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revista abigraf 256 novembro / dezembro 2011
a r t e & i n d ú s t r i a g r á f i c a • a n o x x x VI • n o v / d e z 2 0 1 1 • nº 2 5 6
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Acervo do Museu de Arte do Rio Grande do Sul
ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 533 (Paraíso) 04103-000 São Paulo SP Tel. (11) 3232-4500 Fax (11) 3232-4550 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br
Tropical, óleo sobre tela, 42,5 × 50 cm
REVISTA ABIGRAF
Presidente da Abigraf Nacional: Fabio Arruda Mortara Presidente da Abigraf Regional SP: Levi Ceregato Conselho Editorial: Cláudio Baronni, Egbert Miranda, Fabio Arruda Mortara, Flávio Tomaz Medeiros, Guilherme Granzote Calil, Levi Ceregato, Manoel Manteigas de Oliveira, Mário César de Camargo, Plinio Gramani Filho e Ricardo Viveiros
Assinatura anual (6 edições): Brasil: R$ 60,00 América: US$ 70,00 Europa: US$ 80,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3159-3010
4 REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
Em plena fase de reestruturação, a Escola Senai Theobaldo De Nigris comemora quatro décadas dedicadas ao ensino profissionalizante nas áreas gráfica e de celulose e papel, renovando‑se a partir das demandas do mercado.
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arte & indús tria gráfica • ano xxxvi • n ov/dez 2011 • nº 2 5 6
A publicidade no papel
Profissionais discutem os desafios e oportunidades da publicidade na mídia impressa frente à difusão dos meios eletrônicos. A convergência entre os vários veículos de comunicação e o perfil multiplataforma das empresas são as principais tendências.
ro 2011
Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Gráfica Bandeirantes Capa: Laminação Soft Touch, Hot Stamping e Relevo (com fitas MP do Brasil): UVPack
40 anos de Artes Gráficas
A obra de Ado Malagoli evidencia uma perfeita integração entre técnica e emoção, com os temas sendo tratados com toques que vão do romantismo ao realismo. Como professor, promoveu uma revolução no ensino das artes plásticas, instigando seus alunos para o moderno.
revista abigraf 256 novemb ro / dezemb
Elaboração: Clemente & Gramani Editora e Comunicações Ltda. Rua Marquês de Paranaguá, 348, 1º andar 01303-905 São Paulo SP Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159-3010 Fax (11) 3256-0919 E-mail: gramani@uol.com.br Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897), Ada Caperuto, André Mascarenhas, Clarissa Domingues, Marco Antonio Eid, Milena Prado Neves, Ricardo Viveiros e Tainá Ianone Revisão: Giuliana Gramani Colaboradores: Álvaro de Moya, Claudinei Pereira e Claudio Ferlauto Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosaria Scianci
À frente do seu tempo
Capa: O Gato Preto, óleo sobre tela, 64,7 × 54 cm, 1954 Autor: Ado Malagoli
O Brasil em Frankfurt
18 50 96 108 114
A Revista Abigraf entrevista Sérgio Machado, presidente do Grupo Editorial Record, sobre a participação brasileira na principal feira do setor editorial no mundo. Para ele, o momento favorável da economia do País foi decisivo para os resultados positivos durante o evento.
Descortinando oportunidades
Para os mais de 500 congressistas que participaram do 15 -º Congraf, realizado em Foz do Iguaçu no começo de outubro, as novas tecnologias serão decisivas para que o setor se reinvente e continue a crescer.
Offset + digital
Em artigo que antecipa as tendências da Drupa 2012, o jornalista Andrew Tribute discute a integração da impressão offset com a tecnologia digital em um único workflow, as ferramentas que já estão disponíveis e aponta os nichos de mercado mais interessantes para a impressão digital.
Os caminhos de Plácido Loriggio
Sem se enquadrar no perfil do gráfico tradicional, ele escreveu seu nome na história do setor ao participar ativamente da modernização de uma das mais importantes empresas do segmento, além de contribuir para as entidades da classe.
Thomas Baccaro investe em fine art
Depois de destacar‑se na fotografia publicitária, o fotógrafo quer dedicar‑se cada vez mais à linguagem como uma expressão artística. Em novembro levou sua visão do cotidiano da gente do agreste para Nova York. No começo de 2012 será a vez de São Paulo receber a mostra “Silêncio”.
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Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini
Neste ano, 102 empresas, através de 284 produtos, concorrem ao maior prêmio da indústria gráfica nacional. Os vencedores serão conhecidos no dia 22 de novembro, em festa que acontece no Expo Barra Funda.
Editorial/Fabio Arruda Mortara �����������������������������6 Rotativa �������������������������������������������������������������8 Lançamento Livro Ricardo Viveiros ��������������������42 Economia/ Região Norte �����������������������������������70 Opinião/ José Conrado Santos/ PA ��������������������74 Gráfica Belvedere/ AM ��������������������������������������76 Gráfica Alves/ PA ���������������������������������������������78 Gráfica Sagrada Família/ PA �����������������������������80 Impressões/ Cláudio Baronni ����������������������������82
Sustentabilidade/ Prêmio Sociambiental ������������83 IBF/ 50 Anos ����������������������������������������������������90 Drupa 2012 �����������������������������������������������������92 Open House Heidelberg ������������������������������������94 Quadrinhos/ Álvaro de Moya ���������������������������102 Ilustração/ Victor Leguy ����������������������������������103 Olhar Gráfico/ Cláudio Ferlauto �����������������������104 Sistema Abigraf ���������������������������������������������118 Mensagem/ Levi Ceregato ������������������������������122
NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011 REVISTA ABIGR AF
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editorial
Fabio Arruda Mortara
Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional) e do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (Sindigraf-SP)
Indústria gráfica e o resgate da Agenda 21
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cerca de oito meses da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento e o Meio Ambiente, a Rio+20, a ser realizada em junho de 2012, a indústria gráfica brasileira antecipa-se na defesa de medidas essenciais para a erradicação da miséria, inclusão social, melhoria da qualidade da vida e preservação ambiental. São itens constantes da quase esquecida Agenda 21, o principal documento da Eco 92, realizada há vinte anos no Rio de Janeiro, na qual os chefes de Estado de todo o mundo comprometeram‑se com metas ainda não cumpridas. Acreditamos que, independentemente da ONU e do contexto internacional, o Brasil tem condições de fazer essa grande lição de casa em prol do desenvolvimento. Por isso, no 15 º‒ Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica (Congraf), realizado de 8 a 11 de outubro em Foz do Iguaçu, aprovamos por unanimidade um documento contendo propostas a serem defendidas pela Abigraf Nacional. Dentre as prioridades, uma das mais prementes é ligada à cadeia produtiva da comunicação impressa: a educação pública de qualidade para todos os brasileiros impossibilitados de pagar escolas particulares. Por isso, propomos, enfaticamente, que 10% do PIB seja investido no ensino. Nesse sentido, também sugerimos a ampliação dos programas governamentais de compras de livros, tanto em número de exemplares, quanto de títulos e gêneros. Entendemos como um avanço a inclusão, já implementada, de obras de literatura e de interesse geral, além das didáticas. Contudo, a imensa diversidade do conhecimento no mundo contemporâneo abre espaço para que os alunos das escolas públicas recebam uma gama mais ampla de livros. Também deve ser ampliada a compra de material escolar básico, como cadernos, lápis, borracha e régua. Sugerimos que mais governos estaduais e municipais engajem-se nesse esforço. Contribuiria ainda para o incremento dos nossos padrões educacionais a oferta irrestrita de papel importado para o segmento editorial. REVISTA ABIGRAF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
A recém‑adotada exigência de licença prévia de importação deixa o empresário gráfico refém de monopólios, cujo volume de produção nem sempre atende à demanda nacional. Com menos insumos disponíveis para esse mercado, o risco de reajuste nos preços é real. Outra medida de estímulo à educação seria isentar os cadernos e materiais escolares de todos os impostos, barateando o seu custo e facilitando a compra por parte de famílias de menor renda. Defendemos, também, a implantação de bibliotecas públicas nos municípios brasileiros, no mínimo de uma para cada trinta mil habitantes. A “Carta de Foz do Iguaçu” contém ainda propostas para a saúde, outro fator condicionante ao sucesso da meta de erradicação da miséria e melhoria da qualidade da vida: defendemos a isenção de impostos incidentes sobre as embalagens dos medicamentos. Tal medida baratearia o custo dos remédios. O mesmo raciocínio aplicase às embalagens dos produtos que compõem a cesta básica. Sem a pesada carga tributária, haveria reflexos positivos no preço dos alimentos, cuja tendência de elevação tem sido objeto de crescente preocupação da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Preconizamos também a desoneração da folha de pagamento, que levaria à formalidade um grande número de trabalhadores e reduziria os custos de produção, refletindo em produtos gráficos mais acessíveis. Em contraste com essa proposta, a nova lei relativa ao aviso prévio, estendendo-o a até 90 dias, onerará ainda mais as empresas. A qualidade da vida é outro desafio crucial. Por isso, propomos a criação de linhas de crédito, com juros diferenciados, para investimentos em produção limpa nas gráficas. O setor há tempos preocupa-se com isso, e muitos avanços já se verificaram. Porém, a disponibilidade de recursos possibilitaria que milhares de pequenas gráficas, a maioria nesse parque empresarial, pudessem realizar essa lição de casa da sustentabilidade. Educação, saúde, segurança alimentar, inclusão social e salubridade do habitat são as bases de sustentação da humanidade no século XXI. Por isso, a indústria gráfica brasileira mobiliza‑se no sentido de contribuir para o sucesso do Brasil no cumprimento desse compromisso essencial com a presente e as futuras gerações. fmortara@abigraf.org.br
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IMPRESSÃO PROFISSIONAL
Compulaser lança Caderno Profissão 2012 Plural certifica provas digitais E
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o dia 20 de outubro, a Compu laser lançou o Caderno Profissão 2012 para gráficos e designers. Se guindo a temática “Brasil, um país de cores” o produto, repleto de imagens e acabamentos especiais, objetiva embasar o trabalho dos profissionais de criação através de mostruários de tipos de papéis, re levos, laminações, holograf ias, hot stamping, vários tipos de dobras e cortes, tabela de aproveitamen to de papel, comparativo de cores Pantone e CMYK, informações para fechamento de arquivo, glossários e normas, além de uma seção es
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pecial com informações técnicas referentes à produção gráfica. Renato Oliveira, diretor comer cial da Compulaser, que contou com o patrocínio da HP para o projeto, viu neste produto uma forma diferenciada de presentear clientes. Com a ajuda do designer
Darcio Andrade, a ideia transfor mou-se em um caderno com um novo conceito ref er enc ial que pretende fazer parte do dia a dia de designers e gráficos. O lança mento ocorreu na Escola Senai Theobaldo De Nigris. www.compulaserg.com.br
www.plural.com.br
Bignardi cria nova identidade para o Eco Millennium O Grupo Bignardi desenvolveu
Gedigi debate impressão digital em junho de 2012
maior congresso sobre mer cado, aplicações e tecnologias de impressão digital já tem data e local confirmados. A II Con ferência de Impressão Digital – Gedigi será realizada no dia 11 de junho de 2012, no Hotel Mak soud Plaza, em São Paulo. Com o tema geral “A mídia impressa no futuro”, o evento trará espe
m outubro a Plural con quistou a ISO 12.647/7 – Pro vas Digitais, certificação que comprova que a gráfica con fecciona provas digitais de co res de acordo com os requisi tos estabelecidos pela norma internacional, o que garan te a padronização e fidelida de de cores na impressão off set. Os softwares e hardwares utilizados para a confecção de provas digitais são certifi cados pela ISO. A verificação das provas é realizada por pa râmetros colorimétricos e os perfis são aplicados de acor do com o tipo de papel: cou ché, supercalandrado, LWC , offset e jornal. Cada prova di gital recebe um selo de ga rantia da certificação aceito internacionalmente.
cialistas internacionais, além de programação completa de pa lestras divididas em dois subte mas: estratégico e tecnológico. As palestras estratégicas deba terão assuntos como os merca dos de impressão digital, venda de soluções, cases de sucesso em impressão digital e mídias so ciais. As palestras tecnológicas
versarão sobre o mundo das im pressoras digitais, a importância da automação do fluxo de traba lho, soluções para impressão di gital e web-to-print. No final do evento será lançado o livro Futuro da Impressão Digital: Drupa 2012. O evento será organizado pela APS Feiras e Eventos. www.gedigi.org.br
um novo conceito para a linha de papéis reciclados Eco Millennium, carro chefe da Bignardi Papéis. A nova apresentação vem ao en contro dos valores que a empresa trabalha há anos. A embalagem é transparente, para demonstrar a aparência do papel reciclado, va lorizando também o lado social do papel. Para passar a ideia de que a união é capaz de promover a sus tentabilidade, a embalagem é per sonalizada com bonequinhos de papel de mãos dadas. www.grupobignardi.com.br
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
CONCEITOS JTA
Transformando ideias em realidade. Ferrostaal Equipamentos e Soluções Ltda • São Paulo: (11) 5522-5999 • Rio de Janeiro: (21) 2537-8603 • Amazonas: (92) 3622-4026 • Bahia/Sergipe: (71) 3357-0671 • Ceará: (85) 3476-1021 • Espírito Santo: (27) 3254-1377 • Goiás/Distrito Federal/Tocantins: (62) 3232-8800 • Minas Gerais: (31) 3299-0500/9165-9196 • Paraná: (41) 7813-2937 - ID 85*220655 • Alagoas/Pernambuco/Paraiba/Rio Grande do Norte: (81) 3421-4379 • Rio Grande do Sul/Santa Catarina: (51) 3325-2346 • www.ferrostaal.com.br • graphic.br@ferrostaal.com
Mudança no conselho da KBA A pós o real in ham ento bem- s ucedido da Koenig & Bauer AG, o presidente Helge Hansen solici tou ao conselho a antecipação de sua substituição para permitir en tregar as rédeas da empresa a um novo sucessor no final de outu bro. Em decisão unânime do con selho fiscal, Claus Bolza Schüne mann, então vice-presidente, foi nom ead o para ocupar o cargo. “Como reconhecido especialista
Claus Bolza Schünemann
de engenharia de impressoras e representante da família de fun dadores, Claus Bolza-Schünemann tem todas as qualificações neces sár ias para assumir o comando e para defender o nosso desen volvimento contínuo”, afirmou o conselho em comunicado oficial. www.kba.com
WG Papéis amplia frota A fim de oferecer aos gráficos as melhores soluções em negócios,
Um convite à preservação Para comunicar a certificação FSC, a Paper Express enviou para
alguns clientes um convite à preservação da natureza. O kit personalizado tem formato de um envelope com as laterais abertas. Usando elementos da identidade visual adotada pela Paper Express, as folhagens do envelope ganham vida e conti nuam a arte do envelope. As fo lhas verdes são da semente do palmito jussara, encaminhado na embalagem convidando o cliente a adotar medidas que
preservam o meio amb iente, plantando a árvore e imprimin do suas peças na Paper Express. “A Paper já adota medidas sus tentáveis há muitos anos, desde ajustes nas instalações prediais, passando por equipamentos ecológicos, matéria-p rima de fornecedores certificados e des tino adequado para resíduos. A certificação é uma compro vação desta política”, afirma Fabio Arruda Mortara, diretor executivo da Paper Express. www.paperexpress.com.br
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recentemente a área de logística da WG Papéis foi alvo de investi mentos na aquisição de dois cavalos mecânicos Mercedes-Benz e duas carretas tipo sider, ideais para o transporte de papel. Ao anun ciar a compra dos veículos, Márcio Burssed, diretor comercial da em presa, ressaltou que com a filial do Rio de Janeiro, em operação des de maio, houve necessidade de agilizar o transporte de cargas. Os dois veículos pesados estão destinados às operações envol vendo grandes volumes, mas o foco principal da WG Papéis con tinua sendo o atendimento a clientes de pequeno e médio por te. “Não medimos esforços para atender os prazos acordados com nossos clientes”, frisa Burssed, explicando que os demais veículos da empresa são indispensáveis, especialmente para assegurar um bom atendimento em São Paulo, onde há sistema de rodízio. Localizada na zona leste de São Paulo, a matriz tem a seu favor a proximidade com vias que dão acesso a diversas regiões: Marginal Tietê, Fernão Dias, Rodovia Ayrton Senna, Via Dutra e Rodoanel. A filial do Rio de Janeiro foi instalada no bairro da Penha, o que também facilita o fluxo das entregas. www.wgpapeis.com.br
Avery Dennison atualiza formulações A
Avery Dennison está oferecendo ao mercado brasileiro uma nova geração de adesivos hot melt. Trata-se da nova versão da linha S2045, a S2045N. En tre os benefícios do novo produto es tão melhor adesão, tack inicial, coesão e desempenho em baixas temperaturas,
redução de emissão de compostos or gânicos voláteis (VOCs) e melhor dispo nibilidade global de matérias-primas. A empresa também aprimorou as li nhas DFAM 430 e 450, que passam agora a contar com as mesmas vantagens da linha S2045N. www.averydennison.com.br
Suzano venderá ativos para diminuir dívida E
m entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Antonio Maciel Neto, presidente da Suzano Papel e Celulo se, afirmou no final de outubro que a empresa ven derá tudo o que puder para diminuir sua dívida até o início das atividades da fábrica de celulose no Ma ranhão, previsto para 2013. Até agosto, após a divul gação dos resultados do segundo trimestre, o foco da Suzano era a necessidade de controlar os cus tos. Agora, com a disparada do dólar e a consequen te elevação no nível de endividamento, as atenções concentram-se na solidez financeira da companhia. A empresa tem como meta manter um nível de alavancagem, definido pela relação entre dívida líqui da e ebitda, de até 3,5 vezes. No terceiro trimestre, po rém, o indicador chegou a 4,2 vezes, ante 3 vezes no segundo trimestre. A alta foi causada principalmen te pelo impacto da valorização do dólar nas dívidas em moeda estrangeira da companhia. A Suzano re gistrou no trimestre prejuízo líquido de R$ 425,56 mi lhões, ante lucro de R$ 272,84 milhões no mesmo pe ríodo do ano passado. De acordo com a empresa, caso o dólar tivesse encerrado o trimestre em R$ 1,70, o resultado líquido seria neutro. A receita líquida so mou R$ 1,22 bilhão de julho a setembro, número 6,1% superior ao do mesmo período de 2010, quando fi cou em R$ 1,15 bilhão. A preocupação maior da Su zano não é momentânea, mas sim com 2013, quan do a situação das dívidas deve atingir o momento mais delicado, já que os investimentos na fábrica em construção no Maranhão terão sido realizados e o re torno terá início apenas a partir de novembro. Ape sar dos números desfavoráveis no mercado de celulo se, responsável por aproximadamente 40% da receita da companhia, Antonio Maciel não cogitou eventu ais novas alterações no cronograma da unidade do Maranhão, projeto avaliado em US$ 3 bilhões.
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11 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011 REVISTA ABIGR AF dru1202_105x180+3_BR.indd 1
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Xeikon reforça presença na América do Sul A Xeikon está expandindo
Luiz Caropreso assume gerência de negócios da Diginove No início de outubro a Digino
MWV Rigesa inaugura segunda unidade Caixa Pronta A MWV Rigesa inaugurou no dia 4 de outubro sua segunda uni dade Caixa Pronta, em Curiti ba, Paraná. A primeira unidade está localizada em São Paulo. O modelo de neg óc ios é ex clusivo da empresa e consiste em uma unidade que fornece embalagens prontas, monta das, para os produtores de fru tas, legumes, verduras e, ainda, para indústrias dos segmentos automotivo, metalomecânico e químico da região, trazendo a agilidade de ter o produto para pronta entrega e na quantida de necessária para cada situa ção. Na nova unidade serão ofe recidas embalagens para o setor
hortifrutigranjeiro, como toma te, laranja, fruta de caroço, ba nana e legumes leves como pi mentão e berinjela. Para o setor industrial, será disponibilizada a linha de Bulk Container para 200 e 1.000 litros, embalagens customizadas, além das tecno logias Mill Mate para paletes de papel kraft de fibra longa e de impressões sofisticadas, Rige graphics. O Estado do Paraná é um dos maiores produtores de tomates do Brasil, além de ser forte também em outras frutas e legumes. A nova unidade está localizada na BR 116, km 110, nº 22.301, no bairro Tatuquara. www.mwvrigesa.com.br
ve, especializ ada na representa ção e comercialização de soluções para acabamento em impressos digitais sob demanda ou unitá rios, anunciou Luiz Antonio Caro preso como seu novo gerente co mercial. Com mais de 25 anos de experiência em áreas relacionadas a marketing e vendas, com passa gens por atividades de consulto ria, gerência comercial da Comar pe Embalagens e Action Gráfica Digital, Caropreso foi gerente exe cutivo da ABTG e de marketing da Abigraf. “Luiz Caropreso é um pro fissional que tem uma ampla visão do mercado e que, certamente, somará muito à nossa equipe, so bretudo na ação e divulgação de nossas tecnologias e marca junto ao segmento gráfico. É mais uma peça que se junta à já engrenada equipe da Diginove”, disse Silvane Salamoni, diretora da empresa.
sua rede de distribuidores na América do Sul. A Davis Gra phics comercializ ará no Chi le a série de impressoras di gitais Xeikon 3000, voltadas para a impressão de etique tas, enquanto a PTC Graphic Systems venderá os mesmos sistemas no Brasil. Os novos acordos permitirão à Xeikon ampliar sua presença na Amé rica do Sul, uma vez que a GSI já vende os equipamentos na Colômbia. A Xeikon elegeu a Davis Graphics e a PTC como distribuidores em função da experiência de ambas as em presas no segmento gráfico, esp ec ialm ente no mercado de etiquetas autoadesivas. “Temos percebido um forte crescimento do mercado bra sileiro, sobretudo no campo das etiquetas. Muitos gráfi cos consideram que a impres são digital é a tecnologia ideal para responder ao aumento da demanda, tanto do pon to de vista da produtividade quanto da qualidade”, afirmou Miguel Troccoli, gerente da PTC no Brasil. www.xeikon.com
www.diginove.com.br
Agfa lança :Arkitex Graphix RIP 9
A Agfa anunciou durante a Ipex Expo 2011,
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realizada em outubro em Viena, na Áustria, o lançamento de sua nova solução para fluxo de trabalho em jornais :Arkitex Graphix RIP 9. Integrada à plataforma :Arkitex (pacote de aplicativos para gerenciamento de fluxo de trabalho para jornais), a solução traz como novidade o suporte à tecnologia:Sublima, REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
que consiste no uso de retículas em frequên cia cross modulated, que permite que se mes clem as melhores características dos padrões AM e FM (estocástica) para obtenção de ima gens visualmente mais atraentes, com maior nível de detalhes e qualidade. A gama tonal obtida pode ficar entre as porcentagens de 1 e 99 para áreas de máxima
e mínima (tamanhos máximos e mínimos das retículas). O novo :Arkitex Graphix RIP 9 tam bém realiza o trabalho aprimorado com da dos de cor, rodando em máquinas de 64 bits, e pode trabalhar com vários tipos de docu mentos PDF. Sua estrutura está toda baseada na plataforma Harlequin. www.agfagraphics.com
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Os impulsos para o crescimento são necessários aos impressores e encadernadores, devido à constante mudança no mercado da indústria gráfica. Para segmentos editorial/promocional e jornais, a Müller Martini, como fornecedora de sistemas, possui soluções de acabamento de impressão que vão além das suas expectativas, da mesma forma, para o segmento de embalagens e de impressão de segurança, a Müller Martini possui soluções de impressão rotativa offset ou híbrida. Nossa tecnologia é flexível, extremamente automatizada e permite rápidas trocas de trabalhos. O resultado: mesmo tiragens menores serão produzidos eficientemente e com rentabilidade, no menor tempo possível e a um custo baixo para a sua empresa.
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Xerox apresenta nova linha de impressoras e multifuncionais
A Xerox lançou em outubro sete
novos produtos em primeira mão no Brasil: a impressora monocro mática Phaser 304, as multifun cionais WorkCentre 3045B e 3045I e as impressoras Phaser 6000 e 6010, além das multifuncionais WorkCentre 6015B e 6015I, as qua tro últimas em cores. O objetivo da Xerox é trazer para o consumi dor final todos os benefícios da alta tecnologia Xerox a melhores custos e reposição de suprimen tos, permitindo qualidade nas cores impressas e alta velocida de na produção de materiais em preto e branco. O dif er enc ial da compa nhia com o lançamento das novas linhas de impressoras e
multifuncionais “Entry Level” da Xerox é a adoção de produtos simples, mas com alta tecno logia, agregando design extre mamente compacto a produtos mais leves e que funcionam si lenciosamente, sem ruídos, com garantia de 12 meses. Os equi pamentos poderão ser adquiri dos através de revendas Xerox ou pela loja virtual da empresa. A tecnologia HiQ Led permite que as impressoras se jam sup er ior es e mais baratas do que aquelas a laser, uma vez que pos suem menos pe ças móveis. Com
resolução de até 1.200 × 2.400 dpi, os equipamentos Xerox têm controle mais exato da intensida de da luz. As máquinas possuem um dispositivo de computador
integrado que se comunica com os diodos para garantir intensi dade uniforme da luz emitida, além de corrigirem o registro de cor automaticamente.
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Foi dada a largada para a Office PaperBrasil Escolar 2012 Faltando ainda dez meses para a próxima edição, os preparativos para a Office PaperBrasil Escolar já estão em andamento. O lança mento oficial foi realizado no dia 25 de outubro na sede da Fran cal Feiras, em São Paulo. A fei ra representa o principal encon tro anual do se tor de produtos e serviços para esc rit ór ios, pa pelarias e esco las. Durante o evento, toda a cadeia produtiva (fabricantes, va rejistas, atacadistas, distribuido res, supermercadistas, compra dores corporativos) reúne-se para estreitar o relacionamento e reali zar negócios. A Office PaperBra sil é o maior evento de negócios do setor nas Américas e a segun da maior do mundo, gozando de
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reconhecimento nos cinco con tinentes. Para muitos fabrican tes internacionais, ela representa a porta de entrada para o merca do brasileiro e os demais países da América Latina. “Com 25 edi ções realiz adas, a Office Paper Brasil tem uma imagem conso lidada como a o p o r t u ni da d e certa para a reali zação dos negó cios deste setor tanto no merca do interno quan to no externo. Estamos muito sa tisfeitos com a grande adesão dos expositores no lançamento da edição 2012 e honrados pela con fianç a que depositam na feira”, comentou Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal Feiras, logo após o lançamento. www.officepaperescolar.com.br
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Nova Mercante tem novo espaço para armazenagem L ocalizado próximo à Rodo via Ayrton Senna, em São Pau lo, a Nova Mercante inaugurou em setembro um armazém três vezes maior do que o atual no bairro do Belenzinho, com ca pacidade para estocar cerca de seis toneladas de papéis, em condições técnicas ideais. Se gundo Felipe Moblize, diretor
superintendente da Nova Mer cante, o novo investimento foi feito pensando no atendimento aos clientes, no crescimento da empresa e do mercado. “Além disso, representa o nosso com promisso com os resultados da cadeia da comunicação impressa e os mercados da embalagem.” www.novamercante.com.br
Centenário da primeira máquina Roland
Vindos de Paris, os engenheiros
Louis Faber e Adolf Schleicher se associaram iniciando, em 1871, a produção de impressoras lito gráficas automáticas em Frank furt, na Alemanha. Poucos anos depois, em 1875, já em Offen bach, Alemanha, ingressaram no mercado internacional exportan do uma impressora Albatros para São Petersburgo, na Rússia. Mas foi somente após o falecimen to de ambos — Faber em 1896 e Schleicher em 1910 — que a em presa lançou o primeiro equipa mento com a marca Roland, em 1911, conquistando uma meda lha de ouro na Feira Internacional de Turim, na Itália. Naquela épo ca, sua denominação era Faber
& Schleicher AG . Em 1957 a ra zão social foi modificada para Ro land Offsetmaschinenfabrik Faber & Schleicher AG. Seguiu-se nova mudança, em 1979, após a fusão com a Maschinenfabrik AugsburgNuremberg (MAN), um acionis ta antigo e poderoso, surgindo, então, a MAN Roland Druckmas chinen AG, transformada, a partir de 2008, em manroland AG. Cem anos se passaram desde que a primeira impressora Roland saiu da fábrica em Offenb ach. Hoje, presente em todas as partes do mundo, a marca representa uma das três mais importantes forne cedoras de impressoras para a indústria gráfica. www.manroland.com
International Paper reestrutura áreas financeira e de RH Com o objetivo de fortalecer os
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negócios na América Latina, a In ternational Paper América Latina (IP) reestruturou duas áreas es tratégicas no Brasil: diretoria fi nanceira e diretoria de recursos humanos. Dois executivos da IP, que atuavam em outras unida des fora do País, foram transfe ridos para o Brasil. O americano Doug Haefer assumiu a posição de diretor de recursos humanos da IP América Latina. O executivo está na companhia desde 1995, quando iniciou seus trabalhos na fábrica de Ohio, e assumiu várias posições com crescentes
imprimir e escrever) e plantas de conversão de CPG (papel cor rugado para embalagens), nos
Doug Haefer, novo diretor de recursos humanos da IP América Latina
responsabilidades na fábrica de Riverdale. Mais recentemente, atuava como gerente de RH para o negócio de P&CP (papel para
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
Marc Van Lieshout, novo diretor financeiro da IP América Latina, nas áreas de finanças e TI
Estados Unidos. Já o belga Marc Van Lieshout ocupa agora o car go de diretor financeiro da IP América Latina, sendo respon sável pela liderança das áreas de finanças e TI. Marc será mem bro tanto do Lead Team da IP na América Latina quanto do Lead Team de Finanças em Memphis, Estados Unidos. O executivo está na International Paper des de 1989 e ocupou vários cargos nas áreas de finanças e negócios em diversos países, incluindo Bél gica, França, Marrocos, México, Rússia e Estados Unidos. www.internationalpaper.com.br
ENTREVISTA Ada Caperuto
Sérgio Machado
O sucesso do livro brasileiro em tempos de economia estável Sérgio Machado explica os bons resultados das editoras nacionais na Feira de Frankfurt e fala sobre as perspectivas para o livro impresso nos próximos anos.
