Revista Abigraf 251

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revista abigraf 251 janeiro / fevereiro 2011

a r t e & i n d ú s t r i a g r á f i c a • a n o x x x VI • JAN / FEV 2 0 1 1 • nº 2 5 1


Ipsis. A gráfica mais E de toda a

SÃO PAULO BRASIL NOVEMBRO 2010

Ipsis. A maior vencedora no XX Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini ★★ Prêmio Fernando Pini Livro - Maria Martins (2 prêmios)

★★ Prêmio Fernando Pini Livro - Água, Alma das Paisagens (2 prêmios)

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★ Prêmio Fernando Pini Livro - Coleção Ache o Bicho “Correndo a Todo Vapor...”

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BrainStorm

premiada do Brasil. América Latina.

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Ipsis. A maior vencedora no XVII Concurso LatinoAmericano de Produtos Gráficos Theobaldo De Nigris ★ Prêmio Theobaldo De Nigris Livro - Guia turístico Guia Itaucard Brasil

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20 Ficção e poesia

REVISTA ABIGRAF

Estou virando um marceneiro. Roberto Takara Zoppei, brincando com o fato de a Neoband estar investindo pesadamente na produção de peças para ponto de venda.

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Viagem a Damar Encarte.indd 1

Elaboração: Clemente & Gramani Editora e Comunicações Ltda. Rua Marquês de Paranaguá, 348, 1º andar 01303-905  São Paulo  SP Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159-3010  Fax (11) 3256-0919 E-mail: gramani@uol.com.br Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897), Ada Caperuto, Ângela Ferreira, Clarissa Domingues, Elisabete Pereira, Marco Antonio Eid, Ricardo Viveiros e Tainá Ianone Revisão: Giuliana Gramani Colaboradores: Álvaro de Moya e Claudio Ferlauto Consultores Técnicos: Hamilton Terni Costa e Manoel Manteigas de Oliveira Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosária Scianci e Livian Corrêa Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Neoband Soluções Gráficas Capa/Laminação: Soft Touch (aveludada): UVPack Hot Stamping (com fitas Crown) e relevo: UVPack Assinatura anual (6 edições): Brasil: R$ 60,00 América: US$ 70,00 Europa: US$ 80,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3159-3010

Educação e consciência

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Números da Bracelpa revelam o bom momento que vive o segmento de papel para embalagens. Parte desse resultado vem da crescente rejeição às sacolas plásticas. Mas a solução está na educação para o uso correto dos materiais.

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REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

TI nos impressos de segurança

Cresce o uso da tecnologia da informação no segmento de impressos de segurança, tornando‑os ainda mais seguros e eficientes e diminuindo a ocorrência de fraudes.

Acervo preservado

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Deve ser inaugurado em 2012 o Centro de Estudos da USP, que cuidará da preservação e disponibilidade para consulta das coleções dos bibliófilos Rubens Borba de Moraes e José Mindlin.

A oferta de crédito deverá continuar em um nível bom, mas com alguma desaceleração em relação ao que vimos em 2010. Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos da Fiesp.

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60 arte & indús tria gráfica • ano xxxV • s et/out 2010 • nº 2 4 9

ro 2011

Presidente da Abigraf Nacional: Mário César de Camargo Presidente da Abigraf Regional SP: Fabio Arruda Mortara Diretora Executiva: Sonia Regina Carboni Conselho Editorial: Egbert Miranda, Fabio Arruda Mortara, Mário César de Camargo, Plinio Gramani Filho, Ricardo Viveiros e Sonia Regina Carboni

24/1/2011 17:40:30

revista abigraf 251 janeiro / feverei

ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/ Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 533 (Paraíso) 04103-000  São Paulo  SP Tel. (11) 3232-4500  Fax (11) 3232-4550 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br

Sai pela Editora Terceiro Nome o livro As Aventuras de Sir Charles Mogadom & do Conde Euphrates de Açafrão, imaginado e construído nos últimos 40 anos pelos irmãos Artur, Carlos e Rubens Matuck.

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AB251 - Capa.indd

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Capa: O Museu Autores: Arthur Matuck, Carlos Matuck e Rubens Matuck

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Horizonte econômico

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Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, fala com exclusividade à Revista Abigraf sobre a retomada do crescimento mundial e seus reflexos na economia nacional.

Os 20 anos do Prêmio Fernando Pini

O maior concurso do setor gráfico completa duas décadas de estímulo e valorização da excelência. Em 2010, 37 gráficas receberam o conta‑fios dourado, das quais sete subiram ao palco pela primeira vez.

A Senhora Abigraf Minas

Primeira secretária do Sigemg, Hilda Mansur dedicou toda sua vida ao setor gráfico mineiro, tornando‑se um exemplo de humildade, dedicação e simpatia.

Os bastidores do Municipal do Rio

No livro Movimentos, os fotógrafos Adriana Lins e Henrique Pontual descortinam o ambiente fora do alcance do público e os personagens que circulam pelos corredores do teatro em imagens de rara beleza.

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Nas ondas da comunicação visual

Para aproveitar a elevação na demanda por peças para decoração de pontos de venda, a Neoband está investindo em tecnologia e pessoal para incrementar a área de PDV.

Não tínhamos a mínima noção de que o concurso poderia alcançar a magnitude que tem nos dias de hoje. Max Schrappe, líder setorial e ex‑presidente da Abigraf, falando sobre o início, há 20 anos, do Prêmio de Excelência Gráfica.

Rotativa ��������������������������������������������������������6 Ofice PaperBrasil Escolar 2011 ��������������������24 Nova Diretora Abigraf-SP �����������������������������56 Economia ���������������������������������������������������58 Notícias Gráficas �����������������������������������������67 Ótima Gráfica/PR ����������������������������������������72 Delta Publicidade-O Liberal/ PA �������������������74 Contiplan/SP �����������������������������������������������76 Opinião/João Baptista Depizzol Neto �������������78 Olhar Gráfico/Cláudio Ferlauto ���������������������80

Quadrinhos/Álvaro de Moya �������������������������84 Ilustração/Rodrigo Rosa �������������������������������85 Impressões/Reinaldo Espinosa ���������������������86 Antilhas/Soluções Inovadoras �����������������������89 Bracelpa/Balanço 2010 �������������������������������96 Bobst Latinoamerica do Sul �������������������������98 Conlatingraf/XXII Congresso �����������������������100 17-º Prêmio Theobaldo De Nigris �����������������102 Sistema Abigraf ����������������������������������������110 Mensagem/Levi Ceregato ��������������������������122

JANEIRO/ FEVEREIRO 2011  REVISTA ABIGR AF

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Ibema e Papirus próximas da fusão

Es­pe­cia­li­za­das na produção de

papel-​­cartão, a pa­ra­naen­se Ibe­ ma e a pau­lis­ta Papirus anun­cia­ ram no fim de dezembro uma carta de intenção para a fusão das empresas. Ambas vêm es­ tudando o comportamento do mercado de embalagens nos úl­ timos oito meses. A fusão soma­ rá os 12% de participação da Ibe­ ma no mercado interno com os 13% de participação da Papirus.

Fábrica da Ibema, em Turvo (PR)

Arjowiggins tem papel homologado para impressão digital A Arjowiggins Security é a pri­

Fábrica da Papirus, em Limeira (SP)

O principal objetivo é prover mais valor aos clien­tes através de uma nova estrutura e uma gestão mo­ derna tanto dos ativos tan­gí­veis como dos talentos humanos. Os presidentes das duas com­pa­nhias citaram a sinergia e o ganho de escala como prin­ci­ pais motivos para o acordo.

O processo deve se consoli­ dar ao longo do pri­mei­ro semes­ tre de 2011. A cons­t i­t ui­ç ão da companhia resultante do acor­ do será fei­t a por participação acio­ná­ria dos só­cios ­atuais. O BN­ DESPar, braço de participações do Banco Na­cio­nal de Desenvol­ vimento Econômico e So­cial, é

om o foco no crescimento e a Day Brasil Cevolução do mercado gráfico na­ com novo cio­nal, o Grupo Day Brasil, fabri­ de blanquetas, ofi­cia­li­zou distribuidor de cante parceria com a Duplicopy, há 38 blanquetas anos atuan­do na co­mer­cia­li­za­

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ção de insumos para a indústria gráfica no País. A empresa passa­ rá a co­mer­cia­li­zar a linha Printec de blanquetas offset, que englo­ ba produtos para rotativas, planas, embalagens, metalgrafia, jornal e REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

dono de 22% da Ibema. A empre­ sa foi fundada em Cascavel (PR) e tem fábrica em Turvo (PR). A Papi­ rus é controlada pelo empresário Dante Ramenzoni e tem unida­ de em Li­mei­ra, no in­te­rior pau­ lis­ta. Juntas, elas produzem cer­ ca de 160 mil toneladas líquidas de papel-​­cartão por ano. Con­sul­to­rias contratadas já deram início a uma au­d i­to­r ia nas ­­áreas fiscal, tributária e téc­ nica. Até que a au­di­to­r ia seja con­cluí­da e o processo de fu­ são seja finalizado, ambas as com­pa­nhias con­ti­nua­rão ope­ rando de forma independente. Após a concretização da fusão, no entanto, uma nova diretoria deverá ser elei­ta. www.ibema.com.br www.papirus.com.br

uma gama completa de blanque­ tas adesivas, reserva de verniz e calços. “Pos­sui­mos cerca de 80% do mercado bra­si­lei­ro de blanque­ tas e acreditamos que essa ­união irá nos aproximar da consolidação da liderança no setor, além de re­ presentar um grande crescimen­ to no número de gráficas atendi­ das”, afirmou Antônio Menezes, gerente de vendas da Printec. www.daybrasil.com.br

mei­ra fabricante de pa­péis da América do Sul a estar homo­ logada para impressão digital em equipamentos HP Indigo. A homologação foi comuni­ cada na mesma semana em que a empresa participava do evento HP Indigo MasterClass 2011, que reu­niu os represen­ tantes mun­d iais dos ca­n ais de dis­tri­bui­ção da HP e par­ cei­ros, rea­li­za­do no Rio de Ja­ nei­ro de 7 a 10 de novembro. A fabricante homologou junto à HP, em nível mun­dial, sua pri­mei­ra linha de pa­péis para impressão digital, produ­ zida na unidade da Argentina, conhecida como Witcel. Além da diversidade de texturas e acabamento, toda a linha possui certificado FSC. “Esta conquista ratifica o nos­ so compromisso com o mer­ cado em desenvolver novas tec­n o­l o­g ias para inovar os nossos produtos e serviços alinhados ao foco do clien­te, res­p ei­t an­do sempre o meio am­bien­te. Para 2011 teremos mais novidades para o merca­ do de impressão digital”, infor­ mou Ronald Dutton, diretor co­mer­cial da divisão de Pa­péis Finos da Arjowiggins Security. www.arjowiggins.com.br



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Antilhas adota ISO 12647 na padronização de processos

s­pe­cia­li­za­da no fornecimento de embalagens para o varejo, a Antilhas reforçou mais uma vez seu compromisso com a inova­ ção e está trabalhando em con­ formidade com a norma in­ter­na­ cio­nal ISO 12647, que padroniza e controla os processos desde sua cria­ção até a impressão fi­ nal. Com investimentos de mais de R$ 300 mil, a Antilhas adqui­ riu soft­wares es­p e­c ia­l i­z a­d os e uma impressora para garantir fi­ delidade no ge­ren­cia­men­to de cores. A empresa padronizou os

arquivos com a nova tecnolo­ gia, gerando ­maior estabilidade nas impressoras. Os equipamen­ tos offset já estão em confor­

Valdir Filho, diretor comercial da Ecalc

Ecalc expande atuação para o continente africano A

midade com a norma in­ter­na­cio­nal e a previ­ são é que no início de 2011 aconteça o mes­ mo com as impresso­ ras flexográficas. “A pro­ va con­tra­tual já servirá como referência de cor. Graças à aquisição de nova máquina Ro­ land, agora é possível imprimir no próprio substrato solicitado

pelo clien­te. Os clien­tes terão mais con­f ian­ça nos resultados fi­nais e a aprovação dos proje­ tos será mais rápida”, explica Ro­ drigo Massini, gerente de flexo­ grafia da Antilhas. Além disso, a empresa conseguirá uma redu­ ção nos impactos am­b ien­t ais, devido ao ge­r en­c ia­m en­to do consumo de tintas no processo de impressão. www.antilhas.com.br

pri­mei­ra empresa na Áfri­ ca a contratar as soluções da Ecalc foi a angolana Marcano Gráfica. Esse passo faz parte de um projeto da Ecalc para a conquista do continente africano. Sua intenção é fi­ nalizar 2011 com cerca de 20 novas com­pa­nhias africanas em sua car­tei­r a de clien­tes. A empresa desenvolveu re­ centemente projetos na Bolí­ via e busca agora am­pliar sua atua­ção para ou­tras localida­ des. “Entendemos que nos­ sas soluções têm condições de serem utilizadas em qual­ quer lugar, empresa e gráfi­ ca. É mui­to simples se adaptar à necessidade de cada país”, afirma Valdir Filho, diretor co­mer­cial da Ecalc. www.ecalc.com.br

Metalgamica apresenta novas colas A Metalgamica está trazendo ao

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mercado as novas linhas de colas de origem animal e vegetal, des­ tinadas ao mercado gráfi­ co e ou­tros segmentos consumidores de ade­ sivo animal e vegetal. A cola animal Mag Flex Plus é um adesivo ela­ borado à base de pro­ teí­na animal e aditiva­ do. Possui um excelente tack ini­cial com uma se­ cagem mui­to rápida, rea­li­ zan­do operações de alta veloci­ dade com efi­ciên­cia e precisão. REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

É mui­to utilizada na indústria de encadernações, capa dura e na fabricação de agendas. A cola ve­ getal Mag VG também passou por um cri­te­rio­so controle de formu­ lação e fabricação e foi lançada de­pois de meses de testes e in­ vestimento dentro da fábrica da Metalgamica em Itaquaquecetu­ ba (SP). A Mag VG é produzida atra­ vés de vá­rios ve­ge­tais, entre eles o milho e a man­dio­ca. Existem dife­ rentes va­ria­ções para os mais di­ versos tipos de aplicação, como lateral de sacos mul­ti­fo­lia­dos, la­ minação, dublagem, fabricação

de tubos e tubetes, fechamen­ to de cai­xas de papelão, colagem de papel, acoplamento em micro-​ ­ondulados e mui­tos ou­tros. Com 35 anos de atua­ç ão, a Metalgamica está alinhada às ne­ cessidades do mercado e busca uma atua­li­z a­ção constante para se manter competitiva. Atual­m en­te, a empresa pos­ sui fi­liais de vendas em São Pau­ lo, Campinas, Rio de Ja­nei­ro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Recife e revendas au­to­ri­za­das em todo o território na­cio­nal. www.metalgamica.com.br


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B O B S T G R O U P . C O M


Aquarela lança Luxury Printing 2

Ninian Richardson, diretor técnico da UVPack

UVPack fortalece-se em acabamentos especiais Concentrar esforços na área que

A Gráfica Aquarela lançou a segunda edição da revista Luxury Printing no espaço Luxo & Life Style, na HSM Expo Management 2010, que ocorreu no Centro de Convenções Transamérica, em São Pau­lo, nos dias 8, 9 e 10 de novembro. Gráfica ofi­cial do evento há mais de cinco anos, a Aquarela ocupou espaço na área de exposições, onde colocou à disposição dos visitantes vá­rios pro­f is­sio­nais da área de atendimento da empresa e dis­tri­buiu exemplares da revista. A Luxury Printing é uma cria­ção dos arqui­ tetos e designers gráficos Vicente e Nasha Gil, em parceria com a Gráfica Aquarela. Sua pri­mei­ra edição saiu em 2007, trazendo imagens cria­das pelo próprio Gil e por sua esposa. O branco pre­ dominava, ressaltando os efei­tos cria­dos por técnicas de enobre­ cimento como verniz localizado, recortes e picotes, laminação, tinta fluo­res­cen­te e uso de suportes di­fe­ren­cia­dos. A segunda edição faz alusão aos 50 anos da empresa e aos 50 melhores designers gráficos do mercado. O branco cedeu es­ paço às cores fortes e vibrantes e os recursos de acabamento fo­ ram usados com comedimento. De Johannes Gutenberg a Nevil­ le Brody, diretor de arte da revista The Face que trans­ formou o punk no idio­ma gráfico dos anos 80, a nova edição ho­m e­n a­g eia pes­ soas que inspiraram, inspi­ ram e con­ti­nua­rão inspirando o design gráfico.

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www.grafica-​­aquarela.com.br

faz parte do DNA da empresa: essa é a meta da UVPack Aca­ bamentos Especiais para 2011. Desfazendo-se dos equipamen­ tos voltados para o acabamen­ to editorial, segmento o qual se mostrou pouco lucrativo ape­ sar da demanda, segundo Ni­ nian Richardson, diretor técnico, a UVPack está apresentando um novo recurso de enobrecimento do papel. Trata-se do micromotion, que confere ao impresso o efeito de relevo holográfico atra­ vés da aplicação de verniz UV. Além do novo tipo de acaba­ mento, a empresa também for­ talecerá neste ano a Unipack, unidade que revende às gráfi­

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www.uvpackacabamentos.com.br www.unipackprodutos.com.br

Plural conquista certificação ISO 14001

Plural acaba de conquistar a certificação ISO 14001:2004. O processo de au­di­to­ria ocorreu durante o mês de dezembro, do qual participaram todos os pro­f is­sio­nais da gráfica. A ISO 14001 estabelece diretrizes in­ter­ na­cio­nais sobre a área de gestão am­bien­tal da empresa e, alinhada a essa área, a Plural definiu sua política am­bien­tal sustentada pelos prin­ cí­pios: educação am­bien­tal, cumprimento da legislação am­bien­tal, reci­ clar e rea­pro­vei­tar e melhoria contínua. Os prin­cí­pios abrangem todas as ­­áreas e pro­f is­sio­nais da gráfica, que seguem as práticas para con­tri­buir com o meio am­bien­te. A empresa também é certificada NBR ISO 9001, que atesta a excelência no sistema de gestão de qualidade. www.plural.com.br

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cas as matérias-primas — verni­ zes especiais e filmes de lami­ nação — utilizadas pela UVPack. “Muitas gráficas estão instalan­ do sistemas de acabamento em seus parques gráficos e quere­ mos continuar próximos des­ ses clientes”, afirmou o diretor. A empresa está investindo ain­ da em duas novas linhas de alta produtividade, uma de termo­ laminação e uma para aplica­ ção de verniz serigráfico. Esta última será instalada na Dura­ gloss, unidade da UVPack loca­ lizada na cidade de Araucária, no Paraná, em funcionamento desde 2005.


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Livro mostra casos de sucesso do design mundial

Certificação FSC reforça compromisso da Nova Mercante A Nova Mercante, que atua na dis­tri­bui­ção de papel, apro­vei­ tou o início do ano para apresen­ tar ao mercado seu novo padrão vi­sual, englobando o redesenho da logomarca, novo site, presen­ ça intensificada nas mí­dias so­ ciais e completo ma­te­rial gráfi­ co. Mais do que a imagem de divulgação, a Nova Mercante destaca a recente certificação do mais reconhecido selo ver­ de mun­dial, o FSC. “Parece ób­ vio, mas sempre foi imprescin­ dível garantir que a origem do papel seja sustentável em todos os aspectos. Além disso, a cons­ ciên­cia do consumidor cresce a cada dia e queremos con­ti­nuar

con­tri­buin­do para esse movi­ mento. O nosso papel é garan­ tir a segurança e a conservação física do produto durante toda a armazenagem e transporte, certificando a mesma qualida­ de ao alcançar o ponto final. Isso já era rea­li­za­do dentro da Nova Mercante; a diferença é

Felipe Moblize

que agora todo esse processo é certificado”, avalia Felipe Mobli­ ze, diretor superintendente da empresa. Para a empresa, que está entre as oito que represen­ tam mais de 80% do mercado na­cio­nal, a certificação vai estimular um crescimen­ to de 30% em sua área co­ mer­cial neste ano. “Aten­ deremos um segmento que possui clien­tes cada vez mais cons­cien­tes e exi­ gentes, como bancos e grandes redes de varejo, e todos pas­ sam a garantir assim a proce­ dência e operação certificada pelo FSC, com produtos vindos de fontes re­n o­v á­v eis, condi­ ções so­ciais justas e mercado sustentável”, finaliza o diretor. www.novamercante.com.br

Errata Na matéria sobre o fotógra­

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fo Evandro Tei­xei­ra, publica­ da na página 146 da edição nº 250, uma das legendas saiu incorreta. O Papa João Pau­lo II está abraçando um menino de rua ao lado do governador Iris Resende e não de Joaquim Roriz, como foi mencionado. REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

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As­s o­c ia­ç ão Objeto Brasil acaba de lançar o pri­mei­ro li­ vro da coleção Registro do De­ sign. A obra O Negócio do Design, que tem ­apoio do Sebrae, é uma coletânea de onze his­tó­ rias de sucesso mun­dial, com relatos de grandes empresas, como a ­Boeing e a Apple, e de mi­croem­pre­sas que utilizam o design como di­fe­ren­cial com­ petitivo. Em paralelo, o livro traz a palavra de pro­f is­sio­nais importantes, como Tucker Vie­ meis­ter (Rockwell ­Group), John Barratt (Teague) e Gian­f ran­co Zaccai (Design Con­ti­nuum) — nomes ligados à trajetória de corporações como a Coca-​­Cola, Microsoft e Hewlett-​­Packard. De acordo com a Objeto Brasil, uma organização da so­ cie­da­de civil de interesse públi­ co (Oscip), o objetivo da obra é mostrar que o design é um ele­ mento estratégico para o plane­

jamento, a execução e o êxito dos ne­gó­cios. Os de­mais títu­ los tratarão de temas como ne­ gó­cios e inovação, pio­nei­ris­mo, design gráfico, comunicação vi­ sual e branding. A proposta da coleção é difundir conhecimen­ tos, resgatar pre­cio­si­da­des his­ tóricas e am­pliar o repertório sobre o tema. Para a diretora executiva da As­so­cia­ção Obje­ to Brasil, Joi­ce Joppert Leal, o projeto representa a rea­li­za­ção de um sonho antigo. “Essa par­ ceria com a Imprensa Ofi­cial, re­ conhecida por sucessos edi­to­ riais como a Coleção Aplau­so, permitirá o lançamento de pu­ blicações com elevada qualida­ de edi­to­rial. Após mui­tos anos de militância na área do design, percebemos com satisfação que este começa a ser incor­ porado pelas empresas e pelo público em geral”, afirma. www.objetobrasil.com.br


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International Paper recebe visita do PEFC A In­ter­na­tio­nal Paper foi esco­ lhida pelo PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Cer­ ti­f i­ca­tion) como empresa a ser visitada com relação às práti­ cas de manejo sustentável em plantações flo­res­tais no Brasil. Na pri­m ei­r a quinzena de no­ vembro, no horto Mogi Gua­çu, in­te­rior de São Pau­lo, a compa­ nhia recebeu a visita de 46 re­ presentantes da ins­ti­tui­ção, de 30 na­cio­na­li­da­des, além de in­ tegrantes do Inmetro e da Em­ brapa. Todos participaram da 14ª As­sem­bleia Geral do PEFC, no Rio de Ja­nei­ro. O PEFC é uma organização in­ter­na­cio­nal não governamental dedicada a pro­

Suzano assume controle integral do Conpacel N

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o final de dezembro a Suzano Papel e Celulose adquiriu a tota­ lidade da participação da Fibria nos ativos do Conpacel (Consórcio Pau­lis­ta de Papel e Celulose), que com­preen­de metade de uma fá­ brica de papel e celulose, si­tua­da em Li­mei­ra, in­te­rior de São Pau­

mover o manejo florestal susten­ tável por meio de certificações. Durante a visita, os es­pe­cia­lis­ tas ava­lia­ram a integração en­ tre as práticas que garantem a sustentabilidade econômica do negócio e a gestão dos aspec­ tos so­ciais e am­bien­tais no ma­ nejo florestal. Além de recebe­ rem informações sobre o setor de papel e celulose e a produ­ ção da IP, os convidados conhe­ ceram o Museu de Ecologia Flo­ restal e os la­bo­ra­tó­rios da área de pesquisa florestal, nos ­quais foram apresentadas as es­tra­té­ gias utilizadas para a melhoria da produtividade. www.internationalpaper.com.br.

lo, com capacidade de produção ­anual de 390 mil toneladas de pa­ pel e 650 mil toneladas de celulo­ se, aproximadamente; terras com área total da ordem de 76 mil hec­ tares; e cerca de 71 mil hectares de plantio, sendo 53 mil hecta­ res em oito ­­áreas pró­prias e 18 mil hectares arrendados. O valor da operação é de R$ 1,45 bi­lhão. Foi acordada também a aquisi­ ção das operações de dis­tri­bui­ção de papel da KSR, o que conferirá ­maior capilaridade à dis­tri­bui­ção re­gio­nal de papel. O valor dessa

REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

Paper Express usa clube de compras para promover loja online Con­f ian­do no crescimento do mercado de impressão de fotos di­gi­tais, a Paper Express desen­ volveu alguns produtos persona­ lizados, como álbuns de foto com os temas casamento, 15 anos, abs­ trato, via­gens e bebê (nas versões menino e menina), assim como convites para aniversário, 15 anos, bodas, casamento, chá de bebê, chá de cozinha, evento e noi­va­ do. O diretor executivo da empre­ sa, Fabio Arruda Mortara, observa que, “com a democratização da fotografia digital, a impressão das imagens começou a ficar mais cri­ te­rio­sa e abriu espaço para a per­ sonalização de diversos produtos.

transação específica é de R$ 50 mi­ lhões, su­jei­to a ajustes após a con­ clusão da au­di­to­r ia e com data prevista para fechamento até 28 de fe­ve­rei­ro de 2011. Com o controle total do Conpa­ cel, a Suzano Papel e Celulose ga­ nha melhores condições para se­ guir participando de um mercado cada vez mais competitivo, prepa­ rando-se para disputar uma posi­ ção de destaque nos segmentos de seu interesse, es­p e­c ial­m en­ te papel para imprimir e escrever e celulose de mercado. Pelo fato

A Paper já tem know-​­how em im­ pressão de qualidade com dados va­riá­veis em diferentes peças e já oferece tudo isso por meio da in­ ternet, no site Paper Online; ou seja, já tínhamos toda a estrutura necessária para atender este novo consumidor, foi só desenvolver as peças”. Para divulgar os novos pro­ dutos, a Paper Express está utili­ zando como ferramenta os clubes de compras, a nova mania entre os in­ter­nau­tas. “Temos uma agen­ da ampla de promoções e esti­ mamos au­men­tar em 25% o fatu­ ramento da loja online em 2011” afirma Fabio Mortara. www.paperexpressonline.com.br

de fazer parte do Conpacel desde seu nascimento, a empresa acredi­ ta que conseguirá capturar si­ner­ gias da ordem de R$ 300 mi­lhões com o controle integral da ope­ ração. Para Antonio Ma­ciel Neto, presidente da Suzano Papel e Ce­ lulose, a empresa segue firme na execução do seu planejamento de longo prazo, o Plano Suzano 2024, agregando e am­p lian­do opera­ ções que permitam um au­men­ to da rentabilidade e melhores condições de competitividade. www.suzano.com.br


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ENTREVISTA Angela Ferreira

Em entrevista à Revista Abigraf, Paulo Francini, diretor do departamento de Economia da Fiesp, aponta possíveis desdobramentos da economia brasileira e internacional em busca da completa retomada do crescimento mundial.

Paulo Francini Rumo à recuperação econômica, com cautela s expectativas para 2011 são positivas, mas entender o desempenho da economia e acompanhar algumas pers­ pectivas de mercado pode ser um grande di­fe­ren­cial para o planejamento estratégico das empresas neste ano. Apesar de defender que ain­d a não ocorrerá uma retomada do crescimen­ to tal qual antes da crise mun­d ial ocorrida em 2008, Pau­lo Francini, diretor titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Eco­ nômicos (Depecon) da Federação das In­dús­ trias do Estado de São Pau­lo (­Fiesp), acredi­ ta que neste ano será dado “mais um passo rumo à completa recuperação da economia sustentável em longo prazo”. Entretanto, apesar de esperar bons re­ sultados para a economia bra­si­lei­ra, Fran­ cini alerta que é preciso tomar cui­da­do com a avalanche de produtos chineses que en­ tram no País, pois isso representa um pe­

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rigo para a indústria na­c io­n al devido à in­com­preen­sí­vel carga tributária, à eleva­ da taxa de juros e à sobrevalorização do real, que perde competitividade frente aos concorrentes chineses. A saú­de fi­nan­cei­ra dos paí­ses mais ricos, que importam alimentos do Brasil, continua fra­ gilizada. Isso pode impedir que os preços agrí­ colas con­t i­nuem em alta em 2011? É possí­ vel afirmar que a crise in­ter­na­cio­nal ain­da não terminou? Pau­lo Francini – A crise in­ter­na­cio­nal não terminou, uma vez que seus efei­tos ain­da se fazem sentir na maio­r ia dos paí­ses ao redor do globo, principalmente nos Esta­ dos Unidos e na Europa. Mas certamen­ te ela foi amenizada, mesmo que a custos altos. Apesar de ain­d a combalidos, a ali­ mentação é algo básico para a sobrevivên­ cia, portanto será o último item que estes paí­ses dei­xa­rão de importar do Brasil ou de


qualquer ou­tra nação. Portanto, estes pro­ dutos con­ti­nua­rão con­tri­buin­do subs­tan­ cial­men­te para os resultados positivos da balança co­mer­cial bra­si­lei­ra.

c­ rise, mas certamente será mais um passo rumo à completa recuperação da economia sustentável em longo prazo, e não um mero “voo de galinha”.

A crise mun­dial ain­da exige atenção em mui­ tos paí­ses, e o dólar bai­xo prejudica exporta­ dores, pois pres­sio­na o preço das com­mo­di­ ties. Afinal, quem deve ganhar e quem pode perder com essa si­tua­ção no ano que come­ ça? O senhor acredita que este cenário po­ derá impactar o segmento de celulose? Que commodity pode se destacar durante o ano? Francini – Os exportadores de com­mo­di­ties devem sair be­ne­f i­c ia­dos neste começo de 2011. Mesmo com a desvalorização do dó­ lar, a China e os prin­ci­pais compradores de com­mo­di­t ies simplesmente não têm como parar repentinamente de comprá-​­las, pois elas são es­sen­ciais para que a economia des­ tes se mantenha em fun­cio­na­men­to e rea­ quecendo. Os exportadores de com­mo­di­ties mi­ne­rais e flo­res­t ais estão ain­d a em me­ lhores condições do que os do setor agro­ pe­cuá­r io, pois os preços das pri­mei­ras vêm em um escala ascendente intensa e, desde o final de 2004, já quadruplicaram. No mes­ mo pe­r ío­do, as com­mo­di­ties agro­pe­cuá­r ias “apenas” duplicaram de preço.

No início deste ano, foi divulgada a ata da reu­nião do Comitê de Política Monetária (Fe­ deral Open Market Committee – Fomc) dos Estados Unidos, rea­li­za­da no final de 2010. O documento mostra que os membros do Fe­ deral Reserve (Fed) con­ti­nuam otimistas com relação às perspectivas de crescimento da eco­ nomia, além de descartarem os riscos de in­ flação. ­Quais são suas expectativas para o desempenho da economia americana neste ano? De que forma isto poderá vir a impactar a economia bra­si­lei­ra?

Há quem defenda que, para a economia glo­ bal, 2011 não será um bom ano. Qual é a sua análise? Francini – Os efei­tos da crise fi­n an­cei­ra mun­d ial ini­cia­da em setembro de 2008 já foram, em boa parte, contidos. Mas para tal foram ne­ces­sá­r ias enormes intervenções públicas de paí­ses cujas eco­no­mias foram mais afetadas, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. Os governos des­ ses paí­ses têm praticado uma política mo­ netária ex­pan­sio­nis­ta para tentar reaque­ cer suas eco­no­mias, mas leva algum tempo para que os efei­tos possam ser efetivamen­ te sentidos. A China, por sua vez, teve uma resposta mui­to mais rápida à crise, sofren­ do menos danos. Mas é claro que, princi­ palmente por ser um país fortemente ex­ portador, também ela sente os ma­le­f í­cios da crise, uma vez que seus prin­ci­pais com­ pradores não têm como manter o consumo de seus produtos. Portanto, o ano de 2011 não deverá ain­d a retomar o ritmo de ex­ pansão mun­d ial observado nos anos pré-​

Apesar do aumento na oferta de crédito, as taxas de juros praticadas no mercado brasileiro são excessivamente altas, ou seja, ainda há muito espaço para a expansão do consumo à medida que o custo do financiamento diminua. Francini – A economia norte-​­americana de­ verá registrar um crescimento modesto em 2011 (o FMI estima um PIB com va­r ia­ção de 2,3%), principalmente devido ao lento ritmo de recuperação da demanda interna, fortemente re­frea­da nos meses pós-​­crise, e a consequente alta na taxa de desemprego. Devido aos enormes gastos ne­ces­sá­r ios na contenção da crise, as au­to­r i­da­des daquele país também buscam formas de cortar gas­ tos públicos para poder au­men­tar as des­ pesas com investimentos produtivos que reaqueçam a economia. Além disso, para combater este arrefecimento econômico, o governo americano vem praticando uma política monetária ba­sea­d a em uma taxa de juros básica mui­to bai­x a (entre zero e 0,25% ao ano). Dado este cenário, há um enorme fluxo de capital dos investidores norte-​­americanos no Brasil, atraí­dos pelas

exorbitantes taxas de juros aqui praticadas, e isto acaba valorizando o real frente ao dó­ lar e prejudicando a competitividade da in­ dústria na­cio­nal frente aos seus pares. En­ tretanto, a recuperação americana também tem efei­tos positivos sobre o comércio ex­te­ rior bra­si­lei­ro, na medida em que au­men­ta as vendas externas dos nossos produtos. Quan­to ao Brasil, espera-se um desempenho bom, mas possivelmente in­fe­r ior ao de 2010. ­Quais são suas projeções para o País? O que podemos esperar em 2011 para a economia na­cio­nal (inflação, Selic, PIB, dólar)? Francini – O resultado de 2011 certamen­ te não será tão expressivo quanto o de 2010 em termos de PIB. Mas é preciso sa­lien­tar que boa parte do crescimento observado no ano passado foi decorrente do chama­ do efei­to base-​­bai­x a, ou seja, como 2009 foi um ano atípico no mundo e no Brasil, a economia na­cio­nal passou boa parte do ano apenas se recuperando dos efei­tos gerados pela crise. Mesmo assim, 2011 deverá regis­ trar bons resultados. Estimamos uma ex­ pansão de aproximadamente 4,6% do PIB bra­si­lei­ro. Já as projeções para a inflação do País, de acordo com o relatório Focus do Banco Central (de 07/01/11), estão em 5,34%, acima do centro (4,5%), mas dentro da banda de flu­tua­ção. Como o Banco Cen­ tral acredita que a inflação pode acelerar mais, espera-se que a Selic feche 2011 em 12,25% ao ano, acima dos ­atuais 10,75%. A taxa de câmbio sempre é uma incógnita, ain­da mais em tempos vo­lá­teis como os de hoje, mas o relatório mostra que o mercado acredita em R$ 1,75/US$ ao final do ano. Dian­te da valorização do real e da aplicação de medidas antidumping aos produtos chi­ neses pelos chamados paí­ses desenvolvidos, o Brasil pode ser apontado como um destino natural desses produtos? Francini – Sim. ­A liás, há um estudo do BNDES que mostra que o coe­f i­c ien­te de produtos importados no mercado bra­si­lei­ro au­men­tou preo­cu­pan­te­men­te nos últimos anos. De 2005 para 2010, este coe­f i­c ien­ te cresceu de 14,2% para 19,8%. E, deste au­men­to, 32% corresponde à expansão da penetração de produtos chineses no Bra­ sil. Tais dados mostram claramente que, no arrefecimento da demanda dos EUA e JANEIRO/ FEVEREIRO 2011  REVISTA ABIGR AF

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da Europa por produtos chineses, o Brasil é uma excelente válvula de escape. Entre­ tanto este quadro se torna cada vez mais perigoso para a indústria na­cio­nal, que, de­ vido à in­com­preen­sí­vel carga tributária, à elevada taxa de juros e à sobrevalorização do real, perde mui­ta competitividade frente aos concorrentes chineses. A política econômica do novo governo se anun­ cia recessiva: o real valorizado deverá seguir aprofundando as dificuldades da indústria na­cio­nal, além do acen­tua­do peso da taxa de juros e da carga tributária, que atrapalham o avanço de mui­tos setores da indústria na­ cio­nal. Que segmentos o senhor acredita que irão se destacar ao longo deste ano? Francini – O setor agro­pe­cuá­rio pode se so­ bres­sair em 2011 caso consiga manter um elevado nível de exportações, mesmo com a recente aceleração nos preços das com­mo­ di­ties. Neste âmbito, os alimentos deverão exercer um papel es­sen­cial. Acredito que os setores in­dus­triais ligados ao agronegócio, tais como alimentos processados, su­croal­ coo­lei­ro e o setor extrativo, devem se desta­ car neste ano que se inicia, mas, para tal, o governo na­cio­nal precisaria rever suas po­ líticas econômicas, atuan­do de modo a me­ lhorar o resultado público. Assim, pode-se au­men­tar os investimentos públicos, cor­ tar a Selic e abrir espaço para uma redução na carga tributária.

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A expectativa de aquecimento do mercado em decorrência de eventos como a Copa do Mun­ do e as Olim­pía­das, além dos investimentos por conta do segmento do pré-​­sal, é notória entre diversos setores da economia e analis­ tas. Para o senhor, este aquecimento será, em 2011, mais perceptível na prática ou ain­da fi­ cará mais ao sabor do campo especulatório? Francini – Acredito que ain­d a não pode­ remos efetivamente sentir algum tipo de impacto significativo na economia bra­si­ lei­ra em 2011 consequente destes impor­ tantes eventos. Talvez tenhamos novidades em termos de cria­ções de marcos regulató­ rios que estipulem prazos, valores e deem ou­tras informações interessantes. Mas as novidades deverão ficar mais no âmbito le­ gislativo, regulatório, do que pro­pria­men­ te na prática, na economia. Algumas obras poderão até ter início já neste ano, mas será REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

num horizonte um pou­co mais distante que sentiremos real­men­te seus impactos. As classes C e D tiveram um desempenho im­ portante na economia doméstica em 2010, im­pul­s io­nan­do o mercado online, o setor imo­bi­liá­rio e vários ou­tros segmentos da eco­ nomia. Como o senhor crê que será a in­f luên­ cia desta parcela da população na economia bra­si­lei­ra em 2011?

