REVISTA
ISSN 0103•572X
REVISTA ABIGRAF 270 MARÇO/ABRIL 2014
A R T E & I N D Ú S T R I A G R Á F I C A • A N O X X X I X • M A R Ç O / A B R I L 2 0 1 4 • Nº 2 7 0
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Nessas duas décadas de atuação, nos preocupamos em oferecer aos nossos clientes um atendimento consultivo e uma assistência técnica de ponta. Acreditamos que estes sejam os fatores definitivos que nos levaram a se tornar o distribuidor da Komori no Brasil.
As empresas interessadas em equipamentos Komori e os atuais clientes da marca já podem entrar em contato diretamente com a Furnax: 55 11 3273 1000 | grafica@furnax.com.br | www.furnax.com.br
Esteban Lo Diretor do Grupo Furnax
20 anos de experiência
anos
Fundado em 1994, o Grupo Furnax é hoje um dos grandes players nacionais no segmento gráfico, reconhecido pela sua excelência nos equipamentos oferecidos, no serviço prestado e na expertise, que contempla não apenas a impressão, mas todas as etapas da produção gráfica nos segmentos de embalagem, promocional, editorial e digital.
São Paulo, Pernambuco, Shanghai e Taiwan Contamos com unidade matriz e um depósito de 8.000m2 localizados em São Paulo, uma filial em Pernambuco para atender a região Nordeste e escritórios em Taiwan e Shangai que agilizam o contato com fornecedores e facilitam os trâmites de importação.
A solução completa para a industria gráfica Com mais de 4.000 clientes atendidos em território nacional, o Grupo Furnax conta com uma equipe comercial formada por consultores experientes que possuem uma visão completa de todo o processo gráfico, proporcionada pela ampla atuação com equipamentos para todas as etapas deste processo. Prezamos pela parceria com o cliente desde a venda até o pós venda, tendo grande preocupação com assistência técnica e reposição de peças.
20 REVISTA ABIGRAF
Bel Miller
ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 533 (Paraíso) 04103-000 São Paulo SP Tel. (11) 3232-4500 Fax (11) 3232-4550 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br
Desenhando com tesoura
Militante da colagem, arte ainda vista com certo preconceito, Bel Miller traz de sua pesquisa contínua os mais diferentes materiais para dar vida às suas mulheres, rainhas ou santas, submissas ou dominadoras, em que cada imagem suscita a reflexão.
Presidente da Abigraf Nacional: Fabio Arruda Mortara Presidente da Abigraf Regional SP: Levi Ceregato Gerente Geral: Wagner J. Silva Conselho Editorial: Cláudio Baronni, Fabio Arruda Mortara, Igor Archipovas, Levi Ceregato, Max Schrappe, Plinio Gramani Filho, Ricardo Viveiros e Wagner J. Silva Elaboração: Clemente & Gramani Editora e Comunicações Ltda. Rua Marquês de Paranaguá, 348, 1º andar 01303-905 São Paulo SP Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159-3010 Fax (11) 3256-0919 E-mail: editoracg@gmail.com Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897), Ada Caperuto, Ellen Ramos, Juliana Tavares, Marco Antonio Eid, Ricardo Viveiros e Suzana Lakatos Revisão: Giuliana Gramani Colaboradores: Álvaro de Moya, Assunta Camilo, Claudio Ferlauto, Hamilton Terni Costa e Walter Vicioni Gonçalves Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosaria Scianci Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Leograf Capa: Laminação Soft Touch e verniz UV, GreenPacking ◆ Hot stamping e relevo (com fitas MP do Brasil), UVPack
Balanço consolidado aponta queda de 6,7% Números do departamento econômico da Abigraf dão conta da retração da indústria gráfica no Brasil em 2013. O setor perdeu espaço frente à indústria em geral e também investiu menos na atualização tecnológica.
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Assinatura anual (6 edições): R$ 60,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3159-3010
Grupo Leograf investe em web‑to‑print 4
Membro fundador da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf) REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
FUNDADA EM 1965
Em fase de consolidação dos investimentos realizados no ano passado, grupo aposta em ferramenta para agilizar o atendimento aos clientes e a produção das peças demandadas.
Mensuração de resultados é fundamental A Revista Abigraf entrevista Efraim Kapulski, presidente da Abemd. Para ele, a mensuração de resultados, que faz parte do DNA do setor de marketing direto, é o fator responsável pelo bom desempenho da área em 2013.
Amores profundos
Emilio Rodriguez, um dos responsáveis pela introdução das chapas Ozasol no País, conta à Revista Abigraf uma trajetória de 67 anos de muito trabalho e amor pelas artes gráficas e pelo Brasil.
Janela para o mundo
O fotojornalista Daniel Marenco tem a fotografia como um subterfúgio para ver o mundo. Trabalhando na sucursal da Folha de S. Paulo no Rio de Janeiro, ele vem registrando cenas que certamente farão parte da história desta década.
Two Sides aporta oficialmente no Brasil
Campanha de conscientização com relação à sustentabilidade da comunicação impressa nascida na Inglaterra chega ao País por meio do apoio de 42 entidades, entre elas a Abigraf, a ANJ, a Aner e a Abro.
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ARTE & INDÚS TRIA GRÁFICA • ANO XXXIX • M ARÇO/ABRIL
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Capa: Raízes, colagem, acrílica e inscrustação sobre madeira, 90 × 60 cm, 2008 Autora: Bel Miller
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Editorial/Fabio Arruda Mortara.......................... 6 Rotativa.......................................................... 8 Entrevista Dieter Brandt/ExpoPrint..................24 Opinião/ Vicente de Paula Aleixo Dias/ MG......32 Gestão/ Hamilton Terni Costa.........................34 Xerox/Senai Barueri......................................38 Educação/ Walter Vicioni................................40 Agfa/Senai Barueri........................................42 Furnax/Komori..............................................46 Müller Martini/Carlos Alberto Pace.................48 Munksjö.......................................................50 Notícias Gráficas/Leograf...............................51 Gráfica SC/ Printbag......................................56 Gráfica SP/Grif Rótulos..................................58
Xerox do Brasil/Manroland.............................60 Embalagens/ Assunta Camilo.........................64 Rotatek/Durst...............................................68 Suzano/Unidade Maranhão............................70 Sustentabilidade...........................................71 PTC Graphic System.....................................76 Memória/ Carlos Ernesto Kügler e Helmut Gerd Backer...................................84 Pitney Bowes................................................85 Olhar Gráfico/ Claudio Ferlauto......................86 Quadrinhos/ Álvaro de Moya..........................88 Sistema Abigraf............................................96 Há 30 Anos................................................105 Mensagem/ Levi Ceregato...........................106 março /abril 2014 REVISTA ABIGR AF
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EDITORIAL
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Bem‑v inda, Two Sides!
nto aperfeiçoar‑se, trônico. Cabe a cada seg me ele o e a com is de seu público, am compatíve às necessidades específicas er nd Visões herméticas jamais for ate as itiv ubstituível (a transformações pos a qualidade e se mostrar ins r nte evolução humana e com as ma em . Creio imes totalitários, o mérito de evidenciar isso!) tem es Sid o da história, por mais que reg Tw o, impingi‑las. Por iss ento e da informação distintas ocasiões, tentassem que a dif usão do conhecim o açã rm afi na ple em que, as as alternativas, e é constrangedor constatar não deva prescindir de tod dam un dif se ainda em cultas, preparadas do capitalismo democrático, quanto mais as pessoas for ca ôni acr an plos da demanda de livros, conceitos equivocados. Exem e conscientes, maior será a o re sob trônicos. amentos is e revistas, impressos e ele na prática são os falsos question jor . ssa io relativo à unicação impre , é despropositado o vaticín sim As caráter sustentável da com o bit âm no ção pelo eletrônico. ácias, não só do impresso e sua substitui ão Sempre reagimos a essas fal inç ext da as . São em ações articulad há antagonismo entre ambos uer seq r, igo da indústria gráfica, como A r ha ocratizar através de uma campan na missão civilizatória de dem res nta me ple cadeia produtiva, inclusive com ancora a mais concreta nosso produto e de uma nacional de valorização de o conhecimento, na qual se e qu , ica líst na problemas da sociedade dia jor sistemática cruzada na mí esperança de corrig irmos os a. tem o r ece a esclar futuro melhor. É preciso sempre nos abriu espaço par globalizada e viabilizar um te gen an abr lismo de uma mídia ior, mais per o paradigma do caniba Agora, nos engajamos no ma rom a o com contra as anteriores. seminador de ogicamente revolucionária nol e forte movimento global dis tec el. assim, pois tica e sustentáv a mostra que não tem sido óri ist mídia gráfica é atraente, prá A h te sen pre já cretizou‑se. ciativa inglesa dessas profecias fatídicas con ma Refiro‑me à Two Sides, ini hu nen a fic grá ção comunicação valoriza a comunica Nos dois lados da moeda da em quatro continentes que s poi De . ade sença, pois é ilid tab ten for sus tentabilidade tem te pre sus a a fic e esclarece com sucesso a sua grá sil reta. E se dadosa preparação, o Bra viável e ambientalmente cor nte me ica nom de numerosas gestões e cui eco es al, nos um olhar tridimension ha, que dissemina informaçõ passa a integrar a campan ela cair em pé, permitindo‑ o hos içã bu gan tri de dis sta a ve oni mo tag pro sso é pro emos com clareza que também comprovadas de que o impre ver ito mu is ma ega iais e que agr Tudo isso ficará econômicos, ambientais e soc de renda e a justiça social. em l, cia ofi nto me aja com o advento da exitosa a eng blic sso a a opinião pú par ro valor à civilização. No cla a dei Ca da vinda, Two Sides! pag rem (Comitê global em nosso país. Bem‑ ha pan 7 de abril, em reunião do Co cam do , sp) e Embalagem da Fie Produtiva do Papel, Gráfica a! es, é uma relevante conquist r qual somos os coordenador fmortara@abig raf.org.b Tw stace, diretor da o Eu n rty Ma de ho un tem Sob o tes ao fez questão de comparecer Sides no Reino Unido, que e meta é ating ir integralment lançamento no Brasil, nossa os formadores de opinião, a sociedade, sensibilizando necedores da indústria setor público, clientes e for cadeia produtiva, área gráfica, além de toda a nossa informação e conteúdo. do ensino e consumidores de econômico de nosso setor e Mostraremos o sig nif icado faremos aliados a outras 29 seu caráter sustentável. E o s cadeia produtiva, dentre ela importantes entidades da l dos Editores de Revistas) a Aner (A ssociação Naciona l de Jornais), estratégicas e a ANJ (A ssociação Naciona teúdos da campanha. para a ampla dif usão dos con críticas a qualquer fica O trabalho será realizado sem Bra sileira da Indústria Grá gressista e pluralista. pro Presidente da Associação s ão fica vis Grá a ias um ústr com Ind s das ma to , mídia o com s ma igraf Nacional) e do Sindica a, (Ab eaç am o com ios me digraf-SP) Não devemos ver os novos no Estado de São Paulo (Sin rcado para o impresso me á ver ha pre Sem . ade oportunid
F abio A rruda M ortara
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Jeff Clarke é eleito CEO da Kodak DuPont comemora 40 anos de Cyrel
Heidelberg inicia produção em série da Speedmaster XL75 Anicolor A
Speedmaster XL 75 Anicolor, apresentada na Drupa 2012, foi aprovada nos testes de campo em gráficas comerciais e de embalagens. Com a aplicação estável de tinta após somente 20 ou 30 folhas de acerto, o equipamento reduz o desperdício de papel em até 90 por cento e eleva o desempenho ambiental de forma significativa. Depois do sucesso da unidade de entintagem curta sem zonas de tinta da Anicolor no formato 30 × 50 cm para tiragens curtas e muito curtas, a Heidelberg resolveu estender esta tecnologia para o formato 50 × 70 cm. No princípio deste ano, em Wiesloch- Walldorf (Alemanha), a fabricante começou a produzir em série a Speedmaster XL 75 Anicolor.
As primeiras impressoras da nova série já foram entregues a gráficas comerciais e de embalagens na Alemanha, Suíç a e Holanda, incluindo uma web- to-print que utiliza uma Speed master SX 52 desde 2013 e agora passa a produzir volumes ainda maiores com a Speedmaster XL 75 Anicolor de quatro cores com unidade de verniz. Outras unidades estão instaladas em empresas de embalagem de produtos farm acêut icos para produzir tiragens curtas de forma flexível e econômica. A XL 75 Anicolor está sendo entregue como uma máquina de impressão direta, ao passo que a versão frente e verso está prevista para o segundo semestre deste ano. www.br.heidelberg.com
SPP‑KSR de Ribeirão Preto mudou‑se
A partir de 31 de março, a filial
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de Ribeirão Preto (SP) da SPP- K SR, distribuidora da Suzano Papel e Celulose, atende no bairro da Lagoinha. O crescimento do canal de distribuição está alinhado à estratégia da empresa
de aumentar sua participação e presença no interior do Estado de São Paulo. Rua Armando Tarozzo, 90 Parque Industrial, Lagoinha Ribeirão Preto SP www.sppksr.com.br
Este ano a DuPont está celebran-
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o dia 12 de março, o Conselho Administrativo da Eastman Kodak Company anunciou em Rochester, NY (EUA), a eleição de Jeffrey J. Clarke como CEO e membro do conselho. Antes de ingressar na Kodak, Clarke ocupou cargos executivos na Digital Equipment Corp or ation (DEC), de 1995 a 1998; na Compaq Computer, após a fusão desta com a DEC, em 1998; na Hewlett- P ackard Company (HP), em 2002 e 2003, após coliderar a integração desta com a Compaq; na empresa de software CA , de 2004 a 2006; na Travelport Inc., de 2006 a 2011; e na Augusta Columbia Capital (ACC), da qual foi cofundador em 2012. “A Kodak realizou um progresso excelente, tendo como base uma das mais bem sucedidas reorg an iz a ções dos últimos anos, e estou ansioso para continuar o trabalho em andamento e transformá-la em uma empresa líder global de tecnologia B2B”, afirmou Clarke. www.kodak.com
do as quatro décadas dos sistemas de impressão Cyrel, tecnologia que revolucionou o mercado de impressão e contribuiu para os avanços na impressão flexográfica. A empresa introduziu em 1974 a primeira chapa elastomérica de fotopolímero sob a marca Cyrel para a indústria de impressão de embalagens, prop orc ion and o avanço significativo no setor e melhor equilíbrio entre qualidade, produtividade e sustentabilidade para impressores e convertedores. Desde o seu lançamento, inúmeras inovações foram incorporadas ao sistema proporcionan do mais qualidade e velocidade ao processo. “Nas últimas quatro décadas, a DuPont Cyrel foi escolhida pelo mercado de impressão flexográfica por suas propriedades, tornando-se referência na indústria. Nesse período, a DuPont investiu no lançamento de novos produtos, como as chapas de alta performance Cyrel, e em atividades de pesquisa e desenvolvimento, atendendo as necessidades deste mercado em constante crescimento. Para nós, é uma honra celebrar os 40 anos de Cyrel com os nossos clientes. Juntos, conseguimos este marco importante, que só foi possível graças ao compromisso de todos com o avanço da flexografia”, revela John Chros niak, diretor global da DuPont Packaging Graphics. www.dupont.com.br
REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
Ibema reforça equipe comercial em São Paulo R
Fábrica da International Paper em Três Lagoas (MS)
International Paper lidera lista das empresas mais admiradas do mundo
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ela décima-primeira vez nos últimos doze anos, a International Paper liderou o ranking anual da renomada publicação americana Fortune das “Empresas mais admiradas do mundo”, no setor de produtos florestais e de papel. As empresas são pontuadas em nove categorias, entre as quais: habilidade em atrair e reter talentos, inovação, qualidade dos produtos e serviços e responsabilidade social com a comunidade e o meio ambiente. “Este reconhecimento reflete o talento excepcional e o comprometimento dos líderes e dos 70 mil profissionais ao redor do mundo. As equipes con tinuam entregando qualidade e inovação para os nossos clientes, além de sólidos resultados financeiros para os nossos acionistas”, declarou John Faraci, presidente mundial da empresa. Os dados para o estudo da Fortune/Hay Group foram compilados a partir de cerca de 1.400 empresas, sendo as 1.000 maiores empresas dos Estados Unidos, de acordo com suas receitas, e empresas não americanas com receitas de 10 bilhões de dólares ou mais. Líder global na produção de papéis não revestidos e embalagens, com sede em Memphis, Tennessee (EUA), a International Paper emprega cerca de 70 mil pessoas e está estabelecida em 24 paí ses, com operações na América
do Norte, América Latina, Europa, Rússia, Ásia e Norte da África. No Brasil, com aproximadamente 2,8 mil profissionais, o sistema integrado de produção de papel para imprimir e escrever é constituído por três fábricas: duas no Estado de São Paulo e uma no Mato Grosso do Sul. A companhia também atua no mercado de embalagens no País por meio de uma joint-venture com o Grupo Orsa, da qual surgiu a Orsa Internatio nal Papel Embalagens. A nova empresa possui três mil funcionários e dispõe de três fábricas de papel para embalagens e quatro unidades produtoras de papelão ondulado para caixas e chapas. BALANÇO DE 2013 – Em fevereiro, a Intern at ion al Paper divulgou os resultados líquidos referentes ao exercício de 2013 atribuíveis aos acionistas ordinários, que alcançaram a cifra de US$ 1.4 bilhão (US$ 3.11 por ação), um grande salto em relação aos US$ 794 milhões (US$ 1.80 por ação), registrados em 2012. O lucro operacional foi de US$ 1.4 bilhão (US$ 3.16 por ação), contra US$ 1.2 bilhão (US$ 2.65 por ação) no ano anterior. As vendas anuais totalizaram US$ 29.1 bilhões em 2013, volume maior que os US$ 27.8 bilhões de 2012. O lucro operacional dos negócios, contudo, com US$ 1.8 bilhão, assinalou uma queda de 10% em relação aos US$ 2.0 bilhões de 2012.
icardo Cesar Vieira Fernandes, que deixa suas atividades no suporte técnico para atuar na área de novos negócios, em São Paulo, fortalece o setor comercial da Ibema, terceira maior fabricante brasileira de papel-cartão. Ele passa a integrar a equipe comandada pelo executivo Fabiano Bissule, supervisor de novos negócios, que tem por objetivo ampliar o atendimento direto às pequenas gráficas
que compram a partir de um palete. “Fernandes terá uma função estratégica nessa nova etapa de expansão do projeto de vendas diretas na capital paulista. Nosso foco é atrair gráficas que têm volume reduzido de compras e que ainda não se relacionam conosco”, afirmou Bissule. O serviço de vendas diretas também está presente no Paraná e em Santa Catarina. www.ibema.com.br
Serigrafia Sign Future Têxtil antecipada para o mês de maio
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radicionalmente realizada no mês de julho, a maior feira latino-americana de serigrafia, comunicação visual, sinalização, sublimação, impressão digital e têxtil, será realizada neste ano de 6 a 9 de maio, no Pavilhão de Exposições Anhembi, em São Paulo. A antecipação da data ocorreu principalmente em razão dos jogos da Copa do Mundo, que serão disputados entre junho e julho, e também pelas eleições gerais do Brasil, marcadas para o mês de outubro, eventos que deverão favorecer os negócios do setor. Promovida pela BTS Informa, empresa do
Informa Group Latin America, a 24ª edição da feira ocupará, pela primeira vez, as instalações do Anhembi, com mais de 650 marcas presentes em uma área de exposição de 40 mil metros quadrados, e a direção do evento espera receber cerca de 40 mil visitantes de todo o País. Importantes marcas internacionais como Epson, HP, Esko, Mimaki, Arlon e Roland, entre outras, já confirmaram a sua participação. Serigrafia Sign Future Textil 6 a 9 de maio, das 13 às 20 horas Pavilhão de Exposições Anhembi, São Paulo, SP www.serigrafiasign.com.br
www.internationalpaper.com.br março /abril 2014 REVISTA ABIGR AF
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Marquip apresenta nova cortadeira
Novo gerente da EFI na linha Fiery
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Em evento que reuniu clientes e agentes locais e internacionais no início de 2014, a MarquipWard United apresentou na sua planta em Phillips, Wisconsin ( EUA ), a nova cortadeira eCon, com a proposta de responder à crescente demanda para soluções de baixo custo para o corte de folhas. Com mais de um século de experiência, a empresa é um dos principais fabricantes de equipamentos de alta velocidade, incluindo cortadeiras, emendadores, vincadeiras, facão de acionamento direto, impressoras corte e vinco rotativas e impressoras dobradeiras/coladeiras, para a indústria de caixas de papelão ondulado e conversão de papel. A eCon é fornecida em duas configurações, com um
pequeno numero de opções que as incrementam nas suas versões de duas e quatro folhas encimadas, apresentando características altamente padronizadas. Segundo o fabricante, é justamente a padronização que permite oferecer a máquina com alta qualidade a preços atrativos. Dotada do cilindro de corte da MarquipWardUnited, a nova cortadeira tem recursos como afia ção na própria máquina, baixo consumo de energia, capacidade de corte de 1.000 g/m², largura útil de 1.650 mm e velocidade máxima de 300 m/min. www.marquipwardunited.com
Colacril completa linha de lonas
Com o lançamento da lona B.O.
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Duplo Uso completou-se a linha de lonas Colacril Sign, destinada aos segmentos de impressão digital e serigrafia. A nova lona pro porciona blockout com cobertura e é ideal para uso em peças suspensas, como banners e painéis para exposição em corredores de shoppings, supermercados REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
e lojas de varejo, pois pode ser impressa em ambos os lados sem necessidade de solda. Disponível em 440 g, na largura de 3,20 m, com 50 metros de comprimento, a B.O. Duplo Uso é compatível com impressão solvente e UV, oferecendo ótima planicidade e alta definição de cores. www.colacril.com.br
arcelo Tomoyose, formado em marketing pela Universidade Anhembi Morumbi, com especialização na área de softwares e tecnologia, assumiu em março a gerência de vendas para a linha Fiery da EFI. Há mais de 15 anos o executivo atua no mercado gráfico nas áreas técnica e comer cial, com passagens pela Agfa e Kodak. “O mercado digital está cada vez mais promissor no Brasil. A evolução contínua da linha Fiery e sua integração às soluções e equipamentos EFI trazem boas perspectivas para os neg ócios esse ano com os nossos OEMs”, comentou. Natural de São Paulo, Marcelo acumula experiência na área editorial e é um dos autores do livro Web to Print, da editora Bytes & Types, primeiro titulo sobre o tema escrito por um autor brasileiro. www.efi.com
Durst Brasil tem novo diretor geral
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icardo Pi Martin Vieira foi anunciado no início de abril como o novo diretor geral da Durst Brasil Tecnologia em Impressão Digital, em substituição a Flávio Hirata, que, por vários anos, esteve à frente da empresa. Ricardo é pós-graduado em Gerenciamento de Negócios Estratégicos e chega à Durst após 18 anos de experiência no segmento de impressão digital. Seu último trabalho foi na Océ-Canon como gerente de vendas para a América Latina na divisão Digital Display System (DGS), tendo ocupado anteriormente o cargo de gerente de desenvolvimento de negócios na Canon e vendedor sênior na Océ. “Chego à Durst em um momento extremamente importante, quando a companhia está lançando novos produtos e soluções. Essa mudança demonstra como a Durst está focada em investir em seus negócios na América Latina”, declarou Ricardo, que também atuará como gerente de vendas para a região. www.durst.com.br
Agora os papéis especiais mais inovadores são produzidos pela Munksjö Uma nova líder global em papéis especiais. Nada fica parado em nossos negócios. O mercado muda, tecnologias são desenvolvidas e novos líderes encontram desafios estimulantes. Por isso foi criada a nova Munksjö. A junção das áreas de negócios “Release Liners” e “Graphics and Packaging” da Ahlstrom com a Munksjö AB criou uma nova líder global em papéis especiais.
O que isso significa para você? Uma sinergia poderosa de conhecimentos e recursos, para sustentar sua estratégia de negócio. Uma combinação única de experiência de papel e celulose; Habilidade especializada e dedicação no atendimento ao cliente; Pesquisa & Desenvolvimento e Sustentabilidade.
A mais ampla variedade de papéis couché L1 para autoadesivo, rótulos, embalagens e papéis offset Nosso portfólio de produtos para aplicações em rótulos autoadesivos é o mais amplo na indústria. Oferecemos uma solução completa de papéis de alta qualidade para Facestock e Release Liners garantindo excelentes resultados de impressão e desempenho. Nossa linha de produtos inclui também papéis revestidos de alta performance para atender aos mais exigentes requisitos dos clientes de embalagens flexíveis, etiquetas e rótulos. E, para o mercado de imprimir e escrever, oferecemos uma vasta linha de papéis offset, de 50 a 180 gsm, em folhas e bobinas. Garantimos excelentes resultados de impressão e precisão de corte incomparável para um perfeito processo de produção. Dessa forma vamos ajudá-lo a alcançar o sucesso. Tudo isso somado a uma poderosa combinação de recursos e competências únicas, dentro da indústria. Para mais informações: info@munksjo.com www.munksjo.com
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Phoenix e Dugraf promovem workshops sobre blanquetas A
fabricante alemã Phoenix Xtra Blankets, em parceria com a Dugraf, ministrou em março uma série de workshops nas empresas paulistas Cerviflan, CMP e Prada, com o objetivo de estreitar a aproximação com seus clientes, repassando conteúdo técnico sobre seus produtos, com destaque para a blanqueta Ruby, utilizada nas linhas UVs de grandes
metalgráficas no mundo. Affonso Henriques Car valhaes, representante técnico da Phoenix, afirma que ações desse tipo são necessá rias para instruir os clientes sobre o potencial máximo das blanquetas e sua correta utilização. Participaram dos workshops desde coor den ad or es dos departamentos metalgráficos até aprendizes do processo offset. www.dugraf.com.br
Povareskim em nova sede
o final de fevereiro, a Povareskim Color Consulting, revenda e consultoria de soluções para gerenciamento de cores e impressão em grandes formatos, anunciou a mudança de endereço para sede própria, localizada no bairro de São Judas, em São Paulo. O local, com mais de 500 metros quadrados, além de abrigar as equipes de vendas e suporte da empresa, dispõe de showroom no qual os clientes poderão ver em funcionamen to as mais recentes soluções comercializadas pela empresa,
incluindo a linha Chromedot, mídias para provas, monitores profissionais e sistemas de impressão em grandes formatos. “Estamos dando um passo importante, com uma nova sede que oferecerá total infraestrutu ra aos clientes e nos possibilitará manter o trabalho de excelência pelo qual somos conhecidos no mercado há anos”, comentou o diretor Oliver Povareskim. Povareskim Color Consulting Rua Mauricio Lacerda, 155, 2º- andar (São Judas) 04303-190 São Paulo SP www.povareskim.com.br
Scodix lança equipamento na Ipex
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urante a Ipex, realizada em Londres, na Inglaterra, no mês de março, foi apresentada a nova Scodix Ultra Digital, equipamento para o enobrecimento de impressos capaz de produzir por hora 1.250 folhas no formato B2+ (545 × 788 mm). O equipamento inclui: Tecnologia Scodix RSP, que assegura precisão milimétrica no posicionamento e registro do enobrecimento; Scodix Alto Impacto, para fazer com que a impressão se destaque pelo toque e textura; Scodix 99 GU, que proporciona efeito gloss de alta qualidade; e Scodix de Densidade Variável, possibilitando espessura de polímero variável em uma única camada.
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Lançada para atender ao exigente mercado comercial e aos conversores de embalagem de papel, a Scodix Ultra é compatível com um extenso grupo de possibilidades que inclui aplicação em papelaria, cartões de visita, embalagens premium, peças de marketing, capas de livros, cartões comemorativos e álbuns de fotos. A T&C, distribuidora oficial no Brasil, já instalou quatro equipamentos de enobrecimento de impressos Scodix em nosso país e tem grande quantidade de amostras de diversas aplicações para serem apresentadas aos seus clientes, que podem ser solicitadas pelo telefone (11) 2177.9430 www.tecshopping.com.br
Speedmaster. Imbatível.
