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a r t e & i n d ú s t r i a g r á f i c a • a n o x x x V • n o v / d e z 2 0 1 0 • nº 2 5 0
35 anos
REVISTA ABIGRAF ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/ Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Av. Cardoso de Melo, 1750, 6º andar (Vila Olímpia) 04548-005 São Paulo SP Tel. (11) 3164-3193 Fax (11) 3842-0300 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br Presidente da Abigraf Nacional: Mário César de Camargo Presidente da Abigraf Regional SP: Fabio Arruda Mortara Diretora Executiva: Sonia Regina Carboni Conselho Editorial: Egbert Miranda, Fabio Arruda Mortara, Mário César de Camargo, Plinio Gramani Filho, Ricardo Viveiros e Sonia Regina Carboni Elaboração: Clemente & Gramani Editora e Comunicações Ltda. Rua Marquês de Paranaguá, 348, 1º andar 01303-905 São Paulo SP Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159-3010 Fax (11) 3256-0919 E-mail: gramani@uol.com.br Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897), Ada Caperuto, Ângela Ferreira, Clarissa Domingues, Elisabete Pereira, Marco Antonio Eid, Ricardo Viveiros e Tainá Ianone Revisão: Giuliana Gramani Colaboradores: Álvaro de Moya e Claudio Ferlauto Consultores Técnicos: Hamilton Terni Costa e Manoel Manteigas de Oliveira Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosária Scianci e Livian Corrêa Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Gráfica e Editora Aquarela Capa/Laminação, Hot stamping (com fitas Crown) e relevo: UVPack Acabamentos Gráficos Papel: Couché Novatech Matt 90 g/m², fornecido pela Antalis do Brasil Tintas: Premiata, escala ISO Bio-Reverse Zero VOC, formuladas com resina e óleos 100% vegetais (de fontes renováveis)
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Assinatura anual (6 edições): Brasil: R$ 60,00 América: US$ 70,00 Europa: US$ 80,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3159-3010 REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
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A arte brasileira em 132 capas
O jornalista e crítico de arte Jacob Klintowitz fala sobre a contribuição da Revista Abigraf à cultura nacional através do espaço dedicado pela publicação nos últimos 22 anos para a difusão da arte brasileira. Se você busca o aprimoramento da sociedade, a melhor maneira de fazê‑lo é preservar a liberdade de imprensa. Rodolfo Konder, jornalista, diretor da ABI
56 Caderno Especial – 35 Anos de Revista Abigraf
O material didático digital é uma realidade.
Em comemoração à edição nº 250, a Revista Abigraf foi conversar com os clientes da indústria gráfica para conhecer suas principais demandas. Editores, jornalistas, homens de criação e executivos falam sobre os movimentos nos segmentos de jornais, revistas, livros, embalagens, educacional e promocional. Conheça também a trajetória da revista e partilhe conosco da festa dos 35 anos.
Marco Antonio Ferraz, diretor do Sistema de Ensino SER, da Abril Educação.
Pela primeira vez, em 10 anos, não ouvimos ninguém dizer que o jornal vai acabar. João Carlos Rosas, diretor de Marketing do Grupo Estado, falando sobre o 17 -º Congresso Mundial de Editores, realizado na Alemanha, no início de outubro.
Capa: Vários Artistas
A palavra da ABI
A Revista Abigraf entrevista o jornalista Rodolfo Konder, diretor da ABI e conselheiro do Masp, que fala sobre as tentativas do governo de censurar a imprensa, assim como sobre as tendências no segmento de jornais.
Prêmio Fernando Pini
Em sua 20-ª edição, 96 gráficas, de 12 estados, e 23 fornecedores disputam o Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica, o maior concurso do setor no Brasil.
48 anos de luta
O mineiro Carlos Proença é o único empresário gráfico que participou das 14 edições do Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica. Muito atuante, sua história se mistura com a do associativismo no setor gráfico.
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Uma política nacional para os resíduos sólidos O setor gráfico repercute a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em agosto, que define os direitos e obrigações dos setores público e privado.
Os olhos do mundo
Evandro Teixeira, quase 50 anos de fotojornalismo, registrou os principais acontecimentos no Brasil e no mundo. Sem medir esforços para arrancar da cena sua melhor expressão, é o documentarista da imprensa brasileira.
Renovação
Ao completar 50 anos de atuação, a Aquarela investe na renovação de seu parque gráfico, buscando encantar o segmento promocional com produtos inovadores a partir de substratos diferenciados.
Editorial ��������������������������������������������������������� 7 Rotativa ��������������������������������������������������������� 8 Impressões/ Cláudio Baronni ������������������������26 O Futuro da Gráfica/ Hamilton Terni Costa ������46 Especial Revista Abigraf 35 Anos �������������������55 Feira de Frankfurt/ Livros ������������������������������86 Economia ��������������������������������������������������116 Adobe �������������������������������������������������������118 Caderno Sustentabilidade ���������������������������119
Olhar Gráfico/ Cláudio Ferlauto �������������������126 Quadrinhos/ Álvaro de Moya �����������������������130 Ilustração/ Alê Abreu ����������������������������������131 Rotermund/RS – 133 anos �������������������������132 Gráfica Kügler/PR – 115 anos ���������������������134 HP/ Lançamentos ��������������������������������������136 Diário de Pernambuco/PE – 185 anos ���������138 APP/ Sinar Mas ������������������������������������������140 Sistema Abigraf �����������������������������������������150
NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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Prepare-se para a 15ª edição do CONGRAF (Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica) um consagrado evento, que acontece a cada 3 anos e traz o que há de mais moderno no setor. O Congresso contará com a presença de palestrantes nacionais e internacionais que tratarão desde assuntos técnicos à gerenciais, além de uma exposição de fornecedores com grandes novidades do setor gráfico. O congresso será realizado em Foz do Iguaçu que é o 2º destino mais procurado por turistas no Brasil e está localizado no estado do Paraná. A cidade tem diversos atrativos como as famosas cataratas e a tríplice fronteira com o Paraguai e a Argentina. Venha para a fronteira do conhecimento. O sucesso da sua empresa passa por aqui.
Agende esta data e participe: 8 a 11 de outubro de 2011.
Realização:
Visite o nosso site www.congraf.org.br
editorial
Uma referência de qualidade da indústria gráfica nacional ranscendendo ao status de veículo oficial de um ramo de atividades, a Revista Abigraf, cujo primeiro número circulou em dezembro de 1975, completa 35 anos de circulação ininterrupta como um verdadeiro referencial do mercado. Seu conteúdo editorial é leitura obrigatória aos que militam ou interagem com o setor. Suas páginas são o principal ponto de convergência e informação qualificada para todos os elos de uma das mais dinâmicas cadeias produtivas do País, a da comunicação gráfica. Editada desde 1983 pela Editora Clemente e Gramani, que lhe conferiu mais consistência, qualidade e capacidade infinita de se atualizar, a publicação registra os fatos, números, tendências, novidades tecnológicas e notícias do mercado. Ou seja, informações essenciais para se navegar com mais segurança nos mares sempre revoltos da economia contemporânea. Numa postura jornalística rara entre publicações empresariais, a revista cobre in loco, no Brasil ou exterior, com enviados especiais, os eventos importantes do setor e da cadeia produtiva, como a Drupa, Print, Ipex, GraphExpo & Converting, Graphics of the Americas, congressos e assembleias da Conlatingraf e da Abigraf, Fiepag/Converflex, Expoprint, Escolar Office Paper Brasil e bienais do Livro, dentre outras. De maneira consentânea com o indissolúvel vínculo entre a atividade gráfica e a arte, a revista dedica matérias de capa a artistas plásticos. Fotógrafos, autores de histórias em quadrinhos e cartunistas também frequentam suas páginas, convivendo em harmonia com matérias econômicas, técnicas, políticas e depoimentos dos que fazem a história do setor e do País. Teve, também, seu olhar sempre voltado para o design gráfico, atividade estreitamente relacionada à da gráfica. Com essa prática competente de jornalismo e design, a Revista Abigraf, em sua vencedora trajetória de 35 anos, conquistou, com a mais absoluta justiça, o pleno reconhecimento do mercado e dos mais importantes organismos
técnicos do setor. É o que atestam, de maneira indubitável, os numerosos prêmios que recebeu: Prêmio ComTexto de Comunicação Empresarial, como “Melhor Publicação de Entidade de Classe do Brasil” (1990); Prêmio Aberje 1993, 1994, 1995, 1996 e 1998, considerado o “Oscar” da comunicação empresarial brasileira; Prêmio Anatec Ouro 2006; Benny Award e Melhor da Categoria, em 1997, no Premier Print Awards, promovido pela PIA (Printing Industries of America), o mais importante concurso de excelência gráfica do mundo. Em sua história, a publicação também cresceu e se multiplicou. São seus frutos, o Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica, referência e guia imprescindível do mercado, e a revista Tecnologia Gráfica, uma das mais avançadas do gênero em toda a América Latina. Os três produtos editoriais a cargo da Clemente e Gramani também significam relevante prestação de serviços do Sistema Abigraf ao mercado, à cadeia produtiva e a todos os que interagem com as empresas gráficas. Sem dúvida, essas mídias configuram‑se como uma das mais importantes vertentes da política de comunicação da entidade. A Revista Abigraf cumpre, ainda, outra missão bastante significativa: constitui‑se em vitrina do setor e de sua evolução. Como genuíno produto gráfico do Brasil, foi incorporando, em seus 35 anos, os avanços na qualidade da indústria gráfica brasileira, tanto na impressão, como em seu esmerado acabamento, fruto de conquistas tecnológicas e padrões de design muito avançados. Tais atributos estão presentes nos impressos nacionais, nivelando‑os, em grau de excelência, aos melhores do mundo. Nossa publicação é a síntese dessa conquista inerente ao empenho, capacidade e incansável dedicação dos empresários e trabalhadores gráficos brasileiros. Parabéns a todos que, de uma forma ou de outra, construíram a excelência da Revista Abigraf nos seus primeiros trinta e cinco anos!
Sistema Abigraf Fabio Arruda Mortara
Presidente do Sindigraf‑SP e Abigraf‑SP
Mário César Martins de Camargo Presidente da Abigraf Nacional
Reinaldo Espinosa Presidente da ABTG
7 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010 REVISTA ABIGRAF
Suzano tem novo diretor industrial J
(E/D) Humberto de Oliveira, diretor do Sebrae-GO, entrega prêmio a Pedro de Sousa Cunha Jr. e Renan Marra, da Poligráfica Indústria e Comércio
Sigego anuncia vencedores do VI Prêmio Aquino Porto O
Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado de Goiás (Sigego) e a Abigraf- GO anunciaram no dia 26 de outubro os vencedores do VI Prêmio Aquino Porto de Excelência Gráfica. A solenidade de entrega foi realizada no Auditório João Bênio do Serviço Social da Indústria (Sesi), em Goiânia (GO). Participaram da solenidade gráficas, agências de publicidade, fornecedores e autoridades convidadas. A Poligráfica foi a grande vencedora da noite, com cinco ouros, duas pratas e dois bronzes. O concurso chegou à sua sexta edição com novo recorde de inscrições. Ao todo, mais de 400 trabalhos foram inscritos nas diversas categorias dos segmentos livro, revista, jornal, produtos para identificação, acondicionam en to, promocional, comercial, produtos próprios, impressão digital, serigráfica e mídia exterior. Em relação à edição do ano passado, o número de inscritos foi em média 20% maior.
Vencedores do VI Prêmio Aquino Porto Gráficas
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Poligráfica Indústria e Comércio, Editora Kelps, Gráfica e Editora Formato, Gráfica e Editora Única,
Sigmam Serviços Gráficos, Cir Gráfica e Editora, Cen taur o Gráfica e Editora, Suprimax Papéis e Suprimentos/Art3, Gráfica Amazonas e Editora, Gráfica Amparo, Gráfica Web Projetos, Michigan Cards do Brasil, Tok Final Acabamentos.
osé Alexandre de Morais, que exercia o cargo de gerente executivo industrial das unidades Suzano e Rio Verde da Suzano Papel e Celulose, é o novo diretor industrial da empresa. Ele assume o cargo no lugar de Lu ciano Fernandes Lopes — que deixa a Suzano para retornar ao setor de siderurgia — e, seguindo a mesma estrutura atual da área, irá se reportar diretamente a Ernesto Pous ada, diretor executivo de operações. Alexandre é formado em Engenharia Mecânica pela Uni-
versidade de Mogi das Cruzes, com MBA em Administração Em presarial pela Fundação Vanzolini. Ingressou na Suzano em 1983 como estagiário, tornando-se trainee na área de Recuperação e Utilidades, na unidade de Suzano. Desde então, ocupou várias posições dentro da companhia e participou de projetos importantes. A gerência industrial das unidades Suzano e Rio Verde estava sob sua responsabilidade desde 2009. www.suzano.com.br
VSP passa a distribuir os papéis Fedrigoni
Agências Cannes Publicidade, Contato Comunicação, Flávio Comunicação, D&D Comunicação, Onze Comunicação Multimídia, Síntese Comunicação, Identidade Comunicação, Robson Duarte – Edson de Melo Alves, Assessoria de Comunicação do Sistema Fieg – Ascom, Type Propaganda, 4 Mãos Comunicação, Agência 4 de Propaganda, Estúdio D+P Marcos Naves, Apache Print/Raphael Machado de Araújo, Netmídia Propaganda, Ponto Formaturas.
Fornecedores mais citados Papel/dist rib uid or: KSR /Fibria; Chapas/Filmes: IBF – Indústria Brasileir a de Filmes; Tinta: Cromos; Empresa de Fotolito: Fotogravura Band eir ant e; Papel utilizado: Suzano; Suporte de impressão/máquina: Heidelberg do Brasil; Acabamento gráfico: Tema Corte e Vinco.
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Reforçando sua gama de pa péis e cartões, a VSP traz com exclusividade para São Paulo produtos do tradicional fabricante italiano Fedrigoni. Há muito tempo consagrados no mercado europ eu, os pap éis Fedrigoni apresentam dif erenc iais, tais como texturas sofisticadas (lizard, pele de crocodilo), cores inéditas (Fendi, Camel), acabamentos com toque suav e e padronagens que remetem à arte da alfaia tar ia clássica (t weed, risca de
giz). Os papéis italianos são indicados para a produção de ma teriais promocionais, convites, envelopes, papelaria corporativa, pastas, relatórios anuais, capas de livros, cartões de visita, sacolas e embalagens de luxo. Todas as ref er ênc ias pos suem ph neutro, o que evita o amarelamento e prop orciona maior durabilidade aos trabalhos. Os papéis já estão dispo níveis para comercialização em todas as lojas VSP. www.vsppapeis.com.br
Arjowiggins Security lança catálogo de novidades A
Facform recebe o prêmio Sappi International Com o objetivo de celebrar a entrega do Prêmio Sappi Internatio nal Printers of the Year 2010 à gráfica pernambucana Facform, a Sappi promoveu uma festa para 350 pessoas no dia 6 de outubro. O evento ocorreu na Usina Dois Irmãos, em Recife, e contou com a presença de toda a equipe da gráfica e seus familiares, clientes, fornecedores e professores de universidades da região. A Facform foi uma das 11 gráficas vencedoras na edição deste ano do prêmio, ao qual concorreram mais de seis mil trabalhos de empresas de todo o mundo. A gráfica brasilei ra venceu na categoria “Calendá rios” com o calendário Renato Filho 2009. “Este é o terceiro prêmio que a gente recebe em nível mun dial da Sappi e é muito significativo porque estamos recebendo-o na nossa terra. Os outros dois, fomos receber na África do Sul. Agora, eles vieram entregar o prêmio aqui, em Recife, então temos a
oportunidade de dividir esse momento com todos os clientes, fun cionár ios e amigos, aum ent an do ainda mais seu valor”, afirmou Francisco de Assis, proprietário da gráfica pernambucana. O anúncio oficial dos ganhadores foi feito para todo o mundo no dia 15 de setembro. Os critérios de avaliação para a premiação Sappi Printers of the Year contemplam a prof iciência técnica, o impacto global, o grau de dificuldade envolvido no processo de impressão e a qualidade do acabamento. A premiaç ão mundial é disputada pelos trabalhos vencedores de ouro nas quatro regiões em que se divide o concurso: Trading (comp reend end o América do Sul e Central, Australásia e Ásia, na qual uma das premiadas foi a Facform), África, América do Norte e Europa. www.sappi.com www.facform.com.br
International Paper recebe certificação FSC A International Paper do Bra-
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sil (IP) recebeu a certificação FSC, confirmando sua atuação social, econômica e ambient al, o que representa uma garantia para clientes e consumidores de que
a matéria-prima utilizada e toda a cadeia de produção da empresa seguem padrões internacionais de sustentabilidades. Além do FSC, a International Paper possui, desde 2008, a certificação Cer-
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divisão de Papéis Finos da Arjowiggins Security lançou em ou tubro o catálogo A Viagem pelo Mundo das Cores Continua!, com os nove produtos da linha Plus lançados durante este ano. Essa linha tem como característica relacionar a cor do papel com uma cidade. De forma criativa, o catálogo sugere ao designer inovar suas ideias e aprimorar suas criações por meio de um passeio pelos diversos destinos do catálogo, que são os papéis com nome de cidades como Majorca, Aspen, Ibiza, Tóquio e Marrocos. Além das novidades nas versões liso e texturizado, as amostras estão impressas em diferentes técnicas, como offset, relevo, serigrafia e verniz, inclusive nos papéis texturizados. O catálogo pode ser solicitado ao Paper Point, showroom da Arjowiggins Security, pelo e-mail paper.point@arjowiggins.com.br.
Conferência de Meio Ambiente em Santana de Parnaíba N
o dia 29 de setembro ocorreu a 2ª Conferência Municipal de Meio Ambiente de Santana de Parnaíba. Por um dia, o Cine Teatro Coronel Raymundo, no centro histórico da cidade, na Grande São Paulo, recebeu cerca de 200 pessoas para discutir a preservação do meio am biente. Além de contribuir para difundir a prática do desenvolvimento sustentável nos órgãos da administração pública e nas grandes e médias empresas da cidade, o evento também visou fomentar políticas públicas que estimulem a implantação de
flor. Segundo Nilson Cardoso, diretor comercial, o FSC promove a garantia de origem, assegurando ao consumidor final que as linhas de papéis da IP foram produzidas com madeira proveniente de uma floresta bem manejada, reforçando a não contribuição com a exploração predatória dos re-
processos sustentáveis na inicia tiva privada e no setor público. A 2ª Conferência Municipal de Meio Ambiente teve o apoio da Plural, assim como da Prefeitu ra Municipal, da Câmara Municipal de Santana de Parnaíba e de outras empresas da região. www.plural.com.br
cursos florestais. “Para nós é fundamental que a sociedade e as comunidades que nos acolhem saibam que administramos os recursos florestais de maneira am bientalmente adequada, economicamente viável e socialmente justa”, declarou Nilson. www.internationalpaper.com.br.
CONCEITOS JTA
Transformando ideias em realidade. Ferrostaal Equipamentos e Soluções Ltda • São Paulo: (11) 5522-5999 • Rio de Janeiro: (21) 2537-8603 • Amazonas: (92) 3622-4026 • Bahia/Sergipe: (71) 3357-0671 • Ceará: (85) 3476-1021 • Espírito Santo: (27) 3254-1377 • Goiás/Distrito Federal/Tocantins: (62) 3232-8800 • Minas Gerais: (31) 3299-0500/9165-9196 • Paraná: (41) 7813-2937 - ID 85*220655 • Alagoas/Pernambuco/Paraiba/Rio Grande do Norte: (81) 3421-4379 • Rio Grande do Sul/Santa Catarina: (51) 3325-2346 • www.ferrostaal.com.br • graphic.br@ferrostaal.com
Burti e Facform conquistam o Benny
Office PaperBrasil Escolar 2011 é lançada com novo layout O
lançamento comercial da Office PaperBrasil Escolar 2011 se deu nos dias 19 e 20 de outubro na sede da Francal. A feira vem revestida de um caráter especial, já que completa 25 edições e estreia um novo layout de planta, redesenhado para proporcionar a expositores e compradores um ambiente de negócios mais favorável e produtivo. A setorização da planta foi criteriosamente estudada pelas equipes de Negócios e Projetos, que, por meio de inúmeros estudos e pesquisas junto a ex-
Trabalhos premiados da Burti
positores, analisaram e decidiram pela opção mais eficaz, com a organização das empresas expositoras por segmento de produtos. “A planta segmentada por produtos é um padrão bastante comum nas feiras internacionais e também uma demanda do próprio mercado brasileiro, que vem manifestando novas necessidades de apresentação dentro do evento”, explica Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal. www.feirafrancal.com.br
Fórum Permanente da Indústria da Comunicação de Goiás No dia 21 de setembro, em
Francisco de Assis, da Facform, com o Benny e o trabalho premiado
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Burti, com o Catálogo Maria Bonita e Jornal Triton, e a Facform, com o Kit Calendário 2010, foram as duas gráficas brasileir as que ganharam o Benny, prem iaç ão máxima do Premier Print Award 2010, o mais importante do mundo no segmento da indústria gráfica. Neste ano, mais de 3.200 trabalhos de várias partes do mundo foram inscritos. A premiação é organizada pela Printing Industries of America (PIA) e a cerimônia que contempla os vencedores foi rea lizada em Chicago no dia 3 de ou tubro. Além do Benny, a Burti levou para casa ainda dois Prêmios
de Reconhecimento e três Certificados de Mérito. A Facform também conquistou um Prêmio de Reconhecimento. Outras três gráficas brasileiras figuraram na lista dos homenageados. A Stilgraf recebeu dois Prêmios de Reconhecimento, assim como três Certificados de Mérito. A Imprensa Oficial do Estado de São Paulo ficou com 12 Certificados de Mérito e a Ibratec com dois. No total, a edição deste ano do Premier Print Award distribuiu 101 Benny, 208 Prêmios de Reconhecimento e 760 Certificados de Mérito. www.printing.org
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Goiânia, várias entidades envolvidas com o universo da comunicação se uniram para a criação do Fórum Permanente da Indústria da Comunicação de Goiás. O objetivo é desenvolver esforços para que as empresas de Goiás não só contratem empresas goianas para aprimorar sua comunicação publicitária e ins titucional, como também produzam e veiculem localmente suas peças e campanhas pu blicitárias, sem prejuízo de divulgá-las nos demais estados.
O objetivo também é analisar e regulamentar as questões referentes ao trabalho inerente à indústria da comunicação, com o propósito de melhorar a produtividade, eliminando problemas e desperdícios que reduzem a qualidade e aumentam o preço e, além de fazer com que verbas significativas, que hoje saem do Estado, nele sejam aplicadas, aumentando o número de empregos, o faturamento das empresas e, consequentemente, a arrecadação tributária. Entre as entidades que integram o fórum estão a Abigraf- GO, Sigego, a Ass ociaç ão Brasil eir a de Agências de Publicidade – Capítulo Goiás, a Central de Outdoor, a Associação Goia na de Imprensa e o Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de Goiás.
Eduardo Sousa é o novo diretor da Afeigraf Gerente de Marketing para a
Ipsis lidera premiação latino-americana Pelo terceiro ano consecutivo, a Ipsis despontou no Concurso Latino-Americano de Produtos Gráficos Theob ald o De Nigris, promovido pela Conlatingraf. Com a conquista de seis prêmios na categoria ouro, a Ipsis foi a gráfica bra sileira mais premiada. No total, 11 empresas brasileiras além da Ipsis receberam o troféu de Gráfica Oro: Facform, com cinco peças; Mais Artes Gráficas, com três trabalhos; RR Donnelley Moore, com dois produtos; e Gráfica Águia, Ibep, Grafiset, Escala 7, Litografia Bandeirantes, Posigraf, S.A O Estado de S. Paulo e Stilgraf, cada uma com uma peça premiada. Para Fernando Ullmann, diretor executivo da Ipsis, o prêmio
é um reconhecimento do esforço coletivo de todos os colaboradores da empresa. “Investimos na formação de nossos prof issionais, em equipamentos de alta tecnologia de impressão, em infraestrutu ra, mas, sobretudo, em entender a necessidade dos nossos clientes”, comemorou. Ele também creditou o bom resultado à esp ecia liz aç ão da gráfica em produtos mais sofisticados, através da adoção de técnicas inovadoras e acabamentos diferenciados, que vêm se transformando em uma marca registrada da Ipsis. A cerimônia de entrega dos prêm ios foi realizada no dia 11 de novembro, em Cancun, no México.
UV Pack Acabamentos está Linha de Avendendo uma linha automá encadernação tica para encadernação com cola hotmelt e PUR, com 20 garà venda ras, para a produção de livros e
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revistas. Trata-se de uma Acoro A5, da Muller Martini, ano 2007 e instalada em 2008. O equipamento atinge velocidade máxima de 6.000 exemplares/ hora. Para mais informações, entrar em contato com José Carlos através do telefone (11) 3838-1855 ou e-mail: jjesus@ uvpackacabamentos.com.br REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
América Latina da Agfa, Eduar do Sousa foi anunciado em ou tubro como novo membro da diretoria da Ass oc iaç ão dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica (Afeigraf). Ele substitui Raf ael Sanchez, que, por motivos prof issionais, dei xou a diretoria da entidade. Dessa forma, Eduardo une-se a Cristina Barros, José Carlos Barone e Martina Ekert, bem como a Karl Klökler, presidente eleito para
o biênio 2010/12. “Estou muito motivado e honrado em participar da diretoria da Afeigraf. Participei efetivamente de todo o processo de criação da entidade e acompanhei o crescimento tanto em número de asso ciad os como em importância da Afeigraf para a indústria gráfica nacional. Será uma grande responsabilidade continuar o ótimo trabalho conduzido pelas diretorias anteriores”, disse Eduardo Sousa. www.afeigraf.org.br
Antilhas reposiciona sua marca C
omo parte da estratégia de intensificar sua presença no setor industrial e estreitar ainda mais o relacionamento com os clientes, a Antilhas, especializa da no fornecimento de embalagens para o varejo, acaba de redefinir sua logomarca. Todas as letras do nome da empresa estão agora em caixa baixa, sem serifas, e a cor da primeira letra difere das demais, o que remete à liderança. Além disso, hou ve a inserção de um ícone em formato de globo que faz referência ao dinamismo e ao pio neirismo. Sua construção, com variação de tons, garante movimento à marca. Para fortalecer a proximidade e o conhecimento do negócio do cliente, o novo slogan é: “Nosso mundo é inovar o seu”.
Há 11 meses, a Antilhas ini ciou uma aval iaç ão dos seus valores, processos, comunicação, produtos, áreas de atuação e necessidades de seus clientes. Para tanto, contou com o apoio de consultoria especializada em branding e uma agência de comunicação, que auxiliaram na definição do novo posiciona mento da empresa. Para 2010, a Antilhas projetou um aumento de 16% em seu faturamento; entretanto, no pri meiro semestre atingiu um crescimento de 29% e estima fechar o ano com 18%. Esse índice se deve à grande demanda varejista, impulsionada pela amplia ção do PIB brasileiro em todas as classes sociais, principalmente na classe C. www.antilhas.com.br
A FUJIFILM Hunt é a fabricante e desenvolvedora de todos os produtos químicos para a indústria gráfica em nível mundial da FUJIFILM. A FUJIFILM Hunt possui laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de produtos na Europa e nos EUA, que desenvolvem fórmulas cada vez mais modernas em soluções de fonte, lavadores de rolos e blanquetas, silicone e produtos auxiliares para impressão, mais amigáveis ao meio ambiente e mais saudáveis para os usuários da indústria gráfica. Com a supervisão da sua matriz nos EUA, a FUJIFILM Hunt do Brasil produz, na sua fábrica em Arujá (SP), produtos consagrados nos mercado norte-americano e europeu, com a mesma fórmula e controle de qualidade. Somos uma empresa certificada pelas ISO 9001 e 14001. Comprometida em ajudar a eliminar o uso de álcool isopropílico na impressão ou reduzir substancialmente sua utilização, a FUJIFILM Hunt do Brasil está disposta a fornecer aos primeiros 35 clientes que entrarem em contato conosco, sem nenhum custo, os produtos químicos e o suporte técnico necessário para os testes iniciais, visando um ambiente verde em sua sala de impressão.
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Empresas do grupo FUJIFILM FUJIFILM Hunt do Brasil (11) 5091-4280 contatohunt@fujifilm.com.br www.fujihunt.com.br
Abertas inscrições para o Heidelberg Eco Printing Award
EGB comemora 10 anos
Seguem até 31 de janeiro de 2011 as
No dia 22 de outubro, a Editora Gráfica Bernardi (EGB) festejou seus
inscrições para o 2º Heid elb erg Eco Printing Award, promovido pela Hei delberger Druckmaschinen AG. O prêmio ambiental é focado em práticas sustentáveis da indústria gráfica para pré-impressão, impressão, acabamento, logística e cultura corporativa. Dividido em duas cate gorias, Empresas Sustentáveis e Soluções de Futuro, o prêmio visa incentivar e disseminar práticas sustentáveis em gráficas de todo o planeta. Qualquer empresa que opere com pelo menos uma impressora offset plana, independente do tamanho da empresa, número de impressoras e volume de produção, pode concorrer. Os vencedores, que receberão prêmios de 50 mil euros, serão determinados por um grupo de jurados independentes, representantes da indústria gráfica e de associações ambientais. A divulgação do resultado final do prêmio será realizada em junho de 2011. www.heidelberg.com
10 anos de atividade. Cerca de 600 pessoas prestigiaram o evento, que aconteceu na sede da empresa, em Guarulhos. Zulmiro Bernardi, diretor, fez um breve discurso em que agradeceu a todos os funcionários, clientes e fornecedores que ajudaram a construir a história da empresa. A festa contou também com a presença da atriz global Paloma Bernardi, que participou do sorteio de diversos prêmios para os convidados.
Indústria de celulose e papel aponta desafios A perspectiva de retomada de investimentos no setor de celulose e papel deu um tom otimista ao ABTCP-Tappi 2010 – 43º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel, de 4 a 6 de outubro em São Paulo. Durante o evento, promovido pela Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), os especialistas do setor confirmaram as projeções de investimentos de US$ 20 bilhões até 2020, segundo estimativa da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), mas alertaram para a necessidade de se reduzir a carga tributária sobre a atividade, ajustar o câmbio e eliminar os gargalos da infraestrutura e da logística do País. Do total previsto para investimento até 2020, US$ 3,4 bilhões são impostos a serem pagos pelo setor, segundo estimativa de Carlos Farinha e Silva, vice-presidente da Pöyry Tecnologia e membro do conselho da ABTCP. Ele explicou que a carga tributária representa de 10% a 15% do valor investido pela indústria, a qual arca com cerca de 85 impostos, que representam até 48% do faturamento bruto das empresas. Durante o congresso a ABTCP apresentou estudo mostrando que o balanço entre as emissões e as remoções de GEEs (gases do efeito estufa), consolidadas a partir dos inventários das empresas do setor, é amplamente favorável ao sequestro de CO². A estimativa da ABTCP é de que o total de emissões de GEEs do setor — de forma direta ou indireta — some 6,484 milhões de toneladas de CO² equivalente ao ano. Já as remoções de GEEs somam cerca de 64,2 milhões de toneladas de CO² equivalente ao ano. Considerando todos os tipos de emissões diretas e indiretas, a indústria de celulose e papel resgata pelo menos 10 vezes mais CO² do que o total que emite em toda a cadeia de produção e distribuição. A partir das conclusões obtidas, a ABTCP relacionou alguns passos que as entidades do setor podem adotar para estimular a redução das emissões de GEEs, dentre eles a criação do Carbon Disclosure Project – Papel e Celulose Brasil e o planejamento e execução de iniciativas de disseminação do conceito de governança climática entre as empresas do setor (no formato de treinamentos, workshops e publicações setoriais, por exemplo). www.abtcp-tappi2010.org.br
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POSIGRAF + KOMORI
Inteligências múltiplas a serviço da educação A Posigraf, maior gráfica do país, está comemorando seu sucesso com a aquisição de duas novas máquinas Komori Lithrone S 840P+C com verniz. Isso significa que a contribuição da Posigraf com a educação acaba de ganhar um reforço de peso. Inteligência de verdade é assim: investir no futuro para crescer sempre.
Entre em contato com um representante Gutenberg. Rua Conselheiro Nébias, 1131 - CEP 01203-902 - São Paulo - SP Tel.: 55 11 3225 4400 - Fax: 55 11 3224 0202 - www.gutenberg.com.br Vendas regionais: Belo Horizonte - Curitiba - Porto Alegre Recife - Rio de Janeiro
ENTREVISTA Ada Caperuto e Tainá Ianone
Em entrevista exclusiva, o jornalista Rodolfo Konder manifesta o posicionamento da ABI em relação à criação dos conselhos estaduais de fiscalização da mídia.
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Rodolfo Konder
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“Imprensa livre é garantia de aprimoramento social”
om 45 anos de dedicação ao jorna lismo, Rodolfo Konder é atualmen te diretor da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em São Paulo e conselheiro do Museu de Arte de São Pau lo (Masp). Aos 72 anos de idade, ele acumu la a exper iência como secretário municipal da Cultura, de 1993 a 2000; como membro do Conselho da Fundação Padre Anchieta e da diretoria da Bienal de São Paulo; e pre sidente da Comissão Municipal para as Co memorações dos 500 anos do Descobrimen to do Brasil. Autor de 21 livros e merecedor do Prêmio Jabuti (Câmara Brasileira do Li vro) de 2001 com a obra Hóspede da Solidão, Konder lançará em dezembro o livro Nos so Rio Marrento e Torturado, no qual regis tra todas as experiências políticas de confli to com a ditadura durante o regime militar e conta suas exper iências em dois per íodos de exílio, fuga, prisão e tortura.
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Com passagem por revistas como Reali dade, Visão, IstoÉ e Época, ele foi colabora dor do jornal O Estado de S. Paulo durante dez anos e atuou em diversas emissoras de rádio e de televisão, ocupando, por quatro anos, o cargo de editor-chefe e apresenta dor do Jornal da Cultura, da TV Cultura. Tes temunha ocular da história do jornalismo, Konder acompanhou a evolução da profis são e de toda a mídia. Ele empresta sua am pla visão para falar sobre o momento atual da imprensa brasileira aos leitores da Revis ta Abigraf, em uma entrevista que aborda a mídia segmentada, o futuro dos per iódicos impressos e a criação de conselhos estaduais de fiscalização da mídia. No final de out ubro deste ano, seguindo o exemplo do Ceará, mais três estados da Fe deração anunciaram que se preparam para implantar conselhos de comunicação com
o propósito de monitorar a mídia, seguin do a recomendação da Conferência Nacio nal de Comunicação, realizada em 2009, por convocação do governo federal. Qual a sua posição sobre isso? Rodolfo Konder: Eu tenho esboçado posição completamente contra a criação desses con selhos. Muitas pessoas que são a favor, em busca de uma justificativa, costumam cri ticar a atitude de um ou outro veículo. São argumentos sempre parciais. Ora, não in teressa o que fez um ou o outro. O valor da imprensa, sua importância, está na multi plicidade. É no seu conjunto que a imprensa desempenha o papel essencial de preserva ção da liberdade de informação e de mani festação política. Existem órgãos da impren sa que são mentirosos, que não têm ética, mas existem out ros que são corretos, que têm compromisso com a ética e com a ho nestidade. É do conjunto desses órgãos da imprensa que resulta o espelho onde a so ciedade se vê refletida. E a sociedade tem traços bons e maus. Se você busca o aprimo ramento da sociedade, a melhor maneira de fazê-lo é preservar a liberdade de imprensa. Esse aprimoramento social, em toda a his tória, nunca se deu à custa da liberdade de imprensa. Você não pode querer controlar a mídia. Com a liberdade, você prestigia os órgãos que têm compromisso com a ética e repudia aqueles que não têm. O senhor acredita que a estruturação de conselhos estaduais pode agravar aind a mais a sit uação, uma vez que cada unidade da Federação terá suas próprias regras? RK: A gente sabe que o governo federal não tem uma visão positiva da imprensa e nem admite críticas a certas posturas. A impren sa é muitas vezes vista como inimiga por dis cordar do posicionamento oficial. Em minha opinião existe, sim, uma tentativa de mon tar um tipo de instrumento para controlar os meios de comunicação, com o objetivo mesmo de fiscalizar e controlar as manifes tações contrár ias aos interesses do Estado. Mas este é um caminho que não engana e as pessoas percebem o que estão tentando criar. Perceberam antes, quando a iniciativa tinha base no plano federal, haja vista que o próprio governo tinha se comprometido a encaminhar ao Congresso um plano nacio nal de direitos humanos que envolve o con
trole da imprensa. Ou seja, já houve uma tentativa de impor um instrumento que pre vê o controle oficial da imprensa, mas que não avançou porque a opinião pública, a im prensa e mesmo alguns representantes do meio político não permitiram. Ao que me parece, com os conselhos est aduais, exis te a possibilidade de criar-se uma rede que, futuramente, se consolide nacionalmente. E qual é a posição oficial adotada pela ABI em relação a esse assunto? RK: Na ABI-SP, tanto eu como meus colegas consel heiros pensamos do mesmo modo. Todos temos essa preocupação de não fa zer concessões no que se refere à liberdade de imprensa. Ontem mesmo [26 de outubro] estive com o Maur icio Azedo [presidente da ABI] e posso dizer que a posição dele é de crítica no que se refere à criação desses conselhos. O valor da imprensa, Não aceitaremos qualquer forma de prejuízo à liber sua importância, dade de imprensa.
está na multiplicidade. É no seu conjunto que a imprensa desempenha o papel essencial de preservação da liberdade de informação e de manifestação política.
Como a ABI tem se po sic ion ad o em relação à não exigência de diplo ma para exercer a ativi dade de jornalista? RK: Eu me tornei jornalis ta em 1965, quando voltei do primeiro exílio. Eu não tinha diploma, mas sabia ler e escrever. Fui traba lhar na [agência de notícias] Reuters. Naquela época, com dois anos de exercício prof issio nal era possível obter o registro de jornalis ta, então tirei o meu. Sou jornalista prof is sional, mas não tenho diploma. Entretanto, o diploma foi um avanço e uma conquista na história do jornalismo. No final de 1968 vim trabalhar em São Paulo, “empurrado” do Rio de Janeiro pelo AI-5, para trabalhar na revis ta Realidade. Pouco tempo depois me tornei professor de jornalismo na Faap (Fundação Armando Álvares Penteado). A existência dos cursos é algo muito positivo, dá densi dade à profissão, coloca-a em outro patamar. Nesse sentido, nós da ABI somos favoráveis à exigência do diploma. Falando sobre tendências da mídia, o jor nalismo segmentado vem crescendo nos
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últimos anos, algo que pode ser confirma do pelo incremento no número de revistas e também de jornais para públicos específicos. Qual é sua opinião sobre esta tendência? RK: Este processo de especialização cada vez maior, com o surgimento de uma visão fo cada, é inevitável e positivo, mas com uma condição: que não se perca o aspecto global das coisas. Não podemos deixar de prestar atenção ao noticiár io geral, pois é nele que se pode encontrar as respostas para muitas das indagações sociais. É no jornalismo co tidiano e amplo, praticado com democracia e liberdade, que se encontram as respostas para estes questionamentos. E se você não tem essa liberdade de expressão no jorna lismo geral, se a imprensa é controlada, isso se reverte em O livro impresso é todos os órgãos, prejudicando até a mídia segmentada. um objeto de ternura e
carinho. E ele não vai desaparecer. O digital vem para somar e não para eliminar; não significa que o papel será substituído pelo eletrônico.
Nos últimos anos, com o au ment o do poder aquisitivo das classes C e D, vem ocor rendo uma expansão no nú mero de títulos dos chamados jornais “populares”, com con teúdo mais apelativo. Como o senhor enxerga este momento dos jornais impressos? RK: A violência e o erotismo atraem certos tipos de leitores. Como eu dis se, a visão global que devemos ter é: a im prensa é uma espécie de espelho no qual a socied ade se vê refletida; se a socied a de tem coisas boas, estará lá [na mídia], se não tem, não estará. Mas a nossa imprensa é marcada pela heterogeneidade: há órgãos que são muito éticos e outros que exploram esse viés apelativo, muit as vezes sem ne nhuma ética. Cabe a nós prestig iar aqueles que trabalham com ser iedade.