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oltando da Feira de Frankfurt, o principal evento do setor edito rial, que ocorreu no início de outu bro, Sérgio Machado, presidente do Grupo Editor ial Record — que reú ne os selos Record, Bertrand, Civilização Bra sileira, José Olympio, Best Seller e Verus —, conversou com a Revista Abigraf. Ele fala so bre os resultados positivos do Brasil no even to no mundo, espec ialmente em decorrência do programa de incentivo à tradução lançado pela Fundação Biblioteca Nacional, e também do bom momento econômico do País. Acesso ao
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
livro, incentivo à leitura, conteúdo digital, im pressão sob demanda e outros temas são abor dados nesta entrevista, concedida diretamen te de Nova York, onde Machado estava, para conversar com editores dos Estados Unidos. Quais foram os resultados da Record na feira de Frankfurt? O fato de o Brasil ser o país homenageado em 2013 fez aumentar o interesse das editoras alemãs. Percebemos isso durante a feira, mas a Luc ian a Villas Boas, nossa diretora edito rial, visitou as editoras antes do evento e em
cada uma delas conseguiu direitos autorais de obras que serão publicadas pela Record nos próximos meses. Foi um ano mais produtivo que os anter iores, com muitos autores novos. O que o senhor apontaria como diferenciais nesta edição da feira em relação às anter iores? Vou a Frankfurt há 35 anos, normalmente para comprar. Porém, hoje não existe mais o elemento surpresa. Anos atrás, não havia essa disponibili dade de comunicação. Agora temos oportunida de de ver catálogos com antecedência, participar de reuniões face a face. Com isso, podemos per ceber melhor o que cada editor tem a nos dizer e decidimos melhor. Temos acesso a livros que se quer estão escritos, resumos, teses. Fomos com uma equipe grande, de oito pessoas, justamen te para mapear essas coisas, localizar o que nos interessava. Eu costumo dizer que a semana an tes da feira é a mais quente do evento, porque você tem que resolver antes, decidir, para não deixar um livro entrar em leilão, por exemplo. O fato de o nosso país ser o homenageado em Frankfurt 2013 trará algum tipo de vantagem? Não, o que tem valor para o mercado editor ial é o bom momento da economia nacional. É a esta bilidade que o nosso país alcançou e que, espero, consiga manter. São essas as condições necessá rias para o mercado editor ial se manter aqueci do. E isso ocorreu depois de um longo per íodo de ajuste, foi muito difícil. Não é uma coisa que acontece da noite para o dia, a economia só cres ce quando se começa a acumular a certeza de que essa estabilidade irá se manter. Hoje, o Bra sil é um país que desperta interesse mund ial. Somos, enfim, parceiros importantes das comu nidades economicamente bem estabelecidas. Em 2010, de acordo com a CBL, o número de exemplares vendidos cresceu 8,3% se considerar mos apenas as vendas ao mercado. Como o senhor avalia estes resultados e quais ser iam os motivos para esse crescimento? É importante observar que o mercado brasilei ro está em expansão. E isso em um cenário de economias estagnadas — como é o caso da Eu ropa. Os motivos dessa expansão são óbv ios, a melhoria da renda da classe média, o surgi mento de uma nova classe média. E há tam bém os motivos culturais. É claro que é neces sário, antes, resolver o problema da educação, pois não há educação sem leitura. Quand o
se fala em crescimento econômico, você pen sa logo em seguida em educação. E, quando pensa nisso, pensa em leitura. Você puxa uma ponta dessas e as outras vêm atrás. O proble ma é que leva tempo, não é uma coisa que se compre na esquina, não se importa de Miami. É um processo que leva gerações. Mas é algo que, de certa forma, já começou. Ainda não al cançou a velocidade desejada. Mas, como está em movimento, quem está nesse ônibus está feliz. O ônibus não está parado, vai devagar, mas segue andando. Há quem questione que o motorista dirige mal, mas, cada vez mais, ele está querendo melhorar suas técnicas de dire ção e há esperança que, em uma parada qual quer, possamos melhorar de ônibus também. Se as vendas cresceram, é correto inferir que as pessoas estão lendo mais. O que, em sua opinião, o brasileiro está buscando para ler? Não existe resposta para essa pergunta. Há vá rias respostas e elas são mutantes. Este é um momento no qual percebemos dois fatos novos. Um é o leitor jovem, que, nessa última geração, realmente cresceu pela primeira vez. Basta ob servar na lista de mais vendidos a preponderân cia de livros para esse segmento. É talvez o que mais cresce. E também o segmento feminino, não apenas no Brasil; as mulheres do mundo inteiro leem mais que os homens. Mas elas são mais conscienciosas, não vão diminuir a comida em casa para comprar um livro. Contudo, à me dida que começam a sentir uma sobra na recei ta disponível, incorporam-na ao mercado com prador rapidamente. Vemos isso no exemplo da Avon, que se transformou em um canal impor tante nas vendas de livros. No entanto, a pró pria natureza do mercado editorial é tão interes sante que permite trabalhar, simultaneamente, outros nichos. Não é porque um segmento se mostra mais dinâmico que ficamos impedidos de trabalhar outros sem tantas luzes sobre eles, como os romances históricos e os livros de não ficção, por exemplo — são diferentes editoras no mercado, e cada uma tem diferentes vocações. Em sua opinião, o que inf luencia as preferências de leitura dos brasileiros? A internet é a grande inf luênc ia hoje. As co munidades [nas redes sociais] e essa multipli cação de intercâmbio. Antes você não tinha como se aproximar, por exemplo, de um grupo de jovens, saber a opinião deles. Hoje existem NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011 REVISTA ABIGR AF
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comunidades de fãs e a editora pode alimentar isso. O boca a boca sempre foi a melhor divul gação e a internet deu uma turbinada nisso.
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para queimar, e não creio que estejamos, nesse momento, prontos para isso. Além disso, o tablet não é o mais adequado — é pesado, não pode ser lido sob qualquer tipo de iluminação —, mas sim o e-reader. E acho que, antes, vem a questão de política educacional.
Outro ponto relativo a Frankfurt: persiste a preo cupação com o digital. Há quem diga que o livro impresso não morre jamais. O senhor concorda com este ponto de vista? Falando sobre a impressão sob demanda, para a Essa preocupação já foi maior em outros anos. Record, o que representa a possibilidade de impri Eu participei de um seminário como represen mir livros em sistema que tem a característica de tante da América Latina, fui convidado para trabalhar com tiragens menores? discutir a questão do e-book. Uma das perguntas O meu catálogo é basicamente todo de licen foi esta: quanto tempo levaria para o livro ele ças. Estão vinculadas a contratos de direi trônico atingir o percentual de 10% de partici tos autorais que, para serem renovados, exi pação, que seria o patamar para dizer que a coisa gem novos adiantamentos. Então, o on demand começou a ter relevân clássico não tem valor cia? A meu ver, existem econômico para a edito três condições necessá ra. Usamos esses equi Hoje, o Brasil é rias para esse negócio pamentos para tiragens um país que desperta começar a andar. A pri abaixo de mil, 800, 700 meira é o aparelho lei exemplares, e acima de interesse mundial. tor, o reader, que tem que 300, que tem deman Somos, enfim, ser bom, barato e bem da fraca, mas constante. difundido. E não temos parceiros importantes isso no Brasil. O segun Outros aspectos em des das comunidades do é a disponibilidade e taque no momento são a var ied ade de conteúdo. queda nas vendas de li economicamente bem Também não temos no vrar ias “físicas” e o cres estabelecidas. Brasil. E, terceiro, a ex cimento das livrar ias di per iênc ia de compra, o gitais, como a Amazon, site de vendas, deve ser muito informativo, con por exemplo. Como o senhor vê esse cenário? ter os chamados metadados, entrevistas, rese Conversei sobre isso com editores americanos nhas, resumos, imagens; ser um site que real agora mesmo, na minha passagem por aqui. mente simplifica o processo de compra, com O mercado digital, seja ele do e-book ou como navegação intuitiva, bem feita. As nossas liv ra comerc ial digital, é muito dependente da li rias são muitos boas, mas não estão nesse pa vraria. Os sites melhoraram muito, mas a li tamar. Enquanto essas três condições não esti vraria tem um papel insubst it uível na divul verem resolvidas, é impossível calcular o prazo gação das novidades, na criação da demanda. para isso acontecer. O que estamos fazendo é A grande questão é se essa demanda será exer nos preparar no Brasil. Precisamos fazer, não cida na compra de um exemplar físico ou digi adiant a ignorar. A nossa parte é favorecer a tal. Eu acredito que sempre haverá espaço para questão do conteúdo e estamos fazendo isso. os dois. Esta é a aposta da Barnes & Noble. Eles estão com ideias interessantes. Por exem Durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro [se plo, se você tiver o Nook, o reader deles, e exer tembro], o ministro da Educação, Fernando Had cer a compra [de um livro digital] dentro de dad, anunciou a possibilidade de o Governo Fe uma loja da rede, eles saberão que você está no deral distribuir tablets aos alunos de escolas IP [Internet Protocol] deles e te darão um des públicas, em substituição aos livros. Qual sua conto de 10%. Isso é justamente para estimu opinião sobre isso? lar a ida à livraria e, ao mesmo tempo, evitar Esta é a parte mais fácil do tripé, o custo [do que a loja vire um showroom e você acabe com equipamento], mas só isso não será suf ic ien prando na Amazon. O que concluo é que o jogo te e pode até ser prematuro, não ter utilidade. está no primeiro tempo, é muito difícil fazer Gasta-se um dinheiro que não temos disponível uma previsão sobre quem será o vencedor. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
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ARTE
Ado Malagoli Sem preconceitos e seguro do que almejava, o artista optou pelo Sul, pelas imagens gaúchas, pelo ensino de jovens pintores e a criação de museus. Não fez concessões, mas, a si mesmo, concedeu o direito de ser feliz, de viver com arte. Ricardo Viveiros
1 (página anterior) Vidas Secas: O grito, óleo sobre tela, 125 × 94 cm 2 (ao lado) Permanência do Tempo, óleo sobre tela, 73 × 59,5 cm
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Destinada à formação de mão de obra espe cializada para a indústria e o comércio, seus cur sos de desenho receberam nomes como Volpi, Bonadei, Zanini e Rebolo (com quem Malagoli pintou painéis). Era ensino prof issionalizante, noturno, para pessoas de baixa renda. Em es pecial, imigrantes que chegavam para “fazer a América”, mesmo que ao sul do Equador… Nos anos seguintes, de 1922 a 1928, Malagoli seguiu o mesmo caminho que os demais formados pela EPM: o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Lá, sob a orientação dos professores italianos Giuseppe Barchita e Enrico Vio (que o proibia de apagar erros, porque era vergonhoso), estu dou e trabalhou ao lado de Rebolo, Volpi e Za nini, alguns dos quais integ rar iam, um pouco mais tarde, o emblemático Grupo Santa Helena. 5
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A arte como razão de viver
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ouco se conhece da sua origem sim ples e oriunda da imigração italia na para o Brasil. Ado Malagoli nas ceu no dia 28 de abril de 1906 em Araraquara, interior de São Paulo, cidade que também deu ao Brasil e ao mundo outros nomes da cultura: o produtor de cine ma Herbert Richers, o gravador Lívio Abramo, a antropóloga Ruth Cardoso, o escritor Ignacio de Loyola Brandão e o diretor teatral José (Zé) Celso Martinez Corrêa.
A busca do mundo
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3. Os Restos do Tempo, óleo sobre tela, 46 × 33 cm 4. Sem Título, Serigrafia 5. Retrato de Ruth Malagoli, óleo sobre tela, 65 × 54 cm, 1948
Aos oito anos, órfão de pai e mãe, Malagoli dei xou a sua “Morada do Sol” rumo à capital do Es tado, onde foi viver com parentes. Como sempre soube o que desejava ser na vida, aos 16 anos diplomou-se em Artes Decorativas pela Escola Prof issional Masculina, no bairro proletário do Brás. Hoje conhecida como Escola Técnica Esta dual Getúlio Vargas, esse educandário desem penhou relevante papel na formação de vár ios artistas plásticos que se tornar iam famosos.
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Aos 22 anos, Malagoli vai para o Rio de Ja neiro, onde ingressa na respeitada Escola Nacio nal de Belas Artes. Cinco anos depois, passa a fa zer parte do Núcleo Bernardelli, movimento em busca da liberdade de expressão. Aos 30 anos de idade forma-se pela Enba. Sua pintura, des de sempre, foi comprometida com os temas do cotidiano; seus primeiros quadros trazem o ros to da gente sofrida e alegre das favelas car iocas, em irônica mescla sociológ ica. Em 1935, Mala goli recebe menção honrosa no Salão Nacional. O mundo oferecido
Mas foi aos 36 anos, com a tela “Por quê?”, que o artista tem o primeiro momento marcante da carreira. Malagoli conquista o Prêmio de Via gem ao Estrangeiro, no mesmo disputado salão.
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6. Nu Feminino, óleo sobre tela, 61 × 50 cm 7. A Capela, óleo sobre tela, 81 × 60 cm, 1989 I magens: acervo do Museu de Arte do Rio Grande do Sul
revista issn 010 3•572
arte & in dústri
a gráfic a • ano x xxvi • no v/dez
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Entre 1943 e 1946 o artista vive nos Es tados Unidos (Los Angeles, Chicago e Nova York), estuda nas universidades de Nova York e Co lumbia, interagindo com os brasileiros Edson Motta e Dja nira. No último ano de sua permanência nos EUA , a Galeria Car een Gems, em NY, real iza uma ex posição ind iv idual do pintor. Todas as obras são vendidas, e uma delas é adqui rida pelo político e mecenas Nelson Rockefeller. De volta ao Brasil, Malagoli expõe aqui, na Argentina e na França (Salão de Outono). Em 1948 casa-se com Ruth, amor de toda a vida. Participa da I Bien al de São Paulo, em 1951. Monta ateliê no Rio de Janeiro e frequen ta as rodas de artistas da cidade. Era um boê mio e aventureiro “saudável”, como definia sua mulher. Tanto que se meteu na construção de uma estrada de rodagem em reg ião inóspita. Com as mãos arrebentadas pela picareta, desis tiu e voltou para casa. Mas, claro, com muitas e ricas imagens na memória… Em 1952, com uma carreira promissora, Malagoli opta por viver em Porto Alegre. Sua atitude surpreende colegas e críticos, mas seu coração e sua mente estavam seguros da esco lha. Aceita convite oficial do governo do Estado do Rio Grande do Sul e assume a cadeira de Pin tura da Escola de Belas Artes. Em 1957, no cargo de diretor da Divisão de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Estado, cria o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs).
Com uma visão além de seu tempo, desper tou a crítica negativa de colegas, pais e até mes mo de alunos mais ortodoxos. Muitas vezes, ouviu que em suas aulas se “desaprendia pin tura”. Foi o primeiro a introduzir debates entre os alunos, com cada um criticando o trabalho do outro e, assim, crescendo juntos na pintura e na vida. “Eu não posso ficar corrigindo qua drinhos”, dizia. E ensinava a criar sem limites, pesquisar e descobrir, transcender como cabe na verdadeira arte. Nos anos 1960, Malagoli pintou os primei ros “casar ios”, expôs e recebeu prêmios no Bra sil, voltando a viajar para a Europa. Mais tarde, em meados de 1980, aposentado das funções públicas, retoma pinturas com temas religiosos, sob certo lirismo, e experimenta algumas abs trações. Sua obra demonstra uma perfeita in tegração entre técnica e emoção. Os temas são tratados com ampla visão da vida e trazem to ques que vão do romantismo ao realismo, mas sempre com profundo respeito e amor. Há em suas telas a nítida determinação em mostrar que viver é difícil, mas vale a pena. Ado Malagoli morreu em 4 de março de 1994 em Porto Alegre (RS). Dois anos antes, o museu que fundou passou a ter seu nome: Mu seu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Mala goli. Diz o respeitado crítico de arte e escritor Jacob Klintowitz: “Eu o conheci bem e era im possível não gostar dele. Homem moderado, delicado, afável. Sua pintura tinha uma pátina de amor invisível”. 7
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revista abigra f 256 novem bro / dezem
bro 2011
O mundo escolhido
Capa
O Gato Preto, óleo sobre tela, 64,7 × 54 cm, 1954
Fruto de incontestável vocação, aluno de gran des mestres, possuidor de técnica apurada, ca paz de olhar o mundo além do aparente, com absoluto domínio das matér ias-primas e do instrumental da pintura e compromisso com a inovação permanente, Malagoli realizou uma verdadeira revolução no ensino das artes plás ticas. Soube, respeitando o estilo acadêmico em seus fundamentos, instigar seus alunos para o moderno. A rigor, antecipava o futuro.
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O legado de Frei Velloso Obras impressas no final do século XVIII pela Casa Tipográfica do Arco do Cego tinham o objetivo de resgatar décadas de atraso na produção de conhecimento em Portugal e impulsionar sua mais cara colônia.
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Ada Caperuto
ra o final do século XVIII, e o Brasil vivia ainda na penumbra da falta de livros e da proibição terminante — por parte da Coroa portuguesa — de imprimir-se qualquer tipo de publicação. Nascido em Minas Gerais, onde hoje é o município de Tiradentes, o frei José Mar ianno da Conceição Velloso se tornaria uma das figuras centrais em um movimento de resgate das ciências e das letras, em um Portugal devastado pelas guerras. Primo de Joaquim José da Silva Xav ier, o Tiradentes, frei José Mar ianno era professor de matemática, retórica e ciências naturais na capital da colônia quando, em 1782, iniciou uma expedição botânica que durou oito anos e percorreu as capitanias do Rio de Janeiro e de São Paulo. Essas viagens renderam a publicação da obra Flora Fluminensis, com a descrição e ilustrações de aproximadamente 1.400 espécies botânicas e importantes estudos sobre espécies vegetais. Em 1790, Frei Velloso mudou-se para Lisboa, onde se tornou diretor da Tipografia Calcográfica, Tipoplástica e Literária do Arco do Cego. Além da intenção de resgatar décadas de atraso na produção de conhecimento em terras portuguesas, outro objetivo da casa publicadora fica claro nas palavras do próprio relig ioso, preservadas na dedicatória do tomo I da coleção O Fazen deiro do Brasil: “…trasladar em Português to das as memór ias estrangeiras que fossem con venientes aos estabelecimentos do Brasil, para o melhoramento de sua economia rural, e das fábricas que dela dependem, pelas quais ajuda dos, houvessem de sair do atraso e da atonia em que atualmente estão, e se pusessem ao nível com os das Nações nossas vizinhas, e rivais no mesmo continente, assim na quantidade como na qualidade dos seus gêneros e produções”. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
Parte da produção dos quase três anos de func ionamento da Tipografia do Arco do Cego pode ser conhecida na mostra organizada pela Pinacoteca do Estado de São Paulo de outubro a novembro. Entre as 70 obras expostas estavam gravuras e livros, que se complementam com mais 30 obras impressas em outras oficinas, de autoria de Frei Velloso, ou sob sua supervisão — mate rial selecionado por Cristina Antunes, curadora da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, à qual pertence o acervo, e Ermelinda Pataca, professora doutora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Nas palavras da curadora, trata-se de importante legado para o desenvolvimento e a difusão das ciências na transição do século XVIII para o XIX em Portugal e, especialmente, no Brasil. Arco do Cego
Incorporada por decreto à Impressão Régia em 1801, a Tipografia do Arco do Cego era um dos mais modernos centros de produção gráfica da Europa. Junto a ela funcio nava uma fundição de tipos e uma escola de gravura para formar gente capaz de ilustrar os livros. Eram, ao todo, 60 funcioná rios, entre gravadores, desenhistas e iluminadores. Apesar de sua vida curta, nela Frei Velloso publicou mais de 60 obras, sem contar as de autoria dos seus colaboradores, entre tratados de história natural, obras filosóficas traduzidas de diversas línguas e trabalhos voltados para a indústria e para a arte da ilustração, do desenho, da pintura e da arquitetura. Com a transferência da corte para o Brasil em 1808, Velloso voltou para o Rio e conseguiu uma ordem para que fossem despachados para lá não só os exemplares das obras publicadas, como as chapas abertas na Oficina do Arco do Cego, os estudos inacabados e demais papéis de sua propriedade intelectual. Morreu antes que isso acontecesse, em 14 de julho de 1811, mas seu espólio está hoje conservado pela Fundação Biblioteca Nacional. E, melhor, pode ser acessado no site http://bndigital. bn.br/200anos/tipografia.html.
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Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini
Gráficas estão mais seletivas na escolha das peças
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Cresce o padrão médio de qualidade dos trabalhos inscritos no maior concurso do setor gráfico brasileiro.
a noite de 22 de novembro o Expo Barra Funda abre mais uma vez suas portas para a cerimônia de entrega do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini. Já incorporado ao calendário como a grande festa da indústria gráfica, o evento encerra o ano para o setor, oportunidade na qual os profissionais encontram clientes, fornecedores e mesmo seus principais concorrentes, celebrando suas conquistas e fazendo um balanço do per íodo. Nesta 21ª‒ edição, 102 empresas, representadas por 284 produtos, passaram para a segunda fase do concurso, concorrendo ao conta-fios dourado em 60 categor ias (distribuídas em 11 segmentos). No total, 164 gráficas, de 14 estados, inscreveram 950 peças no prêmio. Ainda serão distribuí dos três prêmios de Atributos Técnicos do Processo — chamados de Grand Prix —, que reconhecem a Melhor Impressão, o Melhor Acabamento Cartotécnico e o Melhor Acabamento Editor ial entre todos os produtos finalistas. O concurso também entrega prêmios para fornecedores do setor gráfico em 13 categor ias. No ano passado, 1.285 produtos, inscritos por 175 empresas, participaram da primeira fase do concurso. “As gráficas estão cada vez mais seletivas no momento da escolha dos materiais que en viarão ao concurso. Podemos perceber isso pela elevação no padrão médio das peças em todas as categor ias”, afirma Francisco Veloso, coordenador do Prêmio Fernando Pini desde 1999. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
Inscrições 950 produtos 164 empresas 14 estados Finalistas 284 produtos 102 empresas 12 estados Distribuição por estados – Finalistas Estado Produtos Empresas
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Esse aumento na qualidade dos trabalhos permeou praticamente todas as categor ias, segundo o coordenador, com destaque para revistas, livros e embalagens, que brilharam em função da diversificação dos recursos de enobrecimento aplicados e do uso de materiais diferenciados. “Sentimos também um cuidado extra na fase de pré-impressão, que se refletiu, por exemplo, na qualidade das imagens”. Uma novidade no regulamento da edição 2011 do concurso foi a exclusão da categoria de impressão digital em função da maturidade da tecnologia. “Anter iormente, havia uma diferença clara entre o que era impressão digital e offset, disparidade que não existe mais. O que fizemos foi só adequar o concurso à realidade do mercado”, explica Veloso. Outra inovação foi o uso do tablet da Apple como plataforma de pontuação na primeira fase do julgamento, que ocorreu no início de outubro. Cada jurado usou o iPad de forma indiv idualizada, possibilitando que as notas fossem computadas em tempo real, evitando a transcrição das avaliações e conferindo maior segurança e rapidez ao processo. A segunda etapa aconteceu nos dias 9 e 10 de novembro. Entre as empresas finalistas, Ipsis, Facform, Log & Print e Plural são as que concorrem com o maior número de produtos: 20, 18, 14 e 12, respectivamente. Os vencedores serão conhecidos em festa comandada pela jornalista Izabella Camargo e encerrada com show de Lulu Santos. Nas páginas seguintes apresentamos a relação completa dos finalistas.
Trabalhos finalistas classificados por categoria Os vencedores de cada categoria serão anunciados na cerimônia de entrega do XXI Prêmio Fernando Pini, no dia 22 de novembro de 2011
LIVROS Livros de Texto Ipsis Gráfica e Editora Produto: Casa Velha Cliente: Instituto Cultural Cidade Viva Ipsis Gráfica e Editora Produto: Memória Colonial do Ceará, 1618/1720 Cliente: Editora Colofon Ipsis Gráfica e Editora Produto: Versos de Circunstâncias – Carlos Drummond de Andrade Cliente: Instituto Moreira Salles Geo‑Gráfica e Editora Produto: A Bíblia da Inovação Cliente: Leya/Lua de Papel Geo‑Gráfica e Editora Produto: 25 Anos da Companhia das Letras – Coleção Prêmio Nobel Cliente: Companhia da Letras Livros Culturais e de Arte Ipsis Gráfica e Editora Produto: Bíblia Carlos Araujo Cliente: Artinspirit Editora Ipsis Gráfica e Editora Produto: Fotografias – Araquém Alcântara – Grupo Qualicorp Cliente: Araquém Alcântara Fotografia e Editora Ipsis Gráfica e Editora Produto: A Paisagem do Rio de Janeiro na Gravura Cliente: G.Ermakoff Casa Editorial Ipsis Gráfica e Editora Produto: Terra Brasil Cliente: Araquém Alcântara Fotografia e Editora Formag’s Gráfica e Editora Produto: Ama – Sustentabilidade Moda Cultura Cliente: Iodice Livros Institucionais Ipsis Gráfica e Editora Produto: Theatro Municipal do Rio de Janeiro / Um Século em Cartaz Cliente: Jauá Empreendimentos Culturais
Ipsis Gráfica e Editora Produto: Jules Sauer – O Caminho das Pedras Cliente: Victor Burton Design Gráfico Ipsis Gráfica e Editora Produto: Conselho Federal de Farmácia – 50 anos Cliente: Conselho Federal de Farmácia Gráfica e Editora GSA Produto: Relatório do Bandes (Banco de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo) Cliente: Banco de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo Pigma Gráfica e Editora Produto: Book Budweiser Cliente: Camacho Promoções Livros Infantis e Juvenis Stilgraf Artes Gráfica e Editora Produto: Adélia Cozinheira Cliente: WG Produto RR Donnelley Editora e Gráfica Produto: Disney Enciclopédia de Personagens Animados (6 vols.) Cliente: Babel Editora de Livros Corprint Gráfica e Editora Produto: Buriti Mirim 1 Cliente: Editora Moderna Ibep Gráfica Produto: O Acampamento de Tinker Bell Cliente: Ibep Editora Ibep Gráfica Produto: Tinker Bell em Apuros Cliente: Ibep Editora Livros Ilustrados e Livros Técnicos Ipsis Gráfica e Editora Produto: Dicionário Ilustrado do Vinho do Porto Cliente: CJ‑31 Design e Comunicação Sociedade Vicente Pallotti Produto: O Livro Ilustrado Sul Sports Cliente: Sul Sports Revista Sociedade Vicente Pallotti Produto: Entre Dois Mundos Cliente: Instituto Ling
Sociedade Vicente Pallotti Produto: Livro Maracanã Cliente: Clube dos 13 Gráfica e Editora Posigraf Produto: Maquiagem O Boticário Cliente: Botica Comercial Farmacêutica Livros Didáticos Corprint Gráfica e Editora Produto: Conect – História 2 Cliente: Editora Saraiva Corprint Gráfica e Editora Produto: Conect – Gramática Cliente: Editora Saraiva Corprint Gráfica e Editora Produto: Buriti Ciências 2 Cliente: Editora Moderna Ricargraf Gráfica e Editora Produto: Ventana vol. 1 (aluno) Cliente: Editora Moderna Ricargraf Gráfica e Editora Produto: Ventana vol. 1 (professor) Cliente: Editora Moderna Guias, Manuais e Anuários Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: 35º Anuário CCSP Cliente: Produx Ipsis Gráfica e Editora Produto: Guia Chic: um Guia de Moda e Estilo para o Século XXI Cliente: Senac – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial Facform Impressos Produto: Manual de Eventos Festivos do Nordeste Cliente: Globo Nordeste Gráfica Santa Marta Produto: Anuário do Ceará Cliente: Empresa Jornalística O Povo Litocomp Indústria Gráfica e Editora Produto: Catálogo de Oficina Embraer modelo 2 Cliente: Onda Set
NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011 REVISTA ABIGR AF
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REVISTAS Revistas Periódicas de Caráter Variado sem Recursos Gráficos Especiais Ipsis Gráfica e Editora Produto: Revista Mag nº 23 Cliente: Lumi 5 Propaganda, Marketing e Eventos Ipsis Gráfica e Editora Produto: Revista Airborne Tam Cliente: New Content Editora e Produtora Ibep Gráfica Produto: Trip nº 193 Cliente: Trip Editora e Propaganda Ibep Gráfica Produto: Trip nº 191 Cliente: Trip Editora e Propaganda Ibep Gráfica Produto: Revista Mit nº 41 (março 2011) Cliente: Custom Editora Revistas Periódicas de Caráter Variado com Recursos Gráficos Especiais Facform Impressos Produto: Engenho de Gastronomia Cliente: Revista Engenho Sociedade Vicente Pallotti Produto: About Shoes Cliente: About Editora Ipsis Gráfica e Editora Produto: Gourmet Life Cliente: Siquini Gráfica Editora e Fotolito Ibep Gráfica Produto: Bíblia do Pescador 2011 Cliente: Editora Grupo Um Rona Editora Produto: Imobiliare Cliente: AD2 Editora
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Revistas Infantis/Juvenis ou de Desenhos Log & Print Gráfica e Logística Produto: Sociedade da Justiça – Nova Fase – Novas Ameaças Cliente: Panini Brasil Log & Print Gráfica e Logística Produto: Hulk Anual Cliente: Panini Brasil Log & Print Gráfica e Logística Produto: Marvel Terror 2 Cliente: Panini Brasil Log & Print Gráfica e Logística Produto: Supreendentes X‑Men Destroçados Cliente: Panini Brasil Aquarius SBC Editora Gráfica Produto: Prancheta de Pintura Disney nº 8 Cliente: Editora Abril REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
Revistas Institucionais Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Interyachts Cliente: Marzi – Interyachts Corgraf Gráfica e Editora Produto: Pré‑Impressão “Sigep 9º Prêmio Paranaense” Cliente: Sigep – Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Paraná Ipsis Gráfica e Editora Produto: Unique Magazine Cliente: Com Forward Marketing Ipsis Gráfica e Editora Produto: Amarello nº 6 Cliente: Tomas Biagi Carvalho Gráfica Print Indústria e Editora Produto: Revista Corpo e Arte Cliente: Rocha e Lino e Cia.
JORNAIS Jornais Diários Impressos em Coldset Empresa Folha da Manhã Produto: Folha de S.Paulo (a) Cliente: Empresa Folha da Manhã Empresa Folha da Manhã Produto: Folha de S.Paulo (b) Cliente: Empresa Folha da Manhã Empresa Folha da Manhã Produto: Folha de S.Paulo (c) Cliente: Empresa Folha da Manhã Empresa Folha da Manhã Produto: Folha de S.Paulo (d) Cliente: Empresa Folha da Manhã S/A O Estado de S.Paulo Produto: O Estado de S.Paulo – edição 18/07/11 Cliente: S/A O Estado de S.Paulo Jornais de Circulação Não‑Diária Sociedade Vicente Pallotti Produto: Kzuka Cliente: RBS Ogra Indústria Gráfica Produto: Paper 40 Cliente: International Paper Plural Editora e Gráfica Produto: Universo Gastronômico nº 15 Cliente: Ombrello Editora Gráfica e Editora Posigraf Produto: Le Monde Diplomatique nº 50 Cliente: Polis Instituto de Estudos, Formação e Assessoria CGB Artes Gráficas Produto: Jornal Tudo Cliente: Jornal Tudo
PRODUTOS PARA IDENTIFICAÇÃO Rótulos Convencionais sem Efeitos Especiais Degráfica Impressos Produto: Café Brasil Cliente: Cia. Cacique de Café Degráfica Impressos Produto: Cevada Live Solúvel Cliente: Farinhas Integrais Cisbra Gráfica Rami Produto: Cerveja Petra Weiss Bier 500 ml Cliente: Cervejaria Petrópolis Gráfica Rami Produto: Cerveja Petra Bock 500 ml Cliente: Cervejaria Petrópolis Multilabel do Brasil Produto: Sorvete Yogo Molico – Nestlé – Frutas Vermelhas Cliente: Jaguar Plásticos Rótulos Convencionais com Efeitos Especiais Degráfica Impressos Produto: Vinho Sinuelo Cliente: Irmãos Molon Gráfica Rami Produto: Amaciante Ypê Intenso 2 litros Cliente: Química Amparo Gráfica Rami Produto: Coral Tinta Acrílica Rende Muito – Balde 18 litros Cliente: Fibrasa Nordeste Gráfica Rami Produto: Licor Galys – Mint Chocolate 700 ml Cliente: Destillerie Stock do Brasil Brasilgráfica Indústria e Comércio Produto: Vodka Zvonka 960 ml Cliente: Dubar Indústria e Comércio de Bebidas Rótulos em Autoadesivo sem Efeitos Especiais Indemetal Gráficos Produto: Whey Excell 90 Cliente: New Millen Demográfica Impressos Produto: Xarope de Morango Fórmula Cliente: Best Indústria e Comércio de Bebidas Degráfica Impressos Produto: Vinho Fino Tinto Seco Gamay Cliente: Vinhos Salton Brazicolor Indústria Gráfica Produto: Beneditino Vinho Tinto Licoroso Doce Cliente: Predebon Com. Serviços
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Ibema Speciala. O futuro ganha mais cor. O presente ganha mais branco. A Ibema trabalha de forma sustentável, sempre pensando no futuro. Um futuro com mais cor, mais sorrisos e mais diversidade. Ao mesmo tempo em que busca preservar o meio ambiente e valorizar os aspectos sociais, a Ibema enfatiza também as suas relações com os clientes, oferecendo sempre produtos inovadores dentro do segmento de papelcartão. Produtos em constante evolução, como o novo Ibema Speciala - um papelcartão premium, com alta rigidez, graças à pasta mecânica em seu interior, e a maior brancura da categoria. Com o Speciala, as expectativas do mercado são superadas, alcançando um branco inigualável no presente. E muita cor no futuro.