Francini – A in­f luên­c ia deste estrato so­ cial deverá permanecer em rota de cresci­ mento no ano de 2011. Com o au­men­to ob­ servado na oferta creditícia na economia nos últimos meses, o consumo dessas fa­ mí­l ias tende a con­t i­nuar crescendo, pois as oportunidades que se abrem são enor­ mes. Mesmo que haja uma redução do cré­ dito disponível nos próximos meses, o peso destas classes tende cada vez mais a se ex­ pandir, sinal de uma melhora na dis­tri­bui­ ção de renda do Brasil, uma vez que perce­ bemos que essa parcela da população cada vez mais se torna alvo dos ofertantes. Vale frisar que, apesar do au­men­to na oferta de crédito, as taxas de juros praticadas no mer­ cado bra­si­lei­ro são excessivamente altas, ou seja, ain­da há mui­to espaço para a expan­ são do consumo à medida que o custo do fi­nan­cia­men­to diminua. O senhor acredita que a oferta de crédito con­ ti­nua­rá aquecida em 2011 para os consumi­ dores bra­si­lei­ros? E para as empresas na­ cio­nais, como ficarão as linhas de créditos?

Francini – Acredito que a oferta de crédi­ to deverá con­ti­nuar em um nível bom, mas com alguma desaceleração em relação ao que vimos em 2010. O Banco Central vem dando si­nais de que pretende desaquecer um pou­co o mercado interno, tanto que vol­ tou a elevar o depósito compulsório para di­ mi­nuir a liquidez na economia. Além disso, o BNDES também deverá reduzir o funding disponível para empréstimo de di­nhei­ro aos produtores na­c io­nais. Apesar disto, espe­ ramos que tais medidas não ­ecoem sobre a recuperação bra­si­lei­ra, que já se mostra tardia. Já para as empresas na­cio­nais, o go­ verno anun­ciou medidas para estimular o crédito de longo prazo ofertado pelo setor privado e facilitar o fi­nan­cia­men­to do inves­ timento por meio do mercado de ca­pi­tais. Esperamos que esta medida surta efei­to o mais rápido possível, pois é mui­to impor­ tante que o fi­nan­cia­men­to de longo prazo dei­xe de ser exclusividade do BNDES. Segundo informações do novo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex­te­ rior, Fernando Pimentel, o governo pretende ­criar um banco para fi­nan­ciar exclusivamen­ te as exportações e o setor produtivo voltado para o comércio ex­te­rior ainda no pri­mei­ro se­ mestre deste ano. Que setores o senhor acre­ dita que irão se be­ne­f i­ciar caso se concretize esta promessa? Francini – Num pri­mei­ro momento, tais medidas deverão intensificar as vendas ex­ ternas dos setores fortemente dependentes do mercado in­ter­na­cio­nal, como o segmen­ to agro­pe­cuá­r io, por exemplo. Afinal, uma vez que hou­ve uma retração da demanda externa devido à crise, um banco que pos­ sa melhorar as condições cre­d i­tí­cias do se­ tor deve ajudar a au­men­tar suas exporta­ ções. Mas, no médio e longo prazo, à medida que ajuda a di­mi­nuir os custos de produção e consequentemente os preços fi­nais das mer­ca­do­r ias, este banco pode ter um papel mui­to importante na retomada das expor­ tações de setores importantes da economia — que, no entanto, perderam espaço em âm­ bito in­ter­na­cio­nal por não serem tão com­ petitivos quanto seus concorrentes in­ter­ na­c io­nais —, principalmente os de ­m aior valor agregado e intensidade tecnológica, como os bens de capital, ele­troe­le­trô­ni­cos e au­to­mó­veis, entre ou­tros.



arte

Preocupado, o senhor Leuly corre para verifica do relógio solar do Museu, engenho que contro vital da cidade. O eclipse pode causar u

Belo, de acabamento impecável, mas instável e difícil de manobrar. Alberto não guarda ilusões sobre o 14-bis. Inicia, então, um novo projeto, sempre buscando a simplicidade no domínio da navegação aérea.

Artur, Carlos e Rubens Matuck

Sereno, gracioso, com elegantes linhas que já anunciam seu construtor, um aviãozinho cruza os ares de Damar. É o monoplano de Alberto, em sua segunda versão: 10 m2 de área portante; 5,5 m de envergadura; 8 m de comprimento; fuselagem em treliça de bambu e um motor DutheilChalmers de 35 CV, modificado pelo inventor. Construído em Paris, recebeu o nome de Demoiselle.

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Sereno, gracioso, com elegantes linhas que já anunciam seu construtor, um aviãozinho cruza os ares de Damar. É o monoplano de Alberto, em sua segunda versão: 10 m2 de área portante; 5,5 m de envergadura; 8 m de comprimento; fuselagem em treliça de bambu e um motor DutheilChalmers de 35 CV, modificado pelo inventor. Construído em Paris, recebeu o nome de Demoiselle.

No quarto ao lado está seu amigo Numa espécie de transe onírico, vague Nesta manhã, porém, o olh

Em contato permanente com a natureza, com seres e entidades de todas as galáxias, o senhor Leuly e o Conde desenvolveram um engenho capaz de tornar visíveis as mais invisíveis e inacreditáveis realidades.

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Toda a população de Damar reconhece suas formas e retribui a homenagem à história da cidade com aplausos entusiasmados em sua aterrissagem. O Conde Euphrates ilumina-se num instante de revelação. Acredita ter enfim resolvido o mistério que tanto o inquieta. Então, em vez de destinarem-se à preservação da espécie, os pequenos seres-sementes vieram ao mundo tão somente para germinar ideias?

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erificar os instrumentos controla toda a energia usar um colapso!

151 Disse que não eram do nosso planeta e que era necessária a análise. O senhor acreditou? É claro que desconfiei, mas ele insistiu que as sementes eram de material sintético. Entrei com ele na mata e vimos um chapéu no chão. Parecia haver alguém dormindo entre as folhas. Levantamos o chapéu e o senhor Obda Leuly apareceu com as roupas muito sujas e amarrotadas. Começou a falar em uma língua muito esquisita, que não conseguíamos entender. Das folhagens tirou uma mala, e nos conduziu a um lago. Ali caiu um invólucro de cristal, de onde saiu o Conde Euphrates. Os dois começaram a falar e novamente não entendíamos nada. Parecia que eles conheciam a mata como a palma da mão deles. Sumiram e, tempos depois, Obda Leuly se apresentou totalmente adaptado e limpo, falando minha língua com perfeição e, além disso, com uma roupa toda alinhada. Como surgiu o Museu? Obda e o Conde me convidaram para trabalhar no Museu. Achei, inicialmente, que fosse um Museu comum, mas logo percebi que era um palácio de cristal, com instalações enormes e ênfase na difusão do conhecimento. Comecei a trabalhar ali de maneira muito tranquila. Eu havia passado um período deprimido, abandonei tudo ao ser expulso da universidade. Parecia estranho? É que em Damar as pessoas só trabalham quando têm absoluta fé naquilo que fazem. Quando nascem, recebem alimento para a vida toda. Fazem as refeições apenas pelo prazer de comer, e traba-

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Rabone, que cuida da individualidade de cada pessoa, também ajuda. Ele faz palestras e ensina

uma escada. É a pessoa daquela residência que

as pessoas a escolher uma ocupação. Entra nas individualidades guardadas no mundo onírico e tenta compreendê-las.

decide se embarca. Se quiser, sentindo-se cansada da vida, sobe na embarcação e nunca mais volta. O Euphrates, com seu próprio barco, também tem um tempo próprio. Enfim, cada planeta tem o seu tempo.

lham pela vontade de agregar novas sensações.

O que você acha das apresentações do Circo dos

E a educação?

Cisnes de Pescoço Negro?

É bem diferente da que você conhece na Terra. Toda sala de aula tem dois professores: um mais jovem e outro mais velho. Um fala da experiên-

Contam que os artistas do Circo pegaram do

cia de vida, assumindo que ela é individual, e o

lias pedem a eles uma determinada composição no céu a cada fim de tarde. Esses artistas mostram seu planejamento e a queima de fo-

De fato, logo depois o relógio para, e todas as formas de vida, assim como as máquinas e engrenagens, paralisam-se! Sir Charles Mogadom, por exemplo, imobilizou-se em pleno bocejo matinal!

amigo, o Conde Euphrates de Açafrão, o famoso sábio que jamais dorme. vagueia pelas noites a bordo de sua aeronave, chamada Nicolaus Copernicus. o olho está ocasionando sérias interferências em suas divagações!

ção. Um navio, comandado pelo Comodoro, vem voando, para na casa de alguém e lança

jovem traz um pouco de pureza, lembrando ao idoso que ele também já foi jovem. Não há abandono, todos participam da educação.

chão os restos dos fogos que as famílias lançaram das chaminés pela primeira vez. As famí-

gos acontece.

O tempo de vocês é como o da Terra?

Quem analisa esses fogos?

O tempo de Damar é outro. É a dimensão da

O responsável é o professor Limão Verde, como já falei, mas outro especialista, o senhor Peixe

eternidade. Não existe morte, mas transforma-

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O professor Limão Verde tentou ajudar seu filho Miguel? Após analisar os fogos de nossa casa, foi falar com o Miguel, mas só conseguiu ver os pés dele. Pediu auxílio ao professor Obda Leuly, que me procurou, classificou diversos vírus do Universo em poucos segundos terráqueos e os examinou. Concluiu que, embora em desaparecimento, Miguel estava saudável. Como é feita essa análise? Eu não acredito muito nela, mas vou tentar explicar. O professor Limão Verde foi se especializando na geometria do efêmero. Os fogos sofrem mutações complexas e rápidas. Ora são pontos de luz, depois estrelas ou círculos. Have-

Muito além de pura emoção e apurada técnica – sob incrível elo espiritual –, os irmãos Matuck, liderados por Rubens, criaram ao longo de 40 anos uma rica vida que mescla realidade, ficção e transborda em poesia. Ler essa história é aprender a amar.

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Ricardo Viveiros

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fância pelos irmãos Rubens, Carlos e Artur Matuck. Do diálogo entre eles,

cada um deles. Há, ainda, referências a perso-

V I AGEM A DA M A R

gem, a palavra se faz presente de diversas maneiras, seja na forma de

surge uma coerência nar-

balão, seja posicionada em-

rativa de imagens. São mais de 45 anos elaboran-

baixo dos quadrinhos ou inserida neles. O grande

do a história, que tem a

desafio é justamente inte-

ambiguidade permanente como um de seus pontos

grar cada vez mais a palavra à imagem, num processo

mais densos.

muito recorrente na estéti-

O processo de criação

ca de Rubens, principal-

de Mogadom é fruto da cumplicidade dos três: das

mente em sua pesquisa sobre a história da letra.

imagens que provêm de Rubens, da conversa com

A criação de Mogadom & Euphrates começou quan-

Carlos e da participação

do Rubens tinha 11 anos

de Artur na elaboração de

e ficava sob a mesa da casa

textos. Trata-se de uma obra marcada pela presença de

da avó enquanto os adultos conversavam. Ali, ini-

imagens de propaganda, principalmente pelas em-

ciou a criação mental de uma história em quadri-

Desenho infantil a lápis de cor: o sonho da casa na montanha de cristal.

Os guerreiros da luz contra o dragão da obscuridade

balagens de fogos de artifí-

nhos para a qual, por mui-

cio Caramuru, verdadeiras obras de arte; pela

nagens reais, em especial ao aviador Alberto

to tempo, não atribuiu grande importância

ponte permanente com variadas histórias em quadrinhos; com a literatura de um modo geral

Santos-Dumont, mogadônico em sua roupa, em sua biografia repleta de mistério, na casa

artística, embora permeasse todo o seu trabalho plástico.

á

á mais mis­té­r ios entre o céu e a terra do que imagi­ na a nossa vã filosofia”, dis­ se Wil­liam Sha­kes­pea­re. As Aventuras de Sir Charles Mo­ gadom & do Conde Euphrates de Açafrão, livro (ou mundo?) cons­truí­do ao lon­ go de quatro décadas pelo artista multimídia Rubens Matuck, com os irmãos Artur e Carlos, é prova incontestável de que o dramaturgo inglês

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É com grande esforço que Euphrates controla suas digressões. Sintoniza-se telepaticamente com os controles de navegação de Nicolaus e consegue sobrevoar a cidade imobilizada. A solução do problema salta-lhe aos olhos: as chaminés de Damar! As chaminés sempre prontas para soltar fogos de artifício!

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OS GUERREIROS

Artur, o mais velho, formou-se em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universida­ de de São Pau­lo (ECA-​­USP) e fez pós-​­g ra­dua­ção em Artes Vi­suais pela Universidade da Cali­ fórnia (EUA), tendo desenvolvido importan­ tes projetos em ou­t ras universidades norte-​ ­a mericanas. É um pesquisador com trabalho instigante, au­tor de livros, performer, vi­deo­ma­ ker e professor da ECA-​­USP. Artur foi, nos anos 1970, um dos ini­cia­do­res da vi­deoar­te, da arte postal e da utilização da “xerox” como arte no Brasil. Na 17 ª‒ Bie­nal de São Pau­lo, em 1983, expôs a vi­deoin­s­ta­la­ção “Alpha Cen­tau­r i Stelo Binara”. Seu trabalho contempla o que se pode­ ria chamar de ficção cien­t í­f i­ca, mas com sur­ preen­den­te cria­t i­v i­d a­de, arrojo e ineditismo. Rubens, o do meio, desenha desde meni­ no. Formou-se em Arquitetura pela Faculda­ de de Arquitetura e Urbanismo da Universida­ de de São Pau­lo (FAU-​­USP), mas nunca exerceu

Não passaria desapercebido ao Conde o expediente dos fogos, normalmente utilizados em diversas celebrações. Ele realiza, então, um voo rasante sobre os telhados. A ventania criada pelas asas de Nicolaus reaviva as brasas das lareiras da cidade! O céu de Damar é inundado de luzes coloridas! Ofuscado, o olho se fecha e desaparece!

Refeito do susto, mais uma vez o senhor Leuly pergunta-se como a simples passagem de um bando de aves é capaz de produzir fenômenos tão estranhos.

estava certo. O livro, da Editora Ter­cei­ro Nome, foi lançado no final de 2010 na Padaria Rodésia, na boê­mia Vila Madalena, bair­ro de São Pau­lo. Quem comprou o livro na oca­sião teve di­rei­to a um pingado com pão e man­tei­ga… O casamento de Nacib Miguel e Esther, ele médico e ela artista plástica, gerou quatro fi­ lhos. O dou­tor Nacib e a dona Zizinha sempre foram pes­soas apai­xo­n a­d as, um pelo ou­t ro, pelos filhos e pela vida. Esse clima de intenso amor, harmonia e re­li­gio­si­da­de na família trou­ xe aos quatro rapazes um campo fértil para de­ senvolver não apenas um nato talento cria­ti­vo, como também mui­ta es­pi­r i­tua­l i­da­de. Tal con­ junto positivo de fatores levou Artur, Rubens e Carlos à car­rei­ra artística, entretanto compro­ metida com valores de res­pei­to ao próximo, ao meio am­bien­te e à fé.

Mogadom senta-se, enfim, para o café da manhã. Alquebrado pelo bocejo interrompido, nem sequer se dá ao trabalho de entender o contentamento estampado no rosto de Euphrates!

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a profissão. É ilustrador, gravador, designer grá­ fico, professor, escultor e pintor. Seus trabalhos em desenho e aquarela são mui­to importantes nesses universos da arte bra­si­lei­ra. Mesclam lirismo e técnica, sem que uma coi­sa prejudi­ que a ou­tra, são intensos e transmitem mui­ta paz. Fazem refletir sobre as nossas responsa­ bilidades para com o mundo. Rubens é au­tor de 70 livros infantis e oito de arte e literatura fantástica. Foi ilustrador dos prin­ci­pais jor­nais e revistas do País. Em 1993 recebeu o Prêmio Jabuti (CBL) pelas ilustrações do livro O Sapato Furado, do poe­ta Mário Quin­ta­na. Carlos, o caçula, trilhou o caminho natural dos irmãos mais velhos, a arte. Embora tenha cursado a FAU-​­USP, sequer completou o curso atraí­do pelos desenhos, caricaturas, ilustrações, pinturas, grafites e, acima de tudo, os grandes mu­rais que foram e são o seu trabalho. O grafi­ te foi mui­to importante na car­rei­ra de Carlos e ele ­atuou nesse gênero ao lado do mestre Alex Val­lau­r i. Como artista gráfico trabalha para vá­ rias grandes editoras, produzindo capas e ilus­ trações de livros e também desenha para jor­nais e revistas. Na pintura a temática de Carlos é a cidade de São Pau­lo, cujos marcos re­fe­ren­ciais são por ele retratados de ma­nei­ra mui­to es­pe­ cial. Em suas obras aparecem bicicletas e selos, além de curtos textos em caligrafia chinesa.

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AS AVENTURAS

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As imagens que aparecem na capa e nesta matéria são ilustrações do livro As Aventuras de Sir Charles Mogadom & do Conde Euphrates de Açafrão.

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Foi se escondendo sob a mesa da sala de jan­ tar da família Matuck que, há mui­tos anos, Ru­ bens e seus irmãos começaram a ­criar persona­ gens e aventuras ba­sea­das em filmes, sé­r ies da televisão e livros que liam, em es­pe­c ial os de Julio Verne. Rubens desenhava tudo. A esses re­fe­ren­c iais acabaram sendo agregados rótu­ los de produtos, embalagens de re­mé­d ios e ou­ tros símbolos so­cio­ló­gi­cos presentes no co­ti­dia­ no. Pri­mei­ro, esse mundo foi retratado em uma história em quadrinhos desenhada em preto e branco, cuja temática era o controle da emo­ ção. Mais tarde, já na fase madura, ao desco­ brir o amor no casamento, Rubens entregou-se às cores que, para ele, são também personagens que obedecem hie­rar­quias e marcam presença no curso da história da cidade de Damar, do sir Mogadom, do conde Euphrates. Mas, sem dúvida, foi um clima permanente de amor e res­pei­to que se fazia presente na casa dos Matuck o principal responsável pela ­ideia, desenvolvimento e eternização de um mundo de fantasia capaz de envolver todos os irmãos

Alberto Santos-Dumont, é claro! Ele vive agora numa curiosa casinha, chamada A Encantada, que construiu no morro do Encanto, em Petrópolis.

Alberto continua as pesquisas com aeroplanos. Nessa noite, após jornada fatigante e infrutífera, sobe ao observatório para espairecer um pouco.

Olhar as estrelas sempre foi um de seus passatempos favoritos, uma espécie de refúgio para as tensões ocasionadas pelo trabalho. Mas... Nossa, o que é aquilo? Um ponto em movimento nos céus de Petrópolis?

Os dias têm sido cansativos. Há meses trabalha num único projeto, um pequeno monoplano de passeio, mas não consegue levá-lo a bom termo.

O inventor não contém um sorriso. Ora, mas se não é o fantástico Nicolaus Copernicus, a mais fabulosa máquina voadora de todos os tempos? Que novidades traz o velho Conde dessa vez?

e até mesmo transcender esse espírito do grupo comprometendo ou­tras pes­soas. E o mais inte­ ressante, essa cria­ti­v i­da­de se tornou, com o pas­ sar dos anos, rea­li­da­de. Hoje, os personagens in­ teragem com figuras do ou­tro mundo (o nosso aqui de fora), como Santos Dumont e mui­tos ou­ tros. Existe até uma farta correspondência tro­ cada regularmente entre eles, que trata de as­ suntos da m ­ aior relevância. E também de coi­sas simples e poé­ti­cas, ensinando-​­nos que a humil­ dade leva ao conhecimento e este ao res­pei­to às pes­soas e à natureza, para uma vida melhor. Rubens Matuck é um homem simples, sua­ve e mui­to comprometido com a essência da vida. Capaz de fazer qualquer tipo de arte, pesquisa mui­to e não tem qualquer espécie de pre­con­ cei­to. Seu interesse está na verdade, no conhe­ cimento que pode lhe permitir ­criar e oferecer o que faz pensar, crescer, descobrir, am­pliar o re­la­cio­na­men­to entre as pes­soas e o mundo em que vivem. Seu trabalho, revelado com humil­ dade, recebeu in­f luên­cias do chinês Shitao, do holandês Hercules Seghrs e dos bra­si­lei­ros Al­ demir Martins, Samson Flexor e Flávio Motta. Para quem a arte acompanha o ciclo da vida, é fácil com­preen­der sua preo­cu­pa­ção com o ano­ nimato. Rubens está trabalhando em um per­ sonagem para se guardar nele, “Miguel Sutil”. A aventura vai con­ti­nuar! JANEIRO/ FEVEREIRO 2011  REVISTA ABIGR AF

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Office PaperBrasil Escolar opta pela setorização

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restes a comemorar seu jubileu de prata, a Office PaperBrasil Esco­ lar vem revigorada para 2011. O lançamen­ to co­mer­cial aconteceu nos dias 19 e 20 de ou­tu­bro, quando as empresas expositoras foram convidadas a escolher o tamanho e localização de seus estandes. A Francal Fei­ras, promotora do evento, apro­vei­tou o encontro para anun­ciar a prin­ cipal novidade da 25 ª‒ edição, em 2011: a segmentação da fei­ra por ca­te­go­r ias de pro­ dutos. Segundo o presidente Abdala Jamil Abdala, a nova planta está mais condensa­ da e foi pensada com o objetivo de pro­por­ cio­nar aos expositores e compradores um am­bien­te de ne­gó­cios mais favorável e pro­ dutivo. “A setorização e os novos acessos ao pavilhão vão ­criar uma logística de visita­ ção que reduzirá o tempo de deslocamento. Esse tempo extra poderá ser utilizado para a rea­li­za­ção de ne­gó­cios”. Segundo o execu­ tivo, as mudanças foram bem recebidas pe­ las empresas expositoras. Durante o lança­ mento em ou­tu­bro a fei­ra teve 80% de sua área co­mer­cia­li­za­da. Com a nova formatação a mostra foi di­ vidida em três ­­áreas: Produtos Escolares/ Office (Setor Verde), Papelaria em Geral (Setor Azul) e Pastas/Mochilas e Aces­só­ rios (Setor Vermelho). Os pró­prios expo­ sitores, inclusive aqueles que trabalham com mais de uma categoria de produto, in­ dicaram o setor em que desejam participar. A área ocupada pela mostra continua a mes­ ma: 28.000 m². O processo de setorização da planta foi cri­te­rio­sa­men­te estudado pela Francal. “Em 2010 visitamos 10 ca­pi­tais, conversando, sobretudo, com os comprado­ res. Uma das coi­sas que mais ou­v i­mos é que o Anhembi é mui­to grande, que é difícil ver tudo o que se deseja. Com a setorização es­ REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

A nova planta segmentada por categoria de produtos foi apresentada ao mercado durante o lançamento comercial da edição 2011. Atendendo os expositores, em sua 25ª‒ edição a feira volta para o horário das 13 às 21 horas.

Para os expositores que na última edição se quei­xa­ram da forte presença das mochi­ las, argumentando que a procura pelo pro­ duto reduzia o tempo dedicado pelos com­ pradores a ou­tros itens, a gerente informou que o espaço para esse produto está limitado e que não será am­plia­do. Ela, porém, lem­ brou que no pe­r ío­do de volta às au­las cerca de 40% do faturamento das pa­pe­la­r ias vem da venda de mochilas. Volta o horário antigo

tamos facilitando esse planejamento. Além disso, espalhamos os estandes-​­âncora, o que significa, do ponto de vista do expositor, que não há mais área ruim”, afirmou Wanira Salles, gerente de ne­gó­cios da Francal.

Outro assunto tratado com os expositores foi o horário de fun­c io­n a­men­to da fei­ra. Em 2010, a Francal adotou o pe­r ío­do de 10 às 19 horas como forma de am­pliar o tem­ po para rea­l i­za­ção de ne­gó­cios. Porém, du­ rante o lançamento co­mer­cial, 83% dos ex­ positores ou­v i­dos solicitaram o retorno do antigo horário, e assim a edição de 2011 volta a ser rea­l i­za­da das 13 às 21 horas. A Office PaperBrasil Escolar 2011 será a 25 ª‒ edição da fei­ra. Para comemorar a data a Francal está planejando uma série de ações es­pe­ciais. Uma que já está definida é a homenagem às empresas par­cei­ras des­ de a pri­mei­ra edição. A promotora vai man­ ter e intensificar ações que visam am­pliar as oportunidades de ne­gó­cios entre fabri­ cantes e compradores, como a qualificação do mai­ling de visitantes, os projetos Com­ prador Na­cio­nal e Comprador In­ter­na­cio­ nal, a sala do Representante Co­mer­cial e o patrocínio ao projeto Gerando Demanda pelo Conhecimento. & 25ª- OFFICE PAPERBRASIL ESCOLAR De: 22 a 24 de agosto, das 13 às 21 horas, e dia 25 de agosto, das 11 às 18 horas Local: Pavilhão de Exposições Anhembi, São Paulo, SP Informações: (11) 2226-3100 www.officepaperescolar.com.br


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Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini Há 20 anos surgia um prêmio que marcaria profundamente o setor gráfico nacional. Tão representativo que através dele é possível trilhar os passos da indústria gráfica brasileira nas duas últimas décadas. A intensa modernização do setor a partir de 1990, a expansão da impressão digital nos anos 2000, a disseminação da qualidade por todo o Brasil no período mais recente. Está tudo lá, retratado através da evolução do concurso e de seus segmentos, categorias e produtos premiados. Acompanhe nas páginas seguintes a trajetória das duas décadas do evento que representa o estado da arte e a grandeza da indústria gráfica nacional. Tânia Galluzzi

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A excelência gráfica em 20 tempos Do início modesto à credibilidade que conquistou em duas décadas, o concurso, que representa uma síntese da evolução do setor em nosso país, transformou-se na mais importante premiação da indústria gráfica em toda a América Latina.

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ideia do Prêmio de Excelên­ cia Gráfica, pri­mei­ra denomi­ nação do certame, levou qua­ se um ano para ser maturada. Foi formulada em 1989 por Max Schrappe, na época pre­ sidente executivo da Abigraf Na­cio­nal, de­pois de sua participação no ano an­te­r ior como jura­ do na pre­mia­ção da indústria gráfica co­lom­bia­ na, El Mejor del Año. “Vi empresas pequenas, mé­d ias e grandes juntas e percebi que precisá­ vamos ter algo semelhante no Brasil”, rememo­ ra Max Schrappe. “Tenho mui­ta satisfação em REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

ver que essa pequena ­ideia ajudou a alavancar o setor. Não tínhamos a mínima noção de que o concurso poderia alcançar a magnitude que tem nos dias de hoje”. Max Schrappe lançou o desafio a um em­ presário que começava a despontar como lide­ rança se­to­r ial e que há pou­co havia assumido a presidência executiva da ABTG: Mário César de Camargo. Ao lado de Mário César, também ini­cian­do no as­so­cia­ti­v is­mo, estava Hamilton Terni Costa, então diretor de Mar­ke­t ing da ABTG e com­pa­nhei­ro de Max Schrappe na visi­ ta à Colômbia. “A ABTG estava em uma fase de


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reformulação e tanto o projeto do prêmio quan­ to do Concurso Bra­si­lei­ro de Mo­no­g ra­f ias fo­ ram rapidamente abraçados”, conta Hamilton Costa. O cu­r io­so é que de início as equipes da ABTG, como organizadora, e da Abigraf, como patrocinadora, acreditavam mais no sucesso do concurso de mo­no­g ra­f ias, que acabou sendo abandonado pou­cos anos de­pois. A ficha de inscrição para o pri­mei­ro Prêmio de Excelência Gráfica foi encartada na edição de março/abril de 1990 da Revista Abigraf, as­ sim como seu regulamento, elaborado por Pe­ ter Röhl, diretor técnico da ABTG, Fernando

Pini, coor­de­na­dor de es­tá­g ios da Escola Senai Theo­bal­do De Nigris e diretor de Tecnologia da ABTG, Hamilton Costa, e os colaboradores da as­so­cia­ção Sérgio Rossi Filho, Clau­di­nei Pe­rei­ra e Vanessa Cristina Jorge. O objetivo explicitado era incentivar e difundir as ex­pe­r iên­cias desen­ volvidas na elaboração de novos produtos. Im­ pul­sio­nan­do a modernização do parque gráfico na­cio­nal, o presidente Fernando Collor de Mello acabara de liberar as importações. Como decla­ rou Max Schrappe à revista, “65% das novas tec­no­lo­g ias existentes no mundo para o nos­ so setor não têm uso no Brasil, que, durante

1 15 -º Prêmio de Excelência Gráfica Fernando Pini, no Olympia, 2005. 2 20 -º Prêmio de Excelência Gráfica Fernando Pini, no Expo Barra Funda, 2010. 3 Anúncio do 1-º Prêmio de Excelência Gráfica. Criado pela ABTG em 1990 e patrocinado pela Abigraf, o concurso incentivou os investimentos em qualidade. 4 O regulamento e encarte da ficha de inscrição do 1-º Prêmio de Excelência Gráfica foram divulgados na Revista Abigraf (n-º 133, março/abril de 1991), publicação oficial do evento.

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quase 30 anos, esteve impedido de impor­ tar avanços tecnológicos. Isso faz do pro­ fis­sio­nal gráfico bra­si­lei­ro alguém obriga­ do a ser mais cria­ti­vo e técnico para superar os limites do parque in­dus­trial disponível. Daí o valor desse concurso”. Seis ca­te­go­r ias compunham o certame (Livros, Encadernações, Revistas, Jor­nais, Embalagens e Rótulos e Impressos Diver­ sos), divididas em 28 sub­ca­te­go­r ias. As grá­ ficas puderam inscrever peças produzidas de ja­nei­ro de 1990 a junho de 1991. Da co­ missão julgadora, coor­de­na­da por Fernan­ do Pini, fa­ziam parte Nazareth Da­rakd­jian, Sergio Vay, Antonio Caleffi e Lucila Som­ mer Fer­rei­ra, que ava­lia­ram tanto aspectos técnicos (como registro de cores, utilização de recursos es­pe­ciais e qualidade de acaba­ mento) quanto elementos cria­ti­vos, como fun­cio­na­li­da­de e originalidade.

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Ceticismo

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“Nós topamos a briga e ela foi grande”, re­ lata Mário César. “O gráfico é cético, pou­co aberto ao as­so­cia­ti­v is­mo e no início os pro­ fis­sio­nais do setor achavam que em ini­cia­ti­ vas como essa seus concorrentes po­de­r iam se apro­vei­tar de suas ­ideias”. E mais: mui­tos acreditavam que era um concurso manipu­ lado, um acordo entre amigos. “Por isso, des­ de o começo nossa ­maior preo­cu­pa­ção era a integridade, postura que cons­truiu a cre­ dibilidade que a competição atingiu. A se­ rie­d a­de e a lisura com a qual é conduzido são os prin­ci­pais ca­pi­tais do prêmio”. Cinquenta e quatro empresas rompe­ ram os pre­con­cei­tos e submeteram 120 trabalhos ao crivo técnico. Dessas, 21 fo­ ram contempladas com o Prêmio de Exce­ lência, sendo que na pri­mei­ra edição exis­ tiam ain­d a a pri­mei­ra e segunda menções honrosas. Ao longo desses 20 anos, nove dessas 21 gráficas fecharam as portas ou foram compradas e duas receberam prê­ mios tanto em 1991 quanto em 2010: Ban­ dei­ran­tes (três pri­mei­ros lugares em 1991 e um troféu em 2010) e Pancrom (dois pri­ mei­ros lugares em 1991 e três prê­mios em 2010). Até hoje, a gráfica mais assídua na lista de vencedores é a Brasilgráfica, au­sen­ te apenas em 1991, 1995 e 2006. “O prê­ mio vem cumprindo a missão de valori­ zação do produto gráfico, indicando aos contemplados que eles estão no caminho REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

certo”, diz Célio Magalhães, gerente de Mar­ke­ting da Brasilgráfica. Diferente do que acontece na pre­mia­ção atual­men­te, os vencedores foram anun­cia­ dos antes da cerimônia de entrega, rea­li­za­ da no Museu da Imagem e do Som (Mis) em São Pau­lo, no dia 30 de setembro de 1991. Mário César, Luiz Vasone, na época presi­ dente da Abigraf Re­g io­nal São Pau­lo, e Fer­ nando Pini revezaram-se na entrega do tro­ féu, a escultura de um conta-​­f ios elaborada pelo artista plástico Renzo An­dreol­li. “O ob­ jetivo da festa era cimentar a relação entre a gráfica e o clien­te. Não existia o elemento surpresa, presente desde 1998. Conhecen­ do os vendedores, as gráficas po­d iam levar seus clien­tes à festa, o que ajudava a promo­ ver o produto gráfico como forma efi­cien­te de comunicação”, afirma Mário César.

Transparência e credibilidade

Até a ter­cei­ra edição o concurso manteve praticamente a mesma formatação, com um pequeno corpo de jurados, entre seis e oito técnicos, e um es­pe­cia­lis­ta es­tran­gei­ro na figura de presidente do prêmio, procedi­ mento mantido até 1997. No ano seguinte, Hamilton Costa, já como presidente execu­ tivo da ABTG, colocou na coor­de­na­ção do júri Francisco Veloso Filho. Em 1994, a competição passou por uma rees­t ru­t u­ra­ç ão. A base da comissão julgadora foi reformulada, contando com a participação de 50 pro­f is­sio­nais ligados ao setor gráfico, entre técnicos, consulto­ res, designers, fotógrafos e representantes de fornecedores. Naquele ano, 89 empre­ sas inscreveram 427 trabalhos, estabele­ cendo-se uma rotina ­anual de revisões das


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5 A comissão julgadora analisa os trabalhos inscritos no 1-º Prêmio de Excelência Gráfica. (E/D): Fernando Pini, diretor de tecnologia da ABTG; Nazareth Darakdjian, presidente da Abratag; Sérgio Vay, assistente técnico da Escola Senai Theobaldo De Nigris; Antônio Caleffi, supervisor de produção da MPM Propaganda; e Lucila Sommer Ferreira, assessora técnica de Desenho Industrial do Detec/ Fiesp, julho de 1991. 6 Mário César de Camargo, Luiz Vasone e Fernando Pini comandaram a entrega dos prêmios, em clima de grande confraternização, em setembro de 1991, no Museu da Imagem e do Som (MIS). 7 e 8 Produtos finalistas expostos e público presente na festa de entrega do 8 -º Prêmio Fernando Pini. Escola Panamericana de Arte, 1994. 9 Homenagem à memória de Fernando Pini, nas pessoas da esposa Vera Lucia de Toledo Mendes e do filho André, na abertura do 5 -º Prêmio de Excelência Gráfica, que a partir daquela edição recebeu o seu nome, 1995. 10 Jurados analisam produtos concorrentes ao 8 -º prêmio na sede da Abigraf-SP. 11 Dependências do auditório do Memorial da América Latina, no 8 -º Prêmio Fernando Pini, em novembro de 1998. Pela primeira vez, os vencedores são conhecidos somente na solenidade de premiação. 12 Membros da comissão julgadora do 6 -º Prêmio de Excelência Gráfica Fernando Pini, 1996. 13 Mário César de Camargo fala para convidados atentos, na entrega do prêmio em 1996, no Memorial da América Latina.

