro, verificamos quão alta é a variância numa função desenvolvimento e educação, entre os dados quantitativos nos diversos países. E, são estes os dados que mais são divulgados. Uma análise qualitativa do ensino, mas, também, do custo e disponibilidade de equipamentos, podemos
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PRINCÍPIOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO ..••••••
encontrar na relação de alunos por professor. conhecido o problema, de formar professores, em condições qualitativas, em quantidades suficientes, que o desenvolvimento exige. Igual aos grãos de trigo que retemos para semente, uma certa quantidade de alunos, em condições qualitativas melhores deve retornar As escolas como professores. Em primeiro lugar, os países subdesenvolvidos, poucas condições oferecem de formar professores bons em quantidades suficientes, e quando realmente conseguem, já existem outras atividades desenvolvidas, que, devido a melhores salários tiram os professores das escolas. A qualidade do ensino, no entanto, implica em fatores de produção melhor aproveitada. Voltamos a ressaltar, que a quantidade de alunos formados, pouco diz sobre seu aproveitamento real e, que uma análise puramente econômica também, não se deve ater única e exclusivamente h quantidade, seja então, por motivos somente propagandísticos, isto é, deve-se ter o máximo de cuidado em evitar um desperdício de alunos, cuja formação nem individualmente, nem socialmente é aproveitada. A quantidade de alunos freqüentando cursos primários, secundários ou superiores, é relativo de país para país. Assim, quando tivermos uma população jovem, um alto índice de crescimento demográfico para alcançarmos toda a população no ensino primário, a percentagem de freqüência tem que ser maior do que em países com menor crescimento demográfico. O ensino secundário e superior já depende mais do grau de desenvolvimento do país, até onde são necessárias pessoas com conhecimentos mais aprofundados. Vale aqui, tirar uma comparação entre a Alemanha e o Brasil por volta de 1.960, quando os dois países tiveram, aproximadamente, o mesmo número de matrículas superiores. O que temos de ressaltar sobre tal fato é, que ainda existe uma outra categoria de ensino, a formação profissional, normalmente pouco difundida nos países subdesenvolvidos. Muitos dos alunos saindo das faculdades, preenchem cargos, que em outros países estão destinados apenas a técnicos, os quais, nos países subdesenvolvidos são formados nas próprias empresas, da maneira como se tornam necessários, aproveitando as pessoas com nível geral já formado, portanto, b., pessoas cuja instrução deve ser de menor custo possível. Além disso, é de levantar, que nos países subdesenvolvidos, a maioria das faculdades se dirigem ao ensino de ciências humanas, e poucas a ciências exatas, menos ainda práticas, como engenharia, medicina, etc. No entanto, tal situação é um sintoma de países subdesenvolvidos, porém, não deve ser encarado como uma forma errada do sistema educacional. O ensino formal em países subdesenvolvidos, muitas vezes, é mais importante do que o ensino material, pois, este último somente encontrará aplicação de maneira que existem empregos respectivos, enquanto o primeiro oge permite uma mobilidade e adaptabilidade maior dos fatores de produção. Um país subdesenvolvido, A procura do seu cami2/1980
nho, dificilmente poderá prever a necessidade de mão de obra especializada, portanto, encontra-se em vantagem, poder contar com boa mobilidade dos seus fatores de produção, isso significa, um ensino formal aplicado não somente As escolas superiores, mas dentro das possibilidades também nas escolas primárias e secundárias e na forma de ensino superior mesmo de ciências exatas. Voltando ao ponto de qualidade de ensino encontramos um outro problema pela frente: Os sistemas educacionais, por definição, são conservadores, se opondo a alterações proporcionais As exigências do desenvolvimento. Mas ainda, podemos verificar que são muitas vezes reacionários e, no mínimo, progressistas. Isso é natural, assinalando, que a maioria dos professores recebem uma formação, a qual, com muito mais dificuldade se adapta a novas situações, do que o aluno, ainda a ser formado. A oposição A alterações na estrutura social é comum. O meio de vida, da forma como é conhecido, oferece uma certa segurança ao indivíduo e as modificações trazem incertezas. Desta forma existe, de certa maneira, um medo A liberdade na sociedade, liberdade que possa levar a meditar sobre a necessidade de adaptações e alterações, apenas a liberdade própria de reflexão, contra qualquer situação de liberalismo, que é apenas uma expressão patológica da sociedade. Tais preocupações exigem que os professores, ou por iniciativa própria ou por intermédio das instituições públicas, recebam constantemente diretrizes sobre as novas exigências no ensino. Conjugando os pontos de enfoque da Economia e da Educação, podemos definir duas preocupações básicas: a) a qualidade do ensino e o equipamento e pessoal para mantê-lo; b) a quantidade de ensino e os investimentos necessários otimizados. As duas preocupações são evidentemente, extremamente entreligadas. E mais problema dos educadores definirem, qual o sistema educacional adequado As necessidades, o equipamento exigido para poder ministrar as aulas com eficiência, como salas de aula, livros, e outros materiais educacionais e definir as exigências feitas aos professores, em questão de sua qualificação e a constante realimentação dos novos dados, novos sistemas de ensino, materiais educacionais e controle qualitativos das aulas. O economista encontra sua preocupação mais na quantidade dos alunos, nos diversos níveis, para atender A demanda do mercado de trabalho, de mão de obra mais ou menos especializada, assim, como delimitar os tipos de cursos superiores mais necessários, ensino profissional especializado, dado por escolas profissionais ou pelas próprias empresas e a maneira mais eficiente de investir na educação, esperando retornos mais rápidos possíveis e mais eficientes. Desde que haja um entrosamento perfeito uma preocupação sincera sobre as melhores formas de ensino, entre economistas educadores, podemos esperar, que o sistema educacional adquira aspectos ótimos para o desenvolvimento. Já tendo analisado os aspectos quantitativos, até que ponto evidenciam o grau
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PRINCÍPIOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
4.0.11
de desenvolvimento de um país falta demonstrar a entreligação entre desenvolvimento e qualidade de ensino. Baseando-se nas idéias de C. E. Beeby, podemos dividir desenvolvimento da educação em quatro etapas: Primeira Etapa: Encontramos professores mal instruídos e sem treinamento. O sistema educacional mal vai além de preocupação com a alfabetização e curso primário. Observamos desorganização, utilização de símbolos sem significado próprio, e conteúdos de matérias muito limitadas. Os padrões de ensino são baixos e a memorização das matérias é tido como extremamente importante. O sistema educacional não apresenta metas. Segunda Etapa: Os professores ainda são mal instruídos, mas, já receberam algum treinamento. Surgem as primeiras escolas secundárias com algum significado e encontramos indícios de escolas superiores, embora dirigidas exclusivamente para o campo de ciências humanas, como filosofia direito. O sistema educacional já é organizado, porém, os símbolos continuam com significado limitado. Os roteiros e os métodos de ensino são rígidos, com nenhuma flexibilidade, baseados numa preocupação de uma melhor maneira de ensino. Encontramos livros didáticos esparsos, ênfase na inspeção das aulas e uma disciplina rígida e externa. Salienta-se muito a memorização e a vida emocional dos alunos, em grande parte, é ignorada. Existem metas, embora restritas e não progressivas, muitas vezes copiadas de modelos externos, porém, seguindo os modelos de uma vida social rígida. Terceira Etapa: Os professores são melhor instruídos e treinados. O sistema educacional já abrange as escolas secundárias e o ensino superior ganha seu primeiro significado, embora limitado a necessidade preementes e surgem as primeiras formas de ensino especializado e profissionalizante. As metas ainda são semelhantes it segunda etapa, porém, alcançados com mais eficiência, com mais ênfase no significado, mas, ainda bastante tênue e formal. Os roteiros de ensino e os livros didáticos são menos restritivos embora, os professores ainda hesitem em usar maior liberdade. O sistema de exames da escola, muitas vezes, restringe a experimentação. A sala de aula ainda apresenta pouca importância â vida emocional individual. As metas são aparentemente claras, porém, constantemente revistas e emendadas e estabelece-se uma certa confusão perante a vida social. Quarta Etapa: Encontramos profess ores bem instruídos e bem treinados. O sistema educacional abrange todos os níveis de ensino, da alfabetização até a escola superior e o ensino especializado e profissionalizante é bem desenvolvido. Acentuase o significado e a compreensão das coisas. O currículo é mais amplo e existe uma variedade maior em conteúdo e em métodos. Cuida-se das diferenças individuais e os métodos de atividade são baseados na solução do problema e na atividade criadora. Os testes de avaliação são internos e a disciplina é solta e positiva. Aceita-se a vida emocional individual e o sentido estético e intelectual das coisas lo
prejudicados estes, por falta de uma in-
ganha significado. A educação está baseada numa relação mais íntima com a sociedade e conta com edifícios e equipamentos essenciais melhores. As metas são claramente definidas, no entanto, flexíveis. As quatro etapas, evidentemente, não necessitam se desenvolver da mesma maneira em todos os países. Certas características nacionais e formas de sociedade podem alterar determinados traços os quais, nas quatro etapas, porém, podem ser tidos como genéricos e guia do comportamento educacional em suas fases de desenvolvimento. Outro caso a considerar é, que o sistema educacional já pode ter adquirido certas características da etapa posterior, embora ainda prevaleçam as da etapa anterior, principalmente nas fases transitórias. Além disso, os países, necessariamente levam um certo tempo para passar nitidamente de uma etapa para outra, porém, vale ressaltar, que tais espaços de tempo, dificilmente, podem ser determinados, nem por aproximação, ao contrário, que devem variar, sensivelmente em tempo espaço, isto é, nos tempos atuais podemos esperar que sucedam com mais rapidez, como, também, devem variar de pats para país, conforme o esforço feito para
fraestrutura educacional adequada. O desenvolvimento econômico é feito pelo homem e para o homem, e, portanto, não
chegaremos a um desenvolvimento eficaz, sem desenvolver o homem.
07. Desenvolvimento e Expansão Demográfica O homem, como dito, é fator de producão dentro de um sistema econômico, isto é, devemos separar entre o homem que produz efetivamente e o que não produz, o qual novamente pode ser subdividido em pertencente as faixas produtiva, pré-produtiva e pós-produtiva. Portanto, o homem tem utilidade econômica, desde que produz; o restante da população deve ser considerado um ônus para a Economia. Porém, é mister, sermos cautelosos na análise de tais fatores. Analisaremos a seguir algumas estatísticas.
A tabela que se segue, relaciona a pro-
jeção da população da India, para o ano de 1971, em faixas etárias e por sexo. Tal
desenvolvimento.
Em resumo podemos dizer que o grau de desenvolvimento é extremamente influenciado pela educação ou vice-versa. Temos, no entanto, de tomar cuidado na análise puramente quantitativa, que no fundo pouco expressa, mas sim, na qualidade do sistema educacional e, até que ponto consegue dar uma instrução adequada, relacionada ao nível de desenvolvimento a acompanhar. O que, por exemplo, adiantou aos índios o esforço dos jesuitas de ensinar latim a eles? Verificamos, como é difícil, em países subdesenvolvidos, de dar uma instrução quantitativa e qualitativa, eficientemente, e como, por causa disso, entra neste particular a análise econômica, para determinar um investimento otimizado, sem prejudicar outros fatores de produção, nem que sejam
GRUPOS ETÁRIOS 00 - 05 anos 05 - 10 anos 10 - 15 anos 15 - 20 anos 20 - 25 anos 25 - 30 anos 30 - 35 anos 35 - 40 anos 40 - 45 anos 45 - 50 anos 50 - 55 anos 55 - 60 anos 60 - 65 anos 65 - 70 anos 70 - 75 anos + 75 anos TOTAL
HOMENS
distribuição pode ser considerada modelo para um país subdesenvolvido. Se nós considerarmos a idade de 15 a 60 anos como faixa produtiva do homem, verificamos que aproximadamente 53,1% da população estão em idade produtiva, 41% em idade pré-produtiva e 5,8% em idade pós-produtiva, portanto a Economia tem que absorver 46,9% de população ociosa. Isto, naturalmente, esclusivamente nos números, pois uma grande parte das mulheres pode ser considerada como economicamente não ativa, além de problemas típicos de subemprego e desemprego da mão de obra. Situação que, pelo rápido crescimento populacional, ainda tende a se agravar, ao contrário dos países mais desenvolvidos, que costumam apresentar uma distribuição etária mais uniforme, concentrando-se uma percentagem maior na idade produtiva e pós-produtiva e uma percentagem menor na idade pré-produtiva. MULHERES
Total I 000 Habilatoes
Total
16,180 13,410 11,520 9,770 8,300 7,270 6,440 5,640 4,930 4,240 3,570 2,920 2,290 1,680 1,100 0,740
86.400 71.200 61.000 51.600 43.900 38.700 34.500 30.400 26.500 22.800 19.090 15.470 11.950 8.610 5.570 4.310
16,245 13,385 11,500 9,700 8,255 7,275 6,485 5,710 4,985 4,285 3,585 2,905 2,285 1,620 1,040 0,810
100,00
532.000
100,000
1.000Habs.
(Y0
1.000Habs.
