Revista abigraf 273

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REVISTA

ISSN 0103•572X

REVISTA ABIGRAF 273 SETEMBRO/OUTUBRO 2014

A R T E & I N D Ú S T R I A G R Á F I C A • A N O X X X I X • S E T E M B R O / O U T U B R O 2 0 1 4 • Nº 2 7 3




20 REVISTA ABIGRAF ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 533 (Paraíso) 04103-000 São Paulo SP Tel. (11) 3232-4500 Fax (11) 3232-4550 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br

Sensual e impactante

Um dos mais respeitados e colecionados artistas do planeta, o colombiano Fernando Botero conquistou o mundo desafiando as leis da estética ao questionar a vida desequilibrando a forma no espaço. (Nesta edição, excepcionalmente, a matéria de arte é publicada em dois idiomas: português e espanhol).

Elaboração: Clemente & Gramani Editora e Comunicações Ltda. Rua Marquês de Paranaguá, 348, 1º andar 01303-905 São Paulo SP Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159-3010 Fax (11) 3256-0919 E-mail: editoracg@gmail.com Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897), Ada Caperuto, Juliana Tavares, Laura Araújo, Marco Antonio Eid, Ricardo Viveiros Colaboradores: Álvaro de Moya, Claudio Ferlauto e Hamilton Terni Costa Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosaria Scianci

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Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Centrografica Capa: Laminação soft touch, GreenPacking Hot stamping e relevo (com fitas MP do Brasil), HotGraf Assinatura anual (6 edições): R$ 60,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3159-3010 editoracg@gmail.com

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Membro fundador da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf) REVISTA ABIGR AF

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Os sotaques da excelência

Do Nordeste ao Sul do País, mais de 2.300 peças, produzidas por 213 gráficas de 13 estados, disputaram os 244 troféus distribuídos pelos prêmios regionais de excelência gráfica.

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ARTE & INDÚS TRIA GRÁFICA • ANO XXXIX • S ETEMBRO/OU

Integrar para manter-se flexível

A partir de sua participação na GraphExpo, o consultor Hamilton Terni Costa discute a complexidade do cenário gráfico atual, o desenvolvimento da indústria e seus mercados.

FUNDADA EM 1965

REVISTA

TUBRO 2014 • Nº 2 7 3

REVISTA ABIGRAF 273 SETEMBR O/OUTUB RO 2014

Presidente da Abigraf Nacional: Levi Ceregato Presidente da Abigraf Regional SP: Sidney Anversa Victor Gerente Geral: Wagner J. Silva Conselho Editorial: Cláudio Baronni, Fabio Arruda Mortara, Igor Archipovas, Levi Ceregato, Max Schrappe, Plinio Gramani Filho, Ricardo Viveiros e Wagner J. Silva

Autor: Fernando Botero

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A indústria gráfica e a Região Norte

A extensão é continental e a indústria gráfica, ainda incipiente, tem acelerado seu ritmo de crescimento no Norte do País. Superando a média nacional, entre 2011 e 2013, a região apresentou um incremento de 7% na sua economia.

Otimismo moderado

Em números revelados durante o World Print & Communication Forum, a indústria gráfica japonesa aposta no crescimento paulatino da demanda, após anos seguidos de redução acentuada dos principais indicadores.

Alma de menino

A trajetória de Francisco Málaga é marcada pela persistência. Sem desistir dos sonhos de criança, tornou-se um dos principais fabricantes de substratos metalizados do Brasil.

Setor discute a sustentabilidade

Em agosto a ABTG promoveu o 7-º Ciclo de Sustentabilidade. O mote deste ano foi a legislação e os requisitos para que uma gráfica seja sustentável, contando com apresentações técnicas e cases.

Ventos do Sul

Há 30 anos Zé Paiva dedica-se à fotografia, sobretudo ao ofício de contemplar e registrar as paisagens do Sul do Brasil e sua gente. Com quatro livros publicados e uma exposição itinerante, segue clicando e dando workshops.

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Gestão como instrumento de mudança

Ela não quer ser grande e sim ágil, eficiente e lucrativa. Para isso, a paulista Centrografica tem no comando um administrador que não tem medo de romper com antigas práticas.

26 30 64 75 86 Editorial/ Levi Ceregato................................... 6 Rotativa ......................................................... 8 Amazonas/ Adesivos ....................................24 Escolar Office Brasil .....................................44 Bienal Internacional do Livro/ SP ...................46 Congresso Brasileiro de Jornais ....................48 Alphagraphics/ Franchising...........................56 Eletrograf/Placas eletrônicas .........................58 Gráfica SP/ Litocomp....................................62

Ibema/ Papel-cartão.....................................70 Livro Ikebana/C&G .......................................72 Filatelia Mackenzie .......................................74 Sustentabilidade ..........................................75 Olhar Gráfico/ Claudio Ferlauto .....................80 Quadrinhos/ Álvaro de Moya .........................82 Há 30 Anos..................................................89 Sistema Abigraf ...........................................90 Mensagem/ Sidney Anversa Victor.................94

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EDITORIAL

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Bem-vindos ao futuro

cisamos enf rentar com Por todas essas razões, pre sor res imp que uns desafios basilares. idade do par lidade, precisão e eficácia alg agi Para ampliar a competitiv no do, ima est al o da gestão e a percepção mercado mundi exemplo, a profissionalizaçã Por nacional no âmbito de um no s hõe bil 20 $ como as oportunidades ões, sendo US potencial de novos nichos, do ano de 2017, em US$ 668 bilh ca. áfi Gr ria úst multimídias, no de Líderes da Ind a impressão nas produções par Brasil, instituímos o Grupo e or set do sas e na confecção de todo de classe e empre cente mercado publicitário res flo Dele participam entidades . iva dut pro eia para modernizar e põem a nossa cad embalagem. É esta a hora de o tip dos distintos ramos que com a, dor ma e processos que foi imediata e ani tecnologias, equipamentos em ir A resposta a essa iniciativa est inv da zem novos ser viços. o do colegiado, na sede agreguem qualidade e viabili pois à reunião de instalaçã em , af) igr (Ab os empenhados ca áfi Gr ria úst político-institucional, estam no pla No Associação Brasileira da Ind es ant as e ampliar tes 90 pessoas, represent imizar as barreiras tributári min de o tid sen no São Paulo, estiveram presen is seg mentos multinacionais das áreas de folha de pagamento para ma na es nçõ ise as de companhias nacionais e inação dessas ameaças à tinta, papel, livros e todos gráficos. O apelo para a elim máquinas e equipamentos, que udo est do e tes mos sín solicitação de margem de competitividade, ao lado da os insumos. A eles, apresenta os do, rca me do as s públicas de livros e cadern às perspectiv preferência para as compra contém os dados relativos a les de ing nto ista me rev seg da S e ISS no Inteligência e do fim do conflito entre ICM realizado pela Unidade de pela entidade ado end om Indústria Gráfica à enc da foi o rta Ca alh a rab balagens, compõe em The Economist. O t res edo nec esentado na posse da sociação de For ção. Este documento foi apr Na norte-americana NPES, a As o. rsã nve junho, e entreg ue aos Tecnologias de Co ria da Abigraf Nacional, em eto dir de Impressão, Publicação e r nta ese apr da República. que deverão s candidatos à Presidência pai Os seg mentos de impressos nci pri tas que eti ito trabalho, sinerg ia balagens, rótulos, m realismo, bom senso, mu Co maior crescimento são as em por , poderemos ão acima de quatro de toda a cadeia produtiva são coe a e e revistas, todos com evoluç s eta dir visto para o mercado. guias, folhetos, malas capitalizar o crescimento pre cento, seg uidos de jornais, %. 0,6 de s da Indústria nço ava -se jeta pro criamos o Grupo de Lídere que o iss ara É p e catálogos. Para os livros, protagonistas o Brasil será, em 2017, o integrantes deverão ser os s Seu ca. áfi Gr Um dado importante é que ítulo da história do setor. a expansão da demanda de um novo e importante cap oitavo maior mercado. Aqui, al. ndi mu dia mé a do que deverá ser duas vezes maior parque impressor nacional do o açã par r pre Visando à lceregato@abig raf.org.b s estrangeiras fica grá de cia rên cor con l para a previsíve , precisamos ser estratégicos em nosso próprio mercado, eia cad a a tod ir un é necessário coesos e eficientes. Por isso, os bém tam gráficas, mas produtiva. Afinal, não só as el, tinta e todos os insumos pap , nas fornecedores de máqui a. nossa capacidade competitiv ganharão se for ampliada a da s ere Líd ito do Grupo de É justamente esse o propós verter a sinerg ia de toda con é Indústria Gráfica. A ideia or diferencial e determinante essa cadeia produtiva em fat orável de negócios, ter para criar um ambiente fav competitividade e enf rentar ganhos de produtividade e o, afios persistentes. Para iss de modo mais eficaz os des no diagnóstico dos cenários, precisamos aprofundar-nos ades. Há oportunidade de vislumbrando as possibilid seg mentos de impressão. crescimento para todos os ível o acirramento da Em contrapartida, é previs rcados internacionais. concorrência por parte de me ultados adversos da A despeito dos recentes res ctivas são excelentes. fica Bra sileira da Indústria Grá indústria gráfica, as perspe e eficazes Presidente da Associação sos coe , cos égi rat est ser (Abigraf Nacional) Entretanto, precisamos nesse promissor bolo. ão nh qui so nos ir ant gar a par

L evi C eregato

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Mudanças na diretoria da International Paper

Mark S. Sutton foi nomeado CEO

Expo Center Norte receberá Fespa Brasil/ ExpoPrint Digital

Abrangendo as áreas de impressão digital, estamparia digital, comunicação visual, grandes formatos e sinalização, o evento conjunto Fespa Brasil/ ExpoPrint Digital ocupará o pavilhão branco do Expo Center Norte, em São Paulo, no período de 18 a 21 de março de 2015. A primeira edição, em 2013, registrou o número de 13.184 visitantes únicos. Para garantir a participação e o nível do público, os organizadores criaram atrações que visam oferecer aos profissionais oportunidades para demonstrar seu talento e aumentar os ganhos de suas empresas. São elas: a Wrap Cup Master Series, um campeonato de envelopamento automotivo de nível mundial; Application Village, espaço reservado para exibir as inovações da indústria de impressão digital para que os empresários passam conhecer mais aplicações; 2º Congresso Internacional de Comunicação Visual e Impressão Digital, durante a feira, apresentando palestras com temas variados que cobrem desde a parte administrativa até o pessoal técnico para ampliar o conhecimento dos profissionais do segmento. O evento é promovido pela Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica (Afeigraf), APS Feiras & Eventos e Fespa. www.afeigraf.org.br www.apsfeiras.com.br www.fespa.com

da International Paper, função que exercerá a partir de 1º de novembro deste ano, e também presidente do conselho de administração, com início em 1º de janeiro de 2015. Sutton atualmente é presidente e diretor de operações, responsável por liderar e executar as operações globais da empresa, após ter sido vice-presidente sênior de embalagens industriais. Ele sucede a John V. Faraci, que teve a sua aposentadoria anunciada e atua como CEO e presidente do conselho de administração desde novembro de 2003. Faraci foi presidente, vice-presidente executivo e diretor financeiro antes de ser nomeado para o cargo mais alto da empresa. OUTRAS MUDANÇAS – Thomas G. Kadien, na I.P. desde 1978, foi nomeado vice-presidente sênior de recursos humanos, comunicações e relações governamentais globais, a partir de 1º de novembro, juntamente com suas responsabilidades atuais em cadeia de suprimentos e IP Índia ◆ Paul J. Karre, na IP desde 1974, vicepresidente sênior de recursos humanos e comunicações, se aposentará ◆ Timothy S. Nicholls, na IP desde 1991, será o novo vicepresidente sênior de embalagens industriais, tomando posse em 1º de novembro. Hoje ele é vicepresidente sênior de papéis para impressão e comunicações para

Concedido às empresas que possuem excelen-

Epson conquista selo RA1000 do site ReclameAqui 8 REVISTA ABIGR AF

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tes índices de atendimento no ReclameAqui, o selo RA1000 de satisfação de atendimento foi atribuído em junho à Epson. Criado pelo site ReclameAqui, especializado em reclamações e aberto para a avaliação de qualquer consumidor, o selo RA1000 é conferido através de classificação determinada pelos próprios clientes que registraram as reclamações através do site. O objetivo do selo é destacar as empresas que se empenham em melhorar o relacionamento com o consumidor a atingir um alto índice de

as Américas ◆ W. Michael Ammick Jr., na IP desde 1990, assumirá no dia 1º de novembro o cargo de vice-presidente sênior de papéis, celulose e embalagens para o consumidor da América do Norte. Atualmente, Ammick é vicepresidente da International Paper e presidente da empresa na

Mark S. Sutton, CEO da IP

Índia, além de presidente executivo do conselho de administração da International Paper APPM Ltd. ◆ Glenn R. Landau, na IP desde 1991, tomará posse em 1º de novembro como vice-presidente sênior e continuará presidente da IP América Latina, com responsabilidade pelas operações no Brasil. Desde 2013, Landau tem atuado como vice-presidente e presidente da IP América Latina ◆ Rampraveen Swaminathan, desde 2012 na IP, será o presidente da IP Índia a partir de 1º de novembro. Atualmente, ele é vice-presidente da IP e diretor executivo da IP APPM. www.internationalpaper.com.br

eficiência na solução de problemas, demonstrando seu compromisso com o pós- venda e elevando o grau de confiança em sua marca, produtos e serviços. O site possui uma equipe de analistas de conteúdo que monitora diariamente a lista de reclamações das empresas aptas a receberem o selo. O procedimento inibe a possibilidade de ocorrerem simulações por parte das empresas no processo de reclamações e avaliações positivas. As avaliações do ReclameAqui variam entre não recomendado, ruim, regular, bom, ótimo e RA1000. www.epson.com.br

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Jornalista Celso Ming dá palestra para associados Afeigraf

A primeira reunião da Associação de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica (Afeigraf) realizada após a ExpoPrint Latin América teve como grande atração a palestra de Celso Ming. Já sob a gestão da nova diretoria e do novo presidente, Klaus Tiedemann, a reunião ocorreu no dia 16 de setembro, no Club Transatlântico, em São Paulo. Na abertura, Tiedemann reforçou os objetivos da Afeigraf. “Sempre estivemos e continuamos a ouvir nossos associados e a pleitear junto às entidades representativas ações que possam favorecer nossa indústria”, salientou, destacando o sucesso da ExpoPrint 2014, realizada de 16 a 22 de julho. O novo presidente anunciou também mudanças no formato das reuniões, que passam a ser bimestrais. O projeto inclui ainda a realização de palestras ou seminários informativos sobre temas relevantes para o mundo empresarial e gráfico. Na sua apresentação, Celso Ming falou sobre as perspectivas de mudanças políticas com as eleições e como os caminhos futuros impactam a economia e a indústria nacionais. Temas como PIB, mudanças políticas e macroeconômicas, incentivos federais e ajustes na indústria foram abordados. Para Ming, é fundamental que o empresariado nacional invista em equipamentos para manter a competitividade. “O Brasil tem problemas estruturais em seu mercado industrial. Um deles, é a baixa competitividade de nossas empresas. O outro, é que estamos defasados em tecnologia. Por isso, para sermos competitivos, não há outro jeito: o empresário tem que investir em tecnologia produtiva e em tecnologia da informação. Temos que ser otimistas. A atual conjuntura exige mudanças e elas virão, queiramos ou não. E, se estivermos pensando somente nas dificuldades, corremos o risco de deixar passar as oportunidades”.

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EFI Fiery proServer mais rápido com tecnologia Fast N

ova versão do Fiery proServer foi anunciada em agosto pela EFI, destinado às impressoras jato de tinta de grandes e supergrandes formatos da empresa. Sistema de front- end digital avançado para controlar impressoras a jato de tinta, a versão 6 do EFI Fiery proServer foi projetada para as impressoras EFI Vutek. Ela é dotada do recurso Fiery Accelerated System Technology (Fast) Rip, que processa arquivos em PDF até sete vezes mais rápido que anteriormente. Mais do que um rip, o proServer fornece um fluxo de trabalho com gerenciamento de cores de alto desempenho, suporta o controle de impressão PSD da Fogra e é compatível com mais de

540 impressoras dos principais fabricantes. A atualização do Fiery proServer 6 está disponível gratuitamente para todos os clientes proServer que possuam contrato de suporte e manutenção do soft ware válido ou programa de software aprimorado com cobertura da Fiery XF. Os demais podem adquiri-lo diretamente na EFI. www.efi.com

HP apresenta novas soluções Exstream

Dois complementos inovadores ao portfólio de gestão da comunicação multicanal com o cliente (CCM, sigla em inglês) da HP, o Exstream 9.0 e o Exstream Empower Editor, foram anunciados pela companhia no final de agosto. São soluções projetadas para auxiliar as organizações a melhorar a experiência e o engajamento do cliente, assim como a rentabilidade. A gestão tradicional e transacional da comunicação com o cliente está evoluindo e passando da comunicação em papel e eletrônica para canais móveis e sociais, exigindo experiências consistentes e otimizadas para o cliente, tanto on-line quanto off-line. As inclusões do HP Exstream trazem melhorias ao Exstream Design & Production, bem como a introdução do Exstream Empower Editor. Elas oferecem melhores capacidades de design e interação e permitem que as organizações mudem o controle da comunicação com o cliente para usuários de negócios e de marketing, proporcionando a essas áreas mais agilidade na comunicação, com independência de TI. O HP Exstream 9.0 torna a comunicação com o cliente um diferencial competitivo, que ajuda as organizações a fidelizar os clientes existentes e atrair outros, além de facilitar a interação com os mais rentáveis. www.hp.com.br

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ENFOQUE

As novas áreas de investimento da Kodak JEFFREY CLARKE, CEO DA EASTMAN KODAK CO.

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Brasil Signage Expo veio para ficar Durante os dois dias de atividades, 18 e 19 de se-

tembro, a Brasil Signage Expo 2014 recebeu 2.491 visitantes qualificados no pavilhão amarelo do Expo Center Norte, em São Paulo. Os organizadores consideraram um grande sucesso a realização da feira, voltada exclusivamente para os setores de sinalização digital, DOOH (digital out of home) e TV Corporativa e já programaram a segunda edição para 27 e 28 de agosto de 2015. A comprovação do resultado positivo do evento foi demonstrada pela satisfação de diversos expositores que já confirmaram presença no próximo ano. SEMINÁRIO ABMOOH – Organizado pela Associação Brasileira de Mídia Out of Home, o seminário abordou digital signage e DOOH em aeroportos, transporte público, grandes formatos, padrões técnicos e outros temas, ministrados por profissionais com uma história de sucesso no mercado.

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CONGRESSO INTERNACIONAL – O segundo dia da Brasil Signage Expo foi ocupado pelo Congresso Internacional Brasil Signage, que teve a BroadSign como patrocinadora, reunindo nomes de todo o mundo para tratar de temas ligados à sinalização digital. Profissionais falaram sobre soluções e tecnologia em sinalização digital, software, hardware, instalações e cases de sucesso. Eufórico, Ubiratan Macedo, diretor executivo da ABMOOH, comemorou: “A feira superou todas as expectativas, pela quantidade de pessoas circulando e ainda mais pela qualidade do público, com profissionais que chegam com as perguntas certas, sabendo o que querem; e o seminário, lotado do primeiro ao último minuto em todas as palestras, pelo interesse das pessoas. Isso é uma prova de que somos um segmento vivo, em ebulição. Temos profissionais aqui do Brasil inteiro”.

ruto da preocupação e responsabilidade da companhia em se anCertificação Ftecipar às exigências dos clientes e na busca contínua pelas melhoFSC em todas res práticas, a SPP-KSR acaba de concluir o processo de certificação Stewardship Council (FSC) em cadeia de custodia para todas unidades Forest as unidades comerciais da empresa. A matriz da distribuidora já poscomerciais da suía a certificação desde 2008. O selo FSC, concedido pela certificaImaflora, atesta a rastreabilidade da produção do papel desde SPP-KSR dora a matéria-prima até o consumidor final. www.sppksr.com.br REVISTA ABIGR AF

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m março deste ano, Jeffrey Clarke assumiu a Kodak com a tarefa de liderar a empresa após sua rees tru tura ção, agora com foco concentrado nos segmentos de impressão de imagens e impressão funcional. A ExpoPrint 2014 foi o primeiro evento de caráter internacional no qual o CEO participou, ocasião em que a Revista Abigraf entrevistou o executivo com exclusividade. Com todas as mudanças tecnológicas recentes, a Kodak teve de se reinventar. Finalizado esse processo, qual é o principal desafio para a empresa hoje? JC – Lidar com o fato de haver mercados que estão em queda e outros em crescimento, e saber identificar e enfatizar as tecnologias que podem favorecer os segmentos mais promissores. Nesse sentido, quais são as tecnologias em ascensão? JC – A chapa offset livre de químicos é uma delas, com crescimento de 300% no último ano, especialmente na América Latina. Outras áreas nas quais estamos investindo são soluções em flexografia para o setor de embalagens, assim como em cabeçotes inkjet de altíssima velocidade, que estão levando a impressão digital para ambientes realmente de grande produção.

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Heidelberg realinha portfólio de acabamento A

Heidelberger Druckmaschinen AG, realinhando sua atuação na área de acabamento, em decorrência das novas condições de mercado, interrompeu a produção própria nas instalações em Leipzig, Alemanha, exceto para a produção de dobradeiras na fábrica de Ludwigsburg. No futuro, os produtos e soluções de acabamento para embalagens serão desenvolvidos e fabricados pelo novo parceiro OEM chinês Masterwork Machinery Co., ficando as atividades de vendas e manutenção sob a responsabilidade da Heidelberg. Nos negócios para a área de acabamento, a Heidelberg continuará a comercializar apenas dobradeiras e guilhotinas. As atividades de manutenção para os equipamentos instalados das séries interrompidas na fábrica de Leipzig serão assumidas pela fabricante suíça Müller Martini. Estas medidas, contudo, não afetarão os negócios da Heidelberg com as guilhotinas Polar e as dobradeiras Stahlfolder. “Fomos capazes de ganhar dois fornecedores renomados como parceiros para o nosso portfólio de acabamento realinhado. Eles vão nos ajudar a oferecer aos nossos clientes produtos competitivos e garantir a continuidade dos serviços de peças e manutenção”, declarou Stephen Plenz, membro do conselho da área de equipamentos da Heidelberg. Essas mudanças resultarão no encerramento das atividades das instalações em Leipzig e a redução na força de trabalho em Ludwigsburg e Wiesloch-Walldorf. Cerca de 650 colaboradores em todo o mundo serão afetados. Em sua recente conferência anual de imprensa, a Heidelberg anunciou o desenvolvimento de novos modelos de negócio para produtos com margens estreitas como parte do processo de otimização no seu portfólio. “A competitividade das linhas de produtos de acabamento na Heidelberg estava limitada e, agora, essas atividades estão sendo totalmente reorganizadas. O realinhamento nessas áreas é um passo importante para a melhoria da situação econômica da empresa e para se aproximar da margem ebitda almejada de pelo menos 8%”, afirmou o presidente mundial da empresa, Gerold Linzbach. www.heidelberg.com.br

Solução conjunta Kodak e Packz para embalagem O

s produtos para gerenciamento de fluxos de trabalho da Kodak passarão a integrar a tecnologia do Packz Professional PDF Editor, desenvolvido pela multinacional de soft wares Packz, com sedes em Freiburg (Alemanha) e Gent (Bélgica). Destinada principalmente aos segmentos de embalagens e etiquetas que demandam alta qualidade e consistência no processamento de documentos PDF, a nova solução será oferecida conjuntamente às ferramentas do Kodak Prinergy Workflow. Com isso, os usuários poderão editar e gerenciar arquivos PDF de diferentes tipos e graus de complexidade, tanto em plataforma Windows, como Macintosh. O Packz oferece um portfólio completo de ferramentas de gestão e edição de PDF para embalagens, como controle de trapping, gerenciamento de separação de cores, configuração de processos automatizados step and repeat, visualização de mock ups tridimensionais e edição de conteúdo PDF nativo. Além do Kodak Prinergy Work flow para embalagens, a Kodak irá também agregar as ferramentas do Packz em outras soluções, como: Pandora (soft ware para aplicações step and repeat), Colorflow e a tecnologia flexográfica Sportless, e ainda o PDF Tools (que inclui o Compare & Merge, Dotshop e Prinergy Plate Building), soluções Advanced Screening (Maxtone, Digicap e Hyperflex) e do Arden Impact. www.kodak.com.br

International Paper conquista prêmio Destaques do Setor da ABTCP

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Reconhecida nas categorias Desenvolvimento Humano e Organizacional e Fabricante de Papéis Gráficos, a In ter na tio nal Paper conquistou em dose dupla o Prêmio Destaques do Setor, promovido pela As so cia ção Brasileira Técnica de Celulose e Papel. A entrega será feita em outubro, durante o Congresso e Exposição Internacionais de Celulose e Papel. A premiação é considerada uma

das mais importantes do setor, prestigiando e reconhecendo os fabricantes e fornecedores mais respeitados no mercado.