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ca­te­go­r ias, algo fundamental para a manu­ tenção da efetividade do certame frente à dinâmica do mercado gráfico, aberto que sempre esteve às inovações. A meta dessas mudanças: transparência e, consequente­ mente, ­maior credibilidade. No ano seguinte, batendo novo recorde de inscrições (111 empresas e 565 peças), o concurso sofreu a pri­mei­ra mudança em seu nome, passando a se chamar Prêmio Fernando Pini de Excelência Gráfica em ho­ menagem ao técnico, professor e um dos cria­do­res do concurso, falecido em um aci­ dente no fe­r ia­do da Páscoa de 1995. A pre­ sença de empresas de vá­r ios estados já era percebida e a tônica entre as gráficas parti­ cipantes era o investimento na qualidade. Perseguindo o rigor na ava­l ia­ç ão, em 1996 o processo de julgamento foi revis­

to, definindo pesos diferentes para a ava­ lia­ção técnica e de cria­ção, com as pre­mia­ ções concedidas a partir das notas obtidas pelos produtos concorrentes. Rompendo a bar­rei­r a das mil peças, contabilizando 1.033 produtos inscritos por 130 empresas, o Prêmio Fernando Pini consolidou-se em sua sétima edição. A ce­ rimônia, rea­l i­za­d a no final de novembro, já ocupava o Me­mo­r ial da América Latina, acomodando mais de 600 pes­soas. O con­ curso estabeleceu-se como um instrumen­ to de mar­ke­ting para as gráficas e mui­tas começaram a montar vitrines para a exi­ bição dos tro­féus em suas ­­áreas de entra­ da. A disputa pelo prêmio era um fator de incentivo para o au­men­to da qualidade. Em 1998, uma alteração apimentou ain­d a mais a briga pelo conta-​­f ios dou­ra­

do. Os ganhadores passaram a ser divulga­ dos durante a cerimônia de entrega e não mais antecipadamente, com a finalidade de valorizar a pre­mia­ção e a própria soleni­ dade, acirrar a disputa e elevar a qualidade do evento, como comenta Hamilton Cos­ ta, então presidente da ABTG. No ano an­te­ rior o julgamento já havia sido dividido em duas partes: a pri­mei­ra determinando três finalistas para cada uma das ca­te­go­r ias e a segunda elegendo os vencedores. O concurso chegou aos anos 2000 com uma formatação mui­to próxima da ­atual, com um corpo de jurados considerável e votação secreta na segunda fase do julga­ mento. A 10ª‒ edição do certame evi­den­ciou, sobretudo, o avanço da tecnologia digital, manifestada não só na qualidade de im­ pressão obtida através desse processo, mas JANEIRO/ FEVEREIRO 2011  REVISTA ABIGR AF

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também no crescimento da produtividade do setor. Na categoria Inovação Tecnológi­ ca, cria­da um ano antes, chamavam a aten­ ção os trabalhos produzidos em sistemas di­gi­tais e os recursos empregados visando à redução dos tempos de acerto de máquina. Destacando a evolução nessa área, em 1999 tinham sido in­c luí­d as as ca­te­go­r ias Com­ plexidade Técnica da Fase de Pré-​­impressão e Impressão Digital de Produtos Gráficos. A importância da tecnologia digital foi en­ fatizada em 2002, com a inclusão do seg­ mento Impressão Digital e Sob Demanda, dividido em quatro ca­te­go­r ias. Expansão geográfica

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Nas quatro edições seguintes, o concurso adquiriu ares de Oscar. De três os finalis­ tas passaram para cinco e a festa ultrapas­ sou e mui­to os mil participantes, ocupando a casa de shows Olympia. O prêmio atingiu alto índice de credibilidade, reforçada pela certificação ISO 9001:2000, obtida em 2001. O próximo passo era a am­plia­ção da presen­ ça de empresas de todo o Brasil. O desafio foi acei­to por Fabio Arruda Mortara, que assumiu a presidência da ABTG em 2002. Dois anos de­pois, o prêmio alcançou o re­ corde de 1.806 trabalhos inscritos (desem­ penho que ain­da está por ser batido), pro­ duzidos por 174 empresas de 14 estados. Acompanhando o sucesso dos concursos re­ gio­nais — o pri­mei­ro aconteceu no Espírito Santo, em 1999, e desde 2009 somam oito — a ABTG optou pela denominação Prêmio Bra­si­lei­ro de Excelência Gráfica Fernando Pini, co­roan­do em 2006 sua abrangência e importância para a indústria gráfica na­cio­ nal. De forma inédita, empresas de 12 esta­ dos classificaram-se para a segunda fase de julgamento. “A con­tri­bui­ção do prêmio nes­ ses 20 anos foi decisiva na questão da qua­ lidade. Assim como seu nome, o concurso con­tri­buiu para disseminar a obsessão pela excelência, explicitada no design e na tecno­ logia aplicados às peças. Num horizonte de 10 anos, acredito que teremos mais prê­mios re­g io­nais, envolvendo empresas de todos os estados. A difusão da qualidade é, sem dúvida, um dos grandes legados do Prê­ mio Fernando Pini”, afirma Fabio Mortara, presidente do Sindigraf-SP. O resultado da 17ª‒ edição do prêmio, em 2007, dei­xou claro essa pulverização. Pela REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

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pri­mei­ra vez na história do certame, uma gráfica de fora de São Pau­lo levou o ­maior número de prê­mios. As 2.500 pes­soas que se reu­n i­ram no Expo Barra Funda viram a equipe da pernambucana Facform su­ bir 10 vezes ao palco para receber seus tro­ féus. Das 39 gráficas pre­mia­das em 2007, 14 estavam conquistando o prêmio pela pri­mei­ra vez e 12 não eram pau­lis­tas. Na­ quele ano, o concurso registrou a inscrição de 1.373 peças, de 167 empresas. Manifestando a busca da indústria gráfica pela padronização de processos, ferramenta para a elevação da produtivi­ dade e redução de custos, além de cami­ nho para a adaptação a padrões in­ter­na­ cio­nais de qualidade, em 2008 foi cria­d a a categoria Conformidade com a Norma NBR ISO 12647-2. “Esse é um momento es­

pe­cial. As empresas bra­si­lei­ras começam a enxergar a importância da padronização e essa categoria, que referencia a qualidade absoluta, vem ao encontro dessa tendên­ cia, colaborando para a necessária mudan­ ça cultural que o processo de normaliza­ ção exige. Estamos valorizando o trabalho estruturado e es­sen­cial­men­te técnico”, co­ mentou Francisco Veloso, coor­de­na­dor do concurso na oca­sião. Outro fato relevan­ te naquele ano foi a aproximação com a pequena empresa. A competição assina­ lou o recorde de pre­m ia­dos, entregando tro­féus para 44 gráficas. Desse grupo, sete eram novatas no concurso, das ­quais quatro contavam com até 50 fun­c io­n á­ rios. “O empresário gráfico já entendeu que não precisa ser grande para concor­ rer e ganhar. Basta ter competência”, disse


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Reinaldo Espinosa, presidente da ABTG, em novembro de 2008. No ano seguinte, ABTG e Abigraf co­ memoraram o fato de empresas de 16 es­ tados, dois a mais do que em 2008, terem en­v ia­do produtos para o Prêmio Fernando Pini. Há tempos o quesito qualidade era vis­ to como mercadoria e não mais como di­fe­ ren­cial na cesta oferecida pelas gráficas aos clien­tes, e no prêmio essa postura ma­te­r ia­ li­zou-se na elevação das notas durante o julgamento. Cada vez mais a disputa era de­ cidida por décimos. Enfatizando a deman­ da pela normalização, foi cria­da a catego­ ria Conformidade com a Norma ABNT NBR ISO 12647-7 – Provas Di­g i­tais. Em sua formatação ­atual, o prêmio conta com 62 ca­te­go­r ias, dis­tri­buí­d as em 12 segmentos, afora o Grand Prix de Atri­

butos Técnicos do Processo, que premia Melhor Impressão, Melhor Acabamento Cartotécnico e Melhor Acabamento Edi­ to­r ial. Desde 1997, os fornecedores tam­ bém são contemplados, hoje concorren­ do em 14 ca­te­go­r ias. “O Fernando Pini ­c riou re­fe­rên­c ias e transformou-se em um trampolim para a conquista de prê­mios in­ter­na­cio­nais, como o Concurso Latino-​ ­Americano Theo­bal­do De Nigris e o Benny”, diz Hamilton Costa. Para 2011 o mercado pode esperar mu­ danças no regulamento, que é anual­men­te revisto. Mário César, cujo mandato como presidente da Abigraf Na­cio­nal encerra-se no meio do ano, acredita que é chegada a hora para uma mudança mais significati­ va. Para ele, o prêmio atingiu a maturidade, gerando a ­maior festa do setor gráfico, um

14 Clima de festa na entrega do 11-º Prêmio de Excelência Gráfica Fernando Pini, em 2001. (E/D): Silvio Isola, presidente do Sindigraf-SP; Mário César de Camargo, presidente da Abigraf Nacional; Luiz Carlos Gióia, presidente-executivo da ABTG; Max Schrappe, presidente da Conlatingraf; Alfried Plöger, presidente da Abigraf-SP; e Hamilton Terni Costa, presidente do Conselho Diretor da ABTG. 15 Corpo de jurados do 15 -º Prêmio Fernando Pini, constituído por técnicos da área gráfica, de design e de propaganda. À frente, no centro, de terno escuro, o coordenador do júri, Francisco Veloso Filho. 2005. 16 e 17 Trabalhos expostos durante a festa de entrega do 15 -º Prêmio Fernando Pini, no Olympia, 2005. 18 Convidados examinam trabalhos finalistas na noite de entrega do 12-º Prêmio Fernando Pini, em novembro de 2002. 19 e 20 Entrega de troféu e confraternização dos convidados na festa do 19 -º Prêmio Fernando Pini, no Expo Barra Funda, 2009. 21 20 -º Prêmio Fernando Pini, no Expo Barra Funda, 2010.

acontecimento extremamente envolvente que fortalece a relação das di­re­to­r ias das empresas com o chão de fábrica. “O forma­ to dos eventos faz parte de seu sucesso ou fracasso. Com o tempo, qualquer modelo se esgota e acho que esse é um bom momento para mudar, pensar o prêmio do ponto de vista do clien­te da gráfica”. Rei­nal­do Espinosa, presidente execu­ tivo da ABTG, ­apoia-se nas pesquisas de satisfação rea­l i­z a­d as todos os anos para afirmar que a fórmula ain­da não se es­va­ ziou. “Não há nenhuma cerimônia igual no mundo, no setor gráfico, em termos de au­ diên­cia. O julgamento reconhecidamente cri­te­r io­so é que faz com que o prêmio seja tão desejado, cons­ti­tuin­do um modelo ven­ cedor para o qual até hoje não despontou nenhuma alternativa que o iguale”. JANEIRO/ FEVEREIRO 2011  REVISTA ABIGR AF

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Fotos: Alvaro Motta

As trinta e sete melhores de 2010

No final de novembro o setor parou para conhecer as empresas vencedoras do Oscar da indústria gráfica nacional. Das 37 premiadas, sete receberam o troféu pela primeira vez.

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es­pe­cia­li­za­ção foi a grande vencedora da 20 ª‒ edição do Prêmio Fernando Pini. Através dela, a Ipsis desbancou a Facform em rei­na­do que já durava três anos no ­maior número de peças pre­m ia­d as. Na noi­te de 23 de novembro, a equipe da Ipsis foi chamada oito vezes ao palco para receber o cobiçado conta-​­fios dou­ra­do, atingindo uma posição que a gráfica vinha buscando há tempos. Isso não só pelo desempenho no próprio Prêmio de Excelência Gráfica, no qual havia recebido seis tro­féus em 2009, quanto pela participação no Concurso Latino-​­Americano de Produtos Gráficos Theo­ bal­do De Nigris, que a Ipsis lidera há dois anos como a ­maior ganhadora.

O fato de a Ipsis ter optado por tornar-se es­pe­c ia­l is­t a na produção de livros de arte certamente é o elemento decisivo para tais resultados. A empresa saiu vencedora em cinco das sete ca­te­go­r ias que compõem o segmento Livros, conquistando dois Grand Prix (Impressão e Acabamen­ to Edi­to­r ial) também com livros. Comentase que a Ipsis está conseguindo ocupar o espaço dei­x a­do pela Hamburg, gráfica que por mui­tos anos foi sinônimo de excelência na produção de obras sofisticadas, comprada pela R.R. Donnelley em 1999. “Os prê­ mios são um reflexo do trabalho de longo prazo, que estamos desenvolvendo desde 2000. É mui­to gratificante ver a percepção que o mercado tem agora da Ipsis”, afirmou o diretor Fernando Ullmann.


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Com os prê­mios conquistados em 2010, a Ipsis subiu sete posições no ranking geral do Prêmio Fernando Pini, assumindo a 9 ª‒ posição ao lado da Ban­dei­ran­tes e da Stilgraf, e duas no ranking por segmento, na área de Livros. Essa foi, inclusive, a única mudança significativa no ranking geral. As oito pri­mei­ras posições permanecem inalteradas, encabeçadas pela Pancrom, que voltou ao concurso e ficou com três prê­ mios em 2010, Burti, au­sen­te desde 2008, e Facform, segunda melhor colocada em 2010 com cinco tro­féus. Logo atrás ficou a Log & Print, com quatro conta-​­fios, e Brasilgrafica, Laborprint, Plural e Stilgraf, com três prê­m ios, além da já citada Pancrom. Ao todo, 37 gráficas e 12 fornecedores saí­ram vi­to­r io­sos da festa, rea­l i­z a­d a no Expo Barra Funda e mais uma vez comandada pelo jornalista Tadeu Schmidt. Oito estados foram representados: São Pau­ lo, com 23 gráficas; Rio Grande do Sul, com cinco; Paraná, com quatro; e Espirito Santo, Pará, Pa­raí­ba, Pernambuco e Santa Catarina, cada qual levando um prêmio. Caras novas

Das sete gráficas que pela pri­mei­ra vez receberam o troféu em 2010, a P+E Galeria Digital foi o destaque por levar dois prê­mios, um deles o Grand Prix em Acabamento Car­ totécnico com a Cai­xa Personalizada P+E. Na categoria Embalagens Sa­zo­nais sagrou-se vencedora com a Lata Sprite, embalagem produzida para a Coca-​­Cola. A conquista se torna ain­da mais relevante pelo fato de a empresa ter apenas um ano de vida. A gráfica inscreveu cinco peças, das ­quais quatro ficaram entre as finalistas. “Percebemos que o clien­te pro­mo­cio­nal tinha pou­cas opções em acabamento de qualidade para ma­ te­r iais impressos digitalmente. Investimos em pós-​­impressão, tanto em equipamentos quanto em pes­soal, e estamos mui­to sa­tis­ fei­tos com os resultados”, disse Eden Carlos Ferraz, um dos só­cios da P+E. A empresa está se­d ia­da em São Pau­lo e conta com 40 fun­cio­ná­rios, divididos entre as ­­áreas de Premedia e Galeria Digital (gráfica). Não demorou também para a Contiplan ver seu esforço reconhecido. Apesar de estar há 17 anos no mercado, a empresa mudou de foco em 2009, subs­ti­tuin­do a produção de for­mu­lá­r ios con­tí­nuos por im-

pressos de segurança. Isso exigiu uma rees­ tru­tu­ra­ção completa, não só no que tange à tecnologia e know how, quanto à própria cultura da empresa, uma vez que a produção de itens de segurança exige um am­bien­ te mui­to mais restritivo. “Entramos em um mercado concentrado nas mãos de pou­cas e grandes empresas mul­ti­na­cio­nais e a pre­ mia­ção é uma ma­nei­ra de saber que logramos êxito nessa estratégia, consolidando a mudança que fizemos”, comentou Fábio José Alberto, diretor co­mer­cial (ver matéria na página 76). A Contiplan fica na capital pau­l is­ta e seus 60 fun­cio­ná­r ios comemoraram a conquista na categoria Impressos de Segurança com o Certificado de Vistoria, produzido para a Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Ja­nei­ro. Também de São Pau­lo é ou­tra novata no Prêmio Fernando Pini, a MC Cartões, cujo Cartão Noi­te Dou­ra­da, da própria MC, ven-

ceu na categoria Cartões Laminados Impres­ sos em Suporte Plástico. “Dentre os diversos fatores que con­tri­buí­ram para esse resultado podemos destacar a capacidade técnica de nossos colaboradores, pois sem seu conhecimento, cria­ti­v i­da­de e acurado senso crítico, nem mesmo os bons equipamentos de que dispomos se­r iam su­f i­cien­tes”, afirmou Luis Antonio Soa­res da Costa, gerente de produção. A MC Cartões foi fundada há pou­co mais de uma década. Com cerca de 130 fun­cio­ná­r ios, a empresa é es­pe­cia­ li­za­da em cartões magnéticos. Vencedores inéditos de outros estados

Do Rio Grande do Sul temos a Reú­n a e a Martigraf como es­t rean­tes no concurso. Estabelecida na cidade de Veranópolis, a Reú­na produz embalagens e catálogos desde 1980 e há cinco anos entrou no ramo de JANEIRO/ FEVEREIRO 2011  REVISTA ABIGR AF

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rótulos de vinhos e espumantes. Ela foi vi­to­ rio­sa na categoria Rótulos em Au­toa­de­si­vo com Efei­tos Es­pe­ciais, com o Rótulo Don Lau­rin­do Reserva Tannat/Merlot/Cabernet Sau­vig­non. “Essa conquista nos motiva a fortificarmos cada vez mais a nossa atua­ção no mercado”, disse Jamil ­Abraão Garib, diretor co­mer­cial. A Martigraf chegou ao Fernando Pini por intermédio do Prêmio Gaú­c ho de Excelência Gráfica. “Ha­v ía­mos ganhado em 2009, mas acabamos perdendo a data para a inscrição no Fernando Pini. Neste ano, com o ­apoio e orien­ta­ção do Sindigraf, não dei­xa­mos a oportunidade passar”, explicou Tia­go Arau­jo de Mou­ra, diretor. Com apenas dois anos de atividade, a empresa de Ca­x ias do Sul levou a melhor na categoria Impressão Serigráfica com o Display Moran­ guinho Summer, da Grendene Far­rou­pi­l ha. O diretor atribui a vitória ao apuro técnico com o qual a peça foi produzida. Ao invés das 75 ou 90 linhas normalmente usadas na impressão serigráfica desse tipo de produto, a Martigraf con­se­g uiu imprimir com 150 linhas por polegada. Ela emprega 12 fun­c io­ná­r ios e concentra-se na produção de ma­te­r ial de ponto de venda. O trampolim para a capixaba GSA foi igualmente o concurso re­gio­nal vencido em 2010, o Prêmio de Excelência Gráfica Padre José de An­chie­ta. “Para nós foi uma alegria mui­to grande. Só o fato de ficarmos entre os finalistas já nos mostra que estamos no caminho certo”, disse Conrado Viei­ra, diretor co­mer­cial. A GSA fica no polo da indústria gráfica em Vitória (ES), dedicando-se há 40 anos aos setores pro­mo­cio­nal e edi­to­ rial. Com 100 fun­cio­ná­rios, a empresa ficou com o conta-​­fios dou­ra­do na categoria Con­ vites, com o Convite para Exposição Orquídea, da Oficina de Artes Ana Pau­la Castro. A lista de debutantes completa-se com a Delta Publicidade/O Liberal, de Belém, Pará. Desde 2006 vem brigando com O Estado de S. Pau­lo e a Folha de S. Pau­lo na categoria Jor­ nais e em 2010 foi a vez da equipe de O Li­ beral subir ao palco. “O Liberal foi precursor no uso da cor. Desde 2005 trabalhamos com uma impressora rotativa híbrida, imprimindo em heat­set e coldset, sem contar os investimentos em pré-​­impressão”, comenta João Pojucam de Mo­raes Filho, diretor in­ dus­trial (veja página 74). “O prêmio confirma que estamos no rumo correto.” Pojucam REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

COMISSÃO JULGADORA

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Coordenador Geral: Francisco Veloso Filho Jurados: Abrahão Vicente da Silva (Agfa Ge­vaert) u Albino Nunes de Carvalho (Ahlstrom Brasil) u Alessandro de Sou­sa Nascimento (Sun Chemical) u Alexandre dos Santos Cabral (O Colorista Comércio) u Alexandre Maltez (Senai “Theo­bal­do De Nigris”) u Aline Valli (Cosac ­Naify) u Ana Cristina Pedrozo Oli­vei­ra (­Idéias Mix) u André Lam (Senai “Theo­bal­do De Nigris”) u André Liberato (Konica Minolta) u Antônio Aparecido Perez (Kodak da Amazônia) u Antônio Francisco Mo­rei­ra Martins (Autônomo) u Antônio G. C. de Menezes (Day Brasil) u Antônio Pau­lo (Senai “Ba­rue­ri”) u Aria­ne Fernandes (Ahlstrom Brasil) u Bruno Arruda Mortara (Prata da Casa) u Bruno Cia­lo­ne (Antalis) u Bruno Lu­cia­no Villardo Martins (OZ Design) u Caio Vi­ni­cius Sanjurjo (GST Graphic) u Carlos Alberto Perazolo (Senai “Fundação Zerrenner”) u Carlos Chahes­tian (Hei­del­berg) u Carlos Fernando Fer­rei­ra Mosquera (Rota Mosquera) u Carlos Navarro Gomes (Consultor) u Célio Silva (Overlake) u Celso Armentano (Sun Chemical) u César Augustus Rio Corrêa (Senai “Fundação Zerrenner”) u Ch­ris­tia­na Dib Marques (Laboratório SSJ) u Cláu­dia Cristina dos Santos Rodrigues (Autônoma) u Cláu­dio Júlio Cor­reia (Senai “Ba­rue­ri”) u Clei­be Pinto (Senai “Ba­rue­ri”) u Cynthia ­Braik (Téam Crea­tif) u Da­niel­la Cou­to (PH2) u Denys Wilhan Perez (Fuji Film Hunt) u Dio­go Coe­lho de Al­mei­da (Coe­lho Castro Consulting) u Donizeti de Carvalho Baptista (Senai “Theo­bal­do De Nigris”) u Dou­glas Soa­res Gue­des (T&C) u Edgard Lei­te (Arbo) u Eduar­do de Macedo (Electronic Graphic So­lu­tions & Services) u Elvis Rodrigues (Fibria) u Emerson Viot­to Lambert (Senai “Ba­rue­ri”) u ­Enéias Nunes da Silva (Senai “Theo­bal­do De Nigris”) u Erika Casotti (Arbo-Im) u Erika Dias Ci­fuen­te (Senai “Theo­bal­do De Nigris”) u Eurico Melo Filho (Agfa Ge­vaert) u Fa­bia­na Borges (ITW Chemical) u Fabio Uva Constantino (Antalis) u Fabio Soa­res (Furnax) u Felipe Car­nei­ro de França (Fibria) u Felipe José Lindoso (ZLF Assessoria) u Felipe Wagner da Silva Consiglio (Senai “Theo­bal­do De Nigris”) u Fernanda ­Kairys Soa­res (IBF) u Flávio de Andrade Costa (GMG Color) u Francisco Calado (Autônomo) u Gerson Gui­ ma­rães (Sun Chemical) u Gui­lher­me Mo­rei­ra D’Assunção (Senai “Theo­bal­do De Nigris”) u Helene C. Coe­lho Fernandes (Senai) u Igor Andrade de Sou­za Lima (Senai “Ba­rue­ri”) u Ivone de Castro (UTFPR) u Jai­ro Oli­vei­ra Alves (Senai “Theo­bal­do De Nigris”) u Ja­nai­na Gomes de Si­quei­ra (Instituto Sou da Paz) u Jefferson Zompero (Senai “Theo­bal­do De Nigris”) u João Ma­noel Qua­dros Barros (ESPM/Mackenzie) u Jomar Henrique da Silva (Senai) u Jonathan Gei­ger (Color Ink) u José Henrique Valério (Uninove e Verus Comunicação) u José Ka­tao­ka (Flint Ink) u Ju­lia­na Coe­lho (Senai “Theo­bal­do De Nigris”) u Ju­lia­na Cristina Harris Troti (Universidade Metodista) u Ju­lia­na Penhorate (Pre­mia­ta) u Ju­lia­no Henrique Bodão (Senai “Curitiba”) u Júlio César de Oli­vei­ra (GST) u Karina Sanchez de Oli­vei­ra Vivêncio (Senai “Ba­rue­ri”) u Kazuyo Yamada (ESPM, FAAP) u Lau­ro Capellari (FMU) u Lau­ro Ri­bei­ro Jú­nior (Senai “Theo­bal­do De Nigris”) u Lean­dro Thia­go Reis (A. Ulderigo Rossi) u Lester Velasquez Rubia Rubinho (Hostmann-​­Stein­berg) u ­Leury Gia­co­me­li (Senai “Ba­rue­ri”) u Lígia Rovere (Unilever) u Li­lian Xa­vier de Mo­raes (Senai “Gaspar Ricardo Jú­nior”) u Luca Cia­lo­ne (­Screen USA) u Lucimara Ri­bei­ro de Andrade (Senai “Theo­bal­do De Nigris”) u Lui­le­ne Vasconcellos Lang (Du­buit do Brasil) u Luís Felipe Pe­rei­ra Borges da Cunha (Kodak) u Luiz Antônio Bernardes Coe­lho (BestPaper) u Luiz Antônio Caropreso (Consultor) u Ma­noel Bononato Munõz (Senai “Theo­bal­do De Nigris”) u Márcio Antônio Uva Constantino (Refinaria da Imagem) u Márcio Cláu­dio Corrêa (Senai “Ba­rue­ri”) u Marco Antônio Barbosa Pe­rei­ra (Senai) u Marcos Jesus da Silva (Emeprint) u Maria Bernardete Toneto (Unicid) u Mário Pacheco (Senai “Theo­bal­do De Nigris”) u Mau­rí­cio Barros (Arbo) u Natália Fernandes Polato (Overlake) u Oscar Fernando Alvarez Bolzan (Rapp Brasil) u Pau­lo César Bernardino (Klabin) u Pedro Augusto Casotti (Consultor) u Pedro Gargalaca Filho (Coralis) u Pedro Rezende (Flint Ink) u Priscila Tei­xei­ra Raldi (Konica Minolta) u Ra­fael Andrade Costa (Senai “Ba­rue­ri”) u Raquel ­Braik Pe­drei­ra (Morya Comunicação e Propaganda) u Raquel Carletti (B+G Designers) u Renato Ignacio (Senai “Ba­rue­ri”) u Ricardo Minoru Horie (Bytes & Types) u Rober Silva de Al­mei­da (Grupo Printcor) u Robert Waker (Unip) u Robie Braga da Cruz (­Speed Collor) u Robson Sanchez (Apolo) u Rodolfo Magalhães Ferrarezi (Sun Chemical) u Rodrigo Ferrari Polo (Alphaprint) u Rodrigo ­Kairys Soa­res (Antalis) u Rodrigo Sant’Anna Bardini (Hei­del­berg) u Rogério Donizeti Rezende (Sieg­werk) u Rogério Gomes da Silva (Hostmann) u Ronaldo Magalhães (Dezz Digital) u Salvador Sindona (Alphaprint) u Sandra Regina Pimentel Leal (Suzano) u Seles Rocha da Silva (Hei­del­berg) u Sérgio Barbosa de Oli­vei­ra (Senai “Theo­bal­do De Nigris”) u Sérgio de Frei­tas Reis (Escola B) u Sérgio Puga (Senai “Fundação Zerrenner”) u Sérgio Roberto de Jesus (Fujifilm) u Sílvio N. Silva (Autônomo) u Simone Ferrarese (Senai “Theo­bal­do De Nigris”) u Talita Benite Ri­bei­ro (Antalis) u Thia­go Costa de Oli­vei­ra (Senai “Ba­rue­ri”) u Vi­ní­cius Nato Portilho Machado (Imprima) u Vi­via­ne Regina Pe­rei­ra (Consultora) u Wagner Quin­ti­no de Melo Alves (Antalis) u Waleska Chagas S. Pacheco (UTFPR) u Wellington Pe­rei­ra dos Santos (Senai “Fundação Zerrenner”) u Wilson Pe­rei­ra da Silva (WPS)

também comemorou o fato de ou­tro jornal da pa­raen­se Delta Publicidade, o Amazônia, ter ficado entre os finalistas. Na pre­m ia­ç ão para os fornecedores, mais uma vez a Suzano ficou com dois conta-​­fios, assim com a HP se destacou em duas ca­te­go­r ias. Doze empresas foram ho­me­na­ gea­d as. A festa, patrocinada pelo Sebrae Na­cio­nal, In­ter­na­tio­nal Paper, Kodak, Xe-

rox, Agfa, Antalis, Cromos, Ibema, Fibria, Goss, Grupo Bignardi, Konica Minolta/ ProdImage, Hei­del­berg, Henkel, HP, Müller Martini, Real Graphics e SunChemical, foi encerrada com show dos Titãs. Em seguida apresentamos aos leitores os rankings geral e por categorias, assim como todos os trabalhos vencedores na 20 ª‒ edição do prêmio. 


É verdade, são prêmios diferentes. Mas a FacForm tinha que aproveitar a viagem. Os Theobaldos foram conquistados em Cancún, no México, e vieram para o Brasil, aterrissando em São Paulo. Então, aproveitando a viagem, trouxemos para casa os 5 Theolbados e mais os 5 Pini que conquistamos este ano. Mais uma vez, tivemos que pagar excesso de bagagem. FacForm, a gráfica mais premiada do Brasil. Entre as melhores do mundo.


Ranking Geral do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini 1991–2010 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º

17º

18º

19º

20º

21º

22º

23º

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EMPRESA 91–00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 TOTAL Pancrom 21 6 9 9 8 9 12 2 5 — 3 84 Burti 24 9 7 — — — — 7 — — — 47 Facform — — 1 2 2 6 6 10 6 7 5 45 RR Donnelley 25 3 1 2 3 — 1 — 2 1 1 39 Log & Print /Globo Cochrane 8 — 1 1 2 2 4 3 4 3 4 32 Brasilgrafica 13 2 1 2 1 2 — 1 1 3 3 29 Quebecor/Melhoramentos 20 2 1 2 — — — — — — — 25 Relevo Araujo 16 1 — — 1 1 — — — — — 19 Bandeirantes/Sesil 14 1 — — — — — — 1 — 1 17 Ipsis — — — — — 1 — — 2 6 8 17 Stilgraf 3 — 2 — 1 3 1 1 2 1 3 17 Ibep — — — — — 1 2 3 4 4 2 16 Kriativa/Litokromia 5 1 — 6 1 — — — 2 — 1 16 Plural — — 1 2 2 1 1 1 1 4 3 16 Araguaia/Padilla 13 1 — — — — 1 — — — — 15 Abril 7 1 3 1 — — — — 1 — — 13 Escala 7 6 1 — — 1 — 1 1 — 2 — 12 Prol/Oesp 8 1 — 1 1 — — 1 — — — 12 ABNote / Interprint 8 1 — — — 1 1 — — — — 11 Rami 1 1 1 1 1 1 2 — 1 1 1 11 Antilhas 1 2 2 1 1 1 — — — 2 — 10 Inapel 5 — — — — — 2 — 1 1 1 10 Geo-Gráfica — — 1 — 2 2 2 — 2 — — 9 Laborprint — 1 — 1 — — 1 1 1 1 3 9 Makro Kolor 4 — — — 1 2 1 1 — — — 9 Oceano — — 2 2 4 — 1 — — — — 9 Ótima 2 1 — 1 1 1 1 1 — — 1 9 Sky — — — — — 2 1 1 3 2 — 9 8 Aquarela 4 1 — — — — — 1 2 — — Gegraf 1 — — 2 1 1 — 1 1 1 — 8 Metalúrgica Prada 2 1 — 1 — 1 1 1 1 — — 8 O Estado de S. Paulo 2 — — 1 1 1 1 1 — 1 — 8 Santa Inês 5 — — — — 1 2 — — — — 8 43 Gráfica 7 — — — — — — — — — — 7 Empax (Peeqflex) — 1 1 1 1 1 — 2 — — — 7 Ibratec 1 — — — 2 2 — 1 — — 1 7 Photon 1 1 1 1 3 — — — — — — 7 Posigraf 1 — — — — 2 1 — 1 1 1 7 Vifran 7 — — — — — — — — — — 7 Formato 2 — — — 1 2 1 — — — — 6 Impresul 2 1 1 1 — — — — 1 — — 6 Mais Artes Gráficas — — — — — 1 1 1 1 1 1 6 SM 6 — — — — — — — — — — 6 Toyster 6 — — — — — — — — — — 6 BMK 3 — 1 — 1 — — — — — — 5 Congraf 3 — 1 1 — — — — — — — 5 Degráfica — — — — — — — — 1 2 2 5 Gonçalves 4 — 1 — — — — — — — — 5 Magistral 1 — — — — — — 3 — — 1 5 Paranaense 5 — — — — — — — — — — 5 Rosset 2 — — — — — — 1 1 1 — 5 Silfab 2 — 1 — — — — — 1 — 1 5 Águia 2 — — 1 — — — — — 1 — 4 Arizona — — — 1 1 1 1 — — — — 4 Calcografia 3 — — 1 — — — — — — — 4 Color-G 3 — — 1 — — — — — — — 4 Dom Bosco 2 — 1 — 1 — — — — — — 4 Grafiset — — — — — — — 1 1 1 1 4 4 Ipê 1 — — — — 1 1 1 — — — Maredi 4 — — — — — — — — — — 4 Margraf 4 — — — — — — — — — — 4 Ogra — — 2 — — — 1 — — 1 — 4 Paper Express 2 — 1 — 1 — — — — — — 4 Print Press — 1 1 1 — — 1 — — — — 4 Santa Marta 2 — — — — — — — — 1 1 4 Shellmar 4 — — — — — — — — — — 4 Wertvool 4 — — — — — — — — — — 4 Atrativa — — — — — 1 — — 1 1 — 3 Automação — — — — — — — — 1 1 1 3 Casa da Moeda — — — — — — — 1 1 1 — 3 Corgraf — — — — — — 1 — 1 — 1 3 Corprint — — — — — — — 2 — 1 — 3 Escola Senai 3 — — — — — — — — — — 3 Grupo Artes 2 — — — — — — — 1 — — 3 Jofer 1 1 — — — — 1 — — — — 3 Kingraf 2 1 — — — — — — — — — 3 Laborgraf 2 — — — — — — 1 — — — 3 Metalúrgica Matarazzo 3 — — — — — — — — — — 3 Origami 2 — 1 — — — — — — — — 3 Plasc — — — — — — — 1 1 — 1 3 Printpack 3 — — — — — — — — — — 3 Prodesmaq 1 — — 1 1 — — — — — — 3 Tarfc — — — — — — — — — 1 2 3 Tilibra 3 — — — — — — — — — — 3 UVPack — — 2 — — — 1 — — — — 3 A Notícia 1 — 1 — — — — — — — — 2 Agdirect/Alphagraphics — — — — — — — — — 1 1 2 Artpress 2 — — — — — — — — — — 2 Bartira 2 — — — — — — — — — — 2 2 Cromosete 1 — — — 1 — — — — — —

REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

EMPRESA Digital Arte Divisa Efeito Graph Efeito Visual Folha da Manhã Hobby Ideal Idealgraf Imagem Brasil Imagem MKT Imprensa Oficial M.W. Barroso Matiz Mattavelli Maxigráfica Merchan Designer Neoband O Globo P+E Prakolar Rigesa Rona RWA Sarapuí Tyrex Ultrapress/Alpha 24º Alcobac Ápice Athalaia Ativa Box Print Caderbrás Caeté Cartonagem Hega Colorpixel Cometa Compulaser Contiplan Converplast Corset Delta Publicidade Digital Impressão Dixie Toga Dois A Publicidade DRQ Ediouro Empr. Artes e Projetos Flamar GH Gráfica e Editora GSA Gráfica Escolar Gráfica Reúna Grafitusa Grafon’s Cards Graphos Infoglobo Intelcav Internacional Jandaia /Bignardi Jelprint Kartoon Kards Leitura e Arte Lis Litocomp Mácron Martigraf Matesc MC Cartões Midiograf Minister Novelprint Papéis Amália Post Script Prime Printers Ral Print Real Steel Ricargraf Romiti São Francisco Sutto The Image Press Tuicial UBEA Ultraprint Ultraset Vektra Vox WS Real Print Ycar York

91–00 — — — — 1 2 — — — — — 1 2 2 — — — 2 — — — — — — 2 — — 1 — 1 — 1 — — — — — — 1 — — — 1 1 1 — 1 — — — 1 — — 1 1 — — — — — — — 1 — 1 — — — — — — — 1 — — — — 1 — — — — — — 1 — 1 — 1 —

01 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — — — — — 1 — — — 1 — — — — — — — — — — — — — — — — — — —

02 — — 1 — — — — — — — — 1 — — — 1 1 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — 1 — —

03 1 — 1 — — — — 1 — — — — — — — 1 — — — 1 — — — — — — — — 1 — — — — 1 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1 — 1 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1

04 — — — — — — — — — 1 — — — — — — — — — 1 1 — — 1 — — 1 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — — —

05 1 — — — — — — 1 — 1 — — — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1 — 1 — — — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — — — — — — 1 — — — — 1 — — — — — — — — — — —

06 — — — — — — 1 — — — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — 1 — — — — — —

07 — 1 — — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — — 1 — — — — — — — — — 1 — — 1 — — — 1 — — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — — — — — 1 — — 1 — — — — — — —

08 — 1 — — 1 — 1 — 1 — — — — — 1 — 1 — — — — 1 — — — 1 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — — — — — 1 — — — —

09 — — — 1 — — — — 1 — 1 — — — — — — — — — — 1 1 — — 1 — — — — — — — — 1 — 1 — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1 — — — — — — 1 — — — — — — — 1 — — — 1 — — — — — — — — — — — — — —

10 TOTAL — 2 — 2 — 2 1 2 — 2 — 2 — 2 — 2 — 2 — 2 1 2 — 2 — 2 — 2 — 2 — 2 — 2 — 2 2 2 — 2 — 2 — 2 — 2 — 2 — 2 — 2 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 1 1 — 1 — 1 1 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 1 1 — 1 1 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 1 1 — 1 1 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1 — 1


7 Makro Kolor 8 Aquarela

Ranking do Prêmio de Excelência Gráfica Fernando Pini por Segmento 1991–2010 3 Araguaia/Padilla 4 Oceano

1 RR Donnelley 2 Pancrom

635 590

3 Quebecor/Melhoramentos 250 4 Ipsis 210 5 Prol/Oesp 190

Pancrom 5 Bandeirantes/Sesil 6 Ibep 7 Ipsis 8 Burti

145

12 Rosset 13 43

IDENTIFICAÇÃO

140

110

11 Impresul

100

Laborprint

70

13 Laborgraf 14 Ipsis

65

14 Sarapuí 15 Congraf

60

175

100

3 Degráfica

110

Jofer

55

110

55

16 Plasc 17 Gegraf

70

70

270

Sky

100

Photon

1 Rami 2 Brasilgrafica

60

115

75

110

140

120

9 Litokromia/Kriativa 10 Silfab

12 Águia

LIVROS

130

50

Sky

60 60

15 Araguaia/Padilla Toyster

55 55

6 Geo-Gráfica 7 Burti

160

Posigraf

35

4 Prakolar 5 Prodesmaq

145

Prol/Oesp

35

6 Makro Kolor

40

8 Bandeirantes/Sesil 9 Imprensa Oficial

120

9 Aquarela

30

Paranaense

40

65

Ediouro

30

7 43

35

Tarfc 8 Artpress

30

Corset

40

30

Efeito Graph

30

Margraf

40

Quebecor/Melhoramentos

40

35

80 60

10 Corprint 11 Cromosete

55

Margraf

30

50

RR Donnelley

30

Matesc

50

12 Facform 13 Formato

40

Posigraf

35

Santa Marta

20

25

Santa Marta

35

São Francisco

20

Mack Color

25

35

10 Arizona Quebecor/Melhoramentos 11 Coronário

35

45

Magistral 18 Kingraf 19 Metalúrgica Matarazzo Papéis Amália 20 Caeté

45 40

Ogra

35

Printpack

35

25

Brazicolor

30

Hega

30

25

Grafitusa

30

Rigesa

30

20

Pancrom

30

9 Águia

16 Relevo Araujo 17 Maredi

50 45 45

18 Corgraf

45 40

25

19 Posigraf 20 Formato

30

Box Print

25

21 Bandeirantes/Sesil

25

Dixie Toga

25

Mácron

25

Real Steel

25

Midiograf

25

Ultraprint

25

21 Alcan

35

30

12 Athalaia

15

Novelprint

25

Bartira

30

Facform

15

10 M.W. Barroso

20

22 Agaprint

20

Corgraf

30

O Estado de S. Paulo

15

Ral Print

20

Burti

20

22 Atrativa

20

Stilgraf

30

13 Color G

10

Tyrex

20

Celocort

20

Color G

20

15 Aquarela

25

Congraf

10

11 Cometa

15

Flamar

20

Congraf

20

Escolas Salesianas

25

Corgraf

10

Inapel

15

Matttavelli

20

Efeito Graph

20

Litokromia

25

DRQ

10

Midiograf

15

Printpack

20

Grafitusa

20

20

Fabracor

10

Peeqflex

15

23 Aymorés

15

RR Donnelley

20

Laborgraf

20

Laborgraf

10

RR Donnelley

15

Cia. Brasileira de Latas

15

Santa Marta

20

Lis

20

Laborprint

10

Tekne

15

Laborprint

15

Unibrac

20

Makro Kolor

20

Maisgraf

10

Ultraprint

15

Nobelplast

15

15

Makro Kolor

10

12 Aquarela

10

Nova Página

15

Hobby Supervac

15

Araguaia/Padilla

15

Plural

10

Automação

10

Ricargraf

15

Holográfica

15

Atrativa

15

Rona

10

Color G

10

Romiti

15

Maxigráfica

15

Flamar

15

Stilgraf

10

Estrela

10

RWA

15

Minister

15

Graphos

15

Fascreen

10

SR

15

Neoband

15

Gonçalves

10

24 Águia

10

Papéis Amália

15

Gráfica Reúna

10

Ápice

10

Paper Express

15

14 Abril

16 Ibep

17 Águia

18 Bigraf

10

DBA Dorea Books

10

Efeito Graph

10

Empresa de Artes

10

Escala 7

10

Gráfica e Editora GSA

10

Ideal

10

Impresul

JORNAIS

23 Coronário

15

1 O Estado de S. Paulo 2 Plural

155

Ipê

10

Color G

10

Tarfc

15

100

Planner

10

Converplast

10

24 Alcobac

10

3 Folha da Manhã 4 Bandeirantes/Sesil

95

Rhoss

10

Estética

10

Arizona

10

60

Soft Color

10

Idealgraf

10

Athalaia

10

45

Stampgraf

10

Igel

10

Comunicare

10

10

5 Posigraf 6 A Notícia

40

Tuicial

10

Litografia Bandeirantes

10

Fabracor

10

Laborprint

10

Pancrom

40

Litokromia/Kriativa

10

GH

10

Laser Print

10

35

Matiz

10

Gráfica e Editora GSA

10

Magistral

10

Paranaense

10

Ideal

10

Maxigráfica

10

Ibep

30

Midiograf

10

Info Globo

30

Neoband

10

Pia Sociedade

10

São Francisco

10

Senai

10

Jornal do Commércio

20

Sig

10

Log & Print/Globo Cochrane

20

TypeBrasil

10

Ogra

UBEA

10

11 Atrativa

REVISTAS 1 Log & Print/Globo Cochrane 305 2 Abril 280

7 Araguaia/Padilla 8 Burti

30

ACONDICIONAMENTO 1 Brasilgrafica 2 Inapel

350

P+E

10

Imagem MKT

10

215

Rona

10

Impresagraf

10

3 Antilhas 4 Metalúrgica Prada

200

Rosni

10

Ingra

10

160

Ultrapress/Alpha

10

Laser Print

10

5 Peeqflex / Empax 6 Santa Inês

155

Zaraplast

10

Litocomp

10

145

Ótima

10

140

Pallotti

10

20

7 Ibratec 8 Pancrom

Primacor

10

15

9 Facform

100

Lis

15

Vifran

100

12 Ediouro

10

90

Escobar

10

10 Shellmar 11 Escala 7

Margraf

10

9 O Globo Prol/Oesp 10 Delta Publicidade

25 25 20

125

80

Gonçalves

80

W.S. Real

80

PROMOCIONAL 1 Pancrom 2 Burti

595

Prosign

10

315

RWA

10

3 Escala 7 4 Stilgraf

285

Trindade

10

280

Typelaser

10

270

York

10

5 Facform 6 Gegraf

150

COMERCIAL

Critérios utilizados na pontuação Fo­ram com­pu­ta­dos 10 pon­tos para cada pri­mei­ro lu­gar con­quis­ta­do des­de a pri­mei­ra edi­ção do prê­mio, em 1991. As men­ções hon­ro­sas, cri­té­rio vá­li­do até 1997 e, de­pois, os se­gun­do e ter­cei­ro lu­ga­res, que vi­go­ra­ram até 2000, re­ce­be­ram 5 pon­tos cada. Os fi­na­lis­tas, na for­ma­ta­ção ela­bo­ra­da a par­tir de 2001, so­mam 5 pon­tos, ex­ ce­tuan­do as em­pre­sas ven­ce­do­ras, que re­ce­bem os 10 pon­tos. O ranking completo está disponível no www.abigraf.org.br