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Outra tendência em crescimento é a de jor nais diários grat uitos. Qual é a sua opinião sobre esse tipo de veículo? RK: Eu tenho certo cuidado com as coisas que vêm de graça. Temos que nos pergun tar o que está por trás disso. Em tudo o que é grátis, sempre existe por trás o interesse publicitário ou de alguém que está patro cinando e certamente quem paga é quem se beneficia. O compromisso maior não é com a notícia, mas sim com a publicidade. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
O jornal se torna uma alternativa viável de informação para quem não tem dinhei ro para comprar um per iód ic o de gran de circulação. Esse tipo de imprensa não pode, evidentemente, subst it uir a grande mídia. Os cidadãos têm que estar sempre informados, procurar todas as mídias, rá dio, TV, revista e jornal, para encontrar as informações necessár ias. O Jornal do Brasil recentemente deixou de produzir a sua versão impressa. Como o se nhor vê o encerramento da circulação de um dos mais antigos e respeitados órgãos de imprensa do País? RK: Vendo as coisas em um plano maior, a verdade é que vivemos um processo de transformação, o qual devemos procu rar acompanhar, pois tem havido muit as mudanças e isso traz benef ícios e riscos. O senhor acredita que o jornal impresso poderá deixar de existir no futuro? RK: Eu tenho 21 livros publicados, em de zembro sairá o 22º, já traduzi seis livros, pre faciei vár ios outros e minha vida como jor nalista tem relação direta com a literatura. Quando vim trabalhar em São Paulo esta va vivendo uma exper iência singular entre o casamento do jornalismo e da literatura. A revista Realidade seg uia o estilo new jor nalism, que era justamente essa junção e foi isso que abriu as portas para eu me tor nar escritor. Eu me identifico muito com o livro impresso, que, para mim, é um obje to de ternura e carinho. E ele não vai de saparecer. O digital vem para somar e não para eliminar; não significa que o papel será substituído pelo eletrônico. O processo di gital vem para transformar, para acrescen tar e é inevitável. Nós estamos vivendo um momento em que “o presente está em de clínio, o presente está só”, como diria Jorge Luis Borges. As pessoas estão desligadas do passado, do conhecimento, da história e do processo que nos trouxe aqui. Por isso tam bém estão desligadas do futuro, porque não têm mais utopias. A maior ia das pessoas não tem sonhos, não persegue uma estre la. Estamos vivendo um per íodo complica do. Os jovens estão aprisionados porque ig noram o passado e não planejam o futuro. E a imprensa é um dos pontos possíveis de recuperação e salvamento.
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Fotos: Jaime Acioli
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1 Ismael Nery, Namorados, óleo sobre tela, 58,5 × 58,5 cm, 1927 2 Fulvio Pennacchi, Almoço Campestre, óleo sobre tela, 123 × 197 cm, 1939 3 Maria Leontina, Natureza Morta, óleo sobre tela, 61 × 85 cm, 1949 4 Gonçalo Ivo, O Caminho de Amsterdam, óleo sobre tela, 120 × 180 cm, 2002 5 Roberto Burle-Marx, Composição Abstrata, acrílica sobre tela, 138 × 174 cm, 1979 6 Regina, Namorados, óleo e colagem sobre tela, 150 × 100 cm, c 1920 7 Alberto da Veiga Guignard, Flores, óleo sobre cartão, 38 × 31,5 cm, 1933 8 Dionísio del Santo, Músicos, óleo sobre tela, 110 × 150 cm, 1985 9 Toz, Shimuzada, técnica mista sobre tela, 160 × 160 cm, 2010 10 Orlando Teruz, Crianças Brincando, óleo sobre tela, 90 × 116 cm, 1966 11 Portinari, Espantalho, óleo sobre madeira, 55 × 46 cm, 1941 12 Gonçalo Ivo, Curral, óleo sobre tela, 135 × 230 cm, 1988
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A nossa arte faz 22 anos nas capas da Abigraf Jacob Klintowitz*
Para comemorar estes 35 anos da Revista Abigraf, convidamos o respeitado jornalista e crítico de arte, Jacob Klintowitz, autor de mais de uma centena de livros e curador de importantes mostras no Brasil e no exterior, para uma análise da contribuição que o setor gráfico nacional — a ampla visão de seus líderes que dirigem a entidade maior do setor no País — e a editora Clemente & Gramani dão à cultura brasileira com as matérias de arte publicadas. Afinal, a indústria da comunicação gráfica é uma importante guardiã da democracia, impulsionadora do desenvolvimento e símbolo da independência. Povo culto e educado, é povo livre e comprometido com o progresso. 23 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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o começo não era uma obrigação, mas sim o vo luntário e lírico desejo de mostrar a alma nacional por intermédio dos seus poet as visuais, os artis tas plásticos brasileiros. Hoje, depois de 22 anos de contínuas capas dedi cadas à arte brasileira, de um projeto gráfi co refinado e da série de perfis feitas pelo jornalista Ricardo Viveiros, a Revista Abigraf é uma das mais sólidas referências da nos sa cultura e segura fonte histórica. As maté rias de arte da revista tornaram-se tradição, memória e atualidade da arte e dos artistas. A relação de cumplicidade entre o leitor, o circuito da arte e a publicação tornou suas matér ias de capa dedicadas à arte uma es perada e per iódica manifestação de prazer e informação qualificada. Existem alguns fatores que tornam esta persistência da revista um dado importante na nossa vida cultural. O primeiro, é claro, é a atualidade tecnológica da nossa indús tria gráfica e a sua produção de alta preci são. A revista representa este respeitável e importante setor industrial. E diretamente ligada a esta posição de ponta que a indús tria tem no Brasil, a Clemente e Gramani
Editora, com o apoio da diretoria da Abi graf, assumiu a corajosa decisão de dedicar as capas de sua revista a uma área tão signi ficativa para a cultura nacional. Na verdade há uma dupla ligação, imediata e simbólica, para esta relação. Tanto quanto a arte, a in dústria gráfica produz qualidade. E a pro dução gráfica só começa após a criação e o planejamento do artista visual. Eu trabalho há mais de 40 anos na mí dia impressa e eletrônica, sempre tratando de arte, e sei da importância fundamental da equipe. E sei também que o diretor da re vista, Plinio Gramani Filho, tem a função de um maestro na orquestra, pois estabelece o conceito da publicação, a ordem de entrada dos instrumentos, o formato das matér ias, corrige, orienta e dimensiona cada assunto, evita a emoção excessiva e obsessiva. O meu papel nestes anos tem sido o de solista, mas eu sei o que devo aos meus companheiros de redação e aos meus editores. Uma publi cação contínua de 22 anos de vitor iosas ma tér ias sobre cultura obrigator iamente é pla nejada, organizada, avaliada e reor ientada de maneira permanente. Outro fator importante foi a criação de um padrão gráfico para as capas e as páginas dedicadas à arte. Neste sentido o trabalho de Cesar Mang iacavalli tem sido impecável
no estabelecimento de uma identidade vi sual que o leitor reconhece e que traz a sen sação, pelo cuidado permanente, de que se está diante de uma matéria prioritária. Deve ser destacado o valor da seleção eclética, abrangente e ideolog icamente descompro metida dos artistas. A revista contemplou artistas de vár ias tendências e linguagens, com base apenas na qualidade expressiva de cada um. Isso se tornou um exemplo de to lerância e visão multicultural, pois ela é ca paz de olhar com interesse para uma multi plicidade de pontos de vista. Outro fator do sucesso editor ial é a ma neira como estas matér ias são elaboradas. O texto de Ricardo Viveir os tem eviden te qualidade literária, utilizando recursos do moderno jornalismo com a inclusão da subjetividade, e uma forma narrativa que o aproxima da biog raf ia clássica, pois regis tra os dados objetivos, as nuanças de com portamento e as manifestações psíquicas do retratado. Há nestes textos o conhecimento específico da arte e do processo criativo do artista e há a exper iência de quem conhece as vicissitudes do cotidiano humano. Mais de vinte anos de matér ias de capa dedicadas à arte por uma revista setor ial de público dirigido é um dado único e por sua natural isenção se constitui num origi
nal panorama da arte nacional. Trata-se do mesmo interesse que as coleções de arte privadas ofereciam, na primeira metade do século XX, por se constituírem numa visão não oficial da vida artística. No caso da Revista Abigraf, a sequência nos traz nomes de grande representação, que poder iam ser, por si só, um completo projeto de exposições itinerantes para que o País conhecesse melhor os seus artistas: Emiliano Di Cavalcanti, Fayga Ostrower, Renina Katz, Carlos S cliar, Yolanda Mo halyi, Alice Brill, Zélio Alves Pinto, Milton Dacosta, Anita Malfatti, Tikashi Fukushi ma, Rugendas, Antônio Gomide, Vicente do Rego Monteiro, Giuseppe Pancetti, Candi do Portinari, Aldir Mendes de Souza, Cary bé, Flávio de Carvalho, Aldemir Martins, Francisco Brennand, Antonio Henrique do Amaral, Fulvio Pennacchi, Raimundo Cela, Tomie Ohtake, Samson Flexor, Dja nira da Motta e Silva e Iberê Camargo, entre tantos outros. Neste particular panorama da arte brasi leira o despojamento de apresentação é um dado notável. O foco é sempre no artista e na sua obra e o método é o de apresentar o seu trabalho a partir de depoimentos pes soais e, quando possível, de vár ias visões, do desenvolvimento interno das formas.
Jacob Klintowitz é crítico de arte, escritor, jornalista, autor de 116 livros de arte e teoria de arte e tem sido colaborador de importantes veículos como Jornal da Tarde, O Estado de S. Paulo, Tribuna da Imprensa, TV Globo, revista IstoÉ e Revista da Indústria.
IMPRESSÕES
Claudio Baronni
Presidente do Conselho Diretivo da ABTG
Eficácia sempre ão importa o tamanho: grande, média ou pequena, toda gráfica está sujeita a pressões das quais não há como escapar. Diariamente o empresário brasileiro tem de conviver com uma legislação intrincada, cheia de meandros, impostos excessivos sem qualquer contrapartida, dificuldades para obtenção de crédito e com os altos custos dos serviços públicos. Do ponto de vista comercial, estão nos seus calcanhares um mercado altamente ofertado, onde coexistem práticas ilícitas como o uso inadequado do papel imune, além de relações com fornecedores nem sempre justas, nas quais preços mais acessíveis significam perda de qualidade. Há ainda as questões relacionadas à mão de obra, como o alto custo do treinamento, fundamental para a adequação às novas tecnologias, afora uma legislação trabalhista paternalista que gera altos custos. Isso, obviamente, sem falar nos desafios inerentes ao negócio, como a satisfação do cliente, o desenvolvimento de soluções diferenciadas, a adequação dos produtos às demandas do mercado e a corrida pela inovação. Para não se deixar engolir por esse monstrengo de mil braços a arma é a produtividade. Para começar, lembre-se de que não existe uma empresa boa em tudo. Procure um nicho dentro do mercado que você já atende. Mantenha-se flexível, porém tenha foco e mostre aos seus clientes o que sua empresa tem de melhor a oferecer.
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Com essa estratégia em mente, padronize seus processos, sem confundir essa ação com a padronização do produto. Quem cria o produto é o cliente e nesse ponto ele precisa de você justamente na viabilização de peças exclusivas. Justamente para entender essa demanda, implante uma filosofia voltada para o cliente. Encante-o. Se você quer produtividade terá, necessariamente, de selecionar seus fornecedores. Não compre somente “preço”. Leve em conta todo o apoio que o fornecedor pode lhe dar e o rendimento dos materiais quando estiver colocando nos pratos da balança os itens custos e benefícios. Outro quesito que merece total atenção é a seleção da mão de obra. Escolha bem seus colaboradores, treine-os bem e sempre, ao mesmo tempo em que os motiva através de salários justos, benefícios adequados e objetivos claros e reconhecimento. Assim como na decisão sobre os fornecedores, modernas tecnologias têm seu custo e ele tem de ser pago. Avalie muito bem todas as possibilidades, vantagens e desvantagens, custos adicionais e retorno sobre o investimento, fundamentando sua decisão em dados concretos. Para finalizar, deposite suas fichas no controle dos processos, produtivos e administrativos, sem medo de errar. Aqui vale a máxima: “só posso melhorar o que conheço, só conheço o que meço e acompanho”. claudiobaronni@abril.com.br
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Prêmio de Excelência Gráfica chega à 20ª- edição Ipsis, Log&Print, Facform e Pancrom são as gráficas com maior número de produtos entre os finalistas, inscritos por 96 empresas, das quais 41 são de outros estados fora São Paulo. Tânia Galluzzi
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elo 20º ano consecutivo o 11, são os outros dois estados com Inscrições setor gráfico homenageia mais empresas entre os finalisas empresas que durante tas. A gráfica com maior número 1.285 produtos o ano inteiro se dedicam a de peças disputando prêmios é a 175 empresas alcançar a excelência. No dia 23 de Ipsis, concorrendo com 20 produ16 estados novembro serão revelados os ventos em 13 categorias. Ela é seguida cedores do Prêmio Brasileiro de pela Log&Print, com 16 trabalhos. Excelência Gráfica Fernando Pini A Log&Print, inclusive, já tem pelo Finalistas 2010. São finalistas 96 gráficas, que menos dois prêm ios garantidos, 308 produtos concorrem ao conta-fios dourado nas categor ias Revistas Infantis ou buscando não só reconhecimento de Desenhos e Conformidade com a 96 empresas e visibilidade, mas também a cerNorma ISO 12.647-2 – Impressão Off14 estados teza de que estão no caminho cerset Plana e Rotativa, uma vez que to, valorizando o produto gráfico Distribuição por estados as cinco peças finalistas em cada em toda a sua dimensão. uma dessas categor ias foram pro– Finalistas Neste ano, o Prêmio Fernando duzidas por ela. Também lideram Estado Empresas Pini recebeu a inscrição de 1.285 a disputa Facform e Pancrom, amBA 1 produtos, desenvolvidos por 175 bas com 15 produtos cada uma, e CE 1 empresas, representando 16 EsPlural, concorrendo com 14 peças. DF 1 tados. Em 2009, 200 gráficas insA Plural domina a categoria ProES 3 creveram 1.331 peças. “Consideradutos Impressos em Rotativa Offset mos essa oscilação natural, uma Heatset/Jornais Diár ios. MG 2 vez que nos últimos anos as gráEntre os fornecedores, que comMT 1 ficas se tornaram mais criter io petem em 14 categorias, os mais ciPA 1 sas na escolha dos trabalhos en tados são Heidelberg, que briga por PB 1 viados para o prêmio”, comentou sete conta-fios, Kodak, classificaPE 3 Francisco Veloso, coordenador do da em quatro categorias, e Suzano, PR 13 concurso. Ele enfatizou o fato do em três. No total, 23 empresas forRJ 2 julgamento estar cada vez mais necedoras do segmento gráfico esapertado como uma demonstratão disputando o prêmio. A primei RS 11 ção da aval iaç ão prévia real iza ra fase de julgamento foi realizada SC 1 da pelas próprias empresas, sem nos dias 6 e 7 de outubro e a segunSP 55 contar a disseminação da qualida etapa nos dias 27 e 28 do mesmo dade. “As pontuações continuam altas e as di- mês. Os produtos finalistas ficaram expostos no ferenças entre os concorrentes são decimais, Senai Bar ueri. A festa de premiação, quando os sobretudo na segunda fase de julgamento”. vencedores serão conhecidos, terá lugar no Expo Das 96 gráficas que passaram para o se- Barra Funda, em São Paulo. Após a cerimônia de gundo julgamento, pouco mais da metade, 55, entrega haverá o show da banda Titãs. representam o Estado de São Paulo. Paraná, Nas próximas páginas, apresentamos os com 12 gráficas, e o Rio Grande do Sul, com trabalhos e empresas finalistas.
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Trabalhos finalistas classificados por categoria Os vencedores de cada categoria serão anunciados na cerimônia de entrega do XX Prêmio Fernando Pini, no dia 23 de novembro de 2010
LIVROS Livros de Texto Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Produto: File 10 Anos Cliente: Imprensa Oficial do Estado RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Coco Chanel Cliente: Larousse do Brasil Participações Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Memórias de um Sargento de Milícias” Cliente: Instituto Cultural Cidade Viva Geo-Gráfica e Editora Produto: Bíblia Sagrada – André Valadão Cliente: Igreja Batista de Lagoinha Geo-Gráfica e Editora Produto: Sigmund Freud (1914-1916) Cliente: Cia. das Letras Livros Culturais e de Arte Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Horizontes – Uma Visão Panorâmica do...” Cliente: Editora Tempo de Imagem Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Sertão sem Fim – Araquém Alcântara” Cliente: Araquém Alcântara Fotografia e Editora Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Maria Martins” Cliente: Cosac & Naify Edições Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Produto: Raízes Cliente: Imprensa Oficial do Estado Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Roberto Micoli” Cliente: Bei Comunicação
Livros Institucionais Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Design Brasil 101 Anos de História – Casa Claudia” Cliente: Editora Abril RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo Cliente: Editora Novo Século Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “100 Anos Teatro Municipal do Rio de Janeiro” Cliente: Brasilcap Capitalização Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Café na Mogiana Paulista” Cliente: Via Impressa Design Gráfico Gráfica Santa Marta Produto: Livro Governo do Rio Grande do Norte Cliente: Assessoria de Comunicação Social do Governo do RN Livros Infantis e Juvenis Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Alice no País das Maravilhas” Cliente: Cosac & Naify Edições Pancrom Produto: Toy Story 1 Cliente: Editora Abril Ipsis Gráfica e Editora Produto: “Livro das Perguntas” Cliente: Cosac & Naify Edições Ipsis Gráfica e Editora Produto: Coleção Ache o Bicho “Correndo a Todo Vapor...” Cliente: Cosac & Naify Edições Corprint Gráfica e Editora Produto: Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho Cliente: Editora Moderna
Livros Ilustrados e Livros Técnicos Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Água, Alma das Paisagens” Cliente: Eco Souvenir Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Produto: Pixinguinha Cliente: Instituto Moreira Salles RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Chocolate Todo Dia Cliente: DBA – Dórea Books and Art Gráfica e Editora GSA Produto: Livro do Palácio Anchieta Cliente: Secon – Secretaria Estadual de Comunicação Gráfica e Editora GSA Produto: Livro Estádio Kleber Andrade Cliente: Secretaria do Estado de Esportes Livros Didáticos Pancrom Produto: Ecossistemas Mod. Aluno e Professora Cliente: Sangari do Brasil Pancrom Produto: Vida das Plantas (Mod. Aluno) Cliente: Sangari do Brasil Pancrom Produto: Ecossistemas Modelo Aluno Cliente: Sangari do Brasil Gráfica Bandeirantes Produto: New English Point Cliente: Editora Saraiva Gráfica Bandeirantes Produto: Química Feltre Cliente: Editora Moderna Guias e Manuais Mateus Indústria e Comércio de Brindes Produto: Cartão Tim Infinity Cliente: Tim Celulares
NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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Corgraf Gráfica e Editora Produto: Manual de Pré-Impressão Corgraf 3ª Edição Cliente: Corgraf Gráfica e Editora Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Guia São Paulo Life” Cliente: Siquini Gráfica Editora e Fotolito Gráfica Flamar Editora Produto: Guia Turismo Recife Te Quer Cliente: Recife Convention Gráfica Flamar Editora Produto: Guia de Turismo Porto de Galinhas Cliente: Prefeitura de Ipojuca
REVISTAS Revistas Periódicas de Caráter Variado sem Recursos Gráficos Especiais Pancrom Produto: Revista Rolex Spirit nº 16 Cliente: Relógios Rolex RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Revista Chiques & Famosos Cliente: Editora Símbolo RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Revista Vogue Premium Cliente: Carta Editorial Log & Print Gráfica e Logística Produto: Revista do Itaú Personalité nº 10 de 2010 Cliente: Trip Editora Gráfica e Editora GSA Produto: Revista Emar Batalha Cliente: Emar Batalha
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Revistas Periódicas de Caráter Variado com Recursos Gráficos Especiais Facform Impressos Produto: Revista Engenho de Gastronomia Cliente: Engenho Comunicação e Marketing Ibep Gráfica Produto: Revista Cavallino Cliente: Leitura e Arte Ibep Gráfica Produto: Revista Photoshop Creative nº 20 Cliente: Digerati Comunicação Gráfica e Editora Posigraf Produto: Revista Yachtbrasil Cliente: YB Revenda de Barcos
Ipsis Gráfica e Editora Produto: Revista Gourmet Life nº 9 Cliente: Siquini Gráfica Editora e Fotolito Revistas Infantis ou de Desenhos Log & Print Gráfica e Logística Produto: Lanterna Verde – Forjados no Ódio Cliente: Panini Brasil Log & Print Gráfica e Logística Produto: Crise Final 07 Cliente: Panini Brasil Log & Print Gráfica e Logística Produto: Marvel Especial 18 Cliente: Panini Brasil Log & Print Gráfica e Logística Produto: A Noite Mais Densa Cliente: Panini Brasil Log & Print Gráfica e Logística Produto: Homem de Ferro Cliente: Panini Brasil Revistas Institucionais Ibep Gráfica Produto: Revista Artefacto Beach & Country nº 2 Cliente: Euromobile Interiores Ibep Gráfica Produto: Revista Le Lis Blanc 25 Cliente: Le Lis Blanc Deux Ibep Gráfica Produto: Revista Daycoval Cliente: Spring Editora Produtora Comunicare – Life Serviços Gráficos Produto: Prêmio Colunistas Paraná 2009 Cliente: Silvia Dias de Souza Gráfica Print Indústria e Editora Produto: Revista Corpo e Arte Cliente: Rocha Lino e Cia – Corpo e Arte
JORNAIS Jornais Diários Impressos em Coldset Delta Publicidade Produto: O Liberal Cliente: Delta Publicidade Delta Publicidade Produto: Amazônia Cliente: Delta Publicidade S/A O Estado de S. Paulo Produto: Jornal da Tarde – edição 01/06/10 Cliente: S/A O Estado de S. Paulo
S/A O Estado de S. Paulo Produto: O Estado de S.Paulo – edição 29/06/10 Cliente: S/A O Estado de S. Paulo S/A O Estado de S. Paulo Produto: O Estado de S.Paulo – edição 26/07/10 Cliente: S/A O Estado de S. Paulo Jornais de Circulação Não-Diária Gráfica e Editora Posigraf Produto: Jornal Le Monde Diplomatique Cliente: Polis Instituto de Estudos, Formação e Assessoria Ibep Gráfica Produto: Journal SPFW janeiro 2010 – edição 3 Cliente: In Mod Instituto Nacional de Moda e Design Ibep Gráfica Produto: Revista C&A – abril – edição 2 Cliente: Trip Editora e Propaganda Ibep Gráfica Produto: Revista Invicto – novembro/dezembro 2009 Cliente: Esfera BR Mídia Editora Oceano Indústria Gráfica e Editora Produto: Jornal Brasil Econômico Cliente: Jornal Brasil Econômico
PRODUTOS PARA IDENTIFICAÇÃO Rótulos Convencionais sem Efeitos Especiais Degráfica Impressos Produto: Rótulo Vinho Quinta do Rio Grande Cliente: Cooperativa Vinícola Garibaldi Degráfica Impressos Produto: Rótulo Jurubeba Cliente: Casa Di Conti Gráfica Rami Produto: Rótulo, Contrarrótulo e Gargalo Cerveja St. Gallen Cliente: Comary Indústria Brasileira de Bebidas Gráfica Rami Produto: Rótulo e Contrarrótulo Rum Capitan Cortez Carta Branca Cliente: Viti-Vinícola Cereser Gráfica Rami Produto: Rótulo e Gargalo Cerveja Kaiser Bock 600 ml Cliente: Cervejarias Kaiser Brasil
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Rótulos Convencionais com Efeitos Especiais Degráfica Impressos Produto: Rótulo Vinho Di Bartolo Cliente: Cooperativa Vinícola Garibaldi Degráfica Impressos Produto: Rótulo Old Red Whisky Cliente: Casa Di Conti RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Cachaça Theodoro Cliente: Destilaria Theodoro Rótulos em Autoadesivo sem Efeitos Especiais Degráfica Impressos Produto: Café Amigo Premium Cliente: Cia Iguaçu de Café Degráfica Impressos Produto: Rótulo Café Cofique Cliente: Cia Iguaçu de Café Grafitusa Produto: Pastilhas Cliente: Garoto Grafitusa Produto: Bombons Serenata Cliente: Garoto Grafitusa Produto: Bombons Garoto Cliente: Garoto Rótulos em Autoadesivo com Efeitos Especiais Degráfica Impressos Produto: Vinho Fino Tinto Seco Dal Pizzol 35 Anos Cliente: Vinícola Monte Lemos Degráfica Impressos Produto: Rótulo Queijo Tipo Brie Cliente: José Luiz Ipar Pravia Brasicolor Indústria Gráfica Produto: Cave Pericó Cliente: Vinícola Pericó Gráfica Reúna Produto: Rótulo Don Laurindo Reserva Tannat / Merlot / Cabernet Sauvignon Cliente: Vinícola Don Laurindo Gráfica Ipê Produto: Rótulo Cachaça Fazenda Soledade Cliente: Fazenda Soledade
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Etiquetas Facform Impressos Produto: Etiqueta para Camisa Literato Organic Cliente: Literato Grafdil Impressos Produto: Tag Edição Especial Cliente: Ravanello Indústria e Comércio
Tarfc Indústria Gráfica Produto: Necktags Pura Cliente: Sagatiba Brasil Tarfc Indústria Gráfica Produto: Necktags Velha Cliente: Sagatiba Brasil Scribo Formulários Produto: Etiqueta Cartório Paulo Viana Cliente: Cartório Paulo Viana Adesivos RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Kuromi Cliente: Indústria Gráfica Foroni Estética Artes Gráficas Produto: Etiquetas Adesivas Paper Box Cliente: Paper Box RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Barbie Cliente: Indústria Gráfica Foroni Tarfc Indústria Gráfica Produto: Adesivo – O Prazer na sua Perfeição Cliente: General Mills Indústria Serigráfica Tekne Produto: Adesivo Campanha Dia das Mães Cliente: Via Uno
ACONDICIONAMENTO Embalagens Semirrígidas sem Efeitos Rosset Artes Gráficas e Editora Produto: Embalagens Cera Negra Depiroll Cliente: QGN do Brasil Gráfica e Editora Sarapuí Produto: Cartucho Adoçante Gold Sucralose 50 Envelopes Cliente: Gold Nutrition Indústria e Comércio Box Print Grupograf Produto: Ekos Kit Miniaturas Açaí Cliente: Natura Indústria e Comércio de Cosméticos Brasilgrafica Indústria e Comércio Produto: Cartucho Chocolate Lacta Delice 150g Cliente: Kraft Foods Brasil Gráfica Flamar Editora Produto: Conjunto de Caixas Pharmapele Cliente: Pharmapele
Embalagens Semirrígidas com Efeitos Kingraf Indústria Gráfica Produto: Cartucho Glamour Secrets Black Cliente: O Boticário Rona Editora Produto: Kit Vodka Stolichnaya (3 modelos) Cliente: Globalbev Brasília Gráfica Magistral Produto: Secrets Colection Cliente: O Boticário Antilhas Produto: Cartucho Sacola True Force Cliente: Avon Brasilgrafica Indústria e Comércio Produto: Linha de Cartucho Melitta Regiões Brasileiras – Serrado Cliente: Melitta do Brasil Indústria e Comércio Embalagens Semirrígidas com Efeitos Especiais Rona Editora Produto: Kit Vodka Stolichnaya (4 modelos) Cliente: Globalbev Brasília Brasilgrafica Indústria e Comércio Produto: Cartucho Cointreau 700 ml Cliente: Campari do Brasil Brasilgrafica Indústria e Comércio Produto: Caixa de Bombons Talento 189g Cliente: Chocolates Garoto Gráfica Flamar Editora Produto: Caixa Olore Soldier Exclusive Man Use Cliente: Olore Paris Brasilgrafica Indústria e Comércio Produto: Cartucho Bitter Campari 750 ml Cliente: Campari do Brasil Embalagem de Micro-Ondulados Ibratec Artes Gráficas Produto: Caixa Gato Proplan Cliente: Nestlé Brasil Escala 7 Editora Gráfica Produto: Caixas Dutyfree Black Label 4 unidades Cliente: Diageo Brasil Escala 7 Editora Gráfica Produto: Caixas Dutyfree Red Label 4 unidades Cliente: Diageo Brasil
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o Reduçãmo Consu ia Energ
Indústria de Embalagens Santa Inês Produto: Pack Teacher’s Cliente: Pernod Ricard Brasilgrafica Indústria e Comércio Produto: Caixa Panettone Bauducco 4 kg Cliente: Pandurata Alimentos (Bauducco) Embalagens Sazonais Ibratec Artes Gráficas Produto: Cartucho Edição Comemorativa 51 Cliente: Companhia Muller de Bebidas Pancrom Produto: Eternal Magic Cliente: Avon Cosméticos Jofer Embalagens Produto: Natura Sève Cliente: Indústria e Comércio de Cosméticos Natura P+E Galeria Digital Produto: Lata Sprite Cliente: Coca-Cola Brasil Gráfica Flamar Editora Produto: Embalagem Morabeza Cliente: Queiroz Galvão Embalagens Flexíveis Impressas em Flexografia Plasc Plásticos Santa Catarina Produto: Absorvente Fiore Sem Abas 8 unidades Cliente: Mabesa do Brasil Plasc Plásticos Santa Catarina Produto: Nestea Light 1,5 L Chá Preto Sabor Limão Cliente: Nestlé do Brasil Papéis Amália “Teruel” Produto: Xerox Digital Paper A4 Cliente: International Paper do Brasil Papéis Amália “Teruel” Produto: Batata Whaw Club Churrasco Cliente: Semalo Indústria e Comércio Papéis Amália “Teruel” Produto: Cereais em Barra Morango com Iogurte Trio Cliente: Trio Alimentos
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Embalagens Flexíveis Impressas em Rotogravura Inapel Embalagens Produto: Creme Knorr Vitalie Espinafre e Ervilha Cliente: Unilever Brasil Alimentos Inapel Embalagens Produto: Envoltório Ovo Amazônia Cliente: Kraft Foods Brasil
Inapel Embalagens Produto: Sachet Natura Sève Óleo Amêndoas e Óleo Menta e Alecrim Cliente: Mappel Indústria de Embalagens Inapel Embalagens Produto: Veja Doy Pack Desengordurante Limão Cliente: Reckitt Benckiser Peeqflex Indústria e Comércio Produto: Ruffles Cliente: Pepsico do Brasil Sacolas Pancrom Produto: Sacola Avon / Envólucro Promocional 22 Cliente: Avon Cosméticos Facform Impressos Produto: Sacola Eider Santos Cliente: Eider Santos Facform Impressos Produto: Sacola CIS Cliente: CIS Cartonagem Hega Produto: Packart 10 Anos Cliente: Packart Design Antilhas Produto: Sacola Embanews Cliente: Ibem – Instituto Brasileiro de Embalagens
PROMOCIONAL Pôsteres e Cartazes Facform Impressos Produto: Cartaz Casa da Rabeca 2010 Cliente: Casa da Rabeca Facform Impressos Produto: Cartaz Novo Invicto Cliente: Asa Indústria e Comércio Primacor Gráfica e Editora Produto: Cartaz Glam Cliente: Nutra–Hair Cosméticos Makro Kolor Gráfica e Editora Produto: Cartaz Devassa BL Cliente: Primo Schincariol Papéis Amália “Teruel” Produto: Guaraná Kuat 2 l Cliente: Recofarma Indústria do Amazonas Catálogos Promocionais e de Arte, sem Efeitos Especiais Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Folheto Nobre Cliente: Zkat Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Folhetão Zenith Cliente: Gafisa
Pancrom Produto: Cardápio “O Celeiro” Cliente: Amazônia Marketing e Consultoria Mattavelli Gráfica e Editora Produto: Great Urban House Cliente: Propaganda Desigual Gráfica e Editora LCR Produto: Projeto Reciclagem de Óleo Cliente: Unióleo Inovações Tecnológicas Catálogos Promocionais e de Arte, com Efeitos Especiais Pancrom Produto: Fiat Uno Cliente: ARK BR Pancrom Produto: Catálogo Nestlé Gold Cliente: Future Brand Pancrom Produto: Fiat 500 Cliente: Fiat Facform Impressos Produto: Manual de Eventos Regionais Globo Nordeste Cliente: Globo Nordeste Facform Impressos Produto: Catálogo Pontes Corporate Center Cliente: Rio Ave Relatórios de Empresas Ipsis Gráfica e Editora Produto: Relatório Anual Promon Cliente: Promon Engenharia Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Relatório Anual Bradesco Cliente: Banco Bradesco Leograf Gráfica e Editora Produto: Perfil Empresarial Delta – 2009 Cliente: Delta Construção Gráfica e Editora GSA Produto: Relatório Empresarial Cesan 2003/2009 Cliente: Cesan Gráfica Santa Marta Produto: Relatório Anual BNB 2010‑10‑25 Cliente: Banco do Nordeste do Brasil Folhetos Publicitários Pancrom Produto: Cores Mega Impact Cliente: Avon Cosméticos Laborgraf Artes Gráficas Produto: Broadside Moda e Magia Cliente: Mattel do Brasil
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IPSIS + KOMORI
Arte + Qualidade em dose dupla Sr. Fernando Ullmann – Gráfica Ipsis “A atenção com assistência técnica, treinamento e peças em estoque foram as principais razões pela opção de um equipamento de 8 cores da Komori. Claro que também levamos em conta o histórico de pouca manutenção e muita seriedade das pessoas envolvidas. A Gutenberg é uma empresa tradicional com a qual já fizemos muitos negócios no passado, todos bem sucedidos. Assim como este.”
