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revista abigraf 249 setembro / outubro 2010
a r t e & i n d ú s t r i a g r á f i c a • a n o x x x V • s e t / o u t 2 0 1 0 • nº 2 4 9
F2C Propaganda
A Central Papéis remanejou o seu papel como empresa, pensando na vida de todo Mundo. Trabalhar o presente, preservar o futuro. Essa tendência mundial de mercado passou a ser seguida pela Central Distribuidora de Papéis, uma empresa que atua no setor de matérias-primas e respeita o meio ambiente, obtendo, assim, importante certificação que garante tal procedimento. A FSC (Forest Stewardship Council) – organização mundial que possui a missão de difundir e facilitar o bom manejo das florestas do Planeta, seguindo princípios e critérios ecológicos, sociais e econômicos – concedeu à Central Papéis sua certificação na categoria “Cadeia de Custódia”. A responsabilidade sobre a “Cadeia de Custódia” garante ao consumidor que o produto adquirido foi fabricado com matéria-prima de florestas certificadas e fontes controladas, segundo as normas indicadas para o correto Manejo Florestal. Dentre os produtos comercializados pela Central Papéis, as linhas Suzano e Papirus são certificados FSC e disponibilizadas ao mercado, sem diferenças de características físicas ou tributárias. Os produtos certificados FSC fazem da Central Distribuidora de Papéis uma empresa diferenciada, tanto por sua eficácia em estrutura e agilidade logística, como por seu comprometimento com a qualidade de vida do Planeta.
Central Distribuidora de Papéis, o nosso papel acaba de ficar mais verde.
Av. Henry Ford, 2.349 - Vila Prudente - São Paulo - SP PABX: (11) 2066 2600 / 0800 55 6623
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Elaboração: Clemente & Gramani Editora e Comunicações Ltda. Rua Marquês de Paranaguá, 348, 1º andar 01303-905 São Paulo SP Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159-3010 Fax (11) 3256-0919 E-mail: gramani@uol.com.br Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897), Ada Caperuto, Clarissa Domingues, Eduardo Cosomano, Fabio Mestriner, Marco Antonio Eid, Ricardo Viveiros e Tainá Ianone Revisão: Giuliana Gramani Colaboradores: Álvaro de Moya e Claudio Ferlauto Consultores Técnicos: Hamilton Terni Costa e Manoel Manteigas de Oliveira Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosária Scianci e Livian Corrêa Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Editora Gráfica Bernardi (EGB) Capa/Laminação e Verniz: Aquarius Hot stamping (com fitas Crown) e relevo: Hot Color Assinatura anual (6 edições): Brasil: R$ 60,00 América: US$ 70,00 Europa: US$ 80,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3159-3010
Paulo Okamotto, presidente nacional do Sebrae.
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Mercado aquecido
A OfficePaperBrasil Escolar atraiu 41 mil pessoas, das quais 12.552 compradores do Brasil e do exterior. Cenário econômico interno favorável impulsiona a indústria de cadernos.
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Prêmios valorizam qualidade
REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
Ricardo Amorim, economista, durante palestra na Conferência Anual da Abro.
Cobrindo praticamente todo o País, os prêmios de excelência gráfica funcionam como referenciais de qualidade, mostrando ao mercado o que as gráficas vencedoras são capazes de fazer.
É muito difícil saber se as vendas (dos e‑books) continuarão a crescer nesse ritmo. O livro digital é puro conteúdo, ao passo que o livro impresso tem também um valor enquanto objeto. Mesmo no mercado americano, os editores não sabem o que vai acontecer. John B. Thompson, autor do livro Books in the Digital Age.
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Estou convencido de que as oportunidades no Brasil nos próximos 10 anos serão as melhores de sua história.
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arte & indús tria gráfica • ano xxxV • s et/out 2010 • nº 2 4 9
o 2010
Presidente da Abigraf Nacional: Mário César de Camargo Presidente da Abigraf Regional SP: Fabio Arruda Mortara Diretora Executiva: Sonia Regina Carboni Conselho Editorial: Egbert Miranda, Fabio Arruda Mortara, Mário César de Camargo, Plinio Gramani Filho, Ricardo Viveiros e Sonia Regina Carboni
Será sempre muito importante o empresário de pequeno porte adquirir e aperfeiçoar seu conhecimento empresarial e uma atitude empreendedora.
revista abigraf 249 setembr o / outubr
ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/ Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Av. Cardoso de Melo, 1750, 6º andar (Vila Olímpia) 04548-005 São Paulo SP Tel. (11) 3164-3193 Fax (11) 3842-0300 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br
O pintor italiano Alberto Magnelli sempre buscou novos caminhos, privilegiando a liberdade na expressão de sua arte. Em sua passagem pelo Brasil, ajudou Ciccillo Matarazzo na formação do acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
Pintura G-G, óleo sobre tela, 1935
REVISTA ABIGRAF
Doce revolucionário da pintura
Capa: Pintura n-º 0525, óleo sobre tela, 1915 Autor: Alberto Magnelli
O livro continua forte
A Bienal do Livro de São Paulo movimentou R$ 49,3 milhões, com 743 mil visitantes, no Anhembi. Em pesquisa do DataFolha, 93% dos entrevistados consideraram o evento ótimo ou bom.
Os desafios da área de rotativas
Contando com a presença de 350 profissionais, a 4-ª Conferência Anual da Abro discutiu temas como formação de mão de obra, produtividade, sustentabilidade e a convivência com as mídias digitais.
Amor incondicional às artes gráficas
O octogenário Pedro Fanelli, há 53 anos no setor, conta sua trajetória à frente da Editora Parma, construída com muito trabalho e amor pelas artes gráficas.
Gestão ambiental e certificações
Com dois eventos realizados no início de agosto, a ABTG fomenta a discussão do papel do setor gráfico em um cenário industrial ambientalmente correto, envolvendo o processo produtivo e a adoção de certificações.
Conexões infinitas
Roteirista, diretor de curta‑metragens e fotógrafo, Gilberto Perin vem expondo para o público gaúcho seu enquadramento primoroso e sua forma particular de mostrar o mundo.
Novos desafios
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Depois de investir em uma nova planta fabril, a EGB pretende ampliar sua atuação na produção de livros, revistas e catálogos.
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56 87 104 Rotativa ����������������������������������������������������������6 Entrevista: Paulo Okamotto/Sebrae �����������������18 Mercado de Flexografia ���������������������������������28 Fórum Livro Digital ����������������������������������������42 Feira Movimat �����������������������������������������������44 Feira Serigrafia Sign ��������������������������������������46 Ice South America �����������������������������������������48 Print City Alliance ������������������������������������������54 Opinião/Valdézio Bezerra de Figueiredo (PE) ����58 Gráfica Trindade/RS ��������������������������������������74 Abraform/Nova Diretoria ��������������������������������76 Gráfica Wäsche/SC ���������������������������������������78
Abiea/Nova Diretoria �������������������������������������80 Cartonagem Jauense/SP �������������������������������82 Alphaprint �����������������������������������������������������86 Caderno Sustentabilidade ������������������������������87 Economia �����������������������������������������������������92 Olhar Gráfico/ Cláudio Ferlauto ����������������������98 Quadrinhos/ Álvaro de Moya ����������������������� 102 Ilustração/Hiro Kawahara ���������������������������� 103 Gravura/Fabio Mestriner ����������������������������� 110 Avery Dennison/75 anos ����������������������������� 112 Sistema Abigraf ����������������������������������������� 114 Mensagem/ Fabio Arruda Mortara ��������������� 122
SETEMBRO/OUTUBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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Plural conquista certificação na área de segurança VSP inaugura showroom em São Paulo A VSP Papéis Especiais inaugu
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m setembro, a Plural anun ciou que, após auditoria reali zad a pela ABNT, Ass oc iaç ão Brasileir a de Normas Técnicas, recebeu o certificado de confor midade com a norma ABNT NBR 15540:2007 – Sistema de Segu rança para Produção de Docu mentos Conf id enciais. Para se adequar à norma, a Plural inves tiu na instalação de recursos tec nológicos que garantem a segu
rança de seu processo produtivo e na qualificação técnica espe cializ ada de seus prof issionais. Além de representar a entrada da Plural num novo mercado, a certificação constitui mais um passo na construção de um sis tema diferenciado de qualidade de serviços e produtos. No mês anterior a Plural con quistou a certificação ABNT NBR ISO 9001, versão brasileira da nor
ma internacional ISO 9001 que es tabelece requisitos para o Siste ma de Gestão da Qualidade de uma empresa. O processo de au ditoria, realizado pela Fundação Vanzolini, ocorreu no mês de ju nho. A implantação de um siste ma de qualidade é realizada para poder identificar os processos do negócio, integrá-los e trabalhar para atingir os seus objetivos. www.plural.com.br
Oferta de Reformulando seu parque gráfico, a UV Pack está colocando à venda al de seus equipamentos, sobretudo os voltados à confecção de capas sistema de guns duras. Alguns deles são: montador capa dura da Kolbus, DAS 206; coladei acabamento ra de guardas da Hunkeler, 520 KS; encadernadora de capa dura da Kolbus, BF 2000 523A /FE 600; sistema de costura da Aster, Astronic 150; alceadeira
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com 10 alimentadores duplos e um criss-cross da Müller Martini, 3661; e um sistema de corte trilateral da Wohlenberg, A43 DO. A empresa dá preferên cia para quem estiver interessado no conjunto das máquinas. Para mais informações, entrar em contato com José Carlos através do telefone: (11) 3838-1855 ou e-mail: jjesus@uvpackacabamentos.com.br.
rou em setembro sua nova uni dade, na zona leste de São Pau lo. O showroom apresenta mais de 700 opções de papéis com va riedade de cores, texturas, toques diferenciados e acabamentos com efeitos especiais. Estão expostos na loja diversos trabalhos gráfi cos e artesanais, que inspiram a criação e ampliam a visão dos pro fissionais em relação à aplicação dos papéis. A VSP completa qua tro unidades, sendo três na capi tal paulista e uma no interior, em São José dos Campos. A nova loja está localizada na Av. Alcântara Machado, 2800, São Paulo, telefo ne 11 3524.4040. Outra novidade da VSP é a ex clusividade na comercialização da linha Metal Color em São Paulo. Voltada a designers e prof issionais do mercado gráfico, a linha pos sui revestimento que simula ma terial metálico nas duas faces do papel e traz alto valor agregado e inovação ao trabalho com pa péis especiais. A linha possui efei to iridescente, que faz com que a superfície do papel mude de cor conforme a incidência da luz. A li nha Metal Color, fabricada pela Ar jowiggins, está disponível para co mercialização em todas as lojas da VSP no formato 66 × 96 cm, com nove opções de cores, dois acaba mentos superf iciais (smooth e rustic) e três gramaturas. www.vsppapeis.com.br
REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
INFORME PUBLICITÁRIO
Prol e Alphaprint: uma parceria de 20 anos A Prol, em parceria com a Alphaprint, investe em novas máquinas em sua unidade digital, Alternativa Digital. A Prol, empresa gráfica com mais de 30 anos no mercado, sempre se preocupou em agregar novas tecnologias à sua produção oferecendo ao cliente as mais variadas soluções. Os novos investimentos de Eduardo Neto, vice-presidente da Prol, foram na unidade digital localizada em Alphaville, a Alternativa Digital. Esta unidade é dedicada à produção de livros sob demanda, atendendo à crescente necessidade de pequenas tiragens no mercado editorial. Para Eduardo Neto, o investimento em uma gráfica digital foi necessário para seguir a tendência do mercado e a crescente demanda de seus clientes. Segundo ele, os desafios ainda são grandes. “Acreditamos que em médio prazo o resultado vai ser tão positivo quanto ao resultado de um investimento em um parque gráfico convencional. Estamos realistas e confiantes nesse novo negócio.” Dentre as mais novas aquisições da Alternativa Digital, destacamos o investimento na primeira HP Indigo 7500 para o mercado editorial brasileiro, em substituição a uma HP Indigo 5000, se-
gundo Neto, foi estratégico, pois visa à redução de custos: “A qualidade e tecnologia da HP Indigo são indiscutíveis e com esse novo equipamento, eu posso ter um custo mais competitivo dentro do mercado.”
rica Latina dedicada 100% para livros produzidos de forma digital, Áster Kristec. “Ainda não recebemos a máquina, mas a nossa expectativa é de que ela ofereça uma maior agilidade em acabamento de livros costurados.”
Outro investimento feito pela empresa foi a aquisição de mais uma OCÉ VP6320 Ultra, a exemplo da HP Indigo, também adquirida da Alphaprint, foi importante, pois é uma máquina P/B de tecnologia reconhecida e consolidada no mercado editorial e traz confiança para o cliente no resultado do produto final. “Editorialmente falando, no mercado de livro, não é possível fazer um projeto de gráfica digital somente com máquinas quatro cores. Uma máquina complementa a produção da outra, por isso o investimento foi necessário”, diz Neto.
A parceria entre a Prol e a Alphaprint existe há mais de 20 anos. “Temos plena confiança na empresa, pois ela traz sempre as melhores soluções em todos os segmentos gráficos. A Alphaprint é um provedor de serviços, qualidade e tecnologia.”
Neto já possuía uma encadernadora Duplo DPB500, comprada da Alphaprint, e recentemente adquiriu mais uma com o objetivo de manter a tecnologia e o excelente resultado no acabamento final. “A máquina tem um acerto rápido, é confiável e tem uma ótima qualidade”, diz ele. Além da Duplo, a Alternativa Digital adquiriu também a primeira máquina de costura da Amé-
Eduardo Neto Vice-presidente da Prol
www.digitalalternativa.com.br
www.alphaprint.com.br
Mattavelli participa do Green Festival Estoril 2010
KM Papel aposta em produtos de papel reciclado A KM Papel deu início, em ju
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ediada em São Paulo, a Matta velli Gráfica e Editora participou do G reen Festival 2010, evento referência na área de sustenta bilidade realiz ado entre 10 e 17 de setembro em Estoril, Portu gal. A Mattavelli, ao lado do Insti tuto Foco, integrou a exposição/ manifesto, assinando em con junto a obra “Abraço Brasil eiro a Portugal”. Trata-se da exposi ção da escultura do artista visual Odilon Cavalcanti intitulada “O Abraço”, produzida pela Matta velli com material reciclável e não tóxico. A obra traz imagens dos ecofotógrafos brasileiros Malouh Gualberto, Armando Syllos e do próprio autor da obra. Por meio da distribuição de ré plicas de “Abraços” (esculturas), o
Instituto Foco, a Mattavelli, os ar tistas, a Camera Press e empresas apoiadoras procuram promover a adesão à sustentabilidade atra vés da simplicidade, sensibilidade e solidariedade como meios pos síveis de implementar a preserva ção da Natureza. Saiba mais sobre a obra em http://bit.ly/cQG8oL. O Centro de Congressos de Es toril recebeu cerca de 30 mil visi tantes durante o Green Festival, que este ano celebrou iniciativas nas áreas social, ambiental e eco nômica para tornar o mundo me lhor. Cidadania, direitos huma nos, desenvolvimento sustentável, inovação social, economia verde, educação e turismo foram alguns dos temas de destaque no evento. www.mattavelli.com.br
REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
nho, à fabricação de artefatos de papel reciclado branco com o lançamento de vários artigos produzidos a partir de aparas pré- e pós-consumo. Para essa nova linha de produtos, foi ar rendada uma fábrica em Pi rassununga, no Estado de São Paulo, que irá processar inicial mente 300 toneladas de papel por mês. O objetivo é chegar ao final de 2010 consumindo 1.000 toneladas/mês na fabricação de itens como cut size, cadernos, formulários contínuos e bobi nas de PDV, entre outros. Na primeira fase, os produ tos serão destinados às classes B, C e D, chegando ao consu midor final com preços compe titivos. Está prevista a distribui ção em todas as regiões do País, com foco no Nordeste, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Em paralelo a essa verticali zação da produção, a KM Papel, que iniciou a fabricação de pa pel reciclado em 2006, está in vestindo na ampliação de sua planta fabril no município de Volta Grande (MG). Já foram in vestidos R$ 40 mil hões nessa unidade e serão aplicados mais
de R$ 40 milhões durante os pró ximos 12 meses, o que elevará a capacidade produtiva, atual mente de 24 mil toneladas/ano, para 36 mil toneladas/ano. Do montante desse inves timento, R$ 20 milhões foram destinados para o financiamen to de um equipamento que per mitirá a utilização de aparas mais sujas (tecnicamente denomina das apara 4 e apara de revista) para a fabricação de papel re ciclado branco para impressão. Esse processo atualmente só é utilizado na Europa. No Brasil, a apara 4 e a apara de revista são utilizadas quase que 100% na fabricação de papel higiênico e papel toalha. Com a importação do novo maquinário, fabricado pela alemã Voith Paper, a KM dis porá de matéria-prima mais ba rata, pois as aparas 1 e 2 que usa hoje têm preço médio de R$ 1/ kg, contra R$ 0,35 das aparas 4 e de revista. A expectativa da KM com a implantação desses pro jetos é elevar seu faturamento de 2010 para R$ 107 milhões e, em 2011 e 2012, atingir as mar cas de R$ 152 e R$ 252 milhões, respectivamente. www.kmpapel.com.br
Rotativa comercial de 16 páginas mais vendida no mundo
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Furnax investe em equipamentos asiáticos O
Facform ganha Prêmio Sappi International No dia 15 de setembro, foram anunciados os vencedores do Sappi International Printers of the Year. A premiação é realiza da a cada dois anos e consagra impressores de diversos países. A pernambucana Facform, de Recife, foi a grande vencedora na categoria Calendários, com o calendário Renato Filho 2009. Em 2008, a gráfica também esteve entre os vencedores, nas categorias Calendário e Sacolas. Foram mais de seis mil inscritos
nas quatro competições regio nais classif icatórias, que ocorre ram na África, América do Norte, Europa e na região que engloba Oceania, Ásia e Américas Central e do Sul. No Sappi International Printers of the Year concorre ram entre si os vencedores re gionais de cada categoria. Neste ano, foram criadas as catego rias de Impressão Digital, Revis tas Feitas em Impressoras Planas e Revistas Feitas em Impressoras Rotativas. www.sappi.com
Stilgraf adota tintas certificadas pela Napim E
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m mais uma ação focada na sustentabilidade, a Stilgraf, gráfica localizada em São Paulo, está trabalhando com 100% de suas tin tas certificadas pelo programa Napim – BRC, da associação ameri cana de fabricantes de tintas (National Association of Printing Ink Manufacturers). Nas tintas certificadas pela entidade, boa parte da matéria-prima utilizada em sua fabricação é renovável, o que sig nifica menor emissão de componentes orgânicos voláteis (VOC) na atmosfera e tempo de biodegradação dos resíduos no meio ambiente menor que o de outras tintas. O Napim – BRC é um programa que visa medir, registrar e co municar o teor de produtos biorrenováveis nas tintas de impressão. O programa foi desenvolvido pelo National Printing Ink Research Institute (NPIRI), composto por especialistas da indústria de tintas. www.stilgraf.com.br REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
Grupo Furnax está trazendo para o Brasil uma nova linha de produtos, impressoras offset e equipamentos para acabamen to editorial de procedência asiá tica. Para conduzir essa linha, a Furnax convidou Fabio Soares, que agora gerencia esse seg mento. Nos últimos quatro anos, Fabio dedicou-se a equipamen tos asiáticos, estando na Ásia e
na Europa para desenvolver for necedores e novos produtos. “Meu objetivo é seguir atenden do aos clientes e à nova fatia do mercado editorial com a mes ma qualidade, oferecendo pro dutos e serviços que atendam às expectativas dos mais exigen tes, fazendo jus ao nome Furnax para este novo segmento”. www.furnax.com.br
Produção de celulose cresceu 8,3% de janeiro a julho de 2010 S
egundo dados da Bracelpa, a receita de exportações do setor de celulose e papel de janeiro a julho deste ano manteve a ten dência de recuperação, registrando 40,8% de aumento em relação ao mesmo período de 2009. A variaç ão da receit a de exportações de celulose foi de 50,2%, enquanto a de papel manteve tendência de recuperação, com crescimento de 23%. Já o saldo da balança comercial do se tor é de US$ 2,86 bilhões, o que indica crescimento de 40,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos sete primeiros meses de 2010 a produção de celulose no Brasil cresceu 8,3% em relação ao mesmo período de 2009, chegando a 8,1 milhões de toneladas. O volume das vendas do mésticas cresceu 18,5% e o volume de exportações, 2,8% sobre o acumulado dos sete primeiros meses de 2009. Em relação ao segmento de papel, a produção subiu 6,5% de janeiro a julho deste ano, se comparada ao mesmo período de 2009. O crescimento do volume de vendas domésticas, nes se mesmo período, foi de 8,4%, enquanto a variação do volume de exportações foi de 11,2%. Vale ressaltar também o bom desempenho dos diferentes ti pos de papel. O destaque foi o papel-cartão, cuja produção cres ceu 18,2% de janeiro a julho, em comparação ao mesmo perío do do ano passado, e o volume de vendas domésticas aumentou em 28,5%. A produção de papéis para embalagens registrou au mento de 6,5% e crescimento das vendas domésticas de 11,1%, se comparada aos sete primeiros meses de 2009. Os resulta dos também são positivos em relação aos papéis de imprimir e escrever, para fins sanitários e de imprensa. www.bracelpa.org.br
Instituto International Paper promove Projeto Educação Socioambiental 2010
No final de agosto, o Instituto International Paper (IIP) apresen tou o Projeto EducAção Socioam biental aos estudantes de 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio das es colas públicas e particulares de Estiva Gerbi, Mogi Guaçu e Mogi Mirim, no interior de São Paulo. O objetivo é colaborar com a for mação de crianças e adolescen tes socialm ente resp ons áveis e realiz ar a conservação e restau ração ambiental de áreas verdes nas regiões de atuação da com panhia. O projeto une três ações educacionais e socioambient ais desenvolvidas pelo IIP, por meio do tradicional Concurso de Reda ção, que comemora a sua 35ª edi ção, do Concurso Literário, em sua 5ª edição, e do plantio de mudas em Estiva Gerbi provenientes do
viveiro administrado pelo Projeto Guardiões do Verde. Este ano, o tema de ambos os concursos será “Transformar o Pre sente para um Futuro Sustentá vel”, e traz novamente um desa fio: as escolas que participarem do concurso deverão levar seus estu dantes para realizar o plantio de aproximadamente três mil mudas nativas em áreas que precisam ser recuperadas ou conservadas. Este ano, após um levantamento feito pelo IIP, o plantio foi realizado em Estiva Gerbi, em dois locais (no prolongamento da Avenida Mário Zara e na estrada da Minota) entre os dias 30 de agosto e 15 de se tembro. No ano passado o plantio de mudas nativas ocorreu na cida de de Mogi Mirim e em 2011 será realizado em Mogi Guaçu, man tendo um caráter itinerante.
Podem participar do Concur so Literário professores de todas as séries e de qualquer disciplina, coordenadores e diretores de es colas que atuem na Educação Bá sica da rede pública e privada nos referidos municípios. O Projeto EducAção Socioam bient al é realiz ad o em parceria com a Secretaria de Educação de Mogi Guaçu, a Secretaria de Edu cação e Diretoria de Ensino de Mogi Mirim, a Diretoria de Ensi no de Estiva Gerbi e a Secretaria do Meio Ambiente de Estiva Ger bi. Ao todo, cerca de 10 mil estu dantes serão diretamente impac tados com esse projeto.
Para participar do Concurso de Redação e Literário as escolas e professores deverão entrar em contato com as secretarias de Edu cação de seus municípios.
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tor de papel do mundo. Segun do levantamento da consulto ria internacional Risi, em 2009 o País superou a Itália e a Fran ça, subindo duas posições no ranking em relação à de 2008. A crise econômica provocou
não só a queda dos dois paí ses europ eus, como também mudou a liderança do ranking. A China assumiu a primeira co locação, deixando os Estados Unidos para trás. Apesar da queda de 0,4% na produção em relação a
A Suzano Papel e Celulose relançou em setembro o Pó len Bold, papel off-white vol tado para o segmento edito rial. O novo Pólen Bold possui como dif erenc ial um m aior corpo, proporcionando uma maior lombada aos livros. Se gundo Adriano Canela, geren te executivo de Estratégia e Marketing da Unidade de Pa pel da Suzano, com essa nova versão do Pólen Bold a em presa oferece aos seus clientes um portfólio mais completo. Com o lançamento, a Su zano reforça sua posição no mercado editorial, apostando no Pólen como o carro-chefe nessa área. Os pap éis Pólen compõem a primeira linha de pap éis off-white desenvolvi da para atender as necessida des específicas do mercado editorial. Sua tonalidade dife renciada reflete menos luz e, assim, prop orciona uma lei tura mais agradável. O produ to é apresentado nas versões Soft e Bold (com maior espes sura), vendido em 70 g/m² e 80 g/m² (Pólen Soft) e 70 g/m² e 90 g/m² (Pólen Bold). www.suzano.com.br
www.internationalpaper.com.br
Brasil supera Itália e França na produção de papel
O Brasil já é o 9º maior produ
Suzano apresenta o novo Pólen Bold
2008, o Brasil manteve o pata mar de 9,4 milhões de tonela das. No ano passado, a produ ção chinesa teve alta de 8,3%, subindo para 86,4 milhões de toneladas, enquanto a ameri cana caiu mais de 10%, para 71,6 milhões de toneladas.
Novo número de telefone na Ricall Empresa do grupo Alphaprint, a Ricall informa a todos os clien tes que desde setembro de 2010 o seu novo número de telefone é (11) 3349.4499. Para assistência técnica o telefone permanece o mesmo: (11) 2164.1910. www.alphaprint.com.br
REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
Novos executivos assumem na Kodak Rafael Sanchez Garcia (E), ex-
Antilhas registra crescimento recorde no primeiro semestre A
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Antilhas encerrou o primeiro semestre deste ano superando expectativas. A previsão inicial de crescimento para 2010 era de 16%, mas já é registrado um desempenho muito sup er ior, um crescimento de 29%, qua se o dobro do estimado para o ano. A empresa está em rit mo acelerado: além do aumen to na produção provocado pelo Dia dos Namorados e Dia dos Pais, ela já iniciou a confecção de embalagens e sacolas para o Natal nos segmentos de cos méticos e vestuário, que repre sentam o maior volume de sua produção. Para acompanhar essa demanda crescente do va rejo, a empresa realizou inúme ros investimentos em infraes trutura. Menos de seis meses após ter adquirido dois novos equipamentos para seu par que gráfico, a Antilhas investiu novamente cerca de R$ 10 mi lhões na compra de mais três máquinas, que foram incorpo
radas à sua linha de produção em junho e aumentaram sig nificativamente a capacidade produtiva da gráfica. Segundo o presidente Valter Baptista, a forte demanda acelerou tam bém os investimentos para a construção do segundo parque industrial. O executivo está em fase final de negociação para adquirir um novo terreno, que provavelmente será em Itapevi ou Santana de Parnaíba, muni cípios de São Paulo. “Nosso ob jetivo é duplicar até 2014 nos sa capacidade produtiva, que atualmente é de 50 milhões de embalagens por mês. O pro jeto será executado em dois momentos: a prim eir a etapa acontecerá até o primeiro se mestre de 2012 e ele dep ois será finalizado em 2014”. O in vestimento para essa amplia ção será de aproximadamente R$ 20 milhões, sem considerar o valor do terreno. www.antilhas.com.br/algonovo
REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
gfa, é o novo diretor de Expor A tação para o Cone Sul da Kodak. Sanchez, porém, não está focado somente na área comercial (grá fica) e irá atuar também na área de consumo, que hoje é com posta por seis divisões: câme ras dig it ais, filmadoras de bol so, multifuncionais, quiosques de impressão, Apex (DryLab da Ko dak) e papéis. Seu principal obje tivo na companhia é operacionali zar essas mudanças tecnológicas, implementando, desenvolven
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do e aprimorando as atividades no dia a dia. A gerência de Marketing de Produto para o Cone Sul para so luções de pré-impressão também está sob nova coordenação. Enio Zucchino (D) assumiu o cargo tendo como metas criar e imple mentar est ratég ias de produto que contribuam para a manuten ção e o crescimento da participa ção de mercado da Kodak para essa linha de produto nos países do Cone Sul. www.kodak.com.br
Premio Gravura Ibema é lançado em Curitiba
studantes de cursos superio res e de escolas técnicas de ar tes gráficas do Brasil têm até o dia 10 de março de 2011 para inscreverem seus trabalhos no 1º Prêmio Ibema Gravura, lan çado pela Ibema, Cia. Bras i leir a de Papel, em setembro. As obras sel ec ion ad as serão exibidas em uma exposição iti nerante por vários estados do Brasil, prem iand o-se os vinte melhores trabalhos. O primei ro lugar, Medalha de Ouro, re ceberá R$ 5.000,00; o segundo, Medalha de Prata, R$ 3.000,00; o
terceiro lugar, Medalha de Bron ze, levará R$ 1.500,00; do quarto ao 10º lugares, o prêmio será de R$ 500,00; e os classificados do 11º ao 20º lugares terão Menção Honrosa e participação no catá logo e nas exposições itinerantes promovidas pela Ibema. O prêmio tem como objetivo valorizar o setor, sua história e a contribuição que ele oferece ao desenvolvimento e o progresso da sociedade. Inscrições e mais in f o r m a ç õ e s h t t p : // w w w . premioibemagravura.com.br/
Nossos produtos são desenvolvidos visando garantir um futuro sustentável para as próximas gerações. Buscamos utilizar sempre componentes renováveis que não agridem a natureza e a saúde. Tintas para Impressão Offset Planas (Soja) Tintas para Impressão Offset Heatset (Soja)
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Morre em São Paulo Dorina Nowill
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Deltagraf mudou‑se para sede nova
epresentante KBA e Baldwin no Brasil, a Deltagraf iniciou no mês de setembro suas operações em nova sede. A rápida expansão da estrutura interna da empresa e a aposta no crescimento do merca do gráfico no Cone Sul foram as principais razões para que a mu dança acontecesse ainda neste ano. “Apesar de sermos uma em presa relativamente nova, com três anos de vida, nosso volume de vendas gerou a necessidade de uma estrutura onde pudésse mos ampliar todos os departamentos, comercial, administrativo e assistência técnica, além do novo estoque de peças de reposição, que cresceu junto com nossa linha de equipamentos“, explica Luiz Cesar Dutra, diretor geral da empresa. A nova sede fica na Rua Bartira, 1294, no bairro de Perdizes, em São Paulo, telefone (11) 5051.5320
aleceu no dia 29 de agos to em São Paulo, aos 91 anos, Dorina de Gouvêia Nowill, fun dadora e presidente eméri ta da Fundação Dorina Nowill para Cegos. A pedagoga dei xa cinco filhos, 12 netos e três bisnetos. “Dorina Nowill sem pre foi uma liderança entre os portadores de def iciência vi sual e soube que só consegui ria fazer um trabalho de mul tiplicação de livros acessíveis em conjunto com os editores, e não contra eles. Ela sempre trabalhou pela integração dos portadores de def iciência vi sual nas escolas e para que os alunos tivessem livros com a mesma qualidade daque les feitos para as crianças que enxergam”, declarou Alfredo Weiszf log, presidente da Fun dação Dorina Nowill. Para Ro sely Boschini, presidente da CBL, “é grande o legado que Dorina Nowill nos deixa e a sua obra continua. Cada um de nós deve levar adiante o trabalho de modo a ampliar o acesso ao livro pelas pes soas, inclusive aquelas por tadoras de def iciência visual”.
