Revista Abigraf 284

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REVISTA

ISSN 0103•572X

REVISTA ABIGRAF 284 JULHO/AGOSTO 2016

A R T E & I N D Ú S T R I A G R Á F I C A • A N O X L • J U L H O / A G O S T O 2 0 1 6 • Nº 2 8 4


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2 6 º

P R Ê M I O

B R A S I L E I R O

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E X C E L Ê N C I A

G R Á F I C A

O DESAFIO É GRANDE. O RECONHECIMENTO, ETERNO. PR E PAR E - SE . V E M AÍ A N O VA E DI Ç ÃO D O PR Ê MI O M AI S I M PO RTAN T E DA I N DÚST R I A G R ÁF I CA NACI ONAL .

PREMIAÇÃO: 22 DE NOVEMBRO

Re a liza ç ã o

Pa tr oc ín io Ou r o

Pa tr oc ín io Pr a ta

Pa tr oc ín io B r on ze

Apo i o de M í di a


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P R Ê M I O

B R A S I L E I R O

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G R Á F I C A

O DESAFIO É GRANDE. O RECONHECIMENTO, ETERNO. PR E PAR E - SE . V E M AÍ A N O VA E DI Ç ÃO D O PR Ê MI O M AI S I M PO RTAN T E DA I N DÚST R I A G R ÁF I CA NACI ONAL .

PREMIAÇÃO: 22 DE NOVEMBRO

Re a liza ç ã o

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Pa tr oc ín io Pr a ta

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Apo i o de M í di a


ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 533 (Paraíso) 04103-000 São Paulo SP Tel. (11) 3232-4500 Fax (11) 3232-4550 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br Presidente da Abigraf Nacional: Levi Ceregato Presidente da Abigraf Regional SP: Sidney Anversa Victor Gerente Geral: Wagner J. Silva Conselho Editorial: Igor Archipovas, Ismael Guarnelli, Levi Ceregato, Plinio Gramani Filho, Reinaldo Espinosa, Sidney Anversa Victor e Wagner J. Silva Elaboração: Gramani Editora Eireli Av. São Gabriel, 201, 3º andar, conj. 305 01435-001 São Paulo SP Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159-3010 E-mail: editoracg@gmail.com Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897), Ada Caperuto, Denise Góes, Laura Araújo e Marco Antonio Eid Colaboradores: Claudio Ferlauto, Dieter Brandt, Hamilton Terni Costa, Ricardo Viveiros e Walter Vicioni Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Produção: Otávio Augusto Torres Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Leograf Capa: Laminação e reservas de verniz, Hot stamping e relevo (com fitas MP do Brasil): Green Packing Assinatura anual (6 edições): R$ 60,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3159-3010 editoracg@gmail.com Apoio Institucional

Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica

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Menino com pipa, óleo sobre tela, 100 × 81 cm, 1947

REVISTA ABIGRAF

Singelo e monumental

Portinari está de volta ao Masp com a exposição Portinari Popular. A mostra traz uma nova visão das obras do artista, definido pelo crítico Israel Pedrosa como pintor do Novo Mundo.

38 Confiança cresce ligeiramente

Pesquisa do Departamento Econômico da Abigraf indica leve recuperação na confiança do empresário gráfico na melhoria da economia nacional.

51 Leograf 3D

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FUNDADA EM 1965

Membro fundador da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf)

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Com a impressão em plástico, gráfica paulista complementa a oferta de produtos ao mercado e aumenta sua esfera de contato com os clientes, A impressão 3D é a estrela desse pacote.


Posigraf investe em TI

Em entrevista à Revista Abigraf, Gilberto Alves, diretor da Posigraf, fala das estratégias da empresa frente aos reveses da economia, entre elas a implantação de um software de geoprocessamento.

#EscolarOfficeBrasil30

A mais tradicional feira do setor de papelarias e material de escritório comemora 30 anos reforçando o viés educacional. O evento recebeu mais de 13 mil visitantes.

Vasco, da Margraf

Simples, decidido e autoconfiante. Assim sempre foi Vasco Faustino de Menezes, figura singular da indústria gráfica paulista, que hoje tem os filhos ao seu lado no comando da gráfica que fundou.

Natureza revelada

Relatório Anual 2016 da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e plataforma online do Observatório do Clima e do Google trazem informações detalhadas sobre os biomas brasileiros.

Cores pausadas

Trafegando entre os retratos da Festa Literária de Paraty e o ensaio Ver Rever, unindo as cidades do Porto e São Paulo, Walter Craveiro cria fortes composições.

14 24 58 62 70

Presente especial Junto a esta edição, o leitor recebe uma reprodução da capa da revista com efeito 3D, elaborada pela Leograf Gráfica e Editora.

Editorial/ Levi Ceregato......................... 6 Educação/ Walter Vicioni..................... 46 Rotativa ............................................... 8 20-º Anuário da Indústria Gráfica .......... 48 Dieter Brandt/ Drupa .......................... 32 Olhar Gráfico/ Claudio Ferlauto ........... 64 Trends of Print ................................... 34 Ilustração/ Galeria SIB ........................ 66 Actega .............................................. 36 Sistema Abigraf ................................. 76

Capa: O lavrador de café, óleo sobre tela, 100 × 81 cm, 1934 Autor: Candido Portinari

Weilburger/ Nova diretoria .................. 40 Jurídico/ Bloco K ................................ 84 Gestão/ Hamilton Terni Costa .............. 42 Há 30 anos ........................................ 85 Nitoli Gráfica ...................................... 44 Mensagem/ Sidney Anversa Victor....... 86 julho /agosto 2016

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EDITORIAL

A lém do horizonte

um novo governo, b so a, ir ile as br ia om on ec A recuperação da s muito graves. no da ou oc ov pr já e is cr a is é a grande prioridade, po

A

erg ia entre eles no s Três Poderes, mas com sin do ca áfi Gr sses nacionais. Indústria à defesa dos grandes intere te an A Associação Brasileira da toc ais ion ensa de ente com as reg iro tem uma capacidade im sile bra O (Abigraf Nacional), juntam me há uma ou-se de modo fir nça. Todas as vezes em que era esp a r ova e entidades do setor, posicion ren ment da presidente conseg uimos debelar o nde transformação política, e público em prol do impeach gra s da ala tar em nossa ped os que as desânimo e voltamos a acredi Dilma Rousseff. Entendem ção próspera, possibilidade de ser uma na fiscais foram suf icientemente im nas , desenvolvida e justa. Foi ass danosas e atentatórias às leis as da posse, uid seg o , e ent Já ”, em 1984 tas ire “D justif icando constitucionalm o çã la Nossa popu presidente atendeu no ano seg uinte, do primeiro afastamento, que também e ad cid pa ca a 64, e também tem um ado da República civil desde 19 a um anseio nacional, motiv impeachment e imensa de renovar em 1992, quando ocorreu o pela indignação da sociedad llor de Mello. , a esperança. do presidente Fernando Co ante escândalos de corrupção ciando . Novamente, estamos viven s uma vez ai M desmandos e incompetência e as um processo de transformaçãoospoldoítica. qu os m O impedimento, cujo rito foi ta di re ac ou uma s É preciso aprender comtaosvezerr, a mudança ica lít estritamente legal, represent po s ça an ud m s. sileiro para que, des vitória democrática dos bra orar o passado elh m am s para o ss po de po o nã so realmente reverta em avanço Contudo, o proces r da s no tem tudo para tiva do presente e País e nosso povo. O Brasil terminar com a posse def ini converter ecessário um futuro melhor. crescer, desenvolver-se e se presidente Michel Temer. É n É isso que a. alt bém em economia de renda que a troca de governo tam governo! vo os, uma esperamos a partir do no represente, em termos prátic ante nova atitude do Estado per oridades nacionais. r a população e as grandes pri lceregato@abig raf.org.b brou com o lum vis se e qu te on riz ho Além do realidade a ser enfrentada. impeachment há uma dura mia e recolocá-la num É preciso recuperar a econo el de expansão, gerando fluxo duradouro e sustentáv estimentos produtivos e empregos, estimulando inv es, com uma estratégia revitalizando as exportaçõ erior e não apenas consistente de comércio ext zação do dólar. como consequência da valori iros, porém, não se As expectativas dos brasile l, para que seja sustentável esgotam na economia. Af ina o em crises intermitentes, e não continue mergulhand adas reformas tributária, são necessárias as tão reclam . Sua realização é essencial trabalhista e previdenciária fica Bra sileira da Indústria Grá e conferir mais saúde fiscal Presidente da Associação Gráfica s ias ústr Ind das to para desonerar a produção dica Sin (Abigraf Nacional) e do da, que tenhamos mais digraf-SP) ao Estado. Esperamos, ain no Estado de São Paulo (Sin cia ên nd epe ind ida dev a estabilidade política, com

L evi C eregato

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20 a 24 de Março de 2018

A maior feira de impressão das Américas Pavilhões Branco e Azul

Horário Seg. a Sex. - 13h às 20h Sáb. e Dom. - 10h às 17h

Expo Center Norte | São Paulo

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ASSOCIADOS AFEIGRAF | ASOCIADOS AFEIGRAF | AFEIGRAF MEMBERS

Informações: Tel: +55 11 4013-7979 expoprint@expoprint.com.br APOIO ENTIDADES | APOYO ENTIDADS | ENTITIES SUPPORT

REALIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO

APOIO INTERNACIONAL | APOYO INTERNATIONAL | INTERNATIONAL SUPPORT


Tetra Pak e Henkel inovam com adesivo especial

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X-Rite lança versão 6.3 do InkFormulation A presentada pela X- Rite na

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Drupa 2016, a solução profissional para formulação de tinta da versão 6.3 do InkFormulation inclui o recurso de compartilhamento de dados de cores entre o InkFormulation, as bibliotecas de cores digitais da PantoneLive e produtos de software de controle de qualidade, como o ColorCert InkRoom e o Color iQC. Esse novo recurso permite integrar a especificação de cores e os relatórios nos fluxos de trabalho da cadeia de fornecimento, para monitorar a produção de impressão com eficiência e realizar correções de tinta em tempo real, evitando erros dispendiosos de cores. REVISTA ABIGR AF

Com a integração aper feiçoada dessa versão, os profissionais do setor de tintas podem comparar rapidamente suas formulações com uma referência de cores digitais armazenada no ecossistema da PantoneLive, um repositório de bibliotecas de cores baseado em nuvem, ou conforme um padrão CxF. Isso fornece automaticamente a fórmula e os dados de referência ao software de controle de qualidade para uma análise de aprovação/reprovação. Caso sejam necessá rias correções, os dados podem ser comunicados ao software InkFormulation, no qual as receitas podem ser modificadas. www.xrite.com

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ara atender a crescente demanda da indústria de alimentos e bebidas por segurança alimentar, alta performance e qualidade, a Tetra Pak, em parceria com a Henkel, lançou o Tetra Pak TrayFix, adesivo hot melt à base de po lio le fi na amorfa para embalagens secundárias. O novo produto oferece redução de consumo na aplicação em nível superior a 25% e alta estabilidade térmica. Para Edison Kubo, diretor de desenvolvimento de negócios de serviços técnicos da Tetra Pak, “por apresentar excelente estabilidade térmica, o produto mantém suas propriedades originais inalteradas por longos perío dos quando aquecido”. Já André Baron, líder da divisão de adesivos industriais da Henkel, afirma que o diferencial do Tetra Pak TrayFix está

no fato de que ele é produzido com matérias-primas de última geração, provenientes de fornecedores globais sustentáveis. “É um adesivo leve e transparente, que aprimora a aparência da embalagem e garante a segurança alimentar para o consumidor final”. O projeto do desenvolvimento de um port fó lio completo de adesivos para aplicação em tampas, canudos e embalagens surgiu em 2010, com a parceria firmada globalmente entre a Tetra Pak e a Henkel. Cada produto criado passa por rigorosos requisitos técnicos para que ofereçam o melhor desempenho. Os adesivos, desenvolvidos e fabricados pela Henkel, são testados e aprovados por ambas as empresas. www.tetrapak .com www.henkel .com

IP supera metas na redução de poluentes

O Relatório de Sustentabilida-

de 2015 da International Paper (IP) divulga o andamento de suas metas globais de sustentabilidade para 2020, firmado espontaneamente pela companhia em 2011. Até 2015, a IP reduziu 18% na emissão de poluentes (SO x, NO x, MP), índice 8% acima da meta, e diminuiu 17% das substâncias destruidoras de oxigênio (DBO) nas águas residuais das fábricas, 2% superior ao esperado para o final do pe río do. O relatório reú ne as principais realizações, desafios e iniciativas da companhia entre 1º de janeiro e 31 de dezembro

do ano passado. O documento, que considera todas as unidades da IP na América Latina, é produzido em linha com as diretrizes da Global Reporting Ini tia ti ve, reconhecida mundialmente por estabelecer princípios e indicadores de desempenho econômico, ambiental e social. O relatório também ressalta a expansão dos projetos e ações do Instituto International Paper, que, em 2015, recebeu um investimento de mais de R$ 2,5 milhões e impactou diretamente mais de 39 mil pessoas, por meio de 27 ações. www.internationalpaper .com


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A PRODUTIVIDADE ENFIM COMEÇOU

Os conversores da BOBST, pré-alimentadores automáticos e empacotadores lhe permitem atingir o máximo rendimento possível de suas linhas de produção. Rápido e simples de operar, de fácil montagem e desmontagem, temos uma completa gama de modelos que asseguram que sempre haverá uma solução adequada para suas necessidades de projeto - cada periférico ajuda a aumentar sua velocidade de produção, reduzir a intervenção manual, assegurar a qualidade e diminuir as paradas de máquina. EQUIPAMENTOS PERIFÉRICOS BOBST: Soluções ideais para maximizar a produção.

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Presença de lactose nos alimentos deverá constar nos rótulos

Duas novas regras sobre a ro-

tulagem de alimentos que contenham lactose foram acrescentadas pela Agência Na­cio­nal de Vigilância Sanitária (Anvisa) ao Decreto-​­Lei nº 986, de 21 de outubro de 1969, que estabelece normas para o setor alimentício. Foi determinado que os rótulos de alimentos que contenham lactose deverão indicar a sua presença e que os rótulos de alimentos cujo teor original da substância tenha sido alterado precisarão informar o teor de lactose remanescente. O órgão definiu um prazo de 180 dias para que a lei entre em vigor. A legislação foi proposta através do Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 260, de 2013, e visa garantir que os portadores de intolerância à lactose sejam informados sobre a presença desse açúcar

nos alimentos, evitando, assim, problemas de saú­de. “Se o regulamento determinar a necessidade de declarar a quantidade de lactose presente no produto, as in­dús­trias precisarão analisar todos os produtos que contenham lactose, como bolos, chocolates, balas e biscoitos, para passar informações ao consumidor”, explica Patrícia Amarante, engenheira de alimentos do Sindicato das In­ dús­trias de Cacau e Balas, Massas Ali­men­tí­cias e Biscoitos, Doces e Conservas Ali­men­tí­cias do Estado do Paraná (Sincabima). No entanto, ela faz a ressalva de que essas mudanças ainda levarão um tempo para acontecer, porque, após os 180 dias estipulados para que a lei seja regulamentada e entre em vigor, a indústria ainda terá um prazo para se adequar.

Impressora Canon na Trends of Print U

m dos patrocinadores da Trends of Print Latin America 2016, conferência organizada pela Afeigraf (veja matéria na página 34), a Canon apresentou aos participantes a sua impressora

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ImagePress C10000VP, que inclui uma série de recursos para obter uma efetiva saí­da vibrante e estável, com alta resolução de 2.400 × 2.400 dpi. O equipamento possui controle automático de cor e ajustes em tempo real, calibração mais precisa usando os novos sensores de espectrofotometria e tecnologia Gloss Op­ti­mi­za­tion, para ajudar nos níveis de brilho da

Processo Digital Flexo Bobst na Labelexpo

No estande da Bobst na Labe-

lexpo Americas 2016 — realizada entre 13 e 15 de setembro em Rosemont, Illinois (EUA) —, a grande atração foi a nova tecnologia Digital Flexo, que apresenta alto rendimento na impressora flexográfica banda média UV Bobst M6. Parte do programa Digital Au­to­ma­tion da Bobst, o processo Digital Flexo assegura uma operação rápida, flexível e con­f iá­vel da impressora, alia­da a uma qualidade constante e baixo custo de manutenção. Com a utilização das novas tintas de

imagem impressa, e pode atingir velocidades de impressão de até 100 imagens por minuto. Durante a Drupa 2016, a ImagePress C10000VP ganhou o prêmio de melhor equipamento colorido de folha cortada para volumes acima de 200 mil impressões/ mês, concedido pela As­so­cia­ção Europeia de Impressão Digital.

cura UV de baixa migração e a automatização Digital Flexo, a Bobst desenvolveu soluções que oferecem tempos de preparação comparáveis à impressão digital. Graças à operação totalmente digitalizada da impressora, ela é capaz de produzir de maneira ininterrupta, permitindo trocas de trabalho em marcha e tornando possível alcançar a marca de menos de 10 metros de desperdício de substratos, com um tempo de troca de apenas um minuto. www.bobst.com

Coube ao supervisor na­cio­nal de revendas da Canon do Brasil, Fa­bia­no Peres, fazer a apresentação da C10000VP na conferência. O evento ocorreu no mês de agosto, em três diferentes cidades e datas: Recife (PE), Blumenau (SC) e Rio de Janeiro (RJ), nos dias 16, 23 e 30. www.canon.com


(E/D) Alexandre Keese, diretor da APS Feiras; Eudes Scarpeta, diretor da Abflexo; Eduardo Sousa, presidente da Afeigraf; Ismael Guarnelli, diretor da APS Feiras; Sandra Keese, diretora da APS Feiras; e Miguel Troccoli, presidente da Abflexo.

Parceria ExpoPrint Latin America e ConverExpo M

ediante acordo firmado no final de agosto entre a Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica (Afeigraf) e a Associação Brasileira Técnica de Flexografia (Abflexo/FTA- Brasil), o maior evento de impressão das Américas, ExpoPrint Latin America, será realizado conjuntamente com a recém-criada ConverExpo, feira internacional voltada para a indústria de conversão de flexíveis, corrugados e rótulos. Com a

parceria entre as duas feiras, todos os segmentos de impressão estarão representados na grande exposição marcada para o período de 20 a 24 de março de 2018, nos pavilhões Azul e Branco do Expo Center Norte, em São Paulo. A primeira ConverExpo vem ao encontro de uma antiga demanda do setor de embalagem, que ansiava por uma feira forte, dirigida a um público qualificado e representativo desse mercado. “A ExpoPrint é composta por expositores

COLOR AS YOU IMAGINED IT

de todos os segmentos de impressão, porém faltava uma voz mais forte em conversão. Para a Abflexo, a parceria é um dos acontecimentos mais importantes dos últimos 15 anos. Estar junto com a ExpoPrint e gerido pela empresa que melhor faz isso no Brasil, a APS Feiras, é muito bom”, afirmou Miguel Troccoli, presidente da Abflexo, prosseguindo: “Escolhemos o nome ConverExpo, pois ele é abrangente. É preciso salientar que a feira não atende somente aos processos de impressão, e sim a toda a cadeia de conversão”. O presidente da Afeigraf, Eduardo Sousa, enxerga na junção de forças a consolidação da ExpoPrint, feira realizada a cada quatro anos pela as so cia ção. “Em 2014, comprovamos que a ExpoPrint Latin America é o maior evento de impressão das Américas. Agora, com a ConverExpo conosco, temos a certeza de que ofereceremos todas as soluções possíveis dentro da cadeia de impressão, seja qual for o segmento. Se é impressão, estará na ExpoPrint/ConverExpo”. www.expoprint.com.br www.converexpo.com.br

Novidade no mercado de impressão 3D de gigantografia A

Alphaprint traz para o mercado brasileiro a impressora Massivit 3D 1800, lançada na Drupa 2016. Formato e velocidade são dois destaques no equipamento: ela pode chegar a até 180 cm de altura × 150 cm de largura × 130 cm de profundidade e imprimir até 35 cm/hora. Além disso, ela possui um sistema simples de manusear, com a tecnologia patenteada GDP (Gel Dispensing Printing), na qual a matéria-prima em estado gelatinoso se solidifica através da cura UV Led. Pode ser configurada, ainda, com uma ou duas cabeças de impressão, o que possibilita imprimir dois objetos diferentes simultaneamente. Atualmente, para produzir peças similares àquelas feitas neste equipamento, as empresas passam por diversos processos, muitos deles manuais. Com a Massivit, segundo informa a Alphaprint, torna-se possível eliminar algumas dessas etapas reduzindo custos e prazos de produção. www.alphaprint.com.br

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EXECUTIVOS GRUPO FURNAX

EFI

HENKEL BRASIL

Rogério Castilho

Cristiano Gonçalves de Freitas

Fabio Mincarelli Monfrim

Gerente de Desenvolvimento de Vendas

Comunicação Corporativa

Gerente Comercial da Divisão Gráfica

GRUPO FURNAX Acumulando uma ex periência de mais de 20 anos no mercado gráfico nas áreas de vendas e gestão de negócios de impressoras offset e insumos, Rogério Castilho assumiu a gerência comercial da divisão gráfica do Grupo Furnax. A Furnax se dedica ao fornecimento de equipamentos para a indústria gráfica e vem solidificando sua posição no mercado com as impressoras offset Komori. A contratação faz parte de uma série de investimentos da empresa para reforçar a venda de equipamentos da área de acabamento e fortalecer a marca Komori no Brasil.

