Eternamente contemporânea
Comprometida com a modernidade, a pintora Maria Leontina inovou ao abordar temas introspectivos e mesclar força e ternura, traço rebelde e cores discretas. Livre, nunca permitiu imposições do espaço, materiais e tendências.
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Presidente da Abigraf Nacional: Fabio Arruda Mortara Presidente da Abigraf Regional SP: Levi Ceregato Conselho Editorial: Cláudio Baronni, Egbert Miranda, Fabio Arruda Mortara, Flávio Tomaz Medeiros, Guilherme Granzote Calil, Levi Ceregato, Manoel Manteigas de Oliveira, Mário César de Camargo, Plinio Gramani Filho e Ricardo Viveiros Elaboração: Clemente & Gramani Editora e Comunicações Ltda. Rua Marquês de Paranaguá, 348, 1º andar 01303-905 São Paulo SP Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159-3010 Fax (11) 3256-0919 E-mail: gramani@uol.com.br Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897), Ada Caperuto, Clarissa Domingues, Marco Antonio Eid, Milena Prado Neves, Ricardo Viveiros e Tainá Ianone Revisão: Giuliana Gramani Colaboradores: Álvaro de Moya e Claudio Ferlauto Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosaria Scianci Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Ibep Capa/Laminação: Soft Touch (aveludada): UVPack Hot stamping (com fitas MP do Brasil) e relevo: UVPack Assinatura anual (6 edições): Brasil: R$ 60,00 América: US$ 70,00 Europa: US$ 80,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3159-3010
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Responsabilidade Socioambiental
Nesta edição, conheça os dois cases vencedores do 2-º Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambiental, apresentados pela Posigraf e Plural, além do relatório de sustentabilidade da Agfa do Brasil.
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Nada menos que 100 milhões
Imprimindo exclusivamente bíblias, a Gráfica da Bíblia ajuda o Brasil a posicionar‑se como o maior fabricante da obra no mundo. Em 16 anos de atividade, a gráfica, criada pela Sociedade Bíblica do Brasil, já imprimiu 100 milhões de bíblias.
revista issn 0103•5 72x
arte & indús tria gráfica • ano xxxvi • j ul/ago 2011 • nº 2 5 4
revista abigraf 254 julho / agosto 2011
ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/ Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 533 (Paraíso) 04103-000 São Paulo SP Tel. (11) 3232-4500 Fax (11) 3232-4550 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br
Episódios, óleo sobre tela, 27 × 16 cm, 1958
REVISTA ABIGRAF
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Capa: Cena IX, guache sobre papel, 21 × 24,5 cm, 1958 Autor: Maria Leontina
O impresso não vai desaparecer
A Revista Abigraf entrevista o jornalista Sérgio Dávila, editor‑executivo da Folha de S. Paulo. Ele fala sobre a última reforma gráfica pela qual o jornal passou, leitores analógicos e digitais e novas plataformas e declara sua confiança na mídia impressa.
Números da indústria gráfica no Sul
A seção Economia traz os números mais recentes da indústria gráfica nos estados do Sul do País, segunda maior região empregadora do setor no Brasil. Os empresários consideram o mercado maduro e competitivo.
A vitória da perseverança
Aos 10 anos Ivo Puosso já sabia o que era uma faca gráfica. Aos 20 era dono de empresa e aos 50 vendeu tudo o que tinha para investir em uma nova tecnologia. Conheça a trajetória desse especialista na área de facas gráficas.
Quatro décadas na indústria gráfica
Antonio Carlos Navarro faz parte do desenvolvimento do segmento gráfico no Distrito Federal desde a década de 70. Como superintendente da Abigraf Regional, enfrenta agora o desafio de reestruturar o setor na região.
Da terra para a terra
A temática social está em todo o trabalho do fotógrafo argentino Jorge Leiva. Com uma breve passagem pelo Brasil, Jorge quer revelar os antagonismos entre o homem urbano e o homem rural.
51 Os valores da Ibep
Na gráfica, há seis anos no mercado, o valor humano é o principal fator para o sucesso da empresa, que vem consolidando‑se como referência para as gráficas que estão começando.
18 28 72 92 96 Editorial/ Fabio Arruda Mortara ������������������������ 6 Rotativa ��������������������������������������������������������� 8 Prêmios Regionais PR/RS �����������������������������34 Copygraf/ PR �����������������������������������������������38 Grafdil/ RS ���������������������������������������������������42 Müller Martini ����������������������������������������������44 Impressul/SC �����������������������������������������������46 Prêmio Benny 2011 �������������������������������������48 Opinião: Jamer Hermes dos Santos/PI �����������50 Embalagens/ Tetra Pak ���������������������������������60 Impressões/ Claudio Baronni ������������������������62
Editora Demônio Negro ���������������������������������64 Kodak ���������������������������������������������������������68 Ferrostaal ����������������������������������������������������70 Publicidade/ Cannes ������������������������������������80 Olhar Gráfico/ Cláudio Ferlauto ���������������������82 Quadrinhos/ Álvaro de Moya �������������������������86 Ilustração/ Hector Gomes �����������������������������87 Casa da Xilogravura �������������������������������������88 Cliart Clichês �����������������������������������������������94 Sistema Abigraf �����������������������������������������102 Mensagem/ Levi Ceregato ��������������������������110
JULHO/AGOSTO 2011 REVISTA ABIGR AF
5
editorial
Fabio Arruda Mortara
Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional) e do Sindicato da Indústria Gráfica no Estado de São Paulo (Sindigraf-SP)
Compromisso de um gráfico
6
ão nasci gráfico, mas me apaixonei por esse ofício há mais de 23 anos, tornando‑me empresário do setor em 1988. Sou administrador de empresas e mestre em administração pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo e tenho outro mestrado pela Universidade de Cornell, nos EUA . Em minha carreira, atuei em distintos setores. Com o passar dos anos percebi a necessidade de novos desafios. As associações de classe vieram para complementar outras atividades do terceiro setor nas quais já me havia envolvido, como o Pensamento Nacional das Bases Empresariais. Convidado por Mário César de Camargo, ingressei nas entidades do Sistema Abigraf em 2001. Era um momento importante de constituição de novas lideranças, capazes de dar continuidade ao grande trabalho de Max Schrappe, que tanto fez pelo setor. Os desafios eram imensos, pois novas demandas se impunham no âmbito associativo, dadas as fulminantes transformações do Brasil, do mundo, da tecnologia e do mercado. À época, integrei um grupo de pessoas muito competentes. Fui diretor financeiro das quatro entidades, presidi a ABTG, a Abigraf Regional São Paulo e o Sindigraf‑SP. Em 2011, democraticamente eleito pelos companheiros de todo o Brasil, assumi a presidência da Abigraf Nacional. É imensa a responsabilidade de suceder uma liderança como a de Mário César de Camargo, mas tenho certeza de que conto com o imprescindível apoio de meus pares na diretoria e das 22 Abigrafs regionais, atuantes e organizadas em quase todos os estados brasileiros. Nosso empenho, com a máxima sinergia, é focado na prioridade de promover o fomento de nossa atividade. REVISTA ABIGRAF JULHO/AGOSTO 2011
O Brasil ocupa o nono lugar no ranking mundial do setor, com mais de 20 mil gráficas e 220 mil pessoas empregadas. Em alguns estados, somos o ramo industrial mais importante. Nossas empresas têm investido cada vez mais, com um salto das compras de equipamentos de US$ 200 milhões, em 2004, para US$ 1,4 bilhão, em 2010. Estamos preparados para produzir impressos com qualidade e eficiência! Entretanto, nossa indústria atravessa, no mundo todo, talvez o momento mais difícil desde que Gutenberg a criou com seus tipos móveis, na Alemanha, há mais de 550 anos. Precisamos ter competência e criatividade para trabalhar juntos com os parceiros de nossa cadeia produtiva, de maneira a encontrar os portos seguros para nossos produtos, no Brasil e no exterior. A comunicação impressa é fundamental, até mesmo para a existência da democracia. Sabemos que a era digital veio para ficar e, por isso, temos de encontrar, de modo criativo e inteligente, novos usos e aplicações nos quais sejamos competitivos ou insubstituíveis. Nossas gráficas, pequenas em sua grande maioria, precisam de tecnologia, melhor gestão, insumos mais abundantes, equipamentos mais baratos e acessíveis, mais crédito, menor carga tributária e condições de concorrência mais justas. Há, ainda, temas vitais para nosso setor, que demandam solução urgente, como a questão ambiental, o uso indevido do papel imune, o “Custo Brasil” e o conflito tributário. Precisamos, também, rever o sistema de compras governamentais, além de mostrar ao País e ao mundo que o produto impresso é sustentável, reciclável e, principalmente, renovável, integrado às entidades nacionais da cadeia produtiva. Em outubro, faremos o nosso congresso nacional, em Foz do Iguaçu, no qual esses temas serão abordados e debatidos. Em todos os momentos de minha gestão, contudo, estarei dedicado à luta para que a Abigraf, o Sindigraf‑SP, que também presido, e o nosso sistema associativo sejam fortes, respeitados, atuantes e construtivos, para o bem da indústria gráfica e do Brasil! Este é o compromisso de um gráfico que muito se orgulha de sua profissão. fmortara@abigraf.org.br
Empresas empossam novos executivos Antilhas
A Antilhas anunciou em julho Bruno Baptista como seu novo diretor comercial. O executivo re tornou à empresa após dois anos como consultor de estratégia e marketing na GS&MD – Gouvêa de Souza. Atuou em projetos de es tratégia de acesso a mercados, es tratégia de canais, inovação e de análise de viabilidade de novos
neg óc ios para importantes in dústrias e algumas das principais redes de varejo do mercado bra sileiro. Bruno, que é administra dor de empresas formado pela Faap e possui MBA em Adminis tração e Negócios pela Fundação Dom Cabral, será responsável pe las áreas de vendas e marketing da companhia. O executivo começou sua car reira na própria Antilhas, na área de produção, e ao longo de 11 anos teve a oportunidade de ocu par diversos cargos em planeja mento, logística e suprimentos. www.antilhas.com.br
Kalmaq incorpora Solna do Brasil 8
International Paper Em agosto foi a vez da Interna tional Paper (IP) contratar Fábio Teramoto para assumir a posição de gerente geral, comandando as áreas de vendas, assistência técni ca e serviço ao cliente para os ne gócios cutsize e offset da compa nhia. Teramoto substitui Ângelo Teixeira, transferido para a China como responsável pelo projeto de construção da nova máquina de papel da joint venture da IP com a Sun Paper. Em sua função, Tera moto será responsável pela gestão e também pelo desenvolvimento e implementação das estratégias
comerciais da empresa para o mercado doméstico e reporta rá diretamente para o diretor co mercial Nilson Cardoso. Teramoto é formado em Engenharia Mecâ nica pela Unesp, pós-graduado em Propaganda e Marketing pela ESPM e possui MBA Executivo pela Fundação Dom Cabral. Atuou em posições de liderança e dire ção de equipes comerciais e de
Empresa especializada na re presentação e fornecimento de soluções gráficas, a Kalmaq Co mércio e Importação anunciou no final de julho a incorpora ção da Solna do Brasil. A opera ção foi motivada, entre outros
REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
market ing em grandes empre sas como Ambev, Danone, Cas trol e Filtros Mann, entre outras.
anos, onde adquiriu um vasto co nhecimento do mercado de pa pel e celulose.
www.internationalpaper.com.br
www.ibema.com.br
Ibema
Jofer
Também em agosto, Hélio Hen rique Bustamante assumiu o car go de diretor comercial da Ibema – Companhia Brasileira de Papel. Bustamante fica no lugar de Túlio
Na Jofer Embalagens a novida de de agosto foi a chegada de Raul Capozzi, assumindo o cargo de diretor comercial. O executivo, formado em Propaganda e Mar keting, trabalha no setor papelei ro há mais de 40 anos e sua expe riência é constituída pela atuação em empresas fabricantes de pa pel e também de embalagens. Dando continuidade às mudanças
César Reis Gomes, que se desli gou da empresa. O novo diretor possui larga experiência no mer cado doméstico e de exportações e vinha ocupando o cargo de ge rente comercial da Ibema. Dentro da política de crescimento e valo rização prof issional da empresa, sua nova função é um passo na tural neste sentido. Graduado em Administração pela Unicentro, de Belo Horizonte, é pós-graduado em Tecnologia de Celulose e Pa pel pela Universidade Federal de Viçosa (MG) e possui MBA Gestão Comercial pela Isae/ FGV de Curi tiba (PR). Bustamante atuou tam bém na Cenibra ao longo de 13
fatores, pela aquisição da Solna (Suécia) pela Wifag, esta última já representada pela Kalmaq no Brasil. Segundo Karl Klökler, di retor da Kalmaq, desde julho to das as operações anteriormen te exercidas pela Solna do Brasil
administrativas e industriais rea lizadas pela Jofer, o novo diretor será responsável pelo crescimen to contínuo das vendas, inovando em estratégias comerciais a fim de atender com excelência as neces sidades de seus clientes e desen volver novos negócios. Também fazem parte de suas atribuições dirigir mudanças na comunicação organizacional e nos planos am bientais projetados pela empresa. www.jofer.com.br
estão incorporadas às ativida des da Kalmaq, que manterá o mesmo padrão de excelência no atendimento e suporte oferecido ao mercado até então. www.kalmaq.com.br
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RR Donnelley conquista certificação na área de segurança Após auditoria realizada pela ABTG, a RR Donnelley recebeu
o certificado de conformidade com a norma ABNT NBR 15540, sistema de segurança usado para produção de documentos confidenciais, posicionando-se como uma das primeiras gráfi cas na América Latina a possuir essa certificação. “Isso quer di zer que estamos aptos a produ zir impressos de alto sigilo com excelência gráfica”, afirma o di retor comercial e de marketing da RR Donnelley, Amilton Gar rau. Para ele, com a experiência de 40 anos atendendo ao mer cado brasileiro, a RRD conseguiu
o know-how necessário para o segmento de segurança. “So mos uma companhia com 20 anos de atuação na área de se gurança. Os trabalhos tiveram início com selos para cartórios, materiais promocionais e lote rias, cheques, diplomas, certi ficados e títulos de cobrança, entre outros. Uma prova desse conhecimento é a realização de trabalhos de grande complexi dade nos últimos 10 anos nas áreas de exames para concur sos, provas para área educacio nal e avaliações de desempe nho com grande sucesso”.
Fênix Embalagens recebe aporte de R$ 10 milhões Com 56 anos de mercado, a Fênix Embalagens, de Belo Horizon te (MG), acaba de passar por um processo intensivo de reestrutura ção da gestão, com a entrada de novos sócios e aporte de R$ 10 mi lhões em investimentos para os próximos três anos. A modernização abrange tanto o parque gráfico, com a aquisição de novos equipa mentos e a busca por certificações de processo, quanto o direciona mento das estratégias de negócios, com novos executivos à frente da empresa. A meta é faturar R$ 30 milhões a partir de 2012. www.fenixembalagens.com.br
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Fábrica da IP recebe certificação European Ecolabel Flower
A International Paper (IP) é a pri
meira empresa no Brasil a receber a certificação Ecolabel Flower, re conhecida em toda a União Euro peia e que atesta o bom desem penho amb ient al dos produtos industrializados e serviços. A cer tificação foi obtida após proces so de auditoria nas áreas produ tivas, de tecnologia, amb ient al e de suporte técnico da fábrica em Luiz Antônio, interior de São Paulo, unidade responsável pela maior parte das exportações para a Europa. O Ecolabel representa o compromisso da International Pa per com o respeito ao meio am biente e comprova sua preocupa ção com a sustentabilidade dos
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seus processos produtivos. Os cri térios de avaliação dos produtos e serviços consideram os impac tos ambientais no ar, água, solo e saúde humana, desde a extração da matéria-prima até a utilização do produto final e gestão dos resí duos. A companhia apresentou as conformidades necessárias para a aprovação e o selo passará a ser adotado em parte dos papéis de imprimir e escrever produzidos no Brasil pela fábrica de Luiz Antônio e destinados ao mercado euro peu. Além do Ecolabel Flower, as operações da IP no Brasil possuem ainda as certificações Cerflor e FSC (Forest Stewardship Council). www.internationalpaper.com.br
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Arjowiggins lança papéis para impressão digital de rótulos e etiquetas
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Arjowiggins estreou no mer cado de rótulos e etiquetas com o lançamento da linha de papéis Witcel Labels Digital para impres são digital de rótulos e etiquetas na 5ª Label Latinoamerica (Feira e Conferência Internacional de Eti quetas Adesivas, Rótulos e Identi ficação de Produtos), realizada em junho, em São Paulo. Com texturas sofisticadas e uma referência com acabamen to metalizado, a linha Witcel La bels Digital inova o mercado pela apresentação dif erenc iad a que confere aos produtos premium, como vinhos, cachaças, azeites, geleias e outros.
Parceria Senai e HP em programa da ONU
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As estratégias de marketing, incluindo a crescente atuação de gifting no mundo corporativo, podem se benef iciar da nova li nha, uma vez que demandam pe quenas tiragens e requerem alta qualidade de apresentação. Além de ser um produto certi ficado FSC, essa é a primeira linha de papéis especiais produzida na América do Sul homologada pelo Rochester Institute of Technology, Printing Applications Laboratory, para impressão em HP Indigo. http://arjowiggins.com.br/
Em parceria com a HP, o Senai lan çou em junho, no município de Araguarina, em Tocantins, o Pro grama de Inclusão Digital para Em preendedores. O objetivo é treinar empresários potenciais e donos de micro e pequenas empresas para utilizar a informática na ampliação dos seus negócios. O programa foi possível porque a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvi mento Industrial (Unido), vincula da à ONU, escolheu o Senai como operador no Brasil do programa
REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
ANconsulting quer romper as fronteiras A
tuando no mercado gráfico latino-americano em estratégia e desenvolvimento de negócios, a ANconsulting anunciou em agos to sua nova empresa: a BCBC Negócios Internacionais, direcionada para distribuidores, revendedores e clientes finais do setor gráfi co. Segundo a ANconsulting, a nova empresa foi criada através de uma parceria com a Zynet International, com escritórios em Xan gai, na China, e em San Diego (EUA) e está apta a pesquisar, defi nir e viabilizar a importação de equipamentos e insumos gráficos chineses para o mercado brasileiro e latino-americano. “Nossos especialistas em Xangai, com profundo conhecimento da indús tria chinesa, estão aptos a identificar os melhores produtores de equipamentos e insumos de acordo com as necessidades do nos so mercado. Entendemos que há oportunidades latentes nessa aproximação, mas a grande dificuldade das empresas brasileiras é a de encontrar interlocutores e parceiros confiáveis que possam entender e criar os acessos adequados dentro do emaranhado mercado chinês. Daí nossa intervenção. Trazemos conf iabilidade e isenção nesse processo, com a garantia da ANconsulting”, diz o gerente operacional da BCBC, Alexandre Januário. Pouco antes, a ANconsulting firmou, durante a feira Andigrá fica, realizada em Bogotá no final do mês de junho, um contrato com a Associação das Indústrias Gráficas Colombianas (Andigraf) para o desenvolvimento de programas de melhoria de produtivi dade e de transição para o digital voltado a empresas associadas à entidade. “Passamos a ser a consultoria da Andigraf para a for mulação de projetos específicos que estimulem a produtividade setorial. Também ajudaremos aquelas empresas mais tradicionais que queiram se desenvolver no mercado digital. Essa aliança re força nossa posição na América Latina, pois, além da Colômbia, já temos representantes no México e Equador”, afirma Hamilton Terni Costa, diretor da empresa. www.bcbc.net.br www.anconsulting.com.br
HP Life, iniciativa de responsabili dade social da HP em parceria com
a Unido, executada na África e no Oriente Médio e estendida agora ao País. O Senai implantará quatro laboratórios de informática em To cantins, Maranhão, Piauí e Rondô nia, com 25 computadores e dois laptops cada um. Os lab or atórios irão oferecer cursos de qualificação para quem quer abrir um pequeno negócio ou para quem já é microempresá rio e quer modernizar a gestão da
sua empresa. O pacote tecnológi co inclui ainda US$ 65 mil para ins talação dos laboratórios e capaci tação dos monitores. Pelo acordo firmado com a Unido e a HP, cada laboratório irá desenvolver, inicial mente, quatro cursos de 160 ho ras/ano para turmas de 25 alunos, com possibilidade de ampliação conforme o comportamento da demanda. As matrículas serão fei tas pelos departamentos regionais do Senai nos quatro estados. www.hp.com
Kodak lança mundialmente NexPress SX com Print Genius
Projeto AFP Consortium para ambientes complexos de impressão O
N
o início de agosto, a Kodak lançou a NexPress SX com sis tema Print Genius. Segundo a empresa, a nova versão da Nex Press está disponível comercial mente em todo o mundo e traz, como características, a possibi lidade de se trabalhar com lar gura de mídia de 66 cm (um acréscimo de 27% na área de imagem), velocidade estima da de 131 páginas/minuto, total suporte ao uso de dados variá veis e a tecnologia de impres são Kodak NexPress HD Dry Ink. Ela gera pontos muito peque nos que, como resultado, per mitem imagens mais nítidas e detalhadas, bem como a quin ta unidade de impressão com efeito matte opcional. Com isso, é possível substituir o Light Bla ck convencional para reprodu ção de cores específicas, uti lizando-se de algoritmos que asseguram maior suavidade, por exemplo, na impressão de tons de pele ou em detalhes finos.
Jandaia adota novo logo
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No caso de opção pelo aca bamento matte na quinta uni dade de impressão em linha, pode-se obter, segundo a Ko dak, resultados excelentes com esse tipo de acabamento em menos de 15 minutos. Já efei tos brilhantes podem ser conse guidos através do uso da Kodak NexPress Clear Dry Ink junta mente com a unidade Kodak NexPress Glossing. Outro recur so importante da Kodak Nex Press SX é o sistema Intelligent Calibration System (ICS), que re duz o ciclo de ajustes necessá rios com relação à operação e cores do equipamento. Por fim, a tecnologia Print Genius inclui uma série de fer ramentas que unem software e hardware para controle aprimo rado de qualidade, garantindo maior consistência na qualida de dos impressos desde o início até o fim do processo. www.kodak.com.br
Em 2012 o Grupo Bignardi irá mudar a identidade visual e as sinatura da marca Jandaia. Mas já a partir de agora todas as pe ças criadas para campanhas, ma teriais promocionais e produtos terão o novo logo, representa do por um balão de conversa ção, o mesmo utilizado em gibis e histórias em quadrinhos. Cria do pela empresa PH2, a ideia é a interação do nome Jandaia com
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AFP Consortium (AFPC), for mado em 2004 e focado no desenvolvimento da AFP Co lor Management Architecture (ACMA), anunciou em agosto a disponibilidade de nova versão do padrão industrial Advanced Function Presentation (AFP). Trata-se de uma arquitetu ra de apresentação que ofere ce benefícios em desempenho, gerenciam ento e integridade entre aplicativos que tratam de grandes volumes de dados va riáveis. A nova versão foi atuali zada para melhorar a eficiência operacional em ambientes de impressão, proporcionando ní veis superiores de interoperabi lidade de produtos AFP, incluin do suporte a fontes, imagens e gráficos mais recentes. A maioria dos documentos de transações e comunicações sigilosas ou críticas utilizadas por instituições das áreas de finanças, seguros, varejo, ser viços públicos e instituições de saúd e em todo o mundo utiliza AFP em dezenas de mi lhões de corr esp ond ênc ias produzidas diariamente. O novo conjunto de in tercâmbio IS/3 foi projetado
o consumidor, mostrando que os produtos da empresa conversam com o seu público. “Pensamos em algo que gerasse empatia com os consumidores, que se apresen
para proporcionar a funciona lidade necessária aos comple xos amb ientes de impressão de produção atuais. O supor te ao IS/3 permitirá uma inte gração mais fácil entre os com ponentes de um sistema de impressão incluindo formata dores, servidores, transforma ções, impressoras, visualizado res AFP e sistemas de arquivo com menos customização e menor tempo para produção em qualquer configuração es pecificada. A interoperabili dade aprimorada de compo nentes compatíveis com IS/3 permitirá aos clientes reduzir significativamente o custo e o tempo envolvidos em configu ração, instalação e operação de sistemas AFP multifornecedor. O IS/3 oferece supor te abrangente para cores, incluin do cores de processo e cores spot, gerenciamento de cores baseado em ICC e formatos pa dronizados de arquivos de ima gem como TIFF e JPEG . O IS/3 também inclui suporte a fontes OpenType padrão da indústria e codificações de dados com base em Unicode. www.afpcinc.org
te com modernidade, permitin do fácil leitura e aplicabilidade”, diz Fabricio Pardo, gerente de marketing do grupo. www.grupobignardi.com.br
Setor de etiquetas perde Ernst Dafferner
N
o dia 21 de julho faleceu, aos 69 anos, Ernst Dafferner, um dos pioneiros na fabricação de má quinas para etiquetas no Brasil. O empresário iniciou a trajetó
ria na área gráfica em 1969, fun dando, ao lado do pai, Ewald Dafferner, e Nestor Rosumek, a Ibirama Indústria de Máquinas, na qual comandava a área co mercial. Foi sócio também da Lisboa Turismo, empresa es pec ial iz ad a em levar grupos de empresários brasileiros para feiras no exterior, como Drupa, Print e Label Expo. Ex-diretor do Sindimaq/Abi maq, morava em São Roque, in terior de São Paulo, onde man tinha um orquidário comercial, unindo a atuação prof issional com seu hobby preferido.
Expresso Nova Mercante para a região de Campinas
Desde julho a cidade de Cam pinas (SP) e região têm à dis posição o Expresso Nova Mer cante, serviço exclusivo de entrega direta oferecido pela Nova Mercante de Pap éis. A iniciativa beneficia cerca de 150 gráficas e editoras de treze cidades vizinhas, permitindo diariamente entregas mais rá
Celulose e papel registra desempenho estável no primeiro semestre A indústria brasileira de celulose e papel encerrou o primeiro se mestre de 2011 com resultados expressivos na receita de expor tações, acumulando US$ 3,6 bi lhões, montante 7,1% superior ao que foi registrado nos seis primei
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pidas em caminhões próprios da empresa. A ideia é que o serviço seja estendido, em bre ve, para outras localidades do Brasil, oferecendo um portfó lio completo de papéis couché, offset, cartão e adesivos para editoras, gráficas e fabricantes de embalagens. www.novamercante.com.br/blog/
ros meses do ano passado. Des se total, 68% equivale à receita das vendas externas de celulose. O volume de vendas domésticas de papéis recuou em relação ao primeiro semestre do ano passa do. Esse resultado foi inf luencia do pelo aumento das importa ções de papel, que tiveram alta de 8,7% na comparação com os mesmos seis meses de 2010. O aumento das importações de papel foi mais significativo nos segmentos de imprimir e escre ver e de papel-cartão, produtos nos quais se aplica a imunidade de impostos quando são desti nados à produção de livros, revis tas, jornais e outros usos editoriais. www.bracelpa.org.br
Empresas reforçam parcerias
Papirus lança Clube Vita
Kodak
A Kodak Brasileira reuniu re vendas e equipe nacional de vendas para um treinamento no Hotel Blue Tree em São Pau lo, no mês de junho. O objeti vo foi apresentar às revendas a nova política e canais da Kodak,
promover as atividades e definir as metas para o 2º semestre de 2011. O encontro contou com a presença de Antônio Padua, da empresa CIT e André Braghetta, da Marcondes Consultoria. www.kodak.com.br
Furnax
A Furnax também realizou sua convenção com os representan tes da divisão gráfica. Estiveram presentes representantes das regiões Sudeste e Nordeste. A fi nalidade foi aprimorar e reciclar conhecimentos sobre a estru tura da empresa e apresentar a nova linha de equipamentos de
Com o objetivo de oferecer um
impressão e acabamento edito rial com destaque especial à im pressora Clarity — que imprime frente e verso simultaneamen te sem reversão e com registro perfeito —, dobradeiras, alcea deiras, grampeadeiras, costura, binder e trilateral. www.furnax.com.br/grafica
15º Anuário Abigraf Adquira já o seu exemplar
serviço completo de apoio aos seus clientes, a Papirus criou em julho o Clube Vita para prestar atendimento diferenciado e fi delizar as gráficas que utilizam os pap éis-c artões da marca. O Clube Vita dá acesso a vanta gens como workshops técnicos, visitas para solução de proble mas, consultorias e desenvolvi mento de produtos sob medida. A área de expertise é o grande diferencial do Clube Vita. Por meio dela, a Papirus comparti lha conhecimento e coloca seu know-how à disposição de seus clientes. “Quem compra um pa
pel-cartão da Papirus não leva apenas um produto, adquire toda a expertise que a empre sa tem. Nosso objetivo é contri buir para que o cliente tire o me lhor do nosso produto”, explica Amando Varella, diretor comer cial da empresa. De acordo com o executivo, a Papirus sempre cultivou rela ções de valor com seus clientes, estabelecendo parcerias vanta josas de longo prazo e, com o Clube Vita, conseguirá estar ain da mais presente no dia a dia do cliente, contribuindo de manei ra direta em seus projetos. www.papirus.com/clube
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ENTREVISTA Ada Caperuto
Foto: Letícia Moreira/Folha Imagem
Sérgio Dávila O jornal impresso está vivo. Vida longa ao papel!