%
43.700 35.800 30.600 25.800 22.000 19.500 17.500 15.500 13.500 11.600 9.660 7.750 5.900 4.180 2.650 2.360
16,310 13,360 11,420 9,630 8,210 7,280 6,530 5,780 5,040 4,330 3,600 2,890 2,200 1,560 0,980 0,880
42.700 35.400 30.400 25.800 21.900 19.200 17.000 14.900 13.000 11.200 9.430 7.720 6.050 4.430 2.920 1.950
268.000
100,000
264.000
Fonte: A. Coale e C. Hoover População e Desenvolvimento Econômico. ABIGRAF EM REVISTA
nowl
PRINCÍPIOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Estilizando a distribuição etária em pirâmides populacionais simplificadas teríamos, entre países de baixo e de alto grau
de desenvolvimento urna figuração como segue:
Analisando agora ,mais uma vez, a tabela do capítulo 6, sobre o grau de escolaridade nos diversos países, chegamos ainda a outras conclusões sobre os problemas relaESQUEMA SIMPLIFICADO DE PIRÂMIDES POPULACIONAIS tivos entre um país de baixo e de alto grau de desenvolvimento comparado a questões demográficas. Observamos que proporcional ao grau de desenvolvimento aumenta o tempo de estudo das pessoas, portanto, a idade ativa, em contraposição, inicia com idade mais avançada e, pela alta esperança de vida, existe uma população pós-produtiva maior a sustentar. Ao contrário dos países de baixo grau de desenvolvimento surgem problemas contrários, por falta de mão de obra, porém, a melhor instrução proporciona uma produO ANOS tividade individual maior e a tecnologia 15A1)(0 GRAU DE DESENVOLVJMENTO ALTO GRAU DE DEsENvOLVIMEIV10 avançada é capaz de compensar uma parte desta falta de mão de obra, além de uma Como observamos a base das pirâmides conclusão que os países em alto grau de utilização maior da mão de obra feminina. No entanto, nossa abordagem tem a fiapresentam níveis de crescimento populadesenvolvimento, tem emus populacional cional bastante diversos, e a redução po- pré-produtivo bastante mais baixo e pós- nalidade de demonstrar a expansão demográfica como fator influente no desenpulacional, também, diferente, que leva a produtivo mais alto: volvimento. Já tivemos a oportunidade de CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO demonstrar o rápido crescimento populacional dos países subdesenvolvidos e muita gente vê nas elevadas taxas de natalidade e de mortalidade, não somente o indício, mas a própria causa do subdesevolvimento, POPULACZO CALCULADA em MILE-1365 uma vez que o crescimento demográfico dificilmente consegue acompanhar o crescipa'. 4910 4S60 mento econômico. Isso, porém, seria simplificar demais o problema. SuBDESFWVOL ViD0.5 4380 4130 3 50 Antes de uma difusão generalizada, pelo DESENVOLWDO5 580 645 65 mundo, da medicina e da higiene mantinham um certo equilíbrio, mantendo, desPA f5Er, DESENVOLVIDO5 sa maneira uma população quase estagnada PAÍSES SuBDESENVOLVIDOS nos países subdesenvolvidos. A introdução _ _ TURG U IA de uma medicina e de uma higiene mesmo . . GuATEAIALA rudimentar, provocaram uma redução acenFILIPINAS _ . _ tuada na mortalidade. Em contrapartida, a natalidade se manteve em níveis elevados, que provocou uma elevada taxa de cresciFonte: An Act for International Development, A Summary Presentation, funho de 1961, mento populacional. para o ano fiscal de 1962, pág. 58. Existem, no entanto, sérias divergências sobre os efeitos deste crescimento demográESPERANÇA DE VIDA fico no desenvolvimento econômico e, realmente, pelo menos devemos atribuirlhe uma certa relatividade. Assim, J. M. Albertini defende no seu livro "Les Mecanismes du Sous - Développement" 1 idéias, que freqüentemente podemos ouvir, 70 defendendo o crescimento demográfico. Diz ele: "a um nível técnico igual, a potência econômica de um país é proporcional bp' ao número de braços no trabalho. Além disso, a juventude da população constitui 50 um fator importante no dinamismo de uma 40 nação... E preciso admitir, entretanto, que 38 35 mesmo sendo necessário, a limitação dos '50 nascimentos não se identifica com o desenvolvimento. Ela constitui, com freqüên2o cia, mais uma conseqüência do desenvolvimento, que a sua causa. De fato: 10 Uma baixa da taxa de natalidade não ter(' incidência sobre os investimentos, sePAI -5E5 não vinte ou trinta anos depois. A um ,7r1 ir> nível muito baixo de desenvolvimento, as 2 infraestruturas a construir continuam as o e. mesmas. PEm certos países, o próprio subpovoamento é uma causa de subdesenvolvimento. Fonte: An Act for International Development, A Summary Presentation, junho de 1961, J. M. Albertine — Les Mecanismes du Souspara o ano fiscal de 1962, pág. 65. Développement, Les Editions Ouvriares, Paris, 1967 ' 0.1
2/1980
11
PRINCÍPIOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Certas regiões da Africa e da América Latina poderiam ser melhor valorizadas, se fossem mais povoadas. E evidente que os problemas demográficos destes países não podem ser tratados da mesma maneira que os de certos deltas asiáticos. 3. Enfim, e principalmente, é preciso não esquecer que a queda da taxa de natalidade, quaisquer que sejam os métodos empregados, está vinculada a toda uma transformação da mentalidade: libertação da mulher, tomada de consciência das necessidades da criança, espírito de domínio da natureza. Sem esta transformação sociológica, as medidas, dirigidas no sentido de decréscimo da natalidade, correm o risco de levar a fracassos. As campanhas de controle dos nascimentos devem sempre vir acompanhadas de campanhas de educação e de promoção da mulher". Antes de darmos uma resposta its proposições dadas por Albertini, é interessante vermos algumas estatísticas: ( 1 ) Observamos, que de maneira geral, os países mais desenvolvidos apresentam taxas de formação de capital bastante mais elevados que os países subdesenvolvidos, ainda considerando, que estas taxas incidem sobre um PNB bastante mais baixo, portanto, o aumento relativo é mais baixo. (2 ) Fica claro, que as rendas per capita, dos países em alto grau de desenvolvimento são sensivelmente mais altos que nos países subdesenvolvidos, com algumas exceções, onde, porém, sempre podemos verificar uma péssima distribuição de rendas. Esta maior renda per capita é um efeito de um crescimento econômico superior ao crescimento populacional. ( 3 ) Os valores ao lado demonstram claramente o distanciamento dos países desenvolvidos comparando com os subdesenvolvidos, mesmo, quando o distanciamento percentual iguala, o distanciamento em valor real aumenta. Assim, admitindo-se a relatividade do termo desenvolvimento (aquilo que hoje é desenvolvido, amanhã já não é mais), os países subdesenvolvidos, embora, possam a conseguir, lentamente, introduzir algumas melhorias, o que, porém, não reflete em nada a felicidade do povo. Podemos concluir, que realmente não existe uma relação direta entre desenvolvimento e densidade demográfica, pois, encontramos, normalmente, tanto densidades altas e baixas em países desenvolvidos e em países subdesenvolvidos. O valor quantitativo do fator humano, portanto, é um dado que deve sem manejado com extremo cuidado, pois, deve ter sua influência relativa ao país e seu comportamento histórico. ( 4) Assim, se o trend, entre 1.960 a 1.970, de um crescimento econômico de aproximadamente 4% e um crescimento populacional de 1%, nos países desenvolvidos e o crescimento econômico de aproximadamente 5% e um crescimento populacional de 2% nos países subdesenvolvidos, se confirma ao longo dos tempos, isso significa, que os dois grupos dobrariam seu produto real em 24 anos. De tal modo, os países 12
( 1 ) FORMAÇÃO DE CAPITAL FIXO EM % DO PRODUTO NACIONAL BRUTO Países Subdesenvolvidos
Países Desenvolvidos Canadá (1963) França (1963) Alemanha (1963) Estados Unidos (1963) Inglaterra (1963)
22 20 25 16 16
México (1963) Marrocos (1962) Nigéria (1957) Filipinas (1963) Peru (1960)
14 10 12 13 17
Fonte: Annuaire Statisque, Nações Unidas, 1964. ( 2 RENDA NACIONAL PER CAPITA NOS GRANDES CON/UNTOS GEO-ECONOMICOS EM 1971 )
Países Desenvolvidos Europa Ocidental Oceania Estados Unidos Canadá Japão Africa do Sul Bloco Comunista U.R S S Europa Oriental
US$ 1.472 1.513 2.790 2.048 613 598 986 825
US$ 167 211 199
China Coréia do Norte Vietnam do Norte Países Subdesenvolvidos Africa América Latina Asia Europa Oriente Médio
164 425 154 501 257
Fonte: Rosenstein - Rodan
(3 )
PRODUTO INTERNO BRUTO DOS PAISES NÃO COMUNISTAS trYo Per Capita
Total em Bilhões US$ Per Capita em US$ 1950
1960
1970
1950
1970 1950-60
1960
1320,0 1080 1410 1825 130 159 261,0 105 511,5 750,3 1059,0 975 1280 1666
Países desenvolv. 621,8 920,1 110,3
Países Subdesen.
Distanciamento
169,8
2,7 2,2 0,5
1955-60
1960-63
2,1 2,1
3,1 1,5 1,6
O
(1-2)
Fonte: J. M. Albertini, Les Mecanismes du Sous-Devéloppement (Os valores para 1970 foram estimados). (4)
DENSIDADES DEMOGRÁFICAS EM DIVERSOS PAISES (Habitantes por km2 em 1970) Países Subdesenvolvidos
Países Desenvolvidos
232,0 1,6 20,8 21,6 275,9 10,3 17,3
Alemanha Ocidental
Austrália Canadá Estados Unidos
Japão Nova Zelândia
Suécia
( 5 )
4,4 120,0 164,2 158,8 75,3 115,1 5,7
Bolivia Filipinas Haiti India
Indonésia Paquistão Paraguai
TEMPO NECESSÁRIO À DUPLICAÇÃO DE RENDA PER CAPITA EM ANOS Taxa de Crescimento do Produto Real
Taxa de Crescimento
Demográfico
4%
5%
6%
7%
8%
1,0% 15% 2,0% 2,5% 3,0%
24 28
18 20 24
14 16 18 21 24 24
12 13 14 16 18 21
10 11 12 13 15 16
35%
36
48 72 144
29 36 48
9%
10%
9
8
10
9
10 12 12
9 10 11
13
11
Fonte: M. H. Simonsen, Brasil, 2002. ABIGRAF EM REVISTA
PRINCÍPIOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 11111■■•
desenvolvidos, no ano 1.994 devem obter uma renda per capita de US$ 3650 e os subdesenvolvidos de US$ 318, isto é, a diferença de US$ 1666 passará para o dobro de US$ 3332. ( 5 ) Quando se diz que a um nível técnico igual, a potência econômica de um país proporcional ao número de braços no trabalho, encontramos uma análise apenas parcial, pois, não foi dito que, também, a produtividade desta mão de obra tem que ser igual e, que, para cada braço a mais, deve existir o capital necessário para que seja w. convenientemente empregado. Outrossim, uma população jovem não é dinâmica, só pelo fato de ser jovem, mas, o dinamismo é, em primeira linha, um fator do estado físico-psicológico individual, fortemente influenciado por um processo social, principalmente de educação. Evidentemente, podemos atribuir A juventude melhor predisposição do que a pessoas mais idosas, porém, tal predisposição necessita ser desenvolvida. Uma alta taxa de natalidade significa uma juventude numerosa, e, portanto, uma alta percentagem de pessoas não produtivas. Ora, até, uma certa idade terá que se investir nesta população, para alimentá-la e educá-la, e sabemos, como isto é difícil nos países em baixo grau de desenvolvimento. Cada criança a mais significa investimento, investimento que muitas vezes não está disponível. O capital é escasso e a sua formação é baixa. No entanto, o crescimento vertiginoso da população sig-
nifica mais salas de aula, mais assistência social, mais alimentos e a criação constante de mais empregos, portanto mais investimentos, cujos retornos certamente serão lentos. A problemática é, que infelizmente, são difíceis os países com tecnologia igual e muito freqüentes aqueles com tecnologia baixa, além de outros fatores sociais e de produção em níveis muito baixos, muitas vezes aquém da possibilidade de garantir ao povo inteiro até os simples meios de subsistência. Se a intenção não apenas, criar uma reserva de mão de obra barata, deve-se dar certas condições A população. pulação. Não podemos esperar boa produtividade de pessoas doentes, subnutridas e sem ou pouca educação. Além disso, não adianta termos pessoas em condições ideais, se não somos capazes de darmos as condições necessárias com salários adequados para empregá-los. Não por nada é conhecida a evasão de técnicos e cientistas de países pouco desenvolvidos para os mais desenvolvidos, mesmo sendo estes representantes de uma classe esparsa e privilegiada em seus países. Ademais, além das condições fisiológicas necessárias, para desenvolver e manter um bom tonus vital, e a possibilidade de empregar-se, é preciso, que a educação vá além da alfabetização e o primário, mas, as escolas secundárias, profissionais e superiores devem ser desenvolvidas, para transmitir conhecimentos, a fim de que este tonus vital seja transformado em produtividade, sem os desperdí-
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cios que a baixa escolaridade proporciona. Isto é, deve-se investir em educação de forma que traga resultados econômicos. Uma situação difícil de encontrar em países subdesenvolvidos, assim, o crescimento demográfico rápido dos povos subdesenvolvidos é penoso de definir como fator posi tivo de crescimento econômico, ao contrário, muitas vezes é um fator negativo. Já admitindo que certa vez será necessário pensar em limitação do crescimento populacional, encontramos uma contradição na afirmação posterior que ela não se identifica com o desenvolvimento, mas, constitui, com freqüência, mais uma conseqüência do que uma causa. Se precisarmos limitar a população, é um sinal que o desenvolvimento não foi o suficiente para fazê-lo, portanto, a conseqüência não é tão evidente. E certo, que as taxas de natalidade costumam ser muito elevadas em países subdesenvolvidos, porém, os desenvolvidos também não apresentam taxas constantes surgem variações imprevistas. Assim Rostow observa que nos Estados Unidos crescimento populacional entre 1.960 a 1.970, foi mais acentuada do que entre 1.950 a 1.960, fatores que podem ser atribuidos a um maior tempo de lazer e um crescente otimismo na sociedade diante as possibilidades futuras. Além do mais, a limitação espontânea é um ato de consciência diante da vida e não fator de uma maior industrialização, mas, sim um fator de educação. A limitação espontânea da expansão demográfica é uma questão da
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PRINCÍPIOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO filosofia diante a vida. Não é a industrialização, mas, a filosofia que leva a tais atitudes e a industrialização. Na situação atual, neste sentido, é uma atitude puramente materialista. E que o homem percebeu que mais uma vida significa a redução da renda per capita, pelo menos em termos familiais, e, querendo dar a esta vida novas condições ideais, significa investimentos, que serão tirados dos recursos próprios. Porque não limitar o crescimento demográfico, antes que se torne uma ameaça. O homem é necessário para produzir, mas, cada homem a mais pode significar um custo social adicional. Assim, para esses homens a aplicação do controle demográfico é uma questão racional para uma vida melhor nossa e a sobrevivência dos nossos filhos. Uma baixa taxa de natalidade, ao contrário de J. M. Albertini, terá incidências imediatas sobre os investimentos pois é, um absurdo afirmar que a em nível baixo de desenvolvimento, as infraestruturas, a construir continuam as mesmas. Ao contrário, quanto menor o desenvolvimento, tanto maior deve ser o esforço de investir na infraestrutura. E certo observar, que isso não 6. feito, mas, estamos analisando o que deve ser feito e não o que é feito. Um crescimento populacional menor tem a seu favor a redução imediata de investimento em educação, assistência médica-social e alimentação, portanto, disponibilidade de capital, que aliás é raro e devia ser administrado com muita atenção e que, assim, pode ser desviado para o desenvolvimento de outros fatores de produção ou para a melhoria efetiva da infraestrutura social, para não ficar correndo atrás do desenvolvimento, mas, realmente se antecipando ao desenvolvimento. Outrossim, é importante observar que, a opinião, de a limitação da população é pouco efetiva pois só traz efeitos vinte a trinta anos depois é bastante supérfluo, pois, realmente, em muitos países subdesenvolvidos as necessidades de um planejamento de desenvolvimento vão além deste prazo. O desenvolvimento sempre exigirá sacrifícios e, não podemos esperar retornos imediatos ou breves. Pensando em desenvolvimento sempre pensamos no futuro. Não vamos deixar de pensar em controlar o crescimento demográfico agora, porque somente daqui a vinte anos encontramos vantagens sobre os investimentos, pois, precisamos criar menos empregos. Se agirmos desta maneira sempre diremos que futuramente temos que tomar alguma providência, até nos defrontarmos diante de um problema quase que insolúvel. Além disso, deve ser preferível conseguir dobrar a renda per capita em 18 e não em 36. Dar o subpovoamento de certas regiões como causa de subdesenvolvimento é até um certo ponto aceitável, porém, analisando as estruturas sociais dos países subdesenvolvidos, não acreditamos, que podemos incrementar o desenvolvimento pelo simples crescimento demográfico. Para explorar estas regiões economicamente não adianta aumentar a população subnutrida e sem educação, para a qual, na verdade, é pouco importante onde estender a sua rede. Tais regiões necessitam de pessoas dinâmicas e 14
com conhecimento, os quais, como já ressaltamos, serão mais difíceis de criar, quanto mais aumenta a população. Um outro fator importante é utilizar tecnologia adequada. Além disso, resta perguntar, até que ponto é realmente necessário desenvolver tais regiões pois, para tal, necessitam de inversão de capital. E realmente, os dados estatísticos não demonstram nenhuma evidência neste sentido. E muito mais provável, que estas regiões, depois de um desenvolvimento das partes mais densamente povoadas serão exploradas com muito mais eficiência e com menos custo social. Sobre a opinião que certas regiões da Africa e da América do Sul poderiam ser mais valorizadas se mais densamente povoadas, só podemos contrapor, que uma política racional de desenvolvimento se preocupa em primeira linha com a valorização do homem e não com a de regiões. Portanto, além das infraestruturas sociais e econômicas, a nossa preocupação principal deve ser levada em melhorar a renda per capita e a distribuição da renda. Isso necessita que nós nos preocupemos, em primeira linha, com as partes do país mais densamente povoadas, e reduzir o divisor, para podermos, com mais eficiência aumentar o denominador. A exploração de terras virgens deve ser atacada, conforme o desenvolvimento o exige. Outro fator importante é a migração dos centros rurais para os urbanos, portanto, se ninguém intervém com eficácia neste problema, antes de nós nos preocuparmos com o preenchimento dos espaços vazios, temos de verificar que o aumento populacional apenas serve para incrementar mais ainda os imensos centros urbanos, nos quais, em poucos anos viverá 80% da população mundial e, que se tendem a aumentar mais em países subdesenvolvidos, portanto, suas condições de vida, agora já insuportáveis, podem ser facilmente imaginados daqui há anos. Além disso, os espaços vazios não precisam do homem, mas, o homem dos espaços vazios. Realmente, concordamos que é muito mais difícil instituir um controle de natalidade num país subdesenvolvido do que num mais desenvolvido, implicando sérios problemas sociais e educacionais. Porém, a dificuldade não é motivo de não implantar tal controle. Em países subdesenvolvidos, tudo é mais difícil. O crescimento demográfico vertiginoso representa um desequilíbrio natural e, é esta linguagem que um homem sem educação melhor entenderá, a explicação pela natureza. O homem mítico soube manter o equilíbrio ecológico pelo instinto e uma certa dose de percepção da natureza, o homem moderno deve consegui-lo pela razão. 08. Desenvolvimento, Educação e Expansão Demográfica
O mundo se defronta, atualmente, mais do que em outros tempos, com problemas sérios. Uma parte destes porblemas são os três tópicos, desenvolvimento, educação e expansão demográfica, do nosso estudo, fatores que além dos seus efeitos individuais, ainda apresentam uma forte interligação.
