ANO XV Nº 78 VOL. III 2011 ISSN 1678-0965
A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO
Interpack 2011
A melhor edição da feira em toda a sua história enfatiza materiais ambientalmente menos agressivos
Como Funciona
Conheça os formatos mais utilizados na indústria gráfica para arquivos de imagem
Entrevista
O especialista Oliver Povareskim fala dos desafios e benefícios do controle da cor
Produção gráfica
As retículas de impressão, ponto a ponto
PAC – A Encomenda Econômica dos Correios. Sua mercadoria onde você quiser e no prazo que você precisa. A encomenda econômica dos Correios é o jeito mais seguro e confiável de enviar encomendas rodoviárias de até 30 kg para todas as cidades do Brasil. Saiba mais sobre este serviço e as possibilidades de retorno de encomendas através da logística reversa acessando www.correios.com.br/pac.
Volume III – 2011 Publicação bimestral da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica e da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, Rua Bresser, 2315 (Mooca), CEP 03162-030 São Paulo SP Brasil ISSN: 1678-0965 www.revistatecnologiagrafica.com.br ABTG – Telefax (11) 2797.6700 Internet: www.abtg.org.br ESCOLA SENAI – Fone (11) 2797.6333 Fax (11) 2797.6309 Presidente da ABTG: Reinaldo Espinosa Diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris: Manoel Manteigas de Oliveira Conselho Editorial: Andrea Ponce, Bruno Mortara, Manoel Manteigas de Oliveira, Plinio Gramani Filho, Reinaldo Espinosa e Tânia Galluzzi Apoio Técnico: Vivian de Oliveira Preto Elaboração: Clemente e Gramani Editora e Comunicações gramani@uol.com.br Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159.3010 gramani@uol.com.br Jornalista Responsável: Tânia Galluzzi (MTb 26897) Redação: Elisabete Pereira Revisão: Giuliana Gramani Projeto Gráfico: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosária Scianci e Livian Corrêa Foto da capa: AGB Photo Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Leograf Laminação, Hot Stamping: (fitas MP Brasil) UVPack Acabamentos Especiais Papel: couché fosco Nevia APP 90 g/m² (miolo) e couché fosco Nevia APP 170 g/m² (capa), fornecidos pela Cathay BR Assinaturas: 1 ano (6 edições), R$ 54,00; 2 anos (12 edições), R$ 96,00 Tel. (11) 3159.3010 Cathay-GuiaEspecialExpoprint-Abigraf247-c.indd 3
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Apoio
Esta publicação se exime de responsabilidade sobre os conceitos ou informações contidos nos artigos assinados, que transmitem o pensamento de seus autores. É expressamente proibida a reprodução de qualquer artigo desta revista sem a devida autorização. A obtenção da autorização se dará através de solicitação por escrito quando da reprodução de nossos artigos, a qual deve ser enviada à Gerência Técnica da ABTG e da revista Tecnologia Gráfica, pelo e-mail: abtg@abtg.org.br ou pelo fax (11) 2797.6700
4 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Encontro marcado
dmiro a coragem daqueles que se dedicam à ciência da futurologia. Trabalhando em cima de possibilidades, levando em conta tendências manifestadas no presente, anunciam suas previsões como favas contadas e a história está aí para mostrar as inúmeras vezes que tais conjeturas transformaram‑se em motivo de pilhéria. Ainda é cedo para falar, mesmo porque não tenho nenhuma intenção de assumir aqui a postura de futurólogo, mas uma dessas estimativas parece começar a ser contestada. No final de maio o jornal Folha de S.Paulo divulgou em uma notícia de rodapé que o New York Times está recuperando seus assinantes fiéis. A notícia dá conta de que depois de dois anos de queda, o número de assinantes “fiéis” (aqueles que recebem o jornal em casa há pelo menos dois anos) do New York Times voltou a crescer. Há quatro anos eram 650 mil pessoas e hoje esse número está perto de 840 mil. Aqui e ali pipocam informações sobre iniciativas de sucesso no segmento de jornais, indicando que o meio continua vivo, sobretudo entre os países emergentes. Se o jornal está se recuperando é porque algumas empresas jornalísticas se recusaram a cruzar os braços diante de previsões fatalistas. Colocaram suas melhores mentes para pensar e discutir novos modelos e lançaram‑se em ações inovadoras. E é este chamamento que quero fazer aqui. Precisamos debater os movimentos do mercado, trocar experiências, aprender com cases de sucesso e de fracasso, ouvir previsões e análises de tendências para concordar ou discordar delas. Temos de saber o que está acontecendo muito além dos limites de nossa empresa e da relação que temos com os clientes e os fornecedores. Em outubro teremos uma ótima oportunidade para tirar alguns dias só para isso. O 15 º‒ Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica é esse espaço e vem com uma grade de palestras voltada para o que está lá fora, focada no novo, buscando identificar mudanças no comportamento do consumidor que estão impactando ou impactarão o universo da comunicação. A influência da geração Y no consumo, o poder das mídias sociais para os negócios, a convergência das mídias, as oportunidades de negócio geradas pela Copa do Mundo e pelas Olimpíadas são alguns dos temas que o evento levantará. Espante o imobilismo e venha pensar no que você pode fazer já para que sua empresa esteja viva e competitiva no que chamamos de futuro. Espero você em Foz do Iguaçu. Reinaldo Espinosa Presidente executivo da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG)
Sumário 14
A melhor Interpack de todos os tempos
36
Oliver Povareskim fala sobre o gerenciamento de cor
42
Texturas e brushes no Photoshop
Especial
Entrevista
Tutorial
As certificações de sustentabilidade
24
As características da cura UV
30
Segurança no trabalho
Normalização
Impressão
Prova contratual x prova de verificação
34
Retículas de impressão
40
Spindrift
Produção gráfica
50
Características e particularidades das extensões PDF, TIFF e JPEG
54
A competição por custo
58
Notícias Produtos Literatura e sites Cursos
6 12 56 62
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A REVISTA TÉCNIC A DO SETOR GRÁFIC O BRASIL EIRO
Interpack 201
1
A melhor em toda a suaedição da feira história enfatiza materiais ambienta menos agressivlmente os
Como funciona
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Especial
Sinalização de segurança no trabalho industrial gráfico
IA gRáfIc A
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R E V I S TA T Ecnolog
Digital Image supera os números da edição anterior
Como funci ona
Conheça os format os mais utilizados indústria gráficana arquivos de imagepara m
Entre vista
O especialista Povareskim falaOliver desafios e benefídos do controle da cios cor
Produ ção gráfic a
As retículas de impressão, ponto a ponto
Gestão
Os três pilares da sustentabilidade Gestão ambiental