Antilhas aposta em tecnologia e interatividade C

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ENFOQUE

om foco em solução por m eio de alter nativ as em matéria- prima, acabamentos diferenciados e tecnologia para REVISTA ABIGR AF

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EFI Contratado sob o título de Sales Development Manager, o novo executivo de vendas na América Latina para a unidade de negócios EPS (Enterprise Productivity Software), da EFI, tem formação no curso técnico gráfico pelo Senai e em desenho industrial pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Cris tiano possui grande experiência no mercado de impressão, com foco no desenvolvimento de estratégias comerciais em tecnologias gráficas. Para Ernande Ramos, diretor de vendas da EFI para a América Latina, “o reforço do Cristiano para a nossa equipe amplia a

cartucharia, recente embalagem lançada pela Antilhas aposta na interatividade. Ela incorpora um prisma onde se projeta um holograma, quando acoplado a um dispositivo digital (tablet ou smartphone), tornandose um hub para divulgação de filmes pu bli ci tá rios préarmazenados na web. O link é ativado através do escanea-

divulgação das nossas soluções EPS para automatização e geren-

ciamento da cadeia produtiva”. HENKEL BRASIL Responsável pelas atividades de relações públicas, comunicação interna e externa, Mincarelli foi contratado para a área de comunicação corporativa da Henkel trazendo uma bagagem de 14 anos de ex periên cia na área, com passagens pela multinacional americana Whirpool e nos grupos nacionais Schincariol e Cosan. Nos últimos dois anos foi gestor de comunicação na divisão de consumo da Johnson & Johnson.

mento de um QR Code impresso na própria embalagem. “A ideia é que a embalagem extrapole o conceito de acon di cio namento e passe a ter também a função de relacionamento e interação com o consumidor no universo digital”, explica André Laguzzi, gerente de inovação e desenvolvimento da empresa. www.antilhas.com.br

Plataforma de metadados chega ao Brasil

RICARDO COSTA, DIRETOR DA BOOKS IN PRINT BRASIL

A CBL lançou na Bienal Internacional do Livro o projeto Books in Print Brasil (BiP Brasil), ferramenta de gestão de metadados para o mercado editorial que promete unificar a entrada de dados de livrarias, distribuidoras e varejistas. Qual a principal função do BiP Brasil? Centralizar todas as informações dos livros, como dados bibliográficos e sinopse, em um só lugar. Hoje um editor chega a preencher 20 planilhas diferentes para cada título que produz, com o intuito de abastecer cada cliente dentro do mercado. Com o BiP Brasil o editor preencherá os dados num só lugar. Editores, livreiros, atacadistas e distribuidores poderão aderir à plataforma, que atenderá as necessidades de todos esses players. Essa experiência vem da Alemanha, certo? Sim, foi desenvolvida e é mantida pela MVB, subsidiária da associação de editores e livreiros alemães; 99% do mercado editorial alemão usa a plataforma, que reúne 20 mil editoras, 4.000 livreiros e 80 distribuidores. O Brasil é o primeiro país no qual o projeto está sendo implantado. A ferramenta deve entrar em operação em janeiro de 2017.


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Ibá defende políticas públicas sustentáveis na conferência da Risi

urante a Conferência Latino-​ ­Americana da Risi, rea­li­z a­da em São Paulo, no dia 17 de agosto, a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) participou de painel que debateu os de­sa­fios da reciclagem de papel para alimentar a indústria de embalagem. Nos últimos anos, os produtores da re­gião têm encontrado muitas dificuldades para obter papel reciclado como matéria-​­prima, com preços em alta e oferta restrita, e já há fábricas reduzindo ou paralisando linhas de produção. A Ibá enfatizou a necessidade de estimular a demanda da matéria reciclada, acelerando a aprovação das políticas públicas que flexibilizem as normas

que hoje restringem o uso de recicláveis e vão contra a política de redução de re­sí­duos sólidos. Um dos temas discutidos no painel, a crise econômica, segun-

do a Ibá, provocou um desaquecimento nas políticas públicas, como é o caso da Política Na­cio­ nal de Re­sí­duos Sólidos que deveria estar mais adian­ta­da e estru-

(E/D) Pedro Vilas Boas, consultor da Anap; Gabriella Michelucci, presidente da ABPO; Beatriz Palatinus Milliet, Relações Institucionais e Governamentais da Ibá; Renata Mercante,editora da PPI Latin America

turada. A entidade ressaltou que a queda do nível de oferta de aparas afeta diretamente a produção do papelão ondulado, assim como outros tipos de embalagens que usam de 20 a 65% desse ma­te­rial. Outro aspecto men­cio­na­do foi a mistura das fibras das aparas com diferentes elementos, como plástico e areia, que, apesar da manutenção da boa qualidade, faz com que as máquinas gerem muitos re­sí­duos, o que vem crescendo bastante nos últimos anos. O encontro também teve a participação da As­so­cia­ção Na­cio­ nal dos Aparistas de Papel (Anap) e da As­s o­c ia­ç ão Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO).

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ENTREVISTA

Foto: Daniel Derevecki

Gilberto Alves da Silva Junior

“Qual a nossa importância para a estratégia do cliente?”

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gresso do mercado varejista, com ex pe riên cia em empresas como Carrefour, Walmart e McDonald’s, Gilberto Alves da Silva Ju nior tem a exata dimensão da importância da mídia impressa na estratégia comercial do setor de varejo. Pósgraduado em Varejo pela Universidade

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de São Paulo (USP) e há oito anos na Posigraf, ini cial mente como diretor comercial e há três anos à frente da diretoria-geral, o executivo fala sobre os caminhos que a empresa vem trilhando para atravessar a crise econômica, as estratégias comerciais adotadas e sobre o segmento editorial.


Como foi o início do segundo semestre para a Posigraf? Havia uma linha pessimista traçada no final de , que agora está sendo modificada. Não que o primeiro semestre tenha sido bom, mas foi melhor do que havía mos previsto. Temos muito contato com o varejo, que é um propulsor da economia, e esse setor tem dado sinais de que a economia começa a se recuperar. No geral, acho que estamos bem, com um panorama um pouco mais otimista. E, historicamente, o segundo semestre sempre é melhor, com mais dinheiro em circulação e, consequentemente, mais investimentos. Falando em aplicação de recursos, o último investimento de maior vulto da Posigraf foi em 2013, com a compra da rotativa Sunday 3000. De lá para cá, houve algo mais? Em um parque gráfico com o porte do nosso, é preciso investir constantemente em manutenção, além da necessidade de adquirir novos equipamentos. Mas o investimento de maior peso, nos últimos três anos, certamente foi a aquisição da Sunday. Hoje, o nosso foco está em garantir uma manutenção eficiente do parque gráfico já instalado, para que o seu funcionamento ocorra sem exigir altos investimentos. Com essa visão, recentemente adquirimos um soft ware inteligente, que gerencia a manutenção dos equipamentos. Além disso, investimos no treinamento constante das nossas equipes, principalmente daquelas que atuam nessa área. Quais es tra té gias comerciais a Posigraf vem adotando para enfrentar esse período de menor demanda? A queda de consumo foi paulatina e, para nós, não significou ne ces sa ria mente a perda de clientes, mas sim a diminuição dos volumes. Temos uma gráfica estruturada, para produzir  bilhão e  milhões de giros/ano, portanto, quando você começa a perder volume, é preciso ser rápido na reestruturação interna, para que o custo não fique maior do que a receita. Fizemos o dever de casa, e na sequência investimos em áreas estratégicas para a empresa. Temos muita força aqui na região Sul e, sobretudo, capacidade de atender todo o Brasil. Por isso, temos reforçado a nossa atuação em outros estados, inclusive com a contratação de pessoas. Fizemos também uma mudança na nossa carteira

de clientes, cortando aqueles que não eram tão interessantes do ponto de vista da rentabilidade, e conquistando outros. Todas essas ações ajudaram na diminuição do impacto da crise. O senhor citou o investimento em áreas estratégicas, quais são elas? Já tínhamos uma área de Inteligência de Mercado, que agora foi reforçada, e um departamento de Marketing consolidado. Também apostamos

Apostamos em um software de geoprocessamento, que adquirimos para ajudar na definição do target dos clientes. Com a visão de que devemos ser mais do que uma gráfica, nos posicionamos como uma consultora, voltada para a eficiência do material impresso. em um soft ware de geoprocessamento, que adquirimos para ajudar na definição do target dos clientes. Com a visão de que devemos ser mais do que uma gráfica, nos posiciona mos como uma consultora, voltada para a eficiência do material impresso. Aliás, esse é um ponto que estamos trabalhando em conjunto com a Abigraf, a fim de ressaltar a importância da mídia impressa para as agências de publicidade. Conheço a importância do impresso para esse segmento em função do meu histórico profissional. Dá para conversar com os nossos clientes de igual para igual do ponto de vista estratégico. Explique, por favor, qual é a função desse software de geoprocessamento. Uma das preocupações do varejo é fazer o tabloide chegar corretamente à mão do cliente. E o nosso soft ware de geoprocessamento contribui

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com esse objetivo. Por exemplo, o cliente diz que precisa falar com mulheres casadas, com filhos até cinco anos, com uma renda acima de R$ .,. Cruzando dados do IBGE, o software consegue mostrar onde está esse público, em quais bairros de São Paulo, Curitiba ou qualquer região do Brasil, organizando o direcionamento do impresso para o target do nosso cliente. Quando a Posigraf começou a trabalhar com esse programa? Em . Essa ferramenta tem contribuído significativamente para o planejamento das nossas ações, e até mesmo para a definição de volume. É um serviço que prestamos junto com a impressão.

Quando a utilização do meio impresso como veículo de venda faz parte da estratégia do seu cliente, a prioridade é a qualidade, pois ele precisa de um bom produto para conseguir faturar, e esse é o perfil que procuramos. Olhamos muito para isso: qual a importância que nós temos para a estratégia do cliente. Nesses quatro anos, como foi a receptividade e a evolução desse recurso? Tornou-se um diferencial. Os clientes o percebem como um benefício claro. E aqueles que já optaram por contratar essa inteligência nos dão um feedback positivo em relação ao alcance efetivo dos seus materiais. Do ponto de vista do nosso volume de venda, a oferta do serviço de geoprocessamento não fez com que vendêssemos muito acima dos nossos concorrentes, mas nos possibilitou oferecer algo que agrega valor ao nosso serviço.

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De que forma está composto o mix de produtos da Posigraf? Os segmentos mais importantes são a perfumaria, o varejo e o editorial. Buscamos clientes entre empresas que valorizam o nosso produto. Se você tem como cliente uma empresa que vende produtos de baixo valor agregado, para a qual a qualidade do material impresso não é determinante, por qualquer centavo ela muda de fornecedor. Já quando a utilização do meio impresso como veícu lo de venda faz parte da estratégia do seu cliente, a prioridade é a qualidade, pois ele precisa de um bom produto para conseguir faturar, e esse é o perfil que procuramos. Olhamos muito para isso: qual a importância que nós temos para a estratégia do cliente. O segmento editorial sempre foi muito forte para a Posigraf. Os tabloides e catálogos ocupam essa posição atualmente? Na rea lidade, o editorial e o varejo sempre tiveram um peso muito parecido aqui dentro. Fazemos parte de um grupo educacional, temos muito material didático sendo produzido. Hoje, do ponto de vista de importância, está meio a meio. Não posso dizer que o peso maior está no varejo. Estamos trabalhando para muitas editoras, inclusive para a nossa. Mas a leve retomada na demanda que o senhor citou está sendo sentida, sobretudo, no varejo e na indústria cosmética, certo? Sim. Como eu disse, os clientes não saíram daqui. Eles permaneceram, mas mudaram papel, volume, dimensões e tiragens. O que é normal em uma redução estratégica de investimento em comunicação. Com a dificuldade que a indústria gráfica tem tido para mostrar a importância dos seus produtos, aliado ao fato dessa nova geração ser extremamente voltada para a internet, acabamos sofrendo. Porém, os pedidos estão sendo retomados, principalmente a partir do trabalho que estamos fazendo para mostrar a eficiência das mídias impressas. Falando sobre o segmento de livros didáticos, tivemos uma queda no lançamento de títulos em 2015, diminuição nos volumes vendidos, enfim um recuo significativo nesse setor. Qual a sua expectativa para o próximo período? No meu ponto de vista, a raiz dessa queda é a grande influência da tecnologia na educação


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e na forma como a juventude consome informação e conteúdo. Nesse cenário, o livro acaba sendo impactado. O que temos percebido, do ponto de vista pedagógico, é que em algumas matérias, para o aluno aprender, é necessário o livro impresso, o papel, o lápis. Em outras, o apelo visual é mais forte, então o digital ganha mais espaço. Mas pelo que temos visto por aqui, e lá fora, é que a substituição total não vai acontecer. Já há exemplos de países em que

a produção de livros físicos está voltando a crescer. O Brasil precisa investir em educação, e os próximos governantes, independentemente do partido ao qual pertencem, não podem deixar de olhar para isso. Também por isso, não acredito numa queda abrupta na demanda por livros. O índice de leitura per capita ainda é muito baixo e isso deve melhorar. Pensando nos próximos anos, acredito que a demanda por livros tende a se manter ou melhorar. Eu estou otimista.

A trajetória da Posigraf A Posigraf foi criada em 1972, quando oito professores de Curitiba abriram

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o curso pré-vestibular Positivo. Para responder à demanda de seus próprios materiais, optou-se por montar uma pequena gráfica que, três anos depois, precisou ser ampliada com o crescimento do curso. Em 1986, com a chegada da primeira impressora offset rotativa, a gráfica passou a atender também clientes externos e, no início dos anos de 1990, já despontava nacionalmente nos segmentos editorial e promocional. A posição de liderança consolidou-se na década seguinte. Atualmente, com atuação no Brasil e no exterior, é considerada uma das maiores gráficas da América Latina no setor em que atua. REVISTA ABIGR AF

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Portinari O pintor do novo mundo empre que se quis definir Portinari, a partir da visão de sua obra, essa definição atingia uma tal abrangência que ultrapassava em muito a caracterização, simplesmente humana, do pintor. Foi assim quando de sua exposição no Museu de Arte Moderna de Nova York, apresentando- ​­o como Portinari of Brazil, formulação que dava-​­lhe o foro de pintor na­cio­nal de seu país. No catálogo da exposição Cem Obras-​­Primas de Portinari, rea­li­za­da pelo Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), seu diretor Pie­tro Maria Bardi o qualificara como “um intérprete das mi­sé­rias do Terceiro Mundo”, tendo Antônio Bento, algum tempo depois denominado-​­o simplesmente O pintor do Terceiro Mundo.

Ao reduzir o termo, Bento am­plia­va-​­lhe o sentido, como que dissesse ser ele não apenas o intérprete das mi­sé­r ias mas também das lutas, ale­g rias e esperanças comuns a esse universo majoritário de nosso planeta. Hoje, passadas vá­r ias décadas desses esforços de definição, delineia-​­se claramente o perfil de Portinari como o de O pintor do Novo Mundo. Epiteto que, ultrapassando o significado simplesmente geo­g rá­f i­co, representa sobretudo o novo mundo so­c ial e es­pi­r i­t ual que o perene labor humano vem construindo, como fruto de seus melhores anseios: a Nova Era, de que Paul Klee e David Alfaro Siqueiros sonhavam ser os pioneiros. E que real­men­te o foram, cada um a seu modo.

ARTE “A obra de Portinari assume autêntica expressão do Rea­lis­ mo do século XX. Rea­lis­mo herdeiro do mesmo clima es­pi­ri­tual de Goya, Turner, Daumier, Millet e Courbet.” Texto: Israel Pedrosa

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1 (página ao lado) Mestiço, óleo sobre tela, 81 × 65,5 cm, 1934 2 Colheita de café, óleo sobre madeira, 237 × 270 cm, 1960

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Este Novo Mundo, de que Portinari viria a ser seu grande intérprete e magno representante, é o Novo Mundo que começa a emergir em meio às lutas e às aspirações, não apenas dos vi­sio­ná­r ios das re­g iões periféricas e dos atuais paí­ses emergentes, mas também às de toda a humanidade progressista. Mundo de paz, de trabalho produtivo, de alegria, felicidade e amor entre os seres humanos, e de fraterna con­f ian­ ça entre os povos. Mundo que, alheio às desalentadoras especulações cerebrinas sobre o fim da História, começa a palmilhar as sendas vislumbradas de su­pe­r io­res es­tá­g ios sociais da ir­ re­f reá­vel História, nutridas pela incansável busca da perfectibilidade da condição humana.

nos ensina?”, a resposta será o espanto. Veremos que melhor que nos com­pên­dios de História, de Economia, de So­cio­lo­g ia ou de Política, o relato vi­sual de Portinari expressa os mais avançados conceitos da cultura de seu tempo, que aponta sempre para um horizonte promissor. Tomada em seu conjunto, como um imenso painel que aborda todos os aspectos da alma humana e da vida so­cial, da miséria e desgraça, aos anseios da bem-​­aventurança terrestre. 5

O REALISMO DO SÉCULO XX

Se aplicarmos à obra de Portinari o conceito de John Ruskin de que para a análise da obra de arte a primeira pergunta a se fazer é: “O que ela 6

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3 Retirantes, óleo sobre tela, 73 × 60 cm, 1936 4 Lavadeiras, óleo sobre tela, 55 × 46 cm, 1943 5 Favela, óleo sobre tela, 50 × 60 cm, 1957 6 Colona sentada, óleo sobre tela, 97 × 130 cm, 1935 7 (página ao lado) Café, óleo sobre tela, 130 × 195 cm, 1935

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O brilho do olhar de seus miseráveis e degradados seres amoráveis tem a chama reivindicativa da esperança. Sua obra, expressão coe­ren­te de sua generosa visão de mundo, não decorre apenas de um “otimismo da vontade” em meio ao “pessimismo da razão”. É expressão de uma razão combatente que, em meio à adversidade, revela os lenitivos de uma cantata ao porvir. Então, tal como Sha­kes­pea­re, Bach, Mozart ou ­Goethe, em puro aporte ao conceito gra­mis­ cia­no, sua arte “ensina enquanto arte, não como arte educativa”, adentrando o reino do conhecimento sensível, tal como vislumbrara Vico.


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Nutrida por her­me­nêu­ti­ca de toda a história da arte, a saga por­ti­na­ria­na revela res­ so­nân­cias sensíveis dos pré-​­renascentistas, dos renascentistas, dos tormentos de Grunewald, dos arroubos ex­pres­sio­nis­tas e até de insólitos ângulos cubistas. Seu Rea­lis­ mo, expressão sublimada do modernismo estético do século XX , reveste-​­se com toda a riqueza ancestral do vocabulário plástico universal. Contudo, não é um Rea­lis­mo sem fronteiras, como aspirava Roger Garaudy, pois nele, como assinala o próprio Portinari, em seu poe­m a Grunewald, há um inequívoco nor ­tea­men­to humanístico:

A singeleza ou a monumentabilidade dessas visões estão expressas nos murais da casa de Brodósqui, da capela da Pampulha, do Ministério da Educação, da Bi­ blio­te­ca do Congresso, em Washington, e dos painéis e quadros que percorreram o território das três Américas. O texto deste artigo foi escrito em 2009 por Israel Pedrosa para o Projeto Portinari. Falecido recentemente, ele foi aluno de Candido Portinari, pintor, escritor, autor do livro “Da Cor à Cor Inexistente”, historiador, critico de arte e professor emérito da Universidade Federal Fluminense (UFF).

O bem é teu, permanecerá. Malditos eles donos do mal Não existirão. A universalidade de seu vocabulário plástico é ao mesmo tempo a única forma de expressão de seu postulado estético. É com ela que desde o início de sua saga ele revela um universo novo para a historicidade da arte. Daí surgem as re­mi­nis­cên­ cias rurais de sua infância, o cenário humilde das nascentes metrópoles, cenas e alma da vida brasileira.

Exposição no Masp Portinari Popular

“O foco da exposição ‘Portinari Popular’ é nas pinturas com temas, narrativas e figuras populares — trabalhadores em suas diversas atividades (lavradores de café e de outras culturas, lavadeiras, músicos, garimpeiros), personagens e tipos populares (o cangaceiro, o retirante, a baiana, a índia Carajá) e não europeus (negros, mulatos, ín­dios). A mostra reú­ne diferentes representações de temas populares que são recorrentes na obra de Portinari ao longo das décadas, o que confirma seu compromisso, engajamento e sua determinação com eles”. ADRIANO PEDROSA, diretor artístico; RODRIGO MOURA, curador adjunto de arte brasileira e CAMILA BECHELANY, curadora assistente do Masp.

Capa

O lavrador de café, óleo sobre tela, 100 × 81 cm, 1934

Museu de Arte de São Paulo (Masp) 12 de agosto a 15 de novembro de 2016 www.masp.org.br julho /agosto 2016  REVISTA ABIGR AF

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EVENTO

Muito além dos cadernos

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Celebrando 30 anos em 2016, a Escolar Office Brasil está consolidada como o principal evento para o setor de papelarias e materiais de escritório. Cada vez mais diversificado em produtos, evento reforça também seu conteúdo informativo. Texto: Ada Caperuto

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Fotos: Divulgação

ais de 13 mil visitantes, 10 expositores, sen‑ do  deles de outros paí‑ ses, uma programação rica em conteúdo informativo. Esta pode ser a síntese da Escolar Office Brasil – Fei‑ ra Inter nacional de Produtos para Pape‑ larias, Escolas e Escritórios, que acaba de comemorar seus 30 anos de existência.

Mas o evento vai muito além da expo‑ sição de novidades para os profissionais do setor. Rea lizado de 7 a 10 de agosto, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, com organização da Francal Feiras e patrocínio da Abigraf São Paulo, a Escolar Office Brasil contou com 2 ho‑ ras de palestras, workshops e atividades relacionadas ao conhecimento.