Novas tintas para rotativa sem forno A Imprima Tintas lançou em
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agosto, durante o 8º Congresso Brasileiro de Jornais, organizado pela ANJ, a linha Horizonte, vol tada para impressão offset em rotativas sem forno. O produto passou por uma fase de um ano de testes no jor nal O Estado de S.Paulo e agora já está sendo utilizado por publica ções como o Todo Dia, de Ame
ricana, e o Correio da Paraíba, de João Pessoa. A linha Horizonte traz quatro versões: SNL, desti nada a impressoras de alta ve locidade e com sistema keyless; G, desenvolvida para impresso ras de baixa e media velocida de; S, ideal para impressoras de alta velocidade; e ED, que aten de às necessidades dos editores de livros, listas etc.
REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
A base da Horizonte é im portada da Europa e a finaliza ção acontece na fábrica de Cam buí, MG, mas até o final do ano a unidade será transferida para o município mineiro de Extre ma, reduzindo em 50 km a via gem para entregas na Grande São Paulo. www.imprimatintas.com.br
Pitney Bowes Semco anuncia novo CEO J
oint venture do Grupo Semco com a norte-americana Pitney Bowes Inc, a Pitney Bowes Se mco anunciou em agosto seu novo CEO. O publicitário Fábio Neves, pós-graduado em Administração pela Funda ção Dom Cabral (MG), assume o comando da empresa após deixar o cargo de diretor exe cutivo do grupo de sistemas de produção na Xerox do Bra sil, empresa onde ingressou em 1998. “Nossas soluções facilitam o bom fluxo de in formação dentro das orga nizações. Estamos presentes em toda a cadeia de comuni cação, desde a criação e pro dução até o envio das infor mações, através de soluções integradas. Esse é um grande mercado no Brasil e as opor tunidades de crescimento são infinitas. Confio em um rápi do e consistente crescimen to da Pitney Bowes Semco”, comenta Fábio Neves. Presente em diversos paí ses, a empresa destaca-se no desenvolvimento de solu ções e na venda e manuten ção de sistemas inteligentes para processamento e auto mação de correspondências, com vendas anuais de mais de US$ 6 bilhões. www.pitneybowes.com.br
ENTREVISTA
Foto: Agência Sebrae de Notícias
Tainá Ianone
Paulo Okamotto
Micro e pequenas empresas gráficas podem contar com o Sebrae
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esde sua criação há 38 anos, o Serviço de Apoio às Micro e Pe quenas Empresas (Sebrae) de senvolve, de modo crescente, trabalhos nos setores da indústria, agrope cuár ia, comércio de bens, serviços e turis mo. Em entrevista à Revista Abigraf, Paulo Okamotto, presidente nacional do Sebrae, fala sobre a atuação da entidade, bem como sua parceria com a indústria gráfica. Reali zador do Estudo Setor ial da Indústria Grá fica no Brasil e patrocinador do Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica e do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini, o Sebrae vem fortalecendo o relacio namento com a Abigraf para ajudar a fo mentar os negócios das empresas pequenas, maior ia absoluta no setor.
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Qual o número atual de empresas brasilei ras consideradas de micro e pequeno porte? Paulo Okamotto: Ofic ialment e, o Brasil conta com cerca de 5,8 milhões de micro e pequenas empresas inseridas nos seto res da indústria, comércio e serviços, re REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
presentando mais de 20% de participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacion al. Este grupo responde por 99,2% de um to tal de 13 milhões de pessoas com empregos formais no Brasil. A missão do Sebrae é apoiar os pequenos negócios. De que modo e com quais ações a instit uição vem colocando em prática esse trabalho nos últimos anos? Paulo Okamotto: São dois tipos de aborda gens: o atendimento individual e o coletivo. No primeiro, o Sebrae atua por meio de con sultoria, orientação, cursos presenciais e a distância, palestras, e atendimentos de bal cão; disponibiliza publicações, pesquisas, informações, apoio e promoção de eventos, entre outros. No coletivo, quase 800 proje tos estão sendo executados neste ano. A in terlocução com instituições públicas e pri vadas, nacionais e estrangeiras, no sentido de efetivar parcer ias, tornar viáveis proje tos e ações que visam a um ambiente mais favorável aos pequenos negócios, com inclu são empresar ial e acesso a mercados, bem
como políticas públicas mais compat íveis com a realidade e necessidades desse seg mento. Em agosto de 2010 ultrapassamos um milhão de atendimentos, a maior par te deles nos setores do comércio de bens, serviços e no turismo. uais os principais objetivos da parceria do Q Sebrae com a Abigraf? Paulo Okamotto: O Sebrae tem apoiado vá rios projetos do setor por meio do Procompi (Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias), desde 2004. E tem patrocinado também as edições do Congraf (Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica), bem como o Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini. Em 2008, firmamos parceria com a Abigraf para rea lizar o Estudo Setor ial da Indústria Gráfi ca no Brasil, lançado em agosto do ano pas sado. Agora, estamos trabalhando em uma nova parceria que tem por objetivo fortale cer as micro e pequenas empresas do setor gráfico, promovendo a sua qualificação téc nica e a capacitação gerencial, mercadoló gica, adequação de processos produtivos às normas técnicas e ambientais e o fomento à certificação neste escopo. uais os benef ícios para as empresas as Q sociad as à Abigraf em decorrência dessa parceria? Paulo Okamotto: Elas podem dispor dos serviços prestados pelas principais áreas de atuação do Sebrae, que são capacitação gerencial, inovação, modernização, acesso a serviços financeiros e participação em ambientes que favoreçam o acesso a mer cados. O atendimento direto às empresas de pequeno porte pode ser feito on line ou de forma presencial, com apoio das diver sas unidades que compõem o Sistema Se brae. Outro ponto importante trabalhado é a cultura da cooperação para que, atuando em conjunto, essas empresas possam supe rar suas fragilidades indiv iduais, ou seja, buscar o aumento da competitividade. uais aspectos o Sebrae leva em conside Q ração para firmar uma parceria com uma empresa ou entidade? Paulo Okamotto: Primeiramente, a repre sentatividade da entidade junto às peque nas empresas do setor, seguida da identifi
cação de pontos comuns em nossas missões, em especial a preocupação com o aprimora mento da gestão e o aumento da competiti vidade das empresas desse porte, para que possam acessar o mercado. Para o Sebrae, qual a importância do setor gráfico no sentido de dar sua cont ribuição à geração de empregos e desenvolvimento da economia do País? Paulo Okamotto: Segundo nosso Estudo Se tor ial, a indústria gráfica representa 1,5% da produção da indústria de transformação e emprega quase 3% da mão de obra. É um setor transversal, que se relaciona com to das as demais atividades produtivas, princi palmente por meio da impressão de material técnico, embalagens, mater ial de escritório e escolar, entre outros. u ai s foram a s Q Segundo nosso mudanças trazidas pela aprovação da Estudo Setorial, Lei Geral da Micro a indústria gráfica e Pequena Empresa em 2006? representa 1,5% da Paul o Okamotto: produção da indústria São resultados e impactos impor de transformação tantes, a começar e emprega quase pelo aum ent o da participação das 3% da mão de obra. pequenas empre sas nas compras de bens e serviços comuns pelo governo fede ral, que saltou de R$ 2 bilhões para mais de R$ 14 bilhões anuais. O número de empreen dimentos optantes pelo Simples também subiu de 1,3 milhão, no início da vigência, para mais de 4,1 milhões até o começo de setembro deste ano. Quase dois mil muni cípios já regulamentaram a Lei Geral, o que cobre 56% da população empresar ial brasi leira. Dezessete estados já regulamentaram o capítulo de compras governamentais, fa zendo com que uma parcela maior de suas aquisições seja voltada para o desenvolvi mento local. Ainda como decorrência da Lei, o País tem mais de 520 mil empreen dedores individuais formalizados, num pro cesso de registro rápido, eletrônico e isento de taxas. A meta é alcançar um milhão de formalizações até o final deste ano, em for te parceria com o Ministério da Previdência SETEMBRO/OUTUBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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e out ras inst it uiç ões importantes, como bancos públicos e os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento. No âmbito do estabelecimento de políticas, o que pode ainda ser feito? Paulo Okamotto: Existem des af ios, prin cipalmente na operac ion al iz aç ão dos ca pítulos de acesso a serviços financeiros e inovação tecnológica, que precisam ser agili zados. O ICMS cobrado por substituição tribu As micro e pequenas tária por alguns esta dos também se apre vão continuar recebendo senta como uma grave os impactos favoráveis distorção que precisa ser enfrentada e resol da crescente atividade vida, pois tem tirado econômica do País, parte importante das vantagens conquista impulsionada também das com o pagamento pela ascensão das de menos imposto por meio do Simples Na classes C e D. cion al. Ao longo dos anos, a lei vem sendo aperfeiçoada. E, para este ano, está prevista a aprovação do Projeto de Lei Complementar nº 591, que aprimora ainda mais a Lei Geral e tenta corrigir a distorção da substituição tributária feita por alguns estados. uais são os principais entraves encontra Q dos pelas empresas de pequeno porte? Paulo Okamotto: Um ponto importante é o entendimento da Lei Geral por parte dos mu nicípios brasileiros. Nossa expectativa é de que as parcer ias com as instituições nacio nais de representação municipal nos ajudem a levar mais informação e capacitação a mi lhares de gestores públicos. Em outubro, por exemplo, tivemos a Semana da Formaliza ção em todo o Brasil, com eventos e pontos de atendimento nas capitais para informar e formalizar empreendedores individuais.
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O que um empresário de pequeno porte deve fazer para se consolidar em seu mercado de atuação? Paulo Okamotto: Será sempre muito impor tante adquirir e aperfeiç oar seu conheci mento empresar ial e uma atitude empreen dedora, bem como cuidar da capacitação de seus colaboradores, qualificar ao máximo o atendimento aos clientes e buscar inovar na REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
gestão dos negócios, aperfeiçoando proces sos, produtos e serviços e aumentando sua competitividade no mercado. Com o Sebrae, ele dispõe de uma rede nacional especiali zada no apoio aos pequenos negócios e di versos projetos e soluções. Um exemplo é o Sebrae Mais, programa que oferece um con junto de soluções para quem tem interesse em expandir os negócios, e o projeto Negó cio a Negócio, em que consultores visitam os empresários. Para saber mais, vale conhecer o nosso portal (www.sebrae.com.br). Como as empresas de pequeno porte se man tiveram durante a crise econômica? Paulo Okamotto: Ao contrário da Europa e Estados Unidos, onde ocorreu diminuição de empréstimos, menor volume de negó cios e perda de postos de trabalho, no Bra sil o crescimento econômico com distribui ção de renda e inclusão social, aumento da massa salar ial e do consumo são alguns in gredientes que resultaram num poderoso combustível que fez o País decolar, mesmo levando-se em conta os estragos feitos pelos impactos da crise. A criativ idade, o senso de oportunidade e o maior conhecimento empresarial, bem como a maior flexibilida de e sua capacidade de respostas ágeis dian te de uma crise, também colaboraram para que os pequenos negócios fossem os gran des aliados dos brasileiros na superação da crise mundial. Como o Sebrae analisa o desenvolvimen to e atuação das micro e pequenas empre sas em todos os setores brasileiros depois desse período? Paulo Okamotto: Em 2009, quando houve queda de 0,2% no PIB, o segmento foi o pi lar de sustentação da atividade econômica e da geração de empregos. Com o crescimen to esperado para este ano, micro e pequenas vão continuar recebendo os impactos favo ráveis da crescente atividade econômica do País, impulsionada também pela ascensão das classes C e D. O crescimento incentiva a inovação e a busca por novos nichos de mercado. O País vive um grande momento, que deverá ter continuidade nos próximos anos, e os problemas que aparecem, como os gargalos na inf raestrutura, podem ser con siderados bons problemas, porque induzem a novos saltos qualitativos.
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Alberto Magnelli Entre o signo e o sonho, a cor que faz pensar
ARTE
Hostil às teorias e limites impostos pelas escolas artísticas — tão livre e respeitoso quanto forte e sensível —, Magnelli foi um doce revolucionário em sua pintura que mesclou estética e magia levando‑nos à reflexão. Soube ser plural sendo singular. Ricardo Viveiros
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1 A Espera, óleo sobre tela, 1917 2 Mundo Suspenso, óleo sobre tela, 1956 3 Visão Incômoda, óleo sobre tela, 1947 4 Homem que Fuma, óleo sobre tela, 1913–1914 5 Personagens Marinheiros, óleo sobre tela, 1930 6 Virgínia, óleo sobre tela, 1914
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Para quem nascera vocacionado para a arte, Magnelli muito jovem já havia defini do sua carreira. E não poderia ser diferente. Com o dinheiro da venda do primeiro traba lho deixou seu atelier em Florença e foi para a Suíça, depois para a França. Em Paris montou novo atelier e fez amizade com importantes pintores, poetas e músicos. Passou a assinar revistas internacionais de arte e a frequentar os principais eventos das galerias e museus. A arte e a guerra
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7 Explosão Lírica n-º 12, óleo sobre tela, 1918 8 O Jóquei que Perde, óleo sobre tela, 1914 9 Pintura n-º 0521, óleo sobre tela, 1915
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o mesmo ano em que nasceu Giorg io de Chirico, em Vólos (Grécia), enquanto Vincent Van Gogh, em Arles (França), corta va parte de sua própria orelha esquerda — 1888 —, veio ao mundo em Florença (Itália) um pintor que, anos mais tarde, embora sob a inf luência de ambos, produziria uma arte única em sua forma de expressão: Alber to Giovanni Cesare Magnelli. Ou simples mente, Magnelli. Filho de importantes co merciantes, perdeu o pai muito cedo e foi educado por um tio. Seu primeiro contato com a arte foi por acaso, ao experimentar o mater ial de um amigo pintor que o con vidara para um passeio ao ar livre no qual iria captar paisagens em suas telas. Apaixo nou-se pela arte e não mais parou de pro duzir, fez pinturas, gravuras, colagens, es culturas. Experimentou inúmeros tipos de técnicas e mater iais. Autodidata na pintura, aos 21 anos Mag nelli teve sua primeira exposição e, ainda, participou da VII Bienal de Veneza. Voltou à importante mostra no ano seguinte, 1910, expondo na “Sala Internacional da Juventu de”. Sua paisagem “La Buca delle Monache” foi adquirida por um nobre russo, coleciona dor de arte, que pagou 1.000 liras pela obra. Uma fortuna para a época! Na verdade, cer to de que não iria vender o quadro, de brin cadeira com amigos, o artista havia coloca do um preço bem alto.
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O destino colocou Magnelli na Primeira Guerra Mundial. Impedido de estar na Fran ça, voltou à Itália, ao atelier de Florença. Foi recrutado pelo Exército, mas adoeceu e teve sucessivas licenças médicas que o mantive ram longe das armas e perto das telas. A esta altura Magnelli havia passado pela pintura figurativa que aprendera com os mestres renascentistas florentinos. Mesmo assim, suas primeiras paisagens já traziam, talvez não inconscientemente, algo de moderno. Na sua permanência em Paris, o artista co nheceu o futurismo, o cubismo e, por fim, o abstracionismo. Tornou-s e grande amigo de Chirico. E conviveu com Picasso, Gris, Matisse, Lé ger, Jacob e, mais tarde, Kandinsky, com quem integrou o grupo “Abstração-Criação”. Magnelli foi um dos pioneiros da arte abstra ta, dela tornando-se um dos mais importan 9
tes nomes em nível internacional. Já casado, tendo exposto e sido premiado em destaca das mostras de vár ios países, incluindo a América, enfrenta a Segunda Guerra Mun dial. Durante a ocupação nazista viveu, discretamente, com a esposa e amigos em Provença (França). Nessa época produziu gravuras de muita força. No final dos anos 40, Magnelli tem mar cante presença no Brasil. Foi ele quem orientou Francisco Antônio Paulo Matara zzo Sobrinho, mais conhecido como “Cic cillo” Matarazzo, industrial e mecenas íta lo-brasileiro, a comprar importantes obras de grandes mestres internacionais e iniciar a primeira significativa coleção de arte mo derna no País. Ciccillo, ao lado de sua mu lher, Yolanda Penteado, mais tarde criar ia a Bienal Internacional de Arte de São Pau lo. Magnelli foi premiado em duas edições da mostra, 1951 e 1955.
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10 Pedras nº 2G, óleo sobre tela, 1933 11 Pedras n-º 1, óleo sobre tela, 1933 12 Segurança Repetida, óleo sobre tela, 1941
3•572 issn 010
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revista
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49 0 1 0 • nº 2 • set/out 2 • ano xxxV gráfica
bro / f 249 setem revista abigra
outub ro 2010
dústri arte & in
Capa
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Pintura nº 0525, óleo sobre tela, 1915
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Abstratas emoções
Magnelli foi, sem dúvida, um artista que buscou sempre novos caminhos, priv ile giou a liberdade para expressar sua arte re chaçando os limites das escolas, mas, com inteligência, incorporando o que cada uma delas oferecia de melhor em técnica e lin guagem. Entre seus mais belos e emocionan tes trabalhos estão os da fase expressionista abstrata, nos quais se nota a agressividade da palheta mesclando traços geométricos e criando formas volumosas. Mas, em perfei ta harmonia, permitindo uma presença poé tica em sombras e contornos de muita sua
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vidade. Sua inspirada pintura é de intensa luminosidade e provocação. A cor é que de termina a luz, gera perplexidade e explode em emoção. “Eu penso que certa quantida de de cor, mesmo que totalmente unificada, não sozinha, mas cercada por outras, se tor na iluminada e brilha como se tivesse sido feita em pedaços em um sentido divisionis ta; portanto essa frieza que pode aparecer só é válida quando as cores estão separadas, e desaparece cada vez que somos capazes de unir na retina, isto é, no olhar que abrange todo o conjunto, todas as cores na pintura”, conceituou Magnelli. A partir de 1954 e até a sua morte, em 1971, na cidade francesa de Meudon, próxi ma a Paris, Magnelli foi homenageado com mostras e retrospectivas que se multiplica ram pelo mundo. O artista mereceu salas es peciais em Bienais, como a de Veneza, e em importantes museus da Itália, Suíça, Alema nha e França. Ganhou o primeiro prêmio do Guggenheim Museum, de Nova York (EUA), com o quadro “Conversa a Dois”, depois com prado pela Galleria Nazionale d’Arte Moder na e Contemporanea. Este ano, em nosso país, Magnelli teve sua obra exposta no Museu de Arte Contem porânea da Universidade de São Paulo (MAC- USP), no Parque do Ibirapuera. Dessa mos tra surgiu o livro “Magnelli”, organizado por Daniel Abadie e Lisbeth Rebollo Gonçalves. Um consistente documento sobre um artis ta que criou Arte eterna.
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ACCUBRAILLE: a gravação revolucionária em Braille.
B O B S T G R O U P . C O M
Flexografia em expansão
Inovações em equipamentos e insumos promovem ganhos de mercado para um sistema versátil que, no Brasil, registra crescimento médio de 5% ao ano. Ada Caperuto e Tainá Ianone
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sistema de impressão flexográfico tem seus primeiros registros históricos no ano de 1860, nos Estados Unidos. Desde então, a técnica empregada em diversos produtos gráficos, em especial na conversão de embalagens, evoluiu enormemente. Produtivo tanto em altas quanto em baixas tiragens, o sistema, de acordo com dados divulgados em abril deste ano pela FTA Japão (Flexographic Technical Association), apresenta expectativas de crescimento favoráveis em todo o mundo. Apenas na China, a expansão de mercado foi de 177% no segmento de papelão ondulado de 1999 até 2004. De acordo com a Associação Brasileira Técnica de Flexografia (ABFlexo/FTA Brasil) existem cerca de 1.800 empresas instaladas no Brasil, inseridas em um mercado que registra crescimento médio de 5% ao ano. O sistema passa por um momento de intenso desenvolvimento tecnológico, quando equipamentos são modernizados, novos insumos lançados e técnicas inovadoras agregadas aos processos produtivos. “Há uma contínua melhora na qualidade da impressão flexográfica dada a evolução de máquinas e insumos, o que permitiu à técnica entrar em mercados que antes não aceitavam esse tipo de impressão”, avalia Wilson Pa duan, sócio-diretor da Saturno Indústria de Tintas e da TechnoSolutions. Ele explica que o sistema apresenta excelente relação custo/benefício para médias tiragens, tendo em vista que o armazenamento dos clichês é, em princípio, mais simples que a manutenção de cilindros de rotogravura gravados. Outro fator relevante é a celeridade na gravação dos clichês comparados à gravação externa de rotogravura. “A flexografia é o setor com maior evolução na indústria gráfica por muitos motivos desde os recentes avanços para gravação, passando por um forte progresso das impressoras e o advento da cura por feixe de elétrons das tintas, antes somente possível de forma economicamente viável no offset”. Também são elencados como fatores da expansão a flexibilidade do processo, que pode ser utilizado em diferentes tipos de substratos — filmes, cartão, papelão, eti-
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quetas, papel, alumínio, ráfia etc. — e a versatilidade e acompanhamento das ten dências de mercado como, por exemplo, redução dos tempos de troca e redução das tiragens e das perdas por acerto, assim como as perdas geradas durante um trabalho. De acordo com Meire Melo, assistente de direção da Bobst Group Latinoamér i ca do Sul, uma das principais companhias mundiais do setor de equipamentos, o desempenho do segmento está dentro do esperado pelas empresas e entidades brasilei ras e internacionais. “Dentre os fatores está a migração de vár ios produtos para diferentes tipos de invólucros, bem como a evolução dos filmes e das estruturas utilizadas, o que abriu a possibilidade de novos mercados e benef iciou o segmento de embalagens flexíveis como um todo”. Os ganhos do sistema, para Rui Mariano dos Santos, gerente de vendas de Packaging Graphics da DuPont no Brasil, estão na capacidade de elevar a produtividade, na redução de desperdício e na melhora da consistência e da qualidade gráfica, bem como na queda no tempo de pré-impressão e impressão. Ele cita ainda o avanço da tecnologia e do processo de impressão sustentável. “Vale destacar a flexibilidade, como o acesso rápido e gravação just in time das placas”. “Hoje a flexo é uma ótima opção para embalagens, rótulos e etiquetas autoade sivas. Algo que antes somente era possível em rotogravura, offset e letterpress”, relata Ana Carolina Ferreira, supervisora técnica da Avery Dennison. Para ela, a rápida ampliação desse processo se deve à produção em grande escala, com boa qualidade e economia dos custos. “O Brasil está no mesmo nível dos melhores países da Europa em termos da qualidade de impressão flexográfica, que chega a ser super ior à dos Estados Unidos”, afirma. Insumos: inovação e sustentabilidade
Para Paduan, nos últimos anos houve uma consolidação de tendências. Alguns substratos que antes eram exclusividade da rotogravura, agora abrem espaço para a f lexografia. Ele aponta a grande evolução das tintas, insumo que tem recebido
investimentos concentrados em seu aprimoramento. “O surgimento de novas tecno log ias de cura por radiação, tanto UV como EB dará uma contribuição tão grande quanto à que a pré-impressão e a impressão têm dado para o desenvolvimento da flexo”, opina Rui Santos. Além das grandes vantagens de imprimir sobre uma ampla gama de substratos, desde ásperos e grossos até suaves e lisos, Ana Carolina, da Avery Dennison destaca como vantagem na flexografia as tintas líquidas, que têm rápida secagem, podendo usar substratos não absorventes. Também na flexografia existe preocupa ção em desenvolver insumos ecologicamente corretos, mas este ainda é um desafio a ser superado neste ramo. “Precisamos fortalecer a cultura e obter novas leis em busca do incentivo ao uso da impressão à base de água ou que não cause tanto dano ao meio ambiente”, ressalta Ana Carolina. Mas já estão disponíveis inovações como as tintas e vernizes curáveis, 100% sólidas, isentas de VOC (Composto Orgânico Volátil), com cura instantânea e redução significativa nas propriedades de migração e cheiro. “Hoje existem tintas adequadas a cada substrato, com resistência específica para as exigên cias de aplicação, além de serem ecologicamente corretas”, diz Kátia Dalama, gerente administrativa da Rotatek Brasil. Nesse sentido, Rui Santos destaca o desenvolvimento do sistema de processamento de chapas térmicas sem a utilização de solventes, CyrelFast. O resultado, segundo ele, é a redução na emissão de gases causadores do efeito estufa e no consumo de energia. A chapa oferece ainda uma alternativa ágil, limpa e econômica na gravação de clichês. “Há uma ampla variedade de aplicações para impressão de embalagens, incluindo os segmentos de rótulos, etiquetas, embalagens flexíveis e papel”, conclui.
clichês, dupla-face e, claro, das máquinas. “As impressoras se adequaram às necessidades do mercado, como qualidade, tiragens menores, menor índice de perda, trocas rápidas, com destaque para o sistema gearless sem engrenagens, e o sistema de camisas, tanto para os rolos anilox como para os porta-clichês, além de maior estabilidade e sistemas que permitem um melhor monitoramento durante a impressão”. Para Wilson Paduan são comuns os equipamentos que ajustam registro, pressão de entintagem e impressão sozinhos, com menos de 500 ou 300 metros de material. “Novas evoluções nos sistemas de gravação contí nuos deixarão o registro mais preciso, permitindo, em última instância, até mesmo a redução do número de cores”. De fato, a modernização nas últimas três décadas foi a grande responsável pelo ganho de mercado para a flexografia. “Este incremento pode ser notado nos supermercados, com a maior presença de embalagens flexíveis, caixas de cartão, cartão corrugado e rótulos em geral”, aponta Kátia Dalama. “O perfeito sincronismo entre aspectos mecânicos e elétricos de movimento otimizam a operacionalização das máquinas, diminuindo desperdícios, tempo de acerto e memória de parâmetros de cada trabalho, levando ao aumento da qualidade na reprodução de trabalhos”. A gerente da Rotatek Brasil classifica a tecnologia de servo-acionamento e comando numérico como responsáveis pelos avanços na produção flexográfica, permitindo fazer várias operações em linha com rapidez e precisão de registro. “Com as máquinas sendo controladas por tecnologia de microprocessamento (CPU) e comunicação através do bus do sistema integrado de sincronismo a possibilidade de combinação de processos e acabamento em linha são infinitas”.
