Revista Abigraf 60

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ASSOCIACAO BRASILEIRA DA INDUSTRIA GRÁFICA ANO V - NUMERO 60 - NOVEMBRO 80

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Expediente

EM REVISTA

A.

Capa Órgão Oficial da Associação

Brasileira da Indústria Gráfica Regional do Estado de São Paulo

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Registrada no 2° Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Comarca da Capital do Estado de São Paulo, Republica Federativa do Brasil, sob número de ordem 915, no livro B, n° 02 da Matrícula de Oficinas Impressoras, Jornais e outros periódicos. Publicação registrada no Departamento de Policia Federal Divisão de Censura de Diversões Públicas de São Paulo sob n° 1.517 P, 209/73. Diretor Responsável:

Rubens Amat Ferreira Diretor Editor:

Rose Maria Priolli Jornalista Responsável:

Saulo Barros MTPS 8312 Diagramador:

Valter Trevisan Consultores Técnicos:

Dráusio Basile Thomaz Frank Caspary Colaboradores:

Luiz Carlos Cunha Vieira Weiss SENAI - ABTG - FIESP

Capa: Criação e arte-final: Aurélio Ferreira Miguéis Fotolitos: Alunos da Escola SENAI "Theobaldo De Nigris"

Sumário Editorial

Fotocomposição - Um problema de escolha Divulgação do ISS ABIGRAF/SIGESP Nossa Impressão FIESP/CIESP Bolsa de Máquinas SENAI Flashes

Jurídico Regionais da ABIGRAF Delegados no Estado de Sao Paulo

5 7 12 14 17 20 24 25 29 31 33 34

Circulação:

Benedicto Lopes dos Santos Composição e Fotolitos:

Empresa Jornalística Comércio & Indústria S.A. Rua Dr. Almeida Lima, 1.384 Fone: 292-7222 - São Paulo Impressão:

Priolli & Cia. Ltda. Redação e Administração:

R. Marques de Itu, 70- 12° and. Fones: 231-4733 - 231-4143 231-4923 e231-4353 End. Telef.: "ABIGRAF" CP 7815 NOVEMBRO/1980

ABIGRAF EM REVISTA — ANO V — N.°60— novembro de 1980 Publicação mensal distribuída aos empresários gráficos e afins ABIGRAF EM REVISTA 3


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editorial

ALALC e ALADI

• A novel "ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE INTEGRAÇÃO", ALADI, sucessora da "ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE LIVRE COMÉRCIO" — ALALC, surge não só para um maior incremento — nas relações comerciais entre os países da America Latina, mas sobretudo para possibilitar a concretização dos anseios de uma efetiva aproximação dos povos irmãos de nosso continente. A América Latina é um invejável mercado de produtos gráficos, recebendo anualmente mais de 350 milhões de dólares em livros, impressos e outros itens da Europa, Estados Unidos e Japão. O Brasil tem uma capacidade ociosa de seu maquinário gráfico de aproximadamente 60%; produz papel da mais alta qualidade e não tem poupado esforços para prestigiar a sua indústria papeleira, que tem recebido do Governo sempre o maior apoio nos seus programas de expansão e conquista de novos mercados. A nossa tecnologia gráfica hoje é indubitavelmente, altamente sofisticada, e tem como sustentáculo, não só a capacidade dos nossos técnicos e empresários, mas também o alto grau de aperfeiçoamento que a nossa mão de obra tem recebido através dos cursos de nossas entidades, tais como, a Associação Brasileira da Indústria Gráfica — (ABIGRAF), Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica — (ABTG) e Escola Técnica SENAI "Theobaldo De Nigris". Impõe-se, portanto, no exato momento em que a ALADI se propõe especialmente a dinamizar os acordos de COMPLEMENTAÇÃO DE EMPRESA, agilizarmos a nossa máquina produtiva que dispõe de inesgotáveis recursos; assim, atendendo ao apelo da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA GRÁFICA à união, o empresário gráfico brasileiro deve preparar-se para a conquista de um mercado sequioso de nossos produtos. A Associação Brasileira da Indústria Gráfica — (ABIGRAF) colabora para a efetiva conscientização do empresariado brasileiro no apoio ao Governo para o incremento das exportações; e, acima de tudo, para que o longo trabalho executado pela nossa entidade mater junto à ALALC e à CONFEDERAÇÃO LATINOAMERICANA DA INDÚSTRIA GRÁFICA — CONLATINGRAF, atinja seus • primordiais objetivos. Empresário, se você já exportou ou tem intenções de exportar, procure a ABIGRAF que lá encontrará o respaldo jurídico, técnico e comercial que você necessita. Empregario, convença-se de que quando as grandes indústrias gráficas abrirem este horizonte que se nos descortina, muito espaço sobrará aqui para as médias e pequenas empresas. E a ABIGRAF conta, com o seu apoio, e dos demais companheiros de todo o Brasil e, sobretudo, do Governo que deverá dar um crédito de confiança ao nosso sofrido setor que, como sempre, servindo à comunicação escrita, à ciência e à cultura tem muito, muito mesmo a oferecer. NOVEMBRO/1980

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Fotocomposição um problema de escolha RAINER KURT ERICH LADEWIG

Nunca a tecnologia gráfica evoluiu tanto como nesta década, especificamente nos últimos três anos. Máquinas e equipamentos eletrônicos passaram a ser fabricados com características mais avançadas permitindo ao mercado das artes gráficas uma evolução incomum. No ramo da fotocomposição, contamos hoje com uma mudança espantosa dos equipamentos, dos sistemas e da nova tecnologia eletrônica, bem como das matériasprimas, dos papéis e filmes fotográficos. Por outro lado, o parque eletrônico está muito mais adiantado que supera o ritmo da química e da mecânica, no preparo de novas técnicas de obtenção de textos. No Brasil, estamos no início da fotocomposição, a qual não tem aquela tradição da tipografia, nem os problemas de bruscas mudanças do processo. Precisamos, portanto, acompanhar essa evolução para que os nossos técnicos possam segui-la, a exemplo dos países mais industrializados. Para exemplificar, a publicidade brasileira, ainda hoje, não mostra seus trabalhos para o Exterior, deixando de ganhar muitos prêmios, pois a apresentação dos impressos, independentemente da criatividade deixa a desejar em qualidade, comparados com os impressos apresentados por gráficos do Exterior. Por este motivo, as artes gráficas, principalmente a fotocomposiçã.o, podem ser consideradas atrasadas em relação a outros países. Como resultado, advém a necessidade do aprimoramento dos nossos processos. Não com a aquisição de equipamentos sofisticados, até caríssimos, que muitas vezes não são utilizados da melhor forma, mas, sim, através da escoNOVEMBRO/1980

lha daquilo que possa nos oferecer um produto de melhor qualidade e lucratividade.

A TIPOGRAFIA E A FOTOCOMPOSIÇÃO Deparamos em nosso dias com duas "concorrentes" fortíssimas: a tipografia e a fotocomposição. A primeira ainda sobreviverá por muito tempo, pois dela sempre dependerá a produção dos impressos fiscais, sociais, de apresentação e até mesmo os impressos chamados "administrativos" e etc... A segunda, pretende mudar os valores conceituais do mercado gráfico através dos recursos muito mais amplos, mais econômicos e rápidos, conseguidos com máquinas e equipamentos já colocados no mercado por vários fabricantes e fornecedores.

ESCOLHA DOS EQUIPAMENTOS 8 importante analisar, antes de comprar: o que a empresa pretende produzir; —as condições financeiras da empresa; as informações gerais dos equipamentos existentes no mercado, suas características de aplicação e respectivas utilizações; —a sobrevivência do equipamento em relação à sua utilização dentro de um prazo de uso précalculado. A mudança dos processos, dos sistemas e dos equipamentos, praticamente se verifica a cada ano que passa, o que nos conduz a estas análises para eliminar problemas futuros de instalações obsoletas e que não conseguem acompanhar o ritmo produtivo dos novos lançamentos no mercado. 8 preciso considerar, também, a inexistência em nosso País, de

um "sistema informativo" que nos indique quais equipamentos estão ou não atualizados e por quanto tempo perdurará essa "funcionabilidade". Muitas gráficas adquirem equipamentos sem ter a informação sobre o "pacote" e se este será útil nos próximos anos. Consideram apenas a substituição de algumas peças. Outro aspecto é o da compra antecipada do equipamento para posterior contratação de pessoal técnico. Isto, muitas vezes, ocorre por falha administrativa. Pode-se chegar a conclusões de que o equipamento comprado não corresponde às reais necessidades da gráfica. O ideal seria que o vendedor procurasse saber o que a diretoria da empresa pretende realizar nos próximos quatro ou cinco anos, para poder oferecer várias opções de escolha dos equipamentos e propiciar a instalação correta. A melhor forma de escolha para uma empresa pequena, bem estruturada, é contratar um técnico (caso essa empresa não conte com pessoal especializado no assunto) e mandá-lo pesquisar sobre tudo o que existe atualmente no mercado gráfico em fotocomposição e em várias representações e fabricantes, para posteriormente, junto à diretoria da empresa, fazer um planejamento embasado nas possibilidades e necessidades. 8 preciso evitar a compra de um sistema ou simplesmente de alguns equipamentos que dentro de um curto prazo não ofereçam condições de ampliação, ou, ainda, que a própria empresa não possa investir em novos módulos complementares. Na verdade, uma aquisição errada ou não satisfatória traz sérios transtornos para os técnicos no tocante à execução dos trabalhos, prejudicando sensivelABIGRAF EM REVISTA 7


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Fotocomposição - um problema de escolha

mente a produtividade e a lucratividade.

narão o processo dentro de um futuro próximo.

Equipamentos Existentes no Mercado

Aquisição do Equipamento

mercado gráfico conta hoje com quatro grupos distintos de equipamentos. primeiro grupo é constituído por aparelhos de comando direto, que produzem textos e tabelas, já em filme limpo ou papel fotográfico, sem a utilização de fitas de papel ou outro processo similar de "input".

