Revista Abigraf 250

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35 anos




REVISTA ABIGRAF ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/ Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Av. Cardoso de Melo, 1750, 6º andar (Vila Olímpia) 04548-005  São Paulo  SP Tel. (11) 3164-3193  Fax (11) 3842-0300 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br Presidente da Abigraf Nacional: Mário César de Camargo Presidente da Abigraf Regional SP: Fabio Arruda Mortara Diretora Executiva: Sonia Regina Carboni Conselho Editorial: Egbert Miranda, Fabio Arruda Mortara, Mário César de Camargo, Plinio Gramani Filho, Ricardo Viveiros e Sonia Regina Carboni Elaboração: Clemente & Gramani Editora e Comunicações Ltda. Rua Marquês de Paranaguá, 348, 1º andar 01303-905  São Paulo  SP Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159-3010  Fax (11) 3256-0919 E-mail: gramani@uol.com.br Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897), Ada Caperuto, Ângela Ferreira, Clarissa Domingues, Elisabete Pereira, Marco Antonio Eid, Ricardo Viveiros e Tainá Ianone Revisão: Giuliana Gramani Colaboradores: Álvaro de Moya e Claudio Ferlauto Consultores Técnicos: Hamilton Terni Costa e Manoel Manteigas de Oliveira Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosária Scianci e Livian Corrêa Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Gráfica e Editora Aquarela Capa/Laminação, Hot stamping (com fitas Crown) e relevo: UVPack Acabamentos Gráficos Papel: Couché Novatech Matt 90 g/m², fornecido pela Antalis do Brasil Tintas: Premiata, escala ISO Bio-Reverse Zero VOC, formuladas com resina e óleos 100% vegetais (de fontes renováveis)

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Assinatura anual (6 edições): Brasil: R$ 60,00 América: US$ 70,00 Europa: US$ 80,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3159-3010 REVISTA ABIGR AF  NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

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A arte brasileira em 132 capas

O jornalista e crítico de arte Jacob Klintowitz fala sobre a contribuição da Revista Abigraf à cultura nacional através do espaço dedicado pela publicação nos últimos 22 anos para a difusão da arte brasileira. Se você busca o aprimoramento da sociedade, a melhor maneira de fazê‑lo é preservar a liberdade de imprensa. Rodolfo Konder, jornalista, diretor da ABI

56 Caderno Especial – 35 Anos de Revista Abigraf

O material didático digital é uma realidade.

Em comemoração à edição nº 250, a Revista Abigraf foi conversar com os clientes da indústria gráfica para conhecer suas principais demandas. Editores, jornalistas, homens de criação e executivos falam sobre os movimentos nos segmentos de jornais, revistas, livros, embalagens, educacional e promocional. Conheça também a trajetória da revista e partilhe conosco da festa dos 35 anos.

Marco Antonio Ferraz, diretor do Sistema de Ensino SER, da Abril Educação.

Pela primeira vez, em 10 anos, não ouvimos ninguém dizer que o jornal vai acabar. João Carlos Rosas, diretor de Marketing do Grupo Estado, falando sobre o 17 -º Congresso Mundial de Editores, realizado na Alemanha, no início de outubro.

Capa: Vários Artistas


A palavra da ABI

A Revista Abigraf entrevista o jornalista Rodolfo Konder, diretor da ABI e conselheiro do Masp, que fala sobre as tentativas do governo de censurar a imprensa, assim como sobre as tendências no segmento de jornais.

Prêmio Fernando Pini

Em sua 20-ª edição, 96 gráficas, de 12 estados, e 23 fornecedores disputam o Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica, o maior concurso do setor no Brasil.

48 anos de luta

O mineiro Carlos Proença é o único empresário gráfico que participou das 14 edições do Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica. Muito atuante, sua história se mistura com a do associativismo no setor gráfico.

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Uma política nacional para os resíduos sólidos O setor gráfico repercute a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em agosto, que define os direitos e obrigações dos setores público e privado.

Os olhos do mundo

Evandro Teixeira, quase 50 anos de fotojornalismo, registrou os principais acontecimentos no Brasil e no mundo. Sem medir esforços para arrancar da cena sua melhor expressão, é o documentarista da imprensa brasileira.

Renovação

Ao completar 50 anos de atuação, a Aquarela investe na renovação de seu parque gráfico, buscando encantar o segmento promocional com produtos inovadores a partir de substratos diferenciados.

Editorial ��������������������������������������������������������� 7 Rotativa ��������������������������������������������������������� 8 Impressões/ Cláudio Baronni ������������������������26 O Futuro da Gráfica/ Hamilton Terni Costa ������46 Especial Revista Abigraf 35 Anos �������������������55 Feira de Frankfurt/ Livros ������������������������������86 Economia ��������������������������������������������������116 Adobe �������������������������������������������������������118 Caderno Sustentabilidade ���������������������������119

Olhar Gráfico/ Cláudio Ferlauto �������������������126 Quadrinhos/ Álvaro de Moya �����������������������130 Ilustração/ Alê Abreu ����������������������������������131 Rotermund/RS – 133 anos �������������������������132 Gráfica Kügler/PR – 115 anos ���������������������134 HP/ Lançamentos ��������������������������������������136 Diário de Pernambuco/PE – 185 anos ���������138 APP/ Sinar Mas ������������������������������������������140 Sistema Abigraf �����������������������������������������150

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Prepare-se para a 15ª edição do CONGRAF (Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica) um consagrado evento, que acontece a cada 3 anos e traz o que há de mais moderno no setor. O Congresso contará com a presença de palestrantes nacionais e internacionais que tratarão desde assuntos técnicos à gerenciais, além de uma exposição de fornecedores com grandes novidades do setor gráfico. O congresso será realizado em Foz do Iguaçu que é o 2º destino mais procurado por turistas no Brasil e está localizado no estado do Paraná. A cidade tem diversos atrativos como as famosas cataratas e a tríplice fronteira com o Paraguai e a Argentina. Venha para a fronteira do conhecimento. O sucesso da sua empresa passa por aqui.

Agende esta data e participe: 8 a 11 de outubro de 2011.

Realização:

Visite o nosso site www.congraf.org.br


editorial

Uma referência de qualidade da indústria gráfica nacional ranscendendo ao status de veículo oficial de um ramo de atividades, a Revista Abigraf, cujo primeiro número circulou em dezembro de 1975, completa 35 anos de circulação ininterrupta como um verdadeiro referencial do mercado. Seu conteúdo editorial é leitura obrigatória aos que militam ou interagem com o setor. Suas páginas são o principal ponto de convergência e informação qualificada para todos os elos de uma das mais dinâmicas cadeias produtivas do País, a da comunicação gráfica. Editada desde 1983 pela Editora Clemente e Gramani, que lhe conferiu mais consistência, qualidade e capacidade infinita de se atualizar, a publicação registra os fatos, números, tendências, novidades tecnológicas e notícias do mercado. Ou seja, informações essenciais para se navegar com mais segurança nos mares sempre revoltos da economia contemporânea. Numa postura jornalística rara entre publicações empresariais, a revista cobre in loco, no Brasil ou exterior, com enviados especiais, os eventos importantes do setor e da cadeia produtiva, como a Drupa, Print, Ipex, GraphExpo & Converting, Graphics of the Americas, congressos e assembleias da Conlatingraf e da Abigraf, Fiepag/Converflex, Expoprint, Escolar Office Paper Brasil e bienais do Livro, dentre outras. De maneira consentânea com o indissolúvel vínculo entre a atividade gráfica e a arte, a revista dedica matérias de capa a artistas plásticos. Fotógrafos, autores de histórias em quadrinhos e cartunistas também frequentam suas páginas, convivendo em harmonia com matérias econômicas, técnicas, políticas e depoimentos dos que fazem a história do setor e do País. Teve, também, seu olhar sempre voltado para o design gráfico, atividade estreitamente relacionada à da gráfica. Com essa prática competente de jornalismo e design, a Revista Abigraf, em sua vencedora trajetória de 35 anos, conquistou, com a mais absoluta justiça, o pleno reconhecimento do mercado e dos mais importantes organismos

técnicos do setor. É o que atestam, de maneira indubitável, os numerosos prêmios que recebeu: Prêmio ComTexto de Comunicação Empresarial, como “Melhor Publicação de Entidade de Classe do Brasil” (1990); Prêmio Aberje 1993, 1994, 1995, 1996 e 1998, considerado o “Oscar” da comunicação empresarial brasileira; Prêmio Anatec Ouro 2006; Benny Award e Melhor da Categoria, em 1997, no Premier Print Awards, promovido pela PIA (Printing Industries of America), o mais importante concurso de excelência gráfica do mundo. Em sua história, a publicação também cresceu e se multiplicou. São seus frutos, o Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica, referência e guia imprescindível do mercado, e a revista Tecnologia Gráfica, uma das mais avançadas do gênero em toda a América Latina. Os três produtos editoriais a cargo da Clemente e Gramani também significam relevante prestação de serviços do Sistema Abigraf ao mercado, à cadeia produtiva e a todos os que interagem com as empresas gráficas. Sem dúvida, essas mídias configuram‑se como uma das mais importantes vertentes da política de comunicação da entidade. A Revista Abigraf cumpre, ainda, outra missão bastante significativa: constitui‑se em vitrina do setor e de sua evolução. Como genuíno produto gráfico do Brasil, foi incorporando, em seus 35 anos, os avanços na qualidade da indústria gráfica brasileira, tanto na impressão, como em seu esmerado acabamento, fruto de conquistas tecnológicas e padrões de design muito avançados. Tais atributos estão presentes nos impressos nacionais, nivelando‑os, em grau de excelência, aos melhores do mundo. Nossa publicação é a síntese dessa conquista inerente ao empenho, capacidade e incansável dedicação dos empresários e trabalhadores gráficos brasileiros. Parabéns a todos que, de uma forma ou de outra, construíram a excelência da Revista Abigraf nos seus primeiros trinta e cinco anos!

Sistema Abigraf Fabio Arruda Mortara

Presidente do Sindigraf‑SP e Abigraf‑SP

Mário César Martins de Camargo Presidente da Abigraf Nacional

Reinaldo Espinosa Presidente da ABTG

7 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010 REVISTA ABIGRAF


Suzano tem novo diretor industrial J

(E/D) Humberto de Oliveira, diretor do Sebrae-GO, entrega prêmio a Pedro de Sousa Cunha Jr. e Renan Marra, da Poligráfica Indústria e Comércio

Sigego anuncia vencedores do VI Prêmio Aquino Porto O

Sindicato das In­dús­trias Gráficas do Estado de ­Goiás (Sigego) e a Abigraf- GO anun­cia­ram no dia 26 de ou­tu­bro os vencedores do VI Prêmio Aquino Porto de Excelência Gráfica. A solenidade de entrega foi rea­li­za­da no Auditório João Bênio do Serviço So­cial da Indústria (Sesi), em Goiâ­nia (GO). Participaram da solenidade gráficas, agên­cias de publicidade, fornecedores e au­to­ri­da­des convidadas. A Poligráfica foi a grande vencedora da noi­te, com cinco ou­ros, duas pratas e dois bronzes. O concurso chegou à sua sexta edição com novo recorde de inscrições. Ao todo, mais de 400 trabalhos foram inscritos nas diversas ca­te­go­rias dos segmentos livro, revista, jornal, produtos para identificação, acon­di­cio­na­m en­ to, pro­mo­cio­nal, co­mer­cial, produtos pró­prios, impressão digital, serigráfica e mídia ex­te­rior. Em relação à edição do ano passado, o número de inscritos foi em média 20% ­maior.

Vencedores do VI Prêmio Aquino Porto Gráficas

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Poligráfica Indústria e Comércio, Editora Kelps, Gráfica e Editora Formato, Gráfica e Editora Única,

Sigmam Serviços Gráficos, Cir Gráfica e Editora, Cen­ tau­r o Gráfica e Editora, Suprimax Pa­péis e Suprimentos/Art3, Gráfica Amazonas e Editora, Gráfica Amparo, Gráfica Web Projetos, Michigan Cards do Brasil, Tok Final Acabamentos.

osé Alexandre de Mo­rais, que exercia o cargo de gerente executivo in­dus­trial das unidades Suzano e Rio Verde da Suzano Papel e Celulose, é o novo diretor in­dus­trial da empresa. Ele assume o cargo no lugar de Lu­ cia­no Fernandes Lopes — que dei­xa a Suzano para retornar ao setor de siderurgia — e, seguindo a mesma estrutura ­atual da área, irá se reportar diretamente a Ernesto Pou­s a­da, diretor executivo de operações. Alexandre é formado em Engenharia Mecânica pela Uni-

versidade de Mogi das Cruzes, com MBA em Administração Em­ pre­sa­rial pela Fundação Vanzolini. Ingressou na Suzano em 1983 como es­ta­giá­rio, tornando-se trai­nee na área de Recuperação e Utilidades, na unidade de Suzano. Desde então, ocupou vá­rias posições dentro da companhia e participou de projetos importantes. A gerência in­dus­trial das unidades Suzano e Rio Verde estava sob sua responsabilidade desde 2009. www.suzano.com.br

VSP passa a distribuir os papéis Fedrigoni

Agên­cias Cannes Publicidade, Contato Comunicação, Flávio Comunicação, D&D Comunicação, Onze Comunicação Multimídia, Síntese Comunicação, Identidade Comunicação, Robson Duar­te – Edson de Melo Alves, Assessoria de Comunicação do Sistema Fieg – Ascom, Type Propaganda, 4 Mãos Comunicação, Agência 4 de Propaganda, Estúdio D+P Marcos Naves, Apache Print/­Raphael Machado de Araú­jo, Netmídia Propaganda, Ponto Formaturas.

Fornecedores mais citados Papel/dis­t ri­b ui­d or: KSR /Fibria; Chapas/Filmes: IBF – Indústria Bra­si­lei­r a de Filmes; Tinta: Cromos; Empresa de Fotolito: Fotogravura Ban­d ei­r an­t e; Papel utilizado: Suzano; Suporte de impressão/máquina: Hei­del­berg do Brasil; Acabamento gráfico: Tema Corte e Vinco.

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Reforçando sua gama de pa­ péis e cartões, a VSP traz com exclusividade para São Pau­lo produtos do tra­di­cio­nal fabricante ita­lia­no Fedrigoni. Há mui­to tempo consagrados no mercado eu­ro­p eu, os pa­p éis Fedrigoni apresentam di­f e­ren­c iais, tais como texturas sofisticadas (lizard, pele de crocodilo), cores inéditas (Fendi, Camel), acabamentos com toque sua­v e e padronagens que remetem à arte da al­faia­ ta­r ia clássica (­t weed, risca de

giz). Os pa­péis ita­lia­nos são indicados para a produção de ma­ te­riais pro­mo­cio­nais, convites, envelopes, papelaria corporativa, pastas, re­la­tó­rios ­anuais, capas de livros, cartões de visita, sacolas e embalagens de luxo. Todas as re­f e­r ên­c ias pos­ suem ph neu­tro, o que evita o amarelamento e pro­p or­cio­na ­maior durabilidade aos trabalhos. Os pa­péis já estão dis­po­ ní­veis para co­mer­cia­li­za­ção em todas as lojas VSP. www.vsppapeis.com.br



Arjowiggins Security lança catálogo de novidades A

Facform recebe o prêmio Sappi International Com o objetivo de celebrar a entrega do Prêmio Sappi In­ter­na­tio­ nal Printers of the Year 2010 à gráfica pernambucana Facform, a Sappi promoveu uma festa para 350 pes­soas no dia 6 de ou­tu­bro. O evento ocorreu na Usina Dois Irmãos, em Recife, e contou com a presença de toda a equipe da gráfica e seus fa­mi­lia­res, clien­tes, fornecedores e professores de universidades da re­gião. A Fac­form foi uma das 11 gráficas vencedoras na edição deste ano do prêmio, ao qual concorreram mais de seis mil trabalhos de empresas de todo o mundo. A gráfica bra­si­lei­ ra venceu na categoria “Ca­len­dá­ rios” com o calendário Renato Filho 2009. “Este é o ter­cei­ro prêmio que a gente recebe em nível mun­ dial da Sappi e é mui­to significativo porque estamos recebendo-o na nossa terra. Os ou­tros dois, fomos receber na África do Sul. Agora, eles vie­ram entregar o prêmio aqui, em Recife, então temos a

oportunidade de dividir esse momento com todos os clien­tes, fun­ cio­ná­r ios e amigos, au­m en­t an­ do ain­da mais seu valor”, afirmou Francisco de Assis, pro­prie­tá­rio da gráfica pernambucana. O anúncio ofi­cial dos ganhadores foi fei­to para todo o mundo no dia 15 de setembro. Os cri­té­rios de ava­lia­ção para a pre­mia­ção Sappi Printers of the Year contemplam a pro­f i­ciên­cia técnica, o impacto global, o grau de dificuldade envolvido no processo de impressão e a qualidade do acabamento. A pre­mia­ç ão mun­dial é disputada pelos trabalhos vencedores de ouro nas quatro re­giões em que se divide o concurso: Trading (com­p reen­d en­d o América do Sul e Central, Australásia e Ásia, na qual uma das pre­mia­das foi a Fac­form), África, América do Norte e Europa. www.sappi.com www.facform.com.br

International Paper recebe certificação FSC A In­ter­na­tio­nal Paper do Bra-

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sil (IP) recebeu a certificação FSC, confirmando sua atua­ção so­cial, econômica e am­bien­t al, o que representa uma garantia para clien­tes e consumidores de que

a matéria-​­prima utilizada e toda a ca­deia de produção da empresa seguem padrões in­ter­na­cio­nais de sustentabilidades. Além do FSC, a In­ter­na­tio­nal Paper possui, desde 2008, a certificação Cer-

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divisão de Pa­péis Finos da Arjowiggins Security lançou em ou­ tu­bro o catálogo A Via­gem pelo Mundo das Cores Continua!, com os nove produtos da linha Plus lançados durante este ano. Essa linha tem como característica re­la­cio­nar a cor do papel com uma cidade. De forma cria­ti­va, o catálogo sugere ao designer inovar suas ­ideias e aprimorar suas cria­ções por meio de um pas­seio pelos diversos destinos do catálogo, que são os pa­péis com nome de cidades como Majorca, Aspen, Ibiza, Tó­quio e Marrocos. Além das novidades nas versões liso e texturizado, as amostras estão impressas em diferentes técnicas, como offset, relevo, serigrafia e verniz, inclusive nos pa­péis texturizados. O catálogo pode ser solicitado ao Paper ­Point, show­room da Arjowiggins Security, pelo e-​­mail paper.point@arjowiggins.com.br.

Conferência de Meio Ambiente em Santana de Parnaíba N

o dia 29 de setembro ocorreu a 2ª Conferência Municipal de Meio Am­bien­te de Santana de Par­naí­ba. Por um dia, o Cine Tea­tro Coronel Raymundo, no centro histórico da cidade, na Grande São Paulo, recebeu cerca de 200 pes­soas para discutir a preservação do meio am­ bien­te. Além de con­tri­buir para difundir a prática do desenvolvimento sustentável nos órgãos da administração pública e nas grandes e mé­dias empresas da cidade, o evento também visou fomentar políticas públicas que estimulem a implantação de

flor. Segundo Nilson Cardoso, diretor co­mer­cial, o FSC promove a garantia de origem, assegurando ao consumidor final que as linhas de pa­péis da IP foram produzidas com ma­dei­ra pro­ve­nien­te de uma floresta bem manejada, reforçando a não con­tri­bui­ção com a exploração predatória dos re-

processos sus­ten­tá­veis na ini­cia­ ti­va privada e no setor público. A 2ª Conferência Municipal de Meio Am­bien­te teve o ­apoio da Plural, assim como da Pre­fei­tu­ ra Municipal, da Câmara Municipal de Santana de Par­naí­ba e de ou­tras empresas da re­gião. www.plural.com.br

cursos flo­res­tais. “Para nós é fundamental que a so­cie­da­de e as comunidades que nos acolhem sai­bam que administramos os recursos flo­res­tais de ma­nei­ra am­ bien­tal­men­te adequada, economicamente viá­vel e so­cial­men­te justa”, declarou Nilson. www.internationalpaper.com.br.


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Burti e Facform conquistam o Benny

Office PaperBrasil Escolar 2011 é lançada com novo lay­out O

lançamento co­mer­cial da Office PaperBrasil Escolar 2011 se deu nos dias 19 e 20 de ou­tu­bro na sede da Francal. A fei­ra vem revestida de um caráter es­pe­cial, já que completa 25 edições e es­treia um novo la­yout de planta, redesenhado para pro­por­cio­nar a expositores e compradores um am­bien­te de ne­gó­cios mais favorável e produtivo. A setorização da planta foi cri­te­rio­sa­men­te estudada pelas equipes de Ne­gó­cios e Projetos, que, por meio de inúmeros estudos e pesquisas junto a ex-

Trabalhos premiados da Burti

positores, analisaram e decidiram pela opção mais eficaz, com a organização das empresas expositoras por segmento de produtos. “A planta segmentada por produtos é um padrão bastante comum nas fei­ras in­ter­na­cio­nais e também uma demanda do próprio mercado bra­si­lei­ro, que vem manifestando novas necessidades de apresentação dentro do evento”, explica Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal. www.feirafrancal.com.br

Fórum Permanente da Indústria da Comunicação de Goiás No dia 21 de setembro, em

Francisco de Assis, da Facform, com o Benny e o trabalho premiado

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Burti, com o Catálogo Maria Bonita e Jornal Triton, e a Facform, com o Kit Calendário 2010, foram as duas gráficas bra­si­lei­r as que ganharam o Benny, pre­m ia­ç ão máxima do Pre­mier Print Award 2010, o mais importante do mundo no segmento da indústria gráfica. Neste ano, mais de 3.200 trabalhos de vá­rias partes do mundo foram inscritos. A pre­mia­ção é organizada pela Printing In­dus­tries of America (PIA) e a cerimônia que contempla os vencedores foi rea­ li­za­da em Chicago no dia 3 de ou­ tu­bro. Além do Benny, a Burti levou para casa ain­da dois Prê­mios

de Reconhecimento e três Certificados de Mérito. A Facform também conquistou um Prêmio de Reconhecimento. Outras três gráficas bra­si­lei­ras figuraram na lista dos ho­me­na­gea­dos. A Stilgraf recebeu dois Prê­mios de Reconhecimento, assim como três Certificados de Mérito. A Imprensa Ofi­cial do Estado de São Pau­lo ficou com 12 Certificados de Mérito e a Ibratec com dois. No total, a edição deste ano do Pre­mier Print Award dis­tri­buiu 101 Benny, 208 Prê­mios de Reconhecimento e 760 Certificados de Mérito. www.printing.org

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Goiâ­nia, vá­rias entidades envolvidas com o universo da comunicação se uniram para a cria­ção do Fórum Permanente da Indústria da Comunicação de ­Goiás. O objetivo é desenvolver esforços para que as empresas de ­Goiás não só contratem empresas goia­nas para aprimorar sua comunicação publicitária e ins­ ti­tu­cio­nal, como também produzam e vei­cu­lem localmente suas peças e campanhas pu­ bli­ci­tá­rias, sem pre­juí­zo de divulgá-​­las nos de­mais estados.

O objetivo também é analisar e regulamentar as questões referentes ao trabalho inerente à indústria da comunicação, com o propósito de melhorar a produtividade, eliminando problemas e des­per­dí­cios que reduzem a qualidade e au­men­tam o preço e, além de fazer com que verbas significativas, que hoje saem do Estado, nele sejam aplicadas, au­men­tan­do o número de empregos, o faturamento das empresas e, consequentemente, a arrecadação tributária. Entre as entidades que integram o fórum estão a Abigraf- GO, Sigego, a As­s o­cia­ç ão Bra­si­l ei­r a de Agên­cias de Publicidade – Capítulo ­Goiás, a Central de Out­door, a As­so­cia­ção Goia­ na de Imprensa e o Sindicato das Agên­cias de Propaganda do Estado de ­Goiás.



Eduardo Sousa é o novo diretor da Afeigraf Gerente de Mar­ke­ting para a

Ipsis lidera premiação latino-americana Pelo ter­cei­ro ano consecutivo, a Ipsis despontou no Concurso Latino-​­Americano de Produtos Gráficos Theo­b al­d o De Nigris, promovido pela Conlatingraf. Com a conquista de seis prê­mios na categoria ouro, a Ipsis foi a gráfica bra­ si­lei­ra mais pre­mia­da. No total, 11 empresas bra­si­lei­ras além da Ipsis receberam o troféu de Gráfica Oro: Facform, com cinco peças; Mais Artes Gráficas, com três trabalhos; RR Donnelley Moo­re, com dois produtos; e Gráfica ­Águia, Ibep, Grafiset, Escala 7, Litografia Ban­dei­ran­tes, Posigraf, S.A O Estado de S. Pau­lo e Stilgraf, cada uma com uma peça pre­mia­da. Para Fernando Ullmann, diretor executivo da Ipsis, o prêmio

é um reconhecimento do esforço coletivo de todos os colaboradores da empresa. “Investimos na formação de nossos pro­f is­sio­nais, em equipamentos de alta tecnologia de impressão, em in­fraes­tru­tu­ ra, mas, sobretudo, em entender a necessidade dos nossos clien­tes”, comemorou. Ele também creditou o bom resultado à es­p e­cia­ li­z a­ç ão da gráfica em produtos mais sofisticados, através da adoção de técnicas inovadoras e acabamentos di­fe­ren­cia­dos, que vêm se transformando em uma marca registrada da Ipsis. A cerimônia de entrega dos prê­m ios foi rea­li­za­da no dia 11 de novembro, em Cancun, no México.

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América Latina da Agfa, Eduar­ do Sou­sa foi anun­cia­do em ou­ tu­bro como novo membro da diretoria da As­s o­c ia­ç ão dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica (Afei­graf). Ele substitui Ra­f ael Sanchez, que, por motivos pro­f is­sio­nais, dei­ xou a diretoria da entidade. Dessa forma, Eduar­do une-se a Cristina Barros, José Carlos Barone e Martina Ekert, bem como a Karl Klökler, presidente elei­to para

o biê­nio 2010/12. “Estou mui­to motivado e honrado em participar da diretoria da Afei­graf. Participei efetivamente de todo o processo de cria­ção da entidade e acompanhei o crescimento tanto em número de as­so­ cia­d os como em importância da Afei­graf para a indústria gráfica na­cio­nal. Será uma grande responsabilidade con­ti­nuar o ótimo trabalho conduzido pelas di­re­to­rias an­te­rio­res”, disse Eduar­do Sou­sa. www.afeigraf.org.br

Antilhas reposiciona sua marca C

omo parte da estratégia de intensificar sua presença no setor in­dus­trial e es­trei­tar ain­da mais o re­la­cio­na­men­to com os clien­tes, a Antilhas, es­pe­cia­li­za­ da no fornecimento de embalagens para o varejo, acaba de redefinir sua logomarca. Todas as letras do nome da empresa estão agora em cai­xa bai­xa, sem serifas, e a cor da pri­mei­ra letra difere das de­mais, o que remete à liderança. Além disso, hou­ ve a inserção de um ícone em formato de globo que faz referência ao dinamismo e ao pio­ nei­ris­mo. Sua construção, com va­ria­ção de tons, garante movimento à marca. Para fortalecer a proximidade e o conhecimento do negócio do clien­te, o novo slogan é: “Nosso mundo é inovar o seu”.

Há 11 meses, a Antilhas ini­ ciou uma ava­l ia­ç ão dos seus valores, processos, comunicação, produtos, ­­áreas de atua­ção e necessidades de seus clien­tes. Para tanto, contou com o ­apoio de consultoria es­pe­cia­li­za­da em branding e uma agência de comunicação, que au­xi­lia­ram na definição do novo po­si­cio­na­ men­to da empresa. Para 2010, a Antilhas projetou um au­men­to de 16% em seu faturamento; entretanto, no pri­ mei­ro semestre atingiu um crescimento de 29% e estima fechar o ano com 18%. Esse índice se deve à grande demanda varejista, im­pul­sio­na­da pela am­plia­ ção do PIB bra­si­lei­ro em todas as classes so­ciais, principalmente na classe C. www.antilhas.com.br


A FUJIFILM Hunt é a fabricante e desenvolvedora de todos os produtos químicos para a indústria gráfica em nível mundial da FUJIFILM. A FUJIFILM Hunt possui laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de produtos na Europa e nos EUA, que desenvolvem fórmulas cada vez mais modernas em soluções de fonte, lavadores de rolos e blanquetas, silicone e produtos auxiliares para impressão, mais amigáveis ao meio ambiente e mais saudáveis para os usuários da indústria gráfica. Com a supervisão da sua matriz nos EUA, a FUJIFILM Hunt do Brasil produz, na sua fábrica em Arujá (SP), produtos consagrados nos mercado norte-americano e europeu, com a mesma fórmula e controle de qualidade. Somos uma empresa certificada pelas ISO 9001 e 14001. Comprometida em ajudar a eliminar o uso de álcool isopropílico na impressão ou reduzir substancialmente sua utilização, a FUJIFILM Hunt do Brasil está disposta a fornecer aos primeiros 35 clientes que entrarem em contato conosco, sem nenhum custo, os produtos químicos e o suporte técnico necessário para os testes iniciais, visando um ambiente verde em sua sala de impressão.

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Abertas inscrições para o Heidelberg Eco Printing Award

EGB comemora 10 anos

Seguem até 31 de ja­nei­ro de 2011 as

No dia 22 de ou­tu­bro, a Editora Gráfica Bernardi (EGB) festejou seus

inscrições para o 2º Hei­d el­b erg Eco Printing Award, promovido pela Hei­ del­ber­ger Druckmaschinen AG. O prêmio am­bien­tal é focado em práticas sus­ten­tá­veis da indústria gráfica para pré-​­impressão, impressão, acabamento, logística e cultura corporativa. Dividido em duas ca­te­ go­rias, Empresas Sus­ten­tá­veis e Soluções de Futuro, o prêmio visa incentivar e disseminar práticas sus­ten­tá­veis em gráficas de todo o planeta. Qualquer empresa que opere com pelo menos uma impressora offset plana, independente do tamanho da empresa, número de impressoras e volume de produção, pode concorrer. Os vencedores, que receberão prê­mios de 50 mil eu­ros, serão determinados por um grupo de jurados independentes, representantes da indústria gráfica e de as­so­cia­ções am­bien­tais. A divulgação do resultado final do prêmio será rea­li­za­da em junho de 2011. www.heidelberg.com

10 anos de atividade. Cerca de 600 pes­soas pres­ti­gia­ram o evento, que aconteceu na sede da empresa, em Gua­ru­lhos. Zulmiro Bernardi, diretor, fez um breve discurso em que agradeceu a todos os fun­cio­ná­rios, clien­tes e fornecedores que ajudaram a cons­truir a história da empresa. A festa contou também com a presença da atriz global Paloma Bernardi, que participou do sor­teio de diversos prê­mios para os convidados.

Indústria de celulose e papel aponta desafios A perspectiva de retomada de investimentos no setor de celulose e papel deu um tom otimista ao ABTCP-Tappi 2010 – 43º Congresso e Exposição In­ter­na­cio­nal de Celulose e Papel, de 4 a 6 de ou­tu­bro em São Pau­lo. Durante o evento, promovido pela As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), os es­pe­cia­lis­tas do setor confirmaram as projeções de investimentos de US$ 20 bi­lhões até 2020, segundo estimativa da As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Celulose e Papel (Bracelpa), mas alertaram para a necessidade de se reduzir a carga tributária sobre a atividade, ajustar o câmbio e eliminar os gargalos da in­fraes­tru­tu­ra e da logística do País. Do total previsto para investimento até 2020, US$ 3,4 bi­lhões são impostos a serem pagos pelo setor, segundo estimativa de Carlos Farinha e Silva, vice-​­presidente da Pöyry Tecnologia e membro do conselho da ABTCP. Ele explicou que a carga tributária representa de 10% a 15% do valor investido pela indústria, a qual arca com cerca de 85 impostos, que representam até 48% do faturamento bruto das empresas. Durante o congresso a ABTCP apresentou estudo mostrando que o balanço entre as emissões e as remoções de GEEs (gases do efei­to estufa), consolidadas a partir dos in­ven­tá­rios das empresas do setor, é amplamente favorável ao sequestro de CO². A estimativa da ABTCP é de que o total de emissões de GEEs do setor — de forma direta ou indireta — some 6,484 milhões de toneladas de CO² equivalente ao ano. Já as remoções de GEEs somam cerca de 64,2 milhões de toneladas de CO² equivalente ao ano. Considerando todos os tipos de emissões diretas e indiretas, a indústria de celulose e papel resgata pelo menos 10 vezes mais CO² do que o total que emite em toda a ca­deia de produção e dis­tri­bui­ção. A partir das conclusões obtidas, a ABTCP re­la­cio­nou alguns passos que as entidades do setor podem adotar para estimular a redução das emissões de GEEs, dentre eles a cria­ção do Carbon Disclosure Project – Papel e Celulose Brasil e o planejamento e execução de ini­cia­ti­vas de disseminação do con­cei­to de governança climática entre as empresas do setor (no formato de trei­na­men­tos, workshops e publicações se­to­riais, por exemplo). www.abtcp-​­tappi2010.org.br

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POSIGRAF + KOMORI

Inteligências múltiplas a serviço da educação A Posigraf, maior gráfica do país, está comemorando seu sucesso com a aquisição de duas novas máquinas Komori Lithrone S 840P+C com verniz. Isso significa que a contribuição da Posigraf com a educação acaba de ganhar um reforço de peso. Inteligência de verdade é assim: investir no futuro para crescer sempre.

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ENTREVISTA Ada Caperuto e Tainá Ianone

Em entrevista exclusiva, o jornalista Rodolfo Konder manifesta o posicionamento da ABI em relação à criação dos conselhos estaduais de fiscalização da mídia.

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Rodolfo Konder

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“Imprensa livre é garantia de aprimoramento social”

om 45 anos de dedicação ao jorna­ lismo, Rodolfo Konder é atual­men­ te diretor da As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Imprensa (ABI) em São Pau­lo e con­se­lhei­ro do Museu de Arte de São Pau­ lo (Masp). Aos 72 anos de idade, ele acumu­ la a ex­pe­r iên­cia como secretário municipal da Cultura, de 1993 a 2000; como membro do Conselho da Fundação Padre An­chie­ta e da diretoria da Bie­nal de São Pau­lo; e pre­ sidente da Comissão Municipal para as Co­ memorações dos 500 anos do Descobrimen­ to do Brasil. Autor de 21 livros e merecedor do Prêmio Jabuti (Câmara Bra­si­lei­ra do Li­ vro) de 2001 com a obra Hóspede da Solidão, Konder lançará em dezembro o livro Nos­ so Rio Marrento e Torturado, no qual regis­ tra todas as ex­pe­riên­cias políticas de confli­ to com a ditadura durante o regime militar e conta suas ex­pe­r iên­cias em dois pe­r ío­dos de exílio, fuga, prisão e tortura.

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Com passagem por revistas como Rea­li­ da­de, Visão, IstoÉ e Época, ele foi colabora­ dor do jornal O Estado de S. Pau­lo durante dez anos e ­atuou em diversas emissoras de rádio e de televisão, ocupando, por quatro anos, o cargo de editor-​­chefe e apresenta­ dor do Jornal da Cultura, da TV Cultura. Tes­ temunha ocular da história do jornalismo, Konder acompanhou a evolução da profis­ são e de toda a mídia. Ele empresta sua am­ pla visão para falar sobre o momento ­atual da imprensa bra­si­lei­ra aos lei­to­res da Revis­ ta Abigraf, em uma entrevista que aborda a mídia segmentada, o futuro dos pe­r ió­di­cos impressos e a cria­ção de conselhos es­ta­duais de fiscalização da mídia. No final de ou­t u­bro deste ano, seguindo o exemplo do Cea­rá, mais três estados da Fe­ deração anun­cia­ram que se preparam para implantar conselhos de comunicação com


o propósito de monitorar a mídia, seguin­ do a recomendação da Conferência Na­cio­ nal de Comunicação, rea­li­za­da em 2009, por convocação do governo federal. Qual a sua posição sobre isso? Rodolfo Konder: Eu tenho esboçado posição completamente contra a cria­ção desses con­ selhos. Mui­tas pes­soas que são a favor, em busca de uma justificativa, costumam cri­ ticar a atitude de um ou ou­tro veí­cu­lo. São argumentos sempre par­ciais. Ora, não in­ teressa o que fez um ou o ou­tro. O valor da imprensa, sua importância, está na multi­ plicidade. É no seu conjunto que a imprensa desempenha o papel es­sen­cial de preserva­ ção da liberdade de informação e de mani­ festação política. Existem órgãos da impren­ sa que são mentirosos, que não têm ética, mas existem ou­t ros que são corretos, que têm compromisso com a ética e com a ho­ nestidade. É do conjunto desses órgãos da imprensa que resulta o espelho onde a so­ cie­da­de se vê refletida. E a so­cie­da­de tem traços bons e maus. Se você busca o aprimo­ ramento da so­cie­da­de, a melhor ma­nei­ra de fazê-lo é preservar a liberdade de imprensa. Esse aprimoramento so­cial, em toda a his­ tória, nunca se deu à custa da liberdade de imprensa. Você não pode querer controlar a mídia. Com a liberdade, você prestigia os órgãos que têm compromisso com a ética e repudia aqueles que não têm. O senhor acredita que a estruturação de conselhos es­ta­duais pode agravar ain­d a mais a si­t ua­ção, uma vez que cada unidade da Federação terá suas pró­prias regras? RK: A gente sabe que o governo federal não tem uma visão positiva da imprensa e nem admite críticas a certas posturas. A impren­ sa é mui­tas vezes vista como inimiga por dis­ cordar do po­si­cio­na­men­to ofi­cial. Em minha opi­nião existe, sim, uma tentativa de mon­ tar um tipo de instrumento para controlar os ­meios de comunicação, com o objetivo mesmo de fiscalizar e controlar as manifes­ tações con­trá­r ias aos interesses do Estado. Mas este é um caminho que não engana e as pes­soas percebem o que estão tentando ­criar. Perceberam antes, quando a ini­cia­ti­va tinha base no plano federal, haja vista que o próprio governo tinha se comprometido a encaminhar ao Congresso um plano na­cio­ nal de di­rei­tos humanos que envolve o con­

trole da imprensa. Ou seja, já hou­ve uma tentativa de impor um instrumento que pre­ vê o controle ofi­cial da imprensa, mas que não avançou porque a opi­nião pública, a im­ prensa e mesmo alguns representantes do meio político não permitiram. Ao que me parece, com os conselhos es­t a­duais, exis­ te a possibilidade de ­criar-se uma rede que, futuramente, se consolide na­cio­nal­men­te. E qual é a posição ofi­cial adotada pela ABI em relação a esse assunto? RK: Na ABI-SP, tanto eu como meus colegas con­se­l hei­ros pensamos do mesmo modo. Todos temos essa preo­cu­pa­ção de não fa­ zer concessões no que se refere à liberdade de imprensa. Ontem mesmo [26 de ou­tu­bro] estive com o Mau­r i­cio Azedo [presidente da ABI] e posso dizer que a posição dele é de crítica no que se refere à cria­ção desses conselhos. O valor da imprensa, Não acei­ta­re­mos qualquer forma de pre­juí­zo à liber­ sua importância, dade de imprensa.

está na multiplicidade. É no seu conjunto que a imprensa desempenha o papel essencial de preservação da liberdade de informação e de manifestação política.

Como a ABI tem se po­ si­c io­n a­d o em relação à não exigência de diplo­ ma para exercer a ativi­ dade de jornalista? RK: Eu me tornei jornalis­ ta em 1965, quando voltei do pri­mei­ro exílio. Eu não tinha diploma, mas sabia ler e escrever. Fui traba­ lhar na [agência de no­tí­cias] Reu­ters. Naquela época, com dois anos de exercício pro­f is­sio­ nal era possível obter o registro de jornalis­ ta, então tirei o meu. Sou jornalista pro­f is­ sio­nal, mas não tenho diploma. Entretanto, o diploma foi um avanço e uma conquista na história do jornalismo. No final de 1968 vim trabalhar em São Pau­lo, “empurrado” do Rio de Ja­nei­ro pelo AI-5, para trabalhar na revis­ ta Rea­li­da­de. Pou­co tempo de­pois me tornei professor de jornalismo na Faap (Fundação Armando Álvares Pen­tea­do). A existência dos cursos é algo mui­to positivo, dá densi­ dade à profissão, coloca-a em ou­tro patamar. Nesse sentido, nós da ABI somos fa­vo­rá­veis à exigência do diploma. Falando sobre ten­dên­cias da mídia, o jor­ nalismo segmentado vem crescendo nos

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últimos anos, algo que pode ser confirma­ do pelo incremento no número de revistas e também de jor­nais para públicos específicos. Qual é sua opi­nião sobre esta tendência? RK: Este processo de es­pe­cia­li­za­ção cada vez ­maior, com o surgimento de uma visão fo­ cada, é inevitável e positivo, mas com uma condição: que não se perca o aspecto global das coi­sas. Não podemos dei­xar de prestar atenção ao no­ti­ciá­r io geral, pois é nele que se pode encontrar as respostas para mui­tas das indagações so­ciais. É no jornalismo co­ ti­dia­no e amplo, praticado com democracia e liberdade, que se encontram as respostas para estes questionamentos. E se você não tem essa liberdade de expressão no jorna­ lismo geral, se a imprensa é controlada, isso se reverte em O livro impresso é todos os órgãos, prejudicando até a mídia segmentada. um objeto de ternura e

carinho. E ele não vai desaparecer. O digital vem para somar e não para eliminar; não significa que o papel será substituído pelo eletrônico.

Nos últimos anos, com o au­ men­t o do poder aquisitivo das classes C e D, vem ocor­ rendo uma expansão no nú­ mero de títulos dos chamados jor­nais “populares”, com con­ teú­do mais apelativo. Como o senhor enxerga este momento dos jor­nais impressos? RK: A vio­lên­cia e o erotismo ­atraem certos tipos de lei­to­res. Como eu dis­ se, a visão global que devemos ter é: a im­ prensa é uma espécie de espelho no qual a so­cie­d a­de se vê refletida; se a so­cie­d a­ de tem coi­sas boas, estará lá [na mídia], se não tem, não estará. Mas a nossa imprensa é marcada pela he­te­ro­ge­nei­da­de: há órgãos que são mui­to éticos e ou­tros que exploram esse viés apelativo, mui­t as vezes sem ne­ nhuma ética. Cabe a nós pres­ti­g iar aqueles que trabalham com se­r ie­da­de.

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Outra tendência em crescimento é a de jor­ nais diá­rios gra­t ui­tos. Qual é a sua opi­nião sobre esse tipo de veí­cu­lo? RK: Eu tenho certo cui­da­do com as coi­sas que vêm de graça. Temos que nos pergun­ tar o que está por trás disso. Em tudo o que é grátis, sempre existe por trás o interesse publicitário ou de alguém que está patro­ cinando e certamente quem paga é quem se beneficia. O compromisso ­maior não é com a notícia, mas sim com a publicidade. REVISTA ABIGR AF  NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

O jornal se torna uma alternativa viá­vel de informação para quem não tem di­nhei­ ro para comprar um pe­r ió­d i­c o de gran­ de circulação. Esse tipo de imprensa não pode, evidentemente, subs­t i­t uir a grande mídia. Os cidadãos têm que estar sempre informados, procurar todas as mí­dias, rá­ dio, TV, revista e jornal, para encontrar as informações ne­ces­sá­r ias. O Jornal do Brasil recentemente dei­xou de produzir a sua versão impressa. Como o se­ nhor vê o encerramento da circulação de um dos mais antigos e res­pei­ta­dos órgãos de imprensa do País? RK: Vendo as coi­sas em um plano ­maior, a verdade é que vivemos um processo de transformação, o qual devemos procu­ rar acompanhar, pois tem havido mui­t as mudanças e isso traz be­ne­f í­cios e riscos. O senhor acredita que o jornal impresso poderá dei­xar de existir no futuro? RK: Eu tenho 21 livros publicados, em de­ zembro sai­rá o 22º, já traduzi seis livros, pre­ fa­ciei vá­r ios ou­tros e minha vida como jor­ nalista tem relação direta com a literatura. Quan­do vim trabalhar em São Pau­lo esta­ va vivendo uma ex­pe­r iên­cia singular entre o casamento do jornalismo e da literatura. A revista Rea­li­da­de se­g uia o estilo new jor­ nalism, que era justamente essa junção e foi isso que abriu as portas para eu me tor­ nar escritor. Eu me identifico mui­to com o livro impresso, que, para mim, é um obje­ to de ternura e carinho. E ele não vai de­ saparecer. O digital vem para somar e não para eliminar; não significa que o papel será subs­ti­tuí­do pelo eletrônico. O processo di­ gital vem para transformar, para acrescen­ tar e é inevitável. Nós estamos vivendo um momento em que “o presente está em de­ clínio, o presente está só”, como diria Jorge Luis Borges. As pes­soas estão desligadas do passado, do conhecimento, da história e do processo que nos trou­xe aqui. Por isso tam­ bém estão desligadas do futuro, porque não têm mais uto­pias. A maio­r ia das pes­soas não tem sonhos, não persegue uma estre­ la. Estamos vivendo um pe­r ío­do complica­ do. Os jovens estão apri­sio­na­dos porque ig­ noram o passado e não planejam o futuro. E a imprensa é um dos pontos pos­sí­veis de recuperação e salvamento.