A realidade nos faz confrontar com fatos pouco animadores. Assim, o mundo apresenta uma péssima distribuição de renda. Aproximadamente, um terço da população concentra em suas mãos mais que dois terços da riqueza, enquanto o restante dos dois terços da população tem que se contentar com menos de um terço. Além disso, a parte mais rica apresenta uma distribuição de renda muito mais equitativa do que a parte mais pobre, um fato que agrava ainda mais a miséria. Assim, podemos definir, que mais ou menos, a metade da população mundial se alimenta mal, muitas vezes, apenas no níel da subsistência. Surge, aqui, a pergunta que, até que ponto podemos considerar esta população como fator de produção. Pelo menos vale a afirmação, que constituiria uma mão de obra ineficiente, com baixo grau de produtividade. Um outro fator é, que a educação, a mais eficiente que seja, para estas pessoas continua falha. A subnutrição dificulta fortemente as habilidades mentais, até ao ponto da debilidade. Portanto, tal pessoal, antes de iniciar a instrução propriamente dita, deve receber uma alimentação adequada, para poder absorver realmente os novos conhecimentos. Querer educar pessoas subnutridas é um investimento mal aplicado, pois ninguém vai se alimentar com as canetas e os livros. Assim, o maior impecilho de dar uma melhor alimentação aos povos subdesenvolvidos, é o crescimento demográfico acentuado. Além do mais, o aumento ta tal da população mundial deixa prever, dentro do proximo século, falta de alimento e matéria prima. Evidentemente, as técnicas sofrerão ao longo do tempo uma melhoria, que implicarão em aumento de produtividade e novas fontes de matéria prima. Porém, a terra tem seus limites e em certo tempo deve chegar a uma saturação. Assim, cada homem a mais significa mais necessidades de alimentos e de matéria prima para satisfazer as suas necessidades e, em contraposição o mesmo homem, necessita de mais escolas, hospitais, carros, vias de comunicação, habitação e fábricas, que reduzem seu espaço vital e as áreas naturais, que, por sua vez, reduz a possibilidade de produzir mais alimentos e matérias primas. Além disso, o aumento populacional aumenta da poluição do meio ambiente, que, por sua vez, reduz a possibilidade de a natureza se reestabelecer, que novamente implica em redução de produção de mais alimentos e matérias primas, além de exigir mais investimentos para salvar o homem da sua própria poluição. Ademais, os fatores anteriormente explicados, serão sentidos tanto em países de alto como de baixo desenvolvimento, porém, principalmente, a falta de matéria prima vai reduzir o crescimento econômico nos países de alto desenvolvimento. Como os países subdesenvolvidos dependem extremamente destes países em termos financeiros e comerciais, serão afetados diretamente no trend de desenvolvimento. Sabemos, que os países subdesenvolvidos fornecem, primordialmente, matéria prima em termos de comércio exterior e a es-
-Howl
v
ABIGRAF EM REVISTA
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PRINCÍPIOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO cassez só pode refletir em preços melhores para os produtos de exportação. Porém, o aumento do preço vai automaticamente, reduzir o consumo, reduzir o crescimento econômico e aumentar a inflação mundial, fatores que se farão sentir, também nos países subdesenvolvidos, por empréstimos e inversões estrangeiras reduzidas e um menor intercâmbio, além que as importações, também, vão crescer de custo, pois, se a matéria prima aumenta de preço, o custo de produtos manufaturados, que utilizam matéria prima, também vão aumentar de preço. A inflação dos países pobres jamais afetou a fartura dos países ricos, mas, a inflação repentina dos ricos agrava agora a penúria dos pobres. Além do mais, confrontámo-nos com uma outra problemática de profundas implicações. O desenvolvimento tem demonstrado um constante avanço para tecnologias mais modernas, com exigências acentuadas sobre a mão de obra, em termos de qualificações e, com uma redução gradativa e sempre mais acentuada da utilização da mão de obra. Tal situação deve ser analisada por dois pontos de vista básicos: 1. 0 avanço das novas tecnologias se torna necessário para se sobrepor a dificuldades crescentes de escassez, aumentando a produtividade para colocação de produtos industrializados e reduzindo a utilização de matérias primas ou passando para matérias primas mais abundantes; 2. As novas tecnologias levam a profundas implicações sociais, principalmente, a curto e médio prazo, em termos do surgimento de novas profissões, o desaparecimento de outras e situações de desemprego ou subemprego, com o conseqüente problema de subsistência ou insatisfação profissional e o preenchimento das horas de lazer; a longo prazo, em termos de programas educacionais. A tecnologia moderna se fundamenta nos resultados das pesquisas científicas e se desenvolve graças à atomização e descentralização dos trabalhos e dos esforços. Toda a alteração na precisão das máquinas, toda a melhoria nos instrumentos de medição, todas as novas conclusões científicas, principalmente da química e da física, se refletem, diretamente, sobre o desenvolvimento da tecnologia. Em conseqüência, o cunho internacional de tal desenvolvimento o conduz a limites desconhecidos, a velocidade sempre maior. Isso levou a reflexões sobre a verdadeira meta da tecnologia. Não há definições claras, apenas análises de sociólogos, filósofos, teólogos e politicos sobre os efeitos positivos ou negativos da tecnologia. E verdade que o mundo, recentemente, da brou sua produção, em menos de cem anos, e está dobrando novamente, em temppo bem mais curto. Sem o desenvolvimento da tecnologia, não teria sido possível absorver todos esses contingentes. E claro, no entanto, que a tecnologia não tem fim em si própria, mas, é apenas efeito dentro do contexto de toda a sociedade. Desta forma, o avanço tecnológico reforça o dilema do aumento populacional. Com uma inra-estrutura educacional já 16
inadequada, temos de correr sempre mais, para proporcionar a uma população sempre maior, técnicas sempre mais avançadas, sem a garantia posterior de emprego. Os investimentos, proporcionalmente, estão gerando sempre menos empregos novos. Se rejeitamos as novas técnicas, a favor de um emprego mais intensivo da mão de obra, sujeitamo-nos a deficiências qualitativas dos nossos produtos e baixos salários para evitar inflações internas e problemas de competição no mercado internacional. Os países desenvolvidos estão encarando esses problemas de forma acentuada, com um crescimento populacional relativamente baixo e elevadas estruturas educacionais, enquanto os países subdesenvolvidos continuam crescendo desmensuradamente, portanto, coin possibilidades sempre mais reduzidas de aliviar seus problemas sociais. Portanto, a base evidente, para que possamos quebrar este círculo vicioso, é uma sadia política demográfica. O desenvolvimento não pode ser encarado como um fator isolado por regiões, mas sim, como necessidade mundial. certo, que cada região, cada país deve achar seus próprios meios, peculiares a uma série de fatores endógenos e exógenos, no entanto, dentro da ampliação das comunicações e do intercâmbio, se tornou uma necessidade mundial. A riqueza das nações depende, em grande parte, do intercâmbio mútuo. A riqueza e os conhecimentos avançados dos nossos vizinhos, são fatores que também favorecem a nós, pois, o relacionamento com nações pobres, pouca vantagem econômica nos pode proporcionar, além, que não podem transmitir-nos novos conhecimentos, portanto, um melhor intercâmbio comercial e cultural. Hoje em dia, convivemos com o mundo inteiro, direta ou indiretamente, portanto, assim não nos pode ser de pouco interesse o que acontece em outras nações. Desta maneira, o desenvolvimento geral no mundo inteiro, não interessa só aos pobres mas sim, também aos países desenvolvidos. Ser rodeado por nações ricas s6 pode constituir um fator positivo, ao contrário, de um nacionalismo fechado, invejoso e inconseqüente, que só traz pra blemas ao mundo e dificulta o desenvolvimento. Além disso, surgem os problemas de paz; o aumento da belicosidade, que proporcionam investimentos supérfluos em armamentos, que poderiam ser muito melhor aplicados. Assim, o primeiro caminho a andar, até nos chamados países desenvolvidos, é proporcionar b. população uma educação mais adequada, que ensina um pouco mais de respeito pelo homem e pela natureza e respeito pela vida, tanto a própria como a de outros. Não queremos ser proféticos, mas, fator fundamental para o desenvolvimento, no mundo atual, é o sentido para a paz um reencontro com os valores naturais. O chamado mundo racional é apenas parcialmente racional, pois, o desenvolvimento é mais científico e tecnológico do que espiritual. Não é justo termos medo das máquinas, pois sim, que o homem não encontre seu destino. Desenvolvimento, portanto, deve ser a valorização do homem, e isto é, principal-
mente conseguido pela educação e o reenquadramento no meio ambiente. No entanto, o crescimento demográfico dificulta a educação e piora as condições ecológicas, dificulta o progresso econômico, tecnológico cultural e piora, assim, as possibilidades para o desenvolvimento, além de proporcionar perspectivas negativas para as nações mais desenvolvidas. O desenvolvimento, a educação e a expansão demográfica são problemas mundiais. Em Economia estudamos profundamente as implicações do equilíbrio e sabemos quão caro pode custar o desequilíbrio. Assim perguntamos, até que ponto mundo suporta o desequilíbrio populacional, o desequilíbrio ecológico, o desequilíbrio social, o desequilíbrio cultural, o desequilíbrio educacional, e desequilíbrio emocional, individual e social e o desequilíbrio econômico, em resumo, desequilíbrio no desenvolvimento e na adaptação aos novos meios?
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APÊNDICE Princípios de Desenvolvimento Econômico "0 QUE OCORRER COM A TERRA, RECAIRÁ SOBRE OS FILHOS DA TERRA. HA UMA LIGAÇÃO EM TUDO".
No ano de 1854, o presidente dos Estados Unidos fez a uma tribo indígena a proposta de comprar grande parte de suas terras, oferecendo, em contrapartida, a concessão de uma outra "reserva". O texto da resposta do Chefe Seatle, distribuído pela ONU (Programa para o Meio Ambiente e aqui publicado ria íntegra, tem sido considerado, através dos tempos, como um dos mais belos e profundos pronunciamentos já feitos a respeito da defesa do meio ambiente. Como é que se pode comprar ou vender céu, o calor da terra? Essa idéia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e brilho da água, como é possível comprá-los? Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência de meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho. Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro e homem — todos pertencem 6. mesma família. Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele ABIGRAF EM REVISTA
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PRINCÍPIOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós. Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrarse de que ela é sagrada, e devem ensinar As suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida de meu povo. O murmúrio das águas é a voz de meus ancestrais. Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos, e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão. Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção da terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem A noite e extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se imports. A sepultura de seus pais e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas, saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto. Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda. Não hi um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o de bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta da vida se um homem não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou debate dos sapos ao redor de uma lagoa, h noite? Eu sou um homem vermelho não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros. O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro — o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda a vida que mantém. O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também recebe seu último suspiro. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta 2/1980
sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados. Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir. Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar. Eu sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que o búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais breve acontece com o homem. HA uma ligação em tudo. Vocês devem ensinar As suas crianças que solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem As suas crianças que ensinamos As nossas, que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer A terra, acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos. Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence ã terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como sangue que une uma família. HA uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo. Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos — e o homem branco poderá vir a descobrir um dia; nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não possível. Ele é o Deus do homem, e Sua compaixão é igual para o homem vermelho e para o homem branco. A terra lhe é preciosa, e ferf-la é desprezar seu criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios desejos. Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos da floresta densa impregnados do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruída por fios que falam. Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a Agua? Desapareceu. E o final da vida e início da sobrevivência. (Tradução — Irina O. Bunning).
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Nasceu em 1936, na República Federal da Alemanha. Iniciou sua vida profissional como aprendiz de tipógrafo, transferindose, aos 18 anos, para Frankfurt-Main, onde trabalhou no Atelier Artístico da Fundação de Tipografia Bauer, tornando-se, três anos depois, assistente do Diretor de Arte de uma grande agência de publicidade. Atualmente é diretor do estúdio gráfico "Olaf Leu Design", em Frankfurter Westend. E autor de inúmeras publicações em revistas especializadas de vários países da Europa, Asia e América, tendo participado em todos eles, de seminários e palestras especializadas sobre "Design". Com 36 exposições de trabalhos seus, 16 dos quais no exterior, tomou parte em concursos nacionais e internacionais de "Design", conquistando, em 1970, a Medalha de Ouro, do Philadelphia Art Directors Club, e a Medalha de Prata, na Bienal Internacional da Gráfica, na TchecoEslováquia. Seminários a estudantes, em 1964, no London College Of Printing, e, em 1968, no Manchester College of Art and Design; em 1975, professor especial de Comunicação Visual, na Universidade do Chile. Fundador e co-fundador das principais galerias gráficas na Alemanha: Frankfurt-am-Main, Stuttgart e Miinchen. sócio do Art Directors Club e do Type Directors Club, de Nova Iorque. 19
COMUNICAÇÃO VISUAL ARTE OU TÉCNICA Uma senhora idosa, uma camponesa, está na estação principal da capital de um estado e estuda a tabela de horário dos trens. Ela quer voltar o mais rápido possível para sua casa. Está em frente ao horário; seus olhos acompanham inquietamente os números: para cima, para baixo; escolhe entre quatro colunas com longas filas de números e com símbolos incompreensíveis. Ai estão números em vermelho, em preto, martelos cruzados (*), palavras escritas só em maiúsculas, e horários, que indicam a chegada e partida de vários trens em coincidência de hora. A velha senhora torna-se cada vez mais impaciente e enfim, deixa a tabela de horários balançando a cabeça, para dirigir-se ao balcão de informações e perguntar pacientemente: "quando e onde parte o trem para a minha cidade?" Ao mais tardar aqui deve ser procurado o princípio da comunicação visual. Se também o relógio da estação estiver sobre a tabela de horários e não longe, lá em cima na entrada da estação; os símbolos e tempos, os lugares de destino e as possibilidades de baldeação estivessem desmembrados claramente, a velha senhora não teria perdido o seu trem, pois enquanto ela se encontrava na fila para perguntar ao funcionário sobre o seu trem, este já partia da estação. Este exemplo, que acontece diariamente em todos os países, deve evidenciar a problemática existente e a necessidade de realização da comunicação visual. Isto não tem muito a haver com arte. Muito mais com lógica e com a técnica disponível. Ai está primeiro a lógica em levar o relógio da estação para a tabela horária, completando-a, pois nem todas as pessoas possuem um relógio de pulso, e nem todos os relógios são exatos. Para a decisão "com qual 'trem" a comparação entre os horários e o tempo é determinante. S6 então posso resolver "este tempo me 6 suficiente" ou "quanto tempo eu ainda tenho". A disposição dos horários na tabela é a segunda resolução lógica. Ai consta primeiro o horário, em seguida o número do trem, o lugar de destino, a plataforma. Alguns trens andam só em determinados dias; alguns são somente de 1•a classe; alguns trens 20
custam uma sobretaxa. Uma abundância de informações. Uma abundância de fontes de erro. Eu deixo a velha senhora e colocome no lugar dos turistas no metrô de Paris. Mandados através de informações orais para os labirintos do escuro subterrâneo, com quatro possibilidades para quatro planos de acesso aos trens — tenho que pegar aquele que vai para o lado esquerdo ou direito? preciso fazer uma baldeação: quando preciso fazê-la? Onde? Na era das máquinas automáticas que vendem as passagens e sem os simpáticos controladores, muitas vezes, é provocado um empreendimento audacioso, cheio de contratempos, através da cidade, muitas vezes ultrapassando o lugar de destino. Eu poderia mencionar-lhes placas de auto-estradas, bifurcações de ruas, aeroportos — e eu poderia • citar-lhes manuais de instrução, um novo secador de cabelos para as senhoras — da nova furadeira elétrica para os senhores. Assim nasce o profissional em comunicação; assim o profissional é solicitado, utilizado. Os exemplos que lhes citei, exigem só a interpretação lógica do técnico. necessária a prática do raciocínio, a prática da transformação, e não a academia de artes. Tamanhos de letras, símbolos, distribuições, efeitos, e legibilidade, pode se experimentar, aprender sistema e formatos usuais. O especialista em comunicação 6, em primeira linha, um técnico, independente do seu modo de ser, da intuição, da inspiração, da "grande idéia", do toque pessoal. Isto, A primeira vista soa decepcionante. Não existe nada de "graça concedida", do gênio, do único, do "grande momento", do talento individual. Comunicação é um ofício, e um ofício pode ser aprendido. Neste offcio, a arte não tem nada a procurar. Eu não comunico, quando minha arte permite dupla interpretação, a abstração do abstrato. Assim, a divisão da tabela de horários, por mim proposta, ou seja, um "design" de todo, não algo único, mas algo que aprendido uma vez pode ser aplicado a outras situações. Senhoras e senhores, eu estou aqui num congresso técnico de artes grá-