Em 2016, a feira recebeu, de acordo com os organizadores, um público majo‑ ritário de compradores: 8.637 pes­soas, ou 66% do total. Significa que, de cada três visitantes, dois eram representantes de pa­pe­la­r ias, bazares, lojas de presentes e brinquedos e supermercados, interessa‑ dos em rea­l i­zar ne­gó­cios com as empresas expositoras. Os visitantes internacionais vie­ram de 16 paí­ses. Para Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal Feiras, a exposição cumpriu seu papel principal mais uma vez. “É a mesma missão que assumimos há 30 anos, quan‑ do cria­mos a Escolar: trabalhar incansavel‑ mente pelo desenvolvimento do setor de produtos para pa­pe­la­r ias, ma­te­r ial escolar e de escritório. Um setor forte merece uma feira forte”. Patrocinadora do evento desde a primeira edição, a Abigraf‑SP avalia que, neste ano, o grande desafio foi superar o pessimismo do papeleiro. “Posso garantir que conseguimos. Com ini­cia­ti­vas como a Papelaria Modelo e o Seminário da Educa‑ ção, que foi um sucesso de público, a feira tornou-​­se mais atrativa até mesmo para os expositores. Já temos a confirmação de que no ano que vem algumas grandes marcas voltarão para a Escolar, o que demonstra que estamos no caminho certo”, disse Sid‑ ney Anversa Victor, presidente da entidade. Entre os expositores, a Gomaq, em par‑ ceria com a Unibind, apresentou sistemas de encadernação e personalização de capas duras e plásticas. De acordo com a empre‑ sa, o di­fe­ren­cial da tecnologia desenvolvi‑ da pela Unibind é a rapidez e praticidade do processo. No estande, os visitantes também puderam conhecer a impressora digital Uni‑ foilPrinter, que permite a personalização de capas de livros, cadernos, agendas e mo­ no­g ra­f ias. “A feira é sempre uma excelente oportunidade de estreitar nosso re­la­cio­na­ men­to com os clien­tes e prospectar novos parceiros. Neste ano, nosso di­fe­ren­cial foi o método moderno e simples que permite produzir documentos elegantes e profissio‑ nais, com acabamento impecável em ape‑ nas 90 segundos”, afirmou Danilo Munhós, gerente de Mar­ke­ting e Vendas da Gomaq. Carlos Rettmann, diretor da Confet‑ ti, que atua nos mercados de papelaria, es‑ critório, embalagens e produtos promocio‑ nais, comentou que, neste ano, com a feira

ocupando um espaço menor, a vantagem para quem participou foi ganhar maior visi‑ bilidade. A empresa levou sua linha autoral para o estande, apresentando as novidades para 2017, em coleções voltadas a diversos segmentos de mercado. “Estamos otimistas com os resultados a serem alcançados com a nossa participação. Muitas empresas es‑ tão passando a se interessar pelos diferen‑ ciais de nossos produtos”, disse ele sobre uma linha que tem como identidade o es‑ pírito jovem, cria­ti­vo e moderno. O diretor

destacou ainda a linha Tera, de itens feitos a partir da reciclagem de embalagens car‑ tonadas assépticas. “São produtos que ex‑ portamos há algum tempo, mas que agora, com o crescente interesse do mercado in‑ terno pelos materiais reciclados, têm tudo para ganhar mercado.” A Foroni, uma das líderes no segmento papeleiro, apresentou na Escolar sua cole‑ ção 2017, que conta com mais de 700 produ‑ tos divididos em cerca de 80 linhas de agen‑ das, cadernos, mochilas, totebags, fi­chá­r ios

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ne­gó­cios dos expositores e visitantes nes‑ se momento de retomada da con­f ian­ça do consumidor e recuperação da economia”, explicou Abdala Jamil Abdala. De acordo com Larissa Carvalho, con‑ sultora da Unidade de Desenvolvimento Se­ to­r ial do Sebrae‑ SP, somente nos três pri‑ meiros dias de feira passaram pelo local mais de mil visitantes, entre pro­prie­tá­r ios de pa­pe­la­r ias que buscavam informações para otimizar seu negócio e em­preen­de­ do­res que desejam abrir uma papelaria. “Para alguns deles, que já a­ tuam na área, foi a oportunidade de confirmar que estão conduzindo os ne­gó­cios da maneira corre‑ ta. Para outros, foi um momento de desco‑ berta sobre um ou outro aspecto do lay­out,

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e estojos. De acordo com Marina Tumolo, responsável pela área de comunicação, os dois primeiros dias do evento foram mui‑ to movimentados, com presença maciça de visitantes no estande. “Na linha de ca‑ dernos e agendas, destaco os lançamentos em li­cen­cia­dos, como o sucesso dos filmes ‘Procurando Dory’ e ‘Pets’ e a linha Emo‑ jis. Nas marcas pró­prias, a coleção ‘A mi‑ gas para sempre’ vem crescendo cada vez mais”, revelou. “A Escolar 2016 é uma gran‑ de oportunidade de mostrar todos os pro‑ dutos de Volta às Aulas 2017 de uma única vez a todo o segmento, pois auxilia no for‑ talecimento da relação com lojistas e par‑ ceiros”, completou Marici Foroni, diretora de mar­ke­ting da empresa. Quem retornou ao evento, depois de uma ausência de algumas edições, foi a fa‑ bricante de cadernos, agendas e materiais escolares Tilibra. De acordo com o diretor Ricardo Carrijo, todo os setores do mer‑ cado precisam de uma feira que os repre‑ sente e a Escolar é, com certeza, o espaço ­ideal para a sua empresa. “Retomamos a participação por razões estratégicas e co‑ merciais. Estou observando nossa presen‑ ça de uma maneira muito positiva. Nos quatro primeiros dias tivemos grande mo‑ vimentação de compradores em busca de lançamentos, a fim de se preparar para o Volta às Aulas 2017”, declarou. REVISTA ABIGR AF  julho /agosto 2016

PAPELARIA MODELO

Uma das grandes novidades deste ano foi a Papelaria Modelo, um espaço que demons‑ trou na prática como transformar o estabe‑ lecimento em uma ferramenta de vendas. O conceito do projeto foi desenvolvido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pe‑ quenas Empresas de São Paulo (Sebrae‑SP), com patrocínio da Soft­ware Express e To‑ tal Sistemas e produção da MP Papeleiras. O local simulou uma papelaria de verdade, onde são aplicadas as mais modernas técni‑ cas de vendas, como a distribuição ra­cio­nal dos produtos nas gôndolas e o uso eficaz do vi­sual merchandising, além de oferecer visi‑ tas guiadas por es­pe­c ia­lis­t as, que deram consultoria aos varejistas que visitam a fei‑ ra. “Essas ini­cia­ti­vas se juntam a tantas ou‑ tras que cria­mos para dar um impulso nos

da gestão ou das ferramentas de mar­ke­ting que podem melhorar suas vendas e agregar valor ao seu negócio”, disse. CARTÃO MATERIAL ESCOLAR

A feira contou com uma ação específica do Cartão Ma­te­r ial Escolar no estande con‑ junto das entidades apoiadoras da ini­cia­ ti­va: Abigraf‑SP, As­so­cia­ção Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Es‑ colares e de Escritório (Ab­f iae), As­so­cia­ção dos Distribuidores de Papelaria (Adispa) e Sindicato do Comércio Varejista de Ma­te­ rial de Escritório e Papelaria de São Paulo e Re­g ião (Simpa), além da Federação das As­so­c ia­ções Co­mer­c ial do Estado de São Paulo (Facesp) e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio). 


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O sistema substitui a compra governa‑ mental de ma­te­r ial escolar da rede públi‑ ca por um crédito concedido aos alunos, que passam a adquirir os itens diretamen‑ te em pa­pe­la­r ias cadastradas. “Estamos muito satisfeitos com a possibilidade de implementação do Cartão em todo o Bra‑ sil. É uma ferramenta inclusiva, que é boa para a educação e para o País”, disse Rubens Passos, presidente da Ab­f iae. No estande, representantes das entidades deram plan‑ tão para esclarecer dúvidas. Em um miniau‑ ditório, no mesmo local, foram ministra‑ das palestras rápidas, com destaque para o painel “Cartão Ma­te­r ial Escolar”, com a explanação detalhada sobre a ferramenta e o lançamento de uma cartilha. O tema do Cartão também foi detalha‑ do em um painel rea­li­za­do na Arena do Co‑ nhecimento. Ricardo Carrijo, integrante do Conselho Fiscal da Abigraf‑SP e diretor de Relações Institucionais da Ab­f iae, lembrou que o Cartão é uma ini­cia­ti­va que contribui para fortalecer a cadeia produtiva e cria be­ ne­f í­cios para a so­cie­da­de, pois gera empre‑ gos, garante maior transparência na compra de ma­te­r ial escolar, fortalece a economia das cidades, fornece mais opções de esco‑ lha ao estudante e fomenta a economia lo‑ cal. Durante a apresentação do painel, ele comentou que, se o Estado de São Paulo adotasse o sistema, mais quatro milhões de crian­ças e jovens se­r iam be­ne­f i­cia­d as.

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Em 9 de agosto, durante a Escolar Offi‑ ce Brasil, o Grupo Em­pre­sa­r ial de Envelo‑ pes (GE ‑Enve) e o Grupo Em­pre­sa­r ial de Cadernos (GE ‑Cade) rea ­l i­za­ram uma reu­ nião de trabalho no estande da Abigraf-​ ­SP. Entre os temas debatidos, os em­pre­sá­ rios abordaram assuntos pertinentes aos seus respectivos segmentos, no âmbito das perspectivas de ne­gó­cios, exportações, cus‑ tos de produção, tributos e questões jurí‑ dicas. Também foi abordada a Campanha “Vote no impresso” e novo modelo do pro‑ jeto de exportação Imprint Brasil. A oca­ sião também marcou a reu­nião executiva da Abigraf‑SP, aproveitando a presença de todos os vice-​­presidentes das Seccionais e diretores setoriais na feira.

SEMINÁRIO E PROGRAMAÇÃO

Em sua terceira edição, o Seminário de Edu‑ cação Escolar Office Brasil, rea­li­za­do pela Abigraf‑SP e Francal Feiras, com apoio do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (­Sieeesp), aconteceu nos dias 9 e 10 de agosto, trazendo con­teú­ do es­sen­cial­men­te voltado aos professores e educadores. Com a curadoria do Institu‑ to Cultural Lourenço Castanho (Icloc), teve como tema “O tempo da escola: mudança”. A abertura ofi­c ial ficou por conta do presidente da Francal Feiras e de Reinal‑ do Espinosa, diretor de Relações Institu‑ cionais da Abigraf Na­cio­nal. Vale lembrar que o sistema as­so­c ia­t i­vo do setor gráfi‑ co foi o pioneiro na proposição de que se

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destinem 10% do PIB ao ensino. Sidney Anversa Victor, presidente da Abigraf‑SP, observou durante o evento que “é preci‑ so repensar o papel da escola. Melhorar a qualidade da educação é uma prio­r i­d a­de urgente no Brasil”. Com esse intuito, o se‑ minário reuniu um time de es­pe­cia­lis­tas que discutiu questões como a integração da tecnologia na prática, a personalização do ensino e as com­pe­tên­cias para o sécu‑ lo 21. Os temas indicam as ten­dên­cias do atua­lís­si­mo debate sobre a educação. Nos

dois dias do Seminário foram apresenta‑ das palestras sobre mudanças no cená‑ rio escolar; design thinking na educação; a tecnologia no ensino e na prática docente; neurociência e educação; currículo e com­ pe­tên­cias do século 21; personalização do ensino; e gestão escolar. Além do seminário, a feira contou com uma programação diversificada, compor‑

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tando o espaço “Papelaria Mais”, uma área destacada dentro do pavilhão que reuniu expositores de papelaria fina e artigos espe‑ ciais. O “Ciclo de Gestão Sebrae‑SP ” trouxe palestras sobre gestão e varejo, começando com o painel macro “Caminhos para o co‑ nhecimento – NRF 2016”, apresentado por Ivan Hussni, diretor técnico do Sebrae-​­SP, que trouxe as principais ten­dên­cias do va‑

Os grupos empresariais de cadernos e envelopes da Abigraf-SP realizaram reunião de trabalho no estande da entidade

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rejo apresentadas no maior evento do se‑ tor no mundo, a NRF, nos Estados Unidos. O ciclo seguiu com palestras rápidas sobre organização da loja, fluxo de caixa, linhas de crédito e estoque, entre outros temas. No espaço “Escolar Ex­pe­r ien­ce”, o pú‑ blico pôde assistir a palestras, oficinas e workshops ministrados pelas empresas ex‑ positoras para apresentar a fun­cio­na­li­da­de, utilidade prática, vantagens e diferenciais dos produtos expostos na feira. Por fim, o “Painel de Debates” teve como tema “Li­cen­ cia­men­to de personagens: uma poderosa ferramenta de Mar­ke­ting”, sendo conduzi‑ do pelos es­pe­cia­lis­tas Marici Ferreira, di‑ retora executiva do EP Grupo e presidente da As­so­cia­ção Brasileira de Li­cen­cia­men­to (Abral), e Marcus Macedo, CEO da Santa Cruz Mar­ke­ting e diretor da Abral. NOVO LOCAL

A partir de 2017, a Escolar Office Brasil pas‑ sa a ser rea­li­za­da em novo pavilhão: o Expo Center Norte. Segundo Abdala, a “nova casa” possui in­f raes­tru­tu­ra moderna e vai oferecer mais conforto aos expositores e vi‑ sitantes. A próxima edição da feira aconte‑ ce de 23 a 26 de julho de 2017. Abdala acredita que, no próximo ano, a feira vai aquecer ainda mais os ne­gó­cios do setor. “Com a retomada da economia, a mudança da feira para o Expo Center Nor‑ te, o retorno de vá­r ias empresas e o aumen‑ to de con­teú­do pro­f is­sio­nal nas palestras e workshops, temos a certeza de que a Esco‑ lar 2017 reforçará seu papel de evento fun‑ damental para fabricantes e varejistas”, co‑ mentou o presidente da Francal Feiras.


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INTERNACIONAL

Dieter Brandt

Impressão, hoje mais criativa e eficiente que nunca Um olhar sobre a Drupa 2016

F

az 34 anos que visitei a Drupa pela primeira vez, em 182. Eu era jovem e procurando um emprego fixo num setor que naquele momento era em grande parte desconhecido. Fiquei impres­ sionado com a feira. A tecnologia apresen­ tada e a inter naciona lidade dos visitantes

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me impressionaram profundamente e na­ quele momento entendi a importância que a Drupa tem para a indústria gráfica. E isso nunca mais mudou para mim. A Drupa significa oportunidades, tem­ po para discussões e troca de ex periências, conhecer novas soluções e entender estas

mudanças­chaves. Poder discutir com es­ pecia listas e levar soluções de ponta para qualquer lugar do mundo. Isso não pode ser substituído pela internet. Mesmo assim, a Drupa 2016 registrou menos visitantes que nos anos anteriores. Por outro lado, a qualidade dos contatos foi


claramente melhor. A queda no número de visitantes tem um motivo determinante: a pressão nos custos aumentou ainda mais no setor, tanto para fabricantes como para as gráficas e certamente isso veio para ficar. As empresas en­v ia­ram um número me­ nor de visitantes e eles vie­ram por menos dias, porém com agendas muito específicas. A América Latina não esteve representada como nas últimas edições da Drupa. A si­ tua­ção econômica e política da re­g ião não incentiva investimentos, es­p e­c ial­men­te com tanta capacidade ocio­sa. UMA NOVA REALIDADE

Com a queda de vendas dos equipamentos registrada nos últimos anos, os fabricantes tiveram que perder gordura e se reinventar. Isso levou a maioria a participar desta edi­ ção da feira com estandes mais compactos. Porém, ao lado daqueles espaços tra­d i­cio­ nal­men­te maiores estavam presentes tam­ bém muitas pequenas empresas inovadoras. Ficou claro que a forte dominância de algu­ mas grandes empresas vista nas últimas décadas não existe mais. A Drupa continua sendo um imã para gráficas e compradores gráficos do mundo todo. É recomendável que a feira continue acontecendo em intervalos de quatro anos, mas com menos dias de duração. Há mais de 60 anos a Drupa determi­ na o ritmo de implementação de novos conceitos e a utilização de novas tec­no­lo­ gias para nossa indústria no mundo in­ teiro. O que se pode enxergar hoje é a mu­ dança da indústria de um foco produtivo e tecnológico para uma indústria orien­ta­da ao serviço. Mais do que nunca, os forne­ cedores buscam oferecer novas soluções e modelos de ne­gó­cios concentrados nas ne­ cessidades do clien­te. Diferente das déca­ das an­te­r io­res, quando prevalecia a oferta

de novas máquinas para produzir em uma só passada a quatro ou mais cores, ou má­ quinas com verniz em linha, o advento do CtP, do digital ou de soluções de web-​ t­ o-print está transformando as gráficas em provedoras completas de serviços. Pode-​­se afirmar que grande parte das gráficas no mundo já passou por essa trans­ formação. Agora vem o próximo desafio tecnológico. Na indústria gráfica estamos nos aproximando do conceito Print 4.0, uma produção completamente in­dus­t rial e digitalmente conectada. Para dar apenas um exemplo: a Müller Martini demons­ trou isso de forma im­pres­sio­nan­te na área de acabamento. Eles mostraram efi­c iên­ cia máxima na produção com máxima fle­ xibilidade, mesmo nas menores tiragens. Imaginava-​­s e que isso só seria possível em um próximo passo. A impressão digital (ainda) não é uma grande fonte de faturamento; a nanotec­ nologia desperta grandes expectativas, mas ainda não tem muitas respostas para os de­s a­f ios na prática; a impressão em 3D bate na porta e possibilita aplicações completamente novas. As tiragens vão con­ti­nuar diminuindo e a pressão dos custos vai con­ti­nuar subindo, forçando assim o empresário a pensar 100% em um único segmento como líder de cus­ to (mínimo) ou se po­si­cio­nar amplamen­ te. A máxima produtividade em cada fase

do processo será pri­mor­d ial para ganhar dinheiro na impressão no futuro. Na Drupa estão as ideias e os contatos. Em poucos dias é possível falar com es­pe­ cia­lis­tas e todos os tomadores de decisão, verificar, preparar e até definir novos cami­ nhos. Quem quer ver as principais mudan­ ças da indústria gráfica na prática está no lugar certo. Aqui na Europa os clien­tes não conhecem fronteiras nem leal­d a­de. Des­ ta forma todos os fabricantes podem mos­ trar seus produtos e soluções diretamente às empresas mais inovadoras do setor. Hoje, ter mais informação pode fa­ zer a diferença. O visitante in­ter­na­cio­nal é quem mais se beneficia disso, porque a maioria ainda não vivenciou essas mudan­ ças rápidas e decisivas em seu próprio país ou mercado. A definição da estratégia para empresas bem-​­sucedidas mais uma vez foi possibilitada por meio da Drupa. Só nela é possível ver tudo isso, vi­ven­ciar essa indús­ tria inovadora. É isso que faz deste evento uma visita obrigatória. No Brasil, com cer­ teza, a ExpoPrint Latin America 2018 será fortemente in­f luen­cia­da por esta feira. Dieter Brandt, ex-presidente da Afeigraf e da Heidelberg Brasil e América Latina, hoje é sócio da HR-Expertgroup Executive Search & Consulting e proprietário da Crestcom Munich / Rosenheim, Alemanha, especializada em treinamento de gestão e liderança. brandt@hr-expertgroup.com julho /agosto 2016  REVISTA ABIGR AF

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TRENDS OF PRINT 2016

Difusão das tendências tecnológicas e de mercado Pela primeira vez realizada fora de São Paulo, a Trends of Print teve como sede neste ano três diferentes capitais: Recife, Blumenau e Rio de Janeiro.

Gráficas de Blumenau, participou do evento destacando a importância de iniciativas como a Trends of Print. Os patrocinadores, Agfa e Canon, prestigia ram a conferência através de Eduardo Sousa, gerente de marketing da Agfa para a América Latina, e Fabiano Peres, pela Canon. Eduardo, também presidente da Afeigraf, representou a entidade. O consultor Hamilton Terni Costa, diretor da NPES para a América Latina, discorreu sobre a maior feira da indústria gráfica do mundo, com a apresentação de “20 minutos de Drupa”.

Trends of Print 2016, conferência da Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica (Afeigraf), foi desmembrada neste ano em três etapas. A primeira delas aconteceu em Recife, no dia 16 de agosto, no Mar Hotel. No dia 2 foi apresentada em Santa Catarina, no Senai Blumenau. Fechando o ciclo, no dia 0 do mesmo mês, ocorreu no Novotel do Rio de Janeiro. Nas três regiões, empresá rios do segmento tiveram a oportunidade de atua lizar-se sobre tendências tecnológicas. Além do conhecimento transmitido por respeitados especia listas, o evento proporciona o compartilhamento de ideias e conceitos sobre as práticas de cada empresário, um networking fundamental nos tempos atuais.

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Blumenau, 23 de agosto – Fernando Mayer, presidente do Sindicato das Indús trias REVISTA ABIGR AF

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TENDÊNCIAS MERCADOLÓGICAS

Es pecia lista no segmento de impressão, Alexandre Keese enfatizou ser fundamental o profissional do setor entender o panorama atual do mercado gráfico brasileiro e mundial, para que possa direcionar com maior segurança suas ações e investimentos na busca da melhoria da produção e da rentabilidade.

Recife

Fotos: Divuilgação

Recife, 16 de agosto – Na conferência realizada na capital pernambucana, Alexandre Keese, diretor da APS Feiras, destacou as ações da Afeigraf na defesa dos interesses do mercado brasileiro de impressão, ressaltando os eventos promovidos pela entidade em parceria com a APS Feiras, como a ExpoPrint Latin America e ExpoPrint Digital. Agfa e Canon, patrocinadoras do evento, foram representadas por Marcelo Moraes, consultor de negócios da Região Nordeste da Agfa Graphics do Brasil, e Fabiano Peres, supervisor de Revendas da Canon.

Rio de Janeiro, 30 de agosto – No evento de encerramento da Trends of Print 2016, o presidente da Afeigraf, Eduardo Sousa, ressaltou a importância da entidade na luta pelo desenvolvimento de ações e projetos em benefício do segmento de impressão: “Cumprimos a missão de levar conhecimento a diferentes regiões do País. Promover a educação dentro do mercado, transmitindo conhecimento e inspirando

os gráficos, está dentro de nossos objetivos como associação”, disse Eduardo, acrescentando: “Como representante da Agfa, também fico satisfeito, pois foi possível falar de nossas soluções a um público qualificado”. Fabia no Peres, responsável pela apresentação da linha gráfica da Canon, exaltou a qualidade do evento: “Tivemos um overview muito bom, até mesmo para aqueles que estiveram na Drupa”. Alexandre Keese e Ricardo Minoru valorizaram a qualidade de conteúdo nos três eventos, falando sobre “Tendências mercadológicas” e “Tendências tecnológicas”.

