Revista Abigraf 267

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REVISTA

ISSN 0103•572X

REVISTA ABIGRAF 267 SETEMBRO/OUTUBRO 2013

A R T E & I N D Ú S T R I A G R Á F I C A • A N O X X X V I I I • S E T E M B R O / O U T U B R O 2 0 1 3 • Nº 2 6 7

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Xilogravura – Marcello Grassmann

REVISTA ABIGRAF ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 533 (Paraíso) 04103-000 São Paulo SP Tel. (11) 3232-4500  Fax (11) 3232-4550 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br

Onírico e fantástico

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Gravurista virtuoso, Marcello Grassmann — e seus demônios em cenas medievais —, um dos artistas plásticos brasileiros mais premiados internacionalmente, recusou escolas e estilos em prol de seus ideais.

Presidente da Abigraf Nacional: Fabio Arruda Mortara Presidente da Abigraf Regional SP: Levi Ceregato Gerente Geral: Wagner J. Silva Conselho Editorial: Cláudio Baronni, Fabio Arruda Mortara, Igor Archipovas, Levi Ceregato, Max Schrappe, Plinio Gramani Filho, Ricardo Viveiros e Wagner J. Silva Elaboração: Clemente & Gramani Editora e Comunicações Ltda. Rua Marquês de Paranaguá, 348, 1º andar 01303-905 São Paulo SP Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159-3010  Fax (11) 3256-0919 E-mail: editoracg@gmail.com Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897), Ada Caperuto, Ellen Ramos, Juliana Tavares, Marco Antonio Eid, Ricardo Viveiros e Suzana Lakatos Revisão: Giuliana Gramani Colaboradores: Álvaro de Moya, Claudio Ferlauto, Hamilton Terni Costa e Walter Vicioni Gonçalves Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosaria Scianci

Estados premiam qualidade gráfica

Nos prêmios de excelência gráfica realizados no Distrito Federal e nos estados do Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro foram distribuídos 281 troféus aos trabalhos vencedores.

Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Rona Capa: Laminação brilho, Rona; hot stamping e relevo (com fitas MP do Brasil), Veloz Assinatura anual (6 edições): R$ 60,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3159-3010 editoracg@gmail.com

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59 Rona caminha para as quatro décadas

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Membro fundador da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf)

FUNDADA EM 1965

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Perto de completar 40 anos de atividade, a Rona Editora segue investindo em atualização tecnológica e capacitação de seus colaboradores para prestar o melhor atendimento ao mercado.


O mercado livreiro sob o olhar do Snel

Presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Sônia Jardim fala dos desafios enfrentados pela organização e a atual conjuntura do segmento editorial.

Números do mercado gráfico mineiro

Terceiro estado mais rico do País, Minas Gerais possui 10,7% das gráficas brasileiras, que encaram o desafio de fomentar a demanda de um mercado tímido, apesar do potencial de crescimento.

A Print do workflow

Compacta e complexa, a Print 13 enfatizou a procura pela redução de tempo e custos na produção através da proliferação de sistemas de fluxo de trabalho. Diante da grande oferta de softwares, definir metas é fundamental.

Semeando valores

Cultivando valores como responsabilidade, dedicação e disciplina, José Bignardi Neto pode orgulhar‑se de ter erguido um grupo empresarial de respeito, tendo ao lado seus filhos e netos.

Sebastião Salgado percorre o País

A arte do mais importante fotógrafo brasileiro está em cartaz na exposição Genesis. As 245 imagens já passaram pelo Rio, ficam em São Paulo até dezembro, seguindo em 2014 para outras capitais.

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TUBRO 2013 • Nº 2 6 7

REVISTA ABIGRAF 267 SETEMBR O/OUTUB

RO 2013

ARTE & INDÚS TRIA GRÁFICA • ANO XXXVIII • SETEMBRO/OU

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Capa: Xilogravura Autor: Marcelo Grassmann

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Editorial/ Fabio Arruda Mortara ������������������������ 6 Rotativa ��������������������������������������������������������� 8 27-ª Office Brasil Escolar �������������������������������22 Conferência Internacional de Flexografia ��������24 Bienal Internacional do Livro �������������������������26 Interpack �����������������������������������������������������28 Educação/ Walter Vicioni �������������������������������50 Economia/ Zeina Latif �����������������������������������52 Gráfica Alterosa/ MG ������������������������������������56 Memória/ Vitor Zanetti ����������������������������������58 Notícias Gráficas: Rona ���������������������������������59 Opinião/ José Fernando Rocha/SC ����������������64

Neoband/Elyon ��������������������������������������������65 Koenig & Bauer do Brasil ������������������������������66 Olhar Gráfico/ Claudio Ferlauto ���������������������72 Quadrinhos/Álvaro de Moya ��������������������������74 Heidelberg Brasil/15 anos �����������������������������76 Cathay/Arthur Gonoretzki ������������������������������78 Sustentabilidade ������������������������������������������79 Coleção Ipsis �����������������������������������������������88 Distribuidora/Samab ������������������������������������89 Sistema Abigraf �������������������������������������������90 Há 30 anos ��������������������������������������������������97 Mensagem/Levi Ceregato �����������������������������98

setembro /outubro 2013  REVISTA ABIGR AF

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EDITORIAL

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Muito além do fuso horário

anos em iu pesadamente nos últimos est inv e qu sa, ne chi l Pequim, capita s e processos, nada São sete horas da manhã em atualização de equipamento a, fic grá ma Nu . tes an bit ndo. Nesse caso, com seus 20 milhões de ha devendo aos melhores do mu mo rit em á o preço, não já est isão do cliente é balizada pel a jornada dos trabalhadores dec a r. na mi tem ou não visto para ter do muito a tinta usada (se tan alucinante, sem tempo pre por im oço alm substratos, da, como este, o peculiaridades dos demais as o), mb Num dia de pico de deman chu de âneo à alimentação florestas cultivadas ou é um gesto mecânico, simult a origem do papel (se vem de ca tro à ta, tin de s os profissionais têm ajuste raído de matas nativas), se papel das impressoras, aos ext é s nto me nci ve ou se um dos Os bamento. dições adequadas de trabalho con o nã de bobina, ao corte e ao aca ou o is, nsa no ambiental. 60 dólares me rais daquele produto é o da ate col s ito e encargos do pessoal somam efe há o medidas eficazes reais. Na fábrica, nã Compete ao Estado adotar equivalente a cerca de 154 . ua ág da ão zaç tili acional, adotando m reu equilibrar o comércio intern tratamento de resíduos, ne ra pa . PIB do o, a indústria ático: 20% públicas reg uladoras. Por iss as ític Carga tributária do país asi pol da so as poucas , centro nervo ira tem encaminhado alg um sile bra São 19 horas em São Paulo a fic grá com na ndidas: a reg ião metropolita governo, até agora não ate ao es açõ dic economia brasileira e de um vin rei entos; isenção do IPI antes. Os colaboradores oneração da folha de pagam cerca de 17 milhões de habit des , ras ho o oit zero do PIS/ nada de materiais escolares; alíquota os de uma gráfica, depois de jor ra pa tão livros; e , se não moram a atividade de impressão de ra pa s estão a caminho de casa ou fin Co compras ílias. No almoço, de preferência quando das m rge ma de o longe, já jantando com as fam oçã ad biente ag radável e fora público, incluindo materias gráficos pelo setor com refeição balanceada, am de ra pa a eir int no âmbito do uma hora as adquiridas pelo governo obr do chão de fábrica, tiveram as e os ári (PNLD). erg ias. Seu sal Nacional do Livro Didático ma gra comer, conversar e repor en Pro por quer ser por dia, ou 1.800 A indústria gráfica brasileira encargos somam 60 dólares ca, bri fá Na is. rea os admitir mil mês, aproximadamente 4,5 vida pelo governo. Não podem ou os, ad de, que acaba rmes adequ diferença de competitivida ta há luvas de proteção, unifo tan o ent tam os e reaprovei de empregos que tratamento de ág ua e resídu gerando na China milhares or eri sup é sil Bra no ia res brasileiros. de aparas. A carga tributár deveriam ser dos trabalhado . ICS BR s do rso ive no un a 37% do PIB, a mais alta ito mais do que a diferença mu há r a, Como se observ fmortara@abig raf.org.b as fic grá as o nd ara sep io rár de 12 horas no fuso ho de competitividade é das duas nações. O contraste ina exagera no desrespeito imenso! Se, de um lado, a Ch ativas ao trabalho dig no às normas internacionais rel mbiental e subsidia o e à responsabilidade socioa do tais distorções em papel de imprimir, converten tagens concorrenciais, o diferencial para auferir van aos padrões globais quanto Brasil extrapola em muito ia, encargos trabalhistas, aos impostos, juros, burocrac de bio equivocado, reduzindo insegurança jurídica e câm ura idade de sua manufat . modo dramático a competitiv ação brasileira, há Na indústria de transform que outros, em especial nos seg mentos mais afetados do lóg ica e em que pequenas quais há similaridade tecno fica Bra sileira da Indústria Grá são consideradas pelo Presidente da Associação ias Gráfica s ústr Ind das to variações de qualidade não dica Sin do e (Abigraf Nacional) liação da relação de digraf-SP) contratante do ser viço na ava no Estado de São Paulo (Sin l, na cio na o fic grá or set do o cas custo‑benefício. É o

F abio A rruda M ortara

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Diário de S. Paulo muda de mãos

Foi anun­cia­da no dia 7 de se­

Embalagem especial desenvolvida pela Jofer e Vigor é premiada S

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e­dia­da em Birigui, in­te­rior de São Paulo, a Jofer Embalagens desenvolveu conjuntamente com a Vigor uma embalagem es­pe­cial para o conhecido quei­ jo Faixa Azul, que recebeu dia 18 de setembro o Prêmio Abre, concedido pela As­so­cia­ção Bra­ sileira de Embalagem. O proje­ to ini­cial era considerado um desafio pelo fato de o produ­ to apresentar va­ria­ções dimen­ sionais consideráveis, levando à necessidade de ­criar uma em­ balagem que se adequasse ao formato do queijo e permitis­ se acesso vi­sual ao consumidor, mantendo-​­o in­vio­lá­vel e imóvel na distribuição e exposição no ponto de venda. Para garantir a estrutura e um bom acaba­ mento, ela foi produzida com revestimento em papel-​­cartão duplex Klafold e impressa em 4 × 0 cores, com aplicação de verniz à base d’água, cortada e vincada. A estrutura interna tem berço em micro-​­ondulado, que oferece resistência e garan­ te a integridade do produto, as­ sim como lacre adesivo para as­ segurar o po­si­cio­na­men­to e a in­vio­la­bi­li­da­de da embalagem.

No aspecto vi­sual, seu design em formato de dia­man­te mais as cores e acabamentos espe­ ciais pro­por­cio­nam sofisticação e destacam o produto no ponto de venda. A embalagem é for­ necida pré-​­montada pela Jofer, o que facilita e reduz o custo na linha de produção. Para Lenize Menegazzo, do departamento de pesquisa e desenvolvimento de embala­ gens da Vigor “esta embala­ gem, na categoria, representa uma grande ruptura de con­ ceito, considerando a padro­ nização existente para queijos e a simbologia da reciclagem utilizada”. A coor­de­na­do­ra de desenvolvimento e cria­ção da Jofer acrescenta: “Procuramos analisar o produto e adequar cada projeto com o objetivo de traduzir de maneira fiel a qua­ lidade do produto embalado. Estamos felizes com o prêmio e com o alcance dessa ferra­ menta importante de mar­ke­ ting. A excelente aceitação já havia sido percebida através das gôndolas e agora recebe­ mos em forma de troféu”. www.jofer.com.br

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tembro pelo Grupo Traffic, de J. Hawilla, a venda do jornal Diá­rio de S. Paulo e da rede de jornais Bom dia para o grupo Cereja Co­ municação Digital, comandado por Mário Cues­ta. O valor da ne­ go­cia­ção não foi divulgado, mas especula-​­se que foi de cerca de R$ 30 milhões, incluindo o par­ que gráfico do Diá­rio de S. Paulo. A circulação média diá­ria do Diá­rio de S. Paulo é de pouco

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mais de 73 mil exemplares, en­ quanto os jornais Bom Dia têm 29 mil exemplares e circulam no ABC, Jun­diaí, Sorocaba, Bauru e São José do Rio Preto. Mário Cues­ta, além da Cere­ ja Digital — empresa de mídia que possui monitores de anún­ cios pu­bli­ci­tá­rios em pontos de vendas de varejos —, também é pro­prie­t á­rio da gráfica GMA e da editora RMC, estabelecida em Jarinu (SP).

RR Etiquetas lança bobinas para ECF/PDV

esenvolvendo há mais de 27 anos suprimentos para automa­ ção co­mer­cial, es­pe­cial­men­te eti­ quetas autoadesivas para identifi­ cação, codificação e precificação de produtos, a RR Etiquetas am­ plia sua linha com as bobinas tér­ micas ECF/ PDV. Produzidas nas medidas 80 mm e 57 mm × 40 metros, 80 mm × 80 metros e 57 mm × 22 metros, podem ser uti­ lizadas em cupons fiscais, extra­ tos ban­cá­rios, comprovantes de operações ban­cá­rias, senhas, car­ tões de crédito e débito e relógio de ponto eletrônico, segundo o

fabricante, com a garantia de óti­ ma legibilidade, alta nitidez e du­ rabilidade dos dados impressos. Podem também ser personali­ zados com impressão de dados, imagens e logotipos, em até qua­ tro cores, com total compatibili­ dade às diferentes marcas de im­ pressoras térmicas do mercado na­cio­nal. Os principais segmen­ tos varejistas visados ini­cial­men­ te pela RR são os supermercados, pa­da­rias, far­má­cias, lojas de ma­ te­rial de construção, magazines e lojas de ele­troe­le­trô­ni­cos. www.rretiquetas.com.br



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Bobst introduz novidades na feira K’2013

o seu estande da K’2013, im­ portante evento rea­li­z a­d o em Düsseldorf (Alemanha) entre 16 e 23 de outubro, a Bobst anun­ ciou as características da sua avançada gama de soluções de tecnologia e processos para a conversão de materiais flexíveis. Para revestimento e metali­ zação a vácuo, foram expostos sistemas de metalização trans­ parentes e de detecção de pi­ nhole, que aprimora as pro­ prie­da­des de barreira e detecta falhas de aplicação. Foram tam­ bém disponibilizadas informa­ ções sobre a última geração da

metalizadora General K5000, lan­ çada na Bobst Manchester (In­ glaterra) no dia 15 de outubro, véspera do início da feira. Na área de impressão flexo, a Bobst apresentou novas solu­ ções com dispositivos e sistemas automáticos que melhoram a qualidade de impressão, a dispo­ nibilidade da máquina e a ergo­ nomia ope­ra­cio­nal. Os visitantes ficaram conhecendo os detalhes da impressora F&K 20SIX. Para a tecnologia de impressão roto, foi exibida a nova configuração da impressora Rotomec 4003MP com cilindros sem eixo.

Displays multimídia e mate­ riais informativos atua­li­za­ram o público presente sobre os desen­ volvimentos em máquinas e ser­ viços que possibilitam importan­ tes ganhos em produtividade, incluindo máquinas de revesti­ mento e laminação que traba­ lham com diferentes métodos de aplicação e secagem. Si­mul­t a­nea­m en­te com a K, os centros de tecnologia Bobst no Reino Unido, Alemanha e Itá­ lia demonstraram as últimas ge­ rações de máquinas durante as visitas de clien­tes interessados. www.bobst.com

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Klabin amplia produção em Pernambuco

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aior produtora e exportadora de pa­péis para embalagem, sacos industriais e embalagens de pa­ pelão ondulado do Brasil, a Klabin inaugurou em agosto a am­plia­ ção da sua unidade em Goiana (PE), a 70 km de Recife. O investi­ mento total de R$ 400 milhões faz parte do projeto de crescimen­ to da Klabin, reforçando a impor­ tância da Re­gião Nordeste para a companhia. A expansão contem­ pla a am­plia­ção da planta de pa­ pelão, que contará com investi­ mento de R$ 62,4 milhões para duplicar sua capacidade de pro­ dução com a instalação de novas onduladeiras e impressoras, atin­ gindo 146 mil toneladas por ano, além de obras de melhoria em sua in­fraes­tru­tu­ra fabril. A capacidade de produção de sacos industriais na planta de Goiana será duplicada na pri­ meira etapa, passando dos atuais 7 milhões de sacos por mês para 14 milhões por mês. Até o fim de 2014 essa produção deverá subir para 20 milhões de sacos por mês. O investimento nessa área será de R$ 32,3 milhões. Encerrando o ­atual ciclo de expansão, com a instalação de uma nova máquina para a produção de papel recicla­ do, a Unidade Goiana se tornará em 2014 a maior planta de pape­ lão ondulado da América Latina. www.klabin.com.br

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Congraf Embalagens recebe duas recertificações E s­pe­cia­li­z a­da no desenvolvi­

todas as suas etapas produtivas. Com ela, a empresa pode garan­ tir que é administrada com base em procedimentos, instruções de trabalho e registros de qualidade. No dia 25 do mesmo mês, foi a vez da recertificação do FSC (Forest Stewardship Coun­ cil), rea­f ir­man­do o compromisso da Congraf em desenvolver pro­ dutos sustentáveis, pensando no meio am­bien­te desde a cria­ção da embalagem, não só no design mas também na matéria-​­prima utilizada e no descarte. “Estamos celebrando essas re­ conquistas. A empresa passou por

mento e produção de embala­ gens finas em papel-​­c artão, a Congraf Embalagens, fundada em 1972, com sede em São Pau­ lo, foi contemplada com duas importantes recertificações. A primeira delas, no dia 21 de julho, foi a reconfirmação da ISO 9001‑2008 , conquistada ini­c ial­ men­te no ano de 2010. Trata-​­se da norma in­ter­na­cio­nal que es­ tabelece um modelo de gestão de qualidade, padronizando pro­ cessos e atividades para que os produtos mantenham sempre o mesmo padrão de qualidade em

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implementados de maneira efi­ cien­te, e temos alcançado esse objetivo dia após dia. Nosso por­ tfólio é fruto de uma busca con­ tínua por progresso em todas as nossas ­­áreas”, comemora Sid­ ney Anversa Victor Ju­nior, diretor in­dus­trial da empresa.

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uma série de ajustes, mudanças e me­lho­rias para obter tal resulta­ do. Manter essas recertificações nos confirma que vale o esfor­ ço de toda a equipe e que, prin­ cipalmente, estamos no cami­ nho certo. O intuito da Congraf é apresentar a melhor solução para os clien­tes, com procedimentos

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11 setembro /outubro 2013  REVISTA ABIGR AF


Ronaldo Baumgarten Jr. e Fernando Gabel, diretores da Baumgarten, com profissionais da Nilpeter e da Baumgarten no lançamento oficial da MO-5, em Bruxelas, na Bélgica

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Baumgarten é a primeira gráfica no mundo a receber nova impressora da Nilpeter

ma das mais modernas gráfi­ cas da América Latina, a Baum­ gar­ten, de Blumenau (SC), é a primeira empresa no mundo a adquirir a nova impressora MO‑5, produzida pela dinamarquesa Nilpeter. De acordo com infor­ mações da fabricante, o equipa­ mento possui tecnologia avan­ çada de controle e combinação de impressão offset com flexo, cold foil e laminação, pro­por­cio­ nan­do flexibilidade máxima em volumes, baixo custo de ferra­ mentas, redução nos prazos de entrega e desperdício mínimo. A MO‑5 foi lançada ofi­cial­men­te

no dia 24 de setembro, na aber­ tura da Label Expo, em Bruxelas, na Bélgica, maior feira in­ter­na­ cio­nal es­pe­cia­li­za­da no merca­ do de rótulos, contando com a presença de representantes da Baumgarten. Recentemente, Ronaldo Baumgarten Ju­nior, di­ retor-​­presidente da gráfica, es­ teve na fábrica da Nilpeter para ofi­cia­li­zar a compra da máquina, que será entregue após o térmi­ no da feira e deverá ini­ciar a im­ pressão de rótulos autoadesi­ vos e termoencolhíveis a partir de dezembro deste ano. www.baumgarten.com.br

Alphagraphics contrata diretor de marketing e vendas

Sérgio Freire assumiu no final

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de agosto a direção de mar­ke­ ting e vendas da Alphagraphics. Formado em Administração de Empresas, Freire é pós-​­gra­dua­do em Mar­ke­ting pela ESPM e possui MBA em Mar­ke­ting e Franchising pela FGV e Franchising University.

Atuan­do há mais de 15 anos no mercado de franchising, ele regis­ tra passagens pela Stella Barros Turismo, Fran’s Café, Unidas Rent a Car, Bon Grilê, Grupo Cherto e Not Guilty, além da Vanilla Caffé, da qual é fundador. www.alphagraphics.com.br

REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013

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Novo posicionamento da marca Chamex

om o slogan “É melhor pôr no Chamex”, a In­ter­na­tio­nal Pa­ per, líder mun­dial na produ­ ção de pa­péis para imprimir e escrever e embalagens, intro­ duziu no início de setembro o novo conceito da marca de pa­ péis Chamex, desenvolvido a partir de pesquisa com consu­ midores, que indicou a sua per­ cepção sobre a marca. “O obje­ tivo é ressaltar a su­pe­rio­ri­da­de na qualidade do Chamex e nos mantermos líderes de mercado

no segmento de papel. Cha­ mex é percebido como uma marca su­pe­rior em qualidade e praticidade, por isso a ideia de po­si­cio­ná-​­la como referên­ cia quando o assunto for pa­ pel. Ele é fácil de ser encon­ trado, pode ser utilizado em diversas si­tua­ções e é um pa­ pel que está com o consumi­ dor onde ele estiver e no qual ele pode con­f iar”, destaca o di­ retor co­mer­cial Nilson Cardoso. www.internationalpaper.com.br

Suzano recebe certificação FSC de manejo florestal

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s ­­áreas florestais da Suzano Papel e Celulose no sul do Ma­ ranhão receberam a certifica­ ção Forest Stewardship Council (FSC). São ao todo 71.745 hec­ tares — dos quais, 30,7 mil hec­ tares de área plantada, 38,7 mil hectares de área de preserva­ ção e 2,1 mil hectares de ­­áreas de in­fraes­tru­tu­ra — nos mu­ni­ cí­pios de Açailândia, Cidelândia, Davinópolis, Governador Edson Lobão, Imperatriz, São Francis­ co do Brejão, São Pedro d’Água Branca e Vila Nova dos Mar­tí­rios. Essas áreas ­­ abastecerão a pro­ dução de celulose nos primei­ ros anos de operação da nova

fábrica em Imperatriz. A certi­ ficação do Maranhão amplia a certificação florestal da Suzano, que já pos­suía 216.687 hectares de área total certificada na Bahia e 169.242 hectares de área total certificada em São Paulo. “Essa é uma importante conquista para a operação da nossa nova fábri­ ca. A partir de agora, vamos con­ centrar esforços na certificação da cadeia de custódia (a certi­ ficação da produção da celulo­ se), que é a próxima etapa desse processo”, explica Jorge Ema­ nuel Reis Cajazeira, diretor de re­ lações institucionais e certifica­ ções da Suzano Papel e Celulose.


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W+D recebe prêmio na Print 2013

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m meio a cerca de 600 em­ presas que expuseram seus pro­ dutos na Print 2013, rea­li­z a­d a no mês de setembro em Chi­ cago (EUA), a Winkler + Dün­ne­ bier teve seu estande po­si­cio­ na­d o dentro da área de mala direta/acabamento. Recebendo um grande número de visitantes, a empresa estima ter estabeleci­ do contato com 150 potenciais clien­tes, com perpectivas de fe­ chamento de ne­gó­cios a curto e médio prazos. Durante a fei­ ra, os técnicos da W+D fizeram demonstrações das novas solu­ ções digitais de impressão W+R Tiprint 4C front- ​­of-line, integra­ da à nova BB700 S2, com tecno­ logia multi-​­feed, dotada de siste­ ma de recuperação de inserção de mala direta e a recepção da Tiprint, bem como o sistema de recuperação Auto Mistach. Mas a estrela da festa foi a W+D 234 dL, que ganhou o prêmio “Must See Ems” (Vale a Pena Ver), con­ cedido aos produtos que mais chamaram a atenção no evento. Satisfeito com os resultados, An­ drew Schipke, vice-​­p residente de vendas e mar­ke­ting da W+D

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na América do Norte, afirmou: “Recebemos o prêmio “Must See Ems”, tivemos uma agenda inten­ sa de reuniões durante o show e geramos um número signi­ ficativo de clien­tes em po­ten­ cial de alta qualidade”. Executi­ vos alemães da W+D presentes à Print também se mostraram en­ tu­sias­ma­dos. Para Reinhard Gla­ de, vice-​­presidente de gestão de produtos para sistemas de inser­ ção e produção de correspon­ dência, a W+D continua a se po­si­ cio­nar como líder de tecnologia e soluções no segmento de inser­ ção e acabamento de mala dire­ ta e as nossas apresentações na

Print foram um sucesso notório”. Ernst Vormwald, vice-​­presidente de gestão de produtos para so­ luções de impressão e envelo­ pes, complementa: “Eu acredi­ to que a W+D está no caminho certo rumo ao sucesso, pois ne­ nhum concorrente da nossa ca­ tegoria de maquinário se igualou à nossa velocidade mais quali­ dade de impressão”. Finalizan­ do, Franck Eichhorn, diretor ge­ rente do grupo, declarou que “a estratégia da W+D de agregar valor ao envelope através de so­ luções integradas, como na im­ pressão digital, foi bem certeira”. www.w-​­d.de

Membros das equipes de vendas e de demonstração de tecnologia da W+D na Print 2013. (E/D) Kerry Helling, Aaron Suever, Martin Gerfen, Sven Weissoertel, Frank Brosch, Reinhard Glade, Oliver Rake, Bob Pitel, Chad Fergusson, Frank Eichhorn, Ernst August Vormwald, Achim Klum, Bow Smith, Andrew Schipke e Shaun Kilfoyle

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Tetra Pak comemora “FSC Friday”

Dedicado à celebração das florestas e à promoção do manejo florestal responsável, o evento ­anual “ FSC Friday” aconteceu no dia 27 de se­ tembro. Para comemorar a data, a Tetra Park anunciou que até agosto último já havia produzido no Brasil cinco bi­ lhões de embalagens com o selo FSC (Forest Stewardship Council). A expectativa é atin­ gir nove bilhões de embala­ gens impressas com o selo até o final do ano. Desde junho de 2008, as embalagens produzi­ das nas unidades da Tetra Pak em Ponta Grossa (PR) e Monte Mor (SP) utilizam papel certi­ ficado FSC fornecido pela Kla­ bin. De acordo com Fernando von Zuben, diretor de meio am­bien­te da Tetra Pak, a em­ presa está atenta a todo o ci­ clo de vida da embalagem e se empenha na educação dos públicos e na disseminação da importância da matéria-​ ­prima certificadora, do corre­ to manejo florestal e da pre­ servação da bio­di­ver­si­da­de. www.tetrapak.com.br



ENTREVISTA

Foto: Bel Pedrosa

Sônia Jardim

Mercado editorial se ajusta aos novos tempos A presidente do Snel fala sobre os desafios vividos pela entidade em tempos de reposicionamento e de adoção de modelos diferenciados de operações pelo segmento livreiro. Texto: Ada Caperuto