1 ABNote/ Interprint Relevo Araujo 2 Ótima 3 Águia

265 265 205 165

JANEIRO/ FEVEREIRO 2011  REVISTA ABIGR AF

37


4 RR Donnelley 5 Ipê

160

23 São Francisco

15

140

TypeBrasil

15

6 Tilibra 7 Facform

105

115

Vektra 24 Agaprint

10 Ogra 11 Aquarela

25

15

Corgraf

20

10

Gonçalves

20

1 Sutto 2 Imagem Digital Brasil

40 20

20

3 GH 4 Martigraf

15

Tekne

10

105

Arizona

10

Relevo Araujo

20

100

Bahia

10

Stilgraf

20

Calcografia

100

Bignardi

10

Tarfc

9 Pancrom 10 Dom Bosco 11 Print Press

85

Brasilgrafica

10

80

Caderbrás

10

Box Print

15

SM Gráfica 8 BMK

12 Águia

75

Efeito Visual

10

Compulaser

15

70

Fotolito Grafa

10

Divisa Editora

15

65

Gráfica e Editora GSA

10

Efeito Visual

15

65

Intelcav

10

Makro Color

15

14 Casa da Moeda

60

Laborgraf

10

Maxi

15

Grupo Artes

60

Midiograf

10

UVPack

15

13 Atrativa

10

12 Quebecor/Melhoramentos 13 Litokromia/Kriativa Origami

IMPRESSÃO SERIGRÁFICA

20

35

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Arizona

3 Rosset 4 Pancrom

55

Stilgraf

15

40

2 Colorpixel

10

10

Positiva

10

Grafdil

10

5 Burti 6 Antilhas

25

45

Potyguara

10

Grafitusa

10

UVPack

25

18 Automação

40

Prime Printers

10

Halley

10

7 Facform

20

Grafiset

40

Prospecto

10

Hega

10

Quebecor/Melhoramentos

20

Makro Kolor

40

Sulforms

10

Imprensa Oficial

10

Wertvool

20

Stilgraf

40

Sutto

10

Internacional Gráfica

10

19 Formato

35

Tekne

10

Laborprint

10

Sky

35

Ultraprint

10

Litokromia

10

Bandeirantes/Sesil

10

35

Ultraset

10

Maredi

10

Box Print

10

30

Vox

10

Mattavelli

10

Geográfica

10

30

Graphon

30

Ibratec

10

10

Litokromia

10

Quebecor/Melhoramentos

10

Matiz

10

1 Plural 400 2 Log & Print/Globo Cochrane 250 3 Oceano 145

Tuicial

10

Prol/Oesp

10

Ultrapress/Alpha

10

Rigesa

10

Van Moorsel

10

Color G

25

4 Ibep 5 Burti

Corgraf

25

6 Araguaia/Padilla

Flamar

25

Laborprint

25

Maredi

25

Photon

25

Ycar

120 40

Quebecor

40

7 Posigraf 8 Abril

35 30 25

25

22 Idealgraf

20

11 Ediouro

15

Impresul

20

Jelprint

20

MC Cartões

20

Paper Express

20 15

Contiplan

15

Efeito Graph

15

GH

15

Holográfica

15

Ipsis

15

Margraf

15

Minister

20

1 Paper Express 2 Ibep 3 Laborprint 4 RWA 5 Log & Print/Globo Cochrane 6 Agdirect 7 Digital Impressão 8 Digital Arte

PRODUTOS PRÓPRIOS 1 Pancrom 2 Facform

IMPRESSÃO DIGITAL

200 110

1 RR Donnelley 2 Pancrom 95 80

3 Brasilgrafica 4 Geográfica

70 50 40 30

Ipsis

30

55

5 Burti

20

50

Facform

20

45

Quebecor/Melhoramentos

20

Wertvool 6 Alcan

20

30

Facform

30

Antilhas

10

9 Makro Kolor 10 Tarfc

20

Arizona

10

15

Bandeirantes/Sesil

10

11 Divisa

10

Ibratec

10

10

3 Antilhas 4 Mais Artes Gráficas

80 70

Imagem MKT

10

Jofer

10

5 Burti 6 Ipsis

65

Leitura e Arte

10

Litokromia

10

50

Neoband

10

Magistral

10

40

P+E

10

Matiz

10

15

7 Posigraf 8 Vektra

35

Pix

10

P+E

10

Nova Grafons

15

9 Flamar

30

Prodesmaq

10

Prol/Oesp

10

Posigraf

15

Formato

30

Tecnicópias

10

Rosset

10

R.S. de Paula

15

Impresul

30

The Image Press

10

Stilgraf

10

fornecedores premiados Adesivos Colacril Blanquetas Day Brasil Cartão para Impressão com e sem Revestimento Suzano

38

Chapas para Impressão Fujifilm (Antalis)

Equipamentos para Acabamento Gráfico Müller Martini

Equipamentos para Impressão Rotativa Goss International

Equipamentos para Impressão Digital HP

Equipamentos para Pré‑Impressão Kodak

Equipamentos de Impressão Plana Heidelberg

Papel para Impressão – Não Revestido Fibria

REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

Papel para Impressão – Revestido Suzano Sistema de Provas HP Tintas Sun Chemical Vernizes Overlake

15

Empresas premiadas em 2010 8 PRÊMIOS ◆◆ Ipsis Gráfica e Editora 5 PRÊMIOS ◆◆ Facform Impressos 4 PRÊMIOS ◆◆ Log & Print Gráfica e Logística 3 PRÊMIOS ◆◆ Brasilgrafica Indústria

e Comércio

◆◆ Laborprint Gráfica

e Editora

◆◆ Plural Editora e Gráfica

70

35

15

◆◆ Pancrom Indústria Gráfica

ATRIBUTOS TÉCNICOS

45

9 Margraf 10 Bandeirantes/Sesil

23 Congraf

10

10

30 25

15

Positiva

Toyster 21 Burti

30

8 Abril 9 Alcan

Photon

30

1 Abril

35

ROTATIVA

Kartoon Kards 20 Senai

CONFORMIDADE COM A NORMA NBR ISO 12647-7

70

Pia Sociedade

30

15

80

55

Coronário

55

1 Brasilgrafica 2 RR Donnelley

50

Bandeirantes/Sesil

1 Log & Print/Globo Cochrane 2 Rona

10

15 Mais Artes Gráficas 16 Ogra 17 Jandaia/ Bignardi

Wertvool 20 Aquarela

CONFORMIDADE COM A NORMA NBR ISO 12647-2

◆◆ Stilgraf Artes

Gráficas e Editora

2 PRÊMIOS ◆◆ Degráfica Impressos ◆◆ Ibep Gráfica ◆◆ P+E Galeria Digital ◆◆ Tarfc Indústria Gráfica 1 PRÊMIO ◆◆ Agdirect/ Alphagraphics ◆◆ Automação Comércio e Indústria de Impressos ◆◆ Contiplan Indústria Gráfica ◆◆ Corgraf Gráfica e Editora ◆◆ Delta Publicidade ◆◆ Efeito Visual ◆◆ Gráfica e Editora GSA ◆◆ Gráfica e Editora Posigraf ◆◆ Gráfica Bandeirantes ◆◆ Gráfica Magistral ◆◆ Gráfica Rami ◆◆ Gráfica Reúna ◆◆ Gráfica Silfab ◆◆ Grafiset Gráfica e Serviços de Offset ◆◆ Ibratec Artes Gráficas ◆◆ Imprensa Oficial do Estado de São Paulo ◆◆ Inapel Embalagens ◆◆ Kriativa/Litokromia ◆◆ Mais Artes Gráficas e Editora ◆◆ Martigraf Soluções Impressas ◆◆ MC Cartões Plásticos ◆◆ Ótima Gráfica ◆◆ Plasc – Plásticos Santa Catarina ◆◆ RR Donnelley Moore Editora e Gráfica ◆◆ Gráfica Santa Marta



LIVROS Livros de Texto Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Produto: File 10 Anos Cliente: Imprensa Oficial do Estado

Livros de Texto Imprensa Oficial do Estado de São Paulo

Livros Culturais e de Arte Ipsis Gráfica e Editora

Livros Culturais e de Arte Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Maria Martins” Cliente: Cosac & Naify Edições Livros Institucionais Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “100 Anos Theatro Municipal do Rio de Janeiro” Cliente: Brasilcap Capitalização Livros Infantis e Juvenis Ipsis Gráfica e Editora Produto: Coleção Ache o Bicho “Correndo a Todo Vapor...” Cliente: Cosac & Naify Edições Livros Ilustrados e Livros Técnicos Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Água, Alma das Paisagens” Cliente: Eco Souvenir

Livros Infantis e Juvenis Ipsis Gráfica e Editora

Livros Institucionais Ipsis Gráfica e Editora

Livros Didáticos Pancrom Indústria Gráfica Produto: Ecossistemas Mod. Aluno e Professora Cliente: Sangari do Brasil Guias e Manuais Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro “Guia São Paulo Life” Cliente: Siquini Gráfica Editora e Fotolito

Livros Didáticos Pancrom Indústria Gráfica Livros Ilustrados e Livros Técnicos Ipsis Gráfica e Editora Guias e Manuais Ipsis Gráfica e Editora

40 REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011


REVISTAS Revistas Periódicas de Caráter Variado sem Recursos Gráficos Especiais RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Revista Chiques & Famosos Cliente: Editora Símbolo Revistas Periódicas de Caráter Variado com Recursos Gráficos Especiais Gráfica e Editora Posigraf Produto: Revista Yachtbrasil Cliente: YB Revenda de Barcos

Revistas Periódicas de Caráter Variado sem Recursos Gráficos Especiais RR Donnelley Moore Editora e Gráfica

Revistas Infantis ou de Desenhos Log & Print Gráfica e Logística Produto: Marvel Especial 18 Cliente: Panini Brasil Revistas Institucionais Ibep Gráfica Produto: Revista Artefacto Beach & Country nº 2 Cliente: Euromobile Interiores

Revistas Periódicas de Caráter Variado com Recursos Gráficos Especiais Gráfica e Editora Posigraf

Revistas Infantis ou de Desenhos Log & Print Gráfica e Logística

JORNAIS Jornais Diários Impressos em Coldset Delta Publicidade Produto: O Liberal Cliente: Delta Publicidade

Revistas Institucionais Ibep Gráfica

Jornais de Circulação Não Diária Ibep Gráfica Produto: Revista C&A – abril – edição 2 Cliente: Trip Editora e Propaganda

Jornais Diários Impressos em Coldset Delta Publicidade

Jornais de Circulação Não Diária Ibep Gráfica

41 JANEIRO/ FEVEREIRO 2011  REVISTA ABIGR AF


PRODUTOS PARA IDENTIFICAÇÃO Rótulos Convencionais sem Efeitos Especiais Gráfica Rami Produto: Rótulo, Contrarrótulo e Gargalo Cerveja St. Gallen Cliente: Comary Indústria Brasileira de Bebidas

Rótulos Convencionais com Efeitos Especiais Degráfica Impressos

Rótulos Convencionais com Efeitos Especiais Degráfica Impressos Produto: Rótulo Vinho di Bartolo Cliente: Cooperativa Vinícola Garibaldi Rótulos em Autoadesivo sem Efeitos Especiais Degráfica Impressos Produto: Café Amigo Premio Cliente: Cia Iguaçu de Café Rótulos em Autoadesivo com Efeitos Especiais Gráfica Reúna Produto: Rótulo Don Laurindo Reserva Tannat / Merlot / Cabernet Sauvignon Cliente: Vinícola Don Laurindo

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Nova diretoria

Empresário de Ribeirão Preto é o novo presidente da Abigraf-SP Levi Ceregato, novo presidente da Abigraf Regional São Paulo, está otimista em relação ao setor e aposta na qualificação profissional para a valorização do trabalho gráfico.

Foto: Alvaro Mota

Tainá Ianone

pós três anos como presidente da Abigraf Re­g io­n al São Pau­lo, em ja­nei­ro Fabio Arruda Mortara transmitiu o cargo para seu sucessor, o empresário Levi Ceregato, fundador e diretor da Gráfica Levi, se­d ia­da no município de Ri­bei­rão Preto. Pro­f is­sio­n al do setor há mais de 40 anos, o novo presidente da Abigraf-SP tem como principal objetivo tornar a entidade cada vez mais democrática, a partir da valorização do as­so­cia­ti­v is­mo, que pretende difundir para o ­maior número possível de gráficas no Estado — número que hoje se aproxima de sete mil. “Estarei sempre receptivo às rei­ vin­d i­c a­ç ões dos em­pre­sá­r ios, trabalhando ao lado da diretoria da Re­g io­n al e dos integrantes das Sec­c io­n ais, pois o as­s o­c ia­d o é a razão de ser da ent id ade”, d i z Levi. O novo presidente tem a missão de dar con­t i­n ui­d a­d e a um intenso trabalho desenvolvido pela última gestão ao longo de três anos. Nesse pe­r ío­d o, mui­tas foram as conquistas da Abigraf- SP, dentre as ­quais se destaca o grande incentivo ao aper­fei­çoa­men­to pro­f is­sio­nal, tornado rea­li­da­de por meio de um amplo programa de palestras e vá­r ias edições da Semana

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de Artes Gráficas. “Nossa gestão foi marcada pela consolidação do projeto, que teve um desempenho efetivo nos prin­ci­pais polos gráficos pau­lis­tas. Fiz questão de estar presente em todas, para es­trei­tar o re­la­cio­ na­men­to da Re­g io­nal com as Sec­c io­nais”, diz Fabio Mortara. O programa, que chegou à quinta edição em 2010 em algumas cidades, foi rea­ li­za­do em São José do Rio Preto, São José dos Campos, Ri­bei­rão Preto, Bau­r u, Araçatuba, Sorocaba e Ba­r ue­r i, na re­g ião metropolitana de São Pau­lo. Em cada município foram cinco dias de cursos e palestras, pro­ por­cio­nan­do aper­fei­çoa­men­to para 2.168 participantes de 126 empresas. Além de participar ativamente da Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa, ou­tra importante ação em­preen­d i­d a pela Abigraf-SP foi o incentivo às atividades dos grupos em­pre­sa­riais, visando am­pliar a atua­ção de cada um dos segmentos gráficos. Em 2009, novos grupos foram cria­dos (Am­bien­tal, Cartões e Edi­to­r ial) e, no ano an­te­r ior, ou­tros, como o de Impressos Pro­mo­cio­nais, Embalagens e Impressão Digital em Mídia Ex­te­r ior, foram rea­ti­va­dos. No âmbito do fortalecimento dos diversos nichos que integram a indústria gráfica na­cio­nal, o ex-​­presidente Fabio Mortara men­cio­na sua participação como presidente da As­so­cia­ção Latino-​­Americana de Artigos de Livraria e Papelaria (Alalp), uma parceria com a Francal e ou­tras entidades latino-​­americanas com foco na expansão dos ne­gó­cios do setor de papelaria. Nos últimos três anos, a Abigraf- SP, que passou a contar com um Plano ­A nual de Trabalho, também esteve presente em importantes eventos do setor, a começar pelo patrocínio à Office PaperBrasil Escolar, con­ti­nuan­do com a participação na 21ª‒ Bie­nal In­ter­na­cio­nal do Livro de São Pau­ lo, 2ª‒ Semana In­ter­na­cio­nal da Embalagem,


A força do interior

Ri­bei­rão Preto, a cidade de origem de Levi Ceregato, é um bom exemplo entre os mu­ ni­cí­pios do in­te­r ior pau­l is­ta que vêm con­ tri­buin­do para o crescimento econômico do Estado. Cons­ti­tuí­d a por um polo de atração de atividades co­mer­ciais e de prestação de serviços, destaca-se como uma das mais ricas re­g iões de São Pau­lo, com área de in­f luên­cia que extrapola seus pró­ prios limites, estendendo-se para ou­t ros mu­ni­cí­pios. No setor gráfico, a re­g ião administrativa, formada por 25 mu­ni­cí­pios, concentra 183 gráficas, que empregam 1.700 pro­f is­sio­nais. Agregar esse po­ten­cial, assim como o de ou­t ras re­g iões pau­l is­t as de ­m aior ou menor destaque econômico, foi a missão da diretoria da Abigraf-SP nos últimos três anos. A mecânica para executar esses planos não foi ou­tra senão o reforço na política da in­te­r io­r i­za­ção, na qual a Sec­cio­nal de Ri­bei­rão Preto, e também as de Bau­r u e do Vale do Pa­raí­ba, tiveram fundamental papel. Certamente, em sua gestão, o ­atual presidente dará con­ti­nui­d a­de a essa prerrogativa em busca da ­maior valorização do segmento e irá interagir com as de­ mais entidades ligadas à Abigraf, como o Sindigraf-SP e a ABTG. Ainda como vice-​­presidente da Sec­ cio­n al Ri­bei­rão Preto, cargo que ocupou

durante duas gestões, Levi Ceregato promoveu a am­ plia­ç ão do quadro as­so­c ia­ ti­vo e otimizou a prestação dos serviços disponibilizados para as empresas. “Sempre primamos pela valorização do empresário e do pro­f is­sio­n al gráfico, rea­l i­ zan­do diversos cursos, palestras e de­mais programas de qualificação da mão de obra. E arrisco afirmar que o grande incentivo da Abigraf- SP nesse aspecto tem repercutido na qualidade dos trabalhos produzidos”. Em sua opi­n ião, este será um ano extremamente positivo para o setor, que deverá acompanhar a expansão da economia bra­si­lei­ra. “O crescimento do PIB tem um reflexo favorável em todos os segmentos da indústria gráfica. Além disso, os investimentos em tecnologia pro­por­cio­ nam um momento confortável para o setor em relação às de­m ais atividades econômicas”, conclui Ceregato, que é bacharel em Di­rei­to pela Faculdade de Di­rei­to Lau­ do de Camargo da Universidade de Ri­bei­ rão Preto (­Unaerp) e administrador pela Faculdade de Administração de Empresas desta mesma universidade. Ao longo de sua car­rei­ra, o ­atual presidente da Abigraf- SP participou de cursos de extensão universitária nas ­­áreas trabalhista, tributária e de di­rei­to co­mer­cial, assim como de congressos re­l a­c io­n a­dos ao di­rei­to do trabalho e de pro­ces­sual do trabalho. Sua atua­ção em entidades de classe teve início em 1980, como diretor da As­so­c ia­ç ão Co­mer­c ial e In­dus­t rial de Ri­ bei­rão Preto, cargo que ocupou novamente em 2004. Nas entidades do setor gráfico foi diretor jurídico do Sindigraf- SP e da Abigraf- SP (1994–1996, 2002–2005 e 2006–2010). Foi ain­d a elei­t o vice-​ ­presidente da Abigraf Sec­c io­n al Ri­b ei­ rão Preto por dois mandatos (2001–2004 e 2004–2007) e vice-​­presidente do Sindigraf- SP por três gestões consecutivas (2001–2004, 2004–2007 e 2007–2010).

Foto: Roberto Loffel

Impressão e Logística, ExpoPrint 2010, PaperWorld, Expopapeleria 2009, Print 09 e Drupa 08, entre ou­tros. Além de defender plei­tos que visam à solução de entraves nos âmbitos tributário e fiscal, a Re­g io­nal assinou, em 2010, um acordo com a Agência de Fomento Pau­lis­ta – Nossa Cai­xa Desenvolvimento que garante aos pro­prie­tá­r ios de pequenas e mé­d ias empresas acesso facilitado às linhas de investimentos. Todo o trabalho desempenhado pela Re­g io­nal São Pau­lo lhe valeu a conquista do título de entidade par­cei­ra do Governo do Estado de São Pau­lo no ano passado. Fez parte ain­ da dos avanços obtidos na gestão an­te­r ior o envio a todos os as­so­cia­dos de edi­tais de licitações em todo o Estado.

Fabio Arruda Mortara, atual presidente do Sindigraf-SP, transmitiu a presidência da Abigraf-SP a Levi Ceregato, após permanecer três anos à frente da entidade

ABIGRAF REGIONAL SÃO PAULO Diretoria – Gestão 2010 / 2013 DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Levi Ceregato 1º Vice-​­Presidente: Sidney Anversa Victor 2º Vice-​­Presidente: Beatriz Duckur Bignardi Diretor Administrativo: Ricardo Marques Coube Diretor Administrativo Adjunto: Marina Romiti Kfouri Diretor Financeiro: Flavio Tomaz Medeiros Diretor Financeiro Adjunto: Guilherme Granzote Calil SUPLENTES – DIRETORIA EXECUTIVA Silvio Roberto Isola, Mário César Martins de Camargo e Fabio Arruda Mortara CONSELHO FISCAL Claudio Baronni, Ricardo Cruz Lobato e Valdomiro Luiz Paffaro SUPLENTES – CONSELHO FISCAL José Ricardo Scareli Carrijo, Moacir Jesus Bergamo e Jorge Águedo de Jesus Peres de Oliveira Filho JANEIRO/ FEVEREIRO 2011  REVISTA ABIGR AF

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ECONOMIA Texto e dados: Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf

Exportações impulsionam segmento de cartões plásticos A produção de cartões plásticos, segundo amostragem constituída pelas 32 principais empresas da área, foi de R$ 1,6 bi­lhão no ano de 2008, ou 5,7% do total da indústria gráfica nacional.

O

crescimento da renda no mercado interno e as exportações de produtos para paí­s es da América Latina têm representado enorme avanço da atividade no segmento gráfico de cartões impressos (com e sem chip). As empresas de cartões plásticos impressos, cuja representação as­so­cia­t i­va é fei­ta pela Abigraf Na­cio­nal, estão inseridas na atividade de Ma­te­r iais de Segurança (CNAE 18.12-1, que com­preen­de a impressão de ta­lo­ná­r ios de cheques, ações, cartões magnéticos e telefônicos, ho­lo­gra­fias, selos e bilhetes eletromagnéticos) e, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),

reu­ni­ram 6.015 fun­cio­ná­r ios, alocados em 271 estabelecimentos gráficos. De acordo com informações do IBGE, a produção de cartões plásticos impressos, consolidada a partir de dados de uma amostra cons­ti­tuí­da pelas 32 prin­ci­pais empresas do segmento, foi de R$ 1,6 bi­lhão no ano de 2008, representando 5,7% do valor total da produção da indústria gráfica na­cio­nal. No Gráfico 1 verifica-se que o número de empresas está au­men­tan­do em ritmo expressivo. O crescimento, na comparação 2008-​­2009, foi de 16%, porém, em um intervalo de três anos (2006 a 2009), a taxa de expansão é de 38%.

Gráficos 1 e 2: Evolução das empresas e do emprego no segmento de impressos de segurança Número de estabelecimentos gráficos

Número de funcionários gráficos

271 197

218

6.015

5.694

234 4.840

3.410

2006

2007

2008

2009

2006

2007

2008

2009

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego e Relação Anual de Informações Sociais (MTE/RAIS)

Tabela 1: Balança comercial do segmento de cartões plásticos impressos ¹ Ano

Exportação US$ Milhões (FOB)

Variação %

Importação US$ Milhões (FOB)

Variação %

Saldo Comercial US$ Milhões

2005

20,76

31,58

– 10,82

2006

41,67

100,7

31,06

– 1,6

10,61

2007

45,66

9,6

71,53

130,3

– 25,88

2008

41,31

– 9,5

73,62

2,9

– 32,31

2009

63,04

52,6

42,17

– 42,7

20,87

2010

78,06

23,8

84,89

101,3

– 6,82

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Externo – MDIC/Secex 1 Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) considerada para o cálculo da balança comercial de cartões plásticos impressos: 8523.2110 – cartões magnéticos não gravados; 8523.2120 – cartões magnéticos gravados; 8523.5200 – cartões inteligentes (smart cards); 8523.5910 – cartões e etiquetas de acionamento por aproximação.

58 REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011


Gráfico 3: Evolução da balança comercial do segmento de cartões plásticos impressos (US$ milhões/FOB)

42

78

73

72 46

63 42

41

31

21

11

2006

85

2007

2008

–26

2009

2010

–7

–32

■ Exportações  ■ Importações  ■ Saldo Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Externo – MDIC/Secex

No que diz res­pei­to à geração de empregos, em geral, o segmento acompanha o crescimento do parque instalado. No entanto, apesar do au­men­to de 7% na quantidade de empresas de 2007 para 2008, o número de fun­cio­ná­rios não acompanhou o movimento ascendente (Gráfico 2). Apesar disso, na análise do pe­r ío­do 2006–​­2009, essa taxa alcançou 24% de crescimento.

Gráfico 4: Destino e origem dos cartões plásticos impressos em 2010 Destino das Exportações

Outros 27,2%

Argentina 37,5%

Mercado externo

Em relação ao comércio ex­te­r ior, a participação do segmento de cartões plásticos na pau­ta da indústria gráfica bra­si­lei­ra tem sido crescente. A atividade foi responsável por 31% das exportações e 22% das importações do setor em 2010. Em 2009, o grupo de cartões impressos apresentou superavit de US$ 20,87 mi­lhões no saldo da balança co­mer­cial. Entretanto, em 2010, o saldo se tornou deficitário em US$ 6,82 mi­l hões (Tabela 1). As exportações de produtos desse segmento vêm crescendo nos últimos dois anos. Na comparação 2008–2009, a expansão foi de 52,6%, totalizando o valor de US$ 63,04 mi­l hões. Já em 2010, as vendas externas totalizaram US$ 78,06 mi­l hões, superando em 23,8% o valor exportado no ano an­te­r ior. Os prin­c i­pais mercados são paí­ses da América Latina, com destaque para a Argentina (37,5%), a Colômbia (11,1%) e o Chile (10,5%) (Gráfico 3). Com o estímulo pro­p or­c io­n a­do pelo câmbio, as importações do segmento atingiram US$ 42,17 mi­l hões em 2009, enquanto que em 2010 o montante foi de US$ 84,89 mi­l hões, o que representa um au­men­to de 101,3%. As importações de cartões são pro­ve­n ien­tes principalmente da Suí­ça (31,6%), Estados Unidos (23,3%) e China (13%). (Gráfico 4).

Peru 6,7% México 7,0% Chile 10,5%

Colômbia 11,1%

Origem das Importações Outros 16,6%

Suíça 31,6%

Itália 7,2% Coreia do Sul 8,3% China 13,0%

EUA 23,3%

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Externo – MDIC/Secex

O produto mais co­mer­c ia­l i­z a­do dentre as exportações e importações tem sido os cartões inteligentes (smart cards), representando 95% das exportações e 93% das importações do segmento em 2010.

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Especialmente seguros

Ada Caperuto

C

onduzida ao cargo por qua­ se 57 milhões de votos, a ­atual presidente da República tomou posse no pri­mei­ro dia de ja­nei­ro de 2011. Pou­ca gente sabe, mas um pequeno detalhe deste ce­r i­mo­nial somen­ te a indústria gráfica poderia pro­v i­den­c iar a Dilma Vana Rous­seff: o diploma. Tradição na­ cio­nal desde os tempos do pri­mei­ro chefe da República, o marechal Deo­do­ro da Fonseca, o documento é impresso pela Casa da Moe­d a do Brasil, em papel de segurança que recebe nove cores es­pe­ciais e uma tinta visível somente sob ­raios ul­tra­v io­le­tas. São apenas duas có­pias, fi­ cando uma delas arquivada no Tribunal Su­pe­ rior Elei­to­ral. Porém, ao contrário do diploma da presidente do Brasil, o qual ninguém teria motivos para falsificar, os de­mais impressos de segurança — a exemplo de cédulas de di­nhei­ro,

passaportes, ingressos de espetáculos e jogos, vales de be­ne­f í­c ios, certidões e documentos de identificação — são alvos de adulterações. Para minimizar as tentativas de falsificação e frau­des, mui­t as são as inovações recente­ mente incorporadas à produção desses itens. O setor vive um momento em que a garantia física, presente há tempos no somatório de papel, tinta e recursos es­pe­ciais, está alian­dose à segurança sistêmica, pro­v i­den­c ia­d a pela tecnologia da informação (TI). Clau­dio Barbosa, gerente ope­ra­cio­nal da di­ visão gráfica da Thomas Greg & Sons, argu­ menta que, no mundo in­tei­ro, avança-se a pas­ sos largos na ­união de vá­rios itens e dispositivos de segurança. Há quase duas décadas, a segu­ rança documental era somente física. Basica­ mente, a au­ten­ti­ci­da­de era ava­lia­da apenas pelo papel empregado. “Hoje, você pode colocar um

Tintas opticamente variáveis (OVI), que apresentam uma mudança de cor dependendo do ângulo de visão, constituem um dos recursos empregados pela Casa da Moeda na impressão das novas cédulas, que começam a ser distribuídas.

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Foto: Celso Raimundo

Além das soluções e dispositivos agregados aos papéis e insumos, a tecnologia da informação amplia sua presença no segmento de impressos de segurança, contribuindo para proteger ainda mais os documentos e minimizar a incidência de fraudes.


código bi­d i­men­sio­nal capaz de armazenar até 10 mil caracteres de informações sobre a pessoa”, explica Clau­d io, que também alerta: “Para ter segurança não basta tecnologia e um bom sistema de controle. Assim como não adian­t a comprar um carro-​­forte se você não sabe quem está dirigindo”. De acordo com Zênio Rimes, diretor de identificação da Valid, a TI é parte integrante do grupo de itens que am­ pliam a segurança de um impresso. “A guarda e o sigilo do armazenamento da informação têm o mesmo nível de importância do próprio documento. Levando este aspecto em consideração, adotamos técnicas como a criptografia de dados e sistemas es­pe­cia­li­za­dos, a exemplo da bio­me­ tria fa­cial, digital e da íris. Contamos com data centers e salas-​­cofres e utilizamos sites e ca­nais seguros para a transmissão de dados”. Também a Casa da Moe­da do Brasil (CMB) está cons­truin­do uma sala-​­cofre na qual ficarão armazenados todos os dados relativos aos

Na impressão de documentos de identificação, a Valid utiliza, entre as mais recentes inovações, os substratos em policarbonato.

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Foto: Celso Raimundo

A Casa da Moeda está adotando o processo offset úmido, bandas holográficas, serigrafia com tinta OVI e aplicação de verniz, entre outros recursos, garantindo maior segurança e durabilidade na impressão das novas cédulas.

produtos e clien­tes. Empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda e fundada há mais de 300 anos, a CMB é uma au­to­r i­da­de certificada de pri­mei­ro nível. “Isso significa que estamos aptos a embarcar tecnologia da informação aos produtos e rea­l i­zar todo o processo de ras­trea­ bi­l i­d a­de”, declara o diretor vice-​­presidente de tecnologia, Carlos Roberto de Oli­vei­ra. Dispositivos contra a falsificação

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A fim de coi­bir a falsificação, os impressos de segurança incorporam itens como filigranas ou marcas d’água, fibras sintéticas têx­teis, fios de segurança, confetes incorporados à massa do papel e substratos rea­ti­vos, entre ou­tros recur­ sos que, pri­mei­ro, dificultam a frau­de e, segun­ do, permitem o ras­t rea­men­to dos impressos. A isso se somam o processo de intaglio (ou talho doce) — um dos que oferecem ­maior margem de segurança — a laminação com OVD (dispositivo opticamente va­riá­vel), um filme com elementos ópticos/holográficos que permite uma série de efei­tos bi ou tri­di­men­sio­nais, com alterações na estrutura e na cor do impresso. Cons­ti­tuí­da em 1981 com a finalidade espe­ cífica de fabricar pa­péis es­pe­ciais, a Filiperson Pa­péis Es­pe­c iais conta com uma vasta linha de produtos. “Nosso di­fe­ren­cial é a tecnologia, que permite oferecer pa­péis de segurança ex­ clusivos, com todos os itens de segurança de­ sejados, e marcas d’água personalizadas”, diz Da­niel Gras­siot­to, gerente co­mer­cial e de Mar­ ke­ting. “Nossa grande novidade é a inclusão do item de segurança DNA , que é invisível e fica in­ serido na massa do papel. Isso permite que se identifique, a qualquer tempo, a procedência do REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

mesmo, tornando ain­da mais difícil a falsifica­ ção dos impressos”, acrescenta ele. Pos­suin­do 200 anos de ex­pe­r iên­cia na fa­ bricação de pa­péis es­pe­ciais, com fornecimento para mais de 120 paí­ses, a Arjowiggins conta com uma série de ma­te­r iais e sistemas que ga­ rantem a ido­nei­da­de de documentos de segu­ rança. Apenas para citar um exemplo, no seg­ mento de vales de compra e bilheteria — que inclui tíquetes-​­re­fei­ção, vales-​­fé­r ias, cheques-​ ­presente, vales-​­desconto, tíquetes-​­a limentação ou gasolina, além de ingressos para shows, va­ les-​­transporte e bilhetes de loteria —, a empre­ sa trabalha com soluções vi­sí­veis, facilmente re­co­nhe­cí­veis, porém de difícil reprodução. En­ tre os dispositivos estão marcas d’água, que contam com um serviço de design para sua per­ sonalização e seguem padrões recomendados pela Interpol. Esses tipos de impressos rece­ bem ain­d a ou­t ros dispositivos de segurança, como fibras incorporadas ao papel; laminação in­te­r ior colorida; os chamados “hilites”, que são partículas minúsculas, vi­sí­veis ou in­v i­sí­veis a olho nu, fluo­res­cen­tes sob a luz ul­t ra­v io­le­t a, uma solução discreta cujo efei­to fluo­res­cen­te é dificilmente reproduzível por impressão. Entre as soluções da Arjowiggins se so­bres­ saem dois tratamentos exclusivos: o Jetguard, que permite a personalização dos documen­ tos por jato de tinta colorida e o Laserguard, es­pe­c ial­men­te empregado em cheques, car­ tas-​­cheques ou qualquer documento de iden­ tidade, que visa combater as falsificações me­ cânicas das impressões a laser, pois, em caso de raspagem do toner, a superfície do papel se de­te­r io­ra visivelmente. 



Por sua vez, a Sellerink oferece um portfólio com praticamente tudo o que pode ser encontrado no mundo em termos de tintas de segurança, dentre as ­quais destaca-se a Thermochromic, na qual a cor “desaparece” quando o impresso é fric­cio­na­do ou aquecido a uma temperatura su­pe­r ior a 35°C. Também rea­t i­ va, a Biluminescente apresenta duas cores sob luzes UV de comprimento de onda diferentes. “Já a Condutiva, para impressão con­ven­c io­ nal e para nylonprint, é uma tinta de cor preta que conduz eletricidade e pode ser identificada apenas por equipamentos es­pe­ciais”, explica o diretor de vendas Marcos Anghinoni. Zênio Rimes, da Valid, men­cio­na, entre as mais recentes inovações, os substratos em policarbonato, utilizados em documentos do segmento de identificação principalmente na Europa. No Brasil, o ma­te­rial começou a ser utilizado em car­tei­ras de conselhos de classe, como as da Ordem dos Advogados do Brasil. Outro recurso inovador são tintas opticamente va­r iá­veis (OVI, da sigla em inglês), que apresentam uma nítida mudança de cor dependendo do ângulo de visão. A ser empregada nas novas cédulas de R$ 10 e R$ 20 impressas pela CMB, a tinta OVI possui pigmentos magnéticos que podem ser “rear­ran­ja­dos” por meio de um equipamento específico. “O resultado desse processo dá uma ­ideia de volume, que dificulta enormemente o trabalho até do mais hábil falsificador”, explica Carlos Roberto de Oli­vei­ra. Ele também adian­ta algumas novidades que a CMB deverá colocar em prática, como o uso pio­nei­ro no Brasil do offset úmido nas cédulas de R$ 50 e

Fornecedora de tintas de segurança, a Sellerink desenvolve em seu laboratório medições específicas para o controle de qualidade dos seus produtos com o Inkometer (acima) e simulação de impressão offset com o Quick-Peek (abaixo).

R$ 100, que também contarão com bandas holográficas, como as das notas de R$ 20. Outra inovação é que a CMB adotará a serigrafia com tinta OVI, alia­d a à aplicação de verniz, para conferir

­maior durabilidade às cédulas.

Inovações em papel e tinta de segurança, aliadas a modernos recursos gráficos, foram recentemente incorporados na produção de documentos legais para minimizar as tentativas de falsificações e fraudes.

