Revista Abigraf 302

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R E V I S TA

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A R T E & I N D Ú S T R I A G R Á F I C A • A N O X L I V • J U L H O / A G O S T O 2 0 19 • N º 3 0 2

EMBALAGENS: POPULAÇÃO IDOSA CRESCE E TRAZ NOVOS DESAFIOS AOS DESIGNERS E À INDÚSTRIA

PRÊMIO PAULISTA MOSTRA FORÇA E AMPLIA NÚMERO DE GRÁFICAS, TRABALHOS INSCRITOS E TROFÉUS

COMUNICAÇÃO VISUAL ABRE AS PORTAS DO MERCADO PARA A TECNOLOGIA DA IMPRESSÃO 3D


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EDITORIAL

Q

Juntos somos mais fortes

o fortalecer os Sindigraf-SP tenho procurad de da ivi tat en res rep a de ais, respeitando e apoiando Que o Brasil vive uma crise ion reg os cle nú , de ida plícita na agressiv ralelo, todos sabemos. Ela está ex ia dessas instituições. Em pa om ton au da es açõ est de para e das manif indiferença e até no deboch não perco uma só oportunida tida união, sociedade, vem sendo discu reafirmar a necessidade de ar até reunirmos esforços para lev em várias esferas e já virou de os r. de Não podem tema de redação de vestibula mais longe nossas bandeiras, os r abandona sonante Estamos profundamente trabalharmos de forma con , os iv let co ns fico. fóru que fortalecimento do setor grá lo decepcionados com aqueles pe , não devemos As dif iculdades são inúmeras deveriam nos representar e as era virar as cost indústria não vemos, sobretudo na esf sabemos bem. Em 2018, a de s ço pa es para os fatia do política, sinais de que essa brasileira ating iu a menor os m Te o. sã us o. disc dados situação vá se alterar tão ced PIB desde 1947, quando os a ss no ar liz na ca ais um de eçaram a ser compilados. M Mas, se a classe política com o ra pa tamente, indignação segue nos surpreendendo motivo para atuarmos conjun o. iv ut tr ns co s debate regar negativamente, não podemo sobretudo no sentido de ag cial às vos, abandonar os fóruns coleti conhecimento técnico e geren ra ação pa es, batalhando pela qualific não devemos virar as costas uip eq s ssa no ção stamente em fun tes. os espaços de discussão. Ju nal. Juntos somos mais for sio fis pro os tic crí ser de de temos da crise de representativida o nossa indignação r lceregato@abig raf.org.b das instituições, canalizand ma for a um alg de e para o debate construtivo qu ersão desse cenário. possa contribuir para a rev iações de classe. Sim, estou falando das assoc espaço para chamar Sim, mais uma vez uso esse ia do associativismo. a atenção para a importânc com a qual os problemas Diferente da forma difusa s vezes tratados do nosso dia a dia são muita tidades setoriais na esfera leg islativa, nas en e, estão na pauta eles são encarados de frent para todas as ações. cotidiana e servem de norte tal há desaf ios Neste nosso Brasil continen fica específicas de Bra sileira da Indústria Grá Presidente da Associação comuns e também questões Gráfica s ias ústr Ind das to dica Sin (Abigraf Nacional) e do o início de minha digraf-SP) cada reg ião. Por isso, desde no Estado de São Paulo (Sin do e l na cio Na af gestão à frente da Abigr

L evi C eregato

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REVISTA ABIGR AF


Iluminura do Rio São Francisco, óleo sobre tela, 35 × 25 cm, 1999/2000

REVISTA ABIGRAF ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 529 (Paraíso) 04103-000 São Paulo SP Tel. (11) 3232-4500 Fax (11) 3232-4550 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br Presidente da Abigraf Nacional: Levi Ceregato Presidente da Abigraf Regional SP: Sidney Anversa Victor Gerente Geral: Wagner J. Silva Conselho Editorial: Denise Monteiro, Fábio Gabriel, João Scortecci, Plinio Gramani Filho, Rogério Camilo, Tânia Galluzzi e Wagner J. Silva Elaboração: Gramani Editora Eireli Administração, Redação e Publicidade: Tels. (11) 3232-4537 e (11) 3887.1515 E-mail: editoracg@gmail.com Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897), Eunice Dornelles e Evanildo da Silveira Colaboradores: Domingos Ricca, Hamilton Terni Costa, Nelson Alves dos Santos, Paulo Geyerhahn e Roberto Nogueira Ferreira Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Editoração Eletrônica: Studio52 Laminação capa e aplicação de hot stamping com fitas MP do Brasil: GreenPacking Impressão e acabamento lombada quadrada: Referência Gráfica Assinatura anual (6 edições): R$ 60,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3232-4537 editoracg@gmail.com Apoio Institucional

Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica

GONÇALO IVO O artista da capa

Gonçalo Ivo (Rio de Janeiro, 1958) é um artista, arquiteto e escritor brasileiro, vivendo e trabalhando entre Madri, Paris e Rio de Janeiro. O convívio com expoentes do movimento modernista brasileiro o levou ao desenvolvimento de uma técnica e teoria da prática de pintura onde a expansão da expressão de cores, luz, matéria e composição combina-se com a influência dos procedimentos e recursos dos grandes mestres do passado. Expôs em diversos museus e galerias do Brasil, América do Norte, Japão e Europa, destacando-se o Museu Nacional de Belas Artes/RJ, Museu de Arte Moderna/RJ, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu Oscar Niemeyer/PR, Instituto Moreira Salles/RJ, Museu Jan Van de Togt/ Holanda e Museu de Arte Madi e Geométrica/EUA. (Fonte: site do artista.)

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A consolidação do Prêmio Paulista

Na sua segunda edição, o Prêmio Paulista de Excelência Gráfica Luiz Metzler apresentou maior número de gráficas participantes e de trabalhos inscritos, distribuindo também mais troféus.

35 Renovação garante longevidade

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FUNDADA EM 1965

Membro fundador da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf)

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Perto de completar 55 anos, o jornal PropMark está com um site novo. A publicação continua a apresentar e debater as tendências do mercado de publicidade.


O design e a embalagem 60+

A designer Claudia Weber fala do impacto do envelhecimento da população no desenvolvimento de embalagens e o que é possível fazer para adequá-las a essa parcela da sociedade.

Os 60 anos da ABTG

A nova diretoria, que acaba de assumir, se propõe a ampliar a abrangência da entidade, sobretudo levando seus serviços às micro e pequenas empresas de todo o País.

3D, por que não?

Empresas dedicadas ao mercado de comunicação visual começam a enxergar a aplicabilidade da tecnologia de impressão 3D no desenvolvimento de peças exclusivas.

A atuação das Abigrafs Regionais

Nova série de matérias vai apresentar o trabalho que vem sem desenvolvido pelas Abigrafs Regionais. Esta edição traz as ações e projetos do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Seragini segue inspirando

Lincoln Seragini, que está completando 50 anos de carreira, trabalhou em mais de 20 mil projetos, desenvolvendo novos conceitos e formando toda uma geração.

Continente gelado

Adriano Kirihara esteve na Antártida no começo deste ano e trouxe da região quase três mil imagens. O resultado já virou exposição, rendendo convites de universidades para debater o tema.

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Rotativa ................................................6 FuturePrint .........................................40 Sucessão/ Sheila Madrid Saad .............56 Entrevista/ Claudia Weber ....................14 HR Acabamentos ................................42 História Viva/ Lincoln Seragini ..............58 Manroland/Goss Brasil ........................30 RH/ Nelson Alves dos Santos ...............46 Sistema Abigraf ..................................66 Escolar Office Brasil ............................32 Gestão/ Hamilton Terni Costa ...............52 Há 30 Anos.........................................69 Afeigraf ..............................................34 Conexão Brasília/ Roberto Nogueira......55 Mensagem/ Sidney Anversa Victor........70 julho /agosto 2019

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Papel especial da Suzano para canudinhos Para atender ao segmento

parque gráfico emprega 80 cola­ boradores e é referência de qua­ lidade e eficiência na área gráfica. Romulo Samorini, diretor da em­ presa, explica que vinha utilizan­ do a geração anterior, a Saphi­ ra FND 300. “Começamos a usar a chapa Saphira Thermal Plate FND 310 em meados de junho e a troca foi ótima. A adaptação do novo modelo foi extrema­ mente simples, tudo continuou funcionando normalmente, não houve nenhuma interrupção. A chapa vai direto do CtP para a impressora, eliminando tempo de preparação. O acerto é rápido, com isso utilizamos menos pa­ pel, além da economia de água, energia elétrica, peças e insu­ mos, tudo com ótimo desempe­ nho. Realmente foi um avanço em termos de chapas.”

global de canudos — atual­ mente abastecido, sobretudo, por fabricantes de canudos plásticos —, a Suzano acaba de lançar o Loop, papel espe­ cialmente desenvolvido para esse tipo de produto, mais co­ nhecido por canudinho. Re­ ciclável, biodegradável e de fonte renovável, produzido a partir de eucalipto planta­ do para este fim e certifica­ do pelo FSC, que garante o manejo florestal responsável, o Loop vem para responder à necessidade do mercado e oferece uma solução ecologi­ camente correta para os mais diversos segmentos. Tem como diferencial o fato de ser 100% brasileiro e será comer­ cializado pelas regionais de vendas da Suzano, estrategi­ camente distribuídas por todo o Brasil, com uma extensa es­ trutura logística, por meio de vinte centros de distribuição. O Loop é apresentado em duas versões para canudo, com resistência e durabilida­ de distintas, visando atender ao consumo de diferentes ti­ pos de bebidas. Uma delas tem durabilidade de até duas horas em uso, ideal para con­ sumo de bebidas como água, sucos e chás. A outra opção possui aplicação de uma bar­ reira sustentável que ofere­ ce maior resistência para uti­ lização em bebidas alcoólicas, milk shakes e refrigerantes. O papel Loop permite utili­ zação em equipamentos de alta velocidade de conver­ são e atende as normas para contato direto com alimentos.

www.heidelberg.com/br

www.suzano.com.br

Bobst terá nova fábrica em Itatiba Refletindo seu compromisso com o mercado e crescimento na América Latina, o Grupo Bobst anunciou em julho a construção de uma nova fábri­ ca em Itatiba (SP), que deverá ter suas obras finaliza­ das no segundo trimestre de 2020, ocupando uma área de 6.000 m², localizada a cerca de 4,5 km das instalações atuais e a 6,0 km do centro da cidade. A construção obedecerá às últimas tendências da engenharia moderna e, nela, a sustentabilidade será prioridade. Energia fotovoltaica, telhado ver­ de, pavimentação de baixa impermeabilização, co­ leta e utilização de água da chuva, e programas de coleta seletiva são algumas das iniciativas a serem implementadas na nova fábrica. A área administrativa está projetada para promover um clima de colaboração e inovação.

O projeto também inclui um novo Competen­ ce Center, com área de treinamento que permi­ tirá à equipe da Bobst demonstrar suas linhas de produtos diretamente aos clientes. Além de seus equipamentos de última geração, os visitantes poderão saber mais sobre os serviços da Bobst, como manutenção, peças sobressalentes e trei­ namentos. “Estamos muito orgulhosos em anun­ ciar esse investimento, pois representa um passo importante nos planos de crescimento da Bobst na América Latina. Também é muito importante para nós mantermos a operação na cidade de Ita­ tiba, de modo a não impactar a rotina dos nossos colaboradores”, declarou Eduardo Petroni, CEO da Bobst Latinoamérica do Sul. www.bobst.com

Sidney Zompero, da Heidelberg, demonstra a chapa Saphira Thermal Plate FND 310 no evento de lançamento do produto.

Nova chapa da Heidelberg sem processamento químico

Durante evento realizado em 13

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de junho no Print Media Center, na Escola Senai Theobaldo De Nigris, em São Paulo, convidados da Heidelberg tiveram a oportu­ nidade de conferir o desempe­ nho da chapa Saphira Thermal Plate FND 310. Quinta geração de chapas sem processamento quí­ mico, a FND 310, de acordo com a fabricante, é altamente robus­ ta, assegura rápido set-up, pode REVISTA ABIGR AF

ser aplicada em todos os seg­ mentos gráficos, como o edito­ rial, promocional e embalagem, e permite impressão em todo tipo de tinta convencio nal ou UV com altas tiragens, mesmo em substratos abrasivos. A Grafitusa, gráfica mais an­ tiga em funcionamento em Vi­ tória (ES), prestes a completar 100 anos de fundação, já pro­ duz com a chapa FND 310. Seu

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Da idealização e organização da ExpoPrint - o maior evento do setor gráfico da América Latina - à realização da Conferência Trends of Print, ao trabalho estatístico sobre os dados econômicos do nosso mercado, a Afeigraf há 15 anos apoia a indústria gráfica no Brasil.


Gráfica Foroni foi vendida para a Acco Brands Os sócios da Indústria Gráfica Foroni Ltda., fundada há 95 anos, assinaram no dia 2 de agosto contrato de venda da empresa para a multinacional ACCO Brands Corpo­ ration, que possui marcas líderes no mer­ cado mundial, incluindo a Tilibra em nos­ so país. Com um port fólio diversificado e renomado de marcas próprias e licencia­ das em várias categorias de produtos, a Foroni contribuirá para aumentar subs­ tancialmente as operações da ACCO Brands no Brasil e na América Latina, incluindo o acesso a novos produtos, aumento de par­ ticipação no mercado e complemento de distribuição no território nacional. As ope­ rações da Foroni se mantêm com seus executivos em São Paulo e a atuação no mercado permanecerá independente dos negócios da Tilibra.

Durst lança linha de impressoras para tecidos Foi lançada pela Durst a nova geração de im­

pressoras digitais para tecidos da família Al­ pha Series 5 (modelos 190 e 330), que incor­ pora a tecnologia SuperMultiPass, de alto desempenho. Apresentadas na feira Itma, na Itália, as novas impressoras, incluindo confi­ guração com rolo duplo, estão equipadas com o software Durst Work flow e a ferramenta de monitoramento Durst Analytics. Com isso, se tornam sistemas de impressão industrial to­ talmente conectados com os conceitos da in­ dústria 4.0 no que tange ao gerenciamento de tarefas e diagnóstico a distância para as­ segurar pleno funcionamento e produtivida­ de ininterrupta. Essa nova geração de siste­ mas de impressão integra novas tecnologias nos cabeçotes de impressão, tintas e unidades

de secagem em interação de software Durst Work flow para gerenciamento de aplicações. A família Alpha Series 5 reforça o compro­ misso da Durst com a sustentabilidade ao utili­ zar tinta à base de água e reativa que não agri­ de o meio ambiente. O novo sistema Advanced Digital Pigment, destinado a aplicações têxteis, permite alta qualidade de imagem e cores vívi­ das em uma única etapa e, segundo o fabrican­ te, possui excelente solidez à luz e resistência à fricção úmida, podendo ser usado em todo tipo de tecidos. Essas tintas incluem também a Durst Disperse HD, para aplicações em poliés­ ter e tecidos para aplicações domésticas, ves­ tuário, moda, bandeiras, banners sinalização ex terior e peças de pontos de venda. www.durst.org

www.foroni.com.br

Fundação Dorina Nowill realiza encontro com editoras Sob o tema “A importância da

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acessibilidade no mercado edi­ torial”, o Ministério da Cidadania e a Fundação Dorina Nowill para Cegos promoveram, em 21 de agosto, o I Encontro com Edito­ ras. Responsável pela realização do evento, a Fundação, que há mais de 70 anos se dedica à in­ clusão e à educação da pessoa com deficiência visual, reuniu em sua sede, na capital paulista, re­ presentantes das mais importan­ tes editoras brasileiras. Na opor­ tunidade, a entidade abriu sua gráfica braile, uma das maio­ res do mundo, para os partici­ pantes conhecerem a estrutura, os processos de produção e o novo leitor de ePub. Durante o workshop, Lauri Ce­ ricato, consultor em educação e do mercado editorial, falou sobre “A importância da acessibilidade no Programa Nacional do Livro Didático”. Paulo Alves, gerente REVISTA ABIGR AF

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de pesquisa de mercado, apre­ Munck, superintendente da Fun­ sentou a pesquisa “Cenários da dação, que abordou o tema Leitura Acessível”. Realizado pelo “Garantia de acesso à leitura Instituto Datafolha, o estudo ana­ para todos”. lisa as condições de acesso aos CENTENÁRIO DE DORINA NOWILL – livros, a atua ção dos inter me­ Nascida na cidade de São Paulo, diá rios da leitura e o compor­ em 1919, Dorina de Gouvêa No­ tamento do pú­ will teria com­ blico leitor com p l e t a d o 10 0 deficiência. anos no último “A pesquisa mês de maio. é reveladora e Com a perda re­ mostra um ni­ pentina da vi­ cho importante são aos 17 anos, e ainda pouco em consequên­ atendido pelo cia de doen ça mercado edi to­ não diag nos ti­ rial. São mais de cada, Dorina foi 6,5 milhões de a primeira aluna pessoas com de­ cega a frequen­ ficiência visual e, tar um curso re­ entre eles, uma gular no Brasil e, parcela de leito­ depois, viajou res ávidos por novidades e que para os Estados Unidos, onde são grandes consumidores de lei­ fez cursos de especialização na tura acessível”, afirma Alexandre Michigan State Normal School

e no Teacher’s College. Voltan­ do ao País, criou em 1946 a Fun­ dação para o Livro do Cego no Brasil (a atual Fundação Dorina Nowill para Cegos), para a pro­ dução e distribuição de publica­ ções acessíveis em braile, dan­ do início ao que é hoje um dos maiores parques gráficos do gê­ nero no mundo, com capacida­ de de impressão de até 450 mil páginas no sistema por dia. Mui­ to à frente do seu tempo, ela foi responsável também pela ar­ ticulação e implementação de importantes políticas públicas nacionais, teve ampla represen­ tatividade inter na cio nal, com participação na Assembleia Ge­ ral das Nações Unidas (ONU), em 1981. Dorina Nowill faleceu aos 91 anos, em 2010. (Veja na página 69 entrevista concedida por Dorina Nowill à Revista Abigraf em agosto de 1989.) www.fundacaodorina.org.br


ROLAND 700 Uma impressora difícil de ultrapassar. A ROLAND 700 EVOLUTION implementa uma série de tecnologias e complementos inovadores, proporcionando flexibilidade inigualável na produção gráfica, se adaptando para atender suas necessidades, não importando quanto o seu negócio cresça. Além disso, com o programa ProServ 360º, a manroland do Brasil consegue lhe proporcionar tranquilidade no investimento com inspeções e manutenções preventivas, mantendo sempre a qualidade de seu equipamento em altos níveis.

