Revista Abigraf 254

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Eternamente contemporânea

Comprometida com a modernidade, a pintora Maria Leontina inovou ao abordar temas introspectivos e mesclar força e ternura, traço rebelde e cores discretas. Livre, nunca permitiu imposições do espaço, materiais e tendências.

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Presidente da Abigraf Nacional: Fabio Arruda Mortara Presidente da Abigraf Regional SP: Levi Ceregato Conselho Editorial: Cláudio Baronni, Egbert Miranda, Fabio Arruda Mortara, Flávio Tomaz Medeiros, Guilherme Granzote Calil, Levi Ceregato, Manoel Manteigas de Oliveira, Mário César de Camargo, Plinio Gramani Filho e Ricardo Viveiros Elaboração: Clemente & Gramani Editora e Comunicações Ltda. Rua Marquês de Paranaguá, 348, 1º andar 01303-905  São Paulo  SP Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159-3010  Fax (11) 3256-0919 E-mail: gramani@uol.com.br Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897), Ada Caperuto, Clarissa Domingues, Marco Antonio Eid, Milena Prado Neves, Ricardo Viveiros e Tainá Ianone Revisão: Giuliana Gramani Colaboradores: Álvaro de Moya e Claudio Ferlauto Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosaria Scianci Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Ibep Capa/Laminação: Soft Touch (aveludada): UVPack Hot stamping (com fitas MP do Brasil) e relevo: UVPack Assinatura anual (6 edições): Brasil: R$ 60,00 América: US$ 70,00 Europa: US$ 80,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3159-3010

4 REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

Responsabilidade Socioambiental

Nesta edição, conheça os dois cases vencedores do 2-º Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambiental, apresentados pela Posigraf e Plural, além do relatório de sustentabilidade da Agfa do Brasil.

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Nada menos que 100 milhões

Imprimindo exclusivamente bíblias, a Gráfica da Bíblia ajuda o Brasil a posicionar‑se como o maior fabricante da obra no mundo. Em 16 anos de atividade, a gráfica, criada pela Sociedade Bíblica do Brasil, já imprimiu 100 milhões de bíblias.

revista issn 0103•5 72x

arte & indús tria gráfica • ano xxxvi • j ul/ago 2011 • nº 2 5 4

revista abigraf 254 julho / agosto 2011

ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/ Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 533 (Paraíso) 04103-000  São Paulo  SP Tel. (11) 3232-4500  Fax (11) 3232-4550 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br

Episódios, óleo sobre tela, 27 × 16 cm, 1958

REVISTA ABIGRAF

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Capa: Cena IX, guache sobre papel, 21 × 24,5 cm, 1958 Autor: Maria Leontina


O impresso não vai desaparecer

A Revista Abigraf entrevista o jornalista Sérgio Dávila, editor‑executivo da Folha de S. Paulo. Ele fala sobre a última reforma gráfica pela qual o jornal passou, leitores analógicos e digitais e novas plataformas e declara sua confiança na mídia impressa.

Números da indústria gráfica no Sul

A seção Economia traz os números mais recentes da indústria gráfica nos estados do Sul do País, segunda maior região empregadora do setor no Brasil. Os empresários consideram o mercado maduro e competitivo.

A vitória da perseverança

Aos 10 anos Ivo Puosso já sabia o que era uma faca gráfica. Aos 20 era dono de empresa e aos 50 vendeu tudo o que tinha para investir em uma nova tecnologia. Conheça a trajetória desse especialista na área de facas gráficas.

Quatro décadas na indústria gráfica

Antonio Carlos Navarro faz parte do desenvolvimento do segmento gráfico no Distrito Federal desde a década de 70. Como superintendente da Abigraf Regional, enfrenta agora o desafio de reestruturar o setor na região.

Da terra para a terra

A temática social está em todo o trabalho do fotógrafo argentino Jorge Leiva. Com uma breve passagem pelo Brasil, Jorge quer revelar os antagonismos entre o homem urbano e o homem rural.

51 Os valores da Ibep

Na gráfica, há seis anos no mercado, o valor humano é o principal fator para o sucesso da empresa, que vem consolidando‑se como referência para as gráficas que estão começando.

18 28 72 92 96 Editorial/ Fabio Arruda Mortara ������������������������ 6 Rotativa ��������������������������������������������������������� 8 Prêmios Regionais PR/RS �����������������������������34 Copygraf/ PR �����������������������������������������������38 Grafdil/ RS ���������������������������������������������������42 Müller Martini ����������������������������������������������44 Impressul/SC �����������������������������������������������46 Prêmio Benny 2011 �������������������������������������48 Opinião: Jamer Hermes dos Santos/PI �����������50 Embalagens/ Tetra Pak ���������������������������������60 Impressões/ Claudio Baronni ������������������������62

Editora Demônio Negro ���������������������������������64 Kodak ���������������������������������������������������������68 Ferrostaal ����������������������������������������������������70 Publicidade/ Cannes ������������������������������������80 Olhar Gráfico/ Cláudio Ferlauto ���������������������82 Quadrinhos/ Álvaro de Moya �������������������������86 Ilustração/ Hector Gomes �����������������������������87 Casa da Xilogravura �������������������������������������88 Cliart Clichês �����������������������������������������������94 Sistema Abigraf �����������������������������������������102 Mensagem/ Levi Ceregato ��������������������������110

JULHO/AGOSTO 2011  REVISTA ABIGR AF

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editorial

Fabio Arruda Mortara

Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional) e do Sindicato da Indústria Gráfica no Estado de São Paulo (Sindigraf-SP)

Compromisso de um gráfico

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ão nasci gráfico, mas me apaixonei por esse ofício há mais de 23 anos, tornando‑me empresário do setor em 1988. Sou administrador de empresas e mestre em administração pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo e tenho outro mestrado pela Universidade de Cornell, nos EUA . Em minha carreira, atuei em distintos setores. Com o passar dos anos percebi a necessidade de novos desafios. As associações de classe vieram para complementar outras atividades do terceiro setor nas quais já me havia envolvido, como o Pensamento Nacional das Bases Empresariais. Convidado por Mário César de Camargo, ingressei nas entidades do Sistema Abigraf em 2001. Era um momento importante de constituição de novas lideranças, capazes de dar continuidade ao grande trabalho de Max Schrappe, que tanto fez pelo setor. Os desafios eram imensos, pois novas demandas se impunham no âmbito associativo, dadas as fulminantes transformações do Brasil, do mundo, da tecnologia e do mercado. À época, integrei um grupo de pessoas muito competentes. Fui diretor financeiro das quatro entidades, presidi a ABTG, a Abigraf Regional São Paulo e o Sindigraf‑SP. Em 2011, democraticamente eleito pelos companheiros de todo o Brasil, assumi a presidência da Abigraf Nacional. É imensa a responsabilidade de suceder uma liderança como a de Mário César de Camargo, mas tenho certeza de que conto com o imprescindível apoio de meus pares na diretoria e das 22 Abigrafs regionais, atuantes e organizadas em quase todos os estados brasileiros. Nosso empenho, com a máxima sinergia, é focado na prioridade de promover o fomento de nossa atividade. REVISTA ABIGRAF  JULHO/AGOSTO 2011

O Brasil ocupa o nono lugar no ranking mundial do setor, com mais de 20 mil gráficas e 220 mil pessoas empregadas. Em alguns estados, somos o ramo industrial mais importante. Nossas empresas têm investido cada vez mais, com um salto das compras de equipamentos de US$ 200 milhões, em 2004, para US$ 1,4 bilhão, em 2010. Estamos preparados para produzir impressos com qualidade e eficiência! Entretanto, nossa indústria atravessa, no mundo todo, talvez o momento mais difícil desde que Gutenberg a criou com seus tipos móveis, na Alemanha, há mais de 550 anos. Precisamos ter competência e criatividade para trabalhar juntos com os parceiros de nossa cadeia produtiva, de maneira a encontrar os portos seguros para nossos produtos, no Brasil e no exterior. A comunicação impressa é fundamental, até mesmo para a existência da democracia. Sabemos que a era digital veio para ficar e, por isso, temos de encontrar, de modo criativo e inteligente, novos usos e aplicações nos quais sejamos competitivos ou insubstituíveis. Nossas gráficas, pequenas em sua grande maioria, precisam de tecnologia, melhor gestão, insumos mais abundantes, equipamentos mais baratos e acessíveis, mais crédito, menor carga tributária e condições de concorrência mais justas. Há, ainda, temas vitais para nosso setor, que demandam solução urgente, como a questão ambiental, o uso indevido do papel imune, o “Custo Brasil” e o conflito tributário. Precisamos, também, rever o sistema de compras governamentais, além de mostrar ao País e ao mundo que o produto impresso é sustentável, reciclável e, principalmente, renovável, integrado às entidades nacionais da cadeia produtiva. Em outubro, faremos o nosso congresso nacional, em Foz do Iguaçu, no qual esses temas serão abordados e debatidos. Em todos os momentos de minha gestão, contudo, estarei dedicado à luta para que a Abigraf, o Sindigraf‑SP, que também presido, e o nosso sistema associativo sejam fortes, respeitados, atuantes e construtivos, para o bem da indústria gráfica e do Brasil! Este é o compromisso de um gráfico que muito se orgulha de sua profissão. fmortara@abigraf.org.br



Empresas empossam novos executivos Antilhas

A Antilhas anunciou em julho Bruno Baptista como seu novo diretor co­mer­cial. O executivo re­ tornou à empresa após dois anos como consultor de estratégia e mar­ke­ting na GS&MD – Gouvêa de Souza. Atuou em projetos de es­ tratégia de acesso a mercados, es­ tratégia de canais, inovação e de análise de via­bi­li­da­de de novos

ne­g ó­c ios para importantes in­ dús­trias e algumas das principais redes de varejo do mercado bra­ sileiro. Bruno, que é administra­ dor de empresas formado pela Faap e possui MBA em Adminis­ tração e Ne­gó­cios pela Fundação Dom Cabral, será responsável pe­ las ­­áreas de vendas e mar­ke­ting da companhia. O executivo começou sua car­ reira na própria Antilhas, na área de produção, e ao longo de 11 anos teve a oportunidade de ocu­ par diversos cargos em planeja­ mento, logística e suprimentos. www.antilhas.com.br

Kalmaq incorpora Solna do Brasil 8

International Paper Em agosto foi a vez da In­ter­na­ tio­nal Paper (IP) contratar Fábio Teramoto para assumir a posição de gerente geral, comandando as ­­áreas de vendas, assistência técni­ ca e serviço ao clien­te para os ne­ gó­cios cutsize e offset da compa­ nhia. Teramoto substitui Ângelo Teixeira, transferido para a China como responsável pelo projeto de construção da nova máquina de papel da joint venture da IP com a Sun Paper. Em sua função, Tera­ moto será responsável pela gestão e também pelo desenvolvimento e implementação das estratégias

comerciais da empresa para o mercado doméstico e reporta­ rá diretamente para o diretor co­ mer­cial Nilson Cardoso. Teramoto é formado em Engenharia Mecâ­ nica pela Unesp, pós-​­gra­dua­do em Propaganda e Mar­ke­ting pela ESPM e possui MBA Executivo pela Fundação Dom Cabral. Atuou em posições de liderança e dire­ ção de equipes comerciais e de

Empresa es­pe­cia­li­za­da na re­ presentação e fornecimento de soluções gráficas, a Kalmaq Co­ mércio e Importação anunciou no final de julho a incorpora­ ção da Solna do Brasil. A opera­ ção foi motivada, entre outros

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

mar­ke­t ing em grandes empre­ sas como Ambev, Danone, Cas­ trol e Filtros Mann, entre outras.

anos, onde adquiriu um vasto co­ nhecimento do mercado de pa­ pel e celulose.

www.internationalpaper.com.br

www.ibema.com.br

Ibema

Jofer

Também em agosto, Hélio Hen­ rique Bustamante assumiu o car­ go de diretor co­mer­cial da Ibema – Companhia Brasileira de Papel. Bustamante fica no lugar de Túlio

Na Jofer Embalagens a novida­ de de agosto foi a chegada de Raul Capozzi, assumindo o cargo de diretor co­mer­cial. O executivo, formado em Propaganda e Mar­ ke­ting, trabalha no setor papelei­ ro há mais de 40 anos e sua ex­pe­ riên­cia é cons­ti­tuí­da pela atua­ção em empresas fabricantes de pa­ pel e também de embalagens. Dando continuidade às mudanças

César Reis Gomes, que se desli­ gou da empresa. O novo diretor possui larga ex­pe­riên­cia no mer­ cado doméstico e de exportações e vinha ocupando o cargo de ge­ rente co­mer­cial da Ibema. Dentro da política de crescimento e valo­ rização pro­f is­sio­nal da empresa, sua nova função é um passo na­ tural neste sentido. Gra­dua­do em Administração pela Unicentro, de Belo Horizonte, é pós-​­gra­dua­do em Tecnologia de Celulose e Pa­ pel pela Universidade Federal de Viçosa (MG) e possui MBA Gestão Co­mer­cial pela Isae/ FGV de Curi­ tiba (PR). Bustamante atuou tam­ bém na Cenibra ao longo de 13

fatores, pela aquisição da Solna (Sué­cia) pela Wifag, esta última já representada pela Kalmaq no Brasil. Segundo Karl Klökler, di­ retor da Kalmaq, desde julho to­ das as operações an­te­rior­men­ te exercidas pela Solna do Brasil

administrativas e industriais rea­ li­za­das pela Jofer, o novo diretor será responsável pelo crescimen­ to contínuo das vendas, inovando em es­tra­té­gias comerciais a fim de atender com excelência as neces­ sidades de seus clien­tes e desen­ volver novos ne­gó­cios. Também fazem parte de suas atribuições dirigir mudanças na comunicação or­ga­ni­za­cio­nal e nos planos am­ bientais projetados pela empresa. www.jofer.com.br

estão incorporadas às ativida­ des da Kalmaq, que manterá o mesmo padrão de excelência no atendimento e suporte oferecido ao mercado até então. www.kalmaq.com.br


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RR Donnelley conquista certificação na área de segurança Após auditoria rea­li­za­da pela ABTG, a RR Donnelley recebeu

o certificado de conformidade com a norma ABNT NBR 15540, sistema de segurança usado para produção de documentos confidenciais, po­si­cio­nan­do-se como uma das primeiras gráfi­ cas na América Latina a possuir essa certificação. “Isso quer di­ zer que estamos aptos a produ­ zir impressos de alto sigilo com excelência gráfica”, afirma o di­ retor co­mer­cial e de mar­ke­ting da RR Donnelley, Amilton Gar­ rau. Para ele, com a ex­pe­riên­cia de 40 anos atendendo ao mer­ cado brasileiro, a RRD conseguiu

o know-​­how necessário para o segmento de segurança. “So­ mos uma companhia com 20 anos de atua­ção na área de se­ gurança. Os trabalhos tiveram início com selos para car­tó­rios, materiais promocionais e lo­te­ rias, cheques, diplomas, certi­ ficados e títulos de cobrança, entre outros. Uma prova desse conhecimento é a rea­li­za­ção de trabalhos de grande complexi­ dade nos últimos 10 anos nas ­­áreas de exames para concur­ sos, provas para área edu­ca­cio­ nal e ava­lia­ções de desempe­ nho com grande sucesso”.

Fênix Embalagens recebe aporte de R$ 10 mi­lhões Com 56 anos de mercado, a Fênix Embalagens, de Belo Horizon­ te (MG), acaba de passar por um processo intensivo de rees­tru­tu­ra­ ção da gestão, com a entrada de novos só­cios e aporte de R$ 10 mi­ lhões em investimentos para os próximos três anos. A modernização abrange tanto o parque gráfico, com a aquisição de novos equipa­ mentos e a busca por certificações de processo, quanto o di­re­cio­na­ men­to das es­tra­té­gias de ne­gó­cios, com novos executivos à frente da empresa. A meta é faturar R$ 30 mi­lhões a partir de 2012. www.fenixembalagens.com.br

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Fábrica da IP recebe certificação European Ecolabel Flower

A In­ter­na­tio­nal Paper (IP) é a pri­

meira empresa no Brasil a receber a certificação Ecolabel Flower, re­ conhecida em toda a ­União Euro­ peia e que atesta o bom desem­ penho am­b ien­t al dos produtos in­dus­tria­li­za­dos e serviços. A cer­ tificação foi obtida após proces­ so de auditoria nas ­­áreas produ­ tivas, de tecnologia, am­b ien­t al e de suporte técnico da fábrica em Luiz Antônio, in­te­rior de São Paulo, unidade responsável pela maior parte das exportações para a Europa. O Ecolabel representa o compromisso da In­ter­na­tio­nal Pa­ per com o respeito ao meio am­ bien­te e comprova sua preo­cu­pa­ ção com a sustentabilidade dos

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seus processos produtivos. Os cri­ té­rios de ava­lia­ção dos produtos e serviços consideram os impac­ tos ambientais no ar, água, solo e saú­de humana, desde a extração da matéria-​­prima até a utilização do produto final e gestão dos re­sí­ duos. A companhia apresentou as conformidades ne­ces­sá­rias para a aprovação e o selo passará a ser adotado em parte dos pa­péis de imprimir e escrever produzidos no Brasil pela fábrica de Luiz Antônio e destinados ao mercado euro­ peu. Além do Ecolabel Flower, as operações da IP no Brasil pos­suem ainda as certificações Cerflor e FSC (Forest Stewardship Council). www.internationalpaper.com.br


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Arjowiggins lança papéis para impressão digital de rótulos e etiquetas

A

Arjowiggins estreou no mer­ cado de rótulos e etiquetas com o lançamento da linha de pa­péis Witcel Labels Digital para impres­ são digital de rótulos e etiquetas na 5ª Label La­ti­noa­me­ri­ca (Feira e Conferência In­ter­na­cio­nal de Eti­ quetas Adesivas, Rótulos e Identi­ ficação de Produtos), rea­li­za­da em junho, em São Paulo. Com texturas sofisticadas e uma referência com acabamen­ to metalizado, a linha Witcel La­ bels Digital inova o mercado pela apresentação di­f e­ren­c ia­d a que confere aos produtos premium, como vinhos, cachaças, azeites, geleias e outros.

Parceria Senai e HP em programa da ONU

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As es­tra­té­gias de mar­ke­ting, incluindo a crescente atua­ção de gifting no mundo corporativo, podem se be­ne­f i­ciar da nova li­ nha, uma vez que demandam pe­ quenas tiragens e requerem alta qualidade de apresentação. Além de ser um produto certi­ ficado FSC, essa é a primeira linha de pa­péis especiais produzida na América do Sul homologada pelo Rochester Institute of Technology, Printing Ap­pli­ca­tions Laboratory, para impressão em HP Indigo. http://arjowiggins.com.br/

Em parceria com a HP, o Senai lan­ çou em junho, no município de Araguarina, em Tocantins, o Pro­ grama de Inclusão Digital para Em­ preen­de­do­res. O objetivo é treinar em­pre­sá­rios potenciais e donos de micro e pequenas empresas para utilizar a informática na am­plia­ção dos seus ne­gó­cios. O programa foi possível porque a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvi­ mento In­dus­trial (Unido), vincula­ da à ONU, escolheu o Senai como operador no Brasil do programa

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ANconsulting quer romper as fronteiras A

tuan­do no mercado gráfico latino-​­americano em estratégia e desenvolvimento de ne­gó­cios, a ANconsulting anunciou em agos­ to sua nova empresa: a BCBC Ne­gó­cios Internacionais, di­re­cio­na­da para distribuidores, revendedores e clien­tes finais do setor gráfi­ co. Segundo a ANconsulting, a nova empresa foi cria­da através de uma parceria com a Zynet In­ter­na­tio­nal, com es­cri­tó­rios em Xan­ gai, na China, e em San Die­go (EUA) e está apta a pesquisar, defi­ nir e via­bi­li­zar a importação de equipamentos e insumos gráficos chineses para o mercado brasileiro e latino-​­americano. “Nossos es­pe­cia­lis­tas em Xangai, com profundo conhecimento da indús­ tria chinesa, estão aptos a identificar os melhores produtores de equipamentos e insumos de acordo com as necessidades do nos­ so mercado. Entendemos que há oportunidades latentes nessa aproximação, mas a grande dificuldade das empresas brasileiras é a de encontrar interlocutores e parceiros confiáveis que possam entender e ­criar os acessos adequados dentro do emaranhado mercado chinês. Daí nossa intervenção. Trazemos con­f ia­bi­li­da­de e isenção nesse processo, com a garantia da ANconsulting”, diz o gerente ope­ra­cio­nal da BCBC, Alexandre Ja­nuá­rio. Pouco antes, a ANconsulting firmou, durante a feira Andigrá­ fica, rea­li­za­da em Bogotá no final do mês de junho, um contrato com a As­so­cia­ção das In­dús­trias Gráficas Co­lom­bia­nas (Andigraf) para o desenvolvimento de programas de melhoria de produtivi­ dade e de transição para o digital voltado a empresas as­so­cia­das à entidade. “Passamos a ser a consultoria da Andigraf para a for­ mulação de projetos específicos que estimulem a produtividade se­to­rial. Também ajudaremos aquelas empresas mais tradicionais que queiram se desenvolver no mercado digital. Essa alian­ça re­ força nossa posição na América Latina, pois, além da Colômbia, já temos representantes no México e Equador”, afirma Hamilton Terni Costa, diretor da empresa. www.bcbc.net.br  www.anconsulting.com.br

HP Life, ini­cia­ti­va de responsabili­ dade so­cial da HP em parceria com

a Unido, executada na África e no Orien­te Médio e estendida agora ao País. O Senai implantará quatro la­bo­ra­tó­rios de informática em To­ cantins, Maranhão, ­Piauí e Rondô­ nia, com 25 computadores e dois laptops cada um. Os la­b o­r a­tó­rios irão oferecer cursos de qualificação para quem quer abrir um pequeno negócio ou para quem já é mi­croem­pre­sá­ rio e quer modernizar a gestão da

sua empresa. O pacote tecnológi­ co inclui ainda US$ 65 mil para ins­ talação dos la­bo­ra­tó­rios e capaci­ tação dos monitores. Pelo acordo firmado com a Unido e a HP, cada laboratório irá desenvolver, ini­cial­ men­te, quatro cursos de 160 ho­ ras/ano para turmas de 25 alunos, com possibilidade de am­plia­ção conforme o comportamento da demanda. As matrículas serão fei­ tas pelos departamentos regionais do Senai nos quatro estados. www.hp.com



Kodak lança mundialmente NexPress SX com Print Genius

Projeto AFP Consortium para ambientes complexos de impressão O

N

o início de agosto, a Kodak lançou a NexPress SX com sis­ tema Print Genius. Segundo a empresa, a nova versão da Nex­ Press está disponível co­mer­cial­ men­te em todo o mundo e traz, como características, a possibi­ lidade de se trabalhar com lar­ gura de mídia de 66 cm (um acréscimo de 27% na área de imagem), velocidade estima­ da de 131 páginas/minuto, total suporte ao uso de dados variá­ veis e a tecnologia de impres­ são Kodak NexPress HD Dry Ink. Ela gera pontos muito peque­ nos que, como resultado, per­ mitem imagens mais nítidas e detalhadas, bem como a quin­ ta unidade de impressão com efeito matte op­cio­nal. Com isso, é possível substituir o Light Bla­ ck con­ven­cio­nal para reprodu­ ção de cores específicas, uti­ lizando-se de algoritmos que asseguram maior sua­vi­da­de, por exemplo, na impressão de tons de pele ou em detalhes finos.

Jandaia adota novo logo

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No caso de opção pelo aca­ bamento matte na quinta uni­ dade de impressão em linha, pode-se obter, segundo a Ko­ dak, resultados excelentes com esse tipo de acabamento em menos de 15 minutos. Já efei­ tos brilhantes podem ser conse­ guidos através do uso da Kodak NexPress ­Clear Dry Ink junta­ mente com a unidade Kodak NexPress Glossing. Outro recur­ so importante da Kodak Nex­ Press SX é o sistema Intelligent Ca­li­bra­tion System (ICS), que re­ duz o ciclo de ajustes ne­ces­sá­ rios com relação à operação e cores do equipamento. Por fim, a tecnologia Print Genius inclui uma série de fer­ ramentas que unem soft­ware e hard­ware para controle aprimo­ rado de qualidade, garantindo maior consistência na qualida­ de dos impressos desde o início até o fim do processo. www.kodak.com.br

Em 2012 o Grupo Bignardi irá mudar a identidade vi­sual e as­ sinatura da marca Jandaia. Mas já a partir de agora todas as pe­ ças cria­das para campanhas, ma­ teriais promocionais e produtos terão o novo logo, representa­ do por um balão de conversa­ ção, o mesmo utilizado em gibis e his­tó­rias em quadrinhos. Cria­ do pela empresa PH2, a ideia é a interação do nome Jandaia com

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

AFP Consortium (AFPC), for­ mado em 2004 e focado no desenvolvimento da AFP Co­ lor Management Architecture (ACMA), anunciou em agosto a disponibilidade de nova versão do padrão in­dus­trial Advanced Func­tion Pre­sen­ta­tion (AFP). Trata-se de uma arquitetu­ ra de apresentação que ofere­ ce be­ne­fí­cios em desempenho, ge­ren­cia­m en­to e integridade entre aplicativos que tratam de grandes volumes de dados va­ riáveis. A nova versão foi atua­li­ za­da para melhorar a efi­ciên­cia ope­ra­cio­nal em am­bien­tes de impressão, pro­por­cio­nan­do ní­ veis su­pe­rio­res de interoperabi­ lidade de produtos AFP, incluin­ do suporte a fontes, imagens e gráficos mais recentes. A maioria dos documentos de transações e comunicações sigilosas ou críticas utilizadas por instituições das ­­áreas de finanças, seguros, varejo, ser­ viços públicos e instituições de saú­d e em todo o mundo utiliza AFP em dezenas de mi­ lhões de cor­r es­p on­d ên­c ias produzidas dia­ria­men­te. O novo conjunto de in­ tercâmbio IS/3 foi projetado

o consumidor, mostrando que os produtos da empresa conversam com o seu público. “Pensamos em algo que gerasse empatia com os consumidores, que se apresen­

para pro­por­cio­nar a fun­cio­na­ li­da­de necessária aos comple­ xos am­b ien­tes de impressão de produção atuais. O supor­ te ao IS/3 permitirá uma inte­ gração mais fácil entre os com­ ponentes de um sistema de impressão incluindo formata­ dores, servidores, transforma­ ções, impressoras, vi­sua­li­za­do­ res AFP e sistemas de arquivo com menos customização e menor tempo para produção em qualquer configuração es­ pecificada. A interoperabili­ dade aprimorada de compo­ nentes compatíveis com IS/3 permitirá aos clien­tes reduzir significativamente o custo e o tempo envolvidos em configu­ ração, instalação e operação de sistemas AFP multifornecedor. O IS/3 oferece supor te abrangente para cores, incluin­ do cores de processo e cores spot, ge­ren­cia­men­to de cores ba­sea­do em ICC e formatos pa­ dronizados de arquivos de ima­ gem como TIFF e JPEG . O IS/3 também inclui suporte a fontes OpenType padrão da indústria e codificações de dados com base em Unicode. www.afpcinc.org

te com modernidade, permitin­ do fácil leitura e aplicabilidade”, diz Fabricio Pardo, gerente de mar­ke­ting do grupo. www.grupobignardi.com.br



Setor de etiquetas perde Ernst Dafferner

N

o dia 21 de julho faleceu, aos 69 anos, Ernst Dafferner, um dos pioneiros na fabricação de má­ quinas para etiquetas no Brasil. O empresário iniciou a trajetó­

ria na área gráfica em 1969, fun­ dando, ao lado do pai, Ewald Dafferner, e Nestor Rosumek, a Ibirama Indústria de Máquinas, na qual comandava a área co­ mer­cial. Foi sócio também da Lisboa Turismo, empresa es­ pe­c ia­l i­z a­d a em levar grupos de em­pre­sá­rios brasileiros para feiras no ex­te­rior, como Drupa, Print e Label Expo. Ex-​­diretor do Sindimaq/Abi­ maq, morava em São Roque, in­ te­rior de São Paulo, onde man­ tinha um orquidário co­mer­cial, unindo a atua­ção pro­f is­sio­nal com seu hob­by preferido.

Expresso Nova Mercante para a região de Campinas

Desde julho a cidade de Cam­ pinas (SP) e re­gião têm à dis­ posição o Expresso Nova Mer­ cante, serviço exclusivo de entrega direta oferecido pela Nova Mercante de Pa­p éis. A ini­cia­ti­va beneficia cerca de 150 gráficas e editoras de treze cidades vizinhas, permitindo dia­ria­men­te entregas mais rá­

Celulose e papel registra desempenho estável no primeiro semestre A indústria brasileira de celulose e papel encerrou o primeiro se­ mestre de 2011 com resultados expressivos na receita de expor­ tações, acumulando US$ 3,6 bi­ lhões, montante 7,1% su­pe­rior ao que foi registrado nos seis primei­

16 REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

pidas em caminhões pró­prios da empresa. A ideia é que o serviço seja estendido, em bre­ ve, para outras localidades do Brasil, oferecendo um portfó­ lio completo de pa­péis couché, offset, cartão e adesivos para editoras, gráficas e fabricantes de embalagens. www.novamercante.com.br/blog/

ros meses do ano passado. Des­ se total, 68% equivale à receita das vendas externas de celulose. O volume de vendas domésticas de pa­péis recuou em relação ao primeiro semestre do ano passa­ do. Esse resultado foi in­f luen­cia­ do pelo aumento das importa­ ções de papel, que tiveram alta de 8,7% na comparação com os mesmos seis meses de 2010. O aumento das importações de papel foi mais significativo nos segmentos de imprimir e escre­ ver e de papel-​­cartão, produtos nos quais se aplica a imunidade de impostos quando são desti­ nados à produção de livros, revis­ tas, jornais e outros usos editoriais. www.bracelpa.org.br


Empresas reforçam parcerias

Papirus lança Clube Vita

Kodak

A Kodak Brasileira reuniu re­ vendas e equipe nacional de vendas para um treinamento no Hotel Blue Tree em São Pau­ lo, no mês de junho. O objeti­ vo foi apresentar às revendas a nova política e canais da Kodak,

promover as atividades e definir as metas para o 2º semestre de 2011. O encontro contou com a presença de Antônio Padua, da empresa CIT e André Braghetta, da Marcondes Consultoria. www.kodak.com.br

Furnax

A Furnax também realizou sua convenção com os representan­ tes da divisão gráfica. Estiveram presentes representantes das regiões Sudeste e Nordeste. A fi­ nalidade foi aprimorar e reciclar conhecimentos sobre a estru­ tura da empresa e apresentar a nova linha de equipamentos de

Com o objetivo de oferecer um

impressão e acabamento edito­ rial com destaque especial à im­ pressora Clarity — que imprime frente e verso simultaneamen­ te sem reversão e com registro perfeito —, dobradeiras, alcea­ deiras, grampeadeiras, costura, binder e trilateral. www.furnax.com.br/grafica

15º Anuário Abigraf Adquira já o seu exemplar

serviço completo de apoio aos seus clien­tes, a Papirus criou em julho o Clube Vita para prestar atendimento di­fe­ren­cia­do e fi­ delizar as gráficas que utilizam os pa­p éis-​­c artões da marca. O Clube Vita dá acesso a vanta­ gens como workshops técnicos, visitas para solução de proble­ mas, con­sul­to­rias e desenvolvi­ mento de produtos sob medida. A área de expertise é o grande di­fe­ren­cial do Clube Vita. Por meio dela, a Papirus comparti­ lha conhecimento e coloca seu know-​­how à disposição de seus clien­tes. “Quem compra um pa­

pel-​­cartão da Papirus não leva apenas um produto, adquire toda a expertise que a empre­ sa tem. Nosso objetivo é contri­ buir para que o clien­te tire o me­ lhor do nosso produto”, explica Amando Varella, diretor co­mer­ cial da empresa. De acordo com o executivo, a Papirus sempre cultivou rela­ ções de valor com seus clien­tes, estabelecendo par­ce­rias vanta­ josas de longo prazo e, com o Clube Vita, conseguirá estar ain­ da mais presente no dia a dia do clien­te, contribuindo de manei­ ra direta em seus projetos. www.papirus.com/clube

apenas

R$

140,00

tado * será acrescen x de Se do o valor

(11) 3159.3010 gramanieditora@gmail.com JULHO/AGOSTO 2011  REVISTA ABIGR AF

17


ENTREVISTA Ada Caperuto

Foto: Letícia Moreira/Folha Imagem

Sérgio Dávila O jornal impresso está vivo. Vida longa ao papel!