ficas, e falo, portanto, muito mais da sua familiar racionalidade, do que da emoção — pois arte é emoção e emoção é única. Os senhores conversam sobre processos de reprodução, sobre velocidades de máquinas, sobre emprego de tintas e papéis — os senhores — estão muito, muito mais avançados, nos seus princípios de pensamento, nos seus processos técnicos e suas possibilidades, do que nós, que ainda indagamos uns aos outros se andamos A direita ou A esquerda, ou meio A. direita, ou meio A esquerda. Conosco decide então a emoção — a pré-fase do que os senhores comunicam, 6 muito mais importante do que a decisão de se imprimir numa máquina offset a folha ou numa rotativa offset. Há anos, eu disse uma vez a um redator de revista alemã especializada em artes gráficas: "Não é importante como se imprime, e sim, o que 6 impresso". A minha posição profissional determina o conteúdo, determina a aparência. Que pressupostos traz consigo a minha posição profissional? Para dizer francamente, nós estamos no inicio; definições claras não existem; existem os mais diversos meios de formação, as mais diversas entidades de formação, existem métodos e nenhuma metodologia. Existem inícios de sistemas mas nenhuma sistemática. A roda é redescoberta diariamente, tal como o símbolo do "homenzinho" correndo nos chamados sistemas de pictogramas; neste interim correm mais de 60 diferentes "homenzinhos" pelo mundo — só para dar-lhes um exemplo de "princfpios sistemáticos". Nós — nossa classe profissional — foi assolada pelas exigências e pelo crescimento das companhias multinacionais e seus interesses. A explosão demográfica, o comportamento nas horas livres, o turismo, nos colocou frente a problemas aos quais nós ainda não estávamos preparados. Nós nunca fomos formados para isso. Eles nunca foram considerados. Nações industriais ouvem perplexas os "problemas do terceiro mundo". Mandamos (*) Os Martelos Cruzados, usados na linha ferroviária alemã, indicam os trens que circulam somente em dias úteis, ficando inativos em fins-de-semana e feriados (nota da tradução). ABIGRAF EM REVISTA
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alguns técnicos para incrementar o desenvolvimento, um par de máquinas, um par de ambulâncias. Feliz o país no qual borbulha o petróleo. O que fazem os países sem petróleo. Sem outras riquezas naturais? Eles industrializam e precisam comunicar para poder vender. Quanto maior o grau de industrialização de um país, tanto maior *6 a necessidade de comunicação. Eu preciso primeiro chamar a atenção da própria população para os meus múltiplos produtos e depois a do meu vizinho. Esta condição exige o comunicador — tanto faz se ele atua como um propagandista, um redator, um diretor de arte. No fundo, quero dizer o mesmo. No início esta mensagem tanto faz, se eu a verbalizo — através do rádio ou da televisão — ou se eu a visualizo — através da impressão ou fotografia — a intenção é a mesma. As nações industriais do ocidente no seu impulso econômico, partem de um largamente divulgado equívoco, a saber, que se pode, colocando à disposição os meios de produção de capital e trabalho, conseguir automaticamente o crescimento e desenvolvimento técnico. Mas ninguém percebe que no nosso tempo, os componentes espirituais de uma realização, são mais importantes do que a produção e condições materiais. Entende-se com tudo isso que o que vislumbra é principalmente a motivação de desenvolver novidades quanto a capacidade de conseguir o êxito das mesmas, ou seja, encontrar para o novo produto os interessados que compensem os esforços realizados, inclusive os financeiros. O balanço (resultado) de uma vida melhor, ou o avanço econômico, a industrialização, ou simplesmente o pensamento "hoje vivemos melhor", representa assim: Maior renda "per capita" Aumento • de poupança Existência de número maior de automóveis Segurança social Melhores condições de trabalho Mais tempo de lazer O que está contra, ao que quero dizer com "hoje vivemos melhor", "nós industrializamos", "nós estamos crescendo": Poluição do meio ambiente Poluição sonora 2/1980
Criminalidade Vícios de drogas Alcoolismo Doenças provocadas ppla civilização Afrouxamento da consciência de realização. Neste mundo eu comunico; para este mundo eu preciso comunicar. Este mundo não é composto por tabelas de horários e relógios de estações, de sinais corretos, de um único pictograma para um "homenzinho" correndo. E isto que eu quiz dizer quando falei do componentes espiritual, que coloca acima das condições materiais. E sobre as condições espirituais, a transformação, que eu falo. O comunicador de hoje deveria, o comunicador de amanhã terá que dominar técnicas de pensamento, para chegar assim a uma sistemática de pensamento — sim, poderia se dizer uma seqüência de pensamento tecnológico. Criatividade não é um acontecimento surpreendente, que como uma faísca criativa, de repente, acende. Ao contrário, a criatividade pode ser influenciada, submetida a um objetivo e a um prazo. Para isso existem técnicas de criação; técnicas para pra duzir novas idéias. São sistemas de planejamento para, sistematicamente, encontrar idéias. Todas as técnicas hoje conhecidas baseiam-se essencialmente em quatro princípios de pensamento: A abstração — para conseguir uma definição do problema, sistemática e inequívoca. O esmiuçar — para possibilitar uma estruturação sistemática e uma formação de hipótese. Ligação-associação — para produzir muitas idéias utilizáveis através de livre pensamento. Analogia — aprendizado da solução de problemas de outras áreas, que tenham estruturas semelhantes. As técnicas que utilizam predominantemente a abstração e o esmiuçamento, denominam-se, normalmente, de técnicas lógico-sistemáticas as quais procuram principalmente "associações" e "hibridismos" ao invés de técnicas intuitivas-criativas. Técnica de pensamento; princípio de pensamento n.° 1 — abstração: corm abstração entende-se a generalização de idéias, na colocação de um
problema ou de uma situação. Se este princípio é empregado sucessivamente com o objetivo de, mediante visualização das vinculações globais, ampliar a procura das soluções, fala-se de abstração progressiva. A abstração permite o rápido afastamento do problema e auxilia, a separar o essencial do secundário, o sintoma da causa. Poderíamos também chamar o processo, de "análise da origem dos problemas". Exemplo: As filas para atendimentos frente aos guichês de um banco numa sextafeira à tarde devem ser eliminadas. Como primeira opção de eliminação está o reforço do pessoal do banco nos guichês. Para chegar à melhor solução, abstrai-se "o que está se passando aqui?" — O problema surgiu porque os clientes querem, antes que banco feche, retirar dinheiro para fim-de-semana. Como este problema pode ser resolvido? Pode ser instalsdo um guichê que atende até mais tarde, até às 19 horas ou esteja aberto, no sábado de manhã. Outra solucão é a instalação de um autômato de dinheiro. Segunda abstração: o que está se passando aqui? Trata-se da necessidade de gasto dos clientes também à noite e em feriados. Este problema pode ser solucionado através dos cartões de crédito e cheques, que substituem o dinheiro a qualquer tempo. Princípio de pensamento n.° 2: Analisar problemas esmiuçando-os. A análise morfológica. A principal vantagem do método morfológico está no fato, de que no seu emprego é dado um alto grau de segurança. Pode-se estar seguro que nada é esquecido, o que pode ser importante para a solução do problema existente. Este método é próprio para desenvolvimento e apresentação de conceitos. Uma vez desenvolvido um esquema para tal conceito, relativo à situação inicial e ao critério a ser cumprido, podemos ultimar e apresentar, cada conceito. No mesmo principio de esmiuçar, baseiam-se os técnicos da "análise morfológica de problemas". 21
COMUNICAÇÃO VISUAL ARTE OU TÉCNICA Eles consistem essencialmente na redução dos problemas básicos, nos seus elementos. Estes elementos são definidos como partes de um problema básico, que podem ser relativamente variados independentemente. Para cada elemento do problema, são então, totalmente independente do problema real apresentado, reunidas todas as conhecidas e imagináveis soluções. Nesta procura das soluções imagináveis, pode ser aconselhável, por exemplo, empregar a técnica de
pensamento n.° 3 "ligação" e a técnica de pensamento n.° 4 "analogia". Se ordenarmos agora os elementos do problema entre si, teremos o chamado "quadro morfológico". Combinando então aquela que surge como solução ideal para o problema em questão com cada elemento do problema em forma vertical, obtém-se possível solução. Em todos os lugares onde se trata de conseguir uma visão completa e exata sobre a gama de possibilidades de soluções e as suas combina-
ções, é possível uma estruturação pelo método morfológico. Ela não é só possível, como faz sentido quando o fundamento não é só para uma, mas para muitas decisões futuras. Enquanto ela é aplicada na indústria, principalmente na procura de produtos é utilizável na propaganda para elaboração de estratégias e conceitos. Como exemplo, mostramos um quadro morfológico, que auxiliou o propagandista de um banco na formulação de uma estratégia de propaganda.
QUADRO MORFOLÓGICO
SOLUÇÕES
ELEMENTOS caderneta de poupança atuando como orientadora de aplicações
melhoria geral da imagem
ampliação do crédito pessoal
mais caderneta de poupança
grupo a se r atingido
jovens
aposentados
profissionais liberais
donas de casa
estilo de propaganda
agressiva
informativa
humorística
sugestiva
meios de propaganda
anúncios an
slides
mala direta
spots comerciais
transmissores de propaganda
revistas
jornais
televisão
cinema
diariamente
uma só vez
uma vez por semana (no total: 6 meses)
3 vezes por mês
objetivo da propaganda
incidência da propaganda
Dessas 6 fileiras (elementos) e 4 colunas (possibilidades de solução) pode-se já deduzir um grande número de estratégias alternativas. No caso exposto foram, como exemplo, combinados os seguintes elementos de solução: Caderneta de Poupança atuando como orientadora de aplicações, "profissionais liberais", "informativa", "anúncios", "jornais". "3 vezes por semana". Este exemplo 6. inten22
cionalmente simplificado; na prática devem ser abordadas muitas outras soluções — e também tais, que até agora não foram praticadas. A busca da melhor solução global chama-se também neste caso "otimização". Princípio de pensamento n.° 3 — "Iniciar idéias através de ligações o "Brainstorming". "Brainstorming" foi desenvolvido no início dos anos 50 pelo americano
Alex Osborn e é, provavelmente, a mais famosa técnica para a estimulação do pensamento criativo. Ele, é, essencialmente, uma técnica para trazer idéias ã tona, na qual um grupo escolhido, trabalhando sob prescrições especiais, é estimulado para verbalizar toda e qualquer solução possível para um problema. Durante a fase de exposição de idéias é proibida qualquer avaliação ou critica dentro do ABIGRAF EM REVISTA
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grupo. Todas as idéias são anotadas para análise posterior — independente de onde foram trazidas e de quão impossíveis de realizar pareçam. Só depois da fase de exposição de idéias desenvolvidas serão avaliadas. O "Braistorming" baseia-se no princípio da livre associação. Os participantes são solicitados, "a imaginar algo", expor idéias e propor soluções. Não são colocadas barreiras A fantasia. O importante é a quantidade de sugestões; quanto mais idéias são produzidas, tanto maior é a possibilidade de entre elas se encontrar uma ou mas soluções utilizáveis. g permitido até desejável, que participantes absorvam idéias de outros, aperfeiçoemnas e unam outras idéias numa nova proposição. Nesta fase, a crítica é totalmente proibida. Bom senso, lógica experiência devem ser excluídos. A colocação posterior da crítica é realmente a idéia básica do "Brainstorming". Quatro regras são básicas: quantidade supera qualidade idéias irracionais são desejadas é proibida, rigorosamente, a crítica na medida do possível, dar continuidade à idéia dos outros. Para a realização, tenho o seguinte a dizer. "Brainstorming" é pensado de tal modo que deve provocar uma situação, na qual as idéias saem do sub-consciente impetuosamente. Com auxílio das 4 regras básicas procura-se a verbalização, durante a fase de levantamento de idéias; eliminar questões lógicas analisadas da viabilidade de realização, como custos, prática, tradição, regras e princípios. As barreiras psicológicas, sociais e organizacionais para a exposição de idéias, devem portanto ser eliminadas ao máximo com esta técnica. Para isto aconselha-se observar ainda estas regras de organização. O "Brainstorming" é realizado num grupo de 7 pessoas com um máximo de 12, que devem ter conhecimentos e experiências heterogêneas. Entre os componentes de um grupo de "Brainstorming" não devem, todavia, existir problemas pessoais; deve2/1980
riam também pertencer ao mesmo grupo social, e ao mesmo nível hierárquico de trabalho. O grupo se encontra de 15 a, no máximo, 30 minutos para um único tema. Naturalmente podem ser desenvolvidos diversos temas um após o outro. Todo grupo de "Brainstorming" deve ter um líder nas discussões, e um líder de protocolo, que enumera as possibilidades de solução produzidas com apontamentos e um pouco antes do término do "Brainstorming", volta a lê-las, pois normalmente, surgem novas idéias de solução aos membros do grupo. A forma mais conhecida de uma reunião de "Brainstorming" é a chamada "sessão buzz" ou também "discussão 66". Um grupo bem maior é subdividido em grupos de 6 pessoas, que procuram soluções isoladamente. Depois de 6 minutos, todos os grupos se reúnem no plenário, e os oradores dos diversos grupos apresentam as suas soluções. Quando os resultados forem discutidos no plenário é reassumido um novo ponto de vista, no qual os grupos de seis voltam a se reunir e debater por curto tempo. Nisso, os membros do grupo, anotam as diferentes propostas de soluções e procuram desenvolver uma nova versão das diferentes opiniões, na qual estão, de preferência, contidas opiniões positivas dos outros grupos. Assim se obtêm mais propostas integradas de solução. "Brainstorming" é a mais universal, e também a mais antiga técnica de encontrar idéias. Essa técnica pode ser empregada em todos os acontecimentos de uma empresa, onde precisarem ser resolvidos problemas. Ela sempre será escolhida, quando um mesmo problema atinge várias pessoas. Este trabalho cooperativo em grupo, ganha cada vez mais significação, não só porque o tempo daquele "grande trabalhador solitário", com o aumento da complexidade dos problemas, hoje já acabou, senão porque a introdução do elemento democrático nas empresas, causou a maior cooperação em todos os níveis. Troca de experiências e desenvolvimento asso-
ciativo de idéias num grupo, são partes indiscutíveis para um desenvolvimento inovador e dinâmico. Técnica de pensamento n.° 4 — "Procurar idéias através da analogia: Sinética". Uma eficaz técnica de procura de idéias, a "sinética", deve o seu sucesso, principalmente, A procura sistemática de analogias. Esta técnica foi desenvolvida pelo americano Willian J. Gordon, baseada em muitos anos de observações e pesquisas do modo de pensar e de trabalho, de descobridores e de outras pessoas ativas na criação. A palavra "sinética" é derivada do grego e significa algo como a reunião de diversos elementos. Gordon usa conscientemente, na "sinética", mecanismos de pensamento anteriormente descritos, nos quais são seguidos dois princípios:
Familiarizar-se com o desconhecido Desconhecer-se o familiar
Está na própria natureza do homem que ele se feche, no inicio, para tudo o que seja novo e desconhecido; mas para chegar a novas soluções, devemos nos familiarizar com o desconhecido. Isto se consegue melhor quando buscamos pontos de referência no conhecimento já existente. O desconhecido deve ser expressado em dimensões conhecidas, ou ser transcrito com estas. Vice-versa também tem sentido, "desconhecer-se o familiar", isto quer dizer, olhar coisas conhecidas sob outros aspectos, e obter novas perspectivas. Esta maneira de ignorar fatores conhecidos deve evitar que fiquemos envolvimos com preconceitos e não percebamos possibilidades que existem, em forma latente, nas coisas conhecidas. Um grupo de "sinética" é composto normalmente de 4 a 6 pessoas, das quais uma é o coordenador do sistema. Aqui também se fala de um processo de desconhecimento sistemático, ou do funil "sinético". O seguinte esquema de excursão deve ser tomado por base: 23
COMUNICAÇÃO VISUAL ARTE OU TÉCNICA Funil "sinético"
e
colocação do problema análise e informação
I
reação espontânea nova formulação do problema
1 - analogia direta
início de solução
analogia pessoal
projeção
analogia simbólica
análise por descrição
2 - analogia direta
COMO FUNCIONA O FUNIL NO GRUPO?
Colocação do problema, análise e informação No início da excursão existe o problema de como este foi proposto. O líder do grupo é encarregado de transmitir os conhecimentos técnicos necessários aos seus colegas, assim como analisar o problema e explicá-lo. Reação espontânea Cada membro apresenta, em seguida, espontaneamente, suas sugestões. Raramente encontram-se aqui pontos de vista de importância, mas através disso, os membros tornam-se livres para o processo seguinte de procura; eles precisam livrar-se, primeiramente, de suas idéias espontâneas. Nova formulação
O problema proposto está para ser novamente formulado pelo grupo. Muitas vezes é vantajoso dividir o problema em diversas partes e abstrair. Primeira analogia direta
A procura das analogias se constitui no núcleo do método "sinético". Com a primeira analogia direta, inicia-se o processo de tornar desconhecido. A primeira analogia direta deve provir de um âmbito o mais distante possível do problema inicial. 24
Exemplo: realização de uma festa de Jubileu. Encontra-se como primeira analogia direta, tirada da natureza, a extraordinária planta florescente "Rainha da Noite". Analogias Pessoais
Uma das analogias diretas encontrada dessa maneira é escolhida, e os participantes procuram então, identificar-se pessoalmente com a mesma, e expressar as sensações vivenciadas. Através disso deveria ser alcançado um efeito de desinibição e identificação. Analogias simbólicas
Agora procura-se, para a analogia pessoal escolhida uma analogia simbólica. Trata-se aqui de uma descrição de analogia pessoal composta por duas ou até três palavras que, em si contraditória, como por exemplo: "ânimo deprimente". Segunda analogia direta
Novamente procura-se uma analogia direta, agora para a analogia simbólica escolhida. Propositalmente utiliza-se uma analogia tirada do campo da técnica, se a primeira for originária do campo da natureza e vice-versa. O processo de tornar desconheci-
do, progrediu até o máximo, neste estágio. Agora, lentamente, é introduzida a volta à colocação original do problema. Análise e descrição
Analogias diretas escolhidas são agora analisadas e complementadas por ligação de idéias. A descrição deve ser feita, na medida do possível, em palavras simples. Os adeptos desse método esforçam-se por só utilizar a terminologia de uma criança de 6 a 8 anos de idade. Projeção E a relação da descrição (nova formulação do problema) com o problema a ser solucionado. O condutor (ifder) do grupo de "sinética" pergunta o que os diversos conceitos tirados da descrição teriam a ver com o problema formulado. Estas são as quatro Técnicas de Pensamento mais utilizadas, as quais, penso eu, não têm nada a ver com a arte, mas com a lógica. Com pensamento lógico. As bases para a organização e técnica do processo criativo aqui esboçadas e expostas, contém os princípios essenciais tanto para a entrada em ação (mobilização) e sistematizacão de processos criativos, como tamABIGRAF EM REVISTA
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bém para o treino e estimulação do pensamento produtivo. Quando pensamos, que somente 1 a 2% de todas as idéias até hoje produzidas são comercialmente utilizáveis, é compreensível o grande interesse da propaganda e do design na implantação e implementação de novas técnicas de criação e de equipe. De qualquer modo, o emprego e consideração desses resultados promete uma quota maior de sucesso comercial. Apesar das impressionantes quotas de sucesso, devemos evitar uma superinterpretação do emprego de técnicas. Pois, estes resultados não provam que podemos equipar alguém com a faculdade de pensar criativamente: não se pode com o auxílio de tal técnica ou método fazer de um ser não criativo um ser criativo, se os pressupostos não forem dados. Nada podemos substituir com os métodos, só podemos estimular. Os métodos não substituem a criatividade, mas proporcionam condições para que ela surja. Sob circunstâncias semelhantes podese facilitar e fomentar (promover) a solução criativa do problema.
