REVISTA
ISSN 0103•572X
REVISTA ABIGRAF 267 SETEMBRO/OUTUBRO 2013
A R T E & I N D Ú S T R I A G R Á F I C A • A N O X X X V I I I • S E T E M B R O / O U T U B R O 2 0 1 3 • Nº 2 6 7
AB267 - Diagrama Capa.indd 1
10/10/13 14:46
A Trelleborg é líder mundial entre as indústrias de blanquetas para impressão. Nossos produtos são confeccionados sob medida, com ética e foco na sustentabilidade. Buscamos sempre suprir as necessidades dos nossos clientes e certificá-los que podem operar com segurança.
http://www.trelleborg.com/en/Printing-Solutions/
O cliente Vulcan obtém o que há de melhor em blanquetas, todos os dias e em todos os momentos. Nossa excelência consistente nos transformou em uma referência mundial para a indústria gráfica, solicite um teste e confira a qualidade das blanquetas para rotativas e planas para impressos difíceis.
A Rollin A Rollin é referência é referência em em blanquetas blanquetas adesivas adesivas e para e para metalgrafia, metalgrafia, solicite solicite um um teste teste e comprove, e comprove, essa essa especialização especialização proporcionou proporcionou alta alta confiabilidade confiabilidade dede seus seus produtos produtos nono mundo mundo inteiro. inteiro. Essa Essa confiabilidade confiabilidade e durabilidade e durabilidade permite permite reduzir reduzir osos custos custos dede impressão impressão sem sem sacrificar sacrificar osos altos altos padrões padrões dede qualidade. qualidade.
Recentemente Recentemente adicionada adicionada àsàs marcas marcas Trelleborg, Trelleborg, aa Printec, Printec, como como oo Brasil Brasil inteiro inteiro conhece, conhece, oferece oferece soluções soluções únicas únicas para para aa indústria indústria gráfica. gráfica. Possui Possui blanquetas blanquetas com com ajustes ajustes perfeitos perfeitos para para cada cada aplicação, aplicação, ee sese tornou tornou uma uma especialista especialista em em blanquetas blanquetas para para reserva reserva dede verniz, verniz, consulte-nos. consulte-nos.
Xilogravura – Marcello Grassmann
REVISTA ABIGRAF ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 533 (Paraíso) 04103-000 São Paulo SP Tel. (11) 3232-4500 Fax (11) 3232-4550 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br
Onírico e fantástico
18
Gravurista virtuoso, Marcello Grassmann — e seus demônios em cenas medievais —, um dos artistas plásticos brasileiros mais premiados internacionalmente, recusou escolas e estilos em prol de seus ideais.
Presidente da Abigraf Nacional: Fabio Arruda Mortara Presidente da Abigraf Regional SP: Levi Ceregato Gerente Geral: Wagner J. Silva Conselho Editorial: Cláudio Baronni, Fabio Arruda Mortara, Igor Archipovas, Levi Ceregato, Max Schrappe, Plinio Gramani Filho, Ricardo Viveiros e Wagner J. Silva Elaboração: Clemente & Gramani Editora e Comunicações Ltda. Rua Marquês de Paranaguá, 348, 1º andar 01303-905 São Paulo SP Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159-3010 Fax (11) 3256-0919 E-mail: editoracg@gmail.com Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897), Ada Caperuto, Ellen Ramos, Juliana Tavares, Marco Antonio Eid, Ricardo Viveiros e Suzana Lakatos Revisão: Giuliana Gramani Colaboradores: Álvaro de Moya, Claudio Ferlauto, Hamilton Terni Costa e Walter Vicioni Gonçalves Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosaria Scianci
Estados premiam qualidade gráfica
Nos prêmios de excelência gráfica realizados no Distrito Federal e nos estados do Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro foram distribuídos 281 troféus aos trabalhos vencedores.
Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Rona Capa: Laminação brilho, Rona; hot stamping e relevo (com fitas MP do Brasil), Veloz Assinatura anual (6 edições): R$ 60,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3159-3010 editoracg@gmail.com
30
59 Rona caminha para as quatro décadas
4
Membro fundador da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf)
FUNDADA EM 1965
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
Perto de completar 40 anos de atividade, a Rona Editora segue investindo em atualização tecnológica e capacitação de seus colaboradores para prestar o melhor atendimento ao mercado.
O mercado livreiro sob o olhar do Snel
Presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Sônia Jardim fala dos desafios enfrentados pela organização e a atual conjuntura do segmento editorial.
Números do mercado gráfico mineiro
Terceiro estado mais rico do País, Minas Gerais possui 10,7% das gráficas brasileiras, que encaram o desafio de fomentar a demanda de um mercado tímido, apesar do potencial de crescimento.
A Print do workflow
Compacta e complexa, a Print 13 enfatizou a procura pela redução de tempo e custos na produção através da proliferação de sistemas de fluxo de trabalho. Diante da grande oferta de softwares, definir metas é fundamental.
Semeando valores
Cultivando valores como responsabilidade, dedicação e disciplina, José Bignardi Neto pode orgulhar‑se de ter erguido um grupo empresarial de respeito, tendo ao lado seus filhos e netos.
Sebastião Salgado percorre o País
A arte do mais importante fotógrafo brasileiro está em cartaz na exposição Genesis. As 245 imagens já passaram pelo Rio, ficam em São Paulo até dezembro, seguindo em 2014 para outras capitais.
16 42 46 68 84
REVISTA ISSN 0103•5 72X
TUBRO 2013 • Nº 2 6 7
REVISTA ABIGRAF 267 SETEMBR O/OUTUB
RO 2013
ARTE & INDÚS TRIA GRÁFICA • ANO XXXVIII • SETEMBRO/OU
AB267 - Diagrama
Capa: Xilogravura Autor: Marcelo Grassmann
Capa.indd 1
10/10/13 14:46
Editorial/ Fabio Arruda Mortara ������������������������ 6 Rotativa ��������������������������������������������������������� 8 27-ª Office Brasil Escolar �������������������������������22 Conferência Internacional de Flexografia ��������24 Bienal Internacional do Livro �������������������������26 Interpack �����������������������������������������������������28 Educação/ Walter Vicioni �������������������������������50 Economia/ Zeina Latif �����������������������������������52 Gráfica Alterosa/ MG ������������������������������������56 Memória/ Vitor Zanetti ����������������������������������58 Notícias Gráficas: Rona ���������������������������������59 Opinião/ José Fernando Rocha/SC ����������������64
Neoband/Elyon ��������������������������������������������65 Koenig & Bauer do Brasil ������������������������������66 Olhar Gráfico/ Claudio Ferlauto ���������������������72 Quadrinhos/Álvaro de Moya ��������������������������74 Heidelberg Brasil/15 anos �����������������������������76 Cathay/Arthur Gonoretzki ������������������������������78 Sustentabilidade ������������������������������������������79 Coleção Ipsis �����������������������������������������������88 Distribuidora/Samab ������������������������������������89 Sistema Abigraf �������������������������������������������90 Há 30 anos ��������������������������������������������������97 Mensagem/Levi Ceregato �����������������������������98
setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
5
EDITORIAL
S
Muito além do fuso horário
anos em iu pesadamente nos últimos est inv e qu sa, ne chi l Pequim, capita s e processos, nada São sete horas da manhã em atualização de equipamento a, fic grá ma Nu . tes an bit ndo. Nesse caso, com seus 20 milhões de ha devendo aos melhores do mu mo rit em á o preço, não já est isão do cliente é balizada pel a jornada dos trabalhadores dec a r. na mi tem ou não visto para ter do muito a tinta usada (se tan alucinante, sem tempo pre por im oço alm substratos, da, como este, o peculiaridades dos demais as o), mb Num dia de pico de deman chu de âneo à alimentação florestas cultivadas ou é um gesto mecânico, simult a origem do papel (se vem de ca tro à ta, tin de s os profissionais têm ajuste raído de matas nativas), se papel das impressoras, aos ext é s nto me nci ve ou se um dos Os bamento. dições adequadas de trabalho con o nã de bobina, ao corte e ao aca ou o is, nsa no ambiental. 60 dólares me rais daquele produto é o da ate col s ito e encargos do pessoal somam efe há o medidas eficazes reais. Na fábrica, nã Compete ao Estado adotar equivalente a cerca de 154 . ua ág da ão zaç tili acional, adotando m reu equilibrar o comércio intern tratamento de resíduos, ne ra pa . PIB do o, a indústria ático: 20% públicas reg uladoras. Por iss as ític Carga tributária do país asi pol da so as poucas , centro nervo ira tem encaminhado alg um sile bra São 19 horas em São Paulo a fic grá com na ndidas: a reg ião metropolita governo, até agora não ate ao es açõ dic economia brasileira e de um vin rei entos; isenção do IPI antes. Os colaboradores oneração da folha de pagam cerca de 17 milhões de habit des , ras ho o oit zero do PIS/ nada de materiais escolares; alíquota os de uma gráfica, depois de jor ra pa tão livros; e , se não moram a atividade de impressão de ra pa s estão a caminho de casa ou fin Co compras ílias. No almoço, de preferência quando das m rge ma de o longe, já jantando com as fam oçã ad biente ag radável e fora público, incluindo materias gráficos pelo setor com refeição balanceada, am de ra pa a eir int no âmbito do uma hora as adquiridas pelo governo obr do chão de fábrica, tiveram as e os ári (PNLD). erg ias. Seu sal Nacional do Livro Didático ma gra comer, conversar e repor en Pro por quer ser por dia, ou 1.800 A indústria gráfica brasileira encargos somam 60 dólares ca, bri fá Na is. rea os admitir mil mês, aproximadamente 4,5 vida pelo governo. Não podem ou os, ad de, que acaba rmes adequ diferença de competitivida ta há luvas de proteção, unifo tan o ent tam os e reaprovei de empregos que tratamento de ág ua e resídu gerando na China milhares or eri sup é sil Bra no ia res brasileiros. de aparas. A carga tributár deveriam ser dos trabalhado . ICS BR s do rso ive no un a 37% do PIB, a mais alta ito mais do que a diferença mu há r a, Como se observ fmortara@abig raf.org.b as fic grá as o nd ara sep io rár de 12 horas no fuso ho de competitividade é das duas nações. O contraste ina exagera no desrespeito imenso! Se, de um lado, a Ch ativas ao trabalho dig no às normas internacionais rel mbiental e subsidia o e à responsabilidade socioa do tais distorções em papel de imprimir, converten tagens concorrenciais, o diferencial para auferir van aos padrões globais quanto Brasil extrapola em muito ia, encargos trabalhistas, aos impostos, juros, burocrac de bio equivocado, reduzindo insegurança jurídica e câm ura idade de sua manufat . modo dramático a competitiv ação brasileira, há Na indústria de transform que outros, em especial nos seg mentos mais afetados do lóg ica e em que pequenas quais há similaridade tecno fica Bra sileira da Indústria Grá são consideradas pelo Presidente da Associação ias Gráfica s ústr Ind das to variações de qualidade não dica Sin do e (Abigraf Nacional) liação da relação de digraf-SP) contratante do ser viço na ava no Estado de São Paulo (Sin l, na cio na o fic grá or set do o cas custo‑benefício. É o
F abio A rruda M ortara
6 REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
Diário de S. Paulo muda de mãos
Foi anunciada no dia 7 de se
Embalagem especial desenvolvida pela Jofer e Vigor é premiada S
8
ediada em Birigui, interior de São Paulo, a Jofer Embalagens desenvolveu conjuntamente com a Vigor uma embalagem especial para o conhecido quei jo Faixa Azul, que recebeu dia 18 de setembro o Prêmio Abre, concedido pela Associação Bra sileira de Embalagem. O proje to inicial era considerado um desafio pelo fato de o produ to apresentar variações dimen sionais consideráveis, levando à necessidade de criar uma em balagem que se adequasse ao formato do queijo e permitis se acesso visual ao consumidor, mantendo-o inviolável e imóvel na distribuição e exposição no ponto de venda. Para garantir a estrutura e um bom acaba mento, ela foi produzida com revestimento em papel-cartão duplex Klafold e impressa em 4 × 0 cores, com aplicação de verniz à base d’água, cortada e vincada. A estrutura interna tem berço em micro-ondulado, que oferece resistência e garan te a integridade do produto, as sim como lacre adesivo para as segurar o posicionamento e a inviolabilidade da embalagem.
No aspecto visual, seu design em formato de diamante mais as cores e acabamentos espe ciais proporcionam sofisticação e destacam o produto no ponto de venda. A embalagem é for necida pré-montada pela Jofer, o que facilita e reduz o custo na linha de produção. Para Lenize Menegazzo, do departamento de pesquisa e desenvolvimento de embala gens da Vigor “esta embala gem, na categoria, representa uma grande ruptura de con ceito, considerando a padro nização existente para queijos e a simbologia da reciclagem utilizada”. A coordenadora de desenvolvimento e criação da Jofer acrescenta: “Procuramos analisar o produto e adequar cada projeto com o objetivo de traduzir de maneira fiel a qua lidade do produto embalado. Estamos felizes com o prêmio e com o alcance dessa ferra menta importante de marke ting. A excelente aceitação já havia sido percebida através das gôndolas e agora recebe mos em forma de troféu”. www.jofer.com.br
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
tembro pelo Grupo Traffic, de J. Hawilla, a venda do jornal Diário de S. Paulo e da rede de jornais Bom dia para o grupo Cereja Co municação Digital, comandado por Mário Cuesta. O valor da ne gociação não foi divulgado, mas especula-se que foi de cerca de R$ 30 milhões, incluindo o par que gráfico do Diário de S. Paulo. A circulação média diária do Diário de S. Paulo é de pouco
D
mais de 73 mil exemplares, en quanto os jornais Bom Dia têm 29 mil exemplares e circulam no ABC, Jundiaí, Sorocaba, Bauru e São José do Rio Preto. Mário Cuesta, além da Cere ja Digital — empresa de mídia que possui monitores de anún cios publicitários em pontos de vendas de varejos —, também é propriet ário da gráfica GMA e da editora RMC, estabelecida em Jarinu (SP).
RR Etiquetas lança bobinas para ECF/PDV
esenvolvendo há mais de 27 anos suprimentos para automa ção comercial, especialmente eti quetas autoadesivas para identifi cação, codificação e precificação de produtos, a RR Etiquetas am plia sua linha com as bobinas tér micas ECF/ PDV. Produzidas nas medidas 80 mm e 57 mm × 40 metros, 80 mm × 80 metros e 57 mm × 22 metros, podem ser uti lizadas em cupons fiscais, extra tos bancários, comprovantes de operações bancárias, senhas, car tões de crédito e débito e relógio de ponto eletrônico, segundo o
fabricante, com a garantia de óti ma legibilidade, alta nitidez e du rabilidade dos dados impressos. Podem também ser personali zados com impressão de dados, imagens e logotipos, em até qua tro cores, com total compatibili dade às diferentes marcas de im pressoras térmicas do mercado nacional. Os principais segmen tos varejistas visados inicialmen te pela RR são os supermercados, padarias, farmácias, lojas de ma terial de construção, magazines e lojas de eletroeletrônicos. www.rretiquetas.com.br
N
Bobst introduz novidades na feira K’2013
o seu estande da K’2013, im portante evento realiz ad o em Düsseldorf (Alemanha) entre 16 e 23 de outubro, a Bobst anun ciou as características da sua avançada gama de soluções de tecnologia e processos para a conversão de materiais flexíveis. Para revestimento e metali zação a vácuo, foram expostos sistemas de metalização trans parentes e de detecção de pi nhole, que aprimora as pro priedades de barreira e detecta falhas de aplicação. Foram tam bém disponibilizadas informa ções sobre a última geração da
metalizadora General K5000, lan çada na Bobst Manchester (In glaterra) no dia 15 de outubro, véspera do início da feira. Na área de impressão flexo, a Bobst apresentou novas solu ções com dispositivos e sistemas automáticos que melhoram a qualidade de impressão, a dispo nibilidade da máquina e a ergo nomia operacional. Os visitantes ficaram conhecendo os detalhes da impressora F&K 20SIX. Para a tecnologia de impressão roto, foi exibida a nova configuração da impressora Rotomec 4003MP com cilindros sem eixo.
Displays multimídia e mate riais informativos atualizaram o público presente sobre os desen volvimentos em máquinas e ser viços que possibilitam importan tes ganhos em produtividade, incluindo máquinas de revesti mento e laminação que traba lham com diferentes métodos de aplicação e secagem. Simult aneam ente com a K, os centros de tecnologia Bobst no Reino Unido, Alemanha e Itá lia demonstraram as últimas ge rações de máquinas durante as visitas de clientes interessados. www.bobst.com
Lonas Colacril Sign para comunicação visual P
rincipal indústria de autoade sivos da América Latina, a Co lacril Auto Adesivos Paraná está apresentando ao mercado de
comunicação visual e impressão digital as lonas Colacril Sign para utilização com alta definição de cores em frontlit, banners e telas
para pequenos e grandes forma tos. Estão disponíveis em branco fosco e brilho, em 280 a 440 gra mas, nas larguras de 1,52 a 3,20 metros. A Colacril assegura que as suas lonas têm grande du rabilidade, ainda que expostas externamente, e alta resistên cia aos raios UV, fungos, conge lamentos, rasgamentos e des fiam ento, quando recortadas ou recebendo ilhoses. Além dis so, são adequadas à maioria das impressoras jato de tinta. www.colacril.com.br
10
Klabin amplia produção em Pernambuco
M
aior produtora e exportadora de papéis para embalagem, sacos industriais e embalagens de pa pelão ondulado do Brasil, a Klabin inaugurou em agosto a amplia ção da sua unidade em Goiana (PE), a 70 km de Recife. O investi mento total de R$ 400 milhões faz parte do projeto de crescimen to da Klabin, reforçando a impor tância da Região Nordeste para a companhia. A expansão contem pla a ampliação da planta de pa pelão, que contará com investi mento de R$ 62,4 milhões para duplicar sua capacidade de pro dução com a instalação de novas onduladeiras e impressoras, atin gindo 146 mil toneladas por ano, além de obras de melhoria em sua infraestrutura fabril. A capacidade de produção de sacos industriais na planta de Goiana será duplicada na pri meira etapa, passando dos atuais 7 milhões de sacos por mês para 14 milhões por mês. Até o fim de 2014 essa produção deverá subir para 20 milhões de sacos por mês. O investimento nessa área será de R$ 32,3 milhões. Encerrando o atual ciclo de expansão, com a instalação de uma nova máquina para a produção de papel recicla do, a Unidade Goiana se tornará em 2014 a maior planta de pape lão ondulado da América Latina. www.klabin.com.br
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
Congraf Embalagens recebe duas recertificações E specializ ada no desenvolvi
todas as suas etapas produtivas. Com ela, a empresa pode garan tir que é administrada com base em procedimentos, instruções de trabalho e registros de qualidade. No dia 25 do mesmo mês, foi a vez da recertificação do FSC (Forest Stewardship Coun cil), reaf irmando o compromisso da Congraf em desenvolver pro dutos sustentáveis, pensando no meio ambiente desde a criação da embalagem, não só no design mas também na matéria-prima utilizada e no descarte. “Estamos celebrando essas re conquistas. A empresa passou por
mento e produção de embala gens finas em papel-c artão, a Congraf Embalagens, fundada em 1972, com sede em São Pau lo, foi contemplada com duas importantes recertificações. A primeira delas, no dia 21 de julho, foi a reconfirmação da ISO 9001‑2008 , conquistada inic ial mente no ano de 2010. Trata-se da norma internacional que es tabelece um modelo de gestão de qualidade, padronizando pro cessos e atividades para que os produtos mantenham sempre o mesmo padrão de qualidade em
www.congraf.com.br
11 VIP-TICKET 2
UMA MáqUinA – 1000 possibilidAdes
hae l Sm ith, Pau la and MicL e3 · 19:00 · Table 12 Ma rch 19t h, 201 vel
1
entre em contato:
S
andr a
Tel.: +55 11 99557 1520 wd234d@w-d.de
San dra
Pe te
Ge sch
Brow n
· Mus terri
ng 106 · 2103 9
Typo -S r Bu ch
äfts füh
rer
pre pre
ho lz
chlic k
ss an d
S
mo re
Typo-S chlick MarcGmbH Chag all-Str. 10 · 565 Telefo 66 Ne n: 0 uwied 26 31/ Telefa 35 68 x: 0 92 26 31/ E-Mail: p.b@ty 35 68 91 Interne po-sc t: ww hlick.d w.typ e o-sch lick.de
andr a
interior
designe
r
B
B
rown
Chr
Ham burg
1
1 1 1 21 2 1 21 2 3 1 21 2 3 3 14 21 2 3 3 2 2 3 4 4 2 3 3 3 43 4 2 3 43 4 4 4
Crie seu próprio mercado!
Winkler+Dünnebier GmbH Sohler Weg 65 56564 neuwied – Alemanha
Level
Level Level L e v el Level Level Level Level Level Level Level L e v e l Level Level Level L e v el Level Level Level Level Level L Level Lev L e e le vel L e Level v l Leve Level Level Level Level Level Lev Level Level Level Level Level Level Leve Level Level Level
máquina de impressão em inkjet de Alta Performance Processa envelopes, cartão e papel Figuras individualizadas em cada produto Personalização e todos os tipos de códigos Perfeita para pequenas tiragens
www.w-d.de
implementados de maneira efi ciente, e temos alcançado esse objetivo dia após dia. Nosso por tfólio é fruto de uma busca con tínua por progresso em todas as nossas áreas”, comemora Sid ney Anversa Victor Junior, diretor industrial da empresa.
rs 2013 Night of colo
W+D 234d
/ / / / /
uma série de ajustes, mudanças e melhorias para obter tal resulta do. Manter essas recertificações nos confirma que vale o esfor ço de toda a equipe e que, prin cipalmente, estamos no cami nho certo. O intuito da Congraf é apresentar a melhor solução para os clientes, com procedimentos
Salesistine Pein Su
· Ger manpp or t y
e
WIN SohleKLER + Pho ne: +49 040 5656 r Weg DÜNNEB /38 X48 IERFax : Germ 4 Neuw 65 GMBH +49 040 ied any /3Y 647 E-M ail: san dra Phon bxx @im Fax: e: +49 ail. de E-M +49 2631 84 Mu ste rba nk www.ail: chris 2631 84 265 (BL w-d.d tine.p 57 7 Z 321 9P7 e eine@ B32 ) X93 w-d. 0Z2 6L7 de San
rown
dra Bro wn inte rior de sig ner USt -IdN r. DEZ UP3 Ste uer 21X YZ -Nr. LM K32 4XY Z12
Mu ste rrin g 106 • 210 39 Ge rm an Ha mb y urg Pho ne : +49 040 /38 X48 Fax : +49 040 /3Y 647 E-m ail: san dra bxx @im ail. de
11 setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
Ronaldo Baumgarten Jr. e Fernando Gabel, diretores da Baumgarten, com profissionais da Nilpeter e da Baumgarten no lançamento oficial da MO-5, em Bruxelas, na Bélgica
U
Baumgarten é a primeira gráfica no mundo a receber nova impressora da Nilpeter
ma das mais modernas gráfi cas da América Latina, a Baum garten, de Blumenau (SC), é a primeira empresa no mundo a adquirir a nova impressora MO‑5, produzida pela dinamarquesa Nilpeter. De acordo com infor mações da fabricante, o equipa mento possui tecnologia avan çada de controle e combinação de impressão offset com flexo, cold foil e laminação, proporcio nando flexibilidade máxima em volumes, baixo custo de ferra mentas, redução nos prazos de entrega e desperdício mínimo. A MO‑5 foi lançada oficialmente
no dia 24 de setembro, na aber tura da Label Expo, em Bruxelas, na Bélgica, maior feira interna cional especializada no merca do de rótulos, contando com a presença de representantes da Baumgarten. Recentemente, Ronaldo Baumgarten Junior, di retor-presidente da gráfica, es teve na fábrica da Nilpeter para oficializar a compra da máquina, que será entregue após o térmi no da feira e deverá iniciar a im pressão de rótulos autoadesi vos e termoencolhíveis a partir de dezembro deste ano. www.baumgarten.com.br
Alphagraphics contrata diretor de marketing e vendas
Sérgio Freire assumiu no final
12
de agosto a direção de marke ting e vendas da Alphagraphics. Formado em Administração de Empresas, Freire é pós-graduado em Marketing pela ESPM e possui MBA em Marketing e Franchising pela FGV e Franchising University.
Atuando há mais de 15 anos no mercado de franchising, ele regis tra passagens pela Stella Barros Turismo, Fran’s Café, Unidas Rent a Car, Bon Grilê, Grupo Cherto e Not Guilty, além da Vanilla Caffé, da qual é fundador. www.alphagraphics.com.br
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
C
Novo posicionamento da marca Chamex
om o slogan “É melhor pôr no Chamex”, a International Pa per, líder mundial na produ ção de papéis para imprimir e escrever e embalagens, intro duziu no início de setembro o novo conceito da marca de pa péis Chamex, desenvolvido a partir de pesquisa com consu midores, que indicou a sua per cepção sobre a marca. “O obje tivo é ressaltar a superioridade na qualidade do Chamex e nos mantermos líderes de mercado
no segmento de papel. Cha mex é percebido como uma marca superior em qualidade e praticidade, por isso a ideia de posicioná-la como referên cia quando o assunto for pa pel. Ele é fácil de ser encon trado, pode ser utilizado em diversas situações e é um pa pel que está com o consumi dor onde ele estiver e no qual ele pode conf iar”, destaca o di retor comercial Nilson Cardoso. www.internationalpaper.com.br
Suzano recebe certificação FSC de manejo florestal
A
s áreas florestais da Suzano Papel e Celulose no sul do Ma ranhão receberam a certifica ção Forest Stewardship Council (FSC). São ao todo 71.745 hec tares — dos quais, 30,7 mil hec tares de área plantada, 38,7 mil hectares de área de preserva ção e 2,1 mil hectares de áreas de infraestrutura — nos muni cípios de Açailândia, Cidelândia, Davinópolis, Governador Edson Lobão, Imperatriz, São Francis co do Brejão, São Pedro d’Água Branca e Vila Nova dos Martírios. Essas áreas abastecerão a pro dução de celulose nos primei ros anos de operação da nova
fábrica em Imperatriz. A certi ficação do Maranhão amplia a certificação florestal da Suzano, que já possuía 216.687 hectares de área total certificada na Bahia e 169.242 hectares de área total certificada em São Paulo. “Essa é uma importante conquista para a operação da nossa nova fábri ca. A partir de agora, vamos con centrar esforços na certificação da cadeia de custódia (a certi ficação da produção da celulo se), que é a próxima etapa desse processo”, explica Jorge Ema nuel Reis Cajazeira, diretor de re lações institucionais e certifica ções da Suzano Papel e Celulose.
Um impresso gráfico bem acabado vale mais. Com filmes para termolaminação Prolam, a beleza, durabilidade e, principalmente, a rentabilidade do seu trabalho são valorizados. E só a Prolam oferece soluções completas de filmes e equipamentos para termolaminação.