Máquinas: evolução e flexibilidade
Toque final
As mais recentes evoluções na técnica de f lexografia cont ribuíram para que o sistema passasse a ser empregado por áreas em que ele antes não oferecia qualidade. “O aprimoramento prop orc ionou a acei tação da tecnologia como uma alternativa competitiva, tanto na qualidade, quanto no custo”, diz Meire Melo. Ela cita a evolução da pré-impressão, das tintas, facas, anilox,
Em termos de acabamento, Ana Carolina enumera as novas possibilidades de aplicações, como o cold foil, o hot stamping e a serigrafia rotativa. “São recursos que permitem ao client e final obter um rótulo atraente, com excelente qualidade e custo competitivo”. A tecnologia de aut om aç ão contribui para as impressoras flexográficas modulares SETEMBRO/OUTUBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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executarem tarefas com vár ias tecnolog ias de impressão em linha, destinadas à produção de trabalhos com alta exigência e complexidade, em que o acabamento em linha se justifica e enobrece o produto final, como o corte e vinco, relevos, cold e hot stamping, laminação e aplicação de verniz alto brilho, o qual pode ser localizado. “A possibilidade de combinar processos de impressão e acabamento é a forma mais promissora de melhorar a produtividade na elaboração de trabalhos complexos e ren táveis em uma única passagem”, conta Kátia. As máquinas flexográficas modulares atuais podem a liar acabamento em linha com os diversos processos de impressão, como rotogravura, offset, serigrafia e várias tecnolog ias de impressão digital. Paduan acredita que a multiplicidade de acabamentos está ligada à área de flexografia de banda estreita, sendo que na banda larga existem equipamentos para papel com acabamentos especiais. “Creio que com o EB poderemos desenvolver novos conceitos que dispensarão alguns acabamentos como a laminação, mas a médio prazo”. Concorrência digital
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Os sistemas digitais de impressão poderiam ser vistos como concorrentes da flexografia, mas o que vem acontecendo é uma relação de complementaridade. “Uma grande tendência que promete promover ainda mais o uso da flexo é a combinação de sistemas de impressão”, afirma Ana Carolina. Sua opi nião é a mesma de Kátia Dalama, que afirma que a impressão digital e a flexográfica se completam. “Existem áreas e limites para cada um deles e quando não são respeitados, o negócio deixa de ser interessante para a empresa”, diz Meire Melo. A gerente da Rotatek enumera alguns exemplos de produtos que trabalham em linha e de maneira eficaz usando os dois processos, quando é necessário, como a produção de loteria instantânea, extratos bancár ios, faturas billing, promocionais do sistema bancário e transpromo. A supervisora técnica da Avery Dennison comenta que a flexografia ainda é uma das mais indicadas e usadas em determinados mercados, mas que existe uma participação cada vez maior da impressão digital complementando o que os sistemas flexoREVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
Electron Beam O
sistema de cura por electro beam vem suscitando um crescente interesse nas gráficas que trabalham com flexografia. A nova tecnologia atua como um acelerador de partículas, no qual o feixe de elétrons é gerado no interior de uma câmara sob ultra-alto-vácuo. Acelerado pela alta tensão, o feixe atravessa uma folha fina de titânio, onde deposita energia no produto a ser tratado. De acordo com Wilson Paduan, as vantagens oferecidas pela cura por radiação e em particular para a cura por feixe de elétrons (electron beam) serão crescentes, seguindo a evolução das diferentes tecn ol og ias, podendo resultar em processos completamente diferentes, com operação simplificada, mais qualidade e menores perdas. “Apesar dos contratempos iniciais, comuns a todo novo processo, a existência agora de diferentes alternativas ajudará ampliar o mercado para as empresas fabricantes de tintas e resultará em uma maior liberdade de escolha para os clientes”.
gráficos não atingiram quanto a custo para tiragens pequenas e também flexibilidade para inserção de dados var iáveis em rótulos e etiquetas. “A possibilidade de customizar produtos ou interagir com consumidores em campanhas promocionais tem sido exemplos cada vez mais frequente em nossos mercados. No Brasil há mercados mui tos pequenos e regionalizados, o que significa que existem muitos produtos com baixas tiragens. Portanto, há pedidos que não justificam a impressão em flexografia, devido ao custo dos insumos, do setup e da impressão. Isso não deve ser enxergado como concorrência e sim como uma tecnologia complementar, uma nova possibilidade de negócios e redução de custos. No portfólio de produtos da Avery Dennison, oiten ta por cento dos mater iais são indicados para impressões em flexografia, além de também poss uirmos substratos tratados para impressão digital”. Wilson Paduan vê a impressão digital como uma excelente alternativa para as curtas tiragens que criam altos custos para a roto e a flexo. “Os sistemas, como estão postos, são muito mais complementares do que concorrentes”, finaliza.
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Office PaperBrasil Escolar leva 41 mil profissionais ao Anhembi
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O mercado interno aquecido fundamenta otimismo da indústria de cadernos, que apresentou na feira suas novidades para o período de volta às aulas. Mudança de horário da feira gerou controvérsia. Tânia Galluzzi
P
ara a indústria de cadernos e mate rial de papelaria, a venda de agendas é um termômetro do desempenho do setor. Assim sendo, o volta às aulas 2011 promete, uma vez que a Tilibra, uma das grandes fabricantes do segmento, estima fechar 2010 com um crescimento de mais de 10% na venda de agendas. No faturamento geral a expectativa é de que esse índice se repita, valor que pode ser ainda mais expres sivo para os itens da marca Grafon’s, adqui rida em 2009. Esses dados foram revelados em entrevista durante a Office PaperBrasil Escolar 2010, Feira Internacional de Produ tos, Suprimentos e Acessór ios para Escritó rios, Papelarias e Escolas, realizada de 30 de agosto a 2 de setembro em São Paulo. A 24ª edição da feira atraiu ao Anhem bi 41.652 prof ission ais, dos quais 12.552 eram compradores brasileiros e estrangei ros. Tais números superam a visitação do ano anterior (39.200 e 9.409 respectivamen te), prejudicada pelo temor da gripe suína e em razão da crise econômica. Segundo alguns dos expositores ouvidos pela Revista Abigraf, a mudança de horário da feira impediu a maior presença dos lojis tas. Até o ano passado o evento acontecia das 13 h às 21 h e, neste ano, esteve aberto das 10 h às 19 h. Eles argumentaram que muitos visitantes preferem ter a manhã livre. “An tes de implantarmos as mudanças, pesqui samos e conversamos com as empresas para adequar o formato da feira às a tuais necessi dades do mercado. Quanto ao horário, esta mos ouvindo os expositores e avaliando os resultados”, comentou Abdala Jamil Abda la, presidente da Francal, promotora e orga nizadora da Office PaperBrasil Escolar, no último dia da feira. Para ele, o objetivo de
tornar o evento cada vez mais prof issional, cumprindo a missão de gerar oportunida des de negócios, foi atingido, o que pôde ser observado pela qualidade dos visitantes. Além da avaliação do horário, para 2011 a Francal já anunciou a setorização da fei ra, distribuindo as empresas no Anhembi se gundo o tipo de produto que oferecem, com o objetivo de dinamizar o acesso dos com pradores. Outra meta é retomar a participa ção da indústria de papel, cujas principais marcas estiveram ausentes este ano. Mercado externo
A 24ª edição da Office PaperBrasil Escolar recebeu a visita de cerca de 500 importado res de vár ias partes do mundo, que vieram ao Brasil atraídos pela estratégia de divul gação internacional. Além deles, pelo se gundo ano consecutivo, a feira abrigou o Projeto Comprador, organizado pelo Gra phia, programa desenvolvido pela Abigraf
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Nacional com a Apex-Brasil para estimular as exportações do setor. A convite desse projeto, 12 importado res vindos de Portugal, Peru, Venez uela, Argentina, Parag uai, Urug uai, Colômbia e Costa Rica estiveram no evento e participa ram de rodadas de negócios com fabrican tes brasileiros envolvidos com o Graphia. Ri cardo Côrrea Fonseca, consultor de negócios do projeto, afirmou que os estrangeiros fi caram impressionados com a qualidade da feira e dos estandes. Contudo, o principal comprador ex terno dos cadernos brasileiros, os Estados Unidos, não participaram do Projeto Com prador. No ano passado, o país foi respon sável por 59% do total exportado, soman do US$ 18,37 milhões. “Desde 2006, quando o faturamento com as exportações chegou
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a US$ 80 milhões, estamos assistindo a que das a nuais de 25 a 30%. Em 2009 houve uma acomodação, a tendência negativa es tancou, mas neste ano não devemos chegar a US$ 30 milhões, o que representa um vo lume aquém da capacidade instalada”, dis se Ivan Bignardi, diretor setor ial do grupo empresarial da área de cadernos da Abigraf, GE -Cade, e diretor de Marketing e Exporta ção do Grupo Bignardi, fabricante dos cader nos Jandaia. “Estamos conversando com a cadeia de produção de papel e com os pró prios caderneiros no sentido de reunir es forços para que os fabricantes de cadernos mantenham sua saúde fin anc eira na en tressafra, evitando uma oferta excessiva do produto no mercado interno”. Entre os fatores que provocaram esse cenário, o empresário aponta a valoriza
Alalp tem nova diretoria A
Em reunião realizada no recinto da Office PaperBrasil Escolar a Alalp empossou sua nova diretoria, sob a presidência de Ricardo Monis
ção do real e a crise financeira mundial. Ele conta que a Jandaia teve de reduzir em 20% o preço em dólar do caderno expor tado. A empresa chegou a vender 30% de seu volume de produção para outros países, percentual que está agora em 20%. “Dificil mente retomaremos os volumes anter iores a curto prazo. Internamente, não há indí cios na alteração da política cambial e, com o dólar depreciado, os fabricantes america nos estão retomando os investimentos para atender às suas necessidades. Por isso, é satisfatório manter posições”. Otimismo entre os lojistas
Já o mercado brasileiro vive outro cenário, como comentou o próprio Ivan Bignardi. Ele afirmou que o lojista está comprando, im pulsionado pelos ventos favoráveis da eco
nomia nacional. “A Jandaia vem investindo em produtos de maior valor agregado, acres centando marcas e processos de fabricação que correspondam ao aumento na procura por produtos mais sofisticados. O mercado está mais maduro. Mesmo os atacadistas e distribuidores já sabem trabalhar com esse tipo de produto”. Na Tilibra, a renovação do portfólio para a volta às aulas chegou a 30%. São cerca de 700 itens na linha papel (cadernos, blocos, agendas etc), distribuídos entre 50 marcas licenciadas e 30 próprias. A sofisticação está não só no uso de hot stamping, vernizes es peciais e outros recursos de acabamento na capa, mas também em miolos quatro cores e na inclusão de acessórios como espelhos e chaveiros. “O desafio é fazer produtos dife renciados em larga escala”, comentou Sidnei
Abigraf valeu-se de sua presença na Office PaperBrasil Escolar para realizar algumas ações, entre elas a reunião da Asociación La tinoamericana de Artículos para Librería y Papelería (Alalp) no dia 31 de agosto. No encontro, do qual participaram representantes do Brasil, Argentina, México, Uru guai e Venezuela, foi eleita a nova diretoria da entidade. Assumiu a presidência Ricardo Monis, presidente da Cámara de la Industria de Artículos de Librería (Cial), da Argentina. O executivo substitui Fabio Arruda Mortara, presidente da Abigraf Regional São Paulo, o qual ficou no cargo nos dois pri meiros anos de funcionamento da entidade. Foi ainda discutida no evento a situação econômica em diversos país es da América Latina. A mais preocupante é a da Venezuela, cuja economia apresenta elevado grau de instabilidade. Além de Ricardo Monis na presidência, a nova diretoria da Alalp tem os seguintes membros: vice-presidente, Fabio Arruda Mortara (Brasil); diretor administrativo, Abdala Jamil Abdala (Brasil); diretora de Marke ting, Patrícia Moreno (México); e diretor financeiro, Alberto Luchini (Argentina). “O evento serviu para estreitar o relacionamento no setor de material de papelaria e escritório dos países que integram a Alalp, fortalecendo-os e suscitando oportunidades de negócio”, afirmou Abdala. Na ocasião foi também apresentada a Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa, bem como a realização do Congreso de la Industria de Artículos de Librería, na Argentina, de 3 a 5 de novembro, quando acontecerá a próxima reunião da Alalp, e do Congraf, Congresso Bras il eir o da Indústria Gráfica, em Foz do Iguaçu, em outubro de 2011. www.alalp.org
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Bergamaschi, gerente de Mark et ing da Tilibra. Atuando numa escala menor, a Con fetti também está sendo benef iciad a pelo aprimoramento do mercado. “Sentimos a busca por produtos de m aior qualidade. Já vejo segmentos que não se propunham a trabalhar com nossos produtos, como os atacadistas, dispostos a conhecer nossas li nhas”, comentou Carlos Rettmann, presi dente da Confetti. A empresa lançou na feira o caderno 360 g raus, que pode ser comple tamente dobrado sem que as folhas se des prendam, importado da Tailândia. “Nossa meta de crescimento para 2010 é de 35%”. Parte do público foi à Office PaperBra sil Escolar disposto a comprar, como afir mou Gabriela Delazeri, coorden adora de Marketing da Credeal. “A participação nor malmente é institucional, mas acabamos fe
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chando bons negócios aqui na feira”. Entre os novos recursos estavam os cadernos com efeito 3D nas capas. Na mesma linha, Fer nanda Far ias, diretora de operações da Óti ma Gráfica, assinalou vendas para cidades nas quais a empresa não tem representan tes. “Papelarias que não consumiam nossos produtos passaram a comprá-los”. O saldo positivo também foi relatado por João Antonio Corniani, gerente comercial da São Domingos. “A meta de crescimento para o volta às aulas 2011 é de 20% e já es tamos superando esse objetivo”. O gerente foi um dos que se mostraram descontentes com o novo horário. “O movimento na feira começou mesmo depois das 14 h”. A 25ª edição da Office PaperBrasil Esco lar já está agendada para acontecer de 22 a 25 de agosto de 2011.
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Bienal atinge alto índice de aprovação Terceiro maior evento editorial do mundo em termos de público, atrás apenas da Feira do Livro de Frankfurt e da Feira Internacional do Livro de Turim, a Bienal do Livro de São Paulo movimentou R$ 49,3 milhões. Tânia Galluzzi
A
21ª edição da Bienal Interna cion al do Livro de São Pau lo superou a expectativa dos organizadores e levou ao Anhembi 743 mil pess oas. A média diár ia de visitas (pouco mais de 74 mil pessoas) não só recuperou o público perdido em 2008 (66 mil), quanto superou o volume registrado em 2006 (73,7 mil pes soas). Mais do que esse total, o grau de sa tisfação do público com relação ao evento, medido pela primeira vez através de pesqui sa encomendada ao Instituto Datafolha, de monstra seu sucesso: feira foi considerada ótima ou boa por 93% dos entrevistados. A pesquisa do Datafolha ouviu 744 visi tantes com mais de 14 anos para apurar as in
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formações do levantamento principal de sua pesquisa. A maioria do público era formada por mulheres (58%); com predominância de jovens (33% tinha até 25 anos; 33%, de 26 a 40 anos; 25%, de 41 a 55 anos; e 8%, 56 ou mais); e renda financeira média (20%, com rendi mento entre três e cinco salários mínimos – SM; 27%, de cinco a 10 SM; e 23%, com ganhos de 10 a 20 SM). Quanto à escolaridade dos vi sitantes, 74% possuía Ensino Superior; 23%, Ensino Médio; e 3%, Ensino Fundamental. Em relação à venda de livros, pesqui sa apontou que 80% dos entrevistados com praram livros, com um gasto médio indivi dual aproximado de R$ 90,00. O Datafolha projetou que foram movimentados cerca de R$ 49,3 mil hões com a venda de livros
Fotos: Agnaldo Pedro/ Ofício da Imagem
Emoção na abertura
Cerca de 500 pessoas participaram da cerimônia de abertura da 21-ª Bienal do Livro. O ponto alto do evento foi a interpretação de textos de Monteiro Lobato e Clarice Lispector, autores homenageados pela Bienal deste ano, pelos atores Paulo Goulart e sua filha Beth (fotos acima) e Maria Fernanda Cândido.
em 2010. Já as atrações culturais específi cas promovidas durante a Bienal do Livro foram visitadas por 22% dos entrevistados. De acordo com o levantamento do instituto, um dos sinais positivos referiu-se à indica ção de que 95% pretende voltar à Bienal do Livro em suas próximas edições. Vár ios expositores também se mostra ram satisfeitos. Entrevistada três dias an
tes do término do evento, Vanessa Bonomo, gerente comercial da Cosac Naify, afirmou que a editora já havia superado as vendas de 2008 e que deveria atingir a meta de ele vá-las em 150%. Nos estandes da Editora Se nac e da Livraria Saraiva o aumento foi de 50% e, na Record, de 90%. “O custo para a editora que não participa da Bienal é mui to alto”, comentou João Scortecci, do Grupo SETEMBRO/OUTUBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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Foto: Agnaldo Pedro/ Ofício da Imagem
Editor ial Scortecci. Veterana de 10 edições, a empresa optou neste ano por se estruturar para atender o autor, promovendo cursos e discutindo o livro sob demanda. Proximidade com o editor
Debutando na Bienal, a intenção da Ipsis Gráfica foi justamente fortalecer sua ima gem junto aos editores. “Nos últimos anos a Ipsis vem se posicionando como um forne cedor importante no segmento de livros de arte e estamos aqui para mostrar o trabalho
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que estamos fazendo junto a esse mercado”, comentou o diretor Fernando Ullmann. Para a feira, a gráfica preparou uma edição espe cial de sua revista Ipsis Litteris, com enca dernação em capa dura e projeto gráfico de Hélio de Almeida. Da mesma forma, aproveit ando o con tato com os editores, a Prol Editora Gráfica lançou o Book Factory, plataforma de ges tão de acervos de livros em formato digital. Através desse aplicativo, a editora decide tudo o que quer fazer com seu acervo, des de a solicitação de impressão de forma con vencional até a venda de livros em sites de comércio eletrônico. Complementada pelo software GD1, a solução permite a conversão do livro para o formato ePub, considerado hoje o padrão mundial para e-books. O levantamento do Datafolha indicou, aind a, caminhos para que a organização — a Câmara Brasileira do Livro e a Reed Exhibitions Alcantara Machado — aprimo re o evento. O sucesso de público justifica o principal descontentamento dos visitan tes. Em resposta à pergunta “O que menos gostou nesta Bienal do Livro?”, 30% dos en trevistados se queixaram da lotação e das filas, 21% reclamaram da falta de estrutu ra/organização e 19% consideraram altos os preços dos produtos disponíveis na feira, entre outros pontos.
O livro digital em discussão Especialistas apontam a valorização do conteúdo como ação premente para a sustentação das editoras. Texto e fotos: Tânia Galluzzi
“A
pesar de todo o mater ial es tar num arquivo digital, ain da tenho minhas anotações em papel”. Podemos usar essa frase, dita pelo especialista Mike Shat zikin em tom de brincadeira, quase que se desculpando enquanto tirava do bolso alguns papeletes no início de sua pales tra, como um espelho do que pode vir a ser a convivência entre o livro impres so e o livro digital. Para tentar desenhar possíveis cenár ios para essa coexistên cia, a CBL e a Imprensa Oficial do Esta do de São Paulo promoveram, nos dias
Mike Shatzikin: “A cadeia de produção do livro foi drasticamente alterada”.
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10 e 11 de agosto, o Fórum Internacional do Livro Digital, integrando a programa ção oficial da 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Especialista na cadeia produtiva do livro e cujo blog é um dos mais consul tados no mundo sobre o impacto da mu dança digital nesse setor, Mike foi con vidado a falar sobre o futuro do livro impresso num mundo digital. Para ele, a versão que conhecemos desde Guten berg definitivamente perderá espaço para os livros dig itais. Referindo-se ao mercado americano, o consultor afir mou que as vendas online (impressão sob demanda e e-books) correspondem a 20% do total de vendas de livros hoje, fatia que crescerá para 50% em 2012 e para mais de 75% por volta de 2015. Ele acredita que dentro de 20 ou 30 anos todo o mundo lerá em telas. A partir do advento da internet, a cadeia de produção do livro foi drasti camente alterada, sobretudo a relação autor-editor e o valor atribuído ao con teúdo. Com a grande rede, qualquer um pôde tornar sua produção universal mente disponível. Muito conteúdo ba rato foi disponibilizado, uma vez que seus aut ores estão mais interessados em audiência do que em dinheiro. As sim, segundo Mike, será cada vez mais difícil para as editoras vender conteú do. Cada livro tem de ser tratado como um case de marketing e a habilidade de reter a audiência interessada em deter minados assuntos será a chave do ne gócio. “O formato não interessa mais e sim o conteúdo, porém monetizar esse conteúdo torna-se mais e mais compli cado”. De acordo com o consultor, uma vez que as novas ferramentas possibili tam aos autores um contato direto com o leitor e a publicação de livros sem in termediár ios, o modelo de negócio das editoras, incluindo a distribuição através das liv rar ias, está comprometido.
John B. Thompson: “A maior parte dos que compram e-books está comprando menos livros impressos”.
Forma x conteúdo
Uma visão menos apocalíptica foi apre sentada pelo inglês John B. Thompson, professor de Sociolog ia em Cambridge e autor de Books in the Digital Age (Li vros na Era Digital), ainda não traduzido para o português. Apresentando pesqui sas do mercado americano, Thompson mostrou que o faturamento com a ven da de livros dig itais saltou de menos de 10 milhões de dólares em 2002 para algo em torno de 170 milhões em 2009, se gundo o International Digital Publishing Fórum (IDPF). Contudo, a participação dos livros dig itais no mercado editor ial como um todo ainda é pequena, cerca de 3% em 2009*. “É muito difícil saber se as vendas continuarão a crescer nes se ritmo. O livro digital é puro conteú do, enquanto o livro impresso tem tam bém um valor enquanto objeto. Mesmo no mercado americano, os editores não sabem o que vai acontecer”. *Segundo dados divulgados em julho de 2010 pela Ass oc iat ion of American Publi shers (APP), no acumulado do ano até o mês de maio as vendas de e-books passaram a re presentar 8,48% do total do mercado de li vros nos Estados Unidos, em comparação com 2,89% no mesmo per íodo do ano passa do. O crescimento foi de 207%. De janeiro a maio, a venda de livros pelas editoras como um todo aumentou 11,6%.
Começam a surgir pesquisas sobre o perfil do comprador de livros dig i tais. Segundo os dados apresentados pelo sociólogo, há uma ligeira prepon derância do público masculino, sendo que boa parte ganhou como presente os e-readers. Guias e manuais compõem o gênero mais procurado, representan do 24% dos títulos adquiridos, seguidos de perto pelos livros de ficção em geral (23%), ficção científ ica (19%), biog raf ias (18%) e mistério (15%), de acordo com pesquisa divulgada neste ano pelo Book Industry Study Group (Bisg). O mesmo estudo revelou que as prin cipais razões para a compra de e-books são acessibilidade, facilidade de down load e de leitura, acesso instantâneo aos
livros, portabilidade e facilidade de bus ca. A procura por livros dig itais, como apurou a pesquisa, está provocando mudanças nos hábitos de compra des se consumidor. A principal alteração é bastante óbvia: a maior parte dos que compram e-books, 27%, está compran do menos livros impressos. A segunda tendência é a preferência pela leit ura de alguns gêneros em formato digital e outros na versão impressa (21%). Parte (17%) compra e-books e também livros impressos e 15% adquire apenas a ver são digital, a menos que não haja e-book para o título desejado. Num cenário ainda incerto, Thomp son afirmou que o primeiro passo que deve ser dado pelas editoras é a constru ção de um acervo digital, preparando os conteúdos para qualquer saída, seja ela a impressão sob demanda, e-books, audio livros etc. Ele admite, porém, que esse é um processo complexo e que requer alto investimento, além de envolver os riscos de pirataria e de queda dos preços. A re produção indevida pode ser minimiza da por dispositivos de segurança como o controverso DRM, Digital Rights Ma nagement, e o monitoramento constan te. Para se proteger da deflação os edi tores precisam ter muito claro o valor de seus produtos, procurando os melho res conteúdos e a forma mais adequada de prover o mercado.
Abertura do Fórum Internacional do Livro (E/D): Rubert Alquéres, diretor-presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; Rosely Boschini, presidente da Câmara Brasileira do Livro e Richard Uribe, do Cerlalc (Centro Regional para El Fomento del Libro en América Latina y el Caribe)
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Balanço positivo na Movimat Expectativa dos expositores da 25 -ª edição da feira é de que 25% do lucro nos próximos meses seja reflexo do evento.
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oi realizada de 3 a 6 de agosto, no Expo Center Norte, em São Paulo, a 25ª Movimat – Feira de Intralogística, Movimentação, Armazenagem, Embalagem de Materiais e Tecnologia da Informação e Serviços. Vinte e oito mil visitantes de todo o Brasil e de outros países sul- a mericanos conferiram as principais novidades dos setores abrangidos pelo evento e puderam conhecer um pou co mais sobre a Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa, exposta no estande da Abigraf, que participou pela primeira vez do evento. De um modo geral, a ava liação dos expositores — um grupo de 200 empresas — é
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que 25% dos negócios fechados nos próximos seis meses serão decorrentes dos contatos realizados durante a feira, considerada a maior em negócios em intralogística da América do Sul. “Praticamente 60% dos equipamentos que a Opuspac comercializou no último ano teve início na Movimat 2009. Por isso participamos desta edição com a expectativa de repetir o desempenho”, revela Victor Basso, diretor da Opuspac Indústria e Comércio Ltda. Nos três dias de evento foram também organizados sem in ár ios sobre logística, apresentados por especialistas. Um deles foi o Encontro Argentina-Brasil-Chile: Desaf ios e Oportunidades na Logística, que possibilitou a discussão, entre representantes dos três países, dos métodos e medidas a serem adotados para o aperfeiçoamento do fluxo de mater iais e cargas na América do Sul. Em resposta ao sucesso do evento neste ano, 65% do espaço da edição de 2011 já foi comercializado. “Mais do que uma exposição de equipamentos, a Movimat deste ano mostrou que o público frequentador tem a percepção da relevância das soluções avançadas de intralogística para o bom desempenho das empresas no mercado”, explica Eduardo Banzato, diretor da Imam Feiras e Comércio, promotora da feira.
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Feira Serigrafia Sign tem recorde de público A 20 -ª edição da feira realizada no Expo Center Norte, em São Paulo, recebeu mais de 43 mil pessoas de diferentes regiões do Brasil e do mundo.
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Clarissa Domingues
o per íodo de 21 a 24 de ju lho, a 20ª edição da Feira Se rigrafia Sign recebeu mais de 43 mil pessoas de todo o Bra sil e também de outros países, que pu deram conhecer, testar e adquirir pro dutos. Foram quatro dias com inúmeras opções de impressoras dig itais, máqui nas de corte e gravação, impressoras serigráficas, máquinas tampográficas, acessór ios, tintas e substratos. O público se dividiu entre inician tes — emp res ár ios que buscavam fe char negócios e investir em equipamen tos — e prof issionais que já atuam no ramo e buscavam atualizar seus conhe cimentos. O evento teve a participação de aproximadamente 360 empresas ex positoras dos segmentos de serigrafia, comunicação visual, impressão digital e sinalização e marketing promocional. Diferentemente das outras edições, neste ano a feira foi separada em dois pa vilhões interligados, com entradas inde pendentes. Os prof issionais de serigra fia concentraram-se no pavilhão verde, enquanto os envolvidos com impressão digital reuniram-se no vermelho. Isso tornou mais fácil encontrar os estandes e otimizou a visitação. No espaço da Serigrafia, os equipa mentos e substratos de destaque foram os relacionados a sublimação e bordado. Os prof issionais puderam conferir de perto o quanto a estamparia digital e têx til está se consolidando no mercado. Foi possível ver em vár ios estandes as garment print, impressoras que estampam diretamente em camisetas. REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
Expositores
Além da linha de tecidos Tecgraph, iné dita na feira, a Day Brasil trouxe no vidades desde impressoras para gran des formatos a fitas para acabamento. A empresa reforçou sua parceria com a HP e apresentou em seu estande os mo delos Scitex XP2750, Designjet L25500 e L65500, que utilizam tinta à base de lá
Fotos: Fábio Muniz
N
Dos equipamentos expostos no pa vilhão vermelho, os destaques foram as novas opções em equipamentos UV, as impressoras com tinta à base de solven te, as novidades em impressão direta em tecidos, além de uma grande var iedade de routers, lasers e mesas de corte. Ênfa se também foi dada às soluções menos agressivas ao meio ambiente. Em paralelo ao evento ocorreu o con gresso Serigrafia Sign, em que 12 pales trantes com grande vivência de merca do compartilharam seus conhecimentos com quase 900 congressistas, abordan do temas como estamparia, transfer, impressão digital e serigráfica.
tex. Também foram expostas as fitas adesivas Tectape — para acabamento, embalagens e empacotamento —, tin tas para impressão digital TechInk, bem como mídias rígidas e flexíveis para im pressão digital, envelopamento de frota e recorte, dentre outras. “Nosso objetivo no evento foi demonstrar o potencial de soluções que a Day Brasil oferece para o mercado”, afirmou Jonathan Graicar, diretor da empresa. A HP, por sua vez, aproveitou para fazer o lançamento da HP Scitex LX800, um produto de linha industrial que utili za a tecnologia de tintas látex, à base de água. Outra novidade foi a Scitex FB500, apresentada na ExpoPrint, em junho. A Agfa expôs em seu estande a :Ana purna Mw, que possui tecnologia inkjet UV, usada para produzir virt ualmente em qualquer substrato com qualidade de imagem e cor, e a :Anapurna M2, ideal para aplicações mais robustas e que também conta com sistema inkjet UV. No estande de seus parceiros, a Serilon e a Suprimarketing, a Agfa apresentou,
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das a Multiver (Vergê) e Multitex, nas versões telado, casca de ovo, chapisco e couro. Cores fortes como o vermelho piranga, o azul oby e o preto una vêm sendo cada vez mais empregadas em trabalhos que exigem elevado grau de diferenc iaç ão, como convites, card á pios, calendários, capa e miolo de blocos e impressos promocionais em geral. Presente na feira como visitante, Dan iel Grassiotto, da Filiperson, con siderou esta a melhor edição de todas já realizadas. “A feira estava fantástica, cresceu de maneira substancial. A mar ca Filiperson esteve representada por al gumas empresas parceiras e pudemos sentir o impulso dos negócios”.