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lém de fomentar a política do livro e da leitura no País, o Sin­ dicato Na­c io­n al dos Editores de Livros (Snel) tem como fi­ nalidade o estudo e a coor­de­ na­ç ão das atividades editoriais, bem como a proteção e a representação legal da categoria de editores de livros e publicações culturais em todo o Brasil. Com mais de 70 anos de ati­ vidades, a entidade é presidida pela ca­r io­ca Sô­ nia Machado Jardim, filha e irmã de editores, neta e sobrinha de livreiros e vice-​­presidente do Grupo Edi­to­r ial Record. Sua primeira gestão no Snel começou em 2008, quando buscou dar continuidade às ações que considerou de maior importância na gestão an­te­r ior, como a apro­ ximação com as diversas entidades da classe edi­to­r ial. Agora, em seu segundo mandato, de malas prontas para a Feira do Livro de Frank­ furt, onde o Brasil será ho­me­na­gea­do, ela falou à Revista Abigraf sobre suas atuais propostas. Gra­dua­da em Engenharia Civil pela Univer­ sidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com

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es­pe­cia­li­za­ção em ne­gó­cios e mestrado em sua área de formação, ela ingressou no setor em 1995, como diretora administrativa-​­f inanceira da Record. Sônia faz parte da diretoria do Snel desde 1999, além de ter presidido o Instituto Pró-​­Livro (IPL) entre 2009 e 2011, sendo atual­ men­te vice-​­presidente da instituição. A senhora já está em sua segunda gestão à fren­ te do Snel. Quais foram as principais bandei­ ras em­preen­di­das em seu primeiro pe­r ío­do como presidente e quais são as atuais? No final do primeiro mandato, ficou claro para mim que a ação mais importante era acompa­ nhar a movimentação dos projetos de lei em andamento, nos diversos níveis do Legislati­ vo na­cio­nal. Graças a esse trabalho foi possí­ vel contribuir com as discussões do Projeto de Lei n º‒ 10.753/03, que altera a Política Na­cio­nal do Livro, e defender sua aprovação, já que a ini­ cia­ti­va parlamentar tem como objetivo atua­li­ zar a definição de produtos equiparados ao li­ vro. Dessa forma, amplia o rol dos produtos


isentos de impostos para incluir qualquer livro, seja em formato digital, magnético ou ótico. Também foi fundamental acompanhar e con­ tribuir com as discussões re­la­cio­na­das com al­ terações que buscam modificar a Lei do Direito Autoral. O Snel participou de modo ativo desse processo e encaminhou para o governo suas su­ gestões. Vamos acompanhar a versão que será levada ao Congresso Na­cio­nal. Esperamos que tenham sido incorporadas as nossas sugestões de proteção do autor e, consequentemente, do editor. Outro tema que destaco foi o trabalho em torno da chamada Lei das Bio­g ra­f ias, tanto no trâmite do projeto de lei no Congresso como com a ação de in­cons­ti­tu­cio­na ­l i­da­de junto ao Supremo Tribunal Federal. Neste campo, temos conversado com autores e editores es­pe­cia­li­za­ dos no tema e é voz unânime a necessidade de correção do Código Civil brasileiro no que tan­ ge ao direito à imagem e à necessidade da au­ torização prévia. Temos também a comemorar e dar prosseguimento com a nossa vi­to­r io­sa campanha contra a pirataria em conjunto com a As­so­cia­ção Brasileira de Direitos Reprográfi­ cos (ABDR). Destaco também a consolidação da Bie­nal In­ter­na­cio­nal do Livro do Rio de Janei­ ro, que é um sucesso incontestável de público. Qual é a sua ava­lia­ção da Bie­nal do Livro do Rio de Janeiro, que acaba de ser encerrada, em termos de público e vendas de livros? A Bie­nal In­ter­na­cio­nal do Livro do Rio de Ja­ neiro é um dos principais eventos culturais do País. O público do evento confirma isso: 660 mil pes­soas passaram pelo Rio­cen­tro entre 29 de agosto e 8 de setembro. Foram vendidos 3,5 milhões de exemplares, o que dá uma mé­ dia de 6,4 exemplares por comprador, um cres­ cimento relevante em relação ao número regis­ trado na edição an­te­r ior, 5,5. Em 2013, quando comemoramos 30 anos, tivemos na programa­ ção um número recorde de 163 autores brasilei­ ros e 25 estrangeiros — incluindo nove vindos do país ho­me­na­gea­do deste ano, a Alemanha. Os jovens tomaram conta da Bie­nal, não ape­ nas comprando livros, mas participando ativa­ mente dos debates, ou seja, isso é maravilho­ so para o setor porque é sinal de que estamos formando leitores. Em 2011, o Snel venceu ação ju­di­c ial contra o impedimento de cre­den­cia­men­to no Sistema de Reconhecimento e Controle das Operações com

Papel Imune. Em sua opi­nião, qual seria a me­ dida mais eficaz no combate ao uso indevido do papel imune? Temos grande preo­cu­pa­ção que os editores não sejam impedidos de usar o papel imune por con­ ta da burocracia. Acho que seria muito mais simples se este controle acontecesse no fabri­ cante ou revendedor. Dessa forma, seria um nú­ mero muito menor de empre­ sas a serem fiscalizadas do que no modelo ­atual.

É NECESSÁRIO CRIAR CONDIÇÕES PARA QUE A INDÚSTRIA GRÁFICA BRASILEIRA POSSA SER MAIS COMPETITIVA, REDUZINDO‑SE SEUS ENCARGOS E IMPOSTOS.

Como a senhora avalia o futu­ ro do livro impresso no Brasil e no mundo? Estamos no estágio ini­c ial da construção do mercado de e-​­­books no Brasil. A base de aparelhos de leitura ainda é pequena, então o livro ele­ trônico ainda não é uma rea­ li­da­de no Brasil. Acredito que os dois formatos de livro irão conviver, mas com os dispositivos eletrônicos móveis e compactos temos a opor­ tunidade de atrair um novo tipo de leitor. Este é o desafio que a indústria deverá enfrentar nos próximos anos. Como ­criar um modelo de ne­ gócio que remunere autor, editor e livreiro, que impeça a proliferação da pirataria e garanta a sobrevivência do setor. Em um território livre e globalizado como a internet, como preserva­ remos a indústria edi­to­r ial brasileira? Ques­ tões como essas devem per­mear as discussões para futuras políticas públicas e planos de livro e leitura. Não devemos permitir que as conquis­ tas que o setor obteve até agora percam conti­ nuidade ou sejam atropeladas pela tecnologia. Qual é a sua opi­nião sobre a importação de pro­ dutos impressos, principalmente livros (em es­ pe­c ial didáticos), que, em sua maioria, são os produzidos na China? Acho que como o mercado, desde 2004, não tem repassado para o consumidor os aumentos de seus custos, os editores estão com as margens muito apertadas. Daí a necessidade de buscar alternativas mais baratas de impressão e papel, sendo a China uma opção atrativa. Agora, com o aumento do dólar, esta alternativa perde um pouco de competitividade. Sem dúvida, é ne­ cessário c­ riar condições para que a indústria gráfica brasileira possa ser mais competitiva, reduzindo-​­se seus encargos e impostos.

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Marcello Grassmann 1

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ARTE

Sonhos, signos, sensações

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ida e obra de Marcello Grassmann, um artista ímpar, se mesclam de maneira positiva desde sempre. Mas determinam um só caminho: singularidade e emoção. Além dis­ so, com ironia, trazem um novo conceito de es­ tética nas figuras bizarras que, aparentemente, foram tiradas de iluminuras e gárgulas da Ida­ de Média. Porém, a rigor, são cria­ções únicas e atemporais porque saltam de visões fantásti­ cas que habitam cantos obscuros da alma, sem obe­d iên­cia a quaisquer regras. Foi no fim da década de 1940, na geração de artistas pós Segunda Guer­ra Mun­dial, vindo da pequena São Simão, cidade do in­te­r ior pau­ lista onde nasceu em 23 de setembro de 1925, que Marcello Grassmann despontou no cená­ rio cultural. A exposição “19 Pintores”, a “mos­ tra da esperança”, trouxe jovens artistas que representavam o “novo”, eram “modernos” — conceitos que, refletindo ten­dên­cias europeias, buscavam críticos e co­le­cio­na­do­res. Os “dezenovíssimos”, além de Grassmann, eram Aldemir Martins, Mário Gruber, Flávio Shiró, Lothar Charoux, Jorge Mori, Maria Leon­ ti­na e outros. Sem ainda conhecer o Abstrato, que teria forte presença em sua obra logo de­ pois, a maioria dos trabalhos trazia a marca do Ex­pres­sio­nis­mo. Mas a crítica não aplaudiu os supostos modernistas. De fato, eles não trou­ xeram nada novo, no máximo uma releitura do que já fa­ziam os colegas mais ex­pe­r ien­tes. Em­ bora não tenha merecido o justo registro da ex­ ceção, Grassmann foi, no grupo, o que real­men­te mostrou in­d i­v i­dua­li­da­de, inovação. Recusando o lugar comum, não fazendo caso às linguagens e suas seguidas revisões que determinaram as poé­ti­cas visuais da épo­ ca, Grassmann criou uma espécie de saí­da de emergência para escapar ao óbvio. Seu ateliê, um laboratório de pesquisas, deu vida a uma série de seres fantásticos, oníricos, som­brios. Ao nos sur­preen­der, tais figuras são capazes de revelar não apenas sentimentos apri­sio­na­dos, como, acima de tudo, de questionar a certeza de que beleza não é fundamental, como afirmou o poe­ta Vinicius de Mo­raes. Ou, pelo menos, incitar-​­nos a uma oportuna revisão do concei­ to de belo. A começar pela importância da cor.

“Eu tenho meus de­mô­nios e eles vêm à tona. Mas eu, pelo menos, os dispo em público”, disse Grassmann. O artista foi um contestador que não aceitou regras, escolas, ten­dên­cias, modas. E não tinha medo de criticar os que escolhe­ ram tais rumos. Ele provocava: “Fico imaginan­ do como serão os de­mô­nios dos concretistas, dos abstratos geo­mé­tri­cos, dos que só pintam linhas. Será que eles não têm pesadelos?”. Ainda bem jovem, depois de se encantar com as his­tó­rias em quadrinhos e ilustrações do francês Gustave Doré, Grassmann estudou fun­ dição, mecânica e entalhe em madeira na Esco­ la Pro­fis­sio­nal Masculina, no Brás, em São Pau­ lo. Pela mesma instituição de ensino passaram Volpi, Bonadei, Rebolo, Zanini e muitos outros artistas que, como ele, se con­sa­g ra­r iam mais tarde. Desse aprendizado, a partir dos 18 anos Grassmann começa a produzir xilogravuras. Foi ilustrador (crônicas e poe­mas da re­vo­lu­cio­ná­ ria Pagu) no “Suplemento Literário” do Diá­r io de S. Paulo e, também, em O Estado de S. Paulo. Em 1949 muda-​­se para o Rio de Janeiro, desenha para o Jornal do Estado da Gua­na­ba­ra. Orien­ta­do por Goel­d i, cursa gravura em metal e litografia no Liceu de Artes e Ofí­cios, como aluno de Henrique Oswald e Poty. Já no iní­ cio dos anos 1950, vai para Salvador (Bahia)

Como fruto de opressivos sonhos, nascem figuras metafóricas de um universo cinzento e estranho nos desenhos e gravuras de um iluminado criador. Sua arte perturba, inquieta, exige emoção. Ricardo Viveiros (ABCA, AICA)

1 Litografia 2 Xilogravura 3 Gravura em metal 4 Gravura em metal

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s imagens desta matéria fazem A parte do livro “Marcelo Grassmann” . Sesi-SP Editora Formato 25 × 23 cm 264 páginas

5 Desenho 6 Gravura em metal 7 Desenho 8 Xilogravura

trabalhar com Mário Cravo Jú­ nior. Em 1953, participa do Salão Na­cio­nal de Arte Moderna e con­ quista o Prêmio de Via­gem ao Ex­ te­r ior. Segue para Vie­na (Áustria) e estuda na Academia de Artes Aplicadas. Passa um tempo em Roma (Itália) e em Paris (França). Dedica-​­se ao desenho, litografia e gravura em metal, vivendo da venda de suas obras. Marcello Grassmann, que também foi professor e escultor (esboçou para Bruno Gior­g i), é um dos artistas plásticos bra­ sileiros mais pre­m ia­dos in­ter ­na­c io­nal­men­te. Seu acervo em xilogravuras, li­to­g ra­f ias e gra­ vuras em metal, 25 anos de trabalho, foi adqui­ rido, em 1969, pelo Governo do Estado de São Paulo e integra a coleção da Pinacoteca do Es­ tado, na capital. Em 1978, com a doa­ção pela família da casa em que o artista nasceu, em São Simão, o local é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Ar­ queo­ló­g i­co e Turístico do Estado de São Paulo (Con­dephaat). Depois de restaurado, torna-​­se

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GRÁFICA • ANO XXXV III • SETE MBRO

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ARTE & IN DÚSTRIA

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Xilogravura de Marcello Grassmann REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013

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um museu por ini­cia­ti­va da Secretaria de Cul­ tura, Ciên­c ia e Tecnologia do Estado. Grass­ mann tem seu talento também presente em vá­r ios livros, como Tratado descritivo do Brasil, de Ga­briel Soa­res de Souza, publicado pela So­ cie­da­de dos Cem Bi­blió­f i­los do Brasil, e 10 desenhos de Marcello Grassmann, editado pela Cul­ trix. A Sesi‑SP Editora lançou, em 2013, o livro Marcello Grassmann. O artista é um dos perso­ nagens do vídeo-​­documentário dirigido pelo crítico de arte Olívio Tavares de Araú­jo e pro­ duzido pelo Itaú Cultural em 2000, Gravura e gravadores. O artista morreu aos 87 anos de infecção generalizada, em São Paulo. “O moderno somos nós que fazemos. E eu ainda tenho muita coisa para dizer com a gra­ vura”. É verdade, Grassmann. Sua obra vai dizer eternamente . . . 7



FEIRA

Trinta mil profissionais participam da 27 -ª Office Brasil Escolar Mesmo menor, feira proporciona bons negócios e supera expectativas. Fabricantes de cadernos preveem bom desempenho no período “volta às aulas”.

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Texto: Tânia Galluzzi

segmento de papelaria mu­ dou. Faz tempo. E não há como imaginar que a principal feira do setor passaria ao largo des­ sa transformação. A Office Brasil Escolar 2013, Feira In­ter­na­cio­nal de Produtos para Pa­pe­la­r ias, Es­cri­tó­r ios e Escolas, encerrada no dia 22 de agosto em São Paulo, espelhou essa rea­li­da­de. Como nas prateleiras das lo­ jas, as mochilas e os mais va­r ia­dos aces­só­ rios ocuparam espaços nobres, onde antes brilhavam cadernos, agendas, lápis e cane­ tas. Tais produtos estavam na feira, apesar de ausências importantes como Tilibra, Cre­deal e Faber-​­Castell, porém os maiores estandes exi­biam outros itens.

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Há quem tenha visto vantagem nessa si­tua­ção. “Se melhorar estraga”, comemora­ va João Antonio Cor­nia­ni, gerente de ven­ das da São Domingos Indústria Gráfica, na tarde do dia 21. Segundo ele, no ano pas­ sado 1.300 pes­soas passaram pelo estande nos quatro dias do evento, enquanto nesta edição, somente nos dois primeiros dias, a São Domingos contabilizou 1.700 pes­soas. “Recebemos um público bem qualificado, gente de praticamente todos os estados”. Di­ ferentemente da edição an­te­r ior, a São Do­ mingos conseguiu também fechar pedidos na feira e espera um crescimento entre 7% e 10% no volume de vendas do “volta às au­ las” 2014 em relação a 2013. “Devemos fe­ char o ano com aumento de 10% em nos­ so faturamento”, afirmou João Cor­nia­ni. No terceiro dia da feira a Confetti tam­ bém registrava bons resultados. “A terça foi ex­cep­c io­nal­men­te boa e já conseguimos cumprir nossos objetivos”, disse Carlos Rettmann, presidente da empresa. Porém, o empresário lamentou o afastamento de expositores tradicionais, temendo que isso

possa ter reflexos negativos junto aos vi­ sitantes. Otimista em relação ao próximo ano, Rettmann acredita encerrar 2013 com crescimento na casa dos dois dígitos, in­ cluindo boas perspectivas no campo das exportações a partir dos recentes ajustes no valor da moe­da americana. Atual­men­ te, um terço dos cadernos e agendas da Confetti segue para o mercado externo. A presença dos fabricantes e revende­ dores de mochilas não incomodou Mari­ ci Foroni, diretora de mar­ke­ting da Foroni. “A papelaria tem de diversificar suas linhas e eles acabam trazendo mais clien­ tes para a feira”. Para a diretora, os resulta­ dos do evento neste ano devem equiparar-​ ­se a 2012, enquanto a expectativa é de um “volta às aulas” mais polpudo. “Lançamos nossa linha de agendas em maio e regis­ tramos um aumento de 23% nas vendas, com um bom incremento sobretudo junto ao público infantil”. Para Ivan Bignardi, diretor de mar­ke­ting do grupo Bignardi, fabricante dos cadernos Jandaia, a feira superou as expectativas,


pelas 235 empresas expositoras. Ele reco­ nhece a existência de um movimento pela mudança na data de rea­li­za­ção do evento por parte dos fabricantes de cadernos, mas indica que não há possibilidade. “Não há disponibilidade de local. Chegamos a ter uma data em abril, mas o mercado não acei­ tou. Temos de levar em conta que se trata de uma feira que envolve vá­r ios setores”. com visitação equivalente ao ano passado, mas concretização de ne­gó­cios bem acima do volume assinalado em 2012. O empre­ sário é um dos caderneiros que vêm plei­ teando junto à Francal, organizadora da Office Brasil Escolar, a antecipação da data do evento. “Vá­r ios fabricantes de cadernos têm adian­ta­do o lançamento de suas linhas para maio ou junho. Se a feira puder acom­ panhar essa mudança, há a possibilidade de resgatarmos seu papel como verdadeiro palco desses lançamentos”. A OPINIÃO DOS VAREJISTAS

Essa não é, contudo, uma demanda das pa­ pe­la­r ias, de acordo com Antonio Nogueira, presidente do Sindicato do Comercio Vare­ jista de Ma­te­r ial de Escritório e Papelaria de São Paulo e Re­g ião (Simpa-​­SP). “O mês de agosto continua a ser o mais adequado, tendo em vista que os produtos ne­go­c ia­ dos serão entregues em novembro, prepa­ rando a loja para o ‘volta às aulas’ ”. Se di­ vergem com relação ao pe­r ío­do do evento, o diretor da Bignardi e o presidente do Sim­ pa compartilham a opi­nião sobre as vendas

durante a feira. “A ausência de fabricantes tradicionais acabou dando ao varejista mais tempo para visitar os estandes e fazer boas ne­go­cia­ções. Mais do que um momento de confraternização, essa edição foi focada nos ne­gó­cios”, comentou Antonio Nogueira. Co­ laborou para isso, segundo ele, a manuten­ ção do acordo do Simpa com o governo es­ ta­dual, por meio da Secretaria da Fazenda, para a am­plia­ção em 30 dias do pagamen­ to do ICMS/ST, be­ne­f i­cian­do todos os com­ pradores que adquiriram produtos na feira junto a empresas expositoras que têm sede no Estado de São Paulo. Po­si­cio­nar a Office Brasil Escolar como uma feira de ne­gó­cios é uma bandeira an­ tiga da Francal. “Quem esteve na feira saiu satisfeito, tanto visitante quanto expositor. Recebemos compradores de todo o Brasil. Em nenhum outro lugar os fabricantes con­ seguem reunir-​­se com tantos profissionais do setor, do País inteiro, em apenas quatro dias”, afirmou Abdala Jamil Abdala, presi­ dente da Francal. Muitos desses comprado­ res foram atraí­dos pelas novidades em pro­ dutos e vantagens de ne­go­cia­ção oferecidas

Graphia viabiliza rodada de negócios com importadores Durante a Office Brasil Escolar 2013 as empresas integrantes do Graphia, parceria entre a Abigraf Na­cio­nal e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-​­Brasil), foram apresentadas a nove compradores internacionais, de seis paí­ses se­le­cio­na­dos, como parte do Projeto Comprador In­ter­na­cio­nal. Como o nome diz, além de promover visitas monitoradas aos estandes das empresas que integram o Graphia, todos os compradores rea­li­za­ram rodadas de ne­gó­cios com os participantes do projeto. Cria­do em 2003, o Graphia visa prospectar, po­ten­cia­li­zar e facilitar as transações comerciais do setor gráfico brasileiro com o mercado externo, desde então marcando presença na feira. Este ano a ini­cia­ti­va envolveu compradores de Portugal, Argentina, Ve­ne­zue­la, Gua­te­ma­la, El Salvador e Cuba.

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ENCONTRO

Cadeia produtiva discute tendências durante conferência de flexografia Em sua 4-ª edição, a Conferência Internacional de Flexografia registrou a presença de 400 profissionais dos segmentos de banda estreita, banda larga, papelão ondulado e conversão digital, representando toda a cadeia produtiva do setor.

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maior parte dos profissionais que estiveram nos dias 11 e 12 de setembro no Centro de Eventos Fecomércio, em São Paulo, foi composta pelos principais convertedores de embalagens flexíveis, rótulos e etiquetas e caixas de papelão ondulado de todas as re­g iões do País, incluindo empresas de paí­ses latino-​­a mericanos. O evento, rea ­l i­z a­do pela Abflexo e organizado e promovido pela Reed Exhi­bi­tions Alcantara Machado, revelou também um aumento significativo da qualificação do público, com um crescimento de cerca de 15% da presença de diretores e donos de empresas convertedoras. O presidente da As­so­cia­ção Técnica de Flexografia dos Estados Unidos (FTA‑USA) e de sua fundação (FFTA‑USA), Mark Cisternino, e o diretor de educação da fundação, Joe Tuccitto, ministraram a primeira palestra do evento, na manhã do dia 11 de setembro. Cisternino, que atua na FTA americana há 28 anos, falou sobre o a­ tual cenário da tecnologia flexográfica e ten­dên­cias de mar­ke­ting no mercado norte-​­americano, recapitulando as pautas abordadas no Fórum ­A nual de Flexografia FTA 2013. O que mais chamou a atenção dos participantes na apresentação de Cisternino e Tuccitto, que ministraram a palestra em conjunto, foi o levantamento de dados sobre as tec­no­lo­g ias e processos utilizados pelos convertedores e impressores as­so­ cia­dos da FTA nos EUA (80% dos respondentes), Canadá (10%), América Latina (5%) e restante do mundo (5%). Os resultados mostraram que as empresas estão REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013

bem comuns ao mercado brasileiro: necessidade de maior efi­ciên­ cia e redução de des­per­dí­cios. Entre as oportunidades apontadas pelos convertedores para aumentar a lucratividade e a efi­ciên­cia do processo estão: mais qualidade e redução de custos, uso de novas tec­no­lo­g ias, maior persistência na padronização da cor, foco na segurança alimentar, comunicação mais efi­cien­te durante todo o processo e maior controle dos processos produtivos. INOVAÇÕES

Das 20 palestras e três painéis de debates disponibilizados aos participantes — todos com foco em competitividade e sustentabilidade — vale destacar as inovaMark Cisternino, presidente da FTA-USA, fez a palestra de abertura ções em tintas, como o sistema crescendo acima do esperado nos últimos de nanodispersão utilizado nas tintas flecinco anos. Entre os participantes da pes- xográficas, apresentado pela empresa Waquisa, 72% indicaram crescimento de seus ter Re­vo­lu­t ion, que trazem alto poder de ne­gó­cios em 2012 (42% tiveram crescimen- adesão, baixo VOC e são livres de solvente to maior que 10%), 73% responderam que como di­fe­ren­cial competitivo; a tinta com registraram vendas acima de US$ 10 mi- ação an­ti­bac­te­r ia­na para embalagens, delhões e 49% venderam mais de US$ 20 mi- senvolvida pela Anjo Quí­m i­c a; e ainda o lhões. Os problemas mais enfrentados no novo sistema de cura UV LED apresentado dia a dia pela maioria dos entrevistados são pela empresa Mark Andy.


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LIVROS

Jovens alavancam as vendas na Bienal do Livro Rio Em onze dias, 660 mil pessoas foram ao Riocentro celebrar os 30 anos da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. Pela primeira vez, mais da metade desse público foi composta por jovens entre 15 e 29 anos.

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Fotos: Rafael Moraes

Texto: Tânia Galluzzi

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N

a XVI Bie­nal do Livro Rio, rea­ li­za­da entre 29 de agosto e 8 de setembro, o crescente in­ vestimento na programação cultural ofi­cial — R$ 5 milhões, 20% a mais que na edição an­te­r ior — levou ao Rio­cen­ tro um número recorde de 163 autores bra­ sileiros e 25 estrangeiros (incluindo nove vindos do país ho­me­na­gea­do deste ano, a Alemanha), além de 42 me­d ia­do­res. O re­ sultado, segundo os organizadores — Sindi­ cato Na­cio­nal dos Editores de Livros (Snel) e Fagga/GL Exhi­bi­tions —, foi um público total de 660 mil pes­soas, que participou dos debates culturais sobre os mais diver­ sos aspectos do universo do livro e pôde conhecer de perto seus ídolos li­te­rá­r ios. O número de visistantes desta edi­ ção foi menor do que em 2011, quando 670 mil pes­soas visitaram a Bie­nal, redução

creditada pelos organizadores ao fato de o fe­r ia­do de 7 de setembro ter caí­do no sá­ bado, tra­d i­cio­nal­men­te dia de maior mo­ vimento. As vendas, por outro lado, cres­ ceram, passando de 2,8 milhões de livros na edição an­te­r ior para 3,5 milhões nes­ ta, im­pul­sio­na­das pela forte presença dos jovens de 15 a 29 anos. Pela primeira vez eles representaram mais da metade do total de visitantes, passando de 46% para 51%. “Mais importante que o número de públi­ co em si é constatar que ele é formado de fato por leitores, cada vez mais íntimos do mundo das letras. A média de exemplares entre as pes­soas que compraram livros foi de 6,4, um crescimento relevante em rela­ ção ao registrado na edição an­te­r ior, 5,5”, afirmou Sônia Jardim, presidente do Snel. O público comprador passou de 76% para 82% dos visitantes.


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No Encontro com Autores, Thalita Rebouças, com a mediadora Celina Portocarrero (D), conversa com o público jovem

20 anos Os melhores papéis nacionais e importados ■

A jornalista americana Mary Gabriel, autora da biografia de Marx, na sessão “Boemia, vida familiar e revolução”, discutiu o tema com (E/D) Andrew Miller e o historiador brasileiro Daniel Aarão Reis, especialistas em revolução. À direita, o mediador Felipe Pena

O ENTUSIASMO DOS JOVENS

Um exemplo do interesse dos jovens pelo livro aconteceu no primeiro final de sema­ na. No começo da manhã do sábado, dia 31, mais de mil fãs aguardavam pela chegada do romancista Nicholas Sparks, um dos au­ tores mais lidos no mundo hoje. O encon­ tro, previsto para durar das 12 às 14 ho­ ras, começou antes do horário marcado e se estendeu até o fim da tarde. Em um cli­ ma de euforia, cerca de dois mil leitores saí­ram do Rio­cen­t ro com autógrafos em exemplares de best-​­sellers como Noites de tormenta, A última música, Que­r i­do John e Diá­r io de uma paixão. Arthur Repsold, presidente da GL Events Brasil, holding da qual faz parte a Fagga/GL Exhi­bi­tions, ressaltou o envolvi­ mento do público. “Cerca de 30 mil pes­soas estiveram em espaços como Café Literário, Mulher e Ponto, Placar Literário, Acampa­ mento na Bie­nal e Planeta Ziraldo, além das

pres­ti­gia­das sessões do Conexão Jovem e do Encontro com Autores nos auditórios, lotan­ do as sessões, o que é uma grande satisfa­ ção”. Por meio da visitação escolar, com dias reservados para que alunos da rede pública pudessem conhecer o evento, 145 mil estu­ dantes estiveram na Bie­nal, que também recebeu 2.300 autores cre­den­cia­dos, 97 mil professores e 37 mil profissionais do livro. Pela primeira vez, a Bie­nal do Livro Rio contou com o Salão de Ne­gó­cios, que, aten­ dendo a uma demanda de mercado, levou aos três primeiros dias do evento agentes li­te­rá­r ios e profissionais do livro de diver­ sos paí­ses como Estados Unidos, Alema­ nha, Canadá, Chile e Gana em encontros movimentados. A ex­pe­r iên­cia, na visão de todos os participantes, foi muito positiva. A ideia dos organizadores é que a ação cres­ ça e se consolide nos próximos anos. A XVII Bie­nal do Livro Rio já tem data: acontecerá entre 20 e 30 de agosto de 2015.