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Tetra Pak introduz embalagem com topo separável
Especializada em soluções para
processamento e envase de alimentos, a Tetra Pak anunciou em fevereiro o lançamento da inovadora Tetra Top Separable Top, que permite aos consumidores retirarem o topo plástico do restante da embalagem formada por papel, possibilitando que as partes sejam recicladas separadamente. Por conta de uma perfuração na camada exter ior do papelão, com um
simples toque do polegar sobre a marcação a pessoa faz a separação sem afetar a funcio nalidade e a segurança da embalagem. Destinada a produtos refrigerados, a Tetra Top combina a conveniência de uma garrafa com a modernidade de uma embalagem cartonada. A opção das embalagens com o topo separável já está disponível, sem custo adicional, para os clientes da Tetra Pak. www.tetrapak.com.br
Alphagraphics Brasil homologa plataforma Isidora de web-to-print
ara uso em suas lojas dentro de uma política de opções de tecnologia para os franqueados, a rede Alphagraphics Brasil homologou em abril a plataforma Isidora de web-to-print, lançada há um ano. “Para nós é um orgulho sermos homologados pela Alphagraphics. O nosso modo de trabalhar se afina com o sentido de inovação apresentado pela rede, o que nos deixa muito entusiasmados com as possibilidades criadas para os dois lados por essa nova parceria”, afirma Andrea Costa, diretora da Isidora. Primeira plataforma de web-to-print gráfica feita no Brasil, a plataforma Isidora, pensada por quem entende do setor, com suporte local e com a experiência de ter lidado com plataformas internacionais, já está implantada em clientes de diferentes regiões do País com aplicações de e-commerce (B2C) e principalmente de B2B, ou seja, a conexão direta da gráfica com o seu cliente. Para Alexandre Januário, diretor técnico da plataforma Isidora, “A conexão direta com o cliente, B2B, é uma extensão do negócio da gráfica, que fideliza o cliente e facilita a operação eliminando erros de arquivos e economizando tempo para os dois lados. As aplicações de e-commerce, ou B2C, são, na verdade, um novo negócio para a gráfica, pois a loja tem que ser promovida e administrada, mas pode representar um novo impulso de vendas”. Na opinião da Alphagraphics, a decisão de trabalhar com uma plataforma brasileira permite, além das aplicações já incorporadas no dia a dia das lojas, o desenvolvimento de ações conjuntas visando novos nichos de mercado. “A Alphagraphics busca constantemente inovações para acompanhar as exigências do mercado e parceiros sólidos que possam oferecer à nossa rede de franquias soluções que sejam valorizadas pelos nossos clientes. Para nós é um grande prazer estar junto da Isidora em alguns novos projetos”, declara Rodrigo Abreu, presidente da rede Alphagraphics Brasil. O nome Isidora é homônimo ao da primeira tipologia brasileira. www.isidora.com.br
Congraf cresce e vai ampliar instalações Fornecedora de embalagens,
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a paulistana Congraf registrou em 2013 um crescimento de 5% em sua receita, embora o mercado não apresentasse condições favoráveis para o avanço do setor. Diante de tais circuns tâncias, a empresa soube encarar o momento de desafio como mais uma oportunidade e apostou em seus diferenciais para sobressair e conquistar novos clien tes, criando e gerando soluções em embalagens. REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
Mas não foi só em serviços que a empresa progrediu. Em 2013 também recebeu as recertificações ISO 9001-2008 e FSC, que garantem compromisso com a qualidade e o meio amb iente. O parque gráfico foi reforçado com a aquisição de uma máquina suíça, que possibilita a aplicação de vernizes brilho, high gloss e fosco com texturas, além de relevos diversos, despertando o sentido tátil em quem toca o produto impresso. Para 2014,
a novidade é um novo galpão de 7.500 metros quadrados, que será incorporado em breve às suas instalações e ampliará a área destinada ao acabamento e ao estoque, apoiando também, no futuro, a logística dos produtos. “De 2012 para cá, investimos R$ 18,5 milhões em equipamentos e no novo galpão, tudo de forma gradativa para manter a credibilidade e a solidez de nossa marca. Os desaf ios estão sendo substituídos por crescimento
em criatividade e em participação com o cliente. É importante ressaltar que nossa dedicação é abrangente. Buscamos atender as expectativas na plenitude, com atendimento cada vez mais personalizado, qualidade, sustentabilidade e, num futuro próximo, auxílio na logística. Tudo isso tem sido um objetivo constante, o que acaba se tornando nosso diferencial”, ressalta Sidney Anversa, presidente da Congraf. www.congraf.com.br
ENTREVISTA Por: Ada Caperuto
“Vamos continuar crescendo”, diz Efraim Kapulski sobre o setor de marketing direto
O
presidente da Associação Brasileira de Marketing Direto (Abemd), Efraim Kapulski, conversou com a Revista Abigraf para falar, entre outros assuntos, dos resultados positivos do setor em 2013, o projeto de lei sobre a Proteção de Dados Pessoais e a extinção do serviço de mala direta postal/urgente. Kapulski atuou nas editoras Abril e Globo e foi gerente comercial da Gazeta Mercantil. É o fundador da G&K Comunicação e Marketing Direto e integra o Fórum da Indústria da Comunicação (Forcom), que congrega 37 entidades brasileiras, e o Global Symposium, que congrega todas as associações de marketing direto do mundo, além de ser palestrante e debatedor internacional e nacional.
16 REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
De acordo com a mais recente edição da revista porque é mala direta. Duvido que essas mesmas Marketing Direto, mesmo diante de uma econo- empresas digam que não fazem comunicação mia desaquecida, o setor teve um ano de ótimos que dialoga com o consumidor. resultados em 2013. A que se deve isso? Um dos motivos pelo quais o setor continua É possível estabelecer um ranking comparativo mantendo um desempenho acima da média do com outros países, em relação ao uso de ações de mercado está no fato de que nossa área tem em marketing direto? seu DNA a mensuração de resultados. O ROI e o Não é fácil porque os países não reúnem dados acompanhamento dos resultados das ações são e informações sobre seus mercados. Mas cer uma exigência cada vez maior tamente o mercado norte- dos clientes quando se trata americano é o maior do mun dos investimentos em mar do. No Brasil, nosso mercado O MARKETING DIRETO keting e esse é um dos fato movimenta, em serviços pres É UMA ATIVIDADE res que têm levado as empre tados, algo em torno de 0,7% COMPLEXA. O QUE sas a recorrerem com maior do PIB e manteve um índice NOS DIFERENCIA NÃO frequência ao market ing di de crescimento anual excep É O USO DE UM OU reto. Outro fator é o cresci cional, acima de dois dígitos mento da penetração dos ca na década passada. Há uma OUTRO CANAL DE nais digitais, mas há também concentração das atividades COMUNICAÇÃO que considerar que os consu no mercado paulista, porém E VENDAS, MAS SIM midores estão mais críticos percebemos um movimento O FATO DE FAZERMOS com relação às marcas e seus de expansão, principalmente USO INTEGRADO produtos e serviços, fazendo com o crescimento em setores DE TECNOLOGIAS, que o diálogo com esses con usuár ios menos tradicionais, sumidores seja uma estraté como educação, saúde, hote INTELIGÊNCIA, gia de comunicação cada vez laria, alimentação e turismo, CRIATIVIDADE E mais necessária. entre outros. Mercados como AVALIAÇÃO DE os do Rio de Janeiro, Minas RESULTADOS, Também de acordo com o baGerais e Rio Grande do Sul PARA CRIARMOS, lanço publicado na revista, têm se destacado. DESENVOLVERMOS E um dos entraves ao setor estaria na falta de conhecimenQual o espaço que ocupam os CULTIVARMOS VIAS DE to pleno dos recursos oferemateriais impressos dentro MÃO DUPLA, NAS QUAIS cidos pelo mark et ing direto, do grupo de ferramentas do O CONSUMIDOR NÃO por parte das empresas. Qual marketing direto hoje? APENAS OUVE, MAS é o motivo? É fato que os meios digitais PODE SER OUVIDO O marketing direto é uma ati ocuparam um espaço que an vidade complexa. O que nos tes era ess enc ialmente das diferencia não é o uso de um malas diretas, mas, como cos ou outro canal de comunicação e vendas, mas tumo dizer com relação à propaganda e outras sim o fato de fazermos uso integrado de tecno áreas da comunicação e do marketing, não se log ias, inteligência, criativ idade e avaliação de trata de um ser melhor que o outro, porque o resultados, para criarmos, desenvolvermos e uso vai depender dos objetivos estratégicos e tá cultivarmos vias de mão dupla, nas quais o con ticos de comunicação da marca e de seus produ sumidor não apenas ouve, mas pode ser ouvi tos e serviços. Ou seja, os materiais impressos do. É o fato de que, enquanto outras atividades vão continuar tendo sua relevância. Um folheto usam o monólogo para se comunicar com os com imagens de alta qualidade pode ser, e geral consumidores, nós usamos o diálogo. Há em mente é, mais sedutor do que uma comunicação presas que dizem não fazer market ing direto em uma tela. Além disso, a tecnologia digital
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também joga a favor dos materiais impressos, que têm normas sobre este tema e incentivar com as amplas possibilidades de personaliza- o desenvolvimento econômico e tecnológico. ção de mensagens que proporciona. A tecnolo- Em contraposição à iniciativa do Ministério da gia tem proporcionado avanços impensáveis à Justiça, estamos apoiando o PL 4060, apresenprópria indústria gráfica, com diferenciais im- tado ao Congresso pelo deputado federal por São portantes para o setor. Estou me referindo à Paulo Milton Monti, um projeto de lei forte que, impressão digital que atualmente permite ní- ao ouvir todas as partes envolvidas (consumidoveis elevados de personalização. Além disso, as res, empresas e governo), estabelece bases sencampanhas integradas com satas a partir das quais esse as ferramentas digitais são tema deve ser tratado. uma realidade. Já há no merOS MATERIAIS cado cases brilhantes dessa Como deverá se comportar o IMPRESSOS VÃO integração. A indústria grámercado com a extinção do CONTINUAR TENDO fica precisa intensificar sua serviço de mala direta postal/ SUA RELEVÂNCIA. parceria com as agências, ouurgente? vindo-as e tentando realizar Não acredito que haverá proUM FOLHETO COM suas demandas. blemas, até porque nos anteIMAGENS DE ALTA cipamos ao fato e conseguiQUALIDADE PODE SER, Quais são as inf luênc ias dos mos, junto aos Correios, a E GERALMENTE É, eventos que ocorrerão no País prorrogação da prestação de MAIS SEDUTOR DO QUE neste ano — Copa do Mundo e serviço da mala direta posUMA COMUNICAÇÃO tal normal/urgente até o fieleições presidenciais? nal dos contratos vigentes. Não há dúvida de que eventos EM UMA TELA. ALÉM Alguns contratos expiram deste porte estimulam os ne DISSO, A TECNOLOGIA dentro de três a quatro anos gócios, não só para as marcas DIGITAL TAMBÉM apenas. Isso sem dúvida será diretamente envolvidas, mas JOGA A FAVOR DOS tempo suf iciente para que as para todo o mercado, pois ofeMATERIAIS IMPRESSOS, empresas se adaptem ao novo recem oportunidades diferen COM AS AMPLAS modelo proposto. ciadas de comunicação com os consumidores. O que se percePOSSIBILIDADES DE De modo geral, quais as pers be são projetos de comunicaPERSONALIZAÇÃO pectivas do setor para 2014? ção sendo antecipados justaDE MENSAGENS mente por conta da Copa do Vamos cont inuar crescendo, QUE PROPORCIONA. Mundo, que particularmente mesmo que de forma moderaé um evento agregador e faz da. O presidente da ABA (As que a grande maioria dos consociação Brasileira de Anun sumidores esteja na mesma sintonia, o que é alta- ciantes), João Batista Ciaco, que vai concluir seu mente positivo para a comunicação das marcas. segundo mandato em 24 de março, em entrevista recente a um grande veículo do setor, avaliou Qual a expectativa da Abemd em relação ao pro 2014 de forma muito favorável ao marketing dijeto de lei sobre a Proteção de Dados Pessoais, es reto. Explico: em síntese, ele disse que os anun pecialmente após a reunião com o ministro José ciantes vão se preocupar muito mais com resulEduardo Cardozo, em novembro do ano passado? tados, com a eficiência das campanhas. Medir os Realmente, a audiência com o ministro e sua resultados das ações está no DNA do marketing equipe foi bastante proveitosa. Tivemos a opor- direto, logo, é possível imaginar que os anuncian tunidade de entregar uma carta na qual todos tes vão recorrer mais ainda às técnicas e possibios setores concordam que é necessária uma re- lidades de nossa área. Aliado a isso está a eficiên gulamentação sobre proteção de dados pesso- cia cada vez maior com que as empresas de nosso ais, de forma a inserir o Brasil no rol de países setor têm entregado produtos e serviços.
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Bel Miller
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ARTE
Luz e cor, arte e amor: a real beleza da mulher.
F
oi na sempre inovadora França que, no final do século XIX, surgiram os papiers découpés, pioneiras ex per iências plás ticas utilizando materiais distintos, em combinação ou não com a pintura, sobre um mesmo fundo (geralmente tela, pa pel especial ou madeira). Mais tarde, este gê nero transcenderia os franceses e conquista ria adeptos em todo o mundo. Nascia a collage. Henri Matisse, tido como um dos ent usias tas da técnica, denominou-a como sendo um “desenho com tesoura”. A Colagem tem significativa e inegável im portância na história da arte universal, a partir de 1950. Além do próprio Matisse, outros co nhecidos pintores como Jean Arp, Marcel Du champ, Max Ernest, Kurt Schwitters (dadaístas e surrealistas); Pablo Picasso, Georges Braque, Juan Gris (cubistas); ou, principalmente, Jose ph Cornell, Jasper Johns e Robert Rauschen berg (pioneiros da pop art); fizeram da Cola gem uma linguagem respeitada e valorizada por colecionadores e museus internacionais. No Brasil, essa bela e instigante arte enfren tou, e ainda enfrenta, equivocados preconceitos. Mas, como tem qualidade, resiste bravamente e ocupa um crescente espaço nos acervos públicos e privados. Entre os nossos mais importantes nomes nessa técnica, estão: Carlos Scliar, Ubi rajara Ribeiro, Teresa D’Amico, Tide Hellmesiter e Nelson Leirner. Sem falar de outros consagra dos artistas que, em 5 alguns de seus traba lhos, valeram-se desse recurso para fortalecer a proposta: Volpi, Al demir Martins, Darcy Penteado e Alice Brill. Bel Miller fez sua primeira exposição in div idual, “Imagem & Semelhança”, em 2009 na cidade de São Pau lo. Depois, em apenas cinco anos, seguiram- se 20 individuais e co letivas no Brasil e no
Exter ior, entre as quais destacam-se quatro em Nova York (EUA); uma em Dubai, Emira dos Árabes; outra em Paris (França); e a sua participação, com duas obras, na Bienal de Ve neza (Itália), em 2011. O trabalho de Bel Miller está presente em acervos nacionais e interna cionais, bem como ilustra publicações e foi des tacado em anuár ios de artes plásticas. Nascida em humilde família gaúcha, a menina Bel cria va suas próprias bonecas com retalhos de pano. Usando tesoura, agulha e linha dava asas à ima ginação construindo suas personagens de uma infância repleta de sonhos. E também havia ce nár ios, feitos em papelão, com o uso de cola e tinta, dos quais surg iam cidades, escolas e par ques nos quais as bonecas interpretavam uma realidade futura. E a magia da criação artística seguiu viva para sempre nessa talentosa artista. PENSAR, COLAR, REVELAR
Vivendo em São Paulo, já mulher e mãe de um casal de filhos, Bel abandonou a faculdade de Administração de Empresas e foi estudar De sign de Inter iores, depois passou pela pintura, escultura e cerâmica no curso de Artes Plásticas da Escola Panamericana de Artes. Um profes sor recomendou que se dedicasse apenas à escul tura, não conseguiu e parou de criar por quase um ano. Depois, persistente e apaixonada, vol tou a produzir e se encontrou na colagem. Bel é uma pesquisadora atenta, que busca de ma neira contínua formas de dar crescente quali dade ao seu trabalho. Tem produção peque na em quantidade e grande em qualidade, cada quadro pode le var até um, dois meses para ser produzido. Bel trabalha cui dadosamente a ma deira de suas “telas”, que são tratadas com avançados processos químicos para evi tar empenamentos,
Elas surgem no contexto das telas. Algumas são suaves e estáticas, outras fortes e acrobatas. Mas, todas provocam, encantam, conquistam, apaixonam. Iluminam, fazem pensar. São rebeldes, inventam e até se multiplicam. Acusam e perdoam. Acolhem com amor. São vivas as mulheres nessa arte que (des)cola emoções com técnica e beleza. Ricardo Viveiros (ABCA-A ICA)
1 The Black Queen, colagem, aquarela e acrílica sobre madeira, 80 × 60 cm, 2007 2 Tempo, colagem e acrílica sobre madeira, 50 × 50 cm, 2005 3 Anunciação, colagem, acrílica e areia vulcânica sobre madeira, 60 × 50 cm, 2008 4 Diversidade, colagem e acrílica sobre madeira, 75 × 60 cm, 2006 5 Vaidade, colagem, acrílica e esferas de metal sobre madeira, 60 × 60 cm, 2006
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prévia, a criadora vai ambientando suas “Evas”. Porque são as mulheres que povoam o universo criativo de uma sensível e corajosa Bel, para quem o sexo frágil é forte e o princípio, o meio e o fim de tudo. Há meninas, rainhas, santas, pobres, ricas, dominadoras, submissas, grávidas, sexy e, até mesmo, as que permanecem numa caixa de recortes, na prateleira do estúdio, à espera da chance de saltar para uma tela. 7
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6 Ana Flor e Elas, colagem, acrílica e oxidante sobre madeira, 80 × 60 cm, 2007 7 Duas Faces de Eva, colagem e acrílica sobre tela painel, 70 × 50 cm, 2006 8 À Tua Espera, colagem e pintura sobre tela painel, 50 × 40 cm, 2009 9 Tramas do Adolescer, colagem, acrílica e oxidante sobre madeira, 1,10 × 90 cm, 2006
rachaduras, fungos, tornando-se suaves e eternas como a seda. Na composição do quadro a artista mescla tinta acrílica, cola, lápis, papel, folhas de ouro, oxidantes, lixa, verniz, servindo-se apenas de bons produtos (a maioria deles importados), que lhe garantem a indispensável durabilidade. Tem o mesmo cuidado quando o suporte é o papel. Mas, seu grande desafio é o espaço. Nele, movida apenas pela inspiração, sem arquitetura 9
✆ ATELIÊ BEL MILLER Tel. (11) 3081.7745
REVISTA ISSN 010 3•572
A GRÁFIC A • ANO X XXIX • MA RÇO/AB
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RIL 2014 • Nº 2 7 0
REVISTA ABIGRA F
270 MARÇO /ABRIL
2014
ARTE & IN DÚSTRI
Capa
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Raízes, colagem, acrílica e inscrustação sobre madeira, 90 × 60 cm, 2008 REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
Em suas obras observamos a harmonia das pinceladas, que se alternam entre a leveza e o peso das cores sob a luz, dando fundo e contorno aos elementos habilmente inseridos num contexto sempre provocador, onírico. Cada composição nos obriga a refletir sobre aquelas mulheres. Qual a sua origem, quem são, o que estão fazendo, o que pretendem transformar em cada um de nós? Esmerado grafismo está presente em tudo, proporcionando uma estética que transcende o belo. A paleta é tão rica, quanto a tesoura e a cola também são. O relevo na tela fica imperceptível. Há uma integração entre a pintura e a colagem, sem que uma técnica desmereça a outra. A rigor, existe uma perfeita cumplicidade entre as infinitas var iações de textura presentes, permitindo que o conteúdo determine uma proposta para entender o mundo feminino de Bel Miller, recriado à imagem e semelhança da vida.
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EXPECTATIVA
Mercado se prepara para a ExpoPrint Latin America 2014
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ntre os dias 16 e 22 Desde a primeira edição, de julho, deverão em 2006, a ExpoP rint deu passar pelo Transa uma nova dinâmica ao setor, contribuindo para reduzir o merica Expo Center prazo de espera pelas novi mais de 45 mil profissionais dades apresentadas em feiras brasileiros e estrangeiros que mundiais. “A situação mudou atuam, de algum modo, no se nos últimos anos porque não tor gráfico. Este é o per íodo temos tanta diferença de tem em que ocorrerá a ExpoPrint po entre um lançamento na Latin America 2014, com a Drupa e sua implementação exibição de mais de 500 mar em diferentes regiões do mun cas em uma área de 40 mil do. De modo geral, as tecnolo metros quadrados. Em sua gias chegam muito mais rápi terceira edição, está consoli do na América Latina do que dado como o grande encontro há 10 ou 20 anos”, comenta o gráfico das Américas. Ismael presidente da Afeigraf. Guarnelli, diretor da APS Fei E, afinal, o que a indústria ras & Eventos, organizadora gráfica poderá ver em julho? e promotora do evento, o de A ExpoPrint promete apresen fine como “a maior fonte de tar soluções de tecnologia de informação e tecnologia da Dieter Brandt, presidente impressão digital integradas área gráfica” e uma oportuni da Afeigraf ao offset, muitas aplicações dade para “entender os rumos específicas para agregar valor que o mercado tomará nos Consolidada como o maior evento aos impressos e uma grande próximos anos”. de impressão das Américas, gama de propostas para c riar A tecnologia e as mais re exposição apresentará tecnologias diferenciais em produtos aca centes novidades da indústria pontuais e inovadoras para todos bados. “Hoje, é necessário pro gráfica mund ial são, sem dú curar o equilíbrio, saber até vida, os principais atrativos os segmentos gráficos. quando se deve continuar tra da próxima edição do evento, Texto: Ada Caperuto balhando trad icionalmente e de acordo com Dieter Bran quando é o momento de agre dt, presidente da Assoc iação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e In gar o digital. Ao mesmo tempo, há muitas gráficas rápi sumos para a Industria Gráfica (Afeigraf), realizado das digitais que estão chegando a um ponto em que não ra da ExpoPrint. “Todos os fabricantes e fornecedores faz mais sentido seguir somente com esse tipo de tec estão preocupados em oferecer soluções mais eficien nologia e acabam incorporando máquinas offset tam tes e produtivas, mas com menor desperdício de ma bém. Então temos as duas tendências”, declara Dieter. ter ial. Neste momento em que a indústria de impres Outra característica atual do setor — e que deve são busca manter seu espaço no mercado, nosso setor rá ser vista na feira — é a sustentabilidade. De acor quer ser um exemplo de como publicar informações de do com o executivo, hoje nenhum fabricante pode se maneira sustentável. E isto começa na preparação do afastar dessa tendência. “Anos atrás falava-se em qua arquivo digital, no controle da pré-impressão, e conti lidade, um padrão que deveria ser obrigator iamente al nua na impressão e no acabamento, que irá enobrecer cançado por todos, impressores ou fornecedores. Hoje, o produto final. Então, teremos soluções pontuais para nenhum fabricante pode colocar no mercado produtos todos esses processos na ExpoPrint”. que causam danos ao meio ambiente”.
REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
EVENTOS PARALELOS
Desde a primeira edição da ExpoPrint, muitos exposito res têm aproveitado a oportunidade da presença em São Paulo de muitos clientes de outros estados e países da América Latina para organizar programações especiais. Não será diferente neste ano, quando espera-se que muitos fabricantes e fornecedores realizem even tos para grupos de clientes em suas próprias instala ções ou organizem visitas a gráficas que, por alguma razão, são considerados cases de destaque para seu ni cho de atuação. “Temos, há pouco mais de um ano, um convênio com a Conlatingraf, que está organizando via gens de grupo de empresár ios de diversos países, para visitar a ExpoPrint”, informa o presidente, lembrando que, nesse quesito, a feira realizada pela Afeigraf tem sido muito proativa. Afinal, em uma feira como a Dru pa, por exemplo, a quantidade de pessoas é muito gran de e os fabricantes não têm tanta flexibilidade para fa lar com todos os clientes. “Nós temos um conceito um pouco mais compacto, com diferentes possibilidades de demonstrar as muitas soluções aos visitantes de todo o mundo que estão chegando a São Paulo”. Neste ano em que completa uma década, além de celebrar o sucesso do evento que nasceu praticamente junto com a entidade, a Afeigraf faz um balanço posi tivo de sua atuação. “Quando se começa a colocar em prática uma ideia, um sonho, você tem dúvidas se tudo vai acontecer como imaginou. Quando pensamos em realizar uma feira para o mercado latino no Brasil tive mos dúvidas se tudo iria funcionar. Mas como fomos muito rígidos em nossos métodos de como estruturar o evento, como tratar cada expositor e como atrair vi sitantes de diferentes países, podemos hoje dizer que o conceito foi muito bem recebido pelo mercado e em pouco tempo. Já na segunda edição, em 2010, ficamos entre as cinco maiores feiras mundiais”. Contrar iando as preocupações com a situação eco nômica do País após a Copa do Mundo e as eleições pre sidenciais, o executivo da Afeigraf tem previsões oti mistas. Ele acredita que a situação é um pouco parecida com 2003, quando do início do primeiro mandato do ex-presidente Lula. “Na época, me perguntaram o que aconteceria com a economia. Eu disse que a população iria seguir consumindo informações. Isso não vai mudar agora, mesmo sem o grande impacto que era esperado
com a Copa e os Jogos Olímpicos. A economia mund ial está mais estável. Há crescimento nos EUA, a Europa está saindo da crise e o Brasil também, com previsão de cres cimento em torno de 2,3%, um resultado aceitável para um bom futuro. A população está crescendo, se estabi lizando economicamente, e acredito que isso será sen tido no dia a dia das empresas de todos os segmentos. Depende muito mais de a gráfica defender conceitos ino vadores para atrair o consumidor, porque o mercado está esperando para consumir”, conclui Dieter Brandt.
Data: 16 a 22 de julho de 2014 Local: Transamérica, São Paulo (SP) Horário: segunda a sexta, das 13 às 20 horas, sábado e domingo, das 10 às 17 horas Informações: www.expoprint.com.br
25 março /abril 2014 REVISTA ABIGR AF
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ECONOMIA Texto e dados: Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf
N
Resultados da indústria gráfica brasileira em 2013
úmeros gerais do levantamento realizado pelo Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf Nacional sobre o exercício de 2013, mostram que a indústria gráfica brasileira perdeu espaço relativo ao exibir uma queda mais pronunciada que a média da indústria no seu todo. No emprego, que encerrou o ano com os 20,6 mil estabelecimentos ocupando 219 mil pessoas, houve a eliminação de 5,6 mil postos de trabalho. A produção, segundo o IBGE, acusou menos 6,7% contra leve aumento de 1,5% na indústria de transformação. Os investimentos do setor também registraram queda, como indicado pelo recuo de 3% na importação de máquinas e equipamentos, totalizando US$ 1,17 bilhão, contra US$ 1,21 bilhão em 2012. Em relação ao comércio exter ior, as exportações de produtos gráficos totalizaram US$ 279,10 milhões e as importações US$ 548,64 milhões, o que provocou um saldo deficitário na balança comerc ial de US$ 269,54 milhões.
FIGURA 1: NÚMEROS DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO – 2010/2013 2010
2011
2012
2013
N -º Estabelecimentos (RAIS)
20.007
20.527
20.631
20.631
N -º Funcionários (RAIS)*
220.796
222.382
224.644
218.960*
11,04
10,83
10,89
10,61
$ 1,394
$ 1,384
$ 1,214
$ 1,172
Funcionário / Estabelecimento Investimentos realizados (importação de máq. e equipamentos gráficos) (US$ Bi FOB) Balança Comercial (US$ Mi FOB)
–$ 160,89
–$ 295,53
–$ 238,69
–$ 269,54
Exportação (US$ Mi FOB)
$ 248,97
$ 269,32
$ 298,16
$ 279,10
Importação (US$ Mi FOB)
$ 409,87
$ 564,85
$ 536,85
$ 548,64
*2013 – baseado em estimativas mensais do Caged. Fonte: MTE/Rais e MDIC. Elaboração: Decon/Abigraf.