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á pouco mais de um ano, o jornal Folha de S. Paulo — atualmente o segundo colocado no ranking dos dez maiores per iódicos impressos nacionais, em número de circulação (IVC/janeiro de 2011) — circulou com sua última reforma gráfica, a terceira desde o início deste século. Desta vez, no entanto, a mudança foi mais ampla. Faz parte de todo um processo que pode ser definido como “convergência para um sistema multiplataforma de distribuição de notícias”, no qual o jornal em papel é apenas uma das mídias válidas para cumprir o objetivo maior de um jornal diár io: informar. REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
De acordo com o editor-executivo da Folha de S. Paulo, o jornalista Sérgio Dávila, a mudança segue uma espécie de “política de renovação” da empresa jornalística, que é aplicada em intervalos méd ios de cinco anos. A mais recente foi iniciada com o que pode ser definido como “fusão orgânica” das redações — online e impressa —, ou seja, a integração de todos os jornalistas em um mesmo local de trabalho para produção de conteúdo a ser distribuído em diferentes mídias. O projeto gráfico compreendeu uma série de mudanças visuais, para, segundo Dávila, tornar o jornal “visualmente agradável, de fácil leitura”, além de reduzir a diversidade entre os
cadernos. Nesta entrevista, o editor-executivo da Folha fala um pouco mais sobre as mudanças no jornal, o uso dos tablets para a leitura de notícias e alerta: o impresso não vai desaparecer — contrapondo previsões como a do espe cialista Philip Meyer, que chegou a profetizar uma data para isso. Revista Abigraf – Até que ponto as mudanças na Folha de S. Paulo foram inf luenciadas pela competitividade com a mídia eletrônica? Sérgio Dávila – Realizamos uma reforma gráfica importante a cada 4 ou 5 anos, ainda antes de existir a internet, desde o início dos anos 1980, que consideramos como a nova fase do jornal. Entendemos que, nesse intervalo médio de tempo, o leitor e o próprio jornalista estão cansados daquele modelo. Nesse aspecto, a Folha tem o que chamamos de “tradição da vanguarda”. A diferença é que desta vez havia um desejo de ampliar a identidade visual entre o site e o jornal, que pareciam dois organismos diferentes. Respeitadas as diferenças entre as plataformas eletrônica e de papel, procuramos criar maior impacto visual. Mas, sim, respondendo à sua pergunta, havia também essa preocupação da concorrência com as demais míd ias. Sobre a mudança da tipologia, o comercial exibido na TV para anunc iar o novo projeto alegava que as letras maiores ser iam para os leitores “enxergarem melhor”. Isso mesmo. Uma das ideias era dar mais legibilidade. Uma avaliação mostrou que o jornal estava um pouco carregado para o assinante que tenta lê-lo todo de manhã. Uma maneira de resolver isso era aumentar o corpo e a entrelinha. Depois de algumas pesquisas, chegamos à conclusão que um ganho de 10% seria o ideal. No lançamento houve uma reação positiva e outra negativa, mas, nas pesquisas que fizemos, a aprovação dos leitores chegou a 90% um mês depois da estreia. O objetivo disso não é só deixar o jornal com mais legibilidade, mas também mais ágil para um leitor que tem cada vez menos tempo para ler. E esse tempo é disputado por uma infinidade de meios: a internet, o celular, a TV a cabo, a TV aberta, a TV no carro, a revista, os sites. Se queremos reter o leitor, não podemos dar a ele um pacote acima de duas horas de dedicação.
E isso, de algum modo, modificou o conteúdo do jornal? Houve a preocupação de, ao lado dessa legibilidade melhorada, não abrir mão daquele leitor que, de fato, quer gastar um bom tempo lendo o jornal. Procuramos respeitar quem quer dedicar 2 ou 3 horas para a leitura. Essa pessoa irá enconA hierarquização do trar sempre textos longos e narrativas a cada edição, impresso é evidente. com uma ou duas páginas Quando você olha para inteiras. Terá no mínimo quatro bons colunistas por a primeira página do dia. Tentamos equilibrar jornal você percebe o que essas duas vias de acesso ao jornal: o leitor que quer é considerado o assunto uma informação muito rámais importante, a pida, com a letra grande, e o leitor que quer uma in- manchete. Se você olhar no formação mais trabalhada.
online, tudo é manchete, os títulos têm o mesmo tamanho ou pouca varia ção, a fonte é a mesma, tudo pode ter ou não foto, tudo tem o mesmo peso.
É possível diferenciar o leitor “analógico” e o “digital”? Não vemos o leitor como “analógico” ou “ digital ”. A nossa preoc up aç ão é a seguinte: somos uma empresa que produz conteú do. E esse conteúdo tem que seguir uma série de crité rios editoriais de excelência e uma série de princípios editoriais da Folha. Este texto tem que ser claro, didático, analítico, bem escrito. Deve ser também crítico, pluralista, dar margem a todos os lados envolvidos. Respeitado isso, onde este conteúdo será publicado é outra discussão. O texto tanto pode ser para o jornal em papel de amanhã como para o online, no site ou no tablet.
A Folha trabalha com a ideia de “puxar” o leitor para todas as plataformas? Sim. Queremos que o leitor nunca “saia” da Folha. Se ele está lendo no papel e resolver acessar a internet, que seja na Folha.com. Se decidir navegar no iPad ou no iPhone, que seja em nosso aplicativo. Existe uma identidade visual para o leitor saber que está em um mesmo am biente. E criamos “entradas” para que esse leitor possa ir e voltar entre os meios. Por exemplo, todas as editor ias do impresso trazem um JULHO/AGOSTO 2011 REVISTA ABIGR AF
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navegador convidando o leitor para saber mais sobre o que acabou de ver na Folha.com. Essa é também uma maneira de você manter o leitor do jornal em papel. O que o impresso teria a oferecer como diferencial nessa concorrência com as mídias eletrônicas? O que o impresso dá a mais para o leitor, em minha opinião, é a hierarquização das notícias, a revisão de tudo o que aconteceu no último ciclo de 24 horas e, no nosso caso, o leque de jornalistas, colunistas Não vemos o leitor e textos interpretativos. Quanto à plataforma, eu diria que o papel como “analógico” é insuperável. Essa exper iênc ia ou “digital”. A nossa sensor ial, tátil mesmo, é só o jornal ou a revista que te dão. E aí as preocupação é a seguinte: pessoas vão dizer que isso é coisa somos uma empresa de uma outra geração, mas temos dois fenômenos na área de livros, que produz conteúdo. e com jovens na faixa dos 12 a 17 E esse conteúdo tem anos, primeiro com a série “Harry Potter” e mais recentemente que seguir uma série de com “Crepúsculo”. São livros que critérios editoriais de bateram recordes de venda, que são grandes, em papel, e que fizeexcelência e uma série ram as pessoas ficar na fila para de princípios editoriais comprar. É uma geração formada por jovens que a gente achava que da Folha. Este texto tem nunca sairiam da frente do comque ser claro, didático, putador. Repito, são livros grandes, preto no branco, não têm fianalítico, bem escrito. gurinha, não têm interação, não têm foto. Então, esses dois fenômenos me levam a acreditar que o jornal vai durar muito tempo ainda; livro e revista vão durar muito tempo ainda.
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Sobre os jornais de formato reduzido, o senhor acredita que podem ser um caminho para a sobrevivência do impresso? Eu não arriscaria dizer que o futuro da Folha é ser um tabloide. A despeito do sucesso desse formato no sul do País, que é um caso específico, não acredito que o mercado paulista e o fluminense tenham se acostumado com o tabloide para o chamado jornal de prestígio. O tabloide aqui ainda está relacionado ao jornal mais popular, com conteúdo menos trabalhado. Mas um formato como o berliner, por exemplo, eu não riscaria do futuro da própria Folha. REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
Em termos de notícia, o que se vê no jornal impresso que não funciona no eletrônico? Sabe o que eu acho que não funciona no eletrônico? O âmago da diferença é que a hierarquização do impresso é evidente. Quan do você olha para a primeira página do jornal você percebe o que é considerado o assunto mais importante, a manchete. E o menos importante talvez sejam as notas em corpo menor, na parte infer ior da página. Se você olhar no online, tudo é manchete, os títulos têm o mesmo tamanho ou pouca var iação, a fonte é a mesma, tudo pode ter ou não foto, tudo tem o mesmo peso. Quer dizer, até você abrir o texto e ler você não sabe se ele tem apenas um ou 20 parágrafos. Eu costumo dizer que na internet tudo é manchete. Pense no Google News, o agregador de notícias do Google, você verá que eles dão o mesmo peso para as no tícias “Obama sofre atentado” e “Cor inthians empata no amistoso”. Então eu acho que uma função que não se traduz de um meio para o outro é esta. Você é bombardeado o dia inteiro com essas not ícias que têm o mesmo peso no online e no dia seguinte você vê qual é o peso histórico e hierárquico delas. Esse complemento e essa diferenciação de meios é que eu acho que faz toda a diferença. Qual é sua aposta sobre plataformas como o iPad e o Kindle, os leitores eletrônicos de livros, para a leitura de notícias? Apostar é complicado. Eu me lembro de uma palestra a que fui há alguns anos, na qual foi mostrado um CD-Rom e comentado “isto aqui é o futuro do jornal!” Pode ser que o Kindle daqui um ano seja a coisa mais desenvolvida do mundo, mas eu diria que o iPad é a mídia do momento, já vendeu mais que o DVD no pe ríodo do lançamento. Não sei se é a mídia do futuro, mas é a mídia da vez. E mesmo assim o senhor acredita que o jornal impresso vai encontrar o caminho para permanecer? Eu já ouvi muita gente falar que o impresso vai acabar. Deram até o ano. Mas digo que prefiro acreditar que, mesmo depois que eu tiver morrido, o jornal continuará a existir. Sempre haverá leitores para jornal; é o máximo de previsão que me permito fazer.
Alta Versatilidade
Flexibilidade e qualidade são vitais para manter seus clientes satisfeitos, assim como a alta produtividade é também vital para o sucesso de sua gráfica. Seja para produzir flyers, folders, malas diretas especiais, material editorial, tiragens curtas ou longas, a linha de dobradeiras Stahlfolder da Heidelberg garante a dobra perfeita para qualquer tipo de trabalho no mercado. Heidelberg do Brasil Av. Alfredo Egídio de Souza Aranha, 100 • Bloco B • 12º Andar • 04726-170 • São Paulo • SP Tel. 11 5525-4500 • Fax 11 5525-4501 atendimento@heidelberg.com • www.br.heidelberg.com
Maria Leontina
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ARTE
Ela foi, e sempre será, uma das grandes artistas plásticas do Brasil. Marcou sua “concreta” presença na fase mais importante do modernismo, sem perder a razão e com a mais plena emoção. Sua pintura é poesia, um olhar firme e meigo sobre a vida. Ricardo Viveiros
1.
Da Paisagem e do Tempo, óleo sobre tela, 65 × 92 cm, 1957
JULHO/AGOSTO 2011 REVISTA ABIGR AF
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2
Nise da Silveira, imortalizada no livro Memó rias do Cárcere, de Graciliano Ramos, com quem esteve presa por quase dois anos em razão da Intentona Comunista (1935). Nas mesmas de pendênc ias do Centro Psiquiátrico Nac ional, no subúrbio do Engenho de Dentro, Rio de Ja neiro, a doutora Nise inovou os arcaicos méto dos de tratamento dos pacientes introduzindo a arte em suas vidas.
Descobrindo a vida na vanguarda da arte 2. Ciranda, óleo sobre tela, 54 × 65 cm, 1951 3. Sem título, óleo sobre tela, 64 × 80 cm, 1956
H
oje não há mais dúvidas de que o formalismo da Arte Moder na dos anos 1920, especialmen te no Brasil, evoluiu nas déca das seguintes ao experimentar um inteligente per íodo investigativo da realida de da vida. A grande discussão entre o figura tivo e o abstrato aconteceu entre nós depois de 1950, no pós-g uerra. Era uma fase que buscava a reconstrução pelo novo e comprometida com a essência e o entendimento do existir. Mas, cur iosamente, não foram os costu meiros ventos europeus ou até mesmo norte- a mericanos que nos trouxeram esses mergu lhos mais profundos na alma humana. Em 1946 surge o audacioso Museu de Imagens do Incons ciente, obra de visão da psiquiatra alagoana
3
24 REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
Aventura de ser
Há registros de que, nos anos 50, a jovem ar tista plástica paulista Maria Leontina Mendes Franco (1917–1984), que mais tarde, ao se ca sar com o pintor Milton Dacosta, agregaria o sobrenome do marido, andava por ali buscan do fotografar imagens e, em especial, captan do o conteúdo das almas de pessoas considera das por ela não loucas, mas, quem sabe, apenas dissidentes do pensamento ortodoxo. Leontina foi a primeira professora da esco la livre de artes visuais criada no Hospital Psi quiátrico do Juqueri, em São Paulo, pelo médi co e crítico Osório César. A pesquisa, o olhar sem preconceitos e a busca das igualdades nas mais radicais diferenças foram objetivos per manentes na obra da artista. O compromisso que pontuou todo o seu rico processo criativo sempre foi com a “modernidade”. E com base na mais autêntica leitura desse processo: “Eu gosto de desenhar”, dizia. Ela passou pelos movimen tos concreto, neoconcreto e expressionista e se guiu de maneira livre a tendência construtivis ta, sem que, por respeito à inteligência, deixasse de também experimentar o academicismo. Bus cando com determinação novos caminhos, pes quisou a cor e o gesto, direcionando sua pintura para a simplicidade e a complexidade da vida, tornando-se eternamente contemporânea. A rigor, o desenho tem uma função de ines timável importância em toda a obra da artista. E transcende o seu habitual uso como base para a criação, estudo para algo maior e mais com plexo. O desenho na arte de Leontina é um ca minho único, dotado de mapa autônomo e que conduz a destinos próprios. Serve para desco brir, não para planejar o trabalho que, na ver dade, nunca havia sido pensado antes de sur gir em meio ao traço que obedece ao ímpeto da criação. “De repente percebo um tema. Tenho que explodir”, assim explicou a artista. Foram cinco décadas desenhando, desde partes do cor po humano a pequeninas obras com pastel, do figurativo cubista à abstração geométrica, mas
4
seus participantes, não havia uma preocupação institucional organizada. Nesse cenário acon teceu a mostra “19 Pintores”, em São Paulo, que evidenciou o melhor da nova geração para aque le momento (1947). Leontina participou ao lado de Lothar Charoux, Jorge Mori, Aldemir Mar tins, Mário Gruber, Flávio-Shiró, Marcelo Gras smann e outros que, como ela, iriam tornar-se nomes significativos da arte brasileira. Alguns desses artistas, ainda sob o impac to das correntes abstratas então chegadas da Europa, começavam a abandonar o figurativo com acento expressionista e estavam determi 4. Os Jogos e os Enigmas I, óleo sobre tela, 65 × 92 cm, 1954/1955 5. Natureza-Morta, óleo sobre papel sobre eucatex, 32 × 50 cm, 1947
sempre equilibrando força 5 e suav id ad e. A luz, deter minante em seu trabalho, cria formas, estabelece co res, descobre emoções sem perder a razão: poesia. Sua duradoura união com Dacosta, embora tenham fei to muitas coisas juntos (in cluindo um per íodo de estu do e trabalho em Paris), não se constituiu, o que até seria natural, em uma inf luência além de importantes con tribuições técnicas. Leonti na é uma artista maior por seus próprios méritos. Par ticipou de importantes mos tras no Brasil e no exter ior, ganhou prêmios, está em relevantes acervos pú blicos e privados. Foi desenhista, pintora, vitra lista, gravadora, azulejista, professora. Entrou para a história sem pedir licença, altivamente. Ventura de ter sido
3•572 issn 010
x
revista
a
/ agosto f 254 julho revista abigra
2011
dústri arte & in
• 254 o 2 0 1 1 nº i • jul/ag • ano xxxv gráfica
Capa
26
Cena IX, guache sobre papel, 21 × 24,5 cm, 1958
No início de carreira, Leont ina enfrentou as mesmas dificuldades que, naquele tempo, atin giam a todos: não havia muitas possibilidades de expor. Assim, a partir do final dos anos 40, apareceram os movimentos que, em geral, tra ziam números em seus títulos (informando a quantidade de integrantes): Grupo 15, Art Club do Rio de Janeiro e de São Paulo, Grupo dos Quatro Novíssimos e Seis Novos de São Paulo (no qual estava a jovem Maria Leontina). Mas, como se pode imaginar, tais grupos se consti tuíam, muitas vezes, em não mais do que um “aglomerado” de artistas à procura de espaço para mostrar seus trabalhos. Embora alguns desses “movimentos” te nham marcado época e aberto horizontes para
REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
nados a buscar o “novo”, o realmente moderno. Se por um lado eles formavam “uma exposição de esperanças”, como afirmou no catálogo da mostra Geraldo Ferraz, por outro, para alguns mais críticos, como Sérgio Milliet, os 19 eram apenas “uma geração mais de epígonos que de líderes”, sem grandes novidades. Nesse contexto, Maria Leont ina, com sua permanente inquietação e temática livre, cha ma a atenção para algo realmente moderno à época: temas introspectivos, figuras mesclando força e ternura, um traço rebelde e cores discre tas, sensualidade. Há na sua arte a nítida pro cura do que está por trás da simples imagem, o que se esconde na alma, o que é a mais profunda realidade — respeitosas invasões. A artista foi, embora sua apurada técnica e compromisso inal ienável com a qualidade, ra dicalmente livre em seu processo de criação. Jamais permitiu as imposições do espaço, ma teriais e tendências, mas, acima de tudo, criou a partir da sua inspiração. Fez arte.
ECONOMIA Texto e dados: Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf
Região Sul
Um mercado consolidado e competitivo Dados estatísticos revelam o perfil da mão de obra, o desempenho e a participação no contexto nacional do setor gráfico da região Sul do Brasil.
U 28
ma das cinco grandes reg iões em que se divide o território nacional, o Sul do País compreende os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que juntos totalizam uma superfície de 576.409,6 quilômetros quadrados. Parte integrante da reg ião geoeconômica Centro-Sul, é um grande polo turístico, econômico e cultural, que recebeu forte inf luência europeia, principalmente dos imigrantes de origem italiana e germânica. A região Sul apresenta bons índices sociais em vários aspectos: possui o maior IDH do Brasil (0,831), mais de 27 milhões de habitantes e um PIB per capita de R$ 18.257,79. É também a mais alfabetizada, com índice que atinge 94,8% da população. Sua economia é bem diversificada e desenvolvida. Destacam-se as indúst rias de REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
transformação, automobilística, têxtil, alimentícia, produtos eletrônicos e tecnológicos. A área de serviços é muito importante, em especial o turismo nas cidades litorâ neas, principalmente as de Santa Catarina. O comércio também é bem movimentado. Resumo dos indicadores da região Sul do Brasil Paraná Estados
Santa Catarina Rio Grande do Sul Características geográficas
Área
576.409,6 km²
População
27.384.815 hab. (IBGE/2010)
Densidade
47,59 habitantes /km² Indicadores
IDH médio PIB PIB per capita
0,831 elevado (PNUD/2005) R$ 502,05 (IBGE/2008) R$ 18.257,79 (IBGE/2008)
Fonte: Wikipedia – 4.jul.2011 às 10h00.
Indústria gráfica
A relevância do setor gráfico no Sul do Brasil confirma-se com os dados estatísticos que projetam sua participação no contexto nacional, como o valor da sua produção, a quantidade de empresas, o perfil da sua mão de obra e sua balança comercial. O valor da produção indust rial gráfica na reg ião em 2010 foi de R$ 7,5 bil hões (segundo o IBGE , com estimativa do Decon/Abigraf). O crescimento na produção gráfica industrial acompanhou a média de crescimento da produção nacional do setor, com um percentual de 4%. De acordo com os dados do Ministério do Trabalho (MTE/Rais), o setor gráfico do Sul reúne 4.617 empresas, número que corresponde a 23% das 20.007 existentes em todo o País (Tabela 1). Com relação à mão de obra, detém 45.776 dos 220.796 postos de trabalho oferecidos pelo setor em todo o território nacional, ou seja, 20,7% dos fun cionár ios gráficos do Brasil. Entre 2008 e 2010, essa mão de obra apresentou crescimento de 5%, índice semelhante à média nacional (Tabela 1).
Tabela 1: Dados gerais da indústria gráfica na região Sul do Brasil – 2008 e 2010 2008
Número de estabelecimentos Número de funcionários Número de funcionários / estabelecimento
2010
% NO PERÍODO
SUL
BRASIL
% Particip.
SUL
BRASIL
% Particip.
4.297
15.293
28,1%
4.617
20.007
23,1%
43.741
209.736
20,9%
45.776
220.796
20,7%
5%
5%
10,2
13,7
—
9,9
11,0
—
– 3%
– 20%
24,0%
Valor bruto da produção industrial (R$ bilhão)
SUL
BRASIL
7%
31%
6,8
28,6
7,5
29,7
4,0%
10%
Balança comercial (US$ FOB milhões)
48,92
–114,42
—
44,86
–160,19
—
—
—
4%
Exportação (US$ FOB milhões)
95,16
255,71
37,2%
109,29
248,97
43,9%
15%
– 3%
Importação (US$ FOB milhões)
46,25
370,13
12,5%
64,43
409,16
15,7%
39%
11%
Fonte: MTE/RAIS, AliceWeb/MDIC, PIA/IBGE. Elaboração: Decon/Abigraf
Quanto à balança comercial, segundo a Secretaria de Comércio Exter ior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exter ior (MDIC), o Sul exportou, em 2008, US$ 95,16 mil hões e importou US$ 46,25 mil hões em produtos gráficos, acumulando um saldo positivo de US$ 48,91 mil hões. Em 2010, o superávit gerado pela indústria gráfica na reg ião manteve-se próximo ao do ano de 2008, com US$ 44,86 mil hões, resultado de exportações de US$ 109,29 mil hões e importações de US$ 64,43 mil hões (Tabela 1).
Figura 1: Distribuição do emprego na indústria gráfica por porte de empresa – 2010 250 ou mais De 100 a 249 De 50 a 99 De 20 a 49
■ Brasil ■ Região Sul
1,1% 1,0% 1,9% 2,0% 6,6% 6,0%
81,9% 81.0%
Até 19 Nenhum
Perfil das gráficas e do emprego no setor
O perfil dos estabelecimentos na região Sul assemelha-se à média nacional, já que 81% das empresas têm até 19 empregados, enquanto no Brasil esse percentual é de aproximadamente 82%. Vale ressaltar que 9,7% das gráficas no Sul não possuem empregados (normalmente empresas fam il iares), número que se mostra um pouco super ior à média nacional (8,2%) (Figura 1). Responsável por 21% do emprego no setor, a reg ião é a segunda maior empregadora da indústria gráfica nacional, superada apenas pelo Sudeste, com percen tual de 61% (Tabela 2). É possível observar
0,4% 0,3%
8,2% 9,7%
Fonte: MTE/RAIS 2010. Elaboração: Decon/Abigraf.
Tabela 2: Emprego e estabelecimentos gráficos por região – 2010 Emprego
%
Estabelecimentos
%
Número de Funcionários / Estabelecimento
135.908
61%
10.081
50%
13,5
Sul
45.776
21%
4.617
23%
9,9
Nordeste
23.290
11%
2.976
15%
7,8
Centro-Oeste
11.108
5%
1.644
8%
6,8
Norte
4.714
2%
689
4%
6,8
Total
220.796
100%
20.007
100%
11,0
Região
Sudeste
Fonte: MTE/RAIS 2010. Elaboração: Decon/Abigraf.
JULHO/AGOSTO 2011 REVISTA ABIGR AF
29
Figuras 2 e 3: Distribuição do emprego do setor gráfico na região e no País por faixa de remuneração e por nível de escolaridade Faixa de remuneração
Nível de escolaridade
Ignorado
Superior completo
Mais de 20,00
Superior incompleto
Entre 15,01 e 20,00 Entre 7,01 e 15,00
5% 6% 52% 50%
Médio completo 6% 3%
Entre 4,01 e 7,00
8%
11% 13%
Médio incompleto
11%
45%
Entre 1,01 e 2,00
16% 16%
Fundamental completo
32% 31%
Entre 2,01 e 4,00
Até 1,00
9% 7%
7% 8%
Fundamental incompleto 53%
4% 3%
Analfabeto
■ Brasil ■ Região Sul
Fonte: MTE/RAIS 2010. Elaboração: Decon/Abigraf.
Tabela 3: Números de empresas e emprego por Estado e capital – 2010 Número de empregados
% sobre total
Número de estabelecimentos
% sobre total
Funcionários / estabelecimento
Paraná
18.980
41%
1.676
36%
11,3
Curitiba
6.816
36%
496
30%
13,7
15.673
34%
1.753
38%
8,9
3.012
19%
389
22%
7,7
11.123
25%
1.188
26%
9,4
602
5%
80
7%
7,5
45.776
100%
4.617
100%
9,9
Rio Grande Sul Porto Alegre Santa Catarina Florianópolis Total
Fonte: MTE/RAIS 2010. Elaboração: Decon/Abigraf.
30
que o porte médio das empresas no Sul é de aproximadamente 10 funcionár ios por estabelecimento gráfico, índice próximo ao nacional, que é de 11 funcionár ios. Com relação à remuneração, os trabalhadores gráficos da reg ião Sul têm salário próximo à média nac ional. Nela, 31% do contingente recebe entre 2 a 4 salár ios mínimos, percent ual similar ao restante do País; 53% recebem entre 1 e 2 salár ios, contra 45% da média nacional, e 8% ganham de 4 a 7 salár ios mínimos, contra 11% na média nacional (Figura 2). A prevalência da baixa remuneração pode ser reflexo do grau de escolaridade. Grande parte dos trabalhadores no Sul (50%) tem nível de qualificação com até REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
Figuras 4 e 5: Distribuição do número de emprego e estabelecimentos por Estado da região Sul – 2010 Funcionários
Santa Catarina 25%
Paraná 41%
Rio Grande do Sul 34%
Fonte: MTE/RAIS 2010. Elaboração: Decon/Abigraf.
Estabelecimentos
Santa Catarina 26%
Rio Grande do Sul 38%
Paraná 36%
Tempo de investimentos em mercado estável Empresários dos três estados da região Sul traduzem os números do Departamento de Estudos Econômicos para a realidade do dia a dia da indústria.