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setembro /outubro 2013  REVISTA ABIGR AF

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EMBALAGENS

Organizadores da Interpack apresentam as novidades para 2014 AMPLIANDO O DEBATE

Nova edição da maior feira mundial de embalagens pretende identificar oportunidades no médio e longo prazos e mostrar como preservar a competitividade do setor.

O

28

s segmentos de bebidas, alimentos e far­ma­cêu­t i­co se­ rão os principais motores da indústria de embalagens nos próximos anos. Quem afirma isso é Bernd Jablono­ wski, diretor da Interpack, maior feira do setor no mundo. Du­ rante evento rea­l i­za­do em 27 de setembro no hotel Grand Hyatt São Paulo, zona sul da capital paulista, o dirigente apresentou as principais novidades da edição de 2014, marcada para os dias 8 a 14 de maio em Düsseldorf, na Alemanha. Considerados os parâmetros para inovações e ten­dên­cias em embalagens, a Interpack pretende mostrar como aproveitar as mu­ danças nos hábitos de consumo e as oportunidades atreladas a essa transformação. “Quan­do um país se desenvolve, as pes­soas tendem a utilizar mais produtos in­dus­tria­l i­za­dos, como os re­mé­ dios, por exemplo. Isso mostra o efeito das mudanças no setor”, ressalta. Consequentemente, surgem outros fatores determinan­ tes para a vida útil de um produto, como a qualidade da embala­ gem. Segundo o executivo, quanto maior a população idosa, mais forte será a demanda por itens far­ma­cêu­ti­cos e maior será a co­ brança por embalagens cada vez melhores. Os produtos ali­men­ tí­cios também trazem boas oportunidades de crescimento. Além de ser uma maneira de atender a demanda, investir em embala­ gens de alimentos é evitar seu desperdício. “Trata-​­se de uma ques­ tão fundamental para reduzirmos as perdas de alimentos na in­ dústria”, sa­l ien­ta Jablonowski. De acordo com a VDMA (Verband Deutscher Maschinen-​­und Anlagenbau — as­so­cia­ção alemã das in­dús­t rias de máquinas), uma das maiores as­so­c ia­ções indus­ triais na Europa, o mercado de embalagens de bebidas, alimen­ tos e produtos far­ma­cêu­ti­cos no Brasil crescerá 11,1% até 2017. REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013

A grande procura por um espaço nos 19 pavilhões que comporão a Interpack 2014 fez com que os organizadores aumentassem os espaços para a discussão de assuntos pertinentes ao setor. Parale­ lamente aos três primeiros dias da feira — entre 8 e 10 de maio — será rea­li­za­do o Components for Processing and Packaging [Com­ ponentes para Processamento e Embalagem, em tradução livre], evento que reunirá empresas que oferecem tecnologia motriz, de controle e sensores, produtos para tratamento in­dus­trial de ima­ gens e sistemas de automatização para máquinas embaladoras, entre outros, no Congress Center Süd (CCD Süd), pavilhão muni­ cipal de Düsseldorf. No mesmo local, em 7 de maio, haverá a con­ ferência “Save Food”, que am­plia­rá a discussão sobre as perdas de alimentos em nível global com organizações empresariais e sem fins lucrativos. Em parceria com a Organização das Nações Uni­ das para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Messe Düsseldorf e apoio do Programa Am­bien­tal das Nações Unidas (Unep), a ini­ cia­ti­va foi lançada na última edição da Interpack, em 2011, e teve uma grande aceitação dos visitantes, rea­cen­den­do o debate sobre o desperdício de alimentos na mídia es­pe­cia­li­za­da. Esse também será o tema da mostra es­pe­cial In­no­va­tionParc Packaging (IPP), em que empresas de design, embalagem e da indústria mecânica poderão apresentar suas soluções para o problema. Outro assunto de destaque em 2011 que volta a ter espaço é a Metal Packaging Plaza, que servirá como um ponto de encontro para os representantes do setor de embalagens metálicas e seus fornecedores. A expectativa dos organizadores não poderia ser melhor. São esperados 2.700 expositores, de 59 paí­ses, das áreas ­­ de alimentos e bebidas, doces e panificação, produtos far­ma­cêu­ ti­cos e serviços re­la­cio­na­dos. Os visitantes da última edição, a título de comparação, foram 165 mil, dos quais 84% estavam envolvidos em processos de decisão. INTERPACK www.interpack.com


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Qualidade premiada em oito capitais Cerca de 3.300 pessoas acompanharam as solenidades de entrega dos prêmios de excelência gráfica em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Vitória, realizadas de junho a setembro. Os 281 trabalhos premiados estão automaticamente inscritos para concorrerem ao 23-º Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini no dia 26 de novembro, em São Paulo.

PRÊMIOS DE EXCELÊNCIA GRÁFICA NOS ESTADOS – 2013 ESTADO/REGIÃO

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DF

ES

GO

MG

PR

PE (NE)

RS

RJ

Data

15.8

20.7

22.8

5.7

28.6

30.8

26.7

27.9

Público

600

200

200

300

800

400

500

300

Gráficas participantes

20

11

11

35

50

56 ³

49

31

Categorias

30

29

25

34

50

43

44

37

Peças inscritas

261

250

167

387

613

540

514

475

Gráficas premiadas

8

7

7

16

19

17

23

15

Número de prêmios

26 ¹

27

17 ²

37

50

43

44

37

¹ Foram entregues outros 2 prêmios para agência e designer ² Foram entregues outros 8 prêmios para agências de publicidade ³ Inclui a participação dos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe

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DISTRITO FEDERAL

14-º Prêmio de Excelência Gráfica Jorge Salim

(E/D): O vice‑governador do DF, Tadeu Filippelli, com o 1-º vice‑presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), José Luiz Diaz Fernandez, e o presidente do Sindigraf‑DF, João Ferreira dos Santos

C

ria­do em 1999 pela Abigraf Regional-DF e pelo Sindicato das Indústrias Gráficas do Distrito Federal (Sindigraf-DF), com a proposta de divulgar a excelência dos trabalhos gráficos produzidos no Distrito Federal, o Prêmio Jorge Salim foi o primeiro a ser organizado por uma re­g io­nal da Abigraf fora de São Paulo, oito anos após o lançamento da pre­mia­ção na capital paulista em 1991. Pres­t i­g ia­d a por cerca de 600 pes­soas, em sua décima-​­quarta edição a festa de entrega do Prêmio Jorge Salim ocorreu no Unique Palace, em Brasília, no dia 15 de agosto. Participaram 261 trabalhos produzidos por 20 grá-

ficas do Distrito Federal e do Entorno, concorrendo em 30 ca­te­go­r ias. Foram dis­tri­buí­dos 26 tro­féus para 8 gráficas, em uma disputa equilibradíssima. Maior ganhadora, a Positiva conquistou 7 prê­ mios, tendo nos seus calcanhares a Athalaia e a Coronário, com 6 tro­féus cada uma. Concentrando um número cada vez maior e mais qualificado de convidados, com a presença de em­pre­sá­r ios gráficos, clien­tes, jornalistas, pu­bli­ci­tá­ rios, fornecedores, parlamentares e autoridades dos governos federal e local, o evento deste ano homenageou Johannes Gutenberg com o tema “Dos tipos móveis à era digital”.

Gráficas premiadas 7 prêmios: Positiva ◆ 6 prêmios: Athalaia e Coronário ◆ 2 prêmios: GH e Meta ◆ 1 prêmio: Cidade, Gravomatic, HMP e Pap Olivieri Prêmios Especiais Agência de Publicidade do Ano: HMP Comunicação ◆ Designer Gráfica do Ano: Patrícia Meschick ◆ Homenagens Especiais: Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Imprensa Nacional e Sebrae Fornecedores premiados 1 prêmio: Bottcher, DF Papéis, Goethe, Huber-​­Hostmann, KGP , Kodak, Manroland, Melo Distribuidora, Müller Martini, PhotoImage e Suzano

NÚMEROS DO PRÊMIO – 2013 Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos

20 261 8 26

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ESPÍRITO SANTO

5-º Prêmio José de Anchieta de Excelência Gráfica

(E/D): Antônio Stutz e Sean Máximo, da Konica Minolta; João Depizzol e Tullio Samorini, respectivamente presidente e vice‑presidente do Siges e Abigraf‑ES

M

ais de 200 pes­soas, representando 62 empresas e entidades, além de autoridades, estiveram presentes na noite de 20 de julho, no MS Buffet, em Vitória, para a cerimônia de entrega do 5º‒ Prêmio José de An­chie­ta, rea­li­za­do pelo Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Espírito Santo (Siges) em parceria com a Abigraf Regional-ES. Neste ano foram inscritos 250 trabalhos de 11 empresas as­so­cia­d as, que concorreram em 29 ca­te­go­r ias. Na disputa pelo primeiro lugar, prevaleceu a Grafitusa, com 10 tro­féus, seguida muito de perto pela GSA, que recebeu 9 prê­m ios. No total foram concedidos 27 prê­mios, para 7 empresas.

“Foi pre­mia­do o que existe de melhor em produtos impressos e pudemos mostrar que as empresas do Estado estão entre as melhores do País”, declarou João Depizzol, presidente do Siges. Os vencedores são determinados após análise técnica por es­pe­cia­lis­tas da As­so­cia­ção Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), em São Paulo. “Os nomes dos vencedores foram en­v ia­dos em envelopes lacrados, abertos apenas na cerimônia de pre­mia­ção. Essa foi a forma que encontramos de garantir lisura na ação”, afirmou a executiva do Siges, Rosane Rossi. A cerimônia encerrou a programação do 2 º‒ Encontro da Indústria Gráfica do Espírito Santo.

Gráficas premiadas 10 prêmios: Grafitusa ◆ 9 prêmios: GSA ◆ 3 prêmios: Scribo ◆ 2 prêmios: Lisboa ◆ 1 prêmio: Aymorés, Ingral e Jep Fornecedores premiados 1 prêmio: Canon (Office Total), Flexpel, Heidelberg, IBF , SPP-​­K SR e Sun Chemical

NÚMEROS DO PRÊMIO – 2013

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Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos

11 250 7 27 

REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013


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GOIÁS

9-º Prêmio Aquino Porto de Excelência Gráfica Criação e Produção

(E/D): Renan Guilherme, diretor da Poligrafica; Pedro Alves, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás; Pedro de Sousa Cunha Jr., diretor da Poligrafica e Wanderson Portugal, diretor técnico do Sebrae‑GO

O

Prêmio Aquino Porto se distingue dos demais prê­m ios de excelência gráfica rea­li­z a­dos nos outros estados, pois seu regulamento estabelece, além de 17 ca­te­go­r ias destinadas às gráficas, outras 8 dedicadas às agên­cias de publi­ cidade. Organizada pela Abigraf Re­gio­nal Goiás e pelo Sindicato das In­dús­trias Grá­ ficas do Estado de Goiás (Sigego) e reali­ zada no dia 22 de agosto, a exemplo dos anos an­te­r io­res a solenidade de pre­mia­ ção aconteceu na Casa da Indústria, em Goiânia, e contou com a presença de cerca

Gráficas premiadas 5 prêmios: Formato e Art3/Suprimax ◆ 3 prêmios: Poligráfica ◆ 1 prêmio: Amparo, CIR , Funap/Cegraf e Única Agências premiadas 2 prêmios: Ascom/Fieg e Cannes ◆ 1 prêmio: Bertoni, Concentração de Ideias, Marcos Vinicius Naves e Pagu Fornecedores premiados 1 prêmio: Agfa, Bottcher, Cromos, Fotogravura Bandeirante, Heidelberg, SPP-KSR e Tok Final

NÚMEROS DO PRÊMIO – 2013

34

Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos

11 167 7 17

Agências participantes Trabalhos inscritos Agências premiadas Prêmios concedidos

18 120 6 8

REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013

Antonio de Sousa Almeida, presidente da Abigraf‑GO e do Sigego

de 200 convidados. Entre as gráficas, 11 empresas participaram inscrevendo 167 trabalhos. Sete delas foram pre­m ia­d as, recebendo ao todo 17 tro­féus, com a For­ mato e a Art3/Suprimax dividindo o pri­ meiro lugar, ganhando 5 prê­m ios cada uma. As oito ca­te­go­r ias voltadas para as agên­cias foram disputadas por 120 tra­ balhos inscritos por 18 empresas, das quais seis ficaram com os tro­féus, com pequena vantagem para a Ascom/Fieg e Cannes que sobrepujaram as demais conquistando dois prê­m ios cada uma.


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MINAS GERAIS

9-º Prêmio Mineiro de Excelência Gráfica Cícero

U

Reinaldo Espinosa, presidente da ABTG; Rafael Pena, gerente comercial da Rona, que levou os 3 troféus Grand Prix; Hélio Faria, presidente do conselho de comunicação da ACMinas; e Vicente de Paula Aleixo Dias, presidente da Abigraf‑MG e do Sigemg

m reconhecimento ao talento, à cria­t i­v i­d a­de e, principalmente, ao trabalho sério desenvolvido por todos aqueles engajados na valorização da indústria gráfica mineira e brasileira. Assim foi a cerimônia do 9 º‒ Prêmio Cícero, rea­l i­za­da em 5 de julho, no Clube dos Oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais, em Belo Horizonte, assistida por mais de 300 pes­soas. A pre­m ia­ç ão foi disputada por 35 empresas, que inscreveram 387 trabalhos, em 37 ca­te­go­r ias. Na abertura foi prestada uma homenagem, com pedido de orações, para o primeiro vice-​­presidente da Abigraf-MG e Sigemg, David Lara. Ausente do evento por motivo de saú­de, infelizmente o empresário veio a falecer no dia 4 de agosto. Na entrega dos prê­mios, 16 empresas

festejaram a conquista de 37 tro­féus. O primeiro lugar ficou com a Rona, que recebeu 12 prê­mios, feito ainda mais valorizado por incluir três Grand Prix, nas ca­te­go­r ias de melhor impressão, melhor acabamento edi­to­r ial e melhor acabamento cartotécnico. O segundo posto foi ocupado pela Ta­móios, com 7 tro­féus. Referindo-​­se à importância do evento, Vicente de Paula Aleixo Dias, presidente da Abigraf Regional-MG e do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de Minas Gerais (Sigemg), entidades responsáveis pela ini­cia­ti­va, afirmou: “A nona edição do Prêmio Cícero vem, de alguma forma, mostrar a valorização que teve a pre­ mia­ção desde a primeira vez que foi rea­ li­za­da até hoje e o quanto evo­luí­mos na qualidade gráfica desde então”.

Gráficas premiadas 12 prêmios: Rona ◆ 7 prêmios: Tamóios ◆ 2 prêmios: Bigráfica, Companhia da Cor, Primacor e Rede ◆ 1 prêmio: 101, DI , Formato, Grafam, Halt, Imprimaset, O Lutador, Premier, Ready e TCS Fornecedores premiados 2 prêmios: Heidelberg e Kodak ◆ 1 prêmio: Encapa, Forgraf, IBF , Plastific e Sun Chemical

NÚMEROS DO PRÊMIO – 2013 Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos

35 387 16 37

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PARANÁ

Fotos: Amarildo Henning

11-º Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho

(E/D) Vicente Linares, da Corgraf, grande vencedora do ano; Jair Leite, presidente do Sigep; Edson Campagnolo, presidente do Sistema Fiep, e Sidney Paciornik, presidente da Abigraf‑PR

N

Gráficas premiadas 13 prêmios: Corgraf ◆ 9 prêmios: Posigraf ◆ 3 prêmios: MúltiplaBR e Ótima ◆ 2 prêmios: Capital, Exklusiva, Fotolaser, Hellograf, Ipê, Midiograf e Nova Gráfica ◆ 1 prêmio: Belton, Comunicare, DP Studio, Grafset, Kingraf, Lisegraff, Magistral e Tuicial Fornecedores premiados 3 prêmios: Rio Branco ◆ 2 prêmios: Heidelberg e Quimagraf ◆ 1 prêmio: Agfa, Alphaprint, Colacril, Copygraf, Intenções, Kodak, Overlake, Sun Chemical e WG

a maior de todas as suas edições, o 11º‒ Prêmio Oscar Schrappe Sobri­ nho foi disputado por 613 produtos, ins­ critos por 50 gráficas em 50 ca­te­go­r ias, um recorde em toda a história da pre­ mia­ção. Foram dis­t ri­buí­dos 50 tro­féus para 19 gráficas, com destaque para a Corgraf, de Colombo, re­g ião metropoli­ tana de Curitiba, que ganhou em 13 ca­ te­go­r ias, seguida pela Posigraf, com 9 tro­féus. Acompanhada por mais de 800 convidados, a cerimônia foi rea­li­za­da no Espaço Torres, na capital pa­ra­naen­se, na noite de 28 de junho. “As empresas pre­ cisam se reinventar, procurar soluções e melhorar seus produtos para superar

todas as adversidades. E a evolução do Prêmio confirma que estão neste cami­ nho”, ressalta Sidney Pa­cior­nik, presiden­ te da Abigraf-­PR . A evolução também foi destacada por Jair Leite, presidente do Si­ gep: “A pre­mia­ção é hoje um patrimônio do setor gráfico pa­ra­naen­se ( . . .) porque simboliza todos os avanços em qualida­ de e inovação, ne­ces­sá­r ios para manter as empresas competitivas”. Precedendo o início da solenidade, foi lançado ofi­ cial­men­te o livro comemorativo dos 70 anos do Sindicato das In­dús­trias Gráfi­ cas do Estado do Paraná (Sigep), entida­ de promotora do evento juntamente com a Abigraf Re­g io­nal Paraná.

NÚMEROS DO PRÊMIO – 2013

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Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos

50 613 19 50 

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NORDESTE

5-º Prêmio Nordeste de Excelência Gráfica José Cândido Cordeiro

(E/D): Luizandes Barreto, diretor administrativo do Sindusgraf/Abigraf‑PE; Valdézio Figueiredo, presidente do Sindusgraf‑PE; Jorge Corte Real, presidente da Fiepe e deputado federal; Eduardo Mota, presidente da Abigraf‑PE; e Mário César Martins de Camargo, vice‑presidente da Fiesp e diretor da Gráfica Bandeirantes

P

romovida por sete Abigrafs Regionais do Nordeste e o Sindicato das In­dús­t rias Gráficas do Estado de Pernambuco (Sindusgraf), realizou-​­se na noite de 30 de agosto, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, a solenidade de entrega do 5 º‒ Prêmio José Cândido Cordeiro, acompanhada por cerca de 400 pes­soas. Concorreram à pre­ mia­ção 540 peças, inscritas por 56 empresas em 43 ca­te­go­r ias. Com o apoio e participação dos estados de Ala­goas, Cea­rá, Pa­raí­ba, Pernambuco, ­Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, o prêmio alcança grande repercussão e representa

Gráficas premiadas 7 prêmios: Provisual (PE ) ◆ 6 prêmios: Art Cart (CE ) ◆ 4 prêmios: J. Andrade (SE ) e Kroma (PE ) ◆ 3 prêmios: CCS (PE ), JB (PB ) e MXM (PE ) ◆ 2 prêmios: Etiquetas Brasil (PE ), IGB (PE ) e Qualigraf (CE ) ◆ 1 prêmio: Composer (PE ), Diário de Pernambuco (PE ), Grafpel (AL ), Halley (PI ), Tiprogresso (CE ), Top (PE ) e Trigueiro (PE ) Fornecedores premiados 3 prêmios: Comercial Boa Vista ◆ 1 prêmio: SPP-​­K SR

NÚMEROS DO PRÊMIO – 2013

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Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos

56 540 17 43

REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013

o reconhecimento público às empresas gráficas da Re­g ião Nordeste por suas práticas di­fe­ren­cia­das de produção e gestão, traduzidas na qualidade dos seus produtos. O resultado dos trabalhos da comissão julgadora, composta por profissionais de todo o País, determinou a entrega de 43 prê­mios, divididos entre 17 empresas. A pernambucana Pro­ vi­sual foi a maior vencedora, com 7 prê­ mios, acompanhada de perto pela Art Cart, do Cea­rá, que conquistou 6 tro­féus. A novidade deste ano ficou por conta da transmissão da cerimônia da pre­mia­ção em tempo real pelo site do Sindusgraf.


RIO GRANDE DO SUL

9-º Prêmio Gaúcho de Excelência Gráfica

A

indústria gráfica do Rio Grande do Sul reuniu-​­se na noite de 26 de julho, no salão de festas da So­c ie­d a­de de Ginástica Porto Alegre (Sogipa) para a solenidade de entrega dos tro­féus do 9 º‒ Prêmio Gaú­cho de Excelência Gráfica, disputado por 514 trabalhos, inscritos por 49 empresas. Mais de 500 convidados viram 23 gráficas levarem para casa 44 tro­féus. A grande campeã foi a Pallotti, de São Leo­pol­do, que venceu em 9 ca­te­go­r ias, seguida pela Graf­d il e Lupagraf, com 5. O maior número de prê­m ios (29) ficou com 12 gráficas do in­te­r ior do Estado, e

o restante (15) de Porto Alegre. Mostrando-​­se im­pres­sio­na­do com a alta qualidade das peças concorrentes, Ângelo Gar­ bars­ki, presidente da Abigraf Re­gio­nal RS, promotora do evento, afirmou: “Foi muito legal a participação de todas as gráficas. Houve ganhadores de todos os portes e re­g iões do Estado, o que mostra que há lugar para todos nesta grande festa”. Pela primeira vez, a coor­de­na­ç ão do prêmio ficou a cargo da As­so­cia­ção Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) que também comandou o julgamento dos produtos e fez a auditoria das notas.

Gráficas premiadas 9 prêmios: Pallotti ◆ 5 prêmios: Grafdil e Lupagraf ◆ 3 prêmios: Impresul ◆ 2 prêmios: ANS , Grafiset e Hega ◆ 1 prêmio: Brazicolor, Centhury, Cometa, Comunicação Impressa, Degráfica, Gaúcha, Graffoluz, Ideograf, Jacuí, Portão, Rota, Rotermund, São Miguel, Tekne, UBEA e Zero Hora

NÚMEROS DO PRÊMIO – 2013 Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos

49 514 23 44

setembro /outubro 2013  REVISTA ABIGR AF

39


RIO DE JANEIRO

Fotos: André Telles

10-º Prêmio Werner Klatt de Excelência Gráfica

D

Gráficas premiadas 8 prêmios: Sol ◆ 4 prêmios: Holográfica e Onida ◆ 3 prêmios: Arte Criação, GM Minister e Stamppa ◆ 2 prêmios: DVZ , J. Di Giorgio e Nova Brasileira ◆ 1 prêmio: Casa da Moeda, Print Midia, Prosign, Radiográfica, Rio DG e Swing Fornecedores premiados 3 prêmios: Heidelberg e IBF ◆ 1 prêmio: Aliança do Livro, Epson, Registro Certo, Screen, Sun Chemical, Suzano e UV Graph

NÚMEROS DO PRÊMIO – 2013

40

Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos

31 475 15 37

REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013

ez anos promovendo e difundindo a qualidade na indústria gráfica fluminense. O Sindicato das Indústrias Gráficas do Município do Rio de Janeiro (Sigraf), a Abigraf Regional-RJ e a Fundação Gutenberg (Funguten), que promovem o evento, têm justificados motivos para orgulhar-​­se da trajetória de sucesso e reconhecimento do Prêmio Werner Klatt nessa primeira década de existência. Não há dúvidas quanto à sua maturidade e ressonância na­cio­nal: entre todos os prê­mios de excelência gráfica de todo o Brasil, é o único cujas peças foram expostas, por duas vezes, na Feira In­ter­ na­cio­nal do Design, em Milão, na Itália,

assim como é também o único a homenagear todos os demais prê­mios similares do País. A festa de pre­mia­ção ocorreu em 27 de setembro no Centro de Convenções da Firjan, no centro do Rio de Janeiro. Concorreram 475 peças inscritas por 31 gráficas, disputando as 37 ca­te­go­r ias. Cerca de 300 convidados viram e aplaudiram a entrega dos 37 tro­féus para 15 gráficas vencedoras. A grande campeã da noite foi a Sol Gráfica que conquistou oito tro­féus, seguida pela Holográfica e Onida com quatro prê­mios cada. En­t u­ sias­ma­do, o presidente do Sistema Sigraf/ Abigraf- RJ/Funguten, Carlos Augusto Di Gior­g io, comentou: “O prêmio cresce a cada ano porque tem um jeito ca­ rio­c a de ser. Simplesmente, temos o nosso jeito próprio de ser e nos orgulhamos disso. Temos certeza que o Prêmio Werner K latt ainda vai crescer muito. A indústria gráfica fluminense está de parabéns”.


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ECONOMIA Dados e informações: Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf Texto: Ada Caperuto

Os números da indústria gráfica mineira Dados do Decon/Abigraf revelam o perfil, o desempenho e a participação no contexto nacional do setor gráfico no Estado de Minas Gerais.

AGB Photo Library

O

Estado de Minas Gerais ocupa a terceira posição entre os mais ricos da Federação. É a mesma posição ocupada pelo estado no ranking das unidades com maior parque in­ dus­trial do Brasil, setor que representa qua­ se 36% do PIB mineiro, enquanto os servi­ ços con­tri­buem com 53% e a agro­pe­cuá­r ia com cerca de 11%. Uma análise elaborada pelo Centro de Estatística e Informações (CEI) da Fundação João Pinheiro revelou que o PIB es­ta­dual registrou crescimento da ordem de 2,3% na comparação 2011–2012. Segundo estado mais populoso do País, com 19,8 milhões de habitantes dis­tri­buí­dos em 853 mu­ni­cí­pios, Minas Gerais tem, de acor­ do com dados da As­so­cia­ção Mineira de Mu­ ni­cí­pios, acen­tua­das disparidades regionais em sua economia. A re­g ião central, onde se localiza Belo Horizonte, é aquela com maior número de habitantes: 6,97 milhões de pes­ soas (35,6% do total es­ta­dual). É também a mais próspera, responsável por 46,6% do PIB e 52,1% dos empregos formais. Nas demais re­g iões prevalece o setor de serviços na composição do PIB local,

seguido pela indústria e agro­pe­cuá­r ia. São elas: re­g ião da Mata (2,17 milhões de ha­ bitantes, 7,6% do PIB mineiro); Sul de Mi­ nas (2,59 milhões de habitantes, 12% do PIB); Triângulo Mineiro (1,5 milhão de habitantes, 11,2% do PIB); Alto Pa­ra­naí­ba (655,3 mil habitantes, 4% do PIB); Centro-​ ­Oeste (1,12 milhão de habitantes, 4,5% do PIB); No­roes­te de Minas (366,4 mil ha­ bitantes, 1,8% do PIB); Norte de Minas (1,61 milhão de habitantes, 4% do PIB); Jequitinhonha/Mucuri (100 mil habi­ tantes, 1,9% do PIB es­ta­dual); e Rio Doce (1,62 milhão de habitantes, 6,3% do PIB). INDÚSTRIA GRÁFICA

De acordo com os dados do Ministério do Trabalho (MTE/Rais) de 2011, o setor grá­ fico mineiro reú­ne 2.127 gráficas, que cor­ respondem a 10,4% das 20.527 existentes em todo o País e empregam 7,4% da mão-​ ­de-obra ocupada no setor, ou 16.464 dos 222.382 empregados gráficos de todo o território na­cio­nal. O valor da produção in­dus­trial gráfica de Minas Gerais em 2012 foi de R$ 1,8 bi­ lhão (Fonte: IBGE, com estimativa do De­ con/Abigraf). De 2010 para 2011, houve crescimento de 2% no número de gráficas e de 3% no emprego do setor no Estado, en­ quanto, no mesmo pe­río­do, a média de cres­ cimento na­cio­nal foi de 3% no número de empresas e de 1% do emprego (Tabela 1).