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Laborprint Gráfica e Editora Produto: Mala Direta Ford – Caminhões Cliente: Wunderman Comunicação Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Encarte Devassa Cliente: Agência Mood Kriativa Gráfica e Editora Produto: MD PJ Dia das Crianças – Flocagem e Aroma Ursinho Cliente: Banco Itaú Kits Promocionais Ipsis Gráfica e Editora Produto: Kit “Saci e os Amigos da Natureza” Cliente: Cepar Consultoria e Participação Facform Impressos Produto: Kit Promocional Chesf Cliente: Chesf – Companhia Hidroelétrica do São Francisco Exklusiva Gráfica e Editora Produto: Apreciadores do Chopp Cliente: Femsa do Brasil Laborprint Gráfica e Editora Produto: Kit Shopping Villa-Lobos Cliente: Peralta Strawberryfrog Comércio Gráfica e Editora GSA Produto: “A Nova Realidade tem Voz” Cliente: Editora Abril
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Displays, Móbiles e Materiais de Ponto de Venda de Mesa Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Display Transitions Cliente: Full Jazz Laborprint Gráfica e Editora Produto: Cenário Mc Lanche Feliz – Littlest Pet Shop Cliente: Taterka Comunicação Laborprint Gráfica e Editora Produto: Display Ambev – Harmonização Cliente: AmBev Unibrac Indústria Comércio Embalagens Produto: Display de Mesa Novas Breeze Cliente: Avon Cosméticos Unibrac Indústria Comércio Embalagens Produto: Display de Mesa Renew Luminosity Cliente: Avon Cosméticos
Displays e Materiais de Ponto de Venda de Chão Escala 7 Editora Gráfica Produto: Display de Chão Ilha Knorr Barrows Cliente: Unilever Brasil Silfab Gráfica e Editora Produto: Ilha Nestlé São João Cliente: Nestlé Unibrac Indústria Comércio Embalagens Produto: Display de Chão Fergie Cliente: Avon Cosméticos Unibrac Indústria Comércio Embalagens Produto: Display de Chão Renew Reversalit Cliente: Avon Cosméticos Silfab Gráfica e Editora Produto: Ilha Nestlé com Dispenser São João Cliente: Nestlé Calendários de Mesa e de Parede Facform Impressos Produto: Calendário Asa Brasil Cliente: Asa Indústria e Comércio GH Comunicação Gráfica Produto: Cores do Brasil – 2010 Cliente: Oikos Agência de Imagens Comunicare-Life Serviços Gráficos Produto: Calendário Ecovia 2010 Cliente: Ecovia Tarfc Indústria Gráfica Produto: Calendário Gail 2010 Cliente: Gail Arquitetura em Cerâmica Gráfica Lupatini Produto: Calendário 7 Maravilhas Cliente: Comas
COMERCIAL Cartões de Mensagem Corgraf Gráfica e Editora Produto: “Luminária Mensagem” de Ano Novo Cliente: Corgraf Gráfica e Editora Casa da Moeda do Brasil Produto: Cartão de Natal CMB Cliente: Casa da Moeda do Brasil Holográfica Editora Produto: Paper Doll Cliente: Holográfica Editora Ogra Indústria Gráfica Produto: Cartão Comemorativo Dia Internacional da Mulher Cliente: BBox Design e Comunicações
Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Cartão de Natal Coca-Cola Cliente: Coca-Cola Convites Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Convite Schincariol Cliente: Agência Mood Gráfica Sonora Produto: Convite + Envelope – Feira Internacional de Arte Cliente: SP Arte Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Convite Comunique-se Cliente: Salem Marketing Gráfica e Editora GSA Produto: Convite para Exposição “Orquídea” Cliente: Oficina de Artes Ana Paula Castro Gráfica Santa Bárbara Produto: Convite Cravo Cliente: Lis Construções Cartões de Visita GH Comunicação Gráfica Produto: Cartão de Visita – Equilíbrio Arquitetura e Design Cliente: Equilíbrio Arquitetura e Design Corgraf Gráfica e Editora Produto: Cartão de Visita – Caandiies Cliente: Caandiies Confeittaria de Papel Grafiset Gráfica e Serviços de Offset Produto: Café do Porto 15 Anos Cliente: Café do Porto Indústria Serigráfica Tekne Produto: Trullis Dolce Indulgenza Cliente: Trullis Dolce Indulgenza P+E Galeria Digital Produto: Cartão de Visita Portfólio Publicis Cliente: Publicis Brasil Papelarias Corgraf Gráfica e Editora Produto: Envelope Luxo Cliente: Editora Mall Shopping – Comunicação Visual Gráfica Lupatini Produto: Pasta Cliente: Lupagraf Makro Kolor Gráfica e Editora Produto: Conjunto para Documentos Makro Kolor Cliente: Makro Kolor Arte Gráfica Efeito Visual Serigrafia Produto: Papelaria Solida Corporation Cliente: Solida Corporation
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PRODUTOS IMPRESSOS EM ROTATIVA OFFSET HEATSET Revistas Semanais Plural Editora e Gráfica Produto: Revista Hola Brasil Ed. 13 Cliente: Siquini Editora Plural Editora e Gráfica Produto: Época Ed. 603 Cliente: Editora Globo Plural Editora e Gráfica Produto: Revista Hola Brasil Ed. 14 Cliente: Siquini Editora Log & Print Gráfica e Logística Produto: Revista Época nº 603 Cliente: Editora Globo Log & Print Gráfica e Logística Produto: Revista Quem Acontece nº 493 Cliente: Editora Globo Revistas em Geral Ibep Gráfica Produto: Trip nº 183 – Selo FSC Cliente: Trip Editora e Propaganda Gráfica Bandeirantes Produto: Revista Arena Cliente: Doria Editora Gráfica Bandeirantes Produto: Revista Gabriel Cliente: Doria Associados Log & Print Gráfica e Logística Produto: Revista Marie Clarie nº 233 Cliente: Editora Globo Log & Print Gráfica e Logística Produto: Revista Marie Clarie nº 229 Cliente: Editora Globo Catálogos Promocionais RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Multi – A Revista da Multilaser Cliente: Multilaser Industrial Plural Editora e Gráfica Produto: Catálogo Natura Cliente: Natura Plural Editora e Gráfica Produto: Natura Ekos Ed. 1 Cliente: Natura Plural Editora e Gráfica Produto: Catálogo STB Cliente: STB – Student Travel Bureau Plural Editora e Gráfica Produto: Natura Ekos Ed. 2 Cliente: Natura Tablóides e Folhetos Promocionais Ibep Gráfica Produto: Revista Fora de Série nº 2 Cliente: Brasil Econômico
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XVII Prêmio Theobaldo De Nigris “Grafica de Oro”
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Mais Artes Gráficas
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Litografia Bandeirantes
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Tabela divulgada em 27/out/ 2010 pela ABIGRAF
Ibep Gráfica Produto: Revista Fora de Série nº 1 Cliente: Brasil Econômico Plural Editora e Gráfica Produto: Folheto Pão de Açúcar Cliente: Pão de Açúcar Plural Editora e Gráfica Produto: Encarte Shopping União Cliente: Produção Gráfica Rae Aquarius SBC Editora e Gráfica Produto: Revista Armazém Cliente: Armazém Jornais Diários Plural Editora e Gráfica Produto: Jornal Metrô 16/12/2009 Cliente: Publimetro Plural Editora e Gráfica Produto: Jornal Metrô 31/12/2009 Cliente: SP Publimetro Plural Editora e Gráfica Produto: Jornal Metrô 18/12/2009 Cliente: SP Publimetro Plural Editora e Gráfica Produto: Jornal Metrô Ed. 702 – 4/12/2009 Cliente: SP Publimetro Plural Editora e Gráfica Produto: Metrô ABC Ed. 88 – 8/03/2010 Cliente: SP Publimetro
PRODUTOS PRÓPRIOS Kits Promocionais Plasfac Gráfica e Editora Produto: Kroma 5 Anos (Vinhos) Cliente: Kroma Gráfica Tarfc Indústria Gráfica Produto: Welcome Kit – Tarfc 2010 Cliente: Tarfc Indústria Gráfica Vektra Gráfica & Editora Produto: Kit Promocional O Encanto das Aves Cliente: Gráfica Vektra Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Kit Mais Artes Gráficas – Veneza 2010 Cliente: Mais Artes Gráficas Gráfica Flamar Editora Produto: Kit Promocional Gráfica Flamar Cliente: Gráfica Flamar
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Calendários Ipsis Gráfica e Editora Produto: Calendário “Ipsis 2010” Cliente: Ipsis Gráfica e Editora Facform Impressos Produto: Calendário Facform 2011 Cliente: Gráfica Facform REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
Gráfica e Editora Posigraf Produto: Calendário de Parede Posigraf Cliente: Posigraf Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Calendário de Mesa Veneza 2010 Cliente: Mais Artes Gráficas e Editora Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Calendário de Parede Veneza 2010 Cliente: Mais Artes Gráficas e Editora Catálogos e Folhetos em geral Ipsis Gráfica e Editora Produto: “Ipsis Litteris 7” Cliente: Ipsis Gráfica e Editora Formag’s Gráfica e Editora Produto: Portfólio Formag’s Cliente: Formag’s Gráfica e Editora Tarfc Indústria Gráfica Produto: Mostruário de Acabamentos Especiais – Jogo de Memória Cliente: Tarfc Efeito Visual Serigrafia Produto: Catálogo de Texturas e Efeitos Táteis Cliente: Efeito Visual Serigrafia Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Livro Veneza 2010 Cliente: Mais Artes Gráficas e Editora Revistas Próprias Pancrom Produto: Pancrom News 33 Cliente: Pancrom Maxi Gráfica e Editora Produto: Revista ABCDesign Ed. 31 Cliente: Maxi Gráfica e Editora Grafitusa Produto: Revista Grafitte Cliente: Grafitusa Pancrom Produto: Pancrom News 34 Cliente: Pancrom Sacolas Próprias Facform Impressos Produto: Sacola Facform Cliente: Gráfica Facform Ipsis Gráfica e Editora Produto: Sacola Ipsis Cliente: Ipsis Gráfica e Editora Cartonagem Hega Produto: Sacola Hega Elegance Cliente: Cartonagem Hega
Vektra Gráfica & Editora Produto: Pasta para Provas “Estação da Luz” Cliente: Gráfica Vektra Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Pasta Cliente: Mais Artes Gráficas e Editora
IMPRESSÃO DIGITAL Impressão Digital Alpha Editora Produto: Convite de Formatura do Curso de Nutrição Cliente: Formandos de 2009, 2ª Turma de Nutrição Log & Print Gráfica e Logística Produto: Cores e Caras do Brasil (Manoel Marques) Cliente: PJR Comércio e Serviços Audiovisuais P+E Galeria Digital Produto: Leque Planeta Cliente: Visa do Brasil RWA Artes Gráficas Produto: LookBook Cliente: HBF Ativaonline Editora e Serviços Gráficos Produto: Mockups Livro Cliente: Spiandorello Impressão Híbrida Comunicare – Imprima Fácil Gráfica e Editora Produto: Kit Academia Vip – Spaipa Cliente: Spaipa Laborprint Gráfica e Editora Produto: Mala Direta Focus Cliente: Wunderman Comunicação Laborprint Gráfica e Editora Produto: Mala Direta Citibank Cliente: Banco Citibank Laborprint Gráfica e Editora Produto: Mala Direta Sodexo Cliente: Sodexo Laborprint Gráfica e Editora Produto: Mala Direta HP – Estica e Puxa Cliente: Giovanni Draft FCB Impressão Digital com Conteúdo Variável AGDirect Produto: Cornetto Feelings Cliente: Unilever Cornetto Tarfc Indústria Gráfica Produto: Tarfc News Cliente: Tarfc
P+E Galeria Digital Produto: Caixa Personalizada P+E Cliente: P+E Galeria Digital AGDirect Produto: Feliz 2010 AGDirect Cliente: AGDirect Crossmedia AGDirect Produto: Folder de Cases AGDirect Crossmedia Cliente: AGDirect Crossmedia
IMPRESSÃO SERIGRÁFICA Impressão em Serigrafia Facform Impressos Produto: Embalagem Manual de Eventos Regionais Globo Nordeste Cliente: Globo Nordeste Imagem Brasil Indústria Gráfica Produto: Cartaz de Porta Cliente: O Boticário Martigraf Soluções Impressas Produto: Display Moranguinho Summer Cliente: Grendene Farroupilha/RS Sutto Artes Gráficas Produto: Convite + Cardápio Cliente: Thamirez Sutto Artes Gráficas Produto: Kit Convite + Folder + Caixa Porta-Jóia Cliente: Emmar Batalha
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA Inovação Tecnológica ou Complexidade Técnica do Processo Pancrom Produto: Penteadeira Avon Cliente: Avon Cosméticos Rosset Artes Gráficas e Editora Produto: Bandeja Frango Assado Qualitá Cliente: Grupo Pão de Açúcar AGDirect Produto: Personalização Digital na Entrega de Apólices Cliente: Mapfre Seguros Brasilgrafica Indústria e Comércio Produto: Cartucho Tridente 14’s Bale, London e Manhattan Cliente: Kraft Foods Brasil Gráfica Flamar Editora Produto: Kit Gráfica Flamar – Homenagem a Francisco Brennand Cliente: Gráfica Flamar
Fornecedores Finalistas Adesivos Adecol Colacril Blanquetas Bottcher Day Brasil Real Graphics (Day International) Saphira (Heidelberg) Cartão para Impressão com e sem Revestimento Ibema Papirus Suzano Chapas para Impressão Agfa Fujifilm (Antalis) IBF Kodak Saphira (Heidelberg) Equipamentos para Acabamento Gráfico Heidelberg Müller Martini
Equipamentos para Impressão Rotativa Goss International Komori (Gutenberg) Equipamentos para Pré‑Impressão Agfa Heidelberg Kodak Xanté (IBF) Papel para Impressão – Não Revestido Fibria Ibema International Paper Santa Maria Suzano Papel para Impressão – Revestido Fibria Suzano Sistema de Provas HP Kodak
Equipamentos para Impressão Digital HP Kodak
Tintas Flint Ink Saphira (Heidelberg) Sun Chemical
Equipamentos de Impressão Plana Heidelberg Komori (Gutenberg)
Vernizes Overlake Saphira (Heidelberg)
CONFORMIDADE COM A NORMA ABNT NBR NM ISO 12.647-2 Impressão em Offset Plana e Rotativa Offset Heatset Log & Print Gráfica e Logística Produto: Revista Marie Claire 234 Cliente: Editora Globo Log & Print Gráfica e Logística Produto: Criativa 257 Cliente: Editora Globo Log & Print Gráfica e Logística Produto: Colheita Jequiti Ciclo 14 Cliente: SS Comércio de Cosméticos e Produtos de Higiene Pessoal Log & Print Gráfica e Logística Produto: Colheita Jequiti Ciclo 15 Cliente: SS Comércio de Cosméticos e Produtos de Higiene Pessoal Log & Print Gráfica e Logística Produto: Revista Shape Ed. 12 Cliente: Editora Alto Astral
CONFORMIDADE COM A NORMA ABNT NBR NM ISO 12.647-7 Provas Digitais Arizona Produto: Prova Digital Cliente: Arizona Arizona Produto: Prova Digital Cliente: Arizona Editora Abril Produto: Prova Digital Física nº 1 Cliente: Editora Abril Editora Abril Produto: Prova Digital Física nº 2 Cliente: Editora Abril Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Teste ABTG Cliente: Stilgraf
NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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história viva
E
le é o único empresário gráfi co que participou das 14 edi ções do Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica. Em 2000, recebeu o título de Sócio Honorário da Abigraf Nacional, da qual é um dos fun dadores. Foi o primeiro presidente da Abigraf Reg ional de Minas Gerais e um dos idealizadores do Centro de Tecno logia da Indústria Gráfica naquele Es tado. Como bom mineir o, é fanático por peteca, esporte no qual já foi cam peão estadual e brasileiro. É claro que só podemos estar falando de Carlos Al berto Rangel Proença, cuja trajetória se confunde com a do associat iv ismo no setor gráfico nacional. Uma história que Carlos Proenç a conta com orgulho e bom humor tem como cenário o célebre Congresso de Águas de Lindoia, quando a Abigraf Na cional foi fundada. “Havia acabado de me casar com a Zezé (Maria José). Não podia deixar de participar do congres so, muito menos ficar longe da Zezé em
Carlos Alberto Rangel Proença
Associativismo nas veias Omissão é uma palavra que inexiste no vocabulário de Carlos Proença. Desde que pôs os pés em uma gráfica ele está envolvido com a defesa dos interesses do setor, para o qual continua a contribuir. Tânia Galluzzi
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Carlos Proença participou ativamente dos trabalhos do 1-º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, em Águas de Lindóia (SP), em junho de 1965, ocasião em que foi fundada a Abigraf Nacional.
Ao centro, o consultor Ernani Parise e Carlos Proença, ladeados à esquerda e direita pelos empresários Mário César de Camargo e seu pai Mário de Camargo, durante o 9 -º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, em Brasília. 1993.
plena lua de mel. Levei-a então comigo e exa tos nove meses depois nasceu nosso primei ro filho, Alberto Carlos, que consideramos filho da Abigraf. Em 2015 comemoraremos nossas bodas de ouro junto com a Abigraf”, conta Carlos Proença. O casal teve mais qua tro filhos, Andrea, Alessandra, Ana Flávia e André, que lhes deram cinco netos. Nascido em Belo Horizonte no dia 18 de janeiro de 1938, seu primeiro contato com o setor gráfico aconteceu em abril de 1962, quando, formado em Economia pela Uni versidade Federal de Minas Gerais, foi con tratado pela Editora Alterosa, de Contagem, da qual tornou-se sócio e diretor. “A Edi tora Alterosa era a proprietár ia da Revista
Carlos Proença discursa durante a inauguração do Centro de Tecnologia da Indústria Gráfica, em setembro de 1976, quando era presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas em MG. Jantar durante o Congresso Ibero‑Americano de Artes Gráficas, em 1994. E/D: um dos organizadores do evento (sem identificação); Marcone Reis Fagundes (encoberto) e sua esposa, Maria Coeli; Carlos Proença e sua esposa, Maria José; o jornalista Ricardo Viveiros; Ildeu da Silveira, na época presidente do Conselho Diretivo da Abigraf Nacional e sua esposa Vânia (com a mão em seu ombro).
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Carlos Alberto Rangel Proença, primeiro presidente da Abigraf Regional Minas Gerais, profere seu discurso na instalação da entidade, em março de 1969, na sede da Federação das Indústrias. Sentados (E/D), em primeiro plano, Sebastião Lessa Azeredo e Fábio de Araujo Motta.
Alterosa, que chegou a ser, na década de 1950, a revista de m aior circulação nacional”. Carlos Proença iniciou na Alterosa cui dando da área administrativa. Um ano de pois já era um dos sócios e, com o tempo, passou a acumular o comando dos setores técnico e industrial. Hoje, a editora dedicase à produção de impressos de segurança, como talões de cheques e cartões magnéti cos, contando com 350 funcionários. Em ple na atividade, o empresário está preparando a sua sucessão, que deve estar concretizada em cinco anos. Dever cumprido
Em 1969, Carlos Proença participou ativa mente da transformação da antiga Associa ção Mineira da Indústria Gráfica — criada Em encontro da turma de peteca em 2009, Carlos Proença fala aos companheiros do Pampulha Iate Clube, do qual é vice‑presidente.
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no ano anterior — na Abigraf Reg ional Mi nas Gerais. Ele conta que naquele per íodo os empresár ios gráficos cultivavam o dese jo de contar com uma associação civil in dependente, livre das limitações dos sindi catos, para representar, defender e prestar serviços ao setor. “Desde o primeiro mo mento me fiz presente no Sindicato das In dústrias Gráficas e, dois anos depois, já par ticipava de sua diretoria e estava totalmente envolvido com o movimento associativo”. Presidente da Abigraf-MG em duas ges tões consecutivas, desde sua criaç ão até 1975, Carlos Proença mantém-se ativo no universo associativo. Atualmente é um dos diretores da Reg ional. “A evolução tecnoló gica é muito profunda e rápida. Às vezes, o empresário gráfico não está preparado ou não tem tempo para acompanhar essas mu danças. O papel da Abigraf, hoje, é justamen te o de auxiliar as novas gerações a se mo dernizarem e se prepararem para enfrentar os novos desaf ios, que são muitos”. O empresário não consegue dissociar sua própria vida da caminhada da Abigraf e muito menos esconder a satisfação que sen te com isso. “Existem duas fontes perenes de felicidade: o dever cumprido e o bem realiza do. Este é o recado que eu gostaria de deixar para os que estão chegando agora”.
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Floresta de eucalipto e mata nativa da Fibria na região do Espírito Santo.
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Seguindo nesta direção, possuímos as
ecoeficiência. Isso significa que nossos
que chega a suas mãos tem uma história
duas principais certificações florestais do
processos são realizados com respeito ao
que nos orgulha e nos faz continuar
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E
ste artigo pretende apresentar uma visão geral da indústria, as diferenças entre os mercados maduros e os emergentes, os desaf ios dentro das principais cadeias de valor onde a gráfica está inserida, as mudanças na socied ade e as possí veis alternativas que o negócio gráfico tem para se reinventar e agregar valor aos seus clientes e usuár ios, única ma neira de continuar se mantendo econo micamente viável. A indústria invisível e sua utilidade
Qual o futuro da gráfica? 46
Pressionada de um lado pelos novos meios de comunicação digitais e por outro pelas questões de sustentabilidade, em especial a utilização do papel como suporte, a indústria gráfica vem se repensando, preocupada, sobretudo, em adequar-se a essas novas demandas sociais e em como se reinventar para permanecer como um negócio viável nos próximos anos. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
O produto gráfico está em praticamen te todos os ambientes em que vivemos e lidamos com ele vár ias vezes ao longo do dia. Não há como pensar em uma ati vidade humana que, de alguma forma, não esteja em contato com um mater ial impresso. De tanto conviver com esses mater iais e produtos, o leigo no mundo gráfico nem sequer o identifica como um produto gráfico. Seu foco de aten ção está na sua funcionalidade: leitura, informação, conservação, comunicação, identificação etc. Por não vermos o pro duto e sim sua funcionalidade há muito cunhamos o termo “indústria invisível” para qualificar a indústria gráfica. Essa indústria invisível, no entanto, tem uma importância econômica consi derável, em especial nos países desen volvidos, onde a comunicação escrita, o nível de escolaridade da população e a diversidade e quantidade de produtos embalados são sensivelmente maiores do que nos chamados países emergen tes. Segundo estudos da Pira (consul toria inglesa especializada nas cadeias de suprimento de papel, embalagem e indústria gráfica), a indústria gráfi ca mund ial teve um faturamento de US$ 700 bilhões em 2008, devendo atingir US$ 725 bilhões em 2014. Um aspecto importante desse es tudo é mostrar a gradual dim inuição da participação da gráfica nos PIBs dos mercados chamados maduros, como Es tados Unidos, Japão e Canadá, e sua as censão nos países emergentes, como o Brasil. Na América Latina, por exemplo, passa de 5% em 2008 para 6,6% em 2014. Parece pouco, mas isso, se confirmado,
representa um incremento de 37% no faturamento da indústria gráfica ou algo como US$ 12 bi lhões em seis anos, equivalen te a um crescimento a nual de 5,3%. A queda de participação no PIB norte-americano mostra como essa indústria cresce há tempos descolada do crescimen to do PIB. Ela ainda é importan te, mas essa importância vem diminuindo. Por quê? A indústria gráfica é ref le xo do uso dos produtos que im prime. Assim, para entender o que a afeta e o que irá afetá-la nos próximos anos, precisamos compreender as principais ten dências que alteram e alterarão o modo de vida em sociedade e com isso entender quais as tec nolog ias disruptivas que podem substituir os seus produtos.
É BEM DIFERENTE DIZER QUE VOCÊ É O MELHOR IMPRESSOR DO MUNDO... E TER PROVAS DO QUE ESTÁ DIZENDO Nós saudamos e parabenizamos o vencedor do 2010 Sappi International Printers of the Year na categoria CALENDÁRIOS, Gráfica Facform Impressos Ltda., um dos 11 vencedores do prêmio de impressão de maior prestígio no mundo. Cada um destes 11 ganhadores do Sappi International Printers of the Year receberá um maravilhoso e exclusivo troféu de elefante feito em bronze. Este ano, mais de 6.000 trabalhos foram enviados. A qualidade de impressão foi fantástica. Estamos orgulhosos de sermos os fornecedores da superfície de criação dessas peças de arte, e estamos ansiosos para ver os trabalhos para o 2012 Sappi Printers of the Year Awards. Concorra enviando seus trabalhos impressos para o escritório local da Sappi.
Gráfica Gráfica Facform Impressos Ltda. Entrada Calendário Renato Filho 2009 Papel Magno Satin Categoria Calendários
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Megatendências e a indústria gráfica
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Segundo o Zukunfts Institut (Instituto do Futuro), sediado em Berlim, as prin cipais tendências deste século são: Nova ecologia. A questão da sustenta bilidade ambient al e as mudanças daí provenientes, em que o papel assume a função de vilão, ainda que muitos dos argumentos usados não se sustentem em face da produção de papel a partir de florestas replantadas. Saúde. A evolução da medicina e a preo cupação com o bem-estar das pessoas. Revolução prata. O aumento da expecta tiva de vida das pessoas e as alterações no comportamento dos adultos madu ros, que voltam a estudar, empreendem mais, adotam um estilo de vida e apa rência mais jovial, interagem mais, têm recursos e educação. Isso pode manter certa fidelização aos meios impressos, ao contrário das novas gerações acostu madas a hábitos dig itais. Globalização. Com todos os seus efeitos, positivos e negativos, como já a estamos sentindo há alguns anos. A mudança da mulher. Mais ativa, autô noma, divide o mercado com os homens. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
Mobilidade. Acesso a informações, da dos e comunicação pessoal ou em grupo onde estiver, conexão 24 horas. Individualização. A importância do eu em uma soc ied ad e menos privativa. As pessoas querem produtos dirigidos a elas, mensagens personalizadas. Conhecimento. Verd adeiro nome desta era, na qual conhecer é mais do que ter. Era digital. Evidente, por si só, com todas as suas conexões.
Na junção da questão amb ient al, saúde e estilo de vida há o crescimen to de um movimento chamado LoHaS – Lifestyle of Health and Sustainability, algo como Estilo de Vida com Saúde e Sustentabilidade, ou seja, viver bem, saudavelmente e consumindo produtos com sofisticação, mas que não afetem a natureza, como papéis reciclados. No caso dos países emergentes acres cento mais duas tendências: Urbanização. Hoje, o número de habitan tes nas cidades já ultrapassa com sobra os habitantes do campo. Ascensão da classe média. Fenômeno que vemos com clareza no Brasil, e que se re pete em quase todos os emergentes, como China, Índia e México. Em alguns anos, a classe média será a classe econômica dominante mund ialmente, com todas as suas implicações de demanda. Todas essas tendências, é claro, im pactam a indústria gráfica e conhecê-las fará toda a diferença no futuro da indús tria. O novo estilo de vida altera a forma como as pessoas e as empresas se comu nicam e isso muda todo o quadro envol vendo o futuro da gráfica. Para começar é preciso dizer que atualmente já não há qualquer produ to gráfico, com poucas exceções, como as embalagens, que não tenha um subs tituto eletrônico, com maior ou menor aceitação do usuár io. A decisão do con sumidor se dá pela comodidade, custo e benef ícios proporcionados por esse pro
Faturamento da indústria gráfica mundial ProjeçÃo por região (2009/2014) ■ 2009 – US$ 700 bilhões*
■ 2014 – US$ 725 bilhões* 30,8% 27,3% 30,0%
América do Norte Ásia Europa Ocidental América Latina Leste Europeu Australásia Oriente Médio África
22,6% 5,0% 6,6% 3,4% 4,3% 1,6% 1,5% 1,2% 1,7% 0,8% 1,1%
35,1%
27,2%
Fonte: Pira – WWMP Dados 2009, dólar e câmbio constantes *ESTIMATIVA
”Revista ABIGRAF, 35 anos de história” A arte de conquistar territórios está na alma de quem acredita, confia e sabe o que faz! A RUBBERCITY parabeniza os desbravadores do Mundo Gráfico que a cada edição da Revista revelam um verdadeiro mapa do tesouro!
Porque nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos!
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duto, pela exper iência positiva propor cionada, pela sua conveniência e pelo valor que o usuár io nele enxerga. E aí reside toda a diferença entre morrer e sobreviver: no benefício proporcionado ao usuár io. Novas tecnolog ias podem proporcionar esses benef ícios melhor que o produto impresso? As que pode mos chamar de disruptivas, pois são as que tornam obsoletas as tecnologias que substituem, como o CD fez com o disco de vinil. Será que o e-book, por exemplo, fará o mesmo com o livro em papel? As cadeias de valor e as tecnologias disruptivas
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Costumo dividir o setor gráfico em três cadeias básicas de valor: • Produtiva • Comunicação ■ Mar keting ■ Documentação •Conteúdos Na cadeia produtiva estão inseridos todos os produtos e serviços gráficos re lacionados diretamente com as linhas de produção ou produtos do cliente: emba lagens de forma geral, rótulos, etiquetas e tantos outros. Na cadeia de comunicação está, no campo do marketing, toda uma infini dade de produtos relacionados à comu nicação e expressão social, como folhe tos, fôlderes, propagandas impressas, mídias externas e internas. Cartões so ciais e de visita também se enquadram aqui. Já no campo da documentação en tram todos os produtos e serviços rela tivos a documentos corporativos e sua gestão: formulários, notas fiscais, docu mentos transacionais como extratos, im pressos de segurança, cartões de crédi to etc. Os chamados transpromocionais, mescla de documentos transacionais e de marketing, podem estar em qualquer uma das duas categor ias. No que diz respeito à cadeia de con teúdos estão os jornais, livros, revistas, g uias e diretór ios em geral. Se olharmos para esse conjunto de produtos, que são a base da indústria gráfica, não há dúvidas que muitos de les estão sob o fogo cruzado das novas tecnolog ias dig itais e serão substituídos REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
toda vez que essas novas tecnolog ias proporcionarem uma melhor exper iên cia para seus usuár ios. O desafio do gráfico é procurar am pliar o seu entendimento daquilo que ele pode fornecer aos seus clientes e não se restringir somente ao material impres so. Seu desafio é entender as necessida des do cliente em termos de comunica ção, documentação, estoque ou logística e ajudá-lo nesse sentido. Para isso, tem de fazer a transição para as novas mídias, entender seu funcionamento, adotá-las e ajustá-las na medida do possível à sua própria oferta. O gráfico do futuro, dos próximos anos, deverá ser mais um ge renciador da logística de comunicação de seus clientes do que um impressor. A gráfica do futuro e do futuro ime diato — a nova gráfica — terá de ser mais flexível e conectada aos clientes, assim como sustentável e digital. Ela se ajus ta às novas demandas do mercado, en tendendo as necessidades de comunica ção e de projetos através da ampliação da oferta de serviços trad icionalmen te não gráficos. Seus processos se in tegram aos processos dos clientes com operações online que reduzem tempo e custos. Suas interfaces são eletrônicas e seus processos de produção mistos. Se os mercados emergentes, como o brasileiro, ainda crescem em sua base pela incorporação de novos consumi dores ávidos por usar produtos gráfi cos, impulsionando o aumento do núme ro de gráficas, ao mesmo tempo saltam etapas e se envolvem com rapidez no mundo digital. A transição para um novo modelo
Essa expansão, especialmente no Bra sil, poderá permitir um tempo maior de adaptação ao gráfico tradicional, para o qual a principal barreira ao novo mode lo não é a tecnologia, mas sim sua cabe ça e visão. O principal fator de mudança para um futuro cada vez mais imediato é a possibilidade de enxergar seu negócio sob outra perspectiva. E isso, sabemos, não é fácil, mas apresento algumas das etapas a serem cumpridas: • Pensar nos ainda não clientes, aqueles que hoje não usam intensamente produ
tos gráficos, mas utilizam outros meios de comunicação. • Conhecer e usar, na própria empresa, os novos meios de comunicação. • Pensar nas futuras aplicações e não pla nejar o passado. Em geral, quando pro jetamos o futuro, recriamos o passado, o que nesse caso é mortal. • Tirar o foco da impressão, entender e desenvolver um fluxo de trabalho que possa conectá-lo aos clientes. Imprimir é só um dos serviços possíveis; daqui a alguns anos pode não ser mais o princi pal (já não o é para muitas empresas). • Acompanhar os trabalhos de ponta a ponta e entender as dificuldades dos clientes. Muitas vezes, o gráfico se des conecta do trabalho depois de entregue. É importante saber seu uso e, em espe cial, seu desperdício. • Medir resultados fora e dentro. Quanto mais auxiliar seus clientes a medir a res posta do trabalho feito, maior a chance de continuar a fornecer. O mesmo vale para dentro de casa. A gráfica, em geral, tem muitas def iciências de controle. • Trabalhar em rede, buscar parcer ias complementares e suplementares e ge rar redes conjuntas de fornecimento. Pertencer a uma rede, a uma franquia, aument a a oferta e dilui custos. Essa pode ser a saíd a para muit as gráficas, especialmente de pequeno porte. O meio impresso irá perdurar ainda por um bom tempo. Não há dúvida que teremos materiais impressos daqui a 20 anos. Porém, ele sofrerá cada vez mais a concorrência de novas tecnologias. O ne gócio gráfico, por outro lado, poderá per durar ainda mais se souber incorporar essas tecnologias ao seu conjunto de ofer tas e gerar os benef ícios buscados pelos seus clientes. Quem o fizer, verá. Hamilton Terni Costa, ex‑presidente da ABTG, um dos fundadores da revista Tecnologia Gráfica, é diretor geral da ANconsulting, consultoria voltada ao desenvolvimento de projetos estratégicos para empresas que buscam inovação de valor e crescimento com lucratividade, com clientes no Brasil, América Latina e Estados Unidos. É também um dos coordenadores do curso de pós‑graduação, em Gestão Inovadora da Empresa Gráfica na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, no qual ministra a disciplina Gestão Estratégica.
ano XX Nº 79 novembro/2010
Texto: Tânia Galluzzi
50 anos de Aquarela
Atuando no volátil segmento promocional, a Aquarela aposta na integração com o cliente e no desenvolvimento de soluções inovadoras a partir de substratos alternativos como o plástico.
A Fotos: Roberto Loffel
Gráfica Aquarela está comemorando seus 50 anos. Muito aconteceu desde o início modesto no bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo, onde começou produzindo os álbuns de figurinhas da Coleção Aquarela. Um auxiliar de escritório, Luiz Antônio Marangoni, entrou para a sociedade, tornouse sócio majoritário e assumiu o controle
acionário da empresa. A gráfica cresceu e diversificou-se, despontando no segmento de impressos promocionais. Ela então evoluiu, inovou, conquistou prêmios e certificações internacionais. Cumprido o processo de sucessão, fortaleceu-se sob o comando da terceira geração, representada pelos filhos Fábio, Marcelo e Paulo Marangoni. Crises foram enfrentadas e superadas, novas tecnologias foram absorvidas e cria dos produtos diferenciados. A empresa trocou a Lapa pelo Tamboré, no município de Barueri, ocupando um prédio de 10.000 m² de área construída, projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake especialmente para a gráfica. Venceu e inseriu seu nome na história da indústria gráfica paulista. Os des af ios renovam-se a cada dia e a empresa não para. Depois de um 2009 ruim, sob os efeitos da crise econômica in ternacional, 2010 caminha para seu encerramento como um ano de recuperação. De acordo com Paulo Marangoni, diretor de operações, o exercício de 2010 deve
encerrar-se com um crescimento de 30% em termos de faturamento quando comparado ao ano anterior, recuperando e ultrapassando em 15% o resultado obtido em 2008. A maior parcela da receita, 70%, continua a vir do segmento promocional e o restante do mercado editorial. Este também foi um ano de renovação do parque gráfico, com amp liaç ão da capacidade produtiva em 15%. Foram adquiridos uma impressora offset plana com seis cores e duas torres para aplicação de verniz à base de água e UV em linha, um sistema de lombada quadrada com PUR e duas impressoras digitais P/B, além de dobradeira, guilhotina e máquina
de virar pilha. Ao todo, foram investidos aproximadamente dois milhões de euros. Ampliando limites Enquanto os equipamentos estavam chegando, os 280 funcionários da Aquarela passavam por uma reciclagem em seus conhecimentos, procedimento que já faz parte da rotina da empresa. A novidade foi o reforço à equipe comercial, sobretudo nas filiais do Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Curitiba e do interior de São Paulo. A habilidade em perceber e até antecipar as necessidades do mercado é fundamental para o êxito de qualquer empresa, principalmente para quem se dedica a
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS Pré‑Impressão Digital OO Sistema de Transmissão de Dados OO Portal AquaNet/Project Manager OO Aplicativo baseado na solução Agfa:Apogee OO WebApproval, Page Master e Project Manager
Sistema de Digitalização de Imagens OO 1 Scanner Heidelberg Topaz IX Copix
Sistemas de Provas Digitais OO 4 Impressoras de Provas Contratuais Epson
Stylus Pro Ultrachrome K3 modelos 7800, 7900, 9800 e 9880 Dispositivos de Saída OO CTP Agfa Avalon Elite OO Processadora Agfa Azura para chapas
sem processamento químico OO CTP Agfa Galileo com OLP 82 Ultra
on‑line processor Desenvolvimento
clientes sensíveis como os do mercado pro mocional. “Temos de apresentar continua mente produtos diferenciados e para isso estamos desenvolvendo novos substratos. Nessa área o plástico tem crescido bastante, aplicado nos mais variados produtos, de encartes de revistas a caixas e displays”, afirma Paulo Marangoni.
Gráfica Editora Aquarela S.A. Rua João Ferreira de Camargo, 714 06460-060 Barueri SP Tel. (11) 4166.9600 Fax (11) 4166.9696 www.grafica-aquarela.com.br
O apelo vem tanto da durabilidade do material e do impacto visual que proporcio na (com o uso, por exemplo, do efeito 3D através da impressão lenticular) quanto da possibilidade de utilizar um material reciclado, como o PET. O plástico representa 15% do volume convertido pela Aquarela. “Para apresentar ao cliente tudo o que o plástico pode oferecer estamos fazendo experiên cias fotográficas. A ideia é mostrar que, se houver uma preocupação em trabalhar as imagens desde a criação, é possível aprovei tar todos os recursos que substratos como o lenticular oferecem”. Outra ferramenta de sedução do clien te é a integração. A Aquarela já conta com um portal na internet para a troca de arquivos e aprovação remota, entre outras ações. O passo agora é no sentido da expansão desses serviços para que as agên cias de publicidade e mesmo os clientes diretos possam usá-lo como uma ferramenta de gestão de projetos, conferindo maior agilidade e eficiência ao processo. Ainda neste ano deve também ser definido o plano de expansão estrutural da gráfica, que, a princípio, deve crescer 8.000 m². “O espaço atual é adequado. Porém, em uma previsão modesta, se tivermos um incremento de 10% ao ano na demanda, em cinco anos ele será insuf iciente”, conclui Paulo Marangoni.
OO Plotter Esko Kongsberg XE10
Impressão digital/dados variáveis OO 2 Impressora Océ VarioPrint 6250/6160 OO 2 impressoras Kodak Digimaster 9110
Impressão OO Impressora Manroland 700, 6 cores + verniz OO Impressora Manroland 700, 6 cores +
2 unidades de verniz OO Impressora Manroland 700, 8 cores OO Impressora Manroland 700, 4 cores OO Impressora Manroland 500, 5 cores + verniz
Acabamento
Refile OO Sistema de corte Polar 115X Transomat OO 2 Guilhotinas eletrônicas Polar 115
Dobra OO Dobradeira Stahl TH 82 OO 2 Dobradeiras automáticas Stahl TD / KD OO 3 Dobradeiras automáticas MBO modelos
B18, B30 e T800
Grampo OO Alceadeira grampeadeira
Heidelberg ST 250 OO Alceadeira grampeadeira Müller
Martini 321
Lombada Quadrada OO Lombada quadrada Muller Martini
Trendbinder
Corte e Vinco OO Máquina automática para corte e vinco
Bobst SP 102‑E
Compromisso e reconhecimento
O
sucesso da Clemente e Gramani Editora ao longo dos 27 anos em que edita a Revista Abigraf é fruto de imenso esforço e dedicação de sua equipe e colaboradores. No entanto, decorre, também, do apoio e reconhecimento ao nosso trabalho, por parte dos dirigentes do Sistema Abigraf. Esta parceria sinérgica e produtiva teve início com o líder empresarial Max Schrappe, que deu a oportunidade à nossa editora de realizar esse trabalho tão gratificante. As artes gráficas emprestam ao seu sistema associativo a sua infinita capacidade de surpreender, criar, encantar e emocionar. Não é sem razão que a Abigraf é uma das entidades de classe mais dinâmicas, atuantes, engajadas e articuladas do País. Portanto, não é exagero afirmar que o mais importante diferencial que acrescentamos na elaboração da revista é exatamente a emoção! Cada edição parece ser sempre a primeira, sendo objeto de uma saudável ansiedade que nos impulsiona à permanente busca do aprimoramento. Também é gratificante e sempre emocionante o carinho, o respeito e o reconhecimento que recebemos dos anunciantes, fornecedores, entrevistados e leitores, que se somam à consistente retaguarda conferida pelo Sistema Abigraf. A todo esse apoio, nossa equipe tem dado respostas congruentes e eficazes, assim como os colaboradores externos. No transcurso dos 35 anos desta publicação, que ganhou o respeito e o reconhecimento do mercado e de todos os públicos relacionados à indústria gráfica, reiteramos um compromisso inalienável: continuaremos trabalhando e nos esforçando muito para que a Revista Abigraf seja cada vez melhor!
Plinio Gramani Filho Editor
55 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
Tânia Galluzzi
REVISTA ABIGR AF 35 Anos
Arte e informação
T A trajetória da Revista Abigraf, desde sua primeira edição em 1975 até hoje, é marcada por uma constante evolução, o que lhe assegura a liderança inconteste no setor.
rinta e cinco anos. Duzentas e cinquenta edições. Cerca de 24 mil páginas de informação. E aqui utilizamos a palavra informação em sua acepção mais ampla, no sentido não só da notícia, mas, sobre tudo, do conhecimento. Nesse período a indústria gráfica brasilei ra se transformou radicalmente. Modernizou-se, cresceu, profissionalizou-se, assimilou novas técnicas e conceitos, aprendeu a investir em tecnologia e em treinamento, frutificou. A Revista Abigraf acompanhou todo esse movimento, não só descrevendo-o, como também se atualizando, moldando-se às novas de mandas do mercado. Acompanhe agora os principais momentos dessa trajetó ria, situações que fizeram da Revista Abigraf o que ela é hoje, o principal veículo de comunicação do setor gráfico nacional.
56 REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
O início
Lançada como Abigraf em Revista, o primeiro nú mero da publicação foi editado em dezembro de 1975, em substituição ao BIG, Boletim da Indústria Gráfica, que circulou por 27 anos. O preto e branco dominava a revista. As cores apareciam apenas nos anúncios e nas capas, criadas pelos alunos da Escola Senai Theobaldo De Nigris.
57 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
REVISTA ABIGR AF 35 Anos
Novos rumos
A partir do número 89, em 1983, a revista pas sou a ser produzida pela Clemente e Gramani Editora. O conteúdo jornalístico evoluiu mui to, conquistando o leitor através de matér ias de cunho mercadológico e técnico.
Novos sotaques
Acompanhando o esforço da Abigraf em est rei tar relações com a indústria gráfica dos países vi zinhos, em 1988 a revista lançou seu primeiro su plemento, em português/espanhol, denominado Abigraf Iberoamer icana, edição que acompanhou a Abigraf em sua participação na 37 ª‒ Assembleia da Conlatingraf, em Caracas, na Venezuela.
Arte e indústria
Sempre inovadora, em 1988 a revista eliminou as chamadas de capa, passando a dedicar o espaço inte gralmente a obras de importantes artistas. De Portinari a Almeida Júnior, de Tomie Ohtake a Arcangelo Ianelli, de Ziraldo a Tide Hellmeister, os principais nomes da arte no Brasil tiveram seu trabalho valori zado nas páginas da publicação. Outras linguagens também começaram a ser prestig iadas, como história em quadrinhos, design gráfico e fotografia. No ano seguinte foi lançado o suplemento bilíngue, em por tuguês/inglês, sobre o IV Congresso Mundial da Indústria Gráfica (WPC-4), realizado no Rio de Janeiro.
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Esforço valorizado
Em 1990 a Revista Abigraf conquistou seu primeiro prê mio, o ComTexto de Comunicação Empresar ial, na ca tegoria “Veículo de Associações”. No mesmo ano a Cle mente e Gramani produziu o suplemento Drupa 90, em português e inglês, motivada pela onda de investimen tos em atualização tecnológica que envolvia a indústria brasileira, distribuindo-o na feira, em Dusseldorf.
Décadas de ouro
Na década de 1990 a Revista Abigraf conquistou nada menos do que cinco prêmios Aberje (1993, 94, 95, 96 e 98). Seu design único e a sua alta qualidade editor ial e de impressão transformaram-na, também, no pri meiro produto gráfico brasileiro a ganhar em Chicago (EUA) o cobiçado prêmio Benny, o Oscar da indústria gráfica mundial, promovido pela respeitada entidade Printing Industries of America (PIA), em 1998. Na dé cada seguinte, em 2006, o mercado mais uma vez re conheceu a excelência da Revista Abigraf. A publicação foi agraciad a com dois troféus na segunda edição do Prêmio Anatec de Mídia Segmentada, nas categor ias “Capa” e “Publicação Segmentada do Ano”.
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Oui, oui
Coroando o trabalho desenvolvido em prol da revista, em 1998 a Clemente e Gramani foi chamada pela Fundação Biblioteca Nacional para preparar uma edição especial para o Salão do Li vro de Paris, no qual o Brasil foi o convidado especial daque le ano. A revista, editada em português e francês, com artigos assinados por professores da USP e UFRJ, figurou como a pu blicação oficial da participação brasileira no evento. Cinco mil exemplares foram distribuídos na capital francesa, no Salão.
Jornalismo diário
Houve fôlego, ainda em 1998, para a produção de um suplemento sobre os 190 anos da impren sa brasileir a. No mes mo per íod o a Revista Abigraf cumpriu com sucesso a com plexa missão de editar, pela primeira vez no even to, um jornal diár io, em quatro cores, durante a rea lização da maior feira do setor no Brasil, a Fiepag/ Converflex 98, no Parque Anhembi, em São Paulo. Foram cinco edições do informativo Notícias Fiepag, com tiragem de cinco mil exemplares diár ios, pro duzidos e distribuídos na exposição. Tal exper iência repetiu-se com o mesmo êxito na edição seguinte da mostra internacional, em 2001.