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Aplicações do Ibema Speciala: Cosméticos | Perfumaria | Farmacêuticos Bebidas | Chocolate | Promocional | Editorial Linha de Papelcartão Ibema: Speciala | Supera | Ibemapack Plus
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Ready do Brasil Indústria e Comércio Produto: Amber Lager Número 3 Cliente: Grimor Rótulos em Autoadesivo com Efeitos Especiais Degráfica Impressos Produto: Vinho Casa Geraldo Reservado Cliente: LC Marcon Indústrias Degráfica Impressos Produto: Vinho Vivere Cliente: Vinícola Goes e Venturini Degráfica Impressos Produto: Vinho Dal Pizzol 200 Anos Cliente: Vinícola Monte Lemos Gráfica Reúna Produto: Salton 100 Anos Cliente: Vinhos Salton Gráfica Reúna Produto: Guatambu Luar do Pampa Cliente: Guatambu Indústria e Comércio de Alimentos Etiquetas P+E Galeria Digital Produto: Pulseira Swatch Cliente: Swatch Sky Artes Gráficas Produto: Tag Envelope Brooksfield Super 150 Cliente: Via Veneto Sky Artes Gráficas Produto: Tag Ecko Function Cliente: TBC Gestão de Marcas Sky Artes Gráficas Produto: Tag Primavera Cliente: Cia. Hering Grafdil Impressos Produto: Tag Chave Inverno 2011 Cliente: Biamar Malhas e Confecções
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Adesivos Indemetal Gráficos Produto: Adesivo Ceratti Cliente: Ceratti Sky Artes Gráficas Produto: Cromos para Livro Ilustrado Carros 2 Cliente: Editora Abril Sky Artes Gráficas Produto: Cromos Zoiones Cliente: Orbis Editora Sky Artes Gráficas Produto: Cromos e Cards para Livro Ilustrado Princesas Cliente: Editora Abril Gráfica Coppola Produto: Bloco de Stickers Cliente: Joy Paper REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
ACONDICIONAMENTO Embalagens Semirrígidas sem Efeitos Gráficos Caeté Embalagens Produto: Embalagem para Hamburger Cliente: Pampa Burger Imprint 2011 Gráfica e Editora Produto: Caixa Box Farmoquímica Cliente: Farmoquímica Exklusiva Gráfica e Editora Produto: Sugary Glow Cliente: Luiza Dal Cosméticos Indústria e Comércio Gráfica Conselheiro – Congraf Produto: Óllio Sensações de Amêndoas Cliente: Jequiti Brasilgráfica Indústria e Comércio Produto: Nova Linha de Embalagens Sadia Cliente: BRF – Brasil Foods Embalagens Semirrígidas com Efeitos Gráficos Grafdil Impressos Produto: Caixa Vert Castanha Cliente: Dimed Escala 7 Editora Gráfica Produto: Cartucho Coração Napolitano Cliente: Cacau Show Kriativa Gráfica e Editora Produto: Embalagem Box Retangular Unitário Cliente: Technos da Amazônia Serzegraf Produto: Embalagem Chocolate Trufado ao Leite Cliente: Pão de Açúcar Indústria e Comércio Gráfica Conselheiro – Congraf Produto: Caixa Sabonetes Sabores Jequiti 50 g Cliente: Jequiti Embalagens Semirrígidas com Efeitos Gráficos Especiais Box Print Grupograf Produto: Estojo Floratta Rose Amour Mães 11 Cliente: Botica Comercial Farmacêutica Indústria e Comércio Gráfica Conselheiro – Congraf Produto: Caixa Celular Xperia (Neo) Cliente: Foxconn Indústria e Comércio Gráfica Conselheiro – Congraf Produto: Trufa Leite 28% de Cacau 220 g Cliente: Ibac – Cacau Show
Indústria e Comércio Gráfica Conselheiro – Congraf Produto: Cacau Fashion Morango 100 g Cliente: Ibac – Cacau Show Brasilgráfica Indústria e Comércio Produto: Linha de Cartuchos Talento Edição Especial – Trufas e Frutas Vermelhas Cliente: Chocolates Garoto Embalagem de Micro‑Ondulados Gráfica e Editora Sarapuí Produto: Cartucho Cachaça Santo Grau Cliente: Natique Escala 7 Editora Gráfica Produto: Cartucho Amarula 750 ml Cliente: Bacardi Brasil Makro Kolor Gráfica e Editora Produto: Bipack Green Label Cliente: Diageo Brasil Makro Kolor Gráfica e Editora Produto: Duo Pack Buchanan’s – Duty Free Cliente: Diageo Brasil Corgraf Gráfica e Editora Produto: Destinatário Silgitz Cliente: Silgitz Laboratório Embalagens Sazonais Facform Impressos Produto: Baú do Galo da Madrugada Cliente: Globo Nordeste Facform Impressos Produto: DVD Fim de Feira Cliente: Banda Fim de Feira P+E Galeria Digital Produto: Caixa Bradesco Cliente: Bradesco Jofer Embalagens Produto: Nestlé Ovo Gold 330 g Cliente: Nestlé Brasil Brasilgráfica Indústria e Comércio Produto: Caixa Panettone Brasilgráfica 2010 Cliente: Brasilgráfica Indústria e Comércio Embalagens Impressas em suportes metálicos Real Steel Corte e Impressão Produto: Latas Philips Walita Cliente: Philips Walita Real Steel Corte e Impressão Produto: Lata Coleção Quebra‑Cabeça Cliente: Santa Edwiges Real Steel Corte e Impressão Produto: Latas Vintage Cliente: Santa Edwiges
WS Real Print Produto: Latas Festival de Trufas Cliente: Litografia Palmira WS Real Print Produto: Latas Vampiro Cacau Show Cliente: Litografia Palmira Embalagens Flexíveis Plasc – Plásticos Santa Catarina Produto: Looney Jumbo Pack M – 26 Unidades Cliente: Aloés Indústria e Comércio Inapel Embalagens Produto: Tempero Knorr Meu Frango – Limão com Orégano Cliente: Unilever Brasil Peeqflex Indústria e Comércio Produto: Biscoitos Ecológicos Disney – Fadas e Carros Cliente: Pelagio Inapel Embalagens Produto: Purê de Batatas 1.000 g Cliente: Ajinomoto Interamericana Indústria e Comércio Papéis Amália Produto: Chamex Super International Paper Cliente: International Paper do Brasil Sacolas Facform Impressos Produto: Sacola Revista Engenho Cliente: Revista Engenho Facform Impressos Produto: Sacola Rio Ave Cliente: Rio Ave Facform Impressos Produto: Sacola Globo Nordeste Cliente: Globo Nordeste Grafdil Impressos Produto: Sacola Rachel De Martini Cliente: Rachel De Martini Confecções Qualigraf Editora e Gráfica Produto: Sacola ZGT Jeans Cliente: Zigurat Confecções
PROMOCIONAL Pôsteres e Cartazes Facform Impressos Produto: Cartaz Dia do Mídia Cliente: Globo Nordeste Efeito Visual Serigrafia Produto: Pôster Fiado só Amanhã Cliente: Simon VS Digital Produto: Quiosque Chopp Brahma Cliente: Gestão e Pilz Vektra Gráfica e Editora Produto: Cartaz Eristof Cliente: Bacardi Martini do Brasil
Papéis Amália Produto: Banner Natal Coca‑Cola Cliente: Coca‑Cola Recofarma Indústria do Amazonas Catálogos Promocionais e de Arte, sem Efeitos Gráficos Especiais Ipsis Gráfica e Editora Produto: Catálogo da Exposição de Arte Waltercio Caldas – A Série Negra Cliente: Gabinete de Arte Raquel Arnaud Alpha Ultrapress – Beta Imagem Empresa Fotográfica Produto: Catálogo Fazenda Ouro Branco Cliente: Ant’s Design Companhia da Cor Stúdio Gráfico Produto: Palavra Cerzida Cliente: Simone Villani e Flávia Drummond Naves Nova Digital Soluções Personalizadas Produto: Legendary Routes – Route 66 Cliente: Auto Entretenimento Formag´s Gráfica e Editora Produto: Casa Cor Book Colection Rio de Janeiro Cliente: Editora de Cor Catálogos Promocionais e de Arte, com Efeitos Gráficos Especiais RR Donnelley Editora e Gráfica Produto: Paula Fernandes – Ao Vivo Cliente: Talismã Adm. de Shows e Ed. Musical Leograf Gráfica e Editora Produto: Book de Diretrizes da Marca Eudora Cliente: O Boticário Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Catálogo Mood Cliente: Cyrela Brasil Reality Makro Kolor Gráfica e Editora Produto: Catálogo Conceito Loja Anália Franco Dzarm Cliente: Cia. Hering Midiograf Gráfica e Editora Produto: Catálogo Carolina Ferrarini Cliente: Renan Francys Pissolatto Relatórios de Empresas Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Relatório Anual Bradesco Cliente: Camarinha Ipsis Gráfica e Editora Produto: Relatório de Atividades IFHC 2010 Cliente: Instituto Fernando Henrique Cardoso
Leograf Gráfica e Editora Produto: Relatório Anual Invepar Cliente: Investimentos e Participações em Infraestrutura Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Relatório de Sustentabilidade Tractebel 2011 Cliente: Tractebel Energia Rona Editora Produto: Relatório Mendes Junior Cliente: Mendes Junior Trading Engenharia Folhetos Publicitários P+E Galeria Digital Produto: Skate Cliente: ZGDM Ricargraf Gráfica e Editora Produto: Portfólio Cliente: Diageo Prosign Indústria e Comércio Produto: Jogo Americano Cliente: Prosign Ind. e Comércio Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Cartela de Cores Lycra Cliente: Invista Tecnologia Textil Ind. Com. Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Fichas Pascal Campo Belo Cliente: SKR Incorporação e Construção Kits Promocionais Litografia Bandeirantes Produto: Cartucho Promocional “Belezas Naturais – Terra Brasil” Cliente: Litografia Bandeirantes Grafitusa Produto: Vale Cliente: Vale Maxi Gráfica e Editora Produto: Baú Portinari Cliente: Assoc. Cultural Candido Portinari Antilhas Produto: Embalagem Maternidade Mamãe Bebê Natura Cliente: Natura Cosméticos Formag´s Gráfica e Editora Produto: Book Técnico Cliente: Grupo Doria Displays, Móbiles e Materiais de Ponto de Venda de Mesa Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Display Transitions Cliente: Full Jazz P+E Galeria Digital Produto: Gaiola Tam Cliente: Tam Vektra Gráfica e Editora Produto: Móbile Eristof Cliente: Bacardi Martini do Brasil
NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011 REVISTA ABIGR AF
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Gráfica Universal Produto: Display Dom Porfirio Cliente: BB Tobacco Unibrac Indústria Comércio Embalagens Produto: Display de Mesa Renew Gold Cliente: Avon Cosméticos Displays e Materiais de Ponto de Venda de Chão Escala 7 Editora Gráfica Produto: Display Rio Cliente: McDonald’s Brasil Escala 7 Editora Gráfica Produto: Display Piratas do Caribe Cliente: The Walt Disney Escala 7 Editora Gráfica Produto: Display Caminhão Transformers Cliente: Hasbro Brasil Escala 7 Editora Gráfica Produto: Display Portal Gillette Cliente: Procter & Gamble Unibrac Indústria Comércio Embalagens Produto: Display de Chão Renew Gold Cliente: Avon Cosméticos Calendários de Mesa e de Parede Ipsis Gráfica e Editora Produto: Calendário Studio SC 2011 Cliente: Studio SC Fotografia Facform Impressos Produto: Calendário de Mesa Tecpel Cliente: Tecpel Facform Impressos Produto: Calendário de Mesa 50 Anos Coral Cliente: Tintas Coral Facform Impressos Produto: Calendário Renato Filho Cliente: Renato Filho Facform Impressos Produto: Calendário Movimentos Cliente: Theatro Municipal do Rio de Janeiro
COMERCIAL
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Cartões de Mensagem Facform Impressos Produto: Cartões Personalizados Futebol Cliente: Globo Nordeste Efeito Visual Serigrafia Produto: Catálogo Mag Design Cliente: Mag Design P + E Galeria Digital Produto: Avião Sadia Cliente: Sadia Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Cartão de Aniversário Cliente: M. Bistrô
Ativaonline Editora e Servicos Gráficos Produto: Cartão de Natal Especial – Hospital 9 de Julho Cliente: Hospital 9 de Julho Convites Facform Impressos Produto: Convite Warner Bros Cliente: Warner Bros Ultrapress Editora Gráfica Produto: Convite de Formatura – Viçosa Julho de 2011 Cliente: Formandos de Viçosa de Julho de 2011 Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Convite de Casamento – Natalia e Eduardo Cliente: Natalia e Eduardo Gráfica Águia Produto: Convite Julio de Felicitações Cliente: Vitor Hayashida Corgraf Gráfica e Editora Produto: Casamento Patrícia e Alexandre Cliente: Danielle Arte Cartões de Visita Grafiset‑Gráfica e Serviços de Off‑Set Produto: Cartão de Visita Mercopan Cliente: Mercopan J. Di Giorgio & Cia. Produto: Cartão de Visita Peixe Comunicação Cliente: Peixe Comunicação Art Cart Artes Gráficas Produto: Cartão de Visita Ateliê Vanustas Cliente: Ateliê Vanustas Multipla BR Produto: Cartão de Visitas Especial Cliente: Relíquias do Mundo Gráfica Águia Produto: Cartão de Visita Cliente: Imperium Papelarias P + E Galeria Digital Produto: Blocos Age Cliente: Age Comunicação GM Minister Editora Produto: Pasta com Bolsa Vale Cliente: Vale do Rio Doce Efeito Visual Serigrafia Produto: Papelaria HH Inteligência Cliente: HH Inteligência Assessoria Empresarial GH Comunicação Gráfica Produto: Pasta com Corte para Cartão Cliente: Massi Car Service
Corgraf Gráfica e Editora Produto: Papelaria DMS Grupo de Comunicação Cliente: DMS Grupo de Comunicação Formulários Contínuos, Jato e Mailer Cinco Gráfica Produto: Formulário Transonix Cliente: Transonix Gráfica Ipê Produto: Nota Fiscal Cliente: Brascampo Produtos Agropecuários Gráfica Ipê Produto: Nota Fiscal Idealiza Cliente: J. Bortoto Gráfica e Editora Impressos de Segurança Casa da Moeda do Brasil Produto: Selo Comemorativo Theatro Municipal de São Paulo Cliente: ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos Contiplan Indústria Gráfica Produto: Diploma Cliente: Prefeitura Municipal de Malhada Contiplan Indústria Gráfica Produto: Ingresso Cliente: CVC – Comunidade de Vida Cristã Primi Tecnologia Produto: Selo de Vistoria Cliente: SMTR – Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro Primi Tecnologia Produto: Ciat Cliente: SMTR – Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro Cadernos Escolares Espiralados ou Costurados ou Colados ou Argolados ou Grampeados, com Capa Dura ou Capa Flexível, conforme Norma 15733 Tilibra Produtos de Papelaria Produto: Caderno Universitário Capa Dura Top Jolie 10 Matérias Cliente: Tilibra Produtos de Papelaria Tilibra Produtos de Papelaria Produto: Caderno Universitário Capa Dura Princesas 1 Matéria 96 Cliente: Tilibra Produtos de Papelaria Ótima Gráfica Produto: Coleção Linha Dolls Cliente: Ótima Gráfica Agendas Viena Gráfica e Editora Produto: Agenda Prime – Wood Cliente: Dr. Micro Sistema de Ensino
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
Facform Impressos Produto: Agenda Ariano Suassuna Cliente: Marluce e Eurico Grafset Gráfica e Editora Produto: Agenda Espiral Mini Cliente: Grafset Gráfica e Editora Print Midia Produto: Agendas Schulz Cliente: Gráfica e Editora Print Midia Ótima Gráfica Produto: Coleção Agenda Projeto Tamar Cliente: Projeto Tamar
PRODUTOS IMPRESSOS EM ROTATIVA OFFSET HEATSET Revistas Semanais Log & Print Gráfica e Logística Produto: Revista Quem Acontece nº 556 Cliente: Editora Globo Log & Print Gráfica e Logística Produto: Revista Quem Acontece nº 562 Cliente: Editora Globo Plural Editora e Gráfica Produto: Revista Hola! nº 58 Cliente: Editora Siquini Plural Editora e Gráfica Produto: Revista Hola! nº 63 Cliente: Editora Siquini Plural Editora e Gráfica Produto: Revista Hola! nº 46 Cliente: Editora Siquini Revistas em Geral Log & Print Gráfica e Logística Produto: Casa Vogue nº 311 Cliente: Editora Globo Log & Print Gráfica e Logística Produto: Vogue nº 395 Cliente: Editora Globo Log & Print Gráfica e Logística Produto: Vogue nº 393 Cliente: Editora Globo Plural Editora e Gráfica Produto: Revista Rolling Stone nº 59 Cliente: Spring Ibep Gráfica Produto: Revista Daslu nº 46 Cliente: Trip Editora e Propaganda
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Catálogos Promocionais Plural Editora e Gráfica Produto: Natura Ciclo 14, 2011 Cliente: Natura Log & Print Gráfica e Logística Produto: Catálogo Colheita Jequiti Ciclo 09/2011 Cliente: SS Comércio de Cosméticos e Produtos de Higiene Pessoal REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
Plural Editora e Gráfica Produto: Natura Ciclo 13, 2011 Cliente: Natura Plural Editora e Gráfica Produto: Catálogo LJ Femininas Marisa Cliente: Marisa GM Minister Editora Produto: Book Coca‑Cola 125 Razões Cliente: Coca‑Cola
São Francisco Gráfica e Editora Produto: As Maravilhas do Mundo Cliente: São Francisco Gráfica e Editora Vektra Gráfica e Editora Produto: Festas Brasileiras Cliente: Gráfica Vektra Kriativa Gráfica e Editora Produto: Agenda Litokromia 2011 Cliente: Litokromia
Encartes e Folhetos Promocionais Sociedade Vicente Pallotti Produto: Tok Cliente: Tok Comércio de Vestuário Sociedade Vicente Pallotti Produto: Zaffari Economizar é Comprar Bem Cliente: Cia Zaffari Sociedade Vicente Pallotti Produto: Deltasul Cliente: Deltasul Ibep Gráfica Produto: Revista C&A – Outubro – nº 9 Cliente: Trip Editora e Propaganda Ibep Gráfica Produto: Revista C&A – Dezembro – nº 11 Cliente: Trip Editora e Propaganda
Calendários Gráfica Gonçalves Produto: Calendário 2011 – Floresta Amazônica Cliente: Gráfica Gonçalves Corgraf Gráfica e Editora Produto: Calendário de Parede Corgraf Cliente: Corgraf Gráfica e Editora Facform Impressos Produto: Calendário Facform Cliente: Gráfica Facform Gráfica e Editora Posigraf Produto: Calendário Posigraf 2011 Cliente: Posigraf Antilhas Produto: Calendário Antilhas 2011 Cliente: Antilhas Embalagens Editora e Gráfica
Jornais Plural Editora e Gráfica Produto: Jornal Metrô SP nº 1116 – 11/08/2011 Cliente: Publimetro Plural Editora e Gráfica Produto: Jornal Metrô SP nº 1083 – 27/06/2011 Cliente: Publimetro Plural Editora e Gráfica Produto: Jornal Metrô SP nº 1105 – 27/07/2011 Cliente: Publimetro Plural Editora e Gráfica Produto: Jornal Metrô SP nº 1055 – 16/05/2011 Cliente: Publimetro Ediouro Gráfica e Editora Produto: Jornal Peru Molhado nº 1039 Cliente: Editora Miramar
PRODUTOS PRÓPRIOS Kits Promocionais P + E Galeria Digital Produto: Caixa P+E Cliente: P+E Ótima Gráfica Produto: Kit Ótima Cliente: Ótima Gráfica
Catálogos e Folhetos em geral Corgraf Gráfica e Editora Produto: Manual de Pré‑Impressão 4ª Edição “Corgraf” Cliente: Corgraf Gráfica e Editora Eskenazi Indústria Gráfica Produto: Catálogo Promocional Eskenazi Cliente: Eskenazi Indústria Gráfica Efeito Visual Serigrafia Produto: Mostruário de Texturas 2011 Cliente: Efeito Visual Serigrafia Maxi Gráfica e Editora Produto: Vinil Maxi Gráfica Cliente: Maxi Gráfica Gráfica Coppola Produto: Fôlder Apresentação Coppola Cliente: Coppola Gráfica Revistas Próprias Maxi Gráfica e Editora Produto: Revista ABCDesign Maxi Gráfica nº 34 Cliente: Infólio Editora e Maxi Gráfica e Editora Rona Editora Produto: Palíndromo #1 Cliente: Rona Editora Ibep Gráfica Produto: Revista Sua Expressão nº 4 Cliente: Ibep Gráfica
Sacolas Próprias Cartonagem Hega Produto: Sacola Promocional Hega Jeans Cliente: Cartonagem Hega Facform Impressos Produto: Sacola Facform Cliente: Gráfica Facform Editora Gráfica Everest Produto: Sacola Gráfica Everest Cliente: Gráfica Everest Mais Artes Gráficas e Editora Produto: Sacola Provas – Mais Artes Gráficas Cliente: Mais Artes Gráficas e Editora Antilhas Produto: Sacola Embanews 2011 Cliente: Embanews
IMPRESSÃO SERIGRÁFICA Impressão em Serigrafia Imagem Brasil Impressão Digital Produto: Backlight Florata Dia das Mães Cliente: O Boticário Multipla BR Produto: Cartaz Argilotherapy Cliente: All Nature Prosign Indústria e Comércio Produto: Pasta Kit Treinamento Cliente: Prosign Indústria e Comércio Sutto Artes Gráficas Produto: Calendário Caesar Park Cliente: Merchand Design Sutto Artes Gráficas Produto: Jogo Americano + Porta Copo – Caesar Park Faria Lima Cliente: Marcelo Lopes Design
Fornecedores Finalistas Adesivos Artecola Henkel
Equipamentos para Pré‑Impressão Agfa Heidelberg Kodak Screen (T&C)
Blanquetas Bottcher Day Brasil Day International (Real Graphics) Heidelberg Chapas para Impressão Agfa Fujifilm (Antalis) Heidelberg Kodak Equipamentos de Impressão Plana Heidelberg Komori (Gutenberg) Manroland
Papel para Impressão com e sem revestimento International Paper Sappi Cartão para Impressão com e sem Revestimento Ibema Papirus
Equipamentos para Impressão Rotativa Goss Brasil Komori (Gutenberg) Manroland Equipamentos para Impressão Digital Canon do Brasil HP Kodak Konica Minolta (T&C) Brasilgráfica Indústria e Comércio Produto: Cartucho Dove Hair Therapy – Kit Reposição Cliente: Unilever Brasil
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA Inovação tecnológica ou complexidade técnica do processo Facform Impressos Produto: Baú do Galo da Madrugada Cliente: Globo Nordeste P + E Galeria Digital Produto: Encarte LG Cliente: LG Rotomaster Artes Gráficas Produto: Nitro Feras Picante Cliente: Peccin Brasilgráfica Indústria e Comércio Produto: Linha de Cartuchos Halls XS 30 Drops Cliente: Kraft Foods
Equipamentos para Acabamento Gráfico Heidelberg Müller Martini
CONFORMIDADE COM A NORMA NBR NM – ISO 12.647‑2 Impressão em Offset Plana e Rotativa Offset Log & Print Gráfica e Logística Produto: Revista Shape Cliente: Editora Alto Astral Log & Print Gráfica e Logística Produto: Vogue Cliente: Editora Globo Log & Print Gráfica e Logística Produto: Casa Vogue Cliente: Editora Globo Log & Print Gráfica e Logística Produto: Marie Claire Cliente: SS Comércio de Cosméticos
Sistema de Provas Epson (T&C) HP Kodak Tintas Flint Ink Heidelberg Sun Chemical Vernizes Overlake Heidelberg Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Folheto Vision Anália Franco Cliente: Gafisa
CONFORMIDADE COM A NORMA NBR– ISO 12.647‑7 Provas Digitais Nywgraf Editora Gráfica Produto: Prova Digital Cliente: Nywgraf P + E Galeria Digital Produto: Prova P + E Cliente: P + E Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Prova Digital Fosca Cliente: Stilgraf Stilgraf Artes Gráficas e Editora Produto: Prova Digital Brilho Cliente: Stilgraf CSC Núcleo Gráfico e Editorial Produto: Dataset Fogra 39l Cliente: Artpress
NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011 REVISTA ABIGR AF
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Um poema de Ricardo Viveiros, escrito há quinze anos, vem a público como obra infanto-juvenil, com ilustrações do artista plástico Rubens Matuck e prefácio de Ziraldo.
Um poeta sonhador, esperançoso, mas solitário, ainda que cercado por muitas pessoas, recebe do destino uma surpresa que se torna a motivação de sua vida: o amor, fruto de uma amizade verdadeira com um frágil filhote de passarinho, caído ao acaso, na janela de seu apartamento. Juntos eles crescem e sonhos começam a surgir. Mas o poeta logo percebe que a vida é imprevisível como a maré dos oceanos, do mesmo modo que traz coisas boas, também as leva. Essa é a história contada no livro O Poeta e o Passarinho (Editora Biruta). É a vigésima- quarta obra na carreira do jornalista e escritor Ricardo Viveiros e a primeira destinada ao público infanto-juvenil. A metáfora suave sobre a perda foi redigida há quinze anos, quando o primogênito do autor, Ricardo Viveiros Filho, de 26 anos, e sua neta de apenas sete meses foram vitimados por um acidente de automóvel.
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Ricardo ao lado da esposa Marcia Cárdenas Viveiros e os filhos Miguel e Felipe REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
O jovem, também pai de outros dois filhos, era cartunista e chegou a trabalhar como ilustrador para a Revista Abigraf. Diz um provérbio popular que é melhor acender uma vela do que amald içoar a escuridão. A “vela” de Ricardo Viveiros foi o texto, que simboliza essa perda, como tentativa de assimilar um dos momentos mais difíceis da vida do autor. Resgatado depois de 15 anos, o poema foi repartido com amigos, como Rubens Matuck e Ziraldo. Inspirado pela leitura dos versos, o artista plástico fez uma série de ilustrações com lápis de cor alemão em papel de arroz chinês e presenteou Viveiros, com a sugestão para que ele lançasse um livro. Autor de obras biográficas, didáticas, corporativas e de poemas para o público adulto, Viveiros recebeu incentivo do cartunista Ziraldo para fazer um livro direcionado ao público infanto-juvenil. Essa manifestação concretizouse no prefácio, escrito espec ialmente para O Poeta e o Passarinho, projeto que, de imed iato, interessou à Editora Biruta. Para a campanha de divulgação à imprensa, a agência Rino Com desenvolveu fôlderes, banners e displays, agregando uma novidade: um folheto-release com a foto conceitual da campanha — uma gaiola aberta com o livro saindo em busca de sua liberdade. O lançamento aconteceu no dia 23 de outubro na Livraria da Vila do Shopping Cidade Jardim, zona sul de São Paulo. Mais de quinhentas pessoas prestig iaram Ricardo Viveiros na tarde de autógrafos.
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Comunicação reinventada Com o advento da internet e seu crescente uso como meio de comunicação, a publicidade no meio impresso ganha um novo papel. Milena Prado Neves
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a década de 1990, a rede mun de pessoas (com 16 anos ou mais) usuár ias da dial de computadores dava os pri internet. Marcos Swarowsky, vice-presidente meiros passos para consolidar-se de veículos do IAB Brasil, esclarece que o cres como ferramenta de trabalho e cimento da publicidade nos meios digitais se meio de comunicação indispensáveis. No iní deve ao aumento do acesso à internet. “O Bra cio dos anos 2000, ela já era uma real id ade e sil é o terceiro país em vendas de novos com marcava seu papel na vida moderna. Essencial putadores e, consequentemente, os internau ao trabalho, à troca de informações e à conec tas consomem conteúdo e serviços digitais tividade mund ial, a internet ganhou maior ex nestes equipamentos e nas novas tecnolo pansão com o desenvolvimento de novos dis gias que permitem acesso à rede, como celula positivos, em espec ial os portáteis, como os res, tablets e videogames. As 100 maiores em notebooks, tablets e smartphones. presas brasileiras já investem 13,4% de seu De olho neste mercado, a receita publicitá orçamento em meios digitais”. ria no universo online não para de crescer. O im O vice-presidente afirma ainda que, apesar presso, por sua vez, convida seus leitores a visi disso, hoje o percent ual do tempo de uso dos tarem sites na internet, fazendo a ponte entre o meios digitais é maior que o de investimento papel e páginas na rede repletas de animações, neste canal — ou seja, há muita audiência online informações mais atualizadas e, claro, mais pu para pouca publicidade. “Essa equação, no en blicidade. Segundo o Interactive Advertising tanto, tende ao equilíbrio, pois o mesmo acon Bureau Brasil (IAB) — com dados do Projeto In teceu com a televisão em outra época. Vivere termeios —, o faturamento com publicidade em mos ainda um ‘amadurecimento digital’ por parte dos profissionais 2010, somados todos os da área que estão nas meios de comunicação, empresas, ou seja, nos foi de R$ 26,2 mil hões clientes, mas também — um crescimento de dos profissionais que es 18% em relação a 2009. tão nas agências”, prevê. Somente a mídia digital expandiu 28% na com Dados do Ibope/ paração 2009-2010. En Niels en revelam que quanto isso, jornal teve a participação de mer aumento de 3,4% e re cado dos jornais vem vista de 14,9%. No que caindo ano a ano: em tange à participação de 2001 ela era de 21,2%, mercado destes veíc u chegando a 12,4% em los, em 2010 o quadro 2010. O mesmo ocor foi o seguinte: jornal, re com as revistas, que “O impresso está migrando 12,36%; revista, 7,5% detinham 10,6% em e internet, 4,64%. rápido para o digital e oferecerá 2001 e fecharam 2010 com 7,5%. A internet, toda a riqueza desta mídia. enquanto isso, subiu Conectados Planejar uma campanha de 1,5% em 2003 para Com base nos dados multiplataforma é algo bem 4,6% em 2010. do Ibope, Intermeios, Apesar destes nú Anatel, Comscore e E- mais complexo e trabalhoso”. meros, Roberto Muy Bit, o IAB informa que Marcos Swarowsky, vice-presidente laert, presidente da As o Brasil fechou o ano de de veículos do IAB Brasil soc iaç ão Nac ion al dos 2010 com 74 milhões
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
Editores de Revistas (Aner), afirma que o sucesso da internet se deve em grande parte ao impresso. “As revis tas podem ter perdido espaço para a internet, mas é importante lem brar que muito do con teúdo na rede provém das publicações im pressas. Por exemplo, entre janeiro e agosto de 2011, o site da re vista Capricho recebeu cerca de 72 milhões
“As revistas podem ter perdido espaço para a internet, mas é importante lembrar que muito do conteúdo na rede provém das publicações impressas.” Roberto Muylaert, presidente da Aner
de visitas. Além disso, ambas as míd ias estão crescendo, embora a in ternet tenha uma per centagem maior por ser uma mídia nova”. Efraim Kapulski, presidente da Associa ção Brasileira de Mar keting Direto (Abemd), explica que o impres so continua muito im portante no projeto de uma campanha, desde que levados em conta fatores essenciais para
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a ação. “Se bem planejada e executada, dificil a mobilidade está em expansão, um caminho mente uma peça impressa deixará de dar um sem volta. Estudo real izado entre assoc iados bom retorno. Por isso, agências e fornecedores do IAB projeta investimento de R$ 3,04 bil hões de market ing direto têm feito uso constante em 2011. Para fisgar este público ultraconec das mais avançadas possibilidades de comu tado, as campanhas estão cada vez mais con nicação, como sistemas vergindo em diversas de CRM, meios digitais míd ias. “As editoras de revista estão se trans e de impressão perso formando em empresas nalizada”. Os números multiplataformas. Tudo da Abemd confirmam tende a se tornar multi as explanações de Ka mídia. O impresso con pulski. Segundo a en tinuará a ter uma posi tidade, o marketing di ção relevante tanto para reto vem crescendo a a publicidade quanto no taxas super iores a 12% segmento de revistas ao ano na última déca de consumo”, explica da, chegando a uma re o presidente da Aner. ceita de R$ 21 bil hões em serviços prestados Efraim Kapulski, da em 2009. O aumento Abemd, apoia a opinião “A integração das plataformas projetado pelas empre da Aner. “A integração sas do setor é de pou das plataformas impres impressa e eletrônica co mais de 16% ao ano sa e eletrônica vem sen vem sendo praticada pelo até 2014. “O setor de do praticada pelo merca mercado de marketing gráficas — impressão do de marketing direto direto de maneira plena”. de maneira plena. Acre para mark et ing dire Efraim Kapulski, presidente da Abemd dito também que entra to — apresentou um mos em uma época de incremento de 9% em 2009, comparado ao ano anter ior, com recei convivência mais intensa entre os vár ios canais tas estimadas de pouco mais de R$ 3 bil hões, de comunicação, integrando-se a fim de propor índice que comprova a importância das peças cionar os melhores resultados para as marcas. Não há supremacia entre um e outro, mas as impressas”, diz o presidente da Abemd. condições mais adequadas em que cada um deve ser utilizado, seja isoladamente ou em conjun Multiplataformas Ao final de 2011, os investimentos em mí to. Os anunciantes sabem que precisam de to dia display (banners na internet) devem cres das as formas de comunicação, cada qual em seu cer 25%. Isso será equivalente a R$ 1,55 bi momento e com seus objetivos específicos”. lhão em anúncios online. Outro R$ 1,55 bil hão O vice-presidente do IAB acredita que os im virá do search (publicidade através de buscas pressos continuarão a existir e, da mesma for na rede). Estes números representarão 10% do ma, a publicidade nestes meios permanecerá. total. Em um universo de 215 milhões de ce “O impresso está migrando rápido para o digi lulares, a mobilidade será cada vez maior, seja tal e oferecerá toda a riqueza desta mídia. Pla no celular, notebooks ou tablets. As informa nejar uma campanha multiplataforma é algo ções também são do IAB, com dados do Ibope, bem mais complexo e trabalhoso. Vejo como um grande desafio da nossa entidade atuar na Intermeios, Anatel, Comscore e E-Bit. As previsões para este ano são de que a ven simplificação de se planejar e executar o meio da de smartphones ultrapasse a de computadores digital, mas não voltaremos à simplicidade do desktops, notebook e tablets. Mais um sinal de que modelo ultrapassado de TV apenas”. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
Quem patrocina as fronteiras do futuro vale muito. Mais que agradecer, queremos demonstrar todo o nosso reconhecimento aos nossos patrocinadores. Obrigado por trazer novos horizontes para o futuro da Indústria Gráfica.
