Revista Abigraf 278

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ISSN 0103•572X

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ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 533 (Paraíso) 04103-000 São Paulo SP Tel. (11) 3232-4500 Fax (11) 3232-4550 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br Presidente da Abigraf Nacional: Levi Ceregato Presidente da Abigraf Regional SP: Sidney Anversa Victor Gerente Geral: Wagner J. Silva Conselho Editorial: Cláudio Baronni, Fabio Arruda Mortara, Igor Archipovas, Ismael Guarnelli, Levi Ceregato, Max Schrappe, Plinio Gramani Filho, Reinaldo Espinosa, Ricardo Viveiros e Wagner J. Silva Elaboração: Gramani Editora Eireli Rua Marquês de Paranaguá, 348, 1º andar 01303-905 São Paulo SP Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159-3010 Fax (11) 3256-0919 E-mail: editoracg@gmail.com Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897), Ada Caperuto, Juliana Tavares, Laura Araújo, Marco Antonio Eid, Ricardo Viveiros Colaboradores: Álvaro de Moya, Claudio Ferlauto, Hamilton Terni Costa e Walter Vicioni Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosaria Scianci Circulação: Livian Corrêa

Serigrafia, 40 × 40 cm, 1989

REVISTA ABIGRAF

Mágica geometria Alternando traços fortes e suaves, cores quentes e sutis tonalidades, Fernando Durão construiu uma obra cheia de movimento. Mesmo abstrata, ela conta a história do artista, propondo um instigante diálogo Portugal-Brasil.

46 70 Contra a maré

Uso crescente de cartões eletrônicos embasa otimismo no segmento de smartcards. Número de gráficas dedicadas ao produto subiu de 234, em 2008, para 353, em 2013.

Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Ipsis Gráfica Capa: Laminação e reservas de verniz: Green Packing Hot stamping e relevo (com fitas MP do Brasil): Hot Graf Assinatura anual (6 edições): R$ 60,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3159-3010 editoracg@gmail.com Apoio Institucional

Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica

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FUNDADA EM 1965

Membro fundador da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf)

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Agenda positiva

Sustentabilidade e o clima No dia 22 de setembro acontece em São Paulo a conferência Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas, cuja programação vai ao encontro de várias ações empreendidas pelo setor gráfico.

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ARTE & INDÚS TRIA GRÁFICA • ANO XL • JUL HO/AGOST

O Congraf 2015 reunirá no Rio de Janeiro líderes do setor gráfico latino-americano. A proposta é discutir como a criatividade e a gestão estratégica podem potencializar a competitividade do setor.

Capa: Pinturas AST, 100 × 100 cm, 2007 Autor: Fernando Durão

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O bom impresso nasce na prÊ-impressão Luca Cialone, country manager da HP no Brasil, fala sobre as mudanças que estão ocorrendo na empresa, os desafios do setor gråfico e aponta alternativas para enfrentar a crise atual.

Inteligência na impressão Em seu artigo, o especialista Gareth Ward, editor do site Print Business, fala sobre os próximos passos da indústria gråfica e a importância da tecnologia da informação para o setor.

Os primeiros dez anos da Abigraf

A partir desta edição, a Revista Abigraf começa a contar a história da entidade da qual leva o nome, que estå completando 50 anos. Acompanhe os principais fatos de sua primeira dÊcada.

JosÊ Ferrari, referência na årea de custos Aplicando conceitos inovadores e criando ferramentas que facilitaram e muito a rotina nas gråficas e a negociação com os clientes, Ferrari ajudou a desenhar a evolução do setor.

Imagens do inconsciente A fotografia ĂŠ o passaporte para Betina Samaia percorrer as vielas entre o visĂ­vel e o invisĂ­vel, estimulando o espectador a desligar-se do mundo real com imagens de intenso frescor.

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Ipsis abraça Revista Nacional & &! &' #& % " $'D %!" 'D $ &' " 'D %#& $"&'D $#!&! %' & $"#&' D &# $ "&' #$ ' D ' D &' & &' &' $! ' D &% &' % " $"#&' ' $ "%! #"%' #% ' D ' #% #"%' $' % & &#"&' D $ #%' % &' D " &' % "'' D & "' D & %' %$ %' D " & $ "' %! &!&' ' "' $##$#%' D %#&' D #$!& %' &!"!$' #" $"#%' D # !&' "% &' D %! $'$ $ #&' D $#!&! %' &" &' D % ' %! & % $' & #( "&' $ % ' &# $!' & #"! ' $" & ' &!"$ &' $# # ' "&!% ' $' & "&' " ' D $#& %' &# % ' D & %' #" &#' D &

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Fernando Ullmann e J.R. Duran estão juntos no lançamento da Revista Nacional, projeto autoral que agora ganha distribuição mais ampla e maior tiragem.

16 26 52 56 74 Editorial/ Levi Ceregato................................... 6 Rotativa ......................................................... 8 Feira Serigrafia & Sign ..................................30 Escolar/ Notícias ..........................................32 Fespa Brasil Fórum ......................................34 Gestão/ Hamilton Terni Costa ........................42 Durst/ Novo endereço...................................48 NPES/ Seminårio..........................................55 Ibema/ 60 Anos ...........................................58

Olhar Gråfico/ Claudio Ferlauto .....................60 Quadrinhos/ à lvaro Moya..............................62 Concurso Literårio Afeigraf............................64 Educação/ Walter Vicioni...............................66 Fedrigoni Brasil PapÊis .................................68 Palestra/ Papel e Celulose ............................72 Hå 30 Anos..................................................78 Sistema Abigraf ...........................................80 Mensagem/ Sidney Anversa Victor.................86 julho /agosto 2015

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EDITORIAL

f ra ig b A a d o ri á n te n e u q in Conquistas do setor no cnha representatividade

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Indústria gráfica ga s Deputados institucional na Câmara do

ra nosso arta proposta importante pa qu A sso no /2009, talecimento de ade é o Projeto de Lei 6.705 ied soc a e or Na permanente luta pelo for set ista histórica no mês ado Federal, como PLS setor, obtivemos uma conqu nascido e aprovado no Sen seu u oro Agripino Maia comem 2007, de autoria do senador de agosto, quando a Abigraf 0/ 16 a, síli Bra em de oneração de material em solenida RN). O texto prevê a des Mcinquentenário: a criação, DE ( dia Mí e Indústria Gráfica e alíquota zero de da Frente Parlamentar da escolar, com a isenção de IPI ão, taç mi tra na ústria nço ava o PIS/Cofins. No caso da ind Impressa. Esperamos, agora, rangidos: ab tos quatro gráfica, são três produ no Congresso Nacional, de ador. rimeira, caderno, agenda e classific matérias fundamentais. A p ento ar 366, A mobilização e o engajam o Projeto de Lei Complement sse são É importante ador político das entidades de cla de 2013, de autoria do sen es defesa çõ à na or os fim st coloca corrigir di absolutamente leg ítim Romero Jucá (PMDB-RR), nomia eco o ICMS e resultam e dos interesses setoriais e da qu bitributação de impressos pel o, a de número como um todo. Nesse sentid concorrência o ISS. Proposta semelhante, em ento im hec on 09 rec 20 Abigraf teve pleno na l 183, de 2001, foi vetada em ua sig de e, na en sol la Lu são Inácio de sua atuação em ses s, ro pelo então presidente Luiz liv de o sã es pr foi im al qu niciar Câmara dos Deputados, na da Silva. Isso nos levou a rei s ica áf gr às ta en anos. danosa ma. homenageada por seus cinqu a luta pela solução do proble ústria brasileiras. A representatividade da ind Outra proposta de imensa os, por tad pu De s ea gráfica na Câmara do relevância para nosso setor gem na me da ho jeto de uma frente parlamentar e de io sociedade brasileira é o Pro me e ent Vic s práticas ia do deputado recebeu, é um exemplo de boa e qu al eci Lei 7.867, de 2014, de autor esp o Paulo. Trata-se de dos acordos obscuros, Paulo da Silva, do PT de Sã na política. É uma antítese s da or eri ext no o pressã e dos desmandos; propositura que proíbe a im s propinas, da improbidade da o bit âm no al cio da no Feder onstração relativa ao exercí dem a obras compradas pelo Gover um e ) LD PN ( o ao Brasil ro Didático participativa, evidenciand a aci ocr do Programa Nacional do Liv dem o jet a Lei Rouanet. O pro ssas instituições e daquelas contempladas pel que podemos confiar em no do cos bli pú os para a solução urs a política é, sim, o caminho corrige distorções, pois os rec e qu o e , LD PN , no caso do es civilizadas. orçamento direto da União dos problemas nas sociedad no a, tur cul à ulo ím est de cal dinheiro da renúncia fis fomentando a indústria ato@abig raf.org.br tocante à Lei Rouanet, estão pregos no exterior. lcereg em do an ger e s íse pa s tro gráfica de ou ssão dos livros no Em 2014, o valor da impre lhões. O saldo negativo exterior foi de US$ 66,8 mi fica dos livros foi de da balança comercial especí icit blema agrava-se, pois o déf US$ 57,6 milhões. O pro ho de 2015, já atinge acumulado, de janeiro a jun s concorrência é desigual, poi US$ 65,6 milhões. Essa de ida un or usufruem da im as obras impressas no exteri tida na Constituição. tributária para livros garan cionais recolhem Ironicamente, as gráficas na buição para o PIS/Cofins alíquota de 9,25% de contri í a importância de outro na impressão de livros. Da 2.396/2015, do deputado projeto de lei, o de número SP), que reduz a zero as fica federal Walter Ihoshi (PSDBra sileira da Indústria Grá sobre s nte Presidente da Associação ide inc s fin Co da e p alíquotas do PIS/Pase (Abigraf Nacional) pressão de livros. im da te en orr dec ta bru a a receit

L evi C eregato

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Contratos de Serviços e Peças Originais Heidelberg. Com eles, sua produção não para!

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Tetra Pak tem nova diretora de comunicação Com o objetivo de conduzir o re-

Soluções Kodak são premiadas nos Estados Unidos P

rêmio concedido pela Printing Industries of America (PIA) desde 1978, o InterTech Technology Award 2015 foi atribuído ao sistema de impressão digital jato de tinta Kodak Prosper 6000 e à nova tecnologia NX Advantage para a família Kodak Flexcel NX. O sistema Prosper 6000 conquistou o Intertech Technology Award pela primeira vez. Contribuíram para essa escolha dos jurados, a tecnologia inovadora do equipamento (que, além da impressão em si, envolve um sistema de transporte de mídia, secagem e gerenciamento de processos através do Kodak Print Manager 700), alta confiabilidade e robustez, fácil uso e rápido retorno sobre o investimento.

Por sua vez, a tecnologia Flexcel NX já conquistou o prêmio por três vezes, graças aos diferenciais que permitem a impressão de embalagens com alto impacto visual e economia de tinta, gerando brancos com maior opacidade e consistência (sem necessidade de usar mais tinta), otimizando áreas de overprints e que contenham cores especiais, além de proporcionar maior suavidade em dégradés. O Intertech Technology Award premia soluções que contribuem para o desenvolvimento do mercado em termos de qualidade, inovação e produtividade. A solenidade de premiação será realizada no dia 13 de setembro, em Chicago (EUA). www.kodak.com.br

EFI compra duas novas empresas Dois importantes negócios foram fechados pela americana Electronic For Imaging Inc. (EFI) no mês de julho, com a aquisição da israelense Matan Digital Printers e da italiana Reggiani Machine. A Matan é especializada no desenvolvimento de tecnologias inovadoras para gráficos de mostruário em formato superlargo e outras aplicações para impressão industrial. Sediada em Rosh HaAyin, Israel, há mais de uma década a empresa produz impressoras digitais a jato de tinta. Na operação de compra, a EFI assumiu aproximadamente US$ 5 milhões em dívidas da Matan e depositou US$ 14 milhões sob custódia para servir de segurança em benefício da EFI pelas obrigações indenizatórias dos acionistas da Matan, cujas parcelas, sujeitas às reivindicações da EFI em oposição ao contrato de depósito poderão ser liberadas aos vendedores em 2017 e 2022. Outros US$ 29 milhões foram pagos pela EFI em dinheiro aos sócios da Matan para a obtenção de todas as ações restantes da fabricante israelense. O expresidente e CEO da Matan Hanan Yosefi passou a ocupar o cargo de vice-presidente e gerente geral na EFI Inkjet Israel.

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Já a Reggiani Machine, estabelecida em Bérgamo, na Itália, que passa a chamar-se EFI Reggiani, possui extensa linha de impressoras de jato de tinta industriais, que utilizam tintas à base de água para impressão em tecidos. Fundada há mais de 60 anos, a Reggiani produz impressoras de alta qualidade para tecidos de decoração e moda, cobrindo desde as tecnolo gias originais de serigrafia rotativa da empresa até equipamentos e tintas de impressão têxtil jato de tinta. Pela aquisição, a EFI pagou aos ex-acionistas da Reggiani cerca de € 27,4 milhões (US$ 30,8 milhões) em dinheiro, e distribuirá entre os acionistas da empresa italiana outros € 27,4 milhões (US$ 30,8 milhões) em ações da EFI, além de pagar até € 50 milhões (US$ 56,2 milhões) pelos próximos 30 meses. A EFI, em certas circunstâncias, poderá ter de desembolsar em dinheiro o valor pagável em ações. Para adquirir a totalidade das ações da Reggiani, a EFI pagará ainda a dívida da Reggiani no valor de € 20,1 milhões (US$ 22,6 milhões). Ambrogio Caccia Dominioni, ex-acionista da Reggiani, será o diretor geral da EFI Reggiani. www.ir.efi.com

la cio na mento com a imprensa, a comunicação interna, as plataformas digitais, bem como projetos corporativos e patrocínios, Rosana Marques assumiu em julho a área comunicação da Tetra Pak para o Brasil e Paraguai, após atuar nas multinacionais Nivea e Avon. Rosana iniciou a carreira na imprensa nos anos 90, em veículos como o jornal O Estado de S.Paulo. Posteriormente, trabalhou no mercado de comunicação corporativa e relações públicas. Com uma experiência profissional de 25 anos, a executiva tem formação acadêmica em Jornalismo e especialização em Comunicação e Reputação Corporativa, Relações Públicas, Social Media/PR 2.0 e Gestão de Imagem e Crises.

Morre um dos fundadores da Ibema

Faleceu no dia 12 de agosto, aos 73 anos, Renato Gomes Nápoli, um dos fundadores da Ibema, sediada em Curitiba (PR). Nápoli era atualmente acionista da empresa que ajudou a criar e hoje é a terceira maior fabricante de papelcartão em nosso país e uma das mais importantes desse setor na América Latina.


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Epson apresenta lançamentos da linha Ecotank A

Epson do Brasil anunciou o lançamento no mercado nacional de três novas multifuncionais da sua linha Ecotank: a L565, a L220 e a L365, em substituição, respectivamente, aos modelos L555, L210 e L355. A L565 é ideal para as pequenas e médias empresas que buscam produtividade com baixo custo de impressão. Já a L220 e a L365 são destinadas aos usuários domésticos e de home office que têm grandes demandas de impressão e também àqueles que desejam evitar a constante reposição de tinta, sempre a baixo custo. Em comum, os três equipamentos contam com a tecnologia Tanque de Tintas, denominada EcoTank, que comporta amplas quantidades de tinta de alta qualidade e proporciona maior autonomia e redução no custo de impressão. Segundo a fabricante, com a linha Ecotank uma só garrafa de tinta permite imprimir 4.000 páginas e cada garrafa de tinta preta ou colorida, com 70 ml, custa apenas R$ 45,00, equivalendo a aproximadamente 35 cartuchos.

Os modelos L220 e L365, multifuncionais de jato de tinta coloridos, compactos e com design moderno, incorporam a tecnologia Micro Piezo para a precisão no tamanho da gota de tinta e, consequentemente, alta resolução e definição de até 5.760 × 1.440 dpi. A L365 possui conexão sem fio (wi-fi) e, através do aplicativo, possibilita imprimir e digitalizar por intermédio de smartphones e tablets. www.epson.com.br

Multifuncional L220

Sun Chemical lança na AL adesivos de laminação SunLam A

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Sun Chemical, membro do grupo DIC, lançou sua linha de adesivos de laminação SunLam para o mercado da América Latina, que consiste em produtos base água, sem solventes e base solvente, desenvolvidos para satisfazer as necessidades de todas as principais aplicações de embalagens flexíveis, incluindo laminação, retort aromático, filmes e embalagens de alimentos. Formulados para complementar a variedade de tintas de laminação da Sun Chemical nos ambientes e aplicações mais exigentes, os adesivos de laminação SunLam proporcionam adesão superior, uma combinação de cura rápida entre o adesivo e o endurecedor para reduzir o atraso entre a laminação, corte e transporte, com maior resistência a alimentos fortemente ácidos e líquidos. Eles são adequados para uso em processos de impressão flexográfica e de rotogravura e pontos fortes de ligação, mesmo após a esterilização ou ebulição da embalagem. Os convertedores também podem usar os adesivos SunLam com propriedades de oxigênio barreira para embalagens leves, através da remoção de uma camada de película da embalagem, mantendo a proteção funcional necessária para preservar o conteúdo e evitar a migração. “Como a DIC fabrica seus próprios polímeros utilizados em tintas e adesivos, a Sun Chemical é o único fornecedor global que pode oferecer um sistema integrado de tinta e adesivo com controle total sobre a química”, disse Fernando Tavara, presidente da Sun Chemical da América Latina. “Isso nos permite melhor atender às necessidades de nossos clientes e convertedores que estão procurando maneiras de controlar os custos. Ao oferecer tintas de alto desempenho e adesivos embalados juntos a partir de uma fonte, podemos simplificar a cadeia de abastecimento para os clientes. Também fornecemos assistência técnica para todos os desafios de impressão que envolvem tintas, adesivos ou filmes”. www.sunchemical.com REVISTA ABIGR AF

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䉱Detalhe do tanque, 4 cores 䉳 Multifuncional L565

Novas tintas Videojet para aplicações de retorta O

s fabricantes de alimentos têm utilizado o processo de retorta ou autoclave há anos, em geral para ajudar a preservar vegetais, sopas, molhos, comida de bebês, carnes/peixes, refeições prontas para consumo e rações para animais. Para atender a requisitos de código antes, durante e após esse processo, a Videojet anunciou inovações em tinta, a V476 e a V521, para uso com suas impressoras da série 1000 de jato de tinta contínuo (CIJ). A V476 é qualificada para uso em impressoras da série 1000 de padrão Videojet e a V521, para uso em seus modelos de alta velocidade da série 1000. Os códigos produzidos com essas novas tintas são projetados para fornecer uma mudança de cor perceptível do vermelho escuro ao vermelho claro quando expostos ao calor e à umidade durante o processo de retorta. A mudança de cor ocorre após o material ter passado por retorta por vários minutos a 116°C–121°C. Isso permite que os

processadores determinem se um item foi ou não exposto corretamente para o processo de retorta. Com MEK e sem metanol, as tintas Videojet V476 e V521 fornecem uma mudança clara de cor do vermelho-escuro ao vermelho-claro e oferecem sangramento reduzido do código em comparação com outras ofertas de tintas termocrômicas. Os principais usos das tintas V476 e V521 são em recipientes de alimentos processados, como bandejas, frascos de vidro, bolsas flexíveis, tigelas de plástico e latas de metal. Essas tintas também podem ser usadas em aplicações alimentícias ou farmacêuticas, nas quais o objetivo seja reduzir determinadas emissões da fábrica de solvente, incluindo MEK. A Videojet tem mais de 325.000 impressoras instaladas em todo o mundo e conta com o suporte de uma equipe superior a 3 mil integrantes em 26 países para atendimento aos clientes. www.videojet.br.com


NOVA NOVACUT 106 ER

EXPERTFOLD

UM PACOTE DIFÍCIL DE RESISTIR A união da nova NOVACUT 106 ER com separação de cartuchos em linha com a super flexível dobradeira-coladeira EXPERTFOLD, não apenas aumenta sua produtividade, como também assegura a melhor qualidade de sua embalagem final. Como a produção de embalagens está cada dia mais exigente, essa excelente dupla é exatamente o que você precisa para estar sempre à frente de seus concorrentes.

www.bobst.com


Serilon assume distribuição da EFI e Esko E

mpresa com 29 anos de experiência no mercado de comunicação visual, a Serilon firmou dois importantes acordos de distribuição para todo o território nacional, incluindo em seu port fólio os produtos da EFI e Esko. A EFI é líder em inovações para tecnologia digital. Carlos Henrique de Paula Leão, sales manager da empresa para a linha inkjet no Brasil e região Conesul, afirma: “A qualidade do atendimento aos clientes brasileiros é uma busca constante da EFI. Estamos otimistas com essa parceria, que ampliará as oportunidades para a linha inkjet no Brasil e a divulgação dos equipamentos Vutek, já consolidados no port fólio da EFI há dez anos”.