Conheça como valorizar mais seu negócio em: www.prolam.com.br/ovosdeouro PROLAM FOSCO • PROLAM ALTO BRILHO • PROLAM PRATA • PROLAM BIO PROLAM 3D • PROLAM SOFT TOUCH • PROLAM SCUFF FREE 11 3616.3404 • 21 2580.9394 • 51 3344.3842 • 81 3242.4506 | www.prolam.com.br
W+D recebe prêmio na Print 2013
E
m meio a cerca de 600 em presas que expuseram seus pro dutos na Print 2013, realiz ad a no mês de setembro em Chi cago (EUA), a Winkler + Dünne bier teve seu estande posicio nad o dentro da área de mala direta/acabamento. Recebendo um grande número de visitantes, a empresa estima ter estabeleci do contato com 150 potenciais clientes, com perpectivas de fe chamento de negócios a curto e médio prazos. Durante a fei ra, os técnicos da W+D fizeram demonstrações das novas solu ções digitais de impressão W+R Tiprint 4C front- of-line, integra da à nova BB700 S2, com tecno logia multi-feed, dotada de siste ma de recuperação de inserção de mala direta e a recepção da Tiprint, bem como o sistema de recuperação Auto Mistach. Mas a estrela da festa foi a W+D 234 dL, que ganhou o prêmio “Must See Ems” (Vale a Pena Ver), con cedido aos produtos que mais chamaram a atenção no evento. Satisfeito com os resultados, An drew Schipke, vice-p residente de vendas e marketing da W+D
14
na América do Norte, afirmou: “Recebemos o prêmio “Must See Ems”, tivemos uma agenda inten sa de reuniões durante o show e geramos um número signi ficativo de clientes em poten cial de alta qualidade”. Executi vos alemães da W+D presentes à Print também se mostraram en tusiasmados. Para Reinhard Gla de, vice-presidente de gestão de produtos para sistemas de inser ção e produção de correspon dência, a W+D continua a se posi cionar como líder de tecnologia e soluções no segmento de inser ção e acabamento de mala dire ta e as nossas apresentações na
Print foram um sucesso notório”. Ernst Vormwald, vice-presidente de gestão de produtos para so luções de impressão e envelo pes, complementa: “Eu acredi to que a W+D está no caminho certo rumo ao sucesso, pois ne nhum concorrente da nossa ca tegoria de maquinário se igualou à nossa velocidade mais quali dade de impressão”. Finalizan do, Franck Eichhorn, diretor ge rente do grupo, declarou que “a estratégia da W+D de agregar valor ao envelope através de so luções integradas, como na im pressão digital, foi bem certeira”. www.w-d.de
Membros das equipes de vendas e de demonstração de tecnologia da W+D na Print 2013. (E/D) Kerry Helling, Aaron Suever, Martin Gerfen, Sven Weissoertel, Frank Brosch, Reinhard Glade, Oliver Rake, Bob Pitel, Chad Fergusson, Frank Eichhorn, Ernst August Vormwald, Achim Klum, Bow Smith, Andrew Schipke e Shaun Kilfoyle
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
Tetra Pak comemora “FSC Friday”
Dedicado à celebração das florestas e à promoção do manejo florestal responsável, o evento anual “ FSC Friday” aconteceu no dia 27 de se tembro. Para comemorar a data, a Tetra Park anunciou que até agosto último já havia produzido no Brasil cinco bi lhões de embalagens com o selo FSC (Forest Stewardship Council). A expectativa é atin gir nove bilhões de embala gens impressas com o selo até o final do ano. Desde junho de 2008, as embalagens produzi das nas unidades da Tetra Pak em Ponta Grossa (PR) e Monte Mor (SP) utilizam papel certi ficado FSC fornecido pela Kla bin. De acordo com Fernando von Zuben, diretor de meio ambiente da Tetra Pak, a em presa está atenta a todo o ci clo de vida da embalagem e se empenha na educação dos públicos e na disseminação da importância da matéria- prima certificadora, do corre to manejo florestal e da pre servação da biodiversidade. www.tetrapak.com.br
ENTREVISTA
Foto: Bel Pedrosa
Sônia Jardim
Mercado editorial se ajusta aos novos tempos A presidente do Snel fala sobre os desafios vividos pela entidade em tempos de reposicionamento e de adoção de modelos diferenciados de operações pelo segmento livreiro. Texto: Ada Caperuto
16
A
lém de fomentar a política do livro e da leitura no País, o Sin dicato Nac ion al dos Editores de Livros (Snel) tem como fi nalidade o estudo e a coorde naç ão das atividades editoriais, bem como a proteção e a representação legal da categoria de editores de livros e publicações culturais em todo o Brasil. Com mais de 70 anos de ati vidades, a entidade é presidida pela car ioca Sô nia Machado Jardim, filha e irmã de editores, neta e sobrinha de livreiros e vice-presidente do Grupo Editor ial Record. Sua primeira gestão no Snel começou em 2008, quando buscou dar continuidade às ações que considerou de maior importância na gestão anter ior, como a apro ximação com as diversas entidades da classe editor ial. Agora, em seu segundo mandato, de malas prontas para a Feira do Livro de Frank furt, onde o Brasil será homenageado, ela falou à Revista Abigraf sobre suas atuais propostas. Graduada em Engenharia Civil pela Univer sidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
especialização em negócios e mestrado em sua área de formação, ela ingressou no setor em 1995, como diretora administrativa-f inanceira da Record. Sônia faz parte da diretoria do Snel desde 1999, além de ter presidido o Instituto Pró-Livro (IPL) entre 2009 e 2011, sendo atual mente vice-presidente da instituição. A senhora já está em sua segunda gestão à fren te do Snel. Quais foram as principais bandei ras empreendidas em seu primeiro per íodo como presidente e quais são as atuais? No final do primeiro mandato, ficou claro para mim que a ação mais importante era acompa nhar a movimentação dos projetos de lei em andamento, nos diversos níveis do Legislati vo nacional. Graças a esse trabalho foi possí vel contribuir com as discussões do Projeto de Lei n º‒ 10.753/03, que altera a Política Nacional do Livro, e defender sua aprovação, já que a ini ciativa parlamentar tem como objetivo atuali zar a definição de produtos equiparados ao li vro. Dessa forma, amplia o rol dos produtos
isentos de impostos para incluir qualquer livro, seja em formato digital, magnético ou ótico. Também foi fundamental acompanhar e con tribuir com as discussões relacionadas com al terações que buscam modificar a Lei do Direito Autoral. O Snel participou de modo ativo desse processo e encaminhou para o governo suas su gestões. Vamos acompanhar a versão que será levada ao Congresso Nacional. Esperamos que tenham sido incorporadas as nossas sugestões de proteção do autor e, consequentemente, do editor. Outro tema que destaco foi o trabalho em torno da chamada Lei das Biog raf ias, tanto no trâmite do projeto de lei no Congresso como com a ação de inconstituciona l idade junto ao Supremo Tribunal Federal. Neste campo, temos conversado com autores e editores especializa dos no tema e é voz unânime a necessidade de correção do Código Civil brasileiro no que tan ge ao direito à imagem e à necessidade da au torização prévia. Temos também a comemorar e dar prosseguimento com a nossa vitor iosa campanha contra a pirataria em conjunto com a Associação Brasileira de Direitos Reprográfi cos (ABDR). Destaco também a consolidação da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janei ro, que é um sucesso incontestável de público. Qual é a sua avaliação da Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que acaba de ser encerrada, em termos de público e vendas de livros? A Bienal Internacional do Livro do Rio de Ja neiro é um dos principais eventos culturais do País. O público do evento confirma isso: 660 mil pessoas passaram pelo Riocentro entre 29 de agosto e 8 de setembro. Foram vendidos 3,5 milhões de exemplares, o que dá uma mé dia de 6,4 exemplares por comprador, um cres cimento relevante em relação ao número regis trado na edição anter ior, 5,5. Em 2013, quando comemoramos 30 anos, tivemos na programa ção um número recorde de 163 autores brasilei ros e 25 estrangeiros — incluindo nove vindos do país homenageado deste ano, a Alemanha. Os jovens tomaram conta da Bienal, não ape nas comprando livros, mas participando ativa mente dos debates, ou seja, isso é maravilho so para o setor porque é sinal de que estamos formando leitores. Em 2011, o Snel venceu ação judic ial contra o impedimento de credenciamento no Sistema de Reconhecimento e Controle das Operações com
Papel Imune. Em sua opinião, qual seria a me dida mais eficaz no combate ao uso indevido do papel imune? Temos grande preocupação que os editores não sejam impedidos de usar o papel imune por con ta da burocracia. Acho que seria muito mais simples se este controle acontecesse no fabri cante ou revendedor. Dessa forma, seria um nú mero muito menor de empre sas a serem fiscalizadas do que no modelo atual.
É NECESSÁRIO CRIAR CONDIÇÕES PARA QUE A INDÚSTRIA GRÁFICA BRASILEIRA POSSA SER MAIS COMPETITIVA, REDUZINDO‑SE SEUS ENCARGOS E IMPOSTOS.
Como a senhora avalia o futu ro do livro impresso no Brasil e no mundo? Estamos no estágio inic ial da construção do mercado de e-books no Brasil. A base de aparelhos de leitura ainda é pequena, então o livro ele trônico ainda não é uma rea lidade no Brasil. Acredito que os dois formatos de livro irão conviver, mas com os dispositivos eletrônicos móveis e compactos temos a opor tunidade de atrair um novo tipo de leitor. Este é o desafio que a indústria deverá enfrentar nos próximos anos. Como criar um modelo de ne gócio que remunere autor, editor e livreiro, que impeça a proliferação da pirataria e garanta a sobrevivência do setor. Em um território livre e globalizado como a internet, como preserva remos a indústria editor ial brasileira? Ques tões como essas devem permear as discussões para futuras políticas públicas e planos de livro e leitura. Não devemos permitir que as conquis tas que o setor obteve até agora percam conti nuidade ou sejam atropeladas pela tecnologia. Qual é a sua opinião sobre a importação de pro dutos impressos, principalmente livros (em es pec ial didáticos), que, em sua maioria, são os produzidos na China? Acho que como o mercado, desde 2004, não tem repassado para o consumidor os aumentos de seus custos, os editores estão com as margens muito apertadas. Daí a necessidade de buscar alternativas mais baratas de impressão e papel, sendo a China uma opção atrativa. Agora, com o aumento do dólar, esta alternativa perde um pouco de competitividade. Sem dúvida, é ne cessário c riar condições para que a indústria gráfica brasileira possa ser mais competitiva, reduzindo-se seus encargos e impostos.
setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
17
Marcello Grassmann 1
3
18 REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013
2
ARTE
Sonhos, signos, sensações
V
ida e obra de Marcello Grassmann, um artista ímpar, se mesclam de maneira positiva desde sempre. Mas determinam um só caminho: singularidade e emoção. Além dis so, com ironia, trazem um novo conceito de es tética nas figuras bizarras que, aparentemente, foram tiradas de iluminuras e gárgulas da Ida de Média. Porém, a rigor, são criações únicas e atemporais porque saltam de visões fantásti cas que habitam cantos obscuros da alma, sem obed iência a quaisquer regras. Foi no fim da década de 1940, na geração de artistas pós Segunda Guerra Mundial, vindo da pequena São Simão, cidade do inter ior pau lista onde nasceu em 23 de setembro de 1925, que Marcello Grassmann despontou no cená rio cultural. A exposição “19 Pintores”, a “mos tra da esperança”, trouxe jovens artistas que representavam o “novo”, eram “modernos” — conceitos que, refletindo tendências europeias, buscavam críticos e colecionadores. Os “dezenovíssimos”, além de Grassmann, eram Aldemir Martins, Mário Gruber, Flávio Shiró, Lothar Charoux, Jorge Mori, Maria Leon tina e outros. Sem ainda conhecer o Abstrato, que teria forte presença em sua obra logo de pois, a maioria dos trabalhos trazia a marca do Expressionismo. Mas a crítica não aplaudiu os supostos modernistas. De fato, eles não trou xeram nada novo, no máximo uma releitura do que já faziam os colegas mais exper ientes. Em bora não tenha merecido o justo registro da ex ceção, Grassmann foi, no grupo, o que realmente mostrou ind iv idualidade, inovação. Recusando o lugar comum, não fazendo caso às linguagens e suas seguidas revisões que determinaram as poéticas visuais da épo ca, Grassmann criou uma espécie de saída de emergência para escapar ao óbvio. Seu ateliê, um laboratório de pesquisas, deu vida a uma série de seres fantásticos, oníricos, sombrios. Ao nos surpreender, tais figuras são capazes de revelar não apenas sentimentos aprisionados, como, acima de tudo, de questionar a certeza de que beleza não é fundamental, como afirmou o poeta Vinicius de Moraes. Ou, pelo menos, incitar-nos a uma oportuna revisão do concei to de belo. A começar pela importância da cor.
“Eu tenho meus demônios e eles vêm à tona. Mas eu, pelo menos, os dispo em público”, disse Grassmann. O artista foi um contestador que não aceitou regras, escolas, tendências, modas. E não tinha medo de criticar os que escolhe ram tais rumos. Ele provocava: “Fico imaginan do como serão os demônios dos concretistas, dos abstratos geométricos, dos que só pintam linhas. Será que eles não têm pesadelos?”. Ainda bem jovem, depois de se encantar com as histórias em quadrinhos e ilustrações do francês Gustave Doré, Grassmann estudou fun dição, mecânica e entalhe em madeira na Esco la Profissional Masculina, no Brás, em São Pau lo. Pela mesma instituição de ensino passaram Volpi, Bonadei, Rebolo, Zanini e muitos outros artistas que, como ele, se consag rar iam mais tarde. Desse aprendizado, a partir dos 18 anos Grassmann começa a produzir xilogravuras. Foi ilustrador (crônicas e poemas da revolucioná ria Pagu) no “Suplemento Literário” do Diár io de S. Paulo e, também, em O Estado de S. Paulo. Em 1949 muda-se para o Rio de Janeiro, desenha para o Jornal do Estado da Guanabara. Orientado por Goeld i, cursa gravura em metal e litografia no Liceu de Artes e Ofícios, como aluno de Henrique Oswald e Poty. Já no iní cio dos anos 1950, vai para Salvador (Bahia)
Como fruto de opressivos sonhos, nascem figuras metafóricas de um universo cinzento e estranho nos desenhos e gravuras de um iluminado criador. Sua arte perturba, inquieta, exige emoção. Ricardo Viveiros (ABCA, AICA)
1 Litografia 2 Xilogravura 3 Gravura em metal 4 Gravura em metal
4
19 setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
5
6
s imagens desta matéria fazem A parte do livro “Marcelo Grassmann” . Sesi-SP Editora Formato 25 × 23 cm 264 páginas
5 Desenho 6 Gravura em metal 7 Desenho 8 Xilogravura
trabalhar com Mário Cravo Jú nior. Em 1953, participa do Salão Nacional de Arte Moderna e con quista o Prêmio de Viagem ao Ex ter ior. Segue para Viena (Áustria) e estuda na Academia de Artes Aplicadas. Passa um tempo em Roma (Itália) e em Paris (França). Dedica-se ao desenho, litografia e gravura em metal, vivendo da venda de suas obras. Marcello Grassmann, que também foi professor e escultor (esboçou para Bruno Giorg i), é um dos artistas plásticos bra sileiros mais prem iados inter nac ionalmente. Seu acervo em xilogravuras, litog raf ias e gra vuras em metal, 25 anos de trabalho, foi adqui rido, em 1969, pelo Governo do Estado de São Paulo e integra a coleção da Pinacoteca do Es tado, na capital. Em 1978, com a doação pela família da casa em que o artista nasceu, em São Simão, o local é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Ar queológ ico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). Depois de restaurado, torna-se
REVISTA ISSN 010 3•572
GRÁFICA • ANO XXXV III • SETE MBRO
/OUTUBRO
X
2 0 1 3 • Nº 267
REVISTA ABIGRA F
267 SETEMB RO/OUT
UBRO 2013
ARTE & IN DÚSTRIA
AB267 - Diagrama
Capa.indd
1
Capa
20
10/10/13
14:46
Xilogravura de Marcello Grassmann REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
8
um museu por iniciativa da Secretaria de Cul tura, Ciênc ia e Tecnologia do Estado. Grass mann tem seu talento também presente em vár ios livros, como Tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Souza, publicado pela So ciedade dos Cem Biblióf ilos do Brasil, e 10 desenhos de Marcello Grassmann, editado pela Cul trix. A Sesi‑SP Editora lançou, em 2013, o livro Marcello Grassmann. O artista é um dos perso nagens do vídeo-documentário dirigido pelo crítico de arte Olívio Tavares de Araújo e pro duzido pelo Itaú Cultural em 2000, Gravura e gravadores. O artista morreu aos 87 anos de infecção generalizada, em São Paulo. “O moderno somos nós que fazemos. E eu ainda tenho muita coisa para dizer com a gra vura”. É verdade, Grassmann. Sua obra vai dizer eternamente . . . 7
FEIRA
Trinta mil profissionais participam da 27 -ª Office Brasil Escolar Mesmo menor, feira proporciona bons negócios e supera expectativas. Fabricantes de cadernos preveem bom desempenho no período “volta às aulas”.
O 22
Texto: Tânia Galluzzi
segmento de papelaria mu dou. Faz tempo. E não há como imaginar que a principal feira do setor passaria ao largo des sa transformação. A Office Brasil Escolar 2013, Feira Internacional de Produtos para Papelar ias, Escritór ios e Escolas, encerrada no dia 22 de agosto em São Paulo, espelhou essa realidade. Como nas prateleiras das lo jas, as mochilas e os mais var iados acessó rios ocuparam espaços nobres, onde antes brilhavam cadernos, agendas, lápis e cane tas. Tais produtos estavam na feira, apesar de ausências importantes como Tilibra, Credeal e Faber-Castell, porém os maiores estandes exibiam outros itens.
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
Há quem tenha visto vantagem nessa situação. “Se melhorar estraga”, comemora va João Antonio Corniani, gerente de ven das da São Domingos Indústria Gráfica, na tarde do dia 21. Segundo ele, no ano pas sado 1.300 pessoas passaram pelo estande nos quatro dias do evento, enquanto nesta edição, somente nos dois primeiros dias, a São Domingos contabilizou 1.700 pessoas. “Recebemos um público bem qualificado, gente de praticamente todos os estados”. Di ferentemente da edição anter ior, a São Do mingos conseguiu também fechar pedidos na feira e espera um crescimento entre 7% e 10% no volume de vendas do “volta às au las” 2014 em relação a 2013. “Devemos fe char o ano com aumento de 10% em nos so faturamento”, afirmou João Corniani. No terceiro dia da feira a Confetti tam bém registrava bons resultados. “A terça foi excepc ionalmente boa e já conseguimos cumprir nossos objetivos”, disse Carlos Rettmann, presidente da empresa. Porém, o empresário lamentou o afastamento de expositores tradicionais, temendo que isso
possa ter reflexos negativos junto aos vi sitantes. Otimista em relação ao próximo ano, Rettmann acredita encerrar 2013 com crescimento na casa dos dois dígitos, in cluindo boas perspectivas no campo das exportações a partir dos recentes ajustes no valor da moeda americana. Atualmen te, um terço dos cadernos e agendas da Confetti segue para o mercado externo. A presença dos fabricantes e revende dores de mochilas não incomodou Mari ci Foroni, diretora de marketing da Foroni. “A papelaria tem de diversificar suas linhas e eles acabam trazendo mais clien tes para a feira”. Para a diretora, os resulta dos do evento neste ano devem equiparar- se a 2012, enquanto a expectativa é de um “volta às aulas” mais polpudo. “Lançamos nossa linha de agendas em maio e regis tramos um aumento de 23% nas vendas, com um bom incremento sobretudo junto ao público infantil”. Para Ivan Bignardi, diretor de marketing do grupo Bignardi, fabricante dos cadernos Jandaia, a feira superou as expectativas,
pelas 235 empresas expositoras. Ele reco nhece a existência de um movimento pela mudança na data de realização do evento por parte dos fabricantes de cadernos, mas indica que não há possibilidade. “Não há disponibilidade de local. Chegamos a ter uma data em abril, mas o mercado não acei tou. Temos de levar em conta que se trata de uma feira que envolve vár ios setores”. com visitação equivalente ao ano passado, mas concretização de negócios bem acima do volume assinalado em 2012. O empre sário é um dos caderneiros que vêm plei teando junto à Francal, organizadora da Office Brasil Escolar, a antecipação da data do evento. “Vár ios fabricantes de cadernos têm adiantado o lançamento de suas linhas para maio ou junho. Se a feira puder acom panhar essa mudança, há a possibilidade de resgatarmos seu papel como verdadeiro palco desses lançamentos”. A OPINIÃO DOS VAREJISTAS
Essa não é, contudo, uma demanda das pa pelar ias, de acordo com Antonio Nogueira, presidente do Sindicato do Comercio Vare jista de Mater ial de Escritório e Papelaria de São Paulo e Reg ião (Simpa-SP). “O mês de agosto continua a ser o mais adequado, tendo em vista que os produtos negoc ia dos serão entregues em novembro, prepa rando a loja para o ‘volta às aulas’ ”. Se di vergem com relação ao per íodo do evento, o diretor da Bignardi e o presidente do Sim pa compartilham a opinião sobre as vendas
durante a feira. “A ausência de fabricantes tradicionais acabou dando ao varejista mais tempo para visitar os estandes e fazer boas negociações. Mais do que um momento de confraternização, essa edição foi focada nos negócios”, comentou Antonio Nogueira. Co laborou para isso, segundo ele, a manuten ção do acordo do Simpa com o governo es tadual, por meio da Secretaria da Fazenda, para a ampliação em 30 dias do pagamen to do ICMS/ST, benef iciando todos os com pradores que adquiriram produtos na feira junto a empresas expositoras que têm sede no Estado de São Paulo. Posicionar a Office Brasil Escolar como uma feira de negócios é uma bandeira an tiga da Francal. “Quem esteve na feira saiu satisfeito, tanto visitante quanto expositor. Recebemos compradores de todo o Brasil. Em nenhum outro lugar os fabricantes con seguem reunir-se com tantos profissionais do setor, do País inteiro, em apenas quatro dias”, afirmou Abdala Jamil Abdala, presi dente da Francal. Muitos desses comprado res foram atraídos pelas novidades em pro dutos e vantagens de negociação oferecidas
Graphia viabiliza rodada de negócios com importadores Durante a Office Brasil Escolar 2013 as empresas integrantes do Graphia, parceria entre a Abigraf Nacional e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), foram apresentadas a nove compradores internacionais, de seis países selecionados, como parte do Projeto Comprador Internacional. Como o nome diz, além de promover visitas monitoradas aos estandes das empresas que integram o Graphia, todos os compradores realizaram rodadas de negócios com os participantes do projeto. Criado em 2003, o Graphia visa prospectar, potencializar e facilitar as transações comerciais do setor gráfico brasileiro com o mercado externo, desde então marcando presença na feira. Este ano a iniciativa envolveu compradores de Portugal, Argentina, Venezuela, Guatemala, El Salvador e Cuba.
COMPRE SUZANO REPORT ®
NA SPP-KSR
SOMENTE NO SPP-KSR FACILIDADES.
Até 120 dias para pagar
E SURPREENDA-SE COM AS CONDIÇÕES
QUE PREPARAMOS PARA VOCÊ! CENTRAL DE VENDAS:
0300 777 6366
Faça seu pedido agora mesmo 23 setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
ENCONTRO
Cadeia produtiva discute tendências durante conferência de flexografia Em sua 4-ª edição, a Conferência Internacional de Flexografia registrou a presença de 400 profissionais dos segmentos de banda estreita, banda larga, papelão ondulado e conversão digital, representando toda a cadeia produtiva do setor.
A
24
maior parte dos profissionais que estiveram nos dias 11 e 12 de setembro no Centro de Eventos Fecomércio, em São Paulo, foi composta pelos principais convertedores de embalagens flexíveis, rótulos e etiquetas e caixas de papelão ondulado de todas as reg iões do País, incluindo empresas de países latino-a mericanos. O evento, rea l iz ado pela Abflexo e organizado e promovido pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, revelou também um aumento significativo da qualificação do público, com um crescimento de cerca de 15% da presença de diretores e donos de empresas convertedoras. O presidente da Associação Técnica de Flexografia dos Estados Unidos (FTA‑USA) e de sua fundação (FFTA‑USA), Mark Cisternino, e o diretor de educação da fundação, Joe Tuccitto, ministraram a primeira palestra do evento, na manhã do dia 11 de setembro. Cisternino, que atua na FTA americana há 28 anos, falou sobre o a tual cenário da tecnologia flexográfica e tendências de marketing no mercado norte-americano, recapitulando as pautas abordadas no Fórum A nual de Flexografia FTA 2013. O que mais chamou a atenção dos participantes na apresentação de Cisternino e Tuccitto, que ministraram a palestra em conjunto, foi o levantamento de dados sobre as tecnolog ias e processos utilizados pelos convertedores e impressores asso ciados da FTA nos EUA (80% dos respondentes), Canadá (10%), América Latina (5%) e restante do mundo (5%). Os resultados mostraram que as empresas estão REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
bem comuns ao mercado brasileiro: necessidade de maior eficiên cia e redução de desperdícios. Entre as oportunidades apontadas pelos convertedores para aumentar a lucratividade e a eficiência do processo estão: mais qualidade e redução de custos, uso de novas tecnolog ias, maior persistência na padronização da cor, foco na segurança alimentar, comunicação mais eficiente durante todo o processo e maior controle dos processos produtivos. INOVAÇÕES
Das 20 palestras e três painéis de debates disponibilizados aos participantes — todos com foco em competitividade e sustentabilidade — vale destacar as inovaMark Cisternino, presidente da FTA-USA, fez a palestra de abertura ções em tintas, como o sistema crescendo acima do esperado nos últimos de nanodispersão utilizado nas tintas flecinco anos. Entre os participantes da pes- xográficas, apresentado pela empresa Waquisa, 72% indicaram crescimento de seus ter Revolut ion, que trazem alto poder de negócios em 2012 (42% tiveram crescimen- adesão, baixo VOC e são livres de solvente to maior que 10%), 73% responderam que como diferencial competitivo; a tinta com registraram vendas acima de US$ 10 mi- ação antibacter iana para embalagens, delhões e 49% venderam mais de US$ 20 mi- senvolvida pela Anjo Quím ic a; e ainda o lhões. Os problemas mais enfrentados no novo sistema de cura UV LED apresentado dia a dia pela maioria dos entrevistados são pela empresa Mark Andy.
Speedmaster. Imbatível.
Enquanto os outros falam, nós imprimimos. Use seu smartphone ou tablet para baixar o aplicativo gratuito em SpeedmasterUnbeatable.com e digitalizar a área cinza à esquerda. Saiba mais sobre a Heidelberg: www.SpeedmasterUnbeatable.com Heidelberg do Brasil Alameda Africa, 734/756 • Polo Empresarial Tamboré • 06543-306 Santana de Parnaíba • SP • Tel. 11 5525-4500 • Fax 11 5525-4501 atendimento.hbr@heidelberg.com • www.br.heidelberg.com
LIVROS
Jovens alavancam as vendas na Bienal do Livro Rio Em onze dias, 660 mil pessoas foram ao Riocentro celebrar os 30 anos da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. Pela primeira vez, mais da metade desse público foi composta por jovens entre 15 e 29 anos.
26
Fotos: Rafael Moraes
Texto: Tânia Galluzzi
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
N
a XVI Bienal do Livro Rio, rea lizada entre 29 de agosto e 8 de setembro, o crescente in vestimento na programação cultural oficial — R$ 5 milhões, 20% a mais que na edição anter ior — levou ao Riocen tro um número recorde de 163 autores bra sileiros e 25 estrangeiros (incluindo nove vindos do país homenageado deste ano, a Alemanha), além de 42 med iadores. O re sultado, segundo os organizadores — Sindi cato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e Fagga/GL Exhibitions —, foi um público total de 660 mil pessoas, que participou dos debates culturais sobre os mais diver sos aspectos do universo do livro e pôde conhecer de perto seus ídolos literár ios. O número de visistantes desta edi ção foi menor do que em 2011, quando 670 mil pessoas visitaram a Bienal, redução
creditada pelos organizadores ao fato de o fer iado de 7 de setembro ter caído no sá bado, trad icionalmente dia de maior mo vimento. As vendas, por outro lado, cres ceram, passando de 2,8 milhões de livros na edição anter ior para 3,5 milhões nes ta, impulsionadas pela forte presença dos jovens de 15 a 29 anos. Pela primeira vez eles representaram mais da metade do total de visitantes, passando de 46% para 51%. “Mais importante que o número de públi co em si é constatar que ele é formado de fato por leitores, cada vez mais íntimos do mundo das letras. A média de exemplares entre as pessoas que compraram livros foi de 6,4, um crescimento relevante em rela ção ao registrado na edição anter ior, 5,5”, afirmou Sônia Jardim, presidente do Snel. O público comprador passou de 76% para 82% dos visitantes.