A Evolução da Impressão manrolandsheetfed.com Manroland do Brasil Serviços Ltda. Rua das Figueiras, 474 – 3º andar, Edifício Eiffel, Bairro Jardim, 09080-300, Santo André, SP. T +55 (11) 4903 9200 E atendimento.br@manrolandsheetfed.com Uma empresa do grupo Langley Holdings plc


Siemens fornece turbogerador para a Klabin

Afiliada da Siris Capital Group adquire a EFI Em julho, a multinacional americana Electronics

Novamente, a Siemens foi escolhida

For Imaging, EFI, anunciou a conclusão da opera­ ção de venda para uma afiliada da Siris por um valor aproximado de US$ 1,7 bilhão. Após o fechamento da transação, a EFI passa a ser propriedade integral de uma afiliada da Siris, continuará a operar com o mesmo nome e suas ações ordinárias serão retira­ das da bolsa de valores da Nasdaq. A venda, inicial­ mente anunciada no dia 15 de abril deste ano, foi aprovada em votação de acionistas em 15 de julho, na qual os detentores de 72,2% das ações em cir­ culação da EFI e 99,7% das ações ordinárias vota­ ram em favor do negócio. Com sede em Nova York e no Vale do Silício, a Siris é uma empresa líder em capital privado que investe principalmente em em­ presas maduras de tecnologia e telecomunicações.

para o fornecimento de um conjun­ to turbogerador à Klabin. Os equipa­ mentos irão atender ao Projeto Puma II, que contempla a construção de duas máquinas de papel para embalagens (kraftliner), com produção de celulo­ se integrada, que serão instaladas na unidade industrial da companhia, lo­ calizada em Ortigueira (PR). O equipa­ mento encomendado para atender ao projeto, o maior investimento da histó­ ria da Klabin, é o conjunto turbogera­ dor a vapor modelo SST600, de 145 MW de potência, e seus auxiliares de auto­ mação. A turbina SST600 tem desem­ penho de alta eficiência, otimizando o

www.efi.com • www.siris.com

Medição de cores em superfícies curvas

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Uma nova solução para captura e medição de cores em super fícies cur­ vas para uso em peças plásticas, vidro, tubos etc. foi anunciada pela X­Rite. Denominada Cup anda Cilinder Fix­ ture, é compatível aos espectrofotô­ metros portáteis das famílias eXact e Ci6x, proporcionando medições segu­ ras sem a necessidade de danificar ou destruir a amostra. A solução comple­ ta inclui um braço de posicionamen­ to para mantê­la na altura e ângulo

aproveitamento da energia do vapor gerado por duas caldeiras, pela quei­ ma dos resíduos do processo da indús­ tria papeleira. Assim, a eficiência ener­ gética da planta da Klabin é otimizada, tornando a solução mais sustentável. A Siemens também foi a fabricante selecionada para o Projeto Puma I, no qual forneceu as duas maiores turbi­ nas industriais já comercializadas no mundo para o setor de papel e celulo­ se. A nova fase do projeto, iniciada em maio, terá as obras a partir do início do segundo semestre e a instalação será dividida em duas etapas, com previsão de duração de 24 meses cada. www.siemens.com

corretos, levando em conta a espes­ sura. Inclui ainda uma bancada para alinhar o instrumento X­Rite ao pla­ no de medição. Pode ser personaliza­ da para suportar amostras de várias espessuras e garante que o eXact ou Ci6x fique no suporte com a abertura alinhada sobre a amostra. O braço de posicionamento permite que o ope­ rador mova a amostra ou gire­a para medir diferentes pontos. www.xrite.com


As empresas que estão sobressaindo na nossa indústria são aquelas que aparecem com produtos inovadores desenhados para atender as necessidades de seus clientes no acelerado mundo digital de hoje em dia. Elas não estão olhando para trás para ver como eram as coisas. Elas estão olhando para a frente da forma que as coisas devem ser. E elas estão se saindo bem. Na PRINT® 19, você encontrará as mentes criativas atrás de algumas dessas fascinantes novas empresas e escutar palestrantes como Nicholas Thompson, editor chefe da revista Wired, apresentando o futuro do negócio. A discussão será franca, honesta, e, talvez, um pouco desconfortável. Mas isso pode ser exatamente o que você precisa para poder sobreviver. Vejo você lá.

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EcoFactory produz canudinhos com selo verde

Primeira empresa no Brasil a pro­ duzir canudos com selo verde, a EcoFactory, de Curitiba (PR), des­ de o início deste ano está comer­ cializando os seus canudinhos fei­ tos com papel, biodegradáveis e certificados pelo FSC (Forest Stewardship Council, Conselho de Manejo Florestal), alternativa sus­ tentável para a substituição dos modelos tradicionais em plástico. A ideia surgiu após os empre­ sários Luiz Gonçalves e Euclides Castro, donos da EcoFactory, ma­ pear o mercado nacional e não encontrar nenhum produto se­ melhante, que tivesse um selo ver­ de e garantisse a origem da maté­ ria­prima utilizada. “Hoje, graças à certificação FSC , temos uma

Aliança Artecola e Taka para a América Latina

perspectiva muito promissora para o futuro, com a abertura de novos mercados e a consolidação dos já existentes. Sem o selo, não che ga ría mos a ser consultados por grandes redes ali mentí cias do Brasil e de fora, que oportu­ nizaram estas ne go cia ções”, re­ vela Gonçalves. Por sua vez, Cas­ tro ressalta que que foi um longo caminho: “Apesar de parecer um processo simples, levamos mui­ to tempo para compreender to­ das as suas etapas produtivas. Por fim, desenvolvemos uma nova solução para a cadeia alimentar e, hoje, podemos afirmar que temos o domínio de sua produção, com 100% da matéria­prima nacional”.

A Artecola Química firmou uma

México e Peru), a Artecola é a aliança estratégica internacional parceira ideal para a Taka dis­ com a italiana Taka, referência tribuir seus produtos na região. mundial em adesivos de tecno­ “Teremos um amplo portfólio de logia PUR (poliuretano reativo). produtos e nossa equipe técni­ A aliança prevê a venda, no Brasil ca contribuindo para o cresci­ e na América Latina, de produ­ mento da presença de adesivos tos que antes não estavam dis­ PUR no continente. Mesmo as poníveis para a região. O port­ grandes marcas clientes na Eu­ fólio é composto por adesivos ropa antes não tinham a opção de comprar produtos da marca PUR e se aplicam à colagem de lombadas de livros. Com vasto na América Latina. Seremos esse conhecimento do mercado lati­ diferencial no mercado”, ressal­ no­americano e com uma rede ta Eduardo Kunst, presidente de atuação em seis países (Bra­ executivo da Artecola. sil, Argentina, Chile, Colômbia, www.artecolaquimica.com.br

www.ecofactory.com.br

Escala 7 reforça recursos tecnológicos Gráfica fundada em 1960, a Es­

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cala 7, visando a modernização do seu parque gráfico, concre­ tizou um investimento de vulto junto à Manroland Sheet fed em 2017, com a instalação da pri­ meira Manroland 700 Evolution em solo brasileiro. Passados dois anos, faz agora um novo investi­ mento procurando se cercar dos melhores recursos tecnológicos REVISTA ABIGR AF

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para assegurar a excelência em qualidade nos seus produtos impressos. Para tanto, em novo acordo com a Manroland, confi­ gurou o equipamento adquiri­ do com o controle de densito­ metria e colorimetria em linha; e um sistema que compara fo­ lha­ a­folha o PDF do trabalho com o que está sendo impresso. Com isso, agrega ferramentas

tecnológicas para garantir a qualidade do produto que en­ trega aos seus clientes. Nessa nova abordagem de pós­venda, a fabricante garante um acom­ panhamento minucioso do de­ sempenho do equipamento ao longo do tempo, com relatórios pe rió di cos de fun cio na li da de, manutenções preventivas e de­ tecção das correções necessárias.

Ocupando um novo local desde o ano passado, no muni­ cípio de Diadema (SP), com uma logística mais adequada às suas operações e uma equipe bem estruturada, a Escala 7 consoli­ da a sua parceria de longa data com a Manroland, confiando na potencialidade do mercado. www.escala7.com.br



ENTREVISTA Por: Tânia Galluzzi

Claudia Weber

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Embalagens 60 , apoio ou obstáculo?

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esenhista Industrial com MBA com foco no desenvolvimento de executivos pela UFRJ e mestrado em Comportamento do Consumidor pela ESPM, Claudia Weber desenvolveu a cartilha Design 60+. O objetivo é ajudar os criativos a definir parâmetros para embalagens de produtos vendidos em canal de autosserviço de forma a atender às necessidades de comunicação e, ao mesmo tem po, respeitar as características específicas da população idosa. Divulgada no LinkedIn no final de junho, a cartilha teve, em menos de dois meses, seis mil visualizações, animando Claudia a produzir uma versão em inglês. Atuando como gerente de operações na Interbrand e como docente da ESPM no curso de graduação em Design Gráfico, a designer fala das constatações de suas pesquisas, levanta a bandeira das embalagens intergeracionais e discute os reflexos das mudanças comportamentais nas embalagens.

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afastar das fragilidades que o próprio envelhePor que escolheu abordar o idoso e a embalagem cimento ocasiona. Nesse sentido, a embalagem em sua tese de mestrado? pode ser acolhedora ou provocar um impacto neEm 2017, estava à procura de um tema quando fui para o Rio de Janeiro visitar meus pais. Mi- gativo. Constatei entre as quatro pesquisas uma repetição de informanha mãe estava com 88 ções. Os idosos desejam anos, e meu pai, 87, bem embalagens mais simativos. Um dia ela foi ao Tanto o envelhecimento ples, com uma ordem supermercado e quando clara das informações, chegou em casa e abriu psicológico quanto o ou seja, um apelo por as compras ficou muito biológico podem resultar clareza, simplicidade, zangada. Ela havia saíem perda de autonomia, o hierarquia. Os designers do para comprar cereal que nos remete à pergunta: apontaram as mesmas matinal e acabou levancaracterísticas como do barras de cereal. Para o que os designers e a premissas para embalamim, essa situação foi indústria estão fazendo gens para o público idobem significativa. Pude para ajudar a manter a so. Percebi que esses são observar o processo de independência do idoso? princípios para qualquer envelhecimento dela. embalagem. No fim das Mas, por outro lado, me contas, o maior aprendei conta de que a emdizado foi: se você fizer balagem pode ser um apoio ou um obstáculo no momento da compra. uma embalagem boa para o idoso ela será boa Abriu-se um caminho enorme de pensamento. para todo mundo, excetuando, logicamente, as crianças, um público bem específico. A cartilha traz um disco com as mudanças que caracterizam essa fase, as consequências na vida do E, apesar de estar na cabeça do consumidor e na idoso e o que pode ser feito nas embalagens para do designer, essa clareza não é vista na prática? minimizar o impacto dessas mudanças. Você teve Não. A gente pensa nisso na hora de montar a surpresas nesse processo? embalagem, mas acho que não pensamos nas especificidades do envelhecimento. Tem muita Sim, mas devo dizer que elas me chamaram embalagem poluída, com hierarquia atrapalhaatenção não porque são sur preendentes, mas porque eu, assim como a maioria dos designers, da ou versões muito parecidas numa mesma linha de produtos. Dá para melhorar muito. Claro não buscava conhecer o envelhecimento para tratar desse público. Para o mestrado desenvol- que tem coisas no processo de envelhecimento que nenhuma embalagem resolve. Eu mesma, vi quatro pesquisas: a primeira e a segunda com idosos autônomos, uma com designers ex perien- há dois dias, na pressa, comprei um produto ertes em projetos de embalagem e a última com de- rado. Só que para o idoso essas confusões podem ocasionar um consumo errado, causando signers com mais de 60 anos. Uma das perguntas até problemas de saúde. E eu não estou falando que fiz para os ex perientes em embalagens foi só de comida. Quando eu cheguei em casa, vi quantos projetos já haviam desenvolvido para o público idoso e se quando pensavam no pú- que havia comprado algo que não queria, mas o idoso pode não perceber que está consumindo blico adulto, incluíam o idoso. E pouquíssimos ou usando algo de forma incorreta. incluem. A minha surpresa foi perceber o quão profundo é esse desconhecimento. Descobri também que a maioria dos idosos não lê as em- Quais características dessa parcela da população têm mais impacto no projeto de uma embalagem? balagens e entendi que os mais velhos procuram a manutenção de hábitos e a repetição de com- Para entender o envelhecimento fui estudar gerontologia, que aborda o processo do ponto portamentos em busca de segurança, para se

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de vista social, biológico e psicológico, e todos Acredito que não haja nenhuma empresa hoje impactam o encontro do idoso com a embala- que possa se permitir a não pensar em sustengem. No biológico, o mais comum é a perda da tabilidade. Virou mandatório. Na questão do capacidade visual, impedindo a leitura das le- e- commerce tem outro aspecto além das embatras pequenas ou a percepção dos contrastes lagens usadas no envio das mercadorias ao condas cores. O envelhecimento psicológico envol- sumidor: como a embalagem está sendo usada ve a memória e a cognina interface com o interção, causando mudannauta? Quan do você faz ças de comportamento compras em um supermere no processamento e cado online, não tem o mesTemos que olhar a ra cio na li za ção das inmo acesso à embalagem indústria gráfica como formações. Apareceu como em uma loja física. parceiro tecnológico, algo muito interessante A pessoa deixa de ter contaque às vezes está nas entrevistas: o idoso to com uma série de inforàs vezes não é capaz de mações porque vê uma foto inovando em coisas lembrar da embalagem muito pequena da embaque a gente nem imagina que quer comprar, mas, lagem. Se você não conhee que podem ser boas quando a vê na gôndola, ce o produto tem de passar para o nosso projeto. identifica o produto, o para uma outra tela, uma que mostra que o apoio segunda etapa de comunida embalagem é fundacação. Diferente da loja físimental. Tanto o enveca, onde a busca é visual, na lhecimento psicológico quanto o biológico po- compra online ela é feita por produto e marca. dem resultar em perda de autonomia, o que nos As embalagens, como são mostradas hoje, talremete à pergunta: o que os designers e a indús- vez não contribuam para o momento da comtria estão fazendo para ajudar a manter a inde- pra no meio digital. Possivelmente devam ser pendência do idoso? Já o envelhecimento social revistas para melhor se adequarem à mídia. trata da perda do papel social. Um dos comentários que ouvi foi: eu não consumo produtos No passado havia, em alguns projetos de embafeitos especificamente para idosos, não quero lagem, um descompasso entre o que era criado me sentir velho. Isso faz a gente pensar na pos- pelo designer e o factível dentro do convertedor. sibilidade de uma comunicação intergeracional. A indústria gráfica evoluiu muito, tanto com relação aos processos produtivos quanto aos mateOutras mudanças de hábito — como, por exem- riais disponíveis. Os desafios atuais podem gerar plo, o aumento no número de pes soas moran- ruídos nessa comunicação ou têm aproximado os do sozinhas — estão impactando as embalagens. criativos e a indústria de embalagem? Quais as respostas dos designers e da indústria Aprendemos muito ao longo dos últimos anos. Os designers estão saindo mais bem preparados a esse fenômeno? da faculdade e houve um aprendizado também Eu vejo as doses únicas como uma das grandes tendências hoje em dia. O mercado está absor- por parte das gráficas. A gente depende da grávendo muito rapidamente a necessidade de de- fica e da indústria para viabi lizar o que queremos. Falo isso em sala de aula, insisto nisso senvolver produtos para quem está morando sozinho e quer praticidade, mesmo porque a in- no escritório, temos que olhar a indústria grádústria está sempre preocupada em diversificar fica como parceiro tecnológico, que às vezes está inovando em coisas que a gente nem imasuas linhas e ampliar mercado. gina e que podem ser boas para o nosso projeE com relação ao avanço do e- commerce e à de- to. Não há por que voltar atrás, construímos manda por embalagens ambientalmente corretas? uma parceria superprodutiva.

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EXCELÊNCIA GRÁFICA Por: Tânia Galluzzi

Prêmio Paulista revela vencedores Cresce o número de empresas e peças inscritas, acirrando a competição e elevando a qualidade dos trabalhos.

noite de 15 de agosto foi de festa para as 24 empresas vencedoras da segunda edição do Prêmio Paulista de Excelência Gráfica Luiz Metzler. Rea lizado pela Abigraf-SP, com coorde nação técnica da ABTG, neste ano o concurso explicitou a intenção de valorizar o esforço criativo, a começar pelo

próprio nome do certame, que passou a chamar-se Prêmio Paulista de Excelência em Impressão & Design Luiz Metzler. Na prática, essa ênfase segmentou os premiados em dois blocos. Diferente do ano passado, quando cada categoria era dividida em três (impressão, acabamento e design e inovação), em 2019 os 200 produtos inscritos por

Sidney Anversa Victor, presidente da Abigraf Regional São Paulo, comemorou o nível de excelência dos trabalhos e o crescimento do prêmio

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60 empresas concorreram em Melhor Design, subdividido em oito categorias (promocional, editorial, impressos de segurança, cadernos, embalagens, rótulos e etiquetas e comunicação vi sual); e Melhor Impressão, fracionada em 25 categorias e nove segmentos (promocional, editorial, impressos de segurança, cadernos, embalagens, embalagens flexíveis, rótulos, comunicação visual e impressão rotativa). No total foram distribuídos 32 troféus, contra 25 no ano passado. Em Melhor Design, a grande vencedora foi a CBA B+G, agência de branding e pesquisa, que ganhou em três categorias: Promocional (MTV Music Hack), Rótulos e Etiquetas (Diga sim com Chandon) e Comunicação Visual (criação e aplicação de identidade visual em ambiente corporativo da Braskem).

GRÁFICAS VENCEDORAS 4 PRÊMIOS ◆ Plural 3 PRÊMIOS ◆ CBA B+G 2 PRÊMIOS ◆ Ativaonline ◆ Primi Tecnologia ◆ Tilibra 1 PRÊMIO ◆ Antilhas ◆ Ápice ◆ Brasilgráfica ◆ Braspor ◆ Burti

Congraf Eskenazi ◆ FTD Educação ◆ Futurebrand ◆ Ipsis ◆ Leograf ◆ Mack Color ◆ Mundial Paper ◆ Ogra ◆ Rami ◆ Rosset ◆ Santa Inês ◆ Tiliform ◆ Van Gogh ◆ ◆

NÚMEROS DO PRÊMIO

60

RANKING DOS TROFÉUS CONQUISTADOS Empresa

2018 2019 Total

1 Braspor

4

1

5

GRÁFICAS PARTICIPANTES

Plural

1

4

5

155

2 Tilibra

2

2

4

3 Ativaonline

1

2

3

PRODUTOS INSCRITOS

24

GRÁFICAS PREMIADAS

32

TROFÉUS ENTREGUES

CBA B+G

3

3

Congraf

2

1

3

Escala 7

3

3

Stilgraf

3

3

4 Antilhas

1

1

2

Leograf

1

1

2

Primi

2

2

Rami

1

1

2

Santa Inês

1

1

2

Tiliform

1

1

2

5 Ápice Brasilgráfica

1

1

1

1

Burti

1

1

Eskenazi

1

1

FTD Educação

1

1

Futurebrand

1

1

Hawaii

1

1

Indemetal

1

1

Ipsis

1

1

Jandaia

1

1

Jauense

1

1

Mack Color

1

1

Mundial Paper

1

1

Rosset

1

1

Ogra

1

1

Van Gogh

1

1

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COMISSÃO JULGADORA André Liberato ◆ Bruno Rizzo ◆ Celina Yamamura ◆ Cibelle Chalot ◆ Dermerval Faria ◆ Luilene Lang ◆ Luis Meira ◆ Manoel Bononato Muñoz ◆ Mario Melo ◆ Mozart Baffi Carramillo ◆ Murilo Mello ◆ Pedro Luis Braghin Batista ◆ Rober Silva de Almeida ◆ Robson Chavier ◆ Wilson Palhares

Em Melhor Impressão, o destaque ficou com a Plural. A gráfica levou a melhor nas quatro categorias de rotativa offset: Livros (livro ilustrado NFL Sticker Col lection 2018), Revistas (Casa Vogue Anuário edição 401), Impressos Promocionais (Europa para Brasileiros 2019/2020) e Jornais e Informativos (Le Monde Diplomatique edição 134). Três empresas conquistaram dois troféus: Ativa Online, Primi e Tilibra. Com o resultado, Plural e Braspor lideram o ranking com cinco troféus cada uma, seguidas pela Tilibra, com quatro. Vale destacar o retorno da Burti às premiações do Sistema Abigraf. A gráfica, que já foi referência de qualidade no universo promocional e editorial, ganhou na categoria Catálogos e Folhetos. O diretor geral da Plural, Carlos Jacomine, recebe um dos quatro troféus conquistados pela sua empresa, a maior vencedora do 2º Prêmio Paulista A comissão julgadora, composta por quinze membros, elogiou o elevado nível dos trabalhos concorrentes

Francisco Veloso Filho, coordenador da comissão julgadora, afirmou durante a festa, no espaço Apesp, que o concurso registrou uma evolução quantitativa e qualitativa. “O padrão elevou-se, tornando mais difícil o trabalho dos jurados. A pequena diferença nas notas mostra isso.” A segunda edição do Prêmio Paulista foi oferecida pela Heidelberg, tendo como patrocinadores Afeigraf, Bobst, FuturePrint, Ibema, DigitalPrinting/Fespa, Sun Chemical, Suzano e Oki.

Apresentamos nas páginas seguintes os dados e as imagens dos trabalhos vencedores do 2º Prêmio Paulista.