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Mercado em crescimento

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Os impressos de segurança são mais comuns nos documentos e pa­péis le­gais emitidos pelo setor público, mas são fartamente encontrados no setor privado, nas ­­áreas de educação, tributária, de telecomunicações, de transporte, bancária, so­cial, lo­te­r ias e no ramo do entretenimento, es­pe­cial­men­te nos últimos anos, quando grandes espetáculos mu­si­cais e shows de artistas in­ter­na­cio­nais entraram na agenda bra­si­lei­ra. Embora atue praticamente em todos os tipos de mercados, pode-se dizer que a Jelprint For­mu­lá­r ios é es­pe­cia­l i­za­da nessa área, afinal imprime cerca de três milhões de ingressos de shows por mês. De acordo com o diretor de Mar­ke­t ing, Thia­go Fábio Pe­rei­ra, o poder aquisitivo au­men­tou e mais pes­soas procuram por este serviço. “As empresas passaram a atentar mais para a segurança de seus eventos”. Da­ niel Gras­siot­to, da Filiperson, confirma que, pelos menos nos últimos 12 meses, o nicho de ingressos para shows teve expressivo crescimento, mas o segmento de educação (diplomas e certificados) também se destaca. Marcos Anghinoni, da Sellerink, men­cio­na dois ou­tros segmentos relevantes: “O mercado de embalagens começa a se interessar bastante pelo assunto. Trabalhamos na cria­ção de tintas de segurança que tenham custo adequado e facilidade de aplicação para serem usadas nesses invólucros e podem ajudar a inibir a co­mer­cia­ li­za­ção de produtos falsificados”. O ou­tro nicho de interesse é o edi­to­rial. “Temos uma tinta condutiva a eletricidade que pode ser utilizada em livros infantis em que há um jogo de perguntas e respostas. Com uma canetinha eletrônica, que faz a tinta rea­g ir, a própria crian­ça pode conferir a resposta”. As chamadas tintas de segurança con­tri­buem com 7,5% das vendas to­ tais da Sellerink. “Consideramos que a ­maior representatividade desta família de produtos está na complexidade técnica que permite a evolução constante e permanente dos nossos ou­tros produtos, graças à pesquisa”, diz Marcos. As novas tec­no­lo­g ias con­tri­buem de maneira expressiva para o ­atual momento de expansão do segmento de impressos de segurança, o que se completa com o aquecimento da economia e o au­men­to po­pu­la­cio­nal. Também a migração para o meio digital é uma rea­li­da­de fortemente presente no segmento de impressos de segurança — e um fator adi­cio­nal neste cenário positivo. “Com o advento das notas fis­cais eleREVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

trônicas e a necessidade de impressos de contingência, estes acabaram agregando também os pa­péis de segurança e o talho doce, o que provocou um salto no volume de trabalho e, consequentemente, na venda de tintas”, finaliza o diretor da Sellerink. A Jelprint For­mu­lá­r ios apro­vei­t a o bom momento para rein­ves­t ir na empresa. “No ano passado compramos equipamentos e am­plia­mos a in­f raes­tru­tu­ra para suportar esse crescimento”, declara Thia­go Pe­rei­ ra. Na Filiperson, as vendas no nicho de pa­péis de segurança representam cerca de 30% do volume total de ne­gó­cios, com clara tendência de progressão. “Boa parte dessa expansão se deve aos esforços em­preen­di­dos no sentido de democratizar o acesso. Havia uma representativa parcela de empresas gráficas que não tinham condições de adquirir pa­péis de segurança”, diz Da­niel Gras­siot­to. Com a am­plia­ção do acesso aos seus produtos, a empresa experimentou um crescimento su­pe­r ior a 50% no número de clien­tes e ne­gó­cios rea­li­za­dos nos últimos 24 meses.

Ques­tão de identidade Os dois documentos es­sen­ciais ao exercício da cidadania, a certidão de nascimento e a car­tei­ra de identidade (RG), serão totalmente modifica­ dos. Uma ini­cia­ti­va da Corregedoria Na­cio­nal de Justiça, em conjunto com a Secretaria de Di­rei­ tos Humanos da presidência da República e o Ministério da Justiça, já está fazendo inovações na certidão de nascimento e fará, no futuro, na de casamento e na de óbito. A Casa da Moe­da do Brasil foi se­le­cio­na­da para o projeto que vai unificar e personalizar os documentos, a serem impressos em papel marca d’água, com tinta rea­ti­va e ou­tros elementos de segurança. “Além disso, um sistema informatizado permitirá o controle nas duas pontas, nos car­tó­rios e na Casa da Moe­da”, explica Carlos Roberto de Oli­ vei­ra. Em 30 de dezembro último, o Ministério da Justiça lançou, em Brasília, o RIC (Registro de Identidade Civil), que subs­ti­tui­rá a car­tei­ra de identidade (RG). Também produzido pela CMB, o novo documento será fei­to em policarbonato e contará com dois chips, com e sem contato. O pri­mei­ro armazenará os dados dos pro­prie­tá­ rios. “O chip sem contato é o mesmo utilizado nos passaportes, que é ou­tro documento de altíssima segurança, e permite o ras­trea­men­to em fron­tei­ras, por exemplo, dentro da chamada interoperabilidade”, explica Carlos.


ano XX  Nº 80  janeiro/2011

Texto: Tânia Galluzzi

Neoband parte para a briga nos pontos de venda

A febre do momento no mercado é o PDV. Atraída pelo deslocamento das verbas publicitárias da mídia externa para os pontos de venda, a Neoband investe em tecnologia e pessoal para atender um segmento que deve crescer 25% em 2011.


O

expandiu suas possibilidades no que se refere a formatos e substratos, entrando com força no desenvolvimento de projetos, fabricação, montagem e instalação de mo­ bi­liá­rios, displays, gôndolas e quios­ques. “Até a chegada desses equipamentos estávamos restritos à produção de itens menores, como móbiles e pequenos displays. Agora não há mais limites. Podemos trabalhar com vidro, ma­dei­ra e placas de PVC, assim como substratos fle­xí­veis”, afirma Arnaldo Peres. O troféu dessa conquista é a instalação símbolo das comemorações das

Fotos: Roberto Loffel

ano de 2010 foi o melhor da história recente da Neo­band. A empresa cresceu 21%, contabilizando uma re­c ei­t a de R$ 33 mi­lhões. Parte desses números está apoia­da na força da economia interna e parte na aposta da Neo­band em po­si­cio­nar-se como uma “gráfica multidisciplinar”, como gosta de afirmar Arnaldo Peres Ju­nior, diretor co­mer­cial. Caminhando no sentido contrário da maio­ria de seus concorrentes, que opta pela es­pe­cia­li­za­ção, a Neo­band vem estruturando-se para ­atuar em três ­­áreas distintas — pontos de venda ( PDV ), sinalização e gráfica —, dentro de dois segmentos de mercado bastante diferentes: comunicação vi­sual e edi­to­rial. A pri­mei­ra área é a mais recente e também a menina dos olhos da empresa. Para a produção de ma­te­riais para pontos de venda foram investidos, no ano passado, US$ 1,7 mi­lhão na aquisição de novos equipamentos, contratação de fun­cio­ná­rios e montagem de um setor de marcenaria. Com a instalação de três impressoras di­gi­tais de grande formato da HP, sendo uma de mesa com formato 3,20 × 2,00 m, uma rolo a rolo também com boca de 3,20 m (ambas com secagem UV ) e ou­tra rolo a rolo que usa tinta látex (a pri­mei­ra a chegar na América Latina com largura de 3,20 m), a Neo­band

Os diretores Roberto Takara Zoppei e Arnaldo Peres Junior: investimento e confiança no desenvolvimento de negócios nos materiais de ponto de venda

nove décadas da Nestlé no Brasil, um grande número 90 estruturado em ma­dei­ra e decorado com a imagem dos mui­tos produtos da marca. Espalhada por vá­rios pontos da cidade de São Pau­lo, a entrega e instalação dos displays foi fei­ta pela Neo­band nos pri­mei­ros dias de ja­nei­ro. Nicho promissor Era sabido dentro da Neo­band que o mercado de comunicação vi­sual estava necessitando de novos fornecedores não só no que se refere à capacidade de produção, mas, sobretudo, de gente capaz de ­apoiar o clien­te na cria­ção e instalação das peças. E a Neo­band foi atrás disso. “Estou virando um mar­ce­nei­ro”, brinca Roberto Takara Zoppei, diretor. Novas máquinas de corte para suportes rígidos foram também escolhidas. O diretor co­mer­cial justifica essa corrida pelo PDV. “Com o advento da Lei Cidade Limpa aqui em São Pau­lo,


as verbas antes destinadas à produção de out­doors, bus­doors e de­mais peças externas foram 100% canalizadas para o ponto de venda, in­cluin­do grandes clien­tes de telefonia e dos setores cosmético e alimentício. Estima-se um crescimento de 25% no segmento de mídia interna neste ano. Hoje, a briga é por um pedaço do chão dentro do supermercado”. Focada, a Neo­band encontrou na impressão digital a possibilidade de oferecer produtos de alto valor agregado, entre eles displays de papelão em bai­xas tiragens,

que atendem, por exemplo, a campanhas de curta duração, mui­tas vezes re­gio­na­li­za­ das. “É claro que as novas impressoras servirão para ou­tras demandas além do PDV, mas esse campo é nossa grande aposta agora, tanto que cria­mos uma equipe de vendas exclusiva para esse nicho”. A equipe da área de sinalização continua produzindo banners, pai­néis, backlits e mesmo out­doors, inclusive atendendo ou­ tras cidades. Ela se prepara, igualmente, habilitando-se para o projeto da pre­fei­tu­ ra de São Pau­lo na decoração do mo­bi­liá­

rio urbano, que, em um movimento de flexibilização da Lei Cidade Limpa, permitirá o uso do espaço em abrigos de ônibus e nos re­ló­gios. Em 2011 a divisão de sinalização ganhará o reforço de um novo departamento, a Unidade de Serigrafia e Offset UV, concentrada na produção de banners de alta tiragem. Evitando o investimento no processo serigráfico, a unidade fun­cio­na­rá através de um consórcio com cinco empresas de serigrafia. A Neo­band entra com a matéria-​­prima e o acabamento e elas com os equipamentos e a mão de obra. “Testaremos esse formato agora no pri­mei­ro semestre”, comenta Arnaldo Peres.


Novos investimentos Pondo lenha na fo­guei­ra do parque gráfico multidisciplinar, a Neo­band está em vias de comprar mais uma impressora offset para a unidade gráfica, da qual saem principalmente livros e revistas. “Estamos entre uma nova offset UV híbrida, com a qual po­de­ría­mos imprimir papel e plástico ou duas offset seminovas, sendo uma UV e uma con­ven­cio­nal”, informa o diretor co­mer­cial. O investimento está calcado no au­men­to na demanda de revistas técnicas e segmentadas, cujo volume cresceu 30% na

PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS Gráfica OO Sistema CtP – Computer-​to-Plate

Screen 8300 S OO 2 Impressoras Epson 4800 e 9800,

em todas as suas necessidades, 2011 será o ano da unificação do conhecimento no departamento co­mer­cial. Em fe­ve­rei­ro tem início o trei­na­men­to 360°, preparando os vendedores para falarem com pro­prie­da­de sobre as três divisões da empresa. “Que­re­ mos formar um time apto a ­apoiar o clien­te em toda a sua demanda”.

calibradas padrão ISO 12647 OO 2 Impressoras HP 1050 e 1100 OO 2 Guilhotinas Guarani Digimatic

e Schneider Senator OO 2 Impressoras SM Heidelberg 102, 6 cores OO Impressora SM Heidelberg 52, 4 cores OO Impressora Indigo HP 5000 OO 2 Estações Müller Martini (Norbinder

lombada quadrada e uma JGV para grampo) OO 2 Máquinas de costura, uma automática

(Astronic – Mod. Aster 150) e outra semiautomática (Muller Martini 3257) OO 2 Dobradeiras MBO D30 de folha inteira OO Sistema de shrink semiautomático (seis seladoras, esteira e túnel de encolhimento) OO Dobradeira Stahl TK 56

Sinalização OO 3 Impressoras Mimaki JV5-​160S OO Impressora VuteK 5300, 5 metros OO Impressora VuteK 3360, 3 metros OO Máquina de verniz AquaSeal OO Router Esko Kongsberg OO Máquina de solda Fiab 16KVA,

com 42 metros lineares de mesa OO 2 Máquinas de solda Sansuy 7G

Neo­band em 2010. Nos três últimos meses do ano passado a Neo­band teve de ter­cei­ ri­zar a impressão de algumas publicações por estar trabalhando em sua capacidade máxima. Isso sem falar na impressora digital HP Indigo que chegou em 2010 e que está produzindo livros sob demanda. Como admite Arnaldo Peres, gerir universos tão distintos quanto os mercados de comunicação vi­sual e edi­to­rial é tarefa complexa. É preciso montar equipes distintas, com es­pe­cia­lis­tas em cada área. Porém, como a estratégia é atender o clien­te

OO 2 Impressoras Roland SJ 645EX OO HP XL Jet, 5 m largura OO Laminadora Seal Image 6000 OO Sublimadora para tecidos Wuppertal OO HP Latex LX 800, 3,20 m largura OO HP FB 6100 UV, cama plana, 2,00 × 3,20 m

Neoband Soluções Gráficas Av. Moinho Fabrini, 280 Cep 09861-160 São Bernardo do Campo SP Tel. (11) 2199-1200 www.neoband.com.br

OO HP XP 2750 UV, rolo a rolo, 3,20 m largura OO Cortadora Fotoba XL 250/320

PDV OO Router Vitor Ciola, 2,00 × 3,00 m OO Coladeira de borda Homag OO Serra esquadradeira Altendorf



Ótima

Itens exclusivos para o segmento de papelaria corporativa garantem à Ótima Gráfica, do Paraná, o reconhecimento dos clientes e a conquista de diversas premiações do setor. Ada Caperuto (E/D) Fabiana Farias, diretora de operações; Erasto Farias, presidente; Marlene Farias, diretora; e Fernanda Farias, diretora de operações

Qualidade reconhecida

72

á mais de 25 anos no mercado, a Ótima Gráfica, de Pi­n hais, Paraná, vem se destacando na personalização de ma­te­ riais gráficos. Embora atue em quatro seg­ mentos distintos, o principal deles é o de presentes corporativos, com a produção de agendas e cadernos, ca­len­dá­r ios e kits pro­ mo­cio­nais. Foi neste segmento que a em­ presa conquistou, em 2010, mais um troféu do Prêmio Bra­si­lei­ro de Excelência Gráfica Fernando Pini — o nono de sua história de participação no concurso. Mas, segundo seus dirigentes, exis­ te uma grande diferença entre os pro­ dutos da Ótima e os elaborados por em­ REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

presas que trabalham com a produção de cadernos. “Somos uma gráfica que produz itens com di­fe­ren­ciais de acabamento, tipo e gramatura de papel, design e aces­só­r ios que agregam valor aos cadernos. São pro­ dutos voltados para consumidores de alto poder aquisitivo. Nosso objetivo não é pro­ ver quantidades para o comércio atacadista ou as grandes redes, mas sim atender o pe­ queno e médio varejo qualificado”, esclarece o diretor-​­presidente Erasto Fa­r ias. O portfólio da empresa é ain­d a cons­ tituído por projetos es­pe­ciais, como mos­ truá­r ios de produtos, maletas, pastas e fi­chá­r ios com ferragens; produtos para pa­ pelaria, que in­c luem agendas, cadernos,

cadernetas de anotações, organizers, índi­ ces telefônicos; e ma­te­r iais didáticos, como apostilas e itens diversos. Com parque gráfico instalado em sede própria de aproximadamente cinco mil me­ tros quadrados, contando com 98 colabo­ radores, a Ótima processa, em média, 110 toneladas de papel mensalmente. Além das impressoras offset, de 2 e 4 cores, todas com reversão, a empresa foi a pri­mei­ra da região sul do País a contar com um equipa­ mento digital de grande porte — a Igen3, da Xerox —, que acei­ta diferentes substratos e é utilizado como solução complementar para personalização com dados va­r iá­veis e também em bai­x as tiragens.


Venha para a

Tudo que você necessita em papéis nacionais e importados para pronta entrega em todo Brasil. Couchés BVS, Magno, Burgo R4, Suzano entre outras marcas Offset, Offwhite e Reciclados Extra Alvura, Samaprint Primapress, Alta Alvura Chamois, Pólen Renova, Reciclato O presidente da Ótima explica que a produção é totalmente verticalizada. Os equipamentos são novos, atua­l i­z a­dos tecnologicamente, sendo que o mais antigo tem somente sete anos de instalação. “Tudo, da pré-​­impressão ao acabamento, é fei­to in­ ternamente, nada é ter­cei­r i­za­do. O nível de au­to­ma­ti­za­ção é elevado, tornando os pro­ cessos con­f iá­veis e mantendo a excelência em impressão e acabamento”. Na gestão, a empresa conta com siste­ ma dotado de fun­cio­na­li­da­des que permi­ tem au­to­ma­ti­zar todas as tarefas, tornan­ do tudo mais facilitado. “O Metrics atende a todo o ciclo do nosso negócio, integrando completamente a área co­mer­cial, de produ­ ção e a administração e permitindo o acom­ panhamento dos resultados de cada setor, clien­te, vendedor ou produto”, diz Erasto. Na área am­bien­t al, além de uma pré-​ ­impressão que emprega métodos sus­ten­tá­ veis, com chapas sem processos químicos e sem re­sí­duos, e da certificação FSC, a gráfi­ ca acaba de implantar uma estação de trata­ mento de efluen­tes, que, juntamente com um programa de ge­ren­cia­men­to de re­sí­duos sólidos, atende as exi­gên­cias do Instituto Am­bien­tal do Estado do Paraná. Visibilidade

A Ótima também tem uma presença cons­ tante em fei­ras e eventos do setor, como a Brazil Pro­mo­tion e a Office PaperBrasil Es­ colar. “O resultado destas ações não é total­ mente mensurável. É comum sermos con­

sultados por clien­tes que nos conheceram em eventos que aconteceram dois ou mais anos atrás. A participação con­ti­nua­da é que nos torna conhecidos nos segmentos em que temos interesse”, comenta Erasto. Outra garantia de reconhecimento está nas pre­mia­ções do setor. Além de nove es­ ta­tue­tas do Fernando Pini — o que faz com que a Ótima seja a gráfica pa­ra­naen­se que mais conquistou esta pre­mia­ção —, na ga­ leria constam três tro­féus Theo­bal­do De Nigris e 25 prê­mios Oscar Schrappe Sobri­ nho, promovido pela Abigraf Re­g io­nal Pa­ raná, comenta o diretor-​­presidente. Para ele, as pre­mia­ções são também importan­ tes para divulgar positivamente a imagem da empresa perante os clien­tes e de­m ais representantes do setor. Embalada pelas expressivas conquis­ tas, no pri­mei­ro semestre de 2011 a Óti­ ma Gráfica dará início à produção de um novo item exclusivo: adesivos re­po­si­cio­ná­ veis, tanto para o setor de pa­pe­la­r ias quan­ to personalizados para o mercado de itens pro­mo­cio­nais (brindes corporativos). “Va­ mos imprimir e produzir esta linha com o que há de mais avançado em termos de matéria-​­prima e tecnologia. Temos certeza que, com o investimento que fizemos, sere­ mos um importante player neste segmento”, conclui Erasto Fa­r ias. & ÓTIMA GRÁFICA Tel. (41) 3661.2828 www.otimagrafica.com.br

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ra Dilma deixa Serás 17,9 pontos atr

na pesquididata petista, Apela encomendada SOMA DOS RESULT l os outros sa ração Naciona dos de todos 9. menor do Confede Transporte. Poder, candidatos é al da can- do que o percentu

INDIGENTES

rima Não haverá lág nto nem esquecime NÃO IDENTICADÁVERES do IML, Santa ficados oriundos de mendiCasa, PSM e abrigossem choro os gos são enterrad

EXPORTOU MINERADORA bi, ultraaté julho US$ 10,143s e já é a passou a PetrobraPoder, 3. maior do Brasil.

Segurança reforçada para juízes is eleitora COM ATEN-

ASSUSTADO presidente tado em Sergipe, proteção esdo TRE estende os juízes pecial da PM a todos Poder, 6. do TRE do Pará.

Ratos sob o mesmo teto dos pacientes

do Tanem reza no cemitério epitáfio, sopanã. Em vez do vela pelos mente um númeroPágina 7. desconhecidos.

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da do alto, brotam s de mata, vistos Os 15 mil hectare dominada por cimento e asfalto paisagem urbana

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sob vigilância contidos no pátio,hoje somam 35. da, presos são s, mas a de fuga frustra ade para 10 detento Após a tentativ cela com capacid da PM. Eles ocupam

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PASSIONE

os Morte ronda personagens

o fim de Silvio de Abreu confirma Magazine, 7. uma das criaturas.

OPORTUNIDADES

Delta comemora

resultados de excelência

Vencedora do maior prêmio de qualidade gráfica da América Latina com o jornal O Liberal, a gráfica paraense vem investindo na modernização do seu parque industrial há quatro anos. Ada Caperuto

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Delta Publicidade, de Belém (PA), obteve uma de suas mais impor­ tantes conquistas em novembro último. A empresa ganhou um troféu na 20 ª‒ edição do Prêmio Bra­si­lei­ro de Excelência Gráfica Fernando Pini, em “Jor­nais Diá­r ios Impressos em Coldset”, com O Liberal. Na mesma categoria, foi finalista também com o diá­r io Amazônia. Para o diretor in­dus­trial, João Pojucam de Mo­raes Filho, a Delta Publicidade está colhendo os resultados de um grande investimento na re­ novação do seu parque gráfico. “Esta é a confir­ mação de um projeto de alta performance, que nasceu do em­preen­de­do­ris­mo de Romulo Maio­ ra­na Jr, presidente das Organizações Romulo Maio­ra­na, das ­quais os jor­nais fazem parte”. O diá­rio O Liberal chega pela segunda vez à fi­ nal do concurso, tendo sido a pri­mei­ra há quatro anos. Fundado em 1946, o pe­rió­di­co circula com cinco cadernos mais classificados, nos dias da semana e, aos domingos, agrega os suplementos Troppo, Revista da TV, Mulher e Liberalzinho. A tiragem é de 38 a 40 mil exemplares nos dias ­úteis e de 75 a 80 mil nos domingos. É o único do Brasil a rodar com papel-​­jornal e cou­ché, si­ mul­ta­nea­men­te, tanto em capas como em pági­ nas internas, de acordo com o diretor industrial.

REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

O jornal Amazônia foi fundado em 2000 e circula com 48 páginas nos dias de semana e 64 páginas mais dois suplementos (Grand Mon­ de e Revista da TV) aos domingos. A tiragem é de 30 mil exemplares em dias ­úteis e de 40 a 45 mil aos domingos. O pe­r ió­d i­co concorreu pela pri­mei­ra vez, mas levou na bagagem o Cer­ tificado de Qua­li­da­de do XV Concurso Latino-​ ­A mericano de Produtos Gráficos Theo­bal­do De Nigris, conquistado em 2008, na Argentina. Investimentos e resultados

O parque gráfico da Delta, com 15 mil metros quadrados, onde trabalham 80 fun­c io­ná­r ios, imprime, além dos jor­n ais, suplementos pu­ bli­c i­t á­r ios, revistas e fascículos no processo

Romulo Maiorana Jr., presidente


João Pojucam de Moraes Filho, diretor industrial

offset. De acordo com o diretor in­dus­trial, em 2006 a gráfica adquiriu a única rotativa híbri­ da do Brasil, uma manroland Uniset com for­ no secador a gás de 10 metros. No mesmo ano, também foram introduzidas duas linhas de CtP Kodak Trendsetter News, além de uma ter­cei­ ra linha em 2009. Pojucam declara que a bus­ ca pela qualidade fez com que os investimentos em pré-​­impressão começassem com as três li­ nhas de CtP, ge­ren­cia­das através de um progra­ ma de fluxo de trabalho, o qual permite ­criar modelos de paginação para diversos produtos e tamanhos, gerando arquivos de alta qualida­ de para a produção de chapas para a rotativa. “Além disso, os arquivos usados na impressão das chapas são salvos em PDF e encaminhados pelo próprio fluxo de trabalho para um servi­ dor, formando um grande banco de arquivos das edições do jornal, catalogados por data”.

O diretor também ressalta a qualidade atin­ gida com os novos equipamentos de impres­ são. Segundo ele, o sistema Pecom da rotativa Uniset, além de centralizar em um posto de co­ mando todos os processos de impressão, execu­ ta o controle au­to­má­ti­co de registro de corte e de cores por meio de câmeras de alto desempe­ nho. “Outro ponto forte que facilita o processo é o pré-​­ajuste au­to­má­ti­co dos tin­tei­ros da ro­ tativa, rea­l i­za­do através de comandos eletrô­ nicos en­v ia­dos pelos arquivos CIP-3, cria­dos na pré-​­impressão”. Pojucam avalia que a pre­m ia­ç ão recebida no Fernando Pini é tão representativa que in­ centiva a gráfica a con­t i­nuar buscando a má­ xima qualidade. “Para isso temos investido em capacitação, de modo que nossos pro­f is­sio­nais estejam sempre aptos a obter o melhor apro­ vei­ta­men­to das novas tec­no­lo­g ias que surgem con­t i­nua­men­te no mercado. Um exemplo re­ cente foi um curso de tratamento de imagens para o qual contratamos o Alexandre Kee­se, um dos maio­res es­pe­cia­l is­tas da área”. E os investimentos não param por aí. Para 2011 está prevista a aquisição de impressoras planas com mais unidades de cores (5 cores mais verniz) e sistemas para encadernação de livros, assim como equipamento para produção de impressos em 3D. Não será surpresa alguma se a Delta se destacar novamente nas próximas pre­mia­ções de qualidade.

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JANEIRO/ FEVEREIRO 2011  REVISTA ABIGR AF

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Contiplan (E/D) Em pé: Fabio José Alberto, diretor comercial; Marcos Tomita, gestor de TI; e Cesar Alves, gestor de negócios. Sentados: Jorge Luis Silva, diretor administrativo; e Gelson Tomita, diretor executivo

Vencedora do Prêmio Fernando Pini em 2010, a gráfica paulistana Contiplan especializou‑se na área de impressos de segurança, investindo continuamente em gestão e tecnologia. Clarissa Domingues

Estratégia bem sucedida

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o início da década de 1990, apro­vei­t an­do-se de uma lacuna no mercado de for­mu­lá­ rios con­t í­nuos, o idea­l i­za­dor da Contiplan, Gelson Tomita, viu a oportunidade de ­criar um novo negócio. À época, não exis­t iam empresas es­pe­c ia­l i­za­d as na impressão de pequenos volumes e foi para atender esse setor que, em 1993, a gráfica ini­ciou sua trajetória. Com o passar dos anos, diversificando o seu portfólio, a Contiplan passou a oferecer soluções de impressão para nichos di­fe­ren­cia­dos de mercado. Em 2001, os ventos sopravam a favor da indústria gráfica. Afinal, naquele ano, o seREVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

tor apresentou uma expansão de nada menos que 27%. Isso permitiu à empresa am­ pliar seu parque gráfico, importando uma rotativa offset Rotatek de quatro cores, com rein­ser­ção de até oito cores e cassetes va­r iá­ veis — atual­men­te são cinco impressoras e três collators —, o que foi determinante para a consolidação dos ne­gó­cios. Em 2008 foi cria­da a Contiflex, unidade de ne­gó­cios au­tô­no­ma que atende o segmento de rótulos adesivos e complementa serviços, incrementando soluções desenvolvidas e co­mer­cia­li­za­das pela Contiplan. No início de 2009 a Contiplan equipouse para atender a área de impressos de se-

gurança, que, rapidamente, passou a ser seu negócio central. “Com foco e determinação fomos agregando técnicas de impressão em busca de di­fe­ren­ciais no mercado. Como a impressão offset era uma tecnologia totalmente dominada, passamos a estabelecer es­tra­té­g ias de incremento co­mer­cial e me­ lho­rias no processo produtivo, através de sistemas de controle e ras­trea­men­to produtivo”, conta Fabio José Alberto, diretor co­mer­cial. Reconhecimento à qualidade

Foi neste segmento que a empresa conquistou o Prêmio Bra­si­lei­ro de Excelência Gráfica Fernando Pini 2010, com o case de


Fotos: Roberto Loffel

ma­te­rial customizado para a Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Ja­nei­ro. Tomita atribui a conquista à expertise da empresa em observar o mercado e apresentar soluções sob medida. Recentemente, a gráfica passou por um desafio inovador: o projeto de aquisição e implantação do processo de calcografia cilíndrica em talho doce. Até então, somente três gráficas, sendo uma estatal e duas mul­ti­na­cio­nais, atua­vam com essa tecnologia. “A Contiplan é a única gráfica bra­ si­lei­ra apta a ofertar impressões offset, flexográfica, calcográfica, serigráfica, hot stamping, cold­foil e dados va­r iá­veis a laser e jato de tinta”, enfatiza o executivo. Instalada no bair­ro da Água Funda, em São Pau­lo, a empresa ocupa uma área de 1.900 metros quadrados, di­men­sio­na­ dos de ma­nei­ra a facilitar o fluxo produtivo, bem como pro­por­cio­nar visibilidade do processo com total segurança. “Todos os fun­cio­ná­r ios envolvidos no processo produtivo são trei­n a­dos para dominar qualquer setor da fábrica. Isso propicia grandes vantagens em termos de flexibilidade, redução do custo de produção e comprometimento total com os objetivos da empresa”, explica Jorge Luis Silva, diretor administrativo. Para garantir bons resultados a empresa conta com a consultoria da ABTG e da Escola Senai Theo­bal­do De Nigris. No último ano, a Contiplan ini­c iou a implantação de um novo soft­ware de gestão; além disso, tem implementado novas políticas de certificações ligadas à qualidade e sustentabilidade e já dispõe do tratamento de re­sí­duos in­dus­t riais de acordo com normas am­bien­tais.

a aquisição de uma impressora serigráfica semi-​­rotativa bobina a bobina e equipamentos adi­c io­nais, em razão do au­men­to da demanda. Também dará prio­ri­da­de à implantação do departamento próprio de desenvolvimento de soluções sistêmicas de impressão de segurança.

Driblando as adversidades

Participante ativa, como afi­lia­da, das entidades e as­so­cia­ções que regem e nor­teiam o mercado gráfico, como a Abigraf, Abraform e ­A biea, e sem esquecer das suas raí­zes a Contiplan aprendeu a driblar as adversidades do mercado quando viu seu principal produto até então, a nota fiscal em formulário contínuo, ser engolido pela tecnologia da informação com a chegada da NF-e. “ Hoje já é perceptivo que os con­tri­buin­tes entenderam que a impressão ma­tri­cial do Danfe no formulário personalizado é a solução mais inteligente, econômica e mercadológica e começaram a retornar ao processo an­te­r ior!”, comemora o diretor executivo. A Contiplan terá um 2011 de mudanças. A empresa tem toda uma estratégia de crescimento ancorada em compromisso mercadológico de inovação e prospecta

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77 JANEIRO/ FEVEREIRO 2011  REVISTA ABIGR AF


O P I N I Ã O

l Neto João Baptista Depizzo Presidente da Abigraf Regional Espírito Santo

Desafios na gestão de talentos das indústrias gráficas do Espírito Santo os últimos anos, o Estado do Espírito Santo tem passado por um grande crescimento econômico e se destacado no cenário nacional. Setores como celulose, mineração, petróleo e gás atraem para o Estado investimentos cada vez maiores. Um exemplo disso é o fato de que, em 2010, a produção industrial superou a de 2009 em mais de 25%. Contudo, o panorama positivo esconde vários problemas e um deles não pode ser negligenciado: a falta de mão de obra qualificada. Muitos esforços estão sendo realizados por diversas instituições como o Sesi, o Senai, o IEL e o Ifes, dentre outras, para sanar este problema conjuntural capixaba. Porém, em se tratando do setor gráfico, infelizmente não há no Espírito Santo cursos continuados de formação específica para este segmento, o que agrava ainda mais a situação das indústrias gráficas capixabas. Há 15 anos o curso de impressor gráfico do Senai do município de Vitória foi desativado, devido principalmente aos equipamentos ultrapassados, às dificuldades de investimento por parte dos órgãos educacionais, à carência de instrutores capacitados para ministrar esses cursos, à visão geralmente restrita do empresário gráfico local — que muitas vezes não enxerga o curso como um investimento para a própria empresa — e à demanda, que não é suficiente para manter cursos permanentes e de longa duração. Neste cenário, muitos desafios precisam ser superados para um melhor gerenciamento de talentos nas indústrias gráficas capixabas. Poucos são os profissionais realmente capacitados no mercado e por isso eles são cobiçados por muitas empresas. A maioria das gráficas realiza internamente toda a capacitação 78 REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

dos funcionários, já que há uma dificuldade na contratação de profissionais aptos a exercer a função imediatamente. Isso gera um custo elevado e acarreta uma maior necessidade de treinamentos e um maior tempo de adaptação e aprendizado na área produtiva. A Abigraf Regional Espírito Santo, durante seus 24 anos de atuação, tem procurado desempenhar seu papel de informar, capacitar e auxiliar o empresário gráfico local. Por meio de parcerias, muitas vezes com o Senai local e a Theobaldo De Nigris, de São Paulo, a instituição oferece cursos e seminários que auxiliam na formação básica destes profissionais. Com os cursos sendo realizados na capital, a distância das gráficas do interior do Estado em relação a Vitória torna mais difícil a capacitação de muitos profissionais. Uma solução encontrada pela Abigraf-ES foi subsidiar o transporte e hospedagem para os funcionários do interior aproveitarem os cursos na capital. Outra estratégia adotada tem sido a descentralização das atividades de capacitação, atuando mais fortemente no interior e dando o suporte necessário às indústrias gráficas que mais precisam. Além de impressores, necessitamos formar profissionais nas áreas de pré-impressão e acabamento, que atualmente são os maiores gargalos das gráficas do Estado. Temos metas e estamos trabalhando para alcançá-las. Estamos certos de que a Abigraf-ES, juntamente com a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), está fazendo o possível para alavancar a capacitação necessária para operar as novas tecnologias que surgem nas nossas empresas. Os benefícios para o Estado serão inúmeros. Com a mão de obra qualificada os empresários poderão investir com mais confiança, pois contarão com profissionais que sustentam seu crescimento. Além disso, os conhecimentos adquiridos tendem a proporcionar maior desenvolvimento e melhores práticas de trabalho na indústria gráfica. Estamos muito otimistas. Não queremos chorar nossos problemas, pois muitos já foram superados. Agora temos muito trabalho a fazer para que este crescimento do Espírito Santo seja também um crescimento para a indústria gráfica. joao@ingral.com.br



Bons designers são bons editores porque são capazes de escolher entre uma solução e outra. Editar sugere uma metodologia básica de trabalho que não é apenas uma escolha de modelos formais, mas decisões que dão formas aos conceitos.

Siga também o Olhar gráfico no blog em www.qu4tro.com.br/blog

Jessica Helfand

Tipografia não tem regras, apenas convenções.

Gerald Hunger

Reforma e contrarreforma Regras e convenções têm sido discutidas no design desde sempre. Isto é, desde que elas existem e eram poucas e dogmáticas. Mas contestá-las é uma atitude recente, assim como discuti-las. Mesmo assim esse debate ainda se parece com aquele acontecido no início do século XX, quando a geração modernista iniciou sua batalha contra a tradição. No centro do debate atual está a negação da estrutura como elemento organizador do design, no outro, a recusa do ornamento como parte de sua estrutura.

Michel Bierut, Jessica Helfand, Rick Poynor e Steven Heller

Uma discussão nem tão recente, ela reflete

são os organizadores desta obra que reúne os textos fundantes do design – em particular da sua vertente gráfica e visual. Os quatro designers-editores acima relacionados fazem parte das duas principais “gangues” (de designers intelectuais) nova-iorquinas que comandam ou participam dos blogs underconsideration e designobserver, além de estarem sempre presentes nas revistas Print, Eye e no AIGA Journal of Design. ¶ Textos Clássicos do Design Gráfico, editado no Brasil pela Martins Fontes e com capa da Rex Design, reúne textos dos séculos XIX e XX que abarcam as ideias do movimento Arts & Crafts, da Bauhaus, do Construtivismo, passam por textos polêmicos dos anos 1960 (McLuhan, Susan Sontag) e chegam até escritos dos mestres Wolfgang Weingart, Massimo Vignelli e Victor Papanek e de diversos pioneiros na área da tipografia. ¶ Para quem imagina que o mundo existe apenas depois da criação da internet e das redes sociais, este é um livro fundamental, ou seja, uma obra para conhecer os fundamentos do design a partir de fontes originais. ¶ Publicado originalmente nos EUA pela Allworth, em 1999, na série Looking Closer, que é coordenada pela AIGA.

e a legibilidade previsível do modelo racionalista

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que se desenvolveram ao longo do século XIX.

um movimento (ou uma revolta) contra a grade e funcionalista do passado, que, de acordo com Charles Jencks, foi uma “reforma protestante” que põe o ornamento fora da lei e o transforma

¶ A nova escritura exige, dizem seus seguidores, que aprendamos a ler segundo outras convenções que não as estabelecidas no modernismo. E afirma também que a legibilidade sozinha não garante mais a comunicação. No primeiro

em “pecado”.

embate há a recusa por tudo que não pareça ou seja prático e útil. No outro, o excesso, qualquer que seja, não é mais um pecado estético ou um mau passo profissional. nnnnn No âmago dessas questões, que aconteceram no início e no final do século passado, encontramos uma discussão sutil: se eliminamos o ornamento, o que o design pode oferecer a seus usuários como prazer, deleite ou mesmo conhecimento? ¶ Resolver problemas, informar, criar identidades é ao que ele se propunha desde o modernismo. O maneirismo modernista em seu minimalismo tornou-se igualmente um ornamento. E esse bom design é facilmente identificável no uso de certas cores, texturas, materiais industriais e nas relações ergonômicas: o ornamento funcional se tornou uma citação cultural e referência histórica como foram outrora os detalhes barrocos e os pormenores dos estilos nnnnn A produção contemporânea do design

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(e das artes) está baseada em afirmações dos REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011


profissionais e dos artistas que determinam que “isto é” ou “isto não é” design (ou arte). As decisões não são mais tomadas em função de qualidades formais ou funcionais dos produtos ou das obras, mas por sua posição numa escala de preferências medidas por “ibopes”, por listas de mais vendidos, de escolhidos para o Oscar etc. Assim, sem a relevância da qualidade ou da necessidade da obra, seja design ou literatura, o que importa é que ela seja consumida aos milhões e, dessa forma, garanta seu lugar no panteão dos premiados e nos assentos das academias. ¶ Assim é para automóveis, celulares, ideias e políticas: estar em sintonia com a maioria

Anúncios em 1954 e 1962 na Revista do Globo

consumidora. Mas isso nem sempre coloca produtos ou ideias honestas em circulação, como vemos, quase que diariamente, nos meios de massa e nos anúncios de recall das grande corporações. Há exceções, é claro. Para Brian Dougherty, o

antigo “bom design” simplesmente não satisfaz as necessidades de nossa época. A verdadeira excelência vai além da estética do objeto criado e engloba a sua fabricação, a mensagem que ele passa e seu impacto na sociedade. nnnnn Agora retornemos às escolhas. As gerações formadas e educadas sob o modernismo não tinham escolhas: ou eram modernos ou eram conservadores. Atualmente a massa de jovens que procura uma formação precisa pensar em outras estratégias para não acabar como gerações que nada sabem criar ou criticar.