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ENTREVISTA

Para o diretor e membro do Conselho Administrativo do Grupo Estado, existem questões mais profundas quando se analisam os desafios do modelo de negócio da comunicação impressa.

Foto: José Luis da Conceição/Estadão

Fernão Lara Mesquita

Texto: Juliana Tavares

Jornal: muito além do panorama impresso versus digital

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pesar da formação em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (Fflch-USP/SP), foi no jornalismo que Fernão Lara Mesquita escreveu a sua história profissional. Já são mais de três décadas de experiência na área com passagens pelos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde,

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publicados pelo Grupo Estado, no qual hoje exerce o cargo de diretor e também participa do Conselho de Administração. Com a bagagem adquirida após desempenhar todas as tarefas praticadas nas redações, Fernão explica nesta entrevista o que mais está em jogo no debate sobre a função do jornal e da comunicação impressa como um todo.


Muitos especialistas do mercado defendem a com­ (ou deveriam estar) as empresas produtoras de plementariedade das mídias tradicional e digital jornais, no círculo vicioso que se inicia com a como uma das saídas mais eficazes para se man­ crise inserida pela internet. ter o valor do impresso perante a sociedade. O que A que o senhor atribui essa perda de identidade mais pode ser feito nesse sentido? Acredito que a crise do modelo de negócio da co- dos jornais? municação impressa, que nasceu da quebra do É um pouco como a história do ovo ou da gaparadigma tecnológico, evoluiu para uma cri- linha: difícil fixar com exatidão o que provose mais profunda, de identidade mesmo. Ago- ca o quê nessa sequência de erros provocara não é mais só do modelo de negócio, a crise é dos e erros não provocados. Quando o jornal também de perda de consisdeixa de dizer o que o leitência do papel institucional tor precisa saber para pasda imprensa, sem a recupesar a tentar dizer o que cada QUANDO O JORNAL ração do qual o negócio não grupo de leitores pensa que existe. A sequência histórica quer ouvir (ou o que os ediDEIXA DE DIZER O QUE dos acontecimentos, aliás, tores/comerciantes pensam O LEITOR PRECISA é essa: primeiro a imprenque eles querem ouvir), ele SABER PARA PASSAR sa fixa- se como imprescinse torna falso e desnecesA TENTAR DIZER O dível para o funcionamento sário. Em cima dessa perda QUE CADA GRUPO da democracia e, portanto, de identidade entrou a ação DE LEITORES PENSA como ferramenta obrigatóde infiltração ideológica que ria de uso diá rio por todos vendeu por “ética jornalístiQUE QUER OUVIR (OU os agentes sociais e econômica” a obrigação autoimposta O QUE OS EDITORES/ cos. Em função disso os jorpelas redações de hoje de baCOMERCIANTES nais transformam- se num nir qualquer sinal de protaPENSAM QUE ELES bom negócio e, também, no gonismo. As redações obriQUEREM OUVIR), mais ativo ator coadjuvante gam- se a apenas repetir o ELE SE TORNA FALSO da organização do jogo ecoque dizem as fontes e, asnômico no seu território de sim, parecem tão desonesE DESNECESSÁRIO. circulação. É importante ter tas quanto elas costumam em mente que, nesse caso, a ser no mundo político. O púordem dos fatores altera o reblico, base do negócio, não sultado. Assim como as circulações só sobem engole essa truta. Antes de propor a compledas centenas de milhares para os milhões com mentaridade das mídias é preciso, portanto, o protagonismo assumido pela imprensa de pa- recuperar a complementaridade das funções drão americano, como é a nossa, a presente cri- — institucional e de negócios — da imprensa, se só se torna aguda quando a ameaça implícita e na ordem correta. De volta ao básico, portanna quebra do paradigma tecnológico leva as em- to, como deve-se fazer sempre diante da desopresas jornalísticas a substituir o foco no jor- rientação que resulta das aflições das crises. nalismo pelo foco na administração e na área comercial, esva ziando a função institucional Qual é o impacto dessa transição no conteúdo dos jornais, que é a que justifica a sua existên- dos jornais? cia. Aqui a trajetória foi a mesma. A imprensa Não penso mais em jornais de papel ou não pafixa-se como referência e cresce em circulação pel. É tudo uma coisa só e o principal é o que nas campanhas da Abolição, da República, na ficou dito acima: a função institucional, sem a campanha constituciona lista e nas campanhas qual nada mais existe. Mas inovar a função de pela redemocratização e, em função disso, tor- agente organizador da economia, outro papel na-se um bom negócio. Esvazia-se e torna-se essencial da imprensa que ninguém substituiu um mau negócio depois dessa fase, começan- ainda, também é fundamental. As novas tecnodo pelo esva zia mento das redações e da mis- logias permitem maravilhas nesse campo, tansão institucional a serviço da qual estavam to quanto na renovação da função institucional. setembro /outubro 2014

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Foto: Alex Silva/Estadão

Quais particularidades as empresas de comu­ alcance e significado do choque tecnológico, e nicação podem explorar para ter um diferencial muito da desorientação delas é função da nossa. Só a imprensa pode ajudar a esclarecer essa no mercado? Focar em voltar a ser essencial para a vida insti- confusão. Com o risco de escandalizar os tectucional da Nação (o que inclui fazer a ponte en- no-geeks, afirmo que as novas tecnologias mudam menos do que se pensa tre agente econômico e regulano campo que nos afeta, que dor). Há sinais animadores de é exatamente o “meio campo” que isso começa a acontecer na das interações institucionais fase pré-eleitoral, quando parA IMPRENSA É, e econômicas. Tudo isso torna te da imprensa se deu conta de POR EXCELÊNCIA, mais urgente e infinitamente que nesta eleição joga-se a perO ÚNICO AGENTE mais necessário fazer reformas manência ou não do País no DAS SOCIEDADES institucionais. E a imprensa é, campo democrático e, portan— DEMOCRÁTICAS por excelência, o único agente to, a sobrevivência da própria OU NÃO — CAPAZ DE das sociedades — democrátiimprensa. Isso resultou num choque positivo. Há que acocas ou não — capaz de induzir INDUZIR REFORMAS. plar a isso a renovação do pareformas. Nas democráticas, pel da imprensa como agente porque o papel do status quo é organizador do mercado. Essa impedir as mudanças que só dobradinha é infalível e só a imprensa pode fa- a imprensa pode empurrar goela abaixo dele. zer as duas coisas ao mesmo tempo, como é Nas antidemocráticas, agindo subversivamenobrigatório que seja para que tudo funcione. te até que elas se tornem democráticas o bastante para ter uma imprensa livre o suficiente Durante o 10 º‒ Congresso Brasileiro de Jornais para ir reformando permanentemente a demoda ANJ foram anunciadas duas plataformas que cracia, uma vez que ela se instale com requisitos mostram os benefícios de uma campanha vei­ mínimos. Democracia sem aspas, aliás, são apeculada na mídia impressa. Como o senhor ava­ nas e tão somente as que se tornam flexíveis o lia a postura das empresas anunciantes antes e bastante para se reformarem permanentemente. E atenção, essa é a pauta para a imprensa: depois do digital? As empresas anunciantes estão tão desorien- voto distrital com recall é a única ferramenta tadas quanto a imprensa a respeito do real capaz de operar esse milagre.

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Botero

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ARTE

No desequilíbrio da forma nasce o belo surreal

E

m Medellín, capital do estado de Antioquia, fundada em 1675 por es­pa­n hóis, em meio as montanhas do Vale de Aburrá na Cordilheira do Andes, no­roes­te da Colômbia, nas­ ceu Fernando Botero. Segundo dos três filhos de David Botero e Flora Angulo, veio ao mun­ do em 19 de abril de 1932, a 1.520 metros de altitude. O pai morreu quatro anos depois de conhecer o filho. Nesse mesmo ano na Europa, si­mul­ta­nea­men­te ao fim da democracia alemã com a chegada de Adolf Hitler ao poder, o escul­ tor Henry Moo­re faz o modernismo ser aceito na arte britânica. Com buracos nos seus traba­ lhos curvos, Moo­re criou figuras imponentes e distorcidas, estabelecendo um vínculo entre na­ tureza e humanidade. Assim como, anos mais tarde, Botero também faria de maneira única com suas encorpadas figuras. Alguém que nasce em meio aos condores, não deve ter vindo ao mundo sem um de­sa­f ia­ dor destino . . . Cria­do pela mãe, Botero estudou com os je­suí­tas. Aos 12 anos ingressou na Es­ cola de Toureiros, fez suas primeiras aquarelas sobre touradas e paisagens. Nessa mesma épo­ ca, ilustrou para o jornal diá­r io El Co­lom­bia­no pagando seus estudos. Criou ce­ná­r ios para o grupo espanhol de tea­tro Lope de Vega.

De volta ao seu país, expõe os trabalhos cria­dos no ex­te­rior. A mostra é um fracasso, não vende um só quadro e as críticas são negativas. Botero ganha a vida, mais uma vez, ilustrando para a imprensa. Em 1956, muda para o Méxi­ co. Participa de uma coletiva com a tela “Natu­ reza morta com bandolim”, seu primeiro traba­ lho com formas, cores e luz na qual os volumes são valorizados. Passa um tempo em Nova York, vence na terra do “Tio Sam” sem dinheiro e sem falar inglês. Conquista prê­mios internacionais. A partir de então, ao de­sa­f iar as leis da es­ tética na busca de questionar a vida desequili­ brando a forma no espaço e crian­do volumes no hábil uso das cores, em um sur­rea­lis­mo belo, sen­sual e impactante, Botero mostra as crenças e costumes, as diferenças sociais e os contrastes de seu país. Não lhe faltam traba­ lhos cujos temas revelam as desigualdades so­ ciais, os conflitos no campo e na cidade e, até mesmo, a questão das drogas e os líderes dos car­téis do tráfico.

O dia a dia do povo colombiano, seus costumes e crenças, em responsável leitura político-​­social que vai da realidade ao sonho é a temática do trabalho desse criativo artista. Ao desafiar as leis da estética, Botero encanta o mundo. Ricardo Viveiros (ABCA-AICA)

A CONQUISTA

Respeitado nos EUA , e também na Europa e na Ásia, Botero volta a ter sucesso na Colôm­ bia. Embora autodidata, torna-​­se professor da

O DESAFIO

Como era de se esperar, aos 19 anos Botero vai para Santa Fé de Bogotá. Ali integra-​­se à van­ guarda in­te­lec­tual. Cinco meses após estar na capital do país, rea­li­za na galeria Leo Matiz a primeira exposição in­d i­v i­dual com desenhos, aquarelas, ­óleos e aguados. Com o dinheiro das vendas vai para o Caribe, passa o verão pintan­ do. Volta e faz nova mostra. E nunca mais para de ­criar, tornando-​­se um dos mais respeitados, pre­mia­dos e co­le­cio­na­dos artistas do planeta. Suas obras estão em espaços públicos, ga­le­r ias, museus, coleções particulares em dezenas de paí­ses de todos os continentes. Já pre­mia­do na Colômbia, em 1952 Botero vai para a Espanha. Estuda, pinta, expõe. No ano seguinte segue para Paris (França), e apaixona-​­se pelo acervo do Museu do Louvre. Depois, vai para a Itália onde pesquisa e estuda em Florença.

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cátedra de Pintura da Acade­ mia de Arte de Bogotá. Ilus­ tra textos de seu conterrâ­ neo, Ga­briel García Márquez. Em 1959, participa da V Bie­ nal In­ter ­na­c io­nal de Arte de São Paulo (Brasil). Seu traba­ lho “Mona Lisa aos 12 anos” destaca-​­se e chama a atenção do público e da crítica. Ao longo de uma produ­ tiva, inspirada e exitosa car­ reira surgem, além de dese­ nhos, aquarelas, gravuras e ­óleos, também murais, afres­ cos e esculturas. Qual artista plástico não se envaideceria ao ver suas obras em museus como Guggenheim, M oMA , Metropolitan, Kunsthalle Baden-​­Baden, Mo­ derna de Estocolmo e outros? Mas, só mesmo uma legítima celebridade da arte mun­d ial po­ deria ter, e pela primeira vez na história da ci­ dade, esculturas monumentais ao longo da Park Avenue, em Nova York (EUA). E também em ruas e praças de Florença (Itália), Paris (França) e outros destinos. Botero, vítima de atentado contra uma de suas obras e uma tentativa de sequestro, há dé­ cadas vive entre o México, EUA , Itália e Fran­ ça. Mas, carinhosamente, tem um permanente e apaixonado olhar para a sua amada Colômbia. Em 2000, doou ao Museu Botero (no complexo cultural do Banco Na­cio­nal da Colômbia), em Bogotá, obras-​­primas de sua coleção particu­ lar, incluindo Miró, Stella, Rauschenberg, Pi­ casso, Monet, Renoir, Toulouse-​­L autrec, Ma­ tisse, Chagall, Degas, Corot, Klimt e outros, um acervo ava­lia­do em milhões de dólares. Tam­ bém doou suas pró­prias obras à cidade de Me­ dellín, que reú­ne no Museu da Antioquia a mais ampla e va­lio­sa coleção do artista. Com ate­liês em Paris (França), Nova York (EUA ), Monte Carlo (Mônaco) e Pie­t ra­s an­t a (Itália), Botero não se enquadra no es­te­reó­ti­po do artista boê­mio. Ao contrário, é um homem disciplinado, es­tu­d io­so e metódico, que traba­ lha duro. Sua palheta já foi dos tons fortes aos sua­ves, passando pelos terrosos dos anos 1970, mas sempre empregando muita técnica cap­ tada e renovada na permanente pesquisa dos grandes mestres trazidos à contemporaneida­ de dos temas. Botero foi, é e será um clássico. Desde sempre e para sempre.

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Botero: en el desequilibrio de la forma nace la belleza surreal Las costumbres, las creencias, los sueños y la realidad política y social del pueblo colombiano son la inspiración de este creativo artista. Al desafiar las leyes de la estética, Botero encanta al mundo. Ricardo Viveiros (ABCA‑AICA) Traducción: Marcia Cárdenas Viveiros

E

n Medellín, capital del departamento de Antioquia, fundada en 1675 por españo­ les, en medio las montañas del Valle de Aburrá en la Cordillera de los Andes, noroes­ te de Colombia, nace Fernando Botero. Segun­ do de los tres hijos de David Botero y Flora An­ gulo, vino al mundo el 19 de abril de 1932, a 1.520 metros de altura. El padre murió cuatro años después de conocer al hijo. En esa época en Europa, mientras Alema­ nia dejaba de ser democrática con el ascenso de Adolfo Hitler al poder, el escultor Henry Moo­ re lograba que el arte moderno fuese reconoci­ do en Inglaterra. Con agujeros en sus trabajos cóncavos y convexos, Moore creó figuras impo­ nentes y onduladas, estableciendo un vínculo

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Respetado en Estados Unidos y también en Eu­ ropa y en Asia, Botero vuelve a tener éxito en Co­ lombia. No obstante autodidacta, es nombrado profesor de la cátedra de Pintura de la Academia de Arte de Bogotá. Ilustra textos de su coterráneo, Gabriel García Márquez. En 1959, participa de la V Bienal Internacional de Arte de São Paulo, Bra­ sil. Su trabajo, “Mona Lisa a los 12 años” se des­ taca y llama la atención del público y de la crítica. A lo largo de una productiva, inspirada y exi­ tosa carrera surgen, además de dibujos, acuare­ las, grabados y óleos, también murales, frescos y esculturas. ¿Cuál artista plástico no estaría halagado al ver sus obras en museos como Gu­ ggenheim, MoMA, Metropolitan, Kunsthalle Baden‑Baden, Moderna de Estocolmo y otros? Solo una legítima celebridad del arte mundial podría tener, y por primera vez en la historia de la ciudad, esculturas monumentales a lo largo de la Park Avenue, en Nueva York, Estados Uni­ dos. Y también en importantes calles y plazas de Florencia, Italia; Paris, Francia, y otros destinos. A raíz de un atentado contra una de sus obras y un intento de secuestro, desde hace décadas optó por vivir entre México, Estados Unidos, Ita­ lia y Francia. Sin embargo, mantiene a Colombia en su corazón. En el 2000, donó al Museo Bote­ ro (en el complejo cultural del Banco Nacional de Colombia), en Bogotá, obras primas de su colec­ ción particular, incluyendo Miró, Stella, Raus­ chenberg, Picasso, Monet, Renoir, Toulouse‑Lau­ trec, Matisse, Chagall, Degas, Corot, Klimt y otros, un acervo avaluado en millones de dóla­ res. También donó sus propias obras a la ciudad de Medellín, que reúne en el Museo de Antio­ quia la más amplia y valiosa colección del artista. Con atelieres en Paris, Francia; Nueva York, Estados Unidos; Monte Carlo, Mónaco, y Pie­ trasanta, Italia, Botero no se encuadra en el estereotipo del artista bohemio. Al contrario, es un hombre disciplinado, estudioso y me­ tódico, que trabaja mucho. Su paleta ya pasó de los tonos fuertes a los suaves, pasando por los terrosos de los años setenta, pero siem­ pre empleando la maestría captada y renova­ da en la permanente búsqueda de los grandes maestros traídos a la contemporaneidad de nuestros días. Botero fue, es y será un clásico. Desde siempre y para siempre.

REVISTA ISSN 010 3•572

ARTE & IN DÚSTRI

A GRÁFIC A • ANO X XXIX • SET EMBRO

/OUTUBRO

X

2 0 1 4 • Nº 273

UBRO 2014

Como era de esperarse, a los 19 años Botero se traslada a Bogotá. Allí se integra a la vanguardia intelectual. Cinco meses después de su llegada a la capital del país, realiza en la galería Leo Ma­ tiz la primera exposición individual con dibu­ jos, acuarelas, óleos y aguadas. Con el dinero de las ventas pasa una temporada en el Caribe pin­ tando. Regresa y realiza una nueva exposición. Y nunca más deja de crear, tornándose uno de los más respetados, premiados y colecciona­ dos artistas del planeta. Sus obras están en es­ pacios públicos, galerías, museos, colecciones particulares en decenas de países de todos los continentes. Ya premiado en Colombia, en 1952 Botero viaja a España. Estudia, pinta, expo­ ne. Al año siguiente se traslada a Paris y queda cautivado con el acervo del Museo del Louvre. Después, decide aprender sobre el arte italiano y estudia en Florencia. De regreso a su país, expone los trabajos creados en el exterior. La muestra es un fra­ caso, no vende ni un cuadro y las críticas son negativas. Botero vuelve a trabajar realizando ilustraciones para la prensa. En 1956, se tras­ lada a México. Participa de una colectiva con la obra “Naturaleza muerta con violín”, su pri­ mer trabajo con formas, colores y luz y en la cual el volumen se fortalece. Pasa una tempo­ rada en Nueva York, vence en la tierra del “Tío Sam” sin dinero y sin hablar inglés. Recibe premios internacionales. A partir de ese momento, al desafiar las le­ yes de la estética buscando el cuestionamiento de la vida, desequilibrando la forma en el espa­ cio y creando volúmenes gracias a su habilidad en el uso de los colores, en un surrealismo be­ llo, sensual e impactante, Botero muestra las creencias y costumbres, las diferencias sociales y los contrastes de su país. No le faltan trabajos cuyos temas revelan las disparidades sociales,

LA CONQUISTA

273 SETEMB RO/OUT

EL DESAFÍO

los conflictos en el campo y en la ciudad e, in­ cluso, el asunto de las drogas y de los jefes de los carteles del tráfico.

REVISTA ABIGRA F

entre naturaleza y humanidad. Años más tar­ de, Botero también sorprendería el mundo del arte con sus robustas figuras. Alguien que nace en medio de los cóndores, no debe haber venido al mundo sin un destino provocador . . . Criado por la madre, Botero estu­ dió con los jesuitas. A los 12 años ingresó en la Escuela de Toreros, hizo sus primeras acuarelas sobre corrida de toros y paisajes. En 1948, rea­ lizó trabajos de ilustración para el diario “El Co­ lombiano”, para pagar sus estudios. Creo escena­ rios para el grupo español de teatro Lope de Vega.

Capa

Fernando Botero

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ADESIVOS

Há três anos fornecendo adesivos para a indústria gráfica, empresa lança sua primeira linha PUR e projeta conquistar 25% desse mercado até 2016.

Amazonas investe no segmento editorial

E

ntre as empresas que debutaram na ExpoPrint 2014 estava a Amazonas. E a estreia se deu em grande estilo, com a apresentação de três produtos de alto desempenho, di­re­cio­na­dos aos segmentos edi­to­r ial e de embalagens: os adesivos hotmelt Chloros 20 e Top Free­ze 100, e o PUR Puram 8005. O primeiro tem como base polímeros catalisados como o metaloceno, composto químico conhecido por conferir aos adesivos alta estabilidade térmica. Indicado para a colagem de cartuchos congelados e caixas supercongeladas, o Chloros 20 é isento de carbonização e oxidação, oferecendo maior rendimento, menor índice de manutenção da linha de produção e maior performance na colagem, com aderência e coe­são su­pe­r io­res. O Top Free­ze 100, hotmelt à base de polímeros convencionais, foi es­pe­cial­men­te desenvolvido para a colagem de caixas coletivas e cartuchos supercongelados, cartões em geral, materiais de difícil

24

Fabiano Invernizzi Pucci, gerente comercial da divisão adesivos

ancoragem e para a u ­ nião de garrafas PET e base PE, bem como para a adesão de materiais revestidos com BOPP, PET, PVC e PP. Já o Puram 8005 marca a entrada da Amazonas no segmento de adesivos rea­t i­vos com a umidade do ar (PUR), que conferem à lombada dos livros maior flexibilidade, resistência a altas e baixas temperaturas, melhor acabamento e durabilidade. O produto apresenta cura total entre dois e cinco dias, dependendo da umidade do ar. De acordo com Fa­bia­no Invernizzi Pucci, gerente co­mer­c ial da divisão de adesivos, a expectativa com relação à feira era grande por ser a indústria gráfica um mercado novo para o grupo, que começou a explorá-​­lo há apenas três anos. “Ini­c ia­mos com hotmelts convencionais e agora estamos oferecendo produtos de alta tecnologia e ingressando num novo nicho através da linha PUR”. A decisão de investir na fabricação de adesivos para o segmento gráfico veio justamente de um estudo de mercado que identificou a migração do hotmelt con­ven­cio­nal para o PUR , em grande parte alavancada pela exigência dos programas governamentais de livros didáticos e paradidáticos. Segundo o estudo promovido pela Amazonas, o consumo mensal de PUR pela indústria gráfica no Brasil gira em torno de 300 toneladas. No campo do hotmelt, a empresa trabalha com estimativas, calculando uma demanda entre 750 e 800 toneladas/mês, da qual supre cerca de 10%. Atual­men­te a Amazonas é capaz de fabricar 30 toneladas de PUR e 550 toneladas de hotmelt por mês. “Estamos trabalhando para alcançar uma participação de 25% no mercado de PUR até 2016”, afirmou

Vista aérea das instalações do Grupo Amazonas em Franca, interior de São Paulo

Fa­bia­no Pucci. Vá­r ias ações estão alinhadas com esse objetivo. A equipe co­mer­cial está sendo readequada, a empresa está desenvolvendo par­ce­r ias com fabricantes de equipamentos, fornecedores e as­so­cia­ções do setor, sem contar a formação de uma rede na­cio­nal de distribuidores focados no segmento gráfico, que agora estão sendo eleitos. Enquanto essa malha está sendo estruturada, o grupo conta com a facilidade de ter entre as empresas que o compõem a Amazonas Logística, capaz de garantir a entrega de seus adesivos em todo o País. DA BORRACHA AO ADESIVO

A Manufatureira de Borrachas Amazonas, fundada em 1947 por Thomaz Licursi e Paulino Pucci em Franca (SP), foi a semente do Grupo Amazonas. Hoje a empresa, pioneira na produção de componentes sintéticos para calçados, é uma das mais importantes no fornecimento de compostos, placas, solados, saltos e adesivos. É a maior fabricante de componentes para a indústria calçadista da América Latina, e uma das maiores do mundo, com oito fábricas no Brasil e duas no ex­te­r ior (Uruguai e Argentina). Com o desenvolvimento da empresa, seu mix de produtos foi am­plia­do e a Amazonas passou a fornecer compostos de borracha e adesivos para outros segmentos. Atual­men­te, a área de adesivos responde por 70% do faturamento do grupo.

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ECONOMIA Dados: Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf

Panorama da indústria gráfica da Região Norte

Apesar da crescente importância econômica da Região Norte, o seu setor de impressão ainda tem pouca presença e muito espaço para crescer.