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VENCEDORES DO 2º PRÊMIO PAULISTA DE EXCELÊNCIA GRÁFICA LUIZ METZLER Design e Inovação

Melhor Impressão e Acabamento PROMOCIONAL

Promocional CBA B+G Produto: MTV Music Hack Cliente: Viacom

Embalagens Rosset Produto: Teste da Bochechinha Cliente: Mendelics Análise Genômica

Kits Promocionais Ativaonline Produto: Caixa Kiehls Cliente: Pequeninas Produções

Editorial FTD Educação Produto: Conjunto Toni Itinerários volume 1 Cliente: FTD Educação

Rótulos e Etiquetas CBA B+G Produto: Diga Sim, com Chandon Cliente: Chandon

Pôsteres e Cartazes Braspor Produto: Cartaz Cerveja Original Cliente: Ambev

EDITORIAL

Livros Ipsis Produto: Livro Yutaka Toyota – Conversa com o Universo Cliente: Ateliê Yutaka Toyota Marcenaria e Serralheria

Revistas Eskenazi Produto: Revista POP-SE Cliente: A2 Design Gráfico

IMPRESSOS DE SEGURANÇA

Impressos de Segurança Primi Tecnologia Produto: Lacre de Segurança Cliente: Iris-ID ADM

Comunicação Visual (Sinalização) CBA B+G Produto: Criação e Aplicação de Identidade Visual em Ambiente Corporativo da Braskem Cliente: Braskem

Catálogos e Folhetos Burti Produto: Catálogo Triumph Juliana Paes Cliente: Triumph

Impressos de Segurança Primi Tecnologia Produto: Selo de Inspeção Veicular Cliente: Centro de Inspeção Veicular

Cadernos Tilibra Produto: Agenda Planner Soho 2020 Cliente: Mercado Nacional

Display de Mesa Ogra Produto: Calendário de Mesa Certificado FSC – Two Sides Cliente: Two Sides

Display de Chão Leograf Produto: Cubos Automáticos Demotour Cliente: Embraer

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CADERNOS

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EMBALAGENS (continuação)

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Rótulos Convencionais Rami Produto: Special Dog Prime 18 litros Cliente: Poliotto Importação e Exportação de Plásticos

Livros Plural Produto: Livro Ilustrado NFL Sticker Collection 2018 Cliente: Panini Brasil

Embalagens para Alimentos Futurebrand Produto: Panettone Brasilgráfica 2018 Cliente: Brasilgráfica

Sacolas Antilhas Produto: Congresso ABC 2019 Cliente: ABC – Associação Brasileira de Cosmetologia

Rótulos em Autoadesivos Mack Color Produto: Rótulo Spiced Rhum San Basile Cliente: Destilaria Bizantina Indústria e Comércio de Bebidas

Revistas Plural Produto: Revista Casa Vogue Anuário edição 401 Cliente: Editora Globo Condé Nast

COMUNICAÇÃO VISUAL

Embalagens para Bebidas Ápice Produto: Cachaça Reserva 51 Rara Cliente: Cia. Müller de Bebidas

Embalagens em Geral Santa Inês Produto: Simples Style Pleasures 100 ml Cliente: Laboratório Sklean

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Comunicação Visual, Sinalização em Pequenos e Médios Formatos Van Gogh Produto: Guirlanda em PS Cliente: Pernambucanas

Impressos Promocionais Plural Produto: Europa para Brasileiros 2019/2020 Cliente: CVC

Jornais e Informativos Plural Produto: Jornal Le Monde Diplomatique edição 134 Cliente: Le Monde Diplomatique Brasil


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ABTG foca em alcance mais abrangente Ampliar a abrangência da associação, estendendo seus serviços às micro e pequenas gráficas de todo o Brasil, é a principal meta da nova gestão. Por: Tânia Galluzzi

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R

espaldada pela credibilidade conquistada pela ABTG ao longo de seis décadas, a nova diretoria da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica objetiva quebrar as barreiras geo­g rá­f i­cas para suprir as demandas do setor com relação à informação e ao conhecimento. Para tanto, já começa a estreitar os laços com instituições de outros Estados, como o Senai Dendezeiros, em Salvador, e o Sindicato das In­dús­trias Gráficas no Estado da Bahia, Sigeb. “Que­re­mos estar em pontos estratégicos, dos quais possamos atender toda uma re­g ião”, afirma Carlos Su­r ia­ni (Caco), novo presidente executivo da entidade e um dos diretores da Ogra Oficina Gráfica. Outro desafio, de acordo com Caco, é aprimorar a comunicação com o mercado, sobretudo na divulgação de seus serviços. As ações nesse sentido vão desde a atua­li­za­ção de mailing e rees­tru­tu­ra­ção do site da entidade, até o aumento da capilaridade da revista Tecnologia

Gráfica, cujo site deve ser rea­ti­va­do. “Estamos assumindo uma postura proa­ti­va, rea­lo­can­do pes­soas antes em atividades internas para que se transformem em multiplicadores dos projetos da ABTG, em contato direto com as gráficas”, complementa Caco. “Olhando para 2022, vejo uma entidade na­c io­n al e digital, próxima do micro e pequeno gráfico, capaz de oferecer cursos online, webinars e o que mais for preciso para responder às necessidades desse público. Que­re­mos disseminar conhecimento e conectar pes­soas.” Tanto Carlos Su­r ia­ni quanto Fábio Ga­briel, novo presidente do conselho diretivo e diretor da Leo­g raf Gráfica e Editora, já fa­ziam parte da gestão an­te­r ior como conselheiros. “Estou muito satisfeito com a equipe que conseguimos formar para a nova gestão. Os últimos três anos foram dos mais difíceis para a ABTG e saí­mos dessa fase fortalecidos. Agora vamos dar continuidade ao trabalho que já vinha sendo feito,


Veloso. Ele grifou também as rea lizações da associação por meio dos três pilares que sustentam sua trajetória: difusão do conhecimento, normalização e valorização do impresso, ressaltando ações mais recentes como o Congresso Inter nacional de Tecnologia Gráfica e a representação da campanha mundial Two Sides.

Francisco Veloso, ex-presidente executivo

fortalecendo ainda mais a entidade à medida que intensificamos o relacionamento com as instituições afins, inclusive com a Abigraf e o Sindigraf”, diz Fábio Gabriel. UMA NOVA ETAPA

Bruno Cialone, ex-presidente do Conselho Diretivo

No dia 4 de julho, 164 pessoas reuniram-se no clube Juventus, em São Paulo, para uma dupla comemoração: os 60 anos da ABTG e a posse da

A nova diretoria foi empossada por Bruno Cia lone, até então presidente do conselho diretivo, ao lado de Francisco Veloso e Ma noel Manteigas de Oliveira, que continua como diretor técnico. Após seus agradecimentos, Carlos Suriani e Fábio Gabriel deram a palavra a João Scortecci, que se pronunciou em nome dos

Fábio Gabriel, novo presidente do Conselho Diretivo

diretoria para a gestão 2019/2022. Em clima de descontração, Francisco Veloso Filho, que comandou a entidade nos últimos três anos e há mais de vinte coordena a comissão julgadora do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini, foi o primeiro a falar. Coube a ele traçar um rápido histórico da associação, destacando o papel de seus fundadores. “Naquele período de plena industria lização de São Paulo, anterior ao surgimento da Escola Técnica de Artes Gráficas, eles objetivavam trocar informações técnicas, ex periências e melhorar o padrão de qualidade dos impressos, através da difusão do conhecimento que possuíam”, afirmou

Carlos Suriani, novo presidente executivo

membros da nova gestão. Frisando o aspecto tecnológico, o novo vice-presidente executivo afirmou que não há inovação sem tecnologia de ofício, não há criatividade sem a proposição do ato de fazer diferente. Houve espaço também para homenagear os ex-presidentes, dos quais estiveram presentes Fabio Mortara, Silvio Isola, Reinaldo Espinosa, além dos próprios Francisco Veloso e Bruno Cia lone.

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Membros da nova diretoria participaram da festa comemorativa dos 60 anos da entidade

Seis décadas de história Entender e se preparar para as tecnologias que

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começavam a entrar no Brasil. Com esse objetivo, um grupo de profissionais, liderados por Stefan Druzinec, João Andreotti, Ignaz Johann Sessler e João Franco de Arruda, fundou, no dia 1º de julho de 1959, a Associação Brasileira de Técnicos Gráfi­ cos, denominação primeira da ABTG . Até o início da década de 1970, a associação tinha basicamente como filiados técnicos e executivos. Esse quadro começou a mudar com a criação do Colégio In­ dustrial de Artes Gráficas do Senai SP (atual, Escola Senai Theobaldo De Nigris), em 1971, mas só se alterou com a modificação nos estatutos e na razão social. A entidade ganhou novo fôlego e em menos de um ano o quadro associativo cresceu 65%. Internacionalmente, foram firmados acordos de cooperação com instituições congêneres nos Estados Unidos, Alemanha e Itália. Ao mesmo tempo, a entidade lutava para reunir recursos para subsistir. O problema se equalizaria com a apro­ ximação com a Abigraf, permitindo, já nos anos de 1980, a colaboração em diversos eventos, pro­ moção de cursos, seminários e fóruns de debate. A partir de 1988 começou a delinear­se uma nova ABTG . Ao invés de restringir­se aos técnicos, passou a planejar ações que atraíssem os empresá­ rios e executivos, procurando posicionar­se como uma prestadora de serviços para todo o setor. Para estimular o investimento em qualidade surgiu, em 1991, o Prêmio de Excelência Gráfica. Com foco na implementação de normas e consequente eleva­ ção da produtividade, o ONS 27, em 1995. Visando REVISTA ABIGR AF

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a aumentar o diálogo com o mercado e democra­ tizar a informação técnica, lança o Boletim Técnico ABTG /Senai (hoje, revista Tecnologia Gráfica), em 1996. Para discutir as questões específicas do setor de impressão rotativa, cria o Grupo de Impressores com Rotativa Offset, em 1997 (atual, Abro), que se tornou uma associação independente. Os últimos 10 anos têm sido marcados por de­ safios de toda a ordem. A velocidade da evolução tecnológica ditou o ritmo para o bem e para o mal. Novas aplicações, automação galopante, dissemi­ nação da internet e canais digitais de comunicação levaram o empresário gráfico às cordas, encurra­ lando­o: de um lado, a necessidade de investir; do outro, a queda na demanda, impulsionada pela própria transformação digital e, mais recentemen­ te, pela crise econômica. A ABTG também sofreu com os golpes, procurando esquivar­se ajudando seus associados a se defenderem, enfatizando a necessidade de repensar a indústria gráfica en­ quanto negócio. “Ao longo de 60 anos, a ABTG tem desempenhado papel fundamental no suporte ao desenvolvimento de profissionais e empresas grá­ ficas”, afirma Manoel Manteigas de Oliveira, diretor técnico. “A associação está sempre se renovando, de modo a se ajustar às necessidades do setor, en­ frentando cenários muitas vezes turbulentos. Essas seis décadas de existência relevante mostram que pessoas e organizações, quando se unem, são ca­ pazes de vencer as maiores dificuldades”, sintetiza. Fonte: Revista Tecnologia Gráfica nº 106, 2019

ABTG – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA GRÁFICA Gestão 2019/2022 DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Carlos Suriani Vice-Presidente: João Scortecci Diretor Técnico: Manoel Manteigas de Oliveira Diretor Técnico Adjunto: Bruno Arruda Mortara Diretor Financeiro: Oziel Branchini Diretor Financeiro Adjunto: José Ricardo Carrijo CONSELHO DIRETIVO Membros efetivos Presidente: Fábio Gabriel dos Santos 1º Vice-Presidente: Wilson Paduan 2º Vice-Presidente: Bruno Cialone Conselheiros Alexandre Frare Piffer, Ana Paula Paschoalino B. Freitas, Antonio José Simões Vieira Gameiro, Cidnei Luiz Barozzi, Francisco Veloso Filho, James Hermes dos Santos, Ludwig Walter Allgoewer, Renato Barbieri, Richard Möller e Sidney Anversa Victor Membros Suplentes Franz Clemens H. Furstenberg, Ricardo Morena Hiraishi e Sergio Ricardo Fonseca Pera CONSELHO FISCAL Membros Efetivos José Pires de Araújo Júnior, Paulo Addair D. Filho e Felipe Salles Ferreira Membros suplentes Paulo César Bernardino, João Elcio Luongo Júnior e Wilson Pereira da Silva


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FUSÃO Por: Evanildo da Silveira

Concluída a fusão, a ManrolandGoss se prepara para instalar a segunda Euroman em São Paulo, na FTD.

Ventos favoráveis 2

1 (alto da página) Rotativa offset Euroman 48 páginas, instalada no parque gráfico da FTD, em Guarulhos (SP) 2 A caminho do Brasil 3 Ex-diretor geral da Goss Brasil, o executivo Vitor Dragone agora é sócio e diretor comercial da Groupwork

A

consolidação de empresas continua a reconfigurar o cenário mundial da indústria de impressão. Um sinal disso foi a recente fusão das duas maiores fabricantes de impressoras rotativas offset do mundo, a alemã Manroland Web Systems e a americana Goss Inter national, dando origem à ManrolandGoss. A junção das operações foi anunciada em meados do ano passado e consolidada no Brasil no início de 2019. Por aqui, só a Goss tinha fi lial. A Manroland era representada pela Groupwork, assim como no Uruguai e Paraguai. Além do gráfico, a Groupwork atua no setor de automação industrial em geral, passando agora a representar a ManrolandGoss. Com a união, o então diretor geral da Goss Brasil, Vitor Dragone, passou a ser sócio e diretor comercial da Groupwork. O executivo está otimista. “Acredito que assim que tivermos uma definição mais clara do governo, as perspectivas serão muito boas 2

na área gráfica”, diz. “Já entraram os livros didáticos do programa governamental e as empresas estão voltando a investir em marketing para promoverem seus produtos no segundo semestre. É uma roda viva.” Segundo Vitor, a Groupwork está finalizando a instalação de uma Euroman 32/64 páginas. “Em seguida vamos iniciar a montagem de outra Euroman, 48 páginas, ambas em São Paulo. Temos outras máquinas usadas que serão exportadas no segundo semestre. A Groupwork está trabalhando com 100% de ocupação desde o início do ano e nossa previsão é conti nuar mos assim nos próximos meses.” Vitor Dragone explica que o foco da ManrolandGoss está na consolidação das fábricas, suporte aos clientes, diversificação de seu portfólio, do qual fazem parte impressoras offset rotativas para embalagens, produtos comerciais e jornais, e sistemas de acabamento em linha ou offline para impressão digital de grande porte. Com a fusão, a fábrica principal da companhia ficou na Alemanha: “51% das ações da ManrolandGoss estão com o grupo Possehl e 49% com a American Industrial Partners, da qual a Goss Inter national era subsidiá ria”, explica Dragone. No Brasil, a Groupwork está imersa no mercado gráfico desde sua criação, mas também atua em outros setores. Na área de automação industrial em geral, por exemplo, a empresa tem vários projetos nos mais diversos ramos (indústria de plástico, automotivo e ramo gráfico). “Estamos atendendo outros mercados com tecnologia para geração de nitrogênio, separação de gases, na área hospitalar, militar e alimentar, com equipamentos para medição de espessuras (camadas superficiais para indústria aeronáutica e automobilística), entre outros.”

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Escolar Office Brasil 2019 mochila. Mas não é o caso”, afirmou Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal Feiras no terceiro dia. “Conseguimos atrair 12 novos expositores, principalmente voltados à papelaria fina, além do retorno de marcas importantes como a Staed­t ler e Rendicolla”, complementou Valeska Oliveira, A fase de ajustes do mercado refletiu-​ gerente de Ne­gó­cios da Escolar. Ambos comemoraram a opção feita em ­se nos corredores da feira, es­va­zian­do-​­os. A Francal, organizadora da mostra, buscou 2017 pelo início no domingo, via­bi­li­zan­do a formas para trazer frescor ao evento, am­ visitação do pequeno lojista, que não conplian­do tanto o universo de produtos quan- segue deixar o ponto de venda nos demais to ações promocionais, de divulgação e ati- dias da semana. Valeska ressaltou também a Maratona do Representante Co­mer­c ial, vidades paralelas. Conseguiu ­f rear a curva descendente e, neste ano, em sua 33ª edi- ação inédita que premiou com cruzeiros ção, finalmente a feira parece ter reen­con­ marítimos os três representantes comertra­do uma cesta de itens capaz de agradar, ciais que levaram mais compradores à feira. se não aos fãs de Guer­ra nas Estrelas e Harry Potter, pelo menos aos quatro mil lojistas que visitaram a Escolar só no primeiro dia, o domingo, 450 profissionais acima do que em 2018. Nos quatro dias, 12.040 pessoas estiveram no Expo Center Norte, visitando os estandes de 160 empresas, contra os 140 do ano passado. “O mix está cada vez mais diverso. Ao andar pela feira alguns tiveram a impressão de que tem menos

Número de compradores supera expectativa Mais de dois terços da visitação da feira, realizada de 4 a 7 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo, foram compostos só por compradores. Além de ações como a Maratona do Representante e as Rodadas de Negócios, a diversificação dos produtos pesou positivamente.

O

Por: Tânia Galluzzi

segmento de papelaria sofreu grandes mudanças nos últimos 30 anos. O famoso mix de produtos, que nem era assim chamado na década de 1980, foi sacudido e revirado, com a saí­da de cena de vá­rios produtos e a entrada de outros. Ob­v ia­men­te esses movimentos foram acompanhados pela grande feira do setor. A Escolar viu seus protagonistas de outrora, os cadernos, cederem espaço para as mochilas e companhia limitada.

A ini­c ia­t i­va conseguiu atrair 842 lojistas que nunca tinham visitado a Escolar. “O recado é: o mercado não desistiu, os de­sa­f ios nós conhecemos, e estamos aqui com produtos e con­teú­do capazes de ajudar o lojista no seu dia a dia”, disse Valeska. Carlos Rettman, presidente da fabricante de cadernos e agendas Confetti, também elogiou a abertura no domingo. “Foi muito bom, principalmente porque já chegou no pequeno varejista o interesse por produtos di­fe­ren­cia­dos como os nossos e de outros expositores que estão aqui.” A expectativa da Confetti é de um crescimento de 18% nas vendas no Volta às Aulas 2020.

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Igualmente di­re­cio­na­da a itens de maior valor agregado, a Cicero participou pela segunda vez do evento. “Para nós o contato com a papelaria é maravilhoso, a resposta do público tem sido muito boa, estamos abrindo vá­r ias portas”, comentou Ma­r ia­na Falbo, responsável pelo mar­ke­ting. Entre as ações paralelas de incentivo duas se destacaram: as Rodadas de Ne­ gó­c ios e a Papelaria e Livraria Conceito. A primeira nomeia reu­niões pré-​­agendadas entre compradores convidados de vá­r ios Estados e expositores. Neste ano, a ação resultou em 222 encontros, que geraram acordos da ordem de R$ 8 milhões, o dobro da receita registrada no ano passado. Em parceria com a Abigraf e outros cinco agentes, a Francal montou a Papelaria e Livraria Conceito com o objetivo de mostrar ao varejista novas soluções de vi­sual

merchandising e técnicas para melhorar a ex­pe­r iên­cia de compra do clien­te. A novidade deste ano foi a incorporação dos livros por meio da u ­ nião com a Câmara Brasileira do Livro, CBL , e a As­so­cia­ção Na­cio­nal de Li­v ra­r ias, ANL . Completaram a rede de

parceiros a As­so­cia­ção Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares, Ab­f iae, o Sebrae-​­SP e a MP Pa­pe­la­r ias. A 34ª edição da Escolar Office Brasil acontecerá no mesmo local, entre os dias 2 e 5 de agosto do próximo ano. julho /agosto 2019  REVISTA ABIGR AF

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Durante almoço realizado em São Paulo, entidade fez homenagens e lançou boletim com dados sobre o desempenho geral do setor gráfico em 2018.