E
stabelecida na cidade de Cambé, na região de Londrina, Paraná, a Gráfica Ipê tem um histórico de mais de 60 anos, experiência que permite ao diretor Alceu Malucelli Junior diagnosticar o setor da região Sul. “Contamos com várias empresas de porte e com forte atuação, o que torna a competitividade alta. Porém, no segmento de formulários e rótulos adesivos a demanda está satisfatória”. Para o diretor da curitibana Copygraf e presidente da Abigraf Regional Paraná, Sidney Paciornik, nas últimas décadas o perfil da capital e da região metropolitana passou por grandes mudanças socioeconômicas. “As facilidades de acesso e o barateamento dos recursos industriais, mais a expansão populacional, acarretaram a proliferação de empresas. Ainda assim, existe espaço para as antigas e as novas empresas”. Já em Santa Catarina, a demanda está relativamente baixa, levando à redução das margens, na opinião do empresário José Fernando Rocha, da Rocha Gráfica. É o que também percebe Ângelo Garbarski, da Impresul, que enxerga um momento de estagnação no Rio Grande do Sul. “Só gráficas muito produtivas e com controles de custos rígidos conseguirão apresentar bom resultados”. No mesmo estado, Renata Rotermund, diretora da gráfica Rotermund, da cidade de São Leopoldo, avalia que seu principal segmento de atuação, o comercial, estaria no limite da saturação. “Porém, como nossa empresa tem longa tradição de mercado, acredito que o nome tenha um forte valor e seja um facilitador na conquista de novos clientes”. Investimentos em atualização Apesar deste cenário, os empresários consultados demonstram que existe a perspectiva de dar continuidade aos investimentos. Esta é a opinião de José Fernando Rocha, ao declarar que trabalha com um planejamento
que contempla melhoras significativas em estrutura e equipamentos. Também Ângelo Garbarski afirma que, mesmo com o aumento da taxa de juros e o aperto de crédito, a empresa continua a investir. “Recentemente ampliamos nosso espaço para a inauguração de um estúdio fotográfico e aumentamos a estrutura”. Para Giem Guimarães, diretor geral da gráfica Posigraf, do Paraná, o momento é de ritmo intenso de trabalho, em que novos projetos estão sempre acontecendo. “Com certeza, não temos intenção de diminuir o passo. Em termos de ampliação de ofertas de serviços, recentemente fizemos investimentos na área de impressão digital”. Alceu Malucelli Junior revela que os investimentos da Gráfica Ipê não foram interrompidos nem mesmo com um dos principais entraves para o principal segmento de atuação. “No setor de formulários contínuos, com o advento da nota fiscal eletrônica, o mercado ficou bastante reduzido. Por isso investimos, nos três últimos anos, em uma nova unidade para a produção de rótulos adesivos e etiquetas. Adquirimos impressoras offset, flexográficas e uma HP Indigo sete cores”. A situação é ligeiramente diferente para Renata Rotermund. Segundo ela, a empresa encontra-se em fase de revisão da estrutura de pessoal e produtos, não prevendo investimentos ou expansão para os próximos dois anos, apenas um importante reforço na área comercial, com a nomeação de novos representantes e publicidade. Sidney Paciornik, no entanto, declara que, a despeito das incertezas, existe a necessidade de investir continua mente para manter a atualização do parque gráfico, para que a empresa esteja sempre preparada para as novas oportunidades. Cenário econômico É quase uma unanimidade para os empre sários entrevistados a urgência das reformas tributária e trabalhista. Na opinião de Ângelo
Garbarski, o País precisa rapidamente de uma reforma fiscal, com a redução da carga tributária, bem como uma reforma da previdência e o melhor controle dos desperdícios e dos gastos públicos. “Só com estas medidas e uma melhora significativa na educação poderemos avançar com estabilidade. Não acredito na volta da inflação como vimos há alguns anos, mas acho que o governo deveria não só aumentar os juros, mas fazer seu dever de casa”. Para Alceu Malucelli Junior, o atual momento econômico no Brasil é bom, com os investimentos externos no País batendo recordes, o nível de desemprego e o risco Brasil baixos, mas é bom ter em mente que vivemos em uma economia global que passa por um cenário de instabilidade. José Fernando Rocha declara que sua estratégia é manter os “pés no chão”, com muita atenção à movimentação do mercado e da economia. “As verdadeiras crises são como tsunamis, não mandam avisos, ou quando mandam não dá tempo para fazer muita coisa. Mas em qualquer situação adversa sobrevivem os mais bem preparados”. Giem Guimarães afirma ter uma visão positiva do cenário atual. “O País tem à frente grandes oportunidades de crescimento com os eventos esportivos de porte internacio nal que sediaremos. A Copa e as Olimpía das Irão gerar muitos negócios para o setor gráfico, sem dúvida. Assim, não colocaria que estamos em momento de otimismo desenfreado, mas certamente estamos con fiant es”. Como presidente da Abigraf- PR , Sidney Paciornik opina que a economia do Brasil é sólida e conseguirá sobrepujar as dificuldades. Esta seria, para ele, a grande vantagem de contar com um setor gráfico forte como o da região Sul: com a qualidade oferecida pelas empresas, menores são as chances de se abrir um espaço para que fornecedores internacionais entrem na região. JULHO/AGOSTO 2011 REVISTA ABIGR AF
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Tabela 4 – Valores consolidados anuais do comércio exterior da indústria gráfica na região Sul do Brasil
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REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
Saldo comercial
% variação anual exportações
% variação anual importações
2000
40,4
26,4
14,0
—
—
2001
40,4
28,0
12,4
0%
6%
2002
40,8
23,4
17,4
1%
– 16%
2003
52,6
9,4
43,2
29%
– 60%
2004
71,7
9,2
62,5
36%
– 2%
2005
73,0
13,9
59,1
2%
51%
2006
92,5
18,2
74,2
27%
31%
2007
89,0
28,2
60,8
– 4%
55%
2008
95,2
46,2
48,9
7%
64%
2009
93,7
48,2
45,5
– 2%
4%
2010
109,3
64,4
44,9
17%
34%
Fonte: AliceWeb/MDIC. Elaboração: Decon/Abigraf.
120
3,5
100
3,0 2,5
80
2,0
60
1,5
40
1,0
20
0,5
0
2003
2004
2005
■ Exportação
2006
2007
2008
■ Saldo comercial
■ Importação
2009
2010
0
■ Taxa de câmbio
Fonte: AliceWeb/MDIC. Elaboração: Decon/Abigraf.
Figura 7: Distribuição das exportações e das importações na região Sul do Brasil – 2010 69.57
■ Exportações ■ Importações
45,26
25,08
ul á rm
1,37
3,11 4,05
e Edi re to vi ria st is as ) Pr om oc io na is
ro s (liv
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0,00 0,01
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Fonte: AliceWeb/MDIC. Elaboração: Decon/Abigraf.
8,54 0,04 0,47
ai
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1,53 3,34
0,00 0,01
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1,61
1,14
Fi
8,60
Taxa média cambial
Valores em milhões US$ FOB
Figura 6: Valores consolidados anuais do comércio exterior da indústria na região Sul e taxa média do câmbio (de 2003 a 2010)
er
Apesar da valorização do real que ocorreu entre 2003 e 2008, as exportações de produtos gráficos no Sul têm se sustentado e as importações aumentaram de 2004 para 2006, mas se mantiveram estáveis a partir de então. O setor gráfico da reg ião tem gerado saldos positivos na balança comercial desde 2000, o que se deve, provavelmente, à proximidade com o Mercosul. Em 2010 as exportações do setor gráfico da reg ião foram predominantemente de embalagens impressas, com 64% do total, registrando um aumento de 18% em relação ao ano anter ior. Em segundo lugar ficaram os cartões plásticos impressos (32%). Quanto às importações, as embalagens também ocuparam o primeiro lugar, com US$ 45,26 mil hões, ou 51% do total, seguidas pelo segmento editor ial (livros e revistas), que representaram 13% das importações totais em 2010. A Figura 7 descreve a participação de cada produto gráfico na pauta de exportações e de importações gaúchas em 2010.
Importação
ad
Balança comercial
Exportação
C
Ensino Médio completo, percent ual próximo ao da média nacional, que é de 52%. Porém, apenas 7% da mão de obra já completou o Ensino Super ior, contra 9% registrados na média brasileira (Figura 3). Entre as capitais dos estados da reg ião Sul, Curitiba concentra o maior número de gráficas, 496, e de funcionários, 6.816, contra 389 e 3.012 em Porto Alegre e 80 e 602 em Florianópolis. Fica também em Curitiba a maior média de empregados por estabelecimento, com 13,7, índice que supera em mais de 20% os 11 da média do País. A Tabela 3 e as Figuras 4 e 5 mostram a quantidade de funcionár ios e estabelecimentos dos estados e capitais da região Sul, com suas respectivas participações.
Período
ABIGRA MIO F RÊ
DE
O prêmio é da Posigraf, mas o verdadeiro ganhador é o meio ambiente.
2º P
Troféu Abigraf de Responsabilidade Ambiental DE SOCIOAMBIENTAL RESPONSABILIDA
2 0 11
Com a apresentação de seu Sistema de Gestão Ambiental, a Posigraf conquistou o troféu Orlando Villas Boas no 2o Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambiental. Uma conquista que reflete nossa seriedade em avaliar, compensar e minimizar nossos impactos ambientais. Um reconhecimento que nos estimula a continuar inovando na área de sustentabilidade.
A primeira gráfica do Brasil a conquistar a Certificação ISO 14064. 0800 722 5451 | 41 3212 5400 www.posigraf.com.br
Fotos: Amarildo Henning
(E/D) Jair Leite, presidente do Sigep; Sidney Paciornik, presidente da Abigraf-PR; e Fabio Arruda Mortara, presidente da Abigraf Nacional
Sul celebra a qualidade
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Foto: Everton Dinarte
Foto: Dudu Leal
As Abigrafs Regionais Paraná e Rio Grande do Sul premiam anualmente a excelência gráfica em concursos cada vez mais disputados.
Carlos Evandro Alves da Silva, presidente da Abigraf-RS
REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
9º- Prêmio Par anaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho
Fotos: Amarildo Henning
No dia 17 de junho o Santa Mônica Clube de Campo, em Curitiba, abriu suas portas para a entrega do 9 º‒ Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe So brinho. As duas empresas que trad icio nalmente levam o maior número de tro féus, Corgraf e Posigraf empataram em primeiro lugar com seis conquistas cada. Abaixo delas houve uma vencedora com três troféus, a Nova Gráfica, quatro em presas com duas conquistas e outras 19
o Oscar Schrappe So brinho deste ano deu uma demonstração de vitalidade. “Inde pendentemente do número de trof éus que ganhamos, en tendo que este ano o prêmio alcançou a sua maturidade. A disputa acirrada mos tra o alto nível de qualidade das gráficas paranaenses. E isso é o que vai fazer a premiação evoluir a cada ano. Estão to dos de parabéns, tanto quem participou quanto quem organizou”.
com um troféu. A premiação é organiza da pela Abigraf-PR e pelo Sigep, com a coordenação e auditoria da ABTG. O prêmio cresceu em qualidade e também em quantidade. Ao todo, 65 em presas concorreram em categor ias que vão de livros a impressos serigráficos. Este número é cerca de 8% maior do que a quantidade de concorrentes no ano pas sado e 30% super ior em comparação com 2009. “A cada ano temos mais empresas participando e um número maior de ven cedores. Isso mostra que a competitivi dade está cada vez mais acirrada porque a qualidade das peças inscritas vem me lhorando”, declarou Sidney Pac iorn ik, presidente da Abigraf-PR . A opin ião de que a nona edição foi uma das mais equilibradas partiu tam bém dos próprios competidores. Para Vi cente Linares, diretor da Corgraf, de Co lombo, região metropolitana de Curitiba,
O diretor da Posigraf, Giem Guima rães, ressaltou a importância da partici pação da empresa. “A Posigraf destacou-se nos segmentos Livros e Revistas, con quistando cinco dos dez prêmios em com petição e reaf irmando nossa tradição de
qualidade em projetos editoriais de maior complexidade. Um exemplo foi o troféu concedido pela impressão do Dicionár io Aurélio – Edição 100 Anos, uma obra de relevância nacional, com 2.272 páginas e acabamento diferenciado”. Contemplado com três troféus, Renê de Moura, diretor da Nova Gráfica, de Curitiba, elogiou o alto nível da premia ção. “Espetaculares a organização e os trabalhos apresentados. Foi a primeira vez que ganhamos três troféus de uma vez. É extremamente gratificante para nós e também para os nossos clientes, porque sabem que fizeram uma boa esco lha confiando em nosso trabalho. E como o nível estava alto, aumentamos as ex pectativas de sermos premiados também no Fernando Pini”. Entusiasmado, Jair Leite, presidente do Sigep, afirmou: “Temos hoje, sem dú vida, um dos melhores prêmios do Brasil em qualidade e importância”. Na categoria Fornecedores, o desta que ficou com a Agfa, que conquistou três prêm ios, seguida pela Heidelberg, com dois. Receberam um troféu as empresas Epson, Müller Martini, Rio Branco Pa péis, Sun Chemical, Suzano/Bahia Sul e WG Comércio de Materiais Gráficos.
35 JULHO/AGOSTO 2011 REVISTA ABIGR AF
7 º- Prêmio Gaúcho de Excelência Gráfica
Fotos: Divulgação
No final de julho foi a vez do termôme tro da qualidade subir no Rio Grande do Sul. A Abigraf-RS anunciou na noite de 29, em Porto Alegre, os vencedores da 7 ª‒ edição do Prêmio Gaúcho de Excelên cia Gráfica. Um total de 471 peças, pro duzidas por 64 gráficas de todo o Esta do, participaram da seleção do júri, que indicou 240 trabalhos para a final. A Grafica Palotti, de São Leopoldo, foi a grande campeã dessa edição, obten do a vitória em 10 categor ias, seguida da
O momento também é especial para a Rotermund, que em setembro completa 134 anos de atividade, figu rando como uma das gráfi cas privadas mais antigas em func ionamento no País (a mais longeva é a IGB, de Cabo de San to Agostinho, Pernambuco, criad a em 1861). “Creditamos esse prêmio à qua lidade do nosso trabalho e à exper iên cia acumulada”, afirma Eunice Teresinha Dutra Rotermund, diretora. A empre sa foi fundada em 1877 pelo pastor lu
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Impresul, de Porto Alegre, com quatro conquistas. A Ideog raf (Grafica e Edito ra Gaúcha) e a ANS, ambas da capital, e a Contgraf Impressos, de Eldorado do Sul, receberam três troféus cada. A Ideog raf e a Rotermund são duas empresas que estrearam na lista de ven cedoras do concurso. A primeira ficou por três vezes entre os finalistas e agora le vou a melhor em três categor ias. “O prê mio eleva a autoestima da equipe, gera maior união”, comentou Fabiano Zang, gerente comercial. O executivo ressalta o fato de as peças premiadas terem sido produzidas na nova sede da gráfica, para a qual a Ideog raf mudou-se em novem bro do ano passado. “Parece que o cli ma positivo da mudança acabou moti vando todos nós”. A empresa conta com 50 funcionár ios e agora ocupa um espa ço de 4.000 m², atendendo agências de propaganda e de marketing direto. REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
terano e jornalista Wilhem Rotermund com o objetivo de apoiar a comunida de de imigrantes alemães que há pouco se instalara em São Leopoldo. A Roter
mund produz livros e itens de papela ria, como agendas, blocos e talonár ios, contando com 100 funcionár ios. A festa do Prêmio Gaúcho de Excelên cia Gráfica aconteceu na Sogipa e reuniu cerca de 700 convidados. Para o presiden te da Abigraf-RS, Carlos Evandro Alves da Silva, o grande desafio para o próxi mo ano é manter os índices crescentes de participação e motivação do setor. “A cada ano que passa o prêmio ganha maior des taque entre as gráficas gaúchas, aumen tando nossa responsabilidade como or ganizadores. Estamos muito conf iantes de que as peças premiadas nesta sétima edição serão fortes candidatas à vitória no Prêmio Fernando Pini”. Durante a solenidade, foram também homen agead os os fornecedores Agfa, Cromos, Heidelberg, Imagem Sul, Kodak, Pressgraf, Screen, SD Digital, SPP Nemo, Suzano e Xerox. Assim como no Paraná, os vence dores da premiação gaúc ha representa rão sua reg ião no Prêmio Fernando Pini, considerado o “Oscar” da indústria gráfi ca nacional, que acontece no final do mês de novembro em São Paulo.
Copygraf/PR
Sidney Paciornik e sua esposa, sócia e gerente de produção, Tatiana Uhle Bochicchio
Detalhes que fazem toda a diferença Atuando na impressão de itens para o segmento de papelaria, a Copygraf investe na prestação de serviços de acabamento para expandir seu mercado de atuação na região metropolitana de Curitiba (PR). Tainá Ianone
38 REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
om a meta de atuar na inicia tiva privada como empreen dedor, há 25 anos o empresá rio Sidney Paciornik fundou a Copygraf, um birô de serviços reprográ ficos instalado no município de Pinhais (PR). De pequeno porte, a empresa contava na época com cinco funcionár ios, mas em pouco tempo expandiu-se e chegou a ter 12 máquinas de reprografia, as quais geravam cerca de 1 milhão de cópias por mês. Em 1995, Sidney, que atualmente tam bém preside a Abigraf Reg ional Paraná, ad quiriu os primeiros equipamentos offset que transformaram a Copygraf em um ne gócio totalmente novo. Com essa iniciati va, a empresa ingressou, em definitivo, na indústria de impressão gráfica. Em pouco mais de dez anos, o parque fabril cresceu, alcançando hoje uma área total de mil me tros quadrados, onde trabalham 30 fun cionár ios. Ali estão em operação máquinas gráficas que elaboram principalmente arti gos de papelaria e também uma produção editor ial própria: a coleção de cinco livros intitulada Lógica do Cálculo. As publicações
editadas, impressas e distribuídas pela em presa são direcionadas aos alunos do Ensi no Fundamental e também são adotadas por professores de reforço escolar. É, porém, na terceirização de acaba mentos gráficos que a Copygraf encontrou seu principal nicho de atuação no mercado paranaense. O serviço inclui montagem de capa dura, encadernação em wire-o duplo anel, todos com sistemas automáticos, além de uma linha diversificada de caixas rígidas para embalar produtos premium. “Temos uma carteira de mais de 100 papelarias, po rém esperamos ampliar este número con sideravelmente nos próximos anos”, revela o empresário sobre o segmento que, assim como os livros, representa 20% dos pedi dos. Mas o nicho de acabamentos é o maior responsável pelos negóc ios da empresa e corresponde a 55% do faturamento. Nos últimos quatro anos houve maci ço investimento em máquinas para apri morar ainda mais o setor de acabamento. “Há algum tempo, uma parcela significa tiva das empresas gráficas tem preferido atuar apenas na impressão, o que acabou
gerando gargalos no acabamento em nos sa reg ião. Assim, a proposta é atender este nicho de maneira rápida e econômica, com qualidade nos serviços e no atendimento”, informa Sidney. Em sua opinião, embora também trabalhe com serviços de impres são, as gráficas são parceiras e não concor rentes. Preservando esse relacionamento, a Copygraf oferece serviços de acabamen to exclusivos e que atendam, sob medi da, as solicitações. “Geralmente quando um cliente tem um desafio ele nos procu ra, pois sabe que conseguimos concretizar quase todas as ideias”.
Medidas ambientais
Além de produzir somente itens passíveis de reciclagem, a Copygraf preocupa-se em desenvolver produtos ambientalmente cor retos — missão que acompanha a empresa desde o início. Nesta política pode ser des tacado o uso de papel reciclado em 50% da linha de papelaria. Entre os materiais reno váveis, a Copygraf trabalha também com papel artesanal de fibras vegetais e revesti mentos de capas em mater ial celulósico co lorido e gofrado, além de encaminhar para reciclagem as sobras de ferragens e material utilizado no acabamento wire-o. Tais medi das ajudam a reduzir o consumo de ener gia e recursos não renováveis, minimizam a emissão de poluentes e prop orc ion am economia de energia e de transporte. A empresa também emprega como principal matéria-prima o papelão pardo.
Cem por cento reciclado, o mater ial se tor na mais viável para utilização de diferen tes tipos de colas, oferecendo maior rigi dez e melhor acabamento em produtos nos quais a superfície precise ser mais unifor me, diminuindo custos de mão de obra e matéria-prima. Outra importante medi da adotada é o estímulo de funcionár ios para o consumo consc iente dos recursos naturais, utilizando cada vez menos água, energia elétrica e matér ias-primas. & COPYGRAF Tel. (41) 3033-6654 www.copygraf.com.br JULHO/AGOSTO 2011 REVISTA ABIGR AF
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IGAS 2011
International Graphic Arts Show Datas: 16 de setembro (sex) a 21 (qua), 2011 Horário de funcionamento: Das 10h às 17h Localização: Tokyo Big Sight (Tóquio, Japão) www.igas-tokyo.jo/eng
DELEGAÇÃO DE GRÁFICOS BRASILEIROS DA GUTENBERG E KOMORI PARA A FEIRA IGAS 2011.
PROGRAMAÇÃO BÁSICA DA VIAGEM
Saída de São Paulo: 13 de Setembro de 2011 Companhia Aérea: AIR CANADA via Toronto ou LUFTHANSA via Frankfurt Hotel: Hotel NEW OTANI TOKYO TOWER (categoria luxo, 5 estrelas) de 15 a 21 de Setembro de 2011 (6 noites) PREÇOS DA VIAGEM POR PESSOA (AIR CANADA):
Tarifa promocional classe econômica
US$ 2,810.00
+ taxas aeroportuárias
US$ 8,390.00
+ taxas aeroportuárias
Tarifa classe executiva
Tarifa promocional classe econômica
US$ 3,490.00
+ taxas aeroportuárias
US$ 9,015.00
+ taxas aeroportuárias
Tarifa classe executiva
apto. duplo dividindo o quarto com outro (a) participante
Em base apto. solteiro
PREÇOS DA VIAGEM POR PESSOA (LUFTHANSA):
Tarifa promocional classe econômica
US$ 3,775.00
+ taxas aeroportuárias
Tarifa classe executiva
US$ 11,230.00
Tarifa promocional classe econômica
US$ 4,455.00
+ taxas aeroportuárias
Tarifa classe executiva
+ taxas aeroportuárias
apto. duplo dividindo o quarto com outro (a) participante
US$ 11,855.00 Em base apto. solteiro
+ taxas aeroportuárias
Importante: A viagem terá que ser adquirida na sua totalidade com a parte aérea e parte terrestre em conjunto. Os preço publicados estão sujeitos a alteração sem prévio aviso.
Contato: +55 11 3225 4302
Informações e Reservas:
Assistência viagem: (011) 3218-7911 feiras@lisboaturismo.com.br
Assessoria e Marketing:
Soluções KOMORI
IGAS 2011 International Graphic Arts Show
Datas
16 de setembro (sex) a 21 (qua), 2011
Horário de funcionamento Localização
Das 10h às 17h
Tokyo Big Sight (Tóquio, Japão)
Estande:
East Hall 3 E3-1
Espaço:
2,200m² (O maior estande de qualquer fabricante em exposição).
Tema:
Soluções KOMORI
Na demonstração da OffserOnDemand composto do sistema de controle integrado KHS-AI e o sistema de secagem instantâneo H-UV e cinco dos mais recentes equipamentos de impressão eco-amigáveis, Komori está pronto para entregar respostas reais através de soluções que têm como objetivo uma alta eficiência em um alto valor acrescentado.
Impressoras Novo
LITHRONE G40 GL-840P com H-UV
Máquina de impressão offset perfector conversível, 40 polegadas, 8 cores
Novo
LITHRONE G40 GL-640 com C e H-UV
Novo
LITHRONE G40 GL-440 com H-UV
Máquina de impressão offset com unidade de secagem/verniz em linha, 40 polegadas, 6 cores
Máquina de impressão offset, 40 polegadas, 4 cores
LITHRONE S26 LS-426 com H-UV
Máquina de impressão offset, 26 polegadas, 4 cores
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F a b r i c a d a
ENTHRONE 26P E-426P
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Rua Conselheiro Nébias 1131 - Campos Elíseos - São Paulo - SP Tel.: +55 11 3225 4400 - Fax: +55 11 3224 0202 www.gutenberg.com.br
Grafdil/RS
Inovação, criatividade e reconhecimento
A Grafdil investe em tecnologia e know-how para evoluir e ocupar novos espaços no mercado gráfico do Rio Grande do Sul. Milena Prado Neves Kátia Scherer e Gustavo Schneider, diretores da empresa
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ara entender o sucesso de uma empresa muitas vezes é preciso aval iar o seu pas sado. Há 40 anos no merca do, a Grafd il Impressos iniciou seu traba lho produzindo materiais confeccionados em impressoras tipográficas. A história começou a mudar a partir da decisão de investir em novas tecnolog ias, com a meta de atender ao compromisso de ser uma empresa que fosse além do óbvio, buscando oferecer continuamente soluções criativas a seus clientes. O objetivo foi perfeitamente alcança do. Atualmente produzindo itens como embalagens, adesivos, mater ial promo cional, brindes, sacolas e transfers, a Gra dfil está localizada no município de Dois Irmãos, a 50 quilômetros de Porto Ale gre (RS), e conta com 80 colaboradores em duas unidades fabris, que, juntas, totali zam cinco mil metros quadrados de área. REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
A partir de mead os dos anos 1980, acompanhando a expansão da indústria de calçados gaúcha, a Grafd il começou a cons truir sua sede própria, passou a investir em impressoras offset e demais equipamentos automatizados, dotados das inovações tec nológicas que começavam a surgir naque la época. Com isso foi possível diversificar produtos, ampliar mercados e, consequen temente, aumentar as vendas, que passa ram a ser real izad as também para outras localidades, além do Vale do Rio dos Sinos, reg ião onde está situada a empresa. Em 2009, a Grafd il fez a mais recen te modernização do parque gráfico, com a aquisição de uma impressora folha inteira, 4 cores e verniz IR em linha, o que possibi litou incrementar o volume de produção e atender novos clientes. Foi um momento de marcante crescimento, em que a empresa pôde novamente realizar aquisições em má quinas de acabamento para suprir as novas
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS Pré-impressão Estações de tratamento de imagem e finalização PC e Macintosh OO Scanner Umax OO
Plotter HP Designjet 110 Plotter Epson Stylus Pro 7700 OO Impressora Laser HP 2200D OO Prova Digital HP Designjet Z2100 com espectrofotômetro interno OO Software prova digital GMG Color Proof OO Software Heidelberg Prinect Prepress Interface (CIP3) OO Software Screen Trueflow (CtP) OO CtP Screen PlateRite 8000II (folha inteira) OO Hardware RIP Dell PowerEdge OO Processadora Sirio TH 120 OO OO
demandas. “Para o próx i mo a no temos um proje to ambic ioso, que é a expansão do nosso parque fa bril para uma nova sede. Expandindo nosso espaço fí sico centralizare mos as atividades em um único prédio”, planeja o diretor da empresa, Gustavo André Schneider. Criatividade e reconhecimento
A Grafd il sempre teve por meta a inovação em todos os sentidos. Não basta investir em maquinário, mas também em conheci mento. “É necessário acompanhar as ten dências de mercado, em busca de soluções diversas. Por isso, temos um setor de de senvolvimento de produtos preparado para buscar e testar materiais e processos dife renciados, combinando métodos distintos de impressão e acabamento”, explica o dire tor. Com novas propostas, a empresa colo ca um toque de criativ idade em cada produ to desenvolvido. Na confecção de tags, por exemplo, os materiais tradicionais são com binados com rendas, fitas, linhas e metais, além de receberem acabamentos em alto
Impressão Impressora offset plana Heidelberg Speedmaster CD 102 LX, 4 cores + verniz OO Impressora offset plana Heidelberg Printmaster 52, 4 cores OO Impressora flexográfica GGS modular, 8 cores + verniz UV MD 250 OO 4 impressoras serigráficas Gilmaq MSP 2000 OO
relevo e hot stamping. “Existe uma deman da por papéis reciclados de todos os tipos, até com fibras e sementes, que valorizam a ideia de sustentabilidade ambiental. Neste aspecto, a liás, há grandes possibilidades de ampliação de negócios, através de pesquisa e desenvolvimento em parceria com forne cedores de materiais, como laminação bio deg rad ável e vernizes à base de água que imitam o efeito do UV ”. Como resultado dessa postura, a Graf dil conquistou dois troféus no Prêmio Gaú cho de Excelência Gráfica 2011, nas catego rias etiquetas e malas diretas, e desde 2004 participa do Prêmio Brasileiro de Excelên cia Gráfica Fernando Pini, colocando-se sempre entre os finalistas. & GRAFDIL IMPRESSOS Tel. (51) 3564.1900 www.grafdil.com.br
Acabamento Corte e vinco automática Heidelberg SBD 90 × 64 cm OO Corte e vinco automática Heidelberg KSBA 58 × 46 cm OO Corte e vinco Eterna 1040S OO Corte e vinco + hot stamping OO Coladeira de cartucho Ricall OO Guilhotina com programação Polar 115 EMC OO Guilhotina com programação Guarani HCE 82 OO Plastificadora Ricall OO Cortadora de bobinas OO Troqueladora GGS OO Acopladora de cartão e micro-ondulado OO Envernizadeira calandra OO Dobradeira 505 AB Crossfolder Unit OO Dobradeira Heidelberg Stahlfolder B-20 OO
JULHO/AGOSTO 2011 REVISTA ABIGR AF
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Presidente do grupo suíço visita o Brasil pela primeira vez e fala sobre estratégias de mercado.
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udo começou na Suíça, em 1946. Hoje, a Müller Martini é uma das princ ipais fabricantes e dist ribui doras de sistemas e soluções para a indús tria gráfica mundial. O grupo, que emprega mais de três mil funcionár ios em diversos países, tem, desde 2009, como presidente o executivo Bruno Müller. Ele soma mais de duas décadas de atuação na companhia, com passagens por diversas unidades dos Estados Unidos e, mais recentemente, pela direção da unidade de negócios OnDemand Solutions. O Brasil, que tem uma filial da empresa desde 1999, recebeu a visita do presidente, pela primeira vez, no início de maio. A presença de Bruno talvez represen te a síntese do lema da Müller Martini des de a Drupa de 2008, “Cresça com a gente”, que demonstra a intenção de fortalecer par cer ias com as empresas gráficas. A referência à maior feira mundial do setor também ampara o momento atual da companhia: foi a mais importante edi ção do evento para a Müller Martini, em termos de negócios. Em contrapartida, foi também o prenúncio de tempos dif íceis para a economia mund ial. Bruno mencio na que, por isso mesmo, assumir a lide rança do grupo naquele per íodo represen tou um desafio aind a m aior, somado ao aumento da concorrência com sistemas dig itais de impressão. Mas, como toda crise é, também, o mo mento de rever estratég ias, a empresa sou be sair do turbilhão com uma vantagem: REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
diversificou sua linha de produtos, adicio nou flexibilidade às soluções que oferece ao mercado gráfico e modificou máquinas para serem adaptáveis às novas aplicações. Sábia decisão, pois, se permanecesse ape nas com a mera substituição de equipamen tos, sem introduzir qualquer inovação, a torneira dos investimentos seria fechada.