TABELA 1: ESTABELECIMENTOS GRÁFICOS E FUNCIONÁRIOS DA INDÚSTRIA GRÁFICA MINEIRA – 2010 E 2011 2010

% NO PERÍODO

MINAS GERAIS

BRASIL

PARTICIPAÇÃO

MINAS GERAIS

BRASIL

PARTICIPAÇÃO

MINAS GERAIS

Número de Estabelecimentos

2.088

20.007

10,44%

2.127

20.527

10,4%

2%

Número de Funcionários

15.993

220.796

7,24%

16.464

222.382

7,4%

3%

1%

7,7

11,0

7,7

10,8

1%

– 2%

Funcionários / Estabelecimento

42

2011

Fonte: MTE / Rais, 2011. Elaboração: Decon/Abigraf

REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013

BRASIL

3%


As gráficas mineiras são menores do que a média na­c io­n al: 84,4% empregam até 19 pes­soas. As que empregam entre 20 e 99 fun­cio­ná­r ios correspondem a apenas 6,1% do total. E somente 0,7% das empre­ sas gráficas mineiras têm mais de 100 fun­ cio­ná­r ios. Comparativamente, as gráficas com essas características no Brasil corres­ pondem a cerca de 1,4% do total (Figura 1). As micro e pequenas gráficas ofere­ cem mais da metade do emprego no setor no Estado de Minas Gerais. O porte mé­ dio das empresas é de 7,7 empregados por gráfica, enquanto a média na­cio­nal é de 11 empregados por empresa. Belo Horizonte é o município que concentra o maior con­ tingente de gráficas (550) e de mão de obra (4.964). Vale destacar o município de Juiz de Fora com média de aproximadamen­ te 18 empregados por gráfica (Tabela 2). Em relação ao comércio in­ter­na­cio­nal, os números da Secretaria de Comércio Ex­ te­r ior (Secex) do Ministério do Desenvol­ vimento, Indústria e Comércio Ex­te­r ior (MDIC) indicam que, historicamente, a ba­ lança co­mer­c ial do setor gráfico mineiro tem sido deficitária. Em 2012, as expor­ tações somaram US$ 2,1 milhões e as im­ portações US$ 24,4 milhões, resultando em saldo negativo (déficit) de US$ 22,3 mi­ lhões. A Tabela 3 descreve o histórico da balança co­mer­cial do Estado. Vale destacar que a média das importações de produtos gráficos por Minas Gerais nos últimos três anos foi de US$ 17,3 milhões.

FIGURA 1: MINAS GERAIS – DISTRIBUIÇÃO DO EMPREGO NA INDÚSTRIA GRÁFICA POR PORTE DE EMPRESA – 2011 250 ou mais De 100 a 249 De 50 a 99 De 20 a 49

0,1% 0,4% 0,6% 1,0% 1,1% 1,8% 5,0% 6,5% 84,4% 81,5%

Até 19 Nenhum

8,8% 8,8% ■ Brasil  ■ MInas

Fonte: MTE / Rais, 2011. Elaboração: Decon/Abigraf

TABELA 2: MINAS GERAIS – NÚMEROS DE EMPRESAS E EMPREGO NA INDÚSTRIA GRÁFICA POR MUNICÍPIO – 2011 ESTABELECIMENTOS

FUNCIONÁRIOS

FUNCIONÁRIOS/ ESTABELECIMENTOS

Belo Horizonte

550

4.964

9,0

Uberlândia

121

877

7,2

Contagem

116

1.460

12,6

Juiz de Fora

90

1.601

17,8

Montes Claros

62

245

4,0

Uberaba

55

502

9,1

Governador Valadares

40

129

3,2

Divinópolis

38

553

14,6

Sete Lagoas

38

153

4,0

Ipatinga

34

182

5,4

Outros Municípios

983

5.798

5,9

TOTAL

2.127

16.464

7,7

MUNICÍPIOS – MG

Fonte: MTE / Rais, 2011. Elaboração: Decon/Abigraf

FIGURAS 2 E 3: MINAS GERAIS – DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE GRÁFICAS E DO EMPREGO ENTRE OS MUNICÍPIOS – 2011 Gráficas por município

Belo Horizonte 26%

Funcionários por município

Uberlândia 6%

Belo Horizonte 30%

Contagem 6%

Outros 53%

Fonte: MTE / Rais, 2011. Elaboração: Decon/Abigraf

Juiz de Fora 4% Montes Claros 3% Uberaba 3%

Outros 42%

Juiz de Fora 10%

Contagem 9% Uberlândia 5% Uberaba Montes 3% Claros 3%

setembro /outubro 2013  REVISTA ABIGR AF

43


TABELA 3: VALORES CONSOLIDADOS ANUAIS DO COMÉRCIO EXTERIOR DA INDÚSTRIA GRÁFICA MINEIRA (DE 2007 A 2012) – FOB US$ MILHÕES ANO

EXPORTAÇÃO

VARIAÇÃO (%)

IMPORTAÇÃO

VARIAÇÃO (%)

SALDO COMERCIAL

2007

0,8

5,0

– 4,2

2008

0,8

9,0%

11,4

126,7%

– 10,5

2009

1,1

31,2%

8,6

– 24,0%

– 7,5

2010

1,1

– 4,4%

10,9

26,8%

– 9,9

2011

1,4

36,5%

16,5

50,6%

– 15,0

2012

2,1

43,0%

24,4

47,8%

– 22,3

Fonte: Secex/AliceWeb. Elaboração: Decon/Abigraf

REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013

grande po­ten­cial de crescimento, mas con­ tinua muito longe em relação a outros es­ tados. “O mercado pro­mo­cio­nal tem qua­ lidade, mas pouco volume. O edi­to­r ial é bem maduro e tem crescido com mais in­ tensidade nos últimos anos. Nosso desem­ penho nos últimos meses foi satisfatório. Podemos dizer que, se levarmos em consi­ deração a si­tua­ção econômica do momen­ to, foi bom. A confirmação disto é que não deixamos de fazer novos investimentos”, afirma. “Nos seis primeiros meses do ano, nossa empresa, que atua na área de emba­ lagens, sofreu com uma demanda decres­ cente por seus serviços, vindo a perceber um aquecimento nos pedidos nos últimos dois meses”, declara Geraldo Simões, dire­ tor da Gráfica e Editora Gemar, que tem 28 anos no mercado de Belo Horizonte. Solicitados a ava­l iar os principais pro­ blemas, em­pre­sá­r ios como Jean França, da Paulinelli, fazem uma análise de que, em um momento no qual a economia e as

FIGURA 4: BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS GRÁFICOS DO ESTADO DE MINAS GERAIS (2007 A 2012) 30

2,1

20

2,0

10

1,9

0

1,8

– 10

1,7

– 20

1,6

– 30

2007 2008 2009 2010 2011 2012 ■ Exportações  ■ Importações  ■ Saldo

Fonte: Secex/AliceWeb. Elaboração: Decon/Abigraf

Câmbio

1,5

Taxa Média do Câmbio

44

Os em­pre­sá­r ios do setor foram questiona­ dos sobre a ava­lia­ção que fazem da deman­ da em 2013 e as expectativas que nutrem para o próximo ano. Para alguns, como é o caso de Carlúcio Santos Rajão, diretor da Master For ­mu ­lá­r ios Con­t í­nuos, da capi­ tal, a si­tua­ção não poderia ser pior, mas é preciso levar em conta que este segmento foi muito afetado pela substituição das no­ tas fiscais há alguns anos. Igualmente em um nicho específico e fundada há quase 50 anos, a Guiatel S/A – Editores de Guias Telefônicos, também de Belo Horizonte, pro­ duz e distribui as Listas Telefônicas de Mi­ nas Gerais. “A demanda de serviço gráfico no pe­r ío­do de janeiro a agosto deste ano mostrou um crescimento de 5% em relação ao mesmo pe­r ío­do de 2012, principalmen­ te devido a contratos de impressão de guias telefônicos para terceiros”, informa Maria Ângela Passos Villefort, diretora de produ­ ção. “O foco da nossa gráfica, nos últimos anos, tem se mantido em torno da produ­ ção de materiais como livros, guias e apos­ tilas, ou seja, aqueles que exigem impres­ são em rotativa e/ou acabamento em cola e grampo, de modo a melhor aproveitarmos os equipamentos que a produção de listas telefônicas já requer. Assim, a demanda de serviços gráficos acompanha muito o setor edi­to­r ial”, acrescenta. Já para a Paulinelli Serviços Gráficos, que opera há 35 anos em Belo Horizon­ te, não houve crescimento. “Registramos uma demanda instável, com forte dese­ quilíbrio entre serviços, preços e prazos de produção”, declara o diretor Jean Fran­ ça. O gerente co­mer­cial da Rona Editora, Ra­fael Pena, também da capital, analisa que Minas tem uma indústria tímida, com

FOB US$ Milhões

REALIDADE DO DIA A DIA

diretrizes não estão definidas com clare­ za, todos os detalhes têm importância. “Temos que cuidar de um por um para conseguirmos os resultados”, diz. Geral­ do, da Gemar, afirma que a empresa so­ fre com a concorrência, não raro, predató­ ria. “Muitas vezes o empresário não sabe o custo que tem e faz algumas cotações de­ sesperadas para sobreviver. Temos tam­ bém a pressão de compradores por preços menores. Há, ainda, entraves para encon­ trar ou mesmo ­criar bons profissionais. Outra grande dificuldade não só de nossa empresa, mas de todas, é o alto custo da modernização, tão necessária para nossa sobrevivência”, enumera o diretor. Sobre expectativas futuras, a Rona Editora avalia que o quarto trimestre de­ verá ser bom. “No ano que vem, deve­ remos ter um primeiro semestre fraco podendo melhorar no segundo”, avalia Ra­ fael. Por ter voltado sua atua­ção para ou­ tros segmentos, a Guiatel tem expectativa de um crescimento em torno de 10% em relação a 2013, a partir de uma divulga­ ção e promoção específicas, voltadas para serviços de acabamento em cola e gram­ po. “Acredito que, apesar desse panorama sombrio, devemos estar perto do fim de mais um ciclo de incertezas e dificulda­ des. Nosso país não tem mais como ficar estagnado da maneira como está. Teremos que fazer alguma coisa para mudar essa si­ tua­ção e movimentarmos as engrenagens desta nação que precisa e pode crescer muito”, conclui Geraldo Simões.


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GESTÃO

Hamilton Terni Costa

Print 2013: eficiência, interatividade e inovação fazem o show

Compacta, mas complexa, a Print 2013, realizada em Chicago (EUA) de 8 a 12 de setembro, poderia ficar conhecida como a feira do workflow, mostrando a busca da redução de tempo e custo na produção com novos produtos e soluções.

T

Fotos: Oscar Einzig

odos os anos, um dia antes da abertura das feiras gráficas norte-​americanas (GraphExpo, anual­men­te, e Print, a cada quatro anos), participo de um seminário de dia inteiro chamado Executive Ou­tlook. É uma espécie de preparo e am­bien­t a­ção que se destaca não só pela abrangência de temas que apresenta, perspectivas e ten­dên­cias, mas também por sinalizar o que de relevante será apresentado na feira que abre no dia seguinte. Confesso que nos últimos anos ele não tem sido tão estimulante, mas o deste ano me surpreendeu. Primeiro pelo público, significativamente maior que em anos an­te­r io­res, possivelmente pela tônica da questão da adaptação do negócio gráfico

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em um mundo rapidamente digital e as novas possibilidades que se abrem com as impressões de eletrônicos e novas tec­no­lo­ gias de conexão com o mundo digital como “print re­cog­n i­t ion” e “smart sign” entre outras. Falaremos disso adian­te. A Print deste ano, ainda que ra­zoa­vel­ men­te menor que em anos an­te­r io­res e significativamente menor que as rea­li­za­das na década de 90, mostrou-​­se uma feira interessante, muito bem visitada, es­pe­cial­men­te nos seus primeiros três dias, com bom volume de ne­gó­cios, compacta mas complexa. Por ser menor permitia mais acesso às diferentes ofertas e proposições mostradas. Complexa, pois realçou que a busca de redução de tempo e custo na produção e novos produtos e soluções está na ordem do dia, dada a oferta de work­f lows e soft­wares com tarefas e soluções específicas, além de novas aplicações e novos mercados que se abrem. Montar o fluxo de trabalho mais adequado requer uma boa pesquisa e a clara definição de objetivos por parte da gráfica. A maioria dos grandes fabricantes de equipamentos vem aprimorando os seus fluxos e os

elevando em importância na sua gama de ofertas aos clien­tes. Alia­do a isso, vá­rios outros fabricantes de soft­wares vêm oferecendo soluções específicas. Como também os impressores cada vez mais trabalham com diferentes processos de produção e com diferentes equipamentos, é fundamental para o incremento da produtividade. Por tudo isso podemos denominar a Print 13 como a feira do work­f low. Interessante ver, por exemplo, a nova importância dada pela Xerox na utilização do XMPie como base para as aplicações em campanhas cross media e soluções de mar­ ke­ting, além do aprimoramento constante do seu FreeF­low, fluxo básico que vem se enriquecendo. O próprio estande da empresa, o maior da feira, mostrava claramente, no centro, as disposições e soluções de work­f low e as saí­das nos diversos tipos de equipamento que ficavam nas extremidades do estande, com destaque para a nova aquisição da empresa, a Impika, mostrando a forte inclinação da Xerox para o uso de jato de tinta, além de aprimoramentos na linha iGen, com a nova 150. A apresentação da Ricoh do seu TotalFlow e do seu Critical Com­mu­ni­ca­tion So­ lu­t ion para materiais altamente personalizados e de segurança chamou a atenção com um dos maiores estandes da feira, com soluções renovadas também em hard­ware para impressão monocromática e colorida e a linha de jatos de tinta da Infoprint. A integração do work­f low com diferentes soft­ wares de web-​­to-print, por exemplo, mostra a clara intenção de ser parte do fluxo ou ser o fluxo principal. Além de a Ricoh ter presença mun­d ial importante, a questão de suporte e consultoria ao clien­te está bem arraigada na cultura da IBM, a quem pertencia a InfoPrint. Se mantiverem essa pegada pode ser um fator di­fe­ren­cial. Da mesma forma está o SmartS­tream Pro­duc­tion Center da HP na alimentação de


suas máquinas em folhas ou bobinas ou a nova Indigo 10000. A HP, como vem acontecendo nas últimas feiras, tem seu estande sempre abarrotado, seja pelas soluções para rótulos e embalagens, em que predomina, seja para toda a gama de documentos comerciais e mercadológicos de alto nível. No caso das rotativas jato de tinta da linha T, foram mostradas novas instalações em clien­tes com bastante foco no edi­to­r ial. Nos Estados Unidos e na Europa a integração dessas rotativas é feita pela Pitney Bowes, em es­pe­cial nos fluxos de impressão de acabamento de documentos transacionais. A área de mailing apresentou novidades relevantes, lançadas na Drupa, para a produção automática de envelopes com impressão em cores, da Pitney e da Winkler + Dünnebier, com destaque para a aplicação de mensagens de marketing personalizadas. A W+D exibiu as suas soluções de impressão digital front-of-line em linha com sistema inteligente de inserção de mala direta. Ambas as empresas foram premiadas na Print com o “Must See Ems” por essas soluções. Ainda que com uma presença simbólica na feira, a Kodak segue aprimorando o seu fluxo Prinergy, agora na versão 6. A Konica Minolta que adota essa solução, pôde exibi-​­la em seu chamativo estande. E em conjunto com a Komori, ela mostrou o seu equipamento KM1, lançado na Drupa e já em co­mer­c ia ­l i­z a­ç ão, formato B2 (500 × 707 mm), com ampla repercussão. A Komori, a­ liás, uma das únicas com exposição de equipamento offset em folha, já que a Heidelberg decidiu não participar da feira, mostrou o que também é uma tendência: impressão com maior número de cores, aplicação foil a frio e saí­ da com cortes especiais, tudo em uma só passada de máquina. Estupendo! Tal como foi visto na feira alemã, começam a se consolidar os equipamentos jato de tinta em folha. A Canon, com o segundo maior estande da feira e total absorção da Océ, mostrou, ainda que de forma vir­ tual, a sua nova impressora Nia­ga­ra no formato B3 (353 × 500 mm). Vir­tual, pois só era possível vê-​­la com óculos 3D, mas com a promessa de imprimir até 3.500 folhas frente e verso coloridas nesse formato ou até 10 milhões de folhas tamanho carta, ao mês. Segundo eles com uma nova tinta que

poderá ser usada nos mais diferentes substratos. A conferir. Assim como estamos na espera da Ini­f is­tream, equipamento originalmente de bobina a folha, jato de tinta, para embalagens, da Océ, que foi mostrada à parte na Drupa, dentro de uma parceria com a Manroland. Toda a linha jato de tinta da Canon vai dar o que falar. Quan­to aos soft­wares para gestão, os chamados MIS (management in­for­ma­t ion systems) ou ERPs (enterprise resource planning), a EFI nada de braçada, dominando boa parte do mercado mun­dial em sistemas de orçamento e de PCP, mas há uma grande quantidade de empresas com soluções nessa área como Avanti, Meta Com­mu­ni­ca­tion e outras. Há para todos os gostos e bolsos. Fica aqui só a questão da integração com outros sistemas, item cada vez mais importante em qualquer processo de decisão. Em toda a área de soft­ware, por sinal, a questão do cloud computing — computação em nuvem — e as ofertas de SaaS (soft­ware as a service) estão cada vez mais presentes e tendem a uma dominação no mercado. Uma feira basicamente digital, dada a pouca presença de impressoras analógicas, a Print teve na oferta dos equipamentos de grande formato um dos fortes destaques, com aplicações das mais incríveis e cada vez mais cria­ti­v i­da­de. Desde a impressão em bolas de golfe e san­dá­lias até o fortíssimo crescimento da impressão em tecidos e das máquinas de grande porte para aplicações em vi­sua ­l i­z a­ção, sinalização e

decoração. Neste último item a impressão em cerâmica e ladrilhos, em que a EFI se destaca com a Cretaprint, mostra uma im­ pres­sio­nan­te tendência de crescimento e de oportunidades. Também da EFI destaco a aplicação jato de tinta para va­cuum forming nas mais va­ria­das peças plásticas, sem perda de cor e brilho. Interessante também notar que muitas gráficas comerciais começam a adotar equipamentos de grande formato para uso muito além de provas, am­ plian­do sua oferta em mercados nos quais antes não trabalhavam. No segmento de acabamentos segue a tendência dos diversos fabricantes na integração inline e offline automatizados para linhas de produção, sejam em livros, documentos, rótulos ou embalagens. A Riso, por exemplo, trouxe novos produtos, buscando dar mais dinamismo à sua produção em folhas. E a sur­preen­den­te MGI mostrou aplicações de UV em relevo espetaculares, em diferentes substratos, como parte de sua produção. Tão espetacular quanto a Scodix, que já tem equipamentos de maior velocidade para a aplicação de polímeros em cima da impressão digital em toner HP que permitem cria­ções também em relevo. Imaginar e fazer. O mundo está aberto. Falando nisso, o que mais me chamou a atenção desde o Executive Ou­t look que citei no início, foi mesmo a busca da relevância da impressão, ou seja, as aplicações que dão maior valor à impressão, crian­do destaques que as distingam do mundo digital, setembro /outubro 2013  REVISTA ABIGR AF

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em es­pe­cial apelando para o lado sen­so­rial, da visão, do tato e do cheiro, transmitin­ do toda uma nova ex­pe­r iên­cia para quem a recebe. Primeiro, a libertação do CMYK incorporando um maior espectro de cores para c­ riar mais efeitos visuais, incluindo também maior uso de tintas metálicas, fluo­res­cen­tes e iridescentes — que apare­ cem ou mudam de cor de acordo com o fa­ cho de luz que incida, como a luz negra. Ou mesmo na aplicação de estampagem metálica a quente ou frio, seja nas offsets ou em equipamentos digitais. No lado da interação com o mundo digi­ tal, uma série de novidades vem aparecen­ do, além das já bastante usadas como os có­ digos QR e a rea­li­da­de aumentada. Novas formas de códigos inseridos diretamente na impressão — os print re­cog­ni­tion — que permitem acessar ví­deos, sites e mensagens que podem ser alterados quando se queira. Assim como o smart sign, também da EFI, que acopla uma pequena câmera a um pôs­ ter ou banner e registra a face das pes­soas, en­v ian­do os dados a um soft­ware de con­ trole que permite dizer qual a atratividade daquele cartaz. Ou mesmo o chamado proximity mar­ke­ting, em que um cartaz ou out­ door emite sinais para aparelhos com Blue­ tooth, e até os smartphones que têm NFC — near ­f ield com­mu­ni­ca­tion —, permitindo a troca eletrônica de informações, só que ago­ ra o código também pode ser impresso, ge­ rando interatividade entre a propaganda e o receptor. É ou não a chegada do que se viu no filme Minority Report, com Tom Cruise?

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Mais um destaque foi, digamos, a for­ malização de uma nova categoria de pro­ dutos gráficos, a partir de nichos especí­ ficos. É a chamada impressão fun­c io­nal, que, na definição da InfoTrends é a depo­ sição digital de materiais para ­criar produ­ tos com fun­cio­na­li­da­des ativas e passivas, abrangendo a impressão de eletrônicos, desde as já muito conhecidas etiquetas de rádio frequência (RFID), mas, em es­pe­cial, impressões de membranas usadas em cir­ cuitos eletrônicos, painéis de instrumen­ tos, placas eletrônicas e muito mais. Já há pesquisas em andamento que permitirão a impressão de chiplets, chips microscópi­ cos aplicados a partir de impressoras la­ ser ou jatos de tinta para funções ativas em equipamentos ou membranas eletrô­ nicas. Faz parte também do nosso mundo, é impressão também . . . Essa é uma área relativamente nova e crescente. Olho nela. Por fim, só quero destacar alguns dos pre­mia­dos pelo Must See’Ems da feira. Essa é uma votação feita por mais de 160 es­pe­ cia­lis­tas internacionais sobre os produtos

Um grupo de pequenos gráficos de Brasília, levados pelo Sebrae, foi recepcionado no evento Latin America Day

REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013

e soluções que não podem deixar de se­ rem vistos no evento e muito usada de for­ ma pro­mo­cio­nal, claro, pelos vencedores. O interessante deste ano é que alguns dos vencedores de algumas das ca­te­go­r ias não são muito conhecidos, o que mostra o di­ namismo em uma indústria que permane­ ce importante. Por exemplo, na categoria de gestão de cor e controle de qualidade, a Masterwok apresentou um equipamento que verifica uma folha impressa em todos os seus aspectos de registro, tonalidade, có­ digos, o que seja, e elimina os que estão fora de padrão. A Printware, com seu equipa­ mento iJetPress Digital Inkjet Printer, ven­ cedora na categoria de Imprinting, Mailing, Shipping and Fullfillment com um equipa­ mento fun­cio­nal, e a AccuZip, que apresen­ tou o AccuTrace com LivingMail, um sis­ tema que permite o acompanhamento de cor­res­pon­dên­cias e remessa de pacotes nos quais podem ser agregadas mensagens de voz, de texto ou ví­deos de forma persona­ lizada. Para a lista completa dos vencedo­ res, acesse a página www.mustseems.com. Vale a pena conferir. Enfim, a Print 13 apresentou toda uma gama de novidades, confirmações de pro­ tótipos e suposições do que vem por aí. No ano passado, nesta revista, o título do meu artigo sobre a Drupa foi “A transição tecno­ lógica para uma indústria em transforma­ ção”. Para a Print 13 faço o seguinte aden­ do: a evolução da transição tecnológica para um indústria em plena reinvenção. Hamilton Terni Costa hternii@anconsulting. com.br, é diretor geral da ANconsulting, www.ansconsulting.com.br, ex-​­presidente da ABTG e um dos criadores e coordenadores do curso de pós-​­graduação em Gestão Inovadora da Empresa Gráfica na Faculdade Senai Theobaldo De Nigris, onde ministra as matérias de Gestão Estratégica e Mar­ke­ting Industrial.


GL Systems Certification

Printcor Matriz Printverniz Matriz Printcor Sul (11) 4066 3500 (11) 4343 7992 (51) 3470 6407 Goiás (62) 3290 5346

Mato Grosso (65) 3054 2050

Amazonas (92) 3184 2090

M. Grosso do Sul (67) 3042 5838

Bahia (71) 8853 9837

Minas Gerais (31) 3491 3234

Brasília (61) 3386 1749

Nordeste (81) 9847 4676

Curitiba (41) 9975 5526

Rio de Janeiro (21) 7758 5073

Espírito Santo (27) 3289 6029

Santa Catarina (47) 3426 3619


EDUCAÇÃO

Walter Vicioni Gonçalves

O que faz a diferença na formação profissional do Senai “Este pressuposto é o de que só é possível conhecer e compreender aquilo que nós mesmos fizemos, e sua aplicação à educação é tão primária como óbvia: consiste em substituir, na medida do possível, o aprendizado pelo fazer”. HANNAH ARENDT

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o final de setembro, precisei contratar os serviços de um eletricista para rea­li­z ar um pequeno conserto em minha casa. Enquanto ele trabalhava, eu o obser­ vei. Notei o cuidado com que fazia cada etapa do trabalho, como conservava o lo­ cal limpo e a arrumação dos seus instru­ mentos de trabalho. Apenas para confir­ mar, perguntei se ele tinha estudado no Senai e ele respondeu que sim, terminara seu curso em Ribeirão Preto.

Poucos dias depois, ao comentar sobre o que ocorrera, soube de outra ex­pe­r iên­ cia muito semelhante. Contaram-​­me que, durante a compra de uma peça de decora­ ção, o pro­fis­sio­nal responsável men­cio­na­ra que tinha con­c luí­do curso de ferramenta­ ria no Senai, na Grande São Paulo. Traba­ lhara como ferramenteiro durante algum tempo e, depois, tinha aberto seu próprio negócio, ficando responsável pela cria­ção, pelo design e pela fabricação de cada peça. Passara, então, a não mais aplicar o curso


Venha para a

de ferramentaria? Pelo contrário, respon­ dera ele. No planejamento do trabalho, no esmero de sua execução, na perfeição do acabamento das peças, em tudo se concre­ tizava o que aprendera. Essas são apenas duas ex­pe­r iên­c ias, que po­de­r iam chegar a centenas de milha­ res se escutássemos o relato de vida dos que, nos últimos setenta anos, con­c luí­ram cursos no Senai. O ingresso em uma de suas escolas não é apenas para dar ao jo­ vem condição de “ganhar um salário para comprar um tênis de marca” e, muito me­ nos, simplesmente para “tirá-​­lo da rua”, como dizem os que não conhecem o ensi­ no do Senai. O aluno que conclui o curso ganha uma identidade, torna-​­se um pro­ fis­sio­nal, um atributo que terá orgulho de ostentar durante toda a sua vida. A partir de então, pode mudar radicalmente sua tra­ jetória, conseguir emprego, uma promoção e até mesmo tornar-​­se dono de empresas, graças à formação que recebeu. Nessa formação, os instrutores de ofi­ cina têm um papel extremamente relevan­ te. São eles que recebem jovens, com a mis­ são de transformá-​­los em profissionais, ensinando-​­lhes a transição da teo­r ia para a prática do trabalho que exercerão, além de valores e atitudes. É então que os alunos percebem a beleza da peça que cons­troem, o seu poder de ­c riar. Percebem também o que há de mágico no processo produti­ vo de uma empresa in­dus­t rial, que rece­ be a matéria-​­prima e a converte num ali­ mento, num instrumento que um médico usa para salvar vidas, numa televisão que transmite no­tí­cias e lazer, numa casa para dar abrigo, ou seja, em tudo que os rodeia.