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á pouco mais de um ano, o jornal Folha de S. Paulo — atual­men­te o segundo colocado no ranking dos dez maiores pe­r ió­di­cos impressos nacionais, em número de circulação (IVC/janeiro de 2011) — circulou com sua última reforma gráfica, a terceira desde o início deste século. Desta vez, no entanto, a mudança foi mais ampla. Faz parte de todo um processo que pode ser definido como “convergência para um sistema multiplataforma de distribuição de no­tí­cias”, no qual o jornal em papel é apenas uma das mí­dias válidas para cumprir o objetivo maior de um jornal diá­r io: informar. REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

De acordo com o editor-​­executivo da Folha de S. Paulo, o jornalista Sérgio Dávila, a mudança segue uma espécie de “política de renovação” da empresa jornalística, que é aplicada em intervalos mé­d ios de cinco anos. A mais recente foi ini­cia­da com o que pode ser definido como “fusão orgânica” das redações — online e impressa —, ou seja, a integração de todos os jornalistas em um mesmo local de trabalho para produção de con­teú­do a ser dis­tri­buí­do em diferentes mí­dias. O projeto gráfico compreendeu uma série de mudanças visuais, para, segundo Dávila, tornar o jornal “vi­sual­men­te agradável, de fácil leitura”, além de reduzir a diversidade entre os


cadernos. Nesta entrevista, o editor-​­executivo da Folha fala um pouco mais sobre as mudanças no jornal, o uso dos tablets para a leitura de no­tí­cias e alerta: o impresso não vai desaparecer — contrapondo previsões como a do es­pe­ cia­lis­ta Philip Meyer, que chegou a profetizar uma data para isso. Revista Abigraf – Até que ponto as mudanças na Folha de S. Paulo foram in­f luen­cia­das pela competitividade com a mídia eletrônica? Sérgio Dávila – Rea­li­za­mos uma reforma gráfica importante a cada 4 ou 5 anos, ainda antes de existir a internet, desde o início dos anos 1980, que consideramos como a nova fase do jornal. Entendemos que, nesse intervalo médio de tempo, o leitor e o próprio jornalista estão cansados daquele modelo. Nesse aspecto, a Folha tem o que chamamos de “tradição da vanguarda”. A diferença é que desta vez havia um desejo de am­pliar a identidade vi­sual entre o site e o jornal, que pa­re­ciam dois organismos diferentes. Respeitadas as diferenças entre as plataformas eletrônica e de papel, procuramos ­criar maior impacto vi­sual. Mas, sim, respondendo à sua pergunta, havia também essa preo­cu­pa­ção da concorrência com as demais mí­d ias. Sobre a mudança da tipologia, o co­mer­cial exibido na TV para anun­c iar o novo projeto alegava que as letras maiores se­r iam para os leitores “enxergarem melhor”. Isso mesmo. Uma das ideias era dar mais legibilidade. Uma ava­lia­ção mostrou que o jornal estava um pouco carregado para o assinante que tenta lê-lo todo de manhã. Uma maneira de resolver isso era aumentar o corpo e a entrelinha. Depois de algumas pesquisas, chegamos à conclusão que um ganho de 10% seria o ­ideal. No lançamento houve uma rea­ção positiva e outra negativa, mas, nas pesquisas que fizemos, a aprovação dos leitores chegou a 90% um mês depois da estreia. O objetivo disso não é só deixar o jornal com mais legibilidade, mas também mais ágil para um leitor que tem cada vez menos tempo para ler. E esse tempo é disputado por uma infinidade de meios: a internet, o celular, a TV a cabo, a TV aberta, a TV no carro, a revista, os sites. Se queremos reter o leitor, não podemos dar a ele um pacote acima de duas horas de dedicação.

E isso, de algum modo, modificou o con­teú­do do jornal? Houve a preo­cu­pa­ção de, ao lado dessa legibilidade melhorada, não abrir mão daquele leitor que, de fato, quer gastar um bom tempo lendo o jornal. Procuramos respeitar quem quer dedicar 2 ou 3 horas para a leitura. Essa pessoa irá enconA hierarquização do trar sempre textos longos e narrativas a cada edição, impresso é evidente. com uma ou duas páginas Quan­do você olha para inteiras. Terá no mínimo quatro bons colunistas por a primeira página do dia. Tentamos equilibrar jornal você percebe o que essas duas vias de acesso ao jornal: o leitor que quer é considerado o assunto uma informação muito rámais importante, a pida, com a letra grande, e o leitor que quer uma in- manchete. Se você olhar no formação mais trabalhada.

online, tudo é manchete, os títulos têm o mesmo tamanho ou pouca va­ria­ ção, a fonte é a mesma, tudo pode ter ou não foto, tudo tem o mesmo peso.

É possível di­fe­ren­ciar o leitor “analógico” e o “digital”? Não vemos o leitor como “analógico” ou “ digital ”. A nossa preo­c u­p a­ç ão é a seguinte: somos uma empresa que produz con­teú­ do. E esse con­teú­do tem que seguir uma série de cri­té­ rios editoriais de excelência e uma série de prin­cí­pios editoriais da Folha. Este texto tem que ser claro, didático, analítico, bem escrito. Deve ser também crítico, pluralista, dar margem a todos os lados envolvidos. Respeitado isso, onde este con­teú­do será publicado é outra discussão. O texto tanto pode ser para o jornal em papel de amanhã como para o online, no site ou no tablet.

A Folha trabalha com a ideia de “puxar” o leitor para todas as plataformas? Sim. Que­re­mos que o leitor nunca “saia” da Folha. Se ele está lendo no papel e resolver acessar a internet, que seja na Folha.com. Se decidir navegar no iPad ou no iPhone, que seja em nosso aplicativo. Existe uma identidade vi­sual para o leitor saber que está em um mesmo am­ bien­te. E cria­mos “entradas” para que esse leitor possa ir e voltar entre os meios. Por exemplo, todas as edi­to­r ias do impresso trazem um JULHO/AGOSTO 2011  REVISTA ABIGR AF

19


navegador convidando o leitor para saber mais sobre o que acabou de ver na Folha.com. Essa é também uma maneira de você manter o leitor do jornal em papel. O que o impresso teria a oferecer como di­fe­ren­cial nessa concorrência com as mí­dias eletrônicas? O que o impresso dá a mais para o leitor, em minha opi­nião, é a hierarquização das no­tí­cias, a revisão de tudo o que aconteceu no último ciclo de 24 horas e, no nosso caso, o leque de jornalistas, colunistas Não vemos o leitor e textos interpretativos. Quan­to à plataforma, eu diria que o papel como “analógico” é insuperável. Essa ex­pe­r iên­c ia ou “digital”. A nossa sen­so­r ial, tátil mesmo, é só o jornal ou a revista que te dão. E aí as preocupação é a seguinte: pes­soas vão dizer que isso é coisa somos uma empresa de uma outra geração, mas temos dois fenômenos na área de livros, que produz conteúdo. e com jovens na faixa dos 12 a 17 E esse conteúdo tem anos, primeiro com a série “Harry Potter” e mais recentemente que seguir uma série de com “Crepúsculo”. São livros que critérios editoriais de bateram recordes de venda, que são grandes, em papel, e que fizeexcelência e uma série ram as pes­soas ficar na fila para de princípios editoriais comprar. É uma geração formada por jovens que a gente achava que da Folha. Este texto tem nunca sairiam da frente do comque ser claro, didático, putador. Repito, são livros grandes, preto no branco, não têm fianalítico, bem escrito. gurinha, não têm interação, não têm foto. Então, esses dois fenômenos me levam a acreditar que o jornal vai durar muito tempo ainda; livro e revista vão durar muito tempo ainda.

20

Sobre os jornais de formato reduzido, o senhor acredita que podem ser um caminho para a sobrevivência do impresso? Eu não arriscaria dizer que o futuro da Folha é ser um tabloide. A despeito do sucesso desse formato no sul do País, que é um caso específico, não acredito que o mercado paulista e o fluminense tenham se acostumado com o tabloide para o chamado jornal de prestígio. O tabloide aqui ainda está re­la­cio­na­do ao jornal mais popular, com con­teú­do menos trabalhado. Mas um formato como o berliner, por exemplo, eu não riscaria do futuro da própria Folha. REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

Em termos de notícia, o que se vê no jornal impresso que não fun­cio­na no eletrônico? Sabe o que eu acho que não fun­cio­na no eletrônico? O âmago da diferença é que a hierarquização do impresso é evidente. Quan­ do você olha para a primeira página do jornal você percebe o que é considerado o assunto mais importante, a manchete. E o menos importante talvez sejam as notas em corpo menor, na parte in­fe­r ior da página. Se você olhar no online, tudo é manchete, os títulos têm o mesmo tamanho ou pouca va­r ia­ção, a fonte é a mesma, tudo pode ter ou não foto, tudo tem o mesmo peso. Quer dizer, até você abrir o texto e ler você não sabe se ele tem apenas um ou 20 parágrafos. Eu costumo dizer que na internet tudo é manchete. Pense no Goo­gle News, o agregador de no­tí­cias do Goo­gle, você verá que eles dão o mesmo peso para as no­ tí­cias “Obama sofre atentado” e “Co­r inthians empata no amistoso”. Então eu acho que uma função que não se traduz de um meio para o outro é esta. Você é bom­bar­dea­do o dia inteiro com essas no­t í­cias que têm o mesmo peso no online e no dia seguinte você vê qual é o peso histórico e hierárquico delas. Esse complemento e essa di­fe­ren­cia­ção de meios é que eu acho que faz toda a diferença. Qual é sua aposta sobre plataformas como o iPad e o Kindle, os leitores eletrônicos de livros, para a leitura de no­tí­cias? Apostar é complicado. Eu me lembro de uma palestra a que fui há alguns anos, na qual foi mostrado um CD-Rom e comentado “isto aqui é o futuro do jornal!” Pode ser que o Kindle daqui um ano seja a coisa mais desenvolvida do mundo, mas eu diria que o iPad é a mídia do momento, já vendeu mais que o DVD no pe­ río­do do lançamento. Não sei se é a mídia do futuro, mas é a mídia da vez. E mesmo assim o senhor acredita que o jornal impresso vai encontrar o caminho para permanecer? Eu já ouvi muita gente falar que o impresso vai acabar. Deram até o ano. Mas digo que prefiro acreditar que, mesmo depois que eu tiver morrido, o jornal con­ti­nua­rá a existir. Sempre haverá leitores para jornal; é o máximo de previsão que me permito fazer.


Alta Versatilidade

Flexibilidade e qualidade são vitais para manter seus clientes satisfeitos, assim como a alta produtividade é também vital para o sucesso de sua gráfica. Seja para produzir flyers, folders, malas diretas especiais, material editorial, tiragens curtas ou longas, a linha de dobradeiras Stahlfolder da Heidelberg garante a dobra perfeita para qualquer tipo de trabalho no mercado. Heidelberg do Brasil Av. Alfredo Egídio de Souza Aranha, 100 • Bloco B • 12º Andar • 04726-170 • São Paulo • SP Tel. 11 5525-4500 • Fax 11 5525-4501 atendimento@heidelberg.com • www.br.heidelberg.com


Maria Leontina

22 REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011


ARTE

Ela foi, e sempre será, uma das grandes artistas plásticas do Brasil. Marcou sua “concreta” presença na fase mais importante do modernismo, sem perder a razão e com a mais plena emoção. Sua pintura é poesia, um olhar firme e meigo sobre a vida. Ricardo Viveiros

  1.

Da Paisagem e do Tempo, óleo sobre tela, 65 × 92 cm, 1957

JULHO/AGOSTO 2011  REVISTA ABIGR AF

23


2

Nise da Silveira, imortalizada no livro Me­mó­ rias do Cárcere, de Gra­ci­lia­no Ramos, com quem esteve presa por quase dois anos em razão da Intentona Comunista (1935). Nas mesmas de­ pen­dên­c ias do Centro Psiquiátrico Na­c io­nal, no subúrbio do Engenho de Dentro, Rio de Ja­ neiro, a doutora Nise inovou os arcaicos méto­ dos de tratamento dos pa­cien­tes introduzindo a arte em suas vidas.

Descobrindo a vida na vanguarda da arte 2. Ciranda, óleo sobre tela, 54 × 65 cm, 1951 3. Sem título, óleo sobre tela, 64 × 80 cm, 1956

H

oje não há mais dúvidas de que o formalismo da Arte Moder­ na dos anos 1920, es­pe­cial­men­ te no Brasil, evoluiu nas déca­ das seguintes ao experimentar um inteligente pe­r ío­do investigativo da rea­li­da­ de da vida. A grande discussão entre o figura­ tivo e o abstrato aconteceu entre nós depois de 1950, no pós-​­g uerra. Era uma fase que buscava a reconstrução pelo novo e comprometida com a essência e o entendimento do existir. Mas, cu­r io­sa­men­te, não foram os costu­ meiros ventos europeus ou até mesmo norte-​ ­a mericanos que nos trouxeram esses mergu­ lhos mais profundos na alma humana. Em 1946 surge o audacioso Museu de Imagens do In­cons­ cien­te, obra de visão da psiquiatra alagoana

3

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Aventura de ser

Há registros de que, nos anos 50, a jovem ar­ tista plástica paulista Maria Leon­ti­na Mendes Franco (1917–1984), que mais tarde, ao se ca­ sar com o pintor Milton Dacosta, agregaria o sobrenome do marido, andava por ali buscan­ do fotografar imagens e, em es­pe­cial, captan­ do o con­teú­do das almas de pes­soas considera­ das por ela não loucas, mas, quem sabe, apenas dissidentes do pensamento ortodoxo. Leon­ti­na foi a primeira professora da esco­ la livre de artes visuais cria­da no Hospital Psi­ quiátrico do Juqueri, em São Paulo, pelo médi­ co e crítico Osório César. A pesquisa, o olhar sem preconceitos e a busca das igualdades nas mais radicais diferenças foram objetivos per­ manentes na obra da artista. O compromisso que pontuou todo o seu rico processo cria­ti­vo sempre foi com a “modernidade”. E com base na mais autêntica leitura desse processo: “Eu gosto de desenhar”, dizia. Ela passou pelos movimen­ tos concreto, neo­con­cre­to e ex­pres­sio­nis­ta e se­ guiu de maneira livre a tendência construtivis­ ta, sem que, por respeito à inteligência, deixasse de também experimentar o academicismo. Bus­ cando com determinação novos caminhos, pes­ quisou a cor e o gesto, di­re­cio­nan­do sua pintura para a simplicidade e a complexidade da vida, tornando-se eternamente contemporânea. A rigor, o desenho tem uma função de ines­ timável importância em toda a obra da artista. E transcende o seu ha­bi­tual uso como base para a cria­ção, estudo para algo maior e mais com­ plexo. O desenho na arte de Leon­ti­na é um ca­ minho único, dotado de mapa autônomo e que conduz a destinos pró­prios. Serve para desco­ brir, não para planejar o trabalho que, na ver­ dade, nunca havia sido pensado antes de sur­ gir em meio ao traço que obedece ao ímpeto da cria­ção. “De repente percebo um tema. Tenho que explodir”, assim explicou a artista. Foram cinco décadas desenhando, desde partes do cor­ po humano a pequeninas obras com pastel, do figurativo cubista à abstração geométrica, mas 



4

seus participantes, não havia uma preo­cu­pa­ção ins­ti­tu­cio­nal organizada. Nesse cenário acon­ teceu a mostra “19 Pintores”, em São Paulo, que evidenciou o melhor da nova geração para aque­ le momento (1947). Leon­ti­na participou ao lado de Lothar Charoux, Jorge Mori, Aldemir Mar­ tins, Mário Gruber, Flávio-​­Shiró, Marcelo Gras­ smann e outros que, como ela, ­iriam tornar-se nomes significativos da arte brasileira. Alguns desses artistas, ainda sob o impac­ to das correntes abstratas então chegadas da Europa, começavam a abandonar o figurativo com acento ex­pres­sio­nis­ta e estavam determi­ 4. Os Jogos e os Enigmas I, óleo sobre tela, 65 × 92 cm, 1954/1955 5. Natureza-Morta, óleo sobre papel sobre eucatex, 32 × 50 cm, 1947

sempre equilibrando força 5 e sua­v i­d a­d e. A luz, deter­ minante em seu trabalho, cria formas, estabelece co­ res, descobre emoções sem perder a razão: poe­sia. Sua duradoura ­união com Dacosta, embora tenham fei­ to muitas coisas juntos (in­ cluindo um pe­r ío­do de estu­ do e trabalho em Paris), não se constituiu, o que até seria natural, em uma in­f luên­cia além de importantes con­ tribuições técnicas. Leon­ti­ na é uma artista maior por seus pró­prios méritos. Par­ ticipou de importantes mos­ tras no Brasil e no ex­te­r ior, ganhou prê­mios, está em relevantes acervos pú­ blicos e privados. Foi desenhista, pintora, vitra­ lista, gravadora, azulejista, professora. Entrou para a história sem pedir licença, altivamente. Ventura de ter sido

3•572 issn 010

x

revista

a

/ agosto f 254 julho revista abigra

2011

dústri arte & in

• 254 o 2 0 1 1 nº i • jul/ag • ano xxxv gráfica

Capa

26

Cena IX, guache sobre papel, 21 × 24,5 cm, 1958

No início de carreira, Leon­t i­na enfrentou as mesmas dificuldades que, naquele tempo, atin­ giam a todos: não havia muitas possibilidades de expor. Assim, a partir do final dos anos 40, apareceram os movimentos que, em geral, tra­ ziam números em seus títulos (informando a quantidade de integrantes): Grupo 15, Art Club do Rio de Janeiro e de São Paulo, Grupo dos Qua­tro Novíssimos e Seis Novos de São Paulo (no qual estava a jovem Maria Leon­ti­na). Mas, como se pode imaginar, tais grupos se cons­ti­ tuíam, muitas vezes, em não mais do que um “aglomerado” de artistas à procura de espaço para mostrar seus trabalhos. Embora alguns desses “movimentos” te­ nham marcado época e aberto horizontes para

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

nados a buscar o “novo”, o real­men­te moderno. Se por um lado eles formavam “uma exposição de esperanças”, como afirmou no catálogo da mostra Geraldo Ferraz, por outro, para alguns mais críticos, como Sérgio Mil­liet, os 19 eram apenas “uma geração mais de epígonos que de líderes”, sem grandes novidades. Nesse contexto, Maria Leon­t i­na, com sua permanente inquietação e temática livre, cha­ ma a atenção para algo real­men­te moderno à época: temas introspectivos, figuras mesclando força e ternura, um traço rebelde e cores discre­ tas, sen­sua­li­da­de. Há na sua arte a nítida pro­ cura do que está por trás da simples imagem, o que se esconde na alma, o que é a mais profunda rea­li­da­de — respeitosas invasões. A artista foi, embora sua apurada técnica e compromisso ina­l ie­ná­vel com a qualidade, ra­ dicalmente livre em seu processo de cria­ção. Jamais permitiu as imposições do espaço, ma­ teriais e ten­dên­cias, mas, acima de tudo, criou a partir da sua inspiração. Fez arte.



ECONOMIA Texto e dados: Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf

Região Sul

Um mercado consolidado e competitivo Dados estatísticos revelam o perfil da mão de obra, o desempenho e a participação no contexto nacional do setor gráfico da região Sul do Brasil.

U 28

ma das cinco grandes re­g iões em que se divide o território na­cio­nal, o Sul do País com­preen­de os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que juntos totalizam uma superfície de 576.409,6 quilômetros quadrados. Parte integrante da re­g ião geoe­co­nô­mi­ca Centro-​­Sul, é um grande polo turístico, econômico e cultural, que recebeu forte in­f luên­cia europeia, principalmente dos imigrantes de origem ita­lia­na e germânica. A re­gião Sul apresenta bons índices sociais em vá­rios aspectos: possui o maior IDH do Brasil (0,831), mais de 27 milhões de habitantes e um PIB per capita de R$ 18.257,79. É também a mais alfabetizada, com índice que atinge 94,8% da população. Sua economia é bem diversificada e desenvolvida. Destacam-se as in­dús­t rias de REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

transformação, automobilística, têxtil, alimentícia, produtos eletrônicos e tecnológicos. A área de serviços é muito importante, em es­pe­cial o turismo nas cidades li­to­râ­ neas, principalmente as de Santa Catarina. O comércio também é bem movimentado. Resumo dos indicadores da região Sul do Brasil Paraná Estados

Santa Catarina Rio Grande do Sul Características geográficas

Área

576.409,6 km²

População

27.384.815 hab. (IBGE/2010)

Densidade

47,59 habitantes /km² Indicadores

IDH médio PIB PIB per capita

0,831 elevado (PNUD/2005) R$ 502,05 (IBGE/2008) R$ 18.257,79 (IBGE/2008)

Fonte: Wikipedia – 4.jul.2011 às 10h00.

Indústria gráfica

A relevância do setor gráfico no Sul do Brasil confirma-se com os dados estatísticos que projetam sua participação no contexto na­cio­nal, como o valor da sua produção, a quantidade de empresas, o perfil da sua mão de obra e sua balança co­mer­cial. O valor da produção in­dus­t rial gráfica na re­g ião em 2010 foi de R$ 7,5 bi­l hões (segundo o IBGE , com estimativa do Decon/Abigraf). O crescimento na produção gráfica in­dus­trial acompanhou a média de crescimento da produção na­cio­nal do setor, com um per­cen­tual de 4%. De acordo com os dados do Ministério do Trabalho (MTE/Rais), o setor gráfico do Sul reú­ne 4.617 empresas, número que corresponde a 23% das 20.007 existentes em todo o País (Tabela 1). Com relação à mão de obra, detém 45.776 dos 220.796 postos de trabalho oferecidos pelo setor em todo o território na­cio­nal, ou seja, 20,7% dos fun­ cio­ná­r ios gráficos do Brasil. Entre 2008 e 2010, essa mão de obra apresentou crescimento de 5%, índice semelhante à média na­cio­nal (Tabela 1).


Tabela 1: Dados gerais da indústria gráfica na região Sul do Brasil – 2008 e 2010 2008

Número de estabelecimentos Número de funcionários Número de funcionários / estabelecimento

2010

% NO PERÍODO

SUL

BRASIL

% Particip.

SUL

BRASIL

% Particip.

4.297

15.293

28,1%

4.617

20.007

23,1%

43.741

209.736

20,9%

45.776

220.796

20,7%

5%

5%

10,2

13,7

9,9

11,0

– 3%

– 20%

24,0%

Valor bruto da produção industrial (R$ bilhão)

SUL

BRASIL

7%

31%

6,8

28,6

7,5

29,7

4,0%

10%

Balança comercial (US$ FOB milhões)

48,92

–114,42

44,86

–160,19

4%

Exportação (US$ FOB milhões)

95,16

255,71

37,2%

109,29

248,97

43,9%

15%

– 3%

Importação (US$ FOB milhões)

46,25

370,13

12,5%

64,43

409,16

15,7%

39%

11%

Fonte: MTE/RAIS, AliceWeb/MDIC, PIA/IBGE. Elaboração: Decon/Abigraf

Quan­to à balança co­mer­cial, segundo a Secretaria de Comércio Ex­te­r ior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex­te­r ior (MDIC), o Sul exportou, em 2008, US$ 95,16 mi­l hões e importou US$ 46,25 mi­l hões em produtos gráficos, acumulando um saldo positivo de US$ 48,91 mi­l hões. Em 2010, o superávit gerado pela indústria gráfica na re­g ião manteve-se próximo ao do ano de 2008, com US$ 44,86 mi­l hões, resultado de exportações de US$ 109,29 mi­l hões e importações de US$ 64,43 mi­l hões (Tabela 1).

Figura 1: Distribuição do emprego na indústria gráfica por porte de empresa – 2010 250 ou mais De 100 a 249 De 50 a 99 De 20 a 49

■ Brasil ■ Região Sul

1,1% 1,0% 1,9% 2,0% 6,6% 6,0%

81,9% 81.0%

Até 19 Nenhum

Perfil das gráficas e do emprego no setor

O perfil dos estabelecimentos na re­gião Sul assemelha-se à média na­cio­nal, já que 81% das empresas têm até 19 empregados, enquanto no Brasil esse per­cen­tual é de aproximadamente 82%. Vale ressaltar que 9,7% das gráficas no Sul não pos­suem empregados (normalmente empresas fa­m i­l ia­res), número que se mostra um pouco su­pe­r ior à média na­cio­nal (8,2%) (Figura 1). Responsável por 21% do emprego no setor, a re­g ião é a segunda maior empregadora da indústria gráfica na­cio­nal, superada apenas pelo Sudeste, com per­cen­ tual de 61% (Tabela 2). É possível observar

0,4% 0,3%

8,2% 9,7%

Fonte: MTE/RAIS 2010. Elaboração: Decon/Abigraf.

Tabela 2: Emprego e estabelecimentos gráficos por região – 2010 Emprego

%

Estabelecimentos

%

Número de Funcionários / Estabelecimento

135.908

61%

10.081

50%

13,5

Sul

45.776

21%

4.617

23%

9,9

Nordeste

23.290

11%

2.976

15%

7,8

Centro-​­Oeste

11.108

5%

1.644

8%

6,8

Norte

4.714

2%

689

4%

6,8

Total

220.796

100%

20.007

100%

11,0

Região

Sudeste

Fonte: MTE/RAIS 2010. Elaboração: Decon/Abigraf.

JULHO/AGOSTO 2011  REVISTA ABIGR AF

29


Figuras 2 e 3: Distribuição do emprego do setor gráfico na região e no País por faixa de remuneração e por nível de escolaridade Faixa de remuneração

Nível de escolaridade

Ignorado

Superior completo

Mais de 20,00

Superior incompleto

Entre 15,01 e 20,00 Entre 7,01 e 15,00

5% 6% 52% 50%

Médio completo 6% 3%

Entre 4,01 e 7,00

8%

11% 13%

Médio incompleto

11%

45%

Entre 1,01 e 2,00

16% 16%

Fundamental completo

32% 31%

Entre 2,01 e 4,00

Até 1,00

9% 7%

7% 8%

Fundamental incompleto 53%

4% 3%

Analfabeto

■ Brasil ■ Região Sul

Fonte: MTE/RAIS 2010. Elaboração: Decon/Abigraf.

Tabela 3: Números de empresas e emprego por Estado e capital – 2010 Número de empregados

% sobre total

Número de estabelecimentos

% sobre total

Funcionários / estabelecimento

Paraná

18.980

41%

1.676

36%

11,3

Curitiba

6.816

36%

496

30%

13,7

15.673

34%

1.753

38%

8,9

3.012

19%

389

22%

7,7

11.123

25%

1.188

26%

9,4

602

5%

80

7%

7,5

45.776

100%

4.617

100%

9,9

Rio Grande Sul Porto Alegre Santa Catarina Florianópolis Total

Fonte: MTE/RAIS 2010. Elaboração: Decon/Abigraf.

30

que o porte médio das empresas no Sul é de aproximadamente 10 fun­cio­ná­r ios por estabelecimento gráfico, índice próximo ao na­cio­nal, que é de 11 fun­cio­ná­r ios. Com relação à remuneração, os trabalhadores gráficos da re­g ião Sul têm salário próximo à média na­c io­nal. Nela, 31% do contingente recebe entre 2 a 4 sa­lá­r ios mínimos, per­cen­t ual similar ao restante do País; 53% recebem entre 1 e 2 sa­lá­r ios, contra 45% da média na­cio­nal, e 8% ganham de 4 a 7 sa­lá­r ios mínimos, contra 11% na média na­cio­nal (Figura 2). A prevalência da baixa remuneração pode ser reflexo do grau de escolaridade. Grande parte dos trabalhadores no Sul (50%) tem nível de qualificação com até REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

Figuras 4 e 5: Distribuição do número de emprego e estabelecimentos por Estado da região Sul – 2010 Funcionários

Santa Catarina 25%

Paraná 41%

Rio Grande do Sul 34%

Fonte: MTE/RAIS 2010. Elaboração: Decon/Abigraf.

Estabelecimentos

Santa Catarina 26%

Rio Grande do Sul 38%

Paraná 36%


Tempo de investimentos em mercado estável Empresários dos três estados da região Sul traduzem os números do Departamento de Estudos Econômicos para a realidade do dia a dia da indústria.