Afeigraf comemora 15 anos

P

ara celebrar seus 15 anos, a Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica, Afeigraf, reuniu cerca de 50 pessoas em um almoço no restaurante Café Jornal, no dia 6 de junho. Além da diretoria da associação, estiveram presentes representantes das empresas associadas, bem como jornalistas e membros de entidades afins. No encontro, Ludwig Al lgoewer, presidente da Afeigraf e da Heidelberg do Brasil, relembrou a origem da associação, impulsionada pelo desejo da organização de uma feira que respondesse às demandas do segmento, e o sucesso da ExpoPrint Latin America. Hoje, a mostra, realizada a cada quatro anos, posiciona-se como o maior e principal evento de impressão das Américas e a quarta maior feira do setor no mundo. O executivo falou também sobre os grupos de trabalho

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em atuação na Afeigraf, sobretudo o de dados estatísticos, responsável por coordenar a rea lização de um estudo sobre a indústria da impressão com o objetivo de delinear o perfil do setor, incluindo gráficas e fornecedores. “É fundamental que possamos saber onde estamos inseridos e para onde apontam os principais indicadores para traçarmos cenários futuros”, afirmou Ludwig. PUBLICAÇÃO

Primeiro fruto dessa iniciativa, o Boletim Econômico nº 1, distribuído no final do almoço, traz dados secundários do desempenho geral do setor em 2018, com informações sobre produção, arrecadação de tributos, empregos, importação e exportação, tanto de impressos quanto de equipamentos e insumos (excetuando papel). O boletim apresenta ainda uma análise de mercado a partir da compilação de

Diretoria da Afeigraf (E/D): Edmilson Freitas, Raymond Trad, Ludwig Allgoewer (presidente), Michel Guttmann, Eduardo Sousa, Richard Möller e Jorge Maldonado

REVISTA ABIGR AF

julho /agosto 2019

artigos já publicados. A publicação terá periodicidade trimestral e a meta é que até o final do ano sejam incluídos dados primários e análises qualitativas, como explicou Raymond Trad, membro da diretoria e presidente da Comprint. Abriu- se espaço também para lembrar duas figuras essenciais na trajetória da entidade: Karl Klökler, falecido em 2014, e Carlos Alberto Ruoppoli, que morreu no último mês de maio. Primeiro presidente da Afeigraf e diretor da ExpoPrint, Klökler foi homenageado na pessoa de sua esposa, Regina, presente no evento. Ruoppoli foi saudado com a leitura de um breve texto destacando fatos dos seus 30 anos de atividade no setor gráfico e na própria associação. Para finalizar, Eduardo Sousa, antecessor de Ludwig no comando da entidade, agradeceu a presença de todos e principalmente o empenho daqueles que, direta ou indiretamente, têm colaborado para o desenvolvimento da Afeigraf e do setor como um todo. AFEIGRAF www.afeigraf.org.br


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AGOSTO/2019 Texto: Tânia Galluzzi

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Y&R, na zona uem chega à vê poucas sul de São Paulo, A fachade fora. cores – do lado de preto e branco da em tons refletem o entem vidros que Pinheiros, torno da Marginalhistória. outra O mas dentro é cinco andares. O prédio tem recepção, admitérreo concentra unit de Vivo nistrativo, business tem primeiro andar e YoungPR; o to, dados/BI/ atendimen fimídia, ilha de edição, performance, e projetos; nanceiro, operações conestratégia, o segundo reúne RP, presidência, o teúdo, criação, Já o rooftop tem RTV/Produção. pisos os copa. Todos auditório e a reunião. O subsolo têm salas de pingue-pongue, tem refeitório, , sala de manisala de massagem de conteúdo. cure e estúdio

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Fotos: Divulgação

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criação), Presidente: David Pitanguy (VP de estratégia), Glaucia Montanha executivos: Rafael ral de eral de (diretor-ge (diretora-g (CFO), Paulo Vita mídia), Jaqueline Travaglin de PR) de (diretor (diretora-geral Jeferson Martins Habib’s, Starbucks, Varejo, operações e projetos), Santander, Via Principais clientes:

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Marcelo Parada:

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23/08/19 15:54

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Eu leio jornal, o tempo todo. consumir tudo, televisão e olho portais de o ideias betas” vejo “Coloque em prática e é menos interrupçãda escuto rádio, Pessoalmente, vezes ao dia. relevância futuro da publicidad Na imprensa content notícias várias muito mais redes sociais. e intrusão com ação de branded do ano, forma mais ens da Revista não gosto de marcas, e da na Facul, uma início das reportagen mensagem das eo lançada no Patricia Weiss. pela brasileira, gosto The Guardian possível”, opina para a Uninove e estrelada do Brasil, do tretenedora de websérie Parada. Piauí e, fora em formato Parada, do SBT. a”, relata Marcelo por publiciseu dia a dia? exemplifica La Repubblic informa no investir nos Maisa Silva”, caraceu me entendo como você se marcas devem é “Desde que essa pergunta! é uma das principais E por que as Credibilidade Curiosidade de comunicaeu sempre escuto que, no fundo, ais comunicação? que que de do tário, profission mais veículos os fórmula. Acho terísticas dos ser diferente, a resposta. “Está atrai credibiNão tem uma aberto a tudo, não poderia novamente inforo precisa estar ção. E, como credibilidade am que se Shakeso publicitári provado de que dos responder as suas variações seu dia aberto do escritor tem de no todas estar entrevista em canais ele precisa de vários lidade. E jornais, Bule-Bule. Ele digital, são portos inclusio mam por meio analógico e da ESPM conta, peare ao repentistaque seus olhos vejam de formato que marcas e vender para a dia. O professor se construir dos seus alunos, estar aberto da ANJ, não veem. Que e hábitos l. seguros para os presidente geralment sobre o é ve, de ser multicana que as pessoas s, o que só a tendência produtos”, resume De papel novas tendência faz com que comprovam ele veja as que ou assiste? “Tudo.is. Na era publicidade e, que confia Marcelo Rech. repertório. O da mídia, a O que lê, ouve ao anunciant e criativa s tradiciona possível com eles, o de inmedido serão Um dos pilares teúdos, e junto grande capacidad de bala a publicaçõefoi?’, a informação está e o alcance desafios, entre como você tenha uma e de armazenar repertónão enfrenta vários que as métricas é preciso, naturalmente, s. “A TV aberta, tem do ‘vai ser bom, constante transMas é a sua capacidadOlivetto fala que ‘quanto lugares e em tegrar as plataforma verdadeiros. o do país, para se adaptar o da comunican em todos os de distribuiçã e um portfólio público”, diz de valorizaçã resume Serrio. Washingto Guerreiro. principal meio flexibilidade imento de fore como aquela de uma onda maneiras mais você cria’”, formação”, diz no desenvolv a cada formato al, entendida de todas as mais você lê, éticos, complemenum papel vital a linguagem ção profission “Eu me informo em papel, no PC, no com as mídias Glovalores e princípiose. “Essa gio Valente. do SBT, que haja jornal O Estadão e O o matos cruzados Rech. creio Leio Parada, como assentada sobre Não pluralidad acostumad possíveis. Marcelo e da mulviciada em Além de jornais como o digital. Na visão de canais que estou é um momento afirma que é de busca da verdade de. Gosoperar de modo tares, e de se ter conde celular e nos o que vivemos es – da necessidad bo, Patricia Weiss e programas eu reputo credibilida algo errado, os veículos precisam No não podem ficar as corporaçõ que se consoonda nasce e aos quais do mundo todo is transformação em que os produtos a. “Os veículos NYTimes, País, por exemplo. – paso de podcasts El todos o tradiciona em internet ler de tiplataform mundo de na publicitári fiança Num muito papel, como to muito aos formatos do mercado deo inclusive. como revisrádio. “Leio leio a Veja em incluindo as restritos apenas conteúdo, é preciso proa, a certime, informaçã Gosto de e outros, assim por vezes rápidas fim de semana, e informativ de itunes ou via The Guardian em todas uma análise virou uma tradição. sam por mudanças de veiculação te, hiperoferta comercialcada vez mais escasso. que baixo no plataformas, sempre fiz, possamos fazer bem e o Estado. Obviamen tas e conteúdos especialista. que se mais para que duzir para diversas ente aquelas que estãoalgo que a puficação será um a comparar a Folha área de comunicação, Mas se tem ação deliberada nova caressalta que Twitter”, conta da as telas, principalm digital, como mais criteriosa.fazer é reinventar-se”, analiOu seja, a desinform abriu uma Rech, da ANJ, quero desleio os veículos a lê as no ambiente Já Marcelo redes sociais K. Quando sociais, o problicidade sabe hospedadas vê hoje nas da Record TV. e ainda de madrugad podcasts e redes a cada como o PROPMARque acaba de acontecer, e de informaçã e Globo, dorme pouco e brasileira é O sa o VP de jornalismo nal no YouTube, inteligência adequada avenida de necessidad da Folha, Estadão a publicidad cobrir uma notícia País, a Veja e “Pelas a linguagem a chegada da versões flip Ele lembra que o Estado, o El sempre com em manter acesa , mas fissional. Com a Rádio Gaúcha. a Zero desinformação, olho a Folha, a a pelo talento fenômeno da enquanto ouve os meus preferidos entre delas”. “O branverTV e leio ou site,reconhecid da são uma dor. RBS rádio na Esses artificial ao TV a revista, Jornal, Globo. e do telespecta risco de um apocalipse 6h30min, ligo vou trabalhar Seja TV, jornal, o UOL e o Nexo a curiosidad ao novo, sem excelente ferraprofissionais correremos o Caminho e misturam também olho estar aberta surgiu como dia, uso mítivermos meios Hora impressa. os meus alunos, compram mídia precisa Ao longo do sucesso. “A ded content to e restabedade se não publicitária integrada que outros. Agora, receitas de o contrapon com Rádio Gaúcha. , G1 e Twitter a TV, tem os cases de tudo. Tem livro menta de divulgação abandonar as robustos fazendo da verdade e da realidada GaúchaZH s. um pouco de digital. Muitos todo, não apenas e já são inúmeros ia, muito o app que leem no para romper ao conteúdo dia como um , além da GloboNew lecendo o primado o marcas e dramaturg no papel, livro e estar pronta outros a versão Rech. para sites noticiosos Jornal Nacional jornal digital, da audisucesso envolvend esportes, por exemplo. de ser flexível A todo instante de”, reforça a revista RBS Notícias, preferem o e tradicionais. e é que a relação mudou é obrigatória gostam de ver De noite, vejo de exposição linha de shows com modelos palavra-chave Outro aspecto as mídias Antes de dormir, imprensa. Alguns lembra fanzine. Outros possibilidades segue como s conteúdo e e GloboNews. The New York preparado o Brasil”, resCriatividade surgem novas anos, com o ência com o pelo app do no papel, porque há uma maneira única, e temos de estar novo, sem concorrer com nos últimos sobre tecnouma passagem não na sonisso é difícil de uma marca profundamente principalmente e da internet mais aberta ao no celular. Hoje Cunha, da ESPM. Guerreiro. nal. que a Times para ler das de susalta Antonio para elas. Quanto a total liberacreditando impacto da tecnologia e política internacio fixa”, conta Paulo quem trabalha na indúsreceitas estabeleci audiência” o público vive mídia “A publicidade está logia, economia com os O que é uma abandonar as um mais centrado na do, melhor a ciedade. Hoje, “Bom, acho que é as aprimoran é só...” assistir e interagir quannão acaba sendo Patricia Weiss: “Modelo E TV.publicidade está acabando. ão mas verdade poder Record de cesso, da grande dade a gente quer tria da comunicaç Guerreiro, no fundo, a escolhe, decidindo , uma vez que preciso eng segue cada fake news. E estará”, defende conteúdos que vai consumir. da ESPM, é bom parâmetro do advertisin “O dos quantas vezes Para o professor intrusivo aberta ao ores esperam que a indústria pontua Sergio Valente. do, como e marketing mais e consumid o os e forte”, mídia que o “quant é important vez mais para uma “O modelo de onar as tender isso a pesquisa mesmo caminha modelo consuum e centrado nele novo, sem aband lecidas veículos. “Por seu público. Se seusveículo] na direção de [o para entender reprogramação 2019 - jornal propmark e voltado para o celular, ele receitas estabe 46 26 de agosto de na audiência esta mas as midores preferemmelhor a atenção e solução para mais centrado de sucesso, a de capturar exa melhor forma que vivem dispersas em o papel, idem”, , melhor deve oferecer aprimorando estará” plataforma. Se prefere e hipermiditempo das pessoas hiperconectada um veículo a mídia head of plica Cunha. uma cultura Sergio Valente, Patricia Weiss, mente Já na visão de ática”, argumenta& Entertainment and Exeprecisa ter necessaria é de mídia não que ele precisa Branded Content ASAS.br.com. completo. O at poder montudo para ser cutive Producer capítulo à parte entre os tudo está, para “A E saber onde esse Inovação é um a várias mãos. comunicação. de completo veículos ter todos ultracotar um projeto desafios dos que ela precisa em um mundo ela Globo não acredita dentro, mas como ser inovador uma das princimundo aqui o multicanal é de para os autores do e a cabeça aberta nectado? Ser inteligência . “É uma possibilida identificar os precisa ter a pais premissas disponíveis para diferenela tem, para suficiente, como qualquer lugar que eles inovação, que eles estejam em consumo. Qualquer manter e precisa novos autores, tes formas de E isso para se , qualquer tela, Vale estejam surgindo. aberto que ela é, esse qualquer plataforma or quer isso. espaço se o consumid chegam para aprimorar o para oferecer ser avaliado que os talentos York Times uma mais ambiente em o case do New histórias e fortificar ia aos seus leitores construir grandessólida, estruturada e conuma boa experiênco professor Paulo Cunha, cita e e proponte relevante, as marcas vão trafegar”. tradicionais”, publicidad onde do curso de fortável por da Globo descoordenador comunicação o branded O diretor de paganda da ESPM-SP. a regra mais fundahoje persegue perque entregataca que o mundo Para não “morrer”, uma postura acreditamos em dia é ter content. “Nós construir juntos, a várias . “Vale a mental hoje autoquestionamento agradável mos e podemos nto: o renmanente de relevante e de investime renmãos, um conteúdo qual as marcas podem regra dos fundos é garantia de no passado não mepara as pessoas, valores de forma fluida dimento do é inovar na seus idos futuro. Outra transmitir os a estratégia dimento no projetos bem-suced de acordo com - haja vista alguns brilhante projeto criado dida adequada, veículo. Por exemplo: há o cada teve o no realizados. Cito e alcance de da Fiat, que consumidores milhões de muitas para uma campanhaToro dentro da novela dezenas de sociais, as redes e do Fiat lançamento Brasil que ignoram de educação e renda. com uma publicidad à Vivi Guedes A Dona do Pedaço, em níveis superiores crescente tendência personagem pela uma há sagravada pela estrelada ficando Além disso, produzida e As pessoas estão (Paolla Oliveira), conta Valente. ‘notificadesconexão. interrompidas, grande equipe da novela”, turadas de serem é, sim, uma exaustão tecnoA content momento. da “O branded fortalecendo, das’, a todo das redes e área vem se a afugentar com desdomais de sacada. Nossa lógica começa com projetos uma parcela está se principalmente conexão constantepreocupada com a quadigital. A emissora mais a na produbramento no vanguarda e conteúdos relecomo especialist e o foco em uma consolidando tornando-se lidade de vida Rech. conteúdo digital, as marcas. Exemde observa ção vantes”, para importante parceira como o projeto Vida ? entregas veículo comPleTo de, resplo disso são como ser um é credibilida amento” ade postura de autoquestion O primeiro elemento 45 da ANJ. “Credibilid Marcelo Rech: “Ter - 26 de agosto de 2019 jornal propmark ponde o presidente consome aqueles conque junto ao público Sergio Valente:

sai mais ou menos soas chega e chegar um pounele. Se precisa ou sair um pouco co mais cedo adea dinâmica se mais tarde, Balbi, explica Leo qua a isso”, to. de atendimen diretor-geral há está na Y&R O profissional vátrabalhou “em A 12 anos e já nesse período. rias Youngs” indica não apenas observação de escritório, suas mudanças e das transmas a intensidad pouco tempo, formações em to maior no como o investimen perfil mudança de digital e na ais, e a possibilidos profission er com a desenvolv se de dade entrei o Daagência. “Quando é presidene hoje vid já estava, valoriza as pessoas te. A Young afirma. Outro que aqui estão”, é o respeito, ponto que destaca se a temreunião “independentemente “Há resde uma sala de quente”. copa fica ao lado peratura está mútua entre entre os profissionais; peito e admiração uma área para convivência anos ais. Nesses 12 cinco andares com os profission Prédio da Y&R tem grito.” há nunca ouvi um sexta do mês última Toda pode geral. Outro moum happy hour é o Townhall. “A pessoA não mento de trocas se sentir Alguém com o prefAzendo, umA A reunião quinzenal abre tamLaloum função mAs sidente David quiser para quem do todo” pArte bém espaço ou novidade dividir conteúdo, a agência. Baltoda questão com o objetivo é oferebi explica que aberto de comunicer um canal fazer lideranças e cação com as saiba das coisas com que o time conexão entre “A pela agência. não os e a empresa, os funcionári é fundaimporta o segmento, e a quamotivação mental para a A pessoa não lidade do trabalho. alguém fazendo pode se sentir todo”. mas parte do uma função,

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m maio de 2020, o PropMark comemorará seus 55 anos. Por mais de cinco décadas, o jornal vem testemunhando o desenrolar do universo da propaganda e do marketing no Brasil e no mundo, detectando tendências, registrando a ascensão e a queda de mentes criativas, discutindo os desafios do setor. De lá para cá, soube ele próprio seguir esses movimentos, digitalizando-se e gerando filhotes na forma de premiações e eventos. Agora, o jornal parte para mais uma mudança, com o redesenho de seu site, que acaba de entrar no ar. O veículo nasceu da mente inquieta de Armando Ferrentini, hoje diretorpresidente da Editora Referência, detentora da publicação. Como contou à Revista Abigraf em abril do ano passado [seção História Viva], no final de 1964 Ferrentini recebeu a missão de estruturar o departamento comercial do Diário Popular. Para tornar o veículo conhecido no meio publicitário, criou uma coluna semanal sobre o mundo da propaganda. Em 21 de maio de 1965, Ferrentini assinou pela primeira vez a coluna Asterístico. “Muita gente pensa que a grafia incorreta foi proposital, mas foi erro mesmo, que passou por todo mundo, inclusive pelo revisor”, contou Ferrentini. De uma coluna, logo a seção, já com o nome corrigido, passou a ocupar três, depois página inteira. Ainda como coluna, foi o primeiro espaço de imprensa a fazer a cobertura do então Festival Internacional de Publicidade, em Cannes, na França, hoje Cannes Lions, quando eram julgados apenas comerciais de cinema. Após 19 anos, a coluna virou o Caderno Propaganda & Marketing e passou a circular como suplemento dos jornais Gazeta Esportiva e Folha da Tarde, como registra matéria de Cris tiane Marsola para o próprio PropMark, publicada no

(E/D) Armando Ferrentini, Neusa Spaulucci, Anilton Rodrigues, Marina Oliveira, Danubia Paraizo, Kelly Dores, Mariana Barbosa, Leonardo Araújo, Lucas Boccatto e Jéssica Oliveira


ano 55 - Nº 2759 - 19 de agosto de 2019

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ooh tem guinada com o uso de tecnologia pesquisa cenp-meios apontou que o out of home (ooh) foi o terceiro meio que mais recebeu verbas em 2018 - r$ 1,3 bilhão (8,4% do bolo publicitário), atrás só da tv aberta e do digital. as novas técnicas para medir audiência, as inovações e as soluções criativas explicam a escalada da mídia exterior. confira especial nesta edição. pág. 34

Danone aDota nova iDentiDaDe visual Marca faz 100 anos e terá novas embalagens. No projeto estão envolvidas a brasileira Luciana Feres e a agência Tátil, baseadas em Paris. pág. 22 luiz sanches é ícone Da propaganDa em fórum

leW’lara\tbWa revela estruturas flexíveis e equipes multiDisciplinares Na série Giro no Mercado by PROPMARK, Felipe Luchi (CCO) e Wilson Negrini (COO) falam sobre a cultura da agência de compartilhamento de tendências. pág. 56

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Chairman e CCO da AlmapBBDO, executivo recebe homenagem do Fórum de Marketing Empresarial este mês. Ele fala da humanização das marcas. pág. 58

aDaptação e gestão fazem Walmart Deixar o país; big assume o posto Profissionais ligados ao varejo dizem que o maior problema da rede americana foi “não entender a cultura brasileira”. WMcCann criou campanha apresentando o BIG. pág. 52

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site em maio de 2015. A versão online veio em 1998, a princípio apenas com o conteúdo do impresso, depois adicionando notícias próprias em tempo real, transformando-se em um portal. Com o encerramento da Folha da Tarde, em 1999, o Propaganda & Marketing tornou-se independente. “Primeiro ele era impresso na gráfica da Folha, mas depois meu irmão [Nello], que havia sido linotipista, optou por montarmos uma pequena estrutura para que pudéssemos assumir também a impressão”, relatou Armando Ferrentini no ano passado. Novo formato Em 2007, a marca foi simplificada, adotando apenas PropMark, alinhando- se com a versão digital. O layout atual nasceu como marco de renovação no ano em que completou seus 50 anos. Em dezembro de 2015, com projeto criado pelo diretor de arte da agência Africa, Sergio Gordilho, a publicação assumiu o formato Berliner (315 × 470 mm), adotando o papel couché como suporte. “A diferença

Página do Diário Popular, de 21 de maio de 1965, onde apareceu pela primeira vez a coluna "Asterístico", criada por Armando Ferrentini. O nome tinha um erro, mas a ideia deu tão certo que a coluna atravessou o tempo e foi o embrião do atual jornal PropMark

No ano em que completou 50 anos, em dezembro de 2015, o PropMark renovou seu layout, assumiu o formato Berliner e passou a ser impresso em papel couché

é brutal. O formato permite uma leitura confortável e a reprodução das imagens ganhou em qualidade”, afirma Kelly Dores, editora- chefe. Há dois anos no cargo, e com treze de casa, foi ela a responsável, ao assumir a plataforma em 2015, pela alavancagem do canal digital. “Começamos a investir mais em conteúdo exclusivo”, conta a jornalista. E é desse meio que vem a mais recente atualização do PropMark. Desde o final de agosto, o site está mais dinâmico e moderno, expandindo também o espaço para artigos de opinião, acompanhando tendência mundial no jornalismo. A tecnologia por trás do site foi igualmente reciclada, visando uma navegação mais rápida. Porém, Kelly ressalta que o diferencial do PropMark, e que faz dele uma publicação tão longeva, é a sua equipe, formada por 15 jornalistas especializados cuidando do impresso e do digital. “São eles que garantem a credibilidade do veículo”, assevera a editora. Além deles, o jornal conta com articulistas, que assinam colunas fixas e artigos ocasionais. Vem daí uma das marcas pelas quais a publicação é conhecida, os furos de reportagem. Furo ou não, Kelly conta que as matérias

de maior repercussão normalmente são as proprietárias, reportagens especiais originadas durante as reuniões de pauta. “Falamos para um público muito exigente e a concorrência é alta”, afirma a editora. Uma das mais lidas recentemente tratou do burnout, esgotamento físico e mental associado ao trabalho, que já afeta três em cada 10 brasileiros. Com distribuição nacional, periodicidade semanal e tiragem de 8.000 exemplares, a maior parte da receita vem dos anúncios veiculados na edição impressa, somada às 5.000 assinaturas. Ela cresce com a interação com os eventos promovidos pela Editora Referência, como o Prêmio Colunistas, o Marketing Best e o Prêmio Veículos de Comunicação. Inquieto como seu criador, o PropMark deve renovar-se em 2020 para as comemorações de seus 55 anos.