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15º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica
Transformando ameaças em oportunidades O 15º‒ Congraf discute os desafios impostos pelas mídias digitais e conclui que a indústria gráfica pode usar as novas tecnologias para se reinventar e continuar a crescer.
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dias de palestras, reuniões e muitas trocas de exper iências, mais de 500 congressistas puderam refletir sobre os rumos da indús tria gráfica no Brasil e no mundo. Muito longe da resignação ou do desânimo que a situação poderia suscitar, os sentimentos
predominantes durante o encontro foram de união e de otimismo diante das pers pectivas para o setor. “A indústria gráfica está numa encruzilhada, e esse congres so capta bem o momento. Porque, como toda encruzilhada, ela pode representar
André Mascarenhas
á um consenso em torno do fato de que a indústria gráfica terá de se reinventar para res ponder às novas demandas de comunicação criadas a partir da consolida ção das míd ias e tecnolog ias digitais. E sa ber exatamente como sobreviver a estas mudanças parece ser o grande desafio im posto ao setor. A verdade, entretanto, é que há mais oportunidades do que ameaças no meio dessa encruzilhada. Pelo menos esta foi uma das conclusões centrais do 15 º‒ Congresso Brasileiro da In dústria Gráfica (Congraf), real izado entre os dias 8 e 11 de outubro na cidade para naense de Foz do Iguaçu. Nos quase quatro REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
Fabio Arruda Mortara, presidente da Abigraf Nacional e do Sindigraf
é importante que as gráficas se insiram no processo de comunicação de seus clientes. “Ser parte do processo é gerar demanda, in clusive aquelas que não existiam antes, de senvolver produtos e soluções que o cliente nem imaginava que precisaria”, exemplifi ca o consultor. Para o também consultor e especialista em conflito de gerações Sidnei Oliveira, o setor deve reinventar o produ to gráfico. “É preciso ficar de olho no com portamento do consumidor e inovar. Mas inovação não significa, necessar iamente, fazer tudo novo. Um produto antigo tem sempre o seu valor, e muitas vezes preci sa apenas ser reposic ion ado, melhorado e adaptado”, opinou durante a palestra “O perfil do novo consumidor – Geração Y”. Nesse sentido, explica Oliveira, é preciso tanto ameaças como grandes oportunida des”, resumiu, na abertura do encontro, o presidente interino da Confederação Lati no-A mericana da Indústria Gráfica (Con latingraf), Mário César Martins de Ca margo, que comandou a assembleia geral da entidade durante o Congraf, reunindo representantes do Brasil, Argentina, Chi le, Paraguai e Uruguai. A própria mudan ça conceitual que marcou a concepção do evento refletiu o momento descrito por Mário César. Pela primeira vez, a grade de palestrantes deixou as discussões de as pectos cotid ianos da indústria um pouco de lado para olhar de maneira mais abran gente para o futuro de toda a cadeia da comunicação impressa. Para o presiden te da ABTG, Reinaldo Espinosa, mais do que apresentar respostas, a proposta do encontro era suscitar a discussão. “Nosso objetivo é confundir, não explicar, ou seja, que todos saiam daqui pensando em como será o futuro da nossa indústria”, provocou Espinosa, também na abertura do evento. Quem assistiu à maioria das palestras pôde deixar o Congraf com algumas boas conclusões sobre os rumos do setor. Para o consultor gráfico Hamilton Terni Cos ta, que apresentou a palestra “O futuro da gráfica e a construção de valor nas rela ções comerciais”, as empresas que conse guirem ser mais do que fornecedores esta rão a meio caminho do sucesso nesse novo cenário. Nesse sentido, explicou Hamilton,
(E/D) Sidney Paciornik, presidente da Abigraf Regional PR e Claudio Baronni, presidente do Conselho Diretivo da ABTG
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15º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica
Fabio Mestriner
Bruno Mortara
que as empresas tenham estratég ias para atingir o novo consumidor, de preferência com originalidade. “Lembrem-se sempre de que os jovens estão se conectando não só com os aparelhos, mas com as pessoas e com o mundo. Há crianças hoje que só que rem usar cadernos que tenham selo de sus tentabilidade. É preciso ficar atento a estes comportamentos”, alertou.
Sidnei Oliveira
Mariela Castro
difundida em meados da década passada, a mensagem tornou-se moda de marketing entre as empresas que pretend iam surfar, sem grandes esforços criativos, na onda da sustentabilidade. Por isso, uma das conclu sões centrais do Congraf foi exatamente
Flavio Botana
no sentido de reforçar a necessidade de se munir a indústria gráfica com mais infor mações em prol do caráter altamente sus tentável do produto impresso. Neste sen tido, o exemplo mais lembrado foi o da já bem sucedida Campanha de Valorização do
Sustentabilidade
Usar as novas míd ias digitais a favor da in dústria gráfica não significa, no entanto, que o setor deva ignorar um dos principais desaf ios impostos por este novo cenário: a equivocada associação do produto impres so com a devastação de florestas. Quem nunca recebeu um e-mail com uma men sagem de rodapé, supostamente “ecologi camente correta”, alertando o destinatário contra o “desperdício” de papel? Bastante
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Durante o Congraf foi realizada assembleia geral da Conlatingraf, com a participação de representantes da Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai
Mesa constituída na abertura do congresso (E/D): Vitor Paulo de Andrade, presidente da Andipa; Jair Leite, presidente do Sigep; Reinaldo Espinosa, presidente Executivo da ABTG; James Hermes dos Santos, presidente do Conselho Diretivo da Abigraf Nacional; Fabio Arruda Mortara, presidente da Abigraf Nacional; Felipe Gonzalez, secretário de Turismo de Foz do Iguaçu, representando o prefeito; Sidney Paciornik, presidente da Abigraf PR; Mário César de Camargo, presidente interino da Conlatingraf; e Eduardo Quartim Chede, presidente da Abiea
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
15º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica
Papel e da Comunicação Impressa, promo vida pela Abigraf Nacional, que tem o mote “Imprimir é dar vida”. Lançada no ano pas sado, com o apoio de dezenas de entidades de classe, a iniciativa tem difundido com sucesso a ideia de que o papel no Brasil, além de facilmente reciclável, provém to talmente de florestas plantadas, que ainda
retiram da atmosfera toneladas de gases que provocam o efeito estufa. Na palestra “Tendênc ias tecnológicas – Convergênc ias de míd ias ou substitui ção?”, o diretor da ABTG Certificadora, Bru no Mortara, lembrou que, além de ter uma elevada pegada de carbono, a indústria de hardware é responsável pela produção de
toneladas de lixo eletrônico, altamente po luente e cujo descarte surge como o verda deiro desafio ecológico desta década. Isso sem falar nos enormes riscos à saúde pro vocados pela prospecção dos metais ne cessár ios para a produção desses equipa mentos. Na opinião de Bruno Mortara, a indústria gráfica deve aprofundar essas
Educação e criatividade: as chaves para o crescimento P
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ara a maioria dos participantes do 15º Congraf, o balanço do principal fórum de dis cussões acerca das perspectivas da indústria gráfica brasileira foi bastante positivo. Quem pôde acompanhar algumas das mais de vinte palestras realizadas ao longo de cinco dias de evento, no Mabu Thermas Resort, em Foz do Iguaçu (PR ), saiu com a impressão de que o setor irá se manter forte enquanto o Brasil continuar a crescer. O presidente da Abigraf Nacional, Fabio Arruda Mortara, re sumiu esse sentimento ao fim do encontro. Segundo ele, a qualidade dos palestrantes deu os subsídios para reflexões aprofundadas sobre o futuro. “Os resultados das análises que fizemos das ameaças e oportunidades no setor, principalmente vendo as ameaças como oportunidades, e não como um fato ruim, foram positivos. O Brasil está crescendo e precisa muito da indústria gráfica. Por isso, a mensagem que fica do Congraf é de muito otimismo”, disse Mortara. As palavras do dirigente ecoaram algu mas das principais palestras do congresso. Um dos pontos mais reforçados ao longo do encontro foi justamente a necessidade de se elevar a qualidade da educação brasileira para que o crescimento econômico que se tem observado nos últimos anos seja sus tentável. E, de acordo com o presidente do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb, o sociólogo Cesar Callegari, a indústria gráfica seria uma das principais beneficiadas com eventuais melhorias nessa área. “Quando avança a educação, automati camente avança a indústria gráfica”, lembrou Callegari, que proferiu a palestra “Educação de qualidade como fator de sustentabilida de do desenvolvimento”. Na apresentação, pontuada por dados sobre a situação da
educação brasileira, o sociólogo mostrou um dos motivos pelos quais a indústria grá fica americana produz anualm ent e mais de US$ 130 bilhões, enquanto a produção brasileira está na casa dos US$ 17 bilhões: nos EUA , os investimentos anuais por aluno são, em média, de US$ 9,9 mil, enquanto que no Brasil estão na casa de US$ 1 mil. “Investir mais e melhor em educação é um com promisso de natureza estratégica”, resumiu Callegari. “Minha esperança é que a indústria gráfica do Brasil se posicione”. A provocação deu resultados. Ao fim do Congraf, Mortara anunciou que a Abigraf apoiaria a proposta, em tramitação na Câmara dos Deputados, no âmbito do Plano Nacional de Educação, de investimento de 10% do PIB brasileiro em educação a partir de 2012. Cotidiano Para além da discussão política, o Congraf mostrou também a importância da reflexão para tomada de decisões práticas e ime diatamente aplicáveis para a melhoria dos negócios. Na avaliação do presidente da Abigraf-PR , Sidney Paciornik, o Congraf foi um sucesso ao despertar nos congressistas análises não tão fáceis de se fazer no dia a dia. “No cotidiano, o empresário nem sempre tem tempo e subsídios para avaliar melhor as suas estratégias e ações. Aqui pudemos ter muito conhecimento e troca de experiências que nos darão embasamento para repensar nossas empresas”. Para Sidney, uma das prin cipais reflexões é sobre o quanto as empresas precisam trabalhar a intangibilidade, ou seja, melhorar suas marcas, reputação, criativida de e marketing. “É preciso focar menos em produto e mais no que podemos fazer real mente para melhorar o negócio do cliente.
Não só produzir o que nos pedem. Temos que nos antecipar e sugerir soluções”. As colocações do presidente da Abigraf-PR refletem as conclusões de uma das apresen tações mais disputadas do Congraf. Na pa lestra “Economia, sustentabilidade e futuro”, a especialista em economia criativa e susten tabilidade Lala Deheinzelin explicou por que entre 1981 e 2011 os aspectos intangíveis (marca, reputação, criatividade, cultura, design etc.) saltaram de 17% para 70% do valor de uma empresa. Os números dizem muito sobre uma das principais características que norteiam a chamada economia criativa. In vestir no capital social e humano, na cultura, na inovação e na criatividade é a regra básica para as empresas que querem sobressair no presente e no futuro de alta competitividade. A orientação da consultora para o setor gráfico é usar a economia criativa, a intan gibilidade e se renovar. “Cada vez mais as pessoas querem experiência quando adqui rem um produto ou serviço. A experiência proporcionada pelo impresso é muito mais rica do que a do mundo virtual, por exemplo. Por isso, é preciso conhecer o cliente e o que ele quer, produzir por demanda e pensar na função, e não simplesmente na forma”. Na opinião do presidente da ABTG , Rei naldo Espinosa, essas conclusões devem ser, literalmente, tiradas do papel. Ou seja, mais do que colocá-las em prática, os empresários do setor devem perceber que sua atividade é a impressão, seja ela em insumos de ce lulose ou sobre outras superfícies. “O Brasil está crescendo e precisamos aproveitar as oportunidades. Se vamos imprimir no papel, no vidro ou na parede, e com qual tecnolo gia, não importa muito. O que precisamos é ocupar os espaços”, concluiu.
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15º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica
Mário César de Camargo
Hamilton Terni Costa
análises e usá-las como subsíd ios na dis cussão sobre as vantagens e desvantagens do digital. “O meu instinto diz que a indús tria gráfica não precisa se desesperar. Mas precisamos de estratég ias mais inteligen tes. E temos também que tomar algumas medidas em relação à indústria da comu nicação eletrônica, que tem se aproveitado da dificuldade de articulação da indústria gráfica para ganhar espaço”.
Lala Deheinzelin
Cesar Callegari
Mas o exemplo maior da união do setor se deu com a aprovação da Carta de Foz do Iguaçu (veja box), que encerrou com chave de ouro o congresso. O documento, que aponta os caminhos pelos quais a indústria gráfica brasileira pode contribuir para a erradicação da miséria no Brasil, foi assinado por todos os presidentes regionais da Abigraf presen tes no encerramento do evento. A carta traz, ainda, um apelo de toda a indústria gráfica
União
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Em meio a tantos desa fios e oportunidades, o 15 º‒ Congraf provou, acima de tudo, a capa cidade de mobilização do setor gráfico. Lide rado pelo presidente da Abigraf Nac ion al, Fa bio Arruda Mortara, o evento foi promovi do pela Abigraf Nacio (E/D) Manoel Manteigas de Oliveira, diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris, nal em parceria com a e Reinaldo Espinosa, presidente executivo da ABTG Abigraf-PR , e contou com apoio técnico da ABTG. Além do Paraná, representantes de 17 regionais estiveram presentes no con gresso: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Nor te, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Fabio Mortara também presidiu uma reunião com os pre sidentes das regionais da Abigraf e de sin dicatos da indústria gráfica de 15 estados, em plena tarde de domingo. No encontro, os dirigentes discutiram soluções para a ampliação do projeto Semana de Artes Grá ficas, da ABTG, para todos os estados onde a Abigraf possui representações. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
José Carlos Brunoro
em prol da ampliação dos investimentos em educação no Brasil. Desta forma, a Abigraf tornou-se a primeira entidade representa tiva da indústria brasileira a apoiar a meta de investimento de 10% do PIB em educa ção, proposta atualmente em discussão no âmbito do Plano Nacional de Educação, em tramitação no Congresso Nacional. De acor do com Fabio Arruda Mortara, além de ali nhado com os objetivos do Governo Federal para a erradicação da miséria, um eventual endosso da proposta pelo governo trará be nefícios para o setor. “Somos uma indústria que, para crescer, depende que a educação se consolide como uma prior idade de toda a sociedade. Com mais gente alfabetizada, mais livros e impressos serão produzidos”, resumiu Mortara ao fim do congresso. Patrocinadores do 15º- congraf Ibema, Sebrae Nacional, International Paper, Senai-PR, Calcgraf, Manroland, Metrics e Zênite Sistemas
Abigraf defende investimento de 10% do PIB em educação O encerramento do 15º Congraf foi mar cado pela assinatura de um documento que defende, entre outras medidas, a des tinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para a educação a partir de 2012. Dessa forma, a Abigraf tornou-se a primeira entidade representativa do setor industrial a apoiar a meta, atualmente em discussão no âmbito do Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Congresso Nacional. A proposta é parte da Carta de Foz do Iguaçu (ao lado) e foi endossada por todos os presidentes regionais da Abigraf presentes no últi mo dia do evento. Além da destinação dos recursos, o documento traz outras propostas ligadas ao setor gráfico que trariam benefícios para a educação, saúde e segurança alimentar. O PNE é o principal plano de diretrizes e metas do Ministério da Educação (MEC) para os próximos dez anos. Além de esti pular o volume do investimento público em educação, o projeto inclui, entre ou tros objetivos, a universalização do ensino dos 4 aos 17 anos, a elevação da média das escolas brasileiras no Índice de De senvolvimento da Educação Básica (Ideb) e no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) e o incentivo à formação inicial e continuada de professores. As discussões mais acaloradas acerca do PNE, entretanto, giram mesmo em tor no do porcentual de investimento. O texto original do projeto fala em “ampliar pro gressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do produto interno bruto do País”. Mas o tema é tão sensível que o próprio ministro da Educação, Fernando Haddad, procurou se desviar da polêmica. “Não vai ser menos que 7% e nem mais do que 10%. Esperamos contar com a participação do Congresso”, desconver sou Haddad na ocasião. Entre os profis sionais da educação, porém, o assunto é unanimidade. No dia 26 de outubro, a Confederação dos Trabalhadores em Edu cação (CNTE), ligada à CUT, organizou uma marcha em Brasília para defender os 10%. Na ocasião, representantes da entidade le varam milhares de assinaturas em prol da proposta para o relator do PNE na Câmara, deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR). Até o fechamento desta edição, o PNE ainda não havia sido colocado em votação.
Carta de Foz do Iguaçu
áfica em prol Manifesto da indústria gr asileiro br o do desenvolviment
stria Gráfica – Congraf, indus
ngresso Brasileiro da Indú Reunidos em Foz do Iguaçu, no 15º Co documento, sob a ileiras, aprovaram por unanimidade este
triais gráficos, de todas as regiões bras miséria, reiterado apoio ao compromisso de combater a chancela oficial da Abigraf Nacional, em ão das Nações nizaç Orga tura da 66ª Assembleia Geral da pela presidente Dilma Rousseff na aber Unidas, em 21 de setembro. os e em nações graves crises fiscais nos Estados Unid Neste momento de incertezas ante as anitário, contri hum r valo social intensiva, além de seu europeias, entendemos que a inclusão is às oscilações etíve susc interno, tornando-nos menos buirá para o fortalecimento do mercado s nos últimos ileiro bras ômica de mais de 40 milhões de internacionais. A ascensão socioecon modo mais de mos rásse , contribuindo para que supe anos comprovou a correção dessa tese rápido e eficaz a crise de 2008. tre as providên relevantes a serem solucionados. Den Contudo, o País ainda tem problemas comunicação da utiva prementes é ligada à cadeia prod cias a serem tomadas, uma das mais os de pagar litad ssibi impo idade para todos os brasileiros impressa: a educação pública de qual escolas particulares. pras de livros, dos programas governamentais de com Nesse sentido, propomos a ampliação um avanço a o com os to de títulos e gêneros. Entendem tanto em número de exemplares, quan ticas. Contu didá das além literatura e de interesse geral, inclusão, já implementada, de obras de para que os ço espa abre ento no mundo contemporâneo do, a imensa diversidade do conhecim ampliada a ser deve bém gama mais ampla de livros. Tam alunos das escolas públicas recebam s que mais rimo Suge a. régu o cadernos, lápis, borracha e compra de material escolar básico, com mento incre o para a aind ria jem-se nesse esforço. Contribui governos estaduais e municipais enga torial. edi ento segm o para a irrestrita de papel importado dos nossos padrões educacionais a ofert péis pa de tipos ns algu licença prévia de importação para Assim, a recém-adotada exigência de , mos insu es dest ores eced ultar a competição entre os forn deveria ser revista. Ao restringir e dific . a medida press iona os preços para cima lares de to seria isentar os cadernos e materiais esco ação Outra medida de estímulo à educ de menor ias l í m fa de parte o e facilitando a compra por dos os impostos, barateando o seu cust ileiros, bras ios p í c i n mu nos ção de bibliotecas públicas renda. Defendemos, também, a implanta 10% que õe prop ileiro bras l habitantes. O setor gráfico no mínimo de uma para cada trinta mi do PIB seja investido em educação. erradicação da dicionante ao sucesso da meta de No âmbito da saúde, outro fator con icamentos. med dos ens stos incidentes sobre as embalag miséria, sugerimos a isenção de impo ens dos alag emb às a-se édios. O mesmo raciocínio aplic Tal medida baratearia o custo dos rem tivos posi xos refle ria have , a. Sem a pesada carga tributária produtos que compõem a cesta básic ação p u c preo ente cresc de a de elevação tem sido objeto no preço dos alimentos, cuja tendênci a, aind os, ndem Defe ). FAO ( Agricultura e Alimentação da Organização das Nações Unidas para a trab de ero núm de gran que levaria à formalidade um a desoneração da folha de pagamento, mais acessíveis. ução, refletindo em produtos gráficos prod lhadores e baratearia os custos de s de crédito, linha de ão ç cial. Por isso, propomos a cria Qualidade da vida é outro desafio cru há tempos, tor, O se cas. gráfi entos em produção limpa nas com juros diferenciados, para investim recursos de de ilida onib disp já se verificaram. Porém, a preoc upa-se com isso, e muitos avanços ssem pude ial, r a s re p em ue gráficas, a maioria nesse parq possibilitaria que milhares de pequenas ilidade. realizar essa lição de casa da sustentab gráfica em favor ubstancia a contribuição da indústria cons s O conjunto de nossas proposta iente saudável é b am meio e ado, alimentado, com saúde de um Brasil melhor. Povo culto, educ ria. misé sem país vimento, na busca por um a essência da democracia e do desenvol Abigraf Nacional Foz do Iguaçu, Paraná, 11 de outubro de 2011.
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Fotos: Everton Amaro e Julia Moraes
Industriais gráficos tomam posse na Fiesp, em diretoria liderada por Paulo Skaf Reeleito para o mandato 2011–2015, Skaf irá trabalhar ao lado de líderes da indústria paulista, representada em todos os seus segmentos.
E
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m cerimônia realizada no dia 26 de setembro, no Teat ro Municipal de São Paulo, tomou posse para o mandato 2011-2015 o presidente da Federação das Indúst rias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Paulo Skaf. A ssumiram também Benjamin Steinbruch, como 1º‒ vice-presidente; João Guilherme Sabino Ometto, 2º‒ vicepresidente; e Josué Christiano Gomes da Silva, 3º‒ vice-presidente. As demais vice- presidências — que reúnem 21 representantes de diversos segmentos produtivos — foram ocupadas por nomes de destaque na indústria paulista. Entre eles, o ex-presidente da Abigraf Nacional e do Sindigraf- SP, Mário César Martins de Camargo. Também tomou posse como diretor da Fiesp o atual presidente da Associação e do Sindicato, Fabio Arruda Mortara. No total, foram apresentados 132 dirigentes da Fiesp e 134 do Ciesp. A cer imônia, que foi também prest ig iad a por Max Schrappe, ex- v ice-presidente da Fiesp, e ex-presidente da Abigraf Nacional, ABTG e SindigrafREVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
SP, contou com a presença do governador do Estado, Geraldo Alckmin; do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab; dos ministros de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, e do Esporte, Orlando Silva; do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito; do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, e do ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do TRE, Ricardo Lewandowski; além de inúmeras outras autoridades dos poderes ju diciár io, legislativo e executivo. Um dos destaques, além do ex-governador José Serra foi a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, muito aplaudido por todos. A Fiesp representa 131 sindicatos patronais, reunindo cerca de 150 mil indústrias de todos os segmentos. Organizada em 51 diretor ias regionais, a Federação tem representatividade es tadual e comporta, ainda, o centro de estudos Instituto Roberto Simonsen (IRS), as unidades do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai) e do Serviço Social da Indústria de São Paulo (Sesi). O Ciesp reúne cerca de 10 mil empresas associadas e suas controladoras, bem como diversas assoc iações ligadas ao setor produtivo. O Centro está representado por 43 diretor ias regionais e distritais em todo o Estado.
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No momento em que cresce a demanda por profissionais qualificados, a escola moderniza-se e espera atender mais de oito mil alunos em 2014. Tânia Galluzzi
Escola Senai Theobaldo De Nigris está completando 40 anos. E chega a essa marca não apenas comemorando as conquistas do passado, mas, sobretudo, olhando para o horizonte, projetando as necessidades da indústria da comunicação nas próximas décadas e preparando-se para atendê-las através de um amplo projeto de reestruturação. Ele começou a ser delineado em 2006, envolvendo a instituição como um todo: reforma pred ial, aquisição de novos equipamentos, atualização, ampliação e criação de novos cursos, com
62 REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
Escola Senai Theobaldo De Nigris acompanha a evolução da indústria
investimentos da ordem de R$ 30 mil hões. Assim como a Theobaldo De Nigris, todas as demais unidades do Senai-SP estão passando por esse processo. A estrutura física da escola está sendo modificada com a finalidade de modernizar as instalações, proporcionando mais conforto aos alunos e docentes, assim como reduzindo o impacto ambiental da unidade e aproveitando melhor seus recursos. Os novos espaços já estão recebendo equipamentos de última geração. Na área de impressão offset, destaca-se uma máquina que emprega tecnologia de secagem ultrav ioleta. Em flexografia, a estrela é uma nova impressora de banda estreita para rótulos
Theobaldo De Nigris (1907–1990), foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo. Contribuiu decisivamente para a instalação do Colégio Industrial de Artes Gráficas em 1971, que, em justa homenagem, passou a se chamar Escola Senai Theobaldo De Nigris, em agosto de 1974
NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011 REVISTA ABIGR AF
63
Theobaldo De Nigris apresenta a maquete do complexo escolar do Senai em São Paulo, em 1969, que viria a ser inaugurado em 1971 com o nome de Colégio Industrial de Artes Gráficas. À sua direita, de terno claro, Rubens Amat Ferreira, presidente da Abigraf
e etiquetas, com seis unidades de impressão. O acabamento foi incrementado com linhas de lombada canoa, dobradeiras e máquinas de corte e vinco especialmente desenhadas para o segmento de embalagem. A pré-impressão vem recebendo novos softwares e os laboratórios am pliaram suas operações com modernos sistemas de medição, ensaios e testes. A renovação das instalações das escolas que constituem o Senai-SP é acompanhada pelo rea linhamento das grades curriculares. Na verdade, elas nunca foram estáticas. Ajustes para que os cursos sigam os movimentos da indústria fazem parte da dinâmica das escolas; todavia,
64
o que ocorre agora vai além. “Trata-se de um ponto de inflexão, uma vez que a metodologia de ensino está sendo alterada”, afirma Ma noel Manteigas de Oliveira, diretor da Theo baldo De Nigris. Partilhando de uma tendência mund ial no ensino prof issionalizante, as unidades do Senai-SP estão abandonando a metodologia com base em conteúdos, substituindoa pela metodologia com base em competências. Essa metodologia fundamenta-se no conceito de que formar um prof issional é muito mais do que alimentá-lo de conhecimento. É garantir que ele possa mobilizar, além do conhecimento, habilidades e atitudes. O que passa a nortear
Industriais italianos visitam as instalações na rua Bresser, na Mooca. Novembro de 1971
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
Escola Senai Theobaldo De Nigris
Em 1971, com o apoio da associação italiana de fabricantes de máquinas gráficas (Acimga), seis especialistas vieram da Itália para colaborar na estruturação do Ciag. Na foto aparecem três deles (assinalados E/D): Sergio Vay, Gian Moccagatta e Bruno Cialone. À esquerda de Bruno, Humberto Orlando, diretor do colégio.
o desenvolvimento do curso é a solução de problemas que o indivíduo vai enfrentar dentro da indústria, trazendo a real id ade da fábrica para a sala de aula. Essa mudança deverá reforçar ainda mais o alto índice de empregabilidade dos cursos técnicos oferecidos pelo Senai-SP. De um modo geral, no per íodo de um ano após a conclusão do curso, 86% dos alunos egressos do Senai estão
66
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
2004 2005
2006
2007 2008
2009 2010
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Primeira turma de formandos do Curso Superior de Tecnologia Gráfica, em 2002
empregados. Esse resultado é fruto da organização da instituição, dos recursos tecnológicos dos quais dispõe e do fato de os cursos refletirem as necessidades da indústria. Por oferecer oportunidades reais de trabalho na indústria, o Senai é muito procurado. Ao longo de seus quase 70 anos, que serão completados em 2012, o Senai consolidou-se no Brasil como a opção de formação que garante empregabilidade, fazendo com que seus cursos tenham, anualmente, mais candidatos do que vagas. É o que acontece
na Theobaldo De Nigris. De acordo com o diretor da escola, se em alguns cursos a procura recuou ligeiramente, não é porque o interesse pela área caiu, e sim pelo fato de o Senai ter inaugurado novas escolas em São Paulo. Conc luído todo o processo de reestrutura ção, a Escola Senai Theobaldo De Nigris projeta chegar a 2014 com um total de 8.225 matrículas ativas, o que representa crescimento de 57% em relação aos números de 2011. Mais do que a expansão quantitativa, que não pode ser posta de lado em função da expansão do mercado, a instituição estará qualitativamente mais bem organizada para cont inuar contribuindo para o desenvolvimento da indústria.