Mesa de corte digital Kongsberg C64, da Esko

Vutek GS3250LXr Pro, da EFI

No dia 8 de julho, em Tóquio,

A Esko é fornecedora global de soluções integradas para as indústrias de impressão comercial e editoração de embalagens e etiquetas, sinalização e displays, oferecendo a linha completa de produtos de mesa de acabamento da Kongsberg e o software para fluxos de trabalho i-cut Suite para aplicações de impressão de grandes formatos. Para Ernande Ramos, vice-presidente da Esko da América Latina, “a Serilon faz um trabalho excepcional com foco em soluções de ponta para o mercado de sinalização e comunicação visual e isso nos permite atender melhor os clientes que precisam de soluções de acabamento digital, design POP e fluxo de trabalho de impressão de grandes formatos”. Fundada em 1986, a Serilon está sediada em Londrina (PR). Com 700 funcionários e 32 unidades de negócios em todo o Brasil, apoiadas por centros administrativos e de distribuição, a empresa comercializa impressoras digitais de grandes formatos e outros equipamentos, tintas para banners e outdoors, além de materiais como lona, vinil adesivo, manta magnética e produtos para serigrafia.

a Oki Data Corporation anunciou a assinatura de um acordo com a Seiko Instruments Inc. (SII) para a compra global do negócio de impressoras de grande formato da subsidiária Seiko I Infotech Inc. (SIIT), estando prevista a aquisição total das ações desta última. Ao mesmo tempo, as subsidiárias da Oki Data da Europa e dos Estados Unidos assinaram contratos de compra de ativos com as empresas da Seiko Instruments nessas regiões, para assim obter o negócio de impressoras de grande formato e os ativos atualmente detidos pela SII. As partes envolvidas finalizarão a transferência de negócios no dia 1º de outubro, em conformidade com os acordos firmados.

www.serilon.com.br

www.okidata.com.br

No mês de setembro, o Instituto de Embalagens completa 10 anos. Seu

no Brasil e em outros países. O instituto publicou até hoje mais de 400 artigos e 11 livros, que se tornaram referências no setor. Para a web foi criado o Clube da Embalagem (www.clubedaembalagem.com.br), site que é atualizado diariamente com notícias relevantes, além de oferecer serviços como guia de fornecedores, banco de imagens, banco de oportunidades e talentos. Neste ano o instituto inaugurou sua sede própria.

trabalho consiste na coordenação e realização de estudos, cursos, encontros, treinamentos e na pesquisa sobre embalagens. “Sem conhecimento não se chega a lugar nenhum e o que temos feito é justamente unir quem sabe com quem quer aprender. Nesse sentido, acredito que temos contribuído para a melhoria da embalagem, beneficiando toda a cadeia produtiva”, afirmou Assunta Napolitano Camilo, criadora do instituto, durante coquetel realizado no dia 19 de agosto em comemoração à data, em São Paulo. Investindo continuadamente em atualização, o instituto concretizou em 2007 seu primeiro grande projeto: a montagem de cinco mil kits com conteúdo para ensino sobre embalagens. Desde sua criação já foram realizados 60 cursos de embalagens e 75 eventos, como workshops e painéis em feiras internacionais, atingindo mais de seis mil profissionais

Assunta Napolitano Camilo e a equipe do Instituto de Embalagens

Instituto de Embalagens comemora 10 anos

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Oki adquire negócio de impressoras de grande formato da Seiko

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ENFOQUE Jornal multiplataforma é tema de campanha da ANJ

Novas impressoras HP de grandes formatos com tintas UV P

ara complementar o seu port fólio, já dotado de impressoras com tecnologia de tinta látex à base de água, a HP Brasil lançou as impressoras de grandes formatos HP Scitex modelos FB550 e FB750 com tintas UV. Os novos equipamentos permitem impressão em materiais rígidos e flexíveis com maior produtividade, além de menor impacto ambiental, atendendo a uma ampla variedade de aplicações em grandes formatos para ambientes internos e externos, incluindo, entre outros, faixas, sinalização interna, imagens para vitrines, decoração, pôsteres e materiais de ponto de venda. Permitem um fluxo de trabalho eficiente para

Scitex FB550

carregamento, impressão e coleta de mídia simultaneamente, contando ainda com um suporte de rolo sobre a mesa para substratos flexíveis, que possibilita a impressão fácil e rápida de pequenas tiragens. A HP Scitex FB550 aceita materiais de até 162 cm de largura e opera a uma velocidade de impressão de até 18,5 m²/h, enquanto o modelo FB750 aceita materiais de até 250 cm, imprimindo até 21,1 m²/h, no modo de impressão de comunicação visual para ambiente interno. www.hp.com

O possível desaparecimento da caligrafia cria para educadores e autoridades o difícil desafio de proporcionar, de alguma outra forma, os vastos benefícios comprovados que a escrita a mão traz no campo da cognição. João Batista Araujo e Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto – Rio de Janeiro, RJ. SOBRE A REPORTAGEM “ENTRE A BELEZA E A FRIEZA”, PUBLICADA NA REVISTA VEJA Nº 2437, DE 5 DE AGOSTO, QUE MOSTRA O ABANDONO DO ENSINO DA CALIGRAFIA PELAS ESCOLAS.

Ibema conquista ISO 14001:2004 Terceira maior fabricante de papel-cartão do País, a

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Ibema acaba de conquistar a certificação internacional ISO 14001, que atesta e reconhece a conformidade e o desempenho do seu Sistema de Gestão Ambiental. Todas as unidades da produtora — fábrica instalada no município de Turvo, no Paraná, sede administrativa localizada em Curitiba e Centro de Distribuição Direta em Araucária — passaram por auditorias internas e externas, cuja última etapa foi finalizada com êxito nos dias 10 a 14 de agosto. A fabricante investiu mais de R$ 3 milhões no aprimoramento da estrutura e de processos internos para a conquista do título, com validade por três anos. “Todos os 740 colaboradores foram submetidos a treinamentos e capacitações de cunho ambiental; uma das REVISTA ABIGR AF

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exigências para obtenção da certificação é a conscientização”, explica Ana Célia Medeiros, supervisora de Meio Ambiente e coordenadora da iniciativa. Além da ISO 14001, a Ibema é certificada pela norma ISO 9001, referente aos processos de projeto, desenvolvimento, fabricação e venda de papel-cartão e, também, pelo FSC (Forest Stewardship Council), que atesta a produção responsável de produtos florestais. www.ibema.com.br

RICARDO PEDREIRA DIRETOR EXECUTIVO DA ANJ

B uscar melhor posicio namento dos jornais diante do mercado anunciante é um dos principais objetivos da Associa ção Na cio nal de Jornais (ANJ) com a recém- lançada campanha publicitária que reforça o conceito de “jornal multiplataforma”. O slogan “Antes eu lia jornal todo dia, agora leio o dia todo” quer reforçar a ideia de que as versões eletrônicas dos jornais impressos fizeram com que esses veículos conquistassem uma audiência muito maior. “Nos últimos dois anos, houve um aumento de 400% na leitura dos jornais em plataformas móveis. É preciso disseminar a verdade que tantas vezes parece ignorada de que nunca se leu tanto jornal quanto atualmente, quando somados o impresso e o digital”, destaca o diretor executivo da ANJ, Ricardo Pedreira. Em paralelo à campanha, outras iniciativas estão em andamento, como o Digital Premium, que é uma rede de sites de jornais que veiculam simultaneamente um mesmo anúncio. “Há ainda o Marketplace Jornais, um site com grande número de informações mercadológicas dos principais jornais do País, no impresso, com o objetivo de facilitar o trabalho dos profissionais de mídia das agências”, informa Pedreira.


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Luca Cialone

“Temos que nos reinventar”

Nesta entrevista, o executivo da HP Brasil fala sobre a nova estrutura da empresa e as expectativas de negócios em um cenário de crise. TTexto: Ada Caperuto

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á exatamente um ano, Luca Cia lo ne assumiu o cargo de Country Manager Indigo & Ink Jet Web Presses da HP no Brasil. Nesta entrevista, o ita liano nascido em Milão, que escolheu o Brasil para viver desde meados da década de 1990, fala sobre o mercado, mostra um panorama da indústria gráfica e apresenta as perspectivas da HP para os próximos meses. O executivo também anuncia que a companhia acaba de fazer uma profunda mudança estrutural, segmentando- se em duas empresas distintas. De um lado, a HP, da qual faz parte a divisão comandada por Cia lone. De outro, a Hewlett- Packard Enterprise, cujo core business está nas soluções de TI.

Por que você escolheu o Brasil para construir sua carreira? Resolvi seguir pelo caminho das artes gráficas e decidi vir ao Brasil em 1995. Tenho formação como Analista de Sistemas, em Milão, onde nasci. Aqui no Brasil eu fiz Comunicação Social, mais exatamente Publicidade e Propaganda. Na época, eu já achava e continuo acreditando que o Brasil é o país das oportunidades, e isso basicamente foi o que me trouxe para cá. Costumo dizer que fui um dos últimos ita lianos que imigraram para cá, só não vim de navio. Como você começou na indústria gráfica? Eu comecei na Gama Gráficos, um empresa de fotolitos muito conhecida, como analista de


sistemas. Quando comecei a faculdade, ingres- pois este é somente o meio de transporte para sei na T&C, que era uma forte representante do a solução. Para as soluções Inkjet Web Press, setor, como técnico de pré-impressão. Fiquei lá atendemos o mercado direto. quatro anos e meio. Em 2002, recebi um convite da Heidelberg para atuar como especia lista de Com o início do novo ano fiscal, a HP tornará ofipré-impressão, onde fiquei até o final de 2006. cial sua nova estrutura. Como funcionará esse Acabei voltando para a T&C e fiquei mais quatro novo modelo de negócios da companhia? anos, como responsável técnico, especia lista no Em 1º– de novembro de 2014, a HP começou um mercado de pré-impressão. Depois disso a Dai- processo que chamamos de split. Em 1º– de nonippon Screen me convidou para ser o respon- vembro deste ano teremos duas empresas comsável especia lista de impressão digital na Amé- pletamente separadas. Uma chamada HP e a rica Latina. Até que, no final outra Hewllet-Packard Enterde 2011, a HP Indigo me proprise. A minha divisão ficará na HP, uma empresa muicurou para cuidar do segmenEM 1-º DE NOVEMBRO DE to de gráficas promocionais e to enxuta, que começa com 2014, A HP COMEÇOU fotografia, onde atuei até o um faturamento de US$ 57 biano passado. Acabei de fazer lhões no mundo e com foco UM PROCESSO QUE um ano no atual cargo. A área direcionado a alguns businesCHAMAMOS DE SPLIT. engloba as impressoras HP Inses. Tudo aquilo que é impresEM 1-º DE NOVEMBRO são, desde a deskjet doméstica digo e impressoras de bobiDESTE ANO TEREMOS até as soluções mais evoluína inkjet, rotativas digitais, DUAS EMPRESAS das ficarão na HP, que tamde grandes volumes. Hoje eu COMPLETAMENTE sou o responsável por essa bém incluirá o personal system, divisão no Brasil, com uma notebooks, desktops, mobile e, SEPARADAS. UMA equipe de dez pessoas. também, as impressoras 3D, CHAMADA HP E A OUTRA segmento para o qual teremos HEWLLET-PACKARD Qual foi o objetivo da empresa novidades na Drupa do ano ENTERPRISE. ao lhe fazer esse convite? que vem. A Hewlett-Packard Enterprise reunirá serviços, A HP sempre teve todas as servidores, clouds etc. As duas soluções de impressão office, mas o lado industrial começou há 12 anos, empresas têm presidentes diferentes e ficarão com a compra da Indigo de Israel. Mesmo assim em escritórios separados. A HP terá sede em um faltava o “sangue” das artes gráficas. Quando novo escritório de quatro andares em Alphaville. entrei, a HP tinha um DNA mais “bit”, era muito mais uma empresa de TI. Nos últimos dois Qual a expectativa de desempenho em relação a anos isso mudou bastante. Hoje eu diria que a essa segmentação da empresa? maioria das pessoas que estão no meu time, Em relação à divisão Indigo, esse split das empossuem ampla ex periência no mercado grá- presas será muito bom. Antes representávamos fico. Vimos uma mudança no approach feito um grãozinho de areia em mais de US$ 120 bino mercado e na receptividade deste também. lhões de faturamento. Hoje, pelo fato da nova E isso tem ajudado bastante a nossa divisão. empresa ter metade desse faturamento, representamos uma parte maior. É claro que nossa viQuais são atualmente os principais canais de sibilidade será maior e esperamos que os investimentos também sejam. A HP Indigo nos últimos distribuição da HP no Brasil? Trabalhamos com três canais para soluções HP cinco anos foi praticamente a divisão que mais Indigo: a Alphaprint, Comprint e Digigraf, que cresceu e a que registrou melhor rentabilidade. atuam por segmentos. A Comprint em foco no mercado industrial, enquanto que Digigraf e Al- Mesmo no atual cenário econômico? phaprint trabalham os demais nichos. Todos es- Sabemos que o mercado não está em um bom tão preparados para não somente entender qual momento. A macroeconomia é isso que todo o equipamento que mais se adapta às necessi- mundo pode ver, mas tem o microuniverso, que dades do cliente, mas mostrar a ele quais são é especificamente o mercado gráfico brasileiro, as possibilidades. Hoje em dia, as gráficas não que está passando por duas situações que aconpodem mais vender apenas o papel impresso, tecem ao mesmo tempo e estão abalando muita

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gente. O fato de haver uma transformação no se- veis por segmentos que olham, sim, o business tor, todo mundo sabia que ia acontecer, porque para poder vender um equipamento ou outro Estados Unidos e Europa já passaram por isso. — e, para isso, contamos com uma completa liLá as empresas se juntaram para ter mais for- nha de soluções —, mas temos também pessoas ça, para oferecer soluções diferenciadas. Só que dedicadas a desenvolver o business do cliente. quando isso começou a acontecer aqui no Brasil, começamos a entrar na crise. Porém, eu acredito Qual será a gráfica do futuro? que este cenário representa uma grande oportu- A ideia de gráfica convencional que tínhamos nidade de fazer tudo muito bem feito. Sempre há dez anos não existe mais, e as que ainda em época de crise você tem as melhores opor- existem não estão conseguindo se manter no tunidades. É quando o marketing deveria inves- mercado, porque o cliente final quer algo além tir para, no momento em que do que era feito no passado. a crise terminar, estar à frente Hoje a comunicação impressa de todo mundo. Claro que não não é só um folheto 4×4 para HOJE O IMPRESSO é fácil fazer isso, porque você comunicar uma informação. É O RESULTADO DE precisa investir e muitas vezes Hoje o impresso é o resultaUMA SOLUÇÃO QUE isso não é possível. do de uma solução que uma gráfica tem que proporcionar, UMA GRÁFICA TEM que vai desde o gerenciamenEntão vocês acreditam em bons QUE PROPORCIONAR, to de dados, variáveis ou não, resultados nos próximos anos, QUE VAI DESDE O a conteúdo com hiperlinks, sesuperada a crise? GERENCIAMENTO DE jam eles através de aplicativos O ano fiscal, que termina em DADOS, VARIÁVEIS OU mobile ou um vídeo na interoutubro, está sendo o melhor NÃO, A CONTEÚDO COM net. Enfim, essas são soluções dos últimos cinco para nossa que cada vez mais as gráficas divisão. Tivemos um primeiro HIPERLINKS, SEJAM precisam oferecer. semestre muito bom. Estamos ELES ATRAVÉS DE enxergando uma oportunidaAPLICATIVOS MOBILE OU Essa questão da comunicação de grande de mostrar ao merUM VÍDEO NA INTERNET. em múltiplas plataformas já cado o que real mente temos vem sendo abordada há algum para oferecer, não um equipatempo. Por que esse modelo mento apenas, mas uma solução end-2-end. Não existe crise que dure dez ainda não se desenvolveu totalmente? anos. Os clientes que estão investindo — e não A grande dificuldade é que uma gráfica não é são poucos — estão se preparando para o pós- uma empresa de TI e para fazer isso precisa sacrise. Estamos fazendo movimentos importan- ber manipular os dados. Eu costumo dizer que tes. Nos últimos três meses, vendemos três HP todo bom impresso nasce na pré- impressão. Indigo 10000, equipamento meia folha lançado Se essa etapa não for bem feita, não adianta ter na última Drupa. Recentemente recebemos de a melhor impressora offset ou digital do munIsrael a informação de que a empresa vendeu a do. Mas hoje existe uma vontade maior de traHP Indigo 10000 de número 200 em três anos. balhar dessa maneira. A cultura está mudanIsso mostra o sucesso do projeto e a nossa capa- do, e, queira ou não, essa crise está ajudando a cidade de criar oportunidades para os clientes. fazer com que isso aconteça mais rapidamente. Qual seria a saída possível para superar esse momento adverso? Temos que nos reinventar. A estratégia antiga dos fornecedores era vender equipamentos e não fazer absolutamente nada para desenvolver aquele cliente. A HP percebeu — em nível mundial, mas aqui no Brasil é mais sentido ainda pela situação macroeconômica — que o cliente quer comprar uma solução, ter ajuda para implementá-la e para encontrar uma demanda para ela. Em nossa estrutura, temos os responsá-

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A HP tem alguma novidade para apresentar nos próximos meses? Estamos focando na próxima Drupa. A HP terá o maior estande da feira. É a primeira vez que isso acontece com uma empresa digital. Teremos 25 impressoras Indigo instaladas, além de outros equipamentos. Eu diria que o mundo da embalagem ocupará bastante espaço do estande. Em março de 2016 vamos rea lizar um evento pré-Drupa em Israel, onde serão revelados segredos e novidades da empresa.



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ARTE

Geometrismo Abstrato: cores e formas sob a luz da emoção

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poe ta português Fernando Pessoa foi criado sem pai, bem jovem singrou o Atlântico para ser educado pela mãe na África do Sul. Seu compatriota Fernando Durão, artista plástico, teve o mesmo destino, também sem pai cruzou com sua mãe o Atlântico, na direção contrária à do poeta, chegando ao Brasil. Algo mais une estes lusitanos separados além-mar? Sim. O papel e o lápis, tão diferentes e iguais quanto África e Brasil. Pessoa escrevendo, Durão desenhando. Ambos questionando razão e emoção para provocar reflexões sobre a vida. Enquanto Pessoa, em seu radical nii lismo, diz: “Não: não quero nada”, Durão em traços firmes e cores vibrantes afirma o contrário. Mas, ambos praticam o direito à liberdade. Porque, como disse o poeta: “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena”. E alma grande é alma sem limites . . .

sempre, Durão se expressa mais pela arte do que pela fala. Seus professores reclamavam das respostas dadas em desenhos. Isso forçou sua mãe a lhe matricular na Escola de Belas Artes “Soares dos Reis”, com ensino diferenciado na ênfase à educação artística. Em 1969, Durão que é filho de brasileira e português, veio com dois de seus sete irmãos, trazidos pela mãe, para o Brasil. Depois chegou mais um, os demais ficaram em Portugal. Os reflexos da guerra colonial com Angola e da ditadura salazarista separam a família em busca de segurança, liberdade e melhores condições de vida na terra da matriarca. Embora, aos olhos do menino artista, Portugal fosse mágico com suas histórias de conquistas, a família de classe média, culta, enfrentava dificuldades em um período de empobrecimento do país. O primeiro impacto, morando no Rio de Janeiro, foi a beleza natural da nova terra. Em seguida, Durão descobriu de fato o que significava estar no Brasil: Carnaval. Desse momento inesquecível, surgem as cores que marcam sua obra, na mesma intensidade em que estão presentes nas fantasias, adereços, chapéus e carros alegóricos das escolas de samba. Sob absoluta simetria e liberdade, gerando fascinante arte. Foi quando sentiu a intuição de que, mesmo em um

DO LEGO AO GEOMÉTRICO

Fernando Durão nasceu no Porto (1952), quando o Concretismo vivia seu auge no Brasil. Aos quatro anos de idade já passava o tempo rabiscando, colorindo ou montando peças do Lego, brinquedo que lhe permitia criar formas, edi fícios matematicamente pensados. Desde 4

De Portugal para o Brasil, refazendo o caminho marítimo de seus ancestrais, ele desenha, grava, esculpe, fotografa, ilustra, pinta e cria objetos estabelecendo uma ponte entre passado, presente e futuro. A beleza da matemática na poesia da vida. Ricardo Viveiros (ABCA-AICA) 6

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1 Prato Cerâmica, 40 cm, 2015 2 Serigrafia, 40 × 50 cm, 1989 3 Cromos, Citros PR, 66 × 96 cm 4 Contra a Farra do Boi, acrílico sobre tela, 100 × 100 cm, 1999 5 Papel, 50 × 70 cm, 1992 6 Fotopintura 04, 1999

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7 Non Violence, pintura sobre fibra de vidro, Projeto Yoko Ono, 2013 8 Pintura AST, 150 × 150 cm, 2004 9 Pintura AST, 80 × 80 cm, 2015

FERNANDO DURÃO www.fernandodurao.art.br

REVISTA ISSN 010 3•572

A GRÁFIC A • ANO X L • JULHO /AG

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OSTO 201 5 • Nº 2 7 8

país tão grande e populoso (à época com apenas 90 milhões de habitantes), não ficaria no anonimato. Persistente que é, foi à luta sem esmorecer jamais ao longo de uma bem sucedida carreira. Sua admiração pelo Concretismo, aliada ao gosto pelo geométrico, o aproximou de Lothar Charoux, Hércules Barsotti, Luiz Sacilotto, Hermelindo Fiaminghi, Odetto Guersoni, Tomie Othake e Arcangelo Ianelli. Sincero, Durão afirma que além de lhe ensinarem, também influenciaram seu trabalho em duas fases distintas, com variantes ao longo do tempo. De 1966 a 1972, no Figurativismo Ex pressionista, de nítida inclinação geométrica. De 1973 até hoje, no Geometrismo Abstrato, radical, referenciado no Concretismo dos anos 1950.

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ARTE & IN DÚSTRI

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REVISTA ABIGRA F

MULTIMÍDIA

Capa

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Fernando Durão, Pinturas AST. 100 × 100 cm, 2007 REVISTA ABIGR AF

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Durão tornou-se eclético na incansável procura de novas plataformas capazes de expressar sua visão pessoal do mundo. Sua inquietação se faz presente desde que chegou ao Brasil, quando desenhou tecidos para sobreviver. Mais tarde,

manifestou-se em seu trabalho no campo arquitetônico, capas e ilustrações de livros, objetos, fotografia (tem um consistente trabalho nesse campo), gravuras, artes gráficas e da computação, design de mobi liário, escultura e pintura. Como tudo é dinâmico, segue aberto a novas ex periências de suportes, ferramentas, temas. Em paralelo ao seu permanente, intenso e múltiplo trabalho, Durão ainda consegue tempo para outras atividades. Dirigiu revistas ligadas à arte, espaços e ga lerias; integra e preside júris de importantes prêmios, aqui e no ex terior; faz curadoria de exposições; incentiva e orienta jovens artistas; escreve para jornais, revistas e catálogos; é membro de comissões em órgãos governamentais e museus; foi presidente da Associação Profissional de Artistas Plásticos de São Paulo (Apap- SP). Ao olhar super ficialmente as telas de Durão, alguém pode achá-las herméticas. Não são. Os sinais do tempo estão presentes em uma linguagem que, embora abstrata, conta a história do artista, seu universo e, com bastante clareza, propõe delicado, belo e instigante diá logo Portugal-Brasil. Os contrastes entre o passado e o presente, geram cenários futuros. Suas cores, mesmo quentes, trazem sutis tonalidades — quase imperceptíveis. Criador sensível, técnica apurada, seus traços ora fortes ora suaves permitem à luz mostrar formas em sinérgicos conjuntos que encantam quem se deixa perder na descoberta do que há por trás daquela mágica geometria. Há movimento na poética matemática de traços e cores, que se somam e multiplicam sem dividir ou subtrair emoções, determinando um iluminado relevo e gerando tridimensiona lidade. Em suas mensagens está o contraste entre clássico e moderno captado na paisagem da megalópole paulistana, adotada pelo artista. Fernando Durão tem seus trabalhos em acervos públicos e privados no Brasil e em vários países do mundo, nos quais expõe regularmente. Como a seus ancestrais descobridores, o mundo se ampliou no além-mar . . .



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1 Livro com 352 páginas em cores, em belíssima embalagem protetora 2 Desempenho do setor em 2014 3 Balança comercial 2012/2014 4 Tabelas para selecionar e localizar gráficas buscando-as através do serviço desejado 5 Dados de 2.030 gráficas de todo o Brasil contendo endereço, telefone, e-mail, site, certificações, número de funcionários, área instalada, formato máximo de impressão, processos, segmentos de atuação, produtos e serviços de cada uma, divididas por região, estado e município 6 Guia de Fornecedores com informações sobre 548 empresas de equipamentos, sistemas, matérias-primas, insumos e prestadores de serviços

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ARTIGO ESPECIAL

Oferta de uma impressão mais inteligente

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O aumento do interesse na impressão 3D, nos meios digitais, na RFID, na codificação e nas aplicações móveis resulta numa nova dimensão do conceito da comunicação. Aqui, Gareth Ward oferece a sua visão sobre o futuro da impressão.