Rua François Coty, 228 01524-030 São Paulo SP Tel. (11) 2065.0766 www.propmark.com.br


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FuturePrint recebe público qualificado Mais de 40 mil visitantes transitaram pelos corredores da feira à procura de novidades na área de comunicação visual. Por: Tânia Galluzzi

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mudança de nome em nada atrapalhou. Pelo contrário, mostrou-​­se uma decisão acertada da organizadora, a Informa, que no ano passado decidiu abandonar a marca Serigrafia Sign FutureTextil para abraçar uma assinatura moderna e sobretudo mais abrangente. Em sua 29ª edição, a mostra, calcada nos segmentos de sinalização e comunicação vi­sual, recebeu mais de 40 mil visitantes entre os dias 10 e 13 de julho, contra os 36.800 registrados em 2018. “A feira teve uma evolução bastante expressiva, com mais de 40 novos expositores, um crescimento em área na ordem de 28%, além de pavilhões internacionais”, afirmou Li­lia­ne Bortoluci, diretora do evento. Um dos principais destaques da Future­ Print foi a maior presença de profissionais com poder de decisão. “Aparentemente, o movimento ontem foi menor se comparado à feira do ano passado, mas o volume ne­go­cia­do foi o mesmo, o que mostra que quem está aqui veio interessado e disposto a fechar negócio”, comentou Carolina Vieira,

responsável pelo mar­ke­ting da Mimaki, no segundo dia de feira. A empresa aproveitou a oportunidade para comemorar os 10 anos da Mimaki Brasil oferecendo aos clien­tes ga­ran­tias estendidas de suas principais linhas de equipamentos, voltadas às impressoras digitais de grande formato, e para o lançamento da máquina 3D com tecnologia de filamento, a 3DFF‑222. Passada uma semana, o gerente co­mer­cial da empresa, Alexandre Feitosa, fez um balanço ainda mais positivo. “Podemos afirmar com toda certeza que a FuturePrint 2019 foi a melhor feira que rea­li­za­mos nestes 10 anos. Foram efetivadas dezenas de vendas, triplicamos o número de atendimentos e propostas, o que nos deixa com uma expectativa muito alta para os próximos meses.” A resposta do público nor­tea­rá inclusive a estratégia da America UV nos próximos meses. Cerca de 1.500 pes­soas interessadas em conhecer as opções em impressão digital com cura LED UV passaram pelo estande, segundo ­Eliel Schemiko, diretor co­mer­c ial e de mar­ke­t ing. O retorno dos


visitantes com relação à produtividade dos equipamentos, entre eles a impressora compacta Euro Hybrid, e à inovação de soluções como a mídia flexível Soft UV e às tintas digitais HND ‑Ink, conduzirão o plano de negócio e o mar­ke­ting da companhia. Com um dos estandes mais atrativos, a Imprimax, focada na produção de películas autoadesivas, apostou todas as suas fichas no segmento de decoração. Montou seis am­bien­tes, incluindo um restaurante, para mostrar a nova linha de revestimentos adesivos Revest Max. “Vie­mos para quebrar paradigmas, para mostrar que o revestimento adesivo é resistente, tem qualidade e pode substituir vá­rios materiais”, afirmou Igor Paiva, gerente de mar­ke­ting. Em sua oitava participação na FuturePrint, a Epson Brasil promoveu uma ação inédita. “Pela primeira vez na Epson, a empresa trouxe produtos que ainda não foram apresentados ao mundo. Optamos por lançar o equipamento primeiramente no Brasil”, disse Fábio Tolosa, es­pe­cia­lis­ta em produtos da Epson. Trata-​­se da impressora

sublimática de grande formato SureColor S60600L, que traz novo sistema de carga de tinta como cartuchos de 1l. CAPACITAÇÃO

Quem foi ao evento pôde acompanhar também as atrações paralelas. Espaços como o Fórum FuturePrint, discutindo temas sobre comunicação vi­sual, sublimação, impressão digital e gestão em­pre­sa­r ial, e o Circuito de Impressão Digital Têxtil, am­ bien­te interativo que mostrou o processo por trás da confecção de produtos têxteis, atraí­ram muitos visitantes. Em anexo ao Circuito ocorreu o Fórum Future Têxtil, com palestras, debates e cases de sucesso. A programação incluiu também o Serigrafia em Ação, com apresentações práticas; o Sublimação em Ação, com palestras e workshops sobre o processo; o DecorPrint, cria­do para demonstrar as possibilidades da impressão na decoração de in­te­r io­res; e o Fórum Acrílico. Numa parceria entre a F ­ iesp, a Abigraf e o Sindigraf, mais uma vez a feira contou

com a Sala de Crédito, reunindo bancos, coo­pe­ra­t i­vas, fintechs e agentes de desenvolvimento para auxiliar os visitantes na construção da melhor estratégia de fi­nan­ cia­men­to. Na mesma linha de apoio ao em­preen­de­dor, esteve presente o Sebrae Móvel, prestando consultoria por meio de análises financeiras e de gestão, afora o espaço Confecção 4.0 Vir­t ual, promovido pelo Senai São Paulo, convidando o visitante a um tour, por meio de óculos de rea­li­da­de vir­tual, em sua planta piloto no conceito da Indústria 4.0. Além de divulgar sua grade de cursos e serviços, a Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) realizou uma ação exclusiva para os interessados em participar da Missão Sign China. O pacote de via­gem inclui a visita à Sign China 2019, em setembro, e visitas técnicas guiadas dentro e fora da feira. A próxima edição, comemorativa aos 30 anos da feira, está programada para o pe­ río­do entre 22 e 25 de julho de 2020 no mesmo Expo Center Norte, em São Paulo. julho /agosto 2019  REVISTA ABIGR AF

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ACABAMENTO Por: Evanildo da Silveira

HR expande atuação em capa dura

Empresa está investindo em mais uma linha para formatos grandes, trabalhando de forma automática com materiais de 600 mm × 1.020 mm.

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undada em 1996, a HR Acabamentos Gráficos iniciou suas atividades realizando apenas serviços manuais. Com o crescimento, a empresa expandiu a sua infraestrutura e investiu em tecnologia em busca de me lhorias em todos os processos. Hoje, possui duas unidades, localizadas na Região Metropolitana de São Paulo (Diadema e Osasco), com uma estrutura de aproximadamente 10.000 m², prestando variada gama de serviços de pós-impressão. Eles incluem acoplamento, capa dura, caixa rígida, encadernação (PUR e hotmelt), espiral, wireo, gofragem, shrink, verniz UV, verniz total e outros. Mas a empresa não quer parar por aí. “Estamos sempre em busca de novos projetos e para 2020 o foco é expandir e aperfeiçoar a capacidade de acabamentos no editorial”, adianta Rodrigo Oliveira, diretor-proprietário da HR. Atualmente, a empresa está ampliando sua atuação no segmento de montagem de capa dura, com aquisição de mais uma linha para formatos grandes. “Somos a única gráfica a trabalhar com o formato 600 mm × 1.020 mm de maneira automática”, afirma o empresário. Oferecendo esses e outros serviços, com o passar do

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tempo a HR se tornou mais competitiva, o que possibilitou consolidar parcerias, segundo Rodrigo, por assegurar uma melhor relação de custo/benefício aos clientes, além de acabamentos de qualidade e uma maior capacidade produtiva. Um dos destaques entre os serviços é a gofragem. “Não que seja nova, mas ela vem sendo muito utilizada no mercado gráfico e a HR disponibiliza mais de 40 chapas com desenhos variados para enobrecimento”, explica o empresário. “O cliente também pode solicitar a fabricação de uma chapa com seu logo, por exemplo, e rea lizar o acabamento personalizado.” A empresa tem uma clientela variada, principalmente em função da gama de serviços que presta. “Eles vão desde a área editorial e promocional até o setor de embalagens”, informa Rodrigo. “Nosso objetivo principal é atender as necessidades dos clientes, por isso muitos buscam a HR para rea lizar projetos diferenciados com acabamentos especiais.” HR ACABAMENTOS www.hracabamentos.com.br


2 anos! E bons motivos para comemorar

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MERCADO Por: Eunice Dornelles

Comunicação visual, porta de entrada para a impressão 3D Profissionais do setor afirmam que a tecnologia é promissora, e o encantamento o caminho para a conquista dos clientes.

impressão sediado em São Paulo, exemplifica: “O cliente precisa de 100 chaveiros, o que, para um fabricante tradicional, não é vantajoso por ser considerada uma quantidade pequena. É aí que a impressão 3D se enquadra. O cliente terá os 100 chaveiros perfeitos, pois a impressão 3D atende melhor quanto menor o lote devido à produção mais lenta, porém muito mais rica em detalhes”. Ezequiel Almir Leão Moreira, diretor de tecnologia da 3DTime, explica que a empresa utiliza dois dos modelos de impressão 3D mais populares no País, o FDM (deposição de filamentos) e a “estereolitografia” (resina com cura UV ou laser), sistemas provenientes de vários fornecedores. Para ele, a porta de entrada são as máquinas mais simples, com preços acessíveis. “É preciso ficar claro que a curva de aprendizado na impressão

Uma das áreas nas quais a tecnologia encontra eco é a de comunicação vi sual. Quem trabalha na área explica que, embora em termos de equipamento o mercado brasileiro esteja bem servido, o cliente ainda tem de ser conquistado, orientado. Suas muitas aplicações vão sendo descobertas no dia a dia, inclusive seu uso como complemento da comunicação tradicional. Jorge Matsushima, gerente de novos projetos da 3 DT ime, birô de serviços de

Foto: Total Color

Foto: 3DTime

Foto: Total Color

impressão 3D não é novidade, mas continua desconhecida no País. Esta é a percepção daqueles que, nos últimos anos, vêm trabalhando com esse tipo de impressão, que permite a confecção de peças tridimensionais a partir de modelos gerados por computador. Sua utilização é muito ampla: na medicina, gerando órteses e próteses humanas; no automobilismo, em peças de automóveis, inclusive antigos, que não são mais fabricados. Enfim, a aplicação é quase infinita. E a cada dia surgem novas funciona lidades.

Foto: 3DTime

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3D é longa. Quem estiver acostumado com a rapidez da impressão plana vai estranhar. O processo é demorado, camada por camada. Um bom arquivo é essencial.” Ele comenta que às vezes o cliente chega com um desenho maravilhoso, mas a modelagem feita no computador não permite a impressão

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Foto: 3DTime

em dois tamanhos, mi­nia­tu­ras de autopeças e um mock-​­up fun­cio­nal. “Um trabalho interessante foi também a cria­ção do troféu para o rea­lity show Mestre Cervejeiro, da GNT. Só havia o rótulo do patrocinador e a cerveja Eisenbahn. Tivemos de partir daí para ­criar o troféu, que foi impresso em 3D e entregue ao vencedor”. Outra forma de popularizar a técnica é apresentar uma ideia inesperada para aprovação. Ao ver a peça tri­d i­men­sio­nal, o clien­te fica fascinado e com­preen­de suas múltiplas utilizações. É um trabalho de cons­cien­ti­za­ção, uma forma de mostrar a tecnologia 3D e, ao mesmo tempo, orien­tar sobre o que a técnica permite. GRANDES FORMATOS

As máquinas ultrassofisticadas, que trabalham com grandes formatos, não são a base do mercado 3D no Brasil, mas se encaixam no segmento de comunicação vi­ sual. Segundo Rodrigo Miranda, da Alphaprint, gerente de produto da linha Massivit no Brasil, existem três dessas máquinas em fun­cio­na­men­to no País, em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, e mais uma em instalação na capital paulista.

Foto: Total Color

Foto: 3DTime

Foto: Total Color

3D. “São ne­ces­sá­r ios recursos humanos e técnicos es­pe­cia ­l i­za­dos para se chegar ao resultado passível de impressão.” Jorge cita um clien­te da área automobilística, que participou de um evento do setor chamado Automec. A comunicação vi­ sual para a feira incluiu a mascote, impressa

Pioneira no mercado de impressão 3D em grandes formatos, a Total Color, de São Paulo, instalou a primeira Massivit modelo 1800 há cerca de um ano. Segundo Tony Angelo Bellissimo, sócio pro­prie­t á­ rio, é um investimento no futuro. “Acredito que esse mercado vai crescer muito. Hoje em dia, a impressão digital produz trabalhos que ninguém sequer imaginava há 10 anos. A impressão 3D vai no mesmo caminho. Claro que ainda estamos em fase de aculturamento dos clien­tes e fornecedores sobre o uso efetivo desse tipo de comunicação. Nossa es­pe­cia­li­da­de são vitrines, produtos para serem expostos, cenografia etc. Há um campo vasto para a utilização do 3D dentro da comunicação vi­sual.”

A Imagiton, de Vitória (ES), tem uma Massivit 1500, que é apenas a 100ª desse tipo no mundo. “Investimos na tecnologia e estamos tendo uma resposta muito boa, nossa expectativa é a melhor possível”, afirma o diretor Conrado Vieira. Para apresentar a impressão 3D aos possíveis clien­tes, Conrado têm convidado pes­soas da re­g ião, que ficam maravilhadas com as aplicações da nova tecnologia. Um dos destaques é a parceria com a Adcos, empresa do segmento cosmético, que precisava destacar seus produtos em um congresso médico em São Paulo. Foram cria­dos protótipos idênticos de produtos da Adcos. “Pegamos duas embalagens, que tinham 10 centímetros de altura, e cria­mos protótipos com 1,70 m. Eles ficaram expostos no estande do clien­ te e fizeram muito sucesso, tanto que serão usados agora em outro evento no Rio de Janeiro”, explica Conrado. A Imagiton desenvolveu uma estratégia para apresentar a tecnologia: manda às empresas seus logotipos em tamanho grande. “Fizemos uma borboleta vermelha, enorme, com dois metros da ponta de uma asa à outra. Os clien­tes ficaram tão encantados que decidiram que a fachada da sede da empresa será super ­clean, o destaque será a borboleta.” Conrado Vieira concorda que o mercado ainda tem de se cons­ cien­ti­zar das diferenças entre a impressão offset ou digital e a 3D. “Numa gráfica, o clien­te chega e diz que precisa daquele serviço dali a alguns dias, a gráfica que se responsabilize. No segmento 3D tem de haver todo um processo conjunto de desenvolvimento do produto e as pes­soas estão cada vez mais cien­tes disso. Essa tecnologia tem um grande futuro.” julho /agosto 2019  REVISTA ABIGR AF

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RECURSOS HUMANOS

A nobre arte de gerir pessoas

I

nvisível, é assim que muitas vezes nos sentimos, seja na multidão das grandes cidades, na condução, no ambiente de trabalho ou até mesmo em casa. A rotina nos consome, nos anula, como pessoa, como profissional e principalmente como ser humano! A nobre arte de gerir pessoas vai além do que imaginamos, pois trata- se de gerir vidas e tudo isso se inicia no ventre da mãe que, por meses, é responsável em cuidar e trazer à vida um ser humano, para um mundo novo e desconhecido, cheio de incertezas e medos. Cada ser humano é distinguido pelo seu DNA e por digitais únicas e exclusivas. Vivemos em uma época onde os sentimentos são muitas vezes ignorados. Afinal, o que importa é o resultado, não é mesmo? Muitas vezes as empresas se esquecem que cada profissional é único, intransferível e que tanto as suas habilidades como as suas deficiências, necessitam de constante acompanhamento, treinamentos, e um diá logo constante na busca incansável de extrair o melhor de cada pessoa. Gerir pessoas requer vivência, ex periência, e principalmente a capacidade de saber se colocar no lugar do “outro”, conhecer a fundo cada integrante da sua equipe e assim poder di recionar da melhor forma possível a carreira dos seus comandados. A gestão de pessoas está muito além de liderar, requer cuidados que vão além do que os livros nos ensinam, muito além de palavras de efeito que são utilizadas nos dias de hoje.