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Fotos: Jaime Acioli

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1 Ismael Nery, Namorados, óleo sobre tela, 58,5 × 58,5 cm, 1927  2 Fulvio Pennacchi, Almoço Campestre, óleo sobre tela, 123 × 197 cm, 1939  3 Maria Leontina, Natureza Morta, óleo sobre tela, 61 × 85 cm, 1949  4 Gonçalo Ivo, O Caminho de Amsterdam, óleo sobre tela, 120 × 180 cm, 2002  5 Roberto Burle-Marx, Composição Abstrata, acrílica sobre tela, 138 × 174 cm, 1979  6 Regina, Namorados, óleo e colagem sobre tela, 150 × 100 cm, c 1920  7 Alberto da Veiga Guignard, Flores, óleo sobre cartão, 38 × 31,5 cm, 1933  8 Dionísio del Santo, Músicos, óleo sobre tela, 110 × 150 cm, 1985  9 Toz, Shimuzada, técnica mista sobre tela, 160 × 160 cm, 2010  10 Orlando Teruz, Crianças Brincando, óleo sobre tela, 90 × 116 cm, 1966  11 Portinari, Espantalho, óleo sobre madeira, 55 × 46 cm, 1941  12 Gonçalo Ivo, Curral, óleo sobre tela, 135 × 230 cm, 1988

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A nossa arte faz 22 anos nas capas da Abigraf Jacob Klintowitz*

Para comemorar estes 35 anos da Revista Abigraf, convidamos o respeitado jornalista e crítico de arte, Jacob Klintowitz, autor de mais de uma centena de livros e curador de importantes mostras no Brasil e no exterior, para uma análise da contribuição que o setor gráfico nacional — a ampla visão de seus líderes que dirigem a entidade maior do setor no País — e a editora Clemente & Gramani dão à cultura brasileira com as matérias de arte publicadas. Afinal, a indústria da comunicação gráfica é uma importante guardiã da democracia, impulsionadora do desenvolvimento e símbolo da independência. Povo culto e educado, é povo livre e comprometido com o progresso. 23 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010  REVISTA ABIGR AF


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o começo não era uma obrigação, mas sim o vo­ luntário e lírico desejo de mostrar a alma na­cio­nal por intermédio dos seus poe­t as vi­suais, os artis­ tas plásticos bra­si­lei­ros. Hoje, de­pois de 22 anos de con­tí­nuas capas dedi­ cadas à arte bra­si­lei­ra, de um projeto gráfi­ co refinado e da série de perfis fei­tas pelo jornalista Ricardo Vi­vei­ros, a Revista Abigraf é uma das mais sólidas re­fe­rên­cias da nos­ sa cultura e segura fonte histórica. As ma­té­ rias de arte da revista tornaram-se tradição, memória e atua­li­da­de da arte e dos artistas. A relação de cumplicidade entre o lei­tor, o cir­cui­to da arte e a publicação tornou suas ma­té­r ias de capa dedicadas à arte uma es­ perada e pe­r ió­di­ca manifestação de prazer e informação qualificada. Existem alguns fatores que tornam esta persistência da revista um dado importante na nossa vida cultural. O pri­mei­ro, é claro, é a atua­li­da­de tecnológica da nossa indús­ tria gráfica e a sua produção de alta preci­ são. A revista representa este res­pei­tá­vel e importante setor in­dus­trial. E diretamente ligada a esta posição de ponta que a indús­ tria tem no Brasil, a Clemente e Gramani

Editora, com o ­apoio da diretoria da Abi­ graf, assumiu a corajosa decisão de dedicar as capas de sua revista a uma área tão signi­ ficativa para a cultura na­cio­nal. Na verdade há uma dupla ligação, ime­dia­ta e simbólica, para esta relação. Tanto quanto a arte, a in­ dústria gráfica produz qualidade. E a pro­ dução gráfica só começa após a cria­ção e o planejamento do artista vi­sual. Eu trabalho há mais de 40 anos na mí­ dia impressa e eletrônica, sempre tratando de arte, e sei da importância fundamental da equipe. E sei também que o diretor da re­ vista, Plinio Gramani Filho, tem a função de um maes­tro na orquestra, pois estabelece o con­cei­to da publicação, a ordem de entrada dos instrumentos, o formato das ma­té­r ias, corrige, orien­ta e di­men­sio­na cada assunto, evita a emoção excessiva e obsessiva. O meu papel nestes anos tem sido o de solista, mas eu sei o que devo aos meus com­pa­nhei­ros de redação e aos meus editores. Uma publi­ cação contínua de 22 anos de vi­to­r io­sas ma­ té­r ias sobre cultura obri­ga­to­r ia­men­te é pla­ nejada, organizada, ava­lia­da e reo­r ien­ta­da de ma­nei­ra permanente. Outro fator importante foi a cria­ção de um padrão gráfico para as capas e as páginas dedicadas à arte. Neste sentido o trabalho de Cesar Man­g ia­ca­val­li tem sido impecável


no estabelecimento de uma identidade vi­ sual que o lei­tor reconhece e que traz a sen­ sação, pelo cui­da­do permanente, de que se está dian­te de uma matéria prio­ri­tá­ria. Deve ser destacado o valor da seleção eclética, abrangente e ideo­lo­g i­ca­men­te descompro­ metida dos artistas. A revista contemplou artistas de vá­r ias ten­dên­cias e linguagens, com base apenas na qualidade expressiva de cada um. Isso se tornou um exemplo de to­ lerância e visão multicultural, pois ela é ca­ paz de olhar com interesse para uma multi­ plicidade de pontos de vista. Outro fator do sucesso edi­to­r ial é a ma­ nei­ra como estas ma­té­r ias são elaboradas. O texto de Ricardo Vi­vei­r os tem eviden­ te qualidade literária, utilizando recursos do moderno jornalismo com a inclusão da subjetividade, e uma forma narrativa que o aproxima da bio­g ra­f ia clássica, pois regis­ tra os dados objetivos, as nuan­ças de com­ portamento e as manifestações psíquicas do retratado. Há nestes textos o conhecimento específico da arte e do processo cria­ti­vo do artista e há a ex­pe­r iên­cia de quem conhece as vicissitudes do co­ti­dia­no humano. Mais de vinte anos de ma­té­r ias de capa dedicadas à arte por uma revista se­to­r ial de público dirigido é um dado único e por sua natural isenção se constitui num origi­

nal panorama da arte na­cio­nal. Trata-se do mesmo interesse que as coleções de arte privadas ofe­re­ciam, na pri­mei­ra metade do século XX, por se cons­ti­tuírem numa visão não ofi­cial da vida artística. No caso da Revista Abigraf, a sequência nos traz nomes de grande representação, que po­de­r iam ser, por si só, um completo projeto de exposições itinerantes para que o País conhecesse melhor os seus artistas: Emi­lia­no Di Cavalcanti, Fayga Ostrower, Renina Katz, Carlos ­S cliar, Yolanda Mo­ halyi, Alice Brill, Zélio Alves Pinto, Milton Dacosta, Anita Malfatti, Tikashi Fukushi­ ma, Rugendas, Antônio Gomide, Vicente do Rego Mon­tei­ro, Giu­sep­pe Pancetti, Candi­ do Portinari, Aldir Mendes de Sou­za, Cary­ bé, Flávio de Carvalho, Aldemir Martins, Francisco Brennand, Antonio Henrique do Amaral, Fulvio Pennacchi, Rai­mun­do Cela, Tomie Ohtake, Samson Flexor, Dja­ nira da Motta e Silva e Iberê Camargo, entre tantos ou­tros. Neste particular panorama da arte bra­si­ lei­ra o despojamento de apresentação é um dado notável. O foco é sempre no artista e na sua obra e o método é o de apresentar o seu trabalho a partir de de­poi­men­tos pes­ soais e, quando possível, de vá­r ias visões, do desenvolvimento interno das formas.

Jacob Klintowitz é crítico de arte, escritor, jornalista, autor de 116 livros de arte e teoria de arte e tem sido colaborador de importantes veículos como Jornal da Tarde, O Estado de S. Paulo, Tribuna da Imprensa, TV Globo, revista IstoÉ e Revista da Indústria.


IMPRESSÕES

Claudio Baronni

Presidente do Conselho Diretivo da ABTG

Eficácia sempre ão importa o tamanho: grande, média ou pequena, toda gráfica está sujeita a pressões das quais não há como escapar. Diariamente o empresário brasileiro tem de conviver com uma legislação intrincada, cheia de meandros, impostos excessivos sem qualquer contrapartida, dificuldades para obtenção de crédito e com os altos custos dos serviços públicos. Do ponto de vista comercial, estão nos seus calcanhares um mercado altamente ofertado, onde coexistem práticas ilícitas como o uso inadequado do papel imune, além de relações com fornecedores nem sempre justas, nas quais preços mais acessíveis significam perda de qualidade. Há ainda as questões relacionadas à mão de obra, como o alto custo do treinamento, fundamental para a adequação às novas tecnologias, afora uma legislação trabalhista paternalista que gera altos custos. Isso, obviamente, sem falar nos desafios inerentes ao negócio, como a satisfação do cliente, o desenvolvimento de soluções diferenciadas, a adequação dos produtos às demandas do mercado e a corrida pela inovação. Para não se deixar engolir por esse monstrengo de mil braços a arma é a produtividade. Para começar, lembre-se de que não existe uma empresa boa em tudo. Procure um nicho dentro do mercado que você já atende. Mantenha-se flexível, porém tenha foco e mostre aos seus clientes o que sua empresa tem de melhor a oferecer.

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Com essa estratégia em mente, padronize seus processos, sem confundir essa ação com a padronização do produto. Quem cria o produto é o cliente e nesse ponto ele precisa de você justamente na viabilização de peças exclusivas. Justamente para entender essa demanda, implante uma filosofia voltada para o cliente. Encante-o. Se você quer produtividade terá, necessariamente, de selecionar seus fornecedores. Não compre somente “preço”. Leve em conta todo o apoio que o fornecedor pode lhe dar e o rendimento dos materiais quando estiver colocando nos pratos da balança os itens custos e benefícios. Outro quesito que merece total atenção é a seleção da mão de obra. Escolha bem seus colaboradores, treine-os bem e sempre, ao mesmo tempo em que os motiva através de salários justos, benefícios adequados e objetivos claros e reconhecimento. Assim como na decisão sobre os fornecedores, modernas tecnologias têm seu custo e ele tem de ser pago. Avalie muito bem todas as possibilidades, vantagens e desvantagens, custos adicionais e retorno sobre o investimento, fundamentando sua decisão em dados concretos. Para finalizar, deposite suas fichas no controle dos processos, produtivos e administrativos, sem medo de errar. Aqui vale a máxima: “só posso melhorar o que conheço, só conheço o que meço e acompanho”. claudiobaronni@abril.com.br


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• Mostruário de Holografia (8 tipos) • Mostruário de Papéis e Gramaturas • Mostruário de Texturas e Relevos • Mostruário de Laminação e Vernizes • Mostruário de Facas, Dobras e Serrilhas • Tabelas de aproveitamento de papel • Escala de cores (em couche e off-set 32pgs)

AGENDA DO GRÁFICO / DESIGNER

3982-8112

• Principais fornecedores gráficos • Prêmios e eventos da área gráfica/design • Consultorias Técnicas • Característica dos suportes para impressão

www.agendadografico.com.br w

br

• Como enviar o arquivo à gráfica

. om

• Software e sistemas gráficos • Informações de retículas

gr

• Associações e sindicatos • Normalizações e Certificação FSC • Glossário de termos técnicos • Literatura e revistas do segmento

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Apoio:

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Produto com patente requerida.

Designer: Darcio Andrade

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Designer

2011


Prêmio de Excelência Gráfica chega à 20ª- edição Ipsis, Log&Print, Facform e Pancrom são as gráficas com maior número de produtos entre os finalistas, inscritos por 96 empresas, das quais 41 são de outros estados fora São Paulo. Tânia Galluzzi

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P

elo 20º ano consecutivo o 11, são os ou­tros dois estados com Inscrições setor gráfico ho­me­na­geia mais empresas entre os finalisas empresas que durante tas. A gráfica com ­maior número 1.285 produtos o ano in­tei­ro se dedicam a de peças disputando prê­mios é a 175 empresas alcançar a excelência. No dia 23 de Ipsis, concorrendo com 20 produ16 estados novembro serão revelados os ventos em 13 ca­te­go­rias. Ela é seguida cedores do Prêmio Bra­si­lei­ro de pela Log&Print, com 16 trabalhos. Excelência Gráfica Fernando Pini A Log&Print, inclusive, já tem pelo Finalistas 2010. São finalistas 96 gráficas, que menos dois prê­m ios garantidos, 308 produtos concorrem ao conta-​­fios dou­ra­do nas ca­te­go­r ias Revistas Infantis ou buscando não só reconhecimento de Desenhos e Conformidade com a 96 empresas e visibilidade, mas também a cerNorma ISO 12.647-2 – Impressão Off14 estados teza de que estão no caminho cerset Plana e Rotativa, uma vez que to, valorizando o produto gráfico Distribuição por estados as cinco peças finalistas em cada em toda a sua dimensão. uma dessas ca­te­go­r ias foram pro– Finalistas Neste ano, o Prêmio Fernando duzidas por ela. Também lideram Estado Empresas Pini recebeu a inscrição de 1.285 a disputa Facform e Pancrom, amBA  1 produtos, desenvolvidos por 175 bas com 15 produtos cada uma, e CE  1 empresas, representando 16 EsPlural, concorrendo com 14 peças. DF  1 tados. Em 2009, 200 gráficas insA Plural domina a categoria ProES  3 creveram 1.331 peças. “Consideradutos Impressos em Rotativa Offset mos essa oscilação natural, uma Heat­set/Jor­nais Diá­r ios. MG  2 vez que nos últimos anos as gráEntre os fornecedores, que comMT  1 ficas se tornaram mais cri­te­r io­ petem em 14 ca­te­go­rias, os mais ciPA  1 sas na escolha dos trabalhos en­ tados são Hei­del­berg, que briga por PB  1 via­dos para o prêmio”, comentou sete conta-​­fios, Kodak, classificaPE  3 Francisco Veloso, coor­de­na­dor do da em quatro ca­te­go­rias, e Suzano, PR 13 concurso. Ele enfatizou o fato do em três. No total, 23 empresas forRJ  2 julgamento estar cada vez mais necedoras do segmento gráfico esapertado como uma demonstratão disputando o prêmio. A pri­mei­ RS 11 ção da ava­l ia­ç ão prévia rea­l i­za­ ra fase de julgamento foi rea­li­za­da SC  1 da pelas pró­prias empresas, sem nos dias 6 e 7 de ou­tu­bro e a segunSP 55 contar a disseminação da qualida etapa nos dias 27 e 28 do mesmo dade. “As pon­tua­ções con­ti­nuam altas e as di- mês. Os produtos finalistas ficaram expostos no ferenças entre os concorrentes são de­ci­mais, Senai Ba­r ue­ri. A festa de pre­mia­ção, quando os sobretudo na segunda fase de julgamento”. vencedores serão conhecidos, terá lugar no Expo Das 96 gráficas que passaram para o se- Barra Funda, em São Pau­lo. Após a cerimônia de gundo julgamento, pou­co mais da metade, 55, entrega haverá o show da banda Titãs. representam o Estado de São Pau­lo. Paraná, Nas próximas páginas, apresentamos os com 12 gráficas, e o Rio Grande do Sul, com trabalhos e empresas finalistas.

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Trabalhos finalistas classificados por categoria Os vencedores de cada categoria serão anunciados na cerimônia de entrega do XX Prêmio Fernando Pini, no dia 23 de novembro de 2010

LIVROS Livros de Texto Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Produto: File 10 Anos Cliente: Imprensa Oficial do Estado RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Coco Chanel Cliente: Larousse do Brasil Participações Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Memórias de um Sargento de Milícias” Cliente: Instituto Cultural Cidade Viva Geo-Gráfica e Editora Produto: Bíblia Sagrada – André Valadão Cliente: Igreja Batista de Lagoinha Geo-Gráfica e Editora Produto: Sigmund Freud (1914-1916) Cliente: Cia. das Letras Livros Culturais e de Arte Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Horizontes – Uma Visão Panorâmica do...” Cliente: Editora Tempo de Imagem Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Sertão sem Fim – Araquém Alcântara” Cliente: Araquém Alcântara Fotografia e Editora Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Maria Martins” Cliente: Cosac & Naify Edições Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Produto: Raízes Cliente: Imprensa Oficial do Estado Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Roberto Micoli” Cliente: Bei Comunicação

Livros Institucionais Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Design Brasil 101 Anos de História – Casa Claudia” Cliente: Editora Abril RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo Cliente: Editora Novo Século Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “100 Anos Teatro Municipal do Rio de Janeiro” Cliente: Brasilcap Capitalização Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Café na Mogiana Paulista” Cliente: Via Impressa Design Gráfico Gráfica Santa Marta Produto: Livro Governo do Rio Grande do Norte Cliente: Assessoria de Comunicação Social do Governo do RN Livros Infantis e Juvenis Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Alice no País das Maravilhas” Cliente: Cosac & Naify Edições Pancrom Produto: Toy Story 1 Cliente: Editora Abril Ipsis Gráfica e Editora Produto: “Livro das Perguntas” Cliente: Cosac & Naify Edições Ipsis Gráfica e Editora Produto: Coleção Ache o Bicho “Correndo a Todo Vapor...” Cliente: Cosac & Naify Edições Corprint Gráfica e Editora Produto: Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho Cliente: Editora Moderna

Livros Ilustrados e Livros Técnicos Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Água, Alma das Paisagens” Cliente: Eco Souvenir Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Produto: Pixinguinha Cliente: Instituto Moreira Salles RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Chocolate Todo Dia Cliente: DBA – Dórea Books and Art Gráfica e Editora GSA Produto: Livro do Palácio Anchieta Cliente: Secon – Secretaria Estadual de Comunicação Gráfica e Editora GSA Produto: Livro Estádio Kleber Andrade Cliente: Secretaria do Estado de Esportes Livros Didáticos Pancrom Produto: Ecossistemas Mod. Aluno e Professora Cliente: Sangari do Brasil Pancrom Produto: Vida das Plantas (Mod. Aluno) Cliente: Sangari do Brasil Pancrom Produto: Ecossistemas Modelo Aluno Cliente: Sangari do Brasil Gráfica Bandeirantes Produto: New English Point Cliente: Editora Saraiva Gráfica Bandeirantes Produto: Química Feltre Cliente: Editora Moderna Guias e Manuais Mateus Indústria e Comércio de Brindes Produto: Cartão Tim Infinity Cliente: Tim Celulares

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Corgraf Gráfica e Editora Produto: Manual de Pré-Impressão Corgraf 3ª Edição Cliente: Corgraf Gráfica e Editora Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Guia São Paulo Life” Cliente: Siquini Gráfica Editora e Fotolito Gráfica Flamar Editora Produto: Guia Turismo Recife Te Quer Cliente: Recife Convention Gráfica Flamar Editora Produto: Guia de Turismo Porto de Galinhas Cliente: Prefeitura de Ipojuca

REVISTAS Revistas Periódicas de Caráter Variado sem Recursos Gráficos Especiais Pancrom Produto: Revista Rolex Spirit nº 16 Cliente: Relógios Rolex RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Revista Chiques & Famosos Cliente: Editora Símbolo RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Revista Vogue Premium Cliente: Carta Editorial Log & Print Gráfica e Logística Produto: Revista do Itaú Personalité nº 10 de 2010 Cliente: Trip Editora Gráfica e Editora GSA Produto: Revista Emar Batalha Cliente: Emar Batalha

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Revistas Periódicas de Caráter Variado com Recursos Gráficos Especiais Facform Impressos Produto: Revista Engenho de Gastronomia Cliente: Engenho Comunicação e Marketing Ibep Gráfica Produto: Revista Cavallino Cliente: Leitura e Arte Ibep Gráfica Produto: Revista Photoshop Creative nº 20 Cliente: Digerati Comunicação Gráfica e Editora Posigraf Produto: Revista Yachtbrasil Cliente: YB Revenda de Barcos

Ipsis Gráfica e Editora Produto: Revista Gourmet Life nº 9 Cliente: Siquini Gráfica Editora e Fotolito Revistas Infantis ou de Desenhos Log & Print Gráfica e Logística Produto: Lanterna Verde – Forjados no Ódio Cliente: Panini Brasil Log & Print Gráfica e Logística Produto: Crise Final 07 Cliente: Panini Brasil Log & Print Gráfica e Logística Produto: Marvel Especial 18 Cliente: Panini Brasil Log & Print Gráfica e Logística Produto: A Noite Mais Densa Cliente: Panini Brasil Log & Print Gráfica e Logística Produto: Homem de Ferro Cliente: Panini Brasil Revistas Institucionais Ibep Gráfica Produto: Revista Artefacto Beach & Country nº 2 Cliente: Euromobile Interiores Ibep Gráfica Produto: Revista Le Lis Blanc 25 Cliente: Le Lis Blanc Deux Ibep Gráfica Produto: Revista Daycoval Cliente: Spring Editora Produtora Comunicare – Life Serviços Gráficos Produto: Prêmio Colunistas Paraná 2009 Cliente: Silvia Dias de Souza Gráfica Print Indústria e Editora Produto: Revista Corpo e Arte Cliente: Rocha Lino e Cia – Corpo e Arte

JORNAIS Jornais Diários Impressos em Coldset Delta Publicidade Produto: O Liberal Cliente: Delta Publicidade Delta Publicidade Produto: Amazônia Cliente: Delta Publicidade S/A O Estado de S. Paulo Produto: Jornal da Tarde – edição 01/06/10 Cliente: S/A O Estado de S. Paulo

S/A O Estado de S. Paulo Produto: O Estado de S.Paulo – edição 29/06/10 Cliente: S/A O Estado de S. Paulo S/A O Estado de S. Paulo Produto: O Estado de S.Paulo – edição 26/07/10 Cliente: S/A O Estado de S. Paulo Jornais de Circulação Não-Diária Gráfica e Editora Posigraf Produto: Jornal Le Monde Diplomatique Cliente: Polis Instituto de Estudos, Formação e Assessoria Ibep Gráfica Produto: Journal SPFW janeiro 2010 – edição 3 Cliente: In Mod Instituto Nacional de Moda e Design Ibep Gráfica Produto: Revista C&A – abril – edição 2 Cliente: Trip Editora e Propaganda Ibep Gráfica Produto: Revista Invicto – novembro/dezembro 2009 Cliente: Esfera BR Mídia Editora Oceano Indústria Gráfica e Editora Produto: Jornal Brasil Econômico Cliente: Jornal Brasil Econômico

PRODUTOS PARA IDENTIFICAÇÃO Rótulos Convencionais sem Efeitos Especiais Degráfica Impressos Produto: Rótulo Vinho Quinta do Rio Grande Cliente: Cooperativa Vinícola Garibaldi Degráfica Impressos Produto: Rótulo Jurubeba Cliente: Casa Di Conti Gráfica Rami Produto: Rótulo, Contrarrótulo e Gargalo Cerveja St. Gallen Cliente: Comary Indústria Brasileira de Bebidas Gráfica Rami Produto: Rótulo e Contrarrótulo Rum Capitan Cortez Carta Branca Cliente: Viti-Vinícola Cereser Gráfica Rami Produto: Rótulo e Gargalo Cerveja Kaiser Bock 600 ml Cliente: Cervejarias Kaiser Brasil 

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Rótulos Convencionais com Efeitos Especiais Degráfica Impressos Produto: Rótulo Vinho Di Bartolo Cliente: Cooperativa Vinícola Garibaldi Degráfica Impressos Produto: Rótulo Old Red Whisky Cliente: Casa Di Conti RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Cachaça Theodoro Cliente: Destilaria Theodoro Rótulos em Autoadesivo sem Efeitos Especiais Degráfica Impressos Produto: Café Amigo Premium Cliente: Cia Iguaçu de Café Degráfica Impressos Produto: Rótulo Café Cofique Cliente: Cia Iguaçu de Café Grafitusa Produto: Pastilhas Cliente: Garoto Grafitusa Produto: Bombons Serenata Cliente: Garoto Grafitusa Produto: Bombons Garoto Cliente: Garoto Rótulos em Autoadesivo com Efeitos Especiais Degráfica Impressos Produto: Vinho Fino Tinto Seco Dal Pizzol 35 Anos Cliente: Vinícola Monte Lemos Degráfica Impressos Produto: Rótulo Queijo Tipo Brie Cliente: José Luiz Ipar Pravia Brasicolor Indústria Gráfica Produto: Cave Pericó Cliente: Vinícola Pericó Gráfica Reúna Produto: Rótulo Don Laurindo Reserva Tannat / Merlot / Cabernet Sauvignon Cliente: Vinícola Don Laurindo Gráfica Ipê Produto: Rótulo Cachaça Fazenda Soledade Cliente: Fazenda Soledade

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Etiquetas Facform Impressos Produto: Etiqueta para Camisa Literato Organic Cliente: Literato Grafdil Impressos Produto: Tag Edição Especial Cliente: Ravanello Indústria e Comércio

Tarfc Indústria Gráfica Produto: Necktags Pura Cliente: Sagatiba Brasil Tarfc Indústria Gráfica Produto: Necktags Velha Cliente: Sagatiba Brasil Scribo Formulários Produto: Etiqueta Cartório Paulo Viana Cliente: Cartório Paulo Viana Adesivos RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Kuromi Cliente: Indústria Gráfica Foroni Estética Artes Gráficas Produto: Etiquetas Adesivas Paper Box Cliente: Paper Box RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Barbie Cliente: Indústria Gráfica Foroni Tarfc Indústria Gráfica Produto: Adesivo – O Prazer na sua Perfeição Cliente: General Mills Indústria Serigráfica Tekne Produto: Adesivo Campanha Dia das Mães Cliente: Via Uno

ACONDICIONAMENTO Embalagens Semirrígidas sem Efeitos Rosset Artes Gráficas e Editora Produto: Embalagens Cera Negra Depiroll Cliente: QGN do Brasil Gráfica e Editora Sarapuí Produto: Cartucho Adoçante Gold Sucralose 50 Envelopes Cliente: Gold Nutrition Indústria e Comércio Box Print Grupograf Produto: Ekos Kit Miniaturas Açaí Cliente: Natura Indústria e Comércio de Cosméticos Brasilgrafica Indústria e Comércio Produto: Cartucho Chocolate Lacta Delice 150g Cliente: Kraft Foods Brasil Gráfica Flamar Editora Produto: Conjunto de Caixas Pharmapele Cliente: Pharmapele

Embalagens Semirrígidas com Efeitos Kingraf Indústria Gráfica Produto: Cartucho Glamour Secrets Black Cliente: O Boticário Rona Editora Produto: Kit Vodka Stolichnaya (3 modelos) Cliente: Globalbev Brasília Gráfica Magistral Produto: Secrets Colection Cliente: O Boticário Antilhas Produto: Cartucho Sacola True Force Cliente: Avon Brasilgrafica Indústria e Comércio Produto: Linha de Cartucho Melitta Regiões Brasileiras – Serrado Cliente: Melitta do Brasil Indústria e Comércio Embalagens Semirrígidas com Efeitos Especiais Rona Editora Produto: Kit Vodka Stolichnaya (4 modelos) Cliente: Globalbev Brasília Brasilgrafica Indústria e Comércio Produto: Cartucho Cointreau 700 ml Cliente: Campari do Brasil Brasilgrafica Indústria e Comércio Produto: Caixa de Bombons Talento 189g Cliente: Chocolates Garoto Gráfica Flamar Editora Produto: Caixa Olore Soldier Exclusive Man Use Cliente: Olore Paris Brasilgrafica Indústria e Comércio Produto: Cartucho Bitter Campari 750 ml Cliente: Campari do Brasil Embalagem de Micro-Ondulados Ibratec Artes Gráficas Produto: Caixa Gato Proplan Cliente: Nestlé Brasil Escala 7 Editora Gráfica Produto: Caixas Dutyfree Black Label 4 unidades Cliente: Diageo Brasil Escala 7 Editora Gráfica Produto: Caixas Dutyfree Red Label 4 unidades Cliente: Diageo Brasil 

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o Reduçãmo Consu ia Energ


Indústria de Embalagens Santa Inês Produto: Pack Teacher’s Cliente: Pernod Ricard Brasilgrafica Indústria e Comércio Produto: Caixa Panettone Bauducco 4 kg Cliente: Pandurata Alimentos (Bauducco) Embalagens Sazonais Ibratec Artes Gráficas Produto: Cartucho Edição Comemorativa 51 Cliente: Companhia Muller de Bebidas Pancrom Produto: Eternal Magic Cliente: Avon Cosméticos Jofer Embalagens Produto: Natura Sève Cliente: Indústria e Comércio de Cosméticos Natura P+E Galeria Digital Produto: Lata Sprite Cliente: Coca-Cola Brasil Gráfica Flamar Editora Produto: Embalagem Morabeza Cliente: Queiroz Galvão Embalagens Flexíveis Impressas em Flexografia Plasc Plásticos Santa Catarina Produto: Absorvente Fiore Sem Abas 8 unidades Cliente: Mabesa do Brasil Plasc Plásticos Santa Catarina Produto: Nestea Light 1,5 L Chá Preto Sabor Limão Cliente: Nestlé do Brasil Papéis Amália “Teruel” Produto: Xerox Digital Paper A4 Cliente: International Paper do Brasil Papéis Amália “Teruel” Produto: Batata Whaw Club Churrasco Cliente: Semalo Indústria e Comércio Papéis Amália “Teruel” Produto: Cereais em Barra Morango com Iogurte Trio Cliente: Trio Alimentos

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Embalagens Flexíveis Impressas em Rotogravura Inapel Embalagens Produto: Creme Knorr Vitalie Espinafre e Ervilha Cliente: Unilever Brasil Alimentos Inapel Embalagens Produto: Envoltório Ovo Amazônia Cliente: Kraft Foods Brasil

Inapel Embalagens Produto: Sachet Natura Sève Óleo Amêndoas e Óleo Menta e Alecrim Cliente: Mappel Indústria de Embalagens Inapel Embalagens Produto: Veja Doy Pack Desengordurante Limão Cliente: Reckitt Benckiser Peeqflex Indústria e Comércio Produto: Ruffles Cliente: Pepsico do Brasil Sacolas Pancrom Produto: Sacola Avon / Envólucro Promocional 22 Cliente: Avon Cosméticos Facform Impressos Produto: Sacola Eider Santos Cliente: Eider Santos Facform Impressos Produto: Sacola CIS Cliente: CIS Cartonagem Hega Produto: Packart 10 Anos Cliente: Packart Design Antilhas Produto: Sacola Embanews Cliente: Ibem – Instituto Brasileiro de Embalagens

PROMOCIONAL Pôsteres e Cartazes Facform Impressos Produto: Cartaz Casa da Rabeca 2010 Cliente: Casa da Rabeca Facform Impressos Produto: Cartaz Novo Invicto Cliente: Asa Indústria e Comércio Primacor Gráfica e Editora Produto: Cartaz Glam Cliente: Nutra–Hair Cosméticos Makro Kolor Gráfica e Editora Produto: Cartaz Devassa BL Cliente: Primo Schincariol Papéis Amália “Teruel” Produto: Guaraná Kuat 2 l Cliente: Recofarma Indústria do Amazonas Catálogos Promocionais e de Arte, sem Efeitos Especiais Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Folheto Nobre Cliente: Zkat Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Folhetão Zenith Cliente: Gafisa

Pancrom Produto: Cardápio “O Celeiro” Cliente: Amazônia Marketing e Consultoria Mattavelli Gráfica e Editora Produto: Great Urban House Cliente: Propaganda Desigual Gráfica e Editora LCR Produto: Projeto Reciclagem de Óleo Cliente: Unióleo Inovações Tecnológicas Catálogos Promocionais e de Arte, com Efeitos Especiais Pancrom Produto: Fiat Uno Cliente: ARK BR Pancrom Produto: Catálogo Nestlé Gold Cliente: Future Brand Pancrom Produto: Fiat 500 Cliente: Fiat Facform Impressos Produto: Manual de Eventos Regionais Globo Nordeste Cliente: Globo Nordeste Facform Impressos Produto: Catálogo Pontes Corporate Center Cliente: Rio Ave Relatórios de Empresas Ipsis Gráfica e Editora Produto: Relatório Anual Promon Cliente: Promon Engenharia Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Relatório Anual Bradesco Cliente: Banco Bradesco Leograf Gráfica e Editora Produto: Perfil Empresarial Delta – 2009 Cliente: Delta Construção Gráfica e Editora GSA Produto: Relatório Empresarial Cesan 2003/2009 Cliente: Cesan Gráfica Santa Marta Produto: Relatório Anual BNB 2010‑10‑25 Cliente: Banco do Nordeste do Brasil Folhetos Publicitários Pancrom Produto: Cores Mega Impact Cliente: Avon Cosméticos Laborgraf Artes Gráficas Produto: Broadside Moda e Magia Cliente: Mattel do Brasil 

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IPSIS + KOMORI

Arte + Qualidade em dose dupla Sr. Fernando Ullmann – Gráfica Ipsis “A atenção com assistência técnica, treinamento e peças em estoque foram as principais razões pela opção de um equipamento de 8 cores da Komori. Claro que também levamos em conta o histórico de pouca manutenção e muita seriedade das pessoas envolvidas. A Gutenberg é uma empresa tradicional com a qual já fizemos muitos negócios no passado, todos bem sucedidos. Assim como este.”

A Ipsis, gráfica brasileira mais premiada pela qualidade de seus livros de arte, acaba de adquirir sua primeira Komori LS 840P, a marca que se destaca mundialmente por oferecer uma qualidade superior em impressões de alto padrão. Coincidência? Claro que não. Komori LS 840P – impressora offset de oito cores com reversão no formato 720 x 1030, que imprime na velocidade de 15.000 unidades por hora.

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Laborprint Gráfica e Editora Produto: Mala Direta Ford – Caminhões Cliente: Wunderman Comunicação Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Encarte Devassa Cliente: Agência Mood Kriativa Gráfica e Editora Produto: MD PJ Dia das Crianças – Flocagem e Aroma Ursinho Cliente: Banco Itaú Kits Promocionais Ipsis Gráfica e Editora Produto: Kit “Saci e os Amigos da Natureza” Cliente: Cepar Consultoria e Participação Facform Impressos Produto: Kit Promocional Chesf Cliente: Chesf – Companhia Hidroelétrica do São Francisco Exklusiva Gráfica e Editora Produto: Apreciadores do Chopp Cliente: Femsa do Brasil Laborprint Gráfica e Editora Produto: Kit Shopping Villa-Lobos Cliente: Peralta Strawberryfrog Comércio Gráfica e Editora GSA Produto: “A Nova Realidade tem Voz” Cliente: Editora Abril

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Displays, Móbiles e Materiais de Ponto de Venda de Mesa Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Display Transitions Cliente: Full Jazz Laborprint Gráfica e Editora Produto: Cenário Mc Lanche Feliz – Littlest Pet Shop Cliente: Taterka Comunicação Laborprint Gráfica e Editora Produto: Display Ambev – Harmonização Cliente: AmBev Unibrac Indústria Comércio Embalagens Produto: Display de Mesa Novas Breeze Cliente: Avon Cosméticos Unibrac Indústria Comércio Embalagens Produto: Display de Mesa Renew Luminosity Cliente: Avon Cosméticos

Displays e Materiais de Ponto de Venda de Chão Escala 7 Editora Gráfica Produto: Display de Chão Ilha Knorr Barrows Cliente: Unilever Brasil Silfab Gráfica e Editora Produto: Ilha Nestlé São João Cliente: Nestlé Unibrac Indústria Comércio Embalagens Produto: Display de Chão Fergie Cliente: Avon Cosméticos Unibrac Indústria Comércio Embalagens Produto: Display de Chão Renew Reversalit Cliente: Avon Cosméticos Silfab Gráfica e Editora Produto: Ilha Nestlé com Dispenser São João Cliente: Nestlé Calendários de Mesa e de Parede Facform Impressos Produto: Calendário Asa Brasil Cliente: Asa Indústria e Comércio GH Comunicação Gráfica Produto: Cores do Brasil – 2010 Cliente: Oikos Agência de Imagens Comunicare-Life Serviços Gráficos Produto: Calendário Ecovia 2010 Cliente: Ecovia Tarfc Indústria Gráfica Produto: Calendário Gail 2010 Cliente: Gail Arquitetura em Cerâmica Gráfica Lupatini Produto: Calendário 7 Maravilhas Cliente: Comas

COMERCIAL Cartões de Mensagem Corgraf Gráfica e Editora Produto: “Luminária Mensagem” de Ano Novo Cliente: Corgraf Gráfica e Editora Casa da Moeda do Brasil Produto: Cartão de Natal CMB Cliente: Casa da Moeda do Brasil Holográfica Editora Produto: Paper Doll Cliente: Holográfica Editora Ogra Indústria Gráfica Produto: Cartão Comemorativo Dia Internacional da Mulher Cliente: BBox Design e Comunicações

Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Cartão de Natal Coca-Cola Cliente: Coca-Cola Convites Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Convite Schincariol Cliente: Agência Mood Gráfica Sonora Produto: Convite + Envelope – Feira Internacional de Arte Cliente: SP Arte Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Convite Comunique-se Cliente: Salem Marketing Gráfica e Editora GSA Produto: Convite para Exposição “Orquídea” Cliente: Oficina de Artes Ana Paula Castro Gráfica Santa Bárbara Produto: Convite Cravo Cliente: Lis Construções Cartões de Visita GH Comunicação Gráfica Produto: Cartão de Visita – Equilíbrio Arquitetura e Design Cliente: Equilíbrio Arquitetura e Design Corgraf Gráfica e Editora Produto: Cartão de Visita – Caandiies Cliente: Caandiies Confeittaria de Papel Grafiset Gráfica e Serviços de Offset Produto: Café do Porto 15 Anos Cliente: Café do Porto Indústria Serigráfica Tekne Produto: Trullis Dolce Indulgenza Cliente: Trullis Dolce Indulgenza P+E Galeria Digital Produto: Cartão de Visita Portfólio Publicis Cliente: Publicis Brasil Papelarias Corgraf Gráfica e Editora Produto: Envelope Luxo Cliente: Editora Mall Shopping – Comunicação Visual Gráfica Lupatini Produto: Pasta Cliente: Lupagraf Makro Kolor Gráfica e Editora Produto: Conjunto para Documentos Makro Kolor Cliente: Makro Kolor Arte Gráfica Efeito Visual Serigrafia Produto: Papelaria Solida Corporation Cliente: Solida Corporation 

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Revendas Autorizadas: Alphaprint 11 3718-1850 - Ayca 11 5188-7666 - Ayma 19 3238-6212 - Imagem Sul 51 3343-4688 - KGP 62 3218-3003 - Polifilmes da Amazônia 91 3272-5339 Nylma 11 3675-7276 - Renova 11 4024-3591 - Rymo 92 2101- 9292 - Zanatto & Schupp 11 3775-2727 - LN Representações e Comércio Ltda 85 3308-4555 - Comercial de Papel Boa Vista 81 3412-8833


Gráfica Flamar Editora Produto: Pasta Novo Núcleo Cliente: Novo Núcleo (Vista Serviços Marketing) Formulários Contínuos, Jato e Mailer Automação Comércio Indústria de Impressos Produto: Duplicata Autopel Cliente: Autopel Indústria e Comércio de Papel RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Nota Fiscal Fatura Cliente: Márcia Cristina Tabosa RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Nota Fiscal Cliente: Verduras ES RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Nota Fiscal Fatura Cliente: Arte Tintas Comércio de Tintas Automação Comércio Indústria de Impressos Produto: Duplicata Cliente: Pincéis Roma Impressos de Segurança Casa da Moeda do Brasil Produto: Bloco Comemorativo Série Relações Cliente: ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos Casa da Moeda do Brasil Produto: Selo Comemorativo Plantas Têxteis Brasileiras – Algodão Cliente: ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos Casa da Moeda do Brasil Produto: Bloco Comemorativo Natal 2009 Cliente: ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos Contiplan Indústria Gráfica Produto: Certificado de Vistoria Cliente: Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro Contiplan Indústria Gráfica Produto: Guia de ITBI – Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Cliente: Secretaria Municipal de Finanças do Rio de Janeiro

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Cadernos Escolares Espiralados ou Costurados ou Colados ou Argolados ou Grampeados Ótima Gráfica Produto: Linha Projeto Tamar Cliente: Ótima Gráfica

Ótima Gráfica Produto: Cadernos Coleção Garden – Linha Bele Cliente: Ótima Gráfica Bignardi Indústria e Comércio de Papéis e Artefatos Produto: Caderno Universitário CD Coca-Cola Cliente: Consumidor Final Tilibra Produtos de Papelaria Produto: Caderno Capa Dura Universitário Betty Boop 10 matérias Cliente: Consumidor Final Tilibra Produtos de Papelaria Produto: Caderno Capa Dura Universitário Fadas 10 matérias Cliente: Consumidor Final Agendas Facform Impressos Produto: Agenda Copergás Cliente: Copergás Facform Impressos Produto: Agenda Mar Azul Cliente: Marluce e Eurico Ipsis Gráfica e Editora Produto: Agenda “IMS 2010” Cliente: Instituto Moreira Salles Ótima Gráfica Produto: Coleção Garden – Linha Belle Cliente: Ótima Gráfica Kriativa Gráfica e Editora Produto: Agenda Lito 2010 Cliente: Litokromia Cartões Laminados Impressos em Suporte Plástico MC Cartões Plásticos Produto: Cartão Noite Dourada Cliente: Cliente Interno ABNote Produto: Cartão Credicard Exclusive Cliente: Citibank ABNote Produto: Cartão Telefônico Fala Timão Cliente: Amigo Telecom R S de Paula Indústria e Comércio Gráfico Produto: Cartão Privilège Shopping Vitória Cliente: Shopping Vitória R S de Paula Indústria e Comércio Gráfico Produto: Cartão Givex Cliente: Givex Brasil Serviços de Cartão Presente e Programa

PRODUTOS IMPRESSOS EM ROTATIVA OFFSET HEATSET Revistas Semanais Plural Editora e Gráfica Produto: Revista Hola Brasil Ed. 13 Cliente: Siquini Editora Plural Editora e Gráfica Produto: Época Ed. 603 Cliente: Editora Globo Plural Editora e Gráfica Produto: Revista Hola Brasil Ed. 14 Cliente: Siquini Editora Log & Print Gráfica e Logística Produto: Revista Época nº 603 Cliente: Editora Globo Log & Print Gráfica e Logística Produto: Revista Quem Acontece nº 493 Cliente: Editora Globo Revistas em Geral Ibep Gráfica Produto: Trip nº 183 – Selo FSC Cliente: Trip Editora e Propaganda Gráfica Bandeirantes Produto: Revista Arena Cliente: Doria Editora Gráfica Bandeirantes Produto: Revista Gabriel Cliente: Doria Associados Log & Print Gráfica e Logística Produto: Revista Marie Clarie nº 233 Cliente: Editora Globo Log & Print Gráfica e Logística Produto: Revista Marie Clarie nº 229 Cliente: Editora Globo Catálogos Promocionais RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Multi –­ A Revista da Multilaser Cliente: Multilaser Industrial Plural Editora e Gráfica Produto: Catálogo Natura Cliente: Natura Plural Editora e Gráfica Produto: Natura Ekos Ed. 1 Cliente: Natura Plural Editora e Gráfica Produto: Catálogo STB Cliente: STB – Student Travel Bureau Plural Editora e Gráfica Produto: Natura Ekos Ed. 2 Cliente: Natura Tablóides e Folhetos Promocionais Ibep Gráfica Produto: Revista Fora de Série nº 2 Cliente: Brasil Econômico 