O interesse na aquisição de equipamentos de fotocomposiçã.o deve ser dirigido a empresas que se especializem na produção de textos no mercado gráfico. O investimento é caríssimo e, se não houver estrutura para tal, não sera aconselhável a iniciação neste setor. Para gráficas que contam com todos os processos produtivos: fotomecânica, offset, rotogravura, impressão tipográfica e acabamento, a escolha torna-se mais simplificada. Uma simples máquina a comando direto, juntamente com os equipamentos auxiliares, pode chegar a resolver os problemas de composição.

segundo agrupamento consiste em equipamentos que funcionam com fitas perfuradas. Os teclados perfuradores são independentes das fotocomponedoras. Atualmente a fotocomposição está sendo dirigida para o terceiro grupo de equipamentos, ou seja, máquinas que utilizam discos magnéticos, que substituem a fita de papel. Os equipamentos do terceiro grupo exigem mão de obra especializada. O tecladistaperfurador já não tem condições de comandar estes aparelhos visto que há necessidade de raciocínio, conhecimento dos processos, regras de tipologia e técnicas de composição. Uma datilógrafa não pode simplesmente "ser treinada" para trabalhar nestes equipamentos. último grupo existente, e que aos poucos vai tendo acesso ao mercado, é constituído de matrizes abstratas, armazenadas em núcleos magnéticos e com CRT (tubo de raio catódico). São máquinas extremamente velozes, o que caracteriza, também, este agrupamento. A tendência atual ë fazer desaparecer os dois primeiros grupos a exemplo do que ocorre nos países mais industrializados que já não os utilizam e passam a utilizar os equipamentos de terceiro e quarto grupos, sendo que as máquinas ultravelozes, comandadas por fita magnética, disco ou laser, domiNOVEMBRO/ 1980

Para quem quer comprar, hoje, no Brasil, equipamentos de fotocomposição, se faz necessária a análise de alguns pontos básicos: equipamento a ser usado; características do processo de fotocomposição a ser escolhido; capacidade comercial para abastecer o equipamento; pessoal técnico especializado. A formação técnica do pessoal é, sem dúvida, o item mais importante a ser considerado, visto que a produtividade está estritamente relacionada à capacidade de produção e a. qualidade que o pessoal possa render. A tipologia nunca deve ser considerada em segundo plano. O êxito de toda empresa que conta com o processo de fotocomposição está comprometido se não houver um critério minucioso de escolha de caracteres que venham suprir todas as necessidades e variedades de composição. Não basta somente a aquisição de cinco ou seis fontes e simplesmente deixar de atender as solicitações dos clientes. O

importante, principalmente em publicidade, é justamente a escolha dos caracteres. Um anúncio ou cartaz só atinge seus objetivos desde que os caracteres utilizados transmitam a mensagem de forma convincente. Os anúncios são valorizados pela escolha adequada dos caracteres usados sem a necessidade da impressão a três, quatro ou mais cores. Portanto, convém lembrar que as fontes devem ser renovadas e atualizadas frequentemente. Os catálogos devem estar sempre atualizados para que o cliente possa ter opções de escolha. A criatividade está seriamente comprometida se não houver diversificação de caracteres para serem adequadamente usados nos impressos.

Racionalização

do Processo Preparação dos originais A racionalização do sistema de serviços de fotocomposição começa na preparação dos originais. Os clientes devem enviar as gráficas originais preparados, para que os mesmos não encareçam o preço final da fotocomposição. A maioria dos clientes envia as gráficas originais sem condições de serem programados e distribuídos aos respectivos departamentos de composição. Sempre há a necessidade do estudo desses originais no sentido de prepará-los com todas as marcações que orientarão a composição. Esta pré-fase encarece o produto em torno de 30% e isto é do desconhecimento dos clientes. O fluxograma e controle de execução O fluxograma do trabalho e o controle de execução também são fatores de racionalização. Estas funções devem ser de incumbência do técnico especializado em fotocomposição, que prepara e distriABIGRAF EM REVISTA 9


Fotocomposicão - um problema de escolha

bui as tarefas, controlando-as durante as fases de execução. Estes encargos não podem ser de responsabilidade do supervisor geral das áreas de composição e impressão porque suas atividades são administrativas, burocráticas, de compras, de pessoal, problemas técnicos etc. Os resultados podem ser bem mais satisfatórios quando houver a presença de técnico especializado no setor. Outro item a ser considerado e que provoca sérios transtornos, principalmente no tocante à qualidade, é o referente ao local de instalação dos equipamentos. É preciso que haja um local apropriado para as instalações e que o ambiente seja precedentemente dotado de ar condicionado.

Preparação da Mão-de-Obra Especializada em Fotocomposição Devido à diversificação dos equipamentos existentes no mercado e das características intrínsecas de funcionamento, é quase impossível preparar mão-de-obra especializada no setor. As empresas admitem funcionários e os treina no próprio local de trabalho, o que provoca um treinamento simplesmente prático, sem a formação tecnológica tão necessária execução dos trabalhos de preparação de textos. A especialização em fotocomposição necessita de pessoal que tenha conhecimentos práticos e teóricos sobre o processo, e isso so será possível com um treinamento de longa duração acompanhado de aulas teóricas especificas sobre o assunto. Na Europa e outros países existe uma profissão muito importante no papel da preparação de mãode-obra especializada. Trata-se do "mestre", que atua diretamente no treinamento de aprendizes na própria empresa. No Brasil deveria existir pessoal especializado em fotocomposição, 10 ABIGRAF EM REVISTA

e ate mesmo em outras áreas, para esta qualificação dentro das próprias empresas, como ocorre, a exemplo, na indústria automobilística, onde o "mestre" ensina os aprendizes em equipamentos para esse fim. As empresas, o SENAI e o Sindicato das Indústrias Gráficas deveriam incentivar a preparação de "mestres" em fotocomposição e em outras áreas distintas: offset, rotogravura etc. Isto faria com que a mão-de-obra pudesse ser treinada nas próprias empresas, suprindo a médio prazo suas deficiências. Conclusões Os interessados em ingressar no ramo da fotocomposição terão que analisar estes pontos básicos: possibilidades futuras; condições financeiras da empresa para poder investir no processo; perspectivas de ampliações; arranjo físico que possibilite ampliações. A fotocomposição só pode ser considerada como um bom investimento a médio-longo prazo considerando-se a implantação, as técnicas adotadas, o pessoal con-

SIMBOLO DE QUALIDADE

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e revistas

tratado, o cronograma de atividades da empresa e principalmente qual o campo de atuação que os equipamentos poderão explorar (publicidade, editoração jornalística etc.). É preciso, também, saber do posicionamento no mercado mundial do equipamento a ser comprado. Saber o que pode ser modificado, ou mesmo ampliado nos próximos anos. Para as empresas jornalísticas o problema é bem mais complexo. A rapidez necessária na preparação dos textos exige uma escolha criteriosa de sistemas sofisticados de fotocomposição. Esta escolha só terá êxito quando a equipe que trabalhará com esses equipamentos estiver preparada para poder utilizar com eficiência as possibilidades que a tecnologia mais avançada em fotocomposição pode oferecer. REVESTIMENTO DE CILINDROS Massintex: o 1.° produto que conquistou o mercado para revestimentos de cilindros Garantimos: qualidade • pontualidade • preco

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Divulgação do ISS retenção na fonte Objetivando fornecer esclarecimentos a respeito do ISS — Imposto Sobre Serviços, procuramos listar alguns itens da legislação pertinente, de modo sintético, mas que poderão representar importantes subsídios de orientação a Vossa Senhoria. 0 QUE E 0 ISS

A prestação de serviço, por empresa ou profissional autônomo, com ou sem estabelecimento fixo, cria a obrigatoriedade do recolhimento do ISS, desde que não se configure imposto de competência da União ou dos Estados (Lei n.° 6.989/66, art. 49, com redação da Lei n.° 7.410/69). CALCULO DO ISS

Para os efeitos do 1SS, considera-se preço do serviço a receita bruta a ele correspondente, sem nenhuma dedução, excetuados os descontos ou abatimentos concedidos, independentemente de qualquer condição (Lei n.° 6.989/66, art. 53, § 1. °). RETENÇÃO DO ISS NA FONTE

Com a edição da Lei n.° 9.060, de 15 de maio de 1980, que alterou a Lei n.° 8.809, de 31 de outubro de 1978, todo aquele que utilizar serviços prestados por empresas ou profissionais autônomos, deve reter e recolher o ISS, quando o prestador: obrigado à emissão de nota fiscal, nota fiscal-fatura ou outro documento exigido pela administração, não o fizer; desobrigado da emissão dos documentos referidos no item anterior, não fornecer: recibo de que conste, no mínimo, o nome do contribuinte, o n.° de sua inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários — CCM, seu endereço, a atividade sujeita ao tributo e o valor do serviço; comprovante de que tenha sido recolhido o imposto correspondente ao exercício anterior, salvo se inscrito posteriormente; cópia da ficha de inscrição. 12 ABIGRAF EM REVISTA

Importante: O tomador dos serviços, nesta hipótese, deverá ter condições de provar à Fiscalização que não efetuou a retenção do ISS na fonte em face da documentação acima relacionada, exigida pela Lei n.° 9.060/80. CALCULO DO ISS RETIDO NA FONTE Para retenção do ISS, a base de cálculo é o preço dos serviços, aplicando-se a alíquota de 5%, exceto nos serviços de diversões públicas, em que é aplicável a alíquota de 10% (art. 14 da Lei n.° 8.809, de 31-JO-

78). FORMA DE PAGAMENTO

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da no Diário Oficial do Município, de 20-12-78). LIVRO FISCAL

Visando reduzir a carga de escrituração fiscal do sujeito passivo do ISS, foi extinto o livro REGISTRO DE SERVIÇOS TOMADOS DE TERCEIROS - modelo 56, de conformidade com o art. 39 do Decreto n.° 16.829, de 15 de agosto de 1980. PEN ALIDADES RELATIVAS A RETENÇÃO NA FONTE O tomador de serviços que cometer infrações relativas à retenção na fonte estará sujeito às penalidades, como as

seguintes: O tomador de serviços deverá recolher, até o dia 15 de cada mês, o imposto correspondente aos serviços tomados de terceiros, relativos ao mês anterior, preenchendo o DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS RETIDO NA FONTE, que pode ser adquirido junto ao comércio especializado (Portaria SF n.° 1.051, publica-

100% do imposto aos que deixarem de reter o ISS na fonte; 200% do imposto aos que não recolherem, no prazo regulamentar, o imposto retido do prestador de serviços, quando apurado pela fiscalização ou após o seu início.

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Encontro dos gráficos em Pirassununga Em 18 de outubro pp., houve em Pirassununga um encontro de aproximadamente 50 gráficos, os quais debateram assuntos de interesse vital ao nosso setor gráfico. Este encontro realizou-se na sede da Associação Comercial de Pirassununga; gentilmente cedida por seu Presidente, sr. Temistocles Marrocos Leite. A mesa que dirigiu os trabalhos foi composta pelas seguintes personalidades representativas: Henrique Nathaniel Coubé (Presidente do SIGESP e da ABIGRAF Regional de Sao Paulo); Sidney Fernandes (Presidente da ABIGRAF NACIONAL); Rubens Amat Ferreira (Diretor da ABIGRAF/SIGESP); Paulo A. Boschim (Delegado Regional da ABIGRAF em Pirassununga); Ciro Toledo (Diretor da Cerpel - Ind. e Com. Ltda.); Luiz Carlos Cunha Vieira Weiss (advogado da ABIGRAF/SIGESP); José Ferrari (professor na ABIGRAF); Rubens Santos Costa (Prefeito Municipal de Pirassununga); Décio Pires Barbosa (diretor do Jornal Popular de Pirassununga) Participaram ainda os srs. Waldyr Priolli (Diretor-Tesoureiro da ABIGRAF/SIGESP); Antônio Bolognesi Pereira (Diretor ABIG RAF/SIGESP); Renato Foroni (Diretor ABIGRAF/SIGESP); Walter Oswaldo Buccolo D'Agostino (Diretor ABRIGRAF/SIGESP) e Elias Valentir (Secretário-Geral ABIGRAF/SIGESP). O Sr. Rubens Amat Ferreira, que juntamente com os srs. Paulo A. Boschim, Elias Valentir e Ciro Toledo, coordenou este encontro, fez a abertura da sessão e após a apresentação dos componentes da mesa, relatou os trabalhos que vêm sendo executados pela ABIGRAF/SIGESP próinterior. Foi passada a palavra ao dr. Weiss, o qual fez uma exposição sobre o impasse ou celeuma criada há algum tempo pelos tributos: ISS, ICM e IPI. Explicou detalhadamente a posição da diretoria de nossa enti14 ABIGRAF EM REVISTA