Ingram Image

Nelson Alves

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Na verdade, as pessoas precisam apenas serem notadas, serem chamadas pelos seus nomes, e sentir que alguém realmente se interessa e se preocupa com elas, e não apenas serem cobradas pelos serviços e resultados que cada uma precisa entregar. Um nobre gesto de elogiar e reconhecer um bom trabalho quando o mesmo ocorre e principalmente saber como e onde dar feedbacks negativos, pois neste momento você pode colocar tudo a perder. Gerir pessoas é transformar vidas. O gestor de pessoas tem a nobre arte de não só administrar resultados (financeiros, comerciais etc.), mas tem em também em suas mãos a responsabilidade de “cuidar” do maior patrimônio das empresas, que são os seus colaboradores. Vivemos na década em que o mundo se depara com um inimigo “invisível”, chamado DEPRESSÃO. Ela é si lenciosa, traiçoeira e muitas vezes cruel! O gestor de pessoas precisa estar atento aos sinais que os membros da sua equipe apresentam ou não, pois muitas vezes pessoas que não demonstram nenhum sinal de ansiedade, angústia ou depressão, estão sofrendo caladas e o final muitas vezes é muito triste. Eu faço a seguinte a pergunta: até quando as rotinas, metas, resultados, serão mais importantes que o bem-estar no ambiente de trabalho? Alguém já parou para pensar que, em um ambiente sadio, agradável, onde as pessoas interagem, os resultados são ainda melhores e por consequência se reduz naturalmente a pressão que já se carrega diariamente? Somos uma nação composta por um povo alegre, que mesmo diante de tantas adversidades e injustiças luta diariamente, mesmo que a sua única arma seja a capacidade de se reinventar todos os dias, cair e saber levantar, sorrir e chorar, mas nunca perdendo a esperança que algo de melhor irá acontecer. Somos um povo único e de uma capacidade de criação e execução acima da média. Precisamos cuidar melhor de nós mesmos, pois assim seremos os melhores gestores de pessoas de nossas vidas e com isso poderemos contribuir de alguma maneira para melhorar a vida das outras pessoas. Nelson Alves dos Santos é administrador de empresas e docente nelson.alves@consultoriafulltime.com.br www.consultoriafulltime.com.br


REGIONAIS

Trabalho regional, esforço coletivo Revista Abigraf inicia nesta edição uma série de matérias sobre as regionais da Abigraf espalhadas pelo Brasil. A entidade se faz presente de Norte a Sul do País, trabalhando em prol do setor, objetivando a evolução das empresas que militam direta e indiretamente na cadeia de produção gráfica e, consequentemente, o fortalecimento do universo da impressão. Hoje, a Abigraf Nacional conta com 16 regionais: Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Além delas, há mais cinco diretorias setoriais no Acre, Amapá, Mato Grosso, Pernambuco e Roraima. Apesar

da estrutura enxuta, esses núcleos vêm trabalhando de forma organizada e eficiente, atuando como incubadoras para a criação de possíveis regionais. A nova seção trará o perfil de cada uma das 16 Regionais, agrupadas por região. A primeira delas é a Região Sul, seguida pela Sudeste, Centro- Oeste, Nordeste e Norte. Depois, a revista abordará as diretorias setoriais. A meta é divulgar as ações empreendidas localmente, valorizar o trabalho desses grupos e incentivar a troca de ex periências, favorecendo a integração das Abigrafs e a evolução do segmento gráfico. Conheça, nas próximas páginas, as atividades, os desa fios e as bandeiras levantadas pelas Abigrafs Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. julho /agosto 2019

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REGIONAIS

Abigraf Paraná: 50 anos superando desafios Jair Leite

Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica Regional Paraná (Abigraf-PR)

ABIGRAF REGIONAL PARANÁ Gestão 2016/2019 DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Jair Leite 1º Vice-Presidente: Edson Benvenho 2º Vice-Presidente: Abilio de Oliveira Santana Diretor Financeiro: José Toaldo Filho Diretor Financeiro Adjunto: Ademar Dacoregio Diretor Administrativo: Cesar Antonio Lise Diretor Administrativo Adjunto: Gilberto Alves da Silva Junior DIRETORIA PLENÁRIA Wagner Costa, Nilton Cardoso de Lima, Rodrigo Gulin Martins, Deyse Paula Fortunato Alvares, Vivaldo Portilho Junior, Tarcisio Antonio Marin e Orlei Roncaglio CONSELHO FISCAL Membros efetivos Altamir José Ferrari, Sidney Paciornik e Etevaldo da Silva Membros suplentes Derli de Araujo Krassuski, Lysandro Pereira Santana e André Santos Linares

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iniciativa da Abigraf Nacional em relatar as atividades das regionais em sua revista veio em boa hora para nós da Abigraf-PR . Por ocasião dos 50 anos da nossa regional, completados no último mês de maio, temos refletido sobre o papel da entidade nessas cinco décadas e sobre o que vem pela frente. Essa reflexão nos enche de orgulho pelo que foi feito para o desenvolvimento da indústria gráfica, mas também nos alerta de que as mudanças no nosso mercado nos exigem reinvenção diária na forma de atuar como entidades e como empresas. Diante de um crescimento médio pífio nos últimos anos no setor, decidimos focar nossa atuação na oferta de aprimoramento pessoal e profissional para empre sá rios e colaboradores. O objetivo é fazê- los enxergar que toda ameaça traz consigo uma oportunidade. Se está ruim de vender impressos da forma tradicional, isso pode abrir espaço para outras demandas. Apenas é preciso percebê-las e se preparar para atendê-las. Para este preparo, oferecendo palestras e treinamentos nos mais va riados campos do conhecimento, rea lizados em nossa sede ou em outras entidades, como a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Sesi e Senai. Com estas entidades, também fazemos parcerias para programas de melhoria da produtividade e competitividade e para inovação. Um exemplo é a Escola Gráfica, em parceria com o Senai, que ajuda na formação e melhoria da mão de obra para o setor. Paralelamente, amplia mos nosso programa de benefícios aos associados, com facilidades e descontos em produtos e serviços, participações em feiras e congressos, entre outros, que ajudam o empresário a

estruturar melhor o seu negócio. Também temos atuação conjunta com as regionais de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul na rea lização do Seminário Sul Brasileiro da Indústria Gráfica. Tudo isso tem se mostrado eficaz para as empresas que aproveitam as oportunidades de aprimoramento. Os resultados ficam visíveis no nosso Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho, que teve a 17ª edição realizada em 24 de junho. As gráficas que mais investem em diferenciação são as que ganham mais troféus, assim como são as que conseguem crescer ano a ano. Outro indicativo de que elas estão no caminho certo é que boa parte replica o sucesso na premiação nacional, o Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini, em que costumeiramente o Paraná é o Estado que tem o segundo melhor resultado, atrás de São Paulo. Mantemos o melhor suporte possível aos associados ampliando as receitas com a captação de novos patrocinadores para nossos eventos, ao mesmo tempo em que reduzimos custos administrativos. Os desafios são grandes, mas temos conseguido nos reinventar como entidade e seguir firme no propósito de ajudar as gráficas a superaram as dificuldades e vislumbrarem melhores dias pela frente.


União em prol do fortalecimento da indústria gráfica indústria gráfica gaúcha passa por muitas transformações, adaptando- se aos novos tempos de uma comunicação mais tecnológica, em que as empresas precisam inovar cada vez mais em seus processos, apostando em novas alternativas para melhorar a ex periência de seus clientes. Outro desafio é o momento atual da economia, que gera muitas incertezas, desaquecendo o mercado em muitos segmentos. “A situação se reflete em nossos negócios, que sentem a queda na procura por serviços gráficos. Essas dificuldades também fazem parte do movimento associativista, que está tendo que se reinventar para sobreviver”, afirma o presidente da Abigraf- RS e do Sindigraf-RS, Angelo Garbarski. O 17º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, ocorrido em maio na Fiergs, em Porto Alegre, contou com mais de 500 participantes e teve como tema Pensar e fazer diferente. “Se fizermos tudo sempre igual, chegaremos aos mesmos resultados”, expõe Garbarski. “O mundo atual exige mudanças, e é só ousando que poderemos alçar voos maiores”, reflete ainda o dirigente, ressaltando que não basta apenas ousar: “É preciso inovar com conhecimento. Temos que estar sempre atua li zados, seja através de cursos ou participando de programações como o Congraf.” Chegando ao fim da segunda gestão à frente da Abigraf-RS e do Sindigraf-RS, que se encerra em dezembro, Garbarski comemora avanços em muitos aspectos. “Desde o início do meu primeiro mandato, de 2013 a 2016, tenho a qualificação dos empresá rios gráficos e de seus colaboradores como uma das principais bandeiras”, relata. Foram diversos cursos, palestras, workshops, encontros empresariais, seminá rios e outras programações, que auxiliaram na atua lização de gestores e demais

lideranças ao longo deste trabalho, desenvolvido também entre 2017 e 2019. Destaque ainda para as caravanas organizadas pelas entidades rumo a feiras, como a ExpoPrint Latin America, Digital Printing/Fespa Brasil e FuturePrint, que tiveram sub sí dios e descontos especiais para fi liadas/associadas. Além disso, a Abigraf-RS esteve à frente da rea lização do Prêmio Gaúcho de Excelência Gráfica, que neste ano completa 15 anos e já se tornou referência em concursos do gênero. Como forma de divulgar a qualidade e a eficiência do produto gráfico local, foram rea lizadas campanhas em jornais e nas redes sociais sobre a importância de valorizar os impressos gaúchos, incentivando a procura por fornecedores do Rio Grande do Sul. A iniciativa foi tão positiva que acabou sendo implantada em mais Estados. Tanto a rea li zação do Seminário SulBrasileiro da Indústria Gráfica, no ano passado, como a do Congraf 2019, ambos na capital gaú cha, encheram o presidente da Abigraf-RS e do Sindigraf-RS de orgulho pelo grande prestígio do público. “Foram muitas ações ao longo desses seis anos e meio no comando das entidades, mostrando que a união faz toda a diferença. Que possamos mais uma vez enfrentar juntos toda essa problemática nacional, transformando as crises do caminho em oportunidades.” Garbarski vê na união a força necessária para o fortalecimento de toda a classe gráfica. “Como nos diz Luciano de Crescenzo: ‘Somos todos anjos de uma asa só. E só poderemos voar quando abraçados uns aos outros.’ ”

Angelo Garbarski

Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica Regional Rio Grande do Sul (Abigraf-RS)

ABIGRAF REGIONAL RIO GRANDE DO SUL Gestão 2017/2019 DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Angelo Garbarski 1º Vice-Presidente: Roque Noschang 2º Vice-Presidente: Anderson Nunes dos Santos 3º Vice-Presidente: José Mazzarollo 1º Diretor Administrativo: Roberto Antonio Jaeger 2º Diretor Administrativo: Evandro Hendler Brambilla 1º Diretor Financeiro: Lourival Lopes dos Reis 2º Diretor Financeiro: Robson Andre M. de Jesus DIRETORIA PLENÁRIA Ricardo Kalfelz, Silvio José dos Santos, Andrea Paradeda River, José Luís Lermen, Marcel Molz Coutinho, Marcelo Rahmeier e Ulisses Camboim da Silva CONSELHO FISCAL Membros titulares Gilberto Bammann, Alexandre Nunes dos Santos e Luiz Carlos Mussulini Membros suplentes Adair Angelo Niquetti, Gilmar Moscarelli Levien e Wilson Mallez

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REGIONAIS

Cidnei Luiz Barozzi

Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica Regional Santa Catarina (Abigraf-SC)

ABIGRAF REGIONAL SANTA CATARINA Gestão 2017/2020 DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Cidnei Luiz Barozzi 1º Vice-Presidente: José Fernando da Silva Rocha 2º Vice-Presidente: Osvaldo Luciani Diretor Administrativo: João Baptista Cardoso Diretor Administrativo Adjunto: Charles José Postalli Diretor Financeiro: Jucinei Gercino da Silveira Diretor Financeiro Adjunto: Evandro Rogério Volpato DIRETORIA PLENÁRIA Osvaldo Luciani, Evandro Rogério Volpato, Enéas da Silva Ribeiro, Edson da Silva, José Fernando da Silva Rocha, Geiser Neto e Sandra de Lima Tomazelli CONSELHO FISCAL Membros efetivos Claudio Redin, Edson da Silva e Waldemar Luiz Casagrande Membros suplentes Roberto Telles, Geiser Neto e Sergio Cavallari CONSELHO CONSULTIVO Presidente: José Fernando da Silva Rocha Vice-Presidente: Ronaldo Baumgarten Junior Secretário: Fernando Mayer Membros efetivos João Baptista Cardoso, Luiz Carlos Eyng, André Fernando Aguiar, Joceli Jacques da Cruz, Rui Eduardo Germer e Alcides Westfal

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Abigraf-SC: jovem aos 50 anos

o ano em que será comemorado o cinquentenário de fundação da regional catarinense da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf-SC), a entidade não para de se reinventar. Há poucas semanas, lançou seu site totalmente repaginado. Com design moderno, intuitivo e responsivo, o novo portal apresenta informação de qualidade, tornando a comunicação ainda mais direta e efetiva, facilitando a vida de quem está buscando informações sobre o setor, além de disponibilizar uma plataforma exclusiva para os associados, onde podem ser acessados boletos, recibos, agenda de eventos e todas as ferramentas necessárias para o relacionamento com a associação. “O objetivo é sempre nos aproximarmos mais de nossos associados, a fim de identificar necessidades comuns e propor soluções efetivas e de fácil acesso”, destaca o presidente da Abigraf- SC , Cidnei Barozzi, lembrando a ini ciati va de viabi li zar também um canal direto e online com a secretaria da entidade, através do WhatsApp Em pre sa rial, com o mesmo número de telefone da sede. Neste mês de agosto, ainda foi lançado o novo projeto gráfico e editorial do informativo da associação — resultado de um estudo de reposicionamento de marca, liderado pela diretoria da entidade, juntamente com uma agência de design. “Nosso canal de comunicação com nossos associados, mas também com a sociedade em geral, precisava ser atua li zado a fim de ampliar e cativar seu público leitor”, explica Barozzi.

E, ao mesmo tempo em que busca se renovar, a Abigraf-SC valoriza a sua história e está trabalhando nos últimos detalhes da produção de um livro com todo o registro de memória da entidade. “Tudo isso, sem perder a essência que inspirou nossos fundadores e cada diretoria atuante ao longo de nossa existência: o desenvolvimento do setor gráfico catarinense”, afirma o presidente, chamando a atenção para um outro fator que tem sido um grande diferencial da associação: o trabalho sintonizado com os nove sindicatos empresariais gráficos do Estado, que tem possibilitado grandes conquistas como a criação do Prêmio Catarinense de Excelência Gráfica, já em sua terceira edição em 2019, com mais um recorde de produtos inscritos. União está também presente no re lacionamento com as Abigrafs do Sul do Brasil e que reflete a razão para o sucesso de qualquer empresa ou instituição: o associativismo. “Assim como as mais recentes investigações sobre a incrível continuidade da espécie humana revelam que a chave da sobrevivência foi a cooperação, nos dias atuais temos certeza de que a única maneira eficaz para enfrentarmos o momento da economia nacional é fortalecermos os laços com aqueles que estão dispostos a atuar em conjunto em prol de um bem comum”, conclui.


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GESTÃO

Pearson

Hamilton Terni Costa

Landa

EFI

Notícias recentes que mexem com o setor ecentemente, a Pear son, maior editora mundial de livros didáticos, anunciou nos Estados Unidos sua nova estratégia para os livros escolares. E a chamou de digital-first (primeiro em digital). Significa que haverá todo um esforço para estimular o consumo do material de forma digital, que será atua lizado mais rapidamente. Os livros, por outro lado, continuarão sendo impressos, mas haverá um incentivo maior para que sejam alugados, ao invés de comprados, através de um aumento no seu preço e maior dificuldade de obtenção. Sua atua lização também será menos frequente do que ocorrerá com o material digital. Como a Pearson é líder de mercado, pode-se supor que outras editoras também pensem em mudar seus modelos de negócio nesse mesmo sentido. A ver.

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A principal razão da mudança, fora a questão de custos de produção e distribuição, está na dinâmica de obtenção de livros usados. Ao invés de comprarem livros novos, muitos estudantes compram livros usados de outros colegas que terminaram de usá- los. Ao não conseguir combater essa dinâmica de forma efetiva, a editora começará a colocar em prática essa estratégia. Será ela bem sucedida? Talvez sim, mas seria impulsionada mais pelo aspecto financeiro da oferta e não pela opção natural dos alunos que ainda preferem o papel, conforme mostram as pesquisas de diferentes países, ainda que isso possa causar estranheza aos leigos no assunto. Será o início do fim dos livros didáticos impressos? Assim perguntou o Two Sides em seu artigo sobre o assunto. Pode ser, eles mesmo


respondem, mas será um desastre para os estudantes. E desfilam as razões para isso. No papel há melhor compreensão dos textos com menor distração na leitura, enquanto na excessiva leitura digital há um aumento da pressão ocular, dor de cabeça e maior desconforto físico, devidamente comprovados. Ao fazer esse movimento, argumentam eles, a Pearson estaria “potencialmente prejudicando a educação de milhões de crianças e estudantes ao redor do mundo. E nenhuma redução de custos pode justificar isso”. Não me parece que tais argumentos sejam capazes de mudar uma decisão estratégica como essa. O que fará mudar, ou não, será a adaptabilidade dos usuários ainda que, neste caso, serão pressionados à mudança por uma questão econômica, mais do que da adaptabilidade em si. Polêmicas à parte, a rea lidade é que ainda há muitos livros a serem impressos e essa estratégia da Pearson ainda terá de ser comprovada na prática. Há muito que as editoras de livros-texto ensaiam uma maior transição para o digital, sem muito sucesso. Talvez desta vez aconteça. Veremos. Ninguém hoje duvida da intensidade do digital agora e no futuro. Mas também ninguém duvide do aproveitamento da impressão em milhares de utilizações, como frequentemente escrevemos.

Falando em digital, mas, desta vez, de impressão digital, têm sido anunciadas, gradualmente, recentes instalações de equipamentos Landa. Sim, o famoso Landa, que tanto mexeu com o mundo gráfico nas duas últimas Drupas com sua impressão nanográfica. Após um bom período de quietude, mas, sem dúvida, com muito trabalho interno, finalmente um conjunto de suas máquinas vem sendo instalado em Israel, na Europa e nos Estados Unidos. Já existem três S10 (simplex) — a máquina de folhas, formato B1 — instaladas e outras cinco em preparação para instalação em 2019. Existe uma S10P (duplex ou frente e verso) em operação e outras três em instalação até o fim do ano. Ainda em 2019 será instalada a primeira rotativa W10 (simplex). No total, haverá pelo menos 13 máquinas rodando em gráficas antes da Drupa de 2020. Já não vai dar para dizer que é uma promessa não cumprida. Na rea lidade, isso corresponde ao que ouvi em 2013 de um engenheiro da HP, bom conhecedor do que é o desenvolvimento de novas

tec no lo gias: isso toma muito tempo, mesmo, não há mágicas para encurtar caminhos. No caso da Landa, muitos dos desenvolvimentos trouxeram grandes desa fios re lacionados, desde o front end ou processadores de operação das máquinas, velocidade, secagem, robustez de construção e muitos outros. Ainda mais que é uma impressão inkjet indireta, passando a tinta primeiro por uma blanqueta a quente e em seguida depositada no papel. Tudo muito novo e desafiador. A maioria das máquinas Landa estão ou estarão sendo usadas para a impressão de embalagens, mas não se restringem a essa aplicação, sendo também usadas em livros e outros materiais gráficos. Esse movimento de instalações gera grande expectativa sobre o que foi prometido e a aplicação prática dos equipamentos. Sem dúvida, essa é uma constatação de algo que poderá mexer com boa parte da indústria, o que vem sendo esperado desde seu anúncio em 2012. Não tive ainda a oportunidade de ver uma dessas máquinas já instaladas, mas me baseio nas informações publicadas pelo nosso amigo David Zwang, do site WhatTheyThink, que, com frequência, tem acompanhado a evolução desses equipamentos em suas entrevistas diretamente com as gráficas e, em especial, com a Mercury Printing, de Rochester, NY, a primeira a receber uma S10P. A operaciona lidade, a qualidade de impressão e o desempenho da máquina são muito satisfatórios. Ela é sur preendente e vem atendendo aos requisitos da empresa. A máquina tem se mantido bem ocupada e com qualidade, dizem, superior ao offset. A velocidade anunciada na Drupa de 13.000 folhas por hora ainda não foi atingida. No momento todas as máquinas instaladas chegam até a 6.500 folhas/hora, o que seria a velocidade mínima anunciada. O aumento vem sendo gradual e implementado diretamente pela fábrica em cada instalação. Mesmo assim, é uma velocidade superior a outros equipamentos digitais inkjet folha inteira, como a Heidelberg Primefire, que roda a 2.500 folhas/hora, ou a Fujifilm J Press 750 S, que roda a 3.200 folhas/hora. Uma curiosidade de muitos, levantada por Zwang na sua visita à Mercury, foi em relação à manutenção e troca das blanquetas da máquina. Ainda em testes de duração em função do tipo de papel usado, a recomendação é de uma troca a cada duas semanas. Operação que leva hora e meia para execução, sem muita dificuldade.

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Enfim, as Landa estão real mente chegando. Onde efetivamente chegarão, qual a fatia do mercado de impressão que ocuparão e como elas in fluencia rão e poderão facilitar novas transições de impressões estáticas para variáveis, criando assim novas oportunidades, ainda não sabemos exatamente. Até porque não é ainda um investimento modesto, ao contrário, e de difícil mensuração de retorno. Teorica mente, esse tipo de equipamento vem ao encontro do que o mercado vem buscando cada vez mais: rapidez, va riabi lidade, atendimento a diferentes volumes sem acertos e acuidade visual no resultado da impressão. Na prática, isso começa a se comprovar. Seja, finalmente, bem-vindo.