É claro que os instrutores não estão so­ zinhos. Precisam dos técnicos que elabo­ ram e atua­li­zam currículos e recursos didá­ ticos. Precisam da equipe administrativa, que faz registros dos alunos e todos os con­ troles administrativos e financeiros. Preci­ sam do corpo ge­ren­cial, que deve garantir a continuidade de seu trabalho e do cumpri­ mento da missão do Senai. É nessa ­união de instrutores, técnicos, fun­cio­ná­r ios ad­ ministrativos e gerentes que se efetivam as condições para a formação do aluno. É claro, também, que os instrutores precisam sempre atua ­l i­z ar seus conheci­ mentos e sua forma de trabalho, para ade­ quar seu ensino às novas tec­no­lo­g ias e às novas formas de organização de trabalho das empresas. Devem também adaptar-​­se às novas normas e legislação do ensino e do trabalho, além de acompanhar as mu­ danças no modo de ser de cada geração de jovens. Mas, no es­sen­cial, os objetivos e a forma de ensinar dos instrutores não mu­ dam. É o instrutor que inicia e acompanha o aluno no aprender a fazer. E, por meio do aprender a fazer, o jovem aprende a ser, aprende a compartilhar, aprende a c­ riar, aprende a conviver. Assim, o fazer não substitui o apren­ der, mas é uma forma eficaz de ele ser rea­ li­za­do. A ação dos instrutores e a rea­ção dos alunos — muitas vezes original e cria­ do­ra — são a base do sucesso da formação pro­f is­sio­nal pro­pi­cia­da pelo Senai.

Walter Vicioni Gonçalves Diretor Regional do Senai‑SP e Superintendente do Sesi‑SP

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ECONOMIA Texto: Zeina Latif, consultora econômica, sócia da Gibraltar Consulting

, o d a id do v i d n usta e r do or ass i m su mid n o C onsu c

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s vendas do varejo estão praticamente de lado há quase um ano. Tomando as va­ria­ções anuais, nota-​­se uma correlação entre seu ciclo e a con­f ian­ ça do consumidor, com uma defasagem em torno de cinco meses. A pio­ra recente do humor do consumidor sinaliza, portanto, um comércio relativamente estagnado por algum tempo ainda. O canal de contaminação se dá em boa parte pela menor demanda de crédito pelos in­d i­v í­duos, conforme apontam os indicadores de crédito do Banco Central e da Serasa. Cu­r io­so que isso ocorra neste momento de recuo da inadimplência. A inadimplência, que é uma va­r iá­vel defasada no ciclo econômico, vem re­cuan­ do desde o início do ano, como consequência da moderação do mercado de crédito e da redução das taxas de juros muitos meses atrás, o que tenderia, em princípio, a estimular a retomada do consumo. E não é isso que ocorre, pelo contrário. O comportamento recente do crédito e das vendas do varejo destoa daquele sinalizado pela queda da taxa de inadimplência. O mercado de trabalho menos vibrante tampouco ajuda, mas não explica sozinho a baixa demanda de crédito. A explicação para esse comportamento conservador dos consumidores pode estar no elevado endividamento das fa­mí­lias. REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013

A dívida dos in­di­v í­duos atingiu em maio quase 45% em relação à renda a­ nual, ante 18% em janeiro de 2005, início da série calculada pelo BC . E não há sinais de acomodação, sendo o principal destaque o crescimento do crédito ha­bi­ta­cio­nal (15% da renda). Na comparação mun­d ial, o valor não parece alto. O problema é que, com juros mais elevados no Brasil, o comprometimento da renda com serviço da dívida (amortização e juros) tende a ser muito elevado. Ainda que parte do endividamento não seja preo­cu­pan­te por estar as­so­cia­do à substituição de despesa de aluguel por serviço da dívida do crédito imo­bi­liá­r io, esse aspecto certamente não representa o todo. Não faltam no­tí­cias de redução do déficit ha­bi­ta­cio­nal, incluindo a coa­bi­ta­ção involuntária. Além disso, como o topo da pirâmide so­cial é pouco presente no mercado de crédito, é provável que o endividamento da nova classe média em relação à respectiva renda seja mais elevado que os 45% calculados pelo BC. Vale ainda considerar que o elevado endividamento contribui para aumentar o medo de perder o emprego. Os in­d i­v í­duos tendem a ficar mais sensíveis à desaceleração do mercado de trabalho quando há dívidas a honrar.

Prolongada além do recomendado, a política de estímulo ao crédito para o consumidor mostrou‑se contraproducente.

O comportamento conservador e seletivo do consumidor sugere que o nível de endividamento é excessivo nas atuais cir­c uns­t ân­c ias, sendo que esse processo foi estimulado pelo próprio governo, por meio de maior ativismo dos bancos públicos na oferta de crédito e de estímulo ao crédito ha­bi­ta­cio­nal. O estoque total de crédito para pessoa física cresceu 16% na va­r ia­ção ­anual em junho, sendo de 34% o crédito di­re­cio­na­do (inclui o imo­bi­liá­r io, que representa 53% desse valor), com taxas sub­si­d ia­d as, e de 8% o crédito livre. E enquanto os bancos públicos expandem sua carteira a um ritmo de quase 30% ao ano, os privados reduziram bastante o passo, para menos de 6%. Houve estímulo excessivo, o que comprometeu a renda disponível dos consumidores, e, como agravante, não há sinais de acomodação, a despeito da elevação dos juros pelo BC . Não há dúvidas que existem boas intenções na política de estímulo ao crédito. O problema é que qualquer política pública exige ava­lia­ção frequente de seus efeitos. É importante clareza de diag­nós­ ti­cos para desenhar políticas, cuidado na execução e coragem para ava­liar e ini­c iar a estratégia de saí­d a quando necessário. Prolongar a política além do recomendado acabou se mostrando contraproducente.



COPA PINI

NÃO PERCA A DECISÃO MAIS ACIRRADA

DA INDÚSTRIA GRÁFICA NACIONAL Realização


26 de novembro

GRANDE FINAL

Data: 26 de Novembro de 2013 Local: Espaço das Américas Rua Tagipuru, 795 Barra Funda - São Paulo - SP Patrocínio Diamante

Apresentação: Tadeu Schmidt Show: Frejat Traje social

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GRÁFICA/MG

De revista à gráfica: a história da Alterosa Iniciando com uma publicação, em 1939, a editora Alterosa soube identificar e explorar as oportunidades que surgiram na indústria gráfica. Dessa forma, a antiga editora se transformou na Alterosa Card Solutions, empresa especializada em impressão e confecção de documentos de segurança 100% brasileira. Texto: Juliana Tavares

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as décadas de 1950 e 1960, uma revista genuinamente mineira mostrou que fazer um pe­r ió­d i­co com con­teú­do não era exclusividade das famosas Manchete e O Cruzeiro. Tratava-​­se da revista Alterosa, publicação editada e impressa em Belo Horizonte, entre 1939 e 1964, que chegou a figurar entre as maiores revistas ilustradas de circulação na­cio­nal. Por questões de mercado, em 1964 a editora passou a a­ tuar no setor gráfico, começando com impressos em geral e for­mu­lá­r ios con­tí­nuos, depois investindo em impressos de segurança e talões de cheques. Hoje, rebatizada como Alterosa Card So­lu­tions, a gráfica é a única empresa do ramo de impressos de segurança totalmente na­c io­nal. Localizada na cidade in­dus­ trial de Contagem, em Minas Gerais, a Alterosa possui uma área de 20.000 metros quadrados e mais de 400 colaboradores. Para alcançar esse patamar, Carlos Alberto Rangel Proen­ça (um dos fundadores da Abigraf Na­c io­n al), diretor presidente

da Alterosa, precisou apurar sua visão de mercado para identificar qual seria o melhor investimento. Após diversas tentativas na impressão tra­d i­cio­nal, Proen­ça viu nos itens de segurança um nicho interessante a ser explorado. Atual­men­te, como o próprio nome diz, a Alterosa Card So­lu­tions é es­pe­cia­li­za­da em cartões inteligentes, que podem ser personalizados, com funções de débito ou crédito, tarja magnética ou chip, e também atua com a produção de talões de cheque, bilhetes de loteria e afins. Na confecção de cartões, a Alterosa conta, ainda, com a homologação das principais bandeiras brasileiras: Visa e Mastercard. “A evolução tecnológica gera, todos os dias, novas demandas que exigem inovações con­tí­nuas e permanentes”, explica o empresário. Alguns dos clien­tes atendidos pela Alterosa são os bancos Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Com discurso e postura otimistas, Proen­ça afirma que não se deixou intimidar pelos percalços que apareceram no caminho. “Não há como driblar os obstáculos.


A revista Alterosa, editada em Belo Horizonte de 1939 a 1964 pela gráfica que lhe emprestou o nome, chegou a figurar entre as maiores revistas ilustradas de circulação nacional

O importante é enfrentá-​­los e vencê-​­los para não ficar fora do mercado”, ensina o executivo. É com essa filosofia que a Alterosa Card So­lu­tions completa, em 2013, seus 50 anos de atua­ção. RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

Além de valorizar a busca pela inovação, a gráfica também se preo­cu­pa em atender aquilo que o mercado exige em termos de responsabilidade so­cial e am­bien­tal. Para tanto, possui o certificado FSC do Conselho de Manejo Florestal, que confirma a prática sustentável da gráfica, e desenvolve ações filantrópicas em parceria com organizações não governamentais.

Conservando a mesma qualidade e integridade que marcaram a atua­ção da revista Alterosa, Carlos Alberto Proen­ça ressalta que o segredo para manter a rentabilidade é ficar com “um olho nas mutações da demanda e outro na redução de custos”. Para o futuro, a palavra de ordem é continuidade. “O objetivo é sempre acompanhar as novas tec­no­lo­g ias, para atender os pedidos cada vez mais exigentes do mercado”, conclui.

& ALTEROSA CARD SOLUTIONS Telefone: +55 (31) 3073-2300 alterosa@alterosacartoes.com.br

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Carlos Alberto Rangel Proença, diretor presidente da Alterosa, em companhia da neta Ana Paula

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MEMÓRIA

Associativismo perde a exemplar liderança de Vitor Zanetti

F

Nascido em Florianópolis no dia 4 de dezembro de 1942, neto de imigrantes italianos, desde a infância Vitor Zanetti demonstrou vocação para a liderança, contribuindo com sua atuação para o desenvolvimento do associativismo em Santa Catarina e no País, sempre encontrando tempo para dedicar-se ao próximo com ações sociais e humanitárias.

aleceu no dia 22 de agosto, aos 70 anos, o empresário Vitor Mário Zanetti, presidente do Sindicato das In­dús­trias Gráficas da Grande Flo­r ia­nó­po­lis (Sigraf), segundo vice-​­presidente da Abigraf Na­cio­nal, vice-​ ­presidente da Abigraf Santa Catarina e vice-​­presidente re­ gio­n al da Federação das In­dús­t rias do Estado de Santa Catarina (­Fiesc). Muito mais que um empresário vi­sio­ná­ rio do setor, o líder classista possui uma história de lutas e conquistas em nome da indústria gráfica catarinense e brasileira. Idea­li­za­dor e fundador da As­so­cia­ção das In­dús­ trias Gráficas de Flo­r ia­nó­po­lis, na década de 70, que mais tarde se tornaria o Sigraf, Zanetti também foi o responsável pela instalação a­ tual da Abigraf/SC, em 1999, quando assumiu a presidência da entidade. Até então, a sede da re­g io­nal, fundada em 1967, fun­cio­na­va de modo itinerante, de acordo com o município de origem de seu presidente. Zanetti atua­va no setor gráfico desde os 14 anos de idade, trabalhando na Gráfica Flo­ria­nó­po­lis, recém-​­adquirida pelo pai. Cerca de seis anos depois, com o falecimento de seu pai, Zanetti tomou para si a responsabilidade de sustentar e cuidar de toda a família: a mãe viú­va, os irmãos, a jovem esposa e a primeira filha recém-​­nascida. Com a garra que lhe era pe­cu­liar, Zanetti batalhou e, logo, o espaço se tornou in­su­f i­cien­te para desenvolver as atividades da gráfica. Assim, no ano de 1973, adquiriu um galpão na Rua Padre Roma, local onde a empresa foi “rebatizada”, passando a chamar-​­se Indústria Gráfica Zanetti Ltda. — uma das gráficas mais tradicionais do Estado, que permanece no mesmo endereço até hoje. Em suas atividades empresariais, Zanetti ainda investiu em dois estabelecimentos comerciais nas décadas

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de 80 e 90: a Zanetti Livraria e Papelaria e a Livraria e Papelaria Globerama. Na bagagem, Zanetti carregava o exercício de diversas funções importantes. Grande incentivador da candidatura de Vilson Pedro Kleinübing ao governo de Santa Catarina, Zanetti foi uma das pes­soas de con­f ian­ça do governador, dirigindo a Imprensa Ofi­cial de Santa Catarina, entre 1991 e 1994. Dono de grande coração, Zanetti também era conhecido por suas ações filantrópicas e de amor ao próximo, sempre ajudando hu­ma­ni­ta­r ia­men­te fun­cio­ná­r ios e amigos, além de participar regularmente de ações como a Feira da Esperança e apoiar entidades como o Orio­ nó­po­l is Catarinense, Albergue e algumas igrejas. Entretanto, sua grande vocação foi revelada em suas atua­ções no as­so­cia­t i­ vis­mo, que, ao longo do tempo, be­n e­f i­c ia­r am de maneira expressiva a indústria catarinense, o setor gráfico e até mesmo o comércio da re­g ião. Dentre suas muitas atividades, Zanetti participou ativamente do Rotary Club desde a década de 70, foi tesoureiro do Centro das In­dús­t rias do Estado de Santa Catarina, além de membro da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Flo­r ia­nó­po­lis, conselheiro do Sindicato Varejista da Grande Flo­r ia­nó­po­l is, pertenceu à As­so­c ia­ ção dos Dirigentes Cristãos de Empresas e exerceu diversas gestões na F ­ iesc, Sigraf e Abigraf. Estava no exercício das seguintes funções: vice-​­presidente re­g io­n al Sudeste da F ­ iesc (2011–2014); presidente do Sigraf (2011–2014); 1º‒ vice-​­presidente da diretoria executiva e presidente do conselho consultivo da Abigraf/SC (2011–2014); 2 º‒ vice-​ ­presidente da diretoria executiva da Abigraf Na­c io­n al (2011–2014); 2 º‒ secretário do Sindilojas (2010-​­2014), além de figurar como conselheiro do Sicredi (2010–2014).


GRÁFICA DE BELO HORIZONTE SE DESTACA NO ATENDIMENTO POR OFERECER UM CONJUNTO DE ELEMENTOS QUE GARANTEM IMPRESSÕES DE EXCELÊNCIA A UMA CLIENTELA QUE SE TORNOU FIEL NOS QUASE 40 ANOS DE ATIVIDADES DA EMPRESA.

Texto: Tânia Galluzzi

ANO 22  Nº 94  OUTUBRO/2013 Texto: Ada Caperutto

Qualidade de ponta a ponta

ANO 22  Nº 89  ABRIL/2013

RONA


L

ocalizada na capital mineira, a Rona Edi­ tora começou a ­atuar em 1976. Naquele pe­río­do em que o setor começava a se modernizar tecnologicamente, a nova empresa não esbarrou em grandes dificuldades de mercado. Seu fundador, Julio Pena, pos­suía ex­pe­riên­cia no ramo e sabia muito bem as es­ tra­té­gias que deveria adotar para fazer frente à concorrência. Estabelecida como pequena ti­ pografia, a Rona começou sua caminhada rumo à modernização — algo que faria grande dife­ rença no futuro. “Na época, havia mais incenti­ vo financeiro do governo federal, não só para fi­ nan­cia­men­to de equipamentos, como também para capital de giro”, lembra.

Julio Pena, fundador e presidente da Rona Editora

Aproveitando o bom momento, o empre­ sário cuidou de todos os detalhes para que a gráfica pudesse crescer e sobressair perante a concorrência. “Fizemos investimentos visando ao aumento da produtividade e principalmen­ te tecnológico, dentre os quais destaco a aqui­ sição da primeira impressora com comando a distância no Estado de Minas Gerais e também a primeira com aplicação de verniz em linha”. Até hoje, o parque gráfico da Rona conti­ nua a receber investimentos para manter-​­se sempre atua­li­za­do. Embora a tecnologia per­ mita o aumento da produtividade e da quali­ dade, este não é o único fator-​­chave do suces­ so. Com 170 fun­cio­ná­rios, a empresa contorna um obstáculo comum ao setor, a qualifica­ ção específica, oferecendo treinamento inter­ no contínuo. “Para eliminar qualquer tipo de


lacuna relativa à mão de obra es­pe­ cia­li­za­da procuramos ter sempre mais de um fun­cio­ná­rio com conhecimento sobre o mesmo equipamento”, explica o gerente co­mer­cial Ra­fael Pena. Ele também revela que a Rona mantém uma equipe pronta para rea­li­zar ime­dia­ta­men­te as manuten­ ções que, even­tual­men­te, sejam ne­ces­sá­ rias, além de praticar a manutenção pre­ ventiva, reduzindo a probabilidade de falhas e garantindo o compromisso com o tempo de entrega dos serviços. Atuação em três frentes Processando entre 350 e 400 toneladas de papel por mês, o parque gráfico da Rona ocupa uma área de 15 mil metros qua­ drados, em um prédio de dois pavimen­ tos. A capacidade produtiva, alia­da ao alto padrão de atendimento, que pro­por­cio­ na a execução dos trabalhos de ponta a ponta — da pré-​­impressão ao acabamen­ to —, fez que a Rona se tornasse es­pe­cia­ lis­ta nas demandas geradas pelo setor

pro­mo­cio­nal, em es­pe­cial as agên­cias de publicidade de Belo Horizonte e de todo o Estado. Nos dias de hoje, três princi­ pais segmentos de atua­ção sustentam os

ne­gó­cios da gráfica: pro­mo­cio­nal, edi­to­ rial e embalagens. É recente a atua­ção no mercado edi­to­rial, mas a Rona já é respon­ sável por uma grande fatia desse setor.


De acordo com Ra­fael, a produção nesse nicho teve início em 2005, procurando diversificar a atua­ção, ainda que o pro­mo­cio­nal — o principal até então — pro­por­cio­nas­se um bom volume de trabalhos. A empresa atende prio­ri­ta­ria­men­te o mercado mineiro. Além de contar com uma frota própria de veí­cu­los e profissionais treinados para manuseio dos serviços gráficos e conhecimento das rotas, a empresa está estrategicamente localizada próxima ao Anel Ro­do­viá­rio e à BR 356, o que garante agilidade nas entregas e facilidade de acesso. Todos esses fatores somados resultam no único elemento que, de fato, conquista os consumidores: atendimento impecável. “O que faz que nossos clien­tes sejam f­iéis

Rua Henriqueto Cardinalli, 280 (Olhos d’Água) 30390-​­080  Belo Horizonte (MG) Tels. (31) 3303.9999 e (31) 9324.0193 rafael@ronaeditora.com.br www.ronaeditora.com.br

é a tranquilidade que têm ao nos contratar. Nosso histórico de qualidade e compromisso gera total con­f ian­ça neles em entregar seus principais projetos”, declara Ra­fael. O fundador da empresa lembra que isso também tem ajudado a Rona a conquistar diferentes pre­mia­ções do setor. “Além de fortalecer o nome da empresa no mercado

gráfico, isso representa um reconhecimento da qualidade de nosso trabalho e um retorno dos investimentos rea­li­za­dos”, diz Julio Pena. E não foi pouca coisa: nos últimos três anos a gráfica ganhou quatro tro­féus do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini e 22 do Prêmio Cícero, promovido pela Abigraf Minas Gerais.


Fone: (31) 3332-6656 Fax: (31) 2551-8594 Hot Stamping com Relevo na capa desta revista foram executados por Veloz Acabamentos / BH / M.Gerais


OPINIÃO

A

fechar Indústria gráfica: está difícil

esta conta

a equipe motivada e gestão de RH para manter de e s nto me precisar saber como ira passa por mo acidade produtiva, além de cap A indústria gráfica brasile com ios sár pre em seu negócio. são grandes e os comunicação/divulgação do na ar desafiadores. As mudanças atu e dad , o gestor e mostrar sua capaci im, antes de investir pesado ass do Sen do setor precisam realment ser liação criteriosa. nte do passado, quando como gestores, diferenteme gráfico precisa fazer uma ava e ess end ent e qu or ded ven errado, não era dif ícil um bom operador ou um bom Antigamente, se algo desse io sár pre em ser a r alg uém mento e retomar o do negócio poderia credencia voltar atrás, vender o equipa . ros cei ção é bem diferente: ados finan sego. Todavia, hoje, a situa do ramo e obter bons result sos s ou voltar atrás. mento da il entrar e muito dif ícil sair Estamos vivendo o fortaleci fác é dos rca , não é exata. rência com me , toda essa conta é subjetiva fim En mídias eletrônicas, a concor nto. forte desequilíbrio que não se pode comprar pro ote pac m internacionais e, por fim, o É u a vez que o mercado ência, dedicação e entre oferta e demanda, um É necessário preparo, intelig da dicatos) do o tiv ica nif sig o As entidades (A big rafs e sin o. açã orm não acompanhou o aument inf s gráficas brasileiras. fornecer informações e capacidade de produção da setor atuam no sentido de r ere qu ta an adi o nã , incipalmente o pequeno e Diante de toda essa situação condições para o gráfico (pr , . ma ble pro o a ução par e o ajudem em seu dia a dia olhar para fora e buscar a sol médio) buscar subsídios qu . ps e ho sa rks pre wo e em s da nossa , congresso Af inal, a questão está dentro oferecendo cursos, palestras isso. o tud do zan oni ticipar e fazer por si. tag par pro a os cis presário pre em o s somos nós que estam Ma nte me ada o no sentido os investido adequ , estaremos nos fortalecend sim As Além do mais, se tivéssem ma nossas parte do proble tentabilidade financeira em sus er obt em capacidade produtiva, boa de nos auxiliar não é tão simples. ntar com consultores para Co . sas pre teria sido evitado. Mas isto em é e a é bem complexa Eles não são baratos, O que fazer então? A respost também é uma boa opção. a fic grá ria úst nd A i . tão ges que um grande prejuízo aí que entra a capacidade de mas custam bem menos do , tes gen exi são s nte ma equivocada. ”: os clie ido a decisões tomadas de for é um negócio dif ícil de “tocar dev tem a obr de o io do setor e espero imos e a mã Também sou um empresár os equipamentos são caríss por s mo ha suf iciente disso, trabal os nós tenhamos sabedoria tod e que ser especializada. Além qu as, fic grá s da melhor nde maioria da resolvermos nossos desafios a encomenda, ou seja, na gra par s. dia os idos nos próxim obtermos o merecido não sabemos se teremos ped maneira possível, a fim de ço pre o o: tud so dis or s investimentos. Aí vem o maior complicad retorno financeiro de nosso , xas bai ito mu ns rge ma te praticado no mercado permi ade do negócio. Existem xid ple com a .com.br com is incompatíve fer nando@ graficarocha s comércio ple sim ao dos ona aci rel os muitos negóci , distribuidora etc.) de produtos (atacado, varejo que as nossas. Porém, com margens melhores do co, não precisam produzir com um diferencial gigantes em tecnologias que nada, não precisam investir na maioria dos casos, sof rem forte depreciação e, a especializada. não precisam de mão de obr s dif iculdades, Claro que todo setor tem sua amos em desvantagem mas tudo leva a crer que est ros setores. neste comparativo com out ústria gráfica hoje precisa Por isso, o gestor de uma ind o de investimento para dispor de avaliações de retorn colocar sua empresa em evitar aquisições que possam os bém de processos produtiv fica Bra sileira da Indústria Grá sérios apuros. Necessita tam de Presidente da Associação nte com redução cie f-​­SC) efi igra de (Ab ida a tiv arin du Cat pro ta San em que vis – Regional , políticas comerciais custos e ganhos de qualidade

J osé F ernando R ocha

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NEGÓCIOS

Neoband | w realinha sua operação Depois do acordo operacional com o Grupo WK, empresa dobra capacidade na área de comunicação visual e vende divisão offset para a Elyon.

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Foto: Álvaro Motta

Drupa 2012 foi decisiva para a Neo­band. Foi procurando soluções em impressão digital na maior feira do setor gráfico mun­dial, que acontece quadrienalmente na Alemanha, que seus dois principais executivos, Roberto Takara Zoppei e Arnaldo Peres Ju­nior, perceberam que se desejavam real­men­te fortalecer a empresa te­r iam de partir para equipamentos mais parrudos, reduzir custos fixos e retomar sua linha mestra, a impressão de grandes formatos. No final do ano passado o planejamento estratégico estava pronto. Abandonando a ideia de diversificação ini­cia­da em 2009, optaram por investir todas as fichas no negócio de maior faturamento e melhor rentabilidade, a divisão de comunicação vi­sual, então responsável por 58% da receita. Para tanto, partiram em busca de um parceiro capaz de fortalecer a posição da Neo­band nesse segmento, papel preen­chi­do pelo Grupo WK , cria­do em 2001 e focado em comunicação vi­sual e impressão digital. Em junho o acordo ope­ra­cio­nal foi efetivado: a Neo­band, re­no­mea­da Neo­band|w, assumiu o parque fabril do Grupo WK e sua carteira de clien­tes. Os equipamentos (impressoras serigráficas e digitais à base de solvente e por sublimação, bem como a parte de marcenaria e serralheira) e a equipe co­mer­cial foram incorporados à unidade da Neo­band em São Bernardo do Campo, duplicando a capacidade produtiva. A ne­go­cia­ção prevê, segundo Arnaldo Peres, que parte dos resultados pro­ve­nien­tes da carteira do Grupo WK seja repassada para os só­cios do mesmo.

Faltava encontrar quem assumisse a divisão offset. “Não queríamos apenas vender as máquinas. Procuramos uma empresa que pudesse con­ti­nuar atendendo nossos clien­tes e que incorporasse os fun­cio­ná­r ios, tanto da produção quanto das ­­áreas co­mer­cial e de atendimento”, afirma Arnaldo Peres. A resposta veio através de um jovem empresário, Alexandre Almeida, 33 anos, que em 2006 estruturou a Gráfica Elyon. “Estava à procura de um pro­f is­sio­nal para assumir a gerência co­mer­cial da Elyon quando o Arnaldo propôs o negócio. Passei três meses analisando a oferta e confesso que estava um tanto apreen­si­vo, mas depois de um mês e meio do acordo [fechado em agosto] estou surpreso com os primeiros resultados”, comenta Alexandre Almeida. Às três impressoras offset existentes somaram-​­se outras duas linhas de impressão offset e, sobretudo, os equipamentos de pós-​­impressão, incluindo costura e lombada quadrada. A capacidade produtiva da Elyon saltou de 100 para 220 toneladas de papel por mês. “Agora estamos no limite de nossa estrutura de 2.500 metros quadrados, localizada no bairro do Butantã”, diz o empresário. Os clien­tes da Neo­band|w, dos quais mais da metade dos trabalhos correspondia à impressão offset, foram transferidos para a Elyon, com suporte direto não só dos vendedores da Neo­band|w quanto do próprio Arnaldo Peres. Sem revelar os valores envolvidos, Alexandre comentou que investiu recursos pró­prios e que o restante da dívida deverá ser pago nos próximos 24 meses. FOCO EM SINALIZAÇÃO

Con­c luí­da a rees­tru­tu­ra­ção, a Neo­band|w pode concentrar-​­se na produção de peças para comunicação vi­sual, pontos de venda (PDV) e serigrafia. Para Arnaldo Peres, o mercado de sinalização está estável, com viés de crescimento no segmento de mo­bi ­l iá­r io urbano, im­pul­sio­na­do pelo afrouxamento da Lei Cidade Limpa, em São Paulo, permitindo o uso co­mer­cial dos abrigos de ônibus e dos novos re­ló­g ios de rua. O uso de tecido na decoração também tem merecido atenção. Objetivando automatizar ao máximo todos os processos, a Neo­band|w planeja para 2014 investimentos acima de US$ 1 milhão em equipamentos de maior envergadura, sendo que neste ano a aplicação de recursos foi de cerca de US$ 500 mil, usados na compra de três impressoras.