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XVII Prêmio Theobaldo De Nigris “Grafica de Oro”

Ipsis

6

Fac Form

5

Mais Artes Gráficas

3

RR Donnelley Moore

2

Gráfica Águia

1

IBEP

1

Grafiset

1

Escala 7

1

Litografia Bandeirantes

1

Posigraf

1

S/A Estado de São Paulo

1

Stilgraf

1

Tabela divulgada em 27/out/ 2010 pela ABIGRAF


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Calendários Ipsis Gráfica e Editora Produto: Calendário “Ipsis 2010” Cliente: Ipsis Gráfica e Editora Facform Impressos Produto: Calendário Facform 2011 Cliente: Gráfica Facform REVISTA ABIGR AF  NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

Gráfica e Editora Posigraf Produto: Calendário de Parede Posigraf Cliente: Posigraf Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Calendário de Mesa Veneza 2010 Cliente: Mais Artes Gráficas e Editora Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Calendário de Parede Veneza 2010 Cliente: Mais Artes Gráficas e Editora Catálogos e Folhetos em geral Ipsis Gráfica e Editora Produto: “Ipsis Litteris 7” Cliente: Ipsis Gráfica e Editora Formag’s Gráfica e Editora Produto: Portfólio Formag’s Cliente: Formag’s Gráfica e Editora Tarfc Indústria Gráfica Produto: Mostruário de Acabamentos Especiais – Jogo de Memória Cliente: Tarfc Efeito Visual Serigrafia Produto: Catálogo de Texturas e Efeitos Táteis Cliente: Efeito Visual Serigrafia Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Livro Veneza 2010 Cliente: Mais Artes Gráficas e Editora Revistas Próprias Pancrom Produto: Pancrom News 33 Cliente: Pancrom Maxi Gráfica e Editora Produto: Revista ABCDesign Ed. 31 Cliente: Maxi Gráfica e Editora Grafitusa Produto: Revista Grafitte Cliente: Grafitusa Pancrom Produto: Pancrom News 34 Cliente: Pancrom Sacolas Próprias Facform Impressos Produto: Sacola Facform Cliente: Gráfica Facform Ipsis Gráfica e Editora Produto: Sacola Ipsis Cliente: Ipsis Gráfica e Editora Cartonagem Hega Produto: Sacola Hega Elegance Cliente: Cartonagem Hega

Vektra Gráfica & Editora Produto: Pasta para Provas “Estação da Luz” Cliente: Gráfica Vektra Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Pasta Cliente: Mais Artes Gráficas e Editora

IMPRESSÃO DIGITAL Impressão Digital Alpha Editora Produto: Convite de Formatura do Curso de Nutrição Cliente: Formandos de 2009, 2ª Turma de Nutrição Log & Print Gráfica e Logística Produto: Cores e Caras do Brasil (Manoel Marques) Cliente: PJR Comércio e Serviços Audiovisuais P+E Galeria Digital Produto: Leque Planeta Cliente: Visa do Brasil RWA Artes Gráficas Produto: LookBook Cliente: HBF Ativaonline Editora e Serviços Gráficos Produto: Mockups Livro Cliente: Spiandorello Impressão Híbrida Comunicare – Imprima Fácil Gráfica e Editora Produto: Kit Academia Vip – Spaipa Cliente: Spaipa Laborprint Gráfica e Editora Produto: Mala Direta Focus Cliente: Wunderman Comunicação Laborprint Gráfica e Editora Produto: Mala Direta Citibank Cliente: Banco Citibank Laborprint Gráfica e Editora Produto: Mala Direta Sodexo Cliente: Sodexo Laborprint Gráfica e Editora Produto: Mala Direta HP – Estica e Puxa Cliente: Giovanni Draft FCB Impressão Digital com Conteúdo Variável AGDirect Produto: Cornetto Feelings Cliente: Unilever Cornetto Tarfc Indústria Gráfica Produto: Tarfc News Cliente: Tarfc


P+E Galeria Digital Produto: Caixa Personalizada P+E Cliente: P+E Galeria Digital AGDirect Produto: Feliz 2010 AGDirect Cliente: AGDirect Crossmedia AGDirect Produto: Folder de Cases AGDirect Crossmedia Cliente: AGDirect Crossmedia

IMPRESSÃO SERIGRÁFICA Impressão em Serigrafia Facform Impressos Produto: Embalagem Manual de Eventos Regionais Globo Nordeste Cliente: Globo Nordeste Imagem Brasil Indústria Gráfica Produto: Cartaz de Porta Cliente: O Boticário Martigraf Soluções Impressas Produto: Display Moranguinho Summer Cliente: Grendene Farroupilha/RS Sutto Artes Gráficas Produto: Convite + Cardápio Cliente: Thamirez Sutto Artes Gráficas Produto: Kit Convite + Folder + Caixa Porta-Jóia Cliente: Emmar Batalha

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA Inovação Tecnológica ou Complexidade Técnica do Processo Pancrom Produto: Penteadeira Avon Cliente: Avon Cosméticos Rosset Artes Gráficas e Editora Produto: Bandeja Frango Assado Qualitá Cliente: Grupo Pão de Açúcar AGDirect Produto: Personalização Digital na Entrega de Apólices Cliente: Mapfre Seguros Brasilgrafica Indústria e Comércio Produto: Cartucho Tridente 14’s Bale, London e Manhattan Cliente: Kraft Foods Brasil Gráfica Flamar Editora Produto: Kit Gráfica Flamar – Homenagem a Francisco Brennand Cliente: Gráfica Flamar

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CONFORMIDADE COM A NORMA ABNT NBR NM ISO 12.647-7 Provas Digitais Arizona Produto: Prova Digital Cliente: Arizona Arizona Produto: Prova Digital Cliente: Arizona Editora Abril Produto: Prova Digital Física nº 1 Cliente: Editora Abril Editora Abril Produto: Prova Digital Física nº 2 Cliente: Editora Abril Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Teste ABTG Cliente: Stilgraf

NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010  REVISTA ABIGR AF

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história viva

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le é o único empresário gráfi­ co que participou das 14 edi­ ções do Congresso Bra­si­lei­ro da Indústria Gráfica. Em 2000, recebeu o título de Sócio Honorário da Abigraf Na­cio­nal, da qual é um dos fun­ dadores. Foi o pri­mei­ro presidente da Abigraf Re­g io­nal de Minas Ge­rais e um dos idea­li­za­do­res do Centro de Tecno­ logia da Indústria Gráfica naquele Es­ tado. Como bom mi­nei­r o, é fanático por peteca, esporte no qual já foi cam­ peão es­ta­dual e bra­si­lei­ro. É claro que só podemos estar falando de Carlos Al­ berto Rangel Proen­ça, cuja trajetória se confunde com a do as­so­cia­t i­v is­mo no setor gráfico na­cio­nal. Uma história que Carlos Proen­ç a conta com orgulho e bom humor tem como cenário o célebre Congresso de Águas de Lin­doia, quando a Abigraf Na­ cio­nal foi fundada. “Havia acabado de me casar com a Zezé (Maria José). Não podia dei­xar de participar do congres­ so, mui­to menos ficar longe da Zezé em

Carlos Alberto Rangel Proença

Associativismo nas veias Omissão é uma palavra que inexiste no vocabulário de Carlos Proença. Desde que pôs os pés em uma gráfica ele está envolvido com a defesa dos interesses do setor, para o qual continua a contribuir. Tânia Galluzzi

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Carlos Proença participou ativamente dos trabalhos do 1-º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, em Águas de Lindóia (SP), em junho de 1965, ocasião em que foi fundada a Abigraf Nacional.


 Ao centro, o consultor Ernani Parise e Carlos Proença, ladeados à esquerda e direita pelos empresários Mário César de Camargo e seu pai Mário de Camargo, durante o 9 -º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, em Brasília. 1993.

plena lua de mel. Levei-a então comigo e exa­ tos nove meses de­pois nasceu nosso pri­mei­ ro filho, Alberto Carlos, que consideramos filho da Abigraf. Em 2015 comemoraremos nossas bodas de ouro junto com a Abigraf”, conta Carlos Proen­ça. O casal teve mais qua­ tro filhos, Andrea, Alessandra, Ana Flávia e André, que lhes deram cinco netos. Nascido em Belo Horizonte no dia 18 de ja­nei­ro de 1938, seu pri­mei­ro contato com o setor gráfico aconteceu em abril de 1962, quando, formado em Economia pela Uni­ versidade Federal de Minas Ge­rais, foi con­ tratado pela Editora Alterosa, de Contagem, da qual tornou-se sócio e diretor. “A Edi­ tora Alterosa era a pro­prie­tá­r ia da Revista

 Carlos Proença discursa durante a inauguração do Centro de Tecnologia da Indústria Gráfica, em setembro de 1976, quando era presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas em MG.  Jantar durante o Congresso Ibero‑Americano de Artes Gráficas, em 1994. E/D: um dos organizadores do evento (sem identificação); Marcone Reis Fagundes (encoberto) e sua esposa, Maria Coeli; Carlos Proença e sua esposa, Maria José; o jornalista Ricardo Viveiros; Ildeu da Silveira, na época presidente do Conselho Diretivo da Abigraf Nacional e sua esposa Vânia (com a mão em seu ombro).

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Carlos Alberto Rangel Proença, primeiro presidente da Abigraf Regional Minas Gerais, profere seu discurso na instalação da entidade, em março de 1969, na sede da Federação das Indústrias. Sentados (E/D), em primeiro plano, Sebastião Lessa Azeredo e Fábio de Araujo Motta.

Alterosa, que chegou a ser, na década de 1950, a revista de m ­ aior circulação na­cio­nal”. Carlos Proen­ça ini­ciou na Alterosa cui­ dan­do da área administrativa. Um ano de­ pois já era um dos só­cios e, com o tempo, passou a acumular o comando dos setores técnico e in­dus­trial. Hoje, a editora dedicase à produção de impressos de segurança, como talões de cheques e cartões magnéti­ cos, contando com 350 fun­cio­ná­rios. Em ple­ na atividade, o empresário está preparando a sua sucessão, que deve estar concretizada em cinco anos. Dever cumprido

Em 1969, Carlos Proen­ça participou ativa­ mente da transformação da antiga As­so­cia­ ção Mi­nei­ra da Indústria Gráfica — cria­da Em encontro da turma de peteca em 2009, Carlos Proença fala aos companheiros do Pampulha Iate Clube, do qual é vice‑presidente.

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no ano anterior — na Abigraf Re­g io­nal Mi­ nas Ge­rais. Ele conta que naquele pe­r ío­do os em­pre­sá­r ios gráficos cultivavam o dese­ jo de contar com uma as­so­cia­ção civil in­ dependente, livre das limitações dos sindi­ catos, para representar, defender e prestar serviços ao setor. “Desde o pri­mei­ro mo­ mento me fiz presente no Sindicato das In­ dús­trias Gráficas e, dois anos de­pois, já par­ ticipava de sua diretoria e estava totalmente envolvido com o movimento as­so­cia­ti­vo”. Presidente da Abigraf-MG em duas ges­ tões consecutivas, desde sua cria­ç ão até 1975, Carlos Proen­ça mantém-se ativo no universo as­so­cia­ti­vo. Atual­men­te é um dos diretores da Re­g io­nal. “A evolução tecnoló­ gica é mui­to profunda e rápida. Às vezes, o empresário gráfico não está preparado ou não tem tempo para acompanhar essas mu­ danças. O papel da Abigraf, hoje, é justamen­ te o de au­xi­liar as novas gerações a se mo­ dernizarem e se prepararem para enfrentar os novos de­sa­f ios, que são mui­tos”. O empresário não consegue dis­so­ciar sua própria vida da caminhada da Abigraf e mui­to menos esconder a satisfação que sen­ te com isso. “Existem duas fontes perenes de felicidade: o dever cumprido e o bem rea­li­za­ do. Este é o recado que eu gostaria de dei­xar para os que estão chegando agora”.


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Floresta de eucalipto e mata nativa da Fibria na região do Espírito Santo.

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E

ste artigo pretende apresentar uma visão geral da indústria, as diferenças entre os mercados maduros e os emergentes, os de­sa­f ios dentro das prin­ci­pais ca­deias de valor onde a gráfica está inserida, as mudanças na so­cie­d a­de e as pos­sí­ veis alternativas que o negócio gráfico tem para se rein­ven­tar e agregar valor aos seus clien­tes e usuá­r ios, única ma­ nei­ra de continuar se mantendo econo­ micamente viá­vel. A indústria invisível e sua utilidade

Qual o futuro da gráfica? 46

Pressionada de um lado pelos novos meios de comunicação digitais e por outro pelas questões de sustentabilidade, em especial a utilização do papel como suporte, a indústria gráfica vem se repensando, preocupada, sobretudo, em adequar-se a essas novas demandas sociais e em como se reinventar para permanecer como um negócio viável nos próximos anos. REVISTA ABIGR AF  NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

O produto gráfico está em praticamen­ te todos os am­bien­tes em que vivemos e lidamos com ele vá­r ias vezes ao longo do dia. Não há como pensar em uma ati­ vidade humana que, de alguma forma, não esteja em contato com um ma­te­r ial impresso. De tanto conviver com esses ma­te­r iais e produtos, o lei­go no mundo gráfico nem sequer o identifica como um produto gráfico. Seu foco de aten­ ção está na sua fun­cio­na­li­da­de: lei­tu­ra, informação, conservação, comunicação, identificação etc. Por não vermos o pro­ duto e sim sua fun­cio­na­li­da­de há mui­to cunhamos o termo “indústria invisível” para qualificar a indústria gráfica. Essa indústria invisível, no entanto, tem uma importância econômica consi­ derável, em es­pe­cial nos paí­ses desen­ volvidos, onde a comunicação escrita, o nível de escolaridade da população e a diversidade e quantidade de produtos embalados são sensivelmente maio­res do que nos chamados paí­ses emergen­ tes. Segundo estudos da Pira (consul­ toria inglesa es­pe­cia­li­za­da nas ca­deias de suprimento de papel, embalagem e indústria gráfica), a indústria gráfi­ ca mun­d ial teve um faturamento de US$ 700 bi­lhões em 2008, devendo atingir US$ 725 bi­lhões em 2014. Um aspecto importante desse es­ tudo é mostrar a gra­dual di­m i­nui­ção da participação da gráfica nos PIBs dos mercados chamados maduros, como Es­ tados Unidos, Japão e Canadá, e sua as­ censão nos paí­ses emergentes, como o Brasil. Na América Latina, por exemplo, passa de 5% em 2008 para 6,6% em 2014. Parece pou­co, mas isso, se confirmado,


representa um incremento de 37% no faturamento da indústria gráfica ou algo como US$ 12 bi­ lhões em seis anos, equivalen­ te a um crescimento ­a nual de 5,3%. A queda de participação no PIB norte-​­americano mostra como essa indústria cresce há tempos descolada do crescimen­ to do PIB. Ela ainda é importan­ te, mas essa importância vem di­mi­nuin­do. Por quê? A indústria gráfica é ref le­ xo do uso dos produtos que im­ prime. Assim, para entender o que a afeta e o que irá afetá-la nos próximos anos, precisamos compreender as prin­ci­pais ten­ dên­cias que alteram e alterarão o modo de vida em so­cie­da­de e com isso entender ­quais as tec­ no­lo­g ias disruptivas que podem subs­ti­tuir os seus produtos.

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47 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010  REVISTA ABIGR AF


Megatendências e a indústria gráfica

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Segundo o Zukunfts Institut (Instituto do Futuro), se­dia­do em Berlim, as prin­ ci­pais ten­dên­cias deste século são: Nova ecologia. A questão da sustenta­ bilidade am­bien­t al e as mudanças daí pro­ve­nien­tes, em que o papel assume a função de vilão, ain­da que mui­tos dos argumentos usados não se sustentem em face da produção de papel a partir de florestas replantadas. Saú­de. A evolução da medicina e a preo­ cu­pa­ção com o bem-​­estar das pes­soas. Revolução prata. O au­men­to da expecta­ tiva de vida das pes­soas e as alterações no comportamento dos adultos madu­ ros, que voltam a estudar, em­preen­dem mais, adotam um estilo de vida e apa­ rência mais jo­vial, interagem mais, têm recursos e educação. Isso pode manter certa fidelização aos ­meios impressos, ao contrário das novas gerações acostu­ madas a hábitos di­g i­tais. Globalização. Com todos os seus efei­tos, positivos e negativos, como já a estamos sentindo há alguns anos. A mudança da mulher. Mais ativa, au­tô­ no­ma, divide o mercado com os homens. REVISTA ABIGR AF  NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

Mobilidade. Acesso a informações, da­ dos e comunicação pes­soal ou em grupo onde estiver, conexão 24 horas. In­di­vi­dua­li­za­ção. A importância do eu em uma so­c ie­d a­d e menos privativa. As pes­soas querem produtos dirigidos a elas, mensagens personalizadas. Conhecimento. Ver­d a­dei­ro nome desta era, na qual conhecer é mais do que ter. Era digital. Evidente, por si só, com todas as suas conexões.

Na junção da questão am­b ien­t al, saú­de e estilo de vida há o crescimen­ to de um movimento chamado LoHaS – Lifestyle of ­Health and Sus­tai­na­bi­lity, algo como Estilo de Vida com Saú­de e Sustentabilidade, ou seja, viver bem, sau­da­vel­men­te e consumindo produtos com sofisticação, mas que não afetem a natureza, como pa­péis reciclados. No caso dos paí­ses emergentes acres­ cento mais duas ten­dên­cias: Urbanização. Hoje, o número de habitan­ tes nas cidades já ultrapassa com sobra os habitantes do campo. Ascensão da classe média. Fenômeno que vemos com clareza no Brasil, e que se re­ pete em quase todos os emergentes, como China, Índia e México. Em alguns anos, a classe média será a classe econômica dominante mun­d ial­men­te, com todas as suas implicações de demanda. Todas essas ten­dên­cias, é claro, im­ pactam a indústria gráfica e conhecê-​­las fará toda a diferença no futuro da indús­ tria. O novo estilo de vida altera a forma como as pes­soas e as empresas se comu­ nicam e isso muda todo o quadro envol­ vendo o futuro da gráfica. Para começar é preciso dizer que atual­men­te já não há qualquer produ­ to gráfico, com pou­cas exceções, como as embalagens, que não tenha um subs­ tituto eletrônico, com ­maior ou menor acei­ta­ção do usuá­r io. A decisão do con­ sumidor se dá pela comodidade, custo e be­ne­f í­cios pro­por­cio­na­dos por esse pro­

Faturamento da indústria gráfica mundial ProjeçÃo por região (2009/2014) ■ 2009 – US$ 700 bilhões*

■ 2014 – US$ 725 bilhões* 30,8% 27,3% 30,0%

América do Norte Ásia Europa Ocidental América Latina Leste Europeu Australásia Oriente Médio África

22,6% 5,0% 6,6% 3,4% 4,3% 1,6% 1,5% 1,2% 1,7% 0,8% 1,1%

35,1%

27,2%

Fonte: Pira – WWMP Dados 2009, dólar e câmbio constantes *ESTIMATIVA 


”Revista ABIGRAF, 35 anos de história” A arte de conquistar territórios está na alma de quem acredita, confia e sabe o que faz! A RUBBERCITY parabeniza os desbravadores do Mundo Gráfico que a cada edição da Revista revelam um verdadeiro mapa do tesouro!

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duto, pela ex­pe­r iên­cia positiva pro­por­ cio­na­da, pela sua con­ve­niên­cia e pelo valor que o usuá­r io nele enxerga. E aí reside toda a diferença entre morrer e sobreviver: no benefício pro­por­cio­na­do ao usuá­r io. Novas tec­no­lo­g ias podem pro­por­cio­nar esses be­ne­f í­cios melhor que o produto impresso? As que pode­ mos chamar de disruptivas, pois são as que tornam obsoletas as tec­no­lo­gias que subs­ti­tuem, como o CD fez com o disco de vinil. Será que o e-​­book, por exemplo, fará o mesmo com o livro em papel? As cadeias de valor e as tecnologias disruptivas

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Costumo dividir o setor gráfico em três ca­deias básicas de valor: • Produtiva • Comunicação ■ Mar­ ke­ting ■ Documentação •Con­teú­dos Na ca­deia produtiva estão inseridos todos os produtos e serviços gráficos re­ la­cio­na­dos diretamente com as linhas de produção ou produtos do clien­te: emba­ lagens de forma geral, rótulos, etiquetas e tantos outros. Na ca­deia de comunicação está, no campo do mar­ke­ting, toda uma infini­ dade de produtos re­la­cio­na­dos à comu­ nicação e expressão so­cial, como folhe­ tos, fôlderes, propagandas impressas, mí­dias externas e internas. Cartões so­ ciais e de visita também se enquadram aqui. Já no campo da documentação en­ tram todos os produtos e serviços rela­ tivos a documentos corporativos e sua gestão: for­mu­lá­rios, notas fis­cais, docu­ mentos tran­sa­cio­nais como extratos, im­ pressos de segurança, cartões de crédi­ to etc. Os chamados trans­pro­mo­cio­nais, mescla de documentos tran­sa­cio­nais e de mar­ke­ting, podem estar em qualquer uma das duas ca­te­go­r ias. No que diz respeito à ca­deia de con­ teú­dos estão os jor­nais, livros, revistas, ­g uias e di­re­tó­r ios em geral. Se olharmos para esse conjunto de produtos, que são a base da indústria gráfica, não há dúvidas que mui­tos de­ les estão sob o fogo cruzado das novas tec­no­lo­g ias di­g i­tais e serão subs­ti­tuí­dos REVISTA ABIGR AF  NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

toda vez que essas novas tec­no­lo­g ias pro­por­cio­na­rem uma melhor ex­pe­r iên­ cia para seus usuá­r ios. O desafio do gráfico é procurar am­ pliar o seu entendimento daquilo que ele pode fornecer aos seus clien­tes e não se restringir somente ao ma­te­rial impres­ so. Seu desafio é entender as necessida­ des do clien­te em termos de comunica­ ção, documentação, estoque ou logística e ajudá-lo nesse sentido. Para isso, tem de fazer a transição para as novas mí­dias, entender seu fun­cio­na­men­to, adotá-​­las e ajustá-​­las na medida do possível à sua própria oferta. O gráfico do futuro, dos próximos anos, deverá ser mais um ge­ ren­cia­dor da logística de comunicação de seus clien­tes do que um impressor. A gráfica do futuro e do futuro ime­ dia­to — a nova gráfica — terá de ser mais flexível e conectada aos clien­tes, assim como sustentável e digital. Ela se ajus­ ta às novas demandas do mercado, en­ tendendo as necessidades de comunica­ ção e de projetos através da am­plia­ção da oferta de serviços tra­d i­cio­nal­men­ te não gráficos. Seus processos se in­ tegram aos processos dos clien­tes com operações online que reduzem tempo e custos. Suas interfaces são eletrônicas e seus processos de produção mistos. Se os mercados emergentes, como o bra­si­lei­ro, ain­da crescem em sua base pela incorporação de novos consumi­ dores ávidos por usar produtos gráfi­ cos, im­pul­sio­nan­do o au­men­to do núme­ ro de gráficas, ao mesmo tempo saltam etapas e se envolvem com rapidez no mundo digital. A transição para um novo modelo

Essa expansão, es­pe­cial­men­te no Bra­ sil, poderá permitir um tempo ­maior de adaptação ao gráfico tra­di­cio­nal, para o qual a principal bar­rei­ra ao novo mode­ lo não é a tecnologia, mas sim sua cabe­ ça e visão. O principal fator de mudança para um futuro cada vez mais ime­dia­to é a possibilidade de enxergar seu negócio sob ou­tra perspectiva. E isso, sabemos, não é fácil, mas apresento algumas das etapas a serem cumpridas: • Pensar nos ainda não clien­tes, aqueles que hoje não usam intensamente produ­

tos gráficos, mas utilizam ou­tros ­meios de comunicação. • Conhecer e usar, na própria empresa, os novos ­meios de comunicação. • Pensar nas futuras aplicações e não pla­ nejar o passado. Em geral, quando pro­ jetamos o futuro, re­cria­mos o passado, o que nesse caso é mortal. • Tirar o foco da impressão, entender e desenvolver um fluxo de trabalho que possa conectá-lo aos clien­tes. Imprimir é só um dos serviços pos­sí­veis; daqui a alguns anos pode não ser mais o princi­ pal (já não o é para mui­tas empresas). • Acompanhar os trabalhos de ponta a ponta e entender as dificuldades dos clien­tes. Mui­tas vezes, o gráfico se des­ conecta do trabalho de­pois de entregue. É importante saber seu uso e, em es­pe­ cial, seu desperdício. • Medir resultados fora e dentro. Quan­to mais au­xi­liar seus clien­tes a medir a res­ posta do trabalho fei­to, ­maior a chance de con­ti­nuar a fornecer. O mesmo vale para dentro de casa. A gráfica, em geral, tem mui­tas de­f i­ciên­cias de controle. • Trabalhar em rede, buscar par­ce­r ias complementares e suplementares e ge­ rar redes conjuntas de fornecimento. Pertencer a uma rede, a uma fran­quia, au­men­t a a oferta e dilui custos. Essa pode ser a saí­d a para mui­t as gráficas, es­pe­cial­men­te de pequeno porte. O meio impresso irá perdurar ain­da por um bom tempo. Não há dúvida que teremos ma­te­riais impressos daqui a 20 anos. Porém, ele sofrerá cada vez mais a concorrência de novas tec­no­lo­gias. O ne­ gócio gráfico, por ou­tro lado, poderá per­ durar ain­da mais se sou­ber incorporar essas tec­no­lo­gias ao seu conjunto de ofer­ tas e gerar os be­ne­f í­cios buscados pelos seus clien­tes. Quem o fizer, verá. Hamilton Terni Costa, ex‑presidente da ABTG, um dos fundadores da revista Tecnologia Gráfica, é diretor geral da ANconsulting, consultoria voltada ao desenvolvimento de projetos estratégicos para empresas que buscam inovação de valor e crescimento com lucratividade, com clientes no Brasil, América Latina e Estados Unidos. É também um dos coordenadores do curso de pós‑graduação, em Gestão Inovadora da Empresa Gráfica na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, no qual ministra a disciplina Gestão Estratégica.


ano XX  Nº 79  novembro/2010

Texto: Tânia Galluzzi

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Atuando no volátil segmento promocional, a Aquarela aposta na integração com o cliente e no desenvolvimento de soluções inovadoras a partir de substratos alternativos como o plástico.


A Fotos: Roberto Loffel

Gráfica Aquarela está comemorando seus 50 anos. Mui­to aconteceu desde o início modesto no bair­ro da Lapa, zona oes­te de São Pau­lo, onde começou produzindo os álbuns de figurinhas da Coleção Aquarela. Um au­xi­liar de escritório, Luiz Antônio Marangoni, entrou para a so­cie­da­de, tornouse sócio majoritário e assumiu o controle

acio­ná­rio da empresa. A gráfica cresceu e diversificou-se, despontando no segmento de impressos pro­mo­cio­nais. Ela então evo­luiu, inovou, conquistou prê­mios e certificações in­ter­na­cio­nais. Cumprido o processo de sucessão, fortaleceu-se sob o comando da ter­cei­ra geração, representada pelos filhos Fábio, Marcelo e Pau­lo Marangoni. Crises foram enfrentadas e superadas, novas tec­no­lo­gias foram absorvidas e cria­ dos produtos di­fe­ren­cia­dos. A empresa trocou a Lapa pelo Tamboré, no município de Ba­rue­ri, ocupando um prédio de 10.000 m² de área cons­truí­da, projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake es­pe­cial­men­te para a gráfica. Venceu e inseriu seu nome na história da indústria gráfica pau­lis­ta. Os de­s a­f ios renovam-se a cada dia e a empresa não para. De­pois de um 2009 ruim, sob os efei­tos da crise econômica in­ ter­na­cio­nal, 2010 caminha para seu encerramento como um ano de recuperação. De acordo com Pau­lo Marangoni, diretor de operações, o exercício de 2010 deve


encerrar-se com um crescimento de 30% em termos de faturamento quando comparado ao ano an­te­rior, recuperando e ultrapassando em 15% o resultado obtido em 2008. A ­maior parcela da re­cei­ta, 70%, continua a vir do segmento pro­mo­cio­nal e o restante do mercado edi­to­rial. Este também foi um ano de renovação do parque gráfico, com am­p lia­ç ão da capacidade produtiva em 15%. Foram adquiridos uma impressora offset plana com seis cores e duas torres para aplicação de verniz à base de água e UV em linha, um sistema de lombada quadrada com PUR e duas impressoras di­gi­tais P/B, além de do­bra­dei­ra, guilhotina e máquina

de virar pilha. Ao todo, foram investidos aproximadamente dois milhões de eu­ros. Ampliando limites Enquanto os equipamentos estavam chegando, os 280 fun­cio­ná­rios da Aquarela passavam por uma reciclagem em seus conhecimentos, procedimento que já faz parte da rotina da empresa. A novidade foi o reforço à equipe co­mer­cial, sobretudo nas fi­liais do Rio de Ja­nei­ro, Brasília, Porto Alegre, Curitiba e do in­te­rior de São Pau­lo. A habilidade em perceber e até antecipar as necessidades do mercado é fundamental para o êxito de qualquer empresa, principalmente para quem se dedica a


PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS Pré‑Impressão Digital OO Sistema de Transmissão de Dados OO Portal AquaNet/Project Manager OO Aplicativo baseado na solução Agfa:Apogee OO WebApproval, Page Master e Project Manager

Sistema de Digitalização de Imagens OO 1 Scanner Heidelberg Topaz IX Copix

Sistemas de Provas Digitais OO 4 Impressoras de Provas Contratuais Epson

Stylus Pro Ultrachrome K3 modelos 7800, 7900, 9800 e 9880 Dispositivos de Saída OO CTP Agfa Avalon Elite OO Processadora Agfa Azura para chapas

sem processamento químico OO CTP Agfa Galileo com OLP 82 Ultra

on‑line processor Desenvolvimento

clien­tes sen­sí­veis como os do mercado pro­ mo­cio­nal. “Temos de apresentar con­ti­nua­ men­te produtos di­fe­ren­cia­dos e para isso estamos desenvolvendo novos substratos. Nessa área o plástico tem crescido bastante, aplicado nos mais va­ria­dos produtos, de encartes de revistas a cai­xas e displays”, afirma Pau­lo Marangoni.

Gráfica Editora Aquarela S.A. Rua João Fer­rei­ra de Camargo, 714 06460-​­060 Ba­rue­ri SP Tel. (11) 4166.9600  Fax (11) 4166.9696 www.grafica-​­aquarela.com.br

O apelo vem tanto da durabilidade do ma­te­rial e do impacto vi­sual que pro­por­cio­ na (com o uso, por exemplo, do efei­to 3D através da impressão lenticular) quanto da possibilidade de utilizar um ma­te­rial reciclado, como o PET. O plástico representa 15% do volume convertido pela Aquarela. “Para apresentar ao clien­te tudo o que o plástico pode oferecer estamos fazendo ex­pe­riên­ cias fotográficas. A ­ideia é mostrar que, se hou­ver uma preo­cu­pa­ção em trabalhar as imagens desde a cria­ção, é possível apro­vei­ tar todos os recursos que substratos como o lenticular oferecem”. Outra ferramenta de sedução do clien­ te é a integração. A Aquarela já conta com um portal na internet para a troca de arquivos e aprovação remota, entre ou­tras ações. O passo agora é no sentido da expansão desses serviços para que as agên­ cias de publicidade e mesmo os clien­tes diretos possam usá-lo como uma ferramenta de gestão de projetos, conferindo ­maior agilidade e efi­ciên­cia ao processo. Ainda neste ano deve também ser definido o plano de expansão estrutural da gráfica, que, a princípio, deve crescer 8.000 m². “O espaço ­atual é adequado. Porém, em uma previsão modesta, se tivermos um incremento de 10% ao ano na demanda, em cinco anos ele será in­su­f i­cien­te”, conclui Pau­lo Marangoni.

OO Plotter Esko Kongsberg XE10

Impressão digital/dados variáveis OO 2 Impressora Océ VarioPrint 6250/6160 OO 2 impressoras Kodak Digimaster 9110

Impressão OO Impressora Manroland 700, 6 cores + verniz OO Impressora Manroland 700, 6 cores +

2 unidades de verniz OO Impressora Manroland 700, 8 cores OO Impressora Manroland 700, 4 cores OO Impressora Manroland 500, 5 cores + verniz

Acabamento

Refile OO Sistema de corte Polar 115X Transomat OO 2 Guilhotinas eletrônicas Polar 115

Dobra OO Dobradeira Stahl TH 82 OO 2 Dobradeiras automáticas Stahl TD / KD OO 3 Dobradeiras automáticas MBO modelos

B18, B30 e T800

Grampo OO Alceadeira grampeadeira

Heidelberg ST 250 OO Alceadeira grampeadeira Müller

Martini 321

Lombada Quadrada OO Lombada quadrada Muller Martini

Trendbinder

Corte e Vinco OO Máquina automática para corte e vinco

Bobst SP 102‑E


Compromisso e reconhecimento

O

sucesso da Clemente e Gramani Editora ao longo dos 27 anos em que edita a Revista Abigraf é fruto de imenso esforço e dedicação de sua equipe e colaboradores. No entanto, decorre, também, do apoio e reconhecimento ao nosso trabalho, por parte dos dirigentes do Sistema Abigraf. Esta parceria sinérgica e produtiva teve início com o líder empresarial Max Schrappe, que deu a oportunidade à nossa editora de realizar esse trabalho tão gratificante. As artes gráficas emprestam ao seu sistema associativo a sua infinita capacidade de surpreender, criar, encantar e emocionar. Não é sem razão que a Abigraf é uma das entidades de classe mais dinâmicas, atuantes, engajadas e articuladas do País. Portanto, não é exagero afirmar que o mais importante diferencial que acrescentamos na elaboração da revista é exatamente a emoção! Cada edição parece ser sempre a primeira, sendo objeto de uma saudável ansiedade que nos impulsiona à permanente busca do aprimoramento. Também é gratificante e sempre emocionante o carinho, o respeito e o reconhecimento que recebemos dos anunciantes, fornecedores, entrevistados e leitores, que se somam à consistente retaguarda conferida pelo Sistema Abigraf. A todo esse apoio, nossa equipe tem dado respostas congruentes e eficazes, assim como os colaboradores externos. No transcurso dos 35 anos desta publicação, que ganhou o respeito e o reconhecimento do mercado e de todos os públicos relacionados à indústria gráfica, reiteramos um compromisso inalienável: continuaremos trabalhando e nos esforçando muito para que a Revista Abigraf seja cada vez melhor!

Plinio Gramani Filho Editor

55 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010  REVISTA ABIGR AF


Tânia Galluzzi

REVISTA ABIGR AF 35 Anos

Arte e informação

T A trajetória da Revista Abigraf, desde sua primeira edição em 1975 até hoje, é marcada por uma constante evolução, o que lhe assegura a liderança inconteste no setor.

rinta e cinco anos. Duzentas e cinquenta edições. Cerca de 24 mil páginas de informação. E aqui utilizamos a palavra informação em sua acepção mais ampla, no sentido não só da notícia, mas, sobre­ tudo, do conhecimento. Nesse pe­río­do a indústria gráfica bra­si­lei­ ra se transformou radicalmente. Modernizou-se, cresceu, pro­fis­sio­na­li­zou-se, assimilou novas técnicas e con­cei­tos, aprendeu a investir em tecnologia e em trei­na­men­to, frutificou. A Revista Abigraf acompanhou todo esse movimento, não só descrevendo-o, como também se atua­li­zan­do, moldando-se às novas de­ mandas do mercado. Acompanhe agora os prin­ci­pais momentos dessa trajetó­ ria, si­tua­ções que fizeram da Revista Abigraf o que ela é hoje, o principal veí­cu­lo de comunicação do setor gráfico na­cio­nal.

56 REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010


O início

Lançada como Abigraf em Revista, o pri­mei­ro nú­ mero da publicação foi editado em dezembro de 1975, em subs­ti­tui­ção ao BIG, Boletim da Indústria Gráfica, que circulou por 27 anos. O preto e branco dominava a revista. As cores apa­re­ciam apenas nos anún­cios e nas capas, cria­das pelos alunos da Escola Senai Theo­bal­do De Nigris.

57 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010  REVISTA ABIGR AF


REVISTA ABIGR AF 35 Anos

Novos rumos

A partir do número 89, em 1983, a revista pas­ sou a ser produzida pela Clemente e Gramani Editora. O con­teú­do jornalístico evo­luiu mui­ to, conquistando o lei­tor através de ma­té­r ias de cunho mercadológico e técnico.

Novos sotaques

Acompanhando o esforço da Abigraf em es­t rei­ tar relações com a indústria gráfica dos paí­ses vi­ zinhos, em 1988 a revista lançou seu pri­mei­ro su­ plemento, em português/espanhol, denominado Abigraf Ibe­roa­me­r i­ca­na, edição que acompanhou a Abigraf em sua participação na 37 ª‒ As­sem­bleia da Conlatingraf, em Caracas, na Ve­ne­zue­la.

Arte e indústria

Sempre inovadora, em 1988 a revista eliminou as chamadas de capa, passando a dedicar o espaço inte­ gralmente a obras de importantes artistas. De Portinari a Almeida Júnior, de Tomie Ohtake a Arcangelo Ianelli, de Ziraldo a Tide Hell­meis­ter, os prin­ci­pais nomes da arte no Brasil tiveram seu trabalho valori­ zado nas páginas da publicação. Outras linguagens também começaram a ser pres­ti­g ia­das, como história em quadrinhos, design gráfico e fotografia. No ano seguinte foi lançado o suplemento bilíngue, em por­ tuguês/inglês, sobre o IV Congresso Mun­dial da Indústria Gráfica (WPC-4), rea­li­za­do no Rio de Ja­nei­ro.

58

REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010



REVISTA ABIGR AF 35 Anos

Esforço valorizado

Em 1990 a Revista Abigraf conquistou seu pri­mei­ro prê­ mio, o ComTexto de Comunicação Em­pre­sa­r ial, na ca­ tegoria “Veí­cu­lo de As­so­cia­ções”. No mesmo ano a Cle­ mente e Gramani produziu o suplemento Drupa 90, em português e inglês, motivada pela onda de investimen­ tos em atua­li­za­ção tecnológica que envolvia a indústria bra­si­lei­ra, distribuindo-o na feira, em Dusseldorf.

Décadas de ouro

Na década de 1990 a Revista Abigraf conquistou nada menos do que cinco prê­mios Aberje (1993, 94, 95, 96 e 98). Seu design único e a sua alta qualidade edi­to­r ial e de impressão transformaram-na, também, no pri­ mei­ro produto gráfico bra­si­lei­ro a ganhar em Chicago (EUA) o cobiçado prêmio Benny, o Oscar da indústria gráfica mun­dial, promovido pela res­pei­ta­da entidade Printing In­dus­tries of America (PIA), em 1998. Na dé­ cada seguinte, em 2006, o mercado mais uma vez re­ conheceu a excelência da Revista Abigraf. A publicação foi agra­cia­d a com dois tro­féus na segunda edição do Prêmio Anatec de Mídia Segmentada, nas ca­te­go­r ias “Capa” e “Publicação Segmentada do Ano”.

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REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010



REVISTA ABIGR AF 35 Anos

Oui, oui

Co­roan­do o trabalho desenvolvido em prol da revista, em 1998 a Clemente e Gramani foi chamada pela Fundação Bi­blio­te­ca Na­cio­nal para preparar uma edição es­pe­cial para o Salão do Li­ vro de Paris, no qual o Brasil foi o convidado es­pe­cial daque­ le ano. A revista, editada em português e francês, com artigos assinados por professores da USP e UFRJ, figurou como a pu­ blicação ofi­cial da participação bra­si­lei­ra no evento. Cinco mil exemplares foram dis­tri­buí­dos na capital francesa, no Salão.

Jornalismo diário

Hou­ve fôlego, ain­da em 1998, para a produção de um suplemento sobre os 190 anos da impren­ sa bra­si­lei­r a. No mes­ mo pe­r ío­d o a Revista Abigraf cumpriu com sucesso a com­ plexa missão de editar, pela pri­mei­ra vez no even­ to, um jornal diá­r io, em quatro cores, durante a rea­ li­za­ção da ­maior fei­ra do setor no Brasil, a Fie­pag/ Converflex 98, no Parque Anhembi, em São Pau­lo. Foram cinco edições do informativo No­tí­cias Fie­pag, com tiragem de cinco mil exemplares diá­r ios, pro­ duzidos e dis­tri­buí­dos na exposição. Tal ex­pe­r iên­cia repetiu-se com o mesmo êxito na edição seguinte da mostra in­ter­na­cio­nal, em 2001.

Acervo precioso

62

Em 2003, a Clemente e Gramani lançou o livro Vapt-​­Vupt, com uma coletânea de artigos sobre quadri­ nhos assinados por Álvaro de Moya e publicados na Revista Abigraf. Tal obra ganhou o Prêmio HQMix no mesmo ano, na categoria “Livro Teó­r i­co”. Dois anos de­pois, o acervo da revista, além de intensa pesqui­ sa, cons­ti­tuiu importante fonte de consulta para o lançamento do livro comemorativo dos 40 anos da Abigraf, editado pela Clemente e Gramani em parceria com a Ricardo Vi­vei­ros Oficina de Comunicação. 

REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010


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REVISTA ABIGR AF 35 Anos

Arte e história

Foram também os arquivos da Revista Abigraf que possi­ bilitaram a cria­ção de ou­tros quatro livros, rea­li­za­dos com a mesma parceria: Da Arte do Brasil, em 2006, reprodu­ zindo as ma­té­r ias sobre arte publicadas na revista, com texto do jornalista Ricardo Vi­vei­ros; Como uma Pipa no Ar, sobre o técnico e es­pe­cia­ lis­t a em tecnologia gráfica Fernando Pini, em 2008; e 50 Anos da ABTG, em 2009, em comemoração ao cinquente­ nário da entidade. Ainda em 2008, foi publicado o livro 200 Anos da Indústria Gráfica no Brasil. Sob igual tema foram encartados no mesmo ano cinco suplementos es­pe­ ciais nas edições da revista.

histó ria viva

dos, porém era proibi negócio. Participou do falar do próprio ativamente da nização do Congresso orga­ de Águas de Lin­ dóia, em 1965, onde formatou­ se uma nova entidade, a Abigraf. Em paralelo, os representantes oito maio res dos fabricantes de embala­ gens, entre eles Lanzara, Romiti, bizzi, Sarcinelli, Re­ Gasparini e a própria Paranaense, se reuniam para falar do setor, impulsio nado que estava com o surgimento dos hipermercados. “Os en­ contros eram na Escola Senai ou nas próprias empresas, sempre às quintas­ feiras. Um dia che todos lá. Foi quandoguei e já estavam propuseram que me candidatass e à presidência da graf Regional São Paulo. Respondi Abi­ uma fi lial em São se tivesse uma clientes em vários Pau lo. “Tínhamos fizesse equipe interessada que o mesmo em São Estados, mas não trabalhar acei em taria.” Paulo, sobretu­ seguíamos entrar con­ do porque 1983 e na sequênciaMax foi eleito em aqui. Até os anos aqui eu era um o principal mercado ilustre desco­ 60, nhecido.” assumiu o mes­ mo cargo no Sindigraf. Max começou com a transferênc era o carioca, mas, Sindicato a frequentar o Três anos de­ pois encabeçaria das Indústrias ia Gráficas no Es­ Brasília, o cenário do governo para tado de a diretoria da Abigraf São Paulo. Ele conta que se dis­ Nacional, onde permaneceu começou a atrair mudou e São Paulo cutia como pre­ muito as relações grandes com os emprega­ sidente até 2001. Concomitan empresas.” A unidade, temente, exerceu a função po­ rém, não ia bem, de presidente alar sobre Max do Con­ e Schrappe é, ao selho Diretivo Schrappe mandou Oscar mesmo tempo, da ABTG, o um prazer e um filho de 1986 a 1995. para dar um jei desafio. As his to no negó­ tórias são inúme­ cio. O plano era ras, o currículo Max ficar extenso, a con­ tribuição para A TRANSFoRM seis meses no escritório RuMo A São Ação o setor da Do SEToR ingredientes saborososgráfico enorme, Max passou PAulo Rua Floria no Pei xoto, no por vários setores para um bom texto. A tarefa Foram 18 anos centro de São da empre­ proposta é justamente sa e, no início da década de Pau lo. Ele mudanças no setor fortes de 1960, os só­ nunca mais dei cios decidiram xou a cida­ gráfico que era hora de como um todo, de. “Consegui instalar sobretudo formar uma pela atua li zação equipe mui to tecnoló­ boa.” Des­ gica viabilizada pontava aí uma pela aber­ das princi­ tura do País à pais característi importação cas do em­ preendedor, que o levaria a acumular cargos como habilidade de agregar líder de classe: a mem é um homem pessoas. “Um ho­ em qualquer si ção, independen tua­ te da função que ça, e tem de ser exer­ respeitado e elo quando faz as giado coisas bem fei tas.” De um escritório de vendas, a Pa­ ranaense em São Paulo caminhou uma nova planta para fabril e próximo anos 80 contabilizar dos ia 600 funcioná A militância as rios. sociativa começou antes disso. “Meu bem pai participava SISTEMA ABIGRAF dicato no Paraná e recomendo do sin­ u que eu NOTÍCIAS

Max Schrappe, líder nato

simplicidade, firmeza habilidade no relacioname e nto, além de uma grande capacidade de agregar pessoas, imprimiram definitivamente o nome de Max schrappe na história da indústria gráfica nacional. Tânia Galluzzi

46 rEvista aBiGr aF

JULhO 2009

4 4

aproveitar esses elementos da forma mais interessant e respeitando o espaçoe concisa possível, que esta seção põe na revista. Para os interessado dis­ conhecer em detalhes s em a trajetória des­ se empreende dor, um aviso: Max está preparando sua biografia. Max Heinz Gunther Schrappe, 76 anos, descende de uma família de grá­ ficos. Filho de Oscar — um dos fundadoresSchrappe Sobrinho da Abigraf Na nal —, para ele não houve escolha. cio­ sar do gosto por Ape­ mecânica de au tomó­ veis, tinha como herança o comando de uma das empresas mento de embalagens pioneiras no seg­ no Brasil, a Im­ pressora Paranaen se. em Curitiba, passandoFundada em 1888 às mãos da litografia gradativamente Max Schrappe Companhia a & partir de 1912, chegou a ter 1.400 funcio nários e quatro fábricas na década de 1990, sendo comprada Dixie Toga em dezembro de 1996. pela Depois de cursar Ateneu, na capital a Faculdade Novo do Paraná, em Max foi para a 1954 Alemanha como estagiá­ rio de um fabricante de máquinas e pois em gráficas de­ locais. De volta, primeira missão sua na Paranaense foi pes­ quisar se a impressão com anilina, se popularizar ia como flexografia, que deria se desenvolve po­ não havia condiçõesr no Brasil. “Ainda técnicas.”

F

Renovação

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Alto nível dos jurados referenda importância do Prêmio Socioambiental Nomes reconhecidos no Brasil e no exterior integram os júris nas duas categorias da primeira edição do Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambiental.

C

om a criação deste prêmio, cujas inscrições seguem abertas até 15 de abril, a Abigraf pretende estimular todo o mercado às práticas de sustentabilidade. A criteriosa constituição dos corpos de jurados das duas categorias (Ambiental e Social) referenda a importância que a entidade está conferindo à iniciativa. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL As ações de responsabilidade ambiental inscritas no certame passarão pelo crivo de sete jurados: o diretor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e professor titular da ca deira de ecologia, Welling-

Economia

Decon – Texto e dados:de Estudos Departamentoda Abigraf Econômicos

TABELA 1: DADOS

cotto Wittmann; e a consultora técnica Márcia M. Biaggio. “O mundo tem sofrido demais com a degradação do meio ambiente. Precisamos achar práticas alternativas agora, pois os problemas estão acontecendo agora”, alerta Delitti, que pela primeira vez aceita participar da comissão julgadora de um prêmio. ”Espero que através desse prêmio, as pessoas reflitam”. Além de diretor do Instituto de Biociências da USP, ele é livredocente da mesma universidade, atuando como professor titular do Departamento de Ecologia. Com graduação em Ciências Bio ló gi cas, mestrado em Botânica, doutorado em Ecolo– 2001 E 2005 GRÁFICA BAIANA

ton Braz C. Delitti; o diretor da Fractalis – Renovação Empresarial, Homero Luís Santos; o presidente do Conselho Diretivo da ABTG e diretor titular do Departamento de Meio Ambiente (DMA) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e diretor-adjunto do mesmo departamento no Centro das Indústrias do Estado de São Pau lo (Ciesp), Silvio Roberto Isola; o diretor-geral da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Ricardo Fragoso; o diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris, Manoel Manteigas de Oliveira; a técnica de ensino da Escola Senai Theobaldo De Nigris, Giselen Cristina Pas-

GERAIS DA INDÚSTRIA

gia e três pós-doutorados na Espanha, esteve naquele país em diversas oportunidades algumas atendendo a pedido do governo espanhol , atuando em parceria com diversos órgãos, como a Agência Espanhola de Cooperação Internacional e universidades, para a realização de importantes pesquisas. “Se esta iniciativa não for a pioneira no Brasil, é uma das primeiras no meio industrial, o que é um grande impacto no mercado. Por isto, sua principal função não é apenas recompensar iniciativas adotadas, mas também dar o exemplo, devendo ser seguido por outros. É a primeira edição, mas tenho certeza

rEvista aBiGr aF

que será um evento marcante na área industrial”, afirma Dellitti. Para o diretor- geral da ABNT e líder do Grupo de Trabalho da ISO 26000 que estabelece um padrão internacional de diretrizes de Responsabilidade So cial , Ricardo Fragoso, “no cenário internacional, cada vez mais o tema Responsabilidade Socioambiental misturase com a competitividade das empresas na disputa pelo mercado. Incentivar práticas nestas áreas é alinhar-se às tendências do mercado globalizado e atender aos anseios da sociedade. Este prêmio é um grande exemplo para que outros setores estimulem a participação dos seus atores no tema”. Na opi nião do diretor da Theo bal do De Nigris, Ma noel Manteigas de Oliveira, “esse prêmio sinaliza para as gráficas que a questão da sustentabilidade socioambiental é um tema que veio para ficar. A sua criação vem ao encontro de uma tendência mundial”, afirma. Com prestígio internacional, dirigindo uma das mais importantes escolas gráficas do mundo e participando de diversas conferências e encontros, o diretor também é categórico ao afirmar que essas práticas influenciarão no futuro. “Muitos consumidores estão balizando suas escolhas de acordo

com a postura ambiental e social das empresas. E os clientes da indústria gráfica não fogem à regra. Grandes clientes têm pressionado seus fornecedores de impressos neste sentido”. A consultora Márcia Biaggio, que diariamente lida com questões técnicas e os anseios do mercado, também compartilha dessa opinião. “Em 2008, tivemos a febre do FSC. Muitas gráficas sentiram-se pegas de surpresa ao serem cobradas por isso. Agora, o conceito introduzido pelo prêmio servirá de despertar para as gráficas que ainda não procuraram tornar seus processos produtivos menos nocivos ao meio ambiente”. Justamente por conhecerem bem essa realidade, a visão mais empresarial ficou a cargo do diretor da Fractalis, Homero Luís Santos, e do presidente do Conselho da ABTG e diretor do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp e Ciesp, Silvio Isola. Segundo Santos, que, além de espe cializa do em Ecologia Profunda e Teoria do Desenvolvimento pelo Schumacher College, no Reino Unido, também foi professor e pesquisador da Fundação Dom Cabral um dos melhores centros de desenvolvimento de executivos, empresários e empresas do País , o concurso vai mudar profundamente

o setor gráfico. “Dentro do universo setorial, todas as empresas ‘estão no mesmo negócio’. Elas possuem questões técnicas e processos produtivos muito parecidos, mas, dificilmente, têm estruturas muito diferentes. Possuir um troféu como esse é afirmar que você está em um outro patamar”, explica o especialista. “Esse prêmio vai expandir os horizontes dos empresários gráficos, pois vai trazer boas surpresas. Vamos conhecer processos de ponta que só não vieram a público antes por falta de oportunidade”, enfatiza. O consultor é jurado do prêmio interno do Grupo Camargo Corrêa; do certame de Responsabilidade Social no Varejo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV); e do Prêmio Ethos Valor, promovido pelo Grupo Ethos e o jornal Valor Econômico. Além disso, Homero Santos também reorganizou o Prêmio ECO (Empresa Comunidade), da Câmara Americana de Comércio (Amcham), e o Prêmio Cidadania Empresarial, da Câmara Americana de Comércio da Argentina. Já Silvio Isola, por estar inserido no meio empresarial, aponta como será essa nova visão. “Os empresários do setor gráfico possuíam uma idéia equivocada de que sua atividade não era poluente. Toda atividade, seja ela

industrial ou não, possui um impacto ambiental que deve ser avaliado e, sempre que possível, reduzido”, comenta. Isola que também é presidente do Conselho Temático Permanente de Meio Ambiente (Coema) do Conselho Nacional da Indústria , acredita que o posicionamento do gráfico começa a mudar. “Entendemos a realização deste prêmio como uma importante ferramenta de conscientização capaz de chamar a atenção para o fato de que é responsabilidade de todos fomentar pensamentos e ações corretos, em prol de um futuro melhor”. Na opinião da técnica de ensino da Theobaldo De Nigris, Giselen Wittmann, “além de incentivar as empresas a trilharem o caminho da sustentabilidade, o certame será responsável pela geração de uma série de novas soluções, o que é vital para fomentar a indústria gráfica na adoção de práticas corretas e uma oportunidade, para aqueles que estão preo cupados com o assunto, de expor e ampliar suas ações”. RESPONSABILIDADE SOCIAL As ações de responsabilidade so cial inscritas no certame serão avaliadas por cinco renomados profissionais: o presidente do Instituto Bovespa de Respon-

Os números da baiana indústria gráfica Bahia é o sexto

Estado mais rico

todo o País) existentes em 3,43% das 17.364 a ocupada pelo da mão-de-obr e emprega 2% 183.276 fun-

dos 36% do PIB do e ao nacional (3.761 do Brasil, gerando metade das setor gráfico Dando continuidad da gráficos). o de Nordeste e mais o cionários houve cresciment estudo dos mercados região. É ainda baiaDe 2001 a 2005, exportações da sisal, com os empresas gráficas nacional de cacau, pe- 33,9% no número de regionais iniciado já que o crescimenna, a do primeiro produtor Na economia baia capri- nas, índice expressivo, nais foi de 13,5% Estados do Rio Grande nacio mamona e coco. ovinas e o Decon cuária, as criações bovinas, geração de ri- to médio em termos o emprego no na Sul e São Paulo, período. Na Bahia, de no mesmo do nas são também relevantes significativamente A indústria, apesar também cresceu apresenta os dados acima quezas para o Estado. a maior força econô- setor no período analisado, e muito 1). (48,4%) representar setor gráfico na Bahia.

102

DO SETOR GRÁFICO DE – 2005 O DO EMPREGO E POR ESCOLARIDA DISTRIBUIÇÃ REMUNERAÇÃO FIGURAS 1 E 2: POR FAIXA DE BAHIA E BRASIL

MARÇO 2009

ENTREVISTA

MARÇO 2009

como políticas públicas mais compatíveis com a realidade cação de pontos e necessidade comuns em nossas s desse segmento. Em agosto em especial a preo missões, de 2010 ultrapassam cupação com o um milhão de os mento da aprimoraatendimentos, gestão e o a maior parte deles nos setores vidade das empresasaumento da competitido comércio de serviços e no turismo. desse porte, para bens, possam que acessar o mercado. Quais os princi Para o Sebrae, pais objetivos da qual parceria do Sebrae com a Abigraf? gráfico no sentido a importância do setor de Paulo Okamotto: à geração de empregos dar sua contribuição O Sebrae tem apoiado vários projetos do e desenvolvimento economia do País? setor por meio da do Procompi (Programa de Pau Apoio lo Okamotto: Segundo Micro e Pequenas à Competitividade das to nosso Estudo Serial, a indústria In gráfica E tem patrocinado dústrias), desde 2004. da produção da indústria representa 1,5% também as edições SE Congraf BAHIA de transforma do e emprega (Congresso Bra DAS EXPORTAÇÕE GRÁFICA DO ESTADO DA ção sileiro da Indústria quase 3% da mão FIGURA 5: EVOLUÇÃO Gráfica), bem INDÚSTRIA de obra. É um AO TOTAL DA setor transversal como EM RELAÇÃO , que se relacio Excelência Gráfica o Prêmio Brasileiro de das na com toas de Fernando Pini. firmamos parceria Em 2008, palmentemais atividades produtivas, princicom a Abigraf US$ li zar o Estudo para rea- técnico, por meio da impressão de ma saltando para Setorial terial US$ 1,94 mil, embalagens, ma ca no Brasil, lançado da Indústria Gráfi- e terial de escritório 2005. As imporescolar, entre 560,75 mil em outros. sado. Agora, estamos em agosto do ano pasno perío do trabalhando tações triplicaram nova parceria absoluto das que tem por objetivoem uma Q u ai s foram analisado. O valor de sua evoas cer as micro e pequenas empresas fortale- mudanças trazidas exportações, apesar para supeSegundo nosso gráfico, promovend do setor pela ciente aprovação da o lução, foi insufi nica e a capacitação a sua qualificação téc- Lei s, acarretando Estudo Geral importaçõe ge Setorial, as da ren rar Micro cial, mercadológica, adequação do setor no e Pequena Empresa de processos produtivos a indústria gráfica um deficit negativo normas técnicas esde sua criação às em 2006? 1). e ambientais e há 38 anos, o Estado (Tabela o fomento Pau à certificação Serviço de Apoio presentando mais representa 1,5% neste escopo. lo Okamotto: às de e da quenas Empresas Micro no Produto Interno 20% de participação 75 PeSão resultados (Sebrae) produção da indústri Bruto (PIB) dee Quais os bene senvolve, de econômiimpactos imporfícios modo crescente, Este grupo responde por 99,2% nacional. a trabalhos nos A principal atividade socia das à Abigraf para as empresas as- tantes, de um total de 13 setores da indústria, de transformação gráficas do Esem decorrência a começar cuária, comércio agrope- formais milhões de pessoas com empregos ca das indústrias parceria? dessa pelo de é a edição no Brasil. au men to da mo. Em entrevista bens, serviços e turise emprega quase tado da Bahia (34,23%) Paulo Okamotto: à Revista Abigraf participaç ão Elas podem dispor Okamotto, presidente , Paulo A missão das serviços prestados dos pequenas 3% da mão de nacional do Sebrae, do Sebrae é apoiar pelas principais fala sobre a atua empreobra. de atuação do os pequenos negócios. De que áreas sas nas ção Sebrae, modo e com quais sua parceria com da entidade, bem como ins gerencial, inovação, que são capacitação bens compras de ações a tituição vem colocando a indústria gráfica. e serviços comuns modernização, zador do Estudo em prática esse a serviços fi nan acesso ral, que pelo governo fedeSetorial da IndústriaReali- trabalho nos últimos cei ros e participaçã saltou de R$ 2 fica no Brasil e anos? Grá- Paulo ambientes que patrocinador do favoreçam o acesso o em R$ 14 bilhões anuais. bi lhões para mais de Congresso gens: Okamotto: São dois tipos de Brasi leiro da Indústria O cados. número a mer- di men abordaO atendiment o atendimento de empreentos optantes o direto às empresas indi Brasi leiro de ExcelênciaGráfica e do Prêmio No de pequeno porte primeiro, o Sebrae vidual e o coletivo. subiu de 1,3 milhão,pelo Simples também Gráfica Fernando pode ser feito Pini, o Sebrae atua por meio de on line ou para de forma presen no início da vigência, sultoria, orien vem fortalecend concial, com apoio tação, mais o o relacionamento com das diver- setembro de 4,1 milhões até o começo sas unidades que distância, palestras, cursos presenciais e a a Abigraf para compõem o Sistema de ajudar a fodeste ano. Qua e atendimentos mentar os negó brae. Outro ponto cão; disponibiliz se dois mil mu cios das empresas de balimportante trabalhadoSe- cípios já regulament a publicações, pequenas, informaçõe maioria absoluta aram a Lei Geral, nia cultura da coo pesquisas, no setor. é cobre 56% s, apoio pera o que da população em conjunto, essas ção para que, atuando lei entre outros. No e promoção de eventos, ra. Dezessete estados empresarial brasiempresas possam coletivo, quase Qual o número rar suas fragilidades 800 projetos estão já regulamentaram supe- o capítulo atual de empresas individuais, ou de compras go ras considerada brasilei- terlocuçãosendo executados neste ano. buscar o aumen ver namentais, seja, zendo s de A incom instituições to da competitivi com que uma faPau lo Okamotto: micro e pequeno porte? vadas, públicas e pridade. parcela maior Oficial mente, nacionais e es aquisições seja de suas conta com cerca trangeiras, no o Brasil de voltada para o Quais aspectos 18 sentido efetivar parce de desenvolvimento local. Ainda o Sebrae leva rias, tornar viá e pequenas empresas5,8 milhões de micro tos em consideração para firmar como decorrência veis projee ações que visam Lei, o País tem inseridas nos uma da res da indústria, a um ambiente mais de 520 mil empresa ou entidade? parceria com uma de mais comércio e serviços,seto- favorável aos pequenos REVISTA ABIGR empreendores individuais AF SETEMBRO/O negócios, com o Paulo re- são empre formalizados, UTUBRO 2010 RecupeRaçã Okamotto: include cesso Taxa num sarial e acesso Pri mei ramente, prode registro rápido, a mercados, bemde papéis Recicláveis sentativida a repre- de eletrônico e isento os de da entidade taxas. A meta junto às pequeé alcançar um em países selecionad nas empresas milhão de formalizações do setor, seguida 80,7% até o final deste da identifiano, em forFrança te parceria com 73,7% o Ministério da de 2009 en­ Previdência o dia 30 de setembro brasilei­ Japão 72,8% a norma trou em vigor de Alemanha SETEMBRO/O Fruto de mais 70,9% UTUBRO 2010 ra 15755:2009. REVISTA ABIGR do Comitê Reino Unido AF 63,8% um ano de trabalho ABNT, ela da Espanha de Celulose e Papel 54,4% Simples papel reciclado. Estados Unidos duas define o que é 51,8% ocupa singelas Itália e objetiva, a norma encerra­ ser 50,7% razão de páginas, mas sua A norma especifica Malásia 47,1% se em poucas linhas. e cartão) México reciclado (papel 43,7% que “o produto material Brasil (1) menos 50% de 43,7% deve conter pelo recuperado”. Finlândia de fibras celulósicas 37,9% ser alcançado a norma de papel pode sobre As discussões Esse montante China da ne­ bien­ 35,5% de aparas pré­consumoa nasceram justamente as questões am com o uso tanto Argentina identificarem metimento com nome reciclado e nesse ponto 32,8% de os usuários cometidos em quanto pós­ consumo Nas longas dis­ tais. Abusos foram como o Projeto de cessidade “Nem as normas Rússia legislou. sa, é papel reciclado. 28,1% ABNT também clareza o de uma boa cau os vários mem­ ne Lima o que definiam com Índia deputado Elie internacionais cussões que envolveram o conceito de Lei 2308/07, do Silvio Isola, pre­ obrigar as edito­ produtiva, reciclado”, afirma ­ bros da cadeia da ABTG, (PP­MT), que pretendia 30% de papel papel acabou prevalecen gera menos do Conselho Diretivoenvolvidos gera­ domínio público setor sidente ras a utilizar pelo hoje a coleta seletiva e outro dos consumo é aquela publicações. O do mostra que bilhão a diretor da Gegraf do. Apara pré­ reciclado nas suas variam de R$ 1,4 de papel, assim que não estaria da norma 15755. benefícios que da da dentro da indústria tal e na elaboração imediato da norma foi a produtivo argumentou anuais. impresso que sobra de R$ 3,3 bi lhões te preparado para O resultado como o material dados da Bracelpa, operacionalmen conduta e o favo­ peça dentro De acordo com o de pa­ sendo descartada. seg­ correção de desvios de tri­ no acabou produção de qualquerpós­ consumo é o recuperaçã ideia de a também do Apara do diálogo equânime em 2008 a taxa em relação r uma gráfica. Excessos partiram a de­ recimento te/gráfica/fornecedor. Mas pelo consumido cicláveis no Brasil de papel: com foi de re­ mais péis re ângulo clien material descartado mento fornecedor aparente de papel questão ainda os preços em é clara: o produto e numa consumo ma ao toca norma a ­ E de 3,828 mi­ final. te, no manda aquecidíssi seu quinhão, mes­ a norma obrigatoriamen é a cadeia de fornecimen 2009, 43,7%, com a recuperação complexa, que total ciclado deve ter, de aparas. Em alta, todos queriam . “Tinha até de sua composição lhões de toneladas te estável, mínimo 25% que não o merecessem imitar o as­ to de aparas. praticamen mo ficou consumo. para de esse número de material pós­ nacional de aparas papel branco pintado Alexan­ com um consumo França, reciclado”, conta pecto do papel de toneladas. Na As cooperativas Ja­ comercial do Grupo 3,848 milhões é de 80,7%, no dre Duckur, diretor da equi­ sozinhas não têm de Tinha até papel a taxa de recuperação dos integrantes de 72,8%, Bignardi e um na Alemanha, meio às para pão, de 73,7% e l pela norma. Em que estão qualidade e quantida branco pintado do pe responsáve alguns paí ses prima e às especifi­ ques­ só para citar para brigar por imitar o aspecto . que o Brasil nessa de ofertas de matéria­ as gráficas esforça­ mais adiantados tes, melhores preços. papel reciclado dessa taxa depende cações dos clien os melhores resul­ tão. A elevação passando forçosa­ Antonio de vam­se para oferecer tar projetos nos fatores, de Marcos Alexandre Duckur, de uma série a acei Cruma ento da coleta tados, chegando não era a diretor comercial Lima, catador da mente pelo aprimoram papel reciclado conselho de reciclagem. quais o uso do do Grupo Bignardi e integrante do o to­ material passível adequada. sobre Sampa mais Cata da solução Há diversas estimativas administrativo o da coleta de diretamente com tal de pessoas sobrevivend Apesar de mexer no Brasil. O Mo­ produ­ eLo da Cadeia envolvidos na riais recicláveis e Cata­ CatadoR, pRimeiRo de Pes­ mate os vá rios atores Nacional de Catadores (MNCR) ção do papel recicla­ do pelo Instituto em vimento Estudo realiza cláveis ção e transforma sem alarde, talvez Aplicada (Ipea) Materiais Reci de cerca de Am­ doras de quisa Econômica do, a norma chegoupor papel offset re­ Ministério do Meio em trabalha com uma média parceria com o atividade, en­ porque a demanda mais a mesma, dis­ pela imprensa catadores em fosse o biente e divulgado Brasil poderia ter 800 mil ciclado já não do Meio Ambien­ ritmo de cresciment quanto o Ministério O MNCR divulga mostra que o por maio tanciando­ se do lhões de R$ 8 bi em um milhão. o papel meados de 2008. s de ca­ benefícios da ordem sustentabilidade, registrado até todos os te fala 79 das organizaçõe suas marcas e ao conceito de a reciclagem de que apenas 7% ampla rede de imediatamente No afã de vincularem A maior parte ano se fizesse boa par­ envolvendo uma Além de remeter veis que são encami­ tadores são cooperativas. deira ambiental, forte função social, dois anos, a procura estu­ resíduos reciclá produtos à ban correu ABIGR AF reciclado tem uma da explosão na demanda há e aterros. Esse empresas do País 2010 REVISTA sensibilização da nhados aos lixões te das grandes MAIO/JUNHO personagens. Depois se e a indústria aposta na maior reciclado. A aparên­ mercado. incremento do para o papel offset pelo produto estabilizou-à sustentabilidade para um e com fibras aparentes, relação cia dele, pardo Tânia Galluzzi sociedade com símbolo de compro­ foi utilizada como

Paulo Okamotto

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REVISTA ABIGR AF

Tainá Ianone

remunenessa fai xa de se enquadram gráficos” 38% “outros produtos os pro- ração (Figura 1). e, o empregae impressão de grupo que abrange No tocante à escolaridad do pa(CNAE 1.0 22195), os segmentos de caderBahia fica próximo destaca para do gráfico na se dutos voltados cional. nal. O fato que gráfifiscais e promo drão geral nacio trabalhadores nos, impressos a do setor de sero percentual de grau completo A crescente importânci em grande me- é que nos com o segundo no explica, liga- cos baia restante do Brasil viços no PIB baia (54%) do que no estabelecimentos de de maior da é ti dida, a quan 2). A mesma atividade (41%) (Figura dos a esses segmentos. 1.0 22195) é responsáno econômica (CNAE ocupada a da mão-de-obr do setor na vel por 29,97% médio das empresas s por em2). do O porte empregado setor gráfico (Tabela dados do Ministério r Bahia, que era de 5,7 2005. em 6,3 para De acordo com tou (MTE), o trabalhado em 2001, aumen do cresTrabalho e Emprego remuneração inferior presa período é reflexo recebe Tal aumento nesse (48%), proporciobrasigráfico baiano maior do emprego Enquanto, na média empreganham cimento ao aumento do número de à média nacional. dos funcionários nalmente na Bahia leira, apenas 16% S salário mínimo, S DE EMBALAGEN IMPORTAÇÕE entre 1,01 e 1,50

Micro e pequenas empr podem contar com esas gráficas o Sebrae

IMENTOS IOS E ESTABELEC DOS FUNCIONÁR POR MUNICÍPIO EM 2005 BAHIA PARTICIPAÇÃO FIGURAS 3 E 4: GRÁFICA NO ESTADO DA DA INDÚSTRIA

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103 REVISTA ABIGR AF

ainda não setores da nal (9,1%) (Tabela volta-se para os da média nacio dados do Ministério mica na Bahia, dústria, inforDe acordo com Indústria e Comérquímica, agroin química, petro topeças. mento, bilística e de au do do DesenvolviMDIC), as exportações baiamática, automo dados do Ministério Ex terior ( somaram De acordo com no Esta- cio gráficos em 2001 a indústria gráfica e a nas de produtos Trabalho (Rais), (o que correspond do reúne 596 empresas DO ESTADO DA

sistente Expansão con cadeia depende de uma uturada mais bem estr

78 AF REVISTA ABIGR

MAIO/JUNHO

2010

REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

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Mantendo-se fiel à sua filosofia de permanente evolu­ ção e atua­li­za­ção dentro de um elevado padrão de qua­ lidade de apresentação e de informação, nesses últimos anos a revista incorporou novos temas e renovou sua proposta gráfica, repensando-se como o principal veí­cu­ lo do setor gráfico. Seções como História Viva, que conta a trajetória de personagens que ajudaram e ain­da con­ tri­buem para a construção do setor gráfico, e Sustentabilidade, colocando em evidência o assunto do momen­ to, enriquecem a pau­ta da publicação. A cobertura das ini­cia­ti­vas do Sistema Abigraf foi dinamizada, confe­ rindo ain­da mais transparência às atividades das as­so­ cia­ções que o compõem. No­ti­ciá­r io geral, entrevistas e ma­té­r ias sobre empresas e pro­f is­sio­nais do setor, eco­ nomia, mercado, produtos, eventos, arte, design, pro­ dução, fotografia e ou­tros temas cons­ti­tuem o abran­ gente con­teú­do que transformou a Revista Abigraf em referência da indústria gráfica na­cio­nal.


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Tânia Galluzzi

REVISTA ABIGR AF 35 Anos

Noite de festa gicos, o marco normativo e todo um conjunto de informações relevante para a capacita­ ção de pes­soas e empresas. “A Revista Abigraf tem sido uma estratégica base co­mu­ni­ca­cio­ nal em ­apoio ao cumprimento da missão de nossa entidade. Sua qualidade e credibilida­ de são cons­t i­t uí­d as à imagem e semelhan­ ça de seu editor, Plinio Gramani Filho, e de todos os seus colaboradores, os ­quais saú­do nas pes­soas da jornalista Tânia Galluzzi e do diretor de arte, Cesar Man­g ia­ca­val­li”. Po­si­c io­n an­do-a como o mais completo veí­cu­lo do setor gráfico, Fabio Arruda Mor­ tara, presidente do Sindigraf- SP e AbigrafSP, real­çou a competência da revista e os fru­ tos que gerou, como o Anuá­r io Bra­si­lei­ro da Indústria Gráfica e a revista Tecnologia Gráfica. “Gostaria de enfatizar que a Revista Abigraf cumpre ou­tra missão significativa: cons­ titui-se em vitrine do setor e de sua evolução”.

Fotos: Roberto Loffel

Em clima de alegria e descontração, cerca de 200 pessoas prestigiaram a comemoração dos 35 anos da Revista Abigraf.

ada melhor do que personificar a nossa alma com papel, tinta e chapas, o que fazemos através da Revista Abigraf ”. Com essa frase, dita durante seu des­con­ traí­do discurso na comemoração dos 35 anos da revista, Mário César de Camargo, presi­ dente da Abigraf Na­cio­nal, sintetizou o que a publicação representa para o setor. A festa, patrocinada pelo Sindigraf- SP e rea­li­za­da na noi­te de 26 de ou­tu­bro no Espa­ ço GAP (Galeria de Artes Panamericana), no bairro de Pinheiros, em São Pau­lo, contou com a presença de cerca de 200 convidados, entre líderes em­pre­sa­r iais, gráficos, fornecedores e pro­f is­sio­nais de mar­ke­ting. Rei­nal­do Espinosa, presidente da ABTG, ressaltou a importância da revista como par­ cei­ra da entidade na missão de levar ao merca­ do as novidades técnicas, os avanços tecnoló­

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Profissionais e colaboradores envolvidos na produção da Revista Abigraf. Atrás (E/D) Cesar Mangiacavalli, Rosaria Scianci, Tainá Ianone, Livian Corrêa e Regina Célia Dias (encoberta). À frente: Álvaro de Moya, Ricardo Viveiros, Laurice Gramani, Plínio Gramani Filho, Giuliana Gramani, Tânia Galluzzi, Sandra Pfeiffer, Ada Caperuto e Clarissa Domingues.

REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010


Plínio Gramani Filho recebe placa de homenagem do Sistema Abigraf, das mãos de Mário César de Camargo, presidente da Abigraf Nacional

O empresário citou o ­apoio do Sistema Abigraf à publicação, parabenizando também o jorna­ lista Ricardo Vi­vei­ros e sua equipe pela con­tri­ bui­ção ao veí­cu­lo. O jornalista foi, inclusive, o mestre de ce­r i­mô­nias da celebração. Na mesma linha, Mário César lembrou ain­ da o papel da Revista Abigraf como registro da democratização da qualidade gráfica, que, ao longo desses 35 anos, disseminou-se pelo País. De­pois da apresentação de um au­dio­vi­sual sobre a trajetória da publicação, Gramani, diretor res­ ponsável pela publicação, em discurso emo­cio­ na­do, agradeceu a Max Schrappe, ex-​­presidente da Abigraf e responsável pela contratação da Clemente e Gramani como editora da revista em 1983. O editor sublinhou o ­apoio e a colabora­ ção que recebe de todos que ajudam a elaborar cada edição, in­c luin­do anun­cian­tes, fornecedo­ res, entrevistados e lei­to­res, rei­te­ran­do o com­ promisso de con­ti­nuar trabalhando para que a Revista Abigraf seja cada vez melhor.

Fabio Arruda Mortara, presidente do Sindigraf-SP e Abigraf-SP

Reinaldo Espinosa, presidente da ABTG

Max Schrappe

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Nas páginas seguintes, conheça a opinião de lei­to­res sobre a publicação.

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REVISTA ABIGR AF 35 Anos

Depoimentos de leitores da Revista Abigraf “Exatas 250 edições. Cada qual uma batalha vencida, para unir, informar, inserir a entidade na vida nacional e na tecnologia mundial, identificar e definir o futuro da atividade gráfica, reverenciar o seu passado e seus heróis. Isso faz, por 35 anos, a Abigraf “revista‑símbolo do setor”. Alfried Plöger Conselheiro da Cia. Melhoramentos de São Paulo

“Meus sinceros parabéns pela elaboração e manutenção durante tantos anos da Revista Abigraf, tão apurada em conteúdo e na apresentação. Ela é muito agradável de ler e sempre oferece a atualização de assuntos de interesse do meio gráfico. Segredinho, eu a reservo para lê‑la nos momentos que quero relaxar e descansar. Transformar uma leitura até de certo ponto técnica e profissional em prazer e lazer é uma grande conquista”. Beatriz Bignardi Diretora da Bignardi Indústria e Comércio de Papéis e Artefatos

“Muito mudou nestes 35 anos e a Revista Abigraf não ficou parada nunca, sempre acompanhou e informou as contínuas ondas de evoluções ou revoluções tecnológicas no nosso campo. Isso demonstra o extremo profissionalismo que a melhor revista gráfica do Brasil, e de muitos outros países, nos brinda há 35 anos”. Bruno Cialone Technical Director da Antalis do Brasil

“Revista Abigraf, um elo entre passado e futuro. É com base nessa crença que ela é produzida, deixando para as novas gerações o exemplo de todos aqueles que lutaram ou ainda lutam por melhores condições para o setor gráfico brasileiro”. Carlos Augusto Di Giorgio Presidente do Sistema Sigraf/Abigraf‑RJ e Funguten

70 REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

“A Revista Abigraf é um meio de comunicação diferenciado dentro de nosso mercado gráfico. Consegue aliar artigos técnicos com discussões sobre gestão, percorrendo muitas informações do setor, passando por manifestações de cultura, tudo de forma elegante e graficamente exemplar. É veiculo singular na categoria”. Claudio Baronni Diretor de Projetos da Abril

“Parabenizamos a Abigraf pelos 35 anos de informação e divulgação das novidades do mercado gráfico”. Dirceu Fumach Presidente da Bobst Group Latinoamérica do Sul

“Tudo indica que caminhamos juntos: na ocasião em que a Revista completa seus 35 anos, a Premiata também comemora sua primeira década de muito trabalho. E todo bom trabalho só pode ser realizado com boas companhias! É assim que classificamos a Revista Abigraf e toda sua equipe: parceiros de qualidade e bom gosto para qualquer momento. Parabéns pelo sucesso e competência!”. Edson Zanetti Skrzeczkowski Diretor da Premiata Tintas e Vernizes Gráficos

“A Revista Abigraf é uma publicação obrigatória para o mercado gráfico, contando com artigos e matérias relevantes e atualizadas sobre nossa indústria, sempre com imparcialidade e alta qualidade editorial. Parabéns pelos impressionantes 35 anos de muita contribuição!!!”. Eduardo Sousa Marketing Manager Latam da Agfa Graphics


“A Abigraf não apenas se tornou referência em imprensa gráfica, levando conteúdo informativo de qualidade e cultura aos quatro cantos do Brasil, como prova, a cada edição, sua ética e responsabilidade editorial junto a seus fornecedores e parceiros”. Elaine Almeida Gerente de Marketing da Ferrostaal Equipamentos e Soluções

“A Revista Abigraf é referência para o mercado gráfico. Com extrema qualidade editorial e conteúdo completo, é uma publicação íntegra, que norteia nossos negócios”. Fábio Baiadori Diretor Administrativo da Bottcher do Brasil

“Plínio, parabéns pela conquista desta marca. Sabemos que apoio, estímulo e participação são fundamentais para atingir qualquer marca de sucesso, mas quando penso na Revista Abigraf e em estar completando 35 anos, não posso deixar de dizer que isso só foi possível sobretudo pela sua determinação. Pensei em uma frase, que acho que resume esta evolução e que portanto representa meu pensamento em relação à revista, e se refere ao seu trabalho, sua dedicação e amizade durante todo este tempo: ‘Reunir‑se é um começo, permanecer juntos é um progresso, e trabalhar juntos é sucesso – Henry Ford’ ”. Fábio Marangoni Executivo Comercial da Gráfica Editora Aquarela

“A qualidade gráfica e editorial da Revista Abigraf desmente o dito popular: ‘em casa de ferreiro, o espeto é de pau’. Ela orgulha o setor”. Fabio Mestriner Coordenador Acadêmico de Pós‑Graduação ESPM

“É o maior e o mais completo veiculo de informações do setor gráfico”. Floriano Alves

“Lembro que aos 15 anos, como aluno do curso de técnico em Artes Gráficas, fiquei muito impressionado com a apresentação gráfica de uma das primeiras edições da Revista Abigraf. Nesse flash de 35 anos, enalteço a real importância de um veiculo tão representativo e relevante em nosso segmento e a contínua seriedade de quem a edita, num tom de amplitude cultural e informações setoriais. Parabéns a toda a equipe Clemente e Gramani”. Francisco Veloso Filho Diretor da Overlake Vernizes Gráficos

“Há muito tempo acompanho a trajetória da Revista Abigraf e posso falar, com toda tranquilidade, que é muito bom ter uma revista que represente o nosso mercado com tamanho profissionalismo e seriedade. 35 anos, com essa história de sucesso, não é para qualquer um”. Gilberto Carito Diretor Comercial da Ibep Gráfica

“Em muitos anos de atuação no mercado de celulose e papel, sempre acompanhei a Revista Abigraf e vibrei com a evolução tanto do conteúdo quanto do aspecto visual. Como jornalista sei quanta dedicação é necessária para concretizar nossas ideias. Parabéns por este projeto que faz parte da história do setor gráfico”. Gracia Martin Diretora da G Martin Comunicação Integrada

“É impressionante sentir a repercussão que a Revista Abigraf tem no Brasil e no exterior. Como colaborador e participante da revista por muitos anos pude sentir isso na pele. Parabéns à Abigraf e a todos que a fizeram e construíram ao longo desses 35 anos. Parabéns em especial ao pessoal da Gramani pela dedicação e talento na sua realização”. Hamilton Terni Costa Diretor da ANconsulting

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Presidente da Abigraf Alagoas

NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010  REVISTA ABIGR AF


REVISTA ABIGR AF 35 Anos

“Revista Abigraf. Deste 1975, uma contribuição ímpar aos empresários do setor gráfico, pelo conteúdo alinhado e pela disseminação de conhecimentos e informações tão necessárias para os empresários do segmento”. James Hermes dos Santos Presidente do Sigrat e Abigraf Piauí

“Parabéns a todos que fazem parte da brilhante história da Revista Abigraf, este conceituado veículo de comunicação que informa e simboliza a Indústria Gráfica Brasileira”. José Fernando Rocha Presidente da Abigraf Santa Catarina

“É com muito carinho que deixamos nossos cumprimentos pelos 35 anos de vida da Revista Abigraf. Ela acompanha nossos passos desde o início de nossas atividades e com o apoio dela crescemos e conquistamos nosso espaço dentro do mercado gráfico brasileiro, que é tão bem retratado e publicado em suas edições”. Juliano Del Bianco Diretor Geral da Aquarius Gráfica e Editora

“Revista Abigraf: a comunicação do conhecimento da Indústria Gráfica”. Julião Flaves Gaúna Presidente da Abigraf Mato Grosso do Sul

“A Revista Abigraf é, ao longo destes anos, grande referência de nosso setor, indispensável. Seu caráter artístico e a excelente produção de suas edições formam a imagem da publicação”. Luís Flávio Soares de Lima Gerente da Filial Nordeste do Grupo Furnax

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“Revista Abigraf = 35 anos de sucesso! Que continue sempre sendo o símbolo de nossa indústria”. Luis Pinho Diretor da Ediouro Gráfica e Editora

“É a revista que se tornou necessária a mim, e acho, a todo profissional gráfico responsável do País. Conseguiu criar em mim o habito de lê‑la, sinto falta quando não o consigo. Parabéns pelos 35 anos!”. Luiz Bonasio Diretor da Trevoset Gráfica e Editora

“Não é a revista que deve ser homenageada e sim sua equipe pelo trabalho em manter viva a Revista Abigraf ”. Luiz Carlos Burti Diretor da Editora Gráficos Burti

“Trinta e cinco anos informando, divulgando e fortalecendo toda indústria gráfica nacional. Parabéns pelo aniversário!”. Luiz Nei Arias Vice‑Presidente Comercial da IBF – Indústria Brasileira de Filmes

“A Revista Abigraf alia informação relevante a um design de qualidade. Trata‑se de uma publicação imprescindível para toda a cadeia da mídia impressa”. Manoel Manteigas de Oliveira Diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris

“Revista Abigraf. Vencer ou vencer!”. Norberto Geyerhahn Diretor da Editora 4 Estações

“Nós, da Metrics, manifestamos nossas felicitações por esta data tão especial. Somente uma publicação de grande qualidade e utilidade para o setor poderia permanecer tanto tempo e ainda ser uma referência”. Osmar Barbosa Diretor Geral da Metrics

REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010


Todos podem ter mais agilidade para encarar grandes desafios. Todos podem Prolam. Encarar um grande desafio não é exclusividade de atletas radicais. Nós, do mercado gráfico, também nos defrontamos com grandes e diários desafios. É para resolvê-los com agilidade que a Prolam aprimora seus estoques e reduz seus prazos de entrega. Na hora de passar por cima de um novo desafio, pode contar com a agilidade Prolam.

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REVISTA ABIGR AF 35 Anos

“Arte, linguagem e indústria gráfica em tempo e obra de arte. Cada edição da Revista Abigraf é sempre uma rica e boa novidade, pela atual e correta informação, de mercado, de tecnologia, da cultura e das artes, que lhe confere a revista‑símbolo”. Renata Watson Diretora da Traço Comunicação

“Nós, da Arjowiggins Security, parabenizamos a Revista Abigraf pelos seus 35 anos! A revista, ao longo deste tempo tornou‑se um exemplo de competência e qualidade de informação! Todos os seus leitores reconhecem o seu profissionalismo”. Ronald Dutton Diretor Comercial & Marketing Papéis Finos da Arjowiggins Security

“Preliminarmente parabenizamos você e toda sua equipe pela excelência na condução dessa revista que hoje é, sem sombra de dúvidas, um referencial da maior importância para todo o setor gráfico brasileiro, é fonte para todos de nossa cadeia produtiva, além de sempre nos impressionar pelo alto grau de qualidade editorial”. Rubens E. de Campos Executivo da Abigraf Regional do Paraná

“A equipe Technotrans América Latina parabeniza a Revista Abigraf pelo seu 35º- aniversário e pelo excelente trabalho desenvolvido durante esses anos. A Revista Abigraf para a Technotrans é sinônimo de qualidade, competência, conhecimento e de grande importância no mercado gráfico brasileiro”. Silvana Vieira Assistente de Marketing da Technotrans América Latina

“O conteúdo da Revista Abigraf expressa a alma do seu editor”. Sonia Carboni

Diretora Executiva do Sistema Abigraf

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“Nos últimos 28 anos de minha vida tenho estado sempre focada no ramo gráfico, que nada mais é do que pura arte! E o mais interessante é que, desde que iniciei a minha dedicação a essa arte, tenho tido a agradável ‘missão’ de receber a Revista Abigraf, de apreciar as suas capas sempre lindas, criativas, assinadas por artistas de vanguarda da fotografia e da ilustração e de ler suas matérias sempre atuais e úteis. Parabéns Revista Abigraf pelos 35 anos de arte, informação e credibilidade!”. Sonia Marangoni Supervisora de Administração de Vendas da Gráfica Editora Aquarela

“Revista Abigraf: a mais completa do setor gráfico”. Valdézio Bezerra de Figueiredo Presidente do Sindusgraf e Abigraf Pernambuco

“É um honra participar do sucesso da Revista Abigraf não apenas como um leitor, mas também como um parceiro. Este é um dos veiculos mais importantes do segmento gráfico, que se preocupa em destacar a importância da excelência gráfica, além de trabalhar com contéudos ricos, que nos acrescentam conhecimento e novas experiências”. Vitor Dragone Diretor Executivo da Goss International Brasil

“Desde seu lançamento, a Revista Abigraf é uma referência para todos os profissionais que atuam no mercado gráfico. Tenho observado, ao longo de todos estes anos, a alta qualidade da informação publicada e o quanto ela auxilia os tomadores de decisão. Para nós é um orgulho assistir a este aniversário da revista, sobretudo pela nossa sólida parceria na realização da feira Office PaperBrasil Escolar, que no ano que vem completa 25 edições”. Wanira Salles Gerente de Negócios da Francal Feiras e Empreendimentos


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Colaborou Elisabete Pereira

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Em 2009 foram produzidos mais livros infanto juvenis do que obras da chamada literatura adulta. Esse é um mercado cada vez mais concorrido, no qual as editoras buscam diferenciar-se através da melhor combinação entre qualidade editorial e apuro na produção gráfica.