F

alar na Re­g ião Norte é se referir, antes de mais nada, à maior re­g ião do País em extensão ter­r i­to­r ial. Somados, seus sete estados — Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins — totalizam 3.853.575,6 quilômetros quadrados ou 45,25% do território na­cio­nal. Além disso, a importância da re­g ião aumenta se considerarmos sua área fronteiriça, vizinha que é de seis paí­ses sul-​­americanos: Bolívia, Peru, Colômbia, Ve­ne­zue­la, Guiana e Suriname, além do território da Guiana Francesa. Historicamente, e ainda na atua­li­d a­de, a Re­g ião Norte tem sua base econômica no setor extrativista vegetal, mineral, de petróleo e gás natural, além das atividades de agro­pe­cuá­r ia e turismo. A atividade in­dus­trial começou a ganhar importância na década de 1960, quando foi cria­da a Zona Franca de Manaus. Os incentivos fiscais para o setor se expandiram na década seguinte, e hoje o Polo In­dus­trial de Manaus conta com cerca de 500 empresas, com destaque para os segmentos ele­troe­le­trô­ni­co, de informática, químico e far­ma­cêu­ti­co. Em 2011, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geo­g ra­f ia e Estatística), o PIB (Produto Interno Bruto) da Re­g ião Norte somou R$ 223 milhões, correspondendo a 5,40% do total do País. Segundo estudo publicado pela revista Exame, no pe­r ío­do entre 2008 e 2013 a Re­g ião Norte apresentou o segundo maior

per­cen­t ual de crescimento médio do PIB na­ cio­nal, com 3,6%, superado apenas pelo Centro-​­Oeste, com 3,7%. A média na­cio­nal foi de 3,1%. Para os próximos anos, com­preen­den­do o pe­r ío­do de 2014 a 2020, as previsões apontam que o Norte vai liderar o crescimento médio do PIB, com um índice de 2,8%, ficando à frente das demais re­g iões e também da média brasileira, que deverá assinalar 2,2%.

INDÚSTRIA GRÁFICA O valor da produção in­dus­trial gráfica na Re­ gião Norte em 2011 foi de R$ 346 milhões (Fonte: IBGE, com estimativa do Decon/Abigraf). De acordo com os dados do Ministério do Trabalho (MTE/Rais), o setor gráfico da re­ gião reú­ne 768 empresas, número que corresponde a 4% das 20.630 existentes em todo o País. Entre 2011 e 2013, esse contingente apresentou crescimento de 7%, número muito su­ pe­r ior à média na­cio­nal, que foi de apenas 1%. Com relação à mão de obra, a re­g ião emprega 5.372 fun­cio­ná­r ios, o que representa 2% dos 218.198 postos de trabalho gerados pelo setor em todo o território na­cio­nal. Empresas e Emprego

As mi­croem­pre­sas (até 19 pes­soas) e as pequenas (20 a 49 pes­soas) pro­por­cio­nam 73% dos empregos na indústria gráfica do Norte, perfil bem diferente dos 53% da média brasileira.

DADOS GERAIS DA INDÚSTRIA GRÁFICA NA RE­GIÃO NORTE DO BRASIL – 2011 E 2013 2011

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2013

% NO PERÍODO

NORTE

BRASIL

PARTICIPAÇÃO

NORTE

BRASIL

PARTICIPAÇÃO

Número de Estabelecimentos

718

20.527

3%

768

20.630

4%

7%

1%

Número de Funcionários

5.098

222.382

2%

5.372

218.198

2%

5%

– 2%

Número de Funcionários / Estabelecimento

7,1

10,8

7,0

10,6

– 1%

– 2%

Valor Bruto da Produção Industrial (R$ milhão)*

346,0

44.403,0

1%

348,0

44.000,0

1%

1%

– 1%

Balança Comercial (US$ FOB milhões)

– 51,6

– 294,5

– 99,3

– 269,6

93%

8%

Exportação (US$ FOB milhões)

5,3

269,3

2%

3,1

279,1

1%

– 42%

4%

Importação (US$ FOB milhões)

56,8

563,8

10%

102,4

548,7

19%

80%

– 3%

*Estimativa Fonte: MTE/RAIS, AliceWeb/MDIC, PIA/IBGE. Elaboração: Decon/Abigraf

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NORTE

BRASIL


As gráficas de porte médio (50 a 249 pessoas) respondem por 19% dos empregos na região, índice próximo dos 25% da média no País. Porém, inexistem estabelecimentos na Região Norte na faixa das grandes gráficas (acima de 250 funcionários), enquanto a média nacional nesse porte é de 11% do total. A Região Norte apresenta os menores indicadores da indústria gráfica brasileira no número de estabelecimentos e da oferta de empregos, sendo responsável por apenas 4% das gráficas e 2% da ocupação de mão de obra, com uma média de 7 funcionários por empresa, número reduzido se comparado aos 10,6 do País.

CRESCIMENTO MÉDIO ANUAL DO PIB NACIONAL 2014–2020

2,8% 2,3%

Remuneração e escolaridade

O salário médio nas empresas gráficas da Região Norte é inferior ao que é praticado nas demais regiões. A parcela de empregados recebendo até um salário mínimo corresponde a 8% no Norte, mais que o dobro dos 3,4% do restante do País.

2,5% 2,2%

Brasil: 2,2%

DISTRIBUIÇÃO DO EMPREGO NA INDÚSTRIA GRÁFICA POR PORTE DE EMPRESA – 2013 Grande

2,0%

11% 0% Fonte: Revista Exame

25%

Médio

19%

Balança comercial

31%

Pequeno

37% 22%

Micro

36%

■ Brasil

■ Norte

Fonte: MTE/RAIS, AliceWeb/MDIC,PIA/IBGE. Elaboração: Decon/Abigraf

Situação semelhante acontece na faixa entre 1 e 2 sa lários mínimos, que registra 65% no Norte contra 47% na média nacional. A remuneração, de uma certa forma, reflete o grau de escolaridade. No Norte, comparativamente à média nacional, vemos que os funcionários gráficos com Ensino Fundamental incompleto ou completo e Ensino Médio incompleto somam 20,9%, bem abaixo dos 28,3% do Brasil. Considerando apenas o Ensino Médio completo, o Norte supera o Brasil, com 69,4% contra 57,2%. Em compensação, com Ensino Superior incompleto ou completo, a média brasileira do setor gráfico alcança 14,3%, enquanto a Região Norte tem 9,7%.

A Região Norte, nos últimos quatorze anos, tem apresentado déficit histórico na sua balança comercial. A média de importações de produtos gráficos, ao longo desse período, foi de US$ 36 milhões anuais. Já a média das exportações foi de apenas US$ 3,1 milhões. O pior resultado foi computado em 2013, quando a região importou US$ 102,4 milhões e exportou US$ 3,1 milhões em produtos gráficos, causando déficit comercial de US$ 99,3 milhões. Muitas das importações de produtos gráficos que entram no Brasil têm como destino o Estado do Amazonas, por concentrar a Zona Franca de Manaus.

O QUE DIZEM OS GRÁFICOS? A Revista Abigraf conversou com empresários do setor estabelecidos em Manaus, Belém e Palmas, que falaram sobre os efeitos práticos da concentração da indústria gráfica nas capitais dos estados da Região Norte. Segundo Sérgio Carlos Tavares, presidente da Abigraf Regional do Tocantins e proprietário setembro /outubro 2014

27 REVISTA ABIGR AF


EMPREGO E ESTABELECIMENTOS GRÁFICOS POR RE­GIÃO – 2013 EMPREGO

%

ESTABELECIMENTOS

%

NÚMERO DE FUN­CIO­N Á­RIOS / ESTABELECIMENTO

Re­gião Sudeste

132.458

61%

10.033

49%

13,2

Re­gião Sul

44.613

21%

4.732

23%

9,4

Re­gião Nordeste

24.650

11%

3.361

16%

7,3

Re­gião Centro-​­Oeste

11.105

5%

1.736

8%

6,4

Re­gião Norte

5.372

2%

768

4%

7,0

Total

218.198

100%

20.630

100%

10,6

RE­GIÃO

Fonte: MTE/RAIS 2013. Elaboração Decon/Abigraf.

28

da Gráfica Provisão, há 25 anos no mercado, a inexistência de um setor in­dus­trial no Estado faz com que o principal clien­te das gráficas seja o setor público. A concorrência nas licitações, no entanto, nem sempre é justa, es­pe­cial­men­ te para as empresas de pequeno e médio porte. Isso faz com que o seu campo de atua­ção se reduza ainda mais. “Para melhorar a nossa si­tua­ ção, deveria existir um programa de in­dus­tria­ li­za­ção e que a aplicação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa se desse no âmbito do Estado e do município. O grau de sobrevivência das gráficas é pequeno”, afirma Tavares. David Panisset Santana, da Formato Gráfica e Editora, é vice-​­presidente da Re­g io­nal do Tocantins e faz coro ao colega. Além dos problemas re­la­cio­na­dos à prestação de serviços para o Estado, declara, existe pouca margem para ­atuar no setor privado. “Você pode trabalhar para o particular, mas este depende do Estado”, diz, levantando os problemas do cenário econômico de maneira mais ampla. “E existe muita insegurança jurídica também”. A baixa qualificação da mão de obra também foi men­cio­na­da pelos em­pre­sá­r ios. “Há um problema sério de capacitação pro­f is­s io­n al, pois aqui não existe qualquer centro de formação. Para formar um time de trabalho demanda tempo, uns ensinam o serviços aos outros, mas transferem também os ví­c ios”, queixa-​ s­ e Santana. Djalma Portilho, pro­prie­t á­r io da Gráfica Me­r i­dio­nal, de Belém, e João Ricardo Bonafé, gerente co­mer­c ial da Gráfica Belvedere, de Manaus, também apontaram a questão da mão de obra como uma das principais dificuldades enfrentadas pelo setor. Portilho, que atua nos segmentos edi­to­r ial e co­mer­cial, conta que a demanda no ano de 2014, até o momento, foi 60% menor do que o esperado, e que não vislumbra mudanças para o fechamento do ano ou para o início de 2015. Por sua vez, o gerente da Belvedere diz que o ano tem REVISTA ABIGR AF  setembro /outubro 2014

sido marcado por altos e baixos, mas enxerga espaço para recuperação dos pre­juí­zos recentes. Já Marcos Antônio Toledo, do Tocantins, tem uma história diferente para contar. O gerente co­mer­cial da Gráfica Ipanema, em atividade desde 2007, atua no segmento pro­mo­cio­ nal e tem no comércio e no setor de serviços a maior parte dos clien­tes. Ao contrário dos colegas de re­g ião, sua empresa teve um desempenho positivo em 2014, resultado da própria dinâmica da economia local. “Não tem nada a ver com as eleições, porque a gente não faz esse tipo de produto, mas houve uma troca de setores. Tem uma área médica forte que substituiu um pouco o mercado imo­bi­liá­r io e o setor automotivo, que tiveram queda significativa. O que nos impulsionou para crescer novamente este ano, mesmo que seja pouco, foi isso e o comércio em geral”, explica Toledo. VALORES CONSOLIDADOS ANUAIS DO COMÉRCIO EX­TE­RIOR DA INDÚSTRIA GRÁFICA NA RE­GIÃO NORTE (MILHÕES US$) EXPORTAÇÃO

IMPORTAÇÃO

SALDO CO­MER­CIAL

2000

2,3

10,7

– 8,4

2001

0,4

14,0

– 13,6

2002

0,7

16,5

– 15,8

2003

1,1

18,1

– 17,1

2004

1,7

29,6

– 27,9

2005

4,4

44,4

– 40,0

2006

1,8

18,0

– 16,2

2007

1,4

15,8

– 14,3

PE­RÍO­DO

2008

2,4

30,8

– 28,4

2009

5,2

29,6

– 24,4

2010

6,3

40,3

– 34,0

2011

5,2

56,8

– 51,6

2012

7,4

80,4

– 73,0

2013

3,1

102,4

– 99,3

Fonte: AliceWeb/MDIC. Elaboração: Decon/Abigraf.


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INTERNACIONAL

Indústria gráfica japonesa: em busca da recuperação Setor acompanha o ritmo da economia do arquipélago, que sai de um período de desaquecimento com perspectivas de melhora gradual nos próximos anos. Texto: Ada Caperuto

30 REVISTA ABIGR AF

E

mbora ocupe a quarta posição no ranking dos paí ses mais ricos do mundo, de acordo com levantamento do Banco Mundial divulgado em abril, o arquipélago governado pelo primeiro- ministro Shinzo Abe já teve dias melhores e está longe do glorioso período que vai até meados dos anos 1990, quando o país experimentava crescimento médio de 10% ao ano em seu Produto Interno Bruto (PIB). Nos dias de hoje, pode-se dizer que a situação econômica está “em recuperação”. Embora ainda seja um dos maiores polos de tecnologia e inovação do mundo, terceiro produtor mundial de automóveis, o Japão vem procurando sair da recessão oriunda, em parte, da competição com vizinhos asiáticos, e também dos prejuízos causados pelo tsunami de 2011. Na rea lidade atual, os pilares que sustentam a economia — o consumo e o investimento imobiliário — se mantêm sólidos graças às melhorias salariais e do mercado de trabalho. Além disso, outro ponto de apoio do país, as exportações, estabilizaram-se recentemente.

A expectativa é que o crescimento do PIB para 2014 fique em torno de 1%, devido ao impacto do recente aumento no imposto sobre o consumo, de acordo com o Banco Central do Japão. Mas o índice é considerado, para os padrões do país, como uma “tendência de recuperação moderada da economia”. O mesmo se aplica à sua indústria gráfica, conforme relatório apresentado pela Federação Japonesa das Indústrias Gráficas, no último World Print & Com mu ni cation Forum ( WPCF), rea li zado no último mês de junho, em Barcelona, na Espanha. Os dados mostram que no período 2000/2011 todos os índices da indústria gráfica japonesa apresentaram uma redução acentuada: 35% de queda no número de empresas, 27% no nível de empregos, e 30% na produção. INDÚSTRIA GRÁFICA NO JAPÃO – 2000/2011 2000

2011

Empresas

40.200

26.145

Emprego

426.500

311.383

81,50 bilhões

57,09 bilhões

Produção (US$)

setembro /outubro 2014

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PARTICIPAÇÃO DOS SEGMENTOS NA INDÚSTRIA GRÁFICA JAPONESA – 2011

Outros 4%

Impressões Comerciais 33%

Impressão de Segurança 1% Construção e Decoração 4%

Impressão de Editorial Formulários 26% e Dados Variáveis 13% Embalagens 19%

EXPECTATIVA DE MELHORA

Na indústria de impressão, assim como na economia de um modo geral, percebe-se um ligeiro, porém confiante restabelecimento dos patamares anteriores a 2011. Naquele ano o parque gráfico japonês era composto por 26.145 empresas, que geravam 311.383 empregos e um faturamento de US$ 57,09 bilhões. Por segmentos, a participação era a seguinte: impressos comerciais (33%), editorial (26%), embalagens (19%), for mu lários e dados variáveis (13%), construção e decoração (4%), impressos de segurança (1%) e outros (4%) Nota-se que o segmento mais importante é o de impressão comercial — até porque o consumo responde por 60% do PIB japonês. O de embalagens tem aumentado em volume, apesar da redução percebida em boa parte dos demais segmentos gráficos. Um deles é o de impressão de dados variáveis, que, depois de enfrentar um encolhimento devido à saturação, volta a crescer com a demanda oriunda de extratos, faturas e malas diretas. Por sua vez, o editorial tem sofrido com o impacto da internet e da telefonia celular — já que falamos de um país onde quase tudo é digital. De acordo com a federação japonesa, os livros e revistas apresentam declínio contínuo. O faturamento em 2011 foi de

US$ 8,20 bilhões com livros (US$ 9,33 bilhões em 2006) e US$ 9,84 bilhões com revistas (US$ 12,20 bilhões em 2006). Embora o segmento de impressão digital esteja crescendo, a previsão para 2014 é de faturamento em torno de 2,94 bilhões de dólares, o que ainda corresponde a uma porcentagem relativamente pequena de todo o mercado gráfico (de 5% a 6%, aproximadamente). Vale acrescentar que os serviços de impressão de dados, extratos, contas de bancos e telecomunicações, incluindo mala direta e outros, respondem por mais de 70% do faturamento de impressão digital. Observados os portes, assim como no Brasil, naquele país 98,6% das empresas são pequenas e médias, com menos de 100 empregados, sendo que 45,8% delas têm menos de três funcionários. E, também como se vê em nosso país, 41,4% da produção é oriunda de 1,4% das empresas com mais de 100 pessoas. O Japão não é um grande exportador de serviços gráficos. Em 2011, a balança comercial do setor registrou um saldo negativo de US$ 586 milhões, resultante de exportações no montante de US$ 378 milhões, contra importações que somaram US$ 964 milhões, correspondendo respectivamente a 0,65% e 1,7% do volume da indústria gráfica japonesa.

FATURAMENTO DE LIVROS E REVISTAS – 2006 A 2011 (US$ BI) 2006

Livros

2007

2008

2009

2010

2011

9,33

9,03

8,88

8,49

8,21

8,20

Revistas

12,20

11,83

11,30

10,86

10,54

9,84

Total

21,53

20,85

20,18

19,36

18,75

18,04

31 setembro /outubro 2014

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Estados celebram qualidade gráfica O produto gráfico nacional teve a sua qualidade realçada nas festas de entrega dos prêmios de excelência gráfica realizadas em seis capitais, do Nordeste ao Sul do País. Mais de 2.300 peças, produzidas por 213 gráficas de 13 estados, disputaram os 244 troféus distribuídos. As 88 gráficas premiadas, com suas peças vencedoras, estão automaticamente classificadas para, juntamente com seus concorrentes paulistas, lutar pelos troféus do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini, em São Paulo, na noite de 25 de novembro.

PRÊMIOS DE EXCELÊNCIA GRÁFICA NOS ESTADOS – 2014 ESTADO/REGIÃO

ES

MG

NE*

PR

RS

RJ

Data

7.8

8.8

15.8

6.6

1º.8

12.9

Público

200

250

120

800

450

200

Gráficas participantes

13

34

43

59

34

30

Peças inscritas

312

331

533

490

353

377

Gráficas premiadas

7

15

18

19

17

12

Número de prêmios

28

41

42

55

40

38

*O Prêmio Nordeste abrange os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe

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ESPÍRITO SANTO

6-º Prêmio José de Anchieta de Excelência Gráfica

(E/D) Tullio Samorini, vice-presidente do Siges e Abigraf-ES; Marcos Guerra, presidente da Findes; João Baptista Depizzol Neto, presidente do Siges e Abigraf-ES; Reinaldo Espinosa, diretor de Relações Institucionais da Abigraf Nacional; e Benildo Denadai, diretor técnico do Sebrae-ES

C

onfirmando o interesse crescente do mercado capixaba pelo Prêmio Padre José de An­chie­ta, o número de pe­ ças inscritas neste ano chegou a 312, o que representa um crescimento de 13% em relação às 271 do ano passado. A ce­ rimônia de pre­mia­ção foi rea­li­za­da no dia 7 de agosto, na sede da Federação das In­ dús­trias do Espírito Santo (Findes), com a presença de mais de 200 pes­soas, entre as­so­cia­dos, profissionais do setor e auto­ ridades. Sete empresas vencedoras rece­ beram o troféu cria­do pelo artista plásti­ co Penithencia nas 28 ca­te­go­r ias em que

concorreram. Novamente, a Grafitusa en­ cabeçou a relação dos ganhadores, com 11 prê­mios. “As empresas já estão entenden­ do que a pre­mia­ção tem se­r ie­d a­de, ido­ neidade, que tudo é feito na ABTG, e que cada peça é codificada por número sem informar o nome da empresa. Não sabe­ mos de nada, pois ficamos conhecendo os trabalhos vencedores junto com os parti­ cipantes. Então, não é a empresa que está ganhando, é o produto”, ressalta Rosane Rossi, coor­de­na­do­ra do prêmio. A cerimô­ nia encerrou a programação do Encontro da Indústria Gráfica do ES.

Gráficas premiadas 11 prêmios: Grafitusa ◆ 8 prêmios: GSA ◆ 5 prêmios: Jep ◆ 1 prêmio: Dossi, Lisboa, Oficina e Scribo Fornecedores premiados 2 prêmios: Kodak ◆ 1 prêmio: Bottcher e SPP‑KSR

NÚMEROS DO PRÊMIO – 2014

(E/D) João Baptista Depizzol Neto; Andréa Ponce, coordenadora da ABTG; Renata Heleodoro, assistente do prêmio; Viviane Anselmé, apresentadora da Band e Prêmio Padre José de Anchieta 2014; e Rosane Rossi, gestora do Siges e Abigraf-ES

Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos

13 312 7 28

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MINAS GERAIS

10-º Prêmio Mineiro de Excelência Gráfica Cícero

(E/D) Reinaldo Espinosa, diretor de Relações Institucionais da Abigraf Nacional; Vicente de Paula Aleixo Dias, presidente da Abigraf-MG e do Sigemg; Bruno Senra, vendedor, e Cleonice Nunes, tráfego, da Tamóios Editora Gráfica; Hélio M. Faria, conselho de comunicação da ACMINAS; Donald H. Isnenghi, conselho do Clube de Criação Publicitária de Minas Gerais; Carlos Alberto, diretor, e Paulo Kleber, compras, da Tamóios Editora Gráfica

A

indústria gráfica mineira comemo­ rou com grande festa a rea li zação pelo décimo ano consecutivo do Prêmio Cícero. Um número superior a 250 pes­ soas compareceu ao evento, no dia 8 de agosto, nas instalações do Clube Oficial da Polícia Militar de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Na oportunidade foi fei­ ta a entrega do 10 º‒ Prêmio Cícero a 15 empresas gráficas, que conquistaram 41 troféus. Neste ano, concorreram 331 trabalhos, inscritos por 34 empresas.

Repetindo o ano passado, o maior nú­ mero de troféus ficou com a Rona (11) e a Tamóios (8). Para Vicente de Paula Alei­ xo Dias, presidente da Abigraf Minas Ge­ rais, “a 10 ª‒ edição do Prêmio Cícero che­ ga para confirmar a constante busca da indústria gráfica mineira pela qualidade dos produtos que são ofertados aos clien­ tes. Assim como em anos anteriores, vi­ mos em 2014 peças de extrema compe­ tência técnica entre os concorrentes ao Grand Prix deste ano”.

Gráficas premiadas 11 prêmios: Rona ◆ 8 prêmios: Tamóios ◆ 4 prêmios: Bigráfica ◆ 3 prêmios: Rede ◆ 2 prêmios: Cia. da Cor, Gráfica 101, Halt e TCS ◆ 1 prêmio: Formato, Gemar, Ready, RS, Sempre, Todi e VPFlex. Grand Prix Melhor impressão: Rona Melhor acabamento editorial: Formato Melhor acabamento cartotécnico: Tamóios Fornecedores premiados 1 prêmio: Ayca, Druckchemie, Encapa, Kodak, Meta e Sun Chemical

NÚMEROS DO PRÊMIO – 2014

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Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos REVISTA ABIGR AF

34 331 15 41

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NORDESTE

6-º Prêmio Nordeste de Excelência Gráfica José Cândido Cordeiro

C

om a participação das Abigrafs re­ gionais de Ala­goas, Bahia, Cea­rá, Pa­ raí­ba, Pernambuco, P ­ iauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, e apoio do Sindicato das In­dús­trias Gráficas do Estado de Pernam­ buco (Sindusgraf), foi rea­li­za­da na noite de 15 de agosto a solenidade de entrega do 6º‒ Prêmio José Cândido Cordeiro. A cerimô­ nia aconteceu no Auditório Antônio José Botelho, na sede da Federação das In­dús­ trias do Estado de Pernambuco (Fie­pe). Cerca de 120 pes­soas acompanha­ ram a pre­mia­ção de 18 empresas, que re­ ceberam o total de 42 tro­féus. O prêmio

foi disputado por 43 empresas, com 533 trabalhos inscritos. A disputa foi domina­ da por 11 empresas gráficas do Estado de Pernambuco, ganhadoras de 23 prê­mios. O segundo Estado mais pre­mia­do foi o Cea­rá, com duas empresas conquistan­ do 11 tro­féus, incluindo os sete prê­mios da Qua­li­graf, maior vencedora do concur­ so. Depois, vie­ram a Pa­raí­ba, com 5 prê­ mios para duas empresas, Bahia Piauí e Sergipe, com um prêmio cada. A novida­ de no regulamento deste ano foi a inclu­ são da categoria de Design Gráfico, con­ quistado por Marta Lima Comunicação.