¶ Precisam se organizar

e aprimorar suas capacidades de fazer escolhas, além daquelas do consumo: dos jovens estudantes aos profissionais mais experientes, todos dependem de suas habilidades em fazer escolhas no universo das informacões, conhecimentos, posições e caminhos que se abrem minuto a minuto em suas vidas. Para criar um produto precisamos escolher entre muitas ideias, conceitos, técnicas, materiais e algo semelhante acontece quando precisamos escrever um texto: é preciso escolher formas narrativas, palavras, pontuação e ritmo. nnnnn Nas últimas décadas o designer tornou-se um editor de editores: todo exercício criativo, quer seja gráfico ou cinematográfico, envolve seleção de dados, de formas e de tecnologias para sua execução. Numa animação digital para celular, por exemplo, estão envolvidos um argumento verbal, a composição visual, a narrativa organizada

por planos, cortes, sons, música e uma edição compatível com as disponibilidades dos usuários e com as características da mídia. O designer tem de saber conversar com os outros envolvidos, sejam eles da área de criação, de tecnologia, de mercado ou de produção. nnnnn Ao se projetar uma família tipográfica, por exemplo, é preciso perguntar-se onde ela se situa na disciplina e na história. Sem isso torna-se impossível pensar criticamente sobre o trabalho, como afirma Fred Smeijers, no seu livro-manifesto Type Now. Desta forma o ato de criar é também um ato de perguntar: o que desejamos que nosso projeto faça? O que queremos que sejam as letras que desenhamos? Como queremos que o objeto funcione? Editar ou projetar é portanto saber escolher e saber perguntar. nnnnn Essas perguntas não podem, como antigamente, ser respondidas apenas nos aspectos funcionais e práticos, mas devem estender suas preocupações para o meio social e para seus usuários. Editar, fazer design, criar ou seja lá o modo como se rotulem essas atividades pressupõem sempre estar atento ao papel que o designer desempenha na sociedade. De modo planejado e sistemático, como recomenda Khaterine McCoy. Bibliografia HELFAND, Jessica. Screen: Essays on Graphic Design, New Media and Visual Culture. Nova York: Princeton Architectural Press, 2001. Dougherty, Brian. Design Gráfico Sustentável. São Paulo: Rosari, 2010. JURY, David. About Face: Reviving The Rules of Typography. Hove: Rotovision, 2004. JENCKS, Charles. What is Post-Modernism, Londres: Academy Editions, 1986. MCCOY, Khatherine. Hybridity Happens, in revista Emigre #67. Berkeley, Emigre, 2004. SMEIJERS, Fred. Type Now, Londres: Hyphen Press, 2003.

Revista do Globo 1929-1967 Editada pela Livraria do Globo, de Porto Alegre (RS) por sugestão de Getúlio Vargas, essa revista, que teve 944 edições, foi importante instrumento da cultura gaúcha e brasileira no início do século XX. Por ela passaram os principais intelectuais e ilustradores do período, como Mário Quintana, Érico Veríssimo, Moysés Vellinho, Augusto Meyer, Raul Bopp, Viana Moog, João Fahrion, Edgar Koetz e muitos outros. Érico foi seu diretor no período áureo que culmina no ano de 1939, quando a revista influenciou o mercado editorial brasileiro, notadamente o do Rio de Janeiro. A partir de então, com a introdução no mercado de novos recursos gráficos e do uso da fotografia, ela foi perdendo seu caráter de revista literária e cultural e sua originalidade. Os anos de 1960 marcam sua trajetória decadente. A derradeira edição em 1967 (mesmo ano da edição do AI-5) sinaliza também os novos tempos do Brasil, agora sob a égide de uma outra organização Globo.

JANEIRO/ FEVEREIRO 2011  REVISTA ABIGR AF

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LIVROS DE DESIGN &OUTROS ◆ Arte e linguagem ▼ Arquitetura ◗ Design e tipografia

◆ Modernismo – Guia Geral – 1890-1930.

Inclui interessantes textos sobre as cidades modernistas: Berlim, Viena, Praga, Nova York, Chicago, Paris, Londres...

◆ O Resto é Ruído – Escutando o Século XX. Alex Ross, Companhia das Letras, 2009.

Uma história do séc. XX contada por meio da produção musical, do erudito ao jazz.

▼ Perspectiva da Arquitetura Europeia.

Mostra as concepções de espaço e design das plantas baixas de igrejas e catedrais.

◗ Weingart: Typography – My Way

Uma autobiografia construída e composta com a tipografia e o design, criado na Basileia por este compositor alemão.

◆ O Mundo Codificado

Filosofia da maior clareza, destrincha os conceitos de design, máquina, trabalho…

◗ Designing Books – Pratice and Theory.

Redescoberto na Inglaterra e desconhecido no Brasil, o trabalho de Hochuli é um tipo de terceira via da tipografia suíça.

◗ O Que [e o Que Nunca Foi] Design Gráfico. André Villas-Boas, 2AB, 2000.

Curiosa e esclarecedora, é uma interessante obra de divulgação do design gráfico.

◗ Projeto Tipográfico – Análise e Produção de Fontes Digitais. Claudio Rocha,

Introdução sem complicações ao universo dos tipos, corpos, famílias, tecnologias, jargões e de sua linguagem expressiva.

◗ Counter Punch – Making Type in the

O autor é o último counterpunch vivo no mundo. Seu workshop mostrado no telão por imagens, via microscópio, são um show.

◆ Analógico y Digital.

O texto filosófico que discute as realidades originadas do mundo digital e abstrato.

◗ The Art of Looking Sideways.

O grande livro visual deste pioneiro inglês: um gigante caderno de anotações.

◆ Da Bauhaus ao Nosso Caos

Crítica demolidora do mito da Bauhaus. Imperdível para quem ainda acredita nos duendes desta escola famosa.

◆ Lendo Imagens.

Emocionantes leituras não semióticas e semióticas na visão de um literato.

◗ Como Vi – O Design de Rafic Farah.

O melhor e mais generoso livro de design gráfico brasileiro. Esgotado.

◗ Designed by Peter Saville.

Trabalhos de todas as fases desse artista iconoclasta que ficou famoso por trabalhar na Factory de Andy Wharol.

◗ At the First Sight – Everyday Graphic Design.

Os melhores cartazes do mundo. E bons trabalhos de design gráfico.

◗ The End of Print – Everyday Graphic Design.

Marco da transição do mecânico para o digital, os textos de Blackwell desvendam, e também mitificam, o trabalho do surfista.

◗ The Graphic Language of Neville Brody.

Outro marco, que antecede o livro anterior, é um manual claro e original que mostra a evolução do design punk ao tecnológico.

◗ Design Gráfico – Uma História Concisa.

A maneira mais rápida de conhecer a história do séc. XX por meio do design visual.

◗ Elementos do Estilo Tipográfico.

O melhor e mais completo livro de etiquetas e convenções tipográficas, além de ser uma obra de prosa elegante e quase poética.

◗ Linguagens do Design – Compreendendo

Uma maneira – razoavelmente lenta e agradável – de conhecer e entender o séc. XX por meio do design em crônicas de Heller.

◗ Encyclopedia of Graphic Design+Designers.

Para Weingart é melhor que a História Concisa de Hollis e, portanto, maneira rápida para saber sobre os designers do século passado.

◗ Como se Pode Fazer Tipografia Suíça?

Texto fundante da nova tipografia suíça, criada por Hofman, Ruder e Weingart, que o autor levou para o tour nos EUA em 1972.

Org. Malcolm Brandbury e James McFarlane, Companhia das Letras, 1998.

Nikolaus Pevsner, Ulisseia, Lisboa, sem data.

Número um Como em Blade Runner, o livro, cujo personagem central aceita o emprego de caçador de andróides porque ambiciona comprar um animal de estimação – vivo, natural e de verdade, e não um dos robôs-clones que a indústria dos pets colocava no mercado –, dentro de alguma centena de anos os humanos estarão trabalhando arduamente para ter em casa um exemplar dos últimos livros de papel fabricados em meados do século XXI. Possuir um livro que possam folhear, apalpar e cheirar será uma sensação especial, mais ou menos como hoje em dia ter em casa uma edição original impressa por Giambaptista Bodoni ou por Aldus Manutius. As revistas e as publicações em geral também existirão cada vez mais apenas em seus números um. Anos atrás um velho amigo, jornalista e escritor, vaticinou que ficaria rico dentro de algumas décadas se colecionasse todos os números um de revistas, fanzines, jornais e outras formas editoriais lançadas neste período. E isto não deixa de ser verdade: na internet tudo é tão rápido e efêmero como nuvens cujas formas, que se alteram continuamente, não temos habilidades para gravar ou guardar na memória. Livros não terão mais capas sendo exibidas enquanto o lemos nos iPads e Kindles da vida futura. A leitura continuará sendo silenciosa, porém acompanhada – nos fones de ouvido – de complementos sonoros que irão de trilhas musicais até uma sonoplastia sofisticada e complexa como a do cinema. E em alguns locais voltaremos a ler e ouvir como até o século XV, quando um mestre lia em voz alta para os discípulos os grandes livros manuscritos. Os livros poderão ser exibidos em home theaters, e em lugares públicos, de forma semelhante àquela como assistimos uma Copa do Mundo de futebol. Porém há especialistas que afirmam que levará muitos séculos para que o livro desapareça e outros que garantem que continuaremos a tê-los e lê-los da forma como estamos acostumados, paralelamente às novas formas de leitura: estudos e leituras técnicas em dicionários ou códigos legais só serão feitos em máquinas, mas as histórias, os poemas e as grandes narrativas 82 humanas continuarão a ser lidas em livros de papel (ou algum sucedâneo), tanto no sofá da sala como na cama. REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

to Typography. Wolfgang Weingart, Lars Müller, Baden, 2000. Vilém Flusser, CosacNaify, 2007.

Josj Hochuli e Robin Kinross, Hyphen, Londres, 1996.

Rosari, 2010.

Sixteenth Century, Designing Typefaces Now. Fred Smeijers, Hyphen, Londres, 1996.

Otl Aicher, Barcelona, GGigli, 2001. Alan Fletcher, Phaidon, Londres, 1994.

[From Bauhaus to Our House]. Tom Wolfe, Rocco, 1990. Alberto Manguel, Companhia das Letras, 2000.

Rafic Farah, edição do autor, 2000.

Org. por Emily King. Thames and Hudson, Londres, 2003. Pierre Mendel, Lars Müller, Baden, 2001.

Lewis Blackwell e David Carson, Laurence King, Londres, 1995.

Jon Wozencroft, Thames and Hudson, Londres, 1988.

Richard Hollis, Martins Fontes, 2001. Robert Bringhurst São Paulo: CosacNaify, 2005.

o Design Gráfico. Steven Heller, Rosari, 2004.

Alan e Isabella Livingston, Thames and Hudson, Londres, 1992. How Can one Make Swiss Typography? Wolfgang Weingart, Rosari, 2004.



Quadrinhos explicam a Lógica A Lógica e a Matemática são devassadas pelos quadrinhos em biografia do filósofo e ativista político Bertrand Russell.

Formato: 17 × 24 cm 352 páginas. Impressão: Yangraf www.wmfmartinsfontes.com.br

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Álvaro de Moya é autor do livro Vapt-Vupt.

E

stamos dian­te de uma obra que comprova a importância da linguagem dos quadrinhos em esclarecer o difícil campo da Filosofia e da Lógica. Trata-se da publicação da Martins Fontes com o título de Logicomix, que, focando um episódio na vida de Bertrand Russell, filósofo, matemático, escritor e conferencista, encara sua bio­g ra­f ia, obra e a relação com os es­t u­d io­sos da época. É uma obra am­ bi­c io­sa, difícil, controversa e provocativa, escrita pelo grego Christos Pa­ pa­d i­m i­t riou e pelo aus­t ra­l ia­no Apostolos Do­x ia­d is, cria­do na Grécia. O livro foi ilustrado com qualidade pelo grego Alecos Papadatos, ficando as cores a cargo de sua esposa, Annie Di Donna, nascida na Argélia.

Esta graphic novel retrata uma era em que filósofos e cien­t is­tas desprovidos de vai­d a­des e plenos de au­to­crí­ti­ca, desprendidos, cria­ram bases cien­tí­f i­cas para o mundo moderno. A história começa na entrada de uma conferência a ser dada pelo bio­g ra­fa­do, quando um grupo o desafia a se manifestar como pacifista,

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no momento em que Hitler invadia a Polônia e a Inglaterra declarava guerra contra a Alemanha. Bertrand Russell narra, então, sua vida e obra, a tentativa de explicar a Matemática no estudo da Lógica e sua ligação com os nomes mais destacados do pe­r ío­do nessa área. Quan­do a narrativa chega ao ponto mais importante, que é a enun­c ia­ç ão do Paradoxo de Russell, os au­to­res interrompem a história e discutem entre si, dando ao lei­tor o detalhamento da in­com­preen­sí­vel descoberta. No final do livro, as bio­g ra­f ias desde Aristóteles até Ludwig Witt­gens­tein passando por luminares da Matemática e da Lógica ajudam o lei­tor a entender melhor a obra.


Galeria da SIB - Sociedade dos Ilustradores do Brasil

Autor: RODRIGO ROSA Título: Capa de A Ilíada Cliente: Editora Ibep Brasil, 2010. Técnica: Aquarela e Photoshop

www.sib.org.br

Sociedade dos Ilustradores do Brasil


IMPRESSÕES

Reinaldo Espinosa

Presidente Executivo da ABTG

Antigas e novas questões ano começa com previsões otimistas e números positivos. Porém, é imperativo que as empresas se preparem para atender a elevação na demanda, tirando o melhor proveito das oportunidades geradas por esse cenário. A ABTG está ao lado do profissional gráfico nessa busca pelo conhecimento que gera elevação da qualidade, eficiência, maiores lucros e desenvolvimento. Nesse sentido, quero aqui ressaltar três novos projetos na área de consultoria que fazem parte do plano de trabalho da associação para 2011. O primeiro é o Programa de Aumento da Produtividade (PAP). Focado nas gráficas de médio e grande porte, ele visa identificar os motivos de perda de produtividade e auxiliar as empresas nas possíveis soluções dos problemas. Os objetivos são o aumento da produtividade, a redução dos desperdícios e o alinhamento dos meios produtivos com a mão de obra operacional. Assumir a responsabilidade pelo gerenciamento do sistema de gestão da qualidade é a finalidade do projeto Terceirização da Manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade. Aqui o público‑alvo passa a ser as empresas enxutas, que querem manter seu sistema de gestão, de forma eficiente e a um custo baixo, em conformidade com os requisitos da NBR ISO 9001:2008. Essa terceirização traz para a empresa uma visão externa e neutra do sistema de gestão, possibilitando sua simplificação, atualização e melhoria contínua. Além disso, possibilita a liberação das horas dos profissionais da organização, que estariam designados para a execução de auditorias.

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A terceira novidade incluída no plano de trabalho deste ano está relacionada ao gerenciamento de resíduos. Através do mapeamento dos fluxos de resíduos e da elaboração de um plano de ação corretivo e de melhoria, a ABTG pode ajudar a gráfica a se tornar uma empresa socialmente responsável, a reduzir riscos, preservando a saúde dos funcionários e evitando penalidades por descumprimento da legislação, e a adotar processos mais rentáveis. O projeto também capacita os funcionários, envolvendo‑os no conceito de eliminação do desperdício. Esses são apenas os novos projetos. A ABTG intensificará ainda sua atuação nas demais áreas nas quais opera, como as Semanas de Artes Gráficas, o Prêmio Fernando Pini, a elaboração de normas através o ONS27 e a realização do 4 º‒ Ciclo de Palestras de Sustentabilidade, programado para o início de agosto. Pronta para apoiar o setor na superação de antigos e novos desafios, a associação segue na missão de ser referência no Brasil e na América Latina na divulgação e emprego de tecnologias para a indústria de comunicação gráfica. reinaldo@rwagrafica.com.br


Sustentabilidade

Sustentabilidade é questão de educação

Tainá Ianone

D

ados da As­so­c ia­ç ão Bra­si­lei­ ra de Celulose e Papel (Bra­ celpa) mostram que, na com­ paração dos meses de ja­nei­ro a julho de 2009 com o mesmo pe­r ío­do de 2010, a produção de papel para embalagens cresceu quase 5%, sain­do de 2,65 milhões de toneladas para 2,78 milhões de tonela­ das. A indústria bra­si­lei­ra de papelão on­ dulado encerrou 2010 com vendas to­tais de 2,543 milhões de toneladas do produto, ex­ pansão de 11,85% em relação ao ano an­te­ rior, segundo dados preliminares divulga­ dos pela As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra do Papelão Ondulado (ABPO). Os números acima são uma pequena amostra que apenas revela um crescimento na produção de papel e papelão, o que pode estar atrelado a diversos fatores. Porém, al­ gumas ini­cia­ti­vas concretas mostram que, se a questão é susten­ tabilidade am­bien­tal, o plástico é visto qua­ se como um inimigo. E o herói, claro, se torna o papel — mais exatamente o kraft, o papel-​­c artão e o pa­ pelão ondulado, que são usados em emba­ lagens, além de sacos e sacolas de compras. Pau­ta­da pelas possibi­ lidades de reciclagem, a tendência do mo­ mento é subs­t iuir o vilão pelo herói, algo que pode ser demons­ trado, por exemplo, na invenção do cor­ retor de imó­veis apo­ sentado Rogério Luiz de Sou­z a: o sistema Com­prai­ner — mis­

to de “compra” e con­têi­ner — cria­do para o transporte de mer­ca­do­r ias em supermer­ cados. Rogério desenvolveu um carrinho es­pe­cial, no qual podem ser acopladas cai­ xas de papel-​­cartão. Nelas, as compras são acon­d i­c io­na­d as, levadas ao cai­x a e trans­ portadas para casa. Para que o ciclo se com­ plete e a intenção seja atendida, as cai­x as devem ser reu­t i­l i­za­d as ao máximo. O site do Com­prai­ner informa que o uso do novo sistema — em operação experimental em uma rede de supermercados de Flo­r ia­nó­ po­lis (SC) —, com cai­x as que suportam até 15 quilos, pode levar à economia de 120 sa­ colas plásticas por ano. Mas há usos diver­ sos e até cu­r io­sos, como na construção ci­ vil, em subs­t i­t ui­ção a pilares de concreto, embora ain­da seja apenas uma pesquisa do Departamento de Arquitetura e Urbanis­ mo da Escola de Engenharia de São Carlos

Foto: Marcelo Soares/Folha Press

Em época de condenação do plástico, em especial das sacolas para transporte de compras, o papel e o papelão ondulado vivem seu momento de glória como opções para sua substituição. Mas há quem defenda que a solução mais sustentável está na educação para o uso racional e descarte correto, o que permitará ampliar os níveis de reciclagem dessa matéria-​­prima.

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(EESC) da Universidade de São Pau­lo (USP). Outro uso inédito surgiu no Rio Grande do Sul, quando o empresário André Ruschel ­criou um computador ecológico com estrutura fei­ta de papelão reciclado e com­ ponentes que consomem menos energia. As sacolinhas

A verdade é que as ex­pe­ riên­c ias de subs­t i­t ui­ç ão do plástico estão aconte­ cendo às dezenas, mas a preo­c u­pa­ç ão com a sus­ tentabilidade am­bien­tal, que ocupa um espaço cada vez mais impor­ tante nos debates em­ pre­s a­r iais e também entre a so­c ie­d a­de civil, tem como alvo preferido a sa­ colinha plástica usada para transportar as compras de supermercados. Uma pesquisa rea­l i­za­d a pelo Ministé­ rio do Meio Am­bien­te, em parceria com a rede de supermercados Walmart, intitulada “Sustentabilidade Aqui e Agora” e rea­li­za­da entre setembro e ou­tu­bro de 2010, revelou que 53% dos entrevistados se preo­cu­pam com a questão am­bien­tal quando analisam as embalagens dos produtos que compram. Ques­t io­na­dos “se as sacolas plásticas de­ saparecessem do mundo, como carregaria as compras de supermercados?”, 69% res­ ponderam que usa­ riam sacolas de ou­ tro ma­te­r ial e 22% cai­x as de papelão ondulado. Em rela­ ção às leis de proi­bi­ ção das sacolinhas, 60% mostraram-se fa­vo­rá­veis, enquan­ to 23% são contra e 17% indiferentes. O mov imento está tomando cor­ po em todo o mun­ do. Estados Unidos, Itália, França, Dina­ marca, Irlanda, Chi­

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na e Suí­ça são alguns dos paí­ses que adotam mecanismos para reduzir o volume de saco­ las plásticas de compras. No Brasil, desde julho do ano passado, o Estado do Rio de Ja­ nei­ro proí­be o uso desses itens em estabele­ cimentos de grande e médio porte e existem também ini­cia­ti­vas em ou­tros estados. Se as sacolas devem ser banidas ou não ninguém pode afirmar com certeza por en­ quanto. Hoje, cerca de 12 bilhões de sacolas plásticas são jogadas fora anual­men­te no Brasil. Se a questão é reduzir o consumo, levanta-se ou­tro ponto importante, que é a educação am­bien­tal: o problema estaria na atitude das pes­soas, que usam e descartam as sacolinhas de modo errado. Por isso mes­ mo, alertar a população sobre as opções de subs­ti­tui­ção ou, se for o caso, sobre o uso mais efi­cien­te foi a meta do Ministério do Meio Am­bien­te quando ­criou, em junho de 2009, a campanha “Saco é um Saco”. Para o professor José Carlos Pinto, pes­ quisador da UFRJ/Coppe (em matéria do site Inovação Tecnológica, de novembro de 2010), as sacolinhas são apenas um deta­ lhe de um quadro bem ­m aior e seria um equívoco atri­buir ao plástico o papel de vilão do meio am­bien­te, pois trata-se de um ma­te­r ial que apresenta as pro­prie­d a­ des ­ideais para reciclagem e reú­so. O es­pe­ cia­l is­ta avalia que o correto é impedir que esses ma­te­r iais se acumulem nos lixões e estimular sua reu­ti­l i­za­ção, assim como já ocorre com os ma­te­r iais de alumínio, como latas de refrigerante e cerveja.


Antilhas em busca de soluções inovadoras

D

e acordo com Clau­d ia Sia, gerente de Mar­ke­ting e Inteligência de Mercado da Antilhas Soluções para Embalagens, a tendência para os próximos anos será a ade­ quação das embalagens aos produtos, re­ duzindo quantidades de ma­té­r ias, e não a simples troca de uma matéria-​­prima por ou­tra. Ela cita como exemplo a subs­ti­tui­ção de uma cai­xa, que antes era colocada dentro de uma sacola, por apenas uma sacola com fechamento di­fe­ren­cia­do — o overbag, uma patente cria­da pela companhia. Mesmo sem defender a subs­t i­t ui­ç ão dos ma­te­r iais, Clau­d ia aponta os diversos be­ne­f í­cios do papel, a começar pelo vi­sual da embalagem, que permite um design di­ fe­ren­cia­do, com o uso de efei­tos gráficos, como aplicação de relevo, verniz, brilho e hot stamping. Também é possível acrescen­ tar adereços à embalagem tanto de papel como plásticas e ­criar formatos inovadores. “O efei­to é uma embalagem de estrutura e de montagem que facilita o ma­nu­seio, pois pensamos no conforto do consumidor”. Mas a Antilhas oferece ao mercado inú­ meras opções para sacolas plásticas, de pa­ pel e também as chamadas “embalagens verdes”. “Dessa forma, atendemos nossos clien­tes conforme suas necessidades, com soluções de sustentabilidade para cada pro­ jeto”, informa Clau­d ia. De acordo com ela, os clien­tes atendidos pela empresa em todo o País já estão buscando se adequar às pos­ sí­veis exi­gên­c ias da Política Na­c io­n al de Re­sí­duos Sólidos. Por isso, a Antilhas já disponibiliza serviços alinhados às dire­ trizes da Lei n º‒ 12.305, como a ação Emba­ lagem Viva, um programa que faz a logís­ tica reversa das embalagens dos clien­tes, destinando-as para a reciclagem. Tecnologias limpas

Mais do que procurar atender as necessi­ dades in­d i­v i­duais das marcas e utilizar, de ma­nei­ra frequente, recursos inovadores, a equipe de Inovação e Desenvolvimento da Antilhas oferece produtos com con­cei­ to sustentável. “Além do desenvolvimento de embalagens com soluções menos impac­

Claudia Sia, gerente de Marketing e Inteligência de Mercado da Antilhas

tantes ao meio am­bien­te, são elaborados produtos em tamanhos e formatos estu­ dados exaus­t i­va­men­te para evitar exces­ sos e pro­por­c io­n ar a redução das ma­té­ rias-​­primas empregadas”, explica Clau­d ia. Um exemplo está nos plásticos oxi­bio­de­ gra­dá­veis, com­pos­tá­veis e de fontes re­no­ vá­veis; os tecidos 100% fei­tos de garrafa Pet; os pa­péis certificados e 100% recicla­ dos; as tintas à base de soja, e a tecnologia de impressão sustentável (electron beam). Sobre o balanço de vendas dos últimos cinco anos, Clau­dia afirma que tanto o seg­ mento de embalagens de papel quanto o de plástico registraram bons resultados e que a gráfica expandiu significativamente. “Te­ mos crescido acima do dobro no pe­r ío­do. Nos últimos 15 anos nosso porte au­men­tou 21 vezes”, revela. Visando o mercado exter­ no, que, segundo a gerente, também segue em expansão, a companhia ­criou as unida­ des “Antilhas Ásia” para am­pliar a presença em ou­tros paí­ses. A empresa já conta com dois es­cri­tó­rios localizados estrategicamen­ te na China, um na cidade de Hangzhou e ou­tro em Hong Kong. “Estamos presentes nas prin­c i­pais re­g iões da China, onde se concentram os maio­res operadores logísti­ cos. Dessa forma estamos preparados para atender em escala mun­d ial”. Clau­d ia reforça que a gráfica busca so­ luções inovadoras que trazem no con­cei­to o res­pei­to ao meio am­bien­te e está engaja­ da em rea­l i­zar um trabalho ain­d a melhor e mais sustentável. “O con­cei­to de susten­ tabilidade na Antilhas está presente desde os estudos de desenvolvimento de produ­ tos e compra de novos equipamentos e tec­ no­lo­g ias até ações com os clien­tes, par­cei­ ros e a comunidade”, conta. Isso prova que sustentabilidade é mais que uma questão de educação, pois resulta também da boa gestão dos ne­gó­cios.

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Foto: AGB Photo Library

Sustentabilidade

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Este caderno foi impresso em papel reciclado Eco Millennium 90 g/m², produzido pela Bignardi Papéis

BM&FBovespa cria Índice de Carbono Eficiente

Representando o setor de celulose e papel, a Fibria já integra a “carteira verde”.

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ançado em 2 de dezembro último pela BM&FBovespa, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimn­ to Econômico e Social (BNDES), o Índice de Carbono Efi­cien­te (ICO2) será um indicador de ações que visem ao estímulo da gestão de mudanças climáticas das com­pa­n hias de capital aberto. No segmento de celulo­ se e papel, a Fibria já integra a car­tei­ra do novo índice, que constituirá um instru­ mento econômico ponderado das etapas básicas desse processo de gestão: o inven­ tário de emissões de gases de efei­to estufa (GEE). São ele­g í­veis para compor a car­tei­ ra do ICO2 as ações de empresas que se­ guem cumulativamente alguns cri­té­r ios, como participação na car­tei­ra do IBrX-50, dentre ou­tros. O IBrX-50 é um índice que mede o retorno total de uma car­tei­ra teó­ ri­c a composta por 50 ações se­le­c io­na­d as entre as mais ne­go­cia­das na BM&FBovespa em termos de liquidez, ponderadas na car­tei­ra pelo valor de mercado das ações dis­po­ní­veis à ne­go­cia­ção.

Em relação aos requisitos, toda empre­ sa cuja ação pertence à car­tei­ra do IBrX-50 será au­to­ma­ti­ca­men­te elegível para compor a car­tei­ra ICO2. No entanto, a inclusão esta­ rá con­d i­cio­na­da à adesão formal à ini­cia­ti­ va. Fei­ta a adesão, a empresa comprometese a reportar dados do inventário ­anual de GEE em conformidade com o nível de abran­ gência e prazo definido pela BM&FBovespa. A car­tei­ra teó­r i­ca do ICO2 terá vigência de quatro meses, vigorando nos pe­río­dos de ja­ nei­ro a abril, maio a agosto e setembro a de­ zembro, tal qual o IBrX-50. Ao fim de cada quadrimestre, a car­tei­ra será rea­va­lia­da uti­ lizando-se os procedimentos e cri­té­r ios in­ tegrantes da metodologia desse indicador. As ações de empresas com coe­f i­cien­te emissão/re­cei­ta su­pe­r ior à média do setor (ou à média da car­tei­ra, no caso de empre­ sas únicas no setor) terão a participação re­ duzida; ações de empresas com coe­f i­cien­te emissão/re­cei­ta in­fe­r ior si­mul­ta­nea­men­te à média de seu setor e da car­tei­ra como um todo terão a participação au­men­ta­da.



história viva

Hilda Mansur Irffi

uan­d o Hilda Mansur Irffi nasceu, o papel da mulher na so­cie­da­de restringia-se ao cui­da­do com a casa e a família. Pouquíssimas se aventuravam no mercado de trabalho e nem mesmo o di­rei­to ao voto lhes era facultado. Mas, nascida em Belo Horizonte, no dia 30 de setembro de 1928, dona Hilda, como é carinhosamente tratada por todos, estava fadada a se destacar no ofício comemorado nessa data. Ela veio ao mundo no Dia da Secretária e desde os 15 anos e por mais de 50 exerceu essa função. A saú­de pode estar debilitada, porém a memória e, sobretudo, a simpatia, con­ ti­nuam inalteradas. Vinda de uma família humilde e numerosa, cedo dona Hilda precisou trabalhar. Um irmão mais velho, chefe de linotipia na Velloso S/A Comércio e In­dús­trias Gráficas, arranjou para ela uma colocação na empresa, uma das maio­res gráficas da re­gião, com mais de 100 fun­cio­ ná­r ios. “Lá era uma beleza. Era uma empresa grande, onde fa­zía­mos principalmente livros. Tinha médico, re­fei­tó­r io, era mui­to bom”, relembra dona Hilda. Cu­r io­sa, a jovem queria aprender de tudo um pou­co e não demorou mui­to para se­cre­ta­riar o dono

Dedicação total à indústria gráfica mineira

Muito querida, Hilda Mansur foi a primeira secretária do Sigemg, em um tempo em que as entidades do setor estavam montando suas estruturas.

Tânia Galluzzi Dona Hilda com o ex-presidente da Abigraf-MG Rodrigo Velloso de Almeida, na solenidade de entrega do 1º Prêmio Cícero, em 2005.

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Dona Hilda, com Carlos Alberto Proença e Sebastião Lessa Azeredo (ex-presidentes da Abigraf-MG/ Sigemg), em jantar no Minas Tenis Clube, 1969.

da gráfica, Nylton Velloso. Foi o empresário que, enxergando seu po­ten­cial, levou-a para o Sindicato da Indústria Gráfica de Minas Ge­rais, o Sigemg, assim que assumiu a presidência da entidade, em 1948. “Por alguns anos eu ficava um pe­r ío­do na gráfica e ou­tro no sindicato”, diz dona Hilda. “De­ pois, fi­quei só com o sindicato e mais tarde também com a Abigraf Minas”. Ela foi a pri­mei­ra secretária do Sigemg.

Revelando grande talento e sensibilidade artística, dona Hilda pinta desde criança, por prazer, com predileção para naturezas-mortas.

Marcone Reis Fagundes (ex-presidente da Abigraf-MG/Sigemg) entrega a dona Hilda a comenda O Cícero, na sua primeira edição, em 1994. Ao centro, Vicente de Paula Aleixo Dias, atual presidente da Abigraf-MG/Sigemg.

con­ver­sa­dei­ra, mantinha-se atenta a todos, não se limitando ao trabalho do escritório. “Desde o início adotei o hábito de fazer visitas às gráficas, principalmente àquelas que não eram as­so­cia­das, para saber o que precisavam e trazê-​­las para a entidade”. Buscando ampliar seus conhecimentos, fez cursos de se­cre­ta­r ia­do e, como ela mesma brinca, acabou casando-se com o setor gráfico mi­nei­ro. Sem filhos, viveu intensamente o dia a dia do Sigemg e da Abigraf Re­g io­nal, tornando-se a memória viva das duas entidades. “Dona Hilda é um símbolo de humildade, trabalho, dedicação e sabedoria que nor­teia nossa entidade”, disse Vicente de Pau­la Alei­xo Dias, durante sua posse como presidente do Sigemg e da Abi-

graf-MG, em homenagem prestada a ela no dia 15 de dezembro. Mesmo afastada de suas funções e com dificuldade de locomoção, vai com certa frequência ao sindicato, se não para conversar com os mui­tos amigos, também para promover suas telas, que expõe na própria sede da Abigraf-MG/Sigemg. “Pinto desde crian­ça e gosto mui­to de natureza morta. Já participei de algumas exposições coletivas, além de mostrar meu trabalho aqui na Abigraf. E eu nem preciso oferecer, eles logo compram”, diverte-se dona Hilda. O corpo ajudando, já que a mente mantém-se lépida e fa­cei­ra, Hilda Mansur con­ ti­nua­rá visitando a Abigraf e alegrando os gráficos mi­nei­ros.

Nos pri­mei­ros anos de vida, as entidades sin­d i­cais mi­nei­ras enfrentaram dificuldades, dedicando-se à organização e montagem de suas estruturas, e, principalmente, à elaboração da legislação trabalhista. Os organismos sin­di­cais lutavam contra a falta de recursos, o in­d i­v i­dua­l is­mo dos em­pre­sá­r ios, o pequeno número de as­so­ cia­dos e o desconhecimento da nova legislação, ficando com essas lideranças pio­nei­ras o trabalho mis­sio­ná­r io, que mui­tas vezes era rea­l i­za­do com seus pró­prios recursos. Relações-​­públicas

Nessa fase, os traços da personalidade de dona Hilda eram mais do que bem-​­vindos. Ela esteve sempre voltada à as­so­cia­ção e à coo­pe­ra­ção entre as pes­soas. Organizada e

Homenagem a dona Hilda na posse da nova diretoria da Abigraf Minas Gerais, em 15 de dezembro de 2011. (E/D): Jeannete Gonçalves, secretária do Sigemg, Marcone Reis Fagundes, Sidney Sebastião Lázaro de Morais (ex-presidente da Abigraf-MG/Sigemg) e Vicente Aleixo.

JANEIRO/ FEVEREIRO 2011 REVISTA ABIGRAF

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ACERVO

Os guardiões das raridades Com o desejo em comum de perpetuar duas antigas coleções de livros, os amigos Rubens Borba de Moraes e José Mindlin uniram suas bibliotecas e as doaram para o Centro de Estudos da USP. O espaço está em construção e será inaugurado em janeiro de 2012.

Foto: Sergio Pizoli

Ada Caperuto

A

migos de longa data, os bi­blió­f i­los Ru­ bens Borba de Mo­raes e José Mindlin dei­x a­ram grande herança cultural para o Brasil. Os com­pa­n hei­ros encontra­ ram na pai­x ão pela lei­tu­ra um interesse em co­ mum e planejaram a ­união de suas bi­blio­te­cas de obras raras, co­le­cio­na­das durante toda uma vida. Em 1986, aos 87 anos de idade, Rubens faleceu antes de ver seu desejo se concretizar, mas a semente já estava plantada. Seu acervo foi dei­xa­do em testamento para Mindlin e mais tarde faria parte da coleção “Bra­si­l ia­na”, doa­da à Universidade de São Pau­lo em 2005.

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Rubens Borba de Mo­raes, autor da “Biblio­ graphia Brasiliana”, ajudou a difundir a cultura em nosso país. Nascido em 1899, em Araraqua­ ra (SP), e formado em Letras pela Universidade de Genebra, na Suí­ça, foi um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922. Colabo­ rou para a cria­ção de algumas das revistas li­te­ rá­r ias mais expressivas da sua época: a Klaxon, de 1922, e a Revista de Antropofagia, de 1928. Em 1936 assumiu o cargo de diretor da ­atual Bi­blio­te­ca Pública Municipal Mário de Andra­ de, onde permaneceu até 1942. Nesse pe­r ío­ do, colocou em prática seu plano de estabelecer uma rede de bi­blio­te­cas na cidade de São Pau­lo. Criou a Escola de Bi­blio­te­co­no­mia de São Paulo e a­ tuou como diretor da Bi­blio­te­ca Na­cio­nal, no Rio de Ja­nei­ro, e da Biblioteca da ONU, em Nova York. Após sua morte, seu acervo pes­soal foi doa­do para o amigo José Mindlin, que também foi um co­le­c io­na­dor de raridades desde os 13 anos de idade e ­criou com a esposa a Bi­blio­te­ca Bra­si­lia­na Gui­ta e José Mindlin. A curadora do acervo, Cristina Antunes, re­ vela que os dois amigos se consideravam “guar­ diões dos livros” que reu­ni­ram ao longo de uma vida. Ambos co­nhe­ciam os riscos de uma bi­blio­ te­ca se perder, ser vendida ou dispersada após a morte de seus donos. Uma saí­da para per­pe­ tuar a coleção e mantê-la em São Pau­lo seria a cria­ção de um centro de estudos. A ou­tra seria a doa­ção a alguma ins­ti­tui­ção pública e ofi­cial. “A ­ideia fundamental era garantir a preservação do acervo e oferecer condições para que a bi­blio­ te­ca cumprisse seu prin­cial papel: estar a servi­ ço de pesquisadores, es­pe­cia­lis­tas e es­tu­dio­sos. “Então, que melhor lugar do que uma grande universidade?”, observa Cristina. As articulações na busca do lugar ­ideal para acolher a bi­blio­te­ca ini­cia­ram-se por volta de 2000. José Mindlin pensou na Universidade de São Pau­lo e conversou com o então rei­tor Ja­ cques Marcovitch, que foi receptivo à propos­ ta. O processo de doa­ção foi lento e demorado, porém efetivo. Nas palavras de Cristina, “am­ bos os lados estavam real­men­te empenhados na concretização da ­ideia”.


