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Deinking/Rogério Gomes

Rogério Gomes

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Será mesmo que o seu papel é

Sustentabilidade e economia circular são temas cada vez mais importantes e urgentes em nossa so cieda de, onde os recursos naturais ficam cada vez mais escassos e o cuidado com o meio am bien te é fundamental para as próximas gerações. Nesse contexto, o papel tem sido muito bemvisto, pois tratase de um produto totalmente ba sea do em ma té riasprimas renováveis, além de ser considerado sustentável por sua “bio de gra da bi li da de” e “reciclabilidade”. Que o papel sem impressão é reciclável é um fato, mas será que o papel impresso é também sempre reciclável?

A resposta é: nem sempre!

Para que o papel possa ser adequadamente reciclado, primeiro é preciso que a tinta impressa seja retirada das fibras do papel (este processo se chama destintamento, deinking), pois de outra forma muitos re sí duos aparentes de tintas ficarão visíveis no papel reciclado, diminuindo muito a sua qualidade. Diversos tipos de processos de destintamento são possíveis, porém os mais comuns são os de flu tua ção (flo tation deinking) e o de lavagem (wash deinking).

Nem todas as tintas são facilmente retiradas das fibras do papel, podendo ser consideradas tintas deinkable. Normalmente, tintas que pos suem formação de filme por ligação cruzada — como as do tipo electroink de impressoras digitais, a maioria das tintas UV e alguns vernizes — são fontes de re sí duos de difícil retirada das fibras. Mesmo tintas offset convencionais podem ser de difícil eliminação das fibras de papel, dependendo de sua formulação, devido a polimerização dos óleos que ocorre durante a secagem oxidativa (por exemplo: óleo de soja).

As características dos pa péis também têm importância na capacidade de se retirar as tintas das suas fibras. Pa péis revestidos e não revestidos podem apresentar resultados diferentes com as mesmas tintas.

Vernizes diversos, por sua vez, também in fluen ciam na capacidade de se reciclar os impressos. Assim como as tintas, os vernizes precisam ser retirados das fibras antes da reciclagem dos pa péis. Portanto, não é porque o impresso foi envernizado que ele não é reciclável, mas da mesma forma nem todo impresso que não foi envernizado é ne ces sa ria men te reciclável.

As laminações e plastificações são um caso à parte, pois igualmente devem ser separadas do papel antes do processo de reciclagem dos pa péis impressos, e este processo normalmente é bastante custoso e difícil.

Mas, como garantir que os impressos podem ser reciclados?

A fim de se assegurar que os impressores estão produzindo impressos que futuramente poderão ser reciclados, uma avalia ção pode ser feita usando um teste de acordo com o Método Ingede 11. Este teste é comprovado por décadas e é otimizado regularmente. Ele tornouse a base da avalia ção de acordo com as pon tua ções de destintabilidade (deinkability) do Conselho Europeu de Reciclagem de Papel (EPRC), usado para muitos rótulos ecológicos: no Blue Angel, para produtos impressos (RALUZ 195, na Alemanha); no rótulo ecológico austríaco, para produtos impressos; no Nordic Swan; no Eu ro pean Ecolabel e no Cra dle to Cradle C2C. Sugerimos visitar a página http://pub.ingede.com/en/.

Rogério Gomes é gerente de Serviços Técnicos / Sheetfed para o Brasil e Colômbia, da Hubergroup Brasil Tintas Gráficas. rogerio.gomes@hubergroup.com

Associação Brasileira da Indústria Grá ca

Em 1965, surgiu a ABIGRAF Nacional para representar a Indústria Grá ca Brasileira, tornando o mercado mais competitivo. No decorrer dos anos, a entidade deu voz aos interesses do setor, aglutinou em torno de si empresas de diferentes portes e especializações grá cas, além de conquistar reconhecimento nacional e internacional. Fornecedores do setor podem fazer parte do nosso time. Já as grá cas podem se associar diretamente nas regionais presentes em vários estados.

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O que Indústria Grá ca Brasileira faz para você? Dados Econômicos*

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Per l da Indústria Grá ca

Fonte: IBGE / PIA, MDIC e MTE / (RAIS/CAGED). Elaboração: DECON / ABIGRAF. *Informação referente a 2019.

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