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Capa: Cesar Mangiacavalli Imagem: AGB PHOTO
NOTÍCIAS
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Plural e Posigraf conquistam Prêmio de Responsabilidade Socioambiental
rofissionais e empresários do se‑ tor gráfico, autoridades e demais convidados lotaram o auditório da Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo (Apesp), em São Paulo, no dia 7 de junho, para prestigiar a entrega dos troféus aos vencedores do 2º‒ Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambiental. Cerca de 300 pessoas prestigiaram o evento. Nessa segunda edição, a premiação teve um crescimento de 75% no número de inscritos, sendo 40% das inscrições na categoria “So‑ cial” e 60% na categoria “Ambiental”. Para Manoel Manteigas de Oliveira,
dentre esses formandos”, explicou Jacomine. De acordo com o exe‑ cutivo, 100% dos alunos inscritos no programa no ano passado fo‑ ram contratados. “É uma questão de cumprir o papel da empresa no contexto da atividade”. A conquista do troféu Orlan‑ do Villas Boas de Responsabilidade
todos os dias para a questão am‑ biental. O prêmio é para a gestão, porque todas as nossas causas es‑ tão voltadas para o meio ambiente, estamos sempre preocupados em preservar”, resumiu Fernanda. Entre as ações da Posigraf na área ambien‑ tal, a executiva destacou o progra‑ ma Carbono Zero, que compensa todas as emissões dos impressos com o cuidado e preservação de uma área de mata nativa. Na próxima edição do prêmio, programada para 2013, são espe‑ radas mudanças no regulamento. De acordo com Manoel Manteigas, foi identificado que hoje para as em‑ presas não é mais possível separar a responsabilidade social da ambien‑ tal e da financeira. “Trata‑se de um tripé e sem um dos pontos de apoio os demais não funcionam. Vamos analisar o prêmio para talvez, futu‑ ramente, fazer uma união, modifi‑ cando um pouco o regulamento”.
Ambiental ficou para a gráfica curi‑ tibana Posigraf, representada no evento por Fernanda Prado, ge‑ rente de marketing, que falou so‑ bre o case inscrito, “Sistema de ges‑ tão ambiental Posigraf”. Mais do que uma iniciativa pontual, o prêmio foi dado ao sistema de gestão como um todo. “Nós vivemos isso in‑ cessantemente. Estamos voltados
O prêmio contou com o patro‑ cínio da Cathay APP (ouro); Afeigraf, Ibema e Kodak (bronze). Na mesma noite foi empossada a nova direto‑ ria do Sistema Abigraf: Fabio Arru‑ da Mortara (presidente da Abigraf Nacional e do Sindigraf São Paulo), Levi Ceregato (presidente da Abigraf São Paulo) e Reinaldo Espinosa (pre‑ sidente da ABTG , que foi reeleito).
Fabio Arruda Mortara entrega o Prêmio de Responsabilidade Ambiental para Fernanda Prado, da Posigraf.
Carlos Jacomine, da Plural, recebe o Prêmio de Responsabilidade Social de Mário César de Camargo.
diretor técnico da ABTG e diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris, a edição deste ano surpreendeu pela qualidade dos trabalhos apresen‑ tados. “Encantou‑nos o fato de o prêmio ter crescido, praticamente dobrando o número de inscritos. Também impressiona a qualidade dos trabalhos apresentados”, afirmou Manteigas, que falou em nome de todo o corpo de jurados. Vencedora do troféu Hasso Weiszflog de Responsabilidade So‑ cial, a Plural, de Santana de Parnaí‑ ba (SP), inscreveu o case “Iniciativas
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de responsabilidade social”. Depois de subir ao palco para receber seu troféu, Carlos Jacomine, diretor ge‑ ral, declarou ter muito orgulho da premiação, uma vez que a empre‑ sa, com apenas 15 anos de ativida‑ de, já é uma das que possui maior capacidade de produção no Estado de São Paulo. “Nosso objetivo é dar capacitação a jovens de Santana de Parnaíba, em parceria com a prefei‑ tura. São os profissionais da gráfica que ensinam os alunos, que saem com o diploma de impressor grá‑ fico. A Plural contrata os melhores
NOTÍCIAS
Atenção para as datas do Prêmio Fernando Pini
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ABTG divulgou o calendário completo para a 21ª‒ edição do
Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini. As ins‑ crições terão início no dia 1º‒ de agosto e poderão ser feitas até 9 de setembro (com desconto) ou 16 de setembro (sem desconto). Os jul‑ gamentos da primeira fase ocorrerão nos dias 5 e 6 de outubro e os da segunda fase em 9 e 10 de novembro. A cerimônia de premiação será realizada na noite do dia 22 de novembro. Mais informações e o regulamento estão disponíveis no site do prêmio. www.fernandopini.org.br
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Inscrições para cursos regulares na área gráfica
á estão definidas as datas de inscrição para os cursos regulares oferecidos pelo Senai‑SP, os quais terão início no primeiro semestre de 2012. No Es‑ tado de São Paulo, o Senai mantém quatro Centros de Formação Profissio‑ nal: dois estão localizados nos bairros da Mooca e Cambuci, na capital pau‑ lista; os outros dois no interior do Estado, nas cidades de Bauru e Barueri. Além dos cursos regulares — com duração de um a três anos —, as escolas dispõem de diversos programas de curta duração. A Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica também oferece programas de pós‑graduação. Curso
Aprendizagem industrial – auxiliar de produção gráfica Candidatos encaminhados por indústrias Aprendizagem industrial – auxiliar de produção gráfica Candidatos da comunidade. O processo seletivo será aberto somente se houver vagas não preenchidas no processo anterior Cursos técnicos gráficos
Período de inscrições
25 de julho a 9 de agosto
10 a 14 de outubro
17 de outubro a 9 de novembro
Curso superior – tecnologia em produção gráfica 20 de outubro a 23 de novembro
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Escolas Senai recebem impressoras novas
s Escolas Senai Theobaldo De Nigris e José Ephin Min‑ dlin, esta última em Barueri, aca‑ bam de receber novos equipa‑ mentos. São duas impressoras flexográficas de banda estreita. Essa atualização é resultado de investimentos do Senai‑SP com a finalidade de atender as neces‑ sidades do segmento de rótulos e etiquetas autoadesivas. A aqui‑ sição dos equipamentos foi feita por licitação, vencida pela em‑ presa Etirama. As máquinas, do modelo Flexo Wine Modular 250,
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apresentam a seguinte configura‑ ção: seis unidades de impressão, secagem com ar quente, cura por radiação UV em todas as unida‑ des, duas estações de meio cor‑ te, uma estação de corte total, barra inversora, esteira para cor‑ te em folhas, sistema de delami‑ nação e relaminação, videoinspe‑ ção, unidade de serigrafia rotativa e unidade de cold stamping. As impressoras serão usadas nos cur‑ sos regulares oferecidos pelas es‑ colas e também nos programas de formação inicial e continuada.