dade, o trabalho que vem sendo feito junto aos vários órgãos governamentais para a regulamentação e orientou como os gráficos devem proceder até que surja uma lei definitiva. A seguir, colocou-se à disposição dos presentes para eventuais consultas. Encerrando o diálogo entre os gráficos e o dr. Weiss, o dr. Rubens Santos Costa pediu a palavra, alegando ter um compromisso inadiável. Inicialmente expressou-se satisfeito por estar participando da reunião, manifestando pleno apoio a encontros dessa natureza e se colocou à disposição dos participantes para tudo que fosse de sua alçada. O prefeito frisou que embora com certo ceticismo, não acreditava que o Governo Federal apoiasse a eliminação do "ICM" para a indústria gráfica, enquadrando todos no "1SS', entretanto hipotecou sua solidariedade à iniciativa da nossa categoria econômica e parabenizou aos dirigentes pelo insano trabalho. A seguir, o sr. Rubens Amat Ferreira, que presidiu nossas entidades por quase uma década, expôs o trabalho em geral que vem sendo desenvolvido pela ABIGRAF/SIGESP, em prol do empresariado gráfico do interior, citando inclusive as providências tomadas junto ao "SENAI", para conseguir-se uma unidade móveltécnica que percorreria todas as cidades do interior, oferecendo inclusive aulas teóricas e práticas no local. Esta idéia foi aprovada pelo órgão competente, porém, ainda não se concretizou, pelo alto investimento necessário. O Sr. Henrique Nathaniel Coubé (Presidente do Sindicato e da ABIGRAF Regional de São Paulo), ratificou a orientação do dr. Weiss, nosso advogado fiscal, dizendo ter a entidade abraçado a causa com o devido interesse desde o princípio. O sr. Sidney Fernandes (Presidente da ABIGRAF NACIONAL), saudou aos presentes e colocou-se à disposição dos mesmos manifestando vivo interesse no bom desenvolvimento dos trabalhos. Em seguida o prof. Ferrari falou sobre "Custos na Indústria Gráfica",

demonstrando conhecimento e paixão pela matéria. Expôs ao plenário os vários tipos de incongruências que tem verificado junto As gráficas, em suas andanças pelo Brasil como, por exemplo, não saberem quanto é realmente seu custo, seu lucro ou seu prejuízo. No epílogo, o prof. Ferrari citou uma frase humorística que caracteriza o brasileiro: "0 brasileiro sabe que está dando mancada, mas confirma!" Por ultimo o dr. Thomaz Frank Caspary, nosso Diretor do Departamento Técnico e professor da ABIGRAF, falou sobre: "Administração Gráfica sem Sofisticação." Enfatizou o assunto procurando atingir os pontos nevrálgicos de uma administração, com citação das falhas entre os setores interligados, bem como do relacionamento entre patrões e empregados, salários, assistência etc. Abordou casos práticos, aconselháveis e condenou falhas, comumente vistas, que influem no rendimento e depõem contra a administração em detrimento do resultado. Citou fatos ocorrentes que por inabilidade ou má orientação, têm influido negativamente nos lucros das empresas, entre os quais: 1°) a inaproximação entre patrão e empregado; 2°) não deixam que o empregado evolua; 3°) não pagam bom salário; 4°) comprar matéria-prima mais barata, sem verificar que poderá influir na produção, pois a perda de material e de tempo superam em muito a aparente economia com a diferença de preço; 5°) a paralisação do serviço, para lubrificarem máquinas, em horário normal de trabalho, por não quererem pagar tal tarefa em horas extras etc. Disse ainda que esses administradores não têm raciocínio e vivem margem da realidade. Provou aos presentes que tudo gira em torno do homem, do seu aprendizado, do seu ganho, do seu bem-estar e da amizade que tiver pelo seu empregador. Finalizou dizendo: "Empregado satisfeito, patrão feito." NOVEMBRO/1980


abigraf/sigesp

Affonso Celso Pastore recebe gráficos O Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, dr. Af fonso Celso Pastore, recentemente por duas vezes, recebeu em audiência, delegação de empresários gráficos acompanhada dos diretores do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado de São Paulo, srs. Henrique Nathaniel Coubé, Sidney Fernandes, Waldyr Priolli, Rubens Amat Ferreira, Homero Vilela de Andrade, Pery Bomeisel, José de Fatima Lopes e dr. Luiz Carlos Cunha Vieira Weiss (advogado e assessor da diretoria), quando foi solicitada ao sr. Secretário a interveniência urgente para a solução da problemática do conflito de competência entre Estado e Prefeitura gerada com a bitributacão da cobrança do ICM de competência Estadual e ISS de competência Municipal. O Sr. Secretário

agradecendo reiteradamente as visitas, enfatizou a necessidade absoluta da urgente disciplinação da matéria, nomeando o assessor jurídico da Secretaria da Fazenda e consultor tributário, dr. Antônio Pinto da Silva, para acompanhar os empresários gráficos nos diálogos junto ao Ministério da Fazenda, órgão competente para dirimir a dúvida. Mostrou-se também profundamente sensibilizado e até surpreso com as explicações que os empresários deram sobre a crescente evolução das empresas estatais, solicitando que a ABIGRAF marcasse uma entrevista com o próprio governador Paulo Salim Maluf e com o chefe da Casa Civil dr. Calim Eid. Esperam os empresários que tais contatos venham realmente colaborar para diminuir a intranquilidade gerada

no nosso setor por uma situação anômala, que as nossas entidades têm lutado por uma solução, mas cujas definições finais independem de seu arbítrio, pois envolve um problema de competência tributária entre Estados e Municípios. Explicaram os srs. gráficos que hoje já não é só a solução favorável do Judiciário que lhes interessa, mas a própria sobrevivência do setor gráfico especialmente das pequenas e médias empresas que representam 70% do nosso setor e fatalmente dependem dessa solução para a sua sobrevivência. Disseram ainda serem as mesmas da mais alta importância pois geram muitos empregos, principalmente nas cidades do interior.

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Luiz Eulálio de Bueno Vidigal Filho toma posse na FIESP/CIESP Discurso proferido por Vidigal, no dia 3 de outubro de 1980, por ocasião da sua posse na presidência da

FIESP/C1ESP.

As eleições acontecidas em agosto e setembro para a escolha da nova diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo transcenderam em muito o âmbito de uma simples disputa por um órgão sindical. Certamente a quebra da longa tradição da chapa única, sem que jamais tivesse havido uma verdadeira disputa, concorreu para que isto acontecesse. Todavia, mesmo esse fator, por si só importante, não teria força para dar ao pleito das entidades maiores da indústria paulista, o impacto que ele teve sobre a opinião pública do Pais. Tal clima criou uma expectativa nos mais diversos setores da nossa sociedade, que aguarda com ansiedade qual deverá ser a atuação minha e dos meus companheiros A. frente daquelas entidades. Meu caro presidente: Theobaldo De Nígris. Foi uma honra que ficará marcada de maneira indelével em minha memória ter disputado essas eleições com V.Sa. Sua conduta pessoal, durante todo o pleito, foi exemplar. Mesmo quando houve ameaças dos ânimos ficarem mais exaltados, a dignidade e o peso da sua presença colocaram as coisas nos seus devidos lugares. Após o resultado, que não foi favorável a V.Sa., dois gestos seus dão bem a medida do homem, que deixa hoje a presidência das nossas entidades maiores. Primeiro, o abraço carinhoso que recebi logo após o pleito; segundo, o gesto nobre de franquear a casa e todos os seus departamentos para que eu e minha equipe pudessemos colher as informações indispensáveis as funções que passaremos a exercer a partir desta data. Sr. presidente, as portas da Federação e do Centro das Indústrias o Estado de São Paulo estarão sempre abertas a V.Sa. e não teremos dúvida em recorrer A. sua experiência sempre que os superiores interesses da classe industrial paulista assim o exigirem. Sinto, muitas vezes, que irão cobrar de mim 20 ABIGRAF EM REVISTA

aquilo que não propus, nem caberia a mim propor, tendo em vista a natureza dos cargos aos quais me candidatei. Não me considero um politico, nem tenho pretensões a ser um estadista. Mas sou um empresário que, consciente do seu papel na sociedade, pensa politicamente. Ai, certamente, estará o motivo maior da nova dimensão dada ao pleito. Transformamos uma luta que sempre ^,e processou "intramuros" num processo politico aberto, certos de que de alguma forma o País, como um todo, tinha muito a ver com o que se estava passando, pois resultado da disputa poderia representar a consolidação do direito e do poder de os empresários influirem nos destinos da Nação. A proposta original da FIESP havia envelhecido e o seu legado encontrava-se exaurido. A idéia inicial era a industrialização do País, que enfrentava sérias dificuldades decorrentes do estrangulamento do comércio externo, motivado pela crise econômica mundial de 1929. Tratava-se de uma iniciativa de carater nacionalista, cujo intuito era conduzir o País à industrialização em todos os níveis, sob a liderança do empresariado nacional, tendo A. frente Roberto Simonsen, conde Francisco Matarazzo, Horácio Lafer, Jorge Street e outros. Essa proposta significava nova posição do Brasil na divisão internacional do trabalho, e consequentemente,

uma concepção dinâmica de política econômica, com medidas amplas de política tarifária, de comércio exterior, protecionismo e estímulos à industrialização, visando à substituição das importações. Lutava-se, então, por um papel regulamentar do Estado, que proporcionasse o fortalecimento do setor privado nacional com a participação do empresariado nos órgaõs estatais incumbidos de executar a política econômica intervencionista. O confronto entre grupos nacionais e estrangeiros confinou-se a planos setoriais, mas, no plano global, havia lugar para a poupança externa no processo de industrialização. Dentro desse quadro em que era débil a participação do Estado na produção, a inexistência de diferenciações acentuadas na estrutura permitiu que as Federações, e sobretudo a de São Paulo, tivessem condições de exprimir e articular os interesses globais da indústria. Este legado, entretanto, esgotouse em função do seu próprio sucesso, com a efetiva implantação de uma estrutura industrial no País, que chegou a seu ponto culminante no fim da década de 50. Depois disso a FIESP envelheceu, medida que viveu da proposta original e não formulou um novo programa de ação, repetindo soluções que não respondem ao desafio da conjuntura por que passa o Pais. Ela não efetuou, ainda, a transição entre o legado de sua primeira geração de fundadores e dirigentes e aguela que se preparou para enfrentar os novos desafios. Estamos enfrentando uma nova NOVEMBRO/1980