PRODUÇÃO
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Pelo segundo ano consecutivo a produção física da indústria gráfica nac ional diminuiu, registrando redução de 6,7% no acumulado do ano de 2013, depois de uma retração de 4,3% em 2012. Foi um resultado decepcionante, que ficou aquém do esperado. Vale lembrar que no início do ano passado esperava-se uma queda menor, de 2,4%. Continuou aumentando o hiato na comparação com a indústria de transformação, pois esta cresceu 1,5%, desempenho fraco, mas positivo. O desempenho dos vár ios segmentos da IG não foi homogêneo. O destaque negativo ficou para os produtos gráficos editoriais, havendo retração de 12,1% no ano. As embalagens impressas tiveram pequena queda, de 0,9%, o que está em linha com o desempenho de setores que são clientes do REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
concentrada no segmento de produtos gráficos editoriais impede diagnósticos mais precisos para explicar a expressiva redução da sua produção física em 2013. A alta de custos ao longo de 2013 parece relevante, porém mais modesta do que a observada em 2012, o que provavelmente contribuiu para evitar novas quedas de margens. Por outro lado, os estoques de bens finais, que não pareciam elevados no início do ano, cont inuaram recuando em 2013. Contudo, convém ressaltar que este não é um setor que costuma operar estocado.
segmento, como mostra a retração de 0,5% da indústria de bens semi e não duráveis. O melhor resultado foi registrado pelo segmento de impressos comerciais, com expansão de 3,5%. Isso é em parte reflexo da base de comparação deprimida, uma vez que houve recuo expressivo em 2012, de 10,2%. De qualquer forma, o desempenho do segmento ao longo do ano não foi positivo, mas com tendência de estabilização, e não de novas quedas. O fato de o desempenho da IG ser tão desigual e com a pior performance
FIGURA 2 – ÍNDICE DE PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA GRÁFICA Dados mensais – Média 12 meses 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
■ Embalagens impressas ■ Produtos gráficos editoriais ■ Impressos comerciais ■ IG Fonte: Recorte Especial da PIM-PF/IBGE. Elaboração: Decon/Abigraf.
de salár ios de 3,8%, sendo que ela fechou 2013 com avanço de apenas 2%, e a eleva ção da taxa de juros tem sido mais persis tente do que o previsto. O desempenho da indústria como um todo decepciona. Para 2014, não se vislumbra uma rever são do quadro macroeconômico, pois o am biente externo não tem sido favorável para
Segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria), o panorama do setor é real mente desaf iador. Não há informações es pecíficas da IG, mas da CNAE 17, o que já dá uma noção do quadro a tual. O cenário econômico também se mos trou mais desfavorável do que o esperado. Era estimado um aumento da massa real
FIGURA 3: PRODUÇÃO FÍSICA INDUSTRIAL NOS SEGMENTOS DA INDÚSTRIA GRÁFICA BRASILEIRA – IBGE EMBALAGENS IMPRESSAS
PRODUTOS GRÁFICOS EDITORIAIS
IMPRESSOS COMERCIAIS
TOTAL IG
INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO
2012
– 0,8%
– 6,1%
– 10,2%
– 4,3%
– 2,7%
2013
– 0,9%
– 12,1%
—
—
Projeção 2014
3,5%
– 6,7%
1,5%
—
– 1,7%
1,9%*
*Expectativa do mercado, conforme o Boletim Focus do Banco Central. Fonte: IBGE, BCB, Abigraf
FIGURA 4: INDICADORES DA CNI – DADOS ACUMULADOS ATÉ NOVEMBRO DE 2013 IND. TRANSFORMAÇÃO
18 – IMPRESSÃO E REPRODUÇÃO
17 – CELULOSE E PAPEL
Vendas reais
4,0%
1,5%
– 4,4%
Emprego
0,7%
2,3%
– 5,7%
Horas trabalhadas
0,1%
2,5%
– 1,9%
Massa salarial
2,0%
– 1,4%
– 1,5%
Fonte: CNI. Elaboração: Decon/Abigraf.
FIGURA 5 – ÍNDICE DE PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA GRÁFICA Dados trimestrais com ajuste sazonal 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80
Set-13
Dez-13
Jun-13
Mar-13
Set-12
Dez-12
Jun-12
Mar-12
Dez-11
Set-11
Jun-11
Mar-11
Set-10
Dez-10
Jun-10
Mar-10
Set-09
Dez-09
Jun-09
Mar-09
Set-08
Dez-08
Jun-08
70
■ Embalagens Impressas ■ Produtos Gráficos Editoriais ■ Impressos Comerciais ■ IG Fonte: Recorte Especial da PIM-PF/IBGE. Elaboração: Decon/Abigraf.
29 março /abril 2014 REVISTA ABIGR AF
FIGURA 6 – EVOLUÇÃO DO EMPREGO NA INDÚSTRIA GRÁFICA BRASILEIRA Em percentuais 7 6 5 4 2 1 0 –1
set-13
nov-13
jul-13
mai-13
jan-13
mar-13
nov-12
jul-12
set-12
mai-12
mar-12
jan-12
nov-11
jul-11
set-11
mai-11
jan-11
mar-11
nov-10
jul-10
set-10
mai-10
mar-10
jan-10
nov-09
jul-09
set-09
mai-09
jan-09
mar-09
nov-08
jul-08
set-08
mai-08
jan-08
mar-08
–2
■ mês/mês anterior (%) ■ Variação mensal do emprego, pela média dos últimos 12 meses/12 meses ano anterior (%) Fonte: Caged/MTE. Elaboração: Decon/Abigraf.
o Brasil e não há espaço para estímulos ao crescimento. A taxa de juros sobe e ajustes na política fiscal são necessár ios. Assim, é esperada uma nova queda da produção da IG, ainda que mais suave, de 1,7%. Com as incertezas que cercam a oferta de ener gia elétrica e o colapso econômico na Ar gentina, a redução da produção tende a ser ainda mais intensa.
FIGURA 7 – INVESTIMENTOS REALIZADOS PELA INDÚSTRIA GRÁFICA BRASILEIRA Em US$ bilhões 1,813
1,430
1,394
1,384 1,214
1,173
–12%
–3%
1,004
EMPREGO
30
REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
■
Fonte: MDIC. Elaboração: Decon/Abigraf.
FIGURA 8 – BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA X TAXA MÉDIA DO CÂMBIO 650
2,50
550 450
2,00
250
1,50
150 50
201 3
201 2
201 1
201 0
8
200 9
– 150
1,00
200
– 50
0,50
– 250 0,00
– 350 ■
Exportação
■
Importação
Fonte: MDIC. Elaboração: Decon/Abigraf
■
Saldo
■
Taxa de câmbio
R$ / US$
350
7
Os investimentos em máquinas e equipa mento gráficos recuaram 3% em 2013 em relação ao ano anter ior. Porém, vale des tacar que a média de investimento foi da ordem de US$ 1,3 bilhão nos últimos seis anos, mostrando que o setor tem atuali zado constantemente seu parque gráfico.
■ Importações de Máquinas e Equipamentos Linear (Importações de Máquinas e Equipamentos)
200
INVESTIMENTO
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
US$ Milhões (FOB)
Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em 2013 a indústria gráfica brasileira fe chou o ano com menos 5.684 postos de tra balho. Em 2012 o saldo havia sido de 2.262 novos postos de trabalho. Esse é mais um reflexo do difícil momento do setor. No en tanto, o ajuste foi modesto frente à queda da produção. Mesmo tendo feito um ajus te no emprego, os indicadores de produti vidade ainda se mantiveram no vermelho, o que sugere que o fechamento de postos poderia ter sido mais severo.
COMÉRCIO EXTERIOR
As importações concentraram-se sobretudo em produtos editoriais (como livros e revistas), alcançando 34% do total. As compras nesse nicho corresponderam a US$ 185,9 milhões e 28 mil toneladas — o que representa redução de 2% em relação a 2012 em termos monetár ios. China (28%), Hong Kong e Estados Unidos (15% cada) foram os principais benef iciados por essas importações.
Dados da Secretária de Comércio Exter ior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exter ior (Secex/MDIC) apontam que as exportações brasileiras de produtos gráficos em 2013 totalizaram US$ 279,1 milhões, representando queda de 6% em relação ao ano anter ior. As importações apresentaram um aumento de 2% sobre 2012, totalizando US$ 548,6 milhões.
FIGURA 9 – PARTICIPAÇÃO DOS SEGMENTOS GRÁFICOS NAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS
19,6%
24,9%
33,9% 34,3%
1,7%
Exportação
s
0,1% 0,2%
io
pe
s
s Fo
En
ve
ul
lo
ár
sc
ta ue iq Et ■
0,6% 0,3%
ai
s
is na
Pr om
oc
ito Ed
ad C
io
ria
no er
tõ ar C
■
1,6% 0,7%
7,4% 2,0%
5,4%
is
s
es
ns ge la ba Em
7,3%
rm
10,3% 11,0%
Fi
38,7%
Importação
Fonte: MDIC. Elaboração: Decon/Abigraf
FIGURA 10: DESTINO E ORIGEM DOS PRODUTOS GRÁFICOS EM 2013 Em percentual (%) Exportações
Importações
Argentina 13% Outros 28%
EUA 12% Venezuela 11%
Bolívia 4%
Peru 6%
Equador 4%
Chile 8%
Outros 18%
China 26%
EUA 16%
Uruguai 9%
México 5%
Fonte: MDIC. Elaboração: Decon/Abigraf.
Suíça 10%
Alemanha 8%
França 3% Itália 3% Hong Kong 5% Reino Unido 5% Espanha 6%
O segmento de cartões impressos ocupou a segunda posição, com 25% do total importado, somando US$ 107,7 milhões e 955 toneladas. Em valores, houve redução de 5% ante 2012. As principais origens dessas importações foram Suíça (39%), Estados Unidos (26%) e França (9%). Embalagens formaram o terceiro principal bloco de produtos gráficos importados, com 20% do valor total. As transações no per íodo atingiram US$ 136,5 milhões e 58,5 mil toneladas — 8% super iores às importações de 2012. Os principais fornecedores internacionais foram China (34%), Alemanha (13%) e Espanha (10%). No outro extremo da balança comer cial, embalagens foi o segmento que mais exportou no per íodo — US$ 108,1 milhões e 66,9 mil toneladas representando 38,7% das exportações gráficas, apesar do recuo de 0,2% no volume exportado em 2012. Pela ordem, os principais importadores das embalagens brasileiras foram Venezue la (23%), Uruguai (19%) e Argentina (8%). Cartões impressos destacou-se como o segundo segmento com melhor desempenho monetário na balança comercial. Respondeu por 34% do total exportado pelo setor no ano, equivalentes a US$ 95,9 milhões e 813 toneladas. Apesar desse resultado, o segmento registrou um recuo de 9% na comparação com o ano anter ior. Argentina (25%), Chile (19%) e Equador (11%) consti tuíram os principais destinos dos cartões impressos brasileiros. O segmento de cadernos, terceiro maior exportador do setor, com 11% do total, teve desempenho monetário 3% sup e rior a 2012. Suas exportações somaram US$ 30,7 milhões e 17,1 mil toneladas. Estados Unidos (70%), Porto Rico (5%), Paraguai e República Dominicana (4% cada) foram os maiores compradores. No cômputo geral, a balança comercial da indústria gráfica apresentou no ano de 2013 um saldo deficitário de US$ 268,5 milhões. Comparado com o total do ano passado (US$ 238,7 milhões), este saldo representa uma elevação de 13% no déficit da balança comercial do setor. março /abril 2014 REVISTA ABIGR AF
31
OPINIÃO
N
lecimento a rt fo e d ia ég at tr es : o m is iv at Associ
ém que o setor Não é novidade para ningu ta uma série de industrial brasileiro enf ren meros positivos, mas nú desafios. Até reg istramos mento tem sido tímido nos últimos tempos o cresci cia do seg mento para a se pensarmos na importân falamos de indústria economia do País. Quando aumentam. Sabemos gráfica então, esses desafios mpanhamento das que a modernização e o aco or são essenciais, tendências mundiais no set com a falta de mas lidamos diuturnamente ra a importação de incentivo governamental pa carga tributária. equipamentos e com a alta mplos do atual Esses são apenas alg uns exe a e, diante disso, cenário da indústria gráfic mentação em há muito a ser feito. A movi fortalecimento do prol do setor começa com o o. Especialistas associativismo e da integraçã entre empresas garantem que a cooperação ião em associações do mesmo seg mento e a un as para aumentar são importantes ferrament rcado cada a competitividade em um me o. vez mais dinâmico e disputad que diz: “Se dois nê Existe um provérbio chi s uma estrada, cada homens vêm andando por contrarem, trocarem um com um pão, e, ao se en a com um. Se dois os pães, cada um vai embor uma estrada, cada homens vêm andando por
encontrarem, um com uma ideia, e, ao se vai embora com trocarem as ideias, cada um ica para nós, duas”. Essa situação é simból af. Especialmente que fazemos parte da Abigr e a integração é porque reforça a ideia de qu mos, juntos, lutar fundamental para que possa eresse comum, por questões que são de int do nosso setor. entre elas o fortalecimento ta esse princípio. Que nunca percamos de vis ficidades reg ionais, Ainda que tenhamos especi uns. Entendemos que os macrointeresses são com a participação de uma entidade forte se faz com ideias. E que tenhamos todos, com o somatório de pio, pois ele é um sempre o diálogo como princí s de participação dos principais instrumento o coletiva. E tudo democrática e de construçã do associativismo. isso passa pela valorização vicente@primacorgrafica
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V icente de P aula A leixo D ias
fica Regional Bra sileira da Indústria Grá Presidente da Associação ias Gráfica s ústr Ind das to dica Sin e do Minas Gerais (Abigraf‑MG) (Sigemg ) no Estado de Minas Gerais
32 REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
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2.
5.
3.
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GESTÃO
Hamilton Terni Costa
A indústria gráfica posta na mesa: números e projeções mundiais do setor
N
o último mês de fevereiro tivemos duas divulgações de impacto sobre números mundiais do setor gráfi co e projeções para os próximos anos. Uma patrocinada pela Drupa, mais foca da em pesquisa realizada durante a última fei ra e reforçada com outra feita nos três últimos meses de 2013, com um amplo levantamento mundial abrangendo impressão, equipamentos e insumos de 51 países, patrocinada pela NPES dos Estados Unidos através da sua unidade de análise e pesquisa Primir. Executada pela área de pesquisa da trad icional e conceituada Economist ela é, evidentemente, mais densa e pro funda que a pesquisa da Drupa. Na verdade os enfoques e objetivos são mesmo distintos. A da NPES visa a nortear investimentos. A da Drupa tira uma foto do momento e levanta algumas possibilidades. Voltarei nela em outro artigo. Por essa razão daremos ênfase ao levanta mento da NPES. Até porque ele é uma sequên cia dos dois levantamentos realizados anter ior mente pela entidade, o primeiro abrangendo 2006 a 2011 e o segundo de 2009 a 2014. O atual vai de 2012 a 2017. A mudança da
entidade executora, da Pira, que fez os dois pri meiros, para a Economist, responsável pelo atual, também modificou algo em alguns critér ios de levantamento e na agregação dos números, mas a densidade, claro, permanece. Vou partir dos números gerais e depois par ticularizá-los para a América do Sul e para o Brasil, a fim de termos uma visão mais abran gente e tentar relevar aquilo que efetivamente nos toca mais de perto. Vejamos. Primeiras grandes constatações da Economist: mercado intrigante. Por que? Porque algumas linhas de produtos — documentos, li vros, jornais, mater ial promocional etc. —, mais suscetíveis de substituição eletrônica têm ra zoável tendência de declínio enquanto outras linhas como embalagens e demais produtos que se integram aos produtos dos clientes, não. Ainda assim o declínio de certos produtos são mais acentuados nos mercados mais desenvol vidos, maduros, mas apresentam até razoável crescimento nos países emergentes. Por sinal, e até em função disso, esses países passarão gra dualmente a serem os principais mercados grá ficos mundiais. A China, como sempre o grande
QUADRO 1 – MERCADO GLOBAL DE IMPRESSÃO – 2007 e 2017 América do Sul 3,5%
Oriente Médio e África 0,7%
Ásia Pacífico 29,0%
América do Norte 31,8%
US$ 557 bilhões
Europa Ocidental 31,2%
Oriente Médio e África 0,6%
América do Sul 4,3%
América do Norte 24,8%
US$ 668 bilhões
Ásia Pacífico 40,5%
Europa Ocidental 26,7%
Fonte: Estudo 2013 da NPES “Mercado mundial de impressão: identificando oportunidades para a indústria da impressão”, por Unidade de Inteligência da revista Economist
34 REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
2017
2007
Europa Central e Oriental 3,9%
Europa Central e Oriental 3,1%
141,8
154,0
QUADRO 2 – MAIORES MERCADOS GRÁFICOS EM 2017 (US$ bilhões)
Tamanho do mercado global em 2017:
8,6
7,5
7,4
7,3
7,0
5,5
5,2
Países Baixos
Austrália
Bélgica
Rússia
Coreia do Sul
Argentina
Suíça
Outros
9,1 Indonésia
14,6 México
9,2
15,0 Espanha
Canadá
19,0 Itália
29,3 Índia
Brasil 20,0
29,4
35,6 Reino Unido
França
38,8 Alemanha
Japão
Estados Unidos
China
48,0
56,4
US$ 668,6 bilhões
Fonte: Estudo 2013 da NPES “Mercado mundial de impressão: identificando oportunidades para a indústria da impressão”, por Unidade de Inteligência da revista Economist
QUADRO 3 – MERCADOS DE ALTO POTENCIAL x MÉDIA MUNDIAL – 2012/2017 Vendas do mercado gráfico (US$ bi)
Vendas do mercado gráfico 2017 (US$ bilhões)
exemplo de crescimento, deverá, até 2017, ser o maior mercado gráfico do mundo suplantando os Estados Unidos. As projeções de crescimento do mercado gráfico mund ial até 2017 (quadro 1) são até razoáveis, chegando a uma estimativa de US$ 668 bilhões, 20% maior se comparado a 2007, ano de referência inicial do estudo, levando a um crescimento médio anual de 1,12%. Nada tão mau assim se considerarmos a crise mund ial nesse per íodo e as baixas taxas de crescimento, além das previsões constantes dos catastrofistas sobre o fim do setor. Se particularizarmos para a América do Sul, o quadro melhora. Daremos um salto de 47% nesses 10 anos e com participação de 4,3% no mercado mund ial. O Brasil se mantém entre os maiores mercados gráficos do mundo em 2017 — o oitavo — (quadro 2), com um robusto faturamento estimado de US$ 20 bilhões. Aqui é preciso explicar que todo levantamento obedece a critér ios estabelecidos. Já tivemos no passado essa discussão com a Abigraf quando os levantamentos da NPES mostravam um mercado maior do que as estatísticas nacionais então feitas, por que elas não abrang iam vár ios produtos na categoria de embalagens, especialmente, enquanto os estudos internacionais contavam tudo o que era impresso. Nesse meio tempo a entidade se aprimorou bastante nesses levantamentos e, mais importante, foi agregando junto com o IBGE uma gama de produtos concernentes
160 China
150 40 30 20 10 0
Índia Brasil Cingapura Vietnã Média mundial Turquia 2%
4%
Israel Ucrânia 6%
Indonésia Filipinas 8%
10%
12%
Média de crescimento anual 2012/2017 Fonte: Estudo 2013 da NPES “Mercado mundial de impressão: identificando oportunidades para a indústria da impressão”, por Unidade de Inteligência da revista Economist
ao setor. Desta feita, o número que a Abigraf apresenta hoje praticamente já supera o número de 2017 feito pela NPES. Há erros? Nada disso. Simplesmente a definição de critér ios. No caso desse estudo mund ial, como os mesmos critér ios foram utilizados em todos os 51 países, a régua de medição é absolutamente válida, o que permite uma comparação objetiva e prognósticos adequados. Tanto assim que eles tiveram acesso aos dados da Abigraf e os ajustaram à medida da pesquisa. Nesse sentido vale a pena observarmos o quadro 3, no qual podemos ter uma ideia dos mercados considerados de maior potencial de crescimento até 2017 comparados com o crescimento médio mund ial, este um pouco acima
35 março /abril 2014 REVISTA ABIGR AF
QUADRO 4 – PRODUTOS GRÁFICOS – MERCADO GLOBAL 2007/2017 (US$ bilhões) Impressão transacional
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
32,1
32,6
28,2
28,4
29,3
27,3
28,2
27,9
28,4
28,5
29,0
Material de ponto de venda e sinalização
19,8
20,7
18,6
19,0
20,6
19,1
19,8
19,6
20,0
20,2
20,6
Impressão comercial e promocional
92,0
95,5
87,4
86,2
90,6
88,6
89,5
90,6
92,2
94,2
98,8
Outras impressões
91,9
94,8
84,9
88,2
91,9
88,3
89,5
89,5
91,3
92,1
94,0
Impressão de embalagens
199,4
215,6
203,2
215,6
230,5
234,4
241,8
251,9
262,7
274,7
288,5
Impressões editoriais
122,8
128,0
118,9
118,1
121,2
120,9
123,1
126,3
130,2
134,6
139,8
Faturamento total
558,0
587,2
541,2
555,6
584,1
578,6
591,9
605,9
624,9
644,2
668,6
Fonte: Estudo 2013 da NPES “Mercado mundial de impressão: identificando oportunidades para a indústria da impressão”, por Unidade de Inteligência da revista Economist
QUADRO 5 – EMBALAGENS IMPRESSAS – MERCADO GLOBAL 2012/2017 (A.A.) FATURAMENTO TOTAL: US$ 288 BILHÕES EM 2017
Embalagens corrugadas
4,8%
Rótulos e etiquetas
4,3%
Embalagens flexíveis
4,0%
Embalagens semirrígidas
3,1%
QUADRO 6 – EDITORIAL – MERCADO GLOBAL 2012/2017 (A.A.) FATURAMENTO TOTAL: US$ 140 BILHÕES EM 2017
Revistas
4,8%
Jornais
2,4%
Livros
0,6%
QUADRO 7 – MATERIAIS PROMOCIONAIS – MERCADO GLOBAL 2007/2017 (A.A.) FATURAMENTO TOTAL: US$ 97 BILHÕES EM 2017
Encartes
3,5%
Guias e diretórios
1,8%
Fôlderes e folhetos
1,7%
Mala direta
1,6%
Catálogos
1,4%
36 REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
de 2% ao ano. É interessante notar que as projeções de crescimento do Brasil são bastante razoáveis e seguramente não re fletem o ambiente de falta de conf iança e crescimento morno que estamos sentin do nesse início de 2104, mas reflete as possibilidades do País nos próximos anos. Em relação a produtos creio que não há muitas surpresas nas projeções dentro do que se vem falando nos últimos tem pos, inc luídos os diferentes níveis de que da e ascensão entre mercados maduros e emergentes. Seguramente porque o levan tamento se centra nas linhas mais usuais e tradicionais de produtos e, por consequ ência, não explora com mais profundidade as novas aplicações, embora faça ressalvas da manutenção da importância da impres são nas crescentes aplicações multimídia e no uso dos novos artif ícios, como reali dade aumentada, e a interação da mídia impressa com smartphones e outros apa relhos como base dessa ligação do mun do digital com o mater ial impresso. Dessa forma, como vemos no resumo do quadro 4 as maiores participações de mercado em 2017 se relacionam a embalagens em ge ral, seguida do editor ial e, depois, impres sões comerciais e promocionais. Claro que dentro desses grupos há toda uma subdi visão de categor ias. Editor ial engloba li vros, jornais e revistas, principalmente. Embalagens inclui rótulos e etiquetas, ao passo que comercial e promocional pos suem uma boa diversidade de produtos. O estudo aponta também tend ên cias dos subgrupos de produtos. Vale a pena abrirmos alguns. Embalagens, por exemplo, mostra uma ascensão em todos os itens com uma média de crescimen to acima de 4% (quadro 5). Em produtos
editoriais (quadro 6) é interessante ver a previsão de crescimento de revistas, por exemplo, estimados em quase 5% ao ano, enquanto livros permanecem estáveis, mesmo com o crescimento dos e-readers. Na área promocional (quadro 7), o maior crescimento é dos inserts ou tabloides com previsão de 3,5% ao ano. Olhando-se para tecnolog ias o estudo mostra um dado interessante, ainda que não muito alvissareiro para vendedores de máquinas (quadro 8). Há um forte declínio no volume total de vendas se comparar mos 2007 com a projeção de 2017, caindo de aproximadamente US$ 24 bilhões para US$ 16 bilhões/ano. Uma queda de 34%. Além disso o estudo estima que as ven das para os países em desenvolvimento representarão 66% do total. Por linha de equipamento, nesses dez anos, as maiores quedas estão nas impres soras offset: planas com 42% menos, ro tativas a quente ou frio, redução super ior a 50%, ainda que as planas sigam sendo o maior item de vendas em 2017. O núme ro mais significativo virá das jato de tin ta, com previsão de crescimento perto de 55% e terceiro maior processo em vendas depois das offset planas e das flexográfi cas. Tais números refletem por si a pre dominância do crescimento das embala gens e da redução de tiragens em favor de tecnolog ias mais adequadas. Por fim, com um olhar mais atento ao levantamento feito no Brasil, é interessan te ver as observações feitas de que o mer cado gráfico brasileiro não tem paralelo com nenhum outro na América do Sul. Seja pelo tamanho, seja pela sua diversi dade, mesmo se tratando de um mercado voltado a si próprio, dado o baixo volume
QUADRO 8 – VENDAS GLOBAIS DE EQUIPAMENTOS – 2007/2017 (US$ milhões) Impressoras planas
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
6.177,5
5.452,6
3.630,7
3.905,7
4.030,1
3.648,2
3.512,0
3.518,8
3.555,7
3.526,6
3.566,7
Impressoras flexográficas
2.796,3
2.661,7
2.081,6
2.149,7
2.219,9
2.146,2
2.216,8
2.273,5
2.348,7
2.308,8
2.386,1
Impressoras inkjet
1.378,4
1.725,8
1.387,8
1.382,1
2.002,7
1.955,7
1.992,6
2.037,8
2.104,8
2.069,0
2.131,6
Equipamento eletrofotográfico
1.376,2
1.343,0
866,4
982,2
1.083,2
1.099,0
1.111,6
1.139,2
1.153,7
1.146,1
1.159,2
Impressoras offset rotativas frias
1.553,1
1.268,2
993,7
1.001,1
849,2
771,0
756,2
748,2
732,1
738,8
721,6
Gravadoras de chapas
1.523,8
1.470,3
650,3
676,5
667,5
610,8
601,8
604,1
612,9
607,2
616,2
Equipamento de silk-screen
1.153,4
1.130,6
710,5
807,1
620,0
584,2
579,2
585,2
593,6
588,8
597,1
Impressoras offset rotativas com forno
1.424,5
1.311,8
765,3
708,2
638,9
604,6
599,7
602,3
598,7
600,0
595,4
Equipamento letterpress
554,2
642,9
452,6
522,6
553,8
501,0
513,1
527,4
553,3
540,8
565,3
Impressoras rotogravura
47,8
98,2
62,8
54,1
168,0
144,5
127,4
127,7
131,7
129,5
130,2
Fonte: Estudo 2013 da NPES “Mercado mundial de impressão: identificando oportunidades para a indústria da impressão”, por Unidade de Inteligência da revista Economist
QUADRO 9 – DADOS DO MERCADO GRÁFICO DO BRASIL – 2007/2017 (A.A.) (US$ milhões)
Faturamento total Venda total de equipamentos
2007
2011
2012
2017
GACR 2007–2011
GACR 2012–2017
13.786,1
17.447,5
16.412,6
20.009,6
6,1%
4,0%
1.194,8
1.216,9
947,0
1.113,4
0,5%
3,3%
Venda total de consumíveis de pré-impressão
102,7
130,5
114,7
137,7
6,2%
3,7%
Venda total de tintas
528,9
746,7
697,1
838,4
9,0%
3,8%
8.772,5
13.030,5
12.088,8
14.764,9
10,4%
4,1%
Venda total de substratos
Fonte: Estudo 2013 da NPES “Mercado mundial de impressão: identificando oportunidades para a indústria da impressão”, por Unidade de Inteligência da revista Economist
da balança comercial. Fato preocupante é a expansão das importações de produtos gráficos como embalagens e livros. O quadro 9 apresenta uma síntese do País em termos de faturamento de impressão, venda de equipamentos e insumos. Prevê um crescimento mais baixo do que no passado, mas bem mais otimista no acumulado a nual do que a realidade que vivenciamos em 2013 e prevemos para 2014. Portanto esses valores poderão se ajustar, dependendo do ritmo da economia e da própria movimentação das empresas em sua revisão de negócios. Em relação a produtos e mercados o estudo destaca também o crescimento do mercado de embalagens no País e ressalta a importância do mercado publicitário, o quinto do mundo, já tendo ultrapassado o Reino Unido. Lógico que nem tudo vira impresso e que a televisão ainda leva a maior parte do bolo, mas há oportunidades embutidas que podem ser bem aproveitadas, em espec ial com produções mult im íd ias incluindo o papel impresso. Nesse aspecto de novos negóc ios, novos modelos de negócios ou mesmo novas aplica-
ções que possam alterar comportamentos, o estudo não é incisivo, até porque não era este seu principal objetivo. Ele toma as projeções de mercado com levantamentos primár ios — dados oficiais — e secund ár ios através dos participantes do mercado, os interpreta e projeta de acordo com os modelos adequados. Permite ver tendências e caminhos em termos de tecnologia e perfil de produtos e isso já tem, por si, uma importância enorme. Falta, é evidente, uma abordagem complementar que mostre as alternativas de crescimento e mudanças intrínsecas de negócio que podem ser implementadas pelas empresas e que tragam diferenc iações e novos possíveis mercados, tendo como base a impressão, mas agregando novas tecnolog ias e benef ícios aos clientes. Isso comentaremos em próximo artigo, nesta revista, quando analisaremos os resultados da pesquisa da Drupa.