Busca-se sistematizar o processo criativo que decorre inconscientemente desde um nível mais elevado. A condição básica para atuar na comunicação visual no fundo trata-se de uma orientação da disposição espiritual, seguindo-se quaisquer das técnicas de pensamento seja a n.° 1 ou a n.° 4. Em primeira linha diz-se "pensar" e depois "fazer" ("executar").
Os nossos atuais planos de ensino, seja em universidades, academias, escolas de nível superior são comandados muito mais pelo "fazer". Aqui ainda se trata demasiadamente do fomento (promoção) das escritas manuais motivo pelo qual se chega a tantos mal-entendidos. O conceito "criatividade" surgiu diversas vezes na minha palestra — a propósito — o que é criatividade?
As definições abaixo devem servir para distanciar-nos da idéia de que "criatividade" é um "acontecimento surpreendente" um "relâmpago de in2/1980
telecto" ou uma "faísca criadora" e
que portanto nem tudo pode ser influenciado, ter um prazo determinado e muito menos ser submisso a um objetivo. Os componentes individuais aqui expostos através das definições demonstram princípios de instrumentalização. Somente quando for realmente possível, deve-se incluir a criatividade no planejamento do processo econômico. Só assim pode existir um pensamento produtivo orientado para um objetivo: I. A criatividade não está restrita a alguns. Toda pessoa tem um potencial criativo maior ou menor. O que ocorre é que até agora ela não foi treinada nem incentivada. 0 alcance (domínio) da cria tividade vai muito além dos limites do artístico-estético. Criatividade é uma estratégia de vencer (dominar) o meio ambiente. Uma ampla criatividade promove o aumento do artístico-estético em todas as colocações de problemas comerciais, sociais e politicos.
Toda renovação necessita de uma estratégia criativa. Toda estratégia criativa utiliza-se do pensamento criativo como grandeza evolutiva e leva, com sucesso, renovações como impulsos de mudanças sociais. Criatividade se torna palpável quando comparamos um processo criativo com um processo de solução de problemas. Pois todo processo de solução de problemas e toda criatividade pedem o desenvolvimento e emprego de uma nova estratégia. Reconhecimento e solução de problemas, e a realização da solução do problema, são portanto, partes de uma criatividade objetivada. Criatividade é uma estratégia dialética de solução de problemas, que envolve todas as camadas psíquicas do homem. Observam-se processos conscientes, préconscientizados e subconscientes. 0 pensamento criativo é interior, consciente, pré-conscientizados ou sub-consciente, tratamento experi-
mental que trabalha com operações de pensamento intuitivas e racionais, digitais e analógicas, produtivas e reprodutivas. Soluções criativas de problemas não são, no fundo, novos produtos,
mas somente novas combinações dos já conhecidos e ainda não unidos elementos do pensamento. Quero dizer com isto, a reunião, a reestruturação de elementos conhecidos em novas relações e ligações. Os valores que determinam o sucesso criativo são: o indivíduo, que deve pensar criativamente; o clima social, no qual se executa o pensamento e a metodologia, isto quer dizer, o tratamento do problema, com este trabalho deve ser solucionado. A personalidade, o clima e a metodologia são os pontos de partida para a fomentação da criatividade instrumental. Até aqui pode-se definir criatividade. Apesar do empenho da Metodologia, o ponto fraco continua sendo o homem — porque o tipo de formacão e o pressuposto de ser atuante futuramente como comunicador, são muito diferenciados. Os caminhos de formação às vezes são tão diferentes, que em termos de comparação — diariamente conversamos sobre quão redondo é um círculo.
A entrada numa academia ainda se decide por uma pasta de trabalhos contendo um par de desenhos â carvão, um par de aquarelas, um par de desenhos à lápis, ainda se perde os 4 semestres finais com inocentes brincadeiras com quadrados e simbolos. O pensamento metódico voltado para um objeto, fica ao encargo do acaso e do conhecimento do professor — e se coin o estudante assim formado pouco pode-se fazer na prática, não é propriamente sua a culpa e sim claramente, de quern ministra as aulas. Copyright by Prof. Olaf Leu Julho 1978
Estas exposições são destinadas a Conferência, não devem ser publicadas antes em revistas ou publicações, sem o conhecimento do autor. 25
6.a turma de técnicos em Artes Gráficas
Na noite do dia 14 de dezembro último realizou-se no Auditório da ESCOLA SENAI "THEOBALDO DE NIGRIS" a solenidade de entrega de Diplomas a mais uma turma de Técnicos Industriais de 2.° Grau em Artes Gráficas formados por aquela Escola. Na oportunidade foi procedida também a entrega de Certificados de Aprendizagem aos alunos da Escola SENAI "FELICIO LANZARA" que juntamente com a "THEOBALDO DE NIGRIS" compõe o CIAG — CENTRO INTEGRADO DE ARTES GRÁFICAS. Os Técnicos que receberam os Diplomas constituem a 6.a TURMA, visto que a primeira formou-se em 1974. Compuseram a mesa as seguintes personalidades: Prof. Jurandyr de Carvalho — Diretor da Escola, Sr. Rubens Amat Ferreira — Presidente da ABIGRAF Nacional e do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado de São Paulo, Comendador Joseph Brunner — Diretor-Presidente de Gráficos Brunner Ltda. e Paraninfo da Turma, Sr. Omir Segóvia Spadini e Sra. Mara Lúcia Morandi Nardini — Professores da Escola e Homenageados Especiais, Sr. Walter Dafferner — Diretor-Presidente da Dafferner S/A., fabricante das máquinas CATU, Sr. 26
Peter Rõhl — Diretor Executivo da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica), Sr. Dr. Alfredo Leon — Presidente da ABCP (Associação Técnica Brasileira de Celulose Papel), Sr. José Simão Guedes — Diretor do Studio 5 Fotolito, Sr. Walter O. Buccolo D'Agostino — Gerente da São Paulo Indústria Gráfica Editora, Sr. Nelson Schulz - Klabin Embalagens S/A, Sr. Miguel Rodrigues Jr. — Diretor da Elenco do Brasil Ltda. e da ABIMEG (Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas Equipamentos Gráficos), Sr. Manoel Casimiro de Souza — Diretor de Indústrias Spin°la Ltda. Compareceram ainda à Solenidade, além dos pais e parentes dos alunos formandos, Professores e Servidores da Escola, as seguintes personalidades do mundo gráfico: Srs. Marco G. Moreira, José Antonio Rodrigues Luiz Romão Rodrigues, todos da Elenco do Brasil, Srs. Reinaldo Abreu Gino Carlos Cracco, de Indústrias Spínola Ltda., Sr. Pedro Bezerra de Melo, Representante do Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Grit icos, Sr. Ademar A. de Paulo de Lasercron, Sr. Antonio A. Ortigiiella, da Abril S/A. e ABTG, Sr. Paulo R. Nan6 da Firma Antonio Nanõ e Filho Ltda. (Nanograf), Srs. Aroldo Guaraldo Torello Vieira, Ivo Lima
da Costa e Rubens Cavalini, da Marideni Embalagens e Artes Gráficas, Sr. Horst O. Murrins da Pancron Indústria Gráfica Ltda., Srs. Heinz K. G. Wimber e Luis M. Guardia Negressi, da Concentra S/A Tintas Gráficas, Srs. Richard Strimber e Sergio R. Sievers, da SRS Equipamentos Gráficos Ltda., Eng.° Thomaz Frank Caspary, da Laborgraf; Sr. Jamyr Baldacci, da Rica11 Ltda., Sr. Teõfilo S. Neves Filho, da Lorilleux do Brasil S/A., Sr. João Carlos Neves Ferreira, da Auto Gráfica Importação Serviços Ltda.; Srs. José A. Felipe Clarimundo Mattos Silveira, da Renner Hermann S/A., Sr. Luiz Metzler, da Gutenberg — Máquinas Equipamentos Gráficos; Sr. Loester Fioravanti, da Arte Gráfica Bosatelli. A 6.a Turma é constituída de 61 técnicos, todos eles já vinculados às diversas indústrias gráficas de São Paulo. Além desses, receberam também seus diplomas os alunos do Curso Técnico Intensivo (45 alunos), todos eles com vínculo à Empresas Gráficas de outros Estados da Federação. Várias Empresas ofereceram premios aos alunos que mais se destacaram durante o curso, totalizando o expressivo número de 170 prêmios entregues. ABIGRAF EM REVISTA
todos vinculados As várias Empresas Gráficas. Com a duração de 2 anos, Curso tem equivalência As 4 últimas séries do 1. 0 grau.
As En-presas que colaboraram oferecendo pC,mios foram: ABIGRAF (AssociaçF.6 13rasileira da Indústria Gráfica), Irvaistria de Papéis de Arte José Tsch.-zkassky (Toga); Abril S/A Cultural e Industrial, SRS — Equipamentos Gráficos; Lorilleux do Brasil; Elenzo do Brasil; Kodak Brasileira Cora. e Ind. Ltda.; Renner Herrmann S/A. Tintas Renner S/A, Cia. Melhoramentos de São Paulo; Círculo do Livro; Indústrias Spínola, Mettenheitner; Artgraficas Bosatelli; lfitergráfica; Dafferner S/A; Concentra; Rica 11, Studio 5 Fotolito. Na solenidade ocuparam a palavra as seguintes pessoas: O formando Daniel Almeida de Oliveira, Orador da Turma; a Profa. Mara Lúcia Morandi Nardini, Homenageada Especial dos alunos do Curso de Aprendizagem Industrial; O Prof. Omir Segóvia Spadini Homenageado Especial dos alunos do Curso Técnico de 2.° Grau, o Comendador Joseph Brunner, Paraninfo das Turmas de formandos.
CURSO DE 2.° GRAU TÉCNICO DE ARTES GRÁFICAS
Curso Regular — 4 anos, sendo 3 anos na Escola e 1 ano de estágio na Indústria. Destinado a candidatos que já tenham concluido estudos de 1.0 grau ou equivalente. O aluno se especializa em uma das 5 áreas: Fotomecânica, Rotogravura, Offset, Tipografia e Produção Visual Gráfica. CURSO ESPECIAL (ANTIGO INTENSIVO)
A ESCOLA
As ESCOLAS SENAI "THEOBALDO DE NIGRIS" e "FELICIO LA NZARA" compõem o Centro Integ /ado de Artes Gráficas, que ocupa una área construída de 18.000 m2 e um terreno de 32.000 m2. m ambas Escolas são desenvolvidos os seguintes cursos: CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
Ministra as seguintes ocupações: Compositor Gráfico (Composição Manual, Linotipia e Fotocomposição);
Rubens Amat Ferreira e um dos formandos
Impressor Tipográfico (Minerva Manual, Minervas Automáticas e PlanoCilíndricas); Impressor de Corte e Vinco; Encadernador (Acabamento Gráfico); Fotógrafo de Artes Gráficas, Retocador de Fotolito; Montador de Fotolito; Copiador de Fotolito, Preparador-Gravador de Cilindros de Rotogravura, Impressor de Rotogravura. Esse curso possui matriculados 300 alunos, na faixa etária de 14 a 18 anos
Duração 2 anos sendo 1 ano na Escola e 1 ano de estágio na Indústria. Destinado a candidatos com idade minima de 18 anos e com o 2.° grau completo. Para candidatos com vínculo empregatício de Empresa com mais de 500 empregados, existem bolsas no valor de até 3MVR (valor de referência) e para Empresas igual importância, destinada a reembolso do salário do aluno empregado. Os dois cursos que formam técnicos em Artes Gráficas possuem matriculados 350 alunos. CURSO DE 2." GRAU TÉCNICO EM CELULOSE E PAPEL
No 2.° ano de funcionamento é um curso que funciona em convênio com ITP e com a colaboração das seguintes Indústrias: Voith; Indústria de Papel Simão, Cia. Melhoramentos; MD Nicholaus (ex-Meliorpel); Centro Técnico em Celulose e Papel — IPT. Estão matriculados no corrente ano 34 alunos, empregados de divérsas Empresas. CURSO DE QUALIFICAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO
Mesa diretora 2/1980
São rápidos os cursos com a duracão de 5 meses e ministrados no período noturno. Tem 300 alunos matriculados, todos adultos e vinculados its diversas indústrias Gráficas de São Paulo. 27
Coifas de fluxo descendente que se adaptam a quaisquer condições de processos
Mesa que presidiu o encontro entre o prof. Thomas Graham e empresários brasileiros
Boicote à URSS: Técnico afirma que EUA não pressionarão Brasil Falando a empresários brasileiros, na sede da FIESP-CIESP, o consultor especial do governo norte-americano nas últimas negociações do GATT, prof. Thomas Graham, disse não acreditar que os EUA tomem medidas restritivas contra as exportações brasileiras pelo não alinhamento do País política de boicote à URSS, proposta pelo presidente Carter. "Os EUA têm consciência de seus interesses e compromissos com a comunidade internacional e, apesar de pressões políticas internas, não chegariam a ponto tão ameaçador", afirmou Thomas Graham, acrescentando que seu país, numa análise mais profunda, tem interesse na estabilidade econômica do Brasil. Thomas Graham foi recebido pelo presidente da FIESP-CIESP, sr. Theobaldo De Nigris, e pelo vice-presidente José Mindlin, e numerosos empresários, especialmente exportadores de áreas que vêm encontrando certa dificuldade para colocação de seus produtos no mercado norte-americano. Sobre as restrições impostas a certos ítens, por parte do governo norteamericano, Thomas Graham foi enfático: "Não creio que os EUA sejam protecionistas; as medidas visam a uma limitação temporária, com o objetivo de resguardar a produção interna". 28
Nesse sentido, observou que todo negócio á politico e que não há como escapar, por vezes, a pressões internas. Sua palestra girou em torno do tema: "Novos Rumos da Política Comercial dos Estados Unidos depois das Negociações do GATT", na qual ele reafirmou, entre outros pontos, que os subsídios deverão ser proibidos, permanecendo os dirigidos à pesquisa e desenvolvimento e à redução de impostos para implantação de indústrias em regiões sub-desenvolvidas. Fazendo um balanço dos resultados do Tokyo Round, Thomas Graham ressaltou que muitos dos acordos podem ter uma importância simbólica, em face de barreiras sutis impostas pelos importadores, mas que um dos acordos — o da não discriminação de produtos estrangeiros por parte dos governos — abrirá um grande mercado no valor aproximado de 20 bilhões de dólares. Destacou, como fato importante, a participação brasileira com relação a um dos acordos, em especial: proposto pelo Brasil, foi firmado um acordo pelo qual os países em desenvolvimento terão tratamento mais favorecido, ao contrário do que ocorria (o tratamento era igualitário, apesar dos desníveis econômicos entre as nações).
Depois de muita pesquisa, uma companhia Britânica introduziu uma série de coifas modulares de fluxo descendente para indústrias que operam processos continuos que requerem condições secas e úmidas por exemplo foto-gravação. Os módulos permitem a instalação de uma linha de processamento em poucas horas. Os componentes do sistema são: uma estrutura C, painéis laterais e posteriores de ar condicionado, mesa anti-vibração ou unidade extratora básica e um módulo básico ventilador/filtro. Estes podem ser usados separadamente ou fornecer uma completa coifa de fluxo descendente ou estação química para se adequar a determinados processos. As unidades intercambiáveis, as mesas e painéis laterais permitem que as coifas sejam mudadas de uma aplicação química úmida a uma simples etapa de trabalho de fluxo descendente laminar, ou em caso contrário, sem mover o ventilador/filtro ou a estrutura C. Uma característica especial do sistema é sua unidade básica que converte uma coifa básica de fluxo descendente em uma etapa totalmente química. O fluxo de ar laminar á fornecido pelo módulo ventilador/filtro que compõe-se de um pré-filtro; um sistema de ventilação e um filtro de alta eficiência. O suporte estrutural pode ser fornecido para o módulo ventilador/filtro, painéis posteriores e laterais. Se for necessário o ventilador/filtro pode ser ajustado numa estrutura já existente. Superfícies antivibração são oferecidos em chapas cobertas de melanina ou em aço inoxidável. Onde se requer um estrito controle, uma unidade feita por encomenda pode ser ajustada ao lado da coifa. Além disso, uma tela frontal corrediça está a disposição para complementar a versão da estação química e assegurar total fechamento. (Microflow Pathfinder Ltd, Fleet Mill, Minley Road, Fleet, Hampshire, England. Telephone-Fleet 28441 Telex 858166). Sugestão de Uso: Indústrias de pra cessamento que requerem diferentes condições de operações a seco e a úmido; por exemplo: indústrias químicas, farmacêuticas e de foto-gravação. ABIGRAF EM REVISTA
abigraf/sigesp
Ministro Ugarte Centurion destaca as relações de amizade entre Brasil e Paraguai
Ministro Centurion, no Paraguai, visita a casa da Indústria Paulista As sólidas relações de amizade brasileiro-paraguaia e a intensificação do intercâmbio, fortalecida pelo trabalho em conjunto que hoje se desenvolve auspiciosamente, como no caso de Itaipu, foram ressaltadas pelo Sr.