Bruno Müller, presidente da empresa
Novos nichos
Rep os ic ion ad a, a Müller Martini segue atenta às oportunidades de negócios em al guns segmentos específicos. Um deles é o editor ial, de baix as tiragens. “Setenta por cento dos livros produzidos não chegam a ser lidos. Assim, a tendência é que as tira gens sejam reduzidas drasticamente daqui para diante. Na Drupa 2012, o nosso gran de foco será este”, anunciou Bruno. E, nesse ponto, a flexibilidade dos equipamentos é o trunfo, com a possibilidade de, por exem plo, programar diferentes tiragens e tipos de livros em uma mesma máquina.
Outro nicho de atenção é a impressão digital. A estratégia é a formação de par cer ias com os grandes fabricantes da área, como HP, Kodak e Océ, para atender a im pressão sob demanda, personalizada, vol tada aos itens promocionais e até às emba lagens. A ideia, diz Bruno, é focar os setores que apresentem potencial de crescimento, em especial novos mercados. Além de uma expansão nos Estados Unidos, onde a Mül ler Martini já está presente há muitos anos, a previsão é conquistar espaço em países como Rússia e China. Atualmente, o Brasil é quase a joia da coroa para a empresa. Por aqui, diz o pre sidente, vivemos ainda um estágio de am pliaç ão da capacidade produtiva, bem ao contrário de mercados europeus consoli dados e, por isso mesmo, retraídos. “Em es cala mund ial, o mercado brasileiro repre senta para nós algo entre 10% e 15%, mas a proposta é aumentar nossa presença. En xergamos grande potenc ial nos segmen tos de livros e revistas, com impressoras e encadernadoras para capa dura. O cres cimento é visto com cuidado para que seja consistente e gradual. Brasil e China são dois mercados onde vislumbramos opor tunidades crescentes e imed iatas”, diz ele. Concorrência com os asiáticos? Não assus ta. Versáteis, com alto nível de automati zaç ão e absolutamente conf iáveis são as qualidades que Bruno destaca na linha de produtos da Müller Martini, uma empresa sem receio de seguir adiante numa rota de crescimento e inovação tecnológica. & MÜLLER MARTINI Tel. (11) 3613.1000 www.mullermartini.com.br
Estamos republicando esta matéria em virtude de falha na edição anterior
Crescendo com a Müller Martini
Impressul/SC
Reinvestindo para o futuro Representantes que atuam como consultores e atualização contínua do parque gráfico são as apostas da Impressul para tornar‑se referência em impressos editoriais e promocionais. Tainá Ianone
ra o final da década de 1980 e no município catarinense de Jaraguá do Sul havia apenas uma indús tria gráfica. Diante da pequena concorrência, os empresár ios Reinaldo Correia e Péricles Zanluca enxergaram a oportunidade de explorar um mercado promissor. Assim, a Impressul Indústria Gráfica colocou em funcio namento sua oficina tipográfica em 1987. Além dos impressos, a pequena empresa também
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prestava serviços de acabamento, à época pra ticamente artesanal. A primeira expansão veio em 1992, motivada pelo crescimento no núme ro de clientes. A providência imediata foi trocar de endereço, para um prédio capaz de acomo dar as novas impressoras offset, as quais possibilitaram introduzir o uso de imagens e de impressos com mais cores. Dois anos depois a Impressul mudou-se para sede própria, onde permanece até hoje, com um parque gráfico ocupando três mil metros quadrados. Com a introdução da tecnologia offset, a gama de serviços, antes restrita à impressão de convites de casamento, itens de papelaria e de escritório, foi ampliada com a produção de ca tálogos, caixas, cartazes e revistas, entre outros materiais. De acordo com o gerente comercial Dirceu Rodrigues da Silva, a grande demanda da empresa se concentra nos impressos pro mocionais (catálogos, 32%) e editoriais (livros, 19%). “Nosso objetivo é disponibilizar aos clien tes condições de expor seu produto em emba lagens, catálogos, fôlderes, folhetos e cartazes com excelente impressão e criativ idade”. A aquisição de impressoras de maior capa cidade produtiva e o consequente aumento nas
margens de lucro permitiram à Impressul pas sar a reinvestir nos negóc ios. Foram adquiri das máquinas de acabamento automatizado de grampo e refile em linha, de colagem hotmelt e PUR para lombada quadrada. “Depois da che gada da primeira impressora quatro cores, em 2000, o espaço físico de nosso parque gráfico ficou pequeno. Para acomodarmos os equipa mentos passamos a fazer pequenas ampliações a cada nova aquisição”, diz Dirceu. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS OO CtP Heidelberg Suprasetter A 74 OO CtP Heidelberg Suprasetter A 105 OO Impressora Heidelberg CD 74,
8 cores OO Impressora Heidelberg CD 102,
4 cores e verniz OO Impressora Heidelberg SM 52,
8 cores OO Impressora Heidelberg
Anicolor SM, 4 cores e verniz OO Dobradeira Heidelberg KH 78 OO Dobradeira Heidelberg TI 52 OO Grampeadeira Müller Martini
Presto OO Coladeira Müller Martini Pantera OO Corte e vinco Bobst
Comercial 105
Seguindo uma tendência do segmento grá fico, e sempre atenta à necessidade de atual i zação, há quatro anos a gráfica instalou seus primeiros equipamentos de impressão digital. Atualmente, são duas impressoras monocromá ticas empregadas na produção de malas diretas e miolo de livros em pequenas tiragens. Investimento contínuo
Para assegurar a excelência da produção, segun do Dirceu, a empresa tem como política de ges tão, desde a fundação, o investimento contínuo e a capacitação frequente dos 110 funcionár ios. “Nosso parque gráfico é um dos mais moder nos do País. A meta é investir em uma tecnolo gia que proporcione mais rapidez na entrega de materiais, o que resultará em nosso reconheci mento como referência nacional de qualidade”. A gráfica, que tem boa parte dos seus clien tes no Estado de Santa Catarina, expande sua atuação por meio dos escritór ios instalados nas cidades de Blumenau, Flor ianópolis e Joinvil le, além de Porto Alegre (RS). Também trabalha com representantes nos municípios catarinen
ses de Balneár io Camboriú, Canoinhas, Itajaí, Mafra, Massaranduba, Pomerode, Rio Negri nho e São Bento do Sul, bem como na gaúcha Novo Hamburgo e em Curitiba (PR). A Impressul, que processa cerca de 200 to neladas de papel por mês — trabalho certifica do pela ISO 9001:2008 e em fase de implantação do selo FSC —, destaca que entre seus diferen ciais está a preocupação em fazer dos seus re presentantes consultores especializados, assim como trabalhar com sistemas integrados, que possibilitam o acesso às provas de cores pelos escritór ios comerciais. E o reinvestimento — uma das estratég ias que garantiu a expansão da Impressul nesses 24 anos — terá continuidade. Mesmo enfren tando um primeiro semestre de queda na de manda, a diretoria da empresa avalia o primei ro período como positivo. “Estamos adquirindo três novos equipamentos que chegarão até o início de 2012, pois, apesar de estarmos cau telosos devido à nova crise financeira mun dial, estamos conf iantes para o próximo ano”, garante Dirceu Rodrigues.
& IMPRESSUL INDÚSTRIA GRÁFICA Tel. (47) 2106-9000 www.impressul.com.br
JULHO/AGOSTO 2011 REVISTA ABIGR AF
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The premier print awards
Gráficas brasileiras ganham o Benny 1 A Ipsis encabeça, com dois troféus, o grupo de gráficas brasileiras que conquistaram o Prêmio Benny 2011. As demais foram a Burti, Facform e Grafiset, com um troféu cada.
A
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Printing Industries of America (PIA) divulgou em julho os vencedores da edição 2011 de seu concurso anual, o Prem ier Print Awards, ao qual concor reram milhares de produtos, de vár ias partes do mundo. Neste ano os juízes lau rearam um total de 875 peças: 106 pre miações máximas por categoria (Benny), 200 prêm ios de reconhecimento e 569 certificados de mérito. Ipsis, Facform, Burti e Grafiset com põem o grupo de empresas nacionais que conquistaram o cobiçado Benny 2011, com destaque para a Ipsis, que foi distinguida com dois prêmios máximos nas categor ias Catálogos, com o Ipsis Litteris 7, e Livros de Arte, com a obra Araquém Alcântara, Foto graf ias. “Foi a primeira vez que nos inscre vemos e recebemos o prêmio com grande satisfação. Só fomos perceber a real dimen são do concurso quando chegou uma men sagem de um cliente norte-americano nos parabenizando e revelando um olhar di ferente em relação à Ipsis após a conquis ta”, afirmou o diretor Fernando Ullmann. O catálogo Ipsis Litteris 7 já havia recebido no ano passado o Prêmio Brasileiro de Ex celência Gráfica Fernando Pini e o Theo baldo De Nigris. O empresário espera que o livro de Araquém Alcântara, lançado no final de 2010, também se destaque nas edi ções deste ano das premiações nacional e REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
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1. Ipsis. Categoria Livros de Arte – “Araquém Alcântara, Fotografias” Ipsis. Categoria Catálogos – “Ipsis Litteris 7” 2. Burti. Categoria Produtos/Catálogos de Serviço – “Catálogo Verão 2011” 3. Facform. Categoria Peças de Autopromoção – “Kit Promocional Facform” 4. Grafiset . Categoria Cartões de Visita – “Cartão do Porto”
continental. “Seguimos na trilha da ex celência nos produtos gráficos para man termos um importante dif er enc ial em um mercado cada vez mais concorrido”, complementa Fernando Ullmann. A Ipsis ganhou ainda dois certificados de mérito. Ambas vitor iosas também na edição 2010 do Benny, Facform e Burti obtiveram a premiação máxima nas categor ias Peças de Autopromoção, com o Kit Promocional Facform, e Produtos/Catálogos de Serviço, com o Catálogo Verão 2011, respectivamen
3
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te. A Grafiset venceu na categoria Cartões de Visita, com o Cartão do Porto. A Burti recebeu também três prêmios de reconhe cimento e seis certificados de mérito, en quanto a Facform ficou com um prêmio de reconhecimento. Fechando a lista de em presas brasileiras homenageadas, a Stilgraf recebeu quatro certificados de mérito.
Cresça com a grampeadeira Presto.
Josair Santos Bastos (à esq.), sócio-presidente da Gráfica Trio; Cleber Guimarães Bastos (no centro), sócio-diretor da Gráfica Trio e Cesar Del Nero (à dir.) da Müller Martini.
A Alceadeira-Grampeadeira Presto, foi a eleita na decisão de compra da Gráfica Trio de Salvador/BA. Sua velocidade de até 9.000 ciclos por hora, faz dela uma das soluções mais rápidas do mercado, principalmente para empresas que necessitem ampliar sua produção. A Presto vem equipada com diversos dispositivos para controle de qualidade que asseguram uma produção eficiente, sem interrupções. A Presto é compacta e destaca-se pela qualidade final dos produtos, mesmo à velocidade plena. Todos os processos de trabalho são monitorados graças às informações claras e precisas do painel de controle. A Gráfica Trio, uma das mais tradicionais empresas do segmento, optou pela Müller Martini modelo Presto para o acabamento industrial dos seus produtos editoriais. Essa linha automática é composta por: alceadeira automática para diversos cadernos dobrados, alimentador de capas com dispositivos para vincagem, cabeçotes para grampeamento e guilhotina trilateral. A fim de complementar o fluxo veloz de trabalho no segmento editorial, a Gráfica Trio também investiu em uma segunda dobradeira MBO, formato folha inteira, completíssima, incluindo dispositivo de colagem. A MBO, tradicional fabricante europeu de dobradeiras, é representada no Brasil pela Müller Martini, com exclusividade. Faça como a Gráfica Trio: chame um especialista da Müller Martini para analisar a sua produção!
O P I N I Ã O
ntos
James Hermes dos Sa
Presidente do Conselho Diretivo da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional)
Trabalho e contribuição ma das iniciativas mais importantes da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional) nos últimos anos é a ampliação do número de regionais e também da representatividade dos estados dentre seus diretores e conselheiros. Trata‑se de uma feliz iniciativa da gestão do líder Mário César de Camargo, com a ajuda e apoio de tantos companheiros, alguns deles presentes na nova diretoria. É no contexto dessa entidade mais brasileira do que nunca que aceitei o desafio, delegado pela confiança das lideranças estaduais de nosso setor, de presidir o Conselho Diretivo. Espelho‑me no exemplo de meus antecessores, que, com responsabilidade, transparência e dedicação, mantiveram o zelo pela entidade e muito contribuíram para a sua boa gestão. Reafirmo o compromisso relativo à eficácia administrativa e, ao mesmo tempo, pertinente ao enfrentamento dos problemas que afetam nosso setor, numa conjuntura econômica mundial outra vez conturbada. É importantíssimo mantermos permanente diálogo e sinergia na defesa de nossa atividade empresarial. A união, como se observou em numerosas oportunidades, sempre multiplicou nossa força e nossa capacidade de mobilização política em prol da indústria gráfica e da economia brasileira. Como vice‑presidente das Abigrafs do Nordeste, minha luta sempre foi nesse sentido, ou seja, de promover o bom relacionamento entre as nossas entidades regionais, com o apoio imprescindível da Abigraf Nacional. Isso foi muito importante sob o ponto de vista dos objetivos de fortalecer as regionais e ampliar seu âmbito de atuação. 50 REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
A Abigraf tem trabalhado incessantemente pela indústria gráfica brasileira. Com o apoio de parceiros como a Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) e de fornecedores, colaboradores e outras entidades, vem cumprindo a relevante missão de conferir visibilidade e credibilidade a milhares de empresas gráficas, que são representadas pelos seus presidentes regionais, objetivando o fortalecimento do setor, para vencer barreiras nacionais e ultrapassar os obstáculos externos. Nesse sentido, são expressivos os eventos da Abigraf Nacional, como o Prêmio de Responsabilidade Socioambiental, que expressa nosso compromisso com a qualidade da vida e a produção limpa, e o 15 º‒ Congraf, que tem como objetivo atualizar e congregar os empresários gráficos de todo o Brasil e ainda fazer intercâmbios internacionais. A liderança de nossa entidade na Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa é outra ação que merece destaque. São iniciativas implementadas pelos companheiros que ocuparam anteriormente a presidência executiva e a do Conselho Diretivo. Eles tiveram a sensibilidade e a capacidade de criar e empreender numerosas iniciativas em resposta às transformações do Brasil e do mundo e captar ideias e sugestões de entidades ligadas à cadeia produtiva da comunicação impressa. Assim, deram invejável dinâmica ao desenvolvimento e crescimento do setor. Agora, cabe a todos nós que assumimos a direção da entidade fazer cada vez mais, realizando incansável trabalho com foco na efetiva contribuição para o fomento da indústria gráfica. james-hermes@hotmail.com
ano XXI Nยบ 83 agosto/2011
Texto: Mara Ribeiro
Quais as verdadeiras bases de uma empresa?
S
em dúvida nenhuma ao dar vida a uma empresa, todo empresário idealiza transformá-la em uma mar-
ca forte, equipada com a mais alta tecnologia e uma equipe à prova de todos os testes de qualidade. Mas não é só isso. Embora estes sejam princípios básicos para manter-se no mercado, uma empresa também deve ter essência forte, afinal, são as mentes e os corações que a compõem que a tornarão especial. São estes mesmos corações que despertarão no mercado, o interesse em conhecê-la. Esse interesse aumenta à medida em que a empresa se mostra verdadeira, fiel aos seus princípios, mas também leal ao seu discurso. Nos tempos atuais, mais que teoria, o cliente quer ver os resultados na prá-
tica. Discursos politicamente corretos são
de fato sintam-se assim”, diz Gilberto Ca-
empresa que está construindo uma bela
importantes, desde que praticados, mas,
rito, diretor comercial e industrial da Ibep.
história no mercado, com alicerces fortes e
o que de fato faz a diferença é o respeito,
Mas, especial também é o sentimento de
estruturados no compromisso com a qua-
o cuidado. E isso não se aplica apenas no
poder acompanhar o desenvolvimento de
lidade e com os seus clientes.
âmbito empresarial, é fundamental culti-
uma empresa que, em apenas seis anos de
Para se ter uma ideia do que estamos fa-
varmos esses valores em nossa vida pes-
atuação, comporta-se de maneira madura
lando, convidamos você, leitor, a fazer
soal também. Por acreditar assim, a Ibep
e consciente, apresenta resultados surpre-
uma visita à Ibep Gráfica. Em suas instala-
Gráfica tem, desde que nasceu, consegui-
endentes e tem sua qualidade e valores re-
ções encontrará um parque gráfico com
do se destacar no mercado, exatamen-
conhecidos pelos mais exigentes profis-
37 mil metros quadrados, onde mais de
te da forma que sempre idealizou: como
sionais do mercado, através da conquista
400 profissionais trabalham em perfei-
uma empresa que reconhece a importân-
de prêmios de excelência gráfica, como
ta sintonia com as modernas tecnologias
cia de cada vida que por ela passa. “O que
Fernando Pini e Theobaldo De Nigris. Em-
mundiais. Ao entrar no parque gráfico, terá
na teoria chamamos de valores humanos,
presa que orgulha-se por suas conquistas
a oportunidade de acompanhar a impres-
na prática, procuramos conhecer e respei-
e consolida-se a cada dia como referência
são de livros e revistas, folhetos e apresen-
tar as características individuais dos nos-
às que estão nascendo e também àque-
tações, sempre ao som de rotativas e pla-
sos colaboradores, clientes e fornecedo-
las que já percorreram um longo caminho.
nas se harmonizando, equipamentos de
res. Se acreditamos que cada pessoa é
São os valores e o respeito humano que
acabamento produzindo milhares de im-
única, aqui, procuramos fazer com que
fazem da Ibep, uma gráfica especial. Uma
pressos para clientes dos quatro cantos do
Brasil e até do exterior. Clientes que um dia
gráfica completa espera por ele. Uma grá-
chegaram e puderam conhecer um pou-
fica que brinda a vida em sua plenitude,
co de sua filosofia. Mas não é apenas pelo
com o respeito que cada um dos envolvi-
seu parque gráfico que a Ibep conquista
dos no processo merece.
seus clientes, afinal, estes esperam bem
Uma empresa que pode falar de números
mais de seu fornecedor. O cliente quer
com propriedade, afinal, todos os meses
ser ouvido e procura por alguém que en-
são mais de 85 milhões de giros, mais de
tenda exatamente suas necessidades e
11 milhões de folhas impressas e mais de
IBEP GRÁFCA
esteja disposto a atendê-las. Quando um
600 títulos que ganham vida e mercado. A
cliente entra pelas portas da Ibep terá, da
gráfica em que cada cliente é especial, por
pré-impressão ao acabamento, especia-
isso, com a mesma propriedade que abor-
listas sempre atentos a todos os detalhes
da números, a Ibep Gráfica fala de vida e
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O sagrado ofício de imprimir a palavra divina Organização brasileira especializada na produção do livro mais importante para os cristãos, a Sociedade Bíblica do Brasil, por meio de sua Gráfica da Bíblia, atinge o astronômico número de 100 milhões de edições impressas. Tainá Ianone
56
E
scrita há mais de 3 mil anos, a Bíblia foi o primeiro livro impresso na prensa de ti pos móveis de Johannes Gu tenberg, por volta do ano de 1450. A mecanização do sistema permitiu aumentar o número de exemplares produ zidos, fazendo com que o livro sagrado do cristianismo ocupasse a liderança das ven das até os dias de hoje — cenário em que o Brasil se destaca como o maior fabricante de bíblias do mundo. Grande parte desses exemplares é feita pela Gráfica da Bíblia, única no País a im primir exclusivamente este produto. Inau gurada em 1995, em Bar uer i — reg ião me tropolitana de São Paulo —, a unidade foi criada pela Sociedade Bíblica do Brasil (SBB)
para garantir o cumprimento de sua missão de divulgar a Bíblia Sagrada e a sua mensa gem entre a população brasileira. Ao longo desses 16 anos, das 100 milhões de bíblias impressas, 23 milhões foram exportadas para mais de uma centena de países e em 20 idiomas, entre os quais francês, chinês e árabe, além de diferentes línguas africanas e indígenas do Brasil e da América Latina. Todo esse volume de impressão — que representa mais de 17 mil exemplares im pressos por dia ou acima de 500 mil em um mês — é feito em equipamentos modernos, por profissionais qualificados, garantindo que o custo por exemplar, nos mais diferen tes formatos, seja baixo e a qualidade não se perca. De acordo com Celio Emerique, gerente geral da gráfica, foram realizados
(E/D): Rudi Zimmer, diretor executivo; Adail Carvalho Sandoval, presidente; Celio Emerique, gerente geral da gráfica; Erní Seibert, secretário de Comunicação e Luiz Forlim, gerente industrial da gráfica, comemoram junto com a equipe a marca histórica da centésima milionésima bíblia impressa no Brasil
REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
incrementos inicialmente em um conjunto de equipamentos para a encadernação de capa dura. Em seguida, passaram a inves tir em rotativas, para a impressão de papéis finos, e depois em equipamentos para en cadernação em brochuras e capas flexíveis. Há quatro anos, o espaço físico foi am pliado com a aquisição de mais um prédio. A construção de quase 4 mil metros quadra dos, localizada no município de Santana de Parnaíba (SP), é a responsável pela encader nação, armazenagem de insumos e publi cações editadas, organização e distribuição nacional. “Apesar dos avanços que fizemos, continuamos a investir para ampliar a capa cidade e manter a diversificação de modelos e estilos”, comenta o gerente geral. Sua capacidade produtiva chega a a um total de 10 milhões de bíblias rodadas e en cadernadas por ano. A grande demanda é também reflexo de esta ser a única organi zação no Brasil especializada na impressão Números que impressionam ◆◆
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em papéis de baixa gramatura. “Cerca de 25% da nossa produção é vendida a 150 países, principalmente na América Lati na”, diz Emerique. Entre os maiores im portadores estão México, Peru, Argentina, Chile e Estados Unidos. Detalhes que fazem a diferença
O papel offset de 28 gramas, conheci do como “papel bíblia”, permite que o blo co de duas mil páginas e lombada de três centímetros não resulte em uma publica ção excessivamente grossa, pesada e de di fícil manuseio. Emerique afirma que, para proporcionar uma flexibilidade de abertu ra das páginas (open flat) e durabilidade da lombada, cem por cento do mater ial con feccionado na Gráfica da Bíblia tem o mio lo costurado. O gerente explica que, por se tratar de papéis finos e com transparência maior que a dos usados para outros tipos de livros, a composição tipográfica deve ser feita seguindo alguns critér ios que resulta rão em melhor legibilidade, como o registro linha a linha, frente e verso. “Portanto, não se deve usar os recursos de justificação ver tical da coluna, mas sempre o entrelinha do constante. As opções de modelos são as mais var iadas. São cerca de dez formatos, desde o minibolso, de 6,5 × 10,5 cm, até o trad icional, 21 × 28 cm, este quase em de suso para este tipo de publicação”, informa. Segundo ele, o mais procurado é o tama nho padrão, 13,5 × 21 cm. “Fazemos muito também em 17 × 23 cm para estudo”.
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Para as chamadas “edições de luxo” os recursos aplicados são a impressão em duas cores para o miolo e corte dourado na encadernação. As capas são preparadas de diversas formas, com uso de couro legíti mo, couro reciclado e poliuretano. Cantos arredondados, pespontos e aplicações com binadas também são muito comuns nos exemplares diferenciados.
Museu da Bíblia
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Marca histórica
Implementada há nove anos, a Imprensa Braile roda cerca de 50 mil volumes anual mente, proporcionando aos cegos acesso ao texto integral das escrituras sagradas. A bí blia em braile é composta de 38 volumes que são impressos e dist ribuídos separa damente, conforme a solicitação. “A produ ção de edições completas (com os 38 volu mes reunidos) é de cerca de 100 por ano. A confecção totalmente em português é vendida no Brasil e em outros países lusó fonos, como Portugal, Angola e Moçambi que”, relata Celio Emerique, acrescentando que a SBB foi a primeira a oferecer a bíblia em braile em português. No dia 26 de maio deste ano, a Gráfi ca da Bíblia, da Sociedade Bíblica do Brasil, alcançou a marca mund ial inédita na im pressão da centésima mil ionésima bíblia. A conquista foi celebrada com a produção
Ednaldo Alves da Silva, um dos mais antigos colaboradores da gráfica com a edição comemorativa da bíblia
de um modelo especial com uma tiragem de 15 mil exemplares. A edição lux uosa resulta da encadernação de duas bíblias que foram traduzidas a partir dos origi nais em hebraico e grego: a Tradução Bra sileira, de 1917, em português clássico, e a Nova Tradução na Linguagem de Hoje, de 2000, em português simples. & SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL Tel. (11) 4195.9590 www.sbb.org.br
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Líder no segmento de embalagens longa vida, a Tetra Pak aposta em novos mercados, oferecendo soluções para o segmento de alimentos sólidos, e investe em tecnologias de reciclagem. Milena Prado Neves
Gigante das embalagens s números da Tetra Pak dão a dimen são de seu tamanho e importância no mercado de embalagens. Em 2010, a empresa entregou 158 milhões de embalagens no mundo todo, envasando cerca de 74 milhões de litros de produtos. Presente em mais de 170 países, a empre sa é líder no segmento de longa vida, com
Segunda maior operação da empresa no mundo em volume de vendas e faturamen to, ficando atrás somente da subsid iár ia da China, a Tetra Pak Brasil conta com duas fábricas de embalagens — a primeira delas inaugurada em 1978, em Monte Mor (in ter ior de São Paulo), e a segunda em 1999, em Ponta Grossa (Paraná) —, além de oito
Ponta Grossa, PR
Fernando Von Zuben, diretor de meio ambiente da Tetra Pak Brasil
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cerca de 22 mil funcionár ios em 85 países. Somente no ano passado, a fabricante fa turou 9,98 milhões de euros em suas ven das líquidas. Com 60 anos de história, a companhia desembarcou em solo brasilei ro seis anos após sua fundação, na Suécia, trazendo na bagagem soluções que muda riam a história do consumo dos alimentos, que passaram a ser embalados com a nova tecnologia, garantindo qualidade e frescor por muito mais tempo. REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
Monte Mor, SP
Uma empresa sustentável Atualmente, o mercado volta seu olhar para a questão da sustentabilidade. Produtos ven didos nas Américas (Estados Unidos, Canadá, Brasil e México), na Ásia/Pacífico (Austrália, China, Japão, Taiwan, Coreia do Sul e Índia), na África e Oriente Médio (África do Sul e Israel) e Europa (União Europeia, Turquia e Ucrânia) estão sujeitos a alguma forma de exigência ambiental em suas embalagens. E a lista está crescendo na medida em que os governos buscam soluções para lidar com resíduos e gerenciamento de recursos.
índice de reciclagem de 40%. Este aumento é previsto graças à expansão das iniciativas de coleta seletiva com organização de mu nicípios, cooperativas e comunidade e ao desenvolvimento de novas tecnologias. A primeira etapa de reciclagem consiste em separar o papel dos demais elementos em uma espécie de grande liquidificador, que solta as fibras de papel com água. “Elas seguem então para processamento, no qual se transformam em bobinas para a fabricação de caixas, tubetes (utilizados em bobinas de papel nas duas fábricas da Tetra Pak) e papel para impressão (feito a partir da mistura de uma porcentagem das fibras re cicladas com papel sulfite)”, explica o diretor de meio ambiente da empresa.