P.S: Os interessados em adquirir o estudo completo da NPES-Primir podem fazê-lo pelo site: www.primir. org que está dentro do site da NPES: www.npes.org.
Hamilton Terni Costa hterni@anconsulting.com.br é Diretor Geral da ANconsulting, www.anconsulting.com.br, ex‑presidente da ABTG é também um dos criadores e coordenadores do curso de pós‑graduação Gestão Inovadora da Empresa Gráfica na Faculdade Senai Theobaldo De Nigris onde ministra as matérias de Gestão Estratégica e Marketing Industrial. março /abril 2014 REVISTA ABIGR AF
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TREINAMENTO
Centro de Soluções Xerox abre suas portas em Barueri EQUIPAMENTOS
Espaço atuará na qualificação profissional e no aprimoramento de tecnologias empregadas pela indústria na gestão da informação e documentos.
N
o dia 3 de abril a Xerox do Brasil inau gurou oficialmente seu Centro de Trei namento e Soluções na Escola Senai José Ephim Mindlin, em Bar uer i (SP), o maior e mais completo da companhia no País. O evento contou com a presença de boa parte da direto ria da empresa, entre eles Ricardo Karbage, pre sidente, e Cristiana Lannes, diretora executiva de Marketing e Estratégia. “Estamos aqui para contribuir com a formação dessa nova geração, que são alunos do Senai, assim como para servir de apoio para a gráficas, que poderão testar pro dutos e receber treinamento, além do suporte aos canais de venda”, afirmou a diretora de mar keting aos jornalistas da mídia especializada.
Ocupando 180 metros quadrados, o centro de soluções está equipado com cerca de 25 solu ções, desde multifuncionais da linha WorkCen tre para o mercado corporativo, passando por equipamentos de grande formato para sinaliza ção ou engenharia, até as impressoras de alto volume. “Ao mesmo tempo em que expandimos a capacitação técnica do setor, queremos que a indústria encontre formas concretas de aumen tar a sua produtividade usando o conhecimen to e a tecnologia disponíveis hoje para gerar no vas fontes de receita amanhã”, disse Karbage. Entre as soluções high end, merecem desta que a Xerox DocuColor 8080, com capacidade para impressão de 80 páginas por minuto em míd ias até 300 g/m2. Conta com espectrofotô metro em linha e usa toner fosco, que oferece acabamento semelhante ao offset. Está tam bém na Escola Senai de Barueri a iGen4 Dia mond, equipamento topo de linha que tem como diferencial o formato máximo do papel: 365 × 660 mm, adequado, como exemplificou Jardel Nunes, gerente nacional de soluções de pré e pós-vendas, para a produção de capas de livros com orelhas. Para aplicações P/B, sobre tudo miolo de livros, manuais e provas, a Xe rox equipou o novo centro com a Nuvera 314 (314 imagens por minuto), que alcança quali dade super ior em virtude do toner sem brilho que reforça linhas finas e meios-tons. Durante a entrevista coletiva, que contou também com Marcelo Bravo, diretor executivo de pré e pós-venda, Julio Lima, diretor comer cial de artes gráficas, e Karina Sanches, coor denadora técnica do Senai Bar uer i, os executi vos reforçaram a importância do setor gráfico para a Xerox. Diante das transformações que esse mercado vem passando, o novo espaço po derá servir para o desenvolvimento de soluções inovadoras para a indústria da impressão. ✆ XEROX DO BRASIL Tel. (11) 4009.6000 www.xerox.com.br
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EDUCAÇÃO
Walter Vicioni Gonçalves
e d l i m u h Gente
-los com nd a de superá ai or ai m de as capacida no amanhã. dicadores, sistem para toda esperança e fé antos índices, in e e ad En , demos ampliar H ID po , o, eb id Id nt — se se ão Nes Euclides de avaliaç ca ex pressão de upam mansi oc ás — cl a os tr o çã ou la tudo, um a popu dezenas de quando reejo é, antes de te an rt en se lm “o pa ci a: in sit uaç ão da Cunh chetes, pr de resi st ir em em termos os ís pl Pa em do ex s s io f O os pí entemenforte”. ve la m resu lt ad obstáculos apar os. Mas um ic er nc ôm ve on ec de e e s a sociai rados em advers educacionais, dem ser encont destaque nos po m is se , ve do rá bi pe ce sper te insu s deste país. estudo passa de s e da pesquibairros, cidade , aas at ru Tr . s, es re sõ la s vi e tele vo gentil. muito jornais, rádios o”, realiza ém disso, um po m al is é, m o ti ir O ile de as l br O Globa rido numa sa “Barômetro rcer ia com a revelador, ocor pa so ca em a um ci ên de Intelig Soube va tomanda pelo Ibope ma amiga esta k of Market U or . w ju et ca N ra t A en de pend praia aproximou, Worldw ide Inde m 66.806 ena vendedora se co , um es s do í an pa qu 65 l, ), em recusa de do so Research (W IN zeador. A nte a nenhum. So on to br ei e j um D do e? nt en leva oferec . A vendetrevistados. Irre foi inesperada es de polítior ta os ad ul sp re rm a fo , e ar ores compr tempo que ciólogos, educad atenção e pelo ecimento de la nh pe co u ar ce m de to ra m ag veria dora grande sacas públicas de eles revelam. ma resposta de e U qu a. o el a ar is eu al ed e an conc limitado e seus resu ltados mpo de vida é informações te r ra so nt os co n O en o a. ri vã o a alguém r bedo Para começar, do a dar atençã ca o décimo luga a di de up o oc l ut si in ra O B um m alvissareiras. do mundo. es mais felizes s í pa s é algo precioso. vo al eg re . do g o in nã no rank ai nd a, um po é, eiras, 53% rr ro ba ei il em as ss br ti is O o ex festas por Mesmo que nã espontâneas de Entre os brasies . ís çõ ta pa es o if tr an ou ra Há m mo bumba se mudar iam pa estar satiss folc lóricas co ça am er an D ss . di ís % Pa 71 o dos, todo tras passam leiros consulta ção acima da nda e tantas ou or ra ci op o, pr , ev fr da i, vi a bo ópri meu colorido, ritfeitos com a pr , sem perda de mbém vão co os ta lh fi as M ra ). pa is 0% l (6 de pa is marcantes, méd ia mund ia 2011 a poro traços cultura Em Sã s. . te ão an aç ig im st an in e o cias er vados. nhecer tendên e já era de m áiros felizes, qu ecisam ser pres pr ile e as qu br de o um povo solid em nd centag o é, também, 81%, diminui ir ra ile pa as na br 12 O ão 20 comoç 76%, cresceu em as situações de s ta ui i m l o so Sã a rio. dor, no último ano. bons resu lil ha mento da estran ha r os al , o compa rt m n o de ci amigo. São po o s br to as ui om en M ta de um — não ap er ra of pa a e, m d a re d ra ie pa dar egaram e fotados. M as se ntes que aqui ch te as pe ssoa s, ra en ig m im ta en os s at to r ha mui as brasileiros. ob se rv ar — ol sa re ve la . Te rnando-se apen ui to , sq os pe d í a lu e c in qu o ram vão conf ir m ar sos, mas uma oblemas imen pr , as el az m mos
T
40 REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
rar y AGB Photo Lib
e ecia l no Sudest g iões, e em esp de co ai os Em todas as re m um -se dizer que há e no Su l, pode m sendo aculra fo te en ativam povos, que grad genados. turados e misci ico. Ao comporém, autocrít O brasileiro é, vê em si os de outros povos, . vo ti si po pa ra r- se com do enas o la ap s ai m de s í feitos e no mpre que not é reforçad a se as e qu os E essa at itude ir os brasile dã da ci de a nt ecias dão co na busca do “l es antiéticas, é do an qu sumem atitud o ”, ou mesm do tu em em var vantag icos que conseiciár io de polít divu lgado not ios para amigos são de benef íc guem a conces s que aparecem o essas notícia al e, até ou parentes. Sã prensa nacion im na te en em frequent acional. ivemos, mesmo, intern vivemos e conv ui aq e qu s nó Mas , que co tradas do País es s la pe os m a que viaj stumes em cada o de ser e os co ra lização nhecemos o jeit aceitar a gene os m de po o nã corte da reg ião, partir de um re a a d ia cr em , analisá- da imag e reconhecê-la qu os m Te o. popu laçã ex istentes, tar os desv ios en fr en o m co olência, à la e ver os à ética, à vi d a n io c a l re es sejam el er. tro fator qualqu droga, ou a ou e reconherém, temos qu po , do tu de es A nt do brasiente na índole em rt fo r ta di re a três aucer e ac mos nos juntar re de po , ão nt e Moraes e leiro. E, e, Vinicius de qu ar Bu o ic Ch e vai em tores — a dessa gente, qu ej nv “i r te ao — Garoto ntar”, e conr com quem co te m ne m se , frente nte. É gente s “por minha ge eu D a o nd di cluir pe . . . ”. ntade de chorar humilde, que vo
Walter Vicioni Gonçalves Diretor regional do Senai‑SP, superintendente do Sesi‑SP e membro do Conselho Estadual de Educação de São Paulo março /abril 2014 REVISTA ABIGR AF
41
SHOWROOM
Agfa inaugura espaço no Senai Barueri Estrutura atenderá alunos do Senai, clientes e profissionais da Agfa. A ênfase é a impressão em grande formato.
N
42
o dia 20 de março a Agfa apresen tou ao mercado seu novo show room, montado em um espaço exclusivo na Escola Senai José Ephim Min dlin, em Bar uer i, na Reg ião Metropolitana de São Paulo. Calcado nas impressoras de grande formato e na linha de softwares, o local destina-se tanto à capacitação dos alu nos do Senai Bar uer i, integrando-se à gra de curricular, quanto ao treinamento das equipes da própria Agfa e de seus clientes. No primeiro ano estarão disponíveis dois equipamentos da linha jato de tinta UV industrial, a Anapurna M2050 e a Jeti Ti tanX. Ambas destinam-se a aplicações em ambientes internos e externos, comportan do míd ias rígidas e em rolo, atendendo aos segmentos de embalagem, promocional, co municação visual e decorativo, produzin do etiquetas, materiais corrugados, latas, BOPP e PET, brindes, personalizações, dis plays, banners, peças de sinalização e papel de parede, entre outros produtos. A Anapurna M2050 é capaz de produzir impressões de alta qualidade no modo seis cores à velocidade de 23 m2/h, e 46 m2/h no modo rascunho com duas passadas, alcan çando resolução de 720 × 1.440 dpi. O prin cipal diferencial do modelo, que tem forma to máximo de 1,60 × 2,00 m, é a opção de impressão com tinta branca em alta velo cidade, ideal para substratos coloridos ou escuros, desde painéis corrugados e plásti cos rígidos até lona, papel e banner de até 4,5 cm de espessura. REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
Assim como a M2050, a Jeti TitanX tra balha com seis cores mais o branco. Atin gindo o formato de 3,20 × 2,00 m, a TitanX oferece a opção flat to roll, permitindo a impressão de mater ial em bobina em um equipamento de mesa plana. A velocidade máxima de impressão é de 226 m2/h, com resolução de até 1.200 dpi. Afora as impressoras, o espaço Agfa está equipado com a família de softwares Apogee para gerenciamento, integração e automação da produção. Durante a inau guração foi apresentado o Apogee Store front, solução web-to-print para B2B e B2C totalmente integrada ao workf low Apogee. UMA HISTÓRIA DE SUCESSO
A visita ao showroom foi precedida por rápi das apresentações do Senai e da Agfa. O pri meiro a falar foi o diretor do Senai Bar uer i, Élcio de Sousa, que, ao detalhar a institui ção, inaugurada em 2009, enfatizou o acele rado desenvolvimento da escola. A projeção inicial era o atendimento de 2.500 alunos, número que em 2013 chegou a 6.000. O to tal, em cinco anos, já alcança os 19.632 alu nos. A instituição tem custo operac ional de R$ 7,3 milhões e investiu, no ano passa do, R$ 6,4 milhões em sua estrutura. Isso além dos R$ 7 milhões aplicados por seus
(E/D) Élcio de Sousa, diretor da Escola Senai José Ephim Mindlin, e Fabrizio Valentini, presidente da Agfa Graphics América Latina
parceiros na instalação de equipamentos e sistemas. Além da Agfa, marcam presen ça no Senai Bar uer i Heidelberg, Canon, Xerox, Furnax, SunChemical, Duplicopy, GMG, Tupahue, DuPont, Baumüller e Berg Resíduos. Ex-a luno do Senai, Élcio de Sou sa enfatizou a importância desses acordos como suporte ao papel do Senai como agen te integrador dos jovens na comunidade. Fabrizio Valentini, presidente da Agfa Graphics América Latina, endossou as pa lavras do diretor da Escola Senai, apon tando o showroom da Agfa como um caso concreto de apoio à educação. Mesmo ad mitindo que o principal negócio da Agfa continua sendo o segmento de chapas, o executivo ressaltou a aposta da empresa na tecnologia digital.
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Criado em 2003 pela ABIGRAF-SP e pelo SINDIGRAF-SP, o Projeto Bibliotecas inaugurou 15 bibliotecas em todo o Estado ao longo da última década. O projeto é realizado em parceria com as Prefeituras Municipais, que cedem espaços reformados para equiparmos com computadores e uma extensa variedade de livros, selecionados pela Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo. Em 2014, ultrapassaremos a marca de mais de 15 mil livros doados, sempre com o apoio das Seccionais Ribeirão Preto e Bauru da ABIGRAF-SP, fundamentais para a escolha das cidades que recebem as novas Bibliotecas. A iniciativa ainda contribui para a disseminação da Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa, difundindo informações corretas sobre o uso do papel e seus benefícios junto ao meio ambiente. Incentivar a Educação. É assim que a Indústria Gráfica Paulista investe no futuro.
ACORDO
Furnax assume representação da Komori No ano em que completa duas décadas de atividades, a Furnax faz acordo com a Komori e estende sua atuação para a impressão offset plana. Objetivo é alcançar uma fatia de mercado de 30% em dois anos. Texto: Tânia Galluzzi
A
expressão “falar a mesma língua”, sobretudo no mundo dos negócios, denota o alinhamento de ideias tão fundamental para o trabalho em equipe. Só que no caso do acordo de repre sentação entre a Furnax e a Komori, em vigor desde 1º‒ de março, a frase pode ser levada ao pé da letra. Esteban Lo, diretor do Grupo Fur nax, não nega que o fato de ele ser asiático, e, principalmente, de manter um escritório de apoio em Taiwan e outro em Xangai, contribuiu
A Furnax dispõe de depósito no município de Araçariguama, na Grande São Paulo, com uma área de 6.500 m², que será ampliada para 11.000 m² no próximo ano
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para facilitar as negoc iações com a Komori. Há um ano e meio a Furnax busca complemen tar sua linha com máquinas offset planas e em meados do ano passado as negoc iações com a Komori esquentaram. Se a afinidade geog ráf ic a ajudou, decisi va foi a representatividade da Furnax junto ao mercado nacional e sua capilaridade em vár ios setores e reg iões do País. Há 20 anos, que se completam agora em julho, o grupo comercia liza equipamentos e insumos para os segmen tos de embalagem, gráfico, papelão ondulado, serigrafia, rótulos e etiquetas e plástico. Só na área de pós-impressão gráfica são perto de 30 linhas, entre acabamento para impressão off set e digital. Desde 2006 a empresa conta com uma filial em Recife (PE) e o departamento co merc ial será transferido proximamente para um escritório no bairro da Vila Mar iana, região central da capital paulista. Com a mudança, a
Foto: Álvaro Motta
A PARTIR DE MARÇO DESTE ANO A FURNAX PASSOU A REPRESENTAR NO BRASIL OS EQUIPAMENTOS DA JAPONESA KOMORI. ABAIXO, ALGUNS MODELOS DA LINHA
GLX 640 + C + HUV Esteban Lo, diretor da Furnax
atual área de 1.000 metros quadrados no Brás, até então ocupada por todas as equipes, passa a concentrar a parte de serviços e o estoque de peças. Além desta, a empresa conta um depó sito no município de Araçariguama (SP), com 6.500 metros quadrados, que deve ganhar mais 4.500 metros quadrados em 2015. EQUIPE AMPLIADA
Através da parceria com a fabricante japonesa, o Grupo Furnax será responsável pelo atendi mento, vendas, solicitações de peças e assis tência técnica de todos os equipamentos de impressão plana da Komori, excetuando a li nha de produção de impressos de segurança. Para isso, a Furnax formou uma equipe exclu siva, composta por um gerente e seis técnicos, além do apoio de três funcionár ios da própria Komori. “Nessas duas décadas de atuação nos preoc upamos em oferecer aos nossos clien tes um atendimento consultivo e uma assis tência técnica de ponta. Acreditamos que es tes sejam os fatores definitivos que ajudaram a nos tornarmos distribuidores da Komori no Brasil”, afirma Esteban. De acordo com o empresário, hoje estão ins taladas cerca de 200 máquinas da Komori no Brasil, das quais ele calcula que 140 sejam mo delos com mais de quatro cores. Desse univer so, 40% já são clientes Furnax. A meta do gru po é aproximar a marca Komori do segmento de embalagem e também estender sua penetra ção a outros Estados. Um dos trunfos será a tec nologia Komori de impressão frente e verso si multânea (sem reversão), que amplia a gama de
LS629 + C + HUV
GL 840P + HUV
substratos possíveis. Com estratégia concentra da em fazer o gráfico ganhar dinheiro, a meta de Esteban é alcançar 30% de participação no mercado de impressão offset plana até 2016. Outros projetos da Furnax incluem fortale cer-se na impressão flexográfica para papelão ondulado, assim como no segmento de rótulos com a oferta de uma tecnologia opcional. Tra ta-se do chamado offset intermitente, no qual não há troca de cilindro na mudança de forma to entre os trabalhos, agilizando o setup. Ha verá espaço ainda para a criação de uma área de insumos, focada em filmes para laminação, hot stamping e vernizes especiais.
✆ FURNAX Tel. (11) 3273.1000 www.furnax.com.br março /abril 2014 REVISTA ABIGR AF
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ACABAMENTO
Área de serviços concentra os esforços da Müller Martini Se não é hora de investir, o ideal é assegurar o desempenho do maquinário disponível e o retorno sobre o investimento. Pelo menos erviços. Esse é o foco da é nisso que aposta Carlos Pace, novo Müller Martini hoje. Pas sendo prestados de modo a dei gerente geral da Müller Martini. sado o per íodo de restrutu xar nossos produtos e serviços
S
ração da empresa, tanto em nível mund ial quanto reg ional, a trad icional fornecedora de linhas para acabamento está es truturando uma nova plataforma de atuação em ser viços objetivando cuidar do parque instalado de seus clientes. Quem detalha essa nova fase é Carlos Alberto Pace, gerente geral, na empresa desde fevereiro, ocu pando o lugar deixado por José Carlos Barone. Formado em Engenharia Mecânica, Carlos Pace trabalha há 20 anos em multinacionais de bens de capital em setores diversos, da indústria de bebidas ao processamento de alimentos e agora no gráfico. “Embora pareça não ha ver nenhuma relação entre esses segmentos, todos es tão passando por transformações, com uma forte preo cupação com o retorno dos investimentos, convergindo para a área de serviços”, afirma o executivo. Segundo Carlos Pace, no momento em que os in vestimentos em novas máquinas são limitados, essa é a hora de fazer que as linhas em operação produ zam ainda mais. “Estamos promovendo uma altera ção quase que radical na forma como os serviços vêm
mais acessíveis ao mercado”. O pri meiro passo é a adequação do estoque. Carlos Pace conta que na fábrica da Suíça o es toque de peças chega a 48 milhões de francos suíços e 110 mil itens. No Brasil o estoque local é de R$ 7 mi lhões. “Esse estoque é adequado para as necessidades do mercado brasileiro? É suf iciente para garantir disponi bilidade constante?”, questiona o executivo. A segunda ação é o treinamento da equipe inter na de técnicos visando capacitá-la a prestar um novo serviço: proteção do investimento em equipamento. Até então, quando da venda de uma máquina, os pro fissionais da Müller cuidavam da instalação do equi pamento, do start up e do treinamento dos operado res do cliente. “A partir de agora, queremos atuar de modo proat ivo”. Seguindo a sazonalidade dos vár ios nichos de mercado, a ideia é estimular o cliente a tro car a manutenção corretiva pela preventiva, para que a gráfica tenha o equipamento 100% disponível em momentos de alta demanda.
Foto: Álvaro Motta
SINAIS POSITIVOS
48 REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
Mesmo ciente da retração vivida pelo segmento grá fico, Carlos Pace se diz mais otimista agora do que no momento em que entrou. “Percebo certo ímpeto, a re tomada consistente de alguns projetos, que podem in dicar progressos ao longo do ano”. O termômetro será a ExpoPrint Latin America. Para a feira, que acontece em julho, em São Paulo, a empresa trará a consagrada máquina para costura Ventura MC com a nova opção Tween e a nova versão da alceadeira/grampeadeira Pres to II. Ambas virão com novas funções e aprimoramen tos, dentro do conceito apresentado no última Drupa de intensificação da automação, com trocas rápidas de formatos, mirando as pequenas tiragens. & MÜLLER MARTINI Tel. (11) 3613.1000 www.mullermartini.com.br
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FUSÃO
Ahlstrom Jacareí agora é Munksjö Munksjö (lê-se Munco) conclui a junção com a área de Label and Processing da Ahlstrom. Fusão cria o maior fabricante de papéis especiais do mundo.
O
segmento de papéis especiais brasileiro começou o ano tendo de enrolar a língua para falar do fabricante que acaba de aportar por aqui. É que a suec a Munksjö Oyj finalizou, no início de dezembro, o processo de junção da área de etiquetas e processamento da Ahlstrom, ação que já havia sido conc luída nas outras unidades da empresa na Itália, França e Alemanha. De acordo com Valmir Piton, vice-presidente para a América do Sul e diretor presidente da unidade de Jacareí (SP), o negócio teve início com a redefinição estratégica da Ahlstrom. A união gerou o maior fabricante de papéis especiais do mundo, com vendas globais da ordem de 1,4 bilhão de euros. “Como a Munksjö é uma
Unidade da Munksjö em Jacareí (SP)
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(E/D) Luciano Neves, diretor de vendas da unidade de Jacareí, e Valmir Piton, vice-presidente para a América do Sul e diretor presidente da unidade de Jacareí
empresa totalmente focada em papéis especiais, essa mudança significa novas oportunidades de negócio. Poderemos trazer itens que não produzimos, transformando-nos em uma base de venda e distribuição para a América do Sul, além de abrir a chance de novos investimentos na nossa planta”. Do ponto de vista do cliente, segundo Luciano Fernandes Neves, diretor de vendas da unidade de Jacareí, o acordo se traduz em produtos ainda mais adequados para os nichos de mercado que atendem. A equipe de Jacareí está agora justamente na fase de análise e definição dessas novas linhas, que poderão ser trazidas da Europa ou desenvolvidas aqui. Hoje a fábrica de Jacareí conta com 280 funcioná rios e uma máquina com capacidade de produção de 110 mil toneladas anuais, sendo 50% de papel para imprimir e escrever (uncoated paper) e a outra metade de couché revestido apenas de um lado (one-side coated paper), destinado principalmente aos segmentos de autoadesivos e embalagens flexíveis. Com tal volume, a fábrica supre 60% da demanda sul-americana de couché revestido de um lado e menos de 10% do segmento offset. A ideia, de acordo com Luciano Neves, é con tinuar trabalhando as duas vertentes. “O ano passado foi especialmente difícil para nós em função dos ajustes internos que se fizeram necessár ios para a concretização da fusão Ahlstrom/Munksjö, sem contar a própria retração da economia. Passada essa fase, nossa expectativa é de crescermos dois dígitos neste ano, também por conta da movimentação gerada pela Copa e pelas eleições”, afirma o diretor de vendas. “A Munksjö valoriza muito o relacionamento com o cliente, algo que vai ao encontro daquilo que sempre praticamos, e isso não vai mudar”, complementa Valmir Piton.
ANO 22 Nº 97 ABRIL/2014 Texto: Tânia Galluzzi
Leograf à distância de um clique
COMPLETANDO 15 ANOS DE ATIVIDADE, O GRUPO LEOGRAF APOSTA NA PROXIMIDADE COM OS CLIENTES PROPICIADA POR FERRAMENTAS DE WEB‑TO‑PRINT PARA AGILIZAR O ATENDIMENTO E FLEXIBILIZAR A PRODUÇÃO.
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Fábio Gabriel do Santos, diretor e sócio do Grupo Leograf
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demanda, inclusive a conquista de novos clientes”, afirma o empresário. Muitos desses novos clientes foram jus tamente atraídos pela flexibilidade propor cionada pelos novos investimentos, fortale cendo a empresa nos segmentos editorial e comercial, com destaque para os catálogos de altas tiragens. Porém, para Fabio Gabriel, ainda é cedo para saber se essa tendência vai se consolidar. A leitura do empresário para 2014 é cautelosa. “Há muita indefini ção. As verbas publicitárias estão represa das, as ações para a Copa do Mundo atra sadas. Tem muita coisa por acontecer”. Por isso, ele acredita que 2014 será semelhante ao ano passado, com demandas pontuais. Além disso, neste ano a Leograf está lançando a linha Fine Press (veja box), um grupo de recursos que permite realizar im pressões mais sofisticadas, i deal para fotos artísticas e catálogos de produtos. Dentre estes recursos estão o Fine Code, Fine Gray e o Power Gloss.