E

stabelecida na cidade de Cambé, na re­gião de Londrina, Paraná, a Gráfica Ipê tem um histórico de mais de 60 anos, ex­pe­riên­cia que permite ao diretor Alceu Malucelli Ju­nior diag­nos­ti­car o setor da re­gião Sul. “Contamos com vá­rias empresas de porte e com forte atuação, o que torna a competitividade alta. Porém, no segmento de for­mu­lá­rios e rótulos adesivos a demanda está satisfatória”. Para o diretor da curitibana Copygraf e presidente da Abigraf Re­gio­nal Paraná, Sidney Pa­cior­nik, nas últimas décadas o perfil da capital e da re­gião metropolitana passou por grandes mudanças so­cioe­co­nô­mi­cas. “As facilidades de acesso e o ba­ra­tea­men­to dos recursos industriais, mais a expansão po­pu­la­cio­nal, acarretaram a proliferação de empresas. Ainda assim, existe espaço para as antigas e as novas empresas”. Já em Santa Catarina, a demanda está relativamente baixa, levando à redução das margens, na opi­nião do empresário José Fernando Rocha, da Rocha Gráfica. É o que também percebe Ângelo Garbarski, da Impresul, que enxerga um momento de estagnação no Rio Grande do Sul. “Só gráficas muito produtivas e com controles de custos rígidos conseguirão apresentar bom resultados”. No mesmo estado, Renata Rotermund, diretora da gráfica Rotermund, da cidade de São Leo­pol­do, avalia que seu principal segmento de atua­ção, o co­mer­cial, estaria no limite da saturação. “Porém, como nossa empresa tem longa tradição de mercado, acredito que o nome tenha um forte valor e seja um facilitador na conquista de novos clien­tes”. Investimentos em atualização Apesar deste cenário, os em­pre­sá­rios consultados demonstram que existe a perspectiva de dar continuidade aos investimentos. Esta é a opi­nião de José Fernando Rocha, ao declarar que trabalha com um planejamento

que contempla melhoras significativas em estrutura e equipamentos. Também Ângelo Garbarski afirma que, mesmo com o aumento da taxa de juros e o aperto de crédito, a empresa continua a investir. “Recentemente am­plia­mos nosso espaço para a inauguração de um estúdio fotográfico e aumentamos a estrutura”. Para Giem Guimarães, diretor geral da gráfica Posigraf, do Paraná, o momento é de ritmo intenso de trabalho, em que novos projetos estão sempre acontecendo. “Com certeza, não temos intenção de diminuir o passo. Em termos de am­plia­ção de ofertas de serviços, recentemente fizemos investimentos na área de impressão digital”. Alceu Malucelli Ju­nior revela que os investimentos da Gráfica Ipê não foram interrompidos nem mesmo com um dos principais entraves para o principal segmento de atua­ção. “No setor de for­mu­lá­rios con­tí­nuos, com o advento da nota fiscal eletrônica, o mercado ficou bastante reduzido. Por isso investimos, nos três últimos anos, em uma nova unidade para a produção de rótulos adesivos e etiquetas. Adquirimos impressoras offset, flexográficas e uma HP Indigo sete cores”. A si­tua­ção é ligeiramente diferente para Renata Rotermund. Segundo ela, a empresa encontra-se em fase de revisão da estrutura de pes­soal e produtos, não prevendo investimentos ou expansão para os próximos dois anos, apenas um importante reforço na área co­mer­cial, com a no­mea­ção de novos representantes e publicidade. Sidney Pa­cior­nik, no entanto, declara que, a despeito das incertezas, existe a necessidade de investir con­ti­nua­ men­te para manter a atua­li­za­ção do parque gráfico, para que a empresa esteja sempre preparada para as novas oportunidades. Cenário econômico É quase uma unanimidade para os em­pre­ sá­rios entrevistados a urgência das reformas tributária e trabalhista. Na opi­nião de Ângelo

Garbarski, o País precisa rapidamente de uma reforma fiscal, com a redução da carga tributária, bem como uma reforma da previdência e o melhor controle dos des­per­dí­cios e dos gastos públicos. “Só com estas medidas e uma melhora significativa na educação poderemos avançar com estabilidade. Não acredito na volta da inflação como vimos há alguns anos, mas acho que o governo deveria não só aumentar os juros, mas fazer seu dever de casa”. Para Alceu Malucelli Ju­nior, o ­atual momento econômico no Brasil é bom, com os investimentos externos no País batendo recordes, o nível de desemprego e o risco Brasil baixos, mas é bom ter em mente que vivemos em uma economia global que passa por um cenário de instabilidade. José Fernando Rocha declara que sua estratégia é manter os “pés no chão”, com muita atenção à movimentação do mercado e da economia. “As verdadeiras crises são como tsunamis, não mandam avisos, ou quando mandam não dá tempo para fazer muita coisa. Mas em qualquer si­tua­ção adversa sobrevivem os mais bem preparados”. Giem Guimarães afirma ter uma visão positiva do cenário ­atual. “O País tem à frente grandes oportunidades de crescimento com os eventos esportivos de porte in­ter­na­cio­ nal que se­dia­re­mos. A Copa e as Olim­pía­ das Irão gerar muitos ne­gó­cios para o setor gráfico, sem dúvida. Assim, não colocaria que estamos em momento de otimismo de­sen­frea­do, mas certamente estamos con­ fian­t es”. Como presidente da Abigraf- PR , Sidney Pa­cior­nik opina que a economia do Brasil é sólida e conseguirá sobrepujar as dificuldades. Esta seria, para ele, a grande vantagem de contar com um setor gráfico forte como o da re­gião Sul: com a qualidade oferecida pelas empresas, menores são as chances de se abrir um espaço para que fornecedores internacionais entrem na re­gião.  JULHO/AGOSTO 2011  REVISTA ABIGR AF

31


Tabela 4 – Valores consolidados anuais do comércio exterior da indústria gráfica na região Sul do Brasil

32

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

Saldo comercial

% variação anual exportações

% variação anual importações

2000

40,4

26,4

14,0

2001

40,4

28,0

12,4

0%

6%

2002

40,8

23,4

17,4

1%

– 16%

2003

52,6

9,4

43,2

29%

– 60%

2004

71,7

9,2

62,5

36%

– 2%

2005

73,0

13,9

59,1

2%

51%

2006

92,5

18,2

74,2

27%

31%

2007

89,0

28,2

60,8

– 4%

55%

2008

95,2

46,2

48,9

7%

64%

2009

93,7

48,2

45,5

– 2%

4%

2010

109,3

64,4

44,9

17%

34%

Fonte: AliceWeb/MDIC. Elaboração: Decon/Abigraf.

120

3,5

100

3,0 2,5

80

2,0

60

1,5

40

1,0

20

0,5

0

2003

2004

2005

■ Exportação

2006

2007

2008

■ Saldo comercial

■ Importação

2009

2010

0

■ Taxa de câmbio

Fonte: AliceWeb/MDIC. Elaboração: Decon/Abigraf.

Figura 7: Distribuição das exportações e das importações na região Sul do Brasil – 2010 69.57

■ Exportações ■ Importações

45,26

25,08

ul á rm

1,37

3,11 4,05

e Edi re to vi ria st is as ) Pr om oc io na is

ro s (liv

rio

s

0,00 0,01

s Fo

iq Et

Fonte: AliceWeb/MDIC. Elaboração: Decon/Abigraf.

8,54 0,04 0,47

ai

s ue

ta

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ge la ba

En ve

ns

s im es

C

ar

Em

pr es

so

s no

1,53 3,34

0,00 0,01

sc

1,61

1,14

Fi

8,60

Taxa média cambial

Valores em milhões US$ FOB

Figura 6: Valores consolidados anuais do comércio exterior da indústria na região Sul e taxa média do câmbio (de 2003 a 2010)

er

Apesar da valorização do real que ocorreu entre 2003 e 2008, as exportações de produtos gráficos no Sul têm se sustentado e as importações aumentaram de 2004 para 2006, mas se mantiveram estáveis a partir de então. O setor gráfico da re­g ião tem gerado saldos positivos na balança co­mer­cial desde 2000, o que se deve, provavelmente, à proximidade com o Mercosul. Em 2010 as exportações do setor gráfico da re­g ião foram predominantemente de embalagens impressas, com 64% do total, registrando um aumento de 18% em relação ao ano an­te­r ior. Em segundo lugar ficaram os cartões plásticos impressos (32%). Quan­to às importações, as embalagens também ocuparam o primeiro lugar, com US$ 45,26 mi­l hões, ou 51% do total, seguidas pelo segmento edi­to­r ial (livros e revistas), que representaram 13% das importações totais em 2010. A Figura 7 descreve a participação de cada produto gráfico na pauta de exportações e de importações gaú­chas em 2010.

Importação

ad

Balança comercial

Exportação

C

Ensino Médio completo, per­cen­t ual próximo ao da média na­cio­nal, que é de 52%. Porém, apenas 7% da mão de obra já completou o Ensino Su­pe­r ior, contra 9% registrados na média brasileira (Figura 3). Entre as capitais dos estados da re­g ião Sul, Curitiba concentra o maior número de gráficas, 496, e de fun­cio­ná­rios, 6.816, contra 389 e 3.012 em Porto Alegre e 80 e 602 em Flo­ria­nó­po­lis. Fica também em Curitiba a maior média de empregados por estabelecimento, com 13,7, índice que supera em mais de 20% os 11 da média do País. A Tabela 3 e as Figuras 4 e 5 mostram a quantidade de fun­cio­ná­r ios e estabelecimentos dos estados e capitais da re­gião Sul, com suas respectivas participações.

Período


ABIGRA MIO F RÊ

DE

O prêmio é da Posigraf, mas o verdadeiro ganhador é o meio ambiente.

2º P

Troféu Abigraf de Responsabilidade Ambiental DE SOCIOAMBIENTAL RESPONSABILIDA

2 0 11

Com a apresentação de seu Sistema de Gestão Ambiental, a Posigraf conquistou o troféu Orlando Villas Boas no 2o Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambiental. Uma conquista que reflete nossa seriedade em avaliar, compensar e minimizar nossos impactos ambientais. Um reconhecimento que nos estimula a continuar inovando na área de sustentabilidade.

A primeira gráfica do Brasil a conquistar a Certificação ISO 14064. 0800 722 5451 | 41 3212 5400 www.posigraf.com.br


Fotos: Amarildo Henning

(E/D) Jair Leite, presidente do Sigep; Sidney Paciornik, presidente da Abigraf-PR; e Fabio Arruda Mortara, presidente da Abigraf Nacional

Sul celebra a qualidade

34

Foto: Everton Dinarte

Foto: Dudu Leal

As Abigrafs Regionais Paraná e Rio Grande do Sul premiam anualmente a excelência gráfica em concursos cada vez mais disputados.

Carlos Evandro Alves da Silva, presidente da Abigraf-RS

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011


9º- Prêmio Pa­r a­naen­se de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho

Fotos: Amarildo Henning

No dia 17 de junho o Santa Mônica Clube de Campo, em Curitiba, abriu suas portas para a entrega do 9 º‒ Prêmio Pa­ra­naen­se de Excelência Gráfica Oscar Schrappe So­ brinho. As duas empresas que tra­d i­cio­ nal­men­te levam o maior número de tro­ féus, Corgraf e Posigraf empataram em primeiro lugar com seis conquistas cada. Abaixo delas houve uma vencedora com três tro­féus, a Nova Gráfica, quatro em­ presas com duas conquistas e outras 19

o Oscar Schrappe So­ brinho deste ano deu uma demonstração de vitalidade. “Inde­ pendentemente do número de tro­f éus que ganhamos, en­ tendo que este ano o prêmio alcançou a sua maturidade. A disputa acirrada mos­ tra o alto nível de qualidade das gráficas pa­ra­naen­ses. E isso é o que vai fazer a pre­mia­ção evoluir a cada ano. Estão to­ dos de parabéns, tanto quem participou quanto quem organizou”.

com um troféu. A pre­mia­ção é organiza­ da pela Abigraf-PR e pelo Sigep, com a coor­de­na­ção e auditoria da ABTG. O prêmio cresceu em qualidade e também em quantidade. Ao todo, 65 em­ presas concorreram em ca­te­go­r ias que vão de livros a impressos serigráficos. Este número é cerca de 8% maior do que a quantidade de concorrentes no ano pas­ sado e 30% su­pe­r ior em comparação com 2009. “A cada ano temos mais empresas participando e um número maior de ven­ cedores. Isso mostra que a competitivi­ dade está cada vez mais acirrada porque a qualidade das peças inscritas vem me­ lhorando”, declarou Sidney Pa­c ior­n ik, presidente da Abigraf-PR . A opi­n ião de que a nona edição foi uma das mais equilibradas partiu tam­ bém dos pró­prios competidores. Para Vi­ cente Linares, diretor da Corgraf, de Co­ lombo, re­gião metropolitana de Curitiba,

O diretor da Posigraf, Giem Guima­ rães, ressaltou a importância da partici­ pação da empresa. “A Posigraf destacou-se nos segmentos Livros e Revistas, con­ quistando cinco dos dez prê­mios em com­ petição e rea­f ir­man­do nossa tradição de

qualidade em projetos editoriais de maior complexidade. Um exemplo foi o troféu concedido pela impressão do Di­cio­ná­r io Aurélio – Edição 100 Anos, uma obra de relevância na­cio­nal, com 2.272 páginas e acabamento di­fe­ren­cia­do”. Contemplado com três tro­féus, Renê de Moura, diretor da Nova Gráfica, de Curitiba, elogiou o alto nível da pre­mia­ ção. “Espetaculares a organização e os trabalhos apresentados. Foi a primeira vez que ganhamos três tro­féus de uma vez. É extremamente gratificante para nós e também para os nossos clien­tes, porque sabem que fizeram uma boa esco­ lha con­fian­do em nosso trabalho. E como o nível estava alto, aumentamos as ex­ pectativas de sermos pre­mia­dos também no Fernando Pini”. En­tu­sias­ma­do, Jair Leite, presidente do Sigep, afirmou: “Temos hoje, sem dú­ vida, um dos melhores prê­mios do Brasil em qualidade e importância”. Na categoria Fornecedores, o desta­ que ficou com a Agfa, que conquistou três prê­m ios, seguida pela Heidelberg, com dois. Receberam um troféu as empresas Epson, Müller Martini, Rio Branco Pa­ péis, Sun Chemical, Suzano/Bahia Sul e WG Comércio de Materiais Gráficos.

35 JULHO/AGOSTO 2011  REVISTA ABIGR AF


7 º- Prêmio Gaú­cho de Excelência Gráfica

Fotos: Divulgação

No final de julho foi a vez do termôme­ tro da qualidade subir no Rio Grande do Sul. A Abigraf-RS anunciou na noite de 29, em Porto Alegre, os vencedores da 7 ª‒ edição do Prêmio Gaú­cho de Excelên­ cia Gráfica. Um total de 471 peças, pro­ duzidas por 64 gráficas de todo o Esta­ do, participaram da seleção do júri, que indicou 240 trabalhos para a final. A Grafica Palotti, de São Leo­pol­do, foi a grande campeã dessa edição, obten­ do a vitória em 10 ca­te­go­r ias, seguida da

O momento também é es­pe­cial para a Rotermund, que em setembro completa 134 anos de atividade, figu­ rando como uma das gráfi­ cas privadas mais antigas em fun­c io­na­men­to no País (a mais longeva é a IGB, de Cabo de San­ to Agostinho, Pernambuco, cria­d a em 1861). “Creditamos esse prêmio à qua­ lidade do nosso trabalho e à ex­pe­r iên­ cia acumulada”, afirma Eunice Teresinha Dutra Rotermund, diretora. A empre­ sa foi fundada em 1877 pelo pastor lu­

36

Impresul, de Porto Alegre, com quatro conquistas. A Ideo­g raf (Grafica e Edito­ ra Gaú­cha) e a ANS, ambas da capital, e a Contgraf Impressos, de Eldorado do Sul, receberam três tro­féus cada. A Ideo­g raf e a Rotermund são duas empresas que es­trea­ram na lista de ven­ cedoras do concurso. A primeira ficou por três vezes entre os finalistas e agora le­ vou a melhor em três ca­te­go­r ias. “O prê­ mio eleva a autoestima da equipe, gera maior ­união”, comentou Fa­bia­no Zang, gerente co­mer­cial. O executivo ressalta o fato de as peças pre­mia­das terem sido produzidas na nova sede da gráfica, para a qual a Ideo­g raf mudou-se em novem­ bro do ano passado. “Parece que o cli­ ma positivo da mudança acabou moti­ vando todos nós”. A empresa conta com 50 fun­cio­ná­r ios e agora ocupa um espa­ ço de 4.000 m², atendendo agên­cias de propaganda e de mar­ke­ting direto. REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

terano e jornalista Wilhem Rotermund com o objetivo de apoiar a comunida­ de de imigrantes alemães que há pouco se instalara em São Leo­pol­do. A Roter­

mund produz livros e itens de papela­ ria, como agendas, blocos e ta­lo­ná­r ios, contando com 100 fun­cio­ná­r ios. A festa do Prêmio Gaú­cho de Excelên­ cia Gráfica aconteceu na Sogipa e reuniu cerca de 700 convidados. Para o presiden­ te da Abigraf-RS, Carlos Evandro Alves da Silva, o grande desafio para o próxi­ mo ano é manter os índices crescentes de participação e motivação do setor. “A cada ano que passa o prêmio ganha maior des­ taque entre as gráficas gaú­chas, aumen­ tando nossa responsabilidade como or­ ganizadores. Estamos muito con­f ian­tes de que as peças pre­mia­das nesta sétima edição serão fortes candidatas à vitória no Prêmio Fernando Pini”. Durante a solenidade, foram também ho­me­n a­gea­d os os fornecedores Agfa, Cromos, Heidelberg, Imagem Sul, Kodak, Pressgraf, ­Screen, SD Digital, SPP Nemo, Suzano e Xerox. Assim como no Paraná, os vence­ dores da pre­mia­ção gaú­c ha representa­ rão sua re­g ião no Prêmio Fernando Pini, considerado o “Oscar” da indústria gráfi­ ca na­cio­nal, que acontece no final do mês de novembro em São Paulo.



Copygraf/PR

Sidney Paciornik e sua esposa, sócia e gerente de produção, Tatiana Uhle Bochicchio

Detalhes que fazem toda a diferença Atuando na impressão de itens para o segmento de papelaria, a Copygraf investe na prestação de serviços de acabamento para expandir seu mercado de atuação na região metropolitana de Curitiba (PR). Tainá Ianone

38 REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

om a meta de ­atuar na ini­cia­ ti­va privada como em­preen­ de­dor, há 25 anos o empresá­ rio Sidney Pa­cior­nik fundou a Copygraf, um birô de serviços reprográ­ ficos instalado no município de Pinhais (PR). De pequeno porte, a empresa contava na época com cinco fun­cio­ná­r ios, mas em pouco tempo expandiu-se e chegou a ter 12 máquinas de reprografia, as quais geravam cerca de 1 milhão de có­pias por mês. Em 1995, Sidney, que atual­men­te tam­ bém preside a Abigraf Re­g io­nal Paraná, ad­ quiriu os primeiros equipamentos offset que transformaram a Copygraf em um ne­ gócio totalmente novo. Com essa ini­cia­ti­ va, a empresa ingressou, em definitivo, na indústria de impressão gráfica. Em pouco mais de dez anos, o parque fabril cresceu, alcançando hoje uma área total de mil me­ tros quadrados, onde trabalham 30 fun­ cio­ná­r ios. Ali estão em operação máquinas gráficas que elaboram principalmente arti­ gos de papelaria e também uma produção edi­to­r ial própria: a coleção de cinco livros intitulada Lógica do Cálculo. As publicações

editadas, impressas e dis­tri­buí­das pela em­ presa são di­re­cio­na­das aos alunos do Ensi­ no Fundamental e também são adotadas por professores de reforço escolar. É, porém, na terceirização de acaba­ mentos gráficos que a Copygraf encontrou seu principal nicho de atua­ção no mercado pa­ra­naen­se. O serviço inclui montagem de capa dura, encadernação em wire-o duplo anel, todos com sistemas automáticos, além de uma linha diversificada de caixas rígidas para embalar produtos premium. “Temos uma carteira de mais de 100 pa­pe­la­rias, po­ rém esperamos am­pliar este número con­ sideravelmente nos próximos anos”, revela o empresário sobre o segmento que, assim como os livros, representa 20% dos pedi­ dos. Mas o nicho de acabamentos é o maior responsável pelos ne­gó­c ios da empresa e corresponde a 55% do faturamento. Nos últimos quatro anos houve maci­ ço investimento em máquinas para apri­ morar ainda mais o setor de acabamento. “Há algum tempo, uma parcela significa­ tiva das empresas gráficas tem preferido ­atuar apenas na impressão, o que acabou


gerando gargalos no acabamento em nos­ sa re­g ião. Assim, a proposta é atender este nicho de maneira rápida e econômica, com qualidade nos serviços e no atendimento”, informa Sidney. Em sua opi­nião, embora também trabalhe com serviços de impres­ são, as gráficas são parceiras e não concor­ rentes. Preservando esse re­la­cio­na­men­to, a Copygraf oferece serviços de acabamen­ to exclusivos e que atendam, sob medi­ da, as solicitações. “Geralmente quando um clien­te tem um desafio ele nos procu­ ra, pois sabe que conseguimos concretizar quase todas as ideias”.

Medidas ambientais

Além de produzir somente itens passíveis de reciclagem, a Copygraf preo­cu­pa-se em desenvolver produtos am­bien­tal­men­te cor­ retos — missão que acompanha a empresa desde o início. Nesta política pode ser des­ tacado o uso de papel reciclado em 50% da linha de papelaria. Entre os materiais reno­ váveis, a Copygraf trabalha também com papel artesanal de fibras vegetais e revesti­ mentos de capas em ma­te­r ial celulósico co­ lorido e gofrado, além de encaminhar para reciclagem as sobras de ferragens e ma­te­rial utilizado no acabamento wire-o. Tais medi­ das ajudam a reduzir o consumo de ener­ gia e recursos não renováveis, minimizam a emissão de po­luen­tes e pro­p or­c io­n am economia de energia e de transporte. A empresa também emprega como principal matéria-​­prima o papelão pardo.

Cem por cento reciclado, o ma­te­r ial se tor­ na mais viá­vel para utilização de diferen­ tes tipos de colas, oferecendo maior rigi­ dez e melhor acabamento em produtos nos quais a superfície precise ser mais unifor­ me, diminuindo custos de mão de obra e matéria-​­prima. Outra importante medi­ da adotada é o estímulo de fun­cio­ná­r ios para o consumo cons­c ien­te dos recursos naturais, utilizando cada vez menos água, energia elétrica e ma­té­r ias-​­primas. & COPYGRAF Tel. (41) 3033-​­6654 www.copygraf.com.br JULHO/AGOSTO 2011  REVISTA ABIGR AF

39


IGAS 2011

International Graphic Arts Show Datas: 16 de setembro (sex) a 21 (qua), 2011 Horário de funcionamento: Das 10h às 17h Localização: Tokyo Big Sight (Tóquio, Japão) www.igas-tokyo.jo/eng

DELEGAÇÃO DE GRÁFICOS BRASILEIROS DA GUTENBERG E KOMORI PARA A FEIRA IGAS 2011.

PROGRAMAÇÃO BÁSICA DA VIAGEM

Saída de São Paulo: 13 de Setembro de 2011 Companhia Aérea: AIR CANADA via Toronto ou LUFTHANSA via Frankfurt Hotel: Hotel NEW OTANI TOKYO TOWER (categoria luxo, 5 estrelas) de 15 a 21 de Setembro de 2011 (6 noites) PREÇOS DA VIAGEM POR PESSOA (AIR CANADA):

Tarifa promocional classe econômica

US$ 2,810.00

+ taxas aeroportuárias

US$ 8,390.00

+ taxas aeroportuárias

Tarifa classe executiva

Tarifa promocional classe econômica

US$ 3,490.00

+ taxas aeroportuárias

US$ 9,015.00

+ taxas aeroportuárias

Tarifa classe executiva

apto. duplo dividindo o quarto com outro (a) participante

Em base apto. solteiro

PREÇOS DA VIAGEM POR PESSOA (LUFTHANSA):

Tarifa promocional classe econômica

US$ 3,775.00

+ taxas aeroportuárias

Tarifa classe executiva

US$ 11,230.00

Tarifa promocional classe econômica

US$ 4,455.00

+ taxas aeroportuárias

Tarifa classe executiva

+ taxas aeroportuárias

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US$ 11,855.00 Em base apto. solteiro

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Importante: A viagem terá que ser adquirida na sua totalidade com a parte aérea e parte terrestre em conjunto. Os preço publicados estão sujeitos a alteração sem prévio aviso.

Contato: +55 11 3225 4302

Informações e Reservas:

Assistência viagem: (011) 3218-7911 feiras@lisboaturismo.com.br

Assessoria e Marketing:


Soluções KOMORI

IGAS 2011 International Graphic Arts Show

Datas

16 de setembro (sex) a 21 (qua), 2011

Horário de funcionamento Localização

Das 10h às 17h

Tokyo Big Sight (Tóquio, Japão)

Estande:

East Hall 3 E3-1

Espaço:

2,200m² (O maior estande de qualquer fabricante em exposição).

Tema:

Soluções KOMORI

Na demonstração da OffserOnDemand composto do sistema de controle integrado KHS-AI e o sistema de secagem instantâneo H-UV e cinco dos mais recentes equipamentos de impressão eco-amigáveis, Komori está pronto para entregar respostas reais através de soluções que têm como objetivo uma alta eficiência em um alto valor acrescentado.

Impressoras Novo

LITHRONE G40 GL-840P com H-UV

Máquina de impressão offset perfector conversível, 40 polegadas, 8 cores

Novo

LITHRONE G40 GL-640 com C e H-UV

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LITHRONE G40 GL-440 com H-UV

Máquina de impressão offset com unidade de secagem/verniz em linha, 40 polegadas, 6 cores

Máquina de impressão offset, 40 polegadas, 4 cores

LITHRONE S26 LS-426 com H-UV

Máquina de impressão offset, 26 polegadas, 4 cores

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ENTHRONE 26P E-426P

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Grafdil/RS

Inovação, criatividade e reconhecimento

A Grafdil investe em tecnologia e know-​­how para evoluir e ocupar novos espaços no mercado gráfico do Rio Grande do Sul. Milena Prado Neves Kátia Scherer e Gustavo Schneider, diretores da empresa

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ara entender o sucesso de uma empresa muitas vezes é preciso ava­l iar o seu pas­ sado. Há 40 anos no merca­ do, a Graf­d il Impressos iniciou seu traba­ lho produzindo materiais con­fec­cio­na­dos em impressoras tipográficas. A história começou a mudar a partir da decisão de investir em novas tec­no­lo­g ias, com a meta de atender ao compromisso de ser uma empresa que fosse além do óbvio, buscando oferecer con­ti­nua­men­te soluções cria­ti­vas a seus clien­tes. O objetivo foi perfeitamente alcança­ do. Atualmente produzindo itens como embalagens, adesivos, ma­te­r ial pro­mo­ cio­nal, brindes, sacolas e transfers, a Gra­ dfil está localizada no município de Dois Irmãos, a 50 quilômetros de Porto Ale­ gre (RS), e conta com 80 colaboradores em duas unidades fabris, que, juntas, totali­ zam cinco mil metros quadrados de área. REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

A partir de mea­d os dos anos 1980, acompanhando a expansão da indústria de calçados gaú­cha, a Graf­d il começou a cons­ truir sua sede própria, passou a investir em impressoras offset e demais equipamentos automatizados, dotados das inovações tec­ nológicas que começavam a surgir naque­ la época. Com isso foi possível diversificar produtos, am­pliar mercados e, consequen­ temente, aumentar as vendas, que passa­ ram a ser rea­l i­za­d as também para outras localidades, além do Vale do Rio dos Sinos, re­g ião onde está si­tua­da a empresa. Em 2009, a Graf­d il fez a mais recen­ te modernização do parque gráfico, com a aquisição de uma impressora folha inteira, 4 cores e verniz IR em linha, o que possibi­ litou incrementar o volume de produção e atender novos clien­tes. Foi um momento de marcante crescimento, em que a empresa pôde novamente rea­li­zar aquisições em má­ quinas de acabamento para suprir as novas


PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS Pré-​­impressão Estações de tratamento de imagem e finalização PC e Macintosh OO Scanner Umax OO

Plotter HP Designjet 110 Plotter Epson Stylus Pro 7700 OO Impressora Laser HP 2200D OO Prova Digital HP Designjet Z2100 com espectrofotômetro interno OO Soft­ware prova digital GMG Color Proof OO Soft­ware Heidelberg Prinect Prepress Interface (CIP3) OO Soft­ware Screen Trueflow (CtP) OO CtP Screen PlateRite 8000II (folha inteira) OO Hard­ware RIP Dell PowerEdge OO Processadora Sirio TH 120 OO OO

demandas. “Para o próx i mo a no temos um proje­ to am­bi­c io­so, que é a expansão do nosso parque fa­ bril para uma nova sede. Expandindo nosso espaço fí­ sico centralizare­ mos as atividades em um único prédio”, planeja o diretor da empresa, Gustavo André Schneider. Criatividade e reconhecimento

A Graf­d il sempre teve por meta a inovação em todos os sentidos. Não basta investir em maquinário, mas também em conheci­ mento. “É necessário acompanhar as ten­ dên­cias de mercado, em busca de soluções diversas. Por isso, temos um setor de de­ senvolvimento de produtos preparado para buscar e testar materiais e processos di­fe­ ren­cia­dos, combinando métodos distintos de impressão e acabamento”, explica o dire­ tor. Com novas propostas, a empresa colo­ ca um toque de cria­ti­v i­da­de em cada produ­ to desenvolvido. Na confecção de tags, por exemplo, os materiais tradicionais são com­ binados com rendas, fitas, linhas e metais, além de receberem acabamentos em alto

Impressão Impressora offset plana Heidelberg Speedmaster CD 102 LX, 4 cores + verniz OO Impressora offset plana Heidelberg Printmaster 52, 4 cores OO Impressora flexográfica GGS modular, 8 cores + verniz UV MD 250 OO 4 impressoras serigráficas Gilmaq MSP 2000 OO

relevo e hot stamping. “Existe uma deman­ da por pa­péis reciclados de todos os tipos, até com fibras e sementes, que valorizam a ideia de sustentabilidade am­bien­tal. Neste aspecto, ­a liás, há grandes possibilidades de am­plia­ção de ne­gó­cios, através de pesquisa e desenvolvimento em parceria com forne­ cedores de materiais, como laminação bio­ de­g ra­d á­vel e vernizes à base de água que imitam o efeito do UV ”. Como resultado dessa postura, a Graf­ dil conquistou dois tro­féus no Prêmio Gaú­ cho de Excelência Gráfica 2011, nas ca­te­go­ rias etiquetas e malas diretas, e desde 2004 participa do Prêmio Brasileiro de Excelên­ cia Gráfica Fernando Pini, colocando-se sempre entre os finalistas. & GRAFDIL IMPRESSOS Tel. (51) 3564.1900 www.grafdil.com.br

Acabamento Corte e vinco automática Heidelberg SBD 90 × 64 cm OO Corte e vinco automática Heidelberg KSBA 58 × 46 cm OO Corte e vinco Eterna 1040S OO Corte e vinco + hot stamping OO Coladeira de cartucho Ricall OO Guilhotina com programação Polar 115 EMC OO Guilhotina com programação Guarani HCE 82 OO Plastificadora Ricall OO Cortadora de bobinas OO Troqueladora GGS OO Acopladora de cartão e micro-​­ondulado OO Envernizadeira calandra OO Dobradeira 505 AB Crossfolder Unit OO Dobradeira Heidelberg Stahlfolder B-20 OO

JULHO/AGOSTO 2011  REVISTA ABIGR AF

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Presidente do grupo suíço visita o Brasil pela primeira vez e fala sobre estratégias de mercado.