A embalagem longa vida é formada por três materiais: papel, alumínio e polietileno. Em 2005, a Tetra Pak desenvolveu, em par ceria com a Klabin, Alcoa e TSL Ambiental, a tecnologia de reciclagem do alumínio das embalagens. Na fábrica de Piracicaba, in terior de São Paulo, é realizada a separação total das camadas que formam a caixinha. O alumínio pode ser comercializado na for ma de pó e o polietileno é transformado em parafina, que é utilizada na produção de impermeabilizantes, lubrificantes ou como matéria-prima para a indústria química. Atualmente, a taxa de reciclagem de embalagens longa vida no Brasil está em torno de 25%. A meta até 2015 é alcançar o O que sobra é uma massa de plástico e alumínio, que é enfardada e encaminhada para empresas que irão transformá-la em outros produtos, como telhas, placas, pellets (grãos) para injeção ou para laminação de peças plásticas e parafina, recuperando o alumínio na forma metálica. “Essas peças vêm conquistando um mercado cada vez maior, graças à alta durabilidade e valor agregado. Outra vantagem é que elas são leves, flexíveis e possuem boa absorção acústica. No caso das telhas, elas são mais resistentes à degradação e oferecem melhor conforto térmico em comparação às telhas comuns. O ambiente fica mais confortável, uma vez que o alumínio reflete os raios infra vermelhos do sol, diminuindo a absorção de calor”, afirma Fernando Von Zuben.
escritór ios de vendas espalhados pelo País. De acordo com dados da Kantar Worldpa nel, considerada a maior empresa de pes quisas de consumo domiciliar da América Latina, as embalagens longa vida produzi das pela multinacional estão presentes em 94,7% das residências brasileiras. Muito além do leite
A Tetra Pak oferece uma ampla gama de embalagens, com capacidade de volume de 80 ml a 2 litros, apresentadas em diversos formatos e com var iadas opções de abertu ra. A inovação dos equipamentos para pro cessamento e envase de alimentos da em presa permitiram o desenvolvimento de outros mercados no País. “A tecnologia as séptica em embalagem cartonada evoluiu de tal forma que hoje em dia até mesmo ali mentos sólidos como vegetais, molhos com pedaços, feijão e outros alimentos prontos já podem ser comerc ial iz ados em nossos produtos”, comenta Fernando von Zuben, diretor de meio ambiente da companhia. Porém, não dá para negar que as cai xinhas longa vida ficaram muito mais co nhecidas por embalar leite. Na última dé cada, o consumo desta bebida dobrou: em 1993, era de pouco mais de 5 bilhões de li tros, volume que chegou a mais de 10 bi lhões em 2006. A chegada da tecnologia UHT (do inglês Ultra High Temperature) ao Brasil teve impacto direto no consumo de leite, contribuindo para o incremento mé dio de aproximadamente 19% ao ano em quase duas décadas. Recentemente divulgada, a quarta edi ção do Tetra Pak Dairy Index — estudo global que acompanha os fatos, números e tendências da indústria de lat icínios — prevê um aumento de cerca de 30% no con sumo global de produtos lácteos líquidos. Segundo a pesquisa, a demanda global por leite do tipo branco, aromatizado, infan til, acidificado, condensado e iogurte para beber deverá crescer para cerca de 350 bi lhões de litros em 2020, impuls ion ad a pelo crescimento econômico, urbanização e maior poder de compra da classe média, especialmente dos países asiáticos. TETRA PACK BRASIL www.tetrapak.com.br JULHO/AGOSTO 2011 REVISTA ABIGR AF
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IMPRESSÕES
Claudio Baronni
Presidente do Conselho Diretivo da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG)
A indústria gráfica aguarda sua vez recente anúncio da chamada Política Industrial Brasileira, desonerando, embora ainda timidamente, setores industriais como o têxtil, de software e outros, se mostra um passo importantíssimo para conceder maior competitividade internacional à indústria brasileira, extremamente sufocada no mercado mundial. Todos sabemos que este ato, longe de suficiente, reveste‑se de caráter eminentemente necessário para o objetivo citado. Ele demonstra a sensibilidade do atual governo federal no reconhecimento da situação difícil da indústria nacional e, principalmente, a vontade política de agir para a correção dos fatores que provocam essa falta de competitividade. E a indústria gráfica brasileira? Mais de 20.000 estabelecimentos, predominantemente micro e pequenas empresas que empregam até nove funcionários, suportando um contingente de mais de 220.000 trabalhadores, sofrendo do mesmo mal da concorrência internacional em todos os seus setores (embalagens, editoriais, artefatos de papel e outros). Estamos fazendo nossa lição de casa, buscando produtividade através de tecnologia, com investimentos superando a casa dos R$ 6,5 bilhões nos três últimos exercícios. Estamos nos esforçando para adequar o conhecimento técnico de nossa força de trabalho para acompanhar a rápida transformação tecnológica pela qual passa o setor. Estamos navegando nos mares revoltos da alta e complexa tributação brasileira, do elevado custo dos financiamentos, da valorização do real, que onera o acesso à importação de equipamentos e a boa parte das matérias‑primas necessárias aos nossos processos. Estamos sofrendo 62 REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
o amargo déficit em nossa balança comercial, vendo a diferença negativa entre as exportações e o que o mercado brasileiro importou superar os R$ 250 milhões em 2010. Pior do que isto é verificar que o aumento desse déficit cresceu 254% na comparação entre o primeiro semestre de 2011 e o mesmo período do ano passado. Esse cenário desalenta o empresário e desmotiva os trabalhadores que veem seus cargos ameaçados pela substituição dos importados. Mesmo assim estamos confiantes na possibilidade de o setor integrar o próximo passo dado pelo governo na busca do equilíbrio das diferenças abissais enfrentadas na concorrência com os produtos importados. É preciso proteger, entre outros tantos setores da indústria gráfica brasileira, o Programa Nacional do Livro Didático, uma cadeia fantástica que se inicia no governo, passa pelos editores, chega à indústria gráfica e termina nas escolas brasileiras. Seria inaceitável ver essa cadeia, pertencente ao povo brasileiro, quebrada pelo fornecimento estrangeiro. A indústria gráfica brasileira, do seu lado, continuará a contribuir com todos os seus segmentos, aguardando que chegue a sua vez. claudiobaronni@abril.com.br
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Apaixonado pelas artes gráficas, Vanderley Mendonça criou o selo Demônio Negro, que publica livros de poesia produzidos em uma impressora de 130 anos. Milena Prado Neves
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O artesão dos livros
oi durante uma festa em Valência, na Es panha, que Vanderley Mendonça gravou o nome Demônio Negro em sua mente. Na comemoração que simula jogos medie vais, populares disputam uma guerra simbólica divididos em dois grupos: cristãos, vestidos de branco, e mouros, ou demônios, de preto. Estu dante da língua catalã e pesquisando sua varian te valencina, foi numa das edições da festa, que Mendonça viu escrito em um bar o nome Dimo ni Negre. Três anos mais tarde escolheu-o para batizar o selo criado para publicar livros pro duzidos de maneira artesanal, homenageando grandes artistas das artes gráficas.
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A paixão pelas letras é antiga. Foi por ela que Vanderley Mendonca se formou em jorna lismo, estudou design gráfico no Rochester Ins titute of Technology (RIT), nos Estados Unidos, e se especializou em impressão tipográfica na Escola Super ior de Artes Gráficas e Tipográfi cas de Leipzig, na Alemanha. “Também fiz pós- g raduações, em literatura, na PUC-São Paulo, e em design, na Escola de Belas Artes. Sempre estudei línguas e hoje sou tradutor”. As capas das obras do selo Demônio Negro são produzidas em uma impressora tipográfica alemã de formato pequeno, com cerca de 130 anos, reformada por ele. Mas o grande desafio é
a construção de uma réplica da primeira máqui na de Gutenberg. “Consegui a planta original e fiz uma maquete. Já montei a caixa de impres são, adquiri tipos de madeira e usei para impri mir capas de dois títulos do meu selo. Antes de terminá-la, farei exper iênc ias utilizando ou tros materiais que possam substituir os tipos de metal, como borracha”, diz ele. Em época de plataformas eletrônicas de lei tura, como o iPad e o Kindle, Vanderley Men donça parece remar contra a maré, mas explica que procura res gatar a tradição das ar tes do livro, preser vando algumas técnicas de i mp r e s s ã o e acabamen to que estão se extinguindo. “Acredito profunda mente que produzir es tas obras artesanalmente e em baixa escala se justifica”. Os livros
produzidos pelo editor são impressos com técnicas de impressão rudimen tares para os padrões de produção industriais mo dernos, escolhidas sem re gras, exceto na composição tipográfica das páginas, que res peita os antigos manuais de compo sição e conceitos primordiais de grandes
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mestres impressores. “Utilizo também sistemas de impressão digital e offset, fazendo um pro duto híbrido, algo que une vár ios momentos dos sistemas de reprodução do livro”, sal ien ta. Há imagens feitas a partir de gravuras em metal, capas impressas com clichês ou tipos de chumbo, miolos em impressão digital. “Gosto de utilizar técnicas de arte que têm a reprodução como essência, como a xilogravura”, acrescenta. Seleção de obras
Apesar de já editar alguns livros em tiragens bem pequenas há muitos anos, traduções que eram feitas para os amigos, Mendonça criou o selo apenas em 2007. “Seleciono a obra, ne gocio direitos autorais e traduzo, no caso das línguas que domino. Desenho o livro, impri mo e monto. Porém, em algumas edições com tiragem maior, um jovem encadernador faz a montagem do miolo na capa”. O critério de seleção das edições baseia-se na inventividade. “Tenho grande paixão pela poesia, mas o que realmente conta é a novida de, o bom tratamento da linguagem. Mante
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nho o foco naquelas obras que, por algum des cuido do mercado editor ial, estejam à sombra, escondidas dos leitores”, comenta. É o caso de O Guesa, de Sousândrade, que deu origem à Bi blioteca Universal Demônio Negro, reunindo poetas que, embora não sejam populares, são extremamente significativos. Recentemente, o selo Demônio Negro fez uma parceria com a editora Annablume para vendas online dos li vros, possibilitando que os preços continuem acessíveis ao leitor, apesar dos acabamentos ca ros nas edições. “O selo tem hoje quatro anos e essa associação proporcionou uma amplitude na distribuição das obras, inclusive em liv rar ias europeias”, complementa o editor.
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toda impress達o tem uma cara
Foto: Roberto Loffel
Contratação de profissionais, investimentos consistentes em pesquisa e desenvolvimento e ampliação do portfólio de soluções são algumas das estratégias da Kodak Brasileira para impulsionar seus negócios nos países do Cone Sul. Ada Caperuto Gilberto Farias, diretor geral e Daniel Heraldo, gerente de marketing e produtos do Cone Sul
Kodak se destaca na América do Sul
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igante global da imagem, com matriz no Estados Unidos e 130 anos de história, a Kodak está direc ion ando suas atenções para os mercados da América do Sul e, em especial, para o Brasil. Motivos existem: no ano passado, a subsid iár ia brasileira registrou crescimento de 50% e, de acordo com seu diretor geral, Gilberto Far ias, a expectativa é de uma expansão ano a ano estimada em 30% nos próximos exercícios. Os números podem explicar o grande investimento que a companhia vem fazendo em recursos humanos, em especial na divisão de produtos e serviços gráficos ou business to business (B2B). Na Kodak desde 2002, Gilberto Far ias assumiu no início do ano passado o cargo de diretor geral Reg ião Latina América Sul, estando responsável por uma reg ião que abrange sete países — Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai. “Embora tenha permanecido sempre nessa posição de liderança, a companhia decidiu dividir a América LatiREVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
na nos cones Norte e Sul, com o objetivo de focar os negócios e ampliar ainda mais os índices de crescimento, linhas de produtos e desenvolver cada um desses mercados”, diz ele. Além de Gilberto Farias, mais de 90 profissionais foram contratados para atuar em todas as áreas da companhia, não apenas em cargos de diretoria ou somente em setores essencialmente estratégicos. Neste último caso, estão nomes de profissionais respeitados, que, mesmo ocupando sólidas posições no setor, acabaram aceitando o convite da Kodak. Entre eles está Daniel Eraldo, que em 2008 deixou o posto de executivo de marketing em uma das subsid iár ias americanas da empresa, atendendo ao convite para assumir o cargo de gerente de marketing e produtos do Cone Sul, para o segmento B2B. Para se ter uma ideia do que representam os resultados da Kodak brasileira, basta dizer que, em 2010, as demais reg iões onde a companhia está presente cresceram em média 35%. Até o ano passado,
os Estados Unidos eram responsáveis por 40% das vendas mundiais, 30% saía da Europa Ocidental e os outros 30% das reg iões emergentes. Mas Gilberto acredita em uma
Kodak Prosper S20
Venha para a Tudo que você necessita em papéis nacionais e importados para pronta entrega em todo Brasil. Couchés BVS, Magno, Burgo, Condat, entre outras marcas Offset, Offwhite, Reciclados Extra Alvura, Samaprint, Primapress, Chamois, Renova, Lenza
Unidade industrial em Manaus (AM)
inversão do cenário. “Creio que veremos, nos próximos anos, uma mudança significativa nessas localidades, com um ganho de participação. E aí eu não falo só do Brasil, mas também da Rússia, China e Índia”. Business
A Kodak mantém hoje três endereços no Brasil: os escritór ios de São José dos Campos e São Paulo e a fábrica em Manaus. Atualmente são 14 revendedores representando a companhia em todas as reg iões do País. Mund ialmente, ela atua estruturada sobre dois pilares. Além do B2B, é igualmente importante o business to consumer (B2C), as vendas para consumidores finais, que até 2003 representavam nada menos que 80% dos negóc ios. Embora continue como um segmento importante para a empresa, hoje 70% do que a Kodak vende vem da área comerc ial. O B2B conta com um portfólio que engloba produtos para gráficas de embalagens, comerciais, editoriais e de jornais, atendendo a pré-impressão, com software, hardwares e consumíveis. “A Kodak é a número um em disponibilidade de escâneres, desde os modelos de mesa até os de alta capacidade de produção. Cada um dos outros participantes do mercado oferece uma parte deste portfólio, mas não o conjunto”, comenta Gilberto. O diretor geral da Kodak vê o mercado de impressão digital como um nicho em constante desenvolvimento, para o qual a companhia tem, igualmente, ampliado o portfólio. Além das impressoras Kodak
Nexpress e Kodak Versamark, foi lançada mund ialmente em fevereiro deste ano a Kodak Prosper S20, equipamento jato de tinta que trabalha com bobinas. Para Da niel, ele deverá revolucionar o mercado e pode até mesmo capturar uma parcela daquilo que é produzido em processo offset. “O sistema Prosper oferece o diferencial do jato de tinta com a tecnologia continuous inkjet, que por enquanto somente a Kodak tem. Não quero dizer que outras empresas não possam chegar rápido, respeitamos todos os players do mercado, mas no caminho dessa tecnologia estamos mais à frente”, acrescenta Gilberto. Sem receio de uma possível concorrência com as demais economias emergentes, como a China, por exemplo, o diretor geral da Kodak brasileira avalia que há espaço para todas as indústrias, de todos os países, de todas as culturas. “Existe aquele mercado que consome produtos chineses e existe aquele que prefere produtos com marcas registradas e rel ac ionamentos de longo prazo. O DNA da companhia, que já vem de muitos anos, é focado no relacio namento construído com credibilidade nos produtos e nas pessoas. Nosso ponto principal é oferecer ao mercado aquilo que podemos realmente entregar. Não interessa se é um produto, serviço ou simplesmente uma resposta”, conclui o executivo. & KODAK Tel. (11) 2132-6000 www.kodak.com.br
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Ferrostaal representa a Ryobi na América do Norte pós quase nove anos de representação da Ryobi no Brasil, a Ferrostaal já vendeu 300 máquinas da marca japonesa, o que representa mais de 1.200 unidades de impressão instaladas. De acordo com o diretor presidente da empresa, Mario Barcelos, o País é hoje o segundo colocado em volume de vendas da Ryobi, atrás apenas da China. Esses bons resultados conquistados no Brasil, levaram a fabricante a escolher a Ferrostaal para ser sua representante exclusiva nos mercados da América do Norte, mais exatamente Estados Unidos e Canadá. A novidade, anunc iad a ofic ialmente no mês de julho, implicará inic ialmente a implantação de equipes comerciais, trabalho que será superv isionado por Barcelos. “A despeito da crise, o mercado norte- a mericano tem um grande potenc ial, e a exper iênc ia e o sucesso que nós tivemos aqui levou a Ryobi a nos fazer esse convite. É a real ização de uma meta que sempre esteve nos planos da Ferrostaal”. As operações deverão começar em outubro, tão logo esteja conc luído o trabalho
Sucesso das operações da companhia na América Latina — mais especificamente no Brasil, que é o segundo maior mercado de Ryobi no mundo — resultaram no convite da fabricante japonesa para representar seus equipamentos em um dos mais importantes mercados do mundo. Ada Caperuto
de estruturação e treinamento das equipes, que será realizado no Brasil. Barcelos lembra que a Ryobi já está presente no mercado norte-americano, mas apenas com equipamentos de menor formato. Ele explicou que, assim como ocorreu no Brasil, a proposta é começar a preencher as lacunas que existem por lá, com formatos maiores. Quando começou a operar no Brasil, em 2002, a Ryobi também contava com participação mais expressiva nos formatos abaixo
de 50 × 70 cm, mas, aos poucos, começou a conquistar os demais nichos, com o que a empresa define como “formatos inteligentes”. “Acreditamos que temos plenas condições de ocupar esse espaço deixado no mercado dos Estados Unidos e do Canadá. Além de financiarmos os equipamentos, vamos transmitir nossa exper iência e deveremos obter sucesso rápido, muito parecido com o que ocorreu por aqui”, diz ele. Barcelos avalia que o treinamento das equipes será fundamental para transmitir a filosofia da marca Ryobi aos representantes, fornecendo a eles argumentos consistentes. “Embora existam mais de 17 mil máquinas em func ion amento nos Estados Unidos, a maioria delas é no formato 30 × 50 cm. Então, é um mercado que ainda desconhece todo o potencial da Ryobi. Caberá a nós mostrarmos a eles todas essas possibilidades”. Inicialmente não está prevista a instalação de um escritório local, mas a ideia é dividir o mercado norte-americano em seis grandes áreas, que contarão com gerentes encarregados de coordenar o trabalho dos representantes de vendas. “Futuramente, se houver necessidade, poderemos implantar um escritório em Houston, onde a Ferrostaal já está presente, ou em alguma cidade central dos Estados Unidos”, prevê Barcelos. Satisfação
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Mario Barcelos, diretor presidente da Ferrostaal Equipamentos e Soluções
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A conquista é extremamente importante para a Ferrost aal, ainda mais quando se sabe que há menos de uma década a marca Ryobi não era relevante no mercado nacio nal. “Hoje é uma empresa reconhecida e que conta com alto grau de satisfação dos clien tes por sua alta produtividade. A repetição da compra demonstra isso. E eles adquirem um segundo, um terceiro e até um quarto equipamento em um espaço de tempo muito curto. Alguns têm até sete máquinas em seu parque gráfico. Isso mostra também o sucesso de nosso sistema próprio de finan ciamento. O cliente paga em dia, ganha dinheiro e compra outra máquina, ampliando
Ryobi 1050, no formato 108,5 x 78 cm, o mais recente lançamento da fabricante japonesa
cont inuamente sua lucratividade. É uma cooperação muito produtiva”, comenta Barcelos. Para o diretor presidente, o mercado norte-americano não é muito diferente do nosso. “Alguns equipamentos terão mais possibilidades lá até por conta dos custos. No Brasil o digital ainda é caro, o que não acontece lá fora. Além disso, os americanos estão mais habituados a esse processo, pois estão mais bem estruturados em termos de bancos de dados, para aplicação de dados variáveis, por exemplo. Acredito que existe um potenc ial grande, em espec ial
nas pequenas e méd ias gráficas, que é um domínio importante da Ryobi”, afirma. Adicionalmente, no novo mercado de atuação a Ferrostaal deverá apoiar-se na oferta de soluções conjuntas, disponibilizando seus equipamentos junto com outras marcas, mas os parceiros nessa estratégia ainda não estão definidos. O que se espera é uma repetição do sucesso da cooperação com a Horizon, como se vê no mercado brasileiro. Na aposta de grandes formatos, uma das opções para o mercado norte-americano
poderá ser a nova Ryobi 1050. No Brasil, a primeira unidade desse equipamento acaba de ser instalado na Gráfica Magistral, em Curitiba (PR). Outros dois entrarão em operação ainda este ano, na Unipauta, de Recife (PE), e na Gráfica Nobre, do Rio de Janeiro. Uma vez introduzida e consolidada no Brasil, a Ryobi 1050 terá o caminho aberto para ser comerc ial izad a também no novo mercado de atuação da Ferrostaal. & FERROSTAAL Tel. (11) 5522-5999 www.ferrostaal.com.br
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Sabe aquelas histórias que os pais costumavam contar aos filhos sobre pessoas de origem humilde, que começavam a trabalhar ainda na infância e que venciam na vida graças ao seu esforço, perseverança, inteligência e honestidade? Pois então, Ivo Puosso é um desses personagens. Tânia Galluzzi
Foto: Robewrto Loffel
história viva
Ivo Puosso “Vim, vi e venci”
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roprietár io da Graf-faca Laser, um dos principais fornecedores de facas para corte e vinco no País, Ivo Puosso construiu sua vida e sua empresa calcadas em valores como respeito ao próximo, amor ao trabalho e vontade de vencer e inovar. Aos 75 anos continua no comando da empresa. Ao contrário do que acontecia antigamente não é mais o primeiro a chegar, contudo ainda é o último a sair, tendo ao seu lado o neto, Rafael, que em 2012 deve assumir a área comerc ial. Ivo nasceu em Bauru, inter ior de São Paulo, mas com um ano já estava na capital. Seu pai, marceneiro, incentivou-o a trabalhar e com oito anos o menino limpava formas em uma fábrica de biscoitos perto de sua casa, no bairro do Brookl in. Estudava pela manhã e trabalhava à tarde. Dos biscoitos foi para uma manufatura de telas para produção de estuque e depois para uma fábrica de fusíveis. Aos 10 anos conheceu a produção de facas para o in
cipiente mercado de rótulos e embalagens, no ateliê de Romeu Trentin. Absolutamente artesanais, as facas sur giam da batalha da lima, do martelo e da morsa para que a madeira e o metal formassem um conjunto único e harmônico, capaz de cortar e vincar o papel. Na década de 1940 não havia no Brasil instrumental específico para produzir facas gráficas. A madeira era cortada em pedaços com serras circulares, servindo de apoio para as lâminas de aço. Esse quebra-cabeça era montado e amarrado com barbante — da mesma forma como era amarrada a chapa tipográfica — e, já na gráfica, encaixado numa rama e colocado em uma impressora de platina Minerva adaptada. Cada faca só podia ser usada uma única vez. “Levávamos mais de cinco horas para fazer algo que hoje não demora nem 10 minutos”, conta Ivo. Não só as ferramentas inex ist iam; a matéria-prima também era improvisada. O metal vinha das fitas de aço que
sobravam da produção de portas de enrolar usadas pelos estabelecimentos comerciais. Da serra circular veio a tico-tico, inicialmente ajustada em máquinas de costura industriais com a serra no lugar da agulha. “O consumo de faca era pequeno. As primeiras máquinas de corte e vinco chegaram por aqui somente nos anos 50”. O primeiro desafio
Mas por pouco o setor de facas não perdeu um de seus principais nomes. Adolescente e trabalhando com Romeu Trentin, Ivo teve sua honestidade questionada. “Nosso principal cliente era um desenhista de clichês e facas. Certo dia,
Ivo, à esquerda, atendendo um cliente, em 1963
pediu que produzíssemos a faca para a embalagem de um produto que estava chegando ao Brasil, a caneta esferográfica. Ele mandou a caneta para que fizéssemos a faca com precisão, determinando que o objeto fosse devolvido. Eu era o responsável pela retirada e entrega dos pedidos e em algum momento quando estava levando o pacote com a faca pronta, a caneta caiu. Só fui saber que havia se perdido ao voltar para o ateliê. O cliente tinha ligado dando falta da caneta e insinuando que eu havia ficado com o produto. Na entrega seguinte, joguei o pacote na mesa do cliente dizendo que eu não era ladrão. Agi errado, mas não me contive e me senti de alma lavada. O cliente exigiu minha demissão e assim aconteceu. O problema é que éramos fornecedores da gráfica Irmãos Vitali, que imprimia as caixas para o sabonete Lifebuoy, embalagem com um sistema de presilhas que só eu sabia fazer bem. Poucos dias depois fui read mitido. Então, só estou nesse ramo por causa do Lifebuoy”, brinca Ivo. Em tempo: o sabonete, vendido no Brasil entre 1940 e 1970, voltou ao mercado brasileiro em 2010. Ivo ficou 10 anos com Romeu Trentin. Aos 20 anos, após o serviço militar, decidiu que
A placa inspiradora continua guardada Equipe da Graf-faca em 1958. Ao lado de Ivo (seta), Franz Kellner (à esquerda)
iria se casar e abrir sua própria empresa. Porém Romeu segurou Ivo, oferecendo-lhe o ateliê. “Eu não tinha dinheiro, mas ele disse para eu pagar como pudesse. E foi o que aconteceu. Arregacei as mangas e sai para o mercado feito doido”. Antes, fez uma plaquinha de madeira com a frase “Hei de vencer”, pendurou na parede e usou a afirmação como mantra por muitos anos. O ateliê, que continuava no Campo Belo, passou a chamar-se Graf-faca. Lá trabalhavam três funcionár ios, além de Ivo e Franz Kellner, que se tornou sócio poucos meses depois de Ivo comprar o negócio. Entre os clien tes, gráficas que ajudaram a construir o segmento de embalagens: Gonçalves, Sarcinelli, Lanzara, Romiti, Rebizzi. “Eles me conheciam desde garoto e cont inuaram comigo”. E com eles Ivo lapidou seu conceito de qualidade e excelência. “Todos queriam o trabalho muito bem feito. O Felício Lanzara, meticuloso, examinava as facas com lupa”.
Romeu Trentin (primeiro à esquerda) e Ivo (último à direita), em 1961
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Em 1970 a Graf-faca já estava no endereço que ocupa hoje, no bairro do Cambuci
Na Brasilpack, em 2002
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Um ano depois, em 1957, a empresa mudou-se para o Cambuci para ficar mais perto dos clientes. Ivo já pensava alto, queria imprimir um ritmo industrial à Graf-faca. “Comprei minha primeira máquina para dobrar o aço e mais serras tico-tico”. Ele continuava fazendo de tudo: atendia os clientes, ajudava a produção, ajustava as máquinas, fazia as entregas. “Sempre fui muito habilidoso. Se precisar, ainda hoje ajudo na manutenção dos equipamentos. Em casa, então, sou eu que mexo em tudo. Sou cur ioso e acredito que, se alguém faz, eu também posso fazer”. Ivo arrumava tempo ainda para estudar: em 1971 formou-se em Direito. Esse interesse já lhe rendeu três patentes. A mais recente, registrada neste ano, refere-se a um sistema de trava móvel para facas de embalagens que levam impressão em relevo, sobretudo em braille. “Quando não tenho em que pensar fico matutando como resolver os problemas dos clientes”, diverte-se Ivo. A caixa desmontável para camisas, ainda usada, foi desenhada por Ivo na década de 60
Ivo recebe um fornecedor alemão na Graf-faca, em 1997
REVISTA ABIGRAF JULHO/AGOSTO 2011
a partir da necessidade da Cartonagem Flor de Maio, que procurava uma solução mais prática para as caixas desmontáveis que vinham substituindo aquelas que na época eram entregues montadas e ocupavam muito espaço. “Dobrando papel, bolei a caixa e dei para o Floberto e o Samir [donos da Flor de Maio] patentearem. A empresa, que era pequena, se transformou na maior cartonagem do País”. Salto para a modernidade
A reputação de qualidade fez a Graf-faca crescer. Nos anos 60 a empresa expandiu-se, passou por ampliações, até chegar ao atual endereço em 1969, com 25 funcionár ios. Nas duas décadas seguintes o ritmo de crescimento acompanhou o mercado, até o salto de 1993. “Na Drupa de 90 vi o sistema a laser para o corte da madeira. Fiquei encantado. Um cliente meu trouxe o primeiro para o Brasil e percebi que, se não me mexesse, perderia mercado para alguém que nem faqueiro era. Aos 57 anos pensei: se fiz tudo isso na unha, se a Graf-faca me deu tudo que tenho, vou dar tudo a ela de volta. Vendi todos os meus bens. Fiquei só com a casa onde morava e paguei o que hoje equivaleria a um milhão de reais na nova tecnologia laser”. A produção da Graf-faca saltou de 5.000 para 15.000 metros por mês e o segundo sistema a laser já foi pago com os lucros dessa expansão. Atualmente a Graf-faca possui cinco linhas de corte a laser e pode produzir 25.000 metros de facas mensalmente. Sem contar a importância que dá à atuali zação tecnológica, Ivo valoriza seus funcioná rios. É exigente, mas sabe ouvir e recompensar bons profissionais. “Estamos com 36 colaboradores e muitos têm 15, 20 anos de casa”. Estão ao seu lado também três de seus quatro filhos. O mais velho, Wagner, começou na empresa com 14 anos e agora está com 53, cuidando da produção. Ivana é responsável pela área financeira, importação e exportação e Cristina pelo RH. Apenas Celso, que é médico, ficou de fora. E Rafael, filho de Wagner e formado em Administração, se prepara para assumir o departamento comercial depois de passar por todas as áreas em três anos de Graf-faca. “Ele é exigente, igual a mim”, orgulha-se o avô. A aposentadoria está fora dos planos de Ivo. Há 10 anos ele vem reduzindo o ritmo, reservando tempo de “semear a saúde”, como ele diz. Mas o que ele quer mesmo é “ter o prazer de morrer trabalhando”.