Venha para a
No Encontro com Autores, Thalita Rebouças, com a mediadora Celina Portocarrero (D), conversa com o público jovem
20 anos Os melhores papéis nacionais e importados ■
A jornalista americana Mary Gabriel, autora da biografia de Marx, na sessão “Boemia, vida familiar e revolução”, discutiu o tema com (E/D) Andrew Miller e o historiador brasileiro Daniel Aarão Reis, especialistas em revolução. À direita, o mediador Felipe Pena
O ENTUSIASMO DOS JOVENS
Um exemplo do interesse dos jovens pelo livro aconteceu no primeiro final de sema na. No começo da manhã do sábado, dia 31, mais de mil fãs aguardavam pela chegada do romancista Nicholas Sparks, um dos au tores mais lidos no mundo hoje. O encon tro, previsto para durar das 12 às 14 ho ras, começou antes do horário marcado e se estendeu até o fim da tarde. Em um cli ma de euforia, cerca de dois mil leitores saíram do Riocent ro com autógrafos em exemplares de best-sellers como Noites de tormenta, A última música, Quer ido John e Diár io de uma paixão. Arthur Repsold, presidente da GL Events Brasil, holding da qual faz parte a Fagga/GL Exhibitions, ressaltou o envolvi mento do público. “Cerca de 30 mil pessoas estiveram em espaços como Café Literário, Mulher e Ponto, Placar Literário, Acampa mento na Bienal e Planeta Ziraldo, além das
prestigiadas sessões do Conexão Jovem e do Encontro com Autores nos auditórios, lotan do as sessões, o que é uma grande satisfa ção”. Por meio da visitação escolar, com dias reservados para que alunos da rede pública pudessem conhecer o evento, 145 mil estu dantes estiveram na Bienal, que também recebeu 2.300 autores credenciados, 97 mil professores e 37 mil profissionais do livro. Pela primeira vez, a Bienal do Livro Rio contou com o Salão de Negócios, que, aten dendo a uma demanda de mercado, levou aos três primeiros dias do evento agentes literár ios e profissionais do livro de diver sos países como Estados Unidos, Alema nha, Canadá, Chile e Gana em encontros movimentados. A exper iência, na visão de todos os participantes, foi muito positiva. A ideia dos organizadores é que a ação cres ça e se consolide nos próximos anos. A XVII Bienal do Livro Rio já tem data: acontecerá entre 20 e 30 de agosto de 2015.
Linha completa editorial e promocional ■
Atendimento rápido, técnico e personalizado ■
Entregas em qualquer cidade do Brasil!
tels: (11) 3259 2255 (11) 3121 2255 demais regiões:
0300 772 5200 www.vivox.com.br
setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
27
EMBALAGENS
Organizadores da Interpack apresentam as novidades para 2014 AMPLIANDO O DEBATE
Nova edição da maior feira mundial de embalagens pretende identificar oportunidades no médio e longo prazos e mostrar como preservar a competitividade do setor.
O
28
s segmentos de bebidas, alimentos e farmacêut ico se rão os principais motores da indústria de embalagens nos próximos anos. Quem afirma isso é Bernd Jablono wski, diretor da Interpack, maior feira do setor no mundo. Du rante evento real izado em 27 de setembro no hotel Grand Hyatt São Paulo, zona sul da capital paulista, o dirigente apresentou as principais novidades da edição de 2014, marcada para os dias 8 a 14 de maio em Düsseldorf, na Alemanha. Considerados os parâmetros para inovações e tendências em embalagens, a Interpack pretende mostrar como aproveitar as mu danças nos hábitos de consumo e as oportunidades atreladas a essa transformação. “Quando um país se desenvolve, as pessoas tendem a utilizar mais produtos industrial izados, como os remé dios, por exemplo. Isso mostra o efeito das mudanças no setor”, ressalta. Consequentemente, surgem outros fatores determinan tes para a vida útil de um produto, como a qualidade da embala gem. Segundo o executivo, quanto maior a população idosa, mais forte será a demanda por itens farmacêuticos e maior será a co brança por embalagens cada vez melhores. Os produtos alimen tícios também trazem boas oportunidades de crescimento. Além de ser uma maneira de atender a demanda, investir em embala gens de alimentos é evitar seu desperdício. “Trata-se de uma ques tão fundamental para reduzirmos as perdas de alimentos na in dústria”, sal ienta Jablonowski. De acordo com a VDMA (Verband Deutscher Maschinen-und Anlagenbau — associação alemã das indúst rias de máquinas), uma das maiores assoc iações indus triais na Europa, o mercado de embalagens de bebidas, alimen tos e produtos farmacêuticos no Brasil crescerá 11,1% até 2017. REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
A grande procura por um espaço nos 19 pavilhões que comporão a Interpack 2014 fez com que os organizadores aumentassem os espaços para a discussão de assuntos pertinentes ao setor. Parale lamente aos três primeiros dias da feira — entre 8 e 10 de maio — será realizado o Components for Processing and Packaging [Com ponentes para Processamento e Embalagem, em tradução livre], evento que reunirá empresas que oferecem tecnologia motriz, de controle e sensores, produtos para tratamento industrial de ima gens e sistemas de automatização para máquinas embaladoras, entre outros, no Congress Center Süd (CCD Süd), pavilhão muni cipal de Düsseldorf. No mesmo local, em 7 de maio, haverá a con ferência “Save Food”, que ampliará a discussão sobre as perdas de alimentos em nível global com organizações empresariais e sem fins lucrativos. Em parceria com a Organização das Nações Uni das para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Messe Düsseldorf e apoio do Programa Ambiental das Nações Unidas (Unep), a ini ciativa foi lançada na última edição da Interpack, em 2011, e teve uma grande aceitação dos visitantes, reacendendo o debate sobre o desperdício de alimentos na mídia especializada. Esse também será o tema da mostra especial InnovationParc Packaging (IPP), em que empresas de design, embalagem e da indústria mecânica poderão apresentar suas soluções para o problema. Outro assunto de destaque em 2011 que volta a ter espaço é a Metal Packaging Plaza, que servirá como um ponto de encontro para os representantes do setor de embalagens metálicas e seus fornecedores. A expectativa dos organizadores não poderia ser melhor. São esperados 2.700 expositores, de 59 países, das áreas de alimentos e bebidas, doces e panificação, produtos farmacêu ticos e serviços relacionados. Os visitantes da última edição, a título de comparação, foram 165 mil, dos quais 84% estavam envolvidos em processos de decisão. INTERPACK www.interpack.com
EXPERtFold 80/110
Edição ilimitada Praticamente não existe limite para o que pode ser feito com uma BOBST EXPERTFOLD, uma das mais flexíveis máquinas dobradeiras coladeiras disponíveis. Além de fornecer acesso rápido e fácil para mais de 3.000 tipos de caixas diferentes, a EXPERTFOLD é a plataforma ideal para efetuar outros processos em linha,
como, por exemplo, Braille em alto relevo com o revolucionário sistema BOBST ACCUBRAILLE, ou assegurando a presença de pontos em Braille utilizando o BRAILLE-SCAN. Com uma gama tão grande de possibilidades de sua EXPERTFOLD, sua imaginação poderá ir além dos limites EXPERTFOLD : Pura Versatilidade.
Bobst Latinoamérica do Sul Ltda. | Av. Henri Bobst, 401 | 13251 – 716 | Itatiba/SP | Fone +55 11 4534 9300 | Fax: +55 11 4524 0058
www.bobst.com
Qualidade premiada em oito capitais Cerca de 3.300 pessoas acompanharam as solenidades de entrega dos prêmios de excelência gráfica em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Vitória, realizadas de junho a setembro. Os 281 trabalhos premiados estão automaticamente inscritos para concorrerem ao 23-º Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini no dia 26 de novembro, em São Paulo.
PRÊMIOS DE EXCELÊNCIA GRÁFICA NOS ESTADOS – 2013 ESTADO/REGIÃO
30
DF
ES
GO
MG
PR
PE (NE)
RS
RJ
Data
15.8
20.7
22.8
5.7
28.6
30.8
26.7
27.9
Público
600
200
200
300
800
400
500
300
Gráficas participantes
20
11
11
35
50
56 ³
49
31
Categorias
30
29
25
34
50
43
44
37
Peças inscritas
261
250
167
387
613
540
514
475
Gráficas premiadas
8
7
7
16
19
17
23
15
Número de prêmios
26 ¹
27
17 ²
37
50
43
44
37
¹ Foram entregues outros 2 prêmios para agência e designer ² Foram entregues outros 8 prêmios para agências de publicidade ³ Inclui a participação dos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
DISTRITO FEDERAL
14-º Prêmio de Excelência Gráfica Jorge Salim
(E/D): O vice‑governador do DF, Tadeu Filippelli, com o 1-º vice‑presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), José Luiz Diaz Fernandez, e o presidente do Sindigraf‑DF, João Ferreira dos Santos
C
riado em 1999 pela Abigraf Regional-DF e pelo Sindicato das Indústrias Gráficas do Distrito Federal (Sindigraf-DF), com a proposta de divulgar a excelência dos trabalhos gráficos produzidos no Distrito Federal, o Prêmio Jorge Salim foi o primeiro a ser organizado por uma reg ional da Abigraf fora de São Paulo, oito anos após o lançamento da premiação na capital paulista em 1991. Prest ig iad a por cerca de 600 pessoas, em sua décima-quarta edição a festa de entrega do Prêmio Jorge Salim ocorreu no Unique Palace, em Brasília, no dia 15 de agosto. Participaram 261 trabalhos produzidos por 20 grá-
ficas do Distrito Federal e do Entorno, concorrendo em 30 categor ias. Foram distribuídos 26 troféus para 8 gráficas, em uma disputa equilibradíssima. Maior ganhadora, a Positiva conquistou 7 prê mios, tendo nos seus calcanhares a Athalaia e a Coronário, com 6 troféus cada uma. Concentrando um número cada vez maior e mais qualificado de convidados, com a presença de empresár ios gráficos, clientes, jornalistas, publicitá rios, fornecedores, parlamentares e autoridades dos governos federal e local, o evento deste ano homenageou Johannes Gutenberg com o tema “Dos tipos móveis à era digital”.
Gráficas premiadas 7 prêmios: Positiva ◆ 6 prêmios: Athalaia e Coronário ◆ 2 prêmios: GH e Meta ◆ 1 prêmio: Cidade, Gravomatic, HMP e Pap Olivieri Prêmios Especiais Agência de Publicidade do Ano: HMP Comunicação ◆ Designer Gráfica do Ano: Patrícia Meschick ◆ Homenagens Especiais: Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Imprensa Nacional e Sebrae Fornecedores premiados 1 prêmio: Bottcher, DF Papéis, Goethe, Huber-Hostmann, KGP , Kodak, Manroland, Melo Distribuidora, Müller Martini, PhotoImage e Suzano
NÚMEROS DO PRÊMIO – 2013 Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos
20 261 8 26
setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
31
ESPÍRITO SANTO
5-º Prêmio José de Anchieta de Excelência Gráfica
(E/D): Antônio Stutz e Sean Máximo, da Konica Minolta; João Depizzol e Tullio Samorini, respectivamente presidente e vice‑presidente do Siges e Abigraf‑ES
M
ais de 200 pessoas, representando 62 empresas e entidades, além de autoridades, estiveram presentes na noite de 20 de julho, no MS Buffet, em Vitória, para a cerimônia de entrega do 5º‒ Prêmio José de Anchieta, realizado pelo Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Espírito Santo (Siges) em parceria com a Abigraf Regional-ES. Neste ano foram inscritos 250 trabalhos de 11 empresas associad as, que concorreram em 29 categor ias. Na disputa pelo primeiro lugar, prevaleceu a Grafitusa, com 10 troféus, seguida muito de perto pela GSA, que recebeu 9 prêm ios. No total foram concedidos 27 prêmios, para 7 empresas.
“Foi premiado o que existe de melhor em produtos impressos e pudemos mostrar que as empresas do Estado estão entre as melhores do País”, declarou João Depizzol, presidente do Siges. Os vencedores são determinados após análise técnica por especialistas da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), em São Paulo. “Os nomes dos vencedores foram env iados em envelopes lacrados, abertos apenas na cerimônia de premiação. Essa foi a forma que encontramos de garantir lisura na ação”, afirmou a executiva do Siges, Rosane Rossi. A cerimônia encerrou a programação do 2 º‒ Encontro da Indústria Gráfica do Espírito Santo.
Gráficas premiadas 10 prêmios: Grafitusa ◆ 9 prêmios: GSA ◆ 3 prêmios: Scribo ◆ 2 prêmios: Lisboa ◆ 1 prêmio: Aymorés, Ingral e Jep Fornecedores premiados 1 prêmio: Canon (Office Total), Flexpel, Heidelberg, IBF , SPP-K SR e Sun Chemical
NÚMEROS DO PRÊMIO – 2013
32
Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos
11 250 7 27
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
RENZ Inline 360 Sistema integrado de perfuração e encadernação de alta performance
®
RENZ do Brasil Ltda Rua 13 de Maio, 474 - Vila Tarumã CEP: 83.323-170 - Pinhais - PR Fone: 55-41-3033-9500 Televendas: 0800-604-9500 vendas@renz.com.br www.renz.com.br ®
GOIÁS
9-º Prêmio Aquino Porto de Excelência Gráfica Criação e Produção
(E/D): Renan Guilherme, diretor da Poligrafica; Pedro Alves, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás; Pedro de Sousa Cunha Jr., diretor da Poligrafica e Wanderson Portugal, diretor técnico do Sebrae‑GO
O
Prêmio Aquino Porto se distingue dos demais prêm ios de excelência gráfica realiz ados nos outros estados, pois seu regulamento estabelece, além de 17 categor ias destinadas às gráficas, outras 8 dedicadas às agências de publi cidade. Organizada pela Abigraf Regional Goiás e pelo Sindicato das Indústrias Grá ficas do Estado de Goiás (Sigego) e reali zada no dia 22 de agosto, a exemplo dos anos anter iores a solenidade de premia ção aconteceu na Casa da Indústria, em Goiânia, e contou com a presença de cerca
Gráficas premiadas 5 prêmios: Formato e Art3/Suprimax ◆ 3 prêmios: Poligráfica ◆ 1 prêmio: Amparo, CIR , Funap/Cegraf e Única Agências premiadas 2 prêmios: Ascom/Fieg e Cannes ◆ 1 prêmio: Bertoni, Concentração de Ideias, Marcos Vinicius Naves e Pagu Fornecedores premiados 1 prêmio: Agfa, Bottcher, Cromos, Fotogravura Bandeirante, Heidelberg, SPP-KSR e Tok Final
NÚMEROS DO PRÊMIO – 2013
34
Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos
11 167 7 17
Agências participantes Trabalhos inscritos Agências premiadas Prêmios concedidos
18 120 6 8
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
Antonio de Sousa Almeida, presidente da Abigraf‑GO e do Sigego
de 200 convidados. Entre as gráficas, 11 empresas participaram inscrevendo 167 trabalhos. Sete delas foram prem iad as, recebendo ao todo 17 troféus, com a For mato e a Art3/Suprimax dividindo o pri meiro lugar, ganhando 5 prêm ios cada uma. As oito categor ias voltadas para as agências foram disputadas por 120 tra balhos inscritos por 18 empresas, das quais seis ficaram com os troféus, com pequena vantagem para a Ascom/Fieg e Cannes que sobrepujaram as demais conquistando dois prêm ios cada uma.
INFORME PUBLICITÁRIO
apresenta
OS SEGREDOS PARA O MELHOR RESULTADO ENTRE ECONOMIA E QUALIDADE NA IMPRESSÃO DIGITAL
IN-0019-13A_PUBLIEDITORIAL-digital.indd 1
01/07/13 14:43
Mais rápida e simples, a técnica é apropriada para a impressão de livros técnicos, catálogos de produtos, apostilas, manuais, boletos, relatórios e outras publicações que interessam a um número mais específico e dirigido de leitores. Direto do arquivo PDF para a máquina, cada impressão gera um exemplar para acabamento, o que possibilita outro grande diferencial: a personalização.
personalização atrai a atenção dos departamentos de comunicação e marketing. Com criatividade, anunciantes podem elaborar peças cada vez mais personalizadas, capazes, comprovadamente, de sensibilizar com mais eficácia os clientes. São novas técnicas e novas dinâmicas de um mundo que pede sempre boas novidades. Chambril Digital Toda essa tecnologia precisa de um papel que a acompanhe. Chambril seguiu a tendência de mercado e inovou lançando Chambril Digital, o primeiro papel do país desenvolvido especificamente para impressão digital inkjet, com tinta à base de pigmento. O produto possui como diferencial a tecnologia ImageLok™, que proporciona, quando combinada a tintas pigmentadas, maior vivacidade das cores e intensidade do preto. Disponível em bobina nas gramaturas de 75g/m² e 90g/m².
Utilizada para a impressão de contas de água e luz, por exemplo, cujos dados variam a cada documento gerado, a técnica de
Impresso em papel Chambril 150g/m². Os papéis da International Paper são produzidos a partir de florestas 100% plantadas e renováveis.
Impressão digital combina técnica e custos A impressão digital se consolida com velocidade no parque gráfico brasileiro. Em termos de competitividade, o sistema é vantajoso para produção de pequenas e médias tiragens, cada vez mais comuns nas ordens de serviço. Sem os custos fixos de produção do sistema offset, fotolitos e chapas, a impressão digital tem custos variáveis apenas quanto ao número de exemplares produzidos.
CHAMBRIL DIGITAL. INTENSIDADE NAS CORES E ALTA DEFINIÇÃO DE IMAGENS.
Este e outros artigos você encontra em www.portalchambril.com.br Use o leitor de QR Code do seu celular e acesse.
WWW.PORTALCHAMBRIL.COM.BR
IN-0019-13A_PUBLIEDITORIAL-digital.indd 2
01/07/13 14:43
MINAS GERAIS
9-º Prêmio Mineiro de Excelência Gráfica Cícero
U
Reinaldo Espinosa, presidente da ABTG; Rafael Pena, gerente comercial da Rona, que levou os 3 troféus Grand Prix; Hélio Faria, presidente do conselho de comunicação da ACMinas; e Vicente de Paula Aleixo Dias, presidente da Abigraf‑MG e do Sigemg
m reconhecimento ao talento, à criat iv id ade e, principalmente, ao trabalho sério desenvolvido por todos aqueles engajados na valorização da indústria gráfica mineira e brasileira. Assim foi a cerimônia do 9 º‒ Prêmio Cícero, real izada em 5 de julho, no Clube dos Oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais, em Belo Horizonte, assistida por mais de 300 pessoas. A prem iaç ão foi disputada por 35 empresas, que inscreveram 387 trabalhos, em 37 categor ias. Na abertura foi prestada uma homenagem, com pedido de orações, para o primeiro vice-presidente da Abigraf-MG e Sigemg, David Lara. Ausente do evento por motivo de saúde, infelizmente o empresário veio a falecer no dia 4 de agosto. Na entrega dos prêmios, 16 empresas
festejaram a conquista de 37 troféus. O primeiro lugar ficou com a Rona, que recebeu 12 prêmios, feito ainda mais valorizado por incluir três Grand Prix, nas categor ias de melhor impressão, melhor acabamento editor ial e melhor acabamento cartotécnico. O segundo posto foi ocupado pela Tamóios, com 7 troféus. Referindo-se à importância do evento, Vicente de Paula Aleixo Dias, presidente da Abigraf Regional-MG e do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de Minas Gerais (Sigemg), entidades responsáveis pela iniciativa, afirmou: “A nona edição do Prêmio Cícero vem, de alguma forma, mostrar a valorização que teve a pre miação desde a primeira vez que foi rea lizada até hoje e o quanto evoluímos na qualidade gráfica desde então”.
Gráficas premiadas 12 prêmios: Rona ◆ 7 prêmios: Tamóios ◆ 2 prêmios: Bigráfica, Companhia da Cor, Primacor e Rede ◆ 1 prêmio: 101, DI , Formato, Grafam, Halt, Imprimaset, O Lutador, Premier, Ready e TCS Fornecedores premiados 2 prêmios: Heidelberg e Kodak ◆ 1 prêmio: Encapa, Forgraf, IBF , Plastific e Sun Chemical
NÚMEROS DO PRÊMIO – 2013 Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos
35 387 16 37
setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
35
PARANÁ
Fotos: Amarildo Henning
11-º Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho
(E/D) Vicente Linares, da Corgraf, grande vencedora do ano; Jair Leite, presidente do Sigep; Edson Campagnolo, presidente do Sistema Fiep, e Sidney Paciornik, presidente da Abigraf‑PR
N
Gráficas premiadas 13 prêmios: Corgraf ◆ 9 prêmios: Posigraf ◆ 3 prêmios: MúltiplaBR e Ótima ◆ 2 prêmios: Capital, Exklusiva, Fotolaser, Hellograf, Ipê, Midiograf e Nova Gráfica ◆ 1 prêmio: Belton, Comunicare, DP Studio, Grafset, Kingraf, Lisegraff, Magistral e Tuicial Fornecedores premiados 3 prêmios: Rio Branco ◆ 2 prêmios: Heidelberg e Quimagraf ◆ 1 prêmio: Agfa, Alphaprint, Colacril, Copygraf, Intenções, Kodak, Overlake, Sun Chemical e WG
a maior de todas as suas edições, o 11º‒ Prêmio Oscar Schrappe Sobri nho foi disputado por 613 produtos, ins critos por 50 gráficas em 50 categor ias, um recorde em toda a história da pre miação. Foram dist ribuídos 50 troféus para 19 gráficas, com destaque para a Corgraf, de Colombo, reg ião metropoli tana de Curitiba, que ganhou em 13 ca tegor ias, seguida pela Posigraf, com 9 troféus. Acompanhada por mais de 800 convidados, a cerimônia foi realizada no Espaço Torres, na capital paranaense, na noite de 28 de junho. “As empresas pre cisam se reinventar, procurar soluções e melhorar seus produtos para superar
todas as adversidades. E a evolução do Prêmio confirma que estão neste cami nho”, ressalta Sidney Paciornik, presiden te da Abigraf-PR . A evolução também foi destacada por Jair Leite, presidente do Si gep: “A premiação é hoje um patrimônio do setor gráfico paranaense ( . . .) porque simboliza todos os avanços em qualida de e inovação, necessár ios para manter as empresas competitivas”. Precedendo o início da solenidade, foi lançado ofi cialmente o livro comemorativo dos 70 anos do Sindicato das Indústrias Gráfi cas do Estado do Paraná (Sigep), entida de promotora do evento juntamente com a Abigraf Reg ional Paraná.
NÚMEROS DO PRÊMIO – 2013
36
Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos
50 613 19 50
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
NORDESTE
5-º Prêmio Nordeste de Excelência Gráfica José Cândido Cordeiro
(E/D): Luizandes Barreto, diretor administrativo do Sindusgraf/Abigraf‑PE; Valdézio Figueiredo, presidente do Sindusgraf‑PE; Jorge Corte Real, presidente da Fiepe e deputado federal; Eduardo Mota, presidente da Abigraf‑PE; e Mário César Martins de Camargo, vice‑presidente da Fiesp e diretor da Gráfica Bandeirantes
P
romovida por sete Abigrafs Regionais do Nordeste e o Sindicato das Indúst rias Gráficas do Estado de Pernambuco (Sindusgraf), realizou-se na noite de 30 de agosto, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, a solenidade de entrega do 5 º‒ Prêmio José Cândido Cordeiro, acompanhada por cerca de 400 pessoas. Concorreram à pre miação 540 peças, inscritas por 56 empresas em 43 categor ias. Com o apoio e participação dos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, o prêmio alcança grande repercussão e representa
Gráficas premiadas 7 prêmios: Provisual (PE ) ◆ 6 prêmios: Art Cart (CE ) ◆ 4 prêmios: J. Andrade (SE ) e Kroma (PE ) ◆ 3 prêmios: CCS (PE ), JB (PB ) e MXM (PE ) ◆ 2 prêmios: Etiquetas Brasil (PE ), IGB (PE ) e Qualigraf (CE ) ◆ 1 prêmio: Composer (PE ), Diário de Pernambuco (PE ), Grafpel (AL ), Halley (PI ), Tiprogresso (CE ), Top (PE ) e Trigueiro (PE ) Fornecedores premiados 3 prêmios: Comercial Boa Vista ◆ 1 prêmio: SPP-K SR
NÚMEROS DO PRÊMIO – 2013
38
Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos
56 540 17 43
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
o reconhecimento público às empresas gráficas da Reg ião Nordeste por suas práticas diferenciadas de produção e gestão, traduzidas na qualidade dos seus produtos. O resultado dos trabalhos da comissão julgadora, composta por profissionais de todo o País, determinou a entrega de 43 prêmios, divididos entre 17 empresas. A pernambucana Pro visual foi a maior vencedora, com 7 prê mios, acompanhada de perto pela Art Cart, do Ceará, que conquistou 6 troféus. A novidade deste ano ficou por conta da transmissão da cerimônia da premiação em tempo real pelo site do Sindusgraf.
RIO GRANDE DO SUL
9-º Prêmio Gaúcho de Excelência Gráfica
A
indústria gráfica do Rio Grande do Sul reuniu-se na noite de 26 de julho, no salão de festas da Soc ied ade de Ginástica Porto Alegre (Sogipa) para a solenidade de entrega dos troféus do 9 º‒ Prêmio Gaúcho de Excelência Gráfica, disputado por 514 trabalhos, inscritos por 49 empresas. Mais de 500 convidados viram 23 gráficas levarem para casa 44 troféus. A grande campeã foi a Pallotti, de São Leopoldo, que venceu em 9 categor ias, seguida pela Grafd il e Lupagraf, com 5. O maior número de prêm ios (29) ficou com 12 gráficas do inter ior do Estado, e
o restante (15) de Porto Alegre. Mostrando-se impressionado com a alta qualidade das peças concorrentes, Ângelo Gar barski, presidente da Abigraf Regional RS, promotora do evento, afirmou: “Foi muito legal a participação de todas as gráficas. Houve ganhadores de todos os portes e reg iões do Estado, o que mostra que há lugar para todos nesta grande festa”. Pela primeira vez, a coordenaç ão do prêmio ficou a cargo da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) que também comandou o julgamento dos produtos e fez a auditoria das notas.
Gráficas premiadas 9 prêmios: Pallotti ◆ 5 prêmios: Grafdil e Lupagraf ◆ 3 prêmios: Impresul ◆ 2 prêmios: ANS , Grafiset e Hega ◆ 1 prêmio: Brazicolor, Centhury, Cometa, Comunicação Impressa, Degráfica, Gaúcha, Graffoluz, Ideograf, Jacuí, Portão, Rota, Rotermund, São Miguel, Tekne, UBEA e Zero Hora
NÚMEROS DO PRÊMIO – 2013 Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos
49 514 23 44
setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
39
RIO DE JANEIRO
Fotos: André Telles
10-º Prêmio Werner Klatt de Excelência Gráfica
D
Gráficas premiadas 8 prêmios: Sol ◆ 4 prêmios: Holográfica e Onida ◆ 3 prêmios: Arte Criação, GM Minister e Stamppa ◆ 2 prêmios: DVZ , J. Di Giorgio e Nova Brasileira ◆ 1 prêmio: Casa da Moeda, Print Midia, Prosign, Radiográfica, Rio DG e Swing Fornecedores premiados 3 prêmios: Heidelberg e IBF ◆ 1 prêmio: Aliança do Livro, Epson, Registro Certo, Screen, Sun Chemical, Suzano e UV Graph
NÚMEROS DO PRÊMIO – 2013
40
Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos
31 475 15 37
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
ez anos promovendo e difundindo a qualidade na indústria gráfica fluminense. O Sindicato das Indústrias Gráficas do Município do Rio de Janeiro (Sigraf), a Abigraf Regional-RJ e a Fundação Gutenberg (Funguten), que promovem o evento, têm justificados motivos para orgulhar-se da trajetória de sucesso e reconhecimento do Prêmio Werner Klatt nessa primeira década de existência. Não há dúvidas quanto à sua maturidade e ressonância nacional: entre todos os prêmios de excelência gráfica de todo o Brasil, é o único cujas peças foram expostas, por duas vezes, na Feira Inter nacional do Design, em Milão, na Itália,
assim como é também o único a homenagear todos os demais prêmios similares do País. A festa de premiação ocorreu em 27 de setembro no Centro de Convenções da Firjan, no centro do Rio de Janeiro. Concorreram 475 peças inscritas por 31 gráficas, disputando as 37 categor ias. Cerca de 300 convidados viram e aplaudiram a entrega dos 37 troféus para 15 gráficas vencedoras. A grande campeã da noite foi a Sol Gráfica que conquistou oito troféus, seguida pela Holográfica e Onida com quatro prêmios cada. Ent u siasmado, o presidente do Sistema Sigraf/ Abigraf- RJ/Funguten, Carlos Augusto Di Giorg io, comentou: “O prêmio cresce a cada ano porque tem um jeito ca rioc a de ser. Simplesmente, temos o nosso jeito próprio de ser e nos orgulhamos disso. Temos certeza que o Prêmio Werner K latt ainda vai crescer muito. A indústria gráfica fluminense está de parabéns”.