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ICE South America
Mercado em ascensão
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romovida tradicionalmente na Eu ropa a cada dois anos, a ICE – Inter national Converting Exhibition rea lizou no Brasil a sua primeira edição sul-americana, no Transamerica Expo Center, de 4 a 6 de agosto. Único evento dedicado ao setor de conversão de papel, filme e folha metálica no continente, a ICE South America contou com a partici pação de 65 empresas da área, de 12 paí ses, entre eles Alemanha, Itália, Suíça, Estados Unidos e alguns asiáticos. Com apoio da Abigraf Nacional, Fe deração das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Fle xíveis (Abief), a exposição apresentou as principais novidades em mater iais
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Com seis edições já realizadas na Europa, ocorreu em São Paulo a versão sul‑americana da Ice, exposição destinada à área de conversão de papel, filme e folha metálica. para revestimentos e laminação, seca gem/cura, tratamento, controle e medi ção, corte e rebobinagem, acabamento, máquinas de impressão e acessór ios. De acordo com Candyce Costa, exe cutiva da Mack Brooks Exhibit ions — empresa inglesa responsável pela orga nização da ICE Europe —, o mercado de conversão no Brasil, embora tímido, está em ascensão. “O convertedor brasileiro,
por ainda não conhecer bem o segmento que o representa, às vezes participa de eventos que não são exatamente o seu foco, por isso acaba não obtendo o re torno esperado”. Candyce conta que as empresas europeias também tiveram resistência inicial para entender a pro posta da ICE, mas hoje a feira propor ciona grande retorno para aquelas que dela participam. “Acredito que no Bra sil acontecerá o mesmo. Esta é apenas a primeira edição aqui, lá fora acaba mos de fazer a sexta exposição”. O últi mo evento, realizado na Alemanha, teve número recorde de visitantes, mais de 5 mil, de 63 nacionalidades. Candyce informou que 100% das em presas expositoras na ICE South Ameri ca são de origem estrangeira. Sem filial no País, 90% delas vieram ao Brasil ex clusivamente para o evento, prospectan do entrar no mercado brasileiro. Dentre as compan hias de m aior representa tividade int ern ac ion al estavam a BB, Polytype e Kampf Schneid. Os presiden tes Rainer Wolf, da Ungricht, e Martin Frank, da Bastian Winder Technologies, que participaram da ICE alemã e chine sa, apostam no crescimento e desenvol vimento do Brasil, reforçando a impor tância de o País contar com um evento dirigido aos convertedores. A próxima edição da ICE está pro gramada para os dias 6, 7 e 8 de abril de 2011, em Orlando, na Flórida (EUA).
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4-ª Conferência Anual da Abro
Mesa composta por membros da diretoria da Abro (E/D): Rodrigo Ribeiro (Norske Skog), vice-coordenador do Conselho de Fornecedores; Rodney Casadei (Log & Print), diretor técnico; Claudio Baronni (Editora Abril), vice-presidente; Eduardo Costa (Editora Abril), presidente; Carlos Jacomine (Plural), diretor administrativo e financeiro; José Geraldo (Ibep), diretor de Marketing; Adhemur Pilar (Flint Ink), coordenador do Conselho de Fornecedores e Cláudio Cavargere (Antalis) mestre de cerimônia
Os desafios para a indústria de rotativas Formação de pessoas, ampliação da produtividade, sustentabilidade e a convivência com as mídias digitais estão entre as preocupações abordadas na conferência da Abro.
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Tânia Galluzzi
ais uma vez o Novotel Cen ter Norte, em São Paulo, abriu seu espaço para a realização da Conferência Anual da Abro, Associação Brasileira de Empresas com Rotativa Offset. A quarta edição do encontro ocorreu no dia 18 de agosto, reunindo cerca de 350 pessoas. O evento foi aberto pelo presidente da associação, Eduardo Gândara Costa, da Editora Abril. Ele destacou os pilares que impulsionam o desenvolvimento da indústria gráfica hoje, que são o aumen to na demanda e a busca das empresas por qualidade, produtividade e sustenta bilidade. Eduardo Costa também citou as conquistas recentes da entidade, como a nova sede, a ampliação do número de as sociados e a extensão da grade de cursos através da promoção de workshops. A primeira e mais incitante pales tra foi conduzida por Ricardo Amorim, economista e um dos apresentadores do programa de televisão Manhattan Con nection. Prometendo mudar a visão dos REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
Eduardo Gândara Costa, novo presidente da Abro
presentes com relação ao Brasil, ele apre sentou uma profusão de dados e estatísti cas para provar sua tese de que o País será outro na próxima década. “Estou conven cido de que as oportunidades no Brasil nos próximos 10 anos serão as melhores de sua história”. Isso baseado na mudan ça do eixo de riscos e oportunidades no cenário econômico mundial, agora mui to favorável aos quatro países com m aior crescimento do PIB: China, Índia, Brasil e Tailândia. “O mundo está sendo puxa do pela Ásia e o que o continente mais precisa é justamente daquilo no qual so mos bons: alimentos, matér ias-primas como ferro e aço e biocombustíveis”. Para o economista, a indústria gráfica tem a seu favor a elevação nos índices de esco laridade e seus efeitos positivos, como o aument o na demanda pelos livros. Após o painel de Ricardo Amorim os participantes dividiram-se entre os fóruns estratégico, gerencial e tecnoló gico. O primeiro discutiu, pela manhã, o uso e o controle do papel imune, e, à tarde, desaf ios na área de gestão. Aque les que optaram pelos temas gerenciais puderam conhecer diferentes pontos de vista sobre a formação da mão-de-obra e os desaf ios da produtividade. As duas palestras do fórum tecnológico giraram em torno da sustentabilidade.
Formação de pessoas e produtividade
Cinco prof issionais participaram da pa lestra sobre os desaf ios na formação da mão-de-obra: Manoel Manteigas de Oli veira, diretor da Escola Senai Theobal do De Nigris; Janaína Mackoweski, ge rente de Recursos Humanos da Editora Abril; Wilson Cerq ueir a, gerente de Gestão de Pessoas da Posigraf; Adriana Gasparini, gerente de Gestão Humana e Recursos Socioambient ais da Plural; e Elaine de Souza, da área de Recursos Humanos da Ibep. Os representantes das gráficas mos traram como cada empresa incentiva e suporta a formação de suas equipes. Entre os caminhos apontados estavam parc er ias com ass oc iaç ões e inst it ui ções de ensino, assim como progra mas internos de capacitação e amplia ção de benef ícios. “O desafio constante está em atrair, reter e desenvolver pes soas. Em Curitiba, com o aquecimento do mercado, é comum empresas de dife rentes setores disputarem o mesmo pro fissional”, comentou Wilson Cerqueira. O diretor da Theobaldo De Nigris en fatizou o trabalho desenvolvido pela es cola na formação de pessoas para atua rem no setor gráfico. “O Senai vem aument ando o número de vagas e de
Componentes da PrintCity Alliance falaram sobre tendências da área de revistas e catálogos (E/D): Tommi Hemmila, gerente técnico da UPM Kymmene Corporation, Finlândia; Albrecht Röser, representante de vendas na América do Sul da manroland AG; Michael Eich, diretor de vendas da Cofely, Alemanha
cursos em função da demanda. A pro cura em São Paulo se mantém alta, con firmando o interesse pela profissão de gráfico e a importância da parceria da escola com as indústrias do setor”. Membros da PrintCity Alliance, ca pitaneados pelo seu presidente, Rainer Kuhn, participaram da apresentação co locando em paut a est ratég ias voltadas para o aumento da produtividade (veja página 54). Sustentabilidade
Dois painéis tecnológicos discutiram sustentabilidade. Marina Grossi, presi dente executiva do Conselho Empresa rial para o Desenvolvimento Sustentá
vel (CEBDS), e Roberto Strumpf, da FGV, coorden ador do Programa Brasileir o GHG Protocol, abordaram o assunto sob a ótica das certificações. A executiva apresentou o Vision 2050, plataforma de diálogo sobre o papel das empresas em um mundo com restrições de carbono, criada no âmbito do Conselho Empre sar ial Mundial para o Desenvolvimen to Sustentável (World Business Council for Sustainable Development). Segundo o grupo, em 2050 cerca de nove bilhões de pessoas viverão dentro do limite do planeta no que se refere às emissões mundiais de carbono. Marina, no en tanto, destacou a posição priv ileg iada do Brasil em função da disponibilidade
Ricardo Amorim destacou na sua palestra os efeitos positivos para a indústria gráfica com a elevação dos níveis de escolaridade no País
SETEMBRO/OUTUBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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(E/D): Tilson Casteluci, executivo de Negócios da Abro; Rodney Casadei, Carlos Jacomine, Eduardo Costa, Cláudio Baronni e Janaína Stevanato, coordenadora administrativa da Abro
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de terras, abundância de água e condi ções climáticas favoráveis. Já Roberto Strumpf abordou o pro grama brasileiro GHC Protocol, criado em 2008 com o objetivo de promover uma cultura permanente para elabora ção e publicação de inventários corpora tivos de emissões de gases do efeito es tufa. Segundo ele, em 2009, 35 empresas publicaram inventários. “A produção de inventários é o primeiro passo para uma economia de baixo carbono”. Os aspectos jurídicos da sustentabi lidade ficaram a cargo de Roberto Kishi nami, da NRG Consultoria em Energia e Meio Ambiente, e Lina Pimentel Garcia, coordenadora do Setor Ambiental do es critório Mattos Filho, Veiga Filho, Mar rey Jr. e Quiroga Advogados. Kishinami citou as principais iniciativas regulató rias brasileiras das emissões: certifica ção da redução, licenciamento ambien tal, fundos e critér ios para aplicação de mudanças climáticas, metas de redu ção, licitação sustentável e incentivo às boas práticas. Lina destacou as ini ciat ivas das legislações est aduais e os pontos importantes da Lei 12.305/2010, sobre a Política Nacional de Resíduos Só lidos, que irá regular a produção, a dis REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
tribuição e o consumo, objetivando me lhorar a relação dos brasileiros com o meio ambiente. O debate sobre a convergência das mídias impressa e digital encerrou a con ferência. Lado a lado sentaram-se Sér gio Dávila, editor executivo da Folha de S.Paulo, Fabiana Zanni, diretora de Mídia Digital da Editora Abril, e Roberto Muy laert, presidente da Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner). O primeiro a falar, Sérgio Dávila, contou sobre o recente processo de in tegração das redações da Folha Online
e do jornal impresso. “A meta é fazer dessa redação única um centro produ tor de notícias, 24 horas por dia, com a qualidade da versão impressa e a agi lidade do digital. A plataforma na qual essa notícia será veiculada, cinco minu tos depois através de SMS, uma hora na Folha Online ou no dia seguinte no im presso, será decidida depois”. Ele con corda que o meio jornal passa por pro fundas transformações, mas afirmou que a circulação de jornais no Brasil em 2010 deve crescer 5% e a receit a com publicidade, 19%. A diretora da Abril detalhou o case da revista Capricho, que se transformou numa marca forte junto ao público ado lescente e cujo site impulsionou as ven das da versão impressa, enquanto Ro berto Muyl aert defendeu os veíc ulos impressos. “Há 10 anos discutimos quais mídias iriam morrer. Hoje, discutimos como podem conviver”.
Diretoria Executiva Abro Gestão 2009/2012 Presidente: Eduardo Gândara Costa, Editora Abril Vice-presidente: Claudio Baronni, Editora Abril Diretor administrativo e financeiro: Carlos Jacomine, Plural Gráfica Diretora administrativa e financeira adjunta: Adozinda Praça de Almeida, Bangraf Diretor técnico: Rodney Paloni Casadey, Log & Print Diretor de Marketing: José Geraldo Toledo Filho, Ibep
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O objetivo da parceria entre as duas entidades é compartilhar conhecimentos sobre melhores práticas de impressão.
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PrintCity Alliance firma acordo de cooperação com a Abro
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PrintCity Alliance, grupo formado há 10 anos por mais de 20 fornecedores independentes da indústria global de impressão e embalagens, anunciou uma parceria com a Associação Brasileira de Empresas com Rotativa Offset (Abro) du rante a Conferência A nual da associação, em 18 de agosto. Rainer Kuhn, diretor pre sidente da PrintCity, declarou que “a coo peração com a Abro é uma parte integral da iniciativa para trazer o conhecimento compartilhado dos membros da Aliança PrintCity ao Brasil e a out ros mercados latino-americanos”. De acordo com Eduardo Gândara Cos ta, diretor da Abril e presidente da Abro, a nova parceria oferece às gráficas de rotati vas offset um acesso único aos mais recen tes conhecimentos do processo de impres são rotativa, a exemplo da tradução para o português de relatór ios e informações so bre equipamentos, que serão disponibili zados aos associados. Tilson D. Casteluci, diretor comercial da Abro, acrescenta que “a colaboração ajuda a trazer exper iência internacional e conhecimento das melho res práticas para serem compartilhadas com o mercado brasileiro”. A PrintCity é reconhecida como a alian ça estratégica de “conexão de competên cia” em toda a cadeia de valor de impres
REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
são, embalagem e publicação e promove a valorização da impressão e das embala gens. Sua proposta é passar conhecimentos aos clientes, trabalho realizado por meio de seminários, feiras, estudos de projetos, publicações e plataformas eletrônicas. Durante a conferência, afora o presi dente Rainer Kuhn, out ros membros do grupo foram convidados a falar sobre ten dências em revistas e catálogos: Tommi Hemmila, gerente técnico da UPM, Kym mene Corporation; Albrecht Röser, da di visão de Rotativas na manroland; Bertin Sorgenfrey, diretor de Marketing Interna cional da Dalim Software; Michael Eich, diretor de Vendas da Cofely; e Bernhard Fritz, gerente de Produto da Sun Chemi cal Europa. A tônica foi a apresentação de exemplos de sucesso na área editorial e os insumos e sistemas que estão propiciando diferenciais competitivos a esses produtos. Em conjunto com a Abigraf Nacional e Abigraf- SP, a PrintCity Alliance partici pou do módulo “Impressão Plana e Emba lagens”, apresentado pelo GE-Emba (Grupo Empresar ial de Embalagens), com apoio da Escola Senai Theobaldo De Nigris.
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Pedro Fanelli Amor incondicional às artes gráficas Pedro Fanelli faz parte daquela geração de gráficos que literalmente dormiam na produção para que um trabalho saísse no prazo e com qualidade. Como diretor da Editora Parma, prepara-se agora para o processo de sucessão.
Tânia Galluzzi
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edro José Fanelli tem 80 anos e, desses, 53 foram dedicados às artes gráficas. O tempo vivido está nas linhas marcadas de seu rosto, as vitór ias e as decepções, no seu andar um tanto mais lento. Mas algo acontece com esse senhor altivo quando recorda a primeira vez que entrou em uma gráfica. Os olhos brilham, um sorriso se abre ao relembrar a cena preciosamente guardada em sua memória. “Fiquei encantado”, descreve Pedro, com uma expressão terna. O episódio aconteceu na década de 1950, algum tempo depois de ele chegar a São Paulo. Natural da cidade paulista de Pindorama, Pedro veio para a capital com 17 anos junto com o irmão, Luís Carlos, ambos preparando-se para prestar o vestibular. Para sobreviver, começou a trabalhar em vendas, negociando desde imóveis até ações a espaços pu blicitár ios, algo que lhe trazia uma boa renda. São Paulo efervescia com as festividades de seu quarto centenário, e o País, depois do impacto do suicídio de Getúlio Vargas, entraria em um de seus per íodos mais prósperos nas mãos de Juscelino Kubitschek. A captação de anúncios o levou à produção de uma revista e a cena descrita aconteceu quando Pedro ficou encarregado de deixar o material da publicação na gráfica. Não demorou muito para que ele e o irmão comprassem uma linotipo e uma impressora tipográfica, criando, em 1957, a Gráfica e Editora Universo, que pouco depois se tornou Editora Obelisco por uma questão de duplicidade de razão social. Na pequena tipografia, instalada no bairro do Brás, Pedro vivia fascinado pelo processo de impressão, produzindo revistas e jornais. Dois anos se passaram até o ingresso dos outros dois irmãos, Sérgio e Francisco, no negócio. Surgiu então a Editora Fulgor, em sociedade com Paulo Patarra, editor da Abril, que enveredou pelo campo das ciências humanas. Entre seus au tores havia nomes como Olímpio Gui lherme e Gondin da Fonseca. “Aí veio a glor iosa e nos pegou”, conta Pedro, referindo-se ao Golpe de Estado de 1964.
A Editora Parma mantém-se fiel ao segmento editorial.
O cunho político das obras que a Fulgor publicava levou Luís Carlos vár ias vezes ao Departamento de Ordem Política e Social, o temido Dops, órgão do governo criado durante o Estado Novo para controlar e reprimir movimentos políticos e sociais contrários ao regime no poder. “Nenhum de nós chegou a ser preso, mas foi um per íodo muito difícil. Tivemos vários livros apreendidos e, quando isso acontecia, os clientes não nos pagavam. A Obelisco era fiscalizada con tinuamente e a toda hora bloqueavam a gráfica”. Já nessa época a tipografia estava no bairro da Barra Funda.
Nasce a Editora Parma
A Fulgor sucumbiu e, para desvincular a Editora Obeslico do viés político, em agosto de 1970 foi criada a Editora Parma, tendo como sócios Nancy Fanelli e Romeu de Lorenzo, irmã e tio de Pedro, respectivamente. Logo o tio se retirou da sociedade para a entrada de Pedro, Luís Carlos e Sérgio. Através de um trabalho produzido para a FTD, a Editora Parma tomou o caminho dos livros didáticos e deu um salto com a compra da primeira impressora offset, uma bicolor. Apaixona do que é pela produção, Pedro viveu in-
tensamente essa transformação, como conta Nancy: “Pedro revirava as máquinas, conhecia cada peça, acompanhava todos os trabalhos. Muitas vezes dormia na produção”. Ele mesmo confessa que sua esposa, Bernardete, chegou a acompanhá-lo em vár ias dessas noites. A Parma prosperou, mudou-se para uma sede própria em Guar ulhos e Pedro, que não teve filhos, continuou dedicando-se à área industrial. Na década de 1980, Luís retirou-se da sociedade e Francisco voltou para o inter ior, onde faleceu. Nos anos 2000, problemas administrativos abalaram a empresa, que agora está próxima da recuperação total.
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Os Fanelli e a equipe de colaboradores da Editora Obelisco na década de 1960. (E/D): 1 Luís Carlos; 2 Sérgio; 3 Francisco; 4 João, o pai; 5 Pedro.
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Pedro e a irmã, Nancy.
Atualmente, a gráfica conta com cerca de 300 funcionár ios e mantém-se fiel ao segmento editor ial. Pedro, que vai à empresa todos os dias, está preparando seu sucessor, o sobrinho Fernando. “Tenho saudade da época em que me dedicava integralmente à produção. Mas, olhando para a evolução dos equipamentos, percebo o quanto era difícil o processo de impressão naquela época. Hoje é uma maravilha”. E completa: “Tudo o que conquistei no ramo gráfico foi com muita dificuldade, mas ele me compensou enormemente com as pessoas que conheci, as amizades que construí”. SETEMBRO/OUTUBRO 2010 REVISTA ABIGRAF
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O P I N I Ã O
ueiredo aldézio Bezerra de Fig VPresidente da Abigraf Regional Pernambuco
No ritmo acelerado das mudanças
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Estado de Pernambuco vive hoje um mo mento especial na sua história econômi ca. Dados recentes apontam que, no primei ro trimestre de 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) estadual cresceu 7,8% em relação ao mesmo per ío do de 2009. São números tão animadores que, se Pernambuco fosse um país, estaria entre os quatro melhores desempenhos do PIB no mundo em 2009, com 3,8% — ficando atrás apenas da China (8,7%), da Índia (6,8%) e da Indonésia (4,5%). E a tendên cia de crescimento se mantém, estimulando a ins talação de novas e sucessivas empresas, geração de mais empregos e aumento da competitividade no se tor. Tudo isso para exigir cada vez mais dos empre sár ios uma permanente atenção e atualização acer ca das tendências do mercado, das inovações e dos novos paradigmas. É de olho nesta realidade de profundas e ace leradas mudanças que a Abigraf‑PE tem pautado suas ações nos últimos três anos, sempre irmana da com o Sindusgraf‑PE. Com ações amparadas em nosso planejamento estratégico anual, instrumenta lizamos e capacitamos os associados para que pos sam acompanhar esse novo cenário que redesenha as condições de competição empresar ial em nossas fronteiras. Hoje, podemos afirmar que a gestão da Abigraf‑PE põe em prática todo o plano de trabalho delineado no início do mandato, no ano de 2008. Com dinamismo, a nossa gestão soma um conjun to de realizações que ajuda a criar um setor mais forte e empresar ialmente maduro. O dia a dia da gestão também se pauta pela consciência do papel da Abigraf no cenário esta dual e reg ional e de sua responsabilidade para com as questões nacionais, inclusive as de ordem socioeconômica e o desenvolvimento sustentável. Ao assumirmos a presidência da Abigraf‑PE, propusemos a criação de uma imediata agenda de trabalho, com prior idades estabelecidas pela direto REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
ria, visando alavancar de vez o setor e torná-lo um participante ativo do cliclo de desenvolvimento que já ali se vislumbrava. E assim foi feito. Destacando algumas das ações relevantes nes se per íodo, podemos citar, entre outras, a realiza ção de cursos, palestras, seminár ios e missões que buscam a capacitação empresar ial. Ampliamos e consolidamos o maior e mais importante evento do setor na Reg ião Nordeste, o Graphium Show – Sa lão de Fornecedores de Equipamentos, Produtos e Serviços para a Indústria Gráfica. O mesmo foi fei to já em sua segunda edição, com o vitor ioso Prê mio Nordeste de Excelência Gráfica José Cândido Cordeiro, uma referência para o setor em toda a reg ião. Iniciamos a realização de mais um Censo da Indústria Gráfica e implementamos um esfor ço contínuo para inter ior izar as ações das entida des, através de visitas aos principais municípios do inter ior e implantação de nossa representação as sociat iva e sindical em Caruaru. Criamos o nosso plano de mídia, onde divulgamos as ações a serem realizadas durante o ano e convidamos os forne cedores a participar através de uma cota e divul gar sua marca em todos os eventos realizados pela Abigraf e pelo Sindusgraf‑PE durante aquele ano. Realizamos sucessivos eventos de confraterniza ção e comemoração no setor, a exemplo do Grafor ró, festa junina da indústria gráfica; aniversário do Sindusgraf‑PE; o lançamento do plano de mí dia; e o jantar anual da família gráfica pernam bucana. Por fim, sempre ao lado do Sindusgraf e em parceria com a Fiepe e o Senai, iniciamos ges tões com vistas à implantação da Escola Gráfica do Nordeste, a ser instalada em nosso estado e a serviço da indústria gráfica da reg ião. São algumas das iniciativas que visam, sobretu do, fornecer às empresas associadas os instrumen tos e meios de competir de igual para igual e se ade quar aos novos paradigmas gerados pela revolução tecnológica e pelos ventos das mudanças que balan çam não apenas os altos coqueiros, mas também todo o perfil socioeconômico do Leão do Norte. marketing@abigraf-pe.com.br
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Uma parceria bem construída entre profissionais da Indústria Gráfica Sul Ltda., mais conhecida como Gráfica Rex, e a Alphaprint resultou em um ótimo relacionamento que vem sendo cultivado há mais de 10 anos com diversos negócios realizados, o que culminou na aquisição de um CTP Kodak Trendsetter 800 e de uma moderna e sofisticada Shinohara de cinco cores mais verniz, de última geração. “Nossa expectativa era que ela substituísse duas
outras impressoras de marcas diferentes e gerações anteriores, mas tem superado o volume de produção de três impressoras, com qualidade e velocidade excelentes.” José Luiz Lermen Diretor Geral www.graficarex.com.br Alphaprint sempre as melhores soluções em: Pré�Impressão
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Excelência gráfica nos estados
Qualquer empresa quando precisa decidir sobre a escolha de uma gráfica busca referências. Nesse sentido, prêmios que referendam a qualidade são considerados diferenciais importantes. Esse é um dos principais papéis dos prêmios regionais de excelência gráfica ao destacar os trabalhos das gráficas premiadas, mostrando ao mercado o que elas são capazes de fazer. Tânia Galluzzi
Qualidade diversificada
Distrito Federal
O mais antigo entre os prêmios reg io nais, o Prêmio de Excelência Gráfica Jorge Salim, promovido pela Abigraf-DF e pelo Sindigraf-DF, teve a festa da sua 11ª edição realizada no dia 26 de março, no Clube do Exército. O evento contou com a presença de cerca de 600 convida dos, dentre empresários gráficos, jorna listas e publicitár ios, além de represen tantes do sistema produtivo do DF. A premiação foi dividida em 32 ca teg or ias, nas q uais concorreram 18 empresas, com 231 produtos. As que conquistaram mais trof éus foram a Athalaia e a Gráfica e Editora Positi va, com sete prêmios cada. “O Prêmio Jorge Salim é hoje uma grande moti vação para os empresár ios gráficos do DF. O nosso evento é aguardado e co
Distrito Federal
60 REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
mentado por todo o segmento gráfico do Distrito Federal e também de algu mas cidades vizinhas. Na minha avalia ção, porém, ele tem uma função maior do que promover uma festa e entregar troféus. Para mim, ele é o resgate da nossa memória, da nossa história. É o momento em que nos reun imos com os amigos, funcionár ios, convidados e clientes e mostramos que somos impor tantes, que temos valor. É o nosso gran de momento de confraternização”, afir mou o vice-presidente de Marketing do Sindigraf-DF e coordenador da comissão organizadora, Ubirajara Alves Costa. Em 2009, 300 peças disputaram o Jorge Salim, representando 24 gráficas. O evento também marcou o lança mento das novas logomarcas do Sin digraf- DF e do próprio prêmio, que
Paraná
ganharam traços mais modernos. Segundo Antônio Eust áquio de Oliveira, presidente do Sindigraf- DF, o prêmio cumpre sua missão de estimular as empresas do Distrito Federal a produzirem trabalhos com maior qualidade técnica, o que consequentemente aumenta a visibilidade da indústria gráfica local. “Estamos, com o Jorge Salim, fomentando a concorrência saudável, priorizando a excelência técnica do que é impresso aqui. O resultado disso tudo é um reconhecimento nacional do alto nível técnico dos trabalhos gráficos produzidos no DF ”.
Desta vez, fomos a gráfica com mais conquistas e, além disso, levaremos todos os produtos ganhadores para a 20ª edição do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini”, declarou Giem Guim arães, diretor-geral da Posigraf.
Vicente Linares, diretor da Corgraf, que no ano passado havia sido a mais prem iad a, afimou: “Houve um crescimento importante. Vieram novos participantes e produtos com qualidade melhor, o que deixou a disputa mais abrangente. As peças concorreram de igual para igual em termos de técnica, design e acabamento”. Aparecida Stucchi, gerente de operações da ABTG e coordenadora do Oscar Schrappe Sobrinho, elog iou a evolução dos mater iais na edição deste ano. “As notas ficaram bem altas e tiveram diferenças pequenas entre si. Percebemos que a cada ano os concorrentes estão se aprimorando e utilizando as novas técnicas que o mercado oferece. Isso só contribui para a melhoria do concurso”. Para Sidney Paciorn ik, presidente do Sigep/Abigraf-PR , a premiação é resultado de uma somatória de esforços, que envolvem investimentos não apenas em tecnologia, mas em inovação, treina mento, relacionamento com o cliente e design. “Surgiram novidades este ano.
Minas Gerais
Paraná
A oitava edição do Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho, realizada em 18 de junho na área VIP da Arena da Baixada, em Curitiba, foi marcada pela grande var iedade de empresas vencedoras. Em 2010, dos 60 participantes — 15% a mais do que no ano passado — que inscreveram 553 produtos em 49 categor ias, 26 levaram pelo menos um troféu. A Posigraf, com oito prêmios, juntamente com a Corgraf e a Comunicare, com cinco troféus cada, foram os destaques do evento organizado pela Abigraf-PR em parceria com o Sigep, sob coordenação e aud itor ia da ABTG. “A Posigraf vem fazendo história no prêmio Oscar Schrappe Sobrinho.
61 SETEMBRO/OUTUBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
Excelência gráfica nos estados
Rio Grande do Sul
O prêmio está sempre melhorando e en chendo de orgulho toda a indústria grá fica paranaense, cujos representantes devem fazer bonito no Fernando Pini”. Minas Gerais
Neste ano, o 6º Prêmio Mineiro de Ex celência Gráfica Cícero registrou um empate técnico entre os vencedores. Duas empresas lideraram a premiação: a Rona Editora, que em 2009 levou 10 troféus, ficou com seis prêm ios, mes mo número da Bigráfica Editora, que conquistou quatro prêm ios mais dois Grand Prix. A cerimônia de entrega foi realizada no auditór io da CDL , em Belo Horizonte, no dia 16 de julho, reunindo 500 pessoas. “Neste sexto ano do Prê mio Cícero os empresár ios gráficos mi neiros buscaram aprimorar a excelên cia e a competitividade saudável. Mais uma vez a premiação atingiu seu obje tivo maior, que é fortalecer o mercado gráfico mineiro”, disse Vicente de Paula Aleixo Dias, segundo vice-presidente da Abigraf-MG e coordenador do certame.
Espírito santo
O Prêmio Cícero foi dividido em 35 categor ias e recebeu em 2010 a inscri ção de 379 trabalhos, produzidos por 33 empresas. No ano anterior concorreram 339 produtos, elaborados também por 33 gráficas. Em 2010, 25 empresas foram premiadas por 32 peças.
Além do anúncio dos vencedores, houve intervenções durante toda a ce rimônia de premiação. O poeta e conta dor de “causos” Tadeu Martins deu um show à parte, recitando poemas de au tores diversos e relatando histór ias en graçadas e bem típicas de Minas Gerais. Dois atores do Grupo Fuzuê também interagiram com os vencedores e fize ram performances diversas, além da apresentação musical do Quintinin do Bandolim e Chorinho Travesso. Espírito Santo
Criado com o intuito de estimular a pro dutividade da indústria gráfica capixa ba, o Prêmio de Excelência Gráfica Pa dre José de Anchiet a contabilizou em sua terc eira edição a participação de 13 empresas, que inscreveram 160 tra balhos. Os vencedores foram conheci dos no dia 27 de julho, no MS Buffet, em Vitória. Aproximadamente 230 prof issionais compareceram à cerimônia de premia ção, que serviu também para marcar a posse do novo presidente do Siges/ Abigraf-ES, João Batista Depizzol Neto. “Embora tenha apenas dois anos, a pre miação já está consolidada como o mo mento de comemoração e confraterni zação dos prof issionais que atuam no segmento”, comentou Tullio Samorini, então presidente do Siges/Abigraf-ES.