'


fiesp/ciesp realidade política, econômica e so. cial, que se expressa por uma séria crise, motivada por vários fatores entre eles o problema do petróleo, a inflação crescente, o endividamento externo, as distorções na distribuição da renda, a desigualdade do crescimento regional, a crescente intervenção do Estado no campo econômico, a deficiência da estrutura da educação, o desafio ecológico, a urbanização acelerada e a necessidade de novas relações entre Capital e Trabalho. Isto tudo diante de um mundo que ameaça explodir a cada momento. Em que o nosso destino pode estar sendo definido agora, neste momento, nas areias escaldantes do Oriente Médio, seja pela ameaça de deflagração de uma guerra nuclear de proporções insuportáveis para o mundo inteiro, seja pela ameaça constante de um corte no suprimento do petróleo ainda insubstituível para o nosso Pais. Se o Brasil optou por um regime capitalista, ha necessidade de a classe industrial exercer o seu papel, não ficando a reboque da História. Olhando para o Brasil como um todo e pensando nesse todo diante do Mundo, sente-se, a necessidade de um projeto de nação para o qual se estabeleça um certo consenso de todo o País, para que o Brasil unido parta com determinação em busca do seu futuro. Falo de um novo projeto de Nação que chegou a ser delineado no Governo de Juscelino Kubitschek. O capitalismo sempre teve um projeto como esse nos países que com ele cresceram e sempre que essa proposição foi perdida, a nação entrou em declínio e o sistema em crise. E no Brasil temos ainda o problema maior da identidade do povo. Pois os bretões, os franceses, os alemães, os japoneses, os italianos, todos esses povos podem sofrer os seus altos e baixos no decorrer dos séculos e oscilar entre os períodos de glória e de aniquilamento, no entanto continuam sendo bretões, franceses, ale.. mães, japoneses e italianos. Mas o Brasil foi uma nação fundada ontem, cujos primeiros imigrantes para aqui não vieram por questões geográficas ou étnicas, nem trazidos por um ideal comum de aqui criar um governo de oportunidades iguais para todos, como ocorreu com os imigrantes que se dirigiram à mesma época para os Estados Unidos. Se outras nações perderem a sua grandeza, o seu povo continuará sendo o que é. Mas se isso acontecer ao Brasil, cuja raça, da qual muito nos orgulhamos, foi forjada com imensa luta e NOVEMBRO/1980

sacrifícios, teríamos dificuldades de impor respeito ao resto do mundo. Dessa crise, que vivemos, ou sairemos como uma Nação fortalecida, ou legaremos aos nossos filhos uma carga explosiva de problemas agravados e irresolvidos. E, no meu entender, a formulação desse novo projeto politico, econômico e social, não deverá ser atribuição exclusiva do Governo ou da classe política. Ainda esta semana, um grupo de empresários dos mais representativos do nosso Pais, divulgou um documento, do qual sou um dos signatários, que desejo aqui, hoje, ratificar. Repelimos a idéia da recessão e achamos que a estratégia nacional a médio e longo prazos deve-se assentar na redução da dependência energética, desenvolvimento da agricultura e ativação dos gastos sociais. Defendemos o debate e a negociação permanente. Negamos o retrocesso politico e abominamos o covarde recurso do terrorismo. necessário um continuo aperfeiçoamento das instituições, amparado no equilíbrio entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Estou levando para a FIESP essas preocupações, e ela que representa, juntamente com todas as outras Federações e Confederações patronais, o capital no Brasil, espalhado pela nossa estrutura produtiva, tem a representatividade necessária junto à sociedade civil para interpretar os interesses coletivos do País. Na Federação, empresários ao lado de professores das mais diferentes áreas, economistas, sociólogos, historiadores, jornalistas e politicos, vão discutir os grandes temas que afetam o Pais como um todo. Porque o capitalismo não representa um sistema puramente econômico, simples forma de produção, mas todo um complexo de valores não só econômicos, como politicos, morais e até religiosos. O dado econômico sozinho é a matéria-prima de alguns • tecnocratas que não conseguem soluções para os problemas que nos afligem, porque manipulam o econômico em abstrato, dissociado do politico, do social, do jurídico, do moral. Vamos aproveitar este momento histórico em que se processa a abertura política no País sob a liderança inconteste do ilustre presidente João Figueiredo, para procurarmos um sistema de Governo que aceite ampla discussão em torno de tudo que possa afetar os destinos da Nação.

Não importa se com isso o nosso progresso não vier a ser realizado com a mesma velocidade com que o realizamos nestes últimos quinze anos. Mas, certamente, estaremos crescendo de maneira mais sólida, com a participação efetiva de todos os segmentos da sociedade, dentro de uma concepção pluralista, e acentuadamente democrática. E nesse debate amplo que deve acontecer, caberá, principalmente a nós, empresários, nos posicionarmos com atitudes firmes em defesa daquilo em que acreditamos, demonstrando que o capitalismo voltado para o benefício da coletividade ainda é a melhor solução para o Brasil. Porque se apoiarmos a abertura política e não nos preocuparmos em defender a economia de mercado, mantendo um esforço conjunto, planificado, sistemático e permanente, em favor da livre empresa, teremos muito provavelmente, amanhã, em nosso Pais, uma luta de classes de consequências imprevisíveis. Esse esforço de que falo tem o objetivo de esclarecer e consolidar a imagem da livre empresa, frente opinião pública, em seus diversos setores. Para que os trabalhadores, sem deixar de lutar pelos seus legítimos interesses, a compreendam. Para que os estudantes recebam nas escolas informações adequadas sobre ela. Para que a imprensa a critique construtivamente. Para que o Governo, sem favores, a prestigie e lhe reconheça o direito de participação nos interesses maiores da Nação. Para que, em sua essência, a Livre Empresa não seja caudatária pendular da doutrina de cada governante. Para que todos tenham consciência de que a Livre Empresa é inerente às estruturas institucionais do País, elemento vital ao seu desenvolvimento econômico-social e base imprescindível a um sistema de liberdades. Devo terminar por aqui. Antes, contudo, quero afirmar que não alimento nenhum sentimento pessimista com relação ao futuro do Brasil. Somos um dos poucos países viáveis nessa crise em que o mundo se debate. Tenho certeza de que a Nação unida haverá de construir ao longo dos próximos anos uma sociedade em que a justiça, a liberdade, os valores democráticos e a prosperidade estarão presentes. Muito obrigado. ABIGRAF EM REVISTA 21


fiesp/ciesp

Luiz Eulálio recebe apoio político e empresarial ria cujo mandato hoje se encerra". O governador cumprimentou, assim, o expresidente das Entidades, salientando a sua atuação à frente da Casa da Indústria por mais de 10 anos. Ao saudar a nova Diretoria, o governador assinalou: "Precisamos, necessitamos, dentro desta nova fase pluralista e democrática, da atuação sincera, mas principalmente, corajosa das entidades de classe. E justamente a participação de todos, através do livre debate, que conduz aos melhores resultados, is melhores soluções para o povo brasileiro. E, de maneira inequívoca, a voz da Indústria, que sempre se fez ouvir, também hoje representada por seu presidente, Luís Eulálio, se fará ouvir na defesa dos legítimos interesses de São Paulo."

Presidida pelo vice-presidente da Republica, Aureliano Chaves, a solenidade de posse das novas Diretorias da FIESPCIESP, transcorrida dia 3 ultimo, nas dependências do Clube Monte Líbano, contou com a presença de 4 ministros de Estado (do Planejamento, Indústria e do Comércio, Fazenda e Trabalho), do governador do Estado, Paulo Salim Maluf, do prefeito Reinaldo de Barros, senadores, deputados e cerca de 3 mil empresários. O presidente Luís Eulálio de Bueno Vidigal Filho foi saudado ao início da cerimônia, por Theobaldo De Nigris, expresidente das Entidades. Ao transmitir-lhe a presidência, Theobaldo De Nigris assinalou: "E histórico, senhor presidente, o interesse pelo pleito do colegiado sindical que elegeu a Diretoria da Federação das Indústrias de nosso Estado. Com efeito, em ambos os escrutínios, não se observou a ausência de um único delegado eleitor. Eleita, e ora empossada, a nova Diretoria, aqueles que me honraram com o seu apoio, e que então me dirigiram renovados apelos, associam-se, nesta cerimônia, aos que se empossam, com um só ânimo: o de fortalecer, através da unidade de nossa classe, as Entidades que nos representam." Enfatizando seu apoio à nova Direção da Casa da Indústria, De Nigris ressaltou que, sempre a FIESP, desde sua fundação, testemunhou que uma entidade só sobrevive, só prospera, só se dignifica, e somente cumpre sua destinação institucional se os sindicatos que a compõem têm a soldadura moral da solidariedade indes22 ABIGRAF EM REVISTA

trutível e a convergência de objetivos superiores. Dentro dessa linha de raciocínio, o expresidente agradeceu o apoio de companheiros empresários e do funcionalismo da FIESP, CIESP, do SESI e SENAI e do Instituto "Roberto Simonsen", exortando-os à "colaboração leal is novas Diretorias, pois não é outro o espírito com que aceitamos, tivesse o nosso nome a sustentação que lhe deram: a unidade da Indústria, superando personalismos ou divergências meramente subjetivas". Encerrando sua fala, De Nigris frisou: "Formulo a V. Exa. e as Diretorias que ora se empossam, com ânimo solidário e identificado com as tradições de nossas Entidades, uma administração brilhante, fecunda, que corresponda aos seus anseios de presidente da FIESP e do CIESP e as aspirações do empresariado industrial de Sio Paulo." DEMOCRACIA Falando em seguida, o governador do Estado, Paulo Salim Maluf, destacou o caráter democrático que marcou o pleito no âmbito da FIESP. Disse Maluf que "a cerimônia que hoje aqui se realiza se reveste de especial significado. Dentro do processo de abertura democrática, instaurado pelo presidente Joio Figueiredo neste País, travou-se também aqui, no coração do empresariado industrial de São Paulo, uma disputa democrática. Quero neste momento, portanto, reverenciar e prestar meu testemunho pelos serviços realizados pela Direto-

SOLIDARIEDADE O vice-presidente da Republica, Aureliano Chaves, falando em nome do presidente Joao Figueiredo, encerrou a solenidade, apontando a necessidade da união empresarial. "A atual fase da vida nacional está a exigir solidariedade", frisou Aureliano. Reiterou sua crença na força do segmento empresarial e na sua participação no contexto da vida nacional: desgraçadas das nações que contam apenas com a eficiência de seus governos para resolver seus problemas. A nação não pertence ao Governo e sim ao povo como um todo. Sobre a política econômica e a atual situação mundial, o vice-presidente fez questão de frisar que o Governo repele firmemente aqueles que advogam as soluções dramáticas, traumatizantes para a atual crise causada com o corte de fornecimento de petróleo pelo Iraque. "0 mais desagradável de ouvir é o oferecimento de soluções por parte de gente que não tem responsabilidade de implementá-las. O Governo resiste com firmeza contra a adoção de medidas que significam ou possam significar a recessão", frisou. Enfático, Aureliano asseverou: "Este País foi feito grande por obra de Deus e não será feito pequeno por obra dos brasileiros." Nesse sentido, ajuntou: "Estamos todos, homens que pensam neste País, pertençam eles aos meios politicos, As áreas empresariais ou aos sindicatos operários, a estudantes e intelectuais, trabalhando em sintonia, para que possamos atravessar as dificuldades conjunturais nas quais estamos inseridos, juntos, com o resto do mundo, de tal maneira que nosso País possa sair caminhando firmemente em busca do seu amanhã." NOVEMBRO/1980


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Vidigal propõe um novo projeto de nação

Olhando para o Brasil como um todo e pensando nesse todo diante do Mundo, sente-se a necessidade de um projeto de Nação para o qual se estabeleça um certo consenso de todo o Pais, para que o Brasil unido parta com determinação em busca de seu futuro. Esta definição, que traz realidade nacional o empresariado brasileiro, foi feita pelo novo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Luis Eulálio de Bueno Vidigal Filho em seu pronunciamento de posse, ontem, as 18:00 horas, no Clube Atlético Monte Líbano. A solenidade, presidida pelo Vice-Presidente da República, Aurelian° Chaves, reuniu altas autoridades e personalidades dos meios politico, econômico, militar e empresarial, destacando-se o governador Paulo Salim Maluf, outros chefes de executivos estaduais e municipal, oito ministros de Estado, senadores, deputados federais e estaduais, presidentes da quase totalidade das Federações das Indústrias dos Estados brasileiros e de entidades de classe dos demais segmentos de nossa economia. Em sua fala, Vidigal destacou referir-se a um novo projeto politico, econômico e social, que chegou a ser delineado no Governo de Juscelino Kubitschek. Isto porque estamos enfrentando uma nova realidade nessas áreas básicas, motivada — salientou — por vários fatores, entre eles o problema do petróleo, a inflação, endiviNOVEMBRO/1980

damento externo, distorção na distribuição da renda. E atentos, ainda, ao fato de estarmos diante de um mundo que ameaça explodir a cada momento. Advertiu: "Dessa crise que vivemos, ou sairemos como uma Nação fortalecida, ou legaremos aos nossos filhos uma carga explosi-

va de problemas agravados e irresolvidos". Adiantou Vidigal que na Federação das Indústrias, os empresários, juntamente com professores, economistas, sociólgos, historiadores, jornalistas e politicos vão discutir os grandes temas que afetam o Pais como um todo, e em razão da necessidade de representar o capitalismo um complexo de valores econômicos, politicos, morais e até religiosos. Asseverou Vidigal que a FIESP envelheceu, à medida que viveu da proposta original e não reformulou sua ação, apenas repetindo soluções que não respondem ao desafio da conjuntura nacional. E a reformulação se faz imperiosa, não apenas cm termos de ação, mas de definição política, econômica e social. Declarou o novo presidente da FIESP não se considerar um politico, nem tem pretensões a ser um estadista; é um empresário consciente do seu papel na sociedade, pensa politicamente. Eis por que neste momento histórico, sob a liderança do presidente Figueiredo, e em que se processa a abertura política, devemos procurar um sistema de governo que aceite ampla discussão em torno de tudo que possa afetar os destinos da Nação. E caberá principalmente aos empresários se posicionarem com atitudes firmes em defesa daquilo em que acreditam, demonstrando que o capitalismo, voltado para beneficio da coletividade, é ainda a melhor solução para o Brasil.