Sustentabilidade Clarissa Domingues
Responsabilidade que conquista prêmios Os cases vencedores do 2º‒ Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambiental mostram a presença da indústria gráfica nas práticas produtivas mais sustentáveis e justas.
A
s contribuições socioambientais para o planeta são um modo de tornar mais saudáveis as prá ticas e, por consequência, as condições da vida humana. Atitudes res ponsáveis para com o meio ambiente e co munidades na qual estamos inseridos fun cion am como exemplos que podem ser multiplicados, criando um futuro mais jus to para todos, em muitos aspectos. A aju da àqueles que estão próximos e a consciên cia criativa tomam o lugar das práticas que fazem mais fácil e curto o caminho, e que,
muitas vezes, deixam um rastro de devas tação. Se este esquema de valores ainda não é propried ade de uma maioria, ao menos uma parcela representativa da indústria gráfica vem sendo estimulada a agir pelo bem — das pessoas e do planeta. E esta é a proposta do Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambiental, que reuniu 35 cases inscritos por 26 empresas de todo o País. Vencedoras da segunda edi ção do concurso, a Indústria Gráfica Plural e a Gráfica e Editora Posigraf são dois bons exemplos a serem seguidos. JULHO/AGOSTO 2011 REVISTA ABIGR AF
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Sustentabilidade
Ações de capacitação e solidariedade
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Por meio de suas ações de cidadania em benefício ao próximo, a Plural, gráfica ins talada em Santana de Parnaíba (SP), foi a vencedora na categoria Social do 2 º‒ Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambien tal. O case “Iniciativas de Responsabilidade Social” é fruto de projetos desenvolvidos em parceria com o poder público, institui ções privadas e de caridade e engloba uma série de iniciativas educacionais e projetos sol id ár ios em diversas reg iões. No âmbito da educação, o destacado programa Print School – Escola Gráfica, cuja missão é promover a capacitação de jovens do município de Santana de Par naíba, formou 34 alunos como auxiliares gráficos em 2010. Do total, 27 jovens fo ram contratados pela Plural. Nesse per ío do, a Print School foi publicada no Banco de Boas Práticas da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ ), o que contribuiu com a troca de exper iênc ias e com o aprimora mento de boas práticas em outras orga nizações. O programa, que conta com o apoio da Prefeitura e da Secretaria Muni cipal da Educação de Santana de Parnaí ba, foi ampliado em 2011 e garantiu vagas também para mulheres. Os 28 estudantes que iniciaram o curso em fevereiro têm re cebido capacitação, também, nos módulos Responsabilidade Ambient al, Gestão da Qualidade e Segurança Patrimonial. REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
Como um estímulo ao corpo docente do Centro Social São José, onde ocorrem as aulas, a Plural imprimiu e doou agendas a 400 professores. A instituição auxilia hoje 280 crianças e suas famílias em seu desen volvimento intelect ual e formação como cidadãos, através da educação, além de ofe recer atividades recreat ivas, esportivas e culturais. A gráfica também doou 170 ca dernos à associação Terezinha, instituição
que abriga, educa e alimenta cerca de 100 crianças e adolescentes carentes do muni cípio de Carapicuíba, na Grande São Pau lo. Além disso, a Plural, uma das empresas fundadoras do Centro Cultural Alphavil le Tamboré, assumiu parte das despesas para a construção da instituição que visa preservar a história dos bairros. Dentre suas ações de sol id ar ied ade, a gráfica promoveu em 2010, junto à Secre taria de Assistência Social e o Fundo Social de Santana de Parnaíba, a Campanha do Agasalho, que arrecadou 115 mil peças de roupas e mais 200 cobertores novos, doa dos pela Plural. A iniciativa beneficiou cer ca de duas mil famílias em situação de po breza. A Campanha Natal Solidário é outra ação que promove, anualmente, doações a crianças carentes de diversas comunidades. O apoio, pelo segundo ano consecuti vo, da ação soc ial Casa do Zezinho, pro movida pelo Instituto Walmart, rendeu um mutirão, do qual a Plural assumiu par te das despesas, para melhoria da estrutu ra interna da instituição que ajuda mais de 1.200 crianças e jovens, entre 6 e 21 anos, moradores da reg ião de Campo Limpo. A Plural também ampara outras ins tituições, como a Nosso Lar Casas André Luiz, o Hospital Santo Antônio de Blume nau, além de prestar suporte à campa nha SOS Reg ião Serrana do Rio — que auxiliou famíl ias vítimas das enchen tes — e apoiar a Conferência Muni cipal de Meio Ambient e de Santana de Parn aíb a e a Ass oc iaç ão Parceira Contra as Drogas. Nas palavras de Carlos Jacomine, diretor geral da Plural, o prêmio ressal ta a importância da preocupação de em presas na contribuição para um futuro melhor por meio da educação e do vo luntar iado, sempre apoiando a inclusão social. “A conquista da maior premiação de responsabilidade socioambiental do mercado gráfico nacional é para a Plural motivo de muito orgulho, pois destaca seu compromisso social, um de nossos principais valores. Com este reconhe cimento, a Plural passa a ser referência em inic iat ivas sociais e comprometese ainda mais em aperfeiçoar suas rela ções com a comunidade, profissionais, clientes, fornecedores e parceiros”.
Por um planeta mais saudável
A preocupação com o meio ambiente sem pre esteve presente na Gráfica e Editora Posigraf, de Curitiba (PR). Com gestão am biental pautada pelo compromisso de aten dimento a requisitos legais e também pela identificação dos aspectos de preservação de recursos naturais, a empresa tornou-se, há onze anos, a primeira gráfica brasileira a obter a certificação ISO 14001. O empe nho em desenvolver uma visão sistêmica sobre a sustentabilidade rendeu a conquis ta do troféu Orlando Villas Boas, oferecido ao ganhador da categoria Responsabilida de Ambiental, do prêmio promovido a cada dois anos pela Abigraf Nacional. O case inscrito é composto por uma sé rie de ações, que devem ser entendidas de maneira global, levando em conta o ciclo de produção. Este conjunto visa, sobretu do, minimizar o impacto dos processos e produtos sobre o meio ambiente, além de dar o exemplo aos seus parceiros comer ciais. Para o diretor-presidente da Posi graf, Giem Guimarães, o mérito recebido é o indicador de que a empresa está cum prindo os objetivos traçados para a gestão ambiental, além de ser um resultado con creto dos investimentos humanos, de tec nologia e de processos. “Sermos reconheci dos por nossas iniciativas ambientais pela Abigraf Nacional é muito significativo para a Posigraf”, comemora o executivo. Em 2010, a Posigraf iniciou seu Pro grama de Educação Ambient al, pensado
de maneira a desenvolver uma visão cons ciente em seus participantes. Dividido nos módulos Meio Ambiente, Conservação da Natureza, Desenvolvimento Sustentável e Educação Ambiental, o treinamento con tou com a presença de 28 colaboradores em sua primeira edição. A intenção é dissemi nar a cultura da responsabilidade ambien tal não apenas no campo de trabalho, mas também nas práticas diár ias, de maneira coletiva e ind iv idual. Dentre as ações previstas no programa, os colaboradores participaram ativamen te da pesquisa “Interações entre o clima e dist úrbios antropogênicos e seus efeitos na dinâmica florestal”, desenvolvida por pesquisadores da Soc ied ade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), parceira da Posigraf no projeto jun to ao Instituto Earth Watch, na Reserva Natural do Rio Cachoeira no município de Antonina (PR). Os participantes ajudaram os cientistas a fazer coletas de dados e ob servaram como as ações antrópicas afetam diretamente o ecossistema florestal. No que tange à conservação da biod i versidade, a Posigraf uniu forças com a Fun dac ión Avina, a Fundação O Boticário de Proteção à Natureza e a SPVS para criar o Instituto Life (Lasting Initiative For Earth, ou Iniciativa Duradoura pela Terra). Apoia da pela ONU e pelo governo brasileiro, a en tidade responde pelo desenvolvimento e a gestão da Certificação Life, que qualifica e reconhece organizações públicas e privadas
desenvolvedoras de ações favoráveis à con servação da biod iversid ade. Como forma de compensar as emissões geradas em seu processo produtivo, a Posigraf também ade riu à Campanha de Desmatamento Evita do e adotou uma área de preservação da Mata de Uru de 131 hectares. Além dessas iniciat ivas, a gráfica mantém um sistema de gerenciamento de resíduos sólidos e de tratamento das emissões atmosféricas. A Posigraf foi uma das primeiras grá ficas brasileiras do segmento promoc io nal e editor ial certificada pelo selo FSC (Forest Stewardship Council – Conse lho de Manejo Florestal). Também possui certificação Cerflor (Programa Brasileiro de Certificação Florestal), atestando que seus fornecedores utilizam matéria-prima proveniente de florestas manejadas respon savelmente. Além disso, criou e integrou às suas práticas o programa de compen sação de emissões Carbono Zero, do qual participam clientes e fornecedores. Em 2011, a Posigraf tornou-se a pri meira gráfica brasileira a obter a ISO 14064, que valida seu inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE), responsáveis pelos danos à camada de ozônio. O inven tário é real izado de acordo com as diretri zes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
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Sustentabilidade Ada Caperuto
Agfa do Brasil divulga seu relatório de sustentabilidade Publicação apresenta as normas adotadas por organismos ambientais, as diretrizes da companhia e os diferenciais de seus produtos para tornar gráficas editoriais, comerciais e promocionais mais competitivas por meio de tecnologias ecoeficientes.
Este caderno foi impresso em papel reciclado Eco Millennium 90 g/m², produzido pela Bignardi Papéis
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arte integrante do planejamento de ações de empresas de qualquer porte ou segmento, a atuação social e am bient almente responsável consolidou-se como legítima preocupação, deixando de ser um mero instrumento de market ing. Bom para o planeta, melhor ainda para a socied ade. Por outro lado, gerar riquezas e trabalho, mas com redução máxima de impacto ao meio ambiente, é, sim, um di ferencial de competitividade para as em presas. E vai além disso: é uma postura co brada pelos consumidores, pela sociedade civil organizada e pelo poder público. Por todos estes motivos, a Agfa do Bra sil tomou a iniciat iva inédita de divulgar seu Relatório de Sustentabilidade, publi cação que reúne normas, determinações e padrões ecológicos e sustentáveis norma tizados por órgãos nacionais e internacio nais, juntamente com a descrição detalha da e ilustrativa de sua série de produtos — e os benef ícios que estes podem trazer para não somente aumentar a qualidade e pro dutividade de uma gráfica, como também torná-la mais ecoef iciente. De acordo com Pau lo Amaral, diretor da divisão de Artes Grá ficas da Agfa do Bra sil, até pouco tempo atrás apenas grandes empresas buscavam impressos mais sus tentáveis e quase que exclusivamente para materiais institucionais, como relatór ios anuais e REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
apresentações. “Nos últimos anos, percebe mos claramente que as exigências têm ex pandido em duas direções: as empresas op tam por serviços gráficos mais sustentáveis e também ampliam a visão do que são es ses serviços sustentáveis, percebendo que eles englobam toda a cadeira produtiva”. Na opinião de Fabrizio Valentin, presi dente da Agfa Graphics na América Latina, o mercado deve trilhar o caminho da sus tentabilidade. “É a única alternativa para termos negócios eticamente competitivos e construirmos um futuro melhor. Esse é o compromisso da Agfa-Gevaert no mundo, no Brasil e na América Latina”.
Compromissos e contribuição da Agfa para um mundo com serviços gráficos mais sustentáveis
Soluções Agfa
Além de apresentar números atuais e de mandas por ações ambient almente sus tentáveis nas gráficas brasileiras, o rela tório divulgado pela Agfa mostra quais os destaques de seu portfólio de produtos no que tange à ecoprodutividade. “Este re latório é direcionado ao mercado gráfico brasileiro como um todo, não somente a clientes Agfa. A publicação traz dados im portantes para gráficas de todos os por tes que buscam condições mais sustentá veis de produção. Para aqueles que querem soluções imed iatas para tornar sua gráfi ca mais ‘verde’, o relatório também traz al gumas soluções Agfa que atendem a essa
demanda”, destaca Eduardo Sousa, gerente de marketing para a América Latina. Entre elas, estão os pacotes de aplicati vos :Apogee e :Arkitex, soluções automati zadas que diminuem os processos na eta pa de pré-impressão e ajustes, reduzindo o tempo de acerto; as chapas digitais ver des da linha:Azura em versões térmica e violeta, que eliminam processos químicos nocivos ao meio ambiente; chapas conven cionais otimizadas para operações ecof i cientes, como a:Energy Elite, uma chapa offset que necessita de menor uso de ál cool, emite menos componentes agressi vos ao meio ambiente e dispensa fornea mento; a chapa :N91V para jornais, com tecnologia violeta, que gera menor consu mo de energia no laser (violeta) e usa uma fina emulsão que demanda menos lavagem (com economia de água); as soluções jato de tinta :Anapurna, :M-Press e :Jeti, que usam tinta UV curáveis que não possuem solvente e não emitem componentes volá teis; e a :Dotrix, impressora de alta veloci dade, que reduz o tempo de produção. & AGFA DO BRASIL Tel. (11) 5188-6444 www.agfa.com
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Peça da campanha da AlmapBBDO para a revista Billboard premiada com ouro na subcategoria Publications & Media
Vencedores Agência do Ano AlmapBBDO (Golden Lion)
Press
Participação histórica do Brasil em Cannes
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Brasil registrou O País também se Agências brasileiras trouxeram a melhor parti da França 66 Leões, destacando‑se destacou na categoria cipação de to na categoria Press, com um total Outdoor L ions, com dos os tempos 16 troféus, sendo cin de 19 troféus conquistados. no festival publicitá co Silver Lions e onze rio Cannes Lions, real izado na França de Bronze Lions. Outras conquistas importan 19 a 25 de junho. Ao todo, nosso país con tes foram registradas nas categorias Design quistou 66 Leões, entre eles o mais dese (dois ouros, uma prata e dois bronzes); Ra jado, o de Agência do Ano, pela Almapp dio (três bronzes); Cyber (um Leão de Pra ta); Promo & Activation (um de prata e um BBDO, que repetiu a façanha pela terceira de bronze); Direct (um ouro, três pratas e vez, a segunda consecutiva. A participação brasileira também so dois bronzes); Media (duas pratas e dois bressai com a conquista de 19 troféus na bronzes); PR (um ouro e uma prata); Film categoria Press Lions, destacando-se, no (duas pratas e três bronzes); e Film Craft vamente, a AlmapBBDO, com o Gold Lion (um ouro e um bronze). Esta foi a 58 ª‒ edição do Cannes Lions obtido na subcategoria Publications & Me dia, graças à campanha criad a para a re International Festival of Creativ ity, ou sim vista Billboard. Ainda na categoria Press plesmente Cannes Lions, a principal pre — que teve como presidente do júri Tony miação mund ial do setor de propaganda, Granger, diretor global de criação da Y&R , e publicidade e comunicação. Em 2011, o 518 finalistas entre os 5.415 inscritos —, as festival registrou mais de 28.800 inscri agências F/Nazca Saatchi & Saatchi, JWT ções de países de todo o mundo. Mais de Brasil, AlmapBBDO e Leo Burnett fatura 9 mil pessoas de 95 países participaram, ram o Silver Lion, em um total de sete tro durante os sete dias do evento, de expo féus. Ficaram com Bronze Lions as agên sições e exibições, bem como 57 seminá cias Y&R , AlmapBBDO, Moma, Age Isobar, rios, 20 workshops e master classes apresen Ogilvy Brasil, DDB Brasil e Leo Burnett, tadas por renomados líderes da indústria de comunicação de todo o mundo. com onze troféus na soma. REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
Ouro “Jimi Hendrix/Iron Maiden/Lady Gaga/Madonna/ Michael Jackson”, da AlmapBBDO para a revista Billboard Prata “Baralho/Bexiga/Unhas”, da AlmapBBDO para o Tiguan, da Volkswagen ◆ “Cachorro/ Bagagem”, da JWT para o Supradyn, da Bayer ◆ “Fuja”, da AlmapBBDO para a Escola Panamericana de Arte ◆ “Idades”, da F/Nazca S&S para a Olay, da Procter & Gamble ◆ “Jimi Hendrix/Iron Maiden/Lady Gaga/Madonna/ Michael Jackson”, da AlmapBBDO para a revista Billboard ◆ “Papel/Rolo de alumínio/Plástico PVC/Saco plástico”, da AlmapBBDO para os Caminhões Volkswagen ◆ “Portão/Iceberg/ Canhão”, da Leo Burnett para a Fiat Bronze “Aniversário/Família/Avô”, da Ogilvy para a BandSports ◆ “Azul/Rosa/Amarelo”, da Age Isobar para a Mugen ◆ “Barbudo/Calvo/Mulher”, da Y&R para a Santa Casa de Misericórdia ◆ “Chanel/Armani/Lavin”, da Y&R para a LG ◆ “Fusca/Leite/The Economist”, da Y&R para Miami Ad School ◆ “Meninos/Camisa/ Iraque”, da DM9DDB para o jornal Marca Brasil ◆ “Portão/Iceberg/Canhão”, da Leo Burnett para a Fiat (dois Leões de Bronze em categorias diferentes) ◆ “Quartos/Piscinas/Restaurantes”, da AlmapBBDO para a Top Magazine ◆ “Twitter/ Skype/Facebook/YouTube”, da Moma para o MaxiMídia, do Meio & Mensagem ◆ “Vermelho/ Azul”, da AlmapBBDO para a Stock Photos
Outdoor Prata “Aniversário/Família/Avô”, da Ogilvy para a BandSports ◆ “As cartas esquecidas de Papai Noel”, da Ogilvy para a Coca-Cola ◆ “AXN TV Boxes”, da Publicis para a Sony Television ◆ “Mágica/Fantoches/Origami”, da AlmapBBDO para o Tiguan, da Volkswagen ◆ “Projeto Repartir”, da AlmapBBDO para a Casa do Zezinho Bronze “Iron Maden/ Lady Gaga/ Madonna/ Michael Jackson”, da AlmapBBDO para a revista Billboard ◆ “Thiago”, da Ogilvy para a Unicef ◆ “Carro/ Geladeira/ Facas”, da Z+ para o Supermercado Dia ◆ “Calças/ T-Shirt/ Camisa”, da Z+ para a Penalty ◆ “Guerra/ Dinossauro”, da Z+ para a Jamute Áudio ◆ “O maior abraço do mundo”, da Monumenta para o Conselho Nacional do Sesi ◆ “Twitter/Skype/Facebook/YouTube”, da Moma para o MaxiMídia, do Meio & Mensagem ◆ “O real cofre de banquinho”, da Artplan para a Hebara ◆ “Wave Sound London/ Wave Sound NY”, da Grey para a 3M ◆ “Náufrago”, da Giovanni+DraftfCb para a Agro Food ◆ “Preço”, da New 360 para o Citroën Cheverny
BrainStorm
Ipsis conquista as Américas.
Dois Prêmios Benny de uma só vez.
A Ipsis recebeu em dose dupla o maior e mais cobiçado prêmio da indústria gráfica internacional. São dois Prêmios Benny - The Premier Print Awards da Printing Industries of America, nas categorias Livro de Arte e Catálogos de Serviço. Ganhou também dois certificados de qualidade nas categorias Livro de Arte e Livro Juvenil.
Ipsis Litteris 7
Fotografias Araquém Alcântara
CATEGORIA CATÁLOGOS
CATEGORIA LIVROS DE ARTE
DE SERVIÇO
Ipsis. Uma empresa à frente do seu tempo, pronta para dividir esta qualidade com você.
(11) 2172.0511 / 2272.0511 www.ipsis.com.br
Siga também o Olhar gráfico no blog em www.qu4tro.com.br/blog
Esquisitices dos anos 1970 No início dos anos 1970, a Editora de Guias LTB, do Rio de Janeiro, publicou duas edições do anuário Sinal, Registro de Marcas e Símbolos. Como não era uma publicação de design, mas sim de direitos e registros, ela era uma coleção curiosa de marcas eruditas, vernaculares, geométricas e figurativas...
Banco Nacional de Habitação
Empresas de estruturas/Rio de Janeiro
Tudo ¶ Feito a lápis e vetorizado no illustrator.
Empresas de estruturas/Jundiaí
Empreendimentos/Rio de Janeiro
O questionamento era: onde está e qual é a tipografia tipicamente brasileira? Que cultura tipográfica o Brasil pode legar às gerações futuras? Ou seremos sempre — mesmo quando nos tornarmos potência mundial de verdade — dependentes das culturas suíça, holandesa,
Contabilidade/Florianópolis
americana? Quem levantou a questão foi a designer Giuliana Rollo em uma conversa sobre projetos tipográficos. A primeira ideia para enfocar este universo foi pensar em quem produz uma tipografia
Agência de empregos/Rio de Janeiro
espontânea no País: os antigos e remanescentes tipógrafos da era de metal. Pequenas gráficas espalhadas pelo Brasil, incluindo bairros e subúrbios paulistanos e pequenas cidades interioranas do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, de Pernambuco e do Pará, imprimem
Estudio fotográfico/Rio de Janeiro
todo o dia pequenos volantes de divulgação para pequenos negócios e serviços, como chaveiros, cartomantes, restaurantes a quilo, santos milagrosos etc. Depois, pensando um pouco mais, tivemos — e ainda temos — uma vertente modernista bem abrasileirada, mas de sabor suíço, que desenvolveu-se por intermédio do trabalho dos
Comércio/Joinville
pioneiros como Ruben Martins, Décio Pignatari (e os poetas concretos), Alexandre Wollner e todos aqueles que estiveram em torno da Associação Brasileira de Desenho Industrial (ABDI) nos anos 1960, que aproveitou-se também do tempero elaborado pelos artistas e agitadores
Instrumentos musicais/S.Bento do Sul
modernistas da Semana de Arte de 1922. Uma terceira onda, derivada das tecnologias digitais e dos modismos absorvidos no pós-modernismo, via Londres (Neville Brody) e Califórnia (David Carson), assolou o mundo
Instalações industriais/Belo Horizonte
tipográfico brasileiro a partir do final dos anos 1980 e foi a grande influência dos tipógrafos eletrônicos formados no Brasil nas últimas décadas. Este tsunami foi alimentado
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Topografia/Rio de Janeiro
REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
por cópias e apropriações (revista MacMania e Tony de Marco), paródias e brincadeiras
Ilustrações ¶ Maria Julia Santos Contatos ¶ majucsantos@gmail.com jujulia@hotmail.com @MajuSantos flickr.com/majusantos Japonesa ¶ Lápis e contornada com caneta. Colorida – lápis, contornada com caneta e pintada no Photoshop com tablet Wacom.
Tudo ¶ Feito a lápis, vetorizado no illustrator e colorido no Photoshop.
¶
Tipografia modernista: cartões de Fernando Lemos, móveis Escriba e Alexandre Wollner. ¶ Uso vernacular de tipos metálicos e digitais. ¶ Tipografia de Rodolfo Capeto para Dicionário Houaiss. ¶ Trabalho tipográfico de Vicente Gil.
Título composto na família tipográfica Brasilero de Cristian Cruz e texto em Perpetua de Eric Gill.
(Elesbão e Haroldinho), maneirismos (Vicente Gil), experimentalismo vernacular (Priscila Farias, Jimmy Leroy, Cristian Cruz) e trabalho erudito (Fernanda Martins, Claudio Rocha, Rodolfo Capeto), até chegarmos a uma certa maturidade juvenil, nascida de puro voluntarismo e fruto de estímulos como os eventos Tipografia Brasilis; ela pode ser detectada nas mostras mais recentes dos Tipos Latinos e na oferta de serviços de alto nível no nosso mercado gráfico. Mas, escondidas em algum grotão do País, existem experiências que fogem a esses três rios caudalosos citados. Anos atrás, alunos da graduação da Universidade Anhembi Morumbi, pesquisando sobre tipos brasileiros, descobriram que, em Minas Gerais, na região de Ouro Preto, durante o período colonial, foi esculpido um alfabeto metálico com a tecnologia existente na Europa (e certamente por influências estrangeiras) que foi utilizado para publicar documentos políticos contra o Império. O que faz sentido: a região unia a tecnologia (fundição, gravura), a política (ideologia) e os movimentos (imprensa) pela independência brasileira; na época, a imprensa era proibida no Brasil. E tem mais: na experiência de O Gráfico Amador, grupo do qual fez parte Aloisio Magalhães, (incensado como nosso maior designer gráfico e que era advogado e artista plástico), também podemos encontrar influências e lições tipográficas que marcaram muitas das nossas editoras importantes, entre as quais as famosas Globo (Porto Alegre), Civilização Brasileira (Rio de Janeiro) e Brasiliense (São Paulo). São rios que ora andam em paralelo ora se cruzam, sem preconceitos e sem cerimônia, e é neles e a partir de suas misturas que está sendo moldado o jeitão brasileiro de desenhar tipos e letras. Claudio Ferlauto JULHO/AGOSTO 2011 REVISTA ABIGR AF
Marcas e bancos que sumiram do mapa
O Brasil com s está presente em Nova York com projeto da Dezign com Z para a Track & Field A primeira loja da Track & Field em Nova York, inaugurada na Madison Avenue, em Manhattan, projeto de Artur Casas, com identidade visual da Dezign com Z, conta também com este belo projeto que integra as embalagens à arquitetura da loja. As tampas das cápsulas transparentes formam este grande painel e facilita as escolhas dos produtos pelos clientes. Segundo o diretor e designer Zeuner Fraissat, “para reduzir o impacto ao meio ambiente, as cápsulas foram produzidas a partir de um plástico natural chamado Ingeo TM, composto por plantas e sem a utilização de petróleo na fórmula. Essas embalagens são produzidas por meio de recursos renováveis e têm menor impacto ambiental e menor emissão de gases de efeito estufa em relação aos plásticos comuns”.
no tempo em que os Beatles eram jovens e criativos por Aloísio Magalhães
Fundamentos
tentável
do Design
co sus Design gráfi rty ghe Brian Dou
Linguagens
do design
ndendo – Compree
o design gráfico
Heller de Steven gráfico do design
A prática
gia criativa
– Uma metodolo
Fuentes de Rodolfo da marca
A imagem
o social
– Um fenômen
de Joan Costa
Design digital de Javier Rojo O cartaz –
Prêmio Design Casa Brasileira
Museu da
de Claudio
Ferlauto
vem à cabeça coisa que do a primeira sustentável, em geral associa s em design reciclados, Ao se falar que as pessoa materiais em objetos s é o uso de nunca está encontrado das pessoa gráfico quase “alternativo” pensa-se que ncia. Design a um visual quando está, ções. por má consciê pação – e, compram o nas publica primeira preocu não papel reciclad do que isso, ou inserido nessa e complexa ente de usar rão ampla meram mais se trata dúvida decorre o, é muito da qual sem no entant estão profunda A questão, ças ainda análise mais Essas mudan uma erro. o e onais. exigind s profissi tentativa nas prática na base da alterações gestadas, ios deste livro. entada s e os benefíc experim avaliar os sendo que podem ra de design. É nesse ponto , jornalista e curado nova a traça Adélia Borges à prática e para une a teoria obrigatório Sustentável . Um livro s “Design Gráfico para o design gráfico oportunidade cia em uma das grande tendên se envolver que querem século XXI.” designers ativas do . mais signific o pela AIGA do design r, premiad Clement Mok,
designe
ca usada A família tipográfi ição de textos, na compos s do livro títulos e legenda em 1960 criada é a Syntax Eduard Meier, por Hans e. pela Linotyp produzida
¶ Rosari
na sua
www.rosari.com
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Publicado no início dos anos 1970, como prefácio do anuário Sinal, Registro de Marcas e Símbolos, da Editora de Guias LTB.
REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
es
Adélia Borg
Mais sobre sustentabilidade via Adélia Borges
“Vem em muito boa hora a tradução para o português de Green Graphic Design. A sustentabilidade é, sem dúvida, a questão maior de nosso tempo. Não se passa um dia sequer sem que o assunto esteja onipresente nas reportagens dos jornais, nos debates públicos, na publicidade das empresas. No entanto, o aumento da exposição do termo não correspondeu a um aperfeiçoamento da reflexão sobre qual é a parte que cabe, a cada um de nós, na construção de um mundo sustentável. Brian Dougherty sintetiza essa questão afirmando que há três maneiras diferentes de pensar o papel do designer gráfico no que se refere à sustentabilidade: como manipulador de materiais, como criador de mensagens e como um agente de mudança. Ele desdobra com profundidade, sem ser hermético, cada uma dessas dimensões da ação do designer gráfico, e assim nos ajuda a desvendar os véus das interpretações rasas e das palavras vazias de significado para lastrear uma mais do que necessária e urgente mudança na maneira de projetar o mundo”.
rative, Design Collabo ável do Celery design sustent fundador erty é sócio trabalha com Brian Dough projetos Esse estúdio brand para . y, California.