Participe da pesquisa Drupa 2012 e ganhe entradas para a feira
revista Tecnologia Gráfica e a Revista Abigraf, como parcei‑ ras de mídia da Drupa 2012, estão promovendo a pesquisa mundial Drupa 2012. O objetivo da Messe Düsseldorf e da Duomedia, realiza‑ doras do levantamento, é conhecer um pouco mais o visitante da feira, suas necessidades e expectativas com relação ao evento. A próxima edição da maior fei‑ ra do setor gráfico mundial aconte‑ ce entre os dias 3 e 16 de maio de 2012, na cidade de Düsseldorf, na Alemanha. A última Drupa, em 2008,
recebeu 391 mil visitantes, dos quais 7% eram sul‑americanos. Para responder à pesquisa, em inglês, basta acessar o site www. revistatecnologiagrafica.com.br e clicar no banner da pesquisa. Entre os usuários que participarem através do site da Tecnologia Gráfica, cin‑ co serão sorteados pela Duomedia para receber, gratuitamente, duas entradas para a feira mais o catálo‑ go do evento. Os resultados serão divulgados em setembro. Você tem até o dia 31 de julho para participar. Aproveite!
Estamos vendendo equipamentos gráficos em ótimo estado!
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• Voltagem: 3 X 220V 60Hz
• Ano fab.: 1999
• Form. Mín.: 28,0 x 40,0 • Form. Máx.: 72,0 x 102,0
NOTÍCIAS
Conheça a programação do 15º- Congraf Mídias sociais, sustentabilidade, convergência, mercados e oportunidades são alguns dos temas de destaque na 15ª- edição do mais importante evento do setor gráfico nacional. 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – Oportunidades para a Indústria Gráfica no Segmento de Embalagem, Fábio Mestriner 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas 15h às 18h – Discussão sobre o plano de trabalho conjunto para divulgação das normas na América Latina
11 de outubro
8 de outubro de 2011 19 às 19h45 – Abertura oficial/composição da mesa e pronunciamento dos presidentes 19h45 às 20h45 – Palestra de Abertura: Perspectivas para um Brasil Melhor, Henrique Meirelles 21 às 23h – coquetel
9h30 às 10h30 – O Futuro da Gráfica e a Construção de Valor nas Relações Comerciais, Hamilton Terni Costa 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – Tendências Tecnológicas: Convergências de Mídias ou Substituição?, Bruno Mortara
9 de outubro de 2011
12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas
9h30 às 10h30 – O Perfil do Novo Consumidor – Geração Y, Sidnei Oliveira
15h às 15h45 – Apresentação das atividades da ABTG Certificadora e do ONS 27 no Brasil
10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas
15h45 às 18h – Apresentação das atividades de normalização desenvolvidas pelos países participantes
10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – O Poder das Mídias Sociais para os Negócios, Mariela Castro 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas
9h30 às 10h30 – Economia Criativa, Sustentabilidade e Futuros, Lala Deheinzelin 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – Copa do Mundo e Olimpíadas: Oportunidades de Negócios, José Carlos Brunoro 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas 9h30 às 10h30 – Planejamento de Investimentos: Estruturando o Seu Crescimento de Forma Economicamente Sustentável, Flavio Botana
VOL. III 2011
10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas 10h50 às 11h10 – Café 11h10 às 12h10 – Palestra de encerramento: A Inovação e o Futuro da Comunicação Voltada ao Consumo, Walter Longo 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas 12h30 às 13h – Encerramento oficial
10 de outubro de 2011
10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas
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9h30 às 10h30 – Educação de Qualidade como Fator de Sustentabilidade do Desenvolvimento, Cesar Callegari
Data: 8 a 11 de outubro Abertura: 8 de outubro, a partir de 19h Palestras: 9 a 11 de outubro, das 9 às 18h Feira: dias 9 e 10, das 8 às 17h; dia 11, das 9 às 12h Local: Hotel Mabu Thermas & Resort, Avenida das Cataratas, 3.175, Foz do Iguaçu (PR) Informações e inscrições: www.congraf.org.br ou (11) 3232.4509
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Façca
Inscrições abertas! Treinamentos Criação e desenvolvimento de personagem de cartoon CorelDRAW para pré impressão PhotoShop para pré impressão Illustrator para pré impressão InDesign para pré impressão Produção gráfica digital Montagem eletrônica e operação de equipamentos Computer to Plate (CtP) Fechamento de arquivos
Pré-impressão digital para flexografia Produção gráfica Tratamento de imagens Colorimetria aplicada aos processos gráficos Densitometria aplicada aos processos gráficos Tecnologia de impressão offset Tecnologia de embalagens celulósicas Tecnologia de embalagens flexíveis Diagramação e Ilustração digital
Gerenciamento de cores Escola SENAI Theobaldo De Nigris - Rua Bresser, 2315 - Tel: 2797-6300/6301/6302/6303 - www.sp.senai.br/grafica
PRODUTOS
Day Brasil lança lonas Tecgraph
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Grupo Day Brasil está tra zendo ao mercado a nova linha de Lonas Tecgraph, com posta por tecidos de poliéster la minado com PVC, que podem ser utilizados na impressão de pai néis e banners de pequeno, mé dio e grande portes. Disponíveis nas opções de fios de 300 × 500, 500 × 500 e 1.000 × 1.000, as lo
A
nas são mais resistentes e com patíveis com todos os modelos de impressoras do mercado, po dendo prop orc ion ar aparência fosca ou brilhante no trabalho fi nal. Os materiais estão disp oní veis nos tamanhos 1,40, 1,52, 2,05, 2,20, 2,50 e 3,20 metros. Os rolos possuem 50 metros de largura. www.daybrasil.com.br
:M-Press Tiger é a novidade da Agfa para aplicações com dados variáveis
Agfa anunciou em maio o lan çamento da impressora digital jato de tinta :M-Press Tiger, equi pamento colorido com suporte ao uso de dados variáveis. A :M-Press Tiger, que foi desenvolvida em par ceria com a empresa Thieme, pos sui arquitetura plana (mas que pode ser adaptada para impressão sobre diferentes tipos de mídia, incluindo criação de fluxos híbridos em linha com impressoras serigráficas). Além disso, juntamente com a :M-P ress Tiger, a Agfa também anunciou o :Apogee Vibe, solução para gerenciamento e uso de dados variáveis (VDP) em textos e imagens. A grande vantagem do :Apogee Vibe
A
é a possibilidade de se gerenciarem diversos volumes de elementos va riáveis sem comprometimento da produção ou da qualidade das ima gens — incluindo opções para diver sos elementos em uma mesma pá gina de documento. Um preview mostra o conteúdo dos campos va riáveis e seu link com os bancos de dados usados, permitindo contro le visual e em tempo real por parte dos operadores. A velocidade estimada pela Agfa para a :M-Press Tiger é de 165 folhas/hora e o formato máximo de mídia é de 1.600 × 2.600 mm. Já a gramatura pode var iar de 120 g/m² a 3 kg/m².