Gráficas pre­mia­das 7 prê­mios: Qua­li­graf (CE) ◆ 5 prê­mios: CCS (PE) e MXM (PE) ◆ 4 prê­mios: Art Cart (CE) e JB (PB) ◆ 3 prê­mios: Pro­vi­ sual (PE) ◆ 2 prê­mios: Etiquetas Brasil (PE) e Kroma (PE) ◆ 1 prêmio: Composer (PE), Co­pia­do­ra Na­cio­nal (PE), F&A (PB), Folha de Pernambuco (PE), IGB (PE), Halley (PI), Imograf (PE), J. Andrade (SE), Santa Bárbara (BA) e Walvick (PE) Fornecedores pre­mia­dos 2 prê­mios: Kodak ◆ 1 prêmio: Agfa e Colacril

NÚMEROS DO PRÊMIO – 2014 Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos

43 533 18 42

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PARANÁ

12-º Prêmio Pa­ra­naen­se de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho

(E/D) Valdézio de Bezerra Figueiredo, presidente da Abigraf-PE; Sidney Paciornik, vice-presidente da Fiep; Reinaldo Espinosa, diretor de Relações Institucionais da Abigraf Nacional; Jair Leite, presidente da Abigraf-PR; Aparecida Soares Stucchi, gerente de operações da ABTG e responsável pela coordenação e auditoria do prêmio paranaense; e Julião Flaves Gaúna, presidente do conselho diretivo da Abigraf Nacional

S Gráficas premiadas 13 prêmios: Corgraf ◆ 7 prêmios: Midiograf ◆ 5 prêmios: Posigraf ◆ 4 prêmios: Lisegraff e MúltiplaBR ◆ 3 prêmios: Ótima ◆ 2 prêmios: Belton, DP Studio, Editare/Flink Print, Graciosa, Magistral e Tuicial ◆ 1 prêmio: Exklusiva, Grafinorte, Hellograf, Iguaçú AtualCard, Ipê, Oficina do Impresso e Parllare. Grand Prix Melhor impressão digital: Editare/Flink Print Melhor impressão offset plana: Posigraf Melhor impressão flexográfica: DP Studio Melhor acabamento editorial: Corgraf Melhor acabamento cartotécnico: Midiograf Fornecedores premiados 4 prêmios: Quimagraf ◆ 3 prêmios: Heidelberg e Rio Branco ◆ 2 prêmios: DeltaE ◆ 1 prêmio: Agfa, Colacril, Copygraf e TLT Teletoner

egundo maior concurso de qualidade gráfica no País, o Prêmio Oscar Schra­ ppe Sobrinho teve a sua 12 ª‒ edição rea­li­ za­da no dia 6 de junho, no Santa Mônica Clube de Campo, em Colombo, re­gião me­ tropolitana de Curitiba, com a participa­ ção de cerca de 800 convidados. Concor­ reram 59 empresas, número 20% su­pe­rior às 50 do ano an­te­r ior, com 490 trabalhos inscritos. Mais uma vez a Corgraf dispa­ rou no primeiro lugar com 13 tro­féus, vindo em seguida a Mi­d io­g raf com 7. No total, foram pre­mia­das 19 empresas,

que receberam 55 tro­féus. O presidente do Sigep, Abilio de Oliveira Santana, sa­ lien­ta que “o prêmio mostra que quem in­ veste em inovação e qualidade se destaca e fica em melhores condições de superar as adversidades”. Na análise de Jair Leite, presidente da Abigraf-PR , “temos sempre que romper paradigmas, fazer diferente. Vamos trabalhar para acrescentar mais ca­te­go­r ias, envolver mais empresas, prin­ cipalmente as pequenas, e buscar ainda mais qualidade. Assim, o prêmio cresce e o mercado gráfico também”.

NÚMEROS DO PRÊMIO – 2014

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Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos

59 490 19 55

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RIO DE JANEIRO

10-º Prêmio Gaúcho de Excelência Gráfica

(E/D): Henrique Purper, sócio diretor da Rota Indústria Gráfica; Albert Feser, sócio diretor da Cartonagem Hega; Anderson Nunes dos Santos, sócio diretor da Anderson Nunes dos Santos e Felipe Ribeiro, diretor comercial da Hicot Brasil

N

o dia 1º‒ de agosto, durante soleni­ dade ocorrida na So­cie­da­de Ginásti­ ca Porto Alegre (Sogipa), 450 convidados pres­ti­g ia­ram a festa dos 10 anos conse­ cutivos de rea­li­z a­ç ão do Prêmio Gaú­ cho de Excelência Gráfica. Concorreram à pre­mia­ção 34 empresas, com 353 pro­ dutos inscritos. Foram dis­t ri­buí­dos 40 tro­féus, conquistados por 17 empresas. Numa disputa acirrada, o primeiro lu­ gar ficou com a Gradfil, do município de Dois Irmãos, com sete tro­féus, pres­sio­na­ da pela Pallotti, de São Leo­pol­do, que re­ cebeu seis prê­mios. Embora Porto Alegre

sempre conquiste muitos prê­mios — fo­ ram 18 nesta edição —, é sempre expressi­ va a participação de outros mu­ni­cí­pios do Estado que, desta feita, levaram a maio­ ria dos tro­féus, 22 ao todo. Isso se confir­ ma no ranking acumulado das dez edições, apresentando como maior vencedora a Pallotti com o total de 66 tro­féus, deixan­ do em segundo lugar a porto-​­a legrense Impresul com 63 prê­m ios. Ângelo Gar­ barski, presidente da Abigraf-RS e Sin­ digraf- RS atribui o grande sucesso do evento à dedicação dos colaboradores das entidades que dirige. Gráficas premiadas 7 prêmios: Grafdil ◆ 6 prêmios: Pallotti ◆ 4 prêmios: Comunicação Impressa e São Miguel ◆ 3 prêmios: Grafiset ◆ 2 prêmios: Centhury, Ideograf, Jornal do Comércio e Lupagraf ◆ 1 prêmio: ANS, Bhordo, Degráfica, Hega, Impresul, Martigraf, Portão e Print Paper

NÚMEROS DO PRÊMIO – 2014 Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos

34 353 17 40

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RIO GRANDE DO SUL

11-º Prêmio de Excelência Gráfica Werner Klatt

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Gráficas premiadas 11 prêmios: Holográfica ◆ 6 prêmios: Arte Criação ◆ 5 prêmios: Stamppa ◆ 4 prêmios: Di Giorgio ◆ 3 prêmios: Sol ◆ 2 prêmios: Santa Cruz e Zit ◆ 1 prêmio: Casa da Moeda, DVZ, Imos, Nova Brasileira e Primil. Fornecedores premiados 3 prêmios: IBF ◆ 2 prêmios: Heidelberg ◆ 1 prêmio: Aliança do Livro, BK Sul, BR K01, Epson, H&D Finishing, Registro Certo, Screen, Sun Chemical e Suzano

res­ti­g ia­da por cerca de 200 convida­ dos, a cerimônia de entrega do 11º‒ Prê­ mio Werner Klatt foi rea­li­za­da no dia 12 de setembro no Centro de Convenções do Sistema Firjan, Federação das In­dús­trias do Estado do Rio de Janeiro. A pre­mia­ção é promovida pelo Sindicato das In­dús­trias Gráficas do Município do Rio de Janeiro (Sigraf), Abigraf Re­gio­nal-RJ, Sistema Fir­ jan e Fundação Gutenberg de Artes Grá­ ficas. Neste ano, 377 trabalhos concor­ reram, inscritos por 30 empresas, sendo entregues 38 tro­féus para 12 gráficas ven­ cedoras. O destaque foi a Holográfica, que

recebeu 11 prê­mios. A festa de entrega do prêmio encerrou a Semana GrafRio 2014, que contou também com a palestra mo­ ti­va­cio­nal “Um em­preen­de­dor de suces­ so”, proferida por Da­niel Godri Jr. no 15 º‒ Ciclograf, além de uma rodada de ne­gó­ cios com a participação de 57 empresas. “O mercado gráfico do Estado do Rio está apto para fornecer serviços com qualida­ de e tecnologia. A rodada de ne­gó­c ios é de suma importância, pois permite que os pequenos em­pre­s á­r ios façam ne­gó­ cios com grandes compradores”, destaca Carlos Di Gior­g io, presidente do Sigraf.

NÚMEROS DO PRÊMIO – 2014

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Gráficas participantes Trabalhos inscritos Gráficas premiadas Prêmios concedidos

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GESTÃO

As certezas da dúvida

Hamilton Terni Costa

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ivemos um momento complicado comerciais com inúmeros países, e a Colômbia, em vários sentidos. Não somente no que também vai por esse caminho, tendo já dois setor gráfico por suas vertentes que anos de acordo de livre comércio com os Esta­ relataremos à frente, mas em todo dos Unidos. Nos dois casos, pudemos concluir, o ambiente econômico institucional, e que se ainda que com impactos razoáveis, que há um reflete ainda mais nos negócios. Não é mesmo beneficio econômico nada desprezível nessas um momento fácil para decisões sobre inves­ novas relações, em especial pela maior facilida­ timentos, pois eles derivam da estratégia que de na incorporação de tecnologias importadas, temos a partir de focos definidos. E esses fo­ algo que remete ao assunto do presente artigo. Estive, na feira, com nossos amigos da In­ cos estão difusos dentro de uma indústria que está em plena transição impactada pelo mun­ fotrends, com quem muitas vezes trabalhamos do digital, de um lado, e que, no caso brasileiro, em levantamentos de mercado na nossa re­ também sofre as consequências das definições gião. Em toda feira norte­americana o café da políticas que influenciarão os próximos anos. manhã com a apresentação deles é sempre um Afinal, não temos um ambiente institucional dos mais concorridos. Desta feita o amigo Jeff que facilite os negócios, muito pelo contrário. Hayes, presidente daquela consultoria, sem­ O empresário ainda é visto com desconfian­ pre com boas apresentações, trouxe um concei­ ça, como um sujeito ganancioso que só pensa to interessante, qual seja, apontar que o fator disruptor do negócio gráfi­ no lucro etc. Mal sabem os co — ou, em sentido mais que nunca tiveram seu ne­ gócio, em es pe cial na área amplo, de todo o negócio da O EMPRESÁRIO industrial, o quanto é pre­ impressão, que abrange, na ciso fazer e trabalhar para classificação deles, comuni­ AINDA É VISTO COM sobreviver e prosperar. cações impressas, embala­ DESCONFIANÇA, gens, decorações e impres­ Tento sempre me colocar COMO UM SUJEITO são funcional, um mercado na pele dos que têm o seu ne­ GANANCIOSO QUE SÓ mais amplo que a impres­ gócio gráfico e que estão en­ PENSA NO LUCRO ETC. são gráfica comercial — está frentando esses diversos de­ MAL SABEM OS QUE safios e queria discorrer aqui cada vez mais re lacionado sobre alguns possíveis cená­ a plataformas operacionais NUNCA TIVERAM SEU rios de desenvolvimento des­ disponibilizadas online e in­ NEGÓCIO, EM ESPECIAL ta nossa indústria gráfica e terligadas a soft wares inter­ NA ÁREA INDUSTRIAL, mercados correlatos. nos que permitem diferentes O QUANTO É PRECISO Vou deixar à parte essa interações e engajamentos FAZER E TRABALHAR questão ins titu cional pois com os clientes da gráfica PARA SOBREVIVER E pretendo voltar a ela em ou­ e seu público­alvo. tros artigos, exceto por uma Sua intenção foi mostrar PROSPERAR. questão que só reitera o que que, em função das necessi­ já penso sobre abertura de dades dos clientes­ alvo, as mercados. Acabo de participar da feira Graph­ empresas gráficas estão montando plataformas Expo nos Estados Unidos como faço todos os juntando diferentes soft wares ou recorrendo a anos por obrigações profissionais. Rea lizamos parcerias que possam criar a oferta mais ade­ mais um Inter national Day com um seminá­ quada ao cliente. Para exemplificar, ele montou rio sobre a América Latina, desta vez tendo os um triângulo onde em um vértice estão produ­ amigos Fabian Ruiz, da Colômbia, e Jorge Re­ tos, em outro vértice, serviços, e no terceiro, pla­ bollar, do México, com ótimas apresentações, taformas (ver figura 1). A integração dos vérti­ abordando em uma das discussões que se se­ ces de produtos e serviços mostra a importância guiram a temática da abertura de mercados. crescente da incorporação de serviços ao mun­ O México por pertencer à Nafta e com acordos do de produtos, tese que temos defendido com

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FIGURA 1: A PLATAFORMA COMO BASE DE OPERAÇÕES

Plataforma

Produto

Serviço

Fonte: Jeff Hayes, Infotrends

veemência e que é cada vez mais uma rea lida­ de universal: a adoção de uma lógica de servi­ ços que amplia e até mesmo redefine o conteúdo dos negócios e a oferta dos produtos. Nas outras interligações do triângulo te­ mos a integração da plataforma com produ­ tos e com serviços. Nessas duas interligações, segundo Hayes, reside o grau de disruptura*, onde as plataformas que estão sendo construí­ das com a evolução dos soft wares de gestão, de controle e planejamento, de venda e rece­ bimento de materiais como o web-to-print, de criação e design e, em especial, os de marke­ ting direto e automação de marketing e outros, vão criando as estruturas que são, na rea lida­ de, específicas por empresa em função de seu mercado e foco e também pelo resultado das in­ tegrações de soft wares que ela decide utilizar. A evolução dos próprios soft wares, por outro lado, são também cada vez mais automatiza­ dos, facilitando sua utilização principalmente por parte dos clientes. Ou seja, é uma espécie de montagem de um quebra­cabeças cujas pe­ ças — soft wares específicos — pinçamos e in­ tegramos para que resultem em uma base ope­ racional, a qual se junta aos equipamentos de

*Disruptura: avanço tecnológico que substitui a tecnologia dominante

produção e reforçam o conjunto de serviços que agregamos aos clientes. Esse é, aliás, um outro ponto importan­ te, na verdade dois, nesse jogo: um, a necessi­ necessi dade de se trabalhar com soft wares ares que sejam os mais interativos possíveis aos clien tes clientes es e que tenham a necessária e fundamental interface gráfica, possibilitando a integração e efi ciên cia eficiên iência operacional al na gráfica; e dois, a integração das peças é um desafio, ainda que as linguagens dos soft wares mais atua lizados os permitam essas in­ tegrações, mas exigem profissionais com uma visão mais ampla de workflows e bom conhe­ cimento de TI. Além do encontro de verdadei­ ras parcerias comerciais, juntando competên­ cias para a criação do valor adequado ao cliente. Um verdadeiro trabalho em rede. Com alguns pontos em comum a essa abor­ dagem, acabei de receber o novo trabalho e os direitos de tradução do recém­lançado livro do Dr. Joe Webb e do Richard Romano, chamado de This Point Foward (algo como, Deste Ponto para Frente, em tradução livre), que estaremos disponibilizando daqui a algum tempo, na se­ quência do que já lançamos deles. Nesse livro eles ressaltam os pontos básicos que as gráfi­ cas devem estar trabalhando para se reposicio­ narem em um mercado de mudanças rápidas: pessoas, equipamentos, tecnologia e parcerias. setembro /outubro 2014

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Hamilton Terni Costa hterni@ anconsulting.com.br é diretor geral da ANconsulting, www. anconsulting.com.br, ex-presidente da ABTG e também um dos criadores e coordenadores do curso de pósgraduação Gestão Inovadora da Empresa Gráfica na Faculdade Senai Theobaldo De Nigris, onde ministra as matérias de Gestão Estratégica e Marketing Industrial. REVISTA ABIGR AF

Em termos de tecnologia, enfatizam a impres­ novo mundo e que terão muito trabalho para se são digital, a necessidade de conhecimento so­ adaptar, se o fizerem. Paro um pouco aqui e me volta à lembrança bre automação de marketing, a automação do fluxo de trabalho — workflow —, a gestão de base o amigo empresário gráfico ao qual me referen­ de dados, mídias sociais e marketing de conteú­ ciei linhas atrás. Parece confuso? Sim, na verda­ do. O que não deixa de ser a construção da sua de, esse nosso mundo vai ficando mais comple­ xo, pois as decisões tecnológicas, subordinadas plataforma operacional integrada. Para efeito de ilustração dessas aplicações, às decisões estratégicas, estão ficando mesmo tive acesso na feira também a uma pesquisa mais complexas, com muitas partes distintas a serem coladas umas às ou­ publicada pela Xerox, feita tras, para ver se, no fim, fun­ com seus Premier Partners cionam e, com tudo isso jun­ em todo o mundo, sobre o to, trazer o resultado nosso futuro da impressão, ressal­ VIVEMOS UMA de cada dia, pois, afinal, sem tando a importância do ma­ SUCESSÃO DE CICLOS ele não há negócio, não é? te rial impresso no mix de DE INVERSÕES O pior é que esse exercí­ comunicações, em especial EM BUSCA DA cio tem que ser repetido para como estimulador do pro­ FORMULAÇÃO cada linha nova ou segmento cesso de comunicação que ADEQUADA, A PARTIR DA de clientes que pretendemos se integra à comunicação atender, o que pode repre­ digital. A pesquisa mostra DETECÇÃO DAS NOVAS sentar alto valor de investi­ que os três principais tipos NECESSIDADES DOS mento. E como se ganha di­ de produtos integrados en­ CLIENTES. INOVAÇÃO nheiro? Aplicando a solução tre o digital e o de impressão E SENSIBILIDADE, pronta a outros clientes com são os folhetos, com 56,1 % VALOR E TECNOLOGIA. o mesmo perfil daqueles para das respostas; mala direta, PESSOAS E PROCESSOS. o qual desenvolvemos toda a com 52,1%; e faturas e ex­ plataforma operacional, pro­ tratos, com 41,5%. Suas pro­ UMA REALIDADE dutos e serviços. Nessa repe­ duções, portanto, requerem DINÂMICA E INTERATIVA. tição, o investimento é baixo capacidades gráficas re la­ UM FUTURO QUE JÁ e o retorno é alto. É nisso que cionadas também a serviços É HOJE, MAS CUJO a equipe comercial terá que e plataformas para melhor PROCESSO estar concentrada, correto? atendimento dos clientes DE ADEQUAÇÃO Uma sucessão de ciclos dos seus clientes. de inversões em busca da for­ Pois bem, procuro sem­ TRAZ, PARA MUITOS, mulação adequada, a partir pre ver a indústria de um MAIS DÚVIDAS da detecção das novas ne­ ponto de vista macro e as fei­ QUE CERTEZAS. cessidades dos clientes. Ino­ ras me servem não só como vação e sensibilidade, valor acompanhamento da evolu­ ção da tecnologia mas, essencialmente, como e tecnologia. Pessoas e processos. Uma rea li­ ajuste dessa visão e as consequências práticas dade dinâmica e interativa. Um futuro que já para as empresas. Se tomarmos em conta o que é hoje, mas cujo processo de adequação traz, descrevi, pode­se inferir que há todo um pro­ para muitos, mais dúvidas que certezas. cesso dinâmico onde a visão tradicional e es­ Isso me remete a um diá logo com o ami­ tática do setor não se enquadra, obviamente. go, também consultor, Dan Adler, outro dia Como exemplo, vejo empresas que estão ado­ em que chegamos juntos à feira e ele me dizia: tando sistemas operacionais fechados — os “Bons tempos aqueles em que o gráfico vinha a que fazem cálculos de preço e programações essas feiras decidir sobre equipamento, forma­ de produção —, que não se integram e não se to de impressão, quantidade de cores e algumas comunicam com outros sistemas. O que acon­ coisas mais, não é? Hoje o número de variáveis tecerá com elas quando perceberem que a evo­ é muito, mas muito maior, concorda?”. Concor­ lução natural do mercado exigirá que montem do Dan, em gênero, número e grau. Daí o títu­ suas plataformas operacionais integrantes e lo deste artigo, homônimo a um livro do saudo­ integradas? Que trabalhem em rede e conec­ so Paulo Francis: quanto mais sabemos, mais tadas? Perceberão que já não pertencem a esse temos certezas das dúvidas, não é verdade?

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Fotos: Comodo/Ag. Riguardare

Evento espelha cenário atual

Para organizadores, evento cumpre seu papel de fomentar as vendas, a despeito dos problemas vividos pelo varejo no primeiro semestre.

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Texto: Tânia Galluzzi

abemos que o segundo trimes­ tre não foi positivo para o vare­ jo em geral, entre eles o de pa­pe­la­ rias. Agora que o mercado retoma seu ritmo normal, acreditamos que a fei­ ra teve papel estratégico para im­pul­sio­ nar as vendas do setor”. Essa afirmação, de Abdala Jamil Abdala, presidente da Fran­ cal Feiras, dá o tom do que foi a 28 ª‒ edição da Office Brasil Escolar – Feira In­ter­n a­ cio­n al de Produtos para Pa­p e­la­r ias, Es­ cri­tó­r ios e Escolas. Sob a pressão do fraco desempenho da economia em 2014, a fei­ ra encolheu. Recebeu 19.665 mil visitan­ tes e contou com 180 expositores, contra um público de 30 mil profissionais e 235 expositores no ano passado.

Na ava­lia­ção de Abdala, a feira, rea­li­ za­d a entre 11 e 14 de agosto no Anhem­ bi, cumpriu seu papel. Para garantir uma visitação qualificada, com a presença de compradores e profissionais com poder de compra de vá­r ias partes do País, e tam­ bém do ex­te­r ior, a Francal investiu forte­ mente em ações de incentivo voltadas aos lojistas, como cortesia de via­gem para cer­ ca de 400 compradores e caravanas gra­ tuitas para pa­pe­la­r ias pequenas, que mui­ tas vezes não têm a oportunidade visitar um evento de porte in­ter­n a­c io­ nal. De acordo com a organizado­ ra, 71% dos visitantes eram com­ pradores do Brasil e do ex­te­r ior. Outra ação de estímulo das ven­ das foi a prorrogação por 30 dias do recolhimento do ICMS/ST para os produtos co­mer­cia­li­za­dos du­ rante a feira, atendendo à deman­ da do Sindicato do Comércio Va­ rejista de Ma­te­r ial de Escritório e Papelaria de São Paulo, Simpa.

Este foi o quarto ano consecutivo em que o governo do Estado concedeu tal benefício. Apesar do encolhimento, os fabrican­ tes de cadernos entrevistados considera­ ram o evento positivo. Ivan Bignardi, di­ retor de mar­k e­t ing do grupo Bignardi, fabricante dos cadernos Jandaia, afirmou no penúltimo dia de evento ter registrado em seu estande um movimento semelhan­ te a 2013. “Não tínhamos grandes expec­ tativas. Sa­bía­mos da redução da feira e es­ tamos sentindo o reflexo do esgotamento

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Venha para a

do modelo de fomento de crédito ado­ tado pelo governo. Mas o público dos dois primeiros dias foi bom. A feira foi melhor do que esperávamos. Saí­ mos daqui um pouco mais otimistas”. Contribuiu para isso o fato de os esto­ ques nas pa­pe­la­r ias estarem baixos. No estande da São Domingos, o fluxo também se manteve igual em comparação à edição an­te­r ior, segun­ do João Antonio Cor­nia­ni, gerente de vendas. Depois de um primeiro se­ mestre truncado pela série de fe­r ia­dos, pre­ judicando inclusive a venda de agendas, que tra­di­cio­nal­men­te concentram-​­se em junho, o gerente aposta em um bom Volta às Au­ las. “O mercado está desabastecido e acre­ ditamos em um aumento de faturamento entre 7 a 10%”. Wesley Ortiz Ferreira, gerente co­mer­ cial da divisão varejo da Pombo Lediberg também estava confortável ao falar da Offi­ ce Paper. “Para nós a feira foi muito boa. Grandes clien­tes vie­ram nos visitar e conse­ guimos marcar reu­niões com profissionais que não nos co­nhe­ciam”. O resultado segun­ do o executivo foi ainda melhor do que em 2013, quando a Pombo retornou ao even­ to depois de um pe­r ío­do de ausência. Com sua linha completamente renovada, o foco agora são os produtos premium, aproveitan­ do a lacuna deixada no mercado pelas alte­ rações na linha da Grafon’s após a aquisi­ ção pela Tilibra/Acco Brands. O segmento

21 anos Os melhores papéis nacionais e importados ■

Linha completa editorial e promocional ■

de agendas já compôs 95% dos ne­gó­cios da Pombo, mas hoje representa 60%. O restan­ te é formado por cadernos, blocos de no­ tas e lembretes autoadesivos, entre outros. A Office Brasil Escolar contou ainda com um ciclo de palestras objetivando apre­ sentar modernos conceitos de gestão, vol­ tado a pa­pe­la­r ias, supermercados, bazares e demais profissionais do setor. Um dos temas de maior relevância na atua ­l i­da­de, o Cartão Ma­te­r ial Escolar, foi apresentado por Ricardo Carrijo, gerente de Relações Institucionais da Tilibra, dire­ tor de Relações Institucionais da As­so­cia­ ção Brasileira dos Fabricantes e Importado­ res de Artigos Escolares (ABFIAE), e diretor da Abigraf Sec­cio­nal Bauru. Atendendo a uma reinvindicação dos caderneiros, que vêm antecipando a apre­ sentação de suas novas coleções, a próxima edição será rea­li­za­da entre os dias 19 e 22 de julho de 2015.

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LIVROS

Bienal do livro seduz o jovem leitor No período de 22 a 31 de agosto, o público juvenil compareceu em peso à Bienal Internacional do Livro, no Anhembi, em São Paulo, para ver seus autores preferidos e aqueceu as vendas das editoras.