REVISTA ABIGR AF 35 Anos

Os novos leitores

U

m dos dados revelados pela pesquisa Produção e Vendas do Setor Edi­to­r ial Bra­si­lei­ro 2009 e que fez com que Rosely Bos­ chini, presidente da CBL, afirmasse que o futuro do livro está garantido foi o bom desempenho do segmento de livros infanto juvenis. Conta­ bilizando o total de exemplares produzidos, en­ tre pri­mei­ras edições e ree­di­ções, foram impres­ sos no Brasil no ano passado 28.704.739 livros infantis e 26.885.158 obras juvenis, perfazen­ do 55.589.897 exemplares, o que representa 14,39% do total de livros produzidos no País em 2009. Com isso, o segmento infanto juve­ nil fica atrás apenas dos livros didáticos, que re­ presentam 47,55% do total, superando as obras re­li­g io­sas, que têm participação de 11,05%, e a literatura adulta, com 5,44% (ver detalhamento da pesquisa na página 82). Um dos fatores decisivos para esse resul­ tado é a política de incentivo à lei­t u­ra adota­ da pelo governo federal. Como comenta Júlia Schwarcz, editora do selo Companhia das Le­ trinhas, o estabelecimento das compras do go­ verno re­vo­lu­cio­nou o mercado de literatura in­ fanto juvenil. “As compras são mui­to altas em

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comparação ao que se vende ao mercado e fa­ zem com que os selos infanto juvenis tenham um papel importante no balanço de uma edito­ ra”. Márcia Carvalho, diretora de Literatura da Salamandra, complementa: “Além de au­men­tar o número de bi­blio­te­cas públicas e do programa de compra de livros de literatura para bi­blio­te­ cas escolares, o PNBE, que agora é lei, o gover­ no desenvolve diversos programas e ações que valorizam a lei­tu­ra, despertando em crian­ças e jovens o interesse pelo livro”. Esse é um nicho de mercado, como observa Isabel Lopes Coe­l ho, editora de livros infanto juvenis da Cosac ­Naify, que tem crescido tanto em quantidade quanto em qualidade, po­si­cio­ nan­do-se como um segmento produtivo e ou­ sa­do. E a disputa pela conquista da crian­ça não termina com a escolha de uma boa história, en­ volvendo produção gráfica cada vez mais esme­ rada. “A principal preo­cu­pa­ção da Cosac ­Naify é dar a seus livros infantis o mesmo cui­da­do grá­ fico e edi­to­r ial que dispensa aos livros adultos. Sem contar a inovação gráfica, escolhemos tam­ bém os melhores tradutores, renomados escri­ tores para escrever textos de quarta capa etc. Nós não subestimamos os pequenos lei­to­res.


O mesmo se dá na questão gráfica: optamos por ilustradores di­fe­ren­cia­dos, os melhores pa­péis, impressão e acabamento. Esta é sem dúvida a marca da editora”. Na Companhia das Letrinhas, o enfoque está igualmente no con­teú­do e na forma: a fan­ tasia inventiva, o cui­d a­do pedagógico, o tex­ to gramatical e li­te­ra­r ia­men­te bem composto. A tudo isso se acrescenta o apuro gráfico: ilus­ trações que dialoguem com o texto e que con­ tem a sua parte da história, em projeto gráfico e formato pensados em conjunto. “É claro que os livros com botões sonoros ou dobraduras são mui­to atrativos para as crian­ças e também cha­ mam bastante atenção nas li­v ra­rias, porque são maio­res, mui­tas vezes em capa dura. Mas, de fato, nos concentramos na produção de boa li­ teratura e acreditamos que a fantasia das crian­ ças dia­lo­ga mui­to bem com o livro tra­d i­cio­nal”, diz Júlia Schwarcz. Brasil x China

Os livros-​­brinquedo, com pop-​­ups, música e ou­tros recursos es­pe­ciais, estão cada vez mais presentes no Brasil, porém compõem um ni­ cho, embora concorrido, ain­da pequeno quan­

do comparado a mercados externos, como afir­ ma Alysson Ri­bei­ro, diretor de Operações do Grupo SM, de origem espanhola. “Devido ao alto investimento que esse tipo de livro exige, no caso dos livros com pop-​­ups, fazemos coe­d i­ ções com editoras de ou­tros paí­ses”. Essas coe­ di­ções, bastante comuns, em mui­tos casos le­ vam a impressão dos livros para ou­tros paí­ses. “Temos gráficas no Brasil preparadas, mas o custo de importação é significativamente mais barato”, diz o diretor. Já Elisa Braga, diretora de produção da Companhia das Letras, ressente-se da falta de gráficas dedicadas à produção de livros com facas e dobraduras es­pe­ciais. “Só imprimimos fora do Brasil os livros de coe­d i­ção mun­d ial e os pop-​­ups, por não termos gráficas bra­si­lei­ras es­pe­c ia­l i­z a­d as nesse segmento. Todos os ou­ tros livros são impressos aqui, pois nosso pra­ zo de reim­pres­são mui­tas vezes é bem pequeno, por volta de cinco dias ­úteis. Porém, para livros pop-up, a China continua imbatível em termos de preço e qualidade”. O prazo de entrega é, aqui, questão deci­ siva. Para o Grupo SM, no Brasil desde 2004 produzindo con­teú­do didático e de literatura

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infantil e juvenil, preço é um fator fundamen­ tal, mas o tempo de entrega também é mui­to importante. “Os livros impressos no ex­te­r ior precisam de um planejamento ­maior, três me­ ses a mais, na média”. O grupo, segundo Alys­ son Ri­bei­ro, dá prio­r i­da­de à produção na­cio­nal. “Trabalhamos mui­to próximo dos fornecedo­ res bra­si­lei­ros para conseguir um bom custo/ benefício. Precisamos de um parque bra­si­lei­ro competitivo, mas sau­d á­vel. De nada adian­t a ter um excelente preço este semestre e no pró­ ximo não ter gráfica para imprimir porque elas fecharam as portas”. Além dos livros-​­brinquedo, a Salamandra, que faz parte da Editora Moderna, pertencen­ te ao Grupo Santillana, aposta na combinação de au­to­res e ilustradores consagrados. “Estamos trabalhando no projeto de exclusividade com a Ruth Rocha, que completou 40 anos de litera­ tura, o Pedro Ban­dei­ra e a Eva Furnari, cujos li­ vros con­ti­nuam sendo um grande sucesso en­ tre as crian­ças. Também lançamos um selo para jovens, o iD, totalmente voltado ao entreteni­ mento”, afirma Márcia Carvalho.

78

Fantasia

Na cesta da literatura como entretenimento podemos colocar os livros de temática fantás­ tica, repleta de vampiros e toda a sorte de cria­ tu­ras ex­t raor­d i­n á­r ias, gerando cam­peões de venda como a série Crepúsculo. A diretora de Literatura da Salamandra acredita que essa te­ mática con­ti­nua­rá em alta, ajudando a desper­ tar o interesse pela lei­tu­ra. “A fantasia cumpre um papel mui­to importante para o equilíbrio emo­cio­nal do ser humano. Não é à toa que foi por intermédio da fantasia que o ser humano encontrou as pri­mei­ras explicações para todas as coi­sas que o afli­g iam e que até hoje ela é um gênero literário mui­to importante”. Dolores Prades, gerente de Literatura Infan­ til e Juvenil do Grupo SM, comenta que a fanta­ sia, o terror e o suspense, a chamada literatura de evasão, sempre tiveram um grande público lei­tor entre os jovens adolescentes. “Existem clássicos que sobrevivem e são lidos por gera­ ções. A questão dos best-​­sellers é que, apesar de seguirem um modelo mui­to pou­co inovador, serem de qualidade literária no mínimo ques­ tionável e na ­maior parte das vezes profunda­ mente moralistas, se ­apoiam em lei­to­res com

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frá­geis históricos de lei­tu­ra e em fortes inves­ timentos de mar­ke­ting. São produtos des­car­ tá­veis que seguramente não sobrevivem sequer a uma geração, mas esse é o jogo do mercado”. Para a executiva, o ­maior desafio com relação ao público infanto juvenil é justamente identi­ ficar as suas expectativas, os seus dramas, as questões que mobilizam a sua atenção e interes­ se. “No caso do livro juvenil, descobrir a sua re­ levância é a grande questão. Se algum segmen­ to tem de se re­po­si­cio­nar, sem dúvida, é o do livro juvenil. Trata-se de uma longa discussão que deveria começar pela própria origem da li­ teratura juvenil e de sua relação es­trei­ta com a lei­tu­ra na escola. Vale aqui um destaque para as HQs e as novelas gráficas. Mui­ta coi­sa boa tem sido publicada nesses gêneros no Brasil”. E falando do público infanto juvenil, acos­ tumado desde cedo ao computador e à internet, não po­de­r ía­mos dei­x ar de abordar o livro digi­ tal. As quatro editoras consultadas não acre­ ditam na subs­ti­tui­ção de formatos. Apesar de ain­d a não ter lançado nenhum título infan­ til nesse formato, a Companhia das Letrinhas confirma o interesse pelo e-​­book. “É um merca­ do em expansão, mas acredito que serão pro­

80

dutos diferentes e que um não ex­c lui­rá o ou­tro. O livro digital, em minha opi­nião, aproxima-se mais de um jogo do que da literatura”, comenta Júlia Schwarcz. O diretor de Operações do Grupo SM crê que boa parte das editoras está se organizando para a produção de con­teú­do digital. “O livro di­ gital é uma oportunidade para novos mercados, mas um livro impresso sempre será um livro impresso. O toque, a qualidade de reprodução de uma ilustração, o prazer e a tranquilidade que somente o papel pro­por­cio­na no momen­ to da lei­tu­ra ain­da não podem ser transferidos para uma tela eletrônica”. A editora da Cosac ­Naify não vê o livro di­ gital como uma amea­ç a ao impresso, e sim como uma nova, e certa, possibilidade de lei­ tu­ra. “As crian­ças, que dominam os ­meios ele­ trônicos com mui­t o mais facilidade do que mui­tos adultos, certamente irão se interes­ sar pelos livros di­g i­tais. Por isso estamos nos aper­fei­çoan­do para mui­to em breve oferecer li­ vros nesse formato”. Por sua vez, a diretora de Literatura da Salamandra acrescenta: “O livro digital vai se tornar um novo meio, porém o mais importante é o con­teú­do, e não a forma”.

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Preço do livro cai em 2009

O

preço médio do livro vendido pelo setor produtivo ao mercado bra­si­ lei­ro re­c uou 3,56% em 2009, na comparação com o valor apurado no ano an­te­r ior, cain­do de R$ 11,52 para R$ 11,11. É o que mostra a pesquisa Produção e Vendas do Setor Edi­to­r ial Bra­si­lei­ro 2009, rea­l i­ za­d a pela Fundação Instituto de Pesqui­ sas Econômicas (Fipe) da Universidade de São Pau­lo, a pedido da Câmara Bra­si­lei­ra do Livro (CBL) e do Sindicato Na­cio­nal dos Editores de Livro (Snel). A redução de pre­ ços de venda das editoras para os ca­nais de co­mer­c ia­l i­z a­ç ão reflete o crescimen­ to do número de exemplares vendidos ao mercado, segundo a Fipe. Os resultados da pesquisa foram divulgados no dia 10 de agosto na CBL . O estudo, abrangendo 693 editoras, aponta que a produção total de livros do mercado edi­to­r ial bra­si­lei­ro teve um crescimento de 13,55% no ano passado (386,4 milhões de exemplares) na compa­ ração com o resultado de 2008 (340,3 mi­ lhões de unidades). Porém, como afirmou Sônia Jardim, presidente do Snel, o fatura­ mento das editoras mantém-​­se es­ta­cio­na­do há quatro anos. A re­cei­ta total do segmen­ to produtivo do mercado edi­to­r ial bra­si­lei­ ro cresceu 2,13% em 2009, na comparação com os números de 2008. No ano passado, o setor faturou R$ 3,376 bi­l hões, ante os R$ 3,306 bi­l hões do pe­r ío­do an­te­r ior. O número de unidades produzidas de li­ vros em pri­mei­ra edição — os lançamentos

— cresceu bem acima da média (18,72%) em 2009, em relação ao resultado de 2008. Do total dessas unidades, 154,5 milhões foram de livros em lançamento, contra 130,1 milhões no ano an­te­r ior. Já as ree­ di­ções representaram 231,9 milhões de exemplares, avanço de 10,34% sobre o nú­ mero de 2008 (210,2 milhões). Ao longo do ano passado, o setor edi­to­r ial produti­ vo vendeu efetivamente 370,9 milhões de exemplares aos ca­nais de co­mer­cia­li­za­ção do mercado (li­v ra­r ias, dis­tri­bui­do­res, ven­ da porta a porta etc.), au­men­to de 11,30% ante 2008 (333,3 milhões). A CBL espera números ain­da melhores em 2010, segundo Rosely Boschini, presi­ dente da entidade, uma vez que o resulta­ do do ano passado foi alcançado mesmo dian­te da crise econômica mun­d ial defla­ grada em setembro de 2008. “O au­men­to da produção reflete o bom momento vivi­ do pela economia e o esforço das editoras, visível na elevação do número de novos tí­ tulos”, comentou a dirigente da CBL . Para ela o futuro do livro está garantido, uma vez que o crescimento nos setores infan­ to juvenil e cien­tí­f i­co, técnico e pro­f is­sio­ nal (CTP) demonstra que as crian­ças e os jovens estão lendo mais. Preços mais baixos

O preço médio do livro vendido pelas edi­ toras aos ca­n ais de co­mer­c ia­l i­z a­ç ão vem cain­do desde 2004, como comentou Sô­ nia Jardim. Entre os dados revelados pela

faturamento e Exemplares totais por subsetor editorial – 2008 e 2009 Editoras

Faturamento (R$) Var. %

2008

2009

Var. %

1.765.774.390,77 1.728.900.231,40

– 2,09

181.090.695

207.427.143

14,54

Obras Gerais   744.297.405,81   815.851.712,55

9,61

77.373.043

81.280.194

5,05

Didáticos

2008

2009

Exemplares vendidos

Religiosos

323.458.645,25   323.193.630,89

– 0,08

50.534.235

53.510.214

5,89

CTP*

472.427.046,41   508.295.279,34

7,59

24.266.546

28.720.957

18,36

Total

3.305.957.488,24 3.376.240.854,19

2,13

333.264.519

370.938.509

11,30

82

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84

pesquisa, ela destacou o au­men­to no número de títulos de au­to­res na­cio­nais, que cresceu 4,94% de um ano para o ou­ tro (46.703 títulos), e a força do merca­ do infanto juvenil. Dividindo o total de exemplares produzidos no ano passado em temas, os didáticos con­t i­nuam em pri­mei­ro lugar, com 47,5% de participa­ ção. Em segundo lugar estão os re­li­g io­ sos, com 11,05%, seguidos pelos livros infantis, com 7,43%, literatura juvenil, com 6,96%, e literatura adulta, que re­ presenta 5,44% do total de exempla­ res produzidos. A pesquisa segmenta a produção em 24 áreas ­­ temáticas. Dentre os ca­n ais de co­mer­c ia­l i­z a­ ção dos livros produzidos no Brasil, as li­v ra­r ias con­t i­nuam à frente, mas per­ deram participação no ano passado. Em 2009 esses estabelecimentos recebe­ ram 97,1 milhões de unidades, o equiva­ lente a 42,44% do total de 228,7 milhões de livros vendidos pelo setor edi­to­r ial produtivo ao mercado (ficam de fora des­ se cálculo as unidades vendidas para o governo). No ano an­te­r ior, as li­v ra­r ias eram res­pon­sá­veis por 45,64% do total. O segundo m ­ aior canal de co­mer­cia­ li­za­ção, as dis­tri­bui­do­ras, também regis­ trou perda de participação, com 54,4 mi­ lhões de unidades, 23,78% do total. Já a venda porta a porta avançou, passando de 13,66% em 2008 para 16,64% no ano passado (com 38,1 milhões de unidades). Uma novidade na pesquisa deste ano foi a inclusão da venda direta na internet, referindo-​­se às li­v ra­r ias que a­ tuam ape­ nas no mundo vir­tual. De acordo com as informações levantadas, a participação desse canal é de 2,25%, dados não tão precisos, uma vez que vie­ram das edito­ ras e não das li­v ra­r ias. Para a próxima edição da pesquisa, pensa-​­se também em acompanhar o desempenho dos li­ vros di­g i­tais, ava­lian­do o impacto desse produto no mercado edi­to­r ial. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

Títulos Editados e Exemplares Produzidos Total em 1-ª edição e reedição – 2008 e 2009 Produção

Títulos 2008

2009

Exemplares Var. %

2008

2009

Var. %

1-ª Edição

19.174

22.027

14,88

130.109.195 154.471.507

18,72

Reedição

31.955

30.483

– 4,61

210.165.000 231.895.629

10,34

Total

51.129

52.509

2,70

340.274.195 386.367.136

13,55

produção por área temática Total de exemplares produzidos (1-ª edição + reedição) – 2009 temas

número

%

Educação Básica (didáticos)

183.723.605

47,55

Religião ¹

42.681.005

11,05

Literatura Infantil

28.704.739

7,43

Literatura Juvenil

26.885.158

6,96

Literatura Adulta

21.007.834

5,44

Autoajuda

12.828.914

3,32

Dicionários e Atlas Escolares

11.888.132

3,08

Línguas e Linguística ²

5.512.401

1,43

Direito

4.973.982

1,29

Economia, Administração e Negócios, Administração Pública ³

3.790.032

0,98

Ciências Humanas e Sociais

1.930.501

0,50

Medicina, Farmácia, Saúde Pública e Higiene

1.853.072

0,48

Educação e Pedagogia

1.292.381

0,33

Engenharia e Tecnologia

1.113.189

0,29

Psicologia e Filosofia

973.806

0,25

492.497

0,13

Matemática, Estatística, Lógica e Ciências Naturais

471.027

0,12

Turismo, Lazer e Gastronomia

294.176

0,08

Artes

245.628

0,06

Educação Física e Esportes

211.805

0,05

Agropecuária, Veterinária e Animais de Estimação

41.662

0,01

Arquitetura e Urbanismo

38.635

0,01

Informática, Computação e Programação

34.785

0,01

Outros

35.378.170

9,16

Total

386.367.136

100,00

Biografias 4

5

[1] inclui Esoterismo e Espiritualismo [2] inclui cursos de idiomas [3] inclui Finanças e Contabilidade [4] inclui Biologia, Bioquímica, Química, Física, Geologia e assemelhados [5] inclui Artes Plásticas, Teatro, Rádio e TV, Cinema, Dança, Fotografia, Quadrinhos, Grafite, Música e Museus Fonte: CBL, Snel e Fipe



Tânia Galluzzi

REVISTA ABIGR AF 35 Anos

Editoras brasileiras negociam US$ 550 mil em Frankfurt

D O Brasil levou 1.504 títulos, de 47 editoras, para a Feira do Livro de Frankfurt, a maior do gênero no mundo.

e acordo com dados divulgados pela Câmara Bra­si­lei­ra do Livro (CBL), as editoras bra­si­lei­ras que participaram do estande coletivo da entidade na 62ª- Fei­ra do Livro de Frankfurt venderam US$ 550 mil em di­rei­tos au­to­rais. Os prin­ci­pais compradores foram Estados Unidos e França, empatados em pri­mei­ro lugar, seguidos por Portugal, Rei­no Unido e Alemanha. A expectativa de ne­gó­cios para os próximos 12 meses é de mais US$ 289,7 mil. No total, 1.504 títulos de au­to­res bra­si­lei­ ros, de 47 editoras, foram apresentados no evento, que aconteceu de 6 a 10 de ou­t u­bro. A participação do País deu-se por meio do projeto Bra­z i­l ian Publishers, via­bi­l i­z a­do em convênio firmado pela Apex Brasil e a CBL . O projeto também conta com o ­apoio da parceria composta entre a Fundação Bi­blio­te­c a Na­c io­nal, a Imprensa Ofi­c ial do Estado de São Pau­lo e o Sindicato Na­c io­nal dos Editores de Livros. Foi divulgado pela direção do evento que o Brasil será o convidado de honra em 2013, fato que con­tri­bui­rá para am­pliar o interesse na aquisição de di­rei­tos au­to­r ais de obras na­c io­n ais. O país-​­tema deste ano foi a Argentina.

86 REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

Neste ano, 7.539 expositores de 111 paí­ses levaram seus produtos à Fei­ra do Livro de Frankfurt, que recebeu 279.325 visitantes, o que representou uma queda de 3,8% com relação à edição an­te­r ior. O número de visitantes com fins co­mer­c iais caiu 1,6%, mas a quantidade de expositores cresceu 2,9%. Quem esteve na fei­ra, como Sandra Rosalen, técnica gráfica es­pe­c ia­l is­t a em impressão offset e ex-​­coor­de­n a­do­ra técnica da ABTG, assistiu à convivência de estandes repletos de livros em papel com as mais recentes novidades referentes ao mundo da lei­t u­ra digital. Segundo ela, para as editoras que estavam na fei­ra a discussão do futuro do livro impresso não é prio­r i­t á­r ia, uma vez que vendem con­teú­dos e não livros em papel. Para eles, o livro digital é mais uma ferramenta de venda, que pode inclusive au­men­t ar o número de lei­to­res, em pequeno declínio até em paí­ses como a Alemanha, onde a produção ­anual é de meio bilhão de livros. Coexistência

Sandra Rosalen conversou com editores em nome das revistas Abigraf e Tecnologia Gráfica (veja


Tecnologia Gráfica nº- 75). Segundo Enrico Turrin, da Fe­de­ra­t ion of Eu­ro­pean Publishers, os números do mercado edi­ to­r ial digital caminham a passos lentos. “Na França o mercado digital representa algo em torno de 2,5% da re­cei­ta do setor edi­to­r ial, enquanto na Espanha não é mais do que 1%. A Alemanha também está com 1%, porém aqui o mercado está crescendo mais rápido”. Na visão de ­Heather Carswell, executiva de Mídia e Comunicação da Lonely Planet, famosa editora de ­g uias de via­gem, deve haver uma atenção diá­r ia sobre o mundo digital. A editora continua produzindo os ­g uias impressos, contudo disponibiliza também na internet con­teú­dos que podem ser bai­x a­dos. Esses con­teú­dos in­c luem mapas e dicas extras de via­gem conforme a necessidade do clien­te. Apesar da forte concorrência que esse tipo de publicação sofre na web,

através de centenas de ­g uias gra­tui­tos ou não, ela acredita que o produto impresso con­t i­nua­rá existindo. Eventos para lelos d iscutiram a questão do livro digital. Na palestra de Dominique Raccah, presidente da Sour­ ce­books, no seminário “­Tools of Change”, ficou claro que não serão viá­v eis livros di­g i­t ais a 99 centavos de dólar, como alguns pre­v eem. Raccah é contra a desvalorização do livro e a favor de uma análise cri­te­r io­s a com relação à redução de preço. A equação envolve principalmente a remuneração dos au­ to­res e tantas ou­t ras ferramentas ne­ ces­sá­r ias também no mundo digital. Ele afirmou: “se você pensa que tudo o que uma editora faz se resume a imprimir, então você tem um problema”. A valorização do con­teú­do, como foi apontado no Fórum In­ter­n a­c io­n al do Livro Digital, rea­l i­z a­do em agosto em

São Pau­lo, está no cerne dessa questão. “O formato não interessa mais, e sim o con­teú­do, porém monetizá-lo torna-se mais e mais complicado”, afirmou Mike Shatzikin, es­pe­c ia­l is­t a na área durante o evento na capital pau­lis­ta (leia matéria na Revista Abigraf nº- 249). Um dos pontos mais importantes re­ la­c io­n a­dos à co­mer­c ia­l i­z a­ç ão de livros di­g i­tais envolve o di­rei­to au­to­ral, tanto por parte dos compradores como por parte das editoras, como lembra Sandra Rosalen. Ela conversou com Dolores Manzano, da CBL , no estande das editoras bra­si­lei­ras durante o evento. “Eu acho interessante esse movimento das editoras bra­si­lei­ras em conhecer e entender o que é o livro digital para evitar problemas de pirataria, como hou­ve com a música. Eu acredito que o livro digital não vai cancelar ou anular de nenhuma forma o livro impresso”.

87 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010  REVISTA ABIGR AF


Tânia Galluzzi

REVISTA ABIGR AF 35 Anos

A reinvenção dos jornais

O mais tradicional veículo de comunicação recria-se, aposta na qualidade gráfica e conquista leitores em todas as classes sociais.

ela pri­mei­ra vez em 10 anos não ou­v i­mos ninguém dizer que o jornal vai acabar. Isso por si já é uma vitória, ain­d a mais somada ao clima de otimismo que dominou o evento”. A atmosfera vi­ven­cia­da por João Carlos Rosas, diretor de Mar­ke­ting do Grupo Estado, durante o 17 º‒ Congresso Mun­d ial de Editores, rea­li­za­do em Hamburgo (Alemanha) no início de ou­tu­bro, está em consonância com a recuperação vivida pelo segmento de jor­nais no Brasil. O setor fechou o pri­mei­ro semestre deste ano com crescimento de 2% na circulação média, segundo dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC). Foram 4.255.893 exemplares por dia, contra 4.178.204 no mesmo pe­r ío­do em 2009. Entretanto, a presença do meio no total de verbas pu­bli­ci­tá­r ias continua di­mi­nuin­do. De acordo com o Projeto Inter-​­­Meios, ini­cia­ti­va conjunta do jornal Meio & Mensagem e dos prin­ci­pais ­meios de comunicação, a mídia registrou crescimento de 7,84% nos cinco pri­mei­ro meses de 2010, enquanto o au­men­to médio do mercado foi de 27,25% no mesmo pe­r ío­do.

88 REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

A mudança de humor revelada na pesquisa apresentada em Hamburgo pela McKinsey, envolvendo 525 editores de jor­nais de todo o mundo, mostra que a mídia eletrônica dei­xou de ser vista como a grande vilã, ­ideia subs­ti­tuí­da pela crença na convergência das mí­d ias. Tanto lá fora quanto no Brasil as redações estão se rein­ven­tan­do. Por aqui, os bons resultados podem ser atri­buí­dos à remodelação de jor­ nais tra­di­cio­nais como O Estado de S. Pau­lo e Fo­ lha de S. Pau­lo, que apresentaram novos projetos gráficos em 2010 e redesenharam suas páginas na internet, a ascensão dos jor­nais populares e a expansão dos pe­r ió­d i­cos gra­tui­tos. De acordo com João Rosas, de ja­nei­ro a agosto de 2010 a circulação do Estadão cresceu cerca de 9%. Esse número é ain­da mais representativo se considerarmos que foi o único veí­ cu­lo, entre os 10 jor­nais de ­maior circulação do País, com va­r ia­ção positiva, à exceção do Super Notícia, que cresceu 0,85% no mesmo pe­r ío­ do. Esse acréscimo é atri­buí­do ao novo projeto gráfico, bem sucedido tanto em sua concepção quanto em sua divulgação. “Adotamos a estratégia de comunicar maciçamente a mudança, de


Leonardo Lara/O Tempo

Elcio Paraiso/O Tempo

Teodomiro Braga

Elcio Paraiso/O Tempo

fazer com que pri­mei­ro as pes­soas experimentassem, de­pois comprassem. Fizemos com que São Pau­lo in­tei­ra sou­bes­se que o jornal mudou”, comenta João Rosas. Em 14 de março, um domingo, quando o jornal circulou de cara nova, a tiragem bateu os 502.000 exemplares. A média diá­r ia é de 240.000 exemplares. “O interessante é que fizemos o lançamento sem a TV. Usamos todos os ­meios: dis­t ri­bui­ção de ma­te­r ial na rua, internet, e só 10 dias de­pois do produto novo lançado é que entramos com o co­mer­cial na TV.” A elevação na circulação tem sido sistemática e consistente ao longo desses sete meses. Em dezembro será rea­li­za­da uma pesquisa junto ao público lei­tor para ava­liar a acei­ta­ção do novo produto, con­c luin­do o projeto. A au­d iên­cia cresceu não só no papel, mas também na internet. O gerente de Mar­ke­ting diz que o número de visitantes únicos cresceu 60% de 2009 para cá. “Cada vez mais olhamos o negócio de ma­nei­ra atravessada, pensando no jornal impresso, na rádio (Eldorado), no jornal na internet e em tablets como o iPad. Nossa preo­cu­pa­ção é integrar o con­teú­do”. Nesse sentido, o processo de transformação continua. Nos próximos cinco anos, o Grupo Estado deve investir R$ 25 mi­l hões ao ano visando transformar o jornal num conglomerado muliplataforma. De acordo com João Rosas, ain­d a neste ano o acesso à versão digital do Estadão para iPad passará a ser cobrado, assim como o usuá­r io de internet paga a assinatura do jornal na web. “Não dá para não cobrar aquilo que a gente vende. Se fizermos isso, estaremos desvalorizando o produto”. O gerente explica que até ou­tu­bro eram vendidas cerca de 200 assinaturas di­g i­tais por mês, sem estratégia co­mer­cial. “Até agora não vendemos, somos comprados”. Desde novembro, unificada, a equipe de vendas, formada por 600 pro­f is­sio­nais,

está atrás da au­d iên­cia onde ela estiver. Hoje, 65% da re­cei­ta do Estadão vem da publicidade impressa, 25% da circulação (banca e assinaturas, sendo que 80% desse montante refere-se a assinaturas) e 5% de publicidade digital. “Acreditamos que nossa au­d iên­c ia deve con­t i­nuar crescendo nos próximos cinco anos, tanto na versão impressa quanto na digital”. A força dos populares

Entre os jor­nais populares, com preço de capa in­fe­r ior a R$ 1, o de ­maior circulação é o mi­nei­ ro Super Notícia, produzido pela Sempre Editora. Ele é hoje o periódico de ­maior circulação do País (306.739 exemplares em média em setembro de 2010), superando a Folha de S. Pau­lo (287.681 exemplares no mesmo pe­r ío­do). O Su­ per Notícia foi lançado em maio de 2002, mas só passou a ter suas vendas au­fe­r i­das pelo IVC em novembro de 2004, quando vendia menos NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010  REVISTA ABIGR AF

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REVISTA ABIGR AF 35 Anos

Jornais de maior circulação no brasil – setembro 2010 Publicação

UF

*Evolução

Tiragem

Ano %

Média

Super Notícia

MG

4,96

306.739

Folha de S. Paulo

SP

– 2,64

287.681

O Globo

RJ

5,63

269.112

O Estado de S. Paulo

SP

16,18

240.078

Extra

RJ

3,00

224.883

Zero Hora

RS

0,62

183.086

Correio do Povo

RS

1,10

157.716

Meia Hora

RJ

– 13,71

156.731

Diário Gaúcho

RS

3,96

150.260

10º

Aqui (Consolidado)

MG

3,16

123.179

Fonte: Instituto Verificador de Circulação, IVC. Jornais de circulação paga, filiados ao IVC * Evolução em relação ao mesmo mês do ano anterior do período final.

90

de sete mil jor­nais por dia. A partir dos últimos três re­la­tó­r ios do IVC, de julho, agosto e setembro, o Super aparece como o jornal mais vendido do País. O sucesso dos jor­n ais populares no Brasil está diretamente re­l a­c io­na­do ao au­men­to de renda do bra­si­lei­ro e ao surgimento de uma nova classe média nos últimos anos. Desde 2003, mais de 30 milhões de bra­si­lei­ros passaram a fazer parte da classe C. As vendas dos jor­nais populares, subiram de cerca de 500 mil exemplares por dia no início de 2004 para mais de 1,5 milhão por dia atual­men­te. “No início de 2004, apenas cinco jor­nais populares com circulação diá­r ia acima de cinco mil exemplares tinham suas vendas au­d i­ta­das pelo IVC. Hoje, são mais de 30”, afirma o jornalista Teo­do­mi­ ro Braga, diretor executivo da Sempre Editora, que produz também o jornal O Tempo e os se­m a­n á­r ios Pampulha, O Tempo Contagem e O Tempo Betim. O jornalista afirma que o sucesso do Super Notícia está re­la­cio­na­do a quatro fatores: projeto edi­to­r ial, sistema de dis­tri­bui­ção, promoções e preço. “Editado em formato ta­bloi­de, o Super é um jornal de lei­tu­ra fácil e agradável. A pri­mei­ ra página busca ­atrair a atenção do lei­tor com manchetes agressivas, enquanto em suas páginas internas o jornal dá ênfase a informações sobre serviços relevantes para o cidadão”. Já o esquema de dis­tri­bui­ção leva o jornal onde está REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

a população mais pobre, que não é alcançada pelas bancas tra­d i­cio­nais. “Isso foi possível com a utilização de expressivo número de vendedores ambulantes e por conta da cria­ção de uma rede de pontos de vendas ditos alternativos, como pa­da­rias, supermercados, pa­pe­la­rias e locadoras de filmes”, explica Teo­do­mi­ro Braga. As promoções são entendidas pelo diretor da Sempre Editora como parte es­sen­cial da fórmula do Super Notícia. Elas ajudam a fidelizar os lei­to­res ha­bi­tuais, além de ­atrair novos. As prin­ ci­pais promoções do jornal seguem o esquema “junte sete selos publicados no pe­r ió­d i­co, pague mais ‘x ­reais’ e compre um produto com desconto”. Só com a promoção dos livros de Pau­ lo Coe­l ho, rea­li­za­da em 2006, foram vendidos 260.746 exemplares de 12 títulos do au­tor. “Pagando R$ 6,75, o lei­tor levava para casa o jornal e um exemplar do livro da coleção. Nunca o Pau­lo Coe­l ho vendeu tanto livro em favelas”. Tedomiro Braga chega a creditar ao Super Notícia o au­men­to da lei­tu­ra em Minas Ge­rais. “Antes do Super, o Estado de Minas Ge­rais ocupava o 23 º‒ lugar em lei­tu­ra de jor­nais entre os 27 estados do Brasil, enquanto Belo Horizonte aparecia entre os últimos no ranking das ca­ pi­tais. Graças principalmente ao Super, Minas ocupa agora o 8 º‒ lugar em lei­t u­ra de jor­nais e Belo Horizonte aparece em segundo, atrás apenas de Porto Alegre”. Atual­men­te, o ­maior desafio da publicação, na opi­n ião de seu principal executivo, é não apenas manter como também au­men­t ar seu contingente de lei­to­res. Para tanto, adotou estratégia semelhante à trilhada pelo Estadão: fez uma reforma gráfica e edi­to­r ial, implementada no ano passado. A reforma visou aper­fei­çoar o con­teú­do edi­to­r ial e melhorar a parte gráfica. Para via­bi­l i­zar a nova expansão de vendas pretendida, a Sempre Editora acaba de inaugurar novo parque gráfico, acrescido de duas rotativas offset. O investimento ultrapassou os R$ 50 mi­l hões. 


BRASIL

A Goss Brasil parabeniza os vencedores da 20a Edição do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica – Fernando Pini

Goss Brasil - Alameda Tocantins, 75 sala 1610, CEP 06455-020 - Barueri, SP Tel: +55-11-4689-6550 Fax: +55-11-4689-6551

www.gossinternational.com


REVISTA ABIGR AF 35 Anos

Edições regionais

A qualidade gráfica também é uma das prin­ ci­pais ferramentas de conquista do lei­tor para o pri­mei­ro jornal de dis­tri­bui­ção gra­tui­ta e de grande circulação no Brasil, o Destak. Neste ano, a tiragem dis­tri­buí­d a em São Pau­lo passou a ser impressa em uma offset rotativa heat­ set objetivando au­men­t ar a receptividade do jornal, como afirma Fábio Santos, diretor edi­ to­r ial. Vale lembrar que seu principal concorrente, o Metro, desde seu lançamento, em 2008, tem como di­fe­ren­cial a qualidade de impressão alcançada por máquinas rotativas com forno. O Destak foi lançado em São Pau­lo em julho de 2006, seguindo o modelo original cria­do em Lisboa dois anos antes. Em julho de 2008, o jornal passou a ser dis­tri­buí­do no Rio de Ja­nei­ro e em maio de 2010 foi lançado também em Brasí-

Fábio Santos

Destak

SP

al.com.br www.destakjorn

Edição nº 21 · Ano

1

Quinta-feira 3 de agosto de 2006 ita Distribuição gratu Venda proibida

Santos Diretor: Fábio

ho. P.07 dro”,dizMarcelin

malan ians· “Jogadoré mulherde Bronca no Corinth

s ista de advogado v re a e st si re B A O SUMÁRIO

LIBERTADORES

São Paulo faz 3 a0 tra e ficaperto do te a dois jogos O São Paulo está onato na Lido tetracampe tricolor venbertadores. O do Chivas ceu os mexicanos , com gols de por 3 a 0 ontem

ro e Ricardo Leandro, Minei um jogo Oliveira, em mais se desio Ceni em que Rogér ao defentacou. Desta vez, 07 P. i. der um pênalt

BRAIN PIX

DIVULGAÇÃO

que os a Ordem insiste P: 03 s no sutiã, mas os. etes escondido ntes nos presídi ite que levava bilh horários fixos de visita aos clie adm PCC do Uma advogada istados e quer podem ser rev CAMPEÃ defensores não

GAZETA PRESS

CAIO GUIMARÃES

MULHER

Dicas de belas balzaquianas

ar (foto), Daniela Escob AlessanEliana e Flávia para quem dra dão dicas P. 20 tem mais de 30.

A mais sexy do cinema , li-

A GASTRONOMI

sopas Um roteiro de para curtir o frio

Alias

da série Jennifer Garner, atrizes mais dera a lista das dez deixando sexy de Hollywood, a Jolie. P. 16 para traz Angelin

raturas, Com as baixas tempe Deôla a Dona padarias como oferecem e Galeria dos Pães P. 09 bufês de sopas.

a o moral do time e pênalti e levant Rogério Ceni defend

TEATRO

am Bonecos encen Sesi Shakespeare no

25 DE MARÇO

Sem carros, ambulantes tomam rua

Fraus esA companhia Pia culo 100 tréia hoje o espetá Vila Shakespeare no Sesi P. 10 Leopoldina. De graça. SHOW

se Rapper De Leve apresenta no Sesc

canta seu O rapper carioca sto 1/2 novo disco, Manife P. 10 ia. 171, no Sesc Pompé

92

A P.12 ROTEIRO DE CINEM P.14 DE TV PROGRAMAÇÃO

do mundo, Melhor skatista Sandro Dias tentaa olimpíada dos esportes es, rnia. P. 08 ouro no X-Gam Califó na hoje ça radicais, que come

NAS ALTURAS. sua segunda medalha de

REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

25 de Março Lojistas da rua sta da precriticam a propo a circular feitura de proibi Para eles, s. ção de carro a medida com ganha quem . P. 02 são os ambulantes

MORTE NOS EUA

LEGISLAÇÃO

adores País também Sen aprovam fim exporta reeleição médico ilegal da ião plástiA prisão de cirurg ente nos co que agia ilegalm a classe méEUA preocupa , que teme ter dica no Brasil m compromesua boa image .P. 04 tida no exterior

Constituição A Comissão de o aprovou e Justiça do Senad ção. A reelei ontem o fim a tem de passar medida ainda do Senado e pelo plenário 05 P. pela Câmara.

lia. A tiragem média diá­r ia é de 150 mil exemplares na capital pau­lis­ta, 70 mil no Rio e 40 mil em Brasília, segundo Fábio Santos. “O jornal entrou rapidamente na vida de Brasília. O mercado publicitário, como é natural, é mais lento para responder, mas o desempenho tem sido melhor do que foi no início em São Pau­lo e no Rio, até porque já há uma história acumulada”, conta o diretor edi­to­r ial. Nas três cidades busca-se o mesmo público, entre as classes A, B e C, prio­r i­zan­do pontos de fluxo dessa população e a dis­tri­bui­ção para motoristas. “Entre as três edições, há páginas que são idênticas ou com apenas pequenas adaptações e ou­tras in­tei­ra­men­te lo­cais. Em geral, cerca de 40% do con­teú­do é local”. Nas palavras de Fábio Santos, o público na rua recebe mui­to bem o jornal. Evidentemente, há uma grande parcela de lei­to­res que não consome a publicação todos os dias, visto que, para recebê-la dia­r ia­men­te, a pessoa precisa passar no mesmo local mais ou menos no mesmo horário. “Tentamos ­criar alguma fidelização. Temos lei­to­res que escrevem ao jornal dizendo que leem o Destak quase todos os dias. Uma estratégia que usamos para isso é o site, que reproduz a edição do dia em HTML , PDF e Vir­t ual Paper e oferta ingressos de cinema, parques e ou­tras promoções”. O diretor edi­to­r ial admite que o site não oferece nada além do con­teú­do do jornal impresso, pelo menos por enquanto, o que limita sua atratividade para os in­ter­nau­ tas. Mesmo assim, a página recebe em média 12 mil visitantes por dia. O executivo sinaliza a possibilidade de lançamento do jornal em ou­tras praças. Se a economia con­ti­nuar apresentando números positivos, duas novas edições devem surgir em 2011. “Além disso, devemos consolidar o Radar, jornal quinzenal voltado ao público universitário e pré-​­universitário, que circula em São Pau­lo desde o ano passado. Podemos transformá-lo em semanal e levá-lo para o Rio”.



Tai­ná Ianone

REVISTA ABIGR AF 35 Anos

Revistas impulsio segmento gráfico D

Aumento de 13% no número de títulos do mercado editorial de revistas comprova que o setor está em franca expansão e aposta nas publicações segmentadas para crescer ainda mais.

esde a pri­mei­ra revista lan­ çada no Brasil, em 1812, este tipo de publicação já passou por aprimoramentos signifi­ cativos no con­teú­do e apresentação gráfica. Sem comparação com a pio­nei­ ra As Va­r ie­da­des ou En­s aios da Literatura, do tipógrafo portu­ guês Ma­noel da Silva Serva, as revistas hoje são repletas de in­ formações e cores, sendo pro­ duzidas com a utilização dos mais modernos recursos de im­ pressão e com papel de altíssi­ ma qualidade. A quantidade de títulos de revistas atual­men­te no Brasil ultrapassa a marca dos quatro Jairo Leal mil. Entre 2008 e 2009, o número de publica­ ções, in­c luin­do edições es­pe­ciais, au­men­tou de 3.195 para 4.432, uma expansão de 13%, atin­ gindo a impressão de cerca de 442 milhões de exemplares no último ano. Os dados da Aner (As­so­cia­ção Na­cio­nal de Editores de Revistas) demonstram que o se­ tor vive um momento de aquecimento. O mer­ cado já descobriu que, para se manter vivo, o

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pri­mei­ro passo é com­preen­der e atender às ne­ cessidades dos lei­to­res — uma trajetória que caminha cada vez mais para a segmentação. Neste sentido tem crescido a diversidade de títulos, dirigidos aos mais distintos tipos de público, dentre os ­quais se so­ bres­saem os adolescentes — ni­ cho que apresentou au­men­to de 27,3% no pri­mei­ro semestre de 2010 –, a decoração, os temas fe­ mininos e o esporte, além de pu­ blicações ge­rais, di­re­cio­na­das às classes C e D. Na opi­nião de Jai­ ro Leal, presidente executivo da Abril Media, durante o IV Fó­ rum Aner, o segmento acompa­ nhará a expansão do País e até 2020 serão cerca de 200 novos títulos. “Comparado aos Estados Unidos, o Bra­ sil pode dobrar o tamanho de seu comércio de revistas”, acrescenta Jai­ro. Roberto Civita, presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, também está otimista sobre o destino das publicações. “Es­ tou con­f ian­te com o futuro de nossa atividade e com inveja das novas gerações, que têm esse enorme desafio pela frente”.


nam e editorial Assunto certo

Para Civita o sucesso de uma publicação seg­ mentada está em ser precisa na definição do público. “Fazer revista sempre foi uma mistura de técnica, artesanato, dedicação, prazer e di­ vertimento”. Em busca da iden­ tificação do público certo, as edi­ ções vêm se tornando cada vez mais di­re­c io­n a­d as. A segmen­ tação, na opi­n ião de Roberto Muy­l aert, presidente da Aner, é um reflexo natural do merca­ do. “Existe um leque crescen­ te de oportunidades e o objeti­ vo é atender a todos os nichos. À medida que esses se dividem, os editores procuram lançar re­ vistas onde não existia produto, Roberto Civita mas há demanda”. Segundo Pedro Renato Eckersdorff, presi­ dente da Anatec (As­so­cia­ção Na­cio­nal dos Edi­ tores de Publicações), as publicações setorizadas são uma tendência mun­d ial, que culminará na redução da tiragem e no au­men­to do número de títulos. “A segmentação está indo ao encon­ tro do lei­tor, pois consegue identificar e trazer exatamente o que ele quer”.