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A linha de peças em Uretano Só lido "WKPRENE" (Poliuretano) fabricadas pela W.K. Indústria Eletromecânica do Brasil Ltda. é composta por Cilindros de Impressoras Tipográficas, Cilindros Aplicadores de Tinta e Cilindros para Impressão "Off-set" utilizados nas Indústrias Gráficas e também Cilindros revestidos para Indústria Mecânica, bem como retentores, gaxetas, juntas, bases para assentamento de máquinas e peças especiais. O poliuretano é fabricado nas durezas de 20 ã 95 Shore A.

W. K. INDÚSTRIA ELETROMECANICA DO BRASIL LTDA. Elastômeros de Uretano Só lido. Martelos de Uretano.

FABRICA E ESCRITÓRIO: RUA FANFULA. 310 — VILA JOANIZA — SANTO AMARO CEP 04429 — CAIXA POSTAL 42.632 — FONES: 247.6719 - 522-3766 — SAO PAULO ABIGRAF EM REVISTA 23


bolsa de máquinas MAQUINAS OFFSET (Monocolores) ROLAND-PARVA II - 1957 AURÉLIA 48- 1974 e 1970 AURÉLIA 61 - 1970- 61x80 PLANETA 62x84 - 1966 (Reformada) HEIDELBERG KORD 46x64 - 1972 HEIDELBERG KORD 40x57 - 1970 SOLNA 124 Modelo 8.000- 1968 SOLNAS 125 - 1974 - 1976 e 1978 COLORMETAL 76x1,12 - 1968 ROTAPRINT 1/4 DE CORRENTE C/NUMERADORES ADAST DOMINANT 714- 1978 ADAST ROMAIOR 512 - 1972 DE CORRENTE

MAQUINAS OFFSET (Bicolores) AURÉLIA 72x1,02 - 1975 HEIDELBERG 72x1,02 - 1972 SOLNA 425 - 1970- 4 CORES ROLAND-ULTRA - 1948 (Reformada)

CORTE E VINCO SUPER-VINCO 60x80 - 70x1,00 e 80x1,20 CROSLAND 60x80 POLIGRAF 66x96 (Kama) Automática

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Qualquer informação poderá ser obtida com o Sr. Garcia - Telefone: 853-8420 - São Paulo (Atenção: Clientes fora de São Paulo, favor ligar das 17:00 horas em diante).

RICALL 1,00- 1975 RICALL 0,70 - 1974

MAQUINAS TIPOGRÁFICAS HEIDELBERG DE LEQUE 1/8 — 1974/76/78 HEIDELBERG KSBA - 1975 -46,5x58 MERCEDES ALEMÃ 38x56 - 1961 CATU 380 - 1/8 automática - 1974 SUPER-INTRÉPIDA 56x76 - 1966 NEBIOLO 76x1,112 Cilíndrica manual KOENIG BAUER 66x96 - Cilíndrica manual

GUILHOTINAS GUARANI Automática 82 de boca GUARANI Semi-automática 82 de boca MONVISO 1,06 de boca POLAR 82 de boca eletrônica

UM LEITOR ESPECIFICO E SELECIONADO PARA CONHECER SEU PRODUTO

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AB1GRAF EM REVISTA A REVISTA DO EMPRESÁRIO GRÁFICO BRASILEIRO

BASTA TELEFONAR PARA: 231-4733 / 4143/ 4923 24 ABIGRAF EM REVISTA

NOVEM8RO/1980


senai

Um balanço da 7? STAG

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Map

Mais de 500 técnicos e empresários do Brasil e do Exterior participaram da 7' STAG - Semana Tecnológica de Artes Gráficas, realizada entre os dias 20 e 24 de outubro último na Escola SENAI "Theobaldo De Nigris". Organizada pelo Departamento Regional do SENAI de São Paulo, com o apoio das entidades técnicas e de classe do setor gráfico, de papel e celulose, embalagem e propaganda, a 7' STAG ficou marcada como um amplo e construtivo debate acerca dos grandes problemas que envolvem o universo gráfico. NOVEMBRO/1980

ABIGRAF EM REVISTA 25


senai

A palestra de Tom Montrons

Reunindo especialistas em artes gráficas do Brasil e do Exterior, foi esta, sem dúvida, uma das mais movimentadas STAG já realizadas. As inscrições, fixadas em 400, esgotaram-se quinze dias antes do inicio do evento, que teve como tema central o debate sobre "Qualidade e Produtividade". Para dar vazão aos inúmeros pedidos de inscrição, foi Montado, na Escola

Rubens Amat Ferreira (esq.) 26 ABIGRAF EM REVISTA

SENAI "Theobaldo De Nigris", um circuito fechado de TV. O professor Antônio Augusto Soares Amora, Diretor-Superintendente da Fundação Padre Anchieta, abriu os trabalhos da 7' STAG, discorrendo sobre os mecanismos de comunicação, com ênfase à importante função das artes gráficas. Além do professor Amora, a aber-

e Pery Bomeisel (dir.); na apresentação do painel

tura contou com a presença do secretario das Relações de Trabalho do Governo do Estado, Sebastião de Paula Coelho, do professor Jair de Moraes Neves, representando o prefeito Reinaldo de Barros, de José Polizotto, diretor do CIESP, representando Luis Eulálio de Bueno Vidigal Filho, presidente da FIESP e do CIESP e do professor Paulo Ernesto Tolle, diretor do Departamento Regional do SENAI paulista. À tarde, a 7' STAG prosseguiu com a apresentação de um painel organizado com base no tema "Conceito de Qualidade, Produtividade e Lucro na Empresa", com a participação de Pery Bomeisel, Dorival Padilla, Antônio Bolognesi Pereira e Henrique Nathaniel Coubé. Uma das principais conclusões do painel residiu na necessidade de um planejamento fundamentado em conhecimentos profundos do mercado, combinado com objetivos claramente definidos da empresa. A empresa gráfica, como qualquer empresa, é um conjunto homogêneo, que depende de um funcionamento harmonioso entre diversos setores: do mercado gráfico e de comunicação, das implicações tecnológicas no desenvolvimento desses mercados e, em última instância, da própria conjuntura econômica nacional. "Planejamento e Preparação do Trabalho" — Como Melhorar os Fatores de Produção de uma Indústria Gráfica, tema desenvolvido por Wolf Dieter Menz (doutor em Ciências NOVEMBRO/1980


senai

A. J. Johnson

Econômicas em Zurique), na manila do 2° dia da 7' Stag, revelou que o incremento da propaganda trouxe A indústria gráfica alemã uma taxa de crescimento considerável e que seu desenvolvimento técnico foi marcado pelo avanço da eletrônica, principalmente na área de produção de formas, assim como pelas máquinas gráficas mais rápidas e multicores. O tema "Controle de Qualidade como Fator de Consciência Profissional e as Vantagens Econômicas para a Empresa", apresentado por Oleg Greshner (Gerente da Garantia de Qualidade da Johnson & Johnson), deu ênfase aos aspectos conceituais e propôs um novo posicionamento, tanto da empresa como do cliente, para superar racionalmente a crise

Emilio Gerboni

NOVEMBRO/1980

Theobaldo De Nigns (ao centro) faz o discurso de abertura

econômica, sem sacrificar a qualidade gráfica do produto. A.J. Johnson, da Inglaterra, ressaltou os fatores tecnológicos que interferem na qualidade de produção gráfica em cores, discutindo as condições físicas e químicas capazes de garantir uma reprodução gráfica impecável. O terceiro dia da 7' STAG prosseguiu com a apresentação, pelo especialista Tom Montróis, dos EUA, do tema "Avaliação de Originais e Controle de Qualidade de Filmes", revelando que, embora a reprodução em cores seja considerada arte, a modernização do setor o vem transformando em ciência, devendo o técnico 'de separação de cores produzir negativos que necessitem de pouco ou nenhum retoque. Ex-aluno do SENAI e membro da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica, Ademar de Paula iniciou o seu estudo sobre "sistema de Racionalização na Reprodução", ressaltando que a "racionalização objetiva a otimização da produtividade, reduzindo o prazo de execução, os custos e a inconstância de qualidade." Emilio Gerboni, da Italia, dissertou sobre "A Correta Aplicação da Reticula", alertando sobre a necessária atenção A evolução tecnológica em curso, pois, hoje, a reticulagem aproxima-se da eletrônica, necessitando, portanto, de aperfeiçoamento continuo para sobreviver.