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Texto: Tânia Galluzzi

ornalista é louco por números. Que­ re­mos aferir tudo o que é possível, comparar desempenho, medir cres­ cimento, minerando elementos aqui e ali para oferecer ao nosso destinatário a informação mais precisa. E foi assim que comecei a me preparar para escrever esta matéria. Com os resultados oficiais da 23 ª‒ Bie­nal In­ter­na­cio­nal do Livro de São Paulo na mão, recuperei o texto da edição an­te­ rior, de 2012, e, surpresa, constatei que nes­ te ano o público foi menor: 720 mil contra 750 mil. Como assim? Em alguns momen­ tos, na tarde da sexta, dia 29, eu mal conse­ guia andar na feira tal o fluxo nos corredo­ res. E os estandes que tiveram de controlar a entrada para evitar a superlotação, mes­ mo quando não havia presença de autores ou celebridades?

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OS NÚMEROS DA 23-ª BIENAL 720 mil visitantes 300 expositores (750 selos) 120 mil alunos,

entrada controlada esta­ Tenho de confessar. vam a Editora Intrínse­ Passei algumas horas de duas mil escolas ca, detentora do megas­ no evento, pouco para Mais de 400 atrações sucesso juvenil A Culpa uma feira com 10 dias (186 autores nacionais É das Estrelas, a Panini de duração, e conversan­ e 22 autores internacionais) e a Comix ­Books, repre­ do aqui e ali, ouvi que as 400 mil pessoas sentantes do universo noites foram bem mais na programação cultural de HQs e mangás. No es­ tranquilas. Além disso, o espaço da feira foi re­ tande da Companhia das duzido (46 expositores a menos), com es­ Letras/Zahar capturei a observação de uma treitamento dos corredores, que se mostra­ garota para a amiga: — “Esse é o estande ram incapazes de dar vazão ao público nos mais lindo de todos” —, dizia a adolescen­ ho­rá­r ios de pico. Mas sou veterana de bie­ te en­tu­sias­ma­da, mostrando que real­men­te nal, in­cial­men­te como leitora mirim e de­ queria estar onde estava. pois como pro­f is­sio­nal. E saí da feira can­ Na mídia, esse estado de espírito virou sada, como sempre, porém com uma boa manchete. “Bie­nal para jovens devorado­ sensação, um sentimento de ter estado en­ res de livros”, “Bie­nal do Livro e o fenôme­ tre pares, ao lado de centenas de pes­soas no ‘young adults’ em números” (Estadão), que amam e celebram o livro. “Sagas li­te­rá­r ias ­atraem adolescentes” (Folha). Para os expositores, converteu-​­se em vendas. A norte-​­americana Cassandra Cla­ DEVORADORES DE LIVROS Sem dúvida, o que mais chamou minha re, autora da série Os Instrumentos Mortais, atenção foi a presença dos adolescentes. levou uma le­g ião de fãs à bie­n al no pri­ Ok, durante a semana a visitação escolar meiro final de semana, colaborando para foi decisiva. Mas percorrendo os estan­ o aumento geral de 97% no faturamen­ des, vi, ouvi e senti o interesse ge­nuí­no to do Grupo Record em comparação à fei­ por títulos e autores. Entre os espaços com ra de 2012. Como publicou o Estadão no

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penúltimo dia do evento, John G ­ reen, au­ tor de A Culpa É das Estrelas e Quem É Você, Alasca?, foi o mais vendido de suas editoras: a Intrínseca, que bateu na terça a receita de 2012, e a WMF Martins Fontes, que estima crescimento de 25%. Um dos 12 selos da Companhia das Letras, o Seguinte (juvenil) foi responsável por 22% das vendas do gru­ po. A Rocco também comemorou resulta­ dos 30% maiores e creditou o bom desem­ penho aos títulos infantojuvenis nacionais. A Melhoramentos, cuja expectativa era de 12% de elevação, apurou evolução de 35%, com Ziraldo puxando as vendas. Resgatando a discussão gerada na edi­ ção passada sobre o esgotamento do mode­ lo da feira, Rodrigo de Faria e Silva, editor chefe das Editoras do Sesi-SP e Senai-SP, afirmou à Revista Abigraf que a bie­nal des­ te ano apontou efetivamente um cami­ nho para se reinventar. “Ainda tem mui­ to por fazer, principalmente com relação aos saldões e a uma visitação mais efetiva e efi­cien­te das escolas, pois a estas faltam orien­t a­ções e instrumentos pedagógicos que incitem seus alunos no interesse real pelo livro e pela leitura. Mas com o aumen­ to da programação cultural, numa feliz parceria com o Sesc, e a redução ocorrida no número de expositores, as vendas au­ mentaram com relação à edição an­te­r ior”. No caso das editoras do Sesi- SP e Senai­ -SP o investimento teve um caráter mais ins­ti­tu­cio­nal do que co­mer­cial. Se a programação cultural foi conside­ rada a melhor dos últimos tempos, proble­ mas antigos carecem de solução. Às filas e aos serviços caros somou-​­se a dificuldade de conexão às redes móveis, que chegou a atrapalhar as vendas por cartão, sobretudo no primeiro final de semana. Entre as edi­ toras que optaram por reduzir sua partici­ pação estava a FTD. A FTD aderiu à ini­cia­ ti­va da Abrelivros que reuniu as as­so­cia­das em um único estande, reduzindo em mais

de 80% seu espaço em comparação às últi­ mas bienais. “De forma geral a feira aten­ deu às expectativas, mesmo nesse novo formato. O público ficou surpreso com a nova proposta e conseguimos focar no re­ la­cio­na­men­to mais dedicado com os parti­

cipantes”, comentou Da­nie­la Silveira Lima, do departamento de mar­ke­ting da FTD. Ao que parece, a CBL terá de manter o foco no aprimoramento do evento se pre­ tende ter de volta expositores como a Ob­ jetiva, além das editoras independentes. E ainda mais se quiser minimizar a compa­ ração desfavorável com a Bie­nal do Rio, que mesmo representando um mercado menor do que o paulista, levou 660 mil pes­soas ao Rio­cen­tro no ano passado. Mas perceber o arrebatamento dos jovens pelo livro, ten­ dência comprovada pelos números, é pra lá de reconfortante.

CBL discute o livro digital Enquanto os expositores cuidavam dos detalhes finais da montagem de seus estandes na bie­nal, cerca de 360 profissionais do livro dedicavam-​­se à discussão de um segmento cujas vendas no último ano registraram crescimento de 225,13%. Eles se reuniram no Palácio das Convenções do Anhembi nos dias 21 e 22 de agosto para o 5º Congresso In­ter­na­cio­nal CBL do Livro Digital. Embora o índice de crescimento dos e-​­­books no Brasil im­pres­sio­ne, a sua participação de mercado ainda é muito reduzida, representando apenas 0,2% da receita total de livros no País. De acordo com a pesquisa da CBL /Fipe sobre o setor edi­to­rial brasileiro divulgada em julho, em 2013 foram vendidos 889.146 livros digitais no Brasil (873.973 e-​­­books e 15.173 apps), com faturamento de R$  12.772.913,17, contra R$  3.928.498,00 em 2012. No mesmo pe­río­do foram co­mer­cia­ li­za­dos 479.970.310 exemplares impressos,

que renderam uma receita de R$  5,3 bilhões. O número total de exemplares vendidos cresceu 4,13% se consideradas apenas as vendas ao mercado, e 20,41% se computadas as vendas ao governo. Para discutir esse cenário e confrontá-​­lo com o que está ocorrendo lá fora, a CBL convidou 18 profissionais, dos quais nove eram estrangeiros. Entre eles estava Jason Merkoski, autor do livro Burning the Page e o primeiro “evangelista de tecnologia” da Amazon. Para ele, no futuro não falaremos mais e-​­book, diremos apenas livro. E possivelmente haverá apenas um único livro, que trará todas as demais obras de forma integrada, sendo acessado por meio de uma assinatura, como um Netflix, para livros. “As editoras têm de pensar como profissionais de tecnologia, ouvindo seus clien­tes e oferecendo a eles não só os melhores livros, mas os melhores serviços”.

Jason Merkoski, da Amazon, autor do livro Burning the Page

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CONGRESSO ANJ

Um novo papel para o jornal As diversas atividades que compõem uma empresa jornalística foram esmiuçadas no 10-º Congresso Brasileiro de Jornais da ANJ. Valorização às ações que contemplam o jornal e a liberdade de expressão também se destacaram. Texto: Juliana Tavares

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e reinventar para prosperar. Essa foi a mensagem deixada pelo 10 º‒ Congres­ so Brasileiro de Jornais, evento rea­li­za­ do pela As­so­cia­ção Na­cio­nal de Jornais (ANJ) em São Paulo, no WTC Events Center, entre os dias 18 e 19 de agosto. Com um pú­ blico de 772 profissionais ligados à gestão dos meios de comunicação em ­­áreas como redação, operações, co­mer­cial, mar­ke­ting, jurídico, en­ tre outras, bem como fornecedores e prestado­ res de serviços, o congresso reuniu es­pe­cia­lis­ tas e representantes de grupos de mídia para discutir as es­t ra­té­g ias que possam rea­f ir ­mar a importância do jornal, tanto para o mercado publicitário quanto para a so­cie­da­de. Segundo o presidente da ANJ, Carlos Fer­ nando Lindenberg Neto, os de­sa­f ios enfrenta­ dos pela indústria jornalística desde o avanço tecnológico foi o norte que conduziu as pales­ tras do evento. Não por acaso, as palavras es­ colhidas para compor o tema da 10 ª‒ edição foram: ruptura, inovação e avanço. Foi seguindo este ra­cio­cí­nio que Jean-​­Marie Dru, presidente mun­d ial da rede francesa de agên­cias pu­bli­ci­tá­r ias TBWA , deu o pontapé ini­ cial na programação do congresso. Dru defen­ deu o papel do jornal como difusor de con­teú­do,

mas atentou para a necessidade de se buscar inovações duradouras, fugindo daquilo que já é aplicado em outros paí­ses. No pe­r ío­do ves­ pertino, ocorreram três painéis si­mul­tâ­neos so­ bre os seguintes assuntos: “Publicidade nativa e con­teú­do patrocinado”, com Ebele Wybenga, jornalista holandês, Sérgio Dávila, editor exe­ cutivo da Folha de S. Paulo, e Sergio Gordilho, co­ presidente e diretor-​­geral de cria­ção da agência

Carlos Fernando Lindenberg Neto, presidente da Associação Nacional de Jornais

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África; “A importância das certificações de qua­ lidade gráfica e logística para jornais”, oca­sião na qual foi lançado o Programa de Certificação de Excelência em Gestão, resultado da parce­ ria com a As­so­cia­ção Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG); e “Novas perspectivas de gera­ ção de receitas com os clien­tes do mercado lei­ tor”, com Laura Andrade, gerente de circulação do Valor Econômico, e Sidney Zamel, diretor de circulação do Grupo RBS. O primeiro dia do 10 º‒ Congresso Brasilei­ ro de Jornais também abordou a in­f luên­c ia da gestão de pes­soas na competitividade das empresas de mídia, a relação com agên­c ias, anun­cian­tes e leitores, e os novos modelos de organização aplicado nas redações.

mações como audiência, perfil de leitores, entre outros dados que facilitarão o processo de toma­ da de decisão. E o segundo foi o Digital Premium Jornais, que permite a veiculação de anún­cios digitais em um am­bien­te de sites de jornais, no mesmo dia, com as vantagens de ter um grande impacto e audiência, velocidade e efetividade, e facilidade de operação e ne­go­cia­ção.

Excelência gráfica certificada

VALORIZANDO A MÍDIA IMPRESSA

No segundo dia do congresso, o reconhecimen­ to de projetos voltados à comunicação impres­ sa e liberdade de expressão foi o grande desta­ que. Entregue naquela oca­sião, o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa contemplou a rela­ tora es­pe­c ial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Hu­ manos da Organização dos Estados Ameri­ canos (OEA), Catalina Botero. No mesmo in­ tuito de ho­me­n a­gear as personalidades que atua­ram na defesa da liberdade de imprensa, o evento condecorou dois jornalistas que fale­ ceram recentemente: Ruy Mesquita, diretor do O Estado de S. Paulo, e Roberto Civita, diretor edi­to­r ial do Grupo Abril. O último dia da 10 ª‒ edição também foi pal­ co para a eleição da diretoria da ANJ para o biê­ nio 2014-​­2016. Ainda foram ministradas as pa­ lestras “Inovações que provocam a ruptura no modelo de ne­gó­cios dos jornais”, com Ken Doc­ tor, analista da indústria de mídia; e “Os jornais em movimento”, com Eduar­do Sirotsky Melzer, presidente do Grupo RBS. Os comitês de gestão, mercado anun­cian­te, e de es­tra­té­g ias digitais da ANJ, compostos por executivos de grandes grupos de mídia, levaram para o congresso as ações de re­po­si­cio­na­men­to dos jornais brasileiros dian­te do mercado publi­ citário e dos anun­cian­tes. Foram apresentados dois produtos que visam demonstrar os be­ne­ fí­cios de se anun­ciar em um dos meios de co­ municação com maior credibilidade perante os leitores. Um deles foi o Market Place Jornais, fer­ ramenta que permite à agência o acesso a infor­

Com o lançamento feito no Congresso da ANJ , o Programa de Certificação de Excelência em Gestão, aplicado às gráficas e distribuidoras, se transformou em mais uma ferramenta de comprovação da qualidade nos processos adotados nas empresas jornalísticas. Resultado de dois anos de discussão interna na ANJ , que se concretizou com a parceria firmada com a ABTG Certificadora, o selo proposto baseia-​ s­ e nos seguintes pilares: qualidade, pes­soas, meio am­bien­te e produtividade. Essa certificação pode ser pleiteada nas ca­te­go­rias Ouro, Bronze, Prata e Platina. Durante o Congresso, no lançamento do Programa de Certificação de Excelência em Gestão, através do diretor técnico da ABTG Certificadora, Bruno Mortara, e do diretor do Comitê de Operações da ANJ , Rodrigo Schoenacher, foram divulgadas as primeiras empresas jornalísticas que passaram pela auditoria e receberam o selo. Na gestão gráfica, as premiadas foram o Estadão e Infoglobo, na categoria Prata; e na categoria Ouro apareceram Zero Hora e A Gazeta de Vitória – que também levou para casa o certificado de excelência em distribuição, na categoria bronze. Fonte: ANJ

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Texto: Tânia Galluzzi

ANO 23 Nº 100 OUTUBRO/2014 Texto: Tânia Galluzzi

ANO 22 Nº 89 ABRIL/2013

CENTROGRAFICA

Rodrigo Giovanelli, diretor comercial da Centrografica

GESTÃO COM MUITA PAIXÃO COM UMA GOVERNANÇA INOVADORA, CENTRADA EM CONTROLE DE PROCESSOS, REDUÇÃO DE CUSTOS E FLEXIBILIDADE NO PERFIL DE SEUS COLABORADORES, RODRIGO GIOVANELLI PRETENDE POSICIONAR A CENTROGRAFICA COMO UMA ÁGIL PROVEDORA DE SOLUÇÕES PARA O MERCADO PROMOCIONAL.

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Fotos: Álvaro Motta

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o dia 7 de outubro o FMI divulgou as previsões mundiais de crescimento e as notícias não foram animadoras: o Brasil apareceu como um dos países de pior desempenho, com prognóstico de aumento do PIB de 0,3% neste ano e 1,4% em 2015. Contradizendo a cantilena do governo, que culpa o cenário mundial pelos problemas brasileiros, para o FMI as dificuldades vividas pelo Brasil são basicamente internas. Em matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo, o economista- chefe do Banco Mundial para a América Latina, Augusto de la Torre, afirmou que os ventos externos que impulsionaram a expansão na região na última década deixaram de soprar e os países devem agora realizar reformas que aumentem a produtividade e criem motores domésticos para o crescimento. Tocando em questão nevrálgica, o economista diagnosticou: “No longo prazo, a economia não cresce com base no consumo, mas sim com base no investimento e na produtividade”.

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Fazendo uma analogia entre o Brasil e a indústria gráfica nacional, é fato que o setor está sofrendo com o mau humor da economia. Mas, assim como recomendam os especialistas ao País, as empresas precisam estancar suas próprias sangrias, olhar criticamente para suas estruturas mirando a elevação da produtividade e da competitividade. A Centrografica aceitou tal desafio, encarando a necessidade de elevar a eficiência mantendo a qualidade dos serviços. Não há nada

simples nesse processo, revela Rodrigo Giovanelli, diretor comercial e responsável pelo desenvolvimento consistente da gráfica nos últimos anos. A Centrografica nasceu em 1977 como uma copiadora pelo esforço e dedicação de Luiz Giovanelli, pai de Rodrigo, atuante e presente na operação até hoje. Em duas décadas a pequena empresa evoluiu da simples cópia à produção de impressos comerciais e em 1998 optou-se por descolar a gráfica da copiadora,

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“Um dia cheguei para meu pai e disse: — Estamos no meio do oceano. Ou recuamos e voltamos a ser uma microempresa, ou teremos de investir e crescer”. A opção foi pelo segundo caminho, e nos anos seguintes a Centrografica viveu uma sequência de aportes de recursos em atualização tecnológica e aumento de capacidade nas áreas de pré-impressão, impressão offset, digital e acabamento, culminando, fazendo surgir a GB Print, atualmente posicionada como uma gráfica rápida. A Centrografica mudou-se para uma área de 800 metros quadrados, e quatro anos depois Rodrigo preparou e deixou a GB Print sob a responsabilidade de um gerente, voltando a trabalhar ao lado do pai na Centrografica. Momento da virada Em 2004 a Centrografica partiu para o segmento promocional, o que exigiu um longo aprendizado. “Os clientes são exigentes, mas são exatamente os mais rigorosos que nos educam”, afirma o diretor. Sabendo ouvir o mercado, a gráfica cresceu. Em 2010, melhor ano para a empresa até então, com crescimento de 45%, Rodrigo entendeu que era hora da virada.

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no pai seu espelho profissional, procura transformar o conhecimento adquirido em alavancas de desenvolvimento. Controle e automação de processos são mantras. A redução de custo operacional uma obsessão, que faz o empresário batalhar por funcionários cada vez mais flexíveis. “Hoje não é mais possível manter uma

neste ano, na mudança para um local mais amplo e funcional, com 2.000 metros quadrados de área construída. Em 2015 o ritmo de investimentos deve diminuir. Será um ano dedicado ao aprimoramento dos processos, dos controles, objetivando maior agilidade e eficiência. E é neste ponto, na gestão, que se manifesta o maior diferencial da Centrografica. Formado em Administração, com pós-graduação em Marketing e em Gestão Inovadora da Empresa Gráfica pela Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, Rodrigo, que tem

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estrutura produtiva de décadas atrás com um mercado tão dinâmico”. Essa mudança cultural tem sido a tarefa mais árdua. “Preciso do envolvimento de todos os nossos 65 colaboradores e sem essa flexibilidade a conta não fecha”. O empresário prevê um 2015 difícil. Para continuar crescendo de maneira sólida ele planeja estar ainda mais próximo de seus clientes, compreendendo suas demandas e criando formas de melhor rentabilizá-las. Rodrigo pretende ainda fortalecer sua ferramenta de webto-print, desenvolvida em parceria com a ANConsulting com a plataforma Isidora. “O volume dos pedidos ainda é pequeno, cerca de 2% de nossa receita, mas os clientes já enxergam valor nessa ferramenta. Com ela, tanto a gráfica quanto o cliente ganham tempo automatizando a compra e a venda de serviços mais simples”.

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urante estes 10 anos, a HotGraf trabalha cada vez mais e tornando-se excelência em acabamentos especiais. São serviços de relevo seco, relevos eco 3D, laminação, verniz UV, silk screen, hot stamping e hot 3D. A Empresa se moderniza a cada dia em relação à infraestrutura, com um novo e amplo local para carga e descarga de materiais, ótimas instalações para atendimento local, qualificação de mão de obra e equipamentos de alta tecnologia de acordo com todas as exigências do mercado, levando qualidade, praticidade e confiança aos seus clientes. Qualidade e destaque são elementos importantes que compõem a pirâmide da excelência, e tratando-se de acabamentos especiais, nós da HotGraf somos especialistas em enobrecer os seus produtos. Confira nosso atendimento especializado em todas as etapas do processo, desde o primeiro contato até futuros trabalhos, onde temos todo comprometimento com nossos clientes. A HotGraf está localizada próximo ao Rodoanel, Rodovia Castelo Branco, Anhanguera, Marginal Tietê e Marginal Pinheiros, facilitando o acesso para clientes de todos os lugares do Brasil. Faça parte da HotGraf!

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FRANCHISING

Loja da franquia Alphagraphics no bairro da Vila Olímpia, considerada modelo em design, decoração interna e tecnologia atualizada

(E/D) Rodrigo Abreu, diretorpresidente da Alphagraphics Brasil, e Arno Witte, diretor-proprietário das lojas Faria Lima e Vila Olímpia

Esses são os verbos que conjugam as mais de quatro décadas de história da AlphaGraphics. Com princípio e espírito inovador, a empresa mostra como pensar no futuro valorizando o presente. Texto: Juliana Tavares

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Comunicar, inovar e avançar

uando o empresário norte-americano Rodger Ford fundou a AlphaGraphics, em 1970, talvez não imaginasse que a empresa pudesse chegar tão longe. Com o intuito de oferecer as últimas tecnologias em comunicação visual, ele percebeu, nove anos depois, que adotar o sistema de franquias seria o método mais lucrativo de se expandir — em uma atitude inovadora que até hoje é o motor da empresa. Em menos de cinco anos, a AlphaGraphics se transformou na número um em impressão de varejo com mais de 260 franquias pelo mundo. O capítulo brasileiro começou a ser escrito há 24 anos. No entanto, a sua franquia mais antiga tem dois anos a menos de operação. Isso porque, no fim da década de 80, a matriz americana estudava a permanência no País e mantinha plantas piloto na Avenida Brigadeiro Faria

Lima, na Alameda Santos e na Rua Marconi, região central de São Paulo. O responsável pela estabilização definitiva foi o engenheiro Arno Witte, que já conhecia o trabalho desempenhado pela empresa. Após checar a viabi lidade financeira, Arno bateu o martelo no início de 1993 e ainda pôde escolher o endereço. E foi assim que a AlphaGraphics Faria Lima iniciou as suas atividades, com o apoio de um diretor da sede americana durante seis meses,

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Fotos: Álvaro Motta

para adaptação ao modus operandi. Ao assumir a administração dos negócios, a partir de agosto daquele ano, Arno se deparou com o desafio de apresentar a empresa ao mercado, uma vez que um de seus principais serviços, a impressão digital, era novidade no País. Uma das estratégias utilizadas para fazer com que a empresa fosse conhecida por todos foi a aquisição de novas máquinas a cada dois anos. SISTEMA NON-STOP

A inovação mais arriscada veio em 2005, quando a AlphaGraphics Faria Lima adotou o sistema de atendimento ininterrupto. Segundo Arno, essa decisão fez com que ele encontrasse um novo nicho de público: o de estudantes. “No fim das contas, o atendimento 24 horas, que parecia uma ideia assustadora, começou a funcionar muito bem”, avalia. Quatro anos mais tarde, a unidade da Faria Lima foi a primeira fora do mercado americano a receber o Franny Award, conhecido como o “Oscar” da categoria. Ainda em 2009, o bairro da Vila Olímpia abrigou uma nova franquia da empresa — também sob a coordenação de Arno Witte. Hoje a presença da AlphaGraphics no Brasil é bem mais robusta: são nove franquias no total, com planos de expansão nos próximos meses. O pool de serviços também foi atua lizado, com soluções para design, impressão em grandes formatos, comunicação de marketing, arquivos digitais, entre outros. De acordo com

Rodrigo Abreu, diretor-presidente da AlphaGraphics Brasil, o faturamento obtido no País fica atrás somente dos Estados Unidos. Desde 2012, a operação em território brasileiro se tornou independente da matriz americana, porém seguindo os mesmos padrões aplicados por lá. A atuação diferenciada da AlphaGraphics fez com que ela fosse considerada uma das três franquias mais inovadoras de 2014 durante o 5 º‒ Fórum Inter nacional de Gestão de Redes de Franquias e Negócios, rea lizado no último 16 de setembro. Para Arno, algumas das características que compõem o perfil de um franqueador de sucesso são a formação, ex periência profissional e disposição para sempre estar à frente da concorrência. Sobre o futuro, ambos os executivos demonstram uma posição mais moderada. “Nossos esforços estão concentrados no treinamento dos colaboradores”, adianta Arno. O empresário destaca ainda a ferramenta webto-print e o self-publishing como alguns dos focos da AlphaGraphics nos próximos meses. O diretor Rodrigo Abreu também antecipou outros planos em nível nacional: a contratação de profissionais com know-how gráfico e a aquisição de concorrentes para conversão no método AlphaGraphics. “Tem um ‘Brasilzão’ aí de oportunidades”, finaliza Rodrigo. ✆ ALPHAGRAPHICS Tel. (11) 3078.4900 www.alphagraphics.com.br

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PLACAS ELETRÔNICAS

Eletrograf oferece alternativa em manutenção Especializada no comércio de peças e na manutenção gráfica, a Eletrograf cresce na esteira da evolução tecnológica dos sistemas.

cujos componentes deixaram de ser fabricados. “Conseguimos encontrar soluções tecnológicas que permitam à gráfica con­t i­nuar usufruindo do equipamento com um custo menor”. Atual­men­te, 80% da receita da Eletrograf vem da reparação de peças e 20% da venda de componentes. A empresa dá garantia de quatro meses para os itens que conserta e um ano para peças pró­prias.