Fotos: Álvaro Motta
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om uma década e meia de vida, o Grupo Leograf conquistou um espaço significativo como for necedor de serviços gráficos, so bretudo em função dos investimentos em equipamentos e novas tecnologias. Contan do com três unidades — Leograf, Braspor e Digital Dados —, o grupo tem hoje capa cidade para converter 3.000 toneladas de papel por mês, atendendo os segmentos promocional, editorial e comercial. A em presa chegou a tal volume com o início da operação de uma nova rotativa offset, ins talada no primeiro semestre do ano passa do. Em paralelo, a empresa recebeu refor ços na impressão de dados variáveis, para a impressão e formato de até 72 × 102 cm de papel ou cartão. Agora, de acordo com Fábio Gabriel dos Santos, diretor e um dos sócios do grupo, é hora de “apertar os parafusos”, momento de consolidar todos os investimentos rea lizados. “2013 foi um ano complicado. Au mentamos 30% na nossa capacidade de produção, porém o resultado foi igual a 2012. Mas, como aconteceu uma concen tração de pedidos no último trimestre, se não tivéssemos investido no aumento de produção, não teríamos como atender a
Recursos da linha Fine Press FINE CODE Sistema que permite codificar palavras, frases ou imagens em um impresso, podendo ser utilizadas uma ou mais “chaves” para leitura. Desta forma pode ser usado em encartes, revistas ou mesmo em ações que dirijam o consumidor com sua “chave” a um local onde possa participar de uma ação promocional ganhando prêmios, etc. Uma única “chave” poderá decodificar vários textos ou imagens impressos em diferentes veículos e épocas gerando campanhas promocionais de longa duração. FINE GRAY Neste processo, através de três canais, com curvas e tintas especialmente dimensionadas para cada um deles, a Leograf contempla duas grandes necessidades de seus clientes, que são: ■■ Obter reproduções mais fiéis aos contrastes e altas densidades dos papéis fotográficos “Fine Art”. ■■ Manter a impressão mais estável, evitando variações tonais e densitométricas entre os impressos no decorrer da produção. POWER GLOSS Novo e moderno sistema de impressão desenvolvido pela Leograf, que permite reproduzir uma variação nos tons de brilho da impressão. Partindo do fosco (5% de brilho), para impressão padrão (50%) até o alto brilho (100%), com aplicação em linha nos equipamentos offset, assegura a criação de dégradés de brilho na imagem. Com esse sistema é possível criar efeitos incríveis de sombra e luz nas imagens, por exemplo. E o melhor, tudo de um jeito ecológico, porque os insumos utilizados no processo de produção Power Gloss, pertencem à cadeia Ecoline, tornando o produto final atraente e 100% reciclável.
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Projeto Leograf/Agfa Para não deixar escapar nenhuma opor tunidade de negócio e agilizar o atendi mento, o grupo está desenvolvendo um projeto com a Agfa explorando uma das ferramentas disponíveis no workflow Apo gee 8.0. Com ela o cliente poderá se conec tar à gráfica através do site, tendo acesso à sua pasta de trabalhos, podendo inclusive alterar arquivos de imagens, solicitar a im pressão de materiais, até mesmo determi nando o faturamento fracionado dos pro dutos em estoque. “Estamos começando a passar essa opção para os clientes, especial mente aqueles com filiais em todo o Brasil, iniciando projetos pilotos”. Outro plano para 2014 é intensificar as ações voltadas para a sustentabilidade. Agora, com o direito de uso exclusivo por dez anos da marca Ecoline, o grupo pode abrigar sob esse guarda-chuva atividades que vêm sendo realizadas há vários anos, como a redução do lixo sólido, a utilização de tintas atóxicas, o uso de embalagens re tornáveis para tintas e produtos químicos, a eliminação do álcool isopropílico no pro cesso de impressão, o uso de papel de ori gem controlada e o inventário a nual de CO².
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Printbag Embalagens
Posição de destaque em sacolas e caixas Em três anos, a gráfica catarinense ampliou o seu parque gráfico e expandiu a presença nacionalmente, posicionando-se entre as quatro maiores fornecedoras nacionais de sacolas e caixas comerciais.
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amoso nacionalmente por sua belas praias e procurado como um dos principais destinos turísticos, o município de Balneário Camboriú (SC) também abriga uma importante indústria gráfica catarinense. Originada em uma pequena empresa familiar, a Printbag Embalagens acaba de conquistar, pela primeira vez, o mais cobiçado troféu do setor, sagrando-se vencedora da categoria “Sacolas” na edição 2013 do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini. O diretor Ricardo Casteluci revela que a história da Printbag pode ser contada em dois momentos distintos. O primeiro vai até 2008, quando a empresa já era respeitada pela especialização no fabrico de embalagens para pontos de venda, em especial sacolas e caixas. Agregada e sob o controle da Weisul Investimentos e Participações, a partir de 2009 a gráfica recebeu investimentos para a construção de sua atual sede, compra de equipamentos de impressão e acabamento e, principalmente, formação de uma equipe de trabalho qualificada. REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
Hoje, no parque gráfico de 8.000 metros quadrados, a empresa soma 180 funcionários. “Tudo isso foi feito com a intenção de conduzir a Printbag a um lugar de destaque no cenário nacional. Ao longo dos últimos três anos, cerca de R$ 30 milhões foram aplicados nessa modernização e também na logística e estrutura de armazenagem e distribuição, para atender os mais de 4.000 pontos de venda em todo o Brasil”, diz Ricardo. A Printbag se destaca por algumas características competitivas em particular. “Procuramos nos diferenciar pela alta capacidade de atender a demanda dos clientes com rapidez, tendo investido de maneira consistente em processos automatizados para produção de sacolas e caixas. Também nos posicionamos como parceiros no desenvolvimento das embalagens, colocando nossa estrutura à disposição do cliente”. Embora traga em seu portfólio algumas das principais grifes de luxo, está não é necessariamente uma especialização da empresa. Na verdade, a Printbag aperfeiçoou-se em atender um universo de clientes que exigem impressos com padrão e confiabilidade, para colocar produtos bonitos e bem elaborados nos pontos de venda. Nesse grupo, não por acaso, estão as indústrias de vestuário, calçados, cosméticos, joias e relógios. “Desenvolvemos exclusivamente embalagens para o ponto de venda, caixas, sacolas, tags, etiquetas, papel de seda
e todo o enxoval que o cliente precisa em sua loja”, explica o executivo. VENCENDO OBSTÁCULOS
De propriedade da Weisul e de Carlos Eduardo Santos Heineberg Filho, a gráfica está hoje entre as quatro maiores do setor no Brasil. Segue consolidando sua atuação mesmo diante de alguns entraves impostos à indústria de impressão de embalagens comerciais. Ricardo enumera, entre os principais, a falta de incentivo ao investimento, elevado custo e poucas opções de fornecimento de matéria-prima, altas tarifas e baixa qualidade da energia elétrica. “Além disso, a mão de obra, para ser minimamente qualificada, exige grande demanda de recursos da própria empresa. Mas acreditamos muito que a formação da equipe de trabalho resultará em uma base capaz de gerar as melhores soluções para todos esses desafios”. A confiança no futuro, mesmo diante dos aspectos menos favoráveis do cenário, faz a empresa acreditar em um crescimento de 25% no faturamento em 2014, “em muito resultante do constante e expressivo investimento que temos feito nas linhas de produção automatizadas e na qualificação de nossa equipe de atendimento”, prevê o executivo, com visão estratégica, e sem deixar de lado o otimismo. PRINTBAG EMBALAGENS S/A Tel. (47) 3241.0800 www.printbag.com.br
GRÁFICA/SP
GRIF
Excelência no atendimento faz a diferença
Gráfica paulista mostra como a soma de visão de mercado e compromisso com a qualidade podem lapidar o presente e garantir o futuro. Texto: Juliana Tavares
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omeçou em 1986. O empresário Francisco E lier Paz, percebendo que havia muita demanda no segmento de rótulos e etiquetas e poucas empresas para atendê-la, viu ali uma chance de empreender e suprir essa necessidade que estava cada vez mais recorrente. Prior izando sempre a qualidade no atendimento, Paz decidiu fundar a Grif Rótulos e Etiquetas Adesivas, que iniciou suas atividades em um galpão de 120 metros quadrados no bairro da Vila Maria, zona norte de São Paulo, com uma carteira de quatro clientes do mercado de serigrafia plana. Vinte e sete anos depois, mantendo a mesma filosofia, a gráfica se tornou especia lista na fabricação de rótulos adesivos de alta tecnologia. Mas para alcançar esse nível, não foram poucos os desaf ios enfrentados. Logo na sua primeira década, a Grif deparou com uma mudança que transformaria seu rumo. Quem explica é o diretor-presidente, Francisco Paz. “Aquela foi uma época muito marcante, porque foi nos anos 90 que começou
a surgir o rótulo — até então, todo mundo que precisava identificar usava uma etiqueta”, relembra. “Inclusive, foi daí que veio a inspiração para o nome ‘Grif’ — uma roupa de grife”, conta o empresário.
Francisco Elier Paz, diretor-presidente da Grif
REINVESTIR PARA CRESCER
Atendendo uma vasta gama de clientes, desde a indústria de brinquedos até companhias aé reas e docer ias, as principais dificuldades que Paz encontrou naquele per íodo foram o acesso à tecnologia, que, no geral, vinha do exter ior, materiais específicos para a produção de rótulos e mão de obra qualificada. Segundo o empresário, o crucial para superar esses momentos é saber administrar o fluxo financeiro. “Quan do o empresário começa a mudar seu padrão de vida tão logo recebe os primeiros reais e deixa de investir no seu negócio, ele fica desprevenido para os percalços que podem aparecer no caminho”, explica. “Acredito que este foi o principal fator que levou a Grif ao progresso. Todo o dinheiro que ela ganhou foi sempre reinvestido”. Um exemplo disto está na instalação da gráfica, que cresceu e passou a ocupar um prédio de aproximadamente 3.500 metros quadrados. A história de sucesso que a Grif escreve na indústria gráfica é reflexo não só da constante atualização da empresa. O empenho em atender às expectativas do cliente, e até ultrapassá-las,
também figura nessa lista. “Durante muito tempo se falou de parcer ias, alianças, e tudo o mais. São palavras bonitas, mas qual é seu real significado? Quanto você as coloca em prática? Isso, ao meu ver, é acompanhar de perto o clien te e propor ações que possam ajudá-lo a vender mais seu produto”, analisa Paz. Esses elementos surtiram efeito e, hoje, a empresa atinge índices expressivos de crescimento. Somente no ano passado, a Grif registrou um aumento de 14,08% na produção. Francisco Paz atribui o resultado ao desenvolvimento dos segmentos que a gráfica atende, liderados pelo de cosméticos e seguido pelo farmacêutico e alimentício. Atualmente, a empresa dispõe de uma unidade fabril de 11.000 metros quadrados na cidade de Guar ulhos, reg ião metropolitana de São Paulo, e está construindo uma nova fábrica com o dobro da capacidade, adaptada à necessidade do parque gráfico. A Grif segue com os pilares estabelecidos anter ior mente: excelência no atendimento e uso consciente da renda em prol do desenvolvimento. Com esses in gred ientes mantém sua receita de sucesso.
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PARCERIA
Manroland e Xerox selam acordo A Manroland se prepara para responder às mudanças no perfil do mercado incorporando a impressão digital ao seu conjunto de serviços.
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objetivo é claro. Encontrar um mercado alternativo ao offset. Assim como fizeram alguns de seus concorrentes, a Manroland do Brasil oficializou, no final de fevereiro, sua en trada no segmento digital através de uma parceria com a Xerox do Brasil. O anúncio aconteceu durante a apresentação do Cen tro de Treinamento e Soluções Xerox na Escola Senai José Ephim Mindlin, em Ba ruer i (SP), no dia 26, aos canais de venda. Costurado em nível reg ional, o acordo li mita-se às operações brasileiras das duas empresas. Pelo menos por enquanto, como afirma Bruno Garcia, diretor presidente da Manroland do Brasil. “O Brasil é o primei ro passo. Se o modelo tiver êxito, pode ser estendido para a América do Sul.” Com a negociação, a Manroland passa a ser distribuidora Xerox das impressoras di gitais de produção com alimentação a folha para o segmento gráfico tradicional, reduto no qual os canais da Xerox, acostumados a lidar com estúd ios de fotografia e birôs de impressão, não têm prior id ade. A ideia é justamente aproveitar a expertise da Man roland nessa área, lançando mão de seu cor po técnico e comercial, além da estrutura de serviços. “É uma grande satisfação para a Xerox a liar a força de nossa marca à repu tação e ao conhecimento da Manroland no mercado gráfico, um segmento para onde temos voltado nossas atenções em todo o mundo. Nesse sentido, a parceria com a Manroland amplia ainda mais nosso foco no desenvolvimento da indústria, princi palmente no segmento high end e em aplica ções que têm convergência com a impressão trad icional”, afirma Edgar Queiroz, diretor executivo de Artes Gráficas da Xerox. REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
O primeiro mercado a ser trabalhado é o paulista, com vár ios projetos já em an damento, mas clientes 100% Manroland fora do Estado também estão sendo visi tados. A Manroland será responsável por todo o atendimento, da venda à manuten ção per iód ica, tendo como suporte a divi são de artes gráficas criada dentro da Xerox especialmente para atender a Manroland. Segundo Bruno Garcia, os esforços es tão por ora direcionados às gráficas comer ciais e editoriais, em especial as primeiras e suas curtas tiragens. No campo editor ial o acolhimento à tecnologia digital pode ser mais lento pelo perfil do cliente Manro land, acostumado aos altos volumes. Outro mercado visado pela Manroland é o de em balagens, mas nesse caso o tempo de cura dos projetos pode ser ainda maior, nas pa lavras do diretor. “O segmento de embala gens tem peculiar idades, como acabamen tos e cores especiais, que o tornam mais cauteloso em relação à impressão digital. Será preciso que alguém saia na frente, mostrando o que é possível ser feito, para que o processo ganhe adeptos”. A Manroland está concentrando suas fichas em dois equipamentos: a linha X 1000, que tem a segunda maior máqui na da Xerox, e a iGen4, em que existem as
Bruno Garcia, diretor presidente da Manroland do Brasil
oportunidades mais significativas de ex pansão no País. “A iGen4 tem capacida de para atender muito bem as demandas de gráficas de médio e grande porte, mas seu potencial ainda não é inteiramente co nhecido”, comenta o diretor da Manroland. ACABAMENTO
Entusiasmado com o andamento das nego ciações para a venda das primeiras máqui nas, a serem instaladas em breve, o diretor adianta o próximo passo: acordos com for necedores de acabamento digital, comple tando ainda no primeiro semestre o paco te ofertado ao gráfico. Para Bruno Garcia, o Centro de Treinamento da Xerox no Se nai Bar uer i será fundamental para a apro ximação das soluções Xerox com o merca do gráfico, abrindo as portas para que os profissionais sintam o comportamento das máquinas e vejam na prática o resultados de seus trabalhos na tecnologia digital. & MANROLAND DO BRASIL Tel. (11) 4903.9200 www.manroland.com
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vezes premiada em âmbito regional, duas vezes nacional em 2013 A Rona Editora tem diversos motivos para comemorar o ano de 2013. Nesse ano, fomos agraciados 12 vezes com o prêmio Cícero, da ABIGRAF MG, incluindo 3 Grand Prix, de Melhor Impressão, Melhor Acabamento Cartotécnico e Melhor Acabamento Editorial. Como se não bastasse, a ABIGRAF Nacional nos premiou com 2 troféus Fernando Pini, o mais importante prêmio para indústrias do Setor Gráfico Nacional, nas categorias Livro Ilustrado e Técnico e Relatórios de Empresas. Para nós, esse é o reconhecimento de mais um ano de dedicação e investimento, que nos faz não só um dos maiores parques gráficos do país, mas um dos mais reconhecidos pela qualidade dos serviços que presta.
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Assunta Camilo
Embalagens americanas de papel‑cartão inovam para se aproximar do público
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m março de 2014, em visita aos Estados Unidos para participar da conferência da DSCOOP — uma cooperativa de empresários que se reúnem para compartilhar informações e conhecimento sobre impressão digital —, aproveitei a oportunidade para pesquisar os caminhos das embalagens nos pontos de venda americanos, tais como supermercados, lojas de conveniência e farmácias.
O acabamento metalizado, com predomínio da cor rosa, domina a embalagem do DulcoEase, produto destinado às mulheres para prevenção e alívio de constipação intestinal. Detalhe interessante é um recorte em forma de elipse na tampa para destacar o ingrediente
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Foi possível observar algumas mudanças de embalagens que devem se consolidar não só em solo americano, mas também em toda a América Latina e, em breve, nos outros continentes. A primeira constatação é a redução de embalagens de medicamentos do formato blister com uma bula e um cartucho de papel-cartão. Há muita oferta de medicamentos, principalmente vitaminas, fitoterápicos e outros que não demandam barreira, embalados em frascos. Permanecem no sistema blister-bula-cartucho apenas os medicamentos que precisam de barreira, de uma comunicação específica pela bula e de cartucho para transporte e proteção. Dessa forma, as embalagens de papel-cartão são utilizadas quando podem entregar uma comunicação efetiva com o consumidor e, assim, até mesmo o produto embalado num frasco pode utilizar uma sobre- embalagem para fazer diferença na apresentação e no ponto de venda. Um exemplo é o DulcoEase Pink, da empresa Boehr in ger Ingelheim, que apresenta seu produto para prevenção e alívio de constipação intestinal para as mulheres. A embalagem é metalizada, o que por si só já chama a atenção. Além disso, tem um recorte em forma de elipse na tampa para destacar o ing red iente principal. A cor predominante é o
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O Burt’s Bees, trad icional produto da empresa de mesmo nome, oferece uma embalagem com quatro protetores labiais (feitos de cera natural de abelha com menta). A embalagem segue a cor “amarelo-mel” e seu design simples não impede sua consolidação no mercado. A novidade é que a empresa passou a usar o conceito de paper- blister, ou seja, uma embalagem sem a bolha de plástico, tornando-a mais ecológica. O cartucho de papel- cartão traz no verso a explicação da opção, conforme orientam as normas de rotulagem ambiental, ganhando pontos com os consumidores conscientes. O cartucho contém um projeto que incorpora também o furo, para que a embalagem possa ser pendurada em displays, aumentando as possibilidades de apresentação. O cubo‑embalagem dos absorventes higiênicos Always, voltado ao público adolescente, apresenta uma combinação alegre de elementos do universo teen para atrair as jovens consumidoras
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O “tubo” de balas Tootsie Roll, cilíndrico e feito com o design de um copo de papel carta, tem cores alegres e infantis, e possui uma tampa plástica com uma fenda para ser utilizado como um cofrinho
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Outra embalagem que chama a atenção é a dos absorventes hig iênicos femininos Always Rad iant, da Procter & Gamble. A embalagem é voltada para o cada vez mais importante pú blico adolescente, uma vez que são consumido ras que apenas começaram a usar o produto e têm em média 30 anos de consumo pela frente. A embalagem metalizada com jogo de cores translúcidas e opacas, além de estrelas, corações e outros elementos do universo teen, traz uma combinação alegre que atrai as jovens consumi doras e conta com uma janela para a visualiza ção do produto. O cubo-embalagem mostra em uma face o “modo de usar”, com uma ilustração muito bem desenhada envolta por elementos joviais. Outra face informa sobre o descarte da embalagem e do produto. Na face super ior há um QR Code com a marca Always, que conec ta as fãs (consumidoras f iéis) a um hotsite com mais dicas e informações. Para esse público a conectividade tem que ser facilitada, e, dessa forma, a embalagem figura como um veículo importante para tal fim. Em outra face late ral do produto a empresa faz um convite para as adolescentes participarem construindo frames (molduras) — uma mania entre as jovens — fornecidos no website www.beinggirl.com.
Da gôndola de doces vem outra novidade/ oportunidade. A TootsieRoll Industries inovou na apresentação: um “tubo” de balas. O tubo tem cores e design alegres e infantis, mostran do a famosa bala com uma ilustração gigante, sem deixar dúvidas sobre o seu conteúdo. Ele é feito com o mesmo princípio de copos de pa pel-cartão e inova por ser cilíndrico, e não cô nico. Possui tampa plástica que permite ser fa cilmente transformado em um cofrinho para moedas a partir do destaque da fenda. Assim, com o pós-uso, a marca ficará em contato com os consumidores por muito mais tempo. As embalagens de papel-c artão devem e podem, cada vez mais, apresentar alternativas e soluções para contribuir com as empresas e profissionais na divulgação de seus produtos e conceitos. Também são necessár ias para os consumidores e, ao final da sua vida útil, não comprometerão o meio ambiente se descartadas corretamente. Assunta Napolitano Camilo é diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa e membro do Conselho Científico-Tecnológico do Itehpec.
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PARCERIA
Rotatek passa a representar linha label da Durst Empresa aposta na impressão digital para atender os segmentos de rótulos e embalagens para as indústrias alimentícia e farmacêutica.
Foto: Álvaro Motta
Texto: Tânia Galluzzi
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Rotatek Brasil iniciou 2014 viabi lizando um projeto alimentado há pelo menos sete anos: complemen tar sua linha com a tecnologia digi tal. A empresa, como conta Alexandre Dalama Lorenzo, diretor comercial e de produtos, che gou a aventar a possibilidade de fabricar suas próprias impressoras digitais, partindo de ca beçotes Xaar, mas percebeu que não era finan ceiramente autossuficiente para encarar tal de safio. Partiu em busca de um parceiro e depois de algumas tentativas acertou, em dezembro de 2013, o acordo com a Durst para comercializa ção da linha label. “Não haverá conflito com a Durst Brasil, que já está bem estabelecida nos segmentos têxtil, de grandes formatos e de cerâ mica. O que houve foi a opção da Durst por uma
empresa que já tivesse experiência na área de ró tulos e embalagens”, afirma Alexandre Dalama. Para atender esse mercado, a Rotatek está trazendo a impressora digital jato de tinta UV Tau 330. Utilizando a tecnologia dual head, com duas cabeças de impressão para cada cor, a má quina atinge velocidade de 48 metros por mi nuto, com resolução de 720 × 360 dpi. Ela pode ser configurada para rodar com até sete cores (CMYK , laranja, violet a e branco), o que am plia a gama de tons possíveis, minimizando a necessidade do uso de cores especiais. DIFERENCIAIS
Alexandre aponta como vantagens do equipa mento a possibilidade de imprimir com tintas ultrav ioleta de baixa migração, desenvolvidas
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Foto: Álvaro Motta
Impressora digital jato de tinta UV Tau 330, da Durst
Os irmãos Alexandre e Katia Dalama, diretores da Rotatek Brasil
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CELULOSE
Suzano inaugura fábrica de celulose no Nordeste
Marcando o início das comemorações dos 90 anos da Suzano Papel e Celulose, a companhia inaugurou no dia 20 de março a sua Unidade Maranhão, uma das mais modernas fábricas de celulose do mundo.
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oi inaugurada no dia 20 de março pela Suzano Papel e Celulose a Unidade Ma ranhão, no município de Imperatriz, in ter ior do Estado, com capacidade produtiva de 1,5 milhão de toneladas/ano de celulose e ge ração de excedente de energia de 100 MW. Com um investimento total de US$ 3 bilhões, a fábri ca, que ocupa uma área total de 1,5 milhão de metros quadrados, dos quais 96 mil metros de área const ruíd a, atenderá, prior it ar iamente, os mercados europeu e norte-americano. Pro duzindo desde dezembro passado, a unidade já efetuou o seu primeiro embarque de celulose, env iando 11,9 mil toneladas a três diferentes portos nos Estados Unidos. A Suzano utilizou no desenvolvimento do projeto os serviços e equipamentos de impor tantes fornecedores como Metso, Siemens e Pöyry, entre outros. Ao todo foram cerca de 700 fornecedores, dos quais 40% de empre sas maranhenses. A “curva de aprendizagem” é garantida em contrato com os fornecedores de equipamentos por 18 meses, com a expec tativa de, ao final do primeiro ano de ativida de, a Unidade Maranhão atingir a produção de 1,1 milhão de toneladas. A construção teve iní cio em 2011 empregando cerca de 2.000 pes soas, número que subiu para 11.500 em 2012, com 70% constituído pela mão de obra local. No total, a companhia estima uma geração de
3.500 empregos diretos e 15.000 indiretos. A Suzano também investiu na capacitação de pessoas na reg ião com o programa Capacitar e os cursos de Construção Civil, Montagem In dust rial e Serviços, preparando aproximada mente sete mil pessoas para trabalhar na cons trução da nova unidade. Outras 500 foram formadas para a operação da unidade, com 300 delas sendo contratadas pela empresa. LOGÍSTICA
Um ramal ferroviário próprio de 28 quilômetros — no qual a Suzano investiu R$ 100 milhões — e as ferrov ias Norte-Sul e Carajás, administradas pela Vale, serão os meios utilizados para escoar a produção, com um percurso total de 630 qui lômetros. A carga não sofrerá transbordo até o Porto de Itaquí, por onde será exportada para os mercados internacionais. “A Unidade Mara nhão tem importantes vantagens competitivas garantidas por seus diferenciais estruturais, e a logística de escoamento 100% fer rov iár ia, com exportação via Porto de Itaqui, é das mais relevantes, assegurando menor distância aos mercados que serão atendidos”, afirma Walter Schalka, presidente da Suzano Papel e Celulose. BASE FLORESTAL
Reunindo a exper iência de mais de 25 anos de pesquisa florestal da companhia na reg ião, a base florestal da Unidade Maranhão começou a ser formada em 2008. O suprimento de ma deira está, assim, garantido por plantios de eu caliptos próprios e de produtores locais através do Programa de Parceria Florestal no Maranhão e Tocantins; do Programa Vale Florestar, no Pará; e de ativos florestais adquiridos da Vale, em 2009, no sudoeste do Maranhão. Tanto a fá brica quanto as florestas da Suzano no Mara nhão já possuem a certificação Forest Stewar dship Council (FSC), concedida pela Imaflora, atestando a rastreabilidade da produção, desde a matéria-prima até o consumidor final. SUZANO www.suzano.com.br
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SUSTENTABILIDADE Texto: Ada Caperuto
Energia elétrica: indústria gráfica adota medidas de controle do consumo
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Diante de um índice de desperdício que chega a 40 milhões de kW por ano, várias empresas vêm adotando mecanismos de redução nos gastos do insumo.
registrado no último per íodo de chuvas, desde o final do ano passado, esse risco au menta. Em fevereiro, o nível dos reserva tór ios das reg iões Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por cerca de 70% do abasteci mento do País, estava em queda. Foi quan do o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), do Ministério de Minas e Energia (MME), fez um alerta, admitindo
Foto: Álvaro Motta
ameaça de “apagões energéti cos” é uma constante no Brasil por diferentes motivos — pelo menos desde 1985, quando ocorreu o primeiro blecaute de grandes pro porções, que atingiu oito Estados. De fato, em janeiro último, os “apagões” já hav iam atingido doze Estados e o Distrito Federal. Com o baixíssimo índice de precipitações
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SUSTENTABILIDADE
pela primeira vez a possibilidade de desa bastecimento, caso a situação se estendesse pelos próximos meses. O problema não termina aí. De acordo com informações do Ministério do Meio Ambiente, os índices nacionais de perda e desperdício de eletricidade são altos. O to tal, segundo o Programa Nacional de Con servação de Energia Elétrica (Procel), che ga a 40 milhões de kW, ou US$ 2,8 bilhões por ano. Os consumidores — indústrias, re sidências e comércio — desperdiçam 22 mi lhões de kW; as concessionár ias de energia, por sua vez, com perdas técnicas e proble mas na distribuição, são responsáveis pe los 18 milhões de kW restantes. Uma das soluções apontadas pelos especialistas para atender este déficit seria conter a deman da por meio de técnicas de conservação que substituem a tecnologia (máquinas, moto res, sistemas de refrigeração e iluminação), incluindo o uso da água, por outras com maior eficiência energética e menor custo financeiro e impacto ambiental. POUPANDO ENERGIA
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De acordo com o Plano Nacional de Eficiên cia Energética, do Ministério de Minas e Energia, o setor industrial é o maior con sumidor de energia do País, respondendo por 37,2% de todo o consumo final no ano de 2009. Nada mais natural que as medi das de contenção dessas perdas energéti cas sejam uma das prior idades do setor in dustrial. É exatamente o que vêm fazendo algumas empresas do setor gráfico. Pelas diferenças dos tipos de operações, de processos e de produtos elaborados, é di fícil estabelecer uma média de consumo de energia elétrica em uma empresa gráfica. O Guia técnico ambiental da indústria gráfica – série P+L (publicado em 2009 pela Ce tesb, em parceria com a ABTG) aponta uma ampla faixa entre 37 kWh e 3.070 kWh por tonelada produzida. De todo modo, as empresas vêm pro curando abranger, em suas ações de sus tentabilidade, os mecanismos de eficiência
energética — aspecto revelado pelos pro jetos inscritos no Prêmio Abigraf de Sus tentabilidade. Na terceira edição, de 2013, sobressaiu o case da Pancrom Indústria Gráfica (SP). Com seu projeto sustentável, baseado no aquecimento de água a partir de energia solar, a empresa teve o objeti vo de trabalhar de maneira mais susten tável. Em parceria com a Sociedade do Sol — ONG vinculada ao Instituto de Pesqui sas Energéticas e Nucleares da Universida de de São Paulo —, a gráfica instalou um sistema de painéis solares que aquecem a água dos chuveiros do vestiário dos funcio nár ios, gerando economia de consumo de 125 kWh/dia e de 34.219 kWh/ano. Projetos similares foram inscritos na edição anter ior do prêmio, como o da Edi tora Gráficos Burti (SP), cujo parque indus trial, no município de Itaquaquecetuba (SP), foi desenvolvido de modo a aperfei çoar o aproveitamento dos recursos natu rais. Toda a edificação foi planejada visando ao aproveitamento da iluminação natural. As amplas áreas de captação de luz favore cem a redução no consumo de energia elé trica durante o dia. O parque gráfico tam bém possui uma central com dois geradores, que produzem energia elétrica suf ic iente para suprir 100% das instalações, máqui nas e equipamentos durante os horár ios de pico e na eventual falta de fornecimento pela concessionár ia. Juntas, as duas ações possibilitam o atendimento ao contrato de demanda e economia de 30% no consumo. Também a Ápice Soluções Gráficas para Embalagens, de São Caet ano do Sul (SP), adotou em 2008 uma mecânica de econo mia de energia, por meio da conscientiza ção e de técnicas de uso racional e tecno logia. De acordo com o projeto inscrito na premiação da Abigraf em 2011, a metodolo gia para acionamento das máquinas permi te que não seja atingido um pico alto de “pu xada” de energia a cada acionamento. Além disso, a programação do PPCP permite que as máquinas sejam eficientemente usadas e não fiquem ligadas sem necessidade.