Metalgamica apresenta nova solução de fonte
Metalgamica lançou uma nova solução de fonte, a MAG 3600 Plus, que pode ser usada em impressoras offset planas e rotativas, prometendo melhorar a velocidade e a quali dade de impressão. A MAG 3600 Plus foi desenvolvida para au ment ar a produtividade, redu zir a perda de papel, agilizar a limpeza das chapas e prop or
12 TECNOLOGIA GRÁFICA
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cionar rápido reinício do pro cesso de impressão. É compatí vel com todos os tipos de chapas convencionais e CtP e propor ciona equilíbrio sup erior entre água e tinta. Sendo assim, garan te maior estabilidade da impres sora devido à menor quantidade de tinta que retorna aos rolos do sistema de umectação. www.metalgamica.com.br
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Nova linha de papéis fotográficos para impressão digital
m maio, a Rayfilm lançou uma nova linha de papéis fotográficos para impressão a laser de mesa ou de alta produtividade. O principal diferencial é o revestimento espe cial que os papéis recebem, desen volvido para a perfeita ancoragem do toner. O resultado é uma impres são com cores vivas, mais contraste, uniformidade de tons, maior gama cromática e durabilidade. “Nossos papéis atendem à crescente neces sidade do setor gráfico na aquisição de papéis especialmente desenvol vidos para impressão digital. Des ta forma, é possível obter enorme agilidade na impressão de dados variáveis ou de pequenas tiragens,
que seria inviável se utilizados ou tros métodos de impressão, como o offset”, comenta Ubirajara de Cam pos Escudero, diretor da Par aís o Digital, empresa que representa e distribui oficialmente os produtos Rayfilm no Brasil. Os papéis fotográficos para im pressão a laser da Rayfilm são pro duzidos em 135 a 300 g/m², nos ta manhos A4, A3e A3+ (super A3), com acabamento mate ou brilhante, po dendo ser impressos nas duas faces. Os papéis estão disponíveis em pe quenos pacotes com 100 folhas ou em embalagens industriais com 250 ou 1.000 folhas. www.rayfilm.com.br
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Foto: Messe Düsseldorf
Interpack em sua melhor versão O gigante mercado de embalagens mostra toda sua criatividade e tecnologia na melhor edição da feira em 53 anos de existência. Materiais ambientalmente menos agressivos foram as vedetes.
N
Texto e fotos: Sandra Rosalen, especial para a Tecnologia Gráfica
14 TECNOLOGIA GRÁFICA
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inguém sabe ao certo qual foi ou como era a primeira embalagem da história, nem o que havia dentro e de que ma terial era feita. O que se sabe é que o que chamamos hoje de embalagem é uma ideia tão antiga quanto o homem. Desen volvida a partir do desejo de transportar, guardar ou manter alimentos e objetos, a embalagem chega ao século XXI extremamente complexa, tão cheia de meandros quanto acompanhar tudo o que foi apresentado na Interpack 2011, feira que aconte ceu na cidade de Düsseldorf, Alemanha, de 12 a 18 de maio. Voltado para todas as faces do mercado de embalagens, o evento, que foi o maior em seus 53 anos de existência, teve a participação de 2.700 expositores de 60 países e 166 mil visitantes. Três grandes assuntos se destacaram e foram divididos entre os 19 pavilhões. O primeiro tema, voltado para processos e equi pamentos para embalagens alimentícias, de bebi das, produtos farmacêuticos, cosméticos, bens de consumo (não alimentos) e bens industriais, contou com o maior número de expositores, distribuídos em dez pavilhões. O segundo, espalhado por qua tro pavilhões, tratou especificamente de processos e equipamentos para embalagens de doces e panifi cação. E o terceiro assunto trouxe matérias-primas, materiais e métodos de produção. A feira, que ocor re a cada três anos, apresentou também o Innova tionparc Packaging, uma área destinada a inovações e tendências, dividida em Simplicidade/Redução, Identificação, Estética, Saúde e Significado.