Em contrapartida, entre os títulos de abran­ gência geral, como Veja e Época, deverá prevale­ cer uma consolidação dos já existentes, ao invés de surgirem novos, avalia o presidente da Aner. Um dos motivos é o alto custo para a produção deste tipo de con­teú­do. Em comparação com o mer­ cado externo, Eckers­dorff reve­ la que o País tem muito a crescer e diversos temas a serem desen­ volvidos e subdivididos. “A re­ vista Minha Casa é um exemplo, pois atendeu a necessidade dos novos casais”, acrescenta Muyla­ ert. A publicação, lançada em maio de 2010 pela Editora Abril, já na segunda edição precisou aumentar a tiragem em 10 mil exemplares, passando para 250 mil. Impresso e digital: grandes aliados

No início resistentes às mí­d ias eletrônicas, as editoras revisaram sua postura e agora veem os tablets (equipamentos por­tá­teis similares a computadores) e a internet como alia­dos que devem ­atuar junto com as edições impressas.

95 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010  REVISTA ABIGR AF


REVISTA ABIGR AF 35 Anos

tivos da era digital. Segundo Muy­laert e Eckersdorff com­ ele, algumas empresas tiveram partilham da mesma opi­nião de cerca de 30% das assinaturas que a revista impressa não ter­ vendidas pela internet. minará devido à chegada das mí­ dias di­g i­tais. Eles ressaltam que, assim como a televisão não colo­ No exterior cou um fim no cinema e no rádio, Informações da Federação In­ o mesmo ocorrerá com as publi­ Roberto Muylaert ter­na­cio­nal da Imprensa Pe­r ió­ cações em papel. “As editoras des­ di­ca (Fipp, na sigla em francês) cobriram que o meio digital pode revelam que, em 2010, as revis­ ser alia­do e não inimigo”, afirma tas in­ter­n a­c io­n ais li­cen­c ia­d as Muy­l aert. Eckersdorff ressalta até a pri­mei­ra semana de setem­ que o meio digital não pode ape­ bro totalizaram 66 títulos, con­ nas reproduzir as ma­té­r ias vei­cu­ tra 57 no mesmo pe­r ío­do do ano la­das na versão impressa, devendo an­te­r ior. Eckersdorff revela que utilizar os di­fe­ren­ciais da tecno­ a estratégia bra­si­lei­ra de buscar logia, como as possibilidades de no ex­te­r ior publicações para re­ entrevista ao vivo, por exemplo. produzi-​­l as aqui está mudan­ do, pois o País começa a expor­ De acordo com o norte-​ tar seus pró­prios títulos. “Temos ­a mericano John Wilpers, con­ uma indústria edi­to­r ial e produ­ sultor da In­n o­v a­t ion Media Pedro Renato Eckersdorff tos gráficos excelentes, que não ficam devendo Consulting, que também participou do Fó­ nada para o resto do mundo”. rum da Aner, as publicações do século XXI de­ Um exemplo é a revista Trip, da Trip Edito­ vem seguir algumas diretrizes, como senso de ra. A versão in­ter­na­cio­nal ini­ciou sua circula­ humor, capas em 3D, branding em 360° e con­ ção em cidades da Alemanha, Áustria, Suí­ça e teú­do free­mium — um novo modelo de ne­gó­cios Luxemburgo em setembro último. A publica­ que oferece con­teú­do adi­c io­nal via internet. ção, com tiragem ini­cial de 100 mil exemplares, “É preciso apro­vei­tar as novas tec­no­lo­g ias para permaneceu com o projeto gráfico e edi­to­r ial se aproximar dos lei­to­res”, diz Wilpers. cria­do por Pau­lo Lima há 24 anos. O con­teú­do Para Eckersdorff, o editor que optar por fi­ será composto por 45% de versões das ma­té­r ias car só no papel terá dificuldade de permanecer produzidas para o lei­tor bra­si­lei­ro e o restante no mercado. E o con­teú­do que estiver apenas no com pau­tas desenvolvidas aqui, mas adaptadas digital poderá desaparecer rapidamente porque à rea­li­da­de eu­ro­peia. a era digital é de fácil subs­ti­tui­ção. “O segredo A ne­go­cia­ção, ini­cia­d a pelo editor alemão está em unir as duas forças, agregar o digital e o Thomas Garms — representante do título na impresso”, afirma o presidente da Anatec. Alemanha —, surgiu de­pois que ele viu a Trip Muy­l aert informou também que mui­ tas editoras já têm sentido os reflexos posi­ nas bancas. De acordo com o editor Pau­lo Lima,

96 REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010


País

Suécia

as publicações masculinas na Europa estavam estagnadas, pois o modelo adotado parou na década de 1980, enquanto o comportamento masculino mudou mui­to nos últimos anos. Primeira classe

Um novo segmento de revista que tem surgido em números representativos é o di­re­cio­na­do à classe A. O nicho que teve como precurssora a Vogue, lançada no Brasil há 35 anos pela Carta Edi­to­r ial (agora editada pela Globo Condé Nast) tem entre os títulos dis­po­ní­veis dois recentes lançamentos da Abril: Lola Magazine e Alfa, voltadas para os públicos feminino e masculino, respectivamente. A Lola, elaborada para mulheres aci­ ma de 30 anos, aborda mensalmente as­ suntos diversos, que vão desde os tra­di­ cio­nais edi­to­r iais de moda às ma­té­r ias sobre comportamento, via­gem, car­rei­ ra e re­la­cio­na­men­to. Voltada para ho­ mens com mais de 35 anos, a Alfa ino­ va e, ao invés de mulheres na capa, traz personalidades do universo masculino. O con­teú­do edi­to­r ial apresenta ma­té­ rias re­la­cio­na­das a moda, car­rei­ra, car­ ros e saú­de. Com tiragem de 200 mil exemplares, a publicação pretende al­ cançar os homens maduros que leem ou­t ros títulos da Abril, como Playboy, Vip e Men’s ­Health.

Consumo per capita

Taxa de escolaridade

38,9

99,0%

Holanda

37,6

99,0%

França

30,4

99,0%

Japão

29,1

99,0%

Canadáw

19,9

99,0%

Reino Unido

19,6

99,0%

Espanha

9,0

97,9%

Argentina

2,6

97,2%

Brasil

2,2

88,6%

África do Sul

2,1

88,6%

Estados Unidos

1,1

99,0%

Fonte: World Magazine Trends – 2009/2010

Consumo per capita de revistas no mundo (por ano)

Eventos

Prova do crescimento do mercado edi­ to­r ial de revistas no Brasil foi a rea­l i­ za­ção, em setembro, do IV Fórum Aner e do 10 º‒ Worldwide Magazine Market­ place (WMM), ambos na cidade de São Pau­lo. O fórum, promovido com foco no tema “Inovação em revistas”, reu­ niu pro­f is­sio­n ais que discutiram so­ bre o futuro dessas publicações e as novidades no setor. Organizado pela pri­mei­r a vez no Brasil, o Worldwide Magazine Marketplace contou, segundo a Aner, com a presença de aproximadamente 350 exe­ cutivos do ex­te­r ior em busca de novos ne­gó­c ios. “Esse evento foi o pri­mei­ro contato do Brasil com as empresas es­ tran­gei­ras. A participação de mais de 400 pes­soas discutindo sobre o assun­ to já mostra a força das revistas no País”, revela Roberto Muy­laert.

97 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010  REVISTA ABIGR AF


Angela Fer­rei­ra e Tai­ná Ianone

REVISTA ABIGR AF 35 Anos

Embalagens amigas da natureza

N

Exigências de um novo perfil de consumidores fazem empresas investirem em produtos que empregam materiais menos agressivos ao meio ambiente e geram menos impactos.

98

ecessária à manutenção da de energia e transporte com bai­x a emissão de vida no planeta, a sustenta­ GEEs, além da inserção das empresas em ações bilidade é um tema cada vez de responsabilidade so­cial”, afirma o consultor mais presente no discurso em­ Rogério R. Ruschel, da Ruschel & As­so­cia­dos – pre­sa­r ial. Tal discurso tem pau­ta­do também as Ne­gó­cios e Sustentabilidade. ten­dên­cias de consumo, refletindo-se em um avanço na procura por itens que tenham tal ape­ Orgânico lo. Mais do que produtos, a so­cie­da­de passou a A agência Spice Design já rea­l i­z ou diversos valorizar embalagens am­bien­t al­men­te corre­ projetos com este foco, dentre eles o do Toddy tas, atentando-se também a todos Orgânico, produto escolhido pela os aspectos que per­meiam a ca­deia Pepsico para ser o pri­mei­ro a car­ de fabricação, desde a origem das regar a ban­dei­ra da sustentabili­ ma­té­r ias-​­primas e o descarte cor­ dade. A bebida foi idea­l i­za­d a para reto dos invólucros e re­c i­pien­tes atingir este objetivo, desde a maté­ até a política de responsabilidade ria-​­prima até o rótulo. A proposta so­cial das empresas. se ba­seia no compromisso da com­ “A onda so­c ioam­bien­t al espa­ panhia, cujo lema é “por um ama­ lha-se por toda a economia e está nhã melhor que hoje”, buscando presente nas lojas, fei­ras livres e inovar no desenvolvimento de pro­ Daniella Lima no comércio eletrônico e é vista dutos con­ve­n ien­tes, saborosos e na diversificação dos selos e certificações que divertidos, gerando be­ne­f í­cios am­bien­tais, so­ atestam a origem correta de produtos de todos ciais e econômicos. Segundo Da­niel­la Lima, di­ os tipos. Artigos sus­ten­t á­veis exigem emba­ retora de atendimento da agência, neste caso a lagens que acompanhem este con­cei­to, o que, estratégia foi utilizar no rótulo ícones, instru­ por consequência, demanda serviços gráficos ções e grafismos mostrando o ciclo do produto mais sus­ten­tá­veis, com papel certificado e reci­ e o porquê de ele ser sustentável, além de apre­ clado, tintas e insumos menos agressivos, pro­ sentar ­quais ou­tras atitudes podem ser adota­ cessos produtivos com menor perda de água e das em prol de um mundo mais ecologicamente correto. O rótulo do achocolatado é certifi­ cado pelo FSC Brasil (Conselho Bra­si­lei­ro de Manejo Florestal) e fei­to par­cial­men­te de pa­ péis coletados pelos pró­prios fun­cio­ná­r ios nos es­cri­tó­r ios da companhia. Na forma, a Spice Design valorizou infor­ mações sobre o cultivo e os di­fe­ren­ciais dos in­ gre­d ien­tes orgânicos, bem como dicas de ati­ tudes sus­ten­t á­veis, cons­c ien­t i­z an­do sobre o processo de reciclagem e selos de certificação. “Parte importante no design gráfico de uma embalagem é seu papel de propagadora de in­ formações. O mercado vive um novo momen­ to, no qual se valoriza não somente a aparên­ cia, mas também o po­si­cio­na­men­to de artigos

REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010


e empresas que estejam de acordo com suas convicções e filosofia de vida. O produto não apenas tem cara, mas coração, ou seja, assume uma postura frente ao mundo e às pes­soas por meio da sustentabilidade e da responsabilidade so­cial”, diz Da­niel­la. Para Rogério Ruschel, “cedo ou tarde este comportamento vai afetar profundamente os serviços gráficos”. Na verdade, afetam desde já, pois, para que as embalagens atendam tal de­ manda, mui­tas vezes fazem-se ne­ces­sá­r ias al­ terações na linha de produção, desenvolvimen­

to de novos ma­te­r iais e adaptações para fins de armazenamento. A pri­mei­ra grande tendência é que as emba­ lagens de papel, papel-​­cartão e papelão am­pliem sua participação na totalidade dos recipientes

99 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010  REVISTA ABIGR AF


REVISTA ABIGR AF 35 Anos

desenvolvidos no Brasil, graças às suas carac­ terísticas de alta reciclabilidade. As mudanças também já ocorrem no design, como um di­re­cio­na­men­to marcante, mas sem pre­juí­zo às suas funções pri­mor­d iais de con­ servar e au­x i­l iar na venda dos produtos. Da­ niel­la Lima aponta como principal escopo da atividade a elaboração de uma estrutura que empregue ma­te­r iais reciclados ou re­ci­c lá­veis, bem como a menor quantidade de matéria-​ ­prima, em modelos mais compactos e bio­de­ gra­dá­veis. No entanto, o principal desafio até o momento, segundo a diretora da Spice De­ sign, é representado pelo custo. E a exigência de um investimento ­m aior para a fabricação não encontra ain­d a um ponto de compensa­ ção. Um ganho que pode talvez ser considera­ do é o de logística. “Alguns projetos consideram que uma embalagem menor resulta em um me­ lhor apro­vei­ta­men­to do espaço no transporte e na armazenagem dos produtos. Quan­to aos ma­te­r iais de impressão, porém, o preço ain­da não é uma vantagem”, diz Da­niel­la. Descartável

100

De acordo com Ju­l ia­na Marra, gerente de as­ suntos so­cioam­bien­tais da Unilever, além da otimização dos recursos utilizados nas em­ balagens, resultando em di­mi­nui­ção da gera­ ção de re­sí­duos na produção, o design au­x i­l ia na sustentabilidade, uma vez que pode trazer REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

me­l ho­r ias na paletização e, por consequência, um transporte mais eficaz. Para a gerente tam­ bém é necessário levar em conta o descarte, a fim de que o apelo desejado seja válido. “O de­ senvolvimento deve levar em consideração o uso de simbologia de reciclagem e a facilidade de separação das partes que podem ou não ser reu­ti­l i­za­das”. Ela revela que a Unilever preten­ de, por um lado, dobrar o volume de seus ne­gó­ cios e, por ou­tro, cortar pela metade o impac­ to am­bien­tal. Para atingir esta meta, durante o processo de desenvolvimento os itens pas­ sam por uma análise mi­nu­c io­s a, que avalia inclusive a embalagem. “Já otimizamos mui­ to nossas embalagens e estamos empenhados em fazer ain­da mais”, adian­ta Ju­l ia­na, citando como exemplo a rees­tru­tu­ra­ção da embalagem do sabão em pó Omo Mul­tia­ção, cujo formato horizontal pro­por­cio­nou uma redução de 10% dos recursos na­tu­rais utilizados e de 33% dos impactos am­bien­tais da fabricação. Econômico

O res­pei­to ao meio am­bien­te é uma das prin­ci­ pais preo­cu­pa­ções da Natura também. Em 1983, a empresa foi pio­nei­ra entre os fabricantes bra­ sileiros de cosméticos no desenvolvimento de produtos com refis. Vinte e três anos de­pois a empresa lançou sua pri­mei­ra linha de ma­quia­ gem com refil, a Natura Diversa. Foram dois anos e meio de pesquisas para encontrar um modelo que permitisse a troca prática e diá­ ria, possibilitando às consumidoras diversas opções de cores em refis e apenas uma emba­ lagem. A diferença em termos do impacto am­ bien­tal é significativa: além de ser uma opção mais econômica, o refil consome, em média, 30% menos recursos na­tu­rais. Para a Natura, a embalagem é parte da es­ tratégia de mar­ke­ting. Ma­te­r iais atraen­tes e de menor impacto com um belo design são fun­da­ men­tais para despertar o interesse do consumi­ dor. A empresa informa que, por isso mesmo, 


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B O B S T G R O U P . C O M


REVISTA ABIGR AF 35 Anos

a pesquisa de novas soluções para reduzir a quantidade de ma­te­r ial utilizado nos invólu­ cros é uma constante. Reciclável

102

trial) para as linhas de chás orgânicos, cama, mesa e banho, sabonete em barra, barrinhas de ce­real orgânicas e uva-​­passa. Em 2010, a ação estendeu-se ao plástico, aço, alumínio e vidro, assim como para ou­tras linhas de produtos.

O grupo Pão de Açúcar também incentiva a sus­ tentabilidade junto aos clien­tes, por meio dos De vilãs a amigas programas de reciclagem pré- e pós-​­consumo. “Nas questões am­bien­tais, nas ­quais a emba­ O Cai­xa Verde, lançado em março de 2008, lagem tem sido tão atacada, é preciso lembrar teve grande adesão dos clien­tes, que passaram que o Brasil já alcança índices bastante altos na a depositar as embalagens em urnas instala­ reciclagem de alguns tipos de invólucros e que das nos cai­xas das lojas. A ação de produz papel a partir de florestas descarte pré-​­consumo visa mul­ 100% cultivadas. Além de não pre­ tiplicar os con­cei­tos de consumo judicar o meio am­bien­te, isso ain­da cons­cien­te na comunidade e pos­ contribui para a geração de créditos sibilita que a reciclagem seja fei­ta de carbono”, comenta Fábio Mestri­ antes de o consumidor levar o pa­ ner, professor coor­de­na­dor do Nú­ pel ou plástico que embala as mer­ cleo de Estudos da Embalagem da ca­do­r ias para casa. Foram arreca­ ESPM (Escola Su­pe­r ior de Propa­ dadas mais de 780 mil embalagens ganda e Mar­ke­ting), do Comitê de (papel, plástico, latas de alumínio Estudos Estratégicos da Abre (As­ Rogério Ruschel e vidros) até junho de 2010, sendo so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Embalagem) que aproximadamente 400 mil itens foram co­ e au­tor dos livros Design de Embalagem – Curso letados somente nos seis pri­mei­ros meses des­ Avançado e Gestão Estratégica de Embalagem. te ano. O projeto, que começou com apenas seis Para Mestriner, uma visão equivocada, que unidades, está presente hoje em 52 lojas do gru­ considera a embalagem uma vilã do meio am­ po (40 supermercados Pão de Açúcar e 12 Ex­ bien­te, está mui­to distante da rea­li­da­de e é fru­ tra). A gestão sustentável também pode ser vis­ to da desinformação e, algumas vezes, até de ta na área de marcas exclusivas do Grupo Pão má-fé. “Os bra­si­lei­ros precisam saber da impor­ de Açúcar. A Taeq, voltada para o segmento de tância econômica e so­cial da embalagem para bem-​­estar, desenvolveu um programa de logís­ o desenvolvimento do País e de sua con­tri­bui­ tica reversa que envolve vá­r ios agentes da ca­ ção para a melhoria da qualidade de vida de al­ deia de valor. Com esta ação, a empresa reu­ti­li­za guns grupos so­ciais”, diz. “A reciclagem de em­ as embalagens de papel dei­x a­d as pelos clien­ balagens é uma atividade so­cioam­bien­tal que tes nas estações de reciclagem para a confecção contribui não só para a redução do impacto dos de novos invólucros. produtos no meio am­bien­te. Ela atua hoje como Ini­cial­men­te, a ação era rea­li­za­da com ma­ fonte de trabalho e renda para mais de meio mi­ te­r ial cartonado, utilizando insumos pro­ve­ lhão de bra­si­lei­ros que não têm qualificação nien­tes de aparas de papel (50% de ma­te­r ial de pro­f is­sio­nal e tiram deste trabalho o sustento embalagens re­ci­clá­veis e 50% de resíduo in­dus­ de suas fa­mí­lias”, complementa. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010


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Clarissa Domingues

REVISTA ABIGR AF 35 Anos

Mídias Cruzadas Quem nunca teve dúvidas sobre qual mídia é mais adequada ao seu anúncio? Em um cenário no qual a criação de novos canais de comunicação acontece com uma velocidade impressionante, fica cada vez mais difícil saber onde é melhor investir para obter o melhor retorno. Assim, quem ganha espaço cada vez maior é o chamado crossmídia.

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e esta indagação sobre qual a mídia ­ideal para promover um produto sempre existiu, a ten­ dência de crescimento do cha­ mado crossmedia (ou crossmídia) chega para colocar novos in­g re­d ien­tes no mundo do mar­ ke­ting e da publicidade. Em um momento no qual os públicos-​­a lvo se apresentam cada vez mais segmentados, a estratégia de cruzar ou integrar mí­d ias ajuda — e mui­to — a fazer com que a mensagem publicitária chegue não ape­ nas a um ­maior número de pes­soas, como tam­ bém seja per­fei­ta­men­te adequada a cada grupo so­cial. O con­cei­to de crossmídia tem como um de seus “pais” Henry Jenkins, professor de co­ municação da Universidade de Atlanta (Estados Unidos). Em linhas simples, trata-se da dis­tri­ bui­ção de serviços, produtos e comunicações em geral por meio de diferentes mí­d ias. É verdade que, nos dias de hoje, existe uma grande diversidade de ca­nais de vei­cu­la­ção de uma notícia ou de um anúncio. A essência, po­ rém, continua a mesma: este con­teú­do informa­ tivo somente pode ser vei­cu­la­do no papel ou no meio eletrônico. O que mudou de verdade nos tra­di­cio­nais ­meios de comunicação — impresso, rádio, televisão e até mesmo a internet — foi a

Dalton Viesti

REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

possibilidade de multiplicação destes mesmos ca­nais, de tal modo que seria mais adequado chamá-​­los de “plataformas de dis­tri­bui­ção de con­teú­dos”. Outro aspecto que amplifica esta diversificação é a possibilidade de “cruzar” ou “entrecruzar” as mí­d ias. Este cruzamento é o que permite atender a públicos diversificados, ávidos por informa­ ções e entretenimento. Não é nenhuma novi­ dade que todos estes ­meios sempre foram utili­ zados como ca­nais de publicidade, porém, com o advento da internet e das mí­d ias di­g i­tais, os consumidores, até então passivos, ganharam li­ berdade de expressão, obrigando a uma adapta­ ção generalizada por parte daqueles que querem ganhar a con­f ian­ça do público e, claro, vender o seu produto. Valendo-se das es­tra­té­g ias de crossmídia, os pro­fis­sio­nais da publicidade apro­vei­tam para colocar suas ­ideias em diferentes plataformas, mui­tas vezes de modo paralelo e simultâneo. O encarte que sai nos jor­nais remete às ofer­ tas nos pontos de venda, mas também conduz o consumidor ao site do anun­cian­te, onde ele se depara com as ofertas expostas e colocadas à venda. O e-​­commerce chegou às grandes redes e tem multiplicado por milhões de computadores

Grasiela Scalioni


a oferta e a possibilidade de compra dos produ­ tos. Cada dispositivo de comunicação tem sua capacidade de comunicar sua linguagem espe­ cífica. Estabelecer pontos de contato com o con­ sumidor por meio de diferentes veí­cu­los e con­ seguir que estes venham a convergir entre si é desejo crescente entre os anun­cian­tes. De acordo com o coor­de­na­dor de gra­dua­ção da Trevisan Escola de Ne­gó­cios, Dalton Vies­ti, as empresas bra­si­lei­ras estão utilizando a cros­ smídia apenas nos 360 g­ raus que abrangem to­ dos os ­meios de comunicação, online ou offline, mas ele ain­da não acha que estas organizações contem uma mesma história em diferentes lin­ guagens para cada mídia — o perfil ­ideal da es­ tratégia “cruzada”. “A história tem coe­rên­cia, mas a linguagem não está real­men­te adaptada a cada meio de comunicação e não há uma complemen­ taridade”, afirma. Na visão de Vies­ti, o anúncio fei­to, por exemplo, no rádio deveria complemen­ tar o da televisão, e não transmitir a mesma mensagem, como acontece. Para ele, as grandes empresas utilizam o con­cei­to com mais desen­ voltura, enquanto os micro e pequenos ne­gó­cios ain­da não com­preen­de­ram o po­ten­cial das mí­ dias eletrônicas e das chamadas redes so­ciais (Fa­ce­book, Orkut e Twitter, entre ou­tros).

Crossmídia em ação

A gerente de atendimento da rede varejista Ri­ cardo Eletro, Gra­sie­l a Sca­l io­n i, da Pro Brasil Propaganda, revela que é uma das que já utili­ zam o crossmídia na divulgação da loja. “Em ge­ ral, produzimos panfletos com ações e ofertas es­pe­ciais para dis­t ri­bui­ções em pontos estra­ tégicos, como entradas de shoppings e re­g iões próximas, além de fazer ‘boca de urna’ nas pro­ ximidades das lojas para ­atrair consumidores e ações de combate à concorrência com panfletos de pesquisa de preço na re­g ião”. A publicitária explica que esses ma­te­r iais são utilizados principalmente aos sábados e em pe­r ío­dos sa­zo­nais, como Dia das Mães, Dia dos Pais e Natal, dentre ou­tras datas comemo­ rativas importantes, pois a probabilidade de compra do consumidor é ­maior e a efetividade dessas ações fica mais evidente. Além desses ma­te­riais, a empresa encarta “folhetões” em jor­ nais duas vezes por mês e distribui uma média de 435 mil ta­bloi­des men­sais com as linhas de ofertas por todas as lojas do País. “Enquanto os panfletos são ma­te­r iais importantes para ­criar oportunidades de venda ime­d ia­ta nas proximi­ dades das lojas, os encartes e ta­bloi­des desper­ tam o interesse naqueles que pesquisam ofer­ tas de todo o tipo, colocando a varejista como uma oportunidade de venda futura”. Gra­sie­la acredita que a estratégia de cross­ mídia ain­da tem mui­to a evo­luir, principalmen­ te no universo online, mas, no caso da Ricardo Eletro, o somatório de todas as ações de mídia impressa, eletrônica, e de combate à concorrên­ cia são fun­da­men­tais para “dar à rede a força de que ela precisa”. Mix integrado

Fernando Piccinini Jr.

Outro bom exemplo de aplicação de crossmí­ dia foi empregado durante a expansão do an­ tigo ABC Plaza Shopping, em Santo André, na re­g ião metropolitana de São Pau­lo. De acordo com Fernando Piccinini Jr, vice-​­presidente de NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010  REVISTA ABIGR AF

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REVISTA ABIGR AF 35 Anos

comunicação da RinoCom, agência que aten­ de a organização, o shopping teve uma mu­ dança significativa quando anun­c iou que passaria a se chamar Gran Plaza e a comu­ nicação foi, sem dúvida, a grande porta-​­voz dessas mudanças. Com uma campanha ins­t i­t u­cio­nal an­ corada no novo nome, foram apro­vei­ta­d as datas pro­mo­c io­n ais como Dia das Mães, Namorados, Pais, Crian­ças e Natal. “O cros­ smídia é uma estratégia básica para o êxito da campanha. A integração das mensagens vei­c u­l a­d as em mídia eletrônica, ex­te­r ior, impressa e online é utilizada em 100%”, explica Piccinini. O publicitário também revela que a mí­ dia ex­te­r ior integrada aos jor­n ais é a que tem demonstrado os melhores resultados. “Por se tratar de um shopping referência na re­g ião, a presença na mídia deve acontecer durante todo o ano. O que varia, acompa­ nhando o calendário pro­mo­c io­nal, são as ofertas”. Além dos tra­d i­cio­nais encartes, o Gran Plaza publica duas vezes ao ano a revis­ ta Plaza. O pe­r ió­d i­co é referência em toda a re­g ião e mostra ten­dên­cias, dá dicas e pres­ tação de serviços, alcançando um público de 300 mil lei­to­res. Lojas Lupo

106

A RinoCom também responde pelo case da Lupo, que incumbiu a agência de ­criar uma campanha para enfatizar a marca e divul­ gar a rede de lojas pró­prias e fran­quea­das. Assim, todo o trabalho ins­ti­tu­cio­nal rea­l i­ za­do esteve voltado à valorização do nome Lupo entre seus consumidores, com o obje­ tivo de conduzi-​­los às lojas. Neste sentido, o crossmídia, que Piccinini prefere definir como “mix integrado de ­meios”, tornou-se fundamental. “Para a Lupo, a integração de mídia impressa, como revistas, ao univer­ so online provoca resultados sur­preen­den­ REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

tes à medida que é mais usado”. O pe­r ío­do de alta da Lupo são as mudanças de estação: primavera-​­verão e ou­to­no-​­i nverno, quan­ do são lançadas as coleções. Nestas épocas, encartes nas prin­ci­pais revistas femininas integrados à mídia online geram excelentes resultados. Toda essa integração de ­meios tem como principal foco a mulher acima de 25 anos, que trabalha e ao mesmo tempo é a célula-​­mãe da família. Muito a avançar

O professor Dalton Vies­ti, da Trevisan, ar­ gumenta que as possibilidades de uso do crossmídia são gigantescas e o recurso está sendo cada vez mais explorado em sua di­ versidade nas novas plataformas, como os celulares, a internet e as chamadas mí­d ias so­ciais (como Fa­ce­book e Orkut), e nas tra­ di­cio­nais, impressas. “Para saber qual a pla­ taforma mais utilizada seria preciso fazer uma pesquisa, mas acredito que as mí­d ias tra­d i­c io­nais e so­c iais ain­d a são as favori­ tas”. De acordo com o es­pe­c ia­l is­ta, os im­ pressos pro­mo­cio­nais são um complemento dentro do crossmídia. “Cada medida é fei­ ta in­d i­v i­dual­men­te e no conjunto. O uso de cada ferramenta depende dos objetivos de comunicação, do público-​­a lvo e da comple­ mentaridade que ele deve ter”. O coor­de­na­dor da Escola Trevisan consi­ dera que, para vi­sua­li­zar o retorno, o resulta­ do de crossmídia deve ser ava­lia­do como um todo, uma vez que não há ferramenta que gere mais resultado, pois as mí­d ias geram resultados diferentes para produtos diferen­ tes. Não há um público específico para uma mídia, mas há a efetividade de cada uma de­ las em um contexto pro­mo­cio­nal de um pro­ duto. “Para vender um imóvel, por exemplo, os impressos pro­mo­cio­nais fun­cio­nam me­ lhor do que para vender um au­to­mó­vel, mas você vê circulação dos dois tipos”.


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REVISTA ABIGR AF 35 Anos

Os sistemas de ensino elevar a qualidade da

U

Espalhados pelas escolas privadas, os sistemas estruturados de ensino ganham cada vez mais adeptos na rede pública municipal e vêm atraindo os investidores. Nesses sistemas, as mídias digitais já são uma realidade.

ma revolução si­len­c io­sa está em curso na educação. Ela está sendo provocada pelos siste­ mas estruturados de ensino, desenvolvidos por empresas privadas do setor de educação que vêm oferecendo, tanto para a rede privada quanto para a pública, ma­te­r ial di­ dático (as famosas apostilas), ­apoio pedagógico aos professores e acesso a por­tais. O epicentro dessa onda é o Estado de São Pau­lo. Segundo estudo divulgado pela Funda­ ção Lemann no final de junho, atual­men­te 291 dos 645 mu­ni­c í­pios pau­l is­tas (46%) utilizam ma­te­r iais estruturados em suas escolas, o que significa um crescimento de 90% nos últimos cinco anos. Desses 645 mu­ni­cí­pios, 34% usam

EN SI NO

MÉDIO

1

sistemas privados e 12% utilizam sistemas pú­ blicos, atingindo 1,2 milhão de alunos das re­ des mu­ni­ci­pais do Estado de São Pau­lo. Entre os sistemas privados, o COC (pertencente ao Sis­ tema Edu­ca­cio­nal Bra­si­lei­ro, SEB), o Positivo, o Objetivo, o Anglo (adquirido pela Abril Educa­ ção em julho de 2010) e o Uno (que faz parte do Grupo Santillana) têm a ­maior penetração na rede pública em São Pau­lo. Já os sistemas públi­ cos de ensino são estruturados através de ma­ te­r ial didático único, desenvolvido pelas redes es­ta­duais e mu­ni­ci­pais por meio de pro­f is­sio­ nais da própria rede ou me­d ian­te contratação de consultores, ONGs e empresas. O fato relevante está, porém, no resultado desse movimento. Como mostra a pesquisa da

EN SI NO

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FUNDAMEN

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1º BIM ES TR E

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4

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podem educação?

Fundação Lemann, organização sem fins lu­ crativos cria­da em 2002 com o objetivo de con­ tri­buir para a melhoria da educação no Brasil, o uso de ma­te­r iais didáticos estruturados tem impacto positivo sobre o desempenho dos alu­ nos. Ao analisar a Prova Brasil de 2007 — exa­ me federal que avalia a qualidade da educação pública —, os pesquisadores identificaram que as escolas que trabalham com as apostilas tive­

ram mé­dias su­pe­rio­res em cinco pontos na esca­ la do exame em português e matemática. “É um resultado expressivo, uma vez que 12 pontos na escala da Prova Brasil representam aproximada­ mente um ano escolar”, afirma a pesquisadora Pau­la Lou­za­no, au­to­ra do estudo e consultora da Fundação Lemann. Em 2008, uma pesquisa qualitativa des­ sa mesma fundação fei­t a com professores e

Evolução do uso de sistemas estruturados nos municípios de São Paulo (1999–2010) (Número de municípios) 291 247 220 Fonte: Fundação Lemann

187 154 113

3 1999

12 2000

23 2001

40 2002

54

2003

73

2004

2005

2006

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Vicente de Paulo Tortamano Avanso

Do Brasil para o mundo A

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adesão por parte da rede pública pode estar evo­luin­do mais rapidamente em São Pau­lo, mas os sistemas estruturados de ensino espalham-se por todo o Brasil e o modelo já está sendo exportado. Os em­briões dos mais antigos sistemas de ensino, como explica Marco Ferraz, do SER , foram os cursos pre­pa­ra­tó­rios para os vestibulares, que se disseminaram no País a partir do final da década de 60. De lá para cá, escolas de educação básica e editoras entraram nesse mercado e hoje já são mais de 70 sistemas, a maio­ria dos ­quais surgiu nos últimos 20 anos. De acordo com Marco Ferraz, fatores internos e externos levam uma escola a buscar um sistema de ensino. Aqui vale ressaltar que até este ano o SER só atendia a rede privada. Cria­do em 2007, o sistema de ensino da Abril Educação atinge mais de 85 mil alunos e se prepara para lançar o SER Público em 2011. Neste ano, o SER encomendou a produção de 1.853.731 apostilas, da Educação Infantil ao Ensino Médio, impressas em gráficas do mercado. O pri­mei­ro fator para a adesão é a busca de um planejamento pedagógico estruturado que una todas as ma­té­rias e alinhe todas as sé­ries, acompanhado da capacitação dos professores e da ava­ lia­ção do aprendizado dos alunos. Outro elemento é o acirramento da concorrência e a consequente elevação dos ní­veis de exigência por parte dos pais.

gestores edu­ca­cio­nais de mu­ni­cí­pios pau­ lis­tas mostrou que 93% dos pro­fis­sio­nais entrevistados consideravam “bom” ou “ótimo” o sistema adotado em sua rede e que 84% acreditavam que o desempe­ nho dos alunos havia melhorado com a adoção do ma­te­r ial. As prin­ci­pais justi­ ficativas in­c luíam o fato de o ma­te­r ial trazer orien­ta­ções claras para os pro­ fessores sobre como estruturar suas au­las, ajudar o professor a entender o con­teú­do e au­men­tar a cobrança de pais e alunos sobre os professores.

“Não basta competência pro­fis­sio­nal tanto para educar os alunos quanto para capacitar os professores. A escola precisa se comunicar bem com a família e com a comunidade e aí passa a querer um par­cei­ro, uma imagem, uma marca forte”. O diretor do SER faz aqui uma ressalva: nenhum ma­te­rial didático garante, por si só, qualidade na educação. O livro pode ajudar o aluno no seu estudo, mas é a aula o fator decisivo na qualidade da educação, definindo o seu aprendizado. Ele comenta que tanto é assim que dentro de um grupo de escolas as­so­cia­das a um sistema existem aquelas que oferecem uma excelente qualidade de educação e ou­tras nem tanto. “Não fazemos mágica. O sistema de ensino não é a solução para todos os males e sim uma excelente proposta na ­atual conjuntura da educação. Contudo, isso não quer dizer que não haja vida inteligente fora dele”. Enquanto o SER se prepara para ­atuar junto à rede pública, o Anglo já atende 38 mil alunos dessa rede, em 24 mu­ni­cí­pios. Junto à ini­cia­ti­va privada são 211 mil alunos, em 484 escolas, espalhadas por 316 mu­ni­cí­pios bra­si­lei­ros. De acordo com informações da Abril Educação, que adquiriu o Anglo em julho, os dois sistemas de ensino seguirão sua atua­ção com independência. Ques­tio­na­do sobre a possibilidade de adoção de sistemas estruturados 

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Marco Antonio Ferraz

Dependência

Em contraponto às opi­n iões de quem efetivamente usa os ma­te­r iais estruturados ain­da existem focos de resistência dos que consideram que a estrutura padronizada desse tipo de ma­te­r ial fere a au­to­no­mia do professor. Em entrevista ao jornal Folha de S. Pau­lo, ­Suely Alves Maia, presidente da Undime, entidade que representa os se­cre­tá­rios mu­ni­ci­pais de educação, levantou esse ponto dizendo que é o professor quem sabe do que sua classe precisa. “Além disso, dificilmente um ma­te­r ial comprado de um grupo em­pre­sa­r ial que atua no Brasil todo ou

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de ensino pelo governo federal, Marco Ferraz afirmou: “A ­atual administração se pro­nun­ciou a res­pei­to dizendo que não fará isso, mas há quem acredite nessa possibilidade. Vejo isso com mui­to bons olhos. Seria uma grande oportunidade para que os sistemas de ensino fossem ava­lia­dos, pas­ sassem por análises assim como acontece no PNLD , e então ficassem à disposição dos estados”. Con­teú­do digital — Uma segunda possibilidade ventilada pelo educador é a exportação. “É um modelo per­fei­ta­men­te exportável”. Prova disso é que atual­men­te México, Colômbia, Ve­ne­zue­la e alguns paí­ses da América Central já trabalham com o Sistema UNO de Ensino. “Como pertencemos ao Grupo Santillana, é natural que o UNO ultrapasse as fron­tei­ras bra­si­lei­ras e chegue a ou­tros paí­ses da América Latina. O processo de in­ter­na­cio­na­li­za­ção está em curso e a grande vantagem dessa evolu­ ção é a ­maior troca de ex­pe­riên­cias e diversidade mul­ti­cul­tu­rais”, afirma Vicente de Pau­lo Tortamano Avanso, diretor geral do UNO . O UNO foi lançado em 1998. Os pri­mei­ros ma­te­ riais produzidos eram destinados ao Ensino Médio. O sistema am­pliou sua linha e hoje atende todos os segmentos, desde a Educação Infantil, tendo sido cria­do em 2005 o UNO Público, sistema de ensino voltado às escolas da rede pública. O ma­te­rial di­

dático produzido pelo sistema em 2010 envolveu a impressão de cerca de 310 mil páginas. Um dos fortes apelos desse sistema é o uso dos ­meios eletrônicos. Eles compõem, como comenta Vicente Avanso, uma ferramenta de complemento de con­teú­do edu­ca­cio­nal para o gestor, o professor, o aluno e a família. “Além do ma­te­rial multimídia, o portal do Sistema UNO é composto por bancos de questões, sugestões de ava­lia­ções e bi­blio­te­ca para o gestor, disponibilizando sequências didá­ ticas com ma­te­rial complementar ao con­teú­do impresso através de artigos, fai­xas de áu­dio e vídeo, documentos ofi­ciais do Exame Na­cio­nal do Ensino Médio, ca­len­dá­rios e links que ajudam a fortalecer o trabalho do professor em sala de aula”. O uso da mídia digital é traço comum entre os sistemas de ensino. “O ma­te­rial didático digital é uma rea­li­da­de”, diz Marco Ferraz. Ele explica que hoje o ma­te­rial do SER já está digitalizado, porém ain­da sem a interatividade que o meio possibilita. “Para que essa interatividade aconteça é preciso repensar toda a produção, a ma­nei­ra como a crian­ ça aprende”. E isso já está acontecendo: em 2012 todo o ma­te­rial didático do SER estará disponível aos alunos em formato digital. “Não importa se será em um pen drive, um e-​­rea­der ou em um net­book. O importante não é o dispositivo e sim o con­teú­do”. 

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REVISTA ABIGR AF 35 Anos

EN SIN O

FUNDAMEN

TAL

ANO

1º BIM EST RE

no Estado de São Pau­lo vai considerar cada rea­ li­d a­de”. Ela admitiu, contudo, que mu­ni­cí­pios que não têm condições de manter equipes pró­ prias e preparadas para organizar o currículo podem ter ganhos quando adquirem um ma­te­ rial que faz isso e ain­da au­x i­l ia na formação e orien­ta­ção dos professores. Ilona Becskeházy, diretora-​­executiva da Fundação Lemann, argu­ menta: “A liberdade do professor na sala de aula não pode se opor ao di­rei­to do aluno de apren­ der. A razão de existir de todos os sistemas de educação é o aprendizado de cada aluno”. Marco Antonio Ferraz, educador e diretor do Sistema de Ensino SER , pertencente à Abril Educação, rebate a alegação de engessamento do trabalho do professor, afirmando que o ma­ te­r ial estruturado é uma trilha e não um tri­ lho. “O ma­te­r ial didático é o re­fe­ren­cial teó­r i­co. Cada escola usa o sistema de ensino como acha que deve. Há flexibilidade, porém o que aconte­ ce é que o sistema dá um norte claramente defi­ nido”. O educador lembra que não existe impedi­ tivo pedagógico nem legal para que uma escola pública utilize os livros do Programa Na­cio­nal

do Livro Didático (PNLD) junto com as aposti­ las. “No setor privado não é possível, mas o se­ tor público pode usar o que há de melhor nos dois mundos, utilizando o sistema estruturado de ensino para organizar a rede”. Todavia, na prática, essa combinação não parece estar acontecendo. No final de agos­ to, balanço divulgado pelo Fundo Na­cio­nal de Desenvolvimento da Educação (FNDE) indicou que 143 pre­fei­tu­ras pau­l is­tas, 22% do total do Estado, não aderiram ao PNLD. A maio­r ia des­ sas cidades está trocando a adesão gra­t ui­t a aos livros didáticos pela contratação dos sis­ temas estruturados de ensino, que têm cus­ to médio por aluno va­r ian­do entre R$ 125 e R$ 200. A ­m aior cidade pau­l is­t a a fazer essa troca é Jun­d iaí, que usa o sistema desenvolvi­ do pela Fundação Bradesco. Em matéria publi­ cada em agosto no jornal O Estado de S. Pau­lo, Francisco Carbonari, secretário de educação da cidade, afirmou que a mudança já refletiu no Índice de Desenvolvimento da Educação Bási­ ca (Ideb) que passou de 5,3 para 5,8 nos anos ini­ciais do Ensino Fundamental.