O especialista Ricardo Minoru falou sobre as tendências da tecnologia gráfica


Blumenau

Na conferência de Blumenau, o consultor Hamilton Terni Costa contou o que viu na Drupa

Tendo por base pesquisas desenvolvidas no mercado gráfico brasileiro e os números do Drupa Trends Report dos últimos três anos (2014 a 2016), Kee­se apresentou um quadro comparativo do ­atual cenário gráfico brasileiro, separando-​­o por re­g iões e segmentos. Através dos dados colhidos, fica evi­den­cia­da a constatação de que a impressão offset continua viva e ainda desempenha um papel importante na indústria gráfica. Nesse estudo também foi possível perceber que as empresas estão procurando otimizar sua rentabilidade trabalhando com margens menores, em razão do aumento no número de encomendas de baixas tiragens, utilizando mais fortemente as possibilidades dos dados variáveis para uma impressão customizada e mais personalizada. O especialista destacou também o aumento no uso do web-​­to-print na impressão, assim como o crescimento do mercado de embalagens, es­pe­cial­men­te no Brasil. Keese salientou que essas pesquisas mostram que o empresário gráfico brasileiro está sempre atento às novas tec­no­lo­g ias, buscando otimizar processos de forma lucrativa e sustentável. E este foi o padrão constatado em todas as três etapas do ­Trends of Print 2016: profissionais interessados em conceitos inovadores, produtos e ideias para am­pliar suas possibilidades, abrindo novos horizontes e outros mercados.

TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS

Por sua vez, dentro do que observou na Drupa 2016, ocorrida em junho na Alemanha, Ricardo Minoru projetou o que há de novo na tecnologia gráfica para os próximos anos. O es­pe­cia ­l is­ta começou fazendo uma linha do tempo do que se viu nas últimas Drupas em relação a ten­dên­cias e consolidação de tec­no­lo­gias. Na Drupa deste ano, destacaram-​­se a impressão digital com gamut estendido (até sete tintas); as

impressoras digitais no formato B1; as par­ ce­r ias entre empresas de soluções analógicas e digitais; a produção de embalagens; e a impressão fun­cio­nal. Em relação à consolidação de tec­no­lo­g ias, foi possível ver a evolução da inkjet in­dus­trial, web-​­to-print e impressão multicanais. Para Minoru, a Drupa 2016 foi empolgante e evo­lu­cio­ná­r ia, reforçando o sentimento dos profissionais presentes na feira de uma indústria forte e em transformação, com o fortalecimento de par­ce­r ias, investimentos em tecnologia, e produtos gráficos com maior valor agregado, personalizados, integrados com outros canais e enobrecidos no acabamento. Minoru presenteou os participantes com uma grande aula sobre tecnologia na indústria de impressão. Diversos aspectos foram explanados, como o avanço dos toners secos e líquidos, a comunicação multicanal, o gamut expandido e o rápido avanço da impressão de embalagens, além das tec­ no­lo­gias de pré-​­impressão, impressão inkjet de produção in­dus­t rial, com detalhada abordagem técnica sobre o inkjet, tema de grande relevância na Drupa. Finalizando, o es­pe­c ia­lis­ta discorreu sobre a nanografia, apresentada por Benny Landa durante a feira e que promete ser a grande atração da indústria gráfica nos próximos anos.

Rio de Janeiro

Eduardo Sousa, presidente da Afeigraf, ressaltou o elevado nível da Trends of Print

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TINTAS E VERNIZES

O investimento não para A ACTEGA, FORNECEDORA DE TINTAS E VERNIZES GRÁFICOS, SE PREPARA PARA RECEBER NOVO APORTE DE RECURSOS OBJETIVANDO A MODERNIZAÇÃO DA UNIDADE DE GUARULHOS.

D

Texto: Tânia Galluzzi

epois de um período de adequação de suas três plantas aos patamares globais do grupo, a Actega do Brasil deve receber em  investimentos entre US$  milhão e US$  milhões para a modernização de suas fábricas. O alvo principal é a unidade de Guarulhos (SP), na qual são produzidos os vernizes, que deve receber novos equipamentos. “A meta é a elevação da eficiência, porém se a demanda voltar a crescer teremos flexibilidade para produzir volumes maiores”, comenta Gabriel Birenbaum, CEO da empresa. O investimento beneficia rá a produção tanto de tintas convencionais quanto com cura UV, destinadas à impressão offset em suportes celulósicos e plásticos, assim como o segmento de metalgrafia. Além de tintas e vernizes, a empresa guarda para o próximo ano novidades para o mercado de embalagens flexíveis, sobretudo para tampas de iogurtes, envolvendo também a área de adesivos. Nesse processo contínuo de atualização provocado pela aquisição da Overlake e da

Premiata, o primeiro item novo no portfólio foi uma tinta flexográfica base d’água para impressão de rótulos em papel e filmes plásticos. O produto passou pela fase de testes e aceitação do mercado, já está sendo fabricado no Brasil e inclusive exportado. Agora é a vez de primers e vernizes para materiais impressos em sistemas digitais, linha consagrada em outros países atendidos pela Actega, e cuja viabi lidade no Brasil está sendo verificada. “Estamos trabalhando para que não haja atraso nos lançamentos, para que tenhamos condições de trazer rapidamente para cá os novos desenvolvimentos, com a qualidade assegurada”, afirma o executivo.

Gabriel Birenbaum, CEO da Actega do Brasil

Corpo de funcionários e vista interna da Actega Overlake, em Guarulhos

Mesmo enfrentando o encolhimento da economia, a empresa tem conseguido cumprir suas metas. A companhia está contratando especia listas para completar a sua equipe e fechou o primeiro semestre com vendas superiores em comparação ao mesmo período do ano passado. Isso, de acordo com Gabriel Birenbaum, em função da estratégia de concentrar esforços em produtos de maior valor agregado e não apenas na busca de aumento dos volumes. “O objetivo é apresentar soluções cada vez mais eficientes, colaborando para que nossos clientes saiam mais saudáveis da crise.” ✆ ACTEGA www.actega.com.br

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ECONOMIA

Foto: AGB Photo Library

Texto e dados: Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf

Índice de confiança reage e registra leve melhora

A sondagem realizada pela Abigraf no período de abril a junho mostrou que o empresário gráfico começa a ter um pouco mais de confiança na melhora da economia nacional.

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N

o segundo trimestre de 2016, o Índice de Confiança (IC) do em­ presário da indústria gráfica bra­ sileira registrou a marca de 43,9 pontos, em uma escala de  a 1, registrando um pequeno, mas animador, aumento de 2,8 pontos em relação aos 41,2 do trimestre ante­ rior. Apesar de manter­se distante da linha de neutralidade de  pontos, esse índice configu­ ra a maior alta desde o primeiro trimestre de 21, o que faz acreditar numa retomada mais rápida da confiança dos empresários. A evolução do IC sobre o trimestre ante­ rior foi sustentada pelo acréscimo de 1,1 ponto percentual na componente Situação Atual, para 3,9 pontos, e aumento de 4,4 pontos percentu­ ais em Expectativas, para 2, pontos. Isso de­ monstra que o empresário está identificando condições menos restritivas e vê alguma razão para um certo otimismo com o futuro. Em ou­ tras palavras, acredita que está um pouco me­ nos ruim agora e poderá melhorar mais à frente. Analisando os números no recorte por por­ te de empresas verificamos que a confiança é

menor nas micro e grandes, sendo que o resul­ tado destas últimas sur preende negativamen­ te (Tabela 1). Por se tratar de um grupo mais vulnerável e que tem sido particularmente im­ pactado pela crise, o pessimismo do microem­ presário é mais do que compreensível, já que o segmento enfrenta grande pressão de custos e sofre com a falta de acesso ao crédito. No caso das empresas de grande porte, a confiança tam­ bém ficou abaixo da média, principalmente em razão do pessimismo com relação ao futuro. É difícil interpretar o resultado, mas uma hipó­ tese possível é de haja alguma preocupação com TABELA 1: IC (0 A 100) POR PORTE DE EMPRESA IC SITUAÇÃO ATUAL

IC EXPECTATIVA

IC

Micro

31,0

49,3

40,2

Pequena

37,2

54,7

45,9

Média

45,4

56,5

50,9

Grande

39,5

43,4

41,4

IC

35,9

52,0

43,9

PORTE


as consequências da recente valorização cam­ bial, que pode ter impactado planos de expor­ tação e aumentado a concorrência com os pro­ dutos importados. Porém, essa é apenas uma leitura mais preo­cu­pan­te do indicador. Convém aguardar um pouco mais para verificarmos se esse quadro irá consolidar-​­se ou não, já que es­ tamos em meio a um momento de inseguran­ ça e na expectativa de profundas mudanças es­ truturais na política e na economia nacionais. O Sul apresentou o pior resultado na análi­ se re­g io­nal (Tabela 2), com 42,6 pontos, ou 1,3 ponto per­cen­t ual abaixo do índice obtido na sondagem an­te­r ior. A re­g ião com o maior IC TABELA 2: IC (0 A 100) POR REGIÃO

TABELA 3: SUA EMPRESA SENTIU ALGUM EFEITO POSITIVO DA MUDANÇA DE GOVERNO? Nada aconteceu

72%

Sim

19%

O quadro piorou

9%

TABELA 4 : SE SIM, QUAIS? Aumento da demanda/encomendas

12%

Menor pressão altista nos preços de insumos

8%

Melhora no acesso ao crédito

1%

Queda de taxa de juros no crédito bancário

1%

Outros

3%

Um dado positivo, que pode ser considera­ do reflexo da componente Expectativas, é a rea­ va­lia­ç ão de planos de investimento. Mais da metade dos em­pre­sá­r ios consultados estão vis­ lumbrando perspectivas mais favoráveis para investimento (Tabela 5).

IC SITUAÇÃO ATUAL

IC EXPECTATIVA

IC

N

32,5

55,0

43,8

NE

33,6

54,3

43,9

CO

40,9

53,8

47,3

SE

37,2

51,3

44,2

TABELA 5: A MUDANÇA POLÍTICA/ECONÔMICA O FEZ REVER PLANOS SOBRE INVESTIMENTOS?

S

33,6

51,6

42,6

Não

49%

IC

35,9

52,0

43,9

Sim

51%

PORTE

é o Centro-​­Oeste, com 47,3 pontos, resultado bem melhor do que o registrado no primeiro trimestre (42,8). A razão para o maior otimis­ mo do Centro-​­Oeste repousa, com certeza, no bom desempenho do agronegócio. PERCEPÇÃO SOBRE O CLIMA POLÍTICO

O ano começou com uma grave crise política e econômica e falta de perspectiva de recupera­ ção. Esse quadro resultou em insegurança e ex­ pressiva queda de con­f ian­ça por parte dos em­ pre­sá­rios, que já vinham adotando uma postura defensiva. Em meio ao processo de im­peach­ment, a mudança para um governo interino, que pro­ pôs uma agenda econômica de ajuste fiscal e de “arrumação” da economia, foi bem recebi­ da pelos agentes econômicos. Timidamente, as expectativas de inflação começam a ceder e a economia dá alguns sinais rumo à estabiliza­ ção. Apesar disso, não se pode afirmar que já existam efeitos concretos da mudança política sobre a atividade na IG. Quan­do questionados se foi possível sentir qualquer efeito decorren­ te da mudança de governo, apenas 19% dos em­ pre­sá­r ios perceberam algum benefício (Tabela 3). Dentre os que responderam sim, uma das consequências benéficas mais assinaladas foi o aumento de demanda/encomendas (Tabela 4).

Sem dúvida, a geração de empregos ten­ de a ser algo mais remoto. A maioria dos em­ pre­s á­r ios não mudou seus planos e, mesmo aqueles que mudaram, ainda assim demiti­ ram (Tabelas 6 e 7). Ou seja, as condições atu­ ais con­ti­nuam negativas, como refletido no I C – Si­tua­ção ­Atual, e o mercado de trabalho, que rea­ge em ritmo defasado ao ciclo econômico, poderá contrair ainda mais. TABELA 6: E SOBRE O QUADRO DE FUNCIONÁRIOS? Não

62%

Sim

38%

TABELA 7: SE SIM: Demiti

91%

Contratei

9%

O que ficou constatado nessa sondagem é que o empresário gráfico começa a demons­ trar menor pessimismo, havendo uma rever­ são do IC após três trimestres seguidos de que­ da. Há muito a ser recuperado. A bola está com o governo. A indústria gráfica espera que pro­ pósitos claros e diá­lo­go com a so­cie­da­de permi­ tam ao País avançar nas agendas tão ne­ces­sá­ rias para a retomada do desenvolvimento.

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Fotos: Álvaro Motta

REESTRUTURAÇÃO

Weilburger Brasil consolida produção de vernizes e tintas A fabricação será concentrada na planta de São Bernardo do Campo, que pertenceu à Heliocolor até fevereiro do ano passado. Texto: Tânia Galluzzi

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✆ WEILBURGER BRASIL Tel. (11) 4393.4777 www.heliocolor.com.br www.weilburger.com

(E/D) Donizete Gouveia, gerente de vendas, e Claudio Vieira, diretor-geral

REVISTA ABIGR AF

A

Weilburger aproveitou a Drupa 2016 para anunciar a nova estratégia de comunicação global do grupo. Desde a feira, a unidade de São Bernardo do Campo (SP), que ainda usava o nome Heliocolor, passou a chamar-se Weilburger Brasil. A mudança reflete a reestrutu ração pela qual a fábrica, adquirida pela companhia alemã em fevereiro de , vem passando, culminando com a incorporação das linhas de fabricação de tintas da primeira planta instalada pela Weilburger no País há quatro anos, na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo, que será desativada. A fábrica de São Bernardo, onde são produzidos vernizes para o setor gráfico e para alguns outros segmentos, concentrará a produção de toda a linha da Weilburger. Para tanto, os . m² de área construída estão sendo

adaptados e a capacidade da planta deverá dobrar. Os funcionários de Sorocaba também estão sendo transferidos para São Bernardo, que somará cerca de  colaboradores. A meta, de acordo com Claudio José Mesquita Vieira, diretor-geral da Weilburger Brasil, é transformar a fábrica em um polo exportador. Num primeiro momento, o foco estará nos países do Cone Sul (Argentina, Chile e Uruguai), com a venda de vernizes e tintas, estendendo-se para toda a América Latina (incluindo o México) a médio e longo prazo. Atualmente,  do faturamento da operação brasileira vem da comercia lização de vernizes (indústria gráfica, para tubos de polietileno e grampos) e  das tintas industriais (utilidades domésticas, plásticos, vidros e metal). Entre os vernizes gráficos, a família de produtos à base de água continuará fortalecida, correspondendo a  da produção, e o restante com itens de cura UV. Isso não significa, como afirma Claudio Vieira, que a linha ultravioleta esteja em segundo plano. Estão sendo trazidas para o Brasil as novas tecnologias e formulações lançadas pela Weilburger na Drupa, com produtos de alta performance e maior valor agregado para os segmentos de offset, flexografia e serigrafia, tanto UV quanto base d’água. A consolidação das fábricas deve ser encerrada neste ano e, para , além da introdução de novos itens, a empresa intensificará a customização de produtos e o atendimento ao cliente, seguindo a estratégia adotada pela companhia em todo o mundo.

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GESTÃO

Hamilton Terni Costa

Quem vai prevalecer? A pequena, a média ou a grande empresa gráfica? Ou você?

N

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o meio de agosto um discreto anúncio, publicado no portal da revista Exame, anunciava que o Grupo Abril e a Log & Print fecharam acordo para a fusão dos seus negócios gráficos, operação ainda sujeita à assinatura dos documentos definitivos. Nenhum comentário adicional se seguiu ao anúncio e pegou a muitos do meio gráfico de surpresa. Na rea lidade, não chega a ser uma real surpresa para quem acompanha com profundidade o setor. De um lado a Abril, em seu processo de reestruturação, por mais de uma vez já tinha dado sinais de uma busca de solução para seu parque gráfico, em razão do seu total foco na geração de conteúdo. Por outro, os acionistas da gráfica de Vinhedo (SP), com seu apetite para negócios de há muito é conhecido. Essa consolidação de negócios também acompanha o que há tempos se vê nos grandes centros gráficos mundiais. Nos Estados Unidos, por exemplo, a redução de mais de  do número de empresas gráficas nos últimos  anos se deve, não só ao fechamento de empresas, mas, em grande parte, à concentração de negócios em um número menor de grandes empresas. Duas são as razões básicas que levam a essa consolidação. A oriunda da diminuição do mercado e redução de margens, levando empresas a buscarem maior participação de mercado e redução de custos fixos pelo aumento da capacidade produtiva e redução de custos de gestão, sem dúvida, é a de maior impulso hoje em dia. A consolidação REVISTA ABIGR AF

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de negócios levada pelos clientes é a segunda maior razão. Geralmente se dá através do atendimento de clientes globais dentro de requisitos estabelecidos pelas suas matrizes em que os clientes atraem seus fornecedores internacionais juntos com sua própria expansão. Em um mundo globalizado é um movimento natural e crescente. Não é, claro, um fato novo no Brasil. Todos os mercados gráficos que apresentam volume são atrativos, em especial para grupos estrangeiros. Ondas de aquisição já passaram pelas áreas de embalagens e rótulos como o grupo Bemis e Toga, a CCL e várias outras. A antiga área de for mulários, em seu auge, tinha a competição inter nacional da Moore e Interprint. O segmento editorial tem a Donnelley, a Quad Graphics, como também já teve a Quebecor. Assim como na cadeia produtiva do setor, cujos fornecedores têm o domínio de empresas internacionais, com sua entrada se dando pela compra de empresas locais, da mesma forma como ocorreu com clientes gráficos, por exemplo, as grandes editoras internacionais. O mote dessas aquisições foi o tamanho do mercado brasileiro e as perspectivas de crescimento. A consolidação de negócios entre empresas gráficas de grande porte no Brasil, como no caso da Abril, é por certo um novo capítulo. Há muito se fala na necessidade da contração da oferta em vários segmentos gráficos para adequação à demanda, mas poucos movimentos mais significativos são vistos, muito em função das dificuldades de empresas com base fami liar e muito arraigadas ao negócio. Poderia ser um indicativo de que esse processo vai se acentuar no Brasil? Talvez sim, mas dependerá da questão econômica nos próximos meses. Seja como for, uma questão frequentemente levantada é sobre onde a tendência de consolidação de negócios pode levar. O que deve predominar? Grandes, pequenas ou médias empresas? Pelo que se vê no mercado norteamericano, e se ele pode servir de parâmetro, há sim uma concentração de negócios nos grandes grupos gráficos, há uma

diminuição da quantidade de empresas independente do porte, mas não há a eliminação da pequena empresa, da pequena gráfica. Ainda mais se considerarmos as novas ofertas gráficas relacionadas à impressão funcional nos mais va riados tipos de suporte e material. Com certeza, as empresas desse porte também têm que se adaptar às novas demandas de mercado e às novas maneiras como os consumidores estão buscando o material impresso. Temos de entender que, na rea lidade, ninguém compra impressão. Os consumidores e as empresas compram o que a impressão faz bem em relação a outros produtos e serviços que possam fornecer os mesmos resultados. A impressão, ou o material impresso, ainda sobressai no que se refere a relevância, credibilidade, permanência e sensibilidade. Imprimimos e seguiremos imprimindo o que é relevante, até porque o mate rial impresso tem permanência, não é verdade? Afinal ainda podemos tocar nas bíblias impressas por Gutenberg, mas talvez nem possamos acessar arquivos digitais de três anos atrás. Ainda cremos mais no que lemos no físico do que no digital, em muitos casos, sem contar que muitos estudantes têm regressado aos livros de papel por sua concentração de leitura, ao contrário da leitura em aparatos digitais. Por fim, a questão sensorial, onde o tato, o olfato e, em especial, o visual ainda são infinitamente superiores ao digital. Se é que existem. Nem conto a questão de proteção e comunicação sobre os produtos proporcionadas pelas embalagens, ainda não substituídas pelo digital. A menos que as impressoras D do futuro nos permitam fazer tudo em casa . . . Nesse mundo em transformação, a questão é que, independente do porte da empresa, precisamos saber nos comunicar com nossos possíveis clientes. Uma parte da redução do uso de materiais impressos se dá porque novas gerações de criadores, marqueteiros, publicitários e outros agentes nem têm levado a impressão em conta. O interessante é que quando entram em contato com o que se pode fazer com o

material impresso dentro do complexo e absurdamente fragmentado mundo da comunicação de hoje, ficam entusiasmados. Foi um pouco o que se viu na última Drupa, por exemplo, quando houve diversas manifestações de criativos e de pessoal de marketing no sentido de mostrar a importância que a impressão tem no sentido de atrair o cliente para o looping da comunicação ou mesmo de tocá-lo no momento certo, com a mensagem certa e com a comunicação adequada. Fez parte da sensação sentida na feira sobre o real posicionamento da impressão no mundo de hoje, ao contrário do cenário mais pessimista de quatro anos atrás. A volta dos catálogos impressos das grandes cadeias de lojas norte-americanas nestes últimos dois anos é um exemplo real dessa história. Revigorados, adequados ao perfil dos clientes, customizados, envolventes e interativos, dando maior tempo e maior proximidade ao cliente para sua decisão. Dessa forma, é ilusão pensar que a sobrevivência neste mercado virá em função do porte da empresa, mas, sim, da adequação das empresas a essa nova dinâmica e a essas novas exigências que nós mesmo como consumidores buscamos: rapidez, atendimento personalizado, melhor custo/ benefício, ex periência positiva e atenção. Muita atenção ao que eu quero, como quero, quando quero e no preço que posso pagar. Essa adaptação pode ser aparentemente mais fácil nas grandes empresas pelo maior acesso às novas tecnologias. Por outro lado empresas menores, startups e empresários sem ramificações anteriores no setor e, consequentemente, sem vícios setoriais, podem criar novos negócios com potencial de mudar a própria indústria. Como bem o fizeram o Facebook, o Airbnb, o Uber e outros que nem sequer eram parte das indústrias em que foram disruptivos. Que tal ser o próximo disruptor, independente do seu tamanho? Hamilton Terni Costa hterni@anconsulting. com.br é diretor geral da AN Consulting, www.anconsulting.com.br e diretor para a America Latina da NPES. julho /agosto 2016

REVISTA ABIGR AF

43


NITOLI

Com quase cinco décadas de atuação, a Nitoli mudou sua área de atuação ao longo do tempo, acompanhando as tendências do mercado.