ASSOCIAÇÃO
Theobaldo De Nigris, presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, durante almoço que as entidades ofereceram ao ministro Delfin Ugarte Centurion, da Indústria e do Comércio do Paraguai,
quando da visita que a ilustre autoridade guarani fez à FIESP-CIESP. Em sua saudação ao ministro Centurion o Sr. Theobaldo De Nigris deu destaque â amizade que une o visitante aos empresários de nosso Estado. Lembrou visitas anteriores do ministro Centurion à Casa da Indústria de São Paulo, bem como a troca de idéias que mantiveram quando de sua estada no Paraguai, integrando delegação chefiada pelo governador Paulo Salim Maluf, ocasião em que foram assinados importantes acordos de interesse para a economia das duas nações. O Ministro Delfin Ugarte Centurion, de sua parte, agradeceu a acolhida recebida, destacando esse relacionamento que mantém com o empresariado paulista, de grande relevância para os entendimentos que vêm sendo mantidos com o governo brasileiro, objetivando maior progresso econômico dos dois países. A comitiva do Ministro Centurion esteve integrada pelos srs. Emilio Ramirez Russo, chefe do Gabinete Técnico do Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai; Miguel A. Estigamilio, subdiretor de protocolo do Conselho Nacional; arquiteto Luiz A. Gonzalez Ugarte, assessor; Ceferino Valdez Peralto, secretário de Protocolo do Conselho Nacional.
BRASILEIRA DA INDUSTRIA GRÁFICA
REGIONAL DO ESTADO DE SAO PAULO Rua Marquês de Itu, 70 — 12.° — Tels.: 231-4733 - 231-4143 - 231-4923 — C.P. 7815 — Telegr.: "ABIGRAF" - 01223 — S. Paulo - SP
.
A Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF) leva ao conhecimento dos interessados que estão a venda na sede da entidade as seguintes publicações de grande interesse do setor, não 8.0-uecendo o leitor, de que os pedidos deverão ser acompanhados de cheque nominal ã entidade no valor correspondente.
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Sócios
Não Sócios
Classificação e Avaliação de Funções na Indústria Gráfica
Cr$ 210,00
Cr$
285,00
Custos na Indústria Gráfica
Cr$ 195,00
Cr$
275,00
Cr$ 160,00
Cr$
250,00
Gráfica
Cr$ 160,00
Cr$
250,00
Métodos de Ensaios nas Indústrias de Celulose e Papel
Cr$ 800,00
Cr$ 1.000,00
A Granulação de Chapas de Zinco para Offset
Cr$ 100,00
Cr$
Assinatura da Revista
Cr$ 900,00
Tecnologia de Papel com Ensaios de Laboratório
Aumento da Produtividade na
Indústria
100,00
(Anual) 29
abigraf/sigesp
-400
Badesp programa maior apoio às pequenas e médias empresas A atuação do Banco de Desenvolvimento do Estado de São Paulo — BADESP deve ser compatível com as diretrizes do Planejamento Governamental em níveis federal e municipal. Para atender as objetivos básicos em foco, a ação do BADESP estará voltada para os seguintes financiamentos: promoção de exportações; melhoria de qualidade dos produtos; aumento da produção, visando ao atendimento dos mercados externos; modificações no processo produtivo e de embalagens, face às exigências dos mercados externos; financiamento e assistência às pequenas e médias empresas, mediante assistência financeira adequada, para fins de implantação, ampliação ou relocalização; além da ação conjugada com outros órgãos para treinamento gerencial e assistência técnica. Estes foram alguns dos pontos principais sobre as atividades e objetivos do BADESP expostos, na sala de reuniões da diretoria executiva da FIESPCIESP, pelo presidente do estabelecimento, Sr. Guilherme Afif Domingos, durante encontro mensal dos diretores das Delegacias Regionais do CIESP. Presidiu a reunião e fez a saudação ao expositor o sr. Theobaldo De Nigris, presidente das entidades representativas da indústria paulista. CREDITO COMO INSTRUMENTO
Afif Domingos enfatizou que "os bancos de desenvolvimento, como órgãos destinados à execução de políticas governamentais, devem contribuir para a transformação do perfil sócio-econômico da região em que atuam" e que, nesse sentido, o instrumento primordial de sua ação é o crédito. Após salientar aspectos da forma de atuação do banco de desenvolvimento, em face de características sócio-econômicas da sua área de atuação, Afif Domingos alinhou o plano de atuação do BADESP para este próximo quadriênio, que perseguirá 6 objetivos básicos: contribuir para a diminuição das disparidades regionais no Estado, pelo aproveitamento das vocações regionais; estimular a expan30
são da oferta de emprego em regiões menos desenvolvidas do Estado; fomentar a desconcentração do desenvolvimento industrial; estimular o aperfeiçoamento gerencial do pequeno e médio empresário; apoiar projetos que visem a melhoria de produtividade; e estimular a utilização de fontes alternativas de energia. INFRA-ESTRUTURA NO INTERIOR
O presidente do BADESP disse aos empresários do Interior que, para atender aos objetivos básicos, a ação do Banco estará voltada para vários programas, dentre os quais avulta o financiamento ao setor de infra-estrutura no Interior. Segundo Afif Domin-
gos, este programa vai procurar a ordenação do uso do solo, o estímulo a projetos de desconcentração industrial da Região Metropolitana e que
promovem a criação de novos pólos de desenvolvimento. Dentro dessa área de atuação, o BADESP Prevê financiamentos a projetos de infra-estrutura para distritos industriais, de acordo com a política estadual de desenvolvimento industrial; e apoio creditício a projetos que tenham como .meta dotar de infra-estrutura pequenas comunidades, com vistas à localização industrial. Paralelamente — na realidade são 8 tipos de financiamento abrangentes — o BADESP contempla, com igual ênfase, o setor agro-industrial, especialmente a setores que "processem ou transformem matérias-primas oriundas da própria região em que estejam localizadas. Especificamente, esse tipo de financiamento atenderá aos seguintes ítens: aproveitamento de matériasprimas locais, aumentando o nível de renda de pequenas comunidades; fixacão da mão-de-obra local; utilização de tecnologias que propiciem maior uso de mão-de-obra; relação capital/produto mais baixa; maior estabilidade para a demanda de produtos agrícolas; e maior oferta de alimentos à população fl
Nova Diretoria da AB1GRAF Regional do Rio Grande Sul DIRETORIA
Presidente: Henry Victor Saatkamp 1.° Vice: Paulo Luiz Nora 2.0 Vice: Erich Otto Schmitt 1.0 Sec.: Rolf Rotermund 2.° Sec.: Josef Gress Junior 1. 0 Tes.: Arthur Alfredo Pietzsch 2.° Tes.: Ethevaldo S. Zlotowski
Indústria Gráfica de Embalagens S.A. Gráfica Mary S.A. Otomit S.A. Indústria e Comércio Rotermund S.A. Indústria e Comércio Empresa Gráfica Metropole S.A. Ética Impressora Ltda. Tipografia Atlas
SUPLENTES
José Costa de Medeiros Marco Aurélio Paradeda Remé Oscar Blos Albino Krummenauer Sérgio Couto Ferreira Virginio Bortolotto José Carlos Allend da Silva
Tipografia Gravataf Grupograf S.A. Artes Graf. Embalagens Gráfica Caeté S.A. Indústria e Comércio Tipografia Rio Branco *Ltda. Luz Plastigráfica Ltda. Livraria Adilva Ltda. Odyr W. da Silva & Cia. Ltda.
CONSELHO FISCAL Teimo Franco Nogueira
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uma publicação mensal da Bandeirante S.A. Indústria Gráfica. Tiragem 10.000 exemplares. Circulação dirigida garantida a todo o setor de Telecomunicações e Informática. Não é permitida a publicação de matérias redacionais pagas.
Turf e Fomento é publicada, bimestralmente, por Revista Turf e Fomento Ltda., Av. Linneu de Paula Machado, 775, São Paulo — SP, e executados pelos serviços de fotocomposição, fotomontagem e impressão da Editora Ave Maria Ltda.
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fiesp/ciesp
IRS Entrega na FIESP Prêmio "Arquiteto Henrique Mind lin" Ruth Verde Zein e José Luiz Telles, na categoria profissional, e Vitor Campos, na categoria de estudante, foram os agraciados com o Prêmio "Arquiteto Henrique Mindlin"-1978, promoção anual do Instituto "Roberto Simonsen", que destacou nesta versão, com menção honrosa, Marlene Milan Acayaba e Sylvia Ficher (profissionais) e Miguel Juliano e Silva Jr., como estudante. A entrega solene foi feita durante reunião plenária da FIESP-CIESP, no salão nobre das entidades, presidida pelo Sr. Theobaldo De Nigris, e na presença do vice-presidente das entidades, José Mindlin. Tendências Atuais da Arquitetura Brasileira
foi o tema dos trabalhos apresentados, cabendo aos laureados um prêmio em dinheiro. A SOLENIDADE
Lembrando que a promoção do IRS é realizada pela sexta vez consecutiva, Theobaldo De Nigris, ao saudar os agraciados, pôs em relevo aspectos da personalidade do patrono Henrique Mindlin, "homem de cultura extraordinária e vastos conhecimentos, que não ficou restrito apenas à prática e a defesa da Arquitetura, sendo um autêntico propugnador de novas idéias". Acrescentou o presidente da FIESP-CIESP que, com a instituição deste Prêmio, o Instituto "Roberto Simonsen" oferece condições para que os profissionais e os estudantes da Arquitetura demonstrem, através de suas pesquisas e trabalhos, seu interesse pela carreira escolhida, ao mesmo tempo em que se integram nos problemas da comunidade. Em seguida, o vice-presidente da FIESPCIESP e diretor do Departamento de Comércio Exterior (DECEX) das entidades, José Mindlin, irmão de Henrique Mindlin, agradeceu, emocionado, a homenagem que, mais uma vez, a Indústria paulista presta A figura de Henrique, falecido em 1971. "Agradeço sensibilizado o interesse de Theobaldo, da FIESP e do IRS em manter viva a obra de meu irmão, esperando que o Prêmio concedido represente um estímulo aos premiados, no sentido de prosseguirem seu trabalho, desenvolvendo idéias, pelas quais Henrique sempre lutou", afirmou Jose Mindlin, sublinhando que Henrique foi um arquiteto que procurou atribuir h Arquitetura uma função global, entrosada, com os demais setores da Sociedade. "Pouco preocupado cottro problema estético, ele buscava a funcionalidade em seus projetos e com a contribuição que a 32
Arquitetura pudesse trazer para a melhoria das condições de vida do povo brasileiro", destacou, assinalando a preocupação desse trabalho com problemas de habitação popular, saúde e aspectos socials em geral. Lembrou, ainda, o incentivo que Henrique Mindlin sempre procurou dar A formacão de equipes, a começar por seu próprio escritório, no qual trabalhavam e, ainda trabalham grande número de arquitetos. Ainda hoje o escritório funciona com o nome de Henrique Mindlin Arquitetos Associados, sempre em forma de equipe.
Encerrando a solenidade, De Nigris reiterou que a Casa da Indústria, bem como o Instituto "Roberto Simonsen", SESI e SENAI, não se preocupa apenas com os problemas do desenvolvimento da producão em si, mas com os aspectos ligados ao campo cultural e social (Educação, Alimentação, Saúde e Recreação). O presidente De Nigris citou números que demonstram esse esforço, ressaltando que, em 1978, o SENAI entregou tantos diplomas quanto foram concedidos nos primeiros 25 anos de sua fundação. "Isso não quer dizer que estamos satisfeitos. Muito pelo contrário", afirmou o presidente da FIESP-CIESP, enfatizando o empenho das entidades em continuar a caminhada no sentido de apoiar todo o esforço nacional em favor do bem comum. EI
Empresários aplaudem decisão do Senado sobre a gleba Carapanã "Este foi um passo decisivo para a convocação da empresa privada, no sentido de acelerar a ocupação racional da Amazônia, por pequenos proprietários. O que se aprovou, foi um critério: o de o Governo definir a política, as diretrizes e fiscalizar a execução de projetos de colonização na Amazônia pela iniciativa privada, como complemento da ação do Incra nesse setor. Assim, esses projetos tomam também a configuração de uma obra pública". A declaração foi feita pelo engenheiro João Carlos Meirelles, presidente da Associação dos Empresários da Amazônia, a propósito da aprovação, dia 7 último, pelo Senado, da mensagem presidencial que aliena uma área de 400 mil hectares — a Gleba Carapanã —, no Município de São Félix do Xingu, no Sul do Pará. A área fora posta em licitação, no ano passado, pelo Incra e a concorrência foi vencida pela empresa Andrade Gutierrez S.A., que ali implantará o Projeto Tucumi, o primeiro a ser executado por uma empresa privada em terras licitadas pelo Governo Federal. "Com a aprovação pelo Senado da alienação da Gleba Carapanã — concluiu Meirelles — acredito que se abre um novo horizonte para que a ocupação da região amazônica se faça como sempre pregamos, isto é, de forma racional, com alto sentido social e com efeitos econômicos realmente positivos". Já o engenheiro agrônomo Esteves Pedro Colnago, superintendente de colonização do Projeto Tucumã, afirmou que "o interesse da Andrade Gutierrez pelos problemas da Amazônia não é novo. Temos uma vivência íntima com os problemas da região há mais de vinte anos, o que nos levou —a
realizar estudos detalhados sobre as oportunidades de investimentos nessa área tão vital para o desenvolvimento nacional". Para Colnago, a aprovação da mensagem presidencial pelo Senado era de se esperar, "dado a importância social e econômica do projeto que será implantado, sem riscos ecológicos, numa Area hoje improdutiva". "A discussão do problema no Senado — afirmou Colnago — foi grandemente saudável, uma vez que ajudou a esclarecer, a clarear as questões que envolvem a colonização da Amazônia pela empresa privada. Haja vista o pronunciamento do senador Dirceu Cardoso que, quando a mensagem foi posta em pauta, combateu a sua aprovação. Demonstrando, porém, um alto sentimento patriótico e uma larga visão da problemática amazônica, o senador Cardoso reconheceu que suas objeções h aprovação da mensagem não se justificavam. E, como um homem que tem uma visão histórica dos fatos, ele apelou para que o seu partido, o MDB, aprovasse a mensagem, considerando que se tratava de uma empresa, como bein afirmou, nacionalíssima e que executará um projeto de colonização dentro das exigências do Incra — um projeto como ele não vira outro igual". Segundo Colnago, a empresa aplicará, na execução do Projeto Tucumã, mais de Cr$ 1 bilhão, para dotar a área de toda infra-estrutura necessária, como estradas vicinais, construção de quatro centros urbanos, escolas, hospitais, centros de lazer, e centros de pesquisa para orientação dos agricultores que lá se instalarem. O projeto prevê, no prazo de 6 anos, o assentamento de quase 3 mil famílias, que se dedicarão às atividades agrícolas, hortifrutigranjeiras e pecuárias. I=1 ABIGRAF EM REVISTA
fiesp/ciesp
Comitiva Nigeriana ouve palestra sobre Economia do Brasil
Chefe da missão da Nigéria agradece a recepção da FIESP
Aspecto do encontro entre nigerianos e empresários de São Paulo
Em palestra proferida na sede da FIESP-CIESP para membros do Instituto Nacional de Estudos Politicos e Estratégicos da Nigéria, o prof. Eurico Korff, presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios de São Paulo, fez ampla análise da economia brasileira, alinhando algumas perspectivas para o ano em curso, condicionadas, segundo ele, aos preços internacionais de petróleo e ao comportamento da agricultura. Citando dados estatísticos que conformam o perfil da economia brasileira, Eurico Korff assinalou que o Governo tenta, agora, reduzir o excesso de demanda e a pressão dos custos de produção, fatores que incidiram, sobremaneira, no processo inflacionário, ano passado. E fez a ressalva: "t evidente que o sucesso da estratégia governamental fica condicionada ao comportamento da agricultura e, também, â evolução dos preços do petróleo. Um aumento significativo de preço deste produto, em 1980, causaria, certamente, dificuldades à política de combate à inflação". E acrescentou: "A estratégia governamental causará algumas dificuldades A' performance do setor industrial".
nada por diretores das entidades e do Grupo Permanente de Mobilização Industrial (GPMI), que coordenou a visita em São Paulo.