Setor cada vez mais atrativo P

114

ode não se tratar da pa­na­ceia para a questão edu­ca­cio­nal bra­si­lei­ra, mas não há dúvida que os sistemas de ensino estão atrain­do milhões em investimento. Em julho, a Abril Educação anun­ciou a compra do grupo Anglo, englobando o Anglo Sistema de Ensino, o Anglo Vestibulares e a Siga, focada na preparação para concursos públicos. O negócio faz parte da estratégia da companhia para se tornar a líder do setor no País. Com a compra do Anglo, a Abril Educação, que conta com as editoras Ática e Sci­pio­ne, terá faturamento su­pe­rior a R$  500 mi­lhões já neste ano. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

Pou­cos dias de­pois, o segmento sistemas de ensino agitou-se novamente. O grupo Pear­son, detentor do Fi­nan­cial Times, comprou parte do Sistema Edu­ca­cio­nal Bra­si­lei­ro (SEB ) por quase R$  900 mi­lhões. Um mês de­pois, a Abril Educação recebeu um aporte de recursos de R$  226,2 mi­lhões com a venda de uma participação minoritária para o fundo de participações privadas BR Investimentos, do economista Pau­lo Gue­des. A empresa já anun­ciou que fará novas aquisições no setor e que pretende, em cinco anos, multiplicar por cinco sua re­cei­ta de meio bilhão de ­reais.



ECONOMIA Texto e dados: Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf

Em cinco anos, o setor investiu em equipamentos anualmente de 4,2% a 6,7% do valor de sua produção Estudo da Abigraf Nacional demonstra que o percentual de investimentos da indústria gráfica está bem próximo daquele dos demais ramos do setor de transformação, no qual se insere. O uso do cartão BNDES registrou incremento de 148% de 2008 para 2009, mas engloba também o financiamento de insumos.

U

ma análise do Departamen­ to de Estudos Econômicos da Abigraf Na­cio­nal, ba­sea­ da nos dados fornecidos pela Pesquisa In­dus­trial ­A nual do IBGE, de­ monstrou que a média de investimentos do setor gráfico está pou­co abai­xo da re­ gistrada pela indústria de transformação na­cio­nal, no pe­r ío­do de 2003 a 2008. De acordo com a mesma fonte do IBGE , analisando-se as aquisições de­ claradas anual­men­te no ativo imobili­ zado do balanço das empresas do setor de transformação, este segmento eco­ nômico investe de 5,4% a 7,8% do valor de sua produção em máquinas, equi­

pamentos, terrenos e edificações e em ­meios de transporte. O estudo da Abigraf Na­cio­nal, que ava­liou as mesmas informações para as atividades da indústria gráfica, identifi­ cou que o per­cen­tual investido pelo se­ tor em relação ao valor de sua produção aproxima-se dos men­cio­na­dos índices, porém, é li­gei­ra­men­te in­fe­r ior à mes­ ma em quase todos os anos, já que varia entre 4,2% e 6,7% (Gráfico 1).

Importações de máquinas e equipamentos

Em relação aos investimentos rea­li­za­dos pela indústria gráfica ao longo dos anos (também no pe­r ío­do de 2003 a 2008), os per­cen­tuais de 70% a 76% se traduzem na compra de máquinas e equipamen­ tos gráficos. Outros 5% a 9%, em terre­ nos e edificações, 2% a 3%, em ­meios de transportes e os de­mais 12% a 20% em ou­tras modalidades de aquisições.

Gráfico 1 – Participação dos investimentos (aquisições no ativo imobilizado) no valor da produção  Indústria gráfica

Indústria de transformação 7,7%

7,5% 5,3%

5,9%

6,0%

5,9%

5,5% 5,4%

5,1%

4,5%

4,2%

2003

2004

6,7%

2005

2006

2007

2008

Tabela 1 – aquisições de terceiros e produção própria do ativo imobilizado nas principais atividades (CNAEs) da indústria gráfica de 2003 a 2008 Aquisições de terceiros e produção própria do Ativo Imobilizado Período

Valor da produção da amostra de empresas do setor gráfico

Total

Terrenos e edificações

Máquinas e equipamentos

Meios de transporte

Outras aquisições

Participação dos investimentos na produção /

Milhões R$

2003

116

19.945

1.054

60

796

28

169

5,30%

2004

17.817

989

73

701

21

194

5,50%

2005

19.491

819

48

630

27

113

4,20%

2006

21.337

1.086

100

763

27

196

5,10%

2007

17.757

794

71

605

20

98

4,50%

2008

17.244

1.153

59

865

24

205

6,70%

Fonte: PIA Empresa IBGE CNAES: 21318 – Fabricação de embalagem de papel; 21415 – Fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina e cartão para escritório; 21423 Fabricação de fitas e formulários contínuos – Impressos ou não; 22160 – Edição e impressão de livros; 22187 – Edição e impressão de revistas; 22195 – Edição; edição e impressão de outros produtos gráficos; 22217 – Impressão de jornais, revistas e livros; 22225 – Serviços de impressão de material escolar ; 22292 – Execução de outros serviços gráficos. Valores em Reais de 2008 convertidos pelo IGP-M. Obs: em 2007 e 2008 o valor da atividade de edição acompanhada de impressão não está computado devido à transição da CNAE 1.0 para a 2.0, por isso a queda no valor da produção.

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A Tabela 1 ref lete o desembolso a­ nual de recursos em cada modalida­ de de investimentos, in­cluin­do máqui­ nas e equipamentos, que é contabiliza­ do no ativo de uma amostra de empresas in­dus­triais do setor gráfico. Já o Gráfico 2 reflete os valores FOB em milhões de dólares das importações norte-​­americanas, registradas na entra­ da das máquinas e equipamentos gráfi­ cos no Brasil (pelo Secex). Ele demonstra a grande movimentação de importações destes bens ocorrida em 2007 e 2008, es­ timulada pelo câmbio e pelo crescimento vigoroso da demanda no mercado interno. Observamos que os valores ­anuais importados em máquinas e equipamen­

tos, obtidos junto ao Secex, expressos em dólares norte-​­americanos no Gráfico 2 (US$ 1,8 bi), superam os valores de­ clarados dos investimentos em máqui­ nas e equipamentos obtidos segundo as pesquisas do IBGE, expressos em ­reais na Tabela 1 (R$ 865 milhões). Provavelmente isso se deva ao fato de que: de um lado, a amostra de em­ presas pesquisadas pelo IBGE para o de­ talhamento das informações do ativo imobilizado considera apenas as (544) empresas com mais de 30 empregados e, de ou­tro, o levantamento das impor­ tações rea­li­za­do pelo Secex contempla não só o universo de gráficas existen­ tes no País (quase 20 mil), mas tam­

Tabela 2 – Financiamento das transações das empresas do setor gráfico junto ao BNDES Cartão BNDES

Ano da transação

Desembolso anual total do sistema BNDES para o setor gráfico

N° de compras

Valor (R$)

N° de cartões emitidos, válidos

2004

22,1

1

24.958

149

2005

20,3

64

617.609

160

2006

25,2

336

2.926.326

478

2007

31,5

493

4.805.619

170

2008

49,9

646

6.593.286

220

2009

68,7

1.462

16.376.185

707

2010

n.d.

Total Fonte: BNDES

Gráfico 2 – Importações de máquinas e equipamentos para a indústria gráfica brasileira (em US$ FOB – milhões) 1.784,3 1.574,6

1.613

18.756.834

509

4.615

50.100.817

2.393

bém empresas que podem estar regis­ tradas em ou­t ras atividades (CNAEs) e que rea­li­za­ram importações de equipa­ mentos gráficos considerados. Portanto, as amostras das duas fontes de pesqui­ sa diferem entre si. Financiamentos

1.003,5

490,2 237,5 2004

342,5

2005

2006

2007

2008

2009

Como complemento ao estudo e com o objetivo de formar um panorama geral sobre a evolução dos investimentos no setor, bem como sobre o modelo de fi­ nan­cia­men­to que prevalece, a Abigraf Na­cio­nal também pesquisou os dados sobre importações de máquinas e equi­

pamentos gráficos e as informações so­ bre as operações das gráficas rea­li­za­das junto ao BNDES. Os dados da Tabela 2 computam os desembolsos to­t ais rea­l i­za­dos pelo BNDES para a indústria gráfica e atra­ vés do cartão BNDES entre 2004 e 2010. Nesse pe­r ío­do, a expansão do crédito total da ins­t i­t ui­ção para o setor tripli­ cou e, através do cartão BNDES, passou de R$ 25 mil para quase R$ 19 mi­lhões. Só de 2008 para 2009 o crédito total cres­ ceu 36% e, pelo cartão, o incremento foi de 148%. Contudo, é importante men­cio­ nar que o cartão BNDES é di­re­cio­na­do às micro, pequenas e mé­dias empresas e tem como finalidade a aquisição de bens como papel, filme, tintas e ou­tros insumos, além de alguns equipamen­ tos de origem na­cio­nal. Portanto, não só investimentos são fi­nan­cia­dos com o mesmo, que fun­cio­na como um cartão de crédito e tem o limite de R$ 1 mi­lhão por banco emissor. Na média

O padrão de investimentos da indús­ tria gráfica bra­si­lei­ra acompanha a mé­ dia na­cio­nal da indústria de transforma­ ção e o esforço é concentrado na compra de equipamentos — predominantemen­ te importados. Por isso, apesar do ex­ pressivo crescimento do fi­nan­cia­men­ to dos investimentos pelo BNDES e das compras de insumos, assim como dos investimentos em máquinas e equipa­ mentos gráficos pelo cartão BNDES, o ­apoio deste banco ain­d a é pou­c o sig­ nificativo para o setor. A ins­t i­t ui­ç ão, considerando todas as modalidades de operações, fi­nan­ciou em 2008 apenas 4,3%* dos investimentos rea­li­za­dos pelo setor. O cartão atende apenas a 1,5% das necessidades de fi­nan­cia­men­to do setor gráfico bra­si­lei­ro. *2008: R$ 49,9 milhões (Tabela 2) de R$ 1,1 bi­lhão (Tabela 1) NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010  REVISTA ABIGR AF

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Adobe apresenta as novas soluções Acrobat X

A Adobe divulgou para a imprensa em outubro sua nova linha Acrobat X, abrangendo o Acrobat Standard, o X Pro e o X Suite.

N

o dia 19 de ou­t u­bro, em entrevis­ ta coletiva com a participação da imprensa e par­cei­ros co­mer­ciais, a Adobe Systems Incorporated apresentou suas novidades na família de soft­wares Acro­ bat X, voltada à colaboração e compartilha­ mento de documentos no formato PDF. A décima versão do soft­ware lançado no mercado em 1993 tem como grande desta­ que a ­maior integração com ferramentas da Microsoft. De acordo com a empresa, o ob­ jetivo é permitir aos pro­f is­sio­nais ­maior fle­ xibilidade e qualidade na cria­ção de con­teú­ dos, am­plian­do os ní­veis de produção e de colaboração entre as equipes que convivem com am­bien­tes corporativos dinâmicos. Para o vice-​­presidente e gerente geral da Acrobat/Adobe, Kevin M. Lynch, hoje, mais do que nunca, as pes­soas precisam se comunicar e colaborar de forma con­f iá­vel e pro­f is­sio­nal com ou­t ras pes­soas fora de suas empresas. “O Acrobat X é a resposta para essas demandas, garantindo uma co­ laboração integrada e crian­do ex­pe­r iên­cias mais ricas nos complexos e ­ágeis am­bien­tes corporativos”, afirma. Versões

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A nova linha Acrobat X abrange produtos como o Acrobate Standard (a licença com­ pleta sai por US$ 400, o upgrade por US$ 192), Acrobat X Pro (versão completa por US$ 600 REVISTA ABIGR AF  NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

e upgrade por US$ 271) e Acrobat X Sui­te, que inclui o pacote Acrobat X Pro, Pho­to­ shop CS5, Captivate 5, Presenter 7 e Media Encoder CS5. Esta última será vendida pelo preço sugerido de US$ 1.630, mas apenas na versão completa. Segundo o fabricante, o Acrobat X ofe­ rece ações que visam simplificar os passos envolvidos na preparação de documentos e nos processos de publicação. A nova famí­ lia também reú­ne recursos inéditos para personalizar o portfólio PDF, os ­quais uni­ ficam diversos tipos de arquivo em uma mesma apresentação. Para am­pliar a efi­ciên­cia de seu produ­ to, a empresa disponibiliza serviços de do­ cumentos no portal acrobat.com, além de uma parceria com o sistema de serviços online do site Microsoft Sha­rePoint. Outro desta­ que da nova família, neste contexto de inter­ câmbio, é a reu­ti­li­za­ção de con­teú­dos, que ganhou recursos para facilitar e am­pliar a qualidade do processo de exportação para os aplicativos Word e Excel da Microsoft. A família Acrobat X, na versão em in­ glês, está disponível no Brasil desde 15 de novembro. Já a versão em português chega ao mercado na­cio­nal em 10 de dezembro. A compra deve ser fei­t a por meio da rede de revendedores au­to­r i­za­dos. ADOBE SYSTEMS www.adobe.com


Sustentabilidade

Foto: AGB Photo Library

Novos rumos para os resíduos sólidos

Sancionada pelo presidente da República em agosto, a Política Nacional de Resíduos Sólidos deverá obrigar empresas a reduzir a produção de resíduos e adotar logística reversa. Clarissa Domingues

U

m planeta verde, com impac­ tos mínimos nos recursos na­ tu­rais e in­dús­t rias preo­cu­pa­ das com o desenvolvimento sustentável, é o sonho recorrente de qualquer am­bien­ta­lis­ta. Mas a rea­li­da­ de mostra que o constante au­men­to po­ pu­la­cio­nal pode levar o meio am­bien­te à ruí­na em alguns anos. O lixo remanes­ cente de um consumo am­plia­do, mui­tas vezes descartado de ma­nei­ra impruden­ te, é assunto sério e premente. Com li­ xões abarrotados e sem os devidos cui­ da­dos de preparação an­te­r ior do solo, len­çóis freá­ti­cos são contaminados por flui­dos tóxicos pro­ve­nien­tes da lenta de­ gradação de re­sí­duos sólidos resultantes de atividades humanas. Neste contexto, as políticas am­bien­tais vem se tornan­ do cada vez mais rígidas. As in­dús­trias

são obrigadas a acompanhá-​­las e o setor gráfico não fica de fora. Os re­sí­duos ge­ rados durante o processo de produção não podem simplesmente ser descarta­ dos de forma con­ven­cio­nal; precisam de um destino correto, para que sejam, de algum modo, reciclados. Política Nacional

Com a aprovação da Política Na­cio­nal de Re­sí­duos Sólidos, que tramitou durante quase vinte anos pelo Congresso Na­cio­ nal, até ser san­cio­na­da pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em agosto des­ te ano, as in­dús­trias que antes po­diam descartar seus re­sí­duos sem grandes cui­ da­dos passam a ser obrigadas a recolher seus dejetos remanescentes. A PNRS é um instrumento es­sen­cial para definir os di­rei­tos e obrigações do setor público NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010  REVISTA ABIGR AF

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Sustentabilidade

e privado sobre a gestão dos re­sí­duos só­ lidos, bem como dos consumidores fi­ nais sobre a disposição dos re­sí­duos em geral, principalmente na questão do pós-​­consumo e da logística reversa. A lei defende em pri­mei­ro plano a nulidade em geração de re­sí­duos e re­ quer a redução e reu­t i­l i­z a­ç ão destes, bem como di­re­c io­n á-​­los ao local am­ bien­tal­men­te adequado para seu despe­ jo. A lei estabelece vá­r ios pontos, mas, para os fabricantes fica a necessidade de recolher seus re­sí­duos remanescentes. Principalmente para as gráficas, que trabalham com produtos fi­nais que de­ pendem de plastificação e laminação, uma alternativa sustentável é passar a contar com equipamentos que possibili­ tem o enobrecimento do impresso, sem a produção de re­sí­duos de plástico, como ocorre nos processos tra­di­cio­nais. Logística reversa

A logística reversa é a área da logística que trata dos aspectos de retornos de produtos, embalagens ou ma­te­r iais ao seu centro produtivo. Apesar de ser um tema extremamente ­atual, esse proces­ so já podia ser observado há alguns anos nas in­dús­trias de bebidas, com a reu­ti­ li­za­ção de seus vasilhames: o produto chegava ao consumidor e retornava ao seu centro produtivo para que sua em­ balagem fosse reu­ti­li­za­da e voltasse ao consumidor final. Este processo era contínuo e apa­ rentemente cessou a partir do momen­ to em que as embalagens passaram a ser des­car­tá­veis. Contudo, empresas incen­ tivadas pelas normas ISO 14000 e preo­ cu­pa­das com a gestão am­bien­tal, tam­ bém conhecida como “logística verde”, começaram a reciclar ma­te­r iais e em­ balagens des­c ar­t á­veis, como latas de alumínio, garrafas plásticas e cai­xas de papelão, entre ou­tras, que passaram a se destacar como matéria-​­prima e dei­ xa­ram de ser tratadas como lixo. Des­ ta forma, é possível perceber a logísti­ ca reversa no processo de reciclagem, uma vez que esses ma­te­r iais retornam

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a diferentes centros produtivos sob a forma de matéria-​­prima. Rosana Alessio, gerente in­dus­trial da Gegraf, fabricante de embalagens de pa­ pel-​­cartão, conta que a empresa já traba­ lha no sentido de produzir embalagens cada vez mais verdes com tintas, verni­ zes, resinas, colas, aces­só­r ios e afins, desenvolvidos de ma­nei­ra sustentável. “A matéria-​­prima utilizada na Gegraf é totalmente reciclável, com custo de lo­ gística reversa, portanto seu impacto é naturalmente menor”. Resíduos gráficos

De acordo com o Guia Técnico Am­bien­ tal da Indústria Gráfica, elaborado em 2009 pela ABTG, o ­maior volume de re­ sí­duos sólidos gerados pela indústria gráfica é categorizado como as chama­ das aparas de produção. São sobras de substrato, impresso ou não, geradas du­ rante o processo de impressão ou aca­ bamento. Estes descartes são classifi­ cados na classe IIA ou IIB (categoria de ma­te­r iais que não apresentam riscos à saú­de), em conformidade com a norma ABNT NBR 10.004:2004. Segundo dados levantados pela ABTG junto a seus as­so­cia­dos, a gera­ ção de aparas de produção varia de 5% a 36% do volume produzido. Os re­sí­ duos de produção são pas­sí­veis de reci­ clagem em basicamente todos os casos, independente do tipo de substrato ou de impressão. As prin­ci­pais sobras geradas pelas gráficas são das embalagens de ma­té­r ias-​­primas, como capas de bobi­ nas de papel ou cartão, en­vol­tó­r ios das latas de tinta ou as pró­prias latas va­zias. Estes itens são, em geral, de plástico ou cartão e quase sempre re­ci­clá­veis. Na atividade gráfica são também gerados re­sí­duos sólidos classificados como classe I, ou seja, perigosos ao con­ tato. Latas plásticas contendo restos de tinta; sobras de vernizes, adesivos e ou­ tros; panos de limpeza sujos com solven­ tes orgânicos e tinta; insumos quími­ cos vencidos ou fora de especificação; lâmpadas fluo­res­cen­tes usadas; e EPIs


Sustentabilidade

impregnados com químicos e óleo lubri­ ficante quei­ma­do estão entre os prin­ ci­pais re­s í­duos sólidos classe I gera­ dos. Portanto, cabe à gráfica segregar estes ma­te­r iais e destiná-​­los para uma empresa que possa reciclá-​­los de modo am­bien­tal­men­te correto. Resposta da indústria

Dois bons exemplos de ini­cia­t i­vas do setor na manipulação de re­sí­duos sóli­ dos foram apresentados no ano passado, como cases inscritos no I Prêmio Abigraf de Responsabilidade So­c ioam­bien­t al, rea­li­za­do pela Abigraf Na­cio­nal. A Log & Print inscreveu na catego­ ria Am­bien­tal seu projeto voltado à re­ dução do impacto ecológico provocado por sua produção in­dus­t rial. Além do tratamento de efluen­tes, a empresa ado­ tou a política “Reduzir, Reu­ti­li­zar e Reci­ clar”, que promove a coleta seletiva em todo o parque gráfico. Os ma­te­r iais que não podem ser rea­pro­vei­t a­dos, em ra­ zão de contaminação com re­sí­duos quí­ micos, são devidamente identificados e estocados para a coleta e destinação por empresas cre­den­cia­das. Na categoria So­cial do prêmio, a Stil­ graf – Artes Gráficas e Editora inscre­ veu o projeto “EcoE­f i­ciên­cia”. A ini­cia­ti­ va tem como característica incentivar o consumo responsável dos recursos na­tu­ rais e a correta destinação dos re­sí­duos gerados. As alternativas para busca de efi­ciên­cia tiveram como resultado me­ lhoria da competitividade, redução no consumo de matéria-​­prima e insumos e melhoria no ge­ren­cia­men­to de re­sí­duos, águas e energia e na qualidade do tra­ balho e segurança. Vale men­cio­nar que cerca de 82% dos produtos fei­tos pela Stilgraf são impressos com a certificação FSC (Forest Stewardship Coun­cil). Panorama

Anual­men­te, a As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Empresas de Limpeza Pública e Re­sí­duos Es­pe­ciais (Abrelpe) elabora a pesquisa Panorama dos Re­sí­duos Sólidos no Brasil. A edição de 2009 coletou informações de

Principais pontos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010): • Cria­ção da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida

dos produtos, de ma­nei­ra in­di­v i­dua­li­za­d a e en­ca­dea­d a, en­ volvendo fabricantes, importadores, dis­t ri­bui­do­res, co­mer­ cian­tes, poder público e consumidores nas vá­r ias ca­deias de produção e consumo. • Estímulo de soluções con­sor­cia­das ou compartilhadas para a gestão de re­sí­duos sólidos. • Fortalecimento das coo­pe­ra­ti­vas de catadores. • Cria­ção de Planos de Gestão de Re­sí­duos na­cio­nais, es­ta­duais, mu­n i­ci­pais, in­ter­mu­n i­ci­pais, metropolitanos e mi­cror­re­g io­ nais inter-​­re­la­cio­na­dos. • Obri­ga­to­r ie­da­de das empresas de elaborar Planos de Ge­ren­cia­ men­to de Re­sí­duos, que, por sua vez, devem estar vinculados ao li­cen­cia­men­to am­bien­tal quando este for exigido. • Obri­ga­to­r ie­da­de de as embalagens serem fabricadas de modo a serem reu­ti­li­zá­veis ou re­ci­clá­veis. • Ins­t i­t ui­ção da logística reversa, que responsabiliza os fabri­ cantes, importadores, dis­tri­bui­do­res e co­mer­cian­tes pelo re­ torno e destinação am­bien­t al­men­te adequados de produtos descartados ao final de sua vida útil. Este processo envol­ ve agrotóxicos, suas embalagens e de­mais produtos co­mer­ cia­li­za­dos, cujas embalagens cons­ti­tuam re­sí­duos perigosos; ­pneus in­ser­ví­veis; pilhas e ba­te­rias; ­óleos lubrificantes usados, seus re­sí­duos e suas embalagens; produtos ele­troe­le­trô­ni­cos; e lâmpadas contendo mercúrio. • Restrição à remuneração do município ou da con­ces­sio­ná­r ia de limpeza pública, no sistema de logística reversa, apenas aos casos em que estes desempenharem atividades que são de responsabilidade dos de­mais atores. • Previsão da implantação gradativa da logística reversa para os produtos e embalagens de plástico, metal e vidro. • Responsabilidade dos fabricantes e importadores pela coleta e destinação final am­bien­t al­men­t e adequada dos re­sí­duos objetos da logística reversa. • Responsabilidade dos dis­tri­bui­do­res pela recepção dos re­sí­duos devolvidos pelo consumidor. • Responsabilidade dos consumidores pelo acon­d i­cio­na­men­to adequado e devolução dos re­sí­duos objetos da logística reversa nos pontos de recebimento ou entrega. • Cria­ção e fun­cio­na­men­to de diversos sistemas de informação e cadastros previstos na Lei. • Proi­bi­ção de fun­cio­na­men­to e cria­ção de novos lixões. • Proi­b i­ç ão da importação de re­s í­d uos perigosos e re­j ei­t os que possam cau­sar danos am­bien­t ais, à saú­de pública ou à sanidade animal. 121 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010  REVISTA ABIGR AF


364 mu­ni­cí­pios, relativas aos re­sí­duos sólidos urbanos (RSU). A amostragem totaliza cerca de 81,6 milhões de habi­ tantes, ou 51,4% da população urbana total do Brasil, segundo a contagem fei­ta pelo IBGE em 2009. De acordo com o levantamento, a geração de re­sí­duos sólidos urbanos no Brasil registrou considerável au­men­ to de 2008 para 2009. Nas cidades de ­maior concentração po­pu­la­cio­nal, as mé­dias de geração ultrapassam 1,2 kg por habitante ao dia, quantidade equi­ valente aos índices verificados nos paí­ses desenvolvidos. O número re­ vela também os hábitos de consumo e descarte dos moradores dessas cida­ des, evi­den­cian­do que a maio­r ia não adota procedimentos para reduzir o volume de re­sí­duos produzidos. Em 2009, os dados obtidos mos­ tram que foram produzidas aproxima­ damente 57 milhões de toneladas de RSU, contra quase 53 milhões de 2008, um crescimento de 6,6%. Em compa­ ração com o crescimento po­pu­la­cio­ nal no mesmo pe­r ío­do, que foi de cer­ ca de 1%, percebe-se um au­men­to real na quantidade de re­sí­duos descarta­ dos, demonstrando que no País ain­da não foram implementadas ações para minimização da geração de re­sí­duos. Por sua vez, os serviços de coleta avançaram positivamente em 2009, conforme está evi­den­cia­do pelo índice de 8% de crescimento no total de RSU coletado em relação ao ano an­te­r ior. Foram coletados, de um modo geral, 46,5 milhões de toneladas em 2008, contra 50,2 milhões em 2009. Esta ex­ pansão foi sensivelmente ­maior do que o crescimento do índice de coleta per capita (6,8%) no mesmo pe­r ío­do. Também con­ti­nuam sendo regis­ trados avanços positivos na desti­ nação adequada dos RSU coletados. No ano passado cerca de 28,5 milhões de toneladas de RSU foram coletadas adequadamente, contra aproximada­ mente 21,7 milhões de 2008. O pata­ mar de 57% de re­sí­duos destinados a aterros sa­ni­tá­r ios alcançado em 2009 é expressivo, mas não pode ser total­

122 REVISTA ABIGR AF  NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

mente comemorado, pois, do total de re­sí­duos produzidos, quase 7 milhões de toneladas tiveram destino impró­ prio. A constatação de que cerca de 22 milhões de toneladas tiveram des­ tinação em aterros controlados ou li­ xões, os ­quais não garantem a devida proteção am­bien­t al, com sé­r ios ris­ cos de degradação, demonstra que a universalização destes serviços ain­da está bem distante. Os serviços de coleta seletiva de re­ci­clá­veis exercidas pelos mu­ni­cí­pios parecem ter chegado num ponto de indefinição, mostrando estabilidade em 2009, com relação aos per­cen­tuais registrados em 2008. Dos 5.565 mu­ni­ cí­pios existentes no Brasil, 56,6%, ou 3.152 cidades, afirmaram contar com ini­cia­ti­vas de coleta seletiva (em 2008 o per­c en­t ual foi de 55,9%). Porém, mui­t as vezes essas atividades resu­ mem-se à disponibilização de pontos de entrega voluntária à população ou à simples formalização de con­vê­nios com coo­pe­ra­t i­vas de catadores para a execução dos serviços. Parece cla­ ro que tais ações ain­da são uma solu­ ção par­cial, que não tem o poder de transformar em rea­li­da­de esse mer­ cado po­ten­cial, com am­plia­ç ão dos índices verificados atual­men­te. As atividades de reciclagem de RSU no Brasil ain­da registram índices in­s a­t is­fa­t ó­r ios. No entanto, o regis­ tro de determinados setores apresen­ ta resultados mais expressivos, fazen­ do com que o Brasil destaque-se no cenário mun­dial. Alumínio, papel, plástico e vi­ dro são os quatro setores in­dus­triais que abrigam as prin­ci­pais atividades de reciclagem pós-​­consumo no País. De acordo com o site da Bracelpa (As­ so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Papel e Celu­ lose), o papel está entre os produtos com ­maior taxa de reciclagem. No to­ tal, 43,7% de todos os pa­péis que cir­ cularam no País em 2008 foram enca­ minhados à reciclagem pós-​­consumo, segundo dados da Pesquisa Ciclosoft do Compromisso Em­p re­s a­r ial pela Reciclagem (Cempre).

Este caderno foi impresso em papel reciclado Eco Millennium 90 g/m²

Sustentabilidade


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35 A

Visualização

Evolução

Nova identidade visual e sinalização do Parque Villa-Lobos, São Paulo Laranja: 144 C Amarelo: 124 C Verde: 376 C

Parque VILLA LOBOS

Parque VILLA LOBOS

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Laranja: 144 C Amarelo: 124 C Verde: 376 C

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O compositor em primeiro plano, A árvore em segundo plano. O compositor se funde com a árvore, ora como maestro, ora como o tronco. O tronco simboliza a estrutura e sustentação. Duas leituras: a primeira, de uma árvore, a segunda, de um maestro regendo a natureza. Natural e orgânico. Terceira leitura: a árvore se transforma na orquestra regida pelo maestro. Fusão entre a música de Heitor Villa-Lobos, que exaltava as riquezas naturais do nosso país, e a natureza do parque.

REVISTA ABIGR AF  NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

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Villa Lobos

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Horas, dias, semanas, meses.

Escrito para Tide Hellmeister/Calendário Gráfica Atrativa, 2009

ANOS Há o tempo que passa rápido e o que demora para passar. Há o tempo que não espera e o que não marca hora nem dia. ¶ Faz anos me lembro da folhinha [calendário] de meu pai, daquelas de uma folha para cada dia. ¶ Com as fases da lua, o santo do dia e uma oração ou um pensamento para embalar o efêmero.

E no verso, uma charada: por que na infância o tempo demora tanto a passar? ¶ Tipos, sinais, fontes. Uma família tipográfica. Os números da folhinha eram bodonis de madeira ou talvez walbauns, já que os tipógrafos gaúchos também eram imigrantes italianos ou alemães.

¶ Tipos

estranhos, que eram entintados e depois transferiam os tons pretos e vermelhos para o papel.

¶ Para mim gravados, impressos na memória. Transferidos com afetos metálicos para a mente. Letras, números, palavras, frases. Um texto. ¶ Hoje imprimimos com perfeição, com tintas ou com luz, sem o duro metal dos typefaces, com máquinas incríveis que unem passado e futuro em uma sofisticada trama de tecnologia e de sensibilidade.

São os novos tempos: rápidos, muito rápidos, tanto que nenhum relógio, de ontem ou do amanhã, é capaz de controlar. Lá se vão 35 anos da revista e 20 do Olhar.

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Cultura

Revista

Enquanto no Brasil desenhamos

A revista Gráfica, de Oswaldo Miranda, o Miran, está a caminho de sua edição de número 73-74. Continua sendo produzida pela Positivo e de agora em diante terá sempre números duplos. A penúltima edição, segundo o editor, tem uma relação onde “todos vocês colaboradores são citados etc.”. Coloca etc. nisso. E a #72 vem capitaneada pelo trabalho de Victor Burton, cujo pai foi um dos diretores de arte da lendária revista Senhor, do início dos anos 1960, no Rio de Janeiro. Beleza pura via Curitiba.

a identidade da Copa do Mundo tirando coelho da cartola, os europeus – como os mexicanos na Olimpíada de 1968 – bebem em suas raízes, cores e sentimentos culturais. A apresentação da marca da UEFA Eurocopa 2012 é uma aula de design comercial sustentado por valores culturais autênticos. http://en.uefa.com/uefaeuro2012/ news/newsid=934390.html

Bodoni por Miran

Cartazes Alexandre Wollner organizou recentemente uma mostra de seus cartazes realizados desde a década de 1950 até os dias recentes. A imagem abaixo, na escala natural, é parte de um projeto do designer que resume – por meio de suas marcas – sua trajetória profissional. Este trabalho foi distribuído pelo correio e não necessariamente foi feito para ser mostrado ou colado nas paredes da cidade. ¶ “No Brasil o cartaz se tornou uma peça indoor, de circulação reduzida e que tinha seu maior aliado e contraponto público nos lambe-lambes, comuns em paredes, sob os viadutos, em tapumes e outros lugares de grande visibilidade urbana. Uma lei municipal de 2008 acabou com a exposição pública deles e de todos os outros tipos de cartazes que existiam na cidade de São Paulo. Mesmo assim, os cartazes em ônibus e metrôs não recuperaram o prestígio que tinham nos bondes: Veja, ilustre passageiro, o belo tipo faceiro que o senhor tem a seu lado. E no entanto acredite, quase morreu de bronquite, salvou-o Rhum Creosotado. O que encontramos nos vagões do metrô são horrores produzidos com o uso indiscriminado das potencialidades dos softwares gráficos ou anúncios

disfarçados de cartazes”.

In O Cartaz – Prêmio Museu da Casa Brasileira, Rosari, 2010.


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Quadrinhos

Flash Gordon

Acaba de ser lançado um álbum em formato grande com as primeiras aventuras de Flash Gordon, genial criação de Alex Raymond.

O

editor Franco de Rosa inicia a Edi­to­ rial Kalaco com o pé di­rei­to, relançan­ do a saga de Flash Gordon, desenhada pelo inigualável Alex Raymond, au­x i­lia­do no ro­tei­ro por Don Moo­re. No início dos anos 30, a dis­t ri­bui­do­ra King Fea­tu­res Syndicate, de Wil­liam Ran­ dolph ­Hearst, ­criou um concurso para es­ colher três novos he­róis a fim de concorrer com os ri­vais Dick Tracy, Tarzan e Buck Rogers. O jovem Raymond ganhou sim­ plesmente nos três, com, respectivamen­ te, as tiras diá­r ias do Agente X‑9, ro­tei­r i­za­ das por ­Dashiell Hammett, Jim das Selvas e sua obra-​­prima Flash Gordon, inserida no capítulo dominical colorido. As aventuras de Jim e Flash começa­ ram a ser publicadas no dia 7 de ja­nei­ro de 1934 e as do Agente X‑9 no dia 22 do mesmo mês. Todas tiveram sucesso ime­dia­to, mas a ficção cien­tí­f i­ca, com des­ lumbrantes ilustrações, dis­ parou. Virou programa de rádio, filmes se­r ia­dos e in­f luen­ciou todos os de­ senhos pos­te­r io­res e as obras do gênero. Flash Gordon anteviu o futu­ ro. Apresentou ao mun­ do a televisão, o raio la­ ser, a propulsão a jato,

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O herói que anteviu o futuro

Álvaro de Moya é autor do livro Vapt-Vupt. REVISTA ABIGR AF  NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

a energia atômica, os discos voa­do­res, os trens-bala, o spray e até a mi­nis­saia. E, ain­ da, 35 anos antes do as­tro­nau­ta russo Yuri Gagarin, mostrou que a Terra é azul. Este pri­mei­ro lançamento da nova edito­ ra no formato 26 × 36 cm, em 128 páginas e com uma capa dura, merece todo o ­apoio ao re­ve­ren­ciar um dos grandes momentos dos comics, dos desenhos, da ficção cien­tí­f i­ca e es­pe­cial­men­te de um ro­tei­ro cria­ti­vo que pre­ viu a entrada, em 1941, dos Estados Unidos ao lado dos Alia­dos na Segunda Guer­ra Mun­dial, si­tua­ção semelhante à luta do herói contra o Imperador Ming.


GALERIA DA SIB - SOCIEDADE DOS ILUSTRADORES DO BRASIL

Autor: ALÊ ABREU Título: Ilustração digital para o livro “Gága – Memórias de uma mente pirilampa”, de Índigo. Cliente: Editora Scipione, 2010. Técnica: Digital

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Sociedade dos Ilustradores do Brasil


Rotermund

F

Muito além das agendas

oi alfabetizando crian­ças da comunidade de São Leo­p ol­ do, colonização alemã a 35 quilômetros de Porto Alegre (RS), que o pastor luterano alemão Wil­ helm Rotermund fundou a gráfica Ro­ termund S.A. Indústria e Comércio em 1877. A empresa, cria­da para imprimir e editar livros, surgiu com o objetivo de adequar os ma­te­r iais da Alemanha à cultura bra­si­lei­ra, produção que per­ maneceu até a Segunda Guer­ra Mun­dial, quando o Brasil proi­biu o uso de idio­mas dos paí­ses contra os ­quais lutava. Naquele momento, a Rotermund teve seu estoque de livros didáticos e de literatura bilíngue (alemão e portu­ guês) confiscado pelo governo. A solu­ ção encontrada para reerguer-se foi a mudança para a produção de impres­ sos co­mer­ciais, livros con­tá­beis, recibos, pro­mis­só­r ias e agendas. Porém, ao longo da história ocor­ reram também momentos es­p e­c iais. Um episódio marcante, lembrado por Renata Rotermund, diretora geral, foi a no­mea­ção do pri­mei­ro representan­ te em São Pau­lo. “Lembro-me de meu tio contando que, quando chegou a São Pau­lo, refletiu sobre o grande passo que dávamos rumo ao crescimento”. No fim da década de 1960, moder­ nizando o parque gráfico, a Rotermund adquire máquinas offset da Hei­del­berg, abandonando o sistema ma­nual de ti­ pografia. Em 1983, a quebra do banco

Nos seus 133 anos de existência, a Rotermund conviveu com grandes acontecimentos históricos, sociais e econômicos do País e acompanhou todos os passos da revolução tecnológica da indústria gráfica. Clarissa Domingues

(E/D): Eunice Dutra Rotermund, diretora, e Renata Rotermund, diretora geral

Sul­bra­si­lei­ro, no qual mantinha gran­ de movimentação fi­nan­cei­ra, tornarase mais um obstáculo a ser superado. “Foi um baque que nos abalou e exigiu grande maes­tria para que a empresa so­ brevivesse”, conta Renata. Superando as dificuldades, a Rotermund retoma o crescimento. Em 2001, após 124 anos no mesmo endereço, o parque gráfico mudou-se para a ­atual sede, unificando

a produção com o antigo pavilhão em que já estavam a montagem de capas e artefatos em cou­ro e PVC. A todo vapor

Com cinco vendedores pró­prios no Rio Grande do Sul e 20 representantes em todo o Brasil, a Rotermund conta hoje com 80 fun­cio­ná­r ios. De acordo com Renata, os de­s a­f ios para manter um em­p reen­d i­men­t o fa­m i­l iar por tanto tempo estão ba­sea­dos principalmente na com­preen­são das diferenças entre empresa e família. Es­pe­cia­li­za­da em impressos co­mer­ ciais e edi­t o­r iais, a empresa oferece serviços que englobam desde o desen­ volvimento ou adequação da arte até o acabamento final. A fabricação de agen­ das, segmento do qual foi pio­nei­ra na década de 1920 e que a tornou conheci­ da no mercado na­cio­nal, corresponde a 30% da produção. Os itens persona­ lizados, como cadernos, blocos, risque-​ ­rabisque e agendas telefônicas, chegam a 60% do total desenvolvido. Modernização

Em cem anos a indústria gráfica na­cio­ nal evo­luiu mui­to e a Rotermund não fi­ cou para trás. Dentre os prin­ci­pais equi­ pamentos do atual parque gráfico estão uma rotativa Hei­del­berg a frio, impres­ soras Hei­del­berg Speed­mas­ter duas co­ res, uma linha de capa dura da Kolbus e uma encapadora de capa flexível Müller


Setor de acabamento nos anos 1950

Primeira sede da Rotermund no centro de São Leopoldo, em 1877

Martini. O investimento nos equipa­ mentos para produtos edi­to­r iais é refle­ xo do crescimento do segmento na em­ presa. “Estamos voltando aos tempos em que éramos conhecidos no mercado de livros”, diz a diretora. Visão no futuro

Preo­cu­pa­da com as ten­dên­cias futuras, há cerca de um ano a Rotermund en­ comendou um estudo sobre os impac­ tos que os sistemas di­g i­tais podem cau­ sar no setor gráfico nos próximos anos. “Os resultados foram animadores. Mes­ mo com as novas tec­no­lo­gias, percebeuse que a indústria gráfica ain­da terá um bom tempo de vida útil”, afirma Renata. Outra preo­cu­pa­ção é com a mão de obra qualificada. A diretora explica que, pela au­sên­cia de escolas técnicas próximas à empresa, a saí­da adotada foi o desenvol­ vimento interno de fun­cio­ná­r ios. Para 2011 há planos de rees­t ru­t u­ ra­ção interna, com foco em agilidade no processo co­mer­cial-​­produtivo. Com um novo portfólio de produtos a atua­ ção será diversificada, para mostrar ao mercado que a Rotermund está equipa­ da e preparada para desenvolver mui­to mais do que agendas.