H

á 25 anos Vladimir de Jesus Rodrigues enxergou uma carência no segmento gráfico e decidiu arriscar. Deixou a estabilidade da vida de fun­cio­ná­r io em uma gráfica conceituada e partiu para um em­preen­d i­men­to próprio, crian­do a Eletrograf Comércio de Peças e Serviços. No final da década de 1980, a invasão da eletrônica nos equipamentos começava a se intensificar, demandando não só mais horas de manutenção, quanto ajustes mais precisos e delicados. Lançando mão de sua ex­pe­r iên­cia, Vladimir montou uma pequena estrutura em Santo André, na Grande São Paulo, para dar cobertura às gráficas. Passadas duas décadas, os serviços da Eletrograf são requisitados até por empresas de fora do Brasil.

dispositivos retificados pela Eletrograf fazem parte de máquinas Heidelberg. O restante é composto sobretudo por sistemas Manroland e, mais recentemente, Sakurai. “Estamos sempre atentos às lacunas, identificando componentes essenciais para o fun­c io­n a­men­to das máquinas”, comenta Vladimir. Ele conta que muitas vezes, em função de um defeito numa placa, o gráfico se vê obrigado a trocar todo um sistema, a fazer o upgrade da máquina, o chamado retrofit, que pode ser muito caro. Ao invés da troca da unidade toda, a Eletrograf oferece a reparação da peça.

Vladimir de Jesus Rodrigues

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A es­pe­cia­li­da­de da empresa são as placas eletrônicas para impressoras offset planas e rotativas. Mas há espaço para o conserto de módulos, conversores, inversores, circuitos dedicados, sensores de fotocélulas, sensores de mesa, revisão em conjuntos motorredutores e reparação em motores de pressão. Em todos os componentes nos quais a eletrônica esteja presente a Eletrograf pode ­atuar. Pelas pró­prias características da indústria gráfica na­cio­nal, 60% dos

SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS

Nesse garimpo de oportunidades, Vladimir percebeu há três anos que poderia lucrar desenvolvendo seus pró­prios displays de LCD e placas alternativas. O alvo está principalmente nos equipamentos mais antigos,

Para assegurar a qualidade dos produtos que desenvolve e dos serviços que presta, os engenheiros da Eletrograf estão constantemente atua­li­zan­do seus conhecimentos. A empresa dispõe de laboratório para testes e simulações, além de contar com o apoio dos la­bo­ra­tó­r ios da inglesa ABI Electronics, e está investindo ainda em uma máquina de testes de dedicada, uma impressora offset na qual os componentes poderão passar por pe­r ío­dos mais longos de verificação. Ques­tio­na­do sobre a possibilidade de oferecer contratos de manutenção, Vladimir afirmou não ser uma alternativa viá­vel em função do número de profissionais autônomos prestando esse tipo de serviço. “Só temos engenheiros de laboratório em nossa equipe e preferimos indicar parceiros para fazer o atendimento de campo”. & ELETROGRAF Tel. (11) 4475.6741 www.eletrograf.com.br

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GRÁFICA-​­SP

Tradição e tecnologia caminhando juntas

Texto: Laura Araújo

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undada há 35 anos, a Litocomp ocupa uma área de três mil metros quadrados no bairro do Bom Retiro, um dos pri­ meiros polos industriais a ser forma­ do no centro da capital paulista. Um dos moti­ vos da longevidade da empresa, conta Fernando Augusto Moita Cosme, seu diretor administra­ tivo, é o constante aprimoramento da equipe e a atua­li­za­ção do parque gráfico. “Desde 2008 agregamos muitas inovações tecnológicas. A Li­ tocomp é uma empresa sadia e sólida, e não é possível falar em expansão sem investir na pró­ pria empresa”, afirma Fernando, que completa: “Acreditamos que crescer faz parte do negócio, mas com a finalidade de estar sempre atua­li­za­do em termos de tecnologia”. A tecnologia não foi a única coisa que mu­ dou durante a trajetória da Litocomp. A empre­ sa foi fundada por Fernando em 1979. Na épo­ ca, o foco era o mercado edi­to­r ial, mas com o tempo os serviços promocionais, embalagens especiais, materiais de PDV e projetos especiais ganharam espaço e se tornaram a sua es­pe­cia­li­ da­de. Hoje, para atender às demandas de clien­ tes do setor in­dus­trial e de serviços, a empresa conta com 60 fun­cio­ná­r ios e serviços de desen­ volvimento, pré-​­impressão, impressão digital e offset e acabamento.

Fotos: Álvaro Motta

Gráfica paulistana, em atividade desde a década de 1970, se mantém atualizada atendendo as demandas do mercado com inovações tecnológicas.

(E/D): Fernando Augusto Moita Cosme, diretor administrativo e seu filho Júnior, diretor comercial da empresa

Na área de impressão, a gráfica dispõe de impressoras Heidelberg, também presentes no setor de acabamento. “Pos­suí­mos um par­ que gráfico moderno e com equipamentos que acabaram de ser instalados. Na pré-​­impressão temos estações de tratamento de imagem e montagem eletrônica. Mantemos também pro­ fissionais de consultoria dedicados, por exem­ plo, à produção de prototipos”, informa Jú­nior, filho de Fernando, que trabalha na gráfica desde 1987, e dez anos depois tornou-​­se sócio e diretor co­mer­cial da empresa.

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QUEM PLANTA, COLHE

Jú­nior conta que a gráfica procura estar atenta às ten­dên­cias tecnológicas e de mercado. Para isso, os diretores da Litocomp fazem questão de marcar presença em eventos e feiras da área, tanto no Brasil quanto no ex­te­r ior. A constante atua­li­za­ção e conhecimento sobre o setor gráfi­ co ajudam na hora de tomar decisões, uma ta­ refa executada com pragmatismo. “Já passamos por diversas tur­bu­lên­cias no mercado e sempre enfrentamos todas essas crises com muito tra­ balho e honestidade. Quan­do temos algum pro­ blema ou adversidades, não discutimos a respei­ to, simplesmente resolvemos e acredito que, por isso, somos considerados uma empresa séria”, diz o diretor co­mer­cial. “Fazemos isso tudo de uma forma segura e com os pés no chão. É uma empresa que nos enche de orgulho, e tudo o que plantamos estamos colhendo hoje”. O resultado desse modelo de gestão, conta ele, é a qualidade dos serviços prestados pela companhia, reconhecida por clien­tes e pelo mercado. A Litocomp tem no currículo um tro­ féu do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini e reserva, dentro do seu parque

gráfico, um am­bien­te exclusivo para o treina­ mento de fun­cio­ná­r ios, com capacitação dada por es­pe­cia­l is­tas. Os clien­tes também contam com um espaço próprio para serem recebidos quando do acompanhamento dos processos e aprovação dos materiais. Além dos serviços de suporte ao clien­te e parque fabril atua­li­za­ do, a Litocomp valoriza questões ambientais e de sustentabilidade. “Merecem destaque as ini­cia­ti­vas voltadas para o meio am­bien­te, que são a certificação FSC, conquistada em 2009, e o Selo Verde, que atesta a correta coleta de re­sí­ duos sólidos e líquidos, feita por uma empresa certificada”, esclarece Jú­nior.

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HISTÓRIA VIVA

Francisco Málaga é o que nossas avós costumavam chamar de azougue. Inquieto, curioso, tenaz, abraçou as paixões de infância e soube fazer delas os motores de sua vida. Tânia Galluzzi

Francisco Málaga A fé não costuma falhar

E

stamos conversando há mais de duas horas e as his­tó­rias con­ti­nuam a se desdobrar como um mapa. Nesse mapa, os tesouros são as lembranças de Francisco Málaga. Elas surgem vivas, brilhantes, espalhando luz pelas trilhas percorridas por esse empresário-​­engenheiro-aventureiro que em janeiro completou 71 anos. Pistas estão por todo

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1 Francisco e seu torno platô reconstruído, com diâmetro até 2,60 m, no qual foram usinadas peças das suas metalizadoras desde 1973.

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o lado. Numa caixa de papelão deixada sobre um antigo bufê, em recortes de jornal decorando as paredes, no próprio en­tu­sias­mo de Francisco em contar passagens de sua vida, que lhe vêm salpicadas, ordenadas pelo prazer de repeti-​­las e não por qualquer linha cronológica. Indo e voltando no tempo, Francisco Málaga, um dos principais fabricantes de substratos metalizados do Brasil, relata que o gosto pela engenhosidade das máquinas, apesar de ter sido incentivado pelo pai, é culpa de sua mãe. Em vez de livros infantis, Dona Maria dava ao filho edições da revista Hobby. Assim, o menino desenvolveu habilidades que ajudaram o pai, Enrique, na montagem da fabriqueta de lantejoulas em um dos quartos da casa da família no bairro de Vila Romana, em São Paulo. E boa parte das metalizadoras usadas pela empresa em 50 anos de atividade foram projetadas e cons­truí­das por ele. Os Málaga emigraram da Espanha para o Brasil em 1951, na esperança de terem a mesma sorte de um parente que aqui se tornara


fazendeiro. Além da con­f ian­ça num futuro melhor, Enrique trouxe a habilidade na confecção de lantejoulas. Após alguns percalços, ele conseguiu estabelecer-​­se e em 1963 criou ofi­cial­ men­te a Málaga Produtos Metalizados Ltda., tendo hoje os filhos como só­cios. “Sou um fuçador, estou sempre atrás de uma solução”, conta Francisco. “Comprávamos o acetato de celulose para fazer as lantejoulas e um dia, quando fui retirar o ma­te­r ial, vi num caminhão sacos com o nome Rho­d ia­li­te. Fui até a Rhodia e descobri que o acetato custava menos de 1/4 do que pagávamos. Cheguei em casa e disse para o meu pai que tínhamos de fazer nosso próprio acetato”. Meses mais tarde a primeira extrusora estava pronta. Detalhe: Francisco nunca estudou Engenharia. “Em três, quatro dias fabricávamos o ma­te­r ial necessário para a produção 3

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de passagem, e por dez meses mergulhou na tecnologia. Com a ajuda do professor, conquistado pela tenacidade do rapaz, um ano depois, sem nunca ter visto a máquina de perto, Francisco estava com o projeto de uma metalizadora nas mãos, concretizada em 1974. Um ano e meio depois a segunda metalizadora ficou pronta e a Málaga pôde am­pliar sua atua­ção produzindo pa­péis para presente, filmes metalizados para confecção de árvores de Natal e a chamar a atenção da indústria de embalagens, passando a metalizar para terceiros. A empresa evoluiu rapidamente — uma nova fábrica foi aberta em Osasco —, no mesmo ritmo em que Francisco montava outros equipamentos. Ao todo foram 12 metalizadoras, sendo que algumas ainda estão em operação.

2 Francisco e os filhos, com os quais divide o comando da Málaga. Simone, diretora comercial, e Flávio, diretor financeiro 3 Francisco e o pai Enrique Málaga 4 Umas das quatro laqueadoras projetadas e construídas por Francisco

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mensal de lantejoulas e o excedente passamos a vender para floriculturas, para a Lenços Presidente, que usava o acetato em suas embalagens, e até como fitas de acetato ponteiras de cordões para calçados. Não dávamos conta, tamanha a demanda”. A extrusora foi montada em 1966, ano em que Francisco casou-​­se com Adiba, com quem teve três filhos: Soraya, Simone e Flávio. A empresa crescia e Francisco só pensava numa coisa: tornar-​­se independente da importação de acetato já metalizado. Ele sabia que a chave do processo de metalização era o alto-​­vácuo. Em 1970 achou um curso sobre o assunto na USP, só frequentado por engenheiros, diga-​­se

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LIBERDADE aviação sempre foi uma das A paixões de Francisco. Chegou a ter três ultraleves. Com um deles, em 1983, teve um pouso forçado num canavial em Sumaré/SP (foto 5), após perder o motor. Depois, vieram os helicópteros. Nas fotos 6 e 7 aparece pilotando e em terra com um Hugues 300 C, seu segundo helicóptero, adquirido em 1987 e totalmente reformado por ele (o primeiro, EXEC da Rotorway, experimental, foi aprendido em 1986)

Igual afinco Francisco dedicou e dedica a outra das paixões plantadas na infância. Aos sete anos ganhou de uma tia um pequeno a­ vião. Mas não era um brinquedo qualquer, era uma réplica de um Spitfire, ­avião de caça britânico eternizado 6

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na Segunda Guer­ra Mun­d ial. Dessa semente nasceu um cam­peão brasileiro de ae­ro­mo­de­lis­ mo, que se transformou em piloto de ultraleve (Francisco chegou a ter três) e depois de helicóptero. Por causa de um deles acabou passando uma noite na prisão e virou notícia de jornal. “Em 1986 fui a uma feira nos Estados Unidos e vi um modelo que podia ser montado em casa. Comprei. Só que o con­têi­ner com as peças foi barrado no ae­ro­por­to. Fui chamado pela Polícia Federal e acabei sendo preso, porque a importação era proibida naquele tempo”, diverte-​­se Francisco, enquanto mostra a notícia emoldurada na parede e partes de um antigo ae­ro­mo­de­lo. Parar de voar e de trabalhar está fora de cogitação. Nos voos dos finais de semana Francisco é acompanhado pelos amigos. Na Málaga está dia­r ia­men­te com os filhos Simone e Flávio: ela cuida do departamento co­mer­cial e ele das finanças, com um pé na produção. Ambos não escondem a profunda admiração que sentem pelo pai. “A persistência é sua principal característica. Quan­do ele acredita numa coisa, ninguém derruba sua fé, seu otimismo. Ele tem uma autoconfiança inabalável”, afirma Simone. Foi ela quem teve a ini­cia­ti­va de aproximar a empresa do segmento gráfico, no final dos anos 1990, atual­men­te o principal mercado da Málaga com o fornecimento de substratos metalizados para a produção de rótulos e cartuchos. E do fim voltamos ao começo: pais inspirando filhos e filhos motivando pais.


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REVISTA ABIGRA F 272 JULHO/ AGOSTO

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2014

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CA DO SETOR ANO XVIII Nº GRÁF ICO BRAS 90 • VOL. III ILEIRO 2014 • ISSN 1678-0 965

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20 14

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PAPEL-​­CARTÃO

Máquina 3 de papelcartão, na qual o papel é formado e finalizado para depois passar ao setor de corte

Ibema quer mais da América do Sul Depois da Argentina e do Paraguai, a fabricante de papel-​­cartão busca expandir sua atuação na região, fortalecendo-​ s­ e em países como a Colômbia e a Bolívia. Texto: Tânia Galluzzi

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T

ra­d i­c io­n al parceira co­mer­c ial do Brasil, a Argentina representa hoje, aproximadamente, 55% das exportações da Ibema para a América do Sul. O continente é o principal importador dos produtos da terceira maior fabricante de papel-​ ­cartão brasileira: 67% do volume das exportações destinam-​­se aos parceiros do Mercosul. “Em se tratando de exportação, a Europa está complicada e a Argentina não é diferente. E estes são nossos principais destinos, por isso necessitamos atingir outros mercados e estamos tendo êxito”, afirma Nei Senter Martins, presidente da Ibema Cia. Brasileira de Papel. Além da Argentina, com a qual a companhia mantém relações comerciais há 27 anos, a Ibema exporta regularmente para o Uruguai, Bolívia e Paraguai, o que representa cerca de 20% de todo o volume de produção. A tendência, segundo os

executivos da Ibema, é expandir cada vez mais as relações comerciais com os paí­ses vizinhos. Os mercados da Bolívia, bem como o da Colômbia, têm sido trabalhados desde o começo deste ano e mostram uma grande capacidade de

Nei Senter Martins, presidente da Ibema

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absorção da linha de papel-​­cartão. Em setembro foi concretizada a primeira exportação para a Colômbia após muitos anos. FUTURO PROMISSOR

De acordo com Die­go Gracia, supervisor de exportação da Ibema, a empresa está atenta às movimentações do mercado e estuda os próximos passos. “É importante entender que a Ibema amadureceu sua mentalidade quanto à exportação. Vamos avançar em mercados que, segundo nossos cri­té­ rios, julgamos interessantes. Precisamos estar seguros de que teremos condições de levar a esses mercados o jeito Ibema de re­ la­cio­na­men­to, a proximidade, o serviço, a qualidade, o suporte e sobretudo a continuidade e regularidade, sem oportunismo.” Com fábrica instalada no município de Turvo, no Paraná, a companhia conta com uma sede administrativa em Curitiba e um centro de distribuição direta em Araucária, com área útil de 12 mil metros quadrados. A Ibema vem mantendo a produção ­anual em sua capacidade máxima: 92 mil toneladas. Desse volume, 75% são destinados ao mercado interno e 25% seguem para exportação, divisão que vem se mantendo nos últimos anos. Seu market share está igualmente estável entre 12 e 13% para uma demanda de 550 mil toneladas de papel-​ c­ artão para embalagens em 2013 no mercado interno. “Temos uma visão bastante

positiva para a demanda por papel-​­cartão para os próximos anos. Poucos paí­ses no mundo apresentaram um crescimento da procura acima do crescimento do PIB como aconteceu no Brasil nos últimos dois anos. Ainda convivemos com um baixo consumo per capita, enquanto percebemos um reconhecimento cada vez maior dos aspectos re­la­cio­na­dos à sustentabilidade do produto papel-​­cartão. Vejo um futuro promissor para o papel-​­cartão em toda a América Latina”, comenta o presidente. Neste ano, os dois principais produtos da empresa, que estão completando 10 anos, foram relançados com novas especificações. O Ibema Supera e o Ibema Spe­cia­ la, que juntos representam 60% do volume fabricado e vendido pela Ibema Papelcartão, estão agora entre 10 a 15% mais rígidos. Para o gráfico, tal característica significa a produção de mais embalagens por tonelada de papel-​­cartão; para os designers a possibilidade de desenvolver embalagens com desenhos di­fe­ren­cia­dos; e para a Ibema, a chance de atingir novos segmentos, como as embalagens premium. Segundo Nei Martins, a empresa deve fechar 2014 com a mesma produção de 2013 e faturamento cerca de 8% su­pe­r ior. & IBEMA CIA. BRASILEIRA DE PAPEL Tel. (41) 3240.7400 www.ibema.com.br

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LIVRO DE ARTE

Um livro para contemplar Valorizar e divulgar a arte do Ikebana, atividade que, em tempos de redes sociais e experiências virtuais, recupera a introspecção e a contemplação por intermédio do trabalho manual. Esse foi desde o início o objetivo do livro Ikebana Ikenobo, O Caminho das Flores, que acaba de ser lançado pela Clemente e Gramani Editora. 72 REVISTA ABIGR AF

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presentando dezenas de imagens de vasos e arranjos florais, o livro Ikebana Ikenobo – O Caminho das Flores narra a história e trajetória dessa arte, até o seu desenvolvimento e difusão no Brasil graças a uma de suas autoras, Emília Rioka Tanaka. Filha de japoneses, 85 anos, Emília nasceu em Cafelândia (SP), mas, aos 13 anos, partiu para o Japão onde viveu por uma década. Lá, conheceu e encantou-se com a arte do Ikebana e, de volta ao Brasil, aprimorou seus conhecimentos com duas professoras da colônia japonesa. Trabalhou incansavelmente para romper os limites do Ikebana, popularizando- o e

fazendo-o crescer em nosso país. Em 1984, fundou a Associação de Ikebana Kado Ikenobo Tatibana da América Latina, com a missão de ensinar e promover exposições para difundir a essência dessa prática. E foi como parte das comemorações dos 30 anos da entidade e para homenagear a sua fundadora que a outra autora, Anna Seika Mantegazza, tornou-se a grande incentivadora e responsável pela elaboração do livro, dedicando-o à amiga. Anna, 71 anos, ita lia na naturalizada brasileira, apaixonada pelo Ikebana, foi aluna de Emília e evoluiu a tal ponto o seu domínio na técnica da arte que tornou-se

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Ikebana, a delicada arte dos arranjos florais O

mestra na Escola Ikenobo e vice-presidente da associação. “Vejo o livro como uma peça fundamental para a entidade no momento atual. Acredito que ele poderá despertar a cu riosidade das pessoas, estimulando-as a se dedicarem ao aprendizado da arte do Ikebana”, afirma Anna Mantegazza. O livro, totalmente em cores e ilustrado por um grande número de arranjos aborda a história do Ikebana e da Escola Ikenobo, detalha seus diferentes estilos e acompanha os passos, batalhas e conquistas do caminho trilhado por Emília Tanaka.

A redação e o texto final são de Tânia Galluzzi e o projeto gráfico e edição de arte de Cesar Mangiacaval li, ambos colaboradores da Revista Abigraf. A estrutura da obra e as informações, pormenorizadas, vêm da compilação feita por Anna Mantegazza dos inúmeros textos que colecionou ao longo dos anos, assim como do conhecimento que acumulou. Em destaque, uma linha do tempo pontua a evolução da arte do Ikebana, desde seus pri mórdios, no século X. Há ainda um capítulo dedicado aos trabalhos da associação e seus marcos principais.

IKEBANA IKENOBO O CAMINHO DAS FLORES THE PATH OF FLOWERS

Emília Rioka Tanaka (E) recebe das mãos da amiga Anna Seiko Mantegazza exemplar do livro Ikebana Ikenobo – O Caminho das Flores, durante exposição comemorativa dos 30 anos da Associação de Ikebana Kado Ikenobo Tatibana da América Latina, realizada no dia 19 de setembro no Clube Monte Líbano, em São Paulo

Ikebana é uma composição floral que obedece a regras precisas, com base em fundamentos filosóficos e simbólicos. A admirável sensibilidade para fazer de um arranjo floral um trabalho artístico perfeito foi uma concepção peculiar nascida no Japão e inspirada pelo amor profundo que os japoneses dedicam à natureza. Essa paixão, cultivada ao longo de sua história milenar, fez surgir há mais de 550 anos a arte dos arranjos florais Ikebana Ikenobo, exaltação de equilíbrio entre ramos, folhas e flores. Ao executar um arranjo Ikebana, a imagem que vem à mente de quem o faz é a de flores crescendo na natureza. Utilizando apenas esses poucos elementos da natureza, a pessoa vê surgirem possibilidades ilimitadas de desenvolver a criatividade e expressar num arranjo floral — muito mais que uma cena natural — um mundo único, inteiramente novo, de grande beleza.

IKEBANA IKENOBO O CAMINHO DAS FLORES THE PATH OF FLOWERS

Livro Ikebana Capa v7.indd 1

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THE PATH OF FLOWERS

O CAMINHO DAS FLORES IKEBANA IKENOBO

IKEBANA IKEBONO  O CAMINHO DAS FLORES Formato: 28 × 28 cm Número de páginas: 120 Idiomas: português/inglês Papel: miolo – couché 150 g/m2 sobrecapa – couché 170 g/m2 guardas – Markatto Concetto Naturale 170 g/m2 encarte – Color Plus Pequim 180 g/m2 Recursos especiais: relevo seco na primeira guarda, laminação brilho e hot stamping na sobrecapa Acabamento: capa dura/costura Elaboração, produção e edição: Clemente e Gramani Editora Pré-impressão, impressão e acabamento: Ipsis Exemplares podem ser adquiridos na Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – Bunkyo Tel. (11) 3208-1755 e-mail: contato@bunkyo.org.br e nas Livrarias Saraiva

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FILATELIA

Selos e gravuras resgatam a história da reforma protestante

Maurí cio Melo Mene ses

a história har apressado sobre nos levar a ma Protestante pode súbita uma de que ela surgiu empreenderam. ão dos homens que a a se fez Reform seja verdade que a uais, também é o de trajetórias individ to contex a um e que ela se integra e mplo da história da Europa

eja cristã.

Cristianismo Reformado

rir um nvidamos o leitor a descob a da Reforma mais sobre a rica históri imagens de meio stante, contada por o de Maurício icas escolhidas da coleçã mente dedicada Meneses, que é inteira deste livro, são ema. Na primeira parte entos filatélicos que trados selos e docum precursores e ais princip os apresentam Na segunda, uma tagonistas da Reforma. ramentos da desdob os ie de selos revela pelo mundo, as orma: sua expansão traduções ras erras religiosas, as primei vernáculas, entre Bíblia para as línguas os selos que fazem utros. Por fim, são exibid do protestantismo eferência à implantação para o o Brasil, com destaque presbiterianismo.