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gráfica de sucesso do futuro irá oferecer aos clientes um serviço completo, que vai muito além da impressão e do acabamento. A combinação exata de comunicações digitais, impressão de valor agregado, manipulação de dados e logística irá depender da base de clientes e do posicionamento da própria gráfica; ou talvez da forma como esta estabelece parcerias com aqueles que detenham conhecimentos nestas áreas. Mas já é bem evidente o que vai fazer da impressão um meio de comunicação de sucesso na próxima década: a impressão tem de ser relevante. Isto não era necessário quando a impressão representava o principal canal de difusão do conhecimento, informação, comunicação com governos etc. Muita desta impressão tradicional foi transferida para o formato digital e nunca irá ser recuperada, mas a impressão não está em recessão. Está evoluindo no sentido de algo mais inteligente, mais versátil e, acima de tudo, mais relevante para quem a recebe. Se uma gráfica se excluir deste processo de desenvolvimento, a única opção que lhe resta será vender serviços de impressão ao preço mais baixo possível, e esta não é a forma de construir o futuro nem de criar parcerias duradouras com os clientes. Infelizmente, existem

muitas gráficas oferecendo o menor preço e enfrentando inevitavelmente o mesmo destino que o mamute: a extinção. AS TI NA BASE DA RELEVÂNCIA DA IMPRESSÃO

As gráficas do futuro deverão estar tão à vontade com as TI como estão com o processo offset. Isso pode abranger desde a operação de um website para obtenção de trabalhos até a criação de fluxos de trabalho automáticos, usando sistemas de gerencia mento da informação para registro e apresentação imediata de detalhes relativamente ao desempenho de uma empresa, e até ao manuseamento de dados para criação de comunicações personalizadas para que os clientes da gráfica possam falar com os seus próprios clientes da forma mais direta. Se isso implicar o uso de meios de comunicação em conjunto com a impressão, então a nova gráfica deverá ser capaz de fazê-lo. O problema aqui é que as gráficas continuam preferindo investir numa nova impressora em vez das TI. É como se a máquina fosse tangível e compreensível. Se trabalhar a 18.000 fph (e é provável que as máquinas na Drupa 2016 cheguem às 20.000 fph) isto representa uma velocidade 20%– 30% mais rápida que a máquina atual, pelo que essa escolha deve fazer


sentido. Mas poucos pensam convenientemente na forma como os trabalhos vão ser processados, tanto antes de chegarem à impressora como depois de impressos. Em todo o mundo, as tiragens estão caindo e o tempo atribuído encolhendo. Uma impressora mais rápida aumenta o problema da execução de mais trabalhos em menos tempo sem causar problemas. Além disso, muito poucos consideram o treinamento das suas equipes como um investimento em vez de uma imposição. Os conhecimentos de TI são essenciais para o nível de automação no processo. Os fornecedores de soft ware à indústria assumem como certo que a conformidade ao JDF é essencial. Os fluxos de trabalho devem tornar-se mais sofisticados. A produção de um caderno de oito páginas em papel normal é simples, mas os clientes de amanhã irão querer muito mais que isso. Irão querer que os seus produtos impressos se destaquem, que consigam chamar a atenção entre as centenas de mensagens de marketing que são recebidas diariamente. Claus Bolza- Schünemann, presidente da Drupa e CEO da KBA, antevê: “Dentro de alguns anos existirão menos gráficas, mas serão maiores e mais industria lizadas, com uma ampla gama de serviços. No setor comercial, as gráficas irão transformar-se em prestadoras de serviços de marketing para serviços de impressão e online”. A transição está dando os primeiros passos. Um analista reconhecido nas áreas da publicidade e da internet afirmou no ano passado que os consumidores perdem muito tempo com os seus smartphones, mas estes representam apenas uma pequena parcela nas verbas gerais de marketing, enquanto os jornais — um setor em rápida retração — recebem uma fatia desproporcional das verbas de publicidade. Um tem de reduzir a sua cota, enquanto o outro tem de crescer, a não ser que o jornal se torne mais relevante para o seu leitor. Para isso, será necessário introduzir grandes seções locais, impressas digitalmente com publicidade direcionada. REVALIDAÇÃO DA IMPRESSÃO NUM MUNDO DIGITAL

O mesmo está ocorrendo com as revistas, em que os títulos de circulação em massa,

que costumavam ser impressos em rotativa, estão perdendo volume de circulação, enquanto as revistas centradas nos interesses especiais dos leitores se apresentam fortalecidas. Existirão va riações em diferentes países e de acordo com as mudanças da moda, mas as revistas voltadas a este perfil de leitor não serão afetadas pelo fornecimento digital dos con teúdos, uma vez que a leitura de uma revista representa muito mais que a simples informação apresentada. Há uma década previa- se que com o crescimento da internet, vídeo sob demanda e a facilidade de interagir com websites, as revistas de moda iriam desaparecer, uma vez que os websites conseguem apresentar

as roupas em detalhes e em uso, divulgam preços e permitem a encomenda instantânea. Mas as revistas de moda estão mais fortes que nunca, pois ter a Vogue constitui um diferencial de status para as mulheres que a possuam. Os websites de moda online, como o Asos e o Pret-a-porter, lançaram revistas impressas devido a este fator. Os derrotistas que previram o mesmo destino para os catálogos, também ficaram frustrados. Gostamos de folhear um catálogo ou um folheto de férias. Despertam a nossa imaginação de uma forma que o formato digital não consegue. E os revendedores que apenas existem numa plataforma online, ou que abandonaram os seus catálogos impressos, estão retornando à impressão para motivar os clientes a visitarem os seus websites e efetuarem uma compra. Se as compras online estão aumentando (apesar de representarem apenas uma pequena parte dos gastos dos consumidores, mesmo nos paí ses industria lizados), também cada vez mais trabalhos impressos serão demandados. Mas a impressão não será a mesma à qual estamos acostumados. Porquê enviar detalhes sobre as férias no Canadá para alguém que passa sempre as férias no México, por exemplo? Em vez disso, a agência de turismo, com a ajuda da gráfica, pode personalizar um folheto que inclua os melhores hotéis e estâncias turísticas no México. Será uma publicação menor e com um volume de produção mais reduzido, mas a qualidade deverá ser superior em termos de impressão, papel e personalização. A gráfica precisa estar preparada para oferecer esse serviço aos seus clientes. Isso significa um investimento em tecnologia digital para produzir com qualidade tiragens reduzidas. Significa também ser capaz de melhorar a qualidade do produto impresso com as novas tecnologias UV, aplicando recursos de verniz, hot stamping, facas especiais e outros processos que valorizam o produto impresso e o tornam mais excitante e atrativo para o cliente. julho /agosto 2015

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ARTIGO ESPECIAL

AUMENTAR O VALOR

Pode implicar ainda a inclusão de circuitos eletrônicos impressos, transformando uma página impressa de um livro ou revista em rea lidade aumentada para contar uma história, como o painel de instrumentos de um carro que ganha vida quando vários botões e interruptores são ativados, ou uma etiqueta impressa que se iluminou quando um sensor detectou movimento. Os códigos incorporados na página impressa podem ser digitalizados por smartphones para liberar informações digitais para o cliente — uma oferta em determinado restaurante ou loja, por exemplo —, ao mesmo tempo que transmitem à empresa que faz a oferta informações sobre quem digitalizou o código, onde e quando. O cartaz impresso ou o anúncio publicitário adquire um valor mensurável, pois despertou o interesse do cliente em certo momento. INOVAÇÃO DE MARKE TING

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Os tipos de impressão de alta qualidade e efeitos especiais de acabamentos presentes nas melhores garrafas de bebidas começam a encontrar novos caminhos em outros tipos de embalagens, especialmente à medida que cresce o interesse em produtos de fabricação artesanal. Apesar dos volumes serem pequenos, em tais casos a embalagem impressa é muito mais valorizada. E a gráfica pode exercer uma maior influência sobre a qualidade nesses clientes, do que ao trabalhar para marcas globais com suas equipes de marketing, que sempre querem impor a sua vontade. REVISTA ABIGR AF

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No entanto, mesmo as multinacionais devem tornar-se mais flexíveis e curvar-se aos anseios de inovação e de novidade da sociedade. Isso significa que a embalagem impressa se torna uma importante ferramenta de marketing, como pode ser constatado, por exemplo, pelo impacto da ação Share a Coke. A gráfica precisa ser capaz de ajudar a reduzir o tempo de colocação de novos produtos no mercado, seja através de fluxos de trabalho automáticos, ou talvez assumindo a criação de um protótipo com recurso na tecnologia de impressão 3D. Também existe espaço para a utilização de novas tecnologias de impressão pela impressão diretamente na própria garrafa ou embalagem, designada como impressão direta na forma. O sistema de impressão torna-se parte da linha de engarrafamento ou embalagem e, em vez da impressão e distribuição de etiquetas, a tarefa da empresa gráfica será gerir esta nova tecnologia e estabelecer um novo fluxo de trabalho. Vai ser necessária uma abordagem completamente nova na forma como se divulga o que uma gráfica é e pode fazer; e este é um território completamente desconhecido para muitos prestadores de serviços de impressão. As exceções são as gráficas online, que têm apresentado um crescimento rápido nos últimos anos, varrendo do seu caminho as pequenas gráficas. Mas mesmo estas raramente apresentam o melhor preço; vendem conveniência e facilidade de acesso, mantendo um marketing efetivo e constante.

As gráficas deverão concentrar-se em benefícios como um serviço personalizado, impressão sob demanda, ampla escolha de substratos, design, cumprimento de prazos etc. Porém isto requer competências de marketing que devem ser desenvolvidas. A resposta irá va riar conforme a empresa gráfica, afirma o CEO da KBA Claus Bolza-Schünemann: “Todas as gráficas devem conhecer bem os seus clientes e os seus pontos fortes. Por isso, não basta simplesmente copiar a receita de sucesso de terceiros. Se todas as empresas oferecerem o mesmo, isso resultará inevitavelmente num excesso de oferta no mercado, sem diferencial, com as consequências já conhecidas”. A impressão conti nua rá presente no centro de tudo, mas as gráficas deverão transformar- se em gestoras de projetos e controlarem os diferentes aspectos da cadeia de comunicação para atingirem os resultados pretendidos pelos clientes, atingindo um retorno mensurável sobre o investimento. O foco na redução das despesas na cadeia de distribuição já transformou a forma como os livros são impressos e distribuídos; também por esse motivo a impressão digital começa a devorar a embalagem. Não é o custo de produção de um cartão ou etiqueta individual que é importante, é o custo geral dos materiais desperdiçados e do tempo na cadeia de distribuição que é importante. As gráficas devem alargar seus horizontes. Para aquelas que conseguirem fazê-lo, que assumirem um compromisso com os clientes e trabalharem em conjunto no sentido de encontrar soluções, o futuro é brilhante. A impressão já não é a folha de papel si lencio sa que é reciclada em instantes. As gráficas inteligentes começam a aperceber-se disto. O valor é agora uma função, não da escassez, mas da relevância. O autor deste artigo, Gareth Ward, visitou a Drupa pela primeira vez em 1986 e desde então escreve sobre a indústria gráfica. Gareth foi editor da revista Printing World e atualmente edita e publica a Print Business, nas versões impressa e em website


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EXPOSIÇÃO

Serigrafia Sign celebra 25 anos Expositores ressaltam a qualidade do público que esteve no Anhembi no final de julho para conferir as novidades em equipamentos e sistemas e participar dos ciclos de palestras.

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Texto: Tânia Galluzzi

om o mesmo número de marcas, 650, e área de exposição, 40 mil m, foi rea lizada entre os dias 21 e 24 de julho no Anhembi, em São Paulo, a 25ª– Serigrafia Sign FutureTextil, voltada para os mercados de serigrafia, comunicação visual, sinalização, sublimação, impressão digital, impressão têxtil, materiais promocionais, brindes e personalização. Segundo a organizadora, a BTS Informa, o evento recebeu 36.380 visitantes únicos, registrando crescimento de 5% na visitação geral, somando 44 mil pessoas neste ano, contra 41 mil em 2014. Os dois maiores estandes foram ocupados pela Ampla e pela Serilon, que se

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mostram satisfeitas com os resultados. “Esse é o principal evento para nós, no qual tradicional mente vendemos muito. Neste ano viemos com metas mais modestas em função da crise, e elas estão sendo cumpridas”, afirmou Edson Tateishi, coordenador de vendas da Ampla. Maior fabricante nacional de impressoras digitais de grande formato, a Ampla levou para a Serigrafia Sign a terceira geração de impressoras Targa XT, a New Targa XT, nas tecnologias solvente, UV e sublimação. No dia 23, além do modelo exposto, vendido anteriormente, duas New Targa XT já haviam sido negociadas. Terminado o evento, a empresa divulgou que as vendas durante a feira haviam atingido a soma de R$ 3 milhões. Leonardo Schmidtke, CEO da Serilon, nome de peso na distribuição de produtos para comunicação visual, elogiou a qualidade do público, que considerou ainda mais qualificado, apesar da sensação de um número menor de visitantes. Com 15 equipamentos expostos, a Serilon aproveitou a feira para divulgar as novas parcerias com

a EFI, para a linha de impressoras Vutek, e com a Esko, nas mesas de corte Kongsberg. O interesse dos profissionais que circularam pela Serigrafia Sign também chamou a atenção de Edissa Furlan, gerente de marketing da HP Brasil. “A feira está sendo uma grata surpresa, com uma quantidade maior de aceites, que são propostas que podem efetivamente virar negócios, em relação ao ano passado”. Ela apontou a dificuldade para obtenção de crédito pelas empresas de menor porte como o principal limitador na concretização das vendas. Nesse sentido, a HP tem trabalhado em parceria com a Caixa Econômica Federal, além de oferecer a opção de leasing. Os destaques no estande foram as impressoras industriais HP Látex 3100 e 3500, direcionadas aos altos volumes. Segundo Jú Simões e Helene Dastler Moccagatta, respectivamente gerente de operações e responsável pelo marketing da T&C, a frequência esteve muito semelhante ao ano passado. Os visitantes, boa parte composta de profissionais de micro e


Espaço para o conhecimento

Cassio Rodrigues abordou a capacitação técnica na sublimação

Eduardo Yamashita falou sobre novas tendências na adesivação em vinil

João Scortecci deu dicas de como vender serviços digitais e fidelizar clientes

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pequenas empresas e empreendedores autônomos, buscava equipamentos de baixo custo e alta rentabilidade. A T&C destacou a nova geração de impressoras SureColor, da Epson, com tecnologia sublimática, especialmente os modelos F6270, F7270 e F9200. Eduardo Petroni, diretor superintendente da Canon-Océ no Brasil e América Latina, afirmou no terceiro dia da feira que os resultados já estavam acima dos obtidos em 2014, porém ainda aquém dos objetivos traçados para o evento. Segundo o executivo, os empresários estão mais racionais na hora de investir em equipamentos, procurando

lastrear suas escolhas em análises técnicas, o que favorece a Océ. “Isso é bom para nós, em função da qualidade e robustez de nossas linhas”. Focada nos segmentos industrial e de embalagens, a Océ registrou crescimento de 18% no primeiro semestre em relação a igual período do ano passado, sobretudo em função das aplicações para indústria, com soluções para a impressão de painéis e teclados de membrana. A principal atração no estande foi a Arizona 6170 XTS (mostrada em março na Fespa Brasil), impressora de mesa capaz de produzir 33 placas no formato 1,22 × 2,44 m por hora.

ários eventos complementaram a exposição de produtos na 25ª edição da Serigrafia Sign, entre eles o Espaço do Conhecimento, com cinco atrações: a Digital Textile Conference, voltada para o segmento têxtil; o Sign em Ação, desenhado para a discussão do mercado de comunicação visual; o Sign Cultural, com palestras sobre o universo da publicidade exterior; a 16ª edição do Fórum Acrílico; e o 2º Simpósio de Impressão em Grandes Formatos, realizado em parceria com a ABTG . Sessenta pessoas participaram do simpósio nos quatro dias da feira, debatendo temas como customização na comunicação visual, cuidados técnicos no envelopamento automotivo e boas práticas de impressão em grandes formatos. A palestra que gerou mais interesse foi ministrada por João Scortecci, da Scortecci Editora, sobre como vender serviços digitais e fidelizar clientes.

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FEIRA

Escolar Office Brasil recebe 10 mil compradores O volume de profissionais interessados em fechar negócios, do Brasil e do exterior, surpreendeu as empresas expositoras. Texto: Tânia Galluzzi

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“N

~ estivemos aqui no ano ao passado e decidimos voltar. A feira faz falta no contato com os clientes, principalmente os pequenos, que são muitos. Isso sem falar na oportunidade de encontrar gente nova, expandir o alcance de nossos produtos”. A afirmação de Silvia Rettmann, diretora de criação da fabricante de cadernos Confetti, dá a medida da importância da participação em uma feira de negócios como a Escolar Office Brasil. Considerando o cenário econômico, a mostra, realizada de 19 a 22 de julho, no pavilhão do Anhembi, em São Paulo, surpreendeu os expositores, 150 empresas dos segmentos de material escolar, de escritório, informática, mochilas, brinquedos didáticos, presentes, embalagens

e artesanato. Isso não só pelo movimento, especialmente no domingo, mas pela disposição dos visitantes. “Sur preendentemente, eles estão entrando no nosso estande e comprando”, comentou a diretora de criação. Ricardo Baena, gerente nacional de vendas da Foroni, confessou sua apreensão antes da feira. Além da fase crítica vivida pelo País, o executivo temia impactos negativos pelo fato de a Escolar acontecer no período de férias. Mas não foi o que ocorreu. “A ideia da feira começar no domingo foi muito boa. Tivemos não só as papelarias como os grandes canais, como supermercados e atacadistas”. Segundo o executivo, os compradores estão mais conscientes da necessidade de cuidar da gestão de seus negócios e ainda mais seletivos com relação à escolha dos


Venha para a

produtos. Também o agradou a frequência de clientes e prospects da América do Sul, superando o movimento registrado em 2014. De acordo com a Francal Feiras, promotora da Escolar Office Brasil, dois terços dos 14.015 profissionais que passaram pelo evento (9.185) foram de compradores nacionais e internacionais. Colaborou nesse sentido a organização de caravanas de lojistas de 15 cidades, incluindo municípios de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Maranhão e Amapá, que totalizaram cerca de 400 papeleiros. PÚBLICO EXTERNO

Já o fluxo de estrangeiros foi fomentado pelo Projeto Comprador Inter nacional. Ele acontece na Escolar Office Brasil desde 2009, tendo trazido para o Brasil mais de 70 compradores internacionais, com efetivação de negócios em 36 países de quatro continentes. Promovido pela Abigraf, através do Imprint Brasil, e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex-Brasil), neste ano o projeto envolveu representantes de nove paí ses. Além de percorrerem os estandes e estreitarem o relacionamento com empresas do setor, compradores da Costa Rica, El Salvador, Guatema la, Honduras, Nicarágua, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai participaram de rodadas de negociações com os associados ao Imprint Brasil presentes na feira (Confetti, Dac, Dello, GPK , Foroni, Jandaia, Reipel e Teca). “A alta qualidade técnica, a modernidade e a sustentabilidade dos nossos produtos são os principais atrativos do segmento no cenário inter nacional”, afirmou o presidente nacional da Abigraf, Levi Ceregato. A previsão é que a ação resulte no fechamento de US$ 2 milhões em exportações nos

próximos 12 meses. Até o encerramento da feira, US$ 250 mil haviam sido negociados. SEMINÁRIO

Outro destaque na 29º– Escolar foi o 2º– Seminário de Educação, alinhado com o viés educacional que a feira terá em 2016. Com curadoria de Clóvis de Barros Filho, professor livre docente da Universidade de São Paulo, é uma promoção conjunta da Abigraf-SP e Francal Feiras. Seis palestras compuseram a programação, nos dias 20 e 21, abordando temas como direito à educação, educação e literatura e educação corporativa. A palestra de encerramento foi ministrada pelo curador, que falou sobre sua experiência como educador e a base afetiva na qual é construída a relação professor-aluno. Ao término do seminário, a Francal reuniu expositores e imprensa para falar do novo modelo de negócio a ser adotado pela Escolar Office Brasil em 2016. Em conjunto com a Abigraf, a organizadora decidiu ampliar o alcance do evento, que no ano que vem pretende atingir a rede nacional de ensino. Ao mix tradicional de produtos serão acrescidos itens como softwares para gestão de instituições de ensino, máquinas, equipamentos e mobi liários para escolas, programas de bolsas de estudo, cursos de idiomas e linhas de crédito escolar. Com isso, pretende- se atrair um novo público, formado por diretores de escolas, professores, pedagogos, entre outros profissionais ligados ao universo da educação. “O objetivo é ampliar a oferta de produtos sem esquecer os segmentos atendidos hoje, aproximando setores interligados pela educação”, disse Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal Feiras. A 30ª– Escolar Office Brasil acontecerá entre os dias 7 e 10 de agosto de 2016, iniciando-se num domingo.

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EVENTO

Fespa Brasil Fórum percorrerá seis cidades até novembro Evento de apoio à Fespa Brasil 2016 levará os resultados da pesquisa promovida pela Fespa/InfoTrends mostrando o panorama do mercado de impressão digital no mundo.

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o dia 1º– de julho a APS Feiras e a Fespa, Federation of Screen and Digital Printers Association, promoveram um encontro para apresentar as novidades da Fespa Brasil 2016. A principal delas é a organização do 1º– Fespa Brasil Fórum – Negócios, Oportunidades e Tecnologia, que reunirá empresá rios do segmento de impressão digital para debater o futuro do mercado e novas oportunidades. O fórum percorrerá seis cidades brasileiras entre os meses de setembro, outubro e novembro deste ano: São Paulo, Rio de Janeiro, Blumenau, Curitiba, Brasília e Recife. O objetivo é promover o debate sobre impressão têxtil, sublimação, cerâmica, impressão industrial, personalização, diversidade de materiais, substratos e processo a partir da apresentação dos dados do Fespa Print Census, pesquisa mundial rea lizada em parceria com a InfoTrends, que traz um panorama do mercado de impressão digital. Neil Felton, CEO da Fespa, veio ao Brasil para o anúncio do fórum e relatou alguns números do Fespa Print Census. Trata-se da pesquisa de maior alcance na indústria global já conduzida pela organização, com a participação de mais de 1,2 mil entrevistados, questionados entre maio de 2014 e abril de 2015. Os entrevistados das Américas somam 50%, da Europa 42% e mais 8% da região da Ásia-Pacífico. No Brasil, as entrevistas foram feitas durante a Fespa Brasil 2015. Eles representam toda a cadeia de impressão, incluindo impressão digital e serigrafia (34%); impressão comercial, gráficas rápidas e lojas de reprografia (15%), sinalização (13%), design gráfico (7%), agências de publicidade REVISTA ABIGR AF

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(5%), dentre outros. Desta vez a pesquisa incluiu os fabricantes, que correspondem a 8% dos entrevistados. O estudo apontou seis tendências: otimismo, preo cu pa ção com as demandas dos clientes, mudança do mix de produtos, avanço da tecnologia digital, expansão da impressão sobre tecidos e integração com a mídia digital, com 80% dos entrevistados mostrando-se otimistas ou ra zoavelmente otimistas sobre seus negócios. O bom humor do mercado tem suas raízes no sucesso comercial, segundo análise da Fespa. As receitas médias nos segmentos analisados mais que dobraram, de 3 milhões de euros em 2007 para mais de 6,25 milhões de euros em 2015. O crescimento global das receitas de 2007 a 2015 foi de cerca de 9% CAGR (Compound Annual Growth Rate – Taxa Composta de Crescimento A nual) para os negócios em geral, e 7% para o grande formato digital.