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udo começou na Suíça, em 1946. Hoje, a Müller Martini é uma das prin­c i­pais fabricantes e dis­t ri­bui­ do­ras de sistemas e soluções para a indús­ tria gráfica mun­dial. O grupo, que emprega mais de três mil fun­cio­ná­r ios em diversos paí­ses, tem, desde 2009, como presidente o executivo Bruno Müller. Ele soma mais de duas décadas de atua­ção na companhia, com passagens por diversas unidades dos Estados Unidos e, mais recentemente, pela direção da unidade de ne­gó­cios OnDemand So­lu­tions. O Brasil, que tem uma fi­lial da empresa desde 1999, recebeu a visita do presidente, pela pri­mei­ra vez, no início de maio. A presença de Bruno talvez represen­ te a síntese do lema da Müller Martini des­ de a Drupa de 2008, “Cresça com a gente”, que demonstra a intenção de fortalecer par­ ce­r ias com as empresas gráficas. A referência à ­maior fei­ra mundial do setor também ampara o momento ­atual da companhia: foi a mais importante edi­ ção do evento para a Müller Martini, em termos de ne­gó­cios. Em contrapartida, foi também o prenúncio de tempos di­f í­ceis para a economia mun­d ial. Bruno men­cio­ na que, por isso mesmo, assumir a lide­ rança do grupo naquele pe­r ío­do represen­ tou um desafio ain­d a ­m aior, somado ao au­men­to da concorrência com sistemas di­g i­tais de impressão. Mas, como toda crise é, também, o mo­ mento de rever es­tra­té­g ias, a empresa sou­ be sair do turbilhão com uma vantagem: REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

diversificou sua linha de produtos, adi­cio­ nou flexibilidade às soluções que oferece ao mercado gráfico e modificou máquinas para serem adap­tá­veis às novas aplicações. Sábia decisão, pois, se permanecesse ape­ nas com a mera subs­ti­tui­ção de equipamen­ tos, sem introduzir qualquer inovação, a tor­nei­ra dos investimentos seria fechada.

Bruno Müller, presidente da empresa

Novos nichos

Re­p o­s i­c io­n a­d a, a Müller Martini segue atenta às oportunidades de ne­gó­cios em al­ guns segmentos específicos. Um deles é o edi­to­r ial, de bai­x as tiragens. “Setenta por cento dos livros produzidos não chegam a ser lidos. Assim, a tendência é que as tira­ gens sejam reduzidas drasticamente daqui para dian­te. Na Drupa 2012, o nosso gran­ de foco será este”, anun­ciou Bruno. E, nesse ponto, a flexibilidade dos equipamentos é o trunfo, com a possibilidade de, por exem­ plo, programar diferentes tiragens e tipos de livros em uma mesma máquina.

Outro nicho de atenção é a impressão digital. A estratégia é a formação de par­ ce­r ias com os grandes fabricantes da área, como HP, Kodak e Océ, para atender a im­ pressão sob demanda, personalizada, vol­ tada aos itens pro­mo­cio­nais e até às emba­ lagens. A ­ideia, diz Bruno, é focar os setores que apresentem po­ten­cial de crescimento, em es­pe­cial novos mercados. Além de uma expansão nos Estados Unidos, onde a Mül­ ler Martini já está presente há mui­tos anos, a previsão é conquistar espaço em paí­ses como Rússia e China. Atual­men­te, o Brasil é quase a joia da coroa para a empresa. Por aqui, diz o pre­ sidente, vivemos ain­da um estágio de am­ plia­ç ão da capacidade produtiva, bem ao contrário de mercados eu­ro­peus consoli­ dados e, por isso mesmo, re­traí­dos. “Em es­ cala mun­d ial, o mercado bra­si­lei­ro repre­ senta para nós algo entre 10% e 15%, mas a proposta é au­men­tar nossa presença. En­ xergamos grande po­ten­c ial nos segmen­ tos de livros e revistas, com impressoras e encadernadoras para capa dura. O cres­ cimento é visto com cui­da­do para que seja consistente e gra­dual. Brasil e China são dois mercados onde vislumbramos opor­ tunidades crescentes e ime­d ia­tas”, diz ele. Concorrência com os asiá­ti­cos? Não assus­ ta. Ver­sá­teis, com alto nível de au­to­ma­ti­ za­ç ão e absolutamente con­f iá­veis são as qualidades que Bruno destaca na linha de produtos da Müller Martini, uma empresa sem re­ceio de seguir adian­te numa rota de crescimento e inovação tecnológica. & MÜLLER MARTINI Tel. (11) 3613.1000 www.mullermartini.com.br

Estamos republicando esta matéria em virtude de falha na edição anterior

Crescendo com a Müller Martini



Impressul/SC

Reinvestindo para o futuro Representantes que atuam como consultores e atualização contínua do parque gráfico são as apostas da Impressul para tornar‑se referência em impressos editoriais e promocionais. Tainá Ianone

ra o final da década de 1980 e no município catarinense de Jaraguá do Sul havia apenas uma indús­ tria gráfica. Dian­te da pequena concorrência, os em­pre­sá­r ios Reinaldo Correia e Péricles Zanluca enxergaram a oportunidade de explorar um mercado promissor. Assim, a Impressul Indústria Gráfica colocou em fun­cio­ na­men­to sua oficina tipográfica em 1987. Além dos impressos, a pequena empresa também

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prestava serviços de acabamento, à época pra­ ticamente artesanal. A primeira expansão veio em 1992, motivada pelo crescimento no núme­ ro de clien­tes. A providência ime­dia­ta foi trocar de endereço, para um prédio capaz de acomo­ dar as novas impressoras offset, as quais possibilitaram introduzir o uso de imagens e de impressos com mais cores. Dois anos depois a Impressul mudou-se para sede própria, onde permanece até hoje, com um parque gráfico ocupando três mil metros quadrados. Com a introdução da tecnologia offset, a gama de serviços, antes restrita à impressão de convites de casamento, itens de papelaria e de escritório, foi am­plia­da com a produção de ca­ tálogos, caixas, cartazes e revistas, entre outros materiais. De acordo com o gerente co­mer­cial Dirceu Rodrigues da Silva, a grande demanda da empresa se concentra nos impressos pro­ mocionais (catálogos, 32%) e editoriais (livros, 19%). “Nosso objetivo é disponibilizar aos clien­ tes condições de expor seu produto em emba­ lagens, catálogos, fôlderes, folhetos e cartazes com excelente impressão e cria­ti­v i­da­de”. A aquisição de impressoras de maior capa­ cidade produtiva e o consequente aumento nas


margens de lucro permitiram à Impressul pas­ sar a reinvestir nos ne­gó­c ios. Foram adquiri­ das máquinas de acabamento automatizado de grampo e refile em linha, de colagem hotmelt e PUR para lombada quadrada. “Depois da che­ gada da primeira impressora quatro cores, em 2000, o espaço físico de nosso parque gráfico ficou pequeno. Para acomodarmos os equipa­ mentos passamos a fazer pequenas am­plia­ções a cada nova aquisição”, diz Dirceu. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS OO CtP Heidelberg Suprasetter A 74 OO CtP Heidelberg Suprasetter A 105 OO Impressora Heidelberg CD 74,

8 cores OO Impressora Heidelberg CD 102,

4 cores e verniz OO Impressora Heidelberg SM 52,

8 cores OO Impressora Heidelberg

Anicolor SM, 4 cores e verniz OO Dobradeira Heidelberg KH 78 OO Dobradeira Heidelberg TI 52 OO Grampeadeira Müller Martini

Presto OO Coladeira Müller Martini Pantera OO Corte e vinco Bobst

Comercial 105

Seguindo uma tendência do segmento grá­ fico, e sempre atenta à necessidade de atua­l i­ za­ção, há quatro anos a gráfica instalou seus primeiros equipamentos de impressão digital. Atual­men­te, são duas impressoras monocromá­ ticas empregadas na produção de malas diretas e mio­lo de livros em pequenas tiragens. Investimento contínuo

Para assegurar a excelência da produção, segun­ do Dirceu, a empresa tem como política de ges­ tão, desde a fundação, o investimento contínuo e a capacitação frequente dos 110 fun­cio­ná­r ios. “Nosso parque gráfico é um dos mais moder­ nos do País. A meta é investir em uma tecnolo­ gia que pro­por­cio­ne mais rapidez na entrega de materiais, o que resultará em nosso reconheci­ mento como referência na­cio­nal de qualidade”. A gráfica, que tem boa parte dos seus clien­ tes no Estado de Santa Catarina, expande sua atua­ção por meio dos es­cri­tó­r ios instalados nas cidades de Blumenau, Flo­r ia­nó­po­lis e Joinvil­ le, além de Porto Alegre (RS). Também trabalha com representantes nos mu­ni­cí­pios catarinen­

ses de Bal­neá­r io Camboriú, Canoinhas, Itajaí, Mafra, Massaranduba, Pomerode, Rio Negri­ nho e São Bento do Sul, bem como na gaú­cha Novo Hamburgo e em Curitiba (PR). A Impressul, que processa cerca de 200 to­ neladas de papel por mês — trabalho certifica­ do pela ISO 9001:2008 e em fase de implantação do selo FSC —, destaca que entre seus diferen­ ciais está a preo­cu­pa­ção em fazer dos seus re­ presentantes consultores es­pe­cia­li­za­dos, assim como trabalhar com sistemas integrados, que possibilitam o acesso às provas de cores pelos es­cri­tó­r ios comerciais. E o reinvestimento — uma das es­tra­té­g ias que garantiu a expansão da Impressul nesses 24 anos — terá continuidade. Mesmo enfren­ tando um primeiro semestre de queda na de­ manda, a diretoria da empresa avalia o primei­ ro pe­río­do como positivo. “Estamos adquirindo três novos equipamentos que chegarão até o início de 2012, pois, apesar de estarmos cau­ telosos devido à nova crise financeira mun­ dial, estamos con­f ian­tes para o próximo ano”, garante Dirceu Rodrigues.

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JULHO/AGOSTO 2011  REVISTA ABIGR AF

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The premier print awards

Gráficas brasileiras ganham o Benny 1 A Ipsis encabeça, com dois troféus, o grupo de gráficas brasileiras que conquistaram o Prêmio Benny 2011. As demais foram a Burti, Facform e Grafiset, com um troféu cada.

A

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Printing In­dus­tries of America (PIA) divulgou em julho os vencedores da edição 2011 de seu concurso ­anual, o Pre­m ier Print Awards, ao qual concor­ reram milhares de produtos, de vá­r ias partes do mundo. Neste ano os juí­zes lau­ rearam um total de 875 peças: 106 pre­ mia­ções máximas por categoria (Benny), 200 prê­m ios de reconhecimento e 569 certificados de mérito. Ipsis, Facform, Burti e Grafiset com­ põem o grupo de empresas nacionais que conquistaram o cobiçado Benny 2011, com destaque para a Ipsis, que foi distinguida com dois prê­mios máximos nas ca­te­go­r ias Catálogos, com o Ipsis Litteris 7, e Livros de Arte, com a obra Araquém Alcântara, Fo­to­ gra­f ias. “Foi a primeira vez que nos inscre­ vemos e recebemos o prêmio com grande satisfação. Só fomos perceber a real dimen­ são do concurso quando chegou uma men­ sagem de um clien­te norte-​­americano nos parabenizando e revelando um olhar di­ ferente em relação à Ipsis após a conquis­ ta”, afirmou o diretor Fernando Ullmann. O catálogo Ipsis Litteris 7 já havia recebido no ano passado o Prêmio Brasileiro de Ex­ celência Gráfica Fernando Pini e o Theo­ bal­do De Nigris. O empresário espera que o livro de Araquém Alcântara, lançado no final de 2010, também se destaque nas edi­ ções deste ano das pre­mia­ções na­cio­nal e REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

2

1. Ipsis. Categoria Livros de Arte – “Araquém Alcântara, Fotografias” Ipsis. Categoria Catálogos – “Ipsis Litteris 7” 2. Burti. Categoria Produtos/Catálogos de Serviço – “Catálogo Verão 2011” 3. Facform. Categoria Peças de Autopromoção – “Kit Promocional Facform” 4. Grafiset . Categoria Cartões de Visita – “Cartão do Porto”

continental. “Seguimos na trilha da ex­ celência nos produtos gráficos para man­ termos um importante di­f e­r en­c ial em um mercado cada vez mais concorrido”, complementa Fernando Ullmann. A Ipsis ganhou ainda dois certificados de mérito. Ambas vi­to­r io­sas também na edição 2010 do Benny, Facform e Burti obtiveram a pre­mia­ção máxima nas ca­te­go­r ias Peças de Autopromoção, com o Kit Pro­mo­cio­nal Facform, e Produtos/Catálogos de Serviço, com o Catálogo Verão 2011, respectivamen­

3

4

te. A Grafiset venceu na categoria Cartões de Visita, com o Cartão do Porto. A Burti recebeu também três prê­mios de reconhe­ cimento e seis certificados de mérito, en­ quanto a Facform ficou com um prêmio de reconhecimento. Fechando a lista de em­ presas brasileiras ho­me­na­gea­das, a Stilgraf recebeu quatro certificados de mérito.


Cresça com a grampeadeira Presto.

Josair Santos Bastos (à esq.), sócio-presidente da Gráfica Trio; Cleber Guimarães Bastos (no centro), sócio-diretor da Gráfica Trio e Cesar Del Nero (à dir.) da Müller Martini.

A Alceadeira-Grampeadeira Presto, foi a eleita na decisão de compra da Gráfica Trio de Salvador/BA. Sua velocidade de até 9.000 ciclos por hora, faz dela uma das soluções mais rápidas do mercado, principalmente para empresas que necessitem ampliar sua produção. A Presto vem equipada com diversos dispositivos para controle de qualidade que asseguram uma produção eficiente, sem interrupções. A Presto é compacta e destaca-se pela qualidade final dos produtos, mesmo à velocidade plena. Todos os processos de trabalho são monitorados graças às informações claras e precisas do painel de controle. A Gráfica Trio, uma das mais tradicionais empresas do segmento, optou pela Müller Martini modelo Presto para o acabamento industrial dos seus produtos editoriais. Essa linha automática é composta por: alceadeira automática para diversos cadernos dobrados, alimentador de capas com dispositivos para vincagem, cabeçotes para grampeamento e guilhotina trilateral. A fim de complementar o fluxo veloz de trabalho no segmento editorial, a Gráfica Trio também investiu em uma segunda dobradeira MBO, formato folha inteira, completíssima, incluindo dispositivo de colagem. A MBO, tradicional fabricante europeu de dobradeiras, é representada no Brasil pela Müller Martini, com exclusividade. Faça como a Gráfica Trio: chame um especialista da Müller Martini para analisar a sua produção!


O P I N I Ã O

ntos

James Hermes dos Sa

Presidente do Conselho Diretivo da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional)

Trabalho e contribuição ma das iniciativas mais importantes da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional) nos últimos anos é a ampliação do número de regionais e também da representatividade dos estados dentre seus diretores e conselheiros. Trata‑se de uma feliz iniciativa da gestão do líder Mário César de Camargo, com a ajuda e apoio de tantos companheiros, alguns deles presentes na nova diretoria. É no contexto dessa entidade mais brasileira do que nunca que aceitei o desafio, delegado pela confiança das lideranças estaduais de nosso setor, de presidir o Conselho Diretivo. Espelho‑me no exemplo de meus antecessores, que, com responsabilidade, transparência e dedicação, mantiveram o zelo pela entidade e muito contribuíram para a sua boa gestão. Reafirmo o compromisso relativo à eficácia administrativa e, ao mesmo tempo, pertinente ao enfrentamento dos problemas que afetam nosso setor, numa conjuntura econômica mundial outra vez conturbada. É importantíssimo mantermos permanente diálogo e sinergia na defesa de nossa atividade empresarial. A união, como se observou em numerosas oportunidades, sempre multiplicou nossa força e nossa capacidade de mobilização política em prol da indústria gráfica e da economia brasileira. Como vice‑presidente das Abigrafs do Nordeste, minha luta sempre foi nesse sentido, ou seja, de promover o bom relacionamento entre as nossas entidades regionais, com o apoio imprescindível da Abigraf Nacional. Isso foi muito importante sob o ponto de vista dos objetivos de fortalecer as regionais e ampliar seu âmbito de atuação. 50 REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

A Abigraf tem trabalhado incessantemente pela indústria gráfica brasileira. Com o apoio de parceiros como a Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) e de fornecedores, colaboradores e outras entidades, vem cumprindo a relevante missão de conferir visibilidade e credibilidade a milhares de empresas gráficas, que são representadas pelos seus presidentes regionais, objetivando o fortalecimento do setor, para vencer barreiras nacionais e ultrapassar os obstáculos externos. Nesse sentido, são expressivos os eventos da Abigraf Nacional, como o Prêmio de Responsabilidade Socioambiental, que expressa nosso compromisso com a qualidade da vida e a produção limpa, e o 15 º‒ Congraf, que tem como objetivo atualizar e congregar os empresários gráficos de todo o Brasil e ainda fazer intercâmbios internacionais. A liderança de nossa entidade na Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa é outra ação que merece destaque. São iniciativas implementadas pelos companheiros que ocuparam anteriormente a presidência executiva e a do Conselho Diretivo. Eles tiveram a sensibilidade e a capacidade de criar e empreender numerosas iniciativas em resposta às transformações do Brasil e do mundo e captar ideias e sugestões de entidades ligadas à cadeia produtiva da comunicação impressa. Assim, deram invejável dinâmica ao desenvolvimento e crescimento do setor. Agora, cabe a todos nós que assumimos a direção da entidade fazer cada vez mais, realizando incansável trabalho com foco na efetiva contribuição para o fomento da indústria gráfica. james-hermes@hotmail.com


ano XXI Nยบ 83 agosto/2011

Texto: Mara Ribeiro

Quais as verdadeiras bases de uma empresa?


S

em dúvida nenhuma ao dar vida a uma empresa, todo empresário idealiza transformá-la em uma mar-

ca forte, equipada com a mais alta tecnologia e uma equipe à prova de todos os testes de qualidade. Mas não é só isso. Embora estes sejam princípios básicos para manter-se no mercado, uma empresa também deve ter essência forte, afinal, são as mentes e os corações que a compõem que a tornarão especial. São estes mesmos corações que despertarão no mercado, o interesse em conhecê-la. Esse interesse aumenta à medida em que a empresa se mostra verdadeira, fiel aos seus princípios, mas também leal ao seu discurso. Nos tempos atuais, mais que teoria, o cliente quer ver os resultados na prá-


tica. Discursos politicamente corretos são

de fato sintam-se assim”, diz Gilberto Ca-

empresa que está construindo uma bela

importantes, desde que praticados, mas,

rito, diretor comercial e industrial da Ibep.

história no mercado, com alicerces fortes e

o que de fato faz a diferença é o respeito,

Mas, especial também é o sentimento de

estruturados no compromisso com a qua-

o cuidado. E isso não se aplica apenas no

poder acompanhar o desenvolvimento de

lidade e com os seus clientes.

âmbito empresarial, é fundamental culti-

uma empresa que, em apenas seis anos de

Para se ter uma ideia do que estamos fa-

varmos esses valores em nossa vida pes-

atuação, comporta-se de maneira madura

lando, convidamos você, leitor, a fazer

soal também. Por acreditar assim, a Ibep

e consciente, apresenta resultados surpre-

uma visita à Ibep Gráfica. Em suas instala-

Gráfica tem, desde que nasceu, consegui-

endentes e tem sua qualidade e valores re-

ções encontrará um parque gráfico com

do se destacar no mercado, exatamen-

conhecidos pelos mais exigentes profis-

37 mil metros quadrados, onde mais de

te da forma que sempre idealizou: como

sionais do mercado, através da conquista

400 profissionais trabalham em perfei-

uma empresa que reconhece a importân-

de prêmios de excelência gráfica, como

ta sintonia com as modernas tecnologias

cia de cada vida que por ela passa. “O que

Fernando Pini e Theobaldo De Nigris. Em-

mundiais. Ao entrar no parque gráfico, terá

na teoria chamamos de valores humanos,

presa que orgulha-se por suas conquistas

a oportunidade de acompanhar a impres-

na prática, procuramos conhecer e respei-

e consolida-se a cada dia como referência

são de livros e revistas, folhetos e apresen-

tar as características individuais dos nos-

às que estão nascendo e também àque-

tações, sempre ao som de rotativas e pla-

sos colaboradores, clientes e fornecedo-

las que já percorreram um longo caminho.

nas se harmonizando, equipamentos de

res. Se acreditamos que cada pessoa é

São os valores e o respeito humano que

acabamento produzindo milhares de im-

única, aqui, procuramos fazer com que

fazem da Ibep, uma gráfica especial. Uma

pressos para clientes dos quatro cantos do


Brasil e até do exterior. Clientes que um dia

gráfica completa espera por ele. Uma grá-

chegaram e puderam conhecer um pou-

fica que brinda a vida em sua plenitude,

co de sua filosofia. Mas não é apenas pelo

com o respeito que cada um dos envolvi-

seu parque gráfico que a Ibep conquista

dos no processo merece.

seus clientes, afinal, estes esperam bem

Uma empresa que pode falar de números

mais de seu fornecedor. O cliente quer

com propriedade, afinal, todos os meses

ser ouvido e procura por alguém que en-

são mais de 85 milhões de giros, mais de

tenda exatamente suas necessidades e

11 milhões de folhas impressas e mais de

IBEP GRÁFCA

esteja disposto a atendê-las. Quando um

600 títulos que ganham vida e mercado. A

cliente entra pelas portas da Ibep terá, da

gráfica em que cada cliente é especial, por

pré-impressão ao acabamento, especia-

isso, com a mesma propriedade que abor-

listas sempre atentos a todos os detalhes

da números, a Ibep Gráfica fala de vida e

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E

scrita há mais de 3 mil anos, a Bíblia foi o primeiro livro impresso na prensa de ti­ pos móveis de Johannes Gu­ tenberg, por volta do ano de 1450. A mecanização do sistema permitiu aumentar o número de exemplares produ­ zidos, fazendo com que o livro sagrado do cris­tia­nis­mo ocupasse a liderança das ven­ das até os dias de hoje — cenário em que o Brasil se destaca como o maior fabricante de bí­blias do mundo. Grande parte desses exemplares é feita pela Gráfica da Bíblia, única no País a im­ primir exclusivamente este produto. Inau­ gurada em 1995, em Ba­r ue­r i — re­g ião me­ tropolitana de São Paulo —, a unidade foi cria­da pela So­cie­da­de Bíblica do Brasil (SBB)

para garantir o cumprimento de sua missão de divulgar a Bíblia Sagrada e a sua mensa­ gem entre a população brasileira. Ao longo desses 16 anos, das 100 milhões de bí­blias impressas, 23 milhões foram exportadas para mais de uma centena de paí­ses e em 20 idio­mas, entre os quais francês, chinês e árabe, além de diferentes línguas africanas e indígenas do Brasil e da América Latina. Todo esse volume de impressão — que representa mais de 17 mil exemplares im­ pressos por dia ou acima de 500 mil em um mês — é feito em equipamentos modernos, por profissionais qualificados, garantindo que o custo por exemplar, nos mais diferen­ tes formatos, seja baixo e a qualidade não se perca. De acordo com Celio Emerique, gerente geral da gráfica, foram realizados

(E/D): Rudi Zimmer, diretor executivo; Adail Carvalho Sandoval, presidente; Celio Emerique, gerente geral da gráfica; Erní Seibert, secretário de Comunicação e Luiz Forlim, gerente industrial da gráfica, comemoram junto com a equipe a marca histórica da centésima milionésima bíblia impressa no Brasil

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incrementos ini­cial­men­te em um conjunto de equipamentos para a encadernação de capa dura. Em seguida, passaram a inves­ tir em rotativas, para a impressão de pa­péis finos, e depois em equipamentos para en­ cadernação em brochuras e capas flexíveis. Há quatro anos, o espaço físico foi am­ plia­do com a aquisição de mais um prédio. A construção de quase 4 mil metros quadra­ dos, localizada no município de Santana de Par­naí­ba (SP), é a responsável pela encader­ nação, armazenagem de insumos e publi­ cações editadas, organização e distribuição na­cio­nal. “Apesar dos avanços que fizemos, con­ti­nua­mos a investir para am­pliar a capa­ cidade e manter a diversificação de modelos e estilos”, comenta o gerente geral. Sua capacidade produtiva chega a a um total de 10 milhões de bí­blias rodadas e en­ cadernadas por ano. A grande demanda é também reflexo de esta ser a única organi­ zação no Brasil es­pe­cia­li­za­da na impressão Números que impressionam ◆◆

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em pa­péis de baixa gramatura. “Cerca de 25% da nossa produção é vendida a 150 paí­ses, principalmente na América Lati­ na”, diz Emerique. Entre os maiores im­ portadores estão México, Peru, Argentina, Chile e Estados Unidos. Detalhes que fazem a diferença

O papel offset de 28 gramas, conheci­ do como “papel bíblia”, permite que o blo­ co de duas mil páginas e lombada de três centímetros não resulte em uma publica­ ção excessivamente grossa, pesada e de di­ fícil manuseio. Emerique afirma que, para pro­por­cio­nar uma flexibilidade de abertu­ ra das páginas (open flat) e durabilidade da lombada, cem por cento do ma­te­r ial con­ fec­cio­na­do na Gráfica da Bíblia tem o mio­ lo costurado. O gerente explica que, por se tratar de pa­péis finos e com transparência maior que a dos usados para outros tipos de livros, a composição tipográfica deve ser feita seguindo alguns cri­té­r ios que resulta­ rão em melhor legibilidade, como o registro linha a linha, frente e verso. “Portanto, não se deve usar os recursos de justificação ver­ tical da coluna, mas sempre o entrelinha­ do constante. As opções de modelos são as mais va­r ia­das. São cerca de dez formatos, desde o minibolso, de 6,5 × 10,5 cm, até o tra­d i­cio­nal, 21 × 28 cm, este quase em de­ suso para este tipo de publicação”, informa. Segundo ele, o mais procurado é o tama­ nho padrão, 13,5 × 21 cm. “Fazemos muito também em 17 × 23 cm para estudo”.

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Para as chamadas “edições de luxo” os recursos aplicados são a impressão em duas cores para o mio­lo e corte dourado na encadernação. As capas são preparadas de diversas formas, com uso de couro legíti­ mo, couro reciclado e poliuretano. Cantos arredondados, pespontos e aplicações com­ binadas também são muito comuns nos exemplares di­fe­ren­cia­dos.

Museu da Bíblia

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Marca histórica

Implementada há nove anos, a Imprensa Braile roda cerca de 50 mil volumes anual­ men­te, pro­por­cio­nan­do aos cegos acesso ao texto integral das escrituras sagradas. A bí­ blia em braile é composta de 38 volumes que são impressos e dis­t ri­buí­dos separa­ damente, conforme a solicitação. “A produ­ ção de edições completas (com os 38 volu­ mes reunidos) é de cerca de 100 por ano. A confecção totalmente em português é vendida no Brasil e em outros paí­ses lusó­ fonos, como Portugal, Angola e Moçambi­ que”, relata Celio Emerique, acrescentando que a SBB foi a primeira a oferecer a bíblia em braile em português. No dia 26 de maio deste ano, a Gráfi­ ca da Bíblia, da So­cie­da­de Bíblica do Brasil, alcançou a marca mun­d ial inédita na im­ pressão da centésima mi­l io­né­si­ma bíblia. A conquista foi celebrada com a produção

Ednaldo Alves da Silva, um dos mais antigos colaboradores da gráfica com a edição comemorativa da bíblia

de um modelo es­pe­cial com uma tiragem de 15 mil exemplares. A edição lu­x uo­sa resulta da encadernação de duas bí­blias que foram traduzidas a partir dos origi­ nais em hebraico e grego: a Tradução Bra­ sileira, de 1917, em português clássico, e a Nova Tradução na Linguagem de Hoje, de 2000, em português simples. & SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL Tel. (11) 4195.9590 www.sbb.org.br


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Líder no segmento de embalagens longa vida, a Tetra Pak aposta em novos mercados, oferecendo soluções para o segmento de alimentos sólidos, e investe em tecnologias de reciclagem. Milena Prado Neves

Gigante das embalagens s números da Tetra Pak dão a dimen­ são de seu tamanho e importância no mercado de embalagens. Em 2010, a empresa entregou 158 milhões de embalagens no mundo todo, envasando cerca de 74 milhões de litros de produtos. Presente em mais de 170 paí­ses, a empre­ sa é líder no segmento de longa vida, com

Segunda maior operação da empresa no mundo em volume de vendas e faturamen­ to, ficando atrás somente da sub­si­d iá­r ia da China, a Tetra Pak Brasil conta com duas fábricas de embalagens — a primeira delas inaugurada em 1978, em Monte Mor (in­ te­r ior de São Paulo), e a segunda em 1999, em Ponta Grossa (Paraná) —, além de oito

Ponta Grossa, PR

Fernando Von Zuben, diretor de meio ambiente da Tetra Pak Brasil

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cerca de 22 mil fun­cio­ná­r ios em 85 paí­ses. Somente no ano passado, a fabricante fa­ turou 9,98 milhões de euros em suas ven­ das líquidas. Com 60 anos de história, a companhia desembarcou em solo brasilei­ ro seis anos após sua fundação, na Sué­cia, trazendo na bagagem soluções que mu­da­ riam a história do consumo dos alimentos, que passaram a ser embalados com a nova tecnologia, garantindo qualidade e frescor por muito mais tempo. REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

Monte Mor, SP


Uma empresa sustentável Atual­men­te, o mercado volta seu olhar para a questão da sustentabilidade. Produtos ven­ didos nas Américas (Estados Unidos, Canadá, Brasil e México), na Ásia/Pacífico (Austrália, China, Japão, Taiwan, Coreia do Sul e Índia), na África e Orien­te Médio (África do Sul e Is­rael) e Europa (­União Europeia, Turquia e Ucrânia) estão sujeitos a alguma forma de exigência am­bien­tal em suas embalagens. E a lista está crescendo na medida em que os governos buscam soluções para lidar com re­sí­duos e ge­ren­cia­men­to de recursos.