Responsabilidade social em mais de 40 municípios Este é o número de cidades atendidas pelo Instituto International Paper em 2013. Total de beneficiários saltou para 28 mil pessoas, a maior parte deles jovens em situação de vulnerabilidade social.
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s ações do Instituto Internat ional Paper alcançaram um número 29% maior de ci dades em 2013. Criado em 2007, o IPP realizou, no ano passado, dez grandes projetos de caráter social e ambiental, em 40 municípios próxi mos às fábricas da empresa, contra 31 empreend i dos em 2012. O número de benef iciár ios em todas as ações sociais da empresa saltou de 25 mil para 28 mil. “Devido a essas ações, construímos uma rela ção bastante positiva com os municípios e ficamos muito orgulhosos ao ver o resultado dos nossos tra balhos de responsabilidade social na vida das pes soas”, destaca Lizzi Colla, gerente de responsabilida de social e sustentabilidade da International Paper. Nos municípios paulistas de Luiz Antônio e Ri beirão Preto foram desenvolvidos sete projetos, que beneficiaram mais de sete mil crianças e adolescen tes. De março a dezembro, Luiz Antônio recebeu o Projeto Escola Formare, que oferece curso de edu cação prof issional com certificado de Assistente de Produção da Indústria de Processo reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Além das aulas com educadores voluntár ios, os participantes também fizeram atividades de treinamento com executi vos da empresa, que compartilharam um pouco da ex per iência bem-sucedida de carreira no mercado. Outro projeto de destaque foi o Apicultura Soli dária, que teve início em 2011 e contribui para a ge ração de renda para pequenos apicultores, que po dem utilizar as plantações de eucalipto da empresa para produzir e colher mel. Em 2013, o instituto fe chou parceria com o Sebrae, visando à capacitação dos profissionais. Nesse per íodo, a produção total de mel foi de 5.635 toneladas.
Estudantes do Ensino Médio em Ribeirão Pre to tiveram a oportunidade de participar do Cidade do Livro. O projeto, de caráter itinerante, consiste em um conjunto de atividades educativas visando a criar as competências necessár ias para que crian ças e adolescentes passem a ter uma prática de lei tura qualificada e prazerosa. Desta vez, a estrutura do Cidade do Livro foi montada dentro da 13 ª‒ Fei ra Nac ional do Livro. Ao todo, foram 65 escolas participantes e 3.436 crianças envolvidas. Foram desenvolvidos seis projetos em Mogi- Guaçu (SP), que benef iciaram mais de quatro mil crianças e adolescentes. De março a dezembro, o município recebeu o Projeto Escola Formare. Ou tra ação de destaque foi o Programa de Educação Ambiental (PEA), realizado há 20 anos em parce ria com a Secretaria da Educação e as Diretor ias de Ensino do município. O projeto estreita a rela ção da companhia com as comunidades onde atua e contribui com a formação de cidadãos engajados na defesa do meio ambiente. No ano passado foram atendidas três mil pessoas. Em Três Lagoas (MS), o projeto de destaque foi o Natureza e Corpo, que procura expor costumes po pulares relacionados à identidade cultural da região, trabalhando com técnicas de cultivo de canteiros e hortas com ervas medicinais e alimentos. Pretende- se, com a iniciativa, formar multiplicadores de con ceitos de preservação ambiental e também estimu lar um modo de vida mais saudável. No total, foram 429 participantes, alunos do 6 º‒ ao 9 º‒ ano de escolas municipais e professores de comunidades ao redor. Atuaram como parceiras a Prefeitura Municipal e a Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
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SUSTENTABILIDADE
Este caderno foi impresso em papel reciclado Eco Millennium 90 g/m², produzido pela Bignardi Papéis
Color Print: sustentável em todos os aspectos
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Participante do Prêmio Abigraf de Sustentabilidade 2013, a empresa paulista investiu em uma gestão inovadora, com ações sustentáveis nos três pilares: ambiental, social e econômico.
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nscrita na categoria “Pequena Empresa”, do 3º‒ Prêmio Abigraf de Sustentabilidade — en tregue em 26 de novembro, no Espaço das Américas, na capital paulista —, a Color Print Artes Gráficas tem sede na cidade de São Paulo e atua principalmente na impressão de produ tos promocionais, em offset e digital. A empre sa participou com o projeto de uma política de sustentabilidade, iniciado em 2006, com base nos conceitos ambiental, social e econômico. O pilar meio ambiente contempla a reor gan iz aç ão no processo produtivo; manuten ção e conservação dos equipamentos e do par que gráfico; aquisição do Cadri (certificado de movimentação de resíduos de interesse am biental); aquisição do selo FSC (Forest Stewar dship Council), que comprova a sustentabilida de de toda a cadeia produtiva e o uso de tintas à base de óleo vegetal com o selo Saphira, que atesta consumíveis e produtos auxiliares mais amigáveis ao meio ambiente. Após as mudan ças, os resultados foram mensurados por uma avaliação, com notas dadas pelos funcionár ios
para cada item ajustado no processo produti vo. Em média, considerada uma escala que vai de 0 a 10, alguns desses quesitos subiram até dois pontos, quando comparada a situação an tes e depois da implementação do projeto. Re gistrou-se a conscientização de todas as pessoas envolvidas na empresa, aumento de produtivi dade, diminuição do consumo de energia elé trica e aumento da vida útil do seu patrimônio. No pilar soc ial estão abrigados os quesi tos de transparência, humildade, segurança dos func ion ár ios, tranquilidade no ambien te de trabalho, liberdade de expressão, valori zação das equipes, incentivo ao aprendizado e conscientização da responsabilidade de todos perante o meio ambiente. Através dele, houve um aumento de produtividade, mais assiduida de, menor índice de acidentes de trabalho, pou ca mudança no quadro de funcionár ios e o re conhecimento ético entre seus colaboradores, fornecedores e clientes. O somatório desses dois primeiros, resulta em um terceiro: o pilar econômico, pois, ao se orientar por estas políticas, a empresa garante a redução de custos fixos e variáveis e a atua ção eficiente e respeitada. Assim, a Color Print cumpre seu objetivo de obter o reconhecimento de seus valores éticos, ser um negócio rentável, cumprir com suas responsabilidades sociais, fa zer sua parte na conservação do meio ambiente e, principalmente, respeitar o próximo. Promovido pela Abigraf Nac ional e coor denado pela Associação Brasileira de Tecnolo gia Gráfica (ABTG), o Prêmio Abigraf de Sus tentabilidade valoriza ações em sintonia com o tripé de sustentabilidade econômica, social e ambiental na cadeia produtiva da indústria gráfica. A premiação em 2013 contemplou pro jetos em três categor ias: pequenas e microem presas (até 49 funcionár ios); méd ias empresas (de 50 a 249 funcionár ios) e grandes empresas (acima de 250 funcionár ios).
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CONVERSÃO
PTC Graphic Systems une impressão flexográfica e digital
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PTC Graphic Systems completa 10
Foto: Álvaro Motta
anos em 2014. Porém a empresa carrega as mais de três décadas de exper iência de seu fundador, Mi guel Troccoli, na comerc ia l iz aç ão de equipa mentos para a indústria gráfica e de conver são. Nascido nesse meio — seu pai era dono de uma rede de clicher ias —, Miguel traba lhou na Abril e no Estadão no início da Com clientes década de 70, antes de chegar à Gu concentrados no tenberg, onde permaneceu por 30 mercado de conversão, anos. Nesse per íodo aprendeu a a PTC chega à sua ler o humor do mercado, viu mar cas ancorarem por aqui e outras primeira década com baterem em retirada, participou linhas consolidadas. do desenvolvimento de novas tec Texto: Tânia Galluzzi nolog ias, assistiu à ascensão e ao de clínio de muitas empresas. No encalço dessa bagagem, em 2004 a Mark Andy, trad i cional fabricante norte-americana de impresso ras flexográficas, incentivou Miguel a abrir em São Paulo a PTC , visando impulsionar a ven da de suas soluções no Brasil. Acompanhan do a expansão dos segmentos de etiquetas e
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CONTROLE DE QUALIDADE
Miguel Troccoli, fundador da empresa
REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
rótulos autoadesivos e de embalagens, PTC e Mark Andy cresceram juntas e hoje o empresá rio esquadrinha o mercado à procura de linhas complementares. A ideia é manter-se fiel a siste mas diferenciados, destinados ao atendimento de nichos específicos. Foi assim com a Xeikon, com a qual a PTC está trabalhando desde 2012. Quatro impres soras digitais já foram vendidas, instaladas em fabricantes de embalagens plásticas em subs tituição à serigrafia manual. “A indústria está bastante adiantada na injeção de plástico, mas atrasada na impressão. Nesse sentido, a linha 3000 da Xeikon é uma opção interessante na impressão de substratos heat transfer para bal des, bisnagas e outros recipientes em plástico rígido e semirrígido”, comenta Miguel. Além da termotransferência, a linha 3000 é adequada à produção de etiquetas e rótulos em materiais autoadesivos, assim como cartu chos com ou sem elementos de segurança para os mercados de cosméticos, farmacêutico e ali mentício, atendendo às pequenas tiragens, in viáveis no processo offset. Recentemente, mais um campo abriu-se para essa família de equi pamentos: novos aplicativos, toners e um novo fusor capacitam a máquina para a impressão de etiquetas para in mold label. Flexibilidade também é o apelo do equipa mento topo de linha da Mark Andy, a impres sora flexográfica modular Performance, lan çada no final de 2011, da qual a PTC já vendeu sete unidades. O alvo são clientes de médio por te que a tuam no mercado de rótulos autoade sivos de alta qualidade. “A Performance foi de senhada para imprimir, sem a necessidade de qualquer adaptação, tanto autoadesivos quan to filmes sem suporte. Por isso está mudando o mercado, afora a alta produtividade: uma Per formance pode substituir duas 2200, o modelo mais vendido da Mark Andy”.
Miguel confia também na elevação da deman da por sistemas de revisão. “Há dez anos o seg mento de offset percebeu que não adiant ava
só investir em impressão. Era preciso também olhar para o acabamento. Isso começa a acon tecer com a flexografia, com a exigência do controle de qualidade rompendo os limites da indústria farmacêutica”. A resposta a essa ne cessidade está nos sistemas de revisão e ins peção, as cortadeiras-rebobinadeiras com ins peção, que no caso da PTC são fabricadas pela Rotoflex, pertencente à Mark Andy. Essas li nhas são capazes de detectar desde problemas simples, como falta de etiqueta ou quebra de esqueleto, até mais delicados, como controle de registro e cor. Além de Mark Andy, Rotoflex e Xeikon, a PTC deve ampliar sua linha em 2014 com a ofer ta de suprimentos especiais. Para tanto, já está testando em alguns clientes uma nova racle ras padora para cilindro anilox. Fabricada em plás tico desenvolvido pela Nasa, apresenta desgas te uniforme sob tensão e fricção e durabilidade três vezes maior do que as racles de aço. A ra cle em plástico pode ser usada em qualquer im pressora flexográfica, porém é desenhada sob
medida para cada modelo. A ideia, segundo Mi guel Troccoli, não é c riar uma área de insumos dentro da PTC, e sim trazer produtos pontuais de alto valor agregado. FLEXO LATINO AMERICA VOLTA REFORMULADA Em paralelo ao comando da PTC Graphic Sys
tems, Miguel Troccoli exerce, desde janeiro do ano passado e até o final de 2014, a presidên cia da Abflexo/FTA-Brasil, Associação Brasilei ra Técnica de Flexografia. O principal feito de sua gestão ainda está por se concretizar: a re formulação da Flexo Latino America, Feira In ternacional de Flexografia, Papelão Ondulado e Conversão Digital. Antes vinculado à Sema na Internacional de Máquinas e Equipamentos para Embalagem e Impressão, o evento acon tecerá de forma independente em sua quinta edição, totalmente focado no segmento de fle xografia e conversão. A feira será realizada de 7 a 10 de outubro deste ano no Transamerica Expo Center, em São Paulo, com expectativa de ocupar 5.000 metros quadrados.
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Foto: Álvaro Motta
HISTÓRIA VIVA
Paixão pelas artes gráficas, pelo Brasil, por novos desafios. Assim Emilio Rodriguez guiou sua longa permanência no setor. Por: Tânia Galluzzi
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Emilio Rodriguez Histórias de paixão
milio Rodriguez chegou ao Brasil em pleno Carnaval. Mas não era qualquer Carnaval. Era o Carnaval de 1960. Ele queria ir para o México. Um colega de trabalho, brasileiro, convenceu-o a vir para cá. Aos 27 anos, sobre as costas de Emilio pesava a lembrança da instabilidade política vivida pela Argentina no segundo governo de Juan Perón. Na mala, trazia uma boa exper iência como técnico gráfico e muita vontade de recomeçar. Voltemos ao Carnaval. O Brasil acabara de viver seus Anos Dourados. Como escreveu o jornalista Sérgio Augusto para O Estado de S. Paulo no caderno especial sobre 1964, nos primeiros anos da década de 60, vivendo em “democracia plena, otimismo econômico, industria l ização acelerada, um presidente (JK) sonhador, sorridente e dinâmico, com a
autoestima turbinada por duas Copas do Mundo, (. . .) o Brasil se descobriu contemporâneo, progressista e culturalmente relevante”. Emilio enamorou-se do Brasil. Do Brasil e de uma brasileira, Irene, descendente de espa nhóis assim como ele, com quem está casado há 51 anos. Ela o apoiou e continua apoiando em todas as suas empreitadas. E foram muitas em 67 anos de uma rica vida prof issional. O portenho guarda com carinho a caderneta de registro no Ministerio de Salud Pública de La Nación. Em 1947, aos 14 anos, Emilio era um garoto com feições e responsabilidade de adulto. O pai, Gabriel, trabalhava em uma grande empresa que mantinha uma gráfica, na qual Emilio entrou como aprendiz. “Peguei gosto e fui estudar na Escola de Artes Gráficas, que, naquela época, já tinha uma offset bicolor”, conta Emilio.
GUNTER
EMILIO
Grupo de funcionários da Pancrom, em frente à sede da empresa, na Rua Silveira da Mota, no bairro do Cambuci, em São Paulo, reunidos durante festa de Natal em 1961. Entre eles estão Emilio e Gunter Murrins que, mais tarde, abriria a Color G
MUDANÇA DE ARES
Formado como esp ec ialist a em offset, em 1956 Emilio decidiu deixar a gráfica. Foi trabalhar com um mecânico que descobriu como lucrar com uma lei baixada anter iormente por Perón limitando a importação de equipamentos, transformando máquinas A4 em duplo ofício. A exper iência durou pouco, mas rendeu a socied ade em uma tipografia. Depois de três anos, vendeu sua parte e cruzou a fronteira. Aportou em São Paulo no dia 5 de fevereiro e, ao ver a cidade, disse ao amigo. “Eu não volto mais para Buenos Aires”. Instalado em uma pensão no Centro, depois de conhecer Santos e o Rio de Janeiro, Emilio não teve dificuldade para encontrar trabalho. “O Estadão de domingo pesava 12 quilos, com seis cadernos de emprego”, lembra Emilio. Depois de uma passagem relâmpago por uma encadernadora, respondeu ao anúncio da Pancrom à procura de impressores, sendo entrevistado por George Murrins e o filho, Horst. Rapidamente destacou-se aplicando o conhecimento adquirido na Argentina. Desmontou máquina, mostrou como era possível usar gesso para melhorar a qualidade do relevo, alterou a ordem da entrada das tintas nas máquinas, acabando por in fluenciar positivamente toda a produção. Tanto que ao receber seu primeiro 13 º‒ , acumulando 159 horas extras, foi surpreend ido pela atitude de George: “Ele disse que, por minha causa, pela primeira vez pagaria o 13 º‒ em dobro. Daria o benefício para todos os funcionár ios, mas o motivo era eu”, conta Emilio emocionado.
Mesmo valorizado, Emilio queria mais. Da Pancrom passou por vár ias gráficas, alternando a função de orçamentista com o comando da produção. Em 1970 entrou na Hoechst, aquela que viria a ser sua maior escola, e, igualmente, a empresa que o seguraria por mais tempo. Um dos responsáveis pela introdução das chapas Ozasol no mercado nacional, Emilio floresceu na H oechst. Terminou o primeiro ano como supervisor, no segundo passou um mês na fábrica da Alemanha e no terceiro
Emilio ingressou na Hoechst em 1970, onde, no terceiro ano, tornou‑se gerente técnico e foi um dos responsáveis pelo lançamento das chapas Ozasol no mercado nacional
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Entre os dias 24 e 26 de outubro de 1996, Emilio participou do 10 -º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica e 1-º Grafsur, na cidade de Canela (RS)
exibia o cargo de gerente técnico em seu cartão. Mais 12 meses e estenderia sua atuação para toda a América Latina. INCANSÁVEL
Na Hoechst, no início da década de 1970, Emilio aproximou-se da Escola Senai Theobaldo De Nigris (ainda com o nome Colégio Industrial de Artes Gráficas), da ABTG e da ABNT, ministrando cursos e participando da elaboração de normas para chapas e tintas gráficas. Escreveu livros ao lado de Mario Carramillo Neto, participou da instalação da fábrica da H oechst em Suzano (SP), em 1975, montou a escola técnica Ozasol, correu o mundo.
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Sempre presente nos mais importantes eventos da indústria gráfica nacional, Emilio acompanhou o 4 -º Congresso Mundial da Indústria Gráfica, realizado no Rio de Janeiro de 6 a 10 de maio de 1989
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Em 1986 aceitou o convite de Luiz Nei rias para assumir a gerência técnica da IBF. A Quatro anos depois teve de decidir entre mudar-se para o Rio ou sair da empresa. Preferiu ficar na capital paulista, atendendo em seguida ao chamado da gráfica Bandeirantes, que precisava de um diretor técnico. O Plano Collor estimulou-o a voltar para o segmento de insumos e ao longo da década de 90 e nos anos 2000 passou por alguns revendedores de chapas, filmes e blanquetas. Em paralelo tocava a empresa própria de consultoria técnica. Foi nessas idas e vindas que conheceu João Benetti, herdeiro de uma fábrica de camisas molhadoras, que pediu para Emilio ajudá-lo a introduzir um novo produto no mercado. Ao assumir a representação da Policrom Screens SPA , João Benetti entregou a direção técnica da empresa a Emilio. Com a criação da Policrom S creens South America, no final de 2012, Emilio tornou-se responsável pela área técnica da companhia. Ele tem ao seu lado sua única filha, Mônica, diretora administrativo-financeira. Aos 81 anos, os olhos azuis de Emilio continuam brilhando ao falar da paixão pelo que faz. “Não dá pra parar. Sabe que quando visitei o Museu de Gutenberg, na Alemanha, fiquei lá dois dias inteiros? Não queria sair, tiveram de me expulsar”, ri Emilio. E não pense que ele está na Policrom para fazer número. Tivemos de interromper nossa conversa mais de uma vez para Emilio responder a consultas de sua equipe. E a entrevista acabou porque ele tinha de entrar em uma reunião. Exemplo inspirador.
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Setor gráfico despede‑se de Carlito Kugler
Morre Helmut Backer, ex-diretor da Niccolini
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oram praticamente 40 anos de dedicação ao setor gráfico. De 1968 a 2007, Helmut Gerd Backer ocupou-se da direção da L. Niccolini, uma das mais importantes empresas do setor de embalagens em São Paulo entre as décadas de 1970 e 1990. Helmut Backer faleceu no dia 3 de fevereiro no município paulista de Itu. Nascido em Santo André, na Grande São Paulo, no dia 3 de junho de 1940, Helmut começou a trabalhar aos 11 anos na Metalúrgica Indaré, fundada por Kurt Eppenstein. Em 1968, com a morte de Eppenstein, sócio da Niccolini, Helmut assumiu o comando da gráfica. Sem nenhuma exper iência no setor, ele mostrou-se um empresário arrojado e determinado a fazer a Niccolini crescer. Uma de suas primeiras prov idências foi transferir a gráfica do Ibirapuera para a Vila Olímpia, antecipando um movimento de concentração de empresas no bairro que se consolidaria muitos anos depois. Dos 2.500 metros quadrados na Rua Afonso Brás, a gráfica passou a ocupar 15.000 metros quadrados, especialmente construídos para abrigá-la, espaço inaugurado em 1973. Sob o comando de Helmut, a Niccolini transformou-se em uma empresa moderna, especia l izada na produção de embalagens para a indústria farmacêutica, alcançando a liderança desse mercado. Mesmo aposentado, Helmut continuou a trabalhar na Niccolini. Afetada pelos sucessivos planos econômicos, em 2003 a empresa entrou em concordata, sit uaç ão que não pôde ser revertida, culminando no encerramento das atividades da gráfica em 2007. Casado com Maria Cristina Gomes Neves, o casal teve três filhos, Kurt, Peter e Helmut Jú nior, e quatro netos.
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o dia 17 de março faleceu Carlos Ernesto Kugler, o Carlito, neto de Ernest Kugler, fundador em 1895 da mais antiga gráfica do Paraná sob o comando da mesma família, a Kugler Artes Gráficas, localizada em Castro, a 159 km de Curitiba. Além de se dedicar à empresa, na qual entrou como sócio em 1964, Carlito se notabilizou por gostar muito de fotografia, cuja paixão rendeu vár ias imagens da reg ião dos Campos Gerais, que depois se transformaram em calendár ios e cartões postais. A fotografia, a liás, passou a compor um dos diferenciais da gráfica, conforme explicou o filho de Carlito, Carlos Antônio, em depoimento para o livro Memór ias & Histór ias da Indústria Gráfica do Paraná, de 2007. “A Kugler é um pouco diferenciada da maioria das gráficas porque oferecemos um pacote completo, com criação, fotografia e serviços gráficos”. A gráfica chegou a estruturar um estúdio no qual Carlito pôde ensinar a técnica fotográfica para seu neto Germano, levando assim a empresa à sua quinta geração. Na época da comemoração do centenário da Kugler, Carlito mantinha-se à frente da gráfica ao lado de Carlos Antônio e sua esposa Elisabeth. A data foi muito celebrada na reg ião, com grande repercussão em Castro e no Paraná. Carlito e a Kugler também contribuíram para preservar a memória do setor com um museu, criado em 2006, que evidencia a gráfica, a cidade de Castro e a superação da família para ultrapassar um centenário aprimorando a indústria no Paraná. Ocupando um espaço dentro da empresa, o museu Typographia Ernesto Kugler abriga exemplares dos jornais produzidos pela gráfica desde sua fundação, fonte de pesquisa para estudantes e histor iadores, máquinas Minerva, tipos, componedores, clichês, amostras de impressos de meados do século XX e fo tog raf ias das antigas instalações, dos fundadores e de alguns sucessores. Carlito será hom en ag ead o em maio pelo Sigep/ Abigraf-PR e Fiep no dia 19 de maio, em Ponta Grossa, durante solenidade de entrega da Medalha do Mérito e Benemérito da Indústria, inic ia tiva do Sistema Federação das Indúst rias do Estado do Paraná.
EXPANSÃO
Pitney Bowes se aproxima da indústria gráfica Meta é levar a experiência bem sucedida no segmento transacional para as empresas que atuam na área de impressos comerciais.
“A
Pitney é muito mais do que sistemas de franqueamento.” Essa afirmação, de Silvio Maemura, presidente da Pitney Bowes Brasil, explicita a disposição reinante hoje na empresa. Ela sintetiza uma mudança estratégica, viabilizad a pela aquisição da participação da Semco, anunciada em fevereiro. Ao assumir 100% da operação brasileira, a Pitney Bowes acerta a bússola da filial nacional, direcionando-a ao segmento gráfico comercial. Para entender o realinhamento é preciso voltar a 2005, quando foi formada a joint venture com a Semco Partners (antigo Grupo Semco). No modelo de capital de 70% da Pitney Bowes e 30% da Semco, a associação nasceu com o objetivo de trazer ao País produtos e serviços para automação de processos de correspondências e gerenciamento de informações. O foco principal eram os Correios, hoje um dos maiores clientes da Pitney Bowes no Brasil — e aqui entram as máquinas de franqueamen to, responsáveis pela impressão da estampa postal —, juntamente com instituições financeiras e companhias dos setores de telecomunicação, transporte aéreo, varejo, cosméticos, seguros e birôs de impressão. A joint venture tinha data de começo e fim, uma vez que o principal negócio da Semco é justamente auxiliar multinacionais a ingressar no mercado brasileiro. Cumprida essa etapa, a Pitney parte para a expansão de seu campo de atuação. SETOR GRÁFICO, O NOVO FOCO
Os esforços agora se concentram em estender às gráficas comerciais as tecnolog ias já aprovadas pelo mercado transacional. “Queremos levar o conhecimento que adquirimos com os altos volumes para o setor comercial, oferecendo produtos que as gráficas possam absorver e em que tenham capacidade para investir”, afirma Silvio. Tais linhas in cluem insersoras, endereçadoras, autoenvelopadoras e sistemas combinados de impressão a laser e colorida, afora softwares para formatação de documentos. Num primeiro momento, a venda está sendo feita de forma direta, para que a Pitney possa conhecer as necessidades das gráficas e ajustar seu portfólio. Em paralelo, canais de venda estão sendo recrutados e treinados para assumir esse papel. O cuidado justifica-se na medida em que esses
Silvio Maemura, presidente da Pitney Bowes Brasil
parceiros serão também canais de serviço, outro braço que a Pitney quer desenvolver. “Nossa atua ção vai além da formatação, impressão e acabamento. Podemos ajudar as gráficas na entrega física dos documentos dentro dos padrões exigidos pelos clientes deles”, comenta Silvio. Esse é, inclusive, o nicho que apresentou o maior crescimento dentro da Pitney Bowes Brasil em 2013. O segmento de postagem continua com a fatia mais representativa, seguido pelas soluções de acabamento, depois pela área de serviços, e por último os softwares. O executivo está otimista. A Pitney Bowes Brasil vem apresentando índices de crescimento anuais de dois dígitos: em 2012 atingiu 60% e em 2013 a elevação foi de 13%. Neste ano, a empresa investirá na ampliação da equipe, atualmente composta por 200 profissionais, que deve crescer 30%. A operação nacional é a terceira das Américas, atrás apenas dos Estados Unidos e do Canadá, e está entre as dez maiores do mundo. Em cinco anos, a expectativa é tornar a Pitney Bowes uma marca forte no universo gráfico. & PITNEY BOWES BRASIL Tel. (11) 2348.8860 www.pitneybowes.com.br março /abril 2014 REVISTA ABIGR AF
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Olhar Revista. Em design, direção de arte e em qualquer atividade criativa, o caminho da maturidade passa pelo passar do tempo. Redundância, bobagem, falta de assunto. Miran prova, de três em três meses, em cada edição da revista Gráfica Arte Internacional, que isso é a pura verdade. Recolhemos, quase que aleatoriamente, quatro páginas que estão sempre na revista: a abertura (detalhe da edição #77/78), a vinheta Italo Lupi (#73/74), uma página de transição (#85/86) e o cólofon da edição #70/71. Todas são soluções elegantes, bonitas e significativamente complexas.