Muitas vezes o trabalho conjunto nos permite alcançar melhores resultados e quando falamos de equipamentos isso não é diferente. Unir a Corte e Vinco Hércules 105 e a Coladeira de Cartuchos Autobox é garantir à sua produção um acabamento de alto nível, proporcionado por equipamentos desenvolvidos sob rígidos padrões de qualidade, de fácil operação, estáveis e precisos.
Corte e Vinco Hércules 105 Base instalada de mais de 140 unidades Excelente custo/benefício Eletrônica aberta Versatilidade de substratos Entrega imediata
Coladeira de Cartuchos Autobox Base instalada de mais de 100 unidades Velocidade de trabalho (até 300m/min) Construção robusta Entrega imediata e Financiamento próprio
Entre em contato conosco e solicite um orçamento. 11 3273 1000 | grafica@furnax.com.br | www.furnax.com.br
ECONOMIA Dados e informações: Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf Texto: Ada Caperuto
Os números da indústria gráfica mineira Dados do Decon/Abigraf revelam o perfil, o desempenho e a participação no contexto nacional do setor gráfico no Estado de Minas Gerais.
AGB Photo Library
O
Estado de Minas Gerais ocupa a terceira posição entre os mais ricos da Federação. É a mesma posição ocupada pelo estado no ranking das unidades com maior parque in dustrial do Brasil, setor que representa qua se 36% do PIB mineiro, enquanto os servi ços contribuem com 53% e a agropecuár ia com cerca de 11%. Uma análise elaborada pelo Centro de Estatística e Informações (CEI) da Fundação João Pinheiro revelou que o PIB estadual registrou crescimento da ordem de 2,3% na comparação 2011–2012. Segundo estado mais populoso do País, com 19,8 milhões de habitantes distribuídos em 853 municípios, Minas Gerais tem, de acor do com dados da Associação Mineira de Mu nicípios, acentuadas disparidades regionais em sua economia. A reg ião central, onde se localiza Belo Horizonte, é aquela com maior número de habitantes: 6,97 milhões de pes soas (35,6% do total estadual). É também a mais próspera, responsável por 46,6% do PIB e 52,1% dos empregos formais. Nas demais reg iões prevalece o setor de serviços na composição do PIB local,
seguido pela indústria e agropecuár ia. São elas: reg ião da Mata (2,17 milhões de ha bitantes, 7,6% do PIB mineiro); Sul de Mi nas (2,59 milhões de habitantes, 12% do PIB); Triângulo Mineiro (1,5 milhão de habitantes, 11,2% do PIB); Alto Paranaíba (655,3 mil habitantes, 4% do PIB); Centro- Oeste (1,12 milhão de habitantes, 4,5% do PIB); Noroeste de Minas (366,4 mil ha bitantes, 1,8% do PIB); Norte de Minas (1,61 milhão de habitantes, 4% do PIB); Jequitinhonha/Mucuri (100 mil habi tantes, 1,9% do PIB estadual); e Rio Doce (1,62 milhão de habitantes, 6,3% do PIB). INDÚSTRIA GRÁFICA
De acordo com os dados do Ministério do Trabalho (MTE/Rais) de 2011, o setor grá fico mineiro reúne 2.127 gráficas, que cor respondem a 10,4% das 20.527 existentes em todo o País e empregam 7,4% da mão- de-obra ocupada no setor, ou 16.464 dos 222.382 empregados gráficos de todo o território nacional. O valor da produção industrial gráfica de Minas Gerais em 2012 foi de R$ 1,8 bi lhão (Fonte: IBGE, com estimativa do De con/Abigraf). De 2010 para 2011, houve crescimento de 2% no número de gráficas e de 3% no emprego do setor no Estado, en quanto, no mesmo período, a média de cres cimento nacional foi de 3% no número de empresas e de 1% do emprego (Tabela 1).
TABELA 1: ESTABELECIMENTOS GRÁFICOS E FUNCIONÁRIOS DA INDÚSTRIA GRÁFICA MINEIRA – 2010 E 2011 2010
% NO PERÍODO
MINAS GERAIS
BRASIL
PARTICIPAÇÃO
MINAS GERAIS
BRASIL
PARTICIPAÇÃO
MINAS GERAIS
Número de Estabelecimentos
2.088
20.007
10,44%
2.127
20.527
10,4%
2%
Número de Funcionários
15.993
220.796
7,24%
16.464
222.382
7,4%
3%
1%
7,7
11,0
7,7
10,8
1%
– 2%
Funcionários / Estabelecimento
42
2011
Fonte: MTE / Rais, 2011. Elaboração: Decon/Abigraf
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
BRASIL
3%
As gráficas mineiras são menores do que a média nac ion al: 84,4% empregam até 19 pessoas. As que empregam entre 20 e 99 funcionár ios correspondem a apenas 6,1% do total. E somente 0,7% das empre sas gráficas mineiras têm mais de 100 fun cionár ios. Comparativamente, as gráficas com essas características no Brasil corres pondem a cerca de 1,4% do total (Figura 1). As micro e pequenas gráficas ofere cem mais da metade do emprego no setor no Estado de Minas Gerais. O porte mé dio das empresas é de 7,7 empregados por gráfica, enquanto a média nacional é de 11 empregados por empresa. Belo Horizonte é o município que concentra o maior con tingente de gráficas (550) e de mão de obra (4.964). Vale destacar o município de Juiz de Fora com média de aproximadamen te 18 empregados por gráfica (Tabela 2). Em relação ao comércio internacional, os números da Secretaria de Comércio Ex ter ior (Secex) do Ministério do Desenvol vimento, Indústria e Comércio Exter ior (MDIC) indicam que, historicamente, a ba lança comerc ial do setor gráfico mineiro tem sido deficitária. Em 2012, as expor tações somaram US$ 2,1 milhões e as im portações US$ 24,4 milhões, resultando em saldo negativo (déficit) de US$ 22,3 mi lhões. A Tabela 3 descreve o histórico da balança comercial do Estado. Vale destacar que a média das importações de produtos gráficos por Minas Gerais nos últimos três anos foi de US$ 17,3 milhões.
FIGURA 1: MINAS GERAIS – DISTRIBUIÇÃO DO EMPREGO NA INDÚSTRIA GRÁFICA POR PORTE DE EMPRESA – 2011 250 ou mais De 100 a 249 De 50 a 99 De 20 a 49
0,1% 0,4% 0,6% 1,0% 1,1% 1,8% 5,0% 6,5% 84,4% 81,5%
Até 19 Nenhum
8,8% 8,8% ■ Brasil ■ MInas
Fonte: MTE / Rais, 2011. Elaboração: Decon/Abigraf
TABELA 2: MINAS GERAIS – NÚMEROS DE EMPRESAS E EMPREGO NA INDÚSTRIA GRÁFICA POR MUNICÍPIO – 2011 ESTABELECIMENTOS
FUNCIONÁRIOS
FUNCIONÁRIOS/ ESTABELECIMENTOS
Belo Horizonte
550
4.964
9,0
Uberlândia
121
877
7,2
Contagem
116
1.460
12,6
Juiz de Fora
90
1.601
17,8
Montes Claros
62
245
4,0
Uberaba
55
502
9,1
Governador Valadares
40
129
3,2
Divinópolis
38
553
14,6
Sete Lagoas
38
153
4,0
Ipatinga
34
182
5,4
Outros Municípios
983
5.798
5,9
TOTAL
2.127
16.464
7,7
MUNICÍPIOS – MG
Fonte: MTE / Rais, 2011. Elaboração: Decon/Abigraf
FIGURAS 2 E 3: MINAS GERAIS – DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE GRÁFICAS E DO EMPREGO ENTRE OS MUNICÍPIOS – 2011 Gráficas por município
Belo Horizonte 26%
Funcionários por município
Uberlândia 6%
Belo Horizonte 30%
Contagem 6%
Outros 53%
Fonte: MTE / Rais, 2011. Elaboração: Decon/Abigraf
Juiz de Fora 4% Montes Claros 3% Uberaba 3%
Outros 42%
Juiz de Fora 10%
Contagem 9% Uberlândia 5% Uberaba Montes 3% Claros 3%
setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
43
TABELA 3: VALORES CONSOLIDADOS ANUAIS DO COMÉRCIO EXTERIOR DA INDÚSTRIA GRÁFICA MINEIRA (DE 2007 A 2012) – FOB US$ MILHÕES ANO
EXPORTAÇÃO
VARIAÇÃO (%)
IMPORTAÇÃO
VARIAÇÃO (%)
SALDO COMERCIAL
2007
0,8
—
5,0
—
– 4,2
2008
0,8
9,0%
11,4
126,7%
– 10,5
2009
1,1
31,2%
8,6
– 24,0%
– 7,5
2010
1,1
– 4,4%
10,9
26,8%
– 9,9
2011
1,4
36,5%
16,5
50,6%
– 15,0
2012
2,1
43,0%
24,4
47,8%
– 22,3
Fonte: Secex/AliceWeb. Elaboração: Decon/Abigraf
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
grande potencial de crescimento, mas con tinua muito longe em relação a outros es tados. “O mercado promocional tem qua lidade, mas pouco volume. O editor ial é bem maduro e tem crescido com mais in tensidade nos últimos anos. Nosso desem penho nos últimos meses foi satisfatório. Podemos dizer que, se levarmos em consi deração a situação econômica do momen to, foi bom. A confirmação disto é que não deixamos de fazer novos investimentos”, afirma. “Nos seis primeiros meses do ano, nossa empresa, que atua na área de emba lagens, sofreu com uma demanda decres cente por seus serviços, vindo a perceber um aquecimento nos pedidos nos últimos dois meses”, declara Geraldo Simões, dire tor da Gráfica e Editora Gemar, que tem 28 anos no mercado de Belo Horizonte. Solicitados a aval iar os principais pro blemas, empresár ios como Jean França, da Paulinelli, fazem uma análise de que, em um momento no qual a economia e as
FIGURA 4: BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS GRÁFICOS DO ESTADO DE MINAS GERAIS (2007 A 2012) 30
2,1
20
2,0
10
1,9
0
1,8
– 10
1,7
– 20
1,6
– 30
2007 2008 2009 2010 2011 2012 ■ Exportações ■ Importações ■ Saldo
Fonte: Secex/AliceWeb. Elaboração: Decon/Abigraf
■
Câmbio
1,5
Taxa Média do Câmbio
44
Os empresár ios do setor foram questiona dos sobre a avaliação que fazem da deman da em 2013 e as expectativas que nutrem para o próximo ano. Para alguns, como é o caso de Carlúcio Santos Rajão, diretor da Master For mu lár ios Cont ínuos, da capi tal, a situação não poderia ser pior, mas é preciso levar em conta que este segmento foi muito afetado pela substituição das no tas fiscais há alguns anos. Igualmente em um nicho específico e fundada há quase 50 anos, a Guiatel S/A – Editores de Guias Telefônicos, também de Belo Horizonte, pro duz e distribui as Listas Telefônicas de Mi nas Gerais. “A demanda de serviço gráfico no per íodo de janeiro a agosto deste ano mostrou um crescimento de 5% em relação ao mesmo per íodo de 2012, principalmen te devido a contratos de impressão de guias telefônicos para terceiros”, informa Maria Ângela Passos Villefort, diretora de produ ção. “O foco da nossa gráfica, nos últimos anos, tem se mantido em torno da produ ção de materiais como livros, guias e apos tilas, ou seja, aqueles que exigem impres são em rotativa e/ou acabamento em cola e grampo, de modo a melhor aproveitarmos os equipamentos que a produção de listas telefônicas já requer. Assim, a demanda de serviços gráficos acompanha muito o setor editor ial”, acrescenta. Já para a Paulinelli Serviços Gráficos, que opera há 35 anos em Belo Horizon te, não houve crescimento. “Registramos uma demanda instável, com forte dese quilíbrio entre serviços, preços e prazos de produção”, declara o diretor Jean Fran ça. O gerente comercial da Rona Editora, Rafael Pena, também da capital, analisa que Minas tem uma indústria tímida, com
FOB US$ Milhões
REALIDADE DO DIA A DIA
diretrizes não estão definidas com clare za, todos os detalhes têm importância. “Temos que cuidar de um por um para conseguirmos os resultados”, diz. Geral do, da Gemar, afirma que a empresa so fre com a concorrência, não raro, predató ria. “Muitas vezes o empresário não sabe o custo que tem e faz algumas cotações de sesperadas para sobreviver. Temos tam bém a pressão de compradores por preços menores. Há, ainda, entraves para encon trar ou mesmo criar bons profissionais. Outra grande dificuldade não só de nossa empresa, mas de todas, é o alto custo da modernização, tão necessária para nossa sobrevivência”, enumera o diretor. Sobre expectativas futuras, a Rona Editora avalia que o quarto trimestre de verá ser bom. “No ano que vem, deve remos ter um primeiro semestre fraco podendo melhorar no segundo”, avalia Ra fael. Por ter voltado sua atuação para ou tros segmentos, a Guiatel tem expectativa de um crescimento em torno de 10% em relação a 2013, a partir de uma divulga ção e promoção específicas, voltadas para serviços de acabamento em cola e gram po. “Acredito que, apesar desse panorama sombrio, devemos estar perto do fim de mais um ciclo de incertezas e dificulda des. Nosso país não tem mais como ficar estagnado da maneira como está. Teremos que fazer alguma coisa para mudar essa si tuação e movimentarmos as engrenagens desta nação que precisa e pode crescer muito”, conclui Geraldo Simões.
Há mais de 30 anos, a Silvamarts dá vida aos mais diferentes e criativos projetos gráficos com agilidade, ótimo atendimento, suporte técnico em todo o processo de impressão e preços altamente competitivos. Tudo isso sem falar da excelente qualidade de impressão e acabamento R. Flávio Telles, 15 • Jd. Sta. Genebra • Campinas-SP www.graficasilvamarts.com.br • 19 3112.8700
GESTÃO
Hamilton Terni Costa
Print 2013: eficiência, interatividade e inovação fazem o show
Compacta, mas complexa, a Print 2013, realizada em Chicago (EUA) de 8 a 12 de setembro, poderia ficar conhecida como a feira do workflow, mostrando a busca da redução de tempo e custo na produção com novos produtos e soluções.
T
Fotos: Oscar Einzig
odos os anos, um dia antes da abertura das feiras gráficas norte-americanas (GraphExpo, anualmente, e Print, a cada quatro anos), participo de um seminário de dia inteiro chamado Executive Outlook. É uma espécie de preparo e ambient ação que se destaca não só pela abrangência de temas que apresenta, perspectivas e tendências, mas também por sinalizar o que de relevante será apresentado na feira que abre no dia seguinte. Confesso que nos últimos anos ele não tem sido tão estimulante, mas o deste ano me surpreendeu. Primeiro pelo público, significativamente maior que em anos anter iores, possivelmente pela tônica da questão da adaptação do negócio gráfico
46 REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
em um mundo rapidamente digital e as novas possibilidades que se abrem com as impressões de eletrônicos e novas tecnolo gias de conexão com o mundo digital como “print recogn it ion” e “smart sign” entre outras. Falaremos disso adiante. A Print deste ano, ainda que razoavel mente menor que em anos anter iores e significativamente menor que as realizadas na década de 90, mostrou-se uma feira interessante, muito bem visitada, especialmente nos seus primeiros três dias, com bom volume de negócios, compacta mas complexa. Por ser menor permitia mais acesso às diferentes ofertas e proposições mostradas. Complexa, pois realçou que a busca de redução de tempo e custo na produção e novos produtos e soluções está na ordem do dia, dada a oferta de workf lows e softwares com tarefas e soluções específicas, além de novas aplicações e novos mercados que se abrem. Montar o fluxo de trabalho mais adequado requer uma boa pesquisa e a clara definição de objetivos por parte da gráfica. A maioria dos grandes fabricantes de equipamentos vem aprimorando os seus fluxos e os
elevando em importância na sua gama de ofertas aos clientes. Aliado a isso, vários outros fabricantes de softwares vêm oferecendo soluções específicas. Como também os impressores cada vez mais trabalham com diferentes processos de produção e com diferentes equipamentos, é fundamental para o incremento da produtividade. Por tudo isso podemos denominar a Print 13 como a feira do workf low. Interessante ver, por exemplo, a nova importância dada pela Xerox na utilização do XMPie como base para as aplicações em campanhas cross media e soluções de mar keting, além do aprimoramento constante do seu FreeFlow, fluxo básico que vem se enriquecendo. O próprio estande da empresa, o maior da feira, mostrava claramente, no centro, as disposições e soluções de workf low e as saídas nos diversos tipos de equipamento que ficavam nas extremidades do estande, com destaque para a nova aquisição da empresa, a Impika, mostrando a forte inclinação da Xerox para o uso de jato de tinta, além de aprimoramentos na linha iGen, com a nova 150. A apresentação da Ricoh do seu TotalFlow e do seu Critical Communication So lut ion para materiais altamente personalizados e de segurança chamou a atenção com um dos maiores estandes da feira, com soluções renovadas também em hardware para impressão monocromática e colorida e a linha de jatos de tinta da Infoprint. A integração do workf low com diferentes soft wares de web-to-print, por exemplo, mostra a clara intenção de ser parte do fluxo ou ser o fluxo principal. Além de a Ricoh ter presença mund ial importante, a questão de suporte e consultoria ao cliente está bem arraigada na cultura da IBM, a quem pertencia a InfoPrint. Se mantiverem essa pegada pode ser um fator diferencial. Da mesma forma está o SmartStream Production Center da HP na alimentação de
suas máquinas em folhas ou bobinas ou a nova Indigo 10000. A HP, como vem acontecendo nas últimas feiras, tem seu estande sempre abarrotado, seja pelas soluções para rótulos e embalagens, em que predomina, seja para toda a gama de documentos comerciais e mercadológicos de alto nível. No caso das rotativas jato de tinta da linha T, foram mostradas novas instalações em clientes com bastante foco no editor ial. Nos Estados Unidos e na Europa a integração dessas rotativas é feita pela Pitney Bowes, em especial nos fluxos de impressão de acabamento de documentos transacionais. A área de mailing apresentou novidades relevantes, lançadas na Drupa, para a produção automática de envelopes com impressão em cores, da Pitney e da Winkler + Dünnebier, com destaque para a aplicação de mensagens de marketing personalizadas. A W+D exibiu as suas soluções de impressão digital front-of-line em linha com sistema inteligente de inserção de mala direta. Ambas as empresas foram premiadas na Print com o “Must See Ems” por essas soluções. Ainda que com uma presença simbólica na feira, a Kodak segue aprimorando o seu fluxo Prinergy, agora na versão 6. A Konica Minolta que adota essa solução, pôde exibi-la em seu chamativo estande. E em conjunto com a Komori, ela mostrou o seu equipamento KM1, lançado na Drupa e já em comerc ia l iz aç ão, formato B2 (500 × 707 mm), com ampla repercussão. A Komori, a liás, uma das únicas com exposição de equipamento offset em folha, já que a Heidelberg decidiu não participar da feira, mostrou o que também é uma tendência: impressão com maior número de cores, aplicação foil a frio e saí da com cortes especiais, tudo em uma só passada de máquina. Estupendo! Tal como foi visto na feira alemã, começam a se consolidar os equipamentos jato de tinta em folha. A Canon, com o segundo maior estande da feira e total absorção da Océ, mostrou, ainda que de forma vir tual, a sua nova impressora Niagara no formato B3 (353 × 500 mm). Virtual, pois só era possível vê-la com óculos 3D, mas com a promessa de imprimir até 3.500 folhas frente e verso coloridas nesse formato ou até 10 milhões de folhas tamanho carta, ao mês. Segundo eles com uma nova tinta que
poderá ser usada nos mais diferentes substratos. A conferir. Assim como estamos na espera da Inif istream, equipamento originalmente de bobina a folha, jato de tinta, para embalagens, da Océ, que foi mostrada à parte na Drupa, dentro de uma parceria com a Manroland. Toda a linha jato de tinta da Canon vai dar o que falar. Quanto aos softwares para gestão, os chamados MIS (management informat ion systems) ou ERPs (enterprise resource planning), a EFI nada de braçada, dominando boa parte do mercado mundial em sistemas de orçamento e de PCP, mas há uma grande quantidade de empresas com soluções nessa área como Avanti, Meta Communication e outras. Há para todos os gostos e bolsos. Fica aqui só a questão da integração com outros sistemas, item cada vez mais importante em qualquer processo de decisão. Em toda a área de software, por sinal, a questão do cloud computing — computação em nuvem — e as ofertas de SaaS (software as a service) estão cada vez mais presentes e tendem a uma dominação no mercado. Uma feira basicamente digital, dada a pouca presença de impressoras analógicas, a Print teve na oferta dos equipamentos de grande formato um dos fortes destaques, com aplicações das mais incríveis e cada vez mais criativ idade. Desde a impressão em bolas de golfe e sandálias até o fortíssimo crescimento da impressão em tecidos e das máquinas de grande porte para aplicações em visua l iz ação, sinalização e
decoração. Neste último item a impressão em cerâmica e ladrilhos, em que a EFI se destaca com a Cretaprint, mostra uma im pressionante tendência de crescimento e de oportunidades. Também da EFI destaco a aplicação jato de tinta para vacuum forming nas mais variadas peças plásticas, sem perda de cor e brilho. Interessante também notar que muitas gráficas comerciais começam a adotar equipamentos de grande formato para uso muito além de provas, am pliando sua oferta em mercados nos quais antes não trabalhavam. No segmento de acabamentos segue a tendência dos diversos fabricantes na integração inline e offline automatizados para linhas de produção, sejam em livros, documentos, rótulos ou embalagens. A Riso, por exemplo, trouxe novos produtos, buscando dar mais dinamismo à sua produção em folhas. E a surpreendente MGI mostrou aplicações de UV em relevo espetaculares, em diferentes substratos, como parte de sua produção. Tão espetacular quanto a Scodix, que já tem equipamentos de maior velocidade para a aplicação de polímeros em cima da impressão digital em toner HP que permitem criações também em relevo. Imaginar e fazer. O mundo está aberto. Falando nisso, o que mais me chamou a atenção desde o Executive Out look que citei no início, foi mesmo a busca da relevância da impressão, ou seja, as aplicações que dão maior valor à impressão, criando destaques que as distingam do mundo digital, setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
47
em especial apelando para o lado sensorial, da visão, do tato e do cheiro, transmitin do toda uma nova exper iência para quem a recebe. Primeiro, a libertação do CMYK incorporando um maior espectro de cores para c riar mais efeitos visuais, incluindo também maior uso de tintas metálicas, fluorescentes e iridescentes — que apare cem ou mudam de cor de acordo com o fa cho de luz que incida, como a luz negra. Ou mesmo na aplicação de estampagem metálica a quente ou frio, seja nas offsets ou em equipamentos digitais. No lado da interação com o mundo digi tal, uma série de novidades vem aparecen do, além das já bastante usadas como os có digos QR e a realidade aumentada. Novas formas de códigos inseridos diretamente na impressão — os print recognition — que permitem acessar vídeos, sites e mensagens que podem ser alterados quando se queira. Assim como o smart sign, também da EFI, que acopla uma pequena câmera a um pôs ter ou banner e registra a face das pessoas, env iando os dados a um software de con trole que permite dizer qual a atratividade daquele cartaz. Ou mesmo o chamado proximity marketing, em que um cartaz ou out door emite sinais para aparelhos com Blue tooth, e até os smartphones que têm NFC — near f ield communication —, permitindo a troca eletrônica de informações, só que ago ra o código também pode ser impresso, ge rando interatividade entre a propaganda e o receptor. É ou não a chegada do que se viu no filme Minority Report, com Tom Cruise?
48
Mais um destaque foi, digamos, a for malização de uma nova categoria de pro dutos gráficos, a partir de nichos especí ficos. É a chamada impressão func ional, que, na definição da InfoTrends é a depo sição digital de materiais para criar produ tos com funcionalidades ativas e passivas, abrangendo a impressão de eletrônicos, desde as já muito conhecidas etiquetas de rádio frequência (RFID), mas, em especial, impressões de membranas usadas em cir cuitos eletrônicos, painéis de instrumen tos, placas eletrônicas e muito mais. Já há pesquisas em andamento que permitirão a impressão de chiplets, chips microscópi cos aplicados a partir de impressoras la ser ou jatos de tinta para funções ativas em equipamentos ou membranas eletrô nicas. Faz parte também do nosso mundo, é impressão também . . . Essa é uma área relativamente nova e crescente. Olho nela. Por fim, só quero destacar alguns dos premiados pelo Must See’Ems da feira. Essa é uma votação feita por mais de 160 espe cialistas internacionais sobre os produtos
Um grupo de pequenos gráficos de Brasília, levados pelo Sebrae, foi recepcionado no evento Latin America Day
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
e soluções que não podem deixar de se rem vistos no evento e muito usada de for ma promocional, claro, pelos vencedores. O interessante deste ano é que alguns dos vencedores de algumas das categor ias não são muito conhecidos, o que mostra o di namismo em uma indústria que permane ce importante. Por exemplo, na categoria de gestão de cor e controle de qualidade, a Masterwok apresentou um equipamento que verifica uma folha impressa em todos os seus aspectos de registro, tonalidade, có digos, o que seja, e elimina os que estão fora de padrão. A Printware, com seu equipa mento iJetPress Digital Inkjet Printer, ven cedora na categoria de Imprinting, Mailing, Shipping and Fullfillment com um equipa mento funcional, e a AccuZip, que apresen tou o AccuTrace com LivingMail, um sis tema que permite o acompanhamento de correspondências e remessa de pacotes nos quais podem ser agregadas mensagens de voz, de texto ou vídeos de forma persona lizada. Para a lista completa dos vencedo res, acesse a página www.mustseems.com. Vale a pena conferir. Enfim, a Print 13 apresentou toda uma gama de novidades, confirmações de pro tótipos e suposições do que vem por aí. No ano passado, nesta revista, o título do meu artigo sobre a Drupa foi “A transição tecno lógica para uma indústria em transforma ção”. Para a Print 13 faço o seguinte aden do: a evolução da transição tecnológica para um indústria em plena reinvenção. Hamilton Terni Costa hternii@anconsulting. com.br, é diretor geral da ANconsulting, www.ansconsulting.com.br, ex-presidente da ABTG e um dos criadores e coordenadores do curso de pós-graduação em Gestão Inovadora da Empresa Gráfica na Faculdade Senai Theobaldo De Nigris, onde ministra as matérias de Gestão Estratégica e Marketing Industrial.
GL Systems Certification
Printcor Matriz Printverniz Matriz Printcor Sul (11) 4066 3500 (11) 4343 7992 (51) 3470 6407 Goiás (62) 3290 5346
Mato Grosso (65) 3054 2050
Amazonas (92) 3184 2090
M. Grosso do Sul (67) 3042 5838
Bahia (71) 8853 9837
Minas Gerais (31) 3491 3234
Brasília (61) 3386 1749
Nordeste (81) 9847 4676
Curitiba (41) 9975 5526
Rio de Janeiro (21) 7758 5073
Espírito Santo (27) 3289 6029
Santa Catarina (47) 3426 3619
EDUCAÇÃO
Walter Vicioni Gonçalves
O que faz a diferença na formação profissional do Senai “Este pressuposto é o de que só é possível conhecer e compreender aquilo que nós mesmos fizemos, e sua aplicação à educação é tão primária como óbvia: consiste em substituir, na medida do possível, o aprendizado pelo fazer”. HANNAH ARENDT
50 REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
N
o final de setembro, precisei contratar os serviços de um eletricista para realiz ar um pequeno conserto em minha casa. Enquanto ele trabalhava, eu o obser vei. Notei o cuidado com que fazia cada etapa do trabalho, como conservava o lo cal limpo e a arrumação dos seus instru mentos de trabalho. Apenas para confir mar, perguntei se ele tinha estudado no Senai e ele respondeu que sim, terminara seu curso em Ribeirão Preto.