CRISTIANISMO R EF OR M A DO lia da por meio da filate Uma histó ria conta

Meneses Maurício Melo

G

rande parte do que conhecemos sobre as origens do mundo e das modernas sociedades foi transmitida por relatos orais, gerações após gerações. De fato, a história, e em particular as relacionadas às religiões, pode ser contada de vários modos, mas nem sempre está nos livros — ainda que a Bíblia tenha sido o primeiro livro produzido na prensa de tipos móveis de Gutenberg, por volta de 1455. Por isso mesmo pode ser considerada rara a oportunidade de resgatar 500 anos de um movimento religioso por meio de selos, gravuras, ilustrações, mapas, gráficos e fotografias. Foi isso o que fez Maurício Melo Meneses, na obra “Cristianismo Reformado: uma história contada por meio da filatelia” (Editora Mackenzie). Homenagem aos 495 anos da Reforma Protestante, o livro apresenta rica iconografia, em que se destacam as imagens filatélicas da coleção do próprio autor. Meneses releva que seu interesse pela filatelia começou ainda na adolescência. “Em 2004, comprei, em um leilão, uma coleção com 29 mil itens e me deparei com o selo alemão do grande reformador João Calvino. Em seguida, comecei uma busca por outros exemplares na Europa e 100 95

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Obra inédita é recomendada para estudantes, pesquisadores, professores e teólogos que buscam um novo olhar sobre este movimento religioso.

nos Estados Unidos, encontrando três outros selos da Suíça, França e África do Sul. Após esse sucesso inicial, veio-me a ideia de incluir outros reformadores e, em seguida, iniciei a coleção Cristianismo Reformado”, diz o autor que também realizou pesquisas na Associação Brasileira de Filatelia Temática (Abrafit). Prefaciado pelo reverendo Alderi Souza de Matos, com introdução de Geraldo de Andrade Ribeiro Jr., o livro apresenta os principais protagonistas e precursores da Reforma, seus desdobramentos e outras tradições reformadas no Brasil. A obra é recomendada para estudantes, pesquisadores, professores e teólogos que buscam um novo olhar sobre a Reforma Protestante no decorrer da história. O reverendo Matos destaca em seu texto que os recursos visuais, como mapas, gráficos, fotogra fias, gravuras e ilustrações diversas, contribuem em muito para o estudo da história. “Porém, um instrumento pouco utilizado são os selos postais, com sua grande riqueza de informações e imagens sobre temas históricos”. É deste modo, com belos selos, carimbos, cartões de primeiro dia de circulação, cartõespostais e outras peças filatélicas, que estão ilustrados os mais significativos momentos desta história, seus personagens e eventos. ORIGEM DOS SELOS

O livro traz em suas primeiras páginas uma breve história da filatelia, revelando curiosidades, como o fato de que, até as primeiras décadas do século XIX , quem pagava o porte era o destinatário e não o remetente. Isso causava uma série de problemas e, com a Revolução Industrial, os correios ingleses precisavam se modernizar e mudar essa sistemática. Em 6 de maio de 1840 a Inglaterra adotou a “reforma postal”, um conjunto de normas e regras para otimizar os serviços postais, criando o selo postal para pagamento antecipado da taxa de porte. Essa reforma foi um sucesso, logo adotada em outros países, sendo o Brasil o segundo a adotá-la (1841) e o terceiro a emitir selos (1843). A filatelia veio a seguir, com suas primeiras coleções, catálogos, revistas, comércio de selos e clubes.

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SUSTENTABILIDADE

Ciclo de Sustentabilidade da ABTG destaca os requisitos legais

Especialistas convidados apresentaram aspectos das legislações em vigor e a aplicação prática destas na indústria gráfica. Texto: Ada Caperuto Colaboraram: Juliana Tavares e Laura de Araújo

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ealizado de 18 a 20 de agosto, pela Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), o 7 º‒ Ciclo de Sustentabilidade teve como principal tema a legislação e os requisitos para que uma gráfica seja sustentável. Rea lizado anualmente, o programa tem por objetivo discutir as ações das empresas em relação às boas práticas ambientais, sociais e econômicas. O evento, que aconteceu no auditório da entidade, na capital paulista, foi aberto oficial mente pelo presidente

executivo da ABTG, Claudio Baronni. Ele ressaltou que os conhecimentos transmitidos pelos palestrantes permitem enriquecer e consolidar um conceito para algo que é muito complexo, a sustentabilidade na indústria gráfica. “Mas estamos obtendo êxito, pois a cada ano nosso desempenho está melhor”, declarou. Primeira palestrante da noite, a consultora da ABTG Márcia Biag gio falou sobre o tema “A sustentabilidade na indústria gráfica nos dias atuais — requisitos que se tornaram

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SUSTENTABILIDADE

da noite, com o tema “PNRS — logística reversa e embalagens p ó s - c on s u mo: d e quem é a responsabilidade?”. Amaral mencionou que, embora o setor gráfico esteja fora da obrigatoriedade da logística reversa, algumas empresas estão seguindo o programa por disposição própria, de modo voluntário, por entenderem que é importante para sua imagem perante o mercado. Ele

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obrigatórios”. Ela começou p or dest a car todas as ações que vêm sendo empreendidas pela própria ABTG e pela Abigraf Nacional, como o conteúdo específico das Semanas de Artes Gráficas (SAG); os cursos, treinamentos e consultorias; as normas e certificações; o Selo Ambiental (gestão de re sí duos); o Prêmio Abigraf de Sustentabilidade; a promoção da ini ciati va Two Sides, entre muitas outras. Na sequência, Márcia discorreu sobre os principais temas relacionados à sustentabilidade e que impactarão fortemente o setor gráfico. Entre eles, está a atuação responsável nas questões legais que envolvem gestão de resíduos. Isso, é claro, está vinculado a aspectos como gestão de pessoas e de processos, além de renovada atenção à logística reversa, que tem um impacto cada vez mais forte na sociedade. O tecnólogo da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Cetesb), Geraldo do Amaral Filho, foi o segundo palestrante

distinguiu as diferenças entre a PNRS e a PERS, a política estadual, destacando que São Paulo saiu na frente, pelo fato de ter regulamentado o Decreto n º‒ 54.645 em 2009. “A PNRS está em consulta pública e pode ser ainda ajustada. De todo modo, existem algumas ações que estão em andamento. Todo esse processo depende de aprendizagem, para que as pessoas possam se conscientizar e aplicar, além de ser algo contínuo e permanente”. EXEMPLOS NA PRÁTICA

No segundo dia do evento da ABTG, Jennifer Guedes, da Plural Gráfica, demonstrou o

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Plano de Gerencia mento de Resíduos da empresa. De acordo com ela, um dos pontos relevantes para que esse processo funcione é aplicar no dia a dia as questões estratégicas. “Apenas cumprir a lei não é mais o bastante”. Na sequência, Renata Burin, da Druck Chemie, falou sobre logística reversa de resíduos aplicada ao

setor gráfico. Segundo Renata, a meta é rever padrões para reduzir a geração e estimular padrões sustentáveis de produção e consumo. Além de apresentar o modelo de gerencia mento de resíduos da empresa, a es pe cia lista destacou a importância de direcionar os dejetos para locais adequados e dentro da lei, o que se configura como responsabilidade so cial compartilhada. No dia 20, o 7 º‒ ciclo de Sustentabilidade ABTG foi aberto com a palestra “Produtos controlados — a indústria gráfica frente à autoridade legal: como receber uma fiscalização”, apresentado por Jonas Alécio, especialista da Solam Soluções Ambientais. Ele explicou que é importante para os gestores estarem preparados

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pre via mente para receber a fiscalização ambiental. “Recomenda-se não demorar no atendimento, pois isso sugere nervosismo e falta de controle e segurança no armazenamento. É também necessário solicitar cópia da notificação, que é um direito das empresas”. Encerrando a programação, Edison Infanger e Neusa Bentubo, responsáveis pela área de Segurança do Trabalho do Grupo Bignardi, falaram sobre o tema “NR-12 – Da implantação até a fiscalização: case da Bignardi”. Conforme Edison, na empresa, o primeiro passo para implantar a norma foi fazer com que os acionis tas compreendes sem as determinações desta. Ao analisar os itens da NR12, ele ressaltou a complexidade e abrangência dos

aspectos que envolvem sua implementação. E anunciou: o Ministério do Trabalho e Emprego já contratou auditores com formação em engenharia para que a fiscalização seja a mais efetiva e eficaz possível. “Por isso mesmo, a importância de estar em conformidade com a norma”, concluiu o especia lista.

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SUSTENTABILIDADE

Antilhas: sustentabilidade em três versões

Empresa inscreveu três cases na premiação da Abigraf Nacional, em que se destacam os aspectos da reciclagem, uso de insumos menos tóxicos e reutilização das embalagens. Texto: Ada Caperuto

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ocalizada em Santana de Par naíba (SP), a Antilhas participou com três cases do 3º‒ Prêmio Abigraf de Sustentabilidade. Realizado no ano passado, o evento foi promovido pela Abigraf Nacional e coordenado pela Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG). Na categoria Grandes Empresas (acima de 250 funcionários), a convertedora inscreveu os projetos “Embalagem reutilizável como brinquedo”, “Uma embalagem holográfica sustentável” e “Embalagem feita de aparas resultantes da destruição de livros obsoletos ou danificados”. Para o case, “Embalagem reutilizável como brinquedo”, a Antilhas desenvolveu um cartucho com o tema do desenho animado “Carros”, proveniente de uma estrutura com recortes e que podem ser destacados e transformados em brinquedos com as formas dos personagens. Além de atender ao conceito de diversão, estimular a criatividade e estreitar o relacionamento entre pais e filhos ao montar o brinquedo, a embalagem foi produzida totalmente em papel, o que a torna 100% reciclável. A alça do cartucho reforça a interação com o público e contribui para a conscientização do pós-uso, por assemelhar- se a uma bolsa que a criança pode carregar. Destaque também para o aspecto econômico da embalagem, pois o cartucho gerou crescimento de vendas de 9% sobre o volume máximo estimado pelo cliente, que já representava um desafio. Outro projeto inscrito pela Antilhas teve como tema “Uma embalagem holográfica e sustentável”. Nesta sacola, o processo de impressão com verniz holográfico resulta em uma redução de 55% no peso da embalagem, excluindo a laminação e diminuindo a quantidade de resíduos. O projeto envolveu o total aproximado de 100 toneladas de papel e 20 toneladas de verniz — ao invés de 60 toneladas de filme usadas no processo convencional. Deste modo, houve uma redução de 40 toneladas de verniz e outras quatro toneladas de cola. A embalagem é

feita com 100% de papel certificado pelo FSC, impresso com tintas e verniz à base de água e verniz UV de base vegetal (óleo de soja), o que reduz drasticamente as emissões. De acordo com a Antilhas, este efeito foi o primeiro no Brasil a ser aplicado em sacolas em uma escala tão grande. O verniz holográfico com o efeito “caco de vidro”, remete a um diamante, alterando a intensidade de seu brilho conforme a incidência da luz. Por sua beleza, as sacolas, produzidas para a rede de lojas O Boticário, têm um alto índice de pós-uso pelos consumidores, o que também amplia a visibilidade da marca. PÓS-VIDA DO LIVRO

O terceiro case apresentado, “Embalagem feita de aparas resultantes da destruição de livros obsoletos ou danificados”, partiu de uma demanda apresentada pela Editora Saraiva. Em busca de sustentabilidade, a empresa desenvolveu um estudo em conjunto com representantes do setor de papel e embalagens, a fim de viabi lizar a reciclagem de livros obsoletos e danificados, que eram descartados. Em resposta, a Antilhas propôs a produção de sacolas de papel reciclado, tendo a Saraiva providenciado as aparas resultantes da destruição de 20 mil livros (média semestral de descarte). Assim, fechou-se um ciclo sustentável do papel, desde seu “nascimento”, como páginas de um livro, até sua “pósvida” como uma sacola reciclada. O cartucho conta com um reforço de fundo para garantir a segurança do produto, desenvolvido para ser reutilizado como marcador de livros. Todo o layout do conjunto da embalagem foi adequado ao conceito, com ilustração que faz referência à “árvore do conhecimento” e o logo do “ciclo fechado do papel”, o que, por um lado, incentiva a leitura e, por outro, enfatiza o processo de conscientização ambiental da Saraiva, como empresa preocupada em cuidar do planeta e evitar o desperdício.

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A ABTG acredita em um futuro mais sustentável para a indústria gráfica. Por este motiivo, acabamos de lançar o Selo de Qualidade Ambiental ABTG Certificadora, um símbolo de diferenciação e reconhecimento às empresas cujas práticas contribuem para a preservação do meio ambiente e melhor qualidade de vida desta e das gerações futuras.

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olhar gráfico a trilogia wollner

Alex Wollner Brasil: design visual Alexandre Wollner, André Stolarski e outros Wasmuth, Frankfurt, Alemanha, 2013. Alexandre Wollner e a formação do design moderno no Brasil, André Stolarski, Cosac Naify, 2005. Design: 50 anos, Alexandre Wollner, Cosac Naify, 2002.

¶ O livrão do Alex é para estrangeiros e brasileiros que, além de imagens, lêem alemão ou inglês. Catálogo da mostra alex wollner brasil: design visual, realizada em Frankfurt, no Museum Angewandte Kunst, é a obra que completa uma trilogia iniciada pela edição de Design: 50 anos, de 2002, e seguida por Alexandre Wollner e a formação do design moderno no Brasil, de 2005. O primeiro, do próprio Wollner, e o segundo, um projeto de André Stolarski, que compunha com um vídeo um ensaio compacto sobre as ideias e obras do autor. ¶ Essa obra de 2013 amplia –com um olhar retrospectivo e ao mesmo tempo atual,– a obra do designer. Aspectos sedutores de sua produção e de suas experiências

Metal Leve, 1963

Claudio Ferlauto

pessoais são revelados com minúcias por olhares críticos de Malou von Muriat e André Stolarski e, sobretudo, pela visão do autor. ¶ Mas dois aspectos chamam a atenção na obra: o resgate iconográfico do longo trajeto de Wollner pela Masp, Escola de Ulm, forminform, ESDI, Wollner Design; e sua rigorosa postura metodológica, que tem servido de norte para muitas gerações de jovens no Brasil. As fotos na Alemanha, São Paulo e Rio de Janeiro enriquecem e humanizam o designer e os projetos recentes reforçam sua relevância nos dias atuais. ¶ Os detalhes visuais que nascem das pesquisas são tanto encantadores como esclarecedores de seu pensamento: o design de Wollner é sempre fiel às suas origens modernistas.

Eucatex, 1967/2003

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OlharGráfico AGI Open

Acima, o holandês Rik Bas Backer e o português José Albergaria, que trabalham em Paris. Abaixo, Mapping the future, texto de Claudio Ferlauto sobre ensino no Brasil e a importância da realização do AGI Open em São Paulo. Revista Eye #88, Londres,

Abaixo… NiklausTroxler da Suíssa e Marina Willer, brasileira de Londres

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Ago o abriu o seme re do design gráfico em São Paulo com inúmeras atrações. A principal foi a realização do AGI Open São Paulo, e um conjunto de pale ras com dezenas de designers do mundo todo que pale raram no teatro Ibirapuera. Duas delas fizeram a plateia delirar: ¶ a de Guto Lacaz, e suas ideias luminosas e in igantes, obrigou o público e os visitantes a refletir sobre o Brasil com sua performance dedicada ao designer Santos Dumont; ¶ Takuma Sato, o japonês que também tem uma banda musical, mo rou seu programa de TV sobre design, para crianças, deixando embasbacados aqueles que ainda trabalham dentro dos fronteiras tradicionais do design gráfico. Fronteiras foi o que não se viu: ¶ a dupla holandesa-portuguesa Rik & José fez a apresentação mais bem-humorada e cruel de todas. Mo rou que dificuldades são comuns em todo canto do planeta: sem dinheiro para pagar o aluguel, fe aram o escritório e acamparam em casa; ¶ Max Kisman realizou uma longa , às vezes complexa, digressão sobre suas origens de forma emocionante; ¶ falando em português, Antonio Silveira Gomes mo rou o resgate de O livro homem do poeta português Paulo de Cantos; ¶ a brasileira Marina Willer encantou com sua apresentação sobre acasos e erros; ¶ Kenya Hara mo rou indiretamente suas ideias em brilhantes, engraçados e interessantes projetos de seus alunos… aula magna ou curso de extensão de vinte minutos. Inesquecíveis também foram ¶ a cínica e humorada performance de Jan Wilker; ¶ a tensa leitura da dinamarquesa Nikki Gonnissen; e ¶ a mo ra jazzí ica de Niklaus Troxler. RicoLins e Kiko Farkas, ao lado de Lars Müller, foram os comandantes da fe a.

Acima obras de Guto Lacaz, no livro de apresentação dos membros brasileiros da AGI – Alliance Graphique Internationale Abaixo Cartaz dos mexicanos Alejandro Magallanes e de seu convidado Bruno Valasse na mostra de Cartazes AGI, realizada no Museu da Língua Portuguesa, São Paulo.

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QUADRINHOS

O encontro de dois monstros sagrados

A Criativo Editora lança no Brasil uma obra que narra o histórico encontro ocorrido há mais de 12 anos entre o criador de The Spirit e o autor de Sin City.

E

m 2002, Frank Miller passou um final de semana em Tamarac, na Flórida, encontrando-se durante três dias com Will Eisner, na casa deste. Foi acompanhado pelo editor Charles Brownstein, que testemunhou e gravou a fascinante e longa conversa entre os dois mestres da arte dos comics, repleta de lembranças, ideias e opiniões, muitas vezes convergentes, outras gerando controvérsias, contudo sempre com manifestações de admiração e respeito mútuo. Quando Brownstein, juntamente com Diana Schutz, editou o livro Eisner/Miller, pela Dark Horse Books em 2005, transcrevendo integralmente o diá logo desse encontro, o criador de The Spirit já não estava mais entre nós. Diana lamentou: “Infelizmente, Will faleceu poucos meses antes de este livro ser finalmente impresso”. Na introdução da 1ª‒ edição, declarando estar apenas no início do luto, Frank Miller escreveu: “Will Eisner e eu discutía mos um bocado . . . Meu amigo gostava de discutir . . . O que você vai ler é o clímax de nossas décadas de debates. Você pode apostar, é ele quem ganha”. No prefácio, o professor universitário, pesquisador e historiador de quadrinhos Nobu Chinen destaca: “Um título não poderia ser mais simples e, ao mesmo tempo, mais definitivo. Dois nomes, dois homens, dois artistas de primeira magnitude . . . (são) dois dos mais influentes autores de histórias em quadrinhos e que contribuíram decisivamente para a evolução dessa linguagem”. Sem dúvida, aquele encontro em maio de 2002 será sempre lembrado como um grande momento na história das histórias em quadrinhos.

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1. Ilustração de Eisner criada especialmente para o livro, mostrando o ambiente da entrevista e seus participantes, 2005

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EISNER/MILLER Criativo Editora Formato: 17 × 24 cm 352 páginas, PB

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Álvaro de Moya é autor do livro Vapt-Vupt. REVISTA ABIGR AF

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2. Miller satiriza a noção de ter “espírito de equipe” nesta cena de Sin City: Hell and Back n-º 1, 1999 3. Uma página “splash” de Spirit, no cais. Publicado primeiramente em 11 de dezembro de 1949

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o ã ç a z i l a u t a s i a m

s a d a t n a l p s a t s e r o l f s i ma Você sabia que as empresas brasileiras produtoras de papel obtêm 100% da celulose a partir de florestas plantadas?* A área de florestas plantadas no Brasil equivale a 2.2 milhões de campos de futebol.** Leia sua revista favorita tranquilamente, pois o papel utilizado nela é feito de madeira natural e renovável.

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Criado em 2005 pela ABIGRAF-SP e pelo SINDIGRAF-SP, o Projeto Bibliotecas inaugurou 17 bibliotecas em todo o Estado desde então. O projeto é realizado em parceria com as Prefeituras Municipais, que cedem espaços para serem equipados com computadores e uma extensa variedade de livros, selecionados pela Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo. Em 2014, chegamos à marca de mais de 15 mil livros doados, sempre com o apoio das Seccionais Ribeirão Preto e Bauru da ABIGRAF-SP, fundamental para a escolha dos espaços que recebem as novas bibliotecas. A iniciativa ainda contribui para a disseminação da Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa, difundindo informações corretas sobre o uso do papel e seus benefícios junto ao meio ambiente. Incentivar a educação. É assim que a Indústria Gráfica Paulista investe no futuro.


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Zé Paiva 2

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F OTOG R A F I A

Fotógrafo por inteiro

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ou um pintor frustrado e quando eu falo de um país, de uma cidade, eu me preo­cu­po com os seus aspectos plásticos. Sou um apaixonado pelo Rio Grande, sem nenhum pre­juí­zo do meu grande amor pelo Brasil, pela sua gente, pela sua paisagem”. Esse depoimento, que faz parte do documentário, Os Pampas segundo Érico Veríssimo, de 1975, ano em que o romancista faleceu, expõe o sentimento do autor de O Tempo e o Vento pela re­g ião de pla­ní­cies que se estende do Rio Grande do Sul à Argentina. Fala igualmente da emoção de tantos outros gaú­chos e es­pe­cial­men­te de um, José Luiz Martins Paiva. Como o escritor, Zé Paiva gostava de desenhar. Como Érico Veríssimo, deixa-​­se seduzir pelos contornos dos Campos do Sul. A linguagem porém é outra. A letra escrita cede lugar às imagens para igualmente retratar o cenário pampeiro e seus habitantes. O fotógrafo de 53 anos redescobriu sua paixão pelo Pampa com seu terceiro livro, Expedição Natureza Gaú­cha, lançado em 2008 em parceria com a Editora Metalivros. Nascido em Porto Alegre e morando desde 1985 em Flo­r ia­nó­ po­lis, durante a feitura do livro Zé Paiva viu-​­se novamente menino, quando passava as fé­r ias em Bagé, percebendo que naquele pe­r ío­do nasceu seu encantamento pela natureza. Agora, 3

entre os vá­r ios projetos à espera de patrocínio está DNA do Pampa, reverência à gente e à plasticidade desse pedaço da América do Sul. O envolvimento de Zé Paiva com a fotografia começou na faculdade. Logo que concluiu sua formação em Engenharia Mecânica partiu para uma via­gem de um ano. Vendo os registros dessa jornada, amigos o convenceram de que valia a pena investir na carreira e, meio por acaso, ele conseguiu um estágio na sucursal do jornal O Globo. “Era março de 1984. Eles tinham um laboratório P/B e eu me apaixonei definitivamente pela fotografia. Faz 30 anos e continuo apaixonado”. Do fotojornalismo Zé Paiva pulou para a publicidade. Estabeleceu seu estúdio, conquistou clien­tes, ganhou dinheiro. Há 10 anos decidiu canalizar energia para projetos pró­prios. “Apesar do aumento de opções comerciais para a fotografia autoral, ainda é difícil sobreviver sem fazer concessões. O ­ideal seria engrenar um projeto no outro, mas não é assim que acontece”. Na entressafra, o fotógrafo se vale de seu banco de imagens, o Vista Imagens, de fotos em outros bancos e mesmo da colaboração em revistas. “Com tanta oferta gratuita de imagens, é sur­preen­ den­te que ainda consiga vender fotos. Já foi melhor, mas as vendas con­t i­nuam e o maior mercado são os livros didáticos e paradidáticos”.