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Excelência gráfica nos estados
Nordeste
“A expectativa é de que na próxima edi ção tenhamos um número ainda maior de trabalhos inscritos”. A noit e foi muito esp ec ial para a Gráfica e Editora GSA , que conquis tou nove troféus, sendo a mais premia da, repetindo o ano passado. Outras seis gráficas foram premiadas, com 24 produtos vencedores. Rio Grande do Sul
Mais uma vez a Impresul e a Sociedade Vicente Pallotti, ambas de Porto Alegre, foram as estrelas do Prêmio Gaúcho de Excelência Gráfica. Cada uma conquis tou sete troféus. Destacou-se, em segui da, a Edelbra, de Erechim, com quatro troféus. Nesta sexta edição, 48 trabalhos e 22 gráficas foram premiados, das quais cinco apareceram pela primeira vez en tre as vencedoras e 10 estão localizadas no inter ior do Estado. Dos 48 troféus, 17 foram para cida des do interior. A persistência marcou a trajetória da Contgraf, com sede na pe quena cidade de Eldorado do Sul. De pois de três anos consecutivos lutando
Rio de Janeiro
por um prêmio, ela venceu nas catego rias Jornais de Circulação não Diár ia e Revistas Per iódicas de Caráter Var iado com Recursos Gráficos Especiais. “É um marco nesses 19 anos de atuação e uma satisfação dividir essa vitória com a nossa equipe”, assinala Mileine Vargas, diretora industrial da Contgraf.
A cerimônia de premiação ocupou a sede da Sogipa, em Porto Alegre, no dia 30 de julho, atraindo cerca de 700 pes soas. No total, 467 peças, produzidas por 63 gráficas gaúchas (20 concorrendo pela primeira vez) participaram da seleção fi nal do júri. Em 2009, o concurso regis trou a inscrição de 647 peças, feitas por 52 gráficas. Além da premiação para as gráficas, foram homenageados 11 forne cedores, entre fabricantes de insumos, prestadores de serviços e distribuidores instalados no Rio Grande do Sul. Entre eles, a Heidelberg, que pelo sexto ano consecutivo é agraciada como destaque em equipamentos de impressão. Para Carlos Evandro Alves da Silva, presidente da Abigraf-RS, promotora do evento, o grande desafio para o próximo ano será manter índices crescentes de participação e motivação do setor. “Esta mos muito confiantes de que as peças pre miadas nesta edição serão fortes candi datas à vitória no Prêmio Fernando Pini”. Nordeste
A segunda edição do Prêmio Nordes te de Excelência Gráfica José Cândido Cordeiro registrou crescimento de 50% no número de inscrições. Em 2009, 284 produtos concorreram e, neste ano, 425 trabalhos candidataram-se ao troféu, confeccionados por 47 gráficas. “É mui to gratificante constatar o crescimento
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do Prêmio Nordeste já neste segundo ano e motivo de emoção conhecer as verdadeiras obras de arte em forma de produtos gráficos, uma prova definitiva da força e da criatividade da indústria gráfica nordestina, capaz de produzir em volume e qualidade semelhantes às demais reg iões do País”, diz Valdézio Fi gueiredo, presidente do Sindusgraf e da Abigraf-PE. A festa de entrega aconteceu no dia 26 de agosto, quando cerca de 500 pessoas estiveram presentes ao Centro de Convenções de Pernambuco. Das 47 gráficas participantes, 14 le varam troféus para casa, através de 35 produtos vencedores. Como no ano pas sado, a Gráfica Editora Flamar, de Per nambuco, foi a grande vencedora, com 12 prêmios. Para Roberto Leite Ribeiro, diretor presidente da Flamar, “a pre miaç ão é resultado do trabalho cons truído com o esforço cotidiano de toda a equipe e representa mais um elemen to motivador para seguirmos crescendo”. O diretor comercial, Flávio Ribeiro, destaca a importância do prêmio como elemento impulsionador das vendas e negócios, enquanto o diretor industrial, Márcio Ribeiro, diz que é um reconheci mento pela capacidade técnica, responsa bilidade e compromisso da empresa com a qualidade. “Estamos muito orgulhosos com o resultado dessa segunda edição, na qual inscrevemos produtos em 16 ca tegor ias, sendo premiados em 12 delas.”
lidade, a criatividade e o compromisso da indústria gráfica do Rio de Janeiro”. Com 29 gráficas participando e 414 peças inscritas, o prêmio, em sua séti ma edição, consagrou 16 empresas por meio de 30 produtos, mais duas menções honrosas. No dia 27 de agosto, a mais premiada foi a Sol Gráfica, que ganhou seis prêmios. A Arte Criação levou qua tro troféus e a Holográfica foi premia da três vezes. A cerimônia de entrega foi realizada no Centro de Convenções
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Para Carlos Augusto Di Giorg io Sobri nho, presidente do Sistema Sigraf, Abi graf-RJ e Fundação Gutenberg, o Prêmio de Excelência Gráfica Werner Klatt re presenta o coroamento do trabalho que as empresas gráficas fluminense vêm realizando. “Muito mais do que uma pre miação, é um estímulo contínuo do setor na busca pela excelência gráfica. Apesar de novo, o prêmio já conquistou credi bilidade e maturidade e rompeu as bar reiras nacionais: este ano, peças vence doras da edição de 2009 foram expostas na Feira Internacional de Milão, o mais importante evento mundial de design. O Prêmio Werner Klatt comprova a qua
da Firjan, que recebeu 230 pessoas para o evento. Em 2009, 37 empresas dispu taram o certame, com 441 trabalhos. A festa fez parte do encerramento do GrafRio 2010 – Semana Gráfica, que aconteceu de 23 a 26 de agosto também no Centro de Convenções da Firjan. A programação do evento incluiu o 11º Ciclograf – Ciclo de Palestras Gráficas e a 3ª Rodada de Negócios do Setor Gráfi co, com apoio do Sebrae/RJ e da Secre taria Estadual de Desenvolvimento.
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65 SETEMBRO/OUTUBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
Excelência gráfica nos estados
Vencedores dos prêmios regionais de excelência gráfica 2 prêmios: Gráfica Amaral, Halt Gráfica, Rede Editora ◆ 1 prêmio: Editora Orion, Formato, Gráfica Brasil, Gráfica 3 Pinti, Imprimaset, Label Artes Gráficas, O Lutador, Primacor, Todi Ind. de Embalagens, VP Impressos Fornecedores: Heidelberg, IBF, Light Fotolito, Marprint, Muller Martini, Plastific, SPP‑Nemo, Sun Chemical, Suzano ◆
11º Prêmio de Excelência Gráfica Jorge Salim – DF Gráficas Premiadas: 7 prêmios: Athalaia, Gráfica e Ed. Positiva ◆ 4 prêmios: Cidade Gráfica ◆ 2 prêmios: GH Com. Gráfica, Ideal, Qualidade, Teixeira Gráfica ◆ 1 prêmio: Alpha, Charbel, CTIS Tecnologia, Fórmula Gráfica, Querubins, Santa Clara Fornecedores Premiados: Agfa, Bottcher, DF Papéis, Goethe, Heidelberg, Hostman, Photo Image, Votorantim
Prêmio Padre José de Anchieta de Excelência Gráfica – ES Gráficas Premiadas: 9 prêmios: Gráfica e Editora GSA ◆ 6 prêmios: Grafitusa ◆ 3 prêmios: Gráfica e Editora Jep ◆ 2 prêmios: Gráfica Melotti, Scribo ◆ 1 prêmio: Gráfica e Ed. Formar, Gráfica Espírito Santo Fornecedores Premiados: KSR, Record Print, Sistema Findes
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6º Prêmio Mineiro de Excelência Gráfica Cícero – MG Gráficas Premiadas: 6 prêmios: Bigráfica, Rona, Tamóios ◆ 4 prêmios: Gráfica e Editora 101 REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
2º Prêmio Nordeste de Excelência Gráfica José Cândido Cordeiro Gráficas Premiadas: 12 prêmios: Flamar ◆ 6 prêmios: MXM Gráfica ◆ 3 prêmios: LCR ◆ 2 prêmios: CCS, IGB, Qualygraf ◆ 1 prêmio: A Única, Diário de Pernambuco, Info Graphics, J. Luiz Vasconcelos, Jaraguá, Kroma Gráfica, Nuck Gráfica, Santa Bárbara Fornecedores homenageados: Agfa, Epson, Heidelberg (2), IBF, Sun Chemical, Suzano
8º Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho – PR Gráficas Premiadas: 8 prêmios: Posigraf ◆ 5 prêmios: Comunicare ◆ 4 prêmios: Corgraf ◆ 3 prêmios: Serzegraf, Kingraf ◆ 2 prêmios: Alpha, Exklusiva, Gráfica Ipê, Hellograf, Midiograf, Ótima ◆ 1 prêmio: Delta, Editare, Estética, Fotolitos DP, Grafset, Gráfica Nova Fátima, Imagem Brasil, Ind. Gráfica Serena, J Bortoto,
Lisegraff, Magistral, Maxi Gráfica, Nova Gráfica, Visare Fornecedores premiados: Agfa (3), Epson, Heidelberg (2), Müller Martini, Quimagraf, Rio Branco Papéis, Sun Chemical, Suzano
7º Prêmio Werner Klatt Excelência Gráfica – RJ Gráficas Premiadas: 6 prêmios: Sol Gráfica ◆ 4 prêmios: Arte Criação ◆ 3 prêmios: Davanzzo, Holográfica ◆ 2 prêmios: Casa da Moeda, Ediouro, Markgraph, Prosign ◆ 1 prêmio: Colorset, Fascination Gráfica, GM Minister, Imos Gráfica, MasterPrint, Onida, Reciclar, Santa Cruz
6º Prêmio Gaúcho de Excelência Gráfica – RS Gráficas Premiadas: 7 prêmios: Impresul, Sociedade Vicente Pallotti ◆ 4 prêmios: Edelbra ◆ 3 prêmios: ANS Fotolitos, Cartonagem Hega ◆ 2 prêmios: Algo Mais, Box Print, Contgraf, Demográfica, Elemento Design, Grafdil, V S Digital ◆ 1 prêmio: Automação, Cia. Jornalística J.C. Jarros, Garten Sul, Grafiset, Gráfica e Ed. Com. Impressa, Hotprint, Lupatini, Martigraf, Print Paper, Tekne Fornecedores homenageados: Agfa, Cromos, Heidelberg, Imagem Sul, Kodak (2), Müller Martini, Presgraf, SPP‑Nemo, Suzano, VS Digital
ano XX Nº 78 setembro/2010
Texto: Tânia Galluzzi
EGB busca novos mercados
Fundada pelos irmãos Bernardi, a gráfica completou 10 anos nas novas instalações em Guarulhos, planejando crescer no segmento editorial
anos), excetuando uma impressora monocolor da década de 1970, considerada a mascote da gráfica. Tudo cheira a novo, principalmente as impressoras oito cores com reversão que começaram a rodar neste ano de aniversário. As instalações foram inauguradas há sete meses. Os sócios da empresa, os irmãos Zulmiro, Nestor, Jardelino e Ari Bernardi, investiram cerca de R$ 20 milhões na construção da sede própria e na ampliação da capacidade produtiva, tanto na pré-impressão e impressão quanto no acabamento. Hoje, a EGB pode converter aproximadamente 600 toneladas de papel por mês. A fábrica conta com sistema de abastecimento de tinta e de captação de aparas direto das máquinas, visando à sustentabilidade e atendendo a todos os requisitos da certificação FSC, da qual é detentora.
Fotos: Roberto Loffel
Família de gráficos A gráfica é recente, mas os quatro irmãos sempre trabalharam no setor, começando muito jovens. Nascidos em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, vieram para São Paulo na adolescência como seminaristas para estudar na Pia Sociedade de São Pau lo. Em função das atividades da Pia, da qual faz parte a Editora Paulus, aproximaram-se
A gráfica é comandada pelos irmãos Bernardi E/D: atrás, Nestor e Ari; à frente, Jardelino e Zulmiro.
O
prédio impressiona, sobretudo quando se descobre que a empresa está em atividade há apenas 10 anos. Localizado próximo à Via Dutra, em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, o parque gráfico da EGB, Editora Gráfica Bernardi, ocupa uma área de 11.500 m², sendo 9.500 m² construídos. Por lá trabalham 120 prof issionais, dos quais 80% dedicam- se à produção, operando máquinas modernas (o equipamento mais antigo tem oito
do ramo gráfico e construíram suas carrei ras na área, atuando em empresas como as editoras Loyola e Parma. Em 2000, os irmãos Bernardi alugaram uma área de 1.000 m² perto do Shopping Internacional de Guarulhos e lá instalaram uma impressora bicolor 1/2 folha. Alguns clientes já atendidos por eles os acompanharam e apostaram na sua seriedade e capacidade. No dia 1º- de agosto de 2000 a EGB começou a produzir livros e revistas. Com a expansão dos negócios, áreas late rais foram sendo anexadas, até a decisão por um novo espaço.
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS Pré – Impressão OO CtP Luxer, 2004 – 10 chapas p/h OO CtP SupraSet 105, 2009 – 20 chapas p/h OO 3 Processadoras de chapa OO 2 Prensas para gravação de chapa
convencional
Impressão OO 2 Impressoras Komori, 8 cores,
72 × 102 cm, 2009, 15.000 giros/h OO Komori, 4 cores, 72 × 103 cm, 2005,
16.000 giros/h OO Komori, 4 cores, 52 × 72 cm, 2003,
máximo de transparência”. Os investimentos têm sido altos, porém os sócios afirmam estar com os pés no chão. Nesses 10 anos, a EGB cresceu produzindo livros didáticos e paradidáticos, que compõem 95% de sua produção, com tiragens médias entre 3.000 e 5.000 exemplares. Investindo em tecnologia de ponta, a EGB pretende expandir sua atuação na confecção de revistas e catálogos. Para isso, a equipe comercial está sendo reestruturada. Já se pensa, também, em impressão digital, porém nada imediato. Está previsto um crescimento de 40 a 50% no faturamento da gráfica em 2010.
15.000 giros/h OO Heidelberg Speedmaster CD, 2 cores,
72 × 102 cm, 2007, 13.000 giros/h OO Heidelberg Sord, 1 cor, 64 × 92 cm, 1970,
8.000 giros/h
Acabamento OO Costura Áster 180, 2009, 180 pontos
p/minuto OO Costura Ventura, 2008, 200 pontos
p/minuto OO Encapadeira / alceadeira / trilateral Acoro
Müller Martini, 2009, 6.000 p/h, 24 gavetas OO Encapadeira / alceadeira Müller Martini
Tigra, 2006, 3.500 p/h, 16 gavetas OO Dobradeira MBO Rotary, 2007, 40.000 p/h OO Dobradeira Guk Rotary, 2004, 30.000 p/h OO Dobradeira Ulderigo I, 2002, 10.000 p/h OO 2 Dobradeiras Stahl, 2009, 40.000 p/h OO Trilateral automática, 2003, 5.000 p/h OO Guilhotina Perfecta, 2004, 115 boca OO 2 Guilhotinas Perfecta, 2009, 135 boca OO Guilhotina Polar, 2007, 115 boca
Zulmiro credita o crescimento da EGB à habilidade da equipe em lidar com os clientes. “Usamos a experiência adquirida no trato com o mercado para nortear nossas ações. Conhecemos as necessidades dos clientes e procuramos trabalhar com o
OO Grampeadeira Müller Martini, 1996,
8 gavetas
Rua Antônio Rodrigues Filho, 198 (Cumbica) 07170‑325 Guarulhos SP Fone/Fax (11) 2431‑5577 www.egb.com.br
OO Grampeadeira Miruna, 1998, manual OO 2 Empilhadeiras, capacidade 2.500 kg OO 2 Perfuramax para espiral, 2009, 500 p/h OO Raultech Shrink, 2002, 2.000 pacotes p/h
VO C Ê S A B E O QUE ACONTECE CA DA V E Z QU E U M L I V RO, UM CADERNO, UMA EMBALAGEM, UMA REVISTA OU UM FOLHETO
É IMPRESSO?
Imagem de eucalipto
U M A N O VA Á R V O R E
D A E D U C A Ç Ã O, D A I N F O R M A Ç Ã O, E DA DEMOCRACIA
É P L A N TA D A. A cadeia produtiva do papel e da comunicação impressa inicia uma campanha de informação sobre o que produz para a sociedade. Vêm esclarecer dúvidas e, principalmente, trazer à luz da verdade algumas questões ligadas à sustentabilidade. A principal delas é deixar claro que, as árvores destinadas à produção de papel provêm de florestas plantadas, e que essas são culturas, lavouras, plantações como qualquer outra. Somos uma indústria alinhada com a ecologia e a natureza, ou seja, as nossas impressões são extremamente conscientes porque utilizamos processos cada vez mais limpos. E, mesmo assim, buscamos todos os dias novas tecnologias de produção que respeitem ainda mais o equilíbrio do meio ambiente. Somos uma indústria que traz prosperidade para o País e benefícios para todos os brasileiros. Temos imenso orgulho de saber que cada vez que imprimimos um caderno, um livro, uma revista, um material promocional ou uma embalagem, estamos levando conhecimento, informação, democracia e educação a todos. Imprimir é dar veracidade, tornar palpável. Imprimir é assumir compromisso. Imprimir é dar valor. Principalmente à natureza.
IMPRIMIR É DAR VIDA.
ENTIDADES PARTICIPANTES: ABAP, ABEMD, ABIEA, ABIGRAF, ABIMAQ, ABITIM, ABRAFORM, ABRELIVROS, ABRO, ABPO, ABTCP, ABTG, AFEIGRAF, ANATEC, ANAVE, ANDIPA, ANER, ANL, BRACELPA, CBL, FIESP E SBS. CAMPANHA DE VALORIZAÇÃO DO PAPEL E DA COMUNICAÇÃO IMPRESSA.
A c e s s e e s a i b a m a i s : w w w. i m p r i m i re d a r v i d a . o r g . b r
Fotos: Felipe Ramalho / Haluz Photo Studio
Trindade
(E/D) Marco Aurélio Lima Trindade, gerente de produção, e Felipe Lima Trindade, gerente comercial
Um elo de qualidade entre promocional e editorial Consolidada no ramo promocional, a Gráfica Trindade completa 34 anos, moderniza-se continuamente e amplia sua participação no segmento editorial. Tainá Ianone
Murilo Lima Trindade e sua filha Tatiana (executiva)
74
E
m junho de 1976, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre (RS), a Trindade Indústria Gráfica deu início à produção de seus primeiros impressos tipográficos, com apenas duas máquinas e o trabalho de quatro funcionários. Gradativamente a empresa fortaleceu-se como marca de referência em trabalhos gráficos para o segmento promocional. Apenas cinco anos depois de fundada, suas instalações, em um prédio alugado, foram substituídas pela sede própria, no mesmo local em que está situa da até hoje. Com 2.800 metros quadrados de área construída e 60 funcionár ios, a empresa é administrada por Murilo Lima Trindade, seus filhos Felipe Lima Trindade (gerência comercial), Tatiana Lima Trindade (executiva) e seu irmão Marco Aurélio Lima Trindade (gerência de produção). A Trindade tem no comprometimento com os clientes o m aior trunfo para sua consolidação no mercado, de acordo com Murilo. “Embora a competitividade no mercado gráfico gaúcho seja bastante forte, a tradição do nome da empresa, aliada a um firme
REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
posicionamento da área comercial, tem con tribuído para vencermos a concorrência”. Trad icional fornecedora de impressão para o segmento promocional, a Trindade mantém atendimento especializado para as agências, orientando-as em relação aos aspectos técnicos envolvidos na elaboração do produto gráfico. “Prestamos assessoria para as agências de propaganda e produzimos protótipos dos projetos para demonstração aos clientes. Analisamos antes desde os tipos de papéis até os eventuais problemas de uso, resistência e funcionalidade que a criação não tenha previsto”. Livros de arte e eleições
Nos últimos anos a empresa vem ampliando e incrementando a participação no segmento editor ial, que antes representava uma pequena parcela dos negócios. São produzidas revistas e principalmente catálogos e livros de arte. “São impressos de grande valor agregado, com muitas imagens em alta resolução, o que é exigido nas reproduções de obras de arte. Hoje as principais galer ias
de arte são nossos clientes”, revela Murilo. Se no promocional a empresa abrange uma vasta gama de clientes, a exper iência acumulada com os mater iais feitos para o edi tor ial certamente vem sendo transferida para a confecção de catálogos mais elaborados, para lançamentos imobiliár ios de alto padrão, por exemplo. Primeira empresa em seu segmento a conquistar a certificação de qualidade ISO 9002, e igualmente pioneira ao implantar o sistema computer-to-plate no Rio Grande do Sul em 2001, a Trindade segue trajetória de
modernização tecnológica constante. Somente no último ano foram investidos cerca de R$ 3 milhões em equipamentos, mas aderir ao digital ainda não está nos planos — até mesmo por conta do tempo de maturação necessário às recentes aquisições. Murilo, porém, enxerga que alguns recursos propor cionados por este sistema, como a personalização, estão em crescimento, ainda mais em seu nicho de atuação. “Ainda não temos uma grande demanda de impressão de dados var iáveis, mas será, futuramente, um apoio importante ao offset, talvez a partir do segundo semestre de 2011”. Recentemente, o parque gráfico recebeu o reforço de uma impressora offset Hei delberg XL 75‑4+L‑C e uma encadernadora de livros Heidelberg Eurobind cola PUR , além de um incremento no setor de pré- i mpressão. Os investimentos foram fun damentais para deixar bem longe os reflexos da recente crise econômica mund ial. “O momento coincidiu com a chegada dos equipamentos e, com isso, acabamos conquistando outras áreas de negócios que não faziam parte da nossa carteira”. Um desses novos nichos veio com as elei ções nacionais. Neste ano, pela primeira vez, a Trindade executou um trabalho mais forte para os candidatos, o que permitiu considerável movimentação positiva nos orçamentos. O resultado — de inovações tecnológicas e novos negócios — está expresso na expectativa de um crescimento de 35% neste ano, na comparação com 2009.
& TRINDADE INDÚSTRIA GRÁFICA Tel. (51) 3341.2077 www.graficatrindade.com.br
SETEMBRO/OUTUBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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Abraform tem nova diretoria Acima (E/D): Ernesto Odilon Simões, Pedro Henrique Ismael Bonilha, Manolo Hermida (representando Luis Fernando Borri), Rene Naves, José Paulo Rimoli, Luís Carlos Gouveia, José Eduardo Ferrari, Marcos Mazzetti, Vladimir Aparecido Casa Grandi, Itamar Pezani Jeronymo, José Luiz Souza, Miguel Aguero e José Eduardo de Assis Cassetari. Abaixo (E/D): Roberto Llanos de Avila, Antonio Leopoldo Curi, Thiago Fábio Pereira, Alceu Malucelli Júnior, João Luiz Junqueira Caires, Gelson Tomita, Sergei da Cunha Lima e José Arthur de Paula. Ausentes na foto, Caurê Leite Simões Cerri e Cláudio Marcos Carneiro Barbosa
Miguel Aguero assume pela primeira vez a presidência da associação, comandando a diretoria eleita para o triênio 2010/2013.
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a tarde de 4 de agosto tomou posse a nova diretoria da Asso ciaç ão Brasileira da Indústria de Formulár ios, Documentos e Geren ciament o de Informação (Abraform). O evento, realizado no auditór io da Es cola Senai Theobaldo De Nigris, no bair ro da Mooca, em São Paulo, contou com a presença de 140 pessoas, entre asso ciados, convidados e representantes de outras entidades. A nova diretoria, presidida por Mi guel Aguero, foi eleita em 22 de junho. Os diretores permanecerão na coorde nação das atividades da associação por três anos (2010–2013). Entre as metas para a sua gestão, Miguel cita a preocu pação e as ações desenvolvidas tendo em vista o presente e o futuro. Como atividades imediatas, a Abra form lançou, em agosto, um driver para a impressão de Danfe em formulár ios contínuos nos equipamentos matriciais já existentes no mercado. “É um gran de desafio, porque a Abraform desen volveu a plataforma e disponibilizará o conteúdo grat uit amente”, revela Mi guel. O sistema estará disponível no site da associação (www.abraform.org.br) e pode ser facilmente instalado. O presi dente ainda informa que será disponibi REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
lizada manutenção do driver a todos os associados, também sem custos. Com o pensamento voltado para o futuro, Miguel anuncia que estão sen do desenvolvidas algumas ações relacio nadas às etiquetas inteligentes RFID e, em termos de fortalecimento do setor, busca-se a aproximação com outras as sociações, em especial as que represen tam empresas do setor de tecnologia. Uma das mais novas parceiras é a As sespro (Associação das Empresas Bra sileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet). Miguel Aguero, formado em admi nistração de empresas pela Faculdade Senador Fláquer e em contabilidade pelo Instituto de Ensino Barão do Rio Bran co, iniciou sua carreira na indústria grá fica em 1968. Seu trabalho na Abraform começou em 2001, ocupando o cargo de diretor financeiro.
Miguel Aguero, novo presidente da Abraform
Diretoria Abraform Gestão 2010 / 2013 Diretoria Executiva Presidente: Miguel Aguero (IGF Indústria Gráfica e Editora) 1º vice‑presidente: José Luiz Souza (PC Print Informática) 2º vice‑presidente: Itamar Pezani Jeronymo (Center Form’s Indústria e Comércio) Diretor administrativo: José Arthur de Paula (Formatho Impressos) Diretor administrativo adjunto: Gelson Tomita (Contiplan Indústria Gráfica) Diretor financeiro: João Luiz Junqueira Caires (Avaron Informática) Diretor financeiro adjunto: Vladimir Aparecido Casa Grandi (Casagrande Formulários Contínuos) Diretoria Alceu Malucelli Júnior (Gráfica Ipê), Caurê Leite Simões Cerri (Cauta Formulários), Cláudio Marcos Carneiro Barbosa (Thomas Greg & Sons), José Eduardo de Assis Cassetari (Tiliform Informática), José Eduardo Ferrari (Gráfica Ferrari), José Paulo Rimoli (Rimoli & Cia), Luís Carlos Gouveia (SPP Agaprint Industrial Comercial), Luis Fernando Borri (Intergraf Indústria Gráfica), Marcos Mazzetti (Genoa Informática), Pedro Henrique Ismael Bonilha (Albert Gráfica), Rene Naves (Supriforms Indústria Gráfica), Sergei da Cunha Lima (Gráfica e Editora Lima) e Thiago Fábio Pereira (Jelprint Formulários). Conselho Fiscal Antonio Leopoldo Curi (Ibitirama Formulários), Ernesto Odilon Simões (Arjo Wiggins) e Roberto Llanos de Avila (Formprint Indústria de Formulários Contínuos).
ESTA VOCÊ NÃO PODE PERDER ! Edição histórica
Em novembro circulará a edição nº 250, comemorativa dos 35 anos da revista-símbolo da indústria gráfica brasileira, com matérias especiais sobre os setores editorial, de embalagens e promocional.
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Reservas até: 29 de outubro Arquivo digital até 4 de novembro Circulação: 23 de novembro
ARTE & INDÚSTRIA GRÁFICA
(11) 3159.3010
gramani@uol.com.br
Tiragem: 14.000
(2.000 exemplares serão distribuídos na festa do 20º Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini)
Bolachas de chopp,
sinônimo de Wäsche
Máquinas exclusivas e materiais especiais são diferenciais na liderança da catarinense Gráfica Wäsche em seu principal segmento de atuação. Ada Caperuto
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ara quem não é do ramo, a impressão de uma bolacha daquelas que colocamos sob o copo de chopp pode parecer muito simples. Não é. Basta pensar na natureza da matéria-prima e em sua finalidade. Papéis e líquidos, definitivamente, não são os melhores amigos. Por isso mesmo uma bolacha de chopp pode durar uma única vez ou ser utilizada como apoio para até 20 copos em sequência. A resistência depende do mater ial em que é confec cionada, da maneira como é impressa e até mesmo do modo de uso. As duas primeiras partes — a matéria- prima e a impressão — são uma especialida de da Wäsche, fundada em Blumenau (SC), em 1991, por Tadeu Barsotti e sua esposa, Sandra Barsotti. Das máquinas, no começo, saía um volume muito mais representativo de embalagens em grandes formatos, impressas em papel-cartão. Há quatorze anos, um cliente mudou completamente a história da gráfica: uma cervejaria encomendou uma
tiragem alta de bolachas de chopp. O pedido foi atendido com tal qualidade que outros clientes começaram a chegar. Assim, a Wäsche se tornou o maior fornecedor deste item em todo o País, com 90% do mercado. Máquinas patenteadas
A grande dificuldade de imprimir bolachas de chopp está em encontrar equipamentos robustos o suf iciente para suportar o pesado trabalho de rodar a matéria-prima com até 2,5 milímetros de espessura. Por isso mesmo, a manutenção das máquinas é muito mais frequente do que a das utilizadas para outros fins. Matheus Barsotti, filho de Tadeu e diretor comercial da Wäsche, explica que eles já experimentaram diversos tipos de matéria-prima, mas que o melhor é mesmo o papelão de massa única, para evitar problemas de empastamento, delaminação ou envergamento. Os resultados vieram, em boa parte, graças ao bom relacionamento que Tadeu
Tadeu Barsotti (sentado) e o filho Matheus. Unidos no comando de um negócio que detém 90% do seu mercado
REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
mantém com os fornecedores — de papel e de máquinas —, que desenvolvem os dois itens em parceria com a Wäsche, tudo devidamente patenteado. No que diz respeito à gestão, Matheus aplicou seus conhecimentos para elaborar um fluxo de trabalho e um mapa de custos detalhado. “Levei uns dois anos para fazer tudo funcionar perfei tamente. A qualidade aumentou e a produção ficou linear izada, mas quero enxugar e automatizar cada vez mais”, diz ele. As bolachas da Wäsche ganharam fama e invadiram não apenas o mercado brasileiro, como também a América Latina. As tiragens oscilam muito, de milhões de unidades até as mínimas, cerca de mil. Matheus fica responsável por estes clientes de médias e pequenas tiragens. “A tendência é de tiragens cada vez menores e nós representamos uma opção para este pequeno cliente que deseja um mater ial de qualidade”. Projetos especiais
A limitação de recursos nos primeiros anos de sua empresa fez Tadeu Barsotti pegar gosto por “resolver problemas”, nas palavras de seu filho. Os problemas, solucionados, viraram projetos especiais para clientes. A maio ria foge do padrão e, muitas vezes, até do escopo de trabalho de uma gráfica. Em geral, são agências que desejam desenvolver toda a sinalização e programação visual de uma marca, bar ou casa noturna. A var iedade de produtos implica o uso de mater iais diversificados e métodos de impressão híbridos. Com novos negócios em fase de concretização, a Wäsche acaba de concluir uma am pliação no parque gráfico para instalar um setor de serigrafia. Os planos para 2011 in cluem colocar em funcionamento a produção em sistema digital e serigráfico para atender os projetos especiais e, claro, o novo produto, cuja implantação está em andamento.