índice de reciclagem de 40%. Este aumento é previsto graças à expansão das ini­cia­ti­vas de coleta seletiva com organização de mu­ ni­cí­pios, coo­pe­ra­ti­vas e comunidade e ao desenvolvimento de novas tec­no­lo­gias. A primeira etapa de reciclagem consiste em separar o papel dos demais elementos em uma espécie de grande liquidificador, que solta as fibras de papel com água. “Elas seguem então para processamento, no qual se transformam em bobinas para a fabricação de caixas, tubetes (utilizados em bobinas de papel nas duas fábricas da Tetra Pak) e papel para impressão (feito a partir da mistura de uma porcentagem das fibras re­ cicladas com papel sulfite)”, explica o diretor de meio am­bien­te da empresa.

A embalagem longa vida é formada por três materiais: papel, alumínio e po­lie­ti­le­no. Em 2005, a Tetra Pak desenvolveu, em par­ ceria com a Klabin, Alcoa e TSL Am­bien­tal, a tecnologia de reciclagem do alumínio das embalagens. Na fábrica de Piracicaba, in­ te­rior de São Paulo, é rea­li­za­da a separação total das camadas que formam a caixinha. O alumínio pode ser co­mer­cia­li­za­do na for­ ma de pó e o po­lie­ti­le­no é transformado em parafina, que é utilizada na produção de im­per­mea­bi­li­zan­tes, lubrificantes ou como matéria-​­prima para a indústria química. Atual­men­te, a taxa de reciclagem de embalagens longa vida no Brasil está em torno de 25%. A meta até 2015 é alcançar o O que sobra é uma massa de plástico e alumínio, que é enfardada e encaminhada para empresas que irão transformá-la em outros produtos, como telhas, placas, pellets (grãos) para injeção ou para laminação de peças plásticas e parafina, recuperando o alumínio na forma metálica. “Essas peças vêm conquistando um mercado cada vez maior, graças à alta durabilidade e valor agregado. Outra vantagem é que elas são leves, flexíveis e pos­suem boa absorção acústica. No caso das telhas, elas são mais resistentes à degradação e oferecem melhor conforto térmico em comparação às telhas comuns. O am­bien­te fica mais confortável, uma vez que o alumínio reflete os raios infra­ vermelhos do sol, diminuindo a absorção de calor”, afirma Fernando Von Zuben.

es­cri­tó­r ios de vendas espalhados pelo País. De acordo com dados da Kantar Worldpa­ nel, considerada a maior empresa de pes­ quisas de consumo do­mi­ci­liar da América Latina, as embalagens longa vida produzi­ das pela mul­ti­na­cio­nal estão presentes em 94,7% das re­si­dên­cias brasileiras. Muito além do leite

A Tetra Pak oferece uma ampla gama de embalagens, com capacidade de volume de 80 ml a 2 litros, apresentadas em diversos formatos e com va­r ia­das opções de abertu­ ra. A inovação dos equipamentos para pro­ cessamento e envase de alimentos da em­ presa permitiram o desenvolvimento de outros mercados no País. “A tecnologia as­ séptica em embalagem cartonada evoluiu de tal forma que hoje em dia até mesmo ali­ mentos sólidos como vegetais, molhos com pedaços, feijão e outros alimentos prontos já podem ser co­mer­c ia­l i­z a­dos em nossos produtos”, comenta Fernando von Zuben, diretor de meio am­bien­te da companhia. Porém, não dá para negar que as cai­ xinhas longa vida ficaram muito mais co­ nhecidas por embalar leite. Na última dé­ cada, o consumo desta bebida dobrou: em 1993, era de pouco mais de 5 bilhões de li­ tros, volume que chegou a mais de 10 bi­ lhões em 2006. A chegada da tecnologia UHT (do inglês Ultra High Temperature) ao Brasil teve impacto direto no consumo de leite, contribuindo para o incremento mé­ dio de aproximadamente 19% ao ano em quase duas décadas. Recentemente divulgada, a quarta edi­ ção do Tetra Pak Dairy Index — estudo global que acompanha os fatos, números e ten­dên­cias da indústria de la­t i­cí­nios — prevê um aumento de cerca de 30% no con­ sumo global de produtos lác­teos líquidos. Segundo a pesquisa, a demanda global por leite do tipo branco, aromatizado, infan­ til, acidificado, condensado e iogurte para beber deverá crescer para cerca de 350 bi­ lhões de litros em 2020, im­pul­s io­n a­d a pelo crescimento econômico, urbanização e maior poder de compra da classe média, es­pe­cial­men­te dos paí­ses asiá­ti­cos. TETRA PACK BRASIL www.tetrapak.com.br JULHO/AGOSTO 2011  REVISTA ABIGR AF

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IMPRESSÕES

Claudio Baronni

Presidente do Conselho Diretivo da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG)

A indústria gráfica aguarda sua vez recente anúncio da chamada Política Industrial Brasileira, desonerando, embora ainda timidamente, setores industriais como o têxtil, de software e outros, se mostra um passo importantíssimo para conceder maior competitividade internacional à indústria brasileira, extremamente sufocada no mercado mundial. Todos sabemos que este ato, longe de suficiente, reveste‑se de caráter eminentemente necessário para o objetivo citado. Ele demonstra a sensibilidade do atual governo federal no reconhecimento da situação difícil da indústria nacional e, principalmente, a vontade política de agir para a correção dos fatores que provocam essa falta de competitividade. E a indústria gráfica brasileira? Mais de 20.000 estabelecimentos, predominantemente micro e pequenas empresas que empregam até nove funcionários, suportando um contingente de mais de 220.000 trabalhadores, sofrendo do mesmo mal da concorrência internacional em todos os seus setores (embalagens, editoriais, artefatos de papel e outros). Estamos fazendo nossa lição de casa, buscando produtividade através de tecnologia, com investimentos superando a casa dos R$ 6,5 bilhões nos três últimos exercícios. Estamos nos esforçando para adequar o conhecimento técnico de nossa força de trabalho para acompanhar a rápida transformação tecnológica pela qual passa o setor. Estamos navegando nos mares revoltos da alta e complexa tributação brasileira, do elevado custo dos financiamentos, da valorização do real, que onera o acesso à importação de equipamentos e a boa parte das matérias‑primas necessárias aos nossos processos. Estamos sofrendo 62 REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

o amargo déficit em nossa balança comercial, vendo a diferença negativa entre as exportações e o que o mercado brasileiro importou superar os R$ 250 milhões em 2010. Pior do que isto é verificar que o aumento desse déficit cresceu 254% na comparação entre o primeiro semestre de 2011 e o mesmo período do ano passado. Esse cenário desalenta o empresário e desmotiva os trabalhadores que veem seus cargos ameaçados pela substituição dos importados. Mesmo assim estamos confiantes na possibilidade de o setor integrar o próximo passo dado pelo governo na busca do equilíbrio das diferenças abissais enfrentadas na concorrência com os produtos importados. É preciso proteger, entre outros tantos setores da indústria gráfica brasileira, o Programa Nacional do Livro Didático, uma cadeia fantástica que se inicia no governo, passa pelos editores, chega à indústria gráfica e termina nas escolas brasileiras. Seria inaceitável ver essa cadeia, pertencente ao povo brasileiro, quebrada pelo fornecimento estrangeiro. A indústria gráfica brasileira, do seu lado, continuará a contribuir com todos os seus segmentos, aguardando que chegue a sua vez. claudiobaronni@abril.com.br


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Apaixonado pelas artes gráficas, Vanderley Mendonça criou o selo Demônio Negro, que publica livros de poesia produzidos em uma impressora de 130 anos. Milena Prado Neves

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O artesão dos livros

oi durante uma festa em Valência, na Es­ panha, que Vanderley Mendonça gravou o nome Demônio Negro em sua mente. Na comemoração que simula jogos medie­ vais, populares disputam uma guerra simbólica divididos em dois grupos: cristãos, vestidos de branco, e mouros, ou de­mô­nios, de preto. Estu­ dante da língua catalã e pesquisando sua va­rian­ te valencina, foi numa das edições da festa, que Mendonça viu escrito em um bar o nome Dimo­ ni Negre. Três anos mais tarde escolheu-o para batizar o selo cria­do para publicar livros pro­ duzidos de maneira artesanal, ho­me­na­gean­do grandes artistas das artes gráficas.

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A paixão pelas letras é antiga. Foi por ela que Vanderley Mendonca se formou em jorna­ lismo, estudou design gráfico no Rochester Ins­ titute of Technology (RIT), nos Estados Unidos, e se especializou em impressão tipográfica na Escola Su­pe­r ior de Artes Gráficas e Tipográfi­ cas de Leipzig, na Alemanha. “Também fiz pós-​ ­g ra­dua­ções, em literatura, na PUC-São Paulo, e em design, na Escola de Belas Artes. Sempre estudei línguas e hoje sou tradutor”. As capas das obras do selo Demônio Negro são produzidas em uma impressora tipográfica alemã de formato pequeno, com cerca de 130 anos, reformada por ele. Mas o grande desafio é


a construção de uma réplica da primeira máqui­ na de Gutenberg. “Consegui a planta original e fiz uma maquete. Já montei a caixa de impres­ são, adquiri tipos de madeira e usei para impri­ mir capas de dois títulos do meu selo. Antes de terminá-la, farei ex­pe­r iên­c ias utilizando ou­ tros materiais que possam substituir os tipos de metal, como borracha”, diz ele. Em época de plataformas eletrônicas de lei­ tura, como o iPad e o Kindle, Vanderley Men­ donça parece remar contra a maré, mas explica que procura res­ gatar a tradição das ar­ tes do livro, preser­ vando algumas técnicas de i mp r e s s ã o e acabamen­ to que estão se extinguindo. “Acredito profunda­ mente que produzir es­ tas obras artesanalmente e em baixa escala se justifica”. Os livros

produzidos pelo editor são impressos com técnicas de impressão rudimen­ tares para os padrões de produção industriais mo­ dernos, escolhidas sem re­ gras, exceto na composição tipográfica das páginas, que res­ peita os antigos manuais de compo­ sição e conceitos primordiais de grandes

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mestres impressores. “Utilizo também sistemas de impressão digital e offset, fazendo um pro­ duto híbrido, algo que une vá­r ios momentos dos sistemas de reprodução do livro”, sa­l ien­ ta. Há imagens feitas a partir de gravuras em metal, capas impressas com clichês ou tipos de chumbo, mio­los em impressão digital. “Gosto de utilizar técnicas de arte que têm a reprodução como essência, como a xilogravura”, acrescenta. Seleção de obras

Apesar de já editar alguns livros em tiragens bem pequenas há muitos anos, traduções que eram feitas para os amigos, Mendonça criou o selo apenas em 2007. “Se­le­cio­no a obra, ne­ gocio direitos autorais e traduzo, no caso das línguas que domino. Desenho o livro, impri­ mo e monto. Porém, em algumas edições com tiragem maior, um jovem encadernador faz a montagem do mio­lo na capa”. O critério de seleção das edições baseia-se na inventividade. “Tenho grande paixão pela poe­sia, mas o que real­men­te conta é a novida­ de, o bom tratamento da linguagem. Mante­

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nho o foco naquelas obras que, por algum des­ cuido do mercado edi­to­r ial, estejam à sombra, escondidas dos leitores”, comenta. É o caso de O Gue­sa, de Sousândrade, que deu origem à Bi­ blio­te­ca Universal Demônio Negro, reunindo poe­tas que, embora não sejam populares, são extremamente significativos. Recentemente, o selo Demônio Negro fez uma parceria com a editora Annablume para vendas online dos li­ vros, possibilitando que os preços con­ti­nuem acessíveis ao leitor, apesar dos acabamentos ca­ ros nas edições. “O selo tem hoje quatro anos e essa as­so­cia­ção proporcionou uma amplitude na distribuição das obras, inclusive em li­v ra­r ias europeias”, complementa o editor.


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Foto: Roberto Loffel

Contratação de profissionais, investimentos consistentes em pesquisa e desenvolvimento e ampliação do portfólio de soluções são algumas das estratégias da Kodak Brasileira para impulsionar seus negócios nos países do Cone Sul. Ada Caperuto Gilberto Farias, diretor geral e Daniel Heraldo, gerente de marketing e produtos do Cone Sul

Kodak se destaca na América do Sul

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igante global da imagem, com matriz no Estados Unidos e 130 anos de história, a Kodak está di­re­c io­n an­do suas atenções para os mercados da América do Sul e, em es­pe­cial, para o Brasil. Motivos existem: no ano passado, a sub­si­d iá­r ia brasileira registrou crescimento de 50% e, de acordo com seu diretor geral, Gilberto Fa­r ias, a expectativa é de uma expansão ano a ano estimada em 30% nos próximos exer­cí­cios. Os números podem explicar o grande investimento que a companhia vem fazendo em recursos humanos, em es­pe­cial na divisão de produtos e serviços gráficos ou business to business (B2B). Na Kodak desde 2002, Gilberto Fa­r ias assumiu no início do ano passado o cargo de diretor geral Re­g ião Latina América Sul, estando responsável por uma re­g ião que abrange sete paí­ses — Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai. “Embora tenha permanecido sempre nessa posição de liderança, a companhia decidiu dividir a América LatiREVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

na nos cones Norte e Sul, com o objetivo de focar os ne­gó­cios e am­pliar ainda mais os índices de crescimento, linhas de produtos e desenvolver cada um desses mercados”, diz ele. Além de Gilberto Farias, mais de 90 profissionais foram contratados para ­atuar em todas as ­­áreas da companhia, não apenas em cargos de diretoria ou somente em setores es­sen­cial­men­te estratégicos. Neste último caso, estão nomes de profissionais respeitados, que, mesmo ocupando sólidas posições no setor, acabaram aceitando o convite da Kodak. Entre eles está Da­niel Eraldo, que em 2008 deixou o posto de executivo de mar­ke­ting em uma das sub­si­d iá­r ias americanas da empresa, atendendo ao convite para assumir o cargo de gerente de mar­ke­ting e produtos do Cone Sul, para o segmento B2B. Para se ter uma ideia do que representam os resultados da Kodak brasileira, basta dizer que, em 2010, as demais re­g iões onde a companhia está presente cresceram em média 35%. Até o ano passado,

os Estados Unidos eram responsáveis por 40% das vendas mundiais, 30% saía da Europa Ocidental e os outros 30% das re­g iões emergentes. Mas Gilberto acredita em uma

Kodak Prosper S20


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inversão do cenário. “Creio que veremos, nos próximos anos, uma mudança significativa nessas localidades, com um ganho de participação. E aí eu não falo só do Brasil, mas também da Rússia, China e Índia”. Business

A Kodak mantém hoje três endereços no Brasil: os es­cri­tó­r ios de São José dos Campos e São Paulo e a fábrica em Manaus. Atual­men­te são 14 revendedores representando a companhia em todas as re­g iões do País. Mun­d ial­men­te, ela atua estruturada sobre dois pilares. Além do B2B, é igualmente importante o business to consumer (B2C), as vendas para consumidores finais, que até 2003 representavam nada menos que 80% dos ne­gó­c ios. Embora continue como um segmento importante para a empresa, hoje 70% do que a Kodak vende vem da área co­mer­c ial. O B2B conta com um portfólio que engloba produtos para gráficas de embalagens, comerciais, editoriais e de jornais, atendendo a pré-​­impressão, com soft­ware, hard­wares e consumíveis. “A Kodak é a número um em disponibilidade de escâneres, desde os modelos de mesa até os de alta capacidade de produção. Cada um dos outros participantes do mercado oferece uma parte deste portfólio, mas não o conjunto”, comenta Gilberto. O diretor geral da Kodak vê o mercado de impressão digital como um nicho em constante desenvolvimento, para o qual a companhia tem, igualmente, am­plia­do o portfólio. Além das impressoras Kodak

Nexpress e Kodak Versamark, foi lançada mun­d ial­men­te em fevereiro deste ano a Kodak Prosper S20, equipamento jato de tinta que trabalha com bobinas. Para Da­ niel, ele deverá re­vo­lu­cio­nar o mercado e pode até mesmo capturar uma parcela daquilo que é produzido em processo offset. “O sistema Prosper oferece o di­fe­ren­cial do jato de tinta com a tecnologia continuous inkjet, que por enquanto somente a Kodak tem. Não quero dizer que outras empresas não possam chegar rápido, respeitamos todos os players do mercado, mas no caminho dessa tecnologia estamos mais à frente”, acrescenta Gilberto. Sem receio de uma possível concorrência com as demais eco­no­mias emergentes, como a China, por exemplo, o diretor geral da Kodak brasileira avalia que há espaço para todas as in­dús­trias, de todos os paí­ses, de todas as culturas. “Existe aquele mercado que consome produtos chineses e existe aquele que prefere produtos com marcas registradas e re­l a­c io­na­men­tos de longo prazo. O DNA da companhia, que já vem de muitos anos, é focado no re­la­cio­ na­men­to cons­truí­do com credibilidade nos produtos e nas pes­soas. Nosso ponto principal é oferecer ao mercado aquilo que podemos real­men­te entregar. Não interessa se é um produto, serviço ou simplesmente uma resposta”, conclui o executivo. & KODAK Tel. (11) 2132-​­6000 www.kodak.com.br

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Ferrostaal representa a Ryobi na América do Norte pós quase nove anos de representação da Ryobi no Brasil, a Fer­ros­taal já vendeu 300 máquinas da marca japonesa, o que representa mais de 1.200 unidades de impressão instaladas. De acordo com o diretor presidente da empresa, Mario Barcelos, o País é hoje o segundo colocado em volume de vendas da Ryobi, atrás apenas da China. Esses bons resultados conquistados no Brasil, levaram a fabricante a escolher a Fer­ros­taal para ser sua representante exclusiva nos mercados da América do Norte, mais exatamente Estados Unidos e Canadá. A novidade, anun­c ia­d a ofi­c ial­men­te no mês de julho, implicará ini­c ial­men­te a implantação de equipes comerciais, trabalho que será su­per­v i­sio­na­do por Barcelos. “A despeito da crise, o mercado norte-​ ­a mericano tem um grande po­ten­c ial, e a ex­pe­r iên­c ia e o sucesso que nós tivemos aqui levou a Ryobi a nos fazer esse convite. É a rea­l i­za­ção de uma meta que sempre esteve nos planos da Fer­ros­taal”. As operações deverão começar em outubro, tão logo esteja con­c luí­do o trabalho

Sucesso das operações da companhia na América Latina — mais especificamente no Brasil, que é o segundo maior mercado de Ryobi no mundo — resultaram no convite da fabricante japonesa para representar seus equipamentos em um dos mais importantes mercados do mundo. Ada Caperuto

de estruturação e treinamento das equipes, que será rea­li­za­do no Brasil. Barcelos lembra que a Ryobi já está presente no mercado norte-​­americano, mas apenas com equipamentos de menor formato. Ele explicou que, assim como ocorreu no Brasil, a proposta é começar a preen­cher as lacunas que existem por lá, com formatos maiores. Quan­do começou a operar no Brasil, em 2002, a Ryobi também contava com participação mais expressiva nos formatos abaixo

de 50 × 70 cm, mas, aos poucos, começou a conquistar os demais nichos, com o que a empresa define como “formatos inteligentes”. “Acreditamos que temos plenas condições de ocupar esse espaço deixado no mercado dos Estados Unidos e do Canadá. Além de fi­nan­ciar­mos os equipamentos, vamos transmitir nossa ex­pe­r iên­cia e deveremos obter sucesso rápido, muito parecido com o que ocorreu por aqui”, diz ele. Barcelos avalia que o treinamento das equipes será fundamental para transmitir a filosofia da marca Ryobi aos representantes, fornecendo a eles argumentos consistentes. “Embora existam mais de 17 mil máquinas em fun­c io­n a­men­to nos Estados Unidos, a maioria delas é no formato 30 × 50 cm. Então, é um mercado que ainda desconhece todo o po­ten­cial da Ryobi. Caberá a nós mostrarmos a eles todas essas possibilidades”. Ini­cial­men­te não está prevista a instalação de um escritório local, mas a ideia é dividir o mercado norte-​­americano em seis grandes ­­áreas, que contarão com gerentes encarregados de coor­de­nar o trabalho dos representantes de vendas. “Futuramente, se houver necessidade, poderemos implantar um escritório em Houston, onde a Fer­ros­taal já está presente, ou em alguma cidade central dos Estados Unidos”, prevê Barcelos. Satisfação

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Mario Barcelos, diretor presidente da Ferrostaal Equipamentos e Soluções

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

A conquista é extremamente importante para a Fer­ros­t aal, ainda mais quando se sabe que há menos de uma década a marca Ryobi não era relevante no mercado na­cio­ nal. “Hoje é uma empresa reconhecida e que conta com alto grau de satisfação dos clien­ tes por sua alta produtividade. A repetição da compra demonstra isso. E eles adquirem um segundo, um terceiro e até um quarto equipamento em um espaço de tempo muito curto. Alguns têm até sete máquinas em seu parque gráfico. Isso mostra também o sucesso de nosso sistema próprio de fi­nan­ cia­men­to. O clien­te paga em dia, ganha dinheiro e compra outra máquina, ampliando


Ryobi 1050, no formato 108,5 x 78 cm, o mais recente lançamento da fabricante japonesa

con­t i­nua­men­te sua lucratividade. É uma coo­pe­ra­ção muito produtiva”, comenta Barcelos. Para o diretor presidente, o mercado norte-​­americano não é muito diferente do nosso. “Alguns equipamentos terão mais possibilidades lá até por conta dos custos. No Brasil o digital ainda é caro, o que não acontece lá fora. Além disso, os americanos estão mais ha­bi­tua­dos a esse processo, pois estão mais bem estruturados em termos de bancos de dados, para aplicação de dados variáveis, por exemplo. Acredito que existe um po­ten­c ial grande, em es­pe­c ial

nas pequenas e mé­d ias gráficas, que é um domínio importante da Ryobi”, afirma. Adi­cio­nal­men­te, no novo mercado de atua­ção a Fer­ros­taal deverá apoiar-se na oferta de soluções conjuntas, disponibilizando seus equipamentos junto com outras marcas, mas os parceiros nessa estratégia ainda não estão definidos. O que se espera é uma repetição do sucesso da coo­pe­ra­ção com a Horizon, como se vê no mercado brasileiro. Na aposta de grandes formatos, uma das opções para o mercado norte-​­americano

poderá ser a nova Ryobi 1050. No Brasil, a primeira unidade desse equipamento acaba de ser instalado na Gráfica Magistral, em Curitiba (PR). Outros dois entrarão em operação ainda este ano, na Unipauta, de Recife (PE), e na Gráfica Nobre, do Rio de Janeiro. Uma vez introduzida e consolidada no Brasil, a Ryobi 1050 terá o caminho aberto para ser co­mer­c ia­l i­za­d a também no novo mercado de atua­ção da Fer­ros­taal. & FERROSTAAL Tel. (11) 5522-5999  www.fer­ros­taal.com.br

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Sabe aquelas histórias que os pais costumavam contar aos filhos sobre pessoas de origem humilde, que começavam a trabalhar ainda na infância e que venciam na vida graças ao seu esforço, perseverança, inteligência e honestidade? Pois então, Ivo Puosso é um desses personagens. Tânia Galluzzi

Foto: Robewrto Loffel

história viva

Ivo Puosso “Vim, vi e venci”

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ro­prie­tá­r io da Graf-​­faca Laser, um dos principais fornecedores de facas para corte e vinco no País, Ivo Puos­so construiu sua vida e sua empresa calcadas em valores como respeito ao próximo, amor ao trabalho e vontade de vencer e inovar. Aos 75 anos continua no comando da empresa. Ao contrário do que acontecia antigamente não é mais o primeiro a chegar, contudo ainda é o último a sair, tendo ao seu lado o neto, Ra­fael, que em 2012 deve assumir a área co­mer­c ial. Ivo nasceu em Bauru, in­te­r ior de São Paulo, mas com um ano já estava na capital. Seu pai, marceneiro, incentivou-o a trabalhar e com oito anos o menino limpava formas em uma fábrica de biscoitos perto de sua casa, no bairro do Brook­l in. Estudava pela manhã e trabalhava à tarde. Dos biscoitos foi para uma manufatura de telas para produção de estuque e depois para uma fábrica de fusíveis. Aos 10 anos conheceu a produção de facas para o in­

ci­pien­te mercado de rótulos e embalagens, no ateliê de Romeu Trentin. Absolutamente artesanais, as facas sur­ giam da batalha da lima, do martelo e da morsa para que a madeira e o metal formassem um conjunto único e harmônico, capaz de cortar e vincar o papel. Na década de 1940 não havia no Brasil instrumental específico para produzir facas gráficas. A madeira era cortada em pedaços com serras circulares, servindo de apoio para as lâminas de aço. Esse quebra-​­cabeça era montado e amarrado com barbante — da mesma forma como era amarrada a chapa tipográfica — e, já na gráfica, encaixado numa rama e colocado em uma impressora de platina Minerva adaptada. Cada faca só podia ser usada uma única vez. “Levávamos mais de cinco horas para fazer algo que hoje não demora nem 10 minutos”, conta Ivo. Não só as ferramentas ine­x is­t iam; a matéria-​­prima também era improvisada. O metal vinha das fitas de aço que


sobravam da produção de portas de enrolar usadas pelos estabelecimentos comerciais. Da serra circular veio a tico-​­tico, ini­cial­men­te ajustada em máquinas de costura industriais com a serra no lugar da agulha. “O consumo de faca era pequeno. As primeiras máquinas de corte e vinco chegaram por aqui somente nos anos 50”. O primeiro desafio

Mas por pouco o setor de facas não perdeu um de seus principais nomes. Adolescente e trabalhando com Romeu Trentin, Ivo teve sua honestidade questionada. “Nosso principal clien­te era um desenhista de clichês e facas. Certo dia,

Ivo, à esquerda, atendendo um cliente, em 1963

pediu que produzíssemos a faca para a embalagem de um produto que estava chegando ao Brasil, a caneta esferográfica. Ele mandou a caneta para que fizéssemos a faca com precisão, determinando que o objeto fosse devolvido. Eu era o responsável pela retirada e entrega dos pedidos e em algum momento quando estava levando o pacote com a faca pronta, a caneta caiu. Só fui saber que havia se perdido ao voltar para o ateliê. O clien­te tinha ligado dando falta da caneta e in­si­nuan­do que eu havia ficado com o produto. Na entrega seguinte, joguei o pacote na mesa do clien­te dizendo que eu não era ladrão. Agi errado, mas não me contive e me senti de alma lavada. O clien­te exigiu minha demissão e assim aconteceu. O problema é que éramos fornecedores da gráfica Irmãos Vitali, que imprimia as caixas para o sabonete Li­fe­buoy, embalagem com um sistema de presilhas que só eu sabia fazer bem. Poucos dias depois fui read­ mi­ti­do. Então, só estou nesse ramo por causa do Li­fe­buoy”, brinca Ivo. Em tempo: o sabonete, vendido no Brasil entre 1940 e 1970, voltou ao mercado brasileiro em 2010. Ivo ficou 10 anos com Romeu Trentin. Aos 20 anos, após o serviço militar, decidiu que

A placa inspiradora continua guardada Equipe da Graf-faca em 1958. Ao lado de Ivo (seta), Franz Kellner (à esquerda)

iria se casar e abrir sua própria empresa. Porém Romeu segurou Ivo, oferecendo-​­lhe o ateliê. “Eu não tinha dinheiro, mas ele disse para eu pagar como pudesse. E foi o que aconteceu. Arregacei as mangas e sai para o mercado feito doido”. Antes, fez uma plaquinha de madeira com a frase “Hei de vencer”, pendurou na parede e usou a afirmação como mantra por muitos anos. O ateliê, que con­ti­nua­va no Campo Belo, passou a chamar-se Graf-​­faca. Lá trabalhavam três fun­cio­ná­r ios, além de Ivo e Franz Kellner, que se tornou sócio poucos meses depois de Ivo comprar o negócio. Entre os clien­ tes, gráficas que ajudaram a construir o segmento de embalagens: Gonçalves, Sarcinelli, Lanzara, Romiti, Rebizzi. “Eles me co­nhe­ciam desde garoto e con­t i­nua­ram comigo”. E com eles Ivo lapidou seu conceito de qualidade e excelência. “Todos queriam o trabalho muito bem feito. O Felício Lanzara, meticuloso, examinava as facas com lupa”.

Romeu Trentin (primeiro à esquerda) e Ivo (último à direita), em 1961

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Em 1970 a Graf-faca já estava no endereço que ocupa hoje, no bairro do Cambuci

Na Brasilpack, em 2002

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Um ano depois, em 1957, a empresa mudou-se para o Cambuci para ficar mais perto dos clien­tes. Ivo já pensava alto, queria imprimir um ritmo in­dus­trial à Graf-​­faca. “Comprei minha primeira máquina para dobrar o aço e mais serras tico-​­tico”. Ele con­ti­nua­va fazendo de tudo: atendia os clien­tes, ajudava a produção, ajustava as máquinas, fazia as entregas. “Sempre fui muito habilidoso. Se precisar, ainda hoje ajudo na manutenção dos equipamentos. Em casa, então, sou eu que mexo em tudo. Sou cu­r io­so e acredito que, se alguém faz, eu também posso fazer”. Ivo arrumava tempo ainda para estudar: em 1971 formou-se em Direito. Esse interesse já lhe rendeu três patentes. A mais recente, registrada neste ano, refere-se a um sistema de trava móvel para facas de embalagens que levam impressão em relevo, sobretudo em braille. “Quan­do não tenho em que pensar fico matutando como resolver os problemas dos clien­tes”, diverte-se Ivo. A caixa desmontável para camisas, ainda usada, foi desenhada por Ivo na década de 60

Ivo recebe um fornecedor alemão na Graf-faca, em 1997

REVISTA ABIGRAF  JULHO/AGOSTO 2011

a partir da necessidade da Cartonagem Flor de Maio, que procurava uma solução mais prática para as caixas desmontáveis que vinham substituindo aquelas que na época eram entregues montadas e ocupavam muito espaço. “Dobrando papel, bolei a caixa e dei para o Floberto e o Samir [donos da Flor de Maio] pa­ten­tea­rem. A empresa, que era pequena, se transformou na maior cartonagem do País”. Salto para a modernidade

A reputação de qualidade fez a Graf-​­faca crescer. Nos anos 60 a empresa expandiu-se, passou por am­plia­ções, até chegar ao ­atual endereço em 1969, com 25 fun­cio­ná­r ios. Nas duas décadas seguintes o ritmo de crescimento acompanhou o mercado, até o salto de 1993. “Na Drupa de 90 vi o sistema a laser para o corte da madeira. Fiquei encantado. Um clien­te meu trouxe o primeiro para o Brasil e percebi que, se não me mexesse, perderia mercado para alguém que nem faqueiro era. Aos 57 anos pensei: se fiz tudo isso na unha, se a Graf-​­faca me deu tudo que tenho, vou dar tudo a ela de volta. Vendi todos os meus bens. Fiquei só com a casa onde morava e paguei o que hoje equivaleria a um milhão de reais na nova tecnologia laser”. A produção da Graf-​­faca saltou de 5.000 para 15.000 metros por mês e o segundo sistema a laser já foi pago com os lucros dessa expansão. Atual­men­te a Graf-​­faca possui cinco linhas de corte a laser e pode produzir 25.000 metros de facas mensalmente. Sem contar a importância que dá à atua­li­ za­ção tecnológica, Ivo valoriza seus fun­cio­ná­ rios. É exigente, mas sabe ouvir e recompensar bons profissionais. “Estamos com 36 colaboradores e muitos têm 15, 20 anos de casa”. Estão ao seu lado também três de seus quatro filhos. O mais velho, Wagner, começou na empresa com 14 anos e agora está com 53, cuidando da produção. Ivana é responsável pela área financeira, importação e exportação e Cristina pelo RH. Apenas Celso, que é médico, ficou de fora. E Ra­fael, filho de Wagner e formado em Administração, se prepara para assumir o departamento co­mer­cial depois de passar por todas as ­­áreas em três anos de Graf-​­faca. “Ele é exigente, igual a mim”, orgulha-se o avô. A aposentadoria está fora dos planos de Ivo. Há 10 anos ele vem reduzindo o ritmo, reservando tempo de “se­mear a saú­de”, como ele diz. Mas o que ele quer mesmo é “ter o prazer de morrer trabalhando”.