I

nstalada no Sacomã, zona sul de São Paulo, a Nitoli Indústria Gráfica está no mercado há  anos e já conta três gerações dedicadas ao negócio. Atualmente no segmento de embalagem, e com um parque gráfico de . m², a empresa já trabalhou com outros nichos. Mas algo nunca mudou: sua localização. Ela sempre esteve na mesma região, zona sul de São Paulo, nos bairros vizinhos do Sacomã e Vila Carioca, contrariando o movimento de “fuga da capital” que marcou o setor. O sólido histórico garantiu à Nitoli experiência para saber identificar o momento ideal para promover mudanças e rea lizar investimentos. Nos últimos anos, soluções tecnológicas e serviços complementares foram as principais apostas da empresa para solucionar desafios e manter clientes. “Nosso escopo é voltado para embalagens rígidas e semirrígidas em papel e papel-cartão. Além disso, oferecemos suporte no desenvolvimento e melhoria de embalagens, com o foco na produtividade, com destaque para a tecnologia voltada à etapa de pré-impressão”, afirma Carlos Gonçalves, gestor de qualidade da Nitoli.

TRABALHO DE GERAÇÕES

44

Afonso Nitoli tinha  anos de idade quando ingressou na indústria gráfica, como aprendiz, e logo se tornou tipógrafo e minervista. Cinco anos depois, abriu sociedade com o cunhado e fundou a Gráfica Tadeu. Em , a sociedade se desfez e nasceu a Artes Gráficas Nitoli, que funcionava em um pequeno salão e tinha apenas dois funcioná rios, além de sua esposa. A estruturação do parque gráfico se deu aos poucos, acompanhando a dinâmica do mercado e as demandas dos clientes. “Por muito tempo a empresa fez serviços REVISTA ABIGR AF

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Nitoli une tradição e tecnologia tipográficos, e com o tempo os for mu lários tipográficos passaram a ser confeccionados em máquina offset”, conta Gonçalves. A segunda geração de gráficos veio com o filho de Afonso, Jorge Tadeu. No início dos anos  foram implantados mais equipamentos e seções, como a de fotolito, e a área de atuação se estendeu para o segmento editorial, quando a empresa passou a se chamar Nitoli Gráfica e Editora. O setor de acabamento ganhou espaço, com máquinas de corte e vinco, coladeira e guilhotina. No final da década, a gráfica mudou do segmento comercial para a confecção de embalagens, rótulos, bulas, entre outros. Com novas máquinas, a empresa adentrou as áreas de pré-impressão, colagem e corte e vinco. Além da área técnica, a Nitoli também se adequou a uma política ambiental e hoje possui a certificação FSC, que atesta a origem do papel utilizado, assim como desenvolve ações na captação e reutilização de água da chuva, coleta seletiva e tratamento de efluentes. A responsabilidade social também tem vez, com ações junto à Casa Hope, que apoia o tratamento de crianças com câncer, e ações na comunidade de Heliópolis, próxima à sede da Nitoli. TECNOLOGIA E SERVIÇOS PARA O CLIENTE

A empresa dedica atenção especial a serviços como sistemas de código de barras D, antifalsificação, aprovação e visua lização de embalagens em D e pré-impressão

com fluxo automatizado. Existem, ainda, soluções de logística adaptáveis à demanda de cada cliente. O gestor de qualidade conta que tudo é alinhado pelo planejamento estratégico da gráfica. “A Nitoli entende que precisamos buscar diferenciais que fortaleçam parcerias e possibilitem atingir novos clientes. Por isso investimos tanto em tecnologia, que torna o processo mais ágil e seguro”. Os investimentos têm dado resultado: em  a Nitoli ganhou o Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini na categoria ABNT NBR NM - ISO .-  (Impressão em Offset Plana e Rotativa Offset Heatset). As mudanças continuam acontecendo. Recentemente, seu parque gráfico foi atualizado (e ampliado de . m² para . m² nas unidades do Sacomã e Vila Carioca), bem como soft wares de pré-impressão e de gestão produtiva. As melhorias se fazem possíveis, porque o momento do ramo far macêutico ajudou a manter os negócios em um viés positivo. “Porém, assim como em todo ramo industrial, a área de embalagens também foi afetada pela desordem econômica e política do nosso país. Mas é em momentos assim que a criatividade vem à tona e conseguimos desenvolver novos métodos de trabalho, visando fazer mais com menos”. ✆ NITOLI INDÚSTRIA GRÁFICA Tel. (11) 2271.3939 www.nitoli.com.br


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EDUCAÇÃO

RIO 2016

Foto: AGB Photo Library

Walter Vicioni Gonçalves

N

uma cerimônia de encerramento inesquecível, a pira olímpica foi apagada com água de uma chuva benfazeja, fechan­ do os jogos de 2016. A chama olímpica, contu­ do, segue acesa, viva na lembrança e no cora­ ção de todos e de tantos quantos apreciam os esportes, de modo geral. Quero recordar que as olimpíadas tiveram início com as competições disputadas por atle­ tas das cidades­ estado que formavam o que é hoje a Grécia, entre as quais se destacavam Atenas, Esparta e Troia. Os jogos, que come­ çaram na cidade de Olímpia por volta do ano

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6 a.c., tendo sido celebrados até o ano de 393, eram uma homenagem aos deuses e aconte­ ciam de quatro em quatro anos. Eram de suma importância, pois além de seu caráter religio­ so representavam um momento de trégua em meio a tantas guerras, um momento de paz en­ tre as polis. Eles traduziam, ainda, a valoriza­ ção da saúde e do corpo saudável. Tal como as atividades do Sesi voltadas ao esporte. Difícil seria discorrer sobre a importância dos esportes na formação do caráter, dos valo­ res, da personalidade do ser humano. Inume­ ráveis são as lições que aprendemos com sua prática: aprendemos sobre o compromisso e


Foto: AGB Photo Library

a disciplina. Aprendemos que o sucesso exi­ ge esforços e que ganhar ou perder fazem par­ te do jogo. Aprendemos sobre ética e leal­d a­ de, sobre metas, objetivos e es­t ra­té­g ias para alcançá-​­los. Aprendemos sobre os obstáculos, e sobre o quanto temos de suar a camisa para superá-​­los. Aprendemos a viver juntos, a res­ peitar o outro e, sobretudo, a respeitar nos­ sas diferenças. Vivendo e aprendendo a jogar, como cantava Elis Regina. Podemos aprender lições de vida pre­cio­sas com os esportes, simplesmente assistindo à performance desses filhos de Zeus. Quan­tas lições aprendemos com a atleta etío­pe Etenesh Diro que, após perder uma de suas sapatilhas, correu descalça a segunda série dos 3.000 m com obs­ táculos. Com a história de vida de Ra­fae­la Sil­ va e de Thia­go Braz, ambos ganhadores de me­ dalha de ouro. Com a garra das meninas das equipes brasileiras de vôlei e de futebol. Com Bernardinho e seu mágico time de vôlei. Com a persistência de Die­go Hipólito. Com Usain Bolt e sua alegria de viver, exibida em todos os momentos, principalmente correndo. Pudemos ainda aprender o que não se deve fazer, pois não é correto, não é ético. O esporte nos ensina lições exemplares e inesquecíveis. Para o Sesi-​­SP, foram quatro medalhas de ouro, um jogador eleito mvp — jogador mais va­ lio­so — e dois escalados na seleção com os prin­ cipais jogadores do torneio olímpico de vôlei. Uma grande conquista. Conquista maior ain­ da, entretanto, é a inspiração que essa vitória traz para todos nós. Bruninho, Douglas, Lu­ cão e Serginho são motivo de orgulho para a família Sesi São Paulo. Tais conquistas começaram a ser desenha­ das há muito tempo, mais concretamente em abril de 2013, quando o Serviço So­cial da Indús­ tria realizou a “Exposição jogos olímpicos: es­ porte, cultura e arte”, que trouxe até nós 300 pe­ ças do acervo do museu olímpico de Lausanne, inaugurado em 1993. Em maio de 2014, movido por essa paixão e por acreditar no poder de transformação pelo esporte, o Sesi lançou o projeto “Sesi-​­SP peda­ gogia do exemplo”, com o objetivo de formar atletas, transformar a relação do jovem com o esporte, além de c­ riar um legado olímpico.

Para o Sesi‑ SP, ao difundir a pedagogia do exemplo, é possível ­criar modelos para as crian­ ças e jovens por meio do exemplo dos atletas — verdadeiros ídolos esportivos — para suas atitu­ des e comportamentos. A pedagogia do exemplo fun­c io­na como um instrumento de transfor­ mação pes­soal e so­c ial, capaz de promover e estimular um estilo de vida ativo com ações de informação, incentivo e oportunidades. Finalmente, vale destacar que, em agosto de 2015, aconteceu a assinatura do acordo de coo­ pe­ra­ção técnica entre o Sesi‑SP e o comitê orga­ nizador dos jogos olímpicos e paralímpicos Rio 2016, com o objetivo de lançar e promover os fei­ tos do Sesi‑SP na área do esporte. Como resul­ tado dessas ações, 14 atletas do Sesi‑SP integra­ ram as equipes principais nos jogos olímpicos Rio 2016, nas modalidades: voleibol masculino, polo aquático masculino, luta olímpica femini­ na, hóquei sobre a grama masculino e natação feminina. E mais quatro atletas do judô foram como atletas-​­reserva. Citius, altius, fortius, ou mais rápido, mais alto, mais forte, o lema dos jogos olímpicos, fica como um convite, um desafio para os jovens que queiram seguir o exemplo desses mortais que, por seus feitos, se aproximam dos deuses. Para tais jovens, o ano de 2016 foi só o começo de uma longa estrada a ser percorrida, com a possibilida­ de, mais adian­te, de um pódio e de louros. E por que não da proteção dos deuses do Olimpo?

Walter Vicioni Gonçalves é diretor regional do Senai‑SP, superintendente do Sesi‑SP e membro do Conselho Estadual de Educação de São Paulo julho /agosto 2016  REVISTA ABIGR AF

47


DIRETÓRIO

Anuário completa 20 anos Lançado em novembro de 1996, há duas décadas o Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica vem prestando um relevante serviço ao setor gráfico nacional.

Foto: Cesar Mangiacavalli

Durante a cerimônia de entrega do 6º Prêmio Fernando Pini, Mário César de Camargo, presidente da Abigraf Regional São Paulo, exibiu a primeira edição do Anuário, que acabara de ser lançado

ANUÁRIO BRASILEIRO DA INDÚSTRIA GRÁFICA 4th Brazilian Printing Industry Yearbook

48 REVISTA ABIGR AF

julho /agosto 2016


Apresentando uma significativa parcela do universo gráfico brasileiro, o Anuário é estruturado de forma a permitir ao leitor uma rápida e simples localização da informação desejada. Em cada região, subdividida por estado, capital e interior, antecedendo os dados das gráficas, o interessado encontra uma grande tabela na qual estão indicadas as gráficas especia lizadas para o serviço que necessita. O próprio gráfico também se vale do Anuário, através do Guia de Fornecedores, para selecionar as empresas que poderão atendê-lo no suprimento de insumos, matérias-primas, equipamentos, sistemas, ou, também, na prestação de serviços. Ao publicar a edição comemorativa dos  anos, completando duas décadas de circulação ininterrupta, o Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica rea fir ma a sua importância como expressão de resi liência, potencial e vitalidade do setor gráfico nacional.

RADIOGRAFIA DO 20º ANUÁRIO

ACABAMENTO

2001

2016

686 220 118 322 418 129 286 244 537 191 325 147 23 10 637 188 173 81

468 356 54 587 546 562 332 151 349 129 292 195 11 96 326 76 125 83

12 th

3

30

120

*/%Á45

0

330

MANG-Z

(3«'*$" /

200

ANOS

14ºANUÁRIO

BRASILEIRO DA INDÚSTRIA GRÁFICA

2010 49

EDITA DO PO R

2009

12º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica 2007/2008 12th Brazilian Printing Industry Yearbook 2007/2008

E D ITAD O POR

AN13 Capa.indd 1

AN12 - Capa.indd 1

13º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica

90

11 th brazilian printing industry yearbook

368 16 1.332 133 36 539 151 180

#3"4*-

2006/2007

880 19 1.711 228 50 213 114 179

0

*"

EDI TADO POR

E ditado por

Tipografia Letterpress Offset plana Offset rotativa fria Offset rotativa quente Impressão digital Flexografia Serigrafia

60

brazilian printing industry yearbook

11 th brazilian printing industry yearbook

2016

13º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica 2009

11º anuário brasileiro da indústria gráfica

12º ANUÁRIO BRASILEIRO DA INDÚSTRIA GRÁFICA • 2007/2008

itens de equipamentos, matérias-primas, insumos, produtos, sistemas e serviços

11º anuário brasileiro da indústria gráfica • 2006/2007

650

2001

14º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica 2010

processos gráficos, entre pré-impressão, impressão e acabamento fornecedores

IMPRESSÃO

Relevo Hot stamping Verniz calandra Verniz UV Plastificação Laminação Capa dura Capa flexível Brochura Costura Lombada quadrada Hot melt PVA PUR Lombada canoa Encadernação mecânica Envelopagem Shrink

cidades de todo o Brasil

514

73 119 506 196 50 11 625

300

50

237 120 57 122 180 66 446

Fotocomposição Computer-to-film (CtF) Computer-to-plate (CtP) Plotter Prova de prelo Prova fotomecânica Prova digital

270

527

2016

0 24

gráficas

2001

210

1.938

PRÉ-IMPRESSÃO

18 0

páginas

Número de empresas atuantes em cada tipo de processo, que constaram nos anuários de 2001 e 2016

0

334

DADOS COMPARATIVOS MOSTRAM A EVOLUÇÃO NOS PROCESSOS GRÁFICOS

15

N

FACILIDADE DE CONSULTA

a segunda metade dos anos 1990, a indústria gráfica brasileira experimentava grande crescimento e investia fortemente em novos equipamentos e modernização das suas instalações. Naquele período, o Brasil detinha a liderança latino-americana na aquisição de equipamentos gráficos e ocupava uma posição destacada no mundo. A Drupa, em , tinha apresentado uma novidade que iria revolucionar a pré-impressão: o computer-to-plate. A impressão digital dava seus primeiros passos, a flexografia evoluía, a offset plana e a offset rotativa ex pandiam seus recursos e velocidades. As inovações tecnológicas se sucediam rapidamente e quem não se atua li zasse perdia espaço para a concorrência. Contudo, quando pretendiam enxergar o mercado para o planejamento de suas atividades e programar os investimentos, os empresários gráficos nacionais esbarravam na ausência de informações e de dados que lhes permitissem ter mais segurança nas suas decisões. Para responder a essa necessidade, a Clemente e Gramani Editora (hoje, Gramani Editora), a pedido da Abigraf, concebeu e desenvolveu uma publicação contendo o exclusivo banco de dados da indústria gráfica nacional, com informações gerais sobre o mercado e as gráficas de todo o País. Nascia o Anuá rio Brasileiro da Indústria Gráfica, cuja primeira edição foi lançada no dia  de novembro de , na festa de entrega do º Prêmio de Excelência Gráfica Fernando Pini. De lá para cá, o Anuário, que acaba de ter publicada sua ª edição, manteve seu compromisso de atua lizar as informações e dados ano após ano, tornando-se ferramenta indispensável como fonte de consulta e também na divulgação e valorização da comunicação impressa.

5/5/09 11:12:08 AM

3/19/08 11:25:14 AM

AN14 Capa ok.indd 1

30.03.10 17:25:51

julho /agosto 2016

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PARTICIPARAM DA PRODUÇÃO DO 20-º ANUÁRIO BRASILEIRO DA INDÚSTRIA GRÁFICA CAPA E EMBALAGEM • Brainstorm – Projeto gráfico e arte final • Bronz’Art – Clichês para hot stamping e relevo seco • ColorG – Marcador • Congraf – Desenvolvimento de facas e Impressão • GreenPacking – Enobrecimento (laminação fosca, verniz UV com reserva, hot stamping e relevo seco) • MP Brasil – Fitas de hot stamping • Prolam – Filmes para laminação • Suzano – Cartão TP White Plus 300 e 350 g/m²

RECONHECIMENTO

“O Anuário sempre foi nosso livro de mesa. Parabenizo pela ousadia e qualidade deste importantíssimo catálogo nacional da nossa indústria gráfica.” Vicente de Paula Aleixo Dias Primacor Gráfica (Belo Horizonte, MG) “Cada edição está mais bonita e com muita informação, essa conquista é de luta, de garra e persistência.” Cidnei Luiz Barozzi Arcus (Chapecó, SC) “Este trabalho contribui imensamente para o crescimento e desenvolvimento do Setor Gráfico Nacional.” Felipe Salles Ferreira Mácron (São Bernardo do Campo, SP) “Imprimir o Anuário por  anos seguidos é, sem dúvida, uma realização fantástica.” Alceu Malucelli Junior, Ulisses Malucelli e toda a equipe da Ipê Ipê Rótulos Adesivos e Formulários (Cambé, PR)

Anuário BrAsileiro dA indústriA GráficA 2011

REVISTA ABIGR AF

16º anúario brasileiroda indústria gráfica

50

15º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica 2011

“Quero parabenizar pela excelência do Anuário nestes  anos. Através do mesmo já nos foi possível encontrar inúmeros fornecedores.” Rochelly Costa Gráfica e Editora Gutenberg (Inhumas, GO)

16º anuario brasileiro da industria grafica

2012

julho /agosto 2016

Foto: Cesar Mangiacavalli

Transcrevemos em seguida algumas manifestações de reconhecimento recebidas de várias partes do País sobre o Anuário.

PÁGINAS DO MIOLO • Leograf, Lis Gráfica, MaisType e Pigma – Impressão • International Paper – Papel Chambril Book 90g/m² ACABAMENTO • Abril – lombada PUR • CTS – shrink

“ anos de trabalhos gráficos magníficos registrando a evolução da indústria gráfica brasileira!” José Carlos Rizzieri Gráfica Rami (Jundiaí, SP)

“A melhor ferramenta do meio gráfico.” Luciano de Araújo Alves Gráfica e Editora Esperança (Brasília, DF)

“Catálogo de extrema importância para o setor gráfico brasileiro.” Janaira Pereira dos Santos Graficasa Artes & Convites (Teresina, PI)

“Muito importante para nosso segmento.” Ricardo Luiz de Macedo Gomes Gráfica Heitor Carrilho (Natal, RN)

“Reunir as empresas do universo gráfico do País em uma só publicação, durante duas décadas, é uma proeza.” Merhy Seba Gráfica São Francisco (Ribeirão Preto, SP) “A DuPont parabeniza pelos  anos de dedicação e compromisso em construir anualmente esta ferramenta tão importante para a Indústria Gráfica.” Tatiana Sanchez Abib DuPont (Barueri, SP)

“Parabéns pelos  anos de publicação deste excelente Anuário, referência para a Indústria Gráfica Brasileira!” Naur Teodoro Pontes Formatto Soluções Gráficas (Campo Grande, MS) “Parabenizamos pelo excelente trabalho de coleta de dados e divulgação dos resultados e performance da área industrial gráfica.” Julimar Cesar C. de Almeida Photholythus Serviços Digitais (Camaçari, BA)


O

Fotos: Álvaro Motta

cliente não mudou. A novidade está no que ele pode obter da Leograf. Desde a instalação de uma impressora offset capaz de trabalhar com plásticos e da implantação do soft ware 3D, a gráfica aumentou sua esfera de contato com os segmentos promocional, comercial e editorial, respondendo às suas demandas também no campo da comunicação visual. Acostumada a produzir fôlderes, catálogos, revistas e livros, agora a gráfica debruça-se sobre materiais de ponto de venda como wobblers e displays, nos quais os efeitos das imagens tridimensionais podem ser decisivos na conquista do consumidor. De acordo com Fábio Gabriel dos Santos, diretor e um dos sócios da Leograf, a impressão em PVC , PS (poliestireno), vinil autoadesivo e plástico lenticular tornou-se um complemento decisivo para a saúde financeira da empresa. A receita obtida e, sobretudo, a fidelização dos clientes por meio desses produtos foram fundamentais para que a gráfica atravessasse 2015, assim como deve garantir que a Leograf finalize 2016 sem queda em seu faturamento.

Fábio Gabriel dos Santos, sócio-diretor: a instalação de impressora offset para plásticos e a implantação do software 3D alavancaram os negócios ampliando os horizontes da Leograf



REVISTA

ISSN 0103•572X

REVISTA ABIGRAF 284 JULHO/AGOSTO 2016

A R T E & I N D Ú S T R I A G R Á F I C A • A N O X L • J U L H O / A G O S T O 2 0 1 6 • Nº 2 8 4

ARTE TRIDIMENSIONAL O belo quadro “O Lavrador de Café”, de Candido Portinari, que ocupa a capa desta edição da Revista Abigraf, ganhou uma visão inusitada com a imagem convertida em 3D pela Leograf. A peça acompanha a revista e é um presente para os leitores

A R T E & I N D Ú S T R I A G R Á F I C A • A N O X L • J U L H O / A G O S T O 2 0 1 6 • Nº 2 8 4

REVISTA

ISSN 0103•572X


Leograf 3D O produto de maior destaque é a impressão 3D, que já vem sendo tratada como uma marca: Leograf 3D. O efeito não tem nada de novo. O diferencial está no fato de o cliente poder trabalhar com imagens próprias, que são convertidas para o 3D na gráfica, com maior liberdade às equipes de criação. Resumidamente, o cliente envia as imagens para a Leograf, que verifica a viabilidade do uso, faz a conversão e prepara uma primeira prova do material. Aprovado, parte-se para a impressão em plástico lenticular. “O 3D pode ser aplicado numa capa de livro, num catálogo promocional, num fôlder ou numa peça para PDV, e tem encantado os clientes”, comenta o empresário. “Recentemente apresentamos o produto para uma montadora de veículos e saímos de lá


com o pedido do catálogo de venda do próximo lançamento deles, onde o 3D será usado para mostrar o modelo em vários ângulos.” O interesse pôde ser medido também na feira Brazil Promotion, realizada no início de agosto em São Paulo. “Decoramos nosso estande com imagens especialmente feitas para a feira, impressas em 1,00 m × 1,00 m e a procura foi muito grande.” A gráfica está apenas começando a explorar as possibilidades do 3D, segundo Fabio Gabriel, e outras aplicações devem surgir à medida que o aprendizado da gráfica evoluir e que o próprio mercado passe a incorporar o recurso em suas criações. A empresa está também ampliando a área de logística e armazenagem, oferecendo serviços complementares como entregas programadas. A Leograf deve continuar concentrando esforços na disseminação do 3D em 2017, buscando elevar sua rentabilidade com olhos em um novo ciclo de investimentos a médio prazo.