A “culpa” é da Revista Abigraf e não da tradição brasileira de gráficas fam iliares. Ainda garoto, Matheus puxou uma edição da pilha de revistas na recepção da empresa de seu pai. A figura de um personagem de desenho animado, em um anúncio, despertou-o para a leitura, mas ele já trazia a bagagem adquirida nas visitas aos fornecedores, ao lado de Tadeu. A tinta entrou no sangue e não teve jeito! Da faculdade, Matheus trouxe mais do que conhecimento: veio junto a consciência de que o negócio gráfico precisa de gestão prof issional. E de apoio também. Acabou convencendo o pai a se associa rem à Abigraf. De volta à terra natal, o jovem gráfico juntou o que aprendeu à profunda exper iência de Tadeu. “Desde pequeno ouvi meu pai dizer que eu poderia escolher qualquer profissão, mas que teria que ser o melhor, o mais ético naquilo que escolhesse. Não me vejo trabalhando sem ele. É uma equipe, uma união muito grande, e meu pai é quem passa essa segurança para todos”. & WÄSCHE INDÚSTRIA E COMÉRCIO Tel. (47) 3340.6006 www.graficawasche.com.br
Tinta no sangue
Formado no curso técnico de Pré-Impressão e no super ior de Tecnologia Gráfica, ambos pela Escola Senai Theobaldo De Nigris, Matheus tem apenas 23 anos, mas já descobriu que, “se a tinta entra no sangue, não sai mais”. Ele poderia ter sido um nu tricionist a ou um músico de sucesso — e esta última opção passou muitíssimo perto. Escolheu ser gráfico.
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Novo biênio na Abiea
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oi empossada em 31 de agosto a nova diretoria da Ass oc iaç ão Bras ileira das Indúst rias de Etiquetas Adesi vas (Abiea), eleita no dia 12 do mesmo mês para o biênio 2010–2012 e presidida por Eduardo Quartim Chede, diretor co mercial da Art Print Color Adesivos e da Marte Rótulos e Etiquetas Adesivas. Após quatro gestões alternadas, Eduardo retorna à presidência da asso ciação que ajudou a fundar há 24 anos. “Assumo essa quinta nomeaç ão bus cando ampliar nossa representação no setor”, declara. Comunicação, cursos, eventos, internacionalização e institu cionalização são os cinco principais pi lares desta diretoria. A revista e o site da entidade serão modernizados para aper feiçoar o canal de comunicação direto com os associados. O programa de apri moramento empresar ial, que inclui os cursos, será dividido em duas vertentes. “Para o conteúdo técnico, procuraremos uma parceria com o Senai e, para aque les relacionados à gestão, buscaremos apoio do Sebrae”, diz o presidente. Do projeto de intern acion al izaç ão faz parte a presença da Abiea no Label 8, grupo internacional formado pelas principais entidades do mercado de au toadesivos do mundo. Nas ações volta das à institucionalização, o presidente almeja elevar o corpo associativo — ten do em vista o crescimento do número de empresas de etiquetas adesivas nos últi mos anos — e desenvolver atividades em conjunto com os fornecedores. “Temos um trabalho muito inten so a ser feito em nossa cadeia produti va, a fim de fortalecermos o segmento”. Eduardo revela que esta será uma ges tão dedicada a valorizar os fornecedores REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
e convertedores de produtos e da cadeia de adesivos como um todo. Abiea no Label 8
Em dezembro de 2009, durante a Label Expo Asia, a Finat (Federação Interna cional dos Fabricantes e Transforma dores de Adesivos e de Termocolantes) oficializou a criação do grupo Label 7, responsável pelo desenvolvimento de ações em favor do meio amb ient e e da sustentabilidade nas empresas de rótulos e etiquetas adesivas. A iniciativa, recentemente transfor mada no Label 8, reúne as oito princi pais entidades do setor nos cinco conti nentes. As entidades uniram-se com o objetivo de estudar as melhores alter nativas para o segmento e manter seu crescimento sem deixar de atender aos critér ios de sustentabilidade. Representando a América do Sul, a Abiea foi convidada a fazer parte do L8 há três meses. O Brasil passa a inte grar o grupo já formado por entidades da Austrália, China, Europa, Índia, Ja pão, Nova Zelândia e América do Nor te. Estima-se que esses locais, juntos, representam cerca de 70% da produção global de etiquetas autoadesivas. Sed iad a na Holanda, a Finat orga niza reuniões per iódicas nas q uais são discutidas técnicas de produção, ideias e soluções para enriquecer o panorama do setor. O L8 também deseja apoiar as medidas colocadas em prática pela in dústria para reduzir o impacto ambien tal e estimular o uso de materiais e pro cessos de produção mais sustentáveis. A reunião de apresentação da Abiea como integrante do L8 aconteceu duran te a LabelExpo Americas, em Chicago
Foto: Alair Barbosa
Eduardo Quartim Chede, novo presidente da Abiea
Associação empossa diretoria e comemora inserção no grupo Label 8, da Finat, como representante da América do Sul.
(EUA), de 14 a 16 de setembro. “É imen surável o orgulho de fazermos parte des se grupo tão seleto e termos a respon sabilidade de representar a América do Sul”, diz Eduardo Chede. Diretoria Abiea Gestão 2010 / 2012 Diretoria Presidente: Eduardo Quartim Chede (Art Print Color Adesivos). 1º vice‑presidente: Sérgio Botteselli Valério (Visionflex Soluções Gráficas). 2º vice‑presidente: Fernando A. Martins (Premium Flex Papéis). 3º vice‑presidente: Rubens A. Lage (Ready do Brasil Indústria e Comércio). 4º vice‑presidente: Andréa Bayer Vieira (Herrbaier Indústria e Comércio Etiquetas). 1º secretário: Vanderlei Scalli (CCD Etiquetas e Rótulos Indústria e Comércio). 2º secretário: Fabiano Giordani (Goldlabel Etiquetas). 1º tesoureiro: Francisco Sanches (Adesão Etiquetas e Rótulos Adesivos). 2º tesoureiro: Marcos Tomita (Contiplan Indústria Gráfica) Diretores Suplentes José Carlos Drager (Multilabel do Brasil), Antônio Paulo Sanches de Andrade (Grafcola Etiquetas Adesivas), Valéria S.F. Piedade (DRW Distribuidora de Produtos Gráficos), Carlos Alberto de Barros (Inferteq Indústria e Comércio de Etiquetas), Laércio Strange Warmeling (Flexoprint Etiquetas), Luiz Alfredo Mayer (Etima Etiquetas), Dionísio Marianelli (Scribo Formulários), Luis Felipe Glufke (Indusgraf Indústria Comércio Serviços Gráficos), Adhemur Pilar Filho (Apiflex Indústria e Comércio) Conselho Fiscal Marco César Cabrini (Saint Paul Indústria e Comércio); Derli de Araujo Krassuski (Master Print Impressos); Francisco E. Quintino (Quincolor Etiquetas Adesivas e Artes Gráficas) Suplentes do Conselho Fiscal Roberto Antonio Jaeger (Automação Comércio e Indústria de Impressos); Sandro Santos (Cromia Rótulos e Embalagens); Sérgio Barboza de Mesquita (Makton Indústria de Auto Colantes)
Passo a passo até a consolidação
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Edwar Sávio, presidente do Grupo Jauense
Edward Sávio, fundador da Cartonagem Jauense, primeira gráfica de embalagens do centro-oeste do Estado de São Paulo, viu na indústria calçadista o caminho para o sucesso. Tainá Ianone
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mportante polo de desenvolvimento industrial, Jaú — município do inter ior paulista — destaca-se pela grande concentração de fábricas de sapatos, atividade que lhe confere o título de “capital do calçado feminino”. Em 1959, operário de uma dessas empresas, Edward Sávio enxergou uma oportunidade no alto consumo de embalagens para os produtos. Assim nasceu a Cartonagem Jauense, a primeira gráfica do segmento na reg ião. Nos primeiros anos, a falta de equipamentos, de insumos, matéria-prima e a carência da mão de obra tornaram o empreendimento desaf iador. “Até mesmo as chapas de impressão offset precisavam ser gravadas em São Paulo”, conta Edwar Sávio, presidente do hoje Grupo Jauense e filho do fundador. Porém, essas mesmas dificuldades impulsionaram o desenvolvimento da gráfica, já que para os clientes também havia escassez de fornecedores de embalagens. “Na época, o mais próximo ficava em Jundiaí, e a distância encarecia os produtos”, diz o empresário. Esse cenário teve uma mudança significativa em meados da década de 1980, quando a produção praticamente artesanal foi substituída pelas primeiras im-
pressoras bicolores importadas da Alemanha. Em poucos anos o investimento em máquinas e em sistemas de qualidade, aliado ao desenvolvimento de novos produtos, permitiu à Jauense am pliar seus serviços para os mais diversos segmentos industriais. Retração e expansão
Apesar da consolidação conquistada no mercado, a década de 1990 começou trazendo novos desaf ios, decorrentes basicamente de três fatores: a necessidade de modernização imposta pelo grande aprimoramento das máquinas à época, a abertura do mercado externo e, principalmente, o Plano Brasil Novo, que, dentre vár ias medidas de intervenção na economia, bloqueou os saldos das contas correntes, cadernetas de poupança e demais investimentos dos brasileiros. “Resistimos a essas adversidades graças ao empenho do meu pai, que se desfez de bens particulares para investir na gráfica. Porém, também trabalhamos forte na conquista de novos mercados, na produção eficiente e na gestão rigorosa dos recursos financeiros, fatores que possibilitaram uma recuperação rápida, estruturada e duradoura”, relata Edwar.
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS Cartonagem Jauense OO Impressora offset Roland 800 4 cores OO Impressora offset Roland 806 OO Impressora offset Roland Policolor OO Impressora offset Roland 700 OO Impressora offset Roland Bicolor OO Impressora flexográfica Thunder
Comat BB4900 OO Envernizadora
Retomado o crescimento da empresa, em 1998, pai, filho e mais três sócios mi nor it ár ios abriram a gráfica Suprema, incorporada pela Jauens e três anos dep ois. Também focada na produção de embalagens em micro- ondulado, a Suprema é dire cionada às tiragens menores. Buscando maior proximidade com os clientes, a empresa criou o projeto Jauense do Nordeste, fundado em 2002 e instalado no município de Lauro de Freitas, na Bahia. O parque gráfico de 10 mil metros quadrados mantém uma produção mensal de quase dois milhões de folhas impressas. “Mesmo tendo participado efetivamente da decisão, meu pai não teve a oportunidade de ver o projeto finalizado”, comenta Edwar, referindo-se ao falecimento de Edward dois meses antes da inauguração. Em sua homenagem, a Câmara dos Vereadores
OO Corrugador micro‑ondulado OO Conjunto Asitrade corrugado OO Conjunto corrugador Milko OO Acopladora automática Sanwa OO Corte e vinco automática SP 142‑E OO Corte e vinco automática SP 102‑E OO Corte e vinco automática SP 130‑E OO Coladeira Vegga 100 OO Coladeira Vegga 115 OO Coladeira Bobst Media 100
e a prefeitura de Jaú deram seu nome ao recém-inaugurado Centro de Treina mento Prof issional – Escola Edward Sávio, mantido por meio de convênio entre o município e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Jauense do Nordeste OO Impressora offset Ultra OO Impressora offset Roland Policolor OO Corrugador micro‑ondulado OO Acopladora manual OO Coladeira Bobst Media 100
Suprema
Consolidação
OO Impressora offset Roland Bicolor
Uma das maiores produtoras nacionais de embalagens em papel-cartão micro-ondulado e onda “B”, a Cartonagem Jauense possui um parque gráfico com mais de 22 mil metros quadrados de área construída. Na opinião de Edwar, a
OO Impressora offset Roland Policolor OO Acopadora automática Aspire OO Acopladora semi‑automática Radial OO Coladeira Bobst Ambition OO Coladeira Bobst Media 100
valorização do capital humano — as três unidades somam 650 funcionár ios —, o processo de logística diferenciado e os equipamentos continuamente atualiza dos contribuem para o fortalecimento e consolidação da gráfica. Para 2011 a expectativa do empresário é consolidar os investimentos reali zados nos últimos anos, principalmente na modernização do parque gráfico que está se efetivando em 2010. As perspectivas de aumento na produção e no faturamento são de 10%, especialmente na unidade do Nordeste. “Temos visto grandes possibilidades de incremento e expansão naquela reg ião”. & CARTONAGEM JAUENSE Tel. (14) 2104.6077 www.cartonagemjauense.com.br SETEMBRO/OUTUBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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Alphaprint aposta na convergência de tecnologias
Alphaprint apresentou na Ex poPrint, realizad a em junho deste ano, a HP Indigo 7500, destaque da linha de equipamentos di git ais, com alto índice de automação. “A máquina foi mostrada pela primei ra vez na América Latina. É um equi pamento capaz de imprimir mais de 3,5 milhões de páginas A4 quatro cores por mês”, informou o diretor de Plane jamento e Marketing, Hadriano Domin gues. Além da HP Indigo 7500, foram ex postos outros três modelos da HP Indigo: a 3550, a 5500, e a 7000. Embora o equipamento seja voltado à impressão digital, Hadriano é categórico ao afirmar que acredita na convivência desta com o offset. “As campanhas cus tomizadas, as malas diretas com perso nalização e a redução das tiragens são tendências de mercado. Neste contexto, é preciso saber quando usar a impressão digital e quando usar o offset. Em mui tos casos, a convergência pode ser a melhor opção, tanto do ponto de vista de custo, como de resultado”, explica. O diretor esclarece, porém, que ainda
é preciso quebrar paradigmas. “A tecno logia de impressão digital é relativamen te nova, tornou-se realid ade em 2000. Quatro anos depois se consolidou e, em 2008, alcançou padrão chamado ‘offset digital’, termo usado como referência à equivalência de qualidade”. A tecnologia digital que a Alphaprint oferece aos seus clientes permite que estes se aproximem mais do seu públi co, sabendo suas necessidades e fazen do do conhecimento obtido um diferen cial. “Você vai até uma concessionár ia ver um carro. Alguns dias depois chega à sua casa uma mala direta com fotos do veículo de todos os ângulos, outra foto do vendedor e uma oferta direcionada especialmente a você. Em outros tem pos, isso sair ia muito caro. Hoje temos tecnologia para prestar esse tipo de ser viço a custo acessível, tendo em vista a margem de retorno, que é muito maior”. Nova parceria EFI Vutek
Também durante a ExpoPrint, a Al phaprint anunc iou a amp liaç ão dos trabalhos junto à EFI , líder mund ial em inovações para impressão digital. As empresas já eram parceiras na área de softwares há algum tempo e o acor do passou a englobar equipamentos das linhas EFI Vutek e EFI Rastek para im pressão digital de grandes formatos em
Fotos: Roberto Loffel
Com perspectivas de crescer 25% neste ano, a empresa mostrou na ExpoPrint as últimas novidades em equipamentos digitais da HP e anunciou a ampliação do acordo com a EFI.
Hadriano Domingues, diretor de Planejamento e Marketing
substratos f lex íveis a exemplo de lo nas, vinil adesivo e substratos rígidos, tais como chapas PS, MDF, acrílico, car tão micro-ondulado, com tecnologia de tinta com cura ultra-v iolet a e tecnolo gia de tinta à base solvente. São equi pamentos com largura de impressão desde 1,37 metros até 5 metros de lar gura e com velocidade de impressão de 20 m²/h a 300 m²/h com resolução foto gráfica. Na ExpoPrint foram expostas a GS3200, QS3250r e QS2000, da Vutek e a H700 da Rastek. Solução como negócio
Segundo Hadriano, o conceito de trazer sempre as melhores soluções aos seus clientes se aplica em cada uma das uni dades de negócio da empresa. São elas: soluções em equipamentos, consum í veis, assistência técnica e consultoria para pré-i mpressão, impressão offset, impressão digital, acabamento gráfico e comunicação visual. “Trata-se de um pacote que cobre todo o caminho e, para alcançar nossos objetivos, temos de ofe recer as melhores opções ao mercado”, fi naliza. Depois de um ano de 2009 atípi co, Hadriano prevê que a empresa atinja crescimento de 25% neste ano. “Dois mil e oito vinha bem até a crise chegar. Em janeiro de 2009, os índices mais oti mistas eram, no mínimo, assustadores, mas a economia brasileira como um todo se saiu melhor do que o esperado. E agora conseguimos encontrar um bom ritmo”. Atendendo há 24 anos o mercado gráfico, a Alphaprint conta atualmente com 250 funcionár ios dist ribuídos na sede de São Paulo e nas filiais do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Recife. & ALPHAPRINT Tel. (11) 2164.1900 www.alphaprint.com.br
Sustentabilidade
Gestão ambiental e certificações na indústria gráfica Palestra apresentada no auditório da ABTG pela empresária e consultora ambiental Heloise Lunardi Coutinho destacou a importância do licenciamento e da gestão ambiental para as indústrias gráficas.
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Tainá Ianone
oi realizada na manhã de 10 de agosto, pela Abigraf Re gion al São Paulo, a palestra “Planejamento na Área Grá fica: Implantação de Gestão Ambien tal e Certificações na Indústria Grá fica”, no auditór io da ABTG, no bairro da Mooca, em São Paulo.
O evento, ministrado por Heloise Lunardi Coutinho, consultora empre sar ial de meio ambiente, qualidade e certificações e engenheira especiali zada em meio ambiente, teve como ob jetivo auxiliar os gráficos brasileiros a conhecerem mais sobre gestão e pro blemas ambientais, conceitos, legisla ção, licenciamento ambiental e certi ficações, como a ISO 14001 e os selos FSC, Cerflor e Ecológico. Durante o encontro foram abor dadas também questões referentes à correta segregação, armazenamento e transporte de resíduos, tratamento e disposição final. A consultora orien tou os participantes sobre como con
solidar um sistema maduro, que pro porcione oportunidades de melhoria tanto financeiras quanto ambientais e sociais para a empresa. Além do respeito à natureza
Comparadas às gráficas espanholas, suíças e alemãs, as brasileiras estão atrasadas nas questões ambient ais. Um dos principais fatores que contri bui para isso é a comercialização de produtos há muito tempo proibidos no exter ior, mas ainda legais no Brasil. Segundo Heloise, as empresas de vem entender os conceitos envolvi dos na gestão ambiental. “Não basta ter apenas a certificação, as indústrias SETEMBRO/OUTUBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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Sustentabilidade
gráficas precisam ter ações ambien talment e corretas, como economia e uso racional dos recursos naturais, princípios declarados como um dos objetivos da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos”.
“Não basta ter apenas a certificação, as indústrias gráficas precisam ter ações ambientalmente corretas, como economia e uso racional dos recursos naturais.” Os lucros para as companhias que incorporam esse processo são inúme ros, dentre eles redução de desper dícios, dim inuição de alguns custos fixos, prevenção de acidentes am bientais, multas e possibilidade de fi nanciamento a taxas reduzidas. “Sem mencionar a melhoria da imagem da empresa perante o mercado ao de monstrar sua consciência ambiental”, reforça a consultora. Entretanto, implementar a ges tão ambient al requer alguns cuid a dos, como monitoramento per iódico do sistema, reuniões de acompanha mento, controle das datas das docu mentações envolvidas e atenção às mudanças nas legislações e às novas tecnologias. No caso de contratação de empresas terceirizadas, Heloise acon selha a pedir informações e a acompa nhar as mesmas, pois há muitas sur gindo nesse mercado e nem todas com a exper iência necessária.
treinados e muit as ideias, pois, sem o apoio da direção, a equipe fica des motivada”. Além disso, são necessá rias a real izaç ão de treinamentos e uma mudança cultural. “Nos países desenvolvidos a preocupaç ão ecoló gica é muito mais forte. Os consumi dores cobram das empresas medidas sustentáveis”, explica. A falta de conscientização torna- se um grande entrave para as gráficas aderirem à gestão ambiental. Grande parte delas acredita que o processo é caro e sem retorno do investimento, consumindo muito tempo e esforço da equipe. “As indústrias precisam enten der a importância e necessidade do li cenciamento e da gestão ambiental”. Nas empresas maiores, com pla nejamento estratégico, o processo deve ser incorporado; nas menores, as reuniões de planejamento desem penham papel essencial na criação de equipes de trabalho com respon sáveis. Na opinião da consultora to das devem oferecer apoio financei ro, humano e técnico para terem a gestão ambient al implementada de forma satisfatória. A conscientização dos colaborado res também é imprescindível. Heloise
Nova cultura
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O investimento na consc ient iz aç ão dos gestores é primordial, pois, segun do Heloise, eles devem ser um espe lho e incentivo para os demais funcio nários. “Não adianta ter colaboradores REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
Heloise Lunardi Coutinho
recomenda explicar o motivo e impor tância de cada ação para os funcioná rios, pois eles precisam compreender as orientações que estão recebendo. Indústria Serigráfica Tekne
A experiência de Heloise não é apenas como consultora, mas também como sócia-diretora da Indústria Serigráfi ca Tekne, vencedora do Primeiro Prê mio Abigraf de Responsabilidade So cioambiental, na categoria Ambiental. O programa vencedor foi “Imprimin do com Consciência e Ações Ambien tais”, o qual trata das questões ambien tais, fazendo um trabalho constante de conscientização e orientação com os colaboradores.
“Nos países desenvolvidos a preocupação ecológica é muito mais forte. Os consumidores cobram das empresas medidas sustentáveis.” A conquista não foi por acaso. A prof issional relata que houve mui to treinamento tanto com a diretoria quanto com os colaboradores desde 2001, além de diversos estudos e par cer ias com o Sindigraf-RS e SebraeCNTL. “Sempre procuramos conhecer novas tecnolog ias, real iz ar pesqui sas de fornecedores habilitados e ca pazes, além de pesquisas e exper iên cias com novas matérias-primas para trocas nos processos para produtos melhores”, relata. Instalada em uma área de mil me tros quadrados em um bairro indus trial de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, há 25 anos a empresa oferece ao mercado serviços de impressão se rigráfica e, há dois anos, impressão digital para pequenos formatos. Todo o trabalho é desempenhado por dois diretores e 19 colaboradores.
Sustentabilidade
Ser sustentável é ser competitivo O 3 -º Ciclo de Palestras: Sustentabilidade na Indústria Gráfica, realizado pela ABTG, mostrou caminhos para que as empresas do setor adotem medidas ambientalmente corretas no processo produtivo — algo que, mais do que necessário à preservação do planeta, se mostra como exercício fundamental para a sobrevivência nos negócios.
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Ada Caperuto
eduzir materiais, adotar me didas de produção que eco nomizem insumos e utili zar matérias-primas que não agridam o meio ambiente. Estas po der iam ser as três regras-síntese da nova ordem que segue não apenas a indústria gráfica, mas toda a socieda de, em qualquer atividade. O 3º Ciclo de Palestras: Sustentabilidade na In dústria Gráfica, realizado pela ABTG
em 11 e 12 de agosto, no entanto, trou xe conhecimentos aprofundados para quem já entendeu que seguir as re gras desta nova ordem mundial é tam bém uma questão de sobrevivência no mercado. O evento, patrocinado pelo Sindigraf- SP e pela Fibria, com apoio da Abigraf Nacional e da Abigraf- SP, reuniu cerca de 100 participantes nos dois dias. E estes prof issionais — em presár ios e funcionár ios da indústria gráfica, designers e criativos de agên cias de publicidade, prof issionais da área de meio ambiente e de out ros segmentos — tiveram a oportunida de de acessar conhecimento priv i leg iado, transmitido por experts com ampla exper iência no tema. Gente como Carlo Bulgarelli, coor den ad or de Gestão de Produtos e Marketing da Fibria, que falou sobre “Ecoef iciência em Celulose e Papel – a Maneira Inteligente de Programarmos o Futuro”, mostrando os caminhos que
segue o ciclo de produção de celulose e papel. A proposta de Bulgarelli, com sua apresentação, reforçou o conceito da Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa, lançada recentemente pela Abigraf com o apoio de 21 entidades. Com os estudos apre sentados, ele foi claro: o papel não pode ser visto como o vilão no processo de degradação ambient al. Ao contrário, as florestas plantadas com a finalida de de produção de celulose e papel re presentam hoje uma alternativa de cul tivo sustentável, que gera trabalho e renda para as comunidades. Mais que isso, altera até mesmo a sistemática de exploração de terras, que não adota qualquer medida de preservação, ain da existente em muitas regiões do País. Se as florestas de eucal ipto vêm dando sua contribuição ao meio am biente, o que as empresas estão fazen do para minimizar os efeitos gerados pela produção industrial? Esta respos SETEMBRO/OUTUBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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ta foi dada, em parte, por Teddy Lalande, especialista da Dixie Toga e con sultor da ABTG. Seu tema, “Pegada de Carbono da Mídia Impressa”, trouxe es clarecimentos sobre como as empresas gráficas podem não apenas reduzir os efeitos negativos da produção, como também agregar valor aos seus produ tos a partir desta prerrogativa. Tudo começa no “Carbon Trust Label”, que, especialmente na Europa, é utilizado em produtos para indicar o quanto se emitiu de CO² em sua fabricação. Junto com o selo, muitas empresas prestam informações sobre como o consumidor pode reverter esta emissão, seja reci
“As florestas plantadas com a finalidade de produção de celulose e papel representam hoje uma alternativa de cultivo sustentável, que gera trabalho e renda para as comunidades.” Carlo Bulgarelli
Coordenador de Gestão de Produtos e Marketing da Fibria
90
clando a embalagem ou adotando me didas que evitem desperdícios na con servação e uso daquele determinado item. Lalande mostrou que é perfeita mente possível aplicar esses conceitos à indústria gráfica, calculando a “pega da de carbono” dos impressos, de acor do com os tipos de materiais utilizados no substrato, no acabamento e outros elementos da produção, como tintas, solventes e adesivos. As sugestões gi ram em torno de iniciativas simples, como reduzir a gramatura dos pro dutos, tornar a cadeia produtiva mais ecoef iciente, incentivar a reciclagem pós-c onsumo e captar e valorizar o metano dos aterros, entre outras. Para encerrar o primeiro dia do evento, Milton Norio Sogabe, prof is REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
sional que atua no setor de Ar, Ruído e Vibrações da Companhia Ambien tal do Estado de São Paulo (Cetesb), deu uma verd ad eir a aula sobre as “Leis das Emissões Atmosféricas”, trazendo dados históricos e estatísti cos da poluição atmosférica e das re gulamentações no Brasil e no mundo e explicando como atuam os órgãos controladores dos índices de poluição. Produtos sustentáveis
O Ciclo de Palestras: Sustentabilidade na Indústria Gráfica teve continuida de em 12 de agosto, com a palestra de Rogério Ruschel, presidente da Rus chel & Associados Marketing Ecológi co. “Produtos Mais Sustentáveis e os Impactos na Indústria Gráfica – Pro jeto End-to-end: Sustentabilidade de Ponta a Ponta (Programa Walmart Bra sil)” é o título do painel que mostrou as tendências dos supermercados que afetam a indústria gráfica. A regra é economizar na emissão de CO². E nis so o exemplo da rede Walmart foi bas tante claro. Se as lojas não têm a maior parte da responsabilidade nesta tare fa, é claro que fica para os fornecedo res dos produtos vendidos a incum bência de oferecer alternativas. Com casos de diversas marcas que aderi ram à norma do Walmart, Ruschel mostrou, em números, que é possível reduzir sensivelmente as emissões de gases do efeito estufa (GEE). Como? Usando menos papel, tintas e acaba mentos especiais nas embalagens é uma das respostas. Neste ponto, Rus chel lembra: “O melhor do filé mignon da indústria gráfica está sendo reduzi do. As empresas têm que pensar em como atender um mercado que exi ge cada vez mais em termos de em balagens, com menos matéria-prima, com materiais recicláveis e atendendo todas as certificações exigidas”. Para quem tem dúvidas sobre os efeitos dos GEE nas mudanças climá ticas, a palestra seguinte, de Laércio Romeiro, da empresa Ciclo Ambien
tal, deixou claros todos os pontos de relevância. “Desempenho Ambiental Aplicado a Produtos Frente ao Aque cimento Global” mostrou como a fabri cação e o uso de determinados produ tos podem interferir na maior ameaça para a sobrevivência humana no pla neta. Ele esclareceu de que forma se apresentam as causas e os efeitos do uso dos recursos naturais sem plane jamento. “A boa notícia é que o Brasil está aprendendo mais rápido, porque tem condições de evitar os erros co metidos pelos países desenvolvidos”. É indiscutível que o m aior objetivo de todos os setores produtivos hoje, e também da sociedade, é reduzir as emissões de carbono, o que pode ser feito em todas as atividades, sejam elas industriais, comerciais, de serviços e até no agronegócio. Finalizando o ciclo de palestras, Renata Motta, diretora do Instituto Sérgio Motta, falou sobre “Lixo Ele trônico”. Ela apresentou o projeto “e- lixo maps” (www.e-lixo.org), site que indica os loc ais mais próximos, de casa ou do trabalho, que coletam o lixo eletrônico. O projeto é uma par ceria entre a Secretaria do Meio Am biente do Estado de São Paulo e o Ins tituto Sérgio Motta. O “e-lixo maps” associa a plataforma do Google Maps com um banco de dados dos postos de coleta de “e-lixo”, abrangendo ini cialmente o Estado de São Paulo. As sim, a informação fica disponível e pode ser visualizada de forma mais funcional e lúdica. Com o final do evento, registre-se a importante contribuição dada pela ABTG e seus parceiros no sentido de trazer um importante esclarecimen to aos associados e demais prof issio nais do setor e de outros correlatos. O volume de informações e conhe cimento foi amplo, o que é essencial para um aspecto que hoje caminha a passos rápidos e largos: a sustentabi lidade ambiental. Melhor correr para não ficar para trás.