Sustentabilidade Clarissa Domingues

Responsabilidade que conquista prêmios Os cases vencedores do 2º‒ Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambiental mostram a presença da indústria gráfica nas práticas produtivas mais sustentáveis e justas.

A

s contribuições socioambientais para o planeta são um modo de tornar mais saudáveis as prá­ ticas e, por consequência, as condições da vida humana. Atitudes res­ ponsáveis para com o meio am­bien­te e co­ munidades na qual estamos inseridos fun­ cio­n am como exemplos que podem ser multiplicados, crian­do um futuro mais jus­ to para todos, em muitos aspectos. A aju­ da àqueles que estão próximos e a cons­ciên­ cia cria­ti­va tomam o lugar das práticas que fazem mais fácil e curto o caminho, e que,

muitas vezes, deixam um rastro de devas­ tação. Se este esquema de valores ainda não é pro­prie­d a­de de uma maioria, ao menos uma parcela representativa da indústria gráfica vem sendo estimulada a agir pelo bem — das pes­soas e do planeta. E esta é a proposta do Prêmio Abigraf de Responsabilidade So­cioam­bien­tal, que reuniu 35 cases inscritos por 26 empresas de todo o País. Vencedoras da segunda edi­ ção do concurso, a Indústria Gráfica Plural e a Gráfica e Editora Posigraf são dois bons exemplos a serem seguidos. JULHO/AGOSTO 2011  REVISTA ABIGR AF

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Sustentabilidade

Ações de capacitação e solidariedade

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Por meio de suas ações de cidadania em benefício ao próximo, a Plural, gráfica ins­ talada em Santana de Par­naí­ba (SP), foi a vencedora na categoria So­cial do 2 º‒ Prêmio Abigraf de Responsabilidade So­cioam­bien­ tal. O case “Ini­cia­ti­vas de Responsabilidade So­cial” é fruto de projetos desenvolvidos em parceria com o poder público, institui­ ções privadas e de caridade e engloba uma série de ini­cia­ti­vas educacionais e projetos so­l i­d á­r ios em diversas re­g iões. No âmbito da educação, o destacado programa Print ­School – Escola Gráfica, cuja missão é promover a capacitação de jovens do município de Santana de Par­ naí­ba, formou 34 alunos como auxiliares gráficos em 2010. Do total, 27 jovens fo­ ram contratados pela Plural. Nesse pe­r ío­ do, a Print ­School foi publicada no Banco de Boas Práticas da Fundação Na­cio­nal da Qua­li­da­de (FNQ ), o que contribuiu com a troca de ex­pe­r iên­c ias e com o aprimora­ mento de boas práticas em outras orga­ nizações. O programa, que conta com o apoio da Prefeitura e da Secretaria Muni­ cipal da Educação de Santana de Par­naí­ ba, foi am­plia­do em 2011 e garantiu vagas também para mulheres. Os 28 estudantes que ini­cia­ram o curso em fevereiro têm re­ cebido capacitação, também, nos módulos Responsabilidade Am­bien­t al, Gestão da Qua­li­da­de e Segurança Pa­tri­mo­nial. REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

Como um estímulo ao corpo docente do Centro So­cial São José, onde ocorrem as aulas, a Plural imprimiu e doou agendas a 400 professores. A instituição auxilia hoje 280 crian­ças e suas fa­mí­lias em seu desen­ volvimento in­te­lec­t ual e formação como cidadãos, através da educação, além de ofe­ recer atividades re­crea­t i­vas, esportivas e culturais. A gráfica também doou 170 ca­ dernos à as­so­cia­ção Terezinha, instituição

que abriga, educa e alimenta cerca de 100 crian­ças e adolescentes carentes do muni­ cípio de Ca­ra­pi­cuí­ba, na Grande São Pau­ lo. Além disso, a Plural, uma das empresas fundadoras do Centro Cultural Alphavil­ le Tamboré, assumiu parte das despesas para a construção da instituição que visa preservar a história dos bairros. Dentre suas ações de so­l i­d a­r ie­d a­de, a gráfica promoveu em 2010, junto à Secre­ taria de Assistência So­cial e o Fundo So­cial de Santana de Par­naí­ba, a Campanha do Agasalho, que arrecadou 115 mil peças de roupas e mais 200 cobertores novos, doa­ dos pela Plural. A ini­cia­ti­va beneficiou cer­ ca de duas mil fa­mí­lias em si­tua­ção de po­ breza. A Campanha Natal Solidário é outra ação que promove, anual­men­te, doa­ções a crian­ças carentes de diversas comunidades. O apoio, pelo segundo ano consecuti­ vo, da ação so­c ial Casa do Zezinho, pro­ movida pelo Instituto Walmart, rendeu um mutirão, do qual a Plural assumiu par­ te das despesas, para melhoria da estrutu­ ra interna da instituição que ajuda mais de 1.200 crian­ças e jovens, entre 6 e 21 anos, moradores da re­g ião de Campo Limpo. A Plural também ampara outras ins­ tituições, como a Nosso Lar Casas André Luiz, o Hospital Santo Antônio de Blume­ nau, além de prestar suporte à campa­ nha SOS Re­g ião Serrana do Rio — que auxiliou fa­mí­l ias vítimas das enchen­ tes — e apoiar a Conferência Muni­ cipal de Meio Am­bien­t e de Santana de Par­n aí­b a e a As­s o­c ia­ç ão Parceira Contra as Drogas. Nas palavras de Carlos Jacomine, diretor geral da Plural, o prêmio ressal­ ta a importância da preo­cu­pa­ção de em­ presas na contribuição para um futuro melhor por meio da educação e do vo­ lun­ta­r ia­do, sempre apoiando a inclusão so­cial. “A conquista da maior pre­mia­ção de responsabilidade so­cioam­bien­tal do mercado gráfico na­cio­nal é para a Plural motivo de muito orgulho, pois destaca seu compromisso so­cial, um de nossos principais valores. Com este reconhe­ cimento, a Plural passa a ser referência em ini­c ia­t i­vas sociais e comprometese ainda mais em aperfeiçoar suas rela­ ções com a comunidade, profissionais, clien­tes, fornecedores e parceiros”.


Por um planeta mais saudável

A preo­cu­pa­ção com o meio am­bien­te sem­ pre esteve presente na Gráfica e Editora Posigraf, de Curitiba (PR). Com gestão am­ bien­tal pautada pelo compromisso de aten­ dimento a requisitos legais e também pela identificação dos aspectos de preservação de recursos naturais, a empresa tornou-se, há onze anos, a primeira gráfica brasileira a obter a certificação ISO 14001. O empe­ nho em desenvolver uma visão sistêmica sobre a sustentabilidade rendeu a conquis­ ta do troféu Orlando Villas Boas, oferecido ao ganhador da categoria Responsabilida­ de Am­bien­tal, do prêmio promovido a cada dois anos pela Abigraf Na­cio­nal. O case inscrito é composto por uma sé­ rie de ações, que devem ser entendidas de maneira global, levando em conta o ciclo de produção. Este conjunto visa, sobretu­ do, minimizar o impacto dos processos e produtos sobre o meio am­bien­te, além de dar o exemplo aos seus parceiros comer­ ciais. Para o diretor-​­presidente da Posi­ graf, Giem Guimarães, o mérito recebido é o indicador de que a empresa está cum­ prindo os objetivos traçados para a gestão am­bien­tal, além de ser um resultado con­ creto dos investimentos humanos, de tec­ nologia e de processos. “Sermos reconheci­ dos por nossas ini­cia­ti­vas ambientais pela Abigraf Na­cio­nal é muito significativo para a Posigraf”, comemora o executivo. Em 2010, a Posigraf iniciou seu Pro­ grama de Educação Am­bien­t al, pensado

de maneira a desenvolver uma visão cons­ cien­te em seus participantes. Dividido nos módulos Meio Am­bien­te, Conservação da Natureza, Desenvolvimento Sustentável e Educação Am­bien­tal, o treinamento con­ tou com a presença de 28 colaboradores em sua primeira edição. A intenção é dissemi­ nar a cultura da responsabilidade am­bien­ tal não apenas no campo de trabalho, mas também nas práticas diá­r ias, de maneira coletiva e in­d i­v i­dual. Dentre as ações previstas no programa, os colaboradores participaram ativamen­ te da pesquisa “Interações entre o clima e dis­t úr­bios antropogênicos e seus efeitos na dinâmica florestal”, desenvolvida por pesquisadores da So­c ie­d a­de de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Am­bien­tal (SPVS), parceira da Posigraf no projeto jun­ to ao Instituto Earth Watch, na Reserva Natural do Rio Cachoeira no município de Antonina (PR). Os participantes ajudaram os cien­tis­tas a fazer coletas de dados e ob­ servaram como as ações antrópicas afetam diretamente o ecossistema florestal. No que tange à conservação da bio­d i­ ver­si­da­de, a Posigraf uniu forças com a Fun­ da­c ión Avina, a Fundação O Boticário de Proteção à Natureza e a SPVS para ­criar o Instituto Life (Lasting Ini­tia­ti­ve For Earth, ou Ini­cia­ti­va Duradoura pela Terra). Apoia­ da pela ONU e pelo governo brasileiro, a en­ tidade responde pelo desenvolvimento e a gestão da Certificação Life, que qualifica e reconhece organizações públicas e privadas

desenvolvedoras de ações favoráveis à con­ servação da bio­d i­ver­si­d a­de. Como forma de compensar as emissões geradas em seu processo produtivo, a Posigraf também ade­ riu à Campanha de Desmatamento Evita­ do e adotou uma área de preservação da Mata de Uru de 131 hectares. Além dessas ini­cia­t i­vas, a gráfica mantém um sistema de ge­ren­cia­men­to de re­sí­duos sólidos e de tratamento das emissões atmosféricas. A Posigraf foi uma das primeiras grá­ ficas brasileiras do segmento pro­mo­c io­ nal e edi­to­r ial certificada pelo selo FSC (Forest Stewardship Council – Conse­ lho de Manejo Florestal). Também possui certificação Cerflor (Programa Brasileiro de Certificação Florestal), atestando que seus fornecedores utilizam matéria-​­prima pro­ve­nien­te de florestas manejadas respon­ savelmente. Além disso, criou e integrou às suas práticas o programa de compen­ sação de emissões Carbono Zero, do qual participam clien­tes e fornecedores. Em 2011, a Posigraf tornou-se a pri­ meira gráfica brasileira a obter a ISO 14064, que valida seu inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE), responsáveis pelos danos à camada de ozônio. O inven­ tário é rea­l i­za­do de acordo com as diretri­ zes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

77 JULHO/AGOSTO 2011  REVISTA ABIGR AF


Sustentabilidade Ada Caperuto

Agfa do Brasil divulga seu relatório de sustentabilidade Publicação apresenta as normas adotadas por organismos ambientais, as diretrizes da companhia e os diferenciais de seus produtos para tornar gráficas editoriais, comerciais e promocionais mais competitivas por meio de tecnologias ecoeficientes.

Este caderno foi impresso em papel reciclado Eco Millennium 90 g/m², produzido pela Bignardi Papéis

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arte integrante do planejamento de ações de empresas de qualquer porte ou segmento, a atua­ção so­cial e am­ bien­t al­men­te responsável consolidou-se como legítima preo­cu­pa­ção, deixando de ser um mero instrumento de mar­ke­t ing. Bom para o planeta, melhor ainda para a so­cie­d a­de. Por outro lado, gerar riquezas e trabalho, mas com redução máxima de impacto ao meio am­bien­te, é, sim, um di­ fe­ren­cial de competitividade para as em­ presas. E vai além disso: é uma postura co­ brada pelos consumidores, pela so­cie­da­de civil organizada e pelo poder público. Por todos estes motivos, a Agfa do Bra­ sil tomou a ini­cia­t i­va inédita de divulgar seu Relatório de Sustentabilidade, publi­ cação que reú­ne normas, determinações e padrões ecológicos e sustentáveis norma­ tizados por órgãos nacionais e internacio­ nais, juntamente com a descrição detalha­ da e ilustrativa de sua série de produtos — e os be­ne­f í­cios que estes podem trazer para não somente aumentar a qualidade e pro­ dutividade de uma gráfica, como também torná-la mais ecoe­f i­cien­te. De acordo com Pau­ lo Amaral, diretor da divisão de Artes Grá­ ficas da Agfa do Bra­ sil, até pouco tempo atrás apenas grandes empresas buscavam impressos mais sus­ tentáveis e quase que exclusivamente para materiais institucionais, como re­la­tó­r ios anuais e REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

apresentações. “Nos últimos anos, percebe­ mos claramente que as exi­gên­cias têm ex­ pandido em duas direções: as empresas op­ tam por serviços gráficos mais sustentáveis e também am­pliam a visão do que são es­ ses serviços sustentáveis, percebendo que eles englobam toda a cadeira produtiva”. Na opi­nião de Fabrizio Valentin, presi­ dente da Agfa Graphics na América Latina, o mercado deve trilhar o caminho da sus­ tentabilidade. “É a única alternativa para termos ne­gó­cios eticamente competitivos e construirmos um futuro melhor. Esse é o compromisso da Agfa-​­Ge­vaert no mundo, no Brasil e na América Latina”.

Compromissos e contribuição da Agfa para um mundo com serviços gráficos mais sustentáveis

Soluções Agfa

Além de apresentar números atuais e de­ mandas por ações am­bien­t al­men­te sus­ tentáveis nas gráficas brasileiras, o rela­ tório divulgado pela Agfa mostra quais os destaques de seu portfólio de produtos no que tange à ecoprodutividade. “Este re­ latório é di­re­cio­na­do ao mercado gráfico brasileiro como um todo, não somente a clien­tes Agfa. A publicação traz dados im­ portantes para gráficas de todos os por­ tes que buscam condições mais sustentá­ veis de produção. Para aqueles que querem soluções ime­d ia­tas para tornar sua gráfi­ ca mais ‘verde’, o relatório também traz al­ gumas soluções Agfa que atendem a essa

demanda”, destaca Eduar­do Sousa, gerente de mar­ke­ting para a América Latina. Entre elas, estão os pacotes de aplicati­ vos :Apogee e :Arkitex, soluções automati­ zadas que di­mi­nuem os processos na eta­ pa de pré-​­impressão e ajustes, reduzindo o tempo de acerto; as chapas digitais ver­ des da linha:Azura em versões térmica e vio­le­ta, que eliminam processos químicos nocivos ao meio am­bien­te; chapas conven­ cionais otimizadas para operações eco­f i­ cien­tes, como a:Energy Elite, uma chapa offset que necessita de menor uso de ál­ cool, emite menos componentes agressi­ vos ao meio am­bien­te e dispensa for­nea­ men­to; a chapa :N91V para jornais, com tecnologia vio­le­ta, que gera menor consu­ mo de energia no laser (vio­le­ta) e usa uma fina emulsão que demanda menos lavagem (com economia de água); as soluções jato de tinta :Anapurna, :M-​­Press e :Jeti, que usam tinta UV curáveis que não pos­suem solvente e não emitem componentes volá­ teis; e a :Dotrix, impressora de alta veloci­ dade, que reduz o tempo de produção. & AGFA DO BRASIL Tel. (11) 5188-​­6444 www.agfa.com



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Peça da campanha da AlmapBBDO para a revista Billboard premiada com ouro na subcategoria Publications & Media

Vencedores Agência do Ano AlmapBBDO (Golden Lion)

Press

Participação histórica do Brasil em Cannes

O

80

Brasil registrou O País também se Agências brasileiras trouxeram a melhor parti­ da França 66 Leões, destacando‑se destacou na categoria cipação de to­ na categoria Press, com um total Out­door ­L ions, com dos os tempos 16 tro­féus, sendo cin­ de 19 troféus conquistados. no festival publicitá­ co Silver ­Lions e onze rio Cannes ­Lions, rea­l i­za­do na França de Bronze ­Lions. Outras conquistas importan­ 19 a 25 de junho. Ao todo, nosso país con­ tes foram registradas nas ca­te­go­rias Design quistou 66 ­Leões, entre eles o mais dese­ (dois ouros, uma prata e dois bronzes); Ra­ jado, o de Agência do Ano, pela Almapp­ dio (três bronzes); Cyber (um Leão de Pra­ ta); Promo & Ac­ti­va­tion (um de prata e um BBDO, que repetiu a façanha pela terceira de bronze); Direct (um ouro, três pratas e vez, a segunda consecutiva. A participação brasileira também so­ dois bronzes); Media (duas pratas e dois bressai com a conquista de 19 tro­féus na bronzes); PR (um ouro e uma prata); Film categoria Press ­Lions, destacando-se, no­ (duas pratas e três bronzes); e Film Craft vamente, a Almap­BBDO, com o Gold Lion (um ouro e um bronze). Esta foi a 58 ª‒ edição do Cannes ­Lions obtido na subcategoria Pu­bli­ca­tions & Me­ dia, graças à campanha cria­d a para a re­ In­ter­na­tio­nal Festival of Crea­ti­v ity, ou sim­ vista Bill­board. Ainda na categoria Press plesmente Cannes ­Lions, a principal pre­ — que teve como presidente do júri Tony mia­ção mun­d ial do setor de propaganda, Granger, diretor global de cria­ção da Y&R , e publicidade e comunicação. Em 2011, o 518 finalistas entre os 5.415 inscritos —, as festival registrou mais de 28.800 inscri­ agên­cias F/Nazca Saat­chi & Saat­chi, JWT ções de paí­ses de todo o mundo. Mais de Brasil, Almap­BBDO e Leo Burnett fatura­ 9 mil pes­soas de 95 paí­ses participaram, ram o Silver Lion, em um total de sete tro­ durante os sete dias do evento, de expo­ féus. Ficaram com Bronze ­Lions as agên­ sições e exibições, bem como 57 se­mi­ná­ cias Y&R , Almap­BBDO, Moma, Age Isobar, rios, 20 workshops e master classes apresen­ Ogilvy Brasil, DDB Brasil e Leo Burnett, tadas por renomados líderes da indústria de comunicação de todo o mundo. com onze tro­féus na soma. REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

Ouro “Jimi Hendrix/Iron Maiden/Lady Gaga/Madonna/ Michael Jackson”, da AlmapBBDO para a revista Billboard Prata “Baralho/Bexiga/Unhas”, da AlmapBBDO para o Tiguan, da Volkswagen ◆ “Cachorro/ Bagagem”, da JWT para o Supradyn, da Bayer ◆ “Fuja”, da AlmapBBDO para a Escola Panamericana de Arte ◆ “Idades”, da F/Nazca S&S para a Olay, da Procter & Gamble ◆ “Jimi Hendrix/Iron Maiden/Lady Gaga/Madonna/ Michael Jackson”, da AlmapBBDO para a revista Billboard ◆ “Papel/Rolo de alumínio/Plástico PVC/Saco plástico”, da AlmapBBDO para os Caminhões Volkswagen ◆ “Portão/Iceberg/ Canhão”, da Leo Burnett para a Fiat Bronze “Aniversário/Família/Avô”, da Ogilvy para a BandSports ◆ “Azul/Rosa/Amarelo”, da Age Isobar para a Mugen ◆ “Barbudo/Calvo/Mulher”, da Y&R para a Santa Casa de Misericórdia ◆ “Chanel/Armani/Lavin”, da Y&R para a LG ◆ “Fusca/Leite/The Economist”, da Y&R para Miami Ad School ◆ “Meninos/Camisa/ Iraque”, da DM9DDB para o jornal Marca Brasil ◆ “Portão/Iceberg/Canhão”, da Leo Burnett para a Fiat (dois Leões de Bronze em categorias diferentes) ◆ “Quartos/Piscinas/Restaurantes”, da AlmapBBDO para a Top Magazine ◆ “Twitter/ Skype/Facebook/YouTube”, da Moma para o MaxiMídia, do Meio & Mensagem ◆ “Vermelho/ Azul”, da AlmapBBDO para a Stock Photos

Outdoor Prata “Aniversário/Família/Avô”, da Ogilvy para a BandSports ◆ “As cartas esquecidas de Papai Noel”, da Ogilvy para a Coca-​­Cola ◆ “AXN TV Boxes”, da Publicis para a Sony Television ◆ “Mágica/Fantoches/Origami”, da AlmapBBDO para o Tiguan, da Volkswagen ◆ “Projeto Repartir”, da AlmapBBDO para a Casa do Zezinho Bronze “Iron Maden/ Lady Gaga/ Madonna/ Michael Jackson”, da AlmapBBDO para a revista Billboard ◆ “Thiago”, da Ogilvy para a Unicef ◆ “Carro/ Geladeira/ Facas”, da Z+ para o Supermercado Dia ◆ “Calças/ T-​­Shirt/ Camisa”, da Z+ para a Penalty ◆ “Guerra/ Dinossauro”, da Z+ para a Jamute Áudio ◆ “O maior abraço do mundo”, da Monumenta para o Conselho Nacional do Sesi ◆ “Twitter/Skype/Facebook/YouTube”, da Moma para o MaxiMídia, do Meio & Mensagem ◆ “O real cofre de banquinho”, da Artplan para a Hebara ◆ “Wave Sound London/ Wave Sound NY”, da Grey para a 3M ◆ “Náufrago”, da Giovanni+DraftfCb para a Agro Food ◆ “Preço”, da New 360 para o Citroën Cheverny


BrainStorm

Ipsis conquista as Américas.

Dois Prêmios Benny de uma só vez.

A Ipsis recebeu em dose dupla o maior e mais cobiçado prêmio da indústria gráfica internacional. São dois Prêmios Benny - The Premier Print Awards da Printing Industries of America, nas categorias Livro de Arte e Catálogos de Serviço. Ganhou também dois certificados de qualidade nas categorias Livro de Arte e Livro Juvenil.

Ipsis Litteris 7

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Esquisitices dos anos 1970 No início dos anos 1970, a Editora de Guias LTB, do Rio de Janeiro, publicou duas edições do anuário Sinal, Registro de Marcas e Símbolos. Como não era uma publicação de design, mas sim de direitos e registros, ela era uma coleção curiosa de marcas eruditas, vernaculares, geométricas e figurativas...

Banco Nacional de Habitação

Empresas de estruturas/Rio de Janeiro

Tudo ¶ Feito a lápis e vetorizado no illustrator.

Empresas de estruturas/Jundiaí

Empreendimentos/Rio de Janeiro

O questionamento era: onde está e qual é a tipografia tipicamente brasileira? Que cultura tipográfica o Brasil pode legar às gerações futuras? Ou seremos sempre — mesmo quando nos tornarmos potência mundial de verdade — dependentes das culturas suíça, holandesa,

Contabilidade/Florianópolis

americana? Quem levantou a questão foi a designer Giuliana Rollo em uma conversa sobre projetos tipográficos. A primeira ideia para enfocar este universo foi pensar em quem produz uma tipografia

Agência de empregos/Rio de Janeiro

espontânea no País: os antigos e remanescentes tipógrafos da era de metal. Pequenas gráficas espalhadas pelo Brasil, incluindo bairros e subúrbios paulistanos e pequenas cidades interioranas do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, de Pernambuco e do Pará, imprimem

Estudio fotográfico/Rio de Janeiro

todo o dia pequenos volantes de divulgação para pequenos negócios e serviços, como chaveiros, cartomantes, restaurantes a quilo, santos milagrosos etc. Depois, pensando um pouco mais, tivemos — e ainda temos — uma vertente modernista bem abrasileirada, mas de sabor suíço, que desenvolveu-se por intermédio do trabalho dos

Comércio/Joinville

pioneiros como Ruben Martins, Décio Pignatari (e os poetas concretos), Alexandre Wollner e todos aqueles que estiveram em torno da Associação Brasileira de Desenho Industrial (ABDI) nos anos 1960, que aproveitou-se também do tempero elaborado pelos artistas e agitadores

Instrumentos musicais/S.Bento do Sul

modernistas da Semana de Arte de 1922. Uma terceira onda, derivada das tecnologias digitais e dos modismos absorvidos no pós-modernismo, via Londres (Neville Brody) e Califórnia (David Carson), assolou o mundo

Instalações industriais/Belo Horizonte

tipográfico brasileiro a partir do final dos anos 1980 e foi a grande influência dos tipógrafos eletrônicos formados no Brasil nas últimas décadas. Este tsunami foi alimentado

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Topografia/Rio de Janeiro

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

por cópias e apropriações (revista MacMania e Tony de Marco), paródias e brincadeiras


Ilustrações ¶ Maria Julia Santos Contatos ¶ majucsantos@gmail.com jujulia@hotmail.com @MajuSantos flickr.com/majusantos Japonesa ¶ Lápis e contornada com caneta. Colorida – lápis, contornada com caneta e pintada no Photoshop com tablet Wacom.

Tudo ¶ Feito a lápis, vetorizado no illustrator e colorido no Photoshop.

Tipografia modernista: cartões de Fernando Lemos, móveis Escriba e Alexandre Wollner. ¶ Uso vernacular de tipos metálicos e digitais. ¶ Tipografia de Rodolfo Capeto para Dicionário Houaiss. ¶ Trabalho tipográfico de Vicente Gil.

Título composto na família tipográfica Brasilero de Cristian Cruz e texto em Perpetua de Eric Gill.

(Elesbão e Haroldinho), maneirismos (Vicente Gil), experimentalismo vernacular (Priscila Farias, Jimmy Leroy, Cristian Cruz) e trabalho erudito (Fernanda Martins, Claudio Rocha, Rodolfo Capeto), até chegarmos a uma certa maturidade juvenil, nascida de puro voluntarismo e fruto de estímulos como os eventos Tipografia Brasilis; ela pode ser detectada nas mostras mais recentes dos Tipos Latinos e na oferta de serviços de alto nível no nosso mercado gráfico. Mas, escondidas em algum grotão do País, existem experiências que fogem a esses três rios caudalosos citados. Anos atrás, alunos da graduação da Universidade Anhembi Morumbi, pesquisando sobre tipos brasileiros, descobriram que, em Minas Gerais, na região de Ouro Preto, durante o período colonial, foi esculpido um alfabeto metálico com a tecnologia existente na Europa (e certamente por influências estrangeiras) que foi utilizado para publicar documentos políticos contra o Império. O que faz sentido: a região unia a tecnologia (fundição, gravura), a política (ideologia) e os movimentos (imprensa) pela independência brasileira; na época, a imprensa era proibida no Brasil. E tem mais: na experiência de O Gráfico Amador, grupo do qual fez parte Aloisio Magalhães, (incensado como nosso maior designer gráfico e que era advogado e artista plástico), também podemos encontrar influências e lições tipográficas que marcaram muitas das nossas editoras importantes, entre as quais as famosas Globo (Porto Alegre), Civilização Brasileira (Rio de Janeiro) e Brasiliense (São Paulo). São rios que ora andam em paralelo ora se cruzam, sem preconceitos e sem cerimônia, e é neles e a partir de suas misturas que está sendo moldado o jeitão brasileiro de desenhar tipos e letras. Claudio Ferlauto JULHO/AGOSTO 2011  REVISTA ABIGR AF


Marcas e bancos que sumiram do mapa

O Brasil com s está presente em Nova York com projeto da Dezign com Z para a Track & Field A primeira loja da Track & Field em Nova York, inaugurada na Madison Avenue, em Manhattan, projeto de Artur Casas, com identidade visual da Dezign com Z, conta também com este belo projeto que integra as embalagens à arquitetura da loja. As tampas das cápsulas transparentes formam este grande painel e facilita as escolhas dos produtos pelos clientes. Segundo o diretor e designer Zeuner Fraissat, “para reduzir o impacto ao meio ambiente, as cápsulas foram produzidas a partir de um plástico natural chamado Ingeo TM, composto por plantas e sem a utilização de petróleo na fórmula. Essas embalagens são produzidas por meio de recursos renováveis e têm menor impacto ambiental e menor emissão de gases de efeito estufa em relação aos plásticos comuns”.

no tempo em que os Beatles eram jovens e criativos por Aloísio Magalhães

Fundamentos

tentável

do Design

co sus Design gráfi rty ghe Brian Dou

Linguagens

do design

ndendo – Compree

o design gráfico

Heller de Steven gráfico do design

A prática

gia criativa

– Uma metodolo

Fuentes de Rodolfo da marca

A imagem

o social

– Um fenômen

de Joan Costa

Design digital de Javier Rojo O cartaz –

Prêmio Design Casa Brasileira

Museu da

de Claudio

Ferlauto

vem à cabeça coisa que do a primeira sustentável, em geral associa s em design reciclados, Ao se falar que as pessoa materiais em objetos s é o uso de nunca está encontrado das pessoa gráfico quase “alternativo” pensa-se que ncia. Design a um visual quando está, ções. por má consciê pação – e, compram o nas publica primeira preocu não papel reciclad do que isso, ou inserido nessa e complexa ente de usar rão ampla meram mais se trata dúvida decorre o, é muito da qual sem no entant estão profunda A questão, ças ainda análise mais Essas mudan uma erro. o e onais. exigind s profissi tentativa nas prática na base da alterações gestadas, ios deste livro. entada s e os benefíc experim avaliar os sendo que podem ra de design. É nesse ponto , jornalista e curado nova a traça Adélia Borges à prática e para une a teoria obrigatório Sustentável . Um livro s “Design Gráfico para o design gráfico oportunidade cia em uma das grande tendên se envolver que querem século XXI.” designers ativas do . mais signific o pela AIGA do design r, premiad Clement Mok,

designe

ca usada A família tipográfi ição de textos, na compos s do livro títulos e legenda em 1960 criada é a Syntax Eduard Meier, por Hans e. pela Linotyp produzida

¶ Rosari

na sua

www.rosari.com

84

Publicado no início dos anos 1970, como prefácio do anuário Sinal, Registro de Marcas e Símbolos, da Editora de Guias LTB.