Poucos dias depois, ao comentar sobre o que ocorrera, soube de outra exper iên cia muito semelhante. Contaram-me que, durante a compra de uma peça de decora ção, o profissional responsável mencionara que tinha conc luído curso de ferramenta ria no Senai, na Grande São Paulo. Traba lhara como ferramenteiro durante algum tempo e, depois, tinha aberto seu próprio negócio, ficando responsável pela criação, pelo design e pela fabricação de cada peça. Passara, então, a não mais aplicar o curso
Venha para a
de ferramentaria? Pelo contrário, respon dera ele. No planejamento do trabalho, no esmero de sua execução, na perfeição do acabamento das peças, em tudo se concre tizava o que aprendera. Essas são apenas duas exper iênc ias, que poder iam chegar a centenas de milha res se escutássemos o relato de vida dos que, nos últimos setenta anos, conc luíram cursos no Senai. O ingresso em uma de suas escolas não é apenas para dar ao jo vem condição de “ganhar um salário para comprar um tênis de marca” e, muito me nos, simplesmente para “tirá-lo da rua”, como dizem os que não conhecem o ensi no do Senai. O aluno que conclui o curso ganha uma identidade, torna-se um pro fissional, um atributo que terá orgulho de ostentar durante toda a sua vida. A partir de então, pode mudar radicalmente sua tra jetória, conseguir emprego, uma promoção e até mesmo tornar-se dono de empresas, graças à formação que recebeu. Nessa formação, os instrutores de ofi cina têm um papel extremamente relevan te. São eles que recebem jovens, com a mis são de transformá-los em profissionais, ensinando-lhes a transição da teor ia para a prática do trabalho que exercerão, além de valores e atitudes. É então que os alunos percebem a beleza da peça que constroem, o seu poder de c riar. Percebem também o que há de mágico no processo produti vo de uma empresa indust rial, que rece be a matéria-prima e a converte num ali mento, num instrumento que um médico usa para salvar vidas, numa televisão que transmite notícias e lazer, numa casa para dar abrigo, ou seja, em tudo que os rodeia.
É claro que os instrutores não estão so zinhos. Precisam dos técnicos que elabo ram e atualizam currículos e recursos didá ticos. Precisam da equipe administrativa, que faz registros dos alunos e todos os con troles administrativos e financeiros. Preci sam do corpo gerencial, que deve garantir a continuidade de seu trabalho e do cumpri mento da missão do Senai. É nessa união de instrutores, técnicos, funcionár ios ad ministrativos e gerentes que se efetivam as condições para a formação do aluno. É claro, também, que os instrutores precisam sempre atua l iz ar seus conheci mentos e sua forma de trabalho, para ade quar seu ensino às novas tecnolog ias e às novas formas de organização de trabalho das empresas. Devem também adaptar-se às novas normas e legislação do ensino e do trabalho, além de acompanhar as mu danças no modo de ser de cada geração de jovens. Mas, no essencial, os objetivos e a forma de ensinar dos instrutores não mu dam. É o instrutor que inicia e acompanha o aluno no aprender a fazer. E, por meio do aprender a fazer, o jovem aprende a ser, aprende a compartilhar, aprende a c riar, aprende a conviver. Assim, o fazer não substitui o apren der, mas é uma forma eficaz de ele ser rea lizado. A ação dos instrutores e a reação dos alunos — muitas vezes original e cria dora — são a base do sucesso da formação prof issional propiciada pelo Senai.
Walter Vicioni Gonçalves Diretor Regional do Senai‑SP e Superintendente do Sesi‑SP
20 anos Os melhores papéis nacionais e importados ■
Linha completa editorial e promocional ■
Atendimento rápido, técnico e personalizado ■
Entregas em qualquer cidade do Brasil!
tels: (11) 3259 2255 (11) 3121 2255 demais regiões:
0300 772 5200 www.vivox.com.br
setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
51
ECONOMIA Texto: Zeina Latif, consultora econômica, sócia da Gibraltar Consulting
, o d a id do v i d n usta e r do or ass i m su mid n o C onsu c
A
52
s vendas do varejo estão praticamente de lado há quase um ano. Tomando as variações anuais, nota-se uma correlação entre seu ciclo e a conf ian ça do consumidor, com uma defasagem em torno de cinco meses. A piora recente do humor do consumidor sinaliza, portanto, um comércio relativamente estagnado por algum tempo ainda. O canal de contaminação se dá em boa parte pela menor demanda de crédito pelos ind iv íduos, conforme apontam os indicadores de crédito do Banco Central e da Serasa. Cur ioso que isso ocorra neste momento de recuo da inadimplência. A inadimplência, que é uma var iável defasada no ciclo econômico, vem recuan do desde o início do ano, como consequência da moderação do mercado de crédito e da redução das taxas de juros muitos meses atrás, o que tenderia, em princípio, a estimular a retomada do consumo. E não é isso que ocorre, pelo contrário. O comportamento recente do crédito e das vendas do varejo destoa daquele sinalizado pela queda da taxa de inadimplência. O mercado de trabalho menos vibrante tampouco ajuda, mas não explica sozinho a baixa demanda de crédito. A explicação para esse comportamento conservador dos consumidores pode estar no elevado endividamento das famílias. REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
A dívida dos indiv íduos atingiu em maio quase 45% em relação à renda a nual, ante 18% em janeiro de 2005, início da série calculada pelo BC . E não há sinais de acomodação, sendo o principal destaque o crescimento do crédito habitacional (15% da renda). Na comparação mund ial, o valor não parece alto. O problema é que, com juros mais elevados no Brasil, o comprometimento da renda com serviço da dívida (amortização e juros) tende a ser muito elevado. Ainda que parte do endividamento não seja preocupante por estar associado à substituição de despesa de aluguel por serviço da dívida do crédito imobiliár io, esse aspecto certamente não representa o todo. Não faltam notícias de redução do déficit habitacional, incluindo a coabitação involuntária. Além disso, como o topo da pirâmide social é pouco presente no mercado de crédito, é provável que o endividamento da nova classe média em relação à respectiva renda seja mais elevado que os 45% calculados pelo BC. Vale ainda considerar que o elevado endividamento contribui para aumentar o medo de perder o emprego. Os ind iv íduos tendem a ficar mais sensíveis à desaceleração do mercado de trabalho quando há dívidas a honrar.
Prolongada além do recomendado, a política de estímulo ao crédito para o consumidor mostrou‑se contraproducente.
O comportamento conservador e seletivo do consumidor sugere que o nível de endividamento é excessivo nas atuais circ unst ânc ias, sendo que esse processo foi estimulado pelo próprio governo, por meio de maior ativismo dos bancos públicos na oferta de crédito e de estímulo ao crédito habitacional. O estoque total de crédito para pessoa física cresceu 16% na var iação anual em junho, sendo de 34% o crédito direcionado (inclui o imobiliár io, que representa 53% desse valor), com taxas subsid iad as, e de 8% o crédito livre. E enquanto os bancos públicos expandem sua carteira a um ritmo de quase 30% ao ano, os privados reduziram bastante o passo, para menos de 6%. Houve estímulo excessivo, o que comprometeu a renda disponível dos consumidores, e, como agravante, não há sinais de acomodação, a despeito da elevação dos juros pelo BC . Não há dúvidas que existem boas intenções na política de estímulo ao crédito. O problema é que qualquer política pública exige avaliação frequente de seus efeitos. É importante clareza de diagnós ticos para desenhar políticas, cuidado na execução e coragem para avaliar e inic iar a estratégia de saíd a quando necessário. Prolongar a política além do recomendado acabou se mostrando contraproducente.
COPA PINI
NÃO PERCA A DECISÃO MAIS ACIRRADA
DA INDÚSTRIA GRÁFICA NACIONAL Realização
26 de novembro
GRANDE FINAL
Data: 26 de Novembro de 2013 Local: Espaço das Américas Rua Tagipuru, 795 Barra Funda - São Paulo - SP Patrocínio Diamante
Apresentação: Tadeu Schmidt Show: Frejat Traje social
Patrocínio Ouro
Patrocínio Bronze
Patrocínio Prata
GRÁFICA/MG
De revista à gráfica: a história da Alterosa Iniciando com uma publicação, em 1939, a editora Alterosa soube identificar e explorar as oportunidades que surgiram na indústria gráfica. Dessa forma, a antiga editora se transformou na Alterosa Card Solutions, empresa especializada em impressão e confecção de documentos de segurança 100% brasileira. Texto: Juliana Tavares
56 REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
N
as décadas de 1950 e 1960, uma revista genuinamente mineira mostrou que fazer um per iód ico com conteúdo não era exclusividade das famosas Manchete e O Cruzeiro. Tratava-se da revista Alterosa, publicação editada e impressa em Belo Horizonte, entre 1939 e 1964, que chegou a figurar entre as maiores revistas ilustradas de circulação nacional. Por questões de mercado, em 1964 a editora passou a a tuar no setor gráfico, começando com impressos em geral e formulár ios contínuos, depois investindo em impressos de segurança e talões de cheques. Hoje, rebatizada como Alterosa Card Solutions, a gráfica é a única empresa do ramo de impressos de segurança totalmente nac ional. Localizada na cidade indus trial de Contagem, em Minas Gerais, a Alterosa possui uma área de 20.000 metros quadrados e mais de 400 colaboradores. Para alcançar esse patamar, Carlos Alberto Rangel Proença (um dos fundadores da Abigraf Nac ion al), diretor presidente
da Alterosa, precisou apurar sua visão de mercado para identificar qual seria o melhor investimento. Após diversas tentativas na impressão trad icional, Proença viu nos itens de segurança um nicho interessante a ser explorado. Atualmente, como o próprio nome diz, a Alterosa Card Solutions é especializada em cartões inteligentes, que podem ser personalizados, com funções de débito ou crédito, tarja magnética ou chip, e também atua com a produção de talões de cheque, bilhetes de loteria e afins. Na confecção de cartões, a Alterosa conta, ainda, com a homologação das principais bandeiras brasileiras: Visa e Mastercard. “A evolução tecnológica gera, todos os dias, novas demandas que exigem inovações contínuas e permanentes”, explica o empresário. Alguns dos clientes atendidos pela Alterosa são os bancos Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Com discurso e postura otimistas, Proença afirma que não se deixou intimidar pelos percalços que apareceram no caminho. “Não há como driblar os obstáculos.
A revista Alterosa, editada em Belo Horizonte de 1939 a 1964 pela gráfica que lhe emprestou o nome, chegou a figurar entre as maiores revistas ilustradas de circulação nacional
O importante é enfrentá-los e vencê-los para não ficar fora do mercado”, ensina o executivo. É com essa filosofia que a Alterosa Card Solutions completa, em 2013, seus 50 anos de atuação. RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Além de valorizar a busca pela inovação, a gráfica também se preocupa em atender aquilo que o mercado exige em termos de responsabilidade social e ambiental. Para tanto, possui o certificado FSC do Conselho de Manejo Florestal, que confirma a prática sustentável da gráfica, e desenvolve ações filantrópicas em parceria com organizações não governamentais.
Conservando a mesma qualidade e integridade que marcaram a atuação da revista Alterosa, Carlos Alberto Proença ressalta que o segredo para manter a rentabilidade é ficar com “um olho nas mutações da demanda e outro na redução de custos”. Para o futuro, a palavra de ordem é continuidade. “O objetivo é sempre acompanhar as novas tecnolog ias, para atender os pedidos cada vez mais exigentes do mercado”, conclui.
& ALTEROSA CARD SOLUTIONS Telefone: +55 (31) 3073-2300 alterosa@alterosacartoes.com.br
57
Carlos Alberto Rangel Proença, diretor presidente da Alterosa, em companhia da neta Ana Paula
setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
MEMÓRIA
Associativismo perde a exemplar liderança de Vitor Zanetti
F
Nascido em Florianópolis no dia 4 de dezembro de 1942, neto de imigrantes italianos, desde a infância Vitor Zanetti demonstrou vocação para a liderança, contribuindo com sua atuação para o desenvolvimento do associativismo em Santa Catarina e no País, sempre encontrando tempo para dedicar-se ao próximo com ações sociais e humanitárias.
aleceu no dia 22 de agosto, aos 70 anos, o empresário Vitor Mário Zanetti, presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas da Grande Flor ianópolis (Sigraf), segundo vice-presidente da Abigraf Nacional, vice- presidente da Abigraf Santa Catarina e vice-presidente re gion al da Federação das Indúst rias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). Muito mais que um empresário visioná rio do setor, o líder classista possui uma história de lutas e conquistas em nome da indústria gráfica catarinense e brasileira. Idealizador e fundador da Associação das Indús trias Gráficas de Flor ianópolis, na década de 70, que mais tarde se tornaria o Sigraf, Zanetti também foi o responsável pela instalação a tual da Abigraf/SC, em 1999, quando assumiu a presidência da entidade. Até então, a sede da reg ional, fundada em 1967, funcionava de modo itinerante, de acordo com o município de origem de seu presidente. Zanetti atuava no setor gráfico desde os 14 anos de idade, trabalhando na Gráfica Florianópolis, recém-adquirida pelo pai. Cerca de seis anos depois, com o falecimento de seu pai, Zanetti tomou para si a responsabilidade de sustentar e cuidar de toda a família: a mãe viúva, os irmãos, a jovem esposa e a primeira filha recém-nascida. Com a garra que lhe era peculiar, Zanetti batalhou e, logo, o espaço se tornou insuf iciente para desenvolver as atividades da gráfica. Assim, no ano de 1973, adquiriu um galpão na Rua Padre Roma, local onde a empresa foi “rebatizada”, passando a chamar-se Indústria Gráfica Zanetti Ltda. — uma das gráficas mais tradicionais do Estado, que permanece no mesmo endereço até hoje. Em suas atividades empresariais, Zanetti ainda investiu em dois estabelecimentos comerciais nas décadas
58 REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
de 80 e 90: a Zanetti Livraria e Papelaria e a Livraria e Papelaria Globerama. Na bagagem, Zanetti carregava o exercício de diversas funções importantes. Grande incentivador da candidatura de Vilson Pedro Kleinübing ao governo de Santa Catarina, Zanetti foi uma das pessoas de conf iança do governador, dirigindo a Imprensa Oficial de Santa Catarina, entre 1991 e 1994. Dono de grande coração, Zanetti também era conhecido por suas ações filantrópicas e de amor ao próximo, sempre ajudando humanitar iamente funcionár ios e amigos, além de participar regularmente de ações como a Feira da Esperança e apoiar entidades como o Orio nópol is Catarinense, Albergue e algumas igrejas. Entretanto, sua grande vocação foi revelada em suas atuações no associat i vismo, que, ao longo do tempo, ben ef ic iar am de maneira expressiva a indústria catarinense, o setor gráfico e até mesmo o comércio da reg ião. Dentre suas muitas atividades, Zanetti participou ativamente do Rotary Club desde a década de 70, foi tesoureiro do Centro das Indúst rias do Estado de Santa Catarina, além de membro da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Flor ianópolis, conselheiro do Sindicato Varejista da Grande Flor ianópol is, pertenceu à Assoc ia ção dos Dirigentes Cristãos de Empresas e exerceu diversas gestões na F iesc, Sigraf e Abigraf. Estava no exercício das seguintes funções: vice-presidente reg ion al Sudeste da F iesc (2011–2014); presidente do Sigraf (2011–2014); 1º‒ vice-presidente da diretoria executiva e presidente do conselho consultivo da Abigraf/SC (2011–2014); 2 º‒ vice- presidente da diretoria executiva da Abigraf Nac ion al (2011–2014); 2 º‒ secretário do Sindilojas (2010-2014), além de figurar como conselheiro do Sicredi (2010–2014).
GRÁFICA DE BELO HORIZONTE SE DESTACA NO ATENDIMENTO POR OFERECER UM CONJUNTO DE ELEMENTOS QUE GARANTEM IMPRESSÕES DE EXCELÊNCIA A UMA CLIENTELA QUE SE TORNOU FIEL NOS QUASE 40 ANOS DE ATIVIDADES DA EMPRESA.
Texto: Tânia Galluzzi
ANO 22 Nº 94 OUTUBRO/2013 Texto: Ada Caperutto
Qualidade de ponta a ponta
ANO 22 Nº 89 ABRIL/2013
RONA
L
ocalizada na capital mineira, a Rona Edi tora começou a atuar em 1976. Naquele período em que o setor começava a se modernizar tecnologicamente, a nova empresa não esbarrou em grandes dificuldades de mercado. Seu fundador, Julio Pena, possuía experiência no ramo e sabia muito bem as es tratégias que deveria adotar para fazer frente à concorrência. Estabelecida como pequena ti pografia, a Rona começou sua caminhada rumo à modernização — algo que faria grande dife rença no futuro. “Na época, havia mais incenti vo financeiro do governo federal, não só para fi nanciamento de equipamentos, como também para capital de giro”, lembra.
Julio Pena, fundador e presidente da Rona Editora
Aproveitando o bom momento, o empre sário cuidou de todos os detalhes para que a gráfica pudesse crescer e sobressair perante a concorrência. “Fizemos investimentos visando ao aumento da produtividade e principalmen te tecnológico, dentre os quais destaco a aqui sição da primeira impressora com comando a distância no Estado de Minas Gerais e também a primeira com aplicação de verniz em linha”. Até hoje, o parque gráfico da Rona conti nua a receber investimentos para manter-se sempre atualizado. Embora a tecnologia per mita o aumento da produtividade e da quali dade, este não é o único fator-chave do suces so. Com 170 funcionários, a empresa contorna um obstáculo comum ao setor, a qualifica ção específica, oferecendo treinamento inter no contínuo. “Para eliminar qualquer tipo de
lacuna relativa à mão de obra espe cializada procuramos ter sempre mais de um funcionário com conhecimento sobre o mesmo equipamento”, explica o gerente comercial Rafael Pena. Ele também revela que a Rona mantém uma equipe pronta para realizar imediatamente as manuten ções que, eventualmente, sejam necessá rias, além de praticar a manutenção pre ventiva, reduzindo a probabilidade de falhas e garantindo o compromisso com o tempo de entrega dos serviços. Atuação em três frentes Processando entre 350 e 400 toneladas de papel por mês, o parque gráfico da Rona ocupa uma área de 15 mil metros qua drados, em um prédio de dois pavimen tos. A capacidade produtiva, aliada ao alto padrão de atendimento, que proporcio na a execução dos trabalhos de ponta a ponta — da pré-impressão ao acabamen to —, fez que a Rona se tornasse especia lista nas demandas geradas pelo setor
promocional, em especial as agências de publicidade de Belo Horizonte e de todo o Estado. Nos dias de hoje, três princi pais segmentos de atuação sustentam os
negócios da gráfica: promocional, edito rial e embalagens. É recente a atuação no mercado editorial, mas a Rona já é respon sável por uma grande fatia desse setor.
De acordo com Rafael, a produção nesse nicho teve início em 2005, procurando diversificar a atuação, ainda que o promocional — o principal até então — proporcionasse um bom volume de trabalhos. A empresa atende prioritariamente o mercado mineiro. Além de contar com uma frota própria de veículos e profissionais treinados para manuseio dos serviços gráficos e conhecimento das rotas, a empresa está estrategicamente localizada próxima ao Anel Rodoviário e à BR 356, o que garante agilidade nas entregas e facilidade de acesso. Todos esses fatores somados resultam no único elemento que, de fato, conquista os consumidores: atendimento impecável. “O que faz que nossos clientes sejam fiéis
Rua Henriqueto Cardinalli, 280 (Olhos d’Água) 30390-080 Belo Horizonte (MG) Tels. (31) 3303.9999 e (31) 9324.0193 rafael@ronaeditora.com.br www.ronaeditora.com.br
é a tranquilidade que têm ao nos contratar. Nosso histórico de qualidade e compromisso gera total conf iança neles em entregar seus principais projetos”, declara Rafael. O fundador da empresa lembra que isso também tem ajudado a Rona a conquistar diferentes premiações do setor. “Além de fortalecer o nome da empresa no mercado
gráfico, isso representa um reconhecimento da qualidade de nosso trabalho e um retorno dos investimentos realizados”, diz Julio Pena. E não foi pouca coisa: nos últimos três anos a gráfica ganhou quatro troféus do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini e 22 do Prêmio Cícero, promovido pela Abigraf Minas Gerais.
Fone: (31) 3332-6656 Fax: (31) 2551-8594 Hot Stamping com Relevo na capa desta revista foram executados por Veloz Acabamentos / BH / M.Gerais
OPINIÃO
A
fechar Indústria gráfica: está difícil
esta conta
a equipe motivada e gestão de RH para manter de e s nto me precisar saber como ira passa por mo acidade produtiva, além de cap A indústria gráfica brasile com ios sár pre em seu negócio. são grandes e os comunicação/divulgação do na ar desafiadores. As mudanças atu e dad , o gestor e mostrar sua capaci im, antes de investir pesado ass do Sen do setor precisam realment ser liação criteriosa. nte do passado, quando como gestores, diferenteme gráfico precisa fazer uma ava e ess end ent e qu or ded ven errado, não era dif ícil um bom operador ou um bom Antigamente, se algo desse io sár pre em ser a r alg uém mento e retomar o do negócio poderia credencia voltar atrás, vender o equipa . ros cei ção é bem diferente: ados finan sego. Todavia, hoje, a situa do ramo e obter bons result sos s ou voltar atrás. mento da il entrar e muito dif ícil sair Estamos vivendo o fortaleci fác é dos rca , não é exata. rência com me , toda essa conta é subjetiva fim En mídias eletrônicas, a concor nto. forte desequilíbrio que não se pode comprar pro ote pac m internacionais e, por fim, o É u a vez que o mercado ência, dedicação e entre oferta e demanda, um É necessário preparo, intelig da dicatos) do o tiv ica nif sig o As entidades (A big rafs e sin o. açã orm não acompanhou o aument inf s gráficas brasileiras. fornecer informações e capacidade de produção da setor atuam no sentido de r ere qu ta an adi o nã , incipalmente o pequeno e Diante de toda essa situação condições para o gráfico (pr , . ma ble pro o a ução par e o ajudem em seu dia a dia olhar para fora e buscar a sol médio) buscar subsídios qu . ps e ho sa rks pre wo e em s da nossa , congresso Af inal, a questão está dentro oferecendo cursos, palestras isso. o tud do zan oni ticipar e fazer por si. tag par pro a os cis presário pre em o s somos nós que estam Ma nte me ada o no sentido os investido adequ , estaremos nos fortalecend sim As Além do mais, se tivéssem ma nossas parte do proble tentabilidade financeira em sus er obt em capacidade produtiva, boa de nos auxiliar não é tão simples. ntar com consultores para Co . sas pre teria sido evitado. Mas isto em é e a é bem complexa Eles não são baratos, O que fazer então? A respost também é uma boa opção. a fic grá ria úst nd A i . tão ges que um grande prejuízo aí que entra a capacidade de mas custam bem menos do , tes gen exi são s nte ma equivocada. ”: os clie ido a decisões tomadas de for é um negócio dif ícil de “tocar dev tem a obr de o io do setor e espero imos e a mã Também sou um empresár os equipamentos são caríss por s mo ha suf iciente disso, trabal os nós tenhamos sabedoria tod e que ser especializada. Além qu as, fic grá s da melhor nde maioria da resolvermos nossos desafios a encomenda, ou seja, na gra par s. dia os idos nos próxim obtermos o merecido não sabemos se teremos ped maneira possível, a fim de ço pre o o: tud so dis or s investimentos. Aí vem o maior complicad retorno financeiro de nosso , xas bai ito mu ns rge ma te praticado no mercado permi ade do negócio. Existem xid ple com a .com.br com is incompatíve fer nando@ graficarocha s comércio ple sim ao dos ona aci rel os muitos negóci , distribuidora etc.) de produtos (atacado, varejo que as nossas. Porém, com margens melhores do co, não precisam produzir com um diferencial gigantes em tecnologias que nada, não precisam investir na maioria dos casos, sof rem forte depreciação e, a especializada. não precisam de mão de obr s dif iculdades, Claro que todo setor tem sua amos em desvantagem mas tudo leva a crer que est ros setores. neste comparativo com out ústria gráfica hoje precisa Por isso, o gestor de uma ind o de investimento para dispor de avaliações de retorn colocar sua empresa em evitar aquisições que possam os bém de processos produtiv fica Bra sileira da Indústria Grá sérios apuros. Necessita tam de Presidente da Associação nte com redução cie f-SC) efi igra de (Ab ida a tiv arin du Cat pro ta San em que vis – Regional , políticas comerciais custos e ganhos de qualidade
J osé F ernando R ocha
64 REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
NEGÓCIOS
Neoband | w realinha sua operação Depois do acordo operacional com o Grupo WK, empresa dobra capacidade na área de comunicação visual e vende divisão offset para a Elyon.
A
Foto: Álvaro Motta
Drupa 2012 foi decisiva para a Neoband. Foi procurando soluções em impressão digital na maior feira do setor gráfico mundial, que acontece quadrienalmente na Alemanha, que seus dois principais executivos, Roberto Takara Zoppei e Arnaldo Peres Junior, perceberam que se desejavam realmente fortalecer a empresa ter iam de partir para equipamentos mais parrudos, reduzir custos fixos e retomar sua linha mestra, a impressão de grandes formatos. No final do ano passado o planejamento estratégico estava pronto. Abandonando a ideia de diversificação iniciada em 2009, optaram por investir todas as fichas no negócio de maior faturamento e melhor rentabilidade, a divisão de comunicação visual, então responsável por 58% da receita. Para tanto, partiram em busca de um parceiro capaz de fortalecer a posição da Neoband nesse segmento, papel preenchido pelo Grupo WK , criado em 2001 e focado em comunicação visual e impressão digital. Em junho o acordo operacional foi efetivado: a Neoband, renomeada Neoband|w, assumiu o parque fabril do Grupo WK e sua carteira de clientes. Os equipamentos (impressoras serigráficas e digitais à base de solvente e por sublimação, bem como a parte de marcenaria e serralheira) e a equipe comercial foram incorporados à unidade da Neoband em São Bernardo do Campo, duplicando a capacidade produtiva. A negociação prevê, segundo Arnaldo Peres, que parte dos resultados provenientes da carteira do Grupo WK seja repassada para os sócios do mesmo.
Faltava encontrar quem assumisse a divisão offset. “Não queríamos apenas vender as máquinas. Procuramos uma empresa que pudesse continuar atendendo nossos clientes e que incorporasse os funcionár ios, tanto da produção quanto das áreas comercial e de atendimento”, afirma Arnaldo Peres. A resposta veio através de um jovem empresário, Alexandre Almeida, 33 anos, que em 2006 estruturou a Gráfica Elyon. “Estava à procura de um prof issional para assumir a gerência comercial da Elyon quando o Arnaldo propôs o negócio. Passei três meses analisando a oferta e confesso que estava um tanto apreensivo, mas depois de um mês e meio do acordo [fechado em agosto] estou surpreso com os primeiros resultados”, comenta Alexandre Almeida. Às três impressoras offset existentes somaram-se outras duas linhas de impressão offset e, sobretudo, os equipamentos de pós-impressão, incluindo costura e lombada quadrada. A capacidade produtiva da Elyon saltou de 100 para 220 toneladas de papel por mês. “Agora estamos no limite de nossa estrutura de 2.500 metros quadrados, localizada no bairro do Butantã”, diz o empresário. Os clientes da Neoband|w, dos quais mais da metade dos trabalhos correspondia à impressão offset, foram transferidos para a Elyon, com suporte direto não só dos vendedores da Neoband|w quanto do próprio Arnaldo Peres. Sem revelar os valores envolvidos, Alexandre comentou que investiu recursos próprios e que o restante da dívida deverá ser pago nos próximos 24 meses. FOCO EM SINALIZAÇÃO
Conc luída a reestruturação, a Neoband|w pode concentrar-se na produção de peças para comunicação visual, pontos de venda (PDV) e serigrafia. Para Arnaldo Peres, o mercado de sinalização está estável, com viés de crescimento no segmento de mobi l iár io urbano, impulsionado pelo afrouxamento da Lei Cidade Limpa, em São Paulo, permitindo o uso comercial dos abrigos de ônibus e dos novos relóg ios de rua. O uso de tecido na decoração também tem merecido atenção. Objetivando automatizar ao máximo todos os processos, a Neoband|w planeja para 2014 investimentos acima de US$ 1 milhão em equipamentos de maior envergadura, sendo que neste ano a aplicação de recursos foi de cerca de US$ 500 mil, usados na compra de três impressoras.