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Escola Senai Theobaldo De Nigris
O ínício
A Theobaldo De Nigris no início da década de 1970
anos depois, as duas unidades tiveram suas operações integradas nas mesmas instalações. Em 1979 teve início a oferta do curso técnico de Celulose e Papel para atender à crescente demanda desse segmento. Com a implan tação, em 1998, da Faculdade de Tecnologia Gráfica, o Senai tornou-se a primeira institui ção da América Latina a oferecer um curso superior nesse segmento. Em abril de 2002, Escola Senai Felício Lanzara, no Cambuci o curso foi reconhecido pelo MEC , tendo sido avaliado com a menção “A”. primeira escola de artes Os cursos de pós-graduação gráficas do Senai foi instala começaram a ser oferecidos da em 1945 no bairro do Be em 2005. Atualmente, as Es lém, em São Paulo, destina colas Senai Theobaldo De da à formação de aprendizes Nigris e Felício Lanzara e a para atender à demanda dos Faculdade Senai de Tecno estabelecimentos gráficos logia Gráfica compõem o na cidade, que, naquela épo mais importante centro de ca, empregavam cerca de tecnologia gráfica do Hemis 12.000 trabalhadores. Nos fério Sul, atuando em quatro anos seguintes o Senai pau vertentes de prestação de lista intensificou a oferta de serviço: educação profissio cursos e treinamentos e, em Felício Lanzara (1895–1962), fundador nal, assessoria técnica e tec 1951, transferiu a Escola de da Gráfica Lanzara, foi presidente do nológica, pesquisa aplicada Artes Gráficas para um novo Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo no biênio 1938/39. e informação tecnológica. edifício, no bairro do Cam Em novembro de 1962, a Escola de A formação prof iss ion al é buci, tradicional reduto da Artes Gráficas do Cambuci, em sua homenagem, passou a ser conhecida oferecida desde o nível bá indústria gráfica na capital. como Escola Senai Felício Lanzara sico até a pós-grad uaç ão. Em 1962, essa unidade pas sou a se chamar Escola Senai Felício Lanzara, em homenagem ao importante líder do setor gráfico. Em 1971, com a cooperação técnica da italiana Acimga (Associazione Costruttori Ita liani Macchine Grafiche ed Affini — associação dos fabricantes italianos de máquinas gráficas e afins), o Senai-SP inaugurou o Colégio Indus trial de Artes Gráficas na Mooca, onde passou a oferecer o curso técnico em Artes Gráficas, incorporando Theobaldo De Nigris ao nome três anos depois, em deferência ao empresário, um dos principais expoentes do setor. Sete
A
NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011 REVISTA ABIGR AF
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ECONOMIA Texto e dados: Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf
Perfil da indústria gráfica na região Norte do Brasil Após os perfis das regiões Sul e Nordeste, damos continuidade à série com o mapeamento econômico da indústria gráfica brasileira, apresentando os dados da região Norte fornecidos pelo Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf.
e Suriname, além do território da Guiana Francesa). A economia da reg ião baseia-se nas atividades industriais, de extrativismo vegetal e mineral, inclusive de petróleo e gás natural, agricultura e pec uár ia, além das atividades turísticas. Em 2008, o seu Produto Interno Bruto (PIB) representava 5,3% do nacional. A participação per centual de cada estado no PIB nacional está apresentada na tabela 1. A indústria também exerce grande importância na captação de receitas financeiras. O Polo Industrial de Manaus, composto por mais de 500 indústrias de var iados segmentos (eletroeletrônico, químico, informática, fabricação de motos, bicicletas e alimentício, por exemplo), é um dos grandes destaques desse setor da economia.
A
reg ião Norte é a mais extensa das cinco reg iões brasileiras, com uma área de 3.869.637 km² (42,27% do território brasileiro). É formada por sete estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, e faz fronteiras com seis países sul-americanos (Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuel a, Guiana
A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que se expandiu através de políticas de incentivos fiscais, é outro destaque na Reg ião Norte. Figura 2: Porte das indústrias gráficas na Região Norte – 2010
Micro 84,6%
Pequeno 13,8%
Tabela 1: Participação dos estados da região Norte no PIB nacional – 2008 Produto Interno Bruto a preços correntes (Mil Reais)
Participação na Região Norte
Participação no PIB nacional
Pará
64.836.944
40%
2,1%
Amazonas
46.822.572
29%
1,5%
Rondônia
17.888.006
11%
0,6%
Tocantins
Estados
13.090.837
8%
0,4%
Acre
6.730.107
4%
0,2%
Amapá
6.683.188
4%
0,2%
Roraima
4.889.303
3%
0,2%
160.940.957
100%
5,3%
Total
Médio 1,6% Fonte: MTE/RAIS 2010. Elaboração: Decon/Abigraf.
Tabela 2: Resumo dos indicadores da região Norte do Brasil Acre Amapá Amazonas Estados
Pará
Fonte: IBGE. Elaboração: Decon/Abigraf.
Rondônia Roraima
Figura 1: Distribuição do emprego na indústria gráfica por porte de empresa – 2010 250 ou mais
0,4% 0,3%
De 100 a 249
1,1% 1,0%
De 50 a 99 De 20 a 49
70
Características geográficas
■ Brasil ■ Região Norte
Área
1,9% 2,0%
15.865.678 hab. (IBGE/2010)
Densidade
3,77 habitantes /km² Indicadores
81,8% 81,0% 8,2% 9,7%
Fonte: MTE/RAIS 2010. Elaboração: Decon/Abigraf.
IDH médio PIB PIB per capita Fonte: Wikipedia
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
3.869.637,9 km²
População
6,6% 6,0%
Até 19 Nenhum
Tocantins
0,764 (PNUD/2005) R$ 154,7 bilhões (IBGE/2008) R$ 10.216,43 (IBGE/2007)
Tabela 3: Dados gerais da indústria gráfica na região Norte do Brasil – 2008 e 2010 2008
Número de estabelecimentos Número de funcionários Número de funcionários / estabelecimento Valor bruto da produção industrial (R$ milhão) Balança comercial (US$ FOB milhões)
2010
% NO PERÍODO
Norte
BRASIL
% Particip.
Norte
BRASIL
% Particip.
602
19.006
3,2%
689
20.007
3,4%
4.583
209.736
2,2%
4.714
220.796
2,1%
7,6
11
—
6,8
11
—
280
28.569
1,00%
291
29.717
4,5%
– 28,42
– 114,42
—
– 30,71
– 160,19
—
Norte
BRASIL
14%
5%
3%
5%
– 10%
0%
4%
4%
—
—
Exportação (US$ FOB milhões)
2,43
255,71
1%
6
248,97
2%
147%
– 3%
Importação (US$ FOB milhões)
30,85
370,12
8%
37,72
409,16
9%
19%
11%
Fonte: MTE/RAIS, AliceWeb/MDIC, PIA/IBGE. Elaboração: Decon/Abigraf
Figuras 3 e 4: Distribuição do emprego do setor gráfico na região Norte e no Brasil por faixa de remuneração e por nível de escolaridade
Rendimento em salários mínimos
Faixa de remuneração
Nível de escolaridade
Ignorado
Superior completo
Mais de 20,00
Superior incompleto
Entre 15,01 e 20,00 Entre 7,01 e 15,00 Entre 4,01 e 7,00
5% 5% 52%
Médio completo 2%
66%
6%
5%
27%
Fundamental completo
32% 45%
Entre 1,01 e 2,00 4%
11% 10%
Médio incompleto
11%
Entre 2,01 e 4,00
Até 1,00
9% 6%
Fundamental incompleto 57%
Analfabeto
8%
9%
16%
7% 5% 0% 0,2%
■ Brasil ■ Região Nordeste
Fonte: MTE/RAIS 2010. Elaboração: Decon/Abigraf.
A indústria gráfica na região
A importância do setor gráfico da reg ião confirma-se com os dados estatísticos que revelam sua participação no contexto na cion al, como a produção, quantidade de empresas e o perfil da mão de obra. O valor da produção industrial gráfica no Norte em 2010 foi de R$ 280 mil hões (Fonte: IBGE, com estimativa do Decon/ Abigraf). De acordo com os dados do Ministério do Trabalho (MTE/RAIS), seu setor gráfico reúne 689 empresas, número que corresponde a 4% das 20.007 existentes em todo o País (Tabela 3). Entre 2008 e 2010, esse contingente apresentou crescimento de 14%, muito super ior à média na cional, de apenas 5% no per íodo. Com relação à mão de obra, a reg ião Norte emprega 4.714 dos 220.796 postos de trabalho gerados pelo setor em todo o território nacional (2,2% dos funcionár ios gráficos). Quanto à balança comerc ial do setor, segundo a Secretaria de Comércio Exter ior
(Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exter ior (MDIC), a re gião Norte exportou, em 2008, US$ 2,4 mi lhões e importou US$ 30,8 milhões em produtos gráficos, gerando déficit comercial de US$ 28,4 milhões. Em 2010, o déficit foi su per ior ao do ano de 2008, com US$ 30,7 mi lhões negativos, resultado das importações no valor de US$ 36,7 milhões e exportações de apenas US$ 6,0 milhões. Apesar do valor
muito baixo das exportações da reg ião em 2010, o aumento foi de 147% em relação ao ano de 2008 (Tabela 1). Perfil das gráficas e do emprego no setor
O perfil dos estabelecimentos gráficos na reg ião Norte assemelha-se ao da média na cional, já que 81% das empresas lá sed ia das empregam até 19 pessoas e no Brasil
Tabela 4: Emprego e estabelecimentos gráficos por região – 2010 Emprego
%
Estabelecimentos
%
Número de Funcionários / Estabelecimento
135.908
61%
10.081
50%
13,5
Sul
45.776
21%
4.617
23%
9,9
Nordeste
23.290
11%
2.976
15%
7,8
Centro-Oeste
11.108
5%
1.644
8%
6,8
Norte
4.714
2%
689
4%
6,8
Total
220.796
100%
20.007
100%
11,0
Região
Sudeste
Fonte: MTE/RAIS 2010. Elaboração: Decon/Abigraf.
NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011 REVISTA ABIGR AF
71
Figuras 5 e 6: Distribuição do emprego e estabelecimentos por Estado da região Norte – 2010 Funcionários
Estabelecimentos
Rondônia 21%
Pará 24% Amazonas 21%
Amazonas 45%
Rondônia 14%
Tocantins 14%
Roraima 1%
Acre 5% Amapá 5%
Roraima Amapá 1% Acre 5% Tocantins 3% 9%
Fonte: MTE/RAIS 2010. Elaboração: Decon/Abigraf.
72
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
Tabela 5 – Valores consolidados anuais do comércio exterior da indústria gráfica na região Norte do Brasil (milhões US$) Período Exportação Importação
Saldo comercial
2000
2,3
10,7
– 8,4
2001
0,4
14,0
– 13,6
2002
0,7
16,5
– 15,8
2003
1,1
18,1
– 17,1
2004
1,7
29,6
– 27,9
2005
4,4
44,4
– 40,0
2006
1,8
18,0
– 16,2
2007
1,4
15,8
– 14,3
2008
2,4
30,8
– 28,4
2009
5,2
29,5
– 24,3
2010
6,0
36,7
– 30,7
Fonte: AliceWeb/MDIC. Elaboração: Decon/Abigraf.
Balança comercial
Os estados da reg ião Norte não cont ri buem muito para a balança comercial do setor e importam muito mais que exportam, provocando um saldo negativo em sua balança comercial há onze anos. Muitas das importações de produtos gráficos que têm entrado no País foram por intermédio de compras feitas pelo Estado do Amazonas, por concentrar a Zona Franca de Manaus. A média de importações ao longo dos últimos onze anos foi de US$ 24 mil hões anuais em produtos gráficos comprados no exter ior. Já a média das exportações ao longo desse per íodo foi de apenas US$ 2,5 mil hões. É importante destacar que no ano de 2010 a reg ião importou US$ 36,7 mil hões em produtos gráficos, o que causou déficit comerc ial de US$ 30,7 mil hões.
Figura 7: Evolução das importações anuais das indústrias gráficas na região Norte e taxa média cambial (2000 a 2010)
Valores em milhões US$ FOB
o percentual de empresas com o mesmo porte é de aproximadamente 82%. Em relação às gráficas que não têm nenhum empregado (normalmente empresas familiares), a reg ião tem percentual de aproximadamente 10%, enquanto a média nacional é de 8,2% (Figura 1). Do ponto de vista da oferta de empregos e do número de estabelecimentos gráficos, a reg ião Norte é a mais carente da indústria gráfica brasileira. É responsável por apenas 2% do emprego e 3% das gráficas. Na Tabela 4, podemos observar que o porte médio das empresas na reg ião é idêntico ao da Centro-Oeste, com aproximadamente 7 empregados por estabelecimento gráfico, média infer ior à nacional, que é de 11 empregados por estabelecimento. Com relação à remuneração, o salário médio no Norte é infer ior à média nacio nal. A parcela de empregados que recebem até um salário mínimo corresponde a 8%, sendo o dobro do restante do País (4%). Já os que recebem entre 1 e 2 salár ios mínimos correspondem a 57% e representam a maioria na região, sendo que a média nacio nal desta faixa salar ial corresponde a 45% do total. A Figura 3 representa as faixas salariais na indústria gráfica comparando a reg ião Norte com a média nacional. A baixa remuneração reflete o grau de escolaridade dos empregados gráficos. A maioria dos empregados na reg ião Norte (66%) têm até o Ensino Médio completo, superando a média nacional, que é de 53%. Já a parcela de funcionár ios que cursaram o Ensino Super ior completo é mui-
45
3,5
40
3,0
35
2,5
30 25
2,0
20
1,5
15
1,0
10
0,5
5 0
2000
2001
2002
2003
2004
■ Importação Fonte: AliceWeb/MDIC. Elaboração: Decon/Abigraf.
2005
2006
2007
■ Taxa de câmbio
2008
2009
2010
0
Taxa média cambial
Pará 33%
to baixa, corresponde a apenas 6% no Norte, enquanto que a média nac ion al é de aproximadamente 10% (Figura 4). Os estados do Amazonas, Pará e Rondônia são os que mais concentram o emprego e os estabelecimentos do setor gráfico no Norte, abrigando a quase totalidade das gráficas e emprego desses estados nas suas respectivas capitais. Manaus reúne 99% das gráficas e 92% do emprego do Amazonas, tendo ainda o maior índice de funcionár ios por empresa (média de 15,7). Os dados mostram que no Estado de Roraima há apenas 10 gráficas, empregando 42 funcionár ios que estão alocados na sua capital, Boa Vista (Tabela 5).
ECONOMIA
indústria gráfica no norte
Concorrência e preços cada vez mais baixos Empresários gráficos do Amazonas, Pará e Tocantins manifestam sua preocupação com a concorrência vinda de outros estados e a prática de preços irreais
N
a expectativa da prosperidade econômica dos próximos anos — com a construção da Usina Belo Monte, no Pará, e a realização dos jogos da Copa em 2014 —, a reg ião Norte sofre hoje os reflexos de um setor gráfico saturado, fator este que culmina na forte concorrência sentida por todas as gráficas da região. De acordo com o sócio proprietár io da Gráfica Ziló, instalada em Manaus (AM), Eduardo Siqueira de Moraes, um dos motivos de tanta competição é o reflexo da maior facilidade em adquirir equipamentos novos e modernos, como as impressoras quatro cores. “A reg ião de Manaus é muito próspera, por isso tem despertado o interesse de diversas empresas de se instalarem aqui”, disse Esmeralda de Moraes Campos, gerente de produção da Gráfica Lumel da Amazônia. Na opinião de João Ricardo Bonafé, diretor comercial da Belvedere, também de Manaus, o mercado está muito acirrado, pelo fato de as gráficas trabalharem com preços agressivamente baixos. “Isso nos obriga a racionalizar custo e benefício”, diz. “Estamos em um ano atípico por vár ios fatores e isso faz com que os parceiros trabalhem mais cautelosamente em vista de um futuro incerto. Mas estamos cientes de que é um per íodo passageiro”, disse o diretor comercial da Belvedere. Apesar da grande oferta de serviços impressos na cidade de Palmas (TO), Marcus Antonio Barros Toledo, gerente da Gráfica Ipanema, relata que a disputa é leal. O município, de mais de 235 mil habitantes, possui, de acordo com ele, cerca de 40 empresas neste segmento. O mais difícil, na opinião de Marcus Toledo, é acompanhar os baixos preços dos concorrentes, que trabalham com a margem de lucro no limite. “Nosso diferencial está na qualidade dos nossos impressos e nos prazos de entrega”.
Na capital do Pará, Belém, a situação não é diferente. Paulo Alves Júnior, diretor da Gráfica Alves, relata que até mea dos de 2005 o mercado gráfico em Belém estava aquecido. “Nessa época era mais fácil. Nós tínhamos mais estrutura do que as demais e o conceito de trabalho era bem diferente do que existe hoje”. Segundo ele, um grande problema que tem afetado as empresas do Norte é a “importação” de impressos de outros estados. “Infelizmente os paraenses não valorizam a produção interna. Não levam em consideração a qualidade, mas sim o fato de o produto ter vindo de fora do Pará”, explicou. Essa disputa acirrada acabou por se refletir nos preços, que diminuem cada vez mais. “Chegamos a fazer uma ação frente ao governo para tentar f rear as compras governamentais de impressos de outros estados. Amenizou a situação, mas não resolveu completamente”. A aposta da Gráfica Alves é em um novo conceito. Por meio de uma parceria com a Konica Minolta será montado um showroom na empresa, informa Paulo Alves. “Sairemos da estrutura formal de visitar o cliente, fazendo com que ele se interesse em nos visitar”. “Com a entrada de gráficas de outros estados, que competem com custos mais baixos, principalmente de impostos e de frete, o mercado ficou bastante concorrido”, revelou José Conrado Azevedo Santos, diretor-presidente da Gráfica Sagrada Família e presidente da Abigraf Regional Pará e também da Federação das Indústrias do Estado. Para tentar reverter a situação, o recurso é inovar. No próximo ano, a Gráfica Sagrada Família pretende incorporar ao seu portfólio a impressão digital de grandes formatos e investir em inovações na área de comunicação visual, com lonas e adesivos, além de transfers para camisas, abadás e bandeiras. NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011 REVISTA ABIGR AF
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O P I N I Ã O
José Conrado Santos
Presidente da Abigraf Regional do Pará e da Federação das Indústrias do Estado do Pará
Desenvolvimento consciente impulsiona setor gráfico na Amazônia evolução tecnológica e o consequente avanço nos parques gráficos são os grandes indutores do crescimento da indústria gráfica na região Norte, garantindo a competitividade do setor e criando as condições necessárias para continuar crescendo. Esse boom que a indústria gráfica vivencia tem impulsionado o desenvolvimento do setor. O Estado do Pará figura como um dos mais importantes mercados na região Norte, com cerca de 250 gráficas, a maioria micro e pequenas empresas. Na capital, Belém, gráficas modernas têm condições de fornecer qualidade e preços em uma conjuntura de competição frente às demais regiões do País. Os dois principais jornais paraenses, O Liberal e o Diário do Pará, são exemplos de parques gráficos alinhados com o que há de mais avançado na indústria. Os empresários estão investindo cada vez mais para diversificar os produtos e conquistar o público. E quando falamos de investimentos, não é apenas em equipamentos e tecnologias. Um dos principais pontos diz respeito à necessidade de as empresas ampliarem sua inteligência gerencial, investindo na melhoria da capacitação profissional, por ser o caminho mais imediato para gerar competitividade. As gráficas estão mais atentas e sabem que, ainda que pequenas ou médias, é possível concorrer até mesmo com grandes corporações.
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E isso não ocorre apenas porque de tempos para cá o acesso à tecnologia foi ampliado, pois qualidade não depende apenas de investimento em máquinas. Isso está mais diretamente vinculado a um ganho de consciência, de melhor gerenciamento das empresas e de empenho em produzir trabalhos acima dos padrões. É preciso saber pensar, saber fazer, para que os equipamentos, mesmo as tecnologias mais modernas, obtenham o melhor desempenho. As parcerias com o Sesi e o Senai para a capacitação e qualificação constante de mão de obra, bem‑estar e saúde do trabalhador também demonstram a preocupação clara e inequívoca dos empresários do setor com as questões sociais. São os investimentos que possibilitam superar dificuldades, como a falta de mão de obra qualificada e a carência na formação profissional no setor, para transformar a capacidade produtiva em ganho de competitividade. O crescimento constante e sólido também evidencia um alto grau de responsabilidade ambiental, maturidade empresarial e visão de futuro do setor gráfico regional. Pois apenas uma produção mais limpa e eficaz pode conseguir, nesta sociedade do conhecimento, transformar a superação de processos arcaicos em fator de competitividade e lucratividade no mercado globalizado em que vivemos. grafica@sagradafamilia.com.br
Gráfica Belvedere/AM
mais o seu parque gráfico. Nele foram instalados equipamentos simples — outra Multilith de igual mo delo, uma Hamada 800, uma Solna 125, uma Aure lia e uma Solna bicolor 225. Sempre reinvestindo no próprio negócio, foi possível dar outro salto. “Final mente, conseguimos adquirir, da linha Heidelberg, uma GTO 46 com numerador, uma GTO 52 4 cores e, ainda, uma bicolor Sormz”, conta João Ricardo. Hoje, a Gráfica Belvedere conta com 19 cola boradores e trabalha em parceria com oito empre sas de terceirização, que prestam serviços de pré- impressão e acabamento. Em seu parque gráfico são impressos diferentes tipos de materiais, como pan fletos, jornais, revistas especializadas, manuais, re cibos, boletos, blocos, papéis timbrados e outros. Porém, de certo modo, a empresa especializou-se na confecção de livros de autores da reg ião ama zônica. “Dentro da realidade atual, estamos traba lhando com contratos exclusivos, ocupando 70% da capacidade produtiva”, revela o diretor comercial. João Ricardo Bonafé, diretor comercial
De coadjuvante a protagonista A Gráfica Belvedere, de Manaus, foi criada para ser apenas uma atividade extra, mas a paixão dos fundadores pelo negócio de impressão trouxe muitas mudanças em um curto espaço de tempo. Ada Caperuto
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& GRÁFICA BELVEDERE Tel. (92) 3233.1689 www.graficabelvedere.com.br
uando decidiu empreender um negócio próprio, no início da década de 1990, a família Bonafé escolheu dar passos pe quenos e cautelosos. Pedro Ricardo e a esposa, Maria de Nazaré, começaram a fazer im pressos gráficos nos finais de semana, para com plementar a renda. Os dois nem imaginavam que aquele trabalho “extra” se tornaria sua principal fonte de ganho: a Gráfica Belvedere. E a expan são, muito mais que o fato de se tornar um negó cio lucrativo, se deu por uma razão que, não raro, atinge quem trabalha nesse ramo: a família Bo nafé se apaixonou pela arte de produzir impres sos. Instalada no centro da capital do Amazonas, a Belvedere, em um curto espaço de tempo, gerou uma boa margem de lucro, o que tornou possível investir em equipamentos para aumentar a pro dução e atender os clientes que começaram a se multiplicar. O diretor comercial João Ricardo Bo nafé lembra que a primeira evolução se concreti zou com a compra de uma impressora de uma cor Multilith 1850. Com ela, a gráfica passou a ofere cer diferentes tipos de materiais, principalmente itens do segmento comercial. Com o passar do tempo e o incremento nos ne gócios, os empresários foram melhorando cada vez
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Buscando sempre o melhor
Em uma área total de 900 metros quadrados — so mados a sede administrativa e o parque gráfico —, a Belvedere produz mensalmente cerca de 60 to neladas de impressos. “Nossos principais avanços foram no conhecimento de novas tecnolog ias e na aquisição de máquinas apropriadas para executá- los. Só é possível manter-se no mercado estando atual iz ado, aumentando a capacidade de produ ção, melhorando a qualidade e reduzindo custos”, declara João Ricardo. Os principais setores aten didos pela Belvedere são a indústria, o comércio e agências de publicidade de Manaus, do Estado e de toda a reg ião amazônica. “Acreditamos que o principal diferencial está no atendimento perso nalizado da empresa com relação à clientela, pro curando o melhor serviço e suprindo as dificulda des dos parceiros. O ponto forte da gráfica hoje é o atendimento diferenciado, que vê o cliente como um ‘amigo’, bem como o prazo de entrega e a facili dade no pagamento. Também existe a preocupação com o meio ambiente, quanto ao uso racionaliza do da matéria-prima e o máximo reaproveitamento das sobras de mater ial gráfico”. Seguindo esta linha de pensamento, João Ri cardo anuncia que, diante de um mercado compe titivo em sua reg ião, a empresa tem consc iênc ia da necessidade de adquirir equipamentos capa zes de oferecer maior precisão e rapidez. Por isso mesmo, em um futuro breve, a gráfica deverá in corporar a tecnologia de impressão digital aos ser viços que oferece — perspectiva que faz parte do planejamento da Belvedere para 2012.
Gráfica Alves/PA
Mudando conceitos na região Norte A Gráfica Alves se destaca ao inovar em tecnologia e atendimento na capital paraense, crescendo sem deixar de lado a responsabilidade social.
Paulo Alves, diretor-presidente
Ada Caperuto
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undada em Belém (PA) no início dos anos 1990, a Gráfica Alves surgiu da intenção de seu atual diretor-presidente, Paulo Alves, de passar a produzir papéis timbrados para seus clien tes do ramo de papelaria, no qual atuava até então. Assim, ele comprou duas impressoras Catu 510, mas, como não sabia operá- las, e sem encontrar funcionár ios para isso, deixou os equipamentos parados em um galpão construído para este fim. Uma parceria com um amigo do ramo gráfico permitiu a Paulo começar a atuar no setor. E melhor: seu filho, Paulo Alves Jr., rapidamente se entusiasmou pelas artes gráficas. Aconteceu logo que viu a imagem se formar com a tinta que deu vida ao primeiro cartaz feito nas antigas Catu. Eram 2 horas da manhã e ele não esperou amanhecer. Correu para acordar o pai e anunciou: “É esse o negócio que eu quero fazer!”. Os rumos da inic iante Gráfica Alves também foram mudados por inf luência de Luiz Metzler — uma das figuras mais caras aos profissionais gráficos de todo o País, falecido no ano passado —, então representante da Heidelberg. Foi com seu apoio que Paulo Jr. e o pai perceberam que era possível ampliar os negócios da gráfica, que então contava com as duas Catu, uma Solna 125, duas 505 e uma guilhotina. Em 1998, diante da oferta de uma GTO 4 cores, Paulo não hesitou: vendeu todas as REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
Paulo Alves Jr., diretor administrativo
máquinas, mais um carro de luxo que sequer tirara da garagem e, com a colaboração de um amigo que emprestou dinheiro, comprou o equipamento. Isso marcou o início da especial ização da gráfica nos segmentos promocional e editor ial. Em 2001, veio nova proposta: a compra de uma Speed master, um CtP e uma guilhotina Polar — na época, do total de 65 CtP que existiam no Brasil inteiro, o equipamento da Gráfica Alves era o único em toda a reg ião Norte e Nordeste. “Fomos pioneiros em tecnologia e também na mudança de conceitos, na maneira de trabalhar”, diz Paulo Jr. Capacitação profissional
Para entrar em um mercado competitivo, com empresas de sólida exper iência, o diretor da Gráfica Alves teve a ideia de contratar um treinamento em produção gráfica pela Escola Senai Theobaldo De Nigris. Convidou as agênc ias de publicidade, fez corpo a corpo e lotou o auditório. “Em oito meses, conquistamos 30% do mercado promoc ion al, nosso parque gráfico saiu
do deserto para o oásis. Modernizei tudo, informatizei, contratei gente para fazer orçamento e hoje temos 33 funcionár ios”. A Gráfica Alves saiu de uma área de 300 metros quadrados para outra quatro vezes maior — espaço este que deverá triplicar de tamanho em breve, se depender da vontade de Paulo Jr. O grande crescimento vem acompanhado de responsabilidade social. Há anos, a empresa colabora com campanhas de Natal e demais projetos voltados para comunidades carentes. “Reformamos uma igreja centenária da re gião com a ajuda de amigos. Foi uma maneira de dar a contrapartida por tudo o que conquistamos”, afirma o empresário. Desde o ano passado, a empresa oferece serviços digitais, mas os planos não param por aí. Sem esmiuçar as estratég ias do criativo diretor da Alves, adianta-se que, de novo, a gráfica pretende ser pioneira em sua reg ião, ao oferecer um serviço inédito para os autores do Norte. No entanto, mais do que o serviço gráfico, a proposta de Paulo Jr. é ir além, com uma iniciativa que será ainda mais inovadora do que aquela que a Gráfica Alves já real iz a anualmente: um tour de barco pela orla de Belém, com o capricho de renovar o roteiro continuamente. “O cliente entra no barco de manhã e sai à tarde, mas está proibido de falar sobre impressos”, diz o empresário, que não deixou desaparecer o brilho dos olhos daquele rapaz que, certa madrugada, se encantou ao ver o papel manchado de tinta. & GRÁFICA ALVES Tel. (91) 3277.9800 www.graficaalves.com.br
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toda impress達o tem uma cara
Sagrada Família/PA
Impulsionada pela inovação José Conrado Azevedo Santos, presidente da empresa
Aos 55 anos de existência, administrada pela terceira geração de fundadores, gráfica paraense supera metas de desempenho com investimento em renovação estrutural e tecnológica. Ada Caperuto
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a Gráfica Sagrada Família, sediada em Belém (PA), passou seus primeiros 20 anos atuando no setor nos mesmos moldes de muitas empresas fundadas naquele per íodo: uma tipografia com apenas uma máquina manual, para a produção de impressos comerciais e de papelaria, como cartas e envelopes timbrados. Fundada em 1956, somente em 1978, depois de superar até mesmo uma adversidade — um incêndio que destruiu máquinas e estoques de matéria-prima —, a empresa paraense deu início a seu processo de renovação tecnológica. No início dos anos 1990, a sede foi transferida para um grande galpão, às margens de uma das principais rodov ias do Estado, onde haveria espaço para acomodar os novos equipamentos adquiridos: impressoras offset em diferentes formatos e com capacidade para produzir trabalhos de até 4 cores, além de guilhotina automática e demais máquinas de acabamento. Em 2003, a Sagrada Família inaugurou um novo parque gráfico na sede onde antes func ion av am apenas o escritório REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
administrativo e de vendas e o departamento de arte e fotolito digital. As operações nesse local foram iniciadas com apenas uma impressora 4 cores, mas novos equipamentos foram agregados, incluindo um CtP sem químicos e máquinas para acabamentos especiais. Hoje, somados os dois parques fabris, a empresa totaliza 5 mil metros quadrados de área construí da. Atendendo aos segmentos editor ial, co mercial e de papelaria, a gráfica tem como principais clientes as agências de publicidade e presta serviços para todo o Pará e estados vizinhos, além de atender capitais de outras reg iões. Nova geração
A Gráfica Sagrada Família é administrada pela segunda geração de descendentes dos fundadores José Marques Azevedo dos Santos e sua esposa Maria de Lourdes. Sóc ios, os irmãos José Conrado e João Carlos já prepararam a terceira
geração: Fábio Augusto, diretor executivo e de produção, e Maurício, diretor de vendas, ambos filhos do presidente José Conrado, que também ocupa este cargo na Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) e na Abigraf Reg ional Pará, sendo vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com 30 funcionár ios e uma produção média de 4 milhões de impressos por mês, a Sagrada Família foi a primeira empresa no Estado do Pará a obter a certificação Forest Stewardship Council (FSC), em 2011. “Estamos também entre os pioneiros no uso do fotolito digital, de sistemas automatizados e padronização dos processos”, afirma José Conrado. Todo o acabamento é feito internamente, o que resulta em agilidade. “Acredito que nosso diferencial é ser a única empresa do Estado a ter impressora 4 cores no formato folha inteira e corte e vinco também neste formato. Temos equipamento e mão de obra treinada, inclusive para acabamentos especiais, como capa dura, laminação BOPP fosca e brilho, verniz total ou com reserva, costura, corte e vinco e outros”, acrescenta o presidente. Desde 2008, a empresa oferece impressão digital em formatos de até 30 × 60 cm, para pequenas tiragens e dados variáveis, e desde o ano passado conta com impressora digital com 1 m de boca. Na estrutura, entre as mais recentes expansões, destacase a construção do novo almoxarifado e a reestruturação total do parque gráfico, com a instalação de telhas térmicas. “Isso mantém a temperatura sem variações e controla a alta umidade da nossa reg ião, mantendo as características do papel perfeitas para a impressão”, explica José Conrado. Foram também adicionados dois terrenos para estacionamento e carga/descarga de materiais. Como resultado desses investimentos e da contínua renovação tecnológica, a empresa superou em 60% a meta de produção prevista para o primeiro semestre deste ano. Em 2012, a estratégia de crescimento está atrelada aos serviços digitais de grandes formatos, além da conclusão da reforma, que dará nova fachada à Sagrada Família. & GRÁFICA SAGRADA FAMÍLIA Tel. (91) 3249.5800 www.sagradafamilia.com.br
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IMPRESSÕES
Claudio Baronni
Presidente do Conselho Diretivo da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG)
Quem tem medo da mídia digital? epois de muitos seminários, conversas, leitura e observação, quero dividir com você, leitor, minhas considerações a respeito da peleja entre a mídia impressa e a digital. Opto por dividi‑las em itens e deixar claro, sempre que possível, minhas conclusões a respeito de cada uma. Tecnologia x aplicação. Vejo que os recursos oferecidos pela tecnologia digital são muito mais amplos do que os que estão sendo utilizados pela grande maioria. Isso sinaliza um forte potencial de crescimento para as mídias digitais, oferecendo perigo crescente à mídia em papel. Públicos. Os públicos consumidores da mídia baseada em papel e da mídia digital se mostram diferentes. Produtores de conteúdo parecem ter aprendido que não basta replicar nos meios digitais o mesmo produto distribuído pelos veículos impressos. Talvez a única convergência de produtos iguais para as duas mídias sejam os livros e mesmo assim dependendo do tipo de literatura. Capacidade de gerar receita. Ainda não se conhece a fórmula adequada de gerar receita com a mídia digital, pelo menos em patamar comparável àquela auferida pela mídia impressa. Convivência ou substituição. Acredito ter aprendido que mais importante do que a mídia a ser utilizada é o valor do conteúdo que está sendo apresentado. Proteger as marcas fortes criadas ainda na mídia impressa é tarefa crucial para desenvolvê‑las nos meios digitais, valorizando‑as perante o público que já conquistaram e também diante dos grupos a serem alcançados.