O ENCONTRO
No debate que se travou após a conferência, o empresário brasileiro respondeu a inúmeras indagações so-
owe
Chefiada pelo brigadeiro M. D. Jega, a comitiva nigeriana foi recepcio2/ 19 80
1. 0 vice-presidente da FIESPCIESP, sr. Francisco da Silva Villela, que saudou os onze integrantes da missão, ressaltou os laços que unem as duas nações, observnado: "Certos de que as visitas já efetuadas a outros organismos, inclusive em outros Estados de nosso Pais, propiciaram aos dignos integrantes dessa missão uma visão da realidade econômica, social e política do Brasil, esperamos, de nossa parte, que as suas presenças na Casa da Indústria paulista enriqueça essa visão". Em seguida, o sr. Francisco da Silva Villela apresentou o conferencista, o prof. Eurico Korff, que é diretor 3.° tesoureiro da FIESPCIESP, diretor ao Departamento Econômico da CNI, professor da Escola de -Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas e representante da Indústria na Comissão Consultiva de Mercado de Capitais do Conselho Monetário Nacional. O
bre a política brasileira de exploração de fontes alterntaivas de energia, pondo em relevo o Proálcool e suas metas, ressaltando a viabilidade do caminho escolhido pelo Governo brasileiro. Acompanhando a comitiva, esteve na FIESP-CIESP o comandante João Manoel Castelo Branco Nascimento, do Estado-Maior das Forças Armadas, que, também, se expressou, ao final da conferência, destacando a importância da reunião e o brilhantismo da palestra do empresário paulista. Participaram do encontro, ainda, o presidente do GPMI, Quirino Grassi, e o seu vice-presidente, major-brigadeiro Newton Neiva de Figuieredo. Falando em nome do Instituto Nacional de Estudos Politicos e Estratégicos da Nigéria (organismo semelhante à Escola Superior de Guerra), o brigaderio M. D. Jega agradeceu a recepção oferecida à. comitiva, sublinhando o valor das informações recebidas para uma análise mais aprofundada da economia brasileira, fazendo votos no sentido de um relacionamento mais estreito e duradouro entre Brasil e Nigéria em todos os campos. 33
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UP.
senai Senai recebe prédio-sede em caráter definitivo e homenageia De Nigris
1.■
O prof. Paulo Ernesto Tolle exibe unia igreja fella corn palitos por alunos do SENAI
Em ato solene, realizado o presi dente Theobaldo De Nigris fez a entrega oficial, em caráter definitivo, do prédio-sede do SENAI, na Av. Paulista, 750. Na oportunidade, toda a diretoria, membros do Conselho e dirigentes das áreas de ensino, técnica e administrativa prestaram significativa homenagem ao Sr. Theobaldo De Nigris, na qualidade de presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo e do Conselho Regional do SENAI. Compareceram ao evento os presidentes eméritos da FIESP-CIESP Nadir Dias de Figueiredo, Humberto Reis Costa e Raphael Noschese, bem assim o 1.0 vice - presidente Francisco da Silva Vilela e diversos diretores, além do diretor do Departamento Regional do SENAI, Paulo Ernesto Tolle, e o superintendente do SESI, Paulo de Castro Correia. Inicialmente o Sr. Theobaldo De Nigris e demais acompanhantes visitaram o "Show-room" instalado no tér2/1980
reo superior do edifício do SENAI, onde a visitante tem uma visão panorâmica de todas as atividades e realizações do Serviço em São Paulo. A seguir, o presidente De Nigris e o Sr. Nadir Dias de Figueiredo descerram a placa que marca a entrega definitiva do prédio para utilização do SENAI. Seus dizeres: "No dia 15 de dezembro de 1977, Theobaldo De Nigris, presidente do Conselho Regional do SENA!, entregou este prédio, planejado e construido na sua administração, para que enele se instalasse o Departamento Regional, em São Paulo, do SENAI". Posteriormente, os presentes seguiram para o 2.° andar, onde se encontram expostos numerosos trabalhos artísticos elaborados por alunos do SENAI, de seus diferentes cursos, numa mostra altamente expressiva do espírito criativo, de arte e engenho dos estudantes. Foi revelado, durante a visita, que o nível dos trabalhos me-
receu entusiásticas referências inclusive de representantes diplomáticos. CRESCIMENTO DE UMA OBRA ADMIRÁVEL
Em seqüência, foi oferecido um almoço ao Sr. Theobaldo De Nigris e acompanhantes, no salão promocional do SENAI. O prof. Paulo Ernesto Tolle, na ocasião, usou da palavra saudando o dirigente máximo da indústria paulista. Lembrou que há 2 anos, justamente na data natalícia de Theobaldo De Nigris, era o SENAI que dele recebia um presente, o edifício-sede, com o sentido de "valorização do trabalho de quem trabalha pela valorização do trabalhador". Com as novas instalações e melhoria das con-
dições de trabalho, criou-se um expectativa de aumento da produtividade do SENAI, o que realmente ocorreu. Mediante apresentação de números, o prof. Tolle mostrou que a Entidade, no quinqiiênio 1963/67, na adminis35
senai
Placa que marcou a entrega definitiva do edifício-sede do SENAI
toração de Raphael Noschese, acusara um crescimento quatro vezes maior que o apresentado desde sua fundação. Já na administração Theobaldo De Nigris, quinqüênio 1968/72, o número de certificados expedidos somou 281.408, contra 63.971 no quinqiiênio anterior. No período 1973/77, o total de concluintes dos cursos do SENAI elevou-se a 835.000. E somente em 1978 foram conferidos 196.385 certificados. A expansão das atividades do SENAI foi realmente admirável e, desde sua fundação, já entregou .1.440.997 certificados. Quanto à rede de ensino, compreende, na Grande São Paulo, 27 escolas e 3 centros de treinamento; no interior, 22 escolas e 9 centros de treinamento, além de 21 unidades móveis, agindo no interior, onde não há escolas da Entidade. Possui hoje, portanto, 82 unidades de formação profissional, representando uma área construida de 240.997 metros quadrados, dos quais 43%, ou seja, 103.468 metros quadrados, construidos no período 1967/79. Tem o SENAI se preocupado, principalmente, com o fator qualidade, muito mais do que com o simples crescimento do número de alunos em formação. Processa, assim, uma renovação dos métodos de ensino, sob a inspiração de Theobaldo De Nigris. E uma fase de renovação e inovação. Exemplo é sua Divisão de Cadastro e Centro Estatístico, agora Divisão de Pesquisas. Os cursos pela TV igualmente representaram um avanço na sua sistemática. De 41 telepostos, com 1.049 alunos, passou este ano para 168 telepostos. UM TRABALHO DE EQUIPE
Ao expressar seus agradecimenios 36
O Diretor regional do SENAI homenageia De Nigris
por aquela demonstração de apreço, o sr. Theobaldo De Nigris afirmou que o crescimento do SENAI se fez em etapas de acordo com as possibilidades e condições existentes em cada época. Ao longo de sua vida teve a satisfação de acompanhar, de perto, algumas administrações, como a de Raphael Noschese, e os esforços empreendidos em favor do SENAI, sobretudo em períodos de dificuldades, como em 1965. No exercício das funções de diretor 1. 0 secretário da FIESP-CIESP participou desse empenho, nem sempre favorecido pela conjuntura. Quando assumiu a Presidência das Entidades, a experiência adquirida e o estímulo dos companheiros permitiram a realização de programas em prol do desenvolvimento das atividades do SENAI, mas sempre condizentes com cada época. Em suas gestões os dirigentes do Serviço, anteriormente Carlos Pasquale, e posteriormente o atual diretor Paulo Ernesto Tolle, assim como no SESI, Paulo de Castro Correia, e no Instituto Roberto Simonsen, Virgílio Lopes da Silva, tornaram possível adequar programas antes considerados impossíveis. Passamos a desenvolvem um esforgo conjunto FIESP-CIESP, SENAI, SESI e IRS, com atividades e desenvolvimento mais condizentes com as necessidades do momento, transformando seu trabalho numa sucessão de realizações marcantes na própria história do desenvolvimento paulista e brasileiro. A citação de seu nome decorria de um gesto gentil de Paulo Ernesto Tolle e sua equipe, mas não gostaria de deixar de mencionar os nomes de seus companheiros, que colaboraram todo este tempo para transformar o
SENAI, assim como o SESI e o IRS, "em grandiosa obra da indústria, respeitada e admirada não apenas em nosso País, como no exterior, correspondendo em expressão as aspirações que sempre tivemos, desde os tempos de Roberto Simonsen. Se fomos bem sucedidos, devemos os resultados a essa extraordinária equipe, de dirigentes colaboradores, a quem expressamos nossos agradecimentos. Temos a consciência plenamente tranqüila de que fizemos o possível, é até mesmo o impossível. E quando assistimos manifestações de incompreensão e descontentamento para com algumas dessas entidades, atribuímos as mesmas ao desconhecimento das dificuldades do empenho, que chega muitas vezes ao próprio sacrifício. Mas estamos tranqüilos e dispostos a prosseguir na caminhada, pois isto não nos demove. Enquanto contarmos com a compreensão e participação dos dirigentes das Entidades, podem todos estar certos e confiantes de que o SENAI, o SESI e IRS continuarão a caminhar admiravelmente, como o fizeram até agora. Mais uma vez afirmamos que somos eternos insatisfeitos, no bom sentido, pois queremos realizar sempre mais e mais em benefício do nosso Estado e do País, em favor do bem-estar e prosperidade do povo brasileiro." Concluindo, o sr. Theobaldo De Nigris, que a placa, lembrando o nome do presidente da FIESP-CIESP e do Conselho Regional do SENAI, muito sensabilizava, fazendo com que tenha sempre presente os nomes de seus companheiros. Mais uma vez agradecia a carinhosa manifestação e desejava a todos um ano novo de realizações e prosperidade. ABIGRAF EM REVISTA
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A Heidelberg desenvolveu novo sistema de registro: Ay 1 ',tom Ian Am.
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Figura 1: Decenso do trabalho utilizando novo sistema de registro Bacher Control com Mira Anular Heidelberg: perfuradora de registro, folha de montagem, prancha, cilindro porta pranchas. Figura 2: Prancha desviada. Figura 3: Prancha absolutamente paralela ao eixo e ajustada lateralmente. Figura 4: Pemo Mira Anular e prancha (seção): se distingue claramente o assento da verruma na prancha sobre o encaixe anular escurecido. MIRA-CIRCULAR HEIDELBERG As vantagens dos sistemas de registro para as máquinas offset de folhas, mais rápidas e modernas, são evidentes, ou seja, a redução dos tempos de ajuste improdutivos e a racionalização da preparação das chapas. Esta economia de tempo no preparo para imprimir, principalmente para pequenas e médias tiragens, a várias cores, repercute favoravelmente no custo de 1000 folhas. O ótimo aproveitamento de um sistema de registro requer, como primeiro passo, sua conseqüente utilização em todas as fases de produção: montagem, cópia de chapas, impressão. O esquema (figura 1) mostra isto, ou seja, folha de montagem e a chapa são providas de furos que correspondem aos ajustes do registro da impressora. Há dois tipos fundamentais de sistemas de registro: os sitemas em dependência da régua de aperto, que garantem o ajuste da chapa pela régua de aperto e sistemas de pré-registro referenciados ao cilindro, que alinham a chapa paralelamente ao cilindro. A Heidelberg combinou as vantagens de ambos os sistemas: nos modelos SPEEDMASTER e S-offset, o sistema de registro BACHER CONTROL 2000 (de2/1980
pendente da régua de aperto) é completado pelo sistema de registro mira-circular Heidelberg. A idéia básica compreende dois pequenos pinos fixados na posição zero no cilindro porta-chapas, e depois de colocada a chapa, esta fica perfeitamente paralela ao eixo e ajustada lateralmente. Uma vez que a chapa, com o auxilio do registro BACHER CONTROL 2000 (em forma de U e no canto dianteiro da chapa, figuras 2 e 3), fica bem colocada na régua de aperto, os dois pinos da mira-circular são visíveis através de duas perfurações de registro na borda dianteira da chapa. O impressor pode verificar de relance se a chapa está absolutamente paralela e ajustada lateralmente. Se está desviada (figura 2), aperta-se a régua de aperto A direita ou A esquerda, até que a chapa fique ajustada. O deslocamento lateral se torna supérfluo, visto que a régua de aperto terá sido ajustada e fixada na fábrica, com relação aos pinos. E os furos da chapa (em U: BACHER CONTROL 2000, redondos: mira-circular correspondem exatamente, em suas distâncias, As distâncias dos pinos na régua de aperto e no corpo do cilindro. A verificação é facilitada mediante uma ranhura circular negra na superfície frontal brilhante do pino. A perfuração 'de registro da chapa fica exatamente em cima
da ranhura circular preta (figura 4). Se a chapa estiver deslocada, o anel aparece irregularmente (figura 2). As mínimas diferenças podem ser verificadas por um simples golpe de vista. A chapa fica colocada com tal exatidão, antes da primeira impressão, que só se requer mínimas correções de registro pelo registro da própria máquina. Todos os modelos HEIDELBERG SPEEDMASTER e S-offset são equipados na fábrica, com pinos de mira-circular, de maneira que podem ser aproveitadas suas vantagens no caso de se reequipar posteriormente a máquina com o sistema de registro BACHER CONTROL 2000. Com este sistema combinado de registro, consegue-se um grande efeito de racionalização. Os tempos de montagem do filme, cópia das chapas e ajuste da máquina de imprimir, são reduzidos consideravelmente, A precisão necessária consegue-se automaticamente. As impressoras ORIGINAL HEIDELBERG são representadas no Brasil pela GUTENBERG — Máquinas e Materiais Gráficos Ltda., com sede em São Paulo, filiais no Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Recife e representantes em todos os Estados da Federação. 37
flashes
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100.a máquina de formulários continuos Foi entregue uma máquina de confeccionar formulários - contínuos GOEBEL-OPTIFORMA para a Gráfica Germania Druckrei, na cidade de Kiel, Alemanha. A referida máquina, para produzir uma largura de trabalho de 520 mm, possui 3 grupos impressores que estão equipados com encaixes de formatos (unidades impressoras) de 24 ou 21 de offset-úmido. Um dos grupos poderá ser utilizado para imprimir no verso. porta-bobinas esta previsto para um diâmetro de 1270 mm e há também um desbobinador de papel carbono para bobinas de 800 mm de diâmetro e outros dispositivos necessários para a perfuração e picote. A saída da máquina esta equipada com uma dobradeira. mais notável é que essa máquina é a 100.a máquina para confeccionar formulários-continuos, do modelo
GOEBEL-OPTIFORMA, que foi entregue desde seu lançamento em apresentação na DUPRA'77. O interessante também é que das 750 máquinas para confeccionar formulários-contínuos vendidas nos últimos 20 anos, 140 pertencem ao modelo GOEBELOPTIFORMA, devendo-se portanto levar ainda em consideração que a máquina em apreço foi apresentada pela primeira vez na DRUPA'77. As máquinas para confeccionar formulários-contínuos nos modelos "GOEBEL-OPTIFORMA" são fabricadas para larguras de trabalho de 520 e 840 mm. No Brasil, são representadas com exclusviidade pela GUTENBERG — MÁQUINAS E MATERIAIS GRÁFICOS LTDA., com sede em São Paulo, filiais em Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife, e representantes em todos os Estados do País.
Madeira, solução para a crise energética aproveitamento dos recursos florestais permitirá ao País efetuar a substituição das fontes energéticas tradicionais por sucedâneos nacionais renováveis. O álcool da madeira e a lenha constituem soluções viáveis e seguras para o suprimento necessário manutenção das atividades produtivas, ante a incerteza do fornecimento do petróleo, mas o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Papel e Celulose, Horácio Cherkassky, observa que o setor de reflorestamento espera, para 1980, um déficit de 11,1 milhões de metros estéreos de pinus e eucaliptus, correspondentes a 99.741 hectares, que seriam absorvidos somente na produção de celulose. Para acelerar o plantio de árvores, Cherkassky vê como solução a destinação de maior volume de recursos ao Fiset-Reflorestamento, na proporção que atenda tanto aos programas em desenvolvimento na area industrial, quanto aos reflorestamentos destinados ao suprimento de energia. Ilustrando o excelente retorno do negócio, o presidente da ANFPC lembra que se obtém um faturamento bruto de Cr$ 2,52 milhões, resultado da fabricação de 112 toneladas de papel 38
sulfite comercializado (ao preço médio de Cr$ 22,50 o quilo), convertidas a partir de 109 toneladas de celulose, fabricada com 600 metros estéreos de eucaliptus. As árvores são plantadas ao longo de 18 anos em terras próprias não beneficiadas por incentivos, ao preço médio de Cr$ 45 mil por hectare no Estado de São Paulo. Dos Cr$ 2,52 milhões, são revertidos 31% aos cofres públicos, na forma de impostos. De acordo com Cherkassky, "o planejamento do uso dos recursos florestais é tarefa imposta pelo bom senso. Se as florestas plantadas, mediante a boa e correta aplicação dos incentivos governamentais, já ii'ossibilitaram ao Pais liberar-se da incômoda dependência externa de celulose, importante sera assegurar as mesmas condições, em escala ascendente, para que elas permitam, igualmente, a ansiada libertação — somando-se a outros elementos potenciais — das fontes energéticas importadas. O caminho óbvio é o incremento acelerado dos plantios, que constituem um investimento produtivo, embora de larga maturação, para o qual a iniciativa privada, por si só, não dispõe dos recursos necessários.
Microfusão auxilia indústria de máquinas gráficas A Fupresa — Fundição de Precisão está fornecendo à Dafferner S/A Máquinas Gráficas nove ítens utilizados na fabricação da Catut Set 660, a primeira máquina impressora off-set genuinamente nacional, criada e produzida em Sorocaba (SP). Para tanto, a Fupresa está utilizando sua tecnologia nacional em microfusão, que, segundo o engenheiro Antonio Carlos Alves Bevilacqua, diretor técnico da empresa, está substituindo cada vez mais e com vantagens, os processos de usinagem, forjamento, sinterização e fundição convencional para peças de geometria complexa.