Acervo precioso
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Em 2003, a Clemente e Gramani lançou o livro Vapt-Vupt, com uma coletânea de artigos sobre quadri nhos assinados por Álvaro de Moya e publicados na Revista Abigraf. Tal obra ganhou o Prêmio HQMix no mesmo ano, na categoria “Livro Teór ico”. Dois anos depois, o acervo da revista, além de intensa pesqui sa, constituiu importante fonte de consulta para o lançamento do livro comemorativo dos 40 anos da Abigraf, editado pela Clemente e Gramani em parceria com a Ricardo Viveiros Oficina de Comunicação.
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Arte e história
Foram também os arquivos da Revista Abigraf que possi bilitaram a criação de outros quatro livros, realizados com a mesma parceria: Da Arte do Brasil, em 2006, reprodu zindo as matér ias sobre arte publicadas na revista, com texto do jornalista Ricardo Viveiros; Como uma Pipa no Ar, sobre o técnico e especia list a em tecnologia gráfica Fernando Pini, em 2008; e 50 Anos da ABTG, em 2009, em comemoração ao cinquente nário da entidade. Ainda em 2008, foi publicado o livro 200 Anos da Indústria Gráfica no Brasil. Sob igual tema foram encartados no mesmo ano cinco suplementos espe ciais nas edições da revista.
histó ria viva
dos, porém era proibi negócio. Participou do falar do próprio ativamente da nização do Congresso orga de Águas de Lin dóia, em 1965, onde formatou se uma nova entidade, a Abigraf. Em paralelo, os representantes oito maio res dos fabricantes de embala gens, entre eles Lanzara, Romiti, bizzi, Sarcinelli, Re Gasparini e a própria Paranaense, se reuniam para falar do setor, impulsio nado que estava com o surgimento dos hipermercados. “Os en contros eram na Escola Senai ou nas próprias empresas, sempre às quintas feiras. Um dia che todos lá. Foi quandoguei e já estavam propuseram que me candidatass e à presidência da graf Regional São Paulo. Respondi Abi uma fi lial em São se tivesse uma clientes em vários Pau lo. “Tínhamos fizesse equipe interessada que o mesmo em São Estados, mas não trabalhar acei em taria.” Paulo, sobretu seguíamos entrar con do porque 1983 e na sequênciaMax foi eleito em aqui. Até os anos aqui eu era um o principal mercado ilustre desco 60, nhecido.” assumiu o mes mo cargo no Sindigraf. Max começou com a transferênc era o carioca, mas, Sindicato a frequentar o Três anos de pois encabeçaria das Indústrias ia Gráficas no Es Brasília, o cenário do governo para tado de a diretoria da Abigraf São Paulo. Ele conta que se dis Nacional, onde permaneceu começou a atrair mudou e São Paulo cutia como pre muito as relações grandes com os emprega sidente até 2001. Concomitan empresas.” A unidade, temente, exerceu a função po rém, não ia bem, de presidente alar sobre Max do Con e Schrappe é, ao selho Diretivo Schrappe mandou Oscar mesmo tempo, da ABTG, o um prazer e um filho de 1986 a 1995. para dar um jei desafio. As his to no negó tórias são inúme cio. O plano era ras, o currículo Max ficar extenso, a con tribuição para A TRANSFoRM seis meses no escritório RuMo A São Ação o setor da Do SEToR ingredientes saborososgráfico enorme, Max passou PAulo Rua Floria no Pei xoto, no por vários setores para um bom texto. A tarefa Foram 18 anos centro de São da empre proposta é justamente sa e, no início da década de Pau lo. Ele mudanças no setor fortes de 1960, os só nunca mais dei cios decidiram xou a cida gráfico que era hora de como um todo, de. “Consegui instalar sobretudo formar uma pela atua li zação equipe mui to tecnoló boa.” Des gica viabilizada pontava aí uma pela aber das princi tura do País à pais característi importação cas do em preendedor, que o levaria a acumular cargos como habilidade de agregar líder de classe: a mem é um homem pessoas. “Um ho em qualquer si ção, independen tua te da função que ça, e tem de ser exer respeitado e elo quando faz as giado coisas bem fei tas.” De um escritório de vendas, a Pa ranaense em São Paulo caminhou uma nova planta para fabril e próximo anos 80 contabilizar dos ia 600 funcioná A militância as rios. sociativa começou antes disso. “Meu bem pai participava SISTEMA ABIGRAF dicato no Paraná e recomendo do sin u que eu NOTÍCIAS
Max Schrappe, líder nato
simplicidade, firmeza habilidade no relacioname e nto, além de uma grande capacidade de agregar pessoas, imprimiram definitivamente o nome de Max schrappe na história da indústria gráfica nacional. Tânia Galluzzi
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aproveitar esses elementos da forma mais interessant e respeitando o espaçoe concisa possível, que esta seção põe na revista. Para os interessado dis conhecer em detalhes s em a trajetória des se empreende dor, um aviso: Max está preparando sua biografia. Max Heinz Gunther Schrappe, 76 anos, descende de uma família de grá ficos. Filho de Oscar — um dos fundadoresSchrappe Sobrinho da Abigraf Na nal —, para ele não houve escolha. cio sar do gosto por Ape mecânica de au tomó veis, tinha como herança o comando de uma das empresas mento de embalagens pioneiras no seg no Brasil, a Im pressora Paranaen se. em Curitiba, passandoFundada em 1888 às mãos da litografia gradativamente Max Schrappe Companhia a & partir de 1912, chegou a ter 1.400 funcio nários e quatro fábricas na década de 1990, sendo comprada Dixie Toga em dezembro de 1996. pela Depois de cursar Ateneu, na capital a Faculdade Novo do Paraná, em Max foi para a 1954 Alemanha como estagiá rio de um fabricante de máquinas e pois em gráficas de locais. De volta, primeira missão sua na Paranaense foi pes quisar se a impressão com anilina, se popularizar ia como flexografia, que deria se desenvolve po não havia condiçõesr no Brasil. “Ainda técnicas.”
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Renovação
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Alto nível dos jurados referenda importância do Prêmio Socioambiental Nomes reconhecidos no Brasil e no exterior integram os júris nas duas categorias da primeira edição do Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambiental.
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om a criação deste prêmio, cujas inscrições seguem abertas até 15 de abril, a Abigraf pretende estimular todo o mercado às práticas de sustentabilidade. A criteriosa constituição dos corpos de jurados das duas categorias (Ambiental e Social) referenda a importância que a entidade está conferindo à iniciativa. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL As ações de responsabilidade ambiental inscritas no certame passarão pelo crivo de sete jurados: o diretor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e professor titular da ca deira de ecologia, Welling-
Economia
Decon – Texto e dados:de Estudos Departamentoda Abigraf Econômicos
TABELA 1: DADOS
cotto Wittmann; e a consultora técnica Márcia M. Biaggio. “O mundo tem sofrido demais com a degradação do meio ambiente. Precisamos achar práticas alternativas agora, pois os problemas estão acontecendo agora”, alerta Delitti, que pela primeira vez aceita participar da comissão julgadora de um prêmio. ”Espero que através desse prêmio, as pessoas reflitam”. Além de diretor do Instituto de Biociências da USP, ele é livredocente da mesma universidade, atuando como professor titular do Departamento de Ecologia. Com graduação em Ciências Bio ló gi cas, mestrado em Botânica, doutorado em Ecolo– 2001 E 2005 GRÁFICA BAIANA
ton Braz C. Delitti; o diretor da Fractalis – Renovação Empresarial, Homero Luís Santos; o presidente do Conselho Diretivo da ABTG e diretor titular do Departamento de Meio Ambiente (DMA) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e diretor-adjunto do mesmo departamento no Centro das Indústrias do Estado de São Pau lo (Ciesp), Silvio Roberto Isola; o diretor-geral da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Ricardo Fragoso; o diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris, Manoel Manteigas de Oliveira; a técnica de ensino da Escola Senai Theobaldo De Nigris, Giselen Cristina Pas-
GERAIS DA INDÚSTRIA
gia e três pós-doutorados na Espanha, esteve naquele país em diversas oportunidades algumas atendendo a pedido do governo espanhol , atuando em parceria com diversos órgãos, como a Agência Espanhola de Cooperação Internacional e universidades, para a realização de importantes pesquisas. “Se esta iniciativa não for a pioneira no Brasil, é uma das primeiras no meio industrial, o que é um grande impacto no mercado. Por isto, sua principal função não é apenas recompensar iniciativas adotadas, mas também dar o exemplo, devendo ser seguido por outros. É a primeira edição, mas tenho certeza
rEvista aBiGr aF
que será um evento marcante na área industrial”, afirma Dellitti. Para o diretor- geral da ABNT e líder do Grupo de Trabalho da ISO 26000 que estabelece um padrão internacional de diretrizes de Responsabilidade So cial , Ricardo Fragoso, “no cenário internacional, cada vez mais o tema Responsabilidade Socioambiental misturase com a competitividade das empresas na disputa pelo mercado. Incentivar práticas nestas áreas é alinhar-se às tendências do mercado globalizado e atender aos anseios da sociedade. Este prêmio é um grande exemplo para que outros setores estimulem a participação dos seus atores no tema”. Na opi nião do diretor da Theo bal do De Nigris, Ma noel Manteigas de Oliveira, “esse prêmio sinaliza para as gráficas que a questão da sustentabilidade socioambiental é um tema que veio para ficar. A sua criação vem ao encontro de uma tendência mundial”, afirma. Com prestígio internacional, dirigindo uma das mais importantes escolas gráficas do mundo e participando de diversas conferências e encontros, o diretor também é categórico ao afirmar que essas práticas influenciarão no futuro. “Muitos consumidores estão balizando suas escolhas de acordo
com a postura ambiental e social das empresas. E os clientes da indústria gráfica não fogem à regra. Grandes clientes têm pressionado seus fornecedores de impressos neste sentido”. A consultora Márcia Biaggio, que diariamente lida com questões técnicas e os anseios do mercado, também compartilha dessa opinião. “Em 2008, tivemos a febre do FSC. Muitas gráficas sentiram-se pegas de surpresa ao serem cobradas por isso. Agora, o conceito introduzido pelo prêmio servirá de despertar para as gráficas que ainda não procuraram tornar seus processos produtivos menos nocivos ao meio ambiente”. Justamente por conhecerem bem essa realidade, a visão mais empresarial ficou a cargo do diretor da Fractalis, Homero Luís Santos, e do presidente do Conselho da ABTG e diretor do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp e Ciesp, Silvio Isola. Segundo Santos, que, além de espe cializa do em Ecologia Profunda e Teoria do Desenvolvimento pelo Schumacher College, no Reino Unido, também foi professor e pesquisador da Fundação Dom Cabral um dos melhores centros de desenvolvimento de executivos, empresários e empresas do País , o concurso vai mudar profundamente
o setor gráfico. “Dentro do universo setorial, todas as empresas ‘estão no mesmo negócio’. Elas possuem questões técnicas e processos produtivos muito parecidos, mas, dificilmente, têm estruturas muito diferentes. Possuir um troféu como esse é afirmar que você está em um outro patamar”, explica o especialista. “Esse prêmio vai expandir os horizontes dos empresários gráficos, pois vai trazer boas surpresas. Vamos conhecer processos de ponta que só não vieram a público antes por falta de oportunidade”, enfatiza. O consultor é jurado do prêmio interno do Grupo Camargo Corrêa; do certame de Responsabilidade Social no Varejo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV); e do Prêmio Ethos Valor, promovido pelo Grupo Ethos e o jornal Valor Econômico. Além disso, Homero Santos também reorganizou o Prêmio ECO (Empresa Comunidade), da Câmara Americana de Comércio (Amcham), e o Prêmio Cidadania Empresarial, da Câmara Americana de Comércio da Argentina. Já Silvio Isola, por estar inserido no meio empresarial, aponta como será essa nova visão. “Os empresários do setor gráfico possuíam uma idéia equivocada de que sua atividade não era poluente. Toda atividade, seja ela
industrial ou não, possui um impacto ambiental que deve ser avaliado e, sempre que possível, reduzido”, comenta. Isola que também é presidente do Conselho Temático Permanente de Meio Ambiente (Coema) do Conselho Nacional da Indústria , acredita que o posicionamento do gráfico começa a mudar. “Entendemos a realização deste prêmio como uma importante ferramenta de conscientização capaz de chamar a atenção para o fato de que é responsabilidade de todos fomentar pensamentos e ações corretos, em prol de um futuro melhor”. Na opinião da técnica de ensino da Theobaldo De Nigris, Giselen Wittmann, “além de incentivar as empresas a trilharem o caminho da sustentabilidade, o certame será responsável pela geração de uma série de novas soluções, o que é vital para fomentar a indústria gráfica na adoção de práticas corretas e uma oportunidade, para aqueles que estão preo cupados com o assunto, de expor e ampliar suas ações”. RESPONSABILIDADE SOCIAL As ações de responsabilidade so cial inscritas no certame serão avaliadas por cinco renomados profissionais: o presidente do Instituto Bovespa de Respon-
Os números da baiana indústria gráfica Bahia é o sexto
Estado mais rico
todo o País) existentes em 3,43% das 17.364 a ocupada pelo da mão-de-obr e emprega 2% 183.276 fun-
dos 36% do PIB do e ao nacional (3.761 do Brasil, gerando metade das setor gráfico Dando continuidad da gráficos). o de Nordeste e mais o cionários houve cresciment estudo dos mercados região. É ainda baiaDe 2001 a 2005, exportações da sisal, com os empresas gráficas nacional de cacau, pe- 33,9% no número de regionais iniciado já que o crescimenna, a do primeiro produtor Na economia baia capri- nas, índice expressivo, nais foi de 13,5% Estados do Rio Grande nacio mamona e coco. ovinas e o Decon cuária, as criações bovinas, geração de ri- to médio em termos o emprego no na Sul e São Paulo, período. Na Bahia, de no mesmo do nas são também relevantes significativamente A indústria, apesar também cresceu apresenta os dados acima quezas para o Estado. a maior força econô- setor no período analisado, e muito 1). (48,4%) representar setor gráfico na Bahia.
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DO SETOR GRÁFICO DE – 2005 O DO EMPREGO E POR ESCOLARIDA DISTRIBUIÇÃ REMUNERAÇÃO FIGURAS 1 E 2: POR FAIXA DE BAHIA E BRASIL
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ENTREVISTA
MARÇO 2009
como políticas públicas mais compatíveis com a realidade cação de pontos e necessidade comuns em nossas s desse segmento. Em agosto em especial a preo missões, de 2010 ultrapassam cupação com o um milhão de os mento da aprimoraatendimentos, gestão e o a maior parte deles nos setores vidade das empresasaumento da competitido comércio de serviços e no turismo. desse porte, para bens, possam que acessar o mercado. Quais os princi Para o Sebrae, pais objetivos da qual parceria do Sebrae com a Abigraf? gráfico no sentido a importância do setor de Paulo Okamotto: à geração de empregos dar sua contribuição O Sebrae tem apoiado vários projetos do e desenvolvimento economia do País? setor por meio da do Procompi (Programa de Pau Apoio lo Okamotto: Segundo Micro e Pequenas à Competitividade das to nosso Estudo Serial, a indústria In gráfica E tem patrocinado dústrias), desde 2004. da produção da indústria representa 1,5% também as edições SE Congraf BAHIA de transforma do e emprega (Congresso Bra DAS EXPORTAÇÕE GRÁFICA DO ESTADO DA ção sileiro da Indústria quase 3% da mão FIGURA 5: EVOLUÇÃO Gráfica), bem INDÚSTRIA de obra. É um AO TOTAL DA setor transversal como EM RELAÇÃO , que se relacio Excelência Gráfica o Prêmio Brasileiro de das na com toas de Fernando Pini. firmamos parceria Em 2008, palmentemais atividades produtivas, princicom a Abigraf US$ li zar o Estudo para rea- técnico, por meio da impressão de ma saltando para Setorial terial US$ 1,94 mil, embalagens, ma ca no Brasil, lançado da Indústria Gráfi- e terial de escritório 2005. As imporescolar, entre 560,75 mil em outros. sado. Agora, estamos em agosto do ano pasno perío do trabalhando tações triplicaram nova parceria absoluto das que tem por objetivoem uma Q u ai s foram analisado. O valor de sua evoas cer as micro e pequenas empresas fortale- mudanças trazidas exportações, apesar para supeSegundo nosso gráfico, promovend do setor pela ciente aprovação da o lução, foi insufi nica e a capacitação a sua qualificação téc- Lei s, acarretando Estudo Geral importaçõe ge Setorial, as da ren rar Micro cial, mercadológica, adequação do setor no e Pequena Empresa de processos produtivos a indústria gráfica um deficit negativo normas técnicas esde sua criação às em 2006? 1). e ambientais e há 38 anos, o Estado (Tabela o fomento Pau à certificação Serviço de Apoio presentando mais representa 1,5% neste escopo. lo Okamotto: às de e da quenas Empresas Micro no Produto Interno 20% de participação 75 PeSão resultados (Sebrae) produção da indústri Bruto (PIB) dee Quais os bene senvolve, de econômiimpactos imporfícios modo crescente, Este grupo responde por 99,2% nacional. a trabalhos nos A principal atividade socia das à Abigraf para as empresas as- tantes, de um total de 13 setores da indústria, de transformação gráficas do Esem decorrência a começar cuária, comércio agrope- formais milhões de pessoas com empregos ca das indústrias parceria? dessa pelo de é a edição no Brasil. au men to da mo. Em entrevista bens, serviços e turise emprega quase tado da Bahia (34,23%) Paulo Okamotto: à Revista Abigraf participaç ão Elas podem dispor Okamotto, presidente , Paulo A missão das serviços prestados dos pequenas 3% da mão de nacional do Sebrae, do Sebrae é apoiar pelas principais fala sobre a atua empreobra. de atuação do os pequenos negócios. De que áreas sas nas ção Sebrae, modo e com quais sua parceria com da entidade, bem como ins gerencial, inovação, que são capacitação bens compras de ações a tituição vem colocando a indústria gráfica. e serviços comuns modernização, zador do Estudo em prática esse a serviços fi nan acesso ral, que pelo governo fedeSetorial da IndústriaReali- trabalho nos últimos cei ros e participaçã saltou de R$ 2 fica no Brasil e anos? Grá- Paulo ambientes que patrocinador do favoreçam o acesso o em R$ 14 bilhões anuais. bi lhões para mais de Congresso gens: Okamotto: São dois tipos de Brasi leiro da Indústria O cados. número a mer- di men abordaO atendiment o atendimento de empreentos optantes o direto às empresas indi Brasi leiro de ExcelênciaGráfica e do Prêmio No de pequeno porte primeiro, o Sebrae vidual e o coletivo. subiu de 1,3 milhão,pelo Simples também Gráfica Fernando pode ser feito Pini, o Sebrae atua por meio de on line ou para de forma presen no início da vigência, sultoria, orien vem fortalecend concial, com apoio tação, mais o o relacionamento com das diver- setembro de 4,1 milhões até o começo sas unidades que distância, palestras, cursos presenciais e a a Abigraf para compõem o Sistema de ajudar a fodeste ano. Qua e atendimentos mentar os negó brae. Outro ponto cão; disponibiliz se dois mil mu cios das empresas de balimportante trabalhadoSe- cípios já regulament a publicações, pequenas, informaçõe maioria absoluta aram a Lei Geral, nia cultura da coo pesquisas, no setor. é cobre 56% s, apoio pera o que da população em conjunto, essas ção para que, atuando lei entre outros. No e promoção de eventos, ra. Dezessete estados empresarial brasiempresas possam coletivo, quase Qual o número rar suas fragilidades 800 projetos estão já regulamentaram supe- o capítulo atual de empresas individuais, ou de compras go ras considerada brasilei- terlocuçãosendo executados neste ano. buscar o aumen ver namentais, seja, zendo s de A incom instituições to da competitivi com que uma faPau lo Okamotto: micro e pequeno porte? vadas, públicas e pridade. parcela maior Oficial mente, nacionais e es aquisições seja de suas conta com cerca trangeiras, no o Brasil de voltada para o Quais aspectos 18 sentido efetivar parce de desenvolvimento local. Ainda o Sebrae leva rias, tornar viá e pequenas empresas5,8 milhões de micro tos em consideração para firmar como decorrência veis projee ações que visam Lei, o País tem inseridas nos uma da res da indústria, a um ambiente mais de 520 mil empresa ou entidade? parceria com uma de mais comércio e serviços,seto- favorável aos pequenos REVISTA ABIGR empreendores individuais AF SETEMBRO/O negócios, com o Paulo re- são empre formalizados, UTUBRO 2010 RecupeRaçã Okamotto: include cesso Taxa num sarial e acesso Pri mei ramente, prode registro rápido, a mercados, bemde papéis Recicláveis sentativida a repre- de eletrônico e isento os de da entidade taxas. A meta junto às pequeé alcançar um em países selecionad nas empresas milhão de formalizações do setor, seguida 80,7% até o final deste da identifiano, em forFrança te parceria com 73,7% o Ministério da de 2009 en Previdência o dia 30 de setembro brasilei Japão 72,8% a norma trou em vigor de Alemanha SETEMBRO/O Fruto de mais 70,9% UTUBRO 2010 ra 15755:2009. REVISTA ABIGR do Comitê Reino Unido AF 63,8% um ano de trabalho ABNT, ela da Espanha de Celulose e Papel 54,4% Simples papel reciclado. Estados Unidos duas define o que é 51,8% ocupa singelas Itália e objetiva, a norma encerra ser 50,7% razão de páginas, mas sua A norma especifica Malásia 47,1% se em poucas linhas. e cartão) México reciclado (papel 43,7% que “o produto material Brasil (1) menos 50% de 43,7% deve conter pelo recuperado”. Finlândia de fibras celulósicas 37,9% ser alcançado a norma de papel pode sobre As discussões Esse montante China da ne bien 35,5% de aparas préconsumoa nasceram justamente as questões am com o uso tanto Argentina identificarem metimento com nome reciclado e nesse ponto 32,8% de os usuários cometidos em quanto pós consumo Nas longas dis tais. Abusos foram como o Projeto de cessidade “Nem as normas Rússia legislou. sa, é papel reciclado. 28,1% ABNT também clareza o de uma boa cau os vários mem ne Lima o que definiam com Índia deputado Elie internacionais cussões que envolveram o conceito de Lei 2308/07, do Silvio Isola, pre obrigar as edito produtiva, reciclado”, afirma bros da cadeia da ABTG, (PPMT), que pretendia 30% de papel papel acabou prevalecen gera menos do Conselho Diretivoenvolvidos gera domínio público setor sidente ras a utilizar pelo hoje a coleta seletiva e outro dos consumo é aquela publicações. O do mostra que bilhão a diretor da Gegraf do. Apara pré reciclado nas suas variam de R$ 1,4 de papel, assim que não estaria da norma 15755. benefícios que da da dentro da indústria tal e na elaboração imediato da norma foi a produtivo argumentou anuais. impresso que sobra de R$ 3,3 bi lhões te preparado para O resultado como o material dados da Bracelpa, operacionalmen conduta e o favo peça dentro De acordo com o de pa sendo descartada. seg correção de desvios de tri no acabou produção de qualquerpós consumo é o recuperaçã ideia de a também do Apara do diálogo equânime em 2008 a taxa em relação r uma gráfica. Excessos partiram a de recimento te/gráfica/fornecedor. Mas pelo consumido cicláveis no Brasil de papel: com foi de re mais péis re ângulo clien material descartado mento fornecedor aparente de papel questão ainda os preços em é clara: o produto e numa consumo ma ao toca norma a E de 3,828 mi final. te, no manda aquecidíssi seu quinhão, mes a norma obrigatoriamen é a cadeia de fornecimen 2009, 43,7%, com a recuperação complexa, que total ciclado deve ter, de aparas. Em alta, todos queriam . “Tinha até de sua composição lhões de toneladas te estável, mínimo 25% que não o merecessem imitar o as to de aparas. praticamen mo ficou consumo. para de esse número de material pós nacional de aparas papel branco pintado Alexan com um consumo França, reciclado”, conta pecto do papel de toneladas. Na As cooperativas Ja comercial do Grupo 3,848 milhões é de 80,7%, no dre Duckur, diretor da equi sozinhas não têm de Tinha até papel a taxa de recuperação dos integrantes de 72,8%, Bignardi e um na Alemanha, meio às para pão, de 73,7% e l pela norma. Em que estão qualidade e quantida branco pintado do pe responsáve alguns paí ses prima e às especifi ques só para citar para brigar por imitar o aspecto . que o Brasil nessa de ofertas de matéria as gráficas esforça mais adiantados tes, melhores preços. papel reciclado dessa taxa depende cações dos clien os melhores resul tão. A elevação passando forçosa Antonio de vamse para oferecer tar projetos nos fatores, de Marcos Alexandre Duckur, de uma série a acei Cruma ento da coleta tados, chegando não era a diretor comercial Lima, catador da mente pelo aprimoram papel reciclado conselho de reciclagem. quais o uso do do Grupo Bignardi e integrante do o to material passível adequada. sobre Sampa mais Cata da solução Há diversas estimativas administrativo o da coleta de diretamente com tal de pessoas sobrevivend Apesar de mexer no Brasil. O Mo produ eLo da Cadeia envolvidos na riais recicláveis e Cata CatadoR, pRimeiRo de Pes mate os vá rios atores Nacional de Catadores (MNCR) ção do papel recicla do pelo Instituto em vimento Estudo realiza cláveis ção e transforma sem alarde, talvez Aplicada (Ipea) Materiais Reci de cerca de Am doras de quisa Econômica do, a norma chegoupor papel offset re Ministério do Meio em trabalha com uma média parceria com o atividade, en porque a demanda mais a mesma, dis pela imprensa catadores em fosse o biente e divulgado Brasil poderia ter 800 mil ciclado já não do Meio Ambien ritmo de cresciment quanto o Ministério O MNCR divulga mostra que o por maio tanciando se do lhões de R$ 8 bi em um milhão. o papel meados de 2008. s de ca benefícios da ordem sustentabilidade, registrado até todos os te fala 79 das organizaçõe suas marcas e ao conceito de a reciclagem de que apenas 7% ampla rede de imediatamente No afã de vincularem A maior parte ano se fizesse boa par envolvendo uma Além de remeter veis que são encami tadores são cooperativas. deira ambiental, forte função social, dois anos, a procura estu resíduos reciclá produtos à ban correu ABIGR AF reciclado tem uma da explosão na demanda há e aterros. Esse empresas do País 2010 REVISTA sensibilização da nhados aos lixões te das grandes MAIO/JUNHO personagens. Depois se e a indústria aposta na maior reciclado. A aparên mercado. incremento do para o papel offset pelo produto estabilizou-à sustentabilidade para um e com fibras aparentes, relação cia dele, pardo Tânia Galluzzi sociedade com símbolo de compro foi utilizada como
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remunenessa fai xa de se enquadram gráficos” 38% “outros produtos os pro- ração (Figura 1). e, o empregae impressão de grupo que abrange No tocante à escolaridad do pa(CNAE 1.0 22195), os segmentos de caderBahia fica próximo destaca para do gráfico na se dutos voltados cional. nal. O fato que gráfifiscais e promo drão geral nacio trabalhadores nos, impressos a do setor de sero percentual de grau completo A crescente importânci em grande me- é que nos com o segundo no explica, liga- cos baia restante do Brasil viços no PIB baia (54%) do que no estabelecimentos de de maior da é ti dida, a quan 2). A mesma atividade (41%) (Figura dos a esses segmentos. 1.0 22195) é responsáno econômica (CNAE ocupada a da mão-de-obr do setor na vel por 29,97% médio das empresas s por em2). do O porte empregado setor gráfico (Tabela dados do Ministério r Bahia, que era de 5,7 2005. em 6,3 para De acordo com tou (MTE), o trabalhado em 2001, aumen do cresTrabalho e Emprego remuneração inferior presa período é reflexo recebe Tal aumento nesse (48%), proporciobrasigráfico baiano maior do emprego Enquanto, na média empreganham cimento ao aumento do número de à média nacional. dos funcionários nalmente na Bahia leira, apenas 16% S salário mínimo, S DE EMBALAGEN IMPORTAÇÕE entre 1,01 e 1,50
Micro e pequenas empr podem contar com esas gráficas o Sebrae
IMENTOS IOS E ESTABELEC DOS FUNCIONÁR POR MUNICÍPIO EM 2005 BAHIA PARTICIPAÇÃO FIGURAS 3 E 4: GRÁFICA NO ESTADO DA DA INDÚSTRIA
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ainda não setores da nal (9,1%) (Tabela volta-se para os da média nacio dados do Ministério mica na Bahia, dústria, inforDe acordo com Indústria e Comérquímica, agroin química, petro topeças. mento, bilística e de au do do DesenvolviMDIC), as exportações baiamática, automo dados do Ministério Ex terior ( somaram De acordo com no Esta- cio gráficos em 2001 a indústria gráfica e a nas de produtos Trabalho (Rais), (o que correspond do reúne 596 empresas DO ESTADO DA
sistente Expansão con cadeia depende de uma uturada mais bem estr
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MAIO/JUNHO
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Mantendo-se fiel à sua filosofia de permanente evolu ção e atualização dentro de um elevado padrão de qua lidade de apresentação e de informação, nesses últimos anos a revista incorporou novos temas e renovou sua proposta gráfica, repensando-se como o principal veícu lo do setor gráfico. Seções como História Viva, que conta a trajetória de personagens que ajudaram e ainda con tribuem para a construção do setor gráfico, e Sustentabilidade, colocando em evidência o assunto do momen to, enriquecem a pauta da publicação. A cobertura das iniciativas do Sistema Abigraf foi dinamizada, confe rindo ainda mais transparência às atividades das asso ciações que o compõem. Noticiár io geral, entrevistas e matér ias sobre empresas e prof issionais do setor, eco nomia, mercado, produtos, eventos, arte, design, pro dução, fotografia e outros temas constituem o abran gente conteúdo que transformou a Revista Abigraf em referência da indústria gráfica nacional.
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Tânia Galluzzi
REVISTA ABIGR AF 35 Anos
Noite de festa gicos, o marco normativo e todo um conjunto de informações relevante para a capacita ção de pessoas e empresas. “A Revista Abigraf tem sido uma estratégica base comunicacio nal em apoio ao cumprimento da missão de nossa entidade. Sua qualidade e credibilida de são const it uíd as à imagem e semelhan ça de seu editor, Plinio Gramani Filho, e de todos os seus colaboradores, os quais saúdo nas pessoas da jornalista Tânia Galluzzi e do diretor de arte, Cesar Mang iacavalli”. Posic ion ando-a como o mais completo veículo do setor gráfico, Fabio Arruda Mor tara, presidente do Sindigraf- SP e AbigrafSP, realçou a competência da revista e os fru tos que gerou, como o Anuár io Brasileiro da Indústria Gráfica e a revista Tecnologia Gráfica. “Gostaria de enfatizar que a Revista Abigraf cumpre outra missão significativa: cons titui-se em vitrine do setor e de sua evolução”.
Fotos: Roberto Loffel
Em clima de alegria e descontração, cerca de 200 pessoas prestigiaram a comemoração dos 35 anos da Revista Abigraf.
ada melhor do que personificar a nossa alma com papel, tinta e chapas, o que fazemos através da Revista Abigraf ”. Com essa frase, dita durante seu descon traído discurso na comemoração dos 35 anos da revista, Mário César de Camargo, presi dente da Abigraf Nacional, sintetizou o que a publicação representa para o setor. A festa, patrocinada pelo Sindigraf- SP e realizada na noite de 26 de outubro no Espa ço GAP (Galeria de Artes Panamericana), no bairro de Pinheiros, em São Paulo, contou com a presença de cerca de 200 convidados, entre líderes empresar iais, gráficos, fornecedores e prof issionais de marketing. Reinaldo Espinosa, presidente da ABTG, ressaltou a importância da revista como par ceira da entidade na missão de levar ao merca do as novidades técnicas, os avanços tecnoló
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Profissionais e colaboradores envolvidos na produção da Revista Abigraf. Atrás (E/D) Cesar Mangiacavalli, Rosaria Scianci, Tainá Ianone, Livian Corrêa e Regina Célia Dias (encoberta). À frente: Álvaro de Moya, Ricardo Viveiros, Laurice Gramani, Plínio Gramani Filho, Giuliana Gramani, Tânia Galluzzi, Sandra Pfeiffer, Ada Caperuto e Clarissa Domingues.
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Plínio Gramani Filho recebe placa de homenagem do Sistema Abigraf, das mãos de Mário César de Camargo, presidente da Abigraf Nacional
O empresário citou o apoio do Sistema Abigraf à publicação, parabenizando também o jorna lista Ricardo Viveiros e sua equipe pela contri buição ao veículo. O jornalista foi, inclusive, o mestre de cer imônias da celebração. Na mesma linha, Mário César lembrou ain da o papel da Revista Abigraf como registro da democratização da qualidade gráfica, que, ao longo desses 35 anos, disseminou-se pelo País. Depois da apresentação de um audiovisual sobre a trajetória da publicação, Gramani, diretor res ponsável pela publicação, em discurso emocio nado, agradeceu a Max Schrappe, ex-presidente da Abigraf e responsável pela contratação da Clemente e Gramani como editora da revista em 1983. O editor sublinhou o apoio e a colabora ção que recebe de todos que ajudam a elaborar cada edição, inc luindo anunciantes, fornecedo res, entrevistados e leitores, reiterando o com promisso de continuar trabalhando para que a Revista Abigraf seja cada vez melhor.
Fabio Arruda Mortara, presidente do Sindigraf-SP e Abigraf-SP
Reinaldo Espinosa, presidente da ABTG
Max Schrappe
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Nas páginas seguintes, conheça a opinião de leitores sobre a publicação.
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Depoimentos de leitores da Revista Abigraf “Exatas 250 edições. Cada qual uma batalha vencida, para unir, informar, inserir a entidade na vida nacional e na tecnologia mundial, identificar e definir o futuro da atividade gráfica, reverenciar o seu passado e seus heróis. Isso faz, por 35 anos, a Abigraf “revista‑símbolo do setor”. Alfried Plöger Conselheiro da Cia. Melhoramentos de São Paulo
“Meus sinceros parabéns pela elaboração e manutenção durante tantos anos da Revista Abigraf, tão apurada em conteúdo e na apresentação. Ela é muito agradável de ler e sempre oferece a atualização de assuntos de interesse do meio gráfico. Segredinho, eu a reservo para lê‑la nos momentos que quero relaxar e descansar. Transformar uma leitura até de certo ponto técnica e profissional em prazer e lazer é uma grande conquista”. Beatriz Bignardi Diretora da Bignardi Indústria e Comércio de Papéis e Artefatos
“Muito mudou nestes 35 anos e a Revista Abigraf não ficou parada nunca, sempre acompanhou e informou as contínuas ondas de evoluções ou revoluções tecnológicas no nosso campo. Isso demonstra o extremo profissionalismo que a melhor revista gráfica do Brasil, e de muitos outros países, nos brinda há 35 anos”. Bruno Cialone Technical Director da Antalis do Brasil
“Revista Abigraf, um elo entre passado e futuro. É com base nessa crença que ela é produzida, deixando para as novas gerações o exemplo de todos aqueles que lutaram ou ainda lutam por melhores condições para o setor gráfico brasileiro”. Carlos Augusto Di Giorgio Presidente do Sistema Sigraf/Abigraf‑RJ e Funguten
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“A Revista Abigraf é um meio de comunicação diferenciado dentro de nosso mercado gráfico. Consegue aliar artigos técnicos com discussões sobre gestão, percorrendo muitas informações do setor, passando por manifestações de cultura, tudo de forma elegante e graficamente exemplar. É veiculo singular na categoria”. Claudio Baronni Diretor de Projetos da Abril
“Parabenizamos a Abigraf pelos 35 anos de informação e divulgação das novidades do mercado gráfico”. Dirceu Fumach Presidente da Bobst Group Latinoamérica do Sul
“Tudo indica que caminhamos juntos: na ocasião em que a Revista completa seus 35 anos, a Premiata também comemora sua primeira década de muito trabalho. E todo bom trabalho só pode ser realizado com boas companhias! É assim que classificamos a Revista Abigraf e toda sua equipe: parceiros de qualidade e bom gosto para qualquer momento. Parabéns pelo sucesso e competência!”. Edson Zanetti Skrzeczkowski Diretor da Premiata Tintas e Vernizes Gráficos
“A Revista Abigraf é uma publicação obrigatória para o mercado gráfico, contando com artigos e matérias relevantes e atualizadas sobre nossa indústria, sempre com imparcialidade e alta qualidade editorial. Parabéns pelos impressionantes 35 anos de muita contribuição!!!”. Eduardo Sousa Marketing Manager Latam da Agfa Graphics
“A Abigraf não apenas se tornou referência em imprensa gráfica, levando conteúdo informativo de qualidade e cultura aos quatro cantos do Brasil, como prova, a cada edição, sua ética e responsabilidade editorial junto a seus fornecedores e parceiros”. Elaine Almeida Gerente de Marketing da Ferrostaal Equipamentos e Soluções
“A Revista Abigraf é referência para o mercado gráfico. Com extrema qualidade editorial e conteúdo completo, é uma publicação íntegra, que norteia nossos negócios”. Fábio Baiadori Diretor Administrativo da Bottcher do Brasil
“Plínio, parabéns pela conquista desta marca. Sabemos que apoio, estímulo e participação são fundamentais para atingir qualquer marca de sucesso, mas quando penso na Revista Abigraf e em estar completando 35 anos, não posso deixar de dizer que isso só foi possível sobretudo pela sua determinação. Pensei em uma frase, que acho que resume esta evolução e que portanto representa meu pensamento em relação à revista, e se refere ao seu trabalho, sua dedicação e amizade durante todo este tempo: ‘Reunir‑se é um começo, permanecer juntos é um progresso, e trabalhar juntos é sucesso – Henry Ford’ ”. Fábio Marangoni Executivo Comercial da Gráfica Editora Aquarela
“A qualidade gráfica e editorial da Revista Abigraf desmente o dito popular: ‘em casa de ferreiro, o espeto é de pau’. Ela orgulha o setor”. Fabio Mestriner Coordenador Acadêmico de Pós‑Graduação ESPM
“É o maior e o mais completo veiculo de informações do setor gráfico”. Floriano Alves
“Lembro que aos 15 anos, como aluno do curso de técnico em Artes Gráficas, fiquei muito impressionado com a apresentação gráfica de uma das primeiras edições da Revista Abigraf. Nesse flash de 35 anos, enalteço a real importância de um veiculo tão representativo e relevante em nosso segmento e a contínua seriedade de quem a edita, num tom de amplitude cultural e informações setoriais. Parabéns a toda a equipe Clemente e Gramani”. Francisco Veloso Filho Diretor da Overlake Vernizes Gráficos
“Há muito tempo acompanho a trajetória da Revista Abigraf e posso falar, com toda tranquilidade, que é muito bom ter uma revista que represente o nosso mercado com tamanho profissionalismo e seriedade. 35 anos, com essa história de sucesso, não é para qualquer um”. Gilberto Carito Diretor Comercial da Ibep Gráfica
“Em muitos anos de atuação no mercado de celulose e papel, sempre acompanhei a Revista Abigraf e vibrei com a evolução tanto do conteúdo quanto do aspecto visual. Como jornalista sei quanta dedicação é necessária para concretizar nossas ideias. Parabéns por este projeto que faz parte da história do setor gráfico”. Gracia Martin Diretora da G Martin Comunicação Integrada
“É impressionante sentir a repercussão que a Revista Abigraf tem no Brasil e no exterior. Como colaborador e participante da revista por muitos anos pude sentir isso na pele. Parabéns à Abigraf e a todos que a fizeram e construíram ao longo desses 35 anos. Parabéns em especial ao pessoal da Gramani pela dedicação e talento na sua realização”. Hamilton Terni Costa Diretor da ANconsulting
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Presidente da Abigraf Alagoas
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“Revista Abigraf. Deste 1975, uma contribuição ímpar aos empresários do setor gráfico, pelo conteúdo alinhado e pela disseminação de conhecimentos e informações tão necessárias para os empresários do segmento”. James Hermes dos Santos Presidente do Sigrat e Abigraf Piauí
“Parabéns a todos que fazem parte da brilhante história da Revista Abigraf, este conceituado veículo de comunicação que informa e simboliza a Indústria Gráfica Brasileira”. José Fernando Rocha Presidente da Abigraf Santa Catarina
“É com muito carinho que deixamos nossos cumprimentos pelos 35 anos de vida da Revista Abigraf. Ela acompanha nossos passos desde o início de nossas atividades e com o apoio dela crescemos e conquistamos nosso espaço dentro do mercado gráfico brasileiro, que é tão bem retratado e publicado em suas edições”. Juliano Del Bianco Diretor Geral da Aquarius Gráfica e Editora
“Revista Abigraf: a comunicação do conhecimento da Indústria Gráfica”. Julião Flaves Gaúna Presidente da Abigraf Mato Grosso do Sul
“A Revista Abigraf é, ao longo destes anos, grande referência de nosso setor, indispensável. Seu caráter artístico e a excelente produção de suas edições formam a imagem da publicação”. Luís Flávio Soares de Lima Gerente da Filial Nordeste do Grupo Furnax
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“Revista Abigraf = 35 anos de sucesso! Que continue sempre sendo o símbolo de nossa indústria”. Luis Pinho Diretor da Ediouro Gráfica e Editora
“É a revista que se tornou necessária a mim, e acho, a todo profissional gráfico responsável do País. Conseguiu criar em mim o habito de lê‑la, sinto falta quando não o consigo. Parabéns pelos 35 anos!”. Luiz Bonasio Diretor da Trevoset Gráfica e Editora
“Não é a revista que deve ser homenageada e sim sua equipe pelo trabalho em manter viva a Revista Abigraf ”. Luiz Carlos Burti Diretor da Editora Gráficos Burti
“Trinta e cinco anos informando, divulgando e fortalecendo toda indústria gráfica nacional. Parabéns pelo aniversário!”. Luiz Nei Arias Vice‑Presidente Comercial da IBF – Indústria Brasileira de Filmes
“A Revista Abigraf alia informação relevante a um design de qualidade. Trata‑se de uma publicação imprescindível para toda a cadeia da mídia impressa”. Manoel Manteigas de Oliveira Diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris
“Revista Abigraf. Vencer ou vencer!”. Norberto Geyerhahn Diretor da Editora 4 Estações
“Nós, da Metrics, manifestamos nossas felicitações por esta data tão especial. Somente uma publicação de grande qualidade e utilidade para o setor poderia permanecer tanto tempo e ainda ser uma referência”. Osmar Barbosa Diretor Geral da Metrics
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Todos podem ter mais agilidade para encarar grandes desafios. Todos podem Prolam. Encarar um grande desafio não é exclusividade de atletas radicais. Nós, do mercado gráfico, também nos defrontamos com grandes e diários desafios. É para resolvê-los com agilidade que a Prolam aprimora seus estoques e reduz seus prazos de entrega. Na hora de passar por cima de um novo desafio, pode contar com a agilidade Prolam.