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Hamilton Terni Costa hterni@anconsulting.com.br é diretor da AN Consulting, www.anconsulting.com.br, e diretor para a América Latina da APTech (antiga NPES) REVISTA ABIGR AF

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Falando em bem-vindo, no começo de agosto foi anunciado o novo CEO da EFI. O velho amigo e conhecido Jeff Jacobson. Sim, o mesmo Jacobson que até há pouco tempo era o CEO da Xerox e que acabou envolvido numa imensa polêmica com os acionistas ativistas da empresa que eram contra a fusão da Xerox com a Fuji, gerando uma forte disputa jurídica. Ao final, prevaleceu a posição desses acionistas e o Jeff acabou por sair da Xerox, sendo contratado John Vicentin, que vem fazendo um trabalho de reestruturação e reposicionamento. Entendo que foi uma excelente contratação da EFI. Parte também de sua reestruturação e da troca de acionistas pelo qual passou a empresa. O crescimento da EFI nos vinte anos da gestão de Guy Gecht foi ex traordi ná rio. Baseada em aquisições, várias delas por ano, incluindo a Metrics aqui no Brasil, a EFI passou de uma empresa de sistemas especia lizada em controladores de impressão para máquinas digitais, os famosos Fiery, a uma oferta ampla e variada de soft wares e plataformas de ERP, de gestão, workflows completos, até impressoras com base inkjet de grande formato e com diferentes aplicações específicas como cerâmica, com as impressoras Creta, e embalagens de microondu lado, com a Nozomi. Festejado anualmente pelo crescimento da empresa, as apresentações de Guy nas grandes feiras eram imperdíveis. Assisti a várias delas na GraphExpo, Print e Drupa. Sempre com muito humor e inteligência, ele mostrava caminhos e justificava as novas aquisições, não só no sentido quase obsessivo de alcançar um bilhão de dólares anuais de faturamento, mas, também,

procurando mostrar o potencial inovador para uma indústria gráfica em transformação. O crescimento por aquisições, em velocidade acelerada, cobra, de forma geral, um alto preço ao final de um tempo, que é variável de empresa a empresa. Vivenciei isso na pele quando fui executivo da Quebecor World, que se tornou a maior gráfica mundial no início dos anos 2000, fruto de uma frenética aquisição de plantas gráficas em mais de 16 países. Mais de 80 compras em menos de 10 anos. A compra é sempre doce. A integração e a consolidação dos negócios, por outro lado, muitas vezes têm um gosto amargo. Custa caro, exige muita gestão, caixa e nem sempre se vencem as barreiras culturais. Sem sombra de dúvidas que a estratégia de aquisições empreendida por Guy cobrou seu preço, o que resultou na sua saída da empresa e a venda da EFI para um grupo financeiro que acabou por vende-la recentemente à Siris Capital Group, que investe em empresas de tecnologias norte-americanas e procura capitalizá-las e maximizar seu valor. Dessa compra resultou a indicação do Jeff Jacobson, que já era parceiro executivo na Siris. Essa é uma boa notícia para o setor. Primeiro, porque se trata de um profissional com muita ex periência e que vem do setor gráfico. Antes da Xerox ele presidiu a Presstek, das impressoras offset digitais. Melhor do que alguém que só tivesse tido ex periências no vale do silício. Além disso, Jeff é uma pessoa extremante afável e receptiva. Tive algumas reuniões com ele em sua época de Xerox, antes de ser presidente. Principalmente na época de sua contratação pela então presidente Ursula Burns. Ele entrou na empresa exatamente para reaproximá-la do setor gráfico, já que as atenções se voltavam para a aquisição da empresa ACS que, bem mais tarde, acabou por trazer enormes problemas para Ursula. Lembro de uma excelente conversa que tivemos com o amigo Andreas Webel, da Value Communication, em que o questionávamos se a Xerox não estava demorando demais para criar uma oferta mais agressiva de inkjet. inkjet Ele nos explicava que estavam atentos e sabiam muito bem o que fazer. Pouco tempo depois, ele anunciava a aquisição da Inpika. Sendo do setor, com a vivência que tem, ele saberá di recionar as excelentes soluções da EFI para um envolvimento ainda maior com o mundo gráfico.


CONEXÃO BRASÍLIA

Joanna Marini

A disputa pelo protagonismo na Reforma Tributária Roberto Nogueira Ferreira

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ez em cada dez empresários, se perguntados, responderão inequivocamente pela necessidade “urgente” de uma reforma tributária. Se questionados sobre qual reforma, as respostas caminham para o subjetivismo da generalidade. Há excesso de informações, que se traduzem em desinformações; excesso de iniciativas, que podem resultar em inações; e, o mais sur preendente, pela primeira vez a Câmara dos Deputados e o Senado Federal disputam o mesmo páreo da Reforma Tributária, cada qual com sua proposta. Pronto para também participar do jogo, o Poder Executivo está na véspera de apresentar sua proposta, ampliando o voluntarismo tributário. Para todo problema complexo há sempre uma solução simples e ineficiente à espreita. Fazer uma reforma tributária em um país em que a União Federal, 27 Estados subnacionais e mais de 5.500 municípios dispõem de competências exclusivas em matéria tributária é exercício político de alta complexidade. Para que servem essas competências tributárias? Para fazer política, para exercitar o Poder, e até para arrecadar os recursos necessários para bancar os nem sempre necessários gastos públicos. O atual sistema tributário é complexo? Sem dúvida, mas é compreensível. Há múltiplas incidências sobre uma mesma base, no caso, “bens e serviços”? Com certeza. A elite brasileira estaria disposta a reduzir a tributação sobre “bens e serviços”, que onera os preços e o caixa das empresas, e aumentar a tributação sobre a renda e o patrimônio? Penso que não. No atual campeonato da reforma tributária, o presidente da Câmara dos Deputados estimulou o líder do PMDB a apresentar uma proposta que já tramita como a PEC 45, de 2019. O Senado, para não ficar atrás, vestiu roupa nova na PEC 293, de 2004, aprovada em comissão especial na Câmara dos Deputados em 2018 (conhecida como PEC do deputado Luiz Carlos Hauly) a qual, subscrita por 65 senadores, também já começou a tramitar como a PEC 110, de 2019. Em meio à disputa, eis que o Ministério da Economia declara- se pronto para apresentar uma proposta de reforma limitada aos tributos

federais, composta de: a) criação de um IVA (Imposto sobre o Valor Adicionado) Federal, englobando PIS, Cofins e IPI e, pasmem, até algumas incidências do IOF, que nada tem a ver com a tributação sobre a produção e comercialização de bens e serviços; b) instituição do Imposto sobre Meios de Pagamentos, sem entrar em maiores detalhes, e que pode ser entendido como uma CPMF ampliada, compensada pelo fim da contribuição patronal ao INSS de 20% sobre a folha de pagamento. Para nublar o quadro, ainda tramita na Câmara dos Deputados, antes de ir para o Senado, a PEC da Previdência. Repito, para enfatizar: o risco da tripla ação é obter como resultado a inação. O nosso sistema tributário gera múltiplas ineficiências econômicas, mas tem uma característica que inibe compromissos mais profundos para modernizá-lo. É que ele é eficaz na perversidade, ou seja, produz bons resultados para o Tesouro da União, dos Estados e dos municípios, subtraindo, para desespero dos cidadãos e das empresas, 35% de toda a riqueza nacional. O que o empresário deseja e aspira é que um novo sistema tributário gere eficácia a favor da economia brasileira, estimule investimentos, simplifique e desburocratize obrigações acessórias; além de qualificá-lo e reduzir a carga tributária. Nenhum dos três concorrentes foi capaz de, cientificamente, estimar a alíquota do futuro IVA . Ouso fazê-lo: não vejo como a alíquota do IVA Nacional — das PECs que tramitam na Câmara dos Deputados e no Senado — ser inferior a 30%. Já a alíquota do IVA Federal — sem incluir ICMS e ISS — deve situar-se entre 12 e 15%. Nos termos em que estão propostos, não há hipótese de redução da carga tributária. Se uma eventual reforma tributária resultará no que o empresário aspira, só o tempo dirá. Resta-nos, pois, torcer e rezar. Roberto Nogueira Ferreira é sócio-proprietário da RN Consultores, em Brasília, onde atua como consultor da Abigraf Nacional. roberto@rnconsultores.com.br www.rnconsultores.com.br julho /agosto 2019

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SUCESSÃO

Sheila Madrid Saad

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sucessão é considerada tão importante na literatura, que alguns autores definem empresa familiar como potencial para sucessão, cujo controle e gerenciamento seriam passados para a próxima geração da família, seja por vontade dos herdeiros em assumir a sucessão, seja pela herança propriamente dita. As estatísticas confirmam que a sucessão é uma questão tipicamente problemática: apenas 30% das empresas fami liares sobrevivem à segunda geração e apenas 5% à terceira. Para garantir que o processo sucessório seja adequado e eficaz, é fundamental considerar a adoção de programa de qualificação que justifique não apenas as ações de treinamento, mas também a educação corporativa a ser impressa junto ao herdeiro, a partir da identificação de aptidões deste para a ocupação do cargo de gestor organizacional. O objetivo geral do Programa de Qua lificação para a Sucessão é capacitar e desenvolver o sucessor da organização, apto a contribuir com o desenvolvimento e continuidade da empresa para as próximas gerações. Não é possível rea lizar este tipo de formação em poucos meses. É necessário um processo longo, levando em consideração ambientação à cultura, capacidade de liderança, respeito aos valores do(a) fundador(a), qualificação técnica e ex periência na condução dos negócios. O programa deve oferecer ao participante a oportunidade de conquistar uma base sólida de conhecimento e aprendizagem, que permita garantir a rentabilidade organizacional, bem como o direcionamento estratégico. Se não houver direcionamento acerca dos rumos estratégicos da empresa fa mi liar, provavelmente as bases para a formação do sucessor não foram criadas. Assim, será muito difícil desenvolver um programa de sucessão. É preciso criar e/ ou desenvolver competências profissionais e pessoais que serão exigidas na condução dos negócios, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelos sócios para o futuro da empresa. As compe tências deverão abranger o aspecto genérico, ou seja, devem garantir que o sucessor tenha uma visão do todo orga ni zacional e compreenda qual é a razão de ser da empresa. Além disso, devem ser definidas as

competências específicas, que se referem à capacidade de condução do cargo em si e dizem respeito às suas atividades cotidianas; e as competências comportamentais, que se relacionam às suas atitudes e precisam estar em consonância com a cultura e os valores do fundador. Eis alguns exemplos de competências a serem oferecidas aos sucessores na sua formação: ◆ Compe tências genéricas: conhecimento de como a empresa atua para obter resultados com foco no cliente; do modelo de gestão de recursos físicos e financeiros adotados pela companhia; do di ferencial da empresa; das ações de gestão de pessoas, entre outros. ◆ Competências específicas específicas: capacidade de negociação; análise e interpretação do mercado; desenvoltura em relação às políticas e processos da empresa; atuação estratégica junto a fornecedores, clientes, concorrentes, instituições financeiras, entre outros; capacidade de gerenciar equipe; conhecimento do fluxo completo de operações, equipamentos e pessoas. ◆ Competência comportamental a ser assumida pelo sucessor: sucessor re laciona mento inter pessoal; comprometimento; iniciativa; flexibilidade; responsabilidade; confidencia lidade; moderação; ética; liderança. Sem saber o perfil a ser formado, não há como qualificar o profissional. A definição de talento muda de empresa para empresa e, se não há o escopo do talento para a organização, fica difícil estabelecer seu processo de desenvolvimento. O herdeiro será um sucessor mais qualificado se houver um programa que permita o direcionamento de sua formação profissional e forem rea lizadas ava liações de desempenho para mensurar sua evolução. Cabe ressaltar que o melhor mentor para o sucessor é quem fundou a empresa, que conhece profundamente seu empreendimento e que vai poder orientá-lo para levar a organização em direção ao futuro, sem comprometer a continuidade dos negócios da família. Sheila Madrid Saad é sócia-diretora da Ricca & Associados Governança Corporativa e Sucessão Familiar sheila@empresafamiliar.com.br www.empresafamiliar.com.br

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Desenvolvimento de sucessores


A Biofílica Investimentos Ambientais S.A. certifica que aposentou em nome da

Antilhas Gráfica e Embalagens Ltda. 1.663 toneladas de CO2 equivalentes

Reduções Verificadas de Emissões pelo selo Verified Carbon Standard para

neutralização referente ao Inventário de emissões de 2018. As emissões foram reduzidas a partir de atividades do

Projeto REDD+ Manoa, que contribuem para a conservação de 74 mil hectares de Floresta Amazônica nativa e de sua biodiversidade, promovendo o desenvolvimento socioeconômico local. A aposentadoria destas Reduções Verificadas de Emissões, as quais são intransferíveis e exclusivas da Antilhas Gráfica e Embalagens Ltda., foi realizada na plataforma de registro IHS Markit, e pode ser localizada por meio do número de série:

6913-358331349-358333011-VCU-007-MER-BR-14-1571-01012015-31122015-0

www.verra.org

São Paulo, 17 de julho de 2019.

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HISTÓRIA VIVA

Foto: Tânia Galluzzi

Por: Tânia Galluzzi

Referência absoluta no design de embalagens no Brasil, Lincoln Seragini nunca desenhou. Mesmo assim, em 50 anos de carreira foi responsável por mais de 20 mil projetos, introduzindo conceitos e influenciando toda uma geração.

Lincoln Seragini O perfeito estrategista das embalagens deste mundo

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ara falar de Lincoln Seragini tomei emprestado o título de um livro: O Perfeito Cozinheiro das Almas deste Mundo . . . Diário coletivo da garçonnière de Oswald de Andrade. São Paulo, 1918. Edição fac-similar. Além de sonoro, achei-o adequado por nomear o testemunho de um período, a belle époque paulistana, ao mesmo tempo que documenta os anos de aprendizagem do próprio Oswald, e representa em si uma peça muito criativa, com suas colagens, caricaturas e ca ligrafias. Depois de conversar com Seragini, foi essa a imagem que ficou. A de um homem que soube captar as transformações de seu tempo e materia lizá-las em invólucros inovadores, um profissional regido pela criatividade e alimentado por um entusiasmo contagiante. Filho de pai comerciante e mãe modista, Seragini credita à infância feliz em Gua raci,

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interior de São Paulo, a autoconfiança que lhe abriu muitas portas. Caçula de quatro irmãos, percebeu-se um grande vendedor no armazém de secos e molhados do pai. Lá, travou o primeiro contato com as embalagens. Caixas, cartuchos e pacotes eram seus brinquedos preferidos. Da mãe herdou a habilidade de ver beleza nas formas e materia lizá-la com as próprias mãos. Em janeiro de 1965, aos 16 anos, mudou-se para São Paulo com o objetivo de estudar e trabalhar. Com o emprego num escritório de contabilidade conseguiu pagar o curso de Química Industrial e, já na Colgate-Palmolive, na área de desenvolvimento de fórmulas e especificação de embalagens, formou- se em Engenharia Quí mica na primeira turma do curso noturno da Escola Superior de Química Oswaldo Cruz. O interesse pelas embalagens só crescia, e Lincoln passou a buscar embasamento teórico.


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De suas pesquisas emergiram não só o primeiro seminário sobre embalagens dentro da Colgate — “a embalagem era vista como um assunto de menor relevância” —, como a vocação para educador. Seragini começou a dar aulas sobre o tema e não parou mais. “Os fornecedores ficavam encantados comigo. Ninguém discutia a embalagem do ponto de vista cien­tí­ fi­co.” E foi por indicação de um deles, um vendedor da gráfica Lanzara, que Lincoln trocou a Colgate pela Nestlé, em 1972, onde entrou como es­pe­cia­l is­ta em embalagem. A mudança provocou um rea­li­nha­men­to de rota no sentido do design. A engenharia foi dando espaço à estratégia de mar­ke­ting, e o estudo cien­tí­f i­co encorajando-​­o a voar mais alto. “Encontrei o livro de um suí­ço sobre a in­f luên­cia 3

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da cor na decisão de compra que me fez ter certeza de que havia ciên­cia naquilo tudo. Somado a um curso de design de embalagens que fiz em Nova York, comecei a escrever e dar aulas sobre psicologia e psicodinâmica das cores.” ESTRATEGISTA DA EMBALAGEM

Em 1975, aos 27 anos, depois de uma passagem de dez meses pela Dixie-​­Toga, Seragini foi admitido na Johnson & Johnson como gerente de desenvolvimento de embalagem. Mesmo não sendo desenhista in­dus­trial, Lincoln virou um estrategista da embalagem, como ele gosta de dizer, teo­r i­zan­do e explicando o design, enxergando a embalagem como uma ferramenta de venda que precisava conquistar o consumidor em poucos segundos, numa época em que a embalagem era vista como um mal necessário.

1 Seragini e alguns de seus trabalhos, julho de 1989 2 Diretor de planejamento da Embala – Sociedade Brasileira dos Profissionais de Embalagem, Seragini comanda a cerimônia comemorativa do primeiro ano da entidade. À direita, José Azanha, diretor financeiro. São Paulo, dezembro de 1988 3 Durante dez anos Seragini esteve ligado à Young & Rubicam, deixando-a em 1991

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Foto: Tânia Galluzzi

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4 Conversando com (E/D) Célio Emerique, diretor da Sociedade Bíblica do Brasil, e Max Schrappe, presidente da Abigraf Nacional 5 Agosto de 2000 6 Destaque nas revistas especializadas, uma constante

O êxito dos projetos pavimentou seu sucesso pro­f is­sio­nal. A visibilidade conquistada o levou a um outro salto: o convite para trabalhar na Young & Rubicam, que estava chegando ao Brasil. Por dez anos Seragini esteve ligado ao grupo norte-​­americano de comunicação, dos quais sete como fundador e diretor da fi­lial da Cato Johnson, agência de design e mar­ke­t ing pro­mo­cio­nal da Y&R . Na década de 1980, Lincoln foi artífice não só de embalagens inovadoras e aplaudidas pelo mercado, quanto da valorização do pro­fis­sio­nal dedicado ao design de embalagem. É dessa época um dos projetos que ele considera dos mais marcantes: a margarina Fio­rel­ la. Em contraste a tudo o que era feito até então, Seragini criou uma embalagem plástica que lembrava um pote de porcelana. A integridade do produto era garantida pelo selo de alumínio e por uma tampa plástica transparente, combinação inédita no Brasil. “Em um mês as vendas aumentaram 85%”, conta ele.

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No auge, atuou como consultor das Nações Unidas na área de tecnologia e design de embalagem, desenvolvendo treinamentos em Cuba, Chile, Ve­ne­z ue­la e Argentina. Sua extensa carreira como professor e mentor de gerações de “embrulhadores” inclui a estruturação do curso de embalagem na Escola Senai Theo­bal­do De Nigris, em 1993, a parceria de mais de 30 anos com a ESPM, e a colaboração com vá­r ias instituições como o Instituto Mauá de Tecnologia e a FEA‑USP. Em 1991, mudanças estratégicas na Y&R após a compra da agência de branding Landor, motivaram a sua saí­da e a cria­ção da Seragini Design. Em 2011, o estúdio foi encerrado, fazendo surgir a Seragini Brand In­no­va­t ion, na área de consultoria, hoje transformada na Casa Seragini, dedicada à governança cria­ti­va de ne­ gó­c ios. Os cristalinos olhos azuis de Lincoln brilham ao falar dos projetos atuais, desde palestras até o desenvolvimento de um programa de governança cria­t i­va nas cidades, voltado à valorização cultural e econômica e ao incentivo ao em­preen­de­do­r is­mo. Ao seu lado está a filha mais velha, Maí­ra, 39 anos, fruto de sua u ­ nião com Leda, com quem Lincoln está casado há 43 anos e tem mais uma filha, Naiá, 38. “Uma das coisas que mais gosto é de inspirar pes­soas.”