Vale a pena lembrar que o que nós gráficos entendemos como embalagem é a ponta do iceberg dessa indústria que envolve dezenas de ou tras atividades econômicas. Para que a produção de uma caixa de cereais seja solicitada à gráfica, muito antes esse mesmo cereal envolveu agricul tura, armazenamento, transporte, desenvolvimen to da embalagem baseada em normas específicas, um complexo estudo do processo de compra e todas as fases de transporte entre indústria, inter mediários e cliente final. Não é um trabalho sim ples. O que pudemos observar na cobertura dessa feira é que, além do tradicional processo de pro dução, essa cadeia está muito atenta a outros as suntos. Alguns deles são o impacto ambiental da embalagem, como conciliar estética com as ques tões de sustentabilidade, novos grupos-alvo e, é óbvio, como deixar todo o processo mais simples, já que o mundo complica-se sozinho. Mais beleza e identificação
Observar o mercado de máquinas para a indústria de embalagem e entender o que é que o produtor de tal cereal matinal precisa na sua produção in terna permite prever algumas das tendências para a indústria gráfica. Em entrevista à revista Tecnologia Gráfica, Inãki Elorza, da Ilapak do Brasil, citou que as alternati vas ecológicas ou recicláveis, como, por exemplo, equipamentos que trabalhem com plásticos bio deg rad áveis, são demandas do mercado. Outro
produto interessante é a embalagem que junta papelão e plástico, utilizando o plástico como in vólucro e o papelão para sustentação. Além da melhor exposição da marca no ponto de venda, ela evita, segundo o fabricante, que o cliente final retire o produto da embalagem e o coloque em outra para armazenamento. A mesma tendência foi confirmada por Andreas Mündnich, da KH Design. A agência alemã especia liz ada em embalagens apresentou no Innovation parc Aesthetics o mesmo conceito através da em balagem de garrafa que imita uma flor. Ou seja, se houver a necessidade de uma embalagem secun dária que não somente informe ou transporte, mas também venda e tenha seu valor estético.
Ainda nessa direção, a didática palestra do EHI Retail Institute, apresentada por Hilka Bergmann, di retora da área de pesquisa de embalagens, mostrou alguns erros comuns no desenvolvimento das em balagens de transporte com relação à facilidade de identificação, abertura, armazenamento, apresen tação no ponto de venda e descarte. Através de fo tos, principalmente de pontos de venda, ficou cla ro como algumas embalagens não só prejudicam a vendagem do produto, como chegam a compro meter a imagem da marca, uma vez que as caixas acabam chegando estragadas ou destruídas. O chocante nesses exemplos é que alguns deles foram retirados de varejistas como Aldi ou Netto (redes alemãs de varejo com preços populares), nos quais 100% das embalagens de transporte vão para as prateleiras. É um sinal que mostra que, mesmo com tanta informação sobre marketing e design, muito ainda pode ser melhorado.
Mais dados? A empresa alemã de pesquisa de mercado Facit divulgou que as embalagens exercem o dobro de inf luência da televisão e dos tabloides impressos na decisão de compra. Mais função
Outra tendência clara na Interpack foram as em balagens funcionais. Com a rápida alteração da pi râmide demográfica europeia, novos mercados se formam, como idosos e cas ais sem filhos. A RLC Packaging Group apresentou, por exemplo, a cai xa “tortinha”, de fácil abertura e fechamento, vol tada especificamente para os chamados Greis e, grupo de indivíduos com mais de 90 anos, que só na Alemanha conta com meio milhão de pessoas. Da mesma forma cresce o mercado de embalagens menores. Segundo o IBGE, 12,2% dos brasileiros mo ram atualmente sozinhos e demandam porções menores — e as embalagens mudam junto.
Outro exemplo na linha de embalagens fun cionais foi desenvolvido pela Körber, o MediFalter. A caixa de remédios apresenta um calendário que ajuda a evitar esquecimentos e contaminação pela mistura de medicamentos.
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Mais Tecnologia
Um ponto ressaltado em várias palestras e pelos ex positores foram os sistemas com foco na facilidade de reposição dos produtos nas lojas, como os ex positores de pães da Linpac. Os produtos são orga nizados nos expositores na própria fábrica de pães e através de um sistema de encaixe são facilmente transportados até o ponto de venda. Lá são retira dos do caminhão e colocados diretamente na área específica do supermercado. Os expositores vazios são levados de volta para a fábrica. O consumidor localiza facilmente os produtos e o processo de abastecimento é muito mais rápido. Facilidade também para o consumidor foi o foco do Innovationparc. A STI Group levou um produto específico para lojas de conveniência. É um carri nho feito de papelão micro-ondulado e dentro dele há um “kit torcedor”, com uma banqueta dobrável também produzida em papelão, latas de cerveja e kit para churrasco. Tudo bem simples e fácil.
Segundo a palestra da GS1-Alemanha apresenta da por Ilka Machemer, gerente sênior de projetos, 20% dos alemães utilizam smartphones. Esse gru po concentra pessoas na faixa de 20 a 39 anos que são na maioria solteiros, estudantes, e usam bas tante a internet. A ferramenta desenvolvida pela GS1 funciona como uma extensão da embalagem e tem com alvo esse grupo. O consumidor vê um produto interessante na gôndola e quer saber mais informações. Através do leitor de código de barras que vem incorporado na maioria dos smartphones, o cliente lê o código de barras (pode ser um bidi mensional também) e é direcionado para um site com conteúdo adicional.
Foto: Messe Düsseldorf
Mais facilidade
Mais colaboração
Uma das iniciativas mais interessantes que encon tramos na Interpack foi um trabalho realiz ado em parceria pela Wipak, gigante finlandesa de embala gens, e a Universidade de Ciências Aplicadas de Han nover. Estudantes de Portugal, Alemanha, Estônia e Índia ajudaram a desenvolver embalagens com foco em sustentabilidade e frescor. As propostas foram muito interessantes e mostram como o trabalho colaborativo gera bons resultados e normalmente as melhores ideias são as mais simples.
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Já a Van Genechten Packaging Company mos trou seus desenvolvimentos para realidade aumen tada. A caixinha na imagem é posicionada em frente à câmera do computador e jogos interativos apa recem. Na imagem vemos um jogo onde o carri nho é movimentado entre obstáculos através da movimentação da embalagem. Inclusive, essa embalagem desenvolvida pela Agência Monalisa é também um das tendências apresentadas na Interpack 2011. A proposta foi qua se um exagero, mostrando todos os conceitos em voga em uma única caixa de granulado de chocola te (comum no café da manhã de holandeses e bel gas). A embalagem incorpora informações sobre
plantio orgânico do cacau, comercialização fair trade, teor de açúcar, utilização de cartão ecologica mente correto, de plástico biodegradável, impres são ambientalmente correta e baixo consumo de energia no processo. Ufa! No cenário da indústria de alimentos não po dia faltar a discussão sobre tintas de baixa migra ção. Em entrevista para a Tecnologia Gráfica, Bob Greensalde, gerente de produto de tintas de baixa migração da Sun Chemical apresentou o Guia de Boas Práticas, lançado na Interpack. Trata-se de um material bem elaborado com explicações detalha das sobre o assunto migração de tinta, práticas fa bris, check lists e um roteiro para tomada de decisão sobre qual tinta usar em cada necessidade. Mundo Bio/Eco
Bio e eco. Nenhuma outra expressão foi tão usa da quando o assunto era tendência ou lançamen tos. Segundo a Messe Düsseldorf, a área ocupada na Interpack para o bioplástico, por exemplo, foi de 250 m2 em 2005 e, agora em 2011, foi de cerca de 2.000 m2. Entre tantas novidades, duas soluções foram as vedetes da feira: o PLA e o PE Verde.