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“Arte, linguagem e indústria gráfica em tempo e obra de arte. Cada edição da Revista Abigraf é sempre uma rica e boa novidade, pela atual e correta informação, de mercado, de tecnologia, da cultura e das artes, que lhe confere a revista‑símbolo”. Renata Watson Diretora da Traço Comunicação
“Nós, da Arjowiggins Security, parabenizamos a Revista Abigraf pelos seus 35 anos! A revista, ao longo deste tempo tornou‑se um exemplo de competência e qualidade de informação! Todos os seus leitores reconhecem o seu profissionalismo”. Ronald Dutton Diretor Comercial & Marketing Papéis Finos da Arjowiggins Security
“Preliminarmente parabenizamos você e toda sua equipe pela excelência na condução dessa revista que hoje é, sem sombra de dúvidas, um referencial da maior importância para todo o setor gráfico brasileiro, é fonte para todos de nossa cadeia produtiva, além de sempre nos impressionar pelo alto grau de qualidade editorial”. Rubens E. de Campos Executivo da Abigraf Regional do Paraná
“A equipe Technotrans América Latina parabeniza a Revista Abigraf pelo seu 35º- aniversário e pelo excelente trabalho desenvolvido durante esses anos. A Revista Abigraf para a Technotrans é sinônimo de qualidade, competência, conhecimento e de grande importância no mercado gráfico brasileiro”. Silvana Vieira Assistente de Marketing da Technotrans América Latina
“O conteúdo da Revista Abigraf expressa a alma do seu editor”. Sonia Carboni
Diretora Executiva do Sistema Abigraf
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“Nos últimos 28 anos de minha vida tenho estado sempre focada no ramo gráfico, que nada mais é do que pura arte! E o mais interessante é que, desde que iniciei a minha dedicação a essa arte, tenho tido a agradável ‘missão’ de receber a Revista Abigraf, de apreciar as suas capas sempre lindas, criativas, assinadas por artistas de vanguarda da fotografia e da ilustração e de ler suas matérias sempre atuais e úteis. Parabéns Revista Abigraf pelos 35 anos de arte, informação e credibilidade!”. Sonia Marangoni Supervisora de Administração de Vendas da Gráfica Editora Aquarela
“Revista Abigraf: a mais completa do setor gráfico”. Valdézio Bezerra de Figueiredo Presidente do Sindusgraf e Abigraf Pernambuco
“É um honra participar do sucesso da Revista Abigraf não apenas como um leitor, mas também como um parceiro. Este é um dos veiculos mais importantes do segmento gráfico, que se preocupa em destacar a importância da excelência gráfica, além de trabalhar com contéudos ricos, que nos acrescentam conhecimento e novas experiências”. Vitor Dragone Diretor Executivo da Goss International Brasil
“Desde seu lançamento, a Revista Abigraf é uma referência para todos os profissionais que atuam no mercado gráfico. Tenho observado, ao longo de todos estes anos, a alta qualidade da informação publicada e o quanto ela auxilia os tomadores de decisão. Para nós é um orgulho assistir a este aniversário da revista, sobretudo pela nossa sólida parceria na realização da feira Office PaperBrasil Escolar, que no ano que vem completa 25 edições”. Wanira Salles Gerente de Negócios da Francal Feiras e Empreendimentos
Só é perfeito quando é do jeito que você precisa
Inovar. Esse é o compromisso. Mas inovar, para gente é combinar a nossa criatividade com o seu desejo e o pioneirismo do seu produto com sustentabilidade para o nosso planeta. E depois, juntar tudo isso num projeto perfeito que atende sua necessidade. Porque a gente acredita que a solução ideal, é aquela desenvolvida especialmente para o que você precisa. Acesse nosso site e conheça o que há de mais atual em aatecnologia e soluções para packing.
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Colaborou Elisabete Pereira
Tânia Galluzzi
Em 2009 foram produzidos mais livros infanto juvenis do que obras da chamada literatura adulta. Esse é um mercado cada vez mais concorrido, no qual as editoras buscam diferenciar-se através da melhor combinação entre qualidade editorial e apuro na produção gráfica.
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Os novos leitores
U
m dos dados revelados pela pesquisa Produção e Vendas do Setor Editor ial Brasileiro 2009 e que fez com que Rosely Bos chini, presidente da CBL, afirmasse que o futuro do livro está garantido foi o bom desempenho do segmento de livros infanto juvenis. Conta bilizando o total de exemplares produzidos, en tre primeiras edições e reedições, foram impres sos no Brasil no ano passado 28.704.739 livros infantis e 26.885.158 obras juvenis, perfazen do 55.589.897 exemplares, o que representa 14,39% do total de livros produzidos no País em 2009. Com isso, o segmento infanto juve nil fica atrás apenas dos livros didáticos, que re presentam 47,55% do total, superando as obras relig iosas, que têm participação de 11,05%, e a literatura adulta, com 5,44% (ver detalhamento da pesquisa na página 82). Um dos fatores decisivos para esse resul tado é a política de incentivo à leit ura adota da pelo governo federal. Como comenta Júlia Schwarcz, editora do selo Companhia das Le trinhas, o estabelecimento das compras do go verno revolucionou o mercado de literatura in fanto juvenil. “As compras são muito altas em
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comparação ao que se vende ao mercado e fa zem com que os selos infanto juvenis tenham um papel importante no balanço de uma edito ra”. Márcia Carvalho, diretora de Literatura da Salamandra, complementa: “Além de aumentar o número de bibliotecas públicas e do programa de compra de livros de literatura para bibliote cas escolares, o PNBE, que agora é lei, o gover no desenvolve diversos programas e ações que valorizam a leitura, despertando em crianças e jovens o interesse pelo livro”. Esse é um nicho de mercado, como observa Isabel Lopes Coel ho, editora de livros infanto juvenis da Cosac Naify, que tem crescido tanto em quantidade quanto em qualidade, posicio nando-se como um segmento produtivo e ou sado. E a disputa pela conquista da criança não termina com a escolha de uma boa história, en volvendo produção gráfica cada vez mais esme rada. “A principal preocupação da Cosac Naify é dar a seus livros infantis o mesmo cuidado grá fico e editor ial que dispensa aos livros adultos. Sem contar a inovação gráfica, escolhemos tam bém os melhores tradutores, renomados escri tores para escrever textos de quarta capa etc. Nós não subestimamos os pequenos leitores.
O mesmo se dá na questão gráfica: optamos por ilustradores diferenciados, os melhores papéis, impressão e acabamento. Esta é sem dúvida a marca da editora”. Na Companhia das Letrinhas, o enfoque está igualmente no conteúdo e na forma: a fan tasia inventiva, o cuid ado pedagógico, o tex to gramatical e literar iamente bem composto. A tudo isso se acrescenta o apuro gráfico: ilus trações que dialoguem com o texto e que con tem a sua parte da história, em projeto gráfico e formato pensados em conjunto. “É claro que os livros com botões sonoros ou dobraduras são muito atrativos para as crianças e também cha mam bastante atenção nas liv rarias, porque são maiores, muitas vezes em capa dura. Mas, de fato, nos concentramos na produção de boa li teratura e acreditamos que a fantasia das crian ças dialoga muito bem com o livro trad icional”, diz Júlia Schwarcz. Brasil x China
Os livros-brinquedo, com pop-ups, música e outros recursos especiais, estão cada vez mais presentes no Brasil, porém compõem um ni cho, embora concorrido, ainda pequeno quan
do comparado a mercados externos, como afir ma Alysson Ribeiro, diretor de Operações do Grupo SM, de origem espanhola. “Devido ao alto investimento que esse tipo de livro exige, no caso dos livros com pop-ups, fazemos coed i ções com editoras de outros países”. Essas coe dições, bastante comuns, em muitos casos le vam a impressão dos livros para outros países. “Temos gráficas no Brasil preparadas, mas o custo de importação é significativamente mais barato”, diz o diretor. Já Elisa Braga, diretora de produção da Companhia das Letras, ressente-se da falta de gráficas dedicadas à produção de livros com facas e dobraduras especiais. “Só imprimimos fora do Brasil os livros de coed ição mund ial e os pop-ups, por não termos gráficas brasileiras espec ial iz ad as nesse segmento. Todos os ou tros livros são impressos aqui, pois nosso pra zo de reimpressão muitas vezes é bem pequeno, por volta de cinco dias úteis. Porém, para livros pop-up, a China continua imbatível em termos de preço e qualidade”. O prazo de entrega é, aqui, questão deci siva. Para o Grupo SM, no Brasil desde 2004 produzindo conteúdo didático e de literatura
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infantil e juvenil, preço é um fator fundamen tal, mas o tempo de entrega também é muito importante. “Os livros impressos no exter ior precisam de um planejamento maior, três me ses a mais, na média”. O grupo, segundo Alys son Ribeiro, dá prior idade à produção nacional. “Trabalhamos muito próximo dos fornecedo res brasileiros para conseguir um bom custo/ benefício. Precisamos de um parque brasileiro competitivo, mas saud ável. De nada adiant a ter um excelente preço este semestre e no pró ximo não ter gráfica para imprimir porque elas fecharam as portas”. Além dos livros-brinquedo, a Salamandra, que faz parte da Editora Moderna, pertencen te ao Grupo Santillana, aposta na combinação de autores e ilustradores consagrados. “Estamos trabalhando no projeto de exclusividade com a Ruth Rocha, que completou 40 anos de litera tura, o Pedro Bandeira e a Eva Furnari, cujos li vros continuam sendo um grande sucesso en tre as crianças. Também lançamos um selo para jovens, o iD, totalmente voltado ao entreteni mento”, afirma Márcia Carvalho.
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Fantasia
Na cesta da literatura como entretenimento podemos colocar os livros de temática fantás tica, repleta de vampiros e toda a sorte de cria turas ext raord in ár ias, gerando campeões de venda como a série Crepúsculo. A diretora de Literatura da Salamandra acredita que essa te mática continuará em alta, ajudando a desper tar o interesse pela leitura. “A fantasia cumpre um papel muito importante para o equilíbrio emocional do ser humano. Não é à toa que foi por intermédio da fantasia que o ser humano encontrou as primeiras explicações para todas as coisas que o aflig iam e que até hoje ela é um gênero literário muito importante”. Dolores Prades, gerente de Literatura Infan til e Juvenil do Grupo SM, comenta que a fanta sia, o terror e o suspense, a chamada literatura de evasão, sempre tiveram um grande público leitor entre os jovens adolescentes. “Existem clássicos que sobrevivem e são lidos por gera ções. A questão dos best-sellers é que, apesar de seguirem um modelo muito pouco inovador, serem de qualidade literária no mínimo ques tionável e na maior parte das vezes profunda mente moralistas, se apoiam em leitores com
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frágeis históricos de leitura e em fortes inves timentos de marketing. São produtos descar táveis que seguramente não sobrevivem sequer a uma geração, mas esse é o jogo do mercado”. Para a executiva, o maior desafio com relação ao público infanto juvenil é justamente identi ficar as suas expectativas, os seus dramas, as questões que mobilizam a sua atenção e interes se. “No caso do livro juvenil, descobrir a sua re levância é a grande questão. Se algum segmen to tem de se reposicionar, sem dúvida, é o do livro juvenil. Trata-se de uma longa discussão que deveria começar pela própria origem da li teratura juvenil e de sua relação estreita com a leitura na escola. Vale aqui um destaque para as HQs e as novelas gráficas. Muita coisa boa tem sido publicada nesses gêneros no Brasil”. E falando do público infanto juvenil, acos tumado desde cedo ao computador e à internet, não poder íamos deix ar de abordar o livro digi tal. As quatro editoras consultadas não acre ditam na substituição de formatos. Apesar de aind a não ter lançado nenhum título infan til nesse formato, a Companhia das Letrinhas confirma o interesse pelo e-book. “É um merca do em expansão, mas acredito que serão pro
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dutos diferentes e que um não exc luirá o outro. O livro digital, em minha opinião, aproxima-se mais de um jogo do que da literatura”, comenta Júlia Schwarcz. O diretor de Operações do Grupo SM crê que boa parte das editoras está se organizando para a produção de conteúdo digital. “O livro di gital é uma oportunidade para novos mercados, mas um livro impresso sempre será um livro impresso. O toque, a qualidade de reprodução de uma ilustração, o prazer e a tranquilidade que somente o papel proporciona no momen to da leitura ainda não podem ser transferidos para uma tela eletrônica”. A editora da Cosac Naify não vê o livro di gital como uma ameaç a ao impresso, e sim como uma nova, e certa, possibilidade de lei tura. “As crianças, que dominam os meios ele trônicos com muit o mais facilidade do que muitos adultos, certamente irão se interes sar pelos livros dig itais. Por isso estamos nos aperfeiçoando para muito em breve oferecer li vros nesse formato”. Por sua vez, a diretora de Literatura da Salamandra acrescenta: “O livro digital vai se tornar um novo meio, porém o mais importante é o conteúdo, e não a forma”.
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Preço do livro cai em 2009
O
preço médio do livro vendido pelo setor produtivo ao mercado brasi leiro rec uou 3,56% em 2009, na comparação com o valor apurado no ano anter ior, caindo de R$ 11,52 para R$ 11,11. É o que mostra a pesquisa Produção e Vendas do Setor Editor ial Brasileiro 2009, real i zad a pela Fundação Instituto de Pesqui sas Econômicas (Fipe) da Universidade de São Paulo, a pedido da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livro (Snel). A redução de pre ços de venda das editoras para os canais de comerc ial iz aç ão reflete o crescimen to do número de exemplares vendidos ao mercado, segundo a Fipe. Os resultados da pesquisa foram divulgados no dia 10 de agosto na CBL . O estudo, abrangendo 693 editoras, aponta que a produção total de livros do mercado editor ial brasileiro teve um crescimento de 13,55% no ano passado (386,4 milhões de exemplares) na compa ração com o resultado de 2008 (340,3 mi lhões de unidades). Porém, como afirmou Sônia Jardim, presidente do Snel, o fatura mento das editoras mantém-se estacionado há quatro anos. A receita total do segmen to produtivo do mercado editor ial brasilei ro cresceu 2,13% em 2009, na comparação com os números de 2008. No ano passado, o setor faturou R$ 3,376 bil hões, ante os R$ 3,306 bil hões do per íodo anter ior. O número de unidades produzidas de li vros em primeira edição — os lançamentos
— cresceu bem acima da média (18,72%) em 2009, em relação ao resultado de 2008. Do total dessas unidades, 154,5 milhões foram de livros em lançamento, contra 130,1 milhões no ano anter ior. Já as ree dições representaram 231,9 milhões de exemplares, avanço de 10,34% sobre o nú mero de 2008 (210,2 milhões). Ao longo do ano passado, o setor editor ial produti vo vendeu efetivamente 370,9 milhões de exemplares aos canais de comercialização do mercado (liv rar ias, distribuidores, ven da porta a porta etc.), aumento de 11,30% ante 2008 (333,3 milhões). A CBL espera números ainda melhores em 2010, segundo Rosely Boschini, presi dente da entidade, uma vez que o resulta do do ano passado foi alcançado mesmo diante da crise econômica mund ial defla grada em setembro de 2008. “O aumento da produção reflete o bom momento vivi do pela economia e o esforço das editoras, visível na elevação do número de novos tí tulos”, comentou a dirigente da CBL . Para ela o futuro do livro está garantido, uma vez que o crescimento nos setores infan to juvenil e científ ico, técnico e prof issio nal (CTP) demonstra que as crianças e os jovens estão lendo mais. Preços mais baixos
O preço médio do livro vendido pelas edi toras aos can ais de comerc ial iz aç ão vem caindo desde 2004, como comentou Sô nia Jardim. Entre os dados revelados pela
faturamento e Exemplares totais por subsetor editorial – 2008 e 2009 Editoras
Faturamento (R$) Var. %
2008
2009
Var. %
1.765.774.390,77 1.728.900.231,40
– 2,09
181.090.695
207.427.143
14,54
Obras Gerais 744.297.405,81 815.851.712,55
9,61
77.373.043
81.280.194
5,05
Didáticos
2008
2009
Exemplares vendidos
Religiosos
323.458.645,25 323.193.630,89
– 0,08
50.534.235
53.510.214
5,89
CTP*
472.427.046,41 508.295.279,34
7,59
24.266.546
28.720.957
18,36
Total
3.305.957.488,24 3.376.240.854,19
2,13
333.264.519
370.938.509
11,30
82
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
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REVISTA ABIGR AF 35 Anos
84
pesquisa, ela destacou o aumento no número de títulos de autores nacionais, que cresceu 4,94% de um ano para o ou tro (46.703 títulos), e a força do merca do infanto juvenil. Dividindo o total de exemplares produzidos no ano passado em temas, os didáticos cont inuam em primeiro lugar, com 47,5% de participa ção. Em segundo lugar estão os relig io sos, com 11,05%, seguidos pelos livros infantis, com 7,43%, literatura juvenil, com 6,96%, e literatura adulta, que re presenta 5,44% do total de exempla res produzidos. A pesquisa segmenta a produção em 24 áreas temáticas. Dentre os can ais de comerc ial iz a ção dos livros produzidos no Brasil, as liv rar ias cont inuam à frente, mas per deram participação no ano passado. Em 2009 esses estabelecimentos recebe ram 97,1 milhões de unidades, o equiva lente a 42,44% do total de 228,7 milhões de livros vendidos pelo setor editor ial produtivo ao mercado (ficam de fora des se cálculo as unidades vendidas para o governo). No ano anter ior, as liv rar ias eram responsáveis por 45,64% do total. O segundo m aior canal de comercia lização, as distribuidoras, também regis trou perda de participação, com 54,4 mi lhões de unidades, 23,78% do total. Já a venda porta a porta avançou, passando de 13,66% em 2008 para 16,64% no ano passado (com 38,1 milhões de unidades). Uma novidade na pesquisa deste ano foi a inclusão da venda direta na internet, referindo-se às liv rar ias que a tuam ape nas no mundo virtual. De acordo com as informações levantadas, a participação desse canal é de 2,25%, dados não tão precisos, uma vez que vieram das edito ras e não das liv rar ias. Para a próxima edição da pesquisa, pensa-se também em acompanhar o desempenho dos li vros dig itais, avaliando o impacto desse produto no mercado editor ial. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
Títulos Editados e Exemplares Produzidos Total em 1-ª edição e reedição – 2008 e 2009 Produção
Títulos 2008
2009
Exemplares Var. %
2008
2009
Var. %
1-ª Edição
19.174
22.027
14,88
130.109.195 154.471.507
18,72
Reedição
31.955
30.483
– 4,61
210.165.000 231.895.629
10,34
Total
51.129
52.509
2,70
340.274.195 386.367.136
13,55
produção por área temática Total de exemplares produzidos (1-ª edição + reedição) – 2009 temas
número
%
Educação Básica (didáticos)
183.723.605
47,55
Religião ¹
42.681.005
11,05
Literatura Infantil
28.704.739
7,43
Literatura Juvenil
26.885.158
6,96
Literatura Adulta
21.007.834
5,44
Autoajuda
12.828.914
3,32
Dicionários e Atlas Escolares
11.888.132
3,08
Línguas e Linguística ²
5.512.401
1,43
Direito
4.973.982
1,29
Economia, Administração e Negócios, Administração Pública ³
3.790.032
0,98
Ciências Humanas e Sociais
1.930.501
0,50
Medicina, Farmácia, Saúde Pública e Higiene
1.853.072
0,48
Educação e Pedagogia
1.292.381
0,33
Engenharia e Tecnologia
1.113.189
0,29
Psicologia e Filosofia
973.806
0,25
492.497
0,13
Matemática, Estatística, Lógica e Ciências Naturais
471.027
0,12
Turismo, Lazer e Gastronomia
294.176
0,08
Artes
245.628
0,06
Educação Física e Esportes
211.805
0,05
Agropecuária, Veterinária e Animais de Estimação
41.662
0,01
Arquitetura e Urbanismo
38.635
0,01
Informática, Computação e Programação
34.785
0,01
Outros
35.378.170
9,16
Total
386.367.136
100,00
Biografias 4
5
[1] inclui Esoterismo e Espiritualismo [2] inclui cursos de idiomas [3] inclui Finanças e Contabilidade [4] inclui Biologia, Bioquímica, Química, Física, Geologia e assemelhados [5] inclui Artes Plásticas, Teatro, Rádio e TV, Cinema, Dança, Fotografia, Quadrinhos, Grafite, Música e Museus Fonte: CBL, Snel e Fipe
Tânia Galluzzi
REVISTA ABIGR AF 35 Anos
Editoras brasileiras negociam US$ 550 mil em Frankfurt
D O Brasil levou 1.504 títulos, de 47 editoras, para a Feira do Livro de Frankfurt, a maior do gênero no mundo.
e acordo com dados divulgados pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), as editoras brasileiras que participaram do estande coletivo da entidade na 62ª- Feira do Livro de Frankfurt venderam US$ 550 mil em direitos autorais. Os principais compradores foram Estados Unidos e França, empatados em primeiro lugar, seguidos por Portugal, Reino Unido e Alemanha. A expectativa de negócios para os próximos 12 meses é de mais US$ 289,7 mil. No total, 1.504 títulos de autores brasilei ros, de 47 editoras, foram apresentados no evento, que aconteceu de 6 a 10 de out ubro. A participação do País deu-se por meio do projeto Braz il ian Publishers, viabil iz ado em convênio firmado pela Apex Brasil e a CBL . O projeto também conta com o apoio da parceria composta entre a Fundação Bibliotec a Nac ional, a Imprensa Ofic ial do Estado de São Paulo e o Sindicato Nac ional dos Editores de Livros. Foi divulgado pela direção do evento que o Brasil será o convidado de honra em 2013, fato que contribuirá para ampliar o interesse na aquisição de direitos autor ais de obras nac ion ais. O país-tema deste ano foi a Argentina.
86 REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
Neste ano, 7.539 expositores de 111 países levaram seus produtos à Feira do Livro de Frankfurt, que recebeu 279.325 visitantes, o que representou uma queda de 3,8% com relação à edição anter ior. O número de visitantes com fins comerc iais caiu 1,6%, mas a quantidade de expositores cresceu 2,9%. Quem esteve na feira, como Sandra Rosalen, técnica gráfica espec ial ist a em impressão offset e ex-coorden adora técnica da ABTG, assistiu à convivência de estandes repletos de livros em papel com as mais recentes novidades referentes ao mundo da leit ura digital. Segundo ela, para as editoras que estavam na feira a discussão do futuro do livro impresso não é prior it ár ia, uma vez que vendem conteúdos e não livros em papel. Para eles, o livro digital é mais uma ferramenta de venda, que pode inclusive aument ar o número de leitores, em pequeno declínio até em países como a Alemanha, onde a produção anual é de meio bilhão de livros. Coexistência
Sandra Rosalen conversou com editores em nome das revistas Abigraf e Tecnologia Gráfica (veja
Tecnologia Gráfica nº- 75). Segundo Enrico Turrin, da Federat ion of European Publishers, os números do mercado edi tor ial digital caminham a passos lentos. “Na França o mercado digital representa algo em torno de 2,5% da receita do setor editor ial, enquanto na Espanha não é mais do que 1%. A Alemanha também está com 1%, porém aqui o mercado está crescendo mais rápido”. Na visão de Heather Carswell, executiva de Mídia e Comunicação da Lonely Planet, famosa editora de g uias de viagem, deve haver uma atenção diár ia sobre o mundo digital. A editora continua produzindo os g uias impressos, contudo disponibiliza também na internet conteúdos que podem ser baix ados. Esses conteúdos inc luem mapas e dicas extras de viagem conforme a necessidade do cliente. Apesar da forte concorrência que esse tipo de publicação sofre na web,
através de centenas de g uias gratuitos ou não, ela acredita que o produto impresso cont inuará existindo. Eventos para lelos d iscutiram a questão do livro digital. Na palestra de Dominique Raccah, presidente da Sour cebooks, no seminário “Tools of Change”, ficou claro que não serão viáv eis livros dig it ais a 99 centavos de dólar, como alguns prev eem. Raccah é contra a desvalorização do livro e a favor de uma análise criter ios a com relação à redução de preço. A equação envolve principalmente a remuneração dos au tores e tantas out ras ferramentas ne cessár ias também no mundo digital. Ele afirmou: “se você pensa que tudo o que uma editora faz se resume a imprimir, então você tem um problema”. A valorização do conteúdo, como foi apontado no Fórum Intern ac ion al do Livro Digital, real iz ado em agosto em
São Paulo, está no cerne dessa questão. “O formato não interessa mais, e sim o conteúdo, porém monetizá-lo torna-se mais e mais complicado”, afirmou Mike Shatzikin, espec ial ist a na área durante o evento na capital paulista (leia matéria na Revista Abigraf nº- 249). Um dos pontos mais importantes re lac ion ados à comerc ial iz aç ão de livros dig itais envolve o direito autoral, tanto por parte dos compradores como por parte das editoras, como lembra Sandra Rosalen. Ela conversou com Dolores Manzano, da CBL , no estande das editoras brasileiras durante o evento. “Eu acho interessante esse movimento das editoras brasileiras em conhecer e entender o que é o livro digital para evitar problemas de pirataria, como houve com a música. Eu acredito que o livro digital não vai cancelar ou anular de nenhuma forma o livro impresso”.
87 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
Tânia Galluzzi
REVISTA ABIGR AF 35 Anos
A reinvenção dos jornais
O mais tradicional veículo de comunicação recria-se, aposta na qualidade gráfica e conquista leitores em todas as classes sociais.
ela primeira vez em 10 anos não ouv imos ninguém dizer que o jornal vai acabar. Isso por si já é uma vitória, aind a mais somada ao clima de otimismo que dominou o evento”. A atmosfera vivenciada por João Carlos Rosas, diretor de Marketing do Grupo Estado, durante o 17 º‒ Congresso Mund ial de Editores, realizado em Hamburgo (Alemanha) no início de outubro, está em consonância com a recuperação vivida pelo segmento de jornais no Brasil. O setor fechou o primeiro semestre deste ano com crescimento de 2% na circulação média, segundo dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC). Foram 4.255.893 exemplares por dia, contra 4.178.204 no mesmo per íodo em 2009. Entretanto, a presença do meio no total de verbas publicitár ias continua diminuindo. De acordo com o Projeto Inter-Meios, iniciativa conjunta do jornal Meio & Mensagem e dos principais meios de comunicação, a mídia registrou crescimento de 7,84% nos cinco primeiro meses de 2010, enquanto o aumento médio do mercado foi de 27,25% no mesmo per íodo.
88 REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
A mudança de humor revelada na pesquisa apresentada em Hamburgo pela McKinsey, envolvendo 525 editores de jornais de todo o mundo, mostra que a mídia eletrônica deixou de ser vista como a grande vilã, ideia substituída pela crença na convergência das míd ias. Tanto lá fora quanto no Brasil as redações estão se reinventando. Por aqui, os bons resultados podem ser atribuídos à remodelação de jor nais tradicionais como O Estado de S. Paulo e Fo lha de S. Paulo, que apresentaram novos projetos gráficos em 2010 e redesenharam suas páginas na internet, a ascensão dos jornais populares e a expansão dos per iód icos gratuitos. De acordo com João Rosas, de janeiro a agosto de 2010 a circulação do Estadão cresceu cerca de 9%. Esse número é ainda mais representativo se considerarmos que foi o único veí culo, entre os 10 jornais de maior circulação do País, com var iação positiva, à exceção do Super Notícia, que cresceu 0,85% no mesmo per ío do. Esse acréscimo é atribuído ao novo projeto gráfico, bem sucedido tanto em sua concepção quanto em sua divulgação. “Adotamos a estratégia de comunicar maciçamente a mudança, de
Leonardo Lara/O Tempo
Elcio Paraiso/O Tempo
Teodomiro Braga
Elcio Paraiso/O Tempo
fazer com que primeiro as pessoas experimentassem, depois comprassem. Fizemos com que São Paulo inteira soubesse que o jornal mudou”, comenta João Rosas. Em 14 de março, um domingo, quando o jornal circulou de cara nova, a tiragem bateu os 502.000 exemplares. A média diár ia é de 240.000 exemplares. “O interessante é que fizemos o lançamento sem a TV. Usamos todos os meios: dist ribuição de mater ial na rua, internet, e só 10 dias depois do produto novo lançado é que entramos com o comercial na TV.” A elevação na circulação tem sido sistemática e consistente ao longo desses sete meses. Em dezembro será realizada uma pesquisa junto ao público leitor para avaliar a aceitação do novo produto, conc luindo o projeto. A aud iência cresceu não só no papel, mas também na internet. O gerente de Marketing diz que o número de visitantes únicos cresceu 60% de 2009 para cá. “Cada vez mais olhamos o negócio de maneira atravessada, pensando no jornal impresso, na rádio (Eldorado), no jornal na internet e em tablets como o iPad. Nossa preocupação é integrar o conteúdo”. Nesse sentido, o processo de transformação continua. Nos próximos cinco anos, o Grupo Estado deve investir R$ 25 mil hões ao ano visando transformar o jornal num conglomerado muliplataforma. De acordo com João Rosas, aind a neste ano o acesso à versão digital do Estadão para iPad passará a ser cobrado, assim como o usuár io de internet paga a assinatura do jornal na web. “Não dá para não cobrar aquilo que a gente vende. Se fizermos isso, estaremos desvalorizando o produto”. O gerente explica que até outubro eram vendidas cerca de 200 assinaturas dig itais por mês, sem estratégia comercial. “Até agora não vendemos, somos comprados”. Desde novembro, unificada, a equipe de vendas, formada por 600 prof issionais,
está atrás da aud iência onde ela estiver. Hoje, 65% da receita do Estadão vem da publicidade impressa, 25% da circulação (banca e assinaturas, sendo que 80% desse montante refere-se a assinaturas) e 5% de publicidade digital. “Acreditamos que nossa aud iênc ia deve cont inuar crescendo nos próximos cinco anos, tanto na versão impressa quanto na digital”. A força dos populares
Entre os jornais populares, com preço de capa infer ior a R$ 1, o de maior circulação é o minei ro Super Notícia, produzido pela Sempre Editora. Ele é hoje o periódico de maior circulação do País (306.739 exemplares em média em setembro de 2010), superando a Folha de S. Paulo (287.681 exemplares no mesmo per íodo). O Su per Notícia foi lançado em maio de 2002, mas só passou a ter suas vendas aufer idas pelo IVC em novembro de 2004, quando vendia menos NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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REVISTA ABIGR AF 35 Anos
Jornais de maior circulação no brasil – setembro 2010 Publicação
UF
*Evolução
Tiragem
Ano %
Média
1º
Super Notícia
MG
4,96
306.739
2º
Folha de S. Paulo
SP
– 2,64
287.681
3º
O Globo
RJ
5,63
269.112
4º
O Estado de S. Paulo
SP
16,18
240.078
5º
Extra
RJ
3,00
224.883
6º
Zero Hora
RS
0,62
183.086
7º
Correio do Povo
RS
1,10
157.716
8º
Meia Hora
RJ
– 13,71
156.731
9º
Diário Gaúcho
RS
3,96
150.260
10º
Aqui (Consolidado)
MG
3,16
123.179
Fonte: Instituto Verificador de Circulação, IVC. Jornais de circulação paga, filiados ao IVC * Evolução em relação ao mesmo mês do ano anterior do período final.
90
de sete mil jornais por dia. A partir dos últimos três relatór ios do IVC, de julho, agosto e setembro, o Super aparece como o jornal mais vendido do País. O sucesso dos jorn ais populares no Brasil está diretamente rel ac ionado ao aumento de renda do brasileiro e ao surgimento de uma nova classe média nos últimos anos. Desde 2003, mais de 30 milhões de brasileiros passaram a fazer parte da classe C. As vendas dos jornais populares, subiram de cerca de 500 mil exemplares por dia no início de 2004 para mais de 1,5 milhão por dia atualmente. “No início de 2004, apenas cinco jornais populares com circulação diár ia acima de cinco mil exemplares tinham suas vendas aud itadas pelo IVC. Hoje, são mais de 30”, afirma o jornalista Teodomi ro Braga, diretor executivo da Sempre Editora, que produz também o jornal O Tempo e os sem an ár ios Pampulha, O Tempo Contagem e O Tempo Betim. O jornalista afirma que o sucesso do Super Notícia está relacionado a quatro fatores: projeto editor ial, sistema de distribuição, promoções e preço. “Editado em formato tabloide, o Super é um jornal de leitura fácil e agradável. A primei ra página busca atrair a atenção do leitor com manchetes agressivas, enquanto em suas páginas internas o jornal dá ênfase a informações sobre serviços relevantes para o cidadão”. Já o esquema de distribuição leva o jornal onde está REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
a população mais pobre, que não é alcançada pelas bancas trad icionais. “Isso foi possível com a utilização de expressivo número de vendedores ambulantes e por conta da criação de uma rede de pontos de vendas ditos alternativos, como padarias, supermercados, papelarias e locadoras de filmes”, explica Teodomiro Braga. As promoções são entendidas pelo diretor da Sempre Editora como parte essencial da fórmula do Super Notícia. Elas ajudam a fidelizar os leitores habituais, além de atrair novos. As prin cipais promoções do jornal seguem o esquema “junte sete selos publicados no per iód ico, pague mais ‘x reais’ e compre um produto com desconto”. Só com a promoção dos livros de Pau lo Coel ho, realizada em 2006, foram vendidos 260.746 exemplares de 12 títulos do autor. “Pagando R$ 6,75, o leitor levava para casa o jornal e um exemplar do livro da coleção. Nunca o Paulo Coel ho vendeu tanto livro em favelas”. Tedomiro Braga chega a creditar ao Super Notícia o aumento da leitura em Minas Gerais. “Antes do Super, o Estado de Minas Gerais ocupava o 23 º‒ lugar em leitura de jornais entre os 27 estados do Brasil, enquanto Belo Horizonte aparecia entre os últimos no ranking das ca pitais. Graças principalmente ao Super, Minas ocupa agora o 8 º‒ lugar em leit ura de jornais e Belo Horizonte aparece em segundo, atrás apenas de Porto Alegre”. Atualmente, o maior desafio da publicação, na opin ião de seu principal executivo, é não apenas manter como também aument ar seu contingente de leitores. Para tanto, adotou estratégia semelhante à trilhada pelo Estadão: fez uma reforma gráfica e editor ial, implementada no ano passado. A reforma visou aperfeiçoar o conteúdo editor ial e melhorar a parte gráfica. Para viabil izar a nova expansão de vendas pretendida, a Sempre Editora acaba de inaugurar novo parque gráfico, acrescido de duas rotativas offset. O investimento ultrapassou os R$ 50 mil hões.
BRASIL
A Goss Brasil parabeniza os vencedores da 20a Edição do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica – Fernando Pini
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REVISTA ABIGR AF 35 Anos
Edições regionais
A qualidade gráfica também é uma das prin cipais ferramentas de conquista do leitor para o primeiro jornal de distribuição gratuita e de grande circulação no Brasil, o Destak. Neste ano, a tiragem distribuíd a em São Paulo passou a ser impressa em uma offset rotativa heat set objetivando aument ar a receptividade do jornal, como afirma Fábio Santos, diretor edi tor ial. Vale lembrar que seu principal concorrente, o Metro, desde seu lançamento, em 2008, tem como diferencial a qualidade de impressão alcançada por máquinas rotativas com forno. O Destak foi lançado em São Paulo em julho de 2006, seguindo o modelo original criado em Lisboa dois anos antes. Em julho de 2008, o jornal passou a ser distribuído no Rio de Janeiro e em maio de 2010 foi lançado também em Brasí-
Fábio Santos
Destak
SP
al.com.br www.destakjorn
Edição nº 21 · Ano
1
Quinta-feira 3 de agosto de 2006 ita Distribuição gratu Venda proibida
Santos Diretor: Fábio
ho. P.07 dro”,dizMarcelin
malan ians· “Jogadoré mulherde Bronca no Corinth
s ista de advogado v re a e st si re B A O SUMÁRIO
LIBERTADORES
São Paulo faz 3 a0 tra e ficaperto do te a dois jogos O São Paulo está onato na Lido tetracampe tricolor venbertadores. O do Chivas ceu os mexicanos , com gols de por 3 a 0 ontem
ro e Ricardo Leandro, Minei um jogo Oliveira, em mais se desio Ceni em que Rogér ao defentacou. Desta vez, 07 P. i. der um pênalt
BRAIN PIX
DIVULGAÇÃO
que os a Ordem insiste P: 03 s no sutiã, mas os. etes escondido ntes nos presídi ite que levava bilh horários fixos de visita aos clie adm PCC do Uma advogada istados e quer podem ser rev CAMPEÃ defensores não
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CAIO GUIMARÃES
MULHER
Dicas de belas balzaquianas
ar (foto), Daniela Escob AlessanEliana e Flávia para quem dra dão dicas P. 20 tem mais de 30.