Werner Schreider, da República Federal da Alemanha, enfatizou em sua palestra "Impressão Programada" que esse sistema é o único que dispõe de "hardware", isto é, de tabelas, programações, discos de cálculo, folhas de Avaliação e tiras de controle de impressão. Com ajuda desses meios e sem testes de impressão dispendiosos, conseguem-se rapidamente as bases para uma impressão de qualidade. No quarto dia da STAG, foi apresentado o tema "Matérias-Primas e seus Custos em Função das Exigências de Mercado", pelos especialistas Karol Laskowski (dos EUA), Gero Pluecker e Gottfried K. Riecken, do Brasil. Laskowski abordou o futuro da tecnologia de impressão, apontan-

Luiz Alberto Franco

ABIGRAF EM REVISTA 27


senai do novas tecnologias, como o desenvolvimento de filmes fotossensiveis e a substituição de produtos dispendiosos por outros mais viáveis economicamente. Pluecker indicou a racionalização no emprego das tintas e Riceken demonstrou a evolução da produção do papel nos últimos anos. Em sua palestra, "Racionalização no uso das Matérias-Primas", J. Fábio C. Serapião demonstrou tese contrária A. que a embalagem "apenas encarece o produto, e sua função precipua é promover a comercialização". tarde, João Paulo V. de Andrade abordou a necessidade do aprimoramento do "layout" industrial, apresentando um estudo sobre fluxos básicos na indústria gráfica. Lincoln Seragini abordou o tema "A embalagem na equação do lucro", levantando a necessidade de se estabelecer uma estratégia criativa para enfrentar os problemas de competição no setor de embalagem. O último dia da 75 STAG também foi bastante movimentado. Na parte da manha, foram apresentadas duas palestras: "A Evolução Tecnológica dos Equipamentos Gráficos", e "Revisão das Atitudes pelo Empresário Gráfico diante do futuro próximo, a cargo de Joao Gomez. A palestra de encerramento ficou a cargo do Secretário da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia do Estado, Osvaldo Palma, que discorreu sobre o tema "Desenvolvimento Tecnológico para o Setor Gráfico". Encerrou-se, assim, com chave-deouro, a 7' STAG, indiscutivelmente o evento mais comentado do meio gráfico brasileiro neste ano de 1980. Entidades que colaboraram com a 7 5 Stag ABIGRAF - Associação Brasileira da Indústria Gráfica, ABTG - Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica, ABPO - Associação Brasileira de Papelão Ondulado, ABCP - Associação Técnica Brasileira de Celulose e Papel, ABRE - Associação Brasileira de Embalagem, APP - Associação Paulista de Propaganda, ANAVE Associação Nacional dos Homens de Venda em Celulose, Pape! e Derivados, SIMESP/ABIMEG - Sindicato das Indústrias de Máquinas do Estado de São Paulo e Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos Gráficos, APFPC e ANFPC - Associação Paulista e Nacional dos Fabricantes de Papel e Celulose e CBL - Câmara Brasileira do Livro. 28 ABIGRAF EM REVISTA

Da esquerda para direita: Gottfried K. Riecken, Gero Pluecker, Antonio M. Ortiguela e Karol Laskowski

1.7.0A1V

-

Durante a 7n STAG, a Lscola SENAI "Theobaldo De Nigris" recebeu dois importantes equipamentos: uni 16nel de secagem, doado pela Lorilleux do Brasil (acima) e um conjunto de máquina seladora e túnel de encolhimento (abaixo, destinado a embalar produtos gráficos) da VVeldoiron do Brasil. NOVEMBRO/1980


flashes tw- 2.500 POLAR para a Itália MAP IN ILIA z GRAN SASSO -SW.LISENTO Fil I AZZ TWO ILA '174' 1/,‘

5000 INZLOT0 IL 110500 SS.000 III ALIES NE11

gem. Este novo tipo de máquina POLAR, ou seja, as de comando por microcomputagem é fabricado em larga escala pela POLAR, que para tanto teve que ampliar suas instalações. A foto mostra a solenidade de entrega da POLAR 2.500 para a Itália, na Fábrica POLAR. E no Brasil essas máquinas são representadas com exclusividade pela GUTENBERG - Máquinas e Materiais Gráficos Ltda., com sede em São Paulo e filiais no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Recife.

Ibr

Da esquerda para a direita: Sr. Justus Fork (Macchingraf), Sr. Orlando Parise (Gran Sasso), sr. Giovanni Tazzi (Gran Sasso), sr. Michele Saladino (Macchingraf), Sr. Karl Mohr (Polar), Sr. Carlo Tazzi (Gran Sasso), Sr. Rolf Mohr (Polar), Sr. Wolfgang Mohr (Polar).

FENAE A Diretriz Empreendimentos S.A., empresa que há 15 anos consecutivos vem realizando feiras e exposições no Paraná é a única empresa promotora

de eventos de capital privado a possuir o seu próprio pavilhão de exposições, o Centro de Exposições de Curitiba, no Parque Bangui. No ano de 1980, realizaram com bastante êxito a II FENAE - Feira Nacional de Alimentação e Embalagem na qual participaram entre outras as seguintes empresas: 3M do Brasil, Embalagens Cambui Ltda., Dafferner S.A. - Máquinas Catu, Renigraf Indústria e Comércio Ltda., Embrasa Indústria de Embalagens Brasileiras Ltda., Pelplex Indústria e Comércio de Papéis Ltda., Automaton - indústria e Comércio de Máquinas Plásticas Ltda., Plásticos Pisani S.A. - Embalagens Plásticas. De 11 a 20 de setembro de 1981, está programada a realização do terceiro evento o qual esperamos ter o mesmo sucesso dos anteriores.

Depois de ter instalado, na Itália, em fevereiro de 1968, 1.000 guilhotinas POLAR, e em janeiro de 1976, 2.000, houve, recentemente, naquele país, mais um motivo para uma comemoração igual: é que a POLAR de ri° 2.500 para a Itália deixou a Fábrica POLAR em Hofheim, Alemanha, e foi entregue em 5 de setembro de 1980. A POLAR em questão, trata-se de uma POLAR EMC, com comando por microcomputador, n° 1.250, fabricada logo depois da DRUPA de 1977. Carlo Tazzi, o novo proprietário da máquina, deslocou-se de Aquilla, Itália, a Hofheim, Alemanha, convidado que foi pelo representante da POLAR para aquele país, a POLAR MACCHINGRAF S.p.A., e pôde presenciar, como sua máquina foi controlada e embalada depois de ter sido montada. E na seção de expedição da Fábrica POLAR, tirou-se uma fotografia de lembrança. Ali houve a entrega da máquina e uma medalha de recordação por parte da direção da POLAR e da MACCHINGRAF. "Gran Sasso", é assim que se chama a empresa a qual se instalou a POLAR n° 2.500. E uma firma-modelo no meio gráfico. Desde sua fundação, em 1969, foi ascendendo rapidamente, e já, em 1977, construíram prédios novos. A máquina de aniversário, uma POLAR 115 EMC (ELTROMAT com microcomputador) está instalada em um local central da empresa. Com ela serão cortados todos os impressos de alta qualidade. A referida máquina é, ao mesmo tempo, uma máquina com comando por microcomputaNOVEMBRO/1980

Información: Pza. Espana Barcelona-4 Espana tel. 223.31.01 telex 53117 FOIM-B

ABIGRAF EM REVISTA 29


flashes Pra ctica Offset

Impressora offset recentemente lançada no mercado gráfico nacional pela Roland Máquinas e Equipamentos Gráficos Ltda., tradicional fabricante de expressão internacional. Dentre suas principais caracteristicas destacamos: formato mínimo 140x180mm; maximo 350x500mm facilidade de impressão de papel bíblia até cartolina 0,4mm de espessura — utilização de chapas de alumínio présensibilizadas e chapas sintéticas obtidas através de processo fotográfico direto velocidade maxima: 10.000 folhas/hora Equipada com alimentador MABEG com descida de folhas, margeador pneumático e controle eletrônico que garantem perfeita margeação e registro preciso.

Berthold na IPEX'80

Aparelho para marcação em metais Uma firma britânica colocou no mercado um aparelho eletroquímico para marcação que permite a um operador fazer uma inscrição permanente, sem produzir tensão, em qualquer superfície metálica, ferruginosa ou não-ferruginosa, condutora de eletricidade, no espaço de entre dois a três segundos. O aparelho completo é transportado num estojo que mede 215mmx155mmx55mm de fundo e pesa apenas 765 gramas. Chamado o Tekmark 10 Security Marker, o aparelho oferece aos utilizantes um meio econômico para marcação de pequenos lotes de artigos metálicos como, por exemplo, uma marca registrada, o logo da companhia, uma assinatura, um número da parte ou código de data. Porque é muito compacto e leve pode ser transportado facilmente para marcações rápidas no local em fábi -icas, oficinas, armazéns, depósitos, escritórios, hospitais, hotéis - ate mesmo no lar para marcação de artigos pessoais. O aparelho é constituído por uma unidade motriz que é ligada a qual-

Weldotron do Brasil na 7. a STAG Um dos fatos marcantes na inauguração da 7.a STAG (Semana Tecnológica de Artes Gráficas) foi a doação feita pela firma Weldotron do Brasil Sistemas de Embalagem Ltda. à Escola Técnica de Artes Gráficas "Theobaldo de Nigris", de um conjunto de máquina seladora e túnel de encolhimento destinados a embalar produtos gráficos. Hoje em dia, a maioria das indústrias gráficas que trabalham em médias e grandes tiragens estão embalando seus produtos com filmes plásticos encolhíveis.

A H. Bethold AG apresentou na 1PEX'80, feira internacional para a indústria gráfica e seus representantes, o modelo "berthold tps 6000" - novo sistema de produção dos textos: uma unidade de registro do texto, concebido segundo princípios ergonômicos, com o teclado embutível de altura variável e de video totalmente móvel. 30 ABIGRAF EM REVISTA

quer tomada de corrente da rede geral alterna com uma saída de 12 V de corrente alterna; uma peça manual com uma cabeça de marcação com uma área de 25mm x 12 1/2 mm; uma tenta; duas garrafas plásticas com uma capacidade de 45 cm3 com, respectivamente, eletrólito e solução de limpeza; um pacote com dez coxins de rede de arame; um pacote com folhas de estêncil, 25 em número, com uma solução de impressão anílica resistente à corrente elétrica; dois condutores elétricos para ligar o marcador manual e a tenta à unidade motriz.

Este procedimento reduz consideravelmente os custos de mão de obra devido à alta velocidade com que se fazem os pacotes. Além da maior produtividade daí resultante, obtêmse pacotes mais resistentes ao transporte e ao manuseio em geral, bem como, há uma proteção bem maior contra umidade e poeira. A vida de prateleira destas embalagens é extraordinariamente mais longa que as feitas de papel. Através da doação de uma seladora

em "L" mod. 6081 manual com área de selagem 41x51cm e de um túnel de encolhimento mod. 7121 com abertura da câmara de 20cm de altura por 40cm de largura, pretende a Weldotron do Brasil contribuir para o aprimoramento dos conhecimentos dos alunos no setor de acabamento e embalagem de impressos, pois as mesmas podem ser empregadas em todos os setores da indústria gráfica, tais como: para embalar cadernos, livros, revistas, jornais, impressos continuos, produtos de papelaria, cartões de felicitações, cartuchos, rótulos, taIões de cheques e até...dinheiro...enfim, tudo o que se possa imaginar produzido pela indústria gráfica. NOVEMBRO/ 1980


k-

jurídico Trabalhista FGTS A prescrição do FGTS é trintenária e não bienal.

Em embar,gos, que rejeitou, unanimemente, decidiu o Tribunal: "A prescrição do FGTS é trintenária e não bienal." Acórdão 432, de 23-4-80, do TST, em sessão plena, nos E-RR2.541/78 (Marcelo Pimentel, rel.). DJU de 5-5-80, pág. 3.066. Compensação de Horário Em se tratando de trabalho masculino é eficaz o acordo individual escrito como instrumento legítimo para autorizar o regime de compensação de horário.

Em embargos, que rejeitou, unanimemente, decidiu o Tribunal: "Trabalho masculino: eficácia do acordo individual escrito como instrumento legitimo para autorizar o regime de compensação de horário." Acórdão 703, de 16-4-80, TST, em sessão plena, nos E-RR-2.163-77 (Mozart Victor Russomano, rel.). DJU de 25-4-80, pág. 2.818. Horas Extras Trabalho prestado com desrespeito ao intervalo entre jornadas deve ser pago como extra, mas não em dobro.

Em embargos, que rejeitou, por maioria, decidiu o Tribunal: "Trabalho prestado em desrespeito ao intervalo entre jornadas, deve ser pago como extra, mas não em dobro." Acórdão 341, de 26-3-80, do TST, em sessão plena, nos E-RR1.858-78 (Hildebrando Bisaglia, rel.). - DJU de 11-4-80, pág. 2.252. Contrato de Experiência - Suspensão Como qualquer control() a prazo certo, fica suspenso durante a concessão do beneficio previdenciário, prorrogandose o seu termo final por período idêntico ao da suspensão do contrato.