Capa da revista alemã Six Pack, voltada para o mercado de embalagens, o novo pote do iogurte Activia da Danone foi muito comentado na feira. Produzido com a parceria técnica da WWF, ele é feito a partir do milho. Apesar das polêmicas en volvendo a questão “milho é comida e não emba lagem” e da impossibilidade temporária de reci clagem por conta do baixo volume, o produto é um marco na produção de embalagens feitas de fontes renováveis. A segunda estrela, o PE Verde, rendeu um inte ressante bate-papo com Rodrigo Belloli, responsá vel pelo marketing de químicos verdes da Braskem. “O Polietileno Verde é um biopolímero que tem as mesmas propriedades e características técnicas de um polietileno convencional, só que com a grande vantagem de ter como fonte a cana-de-açúcar brasi leira, que é reconhecida no mundo como uma fon te sustentável, com aspectos ambientais favoráveis e uma pegada de carbono muito baixa. Tudo isso que está associado à cana-de-açúcar acaba sendo transmitido para o polietileno verde”. Rodrigo ressaltou aind a que o PE Verde é a mesma molécula de um polietileno convencional,
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O otimismo quanto aos biopolímeros ficou cla ro também na entrevista com Hasso Von Pogrell, diretor da Associação Europeia de Bioplásticos. Ele afirmou que a tendência, cedo ou tarde, é a migra ção para esses materiais, pois as fontes fósseis vão se esgotar de qualquer forma e tendem a ficar cada vez mais caras. “Muitas empresas estão deixando a visão de custo para trás e pensando agora a partir do olhar da sustentabilidade”, disse o executivo ci tando o caso da Danone, quando perguntado sobre a questão do custo ainda alto dos bioplásticos. Save Food
Com o apelo save food em seu nome, um evento paralelo à Interpack chamou a atenção para um problema que envolve diretamente o mundo da embalagem.
Foto: Messe Düsseldorf
portanto tem as mesmas propriedades técnicas e atinge o mesmo nível de aplicação. Isso significa que ele substitui o PE convencional sem nenhum ajuste de maquinário ou de processo e descarte, o que não acontece com o PLA ou outros biopolíme ros que não podem ser reciclados em combinação com outros materiais.
Um estudo desenvolvido pela FAO (Food and Agriculture Organiz ation of the United Nations) e o SIK (Swedish Institute for Food and Biotechno logy) mostra que um terço de todo o alimento pro duzido no mundo é jogado fora, ou seja, 1,3 bilhão de toneladas por ano. Os números são estarrecedo res e indicam que os países industrializ ados jogam mais comida fora (de 95 a 115 kg por ano) que os países em desenvolvimento (de 6 a 11 kg por ano). As caus as são bastante diferentes e foram dividi das em cinco partes: agricultura, armazenamento, processamento, distribuição e consumo. Conclusão
Começamos essa matéria falando de complexidade e terminamos com o mesmo tema. Ninguém discu te o futuro da embalagem e sua importância eco nômica e social. O que se discute com mais afinco nos últimos anos é o papel cultural da embalagem e seus impactos. Utilizar materiais que agridam me nos o meio ambiente ou soluções que demandem menos matéria-prima, preocupar-se com os méto dos de produção, com o antes e depois da conver são e observar sempre a qualidade do que se faz foram as tônicas da Interpack. E, segundo a Messe Düsseldorf, serão também as principais questões na Drupa, em maio de 2012. Finalizamos com a ótima colocação de Luciana Pellegrino, diretora executiva da Associação Brasi leira de Embalagem (Abre), em entrevista à Tecnologia Gráfica durante a feira: “O desenvolvimento de uma embalagem e o cuidado que se tem nesse pro cesso reflete o desenvolvimento de um país”. Sandra Rosalen é técnica gráfica formada
pela Escola Senai Theobaldo De Nigris e administradora de empresas. Atualmente está estudando na Alemanha.
Revista Tecnologia Gráfica na internet. Saiba mais sobre os conteúdos abordados nesta matéria no site da revista. www.revistatecnologiagrafica.com.br
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O FUTURO ESTÁ LOGO ALI, CONHEÇA QUEM VAI LEVAR VOCÊ ATÉ ELE. 8 a 11 de outubro de 2011
ELES JÁ ESTÃO NO 15º CONGRAF. SÓ FALTA VOCÊ. Faça já sua inscrição pelo site: www.congraf.org.br Henrique Meirelles
Palestra de Abertura: Perspectivas para um Brasil melhor
Lala Deheinzelin
Economia Criativa, Sustentabilidade e Futuros
Sidnei Oliveira
O Perfil do Novo Consumidor - Geração Y
José Carlos Brunoro
Copa do Mundo e Olimpiadas Oportunidades nos Negócios
Mariela Castro
O Poder das Mídias Sociais para os Negócios
Flavio Botana
Hamilton O Futuro da Gráfica e a Construção Terni Costa de Valor nas Relações Comerciais
Bruno Mortara
Walter Longo
Tendências Tecnológicas - Convergências de Mídias ou Susbtituição?
Palestra de Encerramento: A Inovação e o Futuro da Comunicação Voltada ao Consumo
Planejamento de Investimentos: Estruturando o seu Crescimento de Forma Economicamente Sustentável
Cesar Callegari
Educação de qualidade como fator de sustentabilidade do desenvolvimento
Oportunidades para a Indústria Gráfica
Fabio Mestriner no Segmento de Embalagem
A 15º edição do Congraf vai acontecer em outubro, em Foz do Iguaçu e será essencial para quem busca atualização profissional e oportunidades de negócio. O evento terá palestras que mostram o futuro do mercado e fazem toda a diferença na sua empresa.