Rua Benedito Guedes de Oliveira, 587 Freguesia do Ó 02727- 030 São Paulo SP Tel. (11) 3933.3888 www.leograf.com.br


ANO 24 Nº 108 AGOSTO/2016 Texto: Tânia Galluzzi

Tecnologia dá asas à criatividade NAVEGANDO NAS VAGAS PROVOCADAS PELOS INVESTIMENTOS REALIZADOS EM 2014, A LEOGRAF TEM ENFRENTADO AS TURBULÊNCIAS DA ECONOMIA AMPLIANDO SUA OFERTA DE PRODUTOS.



SINDIGRAF_BOLETIM_AN 21x28.pdf

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02/02/16

17:26

A HISTÓRIA DA

INDÚSTRIA GRÁFICA. TODO ACERVO A UM CLIQUE DE DISTÂNCIA.

INDÚSTRIA

DA

DO SINDICATO ÔRG ÀO OFICIAL AS R IA S GRA FIC DAS IN D U S T ÔRGÁODEOFICIA SÀO L PAU DO LO SINDICATO DO ESTA NO N ÚM ERO 2

DAS IN DU STRIA S G RÁFIC E D 1.oAS SÃO PA U LO , NO ESTAD O DE SÁO PAULO ÔR

GRÁFICA

or S. FERR AZ, diret D E 1949 D EZEM BRO

ANO I

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O Boletim da Indústria Gráfica (BIG), teve sua primeira edição em 1949 e, tinha como objetivo divulgar informações pertinentes ao setor gráfico como dados econômicos, cursos, palestras, eventos e anúncios. E agora, a história da Indústria Gráfica contada através desse acervo, está disponível on-line para consulta.

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3º SEMINÁRIO

C.S.I. | BRASIL Crimes e Segurança da Informação Impressa e Digital

PESQUISA, INTELIGÊNCIA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO COMBATE AO CRIME Em sua 3ª edição, o Seminário C.S.I. Brasil - Crimes e Segurança da Informação Impressa e Digital acontece na cidade de São Paulo. O evento reúne importantes nomes do mercado de segurança e a participação de peritos, policiais, gráficas de segurança e fornecedores de produtos para impressos de segurança. O evento tem como tema central “Pesquisa, Inteligência, Inovação e Tecnologia no Combate ao Crime”.

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HISTÓRIA VIVA

Há mais de 60 anos no setor, Vasco pavimentou uma história de sucesso na indústria gráfica com muita disposição e raro tino comercial. Tânia Galluzzi

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Vasco Faustino de Menezes Seu nome é trabalho

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o universo gráfico paulista, Vasco Faustino de Menezes é um ícone. Quase uma figura folclórica. Filho de Aporá, pequeno município do leste baiano, aos  anos deixou a fazenda do pai e veio sozinho para São Paulo movido pelo desejo de construir uma vida na qual o sertão não fosse o senhor. Trouxe consigo uma fé inabalável em seu próprio instinto, muita disposição para trabalhar e uma simplicidade que o sucesso profissional não conseguiu arranhar. Veio e venceu. Fundou a Margraf, por vários anos uma das líderes no mercado editorial e promocional, casou- se, teve cinco filhos — quatro deles ao seu lado na gráfica — e, aos  anos, continua na ativa, vestindo a camisa da

empresa. Sem nenhum contato anterior com o ofício, ao chegar à capital paulista arranjou emprego em uma tipografia. Enquanto não estava varrendo a oficina ou entregando impressos, aprendia a lidar com os tipos. Depois de passar por algumas gráficas, no final da década de  foi admitido na Lastri, uma das mais conceituadas na época, onde ficou por cinco anos. Segue em seu currículo um período como produtor gráfico na Alcântara Machado Publicidade, outro como assistente de produção na gráfica Padilla e até uma sociedade em uma fábrica de camisas. “Aí me convenci de que era gráfico.” Foram necessários mais  anos como gerente de produção na Marprint para concretizar o sonho de ter seu próprio negócio. A oportunidade


surgiu em , quando Vasco comprou os equipamentos de uma gráfica e montou a Margraf na Rua Dr. Augusto de Miranda, no bairro da Pompeia. Mas por que a escolha do nome Margraf? “Eu já era muito conhecido no meio publicitário como funcioná rio da Marprint. Queria que os clientes fizessem a associação”, conta Vasco. Simples assim. Em três anos foi preciso mudar para um local maior, numa área próxima ao primeiro endereço. Lá, Vasco criou condições para que a Margraf oferecesse mais qualidade, porém o salto aconteceu em julho de  com a transferência para Tamboré, em Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo. Numa área de  mil m², construída com recursos próprios, onde trabalhavam  funcionários, Vasco pôde pôr em prática duas estratégias marcantes em sua trajetória empresarial: a compra a vista dos equipamentos, muitas vezes pagos antes mesmo da entrega, e a manutenção de volumes estratosféricos de papel. Apresentado com orgulho pelo empresário, o estoque chegou a acumular  mil toneladas de papel, entre resmas e bobinas. Sem dívidas, com um parque gráfico atua lizado e capacidade para atender prontamente a qualquer necessidade dos clientes, Vasco cunhou e ratificou o slogan “Margraf, a maior devoradora de prazos”. É dessa época outro bordão que ajuda a entender a forma como Vasco encara a empresa e a própria vida: “o segredo do nosso trabalho é o nosso trabalho.”

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1 Vasco, na produção, onde sempre se sentiu à vontade, acompanhando um trabalho (outubro de 1988) 2 Concedendo entrevista à Revista Abigraf em março de 1996, quando comemorava a chegada da Heidelberg Harris M-600 B24, primeira rotativa da Margraf 3 O sorriso de Vasco diz tudo, estampando a felicidade de ter a companhia da família no dia-a-dia da gráfica. Atrás de Vasco, Maria Custódia, esposa do seu segundo casamento, tendo ao lado os filhos dele do primeiro matrimônio: (E/D) Ana Cristina (comercial e auditoria), Vasco Júnior (equipes comerciais externas), Vânia (área financeira) e Sônia (marketing e atendimento ao cliente). Não aparece na foto Flávia, a filha mais nova, fruto da união com Maria Custódia, que está estudando no exterior

Foto: Álvaro Motta

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4 Vista aérea das instalações da Margraf em março de 1996, com 18.000 m² de área construída. Atualmente ocupa uma área de 33.000m² 5 Fachada da gráfica no Tamboré, em Barueri (SP), logo depois de ser inaugurada, com 10.000 m² (julho de 1988) 6 Vasco, com pouco mais de 20 anos de idade. Aos dezesseis anos havia deixado o interior da Bahia para realizar seus sonhos em São Paulo. Chegou, viu e venceu

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DEDICAÇÃO TOTAL

Avesso a luxos e reaplicando os lucros na empresa, Vasco manteve ascendente a curva de crescimento da Margraf. Patriarcal, comandava a gráfica do chão de fábrica. Sua sala ficava no meio da produção e até a compra da primeira rotativa, em , era ele quem abria e fechava a empresa. Após a implantação dos dois turnos, ficou o hábito de começar o dia passando em cada máquina para conversar com os impressores. “Sempre valorizei as equipes. A maioria dos funcionários que começaram comigo se aposentaram aqui ou continuam trabalhando conosco.” Vasco conseguiu também manter os filhos próximos. Sônia, a mais velha, cuida do atendimento e da prospecção de clientes, Vasco Júnior comanda as equipes comerciais externas, Vânia é responsável pela área financeira e Ana Cristina lidera o departamento comercial. Só Flávia,

filha do segundo casamento de Vasco com Maria Custódia, que trabalha em vendas, não integra o grupo por estudar no exterior. “Meu pai enxerga longe. Várias vezes tomou decisões que só se mostraram acertadas tempos depois. Sempre seguiu seu feeling”, conta Sônia. Atualmente, a Margraf tem  funcionários. Há dois anos os filhos tentam fazer Vasco diminuir o ritmo, mas sabem que o alimento dele é o trabalho. No final de nossa conversa perguntamos se ele tem alguma atividade de lazer, apenas para ouvir o que supúnhamos: “Gosto é da gráfica. Acho que valeu a pena todo o sacrifício, ter me dedicado de corpo e alma”. 6


Brainstorm

Parabéns! Nada melhor do que comemorar os vinte anos do Anuário, produzindo o melhor acabamento.

Nós, da GreenPacking, estamos orgulhosos em participar da produção do 20º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica. Com a grande experiência de nossos profissionais, oferecemos um upgrade de excelência e qualidade à altura dessa importante publicação. Conheça você também os nossos serviços: Hot Stamping, Laminação (BOPP Fosco e Brilho, e Soft Touch), Metalizado (Prata Brilho), Verniz (UV Total e Reserva), Serigráficos (UV Especiais, Fosco, Gloss e High Print) e Glitter. De acabamento nós entendemos.

Participaram da produção da capa e embalagem do 20º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica: GreenPacking - Enobrecimento (laminação fosca, verniz UV com reserva, hot stamping e relevo seco) Congraf - Desenvolvimento de facas e Impressão Abril - Acabamento (lombada quadrada e PUR) Suzano - Cartão TP White Plus 300 e 350 g/m2) Prolam - Filmes para laminação Bronz’Art - Clichês para hot stamping e relevo seco MP Brasil - Fitas de hot stamping Brainstorm - Projeto gráfico e arte final

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SUSTENTABILIDADE

A verdade sobre os biomas brasileiros

Relatório anual da Ibá e plataforma online lançada pelo Observatório do Clima e Google revelam dados sobre florestas plantadas e mostram a realidade sobre desmatamento no território nacional. Texto: Letícia Cardoso

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cabam de ser divulgadas duas novidades capazes de revelar a situação dos biomas brasileiros em detalhes e com direito a muitas imagens. A primeira delas é o MapBiomas, ferramenta criada para mostrar a situação de seis ambientes naturais brasileiros e contribuir para o entendimento do uso do solo ao longo dos últimos anos. A plataforma foi desenvolvida pelo Observatório do Clima, uma rede de ONGs que atua na agenda climática do País, em parceria com o Google, para responder a seguinte pergunta: é possível produzir mapas anuais de cobertura e uso do solo com um custo pequeno e de qualidade? A resposta é sim. Com análises de dados, imagens via satélites e resolução de até  m ×  m, os interessados poderão acompanhar as mudanças de uso do solo e suas implicações em emissões e reduções de Gases de Efeito Estufa (GEEs) na Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. As imagens disponibilizadas corresponderão ao período de  a . Ou seja, a ferramenta permitirá que o usuário possa consultar imagens dos anos anteriores

para fazer análises que indiquem, por exemplo, a quantidade de carbono que foi emitida ou captada pela vegetação em um determinado local do território durante o período analisado. Carlos Souza é coordenador cientí fico do projeto e explica que o programa de monitoramento ocorre por meio da captação de imagens dos satélites Aqua e Terra. “Começamos em , com o monitoramento da Amazônia, por meio do Imazon, em uma fase piloto nos estados do Pará e Mato Grosso. Depois de um ano, estávamos cobrindo a Amazônia Legal, com exceção do Maranhão. Utilizamos imagens do sensor MODIS a bordo desses satélites, as quais possuem tempo de revisita de um a dois dias”, contou. As imagens Modis são consideradas de resolução espacial moderada, o que significa que a área mínima é de , hectares. O Imazon gera alertas mensais de desmatamento e de degradação florestal causada por extração madeireira e queimadas e publica boletins e mapas. Souza explicou que o uso da plataforma Google Earth Engine pelo programa MapBiomas faz parte do desenvolvimento do projeto. “Embora tenhamos iniciado há dez anos,


seguimos evoluindo em nossa visão de monitoramento colaborativo. O MapBiomas é inovador em vá rios aspectos: na construção da rede, no desenvolvimento e nas aplicações de sensoriamento para o mapeamento dos biomas brasileiros”, afirmou. A equipe do projeto utiliza o “MapBiomas Workspace”, uma ferramenta na qual os componentes acessam a plataforma do Google, sem precisar trabalhar com códigos de programação para obter o resultado final de mapeamento. Por meio de um aplicativo, cada membro do grupo consegue trabalhar em paralelo para gerar o mosaico de imagens e a melhor classificação para cada carta ou região de trabalho. No portal http://mapbiomas.org é possível observar um gráfico que aponta as áreas de florestas, água, agricultura, floresta de zona costeira, pastagem e outras regiões, como as áreas de florestas plantadas. A ferramenta representa uma revolução para a conservação ambiental no Brasil, na opinião de André Ferretti, gerente de Estratégias de Conservação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, uma das instituições que integra o Observatório do Clima. “As imagens vão mostrar um raio-X real e atua lizado de todas as áreas naturais que foram devastadas e as que foram recuperadas com florestas”, afirmou. FLORESTAS PLANTADAS

Recuperar florestas, e fornecer uma análise sobre os biomas brasileiros, é, também, uma das propostas da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), que acaba de lançar seu Relatório Anual . De acordo com a publicação, somente em , o setor totalizou , milhões de hectares de áreas plantadas, um crescimento de , em relação ao ano de . Dividindo a área total deste espaço no Brasil, em ,  pertencem às empresas do segmento de celulose e papel,  são propriedade de pequenos e médios produtores, que investem em plantios florestais para comercia lização da madeira in natura, e  correspondem às áreas ocupadas pelo setor de siderurgia e o

de produção de carvão vegetal (os  restantes se dividem entre investidores financeiros, fabricantes de painéis de madeira e pisos laminados, produtos sólidos de madeira e outros). Ou seja, as árvores plantadas para fins industriais são a matéria-prima de diversos produtos, a exemplo da celulose e do papel, que são, por este motivo, ambientalmente corretos. Além disso, estas áreas contribuem com o sequestro de carbono trazendo benefícios climáticos para o planeta. O relatório anual estima que os , milhões de hectares de área de plantio são responsáveis pelo estoque de aproximadamente , bilhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente. O setor ainda gera e mantém reservas de , bilhões de toneladas de CO₂eq e em , milhões de hectares na forma de Reserva Legal (RL), Áreas de Proteção Permanente (APP) e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN). Os dados apontam que, em essência, a Ibá representa um setor de base  renovável, cujo potencial de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas é diretamente proporcional à capacidade de criação e aproveitamento de mecanismos de mercado de carbono. O setor de árvores plantadas apresenta um potencial de crescimento da economia verde, visando ao atendimento da demanda industrial sem prejudicar o meio ambiente. “Para que a indústria de árvores plantadas possa conti nuar contribuindo para o desenvolvimento econômico e sustentável do País, a Ibá vem trabalhando fortemente pela superação dos principais entraves ao seu crescimento, e para o estabelecimento de uma política clara e consolidada do setor de árvores plantadas no Brasil. Neste sentido, atua para que as políticas públicas contemplem aspectos de desoneração tributária de investimentos, resolução dos principais entraves de infraestrutura e logística, melhorias na legislação trabalhista, desburocratização de processos como o licenciamento ambiental e registro de produtos que garantam a defesa fitossanitária do setor”, explica Carlos A. Lira Aguiar, presidente do Conselho Deliberativo, em texto na abertura da publicação.

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O experimental na produção de tipos digitais estuda como projetos de design de tipos experimentais podem contribuir para o conhecimento e discussão da tipografia e suas propriedades, assim como questionar os padrões existentes e explorar novas possibilidades. Por meio da pesquisa teórica investigamos o processo de criação de tipos digitais, discutindo qual a relevância da experimentação para a arte e para o design buscando estabelecer um paralelo entre esses dois universos. O projeto prático de design discute as relações de tipografia, tecnologia e interação, propondo uma análise crítica do processo e de seus resultados. Os autores.

Olhar G

Cartazes Acima, de Thiago C. Guerreiro À direita, de Caio Grabalos Galvão

Universidade Anhembi Morumbi TCC 2015-02 dos alunos

Caio Grabalos Galvão, Eder Felix Gomes de Jesus, Giuliana Menezes de Almeida, Guilherme de Souza Vieira, Gustavo C. Rodrigues Campos, Jéssica Breda A. Teixeira, Thiago Correia Guerreiro.

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GridGrelha

Grids, grades, grelhas, o nome pode variar mas, simplificando, a ideia é uma estrutura que relaciona as partes com o todo, ou, segundo Lévi-Strauss, grids podem exprimir a oposição entre o detalhe e a totalidade, entre o caos e a ordem, entre o individual e a sociedade como uma relação entre o módulo (ou o que contêm) e a estrutura. As famosas grids do design gráfico, criadas, inventadas, imaginadas Pós-Graduação em Design Gráfico por Joseph Müller-Brockmann nos anos 1940 e 50, mais do que dividir na Faap São Paulo. Abaixo, o espaço gráfico/visual em colunas, espaços, linhas entre blocos de obras realizadas na disciplina A construção do cartaz, texto e imagens, representam a estrutura social, filosófica, econômica ministrada por Carlos Perrone. do período. Foram usadas como ferramenta para organizar a destruição Com textos de Yoko Ono. ocorrida na Europa pela II Guerra Mundial. Estes princípios também foram utilizados na reconstrução das cidades, das malhas ferroviária e rodoviária e na remontagem das linhas de produção no pós-guerra. Hannah Higgins, em sua obra The grid book (MIT Press, 2009) cria uma narrativa que vai do tijolo paleolítico da antiga Mesopotâmia Sigmund Freud concebe a mente humana – a primeira grid modular desenvolvida, como uma grid, que pelo que representa apoiada e empilhada – para construir prédios seria intrínseca aos impulsos humanos e cidades, até a Web”. Segundo a autora, o tijolo permite erguer primeiramente a proteção e não uma mera expressão de controle social. individual contra as intempéries, em seguida, as muralhas que protegiam a comunidades de invasores e inimigos. Estas estruturas urbanas, por sua vez, são projetadas na paisagem como um sistema de coordenadas cujas dimensões sugerem a medida do tempo, que é fundamental também para a composição/grid musical. Desta forma é preciso investigar qual é a grid dos dias de hoje. Ela deve representar, fotografar, significar a complexidade do mundo social e tecnológico que nos envolve, como uma cebola, em camadas indissociáveis de nossa sensibilidade e razão. Não podemos representar a dinâmica e fluidez atuais com as mesmas ideias e ferramentas Cartazes do mundo mecânico. O desconstrutivismo da escola de Cranbrook WALKING PIECE/1964 e o não-grid de David Carson são faces deste ordenamento não mais Ande sobre os passos da pessoa em frente. 1. no chão. 2. no barro fundado na produção, ou reorganização, mas agora no consumo. 3. na neve. 4. no gelo. Para finalizar o introito, a autora afirma que com a invenção dos tipos 5. na água. Tente não fazer barulho. móveis e a mecânica moderna (Newton) as grids puderam ser produzidas Acima: Projeto Flávio Cardamone em massa, tornando-se efetivamente um espaço universal. Esse espaço tomou forma na pintura e nas caixas da arquitetura moderna, ao mesmo EARTH PIECE V/1996 tempo que esvanecem rapidamente no éter da internet na WWW. Olhe o pôr do sol. As grids selecionadas na obra, além do tijolo (suas proporções 1:2:4 e Sinta a Terra se mover. À esquerda: suas dimensões – devem caber na mão humana –, moldaram Projeto Rita Gioz a cultura material do planeta), são: a tabuleta suméria, a malha urbana, e abaixo: os mapas, a notação musical, as telas, a tipografia, as networks, projeto Jéssica de Andrade e algumas outras. Todas integralmente incrustadas no DNA humano.

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Referências

Sistemas de grelhas, Josef Müller-Brockmann, Gustavo Gigli, 2012. Cranbrook Design: The new discourse, Katherine McCoy e outros, Rizzoli, 1990. The end of print, Lewis Blackwell & David Carson, Chronicle Books, 1995.

Hannah B. Higgins, professora de História da Arte na Universidade de Illinois, mostra em sua obra que a grelha/grade/grid é mais antiga do que se imagina e tem suas origens em nossos ancestrais quando estes inventaram o tijolo em 9.000 a/C. A obra lança um olhar plural e subversivo (segundo Lorraine Wild, na quarta capa) sobre aspectos da arte, do design, da arquitetura, da geografia e da sociologia que estão envolvidos nesse pensamento organizador criado pelo homem. A autora afirma que a tabuleta suméria organizou as normas e convenções da vida social e criou proteções dos direitos individuais. Ela não hesita em afirmar que Gutenberg inventou, em 1454, só um terço daquilo que chamamos de imprensa de tipos móveis – pois ele já conhecia uma série de pré-requisitos como o papel, o [livro em forma de] codex, blocos de impressão para tecidos, pigmentos à base de óleos que induziram-no à sistematização do processo, com a ajuda de sua prensa de fazer vinho, que redundou na Biblia de 42 linhas, um dos primeiros livros e a primeira grelha/grade/grid tipográfica que viriam 65 a influenciar a confecção dos livros até os dias de hoje. Claudio Ferlauto julho /agosto 2016

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GALERIA DA SIB - SOCIEDADE DOS ILUSTRADORES DO BRASIL

Autor: MAURICIO NEGRO Livro: Tem oba-oba no baobá: histórias com perfume de África, de Claudia Lins (Paulinas, 2016) Técnica: monotipia e retoque digital

www.sib.org.br

Sociedade dos Ilustradores do Brasil


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Chegou o Anuário 2016!