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A GASTRONOMI
sopas Um roteiro de para curtir o frio
Alias
da série Jennifer Garner, atrizes mais dera a lista das dez deixando sexy de Hollywood, a Jolie. P. 16 para traz Angelin
raturas, Com as baixas tempe Deôla a Dona padarias como oferecem e Galeria dos Pães P. 09 bufês de sopas.
a o moral do time e pênalti e levant Rogério Ceni defend
TEATRO
am Bonecos encen Sesi Shakespeare no
25 DE MARÇO
Sem carros, ambulantes tomam rua
Fraus esA companhia Pia culo 100 tréia hoje o espetá Vila Shakespeare no Sesi P. 10 Leopoldina. De graça. SHOW
se Rapper De Leve apresenta no Sesc
canta seu O rapper carioca sto 1/2 novo disco, Manife P. 10 ia. 171, no Sesc Pompé
92
A P.12 ROTEIRO DE CINEM P.14 DE TV PROGRAMAÇÃO
do mundo, Melhor skatista Sandro Dias tentaa olimpíada dos esportes es, rnia. P. 08 ouro no X-Gam Califó na hoje ça radicais, que come
NAS ALTURAS. sua segunda medalha de
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
25 de Março Lojistas da rua sta da precriticam a propo a circular feitura de proibi Para eles, s. ção de carro a medida com ganha quem . P. 02 são os ambulantes
MORTE NOS EUA
LEGISLAÇÃO
adores País também Sen aprovam fim exporta reeleição médico ilegal da ião plástiA prisão de cirurg ente nos co que agia ilegalm a classe méEUA preocupa , que teme ter dica no Brasil m compromesua boa image .P. 04 tida no exterior
Constituição A Comissão de o aprovou e Justiça do Senad ção. A reelei ontem o fim a tem de passar medida ainda do Senado e pelo plenário 05 P. pela Câmara.
lia. A tiragem média diár ia é de 150 mil exemplares na capital paulista, 70 mil no Rio e 40 mil em Brasília, segundo Fábio Santos. “O jornal entrou rapidamente na vida de Brasília. O mercado publicitário, como é natural, é mais lento para responder, mas o desempenho tem sido melhor do que foi no início em São Paulo e no Rio, até porque já há uma história acumulada”, conta o diretor editor ial. Nas três cidades busca-se o mesmo público, entre as classes A, B e C, prior izando pontos de fluxo dessa população e a distribuição para motoristas. “Entre as três edições, há páginas que são idênticas ou com apenas pequenas adaptações e outras inteiramente locais. Em geral, cerca de 40% do conteúdo é local”. Nas palavras de Fábio Santos, o público na rua recebe muito bem o jornal. Evidentemente, há uma grande parcela de leitores que não consome a publicação todos os dias, visto que, para recebê-la diar iamente, a pessoa precisa passar no mesmo local mais ou menos no mesmo horário. “Tentamos criar alguma fidelização. Temos leitores que escrevem ao jornal dizendo que leem o Destak quase todos os dias. Uma estratégia que usamos para isso é o site, que reproduz a edição do dia em HTML , PDF e Virt ual Paper e oferta ingressos de cinema, parques e outras promoções”. O diretor editor ial admite que o site não oferece nada além do conteúdo do jornal impresso, pelo menos por enquanto, o que limita sua atratividade para os internau tas. Mesmo assim, a página recebe em média 12 mil visitantes por dia. O executivo sinaliza a possibilidade de lançamento do jornal em outras praças. Se a economia continuar apresentando números positivos, duas novas edições devem surgir em 2011. “Além disso, devemos consolidar o Radar, jornal quinzenal voltado ao público universitário e pré-universitário, que circula em São Paulo desde o ano passado. Podemos transformá-lo em semanal e levá-lo para o Rio”.
Tainá Ianone
REVISTA ABIGR AF 35 Anos
Revistas impulsio segmento gráfico D
Aumento de 13% no número de títulos do mercado editorial de revistas comprova que o setor está em franca expansão e aposta nas publicações segmentadas para crescer ainda mais.
esde a primeira revista lan çada no Brasil, em 1812, este tipo de publicação já passou por aprimoramentos signifi cativos no conteúdo e apresentação gráfica. Sem comparação com a pionei ra As Var iedades ou Ens aios da Literatura, do tipógrafo portu guês Manoel da Silva Serva, as revistas hoje são repletas de in formações e cores, sendo pro duzidas com a utilização dos mais modernos recursos de im pressão e com papel de altíssi ma qualidade. A quantidade de títulos de revistas atualmente no Brasil ultrapassa a marca dos quatro Jairo Leal mil. Entre 2008 e 2009, o número de publica ções, inc luindo edições especiais, aumentou de 3.195 para 4.432, uma expansão de 13%, atin gindo a impressão de cerca de 442 milhões de exemplares no último ano. Os dados da Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas) demonstram que o se tor vive um momento de aquecimento. O mer cado já descobriu que, para se manter vivo, o
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primeiro passo é compreender e atender às ne cessidades dos leitores — uma trajetória que caminha cada vez mais para a segmentação. Neste sentido tem crescido a diversidade de títulos, dirigidos aos mais distintos tipos de público, dentre os quais se so bressaem os adolescentes — ni cho que apresentou aumento de 27,3% no primeiro semestre de 2010 –, a decoração, os temas fe mininos e o esporte, além de pu blicações gerais, direcionadas às classes C e D. Na opinião de Jai ro Leal, presidente executivo da Abril Media, durante o IV Fó rum Aner, o segmento acompa nhará a expansão do País e até 2020 serão cerca de 200 novos títulos. “Comparado aos Estados Unidos, o Bra sil pode dobrar o tamanho de seu comércio de revistas”, acrescenta Jairo. Roberto Civita, presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, também está otimista sobre o destino das publicações. “Es tou conf iante com o futuro de nossa atividade e com inveja das novas gerações, que têm esse enorme desafio pela frente”.
nam e editorial Assunto certo
Para Civita o sucesso de uma publicação seg mentada está em ser precisa na definição do público. “Fazer revista sempre foi uma mistura de técnica, artesanato, dedicação, prazer e di vertimento”. Em busca da iden tificação do público certo, as edi ções vêm se tornando cada vez mais direc ion ad as. A segmen tação, na opin ião de Roberto Muyl aert, presidente da Aner, é um reflexo natural do merca do. “Existe um leque crescen te de oportunidades e o objeti vo é atender a todos os nichos. À medida que esses se dividem, os editores procuram lançar re vistas onde não existia produto, Roberto Civita mas há demanda”. Segundo Pedro Renato Eckersdorff, presi dente da Anatec (Associação Nacional dos Edi tores de Publicações), as publicações setorizadas são uma tendência mund ial, que culminará na redução da tiragem e no aumento do número de títulos. “A segmentação está indo ao encon tro do leitor, pois consegue identificar e trazer exatamente o que ele quer”.
Em contrapartida, entre os títulos de abran gência geral, como Veja e Época, deverá prevale cer uma consolidação dos já existentes, ao invés de surgirem novos, avalia o presidente da Aner. Um dos motivos é o alto custo para a produção deste tipo de conteúdo. Em comparação com o mer cado externo, Eckersdorff reve la que o País tem muito a crescer e diversos temas a serem desen volvidos e subdivididos. “A re vista Minha Casa é um exemplo, pois atendeu a necessidade dos novos casais”, acrescenta Muyla ert. A publicação, lançada em maio de 2010 pela Editora Abril, já na segunda edição precisou aumentar a tiragem em 10 mil exemplares, passando para 250 mil. Impresso e digital: grandes aliados
No início resistentes às míd ias eletrônicas, as editoras revisaram sua postura e agora veem os tablets (equipamentos portáteis similares a computadores) e a internet como aliados que devem atuar junto com as edições impressas.
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tivos da era digital. Segundo Muylaert e Eckersdorff com ele, algumas empresas tiveram partilham da mesma opinião de cerca de 30% das assinaturas que a revista impressa não ter vendidas pela internet. minará devido à chegada das mí dias dig itais. Eles ressaltam que, assim como a televisão não colo No exterior cou um fim no cinema e no rádio, Informações da Federação In o mesmo ocorrerá com as publi Roberto Muylaert ternacional da Imprensa Per ió cações em papel. “As editoras des dica (Fipp, na sigla em francês) cobriram que o meio digital pode revelam que, em 2010, as revis ser aliado e não inimigo”, afirma tas intern ac ion ais licenc iad as Muyl aert. Eckersdorff ressalta até a primeira semana de setem que o meio digital não pode ape bro totalizaram 66 títulos, con nas reproduzir as matér ias veicu tra 57 no mesmo per íodo do ano ladas na versão impressa, devendo anter ior. Eckersdorff revela que utilizar os diferenciais da tecno a estratégia brasileira de buscar logia, como as possibilidades de no exter ior publicações para re entrevista ao vivo, por exemplo. produzi-l as aqui está mudan do, pois o País começa a expor De acordo com o norte- tar seus próprios títulos. “Temos a mericano John Wilpers, con uma indústria editor ial e produ sultor da Inn ov at ion Media Pedro Renato Eckersdorff tos gráficos excelentes, que não ficam devendo Consulting, que também participou do Fó nada para o resto do mundo”. rum da Aner, as publicações do século XXI de Um exemplo é a revista Trip, da Trip Edito vem seguir algumas diretrizes, como senso de ra. A versão internacional iniciou sua circula humor, capas em 3D, branding em 360° e con ção em cidades da Alemanha, Áustria, Suíça e teúdo freemium — um novo modelo de negócios Luxemburgo em setembro último. A publica que oferece conteúdo adic ional via internet. ção, com tiragem inicial de 100 mil exemplares, “É preciso aproveitar as novas tecnolog ias para permaneceu com o projeto gráfico e editor ial se aproximar dos leitores”, diz Wilpers. criado por Paulo Lima há 24 anos. O conteúdo Para Eckersdorff, o editor que optar por fi será composto por 45% de versões das matér ias car só no papel terá dificuldade de permanecer produzidas para o leitor brasileiro e o restante no mercado. E o conteúdo que estiver apenas no com pautas desenvolvidas aqui, mas adaptadas digital poderá desaparecer rapidamente porque à realidade europeia. a era digital é de fácil substituição. “O segredo A negociação, iniciad a pelo editor alemão está em unir as duas forças, agregar o digital e o Thomas Garms — representante do título na impresso”, afirma o presidente da Anatec. Alemanha —, surgiu depois que ele viu a Trip Muyl aert informou também que mui tas editoras já têm sentido os reflexos posi nas bancas. De acordo com o editor Paulo Lima,
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País
Suécia
as publicações masculinas na Europa estavam estagnadas, pois o modelo adotado parou na década de 1980, enquanto o comportamento masculino mudou muito nos últimos anos. Primeira classe
Um novo segmento de revista que tem surgido em números representativos é o direcionado à classe A. O nicho que teve como precurssora a Vogue, lançada no Brasil há 35 anos pela Carta Editor ial (agora editada pela Globo Condé Nast) tem entre os títulos disponíveis dois recentes lançamentos da Abril: Lola Magazine e Alfa, voltadas para os públicos feminino e masculino, respectivamente. A Lola, elaborada para mulheres aci ma de 30 anos, aborda mensalmente as suntos diversos, que vão desde os tradi cionais editor iais de moda às matér ias sobre comportamento, viagem, carrei ra e relacionamento. Voltada para ho mens com mais de 35 anos, a Alfa ino va e, ao invés de mulheres na capa, traz personalidades do universo masculino. O conteúdo editor ial apresenta maté rias relacionadas a moda, carreira, car ros e saúde. Com tiragem de 200 mil exemplares, a publicação pretende al cançar os homens maduros que leem out ros títulos da Abril, como Playboy, Vip e Men’s Health.
Consumo per capita
Taxa de escolaridade
38,9
99,0%
Holanda
37,6
99,0%
França
30,4
99,0%
Japão
29,1
99,0%
Canadáw
19,9
99,0%
Reino Unido
19,6
99,0%
Espanha
9,0
97,9%
Argentina
2,6
97,2%
Brasil
2,2
88,6%
África do Sul
2,1
88,6%
Estados Unidos
1,1
99,0%
Fonte: World Magazine Trends – 2009/2010
Consumo per capita de revistas no mundo (por ano)
Eventos
Prova do crescimento do mercado edi tor ial de revistas no Brasil foi a real i zação, em setembro, do IV Fórum Aner e do 10 º‒ Worldwide Magazine Market place (WMM), ambos na cidade de São Paulo. O fórum, promovido com foco no tema “Inovação em revistas”, reu niu prof ission ais que discutiram so bre o futuro dessas publicações e as novidades no setor. Organizado pela primeir a vez no Brasil, o Worldwide Magazine Marketplace contou, segundo a Aner, com a presença de aproximadamente 350 exe cutivos do exter ior em busca de novos negóc ios. “Esse evento foi o primeiro contato do Brasil com as empresas es trangeiras. A participação de mais de 400 pessoas discutindo sobre o assun to já mostra a força das revistas no País”, revela Roberto Muylaert.
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Angela Ferreira e Tainá Ianone
REVISTA ABIGR AF 35 Anos
Embalagens amigas da natureza
N
Exigências de um novo perfil de consumidores fazem empresas investirem em produtos que empregam materiais menos agressivos ao meio ambiente e geram menos impactos.
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ecessária à manutenção da de energia e transporte com baix a emissão de vida no planeta, a sustenta GEEs, além da inserção das empresas em ações bilidade é um tema cada vez de responsabilidade social”, afirma o consultor mais presente no discurso em Rogério R. Ruschel, da Ruschel & Associados – presar ial. Tal discurso tem pautado também as Negócios e Sustentabilidade. tendências de consumo, refletindo-se em um avanço na procura por itens que tenham tal ape Orgânico lo. Mais do que produtos, a sociedade passou a A agência Spice Design já real iz ou diversos valorizar embalagens ambient almente corre projetos com este foco, dentre eles o do Toddy tas, atentando-se também a todos Orgânico, produto escolhido pela os aspectos que permeiam a cadeia Pepsico para ser o primeiro a car de fabricação, desde a origem das regar a bandeira da sustentabili matér ias-primas e o descarte cor dade. A bebida foi ideal izad a para reto dos invólucros e rec ipientes atingir este objetivo, desde a maté até a política de responsabilidade ria-prima até o rótulo. A proposta social das empresas. se baseia no compromisso da com “A onda soc ioambient al espa panhia, cujo lema é “por um ama lha-se por toda a economia e está nhã melhor que hoje”, buscando presente nas lojas, feiras livres e inovar no desenvolvimento de pro Daniella Lima no comércio eletrônico e é vista dutos conven ientes, saborosos e na diversificação dos selos e certificações que divertidos, gerando benef ícios ambientais, so atestam a origem correta de produtos de todos ciais e econômicos. Segundo Daniella Lima, di os tipos. Artigos sustent áveis exigem emba retora de atendimento da agência, neste caso a lagens que acompanhem este conceito, o que, estratégia foi utilizar no rótulo ícones, instru por consequência, demanda serviços gráficos ções e grafismos mostrando o ciclo do produto mais sustentáveis, com papel certificado e reci e o porquê de ele ser sustentável, além de apre clado, tintas e insumos menos agressivos, pro sentar quais outras atitudes podem ser adota cessos produtivos com menor perda de água e das em prol de um mundo mais ecologicamente correto. O rótulo do achocolatado é certifi cado pelo FSC Brasil (Conselho Brasileiro de Manejo Florestal) e feito parcialmente de pa péis coletados pelos próprios funcionár ios nos escritór ios da companhia. Na forma, a Spice Design valorizou infor mações sobre o cultivo e os diferenciais dos in gred ientes orgânicos, bem como dicas de ati tudes sustent áveis, consc ient iz ando sobre o processo de reciclagem e selos de certificação. “Parte importante no design gráfico de uma embalagem é seu papel de propagadora de in formações. O mercado vive um novo momen to, no qual se valoriza não somente a aparên cia, mas também o posicionamento de artigos
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e empresas que estejam de acordo com suas convicções e filosofia de vida. O produto não apenas tem cara, mas coração, ou seja, assume uma postura frente ao mundo e às pessoas por meio da sustentabilidade e da responsabilidade social”, diz Daniella. Para Rogério Ruschel, “cedo ou tarde este comportamento vai afetar profundamente os serviços gráficos”. Na verdade, afetam desde já, pois, para que as embalagens atendam tal de manda, muitas vezes fazem-se necessár ias al terações na linha de produção, desenvolvimen
to de novos mater iais e adaptações para fins de armazenamento. A primeira grande tendência é que as emba lagens de papel, papel-cartão e papelão ampliem sua participação na totalidade dos recipientes
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desenvolvidos no Brasil, graças às suas carac terísticas de alta reciclabilidade. As mudanças também já ocorrem no design, como um direcionamento marcante, mas sem prejuízo às suas funções primord iais de con servar e aux il iar na venda dos produtos. Da niella Lima aponta como principal escopo da atividade a elaboração de uma estrutura que empregue mater iais reciclados ou recic láveis, bem como a menor quantidade de matéria- prima, em modelos mais compactos e biode gradáveis. No entanto, o principal desafio até o momento, segundo a diretora da Spice De sign, é representado pelo custo. E a exigência de um investimento m aior para a fabricação não encontra aind a um ponto de compensa ção. Um ganho que pode talvez ser considera do é o de logística. “Alguns projetos consideram que uma embalagem menor resulta em um me lhor aproveitamento do espaço no transporte e na armazenagem dos produtos. Quanto aos mater iais de impressão, porém, o preço ainda não é uma vantagem”, diz Daniella. Descartável
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De acordo com Jul iana Marra, gerente de as suntos socioambientais da Unilever, além da otimização dos recursos utilizados nas em balagens, resultando em diminuição da gera ção de resíduos na produção, o design aux il ia na sustentabilidade, uma vez que pode trazer REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
mel hor ias na paletização e, por consequência, um transporte mais eficaz. Para a gerente tam bém é necessário levar em conta o descarte, a fim de que o apelo desejado seja válido. “O de senvolvimento deve levar em consideração o uso de simbologia de reciclagem e a facilidade de separação das partes que podem ou não ser reutil izadas”. Ela revela que a Unilever preten de, por um lado, dobrar o volume de seus negó cios e, por outro, cortar pela metade o impac to ambiental. Para atingir esta meta, durante o processo de desenvolvimento os itens pas sam por uma análise minuc ios a, que avalia inclusive a embalagem. “Já otimizamos mui to nossas embalagens e estamos empenhados em fazer ainda mais”, adianta Jul iana, citando como exemplo a reestruturação da embalagem do sabão em pó Omo Multiação, cujo formato horizontal proporcionou uma redução de 10% dos recursos naturais utilizados e de 33% dos impactos ambientais da fabricação. Econômico
O respeito ao meio ambiente é uma das princi pais preocupações da Natura também. Em 1983, a empresa foi pioneira entre os fabricantes bra sileiros de cosméticos no desenvolvimento de produtos com refis. Vinte e três anos depois a empresa lançou sua primeira linha de maquia gem com refil, a Natura Diversa. Foram dois anos e meio de pesquisas para encontrar um modelo que permitisse a troca prática e diá ria, possibilitando às consumidoras diversas opções de cores em refis e apenas uma emba lagem. A diferença em termos do impacto am biental é significativa: além de ser uma opção mais econômica, o refil consome, em média, 30% menos recursos naturais. Para a Natura, a embalagem é parte da es tratégia de marketing. Mater iais atraentes e de menor impacto com um belo design são funda mentais para despertar o interesse do consumi dor. A empresa informa que, por isso mesmo,
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BRAILLE EXPRESS Nunca foi tão rápido gravar Braille em suas embalagens de cartão com o equipamento ACCUBRAILLE para as dobradeiras-coladeiras Bobst. Em apenas alguns minutos e com uma simples ferramenta de baixo custo você faz o ajuste do ACCUBRAILLE, mantendo o ritmo da sua máquina Bobst mesmo a 100.000 caixas por hora. Além disto, o ACCUBRAILLE pode ser aplicado em qualquer um dos quatro painéis da embalagem, próximo aos vincos ou às bordas. A aplicação do Braille nas dobradeiras-coladeiras ao invés da aplicação nas máquinas de corte e vinco significa um melhor acabamento da gravação e o fim da variação dos pontos durante a tiragem.
ACCUBRAILLE: a gravação revolucionária em Braille.
B O B S T G R O U P . C O M
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a pesquisa de novas soluções para reduzir a quantidade de mater ial utilizado nos invólu cros é uma constante. Reciclável
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trial) para as linhas de chás orgânicos, cama, mesa e banho, sabonete em barra, barrinhas de cereal orgânicas e uva-passa. Em 2010, a ação estendeu-se ao plástico, aço, alumínio e vidro, assim como para outras linhas de produtos.
O grupo Pão de Açúcar também incentiva a sus tentabilidade junto aos clientes, por meio dos De vilãs a amigas programas de reciclagem pré- e pós-consumo. “Nas questões ambientais, nas quais a emba O Caixa Verde, lançado em março de 2008, lagem tem sido tão atacada, é preciso lembrar teve grande adesão dos clientes, que passaram que o Brasil já alcança índices bastante altos na a depositar as embalagens em urnas instala reciclagem de alguns tipos de invólucros e que das nos caixas das lojas. A ação de produz papel a partir de florestas descarte pré-consumo visa mul 100% cultivadas. Além de não pre tiplicar os conceitos de consumo judicar o meio ambiente, isso ainda consciente na comunidade e pos contribui para a geração de créditos sibilita que a reciclagem seja feita de carbono”, comenta Fábio Mestri antes de o consumidor levar o pa ner, professor coordenador do Nú pel ou plástico que embala as mer cleo de Estudos da Embalagem da cador ias para casa. Foram arreca ESPM (Escola Super ior de Propa dadas mais de 780 mil embalagens ganda e Marketing), do Comitê de (papel, plástico, latas de alumínio Estudos Estratégicos da Abre (As Rogério Ruschel e vidros) até junho de 2010, sendo sociação Brasileira de Embalagem) que aproximadamente 400 mil itens foram co e autor dos livros Design de Embalagem – Curso letados somente nos seis primeiros meses des Avançado e Gestão Estratégica de Embalagem. te ano. O projeto, que começou com apenas seis Para Mestriner, uma visão equivocada, que unidades, está presente hoje em 52 lojas do gru considera a embalagem uma vilã do meio am po (40 supermercados Pão de Açúcar e 12 Ex biente, está muito distante da realidade e é fru tra). A gestão sustentável também pode ser vis to da desinformação e, algumas vezes, até de ta na área de marcas exclusivas do Grupo Pão má-fé. “Os brasileiros precisam saber da impor de Açúcar. A Taeq, voltada para o segmento de tância econômica e social da embalagem para bem-estar, desenvolveu um programa de logís o desenvolvimento do País e de sua contribui tica reversa que envolve vár ios agentes da ca ção para a melhoria da qualidade de vida de al deia de valor. Com esta ação, a empresa reutiliza guns grupos sociais”, diz. “A reciclagem de em as embalagens de papel deix ad as pelos clien balagens é uma atividade socioambiental que tes nas estações de reciclagem para a confecção contribui não só para a redução do impacto dos de novos invólucros. produtos no meio ambiente. Ela atua hoje como Inicialmente, a ação era realizada com ma fonte de trabalho e renda para mais de meio mi ter ial cartonado, utilizando insumos prove lhão de brasileiros que não têm qualificação nientes de aparas de papel (50% de mater ial de prof issional e tiram deste trabalho o sustento embalagens recicláveis e 50% de resíduo indus de suas famílias”, complementa. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
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Clarissa Domingues
REVISTA ABIGR AF 35 Anos
Mídias Cruzadas Quem nunca teve dúvidas sobre qual mídia é mais adequada ao seu anúncio? Em um cenário no qual a criação de novos canais de comunicação acontece com uma velocidade impressionante, fica cada vez mais difícil saber onde é melhor investir para obter o melhor retorno. Assim, quem ganha espaço cada vez maior é o chamado crossmídia.
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e esta indagação sobre qual a mídia ideal para promover um produto sempre existiu, a ten dência de crescimento do cha mado crossmedia (ou crossmídia) chega para colocar novos ing red ientes no mundo do mar keting e da publicidade. Em um momento no qual os públicos-a lvo se apresentam cada vez mais segmentados, a estratégia de cruzar ou integrar míd ias ajuda — e muito — a fazer com que a mensagem publicitária chegue não ape nas a um maior número de pessoas, como tam bém seja perfeitamente adequada a cada grupo social. O conceito de crossmídia tem como um de seus “pais” Henry Jenkins, professor de co municação da Universidade de Atlanta (Estados Unidos). Em linhas simples, trata-se da distri buição de serviços, produtos e comunicações em geral por meio de diferentes míd ias. É verdade que, nos dias de hoje, existe uma grande diversidade de canais de veiculação de uma notícia ou de um anúncio. A essência, po rém, continua a mesma: este conteúdo informa tivo somente pode ser veiculado no papel ou no meio eletrônico. O que mudou de verdade nos tradicionais meios de comunicação — impresso, rádio, televisão e até mesmo a internet — foi a
Dalton Viesti
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
possibilidade de multiplicação destes mesmos canais, de tal modo que seria mais adequado chamá-los de “plataformas de distribuição de conteúdos”. Outro aspecto que amplifica esta diversificação é a possibilidade de “cruzar” ou “entrecruzar” as míd ias. Este cruzamento é o que permite atender a públicos diversificados, ávidos por informa ções e entretenimento. Não é nenhuma novi dade que todos estes meios sempre foram utili zados como canais de publicidade, porém, com o advento da internet e das míd ias dig itais, os consumidores, até então passivos, ganharam li berdade de expressão, obrigando a uma adapta ção generalizada por parte daqueles que querem ganhar a conf iança do público e, claro, vender o seu produto. Valendo-se das estratég ias de crossmídia, os profissionais da publicidade aproveitam para colocar suas ideias em diferentes plataformas, muitas vezes de modo paralelo e simultâneo. O encarte que sai nos jornais remete às ofer tas nos pontos de venda, mas também conduz o consumidor ao site do anunciante, onde ele se depara com as ofertas expostas e colocadas à venda. O e-commerce chegou às grandes redes e tem multiplicado por milhões de computadores
Grasiela Scalioni
a oferta e a possibilidade de compra dos produ tos. Cada dispositivo de comunicação tem sua capacidade de comunicar sua linguagem espe cífica. Estabelecer pontos de contato com o con sumidor por meio de diferentes veículos e con seguir que estes venham a convergir entre si é desejo crescente entre os anunciantes. De acordo com o coordenador de graduação da Trevisan Escola de Negócios, Dalton Viesti, as empresas brasileiras estão utilizando a cros smídia apenas nos 360 g raus que abrangem to dos os meios de comunicação, online ou offline, mas ele ainda não acha que estas organizações contem uma mesma história em diferentes lin guagens para cada mídia — o perfil ideal da es tratégia “cruzada”. “A história tem coerência, mas a linguagem não está realmente adaptada a cada meio de comunicação e não há uma complemen taridade”, afirma. Na visão de Viesti, o anúncio feito, por exemplo, no rádio deveria complemen tar o da televisão, e não transmitir a mesma mensagem, como acontece. Para ele, as grandes empresas utilizam o conceito com mais desen voltura, enquanto os micro e pequenos negócios ainda não compreenderam o potencial das mí dias eletrônicas e das chamadas redes sociais (Facebook, Orkut e Twitter, entre outros).
Crossmídia em ação
A gerente de atendimento da rede varejista Ri cardo Eletro, Grasiel a Scal ion i, da Pro Brasil Propaganda, revela que é uma das que já utili zam o crossmídia na divulgação da loja. “Em ge ral, produzimos panfletos com ações e ofertas especiais para dist ribuições em pontos estra tégicos, como entradas de shoppings e reg iões próximas, além de fazer ‘boca de urna’ nas pro ximidades das lojas para atrair consumidores e ações de combate à concorrência com panfletos de pesquisa de preço na reg ião”. A publicitária explica que esses mater iais são utilizados principalmente aos sábados e em per íodos sazonais, como Dia das Mães, Dia dos Pais e Natal, dentre outras datas comemo rativas importantes, pois a probabilidade de compra do consumidor é maior e a efetividade dessas ações fica mais evidente. Além desses materiais, a empresa encarta “folhetões” em jor nais duas vezes por mês e distribui uma média de 435 mil tabloides mensais com as linhas de ofertas por todas as lojas do País. “Enquanto os panfletos são mater iais importantes para criar oportunidades de venda imed iata nas proximi dades das lojas, os encartes e tabloides desper tam o interesse naqueles que pesquisam ofer tas de todo o tipo, colocando a varejista como uma oportunidade de venda futura”. Grasiela acredita que a estratégia de cross mídia ainda tem muito a evoluir, principalmen te no universo online, mas, no caso da Ricardo Eletro, o somatório de todas as ações de mídia impressa, eletrônica, e de combate à concorrên cia são fundamentais para “dar à rede a força de que ela precisa”. Mix integrado
Fernando Piccinini Jr.
Outro bom exemplo de aplicação de crossmí dia foi empregado durante a expansão do an tigo ABC Plaza Shopping, em Santo André, na reg ião metropolitana de São Paulo. De acordo com Fernando Piccinini Jr, vice-presidente de NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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comunicação da RinoCom, agência que aten de a organização, o shopping teve uma mu dança significativa quando anunc iou que passaria a se chamar Gran Plaza e a comu nicação foi, sem dúvida, a grande porta-voz dessas mudanças. Com uma campanha inst it ucional an corada no novo nome, foram aproveitad as datas promoc ion ais como Dia das Mães, Namorados, Pais, Crianças e Natal. “O cros smídia é uma estratégia básica para o êxito da campanha. A integração das mensagens veic ul ad as em mídia eletrônica, exter ior, impressa e online é utilizada em 100%”, explica Piccinini. O publicitário também revela que a mí dia exter ior integrada aos jorn ais é a que tem demonstrado os melhores resultados. “Por se tratar de um shopping referência na reg ião, a presença na mídia deve acontecer durante todo o ano. O que varia, acompa nhando o calendário promoc ional, são as ofertas”. Além dos trad icionais encartes, o Gran Plaza publica duas vezes ao ano a revis ta Plaza. O per iód ico é referência em toda a reg ião e mostra tendências, dá dicas e pres tação de serviços, alcançando um público de 300 mil leitores. Lojas Lupo
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A RinoCom também responde pelo case da Lupo, que incumbiu a agência de criar uma campanha para enfatizar a marca e divul gar a rede de lojas próprias e franqueadas. Assim, todo o trabalho institucional real i zado esteve voltado à valorização do nome Lupo entre seus consumidores, com o obje tivo de conduzi-los às lojas. Neste sentido, o crossmídia, que Piccinini prefere definir como “mix integrado de meios”, tornou-se fundamental. “Para a Lupo, a integração de mídia impressa, como revistas, ao univer so online provoca resultados surpreenden REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
tes à medida que é mais usado”. O per íodo de alta da Lupo são as mudanças de estação: primavera-verão e outono-i nverno, quan do são lançadas as coleções. Nestas épocas, encartes nas principais revistas femininas integrados à mídia online geram excelentes resultados. Toda essa integração de meios tem como principal foco a mulher acima de 25 anos, que trabalha e ao mesmo tempo é a célula-mãe da família. Muito a avançar
O professor Dalton Viesti, da Trevisan, ar gumenta que as possibilidades de uso do crossmídia são gigantescas e o recurso está sendo cada vez mais explorado em sua di versidade nas novas plataformas, como os celulares, a internet e as chamadas míd ias sociais (como Facebook e Orkut), e nas tra dicionais, impressas. “Para saber qual a pla taforma mais utilizada seria preciso fazer uma pesquisa, mas acredito que as míd ias trad ic ionais e soc iais aind a são as favori tas”. De acordo com o espec ial ista, os im pressos promocionais são um complemento dentro do crossmídia. “Cada medida é fei ta ind iv idualmente e no conjunto. O uso de cada ferramenta depende dos objetivos de comunicação, do público-a lvo e da comple mentaridade que ele deve ter”. O coordenador da Escola Trevisan consi dera que, para visualizar o retorno, o resulta do de crossmídia deve ser avaliado como um todo, uma vez que não há ferramenta que gere mais resultado, pois as míd ias geram resultados diferentes para produtos diferen tes. Não há um público específico para uma mídia, mas há a efetividade de cada uma de las em um contexto promocional de um pro duto. “Para vender um imóvel, por exemplo, os impressos promocionais funcionam me lhor do que para vender um automóvel, mas você vê circulação dos dois tipos”.
2010 um ano de muitas celebrações gráfica aquarela compartilha de todas essas comemorações, nesse ano tão especial, de seus 50 anos.
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Tânia Galluzzi
REVISTA ABIGR AF 35 Anos
Os sistemas de ensino elevar a qualidade da
U
Espalhados pelas escolas privadas, os sistemas estruturados de ensino ganham cada vez mais adeptos na rede pública municipal e vêm atraindo os investidores. Nesses sistemas, as mídias digitais já são uma realidade.
ma revolução silenc iosa está em curso na educação. Ela está sendo provocada pelos siste mas estruturados de ensino, desenvolvidos por empresas privadas do setor de educação que vêm oferecendo, tanto para a rede privada quanto para a pública, mater ial di dático (as famosas apostilas), apoio pedagógico aos professores e acesso a portais. O epicentro dessa onda é o Estado de São Paulo. Segundo estudo divulgado pela Funda ção Lemann no final de junho, atualmente 291 dos 645 munic ípios paul istas (46%) utilizam mater iais estruturados em suas escolas, o que significa um crescimento de 90% nos últimos cinco anos. Desses 645 municípios, 34% usam
EN SI NO
MÉDIO
1
sistemas privados e 12% utilizam sistemas pú blicos, atingindo 1,2 milhão de alunos das re des municipais do Estado de São Paulo. Entre os sistemas privados, o COC (pertencente ao Sis tema Educacional Brasileiro, SEB), o Positivo, o Objetivo, o Anglo (adquirido pela Abril Educa ção em julho de 2010) e o Uno (que faz parte do Grupo Santillana) têm a maior penetração na rede pública em São Paulo. Já os sistemas públi cos de ensino são estruturados através de ma ter ial didático único, desenvolvido pelas redes estaduais e municipais por meio de prof issio nais da própria rede ou med iante contratação de consultores, ONGs e empresas. O fato relevante está, porém, no resultado desse movimento. Como mostra a pesquisa da
EN SI NO
ªSÉ RI E
FUNDAMEN
TAL
7º
ANO
1º BIM ES TR E
E 1º BIM ES TR
ED UC AÇ ÃO
INFANTIL NÍVEL
4
RE 1º BIM EST
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podem educação?
Fundação Lemann, organização sem fins lu crativos criada em 2002 com o objetivo de con tribuir para a melhoria da educação no Brasil, o uso de mater iais didáticos estruturados tem impacto positivo sobre o desempenho dos alu nos. Ao analisar a Prova Brasil de 2007 — exa me federal que avalia a qualidade da educação pública —, os pesquisadores identificaram que as escolas que trabalham com as apostilas tive
ram médias superiores em cinco pontos na esca la do exame em português e matemática. “É um resultado expressivo, uma vez que 12 pontos na escala da Prova Brasil representam aproximada mente um ano escolar”, afirma a pesquisadora Paula Louzano, autora do estudo e consultora da Fundação Lemann. Em 2008, uma pesquisa qualitativa des sa mesma fundação feit a com professores e
Evolução do uso de sistemas estruturados nos municípios de São Paulo (1999–2010) (Número de municípios) 291 247 220 Fonte: Fundação Lemann
187 154 113
3 1999
12 2000
23 2001
40 2002
54
2003
73
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NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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Vicente de Paulo Tortamano Avanso
Do Brasil para o mundo A
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adesão por parte da rede pública pode estar evoluindo mais rapidamente em São Paulo, mas os sistemas estruturados de ensino espalham-se por todo o Brasil e o modelo já está sendo exportado. Os embriões dos mais antigos sistemas de ensino, como explica Marco Ferraz, do SER , foram os cursos preparatórios para os vestibulares, que se disseminaram no País a partir do final da década de 60. De lá para cá, escolas de educação básica e editoras entraram nesse mercado e hoje já são mais de 70 sistemas, a maioria dos quais surgiu nos últimos 20 anos. De acordo com Marco Ferraz, fatores internos e externos levam uma escola a buscar um sistema de ensino. Aqui vale ressaltar que até este ano o SER só atendia a rede privada. Criado em 2007, o sistema de ensino da Abril Educação atinge mais de 85 mil alunos e se prepara para lançar o SER Público em 2011. Neste ano, o SER encomendou a produção de 1.853.731 apostilas, da Educação Infantil ao Ensino Médio, impressas em gráficas do mercado. O primeiro fator para a adesão é a busca de um planejamento pedagógico estruturado que una todas as matérias e alinhe todas as séries, acompanhado da capacitação dos professores e da ava liação do aprendizado dos alunos. Outro elemento é o acirramento da concorrência e a consequente elevação dos níveis de exigência por parte dos pais.
gestores educacionais de municípios pau listas mostrou que 93% dos profissionais entrevistados consideravam “bom” ou “ótimo” o sistema adotado em sua rede e que 84% acreditavam que o desempe nho dos alunos havia melhorado com a adoção do mater ial. As principais justi ficativas inc luíam o fato de o mater ial trazer orientações claras para os pro fessores sobre como estruturar suas aulas, ajudar o professor a entender o conteúdo e aumentar a cobrança de pais e alunos sobre os professores.
“Não basta competência profissional tanto para educar os alunos quanto para capacitar os professores. A escola precisa se comunicar bem com a família e com a comunidade e aí passa a querer um parceiro, uma imagem, uma marca forte”. O diretor do SER faz aqui uma ressalva: nenhum material didático garante, por si só, qualidade na educação. O livro pode ajudar o aluno no seu estudo, mas é a aula o fator decisivo na qualidade da educação, definindo o seu aprendizado. Ele comenta que tanto é assim que dentro de um grupo de escolas associadas a um sistema existem aquelas que oferecem uma excelente qualidade de educação e outras nem tanto. “Não fazemos mágica. O sistema de ensino não é a solução para todos os males e sim uma excelente proposta na atual conjuntura da educação. Contudo, isso não quer dizer que não haja vida inteligente fora dele”. Enquanto o SER se prepara para atuar junto à rede pública, o Anglo já atende 38 mil alunos dessa rede, em 24 municípios. Junto à iniciativa privada são 211 mil alunos, em 484 escolas, espalhadas por 316 municípios brasileiros. De acordo com informações da Abril Educação, que adquiriu o Anglo em julho, os dois sistemas de ensino seguirão sua atuação com independência. Questionado sobre a possibilidade de adoção de sistemas estruturados
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Marco Antonio Ferraz
Dependência
Em contraponto às opin iões de quem efetivamente usa os mater iais estruturados ainda existem focos de resistência dos que consideram que a estrutura padronizada desse tipo de mater ial fere a autonomia do professor. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Suely Alves Maia, presidente da Undime, entidade que representa os secretários municipais de educação, levantou esse ponto dizendo que é o professor quem sabe do que sua classe precisa. “Além disso, dificilmente um mater ial comprado de um grupo empresar ial que atua no Brasil todo ou
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de ensino pelo governo federal, Marco Ferraz afirmou: “A atual administração se pronunciou a respeito dizendo que não fará isso, mas há quem acredite nessa possibilidade. Vejo isso com muito bons olhos. Seria uma grande oportunidade para que os sistemas de ensino fossem avaliados, pas sassem por análises assim como acontece no PNLD , e então ficassem à disposição dos estados”. Conteúdo digital — Uma segunda possibilidade ventilada pelo educador é a exportação. “É um modelo perfeitamente exportável”. Prova disso é que atualmente México, Colômbia, Venezuela e alguns países da América Central já trabalham com o Sistema UNO de Ensino. “Como pertencemos ao Grupo Santillana, é natural que o UNO ultrapasse as fronteiras brasileiras e chegue a outros países da América Latina. O processo de internacionalização está em curso e a grande vantagem dessa evolu ção é a maior troca de experiências e diversidade multiculturais”, afirma Vicente de Paulo Tortamano Avanso, diretor geral do UNO . O UNO foi lançado em 1998. Os primeiros mate riais produzidos eram destinados ao Ensino Médio. O sistema ampliou sua linha e hoje atende todos os segmentos, desde a Educação Infantil, tendo sido criado em 2005 o UNO Público, sistema de ensino voltado às escolas da rede pública. O material di
dático produzido pelo sistema em 2010 envolveu a impressão de cerca de 310 mil páginas. Um dos fortes apelos desse sistema é o uso dos meios eletrônicos. Eles compõem, como comenta Vicente Avanso, uma ferramenta de complemento de conteúdo educacional para o gestor, o professor, o aluno e a família. “Além do material multimídia, o portal do Sistema UNO é composto por bancos de questões, sugestões de avaliações e biblioteca para o gestor, disponibilizando sequências didá ticas com material complementar ao conteúdo impresso através de artigos, faixas de áudio e vídeo, documentos oficiais do Exame Nacional do Ensino Médio, calendários e links que ajudam a fortalecer o trabalho do professor em sala de aula”. O uso da mídia digital é traço comum entre os sistemas de ensino. “O material didático digital é uma realidade”, diz Marco Ferraz. Ele explica que hoje o material do SER já está digitalizado, porém ainda sem a interatividade que o meio possibilita. “Para que essa interatividade aconteça é preciso repensar toda a produção, a maneira como a crian ça aprende”. E isso já está acontecendo: em 2012 todo o material didático do SER estará disponível aos alunos em formato digital. “Não importa se será em um pen drive, um e-reader ou em um netbook. O importante não é o dispositivo e sim o conteúdo”.