(E/D): Arnaldo Peres Junior, da Neoband | W, cuja divisão offset foi adquirida pela Gráfica Elyon, de Alexandre Almeida

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EQUIPAMENTOS

KBA e Deltagraf oficializam a chegada da KBA no Brasil

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o dia 5 de setembro as di­re­to­r ias da KBA e da Deltagraf reuniram a imprensa es­pe­cia­li­za­da em São Paulo para anun­ciar a cria­ção da Koe­ nig & Bauer do Brasil. A comunicação da instalação da sub­si­d iá­r ia, através da aquisição da participação majo­ ritária de sua representante, a Deltagraf, havia sido fei­ ta na Drupa 2012, ajudando inclusive a equipe re­g io­ nal a superar em 20% a meta de vendas para máquinas planas durante a feira. A estrutura co­mer­cial da Koe­nig & Bauer do Bra­ sil manterá a mesma equipe da Deltagraf, com direção de Luiz Cesar Dutra. Os es­ calões de gerência, supor­ te e vendas também serão Através das recentes mantidos. “Nosso traba­ aquisições do grupo lho con­t i­nua­r á ba­sea­do há a perspectiva em três pilares: tecnolo­ de trazer para cá gia de ponta, excelência sistemas flexográficos em serviços e capacita­ e serigráficos. ção dos clien­tes”, comen­ tou Luiz Cesar. Reconhecen­ do a crise vivida pelo setor gráfico, o executivo afirmou que ainda há espaço no mercado brasileiro para novos equipamentos; não em volume, e sim na renovação e modernização dos par­ ques gráficos, com a substituição de máquinas antigas por sistemas mais automatizados e que possam agre­ gar valor ao produto impresso. Além de membros da KBA Brasil, o encontro com a imprensa contou com a participação de Axel Kaufmann, diretor financeiro da KBA Alemanha, e Jan Drechsel, vice-​­presidente da KBA para os mercados dos EUA e Canadá. Também não haverá alteração no portfólio de pro­ dutos. A KBA Brasil con­ti­nua­rá oferecendo impressoras offset planas do formato A3 até o extragrande e impres­ soras comerciais e de jornais. Axel Kaufmann adian­ tou que no futuro essa oferta será am­plia­da a partir de duas novas sub­si­d iá­r ias: a Flexotecnica, fabricante ita­ lia­na de impressoras flexográficas adquirida no início deste ano, que renderá acréscimos na linha de impres­ soras rotativas para embalagens e de embalagens fle­ xíveis; e a alemã Kammann, es­pe­cia­li­za­da na produção REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013

de sistemas serigráficos para impressão em vidro, plás­ tico e metal, ne­go­cia­da em julho. “Trata-​­se de transa­ ções recentes, ainda em fase de ajustes, mas gos­ta­r ía­ mos muito que vies­sem para nós”, comentou Luiz Cesar. IMPRESSÃO DIGITAL

Atual­men­te, a KBA possui cerca de 20% do mercado mun­d ial no segmento de offset planas, 18% em ro­ tativas e mais de 40% no segmento de jornais. Outra aposta é a impressão digital para o segmento edi­to­r ial de baixas tiragens, cuja primeira investida, a RotaJet 76, foi lançada na Drupa 2012. Uma unidade foi ven­ dida para o mercado europeu. “Seguiremos con­f ian­do na tecnologia jato de tinta. A verdade é que ninguém sabe ao certo para onde caminhará a impressão digi­ tal. O importante é o fato de a KBA ter força financeira

(E/D) Jan Drechsel, vice-presidente da KBA para os mercados dos Estados Unidos e Canadá; Luiz Cesar Dutra, diretor da Deltagraf; e Axel Kaufmann, diretor financeiro da KBA Alemanha

para investir em algo novo sem depender de parceiros para isso”, comentou Axel Kaufmann. No Brasil, a pre­ sença da KBA no segmento de equipamentos planos al­ cança 12% e a perspectiva é atingir o patamar mun­d ial em dois ou três anos. & KOENIG & BAUER DO BRASIL Tel. (11) 5051.5320 www.deltagraf.com.br


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HISTÓRIA VIVA

Tânia Galluzzi

Foto: Álvaro Motta

José Bignardi Neto é um homem realizado. Aos 82 anos ele orgulha‑se de ter construído não só um grupo de empresas para carregar seu sobrenome, como de ter ao seu lado seus três filhos. Empreendedorismo, integridade e garra acompanharam sua trajetória, transformando‑o numa referência nos segmentos de cadernos e de papel.

José Bignardi Neto O gráfico que aprendeu a fabricar papel

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uito ligado ao avô, imigrante ita­ lia­no cujo primeiro emprego no Brasil foi como calceteiro, José Bignardi Neto começou a traba­ lhar aos 13 anos na J. Bignardi, gráfica da fa­ mília comandada pelo pai e pelo avô. Por volta dos anos 1950, o clã — José Bignardi e seus seis

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irmãos — chegou a ter três gráficas em ativida­ de na capital paulista: a J. Bignardi, o Estabe­ lecimento Gráfico Bignardi e a Irmãos Bignar­ di. A mais longeva foi a J. Bignardi, onde José Bignardi Neto aprendeu o ofício de linotipista. José Bignardi faleceu em 1947 e oito anos de­ pois José Bignardi Neto, já formado em Conta­ bilidade pelo Mackenzie, incentivou o pai a sair da J. Bignardi, cabendo a eles na divisão um dos pré­d ios da gráfica. No ano seguinte, 1956, en­ xergando boas oportunidades nos segmentos de cadernos e listas telefônicas, José Bignardi Neto deixou definitivamente a antiga gráfica para fundar a Jandaia, na rua de mesmo nome, no centro de São Paulo. Enquanto esforçava-​­se para dar corpo e rit­ mo à Jandaia, o empresário, casado desde 1955 com Ilza, acalentava o sonho de fabricar papel. A chance surgiu em 1972, com a compra da Gordinho Braune, que produzia celulose e pa­ pel em Jun­diaí (SP). Como relembra Ricardo, fi­ lho do empresário, na época da compra a Gor­ dinho Braune acumulava um grande passivo


1 Belo Almeida, representante comercial da Jandaia, em seu caminhão. Ele atuava como caixeiro viajante, comercializando os produtos da empresa nas cidades do interior do Estado de São Paulo. Década de 1930 2 José Bignardi Neto e a esposa, Ilza, no 2-º congresso da Abigraf Nacional, realizado na Guanabara (RJ). O evento contou com cerca de 500 pessoas, estando presentes delegações do México, Uruguai e Argentina. Maio de 1996 3 A MP1, primeira máquina de papel Voith que chegou ao Brasil, em 1924, instalada na fábrica da Gordinho Braune. Imagem da década de 1950 4 José Bignardi Neto e os três filhos, com quem divide a gestão dos negócios: (E/D) Ricardo, diretor comercial e financeiro; Beatriz, diretora administrativa e responsável pela unidade de Jundiaí; e Ivan, responsável pela área de marketing e pela fábrica de Caieiras e do Atacadão

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trabalhista, que levou anos para ser saldado. Em 1978, pe­r ío­do em que Ricardo ingressou na empresa, a fabricação de celulose, pouco rentá­ vel, foi encerrada, permitindo a concentração de esforços na produção de papel. A unidade, bati­ zada pos­te­r ior­men­te como Bignardi Pa­péis, foi modernizada e recebeu uma segunda máquina de papel em 1983, mergulhando no segmento de pa­péis especiais e reciclados a partir de mea­ dos dos anos 2000. Hoje, a fábrica é capaz de produzir 5.500 toneladas por mês. A década de 1980 e o ingresso da segun­ da geração também foram pródigos com a Jan­ daia Indústria Gráfica. Depois de mudar do cen­ tro da cidade para o bairro da Vila Guilherme, em 1985 ela foi transferida para o município de Caiei­ras, próximo da capital, centrando-​­se na fabricação de cadernos. Lá trabalham cer­ ca de 500 fun­cio­ná­r ios, que, somados aos 300 da unidade de Jun­d iaí, mais a equipe do Ataca­ dão Jandaia, aberto em 1993 na sede adminis­ trativa do grupo, no bairro do Pari, totalizam quase mil colaboradores.

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José Bignardi Neto sempre esteve à frente dos dois ne­gó­cios. Antes disso, já estava acostuma­ do a dividir seu tempo entre o comando da grá­ fica e a luta pelas bandeiras do setor. Ele esteve no famoso Congresso de Águas de Lindoia, em 1965, que resultou na cria­ção da Abigraf Na­cio­ nal, participando como diretor em algumas ges­ tões. “Quan­do comprei a fábrica de papel acabei me desligando”, comenta. “Sabe, o pes­soal dizia”, conta ele em tom de brincadeira, “não convi­ da o Zé Bignardi que ele é fabricante de papel”.

Foto: Álvaro Motta

MUITOS PAPÉIS

69 setembro /outubro 2013  REVISTA ABIGR AF


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5 O Casal José Bignardi Neto e Ilza Bignardi em Águas de Lindoia (SP), durante a realizaçao do I Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, quando foi constituída a Abigraf Nacional. Junho de 1965 6 José Bignardi Neto e o filho Ricardo, presentes na inauguração de agência do banco Safra no bairro da Vila Maria, em São Paulo 7 Capa da publicação especial comemorativa dos 40 anos do Grupo Jandaia

pe­río­do, mas quem disse que consegue?”, diver­ te-​­se Ricardo. Vendo os quatro juntos é inevi­ tável perguntar como se atinge harmonia em tal convivência. Quem explica é Ricardo: “Fi­ zemos um planejamento sucessório, temos re­ gras de postura definidas e sabemos que a cha­ ve é remunerar bem o pro­f is­sio­nal”. Tentando romper o pragmatismo de Ricardo, insistimos na pergunta, e Ivan fala de valores fundamen­ tais como responsabilidade, dedicação e disci­ plina. Thia­go, filho de Bea­triz, também já está no grupo. “Fico feliz em ver que a sucessão vem acontecendo, que tudo que fiz não será jogado fora”, afirma José Bignardi Neto. É ou não é um homem que pode olhar para trás com um sorriso nos lá­bios?

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Bea­t riz, primogênita, formada em Enge­ nharia Quí­mi­ca, começou na empresa em 1982. Ivan, o caçula, engenheiro de produção, chegou em 1985, por conta da mudança da fábrica de cadernos para Caiei­ras. Paulatinamente, o pa­ triar­ca foi delegando funções e cada filho pas­ sou a comandar uma área: Ricardo, economista, é diretor co­mer­cial e financeiro; Bea­triz é dire­ tora administrativa e responsável pela unidade de Jun­diaí; e Ivan responde pela área de mar­ke­ ting, pela fábrica de Caiei­ras e pelo Atacadão. Com décadas de convivência pro­f is­sio­nal, José Bignardi Neto foi cedendo espaço aos des­ cendentes sem abrir mão de acompanhar as fi­ nanças do grupo. Com saú­de para distribuir até para os filhos, como brinca Ivan, ele conti­ nua a ir dia­r ia­men­te ao escritório. “Ele vem fa­ lando em diminuir o ritmo, trabalhar só meio REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013

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Desenhei esta capa olhando um pôster suíço de Weingart e ouvindo — ao mesmo tempo — os ruídos da cidade e o piano de Glenn Gould. Uma tentativa de representar os territórios onde se movem o olhar e a sensibilidade. C.F. ¶ Lançamento da Rosari ¶ www.rosari.com.br

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A revista Gráfica # 87/88, de Curitiba, traz trabalhos gráficos, de tipografia, direção de arte, desenho e ilustração com a primorosa edição de Oswaldo Miranda. A capa principal (à esquerda) é de Paulo Branco, artista de Campinas (SP) e a capa da luva é de Rogério Borges, de Curitiba (PR).

imagemed

PONG

Obras de Adalgisa Campos Acima: Sem título, caseína sobre papel, 2013 Abaixo: Desenho de memória (casa), vídeo, 2013.

Acima Pinturas de Suiá Burger Ferlauto Atelier, 2013.

Um generoso talento e um brilhante pensador/criador do design brasileiro nos deixou em 31 de agosto: André Stolarski. Seu trabalho na tradução 72 e edição do livro de Robert Bringhurst já seria suficiente para colocá-lo entre os mais respeitados profissionais brasileiros. Mas ele fez muito mais. REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013

¶ Os trabalhos de Adalgisa Campos e Suiá Burger Ferlauto refletem e dialogam sobre as relações entre corpo, espaço e construção. Adalgisa apresenta a instalação “Apartamento”, os objetos “Tábula rasa” e o vídeo “Formações”. ¶ Suiá mostra o vídeo “Acromo” (Branco), a instalação “Duas palmas” e pinturas inéditas. ¶ “Ping Pong” é uma área da galeria reservada para o diálogo direto entre as artistas por meio de proposições performáticas que têm uma mesa de pingue-pongue como suporte. ¶ Adalgisa Campos é artista visual, formada em Arquitetura pela FAU-USP; Suiá Burger Ferlauto é artista visual formada pela FAAP.


O detalhe na tipografia, do suíço Host Hochuli, uma grata surpresa no mercado, é o primeiro título do autor no Brasil, editado em 2013 pela Martins Fontes.

O livro é um objeto com uma história de 2000 anos e que nos últimos cinco séculos solidificou-se na forma de códex e formatou a civilização humana da forma como ele é hoje. Ele sempre esteve em transformação, mas neste momento a velocidade da mudança acelerou de tal modo que está confundindo a cabeça de todos. Discute-se seu desaparecimento, sua nova forma digital e eletrônica, a proximidade de sua morte, a possibilidade de sua sobrevivência. Editores, leitores e escritores estão todos engajados neste debate. Alguns anunciam um tal livro objeto, de alta qualidade formal e de conteúdo, como a mais provável forma para sua sobrevivência. Este modelo, entretanto, depende da existência de leitores ou do hábito da leitura silenciosa de hoje, e de um acordo entre quem edita, distribui e desenha a nova equação – os designers gráficos. Essa questão é investigada na pós-graduação em Design Gráfico na FAAP, em São Paulo, cuja produção é mostrada aqui. O curso é coordenado por Carlos Perrone. ¶ www.faap.br/pos

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6/18/13

3:18 PM

fica, nos referimos ao corpo de um trabalho como sua “parte principal”, sua parte central, substancial. Quan-

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Brian Dougherty é sócio fundador da Celery Design Collaborative em Berkeley, Califórnia. Esse estúdio pratica o design sustentável de vanguarda e trabalha com estratégias de marca para negócios ecológicos e empresas importantes como HP, eBay e Mattel. Brian leciona e presta muitas consultorias sobre design sustentável e ecoinovação. Em 2007, a Celery figurou na lista de designers influentes da I.D. Magazine, e foi congratulada com o Environmental Leadership Award, da AIGA.

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Como se pode fazer tipografia suíça?

Wolfgang Weingart Tipógrafo e formador suíço, um dos papas do estilo internacional, foi membro da Alliance Graphique Internationale/AGI desde 1978 até 1999, e co-editor dos Typographische Monatsblätter de 1970 até 1988.

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Jorge Ferreira

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tipografia Como se pode fazer tipografia suíça?

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As experiências de Wolfgang Weingart na Escola de Tipografia da Basiléia, no ano de 1968, marcaram o início de uma nova atitude no design gráfico. A tradicional Escola passou a considerar as possibilidades da improvisação e da experimentação tipográfica. A segunda vaga do Descontrutivismo Tipográfico apareceu na Suíça dos anos 60 - o país modelo do desenho gráfico, do Estilo Internacional, o país afogado no dogmatismo dos mestres de Zürich e Basel. Wolfgang Weingarten, ele próprio suíço, foi o primeiro a incitar à ultrapassagem da estéril perfeição do Estilo Internacional. Enquanto a tipografia da Escola Suíça se tinha imobilizado na asquetismo, Weingart estava mais interessado em fazer valer as qualidades gráficas da tipografia. Acreditava que certas alterações gráficas nos caracteres poderiam intensificar a mensagem textual e visual de um poster.

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QUADRINHOS

Walt Kelly

Sátira e crítica social nas histórias de Pogo

D Há cem anos, em 25 de agosto de 1913, nascia na Filadélfia (EUA) um dos grandes criadores de quadrinhos, Walt Kelly, que nas suas historietas de Pogo unia poesia, humor e crítica política.

Caracterizados como um bode e um porco, o cubano Fidel Castro e o soviético Nikita Krushchev chegam ao pântano Okefenokee (1962)

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epois de trabalhar Personalidades públicas pa ra os es­t ú­d ios da direita radical, como Geor­ Walt Disney de 1936 ge Wallace, Richard Nixon, a 1941, Walter Kelly decidiu Spiro Agnew e J. Edgar Hoo­ ­criar suas pró­prias his­tó­r ias ver, entre tantos outros, atoilustradas com animais enlavam-​­se nas areias movedigraçados. Na sequência de ças de Okefenokee. Ninguém uma breve passagem com tíescapava. A Ku Klux Klan entulos pró­prios pela Dell Cotrou na dança e o senador Joseph McCarthy com sua mics, publicou em 1942 na insana caça às bruxas tamAnimal Comics n º‒ 1 a história “Albert takes the cake”, introbém. McCarthy reagiu faduzindo o crocodilo Albert e O irascível senador Joseph McCarthy zendo com que o Providence o seu amigo Pogo, um gamba- satirizado por Kelly na figura de um lince, Journal, de Rhode Island, cenzinho. Os dois personagens recebeu o nome de Simple J. Malarky (1954) surasse e cancelasse a tira de emergiram do pântano Okefenokee (real), na Pogo, mas a publicação teve que voltar atrás por Geór­g ia (EUA), para enriquecer o universo dos pressão dos leitores. Tal como Pea­nuts, que paquadrinhos. Com Pogo como astro principal, as rou após a morte de Charlie Schulz, Pogo tamhis­to­r ie­tas, transformadas em tiras, passaram bém não teve alguém que pudesse lhe dar cona ser dis­tri­buí­das em 1949 pelo Post-​­Hall tinuidade com o falecimento de Walt Kelly em Syndicate com grande sucesso. Em cin- 18 de outubro de 1973. co anos, as tiras já apa­re­ciam em mais de E assim, o pântano de Okefenokee jamais quinhentos jornais, provocando polêmica foi o mesmo. com os seus co­men­tá­r ios políticos. Com isso, Pogo foi por duas vezes capa da revista News­week e Kelly ganhou destaque com entrevistas na televisão. O número de personagens não parava de crescer, chegando a mais de 150, cada qual com identidade própria.

A primeira tira de Pogo criada por Kelly para os jornais, em 1949

Álvaro de Moya é autor do livro Vapt-Vupt. REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013


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Heidelberg do Brasil completa 15 anos Subsidiária brasileira encara os desafios de um ano de demanda oscilante na indústria gráfica. o empresário gráfico na­cio­nal para que ele tenha aces­ so às novas tec­no­lo­g ias e possa desenvolver sua gráfi­ ca com o apoio da Heidelberg. Esta é a razão de termos investido fortemente na as­so­cia­ção com o Senai através da Print Media Academy (PMA) e na formação de uma equipe de vendas e serviços bem preparada”.

Fotos: Satoru Takaesu

APOSTANDO EM 2014

E

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m agosto de 1998 o Brasil estava prestes a ree­ le­ger Fernando Henrique Cardoso, tornando-​­o o primeiro presidente democraticamente elei­ to a exercer um mandato consecutivo no País. O Brasil vivia um pe­r ío­do de estabilidade econômica ao qual o brasileiro também estava pouco acostumado, enquanto o setor gráfico na­cio­nal, ávido por novidades, discutia a via­bi­li­da­de e a consistência de uma nova tecnologia, a gravação direta das chapas, o hoje disseminado computer-​­to-plate. Com esse pano de fundo, a Heidelberg, seguindo a decisão da companhia em nível mun­d ial de ter uma fi­lial em cada mercado estratégico, instalou seu escritório e serviços no Brasil, prometendo aprimorar o atendimento e a prestação de serviços aos clien­tes. O cenário mudou desde então, sobretudo com rela­ ção à pujança do segmento gráfico, o que não impediu que a Heidelberg do Brasil con­ti­nuas­se apostando no País. Atual­men­te, a sub­si­d iá­r ia conta com mais de 200 profissionais dedicados ao atendimento às gráficas em todo o território na­cio­nal. “O gráfico brasileiro é ino­ vador. Ele olha, analisa e implementa novos sistemas de maneira mais arrojada do que em outros paí­ses”, co­ menta Die­ter Brandt, presidente da Heidelberg do Bra­ sil. Mesmo valorizando a determinação do brasileiro, o executivo afirma que ainda falta uma atenção maior em relação ao treinamento e capacitação daqueles que militam no setor. “Há 15 anos temos uma parceria com

REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013

Em dezembro do ano passado foi inaugurado o Centro Integrado de Operações Heidelberg, em Santana de Par­ naí­ba (SP), reunindo os departamentos administrativo, co­mer­cial, de peças, serviços e logística, antes dis­tri­buí­ dos em três es­cri­tó­r ios na capital paulista. Tal mudan­ ça refletiu o novo po­si­cio­na­men­to do Brasil perante a matriz alemã, que passou a ver o País como um merca­ do líder, desvinculando-​­o dos demais paí­ses da Amé­ rica do Sul e concentrando os esforços da sub­si­d iá­r ia brasileira no mercado re­g io­nal. Contudo, as projeções otimistas para 2013 não se concretizaram, com o setor andando em ritmo oscilante, em es­pe­cial os segmentos pro­mo­cio­nal e edi­to­r ial, si­tua­ção que dá sinais de alte­ ração agora no segundo semestre. “Tra­d i­cio­nal­men­te o segundo semestre é melhor e estamos sentindo uma estabilização com leve crescimento. Vá­r ios projetos es­ tão alinhavados e aguardam o momento certo para se­ rem implantados”, comenta Die­ter Brandt. “De nossa parte, trabalhamos para con­ti­nuar oferecendo o mes­ mo nível de serviços aos nossos clien­tes, este­ jam eles onde estiverem, acreditando em um 2014 mais favorável”. Faz parte do planejamento da Hei­ delberg do Brasil para o próximo ano a rea­ber­tu­ra da PMA , atingida por um in­ cêndio em janeiro deste ano. No momen­ to, o centro de treinamento fun­cio­na de forma par­cial, apenas para as soluções de pré-​­impressão e soft­wares Prinect. Dieter Brandt, presidente da Heidelberg do Brasil

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Encontro de Sindicatos DA indústria gráfica

2013. Um ano histórico para a indústria gráfica brasileira O Sindigraf – SP celebra 90 anos e acaba de realizar o Iº Encontro

O evento contou com a presença de mais de trinta presidentes de

Nacional de Sindicatos da Indústria Gráfica.

sindicatos da indústria gráfica de todo o País e de representantes

É a primeira vez que uma entidade de classe organiza um evento

regionais da ABIGRAF – Associação Brasileira da Indústria Gráfica.

dessa magnitude com o objetivo de estimular a reconquista da

Queremos compartilhar o sucesso do evento com os presentes,

competitividade do setor em um cenário econômico adverso e

patrocinadores e apoiadores.

capacitar suas lideranças para aprimorar a gestão dos seus sindicatos.

SINDIGRAF – SP 90 anos. Unidos imprimimos transformações

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REALIZAÇÃO

ANOS

APOIO


EXPANSÃO

Foto: Álvaro Motta

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Asia Pulp & Paper se prepara para crescer no Brasil

Embora defenda que a solução é om mais de 20 anos de ex­ muito mais ampla, quero ser oti­ pe­r iên­cia, o executivo Ar­ Com estratégias de ampliar mista e acreditar que isso ajudará thur Gonoretzky assumiu, sua participação na América a mudar a si­tua­ção”, opina. em maio último, a diretoria geral Ainda na questão dos tribu­ da Cathay, representante brasilei­ Latina, a fabricante asiática tos, Arthur Gonoretzky critica o ra da Asia Pulp & Paper (APP), se­ de papel e celulose anuncia aumento da alíquota de impor­ gunda maior fabricante mun­d ial a contratação de um novo tação de papel. “O Brasil produz, de papel e celulose. Conhecedor de diretor geral para a Cathay, o hoje, cerca de 250 mil toneladas toda a cadeia do setor, da produção de papel couché. No ano passado, o à distribuição, ele terá como uma executivo Arthur Gonoretzky. consumo foi de aproximadamente de suas principais missões ge­ren­ 670 mil toneladas. Sendo assim, é ciar todos os mecanismos que, di­ preciso importar essa diferença para abastecer aquilo reta ou indiretamente, atendam a decisão estratégica que a so­cie­da­de consome. Além da taxa [de importação] da empresa de am­pliar sua presença no mercado na­cio­ ser muito alta, e incidir em vá­r ios outros impostos, há nal. “A APP tem planos am­bi­cio­sos para toda a Améri­ uma série de trâmites burocráticos que deixam o pro­ ca Latina, mas o Brasil, embora já tenha uma posição cesso mais complexo. São obstáculos que podem acabar forte por aqui, é o principal foco”, afirma Gonoretzky. inibindo o consumo de papel, uma vez que o preço de Para atingir tal objetivo, a APP Cathay está inves­ tudo isso será sentido no bolso do consumidor, quan­ tindo maciçamente em capital humano. “Estamos es­ do deveria ser o contrário. De­ve­r iam c­ riar mecanismos truturando um time de excelentes profissionais, pes­ de incentivo para a indústria gráfica, para o consumo soas que conhecem e se re­la­cio­nam muito bem com o de livros e revistas”, avalia o diretor. mercado e, principalmente, entendem as necessidades locais”, afirma o diretor. A companhia também refor­ Atual­men­te, a Asia Pulp & Paper tem uma produ­ ça as ­­áreas de mar­ke­ting e de apoio técnico aos clien­ ção a­ nual de 15 milhões de toneladas, exporta para tes. Implantará, ainda, uma nova política de distribui­ mais de 120 paí­ses e possui um faturamento próximo ção no Brasil, com atua­ç ão muito próxima daqueles dos 10 bilhões de dólares. Com os investimentos fei­ que considera como verdadeiros parceiros estratégicos tos no Brasil, esses números deverão am­pliar em mui­ para o seu negócio. to. E, para a companhia, investir na América Latina De acordo com o novo diretor geral, um dos maio­ tem sua razão de ser: a re­g ião não sofre a mesma pres­ res de­sa­f ios do Brasil ainda é a complexidade da car­ são vista em mercados como os Estados Unidos e a Eu­ ga tributária. Em um primeiro momento, ele aponta ropa, onde os efeitos da substituição do papel por mí­ a inadequação de normas como a que regulamenta a dias digitais podem ser mais enfaticamente sentidos. isenção de impostos aos pa­ “Apesar de a internet ser forte no Brasil, por aqui ainda péis para fins educacio­ há muito espaço para o consumo de papel crescer. O ni­ nais — o papel imune. cho de embalagens apresenta desenvolvimento promis­ “ Temos uma lei que sor. Igualmente, no segmento de papel de imprimir e foi redigida nos anos escrever ainda existem muitas oportunidades”, decla­ 1940 e praticamente ra Gonoretzky, que acredita haver espaço para ambas não sofreu qualquer as mí­d ias. É tudo uma questão de senso de oportuni­ alteração. Agora está dade e de adequação. “Globalmente, ocorrem profun­ entrando em vigor a das mudanças em relação ao consumo, mas, apesar dis­ medida que obriga a so, a APP tem a visão de acreditar no futuro e, por isso identificação das emba­ mesmo, está expandindo sua capacidade de produção lagens de papel imune. de vá­r ios tipos de pa­péis”, completa o executivo. Arthur Gonoretzki, diretor geral da Cathay

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SUSTENTABILIDADE

Gerenciamento de resíduos: a etapa final

N Esta edição da Revista Abigraf traz a conclusão do Plano de Gerenciamento de Resíduos, com as etapas de Verificação e Ações Corretivas e Revisão da Gestão.