(E/D) Alexandre Keese, diretor da Fespa Brasil; Neil Felton, CEO da Fespa; Sandra Keese, diretora da APS Feiras; e Ismael Guarnelli, presidente da APS Feiras

A pesquisa revelou que as demandas dos clientes estão provocando esforços contínuos para a melhora da eficiência. Nesse sentido, o pacote de produtos oferecidos vem migrando da produção em massa para customização em massa. Banners (49%), cartazes (40%), sinalização (38%) e outdoors (37%) seguem como os quatro produtos mais produzidos pelos entrevistados. A análise expôs também o crescimento de

têxteis para vestuá rio e decoração, com cerca de 80% dos entrevistados relatando um aumento na demanda por essas aplicações. Mais da metade dos pesquisados indicou a intenção de comprar equipamento de impressão de grande formato digital, com um plano médio de gastos de cerca de 100 mil euros. Mais de três quartos dos entrevistados esperam que a publicidade em mídia ao vivo e tela LCD impactem os negócios de grande formato em um futuro próximo, com 36% dos entrevistados afirmando que essas tecnologias já têm reflexos em seus negócios. A Fespa Brasil 2016 será realizada entre os dias 6 e 9 de abril no Pavilhão Branco do Expo Center Norte, em São Paulo. “A Fespa Brasil é parte fundamental do crescimento global da Fespa. Ela é a feira com o melhor resultado de visitante por metro quadrado de nosso port fólio”, afirmou Neil Felton. Em paralelo serão rea lizadas a ExpoPrint Digital, voltada a soluções de impressão digital, e a Brasil Label, focada no segmento de rótulos e etiquetas. Afora a exposição de produtos, a Fespa Brasil 2016 contará com a terceira edição do Congresso Inter nacional de Comunicação Visual e Impressão Digital e com a Fespa Digital Textile Conference. A feira terá ainda uma nova área, a Fespa Decor, direcionada à impressão de decoração de interiores, bem como a Wrap Cup Masters Series, competição de envelopamento que garante vaga para a Fespa World Wrap Masters Series Global, na Europa, e o Fespa Business Hub, espaço para o empresário estrangeiro que procura inserir seus produtos no Brasil por meio de representantes. FESPA BRASIL EXPOPRINT DIGITAL BRASIL LABEL De 6 a 9 de abril de 2016 Expo Center Norte – Pavilhão Branco (São Paulo/SP) Quarta a sexta, das 13h às 20h e sábado, das 10h às 17h www.fespabrasil.com.br www.apsfeiras.com.br


ANO 24 Nº- 104 AGOSTO/2015 Texto: Tânia Galluzzi

Ipsis aposta em projeto editorial de Duran Recuperando um pouco do romantismo das artes gráficas e rompendo as dificuldades impostas pelo cenário atual, J.R.Duran e Ipsis lançam a sexta edição da Rev. Nacional.


N

o mundo idealizado de cada um de nós há espaço para um ofício idílico, onde fazemos aquilo que queremos, como desejamos, por diletantismo. Algumas pes soas alcançam esse mundo perfeito, alguns projetos nos permitem esse prazer, e a brincadeira fica ainda mais interessante quando compartilhada. Assim está fluindo a Rev. Nacional, unindo o fotógrafo J.R. Duran e o empresário gráfico Fernando Ullmann. Estetas, amantes das artes gráficas, foi preciso apenas um único encontro para que acordassem sobre a publicação. “Nunca fechei um projeto tão rapidamente”, conta Duran. “E para mim está sendo uma honra contar com a confiança de uma equipe a qual sempre admirei”. Em clima de respeito mútuo, Fernando encadeia: “Fiquei encantado com a proposta. Um projeto independente, irreverente e de alta qualidade. Tem a cara da Ipsis”. Idealizada e editada por Duran, a Rev. Nacional foi inicialmente produzida pela Burti. Com pe rio di ci da de anual, cinco edições foram lançadas desde 2010, com tiragem de 2.000 exemplares, numerados e distribuídos

(E/D): JR Duran e Fernando Ullmann

pela Burti e pelo próprio fotógrafo para poucos eleitos. “Era o jardim secreto de tinta e papel”, brinca Duran. Essa é uma das poucas coisas alteradas com a entrada da Ipsis. Além de cuidar da edição e produção da revista, a gráfica se encarregará da distribuição, visando maior divulgação e acessibilidade, inclusive com a venda em pontos estratégicos. A revista terá uma tiragem de 3.000 exemplares, com periodicidade semestral. A concepção da publicação, a escolha das pautas, a edição de arte, tudo continua como antes. Ah, o papel também mudou. Está sendo usado o GardaPat Kiara, da italiana Cartiere del Garda, o melhor para a reprodução de fotografias na opinião de Fernando Ullmann. Em busca do inusitado Duran conta que a ideia da revista surgiu durante o voo de volta da Etiópia, viagem que lhe rendeu o livro Cadernos Etíopes, publicado pela Cosac Naify em 2008, única obra dele impressa na Ipsis. “Percebi que precisava voltar meu olhar para o Brasil”. Mas um livro consumiria muito tempo, na concepção de Duran, e começou-se a delinear algo mais dinâmico, como fascículos, onde a fotografia e o texto tivessem espaço garantido. “Queria ir atrás de lugares e situações aos quais não era chamado para clicar”. E assim saiu a primeira Rev. Nacional. O próprio Leandro Burti, ao comunicar ao fotógrafo que deixaria o projeto, sugeriu que Duran procurasse a Ipsis. A empatia foi imediata e a próxima edição será lançada no dia 8 de outubro, na Livraria da Vila, da Alameda Lorena, em São Paulo. A publicação traz, entre outros temas, personagens como

Bela Gil e Romário, uma conversa esclarecedora entre Tarso e Luciana Genro sobre os rumos da esquerda, captada pelo jornalista Mario Sergio Conti, e uma entrevista exclusiva com Paulo Coelho em plena festa de São José, em Santiago de Compostela, na Espanha. O desafio, segundo o empresário, é exceder às expectativas no que tange à qualidade gráfica. Para tanto, além da expertise de seus colaboradores, está lançando mão de recursos desenvolvidos pela Ipsis como o fullblack®, técnica que alia o uso de três pretos e proporciona alto contraste e profundidade, e o +Color, empregado na reprodução de cores carregadas de densidade. Na terça- feira que antecede o evento (dia 6) a Ipsis tem outro lançamento programado, alinhado com a estratégia da empresa de investir em projetos editoriais de alta qualidade. Nesse dia, o Museu da Imagem e do Som (Mis) recebe o quarto volume da Coleção Ipsis de Fotografia Brasileira, com o trabalho de Thomaz Farkas. Cria da em 2013 com o propósito de ho me na gear a produção na cio nal, a coleção apresenta o trabalho de fotógrafos referenciais que pesquisam a brasilidade em suas diversas manifestações. Araquém Alcântara, Nelson Kon e Cristiano Mascaro foram os primeiros nomes, e para 2016 estão programados Elza Lima e Guy Veloso.

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GESTÃO

Hamilton Terni Costa

Para ser bemsucedido nesse segmento complexo, amplo, desafiador, mas cheio de oportunidades, os requisitos-chave são inovação, conhecimento e, principalmente, total envolvimento com o cliente.

O mundo das embalagens impressas em mercados emergentes, inclusive o Brasil gora em agosto tivemos a oportunidade de promover um evento inter nacional junto com a NPES dos Estados Unidos, no Senai José Mindlin, em Barueri (SP), com o tema Embalagens Impressas nos Mercados Emergentes (veja página 55). A NPES é a entidade norte americana que concentra os fabricantes de equipamentos e insumos para a indústria gráfica. Reúne várias médias empresas e também as grandes como HP, Xerox e outras globais e membros internacionais. É a entidade que rea liza as grandes feiras americanas. O tema do evento é fruto de uma pesquisa que o organismo de análise e pesquisa de mercados Primir, que funciona dentro da NPES, divulgou o ano passado e mostra interessantes e importantes dados dos mercados do Brasil, México, China e Índia. A razão do estudo sobre embalagens nesses mercados, em primeiro lugar, é pela própria importância que esse segmento tem e terá no setor gráfico. Outro estudo da NPES, o afamado WWMP (World Wide Market for Print), a estatística mundial sobre o setor gráfico,

revisado a cada três anos, indica que de 2007 a 2017 o segmento de embalagem salta de 36% para 43% do total da indústria gráfica mundial. E com boas chances de representar metade de todo o faturamento nos anos seguintes. Conhecer então como esse segmento se desenvolve nesses mercados emergentes e o que traz de desa fios e oportunidades foi a motivação adicional do estudo. Falar de embalagens impressas de forma agregada é muito genérico e, portanto, o estudo analisa quatro áreas específicas: embalagens de cartão semirrígido, rótulos e etiquetas, embalagens flexíveis e embalagens corrugadas. A junção dessas embalagens se reúne no que se convencionou chamar de setor de conversão dentro da indústria gráfica. No evento do Senai aproveitamos para discutir com um pouco mais de profundidade três desses tipos: cartão, flexível e rótulos e embalagens impressas digitalmente, em três painéis distintos com empresários ligados a cada segmento. O resultado foi um amplo quadro sobre as tendências e potencialidades no Brasil nos próximos anos que relato à frente.

QUADRO 1: MÉDIA DE CRESCIMENTO ANUAL DE EMBALAGENS IMPRESSAS Mercados emergentes vs. Mercado global (2013–2017) 7,68%

7,42% 5,73%

5,95%

Brasil

México

3,90%

Global

42

China

Índia

Fonte: Estudo NPES: “Mercado Global de Impressão – Identificando Oportunidades Globais para a Indústria Gráfica”, EIU

REVISTA ABIGR AF

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QUADRO 2: CONSUMO PER CAPITA DAS EMBALAGENS IMPRESSAS Economias emergentes vs. Mercados desenvolvidos – 2013 (US$) 209,65

200,36 160,75

39,07

30,77

38,42

7,68 China

Índia

Brasil

México

EUA

Japão

Alemanha

Fonte: Estudo Primir 2014: “Embalagem nos Mercados Emergentes” – LPC, Inc.

No estudo, a previsão de crescimento setorial por país (quadro 1) mostra que os quatro países tendem a crescer até 2017 mais do que a média mundial. O Brasil com 5,73% a.a. O que talvez não se rea lize, infelizmente, dada as dificuldades econômicas que enfrentamos neste ano. De qualquer forma, a participação agregada dos quatro países pesquisados tende a crescer, nesse mesmo período, de 25% para 38% do mercado gráfico mundial. Crescimento esse pela elevação da renda per capita, da urbanização e o crescimento da classe média. DISTÂNCIA DOS MERCADOS DESENVOLVIDOS

Por outro lado é interessante observar, comparativamente, o consumo per capita entre esses países e os mercados desenvolvidos (quadro 2). Com exceção da Índia, o Brasil, o México e a China tem números equivalentes. Isso pode ser visto de dois lados. Um é que temos muito a crescer ainda, o outro é como estamos distantes do consumo dos países desenvolvidos. A pesquisa aponta também as semelhanças e diferenças na produção de embalagens entre países emergentes e desenvolvidos. Nos emergentes há várias empresas com níveis de qualidade similares a empresas norte-americanas ou europeias, linhas de produção com impressoras das melhores marcas, pré-impressão digital e produção de chapas na empresa, fluxos automatizados e ERPs, gestão de resíduos, de produção e rentabilidade. As diferenças ficam por conta do nível de estoque de consumíveis mais

alto em função da logística de importação, falta de pessoal técnico com treinamento, em especial na flexografia, e o desafio de gerar receita em mercados instáveis, embora crescentes. Ao serem entrevistadas para a pesquisa, as grandes marcas mundiais e locais que são as criadoras e compradoras dessas embalagens, ressaltam que elas, preferencialmente, buscam fornecedores locais, ou seja, ter a produção de embalagem perto dos seus centros de produção. Esse é um aspecto importante que também explica porque diversas empresas internacionais de embalagem e rótulos estão, por exemplo, no mercado brasileiro. Mostra que o grande concentrador de negócios, ou seja, o impulsionador da compra e junção de empresas é, sem dúvida, o cliente. Por outro lado, os principais critérios para a decisão de compras das marcas clientes variam de país a país (quadro 3). Nos choca um pouco ver que o critério principal de escolha do fornecedor, no Brasil, seria o custo do produto. Entendemos, porém, que esse é um resumo de pesquisa e pensamos que está mais relacionado a custo/beneficio que a custo unitário de compra. Mesmo assim chama a atenção. O estudo mostra também os desa fios comuns aos quatro países na produção dessas embalagens: diminuição da tiragem média, encontrar mão de obra qualificada, demandas para prazos de execução cada vez menores, impressão com consistência de cores e repetibilidade, exigências de qualidade baseadas em normas internacionais, flutuação de preços de matéria-prima

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REVISTA ABIGR AF


e acesso a conhecimento técnico e a melhores práticas de produção. Uma lista e tanto e sabemos do desafio que isso representa para muitos. FLEXOGRAFIA E DIGITAL

Por fim, em uma análise de processos de produção, dois deles têm destaque pelo seu crescimento: flexografia e impressão digital. A flexografia está muito bem estabelecida no Brasil e México, mas nem tanto na Índia e China. O crescimento da produção de rótulos, etiquetas e embalagens flexíveis em flexografia em nosso país é notório e dominante. A qualidade atingida por esse processo é notável, comparativamente a anos atrás. A impressão digital ainda que em escalas bem pequenas de produção vem sobressaindo em especial em rótulos, mas cresce também em embalagens flexíveis em tiragens mais curtas. A produção em cartão é pequena mas apresenta grandes oportunidades em novas aplicações, nichos de mercado e na tendência de lançamento de produtos cada vez mais individua lizados. Pois bem, dada essa visão geral, pudemos, no evento, ouvir de empresá rios gráficos um posicionamento sobre seus mercados. Em cartão, Sidney Victor, da Congraf, e Flavio Marques, da Embalagens Santa Inês, mostraram-se otimistas no desenvolvimento e crescimento do uso da embalagem de cartão para os próximos anos, dada sua versatilidade não só pela proteção aos produtos, mas sua utilização como comunicação mercadológica, cada vez mais importante no auxílio às vendas dos produtos. Ressaltaram ainda, de forma especial, a reciclabilidade e as vantagens ecológicas do cartão. Apontaram que a criatividade no desenho e a funciona lidade no uso impulsionarão ainda

44

Hamilton Terni Costa hterni@anconsulting.com.br é diretor geral da ANconsulting, www.anconsulting.com.br, diretor para a América Latina da NPES, ex-presidente da ABTG e é também um dos criadores e coordenadores do curso de pósgraduação em Gestão Inovadora da Empresa Gráfica na Faculdade Senai Theobaldo De Nigris, onde ministra as matérias de Gestão Estratégica e Marketing Industrial. REVISTA ABIGR AF

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mais esse mercado. Produtos alimentícios, farmacêuticos, cosméticos e higiene pessoal são os setores com maior potencial de crescimento no uso de embalagens de cartão. No painel de embalagens flexíveis, Nelson Teruel, da Papéis Amália, Ana Marcussi, da Flexocom, e Miguel Troccoli, da PTC e Abflexo, enfatizaram a versatilidade da flexografia e seu grande potencial para a integração com os outros processos como o offset e o digital. Ressaltaram que a questão ecológica é fundamental e que o mercado de embalagens flexíveis vem se desenvolvendo com base na inovação. O mercado alimentício, cosméticos e bebidas são os grandes impulsionadores. No painel de impressão digital para rótulos e embalagens, Hélio Tunchel, da Alphacolor, e Sergio Brusco, da Escala 7, puderam comprovar que a utilização da impressão digital hoje não deixa nada a desejar em termos de qualidade em relação a outros processos, além de trazer rapidez de execução, rápida resposta ao cliente e abrir novos mercados em nichos onde antes não podiam participar. Enfim, pudemos ter uma visão geral desse segmento complexo, amplo, desa fiador, mas cheio de oportunidades. Será, sem dúvida, o setor predominante na produção gráfica nos próximos anos. É, com certeza, um dos caminhos mais fortes da gráfica. Longe de ser o único, mas bem importante. Para ser bem sucedido, no entanto, inovação, conhecimento e, principalmente, total envolvimento com o cliente são os requisitos-chave. Trabalhar um produto integrado ao produto do cliente faz do fornecedor um coautor e corresponsável do sucesso do cliente. Sobreviver nele dependerá desse envolvimento. Preparado?

QUADRO 3: CRITÉRIOS DE DECISÃO DA PRODUÇÃO DE EMBALAGENS IMPRESSAS NOS MERCADOS EMERGENTES – 2013 Do mais para o menos importante CHINA

ÍNDIA

BRASIL

MÉXICO

Qualidade

Custo dos bens

Custo dos bens

Qualidade

Prazos de entrega

Prazos de entrega

Qualidade

Custo dos bens

Custo dos bens

Qualidade

Prazos de entrega

Prazos de entrega

Certificações

Qualificação MDO

Qualificação MDO

Qualificação MDO

Sustentabilidade

Sustentabilidade

Sustentabilidade

Certificações

Qualificação MDO

Certificações

Certificações

Sustentabilidade

Fonte: Estudo Primir 2014 “Embalagem nos Mercados Emergentes” – LPC, Inc.


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ECONOMIA Texto: Laura de Araújo Dados: Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf

Smartcards: otimismo do empresário, segurança do usuário Segmento de cartões magnéticos com chip tem o maior Índice de Confiança da indústria gráfica.

A

alta do consumo, o maior acesso ao crédito e a bonança vivida pelo setor financeiro nos últimos anos impulsionaram um segmento gráfico cujo otimismo tem contrariado a atual estagnação econômica. O setor de smartcards, cartões magnéticos com chip, é o mais confiante da indústria. Segundo a Sondagem da Indústria Gráfica Brasileira, encerrada no 1º– trimestre do ano, o Índice de Confiança dos empresários do segmento alcançou a média de 57,4 pontos, enquanto nos demais setores o indicador ficou entre 35 e 45,8 pontos. “Fatores estruturais contribuem para isso, já que há uma tendência crescente de uso de cartões eletrônicos para pagamentos, vale-presentes, benefícios trabalhistas e certificados eletrônicos”, aponta o Departamento Econômico (Decon) da Abigraf em relatório. Concentrado nas regiões do Nordeste e Sudeste e composto sobretudo por microempresas, o segmento viveu um boom nos últimos anos. Se em 2008 existiam 234 gráficas produzindo esse tipo de cartão, três anos depois eram 353. Em 2013, segundo levantamento feito pelo Decon, com base em números do Ministério do Trabalho e Emprego, existiam em todo o País 381 companhias produzindo smartcards. Carlos

Alberto Proença, diretor presidente da mineira Alterosa, é testemunha desse movimento. “Há cerca de dez anos a Alterosa atua nesta área, na qual entrou devido a um seguimento natural da evolução tecnológica. Nesta última década a utilização dos smartcards cresceu muito, nos possibilitando crescer também”, conta. Tal incremento não se deu apenas devido à conjuntura econômica do País. Para os gráficos que atuam no segmento, o cartão com chip se afirma como um nicho com amplas perspectivas de mercado. “Os smartcards são um elemento seguro e consolidado para uso geral em diversos segmentos de negócios. Há iniciativas para se rea lizar a emulação de cartão em aplicações mobile, mas para atividades e negócios críticos a segurança ainda é crucial”, diz Jorge Alberto Hernadez Olvera, diretor de Meios de Pagamento e Telecom da Valid, no mercado de smartcards desde 1998. O TAMANHO DOS SMARTCARDS

No Brasil, o segmento de smartcards é composto sobretudo por empresas de micro porte, que correspondem a 84% do total. Em 2013, o setor empregava 8.207 pessoas, das quais 79% estavam alocadas na região Sudeste. Em número de estabelecimentos, no entanto, o Nordeste fica

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS E ESTABELECIMENTOS GRÁFICOS 353

372

316 271 234

8.207

7.524

7.318

2011

2012

6.681

6.015

381

3.410

2008

2009

2010 ■

Funcionários

Fonte: MTE/Rais. Elaboração: Decon/Abigraf

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Estabelecimentos

2013


na frente: 168 empresas, 44% do total, encontram-se na região. O Sudeste vem a seguir, com 150 gráficas. As regiões Sul, Norte e Centro- Oeste vêm na sequência, com 31, 18 e 14 fabricantes, respectivamente. Embora impressione pela sua evolução recente, o segmento de smartcards ainda corresponde a uma pequena fatia do faturamento da indústria gráfica nacional. De acordo com estimativas do Decon, em 2014 a produção de cartões impressos foi de R$ 1,4 bilhão, ou 3,1% do total do mercado gráfico. A participação do segmento no mercado externo, por outro lado, é significativa. A área foi responsável por 33% das exportações e 21% das importações da indústria gráfica brasileira no ano de 2014. Sujeitas às oscilações cambiais, no entanto, essa dinâmica apresenta va riações ligeiras nas comparações ano a ano. No primeiro semestre de 2015, as vendas ao ex terior foram de US$ 35,2 milhões, redução de 10,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações totalizaram US$ 44,2 milhões no período, o que representa queda de 14,3% em relação a 2014. MERCADO VÊ MAIS EXPANSÃO

Para Olvera, ainda existe muito espaço para o crescimento do segmento, apoiado na substituição cada vez maior dos cartões simples pelos dotados de chip. “A conjuntura do País afeta o volume de negócios de operadoras de telefonia e instituições financeiras, mas a prevenção à fraude é um grande motivador para a adoção do cartão por instituições que vinham apenas emitindo cartões com tarja magnética e planejam sua migração para o chip. Vemos segmentos em que a necessidade de migração e até incremento de sua adoção fazem parte da necessidade das empresas”, afirma. A expectativa de que o mercado ainda tem muito espaço a explorar é compartilhada por Proença, da Alterosa. Para ele, a expectativa vem do setor público e da migração de documentos como identidade, CPF, Título de Eleitor para o formato com chip. “Foi votado no Congresso Nacional o Projeto de Lei 1775/15, sobre a criação do Registro Civil Nacional, que deverá ser um smartcard com dados como data de nascimento e CPF ”, descreve.