(E/D): Arnaldo Peres Junior, da Neoband | W, cuja divisão offset foi adquirida pela Gráfica Elyon, de Alexandre Almeida
& NEOBAND | W & ELYON Tel. (11) 2199.1200 Tel. (11) 3783.6725 www.neobandw.com.br www.graficaelyon.com.br
setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
65
EQUIPAMENTOS
KBA e Deltagraf oficializam a chegada da KBA no Brasil
N
66
o dia 5 de setembro as diretor ias da KBA e da Deltagraf reuniram a imprensa especializada em São Paulo para anunciar a criação da Koe nig & Bauer do Brasil. A comunicação da instalação da subsid iár ia, através da aquisição da participação majo ritária de sua representante, a Deltagraf, havia sido fei ta na Drupa 2012, ajudando inclusive a equipe reg io nal a superar em 20% a meta de vendas para máquinas planas durante a feira. A estrutura comercial da Koenig & Bauer do Bra sil manterá a mesma equipe da Deltagraf, com direção de Luiz Cesar Dutra. Os es calões de gerência, supor te e vendas também serão Através das recentes mantidos. “Nosso traba aquisições do grupo lho cont inuar á baseado há a perspectiva em três pilares: tecnolo de trazer para cá gia de ponta, excelência sistemas flexográficos em serviços e capacita e serigráficos. ção dos clientes”, comen tou Luiz Cesar. Reconhecen do a crise vivida pelo setor gráfico, o executivo afirmou que ainda há espaço no mercado brasileiro para novos equipamentos; não em volume, e sim na renovação e modernização dos par ques gráficos, com a substituição de máquinas antigas por sistemas mais automatizados e que possam agre gar valor ao produto impresso. Além de membros da KBA Brasil, o encontro com a imprensa contou com a participação de Axel Kaufmann, diretor financeiro da KBA Alemanha, e Jan Drechsel, vice-presidente da KBA para os mercados dos EUA e Canadá. Também não haverá alteração no portfólio de pro dutos. A KBA Brasil continuará oferecendo impressoras offset planas do formato A3 até o extragrande e impres soras comerciais e de jornais. Axel Kaufmann adian tou que no futuro essa oferta será ampliada a partir de duas novas subsid iár ias: a Flexotecnica, fabricante ita liana de impressoras flexográficas adquirida no início deste ano, que renderá acréscimos na linha de impres soras rotativas para embalagens e de embalagens fle xíveis; e a alemã Kammann, especializada na produção REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
de sistemas serigráficos para impressão em vidro, plás tico e metal, negociada em julho. “Trata-se de transa ções recentes, ainda em fase de ajustes, mas gostar ía mos muito que viessem para nós”, comentou Luiz Cesar. IMPRESSÃO DIGITAL
Atualmente, a KBA possui cerca de 20% do mercado mund ial no segmento de offset planas, 18% em ro tativas e mais de 40% no segmento de jornais. Outra aposta é a impressão digital para o segmento editor ial de baixas tiragens, cuja primeira investida, a RotaJet 76, foi lançada na Drupa 2012. Uma unidade foi ven dida para o mercado europeu. “Seguiremos conf iando na tecnologia jato de tinta. A verdade é que ninguém sabe ao certo para onde caminhará a impressão digi tal. O importante é o fato de a KBA ter força financeira
(E/D) Jan Drechsel, vice-presidente da KBA para os mercados dos Estados Unidos e Canadá; Luiz Cesar Dutra, diretor da Deltagraf; e Axel Kaufmann, diretor financeiro da KBA Alemanha
para investir em algo novo sem depender de parceiros para isso”, comentou Axel Kaufmann. No Brasil, a pre sença da KBA no segmento de equipamentos planos al cança 12% e a perspectiva é atingir o patamar mund ial em dois ou três anos. & KOENIG & BAUER DO BRASIL Tel. (11) 5051.5320 www.deltagraf.com.br
Tecnologia do
para o Mundo Ultrapasse fronteiras você também. Vá além com IQuote.
IQuote O IQuote é um Sistema de Orçamentos e Gestão Comercial inovador, desenvolvido no Brasil que ultrapassou as fronteiras da América Latina e está sendo lançado mundialmente. Com uma interface simples e intuitiva, o IQuote é uma ferramenta automatizada e integrada para criação de orçamentos e gestão de vendas operado via web, capaz de atender a todos os segmentos da indústria de impressão: editorial, promocional, embalagens rígidas e flexíveis, rótulos e etiquetas, grandes formatos e outros, de forma eficiente e precisa.
Não perca tempo ou boas oportunidades de negócios, acesse www.metrics.com.br/iquote, veja o vídeo, conheça o IQuote e surpreenda-se. Ligue, acesse ou escaneie para saber mais 55(11) 2199.0100 | metrics@efi.com efi.com | metrics.com.br ©2013 EFI. Todos os direitos reservados.
HISTÓRIA VIVA
Tânia Galluzzi
Foto: Álvaro Motta
José Bignardi Neto é um homem realizado. Aos 82 anos ele orgulha‑se de ter construído não só um grupo de empresas para carregar seu sobrenome, como de ter ao seu lado seus três filhos. Empreendedorismo, integridade e garra acompanharam sua trajetória, transformando‑o numa referência nos segmentos de cadernos e de papel.
José Bignardi Neto O gráfico que aprendeu a fabricar papel
M
uito ligado ao avô, imigrante ita liano cujo primeiro emprego no Brasil foi como calceteiro, José Bignardi Neto começou a traba lhar aos 13 anos na J. Bignardi, gráfica da fa mília comandada pelo pai e pelo avô. Por volta dos anos 1950, o clã — José Bignardi e seus seis
1
68
irmãos — chegou a ter três gráficas em ativida de na capital paulista: a J. Bignardi, o Estabe lecimento Gráfico Bignardi e a Irmãos Bignar di. A mais longeva foi a J. Bignardi, onde José Bignardi Neto aprendeu o ofício de linotipista. José Bignardi faleceu em 1947 e oito anos de pois José Bignardi Neto, já formado em Conta bilidade pelo Mackenzie, incentivou o pai a sair da J. Bignardi, cabendo a eles na divisão um dos préd ios da gráfica. No ano seguinte, 1956, en xergando boas oportunidades nos segmentos de cadernos e listas telefônicas, José Bignardi Neto deixou definitivamente a antiga gráfica para fundar a Jandaia, na rua de mesmo nome, no centro de São Paulo. Enquanto esforçava-se para dar corpo e rit mo à Jandaia, o empresário, casado desde 1955 com Ilza, acalentava o sonho de fabricar papel. A chance surgiu em 1972, com a compra da Gordinho Braune, que produzia celulose e pa pel em Jundiaí (SP). Como relembra Ricardo, fi lho do empresário, na época da compra a Gor dinho Braune acumulava um grande passivo
1 Belo Almeida, representante comercial da Jandaia, em seu caminhão. Ele atuava como caixeiro viajante, comercializando os produtos da empresa nas cidades do interior do Estado de São Paulo. Década de 1930 2 José Bignardi Neto e a esposa, Ilza, no 2-º congresso da Abigraf Nacional, realizado na Guanabara (RJ). O evento contou com cerca de 500 pessoas, estando presentes delegações do México, Uruguai e Argentina. Maio de 1996 3 A MP1, primeira máquina de papel Voith que chegou ao Brasil, em 1924, instalada na fábrica da Gordinho Braune. Imagem da década de 1950 4 José Bignardi Neto e os três filhos, com quem divide a gestão dos negócios: (E/D) Ricardo, diretor comercial e financeiro; Beatriz, diretora administrativa e responsável pela unidade de Jundiaí; e Ivan, responsável pela área de marketing e pela fábrica de Caieiras e do Atacadão
2
trabalhista, que levou anos para ser saldado. Em 1978, per íodo em que Ricardo ingressou na empresa, a fabricação de celulose, pouco rentá vel, foi encerrada, permitindo a concentração de esforços na produção de papel. A unidade, bati zada poster iormente como Bignardi Papéis, foi modernizada e recebeu uma segunda máquina de papel em 1983, mergulhando no segmento de papéis especiais e reciclados a partir de mea dos dos anos 2000. Hoje, a fábrica é capaz de produzir 5.500 toneladas por mês. A década de 1980 e o ingresso da segun da geração também foram pródigos com a Jan daia Indústria Gráfica. Depois de mudar do cen tro da cidade para o bairro da Vila Guilherme, em 1985 ela foi transferida para o município de Caieiras, próximo da capital, centrando-se na fabricação de cadernos. Lá trabalham cer ca de 500 funcionár ios, que, somados aos 300 da unidade de Jund iaí, mais a equipe do Ataca dão Jandaia, aberto em 1993 na sede adminis trativa do grupo, no bairro do Pari, totalizam quase mil colaboradores.
3
4
José Bignardi Neto sempre esteve à frente dos dois negócios. Antes disso, já estava acostuma do a dividir seu tempo entre o comando da grá fica e a luta pelas bandeiras do setor. Ele esteve no famoso Congresso de Águas de Lindoia, em 1965, que resultou na criação da Abigraf Nacio nal, participando como diretor em algumas ges tões. “Quando comprei a fábrica de papel acabei me desligando”, comenta. “Sabe, o pessoal dizia”, conta ele em tom de brincadeira, “não convi da o Zé Bignardi que ele é fabricante de papel”.
Foto: Álvaro Motta
MUITOS PAPÉIS
69 setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
5
5 O Casal José Bignardi Neto e Ilza Bignardi em Águas de Lindoia (SP), durante a realizaçao do I Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, quando foi constituída a Abigraf Nacional. Junho de 1965 6 José Bignardi Neto e o filho Ricardo, presentes na inauguração de agência do banco Safra no bairro da Vila Maria, em São Paulo 7 Capa da publicação especial comemorativa dos 40 anos do Grupo Jandaia
período, mas quem disse que consegue?”, diver te-se Ricardo. Vendo os quatro juntos é inevi tável perguntar como se atinge harmonia em tal convivência. Quem explica é Ricardo: “Fi zemos um planejamento sucessório, temos re gras de postura definidas e sabemos que a cha ve é remunerar bem o prof issional”. Tentando romper o pragmatismo de Ricardo, insistimos na pergunta, e Ivan fala de valores fundamen tais como responsabilidade, dedicação e disci plina. Thiago, filho de Beatriz, também já está no grupo. “Fico feliz em ver que a sucessão vem acontecendo, que tudo que fiz não será jogado fora”, afirma José Bignardi Neto. É ou não é um homem que pode olhar para trás com um sorriso nos lábios?
6
70
Beat riz, primogênita, formada em Enge nharia Química, começou na empresa em 1982. Ivan, o caçula, engenheiro de produção, chegou em 1985, por conta da mudança da fábrica de cadernos para Caieiras. Paulatinamente, o pa triarca foi delegando funções e cada filho pas sou a comandar uma área: Ricardo, economista, é diretor comercial e financeiro; Beatriz é dire tora administrativa e responsável pela unidade de Jundiaí; e Ivan responde pela área de marke ting, pela fábrica de Caieiras e pelo Atacadão. Com décadas de convivência prof issional, José Bignardi Neto foi cedendo espaço aos des cendentes sem abrir mão de acompanhar as fi nanças do grupo. Com saúde para distribuir até para os filhos, como brinca Ivan, ele conti nua a ir diar iamente ao escritório. “Ele vem fa lando em diminuir o ritmo, trabalhar só meio REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
7
Desenhei esta capa olhando um pôster suíço de Weingart e ouvindo — ao mesmo tempo — os ruídos da cidade e o piano de Glenn Gould. Uma tentativa de representar os territórios onde se movem o olhar e a sensibilidade. C.F. ¶ Lançamento da Rosari ¶ www.rosari.com.br
PING
De 5 de outubro a 2 de novembro na Oficina Oswald de Andrade. www.oficinasculturais.org.br/programacao/
A revista Gráfica # 87/88, de Curitiba, traz trabalhos gráficos, de tipografia, direção de arte, desenho e ilustração com a primorosa edição de Oswaldo Miranda. A capa principal (à esquerda) é de Paulo Branco, artista de Campinas (SP) e a capa da luva é de Rogério Borges, de Curitiba (PR).
imagemed
PONG
Obras de Adalgisa Campos Acima: Sem título, caseína sobre papel, 2013 Abaixo: Desenho de memória (casa), vídeo, 2013.
Acima Pinturas de Suiá Burger Ferlauto Atelier, 2013.
Um generoso talento e um brilhante pensador/criador do design brasileiro nos deixou em 31 de agosto: André Stolarski. Seu trabalho na tradução 72 e edição do livro de Robert Bringhurst já seria suficiente para colocá-lo entre os mais respeitados profissionais brasileiros. Mas ele fez muito mais. REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
¶ Os trabalhos de Adalgisa Campos e Suiá Burger Ferlauto refletem e dialogam sobre as relações entre corpo, espaço e construção. Adalgisa apresenta a instalação “Apartamento”, os objetos “Tábula rasa” e o vídeo “Formações”. ¶ Suiá mostra o vídeo “Acromo” (Branco), a instalação “Duas palmas” e pinturas inéditas. ¶ “Ping Pong” é uma área da galeria reservada para o diálogo direto entre as artistas por meio de proposições performáticas que têm uma mesa de pingue-pongue como suporte. ¶ Adalgisa Campos é artista visual, formada em Arquitetura pela FAU-USP; Suiá Burger Ferlauto é artista visual formada pela FAAP.
O detalhe na tipografia, do suíço Host Hochuli, uma grata surpresa no mercado, é o primeiro título do autor no Brasil, editado em 2013 pela Martins Fontes.
O livro é um objeto com uma história de 2000 anos e que nos últimos cinco séculos solidificou-se na forma de códex e formatou a civilização humana da forma como ele é hoje. Ele sempre esteve em transformação, mas neste momento a velocidade da mudança acelerou de tal modo que está confundindo a cabeça de todos. Discute-se seu desaparecimento, sua nova forma digital e eletrônica, a proximidade de sua morte, a possibilidade de sua sobrevivência. Editores, leitores e escritores estão todos engajados neste debate. Alguns anunciam um tal livro objeto, de alta qualidade formal e de conteúdo, como a mais provável forma para sua sobrevivência. Este modelo, entretanto, depende da existência de leitores ou do hábito da leitura silenciosa de hoje, e de um acordo entre quem edita, distribui e desenha a nova equação – os designers gráficos. Essa questão é investigada na pós-graduação em Design Gráfico na FAAP, em São Paulo, cuja produção é mostrada aqui. O curso é coordenado por Carlos Perrone. ¶ www.faap.br/pos
diçãoOlhargráfico
a ua
CLAUDIO FERLAUTO Ellen Lupton
Projetos editoriais desenvolvidos na disciplina “Design editorial – O designer como editor”, em 2013
A FORMA SÓLIDA DA LINGUAGEM Um Ensaio sobre Escrita e Significado
A FormA SólidA dA linguAgem
Robert Bringhurst
um ensaio sobre escrita e significado
o corpo do livro
Robert Bringhurst
capa2.pdf
1
6/18/13
3:18 PM
fica, nos referimos ao corpo de um trabalho como sua “parte principal”, sua parte central, substancial. Quan-
PONTUAIS SOBRE QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS
CM
DO DESIGN GRÁFICO,
MY
AUXILIANDO A ATIVIDADE
CY
DOCENTE E FORNECENDO
tre dentro e fora: ...”
K
obrigatório para designers que querem se envolver em uma das oportunidades do design mais
CLEMENT MOK, designer premiado pela AIGA.
AO PROFISSIONAL E ESTUDANTE INFORMAÇÕES PARA O EXERCÍCIO.
como extensão
Ellen Lupton
do corpo...”
editora
Gabriela Gil/Capa, quarta capa e orelha
Carla Garofalo
Gabriela Borsoi
Projeto gráfico - gina Muccillo rezende - CDgCa 04 2013
O DESIGN COMO UM ABACATE
Design Grafico
Fontes univers
Ricamente ilustrado e cheio de esBodoni tudos de caso demonstrando o design tiragem sustentável na prática, esse guia de2.000 referência explica e inspira. Ele inclui um “scorecard de susPapel tentabilidade” e um glossário completo de termos-chave e recursos para garantir que qualquer pessoa Design gráfico Sustentável no campo do design possa impleedições rosary Ltda. mentar soluções ecológicas práticas. Este é um930 recurso rualivro apeninos, - conj. indis91 Ceppara 04104-020 - São Paulo - SP pensável os designers gráficos Fone: 11 5571-7704 que estão de olho no futuro de http://www.rosari.com.br/ seu negócio e do ambiente.
BRIAN DOUGHERTY
é sócio fundador do Celery Design Collaborative, em Berkeley, California. Esse estúdio trabalha com design sustentável (green design) e estratégias de marca/brand para projetos sustentáveis para grandes corporações como HP, eBay e Mattel. Brian é palestrante e consultor para assuntos de green design e ecoinovação.
Brian Dougherty é sócio fundador da Celery Design Collaborative em Berkeley, Califórnia. Esse estúdio pratica o design sustentável de vanguarda e trabalha com estratégias de marca para negócios ecológicos e empresas importantes como HP, eBay e Mattel. Brian leciona e presta muitas consultorias sobre design sustentável e ecoinovação. Em 2007, a Celery figurou na lista de designers influentes da I.D. Magazine, e foi congratulada com o Environmental Leadership Award, da AIGA.
Tradução: Jorge Ferreira
Sustentavel
O
DeSign como uM abacate Brian Dougherty
Brian Dougherty
Brian Dougherty
CMY
une a teoria à prática e traça a nova grande tendência para
visse a escrita
pessoa, invocamos uma divisão en-
Design Grafico Sustentavel
REÚNE TEXTOS DIDÁTICOS E
Y
O DESIGN COMO UM ABACATE | Brian Dougherty
A COLEÇÃO BASE DESIGN M
“Mas se alguém
do nos referimos ao “corpo” de uma
Brian Dougherty
C
Ellen Lupton
“Na linguagem editorial e tipográ-
Editora Rosari
Camila Fiorenza/Capa e orelhas
o corpo do livro
BRIAN DOUGHERTY em parceria com o estúdio CELERY DESIGN COLLABORATIVE capa ju.indd 1
Sophia Salgado
Juliana Wakin
Gina Muccillo
O trabalho gráfico de Weingart é marcado pelo espaçamento diferenciado entre os caracteres, em regra muito largo. A sua tipografia baseou-se em estudos de semântica, da sintaxe e da funcionalidade da tipografia. Enquanto a tipografia da Escola Suíça se tinha imobilizado na asquetismo, Weingart estava mais interessado em fazer valer as qualidades gráficas da tipografia. Acreditava que certas alterações gráficas nos caracteres poderiam intensificar a mensagem textual e visual de um poster.
suíça
COMO HOW SE CAN ONE PODE MAKE SWISS FAZER TIPOGRAFIA TYPOGRAPHY SUÍÇA?
Como se pode fazer tipografia suíça?
Wolfgang Weingart Tipógrafo e formador suíço, um dos papas do estilo internacional, foi membro da Alliance Graphique Internationale/AGI desde 1978 até 1999, e co-editor dos Typographische Monatsblätter de 1970 até 1988.
tipografia
Agradeço a paciência e atenção de vocês.
09/06/13 18:39
Geysa Bernardes
Wolfgang Weingart
grafia estão dentro das direções
COMO SE PODE FAZER TIPOGRAFIA SUÍÇA?
inteligência, dar contribuições al, para o ambiente futuro, cujos
WOLFGANG WEINGART
e realizados. Em Basiléia, tem ssoais. Sei que esses desafios não ades pessoais de meu curso de inho em tipografia que só pode as e conhecimentos adquiridos, o. As ideias sobre tipografia, tais do que a simples expansão do po de “nata do design”para ser
Jorge Ferreira
Wolfgang Weingart
tipografia Como se pode fazer tipografia suíça?
suíça
As experiências de Wolfgang Weingart na Escola de Tipografia da Basiléia, no ano de 1968, marcaram o início de uma nova atitude no design gráfico. A tradicional Escola passou a considerar as possibilidades da improvisação e da experimentação tipográfica. A segunda vaga do Descontrutivismo Tipográfico apareceu na Suíça dos anos 60 - o país modelo do desenho gráfico, do Estilo Internacional, o país afogado no dogmatismo dos mestres de Zürich e Basel. Wolfgang Weingarten, ele próprio suíço, foi o primeiro a incitar à ultrapassagem da estéril perfeição do Estilo Internacional. Enquanto a tipografia da Escola Suíça se tinha imobilizado na asquetismo, Weingart estava mais interessado em fazer valer as qualidades gráficas da tipografia. Acreditava que certas alterações gráficas nos caracteres poderiam intensificar a mensagem textual e visual de um poster.
© Editora Quadrado
Hoje, Weingart1ª Edição criou o seu workshop em 2013 Basel.
WOLFGANG WEINGART
Elisa Nogueira/Capa e quarta capa
12233256899
Bruna Regina Menon Luis Francisco Coutinho/Capa frente e verso (pôster em vermelho) setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
73
QUADRINHOS
Walt Kelly
Sátira e crítica social nas histórias de Pogo
D Há cem anos, em 25 de agosto de 1913, nascia na Filadélfia (EUA) um dos grandes criadores de quadrinhos, Walt Kelly, que nas suas historietas de Pogo unia poesia, humor e crítica política.
Caracterizados como um bode e um porco, o cubano Fidel Castro e o soviético Nikita Krushchev chegam ao pântano Okefenokee (1962)
74
epois de trabalhar Personalidades públicas pa ra os est úd ios da direita radical, como Geor Walt Disney de 1936 ge Wallace, Richard Nixon, a 1941, Walter Kelly decidiu Spiro Agnew e J. Edgar Hoo criar suas próprias histór ias ver, entre tantos outros, atoilustradas com animais enlavam-se nas areias movedigraçados. Na sequência de ças de Okefenokee. Ninguém uma breve passagem com tíescapava. A Ku Klux Klan entulos próprios pela Dell Cotrou na dança e o senador Joseph McCarthy com sua mics, publicou em 1942 na insana caça às bruxas tamAnimal Comics n º‒ 1 a história “Albert takes the cake”, introbém. McCarthy reagiu faduzindo o crocodilo Albert e O irascível senador Joseph McCarthy zendo com que o Providence o seu amigo Pogo, um gamba- satirizado por Kelly na figura de um lince, Journal, de Rhode Island, cenzinho. Os dois personagens recebeu o nome de Simple J. Malarky (1954) surasse e cancelasse a tira de emergiram do pântano Okefenokee (real), na Pogo, mas a publicação teve que voltar atrás por Geórg ia (EUA), para enriquecer o universo dos pressão dos leitores. Tal como Peanuts, que paquadrinhos. Com Pogo como astro principal, as rou após a morte de Charlie Schulz, Pogo tamhistor ietas, transformadas em tiras, passaram bém não teve alguém que pudesse lhe dar cona ser distribuídas em 1949 pelo Post-Hall tinuidade com o falecimento de Walt Kelly em Syndicate com grande sucesso. Em cin- 18 de outubro de 1973. co anos, as tiras já apareciam em mais de E assim, o pântano de Okefenokee jamais quinhentos jornais, provocando polêmica foi o mesmo. com os seus comentár ios políticos. Com isso, Pogo foi por duas vezes capa da revista Newsweek e Kelly ganhou destaque com entrevistas na televisão. O número de personagens não parava de crescer, chegando a mais de 150, cada qual com identidade própria.
A primeira tira de Pogo criada por Kelly para os jornais, em 1949
Álvaro de Moya é autor do livro Vapt-Vupt. REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
INFORMAÇÕES ESSENCIAIS PARA O DIA A DIA DOS PROFISSIONAIS LIGADOS AO UNIVERSO GRÁFICO • Livro com 376 páginas em cores, em belíssima embalagem protetora • Desempenho do setor em 2012 • Balança comercial 2010/2012 • Tabelas para selecionar e localizar gráficas buscando-as através do serviço desejado • Dados de 2.202 gráficas de todo o Brasil contendo endereço, telefone, e-mail, site, certificações, número de funcionários, área instalada, formato máximo de impressão, processos, segmentos de atuação, produtos e serviços de cada uma, divididas por região, estado e município • Guia de Fornecedores com informações sobre 554 empresas de equipamentos, sistemas, matérias-primas, insumos e prestadores de serviços
OGO RESERVE L PLAR M O SEU EXE
150,00
R$
mais tarifa do Sedex
11 3159 3010
editoracg@gmail.com
TRAJETÓRIA
Heidelberg do Brasil completa 15 anos Subsidiária brasileira encara os desafios de um ano de demanda oscilante na indústria gráfica. o empresário gráfico nacional para que ele tenha aces so às novas tecnolog ias e possa desenvolver sua gráfi ca com o apoio da Heidelberg. Esta é a razão de termos investido fortemente na associação com o Senai através da Print Media Academy (PMA) e na formação de uma equipe de vendas e serviços bem preparada”.
Fotos: Satoru Takaesu
APOSTANDO EM 2014
E
76
m agosto de 1998 o Brasil estava prestes a ree leger Fernando Henrique Cardoso, tornando-o o primeiro presidente democraticamente elei to a exercer um mandato consecutivo no País. O Brasil vivia um per íodo de estabilidade econômica ao qual o brasileiro também estava pouco acostumado, enquanto o setor gráfico nacional, ávido por novidades, discutia a viabilidade e a consistência de uma nova tecnologia, a gravação direta das chapas, o hoje disseminado computer-to-plate. Com esse pano de fundo, a Heidelberg, seguindo a decisão da companhia em nível mund ial de ter uma filial em cada mercado estratégico, instalou seu escritório e serviços no Brasil, prometendo aprimorar o atendimento e a prestação de serviços aos clientes. O cenário mudou desde então, sobretudo com rela ção à pujança do segmento gráfico, o que não impediu que a Heidelberg do Brasil continuasse apostando no País. Atualmente, a subsid iár ia conta com mais de 200 profissionais dedicados ao atendimento às gráficas em todo o território nacional. “O gráfico brasileiro é ino vador. Ele olha, analisa e implementa novos sistemas de maneira mais arrojada do que em outros países”, co menta Dieter Brandt, presidente da Heidelberg do Bra sil. Mesmo valorizando a determinação do brasileiro, o executivo afirma que ainda falta uma atenção maior em relação ao treinamento e capacitação daqueles que militam no setor. “Há 15 anos temos uma parceria com
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
Em dezembro do ano passado foi inaugurado o Centro Integrado de Operações Heidelberg, em Santana de Par naíba (SP), reunindo os departamentos administrativo, comercial, de peças, serviços e logística, antes distribuí dos em três escritór ios na capital paulista. Tal mudan ça refletiu o novo posicionamento do Brasil perante a matriz alemã, que passou a ver o País como um merca do líder, desvinculando-o dos demais países da Amé rica do Sul e concentrando os esforços da subsid iár ia brasileira no mercado reg ional. Contudo, as projeções otimistas para 2013 não se concretizaram, com o setor andando em ritmo oscilante, em especial os segmentos promocional e editor ial, situação que dá sinais de alte ração agora no segundo semestre. “Trad icionalmente o segundo semestre é melhor e estamos sentindo uma estabilização com leve crescimento. Vár ios projetos es tão alinhavados e aguardam o momento certo para se rem implantados”, comenta Dieter Brandt. “De nossa parte, trabalhamos para continuar oferecendo o mes mo nível de serviços aos nossos clientes, este jam eles onde estiverem, acreditando em um 2014 mais favorável”. Faz parte do planejamento da Hei delberg do Brasil para o próximo ano a reabertura da PMA , atingida por um in cêndio em janeiro deste ano. No momen to, o centro de treinamento funciona de forma parcial, apenas para as soluções de pré-impressão e softwares Prinect. Dieter Brandt, presidente da Heidelberg do Brasil
& HEIDELBERG DO BRASIL Tel. (11) 5525.4500 www.br.heidelberg.com
Encontro de Sindicatos DA indústria gráfica
2013. Um ano histórico para a indústria gráfica brasileira O Sindigraf – SP celebra 90 anos e acaba de realizar o Iº Encontro
O evento contou com a presença de mais de trinta presidentes de
Nacional de Sindicatos da Indústria Gráfica.
sindicatos da indústria gráfica de todo o País e de representantes
É a primeira vez que uma entidade de classe organiza um evento
regionais da ABIGRAF – Associação Brasileira da Indústria Gráfica.
dessa magnitude com o objetivo de estimular a reconquista da
Queremos compartilhar o sucesso do evento com os presentes,
competitividade do setor em um cenário econômico adverso e
patrocinadores e apoiadores.
capacitar suas lideranças para aprimorar a gestão dos seus sindicatos.