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Apesar de um proeminente editor profetizar que para cada leitor em papel que morre nasce um leitor que jamais o tocará, defendo que as mídias impressa e digital conviverão disputando públicos, que se alternarão a consumir informação e conteúdo nas duas vertentes, escolhendo o suporte conforme o momento, a emoção, o local, a conveniência e tantos outros aspectos, por um período que não me atreveria a tentar adivinhar. claudiobaronni@abril.com.br
Sustentabilidade Ada Caperuto
Experiências responsáveis
Dando sequência à série de artigos iniciada na edição nº‒ 254, a Revista Abigraf apresenta os cases de mais cinco empresas inscritas no 2º‒ Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambiental.
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esponsáveis nos quesitos, deman das e relevâncias relacionadas à so cied ade e ao meio ambiente, cinco empresas gráficas — Gráfica e Edi tora Adonis (Americana/SP), Gráfica Cometa (Lajeado/RS), Gráfica Coppola (São Paulo/SP), Gráfica Editora Aquarela (Bar uer i/SP) e Gráfi ca e Editora Brasil (Brasília-DF) — relatam seus projetos inscritos na segunda edição do prêmio criado pela Abigraf em 2009 para contemplar as iniciativas de indústrias gráficas que já des cobriram a importância de manter uma postu ra ética com as pessoas e o planeta, e, assim, alcançar o verdadeiro sucesso comercial. GRÁFICA E EDITORA ADONIS
Fundada em 1961 em Americana (SP), a Adonis é especializada em embalagens, rótulos e cai xas para laboratór ios e atua também na impres são de livros para o público infanto-juvenil des de 2005. Foi a partir desta última atividade que surgiu o projeto “Como nasce um livro”, inscrito na categoria “Social” do prêmio da Abigraf. Direcionado às crianças e jovens de escolas públicas e particulares da região, o projeto tem o objetivo de criar cidadãos-leitores e valorizar os profissionais envolvidos com a produção literá ria da região. De modo lúdico, o programa é rea lizado durante três horas na sede da empresa.
No final das atividades do projeto “Como nasce um livro”, da Gráfica Adonis, as crianças participantes podem escolher dois livros e levá-los como presente
Começa com um resgate, em audiovisual, da história do livro, destacando também a impor tância do papel e a responsabilidade necessária na preservação do meio ambiente. Em seguida, os participantes têm a opor tunidade de conhecer todas as fases de produ ção de um livro, desde a concepção do tema, o processo da escrita, as revisões e as ilustra ções, bem como o processo técnico de editora ção, impressão, corte e montagem. Monitores, contadores de histór ias e escritores se revezam na real ização das atividades, para dar mais di namismo à visita, que inclui também um tour pelo parque gráfico da Adonis. Ao final, os alunos são convidados para um lanche, no refeitório da empresa, um momento que trabalha a interatividade e o divertimento. No final das atividades, as crianças e jovens po dem escolher dois livros e levá-los como pre sentes do projeto. Também levam para casa o “Livro em branco”, um convite à prática da es crita, que contém em sua capa a foto tirada no primeiro momento da visita, com o objeti vo de estimular o jovem a produzir e ilustrar o seu próprio texto, tomando como base todo o conhecimento adquirido na visita, mais uma carta-resposta, a ser env iada para a editora. Após o retorno, as redações são seleciona das pelo conselho editor ial formado por profes sores da língua portuguesa e os melhores tex tos são reunidos em um livro, com direito a lançamento e noite de autógrafos. Os 50 tex tos selecionados entre os visitantes do ano de 2009 estão reunidos no livro Letra Viva, lan çado no Teatro Municipal Lulu Benencase, em Americana, com a participação de 1.200 con vidados. Com tiragem inicial de 1.000 exem plares, o livro foi escrito por autores mirins de 13 municípios do inter ior paulista. Registrando 15 mil visitas das escolas du rante o ano de 2010, o projeto superou em mui to as cinco mil do ano anterior. Além das escolas NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011 REVISTA ABIGR AF
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Sustentabilidade
dotadas de condições para custear a participa ção de seus alunos no projeto, a Adonis dispo nibiliza o programa gratuitamente, em diversas datas ao longo do ano, para escolas, entidades e instituições sociais que não dispõem de recur sos. Dentre os dois mil textos env iados duran te o ano de 2010, 100 foram selecionados e em 11 de junho de 2011 foi lançada a 2 ª‒ edição do livro Letra Viva, com tiragem de 2.000 exem plares, com cem novos escritores mirins de 15 municípios do inter ior paulista. GRÁFICA COMETA
Área verde da Gráfica Cometa, onde é feito o plantio de mudas de árvores nativas
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A Cometa, de Lajeado (RS), que produz prin cipalmente rótulos, etiquetas e embalagens e emprega cerca de 100 funcionár ios, apresentou projetos em ambas as categor ias contempladas pelo prêmio. O case Ambiental foi “A serviço da prevenção da poluição em prol do meio ambien te”, que começa por seu sistema de gestão, certi ficado pelas normas ISO 9001:2008 Sistemas de Gestão da Qualidade e 14001:2004 Sistemas de Gestão Ambiental. As ações da empresa estão baseadas em uma política ambiental que visa à melhoria contínua do sistema de gestão, a par tir da redução dos impactos, consc ient ização de funcionár ios e interação positiva com a co munidade. Alguns dos principais pontos des se sistema são destacados no projeto. Todos os líquidos gerados no processo produtivo na la vagem de chapas, calhas e demais itens são ca nalizados para uma estação de tratamento de efluentes, construída em 1997. Na aquisição de novos equipamentos são analisados os níveis de impacto ambiental, op tando-se por aqueles que minimizem estes efei tos. Nos últimos dez anos, a Cometa substituiu mais de vinte máquinas por tecnologias mais ágeis, com consumo de energia otimi zado e menor geração de re síduos. Como solução para as matér ias-primas, foram adotadas tintas de base ve getal, acond ic ion ad as em embalagens metálicas re cicláveis. Como resultado do sistema de gestão am bient al, pode ser destaca da a eliminação de filmes, fotolitos e líquidos revela dores e fixadores altamen te contaminantes, a partir
REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
da instalação de CtP para gravação das cha pas em processo automático. Além da recicla gem de 960 quilos de embalagens metálicas, em 2010, tonéis metálicos de 200 litros são re tornados ao fornecedor de álcool para o reapro veitamento. As estopas foram substituídas por toal has laváveis, eliminando assim o resíduo de estopas contaminadas equivalente a 3.900 toal has/mês. As esteiras de pano nas máqui nas offset passaram a ser usadas nos dois lados, reduzindo em 50% a geração desse resíduo. Perante os funcionár ios, o Sistema de Ges tão Ambiental trabalha para conscientizar, por meio de vár ios programas que contemplam a identificação de alternativas preventivas e ini ciativas para o uso consciente dos recursos na turais, a coleta seletiva e o correto destino de produtos químicos e de todos os tipos de resí duos. A Cometa mantém ainda uma área ver de com mais de 40 mil metros quadrados, onde promove gestos concretos em prol do meio am biente, como o plantio de mudas de árvores nativas e os cuidados poster iores para que se desenvolvam de maneira saudável. Na categorial “Social”, a Cometa inscreveu o case “Interação positiva com a comunidade pelo desenvolvimento de pessoas”. Empresa fami liar, integrada por diretores que têm a cultura voltada ao desenvolvimento humano, a gráfica tem um baixo índice de rotatividade trabalhis ta. Este resultado em muito se deve aos bene fíc ios oferecidos e aos cuidados de seguran ça adotados. A empresa também oferece, por meio da Associação Atlética Cometa, ativida des esportivas, de lazer e de confraternização. Para a comunidade existem diferentes pro jetos, como o “Calendário de parede e de mesa”, que tem o objetivo de divulgar a cultura do Vale do Taquari. O projeto “Desenvolvimen to Social” é real izado em parceria com a Apae de Lajeado, com a doação anual de valor cor respondente à manutenção de dois alunos nas atividades educacionais da entidade. Desde 2005, a empresa destina trimestralmente 1% do valor de seu imposto de renda para o Con selho dos Direitos da Criança e do Adolescente do município (Comudical). No projeto “Adoção de Escola”, a gráfica apoia, desde 2000, a Escola Municipal de En sino Fundamental Universitário. São real iza das ações sociais de acordo com as necessidades apresentadas pela instituição. Já foram viabili zadas, por exemplo, a climatização de salas de
aula e a doação de materiais culturais, pedagó gicos e para informática. Sobressai o patrocínio ao programa “Vamos Cuidar do Brasil – Con ferência Nac ional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente”, real izado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2003. Dentre os trabalhos apre sentados pelos alunos, o projeto “Água, fonte de vida” foi uma das propostas selecionadas na fase estadual e, mais tarde, classificado para a fase final nacional. Além desse trabalho, a es cola teve premiado também o melhor cartaz, sobre o mesmo tema. GRÁFICA COPPOLA
Sed iad a na capital paulista, a Coppola concor reu na categoria “Ambiental”, com o case “Lan çamento selo Coppola compromisso com o meio ambiente”. Espec ial iz ad a no segmento promocional, a empresa tem 25 anos de atua ção e, nos últimos anos, tem reforçado as ações em torno da responsabilidade ambient al em seu processo produtivo. Para consolidar seu empenho neste sentido, a gráfica lançou em dezembro de 2010 o selo Coppola Compro misso com o Meio Ambiente, que sintetiza e simboliza todas as ações adotadas em prol do desenvolvimento sustentável. Ele abran ge a certificação FSC, o uso de processos e in sumos ambientalmente menos agressivos e a destinação correta dos resíduos. Neste grupo de iniciativas sobressai a ho mologação, junto ao fornecedor, de tintas à base de soja, com aquisição dos royalties para uso do selo Printed with Soy Ink em seus pro dutos e nos de seus clientes. Ao utilizar tintas de impressão à base de biocomponentes, a Co ppola reduz as emissões de compostos orgâni cos voláteis, que prejudicam a saúde e contri buem para a deter ioração da camada de ozônio. Além disso, essas tintas facilitam a reciclagem de suas embalagens e demais materiais. Para evitar o desperdício de insumos e ma tér ias-primas, a empresa implantou um soft
Para divulgar o selo Coppola Compromisso com o Meio Ambiente, a gráfica desenvolveu um kit promocional
ware de integração e fluxo de trabalho que faz a conexão da impressão com a pré-impressão, ga rantindo, assim, maior produtividade e menor gasto de papel para certo tipo de serviço. Na pré-i mpressão foi instalado o proces so de gravação de chapa CtP com equipamen to do tipo “chemistry free” (livre de química), que também economiza 50% de energia em seu funcionamento. Outro item que está embutido no selo de compromisso lançado pela Coppola é o direcionamento dos resíduos para a corre ta destinação. A empresa investiu em uma es trutura que permite gerenciar o mater ial des cartado na produção, procedimento real izado por empresa homologada. A Coppola fez, ainda, um grande investi mento para obter a certificação FSC (Forest Stewardship Council), que assegura a origem ambient almente correta do papel usado pela gráfica, e também na capacitação dos funcioná rios, na organização e no controle de todo pro cesso produtivo. Para divulgar o selo, a Coppo la desenvolveu um kit promocional composto por um fôlder explicativo de todos os proces sos, uma etiqueta com aroma vegetal, uma cai xa empastada com papel derivado de madeira, uma folha impressa em papel semente para que seja plantada, um bloco de rascunho que agrega todas certificações conquistadas pela empresa e um lápis feito de graveto. GRÁFICA EDITORA AQUARELA
Em suas mais de cinco décadas de exper iên cia no mercado gráfico, a Aquarela, de Bar uer i (SP), inscreveu o case Ambiental “Imprimindo um mundo melhor”, que transmite a preocupa ção da empresa com o impacto de seus proces sos no meio ambiente. Dessa forma, a empresa
A Gráfica Aquarela trocou a iluminação da área da produção, aumentando o nível de iluminamento em praticamente duas vezes e reduzindo o consumo de energia elétrica em 25%
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Este caderno foi impresso em papel reciclado Eco Millennium 90 g/m², produzido pela Bignardi Papéis
Sustentabilidade
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adotou diversas ações de preservação ambien tal, que tiveram início com a certificação no Programa Fíbria de Ecoef iciência, cuja aborda gem se preocupa com todas as fases de fabri cação dos produtos e serviços, buscando pro duzi-los de modo inteligente e com qualidade, utilizando cada vez menos recursos naturais. A certificação nesse programa foi o primei ro passo, já que muitas ideias para a melhoria dos processos em médio e longo prazos surgi ram desse esforço inicial. Uma delas foi trocar a iluminação da área da produção, o que per mitiu aumentar o nível de iluminamento em praticamente duas vezes e reduzir o consumo de energia elétrica em 25%. Outra medida é o gerenc iamento de resíduos sólidos e líquidos gerados no processo de produção, que são se gregados, classificados, transportados e desti nados corretamente. Os resíduos líquidos são armazenados em cisterna adequada e recolhi dos por empresa habilitada. Os sólidos são se parados, armazenados em contêineres de 1.000 litros e destinados de acordo com os tipos. A Aquarela substituiu insumos, adotando, por exemplo, tintas com baixo índice de óleos minerais e tintas com zero VOC (compostos or gânicos voláteis), que resultam em ambiente de trabalho mais saudável e menores riscos de po luição atmosférica. As chapas convencionais fo ram trocadas pela Energy Elite, cujo impacto ambiental se revela na redução do consumo de energia elétrica — são economizados, em mé dia, 5 mil kwh/mês. Também foram adotadas as chapas Azura, com tecnologia chemistry-f ree, que fez reduzir etapas nos processos, eliminar resíduos químicos e diminuir custos. Por fim, sobressai o software Ink Optmizer, que diminui em cerca de 15% o consumo de tintas. Outra iniciativa adotada foi a avaliação dos gases de efeito estufa (GEE) emitidos, de acordo com a base de dados do Carbon Project Disclo sure. Os resultados desta iniciativa dão conta que o volume de GEE que deixou de ser emitido em 2009 foi de 0,2 tonelada. Até junho de 2010, essa redução foi de 0,3 tonelada de CO₂. Sobressaem, ainda, a implantação da norma ISO 12647 (menor gasto de papel); desativação da máquina de goma e da queima de chapas (re dução no consumo de energia elétrica); adoção de logística reversa de embalagens (menos re síduos sólidos); uso de PET reciclado e de emba lagens recicladas do tipo longa-v ida como ma téria-prima (reaproveitamento de materiais). REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
Cartaz usado no processo de conscientização dos colaboradores, nas diversas atividades desenvolvidas pela Gráfica e Editora Brasil
GRÁFICA E EDITORA BRASIL
Com parque fabril e sede em Brasília (DF), a em presa participou da premiação com o case “Sis tema de gestão ambiental Gráfica Brasil”, que traduz a adoção de diversas iniciativas em prol de seus funcionár ios, da sociedade, do País e de todo o planeta. Por este motivo, a empresa re cebeu a certificação FSC e seu sistema de gestão ambiental está certificado pela ISO 14001:2004. Como parte do processo de certificação foram desenc adead as diversas ações para reduzir o consumo de água, energia elétrica e combustí veis e minimizar a emissão de efluentes. Como metodologia de medição, foi adotado o crité rio da prop orc ion al id ade, mensurando-se o consumo destes itens em relação à produção. No processo de consc ient ização dos cola boradores foram desenvolvidas diferentes ati vidades, como o evento de lançamento da cam panha ambiental, a apresentação de um coral formado por trabalhadores da empresa, uma prova de conhecimentos com premiação para os melhores colocados e uma campanha de re dução do consumo de água e energia elétrica na residência dos colaboradores. Merece destaque o Desafio do Conhecimento, no qual todos os colaboradores receberam uma cartilha que trata de questões relacionadas ao meio ambiente e o sistema de gestão da gráfica. Foi estipulado um valor em dinheiro para aqueles que conquista ram melhor resultado em diferentes categor ias, sendo R$ 500,00 para os primeiros colocados, R$ 300,00 para os segundos, R$ 150,00 para os terceiros e R$ 50,00 para todos que tiveram nota acima de 7. Cerca de 60% dos funcioná rios receberam a premiação, sendo que mais de 90% tiveram nota acima de 5 na prova.
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É P L A N T A D A. . A cadeia produtiva do papel e da comunicação impressa vem realizando uma campanha de informação sobre o que produz para a sociedade. Esclarecer dúvidas e, principalmente, trazer à luz da verdade algumas questões ligadas à sustentabilidade. A principal delas é deixar claro que, as árvores destinadas à produção de papel provêm de florestas plantadas, e que essas são culturas, lavouras, plantações como qualquer outra. Somos uma indústria alinhada com a ecologia e a natureza, ou seja, as nossas impressões são extremamente conscientes porque utilizamos processos cada vez mais limpos. E, mesmo assim, buscamos todos os dias novas tecnologias de produção que respeitem ainda mais o equilíbrio do meio ambiente. Somos uma indústria que traz prosperidade para o País e benefícios para todos os brasileiros. Temos imenso orgulho de saber que cada vez que imprimimos um caderno, um livro, uma revista, um material promocional ou uma embalagem, estamos levando conhecimento, informação, democracia e educação a todos. Imprimir é dar veracidade, tornar palpável. Imprimir é assumir compromisso. Imprimir é dar valor. Principalmente à natureza. I M P R I M I R
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IBF comemora 50 anos expandindo atuação internacional Posicionada entre as maiores fabricante mundiais de chapas para impressão, a empresa vem ganhando terreno em importantes mercados, como o alemão. Tânia Galluzzi
Fábrica localizada em Xerém, Rio de Janeiro. Suas três linhas de produção estão instaladas em uma área construída de 38.000 m2, dentro de uma área total de 330.000 m2
90 REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
IBF – Indústria Brasilei-
ra de Filmes, deve fechar 2011 com uma receita de US$ 150 mil hões, o que representa crescimento de 5% em relação ao ano passado. Desse total, US$ 30 mil hões vêm de negóc ios fora do Brasil, faturamento 15% maior do que o alcançado em 2010. E a expansão no mercado externo deve aprofundar-se no médio prazo, a despeito da crise internacional. A presença da IBF em outros países não é novidade. Remonta a 1970, quando a companhia instalou a IBF Corporation em Nova Jersey, nos Estados Unidos, empresa de capital 100% brasileiro, com o propósito de distribuir seus produtos na América do Norte. De lá para cá o aprendizado foi longo e rendeu à empresa a participação em 70 países, nos cinco continentes. O que é recente é a conquista de espaços no concorrido mercado europeu. Ind iv idual mente, a Alemanha já é o segundo principal comprador de chapas da IBF, perdendo apenas para os Estados Unidos. Olhando a América Latina como um bloco, a reg ião pula para a primeira colocação no ranking de exportação da IBF, ficando a Alemanha
em terceiro lugar. “O mercado alemão não é apenas muito competitivo, mas também muito exigente. Montamos uma estrutura local, com executivos e técnicos alemães, e há dois anos estamos vendo nossa participação crescer”, afirma Luiz Nei A rias, diretor comerc ial. Além da Alemanha e dos Estados Unidos, a empresa mantém profissionais em bases estratégicas como Argentina, México e Índia. Os bons frutos colhidos em outros paí ses estão sendo fundamentais para ocupar a capacidade produtiva da fábrica da IBF, no Estado do Rio de Janeiro, em um momento em que a demanda no mercado interno mostra-se oscilante. “Tivemos meses bons e ruins em 2011, certamente um ano menos aquecido do que foi 2010”, comenta o diretor comercial. Há três anos a participação de mercado permanece a mesma: 40% no segmento de chapas analógicas, 50% no mercado de filmes e 30% em chapas digitais, sendo que, de acordo com estimativas da própria IBF, a indústria gráfica nacio nal consome cerca de 17 milhões de metros quadrados de chapas offset por ano. A expectativa era de que a fatia de mercado da empresa acompanhasse a expansão
Luiz Nei Arias, diretor comercial, e o pai, Sabino Arias, diretor-presidente, comandam a empresa
da capacidade produtiva, que saltou de 16 milhões para 36 milhões de metros quadrados em 2009. Porém, o tempo de aprendizado para a operação da terceira linha de produção de chapas foi maior do que o esperado, fazendo com que a empresa desperdiçasse oportunidades em 2010. Produção afinada, a IBF prepara agora dois produtos para conquistar novas fatias de mercado. Estão em fase de teste duas linhas de chapas sem processamento quími-
co, uma para tecnologia térmica e outra vio leta, que devem ser lançadas no primeiro trimestre de 2012. A força das chapas digitais
As chapas empregadas em sistemas de gravação direta, chamadas de chapas digitais, são hoje o carro-chefe da IBF. De acordo com Luiz Nei, existem 1.100 CtPs em uso no Brasil. “Aproximadamente 60% do mercado já fez a migração do analógico para o
digital e, quando atinge-se esse patamar, a adesão é ainda mais rápida. A tecnologia ficou mais acessível, assim como não há mais dificuldade em encontrar profissionais para operar esses sistemas”. O executivo admite que a diferença de preço entre a chapa analógica e a digital continua grande, entre 50 e 60%; contudo, uma movimentação no mercado de commodities pode favorecer a tecnologia digital. “A alta da prata elevou em 80% o custo dos filmes. Assim, o que a gráfica gasta com filmes e chapas no processo analógico acaba sendo mais do que gastaria com as chapas digitais”. A IBF, que conta atualmente com 900 func ion ár ios, trabalha com a perspectiva de crescimento de 15% em 2012. Afora o esforço de suas equipes, ela espera que a crise internacional não seja duradoura e que os investimentos previstos para o País em função dos eventos esportivos aqueçam a indústria gráfica. Olhando mais adiante, à sombra da evolução das míd ias digitais, o diretor co mercial afirma que a empresa está certa de que venderá chapas ainda por muitos anos, o que não a impede de buscar novas tecno log ias e parcer ias. “O relacionamento que construímos em 50 anos com a indústria gráfica é nosso maior patrimônio e, se tivermos de buscar novas tecnolog ias para manter essa parceria, é o que faremos”. & IBF Tel. (21) 2103.1000 www.ibf.com.br
91 NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011 REVISTA ABIGR AF
Messe e MDK lançam a Drupa 2012 Organizadores esperam receber 400 mil visitantes, de 130 países. Em função da crise, as atenções voltamse para as economias emergentes, dentre as quais o Brasil se destaca como um dos principais mercados. Tânia Galluzzi
N
o dia 4 de outubro a Messe Düsseldorf e a MDK Feiras Internacionais promoveram em São Paulo o lançamento da Drupa 2012, maior feira mundial do setor gráfico, que acontece de 3 a 16 de maio do próximo ano, na cidade de Düsseldorf, na Alemanha. Na apresentação à imprensa, os executivos alemães tiveram de se equilibrar entre a necessidade de mostrar números positivos em relação ao evento, no qual se espera atingir o mesmo público registrado em 2008 (390 mil visitantes),
e os atuais indicadores da indústria gráfica europeia, que refletem a crise vivida pela reg ião. “Mais uma vez será utilizada toda a área disponível. Teremos 56 países expositores, com uma forte presença da delegação chinesa. O espaço de exposição já está todo fechado, mas, devido às fusões e insolvências que aconteceram nos últimos três anos, algumas empresas não se apresentarão”, afirmou Werner Dornscheidt, presidente da Messe. Na 15 ª‒ edição da mostra, montada pela primeira vez em 1951, a impressão digital ocupará 40% da área, repercutindo as mudanças que vêm ocorrendo no setor. Assim como aconteceu na feira de 2008, perto de 60% dos visitantes devem ser estrangeiros e a MDK estima crescimento na participação de brasileiros. Há três anos, 4.600 brasileiros estiveram na Drupa, soma 30% super ior à da Drupa 2004. “Esperamos ter mais de 5.000 brasileiros em 2012”, disse Lauri Müller, diretor da MDK . Em 2008, 16.000 latino-americanos prest ig iaram a feira, assim como 6.000 chineses — a aposta é que esse número suba para 10.000 no ano que vem — e 10.000 ind ianos.
A expansão desses grupos pode compensar uma possível queda na frequência de visitantes europeus, que tradicionalmente compõem 60% dos visitantes estrangeiros na Drupa, por conta da atual conjuntura. E os números revelados por Markus Heer ing, diretor da Federação de Construtores de Máquinas e Instalações da Alemanha (VDMA), responsável pela área gráfica e de papel, expõem os estragos do mau momento econômico. Segundo ele, o mercado gráfico mundial perdeu cerca de 40% de seu faturamento entre 2008 e 2010. Até 2008, os mercados mais importantes para a indústria de máquinas
92 REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
eram os Estados Unidos e a Europa, e ainda não há sinais de recuperação entre os compradores norte-americanos. Na avaliação do diretor da VDMA , na Europa a situação é diferente. Os paí ses de língua alemã apresentam traços positivos, mas na Inglaterra a sit uaç ão mantémse difícil e há uma pequena melhora no Leste Europeu. De 2008 para cá, o faturamento das empresas ligadas à VDMA caiu de 9 bilhões de euros para 6 bilhões e a entidade perdeu 10% de seus associados em função de falências. De acordo com o executivo, enquanto alguns mercados estão enfraquecidos, outros surgem como importadores de máquinas. “Um dos maiores é a Ásia, encabeçada pela China, assim como a
Índia e seus periféricos e a América do Sul, sobretudo o Brasil. O Brasil está hoje entre os três maiores mercados para a exportação de máquinas”. O diretor da VDMA revelou que o crescimento da exportação de máquinas gráficas da Alemanha para o Brasil entre 2008 e 2011 está na casa dos dois dígitos, com um volume acima dos 100 milhões de euros. Para Lauri Muller, a cur iosidade com relação ao cenário europeu pode encorpar o grupo de brasileiros na Drupa 2012. “Além disso, o empresário que não vai à Drupa perde oito anos de informação”. A presença de expositores nacionais, contudo, sofreu uma baixa. Em 2012, sete e não oito empresas estarão em Düsseldorf.
Lauri Müller (em pé), diretor da MDK, estima que cerca de 5.000 brasileiros visitarão a Drupa 2012. Ao seu lado, da direita para a esquerda, Werner Dornscheidt, presidente da Messe Düsseldorf, a intérprete Ingrid Orglmeistr, e Markus Heering, diretor da VDMA
Número de expositores e visitantes na drupa – 1951/2008 Ano
Expositores
Países
Alemanha
Países estrangeiros
Área total m²
Alemanha
Países estrangeiros
Total de Visitantes
Visitantes estrangeiros
1951
527
10
486
41
18.450
17.360
1.090
195.185
—
1954
764
13
643
121
35.000
30.089
4.911
226.388
—
1958
688
13
492
196
43.000
33.840
9.160
185.936
—
1962
678
16
426
252
48.000
32.000
16.000
180.483
—
1967
945
19
518
427
57.785
36.785
21.000
214.694
—
1972
958
27
521
437
100.789
62.962
37.827
268.713
20%
1977
1.108
22
547
561
96.639
54.585
42.054
284.806
43%
1982
1.275
29
581
694
104.291
52.289
52.002
293.059
43%
1986
1.465
33
617
848
122.711
61.228
61.483
373.656
46%
1990
1.760
36
686
1.074
126.811
63.672
63.139
444.214
52%
1995
1.670
44
686
984
142.056
68.632
73.424
395.098
49%
2000
1.943
50
765
1.178
158.875
75.726
83.149
428.248
47%
2004
1.866
52
715
1.151
161.332
71.199
90.133
394.478
55%
2008
1.953
53
703
1.250
174.681
70.769
103.912
390.044
59%
NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011 REVISTA ABIGR AF
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Flexibilidade é a palavra de ordem Dieter Brandt, presidente da Heidelberg América do Sul, apresentou a Ricoh Pro C901
A Heidelberg abriu as portas da PMA para apresentar a sua versão de um fluxo de trabalho híbrido, no qual o destaque foi a impressora digital Ricoh Pro C901.