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS E ESTABELECIMENTOS GRÁFICOS 168

6.446 150

31

988

18

582

14 100

91 Norte

Nordeste ■

Sudeste

Funcionários

Sul

Centro-Oeste

Estabelecimentos

Fonte: MTE/Rais. Elaboração: Decon/Abigraf

BALANÇA COMERCIAL DO SEGMENTO DE CARTÕES PLÁSTICOS IMPRESSOS ANO

EXPORTAÇÃO US$ MILHÕES (FOB)

VARIAÇÃO %

IMPORTAÇÃO US$ MILHÕES (FOB)

VARIAÇÃO %

2006

41,7

31,1

SALDO COMERCIAL

10,6

2007

45,7

10%

71,1

129%

– 25,5

2008

41,3

– 10%

73,8

4%

– 32,5

2009

63,0

53%

42,2

– 43%

20,9

2010

78,1

24%

85,0

101%

– 6,9

2011

84,9

9%

132,3

56%

– 47,4

2012

105,4

24%

113,6

– 14%

– 8,2

2013

95,9

– 9%

107,7

– 5%

– 11,8

2014

95,4

– 0,5%

102,0

– 5%

– 6,7

Fonte: MDIC/Secex. Elaboração: Decon/Abigraf

DESTINO E ORIGEM DOS CARTÕES PLÁSTICOS IMPRESSOS EM 2014 Importações

Itália 6%

Exportações

Outros 15%

México 16% EUA 34%

China 7%

Outros 39%

Chile 14%

França 11% Suíça 27%

Peru 10%

Argentina 11% Bolívia 10%

Fonte: MDIC/SECEX. Elaboração: Decon/Abigraf

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MUDANÇA

Campinas é o novo endereço da Durst Brasil Estrutura abriga o primeiro Repair Center a operar fora de sua sede mundial, na Áustria

município de Campinas (SP) é a nova sede da Durst Brasil. De acordo com o diretor geral Ricardo Pi, a mudança representa o atual momento da fabricante austríaca de equipamentos de impressão no País. “De 2013 para 2014, obtivemos um crescimento de dois dígitos. Mesmo em 2015, momento em que o mercado está retraindo investimentos, conseguimos prosseguir crescendo em negócios e na aplicação de recursos em infraestrutura”. Na opinião do executivo, esses reflexos positivos são uma consequência direta da diversidade de nichos atendidos. “A Durst possui tecnologia de impressão para comunicação visual e também para setores de mídias não convencionais, como cerâmico, no qual temos 95% de participação de mercado no segmento via úmida, e tecidos, em que há um potencial de crescimento gigantesco para a impressão digital. Ou seja, mesmo que um segmento esteja em baixa, temos um port fólio grande o su ficiente para prospectarmos novas oportunidades”. O novo escritório, localizado no Swiss Park Office, não é o único endereço da companhia no País. A Durst Brasil manteve sua estrutura em São Paulo, onde estão

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alocados os técnicos dedicados a atender os clientes da capital — equipe esta que acaba de ser ampliada. Houve também investimentos em novos profissionais do campo administrativo. Essa estrutura, material e humana, de acordo com o diretor geral, garante segurança e solidez para a expansão dos negócios. E, sobre isso, a companhia tem planos que deverá colocar em prática em breve. “O novo escritório está localizado em um centro empresarial moderno e seguro, que nos permite ter melhor infraestrutura tanto para receber os executivos que vêm do ex terior, como também otimizar nossa logística, com espaço para estoque de peças e suporte”, diz Ricardo. PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO

A nova sede de Campinas agrega duas novidades: um espaço ampliado para estoque de peças e um centro de reparos técnicos inicialmente voltados para dar suporte aos cabeçotes das impressoras da série Gamma. Esse centro de reparos é o único do gênero fora da sede mundial da companhia. “Com isso, nosso atendimento pré e pós-venda ganha muito em agilidade e qualidade”, diz Pi. Ele também ressalta que o Repair Center terá um importante apoio na operação, em particular, devido ao potencial de crescimento do Brasil, principalmente no setor cerâmico. “Este segmento é dividido basicamente em dois processos produtivos: via úmida e via seca, o qual ainda está migrando para a tecnologia digital, mas no qual estamos

Ricardo Pi, diretor geral

nos expandindo rapidamente e conquistando novos clientes. As expectativas de crescimento para o segmento são enormes, assim como nossa base instalada, por isso, optamos primeiramente por focar o suporte do Repair Center na linha Gamma. Recuperar módulos de impressão é altamente complexo e exigiu um investimento superior a 600 mil euros. Esse laboratório irá possibilitar aos clientes locais reduzir seus custos através da compra de módulos recondicionados”, afirma. Ricardo Pi também está otimista em relação ao negócios nos próximos meses. “Nossa projeção é de crescimento. O ramo gráfico está passando por dificuldades, mas o amplo portfólio da Durst nos permite ser competitivos em outras áreas de impressão não-papel. Por exemplo, cerâmica e tecido. Já fechamos nossa participação na Fespa Brasil 2016, que é um evento de referência, anunciamos parceria com a Vinil Sul para aumentar a capilaridade de nossos equipamentos de impressão industrial UV entry level, e muitas outras novidades estão pautadas para virem até o final de 2016”. ✆ DURST BRASIL Tel. (19) 3113.7450 www.durst.com.br


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1965–1975

Os primeiros10 anos da Abigraf Em 2015, a Abigraf está comemorando 50 anos de existência. Acompanhe, a partir desta edição, década a década, os momentos mais relevantes da trajetória da entidade. Texto: Laura de Araújo e Ada Caperuto

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julho /agosto 2015

O

presidente do Brasil era em Águas de Lindoia (SP), foi criada a AsHumberto de Alencar Castello sociação Brasileira da Indústria Gráfica, a Branco, e sur giam os parti- Abigraf Nacional, entidade que passaria a dos MDB (Movimento Demo- promover e coordenar as reuniões e encontros setoriais, de modo a siscrático Brasileiro) e Arena tematizar os pleitos de inte(Aliança Renovadora Nacioresse da indústria gráfica. nal). Nos Estados Unidos, as A partir desta edição, a Retropas do exército par tiam vista Abigraf percorre esta para o combate no Viet nã história de 50 anos, décado Sul, e a agência espacial da a década, revelando os Nasa recebia as primeiras momentos mais importanimagens de Marte, captates para a Associação e a indas pela sonda Mariner IV. dústria gráfica brasileira. Na Inglaterra, a Rainha EliO primeiro logotipo da Abigraf, A criação da Abigraf tem zabeth II concedia aos Bea- criado pelo artista Fred Jordan, tles o título de Membros do mostra o papel correndo entre os raí zes ainda na década de rolos de impressão, ao mesmo 1950, período marcado peImpério Britânico. O ano de tempo que forma a letra “A” los avanços na industria li1965 é repleto de acontecimentos marcantes, em diferentes escalas, zação, graças à política desenvolvimentista ter ritórios e setores. Para a indústria grá- do presidente da República, Juscelino Kufica brasileira, foi o momento histórico em bitschek (1956–1961). Nos cinco primeique os empresários do setor se organizaram ros anos de seu governo, o PIB industrial de maneira definitiva. No dia 18 de junho, foi um dos mais expressivos da história do


O Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo promoveu no dia 28 de abril de 1965, no Buffet Torres, jantar de confraternização para o lançamento do I Congresso. Na foto, um grupo de participantes. (E/D): Aldo Mazza, Rubens Amat Ferreira, Theobaldo De Nigris, José Ferreira, Kurt Eppenstein, Raymundo Galo, Alberto Furmankicwicz, Severino Bignardi, Pedro Alberto Grisólia, Damiro de Oliveira Volpe, Nelson Gouveia Conde e Alberto Garcia

País: 10,7% ao ano, em média. Para o setor gráfico, porém, a situação era de defasagem tecnológica, após 30 anos de proibição de importações, medida instituída em 1929, durante o governo Getúlio Vargas. A situação foi revertida com a liberação, de modo gradual, pelo governo federal, da compra de equipamentos de fornecedores do exterior. Em razão disso, verificou-se um crescimento sem precedentes na história do setor, que, de 1950 a 1960, avançou 143%. Apesar da renovação tecnológica, na primeira metade da década de 1960, muitos empresários sentiam a necessidade de encontrar

PRESIDENTES

um canal próprio para suas reivindicações. Faltava uma entidade de âmbito nacional, sem qualquer vinculação ao poder público, para representar o setor, estabelecendo um elo entre as gráficas de todo o País e representando estas empresas também na América Latina. A ORIGEM

Influenciado por sua visita à Printing Industries of America (PIA), dos Estados Unidos, o empresário Pery Bomeisel, então um dos diretores do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (Sigesp,

Theobaldo De Nigris Gestão 1965/1971

Rubens Amat Ferreira Gestão 1971/1980

Nelson Gouveia Conde, com o Livro de Ouro, no jantar de confraternização, tendo ao lado (E/D): Rubens Amat Ferreira, Damiro de Oliveira Volpe, Alberto Garcia e Pedro Alberto Grisólia

Congressos Brasileiros da Indústria Gráfica Período: 1965/1975 • Primeiro Congresso: Águas de Lindoia/SP 17 a 20 de junho de 1965 • Segundo Congresso: Rio de Janeiro/RJ 18 a 21 de maio de 1966 • Terceiro Congresso: Belo Horizonte/MG 16 a 19 de julho de 1969 julho /agosto 2015

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Membros da comissão organizadora do I Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica. Em pé (E/D): Antônio Bolognesi Pereira, Jorge Eduardo Saraiva, Kurt Eppenstein, Pery Bomeisel, Pedro Alberto Grisólia, Theobaldo De Nigris, Nelson Gouveia Conde, Damiro de Oliveira Volpe e Antônio Carlos Catalano. Sentados: José Gonçalves, Rubens Amat Ferreira, Alberto Garcia, José Rafael Firmino Tiacci, Clemente Catalano, Evaldo Asbahr, João Andreotti e José Pecora

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hoje Sindigraf-SP), sugeriu a Theobaldo De Nigris, secretário da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a organização do 1º– Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, durante o qual foi criada a Abigraf, que teve como primeiro presidente o próprio De Nigris. Dois meses depois, a entidade cadastrou seus primeiros associados: a Estereotipia Sul Americana Ltda., a Cia. Gráfica Brasileira – Cigebras e a Gráfica Semog Ltda. Não demorou para que a Abigraf se tornasse uma entidade de alcance nacional, que passou a abrigar os anseios e as reivindicações de toda uma classe empresarial. Foi dado oficialmente o sinal de que era necessário organizar-se e, conjuntamente, estudar problemas, esclarecer objetivos, definir interesses e, com mais força, pleitear posicionamentos e decisões perante os poderes públicos. Assim como sugerira Bomeisel, o trabalho inicial da entidade foi a rea lização de um censo denominado “Diag nóstico da Indústria Editorial e Gráfica”. Além disso, ações foram empreendidas no sentido de ampliar o intercâmbio das companhias do setor. Com isso, os contatos tornaram-se mais frequentes, propiciados por reuniões, seminários, congressos e demais eventos. A entidade passou a disseminar pesquisas e estudos, além de iniciar um trabalho de orientação e assessoria em questões jurídicas, fiscais, REVISTA ABIGR AF

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Durante o jantar de confraternização, o presidente da comissão organizadora do I Congresso, Pery Bomeisel, detalhou os planos para a realização do evento

trabalhistas, econômicas e tecnológicas. Também fez parte de seus compromissos iniciais se tornar um canal de ligação com as demais entidades nacionais e de outros países. Por isso mesmo, De Nigris também foi um incentivador, durante sua gestão, da criação da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf), fundada em 1967, na Argentina. Apenas dois anos após a criação da Abigraf, foi inaugurada sua primeira representante em outro Estado da federação,

a União dos Gráficos Gutenberg, que mudou de nome para Abigraf Regional Rio Grande do Sul e teve como primeiro presidente Henry Victor Saat kamp. O Estado de Santa Catarina foi o segundo a instalar uma regional, também naquele ano, tendo sua primeira diretoria encabeçada pelo empresário Bruno Germer. Fundada em 1968, a Abigraf Regional São Paulo elegeu como primeiro presidente Damiro de Oliveira Volpe. Um ano depois, foi instalada a Abigraf Regional Pernambuco, sob a direção de José Maria Rodrigues. Em Minas Gerais já existia a Associação Mineira da Indústria Gráfica (Amigraf), mas, em 1969, a entidade se transformou na Abigraf Regional Minas Gerais, da qual Carlos Alberto Rangel Proença foi o primeiro presidente. No mesmo ano surgiu a Abigraf Regional Paraná, sob a liderança de Oscar Schrappe Sobrinho. Em 1970, foi criada a Abigraf Regional Ceará, presidida por Caubi Bezerra de Menezes. Essa expansão marcou os primeiros dez anos de atividades da Abigraf, dando à entidade o amparo estrutural para sua consolidação nacional. A entidade iria então se preparar para enfrentar um dos maiores desafios de então: eliminar a concorrência desleal das gráficas estatais. Esta luta, que teve seu auge no início da década de 1980, será relatada na próxima edição.


EMBALAGEM

NPES realiza seminário sobre embalagens no Senai Barueri Com organização da ANConsulting e APS Feiras, o Senai Barueri sediou seminário da NPES sobre o futuro da embalagem no Brasil, com destaque para os dados da pesquisa do Primir.

C

om a presença de mais de 150 empresários e executivos, foi realizado no dia 6 de agosto, no Senai Barueri, o Seminário NPES – Embalagem Impressa: o Futuro no Brasil, promovido pela NPES (The Association for Suppliers of Printing, Publishing and Converting Technologies), com sede em Virginia (EUA). Na abertura, Hamilton Terni Costa, diretor da ANconsulting, representante da NPES no Brasil, apresentou um vídeo gravado por Ralph Nappi, presidente da NPES, destacando a importância do Brasil para o mercado norte-americano e a pesquisa do Primir, organismo que promove estudos de mercado, pertencente à entidade. PESQUISA NPES/PRIMIR

Hamilton Terni destacou os principais dados da pesquisa “NPES/Primir: Embalagens em Mercados Emergentes”, que mostra a tendência do mercado mundial de embalagens, entre 2007 e 2017, de aumentar a sua participação no total da indústria gráfica mundial de 36% para 43%, enquanto, no mesmo período, a América do Sul deve passar de 3,5% para 4,3%. No Brasil, onde o consumo de embalagem per capita em 2013 foi de US$ 30,77, a previsão de crescimento desse mercado é de 5,73%, número impulsionado principalmente pelo aumento da classe média. Rótulos e etiquetas estão em expansão, em especial nas áreas de alimentos, bebidas, higiene e far macêutica, com 10% da produção sendo exportada para a Venezuela, Argentina, Chile, Equador e Uruguai.

Hamilton Terni Costa, da ANConsulting, na abertura do evento

MERCADO DE EMBALAGENS DE CARTÃO

O primeiro painel contou com Sidney Anversa Victor, diretor da Congraf e presidente da Abigraf Regional São Paulo, e Flávio Marques Ferreira, diretor da Embalagens Santa Inês. Sidney, também diretor do Grupo de Embalagens da Abigraf, falou sobre os desafios e oportunidades do setor, destacando a sustentabilidade e o lado social da embalagem. Flávio Ferreira, por sua vez, mostrou os números do mercado de embalagens no Brasil, com valor bruto em 2014 estimado em R$ 55 bilhões, registrando a soma de R$ 523 milhões nas exportações. MERCADO DE EMBALAGENS FLEXÍVEIS Miguel Troccoli, da PTC e presidente da

AbFlexo; Ana Carina Marcussi, da Flexocom e vice-presidente da AbFlexo; e Nelson Teruel, da Papéis Amália, Teruel Embalagens e ex-presidente da AbFlexo, participaram do segundo painel, apresentando os cená rios da flexografia no Brasil. Teruel destacou que é preciso um trabalho conjunto entre fornecedores, convertedores e consumidores finais para superar as dificuldades encontradas na crise. Troccoli reforçou o poder da inovação para o crescimento e a visão de novas oportunidades para o segmento flexográfico, através da melhora de processos para a redução dos custos. Ana Marcussi mostrou a

necessidade dos fatores sociais, ambientais e econômicos andarem juntos e concorda que o digital também pode ser usado como um complemento para a flexografia. IMPRESSÃO DIGITAL NO MERCADO DE RÓTULOS E EMBALAGENS

O último painel teve a presença de Hamilton Terni; Sergio Brusco, da Escala 7; Hélio Tunchel, da Alphacolor; e Paulo Faria e André Costa, da HP. Brusco falou sobre a sua ex periência na integração da impressão digital com o offset e o ganho de tempo e lucratividade que o digital trouxe para o seu fluxo de trabalho. Tunchel realçou a facilidade que o digital proporcionou a ações como a produção e montagem de um mocape. Ambos concordam que o digital vem para se integrar a outros processos. Os representantes da HP, Paulo Faria, gerente de Embalagem Cartão, e André Costa, gerente de Rótulos e Embalagens Flexíveis, apresentaram cases de embalagens e rótulos ao redor do mundo. Reforçaram a ideia de que vivemos uma mudança tecnológica e de conceitos, passando da produção em massa para a customização em massa. Com rea li zação e organização da APS Feiras e ANconsulting, o seminário teve o patrocínio da HP e Agfa e apoio da AbFlexo, Abigraf- SP, Afeigraf, ExpoPrint Latin America, ExpoPrint Digital e Senai. julho /agosto 2015

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HISTÓRIA VIVA

José Ferrari José Ferrari é um dos nomes por trás das bases do que se pratica hoje com relação a custos e formação de preço na indústria gráfica. Percorrendo o País, ele formou toda uma geração, sendo um dos responsáveis pela criação do primeiro software de cálculo para o setor.

Foto: Álvaro Motta

Tânia Galluzzi

O homem dos custos

N

um dos períodos mais proveitosos de sua carreira, José Ferrari cunhou a seguinte frase: “Não inventamos os custos nem os cálculos, mas a história da sua evolução na indústria gráfica brasileira tem a nossa marca”. E ele não estava jogando palavras ao vento. Autodidata, José Ferrari tornou-se referência na área de custos, aplicando novos conceitos e criando ferramentas que facilitaram e muito a rotina nas gráficas e a negociação com os clientes. Ferrari estava predestinado a trabalhar no setor. A mãe, Assumpta, era encarregada de acabamento quando casou-se, e seu pai, Armando, impressor. Aos 11 anos, Ferrari começou fazendo de tudo um pouco na pequena tipografia que o pai montara em 1954. Em 1970, quando ainda trabalhava na gráfica da família, Ferrari buscou na Abigraf uma maneira de contribuir para a modernização da tipografia, participando de um curso de formação de custos. “Apaixonei-me pelo tema e comecei a fazer mapas de custos não só para nós como para outras tipografias amigas,

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percebendo o desconhecimento que as gráficas tinham sobre o assunto”. A partir de 1971, a receptividade dos colegas estimulou Ferrari a criar um curso de custos e formação de preço de venda e a deixar a tipografia. Um fornecedor lhe entregou uma lista de gráficas. “Um amigo meu, vendedor de papel, me ofereceu uma lista com todos os seus clientes. Aluguei uma sala de aula, criei uma apostila, desenhei uma ficha para inscrições e fui à luta. Minhas pernas tremiam quando consegui a primeira inscrição para uma turma com 11 participantes, em outubro de 1972”. O curso decolou e não demorou muito para que alguém o chamasse para atuar internamente. Nascia, então, o Ferrari consultor, atividade que mantém até hoje. Em novembro de 1973 ele já estava frente a uma turma de 30 pessoas, na sede da Abigraf em São Paulo, para mostrar como fazer orçamentos e calcular custos de forma eficiente, focada nos resultados. Nos anos seguintes o ritmo foi se intensificando. Das turmas na Abigraf, na capital e no Interior, somouse a Escola Senai Theobaldo De Nigris e depois


o posto de assessor técnico do Departamento de Assistência à Média e Pequena Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), cargo que manteve até a dissolução do departamento, em 1994. Além da aplicabilidade do conteúdo que ele transmitia, ajudou muito o fato de Ferrari abordar o assunto de forma simples e direta, com a linguagem do gráfico. UMA NOVA ETAPA Pela CNI, Ferrari levou seu conhecimento para

quase todo o Brasil. Foi numa dessas viagens, em 1982, que viu pela primeira vez um computador fazendo cálculos com a linguagem Basic, em uma faculdade em Santa Catarina. Interessado na possibilidade de desenvolver um software para cálculos, Ferrari mergulhou no assunto, comprou um computador, depois outro, começando a fazer os mapas de custo no VisiCalc, a primeira planilha eletrônica do mundo, iniciando uma nova etapa profissional. Percebendo que o desenvolvimento de um programa era algo bem mais complexo do que imaginava, Ferrari buscou ajuda, encontrando o jovem Rogério Yokouchi Santos, egresso de um curso técnico em processamento de dados. Desse encontro nasceu o embrião do primeiro programa de cálculo para indústria gráfica da América Latina, no início de 1983, desenvolvido pela J. Ferrari Custos e Consultoria em Informática. A primeira versão saiu um ano depois, da qual foram vendidos oito sistemas. Com a ajuda dos próprios clientes, o programa foi sendo aperfeiçoado e já fazia rapidamente o cálculo de várias opções de orçamentos, que, se aprovados, geravam as ordens de serviço e de acompanhamento da produção. “Aí surgiu a questão. Como seríamos remunerados no momento em que os clientes acabassem de pagar pela compra do programa e continuassem a demandar nosso suporte? Foi quando vi um anúncio da IBM para locação de soft wares. Percebi que deveríamos cobrar pela assistência que prestávamos na implantação do programa, pelo treinamento das equipes, e não pelo soft ware em si”. Surfando a onda da evolução tecnológica, Ferrari e Rogério foram agregando novos dispositivos como o fac- símile, e assistindo de camarote a chegada da editoração eletrônica. “Em 1987 fomos fazer um curso em Rochester, nos Estados Unidos, sobre aplicações práticas do microcomputador na administração da indústria gráfica. Na feira anexa pudemos comparar o nosso programa com o que

estava sendo desenvolvido lá e percebemos que estávamos exatamente no mesmo nível”. Dos 40 clientes com os quais a empresa fechou o ano de 1986, a Calcgraf (nome adotado em 1985) pulou para 118 em 1992, quando Ferrari deixou a sociedade. Antes de sair, em 1990, ele teve de afastar-se em virtude de problemas decorrentes do excesso de trabalho. “Foram anos extenuantes. Além da Calcgraf eu continuava dando cursos, prestando consultoria e viajando pelo País. Acabei tendo uma estafa”. Desde sua volta à carreira solo, Ferrari vem dando aulas diretamente nas empresas com foco na consultoria. De suas duas filhas, Renata Borges Ferrari atua em gestão estratégica de TI, projetos e treinamentos para empresas do setor gráfico, e Aline Greice Ferrari é profissional da área de controladoria. “Quando vou parar? Não sei! Mas sou um gráfico por excelência e quero continuar atendendo pessoas e empresas corajosas que gostam de pensar, fazem o que gostam e fazem o que tem que ser feito”.