A doa­ção fei­ta à USP corresponde a aproxima­ damente 20 mil títulos, o que representa cerca de 45 mil volumes. Deste número, 1.752 obras per­ten­ciam a Rubens Borba de Mo­raes. Esses li­ vros, ao serem incorporados à bi­blio­te­ca de José Mindlin, foram mantidos em suas estantes ori­ gi­nais, arranjados exatamente da mesma ma­ nei­ra como estavam na casa do co­le­c io­na­dor, em Bragança Pau­lis­ta (SP). Com acervo formado, na sua maio­r ia, por obras raras e es­pe­ciais, como a pri­mei­ra edição de O Gua­ra­ni, de José de Alencar, de 1897, e o manuscrito de Grande Sertão: Veredas, de Gui­ ma­rães Rosa, a consulta obedecerá aos mesmos cri­té­r ios praticados por qualquer bi­blio­te­ca de obras raras, em qualquer lugar do mundo. Entre ou­t ros aspectos, isso significa que a coleção não será circulante, os usuá­r ios não terão acesso às estantes e as obras não pode­ rão ser reproduzidas pelos pró­prios usuá­r ios. Além disso, a consulta será fei­ta em sala es­pe­ cial, monitorada por equipamentos de seguran­ ça e com a presença constante de uma bi­blio­te­

Foto: Rachel Guedes/FolhaPress

cá­r ia. Na medida do possível, as obras ori­gi­nais ficarão restritas à consulta por es­pe­cia­l is­tas e es­tu­d io­sos. Por ou­tro lado, o acervo está sendo digitalizado e em breve será disponibilizado a todos os interessados, desde o pesquisador até o simples cu­r io­so. “O valor cultural do conjunto é ex­traor­di­ná­rio, embora o acervo não seja mui­ to numeroso. Essa bi­blio­te­ca representa uma coleção única em mãos de particulares, cri­te­ rio­sa­men­te se­le­cio­na­da na sua formação e que, hoje em dia, dificilmente poderia ser re­cons­ti­ tuí­da. Trata-se de uma fonte fundamental para os estudos bra­si­lei­ros em todos os seus aspectos”, enfatiza Cristina. Seguindo a tendên­ cia digital, a bi­blio­te­ca já disponibiza vá­r ias obras em seu portal (w w w. brasiliana.usp.br). En­ quanto a Bra­si­l ia­n a não fica pronta, o acervo con­ tinua na casa da família de Mindlin, mas parte dele já pode ser consulta­ do gra­t ui­t a­men­te e sem restrições na internet. O usuá­r io pode fazer bus­ cas, co­piar e colar em ou­ tros arquivos e até mesmo fazer o down­load dos títu­ los na íntegra. O projeto, ini­cia­do há dois anos com a importação de um robô escâner APT R A 2400 , faz parte do Bra­s i­l ia­n a USP, que pretende englo­ bar unidades e institutos dos ­quais a universidade é composta.

(Acima) José Mindlin com a esposa, Guita, no lançamento de seu livro “Uma Vida entre Livros”. São Paulo, novembro de 1997 (Ao lado) O escritor e bibliólogo Rubens Borba de Moraes, um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922. Foto de fevereiro de 1982.

Foto: Sergio Pizoli

Das estantes para a plataforma virtual

Foto: Álvaro da Costa/FolhaPress

Assim, em 2006, começou a construção do prédio que abrigará a bi­blio­te­ca, dentro da Cida­ de Universitária. A missão foi destinada ao neto de José Mindlin, o arquiteto Rodrigo Mindlin Loeb, que ini­ciou uma parceria com Eduar­do de Al­mei­da, um de seus professores na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. O projeto foi pensado para ser um espaço voltado aos estu­ dos bra­si­lei­ros, onde es­ta­r iam alojados, embora de ma­nei­ra independente, a Bi­blio­te­ca Bra­si­lia­ na Gui­ta e José Mindlin e o Instituto de Estudos Bra­si­lei­ros da USP. O custo total da obra chega­ rá aos R$ 100 mi­l hões, parte deles oriun­dos de empresas que ­apoiam o projeto. Em fe­ve­rei­ro de 2010, Mindlin faleceu aos 95 anos, mas o projeto con­ti­nuou em andamen­ to. Da pri­mei­ra fase da construção do comple­ xo literário, já estão de pé o prédio que abrigará o acervo da Bra­si­lia­na, ou­tro onde fun­cio­na­rão uma livraria, uma cafeteria e uma sala de ex­ posições e um ter­cei­ro com au­d i­tó­r io para 300 pes­soas. Os espaços serão ligados por uma es­ pécie de praça coberta com iluminação natu­ ral, o que economiza energia e garante a pre­ servação dos livros. Os pré­d ios já pos­suem estruturas metálicas, elevadores e sistema de ar-​­con­d i­c io­na­do. A inauguração está prevista para ja­nei­ro de 2012.

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a manhã de 15 de dezembro a As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Celulo­ se e Papel (Bracelpa) apresentou o balan­ ço de 2010 e as perspectivas do setor para o ano. A entidade está otimista em relação ao segmento, que registrou bons números ao longo de 2010. Na opi­nião da presidente executiva Eli­ zabeth de Car­va­lhaes há mui­to o que come­ morar, pois a retomada após a crise econô­ mica mun­d ial é uma vitória. “As quedas na produção de papel e celulose ha­v iam sido vastas em todos os paí­ses. O Japão tinha apresentado redução de 35% e o Canadá de 22%”, diz a presidente. Am­plia­da nos últimos três anos, a base florestal bra­s i­lei­r a é composta por 222 empresas de 539 cidades, em 18 estados. As com­pa­n hias totalizam 2,2 milhões de hectares de área plantada para fins in­dus­ triais e 2,9 milhões de hectares de flores­ tas preservadas. O setor é responsável por 115 mil empregos diretos. Seu faturamen­ to está estimado em R$ 32 bi­lhões, elevação de 16% na comparação 2009-​­2010. No mesmo pe­r ío­do, a produção de celu­ lose cresceu 5,1% e a de papel, 3,4%. Quan­ do separam-se os pa­péis por tipo, os de im­ primir e escrever registraram crescimento de apenas 2%, enquanto os de embalagem e o papel-​­cartão subiram 9% e 20%, respec­ tivamente. “O au­men­to na demanda de em­ balagens reflete o bom desenvolvimento do País, pois demonstra que a so­cie­da­de está consumindo mais”, diz Elisabeth. Nas exportações os números do setor também são bons. Foram US$ 6,67 bi­l hões ante os US$ 5 bi­l hões de 2009, va­r ia­ção de 33,4%. A celulose respondeu por US$ 4,7 bi­ lhões dessas exportações, tendo como prin­ ci­pais destinos Europa (46%) e China (24%). REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

Fotos: Marcos Alves/Divulgação

Dados da Bracelpa indicam expansão de 16% no setor de papel e celulose em 2010, com faturamento de R$ 32 bi­lhões.

Crescimento em ritmo acelerado Outro assunto abordado pela Bracel­ pa foi a questão do papel imune. Nos últi­ mos cinco anos a aquisição do produto na­ cio­nal manteve-se estável com leve queda, enquanto as importações têm apresentado au­men­to, em es­pe­cial de 2009 para 2010, quando saltaram de 448 mil toneladas para 660 mil toneladas. De acordo com dados da as­so­cia­ção, a estimativa de perdas de impostos com a alta da importação chega a R$ 450 mi­lhões. “Sem uma fiscalização pública, aos pou­cos o País perderá o mercado, pois a importação ilegal é grande”, alerta Elisabeth. Perspectivas futuras Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva

Horacio Lafer Piva, presidente do Conselho Deliberativo

O papel teve vendas externas de US$ 2 bi­ lhões, com parte significativa do produto di­re­cio­na­d a aos paí­ses da América Latina (56%) e Europa (19%). As importações tiveram incremento de 39% no último ano, com 1,5 milhão de to­ neladas. Os produtos foram ori­g i­n á­r ios, na ­m aior parte, da Europa (44%) e Amé­ rica do Norte (35%). Entretanto, os itens na­cio­nais, segundo Elisabeth, têm sofrido concorrência des­leal com o mercado exter­ no no que diz res­pei­to aos pa­péis para im­ primir e escrever, oriun­dos da China e In­ donésia. “As quatro prin­ci­pais produtoras na­cio­nais perderam 56% do nicho devido à diferença nos preços”.

A expectativa de crescimento apresenta­ da pela Bracelpa é de 3% por ano até 2025, alcançando 74 milhões de toneladas nes­ se prazo. O investimento da última déca­ da, de US$ 12 bi­l hões, permanecerá eleva­ do nos próximos anos, estando previstos US$ 20 bi­l hões até 2020. O montante de­ verá ser aplicado em tributos, segurança jurídica, capital humano, in­f raes­tru­tu­ra e câmbio. “É dramática a si­tua­ção da in­fraes­ tru­tu­ra para o setor de celulose. Se a malha viá­ria não for adequada nos próximos anos, não haverá como via­bi­li­zar os investimen­ tos no segmento”, informa Elisabeth.

Publicações A Bracelpa lançou o pri­mei­ro Relató­ rio de Sustentabilidade e o Mapa do Setor. As duas ferramentas de gestão sistematizam dados sobre a atua­ção da indústria de celulose e papel no Brasil e oferecem informações para avançar seguindo os prin­cí­pios do desenvolvi­ mento sustentável. O relatório, inédito no Brasil, consolidou informações se­to­ riais sobre práticas de sustentabilidade e o Mapa do Setor apresenta dados objetivos sobre a indústria de celulose e papel do País. BRACELPA www.bracelpa.org.br


VOCÊ SABE O QUE ACONTECE CADA VEZ QUE UM LIVRO, UM CADERNO, UMA EMBALAGEM, U M A R E V I STA O U U M F O L H E TO É I M P R E S S O ? UMA NOVA ÁRVORE DA EDUCAÇÃO, DA INFORMAÇÃO E DA DEMOCRACIA É PLANTADA.

A cadeia produtiva do papel e da comunicação impressa vem realizando uma campanha de informação sobre o que produz para a sociedade. Esclarece dúvidas e, principalmente, traz à luz da verdade algumas questões ligadas à sustentabilidade. A principal delas é deixar claro que, as árvores destinadas à produção de papel provêm de florestas plantadas, e que essas são culturas, lavouras, plantações como qualquer outra. Somos uma indústria alinhada com a ecologia e a natureza, ou seja, as nossas impressões são extremamente conscientes porque utilizamos processos cada vez mais limpos. E, mesmo assim, buscamos todos os dias novas tecnologias de produção que respeitem ainda mais o equilíbrio do meio ambiente. Somos uma indústria que traz prosperidade para o País e benefícios para todos os brasileiros. Temos imenso orgulho de saber que cada vez que imprimimos um caderno, um livro, uma revista, um material promocional ou uma embalagem, estamos levando conhecimento, informação, democracia e educação a todos. Imprimir é dar veracidade, tornar palpável. Imprimir é assumir compromisso. Imprimir é dar valor. Principalmente à natureza. IMPRIMIR É DAR VIDA. ENTIDADES PARTICIPANTES: ABAP, ABEMD, ABIEA, ABIGRAF, ABIMAQ, ABITIM, ABRAFORM, ABRELIVROS, ABRO, ABPO, ABTCP, ABTG, AFEIGRAF, ANATEC, ANAVE, ANDIPA, ANER, ANL, BRACELPA, CBL, FIESP E SBS.

C A M PA N H A D E V A L O R I Z A Ç Ã O D O PA P E L E D A C O M U N I C A Ç Ã O I M P R E S S A .

A c e s s e e s a i b a m a i s : w w w. i m p r i m i re d a r v i d a . o r g . b r


Bobst Brasil

registra melhor ano de sua história no Brasil nquanto nos recebe na ampla sala de reu­nião da fábrica em Itatiba, re­g ião metropolitana de Cam­ pinas, em São Pau­lo, Dirceu Fu­ mach, CEO da Bobst La­t i­noa­mé­r i­c a do Sul, interrompe a entrevista apenas uma vez: “Des­ culpem, esse clien­te tenho de atender”. Em pou­ cos minutos de conversa é possível perceber que estão ne­go­c ian­do o prazo de entrega de uma máquina. O clien­te quer recebê-la o quanto an­ tes e Dirceu, pres­sio­na­do pelo número de pedi­ dos e por uma produção trabalhando a plena capacidade, tenta explicar que está fazendo o possível, lembrando ao interlocutor que a soli­ citação foi fei­ta sem antecedência. Rapidamente chegam a um acordo, sem dramas, e Dirceu re­ toma a entrevista, usando o telefonema como exemplo. “Esse é um dos clien­tes que na última hora decidiu apro­vei­tar o Finame (linhas de fi­ nan­cia­men­to do BNDES para compra de bens de capital) antes que o benefício acabe”. Pou­co antes da ligação, o executivo relata­ va justamente o fato de que a unidade bra­si­lei­

ra produziu em 2010 mais do que o dobro do planejado, um recorde nos 35 anos de Bobst no Brasil. Foram 59 sistemas de corte e vin­ co e 52 co­l a­dei­ras, sendo que 23 equipamen­ tos de corte e vinco e 20 co­la­dei­ras não saí­ram ou não sai­rão do País. “Investiu-se mui­to em impressão no Brasil e as gráficas estão neces­ sitando de equipamentos para o acabamento. Isso coin­ci­d iu com o pacote do governo federal de incentivo à indústria, principalmente para as pequenas e mé­d ias empresas. Esse aqueci­ mento começou no segundo semestre do ano passado, fortalecendo-se em 2010”. Mais consumo, mais embalagens

Dirceu ilustra a elevação na procura com o desempenho de uma máquina. A Vi­sionCut 106 LE, sistema de corte e vinco lançado na Dru­ pa 2008 e produzido no Brasil, teve suas ven­ das patinando no pri­mei­ro ano e disparando em 2010. “Vendemos 12 unidades desse mo­ delo, a pri­mei­ra aqui para a Box Print, do Rio Grande do Sul”. Com alto nível de au­to­ma­ção, o

 ExpertFold

Perto de fabricar sua máquina número 2.000 e impulsionada pela demanda no mercado interno, a filial latino-​­americana do Bobst Group fecha 2010 com a venda de 59 equipamentos para a América do Sul, 65% a mais do que no ano anterior. Tânia Galluzzi

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Fotos: Divulgação

 VisionCut 106LE


equipamento vai ao encontro das ­atuais neces­ sidades dos convertedores. “O clien­te da indús­ tria de embalagem precisa de rapidez na sua li­ nha de produção para responder ao au­men­to do consumo, incrementado inclusive pela ascen­ são da classe C”. O CEO conta que hoje o clien­te pede para a gráfica o cartucho em branco para que seja testado em sua fábrica. Sem contar o maquinário, os convertedo­ res estão correndo também para se ajustarem às exi­gên­cias da Agência Na­cio­nal de Vigilân­ cia Sanitária, Anvisa. Em resolução publicada em dezembro de 2009, a agência determinou a obri­ga­to­r ie­da­de de apresentação do nome do medicamento em brai­le nos cartuchos. O pra­ zo para a indústria far­ma­cêu­ti­ca disponibilizar as novas embalagens vence em junho de 2011. Daí a alta demanda pela ExpertFold, do­bra­dei­ ra-​­co­la­dei­ra modular equipada com sistema de impressão rotativo Ac­cuB­rail­le. Mesmo dian­te da crise nos paí­ses de econo­ mia madura, Dirceu comenta que poderia ter exportado mais se tivesse capacidade para tal. Não estamos falando de Estados Unidos e Mé­ xico, que representaram um marasmo total para a Bobst em 2010. “Em média vínhamos ven­ dendo 25 corte e vinco para essa re­g ião por ano e em 2010 ne­go­cia­mos apenas umas cinco ou seis máquinas”. Para a Europa a si­tua­ção é ain­da pior. Todavia, se pudesse, a empresa teria man­ dado mais máquinas para a América Latina, com destaque para Chile e Ve­ne­zue­la. Espelhando o que está acontecendo em vá­ rios setores in­dus­triais bra­si­lei­ros, a limitação não vem da capacidade das máquinas, mesmo porque, no caso da Bobst, dois novos sistemas de usinagem incrementaram a planta em 2010. O gargalo está na mão de obra. A Bobst tem hoje 300 colaboradores, mas ain­da carece de pro­f is­ sio­n ais qualificados, os ­quais não se encon­ tram dis­po­ní­veis no mercado. A empresa pos­ sui um centro de formação, porém não consegue prepará-​­los na velocidade da ­atual demanda. O executivo não acredita que esse ritmo irá se manter em 2011; contudo, aposta num cres­ cimento sustentado nos próximos cinco anos. “A nova classe média puxará o consumo e a in­ dústria de embalagem terá de acompanhar esse movimento”. Uma das ten­dên­cias é a abertura de fi­liais no Nordeste, na es­tei­ra das in­dús­trias de alimentos e hi­g ie­ne e limpeza. Segundo Dir­ ceu, na área de embalagens fle­x í­veis a maio­r ia

dos convertedores já tem projetos para a aber­ tura de fi­liais no Nordeste. “O clien­te quer seu fornecedor perto. É uma tendência irreversível. Na Europa, um produto que tem de via­jar mais de 200 km já se torna um problema. E não é só a questão do custo do transporte: envolve tam­ bém a sustentabilidade”. De olho no po­ten­cial do segmento de embalagens fle­x í­veis, em 2008 o Bobst ­Group adquiriu a Fischer & Krecke, fa­ bricante alemã de impressoras flexográficas, que estão sendo fabricadas no Brasil. Duas má­ quinas foram vendidas, uma delas já entregue e ou­tra prevista para fe­ve­rei­ro. Com o bom desempenho dos últimos meses, a fi­l ial bra­si­lei­ ra representa hoje 25% da pro­ dução do grupo. Em termos de faturamento, esse per­cen­t ual é bem menor em virtude de o Bra­ sil fabricar equipamentos de me­ nor custo, o que deve começar a mudar nos próximos dois anos. “A unidade de Itatiba está sen­ do preparada pelo grupo para ­atuar como um centro de refe­ rência. Recebemos investimen­ tos em 2010, que serão engros­ sados em 2011, preparando a planta para a produção de linhas de ­maior va­ lor agregado”. Uma delas será apresentada ao mercado na Brasilplast, de 9 a 13 de maio de 2011, em São Pau­lo. De­pois de fechar 2009 no vermelho, o pri­ mei­ro ano em sua história encerrado com pre­ juí­zo, para 2010 o Bobst ­Group prevê números positivos. O grupo ain­d a está mui­to longe do que era a companhia em 2007, quando a re­cei­ta bateu recorde, contudo deve encerrar 2010 aci­ ma do faturamento previsto de 1,25 a 1,3 bilhão de francos suí­ços. Entre os planos para 2011, está o investimento de 180 milhões de francos suí­ços na construção da nova fábrica na Suí­ça, sem contar a própria rees­tru­tu­ra­ção interna da empresa, como conta Dirceu. “A Bobst passará de uma empresa suí­ça bem sucedida in­ter­na­cio­ nal­men­te para uma empresa me­ta­na­cio­nal, com uma administração descentralizada, na qual as com­pe­tên­cias lo­cais serão valorizadas”.

Instalações do Bobst Group Latinoamérica do Sul, em Itatiba (SP)

Dirceu Fumach, CEO da Bobst Latinoamérica do Sul

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XXII Congresso Latino-Americano da Indústria Gráfica

Lideranças latino-americanas discutem perspectivas para o setor gráfico No mês de novembro, especialistas analisaram em palestras e conferências as necessidades e caminhos para empresários da indústria gráfica latino-​­americana.

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22 ª‒ edição do mais importante evento gráfico do continente, o Congresso Latino-​­Americano da Indústria Gráfica, promovido pela Confederação Latino-​­Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf), foi rea­l i­z a­d a entre os dias 10 e 13 de novembro de 2010 em Cancún, no México. O evento ocorreu paralelamente à 74ª‒ As­sem­bleia Geral da entidade e ao XVII Concurso Latino-​­Americano de Produtos Gráficos Theo­bal­do De Nigris. A Abigraf Na­cio­nal, representada por Mário César de Camargo, presidente da Abigraf Na­ cio­nal e vice-​­presidente da Conlatingraf; Fabio Arruda Mortara, presidente do Sindigraf-SP; e Sonia Carboni, diretora executiva da Abigraf Na­cio­nal, participou do evento, que contou com a presença de líderes das prin­ci­pais entidades da América Latina. Os congressistas puderam assistir a palestras, con­fe­rên­cias e sessões de trabalho ministradas por es­pe­cia­lis­tas e tiveram a oportunidade de refletir sobre a importância da ­união dos paí­ses latino-​­americanos na busca de es­tra­té­g ias de fortalecimento do setor. De acordo com Fabio Mortara, o congresso teve um programa de palestras consistente, no qual foram apresentados as novidades e o desenvolvimento das artes gráficas latino-​ ­americanas. “Fica claro, em um congresso como esse, que o sistema gráfico bra­si­lei­ro é bastante competitivo. Somos tão bem ou até mais organizados que as empresas gráficas de ou­tros paí­ ses”. Ele reforçou que a capacitação, por meio de REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

ins­ti­tui­ções como o Senai e a ABTG, contribui para a formação de pro­f is­sio­nais qualificados e o crescimento do setor na­cio­nal. O congresso foi inaugurado com a palestra do professor ­Matthias Franz, da Alemanha, que mostrou as perspectivas de evolução da indústria gráfica ao longo dos próximos cinco anos. O es­pe­cia­lis­ta afirmou que, em decorrência do avanço de novas tec­no­lo­gias, é possível que haja um bom desenvolvimento nas atividades gráficas tra­d i­cio­nais. Ralph Nappi, presidente da NPES (As­so­cia­ção de Fornecedores de Tecnologia Gráfica e Edi­to­r ial), apresentou dados interessantes de vá­r ios estudos rea­li­za­dos nos Estados Unidos sobre o comportamento ­atual da indústria gráfica naquele país, durante a conferência “Ten­dên­cias cru­ciais para impressores co­mer­c iais”. Para ele, as perspectivas futuras do setor ain­da são positivas para os próximos anos. No pai­nel de fornecedores e em­pre­sá­r ios, Die­ter Brandt e Randall Swope, representantes, respectivamente, da Hei­del­berg e da Xerox, apresentaram as soluções de ambas as empresas para as mudanças tecnológicas, para que con­ti­ nuem a liderar em suas ­­áreas, fornecendo equipamentos de acordo com as demandas de ne­gó­ cios da indústria de impressão. Em seguida, o chileno Juan Marinetti falou sobre sua ex­pe­ riên­cia como diretor da Marinetti S/A , empresa do segmento de embalagens. Na conferência “Um olhar sobre a evolução da indústria da comunicação gráfica”, María Rei­na Andrade, presidente da Andigraf (As­so­


(E/D): Mário César de Camargo, presidente da Abigraf Nacional e vicepresidente da Conlatingraf e a esposa Denise Camargo; o homenageado, Ricardo Viveiros, com o troféu recebido; Cláudia Lima Brandt e seu esposo, Dieter Brandt, presidente da Heidelberg do Brasil.

cia­ção Co­lom­bia­na da Indústria da Comunicação Gráfica), mostrou a melhora acen­tua­da da indústria co­lom­bia­na nos últimos anos e a perspectiva de reflexos do momento ­atual em toda a América Latina. O problema das PMEs (pequenas e mé­d ias empresas) no setor das comunicações gráficas foi discutido por Em­ma­nuel Rojas Bolaños, ex-​ ­presidente da As­so­cia­ção da Indústria Gráfica Costa-​­Riquenha. Bolaños apresentou a si­tua­ção ­atual das PMEs nos paí­ses da América Central e falou sobre a necessidade de buscar mecanismos corporativos de ­apoio às empresas, como crédito, formação de ne­gó­cios e de trabalho. Fa­bián Ruiz, da Printexcol, da Colômbia, durante a conferência “Formação em artes gráficas da América Latina em comparação com o resto do mundo”, falou sobre as necessidades de capacitação dos paí­ses latino-​­americanos para sua adequação ao nível in­ter­na­cio­nal e também como forma de po­ten­c ia­l i­zar o Cifag (Centro Interamericano para a Inovação, Formação e Desenvolvimento Tecnológico da Indústria da Comunicação Gráfica). As formas de obter êxito e projetar uma empresa gráfica no mercado positivamente foram esclarecidas por Hamilton Terni Costa, da ANconsulting, na conferência “Os pontos-​­chave das gráficas de sucesso”. O palestrante explicou que para uma empresa ter sucesso é preciso concentrar esforços na gestão da produção. Prêmio para Ricardo Viveiros

Em solenidade de gala rea­l i­z a­d a durante um jantar em 12 de novembro, o jornalista e escritor Ricardo Vi­vei­ros recebeu o Prêmio Benjamín Hurtado Echeverría 2010, ins­ti­tuí­do pela Conlatingraf para ho­me­na­gear personalidades que, além de uma trajetória pro­f is­sio­nal bem-​ ­sucedida, têm significativa participação na comunicação impressa no continente. Ofi­cial­men­ te indicado ao prêmio pela As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra da Indústria Gráfica (Abigraf), em reconhecimento à sua destacada presença no jornalismo

e aos vá­r ios livros publicados, alguns deles com traduções para o espanhol, inglês e alemão, Ricardo Vi­vei­ros foi escolhido pelos delegados dos 15 paí­ses-​­membros da Conlatingraf.

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101 JANEIRO/ FEVEREIRO 2011  REVISTA ABIGR AF


XVII Concurso Latino‑Americano de Produtos Gráficos Theobaldo De Nigris

Brasil domina premiação

N

Gua­te­ma­la, México, Panamá, Peru, República Dominicana, Uru­g uai e Ve­ne­ zue­l a. Com 24 trabalhos pre­m ia­dos, nosso país foi o que mais recebeu prê­ mios. Ao todo, 708 peças foram inscritas e, destas, 55 foram reconhecidas por

o dia 11 de novembro foram contemplados os ganhadores do XVII Concurso Latino-​­Americano de Produtos Gráficos Theo­bal­do De Nigris. Onze paí­ses participaram do concurso: Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, PAÍSES PARTICIPANTES PAÍS

Brasil

24

19

36

234

Colômbia

8

6

12

107

Costa Rica

1

1

4

Chile

5

7

14

101

Guatemala

2

México

11

14

15

154

Panamá

1

1

1

14

Perú

4

5

11

59

República Dominicana

1

Uruguai

2

1

1

25

Venezuela

1

2

7

● Ouro  ● Certificado de Qualidade  ● Prata  ● Trabalhos Inscritos

Caixas em papelão ondulado

Escala 7 Editora Gráfica Produto: Caixa Johnnie Walker Red Label Cliente: Diageo Brasil Calendários para escritório

Facform Impressos Produto: Calendário de mesa Asa-Brasil Cliente: Asa Indústria e Comércio Calendários para parede

Facform Impressos Produto: Calendário Facform Cliente: Gráfica Facform Impressos Facform Impressos Produto: Cartaz Novo Invictor Cliente: Asa Indústria e Comércio

Pelo segundo ano consecutivo a Ipsis liderou o Prêmio Theobaldo De Nigris, trazendo para casa seis troféus “Gráfica de Ouro”. Colocaram-se em seguida a Facform e a Printer Colombiana, com cinco troféus “Ouro” cada, vindo depois a Mais Artes Gráficas, a World Color Chile e a Litografia Gil (México), com três cada.

Cartões e convites

Mais Artes Gráficas Produto: Convite de casamento Thiago e Bruna Cliente: Thiago e Bruna Catálogos de produtos e serviços com 1, 2 ou 3 cores

Gráfica Águia Produto: Catálogo VPBG Cliente: VPBG Advogados Associados Catálogos de serviços com 4 ou mais cores

EMPRESAS BRASILEIRAS VENCEDORAS 9

Mais Artes Gráficas Produto: Catálogo DF Cliente: Eugênio Comunicação

1

Diários

2

2

2

5

Escala 7 Editora Gráfica

1

2

Gráfica Águia

1

Gráfica e Editora Posigraf

1

3

3

Grafiset Gráfica e Serviços de Offset

1

Ibep Gráfica Editora

1

1

5

Litografia Bandeirantes

1

1

S.A O Estado de S. Paulo

1

Stilgraf Artes Gráficas

1

1

1

Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Encarte Playboy Cliente: Schincariol

Antilhas Soluções p/ Embalagens

1

Guias especializados e turísticos

Compulaser Digital e Offset

1

Formags Gráfica e Editora

1

Grafdil Impressos

1

Gráfica Bandeirantes

4

Ibratec Artes Gráficas

1

Log & Print Gráfica e Logística

3

RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Cardápios de Preços Cliente: American Wells Diner

Ótima Indústria Com. Imp. Exp.

2

1

Kits

Paper Express Gráfica e Editora

1

Rosset Artes Gráficas e Editora

1

EMPRESA

102

Conheça os ganhadores brasileiros do prêmio “Gráfica de Ouro”

Cartazes comerciais

Ipsis, a campeã latino‑americana

● ● ●

Ipsis Gráfica Editora

6

2

Facform Impressos

5

Mais Artes Gráficas

3

RR Donnelley Moore Edit. e Gráfica

● Ouro

● Prata

● Certificado de Qualidade

REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

sua excelência. Repetindo a façanha do ano an­te­r ior, novamente a Ipsis voltou a ser a ­maior vencedora entre todos os participantes, conquistando seis tro­féus Ouro, seguida pela Facform e a Printer Colombiana, com cinco prê­mios Ouro.

S.A. O Estado de S. Paulo Produto: Jornal O Estado de S. Paulo Cliente: S.A. O Estado de S. Paulo Embalagens dobráveis com processos especiais

Litografia Bandeirantes Produto: Estojo Kit FSC Litoband Cliente: Litografia Bandeirantes

Encartes impressos em máquina plana

Ipsis Gráfica e Editora Produto: Guia turístico Guia Itaucard Brasil Cliente: Bei Comunicação Impressão digital em toner

Mais Artes Gráficas Produto: Kit Mais Artes Gráficas Cliente: Mais Artes Gráficas

Livros impressos com 1, 2 ou 3 cores em capa dura

Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro Brasília Gautherot Cliente: Instituto Moreira Salles Livros impressos com 4 ou mais cores em capa dura

Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro Arte Itaú Brasiliana Cliente: Capivara Editora Livros impressos com 4 ou mais cores em capa rústica

Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro Design Brasil 101 Anos de História – Casa Claudia Cliente: Editora Abril Livros infanto-juvenis

Ipsis Gráfica e Editora Produto: Livro Alice no País das Maravilhas Cliente: Cosac & Naify Edições Materiais de oficina – peças simples com 1, 2 ou 3 cores

Grafiset – Gráfica e Serviços de Offset Produto: Cartão de Visita Café do Porto Cliente: Café do Porto

Materiais de ponto de venda – displays

Facform Impressos Produto: Display Sabão Bem-Te-Vi Cliente: Asa Indústria e Comércio Periódicos

Gráfica Posigraf Produto: Jornal Le Monde Cliente: Le Monde Diplomatique Revistas impressas em máquina plana

Ipsis Gráfica e Editora Produto: Revista Gourmet Life – n-º 9 / 2010 Cliente: Siquini Gráfica Editora e Fotolito Revistas impressas em rotativa (interiores)

RR Donnelley Moore Editora e Gráfica Produto: Revista Vogue n-º 381 Cliente: Carta Editorial Revistas em série em máquina plana

Ibep Gráfica Produto: Mag ed. 16 / 17 / 18 Cliente: Lumi 5

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Adriana Lins e Henrique Pontual

104 REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011


Foto: Jaqueline Machado

Foto: Jaqueline Machado

F OTOG R A F I A

A arte e a emoção no palco e nos bastidores do Theatro Municipal do Rio de Janeiro sob as lentes de Adriana Lins e Henrique Pontual. Tânia Galluzzi

105 JANEIRO/ FEVEREIRO 2011  REVISTA ABIGR AF


Além das cortinas

F

azer-se invisível. Esse foi um dos prin­ ci­pais de­sa­f ios dos fotógrafos Adria­na Lins e Henrique Pon­tual ao levarem a cabo o projeto “Movimentos”. Transformado em livro, que acaba de chegar às li­v ra­r ias, ele reú­ne uma coletânea rara de imagens dos artistas do Thea­tro Municipal do Rio de Ja­nei­ro. São fotos de bai­la­r i­nos, cantores, músicos, maes­tros, co­reó­g ra­fos, diretores, maquinistas, ascensoristas e ca­m a­rei­ras no palco ou nos bastidores. Por isso, durante os dois anos em que frequentaram o tea­tro desenvolvendo esse projeto au­to­ral de fotografia, a invisibilidade foi tão perseguida pela dupla. Responsável por flagrar os bastidores, Adria­na Lins mui­t as vezes escondeu-se atrás de colunas e araras para, com o consentimento tácito dos artistas, registrar o movimento nos

106

camarins, os bai­l a­r i­nos e os músicos em momentos de descontração e de cansaço, preparando-se para entrar em cena ou retornando das apresentações. A es­pon­ta­nei­d a­de não devia ser quebrada, ao mesmo tempo em que a fotógrafa não queria incomodar a preparação dos pro­f is­sio­nais. Para registrar as apresentações, Henrique Pon­tual chegou a con­fec­cio­nar um iglu, uma pequena cabana com isolamento acústico, em tecido preto, com uma abertura apenas para a lente da máquina. Essa traquitana lhe permitiu instalar-se em lo­cais como o fosso da orquestra, a pla­teia e o próprio palco do Thea­tro Municipal sem ser notado. Outro desafio foi o registro do movimento num am­bien­te de pou­ca iluminação. “Durante uma apresentação estávamos no limite da luz”, afirma Henrique. Entre 2007 e 2009, a dupla acompanhou oito espetáculos, clicando flagrantes e também momentos milimetricamente esperados, contabilizando ao todo 20.000 fotos, mais tarde editadas em 400 imagens, dis­tri­buí­das por 208 páginas de pura emoção. Sem contar seu valor artístico e a sofisticação técnica, Movimentos é um livro que documenta o sentimento e o esforço de vá­r ias pes­ soas que cons­truí­ram uma história dentro do Thea­tro Municipal e que são parte do enredo da própria arte no Brasil, como as bai­l a­r i­nas Ana Botafogo e Cecilia Kerche e os maes­t ros Henrique Mo­re­lem­baum e Roberto Minczuk.

REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011


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15º Co

RIA GRÁFICA T S Ú IND R DA VO C Ê A A U AG N A F RO N T E IR A SUCESS O O. D d 1 e 1 o a u 8 t

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Prepare-se para a 15ª edição do CONGRAF (Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica) um consagrado evento, que acontece a cada 3 anos e traz o que há de mais moderno no setor. O Congresso contará com a presença de palestrantes nacionais e internacionais que tratarão desde assuntos técnicos à gerenciais, além de uma exposição de fornecedores com grandes novidades do setor gráfico. O CONGRAF será realizado em Foz do Iguaçu, que é o 2º destino mais procurado por turistas no Brasil e está localizado no estado do Paraná. A cidade tem diversos atrativos como as famosas cataratas e a tríplice fronteira com o Paraguai e a Argentina.

Venha para a fronteira do conhecimento. O sucesso da sua empresa passa por aqui.

Agende esta data e participe: 8 a 11 de outubro de 2011.

Realização:

Visite o nosso site

www.congraf.org.br


Primeiro, o livro

108

s fotos de Adriana Lins e Henrique A Pontual estão no livro Movimentos, impresso pela Facform (formato 25,5 × 35,5 cm, 212 páginas) www.ahfotografia.com.br

O fato de o projeto ter trilhado o caminho inverso ao ­­usual, transformando-se antes em um livro e de­pois, quem sabe em 2011, em uma exposição, nasceu da própria trajetória de Adria­na Lins e Henrique Pon­tual. Ca­r io­ca, Adria­na, além de fotografar desde mea­dos da década de 1990, é também designer. Já teve seu portfólio presente em diversas publicações es­pe­cia­li­za­das em fotografia e design, como Design Gráfico, Fotografe Melhor e O Livro da Gráfica, tendo sido por três vezes pre­mia­da pela ADG, As­so­c ia­ç ão de Designers Gráficos. “Por conta da bagagem como designer, enquanto fotografava mui­tas vezes já estava pensando na dia­g ra­ma­ção da página”. Na mesma linha, o pernambucano Henrique Pon­tual, formado em arquitetura, começou a trabalhar com produção gráfica aos 17 anos, dedicando-se à fotografia publicitária e in­dus­­ trial há cerca de 15 anos. Em 2006, o fotógrafo resolveu cui­d ar de suas pai­xões. Pri­mei­ro, as máscaras ve­ne­zia­nas, com uma exposição de mesmo nome colocando lado a lado o carnaval de Veneza e o de Olinda. De­pois, a beleza dos corpos, a dança. “O Thea­tro Municipal do Rio é um dos últimos do mundo que tem os três corpos artísticos. A orquestra interagindo com o coro e os dois com o balé pro­por­cio­na uma dinâmica mui­to rica”, comenta Henrique. “Esse trabalho não tem nenhuma imagem da casa, não tem prédio, não tem escadaria, por-

REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

que o foco é o humano, o esforço diá­r io desses artistas e desses trabalhadores”. A ex­pe­r iên­cia de Henrique como produtor gráfico aproximou-o ain­d a mais da Facform, gráfica pernambucana responsável pela impressão do livro, envolvimento que o fotógrafo considera fundamental. Ele acompanhou todo o processo, da pré-​­impressão ao acabamento, fazendo questão, por exemplo, de que nenhuma imagem fosse manipulada. “Só foi fei­ta a calibragem do preto para que as imagens ao longo do livro tivessem uma unidade”. Francisco de Assis, diretor da Facform, confirma esse cui­d a­do. “A pré-​­impressão foi a fase que exigiu mais atenção para que pudéssemos passar para o papel a rea­l i­d a­de, as luzes do tea­tro”. Adria­na e Henrique, que estão juntos no estúdio ah!fotografia desde 2006, pretendem levar ­adian­te os projetos au­to­rais. Em dezembro, após o lançamento do livro, o fotógrafo já estava em Join­v il­le, trabalhando com o pes­soal da Escola do Tea­tro Bolshoi. Dois ou­tros grupos estão na mira de sua câmera: a São Pau­lo Cia. de Dança e o corpo de bai­le do Uru­g uai, ca­pi­ta­nea­do pelo bai­la­r i­no argentino Julio Bocca.


2º Prêmio ABIGRAF de Responsabilidade Socioambiental

As inscrições começaram e junto com elas o reconhecimento de quem faz um mundo melhor. As inscrições para o prêmio socioambiental já estão abertas. Inscreva-se. Para estimular, cada vez mais, as práticas conscientes para o meio ambiente e a sociedade, a ABIGRAF está realizando a 2º edição do Prêmio Socioambiental. Em 2009 o prêmio foi um sucesso com a participação de gráficas de diversas regiões do país. Não perca as datas em 2011 e mostre seu “case” para o mercado.

INSCRIÇÕES ABERTAS CATEGORIAS

INSCRIÇÕES

O Prêmio ABIGRAF DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL tem duas categorias:

De 17 de janeiro a 18 de abril de 2011

A – Responsabilidade Social B – Responsabilidade Ambiental PREMIAÇÃO As gráficas vencedoras nas duas categorias receberão os seguintes troféus: A – Responsabilidade Social – “Troféu Abigraf de Responsabilidade Social Hasso Weiszflog” B – Responsabilidade Ambiental – “Troféu de Responsabilidade Ambiental Orlando Villas Bôas”

JULGAMENTO De 25 de abril a 27 de maio de 2011 CERIMÔNIA DE ENTREGA Dia 07 de junho de 2011 REGULAMENTO E FICHA DE INSCRIÇÃO Estão à disposição no site www.premiosocioambiental.org.br


Sistema Abigraf Notícias

NOVAS DIRETORIAS NAS REGIONAIS Oito Abigraf Regionais, do norte ao sul do País, empossaram suas diretorias para uma nova gestão.

A

lém da Abigraf Regional São Paulo (veja página 56), outras sete regionais deram posse às novas diretorias nos últimos meses, nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Entre as unidades que reelegeram o presidente para um novo mandato está a Abigraf Regional Espírito Santo, sob o comando de João Baptista Depizzol Neto. É também o caso de James Hermes dos Santos, presidente da Abigraf Piauí. Nas regionais Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul ficaram por mais um mandato, respectivamente, Alexandre Firmino de Melo Filho e Carlos Evandro Alves da Silva. As eleições realizadas pelas demais representantes estaduais resultaram na escolha de Vicente de Paula Aleixo Dias para a Abigraf Minas Gerais, em substituição a Rodrigo Velloso de Almeida. Na Regional Pernambuco, Eduardo Carneiro Mota assume o cargo, sucedendo a Valdézio Bezerra de Figueiredo. E na Regional Bahia Francisco Sales Souza Gomes substitui na presidência Josair Santos Bastos.