C
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om o objetivo de apresentar ofi cialmente ao mercado a impressora que dá início à parceria da Heidel berg com a Ricoh, a fabricante alemã pre parou uma programação especial na Print Media Academy (PMA) entre 29 setembro e 1º‒ de outubro. O espaço, localizado na Escola Senai Theobaldo De Nigris, em São Paulo, recebeu cerca de 160 empresár ios gráficos. A tônica do evento foi a flexibili dade possibilitada pelas soluções que esta vam sendo mostradas, para pré-impressão, com a Suprasetter 105 e as estações Pri nect; impressão, com as impressoras SM 74-4 com Prinect Easy Control, SM 52-4 Anicolor e Ricoh Pro C901 Graphic Arts Edit ion; e acabamento, com as dobradei ras Stahlfolder Easyfold e Stahlfolder KH 78, a guilhotina Polar 66 X e a coladeira Eu robind 600 PUR . O foco: gráficas que tra balham com pequenos e méd ios volumes que já ingressaram ou pretendem en trar no segmento digital. “Estamos oferecendo uma combinação in teligente entre a impressão off set e a digital, acompanhada de sistemas de acabamento para uma produção híbrida”, afir mou Dieter Brandt, presidente da Heidelberg América do Sul. Através da Ricoh Pro C901 Gra phic Arts Edit ion, a Heidelberg quer atingir o que chama, dentro do mercado di gital, de segmento value, que engloba pro REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
dutos rentáveis mesmo com tiragens mais baixas como folhetos, catálogos, livretos e provas de impressão. Tal segmento inclui sistemas que oferecem velocidade de pro dução entre 50 e 90 páginas por minuto, com um volume mensal de 80 a 300 mil páginas do formato A4. A Pro C901 foi apresentada como a im pressora mais rápida e produtiva do seg mento value. Ela atinge velocidade nomi nal de 90 páginas A4 por minuto, rodando substrato entre 60 e 300 g/m², com veloci dade constante independente da gramatu ra e imprimindo frente e verso. O equipa mento usa toner químico que dispensa o uso de óleo, resultando em impressões com menor brilho, mais semelhantes ao offset. Outra característica ressaltada foi o fato de o equipamento ser, entre os concorrentes, o que tem o maior número de peças e itens que podem ser trocados pelo próprio ope rador, dispensando visitas técnicas. Além dos cartuchos de toner, que podem ser subst it uídos durante a impressão, usuá rios avançados são capazes de substituir a
unidade de fusão, os filtros de pó e os rolos de alimentação das bandejas, por exemplo. Considerando que boa parte das grá ficas que se interessarão pela Ricoh Pro C901 tem máquinas offset e sistemas de pós-impressão, a Heidelberg optou por tra zer para o Brasil sua versão mais básica, composta pelas unidades de alimentação de alto volume, de impressão e a de acaba mento padrão (grampo). O preço para essa configuração é de R$ 390 mil. De acordo com Daniela Bethonico, gerente de produ to para soluções planas, o custo por folha, levando em conta um impresso no forma to A3 em modo duplex, com cobertura do toner em 35% da área, excetuando o custo do papel, é de R$ 0,33. A Pro C901 ficará no posto de filha única por pouco tempo. Ain da em 2011 a Heidelberg do Brasil inclui rá outro modelo no portfólio digital, a Ri coh Pro C751. Lançada em maio deste ano, a máquina utiliza o mesmo toner de sua irmã, porém tem como mira volumes ain da menores, trabalhando com velocidade nominal de até 75 páginas por minuto.
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Convite para evento de golfe da Heidelberg/Ricoh
Litografia e digital. Uma mistura que se completa A próxima Drupa vai mostrar que tradicionais fornecedores de equipamentos e sistemas offset têm a sua atenção cada vez mais voltada para a tecnologia digital.
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Andrew Tribute
stá se tornando cada vez mais comum encontrar gráficas que usam mais de uma tecnologia de impressão. Na maioria dos casos trata-se de acrescentar a impressão digital para complementar uma operação predominantemente offset. Isso permite aos impressores offset lidar de maneira rentável REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
com trabalhos de tiragens curtas, propi ciando atender serviços para os quais a impressão offset não é mais adequada — como no caso de fotolivros —, além de permitir a entrada no segmento de impressão de dados variáveis e até mesmo acrescentando serviços com ferramentas baseadas na internet. Para o impressor offset convencional, no entanto, normalmente as tecnolog ias offset e digital são utilizadas separadamente, em diferentes workflows, e a tecnologia de impressão é escolhida na hora de se orçar um trabalho, e não durante a produção. A tendência como veremos na Drupa 2012, que ocorrerá de 3 a 16 de maio, será trabalhar em um workflow comum para a maioria dos trabalhos e, no momento da
produção, escolher a tecnologia de impressão. Para que isso ocorra, o resultado das duas tecnolog ias deve ter o mesmo aspecto tanto em termos de qualidade de imagem quanto de compatibilidade de cores. No lançamento este ano da parceria da Heidelberg com a Ricoh, na digi:media, em Düsseldorf, um workflow conjunto e compatibilidade de cores foi o principal tema da mensagem da Heidelberg sob o título HEI Flexibility. Isto foi demonstrado através da produção de um pacote de ações de marke ting para um evento de golfe cujos diferentes itens foram impressos usando tecnolo gias offset e digital e no qual a aparência dos diferentes produtos finais era praticamente idêntica. O trabalho foi todo baseado no
Venha para a Vivox workflow da Heidelberg com um processo conjunto de gerenciamento de cores. O que foi apresentado também integrou a impressora digital jato de tinta de embalagens da Heidelberg no mesmo workflow, além de uma gama de sistemas de acabamento da empresa. No Reino Unido a Heidelberg também demonstrou como este fluxo de trabalho pode ser ampliado para abarcar a cadeia de valor através da ligação com a empresa Red Tie, de soluções web-to-print através da computação em nuvem, para a realização de pedidos online e comunicação via internet com os seus clientes. Onde a impressão digital se enquadraria
O exemplo da Heidelberg foi uma comprovação do que pode ser feito e hoje estamos vendo essas coisas acontecendo, com muitos gráficos usando diversos equipamentos diferentes. O uso da impressão digital para realizar trabalhos que antes ser iam feitos em offset, apesar de a impressão digital ser um processo mais adequado por conta da baixa tiragem do trabalho, é apenas parte da maneira como a impressão digital está complementando a offset. Trata-se de uma evidência de como os gráficos acharam importante implantar a tecnologia digital para fornecer um serviço mais completo a seus clientes sem deixar de lucrar. Essa é uma solução para quando não é rentável imprimir trabalhos de baixa tiragem usando tecnolog ias offset. Hoje a impressão digital de todos os fornecedores pode se equiparar à impressão offset em termos de qualidade e reprodução de cores. Embora a impressão digital tenha sido o centro das atenções em edições anter io res da Drupa, a tecnologia offset continuou a se desenvolver e se tornar mais eficiente e adequada para pequenas tiragens. Algumas gráficas digitais consideraram ser necessário investir no processo offset para poder atender uma gama maior de trabalhos. Nessas sit uações nota-se geralmente que uma gráfica digital acrescentará a impressão offset com tecnologia Direct Imaging – gravação da imagem diretamente na impressora, usando, por exemplo, equipamentos da Presstek. Uma razão para isso é o fato de que as gráficas digitais
não querem se especial izar em offset e as impressoras DI podem ser operadas praticamente da mesma forma que os equipamentos digitais, porém com custos muito semelhantes ao processo de impressão offset. Jeff Jacobsen, presidente da Presstek, afirma o seguinte: “Utilizamos o termo ‘suprindo a lacuna’. Os clientes estão tendo grandes dificuldades, já que 80% de todas as nossas impressões em quatro cores são de tiragens infer iores a 5.000 unidades e, para fazer isso de forma eficiente, você não pode usar eletrofotografia, porque o toner é muito caro e a tecnologia jato de tinta ainda não chegou lá. Entre 500 e 20.000 impressões, a tecnologia DI oferecerá a maior qualidade ao menor custo unitário”. A impressão digital para baixas tiragens passou por um grande desenvolvimento na última década. Embora grande parte da atenção estivesse voltada para as impressoras de alta produtividade da HP Indigo, Kodak e Xerox, vimos grandes progressos nas áreas de produção em volumes méd ios e pequenos. Um anúncio recente nesse nicho veio com um desenvolvimento conjunto de uma nova geração de impressoras incorporando tecnolog ias existentes da Canon e da Océ. Estamos agora vendo outra funcionali dade sendo acrescentada a estes equipamentos. Isto pode se dar através de uma quinta unidade de impressão, para a inserção do equivalente a um revestimento ou verniz. Um exemplo pode ser observado com a Xerox 1000 Color Press, na qual a tinta seca transparente permite que efeitos especiais, como verniz localizado (spot), sejam acrescentados aos impressos. A Kodak Nexpress prop orc ion a uma func ion al id ad e semelhante. Há tamanhos maiores de formatos sendo oferecidos. A Xerox iGen4 EXP opera com folhas de até 66 cm de comprimento, permitindo que uma gama maior de trabalhos possa ser realizada no equipamento. A Kodak Nexpress SX também oferece uma capacidade de tamanho de folha similar. Isso, no entanto, só é parte da maneira como a impressão digital pode complementar a offset e ampliar os serviços que os gráficos podem prestar a seus clientes. A chave para as gráficas otimizarem seus negó cios hoje é serem capazes de efet uar uma grande var ied ade de serviços e produtos
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integrados. O segredo é fazê-lo através do aprimoramento do fluxo de trabalho, para que ele se torne acessível a cada vez mais clientes e que seja mais fácil a adaptação. Isso consiste em usar o fluxo de trabalho a fim de atingir novos clientes, para os quais comprar impressão é um procedimento normal, bem como facilitar para os compradores de impressão. A impressão tem sido sobretudo uma operação entre empresas (B2B – business to business). Pedidos real iz ados via internet e fluxo de trabalho online, bem como a impressão digital, estão tornando a atividade uma operação entre a gráfica e o consumidor (B2C – business to costumer). Impressão de precisão – Mudando o modelo de negócios
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Uma boa referência pode ser vista na Pre cision Printing, gráfica sed iad a no Reino Unido. A Precision era uma típica gráfica offset de médio porte e investiu em tecnologia digital pela primeira vez em 2005, com uma impressora HP Indigo. Por alguns anos seu negócio na área digital apenas complementava o processo convencio nal de impressão para pequenas tiragens compatíveis com sua impressão offset. Depois da última Drupa, em 2008, a Pre cision mudou suas operações comerciais ao desenvolver seu próprio fluxo de trabalho para automatizar todos os seus processos, acrescentando ferramentas de pedidos web-to-print bastante avançadas por meio de uma aliança com a especial ista ital iana Pixelartprinting. Isso permitiu à Precision dobrar seu volume de negóc ios em cinco anos, tendo que contratar poucos funcio nár ios a mais. Seu volume de negócios com impressão offset mudou pouco naquele pe ríodo, apesar de um aumento na capacidade através de uma nova impressora Heidelberg de 10 unidades. O aumento se deu por conta de mudança para uma operação B2C com pedidos feitos online e uma produção automatizada através de seu fluxo de trabalho, permitindo que um grande número de trabalhos pequenos fosse processado por meio de suas quatro impressoras HP Indigo. Ao mesmo tempo, o acréscimo da impressão de dados variáveis possibilitou à empresa oferecer um leque muito maior de serviços para seus clientes B2B. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
Um software para web-to-print e um fluxo de trabalho integrado são a chave para tornar o processo de impressão mais efi ciente, como a Precision fez. Esse tipo de fluxo de trabalho será um dos itens-chave que diversas empresas irão expor na Drupa. A Kodak será uma delas, mostrando esse software com suas Soluções de Fluxo de Trabalho Unificado (Unified Workflow So lutions), que ligam o fluxo de trabalho co mercial líder de mercado da Prinergy às soluções de portal InSite, junto com os dados variáveis da Darw in e as soluções web-to- print da Kodak para sistemas de impressão offset, flexográfica e digital. A maior parte dos principais fornecedores do setor gráfico irá expor abordagens semelhantes de fluxo de trabalho, que enfocam diferentes elos da cadeia de valores para possibilitar aos gráficos ampliar o escopo de seus negóc ios. Eu também esperaria ver muitos fornecedores menores de sistemas mostrando novos softwares no espaço da Drupa Innovation Park para um melhor trabalho com webto-print e comunicação em vár ias míd ias. A otimização da imposição cria um novo negócio
O conceito de trabalho baseado em webto-print para o qual estamos voltando nossas atenções agora é o software de fluxo de
trabalho especializado para otimizar o carregamento e a programação de trabalhos na impressora. Nos últimos anos, especial mente na Alemanha, houve um grande crescimento das ferramentas para web-to-print e os gráficos estão usando softwares espe cializados para agrupar vár ios trabalhos na mesma máquina. Para isso eles estão usando sobretudo impressoras offset de grande formato, ao invés de equipamentos digitais. Uma empresa bem conhecida quanto a isso é a Vistaprint, mas acho que o melhor indicativo do que está acontecendo é a Flyer alarm, que atua com diversas impressoras offset Heidelberg e KBA de grandes formatos, bem como equipamentos digitais, sendo todos os pedidos de trabalho feitos via internet, através de seus sites e lojas online na Europa. Eles atualmente processam uma média de 10.000 pedidos por dia, dos quais 99% são feitos online. Uma das chaves para tamanha eficiência são as rápidas preparações e o reduzido número de funcioná rios necessário para operar as impressoras offset modernas de grandes formatos. Empresas como a Flyeralarm desenvolveram seu próprio software de workflow e agrupamento de trabalhos para c riar esta grande área de negóc ios. Atualmen te esse software está disponível junto a alguns fornecedores para permitir a outros
Site da Flyeralarm para a realização de pedidos de serviços de impressão
gráficos entrar nesta área de web-to-print para grandes volumes. A Litho Technics tem uma solução para gerar automaticamente complexos sistemas de imposição para integrar diversos trabalhos em uma única folha. Um usuár io é a MPG Books, uma das impressoras de livros líderes do Reino Unido. Eles precisavam aumentar a capacidade de 400 para 600 títulos por mês e viram a possibilidade de agrupar diversos trabalhos como uma nova solução. A empresa atingiu esse objetivo reduzindo também o número de funcionár ios na área de planejamento da produção. Colin Gammon, gerente técnico de pesquisa e desenvolvimento da MPG Books, afirmou: “O software nos ajudou a manter a empresa altamente competitiva por meio da redução pela metade de nossos gastos com mão de obra. O recurso AutoLayout nos permite colocar mais serviços em uma única página, o que reduz perdas e acelera a execução do trabalho”. É possível ver também a solução integrada aos pacotes de fluxo de trabalho de outros fornecedores. Isso inclui a Fujifilm Europa, que a acrescentou a seu pacote de soluções de workflow XMF, e a EFI, que a utiliza com alguns de seus sistemas de gestão da informação (MIS – Management Information Systems). Fornecedores tradicionais passam para o digital
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Uma das tendênc ias-chave a ser vista na Drupa é a entrada de alguns fornecedores de impressoras offset no mercado digital. A Heidelberg já anunciou sua parceria com a Ricoh e os primeiros sistemas já foram instalados. A Manroland anunciou uma parceria com a Océ, empresa que pertence à Canon. A KBA também entrará neste segmento através de uma parceria com a RR Donnelley, maior grupo gráfico do mundo, que desenvolveu suas próprias impressoras jato de tinta e está licencian do sua tecnologia junto à KBA para que esta possa fabricá-las. Os equipamentos jato de tinta da Manroland e da KBA estarão voltados para impressores offset tradicionais de grandes volumes que atuam com livros, mala direta, revistas e jornais, com o intuito de mudar os modelos de negócios para gráficas nestes mercados. REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
Qual o papel do offset no futuro?
Até o presente momento, a maioria das impressoras jato de tinta de alta velocidade foi vendida para gráficas que oferecem serviços de impressão para produtos transacionais e poucos impressores comerciais investiram nessa tecnologia. Nos Estados Unidos, em particular, alguns impressores de livros instalaram tais sistemas, principalmente da HP e da Kodak. Eles os usaram para que tiragens de livros coloridos com até 5.000 exemplares se tornassem viáveis com tal tecnologia, permitindo aos editores reduzir seus níveis de estoque de livros impressos em offset, cujas tiragens pedidas são geralmente maiores por conta da tentativa de se obter um preço unitário menor. Um bom exemplo é a King Printing, pequena gráfica de livros nos Estados Unidos. Ela foi a primeira empresa do ramo a investir em impressoras jato de tinta de alta velocidade para a impressão de livros e agora possui dois equipamentos, sendo que um terceiro já foi comprado. Eles acreditam que, com o sucesso dessa tecnologia em ajudar os clientes editores a mudar seus modelos de negócios, podem reduzir paulatinamente suas operações de impressão offset e se tornarem uma empresa totalmente voltada para a impressão digital. Aditya Chinai, presidente da King Printing, declara: “Estamos nos tornando gestores de estoques para nossos clientes, à medida que eles buscam diminuir sua armazenagem e seus custos. Com a tecnologia jato de tinta, a frequência de pedidos aumenta e o tamanho das tiragens diminui. Podemos ter 10 pedidos para 50 cópias de um título, ao invés de uma tiragem maior. Trata-se agora de impressão com base em pedidos, e não impressão para especulação”. Acredita-se que, com a entrada da Manroland e da KBA no mercado digital, os impressores de livros e revistas possivelmente instalarão equipamentos jato de tinta de alta velocidade para otimizar os negócios dos clientes do segmento editor ial.
Talvez o ponto mais importante que os gráficos precisam entender sobre o impacto de novas abordagens de workflow, web-to-print e impressão digital seja que elas lhes permitem trabalhar com seus clientes para ajudá-los a mudar sua maneira de fazer negó cios. O novo horizonte para os impressores consiste em ser um fornecedor de comunicação em diversas míd ias, sendo a impressão apenas uma delas. Está sendo oferecida aos clientes dos gráficos toda uma nova maneira de se comunicar e uma gama de novos fornecedores. As novas ferramentas de web-to-print e workflow permitem ao gráfico facilitar o trabalho com seus clien tes, ou lhes oferecer uma grande var ieda de de serviços para se tornarem prestadores de serviço mais completos. Isso não quer dizer que o offset vai desaparecer, muito pelo contrário. O offset continuará sendo o principal foco da maior parte dos negó cios das gráficas, mas, sem a impressão digital e os fluxos de trabalho automatizados baseados na internet, os clientes estarão cada vez mais se afastando de gráficas que atuem exclusivamente com offset. Embora muitos analistas e a imprensa irão novamente chamar a Drupa 2012 de “Drupa Jato de Tinta”, na real id ade ela será a “Drupa Digital”, ou seja, um evento construído em torno da maneira como o fluxo de trabalho e as tecnolog ias de impressão digitais vão liderar a transformação do setor gráfico em uma indústria de comunicação de múltiplas míd ias.
& FEIRA MUNDIAL DE MEIOS DE IMPRESSÃO, EDITORIAL E CONVERSÃO 3 a 16 de maio de 2012 2-ª a 6-ª feira, das 10 às 18 horas Sábado e domingo, das 10 às 17 horas Recinto de Exposições de Dusseldorf Organizadora: Messe Dusseldorf Dusseldorf, Alemanha www.drupa.com Representante no Brasil MDK Feiras Internacionais Tel. (11) 5535.4799 www.mdkfeirasinterncionais.com.br
II CONFERÊNCIA DE IMPRESSÃO DIGITAL
GEDIGI
A MÍDIA IMPRESSA NO FUTURO
A II Conferência de Impressão Digital Gedigi (Grupo Empresarial de Impressão Digital) foi organizada com o objetivo de manter a discussão, troca de ideias e otimização de recursos para o desenvolvimento das aplicações com impressão digital no mercado gráfico brasileiro.
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11 de junho de 2012 Realização:
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Inscrições e Informações http://www.gedigi.org.br/ Tel.: 11 4013-7979
Quadrinhos
A Panini, das raras remanescentes a distribuir gibis nas bancas, felizmente mantém uma bela edição completa do clássico Watchmen nas livrarias.
squeça o filme. Embora o ilustrador Dave Gibbons seja consultor da produção, Alan Moore — tal como nas versões hollyw ood ian as de seus textos – abomina Watchmen nas telonas. Fellini também achava impossível verter quadrinhos para o cinema. Esse grupo gótico de “super-heróis” foi concebido pelo escritor e o desenhista em 1986/87 em uma série de 12 gibis, que alcançou um surpreendente sucesso, ainda maior ao ser publicado em forma de livro, tal como a Panini ainda hoje tem nas liv rar ias. É o nicho certo para uma obra tão complexa e adulta. Iniciado pelos autores como uma crítica aos grupos convencionais de super- heróis, a criativ idade e audácia do entrelaçamento das situações e as sub-leituras e seu aprofundamento, sem limites, conseguiram criar uma das maiores obras dos comic books. O título parte do poeta Juvenal, em suas Sátiras, “Qui custo diet custodioes?” (Quem vigia os vigilantes?) e cria um grupo esdrúxulo de personagens doen tios que se reúnem quando um ex deles é assassinado. Então uma avalanche de criat iv id a de recheia-se de idas e vindas,
PANINI BOOKS Formato: 19 × 28 cm Capa dura: 460 páginas em cores www.panini.com.br
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Álvaro de Moya é autor do livro Vapt-Vupt. REVISTA ABIGRAF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
criticando o mundo real. O personagem Dr. Manhattan reflete: “Eu leio átomos. Vejo o antigo espetáculo que gerou tais pedras. Além do mais, a vida humana é breve e mundana”. Referindo-se a “Batman – O Cavaleiro das Trevas”, Alan Moo re disse que Frank Miller pretendia salvar os super-heróis e conseguiu: as superproduções de Hollywood passaram a se basear no seu sucesso de bilheteria para repetir os quadrinhos nas telonas, depois de Superman. Moo re, porém, com Watchmen quis matar os “ridículos justiceiros com fantasias de circo”.
Galeria da SIB - Sociedade dos Ilustradores do Brasil
Autor: VICTOR LEGUY victor.guy@gmail.com Capa do livro “Ostinato, the New Rise”. Cliente: Editora Ape, 2010. Técnica: Grafite e guache.
www.sib.org.br
ESCOLHAS. […] Ao ter de fazer escolhas, talvez o melhor passo seja escolher, primeiramente, os valores, as convicções e os princípios que prezamos para tentar priorizar as alternativas possíveis. ¶ E, depois de feita a escolha, o jeito é compremeter-se com ela, honrá-la. O esforço que tal compromisso exige é, sem dúvida, o pedaço mais árduo da jornada. ¶ Sim, porque, no processo da escolha, o difícil é justamente renunciar às alternativas que não foram contempladas. Sem renúncia não há escolha e sem escolha não há liberdade. n Rosely Sayão.
por uma internet livre e por uma cultura aberta tanto na parte de hardware quanto de software, Jobs conseguia ser mais radical do que Bill Gates, historicamente o grande antagonista da cultura open source, quando o assunto era lógica proprietária. […] ¶ Isso não tira a genialidade do morto. Mas é bom separar uma coisa da outra. Um bom homem de negócios não é, necessáriamente, um homem bom. n Alexandre Matias, Link, O Estado de S. Paulo
Pensem no que significa o Google. Por meio dele, não há informacão impossível de filtrar. Ele e similares
O problema das novas gerações não é o acesso
filtram tudo para você. Quando estiver naufragando
à informação. É aprender a fazer escolhas. Com
ao navegar, eles irão lhe enviar uma tábua de salvação,
milhares de boas tipografias disponíveis em seus
usando tudo que sabem sobre você. ¶ Assim, se você
desktops, por que escolher esta e não aquela outra?
costuma entrar na Amazon, eles lhe propõem livros
E as cores? Se o designer não criar sua própria paleta, e compras que "deveriam" lhe interessar. Em vez de
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originária de observações e reflexões sobre seu
abrir seus horizontes, o mundo da navegação apenas
meio ambiente cultural e natural, de onde
reforça seus hábitos e interesses. É assim nas redes
arrancará suas cores? E como combiná-las
sociais […] Para conhecer alguém diferente é preciso
se não souber escolhê-las? s Claudio Ferlauto
aventurar-se na praça pública […]. ¶ Errônea, portanto,
Muitos ficaram revoltados com a forma como Richard Stallman, pai do movimento do software livre, se referiu à morte de Jobs. "Como o prefeito de Chicago Harold Washington disse uma vez sobre o ex-prefeito corrupto Daley, eu não estou feliz que ele está morto, mas estou feliz que ele tenha ido embora", escreveu em seu site. "Ninguém merece morrer – nem Jobs nem o senhor Bill, nem pessoas culpadas de coisas piores que eles. Mas todos nós merecemos o fim da influência maligna de Jobs na computação das pessoas". […] ¶ Mas, mesmo sendo radical e desagradável (características típicas de seu próprio personagem), Stallman não falou nenhuma bobagem. Afinal, é bom separar o homem do personagem, uma fusão que o próprio Jobs gostava de alimentar. Pois ele senta-se no extremo oposto de Stallman no espectro da cultura open source. Enquanto este advoga
a impressão que a web abre mentes e caminhos.
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Em muitos sentidos, ela os fecha de vez […]. s Ricardo Semler, Folha de S.Paulo
Ninguém quer morrer. Mesmo as pessoas que desejam ir para o Paraíso não querem morrer para chegar lá. ¶ Assim, a morte é o destino final do qual todos nós partilhamos. Ninguém jamais escapou dela. E é assim que as coisas deveriam ser, porque a morte é provavelmente a melhor invenção de toda a vida. Ela é o grande transformador da vida. Ela tira do caminho o que é velho e abre espaço para o que é novo. n Steve Jobs CUBISMO. No sentido mais geral a colagem é o inverso da série: a inclusão de várias representações em uma única imagem. […] Ainda que a palavra escolhida faça referência um pouco demais àquelas obras cubistas cujo motivo era decomposto e depois "colado de novo" — material e mentalmente —, pois esse mesmo
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movimento de decomposição + recomposição é encontrado em outra parte e com frequência. Nos futuristas italianos, com essas telas que se apresentam expressamente como o registro do múltiplo no único, cinco posições de dançarina ou doze posições do rabo de um cachorro […]. Ou ainda […] nas "piscinas" de David Hockney ou em seus retratos compósitos, feitos de dezenas de fotos justapostas — e acompanhadas
de um discurso estranhamente ingênuo, em que tanto o cubismo como o analitismo são redescobertos. […] ¶ O cubismo nasceu de uma reação contra o subjetivismo do ponto de vista e a hipertrofia do acidental; ele visava recuperar, pela multiplicação e pela combinação de pontos de vista e de aspectos, uma ideia mais essencial do motivo. n Jacques Aumont, in O olho interminável
AS PRIMEIRAS PALAVRAS DE UM LIVRO SÃO COMO OS TÍTULOS DE FILMES Ideia original, Marcel Duchamp, autorretrato, 1958. Duchamp,Cameo/Abrams, 1996
Barcelona, na verdade, é formada por três cidades, de natureza claramente distintas, a mais nova em volta de uma mais velha, que, por sua vez, abriga o núcleo antigo. Na periferia, cercada de rodovias, ficam os subúrbios industriais que cresceram no pós-guerra da ditadura franquista; sÃo frutos do crescimento desordenado e incontrolado das décadas de 1950 e 1960, estendendo-se ao sul até o rio Llobregat e ao norte até o Besós. […] Nessa área fica a grande rede oitocentista do Eixample, ocupando a planície costeira que interrompe a cordilheira e desce até o Mediterrâneo: com suas quadras e esquinas cortadas por aveni-
Apropriação, Milton Glaser e Bob Cato, pôster para LP, 1966.
Milton Glaser Graphic Design The Overlook Press, 973
das mais largas, compondo um desenho repetitivo de quadrados com os ângulos chanfrados, postos no papel em 1859 e quase todos preenchidos em 1910. Então, dentro desse reticulado, quando ele se encontra com a baía, o andamento uniforme das unidades se rompe, elas se amontoam em desordem, e surge um conjunto irregular, de onde brotam saliências de aspecto mais antigo: velhas torres quadradas, pináculos góticos. é a cidade velha, o Barri Gótic, À esquerda ergue-se o Montjuic. Mais adiante desdobra-se a superfície lisa do Meditarrâneo, azul, sedosa, cintilante […]. Robert Hughes, in Barcelona.
Las Vegas. Aprender com a paisagem existente é a maneira de ser um arquiteto revoluCultura internerd, autoria controversa ou colaborativa, 2011. Internet
cionário. Não de um modo óbvio, como fosse "arrasar Paris para começar de novo", como propunha Le Corbusier nos anos 1920, mas de um modo distinto, mais tolerante: pondo em questão a nossa maneira de olhar as coisas. ¶ A rua comercial, como a Strip de Las Vegas – que é um exemplo por excelência – desafia o arquiteto, a assumir um olhar positivo, e não apenas olhar por cima dos ombros. Os arquitetos perderam o hábito de observar o seu entorno do modo imparcial, sem pretender juízos de valores, convencidos que estão que a arquitetura moderna ortodoxa é progressista, quando não revolucionária, utópica e purista; e se sentem insatisfeitos com as condições existentes na realidade. ¶ A arquitetura moderna tem sido tudo, menos tolerante: os arquitetos preferiram transformar a paisagem a melhorar aquilo que já estava lá. Robert Venturi, Steven Izenour e Denise Scott Brown, in Aprendiendo de Las Vegas, 1978, Gustavo Gigli.
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O anônimo não deveria ter biografia. Pois tem. Marcel Duchamp viveu inversamente à relação direta […] entre artista moderno e exposição pública. […] Teve a vida mais ou menos comum ao indivíduo do século XX, sem glamour. Passou fazendo o mínimo esforço possível. ¶ Como dizia, procurava respirar, apenas. ¶ O Da Vinci da modernidade foi um indivíduo discretíssimo, o reverso da personalidade pública de Picasso. O grande iconoclasta da arte moderna era um tímido avesso ao sucesso, que evitou. Irônico, cético e ascético, foi, na terra dos ícones de massa […], um ilustre desconhecido. Ilustre de fato
Havia quem não quisesse trocar seus rolos de manuscritos pelos recentes e revolucionários códex, nos idos da Idade Média. Os aristocratas do início do século XVI, por sua vez, abominavam os primeiros livros impressos com os tipos móveis de Gutenberg: preferiam livros produzidos por escribas, com iluminuras douradas e outros detalhes sofisticados e personalizados; assim como hoje muitos leitores, que adoram abominar os livros
Rolo – tira de papiro ou pergaminho com textos manuscritos, que era guardada enrolada em duas varas.
O códex vai acabar com os rolos
eletrônicos, afirmam com veemência que "o livro não vai acabar"… e que a sensação de manusear contemporânea, dandy e possuidor de um só terno, um livro não será substituída pelo contato frio das arredio à polêmica e polêmico ainda hoje, foi o artista superfícies dos tablets. Mas a fila anda. ¶ O livro, que, antes de qualquer um, se deu conta do sistema como conhecemos hoje, originário do códex – da arte em toda a sua eficácia institucional e ideológica. folhas costuradas na lombada –, é uma experiência Com Duchamp entra em crise uma certa visão ingênua humana de pouco mais de 500 anos. Ele moldou e romântica da arte e do artista. ¶ A atitude estética uma sociedade que o canadense Marshal McLuhan duchampiana, a "beleza da indiferença", é capítulo à parte chamou de a Galáxia de Gutenberg, habitada pelo homem tipográfico. Este modelo vive seus últimos na arte moderna. O rigor da ideia, a precisão da concepção, momentos (considerar aqui o tempo histórico, a assepsia da execução são os procedimentos […] deste não o tempo do nosso cotidiano ou mesmo o espírito francês, cartesiano, sobretudo. […] Assim pretendia de nossas vidas). ¶ O códex já foi considerado abolir num preciso lance de dados a qualificação tradicional por muitos como um fato mais importante para do artista expressa no ditado francês bête comme un o homem do que a invenção da tipografia. E não peintre (estúpido como um pintor). Trata-se de voltar vai desaparecer em poucas décadas. Talvez nem à cosa mentale [ideia de Da Vinci], pois a pintura, desde desapareça, apenas mude de status e função, assim como o teatro não desapareceu com a chegada o impressionismo, tinha se tornado, para ele, algo da do cinema, nem este com a chegada da TV, ordem da retina, da sensação, não da inteligência. e nem esta com a internet, super rápida e quase n Paulo Venâncio Filho, prefácio de Duchamp, uma biografia, cinematográfica, que está prestes a entrar em de Calvin Tomkins, Cosac Naif, 2005. nossas vidas por meio da TV, dos tablets, telefones (que de telefone não têm mais nada) e outras mídias que estão sendo gestadas cotidianamente augusto de campos e julio plaza 1976 na mente do homem contemporâneo. Para o empresário norte-americano David Spadafora, marcel duchamp é um nome bem conhecido "a revolução digital é boa para mas poucos conhecem bem marcel duchamp o objeto físico [livro]", visto muitos fizeram marcel duchamp sem saber que o estavam fazendo que, para muitos usuários, (eu também) ele não é apenas o texto, mas como poderíamos saber? mas um objeto de estima e afeição. ¶ É mais duchamp é o maior inventor anônimo do século provável que o modelo de negócios editorial aos poucos desapareça antes do livro. E esta é uma realidade ele foi sendo desenterrado: latente e ameaçadora na medida que um dos debaixo da montanha picassiana poucos gigantes que dominam nossas vidas – sob o brilhante arabesco dos klees e kandinskys Google, Apple, Amazon, Orkut, Facebook– sob os cristais perfeitos de mondrian decidir que, além de distribuir e vender, vai editar lá estava ele os livros. E aqui a discussão não será mais sobre o intacto livro, mas sobre o conhecimento. Ou, mais corretano meio do refugo e dos detritos mente, sobre controle do conhecimento. "o bonito marcel duchamp ¶ Previsões previsíveis como "tablets podem ser que pintava sobre enormes placas de vidro" a tendência do futuro"são uma falácia. como disse anita malfatti Eles apenas vão mudar nossos hábitos de leitura. relembrando Nova York de 1917 Mas isso é um outro assunto. Claudio Ferlauto ele era, para poucos. Antecipador e inspirador da arte
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Códex ou códice – peça formada por folhas sobrepostas (primeiramente em papiro, depois em velino, couro de vitelo), costuradas na lombada.