Em recurso, a que deu provimento, por maioria, decidiu o Tribunal: "Sustenta que o contrato de experiência ficou suspenso com o benefício previdenciário, razão por que se prorrogou o seu termo. Sem embasamento legal é o entendimento de que contrato de experiência não se suspende durante o período de concessão de benefício previdenciário. Contrato de experiência, como qualquer contrato a prazo certo, fica suspenso durante a concessão do benefício previdenciário, prorrogando-se o seu termo final por período idêntico aoda suspensão NOVEMBRO/1980

do contrato. O contrato de fls. foi celebrado em 6-6-78, pelo prazo de 90 dias. O recite, permaneceu afastado, em gozo de benefício previdenciário por 95 dias. Como bem explica a empresa, descontando-se o período de suspensão do contrato, este não excedeu a 90 dias, ocorrendo terminação do contrato de experiência e não sua prorrogação por tempo indeterminado." - Acórdão 3.848, de 7-4-80, da Turma do TRT da 2. Região, no Proc. TRT/SP - 9.762/79, de São Paulo (Pedro Benjamin Vieira, pres.; Wilson de Souza Campos Batalha, rel.). Horas Extras - Suspensão Suprimidas, devem ser restabelecidas, em vista da habitualidade (Súmula 76), ressalvando-se h empress o direito de restabelecer, a seu arbítrio, duas horas diárias, já remuneradas como extras.

Em embargos que recebeu, por maioria, decidiu o Tribunal: "Horas extraordinárias. Suprimidas, devem ser restabelecidas, em vista da habitualidade (Sumula 76). Ressalva-se empresa o direito de restabelecer, a seu arbítrio, duas horas diárias, já remuneradas como extras." — Acórdão 581, de 23-4-80, do TST, em sessão plena, nos E-RR432/78 (Marcelo Pimentel, rel.) DJU de 5-5-80, pág. 3.065.

Fiscal Retiradas "Pro-Labore" - Aluguel Se os diretores já têm sua remuneração fixa, não pode ser incluído como despesa operacional do art. 179 do RIR/75.

Em recurso, decidiu o Conselho, unanimemente: "Aluguel - Se os diretores já têm sua remuneração fixa, não pode ser incluído corno despesa operacional do art. 179 do RIR/75." - Acórdão 101-71.502, de 21-1-80, da la Câm. do 1° CC (Amador Outerelo Fernandez, Pres.; Agostinho Serrano Filho, Rel.). DOU-! de 6-2-80, pág. 2.348. Reembolso do ISS

E

permitido o reembolso do valor do 155 quando executado por meio de recibo ou documento de caixa, desde que nestes conste o número do documento fiscal correspondente.

Em consulta, decidiu o Departamento de Rendas Mobiliárias: "1. É permitido o reembolso do valor do 1SS quando executado por meio de recibo ou documento de caixa, desde que nestes conste o número do documento fiscal correspondente. 2. Para

reembolsar-se do ISS o contribuinte deve: a) emitir a Nota Fiscal de Serviços pelo valor total do serviço; b) emitir, pelo valor do reembolso, recibo ou documento de caixa, no qual conste o número do documento fiscal de serviços relativo ao imposto reembolsado. 3. Promova-se a entrega da 3.a via desta decisão ao contribuinte e, após anotações e publicação, arquive-se." - Resposta do Departamento de Rendas Mobiliárias da Secretaria das Finanças de São Paulo à Consulta 02008.337-80*47. - DOM de 16-9-80, págs. 13/14. Beneficiamento O Beneficiamento de objetos destinados a uso ou consumo do encomendante eshi sujeito à aliquota de 5%.

Em consulta, decidiu o Departamento de Rendas Mobiliárias: "1. A atividade de pautação de papel classifica-se sob código de serviço 7.293, não incidindo o ISS, desde que os produtos se destinem à industrialização ou comercialização pelo encomendante, nos termos do item L da lista de serviços, constante do art. 49, da Lei n.° 6.989/66, com a redação da letra F do art. 1. 0 da Lei n.° 7.410/69, havendo obrigatoriedade de emitir exclusivamente a Nota Fiscal de Serviços - Série D, conforme disposto no art. 76, § 1. 0 do Decreto 6.979/67, e escriturar os livros fiscais modelos 51, 56 e 57. 2. Para a atividade de beneficiamento de objetos destinados a uso ou consumo do encomendante, o ISS deve ser calculado aplicando-se a aliquota de 5% sobre o preço do serviço e há obrigatoriedade de emitir Nota Fiscal de Serviços - série A e escriturar os livros modelos 51,56 e 57." - Resposta do Departamento de Rendas Mobiliárias da Secretaria das Finanças de São Paulo à Consulta 209.826/79. - DOM de 22-5-80, pág. 7. Correção Monetária e Juros Se o contribuinte age com observância de atos interpretativos baixados pelas autoridades fazenchirias, não esta obrigado ao pagamento de juros e correção monetária.

Em recurso, a que deu provimento, unanimemente, decidiu o Tribunal: "A autora não nega o que deve a diferença de imposto. Não quer é pagar correção monetária e juros, porque, segundo alega, agiu em conformidade com interpretação fiscal constante de portaria do inspetor de alfândega. O Conselho de Contribuintes, ao apreABIGRAF EM REVISTA 31


jurídico ciar o recurso da autora, deixou expresso (Acórdão 15.541, IPI, de 20-373): "Considerando que, quanto aplicação da multa, tem toda pertinência o emprego da norma do art. 120, item II, letra "c", do Decreto 56.791/65, regedor da espécie;Considerando que consoante aquela disposição legal, não serão aplicadas penalidades enquanto prevalecer o entendimento aos que tiverem agido ou cumprido o pagamento do imposto de acordo com interpretação fiscal constante de circulares, instruções, portarias, ordens de serviços e outros atos interpretativos baixados pelas autoridades fazendárias dentro das respectivas jurisdições territoriais (sic);Considerando que essa é precisamente a hipótese dos autos, exatamente como foi admitido pela própria autoridade singular." Ora, se há expresso reconhecimento, pelo Conselho de Contribuintes, que a autora agiu em conformidade com instruções constantes de portaria de autoridade competente, tanto que excluiu a multa..., caso é de aplicação da norma inscrita no art. 100, parágrafo único, CTN. Vale dizer, não há que se falar, no caso, em juros de mora e correção monetária." — Acórdão de 26-3-80, da 3.a Turma do TFR, na Ap. 41.818, de São Paulo (Armando Rolemberg, pres.; Carlos Mário Velloso, rel.).

Comercial Cheque A apresentação de cheque não pago basis para justificar o pedido de falência, mesmo que tenha sido apresentado além do prazo legal de trinta dias.

Em recurso, a que deu provimento, unanimemente, decidiu o Tribunal: "Em sua defesa a requerida sustenta que, por apresentado além do prazo legal de trinta dias, perdera o cheque sua força executiva e, assim, não autorizada a decretação da falência." O cheque oferecido com a inicial, portanto, prestava-se para o pretendido fim da decretação da falência que, no caso, foi elidida com o depósito feito pela requerida. "Ora, no caso de portador de cheque, a presunção sempre será a seu favor, quanto à nãosatisfação da obrigação por ele representada, mesmo porque, se entregue ao devedor, a presunção de pagamento será a favor deste (artigo 945 do Código Civil). Assim, se a prova não é suficiente para a exclusão do débito, então a solução deverá ser outra, isto é, a de que o cheque continua a representar a dívida. Não sera a insuficiên32 ABIGRAF EM REVISTA

cia de provas que irá tirar ao título a certeza e liquidez da dívida por ele representada, mas, sim, que esta não foi paga. O fato é que o requerente se apresentou em Juízo com título de divida líquida e certa, de forma que, para atender à alegação da requerida, de que o havia pago, se haveria de exigir prova escorreita, desembaraçada de dúvidas." "Em consequência, tem o apelante direito ao levantamento da importância do depósito elisivo da falência, pagando-lhe a apelada, ainda, as custas e os honorários de advogado de 10% dessa mesma importância." - Acórdão de 22-5-79, a 4 Câm. Civ. do TJSP, na Ap. 281.540, de Sao Paulo (Henrique Machado, Pres. e Rel.). - Rev. de Jur. do TJSP, vol. 58, nags. 76/77. Uso Exclusivo Ação tendente a obstar que empresa fafa uso de expressão comercial, garantida com exclusividade.

Em embargos, que recebeu, por maioria, decidiu o Tribunal: "Tratase de ação ordinária em que se pretende obstar que a ré faça uso de expressão comercial, garantida com exclusividade à autora. A ação foi julgada procedente em primeira instância, condenada a ré a abster-se de usar a expressão característica, sob pena de pagamento de multa pecuniária, devendo compor, ainda, as perdas e danos, conforme for apurado em execução." "Sobre o tema, dissertou longamente Agostinho Alvim, na sua clássica monografia. Consoante o seu magistério, "a lei requer que o pedido de perdas e danos tenha por fundamento não só a infração, como ainda a lesão, como diz expressamente o art. 1.092, parágrafo único". Assim, "a prova da existência do dano é indispensável e deve ser feita na ação, sob pena de ser o devedor absolvido. O juiz só condena se há prova do dano. Na liquidação, apura-se apenas o quantum" ("Da inexecução das Obrigações e suas Consequências", 2' ed., pág. 200). Idêntica, a propósito, é a orientação da jurisprudência que, mesmo em matéria relacionada A. propriedade industrial, vem exigindo a prova do prejuízo na ação, para justificar a condenação do infrator em perdas e danos ("Revista dos Tribunais", vols. 299/199; 304/259; 311/328; 335/146; 355/218; 405/382; 413/133; 423/166; 424/74; 454/219; 510/125, 512/112-256). Em suma, a

razão, data venia, está com a douta manifestação minoritária, uma vez que não se vislumbrou na espécie um

prejuízo concreto para a embargada." - Acórdão de 16-5-79, do 3° Grupo de Câmaras Civis do TJSP, nos El 272.023, de São Paulo (Afonso André, Pres.; Ernani de Paiva, Rel.). Rev. de Jur. do TJSP, vol. 58, págs. 193/195.

Civil e Comercial Execução Fiscal - ICM lançado por Estimativa Não dá direito a execução débito oriundo de lançamento por estimativa.

Em embargos, que rejeitou, por maioria, decidiu o Tribunal: "0 respeitável aresto embargado, dando provimento ao apelo interposto para julgar a Fazenda do Estado carecedora da execução fiscal merece mantido, por seus próprios e jurídicos fundamentos. Cuida-se no caso de execucão fiscal referente a parcelas de ICM lançado por estimativa, multa e acréscimo. A carência foi bem decretada, resultando da irregularidade da formação do título executivo, pois o lançamento por estimativa é mero lançamento provisional, admissivel para efeitos administrativos, mas insuficiente para gerar título líquido e certo da dívida fiscal, já que o imposto fica sujeito à declaração de valor pelo contribuinte em guia de informação e apuração ou a verificação por lançamento fiscal." - Acórdão de 15-6-78, do 1° Grupo de Câmaras Cíveis do 1° TASP, nos EI 233.492, de São Paulo (Assis Moura, Pres. e Rel.). Julg. dos TASP, vol.,56, pág. 75. Penhora - Bens Particulares de Sócio-Gerente Responde o sócio-gerente, pessoalmente, pelo não-recolhimento de parcelas do WI.