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Co 2014. ão nos áquinas % no al e an is to resu to 25 20 d ci v to tan tativa men sobre 2,4% em a retraç ão de m ção de hões — ento espe e a pre men i u ­ expec e cresci ável, em r do qu de 8% iminuiu física fo portaç i a red 204 mil colhim prin­ Eco d en im vo fo dos ra­ d o o e S$ u a r ano ado razo ito maio n U st çã es b to ti u a õ % l foi o eE prod de 17 do posi alente portaç cambia to d r gráf ic gan­ a sider eda mu en d n ão iv la m o u O uiç as ex arta ue o seto , empre ndo ser couma qu min áf icos. setor, eq e 4% n epreciaçã as l Dep q gu do com s gr s ativ o, se to d gera pelo onta A d um nho realizadocional ap empresaa produçã2%, teve que to mercial escimenrtações. enho. co de cr mpe , a e 30 N 2014 po emp Dese tamento bigraf Ncom 20.6 pessoas. m recuo d ormaçãoraram tado % nas imesse des A O 30 d IR 2013 10 r E Levanicos da ou 2014 213 mil bora co e transf regist tos, e 20.6 to IL d S en d mo BRA nôm o encerr amente ica, em dústria também uipam 2013. 30 O 213.034* 2012 4 cipal áf r 20.6 SA LD eq FICO 2 01 sileir roximad stria gr que a in do seto inas e hão em ram GR Á 8 ,33 11 R 19 31 u ú ÃO il za O 8. 20 r s 9610 . 21 to 20.6RTAÇ ta li 17 b máq do ap E, a ind melho SE T 47.2 36.8 IM PO 0 imen ão de a US$ 1, ações to milhões OS DO 8 4 G – o 72 ,5 st 10 64 h IB 27 7. 5,31 10 20 o 224. 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1 Livro com 336 páginas em cores, em belíssima embalagem protetora 2 Desempenho do setor em 2015 3 Balança comercial 2013/2015 4 Tabelas para selecionar e localizar gráficas buscando-as através do serviço desejado 5 Dados de 1.938 gráficas de todo o Brasil contendo endereço, telefone, e-mail, site, certificações, número de funcionários, área instalada, formato máximo de impressão, processos, segmentos de atuação, produtos e serviços de cada uma, divididas por região, estado e município 6 Guia de Fornecedores com informações sobre 514 empresas de equipamentos, sistemas, matérias-primas, insumos e prestadores de serviços

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Walter Craveiro 2

70 REVISTA ABIGR AF  julho /agosto 2016


De volta às raízes alter Craveiro, 55 anos, cresceu no Centro de São Paulo. No coração da cidade, os con­f li­tuo­sos anos de 1970 desfilavam dian­te dele como blocos carnavalescos organizados no calor da animação, sem hora para começar e tampouco para terminar e, por isso, de perturbadora magia. Tudo de relevante passava pelo Centro, plantando em Craveiro a necessidade de registrar a marcha dos acontecimentos. Aos 15 anos começou a fazer Super 8. Aos 18 entrou na faculdade, imaginando-​­se feliz na carreira de engenheiro químico. Mas o mundo das imagens já morava dentro dele e encontrou no laboratório de fotografia do grêmio do Instituto Mauá a brecha para manifestar-​­se. Dos compostos químicos, Craveiro foi para o jornalismo na

Faculdade Cásper Líbero e em 1985 iniciou sua trajetória pro­f is­sio­nal como assistente em um estúdio de fotografia publicitária. Confortável em sua escolha, caminhou como muitos de seus companheiros de ofício. Depois de uma temporada na Europa, conseguiu uma chance de mostrar seu trabalho na Editora Abril, ini­cian­do seu percurso no mercado edi­to­r ial. Náu­ti­ca, Próxima Via­gem, Vacances, Business Travel, a lista de revistas para as quais colaborou é extensa. O birô de editoração eletrônica montado em 1992 transformou-​­se em estúdio de comunicação e com ele Craveiro segue fazendo fotografia corporativa. Para além da demanda co­mer­cial está a reflexão. Há seis anos, de câmera na mão, Craveiro resolveu revisitar o Centro de São Paulo, ini­c ian­do o ensaio Ver Rever. São Paulo. Porto.

Foto: Lucia Caetano

F OTOG R A F I A

Antes mesmo que ele se desse conta, a fotografia já fazia parte da vida de Walter Craveiro. Revisitando suas origens, ele une duas cidades com cores e sombras. Tânia Galluzzi

1 ( página ao lado) Vale do Anhangabaú, São Paulo, 2016 2 ( página ao lado) Rua das Flores, Porto, 2015 3 Minhocão, São Paulo, 2015

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71 julho /agosto 2016  REVISTA ABIGR AF


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4 E xposição nos 10 anos da Flip, Paraty, 2012 5 Adélia Prado, Flip 2006 6 Ferreira Gullar, Flip 2010 7 Ariano Suassuna, Flip 2005

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dessa vez a sombra e o preto ganham destaque na paisagem, crian­do composições de cores pausadas, como nomeou um amigo. “Revelou-​­se a ausência. E um vigoroso espaço de encontro e reen­con­tro com minhas me­mó­r ias.” O GES­T UAL E O OLHAR

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WALTER CRAVEIRO www.waltercraveiro.com REVISTA ABIGR AF  julho /agosto 2016

No meio do caminho, em 2013, o inusitado. Para comemorar seu aniversário de casamento, Craveiro foi com a esposa, Lúcia Cae­ta­no, para a cidade do Porto, em Portugal. “Ela, filha, e eu, neto de portugueses, encontramos, ou melhor, reen­con­t ra­mos nas ruas do Porto lugares, costumes e pes­soas muito fa­mi­lia­res. De maneira quase irrefletida, a Baixa do Porto passou a ser uma extensão do espaço de memória que eu explorava em São Paulo. Nesse exercício de ver e rever-​­me, resolvi fotografar com recursos que costumava utilizar ao ini­ciar minha carreira pro­f is­sio­nal.” Naquela época analógica, cada fotógrafo tinha o seu filme preferido. O de Craveiro era o Fuji Velvia 50. Altíssima resolução e cores saturadas davam ao filme uma característica ímpar, exigindo um grande cuidado ao fotografar nas ­­áreas de sombra: facilmente o preto invadia essas re­g iões. Craveiro passou a fotografar as ruas do Porto e de São Paulo com os padrões do Velvia 50 na câmera digital. Entretanto, e de forma in­ten­cio­nal,

Ver Rever deve ma­te­r ia ­l i­z ar- ​­s e em uma exposição. Assim como aconteceu com o trabalho de maior visibilidade de Craveiro, como fotógrafo ofi­c ial da Flip, a Festa Literária In­ ter­n a­c io­n al de Paraty. Clicando as mesas li­ te­r á­r ias desde a primeira edição, em 2003, Craveiro reú­ne um pre­cio­so acervo, que já foi tema de exposição na própria Flip, há quatro anos. Diferente dos demais fotógrafos, Craveiro pôde permanecer na Tenda dos Autores no decorrer das apresentações e debates. “Acho que sou a única pessoa que assistiu a todas as mesas até hoje”, comenta o fotógrafo. Trabalhando na miú­d a, Craveiro procura mergulhar na discussão. “Meus elementos são o ges­ tual e o olhar. Busco representar as ideias se expressando no rosto das pes­soas.” Uma das mesas mais sur­preen­den­tes foi a da escritora Adélia Prado, que com sua simplicidade provocou uma catarse coletiva. Outra si­ tua­ção inusitada ocorreu com o escritor pe­r ua­ no Mario Bellatin. “Ele não tem um dos braços e costuma utilizar próteses artísticas, a mais comum semelhante a uma curva francesa. No dia de sua apresentação ele usou um grande pênis”, diverte-​­se Craveiro. Entre seus retratos preferidos está o de Ferreira Gullar, pela expressividade. A ideia é evi­den­ciar novamente esse conjunto em 2017, em comemoração aos 15 anos da festa literária. Pelo jeito, uma boa safra vem aí.


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30/06/16

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Criado em 2005 pela ABIGRAF-SP e pelo SINDIGRAF-SP, o Projeto Bibliotecas inaugurou 22 bibliotecas em todo o Estado desde então. O projeto é realizado em parceria com as Prefeituras Municipais, que cedem espaços para serem equipados com computadores e uma extensa variedade de livros, selecionados pela Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo. Chegamos à marca de mais de 20 mil livros doados, sempre com o apoio das Seccionais Ribeirão Preto e Bauru da ABIGRAF-SP, fundamental para a escolha dos espaços que recebem as novas bibliotecas. A iniciativa ainda contribui para a disseminação da Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa, difundindo informações corretas sobre o uso do papel e seus benefícios junto ao meio ambiente. Incentivar a educação. É assim que a Indústria Gráfica Paulista investe no futuro.


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SISTEMA ABIGRAF NOTÍCIAS

Abigraf lança oficialmente a campanha “Vote no Impresso” Iniciativa é integrada por cartilha, site e ações estratégicas para promover a comunicação impressa, considerando as mudanças nas regras da propaganda eleitoral.

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Abigraf Na­c io­n al promo­ veu, em 25 de julho, um evento em sua sede para lan­ çar ofi­cial­men­te a campanha “Vote no Impresso”, integra­ da por uma cartilha orien­ta­ti­ va, um site na internet (www. votenoimpresso.com.br) e uma série de ações estraté­ gicas da entidade. O evento contou com a presença do presidente da entidade, Levi Ceregato, do presidente da Abigraf-​­SP, Sidney Anversa Vic­ tor, dos diretores de 22 regio­ nais, grupos empresariais dos segmentos pro­mo­cio­nal, en­ velopes, etiquetas e adesi­ vos e impressão digital, assim como de assessores parlamen­ tares, candidatos, presidentes de partidos, di­re­tó­rios, além de gráficas de todo o Esta­ do de São Paulo. Os Correios, importantes parceiros nesta ação, também estiveram pre­ sentes, na figura de Claudio Marcos Angelini e Fauzi Toute, respectivamente, consultor e gerente de Mar­ke­ting. O objetivo da Abigraf é pro­ mover a comunicação impres­ sa em um ano em que, devido às mudanças na legislação da campanha eleitoral, esse for­ mato ganha mais importân­ cia como mídia de interação com o eleitorado. Estudos e pesquisas nacionais e interna­ cionais atestam que a palavra impressa tem maior poder de fixação e assimilação por parte do público e, além disso, cono­ ta mais credibilidade e se­rie­da­ de ao con­teú­do veiculado. Es­ ses são atributos importantes numa eleição cuja campanha

terá menos tempo de duração e mais limitações na comuni­ cação, dificultando a fixação das mensagens por meio das mí­dias eletrônicas, rádio e TV. “A cartilha é apartidária e eminentemente técnica, fo­ cada em orien­tar políticos, as­ sessores, candidatos e agên­ cias de propaganda a dia­lo­gar com eficácia com a so­cie­da­ de, por meio da comunicação impressa utilizada em cam­ panhas eleitorais: santinhos, adesivos, colinhas, entre ou­ tras peças”, informa Ceregato. Ela aborda planejamen­ to estratégico da campanha eleitoral, slogan, regras para a produção dos materiais im­ pressos, entre outros temas. Em São Paulo, serão dis­tri­buí­ dos 3.000 exemplares. As re­ gionais da Abigraf também a receberam, com a orien­ta­ ção de que seja divulgada em seus estados. Diversas gráficas já estão imprimindo o ma­te­rial e distribuindo em suas re­giões. A Abigraf estima que serão im­ pressas e dis­tri­buí­das em todo o País mais de 45 mil cartilhas. “Esse trabalho é refle­ xo da nossa política de atua­ ção, fomentando ne­g ó­c ios para o setor gráfico a partir de uma legislação que bene­ ficia o candidato, nosso setor e a so­cie­da­de”, comenta Sid­ ney Anversa Victor. Concluin­ do, Ceregato afirma: “Espera­ mos que as gráficas trabalhem a todo vapor nessa campa­ nha eleitoral. E a cartilha Vote no Impresso certamente dará grande impulso aos ne­gó­cios da indústria gráfica”.

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Sindigraf‑SP e Abigraf‑SP entregam biblioteca ao município de Macatuba Esta é a 22ª cidade a fazer parte do Projeto Bibliotecas – Leitura para Todos, promovido pelas duas entidades.

E

m 29 de junho, a cidade de Ma­ catuba, re­gião de Bauru, inaugu­ rou mais uma bi­blio­te­ca como par­ te do Projeto Bi­blio­te­cas – Leituras para Todos, do Sindigraf‑SP e da Abigraf-​­SP. Trata-​­se da 22ª cidade do Estado de São Paulo a ser con­ templada pelo programa ao longo de uma década, que já conta com cerca de 22 mil livros doa­dos e com aproximadamente 840 mil pes­soas po­ten­cial­men­te be­ne­f i­cia­das. Denominado “Espaço de Leitu­ ra de Macatuba”, o novo acervo re­ cebeu mil títulos, a maior parte de obras de literatura infanto-​­juvenil, best-​­sellers, clássicos, além de di­ cio­ná­rios e gramáticas e do livro in­ fantil Mitos e Fatos para Colorir, da campanha mun­dial Two Sides, de valorização da mídia impressa. O bairro de Bocaiuva se tornou a área escolhida pela prefeitura para receber a bi­blio­te­ca. Fica na parte alta da cidade, uma re­gião so­cial­ men­te mais vulnerável da popula­ ção. No local já existe um amplo e moderno imóvel, onde também estão as instalações de um projeto so­cial da cidade, que já existe há 12 anos. “Para nós é um prazer muito grande receber esse projeto. O li­ vro é por excelência aquele instru­ mento, como destacou o prefeito Tarcísio Mateus Abel, que abre uma janela de oportunidades. É um pro­ duto que amplia horizontes e esta ação fazemos com muito orgulho, porque o livro é um instrumento para lazer, conhecimento e cultu­ ra. É o que vai fazer a diferença na

hora de procurar emprego, de uma conversa, ou de fazer uma via­gem”, declarou o então presidente do Sindigraf-​­SP, Fabio Arruda Mortara, na inauguração. O 1º vice-​­presidente da Abigraf Sec­cio­nal Bauru, José Ricardo Car­ rijo, disse, por sua vez, que aquele momento tinha um sabor es­pe­cial por ser em Macatuba e por estar en­ cerrando seu mandato. “Esse proje­ to das bi­blio­te­cas foi o que mais me encantou em meu trabalho. Doar li­ vros para bi­blio­te­cas talvez seja a coisa mais importante que o Sindi­ graf-​­SP e a Abigraf-​­SP façam para a so­cie­da­de. O sindicato rea­li­za mui­ to para os seus as­s o­c ia­d os, mas para a população essa é uma ação muito benéfica, porque a entidade coloca mil livros e um computador na bi­b lio­te­c a. As duas entidades já pro­por­cio­na­ram esse benefício para mais de 20 cidades, das quais seis foram contempladas nessa re­gião nos últimos anos”, explicou. A secretaria municipal de Edu­ cação e Cultura de Macatuba, Gil­ celene Chia­ri Ar­tio­li, disse que a benfeitoria é um grande incentivo. “Ler é tudo, e a educação está liga­ da a esse importante hábito. A bi­ blio­te­ca é um espaço que contri­ bui, fortalece e incentiva a leitura das crian­ças, jovens e adolescen­ tes. Estamos muito felizes com a doa­ção do Sindigraf e da Abigraf e desejamos que aconteçam outras ini­cia­ti­v as semelhantes para nós construirmos desse jeito um País de leitores”, concluiu.


A menina que amava os livros A pequena Ágata, vencedora de concurso do Projeto Bibliotecas – Leitura para Todos, leu “apenas” 213 livros em 244 dias.

Á

gata Cuchi Silvestre tem 9 anos de idade, mas uma von­ tade imensa de ler. Para a garota que mora em Santa Rosa do Vi­ terbo, no in­te­rior de São Paulo, os livros são seus grandes “ami­ gos”. Depois de ler nada menos que 213 livros em pouco menos de um ano, a aluna do 4º ano no Colégio Objetivo, foi a ganhado­ ra do mais recente concurso lite­ rário promovido pela Abigraf-​­SP e Sindigraf-​­SP, dentro do Projeto Bi­blio­te­cas – Leitura para Todos. Em setembro do ano passa­ do, as duas entidades reinaugu­ raram a Bi­blio­te­ca Municipal Pro­ fa. Lícinia Nogueira Magalhães, que foi revitalizada, e também fi­ zeram a doa­ção de 1.000 títulos e um computador com os soft­ wares para a gestão do acervo. Foi ali que tudo começou para Ágata, “Fui ao evento que deu início ao concurso, era aniversá­ rio de Santa Rosa, e naquele mo­ mento decidi que faria de tudo para vencer. Não consegui ler os 244 livros em 244 dias, apenas 213. Mas fiquei satisfeita e deixei todos que torceram, que partici­ param e que me amam, muito fe­ lizes e orgulhosos”, diz a garota. E como dar conta de tanta lei­ tura? Simples: como estuda de manhã, Ágata chegava da esco­ la, almoçava e depois das outras atividades — aulas de vio­lão duas vezes na semana e de inglês, uma vez — ia para a bi­blio­te­ca, onde ficava até sua mãe sair do traba­ lho. Nos dias sem atividade, fi­ cava a tarde toda na bi­blio­te­ca. As tarefas escolares eram feitas após o jantar. “Fui verificar meu boletim e percebi que minhas notas deram uma melhoradinha

após a pre­mia­ção, mas se eu pa­ rar para pensar o porquê, vou achar que era an­sie­da­de”, diz ela, com um sorriso. Mas Ágata não foi motiva­ da apenas pelo concurso. O que ela sente é mesmo paixão pelos livros. Ela já “lia” antes mesmo de aprender a decifrar as letras. “Meus pais contam que eu pe­ gava revistas, jornais ou qualquer

outra coisa, às vezes até de pon­ ta-​­cabeça, e começava a inven­ tar his­tó­rias, como se eu estives­ se real­men­te lendo”. E, como o hábito é que faz o monge, a me­ nina também recebeu incentivo da família. “Sempre fomos à bi­ blio­te­c a. Adoramos o am­bien­ te, o cheiro dos livros e o silên­ cio. Meu irmão e eu adoramos estar lá”, completa.

Quan­do começou a participar do concurso, Ágata estava lendo “O Pequeno Príncipe”, mas inter­ rompeu para alcançar as metas da pre­mia­ção. Assim, alguns dos títulos que leu foram “Como viver para sempre” (de Colin Thomp­ son), “Marcelo Marmelo Martelo” (Ruth Rocha) e “As sete versões de Branca de Neve” (José Roberto Torero e Marcus Aurelius). Ágata afirma que não tem nem autor, nem estilo favorito. Como todo bom apaixonado por livros, “basta que a história seja boa e interessante”. E o que ela diria às crian­ças que não têm o hábito de ler? “Que comecem, pois o mundo da leitura é tão in­ teressante, te ensina novas pa­ lavras e os livros te contam tan­ tas his­tó­rias maravilhosas que naturalmente você vai pegando o hábito de ler”. Os livros também fazem de todos nós pes­s oas melhores. Para a pequena leitora, o con­ curso da Abigraf-​­SP e do Sindi­ graf-​­SP representa muito mais. “Trouxe junto conhecimento e a certeza que com a leitura eu posso conquistar vá­rias outras coisas”, diz a menina. Ágata sonha em ser dentis­ ta, mas também quer, nas horas vagas, ser confeiteira. E já apren­ deu a fazer de­li­cio­sos cupcakes. Mas que ninguém estranhe se os con­sul­tó­rios e as do­ça­rias perde­ rem uma pro­f is­sio­nal para as edi­ toras. “Para ler todos esses livros, aproveitei bastante também o pe­río­d o de fé­rias. E até escre­ vi e ilustrei um livrinho, ‘A Co­ ruja Engraçada’, que, com cer­ teza, ainda verei publicado”, diz, con­f ian­te. Alguém duvida? julho /agosto 2016  REVISTA ABIGR AF

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SISTEMA ABIGRAF NOTÍCIAS

Summit de Comunicação em Ribeirão Preto destaca a criatividade

(E/D) José Ricardo Scarelli Carrijo, 1º vice-presidente da Abigraf Seccional Bauru; Olga Coube, mãe do homenageado Vinicius Viotto Coube; e Reinaldo Spinoza, representando a Abigraf Nacional

Bauru entrega prêmios

Com a presença de cerca de 140 especialistas e profissionais da propaganda e da mídia da região de Ribeirão Preto, o evento abordou as tendências e novos rumos da comunicação impressa.

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o futuro próximo, uma campanha publicitá­ ria será mais efi­cien­te se utilizar um único re­ curso: a cria­ti­vi­da­de na comunicação. Portanto, nem as campanhas impressas, nem as digitais têm algum tipo de vantagem como plataforma. Ambas podem ser efi­cien­tes, até mesmo se uti­ lizadas em conjunto. Este foi um dos aspectos revelados pelo Summit de Comunicação orga­ nizado pela Abigraf Sec­cio­nal Ribeirão Preto, em 30 de junho. O evento repetiu com suces­ so a ini­cia­ti­va rea­li­za­da pela Abigraf Na­cio­nal em dezembro do ano passado, que teve gran­ de repercussão ao mostrar que o impresso ain­ da é um dos mais fortes meios de comunicação para as campanhas pu­bli­ci­tá­rias. Levado para uma das maiores cidades do in­ te­rior do Estado de São Paulo, com o mesmo for­ mato, o Summit aconteceu na Escola Senai Eng. Octávio Marcondes Ferraz e reuniu profissionais e estudantes, em es­pe­cial das áreas ­­ de propa­ ganda, design e artes gráficas. Participaram da mesa ofi­cial o presidente da Abigraf Ribeirão Preto, Fabio Sarje, o então presidente do Sin­ digraf-​­SP, Fabio Arruda Mortara, e o presidente da Abigraf Na­cio­nal, Levi Ceregato. Es­pe­cia­lis­tas e profissionais da propaganda e da mídia da re­gião debateram as ten­dên­cias e os novos rumos da comunicação impressa, além de abordarem temas como as novas regras de mar­ ke­ting político para as eleições 2016, com pales­ tras específicas sobre a adequação da comuni­ cação impressa para os em­pre­sá­rios do setor. O primeiro palestrante foi o publicitário Fer­ nando Italo Delarcina, supervisor de mídia da

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Os troféus do Prêmio Vinicius Viotto Coube foram distribuídos para treze empresas.