SINDIGRAF – SP 90 anos. Unidos imprimimos transformações
PATROCÍNIO
REALIZAÇÃO
ANOS
APOIO
EXPANSÃO
Foto: Álvaro Motta
C
Asia Pulp & Paper se prepara para crescer no Brasil
Embora defenda que a solução é om mais de 20 anos de ex muito mais ampla, quero ser oti per iência, o executivo Ar Com estratégias de ampliar mista e acreditar que isso ajudará thur Gonoretzky assumiu, sua participação na América a mudar a situação”, opina. em maio último, a diretoria geral Ainda na questão dos tribu da Cathay, representante brasilei Latina, a fabricante asiática tos, Arthur Gonoretzky critica o ra da Asia Pulp & Paper (APP), se de papel e celulose anuncia aumento da alíquota de impor gunda maior fabricante mund ial a contratação de um novo tação de papel. “O Brasil produz, de papel e celulose. Conhecedor de diretor geral para a Cathay, o hoje, cerca de 250 mil toneladas toda a cadeia do setor, da produção de papel couché. No ano passado, o à distribuição, ele terá como uma executivo Arthur Gonoretzky. consumo foi de aproximadamente de suas principais missões geren 670 mil toneladas. Sendo assim, é ciar todos os mecanismos que, di preciso importar essa diferença para abastecer aquilo reta ou indiretamente, atendam a decisão estratégica que a sociedade consome. Além da taxa [de importação] da empresa de ampliar sua presença no mercado nacio ser muito alta, e incidir em vár ios outros impostos, há nal. “A APP tem planos ambiciosos para toda a Améri uma série de trâmites burocráticos que deixam o pro ca Latina, mas o Brasil, embora já tenha uma posição cesso mais complexo. São obstáculos que podem acabar forte por aqui, é o principal foco”, afirma Gonoretzky. inibindo o consumo de papel, uma vez que o preço de Para atingir tal objetivo, a APP Cathay está inves tudo isso será sentido no bolso do consumidor, quan tindo maciçamente em capital humano. “Estamos es do deveria ser o contrário. Dever iam c riar mecanismos truturando um time de excelentes profissionais, pes de incentivo para a indústria gráfica, para o consumo soas que conhecem e se relacionam muito bem com o de livros e revistas”, avalia o diretor. mercado e, principalmente, entendem as necessidades locais”, afirma o diretor. A companhia também refor Atualmente, a Asia Pulp & Paper tem uma produ ça as áreas de marketing e de apoio técnico aos clien ção a nual de 15 milhões de toneladas, exporta para tes. Implantará, ainda, uma nova política de distribui mais de 120 países e possui um faturamento próximo ção no Brasil, com atuaç ão muito próxima daqueles dos 10 bilhões de dólares. Com os investimentos fei que considera como verdadeiros parceiros estratégicos tos no Brasil, esses números deverão ampliar em mui para o seu negócio. to. E, para a companhia, investir na América Latina De acordo com o novo diretor geral, um dos maio tem sua razão de ser: a reg ião não sofre a mesma pres res desaf ios do Brasil ainda é a complexidade da car são vista em mercados como os Estados Unidos e a Eu ga tributária. Em um primeiro momento, ele aponta ropa, onde os efeitos da substituição do papel por mí a inadequação de normas como a que regulamenta a dias digitais podem ser mais enfaticamente sentidos. isenção de impostos aos pa “Apesar de a internet ser forte no Brasil, por aqui ainda péis para fins educacio há muito espaço para o consumo de papel crescer. O ni nais — o papel imune. cho de embalagens apresenta desenvolvimento promis “ Temos uma lei que sor. Igualmente, no segmento de papel de imprimir e foi redigida nos anos escrever ainda existem muitas oportunidades”, decla 1940 e praticamente ra Gonoretzky, que acredita haver espaço para ambas não sofreu qualquer as míd ias. É tudo uma questão de senso de oportuni alteração. Agora está dade e de adequação. “Globalmente, ocorrem profun entrando em vigor a das mudanças em relação ao consumo, mas, apesar dis medida que obriga a so, a APP tem a visão de acreditar no futuro e, por isso identificação das emba mesmo, está expandindo sua capacidade de produção lagens de papel imune. de vár ios tipos de papéis”, completa o executivo. Arthur Gonoretzki, diretor geral da Cathay
78
& CATHAY Tel. (11) 2526.0350 www.cathay.com.br
SUSTENTABILIDADE
Gerenciamento de resíduos: a etapa final
N Esta edição da Revista Abigraf traz a conclusão do Plano de Gerenciamento de Resíduos, com as etapas de Verificação e Ações Corretivas e Revisão da Gestão.
Fotos (com a colaboração da Makro Kolor) 1 2 3 Aparas de papel, plástico e chapas de alumínio, classe recicláveis
as duas últimas edições (n º‒ s 265 e 266) foram apresentadas as duas etapas iniciais do Plano de Ge renc iamento de Resíduos (PGR), configuradas em Planejamento e Implemen tação e Operação. Finalizando esta série espe cial sobre o tema do PGR , apresentamos a ter ceira etapa, de Verificação e ações corretivas, e a quarta etapa, que trata apenas da Revisão da gestão (melhoria contínua), a partir das dire trizes apontadas pelo Manual de gerenciamen to de resíduos — guia de procedimento passo a passo (Sebrae-R J, 2006). No terceiro passo do PGR de qualquer seg mento industrial — incluindo o de impressão gráfica — ocorre a Verificação e ações corretivas, ou seja, o acompanhamento de tudo o que foi implementado no segundo passo e a pro moção de ações corretivas quando necessário. A primeira etapa desta fase é a de Monitoramento e medições, com a análise de indicadores vinculados a resíduos (quantitativos, qualita tivos e financeiros), que foram criados no se gundo passo do PGR . Isto é fundamental para a avaliação do desempenho da empresa, a men suração dos ganhos econômicos e ambientais e a definição de metas e objetivos futuros. Além da reavaliação per iód ica desses indicadores, para
que reflitam sempre a eficácia dos processos, é necessário arquivar as medições e, per iod ica mente, fazer uma análise crítica de acordo com resultados históricos e/ou esperados. 2
3
Fotos: Álvaro Motta
1
A etapa seguinte é a Auditoria, para garan tir que o PGR está operando de modo correto. Devem ser feitas auditorias internas, a serem conduzidas per iod icamente em todas as etapas do gerenciamento, dentro de determinada pe riod icidade e a partir de protocolo detalhado. Também são necessár ias as auditorias de tercei ros, que tenham sido contratados para condu zir quaisquer etapas do gerenciamento dos resí duos, seguindo idênticos critér ios das internas.
79
SUSTENTABILIDADE
O resultado das auditorias e da análise dos indicadores informará sobre possíveis desv ios do PGR , que são chamadas de não-conformidades (desv ios legais, técnicos ou relações custo/benefício que podem ser melhoradas). Depois de conhecidas as não- conformidades, devem ser estabelecidas ações corretivas e preventivas, de maneira que as mesmas não se repitam no futuro. Todos os registros relativos a resíduos devem ser devidamente guardados. Esse procedimento, além de atender a requisitos legais, facilita o acompanhamento do PGR pelos responsáveis por cada etapa dos processos. De um modo geral — mas é importante seguir as normas do órgão ambiental de sua cidade/estado —, o gerador deve produzir apenas quatro vias do manifesto para cada movimentação e tipos de resíduos. Para cada resíduo destinado para fora da unidade, deve-se prov idenc iar também os seguintes documentos: a) registro de saída, informando quantidade, destino, data, meio de transporte e percurso a ser percorrido; b) registro de chegada do resíduo ao seu destino (pode ser o documento de saída protocolado junto ao receptor com a data e a hora de chegada ou um documento específico para ser assinado pelo 4 Resíduos orgânicos classe 2, não recicláveis 5 Documentação para transporte
80
5
4
receptor do resíduo); c) registro emitido pelo receptor do resíduo informando a data e a hora em que este foi processado, tratado, incinerado, aterrado etc., bem como o processo de tratamento ou disposição utilizado. Todos esses documentos devem ser mantidos pela empresa para resguardá-la em caso de haver quaisquer problemas em um dos receptores de resíduos. Finalmente, depois da implantação e da revisão da ações, segue-se o quarto e último passo do PGR , que é a Revisão da Gestão, que deverá garantir que todo o processo se mantém íntegro e consistente.
A INDÚSTRIA GRÁFICA ESTÁ
CADA VEZ MAIS VERDE
A ABTG Certificadora acredita em um futuro mais sustentável para a indústria gráfica. Por este motivo, acabamos de lançar o Selo de Qualidade Ambiental ABTG Certificadora, um símbolo de diferenciação e reconhecimento às empresas cujas práticas contribuem para a preservação do meio ambiente e melhor qualidade de vida desta e das gerações futuras.
FALE CONOSCO E SAIBA O QUE SUA EMPRESA PRECISA PARA OBTER ESTA CERTIFICAÇÃO. (11) 3232 4539 | certificacao@abtgcert.org.br
SUSTENTABILIDADE
International Paper divulga seu Relatório de Sustentabilidade 2012 Documento destaca ações implementadas pela companhia para diminuir as emissões de gases de efeito estufa.
A
International Paper América Lati na divulgou em setembro o Rela tório de Sustentabilidade referen te ao ano de 2012. O documento, que segue as diretrizes estabelecidas pela Glo bal Reporting Initiative (GRI), traz como desta ques as ações implementadas pela companhia Texto: Ada Caperuto para diminuir as emissões de gases de efeito es tufa, como a instalação da nova caldeira de bio massa em Mogi Guaçu que elevou para 90% o total de uso de energia prove niente de fonte renovável. “Nós temos reduzido ano a ano em razão, especial 2012 mente, do menor uso de combustíveis fósseis, substituídos por biomassa, e da compra de energia elétrica”, des taca Lizzi Colla, gerente de susten tabilidade e responsabilidade social. O relatório também ressalta a opção da companhia em adquirir mais de 85% de bens e serviços dos próprios estados onde possui fá brica. Dos R$ 2,038 bilhões gas tos com fornecedores no per íodo, R$ 1,736 bilhão foi destinado a for necedores locais. Na área social, o documento ressalta os projetos do Instituto International Paper que envolvem 31 cidades e já atingi ram 26 mil pessoas desde 2007. No que tange à mitigação de impactos em áreas protegidas, a empresa realizou em 2012 seu maior reflorestamento nos últimos dez anos, no horto Bom Retiro, localizado em Ar thur Nogueira (SP). Foram plantadas 100 mil mudas de mais de 80 espécies nativas diferen tes, dispostas de modo a configurar corredores ecológicos na paisagem e a proteger os recur sos hídricos locais. Nesse e nos demais hortos florestais mantidos pela IP já foram identifica das e catalogadas 343 espécies arbóreas, 292 espéc ies de aves, 46 espéc ies de mamíferos e 18 espécies de anf íbios e répteis. Mesmo possuindo uma matriz energé tica limpa, a IP está sempre colocando em
ntabilidade RelatóRio de SuSte nibilidad infoRme de SoSte
2012
ntabilidade RelatóRio de SuSte nibilidad infoRme de SoSte
82
prática iniciativas visando a redução do consu mo. Em 2012, a fábrica de Mogi Guaçu (SP) im plementou projeto de reaproveitamento térmico que elevou a temperatura da água desminera lizada, gerando assim economia de vapor. Já a fábrica de Luiz Antônio (SP) priorizou o consu mo de biomassa em detrimento do uso de óleo. Ao todo, foram economizados 98.395 Gigajou les no ano. Já em relação à emissão de gás efeito estufa (GEE), em 2012, foram emitidas 298.063 toneladas de carbono equivalente, 9,4% a me nos que em 2011. A empresa vem registrando redução ano a ano em razão, especialmente, do menor uso de combustíveis fósseis, substituí dos por biomassa, e da compra de energia elé trica. Somadas todas as iniciativas adotadas, o resultado foi a redução de 14.988.659 toneladas de carbono equivalente. Com a nova caldeira de Mogi Guaçu, que elevará a composição da ma triz energética da IP para 90% de fontes reno váveis, a tendência é que essa queda se acentue. RESULTADOS ECONÔMICOS
No documento, o presidente da companhia, Jean-Michel Ribiéras, destaca a expansão de 10% das vendas para a América Latina e come mora o ingresso da empresa no mercado de em balagens com uma joint venture com a Jari Celu lose, Papel e Embalagens S/A , do Grupo Jari, na qual detém 75% de participação. Conc luído em janeiro deste ano, o acordo deu origem à Orsa International Paper Embalagens S/A . Com faturamento global de US$ 28 bilhões em 2012, a IP mantém operações na América do Norte, Europa, América Latina, Rússia, Ásia e Norte da África. No Brasil, com aproximada mente 2,6 mil profissionais, o sistema integra do de produção de papel para imprimir e escre ver da empresa é composto por três fábricas: duas no Estado de São Paulo e uma no Mato Grosso do Sul. Seus produtos, as linhas de pa péis para imprimir e escrever Chamex e Cha mequinho e a linha gráfica de papéis Cham bril, são produzidos a partir de florestas 100% plantadas, renováveis e certificadas.
Sebastião Salgado
84 REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
F OTOG R A F I A
“Minha vida de fotógrafo é a minha vida”
A
exposição Genesis é a responsável pelo encontro do grande público com a obra de Sebast ião Salgado. Até o dia 1º‒ de dezembro ela estará em cartaz no Sesc Belenzinho, em São Paulo, seguindo programação que começou no dia 9 de abril, no National History Museum de Londres, incluindo passagem pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Da capital paulista, Genesis continua sua trajetória, passando por Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília, além de outras capitais mundiais. Com 245 fotografias, divididas em cinco seções geog ráf icas, a mostra inédita revela maravilhas que permanecem imunes à aceleração da vida moderna. São montanhas, desertos, florestas, tribos, aldeias e animais que o fotógrafo brasileiro, radicado em Paris, registrou entre 2004 e 2011. Na produção de Sebastião Salgado, este é o terceiro mergulho de longa duração em questões globais. Trabalhadores (1986–1992) e Êxodos (1994–1999) expuseram as duras consequências das radicais mudanças econômicas e sociais sobre as vidas humanas. “Com Êxodos
vivi momentos muito difíceis. Houve dias que tive de me deparar com mais de 15.000, 20.000 mortos. Acabei ficando doente, meu corpo começou a morrer, e tomamos a decisão de voltar à fazenda onde passei minha infância, no Vale do Rio Doce. Lá começamos um projeto de reflorestamento e com ele veio a vontade de fotografar, de apresentar o planeta novamente”, afirmou Sebastião Salgado em entrevista coletiva dois dias antes da abertura da exposição. O fotógrafo fala na terceira pessoa do plural por incluir sua esposa e companheira há 45 anos, Lélia Wanick Salgado, curadora da exposição. “Desta vez, ele trata do nosso ambiente natural, mas ao invés de colocar os holofotes nos efeitos da poluição e das alterações climáticas sobre a terra, o mar e o ar, Salgado nos oferece um poema de amor, com imagens que exaltam a majestade e a fragilidade do nosso planeta”, comenta Lélia.
Ele é, sem dúvida, o mais prestigiado fotógrafo brasileiro e um dos mais importantes nomes da fotografia mundial. Depois dos cariocas, agora é a vez do público de São Paulo encontrar, ou reencontrar, o trabalho de Sebastião Salgado e entender porque suas imagens são tão impactantes e encantadoras. Tânia Galluzzi
AO REDOR DO MUNDO
Mantendo-se fiel ao preto e branco, Sebastião Salgado fez ao todo 32 viagens, percorrendo
85 setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
hama a atenção na C exposição em cartaz nas instalações do Sesc Belenzinho, em São Paulo, a maior ampliação já feita de uma foto de Sebastião Salgado, com 13 × 10 metros
Foto: Ricardo Beliel
86
reg iões remotas, e inóspitas, do globo. Cada saída de sua base em Paris envolveu aviões de pequeno porte, helicópteros, barcos, canoas e muita disposição para longas caminhadas em terrenos difíceis, enfrentando extremos de temperatura. Em contrapartida, era muito bem recebido. “O ser humano é gregário. Ao perceberem nossa proposta, os membros das comunidades perm it iam nossa integração e as fotos passavam a ser como o meu respirar e o respirar das pessoas”. A exposição divide-se em cinco seções: Planeta Sul, com a Antártica e suas paisagens congeladas; Sant uár ios, que cobrem as Ilhas Galápagos, Nova Guiné, os arredores da província de Sumatra e Madagascar; África, retratando desde a vida selvagem na Botswana até as antigas comunidades cristãs do norte da Etiópia; Terras do Norte, mostrando visões do Alasca e do Colorado, nos Estados Unidos, paisagens do Canadá, do norte da Rússia e ao norte da Sibéria; e Amazonia e Pantanal, abrangendo os Tepuis Venezuelanos, as mais antigas formações geológ ic as na terra, a vida selvagem do
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
Fotos: Tânia Galluzzi
Pantanal no Mato Grosso, e a tribo indígena Zo’e, contatada pela primeira vez no final da década de 80. A exposição no Sesc Belenzinho traz ainda a maior ampliação já feita de uma imagem de Sebastião Salgado, com 13 × 10 metros, produzida pela ClaroEscuro, especial izada em impressão fine art.
O fotógrafo contou que o per íodo em que esteve viajando dentro do projeto Genesis foram os anos mais ricos de sua vida. “Genesis fecha um ciclo e tenho a impressão de que tudo o que aprendi com os trabalhos anter iores só aprendi para fazer Genesis. Fui fazer essas fotos com o objetivo de ter o prazer de encontrar o planeta”. Questionado sobre o futuro, Sebastião Salgado afirmou que vai continuar fotografando. “Em fevereiro completo 70 anos, não tenho a mesma energia que há 10 anos. Talvez não me envolva em projetos grandes como esse, mas a minha vida de fotógrafo é a minha vida”.
fotógrafo, com O Lélia Wanick Salgado — sua esposa, companheira de todos os momentos e também curadora da exposição Genesis —, na fazenda onde viveu sua infância, no Vale do Rio Doce
SINDIGRAF 90 ANOS Celebrar 90 anos ao lado de pessoas que fazem nossa indústria crescer é um privilégio. Obrigado a todos que estiveram presentes no evento de comemoração desta grande conquista. SINDIGRAF-SP - unidos imprimimos transformações.
CO M E M O R AÇ ÃO E P O S S E
POSSE
ANOS
UNIDOS IMPRIMIMOS TRANSFORMAÇÕES
PAT R O C Í N I O
COLEÇÃO
Ipsis valoriza a fotografia brasileira Araquém Alcântara é o primeiro nome da Coleção Ipsis de Fotografia Brasileira, criada para valorizar e difundir a fotografia nacional.
N
o dia 5 de novembro acontece, na Livraria da Vila do shopping Pátio Hig ienópolis, em São Paulo, o lançamento do primeiro volume da Coleção Ipsis de Fotografia Brasileira. Calcada na ex per iência da gráfica, que nos últimos 15 anos concen trou esforços no segmento de livros de arte, desenvol vendo técnicas e processos especificamente pensados para atender as necessidades desse mercado, a coleção objetiva valorizar e difundir a qualidade da fotogra fia nac ion al, trazendo abordagens distintas realiz a das por fotógrafos que pesquisam a fundo a brasilida de em suas diversas manifestações. “Nesses anos todos tivemos um contato muito próximo com fotógrafos, produtores culturais e editores e queremos de algu ma forma retribuir a conf ianç a e o reconhecimen to que eles depositaram em nosso trabalho”, afirma Fernando Ullmann, diretor da Ipsis. O primeiro fotógrafo da coleção é Araquém Alcân tara, referência em fotografia de natureza, com mais de 40 livros publicados. Os próximos serão Tiago San tana, que há mais de 20 anos vem documentando a paisagem e a vida no sertão nordestino, e Crist iano
88 REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
Mascaro, nome absoluto na seara da fotografia de ar quitetura, especialmente na capital paulista O segun do volume tem previsão de lançamento para março de 2014. A meta é ter pelo menos três livros por ano, que poderão ou não conter imagens inéditas, tanto coloridas quanto em preto e branco. O livro de Araquém Alcântara sai com tiragem ini cial de 3.000 exemplares, que ficou pronta em meados de setembro. Com um total de 100 imagens, percorre praticamente toda a carreira do fotógrafo, abrangendo o per íodo entre 1972 e 2013. Ao final da coleção será produzida uma embalagem para acomodar os 10 volu mes. O próprio formato do livro, 14,3 × 16,5 cm, foi pen sado para possibilitar um manuseio agradável e mes mo estimular o interesse da peça como um presente ou brinde de final de ano.
COLEÇÃO IPSIS DE FOTOGRAFIA BRASILEIRA Vol. 1 – Araquém Alcântara Fotografias: Araquém Alcântara Coordenação editorial e texto: Eder Chiodetto Projeto gráfico: Fernando Moser Imagens reproduzidas: 100 Tiragem: 3.000 Formato: 14,3 × 16,5 cm Número de páginas: 220 Impressão: em FullBlack com verniz reserva de máquina Acabamento: capa dura / laminação fosca Papel: Capa – couché brilho 150 g/m2 / Miolo – couché fosco 150 g/m2 & IPSIS www.ipsis.com.br
DISTRIBUIDORA
Aos 92 anos, uma nova Samab Nos últimos meses operou-se uma mudança radical dentro da Samab. Distribuidora de papel que soma 92 anos de atividade, sua estrutura foi profundamente alterada, processo que culminou com a transferência para um novo espaço e a entrada no segmento de papéis comerciais.
Fotos: Álvaro Motta
Q
uem visitar a Samab vai perceber imed iat ament e que a empresa mudou. Mas o frescor que se percebe nos corredores recém-reformados vai muito além da estrutura física da nova sede, que trocou a Rodovia Anchieta pela Avenida Henry Ford, na zona leste de São Paulo. Os bons ventos vêm da reformulação completa pela qual a empresa passou, envolvendo desde o conselho administrativo e o comitê executivo, atravessando a estratégia de atuaç ão da empresa e suas equipes, até alcançar seu portfólio de produtos. A remodelação da Samab começou a ser planejada no ano passado com a finalidade de adaptá-la às demandas de mercado. Em dezembro a direção da distribuidora foi entregue a Roger Michaelis, 54 anos, ex-presidente da Osram, que chegou para comandar o realinhamento e a profissiona lização da empresa. Todo o time foi revisto, com ajustes e contratações nas equipes administrativa, comercial, de logística e de conversão, assim como na estrutura de TI.
ENTRADA NO SEGMENTO COMERCIAL
Roger Michaelis: “Está sendo muito gratificante ver a capacidade da Samab de reinventar-se”.
Era essencial também encontrar um espaço que pudesse agregar velocidade e efi ciência à operação da Samab. Optou-se por uma área de 16.000 metros quadrados no bairro da Mooc a, que foi modificada em função das necessidades da empresa. Com a realocação, na qual foram investidos mais de R$ 7 milhões, o número de docas para escoamento do papel dobrou, abriu-se a possibilidade de trabalhar 24 horas por dia, além de um layout interno desenhado para facilitar a movimentação do papel. As máquinas para corte e rebobinamento de papel passaram igualmente por uma revisão completa. “Está sendo muito gratificante ver a capacidade da Samab de reinventar- se”, comenta Roger Michaelis.
Para a Avenida Henry Ford foram transferidos toda a administração, o departamento de vendas e o estoque, que supre o Estado de São Paulo e cidades adjacentes, com capacidade para 15 mil toneladas. A distribuidora conta ainda com filiais (vendas mais área de armazenagem) no Rio de Janeiro, Fortaleza e Porto Alegre e escritór ios no in ter ior de São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Recife e Bahia. Essa capilaridade já está sendo aproveitada para dar vazão ao incremento da linha de produtos da distribuidora. Por nove décadas fiel aos papéis para o mercado editor ial, a Samab está agora entrando no segmento comercial com papel-cartão, papéis adesivados e mesmo o offset. “Que remos continuar como um dos líderes em papel imune através de nossa cobertura na cional e preços competitivos, estendendo esses diferenciais para o campo de produtos comerciais, desenvolvendo relaciona mentos duradouros tanto com os clien tes quanto com os fabricantes de papel”, afirma o presidente. Em função de todas as mudanças, o resultado da Samab em 2013, classificado por Mic hael is como um ano desaf iador, deve ser melhor do que o do mercado como um todo. A meta é fazer que a empresa consiga manter níveis de crescimento acima da média do mercado nos próximos anos. & SAMAB Tel. (11) 3670.0800 www.samab.com.br
89 setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
SISTEMA ABIGRAF NOTÍCIAS
Grupo de participantes do encontro: (E/D) João Baptista Cardoso, presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas da Grande Florianópolis; Luiz Gonzaga de Andrade, presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas de Teresina; Vicente de Paula Aleixo Dias, presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de Minas Gerais; Fabio Arruda Mortara, presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo; Antonio Carlos de Araújo Navarro, superintendente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Distrito Federal; Luiz Carlos Oliveira de Moraes, presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Nordeste do Rio Grande do Sul; Walter Castro dos Santos e Markus Aurélio Costa Regis, respectivamente, presidente e contador do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado de Sergipe
Sindigraf-SP celebra 90 anos com encontro nacional de sindicatos Seminário foi um dos eventos organizados para celebrar o aniversário da entidade, reunindo sindicatos gráficos de todo o Brasil para uma intensa programação, finalizada com jantar de gala na Fiesp e o lançamento de um selo comemorativo pelos Correios.
R
90 90
ealizado em 16 de setembro pelo Sindigraf-SP, o I Encontro Nacional de Sindicatos da Indústria Gráfica reuniu representantes de sindicatos do setor de todo o Brasil, de Roraima ao Rio Grande do Sul. Na abertura, o presidente da entidade, Fabio Arruda Mortara, destacou o ineditismo da iniciativa, que se propôs a discutir questões específicas de sindicatos. “Temos conseguido articular pontos importantes para o nosso setor, e isso é ainda mais relevante neste momento extremamente delicado que vive a indústria gráfica”. O evento também marcou as comemorações dos 90 anos do
Fabio Arruda Mortara, presidente do Sindigraf-SP, entidade promotora do encontro, falou sobre os pleitos e propostas da indústria gráfica nacional. Ao lado, Levi Ceregato, presidente da Abigraf Regional-SP
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
Sindigraf-SP, o que foi lembrado pelo presidente da Abigraf- SP, Levi Ceregato. “O sindicato está mais novo do que nunca, passou por guerras, planos econômicos, defendeu os tipógrafos, depois abrigou os impressores offset, os profissionais da rotogravura e agora o digital”. O encontro teve como objetivo aprimorar a capacitação das lideranças sindicais para uma gestão mais eficiente dessas entidades, que são o primeiro ponto de apoio das in dústrias na busca de soluções e informações que subsidiem a tomada de decisões em um cenário desaf iador.
SELO COMEMORATIVO Na ocasião também foi lançado o selo comemorativo às nove décadas de atuação do Sindigraf-SP. Elaborado em parceria com os Correios, o selo traz imagens de vários cartões postais da cidade de São Paulo. Ao término da cerimônia, os convidados participaram de um jantar em um salão anexo ao teatro da F iesp. A primeira palestra foi apresentada por Flávio Cooper, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, intitulada “Relações capital-trabalho: como aprimorá-las”. A consultora econômica Zeina Latif apresentou em seguida o módulo “Cenário econômico e a indústria gráfica”. A palestra “Planejamento estratégico sindical” foi apresentada na sequência por Paulo Henrique Schoueri, diretor da Central de Serviços da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). “Integração e inovação, capacitação e produtividade: os desafios da indústria gráfica” foi o módulo apresentado em seguida por Reinaldo Espinosa, presidente do conselho da ABTG. Fechando a manhã de palestras, Fabio Arruda Mortara apresentou o tema “Pleitos e propostas da indústria gráfica nacional”, com os tópicos do Manifesto da Indústria Gráfica, recentemente lançado. NEGOCIAÇÃO PASSO A PASSO Na programação vespertina do encontro, o tema “Negociação coletiva” foi apresentado por Sergio Juchem, advogado e ne goc iad or emp res ar ial. Em seguida Nílsea Borelli Rolim de Oliveira, gerente jurídica da entidade organizadora apresentou o módulo “Sindigraf-SP: roteiro de convenção coletiva”. Na sequência, foi a vez do módulo “Aspectos e implementação da NR‑12” foi apresentado
pelo engenheiro Fabio Pauli, que mostrou o modelo empregado pela Tilibra. O evento foi encerrado com o módulo “Gestão eficaz e de safios de vendas no novo mercado competitivo”, com o antropólogo Luiz Marins. Ele falou sobre a velocidade com que as mídias digitais avançam sobre as tradicionais.