Em recurso, a que o Tribunal negou provimento, unanimemente, foi a seguinte a ementa: "Tributário. Execução Fiscal. IPI. Sócio-Gerente. Penhora de Bens. O sócio-gerente de empresa executada pelo nãorecolhimento de parcelas do IPI responde, pessoalmente, pela obrigação tributária, de modo solidário, pelo excesso de mandato e pelos atos praticados com violação do contrato e da lei, máxime quando se cuida dessa espécie de tributo, face à conceituação do art. 2°, do Decreto-lei n° 326, de 1967." - Acórdão de 2-6-80, da 2' Turma do TFR, na Ap. 53.830, de São Paulo (William Patterson, Rel.). - Ementa publicada no DJU de 1 0 -7-80, págs. 4.981/2. NOVEMBRO/1980


Regionais da ABIG RAF Bahia - Sergipe- (Rua Chile, 22- Sala

1.401)

Presidente: Ulisses de Carvalho Graça Empresa: Comercial Gráfica Reunida Editora S.A. Av. Frederico Pontes, 94- Fones: (0712) 2-1650/1875 CEP: 40.000 - Salvador - BA Ceará - (Rua Senador

Pompeu, 754)

Presidente: Luiz Carvalho Filho Empresa: Rua Barão do Rio Branco, 1.302- Fone: 226-9056 CEP: 60.000 - Fortaleza - CE

Goiás- (Rua

Diretoria da Associação Brasileira da Indústria Gráfica - ABIGRAF Nacional

PRESIDENTE Sidney Fernandes 1. °

-

Rubens Amat Ferreira

-

(São Paulo)

2.° VICE - PRESIDENTE Henry Victor Saatkamp

-

(Rio Grande do Sul)

VICE PRESIDENTES -

Cristóvam Linero Sobrinho - (Parana) Henrique Nathaniel Coube - (Sao Paulo) José Pepita Carrera - (Pernambuco) Jose Ribamar Chaves Cruz - (Minas Gerais) José Rocha Moreira - (Goias) Lourenço de Miranda Freire - (Paraiba) Luiz Carvalho Filho - (Ceara) Udo Wagner - (Santa Catarina) Archimedes Curvelo - (Bahia) Carlos Alberto Rangel Proença - (Minas Gerais) Hilton Pinheiro Mendes - (Brasilia - DF) Jorge Aloisio Weber - (Parana) Luiz Esteves Neto - (Ceara) PUblio Paes de Barros - (Mato Grosso do Sul) Sidney de Morais - (Minas Gerais) Walfredo da Costa Lucena - (Amazonas)

SECRETARIO Antônio Bolognesi Pereira

-

(São Paulo)

2.° SECRETARIO Homero Villela de Andrade

-

(são Paulo)

TESOUREIRO (São Paulo)

2.° TESOUREIRO Jose Bignardi Netto

-

-

-

-

-

GO)

Presidente: José Rocha Moreira Empresa: Gráfica Amparo Ltda. Rua Jaraguá, 174- Campinas - Fone: (062) 233-3082 CEP: 74.000 - Goiânia - GO Minas Gerais- (Rua Rio de Janeiro, 243 Sala 701 Fones: -

-

222 6081/4 0402) -

-

Presidente: José Ribamar Chaves Cruz Empresa: Grafimar Impressora Ltda. Rua Guarani, 586- Fones: (031) 226-2237; 224-0649; 222-3977 CEP: 30.000 - Belo Horizonte - MG Paraiba

-

-

-

(São Paulo)

VICE PRESIDENTE

Waldyr Priolli

105, n.° 385 Loja 1 Setor Sul Fone: (062) 224 4417 Goiânia

-

(São Paulo)

SUPLENTES George Schmidt - (Santa Catarina) José Luiz Spinola - (Sao Paulo) José Raphael Firmino Tiacci - (São Paulo) Mario Antunes Scartezini - (Goias) Paulo Luiz Nora - (Rio Grande do Sul) Pery Bomeisel - (Sao Paulo) Sebastião Lessa Azeredo - (Minas Gerais)

Presidente: Lourenço Miranda Freire Empresa: Miranda Freire Comércio e Indústria S.A. Praça Antônio Rabelo, 12- Fones: 221-4355/4144 Fone: Fábrica 221-3118 - Caixa Postal 36 CEP: 58.000 - João Pessoa - PB

Parana - (Rua Jose Loureiro, 464

-

9.° andar

- ci.

91 Fone: (041) 223 3705) -

-

Presidente: Cristovam Linero Sobrinho Empresa: Gráfica Vitória Rua André de Barros, 216- Fone: 32-4482 CEP: 80.000 - Curitiba - PR Pernambuco- (Avenida Cruz de Cabugá, 84

-

1. 0 andar)

Presidente: José Pepito Carrera Empresa: Recife Gráfica Editora Ltda. Av. Norte, 930- Santo Amaro - Fone: (081) 222-2601/2155 CEP: 50.000 - Recife - PE Rio Grande do Sul - (Tray. Francisco Leonardo

Truda, 40 19.° andar (sede) -

Presidente: Henry Victor Saatkamp Rua Uruguai, 35 - 4.° andar - Salas 440/47 (Secretaria) Fones: (0512) 24-9478/2520/7349 - Ramal 008 Empresa: Indústria Gráfica de Embalagens S.A. Av. dos Gauchos, 443 - Fones: 41-2402/3322/3554/1826 CEP: 90.000 - Porto Alegre - RS Santa Catarina - (Caixa Postal,

182)

Presidente: Udo Wagner Empresa: Gráfica Avenida Ltda. Av. Getúlio Vargas, 350- Fone: (0473) 72-0772/0592 CEP: 89.500 - Jaragud do Sul - SC

CONSELHO FISCAL Irineu Thomaz - (Sao Paulo) Jose Aidar Filho - (São Paulo) Wilson Siviero - (São Paulo)

SUPLENTES Dráusio Basile - (São Paulo) Gildo Guarnieri Filho - (Nu - SP) Manoel Machado dos Santos - (Petropolis - RJ)

NOVEMBRO/1980

São Paulo- (Rua Marquês de Itu, 70

-

12.° andar Fones: 231 4733/4143/4923/4353) -

-

Presidente: Henrique Nathaniel Coubé Empresa: Tilibra S.A. - Comércio e Indústria Gráfica Rua Bertolina Maria, 7/21 - V. Vermelha - CEP: 04298 - Tel.: (011) 272-2836 CEP: 01223 - São Paulo - SP

ABIGRAF EM REVISTA 33


Diretorias

Delegados no Estado de São Paulo

Associação Brasileira da Indústria Gráfica Regional do Estado de São Paulo

ADAMANTINA Irmãos Brandini Avenida Rio Branco, 94 Diretor: Valentim Brandini

PRESIDENTE: Henrique Nathaniel Coube

VICE-PRESIDENTE: Rubens Atria' Ferreira 2.° VICE-PRESIDENTE: Sidney Fernandes

ARARAO.UARA, SP Domingos Ferrari & Cia. Ltda. Rua São Bento, 1134 — Fone: (0162) 22-1386 Diretor: Jose Eduardo Ferrari

SECRETARIO: An:onio Bolognesi Pereira 2.° SECRETARIO: DrAusio Basile

BRAGANÇA PAULISTA, SP Gráfica Hernandes Ltda.

Rua Cel. Teófilo, 1.544- Fones: 433-2919/0868 Diretor: Adarve Hernandes Acede

TESOUREIRO: Waltlyr Priolli 2." TESOUREIRO Aidar Filho

SUPLENTES: Jose Bignardi Netto Wilson Siviero Renato Foroni Isaias Spina Arthur Andreotti Ayrton Perycles Conde Josh Ltd?' Spinola

CONSELHO FISCAL: Homero Villela dc Andrade Vino Jose Ciasea Jose Raphael Firmino Tiacci

CAMPINAS, SP Geraldo de Souza & Cia. Ltda. Rua Armando Saltes de Oliveira, 650- Fone: (0192) 51-7197 Diretor: Antônio Carlos de Souza FRANCA, SP Ricardo Pucci Ltda. Indústria e Comércio Praça das Bandeiras, 1.077 - Fone: (016) 722-8700 Diretor: Elvio Pucci

SUPLENTES: Osmar Matavelli Paulo Tacit Panossian Basilio Auer° Sanchez

Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo PRESIDENTE: 11C111 1q LIC Nil

li,iiii

I

( 1 ■ 111.,

VICE-PRESIDENTE: Sidney Fernandes

ITU, SP Indústria Gráfica nu Ltda.

Rua Gildo Guarnieri, 283 - Fones: 482-2894/2944/2969 Diretor: Gildo Guarnieri Filho

JUN DIM, SP Cia. Litográfica Araguaia Rua XV de Novembro, 320/344 - Fones: 436-3582 - 434-4848 Diretor: Rubens Robertoni

SECRETARIO: R ubens Amat Ferreira

2.° SECRETARIO: Jose Aidar Filho

TESOUREIRO: Waldyr Priolli

LINS, SP Gráfica Rio Branco

Rio Branco, 402- Caixa Postal 153- Fones: (0145) 22-3900 - 32-1668 Diretor: Alberto Juan Rembado Rua

2.° TESOUREIRO: Renato Foruni

DIRETOR DE RELAÇÕES PUBLICAS: Per> Bomeisel

SUPLENTES: António Bolognesi Pereira Jose Bignardi Nettu Basilio Artero Sanchez Amos Spina Walter Oswaldo Buccolo D'Agostino Manoel Casimir() de Souza Alfredo Weiszflog

CONSELHO FISCAL: EFETIVOS: Jose Raphael Firmino Tiacci lrineu Thomaz Francisco Teodoro Mendes Filho

SUPLENTES: Airton Pericles Gouveia Conde Wilson Sivicro Bernardo Sinatro

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO A FIESP: EFETIVOS: Theobaldo De Nigris Homero Villela de Andrade

SUPLENTES: Rubens Amat Ferreira Drausio Basile

SECRETARIA: de 2." a 6." feira das 8 as 11,30 e das 13 As 17 horas

SECRETARIO-GERAL: Elias Valentir

LONDRINA, PR Gráfica Ipê S.A.

Rua Duque de Caxias, 161 - Fone: (0432) 23-1350 Diretor: Alceu Malucelli SÃO JOSE DO RIO PRETO, SP Giovinazzo Tipografia e Papelaria Ltda. Rua Prudente de Moraes, 2.951 - Fone: (0172) 32-8185 Diretor: Vicente Francisco Giovinazzo SANTOS, SP Gráfica Bandeirantes Ltda. Praça da Republica, 20/21 — Fone: (0132) 34-7417 Diretor: Afonso Franco

—4

SÃO BERNARDO DO CAMPO, SP Bandeirante S.A. Indústria Gráfica Rua Joaquim Nabuco, 351 - Fone: 452-3444 Diretor: Mario de Camargo TAU BATE, SP Tipografia J. A. Querido & Cia. Rua do Sacramento, 193- Fone: (0122) 32-2835 Diretor: Joel Rossi Querido

DEPARTAMENTO JURÍDICO: Dr. António Fakhany Minor Dr. Luiz Carlos Cunha Vieira Weiss Dra. Rose Maria Priolli Defesa dos associados na Just iça do Trabalho: In formações trabalhistas, fiscais. civeis e criminais.

34 ABIGRAF EM REVISTA

BAURU, SP Gráfica Bauru Rua Ezequiel Ramos, 1.260 - Fone: (0142) 22-4467 Diretores: Alcides Bonora e José Esperidião NOVEMBRO/1980


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