Olhar Gráfico
www.mirandesign.wix.com/revistagrafica Frank Zachary. Aprendi que a imagem é o layout (não as fotografias). Se você tem uma grande imagem, você não deve decorá-la com uma tipografia bold e enorme. Você deve fazê-la compacta e suave.
ção que remete ao álbum fotográfico. O espaço em branco pode não existir, mas uma certa força, uma ousadia que não existia antes emergiu quando usei pela primeira vez a Franklin Gothic. Olhando agora, a página parecia mais saborosa.
Alexandre Lieberman. O layout em sequência cinematográfica, associado a uma tipografia em bold e nenhum espaço em branco: odeio espaços em branco porque esse vazio é uma tradi-
Steven Heller. A fotografia perdeu sua aura pela banalização. Foi ela que transformou a Vogue na década de 1940. Agora é a vez do Photoshop, que mudou a Beach Culture nos anos 1990.
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G RÁFICA Livro. Somos cerca de 700 milhões de usuários de softwares ao redor do mundo. Desse total, quantos são designers gráficos ou web designers? Talvez uns 70 milhões seriam nossos “concorrentes”, que utilizam a mesma plataforma, os mesmos recursos e truques, produzindo as mesmices geradas a partir do default das máquinas. E, portanto, resultando em soluções muito parecidas, bem-acabadas e com cara de “coisa de computador”, em incontáveis línguas e milhares de sotaques culturais. O que podemos fazer para nos diferenciar neste mar de adobices, photoshopices, wordices e outras idiotices?
ou Paulo Carvalho Júnior, Segundo Sylvio Ayala (soma.com), é um cinquentão (52) recluso, de uma verve gráfica assombrosa, que passou por todos os grandes jornais do Sul e Sudeste do País. Ilustrador por excelência, meteu histórias em quadrinhos nas revistas Dundum, Animal, Geraldão, Big Bang Bang, Edições Tonto, Front, Ragú, e por aí vai. Recentemente, expôs telas na galeria Choque Cultural, em São Paulo, e nos anos 1990 teve passagens pelo Caderno 2
Claudio Ferlauto
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de O Estado de S.Paulo, nos tempos do Eduardo Bueno.
“Simulacro e simulação são inerentes ao jogo informático”, diz Clarisse Herrenschmidt. Aqueles que são seduzidos pelo simulacro acham que qualquer coisa produzida ou obtidas dessas máquinas, com boa aparência e/ou bom acabamento, é superior a qualquer trabalho, porque são rápidos e carregam a “estética de computador”.
Um olhar gráfico www.rosari.com 2014.
Segundo ela, os “sequestrados” pela simulação adoram programas como o Photoshop, onde podem realizar infindáveis retoques, correções e acreditam que podem chegar à perfeição. Não sabem nem gostam de colocar um ponto-final em suas elocubrações.
Claudio Ferlauto em Um olhar gráfico. março /abril 2014 REVISTA ABIGR AF
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QUADRINHOS
Alain Resnais e os quadrinhos ste No primeiro dia de março de u rde pe ial nd ano o cinema mu da te tan um grande represen is. Nouvelle Vague, Alain Resna
O detetive Dick Tracy em ação, personagem criado por Chester Gould que muito inspirou Resnais em seus filmes
Os cortes inovadores em Hiroshima, Mon Amour foram inspirados nas bandes dessinées, conforme declarou Resnais
Alain Resnais filmando Hiroshima Mon Amour
Álvaro de Moya é autor do livro Vapt-Vupt.
A caracterização do personagem Sascha Pitoeff e a tomada de cena em O Ano Passado em Marienbad parecem decalcados de um quadrinho de Mandrake e Narda na série “No Mundo do Espelho”
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esnais, além de grande diretor de cinema, foi também um apaixona do pelos quadrinhos. Em 1962 criou o Club des Amis de La Bande Dessinée e participou do Centro de Estudos sobre as Literaturas de Expressão Gráfi ca (Celeg), criado por Francis Lacassin, juntamente com Federico Fellini e Alejandro Jodorowsky. A re vista Giff-Wiff, editada pelo Celeg, teve uma edição dedicada a Dick Tracy, com artigos de Resnais so bre o detetive criado por Chester Gould. Na mesma publicação, o cineasta francês entrevistou Lee Falk, autor do personagem Mandrake. A inf luênc ia dos quadrinhos nos filmes de Resnais pode ser vista em filmes como Hiroshima Meu Amor (com cortes secos) e O Ano Passado em Mar ienbad, de 1961, com cenas inspiradas em histór ias de Mandrake. A figura ereta, estática, enigmática de Sascha Pitoeff era a própria imagem do mágico dos quadrinhos. Em 1966, a Bienal de São Paulo trouxe a expo sição de quadrinhos de Bordighera, Itália. O cura dor, Romano Calisi, da Universidade de Roma, con vidou desenhistas brasileiros para visitar no seu
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país o Salão de Lucca. Lá conheci pess oal mente Alain Resnais, magro, esguio, alto, com uma expressão pura no rosto, emol durando olhos azuis que brilhavam de fe licidade. Nesse even to, autores america nos ficaram surpresos com o grau de admiração que seu trabalho despertava em respeitados intelectu ais europeus como Resnais, Picasso, Jean Luc Go dard, Damiano Damiani, Labisse, Elio Petri, Alberto Moravia e muitos outros. Em outra ocasião, Resnais, com uma câmera na mão, foi aos Estados Unidos onde tentou fazer um roteiro cinematográfico, que acabou não sendo rea lizado, com o criador dos super-heróis Stan Lee, a quem chamou de “Homero” de nosso tempo. A gran de paixão de Resnais pelos comics, demonstrada tam bém em alguns dos seus filmes, contribuiu para elevar o nível de reconhecimento dessa arte.
Daniel Marenco
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F OTOG R A F I A
Todo artista tem de ir aonde o povo está*
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câmera é ao mesmo tempo escudo e elemento de ligação. Com ela, Daniel Marenco, fotojornalista de 34 anos, já documentou as condições sub-humanas do Presídio Central de Porto Alegre — fotodocumentário pelo qual foi finalista do Prêmio Esso —, os Jogos Pan-americanos de 2011, a seca no Rio Grande do Sul, a visita do papa ao Brasil, as recentes manifestações no Rio de Janeiro e tantos outros eventos, sempre lutando para encontrar o inusitado, para chegar à imagem que encerra uma boa história. Natural de São Leopoldo, reg ião metropolitana de Porto Alegre, Daniel começou a fotografar aos 19 anos graças à avó, sua grande incentivadora. Ela ajudava um deputado da reg ião e indicou o neto para trabalhar na assessoria de imprensa. O fotógrafo desse político ensinou os rudimentos do ofício e nesse ambiente Daniel, que cursava Educação Física, partiu para o Jornalismo. Durante toda a faculdade ele só pensava em fotojornalismo, o que o fez complementar sua formação com vár ios cursos paralelos. Neles conheceu alguns dos fotógrafos com os
quais viria a trabalhar, entre eles João Wainer (neto do jornalista Samuel Wainer), fotógrafo da Folha de S.Paulo e hoje diretor e editor da TV Folha. Com equipamento comprado através de empréstimo contraído pela avó, Daniel conseguiu montar um portfólio básico e com ele uma vaga no Diár io Gaúcho, em 2005. Dois anos depois partiu para o Zero Hora, e em 2010 surgiu a chance de mudar-se para São Paulo. “Eu já estava meio insatisfeito no Zero Hora e fui conversar com o meu editor. Ele disse: — Tem que ir. Lá o fotojornalismo é diferente. Para Porto Alegre estampar uma capa fora daqui precisa acontecer algo realmente extraord inár io. Em Copacabana, se alguém fincar 10 cruzes na areia, a foto corre o mundo”.
Para Daniel Marenco, a fotografia é apenas um pretexto. Um ótimo subterfúgio para que ele possa ver o mundo, estar em locais e nos momentos em que os fatos estão ocorrendo, filtrar a vida através de suas lentes. Tânia Galluzzi
ARREBATAMENTO
Trabalhando para a Folha, Daniel sentiu não só o frenesi da cidade quanto a pressão da disputa com O Estado de S.Paulo pela melhor imagem. Em 2012 transferiu-se para o Rio de Janeiro, mas a agitação só aumentou, uma vez que assumiu o posto de único fotógrafo da Folha na capital fluminense. Tanto é que seus ensaios
*Trecho da canção Nos Bailes da Vida, de Milton Nascimento março /abril 2014 REVISTA ABIGR AF
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estão temp or ar iamente congelados. Aguar dam uma brecha os gaúc hos da fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina e o Uru guai, homens cuja cord ial idade contrasta com a dura lida de peão. “Sou muito dedicado. Vivo todo o Rio. Mesmo que eu queira, não consigo fazer outra coisa”, conta Daniel.
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& DANIEL MARENCO Tel. (21) 9 8276.3515 www.danielmarenco.com REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
Desde o desabamento do prédio no Centro do Rio, em janeiro de 2012, o fotógrafo diz que não teve mais trégua. Na seara das tensões diá rias, a tomada por manifestantes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), em junho de 2013, é lembrada como uma das mais agudas. “Até aquele momento eu nunca ti nha sentido medo. Foram cenas grotescas. Não tinha PM na rua”. O clima nas manifestações não baixou. A violência só aumentava, de acor do com Daniel. “A polícia dava tiro de fuzil e as pessoas não recuavam”. Confirmando o que o fotógrafo confessa ter pressentido, em feverei ro deste ano, em um desses atos foi morto o ci negrafista da TV Bandeirantes, Santiago de An drade, em plena Central do Brasil. “Pouco antes da morte do Santiago hav íamos decidido traba lhar sem identificação nas manifestações. Não sabíamos mais como ser íamos recebidos”, afir ma Daniel. “Num determinado momento, vi mos que não pod íamos nos esconder e volta mos a usar o crachá”. Porém o fotógrafo acredita que, depois da morte de Santiago, em futuras manifestações de maior porte, a imprensa usa rá os mesmos pesados coletes que tem de vestir quando vai cobrir ocorrências policiais como a recente ocupação da Favela da Maré. E o calendário não parece que vai dar res piro para Daniel. A Copa do Mundo e as elei ções devem ocupar coração, mente e olhar. Mas não é para estar onde tudo acontece que Da niel escolheu a fotografia? Então, o Rio é hoje o cenário perfeito.
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NOTÍCIAS
Representantes de entidades da cadeia produtiva da comunicação impressa participaram do lançamento da campanha Two Sides no Brasil
Campanha Two Sides chega ao Brasil Mundialmente conhecida pelo seu trabalho na conscientização da sustentabilidade da comunicação impressa, a campanha Two Sides oficializou sua inserção no País e contará com o apoio de diversas entidades da cadeia produtiva para difundir o poder ecológico do papel.
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o intuito de permear uma atitu de mais sustentável, principal mente pela importância que esse tema recebeu nos últimos anos, um número expressivo de empre sas incentiva o desuso do papel em prol da preservação do meio ambiente, acreditando que, des sa maneira, está cumprindo sua função social. Ao se basear em um paradigma antigo — e comprova damente errôneo — de que o pa pel é responsável pela crescente derrubada de árvores, essas em presas imp ulsionam a desinfor mação sobre o caráter sustentável do papel. É para esclarecer a opi nião pública e, literalmente, mos trar o outro lado da história, que o projeto Two Sides, criado em 2012 na Inglaterra, iniciará uma série de campanhas no Brasil, com o apoio de 42 entidades da cadeia produ tiva, para apresentar os fatos que estão por trás desse paradigma. Estabelecida oficialmente no País em evento realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
Martin Eustace, diretor da Two Sides no Reino Unido e responsável pelo projeto, veio ao Brasil para o lançamento da campanha
capital paulista, a assinatura do protocolo de intenções reuniu, ao lado da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), entida des como a Associação Nacional de Jornais (ANJ), Associação Nacio nal de Editores de Revistas (Aner) e a Associação Brasileira de Em presas com Rotativa Offset (Abro). Articulado pelo Sindicato das In dústrias Gráficas no Estado de São Paulo (Sindigraf-SP), o lançamento contou com a presença do diretor
da Two Sides no Reino Unido, Mar tyn Eustace, que comemorou o ingresso do Brasil na campanha. “Além de ser uma das economias mundiais que mais crescem, o País cria a todo o momento projetos novos e ambiciosos para o setor da comunicação impressa. O Bra sil está se tornando rapidamente um líder em silvicultura, e estamos entusiasmad os com a possibili dade de mesclar a fantástica his tória de sustentabilidade desse
país aos fatos que a Two Sides co munica globalmente sobre o pa pel e a indústria da comunicação impressa”, declarou. Responsável por apresentar o projeto, Eustace afirmou que é grande a falta de informação e que as organizações, de acordo com o que vivenciou, não sabem ao certo o que devem comunicar. Por isso, a Two Sides elaborou um documento chamado “Comunica ção Impressa e Papel – Mitos e Fa tos”, que oferece um conteúdo de embasamento científ ico provan do a sustentabilidade da cadeia produtiva. Essa é uma das ações que o projeto criou para estabele cer um diálogo esclarecedor com a sociedade, sensibilizando forma dores de opinião, setor público, educadores, fornecedores e con sumidores de produtos impressos. A vinda da campanha, que já se consolidou como a principal na difusão da sustentabilidade da comunicação impressa no mun do — presente em países euro peus como a Alemanha, França,
das peças publicitárias da Two Sides no Brasil, seguindo o padrão utilizado pela campanha. O pra zo para início da divulgação para o grande público será de 45 dias. “À medida que a campanha avan çar, haverá a tropicalização das peças”, informa Mortara. A ideia é utilizar todos os meios de comunicação nessa ini ciativa — jornais, revistas, emis
soras de rádio e televisão, bem como a criação de um site espe cífico, que trará notícias locais e estará disponível para acesso em maio. “Precisamos mostrar de for ma mais clara para as pessoas a ideia de que o eletrônico não che gou para canibalizar o impresso. Ele é uma maneira complemen tar de as pessoas se informarem”, justifica Fernando Costa, primei ro vice-presidente da Aner e dire tor de assinaturas da Editora Abril. Para Martyn Eustace, a cam panha tem o poder de estimular a cadeia produtiva da comunica ção impressa em um único obje tivo. “O problema é global porque é uma indústria global. O que elas [associações] decidiram é que, ao invés de criarem múltiplas cam panhas, seria muito melhor unir esforços em uma só de alcance global”, ressaltou. O diretor acre dita, também, que a grande his tória ambiental do papel tem de ser contada. “Agora está nas mãos do Brasil”, completou.
de Tecnologia Gráfica ◆ Afeigraf – Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamen tos e Insumos para a Indústria Gráfica ◆ Anatec – Associação Nacional de Editores de Publi cações Técnicas Dirigidas Espe cializadas ◆ Anave – Associação Nacional dos Profissionais de Venda em Celulose, Papel e De rivados ◆ Andipa – Associação Nacional dos Distribuidores de Papel ◆ Aner – Associação Nacio nal de Editores de Revista ◆ ANJ – Associação Nacional de Jor nais ◆ ANL – Associação Nacional de Livrarias ◆ APP – Associação dos Profissionais de Propagan da ◆ Artefatos – Sindicato da Indústria de Artefatos de Papel, Papelão e Cortiça no Estado de São Paulo ◆ CBL – Câmara Brasi
leira do Livro ◆ SBS – Sociedade Brasileira de Silvicultura ◆ SIGC – Sindicato das Indústrias Gráficas de Campinas ◆ Sigrarp – Sindica to das Indústrias Gráficas de São José do Rio Preto-SP ◆ Sinapel – Sindicato Nacional do Comércio Atacadista de Papel e Papelão ◆ Sinapro – Sindicato das Agên cias de Propaganda do Estado de São Paulo ◆ Sindigraf-SP – Sindi cato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo ◆ Sindijore – Sindicato das Empresas de Jor nais e Revistas do Estado de São Paulo ◆ Sindiplast – Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo ◆ Sitivesp – Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo ◆ Snel – Sindicato Nacional dos Editores de Livros
(E/D): Fernando Costa, primeiro vice-presidente da Aner e diretor de assinaturas da Editora Abril; Martyn Eustace, diretor da Two Sides no Reino Unido; Fabio Arruda Mortara, presidente da Abigraf Nacional e Christiano Nygaard, membro do Conselho de Administração da ANJ
Itália, entre outros, além de Es tados Unidos, Austrália e África do Sul —, fortalecerá o esforço desempenhado pelas entidades brasileiras neste tema, segundo afirmou o presidente da Abigraf Nacional e do Sindigraf-SP, Fabio Arruda Mortara. “Vamos trabalhar com determinação para mostrar que somos uma atividade essen cial à vida das pessoas e ao bom
func ion am ent o da soc ied ad e. Sem falar na importância da nos sa cadeia produtiva na geração de empregos, tributos, tecnologias e outros valores agregados”. CRONOGRAMA E METODOLOGIA Um conselho diretivo formado pela Abigraf Nacional, Aner, ANJ, entre outras entidades, será orga nizado para dar início à adaptação
Entidades que apóiam a campanha Two Sides Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ◆ Abap – Associação Brasileira de Agên cias de Publicidade ◆ Abemd – Associação Brasileira de Mar keting Direto ◆ Aber – Associa ção Brasileira de Encadernação e Restauro ◆ Aberje – Associação Brasileira de Comunicação Em presarial ◆ Abflexo – Associação Brasileira Técnica de Flexografia ◆ Abiea – Associação Brasilei ra das Indústrias de Etiquetas Adesivas ◆ Abigraf Nacional – Associação Brasileira da Indústria Gráfica ◆ Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máqui nas e Equipamentos ◆ Abimfi – Associação Brasileira da Indústria de Material Fotográfico e de Ima gem ◆ Abirp – Associação Brasi leira das Indústrias Recicladoras
de Papel ◆ Abitim – Associação Brasileira das Indústrias de Tintas para Impressão ◆ ABP – Associa ção Brasileira de Propaganda ◆ ABPO – Associação Brasileira do Papelão Ondulado ◆ Abraf – Associação Brasileira de Pro dutores de Florestas Plantadas ◆ Abraform – Associação Brasi leira da Indústria de Formulários, Documentos e Gerenciamento da Informação ◆ Abrafoto – As sociação Brasileira de Fotógrafos Profissionais ◆ Abre – Associação Brasileira de Embalagem ◆ Abrelivros – Associação Brasileira de Escritores de Livros Escolares ◆ Abro – Associação Brasileira de Empresas com Rotativa Offset ◆ ABTCP – Associação Brasilei ra Técnica de Celulose e Papel ◆ ABTG – Associação Brasileira
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SISTEMA ABIGRAF NOTÍCIAS
Copagrem inicia atividades de 2014 Realizado na sede da Fiesp, em seguida ao lançamento da campanha Two Sides, encontro discutiu o cenário econômico, o futuro da comunicação impressa e as projeções para este ano
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reunião inaugural do calendá rio de 2014 do Comitê da Ca deia Produtiva do Papel, Gráfica e Embalagem (Copagrem), promo vida na sede da Federação das In dústrias do Estado de São Pau lo (Fiesp), na capital paulista, foi marcada pela abordagem de as suntos ligados à economia, ao ju diciário e às perspectivas para o futuro da comunicação impressa. Ao todo, foram 40 participantes, que representaram 24 entidades da cadeia produtiva dos setores que compõem o Comitê. Com a palestra “O Futuro da comunicação impressa no jorna lismo”, ministrada pelo jornalis ta, escritor e empresário Ricardo Viveiros, os membros do Copa grem puderam discorrer sobre os caminhos que a comunicação impressa vem trilhando ao lon go do tempo, até chegar a um de seus maiores desafios: a concor rência com a mídia digital. Vivei ros afirmou que a indústria da co municação precisa se reiventar, REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
com maneiras diferentes e criati vas de chamar a atenção do lei tor, sempre prior iz and o a qua lidade do mater ial — tanto em termos jornalísticos, de credibili dade da informação, como em vi suais. “O futuro não é tão negro assim”, salientou. “Se nós acredi tarmos no próprio lamento, va mos acabar com o nosso negócio antes mesmo dele acabar natural mente”, alertou o jornalista. O diretor titular da Central de Serviços da F iesp e presidente do Sindicato da Indústria de Esp e cialidades Têxteis do Estado de São Paulo (Sietex), Paulo Henri que Schoueri, veio na sequência junto com Luciana Nunes Freire, gerente jurídica corporativa da federação, para apresentar o Nú cleo de Acompanhamento Legis lativo (NAL). Apoiado pela Central de Serviços (Cser) para analisar os Projetos de Lei (PL) em andamen to nos poderes executivo e legis lativo, bem como as tendências dos parlamentares, o NAL será a
voz dos empresariados no trâmi te político de leis que possam in terferir diretamente na indústria. “Normalmente as emendas são muito resumidas e não passam para o leitor exatamente o que está sendo alterado”, explica Lu ciana Freire. “O NAL faz uma tra dução do que é aquele Projeto de Lei, encaminha ao Cser, que solici ta um posicionamento dos sindi catos a respeito do referido proje to. Com as opiniões em mãos, nós consolidamos em uma só que re presente o parecer da indústria — seja ele favorável ou não”. Atual mente, o NAL monitora um total de 416 proposições. Na sequência, a palestra “Ce nário econômico – fechamento 2013 e projeções 2014”, ficou a cargo de Guilherme Renato Cal do Moreira, gerente do Depar tamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da F iesp. O analista acredita que, se houver um crescimento na confiança do empresariado, automaticamente
a produção será impactada. “To das as recuperações da atividade industrial vieram precedidas de uma forte recuperação da con fiança” reitera Moreira. Ele ressal tou, no entanto, que a expectativa dos empresários na comparação do início de 2013 com o mesmo período deste ano foi pouco ex pressiva. O presidente do Sindi cato das Agências de Propaganda do Estado de São Paulo (Sinapro), Geraldo Martins de Brito, apresen tou um panorama do mercado de publicidade e da atuação e traje tória da entidade que completou 70 anos recentemente. Também estiveram presen tes representantes da Abigraf-MS, Abigraf-PR, Abigraf-SP, Abirp, Abi tim, ABPO, Abro, ABTCP, ABTG, Afei graf, Anatec, Andipa, Artefatos, Bracelpa, CBL , Siap ap eco, Sina pel, Sindiplast, Sinpesp, SIP, Siti vesp e Snel. GRUPOS DE TRABALHO Alguns grupos de trabalho (GT ) apresentaram o andamento de seus projetos. O GT de Valoriza ção da Comunicação Impressa, coordenado pelo Sindigraf-SP, tem como principal projeto a articula ção e implantação da campanha Two Sides no Brasil (confira a co bertura completa do lançamento nesta edição). Por sua vez, o GT de Competitividade está empenhado em uma ação que poderá incluir os papéis comerciais na lista de itens financiáveis pelo Cartão BN DES. Desenvolvida com o suporte da Bracelpa, caso seja aprovada, a medida benef iciará principalmen te as micro e pequenas empresas. O Grupo de Trabalho de Tribu tação anunciou os assuntos defini dos para abordagem nas reuniões deste ano do Copagrem, como o combate à fraude do papel imune, a desoneração da folha de salários, a exclusão do ICMS e ISS da base de cálculo de PIS e Cofins (nacional e importado), entre outros.
Fotos: Sebastião Jacinto Junior/Arquivo Abigraf-MG
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Minas Gerais empossa suas novas diretorias
Sindicato das Indústrias Gráfi cas de Minas Gerais (Sigemg) e a Ass ociaç ão Brasileira da In dústria Gráfica de Minas Gerais (Abigraf-MG) deram posse às suas novas diretorias no dia 6 de fe vereiro, no auditório da Federa ção das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). A soleni dade contou com a presença do presidente da Abigraf Nacional e Sindigraf-SP, Fábio Arruda Morta ra; do vice-presidente do Conse lho Diretivo da Abigraf Nacional e presidente do Sindigraf-MS e da Abigraf- MS, Julião Flaves Gaúna; e do presidente da Fiemg, Olavo Machado Júnior. De acordo com Vicen te de Paula Aleixo Dias, reeleito
presidente das duas entidades — Sigemg e Abigraf- MG — para o triênio 2014–2016, a indústria grá fica mineira tem muitos desafios para os próximos anos. “Precisa mos trabalhar no sentido de tor nar o setor em Minas Gerais mais competitivo, já que entramos no mercado em sit uaç ão de desi gualdade com outros Estados que usufruem de percentuais tributá rios menores e têm mais incenti vo do que aqui”, explica. A nova diretoria das entidades já apre senta como um dos planos de tra balho a retomada da Abigraf-MG Itinerante, um projeto que objeti va levar a diversas cidades do in terior mineiro palestras voltadas para a gestão empresarial.