Não perca a opor tunidade de fazer par te do futuro. Patrocínio Diamante:
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Apoio Técnico:
Par ticipe. Realização:
ESPECIAL Tânia Galluzzi
Momento econômico positivo favorece impressão digital A Digital Image movimentou cerca de R$ 80 milhões e projeta mais R$ 150 milhões no pós‑feira.
N
o período de 27 a 30 de abril, a Digital Ima ge South America, realiz ada no Expo Cen ter Norte, em São Paulo, recebeu 10.172 vi sitantes interessados em conhecer as novidades nas áreas de impressão digital para dados variáveis, grandes formatos, marketing direto, comunicação dirigida e comunicação visual. A feira contou com 59 expositores e mostrou a maturidade do gráfi co com relação à tecnologia digital, não mais en tendida como um concorrente e sim como um complemento aos outros processos de impressão, sobretudo o offset.
configuração plana ou rolo a rolo e qualidade foto gráfica. O equipamento conta com largura máxima de 3,20 metros, resolução de 600 até 1.000 dpi, ve locidade de 223 m²/hora com alimentação contí nua e possibilidade de trabalhar com dois rolos de 152,40 cm simultaneamente.
Conheça a seguir as principais atrações da feir a
Diginove
Entre as várias tecnologias expostas estava o novo modelo da linha :Anapurna, a M1600, impressora digital inkjet UV de grande formato, que suporta largura máxima de 1,58 m e velocidade de 46 m²/h. O equipamento, focado em substratos rígidos, acei ta substratos com espessura de até 4,5 cm. A op ção de tinta branca abre novas possibilidades de impressão em materiais transparentes.
No estande da Diginove os visitantes encontraram várias soluções das marcas Duplo e Morgana, como vincadeiras, dobradeiras, cortadeiras e alceadeiras. Mas, o que mais atraiu a atenção foi um pequeno sistema de hot stamping para pequenas tiragens. Manual, tem tamanho máximo de 32 cm de lar gura e comprimento de até 120 m. Dispensando o uso de clichê, o processo de adesão do filme é fei to através de calor e pressão, sendo que a película adere apenas nas áreas previamente impressas com toner. A transferência acontece em 40 segundos em impressos no formato A4.
Alphaprint
Fujifilm Sericol
A empresa levou para o evento itens de todas as suas linhas, incluindo softwares para gestão e solu ções em pré-impressão, impressão digital, comuni cação visual, acabamento e consumíveis. Um dos destaques foi a Vutek GS 3200, impressora UV com
No estande da Fujifilm, que incorporou a fabri cante de tintas Sericol, reforçando sua atuação na área de grandes formatos, o destaque foi a impres sora digital Spyder 320, da inglesa Inca. Otimiza da para o uso das tintas UVijet da Fujifilm Sericol,
Agfa
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com impressões em até 80 ppm, com gramatura até 350 g/m² e impressões duplex em até 300 g/m². Seu volume máximo mensal chega a 600 mil im pressões, com formato máximo de 13 × 19 cm. A multif uncional possui ainda um controlador de impressão externo Fiery, IC-306 . Várias opções de acabamento podem ser utilizadas, como unidade de produção de livretos, finalizador para encader nação e unidade de empilhamento. o equipamento traz cabeçote de impressão com acionamento por motores lineares e suspensão em colchão de ar. A impressora trabalha com mídias rígidas e flexíveis, com área máxima de impressão de 3,20 × 1,60 m e velocidade máxima de 130 m²/h na produção de pôsteres.
T&C/Epson/Screen O destaque da T&C, representante da Dainippon Ricoh
A Ricoh apresentou a nova impressora/multif un cional Pro C901 Graphic Arts Edition. Com alimen tação e acabamento integrado, o sistema imprime à velocidade nominal de 90 páginas A4 por minu to em papel até 300 g/m² em modo duplex, full color. Adequada à produção de livros, folhetos, malas diretas e mesmo para reprografia, a máquina con ta com algumas opções de servidores de impres são para a gestão do fluxo de trabalho, como o EFI E-41 Fiery Server e o E-81. A Pro C901 é o equipa mento que dá início à parceria estabelecida entre a Ricoh e a Heidelberg. Konica Minolta
A empresa apresentou pela primeira vez no Brasil a multifuncional bizhub Press C8000. A impressora digital de alto volume suporta papéis diferenciados
S creen, foi a impressora offset digital Truepress 344N, que oferece baixo custo de produção para pequenas tiragens. Aceita formatos de papel de até 340 × 470 mm, imprimindo a uma velocidade de 7.000 folhas/hora. O sistema de gravação da Screen utiliza um diodo laser multi array para expor to das as quatro chapas térmicas sem processamen to ao mesmo tempo. Com startup rápido, a True press 344N permite iniciar um trabalho em menos de oito minutos, com a primeira folha pronta para a produção. Já da linha Epson, a empresa apresen tou o novo CtP Stylus Pro 7900, equipamento que introduz a Epson no mercado de gravação digital de chapas de alumínio DirectPlate, permitindo que se atinjam altas resoluções de imagens e impressos com tiragens de até 20 mil unidades.