Leitor de livros – aparelho com tela para leitura de e-books e outras mídias digitais, que se aproxima dos livros tradicionais com a utilização do chamado papel eletrônico, que não utiliza luz por meio de telas de cristal líquido.
história viva
Foto: Álvaro Motta
Plácido Loriggio não vem de uma família de gráficos, não trabalhou em uma empresa da área para depois abrir a sua própria e nunca dormiu entre resmas de papel. Mesmo assim, viveu intensamente a industrialização e profissionalização do setor, em vários momentos capitaneando tais mudanças. Tânia Galluzzi
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Plácido Loriggio O engenheiro que virou gráfico
or caminhos que só o destino capricho so pode traçar, um dia Plácido Lorig gio entrou por uma porta como diretor técnico de uma empresa de engenha ria e saiu pela outra com o convite para integrar a equipe da maior gráfica da América Latina em volume de produção. Assim quis o acaso, assim quis Plácido Loriggio, elaborador de sua própria ventura. Formado em Engenharia Civil pela Es cola Politécnica da USP, com mestrado em Siste mas Estruturais também pela Poli, Plácido diz que os ensinamentos que realmente embasa ram a sua carreira ele recebeu ainda na adoles cência. Aos 13 anos foi trabalhar na serralheria do avô, cujo contador ensinou ao garoto o fun cionamento contábil e administrativo de uma empresa. Antes de terminar a faculdade, Pláci
do dava aulas de Álgebra e Geometria no pró prio cursinho da Poli, atividade que manteve ao finalizar o curso, quando começou a exercer a profissão que escolheu de forma independen te. Foi professor em alguns colég ios e também na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, tendo publicado oito livros. Em 1967, casado com Maria de Lourdes e com três filhos, Plácido foi admitido como coordenador do departamento de engenharia de uma construtora. Cinco anos depois estava em outra empresa do ramo quando uma reu nião mudou o rumo de sua carreira. “Estáva mos fazendo uma obra de ampliação na Abril, lá na Marginal Tietê, e fui chamado para uma reunião com toda a diretoria da gráfica. O mer cado vivia o boom dos fascículos e a Abril havia
comprado duas grampeadeiras e não tinha onde pôr. A reunião era para me dizer que eu teria de construir a nova área com as máquinas dentro”, diverte-se Plácido. “Eles achavam que eu coloca ria mil empecilhos, encarecendo a obra e esten dendo e muito o prazo. Como eu estava acostu mado com obras públicas, habituado a construir viaduto no centro de São Paulo com pedestre passando embaixo, disse que seria fácil. A di retoria ficou de queixo caído e depois de quin ze dias me chamaram para trabalhar com eles”. O que os executivos da Abril viram em Plácido foi algo que marcou toda a sua história na grá fica: seu comprometimento, tanto com o cliente quanto com o grupo do qual fazia parte. Justamente devido a esse comprometimen to, Plácido só pode aceitar a proposta da Abril um ano depois. Em 1973 lá estava ele como ge rente geral de utilidades e obras da gráfica. Sua ascensão foi paulatina e consistente. No ano se guinte foi promovido a diretor de produção, de pois diretor superintendente da gráfica, até che gar à vice-presidência do grupo Abril em 1985, cargo que ocupou até 1998. Nesses 25 anos, Plácido se tornou um dos agentes da transformação da gráfica da Abril. “Quando comecei as matrizes dos textos eram feitas de chumbo. Na pré-impressão tínhamos 350 artistas, que retocavam os filmes na unha. Eu olhava aquilo tudo e dizia: ‘vocês são má gicos’”. Plácido mexe um pouco mais em seu baú de memór ias. “A gráfica tinha serralheria, mecânica, até carro era consertado lá dentro. Aos poucos fomos mudando isso, eliminan do os serviços que não tinham relação com o negócio principal da gráfica”. 3
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Reconhecimento
Parte do respeito que Plácido conquistou com a diretoria da Abril veio do fato de trabalhar como se a empresa fosse dele. Seu lema era “pense sempre, diante de cada decisão, como você agiria se a em presa lhe pertencesse”. Isso deu seguran ça a Roberto Civita para delegar-l he o co mando da gráfica. “Entendia a gráfica como minha e colocava em cada função apenas pessoas competentes. Prior iz á vamos o treinamento contínuo e a equi pe estava sempre viajando para conhecer exper iências de sucesso”. Já a consideração dos colegas e su bordinados Plácido alcançou através da transparência. Outro de seus lemas era “co municar sempre e diretamente a todos os fatos relevantes da empresa”. Na sua administração, o quadro de avisos da gráfica atingiu 95% de credibilidade junto aos empregados. Foi essa a postura que adotou após enfren tar a pior greve ocorrida na Abril. A paralisação fez com que, pela primeira e única vez na his tória da publicação, a revista Veja não saísse, durante a crise brasileira dos anos 80. “Resol vemos implantar um programa de encontros in formais com os funcionár ios visando estreitar nosso relacionamento. Eu me reunia com oito funcionár ios de cada vez, todos do mesmo ní vel, e eles pod iam perguntar o que quisessem. Nessas oportunidades eu aproveitava para pas sar conceitos, fazendo com que vivenciassem a administração de uma empresa montando uma
Plácido e alguns dos personagens com os quais conviveu. (E/D): 1 Tereza Cerutti, proprietária da Cerutti; Victor Civita, presidente da Abril; e Cid Frugoli (que substituiu Plácido na direção da gráfica) 2 Com Roberto Civita 3 Com o jornalista Thomaz Souto Correa (E)
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4 À esquerda de Plácido: Victor Civita; o presidente da República, João Figueiredo, e o governador do Estado de São Paulo, Paulo Maluf 5 A homenagem pelos 20 anos de empresa 6 Com Roberto Civita em um evento sobre qualidade na Abril
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sorveteria fictícia. Falá vamos de qualidade, de formação de preço, de concorrência. O mais incrível é que, como dono de empresa, em cinco minutos o funcio nário mais radical vi rava o capitalista mais feroz”. Quando Plácido deixou a Abril ela era outra. De 3.500, o qua dro funcional limitavase a 1.500 profissionais, que produziam 20 ve zes mais do que duas décadas antes, e a redação de vár ias revistas já havia sido transferida para
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o edifício na Marginal Pi nheiros, cuja reforma foi liderada por Plácido. Mas um dos manda mentos que fazem parte também do decálogo de Plácido para uma adminis tração eficaz aproximouo da ABTG: “o executivo deve transmitir o que sabe aos seus funcionários e dar exemplo o tempo todo”. Le vado à entidade por Peter Rohl, na época funcionário da Abril, no início da déca da de 80 integrou um gru po de dirigentes para lutar pela difusão do conheci mento no setor. Esse traba lho o colocou como presi dente do conselho diretivo da ABTG em 1983, coorde nador do grupo de negocia ções trabalhistas da Abi graf em 1985 e, já em 1996, como primeiro presidente do Organismo de Norma lização Setor ial, o ONS 27. Egresso da Abril, Plá cido teve duas exper iên cias, entre 1998 e 1999, que ele classifica como malucas: uma como pre sidente da Comissão de Concessões de Rodov ias da Secretaria de Transpor tes do Estado de São Paulo e outra como coordenador da área de importa ção e exportação da Secretaria da Agricultura. Na primeira teria ficado apenas poucos dias, não fosse a insistência de Mário Covas, então governador do Estado e colega de Poli, que o fez permanecer no cargo por cinco longos meses. “Minha forma de pensar a administração não é compatível com órgãos públicos”. A segunda foi ainda mais rápida, só 30 dias. Aos 80 anos, Plácido diverte-se com as au las de italiano, nas quais discute arte, literatura e política, com seus cinco netos e com a pintu ra, vivendo sua aposentadoria com a tranqui lidade de quem, durante a ativa, seguiu à ris ca a premissa de que a vida particular merece a mesma atenção dedicada ao trabalho.
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A todos os que participaram da Semana de Artes Gráficas: A sua presença fez toda a diferença e queremos agradecer por cada dia. Em todos os estados por onde passou, o evento trouxe muito conhecimento para o setor. Mais uma vez agradecemos o grande número de pessoas que compareceu e aprendeu com nossos seminários. A todos os participantes, um muito obrigado.
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O mais recente trabalho de Thomas Baccaro estará em exposição no início de 2012 no espaço A Estufa, em São Paulo. Tânia Galluzzi
Thomas Baccaro 1. The Garden, 2011
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Silêncio
2. The Heaven, digital 5D, Chile, 2009 3. Library, Rolleiflex 6 × 6 cromo 120 mm, NY, 2010 4. Police, Rolleiflex 6 × 6 cromo 120 mm, NY, 2010 5. Leather Back II, cromo 135 mm, Serrita (PE), 2005 6. Lords, negativo P&B 135 mm, 1998
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C
onsolidado na Europa e Estados Unidos, o mercado de fotogra fia fine art está despontando no Brasil. Enquanto em muitos paí ses a fotografia há tempos é usa da como suporte por artistas de primeira linha, por aqui esse conceito começa a ganhar força entre os colecionadores, impulsionado sobretu do por uma geração de jovens que se encantam com as imagens, dialogam com elas e querem tê-las como peças de decoração. É na esteira desse movimento que está apoiada a nova fase do trabalho do fotógrafo Thomas Baccaro, que voltou para o País após uma temporada de um ano em Nova York. De pois de expor na cidade norte-americana em no vembro, em março do próximo ano ele deverá estar mostrando seus registros em São Paulo, no espaço A Estufa, na Vila Madalena. Chama da de “Silêncio”, a exposição traz 30 imagens em tamanho grande, impressas digitalmente em papel de algodão com pigmentos minerais, sem agentes de branqueamento óptico, especialmen te desenvolvido para garantir a longevidade da
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reprodução. “Trabalhei no laboratório de Silvio Pinhatti no final dos anos 90, ainda com o pro cesso químico de ampliação. Fazíamos cópias para gente como Bob Wolfenson e Mário Cra vo Neto e chegávamos a ficar uma noite intei ra em cima de uma única foto. Hoje todo esse processo artesanal é feito no computador. Mes mo assim, acompanho muito de perto a impres são das minhas cópias, fazendo tiras de teste e tudo mais”, comenta Thomas. Não por acaso as reproduções da exposição “Silêncio”, para a qual o fotógrafo está buscando patrocínio, serão feitas por Silvio Pinhatti e Marcelo Lerner. A descoberta da fotografia
Nascido em Olinda, Pernambuco, em 1975, Thomas descobriu a fotografia ainda garoto, no per íodo em que conviveu com o fotógrafo e artista plástico baiano Mário Cravo Neto. Ape sar de sua formação técnica em Agronomia, aos 19 anos optou pela cidade de São Paulo, atuan do como assistente de Thomas Susemihl e Ma nolo Moran e em agências de publicidade como
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Em 2000, o fotógrafo fixou-se em Reci fe, aproveitando a carência de fotógrafos pu blicitár ios na reg ião, cidade que o segurou por nove anos. No retorno à capital paulista, o que o público está vendo na exposição “Silêncio” é algo bem diverso do que foi exposto em Nova York, além de mais recente. O trabalho reflete a DPZ e a Almap/BBDO. O dese jo de desenvolver uma lingua gem própria levou-o de volta ao Nordeste. Entre 1997 e 1998 fez duas longas viagens ao sertão focado, principalmente, no ho mem do sertão e sua relação com o ambiente em que vive. Essa é a faceta de Thomas que os nova- iorquinos viram em novembro. Convidado por Liza Papi, pro fessora de História da Arte na St. John’s University, Thomas inte grou um grupo de fotógrafos na mostra “Entre a luz e a sombra,
7. Brincando entre Luz e Sombra, negativo P&B 135 mm 8. Snowstorm, digital 5D, NY, 2010 9. Fusão. Prêmio Jovem Revelação de Artes Plásticas do Museu de Arte Contemporânea de Americana, São Paulo, negativo P&B, 1998 10. Ocean of Clouds, digital 5D, Paraty, 2011
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a vontade de Thomas de compartilhar o mo mento mágico e solitário no qual o fotógra fo olha na caixinha escura formada pelo visor da câmera. “Não fiz essas fotos de forma pla nejada. São instantes de vár ias jornadas, com paisagens das Américas Latina e do Norte e da Europa. Depois percebi que se uniam pela aura de mistério e segredo”. Empenhado em de dicar-se cada vez mais à fine art, Thomas tem outros ensaios praticamente prontos, como o “New York Street View”, com recortes dos per sonagens que povoam a capital do mundo, que também deve virar exposição em 2012.
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aspectos da cultura popular brasileira”, realiza da no Brazilian Endowment for the Arts. Cou be a Thomas mostrar sua arte através da vida diár ia da gente do agreste.
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Sistema Abigraf Notícias
Iniciativa público-privada estimula a leitura A indústria gráfica comemora a inauguração da 12ª biblioteca pública e a doação de mais de 7 mil livros, em sete anos de participação no projeto “São Paulo: Um Estado de Leitores”.
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ma sociedade com acesso à educação de qualidade é o primeiro e mais importante pas so para uma nação desenvolvi da. E, para atingir esse objetivo, a promoção do livro e da leitu ra é fundamental. Seguindo esta prerrogativa, em 2003 a Secreta ria de Estado da Cultura de São Paulo lançou o programa “São Paulo: Um Estado de Leitores”. A iniciativa, que tem entre suas principais metas zerar o núme ro de cidades paulistas sem bi bliotecas públicas, busca estimu lar a leitura por prazer e facilitar o acesso aos livros. O projeto é desenvolvido em parceria com as prefeituras dos municípios e a iniciativa privada. Ciente da sua responsabilidade social, a indús tria gráfica paulista, através da Abigraf-SP e do Sindigraf-SP, par ticipa da ação desde 2005. Des de então, foram implantadas 12 bibliotecas, com a doação total de 7,2 mil livros, desde clássicos da literatura até os mais recentes romances de autores nacionais. A última doaç ão aconteceu em 22 de setembro, na cidade de Arealva. O município da re gião de Bauru, de 7,5 mil habitan tes, recebeu 600 obras. De acor do com o presidente da Abigraf Nacional e do Sindigraf-SP, Fabio Arruda Mortara, o apoio às polí ticas de estímulo à leitura é um dos pilares da atuação das enti dades representativas da indús tria gráfica. “Em um país em que os padrões educacionais deixam tanto a desejar, o livro impresso REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
representa a ferramenta mais imediata de acesso ao conheci mento e é condição fundamen tal de ingresso no primeiro mun do”, disse Mortara. Participaram do evento o prefeito de Arealva, Elson Banuth Barreto, o 1º vice- presidente da seccional de Bau ru da Abigraf-SP, Ricardo Carri jo, o coordenador do programa, José Luiz Goldfarb, e o presiden te da Câmara Municipal de Areal va, Eliseu Gonçalves Lopes, além de autoridades locais. Prateleiras cheias Aberta em 2005, a Biblioteca Pú blica Municipal Professora Tere zinha Costa e Silva, de Gastão Vidigal, foi a que mais angariou títulos para as suas prateleiras: em quase sete anos reuniu cer ca de 16 mil exemplares, graças às doações mensais de quase 200 leitores. Instalada no mes mo ano, a Biblioteca Municipal Doutor João Baptista Berardo, em Jardinópolis, possui 9,3 mil livros. De acordo com Marisa Mu nhoz Martins, chefe de setor, o incremento é resultado de doa ções dos munícipes e de novas aquisições da prefeitura. Com uma média mensal de 100 visitantes, a Biblioteca Muni cipal de Monte Castelo, em fun cionamento desde 2006, atingiu a marca de mais de 3 mil livros. Na quele ano também foi aberta, em Santo Antônio do Pinhal, a Bi blioteca Pública Municipal Mon teiro Lobato e a Biblioteca do Pro fessor, que, juntas, possuem mais
de 12 mil livros à disposição dos cidadãos, que per iod ic am ente são incentivados a frequentar o espaço por meio de ações como a Semana do Monteiro Lobato e o concurso de poemas e contos. Além do acervo próprio com quase 13 mil livros, a Biblioteca Pública Municipal Sebastião Al meida de Oliveira, da cidade de Tanabi, disponibiliza mais 3,7 mil exemplares, que são empresta dos pelos leitores, segundo Ode te Alves de Novaes Bertossi, au xiliar da secretaria municipal de educação. Inaugurada também em 2006, a bib liot ec a recebe mais de 330 pessoas por mês. Nesses sete anos de partici pação no programa “São Paulo: Um Estado de Leitores”, a Abigraf Nacional já doou livros para as bi bliotecas nas cidades de Gastão Vidigal, Taquaral, Jardinópolis, Monte Castelo, Tanabi, Santo An tônio do Pinhal, Monteiro Lobato, Osasco, Santo Antônio do Jardim, Sagres, Dumont e, mais recente mente, Arealva. Além dos 600 li vros indicados pela Secretaria da Educação do Estado, as bibliote cas receberam um computador para auxiliar na gestão do acer vo. O saldo pode ser constatado: todas elas ampliaram seus acer vos desde então, a partir de doa ções de munícipes e da própria prefeitura. Faltava, portanto, um estímulo inicial para que a po pulação dessas cidades amplias se o desejável acesso ao livros — o que foi plenamente atendido pela Abigraf/Sindigraf.
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Qualificação aos gráficos A Semana de Artes Gráficas capacita profissionais de oito cidades paulistas, além das capitais de Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, garantindo o aprimoramento dos profissionais do setor.
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ncerrando o calendário 2011, a Semana de Artes Gráficas (SAG) comemora o sucesso das 11 edições deste ano, incluin do as realizadas nas capitais Re cife, Belo Horizonte e Porto Ale gre. A expansão do programa para outros estados foi viabili zada pela parceria firmada entre a Abigraf Nacional e o Sebrae Nacional (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). No Estado de São Paulo, os gráficos da cidade de Campinas e região puderam participar da semana de cursos e palestras de aprimoramento, que aconteceu entre os dias 26 e 30 de setem bro. Cerca de 439 profissionais compareceram à sexta edição do programa no município. Or ganizada pela terceira vez, a SAG de Barueri foi realizada de 24 a 28 de outubro. Entre março e agosto, as SAGs foram promovidas nas cidades paulistas de Sorocaba (28 de março a 31 de abril), Araçatu ba (25 a 29 de abril), Bauru (23 a 27 de maio), São José dos Cam pos (27 de junho a 1º de julho), Ribeirão Preto (25 a 29 de ju lho) e São José do Rio Preto (22 a 26 de agosto). Com um programa de semi nários e palestras sobre gestão, produção e vendas na área grá fica, a SAG é uma das mais bem sucedidas iniciativas de capaci tação e atualização prof issional criadas pelo setor gráfico, reali zada pela Abigraf-SP, com pro gramação organizada pela ABTG e apoio do Sindigraf-SP.
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advogado e empresário José Ephim Mindlin — falecido em 2010 —, na manhã de 21 de ou tubro, o presidente da Federa ção das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Serviço de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP), Paulo Skaf, realizou homenagem póstuma, tornando o bib lióf il o patrono da Escola Senai de Barueri. ”José Mindlin foi um empresário de sucesso, que esteve à frente do seu tempo. Ele já discutia inova ção há 40 anos, e para nós é um orgulho e um privilégio nomear a Escola Senai de Barueri em sua homenagem, porque tudo aqui lo que Mindlin simboliza essa es cola do Senai representa para a cultura, educação e espírito inovador”, reconheceu Skaf. Fábio Arruda Mortara, pre sidente da Abigraf Nacional e
Paulo Skaf
Homenagem a José Mindlin Em reconhecimento à trajetó ria empresarial e enorme con tribuição na área de cultura do REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
do Sindigraf-SP, revelou que foi com muito entusiasmo que sou be, no início do ano, que a Esco la Senai de Barueri receberia o nome de José Mindlin. “Me or gulho de tê-lo encontrado em duas ocasiões e ter tido a opor tunidade de conhecer sua ma ravilhosa biblioteca e coleção de gravuras. Portanto, é com grande satisfação que registro o batismo deste novo centro de excelência de ensino nas ar tes gráficas com o nome de tão ilustre pessoa”, declarou. A família de Mindlin foi re presentada pelos filhos Sérgio e Sonia. “É muito emocionante receber em nome do meu pai essa homenagem tão especial. Particularmente, acho apropria do a escola ter o nome dele, que sempre foi uma pessoa volta da para a cultura e tecnologia”, declarou Sérgio. Inaugurada em 29 de janei ro de 2009, a unidade de Ba rueri da Escola Senai oferece 32 cursos de iniciação prof issional para jovens, nas áreas de artes gráficas, eletroeletrônica, indus trial, CLP, automação industrial, robótica, logística, gestão e hidráulica e pneumática.
Campanha de Valorização do Papel ganha destaque em exposição Mostra com equipamentos e impressos históricos foi organizada em paralelo ao 1º Encontro da Indústria Gráfica do Espírito Santo.
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ealiz ada como evento pa ralelo ao 1º Encontro da In dústria Gráfica do Espírito San to, a exposição “Imprimir é dar vida” ficou em cartaz de 16 a 30 de setembro, na Assem bleia Legislativa de Vitória (ES). A mostra e o encontro foram promovidos pela Abigraf Re gional do Espírito Santo e Sin dicato das Indústrias Gráficas (Siges). Pautada pela intenção de divulgar a Campanha de Valorização do Papel e da Co municação Impressa, iniciativa da Abigraf Nacional, a exposi ção “Imprimir é dar vida” apre sentou a evolução da indústria gráfica ao longo do tempo. Fo ram expostos equipamentos de impressão utilizados nas primeiras décadas do século XX até os dias atuais, além de materiais gráficos históricos, como jornais e painéis. A necessidade de raciona liz ação dos recursos naturais e o compromisso com a pre servação ambiental foram te mas debatidos durante o 1º En contro da Indústria Gráfica do Espírito Santo, que teve o ob jetivo de fortalecer o segmen to gráfico capixaba e discutir ações para a maior integração do setor. O evento apresentou uma programação diversifica da, com uma série de ativida des realiz adas em diferentes
locais da cidade de Vitória. A te mática ambiental foi discutida nos dias 20 e 21 de setembro, em palestras sobre perspectivas tecnológicas e sustentáveis, e também no Fórum de Sustenta bilidade da Cadeia Produtiva do Setor Gráfico. Este último con tou com a participação do vice- presidente da Confederação Na cional da Indústria (CNI), Lucas Izoton; do gerente de produtos da Heidelberg, João Rocco; e do diretor da Escola Senai Theobal do De Nigris, Manoel Manteigas de Oliveira. Entre os palestran tes convidados estava Alessan dra Gaspar Costa, diretora exe cutiva da Associação Portuguesa de Certificação (Apcer) no Bra sil, entidade certificadora refe rência em Portugal, com atua ção destacada no país pelo rigor nos padrões de exigência. Durante o fórum, os empre sários puderam entrar em con tato com novas tecnologias que reduzem os impactos no meio
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No 1º Encontro da Indústria Gráfica do Espírito Santo foi realizada reunião da Abigraf Nacional com representantes de 13 estados
amb ient e: equipamentos de impressão que utilizam tintas ecológicas e CtPs sem quími ca e com menor consumo de água, entre outras novidades. “O fórum teve o propósito de mostrar aos capixabas, em es pec ial aos micro e pequenos emp reend ed ores, a viab ilida de do uso dessas tecnologias limpas. As pessoas costumam achar que ser sustentável de manda altos gastos, mas, ao
contrário, se considerada a re lação custo-benefício, os inves timentos acabam sendo muito mais econômicos”, destacou o presidente da Abigraf-ES/Siges, João Baptista Depizzol Neto. O evento também abrangeu a reunião da Abigraf Nacional, com a presença de profissionais de destaque no setor, entre eles o presidente da entidade e do Sindigraf-SP, Fabio Arruda Morta ra, e representantes da indústria
gráfica de treze estados. “Esta mos muito satisfeitos de, pela primeira vez, reunir o setor nes te evento, promovendo a cons cient iz aç ão do emp res ar iad o e também a sua maior intera ção com os diversos segmentos da indústria. Foi uma excelente oportunidade para apresentar a relevância econômica do setor, além de reforçar a importância do papel na vida das pessoas”, ressaltou Depizzol Neto.
Mensagem aos sócios e patrocinadores da Abigraf
Abigraf Nacional agradece por mais um ano de parce ria com seus sócios colabora dores e patrocinadores. A con tribuição destas empresas foi essencial para tornar possível a realização dos diversos even tos organizados pela entidade com o objetivo de aprimorar o setor gráfico nacional. A lista de sócios-col ab o radores é integrada por: As sociação Brasileira de Comu nicação Empresarial (Aberje); Adobe Systems Brasil; Advan car Representações; Arconvert Brasil; Associação Nacional de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas (Anatec); Auto Adesivos Paraná; Bobst Group Latinoamerica do Sul; Bottcher
do Brasil; Credeal Manufatura de Papéis; Cromos Tintas Grá ficas; Crown Roll Leaf do Bra sil; Delta Service Processamen to de Dados; Diacel GD; Ecalc Informática; EFI Brazil; Epapeis Representação Comercial; FCC Comunicação Visual; Fotobras Fotossensíveis do Brasil; Fur nax Comercial Importadora; IBF – Indústria Brasileira de Filmes; Indústria Gráfica Foroni; João Ricardo Scortecci de Paula Edi tora; Konica Minolta Business Solutions do Brasil; Maittra In dústria e Comércio de Artefa tos de Papel; Malaga Produtos Metalizados; MBSet Industrial; Offtex Indústria e Comércio Têxtil; Papelaria São Miguel; Planalto Indústria de Artefatos
de Papel; Povareskim Soft Sys tems; Printconsult Consultoria; Radial Tecnograf; Roland Bra sil Imp. Exp. Com. Representa ção e Serviços; Sappi Trading do Brasil; Sicpa Brasil; Starlaser Equipamentos e Sistemas; Su zano Papel e Celulose; T&C Trei namento e Consultoria; Toyo Ink Brasil; Willing Trading e Xerox Comércio e Indústria. São sócios-colaboradores e patrocinadores: Agf a - G evaert do Brasil; Antalis do Brasil; Calcgraf Informática e Consultoria; Canon do Brasil; Cathay Brasil Comércio, Im portação e Exportação; Ep son do Brasil; Goss Intern a cional Sistemas de Impressão; Heidelberg do Brasil; Hewlett-
ackard Brasil; Ibema Cia. Bra P sileira de Papel; Kodak Brasi leira Com. de Prod. Imagem e Serviços; Metrics Serviços e Comércio; Müller Martini Brasil Com. e Representações; Nova Mercante de Papéis; Real Gra phics Importação e Exportação e Zênite Sistemas. Os patrocinadores são: Arjo Wiggins; Digigraf Tecno logia Industrial e Comercial de Equipamentos Eletrônicos; BR Móbile; Duplicopy Materiais para Offset; Gomaq Soluções Inteligentes; Grupo Bignardi; International Paper do Brasil; Manroland do Brasil Serviços; Multiverde Papéis Especiais; Se brae Nacional; Senai-PR e Trends of Print – Afeigraf.
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MENSAGEM
Levi Ceregato
Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) Regional São Paulo
A causa da competitividade na agenda do desenvolvimento
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ara a indústria gráfica brasileira, cuja balança comercial, como vem ocorrendo com quase todos os setores da manufatura, vem acumulando déficit crescente, é muito importante o redirecionamento que parece estar em curso na política econômica e na visão das autoridades do setor. Um exemplo é a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de reduzir por duas vezes consecutivas a taxa básica de juros. Dimensionando melhor o significado da redução da Selic, somente a última queda de 0,5 ponto percentual significou economia de R$ 8,5 bilhões para o governo no pagamento do serviço da dívida pública. Estima‑se que em 2011 a União terá de despender R$ 250 bilhões para arcar com os juros. Nos últimos oito anos, foram mais de R$ 2 trilhões. São recursos vultosos alimentando a ciranda financeira atrelada ao endividamento público, que beneficia somente o setor bancário. Assim, as entidades de classe representativas da indústria de transformação e de todos os setores produtivos devem reforçar a atitude positiva do governo, incluindo algumas práticas de defesa comercial, e das autoridades monetárias. É preciso que o juro continue caindo em nosso país. Ecoam como improcedentes as reações de alguns segmentos quanto ao risco de descontrole inflacionário. Afinal, não temos inflação de demanda. Nosso setor é exemplo disso. Quantas gráficas não estariam conseguindo atender neste momento ao seu volume de pedidos e, por isso, aumentando preços? Ora, sabe‑se que as pressões inflacionárias decorrem da majoração das commodities, da energia e de fatores vinculados à conjuntura internacional. Nesse novo contexto, em que o governo parece ter percebido a importância de resgatar a competitividade de nossa economia, em especial da indústria, há outras importantes tarefas estratégicas a serem cumpridas. Já passou da hora de se realizarem as reformas estruturais, como a tributária, a trabalhista e a REVISTA ABIGR AF NOVEMBRO/ DEZEMBRO 2011
previdenciária. O anacronismo desses três sistemas é um dos mais perversos algozes das empresas brasileiras, onerando demasiadamente seus custos. O Brasil precisa de um sistema tributário que estimule e não reprima a economia e menos burocrático. Também não podemos continuar com encargos sociais sobre a folha de pagamentos que reduzam o salário real dos trabalhadores e agravem a rubrica orçamentária das empresas referente aos recursos humanos. E, ainda, não podemos continuar gerando pesado déficit para pagar aposentadorias tão baixas, às quais estão “condenados” hoje os trabalhadores brasileiros. Outra ação urgente é o combate rigoroso à corrupção. Aliás, se esta fosse radicalmente menor, já poderíamos estar pagando menos impostos. O dinheiro desviado pela improbidade é cobrado da sociedade, que não pode mais continuar financiando políticos, dirigentes e ocupantes de cargos públicos que não primam pela ética e a prática da lei. Assim, que a presidente Dilma Rousseff continue firme na sua atitude de demitir os transgressores e investigar até as últimas consequências toda e qualquer denúncia. E que se mantenha o apoio ao mercado interno, amplamente difundido pela presidente. De fato, ele é prioritário e deve ser cada vez mais estimulado e fortalecido. Para o enfrentamento do cenário adverso do imbróglio fiscal dos Estados Unidos e nações européias, são muito válidas as lições de 2008 e 2009. À época, a ascensão socioeconômica de milhões de brasileiros nessa década e a adoção de medidas anticíclicas que lhes permitiram consumir com responsabilidade, deram ao País a possibilidade de emergir rapidamente e sair fortalecido da crise mundial do sub‑prime. Considerando o atual dinamismo de nossa economia, temos oportunidade histórica e mais tranquilidade para solucionar os problemas persistentes do Custo Brasil, como os impostos, encargos sociais e a corrupção, que atentam contra a competitividade nacional. Portanto, cabe aos setores produtivos cobrarem e apoiarem atitudes dos governantes que atendam a essas prioridades de nossa agenda do desenvolvimento. A indústria gráfica paulista, aliada à nacional, está plenamente engajada nessa causa da competitividade. lceregato@abigraf.org.br
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