Fotos (com a colaboração da Makro Kolor) 1   2   3 Aparas de papel, plástico e chapas de alumínio, classe recicláveis

as duas últimas edições (n º‒ s 265 e 266) foram apresentadas as duas etapas iniciais do Plano de Ge­ ren­c ia­men­to de Re­sí­duos (PGR), configuradas em Planejamento e Implemen­ tação e Operação. Finalizando esta série es­pe­ cial sobre o tema do PGR , apresentamos a ter­ ceira etapa, de Verificação e ações corretivas, e a quarta etapa, que trata apenas da Revisão da gestão (melhoria contínua), a partir das dire­ trizes apontadas pelo Ma­nual de ge­ren­cia­men­ to de re­sí­duos — guia de procedimento passo a passo (Sebrae-­R J, 2006). No terceiro passo do PGR de qualquer seg­ mento in­dus­trial — incluindo o de impressão gráfica — ocorre a Verificação e ações corretivas, ou seja, o acompanhamento de tudo o que foi implementado no segundo passo e a pro­ moção de ações corretivas quando necessário. A primeira etapa desta fase é a de Monitoramento e medições, com a análise de indicadores vinculados a re­sí­duos (quantitativos, qualita­ tivos e financeiros), que foram cria­dos no se­ gundo passo do PGR . Isto é fundamental para a ava­lia­ção do desempenho da empresa, a men­ suração dos ganhos econômicos e ambientais e a definição de metas e objetivos futuros. Além da rea­va­lia­ção pe­r ió­d i­ca desses indicadores, para

que reflitam sempre a eficácia dos processos, é necessário arquivar as medições e, pe­r io­d i­ca­ men­te, fazer uma análise crítica de acordo com resultados históricos e/ou esperados. 2

3

Fotos: Álvaro Motta

1

A etapa seguinte é a Auditoria, para garan­ tir que o PGR está operando de modo correto. Devem ser feitas auditorias internas, a serem conduzidas pe­r io­d i­ca­men­te em todas as etapas do ge­ren­cia­men­to, dentro de determinada pe­ rio­d i­ci­da­de e a partir de protocolo detalhado. Também são ne­ces­sá­r ias as auditorias de tercei­ ros, que tenham sido contratados para condu­ zir quaisquer etapas do ge­ren­cia­men­to dos re­sí­ duos, seguindo idênticos cri­té­r ios das internas.

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SUSTENTABILIDADE

O resultado das auditorias e da análise dos indicadores informará sobre possíveis des­v ios do PGR , que são chamadas de não-​­conformidades (des­v ios legais, técnicos ou relações custo/benefício que podem ser melhoradas). Depois de conhecidas as não-​ ­conformidades, devem ser estabelecidas ações corretivas e preventivas, de maneira que as mesmas não se repitam no futuro. Todos os registros relativos a re­sí­duos devem ser devidamente guardados. Esse procedimento, além de atender a requisitos legais, facilita o acompanhamento do PGR pelos responsáveis por cada etapa dos processos. De um modo geral — mas é importante seguir as normas do órgão am­bien­tal de sua cidade/estado —, o gerador deve produzir apenas quatro vias do manifesto para cada movimentação e tipos de re­sí­duos. Para cada resíduo destinado para fora da unidade, deve-​­se pro­v i­den­c iar também os seguintes documentos: a) registro de saí­da, informando quantidade, destino, data, meio de transporte e percurso a ser percorrido; b) registro de chegada do resíduo ao seu destino (pode ser o documento de saí­da protocolado junto ao receptor com a data e a hora de chegada ou um documento específico para ser assinado pelo 4 Resíduos orgânicos classe 2, não recicláveis 5 Documentação para transporte

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5

4

receptor do resíduo); c) registro emitido pelo receptor do resíduo informando a data e a hora em que este foi processado, tratado, incinerado, aterrado etc., bem como o processo de tratamento ou disposição utilizado. Todos esses documentos devem ser mantidos pela empresa para resguardá-​­la em caso de haver quaisquer problemas em um dos receptores de re­sí­duos. Finalmente, depois da implantação e da revisão da ações, segue-​­se o quarto e último passo do PGR , que é a Revisão da Gestão, que deverá garantir que todo o processo se mantém íntegro e consistente.


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SUSTENTABILIDADE

International Paper divulga seu Relatório de Sustentabilidade 2012 Documento destaca ações implementadas pela companhia para diminuir as emissões de gases de efeito estufa.

A

In­ter­na­tio­nal Paper América Lati­ na divulgou em setembro o Rela­ tório de Sustentabilidade referen­ te ao ano de 2012. O documento, que segue as diretrizes estabelecidas pela Glo­ bal Reporting Ini­tia­ti­ve (GRI), traz como desta­ ques as ações implementadas pela companhia Texto: Ada Caperuto para diminuir as emissões de gases de efeito es­ tufa, como a instalação da nova caldeira de bio­ mas­sa em Mogi Gua­çu que elevou para 90% o total de uso de energia pro­ve­ nien­te de fonte renovável. “Nós temos reduzido ano a ano em razão, es­pe­cial­ 2012 men­te, do menor uso de combustíveis fósseis, subs­ti­tuí­dos por bio­mas­sa, e da compra de energia elétrica”, des­ taca Lizzi Colla, gerente de susten­ tabilidade e responsabilidade so­cial. O relatório também ressalta a opção da companhia em adquirir mais de 85% de bens e serviços dos pró­prios estados onde possui fá­ brica. Dos R$  2,038 bilhões gas­ tos com fornecedores no pe­r ío­do, R$ 1,736 bilhão foi destinado a for­ necedores locais. Na área so­cial, o documento ressalta os projetos do Instituto In­ter­na­tio­nal Paper que envolvem 31 cidades e já atingi­ ram 26 mil pes­soas desde 2007. No que tange à mitigação de impactos em ­­áreas protegidas, a empresa realizou em 2012 seu maior reflorestamento nos últimos dez anos, no horto Bom Retiro, localizado em Ar­ thur Nogueira (SP). Foram plantadas 100 mil mudas de mais de 80 es­pé­cies nativas diferen­ tes, dispostas de modo a configurar corredores ecológicos na paisagem e a proteger os recur­ sos hídricos locais. Nesse e nos demais hortos florestais mantidos pela IP já foram identifica­ das e catalogadas 343 es­pé­cies ar­bó­reas, 292 es­pé­c ies de aves, 46 es­pé­c ies de mamíferos e 18 es­pé­cies de an­f í­bios e répteis. Mesmo possuindo uma matriz energé­ tica limpa, a IP está sempre colocando em

ntabilidade RelatóRio de SuSte nibilidad infoRme de SoSte

2012

ntabilidade RelatóRio de SuSte nibilidad infoRme de SoSte

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prática ini­cia­ti­vas visando a redução do consu­ mo. Em 2012, a fábrica de Mogi Gua­çu (SP) im­ plementou projeto de reaproveitamento térmico que elevou a temperatura da água desminera­ lizada, gerando assim economia de vapor. Já a fábrica de Luiz Antônio (SP) priorizou o consu­ mo de bio­mas­sa em detrimento do uso de óleo. Ao todo, foram economizados 98.395 Gigajou­ les no ano. Já em relação à emissão de gás efeito estufa (GEE), em 2012, foram emitidas 298.063 toneladas de carbono equivalente, 9,4% a me­ nos que em 2011. A empresa vem registrando redução ano a ano em razão, es­pe­cial­men­te, do menor uso de combustíveis fósseis, subs­ti­tuí­ dos por bio­mas­sa, e da compra de energia elé­ trica. Somadas todas as ini­cia­ti­vas adotadas, o resultado foi a redução de 14.988.659 toneladas de carbono equivalente. Com a nova caldeira de Mogi Gua­çu, que elevará a composição da ma­ triz energética da IP para 90% de fontes reno­ váveis, a tendência é que essa queda se acentue. RESULTADOS ECONÔMICOS

No documento, o presidente da companhia, Jean-​­Michel Ri­bié­ras, destaca a expansão de 10% das vendas para a América Latina e come­ mora o ingresso da empresa no mercado de em­ balagens com uma joint venture com a Jari Celu­ lose, Papel e Embalagens S/A , do Grupo Jari, na qual detém 75% de participação. Con­c luí­do em janeiro deste ano, o acordo deu origem à Orsa In­ter­na­tio­nal Paper Embalagens S/A . Com faturamento global de US$ 28 bilhões em 2012, a IP mantém operações na América do Norte, Europa, América Latina, Rússia, Ásia e Norte da África. No Brasil, com aproximada­ mente 2,6 mil profissionais, o sistema integra­ do de produção de papel para imprimir e escre­ ver da empresa é composto por três fábricas: duas no Estado de São Paulo e uma no Mato Grosso do Sul. Seus produtos, as linhas de pa­ péis para imprimir e escrever Chamex e Cha­ mequinho e a linha gráfica de pa­péis Cham­ bril, são produzidos a partir de florestas 100% plantadas, renováveis e certificadas.



Sebastião Salgado

84 REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013


F OTOG R A F I A

“Minha vida de fotógrafo é a minha vida”

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exposição Genesis é a responsável pelo encontro do grande público com a obra de Se­bas­t ião Salgado. Até o dia 1º‒ de dezembro ela estará em cartaz no Sesc Belenzinho, em São Paulo, seguindo programação que começou no dia 9 de abril, no Na­tio­nal History Museum de Londres, incluindo passagem pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Da capital paulista, Genesis continua sua trajetória, passando por Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília, além de outras capitais mundiais. Com 245 fo­to­gra­fias, divididas em cinco seções geo­g rá­f i­cas, a mostra inédita revela maravilhas que permanecem imunes à aceleração da vida moderna. São montanhas, desertos, florestas, tribos, aldeias e animais que o fotógrafo brasileiro, radicado em Paris, registrou entre 2004 e 2011. Na produção de Se­bas­tião Salgado, este é o terceiro mergulho de longa duração em questões globais. Trabalhadores (1986–1992) e Êxodos (1994–1999) expuseram as duras consequências das radicais mudanças econômicas e sociais sobre as vidas humanas. “Com Êxodos

vivi momentos muito difíceis. Houve dias que tive de me deparar com mais de 15.000, 20.000 mortos. Acabei ficando doen­te, meu corpo começou a morrer, e tomamos a decisão de voltar à fazenda onde passei minha infância, no Vale do Rio Doce. Lá começamos um projeto de reflorestamento e com ele veio a vontade de fotografar, de apresentar o planeta novamente”, afirmou Se­bas­tião Salgado em entrevista coletiva dois dias antes da abertura da exposição. O fotógrafo fala na terceira pessoa do plural por incluir sua esposa e companheira há 45 anos, Lélia Wanick Salgado, curadora da exposição. “Desta vez, ele trata do nosso am­bien­te natural, mas ao invés de colocar os holofotes nos efeitos da poluição e das alterações climáticas sobre a terra, o mar e o ar, Salgado nos oferece um poe­ma de amor, com imagens que exaltam a majestade e a fragilidade do nosso planeta”, comenta Lélia.

Ele é, sem dúvida, o mais prestigiado fotógrafo brasileiro e um dos mais importantes nomes da fotografia mundial. Depois dos cariocas, agora é a vez do público de São Paulo encontrar, ou reencontrar, o trabalho de Sebastião Salgado e entender porque suas imagens são tão impactantes e encantadoras. Tânia Galluzzi

AO REDOR DO MUNDO

Mantendo-​­se fiel ao preto e branco, Se­bas­tião Salgado fez ao todo 32 via­gens, percorrendo

85 setembro /outubro 2013  REVISTA ABIGR AF


hama a atenção na C exposição em cartaz nas instalações do Sesc Belenzinho, em São Paulo, a maior ampliação já feita de uma foto de Sebastião Salgado, com 13 × 10 metros

Foto: Ricardo Beliel

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re­g iões remotas, e inóspitas, do globo. Cada saí­da de sua base em Paris envolveu ­aviões de pequeno porte, helicópteros, barcos, ca­noas e muita disposição para longas caminhadas em terrenos difíceis, enfrentando extremos de temperatura. Em contrapartida, era muito bem recebido. “O ser humano é gregário. Ao perceberem nossa proposta, os membros das comunidades per­m i­t iam nossa integração e as fotos passavam a ser como o meu respirar e o respirar das pes­soas”. A exposição divide-​­se em cinco seções: Planeta Sul, com a Antártica e suas paisagens congeladas; San­t uá­r ios, que cobrem as Ilhas Galápagos, Nova Guiné, os arredores da província de Sumatra e Madagascar; África, retratando desde a vida selvagem na Botswana até as antigas comunidades cristãs do norte da Etió­pia; Terras do Norte, mostrando visões do Alasca e do Colorado, nos Estados Unidos, paisagens do Canadá, do norte da Rússia e ao norte da Sibéria; e Amazonia e Pantanal, abrangendo os Tepuis Ve­ne­zue­la­nos, as mais antigas formações geo­ló­g i­c as na terra, a vida selvagem do

REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013

Fotos: Tânia Galluzzi

Pantanal no Mato Grosso, e a tribo indígena Zo’e, contatada pela primeira vez no final da década de 80. A exposição no Sesc Belenzinho traz ainda a maior am­plia­ção já feita de uma imagem de Se­bas­tião Salgado, com 13 × 10 metros, produzida pela ClaroEscuro, es­pe­cia­l i­za­da em impressão fine art.

O fotógrafo contou que o pe­r ío­do em que esteve via­jan­do dentro do projeto Genesis foram os anos mais ricos de sua vida. “Genesis fecha um ciclo e tenho a impressão de que tudo o que aprendi com os trabalhos an­te­r io­res só aprendi para fazer Genesis. Fui fazer essas fotos com o objetivo de ter o prazer de encontrar o planeta”. Ques­tio­na­do sobre o futuro, Se­bas­tião Salgado afirmou que vai con­ti­nuar fotografando. “Em fevereiro completo 70 anos, não tenho a mesma energia que há 10 anos. Talvez não me envolva em projetos grandes como esse, mas a minha vida de fotógrafo é a minha vida”.

fotógrafo, com O Lélia Wanick Salgado — sua esposa, companheira de todos os momentos e também curadora da exposição Genesis —, na fazenda onde viveu sua infância, no Vale do Rio Doce


SINDIGRAF 90 ANOS Celebrar 90 anos ao lado de pessoas que fazem nossa indústria crescer é um privilégio. Obrigado a todos que estiveram presentes no evento de comemoração desta grande conquista. SINDIGRAF-SP - unidos imprimimos transformações.

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COLEÇÃO

Ipsis valoriza a fotografia brasileira Araquém Alcântara é o primeiro nome da Coleção Ipsis de Fotografia Brasileira, criada para valorizar e difundir a fotografia nacional.

N

o dia 5 de novembro acontece, na Livraria da Vila do shopping Pátio Hi­g ie­nó­po­lis, em São Paulo, o lançamento do primeiro volume da Coleção Ipsis de Fotografia Brasileira. Calcada na ex­ pe­r iên­cia da gráfica, que nos últimos 15 anos concen­ trou esforços no segmento de livros de arte, desenvol­ vendo técnicas e processos especificamente pensados para atender as necessidades desse mercado, a coleção objetiva valorizar e difundir a qualidade da fotogra­ fia na­c io­n al, trazendo abordagens distintas rea­li­z a­ das por fotógrafos que pesquisam a fundo a brasilida­ de em suas diversas manifestações. “Nesses anos todos tivemos um contato muito próximo com fotógrafos, produtores culturais e editores e queremos de algu­ ma forma retribuir a con­f ian­ç a e o reconhecimen­ to que eles depositaram em nosso trabalho”, afirma Fernando Ullmann, diretor da Ipsis. O primeiro fotógrafo da coleção é Araquém Alcân­ tara, referência em fotografia de natureza, com mais de 40 livros publicados. Os próximos serão Tia­go San­ tana, que há mais de 20 anos vem documentando a paisagem e a vida no sertão nordestino, e Cris­t ia­no

88 REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2013

Mascaro, nome absoluto na sea­ra da fotografia de ar­ quitetura, es­pe­cial­men­te na capital paulista O segun­ do volume tem previsão de lançamento para março de 2014. A meta é ter pelo menos três livros por ano, que poderão ou não conter imagens inéditas, tanto coloridas quanto em preto e branco. O livro de Araquém Alcântara sai com tiragem ini­ cial de 3.000 exemplares, que ficou pronta em mea­dos de setembro. Com um total de 100 imagens, percorre praticamente toda a carreira do fotógrafo, abrangendo o pe­r ío­do entre 1972 e 2013. Ao final da coleção será produzida uma embalagem para acomodar os 10 volu­ mes. O próprio formato do livro, 14,3 × 16,5 cm, foi pen­ sado para possibilitar um manuseio agradável e mes­ mo estimular o interesse da peça como um presente ou brinde de final de ano.

COLEÇÃO IPSIS DE FOTOGRAFIA BRASILEIRA Vol. 1 – Araquém Alcântara Fotografias: Araquém Alcântara Coordenação editorial e texto: Eder Chiodetto Projeto gráfico: Fernando Moser Imagens reproduzidas: 100 Tiragem: 3.000 Formato: 14,3 × 16,5 cm Número de páginas: 220 Impressão: em FullBlack com verniz reserva de máquina Acabamento: capa dura / laminação fosca Papel: Capa – couché brilho 150 g/m2 / Miolo – couché fosco 150 g/m2 & IPSIS www.ipsis.com.br


DISTRIBUIDORA

Aos 92 anos, uma nova Samab Nos últimos meses operou-​­se uma mudança radical dentro da Samab. Distribuidora de papel que soma 92 anos de atividade, sua estrutura foi profundamente alterada, processo que culminou com a transferência para um novo espaço e a entrada no segmento de papéis comerciais.

Fotos: Álvaro Motta

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uem visitar a Samab vai perceber ime­d ia­t a­men­t e que a empresa mudou. Mas o frescor que se percebe nos corredores recém-​­reformados vai muito além da estrutura física da nova sede, que trocou a Rodovia An­chie­ta pela Avenida Henry Ford, na zona leste de São Paulo. Os bons ventos vêm da reformulação completa pela qual a empresa passou, envolvendo desde o conselho administrativo e o comitê executivo, atravessando a estratégia de atua­ç ão da empresa e suas equipes, até alcançar seu portfólio de produtos. A remodelação da Samab começou a ser planejada no ano passado com a finalidade de adaptá-​­la às demandas de mercado. Em dezembro a direção da distribuidora foi entregue a Roger Mi­chae­lis, 54 anos, ex-​­presidente da Osram, que chegou para comandar o rea­li­nha­men­to e a pro­fis­sio­na­ li­za­ção da empresa. Todo o time foi revisto, com ajustes e contratações nas equipes administrativa, co­mer­cial, de logística e de conversão, assim como na estrutura de TI.

ENTRADA NO SEGMENTO COMERCIAL

Roger Michaelis: “Está sendo muito gratificante ver a capacidade da Samab de reinventar-se”.

Era es­sen­cial também encontrar um espaço que pudesse agregar velocidade e efi­ ciên­cia à operação da Samab. Optou-​­se por uma área de 16.000 metros quadrados no bairro da Moo­c a, que foi modificada em função das necessidades da empresa. Com a rea­lo­ca­ção, na qual foram investidos mais de R$ 7 milhões, o número de docas para es­coa­men­to do papel dobrou, abriu-​­se a possibilidade de trabalhar 24 horas por dia, além de um lay­out interno desenhado para facilitar a movimentação do papel. As máquinas para corte e rebobinamento de papel passaram igualmente por uma revisão completa. “Está sendo muito gratificante ver a capacidade da Samab de reinventar-​ ­se”, comenta Roger Mi­chae­lis.

Para a Avenida Henry Ford foram transferidos toda a administração, o departamento de vendas e o estoque, que supre o Estado de São Paulo e cidades adjacentes, com capacidade para 15 mil toneladas. A distribuidora conta ainda com filiais (vendas mais área de armazenagem) no Rio de Janeiro, Fortaleza e Porto Alegre e es­cri­tó­r ios no in­ te­r ior de São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Recife e Bahia. Essa capilaridade já está sendo aproveitada para dar vazão ao incremento da linha de produtos da distribuidora. Por nove décadas fiel aos pa­péis para o mercado edi­to­r ial, a Samab está agora entrando no segmento co­mer­cial com papel-​­cartão, pa­péis adesivados e mesmo o offset. “Que­ re­mos con­ti­nuar como um dos líderes em papel imune através de nossa cobertura na­ cio­nal e preços competitivos, estendendo esses diferenciais para o campo de produtos comerciais, desenvolvendo re­la­cio­na­ men­tos duradouros tanto com os clien­ tes quanto com os fabricantes de papel”, afirma o presidente. Em função de todas as mudanças, o resultado da Samab em 2013, classificado por Mi­c hae­l is como um ano de­sa­f ia­dor, deve ser melhor do que o do mercado como um todo. A meta é fazer que a empresa consiga manter níveis de crescimento acima da média do mercado nos próximos anos. & SAMAB Tel. (11) 3670.0800 www.samab.com.br

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Grupo de participantes do encontro: (E/D) João Baptista Cardoso, presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas da Grande Florianópolis; Luiz Gonzaga de Andrade, presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas de Teresina; Vicente de Paula Aleixo Dias, presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de Minas Gerais; Fabio Arruda Mortara, presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo; Antonio Carlos de Araújo Navarro, superintendente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Distrito Federal; Luiz Carlos Oliveira de Moraes, presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Nordeste do Rio Grande do Sul; Walter Castro dos Santos e Markus Aurélio Costa Regis, respectivamente, presidente e contador do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado de Sergipe

Sindigraf-SP celebra 90 anos com encontro nacional de sindicatos Seminário foi um dos eventos organizados para celebrar o aniversário da entidade, reunindo sindicatos gráficos de todo o Brasil para uma intensa programação, finalizada com jantar de gala na Fiesp e o lançamento de um selo comemorativo pelos Correios.

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ea­li­za­do em 16 de setembro pelo Sindigraf-SP, o I Encontro Na­cio­nal de Sindicatos da Indústria Gráfica reuniu representantes de sindicatos do setor de todo o Brasil, de Roraima ao Rio Grande do Sul. Na abertura, o presidente da entidade, Fabio Arruda Mortara, destacou o ineditismo da ini­cia­ti­va, que se propôs a discutir questões específicas de sindicatos. “Temos conseguido articular pontos importantes para o nosso setor, e isso é ainda mais relevante neste momento extremamente delicado que vive a indústria gráfica”. O evento também marcou as comemorações dos 90 anos do

Fabio Arruda Mortara, presidente do Sindigraf-SP, entidade promotora do encontro, falou sobre os pleitos e propostas da indústria gráfica nacional. Ao lado, Levi Ceregato, presidente da Abigraf Regional-SP

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Sindigraf-SP, o que foi lembrado pelo presidente da Abigraf-­ SP, Levi Ceregato. “O sindicato está mais novo do que nunca, passou por guerras, planos econômicos, defendeu os tipógrafos, depois abrigou os impressores offset, os profissionais da rotogravura e agora o digital”. O encontro teve como objetivo aprimorar a capacitação das lideranças sindicais para uma gestão mais efi­cien­te dessas entidades, que são o primeiro ponto de apoio das in­ dús­trias na busca de soluções e informações que sub­si­diem a tomada de decisões em um cenário de­sa­f ia­dor.


SELO COMEMORATIVO Na oca­sião também foi lançado o selo comemorativo às nove décadas de atua­ção do Sindigraf-SP. Elaborado em parceria com os Correios, o selo traz imagens de vá­rios cartões postais da cidade de São Paulo. Ao término da cerimônia, os convidados participaram de um jantar em um salão anexo ao tea­tro da F­ iesp. A primeira palestra foi apresentada por Flávio Coo­per, presidente do Tribunal Re­gio­nal do Trabalho da 15ª Re­gião, intitulada “Relações capital-​­trabalho: como aprimorá-​­las”. A consultora econômica Zeina Latif apresentou em seguida o módulo “Cenário econômico e a indústria gráfica”. A palestra “Planejamento estratégico sindical” foi apresentada na sequência por Paulo Henrique Schoueri, diretor da Central de Serviços da Federação das In­dús­trias do Estado de São Paulo (­Fiesp). “Integração e inovação, capacitação e produtividade: os de­sa­fios da indústria gráfica” foi o módulo apresentado em seguida por Reinaldo Espinosa, presidente do conselho da ABTG. Fechando a manhã de palestras, Fabio Arruda Mortara apresentou o tema “Pleitos e propostas da indústria gráfica na­cio­nal”, com os tópicos do Manifesto da Indústria Gráfica, recentemente lançado. NEGOCIAÇÃO PASSO A PASSO Na programação vespertina do encontro, o tema “Ne­go­cia­ção coletiva” foi apresentado por Sergio Juchem, advogado e ne­ go­c ia­d or em­p re­s a­r ial. Em seguida Nílsea Borelli Rolim de Oliveira, gerente jurídica da entidade organizadora apresentou o módulo “Sindigraf-SP: roteiro de convenção coletiva”. Na sequência, foi a vez do módulo “Aspectos e implementação da NR‑­12” foi apresentado

pelo engenheiro Fabio Pauli, que mostrou o modelo empregado pela Tilibra. O evento foi encerrado com o módulo “Gestão eficaz e de­ sa­fios de vendas no novo mercado competitivo”, com o antropólogo Luiz Marins. Ele falou sobre a velocidade com que as mí­dias digitais avançam sobre as tradicionais.