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EN SIN O
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ANO
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no Estado de São Paulo vai considerar cada rea lid ade”. Ela admitiu, contudo, que municípios que não têm condições de manter equipes pró prias e preparadas para organizar o currículo podem ter ganhos quando adquirem um mate rial que faz isso e ainda aux il ia na formação e orientação dos professores. Ilona Becskeházy, diretora-executiva da Fundação Lemann, argu menta: “A liberdade do professor na sala de aula não pode se opor ao direito do aluno de apren der. A razão de existir de todos os sistemas de educação é o aprendizado de cada aluno”. Marco Antonio Ferraz, educador e diretor do Sistema de Ensino SER , pertencente à Abril Educação, rebate a alegação de engessamento do trabalho do professor, afirmando que o ma ter ial estruturado é uma trilha e não um tri lho. “O mater ial didático é o referencial teór ico. Cada escola usa o sistema de ensino como acha que deve. Há flexibilidade, porém o que aconte ce é que o sistema dá um norte claramente defi nido”. O educador lembra que não existe impedi tivo pedagógico nem legal para que uma escola pública utilize os livros do Programa Nacional
do Livro Didático (PNLD) junto com as aposti las. “No setor privado não é possível, mas o se tor público pode usar o que há de melhor nos dois mundos, utilizando o sistema estruturado de ensino para organizar a rede”. Todavia, na prática, essa combinação não parece estar acontecendo. No final de agos to, balanço divulgado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) indicou que 143 prefeituras paul istas, 22% do total do Estado, não aderiram ao PNLD. A maior ia des sas cidades está trocando a adesão grat uit a aos livros didáticos pela contratação dos sis temas estruturados de ensino, que têm cus to médio por aluno var iando entre R$ 125 e R$ 200. A m aior cidade paul ist a a fazer essa troca é Jund iaí, que usa o sistema desenvolvi do pela Fundação Bradesco. Em matéria publi cada em agosto no jornal O Estado de S. Paulo, Francisco Carbonari, secretário de educação da cidade, afirmou que a mudança já refletiu no Índice de Desenvolvimento da Educação Bási ca (Ideb) que passou de 5,3 para 5,8 nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Setor cada vez mais atrativo P
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ode não se tratar da panaceia para a questão educacional brasileira, mas não há dúvida que os sistemas de ensino estão atraindo milhões em investimento. Em julho, a Abril Educação anunciou a compra do grupo Anglo, englobando o Anglo Sistema de Ensino, o Anglo Vestibulares e a Siga, focada na preparação para concursos públicos. O negócio faz parte da estratégia da companhia para se tornar a líder do setor no País. Com a compra do Anglo, a Abril Educação, que conta com as editoras Ática e Scipione, terá faturamento superior a R$ 500 milhões já neste ano. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
Poucos dias depois, o segmento sistemas de ensino agitou-se novamente. O grupo Pearson, detentor do Financial Times, comprou parte do Sistema Educacional Brasileiro (SEB ) por quase R$ 900 milhões. Um mês depois, a Abril Educação recebeu um aporte de recursos de R$ 226,2 milhões com a venda de uma participação minoritária para o fundo de participações privadas BR Investimentos, do economista Paulo Guedes. A empresa já anunciou que fará novas aquisições no setor e que pretende, em cinco anos, multiplicar por cinco sua receita de meio bilhão de reais.
ECONOMIA Texto e dados: Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf
Em cinco anos, o setor investiu em equipamentos anualmente de 4,2% a 6,7% do valor de sua produção Estudo da Abigraf Nacional demonstra que o percentual de investimentos da indústria gráfica está bem próximo daquele dos demais ramos do setor de transformação, no qual se insere. O uso do cartão BNDES registrou incremento de 148% de 2008 para 2009, mas engloba também o financiamento de insumos.
U
ma análise do Departamen to de Estudos Econômicos da Abigraf Nacional, basea da nos dados fornecidos pela Pesquisa Industrial A nual do IBGE, de monstrou que a média de investimentos do setor gráfico está pouco abaixo da re gistrada pela indústria de transformação nacional, no per íodo de 2003 a 2008. De acordo com a mesma fonte do IBGE , analisando-se as aquisições de claradas anualmente no ativo imobili zado do balanço das empresas do setor de transformação, este segmento eco nômico investe de 5,4% a 7,8% do valor de sua produção em máquinas, equi
pamentos, terrenos e edificações e em meios de transporte. O estudo da Abigraf Nacional, que avaliou as mesmas informações para as atividades da indústria gráfica, identifi cou que o percentual investido pelo se tor em relação ao valor de sua produção aproxima-se dos mencionados índices, porém, é ligeiramente infer ior à mes ma em quase todos os anos, já que varia entre 4,2% e 6,7% (Gráfico 1).
Importações de máquinas e equipamentos
Em relação aos investimentos realizados pela indústria gráfica ao longo dos anos (também no per íodo de 2003 a 2008), os percentuais de 70% a 76% se traduzem na compra de máquinas e equipamen tos gráficos. Outros 5% a 9%, em terre nos e edificações, 2% a 3%, em meios de transportes e os demais 12% a 20% em outras modalidades de aquisições.
Gráfico 1 – Participação dos investimentos (aquisições no ativo imobilizado) no valor da produção Indústria gráfica
Indústria de transformação 7,7%
7,5% 5,3%
5,9%
6,0%
5,9%
5,5% 5,4%
5,1%
4,5%
4,2%
2003
2004
6,7%
2005
2006
2007
2008
Tabela 1 – aquisições de terceiros e produção própria do ativo imobilizado nas principais atividades (CNAEs) da indústria gráfica de 2003 a 2008 Aquisições de terceiros e produção própria do Ativo Imobilizado Período
Valor da produção da amostra de empresas do setor gráfico
Total
Terrenos e edificações
Máquinas e equipamentos
Meios de transporte
Outras aquisições
Participação dos investimentos na produção /
Milhões R$
2003
116
19.945
1.054
60
796
28
169
5,30%
2004
17.817
989
73
701
21
194
5,50%
2005
19.491
819
48
630
27
113
4,20%
2006
21.337
1.086
100
763
27
196
5,10%
2007
17.757
794
71
605
20
98
4,50%
2008
17.244
1.153
59
865
24
205
6,70%
Fonte: PIA Empresa IBGE CNAES: 21318 – Fabricação de embalagem de papel; 21415 – Fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina e cartão para escritório; 21423 Fabricação de fitas e formulários contínuos – Impressos ou não; 22160 – Edição e impressão de livros; 22187 – Edição e impressão de revistas; 22195 – Edição; edição e impressão de outros produtos gráficos; 22217 – Impressão de jornais, revistas e livros; 22225 – Serviços de impressão de material escolar ; 22292 – Execução de outros serviços gráficos. Valores em Reais de 2008 convertidos pelo IGP-M. Obs: em 2007 e 2008 o valor da atividade de edição acompanhada de impressão não está computado devido à transição da CNAE 1.0 para a 2.0, por isso a queda no valor da produção.
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
A Tabela 1 ref lete o desembolso a nual de recursos em cada modalida de de investimentos, incluindo máqui nas e equipamentos, que é contabiliza do no ativo de uma amostra de empresas industriais do setor gráfico. Já o Gráfico 2 reflete os valores FOB em milhões de dólares das importações norte-americanas, registradas na entra da das máquinas e equipamentos gráfi cos no Brasil (pelo Secex). Ele demonstra a grande movimentação de importações destes bens ocorrida em 2007 e 2008, es timulada pelo câmbio e pelo crescimento vigoroso da demanda no mercado interno. Observamos que os valores anuais importados em máquinas e equipamen
tos, obtidos junto ao Secex, expressos em dólares norte-americanos no Gráfico 2 (US$ 1,8 bi), superam os valores de clarados dos investimentos em máqui nas e equipamentos obtidos segundo as pesquisas do IBGE, expressos em reais na Tabela 1 (R$ 865 milhões). Provavelmente isso se deva ao fato de que: de um lado, a amostra de em presas pesquisadas pelo IBGE para o de talhamento das informações do ativo imobilizado considera apenas as (544) empresas com mais de 30 empregados e, de outro, o levantamento das impor tações realizado pelo Secex contempla não só o universo de gráficas existen tes no País (quase 20 mil), mas tam
Tabela 2 – Financiamento das transações das empresas do setor gráfico junto ao BNDES Cartão BNDES
Ano da transação
Desembolso anual total do sistema BNDES para o setor gráfico
N° de compras
Valor (R$)
N° de cartões emitidos, válidos
2004
22,1
1
24.958
149
2005
20,3
64
617.609
160
2006
25,2
336
2.926.326
478
2007
31,5
493
4.805.619
170
2008
49,9
646
6.593.286
220
2009
68,7
1.462
16.376.185
707
2010
n.d.
Total Fonte: BNDES
Gráfico 2 – Importações de máquinas e equipamentos para a indústria gráfica brasileira (em US$ FOB – milhões) 1.784,3 1.574,6
1.613
18.756.834
509
4.615
50.100.817
2.393
bém empresas que podem estar regis tradas em out ras atividades (CNAEs) e que realizaram importações de equipa mentos gráficos considerados. Portanto, as amostras das duas fontes de pesqui sa diferem entre si. Financiamentos
1.003,5
490,2 237,5 2004
342,5
2005
2006
2007
2008
2009
Como complemento ao estudo e com o objetivo de formar um panorama geral sobre a evolução dos investimentos no setor, bem como sobre o modelo de fi nanciamento que prevalece, a Abigraf Nacional também pesquisou os dados sobre importações de máquinas e equi
pamentos gráficos e as informações so bre as operações das gráficas realizadas junto ao BNDES. Os dados da Tabela 2 computam os desembolsos tot ais real izados pelo BNDES para a indústria gráfica e atra vés do cartão BNDES entre 2004 e 2010. Nesse per íodo, a expansão do crédito total da inst it uição para o setor tripli cou e, através do cartão BNDES, passou de R$ 25 mil para quase R$ 19 milhões. Só de 2008 para 2009 o crédito total cres ceu 36% e, pelo cartão, o incremento foi de 148%. Contudo, é importante mencio nar que o cartão BNDES é direcionado às micro, pequenas e médias empresas e tem como finalidade a aquisição de bens como papel, filme, tintas e outros insumos, além de alguns equipamen tos de origem nacional. Portanto, não só investimentos são financiados com o mesmo, que funciona como um cartão de crédito e tem o limite de R$ 1 milhão por banco emissor. Na média
O padrão de investimentos da indús tria gráfica brasileira acompanha a mé dia nacional da indústria de transforma ção e o esforço é concentrado na compra de equipamentos — predominantemen te importados. Por isso, apesar do ex pressivo crescimento do financiamen to dos investimentos pelo BNDES e das compras de insumos, assim como dos investimentos em máquinas e equipa mentos gráficos pelo cartão BNDES, o apoio deste banco aind a é pouc o sig nificativo para o setor. A inst it uiç ão, considerando todas as modalidades de operações, financiou em 2008 apenas 4,3%* dos investimentos realizados pelo setor. O cartão atende apenas a 1,5% das necessidades de financiamento do setor gráfico brasileiro. *2008: R$ 49,9 milhões (Tabela 2) de R$ 1,1 bilhão (Tabela 1) NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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Adobe apresenta as novas soluções Acrobat X
A Adobe divulgou para a imprensa em outubro sua nova linha Acrobat X, abrangendo o Acrobat Standard, o X Pro e o X Suite.
N
o dia 19 de out ubro, em entrevis ta coletiva com a participação da imprensa e parceiros comerciais, a Adobe Systems Incorporated apresentou suas novidades na família de softwares Acro bat X, voltada à colaboração e compartilha mento de documentos no formato PDF. A décima versão do software lançado no mercado em 1993 tem como grande desta que a maior integração com ferramentas da Microsoft. De acordo com a empresa, o ob jetivo é permitir aos prof issionais maior fle xibilidade e qualidade na criação de conteú dos, ampliando os níveis de produção e de colaboração entre as equipes que convivem com ambientes corporativos dinâmicos. Para o vice-presidente e gerente geral da Acrobat/Adobe, Kevin M. Lynch, hoje, mais do que nunca, as pessoas precisam se comunicar e colaborar de forma conf iável e prof issional com out ras pessoas fora de suas empresas. “O Acrobat X é a resposta para essas demandas, garantindo uma co laboração integrada e criando exper iências mais ricas nos complexos e ágeis ambientes corporativos”, afirma. Versões
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A nova linha Acrobat X abrange produtos como o Acrobate Standard (a licença com pleta sai por US$ 400, o upgrade por US$ 192), Acrobat X Pro (versão completa por US$ 600 REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
e upgrade por US$ 271) e Acrobat X Suite, que inclui o pacote Acrobat X Pro, Photo shop CS5, Captivate 5, Presenter 7 e Media Encoder CS5. Esta última será vendida pelo preço sugerido de US$ 1.630, mas apenas na versão completa. Segundo o fabricante, o Acrobat X ofe rece ações que visam simplificar os passos envolvidos na preparação de documentos e nos processos de publicação. A nova famí lia também reúne recursos inéditos para personalizar o portfólio PDF, os quais uni ficam diversos tipos de arquivo em uma mesma apresentação. Para ampliar a eficiência de seu produ to, a empresa disponibiliza serviços de do cumentos no portal acrobat.com, além de uma parceria com o sistema de serviços online do site Microsoft SharePoint. Outro desta que da nova família, neste contexto de inter câmbio, é a reutilização de conteúdos, que ganhou recursos para facilitar e ampliar a qualidade do processo de exportação para os aplicativos Word e Excel da Microsoft. A família Acrobat X, na versão em in glês, está disponível no Brasil desde 15 de novembro. Já a versão em português chega ao mercado nacional em 10 de dezembro. A compra deve ser feit a por meio da rede de revendedores autor izados. ADOBE SYSTEMS www.adobe.com
Sustentabilidade
Foto: AGB Photo Library
Novos rumos para os resíduos sólidos
Sancionada pelo presidente da República em agosto, a Política Nacional de Resíduos Sólidos deverá obrigar empresas a reduzir a produção de resíduos e adotar logística reversa. Clarissa Domingues
U
m planeta verde, com impac tos mínimos nos recursos na turais e indúst rias preocupa das com o desenvolvimento sustentável, é o sonho recorrente de qualquer ambientalista. Mas a realida de mostra que o constante aumento po pulacional pode levar o meio ambiente à ruína em alguns anos. O lixo remanes cente de um consumo ampliado, muitas vezes descartado de maneira impruden te, é assunto sério e premente. Com li xões abarrotados e sem os devidos cui dados de preparação anter ior do solo, lençóis freáticos são contaminados por fluidos tóxicos provenientes da lenta de gradação de resíduos sólidos resultantes de atividades humanas. Neste contexto, as políticas ambientais vem se tornan do cada vez mais rígidas. As indústrias
são obrigadas a acompanhá-las e o setor gráfico não fica de fora. Os resíduos ge rados durante o processo de produção não podem simplesmente ser descarta dos de forma convencional; precisam de um destino correto, para que sejam, de algum modo, reciclados. Política Nacional
Com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que tramitou durante quase vinte anos pelo Congresso Nacio nal, até ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em agosto des te ano, as indústrias que antes podiam descartar seus resíduos sem grandes cui dados passam a ser obrigadas a recolher seus dejetos remanescentes. A PNRS é um instrumento essencial para definir os direitos e obrigações do setor público NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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Sustentabilidade
e privado sobre a gestão dos resíduos só lidos, bem como dos consumidores fi nais sobre a disposição dos resíduos em geral, principalmente na questão do pós-consumo e da logística reversa. A lei defende em primeiro plano a nulidade em geração de resíduos e re quer a redução e reut il iz aç ão destes, bem como direc ion á-los ao local am bientalmente adequado para seu despe jo. A lei estabelece vár ios pontos, mas, para os fabricantes fica a necessidade de recolher seus resíduos remanescentes. Principalmente para as gráficas, que trabalham com produtos finais que de pendem de plastificação e laminação, uma alternativa sustentável é passar a contar com equipamentos que possibili tem o enobrecimento do impresso, sem a produção de resíduos de plástico, como ocorre nos processos tradicionais. Logística reversa
A logística reversa é a área da logística que trata dos aspectos de retornos de produtos, embalagens ou mater iais ao seu centro produtivo. Apesar de ser um tema extremamente atual, esse proces so já podia ser observado há alguns anos nas indústrias de bebidas, com a reuti lização de seus vasilhames: o produto chegava ao consumidor e retornava ao seu centro produtivo para que sua em balagem fosse reutilizada e voltasse ao consumidor final. Este processo era contínuo e apa rentemente cessou a partir do momen to em que as embalagens passaram a ser descartáveis. Contudo, empresas incen tivadas pelas normas ISO 14000 e preo cupadas com a gestão ambiental, tam bém conhecida como “logística verde”, começaram a reciclar mater iais e em balagens desc art áveis, como latas de alumínio, garrafas plásticas e caixas de papelão, entre outras, que passaram a se destacar como matéria-prima e dei xaram de ser tratadas como lixo. Des ta forma, é possível perceber a logísti ca reversa no processo de reciclagem, uma vez que esses mater iais retornam
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a diferentes centros produtivos sob a forma de matéria-prima. Rosana Alessio, gerente industrial da Gegraf, fabricante de embalagens de pa pel-cartão, conta que a empresa já traba lha no sentido de produzir embalagens cada vez mais verdes com tintas, verni zes, resinas, colas, acessór ios e afins, desenvolvidos de maneira sustentável. “A matéria-prima utilizada na Gegraf é totalmente reciclável, com custo de lo gística reversa, portanto seu impacto é naturalmente menor”. Resíduos gráficos
De acordo com o Guia Técnico Ambien tal da Indústria Gráfica, elaborado em 2009 pela ABTG, o maior volume de re síduos sólidos gerados pela indústria gráfica é categorizado como as chama das aparas de produção. São sobras de substrato, impresso ou não, geradas du rante o processo de impressão ou aca bamento. Estes descartes são classifi cados na classe IIA ou IIB (categoria de mater iais que não apresentam riscos à saúde), em conformidade com a norma ABNT NBR 10.004:2004. Segundo dados levantados pela ABTG junto a seus associados, a gera ção de aparas de produção varia de 5% a 36% do volume produzido. Os resí duos de produção são passíveis de reci clagem em basicamente todos os casos, independente do tipo de substrato ou de impressão. As principais sobras geradas pelas gráficas são das embalagens de matér ias-primas, como capas de bobi nas de papel ou cartão, envoltór ios das latas de tinta ou as próprias latas vazias. Estes itens são, em geral, de plástico ou cartão e quase sempre recicláveis. Na atividade gráfica são também gerados resíduos sólidos classificados como classe I, ou seja, perigosos ao con tato. Latas plásticas contendo restos de tinta; sobras de vernizes, adesivos e ou tros; panos de limpeza sujos com solven tes orgânicos e tinta; insumos quími cos vencidos ou fora de especificação; lâmpadas fluorescentes usadas; e EPIs
Sustentabilidade
impregnados com químicos e óleo lubri ficante queimado estão entre os prin cipais res íduos sólidos classe I gera dos. Portanto, cabe à gráfica segregar estes mater iais e destiná-los para uma empresa que possa reciclá-los de modo ambientalmente correto. Resposta da indústria
Dois bons exemplos de iniciat ivas do setor na manipulação de resíduos sóli dos foram apresentados no ano passado, como cases inscritos no I Prêmio Abigraf de Responsabilidade Soc ioambient al, realizado pela Abigraf Nacional. A Log & Print inscreveu na catego ria Ambiental seu projeto voltado à re dução do impacto ecológico provocado por sua produção indust rial. Além do tratamento de efluentes, a empresa ado tou a política “Reduzir, Reutilizar e Reci clar”, que promove a coleta seletiva em todo o parque gráfico. Os mater iais que não podem ser reaproveit ados, em ra zão de contaminação com resíduos quí micos, são devidamente identificados e estocados para a coleta e destinação por empresas credenciadas. Na categoria Social do prêmio, a Stil graf – Artes Gráficas e Editora inscre veu o projeto “EcoEf iciência”. A iniciati va tem como característica incentivar o consumo responsável dos recursos natu rais e a correta destinação dos resíduos gerados. As alternativas para busca de eficiência tiveram como resultado me lhoria da competitividade, redução no consumo de matéria-prima e insumos e melhoria no gerenciamento de resíduos, águas e energia e na qualidade do tra balho e segurança. Vale mencionar que cerca de 82% dos produtos feitos pela Stilgraf são impressos com a certificação FSC (Forest Stewardship Council). Panorama
Anualmente, a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) elabora a pesquisa Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil. A edição de 2009 coletou informações de
Principais pontos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010): • Criação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida
dos produtos, de maneira indiv idualizad a e encadead a, en volvendo fabricantes, importadores, dist ribuidores, comer ciantes, poder público e consumidores nas vár ias cadeias de produção e consumo. • Estímulo de soluções consorciadas ou compartilhadas para a gestão de resíduos sólidos. • Fortalecimento das cooperativas de catadores. • Criação de Planos de Gestão de Resíduos nacionais, estaduais, mun icipais, intermun icipais, metropolitanos e microrreg io nais inter-relacionados. • Obrigator iedade das empresas de elaborar Planos de Gerencia mento de Resíduos, que, por sua vez, devem estar vinculados ao licenciamento ambiental quando este for exigido. • Obrigator iedade de as embalagens serem fabricadas de modo a serem reutilizáveis ou recicláveis. • Inst it uição da logística reversa, que responsabiliza os fabri cantes, importadores, distribuidores e comerciantes pelo re torno e destinação ambient almente adequados de produtos descartados ao final de sua vida útil. Este processo envol ve agrotóxicos, suas embalagens e demais produtos comer cializados, cujas embalagens constituam resíduos perigosos; pneus inservíveis; pilhas e baterias; óleos lubrificantes usados, seus resíduos e suas embalagens; produtos eletroeletrônicos; e lâmpadas contendo mercúrio. • Restrição à remuneração do município ou da concessionár ia de limpeza pública, no sistema de logística reversa, apenas aos casos em que estes desempenharem atividades que são de responsabilidade dos demais atores. • Previsão da implantação gradativa da logística reversa para os produtos e embalagens de plástico, metal e vidro. • Responsabilidade dos fabricantes e importadores pela coleta e destinação final ambient alment e adequada dos resíduos objetos da logística reversa. • Responsabilidade dos distribuidores pela recepção dos resíduos devolvidos pelo consumidor. • Responsabilidade dos consumidores pelo acond icionamento adequado e devolução dos resíduos objetos da logística reversa nos pontos de recebimento ou entrega. • Criação e funcionamento de diversos sistemas de informação e cadastros previstos na Lei. • Proibição de funcionamento e criação de novos lixões. • Proib iç ão da importação de res íd uos perigosos e rej eit os que possam causar danos ambient ais, à saúde pública ou à sanidade animal. 121 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
364 municípios, relativas aos resíduos sólidos urbanos (RSU). A amostragem totaliza cerca de 81,6 milhões de habi tantes, ou 51,4% da população urbana total do Brasil, segundo a contagem feita pelo IBGE em 2009. De acordo com o levantamento, a geração de resíduos sólidos urbanos no Brasil registrou considerável aumen to de 2008 para 2009. Nas cidades de maior concentração populacional, as médias de geração ultrapassam 1,2 kg por habitante ao dia, quantidade equi valente aos índices verificados nos países desenvolvidos. O número re vela também os hábitos de consumo e descarte dos moradores dessas cida des, evidenciando que a maior ia não adota procedimentos para reduzir o volume de resíduos produzidos. Em 2009, os dados obtidos mos tram que foram produzidas aproxima damente 57 milhões de toneladas de RSU, contra quase 53 milhões de 2008, um crescimento de 6,6%. Em compa ração com o crescimento populacio nal no mesmo per íodo, que foi de cer ca de 1%, percebe-se um aumento real na quantidade de resíduos descarta dos, demonstrando que no País ainda não foram implementadas ações para minimização da geração de resíduos. Por sua vez, os serviços de coleta avançaram positivamente em 2009, conforme está evidenciado pelo índice de 8% de crescimento no total de RSU coletado em relação ao ano anter ior. Foram coletados, de um modo geral, 46,5 milhões de toneladas em 2008, contra 50,2 milhões em 2009. Esta ex pansão foi sensivelmente maior do que o crescimento do índice de coleta per capita (6,8%) no mesmo per íodo. Também continuam sendo regis trados avanços positivos na desti nação adequada dos RSU coletados. No ano passado cerca de 28,5 milhões de toneladas de RSU foram coletadas adequadamente, contra aproximada mente 21,7 milhões de 2008. O pata mar de 57% de resíduos destinados a aterros sanitár ios alcançado em 2009 é expressivo, mas não pode ser total
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mente comemorado, pois, do total de resíduos produzidos, quase 7 milhões de toneladas tiveram destino impró prio. A constatação de que cerca de 22 milhões de toneladas tiveram des tinação em aterros controlados ou li xões, os quais não garantem a devida proteção ambient al, com sér ios ris cos de degradação, demonstra que a universalização destes serviços ainda está bem distante. Os serviços de coleta seletiva de recicláveis exercidas pelos municípios parecem ter chegado num ponto de indefinição, mostrando estabilidade em 2009, com relação aos percentuais registrados em 2008. Dos 5.565 muni cípios existentes no Brasil, 56,6%, ou 3.152 cidades, afirmaram contar com iniciativas de coleta seletiva (em 2008 o perc ent ual foi de 55,9%). Porém, muit as vezes essas atividades resu mem-se à disponibilização de pontos de entrega voluntária à população ou à simples formalização de convênios com cooperat ivas de catadores para a execução dos serviços. Parece cla ro que tais ações ainda são uma solu ção parcial, que não tem o poder de transformar em realidade esse mer cado potencial, com ampliaç ão dos índices verificados atualmente. As atividades de reciclagem de RSU no Brasil ainda registram índices ins at isfat ór ios. No entanto, o regis tro de determinados setores apresen ta resultados mais expressivos, fazen do com que o Brasil destaque-se no cenário mundial. Alumínio, papel, plástico e vi dro são os quatro setores industriais que abrigam as principais atividades de reciclagem pós-consumo no País. De acordo com o site da Bracelpa (As sociação Brasileira de Papel e Celu lose), o papel está entre os produtos com maior taxa de reciclagem. No to tal, 43,7% de todos os papéis que cir cularam no País em 2008 foram enca minhados à reciclagem pós-consumo, segundo dados da Pesquisa Ciclosoft do Compromisso Emp res ar ial pela Reciclagem (Cempre).
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Sustentabilidade
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Visualização
Evolução
Nova identidade visual e sinalização do Parque Villa-Lobos, São Paulo Laranja: 144 C Amarelo: 124 C Verde: 376 C
Parque VILLA LOBOS
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O compositor em primeiro plano, A árvore em segundo plano. O compositor se funde com a árvore, ora como maestro, ora como o tronco. O tronco simboliza a estrutura e sustentação. Duas leituras: a primeira, de uma árvore, a segunda, de um maestro regendo a natureza. Natural e orgânico. Terceira leitura: a árvore se transforma na orquestra regida pelo maestro. Fusão entre a música de Heitor Villa-Lobos, que exaltava as riquezas naturais do nosso país, e a natureza do parque.
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
parque
Villa Lobos
Projeto Fernando Witcoske www.percepcaodesign.com.br
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Renata D. G. Figueiredo www.refigueiredo.com
Horas, dias, semanas, meses.
Escrito para Tide Hellmeister/Calendário Gráfica Atrativa, 2009
ANOS Há o tempo que passa rápido e o que demora para passar. Há o tempo que não espera e o que não marca hora nem dia. ¶ Faz anos me lembro da folhinha [calendário] de meu pai, daquelas de uma folha para cada dia. ¶ Com as fases da lua, o santo do dia e uma oração ou um pensamento para embalar o efêmero.
E no verso, uma charada: por que na infância o tempo demora tanto a passar? ¶ Tipos, sinais, fontes. Uma família tipográfica. Os números da folhinha eram bodonis de madeira ou talvez walbauns, já que os tipógrafos gaúchos também eram imigrantes italianos ou alemães.
¶ Tipos
estranhos, que eram entintados e depois transferiam os tons pretos e vermelhos para o papel.
¶ Para mim gravados, impressos na memória. Transferidos com afetos metálicos para a mente. Letras, números, palavras, frases. Um texto. ¶ Hoje imprimimos com perfeição, com tintas ou com luz, sem o duro metal dos typefaces, com máquinas incríveis que unem passado e futuro em uma sofisticada trama de tecnologia e de sensibilidade.
São os novos tempos: rápidos, muito rápidos, tanto que nenhum relógio, de ontem ou do amanhã, é capaz de controlar. Lá se vão 35 anos da revista e 20 do Olhar.
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Cultura
Revista
Enquanto no Brasil desenhamos
A revista Gráfica, de Oswaldo Miranda, o Miran, está a caminho de sua edição de número 73-74. Continua sendo produzida pela Positivo e de agora em diante terá sempre números duplos. A penúltima edição, segundo o editor, tem uma relação onde “todos vocês colaboradores são citados etc.”. Coloca etc. nisso. E a #72 vem capitaneada pelo trabalho de Victor Burton, cujo pai foi um dos diretores de arte da lendária revista Senhor, do início dos anos 1960, no Rio de Janeiro. Beleza pura via Curitiba.
a identidade da Copa do Mundo tirando coelho da cartola, os europeus – como os mexicanos na Olimpíada de 1968 – bebem em suas raízes, cores e sentimentos culturais. A apresentação da marca da UEFA Eurocopa 2012 é uma aula de design comercial sustentado por valores culturais autênticos. http://en.uefa.com/uefaeuro2012/ news/newsid=934390.html
Bodoni por Miran
Cartazes Alexandre Wollner organizou recentemente uma mostra de seus cartazes realizados desde a década de 1950 até os dias recentes. A imagem abaixo, na escala natural, é parte de um projeto do designer que resume – por meio de suas marcas – sua trajetória profissional. Este trabalho foi distribuído pelo correio e não necessariamente foi feito para ser mostrado ou colado nas paredes da cidade. ¶ “No Brasil o cartaz se tornou uma peça indoor, de circulação reduzida e que tinha seu maior aliado e contraponto público nos lambe-lambes, comuns em paredes, sob os viadutos, em tapumes e outros lugares de grande visibilidade urbana. Uma lei municipal de 2008 acabou com a exposição pública deles e de todos os outros tipos de cartazes que existiam na cidade de São Paulo. Mesmo assim, os cartazes em ônibus e metrôs não recuperaram o prestígio que tinham nos bondes: Veja, ilustre passageiro, o belo tipo faceiro que o senhor tem a seu lado. E no entanto acredite, quase morreu de bronquite, salvou-o Rhum Creosotado. O que encontramos nos vagões do metrô são horrores produzidos com o uso indiscriminado das potencialidades dos softwares gráficos ou anúncios
disfarçados de cartazes”.
In O Cartaz – Prêmio Museu da Casa Brasileira, Rosari, 2010.
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Flash Gordon
Acaba de ser lançado um álbum em formato grande com as primeiras aventuras de Flash Gordon, genial criação de Alex Raymond.
O
editor Franco de Rosa inicia a Edito rial Kalaco com o pé direito, relançan do a saga de Flash Gordon, desenhada pelo inigualável Alex Raymond, aux iliado no roteiro por Don Moore. No início dos anos 30, a dist ribuidora King Features Syndicate, de William Ran dolph Hearst, criou um concurso para es colher três novos heróis a fim de concorrer com os rivais Dick Tracy, Tarzan e Buck Rogers. O jovem Raymond ganhou sim plesmente nos três, com, respectivamen te, as tiras diár ias do Agente X‑9, roteir iza das por Dashiell Hammett, Jim das Selvas e sua obra-prima Flash Gordon, inserida no capítulo dominical colorido. As aventuras de Jim e Flash começa ram a ser publicadas no dia 7 de janeiro de 1934 e as do Agente X‑9 no dia 22 do mesmo mês. Todas tiveram sucesso imediato, mas a ficção científ ica, com des lumbrantes ilustrações, dis parou. Virou programa de rádio, filmes ser iados e inf luenciou todos os de senhos poster iores e as obras do gênero. Flash Gordon anteviu o futu ro. Apresentou ao mun do a televisão, o raio la ser, a propulsão a jato,
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O herói que anteviu o futuro
Álvaro de Moya é autor do livro Vapt-Vupt. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
a energia atômica, os discos voadores, os trens-bala, o spray e até a minissaia. E, ain da, 35 anos antes do astronauta russo Yuri Gagarin, mostrou que a Terra é azul. Este primeiro lançamento da nova edito ra no formato 26 × 36 cm, em 128 páginas e com uma capa dura, merece todo o apoio ao reverenciar um dos grandes momentos dos comics, dos desenhos, da ficção científ ica e especialmente de um roteiro criativo que pre viu a entrada, em 1941, dos Estados Unidos ao lado dos Aliados na Segunda Guerra Mundial, situação semelhante à luta do herói contra o Imperador Ming.
GALERIA DA SIB - SOCIEDADE DOS ILUSTRADORES DO BRASIL
Autor: ALÊ ABREU Título: Ilustração digital para o livro “Gága – Memórias de uma mente pirilampa”, de Índigo. Cliente: Editora Scipione, 2010. Técnica: Digital
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Sociedade dos Ilustradores do Brasil
Rotermund
F
Muito além das agendas
oi alfabetizando crianças da comunidade de São Leop ol do, colonização alemã a 35 quilômetros de Porto Alegre (RS), que o pastor luterano alemão Wil helm Rotermund fundou a gráfica Ro termund S.A. Indústria e Comércio em 1877. A empresa, criada para imprimir e editar livros, surgiu com o objetivo de adequar os mater iais da Alemanha à cultura brasileira, produção que per maneceu até a Segunda Guerra Mundial, quando o Brasil proibiu o uso de idiomas dos países contra os quais lutava. Naquele momento, a Rotermund teve seu estoque de livros didáticos e de literatura bilíngue (alemão e portu guês) confiscado pelo governo. A solu ção encontrada para reerguer-se foi a mudança para a produção de impres sos comerciais, livros contábeis, recibos, promissór ias e agendas. Porém, ao longo da história ocor reram também momentos esp ec iais. Um episódio marcante, lembrado por Renata Rotermund, diretora geral, foi a nomeação do primeiro representan te em São Paulo. “Lembro-me de meu tio contando que, quando chegou a São Paulo, refletiu sobre o grande passo que dávamos rumo ao crescimento”. No fim da década de 1960, moder nizando o parque gráfico, a Rotermund adquire máquinas offset da Heidelberg, abandonando o sistema manual de ti pografia. Em 1983, a quebra do banco
Nos seus 133 anos de existência, a Rotermund conviveu com grandes acontecimentos históricos, sociais e econômicos do País e acompanhou todos os passos da revolução tecnológica da indústria gráfica. Clarissa Domingues
(E/D): Eunice Dutra Rotermund, diretora, e Renata Rotermund, diretora geral
Sulbrasileiro, no qual mantinha gran de movimentação financeira, tornarase mais um obstáculo a ser superado. “Foi um baque que nos abalou e exigiu grande maestria para que a empresa so brevivesse”, conta Renata. Superando as dificuldades, a Rotermund retoma o crescimento. Em 2001, após 124 anos no mesmo endereço, o parque gráfico mudou-se para a atual sede, unificando
a produção com o antigo pavilhão em que já estavam a montagem de capas e artefatos em couro e PVC. A todo vapor
Com cinco vendedores próprios no Rio Grande do Sul e 20 representantes em todo o Brasil, a Rotermund conta hoje com 80 funcionár ios. De acordo com Renata, os des af ios para manter um emp reend iment o fam il iar por tanto tempo estão baseados principalmente na compreensão das diferenças entre empresa e família. Especializada em impressos comer ciais e edit or iais, a empresa oferece serviços que englobam desde o desen volvimento ou adequação da arte até o acabamento final. A fabricação de agen das, segmento do qual foi pioneira na década de 1920 e que a tornou conheci da no mercado nacional, corresponde a 30% da produção. Os itens persona lizados, como cadernos, blocos, risque- rabisque e agendas telefônicas, chegam a 60% do total desenvolvido. Modernização
Em cem anos a indústria gráfica nacio nal evoluiu muito e a Rotermund não fi cou para trás. Dentre os principais equi pamentos do atual parque gráfico estão uma rotativa Heidelberg a frio, impres soras Heidelberg Speedmaster duas co res, uma linha de capa dura da Kolbus e uma encapadora de capa flexível Müller
Setor de acabamento nos anos 1950
Primeira sede da Rotermund no centro de São Leopoldo, em 1877
Martini. O investimento nos equipa mentos para produtos editor iais é refle xo do crescimento do segmento na em presa. “Estamos voltando aos tempos em que éramos conhecidos no mercado de livros”, diz a diretora. Visão no futuro
Preocupada com as tendências futuras, há cerca de um ano a Rotermund en comendou um estudo sobre os impac tos que os sistemas dig itais podem cau sar no setor gráfico nos próximos anos. “Os resultados foram animadores. Mes mo com as novas tecnologias, percebeuse que a indústria gráfica ainda terá um bom tempo de vida útil”, afirma Renata. Outra preocupação é com a mão de obra qualificada. A diretora explica que, pela ausência de escolas técnicas próximas à empresa, a saída adotada foi o desenvol vimento interno de funcionár ios. Para 2011 há planos de reest rut u ração interna, com foco em agilidade no processo comercial-produtivo. Com um novo portfólio de produtos a atua ção será diversificada, para mostrar ao mercado que a Rotermund está equipa da e preparada para desenvolver muito mais do que agendas.