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Adriano Kirihara


F OTOG R A F I A

Beleza austral

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ocumentar o continente mais frio, seco e inóspito do planeta é o desejo da maioria dos fotógrafos de natureza. As condições adversas tornam a via­gem e a tarefa de registrar o am­bien­te ainda mais de­sa­f ia­do­ ras, transformando cada imagem em pequenos tro­féus. E Adria­no Kirihara, 40 anos, trouxe da Antártida quase três mil deles e uma certeza: apesar das condições hostis, se houver outra oportunidade voltará ao Polo Sul. Formado em Jornalismo, Adria­no Kirihara esteve na Antártida em janeiro deste ano. A via­gem surgiu do convite de outro fotógrafo, André Dib, que estava organizando uma expedição para lá. “Resolvi participar como um projeto pes­soal. Todo ano tento fazer isso, escolher um lugar e ir apenas para fotografar sem encomenda, sem pressão, sem pauta”, afirma Adria­ no. Foram 21 dias a bordo de um veleiro de 70 pés (aproximadamente 35 metros), que renderam imagens deslumbrantes. “Apesar do pouco tamanho, a embarcação é a mais adequada para esse tipo de via­gem e lugar. Embarcações maiores como na­v ios não têm tanta facilidade para explorar locais como fior­des e b­ aías.” Os de­sa­f ios foram muitos, de acordo com o fotógrafo: 21 dias praticamente confinado dentro do veleiro com mais 11 pes­soas, a passagem

Especializado em fotografia outdoor e documental, Adriano Kirihara trouxe do extremo meridional a exuberância de um dos cenários mais impactantes da Terra. Tânia Galluzzi

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pelo Mar de Drake, considerado o mais perigoso do mundo, as diversas va­r ia­ções de clima e de luz num mesmo dia. “Mas quando me perguntam se eu voltaria, a resposta é sim.” O resultado imagético virou exposição na cidade em que Adria­no nasceu e vive hoje, Presidente Prudente (SP). A mostra, num shopping da cidade, reuniu 24 fo­to­g ra­f ias do continente austral, rendendo convites de universidades interessadas em am­pliar o debate sobre a expedição. O INÍCIO

O interesse de Adria­no pela fotografia começou na infância. Em 1999, quando ingressou na faculdade de Jornalismo, o en­tu­sias­mo virou aprendizado e trabalho, com a colaboração para revistas e jornais locais. O ingresso na TV Fronteira, afi­lia­da da Rede Globo, acabou afastando-​ ­o da fotografia por seis anos, os dois últimos já

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na TV Grande Rio, em Petrolina (PE). “Quan­do resolvi deixar a TV para assumir alguns ne­gó­ cios da família, na área de fertilizantes, voltei a estudar fotografia. Daí começaram a surgir trabalhos para revistas na área da agricultura.” Atual­men­te, Adria­no faz parte do time da Pulsar Imagens e vem pesquisando um tema bem distante das pla­ní­cies geladas: danças folclóricas. Samba de véio e reisados já foram clicados, motivados pela vontade de registrar manifestações culturais que estão morrendo pela falta de interesse dos mais jovens. O tema deve avançar nos próximos meses em função do projeto de percorrer o Rio São Francisco, da nascente à foz, e do workshop agendado para setembro, que percorrerá alguns pontos dos sertões da Bahia e de Pernambuco.


Você sabia... O papel é sustentável, reciclável, biodegradável. No Brasil se recicla 67% do papel consumido1.

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1

O Brasil tem 7,8 milhões de hectares de florestas plantadas. As indústrias que usam essas árvores conservam outros 5,6 milhões de hectares de matas nativas2.

ANAP, 2018 - 2IBÁ, 2018

Todos os dias, no Brasil, são plantados o equivalente a cerca de 500 novos campos de futebol de florestas para a produção de papel e outros produtos2


SISTEMA ABIGRAF NOTÍCIAS

CNI promove encontro dos sindicatos da indústria gráfica Lideranças de sindicatos de vários Estados compartilharam informações setoriais e participaram de audiências com parlamentares do Congresso Nacional.

N

os dias 2 e 3 de julho, a Confe­ deração Na­cio­nal da Indústria (CNI) realizou em Brasília o even­ to denominado Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria Gráfica, reunindo presidentes de sindicatos gráficos de todo o País. O encontro teve como objetivo promover o compartilhamento de informações setoriais e ex­pe­riên­ cias de gestão sindical, estimular a mobilização dos sindicatos em prol do fortalecimento do setor, assim como oportunizar o deba­ te sobre o papel das entidades re­ presentativas da indústria gráfica.

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Dentro de uma ampla pauta pro­ gramada, destacou-​­se a rea­li­za­ção de audiências com parlamentares no Congresso Na­cio­nal envolvi­ dos com temas prio­ri­tá­rios e pro­ posições legislativas em tramita­ ção, que impactam diretamente a indústria gráfica, com citação es­ pe­cial para os seguintes projetos: ■ PLS 49/2015 – Lei da Limitação de Desconto (10% no valor de capa dos livros pelo período de 12 meses). Posição da entidade: favorável. Objeto: institui a Política Na­cio­nal do Livro e regulação de preços.

Levi Ceregato, presidente do Sindigraf-SP, Carlos Abijaodi e Camilla Cavalcanti, ambos da CNI

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Au­diên­cia rea­li­z a­da com o sena­ dor Jean Paul Prates (PT/RN), re­ lator na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) ■ PL 567/2019 – Utilização de material reciclado e biodegradável em impressos de propaganda. Posição da entidade: contrária. Objeto: altera o Programa Na­cio­nal de Re­sí­duos Sólidos, PNRS, pre­ vendo a utilização de ma­te­rial reci­ clado e bio­de­gra­dá­vel nos impres­ sos de propaganda dis­tri­buí­dos em locais públicos.

Au­diên­cia com o deputado fede­ ral Carlos Gomes (PRB/RS), relator na Comissão de Meio Am­bien­te e Desenvolvimento Sustentável. ■ PL 10104/2018 – Programa de Aquisição de Material Escolar. Posição da entidade: favorável. Objeto: dispõe sobre incentivos à implantação, pelos entes da Fede­ ração, do programa de aquisição de ma­te­rial escolar pelos be­ne­f i­ ciá­rios do Bolsa Família. Au­diên­cia com a professora Mar­ civania (PCdoB/AP), relatora na Comissão de Educação.


Levi Ceregato inicia segundo mandato no Sindigraf-​­SP Os membros da nova diretoria do sindicato patronal paulista, eleitos para o triênio 2019/2022, tomaram posse em cerimônia realizada em sua sede.

N

o dia 31 de julho, a recém-​­reformada sala plenária do número 529 da Rua do Pa­raí­so, na capital paulista, foi aberta para a cerimô­ nia de posse da nova diretoria do Sindigraf-​­SP. Os membros da administração para o triê­nio 2019–2022 foram empossados por meio do presidente eleito, Levi Ceregato, que cumpre seu segundo mandato. Em seu discurso, Levi afirmou que a indús­ tria passa por uma revolução que pode mu­ dar radicalmente seu modus operandi, mas que, mesmo dian­te de todas as mudanças, os em­pre­sá­rios como ele têm de con­ti­nuar acre­ ditando, inovando, am­plian­do seus ne­gó­cios. “A Indústria 4.0 é uma rea­li­da­de, assim como a

mecatrônica e as plataformas digitais. Temos de aprender a interagir com isso, a usar essas novas ferramentas a nosso favor.” Depois de agradecer aos componentes da nova diretoria e aos colaboradores da entida­ de, Levi lembrou que a função de um sindi­ cato patronal é aparentemente simples: fazer contraponto aos trabalhadores. “Mas o nos­ so papel vai muito além disso. Brigamos por nossos direitos junto aos governos, apoiamos ini­cia­ti­v as que resultem em aprimoramen­ to do setor. Estamos aqui para dar segurança ao gráfico. Quan­do ele não tiver para onde ir, nós estaremos aqui.” Também falaram o presidente da Abigraf‑SP, Sidney Anversa Victor, que se disse satisfeito por estar empossando seu companheiro de

Muito aplaudida, Leny Kyrillos, da Rádio CBN, apresentou a palestra "Comunicação e Liderança"

luta, Levi Ceregato; Wilson dos Santos, presi­ dente da Abigraf Sec­cio­nal Ribeirão Preto, que externou votos de uma boa e fértil gestão; Ri­ cardo Coube, primeiro vice-​­presidente do Sin­ digraf‑SP, que falou sobre o seu início como membro de uma entidade de classe; e Carlos Jacomine, diretor administrativo do sindicato, rea­f ir­man­do sua crença na capacidade de Levi em defender os interesses do setor. Em seguida, Rogério Camilo, gerente de relações com o mercado do Sistema Abigraf, fez um balanço dos projetos conduzidos pela gestão an­te­rior e que con­ti­nua­rão a ser to­ cados e expandidos nos próximos três anos, como o Projeto Bi­b lio­te­c as, o apoio e par­ ticipação nas feiras do setor, as jornadas de impressão e os prê­mios paulista e brasileiro de excelência gráfica. A cerimônia foi encerrada com a palestra de Leny Kyrillos, comentarista da Rádio CBN, sobre voz, fala e corpo como instrumentos da comunicação pes­soal e pro­f is­sio­nal. SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS NO ESTADO DE SÃO PAULO – SINDIGRAF SP Gestão 2019/2022 Presidente: Levi Ceregato 1º Vice-​­Presidente: Ricardo Marques Coube 2ª Vice-​­Presidente: Beatriz Duckur Bignardi Diretor Administrativo: Carlos Roberto Jacomine da Silva Diretor Administrativo Adjunto: Sidnei Bergamaschi Diretor Financeiro: Umberto Giannobile Diretor Financeiro Adjunto: Sidney Anversa Victor Diretora de Mar­ke­ting: Juliana Sivieri Gonçalves Membros Suplentes Rodrigo Nogueira de Abreu e Fábio Gabriel dos Santos CONSELHO FISCAL Membros Efetivos José Carlos Christiani de la Torre, Wilson dos Santos e Davidson Guilherme Tomé Membros Suplentes Valdomiro Luiz Paffaro, Gelson Kazuyuki Tomita e Sander Luiz Uzuelle DELEGADOS FIESP Membros Efetivos Levi Ceregatto e Beatriz Duckur Bignardi Membros Suplentes Carlos Roberto Jacomine da Silva e Ricardo Marques Coube julho /agosto 2019  REVISTA ABIGR AF

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Bauru e Região festejam crescimento do Prêmio Vinicius Viotto Coube A oitava edição do Prêmio de Excelência Gráfica, realizado anualmente em Bauru, superou todas as expectativas.

PRÊMIOS CONCEDIDOS ÀS GRÁFICAS Produto Destaque Embalagem Caneca Cartonagem Jauense: Suprema Promocional Melhor Impressão: Supéria Melhor Acabamento: ExpertPrint Melhor Design e Inovação: Maio e Araújo (E/D) Paulo Gomes d’Almeida, vice-​­presidente da Abigraf Seccional Bauru; Ricardo Marques Coube, vice-​­presidente da Abigraf‑SP; José Ricardo Scareli Carrijo, diretor de interiorização da Abigraf no Estado de São Paulo; Rogério Camilo, gerente de relações com o mercado da Abigraf‑SP; e Eduardo Mota de Maio, diretor financeiro da Abigraf Seccional Bauru

A

indústria gráfica do in­te­rior paulista, instalada em Bauru, Marília, Jaú e re­gião, mostrou a sua força na 8ª edição do Prê­ mio de Excelência Gráfica Vinicius Viot­to Coube, com a participação de 15 empresas e 54 trabalhos ins­ critos, números que superaram todas as edições an­te­rio­res. A cerimônia de pre­m ia­ç ão, com a entrega de 13 tro­féus às gráficas vencedoras, ocorreu na noite de 4 de julho, no Buffet Már­ cia e Marô, em Bauru, com a pre­ sença de 120 pes­soas. “O prêmio é um grande incentivo para em­ pre­sá­rios, gráficos em geral e es­ tudantes se aprimorarem sempre, buscando efi­ciên­cia e excelência

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NÚMEROS DO PRÊMIO 2019 •

Gráficas participantes: Trabalhos inscritos: Gráficas premiadas: Prêmios concedidos:

15 54 9 13

EMPRESAS PREMIADAS

Rodrigo Coube, irmão de Vinicius Viotto Coube, falou em nome da família Coube. Vinicius, homenageado com o seu nome no prêmio, foi um dos mais importantes gráficos do País e um dos responsáveis pelo desenvolvimento da indústria gráfica em Bauru e região. Ele faleceu em 2011.

(E/D) Genilson Ruiz, Cartonagem Jauense; Roberto Canova, Agfa Graphics; Milson Moreira e Roberto Ferruci, Gráfica Suprema; Gustavo Silva, Fedrigoni Brasil Papéis; Fernando Sertaim, Cartonagem Jauense; e André Ojeda, Sun Chemical

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3 PRÊMIOS 1 PRÊMIO ◆◆ Suprema ◆◆ ExpertPrint ◆◆ Joarte 2 PRÊMIOS ◆◆ Maio e Araújo ◆◆ Magraf ◆◆ Mundial Paper ◆◆ Tiliform ◆◆ Supéria ◆◆ Tilibra

em suas ações”, afirmou Paulo Go­ mes d’Almeida, vice-​­presidente da Abigraf Re­gio­nal Bauru. O Prêmio Cartaz, com traba­ lhos de estudantes dos cursos su­ pe­rio­res e técnicos de Publicidade e Propaganda, Produção Gráfica e Design de cinco universidades e es­ colas da re­gião, também registrou participação recorde. Pela primeira vez, o Prêmio Vinicius Viot­to Coube teve três patrocinadores — Agfa Graphics, Fedrigoni Brasil Pa­péis e Sun Che­ mical —, o que mostra que o mer­ cado de Bauru e re­gião é atrativo e cheio de oportunidades.

Editorial Melhor Impressão: Magraf Cadernos Escolares e Agendas Melhor Design e Inovação: Tilibra Embalagens Cartonadas Melhor Impressão: Suprema Melhor Design e Inovação: Joarte Embalagens Micro-​­Onduladas Melhor Impressão: Mundial Paper Melhor Design e Inovação: Suprema Embalagens Flexíveis Melhor Impressão: Tiliform Rótulos e Etiquetas Melhor Impressão: Tiliform Displays Melhor Impressão: Magraf

FORNECEDORES PREMIADOS Chapas: Agfa Graphics Tintas: Sun Chemical Papel: Suzano

CONCURSO CARTAZ Foram inscritos 20 trabalhos por alunos da Universidade do Sagrado Coração (USC), Unesp Bauru, Unip Bauru, Faculdades Integradas de Bauru (FIB) e Senai Bauru João Martins Coube. 1º lugar: aluna Yasmim dos Santos Luviano, professor orientador Marcel Sanches (Senai Bauru) 2º lugar: aluna Giovana Beatriz de Paula, professora orientadora Jacqueline Castro (FIB) 3º lugar: aluno Guilherme Rubim Rebolo, professora orientadora Jacqueline Castro (FIB)


Notícias publicadas na Revista Abigraf nº– 124, de julho/agosto de 1989

Dorina Nowill, exemplo de superação

A Fundação para o Livro do

Cego no Brasil nasceu da necessidade de uma jovem estudante cega: ter livros em braile para conti nuar seus estudos. Quando terminou o ginásio, Dorina de Gouvêa Nowill sonhava ser médica. Ela não contava, no entanto, que em 1936, aos 17 anos, tivesse uma hemorragia na retina. Problema que modificou definitivamente sua vida e, alguns anos depois, a vida de muitas outras pessoas, com a criação de um curso especia lizado para a educação de deficientes da visão e, principalmente, a formação de uma imprensa braile no Brasil. Após seis anos de repouso forçado, em 1942 Dorina ingressou no curso Normal, do Instituto Caeta no de Campos, em São Paulo. Enquanto esteve parada, aprendeu a escrita braile e a utilizou no curso, transcrevendo os textos de que necessitava para estudar. Com o apoio da professora de Pedagogia, formou o primeiro grupo de estudos para a educação de cegos, composto por oito estudantes, o embrião da fundação. Três anos

depois, o grupo concluiu o curso e recebeu o certificado de especia lização para a educação de cegos. Estava criado, assim, o primeiro curso regular de especia lização na educação de deficientes visuais da América Latina. Em março de 1946, com a colaboração de Adelaide Reis de Magalhães, que doou os primeiros recursos financeiros, Dorina e seu grupo criaram a Fundação para o Livro do Cego no Brasil, com o objetivo principal de produzir e distribuir impressos no sistema braile. A fundação cresceu e ampliou suas atividades no campo da educação e bemestar social das pessoas cegas e portadoras de visão subnormal. Hoje [1989], a entidade tem âmbito nacional, produz e distribui livros em braile para todo o Brasil, além de outros países da América Latina, África e Portugal. Seu departamento de Produção engloba três setores: imprensa braile, unidade de livro falado e unidade de produção de equipamentos. Em 1988 foram produzidos 77.927 exemplares, entre obras didáticas e de literatura, além de 90 títulos transcritos por voluntários e encadernados pela imprensa braile. Dorina, uma eterna lutadora, está confiante: “Pretendemos informatizar a nossa imprensa até 1990, o Ano da Alfabetização Mundial. Com isso, teremos condições de dobrar a produção de livros, auxiliando um número maior de deficientes visuais a se integrarem à sociedade”.

A determinação de Alfredo Machado O

grande editor Alfredo Machado, fundador e proprietário da Editora Record, gosta do que faz e considera sua profissão uma atividade “divertida e satisfatória”. Mas revela que o que mais o estimula a trabalhar é o risco de atuar no mercado de livros. “Quando não houver mais esse risco, paro de trabalhar, pois não haverá mais graça”. Nascido no Rio de Janeiro em 1922, começou a trabalhar aos 13 anos, traduzindo histórias em quadrinhos para o Suplemento Juvenil e, dois anos depois, passou a cumprir a mesma tarefa no Globo Juvenil, onde ficou por sete anos. Nesse período, trabalhou também no caderno de Cultura do jornal O Globo. Em 1942, saiu do jornalismo para fundar com o cunhado, Décio de Abreu, a Record, com um investimento de US$ 500. Metade desse valor era emprestado. A editora cresceu. Em 1961, lançou o seu primeiro best-seller, “O Poder das Ideias”, de Carlos Lacerda, com tiragem inicial de 5 mil exemplares, chegando com as reedições ao total de 200 mil exemplares. Em 1970, a sociedade foi desfeita. Décio de Abreu ficou com as oito livrarias do grupo, e Alfredo Machado, com a editora. Até 1985, a Record alcançava uma tiragem/ano de 3,5 milhões de exemplares, saltando, em 1986, ano do Plano Cruzado, para oito milhões. Em 1988, teve uma receita operacional de US$ 5 milhões, editando renomados escritores brasileiros, como Jorge Amado e Fernando Sabino, além de ser a editora das obras de Graci lia no Ramos e Carlos Drummond de Andrade. Atualmente [1989], Alfredo Machado é também presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e diz que, na editora, tem nos dois filhos, Sérgio Machado (41 anos) e Alfredo Machado Júnior (40 anos), seus braços direito e esquerdo. julho /agosto 2019

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MENSAGEM

ar Depois da festa, hora defuolh ro para frente e planejar o tu

uzir as mudanças ad tr ra pa ta on pr r ta es e qu A Abigraf-SP tem pelo governo. as id et om pr as rm fo re as im que virão com as próx

A

e se adaptar de Nossa diretoria entende qu da un seg da ga tre en que virão ida e eficiente às mudanças Assim que cheguei à festa de ráp ira ne ma de iz Metzler, pu competitivo edição do Prêmio Paulista Lu um importante diferencial ser de po e qu tes sen um dos pre recentes acordos perceber no sorriso de cada ra nossas empresas. Com os pa gio stí pre tem já do e dos estão se nosso prêmio está consolida internacionais, novos merca rio ortunidades e lugar garantido no calendá abrindo e com eles novas op isso, estaremos de nossa indústria. Para certamente vão surgir. Por ra auxiliar os mudanças mim, foi uma noite de muita As praticamente de plantão pa m que surgirem. alegria, de descontração e bo que todo o setor gráficos a desatarem os nós or produtivo papo, mas também de muita produtivo e As mudanças que todo o set po parecem a ref lexão. Assim que deixei industrial pede e industrial pede há tanto tem o faz o menor festa, comecei a pensar que, há tanto tempo finalmente ter começado. Nã mento mesmo com dois terços do parecem finalmente sentido não aproveitarmos esse mo os elas. ano já passados, ainda tem ter começado. para crescer e prosperar com . muito o que fazer em 2019 sidney@congraf.com.br A gestão dessa diretoria o da Abigraf-SP está chegand lanço de nossas ba ao fim. É hora de fazer um de organizar ações nos últimos três anos, entidade, de a futura diretoria da nossa os de nosso setor e, revalidar os principais ansei rar para o futuro. principalmente, de nos prepa Previdência foi A aprovação da Reforma da ís e, muito embora um grande alento para o Pa da não sejam os números da indústria ain sação de que as coisas expressivos, finalmente a sen nte voltou. Se as vão começar a andar para fre avançarem ainda esse reformas tributária e fiscal fica Bra sileira da Indústria Grá rigação ob a os tem Presidente da Associação , no ver go o era f-SP) ano, como esp Regional São Paulo (Abigra l que virá. asi Br vo no o ra pa os nt pro de estar

Sidney A nversa V ictor

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