Fotos de dois cursos realizados por José Ferrari na Abigraf no ano de 1975

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PAPEL-CARTÃO

Ibema comemora 60 anos com novos produtos

A

Empresa desenvolve o primeiro cartão 100% nacional para a produção de copos de papel.

Ibema Cia. Brasileira de Papel, com sede em Curitiba (PR ), completou 60 anos em junho. Aproveitando a data, a empresa está lançando a primeira solução nacional desenvolvida para a produção de copos, o Ibema Valoro Coppa. Revestido com uma fina película de polieti leno em um ou em ambos os lados, o papel-cartão é aplicável em embalagens que requeiram barreira a líquidos, gordurosos ou congelados, como copos de bebidas quentes e frias, potes de sorvete, baldes de pipoca etc. O Coppa integra a linha Ibema Valoro, que passa a contar com outros dois modelos de papel-cartão: Plurale e Freddo, que se destacam pela alta printabilidade e rigidez. Base para os demais produtos da linha Ibema Valoro, o Plurale foi desenvolvido para contato direto com alimentos secos, gordurosos ou frigorificados. Com possibilidade de impressão frente e verso, o produto pode ser utilizado em embalagens de fast food, bandejas e caixas de alimentos. Já o Freddo é indicado para a confecção de bandejas de alimentos congelados que necessitam ir do congelador ao forno microondas ainda embalados. A fabricante está apresentando também o Ibema Vigore. Versátil, o papel-cartão combina rigidez, alta printabilidade, resistência a rasgo e a baixas temperaturas. Além de ser adequado para contato direto com

ANOS

alimentos, o produto se destaca por ser o único da categoria fibra longa que permite impressão no verso. Os alvos são embalagens de produtos pesados como packs de bebidas ou, ainda, para as que serão muito manuseadas, como cereais matinais e farinhas especiais. O Vigore possui colagem interna para o controle de absorção lateral e alta resistência à umidade. MERCADO EXTERNO

A linha Valoro já está sendo vendida na Argentina, principal parceiro da Ibema fora do Brasil, e a fabricante pretende expandir sua penetração no continente. Hoje, pouco mais de 30% de sua produção é exportada, dos quais 24% para o mercado latino-americano. Uma das metas até o final do ano é dobrar seus negócios com a Bolívia. Para tanto, a empresa reforçou os canais de distribuição nas principais cidades do país andino e espera continuar crescendo. Tais esforços refletem as dificuldades vividas no mercado brasileiro. De acordo com Nei Senter Martins, presidente da Ibema, todo o volume produzido até o mês de julho foi comercia lizado, mas os próximos meses são uma incógnita. “Colocamos um reajuste de preços de 11,9% em junho, algo complicado de ser feito numa situação como a atual, mas era preciso”. E as exportações vêm para ajudar a escoar a produção. “Fizemos um belo trabalho por vários anos no mercado externo e esperamos colher esses frutos”. Só no mês de junho a Ibema encaminhou 800 toneladas de produtos para o Paraguai e a Bolívia.

Nei Senter Martins. presidente da Ibema

Ibema compra unidade em Embu Em março, a Suzano anunciou a venda da fábrica de papelcartão em Embu (SP ) para a Ibema por R$ 50 milhões. A negociação ainda está sendo analisada pelo Cade e a previsão é de que seja aprovada até o final deste ano. Segundo Nei Senter Martins, a empresa entrou com a máquina de papel e a Suzano com a unidade de Embu, além de um aporte de capital de R$ 8 milhões. Com a operação, a Suzano terá 49,9% do capital social da Ibema, que permanecerá com 50,1%. A Ibema passará então a ter duas fábricas, uma em Turvo, no Paraná, e outra em Embu, e capacidade produtiva de 140 mil toneladas de papel-cartão por ano, mantendose como terceira maior fabricante do produto no País.

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¶ O evento ATypI reforça o amadurecimento da disciplina da tipografia no Brasil e mostra a nossa rápida e consistente resposta com produções de Crystian Cruz, Daniel Sabino, Diego Maldonado, Eduardo Berliner, Eduilson Coan, Fátima Finizola, Fernando Caro, Gustavo Ferreira, Gustavo Lassala, Leonardo Buggy, Marconi Lima, Marina Chaccur, Rafael Neder, Ricardo Esteves, Rodolfo Capeto, Tony de Marco, Yomar Augusto..., projetos que demonstram uma qualidade minuciosa nas terminações das serifas, ligaturas, bojos e um estilo brasileiro de desenhar os caracteres,

Henrique Beier www.harbortype.com ¶ Acredito que o Brasil só tem a ganhar com a ATypI 2015. Por um lado, é uma oportunidade única para conversar e aprender com profissionais renomados. Por outro lado, teremos a chance de apresentar nossa cultura visual, produção acadêmica e profissional para pessoas do mundo inteiro, seja no palco ou nos corredores. ¶ O fato da ATypI 2015 ser realizada no Brasil é um indicativo do grande crescimento da tipografia no País nos últimos anos, tanto na educação quanto na prática profissional. Projetos como Tipocracia, Tupigrafia e Tipos Latinos vêm contribuindo massivamente para disseminar o ensino da tipografia em todo o País. Agora como sede da ATypI 2015, o Brasil assume um papel cada vez mais relevante no mercado tipográfico mundial. ե

Daniel Sabino www.blackletra.com ¶ De forma sintética eu diria que um evento como esse pode ajudar muito no amadurecimento da comunidade tipográfica brasileira de uma forma geral (incluindo designers gráficos, tipógrafos e type designers).

Família tipográfica Daniel Sabino

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Família tipográfica Henrique Beier REVISTA ABIGR AF

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ClaudioFerlauto

símbolos e diacríticos, desde a expressão do grafite ao mais rigoroso e consistente tipo para o dicionário Houaiss. ¶ As escolas e universidades têm a oportunidade de apresentar palestras de especialistas europeus, norte-americanos e brasileiros. Esse evento internacional resulta da persistência e determinação de uma pessoa que trabalha incansavelmente estudando a ciência, a arte e a história da tipografia: Henrique Nardi.

y TI Tadeu Costa

costamoreno@uol.com.br

AtypI 2015

Jorge de Buen

http://palabrasmayores.org/ Juriquilla, México.

¶ No puedo contestar a esto brevemente. La importancia de un congreso como el de la ATypI solo puede dimensionarse si se contemplan muchas cosas: En primer lugar, el simple hecho de reunir a un número importante de profesionales de una materia es ya relevante. Los congresos, entre los organizadores y ponentes, sirven para dar cohesión a los gremios, contribuir a la universalidad del conocimiento, intercambiar puntos de vista entre regiones, abrir los ojos a nuevas perspectivas, reunir a los amigos, hacer nuevas amistades, crear o estrechar relaciones comerciales… Los asistentes – estudiantes, por lo general – se informan de las novedades, adquieren conocimientos básicos y avanzados, entran en contacto con gente a la que siguen y frecuentemente llegan a crear vínculos amistosos con ellos. Casi todos – si no es que todos – los profesionales

de la tipografía que conozco se han nutrido de los congresos y, gracias a ellos, cada uno ha cimentado una buena parte de su trayectoria profesional. Para los organizadores, por otra parte, los congresos de la ATypI son foros muy visibles en todo el mundo. Dan relevancia a las instituciones organizadoras, simplemente porque las asocian virtuosamente con el oficio tipográfico. Gracias a estos encuentros, muchos de los asistentes hemos entrado en contacto con universidades, escuelas de diseño y profesores que, de otra suerte, jamás hubiéramos conocido. ¶ Lo que echo de menos es una mayor participación de los gobiernos. Los ministerios de educación y transporte, por ejemplo, deberían ser los grandes interesados en recoger frutos de un congreso como el de la ATypI. Si la tipografía es importante en la educación, la transmisión del conocimiento, la identidad pública de las instituciones, la comunicación en general, la señalización de calles y carreteras, entre muchísimas cosas (incluyendo los derechos


ե Jorge de Buen com José Scaglione, Introducción al estudio de la tipografia, Editorial Universitaria, Guadalajara, México

Iñigo Jerez, Cuatro matices de un estándar tipográfico. Una tipografia para EINA.. EINA Centre Universitari de Disseny i Art de Barcelona, Catalunha, Espanha

e PO São Paulo

a la propiedad intelectual tipográfica), el Gobierno debería ser el principal patrocinador y beneficiario. ¶ En mi caso, debo muchísimo a los congresos. Por ejemplo, en el de Vancouver 2003 aprendí mucho sobre legibilidad, tanto por la correspondencia que algunos cruzamos previamente como por lo que escuché en las conferencias. Lo mejor, sin embargo, fue lo que vino después. Se abrieron para mí nuevas perspectivas y líneas de estudio que se han reflejado en mis libros; en especial, en el último de ellos, Diseño, comunicación y neurociencias, cuyo punto de partida fue la conexión entre las letras y los procesos neuronales que vi por primera vez en Vancouver. ¶ Todo el que se tome en serio su profesión debe asistir a buenos congresos en la medida de sus posibilidades. He sido espectador en más de cien cursos, talleres y conferencias de los que he aprendido muchísimo. Por ello, me siento muy privilegiado. Siempre apoyaré los congresos con el mayor entusiasmo.

Iñigo jerez

www.extraestudio.com Barcelona, Catalunha

¶ No soy ningún experto sobre este tema, pero como ya sabrá en término generales la tipografía es una gran desconocida, tanto en el ámbito cultural como en ámbitos más generales. Solo en el terreno del diseño gráfico la tipografía — como herramienta indispensable — es valorada. ¶ Un evento como ATYPI puede ser un excelente vehículo para divulgar la cultura tipográfica, siempre y cuando se sepa dar a conocer a través de canales no exclusivamente especializados. ¶ ATYPI será un buen motor para divulgar la cultura tipográfica emergente de Brasil dentro de la comunidad internacional, sin duda. Aunque esto depende de la promoción del evento y de la relevancia de los tipógrafos nacionales en el programa del 2015. ե

Família tipográfica Rodrigo Saiani

Família tipográfica Diego Maldonado

Diego Maldonado www.diegomaldonado.com.br ¶ O Congresso da ATypI em São Paulo neste ano vem para coroar uma série de acontecimentos do cenário tipográfico nacional, que vem crescendo ano a ano desde o primeiro DNA Tipográfico, evento organizado por Cláudio Rocha e Tony de Marco, em 2003. Os eventos nacionais como o DiaTipo se tornaram importantes e reconhecidos internacionalmente. Pela primeira vez na história, o congresso da ATypI desce ao hemisfério sul do planeta, colocando São Paulo oficialmente no mapa da tipografia mundial. ¶ O congresso pode ser considerado a Copa do Mundo da tipografia, ter o reconhecimento da associação mostra que as terras tupiniquins estão no caminho certo. ե

Rodrigo Saiani www.plau.co ¶ Um evento desse tamanho é o ponto alto de um movimento tipográfico que vem tomando muita força no País nos últimos anos. ¶ Com cada vez mais interesse em assuntos relacionados: lettering, letterpress, desenho de tipos e afins, e com cada vez mais eventos especializados, é um grande passo para o enriquecimento e inspiração de uma geração de consumidores e produtores tipográficos por aqui. Ainda estamos atrás de países tais como Argentina e Chile, mas com uma cultura cada vez mais sólida. ¶ O mais importante, além desses grandes eventos, é criar uma cultura licenciadora de fontes, para que tenhamos um mercado consumidor à altura da capacidade produtora que possuímos atualmente. julho /agosto 2015

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QUADRINHOS

Os vikings

também fazem rir

A

Uma das mais hilariantes criações dos quadrinhos mostra os “terríveis” vikings em ação, com saques e ataques . . . de riso.

Pixel apresenta uma edição caprichada com as tiras das décadas de 70 e 80 do viking grosseirão e barrigudo, publicadas pela primeira vez nos jornais em fevereiro de 1973 e incluídas entre as melhores criações do humor em quadrinhos: Hagar, o Horrível, de Dik Browne. Usando o formato clássico de situar problemas atuais em épocas e ambientes incomuns, a escolha do universo dos vikings não poderia ter sido mais feliz. A saga dos predadores da civilização com seus saques, assaltos e desrespeito às nações mais desenvolvidas, vem carregada de humor como crítica aos costumes do mundo de hoje. Em uma das tiras, Helga incumbe

Hagar, seu esposo, de trazer um perfume de Paris após saqueá-la! O casal, o filho e a filha vivem tiras cômicas que inevitavelmente levam o leitor a transportar as situações de um distante período histórico para o momento presente. Não há como evitar. O riso brota espontâneo. O talento de Dik Browne já era reconhecido em 1954, quando ilustrava Recruta Zero para Mort Walker. Em outubro daquele ano, os dois O LIVRO DE OURO DO HAGAR, O HORRÍVEL Formato: 23,8 × 16,6 cm Pixel Media 128 páginas, 4 cores

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Álvaro de Moya é autor do livro Vapt-Vupt. REVISTA ABIGR AF

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lançaram com grande sucesso as tiras de Hi and Lois, uma típica e divertida família americana. Foi somente em 1973, em vôo solo, que Dik criou Hagar, o seu grande personagem. A escolha do nome do viking foi inspirada em uma brincadeira entre Dik e seus filhos, que apelidaram o pai de “Hagar, o Terrível”. Dik gostou tanto que resolveu dar esse nome ao seu personagem, mudandoo para “Hagar, o Horrível”. E assim nasceu o grupo escrachado dos vikings da Escandinávia. Como Otacílio d’Assunção (mais conhecido por Ota) relata no prefácio, Dik Browne veio a falecer de câncer em 1989, aos 81 anos, mas seu filho Chris já o havia substituído desenhando as tiras. Hagar já foi publicado em quase dois mil jornais de todo o mundo. E, ainda hoje, aparece aos sábados na Folha de S.Paulo. No mundo dos comics não poderiam mesmo faltar esses pândegos saqueadores.


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NOVOS AUTORES

Concurso Literário Afeigraf recebe apoio da Scortecci

O Concurso Literário Afeigraf irá escolher obras — ilustradas ou não — que serão impressas em alta qualidade, um incentivo aos autores de todo o Brasil, que já tenham ou não publicado livros anteriormente.

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P

rojeto de incentivo à leitura que oferece oportunidade a obras literárias inéditas, o Concurso Literário Afeigraf recebeu no final de julho o apoio do Grupo Editorial Scortecci e também do Portal Amigos do Livro. O Grupo Scortecci publica livros, organiza e apoia concursos e prêmios de literatura, rea liza recitais e eventos culturais, organiza antologias, promove o conhecimento através de cursos e palestras e fomenta o mundo literário e cultural. Cumprimentando a Afeigraf pela iniciativa, João Scortecci ressalta a importância de se promover a educação no Brasil: “Existe por parte da Scortecci uma atenção especial com a Escola do Escritor [empreendida pelo Grupo], os concursos

literários e as antologias. Três pontos de partida para todos que querem iniciar no mundo mágico da arte de escrever. Não podemos desistir nunca. Ler ainda é o melhor caminho para o conhecimento. Educação é tudo e nós precisamos sempre colocá-la como prioridade máxima”. Para o presidente da Afeigraf, Klaus Tiedemann, o apoio do Grupo Editorial Scortecci, com sua grande experiência no mercado editorial brasileiro, contribuirá para que o Concurso Literário Afeigraf seja um sucesso: “Recebemos este apoio com muita alegria e temos certeza que a parceria trará mais benefícios aos participantes da iniciativa. Além disso, teremos também um fundamental apoio para divulgação por parte do Portal Amigos do Livro”.


Regulamento 1 – OBJETIVOS A Afeigraf (As so cia ção dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a IndĂşstria GrĂĄfica) lança o Concurso LiterĂĄrio Afeigraf com os seguintes objetivos: 1.1 – Promoção da leitura no PaĂ­s 1.2 – Impulsionar a produção de livros impressos 1.3 – Reforçar a relevância e incentivar o consumo de livros 1.4 – Descobrir novos talentos na literatura 2 – CATEGORIAS SĂŁo quatro categorias abordadas pelo Concurso LiterĂĄrio: 2.1 – Livro infantil ilustrado 2.2 – Livro de ficção (ilustrado ou nĂŁo) 2.3 – Livro de nĂŁoficção (ilustrado ou nĂŁo) 2.4 – Livro de poesias 3 – REGRAS 3.1 – PoderĂĄ participar qualquer pessoa ou grupo de pessoas (quando se tratar de obra de vĂĄrios autores) que esteja radicado no Brasil, indepen-

dente de sua nacionalidade, idade e formação, que jĂĄ tenha ou ainda nĂŁo tenha publicado obras escritas no Brasil ou no estrangeiro. 3.2 – Cada autor ou grupo de autores poderĂĄ inscrever uma sĂł obra para todo o concurso. NĂŁo hĂĄ taxa de inscrição para a participação no concurso. 3.3 – A obra a ser inscrita no concurso deverĂĄ ser absolutamente inĂŠdita no Brasil e no estrangeiro, nem poderĂĄ estar divulgada por qualquer meio de comunicação em sua Ă­ntegra ou parcialmente no Brasil ou no estrangeiro. 3.4 – A obra deverĂĄ ser submetida em meio digital, num formato editĂĄvel. Eventuais ilustraçþes poderĂŁo ser submetidas tambĂŠm em meio digital ou em arte original. 3.5 – O autor deve preencher um cadastro com os dados indicados. O autor deve colocar seu trabalho em um disco virtual e inserir o link no campo Link da Obra; para isso, pode utilizar serviços como Dropbox, Google Drive, WeTransfer, dentre outros. 3.6 – Os textos e as ilustraçþes deverĂŁo obedecer Ă s condiçþes de originalidade e conter nenhuma forma de plĂĄgio. 3.7 – O tema ĂŠ livre, desde que os textos e ilustraçþes nĂŁo enalteçam preconceitos ĂŠtnicos, sexuais, religiosos ou polĂ­ticos. NĂŁo hĂĄ limites de caracteres. 4 – SELEĂ‡ĂƒO 4.1 – Um jĂşri designado pela Afeigraf farĂĄ a avaliação das obras submetidas, votando nas

obras vencedoras, uma por categoria. 4.2 – Se nenhuma obra numa ou mais categorias atingir o nĂ­vel de qualidade mĂ­nimo, nĂŁo serĂĄ apontado vencedor para aquela categoria. 5 – PREMIAĂ‡ĂƒO 5.1 – As obras vencedoras (uma por categoria) serĂŁo produzidas, impressas (1.000 exemplares) e divulgadas pela Afeigraf sem custo para o autor. 5.2 – Os direitos autorais permanecem com o(s) autor(es). 6 – CALENDĂ RIO 6.1 – Prazo para inscrição no concurso e entrega do material da obra inscrita: 31 de março de 2016. 6.2 – Divulgação dos vencedores: segundo semestre de 2016. 6.3 – A divulgação serĂĄ feita atravĂŠs do site do concurso (www.afeigraf.org. br), com divulgação tambĂŠm pela imprensa.

Realização/Organização Afeigraf www.afeigraf.org.br Apoio Brasil Label www.brasillabel.com.br ExpoPrint Latin America 2018 www.expoprint.com.br ExpoPrint Digital www.expoprintdigital.com.br Fespa Brasil 2016 www.fespabrasil.com.br Grupo Editorial Scortecci www.scortecci.com.br Para mais informaçþes: ismael@afeigraf.org.br.

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AGB Photo Library

EDUCAÇÃO

Walter Vicioni Gonçalves

É

uma realidade de nossos tempos que as fronteiras entre as nações estão cada vez mais permeáveis e que a mundia lização exige profissionais cada vez mais qualificados num contexto inter nacional, no que diz respeito a tecnologias, habilidades interpessoais e de comunicação, o que demanda profissionais capazes de transitar por diferentes rea lidades culturais. Pode-se constatar, como consequência, a importância crescente da inter naciona li zação da educação no mundo contemporâneo. Nesse cenário, o Senai-SP percebeu a necessidade de inter nacionalizar seus Cursos de Educação Profissional Tecnológica de Graduação, por meio da rea lização de intercâmbio de estudantes e de colaboradores com instituições de ensino superior de outros países, bem como de atuar em projetos internacionais de pesquisa aplicada e desenvolvimento. Nesse sentido, no último dia 14 de agosto, o Senai-SP assinou um Memorando de Intenções com o Ministério da Educação, Cultura e Ciência dos Países Baixos, e ainda, Protocolo de Intenções com a Universidade de Ciências Aplicadas de Haia e com a STC- Group, instituições igualmente holandesas. Por que a Holanda? Várias razões.

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Segundo estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicado em maio último, entre 76 países, a Holanda ocupa a 9 ª– posição no ranking de melhores escolas do mundo, fato por si suficiente para havermos escolhido a Holanda como parceiro inicial nessa nova etapa. Mas há outros. A reconhecida expertise holandesa no Ensino Superior — em que as instituições oferecem mais de 1.700 cursos e programas internacionais ministrados totalmente em inglês, cobrindo uma extensa variedade de áreas, com forte orientação prática; o reconhecimento inter nacional dos Países Baixos pela aplicação da metodologia Problem-Based Learning, que permite que os estudantes sejam capacitados para analisar e resolver problemas por si mesmos, por meio da ênfase ao estudo individual e à autodisciplina. O Ministério da Educação, Cultura e Ciência daquele país trabalha em prol de um país mais qualificado e criativo e, na área da educação, objetiva assegurar que todos tenham acesso a educação de qualidade para se tornarem cidadãos independentes e responsáveis, e empenha-se em dar condições para que professores e cientistas possam desempenhar o seu trabalho com excelência.