Cartazes afixados na empresa pela policía proibiam o uso dos idiomas das nações inimigas do Brasil na 2-ª Guerra Mundial
Certificado de registro do desenho da marca Rotermund expedido em 1910
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KUGLER ARTES GRÁFICAS
Abrindo um novo caminho cidade de Castro, no inter ior do Paraná, foi o município es colhido pelo alemão Ernesto Kugler para instalar a en tão Tipografia Ernesto Kugler. Cento e quinze anos mais tarde, a Kugler Artes Gráficas, uma das gráficas mais antigas do Estado, incorpora a quinta geração da família nas atividades da empresa e, após reformas e ampliações, atende a de manda dos clientes no parque gráfico de 2.500 metros quadrados. Sua trajetória, passando por duas guerras mundiais, diversos conflitos po líticos brasileiros e crises financeiras na cionais e internacionais, registra vár ios momentos importantes. Carlos Antonio Kugler, diretor da empresa, ressalta que, entre os aconte cimentos mais marcantes, estão a im plementação do sistema offset em mea dos da década de 1970, a celebração dos cem anos da gráfica — que contou com o
Fundada em 1895, a Kugler está preparando a quinta geração da família para assumir o comando da empresa, que evoluiu nesses 115 anos de uma pequena tipografia para uma completa prestadora de serviços gráficos. Tainá Ianone
lançamento do livro Kugler – 100 Anos de Brasil — e a inclusão da fotografia como produto aos clientes, “O offset cont ri buiu significativamente no desenvolvi mento da empresa e a fotografia inseri da por um de seus proprietários e exímio fotógrafo, Carlos Ernesto Kugler, atraiu um novo segmento de mercado”, diz. A gráfica, depois de décadas de tra balho com o processo tipográfico, após a introdução do offset viu a qualidade dos produtos aumentar e as possibilidades de impressão serem ampliadas. Os no
vos equipamentos em formatos maiores permitiram à Kugler ingressar em novos mercados, como o de impressos promo cionais e de cartonagem, nos quais têm grande representatividade. A ampla gama de serviços ofereci da aos clientes inclui desde a criação ao acabamento do produto. O diferen cial está no trabalho fotográfico digital. A Kugler está aparelhada com tecnologia de ponta para atender tanto as empre sas em locais externos quanto no estúdio próprio da gráfica, de 150 metros qua drados, além de fazer fotos aéreas. “A in corporação da fotografia e dos setores de criação e design faz com que o cliente te nha à disposição um pacote completo de serviços”, conta o diretor. Evolução
Manter um empreendimento em pleno funcionamento por mais de cem anos e sob administração fam il iar requer Fachada da sede atual
Ernesto Kugler, o fundador da empresa
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enfrentar muitos desaf ios. “Podemos di zer que os 115 anos por si só já são um grande mérito em um país onde a vida média das empresas é curta”, avalia o empresário. Ainda segundo Carlos An tonio, a receita para o sucesso está na qualidade dos produtos, no bom aten dimento aos clientes e na eficiência do serviço prestado. Outro fator indispensável para uma gráfica ultrapassar décadas é a atuali zação tecnológica. Nesse sentido, a Ku gler acompanha os avanços técnicos em eventos e nas publicações direcionadas ao segmento, adquirindo equipamentos e suprimentos mais modernos. Não foram apenas os equipamentos gráficos que evoluíram nos 200 anos de indústria gráfica brasileira, mas tam bém os prof issionais, que hoje contam na sua formação com escolas técnicas. Entretanto, as cidades mais distantes das capitais e dos grandes centros ainda sofrem com a escassez de mão de obra qualificada. “Devido à falta de qualifi cação na reg ião, optamos por realizar
a especialização dos nossos prof issionais na própria empresa”, revela o diretor. Museu
Há quatro anos, após reforma no setor co mercial, a Kugler des tinou um espaço ex clusivo para a criação do museu Typogra phia Ernesto Kugler. Carlos Antonio Kugler (em pé, à esquerda) ao lado do pai, Carlos Ernesto Kugler, O acervo, entretan tendo à frente o filho Germano e a irmã Lúcia Kugler Zan to, teve início muito antes, já que, desde Além da coleção de jornais impres a fundação da gráfica, todos os jornais sos pela Kugler, o museu tem máquinas produzidos pela empresa tiveram seus tipográficas Minerva e plana da época, exemplares guardados. mater ial gráfico — como tipos, compo De acordo com Carlos Antonio, o ar nedores, clichês e out ros —, amostras quivo tornou-se tão completo que pas de impressos de meados do século XX e sou a ser utilizado para pesquisa de uni fotog raf ias das antigas instalações, dos versitár ios, estudantes de jornalismo e fundadores e de alguns sucessores. histor iadores. Diante de um acervo tão rico surgiu a idéia de dedicar um es & KUGLER ARTES GRÁFICAS paço aberto a clientes e amigos para a Tel. (42) 3232.4422 exposição dos mater iais. www.kugler.com.br
Testemunha do tempo, o espaço dedicado ao museu abriga raridades como antigas impressoras Minerva e planas, tipos, componedores, clichês e fotografias que mostram a história da empresa
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Mobilidade para imprimir Segurança do ePrint
Novos equipamentos da HP marcam início da era ePrint, a impressão via internet, desenvolvidos também para grandes formatos. Fernando Lewis, vice-presidente de grupo de Imagem e Impressão da HP Brasil
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a manhã de 20 de outu bro, a HP apresentou ao mercado bras ilei ro uma inovação na arte de imprimir: o sistema ePrint. A tecnologia, já disponível para o setor corporativo des de o início do ano, chegou ao con sumidor final de pequenas e médias empresas (small and medium business – SMB) e ao segmento de artes gráfi cas no mês de novembro. Durante o evento, que contou com a presença do jornalista e apresentador de TV Marcelo Tas como mestre de ce rimônia, os convidados puderam conhe cer o portfólio dos novos produtos, com posto por 16 lançamentos, dos quais dez contam com o sistema. O recurso chega como um aliado dos avançados equipamentos eletrôni cos, como tablets e smartphones, que têm como uma de suas principais ca racterísticas a mobilidade. “O ePrint traz a liberdade para imprimir. Nos sa oferta de tecnologia está disponível para todos os nichos, desde o consumi dor final até a grande empresa. Ou seja, estamos trazendo inovação útil a um preço acessível”, diz Fernando Lewis, vice-presidente do grupo de Imagem e Impressão da HP Brasil. Além dos produtos para consumo e SMB, a empresa preocupou-se em agre gar a tecnologia aos equipamentos vol tados para a área gráfica, como a multi funcional HP Designjet T2300 e MFP, que conta com o sistema ePrint & Share. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
HP Designjet T2300
A impressora, que também atende a outras categor ias prof issionais, como arquitetos, engenheiros e prof issionais da construção civil, possui um dispositi vo com tela colorida sensível ao toque e de fácil uso para simplificar a operação. Na tela é possível visualizar o documen to a ser impresso, fazer edições para al terar suas características, digitalizar, co piar, criar um PDF final dos projetos e, simultaneamente, compartilhá-los. De acordo com Luis Palacios, geren te da área de impressoras de grande for mato, o equipamento é o mais completo em termos de aplicações em todo o mer cado. “Foi preciso desenvolver o ePrint também para as máquinas de maior for mato, como a HP T2300, que é muito mais do que uma simples impressora. Dispõe de escâner integrado e conexão USB para envio dos documentos digitalizados ao pen drive ou à estação de trabalho”.
A impressão ePrint é possível por meio de qualquer dispositivo móvel, como ce lulares, notebooks, tablets ou computado res pessoais conectados à internet. Para imprimir, sem drivers ou cabos, basta enviar o arquivo em qualquer extensão — seja texto, foto ou mensagem eletrô nica — para o endereço de e-mail da im pressora. Para isso, a HP foi minuciosa: o usuár io terá um endereço eletrônico disponibilizado aleatoriamen te pela empresa no momen to em que fizer o regis tro. Para quem levanta dúvidas acerca da segu rança do processo, Luis Te desco, gerente de produtos de jato de tinta para o consumi dor final, esclarece que o ePrint possui um sistema completo de segurança e o mais avançado software anti- spam. A HP não divulga os en dereços de e-mail cadastrados e o modo de proteção permite que os usuár ios autor izem a impressão ape nas dos endereços cadastrados em uma determinada impressora. Mercado interno
De acordo com Fernando Lewis, o ano de 2010 tem sido um período de grandes negócios para a HP e deverá terminar com resultados expressivos em todas as áreas da companhia. “Em outubro co memoramos a fabricação de 20 milhões de impressoras no Brasil”, informa ele. Os números conferem ao País a coloca ção de segunda maior base de equipa mentos jato de tinta em todo o mundo. “A impressão voltou a ter uma posição importante”, revela o executivo. Segundo Lewis, a tendência é se guir em linha ascendente os números mundiais relativos à quantidade de im pressões coloridas, tendo em vista o contínuo barat eament o de custos de equipamentos que, além disso, ampliam cada vez mais sua qualidade. & HP DO BRASIL www.hp.com.br
lística, passando a contar com colaboradores como Tristão de Ataíde, Otavio Tarquinio de Souza, José Lins do Rego, Menotti Del Picchia, Murilo Mendes e Augusto Frederico Schmidt.
Airton Ciulada, diretor industrial
Resistência
Diario de Pernambuco: ajudando a escrever a história do Brasil Desde o primeiro exemplar de quatro páginas, impresso em um rudimentar prelo de madeira, até os modernos equipamentos utilizados em 2010 transcorreram 185 anos. São quase dois séculos de uma trajetória marcada pela resistência às adversidades políticas e econômicas, na missão de escrever diariamente a história do País.
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Tainá Ianone
ais antigo jornal em circulação no Brasil, o Diar io de Pernambuco tem sido testemunha dos principais momentos históricos da Nação. Idealizado por Antonino José de Miranda Falcão, o per iódico foi fundado na cidade de Recife em 1825, como um “diár io de anúncios”. O impresso de apenas quatro páginas, feito em um pre-
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
lo de madeira, foi ganhando importância ao longo dos anos, até que, em 1835, o comendador Manuel Fig ueiroa de Faria tornou-se seu propriet ár io. A partir de então, o jornal viveu momentos de grandes transformações editor iais e técnicas. Porém, após 66 anos administrado pela família Fig ueiroa, o per iódi co passou para o controle do conselhei ro Francisco de Assis Rosa e Silva, então vice-presidente da República. Na nova fase, o Diar io foi envolvido em agitada disputa política, sofrendo, inclusive, empastelamento. Em 1931, depois de longa negociação, Assis Cha teaubriand, que fora redator do jornal, concretizou o sonho de incorporá-lo à sua rede jornalística, os Diár ios Asso ciados. Foi um momento de novo e importante impulso, quando o Diar io de Pernambuco ampliou a cobertura jorna-
Em meio a todos os conflitos políticos, econômicos e sociais que marcaram a história do País nesses quase 200 anos, o Diar io de Pernambuco se manteve resistente às mais diversas crises, firme, ético e responsável em seu papel de veí culo de comunicação. “O Diar io sempre esteve a serviço das grandes aspirações coletivas, afirmando-se, no curso de sua trepidante existência, uma publicação de claros posicionamentos li berais e defensor das franquias democráticas e do Estado de Direito”, declara Joezil Barros, presidente da Diar io de Pernambuco S/A. Com tiragem a tual de até 55 mil exemplares (aos domingos), o jornal conta com uma estrutura de impressão gráfica de 2.700 metros quadrados, que é também responsável pela publicação de outros cinco títulos: Aqui PE, Diár io de Natal (RN), O Norte (PB), Diário da Borborema (PB) e A Semana (AL), todos do grupo Diár ios Associados. Nos processos de produção o avanço mais significativo veio a ocorrer em 1976, com a implantação do sistema de composição eletrônica e máquinas offset. Ao longo da década de 1990, out ras grandes evoluções tecnológicas chegaram ao parque gráfico do jornal. A mais recente ocorreu em 2009, com a aquisição de sistemas dig itais de pré- i mpressão. “O aumento da produção,
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com 400 chapas por hora, nos possibilitou atender os cinco jornais impressos todos os dias em tempo recorde”, conta Airton Ciulada, diretor industrial do jornal. Na área de impressão, a novidade é uma rotativa offset Goss Newline, que imprime 70 mil exemplares por hora por meio de sistema informatizado. Futuro do jornal
Nos próximos anos a publicação deverá investir cada vez mais em prof issionais especializados para que a informação na versão impressa tenha maior valor agregado. A internet, de acordo com Airton Ciulada, é vista não como concorrente, mas sim como uma plataforma para a mobilidade da informação. Os resultados desta estratégia são expressos em números. Entre setembro de 2009 e setembro de 2010, o Diar io de Pernambuco registrou crescimento de 11,56% na média de vendas. Um dos títulos do grupo, o Aqui PE, que tem formato berliner, aumentou a tiragem de
4.500 para 42 mil exemplares em pou co mais de um ano de circulação. “Estamos diversificando e personalizando nossos produtos em função de um público mais segmentado e com interesses diferenciados”, explica o diretor indus trial, ressaltando que o jornal sempre teve e continuará a ter papel fundamental como prestador de serviço e meio de informação para a sociedade. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS OO 8 Estações de tratamento de imagem
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Grupo de brasileiros visita as fábricas da APP na China A visita compreendeu duas unidades industriais da fabricante de papel e celulose e a participação na cerimônia de premiação do Sinar Mas Award, em 20 de outubro.
C
om o objetivo de mostrar o processo fabril e as potencialidades do mercado chinês, além de fortalecer o relacionamento com clientes e formadores de opinião, a Cathay, re presentante da Asia Pulp & Paper (APP) no Bra sil, realizou, de 18 a 23 de outubro, uma viagem à China, para um programa de visita às instala ções fabris da empresa naquele país. O grupo foi conduzido pelo diretor geral da Cathay APP no Brasil, Geraldo Ferreira, e teve como um de seus integrantes o diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris, Manoel Manteigas de Oliveira. Como parte do itinerário estava prevista a presença do grupo na fábrica da ilha de Hainan, onde a APP, uma das cinco maiores companhias de celulose e papel do mundo, instalou a Hai nan Jinhai Pulp & Paper, sua mais moderna fá brica, que conta com a maior linha de produção do mundo. No entanto, o programa teve que ser modificado em razão da ameaça do tufão Meg, que passou pela reg ião naquele per íodo. O roteiro começou pela sede da empresa, em Xangai, onde a comitiva se reuniu com executi vos da APP, e continuou pelas fábricas Gold East Paper, em Jiangsue, e Gold Huasheng Paper, em Suzhou. “Nossa proposta é mostrar os grandes in vestimentos realizados pela Cathay e a alta tec nologia empregada em nossas unidades fabris. Para muitos clientes, e mesmo para os consumi dores, o mercado chinês de papel ainda é uma grande incógnita. Estamos dispostos a mostrar novas alternativas de fornecimento de papel”, declarou Geraldo Ferreira. Pela primeira vez na China, Manoel Mantei gas de Oliveira trouxe boas impressões de Xangai,
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segundo ele uma cidade de impressionante dina mismo, cosmopolita, limpa e organizada. “Cer tamente tivemos contato com uma parte muito pequena, mas tudo o que vimos nos deslum brou. A comunicação foi tranquila, pois todos eram fluentes em inglês. Todos os prof issionais com quem falamos foram muito atenciosos e so lícitos. As fábricas que conhecemos da APP não são as mais modernas, mas pareceram bastan te avançadas tecnologicamente e impressionam pelas dimensões dos equipamentos e a sua pro dutividade”, afirmou o diretor da Escola Senai. Sinar Mas Award
Para o grupo foi também a oportunidade de assis tir à cerimônia de entrega do Sinar Mas Award, que aconteceu no dia 20, na cidade de Xangai. O concurso a nual é real iz ado pelo Grupo Si nar Mas, ao qual pertence a APP. São prem ia dos trabalhos de impressão de alta qualidade, produzidos com os papéis da empresa. Sob a ótica de Manoel Manteigas, a cerimônia é bem mais formal que a do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini, porém muito bonita. “As categor ias premiadas são em núme ro bem menor, então havia menos var iedade de produtos gráficos competindo, mas a qualidade é elevada, com participantes do mundo todo”. O prêmio abrange onze categor ias: livros de capa dura, livros de capa flexível, livros de arte, revistas impressas em máquinas planas, revis tas impressas em rotativas, mater iais promocio nais, encadernação, embalagens, rótulos, im pressão digital e design criativo. A organização está a cargo da unidade fabril Gold East Paper e o concurso tem como patrocinadores a China Print Organization, a Graphic Arts Association of Hong Kong, o China Research Institute of Prin ting Science and Technology e o China Institute of Publishing Science.
2º Prêmio ABIGRAF de Responsabilidade Socioambiental
Aqui, para ser o melhor, é preciso ser melhor. O Prêmio Socioambiental é realizado pela ABIGRAF com o objetivo de estimular práticas conscientes nas áreas social e ambiental, tanto dentro da Indústria Gráfica Brasileira como na sociedade. A primeira premiação ocorreu em 2009, e foi um sucesso, com inscrições de empresas gráficas de diversas regiões do país. Confira as datas para a edição de 2011 e inscreva seu case.
INSCRIÇÕES ABERTAS EM JANEIRO CATEGORIAS
INSCRIÇÕES
O Prêmio ABIGRAF DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL tem duas categorias:
De 17 de janeiro a 18 de abril de 2011.
A – Responsabilidade Social
JULGAMENTO
B – Responsabilidade Ambiental
De 25 de abril a 27 de maio de 2011.
PREMIAÇÃO
PREMIAÇÃO
As gráficas vencedoras nas duas categorias receberão os seguintes troféus:
De 07 de junho de 2011.
A – Responsabilidade Social – “Troféu Abigraf de Responsabilidade Social Hasso Weiszflog” B – Responsabilidade Ambiental – “Troféu de Responsabilidade Ambiental Orlando Villas Bôas”
REGULAMENTO E FICHA DE INSCRIÇÃO Estão à disposição no site www.premiosocioambiental.org.br
TEM UMA INFORMAÇÃO
MUITO IMPORTANTE
S O B R E TO DA A INDÚSTRIA GRÁFICA QUE VOCÊ PRECISA SABER:
Imagem de eucalipto
CADA VEZ Q U E U M A R E V I S TA
É IMPRESSA U M A N O VA Á R V O R E
DA INFORMAÇÃO
É P L A N TA D A. A cadeia produtiva do papel e da comunicação impressa inicia uma campanha de informação sobre o que produz para a sociedade. Vêm esclarecer dúvidas e, principalmente, trazer à luz da verdade algumas questões ligadas à sustentabilidade. A principal delas é deixar claro que, as árvores destinadas à produção de papel provêm de florestas plantadas, e que essas são culturas, lavouras, plantações como qualquer outra. Somos uma indústria alinhada com a ecologia e a natureza, ou seja, as nossas impressões são extremamente conscientes porque utilizamos processos cada vez mais limpos. E, mesmo assim, buscamos todos os dias novas tecnologias de produção que respeitem ainda mais o equilíbrio do meio ambiente. Somos uma indústria que traz prosperidade para o País e benefícios para todos os brasileiros. Temos imenso orgulho de saber que cada vez que imprimimos um caderno, um livro, uma revista, um material promocional ou uma embalagem, estamos levando conhecimento, informação, democracia e educação a todos. Imprimir é dar veracidade, tornar palpável. Imprimir é assumir compromisso. Imprimir é dar valor. Principalmente à natureza.
IMPRIMIR É DAR VIDA. ENTIDADES PARTICIPANTES: ABAP, ABEMD, ABIEA, ABIGRAF, ABIMAQ, ABITIM, ABRAFORM, ABRELIVROS, ABRO, ABPO, ABTCP, ABTG, AFEIGRAF, ANATEC, ANAVE, ANDIPA, ANER, ANL, BRACELPA, CBL, FIESP E SBS. CA M PA N H A D E VA LO R I Z A ÇÃ O D O PA P E L E DA C O M U N I CAÇÃO I M P R E S S A .
A c e s s e e s a i b a m a i s : w w w. i m p r i m i re d a r v i d a . o r g . b r
Evandro Teixeira
F OTOG R A F I A
“Fotografia: arma de amor, de justiça e conhecimento, pelas sete partes do mundo a viajar, a surpreender a tormentosa vida do homem e a esperança a brotar das cinzas”. Carlos Drummond de Andrade, sobre as fotos de Evandro Teixeira.
Tânia Galluzzi
1 Ruínas da igreja de Canudos, açúde de Cocorobó, Canudos, BA, 1994 2 Movimento estudantil de 68. Estudante de medicina ferida, ao lado da embaixada americana, Rio de Janeiro 1968 3 Queda do motociclista (batedor) da FAB, acompanhando da rainha Elisabeth, Rio de Janeiro 1965 4 O enterro do anjinho, Aprazível, Ceará, 1992 5 Ayrton Senna, GP Brasil de Fórmula 1, Rio de Janeiro, 1989
Um mestre do fotojornalismo 6. Golpe militar do Brasil, sexta-feira sangrenta, movimento estudantil, Rio de Janeiro, 1968 7. O Papa com o menino de rua, ao lado o governador Roriz, Goiânia,1991 8. Chico × Gil × Evandro, Montpelier, França, 2005 9. Movimento estudantil de 68, estudantes presos no campo do Botafogo, Rio de Janeiro, 1968
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iga lá um acontecimento im portante dos últimos 40 anos. A Passeat a dos Cem Mil, no R io de Jan eir o, em 1968? O movimento Diretas Já? As visitas do Papa João Paulo II? As Copas do Mundo conquistadas pelo Brasil? As vi tór ias de Ayrton Senna? Evandro Teixeira estava lá, registrando tudo. Personalidades? Inúmeras. De Carlos Lacerda à Princesa Diana, de Fidel Castro a Tancredo Neves, de Leila Diniz a Carlos Drummond de Andrade, de Ronaldo ao na dador Fernando Scherer, Evandro fotografou todos, na linha de frente, na hora certa e no lugar certo, sem medir esforços para arrancar da cena sua melhor expressão. Chamado de “o fotógrafo do flagrante” e “o documentarista da imprensa nacional”, Evandro Teixeira é um dos fotojornalistas brasileiros de maior projeção internacional. Verbete na Enciclopédia Internacional de Fotografia, foi considerado pela fabricante ale
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mã das cultuadas máquinas fotográficas Lei ca um dos 45 mais importantes do mundo, ao lado de nomes como Cartier-Bresson e Robert Capa. Muitas vezes premiado, com fotos em acervos de museus a exemplo do Beauborg, em Paris, Evandro ilustrou em preto e branco e em cores as transformações pelas quais passaram o Brasil e o mundo em quase 50 anos de atividade prof issional. Há pouco mais de dois meses ele deixou a casa na qual construiu sua carreira. Com
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10. Torben Grael e Marcelo Feira, ouro em Sydney, Jogos Olímpicos, 2000 11. Arquiteto Oscar Niemeyer, MAC, Niterói, 2005 12. Sobreviventes da Guerra de Canudos, ruínas da igreja de Canudos, 2002
o fim da edição impressa do Jornal do Brasil, Evandro decidiu que era hora de partir. Partida dolorosa. Foram 47 anos ininter ruptos de trabalho no tradicional órgão de imprensa, que possibilitaram ao fotógrafo estar onde todos queriam estar e aos leito res do JB o registro de momentos de glória, como a conquista do ouro pela dupla de ia tistas Torben Grael e Marcelo Ferreira em
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EVANDRO TEIXEIRA evandro.teixeira@gmail.com REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
2004, e de indignação, como o Massacre de Vigário Geral, no Rio, em 1993. Dono de um acervo vastíssimo — “não tenho a menor ideia de quantas fotos te nho” —, Evandro, que mora no bairro da Gá vea, no Rio, com a esposa Marli, pretende digitalizar esse conjunto, organizar as me mórias visuais de anos tão intensamente vi vidos. “Agora chegou o momento de pensar só nos meus projetos que incluem, palestras, workshops e muitos livros”. Ele acaba de lançar Caminhos de Transformação, encomendado pela ONG Visão Mund ial, com fotos do Norte e Nordeste. “O Nordeste me encanta. Tenho prazer em estar com aquela gente”. Aquela gente é a sua gente. Evandro nasceu em Irajuba, in ter ior da Bahia, em 1935, mudando-se para o Rio de Janeiro aos 17 anos. No início de 2010 já havia participado do livro Futebol, a Paixão do Brasil ao lado de outros fotógrafos e ainda neste ano es pera lançar Feira Nordestina, o Nordeste É Aqui, com prefácio de Gilberto Gil, onde re trata 30 anos da famo sa feir a que acontece aos domingos em São Cristóvão, na capital car ioca. Em 2011 deve sair Moradas do Brasil, revelando a diversida de sob o olhar de Evan dro, da casa de taipa à arquitetura sofistica da. Isso tudo enquan to a anarquia reina em seu acervo. Pense só quando esse conjunto estiver organizado.
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Sistema Abigraf Notícias
TC130 cria três novos grupos de trabalho
Foto: Roberto Loffel
Organizado pela ABTG, o encontro técnico contou com a participação de 14 países e 75 especialistas, que discutiram as tendências técnicas mundiais.
A reunião internacional de normalização no Hotel Intercontinental, em São Paulo, foi a maior já realizada pelo ISO/TC130
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e 11 a 16 de outubro, o Brasil sediou a reunião semestral de normalização internacional do ISO/TC130, o grupo interna cional de mais alto nível no âm bito da elaboração de normas técnicas para a indústria gráfi ca. O encontro, que teve o ob jetivo de discutir as tendências técnicas mundiais, foi organi zado pela ABTG, por meio do Organismo de Normalização Setorial de Tecnologia Gráfica (ABNT/ONS-27), pela terceira vez na história do grupo. Com 75 especialistas de 14 países, este foi o maior encontro já realizado pelo TC130, de acor do com o presidente Uwe Ber told. As discussões foram rea lizadas em diferentes Working Groups (WG), segmentados de acordo com um tema central da tecnologia gráfica e compostos por representantes de empre sas, governos, universidades e
consumidores, que protago nizam a criação e modificação de normas técnicas internacio nais relevantes para o setor. Os grupos participantes do encon tro foram: WG 1 – Terminologia; WG 2 – Troca de Dados de Pré- Impressão; WG 3 – Controle de Processo e Metrologia e WG 4 – Mídias e Materiais. Além destes, foram criados três novos grupos. O WG 11 – Sustentabilidade, empenhado em criar uma métrica comum que harmonize os dados da pe gada de carbono, a fim de dispo nibilizar uma metodologia unifi cada para o setor e garantir que o impacto ambiental seja medi do de modo consistente. Com isso, poderão ser comparara dos os impactos ambientais da comunicação impressa em rela ção às outras mídias de maneira objetiva, dando à indústria grá fica ferramentas para fazer fren
te às ações de marketing do se tor de comunicação eletrônica. Para tanto, o grupo terá como base a mesma estrutura global: o projeto de norma ISO 14067. O WG 12 – Pós-I mpressão apresentou relatório que des creve os padrões ISO e nacio nais que vêm sendo estudados, com a descrição das categorias de produtos e da classificação dos processos utilizados. Nes te grupo, Bruno Mortara, supe rintendente do ONS–27, fez uma apresentação sobre as normas brasileiras desenvolvidas para especificar e controlar a quali dade da produção de livros di dáticos no Brasil. Após as apre sentações, a decisão foi pela elaboração de quatro padrões, sendo uma norma geral, uma para produtos encadernados, uma para embalagens e outra para revestimentos de acaba mento de superfície.
O também novo WG 13 — Certificação tem a função de harmonizar as atividades de certificação em nível mun dial, com o desenvolvimento de diretrizes para sistemas de gestão da qualidade. “Como o Brasil está lançando a ABTG Certificadora, que terá como parâmetros as normas interna cionais da ISO, fomos convida dos a secretariá-lo. Isso signi fica que, além do trabalho de secretaria diligente e pontual, estaremos em contato com to dos os documentos e ações do grupo, liderando o proces so dentro do TC130 junto ao mediador dos Estados Unidos”, declarou Bruno Mortara. Museu do futebol Durante o encontro, os parti cipantes também visitaram o Museu do Futebol, no bairro do Pac aemb u, e desfrutaram de um jantar na churrascaria Fogo de Chão, oferecido pelo Sindi graf-SP, patrocinador exclusivo do evento. Na confraterniza ção foram realizadas homena gens ao presidente do Sindi graf-SP e da Abigraf-SP, Fabio Arruda Mortara, ao presiden te da ABTG, Reinaldo Espinosa, ao superintendente do ONS 27, Bruno Mortara, e às secretárias do ONS–27 Aparecida Stucchi e Maíra Costa. As próximas reu niões do TC130 ocorrerão em 2011, a primeira em Berlim, Ale manha, de 11 a 16 de abril, e a outra no Japão, durante a In ternational Graphic Arts Show (IGAS), no segundo semestre, ainda sem data definida.
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Contar com 50 anos de experiência é a melhor forma de ver sua empresa 50 anos à frente. Um dos grandes diferenciais da Consutoria ABTG são seus 50 anos de know-how no mercado gráfico e seus mais de 50 consultores especializados. Todos preparados para oferecer o que há de melhor em serviço de consultoria para sua empresa. • Aproveitamento do tempo • Foco na otimização dos processos. • Treinamento durante a implantação. • Consultoria da implantação a certificação. • Atendemos a necessidade especifica do cliente. Veja como ABTG pode ajudar sua empresa:
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Homologação de Indústria Gráficas: Quando compradores e fornecedores se entendem.
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Sistema Abigraf Notícias
Barueri sedia 2ª- Semana de Artes Gráficas Evento aconteceu de 18 a 22 de outubro, na Escola Senai do município, com a participação de aproximadamente 150 pessoas.
N
a 2ª Semana de Artes Gráfi cas de Barueri, realizada na Escola Senai daquele municí pio, o público presente era pre dominantemente jovem. Foi para este grupo, de aproxima damente 150 participantes, que o presidente da Abigraf-SP e do Sindigraf-SP, Fabio Arruda Mor tara, conduziu a palestra “De saf ios da Indústria de Comuni cação Gráfica na Nova Década”. Apresentada na abertura do evento, dia 18, a palestra in cluiu, além dos macro núme ros do setor gráfico em todo o Brasil, informações relativas à indústria de impressão em Ba ruer i, que conta com 83 em presas, sendo 26,5% de médio e 21,7% de grande porte. Fa lando sobre desaf ios do setor gráfico para os próximos anos, Mortara reforçou as expectati vas positivas. “A internet é uma grande cliente da indústria grá
Fabio Arruda Mortara
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Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), a Semana de Artes Gráfi cas tem como principal objetivo levar treinamento gráfico quali ficado para o interior do Estado e Grande São Paulo. O projeto é patrocinado pelo Sindigraf-SP e Abigraf-SP. A segunda edição em Barueri da Semana de Artes Gráficas também contou com o apoio do Senai.
te o Estado. E isto é para todos nós motivo de grande orgu lho”, comemora Mortara. O mérito foi recebido du rante solenidade real iz ad a pelo Governo do Estado e pela Nossa Caixa Desenvolvimen
to, da qual participaram o Se cretário da Fazenda, Maur o Ricardo Machado Costa, o dire tor-presidente da referida ins tituição financeira, Milton Luiz de Melo Santos, e o governa dor Alberto Goldman.
fica, jamais uma inimiga. Exis tem desaf ios a serem vencidos pelo setor no âmbito fiscal, tec nológico e ambiental, mas, em contrapartida, a lista de opor tunidades é muito maior”. O oti mismo de seu ponto de vista é importante, ainda mais diante de um grupo de pessoas que, na maioria, está matriculada em cursos da área gráfica, dispo nibilizados pela Escola Senai e devem, futuramente, ganhar o mercado como prof issionais.
Governo E paulista homenageia a Abigraf-SP Entidade recebeu placa no Palácio dos Bandeirantes.
Os temas dos cursos apre sentados foram: “Desenvolven do Equipes de Desempenho Superior”; “Qualidade com Foco no Resultado”; “Controle e Pa dronização de Processos na Im pressão Offset”; “Qualidade no Acabamento Gráfico”; “Produ ção Gráfica”; e “Gestão Comer cial para Indústria Gráfica”. Cria da em 2006 pela Ass ociaç ão
m 28 de setembro, a Abi graf Regional São Paulo re cebeu uma placa de homena gem concedida pelo Governo do Estado de São Paulo, como reconhecimento por ser uma entidade parceira em seu de senvolvimento. Na opinião do presidente da Abigraf-SP e do Sindigraf-SP, Fabio Arruda Mor tara, a respeitosa demonstra ção retrata a posição partici pativa da entidade no meio em que atua. “A homenagem que recebemos representa o reco nhecimento de uma postura sempre ativa e construtiva da Abigraf-SP, na defesa intransi gente e permanente dos inte resses dos associados peran
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
Pleitos da Abigraf Nacional são aceitos pelo Inmetro Entidade solicitou ajustes no texto da proposta da Portaria que dispõe sobre os requisitos de avaliação da conformidade para artigos escolares.
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m carta enviada ao Institu to Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade In dustrial (Inmetro), a Abigraf Na cional encaminhou sugestões de ajustes no texto da Porta ria nº 188, de 21 de maio de 2010, em Consulta Pública, com o objetivo de colaborar com o aperfeiçoamento da norma de finitiva que regulará os requi sitos de avaliação da confor midade para artigos escolares. De acordo com mensa gem oficial de Millene Cle to, da Diretoria da Qualidade (Dqual), do Inmetro, um dos pleitos aprovados diz respei to ao item “1”, Anexo G, dos Requisitos de Avaliação, ob jeto da mencionada Portaria, que define como artigo esco lar para criança “todo objeto ou material, podendo ser produzido com motivos infantis, e
projetado para uso por crianças menores de 14 anos, com ou sem funcionalidade lúdica, a ser utilizado no ambiente escolar e/ou atividades educativas (...)”. A Abigraf destacou que a existência da partícu la “e” antes de “projetado para uso por crianças menores de 14 anos”, poderia ensejar uma in terpretação no sentido de que existiriam condições concomi tantes – e sugeriu, portanto, a exclusão da partícula “e” nes ta redação. Tamb ém foram aceitos pelo Inmetro as sugestões re lativas aos itens “2” e “3”, do Anexo G, da mesma Portaria. O primeiro faz referência aos “Produtos considerados Arti gos Escolares para Crianças”, e assim dispõe: “Estão excluídos neste enquadramento os seguintes produtos, dentre outros
destinados ao uso por crianças, como ferramenta em atividades educativas: (...)”. Neste caso, a fim de se evitar interpretações equivocadas, a Abigraf solici tou a exclusão da expressão “dentre outros”. Já o item “3”, faz referên cia aos “Produtos não consi derados Artigos Escolares para Crianças”, e assim dispõe: “Visando minimizar qualquer subjetividade na interpretação da norma, com relação à definição de artigos escolares, a seguir foram listados os produtos isentos de certificação como artigo escolar para crianças: (...)”. Por entender que as rela ções de produtos devam ser ta xativas, o que se justifica consi derando que uma norma não deve deixar dúvidas de inter pretação, a Abigraf destacou que, considerando que a Por
taria estabelece como critério de avaliação da conformidade para artigos escolares o aten dimento aos requisitos da nor ma ABNT NBR 15236:2009, de veria constar expressamente como produto não considera do artigo escolar, o item “agen da”, já que este possui norma tização técnica, inclusive com requisitos de segurança espe cíficos, conforme ABNT NBR 15818:2010. Ricardo Carrijo, geren te EQPSA da Tilibra Produtos de Papelaria, salientou que os resultados dos pleitos foram muito bons e que “a aprova ção dos mesmos se torna uma boa contribuição setorial para o aprimoramento dos meca nismos de fiscalização utiliza dos pelo Inmetro e pelo go verno brasileiro junto ao setor de material escolar”.
Andréia Cuencas é Profissional Nota 10 A secretária da Diretoria Executiva da Abigraf foi homenageada pelo Ciesp.
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edição 2010 do evento “Ho menagem ao Prof iss ion al Nota 10”, promovido pelo Cen tro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), teve entre os homenageados Andréia Cuen cas, secretária da presidência da Abigraf Nacional. Agraciada, em 20 de setem bro, com um diploma em hon ra ao Dia do Prof iss ion al de Secretariado, ela recebeu tam bém uma placa com dedicató ria, cujo texto reconhece seu trabalho, desempenhado com
comprometimento e responsa bilidade. Emocionada, Andréia atribuiu o mérito ao bom am biente de trabalho na Abigraf. “Ter sido indicada para rece ber a Homenagem Prof issional Nota 10 muito me sensibilizou e agradou, mas posso garantir que este reconhecimento re sulta do trabalho de toda uma equipe. A gente não conquista nada sozinho”. A trajetória da prof issional na entidade iniciou-se em 1991, no departamento de Marketing,
com o cargo de assistente de eventos, o qual ocupou até 1998, quando foi promovida a secretá ria da Diretoria Executiva, função que desempenha até hoje. Para a diretora executiva da Abigraf, Sonia Carboni, a home nagem foi merecida. “Se exis te uma pessoa digna de rece ber um prêmio como esse, é a Andréia, que é uma prof issio nal completa. Além da eficiên cia e da proatividade, ela realiza seu trabalho com alegria”, relata a executiva.
O evento, realizado no Cen tro Cultural Fiesp – Ruth Cardo so, em São Paulo, contou com a apresentação da Orquestra Pão de Açúcar após a solenidade de entrega das homenagens.
NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
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Sistema Abigraf Notícias
Abigraf-SP reduz taxa associativa As pequenas gráficas terão mensalidades reduzidas, tanto as novas quanto as já associadas.
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ntre os objetivos da Abigraf Regional São Paulo como en tidade representativa das indús trias gráficas do Estado está a preocupação em oferecer ser viços e parcerias para as empre sas associadas. Visando expandir sua atua ção às pequenas empresas, a di retoria da Associação estudou e viabilizou a redução nas taxas
mensais associativas de três fai xas empresariais. As gráficas com até cinco funcionários passarão a pagar R$ 35, pouco mais da me tade do valor de R$ 63 cobrado anteriormente. As empresas que empregam de 6 a 12 pessoas te rão o valor reduzido de R$ 90 para R$ 63 e as de 13 a 20 prof is sionais, de R$ 115 para R$ 90. “Os ass oc iad os têm dir eito não só às parcerias que fechamos — como com o BNDES, Agência de Fomento Paulista/Nossa Caixa Desenvolvimento, Serasa, Ford
e Colônia de Férias — mas tam bém à nossa assessoria jurídica e econômica. Além disso, em al gumas das palestras promovidas a participação é gratuita e em outras há descontos exclusivos”, conta Sonia Carboni, diretora executiva da Abigraf Nacional. Os novos valores passarão a vigorar em janeiro de 2011 por tempo indeterminado. O bene fício será concedido aos novos e antigos associados. Mais informações pelo tele fone (11) 3164-3193.
Crédito ao pequeno e médio empresário Os associados da Abigraf São Paulo já podem usufruir das condições vantajosas dos financiamentos da Nossa Caixa Desenvolvimento.
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Abigraf-SP firmou parceria com a Agência de Fomento Paulista/Nossa Caixa Desenvol vimento. Por meio do acordo assinado em outubro, os asso ciados da entidade terão aces so facilitado às linhas de investimentos oferecidas pelo banco. O benefício é direcionado às peque nas e médias empresas que precisam de financiamen to para a ampliação dos negó cios com capital de giro, pro jetos de expansões, compra de máquinas e equipamentos, além de produtos do BNDES (Banco Nacional de Desenvol vimento Econômico e Social).
O projeto tem como obje tivo promover o crescimento e desenvolvimento da econo mia de São Paulo, a partir do apoio às empresas de todos os setores produtivos, com fatura
mento anual entre R$ 240 mil e R$ 100 milhões, no setor de in dústria, comércio, agronegó cio e serviços. Diferentemen te dos bancos tradicionais, a Agência de Fomento Paulista/ Nossa Caixa Desenvolvimen to não tem agências bancárias
e o atendimento aos empresá rios é feito por meio das enti dades empres ariais parceiras ou em visita ao local escolhido pelo empreendedor. Em pouco mais de um ano e meio, a agência já dis p onibilizou mais de R$ 180 milhões em finan ciam entos, número re corde para um curto pe ríodo de tempo, com juros bem abaixo do mercado, que partem de 0,49% ao mês mais IPC-Fipe. Os interessados podem realizar a simulação de crédito e obter informações pelo portal www. nossacaixadesenvolvimento. com.br.
Segurança exclusiva para os gráficos Seguro de vida em grupo fica ao alcance dos trabalhadores do setor.
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m acordo firmado em ou tubro entre o SindigrafSP e a Corretora de Segu ros AllVan ben ef ic iar á os associados com vantagens na aquisição dos planos da SulAmérica Seguros e Pre vidência. O seguro de vida em grupo foi adequado ao perfil dos prof issionais grá ficos, com significativa re dução no custo. De acordo com informações do Sindi graf-SP, o seguro de vida di mensionado ao público re presentado pelo sindicato é o único apto a atender às es pecificidades do setor. O be nefício, que pode ser adqui rido a partir de R$ 2,20 por vida, inclui cobertura ao au xílio funeral, como previs to na Convenção Coletiva de Trabalho. Para adesão ou mais informações sobre o benefício, os associados po dem entrar em contato com a AllVan pelo telefone (11) 5525-0777 ou no site www. allvanseguros.com.br.
Edição 251 • janeiro de 2011
História completa dos 20 anos Exclusivo do Prêmio Fernando Pini Só a Revista Abigraf 154
Reserva de espaço até 10.01.2011 Arquivo digital até 14.01.2011 Circulação: 28.01.2011 REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2010
(11) 3159.3010 gramani@uol.com.br
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