Mattel de marca/ em Berkele publica HP, eBay e e estratégias A Rosari também Design e ações como design (green design) s Textos s de green grandes corpor títulos as coleçõe áveis para tipo?, com or para assunto Homem sustent Qual é o seu u o prêmio ante e consult rs Borges, Chico , Celery recebe Brian é palestr dos designe de Adélia O estúdio a associação Claudio FerlautoFerrara, da AIGA, de Melo, e ecoinovação. em 2004, Lucrécia Leadership, revista I.D. Claudio Rocha, rt, Environmental indicado pela Weinga tes nos EUA. e Brian foi Wolfgang rs mais influen americanos, Zapf e outros. n designe Herman lista dos 40 .br
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¶ Syntax
Prefácio de
n Doughe ável ¶ Bria co sustent
¶ Coleção s do Design Fundamento
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fico susten Design grá herty Brian Doug
Fundamen
Design gráfi
De uma maneira geral podem-se classificar os sinais gráficos em três categorias fundamentais a partir do elemento básico em torno do qual se estruturam: 1. a partir da palavra ou de letras; 2. a partir da representação de uma imagem ligada à função; 3. a partir de formas arbitrárias. No primeiro caso, incluem-se logotipos, representações da palavra de maneira particular, transformando-a em marca – Pirelli –, como também as marcas estruturadas em letras iniciais de um nome, como RCA e IBM. No segundo, incluem-se as marcas, os sinais ditos pictográficos, como por exemplo os que se utilizam de uma “chama” para designar companhias de gás ou “homem” e “mulher” designando banheiro masculino e feminino. No terceiro caso, de formas arbitrárias, incluem-se os sinais designativos que na sua origem são vazios de significado [por exemplo a “árvore” do Bradesco]. Só a partir de uma convenção aceita e por meio do uso repetitivo impregnam-se da significação que representam. Em todas as três situações existem fatores comuns que devem ser levados em consideração. A qualidade ótica que permite percepção rápida, econômica e sobretudo sua particularização. O fator originalidade também deve ser levado em conta, se bem que no universo demasiadamente carregado de sinais de hoje é extremamente difícil encontrar formas novas para a formulação de uma síntese gráfica. […] Entretanto, o sinal não vive sozinho. É por meio de seu uso programado e de suas relações com outros elementos de comunicação que se pode criar uma imagem global perante o público. […]
a Design é mudanç em Design é mensag e Design é qualidad
Marcas e logotipos
Prefácio de Adélia Borges para Design Gráfico Sustentável, de Brian Dougherty, Rosari, 2011.
O FUTURO ESTÁ LOGO ALI. CONHEÇA QUEM VAI LEVAR VOCÊ ATÉ ELE.
8 a 11 de outubro de 2011
ELES JÁ ESTÃO NO 15º CONGRAF. SÓ FALTA VOCÊ. Faça já a sua inscrição pelo site: www.congraf.org.br Henrique Meirelles
Palestra de abertura Perspectivas para um Brasil melhor
Lala Deheinzelin
Economia criativa, sustentabilidade e futuros
Sidnei Oliveira
O Perfil do novo consumidor - Geração Y
José Carlos Brunoro
Copa do Mundo e Olimpíadas Oportunidades nos negócios
Mariela Castro
O Poder das Mídias Sociais para os negócios
Flavio Botana
Hamilton O futuro da gráfica e a construção Terni Costa de valor nas relações comerciais
Bruno Mortara
Walter Longo
Cesar Callegari
Planejamento de Investimentos Estruturando o seu crescimento de forma economicamente sustentável
Educação de qualidade como fator de sustentabilidade do desenvolvimento
Oportunidades para a Indústria Gráfica
Tendências tecnológicas - convergências de Mídias ou substituição?
Fabio Mestriner no segmento de embalagem
A inovação e o futuro da comunicação voltada ao consumo
Mário César Martins de Camargo
Palestra de encerramento Balanço do 15º CONGRAF - Oportunidades e ameaças na visão do empresário gráfico
A 15ª edição do CONGRAF vai acontecer em outubro, em Foz do Iguaçu, e será essencial para quem busca atualização profissional e oportunidades de negócio. O evento terá palestras que mostram o futuro do mercado e fazem toda a diferença na sua empresa.
Não perca a opor tunidade de fazer par te do futuro.
Patrocínio Diamante:
Patrocínio Prata:
Apoio Técnico:
Par ticipe. Realização:
Quadrinhos
A Garra Cinzenta
O A Conrad revive em edição de luxo e fac‑similar surpreendente série nacional de quadrinhos publicada no final dos anos 1930.
s leitores de A Gazetinha em julho de 1937 tiveram uma surpresa ao ver o primeiro capítulo em formato tabloide, preto e branco, de uma história em quadrinhos criada e desenhada aqui, protagonizada por personagens com nomes estrangeiros como Higgins, Miller, Curberry e Kitty. É incrível que os quadrinhos brasileiros tenham produzido na época algo para disputar espaço com os poderosos comics norte- americanos, que dominavam o mercado. A série durou dois anos e teve 100 capítulos. Mas foi só no capítulo 19, quando surge na história pela primeira vez o Garra Cinzenta, com o símbolo dos piratas no peito, uma roupa negra e uma caveira escondendo o rosto, que a coisa pegou. Nos capítulos seguintes aparecem laboratór ios fantásticos, circuito fechado com telões gigantes, alçapões com morcegos, chineses velhacos, múmias, um robô gigante e a inevitável vamp. Renato Silva, in fluenciado por Alex Raymond em X-9 (v. Abigraf n º‒ 252), supera-se nas ilustrações graças ao texto de Francisco Armond (até hoje não se sabe quem se escondia atrás desse pseudônimo), que prevê criat ivamente clichês que se consag rar iam mais tarde nos quadrinhos e cinema. No capítulo 76, quando o Garra desperta a vamp do sono eterno, nota-se o capricho do desenhista nas cenas dentro do cas-
Conrad Editora Formato: 21,5 x 27,5 cm Capa dura, 128 páginas www.conradeditora.com.br
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Álvaro de Moya é autor do livro Vapt-Vupt. REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
telo, juntando o Garra, o robô e a nova versão feminina do mal. No capítulo 92, o Garra está na pose típica do ditador Mussolini com sua amante Clara Petacci ao lado. A série fez tanto sucesso que atravessou fronteiras. A editora Sayrolls, do México, comprou os direitos e A Garra Cinzenta foi publicada na França creditada como mexicana! De acordo com alguns estudiosos, chegou a inf luenciar HQs na Itália e até na Marvel Comics.
Galeria da SIB - Sociedade dos Ilustradores do Brasil
Autor: HECTOR GOMES TĂtulo: Nwumba Cliente: Revista Sacapuntas, Argentina. TĂŠcnica: Photoshop e Painter.
www.sib.org.br
Sociedade dos Ilustradores do Brasil
Casa da Xilogravura comemora 24 anos com raridades chinesas Parte dessas cópias compõe exposição comemorati va dos 24 anos da Casa da Xilogravura, que fica aberta ao público até o dia 30 de novembro. São 32 xilogravu ras, relatando as per ipécias do monge budista Tripitaca em sua viagem da China à Índia na companhia de três companheiros: um cavalo branco, um porco (que em encarnação anter ior havia sido um general) e um ha bilidoso macaco. Esses três personagens, env iados por um deus, auxiliam o monge a escapar das ameaças da viagem, relatadas nos capítulos de um clássico literário chinês do fim do século XV escrito por Wu Chan Na. A mostra agora exibida na Casa da Xilogravura é uma versão em imagens dessa obra clássica. Vendido em feiras no inter ior da China, era um tipo de impres so xilográfico de caráter popular, à semelhança de nossa literatura de cordel. A autoria e a data das matrizes são desconhecidas, mas devem ser criação de mais de um autor e provavelmente do início do século XX . Ampliação
Exposição traz 32 xilogravuras inéditas, que contam as aventuras de um monge budista.
Em comemoração a seus 24 anos de existência, com pletados em julho, a Casa da Xilogravura está também abrindo mais cinco salas e dois salões, que ampliam o número de obras expostas e permitirão a retomada de cursos, pois um dos salões abrigará um espaçoso ateliê. Todos os novos espaços expositivos e de ensino resulta ram de um prédio moderno que foi anexado ao edifício original, de 1928 (veja Revista Abigraf n º‒ 246).
P 88
eter Hiller é um colecionador brasileiro apaixona do pela cultura chinesa. Em uma de suas 20 via gens à China, ele encontrou antigas matrizes xi lográficas à venda em uma feira popular de Pequim. Indagado, o vendedor informou tê-las trazido de uma velha gráfica desativada, acrescentando possuir mais um grande número delas. O brasileiro acompanhou-o até sua casa e comprou todas, trazendo-as para o Brasil: caixas e caixas cheias de pranchas de madeira entalha das. Recentemente incumbiu o artista brasileiro George R. Gutlich de imprimir cópias das matrizes em papel, doando uma coleção completa ao Museu Casa da Xilo gravura, localizado em Campos do Jordão, São Paulo.
REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
& MUSEU CASA DA XILOGRAVURA Av. Eduardo Moreira da Cruz, 295 (Jaguaribe) 12460-000 Campos do Jordão SP Abre de 5ª- a 2ª--feira, das 9 às 12 e das 14 às 17 horas Tel. (12) 9725.8288 contato@casadaxilogravura.com.br afcostella@ig.com.br
Imagem de eucalipto
VO C Ê S A B E O QUE ACONTECE
CA DA V E Z QU E U M L I V RO, UM CADERNO, UMA EMBALAGEM, UMA REVISTA OU UM FOLHETO
É IMPRESSO? UMA NOVA ÁRVORE DA EDUCAÇÃO, DA INFORMAÇÃO E DA DEMOCRACIA É PLANTADA.
A cadeia produtiva do papel e da comunicação impressa vem realizando uma campanha de informação sobre o que produz para a sociedade. Esclarecer dúvidas e, principalmente, traz à luz da verdade algumas questões ligadas à sustentabilidade. A principal delas é deixar claro que, as árvores destinadas à produção de papel provêm de florestas plantadas, e que essas são culturas, lavouras, plantações como qualquer outra. Somos uma indústria alinhada com a ecologia e a natureza, ou seja, as nossas impressões são extremamente conscientes porque utilizamos processos cada vez mais limpos. E, mesmo assim, buscamos todos os dias novas tecnologias de produção que respeitem ainda mais o equilíbrio do meio ambiente. Somos uma indústria que traz prosperidade para o País e benefícios para todos os brasileiros. Temos imenso orgulho de saber que cada vez que imprimimos um caderno, um livro, uma revista, um material promocional ou uma embalagem, estamos levando conhecimento, informação, democracia e educação a todos. Imprimir é dar veracidade, tornar palpável. Imprimir é assumir compromisso. Imprimir é dar valor. Principalmente à natureza.
IMPRIMIR É DAR VIDA.
ENTIDADES PARTICIPANTES: ABAP, ABEMD, ABIEA, ABIGRAF, ABIMAQ, ABITIM, ABRAFORM, ABRELIVROS, ABRINQ, ABRO, ABPO, ABTCP, ABTG, AFEIGRAF, ANATEC, ANAVE, ANDIPA, ANER, ANL, ARTEFATOS, BRACELPA, CBL, FIESP E SBS. C A M PA N H A D E VA L O R I Z A Ç Ã O D O PA P E L E D A C O M U N I C A Ç Ã O I M P R E S S A . Acesse e saiba mais:
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Personagem
Conhecimento que faz a diferença Empresário do segmento gráfico há mais de quatro décadas, Antonio Carlos Navarro atua pela Abigraf Regional do Distrito Federal contribuindo com sua experiência nas ações de desenvolvimento de mercado na região.
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Tainá Ianone
Foto: Paulo Cabral
ngenheiro por formação, Antonio Carlos de Araujo Navarro iniciou suas atividades no segmento gráfico como uma alternativa de renda extra para pagar o curso de Engenharia, na década de 1970. Era uma época de competitividade menos acentuada e isso possibilitou a ele, em apenas dois anos, transformar o pequeno estúdio serigráfico montado na garagem de casa em uma tipografia. Em 1976, a expansão continuou e ele conseguiu comprar os primeiros equipamentos offset, ampliando a área de atuação da Linha Gráfica Editora. Com o objetivo de atingir outro nicho do segmento gráfico, o editor ial, em 1998
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Presidente da Abigraf/Sindigraf-DF e do Conselho Diretivo da Abigraf Nacional, Navarro discursa na Federação das Indústrias de Brasília. Agosto de 1995
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fundou a LGE Editora, que atualment e agrega outra empresa, a Ler Editora. Ambas editam principalmente obras paradidáticas infantis e juvenis. “Aquele foi um novo desafio. O Brasil passava por um momento de crescimento no mercado de edição e o governo federal propunha novos projetos para difundir a leitura nas escolas públicas”, diz Navarro, referindo-se, por exemplo, às primeiras iniciativas do atual Programa Nac ion al do Livro Didático. “O segmento expandiu, tornando-se mais competitivo, e hoje enfrenta caminhos desconhecidos com a introdução do livro digital”, comenta o atual superintendente da Abigraf Reg ional Distrito Federal. Instalada no início da década de 1980, a Abigraf-DF teve suas atividades interrompidas por breve per íodo, sendo reat ivad a em 1984. À época, Navarro ocupava o cargo de vice-presidente do Sindigraf-DF e assumiu a presidência das duas entidades, em substituição a Lourival Novaes Dantas, que
foi indicado para assumir a vice-presidência da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra). Navarro relembra que inúmeros problemas precisaram ser enfrentados, em especial pelo fato de Brasília ser uma reg ião onde quase toda a demanda gráfica era gerada pelo setor público federal. “Exis tiam def ic iênc ias em todas as áreas e na qualificação prof issional. Mas, graças ao empenho conjunto e à vontade de crescer, conquistamos muitos avanços”. Esse trabalho o conduziu à presidência do Conselho Diretivo da Abigraf Nacional, em 1992. “Durante nove anos pude contribuir para o engrandecimento e o desenvolvimento da entidade e do setor gráfico. Com saudade relembro a convivência com o querido amigo Max Schrappe e todos os demais presidentes das regionais e diretores da Abigraf, sem os quais não ter íamos conseguido atingir nossas metas”, declara. A exper iência como empresário gráfico e como dirigente da Abigraf Nacional e
governamentais, reduziu bastante a capacidade competitiva do parque gráfico local. “Essa desestruturação tem solução e demandará esforços enormes, principalmente de nossas entidades de classe, que concentram as nossas lideranças”, reforça.
Foto: Sergio Almeida
Desafios pessoais
Navarro participou da entrega do Prêmio Direitos Humanos, criado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e patrocinado pela Abigraf Nacional, ao Centro de Defesa da Criança e do Adolescente da Bahia, representada pela sua coordenadora-executiva Hélia Barbosa. Brasília, Dezembro de 1996
Reg ional culminou em um convite para assumir um novo desafio. João Ferreira dos Santos e João Batista Alves dos Santos, respectivamente presidentes do Sindigraf-DF e da Abigraf-DF, chamaram Navarro para atuar como consultor das entidades. “Depositaram em mim a responsabilidade de ajudar as gráficas na busca de soluções para promover o desenvolvimento do setor na capital brasileira”, conta o empresário. Ele revela que a atividade gráfica no Distrito Federal ainda é dependente do setor púbico federal, que, por conta das radicais mudanças de regras das compras
No exercício da presidência do Conselho Diretivo da Abigraf Nacional e do Sindigraf-DF, Navarro foi homenageado pela Federação das Indústrias com o diploma do Mérito Industrial do Distrito Federal, recebendo, na oportunidade, os cumprimentos do ex-ministro da Justiça, Maurício Corrêa. Maio de 1993
Paralelamente ao novo cargo, Navarro segue buscando vencer os obstáculos de sua atividade como empresário da indústria gráfica editor ial. A LGE e a Ler estão produzindo as primeiras edições de suas obras na versão digital, incluindo uma tradução em inglês para exportação. Na opinião de Navarro, o livro eletrônico contribuirá para facilitar as exportações das obras literár ias brasileiras. Entretanto, ele ressalta que o País ainda é carente de profissionais qualificados para atuar nessa área, apesar do grande incentivo
Na inauguração da sede do Sistema Abigraf, em São Paulo, Navarro aparece ao lado de Marco Aurélio Paradeda, presidente da Abigraf‑RS, e Max Schrappe, presidente da Abigraf Nacional. Junho de 1998
dado pela Apex e pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) às relações exter iores, desde 2009. “Um contrato fechado na Feira do Livro de Frankfurt leva até três anos de ne gociações antecipadas. Cada país tem a sua modalidade de contrato, o que também dificulta no aspecto jurídico”, explica Navarro. Segundo ele, de consumidor da literatura estrangeira, o Brasil passou também a fornecedor. Nos últimos três anos, editoras brasileiras participaram das principais feiras mundiais, ampliando a divulgação da literatura nacional. “Além disso, editores, críticos, jornalistas e autores de vár ias naciona lidades, graças ao projeto da CBL , têm vindo ao País conhecer as nossas bienais do livro e demais eventos, como a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip)”. JULHO/AGOSTO 2011 REVISTA ABIGR AF
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Sentado: Ezequiel Rebelo Fernandez, diretor executivo; Em pé (E/D): Eduardo Seri Fernandez; Bruno Seri Fernandez e Marcelo Seri Fernandez, diretores da Cliart
Assegurando qualidade às embalagens
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Fotos: Roberto Loffel
Após completar 25 anos, a Cliart Clichês tem expectativas positivas sobre um futuro que deverá ser de expansão do principal segmento gráfico que atende.
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ma empresa que tem estratég ias bem definidas não apenas acerta mais facil mente o rumo de seus negócios, como também ganha uma identidade própria que in fluencia na qualidade agregada aos produtos. Este é um dos motivos da longevidade e do su cesso da C liart, especial izad a na produção de clichês para flexografia, dry-offset e letterpress. Quando foi fundada, em 1985, o Brasil pas sava por uma fase de transição política e a pre sidência da República era ocupada por José Sarney, o primeiro civil no cargo depois de 21 anos de governo militar. Ainda assim, mesmo naquele per íodo, marcado por grande instabi lidade econômica, a empresa conseguiu expan dir-se ano após ano. Hoje a C liart ocupa insta lações próprias, com área total de 1.500 metros quadrados, no bairro do Tatuapé, em São Paulo. O diretor executivo Ezequiel Rebelo Fer nandez comenta que o foco no cliente é um dos diferenciais do trabalho, que engloba a produ ção de clichês para as principais empresas do se tor de embalagens, em quase todo o Brasil. Com a meta de ampliar continuamente a qualidade dos produtos, a empresa investe em renovação tecnológica desde os primeiros anos de ativida de. “Nossa missão é contribuir para que ideias sejam transformadas em embalagens. Isso sin tetiza o propósito de existência da C liart, que é melhorar o relacionamento com a indústria de impressão para obter como resultado ganhos significativos em todo o processo e a melhoria na produção de embalagens”.
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No início da década de 1990, a C liart substi tuiu os antigos clichês de zinco e borracha pelos clichês de fotopolímero, processados com alto nível de controle. “Uma vez que o clichê é um dos principais responsáveis pelo bom resulta do da impressão de embalagens, a substituição de materiais visou propiciar melhor padroniza ção, precisão e durabilidade, além de diminuir o tempo de confecção e elevar a qualidade de todo o processo”, explica Ezequiel. Nos últimos dez anos, a empresa passou por outros dois momentos de investimentos impor tantes, com a implantação da tecnologia digital para a produção de clichês e a adoção de siste mas que contribuem para otimizar ao máximo os padrões e os resultados de cores para o setor de embalagens. “Nesses 25 anos, foram grandes as transformações neste setor. E é isso que nos estimula a continuar investindo em mel hor ias nos serviços que prestamos”, diz o diretor. Visão Socioambiental
Com uma equipe de 50 funcionár ios, a C liart participa de programas sociais e contribui com organizações não governamentais, além de tra balhar dentro de boas práticas ambientais. Foi o que levou à troca do sistema de processamento de chapas fotopoliméricas. “Temos atuado em pequenas mudanças internas, visando ao me lhor aproveitamento dos recursos e menor im pacto ao ambiente. Algumas delas são suges tões dos próprios colaboradores, como a coleta seletiva dos copos plásticos”. Na opin ião do empresário, “O Brasil tem grandes oportunidades para continuar melho rando sua posição no cenário econômico mun dial, como confirmam as projeções realizadas por espec ial ist as econômicos, entre eles Mi chael Spence, Nobel de Economia. Sem dúvida isso acarretará uma elevação nos índices de con sumo de embalagens. Consequentemente, cres cerá o volume de trabalho e a exigência de qua lidade dos clichês. Entendemos este cenário em constante mutação e estamos preparados para atender com eficiência essa demanda”, adian ta Ezequiel, referindo-se à introdução de uma tecnologia que, segundo ele, deverá mudar pro fundamente a qualidade do segmento de flexo grafia no Brasil. Qual é a inovação? “Mais deta lhes somente nos próximos meses”, limita-se a revelar o diretor executivo da C liart. & CLIART CLICHÊS Tel. (11) 2942.8133 www.cliart.com.br
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SUCESSO ABSOLUTO
5ª edição - Semana de Artes Gráficas de Araçatuba - 25 a 29 de abril 1ª edição - Semana de Artes Gráficas do Rio Grande Sul - 9 a 13 de maio 6ª edição - Semana de Artes Gráficas de Bauru - 23 a 27 de maio 6ª edição - Semana de Artes Gráficas de São José dos Campos - 27 de junho a 1º de julho 6ª edição - Semana de Artes Gráficas de Ribeirão Preto - 25 a 29 de julho 6ª edição - Semana de Artes Gráficas de São José do Rio Preto - 22 a 26 de agosto 6ª edição - Semana de Artes Gráficas de Campinas - 26 a 30 de setembro 3ª edição - Semana de Artes Gráficas de Barueri - 24 a 28 de outubro
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Realização:
Execução:
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Foto: Gal Oppido
F OTOG R A F I A
O trabalho do argentino Jorge Leiva é pautado pela temática social, expressa através da experimentação e da busca pelos limites do discurso fotográfico. Tânia Galluzzi
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Série Homenaje. Escuela de Alta Montaña – Jacimana, Salta
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2. El Recorrido de Sebastián. Registro gráfico de uma família de catadores em Buenos Aires 3. Série autorretratos 4. Série Homenaje
Contrastes orge Leiva nasceu e se formou fotógrafo na cidade de San Miguel de Tucumán, capital da província de Tucumán e quinto maior centro urbano da Argentina. Sit uad a nas ladeiras das montanhas Aconquija, uma extensão da pré-cordilheira dos Andes, a reg ião guarda os contrastes entre áreas intensamente urbanizadas e vales essencialmente rurais, com comunidades vivendo da e pela terra. Dessa discrepância alimenta-se o fotógrafo, que usa suas raízes como força motriz para a exposição e o entendimento das mudanças provocadas pelo desenvolvimento das cidades. “Trabalho com coisas que mexem comigo, com o resgate das comunidades indígenas orig inár ias em contraponto ao povo urbano. Estou interessado no que se perde com essa evolução”. Antes de abraçar seus ensaios e experimentações, que já renderam vár ias exposições e dois livros, Jorge Leiva atuou como fotógrafo publicitário no Brasil. Egresso da Faculdade de Artes, em 1992 veio para São Paulo por conta de uma amizade com o arquiteto Sergio Mina.
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A ideia era ficar três meses, tempo que imaginava ser suf iciente para recolher mater ial para a produção de um livro sobre a fotografia latino-americana. Aqui conheceu fotógrafos como Luís Vellez, Gal Oppido, Juca Martins, Cris tiano Mascaro e Nair Benedicto. Os três meses acabaram então se transformando em três anos e o livro virou fotografia publicitária, sobretudo em decoração de inter iores. Na capital paulista aconteceram também suas primeiras exposições. 3
O regresso
Em 1995, quando já pensava em abrir seu próprio estúdio, Jorge Leiva recebeu uma proposta para colaborar na organização do curso de fotografia de um centro cultural que estava sendo montado no bairro de San Isidro, em Buenos Aires. Cedendo ao desejo de voltar para casa, o fotógrafo aproveitou a oportunidade para deixar o Brasil. Começava aí sua carreira como professor e educador, a qual não só se expandiu como também passou a subsid iar suas pesquisas em fotografia e seus trabalhos pessoais. Hoje, além de docente na Escola Superior de Belas Artes, Jorge dá aulas para alunos do Ensino Médio em colég ios particulares. Desse exercício dois livros foram publicados no ano passado: Homenaje a los Valles Cal chaquíes e Libro de las Miradas. O primeiro traz imagens acumuladas desde 1991 de vales ancestrais antes habitados por uma das culturas mais avançadas e enigmáticas entre as que viveram no que é hoje a terra argentina. O outro é fruto de uma atividade desenvolvida em uma escola rural no povoado de La Niña utilizando a técnica da câmera escura (caixa com um pequeno orifício para a passagem da luz e exposição da imagem sobre o papel fotográfico no inter ior da caixa). “O trabalho com as crianças em La Niña foi uma retomada do processo criativo, o
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resgate do que é realmente importante na fotografia, o olhar, muitas vezes encoberto pelo desejo de consumo da tecnologia digital”. O urbano também se faz presente no trabalho de Jorge. Em 2001 o fotógrafo acompanhou por seis meses o cot id iano de uma família de catadores de lixo, heróis nacionais na sua opin ião. O resultado foi exposto na Espanha, em 2003, e deve render um produto impresso. Agora, o fotógrafo está
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5. El Recorrido de Sebastián 6. Série fotografias de São Paulo, SP 7. Registro fotográfico de artistas da província de Tucumán 8. El Recorrido de Sebastián
burilando um ensaio com autorretratos — a primeira série, em preto e branco, já está pronta — e um exercício de linguagem com as artistas plásticas Leila de Sarquis, Ana Erman e Silvana Blasbalg. “Quero sair da estrutura mais formal da fotografia, testar novos suportes e materiais”. 8
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O sistema de gestão feito sob medida para o mundo gráfico. No atual cenário de competitividade, não há mais espaço para procedimentos intuitivos. Os processos devem ser medidos, controlados, normatizados e melhorados constantemente. O cliente quer sempre mais. Ele quer qualidade, agilidade de resposta, cumprimento de prazos de entrega e preços cada vez menores. Tudo isso ao mesmo tempo. A missão da Metrics é ajudar sua empresa a ser melhor e mais competitiva. O sistema METRICS Printware otimiza processos, automatiza tarefas, reduz custos e possibilita planejar, controlar e decidir com rapidez e eficiência. O software Metrics Printware integra as atividades das áreas Comercial, Produção e Administrativa. É totalmente modular, o que permite implementar somente as funcionalidades que você necessita. Entre em contato e conheça o pacote de solução Metrics mais adequado para a sua empresa: 11 2199.0100
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Sistema Abigraf Notícias
Para refletir durante a próxima década No mês de outubro, em Foz do Iguaçu, os temas mais atuais sobre a indústria gráfica, o mercado, as oportunidades e as tendências, bem como um panorama da economia brasileira e mundial para os próximos dez anos, serão apresentados no 15º Congraf.