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

es

Adélia Borg

Mais sobre sustentabilidade via Adélia Borges

“Vem em muito boa hora a tradução para o português de Green Graphic Design. A sustentabilidade é, sem dúvida, a questão maior de nosso tempo. Não se passa um dia sequer sem que o assunto esteja onipresente nas reportagens dos jornais, nos debates públicos, na publicidade das empresas. No entanto, o aumento da exposição do termo não correspondeu a um aperfeiçoamento da reflexão sobre qual é a parte que cabe, a cada um de nós, na construção de um mundo sustentável. Brian Dougherty sintetiza essa questão afirmando que há três maneiras diferentes de pensar o papel do designer gráfico no que se refere à sustentabilidade: como manipulador de materiais, como criador de mensagens e como um agente de mudança. Ele desdobra com profundidade, sem ser hermético, cada uma dessas dimensões da ação do designer gráfico, e assim nos ajuda a desvendar os véus das interpretações rasas e das palavras vazias de significado para lastrear uma mais do que necessária e urgente mudança na maneira de projetar o mundo”.

rative, Design Collabo ável do Celery design sustent fundador erty é sócio trabalha com Brian Dough projetos Esse estúdio brand para . y, California.

Mattel de marca/ em Berkele publica HP, eBay e e estratégias A Rosari também Design e ações como design (green design) s Textos s de green grandes corpor títulos as coleçõe áveis para tipo?, com or para assunto Homem sustent Qual é o seu u o prêmio ante e consult rs Borges, Chico , Celery recebe Brian é palestr dos designe de Adélia O estúdio a associação Claudio FerlautoFerrara, da AIGA, de Melo, e ecoinovação. em 2004, Lucrécia Leadership, revista I.D. Claudio Rocha, rt, Environmental indicado pela Weinga tes nos EUA. e Brian foi Wolfgang rs mais influen americanos, Zapf e outros. n designe Herman lista dos 40 .br

tável

rty

¶ Syntax

Prefácio de

n Doughe ável ¶ Bria co sustent

¶ Coleção s do Design Fundamento

n

tos do Desig

fico susten Design grá herty Brian Doug

Fundamen

Design gráfi

De uma maneira geral podem-se classificar os sinais gráficos em três categorias fundamentais a partir do elemento básico em torno do qual se estruturam: 1. a partir da palavra ou de letras; 2. a partir da representação de uma imagem ligada à função; 3. a partir de formas arbitrárias. No primeiro caso, incluem-se logotipos, representações da palavra de maneira particular, transformando-a em marca – Pirelli –, como também as marcas estruturadas em letras iniciais de um nome, como RCA e IBM. No segundo, incluem-se as marcas, os sinais ditos pictográficos, como por exemplo os que se utilizam de uma “chama” para designar companhias de gás ou “homem” e “mulher” designando banheiro masculino e feminino. No terceiro caso, de formas arbitrárias, incluem-se os sinais designativos que na sua origem são vazios de significado [por exemplo a “árvore” do Bradesco]. Só a partir de uma convenção aceita e por meio do uso repetitivo impregnam-se da significação que representam. Em todas as três situações existem fatores comuns que devem ser levados em consideração. A qualidade ótica que permite percepção rápida, econômica e sobretudo sua particularização. O fator originalidade também deve ser levado em conta, se bem que no universo demasiadamente carregado de sinais de hoje é extremamente difícil encontrar formas novas para a formulação de uma síntese gráfica. […] Entretanto, o sinal não vive sozinho. É por meio de seu uso programado e de suas relações com outros elementos de comunicação que se pode criar uma imagem global perante o público. […]

a Design é mudanç em Design é mensag e Design é qualidad

Marcas e logotipos

Prefácio de Adélia Borges para Design Gráfico Sustentável, de Brian Dougherty, Rosari, 2011.


O FUTURO ESTÁ LOGO ALI. CONHEÇA QUEM VAI LEVAR VOCÊ ATÉ ELE.

8 a 11 de outubro de 2011

ELES JÁ ESTÃO NO 15º CONGRAF. SÓ FALTA VOCÊ. Faça já a sua inscrição pelo site: www.congraf.org.br Henrique Meirelles

Palestra de abertura Perspectivas para um Brasil melhor

Lala Deheinzelin

Economia criativa, sustentabilidade e futuros

Sidnei Oliveira

O Perfil do novo consumidor - Geração Y

José Carlos Brunoro

Copa do Mundo e Olimpíadas Oportunidades nos negócios

Mariela Castro

O Poder das Mídias Sociais para os negócios

Flavio Botana

Hamilton O futuro da gráfica e a construção Terni Costa de valor nas relações comerciais

Bruno Mortara

Walter Longo

Cesar Callegari

Planejamento de Investimentos Estruturando o seu crescimento de forma economicamente sustentável

Educação de qualidade como fator de sustentabilidade do desenvolvimento

Oportunidades para a Indústria Gráfica

Tendências tecnológicas - convergências de Mídias ou substituição?

Fabio Mestriner no segmento de embalagem

A inovação e o futuro da comunicação voltada ao consumo

Mário César Martins de Camargo

Palestra de encerramento Balanço do 15º CONGRAF - Oportunidades e ameaças na visão do empresário gráfico

A 15ª edição do CONGRAF vai acontecer em outubro, em Foz do Iguaçu, e será essencial para quem busca atualização profissional e oportunidades de negócio. O evento terá palestras que mostram o futuro do mercado e fazem toda a diferença na sua empresa.

Não perca a opor tunidade de fazer par te do futuro.

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Quadrinhos

A Garra Cinzenta

O A Conrad revive em edição de luxo e fac‑similar surpreendente série nacional de quadrinhos publicada no final dos anos 1930.

s leitores de A Gazetinha em julho de 1937 tiveram uma surpresa ao ver o primeiro capítulo em formato tabloide, preto e branco, de uma história em quadrinhos cria­da e desenhada aqui, protagonizada por personagens com nomes estrangeiros como Higgins, Miller, Curberry e Kitty. É incrível que os quadrinhos brasileiros tenham produzido na época algo para disputar espaço com os poderosos comics norte-​ ­americanos, que dominavam o mercado. A série durou dois anos e teve 100 capítulos. Mas foi só no capítulo 19, quando surge na história pela primeira vez o Garra Cinzenta, com o símbolo dos piratas no peito, uma roupa negra e uma caveira escondendo o rosto, que a coisa pegou. Nos capítulos seguintes aparecem la­bo­ra­tó­r ios fantásticos, circuito fechado com telões gigantes, alçapões com morcegos, chineses velhacos, mú­mias, um robô gigante e a inevitável vamp. Renato Silva, in­ fluen­cia­do por Alex Raymond em X-9 (v. Abigraf n º‒ 252), supera-se nas ilustrações graças ao texto de Francisco Armond (até hoje não se sabe quem se escondia atrás desse pseudônimo), que prevê cria­t i­va­men­te clichês que se con­sa­g ra­r iam mais tarde nos quadrinhos e cinema. No capítulo 76, quando o Garra desperta a vamp do sono eterno, nota-se o capricho do desenhista nas cenas dentro do cas-

Conrad Editora Formato: 21,5 x 27,5 cm Capa dura, 128 páginas www.conradeditora.com.br

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Álvaro de Moya é autor do livro Vapt-Vupt. REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

telo, juntando o Garra, o robô e a nova versão feminina do mal. No capítulo 92, o Garra está na pose típica do ditador Mussolini com sua amante Clara Petacci ao lado. A série fez tanto sucesso que atravessou fronteiras. A editora Sayrolls, do México, comprou os direitos e A Garra Cinzenta foi publicada na França creditada como mexicana! De acordo com alguns es­tu­dio­sos, chegou a in­f luen­ciar HQs na Itália e até na Marvel Comics.


Galeria da SIB - Sociedade dos Ilustradores do Brasil

Autor: HECTOR GOMES TĂ­tulo: Nwumba Cliente: Revista Sacapuntas, Argentina. TĂŠcnica: Photoshop e Painter.

www.sib.org.br

Sociedade dos Ilustradores do Brasil


Casa da Xilogravura comemora 24 anos com raridades chinesas Parte dessas có­pias compõe exposição comemorati­ va dos 24 anos da Casa da Xilogravura, que fica aberta ao público até o dia 30 de novembro. São 32 xilogravu­ ras, relatando as pe­r i­pé­cias do monge budista Tripitaca em sua via­gem da China à Índia na companhia de três companheiros: um cavalo branco, um porco (que em encarnação an­te­r ior havia sido um general) e um ha­ bilidoso macaco. Esses três personagens, en­v ia­dos por um deus, auxiliam o monge a escapar das amea­ças da via­gem, relatadas nos capítulos de um clássico literário chinês do fim do século XV escrito por Wu Chan Na. A mostra agora exibida na Casa da Xilogravura é uma versão em imagens dessa obra clássica. Vendido em feiras no in­te­r ior da China, era um tipo de impres­ so xilográfico de caráter popular, à semelhança de nossa literatura de cordel. A autoria e a data das matrizes são desconhecidas, mas devem ser cria­ção de mais de um autor e provavelmente do início do século XX . Ampliação

Exposição traz 32 xilogravuras inéditas, que contam as aventuras de um monge budista.

Em comemoração a seus 24 anos de existência, com­ pletados em julho, a Casa da Xilogravura está também abrindo mais cinco salas e dois salões, que am­pliam o número de obras expostas e permitirão a retomada de cursos, pois um dos salões abrigará um espaçoso ateliê. Todos os novos espaços expositivos e de ensino resulta­ ram de um prédio moderno que foi anexado ao edifício original, de 1928 (veja Revista Abigraf n º‒ 246).

P 88

eter Hiller é um co­le­cio­na­dor brasileiro apaixona­ do pela cultura chinesa. Em uma de suas 20 via­ gens à China, ele encontrou antigas matrizes xi­ lográficas à venda em uma feira popular de Pequim. Indagado, o vendedor informou tê-​­las trazido de uma velha gráfica desativada, acrescentando possuir mais um grande número delas. O brasileiro acompanhou-o até sua casa e comprou todas, trazendo-as para o Brasil: caixas e caixas cheias de pranchas de madeira entalha­ das. Recentemente incumbiu o artista brasileiro Geor­ge R. Gutlich de imprimir có­pias das matrizes em papel, doan­do uma coleção completa ao Museu Casa da Xilo­ gravura, localizado em Campos do Jordão, São Paulo.

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

& MUSEU CASA DA XILOGRAVURA Av. Eduar­do Moreira da Cruz, 295 (Jaguaribe) 12460-​­000 Campos do Jordão SP Abre de 5ª- a 2ª--​­feira, das 9 às 12 e das 14 às 17 horas Tel. (12) 9725.8288 contato@casadaxilogravura.com.br afcostella@ig.com.br



Imagem de eucalipto


VO C Ê S A B E O QUE ACONTECE

CA DA V E Z QU E U M L I V RO, UM CADERNO, UMA EMBALAGEM, UMA REVISTA OU UM FOLHETO

É IMPRESSO? UMA NOVA ÁRVORE DA EDUCAÇÃO, DA INFORMAÇÃO E DA DEMOCRACIA É PLANTADA.

A cadeia produtiva do papel e da comunicação impressa vem realizando uma campanha de informação sobre o que produz para a sociedade. Esclarecer dúvidas e, principalmente, traz à luz da verdade algumas questões ligadas à sustentabilidade. A principal delas é deixar claro que, as árvores destinadas à produção de papel provêm de florestas plantadas, e que essas são culturas, lavouras, plantações como qualquer outra. Somos uma indústria alinhada com a ecologia e a natureza, ou seja, as nossas impressões são extremamente conscientes porque utilizamos processos cada vez mais limpos. E, mesmo assim, buscamos todos os dias novas tecnologias de produção que respeitem ainda mais o equilíbrio do meio ambiente. Somos uma indústria que traz prosperidade para o País e benefícios para todos os brasileiros. Temos imenso orgulho de saber que cada vez que imprimimos um caderno, um livro, uma revista, um material promocional ou uma embalagem, estamos levando conhecimento, informação, democracia e educação a todos. Imprimir é dar veracidade, tornar palpável. Imprimir é assumir compromisso. Imprimir é dar valor. Principalmente à natureza.

IMPRIMIR É DAR VIDA.

ENTIDADES PARTICIPANTES: ABAP, ABEMD, ABIEA, ABIGRAF, ABIMAQ, ABITIM, ABRAFORM, ABRELIVROS, ABRINQ, ABRO, ABPO, ABTCP, ABTG, AFEIGRAF, ANATEC, ANAVE, ANDIPA, ANER, ANL, ARTEFATOS, BRACELPA, CBL, FIESP E SBS. C A M PA N H A D E VA L O R I Z A Ç Ã O D O PA P E L E D A C O M U N I C A Ç Ã O I M P R E S S A . Acesse e saiba mais:

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Personagem

Conhecimento que faz a diferença Empresário do segmento gráfico há mais de quatro décadas, Antonio Carlos Navarro atua pela Abigraf Regional do Distrito Federal contribuindo com sua experiência nas ações de desenvolvimento de mercado na região.

E

Tainá Ianone

Foto: Paulo Cabral

ngenheiro por formação, Antonio Carlos de Araujo Navarro iniciou suas atividades no segmento gráfico como uma alternativa de renda extra para pagar o curso de Engenharia, na década de 1970. Era uma época de competitividade menos acen­tua­da e isso possibilitou a ele, em apenas dois anos, transformar o pequeno estúdio serigráfico montado na garagem de casa em uma tipografia. Em 1976, a expansão continuou e ele conseguiu comprar os primeiros equipamentos offset, am­plian­do a área de atua­ção da Linha Gráfica Editora. Com o objetivo de atingir outro nicho do segmento gráfico, o edi­to­r ial, em 1998

92

Presidente da Abigraf/Sindigraf-DF e do Conselho Diretivo da Abigraf Nacional, Navarro discursa na Federação das Indústrias de Brasília. Agosto de 1995

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

fundou a LGE Editora, que atual­men­t e agrega outra empresa, a Ler Editora. Ambas editam principalmente obras paradidáticas infantis e juvenis. “Aquele foi um novo desafio. O Brasil passava por um momento de crescimento no mercado de edição e o governo federal propunha novos projetos para difundir a leitura nas escolas públicas”, diz Navarro, referindo-se, por exemplo, às primeiras ini­cia­ti­vas do ­atual Programa Na­c io­n al do Livro Didático. “O segmento expandiu, tornando-se mais competitivo, e hoje enfrenta caminhos desconhecidos com a introdução do livro digital”, comenta o ­atual superintendente da Abigraf Re­g io­nal Distrito Federal. Instalada no início da década de 1980, a Abigraf-DF teve suas atividades interrompidas por breve pe­r ío­do, sendo rea­t i­va­d a em 1984. À época, Navarro ocupava o cargo de vice-​­presidente do Sindigraf-DF e assumiu a presidência das duas entidades, em substituição a Lourival No­vaes Dantas, que

foi indicado para assumir a vice-​­presidência da Federação das In­dús­trias do Distrito Federal (Fibra). Navarro relembra que inúmeros problemas precisaram ser enfrentados, em es­pe­cial pelo fato de Brasília ser uma re­g ião onde quase toda a demanda gráfica era gerada pelo setor público federal. “Exis­ tiam de­f i­c iên­c ias em todas as ­­áreas e na qualificação pro­f is­sio­nal. Mas, graças ao empenho conjunto e à vontade de crescer, conquistamos muitos avanços”. Esse trabalho o conduziu à presidência do Conselho Diretivo da Abigraf Na­cio­nal, em 1992. “Durante nove anos pude contribuir para o engrandecimento e o desenvolvimento da entidade e do setor gráfico. Com saudade relembro a convivência com o querido amigo Max Schrappe e todos os demais presidentes das regionais e diretores da Abigraf, sem os quais não te­r ía­mos conseguido atingir nossas metas”, declara. A ex­pe­r iên­cia como empresário gráfico e como dirigente da Abigraf Na­cio­nal e


governamentais, reduziu bastante a capacidade competitiva do parque gráfico local. “Essa desestruturação tem solução e demandará esforços enormes, principalmente de nossas entidades de classe, que concentram as nossas lideranças”, reforça.

Foto: Sergio Almeida

Desafios pessoais

Navarro participou da entrega do Prêmio Direitos Humanos, criado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e patrocinado pela Abigraf Nacional, ao Centro de Defesa da Criança e do Adolescente da Bahia, representada pela sua coordenadora-executiva Hélia Barbosa. Brasília, Dezembro de 1996

Re­g io­nal culminou em um convite para assumir um novo desafio. João Ferreira dos Santos e João Batista Alves dos Santos, respectivamente presidentes do Sindigraf-DF e da Abigraf-DF, chamaram Navarro para ­atuar como consultor das entidades. “Depositaram em mim a responsabilidade de ajudar as gráficas na busca de soluções para promover o desenvolvimento do setor na capital brasileira”, conta o empresário. Ele revela que a atividade gráfica no Distrito Federal ainda é dependente do setor púbico federal, que, por conta das radicais mudanças de regras das compras

No exercício da presidência do Conselho Diretivo da Abigraf Nacional e do Sindigraf-DF, Navarro foi homenageado pela Federação das Indústrias com o diploma do Mérito Industrial do Distrito Federal, recebendo, na oportunidade, os cumprimentos do ex-ministro da Justiça, Maurício Corrêa. Maio de 1993

Paralelamente ao novo cargo, Navarro segue buscando vencer os obstáculos de sua atividade como empresário da indústria gráfica edi­to­r ial. A LGE e a Ler estão produzindo as primeiras edições de suas obras na versão digital, incluindo uma tradução em inglês para exportação. Na opi­nião de Navarro, o livro eletrônico contribuirá para facilitar as exportações das obras li­te­rá­r ias brasileiras. Entretanto, ele ressalta que o País ainda é carente de profissionais qualificados para ­atuar nessa área, apesar do grande incentivo

Na inauguração da sede do Sistema Abigraf, em São Paulo, Navarro aparece ao lado de Marco Aurélio Paradeda, presidente da Abigraf‑RS, e Max Schrappe, presidente da Abigraf Nacional. Junho de 1998

dado pela Apex e pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) às relações ex­te­r io­res, desde 2009. “Um contrato fechado na Feira do Livro de Frankfurt leva até três anos de ne­ go­cia­ções antecipadas. Cada país tem a sua modalidade de contrato, o que também dificulta no aspecto jurídico”, explica Navarro. Segundo ele, de consumidor da literatura estrangeira, o Brasil passou também a fornecedor. Nos últimos três anos, editoras brasileiras participaram das principais feiras mundiais, am­plian­do a divulgação da literatura na­cio­nal. “Além disso, editores, críticos, jornalistas e autores de vá­r ias na­cio­na­ li­da­des, graças ao projeto da CBL , têm vindo ao País conhecer as nossas bienais do livro e demais eventos, como a Festa Literária In­ter­na­cio­nal de Paraty (Flip)”. JULHO/AGOSTO 2011  REVISTA ABIGR AF

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Sentado: Ezequiel Rebelo Fernandez, diretor executivo; Em pé (E/D): Eduardo Seri Fernandez; Bruno Seri Fernandez e Marcelo Seri Fernandez, diretores da Cliart

Assegurando qualidade às embalagens

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Fotos: Roberto Loffel

Após completar 25 anos, a Cliart Clichês tem expectativas positivas sobre um futuro que deverá ser de expansão do principal segmento gráfico que atende.

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ma empresa que tem es­tra­té­g ias bem definidas não apenas acerta mais facil­ mente o rumo de seus ne­gó­cios, como também ganha uma identidade própria que in­ fluen­cia na qualidade agregada aos produtos. Este é um dos motivos da longevidade e do su­ cesso da ­C liart, es­pe­cia­l i­za­d a na produção de clichês para flexografia, dry-​­offset e letterpress. Quan­do foi fundada, em 1985, o Brasil pas­ sava por uma fase de transição política e a pre­ sidência da República era ocupada por José Sarney, o primeiro civil no cargo depois de 21 anos de governo militar. Ainda assim, mesmo naquele pe­r ío­do, marcado por grande instabi­ lidade econômica, a empresa conseguiu expan­ dir-se ano após ano. Hoje a ­C liart ocupa insta­ lações pró­prias, com área total de 1.500 metros quadrados, no bairro do Ta­tua­pé, em São Paulo. O diretor executivo Ezequiel Rebelo Fer­ nandez comenta que o foco no clien­te é um dos diferenciais do trabalho, que engloba a produ­ ção de clichês para as principais empresas do se­ tor de embalagens, em quase todo o Brasil. Com a meta de am­pliar con­ti­nua­men­te a qualidade dos produtos, a empresa investe em renovação tecnológica desde os primeiros anos de ativida­ de. “Nossa missão é contribuir para que ideias sejam transformadas em embalagens. Isso sin­ tetiza o propósito de existência da ­C liart, que é melhorar o re­la­cio­na­men­to com a indústria de impressão para obter como resultado ganhos significativos em todo o processo e a melhoria na produção de embalagens”.

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No início da década de 1990, a C ­ liart substi­ tuiu os antigos clichês de zinco e borracha pelos clichês de fotopolímero, processados com alto nível de controle. “Uma vez que o clichê é um dos principais responsáveis pelo bom resulta­ do da impressão de embalagens, a substituição de materiais visou pro­pi­ciar melhor padroniza­ ção, precisão e durabilidade, além de diminuir o tempo de confecção e elevar a qualidade de todo o processo”, explica Ezequiel. Nos últimos dez anos, a empresa passou por outros dois momentos de investimentos impor­ tantes, com a implantação da tecnologia digital para a produção de clichês e a adoção de siste­ mas que con­tri­buem para otimizar ao máximo os padrões e os resultados de cores para o setor de embalagens. “Nesses 25 anos, foram grandes as transformações neste setor. E é isso que nos estimula a con­ti­nuar investindo em me­l ho­r ias nos serviços que prestamos”, diz o diretor. Visão Socioambiental

Com uma equipe de 50 fun­cio­ná­r ios, a ­C liart participa de programas sociais e contribui com organizações não governamentais, além de tra­ balhar dentro de boas práticas ambientais. Foi o que levou à troca do sistema de processamento de chapas fotopoliméricas. “Temos atua­do em pequenas mudanças internas, visando ao me­ lhor aproveitamento dos recursos e menor im­ pacto ao am­bien­te. Algumas delas são suges­ tões dos pró­prios colaboradores, como a coleta seletiva dos copos plásticos”. Na opi­n ião do empresário, “O Brasil tem grandes oportunidades para con­ti­nuar melho­ rando sua posição no cenário econômico mun­ dial, como confirmam as projeções rea­li­za­das por es­pe­c ia­l is­t as econômicos, entre eles Mi­ chael Spence, Nobel de Economia. Sem dúvida isso acarretará uma elevação nos índices de con­ sumo de embalagens. Consequentemente, cres­ cerá o volume de trabalho e a exigência de qua­ lidade dos clichês. Entendemos este cenário em constante mutação e estamos preparados para atender com efi­ciên­cia essa demanda”, adian­ ta Ezequiel, referindo-se à introdução de uma tecnologia que, segundo ele, deverá mudar pro­ fundamente a qualidade do segmento de flexo­ grafia no Brasil. Qual é a inovação? “Mais deta­ lhes somente nos próximos meses”, limita-se a revelar o diretor executivo da ­C liart. & ­CLIART CLICHÊS Tel. (11) 2942.8133 www.­cliart.com.br


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Foto: Gal Oppido

F OTOG R A F I A

O trabalho do argentino Jorge Leiva é pautado pela temática social, expressa através da experimentação e da busca pelos limites do discurso fotográfico. Tânia Galluzzi

  1.

Série Homenaje. Escuela de Alta Montaña – Jacimana, Salta

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2. El Recorrido de Sebastián. Registro gráfico de uma família de catadores em Buenos Aires 3. Série autorretratos 4. Série Homenaje

Contrastes orge Leiva nasceu e se formou fotógrafo na cidade de San Miguel de Tucumán, capital da província de Tucumán e quinto maior centro urbano da Argentina. Si­t ua­d a nas ladeiras das montanhas Aconquija, uma extensão da pré-​­cordilheira dos Andes, a re­g ião guarda os contrastes entre ­­áreas intensamente urbanizadas e vales es­sen­cial­men­te rurais, com comunidades vivendo da e pela terra. Dessa discrepância alimenta-se o fotógrafo, que usa suas raí­zes como força motriz para a exposição e o entendimento das mudanças provocadas pelo desenvolvimento das cidades. “Trabalho com coisas que mexem comigo, com o resgate das comunidades indígenas ori­g i­ná­r ias em contraponto ao povo urbano. Estou interessado no que se perde com essa evolução”. Antes de abraçar seus ensaios e experimentações, que já renderam vá­r ias exposições e dois livros, Jorge Leiva atuou como fotógrafo publicitário no Brasil. Egresso da Faculdade de Artes, em 1992 veio para São Paulo por conta de uma amizade com o arquiteto Sergio Mina.

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A ideia era ficar três meses, tempo que imaginava ser su­f i­cien­te para recolher ma­te­r ial para a produção de um livro sobre a fotografia latino-​­americana. Aqui conheceu fotógrafos como Luís Vellez, Gal Oppido, Juca Martins, Cris­ tia­no Mascaro e Nair Benedicto. Os três meses acabaram então se transformando em três anos e o livro virou fotografia publicitária, sobretudo em decoração de in­te­r io­res. Na capital paulista aconteceram também suas primeiras exposições. 3

O regresso

Em 1995, quando já pensava em abrir seu próprio estúdio, Jorge Leiva recebeu uma proposta para colaborar na organização do curso de fotografia de um centro cultural que estava sendo montado no bairro de San Isidro, em Bue­nos Aires. Cedendo ao desejo de voltar para casa, o fotógrafo aproveitou a oportunidade para deixar o Brasil. Começava aí sua carreira como professor e educador, a qual não só se expandiu como também passou a sub­si­d iar suas pesquisas em fotografia e seus trabalhos pessoais. Hoje, além de docente na Escola Su­pe­rior de Belas Artes, Jorge dá aulas para alunos do Ensino Médio em co­lé­g ios particulares. Desse exercício dois livros foram publicados no ano passado: Homenaje a los Valles Cal­ cha­quíes e Libro de las Miradas. O primeiro traz imagens acumuladas desde 1991 de vales ancestrais antes habitados por uma das culturas mais avançadas e enigmáticas entre as que viveram no que é hoje a terra argentina. O outro é fruto de uma atividade desenvolvida em uma escola rural no po­voa­do de La Niña utilizando a técnica da câmera escura (caixa com um pequeno orifício para a passagem da luz e exposição da imagem sobre o papel fotográfico no in­te­r ior da caixa). “O trabalho com as crian­ças em La Niña foi uma retomada do processo cria­ti­vo, o 


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resgate do que é real­men­te importante na fotografia, o olhar, muitas vezes encoberto pelo desejo de consumo da tecnologia digital”. O urbano também se faz presente no trabalho de Jorge. Em 2001 o fotógrafo acompanhou por seis meses o co­t i­d ia­no de uma família de catadores de lixo, he­róis nacionais na sua opi­n ião. O resultado foi exposto na Espanha, em 2003, e deve render um produto impresso. Agora, o fotógrafo está

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5. El Recorrido de Sebastián 6. Série fotografias de São Paulo, SP 7. Registro fotográfico de artistas da província de Tucumán 8. El Recorrido de Sebastián

burilando um ensaio com autorretratos — a primeira série, em preto e branco, já está pronta — e um exercício de linguagem com as artistas plásticas Leila de Sarquis, Ana Erman e Silvana Blasbalg. “Que­ro sair da estrutura mais formal da fotografia, testar novos suportes e materiais”. 8

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Sistema Abigraf Notícias

Para refletir durante a próxima década No mês de outubro, em Foz do Iguaçu, os temas mais atuais sobre a indústria gráfica, o mercado, as oportunidades e as tendências, bem como um panorama da economia brasileira e mundial para os próximos dez anos, serão apresentados no 15º Congraf.