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Sustentabilidade
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ECONOMIA Texto e dados: Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf
Desempenho do setor aponta para números positivos
O 92
Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf elaborou uma síntese do desempenho da indús‑ tria gráfica nos últimos doze meses. A análise está baseada em dados do índice de produção física da indústria gráfica, originados pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM‑PF) — fornecidos trimestralmente pelo IBGE à equipe do Departamento Econômico da Abigraf. É interessante notar a var iação dos índices de desempenho, de acordo com os per íodos em que as comparações são fei tas, inf luenciadas por características sazonais do setor, já que os picos de produção na indústria gráfica ocorrem nos meses de outubro a dezembro e de março a maio. Com base nessas análises, até o final de 2010 a Abigraf prevê aumento de 6,5% no volume de produção do setor, de 2,1% no emprego, de 12,7% nas exportações e de 13% nas importações em relação ao desempenho registrado em 2009.
REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
Produção
Em termos da produção da indústria gráfica brasileira, medida em quanti‑ dade de papel convertido/impresso, o acumulado dos últimos doze meses — julho de 2009 a junho de 2010 — teve um crescimento de 5%, índice infer ior ao observado para a indústria em ge‑ ral no mesmo per íodo (6,5%). No en‑ tanto, na comparação do primeiro se‑ mestre deste ano com o mesmo período de 2009, a produção gráfica acumula crescimento de 8%. O segmento que mais cont ribuiu para esse resultado foi o de embala‑ gens impressas, com um aumento na
Tabela 1 – Crescimento da produção nos segmentos da indústria gráfica brasileira – em Quantum Crescimento acumulado últimos 12 meses ABR 09 a MAR 10 (%)
Produção Física em quantidades (ton)
Embalagens Impressas
jun 10/ mai 10
jun 10/ jun 09
9,6%
14%
13,2%
2,1%
– 5,2%
9,8%
11%
10,9%
4,8%
– 4,9%
9,5%
17,8%
27%
23,9%
– 7,8%
– 6,7%
11,1%
Produtos Gráficos Editoriais Jornais
2-º Trimestre 2-º Trimestre 2010/ 2010/ 2-º Trimestre 1-º Trimestre 2009 2010
7,7%
Embalagens Impressas de papel ou papelão de uso geral Embalagens Impressas de plástico
1-º Semestre 2010/ 1-º Semestre 2009
7,7%
9%
10,1%
– 2,1%
– 4,7%
18,9%
– 5,7%
3%
0,7%
0,7%
– 5,8%
– 3,0%
5,0%
8%
7,1%
– 0,9%
– 3,8%
7,8%
Total ABIGRAF
Fonte: Recorte Especial da PIM-PF/IBGE para a Abigraf. Elaboração: Websetorial
Gráfico 1 – Índices Especiais de Produção Física da Indústria Gráfica Índice de Base Fixa (Base: média de 2002 = 100) 180 160 140 120 100 80 01/2006 02/2006 03/2006 04/2006 05/2006 06/2006 07/2006 08/2006 09/2006 10/2006 11/2006 12/2006 01/2007 02/2007 03/2007 04/2007 05/2007 06/2007 07/2007 08/2007 09/2007 10/2007 11/2007 12/2007 01/2008 02/2008 03/2008 04/2008 05/2008 06/2008 07/2008 08/2008 09/2008 10/2008 11/2008 12/2008 01/2009 02/2009 03/2009 04/2009 05/2009 06/2009 07/2009 08/2009 09/2009 10/2009 11/2009 12/2009 01/2010 02/2010 03/2010 04/2010 05/2010 06/2010
60
Embalagens Impressas
07/2010
05/2010
03/2010
01/2010
11/2009
09/2009
07/2009
05/2009
03/2009
01/2009
11/2008
09/2008
07/2008
05/2008
Em termos da geração de empregos, segundo dados recentes do Ministério do Trabalho e Emprego e da Relação A nual de Informações Soc iais (MTE/ Rais), o setor gráfico brasileiro conso‑ lidou o ano de 2009 com 19.694 empre‑ sas ativas, empregando um contingente de 211.255 pessoas. Na primeira análi‑ se, do acumulado de julho de 2009 a ju‑ nho de 2010, o setor chegou a 217,4 mil postos de trabalho, um crescimento de
7 6 5 4 3 2 1 0 –1 –2
te, 125 mil pessoas, praticamente a me‑ tade do que o setor gráfico emprega. O gráfico 2 descreve a retomada da empregabilidade no setor no pós-crise da economia mundial, a partir da evolução das taxas de crescimento de empregos.
Gráfico 2 – Evolução da Taxa de Crescimento de Empregos na Indústria Gráfica Brasileira Em percentuais %
03/2008
Emprego
Total Abigraf
3,7% ou o equivalente a um saldo posi‑ tivo de 6.150 empregos diretos. Só para se ter uma ideia da importân‑ cia do número de postos gerados pela in‑ dústria gráfica brasileira, as montadoras automobilísticas empregam, diretamen‑
01/2008
sua produção de 14,2%, seguido pelo de produtos gráficos edit or iais, com 9% (Tabela 1). Já na comparação dos dados de ju‑ nho de 2010 com os de junho de 2009, houve um crescimento de 7,8%, lem‑ brando que a expansão da produção na indústria em geral foi de 11,1% consi‑ derados os mesmos meses, segundo o IBGE (Gráfico 1).
Produtos Gráficos Editoriais
Mês/mês anterior (%) Média do ano/média no ano anterior (%) Variação mensal do emprego, pela média dos últimos 12 meses no ano anterior (%)
93
Fonte: Caged/MTE. Elaboração: Decon/Abigraf.
SETEMBRO/OUTUBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
Tabela 2: Investimentos realizados pelo setor gráfico brasileiro Importações de máquinas e equipamentos gráficos
Investimentos
Em relação aos investimentos realiza dos de janeiro a julho de 2010, as im‑ portações de máquinas e equipamentos gráficos totalizaram US$ 805 mil hões, um aumento de 38% em relação a igual per íodo de 2009. Apesar do crescimen‑ to nas importações de máquinas e equi‑ pamentos gráficos nestes sete meses, as compras estão dim inuind o desde 2008, refletindo esforço maior de utili‑ zação da capacidade já instalada. Isso se deu especificamente no pós-crise, já que nos anos anter iores os investi‑ mentos pod iam ser considerados até excessivos, estimulados pelo câmbio e pelas expectativas bastante otimistas sobre a economia.
DESCRIÇÃO
2008
2009
2009*
2010*
760,13
455,33
259,42
428,02
45,22
67,60
49,63
23,42
Flexografia
395,99
141,27
75,97
120,25
Offset plana
318,92
246,46
133,81
284,35
0,00
0,00
0,00
0,00
132,45
129,83
86,63
81,25
Impressão Offset rotativa
Tipografia rotativa e plana Acabamentos Pré-impressão Diversos
94
REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
9,43
6,73
4,19
5,32
910,57
411,58
232,25
290,68
0,00
0,00
0,00
0,00
1.813
1.003
582,48
805,27
26,7%
– 44,6%
—
38.2%**
Outras impressões TOTAL Variação percentual %
Fonte: Secex/ Aliceweb. Elaboração: Decon/Abigraf. *Dados referentes ao período de Jan/Jul. **Variação de Jan/Jul de 2010 em relação a igual período de 2009.
Comércio exterior
De acordo com os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Co‑ mércio Exter ior (MDIC), no per íodo de janeiro a julho de 2010, as exportações brasileiras de produtos gráficos totaliza‑ ram US$ 149 milhões, 15% a mais do que no mesmo período do ano anterior. Já as importações somaram US$ 187 milhões, o que representou um aumento de 27% na mesma comparação. Assim, o sal‑ do da balança comercial ficou deficitá‑ rio em US$ 30 milhões. Na comparação final, o aumento do déficit na balança comercial foi super ior a 300%. O crescimento de 15% registrado nas exportações no citado período foi impul sionado pelos segmentos de embalagens e cartões impressos, com um total de US$ 45 milhões. A participação de cada um deles no total exportado pela indús‑ tria gráfica brasileira foi de 30%, porém no segmento de cartões impressos hou ve um crescimento de 36% no mesmo per íodo enquanto na área de embala‑ gens o aumento verificado foi de 21%. Por out ro lado, o segmento de cadernos continua em curva descenden‑
VALOR (US$) Milhões
Gráfico 3 – Balança Comercial Brasileira × Taxa Média do Câmbio Valores em US$ Milhões FOB 2006–2010* 400
2.0
300
2.0
200
1.5
100 0
1.0 2006
2007
2008
2009
2010*
– 100
0,5
– 200
0
Exportação
Importação
Saldo Comercial
Taxa de Câmbio
Fonte: MDIC. Elaboração Decon/Abigraf. * Jan10/Jul10.
te na paut a de exportações do setor e registrou, nesses primeiros sete meses de 2010, 4% a menos em relação a igual per íodo de 2009 (com US$ 23 milhões). Entre os US$ 187 milhões de importações de produtos gráficos destacaram-se os editoriais (livros e revistas), que re‑ presentaram 37% do total (US$ 68,7 mi lhões), com aumento de 8%, quando se considera o mesmo per íodo. Vale destacar que o segmento de cartões impressos importou US$ 44 mi
lhões, o que representa 23% do total e um crescimento de 85% também na comparação com o mencionado per ío do. As exportações de US$ 45 mil hões dos produtos desse segmento foram, portanto, quase que totalmente neutra lizadas pelas importações. Para completar o panorama do co‑ mércio exter ior do setor gráfico, o seg‑ mento de embalagens correspondeu a 18% do total importado, ou US$ 34 mi lhões, e o aumento foi de 24%.
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14º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica
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270 industry yearbook brazilian printing 300 0 24
12 th
11 th brazilian printing industry yearbook
11º anuário brasileiro da indústria gráfica • 2006/2007
12º ANUÁRIO BRASILEIRO DA INDÚSTRIA GRÁFICA • 2007/2008
13º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica 2009
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DA INDÚSTRIA GRÁFICA
11º anuário brasileiro da indústria gráfica
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ANOS
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E D ITA D O PO R
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14º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica 2010
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E DI TA DO P O R
12 Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica 2007/2008 º
12th Brazilian Printing Industry Yearbook 2007/2008
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Abaixo, os projetos de Leandro Daniel, Ana Basaglia e Fabiana Campos Martins.
Os designers em geral, e os visuais em particular, e aqui estão incluídos os gráficos e os webdesigners, estão cada vez mais envolvidos em relações com profissionais de
98
muitas áreas. Não só para tratar dos conteúdos, de argumentos ou de narrativas, mas também por motivos técnicos envolvidos na produção e no funcionamento dos sistemas. Além disso os designers devem dominar o verbal não apenas para o diálogo, mas sobretudo para organizar a criação. ¶ O curso de
pós-graduação em design gráfico da FAAP, coordenado por Carlos Perrone, trabalha vários aspectos paralelos e fundamentais da vida cultural e tecnológica essenciais ao desenvolvimento profissional dos designers. Os projetos nesta página foram desenvolvidos no primeiro semestre de 2010.
De cima para baixo, os projetos de Andrea Simão, Raquel Orlando e Fabíola Greco.
REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
❧
A ARTE DA TIPOGRAFIA
Este é um texto relevante sobre a arte tipográfica, cuja pertinência transpassa as três mais importantes fases da tipografia ao longo dos seus quinhentos anos de vida. É leitura fundamental para quem inicia seu aprendizado profissional a partir da fase dos computadores. Zapf, nascido em 1918, é considerado um dos mais influentes designers de tipos de todos os tempos. Atualmente trabalha na Linotype, na Alemanha, digitalizando suas criações e em novos projetos. Claudio Ferlauto
A Trienal Nacional do Design dos EUA, cuja quarta edição foi intitulada Why Design Now?, segue a linha já tradicional em seus títulos (Design Culture Now, Inside Design Now e Design Life Now) e, como nas anteriores, mostra uma vasta gama de produtos, incluindo o mundo virtual e o real, produtos e arquitetura, design de superfícies e design de grandes estruturas. Aberta no início do mês de junho, esta edição, ao contrário da onda consumista global, exalta a funcionalidade em detrimento das inovações formais criadas pelas políticas de obsolescência indecente do sistema vigente. Para Holland Cotler, do New York Times, “algumas funções são bastante esotéricas. Há, por exemplo, uma blindagem corporal para uso na limpeza de campos minados; um debulhador manual de ❧ grãos, atualmente sendo testado no Mali, feito “Os estilos e as tecnologias que os afetam evoluíram com uma roda de bicicleta, e uma lâmpada LED drasticamente durante os 450 anos desde que Claude Garamond desenhou os seus tipos. alimentada com lixo”. ¶ A arquitetura As letras da composição tipográfica do passado tem presença muito forte nas mostras do foram feitas para servir ao espírito de sua época Cooper-Hewitt National Design Museum e isso e da tecnologia então em uso. Griffo e Garamond se explica pelo fato de que lá a arquitetura está cortaram (esculpiram) seus tipos à mão — tipos que eram projetados para serem impressos em papel sob o guarda-chuva do design, e os arquitetos umedecido através de prensas de madeira. As serifas não veem nenhum problema nisso, ao das fontes originais foram reforçadas para resistir contrário do Brasil, onde “uns boicotam os à pressão então necessária para se imprimir sobre outros e outros boicotam os uns” e nem se o rústico papel feito à mão e se gravar as ousadas sabe bem o porquê. ¶ O crítico completa: e diretas xilogravuras do século XVI”. “Como todo design, a arquitetura é uma arte ❧ social. Trata-se de compartilhar e moldar o mundo, e a trienal tem o seu momento mais inspirado na mostra de projetos arquitetônicos. A nova arquitetura pública de Medelin, na Colômbia, é a história de uma revolução social em curso”. Os grandes e inovadores prédios erguidos nos bairros pobres e violentos rapidamente expulsaram as quadrilhas e os traficantes dessas áreas.
TRIENAL USA
OLhAR
USA DESIGN
GRá FICO
COPA
Uma releitura do cartaz da Copa de 1950 por Geraldo Dalla Valle, designer da Artgraf Design Corporativo, de Porto Alegre, RS. www.artgraf.art.br
99 SETEMBRO/OUTUBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
Design para quem não é bobo
OLhAR
chão; [...] mas isso também significa que o cabo e o transformador do modelo antigo [...] são agora Deyan Sudjic é diretor do Design absolutamente inúteis. ¶ O design Museum, de Londres, como é usado para moldar percepções informa lacônicamente a quarta de como os objetos devem ser capa do livro A Linguagem das compreendidos. [...] Essa é uma Coisas (Editora Intrínseca, Rio de linguagem que evolui e modifica Janeiro, 2010). # A obra é uma seus significados tão depressa como crítica ao consumo inconsciente e à qualquer outra. Pode ser obsolescência planejada, aos quais manipulada com sutileza estamos nos acostumando como e inteligência, ou com obviedade ovelhas e cordeiros manipulados canhestra. Mas é a chave para por pastores do mercado e dos entender o mundo feito pelo homem. governos. Quem se incomoda ou quem se acomoda com Bobagem as contínuas atualizações de boleiro (quase sempre) inúteis em seu laptop, em seu Vou ser o melhor jogador da copa tocador de música ou em da África. Robinho. seu automóvel precisa ler Deyan para compreender o que se passa na sua vida: Futebol coisa que vai muito além para bobos: do fato de mexer no seu bolso. ¶ E os designers o maior deveriam ser obrigados espetáculo a ler para entender como da Terra estão deixando de ser agentes transformadores O gol é o ponto mais alto do futebol. Menos para o da sociedade para Parreira, para quem ele “é aptornarem-se marionetes enas um detalhe”. Mas Parreira manipuladas por controles é o que é, e faz anos que temos muito remotos... E muito de engoli-lo. A Copa do Mundo mais. ¶ Alguns trechos: é o maior espetáculo da Terra e deveria realizar sempre sua O uso exagerado da grande final no Coliseu, em palavra designer a Roma, para fazer jus à sua esvaziou de significados, grandiosidade. Entretanto, no ou a transformou em seu dia maior, jogam-se quase sinônimo de cínico duas horas de ludopédico e manipulador (ler e acontece apenas um gol. É estupendo como temos também Villém Flusser, a capacidade de sermos O Mundo Codificado, Cosac manipulados e enganados por um Naify. ¶ Nossa relação com nossas empreendimento comercial, onde quem posses nunca é direta. É uma mescla perde chora muito... apenas porque seus complexa de ciência e inocência. Os negócios serão prejudicados financeiramente. objetos estão muito longe de serem Se as coisas continuarem assim, onde ganha tão inocentes [...]e é isso que os torna quem fica mais tempo com a bola, é melhor logo organizar uma copa onde só sejam interessantes demais para serem permitidas embaixadinhas. Quem ficar mais ignorados. ¶ Também decepcionante tempo sem deixar a bola cair leva o caneco, [...] é a introdução feita pela Apple e chega de sofrimento. Está tudo tão chato de uma peça magnética que liga a que, como disse o filósofo Tostão, na Folha de S.Paulo, “o drible de corpo, a finta, o drible em máquina ao cabo de alimentação. que o jogador vai para um lado e depois vai Sem dúvida ela impede que, sem para o outro, o elástico e todos os tipos de 100 querer, derrubemos a máquina no dribles são cada vez menos frequentes. […] REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
No futuro o drible vai ser tão raro que poderá ser considerado uma falta, uma atitude antiética”. E não estamos longe disso: basta lembrar o que aconteceu com Kerlon, o jogador que inventou o drible da foca, lá em Minas Gerais.
Games sem bobagens Tom Bissell, em seu livro Extra Lives Why Video Games Matter (Pantheon Books, Nova York, 2010), põe o dedo na ferida da maior indústria mundial de entretenimento: Os games são sim uma forma de arte, embora ainda precisem ir além das narrativas tradicionais e melhorar muito os diálogos capengas de seu jogos. […] Não me importo com gráficos, cabelo e todas essas coisas se o game tiver imaginação, consistência e estilo. […] Provavelmente jogar games, na verdade, não ajudou em nada minha literatura. Jogar videogame usa uma parte da sua mente completamente diferente de quando você lê um livro. De fato, quando eu jogo muito, tenho que treinar minha mente para que ela se concentre em livros de novo, o que às vezes leva alguns dias. Na Folha de S.Paulo, julho de 2010.
Leituras
Atualmente lemos ligeiramente menos narrativas e argumentos longos do que 50 anos atrás. […] Mas e o outro lado da balança? Estamos lendo mais textos e escrevendo com maior frequência do que na época áurea da TV. ¶ Estamos ligeiramente menos concentrados e exponencialmente mais conectados. É uma troca que todos deveríamos nos alegrar em fazer. Steve Johnson, no New York Times.
E ele não é nada bobo Não sou internauta. Não compro nada pela internet. Aliás, se a economia dependesse de mim como consumidor, o mundo quebraria. As redes sociais, para mim, são um atraso de vida. Prefiro ler um livro ligado a negócios. Ubirajara Spessotto, executivo do setor imobiliário, São Paulo.
Lombada Quadrada - Hot Melt e PUR.
Quadrinhos
Um grande herói que nunca existiu No final da década de 1930, era de ouro dos quadrinhos, surge um novo super‑herói que alcança grande sucesso de vendas nas bancas. Só que…
D
ois jovens primos, Joe Kavalier & Sam Clayman, contemporâneos de autores da importância de Jerry Siegel & Joe Schuster (Superman) e Bob Kane (Batman) resolvem aproveitar a “onda” e lançam um novo herói, O Escapista, mestre do subterfúgio e inigualável na arte da fuga. Mesmo enfrentando a forte concorrência dos grandes super-heróis, a criação dos novos autores surpreende e torna-se uma sensação de vendas nas bancas de revistas. Só que… isso tudo era apenas fictício. Essa história nasceu da fértil imaginação do escritor americano Michael Chabon no seu livro “As Incríveis Aventuras de Kava lier & Clay”, lançado nos EUA em 2000, que recebeu o Prêmio Pulitzer no ano seguinte. Fã dos quadrinhos, Chabon faz da sua obra uma homenagem aos grandes nomes dos comics. A trajetória de Kavalier & Clay praticamente se inspira nas aventuras e desventuras da vida real de Siegel e Schuster. Asas à imaginação
Tanto a dupla de autores quanto o personagem, existiram somente no livro de Chabon. Na época, a Dark Horse Books publicou um gibi com as aventuras do Escapista, sem sucesso. Durou apenas oito edições. Em 2007, a Dark Horse resolve home nagear o autor e lança o livro “As Incríveis Aventuras do Escapista”, reunindo destacados nomes dos quadrinhos que criaram suas
Álbum em cores 192 páginas Devir Livraria www.devir.com.br
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Álvaro de Moya é autor do livro Vapt-Vupt. REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
próprias histórias sobre o herói. Nesta obra, publicada em maio no Brasil pela Devir Livraria, figuraram 15 autores/artistas, entre os quais Howard Chaykin e Will Eisner. O criador do “Spirit” foi convencido pela sua editora, Diana Schutz, a participar, mas demorou para fazê-lo. Um dia depois de entregar o trabalho, Eisner foi hospitalizado e faleceu em pouco mais de duas semanas, no dia 3 de janeiro de 2005.
Galeria da SIB - Sociedade dos Ilustradores do Brasil
Autor: HIRO KAWAHARA Título: Programa Pró Menino/ 2010. Cliente: Fundação Telefônica Técnica: Corel Painter 11 e Photoshop.
www.sib.org.br
Sociedade dos Ilustradores do Brasil
Gilberto Perin
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Foto: Marilaine Castro da Costa
F OTOG R A F I A
“A fotografia tem um começo, um meio e não necessariamente um fim. O fim está nos olhos do observador” Tânia Galluzzi
Instantes de emoção
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saíssem de seu computador e ganhassem as paredes das salas de exposição. O primeiro ensaio aconteceu em 2009, com a mostra “Conexões Infinitas”, no Cen‑ tro Cultural CEEE Erico Verissimo, em Porto Alegre. Em 37 fotog raf ias, registrando pai sagens urbanas em vár ios pontos do globo, Gilberto revelava as idiossincrasias desses grupos, ora em paisagens, ora em retratos. Aqui, uma característica peculiar. Corajo‑ so, o fotógrafo expõe-se ao chegar bem per‑ to daqueles que vai fotografar, que reagem com indiferença, cur iosid ade, medo e até mesmo agressividade. “Uma foto é o menor longa- metragem, feito com a menor equipe. Tem de trazer uma carga dramática”.
G
ilberto Perin sempre transitou com desenvoltura pelo univer‑ so das imagens. Formado em Co‑ municação Social pela PUC‑RS em 1976, já foi diretor de cena, gerente de produ‑ ção, roteirista e diretor de curtas-metragens. Desde 1995 está na direção do Núcleo de Especiais da RBS‑ TV do Rio Grande do Sul. Nesses 30 anos, o que Gilberto mais fez foi treinar seu olhar em busca do enquadra‑ mento primoroso, de formas particulares de mostrar o mundo. Mesmo assim, ele reluta‑ va em revelar a expressão estática de suas exper iências. A fotografia acompanhava- o, mas não chegava ao público. Foi preciso a intervenção de um amigo, o artista plás‑ tico Alfredo Aquino, para que as imagens
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A exper iência lhe rendeu a participa‑ ção em uma exposição coletiva em Paris e o estímulo para novas incursões. Dessa vez tudo aconteceu de caso pensado. “Gosto de futebol, mas não sou fanático. Resolvi então mostrar algo que não vemos mais porque é proibido. Os vestiários, as emoções contidas naquele espaço pouco glamouroso”. Além das quatro linhas
Apesar da dificuldade de driblar essa proibi ção (repórteres não podem mais transmitir
diretamente dos vestiários), Gilberto queria retratar um time com uma conexão direta com o Brasil. O escolhido foi o Grêmio Espor‑ tivo Brasil, da cidade de Pelotas (RS), que me‑ ses antes havia perdido parte de sua equipe num acidente rodoviár io. Por três meses Gilberto acompanhou o time. “Fiz-me invisível. Nunca conversa‑ va com os jogadores durante as fotos, dis‑ tância essencial para a espontaneidade das
& GILBERTO PERIN Tel. (51) 9981-6059 www.gilbertoperin.com
imagens”. Nas fotos está o leque de emoções que escorre do campo para os vestiár ios, a dor literal do contundido, a solidão do ex‑ pulso, o respeito pelo treinador, a relig io sidade sincrética. “É um ensaio fotográfi‑ co incomum, prior izando a estética, com o
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olhar voltado para os bastidores, não para o campo do jogo, não para a ação do fato esportivo. Tampouco é sobre o futebol mi diático do megaespetáculo televisivo e sim sobre os bastidores profundos e secretos do futebol mais popular e um tanto mais sim‑ ples do que aquele que todos veem na te‑ levisão”, escreveu Alfredo Aquino, curador da exposição. A mostra, intitulada Camisa Brasileira, também ocupou o Centro Cultu‑ ral Erico Verissimo, entre junho e julho des‑ te ano. A meta agora é a produção de um li‑ vro, reunindo cerca de 100 imagens e texto do escritor Aldyr Garcia Schlee. Gilberto tomou gosto pela coxia: já está fotografando os bastidores do Carnaval. “É desaf iante mostrar com magia algo nor‑ malmente desprovido de magnetismo, re‑ velar a poesia daquilo que está por trás da cena principal”.
Fabio Mestriner
A importância cultural da gravura para a indústria gráfica “A diferença dos grandes profissionais é que eles sabem mais sobre a profissão a que se dedicam”.
A
frase ao lado foi a resposta dada pelo cir urg ião real da Coroa britânica quando per guntado qual era a diferença entre o cir urg ião real e os de mais cirurgiões. Em sua resposta ele afirmou que o grande cir urg ião, além de executar com precisão as cir urg ias, deve saber mais sobre cirurgia que os cir urg iões comuns. O conhecimento sobre a profissão torna mais qualificado o trabalho do prof issional e amplia os horizontes de sua atuação. Aque les que desejam ir mais longe em seu tra balho precisam conhecer a história, a evo lução e as grandes conquistas da atividade que escolheram e precisam conhecer o tra balho dos grandes mestres que ajudaram a forjá-la. Só assim se tornarão parte do gru
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po que faz com que a profissão permaneça viva e em constante evolução. Uma vez me disseram que os pilotos dos aviões da Lufthansa passam por treinamen tos per iód icos onde reciclam e atualizam seus conhecimentos para se manterem no topo de sua atividade. Nestes treinamentos eles também voam em planadores para não perderem a capacidade de conduzir uma ae ronave sem motor, afinal, mesmo com toda a tecnologia disponível, um piloto de avião ainda deve saber voar. Neste momento em que o setor gráfico atravessa grandes transformações tecnológi cas, os prof issionais do setor estão enfren tando novos desaf ios, pois cada vez mais os equipamentos estão repletos de dispositivos eletrônicos e a impressão digital veio para ficar. A introdução deste artigo serve para lembrar que um gráfico, mesmo trabalhando com equipamentos eletrônicos e digitais, não deve abrir mão do conhecimento fundamen tal que fez desta uma das mais importantes profissões para o progresso da humanidade. O conhecimento da gravura e de sua cont ribuição para a cultura, tanto das ar tes gráficas quanto da sociedade como um todo, deve estar entre as preocupações da queles que desejam se tornar grandes pro fissionais, pois é ela que está na matriz de tudo o que é feito no setor. Gravar uma ma triz, entintá-la e transferir a imagem nela gravada para o papel constitui a essência desta atividade. Este procedimento resistiu à passagem dos séculos e chegou até nos sos dias com poucas alterações, pois seus fundamentos permanecem. Desde que os monges budistas na China começaram a produzir impressões com uma matriz de madeira gravada por volta do ano 670 até as mais modernas impressoras de hoje em dia, ainda gravamos uma matriz, aplicamos sobe ela a tinta e a pressionamos contra uma folha. A gravura em madeira, pedra ou metal, desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da arte e
Fabio Mestriner é professor e coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem ESPM. Professor do curso de pós-graduação em Engenharia de Embalagem da Escola de Engenharia Mauá. Coordenador do Comitê de Estudos Estratégicos da Abre, Associação Brasileira de Embalagem. Autor dos livros Design de Embalagem: Curso Avançado e Gestão Estratégica de Embalagem.
na difusão do conhecimento que transfor mou a sociedade e o mundo em que vive mos. Sua história riquíssima em aconteci mentos e personagens merece ser conhecida e suas práticas artísticas precisam ser pres tig iadas tanto pelo setor quanto pelos pro fissionais que o constituem, pois é ela que mantém viva a alma das artes gráficas. As escolas prof issionais, as escolas de design, artes plásticas, arquitetura e dese nho, ainda mantêm ateliês que ensinam as técnicas básicas da gravura, museus e pi nacotecas mantêm alguns cursos e ateliês, existem clubes de colecionadores e galer ias de arte ainda ativos no segmento, mas esta atividade precisa ser promovida para se manter viva e para continuar evoluindo. Uma gravura artística, assinada por um artista reconhecido, é a forma de m aior va lor que uma folha de papel pode alcançar, pois existem gravuras que alcançam valores de dezenas de milhares de dólares. Nem o dinheiro impresso em papel moeda alcança valor semelhante. A cultura da gravura é importante para o setor e deve merecer de todos os que nele atuam, ou dos que têm afinidade e amor pelas artes gráficas, uma grande considera ção e respeito, pois o futuro desta atividade passa pela valorização da sua história e de sua contribuição para o desenvolvimento da cultura da sociedade humana. A essência de uma atividade contém o DNA que permite que ela se reproduza; ati vidades e profissões extintas começaram a morrer quando abriram mão de sua histó ria e deixaram de cultivar os fundamentos que a fizeram existir.