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cada três anos, representantes da indústria gráfica reúnem-se para debater os principais assuntos da área no Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica (Congraf), o maior evento do setor no País. A 15ª edição do encontro ocorrerá de 8 a 11 de outubro, em Foz do Iguaçu (PR), com realização da Abigraf Nacio nal, em parceria com a AbigrafPR e apoio técnico da ABTG, e seu programa de palestras levará aos participantes informações relevantes sobre tendências mercadológicas. Com o tema “Crescendo com o Brasil”, o Congraf 2011 buscará suprir as mais atuais demandas, abordando, sempre com foco na aplicabilidade prática nas empresas gráficas, aspectos sobre consumo vs. mercado, novas míd ias, oportunidades e des af ios. De acordo com o presidente da Abigraf Nacional, Fabio Arruda Mortara, a escolha dos palestrantes tem como objetivo apresentar aos associados e demais congressistas um panorama da economia brasileira e mundial nos próximos dez anos. “A ideia é mostrar como os novos paradigmas irão dialogar com o setor e evidenciar de que maneira a nossa indústria pode crescer junto com o País”, explica. A abertura oficial ocorrerá em 8 de outubro, ficando a palestra inaugural a cargo do ex- presidente do Banco Central e atual responsável pela autoridade olímpica no Brasil, Henrique Meirelles, que falará sobre aspectos socioeconômicos no módulo “Perspectivas para um Brasil melhor”. No segundo dia, 9 de outubro, os participantes pode-
rão conhecer mais sobre temas que revelam as oportunidades e os desaf ios atuais para as organizações. O consultor Sidnei Oliveira, com o painel “O perfil do novo consumidor – geração Y”, demonstrará as características, expectativas e desejos de um público mais jovem, habitua do a utilizar a internet para consumir. Além disso, o palestran-
web afeta a indústria gráfica. Ma riela dedica-se à comunicação corporativa há 12 anos e acredita que o bom uso da tecnologia e das mídias sociais tem muito a contribuir para a longevidade da indústria de transformação. “O futuro da gráfica e a construção de valor nas relações comerciais” é a palestra a ser apresentada pelo consultor e
te falará sobre a adequação dos produtos/serviços aos canais do e-commerce, a exemplo das redes sociais e sua indiscutível força como vitrina de consumo nos tempos atuais. Diretora da consultoria Communic ation Advisors, a jornalista Mariela Castro faz sua palestra na sequência, com o tema “O poder das mí dias sociais para os negócios”. Sua apresentação definirá o que é mídia social, estendendo-se até os desaf ios do papel impresso na era da internet. A especia lista levará aos participantes do Congraf conhecimentos sobre o novo consumidor e as atuais formas de relacionamento e de que maneira a tecnologia da
empresário Hamilton Terni Costa. Com 35 anos de exp eriên cia no setor, o diretor da ANconsulting mostrará um panorama das mudanças no mercado para os próximos anos, com os desa fios a serem vencidos e as novas oportunidade disponíveis. O futuro da gráfica; as mudanças de mercado para os próximos anos; proposição de valor e modelo de negócios; construção da oferta e estrutura comercial; e as habilidades e competências neces sárias para a gráfica de hoje e de amanhã são alguns dos tópicos a serem abordados. Bruno Mortara, diretor da Prata da Casa e superintendente do ONS27 (organismo de nor-
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malização da ABNT), falará sobre “Tendências tecnológicas – convergência de mídias ou substituição?”, analisando os aspectos da mídia impressa antes e depois da chegada da internet e que medidas os empresários devem estabelecer para tirar melhor proveito dessa nova realidade. Em 10 de outubro, o programa de palestras será aberto pela especialista Lala Deheinzelin, com o tema “Economia criativa, sustentabilidade e futuros”. Ela pretende demonstrar por que a economia é estratégica para o desenvolvimento cultural, emp res a rial e da soc ied ad e. A inovação nos neg óc ios como forma de gerar diferenciais competitivos é também um ponto central do debate que Lala quer estabelecer com os participantes do evento. Ela opina que será uma ótima oportunidade para o setor gráfico incorporar novas práticas ao seu escopo de trabalho. “A economia criativa gera novas perspectivas para o futuro. Existe uma força capaz de moldar esse futuro, criando boas condições e desenvolvendo a indústria sem comprometer sua sustentabilidade”, afirma. As oportunidades de negó cios que os grandes eventos esportivos a serem realizados no Brasil em 2014 e 2016 podem gerar serão apresentadas pelo gestor esportivo José Carlos Brunoro. Durante sua palestra “Copa do Mundo e Olimpíadas – oportunidades e neg ócios”, as novas tendências da comunicação do esporte e as perspectivas dessas competições para o mercado gráfico serão
comentadas. “Seremos o centro das atenções do mundo esportivo nos próximos cinco anos. Vamos falar sobre este cenário e o que ele pode trazer de benefí cios para o mundo corporativo, para o setor gráfico e para o País de um modo geral”. No âmbito do planejamento de investimentos, o professor do curso de pós-graduação da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica e consultor da ABTG, Flávio Botana, mostrará, na palestra “Planejamento de investimentos: estruturando o seu crescimento de forma economicamente sustentável”, como estruturar os recursos financeiros de empresas de maneira economicamente sustentável. Com 30 anos de experiência na indústria gráfica, Botana explicará quais as possibilidades de aplicação dos recursos financeiros da empresa, na gestão, nas pessoas e nos meios de produção.
Um dos mais importantes segmentos da indústria gráfica, a produção de embalagens, será analisada pelo professor e coor denador do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM, Fábio Mestriner. Na palestra “Oportunidades para a indústria gráfica no segmento de embalagens”, os congressistas poderão saber um pouco mais sobre participação de mercado, tendências, perspectivas e oportunidades no cenário global. O programa do dia 10 será encerrado por Bruno Mortara, que apresentará o tema “Discussão sobre o plano de trabalho conjunto para divulgação das normas na América Latina”. No último dia do 15º Congraf, 11 de outubro, o programa de palestras será aberto pelo diretor de operações do Sesi-SP e presidente do Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada, Cesar Callegari, com o tema “Educa-
ção de qualidade como fator de sustentabilidade do desenvolvimento”. Ele falará sobre a necessidade de o crescimento de uma nação estar solidamente basea do no ensino de qualidade, destacando a posição relativa do Brasil e outros países quanto ao PIB, Índice de Desenvolvimento Humano e Índice de Desenvolvimento Educ ac ion al. “Minha apresentação estará pautada na demonstração de que o Brasil, a nona maior economia do mundo, é ainda um país atrasado em matéria de educação básica. Somos um gigante de pés de barro, e nosso desenvolvimento econômico ficará irr e mediavelmente comprometido se não realiz arm os uma revolução na educação. Não temos tempo a perder”. Para Callegari é necessário que se construa um pacto social pela educação de qualidade para todos, começando pela valorização dos pro-
fessores, bem como um grande movimento nac ion al de estímulo à leitura e a formação continuada dos trabalhadores. Em seguida, o vice-presidente de Estratégia e Inovação do Grupo Newcomm – Young & Rubicam, Walter Longo, falará sobre as novidades do marketing empresarial em sua palestra “A inovação e o futuro da comunicação voltada ao consumo”. A última palestra do evento, “Balanço do 15º Congraf – Oportunidade e ameaças na visão do empresário gráfico”, será ministrada pelo ex-presidente da Abigraf Nacional Mário César de Camargo, que deverá ampliar o debate entre os congressistas, antes do encerramento oficial, que ficará a cargo do atual presidente da entidade organizadora, Fabio Arruda Mortara. Mais informações pelo telefone (11) 3232.4500 ou no site: www.congraf.org.br.
de Mídias ou Substituição? Bruno Mortara (Sala 1) 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas (Sala 1) 15 às 15h45 – Apresentação das Atividades da ABTG Certificadora e do ONS 27 no Brasil (Sala 1) 15h45 às 18h – Apresentação das Atividades de Normalização Desenvolvidas pelos Países Participantes (Sala 1) 15h30 às 16h30 – Os Novos Desafios da Competitividade – Ibema (Auditório) 17 às 18h – Em definição (Auditório)
10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas (Sala 1) 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – Oportunidades para a Indústria Gráfica no Segmento de Embalagem, Fábio Mestriner (Sala 1) 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas (Sala 1) 15 às 18h – Discussão Sobre o Plano de Trabalho Conjunto para Divulgação das Normas na América Latina, Bruno Mortara (Sala 1) 15h30 às 16h30 – Palestra International Paper (Auditório) 17 às 18h – Palestra Metrics (Auditório) 12h30 às 13h30 – Palestra Técnica: Um Panorama Atual da Impressão Digital, Bruno Mortara
12h30 às 13h – Palestra de Encerramento: Balanço do 15º Congraf – Oportunidades e Ameaças na Visão do Empresário Gráfico, Mário César Martins de Camargo (Auditório) 13 às 13h30 – Encerramento Oficial, Fabio Arruda Mortara (Auditório)
Programa 8 de outubro de 2011 (1º- dia) 19 às 19h45 – Abertura oficial/ composição da mesa e pronunciamento dos presidentes 19h45 às 20h45 – Palestra de abertura – Perspectivas para um Brasil Melhor, Henrique Meirelles 21 às 23h – coquetel
9 de outubro de 2011 (2º- dia) 9h30 às 10h30 – O Perfil do Novo Consumidor – Geração Y, Sidnei Oliveira (Auditório) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – O Poder das Mídias Sociais para os Negócios, Mariela Castro (Auditório) 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas (Auditório) 9h30 às 10h30 – O Futuro da Gráfica e a Construção de Valor nas Relações Comerciais, Hamilton Terni Costa (Sala 1) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas (Sala 1) 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – Tendências Tecnológicas: Convergências
10 de outubro de 2011 (3º- dia) 9h30 às 10h30 – Economia Criativa, Sustentabilidade e Futuros, Lala Deheinzelin (Auditório) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas (Auditório) 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – Copa do Mundo e Olimpíadas: Oportunidades nos Negócios, José Carlos Brunoro (Auditório) 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas (Auditório) 9h30 às 10h30 – Planejamento de Investimentos: Estruturando o Seu Crescimento de Forma Economicamente Sustentável, Flavio Botana (Sala 1)
11 de outubro (4º- dia) 9h30 às 10h30 – Educação de Qualidade como Fator de Sustentabilidade do Desenvolvimento, Cesar Callegari (Auditório) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas (Auditório) 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – A Inovação e o Futuro da Comunicação Voltada ao Consumo, Walter Longo (Auditório) 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas (Auditório)
15º- Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica Data: 8 a 11 de outubro Abertura: 8 de outubro, a partir de 19h Palestras: 9 a 11 de outubro, das 9h30 às 13h30 Feira: dias 9 e 10, das 8 às 17h; dia 11, das 9 às 12h Local: Hotel Mabu Thermas & Resort, Avenida das Cataratas, 3175, Foz do Iguaçu (PR) Pacotes para congressistas: Must Tour Viagens e Turismo. Tel (11) 3284.1666 ou www.musttour.com.br Informações e inscrições: www.congraf.org.br ou (11) 3164.3193
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Sistema Abigraf Notícias
Novos parceiros, maior valorização Abrinq, Abraf e Artefatos são as novas entidades apoiadoras da Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa.
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ançada oficialmente há um ano pela Abigraf Nacional, a Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa tem conquistado cada vez mais parceiros. Com o mote “Imprimir é dar vida”, a inicia tiva visa divulgar à sociedade informações sobre a origem amb ient alm ent e correta da produção de papel destinado à produção gráfica. O projeto recebeu, recentemente, o apoio da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), da As sociação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) e da Associação Brasileira da Indústria de Artefatos de Papel, Papelão, Cortiça e Embalagens Especiais ou Personalizadas (Artefatos). “Decidimos apoiar a campanha pois acreditamos ser necessária uma ação que propague constantemente que o
papel não é prejudicial ao meio ambiente. O trabalho da Abigraf Nacional é de extrema importância no sentido de esclarecer e reforçar a consciência
o papel no Brasil é produzido a partir de florestas plantadas, ou seja, uma produção sustentável e certificada. “Ao contrário daquilo que muitos pregam,
de que toda a cadeia produtiva envolvida no processo de impressão é legal”, declara Synésio Batista da Costa, presidente da Artefatos e da Abrinq. Cesar Augusto dos Reis, diretor executivo da Abraf, comenta que
as árvores de eucalipto, matéria-prima do papel produzido em nosso país, ajudam a evitar o desmatamento. A campanha busca, justamente, desmistificar que imprimir é ruim. Daí o nosso apoio”.
De fato, o objetivo maior da Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa é esclarecer que a produção de celulose e de papel é originária de florestas plantadas, cujo cultivo utiliza avançada tecnologia de manejo e segue os mais rigorosos padrões ambientais. As novas parceiras uniramse às 22 entidades de representação nac ion al, além da Federação das Indúst rias do Estado de São Paulo (Fiesp), que já apoiam a iniciativa. São ass ociações de classe vinculadas a diversos segmentos da indústria gráfica e dos setores de celulose e papel, livros, revistas, máquinas e insumos, além das áreas de publicidade, propaganda e marketing. Mais informações e vídeos institucionais podem ser obtidos no site w w w. imprimiredarvida.org.br.
Diferentes temas, novos conhecimentos Ciclo de palestras da Abigraf-SP reúne mais de 200 pessoas em quatro eventos realizados no primeiro semestre.
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om o encerramento do primeiro semestre de 2011, a Abigraf Regional São Paulo comemora os resultados das palestras que realizou ao longo desse per íod o. Até o mês de junho, 224 pess oas participaram dos eventos que indicaram caminhos para melhor ias nos desempenhos administrativos, tecnológicos e jurídicos dentro de organizações. A grade de palestras foi inaugurada em 15 de março, com o
tema “Como se preparar para o design do futuro”. A apresentação, feita pelo professor coor den ad or do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM , Fábio Mestriner, contou com a presença de 60 pessoas. Em 12 de abril, foi a vez dos advogados Fábio Abranches Pupo Barboza e O ziel Estevão ministrarem a palestra “Assédio moral nas relações de trabalho”, com 48 espectadores. O tema “Desenvolvimento organizacio
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nal na empresa familiar”, abordado pelo engenheiro e consultor Marcos Vianna em 11 de maio, foi acompanhado por 41 participantes. A finalização do ciclo do primeiro semestre ocorreu em 14 de junho, sob o comando da especialista Lígia Dutra, que falou sobre comércio eletrônico para 75 pessoas. O presidente da Abigraf-SP, Levi Ceregato, explica que os temas abordados pelas palestras foram escolhidos de acordo com
as demandas solicitadas pelos associados da entidade. “Caminhamos no sentido de benef i ciar o setor. Nosso objetivo é levar conhecimento e satisfação aos nossos associados, e os assuntos tratados nesse primeiro semestre tiveram altos índices de aproveitamento por parte da indústria”. Ceregato antecipa que o segundo semestre trará novidades, além dos temas já consolidados no programa de palestras da entidade.
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Abigraf Nacional analisa contas e debate ações A Diretoria da Abigraf Nacional e representantes das regionais reuniram-se na capital mineira para debater assuntos das entidades e organizar as ações para os próximos meses.
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m 8 de julho, a diretoria da Abigraf Nac ion al reuniu-se em Belo Horizonte, na sede da Abigraf-MG, para apresentar ao representantes das regionais o balanço gerencial do primeiro semestre de 2011 e a revisão orçamentária da entidade, bem como debater temas relativos à gestão e às ações programadas para o segundo semestre do ano. Um dos principais instrumentos de ação da atual diretoria da entidade, o Plano de Trabalho da Abigraf Nacional para o ano de 2012, foi discutido. Na ocasião também foi informada a realização de uma reunião de planejamento estratégico de longo prazo, a ser realizada em São Paulo, no primeiro semestre de 2012, com a participação dos representantes de todas as regionais. Dois temas de grande importância para o setor gráfico foram apresentados pela gerente do Departamento Jurídico da Abigraf Nacional, Nílsea Borelli Rolim de Oliveira: conflito tributá-
rio e a adaptação das empresas às normas da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Wagner Silva, gerente do Graphia, projeto de exportação da Abigraf Nacional, apresentou os resultados das últimas ações do grupo e falou sobre o Projeto de Extensão Industrial Exportadora (Peiex), criado no início de 2009 pela Apex-Brasil. Voltado para a capacitação de empresas com potencial de exportação, o Peiex tem o objetivo de incrementar a competitividade e promover a cultura exportadora nas empresas de micro, pequeno e médio porte. Os participantes da reunião também receberam cópia de relatório da ABTG contendo os números do projeto Semana de Artes Gráficas, realizado, neste ano, nos estados de São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e o resultado do Ciclo de Palestras de Impressão Digital “Digigraf”, realizado em dez estados.
João Baptista Depizzol Neto, presidente da Abigraf Regio nal Espírito Santo, anunciou a realização de um encontro es tadual: o Encontro do Impresso no Espírito Santo, marcado para ocorrer em setembro, em Vitória. Durante o encontro, o presidente Fabio Arruda Mortara relatou os resultados da reunião da Confederação Latino- Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf), realizada em Montevidéu, Uruguai, dias antes, com a participação de cin-
co países-membros. O novo presidente da Conlatingraf é Marco Antonio Suarez Collado, do México, e o primeiro-vice é Mário César Martins de Camargo, ex- presidente da Abigraf Nacional. Com a reativação da entidade, por meio de um mecanismo que estendeu a Assembleia Geral Extraordinária de Orlando (EUA), em fevereiro deste ano, os estatutos foram reestruturados e serão validados na reunião que acontecerá no Brasil, durante o 15º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica (Congraf),
de 8 a 11 de outubro. Foi men cionada ainda a prorrogação do prazo de inscrições do Prêmio Theobaldo De Nigris, cuja cerimônia de premiação ocorrerá em 2012, em Miami. Com a proximidade da rea lização do 15º Congraf, o grupo também discutiu questões relativas ao patrocínio do evento. Como material de apoio, todos os representantes que participaram do encontro receberam um kit de mídia eletrônica e impressa, contendo informações sobre o congresso, que devem ser disseminadas para todos os diretores das regionais no País.
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Impressão digital e analógica competirão nas mesmas categorias Prêmio Fernando Pini, o mais importante da indústria gráfica na América Latina, apresenta mudanças na edição deste ano.
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21ª edição do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini traz mais uma mudança que deve deixá-lo ainda mais concorrido. Ao contrário das edições anteriores, as gráficas que utilizam processos digitais de impressão passarão a concorrer em pé de igualdade com as gráficas analógicas. A separação em relação às outras ca tegorias funcionava como uma espécie de proteção inicial ao segmento digital, que até pouco tempo era considerado de qualidade inferior aos processos de impressão tradicionais. No entanto, nas últimas edições do Prêmio Fernando Pini, esses trabalhos passaram a alcançar um elevado nível de qualidade, dificultando, inclusive, distinguir se uma determinada peça foi produzida a partir de equipamento digital ou analógico. “Entendemos que o segmento digital já pode agora concorrer de igual para igual com
produtos feitos em outros processos e, dessa forma, ter acesso a todas as categorias do Prêmio Fernando Pini até então restritas a processos analógicos”, resume Reinaldo Espinosa, presidente da ABTG. Além dos prêmios distribuí dos para as 60 categorias (divididas em 11 segmentos de trabalho gráfico), ainda são entregues outros três de Atributo Técnico do Processo – chamados de Grand Prix –, que destacam a Melhor Impressão, o Melhor Acabamento Editorial e o Melhor Acabamento Cartotécnico entre todos os produtos finalistas do “Fernando Pini”. “A credibilidade do prêmio, com seu regulamento claro e critérios técnicos bem delimitados, tem auxiliado empresários de vários setores na hora de escolher a gráfica mais adequada para as suas necessidades”, explica Fabio Arruda Mortara, presidente da Abigraf Nacional.
Atestando a qualidade A ABTG Certificadora está capacitada para oferecer certificações à indústria gráfica.
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riada com o objetivo de fornecer certificações para o mercado gráfico nac ion al, a ABTG Certificadora conta com auditores especializados na indústria da comunicação gráfica. Sua missão é dar con f iab il id ad e às empresas e fornecedores do setor, através da avaliaç ão da conformidade de seus processos, produtos e sistema de gestão com as normas técnicas vigentes.
Fam il iar iz ad a com a linguagem do prof issional gráfico, a ABTG Certificadora está altamente capacitada para atender às especificidades do setor. Neste sentido, além de criar um diferencial competitivo de consistência e qualidade para seus clientes, ela agrega valor à marca. Através de certificações, a ABTG Certificadora pode contribuir para que as empresas que se submeterem à aplica-
REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
As inscrições devem ser feitas pelo site www.fernandopini. org.br, até 16 de setembro. Estão aptos a participar do concurso os produtos gráficos impressos no território nacional a partir do dia 1º de outubro de 2010. Até o dia 9 de setembro, asso ciados ABTG/Abigraf adimplentes e com mais de seis meses de filiação pagarão apenas R$ 230 por produto inscrito. O valor para não associados neste mesmo período é de R$ 560. A partir
ção de normas técnicas ocupem um lugar de destaque no competitivo mercado gráfico. Recentemente, a certificadora foi acreditada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade In dustrial (Inmetro) para a aplicação da Norma Técnica ISO 9001:2008. Além desta norma, a ABTG Certificadora oferece ainda uma série de cursos es pec ialm ent e desenvolvidos para atender às necessidades da indústria gráfica e toda a cadeia produtiva. Outras certificações também podem ser encontradas,
de 10 de setembro, esses valores passam para R$ 320 e R$ 610, respectivamente. Confira o calendário completo do prêmio: Agenda ◆ Término das inscrições com desconto: 9 de setembro ◆ Término das inscrições: 16 de setembro ◆ Julgamento da 1ª fase: 1ª quinzena de outubro ◆ Julgamento da 2ª fase: 1ª quinzena de novembro ◆ Cerimônia de premiação: 22 de novembro
como o sistema de segurança em conformidade com a norma ABNT NBR 15540; tintas gráficas em conformidade com a norma ISO 2846-1; sistemas de iluminação em conformidade com a ISO 3664; sistemas de prova física em conformidade com a norma ABNT NBR ISO 12647-7; sistemas de prova virt ual em conformidade com a norma ABNT NBR ISO 12646; e substrato para prova digital em conformidade com a norma ABNT NBR ISO 12647-7. Para saber mais sobre a certificação acesse: www. abtgcertificadora.org.br.
Novos associados da Abigraf Nacional e Abigraf‑SP Entre os meses de junho e agosto, a Abigraf Nacional e a Abigraf-SP receberam, juntas, a filiação de sete empresas. Conheça um pouco mais sobre cada uma delas:
livros e manuais, sejam eles impressos em offset ou digital, em CD/ DVD (audiobook) ou eletrônicos (e-book). Tem como missão ser responsável pela gestão de conteúdo de editoras e indústrias, reproduzindo em mídia impressa, ótica ou eletrônica, além de comercializar e distribuir para o mercado. Tel.: (11) 2928-4900 www.psi7.com.br
de laminação, plastificação e uma serigrafia semiautomática que faz os serviços em verniz. Tel.: (11) 5562-4064
PSI7 Printing Solutions & Internet 7 S/A
A empresa atua nos segmentos editorial e industrial, produzindo
Abigraf Nacional
Regional Pará tem nova diretoria Pará elege seus representantes para o próximo triênio, que terão a missão de desenvolver e aprimorar ainda mais o setor gráfico na região.
Gráfica Ideal (J. Caprini Gráfica e Editora Ltda.) E Papéis Representação Comercial Ltda.
Há cerca de dez anos no mercado, a empresa fornece papéis importados a clientes de todo o Brasil. Localizada no Jardim Paulista, bairro nobre de São Paulo, a E Papéis oferece linhas de couché, offset e papel-cartão, entre outros tipos de papéis especiais. Tel.: (11) 3095-2222 www.epapeis.com.br
Há mais de 75 anos a Gráfica Ideal tem como missão alcançar a excelência em qualidade nos produtos oferecidos nas áreas promocional e editorial, com logística e serviços especiais. Dotada de modernos equipamentos de pré-impressão, impressão e acabamento, a gráfica possui unidades em Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba ( PR ), todas certificadas na norma ISO 9001:2000 , o que garante mais qualidade em seus processos. Tel.: (19) 3729-3030 www.graficaideal.com.br
Toyo Ink Brasil Ltda.
Fundado há mais de 100 anos no Japão, o grupo é reconhecido mundialmente por oferecer tintas para os mais diversos processos de impressão, além de outros produtos que proporcionam excelente desempenho com o mínimo de agressão ao meio ambiente. Tel.: (11) 2338-9310 www.toyoink.com.br
Abigraf Regional SP
Hot-Color Indústria Gráfica Ltda.
Há 34 anos no mercado, a empresa trabalha em hot stamping desde o início. O parque gráfico de cerca de 2.500 metros quadrados está instalado na zona leste de São Paulo, onde 30 funcionários trabalham para atender a demanda crescente do segmento editorial e de embalagens, realizando também trabalhos de laminação, relevo seco e corte e vinco, dentre outros. Tel.: (11) 2217-4400 www.hotcolor.com.br
Estúdio Oficina Serviços Gráficos EPP
Fundada em 1988, a empresa atua nas áreas de pré-impressão, criação e assessoria gráfica. Localizado na zona norte de São Paulo, o Estúdio Oficina atende clientes principalmente de sua região. Tel.: (11) 2579-5515 www.estudiooficina.com.br
Lumina Verniz Uv Acabamentos Serigrafia Uv Laminação Bopp Gráficos Especiais Ltda.
Fundada em 2010, a empresa presta serviços de acabamento para gráficas. Sediada na região sul de São Paulo, a Lumina conta com cinco colaboradores responsáveis por trabalhar com as máquinas
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osé Conrado Santos é o novo presidente da Abigraf Regional do Pará. Ele representará a indústria gráfica de seu Estado pelo próximo triê nio (2011–2013). A nova diretoria terá entre suas principais metas a integração não apenas dos municípios paraenses, mas também com os estados vizinhos, dinamizando e fortalecendo a atividade gráfica. “Essa relação prop orcionar á um intercâmbio de experiên cias e tecnologias para que, desta forma, todas as empresas localizadas no Pará despontem no cenário nacional, gerando mais emprego e ren-
da para esta importante re gião brasileira”, revela o presidente. Além da modernização do parque gráfico, a localização da Regional, na área da floresta amazônica, motivará, adic ion alm ente, um forte investimento em ações de incentivo à sustentabilidade ambiental. “Temos consciên cia que, mais do que gerar riquezas e criar oportunidades de emprego, é tarefa do empresário moderno ser responsável social e ambientalmen te”, enfatiza. Abigraf Regional Pará (triênio 2011-2013) Presidente: José Conrado Azevedo Santos. Vice-presidente: Carlos Jorge da Silva Lima. Diretor administrativo: Antônio Maria Zacarias Smith. Diretor administrativo adjunto: Elzeman José de Oliveira Lobo. Diretor financeiro: Edilberto Barros da Fonseca. Diretor financeiro adjunto: Cláudio da Silva Lima. Suplentes: Sérgio Augusto Silva Miranda e Mário Lima Saraiva. Conselho Fiscal: Maurício Marques Matos Santos, Djalma Portilho Bentes e Mônica Jane Fernandes da Fonseca. Suplentes: Raimundo Leocílio Batalha da Cunha, Francisco de Assis da Silva e Antônio Carlos Nunes Miranda
JULHO/AGOSTO 2011 REVISTA ABIGR AF
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MENSAGEM
Levi Ceregato
Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) Regional São Paulo
Educação e sustentabilidade, um compromisso compartilhado!
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nte a constatação unânime quanto ao significado da educação para o desenvolvimento, é importante discutir as várias vertentes de politicas públicas e ações capazes de viabilizar a democratização do ensino de qualidade. Este é um dos grandes desafios brasileiros. Como sabemos, o País avançou muito na oferta de vagas nas escolas públicas, conseguindo atender de modo pleno à demanda. No entanto, ainda está aquém no tocante à qualidade, que continua deixando a desejar. Ensino de alto nível, porém, exige uma série de requisitos, a começar pela saúde e alimentação dos alunos, estímulo e boas condições de trabalho dos professores, salas de aula com um mínimo de salubridade e conforto e acesso a material escolar adequado. Neste ultimo aspecto, há um positivo exemplo, relativo à distribuição gratuita de cadernos para os cinco milhões de alunos da rede pública estadual. Esse trabalho é realizado pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), por meio da distribuição de kits escolares aos estudantes do Ensino Fundamental e Médio. Trata‑se de ação que muito tem contribuído para a elevação dos índices de escolaridade no Estado. Como se sabe, a dificuldade financeira para a compra de material é um dos fatores inibidores da frequência às aulas, mesmo a criança ou jovem tendo sua matrícula garantida. Todos os anos, a FDE compra cerca de 20 milhões de cadernos, fornecendo‑os aos cerca de cinco milhões de alunos da rede escolar gerida pela Secretaria da Educação do Governo do Estado de São Paulo. Obviamente, o atendimento a essa demanda é economicamente relevante para a REVISTA ABIGR AF JULHO/AGOSTO 2011
indústria gráfica, contribuindo para estimular o segmento de cadernos, não apenas pelos números significativos, mas também pelo cronograma em que o processo licitatório e de distribuição ocorre: o período imediatamente anterior ao de maior demanda, nas proximidades do final do ano. Isso mitiga o impacto da sazonalidade e permite às graficas manterem suas operações em plena atividade. Outro detalhe importante do programa da FDE é que nos kits escolares também há cadernos confeccionados com papel reciclado, seguindo a demanda global por sustentabilidade e exigência de produtos e serviços cada vez mais ecologicamente corretos. Tal peculiaridade valeu o reconhecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Este aspecto, aliás, é consentâneo com a visão e atitudes da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), que criou o Prêmio de Responsabilidade Socioambiental, já em sua segunda edição, e liderou a organização da Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa, da qual são signatárias 25 entidades de classe. Essas iniciativas visam estimular as práticas industriais corretas e conscientizar a sociedade sobre o quanto o setor é sustentável, com produtos recicláveis, advindos da transformação de insumos renováveis. O programa da FDE relativo à distribuição de cadernos e materiais escolares aos alunos da rede pública, além de todos os aspectos mencionados, suscita uma reflexão importante sobre o desafio da democratização do ensino de qualidade. Atendê‑lo é de fato uma obrigação constitucional do Estado. No entanto, todos devem contribuir, inclusive os fornecedores de produtos e serviços voltados às escolas e aos alunos. O compromisso de qualidade, nesses casos, é inexorável. Esta é uma responsabilidade que a indústria gráfica assume de modo enfático perante os cinco milhões de alunos da rede estadual de ensino do Estado de São Paulo. lceregato@abigraf.org.br