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cada três anos, representantes da indústria gráfica reú­nem-se para debater os principais assuntos da área no Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica (Congraf), o maior evento do setor no País. A 15ª edição do encontro ocorrerá de 8 a 11 de outubro, em Foz do Iguaçu (PR), com rea­li­za­ção da Abigraf Na­cio­ nal, em parceria com a AbigrafPR e apoio técnico da ABTG, e seu programa de palestras levará aos participantes informações relevantes sobre ten­dên­cias mercadológicas. Com o tema “Crescendo com o Brasil”, o Congraf 2011 buscará suprir as mais atuais demandas, abordando, sempre com foco na aplicabilidade prática nas empresas gráficas, aspectos sobre consumo vs. mercado, novas mí­d ias, oportunidades e de­s a­f ios. De acordo com o presidente da Abigraf Na­cio­nal, Fabio Arruda Mortara, a escolha dos palestrantes tem como objetivo apresentar aos as­so­cia­dos e demais congressistas um panorama da economia brasileira e mun­dial nos próximos dez anos. “A ideia é mostrar como os novos paradigmas irão dia­lo­gar com o setor e evi­den­ciar de que maneira a nossa indústria pode crescer junto com o País”, explica. A abertura ofi­cial ocorrerá em 8 de outubro, ficando a palestra inaugural a cargo do ex-​ ­presidente do Banco Central e ­atual responsável pela autoridade olímpica no Brasil, Henrique Meirelles, que falará sobre aspectos so­cioe­co­nô­mi­cos no módulo “Perspectivas para um Brasil melhor”. No segundo dia, 9 de outubro, os participantes pode-

rão conhecer mais sobre temas que revelam as oportunidades e os de­sa­f ios atuais para as organizações. O consultor Sidnei Oliveira, com o painel “O perfil do novo consumidor – geração Y”, demonstrará as características, expectativas e desejos de um público mais jovem, ha­bi­tua­ do a utilizar a internet para consumir. Além disso, o palestran-

web afeta a indústria gráfica. Ma­ rie­la dedica-se à comunicação corporativa há 12 anos e acredita que o bom uso da tecnologia e das mí­dias sociais tem muito a contribuir para a longevidade da indústria de transformação. “O futuro da gráfica e a construção de valor nas relações comerciais” é a palestra a ser apresentada pelo consultor e

te falará sobre a adequação dos produtos/serviços aos canais do e-​­commerce, a exemplo das redes sociais e sua indiscutível força como vitrina de consumo nos tempos atuais. Diretora da consultoria Com­mu­ni­c a­tion Advisors, a jornalista Ma­rie­la Castro faz sua palestra na se­quên­cia, com o tema “O poder das mí­ dias sociais para os ne­gó­cios”. Sua apresentação definirá o que é mídia so­cial, estendendo-se até os de­sa­f ios do papel impresso na era da internet. A es­pe­cia­ lis­ta levará aos participantes do Congraf conhecimentos sobre o novo consumidor e as atuais formas de re­la­cio­na­men­to e de que maneira a tecnologia da

empresário Hamilton Terni Costa. Com 35 anos de ex­p e­riên­ cia no setor, o diretor da ANconsulting mostrará um panorama das mudanças no mercado para os próximos anos, com os de­sa­ fios a serem vencidos e as novas oportunidade disponíveis. O futuro da gráfica; as mudanças de mercado para os próximos anos; proposição de valor e modelo de ne­gó­cios; construção da oferta e estrutura co­mer­cial; e as habilidades e com­pe­tên­cias ne­ces­ sá­rias para a gráfica de hoje e de amanhã são alguns dos tópicos a serem abordados. Bruno Mortara, diretor da Prata da Casa e superintendente do ONS27 (organismo de nor-

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malização da ABNT), falará sobre “Ten­dên­cias tecnológicas – convergência de mí­dias ou substituição?”, analisando os aspectos da mídia impressa antes e depois da chegada da internet e que medidas os em­pre­sá­rios devem estabelecer para tirar melhor proveito dessa nova rea­li­da­de. Em 10 de outubro, o programa de palestras será aberto pela es­pe­cia­lis­ta Lala Deheinzelin, com o tema “Economia cria­ti­va, sustentabilidade e futuros”. Ela pretende demonstrar por que a economia é estratégica para o desenvolvimento cultural, em­p re­s a­ rial e da so­c ie­d a­d e. A inovação nos ne­g ó­c ios como forma de gerar diferenciais competitivos é também um ponto central do debate que Lala quer estabelecer com os participantes do evento. Ela opina que será uma ótima oportunidade para o setor gráfico incorporar novas práticas ao seu escopo de trabalho. “A economia cria­ti­va gera novas perspectivas para o futuro. Existe uma força capaz de moldar esse futuro, crian­do boas condições e desenvolvendo a indústria sem comprometer sua sustentabilidade”, afirma. As oportunidades de ne­gó­ cios que os grandes eventos esportivos a serem rea­li­za­dos no Brasil em 2014 e 2016 podem gerar serão apresentadas pelo gestor esportivo José Carlos Brunoro. Durante sua palestra “Copa do Mundo e Olim­pía­das – oportunidades e ne­g ó­cios”, as novas ten­dên­cias da comunicação do esporte e as perspectivas dessas competições para o mercado gráfico serão


comentadas. “Seremos o centro das atenções do mundo esportivo nos próximos cinco anos. Vamos falar sobre este cenário e o que ele pode trazer de be­ne­fí­ cios para o mundo corporativo, para o setor gráfico e para o País de um modo geral”. No âmbito do planejamento de investimentos, o professor do curso de pós-​­gra­dua­ção da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica e consultor da ABTG, Flávio Botana, mostrará, na palestra “Planejamento de investimentos: estruturando o seu crescimento de forma economicamente sustentável”, como estruturar os recursos financeiros de empresas de maneira economicamente sustentável. Com 30 anos de ex­pe­riên­cia na indústria gráfica, Botana explicará quais as possibilidades de aplicação dos recursos financeiros da empresa, na gestão, nas pes­soas e nos meios de produção.

Um dos mais importantes segmentos da indústria gráfica, a produção de embalagens, será analisada pelo professor e coor­ de­na­dor do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM, Fábio Mestriner. Na palestra “Oportunidades para a indústria gráfica no segmento de embalagens”, os congressistas poderão saber um pouco mais sobre participação de mercado, ten­dên­cias, perspectivas e oportunidades no cenário global. O programa do dia 10 será encerrado por Bruno Mortara, que apresentará o tema “Discussão sobre o plano de trabalho conjunto para divulgação das normas na América Latina”. No último dia do 15º Congraf, 11 de outubro, o programa de palestras será aberto pelo diretor de operações do Sesi-SP e presidente do Instituto Brasileiro de So­cio­lo­gia Aplicada, Cesar Callegari, com o tema “Educa-

ção de qualidade como fator de sustentabilidade do desenvolvimento”. Ele falará sobre a necessidade de o crescimento de uma nação estar solidamente ba­sea­ do no ensino de qualidade, destacando a posição relativa do Brasil e outros paí­ses quanto ao PIB, Índice de Desenvolvimento Humano e Índice de Desenvolvimento Edu­c a­c io­n al. “Minha apresentação estará pautada na demonstração de que o Brasil, a nona maior economia do mundo, é ainda um país atrasado em matéria de educação básica. Somos um gigante de pés de barro, e nosso desenvolvimento econômico ficará ir­r e­ me­dia­vel­men­te comprometido se não rea­li­z ar­m os uma revolução na educação. Não temos tempo a perder”. Para Callegari é necessário que se construa um pacto so­cial pela educação de qualidade para todos, começando pela valorização dos pro-

fessores, bem como um grande movimento na­c io­n al de estímulo à leitura e a formação con­ti­nua­da dos trabalhadores. Em seguida, o vice-​­presidente de Estratégia e Inovação do Grupo Newcomm – Young & Rubicam, Walter Longo, falará sobre as novidades do mar­ke­ting em­pre­sa­rial em sua palestra “A inovação e o futuro da comunicação voltada ao consumo”. A última palestra do evento, “Balanço do 15º Congraf – Oportunidade e amea­ças na visão do empresário gráfico”, será ministrada pelo ex-​­presidente da Abigraf Na­cio­nal Mário César de Camargo, que deverá am­pliar o debate entre os congressistas, antes do encerramento ofi­cial, que ficará a cargo do ­atual presidente da entidade organizadora, Fabio Arruda Mortara. Mais informações pelo telefone (11) 3232.4500 ou no site: www.congraf.org.br.

de Mídias ou Substituição? Bruno Mortara (Sala 1) 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas (Sala 1) 15 às 15h45 – Apresentação das Atividades da ABTG Certificadora e do ONS 27 no Brasil (Sala 1) 15h45 às 18h – Apresentação das Atividades de Normalização Desenvolvidas pelos Países Participantes (Sala 1) 15h30 às 16h30 – Os Novos Desafios da Competitividade – Ibema (Auditório) 17 às 18h – Em definição (Auditório)

10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas (Sala 1) 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – Oportunidades para a Indústria Gráfica no Segmento de Embalagem, Fábio Mestriner (Sala 1) 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas (Sala 1) 15 às 18h – Discussão Sobre o Plano de Trabalho Conjunto para Divulgação das Normas na América Latina, Bruno Mortara (Sala 1) 15h30 às 16h30 – Palestra International Paper (Auditório) 17 às 18h – Palestra Metrics (Auditório) 12h30 às 13h30 – Palestra Técnica: Um Panorama Atual da Impressão Digital, Bruno Mortara

12h30 às 13h – Palestra de Encerramento: Balanço do 15º Congraf – Oportunidades e Ameaças na Visão do Empresário Gráfico, Mário César Martins de Camargo (Auditório) 13 às 13h30 – Encerramento Oficial, Fabio Arruda Mortara (Auditório)

Programa 8 de outubro de 2011 (1º- dia) 19 às 19h45 – Abertura oficial/ composição da mesa e pronunciamento dos presidentes 19h45 às 20h45 – Palestra de abertura – Perspectivas para um Brasil Melhor, Henrique Meirelles 21 às 23h – coquetel

9 de outubro de 2011 (2º- dia) 9h30 às 10h30 – O Perfil do Novo Consumidor – Geração Y, Sidnei Oliveira (Auditório) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – O Poder das Mídias Sociais para os Negócios, Mariela Castro (Auditório) 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas (Auditório) 9h30 às 10h30 – O Futuro da Gráfica e a Construção de Valor nas Relações Comerciais, Hamilton Terni Costa (Sala 1) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas (Sala 1) 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – Tendências Tecnológicas: Convergências

10 de outubro de 2011 (3º- dia) 9h30 às 10h30 – Economia Criativa, Sustentabilidade e Futuros, Lala Deheinzelin (Auditório) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas (Auditório) 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – Copa do Mundo e Olimpíadas: Oportunidades nos Negócios, José Carlos Brunoro (Auditório) 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas (Auditório) 9h30 às 10h30 – Planejamento de Investimentos: Estruturando o Seu Crescimento de Forma Economicamente Sustentável, Flavio Botana (Sala 1)

11 de outubro (4º- dia) 9h30 às 10h30 – Educação de Qualidade como Fator de Sustentabilidade do Desenvolvimento, Cesar Callegari (Auditório) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas (Auditório) 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – A Inovação e o Futuro da Comunicação Voltada ao Consumo, Walter Longo (Auditório) 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas (Auditório)

15º- Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica Data: 8 a 11 de outubro Abertura: 8 de outubro, a partir de 19h Palestras: 9 a 11 de outubro, das 9h30 às 13h30 Feira: dias 9 e 10, das 8 às 17h; dia 11, das 9 às 12h Local: Hotel Mabu Thermas & Resort, Avenida das Cataratas, 3175, Foz do Iguaçu (PR) Pacotes para congressistas: Must Tour Viagens e Turismo. Tel (11) 3284.1666 ou www.musttour.com.br Informações e inscrições: www.congraf.org.br ou (11) 3164.3193

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Sistema Abigraf Notícias

Novos parceiros, maior valorização Abrinq, Abraf e Artefatos são as novas entidades apoiadoras da Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa.

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ançada ofi­cial­men­te há um ano pela Abigraf Na­cio­nal, a Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa tem conquistado cada vez mais parceiros. Com o mote “Imprimir é dar vida”, a ini­cia­ ti­va visa divulgar à so­cie­da­de informações sobre a origem am­b ien­t al­m en­t e correta da produção de papel destinado à produção gráfica. O projeto recebeu, recentemente, o apoio da As­so­cia­ção Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), da As­ so­cia­ção Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) e da As­so­cia­ção Brasileira da Indústria de Artefatos de Papel, Papelão, Cortiça e Embalagens Especiais ou Personalizadas (Artefatos). “Decidimos apoiar a campanha pois acreditamos ser necessária uma ação que propague constantemente que o

papel não é pre­ju­di­cial ao meio am­bien­te. O trabalho da Abigraf Na­cio­nal é de extrema importância no sentido de esclarecer e reforçar a cons­ciên­cia

o papel no Brasil é produzido a partir de florestas plantadas, ou seja, uma produção sustentável e certificada. “Ao contrário daquilo que muitos pregam,

de que toda a cadeia produtiva envolvida no processo de impressão é legal”, declara Synésio Batista da Costa, presidente da Artefatos e da Abrinq. Cesar Augusto dos Reis, diretor executivo da Abraf, comenta que

as árvores de eucalipto, matéria-​­prima do papel produzido em nosso país, ajudam a evitar o desmatamento. A campanha busca, justamente, desmistificar que imprimir é ruim. Daí o nosso apoio”.

De fato, o objetivo maior da Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa é esclarecer que a produção de celulose e de papel é originária de florestas plantadas, cujo cultivo utiliza avançada tecnologia de manejo e segue os mais rigorosos padrões ambientais. As novas parceiras uniramse às 22 entidades de representação na­c io­n al, além da Federação das In­dús­t rias do Estado de São Paulo (­Fiesp), que já apoiam a ini­cia­ti­va. São as­s o­cia­ções de classe vinculadas a diversos segmentos da indústria gráfica e dos setores de celulose e papel, livros, revistas, máquinas e insumos, além das ­­áreas de publicidade, propaganda e mar­ke­ting. Mais informações e ví­deos institucionais podem ser obtidos no site w w w. imprimiredarvida.org.br.

Diferentes temas, novos conhecimentos Ciclo de palestras da Abigraf-SP reúne mais de 200 pessoas em quatro eventos realizados no primeiro semestre.

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om o encerramento do primeiro semestre de 2011, a Abigraf Re­gio­nal São Paulo comemora os resultados das palestras que realizou ao longo desse pe­r ío­d o. Até o mês de junho, 224 pes­s oas participaram dos eventos que indicaram caminhos para me­lho­r ias nos desempenhos administrativos, tecnológicos e jurídicos dentro de organizações. A grade de palestras foi inaugurada em 15 de março, com o

tema “Como se preparar para o design do futuro”. A apresentação, feita pelo professor coor­ de­n a­d or do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM , Fábio Mestriner, contou com a presença de 60 pes­soas. Em 12 de abril, foi a vez dos advogados Fábio Abranches Pupo Barboza e ­O ziel Estevão ministrarem a palestra “Assédio moral nas relações de trabalho”, com 48 espectadores. O tema “Desenvolvimento or­ga­ni­za­cio­

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nal na empresa fa­mi­liar”, abordado pelo engenheiro e consultor Marcos Vian­na em 11 de maio, foi acompanhado por 41 participantes. A finalização do ciclo do primeiro semestre ocorreu em 14 de junho, sob o comando da es­pe­cia­lis­ta Lígia Dutra, que falou sobre comércio eletrônico para 75 pes­soas. O presidente da Abigraf-SP, Levi Ceregato, explica que os temas abordados pelas palestras foram escolhidos de acordo com

as demandas solicitadas pelos as­so­cia­dos da entidade. “Caminhamos no sentido de be­ne­f i­ ciar o setor. Nosso objetivo é levar conhecimento e satisfação aos nossos as­so­cia­dos, e os assuntos tratados nesse primeiro semestre tiveram altos índices de aproveitamento por parte da indústria”. Ceregato antecipa que o segundo semestre trará novidades, além dos temas já consolidados no programa de palestras da entidade. 


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Sistema Abigraf Notícias

Abigraf Nacional analisa contas e debate ações A Diretoria da Abigraf Nacional e representantes das regionais reuniram-se na capital mineira para debater assuntos das entidades e organizar as ações para os próximos meses.

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m 8 de julho, a diretoria da Abigraf Na­c io­n al reuniu-se em Belo Horizonte, na sede da Abigraf-MG, para apresentar ao representantes das regionais o balanço ge­ren­cial do primeiro semestre de 2011 e a revisão orçamentária da entidade, bem como debater temas relativos à gestão e às ações programadas para o segundo semestre do ano. Um dos principais instrumentos de ação da ­atual diretoria da entidade, o Plano de Trabalho da Abigraf Na­cio­nal para o ano de 2012, foi discutido. Na ocasião também foi informada a realização de uma reunião de planejamento estratégico de longo prazo, a ser rea­li­za­da em São Paulo, no primeiro semestre de 2012, com a participação dos representantes de todas as regionais. Dois temas de grande importância para o setor gráfico foram apresentados pela gerente do Departamento Jurídico da Abigraf Na­cio­nal, Nílsea Borelli Rolim de Oliveira: conflito tributá-

rio e a adaptação das empresas às normas da Política Na­cio­nal de Re­sí­duos Sólidos. Wagner Silva, gerente do Graphia, projeto de exportação da Abigraf Na­cio­nal, apresentou os resultados das últimas ações do grupo e falou sobre o Projeto de Extensão In­dus­trial Exportadora (Peiex), cria­do no início de 2009 pela Apex-​­Brasil. Voltado para a capacitação de empresas com po­ten­cial de exportação, o Peiex tem o objetivo de incrementar a competitividade e promover a cultura exportadora nas empresas de micro, pequeno e médio porte. Os participantes da reunião também receberam cópia de relatório da ABTG contendo os números do projeto Semana de Artes Gráficas, rea­li­za­do, neste ano, nos estados de São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e o resultado do Ciclo de Palestras de Impressão Digital “Digigraf”, rea­li­za­do em dez estados.

João Baptista Depizzol Neto, presidente da Abigraf Re­gio­ nal Espírito Santo, anunciou a rea­li­za­ção de um encontro es­ ta­dual: o Encontro do Impresso no Espírito Santo, marcado para ocorrer em setembro, em Vitória. Durante o encontro, o presidente Fabio Arruda Mortara relatou os resultados da reunião da Confederação Latino-​ ­Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf), rea­li­za­da em Montevidéu, Uruguai, dias antes, com a participação de cin-

co paí­ses-​­membros. O novo presidente da Conlatingraf é Marco Antonio Sua­rez Collado, do México, e o primeiro-​­vice é Mário César Martins de Camargo, ex-​ ­presidente da Abigraf Na­cio­nal. Com a rea­ti­va­ção da entidade, por meio de um mecanismo que estendeu a Assembleia Geral Ex­traor­di­ná­ria de Orlando (EUA), em fevereiro deste ano, os estatutos foram rees­tru­tu­ra­dos e serão validados na reunião que acontecerá no Brasil, durante o 15º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica (Congraf),

de 8 a 11 de outubro. Foi men­ cio­na­da ainda a prorrogação do prazo de inscrições do Prêmio Theo­bal­do De Nigris, cuja cerimônia de pre­mia­ção ocorrerá em 2012, em Mia­mi. Com a proximidade da rea­ li­za­ção do 15º Congraf, o grupo também discutiu questões relativas ao patrocínio do evento. Como ma­te­rial de apoio, todos os representantes que participaram do encontro receberam um kit de mídia eletrônica e impressa, contendo informações sobre o congresso, que devem ser disseminadas para todos os diretores das regionais no País. 

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Sistema Abigraf Notícias

Impressão digital e analógica competirão nas mesmas categorias Prêmio Fernando Pini, o mais importante da indústria gráfica na América Latina, apresenta mudanças na edição deste ano.

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21ª edição do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini traz mais uma mudança que deve deixá-lo ainda mais concorrido. Ao contrário das edições an­te­rio­res, as gráficas que utilizam processos digitais de impressão passarão a concorrer em pé de igualdade com as gráficas analógicas. A separação em relação às outras ca­ te­go­rias fun­cio­na­va como uma espécie de proteção ini­cial ao segmento digital, que até pouco tempo era considerado de qualidade in­fe­rior aos processos de impressão tradicionais. No entanto, nas últimas edições do Prêmio Fernando Pini, esses trabalhos passaram a alcançar um elevado nível de qualidade, dificultando, inclusive, distinguir se uma determinada peça foi produzida a partir de equipamento digital ou analógico. “Entendemos que o segmento digital já pode agora concorrer de igual para igual com

produtos feitos em outros processos e, dessa forma, ter acesso a todas as ca­te­go­rias do Prêmio Fernando Pini até então restritas a processos analógicos”, resume Reinaldo Espinosa, presidente da ABTG. Além dos prê­mios dis­tri­buí­ dos para as 60 ca­te­go­rias (divididas em 11 segmentos de trabalho gráfico), ainda são entregues outros três de Atributo Técnico do Processo – chamados de Grand Prix –, que destacam a Melhor Impressão, o Melhor Acabamento Edi­to­rial e o Melhor Acabamento Cartotécnico entre todos os produtos finalistas do “Fernando Pini”. “A credibilidade do prêmio, com seu regulamento claro e cri­té­rios técnicos bem delimitados, tem auxiliado em­pre­sá­rios de vá­rios setores na hora de escolher a gráfica mais adequada para as suas necessidades”, explica Fabio Arruda Mortara, presidente da Abigraf Na­cio­nal.

Atestando a qualidade A ABTG Certificadora está capacitada para oferecer certificações à indústria gráfica.

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ria­da com o objetivo de fornecer certificações para o mercado gráfico na­c io­n al, a ABTG Certificadora conta com auditores es­pe­cia­li­za­dos na indústria da comunicação gráfica. Sua missão é dar con­ f ia­b i­l i­d a­d e às empresas e fornecedores do setor, através da ava­lia­ç ão da conformidade de seus processos, produtos e sistema de gestão com as normas técnicas vigentes.

Fa­m i­l ia­r i­z a­d a com a linguagem do pro­f is­sio­nal gráfico, a ABTG Certificadora está altamente capacitada para atender às especificidades do setor. Neste sentido, além de ­criar um di­fe­ren­cial competitivo de consistência e qualidade para seus clien­tes, ela agrega valor à marca. Através de certificações, a ABTG Certificadora pode contribuir para que as empresas que se submeterem à aplica-

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As inscrições devem ser feitas pelo site www.fernandopini. org.br, até 16 de setembro. Estão aptos a participar do concurso os produtos gráficos impressos no território na­cio­nal a partir do dia 1º de outubro de 2010. Até o dia 9 de setembro, as­so­ cia­dos ABTG/Abigraf adimplentes e com mais de seis meses de fi­lia­ção pagarão apenas R$ 230 por produto inscrito. O valor para não as­so­cia­dos neste mesmo pe­río­do é de R$ 560. A partir

ção de normas técnicas ocupem um lugar de destaque no competitivo mercado gráfico. Recentemente, a certificadora foi acreditada pelo Instituto Na­cio­nal de Metrologia, Normalização e Qua­li­da­de In­ dus­trial (Inmetro) para a aplicação da Norma Técnica ISO 9001:2008. Além desta norma, a ABTG Certificadora oferece ainda uma série de cursos es­ pe­c ial­m en­t e desenvolvidos para atender às necessidades da indústria gráfica e toda a cadeia produtiva. Outras certificações também podem ser encontradas,

de 10 de setembro, esses valores passam para R$ 320 e R$ 610, respectivamente. Confira o calendário completo do prêmio: Agenda ◆ Término das inscrições com desconto: 9 de setembro ◆ Término das inscrições: 16 de setembro ◆ Julgamento da 1ª fase: 1ª quinzena de outubro ◆ Julgamento da 2ª fase: 1ª quinzena de novembro ◆ Cerimônia de premiação: 22 de novembro

como o sistema de segurança em conformidade com a norma ABNT NBR 15540; tintas gráficas em conformidade com a norma ISO 2846-1; sistemas de iluminação em conformidade com a ISO 3664; sistemas de prova física em conformidade com a norma ABNT NBR ISO 12647-7; sistemas de prova vir­t ual em conformidade com a norma ABNT NBR ISO 12646; e substrato para prova digital em conformidade com a norma ABNT NBR ISO 12647-7. Para saber mais sobre a certificação acesse: www. abtgcertificadora.org.br.


Novos associados da Abigraf Nacional e Abigraf‑SP Entre os meses de junho e agosto, a Abigraf Nacional e a Abigraf-SP receberam, juntas, a filiação de sete empresas. Conheça um pouco mais sobre cada uma delas:

livros e manuais, sejam eles impressos em offset ou digital, em CD/ DVD (audiobook) ou eletrônicos (e-​­book). Tem como missão ser responsável pela gestão de conteúdo de editoras e indústrias, reproduzindo em mídia impressa, ótica ou eletrônica, além de comercializar e distribuir para o mercado. Tel.: (11) 2928-​­4900 www.psi7.com.br

de laminação, plastificação e uma serigrafia semiautomática que faz os serviços em verniz. Tel.: (11) 5562-​­4064

PSI7 Printing Solutions & Internet 7 S/A

A empresa atua nos segmentos editorial e industrial, produzindo

Abigraf Nacional

Regional Pará tem nova diretoria Pará elege seus representantes para o próximo triênio, que terão a missão de desenvolver e aprimorar ainda mais o setor gráfico na região.

Gráfica Ideal (J. Caprini Gráfica e Editora Ltda.) E Papéis Representação Comercial Ltda.

Há cerca de dez anos no mercado, a empresa fornece papéis importados a clientes de todo o Brasil. Localizada no Jardim Paulista, bairro nobre de São Paulo, a E Papéis oferece linhas de couché, offset e papel-cartão, entre outros tipos de papéis especiais. Tel.: (11) 3095-​­2222 www.epapeis.com.br

Há mais de 75 anos a Gráfica Ideal tem como missão alcançar a excelência em qualidade nos produtos oferecidos nas ­áreas promocional e editorial, com logística e serviços especiais. Dotada de modernos equipamentos de pré-​­impressão, impressão e acabamento, a gráfica possui unidades em Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba ( PR ), todas certificadas na norma ISO 9001:2000 , o que garante mais qualidade em seus processos. Tel.: (19) 3729-​­3030 www.graficaideal.com.br

Toyo Ink Brasil Ltda.

Fundado há mais de 100 anos no Japão, o grupo é reconhecido mundialmente por oferecer tintas para os mais diversos processos de impressão, além de outros produtos que proporcionam excelente desempenho com o mínimo de agressão ao meio ambiente. Tel.: (11) 2338-​­9310 www.toyoink.com.br

Abigraf Regional SP

Hot-​­Color Indústria Gráfica Ltda.

Há 34 anos no mercado, a empresa trabalha em hot stamping desde o início. O parque gráfico de cerca de 2.500 metros quadrados está instalado na zona leste de São Paulo, onde 30 funcionários trabalham para atender a demanda crescente do segmento editorial e de embalagens, realizando também trabalhos de laminação, relevo seco e corte e vinco, dentre outros. Tel.: (11) 2217-​­4400 www.hotcolor.com.br

Estúdio Oficina Serviços Gráficos EPP

Fundada em 1988, a empresa atua nas ­áreas de pré-​­impressão, criação e assessoria gráfica. Localizado na zona norte de São Paulo, o Estúdio Oficina atende clientes principalmente de sua região. Tel.: (11) 2579-​­5515 www.estudiooficina.com.br

Lumina Verniz Uv Acabamentos Serigrafia Uv Laminação Bopp Gráficos Especiais Ltda.

Fundada em 2010, a empresa presta serviços de acabamento para gráficas. Sediada na região sul de São Paulo, a Lumina conta com cinco colaboradores responsáveis por trabalhar com as máquinas

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osé Conrado Santos é o novo presidente da Abigraf Re­gio­nal do Pará. Ele representará a indústria gráfica de seu Estado pelo próximo triê­ nio (2011–2013). A nova diretoria terá entre suas principais metas a integração não apenas dos mu­ni­cí­pios pa­raen­ses, mas também com os estados vizinhos, dinamizando e fortalecendo a atividade gráfica. “Essa relação pro­p or­cio­na­r á um intercâmbio de ex­pe­riên­ cias e tec­no­lo­gias para que, desta forma, todas as empresas localizadas no Pará despontem no cenário na­cio­nal, gerando mais emprego e ren-

da para esta importante re­ gião brasileira”, revela o presidente. Além da modernização do parque gráfico, a localização da Re­gio­nal, na área da floresta amazônica, motivará, adi­c io­n al­m en­te, um forte investimento em ações de incentivo à sustentabilidade am­bien­tal. “Temos cons­ciên­ cia que, mais do que gerar riquezas e ­criar oportunidades de emprego, é tarefa do empresário moderno ser responsável so­cial e am­bien­tal­men­ te”, enfatiza. Abigraf Regional Pará (triênio 2011-​­2013) Presidente: José Conrado Azevedo Santos. Vice-​­presidente: Carlos Jorge da Silva Lima. Diretor administrativo: Antônio Maria Zacarias Smith. Diretor administrativo adjunto: Elzeman José de Oliveira Lobo. Diretor financeiro: Edilberto Barros da Fonseca. Diretor financeiro adjunto: Cláudio da Silva Lima. Suplentes: Sérgio Augusto Silva Miranda e Mário Lima Saraiva. Conselho Fiscal: Maurício Marques Matos Santos, Djalma Portilho Bentes e Mônica Jane Fernandes da Fonseca. Suplentes: Raimundo Leocílio Batalha da Cunha, Francisco de Assis da Silva e Antônio Carlos Nunes Miranda

JULHO/AGOSTO 2011  REVISTA ABIGR AF

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MENSAGEM

Levi Ceregato

Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) Regional São Paulo

Educação e sustentabilidade, um compromisso compartilhado!

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nte a constatação unânime quanto ao significado da educação para o desenvolvimento, é importante discutir as várias vertentes de politicas públicas e ações capazes de viabilizar a democratização do ensino de qualidade. Este é um dos grandes desafios brasileiros. Como sabemos, o País avançou muito na oferta de vagas nas escolas públicas, conseguindo atender de modo pleno à demanda. No entanto, ainda está aquém no tocante à qualidade, que continua deixando a desejar. Ensino de alto nível, porém, exige uma série de requisitos, a começar pela saúde e alimentação dos alunos, estímulo e boas condições de trabalho dos professores, salas de aula com um mínimo de salubridade e conforto e acesso a material escolar adequado. Neste ultimo aspecto, há um positivo exemplo, relativo à distribuição gratuita de cadernos para os cinco milhões de alunos da rede pública estadual. Esse trabalho é realizado pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), por meio da distribuição de kits escolares aos estudantes do Ensino Fundamental e Médio. Trata‑se de ação que muito tem contribuído para a elevação dos índices de escolaridade no Estado. Como se sabe, a dificuldade financeira para a compra de material é um dos fatores inibidores da frequência às aulas, mesmo a criança ou jovem tendo sua matrícula garantida. Todos os anos, a FDE compra cerca de 20 milhões de cadernos, fornecendo‑os aos cerca de cinco milhões de alunos da rede escolar gerida pela Secretaria da Educação do Governo do Estado de São Paulo. Obviamente, o atendimento a essa demanda é economicamente relevante para a REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2011

indústria gráfica, contribuindo para estimular o segmento de cadernos, não apenas pelos números significativos, mas também pelo cronograma em que o processo licitatório e de distribuição ocorre: o período imediatamente anterior ao de maior demanda, nas proximidades do final do ano. Isso mitiga o impacto da sazonalidade e permite às graficas manterem suas operações em plena atividade. Outro detalhe importante do programa da FDE é que nos kits escolares também há cadernos confeccionados com papel reciclado, seguindo a demanda global por sustentabilidade e exigência de produtos e serviços cada vez mais ecologicamente corretos. Tal peculiaridade valeu o reconhecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Este aspecto, aliás, é consentâneo com a visão e atitudes da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), que criou o Prêmio de Responsabilidade Socioambiental, já em sua segunda edição, e liderou a organização da Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa, da qual são signatárias 25 entidades de classe. Essas iniciativas visam estimular as práticas industriais corretas e conscientizar a sociedade sobre o quanto o setor é sustentável, com produtos recicláveis, advindos da transformação de insumos renováveis. O programa da FDE relativo à distribuição de cadernos e materiais escolares aos alunos da rede pública, além de todos os aspectos mencionados, suscita uma reflexão importante sobre o desafio da democratização do ensino de qualidade. Atendê‑lo é de fato uma obrigação constitucional do Estado. No entanto, todos devem contribuir, inclusive os fornecedores de produtos e serviços voltados às escolas e aos alunos. O compromisso de qualidade, nesses casos, é inexorável. Esta é uma responsabilidade que a indústria gráfica assume de modo enfático perante os cinco milhões de alunos da rede estadual de ensino do Estado de São Paulo. lceregato@abigraf.org.br




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