MEMBROS DE SINDICATOS DA INDUSTRIA GRÁFICA, ABIGRAF E ABTG DE TODOS O PAÍS PARTICIPARAM DO I ENCONTRO NACIONAL DE SINDICATOS
SINDICATOS: Alagoas: Floriano Alves da Silva Junior ◆ Ceará: Francisco Eulálio Santiago ◆ Distrito Federal: João Ferreira dos Santos ◆ Espírito Santo: João Baptista Depizzol Neto ◆ Maranhão: Roberto Carlos Moreira ◆ Mato Grosso do Sul: Julião Flaves Gauna ◆ Minas Gerais: Vicente de Paula Aleixo Dias / Sul de Minas: Gilbert FurtaCERIMÔNIA DE POSSE do Rangel / Varginha: Rogério BregalNa mesma data do seminário, no da ◆ Paraná: Jair Leite e Abílio Santana período noturno, os líderes sindi/ Maringá e Região: Shingi Gohara cais e os empresários e profissioe Urbano Rampazzo ◆ Pernambuco: nais da indústria gráfica particiValdezio Bezerra de Figueiredo ◆ Piauí: param da cerimônia de posse das Roberto José Bastos Ferraz / Teresina: Luiz Gonzaga de Andrade ◆ Rio novas diretorias do Sindigraf-SP e de Janeiro / Sul Fluminense: Roberda ABTG para o triênio 2013–2016. to William Drumond ◆ Rio Grande O ato foi realizado no Teatro Ruth do Norte: Carlos Vinicius Aragão CosCardoso, na sede da F iesp, e conta Lima ◆ Rio Grande do Sul: Ângetou com a presença de líderes lo Garbarski e Osmar Antonio / Pelosindicais de todo o País, empre tas: Roberto Llanos de Ávila ◆ Região sár ios e representantes polítiNordeste do RS: Luiz Carlos de Oliveicos de São Paulo. Na mesa esra Moraes ◆ Roraima: Raimundo Pereitavam Ricardo Marques Coube, ra da Silva ◆ Santa Catarina: João B. atual vice-presidente da ABTG , Cardoso / Blumenau: Osvaldo Luciani representando Claudio Baronni, / Joinville: Evandro Rogério Volpato / Oeste de SC: Cidnei Luiz Barozzi ◆ São presidente eleito da entidade; Paulo: Fabio Arruda Mortara, Beatriz Reinaldo Espinosa, presidente Duckur Bignardi, Bruno Emidio, Cris-15:17 1 10/10/13 do conselho executivo daABIGRAF_SP_ANUNC_ENCONTRO_LIDERES_SIND_210X280.pdf ABTG; tiano Souza, Denise Monteiro, Fátima Mário César Martins de Camargo, vice-presidente da F iesp, representando o presidente Paulo Skaf; o deputado estadual Antonio de Sousa Ramalho (PSDB‑SP); Marcos Monteiro, presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, representando o governador Geraldo Alckmin; e Pedro Sérgio de Melo, gerente geral de vendas dos Correios.
Sola, Moacyr Rodrigues, Nílsea Borelli Rolim de Oliveira, Priscila Perniciotti, Ricardo Marques Coube, Sonia Cavalcante, Umberto Giannobile e Wagner J. Silva / ABCD e Baixada Santista: José Antonio Gameiro / São José do Rio Preto: Carlos Roberto Afonso Prudêncio ◆ Sergipe: Walter Castro dos Santos e Markus Aurélio Costa Regis ◆ Tocantins: Sergio Carlos Tavares ABIGRAF: Ceará: Tales Vinicius Ximenes Carvalho ◆ Distrito Federal: Antonio Carlos de Araújo Navarro ◆ Paraná: Sidney Paciornik ◆ Pernambuco: Eduardo Carneiro Mota ◆ Rio Grande do Sul: Luiz Carlos Pinheiro ◆ Santa Catarina: José Fernando da Silva Rocha ◆ São Paulo: Levi Ceregato, Flavio Tomaz Medeiros, Luiz Gornstein e Sidney Anversa Victor / Bauru: José Ricardo Scareli Carrijo / Ribeirão Preto: Edson Antonio Bianchi, Fabio Sarje e Simone Ferreira Beletti ABTG: Aparecida Stucchi, Manoel Manteigas de Oliveira e Reinaldo Marcelino Espinosa CONVIDADOS ESPECIAIS: Edson Infanger e Ivan Duckur Bignardi (Bignardi) ◆ Rodney P. Casadei (Log & Print) ◆ Max Schrappe
Encontro de Sindicatos DA indústria gráfica
91 91 setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
SISTEMA ABIGRAF NOTÍCIAS
Grupos de trabalho do Copagrem apresentam propostas Em reuniões realizadas nos meses de agosto e setembro, os GTs validaram os planos estratégicos que já começaram a ser implementados.
S
omando 36 entidades mem bros, o Comitê da Cadeia Pro dutiva do Papel, Gráfica e Emba lagem (Copagrem) realizou duas reuniões de trabalho, em agosto e setembro, na sede da Federa ção das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Nos encon tros, presididos por Fabio Arru da Mortara, foi apresentado o andamento das propostas dos grupos de trabalho. O GT de Valorização da Comunicação Impressa, integrado por dez entidades e coordena do pelo Sindigraf-SP, está traba lhando na elaboração do forma to operacional para implantação da campanha Two Sides no Bra sil, organismo que já atua em países da Europa e África, além da Austrália e Estados Unidos,
com o mesmo objetivo de ex tinguir os mitos equivocados sobre a produção do papel e da comunicação impressa. O grupo elabora proposta para o mode lo de governança, incluindo a es colha de prof issional contratado para implantar e operacionalizar a campanha no País. Por sua vez, o GT de Competitividade, integrado por oito entidades sob coordenação da Associação dos Agentes de For necedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfi ca (Afeigraf), tem o objetivo de mensurar a competitividade da indústria brasileira de impressão frente à de outros países. Para iniciar, o grupo trabalha na de finição dos tópicos que envol vem a construção de índices, a
92 92 REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
fim de obter uma base compa rativa. Serão analisados todos os itens que envolvem a renta bilidade e a gestão estratégica, desde aspectos como máqui nas, insumos e substratos até a questão tributária. O GT de Tributação e Papel, que reúne 15 entidades e tem coordenação da Fiesp e do de partamento jurídico da Abigraf, está trabalhando no map ea mento da tributação incidente em cada setor da cadeia produ tiva, com a principal meta de in troduzir melhorias no ambien te fiscal/tributário dos setores que compõem a cadeia produ tiva. Com isso, pretende tam bém aumentar a competitivida de e garantir maior segurança jurídica. Outros temas relevantes
do trabalho deste GT são: papel imune, o uso de papel reciclado e projetos de lei relacionados à produção do setor. Compos to por oito entidades coordena das pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre), o GT de Sustentabilidade está trabalhando com foco na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), além de legislações, certificações e licen ças ambientais que envolvem a produção de celulose e papel e a comunicação impressa. Em agosto, a reunião do Co pagrem contou com a participa ção do assessor do departamen to da micro, pequena e média indústria da Fiesp, Flavio L.J. Vi tal, que apresentou a estrutura criada pela instituição para ofe recer suporte aos empresários
SISTEMA ABIGRAF NOTÍCIAS
94 94
na busca de crédito. O professor Leonardo Muller, da Fipe/USP, juntamente com o diretor executivo da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Mansur Bassit, e com o diretor do Sindicato Nac io nal dos Editores de Livros (Snel), Eduardo Salomão, comentaram a pesquisa “Produção e vendas do setor editorial brasileiro”. Para finalizar, a advogada Fernanda G. Garcia, também da CBL, apresentou um panorama jurídico atualizado do Recopi. Em setembro, representantes da Associação Nacional de Jornais (ANJ), da Associação Nacio nal de Livrarias (ANL), do Serviço Nacional de Aprendizagem In dustrial (Senai-SP), da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABPL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) fizeram apresentações na reunião do Copagrem. João Jardim, da ANJ — entidade que reún e 141 empresas jornalísticas, representando 90% da circulação de jornais do País —, falou sobre seu trabalho no Comitê de Tecnologia e Operações da entidade, que, igualmente, tem o objetivo de discutir a questão do futuro do jornal impresso. Afonso Martin, da ANL, destacou que a entidade acredita no papel como a ferramenta tecnológica mais efic iente
que existe até hoje. “As livrarias são muito importantes para a sociedade. Nossa responsabilidade é reinventá-las para con tin uar a exercer esse papel tão relevante”. Zeina Latif, do departamento econômico da Abigraf Nacio nal, fez a apresentação da palestra “Cenário econômico e a indústria gráfica”, destacando aspectos como o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o desaquecimento da indústria e do setor de serviços, a piora no nível de conf ian ça do empresário brasileiro e a retração no consumo. Walter Vicioni Gonçalves, diretor regional do Senai-SP, apresentou os avanços da entidade e, também, do Serviço Social da Indústria (Sesi-SP). Por sua vez, Ariovaldo Caodaglio, diretor da ABPL, falou sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, destacando os entraves da legislação para o setor produtivo. “A PNRS do jeito que está não vai atender a necessidade da indústria”, comentou. Encerrando o encontro, Eduardo Salomão, do Snel, demonstrou em números e fatos o sucesso da Bienal do Livro do Rio de Janeiro. A próxima reunião do Copagrem ficou agendada para o dia 2 de dezembro.
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
Iniciada a apuração da 22ª- pesquisa salarial Com informações sobre salários e benefícios da indústria gráfica paulista, a pesquisa oferecerá um sistema com interface mais ágil, interativa e ferramentas específicas para auxiliar na consulta dos dados e apoiando na tomada de decisão.
O
Sindicato das Ind úst rias Gráficas no Estado de São Paulo (Sindigraf-SP) iniciou em setembro o levantamento das informações que comporão a edição de 2014 da principal referência para a gestão de capital humano nas gráficas do Estado. Trata-se da 22ª Pesquisa de salários e benefícios na indústria gráfica paulista, publicação organizada pelo sindicato e elaborada pela Wia biliz a Soluções Empresariais, que traz informações técnicas e precisas sobre as práticas de mercado na estruturação de custos, estratégia sindical e demais aspectos relativos aos profissionais do setor. O estudo tem previsão de lançamento para fevereiro do ano que vem. De acordo com José Antônio Prudente de Siqueira, diretor da Wiabiliza, serão analisados mais de 200 cargos do setor gráfico, além de salá rios, benefícios e práticas de gestão de pessoas. Uma das
novidades destacadas pelo diretor é a interface do sistema online, que terá mais ferramentas de seleção adaptadas às necessidades de cada área das gráficas. “Disponibilizaremos um novo e moderno sistema, mais fácil de usar, ágil, com mais relatórios e gráficos comparativos, que permitirão análises min uc ios as para tomada de decisões sobre formulação de políticas de atração e retenção de profissionais. Aos gestores financeiros, ela possibilitará, também, análises de custos de folha pagamento e benefícios”, informa Siqueira. A pesquisa ficará disponível em plataforma online por onze meses e demandará um investimento de R$ 1.300,00, com possibilidade de 50% de desconto para os ass ociados da Abigraf-SP. Mais informações poderão ser obtidas no número (11) 3232- 4 500 ou através do e-mail dejur@abigraf.org.br.
Cidade de Boraceia tem sua biblioteca revitalizada Autoridades municipais e líderes da indústria gráfica participaram do evento.
Z
erar o número de cidades paulistanas sem bibliotecas públicas é a principal meta do projeto “Revitalização de bi bliotecas”, que já beneficiou 14 municíp ios do inter ior paulista. Em 15 de agosto foi a vez de Boraceia, localizada a 46 km de Bauru, com 5 mil habitantes, dos quais mil estão matriculados nas cinco escolas existentes. Na data, o Sindigraf-SP entregou a biblioteca Bianca Peissler, na qual foram investidos R$ 25 mil com reforma e doação de 600 títulos e um computador. A cerimônia contou com a presença do presidente e do vice do Sindigraf-SP, respectivamente,
(E/D): Arcangelo Rizo, presidente da Câmara Municipal de Boraceia; Luiz Edmundo Coube, 2-º vice-presidente da Seccional Bauru; Wagner Silva, gerente geral da Abigraf; José Ricardo Carrijo, 1-º vice-presidente da Seccional Bauru; Fabio Arruda Mortara, presidente do Sindigraf-SP; Marcos Vinicius Bilancieri, prefeito de Boraceia; Lucileide Peissler e Agnaldo Peissler, pais de Bianca Peissler
Fabio Arruda Mortara e Ricardo Marques Coube; do presidente da Abigraf-SP, Levi Ceregato; do vice-presidente da
Abigraf Bauru, José Ricardo Carrijo; do prefeito Marcos Bilancie ri e do presidente da Câmara dos Vereadores, Arcangelo Rizo.
Além de uma apresentação teatral organizada por uma das escolas do município, foi realiza da a entrega dos prêmios para quatro alunas do ensino fundamental de escolas da região, que participaram do concurso cultural “Maior Leitor”, promovido junto aos frequentadores das bibliotecas revitalizadas em cidades próximas pela Abigraf Seccional Bauru. A ação faz parte do projeto “Revitalização de bibliotecas” iniciado em 2003, promovido pelo Sindigraf-SP e pela Abigraf-SP no âmbito do programa da secretaria est a dual da Cultura “São Paulo: um estado de leitores”.
“Ponto de Encontro” debateu marketing digital e novas demandas de impressão Esses foram os temas do programa realizado pela Abigraf-SP, que visa ampliar conhecimentos sobre diferentes assuntos pertinentes à indústria gráfica.
G
erenciar uma gráfica exige conhecimentos além do know- how específico sobre a indústria de impressão. Saber utilizar técnicas empresariais para controlar o fluxo de caixa, mensurar resultados, programar investimentos ou elaborar estratégias de marketing são igualmente importantes para o crescimento da empresa. Sabendo dessas necessidades, a Abigraf-SP promove mensalmente o “Ponto de Encontro”, iniciativa que oferece palestras com especialistas sobre os assuntos que compõem a rotina de um empresário gráfico. Em 21 de agosto, a palestra “Marketing digital e mídias sociais: o mofo ou fermento do
seu negócio” foi ministrada por Cyro Couto, especialista no tema e professor das Faculdades Integradas Rio Branco. Ele explorou as possibilidades oferecidas pela internet para ampliar a visibilidade das empresas. Segundo Couto, a falta de conhecimento sobre as necessidades do cliente é um dos fatores que mais atrapalham os empresários que desejam migrar para o mundo virtual. Para fugir dessa armadilha, ele afirmou que é preciso “um ge renciamento inteligente, pensado e organizado com estratégia, para que as chances de um resultado positivo sejam maiores”. O esp ec ial ist a ressaltou ainda que o retorno desses
investimentos costuma ocorrer no médio e longo prazo, ação que definiu como “trabalho de formiguinha”. Na sua opinião, a personificação do atendimento é cada vez mais importante. “As pess oas desejam fazer parte do todo, mas com tratamento diferente, esp ec ial”, finalizou Couto. Com o tema “Como adaptar-se às novas demandas do mercado”, o consultor Hamilton Terni Costa, da ANconsulting, apresentou os desafios e caminhos da indústria gráfica nos dias de hoje. Costa traçou um panorama do setor e mostrou que, mesmo com a forte concorrência das mídias eletrônicas,
as gráficas podem recuperar sua competitividade atribuindo conceitos mais interativos, a exemplo dos impressos eletrônicos (QR codes). Outras opções estão em áreas como a de decoração, com a impressão em substratos como tecido e cerâmica. Segundo o esp ec ial ist a, diante dessa real id ad e surge uma nova gráfica que tem cinco características marcantes: o foco no negócio, e não somente na impressão; inclusão das novas míd ias como parte da oferta; integração digital; processos produtivos flexíveis para diferentes demandas; e produção customizada, enxuta e com sustentabilidade.
setembro /outubro 2013 REVISTA ABIGR AF
95 95
SISTEMA ABIGRAF NOTÍCIAS
Novos associados Abigraf Apresentamos nesta página os novos associados da Abigraf Regional São Paulo e Abigraf Nacional.
ABIGRAF REGIONAL SÃO PAULO
C O N V I T E S D E LU X O
VITÓRIA EMBALAGENS Há 3 anos no mercado, a empresa é esp ecializ ada em diversos tipos de embalagem, tais como caixas de presente e sacolas de papel duplex, específicos para a indústria alimen tícia, entre outros. Além disso, a grá fica também produz rótulos, etique tas e TAG para roupas e produtos. Rua Conselheiro Carrão, 270 (Jardim Zara) Ribeirão Preto/SP Telefone (16) 3629-5713 www.vitoriaembalagem.com.br Contato: Natan Rezende: vitoriarepresentacoes@yahoo. com.br
MAXMUS GRÁFICA Com mais de duas décadas de mer cado, oferece serviços de impressão em offset e digital para trabalhos em fôlder, folhetos, cartões de visi tas, cadernos, apostilas etc. Rua Conde Vicente de Azevedo, 100 (Ipiranga) São Paulo/SP Telefone (11) 2219-2957 www.maxmusgrafica.com.br Contato: José Osmar de Rosis Junior: derosis@maxmusgrafica. com.br
96 96 REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
GRÁFICA M5 Localizada no interior de São Pau lo, a gráfica é especializada em im pressão digital e atende indústrias, comércio e empresas de serviços. Rua Rio Branco, 29-31 (Jardim Estoril) Bauru/SP Telefone (14) 3879-0016 www.graficam5.com.br Contato: Eduardo Mota de Maia: eduardo@graficam5.com.br
ARTGRAPH SERVIÇOS GRÁFICOS Gráfica que trabalha com impressos das linhas promocional, comercial, editor ial e de brindes. Com atua ção na Grande São Paulo, a empre sa atende clientes de todos os portes nos mais diversos segmentos. Rua Alexandre Levi, 183 (Cambuci) São Paulo/SP Telefone (11) 3399-2272 www.artgraph.net Contato: Janice das Dores Anger: janeanger@artgraph.net JMG GRÁFICA Situada na região noroeste do Es tado de São Paulo, a JMG trabalha com as linhas prom oc ion al, edi tor ial e com erc ial em impressões offset e digital. Rua Avanhandava, 267 (Bairro Garcia) Lins/São Paulo Telefone (14) 3532-4040 Contato: Fabio Henrique Juliani: fabio.juliani@henber.com.br
RC4 IMPRESSÃO DIGITAL E CORTE LASER Desde 1998 no mercado de comuni cação visual, a RC4 atua com impres são digital em adesivos, lona, papel, tecido, filmes plásticos, etc. Rua Amaro Guerra, 338 (Chácara Santo Antônio) São Paulo/SP Telefone: (11) 5181-3939 www.rc4.com.br Contato: Alexandre Rodrigues: alexandre@rc4.com.br
ABIGRAF NACIONAL
MEDIAWARE Estabelecida na zona oeste da capi tal paulista, a empresa é especiali zada em soluções em realidade au mentada, media in print, web to print e gestão gráfica. Rua Flórida, 1.738, cj. 121 (Brooklin Novo) São Paulo/SP Telefone (11) 4063-2091 www.mediaware.com.br Contato: Jorge Bueno Filho: jorge. bueno@mediaware.com.br
HÁ TRINTA ANOS Notícias publicadas na Revista Abigraf de setembro e outubro de 1983
N
a edição nº 89 (julho/agosto/setembro de 1983), a Revista Abigraf pu blicou reportagem especial apresentando a trajetória de um dos maio res empresários do setor gráfico: Orestes Romiti. Falecido naquele ano, ele foi o fundador da Gráfica Romiti, em 1946. O empresário deixou re gistrada uma admirável lição de seriedade, sensatez e dinamismo. Mes mo sendo filho de um italiano pioneiro no ramo das artes gráficas — Décio Romiti, fundador da Romiti e Lanzara —, Orestes decidiu começar pelos próprios meios. Aprendeu as lições do pai para criar sua gráfi ca, que completou 67 anos de atividades na capital paulista, em 2013.
F
oi realizado em novembro de 1983, o 3º Simpósio Interno de Ar tes Gráficas, pelo Centro de Pesquisas Gráficas, que era um órgão do Centro Cívico Escolar das Escolas Senai “Theobaldo De Nigris” e “Felício Lanzara”. O evento apresentou 14 trabalhos realizados por alunos do curso técnico de artes gráficas das instituições. A impor tância do acontecimento foi destacada pelo então diretor das Esco las Senai, Jurandyr de Carvalho: “através do Siag tem sido possível desenvolver trabalhos técnicos que, além de publicados em revistas especializadas, são inscritos no Concurso Cientistas de Amanhã e no Congresso Jovens Cientistas, promovido pelo Ibecc e pela Unesco”.
Com a parceria firmada com a Clemente e Gramani Editora, a edi ção nº 90 (outubro/novembro/dezembro de 1983) da Revista Abigraf deu início às matérias especiais com importantes players do setor. A primeira delas foi um perfil da Suzano Papel e Celulose, destacan do seu pioneirismo, por ser a primeira empresa do mundo a pro duzir papel obtido com 100% de celulose de eucalipto. A entrevista histórica foi realizada com Boris Tabacof, o primeiro executivo que a companhia contratou a partir do momento em que decidiu substi tuir o modelo de gestão familiar pelo sistema de gestão prof issional.
N
A edição nº 90 também trouxe uma matéria especial sobre a crise econômica e os custos da indústria gráfica, a partir de tese elaborada pelo comentarista Marco Antônio Rocha para a Abigraf Regional São Paulo, e que foi apresentada no Con graf (realizado em Recife, em setembro de 1983). No texto, ele des tacou os “quatro demônios” da conjuntura nacional naquela época: forte estrangulamento cambial externo; rápida aceleração inf lacio nária interna; elevação galopante das taxas de juros reais do cus to do dinheiro; e retração de mercado, que produz desemprego.
o mês de outubro de 1983, a Abigraf Regional São Paulo, sempre com sua missão de promover a melhoria dos profissionais do setor, re alizou o primeiro seminário de reciclagem de mão de obra no interior do Estado de São Paulo, promovido em parceria com o Senai e Tintas Supercor, na cidade de Bauru. “Há pelo menos 12 anos, a Abigraf Re gional do Estado de São Paulo vem oferecendo à categoria gráfica, as sociados ou não, cursos de reciclagem de informações, pois é seu es tatuto ( . . . ) a atual diretoria, sentindo que as regiões mais afastadas da Capital também requeriam aperfeiçoamento e reci clagem para seus gráficos, deliberou conseguir um meio de atender a esses reclamos ( . . . )”, disse Max Schrappe, presidente da entidade.
MENSAGEM
A
e classe d es ad d ti en as d o ad ic if n g si O
res e individualistas. ento dos interesses particula rim det ros out is, ocrática dessas s seg mentos ma portância da estrutura dem im a í A indústria gráfica – alg un Da de, eleitos pelo da de competitivida s, nas quais os diretores são çõe iza an menos – enf renta uma per org es tor uma saudável fatura brasileira. Fa dos associados. Isso permite eto dir o como tantas áreas da manu vot os elevados e outros com o surgimento de como os altos impostos, jur alternância e a renovação, do a nci itê ren à vação e ideias arejadas am‑se algozes do custo Brasil som novas lideranças. Assim, ino is ma ga gre con e as do associativismo. or — qu governo em conceder ao set devem ser marcas reg istrad il 0 m 22 de is a representatividade prega ma Entendemos, também, que de 40 mil empresários e em os ent am pag de ampla possível. Por isso, ões da folha entidades deva ser a mais s trabalhadores – desoneraç da ras existentes na outorgados a out os muito os grupos setoriais zam ori e incentivos tributários já val . iva ens int de Cadernos, de mão de obra gional São Paulo, nas áreas Re af igr atividades menos geradoras Ab do rca me l, Impressão Dig ital, mento em que o s, Embalagens, Promociona ope O resultado é que, num mo vel En colegiados, e por fornecedores dade e Editorial. Com esses bili nta ste nacional é atacado ferozment Su ro expressivo espaços ante as crises a participação ativa de núme s mo ega estrangeiros que perderam agr ostos à concorrência ura democrática eficaz das nações ricas, ficamos exp de empresários, numa estrut na o ssã pre im a . Pela mesma razão, cias é a a formulação de propostas desigual. Uma das consequên par os o sm me até cionais no Interior brasileiros, imulamos o avanço das sec China de milhares de livros est s ola esc às o associativa. a distribuiçã ticipação crescente na vida par a comprados pelo governo par e ns do das entidades de a com embalage do isso corrobora o sig nif ica Tu públicas. O mesmo se observ s. sso longevas quanto tre outros impre e serão mais reconhecidas e qu , sse de remédios e alimentos, den cla el de interlocutoras ormação é item de rem com eficácia o seu pap pri cum is Importante lembrar que inf ma gos e enf renta a soberania nacional. trabalha, investe, cria empre e qu sil Bra seg urança estratégica para do a importância das zar o desenvolvimento. Nesse cenário, evidencia‑se as adversidades para viabili co, áti ocr dem o lism ita ado nas entidades do setor , no cap entidades de classe, as quais É este país que está represent na os tiv du idos e inf initamente setores pro fico. Seg uimos renitentes, un são fundamentais para os grá rem mp s quais acreditamos sociedade. Cu tos a lutar pelos valores no pos interação com governos e a dis as ític pol ia nacional. s propostas de esa de nosso setor e da econom def em missão de alta relevância na e s da es do mercado, relaçõ públicas, aperfeiçoamento io externo, formação r cadeias produtivas, comérc lceregato@abig raf.org.b ões trabalhistas. est qu e pa lim ção du pro l, profissiona tinguir sindicatos e Nessa def inição, é preciso dis com sinerg ia, os primeiros associações. Embora atuem es ões relacionadas às negociaçõ são mais focados nas quest reg ionais. As segundas, com trabalhadores e ações titucionalmente, trabalham mais flexíveis política e ins relacionamento com a num espectro mais amplo de Ambos, contudo, unem‑se sociedade e o setor público. setor que representam. no objetivo de promover o iação Brasileira da Exemplos disso são a Assoc Nacional), as Abigrafs Indústria Gráfica (A big raf o o Sindig raf‑SP. Cada Regionais e os sindicatos, com s dentro do contexto qual cumpre sua parte, ma atividade. A g randeza maior de fortalecimento da relevância da atuação dos desse objetivo demonstra a idades de classe, que dirigentes estatutários de ent orço e seu talento às causas fica dedicam seu tempo, seu esf Bra sileira da Indústria Grá Presidente da Associação é importante to, tex con sse ) Ne . f‑SP ria igra ego (Ab lo de toda a cat Regional São Pau em prol do bem coletivo, em valorizarmos as iniciativas
L evi C eregato
98
REVISTA ABIGR AF setembro /outubro 2013
P970i
A nova geração da chapa mais conhecida do Brasil Tecnologia exclusiva
Agfa Flat Substrate • Superfície mais regular • Excelente equilíbrio água tinta: Start-up mais rápido. • Redução de até 30 do perfil de molha • Melhor ancoragem do ponto • Melhor definição da imagem • Maior tiragem do mercado
www.agfa.com marketinggs.br@agfa.com.br Tel.: 11 5188.6400 Para obter todos os endereços mundiais da Agfa, visite: www.agfa.com © Copyright 2013 Agfa Graphics N.V.. Todos os direitos reservados. O aspecto e todas as especificações dos produtos estão sujeitas a mudanças sem aviso prévio.
Produção: Fábrica Agfa - Suzano/SP
Surpreenda-se com os resultados!
ISO 14001 • ISO 9001 • OHSAS 18001
CHEGOU ! LINHA ECOPLATE
CHAPAS CHAPAS LIVRE LIVRE DE DE REVELADOR REVELADOR - ECOPLATE T : TÉRMICA • GRANDES TIRAGENS • ALTA SENSIBILIDADE • EXCELENTE REPRODUÇÃO • ALTO DESEMPENHO
- ECOPLATE V : VIOLETA • GRANDES TIRAGENS • ALTA SENSIBILIDADE • PARTIDA RÁPIDA • ALTO DESEMPENHO
V VIOLET
FILIAL SÃO
PAULO
NOVA LINHA “VERDE” IBF DISPENSA REVELAÇÃO CONVENCIONAL ACABAMENTO COM GOMA EM LAVADORA
V