(E/D) Julião Flaves Gaúna, vice-presidente do Conselho Diretivo da Abigraf Nacional e presidente do Sindigraf-MS e da Abigraf-MS; Vicente de Paula Aleixo Dias, presidente da Abigraf-MG e Sigemg; Fábio Mortara, presidente da Abigraf Nacional e Sindigraf-SP e Olavo Machado, presidente da Fiemg
DIRETORIA ABIGRAF‑MG Gestão 2014/2016 Presidente: Vicente de Paula Aleixo Dias ◆ 1º Vice‑Presidente: Rodrigo Velloso de Almeida ◆ 2º Vice‑Presidente: Júlio Américo de Oliveira Pena ◆ 1º Tesoureiro: Geraldo Cézar Miranda Simões ◆ 2º Tesoureiro: Alberto Rodrigues da Silva Filho ◆ 1º Secretário: David da Silva Júnior ◆ 2º Secretário: Luíz Fernando Martins Lazafá ◆ Diretoria Plenária: Ademir Jorge Marinho, Rafael Pinto Nogueira, Ricardo de Lara Campos, José Carlos Otoni Ferreira, Altino Osmar Martins, Fausto Luiz Tameirão Diniz, Carlos Antonio Costa, Angelo Buldrini de Souza, Frederico Magno Tavares, Jairo Alves Lopes Júnior, Sérgio Alves Silva, Abdallah Mussa Sobrinho, Maria Amélia Tofani Mota, Ricardo Carvalhais Aguiar, Philipe Caetano Lara, Cláudio Araújo Dias, Luiz Antonio Vasconcelos Alves Lima, Luiz Carlos Dias Oliveira, Cláudio Wagner Duarte Rezende, Cláudia Pereira de Rezende, Gillian Alves da Costa, Carlúcio Santos Rajão, Flávio Henrique Arantes dos Santos, Evandro Arantes, Patrícia das Graças Neres Alves, Carlos Guimarães de Castro, Vitor Gomes da Silva, Geraldo Gilberto de Oliveira Pinto, Carlos Alberto Rangel Proença, Marcus Vinicius Viana, Eny Aparecida de Paiva Coimbra, Paulo César de Assis Lage, Marco Antônio de Pádua Faria, Marcelo Silva Amaral, Nilmar Cássio Oliveira, Geraldo Pereira de Almeida e Maria de Fátima Ferreira ◆ Diretoria Plenária
Suplente: Adão da Cruz Ribeiro, Fábio Ângelo Batista, Silvio Verçosa, Lucas Simões e João Batista de Souza ◆ Conselho Fiscal Efetivo: Carlos Alberto da Rocha Castro, Celso Silva e Joaquim Alves Sobrinho ◆ Conselho Fiscal Suplente: Wilson Melo Lima, Ailton Pinto de Carvalho e José Antônio Delgado Monteiro Junior DIRETORIA SIGEMG Gestão 2014/2016 Presidente: Vicente de Paula Aleixo Dias ◆ 1º Vice‑Presidente: Rodrigo Velloso de Almeida ◆ 2º Vice‑Presidente: Luiz Carlos Dias Oliveira ◆ 1º Tesoureiro: Geraldo Cézar Miranda Simões ◆ 2º Tesoureiro: José Carlos Otoni Ferreira ◆ 1º Secretário: David da Silva Júnior ◆ 2º Secretário: Ricardo de Lara Campos ◆ Diretoria Plenária: Cláudia Pereira de Rezende, Luiz Carlos Dias Oliveira, Patrícia das Graças Neres Alves, Altino Osmar Martins, Gillian Alves da Costa, Sérgio Alves Silva, Wellington dos Santos Ferreira e Marcus Vinicius Viana ◆ Conselho Fiscal Efetivo: Carlos Alberto da Rocha Castro, Celso Silva e Joaquim Alves Sobrinho ◆ Conselho Fiscal Suplente: Wilson Melo Lima, Ailton Pinto de Carvalho e José Antônio Delgado Monteiro Junior ◆ Delegados Representantes junto à Fiemg – Efetivos: Luiz Carlos Dias Oliveira e Vicente de Paula Aleixo Dias ◆ Delegados Representantes junto à Fiemg – Suplentes: David da Silva Júnior e Geraldo Cézar Miranda Simões março /abril 2014 REVISTA ABIGR AF
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Entidades catarinenses sob nova direção
Grupo de membros da nova diretoria do Sigraf (E/D): André Fernando Aguiar, Fabiano João Bertoli, Jucinei Gercino da Silveira, José Fernando da Silva Rocha, João Baptista Cardoso, Joceli Jacques da Cruz e Cladimor Roque Spolti
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olenidade real iz ad a no sa lão de eventos das entida des, realizada no dia 3 de abril, empossou as novas diretorias da Associação Brasileira da In dústria Gráfica – Regional San ta Catarina e do Sindicato das Ind ústrias Gráficas da Gran de Florianópolis para a gestão 2014-2017. Cidnei Luiz Barozzi foi o presidente eleito para pre sidir a Abigraf-SC e João Baptista Cardoso assumiu o Sigraf. Atuand o no setor gráfi co há 25 anos e atual 2º vice- presidente da Associaç ão Co mercial de Chapecó, Barozzi é o primeiro gráfico da região Oes te do Estado a comandar a Abi graf-SC. Cardoso, graduado em Administração, sempre esteve envolvido com as atividades do sindicato, desde a antiga As sociaç ão das Indústrias Gráfi cas de Florianóp olis, que deu origem ao Sigraf. José Fernando da Silva Ro cha, que recebeu uma placa de reconhecimento pela sua
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gestão à frente da Abigraf-SC, fez questão de agradecer a to dos que cont rib uíram para o sucesso do seu mandato, em esp ec ial aos ass oc iad os “por acreditarem na entidade e par ticiparem das inic iat iv as pro postas no sentido de melhorar cada vez mais as condições de trabalho do setor”. DIRETORIA ABIGRAF-SC Gestão 2014/2017 DIRETORIA Presidente: Cidnei Luiz Barozzi ◆ 1º Vice‑Presidente: José Fernando da Silva Rocha ◆ 2º Vice‑Presidente: Osvaldo Luciani ◆ Diretor Administrativo: Charles José Postali ◆ Diretor Administrativo Adjunto: Enéas da Silva Ribeiro ◆ Diretor Financeiro: Jucinei Gercino da Silveira ◆ Diretor Financeiro Adjunto: Evandro Rogério Volpato ◆ Conselho Fiscal – Membros efetivos: João Baptista Cardoso, Claudio Redin e Luiz Carlos Platt ◆ Conselho Fiscal – Membros suplentes: Roberto Telles, Geiser Neto e Waldemar Luis Casagrande
(E/D): Cidnei Luiz Barozzi, presidente e João Cardoso, membro efetivo do Conselho Fiscal
Conselho Consultivo – Presidente: José Fernando da Silva Rocha ◆ Vice‑Presidente: Ronaldo Baumgarten Júnior, Secretário: Fernando Mayer ◆ Conselho Consultivo – Membros efetivos: Fabiano João Bertoli, João Baptista Cardoso, João Claudio Bruza Sá, Joceli Jacques da Cruz, Osvaldo Luciani e Alcides Westfal ◆ Diretoria Plenária: Osvaldo Luciani, Evandro Rogério Volpato, Enéas da Silva Ribeiro, Luiz Carlos Platt, José Fernando da Silva Rocha, Geiser Neto e Sandra de Lima Tomazelli
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DIRETORIA SIGRAF-SC Gestão 2014/2017 Presidente: João Baptista Cardoso
Vice‑Presidente: José Fernando da Silva Rocha ◆ 1º Secretário: Jucinei Gercino da Silveira ◆ 2º Secretário: Joceli Jacques da Cruz ◆ 1º Tesoureiro: Fabiano João Bertoli ◆ 2º Tesoureiro: André Fernando Aguiar ◆ Conselho Fiscal – Membros efetivos: Cladimor Spolti e Waldemar Conceição Filho ◆ Conselho Fiscal – Membros suplentes: Sandro, Ezequiel e Ricardo Bragé ◆ Delegação Federativa – Membros efetivos: José Fernando Da Silva Rocha e Jucinei Gercino Da Silveira ◆ Delegação Federativa – Membros suplentes: João Baptista Cardoso e Patrick Elbert ◆
SEMANA DE ARTES GRÁFICAS
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SISTEMA ABIGRAF NOTÍCIAS
Semana de Artes Gráficas em seis cidades paulistas Neste ano, a grade contemplará a capacitação, produtividade e rentabilidade e passará por seis municípios do interior de São Paulo: Araçatuba, Bauru, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Campinas e Barueri.
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om o objetivo de contribuir para o aprimoramento dos empre sários e dos profissionais gráficos paulistas, a Semana de Artes Gráficas de 2014 — realizada pela Associação Brasileira de Tecno logia Gráfica (ABTG), com o patrocínio do Sindigraf-SP e Abigraf -SP — trará, além de um cronograma que abrange os principais as suntos do âmbito empresarial e prof issional, a aplicação do Exame Nacional de Avaliação para Capacitação dos Profissionais Gráficos (Enac). Desenvolvido paralelamente no primeiro dia de cada edi ção, o teste avaliará o nível de conhecimento dos colaboradores e indicará os treinamentos necessários para o aumento da produti vidade. Como acontece anualmente, as palestras da Semana de Artes Gráficas serão as mesmas em todas as cidades, cujos temas vão desde gestão empresarial, capacitação e estruturação de equi pes de trabalho até práticas de sustentabilidade, norma NR-12, ca pacitação técnica para vendedores e combate aos desperdícios na indústria gráfica. A duração será de cinco dias.
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PALESTRANTES Para abordar o tema “Gestão empresarial da pequena e média em presa gráfica com foco na produtividade”, foi escolhido José Pires de Araújo Júnior, professor de graduação e pós-graduação da Fa culdade Senai de Tecnologia Gráfica. Outro prof issional que parti cipará das SAGs será Bruno Mortara, com experiência de mais de 25 anos na indústria gráfica, que leciona nos cursos de pós-graduação do Senai e de graduação em fotografia do Senac. Ele será respon sável pelo painel “Mais capacitação = maior produtividade e renta bilidade” juntamente com Cristina Simões, que também apresen tará o tema “Construindo competências profissionais com foco no aumento da produtividade”. Na sequência, será a vez da palestra “Gráfica responsável: Requisitos legais, NR’S e NR12, Responsabilida de sobre os resíduos sólidos e boas práticas para a sustentabilidade”, proferida pela engenheira química Márcia Biaggio. A capacitação técnica para vendedores também terá seu espa ço na grade das SAGs dos seis municipios paulistas, cuja palestran te será a produtora gráfica Ana Cristina Oliveira. O técnico gráfico Marcelo Ferreira, que atua no setor há mais de 20 anos, ministra rá a palestra “Combate aos desperdícios na indústria gráfica: a im portância da busca da eficiência em custos e produtividade para a geração de negócios”. Ainda neste ano, de 11 a 15 de agosto, na F iesp, haverá a primei ra SAG Sindigraf, edição da Semana de Artes Gráficas na cidade de São Paulo, realizada pela ABTG, com o patrocínio do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (Sindigraf-SP), cujo tema central será “Gestão, Tecnologia e Inovação”. REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
O interior em evidência Ampliar a valorização do setor gráfico de Ribeirão Preto é uma das bandeiras defendidas na atual gestão da Seccional de Ribeirão Preto da Abigraf‑SP, coordenada pelo empresário Fabio Sarje.
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esponsável por empregar cerca de 1.300 profissionais, o setor gráfico de Ribeirão Preto, municí pio localizado a cerca de 290 qui lômetros da capital paulista, con ta, desde dezembro, com as ideias e a liderança do empresário Fabio Sarje, que assumiu o posto de pri meiro vice-presidente na seccio nal local da Abigraf-SP, cuja ges tão vai até 2016. Durante esses três anos, a valorização do impresso e a integração com as mídias digi tais serão alguns dos combustíveis que guiarão as ações lideradas pela associação. Para exercer esse cargo, no en tanto, um dos principais desafios elencados por Sarje é dar prosse guimento ao trabalho desenvolvi do por seu antecessor, o empresá rio gráfico Edson Antonio Bianchi, a quem chama de “segundo pai na Abigraf”. “O Edson é uma pes soa evoluída que tem prazer em ensinar sem requerer algo em tro ca”. Consciente do potencial da in dústria gráfica de Ribeirão Preto, onde mais de 120 empresas es tão instaladas, e também das di ficuldades que permeiam o se tor, Sarje acrescenta o controle e diminuição da concorrência des leal, bem como as pautas relacio nadas ao cumprimento da nova lei municipal de resíduos sólidos, na lista de assuntos primordiais na sua gestão. O executivo também acredita no associativismo como uma maneira para contribuir com o desenvolvimento do setor grá fico ribeirão-pretano. “Aumentar a participação e proximidade dos empresários gráficos com a Abi graf Ribeirão Preto é outra ação que pretendo aprimorar nesta gestão. A troca de ideias e deba tes democráticos positivos, que
Fabio Sarje, primeiro vice-presidente da seccional Ribeirão Preto da Abigraf-SP
possam gerar integração e apren dizado, são saudáveis ao setor e às empresas associadas”, explica. E o que estava no papel já co meça a ser vislumbrado na prá tica. Sarje informa que palestras, cursos e reuniões com diferentes abordagens serão realizadas a fim de promover o constante apren dizado dos profissionais gráficos de Ribeirão Preto. Consta na pro gramação de ações para este ano a participação de gráficos locais na ExpoPrint, maior evento da indústria gráfica na América La tina; a realização da Semana de Artes Gráficas (SAG), projeto de atualização prof issional da Asso ciaç ão Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), ambos no mês de julho, e a revitalização e doação de 600 livros à biblioteca muni cipal de Guatapará, município do interior paulista com pouco mais de 7.300 habitantes. TRAJETÓRIA Com mais de duas décadas de ex periência na indústria gráfica, Sar je deu os primeiros passos no se tor na empresa da família, que atendia gráficas e agências de pu blicidade. “Prestávamos serviços
ABIGRAF REGIONAL SÃO PAULO SECCIONAL RIBEIRÃO PRETO R. Visconde Inhaúma, 489, 3º andar, sala 309 14010-100 Ribeirão Preto SP Tel. (16) 3632.0850 Fax (16) 3610.7724 Gestão 2013/2016 1º Vice‑Presidente Seccional: Fábio Sarje ◆ 2º Vice‑Presidente Seccional: Sander Luiz Uzuelle ◆ Diretor Administrativo Seccional: Wilson dos Santos ◆ Diretor Financeiro Seccional: Edson Antonio Bianchi ◆ Suplentes: Marcio Rodrigo Sarje, Diógenes de Almeida Clementino, Ana Rita Gomes da Silva e Nildemar Doin Palma
Projeto para o desenvolvimento de micro e pequenas gráficas Consultoria da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica leva às empresas do Estado de São Paulo um olhar analítico crucial para a identificação e correção de falhas que podem passar despercebidas no dia a dia.
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anter um rendimento cons tante na empresa é uma das principais atividades de um ges tor. Para alguns deles, no entan to, chegar nesse patamar implica basicamente conquistar novos clientes e fechar mais pedidos. Contudo, se este esforço não for acompanhado de uma produ ção de qualidade, o resultado seguirá um caminho contrário ao pretendido. Foi pensando em identificar e oferecer soluções para os gargalos que surgem no dia a dia que a Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) criou, em 2008, o proje to ABTG Junior, que presta con sultoria baseada nas boas prá ticas de fabricação para aqueles que mais movimentam o setor em nível nac ion al: as micro e pequenas empresas. De acordo com Reinaldo Es pinosa, presidente do conselho diretivo da ABTG , que coorde nou a implantação do projeto, o objetivo da ABTG Junior é subsi diar o desenvolvimento das grá ficas de micro e pequeno portes. “Estando mais perto das empre sas podemos avaliar e melhorar nossa percepção sobre carências e necessidades, ampliando nos so portfólio para atender mais adequadamente essa importan te faixa de mercado. Além dis so, a consultoria também exerce a função de nos aproximar dos empresários e de mostrar o va lor do associativismo na prática”, explica Espinosa. Na visita téc nica, realiz ada por um consul tor da entidade, são analisados
Foto: Andrea Ribeiro
de criação de layouts institucio nais e promocionais e fizemos muita diagramação de jornais e revistas locais”, relembra o exe cutivo. Mais tarde, Sarje atuou na diagramação do jornal A Cidade, um dos mais importantes na re gião. “Lá eu aprendi a trabalhar rá pido e com muita responsabilida de, também conheci mais sobre a engenharia das máquinas de pré- impressão e impressão rotativa”, conta. Após se graduar em publi cidade e propaganda, ele decidiu sair do jornal e investir, junto com seu pai, na GCom Gráfica, onde trabalha até hoje. Sobre o futuro da indústria gráfica em âmbito regional e na cional, Sarje aposta suas fichas nas oportunidades sazonais im pulsionadas pela Copa do Mun do, eleição e Olimp íad as. Tam bém no consumo do mercado varejista, que no Brasil ainda está em fase inicial de expansão. “Por si só, esses são indicativos de que teremos muitas embalagens para produzir, e consequentemente muitos manuais e impressos pro mocionais”, analisa, concluindo que a região de Ribeirão Preto “é fértil no segmento agroindustrial e se o consumo é alto neste seg mento, em razão do crescimento sólido do agribusiness nacional, te remos uma excelente oportunida de de negócios para as indústrias gráficas locais”, finaliza.
Reinaldo Espinosa, presidente do Conselho Consultivo da ABTG
os procedimentos aplicados em pré-impressão, impressão, aca bamento, armazenamento e uti lização de materiais e insumos, controle de processos, manuten ção, certificação, limpeza e con servação, descarte de resíduos e condições de trabalho. O balanço das consultorias realizadas em 2013 sinalizam o gradativo crescimento e aceita ção do projeto: foram atendidas 50 empresas a mais, em compa ração a 2012, com 99% de satis fação. Uma das gráficas que re ceberam a visita técnica no ano passado foi a Impresso Rápido, empresa paulistana que está há mais de quatro anos no mer cado. Segundo Denis Francis co dos Santos, sócio e diretor, as dicas passadas pelo consul tor ajudaram a gráfica a solu cionar as dificuldades que tinha em alguns setores. “O represen tante nos alertou sobre a ilumi nação, que é um pouco fraca, e também deu outras dicas, como a praticidade de guardar as cha pas junto com os fotolitos e mo delos, por exemplo. Gostamos muito da consultoria e estamos
empenhados na incorporação das sugestões”, relata. Localizada na zona sul da ca pital paulista, a SJS Gráfica tam bém recorreu à ABTG Junior para fazer um check-up do que pode ria ser aprimorado na empresa. Na análise do diretor Sinval Oli veira Silva, a consultoria acres centou diversas melhorias à ro tina da gráfica. “O diagnóstico apresentado nos ajudou muito na implantação das melhorias em processos e controle de qua lidade, bem como na eliminação dos desperdícios. É um serviço que recomendo às pequenas empresas”, resume o empresário. Gráficas das cidades de Gua rulhos, Bauru, Ribeirão Preto, Araçatuba, São José dos Cam pos, Campinas e Jundiaí, entre outras do Estado de São Paulo, foram algumas das atendidas em 2013. Os requisitos para agendar a visita são dispor de um quadro de no máximo 30 funcionários e disponibilizar um responsável para acompanhamento. Mais informações podem ser obtidas em www.abtg.org.br ou através do telefone (11) 2797-6700. março /abril 2014 REVISTA ABIGR AF
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Impressão Digital em debate Grupo Empresarial de Impressão Digital da Abigraf-SP (GE-Digi) reúne empresários do setor e oferece um ambiente para a soma de esforços diante dos percalços do mercado.
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nalisar as especificidades de cada segmento, entendendo como ele opera e aplicando me didas efetivas para superar seus entraves, é crucial para promo ver o desenvolvimento em to dos os níveis: tanto para o espe cífico, quanto para o nacional. Se este procedimento é realiza do por quem vivencia as dificul dades diariamente, o resultado tende a ser ainda mais positivo. É com esse pensamento que a Abigraf-SP concede, através de seus grupos empresariais, uma oportunidade para que as em presas possam, conjuntamente, identificar os empecilhos em co mum e as saídas viáveis. Um des ses grupos é o GE -Digi (Grupo Empresarial de Impressão Digital) que, na última reunião, realizada em fevereiro, abordou os assun tos mais recentes que impacta ram o setor de impressão digital. O primeiro tema discutido foi a crescente participação das gráficas de impressão digital na REVISTA ABIGR AF março /abril 2014
área de sinalização, fenômeno identificado através de levanta mento feito com inúmeras em presas. O diretor setorial do GE -Digi, Flávio Medeiros, explica que isso reflete a busca das gráfi cas por novos horizontes no mer cado. “O motivo basicamente é a oportunidade de negócio, uma vez que aconteceram algumas substituições de materiais im pressos por informações eletrô nicas. Algumas gráficas digitais já forneciam sinalização em pe quena escala”, explica Medeiros. A partir dessa constatação, o gru po discutiu a possibilidade de in corporar o Grupo Empresarial de Sinalização (GE-Sign) ao GE-Digi, proposta essa que já foi validada pela diretoria da Abigraf-SP. Na sequência, o assunto em pauta foi a perspectiva dos em presários para este ano. A maio ria dos membros do GE-Digi con cordaram que 2014 será mais produtivo, considerando a pers pectiva dos próximos meses com
Copa do Mundo e eleições, como fatores que podem impulsionar para um resultado benéfico. Me deiros, no entanto, faz uma aná lise mais ponderada. “São raros os casos de grande incremen to de vendas em razão da Copa do Mundo. Acredito que a ala vancagem de rendimentos pas sa, principalmente, pela boa gestão, com controle sobre os custos, prática de preços cons ciente, sem grandes aventuras. O segundo semestre tradicional mente é superior ao primeiro, o que se espera é a repetição desse fato, pois haverá também a elei ção, que traz um consumo maior de impressos”, observa o diretor. Na ocasião, o grupo avaliou também a probabilidade de rea lizar uma nova edição da pesqui sa nacional de impressão digi tal, que já teve edições em 2007 e 2010, e lançá-la na III Confe rência de Impressão Digital, jun tando dois grandes eventos. De vido às opin iões divergentes,
haverá uma pré-pesquisa, para ambos os eventos, com os prin cipais fornecedores para verificar a questão dos investimentos ne cessários. Por fim, os membros discutiram a promoção de even tos com outras entidades para a disseminação da impressão digi tal, que incluem Sinapro, Abap, Abemd, entre outras. O objeti vo é aumentar o consumo desse tipo de impressão pelos associa dos dessas entidades, que repre sentam grandes compradores de produtos gráficos. Para Flávio Medeiros, o en gajamento das empresas nos encontros do GE-Digi tem sido gradativo e reflete o trabalho de senvolvido pelo grupo. “A par ticipação foi excelente e com comparecimento de novos as sociados. Isso porque ainda não vier am os emp res ár ios do GE -Sign. Nossa expectativa é au mentar a participação à medi da que começarmos a anunciar novas ações”, avalia.
HÁ TRINTA ANOS Notícias publicadas na Revista Abigraf de março e abril de 1984
ENCONTRO DE EMBALAGENS
O ano de 1984 teve como um dos seus importantes acontecimentos a realiz ação do I Encontro de Embalagem de Cartão (Enec), que ocorreu em São Paulo, com a presença de cerca de 120 representantes das empresas produtoras de papel e celulose e de fabricantes de embalagens. Na abertura, Max Schrappe ressaltou a importância da aproximação dos dois setores no sentido de elaborar políticas de atuação que fossem de interesse conjunto.
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Pequenas empresas
o editorial, o então presidente da Abigraf- SP, Max Schrappe, celebra uma novidade para as microempre sas. Diz ele: “Depois de uma longa batalha nos gabinetes de Brasília, o Estatuto da Mi croempresa finalmente alçou vôo e foi aterrissar no Congresso.” O texto revela o início da valorização das pequenas empresas, extrato importante para a economia do País, que hoje conta com programas de incentivo e de apoio ao seu desenvolvimento.
Restrição às importações
Há 30 anos, este era um sério problema enfrentado pelo setor. A Revista Abigraf nº 92, de março/abril de 1994, trouxe como matéria de capa uma reportagem sobre os efeitos da restrição de importação de equipamentos gráficos. O texto remete a um período histórico no qual o governo federal exercia rígido controle sobre as importações. De acordo com a revista, “o arrocho na entrada de produtos manufaturados importados está afetando diretamente a indústria gráfica nacional. Em 1982, a então Cacex (Carteira de Comércio Exterior do Banco foi Brasil) liberou para o setor cerca de US$ 10 milhões em importações de máquinas e equipamentos; em 1983, esse valor caiu para a metade e, em 1984, as perspectivas eram ainda piores.” Naquele momento, a obsolescência do parque gráfico era a ameaça imediata.
Impressos vetados Na coluna Registro — que hoje pode ser comparada à atual seção Sistema Abigraf — a revista destacou uma conquista do setor: o deputado Lúcio Alcântara havia acabado de levar à Câmara Federal, projeto de lei de sua autoria que proibia aos órgãos de administração pública instalar gráfica para fazer os próprios serviços.
Impressão de dinheiro
Outro destaque foi a nova coluna assinada por Mário Carramillo Neto, um dos maiores especialistas da história da indústria gráfica no Brasil, autor de livros e teses sobre o assunto. Na edição nº 92, ele tratou do tema da falsificação do dinheiro. Apesar da abordagem leve, em formato de crônica, o texto faz refletir sobre os avanços que a produção de impressos de segurança apresentou nas últimas três décadas.
Perfil empresarial A
Revista Abigraf nº 92 também deu início a uma seção que permanece em suas páginas até os dias de hoje: o perfil de empresas gráficas de todo o País. A indústria escolhida para fazer a estreia foi a Editora CQ, de São Paulo, responsável durante muito tempo pela produção de revistas como a Duas Rodas Motociclismo e a Avicultura Industrial. A revista também passou a trazer perfis de fornecedores de equipamentos e insumos para o setor, retratando nessa edição de 30 anos atrás a história da Ricall, fabricante de máquinas fundada em 1963. março /abril 2014 REVISTA ABIGR AF
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MENSAGEM
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acia cr o em d a d e as b a é re v li to o V v is ci es õ iç u it st in as n e o ad st E o n
lhares de entarem seg mentos com mi res rep ao em r, lita plo é o nosso setor, início do reg ime mi e trabalhadores. Um exem sas pre Há cinquenta anos, com o em iva gat e empregador s perderam a prerro por mais de 22 mil gráficas do tuí sti março de 1964, os brasileiro con os, an , quando gos eletivos. Há 30 ente 225 mil pessoas. Assim dam ma oxi apr do voto para os principais car de is ma ão da folha semestre de 1984, um dos conquistas como a desoneraç ém obt raf big as Diretas Já, no primeiro a A , res desde o Descobrimento embalagens ou a extinção eficazes movimentos popula de pagamentos na área de ão. zaç ati ocr em red à seis papéis de imprimir, o caminho sobretaxa de importação de começavam a pavimentar da s mo áva tiz cre missão e agindo em de 1989, con cumprindo uma parte de sua á Há 25 anos, em novembro est a. blic pú Re da própria atividade. o presidente de todos os associados e da e o direito de eleger nas urnas nom de ições na Abigraf ico permeado são muito expressivas as ele o, Foi todo um processo histór iss r Po a uel daq a te primeiro a ação pernicios o as que nos mobilizam nes com l, na cio cidadania, que contrasta com Na ais e nos sindicatos. dalismo e violência, minoria que, praticando van semestre de 2014, nas reg ion ica lóg nto e as entidades A a o. açã est nif do um forte exemplo de qu dan os am Est corrompe o direito à livre ma política na sua melhor iros valeu a pena, pois nossa saga de civismo dos brasile de classe têm uma natureza te. ten sis con e a‑s str mo fator basilar. Af inal, seus blemas, pção e na qual o voto é um democracia, apesar dos pro ace o o com , ões ernadores, prefeitos e duras provaç igentes, como ocorre com gov Manteve‑se incólume ante dir o vot o pel ito rrogativa e o dever presidente ele ente da República, têm a pre sid pre impeachment do primeiro os an dos te égios eleitorais. lação exorbitan nome de seus respectivos col em r agi de direto depois de 1964, a inf , bal glo a representativa, ldades na economia ncípio básico da democraci pri o é e Est 80 e metade dos 90, dif icu em , iedade civil, o em todos os tempos ernos ou instituições da soc gov s no e, qu a maior crise do capitalism te. am eleitos, ção, este vício persisten leg itimidade àqueles que for na ple ia pic pro 2008, e até casos de corrup os ucionaremos os gargal ância de poder, estimula É com a democracia que sol permite uma saudável altern s poi o, tic má é emble das ideias e ações. o debate e impede a inércia do País. Nesse sentido, 2014 os ern gov a, blic ano sejam um novo ia da Repú Assim, que as eleições este votaremos para a Presidênc ias ble em ass e os s! Que a democracia dos Deputad para o avanço de nosso paí so pas estaduais, Senado, Câmara gar jul de erencial dos a oportunidade eça cada vez mais como ref tal for se leg islativas. Os eleitores têm já e instituições da consciência os qu s na gestão do Estado, das iro sile bra com a imparcialidade de sua o tiv quais o desejo Executivo e no Leg isla todas as organizações nas de e ade ied soc passaram pelo poder — no s. ato às decisões da maioria! e as propostas dos candid de um não pode sobrepor‑se da União e dos Estados — a par s soa pes s da nto O mais poderoso instrume rumos da história é os dar mu e r ade lid intervir na rea lceregato@abig raf.org.b io para a rág suf ao ito ire O d no. era o voto livre e sob o do Executivo e do Leg islativ escolha dos representantes to, tan ernamentais, por em todas as instâncias gov s conquistas dos brasileiros. foi uma das mais relevante icativo apenas na área O voto, contudo, não é sig nif bém, ser a base da eleição governamental. Deve, tam anizações da sociedade dos dirigentes de todas as org ontre atribuído a um civil cujo controle não se enc do entre pessoas físicas nome específico, mas dividi panhias abertas, cujo ou jurídicas. É o caso das com selho de acionistas, dos presidente é eleito pelo con e das entidades de classe. clubes sociais e esportivos na análise da questão Estas últimas destacam‑se substantivo na interação porque desempenham papel fica ade e os governos e Poder Bra sileira da Indústria Grá Presidente da Associação dos distintos ramos de ativid l. era fed e al ) adu f‑SP est l, igra (Ab ipa munic Regional São Paulo Leg islativo, nas instâncias sabilidade, pon res a ens im têm e qu s São organizaçõe
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