(E/D): Han Peters, embaixador do Reino dos Países Baixos no Brasil; Walter Vicioni Gonçalves, superintendente do Sesi-SP e diretor regional do Senai-SP; Jet Bussemaker, ministra de Cultura, Educação e Ciência da Holanda; Paulo Skaf, presidente da Fiesp; e Corné Hulst, diretor da STC Group – B.V

Há ainda outras razões, de natureza diversa, porém igualmente relevantes, pelas quais se escolheu o país que lutou e continua lutando com suas águas. A Holanda sempre ocupou um lugar importante no imaginário dos brasileiros. Começo por mim. Qual garoto não sonhou alguma vez em segurar a força das águas, tampando um dique com seu frágil dedinho, como fez o garotinho Hans? Quantos não sonharam com os plácidos campos floridos de tulipas ou com moinhos de vento gigantes? Com os saborosos queijos do país? Andar de bicicleta ao longo dos canais de Amsterdam ou ainda, jogar futebol no Ajax? Quando pensamos no legado da Holanda para a humanidade, talvez a primeira coisa que nos venha à mente sejam os pintores, grandes mestres, como Rubens, Rembrandt e Ver meer e o grande gênio, Van Gogh. O charme cultural da Holanda, sensível da filosofia à arte, sempre teve um grande fascínio para todos nós. A Holanda é um país tradicional, porém sempre à vanguarda de seu tempo. Para mim, contudo, a grande marca da Holanda é a sua capacidade de ir além de seus limites e de ter se construído ao longo dos séculos. Descobri um velho provérbio que diz que Deus criou o mundo, mas a Holanda foi criada por seu povo. Que precisou fazer um esforço supremo para ampliar seus horizontes e conquistar uma terra que não possuía. Um esforço pioneiro urbanístico, de arquitetura e de engenharia para conquistar o território sob o mar. Por essa mesma razão, lançou-se aos mares no século de ouro, quando seu comércio com outras nações floresceu mundialmente. Conquis-

tou assim, uma expertise estratégica, marítima e portuária, sem comparação. As lendas francesas falam de castelos; as holandesas, de navios. Poderia ainda falar da Corte Inter nacional de Justiça de Haia, criada em 1945 como o órgão judiciá rio das Nações Unidas; da engenhosidade dos canais de Amsterdam e de ilhas criadas artificialmente; lembrar que Nova York, o grande símbolo do capitalismo moderno foi fundada por holandeses e se chamava inicialmente Nova Amsterdã. Precisaria de muito mais tempo. A história entre Holanda e Brasil teve início em 1624, quando holandeses se estabeleceram no nordeste do País, lá permanecendo por 30 anos, até 1654. Maurício de Nassau foi figura de destaque naquele período e é reconhecido pelo legado valioso que deixou no Estado de Pernambuco. Tivesse o desfecho da História sido diferente, fa laríamos todos a mesma língua. Penso que é muito significativa nossa decisão de, séculos depois, por nossa escolha, celebrarmos a intenção mútua de trabalharmos na construção de um mundo melhor para os jovens de ambos os países. Há muito para aprendermos uns com os outros, certamente. E nós do SenaiSP sentimo-nos honrados de que os Países Baixos sejam nossos parceiros nesta construção. Assim, por todas as razões assinaladas e também considerando o enorme potencial de colaboração, notadamente nos setores da indústria e da Educação Profissional Tecnológica de Graduação, além das questões ambientais e de sustentabilidade, meu desejo é que desta vez, nossa história em comum possa durar bem mais de 30 anos.

Walter Vicioni Gonçalves Superintendente do Sesi-SP e Diretor Regional do Senai-SP julho /agosto 2015

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AQUISIÇÃO

Fedrigoni ampliará capacidade em Salto

Produção de papel deve dobrar e novos recursos de segurança serão incorporados ao papel-moeda.

E

m maio o grupo De acordo com o executiita lia no Fedrigoni vo, as ações comerciais para toda a gama de produtos no anunciou a compra da Ar jowig gins Ltda, subsidiária segmento de papéis especiais brasileira do grupo Ar jowigserão também incrementadas. O objetivo é conquistar novas gins, por € 85 milhões, visanposições principalmente no do ampliar sua base de operanorte da América do Sul e na ção na América Latina. “Nossa América Central. “Estamos reaquisição brasileira, juntaforçando nossas posições nos mente com a recente compra principais países da América da GPA nos Estados Unidos, Latina, ampliando a rede de conclui o plano estratégico distribuidores e representanapresentado à comunidade fites”. Outra meta em curso é nanceira em 2014”, afirmou na época Claudio Alfonsi, CEO do a integração entre a unidade Grupo Fedrigoni. de Salto e a fábrica da Arconvert Brasil, em Jundiaí, fabriPouca coisa muda na ago- Michel Jacques Giordani, CEO ra chamada Fedrigoni Brasil da Fedrigoni Brasil cante de papéis autoadesivos Papéis, de acordo com Michel Jacques Giorda- fundada em 2009 a partir de uma joint venture ni, CEO da empresa, uma vez que a fábrica de dos grupos Gafor, do Brasil, e Fedrigoni. Salto, interior de São Paulo, já é líder nos mercados em que atua. No entanto o grupo planeja aumentar a capacidade de produção da fábrica até 2016. “A intenção é dobrar a capacidade da máquina que produz papéis finos e de seguCriada em 1888 e até hoje presidida pela rança e modernizar a máquina de papel-moeda família fundadora, a Fedrigoni é hoje um para poder incorporar novos itens de segurangrupo multinacional privado com um voluça e elevar a capacidade de produção em 35%”, me de negócios de 873 milhões de euros, afirma Michel Giordani. operando diretamente em 11 países e atin-

127 anos de história

A fábrica de Salto, no interior de São Paulo, foi inaugurada em 16 de setembro de 1889

gindo mais de 100 por meio de distribuidores. Entre os marcos do grupo nos últimos 20 anos estão a fundação da Arconvert, em 1989, a aquisição da Manter em 1993, e a compra da histórica Cartiere Miliani Fabriano em 2002. Dois anos depois o grupo incorporou a Mantegazza Artes Gráficas, que mais tarde tornou-se Fabriano Securities. A partir de 2011, a Fedrigoni Cartiere, a Cartiere Miliani- Fabriano e a Fabriano Securities foram fundidas, mantendo as respectivas marcas comerciais. Atualmente 57% do faturamento do grupo vêm da fabricação de papel, 11% do segmento de papel-moeda e 32% de autoadesivos. ✆ FEDRIGONI BRASIL PAPÉIS Tel. (11) 2191-4800 www.fedrigoni.com.br

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SUSTENTABILIDADE

Conferência P+L discute produção sustentável em tempos de escassez

O vereador paulistano Gilberto Natalini, organizador do evento, destaca os objetivos da conferência e o papel da indústria gráfica. Texto: Laura Araújo

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ual é a relação entre indústria, no dia a dia à escolha de insumos. Eles podem sustentabilidade e mudanças cli- fazer uma gráfica mais ou menos sustentável. máticas? É em torno dessa questão, e de como a atividade indus- INFORMAÇÕES E NOVAS IDEIAS trial deve operar a fim de A proposta de Natalini é construir na confenão impactar negativamente o meio ambien- rência um ambiente onde se discutam queste, que acontecerá em São Paulo a conferência tões ambientais, levando informações, discu“Produção Mais Limpa e Mudanças Climáti- tindo exemplos e dando sugestões sobre como cas”, no dia 22 de setembro. O evento será rea- esses ideais podem ser colocados em prática. li zado na sede da As so ciaA organização também ção Paulista dos Cirurgiões busca, através da articulaDentistas, em São Paulo. ção dos setores presentes, ABORDAREMOS A conferência, que está propor mudanças na legisNESTE ANO A em sua 14ª– edição, pretende lação que dêem força de lei à causa da sustentabilidade. reunir empresários, associaGRANDE QUESTÃO DO “As conferências não se limições civis e do terceiro setor, MOMENTO, QUE SÃO tam aos painéis de especiaentidades de classe e agenAS CRISES GÊMEAS listas, mas ensejam a indites públicos a fim de debater DA ÁGUA E ENERGIA, cação de providências pelas o tema da sustentabilidade e POIS CERCA DE autoridades e estabelecimensua relação com fenômenos 70% DA MATRIZ DE to de nova legislação. Dois climáticos recentes, como as exemplos são as leis pioneisecas enfrentadas pelo suELETRICIDADE É DE ras no País para aplicação deste do Brasil desde o ano FONTE HIDRÁULICA. obrigatória de água de reúpassado. “A cada evento aborGILBERTO NATALINI, VEREADOR DE SÃO PAULO so oriunda de ETEs em lavadamos uma temática, semPELO PARTIDO VERDE pre sob o prisma da sustengem de logradouros e monutabilidade e dos conceitos da mentos e para reciclagem de economia verde, legislação e resíduos da poda de árvores normatização e produção mais limpa, que é pro- através de compostagem e como combustível duzir mais e melhor com menos”, explica Gilber- de biomassa”, elenca Natalini. to Natalini, vereador de São Paulo pelo Partido Com sua principal matéria-prima de origem Verde (PV) e organizador da conferência desde vegetal, a indústria gráfica tem muitos pontos a sua primeira edição. “Abordaremos neste ano de contato com a questão da sustentabilidade. a grande questão do momento, que são as cri- Promover uma produção mais limpa é uma das ses gêmeas da água e energia, pois cerca de 70% tarefas prioritárias para os empresários da área. da matriz de eletricidade é de fonte hidráu lica”. Natalini destaca o que, para ele, são os princípios Para a consultora da Associação Brasileira para a atividade. “Embora o setor florestal brade Tecnologia Gráfica (ABTG), Márcia Biag gio, sileiro tenha evoluído muito na incorporação de a sustentabilidade nas gráficas depende não práticas sustentáveis, recuperando nascentes e só da otimização de processos a fim de econo- áreas de produção ambiental, há outros impactos mizar esses recursos cuja oferta está reduzida. que podem ser mitigados também pelo uso raAlém disso, defende, os gráficos devem atentar cional do papel”, diz. “As tintas utilizadas são um


capítulo importante e deve haver busca inces- e fomente a inovação e a sustentabilidade ensante de se usar cada vez mais processos a seco, tre seus associados. Ter a entidade como parceibase água, minimizando as emissões de com- ra nesta conferência é motivo de grande satispostos orgânicos voláteis, que são percursores fação e vai ao encontro do objetivo dessa série de eventos que é discutir produção mais limpa”. na geração fotoquímica de ozônio”. Para Márcia Biag gio, da ABTG, as questões da água e da energia têm se ajustado nos últi- A CONFERÊNCIA mos anos, dentro da indústria gráfica. “As em- A palestra magna do evento, agendada para presas já fazem grandes campanhas, e em grá- seguir a fala de abertura de Natalini, será coficas utiliza-se menos água que em outros tipos mandada por Marina Silva. A ambienta lista e de produção. Para nós, a água é uma coadju- ex-ministra do Meio Ambiente irá discorrer sovante, utilizada na limpeza de materiais. E a bre os principais desafios da sustentabilidade questão da energia pode ser resolvida com pla- para o País. As duas mesas de discussão, já no nejamento, que evite o desperíodo da tarde, debaterão perdício”, afirma. Para ela, a questão da água e da enero grande vilão da sustentagia, com representantes de É PRECISO CONCILIAR bilidade, no chão de fábriambos os setores. No priCONSUMO DE ca, são as características e o meiro painel, “Água: os deMATÉRIA-PRIMA descarte de matéria- prima. sa fios e aprendizados para Além da coleta seletiva e a preservação deste recurso COM AUMENTO DA logística reversa de embanatural”, serão discutidas soPRODUTIVIDADE. lagens pós- consumo que já luções de curto e longo praPRODUZIR MAIS é praticada por muitas emzo na perspectiva do uso raCOM MENOS É A presas, é preciso gerar menos cional, reú so e proteção de REGRA PARA OS DIAS re síduos de maneira geral. mananciais. A conversa, meDE HOJE, E ISSO “É preciso conci liar consudiada pelo jornalista Herómo de matéria- prima com doto Barbeiro, contará com SIGNIFICA ERRAR aumento da produtividade. o diretor- presidente da SaMENOS AUMENTANDO Produzir mais com menos é besp, Jerson Kelman, o exA EFICIÊNCIA DOS a regra para os dias de hoje, secretário do Verde e Meio PROCESSOS. e isso significa errar menos Ambiente do município de MÁRCIA BIAGGIO, aumentando a eficiência dos São Paulo, Eduardo Jorge, e CONSULTORA DA ABTG processos, porque quanto por Stela Goldenstein, diremais etapas existirem, mais tora executiva da Associação resíduos são gerados”, pontua. A sustentabili- Águas Claras do Rio Pinheiros. dade da indústria está, também, nas mãos de A segunda banca, com o tema “Energia: fonquem rea li za as compras de material. Cabe a tes renováveis e a matriz energética brasileira”, eles, além de analisar preços, verificar se o ma- irá tratar das oportunidades de desenvolver a terial é nocivo para o meio ambiente ou a saú- eficiência energética e uma matriz limpa e renode dos funcionários. “Quando falamos que uma vável. O debate será composto por Adriano Pigráfica pode ser limpa, queremos dizer também res, professor da Coppe/UFRJ e diretor do CBIE que é preciso focar em alternativas ecológicas (Centro Brasileiro de Infraestrutura), e por Elino momento de escolher fornecedores”. zabeth Farina, presidente da Unica (União da Os princípios da produção gráfica respon- Indústria de Cana de Açúcar). sável são aplicadas pela própria organização da conferência. “Utilizamos as redes sociais para a 14ª- CONFERÊNCIA PRODUÇÃO MAIS LIMPA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS divulgação das “P+L”s, mas ao mesmo tempo uti- DA CIDADE DE SÃO PAULO lizamos material gráfico na forma de cartazes e 22 de setembro de 2015 folhetos impressos em papel reciclado ou com o 8h30 às 17h00 selo FSC ”, destaca Natalini, que também men- Local: Sede da APCD Rua Voluntários da Pátria, 547 (Santana) ciona o papel do associativismo nessa dinâmi- www.natalini.com.br ca. “É importante que a Abigraf esteja antenada www.anggulo.com.br

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PALESTRA

Papel e celulose, um mercado em transição Em encontro promovido pela Abigraf Nacional, executivo da Suzano falou sobre temas relacionados ao setor de papel e celulose no Brasil e na China e apontou os desafios dessa cadeia produtiva.

O

real desvalorizado tem jogado a favor dos exportadores brasileiros. Entre eles, os que vendem para o restante do mundo os insumos primários da indústria gráfica: papel e celulose. Foi com essa positiva informação a respeito do setor que Carlos Aníbal de Almeida, diretor executivo de negócios de Papel e Celulose da Suzano, abriu o encontro “Desafios da cadeia de papel e celulose”, realizado na sede da Abigraf no dia 3 de agosto. No entanto, no mercado de commodities quase nada permanece igual por muito tempo, e por isso é preciso ficar atento à volatilidade que domina o setor. Não só devido às variáveis, como o valor da moeda brasileira, mas também aos fatores estruturais da economia. O mercado deve testemunhar em breve, por exemplo, mudanças nas diretrizes de produção da China, um competidor relevante em diversos mercados — inclusive o gráfico. O CASO SUZANO

Às vésperas de divulgação do balanço do segundo trimestre de 2015, o executivo da Suzano relembrou os números do exercício anterior e destacou que, em matéria de mercado externo, a companhia passa por uma situação singular. “Estamos vivendo um momento historicamente inédito, com o real barato e o preço

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da celulose em alta, na maior cotação no mercado inter nacional em 15 anos. Historicamente essas variáveis se comportam de modo oposto”, disse Almeida para os 30 gráficos presentes no encontro. Nesse cenário, a empresa tem um trunfo na configuração dos seus ativos, com plantações de eucalipto próximas às fábricas e articuladas a uma estrutura viária de acesso a portos. Os investimentos em pesquisa, o desenvolvimento de negócios adjacentes e exploração de produtos com demanda em expansão, como a celulose eucafluf, estão entre as principais atitudes da Suzano para proteger e impulsionar seus negócios, ao lado da redução da dívida. E como ficam os preços do papel no Brasil? Perguntado pelos associados da Abigraf sobre os valores do papel no mercado nacional, ele explicou que, nessa matéria, a companhia enfrenta suas próprias limitações. “Nós entendemos a situação dos gráficos, mas existe uma pressão de custos, os insumos estão valorizados e o nível de investimentos em todo o mercado está baixo”, explicou. Falando em preços, o assunto China logo entrou em discussão. O país corresponde a 40% das exportações de celulose realizadas pela Suzano, e mesmo Almeida vacila ao tentar explicar a produção local. “Ninguém consegue entender a lógica do produto chinês. Como eles compram celulose por US$ 650 e vendem papel por US$ 750?”, perguntou. Essa situação, no entanto, pode mudar em breve. Além do preço da celulose aumentando, a questão ambiental começa a ganhar terreno na China, inclusive por meio de fiscalização governamental. Outro fator que deve modificar a dinâmica de produção local é o aumento do custo da mão de obra e o novo ciclo econômico que se desenha desde 2012, mais voltado para o mercado interno do que para obras de infraestrutura. O Brasil, enquanto isso, precisa lidar com um cenário oposto, de retração da demanda e pouco investimento. “Há um nervosismo na cadeia. Não existe grande demanda e não há um único culpado por isso. Nesse cenário o desafio é integrar os esforços da cadeia”, apontou o executivo da Suzano. “Não é apenas o serviço gráfico que gera demanda, mas precisamos arregaçar as mangas e descobrir o que podemos fazer pelos gráficos”, disse.


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Betina Samaia

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F OTOG R A F I A

Azul é a cor mais quente s imagens de Betina Samaia são intensas. Cores radiosas serpenteiam por vales, clareiras, rios, avenidas, construções, desenhando seus contornos. Mesmo densas, guardam o frescor da noite — cenário obrigatório — e um encantamento singular, reconfortante, etéreo. Betina anseia por isto. Refletir sobre as grandes questões do homem, transitar entre o real e o imaginário, transformando o invisível em visível. E a fotografia é o salvo-conduto para tal jornada. Formada em Psicologia pela PUC SP em 1988, desde cedo Betina se interessa pelo registro do inconsciente em imagens. “Gosto da fotografia não como uma forma redutora, de

cristalização da rea lidade, mas como um elemento propulsor da imaginação. Quero decifrar as imagens arquetípicas de uma maneira íntima”. Muito antes de definir esse objetivo a fotografia apresentou-se para Betina. Caçula de três irmãos, aos 12 anos percebeu que a família tinha poucas imagens dela e começou a fotografar loucamente. Décadas tiveram de passar para Betina perceber que a atividade tinha um papel crucial em sua vida, lançando-a de curso em curso em busca de conhecimento técnico e conceitual. Num deles encantou-se pelo light painting, que utiliza luzes em movimento, permitindo-a unir a paixão pela noite com a fotografia. “A noite é a última fronteira, que se tornou passível de registro com o avanço da tecnologia digital”.

Baixe o ritmo, acalme a alma. Desligue-se do mundo real para enfim conectar-se a ele. Dê-se a oportunidade de contemplar o belo trabalho de Betina Samaia. Tânia Galluzzi

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Imagem e do Som de São Paulo (MIS). A obra traz 37 imagens, mesclando as técnicas de longa exposição e light painting, clicadas em vários pontos do planeta. “Não há planejamento, a fotografia me chama”, conta Betina. O livro não tem texto. “A fotografia age em diversos níveis, tem várias camadas de significados, e as pessoas se apropriam deles de maneiras diferentes. Pela minha proposta fiquei com receio de que um texto pudesse reduzir essas possibilidades”. Exemplos desse trabalho puderam ser vistos no salão La Quatrième Image, organizado em Paris, no ano passado, quando dez fotógrafos brasileiros foram homenageados, e também no Museu Histórico Nacional, como parte das comemorações dos 450 anos do Rio de Janeiro, entre os meses de maio e agosto deste ano. Insistindo em borrar os contornos entre a verdade e a fantasia, outro ensaio começou a delinear-se no ano passado, tendo como mote a fotografia de infravermelhos (filtro + recursos de câmera + pós-produção). Ela foi aplicada pela primeira vez em uma viagem que Betina fez à Índia, em 2014, e já está sendo usada para clicar paisagens nacionais.

O CHAMADO DA FOTOGRAFIA

Assim nasceram as séries Iluminados e Noturnos, que acabam de virar livro e exposição. Produzido pela Editora Madalena, dos fotógrafos Claudia Jaguaribe, Iatã Canabrava e do editor Claudi Carreras, o livro Azul teve um pré-lançamento na SP-Arte Foto, em agosto, e será oficialmente apresentado em 26 de outubro, na abertura da exposição de mesmo nome no Museu da

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THEOBALDO DE NIGRIS


Notícias publicadas na Revista Abigraf nº– 100, de julho/agosto de 1985

“Agora os caminhos estão bem pavimentados para que as empresas gráficas possam caminhar com passos seguros, em relação aos impostos que devem pagar. A experiência nos tem mostrado que o trabalho feito em contato direto com os interessados, com os que estão sofrendo o problema, sempre resulta num trabalho melhor. Por isso foi importante a atuação dos representantes das indústrias gráficas, para a solução deste caso”. Assim se manifestou o secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Marcos Gianetti da Fonseca, em resposta ao agradecimento feito pela Abigraf à solução dada por ele à questão do pagamento de ISS e ICM, pelas empresas gráficas, durante a visita de uma comissão da associação, liderada por Max Schrappe, presidente da Abigraf-SP.

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ete empresas brasileiras participaram da Print’85, rea li za da nos Estados Unidos, na qual 50 países expuseram seus equipamentos e máquinas gráficas. Naquela edição da feira, os representantes do Brasil fizeram contatos com 700 empresas americanas, canadenses, europeias e latinoamericanas, entre as quais 160 distribuidoras de máquinas gráficas, concretizando 145 mil dólares em negócios. No prazo de um ano, esses contatos deveriam render um milhão de dólares, podendo chegar até 5 milhões de dólares em dois anos, segundo Luis Carlos Leite, então presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos Gráficos.

azendo uma revisão histórica das reportagens que cobriu no período, a Revista Abigraf comemorou a sua centésima edição, depois de quase dez anos de existência — a edição número 1 circulou em dezembro de 1975. Mais do que essa marca, a reportagem destacou a importância de mostrar que a publicação manteve a sua proposta básica: lutar pelos interesses e valorização do setor gráfico e divulgar assuntos importantes para o mercado, postura que se mantém inalterada até os dias de hoje.

Um memorando com sugestões Durante o encontro com o se-

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do setor gráfico para uma reforma administrativa foi entregue ao ministro da Administração, Aluízio Alves, pela Federação das Indústrias de Brasília (Fibra) e pelo Sindicato das Indústrias Gráficas. A iniciativa teve o objetivo de alterar a situação das gráficas particulares do Distrito Federal, que estavam, havia cinco anos, estagnadas, sendo obrigadas a fechar, em razão do grande número de gráficas que os ministérios e órgãos públicos mantinham. REVISTA ABIGR AF

cretário da Administração, os empresário gráficos aproveitaram para encaminhar um ofício, assinado pelo presidente da Abigraf Nacional, Sidney Fernandes, pedindo providências, junto à Secretaria da Fazenda de Minas Gerais, para que as gráficas de outras regiões pudessem prestar serviços de impressão de documentos fiscais aos seus clientes daquele Estado — até então, as autorizações vinham sendo negadas pela Secretaria da Fazenda de Minas.

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O médico sanitarista, jornalista e escritor Mário Graciotti, aos 85 anos, iniciava ações para revitalizar o Clube do Livro, que ele havia lançado 42 anos antes, em 1943. Com o objetivo de democratizar o acesso a obras literárias e vencer as barreiras das pequenas tiragens, encalhes e intermediários, o Clube do Livro

lançava um novo livro por mês, que era dis tribuído exclusivamente aos seus associados mediante o pagamento de uma módica mensalidade. O primeiro livro publicado foi “O Guarani”, de José de Alencar, com uma tiragem de 10 mil exemplares, número muito acima do comum na década de 1940.


XXIV CONGRESSO

LATINO-AMERICANO ¬#/.'2%33/¬"2!3),%)2/ $!¬).$Â342)!¬'2­&)#!

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XXII THEOBALDO

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A INDÚSTRIA GRÁFICA EM (R)EVOLUÇÃO

UMA AGENDA (PRO)POSITIVA

Os maiores eventos do Setor Gráfico Latino-Americano acontecerão no Rio de Janeiro, trazendo uma nova visão de negócios e painéis especiais com assuntos relevantes para o futuro da Indústria Gráfica e do Mercado de Comunicação.