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Da Califórnia para o mundo
F
oi no ano de 1935 que o inventor Stanton Avery const ruiu seu primeir o engenho para produzir etiquetas au toadesivas. O projeto, feito com motor e peças de máquina de lavar e de costura, custou apenas cem dólares — um patrocínio da professora Dorothy Durfee, que futuramente viria a ser sua esposa. A iniciat iva modesta, mas visioná ria, deu início à trajetória da empresa. Em apenas dez anos, o negócio prosperou de tal modo que foi criada a marca Fasson de etiquetas. Na década seguinte, foi estabelecida a primeira subsidiá ria no exter ior, na cidade de Leiden, Holanda.No final dos anos 1960, com ações na Bolsa de Valores de Nova York, a Avery começou a colocar no mercado uma série de inovações que culminaram em sua inclusão no ranking das 500 maiores corporações industriais dos Estados Unidos, publicada pela revista Fortune. São desse período produtos pio neiros como os adesivos para vedar fraldas e os mater iais sensíveis à pressão, empregados na produção dos primeiros selos autoadesivos dos Estados Unidos. Nos anos 1990, início do processo de formação da economia globalizada, a Avery fundiu-se com a Dennison Manufacturing, marcando a expansão mund ial da empresa. Com vendas na casa dos 6 bi-
Com mais de 200 fábricas e escritórios em 60 países, a Avery Dennison chega aos 75 anos e continua inovando em substratos e materiais autoadesivos. lhões de dólares em 2009, a companhia sediada em Pasadena, Califórnia (EUA), emprega aproximadamente 33 mil fun cion ár ios em mais de 200 fábricas e esc rit ór ios em 60 país es da América Latina, Europa, África do Sul e Ásia, servindo clientes em 89 nações. O movimento transnacional não tirou a tradição da empresa. Em todo o mercado, a marca Fasson é sinônimo de papéis revestidos, filmes e folhas de alumínio, autoadesivos e não adesivos amplamente utilizados nas mais diferentes aplicações por convertedores de rótulos, designers de embalagem e fabricantes de bens de consumo. Para mostrar os benef ícios das aplicações em autoadesivo, a Avery Dennison lançou este ano o site www. enhanceyourbrand.com/, exclusivo para o mercado de usuár ios finais. Trajetória no Brasil
No País há 40 anos, a Avery Dennison mantém uma planta e um centro de distri buição em Vinhedo, inter ior de São Pau lo, e outro em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Em setembro, mês de seu aniversário de 75 anos, a companhia participou de dois grandes
eventos do setor. O primeiro deles foi a LabelExpo Americas 2010, em Chicago (EUA), onde foram apresentados recentes desenvolvimentos tecnológicos e inovações em mater iais para rotulagem. Dentre as novidades destacam-se o Polyphane Fit, filme termoencolhível em bobina. Com taxa de encolhimento superior a 50%, o material permite uma extensa var ied ade de formatos, sendo ideal para a produção de embalagens para envase de bebidas. Outra novidade apresentada foi a Fasson Superfine, que integra a linha premium de frontais para garrafas de vinho. O material não revestido foi criado para explorar as técnicas e recursos de impressão, maximizando efeitos de grafismos. A linha é certificada pelo Forest Stewardship Council (FSC) e pela HP Indigo para os processos de impressão offset e flexográfico. A empresa também apresentou na feira o portfólio Fasson de substratos para o segmento digital, com mater iais específicos para impressoras de bobina, que incluem filmes rígidos e mold áveis, termoenc ol híveis, embalagens flexíveis e duráveis. No mesmo mês, a Avery Dennison esteve aind a no Pentawards 2010, em Xangai, na China. Dentre as diversas ca tegorias que premiam os melhores designers de embalagem do mundo, a empresa patrocinou a de “Vinho, Champagne e Destilados”, com a proposta de reconhecer e encorajar a criatividade e a excelência dos prof issionais. Cur iosamente, assim como a Avery Dennison, o Pentawards nasceu de uma iniciativa em preendedora e da parceria de um casal: os designers norte-americanos Jean e Brigitte Evrard, ganhadores, eles próprios, de 50 troféus de mérito na área. & AVERY DENNISON Tel. (19) 3876-7600 www.averydennison.com.br
Sistema Abigraf Notícias
Foz do Iguaçu se prepara para receber 15ª- edição do Congraf
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O principal congresso do setor gráfico brasileiro ocorre em outubro do ano que vem, mas a Abigraf Nacional já trabalha na organização e composição da grade de atividades do encontro.
ep ois de duas décadas, o Congresso Brasil eiro da In dústria Gráfica (Congraf) está com data marcada para voltar a Foz do Iguaçu. Entre 8 e 11 de outubro de 2011, prof issio nais do setor gráfico de todo o Brasil irão se encontrar no Ho tel Mabu, localizado no cami nho das famosas cataratas, com
lestras e workshops. O objetivo é trazer autoridades nacionais e internacionais do segmento”, revela. No entanto, ele pontua que é preciso cautela. “Temos de abordar temas e tecn ol o gias de acordo com os interes ses de nossa indústria. Hoje em dia tudo é muito rápido, então é possível que três meses antes
de produtividade do Paraná es tão entre os mais altos do País. Sua indústria é bem diversifi cada, abarcando os segmentos automobilístico, agroindustrial, de papel e celulose, alimentí cio, madeireiro, químico, têxtil, de cimento e eletroeletrônico, entre outros. Essa diversidade tem se convertido em negócios
do evento surja alguma novida de que terá de ser incorporada à grade de atividades. Estamos atentos aos movimentos para oferecer um encontro altamente produtivo”, pondera.
para a indústria gráfica da região — são mais de 1.400 empresas atuantes no setor, que, há mais de uma década, tem apresenta do superávit considerável, mo vimentando anualm ente cer ca de R$ 1,2 bilhão, sendo um dos quatro principais polos do segmento no País. “O Paraná tem história no se tor, inclusive como um estado que deu sua cont rib uiç ão na fundação da Abigraf Nacional. Nossa indústria gráfica é moder na, bem equipada e preparada
O elegante e confortável Mabu Thermas & Resort hospedará os participantes do 15 -º Congraf
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o objetivo de discutir as novas tecnologias e os rumos do mer cado gráfico. O entusiasm o é grande. “Será um prazer para nós receber um dos mais con sagrados eventos do segmen to. É um momento muito espe cial. Desde já, todos os colegas estão convidados”, afirma o presidente da Abigraf Regional Paraná, Sidney Paciornik. Ciente do desafio, Paciornik já trabalha no desenvolvimen to do congresso, que terá como tema “Crescendo com o Brasil”. A cerimônia oficial de abertura e o coquetel de boas-vindas aos congressistas estão marcados para 8 de outubro do próximo ano, a partir das 20h. As pales tras ocorrerão nos dias 9, 10 e 11, no período das 9 às 13h. O even to será encerrado com um almo ço de confraternização no dia 11. “Além do planejamento do salão de negócios, estamos realizan do alguns contatos para as pa
Além das cataratas A escolha de Foz de Iguaçu para sediar a 15ª edição do Congraf não foi por acaso. Vários pontos foram determinantes para a de finição, a começar pela ampli tude e variedade de negócios presentes no Estado. Os índices
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para a alta competitividade do mercado”, afirma Paciornik. Com mais de 320 mil habitan tes, Foz do Iguaçu está localiza da no extremo oeste do Paraná. É o segundo destino mais procu rado no Brasil por turistas estran geiros, perdendo apenas para o Rio de Janeiro, segundo o Insti tuto Brasileiro de Turismo (Em bratur). A cidade é conhecida in ternacionalmente por abrigar as Cataratas do Iguaçu, considera das “a oitava maravilha do mun do”. Localizadas no Parque Na cional, suas 280 quedas d’água produzem um belo espetácu lo da natureza. Outro local que merece uma visita é a usina hi drelétrica de Itaipu, a maior do planeta em produção de ener gia. A cidade dis põe ainda de atra tivos cult ur ais e, claro, das pontes da Amizade, na di visa com o Par a guai, e Tancredo Neves, na fronteira com a Argentina. Além dos atra tivos, Foz do Igua çu possui notável inf raest rut ur a para realiz aç ão de competições esportivas, en contros cultur ais, convenções e fóruns de empresas dos mais variados segmentos. Aeropor to internacional, confortável e acessível rede hotel eir a e di versas opções gastronômicas são alguns dos pilares que sus tentam a “cidade das catara tas” como uma referência para a realização de eventos de su cesso no Brasil. Informações: tel. (11) 3164‑3256, e-m ail: gzorzi@abigraf.org.br.
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MANUAL DOS GRUPOS EMPRESARIAIS E DE TRABALHO : O DESAFIO DA UNIÃO.
MANUAL DE ORIENTAÇÃO DA PARA ADEQUA INTERAÇÃO SA REN COM A IMP
Abigraf‑SP firma parceria com a IBSolution Empresas filiadas à Abigraf têm benefícios na impressão de dados variáveis.
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Abigraf lança novas cartilhas orientativas Com dois títulos já disponíveis, entidade prepara novo material para 2011.
reocupados em informar e ampliar os conhecimentos dos prof is sionais da indústria gráfica, a Abigraf Nacional e a Abigraf Regio nal São Paulo estão elaborando novas cartilhas sobre diversos te mas pertinentes ao setor e outros correlatos, como dicas de boas práticas com a imprensa. O primeiro título lançado é o Manual dos Grupos Empresariais e de Trabalho: O Desafio da União, que tem o objetivo de contribuir para aprimorar o trabalho dos Grupos Empresariais e dos Grupos de Tra balho da Abigraf‑SP e defender, perante o setor, a ideia da coope ração mútua como conceito-chave para o pleno desenvolvimento das atividades produtivas. A cartilha de onze páginas traz as principais informações sobre as propostas dos grupos, seus objetivos, integrantes, plano de trabalho e temas abordados em reuniões e seminários. O segundo título já lançado é o Manual de Orientação para Adequada Interação com a Imprensa, com conteúdo elaborado pela as sessoria de imprensa da Abigraf, a Ricardo Viveiros & Associados. A publicação aborda, basicamente, os mecanismos para utilizar a força da imprensa em benefício das organizações. São 28 páginas que orientam os empresários do setor sobre o papel da assesso ria de imprensa e a importância de se posicionar de acordo com os diferentes veículos de comunicação. O material mostra a rotina dos jornalistas, que é regida pela pres são do curto prazo para apuração das notícias, e explica como as em presas devem se preparar para atender prontamente as solicitações de entrevistas. Outro aspecto mostrado é como detectar um tema que pode virar notícia, bem como as ações preventivas de comuni cação, dentro da empresa, para identificar assuntos que envolvem a empresa e que poderão repercutir negativamente na imprensa. A publicação mostra ainda como funciona o media training, que prepara porta-vozes para falar com jornalistas, indicando desde a postura correta perante o entrevistador até as boas práticas para transmitir as informações. REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
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Abigraf Regional São Paulo firmou parceria com a IBSolution, empre sa que oferece soluções para impressão de dados var iáv eis, utilizados no marketing direto como forma de comunicação personalizada. Associa dos à Abigraf‑SP terão vantagens na aquisição de soluções IBSvdp. A tecnologia pode ser aplicada também à impressão de notas fiscais a laser, extratos, boletos, propostas de seguro, holerites e formulários eletrô nicos. Nessa moda lidade, os softwares são customizados e instalados em cada cliente da empre sa ind iv id ualm en te. O pacote de ser viços inclui arquivo de demonstração, treinamentos téc nicos e comerciais. Entre as van tagens do siste ma IBSvdp estão: trabalho com dados variáveis de qualquer origem; ferramenta server-based, que permite a im pressão a partir de qualquer equipamento; arquitetura simples; independência de velocidade de hardware; linguagem aber ta; número de usuários ilimitado e sem vínculo com fabrican tes; e suporte e equipe de desenvolvimento. Adicionalmente, o sistema incide na redução de custos e em oportunidades de aumento de faturamento. Informações sobre os serviços da IBSolution podem ser ob tidas pelo site www.ibsolution.com.br ou pelos telefones (11) 3877.0047 e 2367‑6680.
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Eventos reúnem mais de 800 profissionais gráficos Semana de Artes Gráficas beneficia empresários e colaboradores das cidades de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Campinas.
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m continuidade à proposta de levar para o interior do Esta‑ do de São Paulo um programa que promova o conhecimen‑ to e contribua para aprimorar a formação prof issional na área, a ABTG, Abigraf‑SP e o Sindigraf‑SP realizaram, em agosto e setem‑ bro, a quinta edição da Sema‑ na de Artes Gráficas em quatro cidades paulist as. Sonia Regi‑ na Carboni, diretora executiva das entidades, explica que os cursos são voltados a todas as áreas: pré-impressão, impressão, acabamento, gestão, manuten‑ ção, qualidade e meio ambien te. “Como o objetivo é levar sem‑ pre novidades sobre o mercado aos gráficos, anualmente a ABTG reestrutura o programa”. Parte do calendário a nual de atividades da prefeitur a, a SAG de Ribeirão Preto, organi‑ zada de 2 a 6 de agosto, é uma das que reún e maior número de participantes, pois envolve oito regiões administrativas do Estado. No total se inscreveram 385 prof issionais nos seis cursos oferecidos. “Sou obcecado pelo desenvolvimento humano. E to‑ dos os cursos da SAG envolvem a prática. É muito importante investir em pess oas”, destaca Wilson Santos, vice-presidente da Seccional Ribeirão Preto da Abigraf‑SP. O executivo ressal‑ tou, durante um dos eventos, para um grupo de aproxima‑ damente 80 participantes, que o trabalho em equipe e a vi‑ são de ação conjunta são fun damentais “para aprender con tinuamente e entregar soluções adequadas ao cliente”. De acordo com Sander Uzuel le, empresário gráfico que já co‑ mandou a Secc ion al, a capa‑
ciativa contou com a presença de quase 300 participantes. A última Semana de Artes Gráficas do período aconteceu em Campinas, de 13 a 17 de setembro. O município é o se‑ gundo maior polo gráfico do Estado, formado por 820 gráfi‑ cas, as quais empregam mais de 10 mil prof issionais. Ribeirão Preto
São José do Rio Preto
Campinas
citação traz vantagens para a empresa e os funcionários. “An‑ tes havia resistência dos empre‑ gados em participar. Hoje eles nos procuram para se inscrever”. Em São José do Rio Preto o encontro entre os prof issionais do setor foi realizado na sema‑ na de 16 de agosto. O primeiro dia da programação, inaugura‑
REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
da com a palestra do presidente da Abigraf‑SP, Fabio Arruda Mor‑ tara, contou com 50 pessoas, do total de 208 inscritos nos cinco dias de duração do evento. De 31 de agosto a 3 de se‑ tembro foi a vez da SAG pas‑ sar por São José dos Campos. Na região, formada por 39 mu nicípios e com 155 gráficas, a ini
Programação 2010 A edição 2010 da SAG teve seu programa ministrado por profis sionais qualificados e de atuação reconhecida no setor, que apre‑ sentaram temas como: “Desen‑ volvendo Equipes de Desempe‑ nho Superior”, “Qualidade com Foco no Resultado”, “Controle e Padronização de Processos na Impressão Offset”, “Qualidade no Acabamento Gráfico”, “Pro‑ dução Gráfica” e “Gestão Co mercial para Indústria Gráfica”. Os eventos têm sido abertos com a palestra “Desafio da In‑ dústria de Comunicação Gráfi‑ ca na Nova Década”, por Fabio Mortara. Na apresentação, ele demonstra os números do mer‑ cado da indústria gráfica brasi leira e ressalta a importância de as empresas investirem em tec‑ nologia, qualificação de mão de obra e no relacionam ento com os clientes. De acordo com os dados dis poníveis, o setor registra 215 mil pessoas empregadas em todo o País. As empresas nacionais já compraram R$ 618 milhões em máquinas nos primeiros dez me‑ ses de 2010. “Os investimentos maciços demonstram a vontade do setor de aprimorar os serviços oferecidos e estar cada vez mais competitivo”, revela o presiden‑ te da Regional São Paulo.
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Homologação de Indústria Gráficas: Quando compradores e fornecedores se entendem.
Implantação da Norma NBR15540: Bons negócios são feitos na base da segurança.
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Sistema Abigraf Notícias
Licitações de serviços gráficos
Todos juntos pelas embalagens
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GE‑Emba e Bracelpa unem-se e desenvolvem projeto para incentivar o uso da embalagem de papel‑cartão.
embalagem desempenha funções que vão muit o além do simples fato de envolverem um produto. Por meio dela é possível identificar o conteúdo, conhecer suas características e comparar as diferenças entre itens iguais, mas de marcas distintas. No setor de alimentos e bebidas, responsável por 60% do mercado, elas têm, também, a imprescindível funcionalidade de protegê-los, além de garantir a qualidade dos medicamentos, outro segmento que é grande consumidor de embalagens. Visando ressaltar a importância deste segmento gráfico e incrementar a participação das empresas do nicho no mercado, o Grupo Empresarial de Embalagens da Abigraf‑SP (GE‑Emba) criou, no segundo semestre de 2009, o projeto Grupo de Embalagens de Papel‑Cartão. A iniciativa, desenvolvida em parceria com a As sociação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), tem como objetivo incentivar o consumo dos invólucros feitos em papel‑cartão, promover e fortalecer o setor. Para disseminar o conceito e propagar a informação na sociedade, as entidades contarão com ações de comunicação de assessoria de imprensa. “Estou extremamente feliz por uma ação tão fundamen-
tal como essa estar se concretizando”, conta Sidney Anversa Victor, diretor do GE‑Emba e da Congraf – Indústria e Comércio Gráfica Conselheiro. O GE‑Emba tem entre suas propostas defender os interesses da categoria, promover a integração das empresas e estimular a propagação do conhecimento. “A união sempre fortalece. Por isso, as ações em conjunto são importantes e obtêm resultados mais significativos. Juntos temos força perante o poder público e fornecedores, a fim de buscar as melhores soluções para todos”, revela Sidney. Uma pesquisa da Associação Brasileira de Embalagens (Abre) sobre o mercado de embalagens, referente a 2008, apurou que, dos R$ 36,2 bilhões movimentados pelo segmento, o papel foi responsável por 28%, o equivalente a R$ 10,1 bilhões. O papel é o insumo de menor interferência no meio ambien te. Além de a matéria-p rima para sua fabricação ser prove niente de florestas 100% plantadas, ele pode ser totalmente reciclado. “Esse é o momento para incrementar a produção e o consumo das embalagens cartonadas, pois prevalece a consciência da causa ambien tal”, diz Sidney. Outro aspecto relevante tem caráter econômi-
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co, pois a produção de celulose e papel no Brasil é fonte de renda e geração de emprego para muitas famílias. Para ele, a população precisa ser mais bem informada sobre a origem do papel. “Quando ficar claro que as árvores utilizadas para fazer papel são plantadas para esse fim, o consumo terá uma melhora significativa”. E a sociedade começa a ganhar esta consciência. “Noventa e cinco por cento dos artigos comercializados em supermercados não têm propaganda, então a embalagem é o grande chamariz para atrair o público. Seu design funciona como um outdoor para seduzir o cliente”, diz o empresário. A impressão em offset também agrega ao papel qualidade incomparável. “As fotos são sempre em alta resolução. Não haveria outra maneira, por exemplo, de retratar a exata cor de uma tintura para cabelos, não fosse sua embalagem impressa neste processo”. Os vernizes UV, a aplicação de hot stamping e laminação fosca, criando relevo e textura, são as grandes apostas do setor para enriquecer o acabamento no segmento de produtos de luxo. “A laminação fosca é excelente para embalagens de presente, dá um toque especial”, completa Sidney.
A Abigraf‑SP amplia os serviços prestados aos associados fornecendo informações sobre licitações públicas em aberto.
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s associados da Abigraf Re gional São Paulo passaram a receber, em agosto, diaria mente, por e-mail, a relação das licitações de serviços gráficos abertas no Estado de São Paulo. Ciente da dificuldade das empresas de acompanhar diariamente as licitações abertas pelas instituições vinculadas aos governos municipal, estadual e federal, a associação desenvolveu mais esse serviço de auxílio aos afiliados. O objetivo da iniciativa é criar maior proximidade entre as empresas gráficas as soc iad as e o setor público, um cliente de grande poten cial, dada a diversificação e o expressivo volume de produtos impressos adquiridos pelos governos. Um bom exemplo está nos livros didáticos comprados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), do Ministério da Educação e Cultura (MEC). Diant e de tal demanda, cujos editais de compra nem sempre chegam ao conhecimento de boa parte das empresas gráficas, a Abigraf‑SP percebeu ser importante prestar este serviço. Divulgando para um m aior número de empresas as licitações públicas em andamento, aumen tam-se as oportunidades de novas gráficas participarem deste mercado concorrido e, muitas vezes, restrito. Mais informações podem ser obtidas no portal www. abigrafsp.org.br.
Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambiental abre inscrições em janeiro de 2011 A premiação, que contempla as melhores práticas sociais e ambientais empreendidas pelas empresas gráficas, terá seu regulamento para a próxima edição reestruturado.
E
xercício de cidadania, de res peito ao planeta e ação fun damental para potenc ial iz ar o desenvolvimento das em presas, a responsabilidade so cioambiental ganha cada vez mais força no cenário global. A organização que opta por in serir tais práticas em sua roti na de trabalho ganha com re dução de custos, melhora sua imagem perante a opinião pú blica e consumidores e, ain da, contribui para a evolução de tecnologias ecologicamen te corretas. Como forma de reconhecer publicamente as ações de em presas do setor gráfico, cons cientes da importância deste tipo de iniciativa, a Abigraf Na cional criou em 2009 o Prêmio de Responsabilidade Socioam biental. Realiz ada a cada dois anos, a premiação tem por ob jetivo estimular práticas cor retas nesta área e contempla as categorias Ambiental, com
o troféu Orlando Villas-B ôas, e Social, com o troféu Hasso Weizsf log. Para a edição de 2011, a láurea terá seu regula mento reformulado, após o tra balho de alinhamento feito por uma auditoria contratada. A partir de 17 de janeiro do ano que vem, estarão aber tas as inscrições de projetos, com prazo final em 22 de abril.
Os jurados, esp ec ial ist as nas duas categorias, já estão sendo escolhidos para o trabalho de seleção de finalistas e vencedo res no período de 25 de abril a 28 de maio. A solenidade de en trega dos troféus aos vencedo res será realizada no dia 5 de ju nho no Centro Sociocultural da Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo.
A primeira edição Em sua edição de lançamento, o Prêmio Abigraf de Responsa bilidade Socioambiental reuniu cerca de 200 pessoas na ceri mônia de premiação. Na ocasião, a Indústria Se rigráfica Tekne levou o troféu na categoria Ambiental, com o projeto “Imprimindo com Cons ciênc ia e Ações Amb ient ais”. O case apresentou as posturas adotadas pela gráfica para mi nimizar os impactos no meio ambiente, como a redução, reu tilização e reciclagem de mate riais, além de mecanismos de economia de energia e água. Pela categoria Social, a AB note foi a vencedora com o case “Políticas e Práticas: Cida dania Empresarial”. A empresa atua nas comunidades situadas próximo a suas unidades ope racionais, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dessa população. www.premiosocioambiental.org.br
Edição histórica Em novembro, a Revista Abigraf completa 35 anos de circulação Anuncie na edição comemorativa Fechamento publicitário: 29 de outubro
Arquivo digital até 4 de novembro
Circulação: 23 de novembro
(11) 3159.3010
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SETEMBRO/OUTUBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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MENSAGEM
Fabio Arruda Mortara Presidente da Abigraf Regional São Paulo
O dilema de Matusalém uando os povos da Mesopotâmia, no Oriente Médio, criavam a linguagem escrita, há quase cinco mil anos, do ou tro lado do mundo, mais precisamente nas Monta nhas Brancas da Califórnia, florescia um pinheiro da espécie Pinus Longaeva, hoje uma portentosa ár vore, considerada por muitos estudiosos o ser vivo mais antigo do Planeta. Matusalém, como foi cari nhosamente apelidada, testemunhou como a capa cidade de dar significado lógico a caracteres impres sos mudou o destino da humanidade. Sim, pois o progresso nesses cinco milênios foi radical e infinita mente maior do que nos milhões de anos anter iores. A velha árvore assistiu ao f lorescimento do Egito e da Grécia Clássica, contemplou a ascen são e queda do Império Romano, foi suserana de sua linda montanha no per íodo medieval, viven ciou o Renascimento, a Idade Moderna e a Con temporânea. Chorou mil guerras, emoc ionou-se com a grandeza e a sabedoria e se chocou ante a mesquinhez e a loucura do bipolar homo sapiens sapiens. Arrepiou-se de medo quando europeus e norte-americanos devastaram florestas inteiras nos séculos 19 e 20, à revelia da preocupação ambien tal. Revigorou-se de otimismo ao perceber a auro ra da consciência sobre a sustentabilidade, meta que anima parcela cada vez mais expressiva dos seres humanos e suas inst ituições. Aos seus jovens vizinhos e primos, pinheiros de apenas mil anos com os quais vive nas altitu des das Montanhas Brancas, a velha árvore teria confessado, um dia, o seu drama de consciência: “Os pergaminhos dos escribas, o papel dos livros e revistas e de todos os impressos advêm de matéria- prima vegetal. Não haveria como conciliar a indis pensável comunicação gráfica com a preservação das florestas nativas?”. 122 REVISTA ABIGR AF SETEMBRO/OUTUBRO 2010
A resposta a Matusalém está no conteúdo da Campanha de Valorização do Papel e da Comuni cação Impressa, da qual são signatár ias 22 enti dades de classe brasileiras integrantes dessa gran de cadeia produtiva e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (F iesp), que se soma à de fesa de um setor fundamental para o desenvolvi mento. Como tem sido amplamente difundido, o propósito da iniciat iva é deixar claro que cem por cento do papel produzido no Brasil para ativida des de impressão procedem de florestas cultivadas. Ou seja, não se derruba um arbusto nativo sequer no País para que nossas crianças tenham livros e cadernos e possamos ler jornais e revistas, acon dicionar produtos em seguras e criat ivas embala gens de papel-cartão e desfrutar de todos os bene fícios com os quais a mídia impressa contempla nossa civilização. Portanto, se depender da indústria gráfica e da cadeia produtiva da comunicação impressa no Bra sil, a flora amazônica, a da Mata Atlântica e a de nossas matas ciliares sobreviverão para testemunhar a aventura do homem nos próximos milênios. Ante a assertiva resposta, a velha árvore norte-americana faz sua fotossíntese aliviada. Nada é mais eficien te do que a informação correta para que se pos sa entender melhor o mundo e defender crenças e convicções com base em elementos verdadeiros. O dilema de Matusalém é o mesmo de numerosas pessoas. Afinal, todos entendem a sua importância para a sociedade e amam livros, revistas, jornais, cadernos e outros produtos impressos. Ao mesmo tempo, preconizam a preservação e a sustentabili dade das florestas. Por isso, é lamentável a desin formação sobre o tema que se dissemina no País, tornando essencial a campanha de esclarecimen to que estamos realizando. Esta é uma luta na qual não devemos esmorecer um segundo sequer, inclu sive porque a consciência ecológica, consentânea da informação e da cultura difundidas na comunicação gráfica, é imprescindível para que a atual e as futu ras gerações selem indissociável compromisso com a preservação do Planeta. presiar@abigraf.org.br
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Nossos clientes falam por nós: Já percebemos algumas vantagens bastante relevantes com a :Azura TS como: facilidade operacional, menos tempo de paradas, forte redução de custos com químicos, diminuição drástica no consumo de água e energia elétrica, além, dos benefícios de um processo ecologicamente correto.” Vicente Linares, sócio-proprietário da Corgraf.
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