SBS pede mudança no proieto do novo imposto territorial rural A Sociedade Brasileira de Silvicultura está reivindicando que o projeto da nova lei do Imposto Territorial Rural seja modificado, a fim de que esse tributo seja reduzido, para as áreas de florestas implantadas para fins industriais, energéticos e outros, assim como as Areas onde as florestas primitivas são conservadas para fins de exploração econômica. Nesse sentido, o empresário Sérgio Lupattelli, presidente da entidade, enviou telex ao deputado Nivaldo Kriiger, presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural da Camara Federal, onde o projeto se encontra em tramitação. A SBS pede que seja dada uma melhor redação à alínea B do parágrafo 4.0 do artigo 49 do projeto, alegando que, a permanecer o texto primitivo, "as terras com florestas para exploração econômica, dentro do conceito que o anteprojeto lhe quis imprimir, serão indiscriminadamente tributadas". "Ora — acrescenta a SBS —, as terras ocupadas com florestas econômicas, nativas ou plantadas, estão sendo efetivamente utilizadas, mesmo quando não sendo objeto de exploração anual, segundo a vocação das mesmas, sendo portanto merecedoras das reduções a título de estímulos fiscais, previstas no anteprojeto". ABIGRAF EM REVISTA
jurídico 141.•
Fiscal Falta de Autenticação de Livro Fiscal A falta de autenticação de livro fiscal não pode ser equiparada it falta de lançamento do ISS devido. Em recurso, a que negou provimento II.-- unanimemente, decidiu o Tribunal: "Com efeito, a Municipalidade apelante, na condicão de assistente e litisconsorte passivo, labora em evidente equívoco ao pretender equiparar a falta de autenticação do livro fiscal em causa, à falta de lançamento do imposto devido. Isto porque o livro fiscal não autenticado não é inexistente, como sustenta a apelante, mas padece de vício por falta de observância do disposto no art. 69 da Lei Municipal n.° 6.989, de 29-12-66, que nenhuma disposição contém no sentido de considerar inexistente o livro não devidamente autenticado. Logo, não pode ser aplicada a letra "h" do inciso I do art. 77 da lei em questão, que fala expressamente na falta de lançamento, no livro próprio, do imposto devido, o que, em última análise, significa a sonegação do tributo." "Ademais, a posição assumida pela apelante e endossada pelo dr. Procurador Geral, "data venha", não se afina com o disposto no art. 112 do CTN, que determina a interpretação mais favorável ao contribuinte, quando a lei tributária define infrações ou comina penalidades." "Não previu, como se vê, o legislador penalidade específica para o caso da utilização do livro fiscal sem autenticação da autoridade fiscal competente, pelo que só pode ser enquadrável no inciso VI do art. 77 da Lei Municipal n.° 6.989, motivo pelo qual não pode a Municipalidade pretender equiparar tal irregularidade A falta de escrituração, que redunda em sonegação fiscal."
4
— Acórdão de 6-6-78, da 1.' Câm. Civ. do 1.° TASP, na Ap. 242.866, de São Paulo (Macedo Bittencourt, Pres.; Ferreira da Cruz, Rel.).
Férias a Pagar Inexiste no RIR autorização para formação de "Previsão para Férias".
Em recurso, decidiu o Conselho, unanimemente: "Considerando que apesar de não prever o Regulamento de regência previsão para férias a empresa procedeu anualmente a reversão de tal previsão, prevalecendo apenas a variação em cada exercício, e uma vez destacados os valores efetivamente debitados A conta de "Férias", permanecem sujeitas A tributação apenas as parcelas de Cr$... (ano-base de 1966); Cr$... (1967); Cr$... (1968); Cr$... (1970); e Cr$... (1971), sendo que a decisão de 1 • instância já corrigiu o 2/1980
excesso tributado; considerando que os documentos de fls. nos informam que a empresa para atender sua obrigação previdencifiria entrega a Bancos títulos de sua emissão para serem cobrados, sendo que o produto do recebimento é levado a crédito do INPS, vencendo juros de 1% ao mês caso a liquidação não se complete até o fim do mês subseqüente ao da competência das contribuições, ficando assim comprovado que a despesa foi efetivamente paga durante o exercício financeiro a que correspondeu; considerando que o recolhimento para o INPS procedido em 1971 se relaciona A obrigação de dezembro de 1963 foi fora do prazo legal do exercício financeiro a que correspondeu em virtude de revogação de segurança anteriormente concedida; •.. considerando mais o que dos autos consta: dou provimento em parte ao recurso, para mandar excluir da tributação a quantia de Cr$ relativa a contribuições previdencifirias garantidas por duplicatas." Acórdão 68.325, de 20-11-75, da 1.° Urn. do I.° CC (Francisco de Assis Miranda, Rel.).
Gratificação de Natal O disposto no Dec.-lei 1.695/79 compreende o abono instituído pela Lei 4.281/63 aos segurados da Previdência Social. Em processo, o Coordenador do Sistema de Tributação aprovou o seguinte ato: "0 Coordenador do Sistema de Tributação, no uso das atribuições que lhe confere item II da Instrução Normativa SRF n.° 34, de 18 de setembro de 1974, e tendo em vista o Parecer CST n. 2.261, de 1979, declara, em caráter normativo, As Superitendências Regionais da Receita Federal e demais interessados, que a não incidência do imposto de renda na fonte prevista no art. 2.° do Decreto-lei n.° 1.695, de 18 de setembro de 1979, compreende o abono instituído pela Lei n.° 4.281, de 8 de novembro de 1963, aos segurados da Previdência Social e seus dependentes. — Jimir S. Doniak — Coordenador." Ato Declaratório Normativo CST-24, de Le-10-79. DOU-I de 3-10-79, pág. 14.469.
são constituídas com a finalidade de explorar o ramo de tipografia ou gráfica em geral (docs. juntos), prestando serviços de composição gráfica, litografia e fotolitografia, atividades das artes gráficas. Seus serviços resultam da confecção de impressos por encomenda de guias fiscais, cartões com timbre, papel de ofício e de carta, formulários na maior parte sujeitos a modelos oficiais. Na execução de seu trabalho, utilizam as Impetrantes de papel, tinta e cola, material essencial no desempenho da função, sendo que tem os impressos a destinação de uso exclusivo de cada encomendante, fato que lhes tira o caráter de mercadoria, uma vez que não tem circulação econômica e não são suscetíveis de serem colocados no mercado consumidor. Cumpre assinalar que o impresso, se recusado pelo encomendante, por um motivo qualquer, torna-se imprestável, dada sua condição de personalista." "Fora daí, manifesto é que se os praticar em extensão que a torne passível do I.C.M., livre fica ao Fisco local proceder como dispõe a lei no sentido de resguardar seus interesses. O que não pode, e porque nem a Constituição, nem a lei o permite, é pretender. valendo-se dos meios que utilizou, prejudicar a atividade lícita das impetrantes, visando tributá-las pelos atos já referidos. Tributo ao qual não estão sujeitas." Diz a ementa: "Serviços de composição gráfica. (Feitura e impressão de notas fiscais, fichas, talões, cartões, etc.). Sujeição, apenas ao I.S.S." — Acórdão de 23-9-79, da 1.° Turma do STF, no RE 91.562-1, de Minas Gerais (Carlos Thompson Flores, Pres. e Rel.).
Comercial Inscrição, Registro ou arquivamento Decreto 84.101, de 18-10-79, que disciplina e simplifica a inscrição, alteração e baixa no C.G.C. e os atos correlatos de inscrição, registro ou arquivamento nas Junstas Comerciais. (Vide em 2-70-130 • Registro, o Boletim 1NCOLA B-45-I.428/7925.)
A feitura de notas fiscais, fichas. talões, cartões, etc., para uso exclusivo de cada encomendante, sujeitase apenas ao ISS.
DECRETO N.° 84.191, DE 18 DE OUTUBRO DE 1979 Disciplina e simplifica a inscrição, alteração e baixa no Cadastro Geral de Contribuintes (C.G.C.) e os atos correlatos de inscrição, registro ou arquivamento nas Juntas Comerciais.
Em recurso, a que deu provimento, unanimemente, decidiu o Tribunal, seguindo voto do Relator: "Afirmam as recorrentes na inicial de fls.: "A impetrantes
O Presidente da República, no uso das atribuições que lhe confere o art. 81, itens III e V, da Constituição, tendo em vista o disposto no Decreto n.° 83.740, de 18 de
Impressão Gráfica
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jurídico julho de 7979, que instituiu o Programa Nacional de Desburocratizado, e,
Civil
Considerando: que a existência das sociedades mercantis e firmas individuais, para todos os efeitos legais, é determinada pelo seu registro ou inscrição no Registro do Comércio; que as alterações dos atos constitutivos dessas mesmas entidades somente produzem efeito, perante terceiros, após o respectivo arquivamento no Registro do Comércio; que a atual disciplina que condiciona a liberação dos documentos arquivados no Registro do Comércio à prévia inscrição, alteração ou baixa no Cadastro Geral de Contribuintes (C.G.C.) se revela um fator de congestionamento dos serviços das Juntas Comerciais e de oneração das sociedades mercantis e firmas individuais; que o Programa Nacional de Desburocratização tem como um de seus principais objetivos contribuir para a melhoria do atendimento dos usuários do serviço público; Decreta: Art. 1.° — Fica abolida a exigência de comprovação prévia de inscrição, alteração ou baixa no Cadastro Geral de Contribuintes (C.G.C.) para o registro ou arquivamento nas Juntas Comerciais de atos relativos A constituição, alteração, baixa ou dissolução de firmas individuais e sociedades mercantis, bem como para a liberação e entrega dos respectivos documentos aos interessados. Art. 2.° — Os atos de inscrição, registro ou arquivamento nas Juntas Comerciais serão efetuados simultaneamente com os atos correlatos de inscrição, alteração ou baixa no Cadastro Geral de Contribuintes (C.G.C.). Art. 3.° — O Ministério da Fazenda, pela Secretaria da Receita Federal, e o Ministério da Indústria e do Comércio, pelo Departamento Nacional de Registro do Comércio, promoverão o intercâmbio de informações, visando h crescente simplificação e agilização dos respectivos serviços. Art. 4.° — O Ministério da Fazenda e o Ministério da Indústria e do Comércio, disciplinarão, no prazo de 60 (sessenta) dias, os procedimentos necessários ao cumprimento do disposto neste Decreto. Art. 5.° — Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Brasilia, 18 de outubro de 1979; 158.° da Independência e 91. 0 da República. João Figueiredo Karlos Rischbieter João Camilo Pena Hélio Beltrão (DOU-I de 18-10-79, pág. 15.303.)
Responsabilidade civil, salário-mínimo A utilização do salário-minimo para o cálculo da pensão e sua atualização periódica não ofende a Lei 6.205/77, inaplicável h espécie.
Em recurso, a que deu provimento parcial, unanimemente, decidiu o Tribunal, seguindo o voto do Relator: "A Lei n.° 6.205/75 vedou a utilização do salário-mfnimo como elemento de atualização monetária e instituiu, para substituí-lo nessa fundo econômica, o chamado valor de referência. Não creio, porém, que ela guarde pertinência com hipóteses como a versada nestes autos. Em ações como a presente, busca-se a reparação de lucros cessantes representativos, por definição, dos ganhos que a vítima auferia antes do ato ilícito e que por estes foram total ou parcialmente suprimidos. A pensão, portanto, traduz reposição total ou parcial desses ganhos, tal como se continuassem a ser auferidos, pelo que possui nítida conotação salarial. Parece-me correto, por isso, continuar-se a adotar o salário-mínimo como base para o cálculo da pensão e para sua atualização periódica, pois não seria concebível que a vítima, se permanecesse viva e operosa, passasse a perceber a remuneração do seu trabalho em função do questionado valor de referência." — Acórdão de 5-9-78, da 1." Turma do STF, no RE 89.569, do Rio de Janeiro (Antônio Neder, Pres.; Xavier de Albuquerque, Rel.). – RTJ 87, págs. 1.069/1.071.
Administrativo Regulamento O regulamento administrativo é fonte eficaz de direito para quem preencheu todos os requisitos nele estipulados. O direito assim adquirido estai imune its modificações introduzidas
por regulamentos ulteriores.
Em recurso, a que deu provimento, unanimemente, decidiu o Tribunal: E de se acrescentar que os regulamentos são fontes de direito, conferindo prerrogativas aos cidadãos que preenchem os requisitos neles estabelecidos. Em conseqüência, o regulamento que suprime ou altera o anterior está subordinado A mesma limitação constitucional da lei ordinária, não afetando os direitos já adquiridos, segundo a regulamentação revogada. Por isso mesmo, a digna autoridade contra a qual foi reque-
rido o presente mandado, ao prestar as informações de fls., não contestou o direito da impetrante; esclareceu que o Egrégio Conselho Estadual de Educação, consultado a respeito, preferiu se reservar para apreciação de cada caso em particular. Como se expressa Pontes de Miranda, a propósito de leis e regulamentos, "0 que é comum a todas as classes acima apontadas é a contribuição para a formação da vontade coletiva no Estado dos nossos dias, constituindo técnica político-jurídica a adodo de principio geral que obriga cada uma das classes inferiores, todas intra-estatais, à obediência das superiores. O ato de execução material tem o de obedecer ao ato administrativo, A decisão judicial, ao regulamento, As leis federais e estaduais (inclusive As Constituições estaduais), As leis municipais e A Constituição federal" (Com. A Constituição de 1967, vol. 1. 0), pág. 287 — os grifos são do original)." — Acórdão de 27-5-75, da 8.' Câm. do TJRJ, na Ap. 91.507 (Rodrigues Silva, Pres.; Olavo Tostes, Rel.). — Rev. de Jur. do TJRJ, vol. 42, págs. 223/225.
Funcionamento de Indústria — Lei de Zoneamento Indústria enquadrada na categoria de uso 1.2, não permitida na Zona 3.
Em recurso, a que negou provimento, unanimemente, decidiu o Tribunal: "Assim decidem, por inexistente, na espécie, a alegada violação de direito líquido e certo da impetrante. Enquadra-se sus atividade industrial na categoria de uso 1.2., que não é permitida na Zona 3, sendo que se instalou, no local, em data de I.° de junho de 1977, quando em vigor o Decreto n.° 11.106, de 28 de junho de 1974, denominada Lei de Zoneamento. Não obstante as falhas apontadas no "Boletim da Vistoria Industrial" (B.V.I.), de que dá notícia a xerocópia, de fls., tais irregularidades, ainda que sanadas, não impediriam a efetivação do ato impugnado. E que, em face do artigo 102 do citado diploma legal: "Aos usos em situação irregular, instalados na vigência da legislação atual, em local onde os mesmos não são permitidos, serão lavrados termos de fechamento administrativo simultaneamente com a aplicação de multas de 50 (cinqüenta) salários-mínimos renováveis a cada 30 (trinta) dias". Como se vê, a autoridade apontada como coatora nada mais fez do que se ater ao que determina a Lei de Zoneamento, não sendo, assim, ilegal, injusto ou arbitrário o ato de fechamento administrativo. Irrelevante, pois, o fato de a impetrante haver pago taxas e verbas exigidas, e ter, inclusive, apresentado planta e requerido vistoria." — Acórdão de 16-3-78, da 4.' Um. Civ. do TJSP, na Ap. 268.174, de São Paulo (Henrique Machado, Pres.; Campos Gouyea, Rd.). — Rev. de jur. do TJSP, vol. 52, págs. 191/192. ABIGRAF EM REVISTA
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Avenida Cruz Cabugd, 84 I 1.° andar Presidente:
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Presidente: HENRIQUE NATHANIEL COUBE Empresa: Tilibra S/A. - Comércio e Indústria Gráfica / Rua Bertolina Maria, 7/21 / Vila Vermelha / CEP: 04298 / São Paulo / SP 41
Diretorias Associação Brasileira da Indústria Gráfica Regional do Estado de São Paulo Presidente:
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Delegados no Estado de São Paulo ADAMANTINA Irmãos Brandini Avenida Rio Branco, 94
Diretor: VALENTIM BRANDINI
ARARAQUARA, SP Domingos Ferrari & Cia. Ltda. Rua São Bento, 1134 — Fone: (0162) 22-1386 Diretor: josn EDUARDO FERRARI
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BRAGANÇA PAULISTA, SP Gráfica Hernandes Ltda. Rua Cel. Teófilo, 1544 — Fones: 433-2919/0868 Diretor: ADARVE HERNANDES ACEDE
CAMPINAS, SP Geraldo de Souza & Cia. Ltda. Rua Armando Sal les de Oliveira, 650 — Fone: (0192) 51-7197 Diretor: ANTONIO CARLOS DE SOUZA
FRANCA, SP Ricardo Pucci Ltda. Indústria e Comércio
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JUNDIAI, SP Cia. Litográfica Araguaia Rua XV de Novembro, 320/344 — Fones: 436-3582 — 434-4848 Diretor: RUBENS ROBERTONI
Henrique Nathaniel Coube Secretário:
Sidney Fernandes 2.. Secretário:
Jose Alder Filho Tesoureiro:
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Waldyr Priolli Diretor Relações Públicas:
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Antonio Bolognesi Pereira Arlindo Spina Dráusio Basile Homero Villela de Andrade Ernani Parise Jose Bignardi Neto Renato Foroni Conselho Fiscal:
Jose Raphael Firmino Tiacci Francisco Teodoro Mendes Filho Vitto Jose Clasca Suplentes:
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Theobaldo De Nigris Homero Villela de Andrade Suplentes:
Sidney Fernandes Dráusio Basile
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SAO BERNARDO DO CAMPO, SP Bandeirante S/A. Indústria Gráfica Rua Joaquim Nabuco, 351 — Fone: 452-3444 Diretor: MARIO DE CAMARGO
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