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SISTEMA ABIGRAF NOTÍCIAS

(E/D): Ricardo Izar, deputado federal; João Batista Alves dos Santos, presidente da Abigraf Regional Distrito Federal; Julião Flaves Gaúna, presidente do Conselho Diretivo da Abigraf Nacional e presidente da Abigraf Regional Mato Grosso do Sul; Baleia Rossi, deputado federal; Levi Ceregato, presidente da Diretoria Executiva da Abigraf Nacional; Walter Ihoshi, deputado federal; Jair Leite, diretor de Relações Políticas da Abigraf Nacional e presidente da Abigraf Regional Paraná; José Ricardo Scareli Carrijo, vice-presidente da Seccional Bauru da Abigraf Regional São Paulo; Reinaldo Espinosa, diretor de Relações Institucionais da Abigraf Nacional; Roberto Carlos Moreira, presidente da Abigraf Regional Maranhão; Sérgio Carlos Ferreira Tavares, presidente da Abigraf Regional Tocantins; e Miguel Trocolli, presidente da Abflexo

Abigraf recebe homenagem da Câmara Federal por seus 50 anos A Câmara dos Deputados homenageou a Abigraf Nacional nos seus 50 anos, ressaltando a importância da entidade.

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Levi Ceregato, presidente

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essão solene na Câmara dos Deputados, em Brasília, realizada em 4 de agosto, homenageou a Abigraf por seus 50 anos de fundação. A iniciativa partiu do deputado federal Baleia Rossi (PMDB), autor do requerimento 2223/2015, que solicitou a sessão. “Em todos esses anos a Abigraf deu enorme contribuição para o desenvolvimento nacional, destacando- se, inclusive, que este setor é composto em sua maioria, de micro e pequenas empresas”, declarou o parlamentar.

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Além de deputados e autoridades, participaram da sessão solene o presidente da entidade, Levi Ceregato; o presidente do Conselho Diretivo da Abigraf Nacional, Julião Flaves Gaúna; o diretor de Relações Políticas da Abigraf Nacional e presidente da Abigraf Paraná, Jair Leite; o presidente da Abigraf Distrito Federal, João Batista Alves dos Santos; e o diretor de Relações Institucionais da Abigraf Nacional, Reinaldo Espinosa, assim como outros presidentes de Abigrafs Regionais.

Durante o evento, Ceregato aproveitou para pôr em evidência algumas das principais bandeiras do setor para este ano, como a bitributação, a obrigatoriedade de impressão de livros didáticos de programas públicos em gráficas brasileiras e o fortalecimento do setor. “O momento é difícil, mas o País tem imenso potencial econômico, demográfico, recursos naturais e população corajosa e com grande poder de superação. Vamos virar o jogo, retomar o crescimento do PIB e construir


Projeto Bibliotecas chega a Duartina

(E/D) Julião Flaves Gaúna, deputado federal Lázaro Botelho Martins, Sérgio Carlos Ferreira Tavares e Levi Ceregato

uma base sólida de prosperidade com justiça social”, declarou. Baleia Rossi ressaltou que, hoje, são muitas as dificuldades deste setor. “Principalmente a concorrência desigual com a indústria asiática que usufrui de alguns benefícios fiscais, a exemplo da alíquota zero para PIS e Cofins, ao mesmo tempo que as gráficas nacionais recolhem alíquota de 9,25% dessas contribuições na impressão de livros. O reflexo deste cenário é o aumento do desemprego e o encolhimento deste setor. Precisamos com urgência aprovar medidas para eliminar estes e outros entraves”.

Fundada em 18 de julho de 1965, a Abigraf representa um setor constituído por 20 mil indústrias, geradoras de 213 mil empregos diretos. A entidade congrega 22 regionais em todo o País e duas seccionais no interior paulista. Em 2014 a produção industrial do setor foi de R$ 45,8 bilhões. “Homenagear a Abigraf Nacional é homenagear a própria indústria gráfica brasileira, que, além de contribuir economicamente para o País, contribui diretamente para a cultura e a educação dos brasileiros através da impressão de livros e outras publicações importantes”, concluiu Rossi.

O Sindigraf-SP e a Abigraf-SP revitalizaram a biblioteca de Duartina (SP) através do Projeto Bibliotecas – Leitura para Todos

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m 1º de julho, o Sindigraf-SP, em parceria com a AbigrafSP, inaugurou a Biblioteca Profª Fátima Aparecida Laranjeira de Oliveira, em Duar tina, região de Bauru (SP). O local foi revigorado pelo Projeto Bibliotecas – Leitura para Todos, que tem como objetivo criar ou revitalizar espaços públicos de leitura em pequenos municípios paulistas. Estiveram presentes no evento, o prefeito de Duar tina, Enio Simão (PSDB); o presidente do Sindigraf-SP, Fabio Arruda Mortara; o vice-presidente da Seccional Bauru da Abigraf-SP, Ricardo Carrijo; o vice-presidente

da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), Ricardo Coube; e a secretária de Educação de Duar tina, Márcia Simão. A Orquestra Violinos Musicrescer e o Grupo de Capoeira Mandacaru animaram a festa. O Projeto Bibliote cas, que existe desde 2005, já favoreceu 19 bibliotecas com a doação de 19,6 mil livros, beneficiando potencialmente uma população de 815 mil pessoas. A escolha dos municípios a serem beneficiados pelo projeto é realizada pelas seccionais da entidade, uma na região de Bauru e outra na região de Ribeirão Preto.

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Campanha Two Sides avança pelo Brasil Palestras proferidas em Belo Horizonte, Curitiba e Bauru divulgaram as ações desenvolvidas pela Two Sides

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ançada na cio nal men te em abril de 2014, a campanha Two Sides, que integra o maior movimento mundial de difusão da sustentabilidade da comunicação impressa, está avançando pelo Brasil. Em 18 de junho, a iniciativa foi apresentada oficialmente pelo country manager Fabio Arruda Mortara aos empresários gráficos de Minas Gerais. A palestra fez parte do programa do Congresso Mineiro de Comunicação, realizado em Belo Horizonte. O executivo da Two Sides mostrou aos congressistas os objetivos e conquistas da campanha, bem como as ações que vêm sendo realizadas ao longo de 2015. Em 22 de junho foi a vez de Curitiba receber a palestra da Two Sides, realizada dentro do 14º InformAção – Fórum Paranaense de Tendências para a Indústria Gráfica, evento promovido pelo Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Paraná e Abigraf Re gional Paraná. Para o presidente da entidade, Jair

Leite, a campanha traz importante contribuição para a valorização da mídia impressa. “Não se trata de ser contra a mídia eletrônica. Todos os tipos de mídia têm o seu espaço. O que estamos fazendo é dar o devido valor ao impresso. Até porque há pesquisas que comprovam que o mate rial impresso tem mais credibilidade do que o que se dissipa na internet”, disse. De volta a São Paulo, em cerimônia realiza da na sede do Jornal da Cidade, em 2 de julho, a mídia impressa de Bauru, interior do Estado, aderiu formalmente à campanha. Além de Mortara, estiveram presentes no lançamento Ricardo Carrijo, vice-presidente da Seccional de Bauru da Abigraf-SP, e Renato Zaiden, diretor executivo do Jornal da Cidade e presidente da Associação Paulista de Jornais (APJ). “A adesão à Two Sides insere Bauru na agenda mundial em favor da comunicação impressa”, destacou Carrijo. A campanha surgiu em 2009, na Inglaterra. No Brasil, foi lançada em abril de 2014 e conta com o apoio de 42 entidades, representantes de um universo de 80 mil empresas.

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Em Defesa do Setor Para manter nossos leitores informados em relação às ações empreendidas pelo Sistema Abigraf na defesa dos interesses do setor gráfico, relatamos abaixo o estágio atual de três iniciativas. Projeto de Lei 7867/14 Apresentado pelo deputado federal Vicentinho (PT-SP) na Câmara dos Deputados em 6 de agosto de 2014, dispõe que os livros didáticos adquiridos direta ou indiretamente pelo Poder Público por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), e programas similares, de empresas editoras ou indústrias gráficas sediadas no Brasil, deverão ser produzidos e impressos por empresas instaladas no País, vedada a terceirização de qualquer das etapas a empresas sediadas no ex terior, sendo esta mesma condição aplicada aos livros contemplados pelos incentivos fiscais da Lei Rouanet. Após ter sido aprovado em 18 de março de 2015 sem nenhuma emenda na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC) da Câmara dos Deputados, seguiu para a Comissão de Educação (CE) e foi redistribuído para a Comissão de Cultura (CCULT), na qual foi designado como Relator o Deputado Federal Jose Stédile (PSB-RS). Projeto de Lei 2396/15 Apresentado pelo deputado federal Walter Ihoshi (PSD-SP) na Câmara dos Deputados em 15 de julho de 2015, reduz a “zero” as alíquotas da Contribuição para o PIS/ Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre a receita bruta decorrente da

atividade de impressão de livros no Brasil. O projeto se encontra na mesa diretora da Câmara dos Deputados para encaminhamento às Comissões de “Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio” e “Finanças e Tributação”. NR-12 – Elaboração de Anexo Na 51ª Assembleia Geral Ordinária da Abigraf Nacional, realizada em abril deste ano na cidade de Vitória (ES), foi deliberada a elaboração pela Asso ciação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) de anexo específico para o setor gráfico, de suas máquinas e equipamentos, visando incorporá-lo a Norma Regulamentadora NR-12. Vale lembrar que a NR-12 define referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação, co mercia li za ção, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras (NR), nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais aplicáveis.


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Congraf 2015 reúne líderes gráficos do Brasil e do exterior Tendências em gestão e inovação na indústria gráfica serão alguns dos assuntos em pauta nos três dias de evento.

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cidade do Rio de Janeiro receberá, entre 30 de setembro e 2 de outubro, um dos eventos mais importantes na agenda gráfica latino-americana. Com o tema central “A Indústria Gráfica em (R) Evolução – Uma Agenda (Pro)Positiva”, o 16º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica (Congraf) mostrará como a criatividade e o gerenciamento estratégico podem potencializar a competitividade das gráficas e prepará-las para os desafios do futuro. O evento será realizado no Hotel Windsor Barra, zona oeste carioca. Com o objetivo de propiciar uma discussão diversificada e aprofundada, o congresso contará com a presença de Eduardo Eugênio Gouvêa, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que abordará as perspectivas positivas para o setor gráfico no primeiro dia do congresso. No dia 2 de outubro, a programação terá início com o presidente da Drupa 2016, Claus Bolza-Schünemann, e o presidente e CEO da Messe Düsseldorf, Werner Dornscheidt, que apresentarão a pesquisa de tendências mundiais da impressão e farão o lançamento da próxima edição da Drupa. A presidente da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), Gisela Schulzinger, ministrará o painel “Novos tempos exigem novas atitudes” e, na sequência, o diretor da Compulaser Gráfica, Renato Oliveira, mostrará o case da empresa voltado à valorização do impresso. À tarde, o professor do Instituto Brasileiro de Mercado e Capitais do Rio de Janeiro (IBMEC/ RJ), Thiago Gomes de Almeida, falará sobre inovação na indústria gráfica com foco no consumidor e, logo após, será a vez do diretor REVISTA ABIGR AF

da Tergo Print, Eduardo Oliveira, apresentar o case de sua empresa na área de impressão digital. Na programação noturna do segundo dia de Congraf, o diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris, Manoel Manteigas de Oliveira, conduzirá o debate entre Fabio Martin, gerente de marketing da ArtFix; Marcus Hadade, sócio fundador da Arizona; e Ricardo Coube, presidente do Grupo Tiliform, no painel “Cases de sucesso: diversificação — reinventando a empresa”. A partir das 20 horas acontecerá a cerimônia de premiação do 22º Concurso Latino-Americano de Produtos Gráficos Theo bal do De Nigris, importante pre mia ção gráfica na América Latina. ORIGINALIDADE E ESTRATÉGIA Com o tema “Ser inconformado — a solução mais cômoda para a criatividade”, Igor Quintella, professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), será o primeiro palestrante do terceiro dia do 16º Congraf. Na sequência, dando prosseguimento ao assunto, mas com foco na publicidade, será a vez de Carlos Orlando Barbosa, diretor de planejamento de artes gráficas do Grupo Abril. Ainda na programação matinal, haverá a palestra de Florian Hagenbuch, cofundador da Printi, que mostrará o case de sucesso do modelo de gestão aplicado na gráfica. No período vespertino, o cientista político Paulo Sérgio Rosa abordará a função do líder no gerenciamento empresarial e, na sequência, o ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio de Janeiro (Bope) fará a palestra de encerramento. Durante todo o congresso, os participantes poderão conferir

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uma exposição de produtos, serviços e novidades para o setor gráfico e acompanhar o 28º Congresso Latino- Americano da Indústria Gráfica, que ocorrerá simultaneamente. A realização dos eventos está a cargo da Abigraf Nacional e da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf), com o apoio de mais de 30 entidades brasileiras e do ex terior. A coordenação técnica fica sob a responsabilidade da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) e a coordenação geral será exercida pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica Re gio nal Rio de Janeiro (Abigraf-RJ).

2º DIA (AUDITÓRIO) 9h30–10h20 Apresentação da pesquisa “Tendências mundiais da impressão” – Drupa 10h20–10h50 Lançamento oficial da Drupa na América Latina Claus Bolza-Schünemann, presidente da Drupa 2016 Werner Matthias Dornscheidt, presidente e CEO da Messe Düsseldorf 10h50–11h20 Intervalo 11h20–12h10 Novos tempos exigem novas atitudes Gisela Schulzinger, presidente da Associação Brasileira de Embalagem (Abre) 12h10–12h40 Case Compulaser: Valorizando e enobrecendo a impressão Renato Oliveira, diretor da Compulaser Gráfica

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PROGRAMAÇÃO 1º DIA (AUDITÓRIO) 17h – 19h Credenciamento 19h–19h30 Abertura oficial do Congraf Composição da mesa e pronunciamento dos presidentes convidados 19h30–20h15 Perspectivas positivas para a indústria Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) 20h15–21h00 Bem-vindos ao Rio de Janeiro Pedro Paulo Carvalho Teixeira, deputado federal e secretário executivo de coordenação de governo no município do Rio de Janeiro 21h00 Coquetel de boas-vindas

12h40–14h00 Almoço 14h00–14h50 Inovação na indústria gráfica: uma abordagem centrada no consumidor Thiago Almeida, professor do Instituto Brasileiro de Mercado e Capitais do Rio de Janeiro (Ibmec/RJ) 14h50–15h20 Case Tergoprint: Design gráfico, associado a produtos para arquitetura e construção produzidos em impressão digital Eduardo Oliveira, diretor da Tergoprint Serviços de Computação Gráfica 15h20–16h40 Cases de Sucesso: Diversificação – reinventando a empresa Fabio Martin , gerente de marketing da Artfix Indústria Gráfica Marcus Hadade , sócio fundador da Arizona Ricardo Coube, presidente do Grupo Tiliform de Indústrias Gráficas Moderador: Manoel Manteigas De Oliveira, diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris


20h00 Cerimônia de premiação – Theobaldo De Nigris e Benjamin Hurtado

Novos Associados Abigraf

Apresentamos os novos associados da Abigraf Regional São Paulo e Abigraf Nacional.

3º DIA (AUDITÓRIO) 9h30–10h25 Ser inconformado. A solução mais cômoda para a criatividade Igor Quintella, professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM 10h25–10h45 Case Abril: Como a gráfica, com criatividade, pode contribuir para enriquecer a mensagem da publicidade Carlos Orlando Barbosa, diretor de planejamento de artes gráficas do Grupo Abril 10h45–11h15 Intervalo 11h15–12h30 Case Gráfica Printi: um modelo inovador Florian Hagenbuch, cofundador da Gráfica Printi

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12h30–14h00 Almoço 14h00–15h15 Os sinais que os líderes insistem em não ver. Como adaptar a gestão ao “novo modelo” competitivo Paulo Sérgio Rosa, cientista político 15h15–16h30 Palestra de encerramento do Congraf Rodrigo Pimentel, ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio de Janeiro (Bope) 16h30 Encerramento oficial Fabio Arruda Mortara, presidente da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf) Levi Ceregato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional) Carlos Augusto Di Giorgio Sobrinho, presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica – Regional Rio de Janeiro (Abigraf-RJ) 16º- CONGRESSO BRASILEIRO DA INDÚSTRIA GRÁFICA XXIV CONGRESSO LATINO-AMERICANO DA INDÚSTRIA GRÁFICA XXII CONCURSO LATINO-AMERICANO DE PRODUTOS GRÁFICOS 30 de setembro a 2 de outubro de 2015 Hotel Windsor Barra Rio de Janeiro RJ www.abigraf.org.br/rio2015

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Inove Print Indústria Gráfica Fundada em 1979, a Inove Print atua nos setores de embalagem e promocional oferecendo cartuchos, rótulos, sacolas, cadernos, catálogos, calendários, entre outros produtos. Rua do Acre, 182 (Mooca) São Paulo/SP Telefone: (11) 2601-0745 www.inoveprint.com.br Contato: Priscila Bertramelo priscila@inoveprint.com.br

ABIGRAF NACIONAL

Starlaser Equipamentos e Sistemas Com 26 anos de atuação no mercado, a Starlaser oferece uma variedade de soluções em equipamentos e sistemas para o setor gráfico, com foco no segmento de embalagem. Alguns desses produtos são: instrumentos de medição de cores, soft ware para desenvolvimento e edição de embalagem, papéis para provas contratuais, equipamentos de medição e monitores para retoque de imagem. Av. Dener, 155, cj. 21 (Parque São George) Cotia /SP Telefone: (11) 4113-0214 www.starlaser.com.br Contato: Sidney Mauricio sidney@starlaser.com.br

Adecol Indústria Química Desde 1982 fabricando adesivos industriais, a Adecol atua em diversos setores econômicos, tais como o gráfico, calçadista, automotivo e têxtil com uma linha completa que abrange adesivos hotmelt, caseína, acrílico, PVA, entre outros. Rua Alexandre Kiss, 22 (Bonsucesso) Guarulhos/SP Telefone: (11) 2202-0777 www.adecol.com.br Contato: Rafael Ribeiro marketing@adecol.com.br

Amazonas Produtos para Calçados Com mais de seis décadas de atuação, o Grupo Amazonas — ao qual pertence a marca Amazonas Adesivos — atende os segmentos gráfico, moveleiro, automotivo, aeronáutico, de construção civil, transporte, embalagens, entre outros. Para a indústria gráfica, a Amazonas Adesivos oferece uma linha exclusiva de colas para cartuchos, cartões e adesivos para caixas e embalagens. Av. Rio Branco, 745 (Jardim Francano) Franca/SP Telefone: (16) 3111-1600 www.amazonasadesivos.com.br Contato: Fabiano Pucci fabiano@amazonas.com.br

Meridian Shipping Agenciamento e Logística No mercado desde 2005, a Meridian Express oferece serviços de transporte de carga rodoviário e aéreo para todo o Brasil. Av. Cândido Portinari, 779 (Vila Jaguará) São Paulo/SP Telefone: (11) 5641-0003 www.meridianexpress.com.br Contato: Wagner Agripino Costa w.costa@meridianexpress.com.br

OneVision Serviços de Software Gráficas comerciais, empresas de pré- impressão, agências de publicidade e editoras de jornais e revistas são alguns dos clientes atendidos pela OneVision, que acumula 20 anos de experiência no desenvolvimento de soft ware para as artes gráficas. A sede corporativa está localizada em Regensburg, Alemanha. Rua Samuel Morse, 74, conj. 51 (Cidade Monções) São Paulo/SP Telefone: (11) 5504-8220 www.onevision.com.br Contato: Nicole Seeder nicole.seeder@onevision.com.br

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MENSAGEM

a crise a tr n co ta lu a n a v ti ia ic Atitude & in

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o as dificuldades. nd ta en m la r ca fi a nt ia ad Não ragem e lutar! É preciso ser criativo, ter co

queles que contratam os Conhecemos o mercado da ca mi nô eco se o preciosa para e da cri s ser viços? Isso é informaçã Nem se discute a gravidad sso no no ros atendê-los. ão muito cla mos novas possibilidades de ver vol en brasileira. Os problemas est des ades larações cada vez Muitas vezes, as oportunid mercado, na mídia e nas dec mais óbvias autoridades. estão mais próximas e são mais constrangedoras das torno de lizado. do que imag inamos. No en Há um mau humor genera a, grande e jogo! cada gráfica há, com certez Porém, é necessário virar ess os rç fo es ar m So presas, de número e diversidade de em As empresas não podem s darias, com gráfica fechar as distintos ramos e portes. Pa simplesmente resignar-se a mácias, se far s s, ai iro que em com as qu restaurantes, cabeleire portas. Há clientes, mesmo os, ad erc ndidos, têm sinergia e postos de gasolina, superm menor número, a serem ate de s s, mercadinhos e quitandas, loja prospectar novos empregos a serem mantido o, con de ial s. ter do ercado ferramentas e ma cessionástrriauçãs m de compromissos a serem honra os ch ni o Brasil oficinas mecânicas, con É importante lembrar que ativas ici in o sã automóveis, cas mi nô eco autorizadas e revendas de sempre teve crises ra pa s te an rt ias, adegas . . . impo necessário açoug ues, papelarias, livrar intermitentes, nas quais foi . um cliente por enfrentar a crise Cada um desses vizinhos é grande empenho e superação precisa de o nd am seg uir em potencial. Todo mu parte das gráficas, que con ctar as spe cias. impressos. Vale a pena pro atravessar muitas turbulên em impressão. ir e oferecer ser viços e soluções as Mais uma vez, é necessário dez on red e ir ntar o caos, desist a, busca de novos A hora é de criatividade, lut à luta. Não é prudente alime rio ssá ece É n o. nd mu do inovadoras. hos de mercado e propostas apenas ficar esperando o fim nic ra pa as tiv boas inicia empresas e ter uma atitude proativa e Vencer as crises fortalece as l. na cio na perenes! a am tur sej enfrentar a dif ícil conjun contribui muito para que r Po s. vei viá vas Há numerosas alternati s e joint ventures. Nos exemplo: fusões empresariai sidney@congraf.com.br manos hu os urs rec am som as fic dois casos, as grá l, conhecimento do e tecnológ icos, bens de capita s e capacidade de mercado, carteiras de cliente es que multiplicam atendimento. São duas soluçõ resultados. a produtividade e otimizam s à realidade do Reduzir custos, ajustando-o medida para a travessia mercado, também é uma boa pósito devem ser da tempestade. Com esse pro cias possíveis, desde tomadas todas as providên trica e ág ua, até na a economia com energ ia elé a compra de insumos, busca de bons acordos para ão dos processos. passando pela racionalizaç é pensar novos fica Outra iniciativa importante Bra sileira da Indústria Grá ra pa to fei Presidente da Associação ser a eri pod e qu O ) ional São Paulo (Abigraf-SP produtos e impressos. ectativa dos clientes? Reg exp ou e ad sid ces ne a um a atender

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