NW3 Comunicação e professor de Publicidade

e Propaganda da Universidade Estácio de Sá de Ribeirão Preto, que falou sobre a credibilida­ de da mídia impressa. O desafio, segundo ele, é adaptar o con­teú­do impresso para que coe­ xis­ta com os recursos digitais, como QR Code e rea­li­da­de aumentada. E não apenas isso: rea­li­ zar esta tarefa tem a ver com cria­ti­vi­da­de e ino­ vação para fazer com que o ma­te­rial impresso seja tão efi­cien­te quanto os meios eletrônicos, tornando-​­se capaz de despertar e prender a atenção dos leitores. A programação do Sum­ mit de Comunicação contou, a seguir, com a palestra de Gustavo Castro, sócio da agência Versão BR e consultor político. Ele abordou a impressão gráfica no mar­ke­ting com as mudan­ ças na legislação eleitoral, mostrando aspec­ tos que podem ser favoráveis para a indústria gráfica. Entre eles estão a proibição de patro­ cinar, im­pul­sio­nar ou fazer qualquer tipo de ação paga nas redes sociais; a redução do tem­ po de campanha eleitoral de 90 para 45 dias; a proibição do uso de mí­dias como cavaletes, outdoors, banners e faixas. Para encerrar o evento, subiu ao palco o pro­ fessor da ESPM e sócio da Agência de Bolso, Igor Quintella, que tratou do tema impressos rele­ vantes e as novas ferramentas interativas. Por meio de casos reais, ele mostrou que, indepen­ dentemente do meio utilizado — eletrônico ou digital —, é necessário ter em mente o conceito de “relevância”. Isto é o que permitirá aos anun­ cian­tes garantirem maior poder de alcance às suas peças pu­bli­ci­tá­rias.

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o dia 28 de julho a Abigraf Sec­cio­nal Bauru realizou a cerimônia de entre­ ga do 5º Prêmio Re­gio­nal de Excelência Gráfica Vinicius Viot­to Coube. O evento contou com a presença de mais de 80 convidados e premiou 13 empresas das cidades de Bauru, Jaú e Santa Cruz do Rio Pardo. O prêmio foi cria­do em 2012 e batizado em homenagem ao empresá­ rio Vinicius Viot­to Coube, que deixou seu legado para o mercado gráfico re­gio­nal. Desde então, o evento vem pre­mian­do a qualidade da cria­ção e dos processos gráficos das empresas de Bauru e re­gião. Vinculado ao Prêmio Re­gio­nal de Ex­ celência Gráfica, a sec­cio­nal criou o Con­ curso de Cartaz Prêmio Vinicius Viot­to Coube, aberto para participação aos es­ tudantes dos cursos su­pe­rio­res e tecnó­ logos de Design, Publicidade e Propa­ ganda e Produção Gráfica. O cartaz vencedor é utilizado na di­ vulgação do prêmio na edição do ano seguinte, e o aluno é pre­mia­do no mes­ mo dia da entrega dos tro­féus do Prêmio de Excelência Gráfica. As inscrições para a sexta edição do prêmio poderão ser feitas de 3 de abril a 31 de maio de 2017. Tel. 14 3203-​­1633 www.abigraf.org.br


Novos Associados Abigraf

Apresentamos os novos associados da Abigraf Regional São Paulo e Abigraf Nacional.

ABIGRAF REGIONAL SÃO PAULO

D’Arthy Editora e Gráfica Es­p e­c ia­l i­z a­d a em impressão off­ set, a empresa oferece ao merca­ do soluções de pré-​­impressão, im­ pressão, acabamento e logística. Fundada em 1997, a gráfica presta serviços para os mercados co­mer­cial, edi­to­rial e publicitário. Rua Osasco, 1086 (Vila Anhanguera) Cajamar/SP Telefone: (11) 4446.4600 www.darthy.com.br Contato: Gilson Machado Bezerra gilson.machado@darthy.com.br

Enovaprint Es­pe­cia­li­za­da em materiais promo­ cionais e brindes, a empresa traba­ lha com diferentes tipos de substra­ tos, oferecendo impressão digital de qualidade. Avenida Gustavo Adolfo, 2364 (Vila Gustavo) São Paulo/SP Telefone: (11) 2955-​­3626 www.enovagrafica.com.br Contato: Rita Fornaziero rodrigo@enovagrafica.com.br

Escala Empresa de Comunicação Integrada Atuan­do no mercado desde o ano 2000, a empresa trabalha com im­ pressão offset para produzir, es­ sen­c ial­m en­t e, livros didáticos e paradidáticos Rua Osasco, 714 (Vila Anhanguera) Cajamar/SP

Telefone: (11) 3855-​­2100 www.escalaeducacional.com.br Contato: Anne Vilar annevilar@escala.com.br

Forma Certa Gráfica Digital Po­si­cio­na­da no mercado como grá­ fica digital, a empresa mantém es­ trutura de impressão e acabamen­ to para apresentar soluções para o segmento edi­to­rial, pro­mo­cio­nal e de personalização. Rua Maestro Gabriel Migliori, 495 (Limão) São Paulo/SP Telefone: (11) 2081-​­6000 www.formacerta.com.br Contato: Carla Mavtone adm@formacerta.com.br

Gráfica Cipola Fundada em 1994, com base em for­ te tradição na indústria gráfica, a empresa dispõe de um espaço técni­ co que comporta todas as máquinas de impressão e acabamento. Pres­ ta serviços para diferentes segmen­ tos, com forte atua­ção em produtos promocionais. Rua José Antonio Pareira, 229 (Jardim Satélite) Presidente Prudente/SP www.cipola.com.br Contato: Marco Aurélio Cipola marcoaurelio@cipola.com.br

MIB Brasil Com foco principal na produção de displays de papel impressos em

offset, a empresa está no mercado desde 2008, apostando na cria­ti­vi­ da­de e na inovação para desenvol­ ver soluções completas em mate­ riais para exposição em pontos de venda (PDV ), ações e campanhas promocionais. Rua Santa Mônica, 1078 (Parque Industrial San José) Cotia/SP Telefone: (11) 4148-​­4938 www.mibbrasil.com.br Contato: Ana Luisa Ribeiro Fernandes ana@mibgroup.com.br

MT Artes Gráficas e Editora EIRELI EPP A empresa atua na produção de dife­ rentes tipos de impressos, como fôl­ deres, folhetos, adesivos, papelaria Ins­ti­tu­cio­nal, catálogos e manuais, envelopes, livros, adesivos, rótulos e cintas, caixas, displays e brindes. Rua Olívia Guedes Penteado, 64 (Socorro) São Paulo/SP Telefone: (11) 5521-​­0985 www.artepremium.com.br Contato: Rose Poleti adm@artepremuim.com.br

Taquaritinga Artes Gráficas e Editora Há 57 anos no mercado, a empresa atua principalmente na produção de embalagens em duplex e cartuchos, além de impressos em geral. Rua General Osorio, 168 (Centro) Taquaritinga/SP Telefone: (11) 3252-​­4768 www.graficatag.com.br Contato: Mauro Henrique Bussadore mauro@graficatag.com.br

ABIGRAF NACIONAL

Afiadora Montecchio Rua Avaí, 40 (Vila Bertioga) São Paulo/SP Telefone: (11) 2305-​­0375 www.afiadoramontecchio.com.br Alexandre Tecchio alexandre@afiadoramontecchio. com.br

Associação Brasileira de Embalagem Rua Oscar Freire, 379 (Cerqueira Cesar) São Paulo/SP Telefone: (11) 3060-​­5510 www.abre.org.br Contato: Luciana Arteaga E-​­mail: luciana@abre.com.br

Atelier Brasil Rua Padre Guilherme Pompeu, 1 (Centro) Santana de Parnaíba/SP Telefone: (11) 5522-​­2826 www.atelierbrasil.eco.br Alfredo Passos apassos@outlook.com

Cipatex Impregnadora de Papéis e Tecidos Ltda. Rua Arlindo Campana, 84 Cerquilho/SP

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SISTEMA ABIGRAF NOTÍCIAS

Telefone: (15) 3284-9055 www.cipatexadesivos.com.br Fabricio Almeida Altea fabricio.altea@cipatex.com.br

Cotabox Tecnologia e Software Rua Costa Aguiar, 1471 (Ipiranga) São Paulo/SP Telefone: (11) 98143-3611 www.cotabox.com.br Contato: Fernando Tomé de Oliveira E­mail: fetoli@cotabox.com.br

DuPont do Brasil S.A Alameda Itapecuru, 506 (Alphaville Industrial) Barueri/SP Telefone: (11) 4166-8940 www.tyvek.dupont.com.br Renata Liebel renata.liebel@dupont.com

Fedrigoni Brasil Papéis Ltda. Rodovia da Convenção, 30 (Salto de São José) Salto/SP Telefone: (11) 4028-9654 www.fedrigoni.com.br Cynthia Cadrobbi Alves cynthia.cadrobbi@fedrigoni.com.br

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HP Brasil Alameda Xingu, 350 (Alphaville Industrial) Barueri/SP REVISTA ABIGR AF

Telefone: (11) 4197-8907 www.hp.com.br Luca Cialone luca.cialone@hp.com

STCI Latin America Rua do Oratório, 2319 (Alto da Mooca) São Paulo/SP Telefone: (11) 4195-6327 www.st-ci.com Laércio de Sant’Anna Mello larry@sensibletech.com.br

Oki Data do Brasil Informática Avenida Alfredo Egídio de Souza Aranha, 100 Bloco C, 5º andar (Vila Cruzeiro) São Paulo/SP Telefone: (11) 3444-3500 www.okidata.com.br Cristiane Borato cristiane.borato@okidata.com.br

Ricoh Brasil Avenida Ibirapuera, 2332 Bloco I, 8º andar (Indianópolis) São Paulo/SP Telefone: (11) 2575-4400 www.ricoh.com.br Contato Fabio Albino Rosa fabio.albino@ricoh­la.com

Solugrav Fabricação de Máquinas e Equipamentos Rua Antonio Hulse, 2860, sala A (Revoredo) Tubarão/SC Telefone: (48) 3052-3322 www.solugravlaser.com.br Raquel de Aguiar Martins Nunes raquel@solugrag.com.br

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NOVAS DIRETORIAS

ABTG – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA GRÁFICA Triênio 2016 / 2019 CONSELHO DIRETIVO Membros efetivos Presidente: Bruno Cialone ◆ 1º vice-presidente: Paulo Cesar Bernardino ◆ 2º vice-presidente: Carlos Suriani Conselheiros Luiz Nei Arias ◆ Miguel Troccoli ◆ Levi Ceregato ◆ Fabio Gabriel dos Santos ◆ Valdézio Bezerra de Figueiredo ◆ Julião Flaves Gaúna ◆ Arnaldo Peres Júnior ◆ José Maria Granço ◆ Eduardo Sousa ◆ Paulo Addair Daniel Filho ◆ Mauro Jorge Melli Carvalho Júnior ◆ Guilherme Porto Reis Membros suplentes Sidney Anversa Victor ◆ Beatriz Duckur Bignardi ◆ Jair Leite CONSELHO FISCAL Membros efetivos José Pires de Araújo Júnior ◆ Paulo Gonçalves ◆ Flávio Tomaz Medeiros CONSELHO DE CERTIFICAÇÃO Presidente: Fabio Arruda Mortara Conselheiros Rodrigo Schoenacher Pacheco ◆ Oscar Pereira de Souza ◆ Darcio Berni ◆ Elcio de Sousa DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Francisco Veloso Filho ◆ Vice-presidente: Luca Cialone ◆ Diretor Técnico: Manoel Manteigas de Oliveira ◆ Diretor Técnico Adjunto: Aislan Yaron Baer ◆ Diretor Financeiro: Felipe Salles Ferreira ◆ Diretor Financeiro Adjunto: Luiz Gornstein

SINDIGRAF-SP – SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS NO ESTADO DE SÃO PAULO Triênio 2016/2019 DIRETORIA EXECUTIVA Membros efetivos Presidente: Levi Ceregato ◆ 1º vice-presidente: Sidney Anversa Victor ◆ 2º vice-presidente: Beatriz Duckur Bignardi ◆ Diretor Administrativo: Carlos Roberto Jacomine da Silva ◆ Diretor Administrativo Adjunto: Rubens F. Passos ◆ Diretor Financeiro: Umberto Giannobile ◆ Diretor Financeiro Adjunto: Ricardo Marques Coube ◆ Diretora de Marketing: Juliana Sivieri Gonçalves Membros Suplentes Ricardo Cruz Lobato ◆ Rodney Paloni Casadei ◆ Danilo Braghiroli ◆ Sander Luiz Uzuelle ◆ Rodrigo Nogueira de Abreu ◆ Fábio Sarje CONSELHO FISCAL Membros Efetivos Antonio Carlos Brusco ◆ José Carlos Christiani de la Torre ◆ Wilson dos Santos Membros Suplentes Davidson Guilherme Tomé ◆ Gelson Kazuyuki Tomita ◆ Valdomiro Luiz Paffaro DELEGADOS FIESP Membros Efetivos Levi Ceregato ◆ Beatriz Duckur Bignardi Membros Suplentes Carlos Roberto Jacomine da Silva ◆ Ricardo Marques Coube


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JURÍDICO Texto: Maria Fernanda Cavalcanti Silva, da Honda Estevão Advogados

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esde 2009 os livros fiscais são escriturados de forma eletrônica, com o objetivo de modernizar a sistemática anterior e a governança corporativa dos empresários de todo o Brasil. Trata-se de uma solução fiscal denominada Escrituração Fiscal Digital (EFD) dentro do Sistema Público de Escrituração Fiscal Digital (Sped-Fiscal). A EFD é composta por blocos e cada um deles refere- se a um agrupamento de documentos e informações econômico-fiscais, sendo obrigatória a sua apresentação por todo o setor industrial. Assim, é o Bloco K a versão digital do livro de Registro de Produção e do Estoque (modelo ), destinado à escrituração dos documentos fiscais de uso interno do estabelecimento, correspondentes às entradas, saídas, à produção, às quantidades referentes aos estoques de mercadorias e ao percentual de perdas. Esse Controle tem por finalidade concentrar documentos e informações de cunho quantitativo da produção e do estoque de mercadorias e a sua movimentação no estabelecimento, abrangendo dados de mercadorias destinadas à revenda,

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matérias- primas, embalagens, produtos em processo, produtos acabados, subprodutos, produtos inter mediários e outros insumos. Os únicos itens que ficam de fora desse controle são os bens do ativo imobilizado e os materiais de uso e consumo (não atrelados à produção). Devido à quantidade de informações a serem prestadas, o Bloco K é criticado pela sua complexidade, pela necessidade de desenvolvimento de sistemas, pelo necessário investimento em mão de obra e, principalmente, por expor o segredo industrial das empresas. O prazo de entrega que teria início em  foi prorrogado devido às complicações iminentes às empresas, sendo escalonado por segmento, da seguinte forma: - janeiro de 2017, para os estabelecimentos ◆ Em 1º industriais com faturamento acima de 300 milhões/ano, classificados nas divisões  a  da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae), e estabelecimentos industriais habilitados no Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado (Recof), ou a outro regime alternativo a este; - de janeiro de 2018, para estabelecimentos ◆ Em 1º industriais cujo faturamento anual for igual ou superior a 78 milhões/ano, classificados nas divisões  a  da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae); ◆ A partir de janeiro de 2019 para as demais indústrias, empresas equiparadas a indústrias e estabelecimentos atacadistas classificados nos grupos  a  da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae). Até o presente momento não há qualquer notícia ou informação de que os prazos já estipulados pelo Fisco para o cumprimento dessas obrigações acessórias sejam prorrogados novamente. Uma questão de extrema importância para o cumprimento dessa obrigação acessória são os investimentos em infraestrutura, como recursos de TI, adaptação de sistemas contábil e fiscal aos quais as empresas deverão adequar-se.


Sindigraf tem novo presidente

Notícias publicadas na Revista Abigraf nº– 106, de julho/agosto de 1986

Lastri lança Crics Sidney Fernandes (D), depois de comandar o Sindigraf durante seis anos, por duas gestões, passa a presidência da entidade para Max Schrappe, que tomará posse no dia 2 de setembro. Schrappe considera que Sidney foi o grande responsável pela consolidação da entidade, com uma atuação incansável na defesa dos interesses do empresário gráfico. Por isso, pretende levar adiante as suas iniciativas. Max informa que vai orientar a sua gestão por quatro pontos básicos: união da indústria gráfica em torno do sindicato, profissionalização, harmonia entre trabalho e capital e defesa da iniciativa privada. (E/D) Luiz Lastri e Luiz Lastri Jr.

9ª– Bienal do Livro

Lista de classificados

Cerca de 100 mil títulos foram

Após uma interrupção de três

apresentados aos 750 mil visitantes da 9ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, realizada no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera. Os 896 expositores, de 23 países (incluindo o Brasil), ocuparam com seus estandes uma área de 7.600 metros quadrados. Durante os onze dias da bienal foram realizados 350 eventos, entre tardes de autógrafos, lançamentos, mesas redondas, debates, se mi ná rios, sim pó sios e shows. Uma das grandes atrações foi a presença da escritora chilena Isabel Allende. Feliz com os números alcançados, Alfredo Weiszflog, presidente da Câmara Brasileira do Livro, organizadora do evento, previu uma comercialização de 360 milhões de livros durante o ano de 1986.

anos, volta a circular a Lista Telefônica Classificada, novo nome do guia de serviços da Telesp para São Paulo e Guarulhos (antiga Páginas Amarelas), editada pela Oesp Gráfica. São 1.644.028 exemplares de cada um dos dois volumes, contendo nomes e endereços de mais de 150 mil empresas, num total de 398.700 telefones comerciais, industriais, de profissões e serviços. Os dois volumes pesam quase três quilos e possuem 2.903 títulos em 1.884 páginas. Para produzilos, desde a composição até o acabamento foram ne cessárias cinco mil toneladas de papel, 70 toneladas de tintas e 2.810 horas de trabalho.

A Lastri S.A. Indústria de Ar-

Mão de obra

O título da matéria de capa “Formação da mão de obra deve ser preocupação de todos” chama a atenção para o problema enfrentado pelo setor. A indústria em geral sentia falta de mão de obra especializada. Na indústria gráfica o problema era mais grave em razão da sua baixa rentabilidade. Para Peter Rohl, da ABTG, a escassez de mão de obra no setor gráfico já estava prevista há muito tempo e nada foi feito. Afirma ainda que a situação deve se agravar mais nos próximos anos com a compra de novos equipamentos, importados ou não, e com a penetração cada vez maior da informática no setor. De sua parte, Max Schrappe está em contato com o Senai e a ABTG para criar novos cursos e treinamentos, ao mesmo tempo em que procura um caminho para a renovação dos equipamentos das escolas gráficas do Senai.

tes Gráficas, um dos maiores grupos gráficos do País, lançou pela Lastri Indústria Editorial a revista Crics, dirigida ao público pré- adolescente, na faixa de 10 a 14 anos. O número zero, apresentado para o meio publicitário no dia 29 de julho, no Maksoud Plaza, em São Paulo, contou com um espetáculo teatral. A pauta da edição teve como destaque uma entrevista com a atriz Cláudia Raia, feita por um grupo de meninos e meninas, sele cionados para realizar a tarefa. A tiragem do primeiro número será de 50 mil exemplares, que serão distribuídos nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro pela Fernando Chinaglia. Segundo o diretor Luiz Lastri Jr., a revista chegará progressivamente a outros estados.

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MENSAGEM

resários p m e e s ta e tl a e d o ic p m lí o O ideal

Brasil está distante do o , ia om on ec da al ob gl o ei No torn cidade de competir. pa ca a su a a m si ís ix ba é is pódio, po

A

iro, considerando as A Olimpíada do Rio de Jane e cerramento, a modernidad cerimônias de abertura e en deu ção, encantou e surpreen das instalações e a organiza ivo, mas o grande evento o mundo. O balanço foi posit ís que não existe. vendeu a imagem de um pa é oportuno entender Para clarear essa questão, nos medalhas do por que ganhamos muito me es que outros países. As equip os o olímpicas de nações com ha, Estados Unidos, Grã-Bretan (os Alemanha, China e Rússia s) nó o com ic, dois últimos do Br , nte ne contam com apoio perma e base sólida de treinamento . formação nas universidades s, eta atl s A maioria de nosso s, inclusive alg uns medalhista ra têm imensa dif iculdade pa ar dos cip rti pa e e r-s treinar, mante ao seu jogos, sobressaindo graças soal. pes talento e muito esforço as Assim também ocorre com o global empresas brasileiras no jog tes externas contam com da economia. Suas concorren riais bem estruturadas, o respaldo de políticas indust s, obtêm financiamentos pagam muito menos imposto os baixos, têm mais e crédito com facilidade e jur vida nas universidades acesso à tecnolog ia desenvol s de exportação. e amplo apoio em programa rentando as Aqui, jogamos sozinhos, enf tár bu io e trabalhista adversidades de sistemas tri reais mais altos do arcaicos e onerosos, os juros de de acesso ao crédito mundo, burocracia, dif iculda dos prejuízos — e insegurança jurídica, além ados pela corrupção, materiais e morais — provoc ndo e desencoraja que nos envergonha no mu externos. os investimentos produtivos ítico também pol Infelizmente, o universo dutivos, pois coloca conspira contra os setores pro pos acima das causas interesses pessoais e de gru e ocorreu até mesmo maiores do País. Vejam o qu nt de Dilma Rousseff. no processo de impeachme

interinidade, imensa Michel Temer enfrentou, na num leilão fisiológico pressão de parlamentares, mento def initivo da dos votos relativos ao afasta e imobilizou o novo presidente. Isso praticament do medidas prementes governo em seu início, adian nto econômico. para a retomada do crescime ra quem produz e Nesse ambiente corrosivo pa trabalha, as empresas são exemplos de superação, imensa capacidade de gestão, conhecimento do negócio e muito trabalho, assim como ocorre com os nossos atletas. Honramos, como poucos, o ideal olímpico de que “o importante é competir” e vez ou outra ganhamos uma medalha. No entanto, se os grandes problemas estruturais brasileiros não forem solucionados, continuaremos colecionando nomia global. migalhas na competitiva eco

Os empresários brasileiros não têm apoio e lutam contra numerosos obstáculos. Como poucos, honram o ideal olímpico de que “o importante é competir”.

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sidney@congraf.com.br

Sidney A nversa V ictor

fica Bra sileira da Indústria Grá Presidente da Associação ) f-SP Regional São Paulo (Abigra


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