Cartazes afixados na empresa pela policía proibiam o uso dos idiomas das nações inimigas do Brasil na 2-ª Guerra Mundial

Certificado de registro do desenho da marca Rotermund expedido em 1910

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KUGLER ARTES GRÁFICAS

Abrindo um novo caminho cidade de Castro, no in­te­r ior do Paraná, foi o município es­ colhido pelo alemão Ernesto Kugler para instalar a en­ tão Tipografia Ernesto Kugler. Cento e quinze anos mais tarde, a Kugler Artes Gráficas, uma das gráficas mais antigas do Estado, incorpora a quinta geração da família nas atividades da empresa e, após reformas e am­plia­ções, atende a de­ manda dos clien­tes no parque gráfico de 2.500 metros quadrados. Sua trajetória, passando por duas guerras mun­diais, diversos conflitos po­ líticos bra­si­lei­ros e crises fi­nan­cei­ras na­ cio­nais e in­ter­na­cio­nais, registra vá­r ios momentos importantes. Carlos Antonio Kugler, diretor da empresa, ressalta que, entre os aconte­ cimentos mais marcantes, estão a im­ plementação do sistema offset em mea­ dos da década de 1970, a celebração dos cem anos da gráfica — que contou com o

Fundada em 1895, a Kugler está preparando a quinta geração da família para assumir o comando da empresa, que evoluiu nesses 115 anos de uma pequena tipografia para uma completa prestadora de serviços gráficos. Tainá Ianone

lançamento do livro Kugler – 100 Anos de Brasil — e a inclusão da fotografia como produto aos clien­tes, “O offset con­t ri­ buiu significativamente no desenvolvi­ mento da empresa e a fotografia inseri­ da por um de seus pro­prie­tá­rios e exímio fotógrafo, Carlos Ernesto Kugler, ­atraiu um novo segmento de mercado”, diz. A gráfica, de­pois de décadas de tra­ balho com o processo tipográfico, após a introdução do offset viu a qualidade dos produtos au­men­tar e as possibilidades de impressão serem am­plia­das. Os no­

vos equipamentos em formatos maio­res permitiram à Kugler ingressar em novos mercados, como o de impressos pro­mo­ cio­nais e de cartonagem, nos ­quais têm grande representatividade. A ampla gama de serviços ofereci­ da aos clien­tes inclui desde a cria­ção ao acabamento do produto. O di­fe­ren­ cial está no trabalho fotográfico digital. A Kugler está aparelhada com tecnologia de ponta para atender tanto as empre­ sas em lo­cais externos quanto no estúdio próprio da gráfica, de 150 metros qua­ drados, além de fazer fotos aé­reas. “A in­ corporação da fotografia e dos setores de cria­ção e design faz com que o clien­te te­ nha à disposição um pacote completo de serviços”, conta o diretor. Evolução

Manter um em­preen­di­men­to em pleno funcionamento por mais de cem anos e sob administração fa­m i­l iar requer Fachada da sede atual

Ernesto Kugler, o fundador da empresa

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enfrentar mui­tos de­sa­f ios. “Podemos di­ zer que os 115 anos por si só já são um grande mérito em um país onde a vida média das empresas é curta”, avalia o empresário. Ainda segundo Carlos An­ tonio, a re­cei­ta para o sucesso está na qualidade dos produtos, no bom aten­ dimento aos clien­tes e na efi­ciên­cia do serviço prestado. Outro fator indispensável para uma gráfica ultrapassar décadas é a atua­li­ za­ção tecnológica. Nesse sentido, a Ku­ gler acompanha os avanços técnicos em eventos e nas publicações di­re­cio­na­das ao segmento, adquirindo equipamentos e suprimentos mais modernos. Não foram apenas os equipamentos gráficos que evo­luí­ram nos 200 anos de indústria gráfica bra­si­lei­ra, mas tam­ bém os pro­f is­sio­nais, que hoje contam na sua formação com escolas técnicas. Entretanto, as cidades mais distantes das ca­pi­tais e dos grandes centros ain­da sofrem com a escassez de mão de obra qualificada. “Devido à falta de qualifi­ cação na re­g ião, optamos por rea­li­zar

a es­pe­cia­li­za­ção dos nossos pro­f is­sio­nais na própria empresa”, revela o diretor. Museu

Há quatro anos, após reforma no setor co­ mer­cial, a Kugler des­ tinou um espaço ex­ clusivo para a cria­ção do museu Typogra­ phia Ernesto Kugler. Carlos Antonio Kugler (em pé, à esquerda) ao lado do pai, Carlos Ernesto Kugler, O acervo, entretan­ tendo à frente o filho Germano e a irmã Lúcia Kugler Zan to, teve início mui­to antes, já que, desde Além da coleção de jor­nais impres­ a fundação da gráfica, todos os jor­nais sos pela Kugler, o museu tem máquinas produzidos pela empresa tiveram seus tipográficas Minerva e plana da época, exemplares guardados. ma­te­r ial gráfico — como tipos, compo­ De acordo com Carlos Antonio, o ar­ nedores, clichês e ou­t ros —, amostras quivo tornou-se tão completo que pas­ de impressos de mea­dos do século XX e sou a ser utilizado para pesquisa de uni­ fo­to­g ra­f ias das antigas instalações, dos ver­si­tá­r ios, estudantes de jornalismo e fundadores e de alguns sucessores. his­to­r ia­do­res. Dian­te de um acervo tão rico surgiu a ­idéia de dedicar um es­ & KUGLER ARTES GRÁFICAS paço aberto a clien­tes e amigos para a Tel. (42) 3232.4422 exposição dos ma­te­r iais. www.kugler.com.br

Testemunha do tempo, o espaço dedicado ao museu abriga raridades como antigas impressoras Minerva e planas, tipos, componedores, clichês e fotografias que mostram a história da empresa

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Mobilidade para imprimir Segurança do ePrint

Novos equipamentos da HP marcam início da era ePrint, a impressão via internet, desenvolvidos também para grandes formatos. Fernando Lewis, vice-presidente de grupo de Imagem e Impressão da HP Brasil

N

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a manhã de 20 de ou­tu­ bro, a HP apresentou ao mercado bra­s i­lei­ ro uma inovação na arte de imprimir: o sistema ePrint. A tecnologia, já disponível para o setor corporativo des­ de o início do ano, chegou ao con­ sumidor final de pequenas e mé­dias empresas (small and me­dium business – SMB) e ao segmento de artes gráfi­ cas no mês de novembro. Durante o evento, que contou com a presença do jornalista e apresentador de TV Marcelo Tas como mestre de ce­ rimônia, os convidados puderam conhe­ cer o portfólio dos novos produtos, com­ posto por 16 lançamentos, dos ­quais dez contam com o sistema. O recurso chega como um alia­do dos avançados equipamentos eletrôni­ cos, como tablets e smartphones, que têm como uma de suas prin­ci­pais ca­ racterísticas a mobilidade. “O ePrint traz a liberdade para imprimir. Nos­ sa oferta de tecnologia está disponível para todos os nichos, desde o consumi­ dor final até a grande empresa. Ou seja, estamos trazendo inovação útil a um preço acessível”, diz Fernando Lewis, vice-​­presidente do grupo de Imagem e Impressão da HP Brasil. Além dos produtos para consumo e SMB, a empresa preo­cu­pou-se em agre­ gar a tecnologia aos equipamentos vol­ tados para a área gráfica, como a mul­ti­ fun­cio­nal HP Designjet T2300 e MFP, que conta com o sistema ePrint & Share. REVISTA ABIGR AF  NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

HP Designjet T2300

A impressora, que também atende a ou­tras ca­te­go­r ias pro­f is­sio­nais, como arquitetos, en­ge­nhei­ros e pro­f is­sio­nais da construção civil, possui um dispositi­ vo com tela colorida sensível ao toque e de fácil uso para simplificar a operação. Na tela é possível vi­sua­li­zar o documen­ to a ser impresso, fazer edições para al­ terar suas características, digitalizar, co­ piar, ­criar um PDF final dos projetos e, si­mul­ta­nea­men­te, compartilhá-​­los. De acordo com Luis Pa­la­cios, geren­ te da área de impressoras de grande for­ mato, o equipamento é o mais completo em termos de aplicações em todo o mer­ cado. “Foi preciso desenvolver o ePrint também para as máquinas de ­maior for­ mato, como a HP T2300, que é mui­to mais do que uma simples impressora. Dispõe de escâner integrado e conexão USB para envio dos documentos digitalizados ao pen drive ou à estação de trabalho”.

A impressão ePrint é possível por meio de qualquer dispositivo móvel, como ce­ lulares, no­te­books, tablets ou computado­ res pes­soais conectados à internet. Para imprimir, sem drivers ou cabos, basta en­viar o arquivo em qualquer extensão — seja texto, foto ou mensagem eletrô­ nica — para o endereço de e-​­mail da im­ pressora. Para isso, a HP foi mi­nu­cio­sa: o usuá­r io terá um endereço eletrônico disponibilizado alea­to­ria­men­ te pela empresa no momen­ to em que fizer o regis­ tro. Para quem levanta dúvidas acerca da segu­ rança do processo, Luis Te­ desco, gerente de produtos de jato de tinta para o consumi­ dor final, esclarece que o ePrint possui um sistema completo de segurança e o mais avançado soft­ware anti-​ ­spam. A HP não divulga os en­ dereços de e-​­mail cadastrados e o modo de proteção permite que os usuá­r ios au­to­r i­zem a impressão ape­ nas dos endereços cadastrados em uma determinada impressora. Mercado interno

De acordo com Fernando Lewis, o ano de 2010 tem sido um pe­río­do de grandes ne­gó­cios para a HP e deverá terminar com resultados expressivos em todas as ­­áreas da companhia. “Em ou­tu­bro co­ memoramos a fabricação de 20 milhões de impressoras no Brasil”, informa ele. Os números conferem ao País a coloca­ ção de segunda ­maior base de equipa­ mentos jato de tinta em todo o mundo. “A impressão voltou a ter uma posição importante”, revela o executivo. Segundo Lewis, a tendência é se­ guir em linha ascendente os números mun­diais relativos à quantidade de im­ pressões coloridas, tendo em vista o contínuo ba­ra­t ea­men­t o de custos de equipamentos que, além disso, am­pliam cada vez mais sua qualidade. & HP DO BRASIL www.hp.com.br



lística, passando a contar com colaboradores como Tristão de Ataí­de, Otavio Tarquinio de Sou­za, José Lins do Rego, Menotti Del Picchia, Murilo Mendes e Augusto Frederico Schmidt.

Airton Ciulada, diretor industrial

Resistência

Diario de Pernambuco: ajudando a escrever a história do Brasil Desde o primeiro exemplar de quatro páginas, impresso em um rudimentar prelo de madeira, até os modernos equipamentos utilizados em 2010 transcorreram 185 anos. São quase dois séculos de uma trajetória marcada pela resistência às adversidades políticas e econômicas, na missão de escrever diariamente a história do País.

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Tainá Ianone

ais antigo jornal em circulação no Brasil, o Dia­r io de Pernambuco tem sido testemunha dos prin­ci­pais momentos históricos da Nação. Idea­li­za­do por Antonino José de Miranda Falcão, o pe­r ió­di­co foi fundado na cidade de Recife em 1825, como um “diá­r io de anún­cios”. O impresso de apenas quatro páginas, fei­to em um pre-

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lo de ma­dei­ra, foi ganhando importância ao longo dos anos, até que, em 1835, o comendador Ma­nuel Fi­g uei­roa de Faria tornou-se seu pro­prie­t á­r io. A partir de então, o jornal viveu momentos de grandes transformações edi­to­r iais e técnicas. Porém, após 66 anos administrado pela família Fi­g uei­roa, o pe­r ió­di­ co passou para o controle do con­se­lhei­ ro Francisco de Assis Rosa e Silva, então vice-​­presidente da República. Na nova fase, o Dia­r io foi envolvido em agitada disputa política, sofrendo, inclusive, empastelamento. Em 1931, de­pois de longa ne­go­cia­ção, Assis Cha­ teau­briand, que fora redator do jornal, concretizou o sonho de incorporá-lo à sua rede jornalística, os Diá­r ios As­so­ cia­dos. Foi um momento de novo e importante impulso, quando o Dia­r io de Pernambuco am­pliou a cobertura jorna-

Em meio a todos os conflitos políticos, econômicos e so­ciais que marcaram a história do País nesses quase 200 anos, o Dia­r io de Pernambuco se manteve resistente às mais diversas crises, firme, ético e responsável em seu papel de veí­ cu­lo de comunicação. “O Dia­r io sempre esteve a serviço das grandes aspirações coletivas, afirmando-se, no curso de sua trepidante existência, uma publicação de claros po­si­cio­na­men­tos li­ be­rais e defensor das fran­quias democráticas e do Estado de Di­rei­to”, declara Joe­zil Barros, presidente da Dia­r io de Pernambuco S/A. Com tiragem ­a tual de até 55 mil exemplares (aos domingos), o jornal conta com uma estrutura de impressão gráfica de 2.700 metros quadrados, que é também responsável pela publicação de ou­tros cinco títulos: Aqui PE, Diá­r io de Natal (RN), O Norte (PB), Diá­rio da Borborema (PB) e A Semana (AL), todos do grupo Diá­r ios As­so­cia­dos. Nos processos de produção o avanço mais significativo veio a ocorrer em 1976, com a implantação do sistema de composição eletrônica e máquinas offset. Ao longo da década de 1990, ou­t ras grandes evoluções tecnológicas chegaram ao parque gráfico do jornal. A mais recente ocorreu em 2009, com a aquisição de sistemas di­g i­tais de pré-​ ­i mpressão. “O au­men­to da produção,


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com 400 chapas por hora, nos possibilitou atender os cinco jor­nais impressos todos os dias em tempo recorde”, conta Airton Ciu­la­da, diretor in­dus­trial do jornal. Na área de impressão, a novidade é uma rotativa offset Goss Newline, que imprime 70 mil exemplares por hora por meio de sistema informatizado. Futuro do jornal

Nos próximos anos a publicação deverá investir cada vez mais em pro­f is­sio­nais es­pe­cia­li­za­dos para que a informação na versão impressa tenha ­maior valor agregado. A internet, de acordo com Airton Ciu­la­da, é vista não como concorrente, mas sim como uma plataforma para a mobilidade da informação. Os resultados desta estratégia são expressos em números. Entre setembro de 2009 e setembro de 2010, o Dia­r io de Pernambuco registrou crescimento de 11,56% na média de vendas. Um dos títulos do grupo, o Aqui PE, que tem formato berliner, au­men­tou a tiragem de

4.500 para 42 mil exemplares em pou­ co mais de um ano de circulação. “Estamos diversificando e personalizando nossos produtos em função de um público mais segmentado e com interesses di­fe­ren­cia­dos”, explica o diretor in­dus­ trial, ressaltando que o jornal sempre teve e con­ti­nua­rá a ter papel fundamental como prestador de serviço e meio de informação para a so­cie­da­de. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS OO 8 Estações de tratamento de imagem

– Eizo Full OO 2 CtP Trendsetter News Kodak OO Rotativa Goss Newsliner OO 3 Torres de impressão dupla largura

64 páginas OO 2 Jaw fôlder 2-3-3 OO Dobradeira de chapa automática Vipbii K&F OO 2 Stacker Heidelberg

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Grupo de brasileiros visita as fábricas da APP na China A visita compreendeu duas unidades industriais da fabricante de papel e celulose e a participação na cerimônia de premiação do Sinar Mas Award, em 20 de outubro.

C

om o objetivo de mostrar o processo fabril e as po­ten­cia­li­da­des do mercado chinês, além de fortalecer o re­la­cio­na­men­to com clien­tes e formadores de opi­nião, a Cathay, re­ presentante da Asia Pulp & Paper (APP) no Bra­ sil, rea­li­zou, de 18 a 23 de ou­tu­bro, uma via­gem à China, para um programa de visita às instala­ ções fabris da empresa naquele país. O grupo foi conduzido pelo diretor geral da Cathay APP no Brasil, Geraldo Fer­rei­ra, e teve como um de seus integrantes o diretor da Escola Senai Theo­bal­do De Nigris, Ma­noel Man­tei­gas de Oli­vei­ra. Como parte do itinerário estava prevista a presença do grupo na fábrica da ilha de Hai­nan, onde a APP, uma das cinco maio­res com­pa­nhias de celulose e papel do mundo, instalou a Hai­ nan Jinhai Pulp & Paper, sua mais moderna fá­ brica, que conta com a ­maior linha de produção do mundo. No entanto, o programa teve que ser modificado em razão da amea­ça do tufão Meg, que passou pela re­g ião naquele pe­r ío­do. O ro­tei­ro começou pela sede da empresa, em Xangai, onde a comitiva se reu­niu com executi­ vos da APP, e con­ti­nuou pelas fábricas Gold East Paper, em Jiang­sue, e Gold ­Huasheng Paper, em Suzhou. “Nossa proposta é mostrar os grandes in­ vestimentos rea­li­za­dos pela Cathay e a alta tec­ nologia empregada em nossas unidades fabris. Para mui­tos clien­tes, e mesmo para os consumi­ dores, o mercado chinês de papel ain­da é uma grande incógnita. Estamos dispostos a mostrar novas alternativas de fornecimento de papel”, declarou Geraldo Ferreira. Pela pri­mei­ra vez na China, Ma­noel Man­tei­ gas de Oli­vei­ra trou­xe boas impressões de Xangai,

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segundo ele uma cidade de im­pres­sio­nan­te dina­ mismo, cosmopolita, limpa e organizada. “Cer­ tamente tivemos contato com uma parte mui­to pequena, mas tudo o que vimos nos deslum­ brou. A comunicação foi tranquila, pois todos eram fluen­tes em inglês. Todos os pro­f is­sio­nais com quem falamos foram mui­to aten­cio­sos e so­ lícitos. As fábricas que conhecemos da APP não são as mais modernas, mas pareceram bastan­ te avançadas tecnologicamente e im­pres­sio­nam pelas dimensões dos equipamentos e a sua pro­ dutividade”, afirmou o diretor da Escola Senai. Sinar Mas Award

Para o grupo foi também a oportunidade de assis­ tir à cerimônia de entrega do Sinar Mas Award, que aconteceu no dia 20, na cidade de Xangai. O concurso ­a nual é rea­l i­z a­do pelo Grupo Si­ nar Mas, ao qual pertence a APP. São pre­m ia­ dos trabalhos de impressão de alta qualidade, produzidos com os pa­péis da empresa. Sob a ótica de Ma­noel Man­tei­gas, a cerimônia é bem mais formal que a do Prêmio Bra­si­lei­ro de Excelência Gráfica Fernando Pini, porém mui­to bonita. “As ca­te­go­r ias pre­mia­das são em núme­ ro bem menor, então havia menos va­r ie­da­de de produtos gráficos competindo, mas a qualidade é elevada, com participantes do mundo todo”. O prêmio abrange onze ca­te­go­r ias: livros de capa dura, livros de capa flexível, livros de arte, revistas impressas em máquinas planas, revis­ tas impressas em rotativas, ma­te­r iais pro­mo­cio­ nais, encadernação, embalagens, rótulos, im­ pressão digital e design cria­ti­vo. A organização está a cargo da unidade fabril Gold East Paper e o concurso tem como patrocinadores a China Print Or­ga­ni­za­tion, a Graphic Arts As­so­cia­tion of Hong Kong, o China Re­search Institute of Prin­ ting Scien­ce and Technology e o China Institute of Publishing Scien­ce.


2º Prêmio ABIGRAF de Responsabilidade Socioambiental

Aqui, para ser o melhor, é preciso ser melhor. O Prêmio Socioambiental é realizado pela ABIGRAF com o objetivo de estimular práticas conscientes nas áreas social e ambiental, tanto dentro da Indústria Gráfica Brasileira como na sociedade. A primeira premiação ocorreu em 2009, e foi um sucesso, com inscrições de empresas gráficas de diversas regiões do país. Confira as datas para a edição de 2011 e inscreva seu case.

INSCRIÇÕES ABERTAS EM JANEIRO CATEGORIAS

INSCRIÇÕES

O Prêmio ABIGRAF DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL tem duas categorias:

De 17 de janeiro a 18 de abril de 2011.

A – Responsabilidade Social

JULGAMENTO

B – Responsabilidade Ambiental

De 25 de abril a 27 de maio de 2011.

PREMIAÇÃO

PREMIAÇÃO

As gráficas vencedoras nas duas categorias receberão os seguintes troféus:

De 07 de junho de 2011.

A – Responsabilidade Social – “Troféu Abigraf de Responsabilidade Social Hasso Weiszflog” B – Responsabilidade Ambiental – “Troféu de Responsabilidade Ambiental Orlando Villas Bôas”

REGULAMENTO E FICHA DE INSCRIÇÃO Estão à disposição no site www.premiosocioambiental.org.br


TEM UMA INFORMAÇÃO

MUITO IMPORTANTE

S O B R E TO DA A INDÚSTRIA GRÁFICA QUE VOCÊ PRECISA SABER:

Imagem de eucalipto


CADA VEZ Q U E U M A R E V I S TA

É IMPRESSA U M A N O VA Á R V O R E

DA INFORMAÇÃO

É P L A N TA D A. A cadeia produtiva do papel e da comunicação impressa inicia uma campanha de informação sobre o que produz para a sociedade. Vêm esclarecer dúvidas e, principalmente, trazer à luz da verdade algumas questões ligadas à sustentabilidade. A principal delas é deixar claro que, as árvores destinadas à produção de papel provêm de florestas plantadas, e que essas são culturas, lavouras, plantações como qualquer outra. Somos uma indústria alinhada com a ecologia e a natureza, ou seja, as nossas impressões são extremamente conscientes porque utilizamos processos cada vez mais limpos. E, mesmo assim, buscamos todos os dias novas tecnologias de produção que respeitem ainda mais o equilíbrio do meio ambiente. Somos uma indústria que traz prosperidade para o País e benefícios para todos os brasileiros. Temos imenso orgulho de saber que cada vez que imprimimos um caderno, um livro, uma revista, um material promocional ou uma embalagem, estamos levando conhecimento, informação, democracia e educação a todos. Imprimir é dar veracidade, tornar palpável. Imprimir é assumir compromisso. Imprimir é dar valor. Principalmente à natureza.

IMPRIMIR É DAR VIDA. ENTIDADES PARTICIPANTES: ABAP, ABEMD, ABIEA, ABIGRAF, ABIMAQ, ABITIM, ABRAFORM, ABRELIVROS, ABRO, ABPO, ABTCP, ABTG, AFEIGRAF, ANATEC, ANAVE, ANDIPA, ANER, ANL, BRACELPA, CBL, FIESP E SBS. CA M PA N H A D E VA LO R I Z A ÇÃ O D O PA P E L E DA C O M U N I CAÇÃO I M P R E S S A .

A c e s s e e s a i b a m a i s : w w w. i m p r i m i re d a r v i d a . o r g . b r


Evandro Teixeira


F OTOG R A F I A

“Fotografia: arma de amor, de justiça e conhecimento, pelas sete partes do mundo a viajar, a surpreender a tormentosa vida do homem e a esperança a brotar das cinzas”. Carlos Drummond de Andrade, sobre as fotos de Evandro Teixeira.

Tânia Galluzzi

1 Ruínas da igreja de Canudos, açúde de Cocorobó, Canudos, BA, 1994 2 Movimento estudantil de 68. Estudante de medicina ferida, ao lado da embaixada americana, Rio de Janeiro 1968 3 Queda do motociclista (batedor) da FAB, acompanhando da rainha Elisabeth, Rio de Janeiro 1965 4 O enterro do anjinho, Aprazível, Ceará, 1992 5 Ayrton Senna, GP Brasil de Fórmula 1, Rio de Janeiro, 1989


Um mestre do fotojornalismo 6. Golpe militar do Brasil, sexta-feira sangrenta, movimento estudantil, Rio de Janeiro, 1968 7. O Papa com o menino de rua, ao lado o governador Roriz, Goiânia,1991 8. Chico × Gil × Evandro, Montpelier, França, 2005 9. Movimento estudantil de 68, estudantes presos no campo do Botafogo, Rio de Janeiro, 1968

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iga lá um acontecimento im­ portante dos últimos 40 anos. A Pas­sea­t a dos Cem Mil, no R io de Ja­n ei­r o, em 1968? O movimento Diretas Já? As visitas do Papa João Pau­lo II? As Copas do Mundo conquistadas pelo Brasil? As vi­ tó­r ias de Ayrton Senna? Evandro Tei­xei­ra estava lá, registrando tudo. Personalidades? Inúmeras. De Carlos Lacerda à Princesa Dia­na, de Fidel Castro a Tancredo Neves, de Lei­la Diniz a Carlos Drummond de Andrade, de Ronaldo ao na­ dador Fernando Scherer, Evandro fotografou todos, na linha de frente, na hora certa e no lugar certo, sem medir esforços para arrancar da cena sua melhor expressão. Chamado de “o fotógrafo do flagrante” e “o documentarista da imprensa na­cio­nal”, Evandro Tei­xei­ra é um dos fotojornalistas bra­si­lei­ros de ­maior projeção in­ter­na­cio­nal. Verbete na Enciclopédia In­ter­na­cio­nal de Fotografia, foi considerado pela fabricante ale­

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mã das cul­tua­das máquinas fotográficas Lei­ ca um dos 45 mais importantes do mundo, ao lado de nomes como Car­tier-​­Bresson e Robert Capa. Mui­tas vezes pre­mia­do, com fotos em acervos de mu­seus a exemplo do Beau­borg, em Paris, Evandro ilustrou em preto e branco e em cores as transformações pelas ­quais passaram o Brasil e o mundo em quase 50 anos de atividade pro­f is­sio­nal. Há pou­co mais de dois meses ele dei­xou a casa na qual cons­truiu sua car­rei­ra. Com

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10. Torben Grael e Marcelo Feira, ouro em Sydney, Jogos Olímpicos, 2000 11. Arquiteto Oscar Niemeyer, MAC, Niterói, 2005 12. Sobreviventes da Guerra de Canudos, ruínas da igreja de Canudos, 2002

o fim da edição impressa do Jornal do Brasil, Evandro decidiu que era hora de partir. Partida dolorosa. Foram 47 anos ininter­ ruptos de trabalho no tra­di­cio­nal órgão de imprensa, que possibilitaram ao fotógrafo estar onde todos queriam estar e aos lei­to­ res do JB o registro de momentos de glória, como a conquista do ouro pela dupla de ia­ tis­tas Torben ­Grael e Marcelo Fer­rei­ra em

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EVANDRO TEIXEIRA evandro.teixeira@gmail.com REVISTA ABIGR AF  NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

2004, e de indignação, como o Massacre de Vigário Geral, no Rio, em 1993. Dono de um acervo vastíssimo — “não tenho a menor ­ideia de quantas fotos te­ nho” —, Evandro, que mora no bair­ro da Gá­ vea, no Rio, com a esposa Marli, pretende digitalizar esse conjunto, organizar as me­ mó­rias vi­suais de anos tão intensamente vi­ vidos. “Agora chegou o momento de pensar só nos meus projetos que in­cluem, palestras, workshops e mui­tos livros”. Ele acaba de lançar Caminhos de Transformação, encomendado pela ONG Visão Mun­d ial, com fotos do Norte e Nordeste. “O Nordeste me encanta. Tenho prazer em estar com aquela gente”. Aquela gente é a sua gente. Evandro nasceu em Irajuba, in­ te­r ior da Bahia, em 1935, mudando-se para o Rio de Ja­nei­ro aos 17 anos. No início de 2010 já havia participado do livro Futebol, a Pai­xão do Brasil ao lado de ou­tros fotógrafos e ain­da neste ano es­ pera lançar Fei­ra Nordestina, o Nordeste É Aqui, com prefácio de Gilberto Gil, onde re­ trata 30 anos da famo­ sa fei­r a que acontece aos domingos em São Cristóvão, na capital ca­r io­ca. Em 2011 deve sair Moradas do Brasil, revelando a diversida­ de sob o olhar de Evan­ dro, da casa de tai­pa à arquitetura sofistica­ da. Isso tudo enquan­ to a anar­quia rei­na em seu acervo. Pense só quando esse conjunto estiver organizado.


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Sistema Abigraf Notícias

TC130 cria três novos grupos de trabalho

Foto: Roberto Loffel

Organizado pela ABTG, o encontro técnico contou com a participação de 14 países e 75 especialistas, que discutiram as tendências técnicas mundiais.

A reunião internacional de normalização no Hotel Intercontinental, em São Paulo, foi a maior já realizada pelo ISO/TC130

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e 11 a 16 de ou­tu­bro, o Brasil se­diou a reu­nião semestral de normalização in­ter­na­cio­nal do ISO/TC130, o grupo in­ter­na­ cio­nal de mais alto nível no âm­ bito da elaboração de normas técnicas para a indústria gráfi­ ca. O encontro, que teve o ob­ jetivo de discutir as ten­dên­cias técnicas mun­diais, foi organi­ zado pela ABTG, por meio do Organismo de Normalização Se­to­rial de Tecnologia Gráfica (ABNT/ONS-27), pela ter­cei­ra vez na história do grupo. Com 75 es­pe­cia­lis­tas de 14 paí­ses, este foi o ­maior encontro já rea­li­za­do pelo TC130, de acor­ do com o presidente Uwe Ber­ told. As discussões foram rea­ li­za­das em diferentes Working ­Groups (WG), segmentados de acordo com um tema central da tecnologia gráfica e compostos por representantes de empre­ sas, governos, universidades e

consumidores, que protago­ nizam a cria­ção e modificação de normas técnicas in­ter­na­cio­ nais relevantes para o setor. Os grupos participantes do encon­ tro foram: WG 1 – Terminologia; WG 2 – Troca de Dados de Pré-​ ­Impressão; WG 3 – Controle de Processo e Metrologia e WG 4 – Mí­dias e Ma­te­riais. Além destes, foram cria­dos três novos grupos. O WG 11 – Sustentabilidade, empenhado em ­criar uma métrica comum que harmonize os dados da pe­ gada de carbono, a fim de dispo­ nibilizar uma metodologia unifi­ cada para o setor e garantir que o impacto am­bien­tal seja medi­ do de modo consistente. Com isso, poderão ser comparara­ dos os impactos am­bien­tais da comunicação impressa em rela­ ção às ou­tras mí­dias de ma­nei­ra objetiva, dando à indústria grá­ fica ferramentas para fazer fren­

te às ações de mar­ke­ting do se­ tor de comunicação eletrônica. Para tanto, o grupo terá como base a mesma estrutura global: o projeto de norma ISO 14067. O WG 12 – Pós-​­I mpressão apresentou relatório que des­ creve os padrões ISO e na­cio­ nais que vêm sendo estudados, com a descrição das ca­te­go­rias de produtos e da classificação dos processos utilizados. Nes­ te grupo, Bruno Mortara, supe­ rintendente do ONS–27, fez uma apresentação sobre as normas bra­si­lei­ras desenvolvidas para especificar e controlar a quali­ dade da produção de livros di­ dáticos no Brasil. Após as apre­ sentações, a decisão foi pela elaboração de quatro padrões, sendo uma norma geral, uma para produtos encadernados, uma para embalagens e ou­tra para revestimentos de acaba­ mento de superfície.

O também novo WG 13 — Certificação tem a função de harmonizar as atividades de certificação em nível mun­ dial, com o desenvolvimento de diretrizes para sistemas de gestão da qualidade. “Como o Brasil está lançando a ABTG Certificadora, que terá como parâmetros as normas in­ter­na­ cio­nais da ISO, fomos convida­ dos a secretariá-lo. Isso signi­ fica que, além do trabalho de secretaria diligente e pon­tual, estaremos em contato com to­ dos os documentos e ações do grupo, liderando o proces­ so dentro do TC130 junto ao me­dia­dor dos Estados Unidos”, declarou Bruno Mortara. Museu do futebol Durante o encontro, os parti­ cipantes também visitaram o Museu do Futebol, no bair­ro do Pa­c aem­b u, e desfrutaram de um jantar na churrascaria Fogo de Chão, oferecido pelo Sindi­ graf-SP, patrocinador exclusivo do evento. Na confraterniza­ ção foram rea­li­za­das homena­ gens ao presidente do Sindi­ graf-SP e da Abigraf-SP, Fabio Arruda Mortara, ao presiden­ te da ABTG, Rei­nal­do Espinosa, ao superintendente do ONS 27, Bruno Mortara, e às se­cre­tá­rias do ONS–27 Aparecida Stucchi e Maí­ra Costa. As próximas reu­ niões do TC130 ocorrerão em 2011, a pri­mei­ra em Berlim, Ale­ manha, de 11 a 16 de abril, e a ou­tra no Japão, durante a In­ ter­na­tio­nal Graphic Arts Show (IGAS), no segundo semestre, ain­da sem data definida. 

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Contar com 50 anos de experiência é a melhor forma de ver sua empresa 50 anos à frente. Um dos grandes diferenciais da Consutoria ABTG são seus 50 anos de know-how no mercado gráfico e seus mais de 50 consultores especializados. Todos preparados para oferecer o que há de melhor em serviço de consultoria para sua empresa. • Aproveitamento do tempo • Foco na otimização dos processos. • Treinamento durante a implantação. • Consultoria da implantação a certificação. • Atendemos a necessidade especifica do cliente. Veja como ABTG pode ajudar sua empresa:

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Homologação de Indústria Gráficas: Quando compradores e fornecedores se entendem.

Implantação da Norma NBR15540: Bons negócios são feitos na base da segurança.

Diagnóstico de Processo Industrial: Saiba quais são os problemas e soluções para sua empresa.

Implantação da Certificação FSC: O planeta precisa, o cliente exige e a ABTG implanta.

Aplicação de Teste Form: Análise Mecânica e de qualidade da sua impressora offset.

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Sistema Abigraf Notícias

Barueri sedia 2ª- Semana de Artes Gráficas Evento aconteceu de 18 a 22 de outubro, na Escola Senai do município, com a participação de aproximadamente 150 pessoas.

N

a 2ª Semana de Artes Gráfi­ cas de Ba­rue­ri, realizada na Escola Senai daquele municí­ pio, o público presente era pre­ dominantemente jovem. Foi para este grupo, de aproxima­ damente 150 participantes, que o presidente da Abigraf-SP e do Sindigraf-SP, Fabio Arruda Mor­ tara, conduziu a palestra “De­ sa­f ios da Indústria de Comuni­ cação Gráfica na Nova Década”. Apresentada na abertura do evento, dia 18, a palestra in­ cluiu, além dos macro núme­ ros do setor gráfico em todo o Brasil, informações relativas à indústria de impressão em Ba­ rue­r i, que conta com 83 em­ presas, sendo 26,5% de médio e 21,7% de grande porte. Fa­ lando sobre de­sa­f ios do setor gráfico para os próximos anos, Mortara reforçou as expectati­ vas positivas. “A internet é uma grande clien­te da indústria grá­

Fabio Arruda Mortara

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Bra­si­lei­ra de Tecnologia Gráfica (ABTG), a Semana de Artes Gráfi­ cas tem como principal objetivo levar trei­na­men­to gráfico quali­ ficado para o in­te­rior do Estado e Grande São Pau­lo. O projeto é patrocinado pelo Sindigraf-SP e Abigraf-SP. A segunda edição em Ba­rue­ri da Semana de Artes Gráficas também contou com o ­apoio do Senai.

te o Estado. E isto é para todos nós motivo de grande orgu­ lho”, comemora Mortara. O mérito foi recebido du­ rante solenidade rea­l i­z a­d a pelo Governo do Estado e pela Nossa Cai­xa Desenvolvimen­

to, da qual participaram o Se­ cretário da Fazenda, Mau­r o Ricardo Machado Costa, o dire­ tor-​­presidente da referida ins­ ti­tui­ção fi­nan­cei­ra, Milton Luiz de Melo Santos, e o governa­ dor Alberto Goldman.

fica, ja­mais uma inimiga. Exis­ tem de­sa­f ios a serem vencidos pelo setor no âmbito fiscal, tec­ nológico e am­bien­tal, mas, em contrapartida, a lista de opor­ tunidades é mui­to ­maior”. O oti­ mismo de seu ponto de vista é importante, ain­da mais dian­te de um grupo de pes­soas que, na maio­ria, está matriculada em cursos da área gráfica, dispo­ nibilizados pela Escola Senai e devem, futuramente, ganhar o mercado como pro­f is­sio­nais.

Governo E paulista homenageia a Abigraf-SP Entidade recebeu placa no Palácio dos Bandeirantes.

Os temas dos cursos apre­ sentados foram: “Desenvolven­ do Equipes de Desempenho Su­pe­rior”; “Qua­li­da­de com Foco no Resultado”; “Controle e Pa­ dronização de Processos na Im­ pressão Offset”; “Qua­li­da­de no Acabamento Gráfico”; “Produ­ ção Gráfica”; e “Gestão Co­mer­ cial para Indústria Gráfica”. Cria­ da em 2006 pela As­s o­cia­ç ão

m 28 de setembro, a Abi­ graf Re­gio­nal São Pau­lo re­ cebeu uma placa de homena­ gem concedida pelo Governo do Estado de São Pau­lo, como reconhecimento por ser uma entidade par­cei­ra em seu de­ senvolvimento. Na opinião do presidente da Abigraf-SP e do Sindigraf-SP, Fabio Arruda Mor­ tara, a res­pei­to­sa demonstra­ ção retrata a posição partici­ pativa da entidade no meio em que atua. “A homenagem que recebemos representa o reco­ nhecimento de uma postura sempre ativa e construtiva da Abigraf-SP, na defesa intransi­ gente e permanente dos inte­ resses dos as­so­cia­dos peran­

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Pleitos da Abigraf Nacional são aceitos pelo Inmetro Entidade solicitou ajustes no texto da proposta da Portaria que dispõe sobre os requisitos de avaliação da conformidade para artigos escolares.

E

m carta enviada ao Institu­ to Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade In­ dustrial (Inmetro), a Abigraf Na­ cional encaminhou sugestões de ajustes no texto da Porta­ ria nº 188, de 21 de maio de 2010, em Consulta Pública, com o objetivo de colaborar com o aperfeiçoamento da norma de­ finitiva que regulará os requi­ sitos de avaliação da confor­ midade para artigos escolares. De acordo com mensa­ gem oficial de Millene Cle­ to, da Diretoria da Qualidade (Dqual), do Inmetro, um dos pleitos aprovados diz respei­ to ao item “1”, Anexo G, dos Requisitos de Avaliação, ob­ jeto da mencionada Portaria, que define como artigo esco­ lar para criança “todo objeto ou material, podendo ser produzido com motivos infantis, e

projetado para uso por crianças menores de 14 anos, com ou sem funcionalidade lúdica, a ser utilizado no ambiente escolar e/ou atividades educativas (...)”. A Abigraf destacou que a existência da partícu­ la “e” antes de “projetado para uso por crianças menores de 14 anos”, poderia ensejar uma in­ terpretação no sentido de que existiriam condições concomi­ tantes – e sugeriu, portanto, a exclusão da partícula “e” nes­ ta redação. Tamb ém foram aceitos pelo Inmetro as sugestões re­ lativas aos itens “2” e “3”, do Anexo G, da mesma Portaria. O primeiro faz referência aos “Produtos considerados Arti­ gos Escolares para Crianças”, e assim dispõe: “Estão excluídos neste enquadramento os seguintes produtos, dentre outros

destinados ao uso por crianças, como ferramenta em atividades educativas: (...)”. Neste caso, a fim de se evitar interpretações equivocadas, a Abigraf solici­ tou a exclusão da expressão “dentre outros”. Já o item “3”, faz referên­ cia aos “Produtos não consi­ derados Artigos Escolares para Crianças”, e assim dispõe: “Visando minimizar qualquer subjetividade na interpretação da norma, com relação à definição de artigos escolares, a seguir foram listados os produtos isentos de certificação como artigo escolar para crianças: (...)”. Por entender que as rela­ ções de produtos devam ser ta­ xativas, o que se justifica consi­ derando que uma norma não deve deixar dúvidas de inter­ pretação, a Abigraf destacou que, considerando que a Por­

taria estabelece como critério de avaliação da conformidade para artigos escolares o aten­ dimento aos requisitos da nor­ ma ABNT NBR 15236:2009, de­ veria constar expressamente como produto não considera­ do artigo escolar, o item “agen­ da”, já que este possui norma­ tização técnica, inclusive com requisitos de segurança espe­ cíficos, conforme ABNT NBR 15818:2010. Ricardo Carrijo, geren­ te EQPSA da Tilibra Produtos de Papelaria, salientou que os resultados dos pleitos foram muito bons e que “a aprova­ ção dos mesmos se torna uma boa contribuição setorial para o aprimoramento dos meca­ nismos de fiscalização utiliza­ dos pelo Inmetro e pelo go­ verno brasileiro junto ao setor de material escolar”.

Andréia Cuencas é Profissional Nota 10 A secretária da Diretoria Executiva da Abigraf foi homenageada pelo Ciesp.

A

edição 2010 do evento “Ho­ menagem ao Pro­f is­s io­n al Nota 10”, promovido pelo Cen­ tro das In­dús­trias do Estado de São Pau­lo (­Ciesp), teve entre os ho­me­na­gea­dos An­dréia Cuen­ cas, secretária da presidência da Abigraf Na­cio­nal. Agra­cia­da, em 20 de setem­ bro, com um diploma em hon­ ra ao Dia do Pro­f is­s io­n al de Se­cre­ta­ria­do, ela recebeu tam­ bém uma placa com dedicató­ ria, cujo texto reconhece seu trabalho, desempenhado com

comprometimento e responsa­ bilidade. Emo­cio­na­da, An­dréia atri­buiu o mérito ao bom am­ bien­te de trabalho na Abigraf. “Ter sido indicada para rece­ ber a Homenagem Pro­f is­sio­nal Nota 10 mui­to me sensibilizou e agradou, mas posso garantir que este reconhecimento re­ sulta do trabalho de toda uma equipe. A gente não conquista nada sozinho”. A trajetória da pro­f is­sio­nal na entidade ini­ciou-se em 1991, no departamento de Mar­ke­ting,

com o cargo de assistente de eventos, o qual ocupou até 1998, quando foi promovida a secretá­ ria da Diretoria Executiva, função que desempenha até hoje. Para a diretora executiva da Abigraf, Sonia Carboni, a home­ nagem foi merecida. “Se exis­ te uma pessoa digna de rece­ ber um prêmio como esse, é a An­dréia, que é uma pro­f is­sio­ nal completa. Além da efi­ciên­ cia e da proa­ti­vi­da­de, ela rea­li­za seu trabalho com alegria”, relata a executiva.

O evento, rea­li­za­do no Cen­ tro Cultural ­Fiesp – Ruth Cardo­ so, em São Pau­lo, contou com a apresentação da Orquestra Pão de Açúcar após a solenidade de entrega das homenagens.

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Sistema Abigraf Notícias

Abigraf-SP reduz taxa associativa As pequenas gráficas terão mensalidades reduzidas, tanto as novas quanto as já associadas.

E

ntre os objetivos da Abigraf Re­gio­nal São Pau­lo como en­ tidade representativa das in­dús­ trias gráficas do Estado está a preo­cu­pa­ção em oferecer ser­ viços e par­ce­rias para as empre­ sas as­so­cia­das. Visando expandir sua atua­ ção às pequenas empresas, a di­ retoria da As­so­cia­ção estudou e via­bi­li­zou a redução nas taxas

men­sais as­so­cia­ti­vas de três fai­ xas em­pre­sa­riais. As gráficas com até cinco fun­cio­ná­rios passarão a pagar R$ 35, pou­co mais da me­ tade do valor de R$ 63 cobrado an­te­rior­men­te. As empresas que empregam de 6 a 12 pes­soas te­ rão o valor reduzido de R$ 90 para R$ 63 e as de 13 a 20 pro­f is­ sio­nais, de R$ 115 para R$ 90. “Os as­s o­c ia­d os têm di­r ei­to não só às par­ce­rias que fechamos — como com o BNDES, Agência de Fomento Pau­lis­ta/Nossa Cai­xa Desenvolvimento, Serasa, Ford

e Colônia de Fé­rias — mas tam­ bém à nossa assessoria jurídica e econômica. Além disso, em al­ gumas das palestras promovidas a participação é gra­tui­ta e em ou­tras há descontos exclusivos”, conta Sonia Carboni, diretora executiva da Abigraf Na­cio­nal. Os novos valores passarão a vigorar em ja­nei­ro de 2011 por tempo indeterminado. O bene­ fício será concedido aos novos e antigos as­so­cia­dos. Mais informações pelo tele­ fone (11) 3164-​­3193.

Crédito ao pequeno e médio empresário Os associados da Abigraf São Paulo já podem usufruir das condições vantajosas dos financiamentos da Nossa Caixa Desenvolvimento.

A

Abigraf-SP firmou parceria com a Agência de Fomento Pau­lis­ta/Nossa Cai­xa Desenvol­ vimento. Por meio do acordo assinado em ou­tu­bro, os as­so­ cia­dos da entidade terão aces­ so facilitado às linhas de investimentos oferecidas pelo banco. O benefício é di­re­cio­na­do às peque­ nas e mé­dias empresas que precisam de fi­nan­cia­men­ to para a am­plia­ção dos ne­gó­ cios com capital de giro, pro­ jetos de expansões, compra de máquinas e equipamentos, além de produtos do BNDES (Banco Na­cio­nal de Desenvol­ vimento Econômico e So­cial).

O projeto tem como obje­ tivo promover o crescimento e desenvolvimento da econo­ mia de São Pau­lo, a partir do ­apoio às empresas de todos os setores produtivos, com fatura­

mento ­anual entre R$ 240 mil e R$ 100 mi­lhões, no setor de in­ dústria, comércio, agronegó­ cio e serviços. Diferentemen­ te dos bancos tra­di­cio­nais, a Agência de Fomento Pau­lis­ta/ Nossa Cai­xa Desenvolvimen­ to não tem agên­cias ban­cá­rias

e o atendimento aos em­pre­sá­ rios é fei­to por meio das enti­ dades em­pre­s a­riais par­cei­ras ou em visita ao local escolhido pelo em­preen­de­dor. Em pou­co mais de um ano e meio, a agência já dis­ p onibilizou mais de R$ 180 mi­lhões em fi­nan­ cia­m en­tos, número re­ corde para um curto pe­ río­do de tempo, com juros bem abai­xo do mercado, que partem de 0,49% ao mês mais IPC-Fipe. Os interessados podem rea­li­zar a simulação de crédito e obter informações pelo portal www. nossacaixadesenvolvimento. com.br.

Segurança exclusiva para os gráficos Seguro de vida em grupo fica ao alcance dos trabalhadores do setor.

U

m acordo firmado em ou­ tu­bro entre o SindigrafSP e a Corretora de Segu­ ros AllVan be­n e­f i­c ia­r á os as­so­cia­dos com vantagens na aquisição dos planos da Sul­América Seguros e Pre­ vidência. O seguro de vida em grupo foi adequado ao perfil dos pro­f is­sio­nais grá­ ficos, com significativa re­ dução no custo. De acordo com informações do Sindi­ graf-SP, o seguro de vida di­ men­sio­na­do ao público re­ presentado pelo sindicato é o único apto a atender às es­ pecificidades do setor. O be­ nefício, que pode ser adqui­ rido a partir de R$ 2,20 por vida, inclui cobertura ao au­ xí­lio funeral, como previs­ to na Convenção Coletiva de Trabalho. Para adesão ou mais informações sobre o benefício, os as­so­cia­dos po­ dem entrar em contato com a AllVan pelo telefone (11) 5525-​­0777 ou no site www. allvanseguros.com.br.

Edição 251 • janeiro de 2011

História completa dos 20 anos Exclusivo do Prêmio Fernando Pini Só a Revista Abigraf 154

Reserva de espaço até 10.01.2011 Arquivo digital até 14.01.2011 Circulação: 28.01.2011 REVISTA ABIGR AF  NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010

(11) 3159.3010 gramani@uol.com.br

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