110

Francisco Sales Souza Gomes Abigraf Re­gio­nal Bahia Gestão 2010–​­2013 Presidente, Francisco Sales Sou­ za Gomes. 1º Vice-​­Presidente, Jo­s air Santos Bastos. 2º Vice-​ ­Presidente, Wandinaldo Pau­l o Tei­xei­r a. 1º Secretário, Cleber Gui­ma­rães Bastos. 2º Secretário, Reginalvo Silva Gama. 1º Te­sou­ rei­ro, Délio Lopes dos Santos. 2º Te­sou­rei­ro, Allison Charles Pires Tei­xei­ra. Suplentes, Ricardo Wil­ dberger Lisboa e Jair Santos Bas­ tos. Conselho Fiscal, Pedro Pau­lo Sou­za Gomes, José Alves Azeve­ do e Jade Wanderley de Mace­ do. Suplentes, Lu­cia­na Gusmão Santos Barreto e Márcia Alice Gusmão Santos. Abigraf Re­gio­nal Espírito Santo Gestão 2010–​­2013 Diretor Presidente, João Baptista Depizzol Neto. Diretor 1º Vice-​ ­Presidente, Tullio Samorini. Diretor 2º Vice-​­Presidente, Ubirajara Tavares Dias. Diretor Administrativo, José Antônio Melotti. Diretor Administrativo Adjunto, Cristhine Samorini. Diretor Fi­ nan­cei­ro, Maria Ângela Demo­ ner Colnago. Diretor Fi­nan­cei­

REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

João Baptista Depizzol Neto ro Adjunto, Alberizio Barbosa de Frei­tas. Suplentes, Jorge Luiz Mangaravite Carvalho, Mau­rí­cio Fer­rei­ra dos Santos, Enildo An­ tônio Cardoso, Ronald Antônio Grassi Gava, Lorena Scopel De­ pizzol, Alan Rogger Go­mie­ri e Sérgio Rocha da Cruz. Conselho Fiscal, Antônio José Fontes Tava­ res, Joaquim da Silva Maia e Ale­ xandre Cunha Tavares. Suplentes, João Batista Coe­lho, Josete Malverdi dos Santos e Dio­ní­sio Elasio Ma­ria­nel­li. Abigraf Re­gio­nal Minas Ge­r ais Gestão 2010–​­2013 Presidente, Vicente de Pau­l a Alei­xo Dias. 1º Vice-​­Presidente, David Gonçalves Lara Neto. 2º Vice-​­Presidente, Júlio Américo de Oli­vei­ra Pena. 1º Te­sou­rei­ro, Geraldo Cézar Miranda Simões. 2º Te­sou­rei­ro, Sa­lus­tia­no Pure­ sa Filho. 1º Secretário, David da Silva Jú­nior. 2º Secretário, Celso Silva. Diretoria, Luiz Fernando Martins Lazafá, Marco Antônio de Pádua Faria, Ricardo de Lara Campos, José Helcio da Sil­vei­ra, Gil­lian Alves da Costa, Evandro Arantes, Marcos Pe­rei­ra de Sou­ za, Marilene de Sou­z a Frei­t as,

Vicente de Paula Aleixo Dias Adria­na Fi­guei­re­do de Carvalho, Sérgio Alves Silva, Sérgio dos Santos, Ra­f ael Pinto No­guei­ra, Carlos Alberto Rangel Proen­ça, Carlos Lúcio Gonçalves, José de Ribamar Chaves Cruz, Luiz Car­ los Dias Oli­vei­ra, Marcone Reis Fagundes, Mau­ro Nunes Pe­rei­ra, Henrique Alei­xo Dias, Carlúcio Santos Rajão, Ademir Jorge Ma­ rinho, Joaquim Alves Sobrinho, José Soa­r es Sobrinho, Faus­to Luiz Ta­mei­rão Diniz, Jean Elisson Macedo França, Jorge Damasce­ no Jú­nior, Wellington dos Santos Fer­rei­ra, Adria­na Zuppo Simões Maia, Jai­ro Alves Lopes Jú­nior, Geraldo Magela Sodré, Fábio Ân­ gelo Batista, Cláu­dio Araú­jo Dias, Cláu­dio Antônio Bar Infante, Car­ los Gui­ma­rães de Castro, Hélio Pe­rei­ra dos Santos, Almir Miran­ da e Angelo Buldrini de Sou­za. Suplentes, Maria Júlia Mota de Andrade, Rivaldávio Rosa Pe­rei­ ra, Adão da Cruz Ri­bei­ro, Airton Pe­rei­r a de Sou­z a e Altino Os­ mar Martins. Conselho Fiscal, Al­ berto Rodrigues da Silva Filho, Carlos Alberto da Rocha Cas­ tro e Marcos Vi­ni­cius Faria. Suplentes, Oscar Tei­xei­ra Lima, An­ tônio Joa­rês de Castro e Ailton Pinto de Carvalho.


Sistema Abigraf Notícias

Eduardo Carneiro Mota Abigraf Re­gio­nal Pernambuco Gestão 2011–​­2014 Presidente, Eduar­d o Car­n ei­r o Mota. 1º Vice-​­Presidente, Val­ dézio Bezerra de Fi­g uei­r e­d o. Vice-​­Presidente, Antônio Carlos Pe­rei­ra. Vice-​­Presidente, Joe­zil dos Anjos Barros. Diretor Administrativo, Lui­zan­des Barreto da Silva Nen. Diretor Administrativo Adjunto, José Geraldo de Luna Viei­ra. Diretor Fi­nan­cei­ro, Sérgio Pedro Xa­vier Neto. Diretor Fi­nan­cei­ro Adjunto, Marcos Batista dos Santos. Diretoria Plenária, Marisa dos Santos, Durval de Oli­vei­ra Costa Filho, Carlos Magno dos Santos e José Ba­ tista dos Santos Filho. Conselho Fiscal, Enide Tavares Gou­veia da Cruz, Flávio de Carvalho e Mello e Erhard Cholewa Ju­nior. Suplentes, Lu­cia­no José Rodrigues da Fonseca, José Marques Miranda dos Santos e Vanildo Cavalcanti de Araú­jo Pe­rei­ra Filho. Abigraf Re­gio­nal ­Piauí Gestão 2011–2013 Presidente, James Hermes dos Santos. 1º Vice-​­Presidente, Odi­ milson Alves Pe­r ei­r a. 2º Vice-​ ­Presidente, Carivaldo Marques

James Hermes dos Santos Tei­xei­ra Filho. Diretor Administrativo, Gilson Lopes de Sou­za. Diretor Administrativo Adjunto, Francisco de Assis Sou­sa. Diretor Fi­nan­cei­ro, João Francisco de Matos. Diretor Fi­nan­cei­ro Adjunto, José Alves de Brito. Conselho Fiscal, José Ari­ma­téia de Melo Rodrigues, Ni­lei­de Barbosa Soa­ res e Rai­mun­do Nonato da Sil­ va. Suplentes, Rai­mun­do Nona­ to de Castro Ri­b ei­ro, Benedito Lima da Silva e Deu­sui­te Men­ des da Cunha. Diretores Sec­cio­ nais Norte, Roberto José Basto Ferraz, José Ari­ma­téia de Melo Rodrigues e José Osmar da Ro­ cha. Sul, Ni­lei­de Barbosa Soa­res, José Alves de Brito e José Leão Azevedo Carvalho Jú­nior. Abigraf Re­gio­nal Rio Grande do Norte Gestão 2010–2013 Presidente, Alexandre Firmino de Melo Filho. 1º Vice-​­Presidente, Edson Inácio da Silva. 2º Vice-​ ­Presidente, Ivan Cardoso de Car­ valho Jú­nior. Diretor Administrativo, Werther Fi­guei­re­do Viei­ra. Diretor Administrativo Adjunto, Francisco Fernandes da Costa. Diretor Fi­nan­cei­ro, José Gue­des Neto. Diretor Fi­nan­cei­ro Adjun-

Alexandre Firmino de Melo Filho

Carlos Evandro Alves da Silva

to, Francisco Canindé Frei­tas. Suplentes, Carlos Antonio Xa­vier da Câmara, Márcio Hoffman Ba­ raú­na, Wallace Santos Pe­rei­r a, Eudes da Costa Lima, Antonio Fa­rias de Araú­jo, José Maria Já­ come Bezerra, Al­ba­nei­de Bezer­ ra da Silva Vilar. Conselho Fiscal, Francisco Veríssimo Filho, José de Ari­m a­téia Dias e Mau­r i­c io Fernandes de Oli­vei­ra. Suplentes, José Edilson Macedo, ­Abias Dantas Neto e Luzia Targino de Arau­jo Lima. Abigraf Re­gio­nal Rio Grande do Sul Gestão 2010–​­2013 Presidente, Carlos Evandro Al­ ves da Silva. 1º Vice-​­Presidente, Osni Tadeu dos Santos. 2º Vice-​

­ residente, Luiz Carlos Pagano P Gasperini. 3º Vice-​­Presidente, Henrique Purper. 1º Diretor Administrativo, Arthur Adalber­ to Schabbach. 2º Diretor Administrativo, Ângelo Garbarski. 1º Diretor Fi­nan­cei­ro, Vitor Inacio Sch­nei­der. 2º Diretor Te­sou­rei­ ro, Lou­ri­val Lopes dos Reis. Diretoria Plenária, José Mazzarollo, Ricardo Noal Viei­ra da Cunha, Davenir José Behench Hend­ ler, Alexandre Nunes dos San­ tos, Ricardo Kalfelz, Jaci José Delazeri, ­Adair Angelo Niquetti e Gilmar Moscarelli Le­vien. Conselho Fiscal, Gilberto Bammann, Maria Fernanda Saen­ger, Pau­ lo Flávio Ledur, Roberto Llanos de Avila, Pau­lo Roberto Carrer e José Luiz Lermen.

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111


Sistema Abigraf Notícias

Contagem regressiva para o 15º Congraf A Abigraf Nacional prepara programação especial para o 15º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica e firma parcerias para facilitar a presença dos profissionais do setor no evento.

A

112

Abigraf Na­cio­nal, com ­apoio da Abigraf Re­gio­nal Paraná e da ABTG, está organizando o 15º Congresso Bra­si­lei­ro da In­ dústria Gráfica (Congraf), que será rea­li­za­do em Foz do Igua­ çu (PR) de 8 a 11 de ou­tu­bro de 2011. O evento de ­maior pres­ tígio da indústria gráfica na­ cio­nal, que ocorre a cada três anos, tem como objetivo pro­ ver atua­li­z a­ç ão mercadológi­ ca aos pro­f is­sio­nais participan­ tes e abrir oportunidades de ne­gó­cios para suas empresas. Para alcançar essas metas, o congresso, que terá como tema “Crescendo com o Brasil”, con­ tará com a presença dos prin­ ci­pais em­pre­sá­rios, líderes do setor e renomados palestran­ tes na­cio­nais e in­ter­na­cio­nais do segmento gráfico. A grade da palestra desen­ volvida pela ABTG trará para discussão assuntos re­la­cio­na­ dos a temas diversos, da gestão das in­dús­trias às tec­no­lo­gias de produção, com enfoque nas

mudanças verificadas nos últi­ mos tempos. Além da progra­ mação, com diversas palestras si­mul­tâ­neas nos dias 9, 10 e 11, no pe­río­do das 9 às 13h, o Con­ graf abrigará uma fei­ra, da qual participarão diversos fornece­ dores do setor gráfico. Organi­ zada no espaço Salão Atlânti­ co, a exposição ocorrerá de 8 a 12 de ou­tu­bro, das 10 às 18h e apresentará produtos, serviços, novas tec­no­lo­gias e processos, com o objetivo de prospectar clien­tes e ne­gó­cios. A abertura ofi­c ial do 15º Congraf, marcada para o dia 8 de outubro, contará com co­ quetel, palestra e show com músicas típicas bra­si­lei­ras e dos dois paí­ses vizinhos — Pa­ra­guai e Argentina. O congresso será encerrado com almoço e diver­ sas atrações cul­tu­rais. A previ­ são é que cerca de 800 pes­soas, entre em­pre­sá­rios, fornecedo­ res, par­cei­ros e pro­f is­sio­nais do mercado gráfico, compareçam ao encontro, que pretende ser

REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

um marco na discussão da fron­ tei­ra entre o passado e o futuro na indústria gráfica. A 15ª edição do Congraf será rea­li­za­da no Hotel Mabu (Avenida das Cataratas, km 3,2 – Foz do Iguaçu). Os ingressos poderão ser adquiridos pelo site www.congraf.org.br ou pelo telefone (11) 3232.4501. Viagem Para garantir o conforto dos participantes do 15º Congraf, a Abigraf Na­cio­nal firmou par­ ceria com a operadora de turis­ mo Must Tour Via­gens e Turis­ mo (www.musttour.com.br). Os serviços contratados in­clui­ rão passagens e hospedagem em ho­téis da re­gião, exceto no Hotel Mabu Thermas & Resort. Aqueles que preferirem se hos­ pedar no complexo do even­ to também poderão usu­f ruir de taxas exclusivas, es­p e­cial­ men­te ne­g o­c ia­d as pela Abi­ graf Na­cio­nal. Entretanto, para usar essa vantagem, as reservas

deverão ser fei­tas diretamente com o hotel. Os de­mais ho­téis com par­ ceria para o encontro são: Bourbon Convention Resort www.bourbon.com.br Rafain Hotel & Convention Center www.rafainpalace.com.br Recanto Park Hotel www.recantoparkhotel.com.br Hotel Continental Inn www.continentalinn.com.br Falls Galli Hotel www.fallsgallihotel.com.br Bristol Viale Cataratas Hotel www.vialecataratas.com.br Turrance Green Hotel www.turrancehotel.com.br Dom Pedro I Palace Hotel www.hoteldompedro.com.br Monalisa Palace Hotel www.hotelmonalisa.com.br


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17ª- Assembléia Geral Extraordinária

Notícias

Setor gráfico reuniu-se em São Paulo De volta à sua sede, a Abigraf Nacional reuniu-se em assembleia com as suas regionais para debater temas de interesse do setor. O próximo encontro será em Pernambuco.

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pe­río­do do ano an­te­rior, hou­ve um crescimento de 6,2%. Con­ tudo, mesmo com o avanço há segmentos que precisam man­ ter-se em alerta. O ramo de em­ balagens, por exemplo, deve estar atento à China, pois gran­ de parte dos produtos importa­ dos que chegam daquele país já vem embalados. Receitas e capacitação Durante o evento, os represen­ tantes das re­g io­nais debate­ ram temas relativos à gestão e manutenção, dentre os ­quais é possível destacar a necessida­ de de am­pliar o número de as­ so­cia­dos con­tri­buin­tes e, com isso, aumentar a geração de re­ cei­tas para suprir gastos ope­ra­ cio­nais e de pes­soal.

Fotos: Alvaro Mota

o dia 23 de novembro, na sede da entidade, em São Pau­l o, foi rea­li­z a­da a 17ª As­ sem­b leia Geral Ex­t raor­d i­n á­ ria da Abigraf Na­c io­n al, que abordou a si­tua­ção ­atual do se­ tor, na­cio­nal e re­gio­nal­men­te, além de pro­por­cio­nar a apre­ cia­ç ão e aprovação do orça­ mento para 2011. Na oca­s ião, o presidente Mário César de Camargo apre­ sentou os números da indús­ tria gráfica bra­si­lei­ra. O setor tem cerca de 20 mil empresas, estando 80% delas na catego­ ria micro e 18% na de pequeno porte. Em 2010, as estimativas indicam investimentos rea­l i­ za­dos em máquinas e equipa­ mentos na ordem de US$ 1,5 bi­ lhão. “O Brasil é a bola da vez e as in­dús­trias estão se preparan­ do para este cenário. Uma vez que as máquinas que integram nosso parque gráfico têm, em média, dez anos de uso, os em­ pre­sá­rios estão importando e isto explica o alto volume de investimentos”, avalia. Segundo o Departamento de Estudos Econômicos da Abi­ graf, que apresentou alguns nú­ meros e ten­dên­cias do setor, no comparativo de ja­n ei­ro a se­ tembro de 2010 com o mesmo

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Para Fabio Arruda Mortara, presidente da Abigraf Re­gio­ nal São Pau­lo e do Sindigraf-SP, estas são questões que devem per­mear as propostas de ações: “Se queremos ter uma as­so­cia­ ção forte, é preciso que tenha­ mos uma con­t ri­b ui­ç ão forte dos nossos as­so­cia­dos”. A Abigraf- PE colocou em pau­ta os problemas decorren­ tes do pagamento de ICMS de fron­tei­ra, do registro de pre­ ço em licitações e da padroni­ zação para reciclagem das la­ tas de tintas. A Re­gio­nal ­Piauí discorreu sobre as dificulda­ des geradas pela falta de ca­ pacitação de mão de obra. “Estamos comprando máqui­ nas caríssimas sem pensar nas pes­s oas que irão operá-​­l as amanhã”, comentou Valdézio

Fi­guei­re­do, presidente da Re­ gio­nal Pernambuco, que tam­ bém disse ter dificuldade para encontrar pes­soal qualificado. Para equacionar tal problema, a Abigraf Na­cio­nal irá estudar junto ao Senai ma­nei­ras de rea­ li­zar par­ce­rias ou a construção de uma escola nas localidades mais carentes de aper­fei­çoa­ men­to pro­f is­sio­nal. O calendário para as próxi­ mas reu­niões também foi deba­ tido, ficando estabelecido que a próxima as­sem­bleia será em Porto de Galinhas, Pernambu­ co, de 4 a 6 de fe­ve­rei­ro. “É mui­ to importante que consigamos con­ci­liar nossas agendas a fim de que o ­maior número pos­ sível de re­g io­n ais participe de encontros na­cio­nais”, disse Mário César de Camargo.



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Otimismo na festa de final de ano da indústria gráfica paulista Índices positivos de crescimento registrados em 2010 animam empresários do setor e aumentam o índice de confiança para o novo ano.

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tra­di­cio­nal encontro de fi­ nal de ano dos pro­f is­sio­nais do setor gráfico e par­cei­ros, aconteceu em clima de oti­ mismo. Na sede da As­so­cia­ção de Procuradores do Estado de São Pau­lo (Apesp), na capital pau­lis­ta, cerca de 200 pes­soas confraternizaram no último dia 7 de dezembro, comemo­ rando os bons resultados do mercado em 2010. Fabio Arruda Mortara, an­f i­ trião do encontro e presidente do Sindigraf-SP, ressaltou que o índice de crescimento da in­ dústria gráfica previsto para 2010 ficou próximo da expan­ são esperada para o PIB bra­si­lei­ ro. “Por ou­tro lado, como vá­rios setores da indústria, preo­cu­ pa-​­nos mui­to o déficit de nos­ sa balança co­mer­cial. O saldo negativo expressa as desvan­

tagens competitivas do Bra­ sil em relação a ou­tros paí­ses. Os prin­ci­pais problemas são os altos impostos e juros, o alto custo de alguns equipamen­ tos e insumos e os elevados encargos trabalhistas”. O presidente da Abigraf Na­cio­nal e vice-​­presidente da Conlatingraf, Mário César de Camargo, também destacou no evento o resultado favorável deste ano. “Hou­ve au­men­to de produção e de força de traba­ lho”, lembrou. Porém, o execu­ tivo criticou o chamado Custo Brasil. “Nosso papel é apontar o quanto temos que sustentar o Estado bra­si­lei­ro”. Em segui­ da, Mário César leu mensagem en­via­da por Pau­lo Skaf aos par­ ticipantes do encontro, na qual o presidente da Federação das In­d ús­t rias do Estado de São

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Pau­lo (­Fiesp) ressalta que “o se­ vados (Anave), Theo Borges; o tor gráfico, para quem — como presidente-​­e xecutivo da As­ eu — valoriza a educação e a so­cia­ção Na­cio­nal de Editores cultura, representa uma sólida de Publicações (Anatec), Pe­ garantia de desenvolvimento dro Renato Eckersdorff e Hél­ cio Honda, diretor jurídico da para o Brasil”. Compareceram ao even­ ­Fiesp, entre ou­tros. to diversos lí­ Homenagem à Revista Abigraf deres em­p re­ sa­r iais, como o presidente da As­so­cia­ção Bra­s i­l ei­r a das In­d ús­t rias de Etiquetas Ade­ sivas (­A biea), Eduar­do Che­ de; o presiden­ te da As­so­cia­ ção Na­c io­n al dos Pro­f is­sio­ Durante o almoço de confraternização de final de ano, o diretor responsável pela Revista Abigraf, Plinio Gramani Filho, nais de Venda ladeado por Mário César de Camargo e Fabio Arruda Mortara, em Celulose, recebeu uma placa comemorativa da Conlatingraf alusiva aos 35 anos da publicação. Papel e Deri­


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Prêmio Melhores Práticas Sindicais para o Sindigraf-SP

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Entidade é agraciada na primeira edição da premiação promovida pela Fiesp.

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/ fevereiro 2011 revista abigraf 251 janeiro

• t / o u t 2 0 1 0 • nº 2 4 9 áfica • ano xxxV se arte & indústria gr

Sindicato das In­dús­trias Grá­ ficas no Estado de São Pau­ lo (Sindigraf-SP) recebeu, em 6 de dezembro, o Prêmio Melho­ res Práticas Sin­di­cais, na cate­ goria Comunicação e Promo­ ção As­so­cia­ti­va com o projeto “As­so­cia­ti­vis­mo”. A cerimônia de entrega aconteceu no au­di­tó­ rio da Federação das In­dús­trias do Estado de São Pau­lo (­Fiesp), organizadora e promotora da homenagem. A láu­rea tem como objetivo identificar, valorizar, reconhecer e pre­miar as melhores ini­cia­ti­vas e projetos desenvolvidos pelos sindicatos e as­so­cia­ções, além de promover a troca de ex­pe­ riên­cias, o aprendizado contínuo e o incentivo à rea­li­za­ção de no­ vas ações, com a divulgação das melhores práticas. As ini­cia­ti­v as inscritas para participar do concurso terão uma edição impressa e serão entregues a todos os 131 sindi­

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(E/D): Fabio Arruda Mortara, presidente do Sindigraf-SP; Galo Noriega, diretor da Trevisan; Paulo Henrique Schoueri, diretor Titular do CSER - Fiesp; Rogério dos Santos Camilo, coordenador Administrativo e Financeiro da Abigraf e Sônia Regina Carboni, diretora executiva da Abigraf.

catos afi­lia­dos à ­Fiesp, a fim de servir de modelo e inspiração para a rea­li­z a­ção de ações se­ melhantes, buscando sempre a aproximação, qualidade e au­ men­to da prestação de serviços e be­ne­fí­cios que as entidades oferecem aos as­so­cia­dos. O projeto “As­s o­cia­ti­v is­m o” preconiza a valorização do ca­ pital investido pelas empresas as­so­cia­das, por meio da am­plia­ ção constante dos be­ne­fí­cios e serviços e pelo es­trei­ta­men­to da relação entre entidade e em­ presa. Os prin­ci­pais pontos são:

programa de visitas nas empre­ sas as­so­cia­das e não as­so­cia­das, com apresentação detalhada dos be­ne­fí­cios, serviços, depar­ tamentos e publicações dis­po­ ní­veis aos as­so­cia­dos; au­men­to no número de palestras e trei­ na­men­tos em gestão; fortale­ cimento e au­men­to no número de par­ce­rias para disponibilizar aos as­s o­cia­d os; e valorização do as­s o­c ia­d o e atendimento personalizado a ele. Essas ações tiveram como prin­ci­pais resultados o au­men­ to constante no quadro as­so­ cia­ti­vo e no número de inscri­ tos em palestras e trei­na­men­tos; fortalecimento da imagem da entidade; demanda crescente pelos serviços e be­ne­fí­cios ofe­ recidos; e satisfação dos novos e­ atuais as­so­cia­dos. Esta foi a pri­mei­ra edição do concurso, que contou com a ins­ crição de 200 projetos e a partici­ pação de 52 entidades nas cinco ca­te­go­rias dis­po­ní­veis.


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Sindigraf-SP patrocina bolsas de estudos

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Parceria com o Senai custeia 50% do curso superior na Faculdade de Tecnologia Gráfica para 20 alunos em 2011.

á seis anos, a du­ra­dou­ra par­ ceria entre o Sindigraf-SP e a Escola Senai Theo­bal­do De Ni­ gris passou a envolver mais um benefício para os estudantes, o projeto Bolsa Par­cial de Es­ tudo em Curso Su­pe­rior. Des­ de então, o sindicato patrocina as bolsas de estudos que cus­ teiam 50% do valor da mensa­ lidade do curso su­p e­rior em Tecnologia de Produção Grá­ fica ministrado pelo Senai. O acordo entre as duas enti­ dades tem como objetivo ­criar uma oportunidade para os alu­ nos e incentivá-​­los a alcançar um melhor desempenho du­ rante o curso. “O Sindigraf-SP entende que pro­f is­sio­nais bem preparados são fun­da­men­tais ao desenvolvimento das em­ presas gráficas bra­si­lei­ras, por isso incentiva o aprimoramen­ to da mão de obra”, comenta o presidente da entidade, Fabio Arruda Mortara. São be­ne­f i­cia­dos pelo pro­ grama estudantes a partir do segundo semestre, se­le­cio­na­ dos por dois cri­té­rios: neces­ sidade so­cioe­co­nô­mi­ca e de­ sempenho escolar no semestre an­te­rior. O benefício, concedi­ do a 14 estudantes no último ano, foi am­plia­do e atenderá 20 alunos em 2011. A bolsa tem duração de um semestre, mas pode ser renovada, desde que o be­n e­f i­cia­do atenda às exi­ gên­cias do regulamento. Além das bolsas do Sindigraf-SP há aquelas oferecidas pelo Senai, além de um programa próprio de fi­nan­cia­men­to estudantil. Dos mais de 400 pro­f is­sio­ nais formados pelo curso, 65 conquistaram o diploma por

Abigraf Nacional e Sebrae Nacional juntos pela competitividade do setor gráfico Acordo firmado entre as duas entidades permitirá desenvolver projeto para implementar melhorias nas estruturas produtivas das empresas.

C Marcelo Rocco, bolsista matriculado no ensino superior de Tecnologia em Produção Gráfica: “Meu maior desejo é ser um profissional conceituado na área”.

meio da bolsa fornecida pelo Sindigraf-SP. O ensino su­pe­rior de Tecnologia em Produção Gráfica visa à capacitação de pro­f is­sio­nais para atua­rem na gerência e supervisão de pro­ cessos produtivos nas in­dús­ trias gráficas, promover análi­ ses e pesquisas de processos e produtos gráficos e rea­li­z ar ações de consultoria, perícia e assessoria tecnológica. O estudante Marcelo Roc­ ca, matriculado no ter­cei­ro se­ mestre do curso, já atua­va na indústria gráfica quando co­ meçou os estudos na Faculda­ de Senai. Ele afirma que a ini­ cia­ti­va do Sindigraf-SP é ótima. “Podemos ver, com essa atitu­ de, o quanto eles se preo­cu­ pam com os pro­f is­sio­nais da área gráfica. Esse ­apoio é es­ sen­cial e oferecido de modo justo, pois eles cobram bons resultados para que possamos ter este benefício”. Ele revela que ficou desempregado du­ rante um tempo e con­se­guiu a bolsa no momento certo, pois

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não poderia con­ti­nuar pagan­ do a mensalidade. “Consegui me segurar até finalizar o pri­ mei­ro semestre e, no segun­ do, conquistei a bolsa”. Marcelo tem se empenhado mui­to para chegar à conclusão do curso e admite que alguns problemas do dia a dia desanimam, mas a vontade de melhorar na car­ rei­ra é o que o tem estimulado. “Hoje estou trabalhando, mas ain­da preciso do au­xí­lio, pois tenho família para ajudar. Fal­ tam apenas dois anos para eu con­cluir o curso e meu ­maior desejo é ser um pro­f is­sio­nal con­cei­tua­do na área”. A Faculdade Senai de Tec­ nologia Gráfica, a Escola Senai Theo­bal­do De Nigris e a Esco­ la Senai Felício Lanzara cons­ti­ tuem o mais importante centro de tecnologia gráfica do he­ misfério sul, atuan­do em qua­ tro vertentes de prestação de serviços: educação pro­f is­sio­ nal, assessoria técnica e tec­ nológica, pesquisa aplicada e informação tecnológica.

om o objetivo de fortalecer as micro e pequenas empresas do setor gráfico, promovendo a sua qualificação e au­men­to da competitividade, em 25 de ou­ tu­bro de 2010 a Abigraf Na­cio­nal e o Sebrae Na­cio­nal firmaram novo convênio de coo­pe­ra­ção técnica. O acordo decorre do Es­ tudo Se­to­rial da Indústria Gráfica no Brasil, rea­li­za­do em 2009 pe­ las duas entidades, que re­fe­ren­ ciou as estruturas produtivas e suas prin­ci­pais demandas. Com duração de 24 meses, o novo projeto está pau­ta­do na disseminação do conhecimen­ to, informação e tecnologia para me­lho­rias nos processos produ­ tivos e de gestão das micro e pequenas empresas. Também estão previstos me­ canismos de acesso à obten­ ção de certificação am­bien­tal, a cria­ção de políticas públicas e a in­ter­na­cio­na­li­za­ção. De acordo com Sonia Regi­ na Carboni, diretora executiva da Abigraf Na­cio­nal, as ações do projeto serão efetivadas de dife­ rentes ma­nei­ras. Uma delas será a apresentação de se­mi­ná­rios e palestras técnicas com temas de relevância e interesse dos pro­f is­ sio­nais do setor. “Os assuntos te­ rão foco na implementação de me­lho­rias ge­ren­ciais, de custos e de logística. Também serão abordadas relações trabalhis­ tas, tributação, investimentos e


in­ter­na­cio­na­li­z a­ç ão”, explica a executiva. O programa aconte­ cerá nos estados de Tocantins, Espírito Santo, Minas Ge­rais, Per­ nambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Pau­lo. Outra medida do projeto de competitividade é a assessoria e execução para a implantação do sistema de controle da ca­deia de custódia segundo padrões do FSC (Forest Stewardship Coun­ cil – Conselho de Manejo Flores­ tal) nas empresas. Estima-se um contingente de 2.370 empresas capacitadas em sete estados. Neste sentido, a Campanha de Valorização do Papel e da Comu­ nicação Impressa, uma ini­cia­ti­va da Abigraf Na­cio­nal, fará parte do escopo de trabalho. Um importante aporte do projeto está no fornecimento de dados econômicos se­to­riais atua­li­z a­d os e con­f iá­veis. Para tanto, será cria­do um índice que permite o acompanhamento mensal dos custos de fabrica­ ção de produtos dos prin­ci­pais segmentos representados pela Abigraf Na­cio­nal. O índice bus­ cará refletir a evolução dos cus­ tos das prin­ci­pais atividades dos segmentos da indústria gráfica e será desenvolvido a partir de dados se­cun­dá­rios. Estima-se também a partici­ pação de empresas as­so­cia­das à entidade na fei­r a Office Pa­ perBrasil Escolar 2011, além de ­apoio à instalação da Abigraf Re­gio­nal Tocantins, para aten­ dimento de demandas se­to­riais daquele Estado.

Responsabilidade Socioambiental: inscrições para o prêmio estão abertas Dividida nas ­áreas “Responsabilidade Social” e “Responsabilidade Ambiental”, premiação da Abigraf Nacional anunciará vencedores em junho.

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sustentabilidade, que en­ volve o con­c ei­t o impor­ tantíssimo de harmonização da atividade produtiva com o meio am­bien­te e a so­cie­da­de, em geral representada pelo corpo de colaboradores e seus fa­mi­lia­res e a comunidade no entorno do em­p reen­d i­m en­ to, é o mote do Prêmio Abi­ graf de Responsabilidade So­ cioam­bien­tal, cujas inscrições estão abertas de 17 de ja­nei­ro a 18 de abril. Cria­do pela Abigraf Na­cio­ nal, o prêmio teve sua pri­mei­ ra edição rea­li­za­da em 5 de ju­ nho de 2009, Dia Mun­dial do Meio Am­bien­te, e foi elabora­ do com o objetivo de estimu­ lar práticas corretas nas ­­áreas so­cial e am­bien­tal, no âmbito de toda a indústria gráfica bra­ si­lei­ra e também no contexto da so­cie­da­de. A cerimônia de entrega do prêmio está agendada para o dia 7 de junho. O prêmio é dividido em duas ca­te­go­rias: “Responsabilidade So­cial”, para a qual será concedido o tro­ féu Hasso Al­f ried Weisz­f log,

e “Responsabilidade Am­bien­ tal”, cuja láu­rea ho­m e­na­g eia Orlando Villas-​­Bôas. Para as inscrições de casos, a categoria “Responsabilida­ de So­cial” leva em conta in­ tervenções externas das em­ presas gráficas nos campos edu­c a­cio­n al, cultural, espor­ tivo, de inclusão so­cial, ini­cia­ ção pro­f is­sio­nal, participação em campanhas co­mu­ni­t á­rias ou qualquer ou­tra ação volta­ da à comunidade. Na categoria “Responsabi­ lidade Am­bien­t al” podem se inscrever as empresas que te­ nham implementado ações, tec­n o­l o­gias, métodos e pro­ cessos am­bien­tal­men­te corre­ tos. Dentre estes podem ser citados os processos de reci­ clagem; utilização de papel e insumos menos po­luen­tes; tra­ tamento e destinação de re­sí­ duos; utilização ra­cio­nal e reu­ ti­l i­z a­ç ão de água; economia de energia; e soluções glo­bais para reduzir o impacto am­bien­ tal. Podem ser inscritas uma ou mais soluções, ou mesmo um conjunto de medidas.

Todas as empresas gráficas bra­si­lei­ras, as­so­cia­das ou não à Abigraf, de acordo com as de­ terminações do regulamento, podem participar da pre­mia­ ção, mas com apenas um caso em cada categoria. Cada uma das ca­te­go­rias em que se divi­ de o certame contará com um corpo de jurados específico, cons­ti­tuí­d o por pro­f is­sio­nais e es­pe­cia­lis­tas de reconhecida capacidade. Na pri­mei­ra edição do even­ to foram inscritos 22 casos de 17 gráficas, representantes de cinco estados brasileiros. A ini­ cia­ti­va da Abigraf Na­cio­nal de in­cluir o Prêmio Abigraf de Res­ ponsabilidade So­cioam­bien­tal nos méritos de distinção con­ cedidos pelo setor gráfico evi­ dencia o comprometimento da entidade com atitudes sus­ten­ tá­veis. A ação visa incentivar as empresas a investirem em tra­ balhos so­cial e am­bien­tal­men­ te corretos, necessidade cada vez ­maior. O regulamento e a ficha de inscrição podem ser obtidos no site www.premiosocioambiental.org.br.

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MENSAGEM

Levi Ceregato

Presidente da Abigraf Regional São Paulo

Projetos para o novo ano função de presidente da Abigraf Regional São Paulo representa um grande e honroso desafio que assumo no início deste ano. Temos muitos embates pela frente, na defesa de nosso setor de atividade e do crescimento sustentado da economia. Em 2010, o Brasil consolidou seu processo de recuperação depois da grande crise mundial de 2008 e 2009. A expansão do PIB em torno de 7% é bastante expressiva. Estamos à frente de numerosas economias, inclusive as dos Estados Unidos e da União Europeia, que ainda enfrentam baixos índices no nível de atividade e desemprego elevado. Dentre os europeus, há o fator agravante do problema fiscal da Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Itália, que causa sensível preocupação internacional. A indústria gráfica brasileira, como sabemos, vem acompanhando o bom ritmo da economia nacional. Conforme os últimos dados disponíveis, a produção de nosso setor cresceu 6,22% no acumulado de janeiro a setembro de 2010. Nos doze meses compreendidos entre outubro de 2009 e setembro de 2010, o avanço foi de 6,52%. Considerando as encomendas relativas ao movimento de final de ano, é muito provável que cheguemos, na tabulação final dos dados do ano passado, a um patamar interessante de expansão. Por outro lado, como vários setores da indústria, nos preocupa muito o déficit de nossa balança comercial, que chegou a US$ 85,8 milhões em setembro de 2010. Exportamos US$ 188,2 milhões e importamos US$ 274 milhões. Este saldo negativo da indústria gráfica expressa as desvantagens competitivas do Brasil em relação a outros países. Os principais problemas, como sabemos, são os altos impostos e juros e os elevados encargos trabalhistas. Tudo isso é agora agravado pela guerra cambial empreendida por outras nações, em especial os Estados Unidos e a China. 122 REVISTA ABIGR AF  JANEIRO/ FEVEREIRO 2011

A maioria dos produtos gráficos importados pelo mercado brasileiro no período analisado é proveniente dos Estados Unidos (18% do total), China (16,3%) e Alemanha (10,7%). Ainda com relação às compras externas, um dado chama a atenção: o preço médio do produto chinês é de US$ 2,89 o quilo, enquanto o dos impressos de outras procedências é de US$ 5,48 o quilo. Como a economia brasileira vai bem e nossos juros são muito elevados, é grande o volume de dólares que ingressa no País, pressionando para cima o valor do real, o que amplia as vantagens competitivas de nossos concorrentes internacionais. Com isso, estimula‑se a importação e dificulta‑se a exportação. Os obstáculos a serem removidos delineiam os principais desafios para o governo de Dilma Rousseff. Ao assumir a presidência da Abigraf São Paulo quase simultaneamente à sua posse, desejo‑lhe imenso sucesso em sua gestão e na solução dos problemas persistentes. Mais do que nunca, são imprescindíveis as reformas tributária, previdenciária e trabalhista, há tanto tempo reclamadas pela sociedade e pelos setores produtivos brasileiros. Ademais, é preciso ação urgente para reequilibrar o câmbio. Para isso, a queda dos juros já seria um passo importante, deixando de se alimentar a ciranda financeira disfarçada que se observa no financiamento da dívida pública, cuja remuneração atrai dólares para o nosso país. As entidades de classe, como a Abigraf, têm missão muito relevante em 2011, no sentido de se mobilizar, inclusive politicamente, pela solução dos problemas mais urgentes que afligem os setores produtivos e, de modo mais agudo, a indústria, a principal prejudicada pela crise cambial. É com essa consciência dos embates a serem travados e com o firme propósito de contribuir para o fortalecimento de nosso setor que inicio meu trabalho como presidente da Abigraf Regional São Paulo. Ao lado dos dirigentes de nosso sistema associativo, estarei firme na defesa das medidas necessárias para que o Brasil possa continuar crescendo. Nem poderia ser diferente, pois essa postura responde à tradição das lideranças de nossa entidade, cuja marca sempre foi a combatividade, civismo, engajamento político e muita dedicação às causas da indústria gráfica. leviceregato@gmail.com


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