“Zé Paiva então surge do meio das matas, rios, pedras, pronto: o fotógrafo virou planta, ou pedra ou rio; um pequeno inseto, uma flor microscópica. Fazer parte da paisagem: é esse o segredo de sobreviver e continuar ao seu lado”. Rosely Nakagawa, curadora e editora de fotografia. Tânia Galluzzi

1 Área de proteção ambiental do Ibirapuita, Santana do Livramento, Rio Grande do Sul 2 Lago Rico, Parque Estadual do Cantao, Caseara, Tocantins 3 Vista aérea de lavouras, Lagoa da Confusão, Tocantins 4 (página seguinte) Casa ao anoitecer no caminho para o Mirante, Campos Lindos, Tocantins 5 (página seguinte) Alecio dos Passos Santos. Ambientalista, colecionador e cultivador de plantas medicinais. Florianópolis, Santa Catarina 6 (página seguinte) Mosquito picando um camaleao‑papa‑vento “Enyalius iheringi” na trilha do Rio do Boi, no interior do Itaimbezinho. Parque Nacional de Aparados da Serra, Praia Grande, Santa Catarina 7 (página seguinte) Gravata‑mansos “Eriocaulon sp.”. Fazenda de preservação do Alto Quiriri da empresa Ciser, Garuva, Santa Catarina

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deve sair um ensaio sobre o lixo. Até 2017 o fotógrafo circulará por 20 cidades de Santa Catarina acompanhando a exposição itinerante Bichos do Sul, em parceria com o Sesc. Ela traz 12 fotos em grande formato e seis painéis com frases do naturalista Fritz Müller, que dia­lo­gam com as imagens fomentando a discussão entre as crian­ças, público-​­alvo da mostra. Quan­do não está garimpando personagens e ce­ná­r ios, embrenhado na mata, se não aboletado num helicóptero ou num pequeno a­ vião, Zé Paiva está ministrando oficinas de fotografia. A câmera é sua melhor companheira. 6

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& ZÉ PAIVA Tel. (48) 3269-​­7744 www.zepaiva.com

PROJETOS SUCESSIVOS

Na última década, além da Expedição Natureza Gaú­cha, Zé Paiva lançou o livro Santa Catarina – Cores e Sentimentos, pela Editora Escrituras. Concebeu e coordenou o projeto Expedição Natureza Santa Catarina, que resultou no livro lançado em 2005 pela editora Letras Con­tem­ po­râ­neas, lançando em 2012 o terceiro livro da série: Expedição Natureza Tocantins. No ano passado, com a exposição Iluminados: Personagens da Ilha de Santa Catarina, tanto libertou-​­se do rótulo de fotógrafo de natureza, algo que já vinha incomodando-​­o, quanto ganhou o Prêmio Marc Ferrez, concedido pela Funarte. Os projetos seguem borbulhando na cabeça de Zé Paiva. Ele pretende organizar uma segunda edição do Natureza Santa Catarina, que talvez nem mantenha o título, tais as mudanças que deve receber. De seu trabalho de conclusão do curso de pós-​­gra­dua­ção em Fotografia

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HÁ TRINTA ANOS

Notícias publicadas na Revista Abigraf nº- 95, de setembro e outubro de 1984

Máquinas O

Microempresas

Matéria intitulada “Microempresário conquista a liberdade de trabalhar e produzir” celebrou a aprovação do Estatuto da Microempresa, durante o IV Congresso Brasileiro da Pequena e Média Empresa, que reuniu no auditório do Senado Federal mais de 1.500 empresários, em novembro de 1984. “Este é o projeto de lei mais importante aprovado pelo Congresso Na cional nos últimos anos, porque ele cria condições para surgir um novo tempo para a economia brasileira”, declarou Murilo Badaró, ministro da Indústria e Comércio.

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Papel e celulose

om a elevação do preço da tonelada de celulose no mercado mun dial, em consequência da greve de dez semanas dos trabalhadores nas in dús trias do Canadá e Norte do Estados Unidos, as exportações brasileiras deveriam chegar a 400 milhões de dólares em 1984, registrando aumento superior a 30% do total alcançado em 1983.

Boas expectativas I

Na edição de setembro/outubro de 1984, embora tenha feito uma análise neutra, sem grandes expectativas para o setor, o presidente da Abigraf Nacional, Max Schrappe, destacou que o ano de 1984, ao menos a partir de agosto, trouxe alguns sinais de mudança para melhor: elevação das exportações influenciando a produtividades industrial; vendas do comércio em alta; e o indicador de atividade da Fiesp apontando evolução de 8,4% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

utro setor que buscou alternativas à recessão que assolava o País desde a crise do petróleo, em 1973, foi o de máquinas e equipamentos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos Gráficos (Abimeg), a ociosidade estava entre 80% e 85% em 1983. Apesar disso, em apenas um ano

foram lançados mais de trinta diferentes tipos de máquinas para a indústria gráfica. Se isso parece um bom resultado, é necessário ter em mente que o recurso também decorreu das dificuldades de importação, o que levou algumas empresas a diversificar sua produção, lançando bens até então não fabricados no Brasil.

Ameaça em Brasília

Boas expectativas II

O tema da matéria de capa da edição 95 da Revista Abigraf foi a expectativa do fim da recessão no segundo semestre de 1984, quando uma parcela significativa do empresariado brasileiro passou a respirar com uma ligeira sensação de otimismo. Isso porque alguns dados de associações e órgãos oficiais mostraram que a economia brasileira retomava o crescimento. Para sobreviver à crise, muitas empresas valeram-se de estratégias criativas: entrada em novos segmentos, programas conjuntos de exportações, redução de estoques e substituição de matériasprimas importadas por nacionais.

Ameaçadas de absorver perdas em virtude de resolução do governo federal que restringiu a compra de impressos de todos os órgãos diretamente do Departamento de Imprensa Nacional, as gráficas privadas de Brasília saíram em luta pela preservação de seu mercado. Uma comitiva integrada pelo senador Albano Franco, presidente da Confederação Nacional da Indústria, e o presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Distrito Federal, Hilton Pinheiro Mendes, fez peregrinação a diversos gabinetes, começando pelo do ministro Delfim Netto, do Planejamento. Ele reconheceu a preocupação dos empresários, mas não prometeu anular a decisão, originada, aliás, em sua própria pasta. setembro /outubro 2014

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Líderes gráficos se unem em novo grupo da Abigraf Grupo de Líderes da Indústria Gráfica deve criar ambiente positivo e articular setor em torno de demandas políticas e de mercado.

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cadeia produtiva da indústria gráfica envolve inúmeras atividades e empresas. Tal amplitude faz com que, apesar dos esforços do setor, seja difícil alinhar todos os segmentos e empresas na hora de reivindicar melhorias. Buscando desenvolver melhor a articulação entre os segmentos, a Abigraf Nacional lançou em sua sede, no dia 19 de setembro, o Grupo de Líderes da Indústria Gráfica, promovendo um encontro que reuniu cerca de 90 representantes dos segmentos de gráficas, máquinas, equipamentos e insumos. O Grupo surge com o intuito de ser um espaço de network, divulgação de inovações tecnológicas, troca de experiências e proposição de estratégias políticas que alavanquem o setor gráfico como um todo. “A ideia é criar um ambiente favorável de negócios, ter ganhos de produtividade e competitividade e enfrentar de modo mais eficaz os desafios”, afirmou o presidente da Abigraf Nacional, Levi Ceregato, no discurso de abertura do evento. “Para isso, precisamos aprofundar- nos no diagnóstico dos cenários, vislumbrando as possibilidades do mercado”. E os prognósticos do mercado, defende Ceregato, são positivos. O estudo “Mercado Mundial de Impressão”, realizado em 2013 pela revista britânica The Economist, projeta um faturamento de US$ 668 bilhões para a indústria gráfica mundial em 2017. Nesse ano, o Brasil terá alcançado a posição de oitava maior indústria gráfica do mundo, movimentando US$ 20 bilhões. “No entanto, ante a concorrência da indústria estrangeira, precisamos ser estratégicos, coe sos e eficazes para garantir nosso quinhão”, alertou Ceregato. REVISTA ABIGR AF

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Fotos: Álvaro Motta

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Para alcançar os seus alvos, concordaram os presentes, é preciso pensar em medidas concretas de fortalecimento da indústria brasileira — algumas das quais já são pauta do Grupo de Líderes. É o caso, por exemplo, do projeto de lei que propõe alíquota zero de PIS e Cofins na impressão de livros

O então candidato ao Senado Federal, José Serra, proferiu palestra sobre a economia e o mercado

e o fim do conflito tributário entre ISS e ICMS. Nesse mesmo sentido, o Grupo se posiciona a favor da concessão de uma margem de preferência para produtos nacionais dentro do Programa Nacional do Livro Didático (Projeto de Lei nº 7.867/14) e de Kits Escolares, da modernização da lei de licitações, de forma a permitir a competição de gráficas de pequeno e médio porte, e do uso do Cartão BNDES para a compra de papel de imprimir e escrever. Na pauta do grupo está, ainda, a expansão de benefícios hoje reservados a apenas alguns segmentos da cadeia. BASE PARLAMENTAR A síntese dessas pautas está na Carta da Indústria Gráfica à Nação, documento redigido pela Abigraf no mês de julho e entregue aos candidatos à Presidência da República. O melhor relacionamento com o am biente político de

modo geral também foi apontado como um importante alvo do Grupo. “Precisamos ter uma base parlamentar setorial para que as reivindicações cheguem em tempo hábil, porque tempo é o recurso mais escasso”, disse Wagner Silva, gerente-geral da Abigraf Nacional. Os principais desafios da indústria, apontou- se durante a apresentação, são a profissionalização da gestão e a percepção do potencial de novos nichos, como impressão nas produções multimídia, no mercado publicitário e na confecção de embalagens. “É essa a hora para modernizar e investir em tecnolo gias, equipamentos e processos que agreguem qualidade e viabilizem novos serviços. Pensar na importância do mix de mí dias, em alternativas que mostrem a relevância da mídia impressa. O consumo de papel no Brasil ainda é muito baixo”, lembrou o gerente geral.

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RELAÇÃO DOS PARTICIPANTES DA REUNIÃO DE FORMAÇÃO DO GRUPO DE LÍDERES DA INDÚSTRIA GRÁFICA

Piratininga, no interior paulista, foi a mais recente contemplada pelo projeto coordenado pelas entidades da indústria gráfica.

Fotos: Julio Padilha / Prefeitura de Piratininga

Ada Caperuto/RVA, jornalista ◆ Adilson Roberto da Silva/Pancrom, diretor comercial ◆ Anderson Chaves/Fujifilm do Brasil, gerente de vendas Graphic Systems ◆ André Agnesi/Xerox, diretor regional de vendas-SP ◆ Aparecida Soares Stucchi/ABTG, gerente de operações ◆ Arthur Gonoretzky/Cathay Brasil APP, diretor geral ◆ Bruno Cialone/Antalis, diretor logístico e técnico ◆ Carlos Jacomine/Plural, diretor geral ◆ Carlos Pace/Müller Martini, diretor ◆ Cláudia Belmonte/Laborgraf, diretora ◆ Claudinei Pereira/Abigraf, relações com o mercado ◆ Claudio Baronni/ABTG, presidente ◆ Cleiton Ribeiro Dapon/ Bremen Sistemas, gerente comercial ◆ Clóvis César Lange/ Bremen Sistemas, CEO ◆ Edemilson Baptistella/Top High Image, gerente comercial ◆ Edmilson Freitas/Canon, gerente de vendas ◆ Edson Antônio Bianchi/ Art Chik Gráfica, diretor ◆ Eduardo Costa/Abril, diretor geral ◆ Eduardo Pereira/Bobst, diretor comercial ◆ Eduardo C. Franklin/Druck Chemie, diretor ◆ Eduardo Rodrigues Franklin/ Druck Chemie, diretor comercial ◆ Eduardo Sousa/Agfa, gerente de marketing ◆ Elaine Almeida/Ferrostaal, gerente de marketing ◆ Enio Zucchino/Kodak, gerente de desenvolvimento de mar keting ◆ Ernande Ramos/Esko Brasil, diretor geral ◆ Fábio Arruda Mortara/Sindigraf, presidente ◆ Fátima Sola/Abigraf, gerente administrativa e financeira ◆ Flávio Ignácio/Sappi, diretor ◆ Flávio T. Medeiros/Pigma Fast, diretor comercial ◆ Francisco Veloso Filho/Overlake, diretor ◆ Gilberto Alves/Posigraf, diretor geral ◆ Gilberto Farias/ Kodak, diretor Brasil e vice-presidente América Latina ◆ Giselle Hipólito/ Graphia-Alliance, gerente de projeto de exportação ◆ Igor Archipovas/ Abigraf, gerente de marketing ◆ Ivan Duckur Bignardi/ Grupo Bignardi, diretor ◆ João Scortecci/ Scortecci Editorial, diretor-presidente ◆ Jorge Grandi/ Ibema, diretor comercial ◆ José Serra/ PSDB, candidato a senador ◆ Juliana Sivieri Gonçalves/ Gonçalves Indústria Gráfica, gerente administrativa ◆ Julião Flaves Gaúna/ Gráfica Pontual, diretor ◆ Julio Dantas/ Pitney Bowes, diretor comercial ◆ Karina Escobar/ Calcgraf, diretora ◆ Klaus Murrins/ Pancrom, presidente ◆ Klaus Tiedemann/ Gutenberg, presidente ◆ Larissa Roberta Bonazzio/ Druck Chemie, coordenadora comercial ◆ Larry Ling/ Top High Image, diretor – Região Brasil ◆ Laura Araújo Cordeiro/ RVA, assessora de imprensa ◆ Leandro Benteon/ Artecola Química, executivo comercial ◆ Levi Ceregato/Abigraf Nacional, presidente executivo ◆ Luciano Moraes/HP ◆ Luiz Gornstein/Ipsis, diretor ◆ Luiz Nei Arias/ IBF, presidente ◆ Manoel Manteigas de Oliveira/Escola Senai Theobaldo De Nigris, diretor ◆ Marco Eid/RVA, assessor de Imprensa ◆ Marcos Marcello/ Prolam Laminação – MBSet Industrial, diretor ◆ Marcos Prado/ Apolo Sistemas Gráficos, gerente comercial ◆ Marina Romiti/ Gráfica Romiti, diretora ◆ Michel Guttmann Serwaczak/ Apolo Sistemas Gráficos, diretor ◆ Mutsuki Tomono/ Fujifilm do Brasil, presidente ◆ Nilsea Borelli/ Abigraf, gerente jurídica ◆ Nilson Cardoso/ International Paper, diretor comercial ◆ Nobumutsu Kurashima/Fujifilm do Brasil, gerente geral ◆ Osmar Barbosa/ EFI, gerente geral ◆ Paulo Amaral/ Agfa, diretor comercial ◆ Plinio Gramani/ Revista Abigraf, editor ◆ Reinaldo Espinosa/Abigraf, diretor de relações institucionais ◆ Renato Tyszler/Suzano, diretor de operações comerciais marketing ◆ Ricardo Minguez/Planalto Envelopes, executivo comercial ◆ Roberto Coutinho/Furnax, gerente comercial ◆ Robison Borges/Stilgraf, diretor comercial ◆ Rogério Camilo/ Abigraf, coordenador de relações com o mercado ◆ Rosana Araújo/ Imprimax AutoAdesivos, gerente de marketing ◆ Rosmar Correa/Imprimax Auto-Adesivos, gerente comercial ◆ Sander Luiz Uzuelle/São Francisco Gráfica, diretor ◆ Sidney Anversa Victor/Abigraf-SP, presidente ◆ Silvio Lucinda Fagundes/ Arconvert Brasil, presidente ◆ Silvio Maemura/ Pitney Bowes, presidente ◆ Suzana Lakatos/RVA, assessora de imprensa ◆ Suzana Liang/Top High Image, diretora – Região Brasil ◆ Valdir Premero/Samab, gerente de negócios ◆ Vitor Caldana/Caltronic, diretor ◆ Wagner Araújo Maia da Silva/Arconvert Brasil, líder de laminação ◆ Wagner Ferraz/Cre deal, gerente comercial ◆ Wagner J. Silva/Abigraf, gerente geral ◆ Walter Guimarães/Zênite Sistemas, diretor ◆ Wilson Paulino/Artecola, supervisor comercial papel e embalagem

Mais livros, mais conhecimento

(E/D): Fabio Arruda Mortara, presidente do Sindigraf-SP; Ricardo Marques Coube, diretor de sustentabilidade da Abigraf Nacional; Carlos Alessandro de Matos (o Sandro Bola), prefeito de Piratininga; Ricardo Carrijo, primeiro vice-presidente da Abigraf-SP Seccional Bauru; e Wander Luis Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Piratininga

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m setembro, no dia 25, o Projeto Bibliotecas – Leitura para Todos, promovido pelo Sindigraf-SP, em conjunto com a Abigraf Regional São Paulo, levou para o município de Piratininga, no interior do Estado, um novo espaço para a multiplicação do conhecimento. A Biblioteca Professora Angelina Santos Ribeiro Paes representa a 17ª contribuição feita pela indústria gráfica paulista desde a criação do projeto, em 2005. A escolha do município beneficiado é realizada por intermédio das seccionais da Abigraf-SP. O presidente do Sindigraf-SP, Fabio Arruda Mortara, reforça a importância de iniciativas como essa que possibilitem o acesso à informação. “O Censo Escolar 2013 aponta que, em São Paulo, apenas 12,4% das escolas públicas possuem esse equipamento. Dá para imaginar que a carência seja ainda maior em outros estados, o que situa o País muito aquém da meta de equipar todos os estabelecimentos de ensino com bibliotecas até 2020”, declara o executivo. Com a ação em

Piratininga, o número de pessoas potencialmente favorecidas chegou a 796 mil, com um total de 18 mil obras literárias doadas. “A cada biblioteca inaugurada, contribuímos para melhorar o acesso dos alunos e da população de pequenos municípios a um espaço que é também de convivência e interação cultural”, destaca Ricardo Carrijo, vice-presidente da seccional de Bauru. Na cerimônia, participaram, além de representantes das entidades gráficas, o prefeito da cidade, Sandro Bola, bem como autoridades do município de Boraceia, último contemplado pelo projeto e de onde foram premiados dois alunos “melhores leitores”.

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Esforço redobrado em prol da comunicação impressa Com as ações desempenhadas, o Sindigraf-SP reforça seu compromisso com o desenvolvimento do setor gráfico.

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valorização do papel e a busca por soluções para os desafios do futuro são pautas permanentes nas ações do Sindigraf-SP. Em agosto, foi divulgada a reali za ção de uma pesquisa que avaliará o impacto do impresso na vida dos brasileiros. O estudo foi encomendado pela campanha Two Sides, coordena da pelo sindicato. Em setembro, a reunião do Copagrem promoveu uma imersão nos assuntos inerentes à competitividade das indústrias gráfica, de papel e de embalagem. TWO SIDES: MAPEANDO A PRESENÇA DO PRODUTO IMPRESSO Foi durante a segunda reunião, no dia 4 de agosto, que o Comitê Diretivo da campanha Two Sides, coordenado pelo presidente do Sindigraf-SP, Fabio Arruda Mortara, anunciou a notícia do desenvolvimento de pesquisa. Realizada pelo instituto Datafolha, a

sondagem abrangerá 160 municípios e verificará, além da questão do produto impresso, as preferências literárias dos brasileiros. O encontro também destacou a promoção da campanha em dois importantes certames da indústria gráfica e do setor editorial: a ExpoPrint Latin America, que ocorreu em julho, e a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que aconteceu em agosto. Em ambas as ações, o Conselho Diretivo organizou um estande que distribuiu materiais informativos para o público visitante e, além disso, explicou, através de um filme, como funciona a cadeia de impressão desde o plantio de florestas até a reciclagem. O conselho se reencontrará no início de novembro. COPAGREM DISCUTE COMPETITIVIDADE O aprimoramento em temas relacionados à competitividade para as indústrias gráfica, de papel e

embalagem foi o mote do encontro do Copagrem realizado em 8 de setembro no auditório da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A programação do evento, mediado pelo coordenador, Fabio Arruda Mortara, teve início com a palestra “Onde está e para onde caminha a China”, ministrada pelo diretor da Prática Chinesa da KPMG no Brasil, Daniel Lau. A presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagem (Abre), Gisela Schulzinger, veio na sequência e abordou o tema inovação na indústria destacando que, no cenário atual, a criatividade é o principal ativo das empresas. A prática saudável do associativismo foi o tema abordado por Andreas Dohle, diretor do Instituto para o Desenvolvimento das Organizações (IDO Brasil). Ele ressaltou a importância de oferecer subsídios teóricos para ampliar a competitividade das empresas associadas.

Com a campanha Two Sides como protagonista, o GT de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa, representado pelo gerente de mar keting do Sindigraf-SP, Igor Archipovas, apresentou as ações que ajudaram a propagar a iniciativa. No GT de Competitividade, a boa-nova foi a inclusão de embalagens de papel- cartão nos itens financiáveis pelo cartão BNDES e o projeto, que envolve Abigraf, Andipa, Ibá e Singraf’s, de incluir outros papéis de imprimir e escrever. Por fim, Fábio Jordy, advogado que substituiu o gerente do departamento jurídico da Fiesp, Alexandre Ramos, apresentou o andamento das ações reali zadas pelo GT de Tributação e Papel, com destaque para o plano nacional de controle do uso do papel imune, que está em fase de análise e congregará Abigraf Nacional, Andipa e Abro. A próxima reunião está marcada para 17 de novembro.

Abigraf Santa Catarina promove seminário Conhecidos palestrantes atraíram um número expressivo de pessoas ao auditório da Fiesc.

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lorianópolis foi palco no dia 16 de agosto do 1º Seminário Catarinense da Indústria Gráfica, iniciativa inédita da Abigraf Regional Santa Catarina. Realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), o evento foi acompanhado por cerca de 250 profissionais de todo o Estado. Os temas “Gestão na indústria gráfica”, “As novas demandas do mercado gráfico: as oportunidades imperdíveis para as pequenas e médias gráficas”, “Oportunidades para a indústria gráfica no segmento de embalagem”, “Boas práticas integradas para se atingir resultados nos processos gráficos com qualidade, S&S e ambiental” e “Gestão da tecnologia gráfica” foram apresentados pelos palestrantes Mário César de Camargo, Hamilton Terni Costa, Fábio Mestriner, Márcia Biaggio e Sérgio Rossi.

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Novos associados Abigraf Apresentamos nesta página os novos associados da Abigraf Regional São Paulo e Abigraf Nacional.

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MENSAGEM

A

pressa A credibilidade da palavra im

promisso com a ade não têm qualquer com ied ser as ist rev e is na nalismo. ginas de jor com os princípios do bom jor e de da A redução do número de pá ver s, ido hec ulos bastante con for o conteúdo de um e até a extinção de alg uns tít is Quanto mais confiável ma os ect asp os são or, eri ior será sua chance de tanto no Brasil quanto no ext veículo de comunicação, ma os tad ren enf os afi des com outras mídias, ca dos rer e sobreviver na disputa cor visíveis para a opinião públi con cia rên cor con a da web. gráfica ante al as que habitam o mundo eci esp atualmente pela indústria em s. dia ir para iais e as novas mí pria mídia gráfica contribu pró à be Ca com a internet, as redes soc blemas econômicos de guem de modo mais Independentemente dos pro que todos esses conceitos che de des al on aci ern aos consumidores e crise int ro e constante à população, nosso país e da duradoura cla a did en ent r lho o preocupado a a ser me dores de opinião pública. Fic ma for 2008, há uma questão básic aos ssos prevendo sus o eletrônico. meios de comunicação impre o vej do e enfrentada: o impresso ver an qu te tan de cotas e rece, que o impor inção e propondo a criação ext a pri É dessa maneira, ao que pa pró sua pelo público em geral. para “democratizar” sídios por parte do Estado tema vem sendo assimilado sub , ios sár pre em atentariam mercado, os nsa. Ora, tais alternativas pre No entanto, os agentes do im a a tiv du pro maiores de toda a cadeia ade de expressão, uma das erd lib a tra os gestores e os executivos con o podem concordar com exporiam os veículos da comunicação gráfica nã conquistas da civilização, e o nã ém mb Ta . de plantão. blema dequada tutela do governo essa visão simplista do pro ina à a tic má stas assim que previsão dra itivamente, não é de propo fin De devem conformar-se com a e ssa e a irremediavelment dutiva da comunicação impre pro eia de que o seu negócio seg ue cad a es citam alg umas . Não precisam e não para a extinção, como às vez indústria gráfica precisam . nsa pre mos com mais pria im m! É urgente, sim, entender matérias veiculadas na pró ere qu e ir ag , nsformações o pensar didade e clareza todas as tra Mais do que nunca, é precis fun pro da ota ad estratégia a ser cebermos como os reagir! Para isso, a melhor do mercado e do mundo, per do an qu os em s irreversíveis faz pre erenciais encaixam-se nessa dif s é muito semelhante à que sem sso no pais fatores de atividades com as danças e torná-los os princi nos deparamos em nossas mu em s nto me ambiente de am nos mo viável sobrevivência no novo dif iculdades que se apresent ssa no rar lho globais. corrência: me economia e da comunicação da ios que ocorre o aumento da con góc ne do o e as necessidades a qualidade, entender o foc dutividade e preço e, mercado, buscar melhor pro ecer, aos olhos do cliente, principalmente, fazer preval e só você tem, aquele quê os diferenciais, o detalhe qu e soluções que agregam de inovação, aplicabilidade um produto ou ser viço. imenso valor e tornam único essas lições de casa. Sabemos muito bem fazer por esse ângulo mais Ao analisarmos a questão fica tem numerosos pragmático, a indústria grá mento editorial, aqui diferenciais. No caso do seg os jornais e revistas considerando, em especial, ou por meio de periódicos vendidos em banca ibutos mais importantes assinaturas, um dos seus atr ação que veiculam, é a credibilidade da inform aliás, às suas edições qualidade que emprestam, todo, entretanto, não fica on-line. A internet como um Bra sileira da Indústria Grá Presidente da Associação itos blogs, as redes mu s poi e, ) tud f-SP vir igra sa (Ab lo des Pau ta desfru Regional São estidos de pretensa sociais e até alg uns sites inv

Sidney A nversa V ictor

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