MEMBROS DE SINDICATOS DA INDUSTRIA GRÁFICA, ABIGRAF E ABTG DE TODOS O PAÍS PARTICIPARAM DO I ENCONTRO NACIONAL DE SINDICATOS

SINDICATOS: Alagoas: Floriano Alves da Silva Junior ◆ Ceará: Francisco Eulálio Santiago ◆ Distrito Federal: João Ferreira dos Santos ◆ Espírito Santo: João Baptista Depizzol Neto ◆ Maranhão: Roberto Carlos Moreira ◆ Mato Grosso do Sul: Julião Flaves Gauna ◆ Minas Gerais: Vicente de Paula Aleixo Dias / Sul de Minas: Gilbert FurtaCERIMÔNIA DE POSSE do Rangel / Varginha: Rogério BregalNa mesma data do seminário, no da ◆ Paraná: Jair Leite e Abílio Santana pe­río­do noturno, os líderes sindi/ Maringá e Região: Shingi Gohara cais e os em­pre­sá­rios e profissioe Urbano Rampazzo ◆ Pernambuco: nais da indústria gráfica particiValdezio Bezerra de Figueiredo ◆ Piauí: param da cerimônia de posse das Roberto José Bastos Ferraz / Teresina: Luiz Gonzaga de Andrade ◆ Rio novas di­re­to­rias do Sindigraf-SP e de Janeiro / Sul Fluminense: Roberda ABTG para o triê­nio 2013–2016. to William Drumond ◆ Rio Grande O ato foi rea­li­za­do no Tea­tro Ruth do Norte: Carlos Vinicius Aragão CosCardoso, na sede da F­ iesp, e conta Lima ◆ Rio Grande do Sul: Ângetou com a presença de líderes lo Garbarski e Osmar Antonio / Pelosindicais de todo o País, em­pre­ tas: Roberto Llanos de Ávila ◆ Região sá­r ios e representantes polítiNordeste do RS: Luiz Carlos de Oliveicos de São Paulo. Na mesa esra Moraes ◆ Roraima: Raimundo Pereitavam Ricardo Marques Coube, ra da Silva ◆ Santa Catarina: João B. ­atual vice-​­presidente da ABTG , Cardoso / Blumenau: Osvaldo Luciani representando Claudio Baronni, / Joinville: Evandro Rogério Volpato / Oeste de SC: Cidnei Luiz Barozzi ◆ São presidente eleito da entidade; Paulo: Fabio Arruda Mortara, Beatriz Reinaldo Espinosa, presidente Duckur Bignardi, Bruno Emidio, Cris-15:17 1 10/10/13 do conselho executivo daABIGRAF_SP_ANUNC_ENCONTRO_LIDERES_SIND_210X280.pdf ABTG; tiano Souza, Denise Monteiro, Fátima Mário César Martins de Camargo, vice-​­presidente da F­ iesp, representando o presidente Paulo Skaf; o deputado es­ta­dual Antonio de Sousa Ramalho (PSDB‑SP); Marcos Monteiro, presidente da Imprensa Ofi­cial do Estado de São Paulo, representando o governador Geraldo Alckmin; e Pedro Sérgio de Melo, gerente geral de vendas dos Correios.

Sola, Moacyr Rodrigues, Nílsea Borelli Rolim de Oliveira, Priscila Perniciotti, Ricardo Marques Coube, Sonia Cavalcante, Umberto Giannobile e Wagner J. Silva / ABCD e Baixada Santista: José Antonio Gameiro / São José do Rio Preto: Carlos Roberto Afonso Prudêncio ◆ Sergipe: Walter Castro dos Santos e Markus Aurélio Costa Regis ◆ Tocantins: Sergio Carlos Tavares ABIGRAF: Ceará: Tales Vinicius Ximenes Carvalho ◆ Distrito Federal: Antonio Carlos de Araújo Navarro ◆ Paraná: Sidney Paciornik ◆ Pernambuco: Eduar­do Carneiro Mota ◆ Rio Grande do Sul: Luiz Carlos Pinheiro ◆ Santa Catarina: José Fernando da Silva Rocha ◆ São Paulo: Levi Ceregato, Flavio Tomaz Medeiros, Luiz Gornstein e Sidney Anversa Victor / Bauru: José Ricardo Scareli Carrijo / Ribeirão Preto: Edson Antonio Bianchi, Fabio Sarje e Simone Ferreira Beletti ABTG: Aparecida Stucchi, Manoel Manteigas de Oliveira e Reinaldo Marcelino Espinosa CONVIDADOS ESPECIAIS: Edson Infanger e Ivan Duckur Bignardi (Bignardi) ◆ Rodney P. Casadei (Log & Print) ◆ Max Schrappe

Encontro de Sindicatos DA indústria gráfica

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Grupos de trabalho do Copagrem apresentam propostas Em reuniões realizadas nos meses de agosto e setembro, os GTs validaram os planos estratégicos que já começaram a ser implementados.

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omando 36 entidades mem­ bros, o Comitê da Cadeia Pro­ dutiva do Papel, Gráfica e Emba­ lagem (Copagrem) realizou duas reuniões de trabalho, em agosto e setembro, na sede da Federa­ ção das In­dús­trias do Estado de São Paulo (­Fiesp). Nos encon­ tros, presididos por Fabio Arru­ da Mortara, foi apresentado o andamento das propostas dos grupos de trabalho. O GT de Valorização da Comunicação Impressa, integrado por dez entidades e coor­de­na­ do pelo Sindigraf-SP, está traba­ lhando na elaboração do forma­ to ope­ra­cio­nal para implantação da campanha Two Sides no Bra­ sil, organismo que já atua em paí­ses da Europa e África, além da Austrália e Estados Unidos,

com o mesmo objetivo de ex­ tinguir os mitos equivocados sobre a produção do papel e da comunicação impressa. O grupo elabora proposta para o mode­ lo de governança, incluindo a es­ colha de pro­f is­sio­nal contratado para implantar e ope­ra­cio­na­li­zar a campanha no País. Por sua vez, o GT de Competitividade, integrado por oito entidades sob coor­de­na­ção da As­so­cia­ção dos Agentes de For­ necedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfi­ ca (Afeigraf), tem o objetivo de mensurar a competitividade da indústria brasileira de impressão frente à de outros paí­ses. Para ini­ciar, o grupo trabalha na de­ finição dos tópicos que envol­ vem a construção de índices, a

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fim de obter uma base compa­ rativa. Serão analisados todos os itens que envolvem a renta­ bilidade e a gestão estratégica, desde aspectos como máqui­ nas, insumos e substratos até a questão tributária. O GT de Tributação e Papel, que reú­ne 15 entidades e tem coor­de­na­ção da ­Fiesp e do de­ partamento jurídico da Abigraf, está trabalhando no ma­p ea­ men­to da tributação incidente em cada setor da cadeia produ­ tiva, com a principal meta de in­ troduzir me­lho­rias no am­bien­ te fiscal/tributário dos setores que compõem a cadeia produ­ tiva. Com isso, pretende tam­ bém aumentar a competitivida­ de e garantir maior segurança jurídica. Outros temas relevantes

do trabalho deste GT são: papel imune, o uso de papel reciclado e projetos de lei re­la­cio­na­dos à produção do setor. Compos­ to por oito entidades coor­de­na­ das pela As­so­cia­ção Brasileira de Embalagem (Abre), o GT de Sustentabilidade está trabalhando com foco na Política Na­cio­nal de Re­sí­duos Sólidos (PNRS), além de legislações, certificações e licen­ ças ambientais que envolvem a produção de celulose e papel e a comunicação impressa. Em agosto, a reu­nião do Co­ pagrem contou com a participa­ ção do assessor do departamen­ to da micro, pequena e média indústria da ­Fiesp, Flavio L.J. Vi­ tal, que apresentou a estrutura cria­da pela instituição para ofe­ recer suporte aos em­pre­sá­rios



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na busca de crédito. O professor Leo­nar­do Muller, da Fipe/USP, juntamente com o diretor executivo da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Mansur Bassit, e com o diretor do Sindicato Na­c io­ nal dos Editores de Livros (Snel), Eduar­do Salomão, comentaram a pesquisa “Produção e vendas do setor edi­to­rial brasileiro”. Para finalizar, a advogada Fernanda G. Garcia, também da CBL, apresentou um panorama jurídico atua­li­za­do do Recopi. Em setembro, representantes da As­so­cia­ção Na­cio­nal de Jornais (ANJ), da As­so­cia­ção Na­cio­ nal de Li­vra­rias (ANL), do Serviço Na­cio­nal de Aprendizagem In­ dus­trial (Senai-SP), da As­so­cia­ção Brasileira de Re­sí­duos Sólidos e Limpeza Pública (ABPL) e do Sindicato Na­cio­nal dos Editores de Livros (Snel) fizeram apresentações na reu­nião do Copagrem. João Jardim, da ANJ — entidade que reú­n e 141 empresas jornalísticas, representando 90% da circulação de jornais do País —, falou sobre seu trabalho no Comitê de Tecnologia e Operações da entidade, que, igualmente, tem o objetivo de discutir a questão do futuro do jornal impresso. Afonso Martin, da ANL, destacou que a entidade acredita no papel como a ferramenta tecnológica mais efi­c ien­te

que existe até hoje. “As li­vra­rias são muito importantes para a so­cie­da­de. Nossa responsabilidade é reinventá-​­las para con­ ti­n uar a exercer esse papel tão relevante”. Zeina Latif, do departamento econômico da Abigraf Na­cio­ nal, fez a apresentação da palestra “Cenário econômico e a indústria gráfica”, destacando aspectos como o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o desaquecimento da indústria e do setor de serviços, a pio­ra no nível de con­f ian­ ça do empresário brasileiro e a retração no consumo. Walter Vi­cio­ni Gonçalves, diretor re­gio­nal do Senai-SP, apresentou os avanços da entidade e, também, do Serviço So­cial da Indústria (Sesi-SP). Por sua vez, Ario­val­do Cao­da­glio, diretor da ABPL, falou sobre a Política Na­cio­nal de Re­sí­duos Sólidos, destacando os entraves da legislação para o setor produtivo. “A PNRS do jeito que está não vai atender a necessidade da indústria”, comentou. Encerrando o encontro, Eduar­do Salomão, do Snel, demonstrou em números e fatos o sucesso da Bie­nal do Livro do Rio de Janeiro. A próxima reu­nião do Copagrem ficou agendada para o dia 2 de dezembro.

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Iniciada a apuração da 22ª- pesquisa salarial Com informações sobre salários e benefícios da indústria gráfica paulista, a pesquisa oferecerá um sistema com interface mais ágil, interativa e ferramentas específicas para auxiliar na consulta dos dados e apoiando na tomada de decisão.

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Sindicato das In­d ús­t rias Gráficas no Estado de São Paulo (Sindigraf-SP) iniciou em setembro o levantamento das informações que comporão a edição de 2014 da principal referência para a gestão de capital humano nas gráficas do Estado. Trata-​­se da 22ª Pesquisa de sa­lá­rios e be­ne­fí­cios na indústria gráfica paulista, publicação organizada pelo sindicato e elaborada pela Wia­ bi­li­z a Soluções Empresariais, que traz informações técnicas e precisas sobre as práticas de mercado na estruturação de custos, estratégia sindical e demais aspectos relativos aos profissionais do setor. O estudo tem previsão de lançamento para fevereiro do ano que vem. De acordo com José Antônio Prudente de Siqueira, diretor da Wia­bi­li­za, serão analisados mais de 200 cargos do setor gráfico, além de sa­lá­ rios, be­ne­fí­cios e práticas de gestão de pes­soas. Uma das

novidades destacadas pelo diretor é a interface do sistema online, que terá mais ferramentas de seleção adaptadas às necessidades de cada área das gráficas. “Disponibilizaremos um novo e moderno sistema, mais fácil de usar, ágil, com mais re­la­tó­rios e gráficos comparativos, que permitirão análises mi­n u­c io­s as para tomada de decisões sobre formulação de políticas de atração e retenção de profissionais. Aos gestores financeiros, ela possibilitará, também, análises de custos de folha pagamento e be­ne­fí­cios”, informa Siqueira. A pesquisa ficará disponível em plataforma online por onze meses e demandará um investimento de R$ 1.300,00, com possibilidade de 50% de desconto para os as­s o­cia­dos da Abigraf-SP. Mais informações poderão ser obtidas no número (11) 3232-​ ­4 500 ou através do e-​­mail dejur@abigraf.org.br.


Cidade de Boraceia tem sua biblioteca revitalizada Autoridades municipais e líderes da indústria gráfica participaram do evento.

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erar o número de cidades paulistanas sem bi­blio­te­cas públicas é a principal meta do projeto “Revitalização de bi­ blio­te­cas”, que já beneficiou 14 mu­ni­cí­p ios do in­te­r ior paulista. Em 15 de agosto foi a vez de Bo­ra­ceia, localizada a 46 km de Bauru, com 5 mil habitantes, dos quais mil estão matriculados nas cinco escolas existentes. Na data, o Sindigraf-SP entregou a bi­blio­te­ca Bian­ca Peissler, na qual foram investidos R$ 25 mil com reforma e doa­ção de 600 títulos e um computador. A cerimônia contou com a presença do presidente e do vice do Sindigraf-SP, respectivamente,

(E/D): Arcangelo Rizo, presidente da Câmara Municipal de Boraceia; Luiz Edmundo Coube, 2-º vice-presidente da Seccional Bauru; Wagner Silva, gerente geral da Abigraf; José Ricardo Carrijo, 1-º vice-presidente da Seccional Bauru; Fabio Arruda Mortara, presidente do Sindigraf-SP; Marcos Vinicius Bilancieri, prefeito de Boraceia; Lucileide Peissler e Agnaldo Peissler, pais de Bianca Peissler

Fabio Arruda Mortara e Ricardo Marques Coube; do presidente da Abigraf-SP, Levi Ceregato; do vice-​­presidente da

Abigraf Bauru, José Ricardo Carrijo; do prefeito Marcos Bi­lan­cie­ ri e do presidente da Câmara dos Ve­rea­do­res, Arcangelo Rizo.

Além de uma apresentação tea­tral organizada por uma das escolas do município, foi rea­li­za­ da a entrega dos prê­mios para quatro alunas do ensino fundamental de escolas da re­gião, que participaram do concurso cultural “Maior Leitor”, promovido junto aos frequentadores das bi­blio­te­cas revitalizadas em cidades próximas pela Abigraf Sec­cio­nal Bauru. A ação faz parte do projeto “Revitalização de bi­blio­te­cas” ini­cia­do em 2003, promovido pelo Sindigraf-SP e pela Abigraf-SP no âmbito do programa da secretaria es­t a­ dual da Cultura “São Paulo: um estado de leitores”.

“Ponto de Encontro” debateu marketing digital e novas demandas de impressão Esses foram os temas do programa realizado pela Abigraf-​­SP, que visa ampliar conhecimentos sobre diferentes assuntos pertinentes à indústria gráfica.

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e­ren­ciar uma gráfica exige conhecimentos além do know-​ ­how específico sobre a indústria de impressão. Saber utilizar técnicas empresariais para controlar o fluxo de caixa, mensurar resultados, programar investimentos ou elaborar es­tra­té­gias de mar­ke­ting são igualmente importantes para o crescimento da empresa. Sabendo dessas necessidades, a Abigraf-​­SP promove mensalmente o “Ponto de Encontro”, ini­cia­ti­va que oferece palestras com es­pe­cia­lis­tas sobre os assuntos que compõem a rotina de um empresário gráfico. Em 21 de agosto, a palestra “Mar­ke­ting digital e mí­dias sociais: o mofo ou fermento do

seu negócio” foi ministrada por Cyro Couto, es­pe­cia­lis­ta no tema e professor das Faculdades Integradas Rio Branco. Ele explorou as possibilidades oferecidas pela internet para am­pliar a visibilidade das empresas. Segundo Couto, a falta de conhecimento sobre as necessidades do clien­te é um dos fatores que mais atrapalham os em­pre­sá­rios que desejam migrar para o mundo vir­tual. Para fugir dessa armadilha, ele afirmou que é preciso “um ge­ ren­cia­men­to inteligente, pensado e organizado com estratégia, para que as chances de um resultado positivo sejam maiores”. O es­p e­c ia­l is­t a ressaltou ainda que o retorno desses

investimentos costuma ocorrer no médio e longo prazo, ação que definiu como “trabalho de formiguinha”. Na sua opi­nião, a personificação do atendimento é cada vez mais importante. “As pes­s oas desejam fazer parte do todo, mas com tratamento diferente, es­p e­c ial”, finalizou Couto. Com o tema “Como adaptar-​­se às novas demandas do mercado”, o consultor Hamilton Terni Costa, da ANconsulting, apresentou os de­sa­fios e caminhos da indústria gráfica nos dias de hoje. Costa traçou um panorama do setor e mostrou que, mesmo com a forte concorrência das mí­dias eletrônicas,

as gráficas podem recuperar sua competitividade atribuindo conceitos mais interativos, a exemplo dos impressos eletrônicos (QR codes). Outras opções estão em ­­áreas como a de decoração, com a impressão em substratos como tecido e cerâmica. Segundo o es­p e­c ia­l is­t a, dian­te dessa rea­l i­d a­d e surge uma nova gráfica que tem cinco características marcantes: o foco no negócio, e não somente na impressão; inclusão das novas mí­d ias como parte da oferta; integração digital; processos produtivos flexíveis para diferentes demandas; e produção customizada, enxuta e com sustentabilidade.

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Novos associados Abigraf Apresentamos nesta página os novos associados da Abigraf Regional São Paulo e Abigraf Nacional.

ABIGRAF REGIONAL SÃO PAULO

C O N V I T E S D E LU X O

VITÓRIA EMBALAGENS Há 3 anos no mercado, a empresa é es­p e­cia­li­z a­da em diversos tipos de embalagem, tais como caixas de presente e sacolas de papel duplex, específicos para a indústria alimen­ tícia, entre outros. Além disso, a grá­ fica também produz rótulos, etique­ tas e TAG para roupas e produtos. Rua Conselheiro Carrão, 270 (Jardim Zara) Ribeirão Preto/SP Telefone (16) 3629-​­5713 www.vitoriaembalagem.com.br Contato: Natan Rezende: vitoriarepresentacoes@yahoo. com.br

MAXMUS GRÁFICA Com mais de duas décadas de mer­ cado, oferece serviços de impressão em offset e digital para trabalhos em fôlder, folhetos, cartões de visi­ tas, cadernos, apostilas etc. Rua Conde Vicente de Azevedo, 100 (Ipiranga) São Paulo/SP Telefone (11) 2219-​­2957 www.maxmusgrafica.com.br Contato: José Osmar de Rosis Junior: derosis@maxmusgrafica. com.br

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GRÁFICA M5 Localizada no in­te­rior de São Pau­ lo, a gráfica é es­pe­cia­li­za­da em im­ pressão digital e atende in­dús­trias, comércio e empresas de serviços. Rua Rio Branco, 29-​­31 (Jardim Estoril) Bauru/SP Telefone (14) 3879-​­0016 www.graficam5.com.br Contato: Eduardo Mota de Maia: eduardo@graficam5.com.br

ARTGRAPH SERVIÇOS GRÁFICOS Gráfica que trabalha com impressos das linhas pro­mo­cio­nal, co­mer­cial, edi­to­r ial e de brindes. Com atua­ ção na Grande São Paulo, a empre­ sa atende clien­tes de todos os portes nos mais diversos segmentos. Rua Alexandre Levi, 183 (Cambuci) São Paulo/SP Telefone (11) 3399-​­2272 www.artgraph.net Contato: Janice das Dores Anger: janeanger@artgraph.net JMG GRÁFICA Si­tua­da na re­gião no­roes­te do Es­ tado de São Paulo, a JMG trabalha com as linhas pro­m o­c io­n al, edi­ to­r ial e co­m er­c ial em impressões offset e digital. Rua Avanhandava, 267 (Bairro Garcia) Lins/São Paulo Telefone (14) 3532-​­4040 Contato: Fabio Henrique Juliani: fabio.juliani@henber.com.br

RC4 IMPRESSÃO DIGITAL E CORTE LASER Desde 1998 no mercado de comuni­ cação vi­sual, a RC4 atua com impres­ são digital em adesivos, lona, papel, tecido, filmes plásticos, etc. Rua Amaro Guerra, 338 (Chácara Santo Antônio) São Paulo/SP Telefone: (11) 5181-​­3939 www.rc4.com.br Contato: Alexandre Rodrigues: alexandre@rc4.com.br

ABIGRAF NACIONAL

MEDIAWARE Estabelecida na zona oes­te da capi­ tal paulista, a empresa é es­pe­cia­li­ za­da em soluções em rea­li­da­de au­ mentada, media in print, web to print e gestão gráfica. Rua Flórida, 1.738, cj. 121 (Brooklin Novo) São Paulo/SP Telefone (11) 4063-​­2091 www.mediaware.com.br Contato: Jorge Bueno Filho: jorge. bueno@mediaware.com.br


HÁ TRINTA ANOS Notícias publicadas na Revista Abigraf de setembro e outubro de 1983

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a edição nº 89 (julho/agosto/setembro de 1983), a Revista Abigraf pu­ blicou reportagem es­pe­cial apresentando a trajetória de um dos maio­ res em­pre­sá­rios do setor gráfico: Orestes Romiti. Falecido naquele ano, ele foi o fundador da Gráfica Romiti, em 1946. O empresário deixou re­ gistrada uma admirável lição de se­rie­da­de, sensatez e dinamismo. Mes­ mo sendo filho de um ita­lia­no pioneiro no ramo das artes gráficas — Décio Romiti, fundador da Romiti e Lanzara —, Orestes decidiu começar pelos pró­prios meios. Aprendeu as lições do pai para ­criar sua gráfi­ ca, que completou 67 anos de atividades na capital paulista, em 2013.

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oi rea­li­za­do em novembro de 1983, o 3º Simpósio Interno de Ar­ tes Gráficas, pelo Centro de Pesquisas Gráficas, que era um órgão do Centro Cívico Escolar das Escolas Senai “Theo­bal­do De Nigris” e “Felício Lanzara”. O evento apresentou 14 trabalhos rea­li­za­dos por alunos do curso técnico de artes gráficas das instituições. A impor­ tância do acontecimento foi destacada pelo então diretor das Esco­ las Senai, Jurandyr de Carvalho: “através do Siag tem sido possível desenvolver trabalhos técnicos que, além de publicados em revistas es­pe­cia­li­za­das, são inscritos no Concurso Cien­tis­tas de Amanhã e no Congresso Jovens Cien­tis­tas, promovido pelo Ibecc e pela Unesco”.

Com a parceria firmada com a Clemente e Gramani Editora, a edi­ ção nº 90 (outubro/novembro/dezembro de 1983) da Revista Abigraf deu início às ma­té­rias especiais com importantes players do setor. A primeira delas foi um perfil da Suzano Papel e Celulose, destacan­ do seu pioneirismo, por ser a primeira empresa do mundo a pro­ duzir papel obtido com 100% de celulose de eucalipto. A entrevista histórica foi rea­li­za­da com Boris Tabacof, o primeiro executivo que a companhia contratou a partir do momento em que decidiu substi­ tuir o modelo de gestão fa­mi­liar pelo sistema de gestão pro­f is­sio­nal.

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A edição nº 90 também trouxe uma matéria es­pe­cial sobre a crise econômica e os custos da indústria gráfica, a partir de tese elaborada pelo comentarista Marco Antônio Rocha para a Abigraf Re­gio­nal São Paulo, e que foi apresentada no Con­ graf (rea­li­za­do em Recife, em setembro de 1983). No texto, ele des­ tacou os “quatro de­mô­nios” da conjuntura na­cio­nal naquela época: forte estrangulamento cam­bial externo; rápida aceleração in­f la­cio­ ná­ria interna; elevação galopante das taxas de juros reais do cus­ to do dinheiro; e retração de mercado, que produz desemprego.

o mês de outubro de 1983, a Abigraf Re­gio­nal São Paulo, sempre com sua missão de promover a melhoria dos profissionais do setor, re­ alizou o primeiro seminário de reciclagem de mão de obra no in­te­rior do Estado de São Paulo, promovido em parceria com o Senai e Tintas Supercor, na cidade de Bauru. “Há pelo menos 12 anos, a Abigraf Re­ gio­nal do Estado de São Paulo vem oferecendo à categoria gráfica, as­ so­cia­dos ou não, cursos de reciclagem de informações, pois é seu es­ tatuto ( . . . ) a ­atual diretoria, sentindo que as re­giões mais afastadas da Capital também requeriam aperfeiçoamento e reci­ clagem para seus gráficos, deliberou conseguir um meio de atender a esses reclamos ( . . . )”, disse Max Schrappe, presidente da entidade.


MENSAGEM

A

e classe d es ad d ti en as d o ad ic if n g si O

res e individualistas. ento dos interesses particula rim det ros out is, ocrática dessas s seg mentos ma portância da estrutura dem im a í A indústria gráfica – alg un Da de, eleitos pelo da de competitivida s, nas quais os diretores são çõe iza an menos – enf renta uma per org es tor uma saudável fatura brasileira. Fa dos associados. Isso permite eto dir o como tantas áreas da manu vot os elevados e outros com o surgimento de como os altos impostos, jur alternância e a renovação, do a nci itê ren à vação e ideias arejadas am‑se algozes do custo Brasil som novas lideranças. Assim, ino is ma ga gre con e as do associativismo. or — qu governo em conceder ao set devem ser marcas reg istrad il 0 m 22 de is a representatividade prega ma Entendemos, também, que de 40 mil empresários e em os ent am pag de ampla possível. Por isso, ões da folha entidades deva ser a mais s trabalhadores – desoneraç da ras existentes na outorgados a out os muito os grupos setoriais zam ori e incentivos tributários já val . iva ens int de Cadernos, de mão de obra gional São Paulo, nas áreas Re af igr atividades menos geradoras Ab do rca me l, Impressão Dig ital, mento em que o s, Embalagens, Promociona ope O resultado é que, num mo vel En colegiados, e por fornecedores dade e Editorial. Com esses bili nta ste nacional é atacado ferozment Su ro expressivo espaços ante as crises a participação ativa de núme s mo ega estrangeiros que perderam agr ostos à concorrência ura democrática eficaz das nações ricas, ficamos exp de empresários, numa estrut na o ssã pre im a . Pela mesma razão, cias é a a formulação de propostas desigual. Uma das consequên par os o sm me até cionais no Interior brasileiros, imulamos o avanço das sec China de milhares de livros est s ola esc às o associativa. a distribuiçã ticipação crescente na vida par a comprados pelo governo par e ns do das entidades de a com embalage do isso corrobora o sig nif ica Tu públicas. O mesmo se observ s. sso longevas quanto tre outros impre e serão mais reconhecidas e qu , sse de remédios e alimentos, den cla el de interlocutoras ormação é item de rem com eficácia o seu pap pri cum is Importante lembrar que inf ma gos e enf renta a soberania nacional. trabalha, investe, cria empre e qu sil Bra seg urança estratégica para do a importância das zar o desenvolvimento. Nesse cenário, evidencia‑se as adversidades para viabili co, áti ocr dem o lism ita ado nas entidades do setor , no cap entidades de classe, as quais É este país que está represent na os tiv du idos e inf initamente setores pro fico. Seg uimos renitentes, un são fundamentais para os grá rem mp s quais acreditamos sociedade. Cu tos a lutar pelos valores no pos interação com governos e a dis as ític pol ia nacional. s propostas de esa de nosso setor e da econom def em missão de alta relevância na e s da es do mercado, relaçõ públicas, aperfeiçoamento io externo, formação r cadeias produtivas, comérc lceregato@abig raf.org.b ões trabalhistas. est qu e pa lim ção du pro l, profissiona tinguir sindicatos e Nessa def inição, é preciso dis com sinerg ia, os primeiros associações. Embora atuem es ões relacionadas às negociaçõ são mais focados nas quest reg ionais. As segundas, com trabalhadores e ações titucionalmente, trabalham mais flexíveis política e ins relacionamento com a num espectro mais amplo de Ambos, contudo, unem‑se sociedade e o setor público. setor que representam. no objetivo de promover o iação Brasileira da Exemplos disso são a Assoc Nacional), as Abigrafs Indústria Gráfica (A big raf o o Sindig raf‑SP. Cada Regionais e os sindicatos, com s dentro do contexto qual cumpre sua parte, ma atividade. A g randeza maior de fortalecimento da relevância da atuação dos desse objetivo demonstra a idades de classe, que dirigentes estatutários de ent orço e seu talento às causas fica dedicam seu tempo, seu esf Bra sileira da Indústria Grá Presidente da Associação é importante to, tex con sse ) Ne . f‑SP ria igra ego (Ab lo de toda a cat Regional São Pau em prol do bem coletivo, em valorizarmos as iniciativas

L evi C eregato

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