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NORMALIZAÇÃO
AGB Photo Library
Heidi Tolliver-Nigro
D
Um olhar sobre as certificações de sustentabilidade
o ponto de vista do editor e do homem de compras, trabalhar com uma gráfica amb ient almente certificada simplifica muito o processo de tornar o seu produto um impresso “verde”. Não apenas o ciclo de vida do papel é garantido, mas todo o processo de impressão. Para as gráficas, no entanto, a decisão de certificar-se pode não ser tão clara quanto para um cliente. Os custos podem ser elevados e o processo requer um investimento de tempo significativo e permanente. Embora a certificação possa ampliar
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as ofertas de trabalho, o retorno dos investimentos desses programas pode ser incerto. Algumas gráficas também estão desenvolvendo seus próprios programas de sustentabilidade, independentes das organizações oficiais de certificação. Informações básicas sobre certificação ambiental
Existem dezenas de certificações baseadas em padrões reconhecidos nacional ou internacionalmen te que abrangem todos os aspectos do processo de impressão, desde a fabricação de papel até a
impressão, encadernação e acabamento. Algumas das certificações mais conhecidas, porém, são relativas somente ao papel. Cada sistema de certificação de papel usa padrões um pouco diferentes, abrange diferentes aspectos da cadeia de custódia e requer diferentes porcentagens de teor de fibras certificadas para fornecer um selo indicando a certificação do produto final. Entre os programas de certificação de papel, o mais conhecido é o Forest Stewardship Coun cil (FSC), criado por uma organização internacio nal não governamental e pela Sustainable Forestry Initiative (SFI), que cuida das florestas da América do Norte. O Programme for the Endorsement of Forest Certif ication [Programa para Reconhecimento de Certificação Florestal] (PEFC), conduzido por uma organização internacional que reconhece uma variedade de sistemas de certificação nacionais e regionais das florestas, também é bem estabelecido e conhecido. O fabricante e a certificação de papel
Ao procurar projetos de certificação ambiental, um editor ou comprador da indústria gráfica pode buscar apenas por papel certificado (pelo SFI ou pelo FSC) ou exigir que a gráfica em si também seja certificada. Gráficas com certificações ambientais (SFI ou FSC) foram submetidas a uma avaliação da ca deia de custódia, desde as compras de papel até o gerenciamento de resíduos. Para as gráficas, o custo da obtenção de uma certificação na fábrica pode chegar à casa das dezenas de milhares de dólares. A maior parte dessa despesa refere-se ao pagamento das empresas de auditor ia e o custo final é determinado pelo tempo que os auditores gastam com: ◆◆Reuniões preliminares e preparação geral ◆◆Reuniões de pré-auditoria e preparação ◆◆Preparação de documentos e coleta de materiais ◆◆Visitas à empresa ◆◆Trabalho pós-auditoria ◆◆Análise de relatório e respostas. Além dessas despesas, a gráfica vai se deparar com custos menos óbvios, como ter toda a equipe dedicando tempo e atenção ao processo de certificação. Gráficas, editores e clientes podem comprar papel ambientalmente certificado mesmo que a gráfica não seja certificada. Nesse caso, no entanto, o selo da certificação não poderá ser impresso no produto final (folheto, revista, livro). Uma gráfica certificada pelo SFI pode comprar o papel e usar o selo do SFI.
Requisitos para certificação
Como exemplo do que é necessário para se obter uma certificação, aqui estão alguns dos requisitos básicos para os fabricantes durante a produção de papel certificado pelo FSC. A certificação exige: ◆◆Não alterar florestas ou qualquer outro habitat natural ◆◆Resp eit ar os direitos internacionais dos trabalhadores ◆◆Não utilizar produtos químicos perigosos ◆◆Resp eit ar os direitos humanos, com especial atenção aos povos indígenas ◆◆Resp eit ar todas as leis aplic áveis ◆◆Identificar e fazer a gestão adequada das áreas que necessitam de proteção especial (incluindo locais de interesse cultural ou sagrado e habitats de animais ou plantas em extinção). Apesar de o FSC afirmar que tem as exigências mais rigorosas, outras certificações oferecem proteções similares. Assim, adquirir um papel com uma certificação ambient al significa que o papel foi produzido com fibra obtida legalmente a partir de madeira proveniente de florestas bem manejadas e colhida por meio de práticas sustentáveis de gestão florestal. O processo de certificação para uma gráfica é mais abrangente. Para obter o selo Sust ainable Green Print Partnership, por exemplo, a empresa deve atender a requisitos formais relativos a: ◆◆Uso de práticas sustent áveis, incluindo o cumprimento de toda a regulamentação ◆◆Manutenção de uma política de sustentabilidade ◆◆Manutenção de um sistema de gestão da sustentabilidade ◆◆Adoção das melhores práticas para design, pesquisa responsável de material, gestão e sistema de controle para reportar o progresso e adequação. Seja qual for a escolhida, as certificações são feitas para uma fábrica e empresas com múltiplas plantas devem submeter cada unidade à avaliação, de forma independente. Normalmente, também há processos separados de certificação para encadernação, acabamentos diferenciados e para envelopes. Para conseguir uma certificação ambiental é preciso passar por uma auditoria realizada por um profissional qualificado, sendo válida por um período limitado de tempo, geralmente dois anos. Um processo de certificação pode também incluir outros requisitos. No caso do SGP, as gráficas certificadas VOL. III 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
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devem apresentar um relatório de progresso anual e comprometer-se com pelo menos um projeto de melhoria contínua a cada ano. As taxas das várias certificações variam muito. Para obter a certificação do SGP os honorários e as despesas incluem (em dólares): ◆◆Taxa de inscrição (de $ 295 a $ 595) ◆◆Taxa básica de fiscalização ($ 1.500) ◆◆Despesas de viagem do auditor ◆◆Relatório de Ações Corretivas (CAR) (de $ 75 a $ 100 por hora); ◆◆Taxa de renovação a nual (de $ 250 a $ 400). As taxas são geralmente mais baixas para as gráficas que detêm participações em associações da indústria, como Printing Industries of America, Flexographic Technical Association e Specialty Graphic Imaging Association. Os benefícios da certificação
O fato de determinada certificação ambiental valer o tempo e o dinheiro necessários para adquirila, isso vai depender das preferências e demandas dos principais clientes da gráfica, bem como das preferências filosóficas dos proprietários da gráfica. Marqueteiros e grandes contas corporativas, em es pecial, veem a certificação como parte de sua imagem corporativa ou imagem da marca, mas mesmo pequenas gráficas com clientes menores também optam por fazer esse investimento. Baixar uma lista de gráficas certificadas pelo SFI é como ler um lista de “Quem é Quem” da indústria gráfica. Na lista mais recente do site da SFI, há cerca de 3.000 gráficas com empresas que variam de pequenas e localizadas, como a Beacon Printing (em Waldorf, Maryland, nos Estados Unidos), até grandes empresas com várias fábricas, como a Quebecor World, a RR Donnelley, e a xpedx. A Lightning Source Inc. (LSI), empresa de grande porte na área de impressão sob demanda, localizada em LaVergne, Tennessee (EUA), está entre as empresas que mais fizeram investimentos em certificação ambiental: a empresa possui os selos FSC, SFI e PEFC . Em janeiro de 2011, a LSI enviou um e- mail para seus clientes, informando-os sobre o status da sua certificação de Cadeia de Custódia (CoC). O link dirigia o leitor a uma página que descrevia como o modelo de impressão sob demanda da LSI beneficia o meio ambiente através da redução de resíduos de papel, desperdício de energia, emissões de gás de efeito de estufa, polpa e lotação de aterros, especialmente devido à redução de estoques de produtos prontos desnecessários. A página 26 TECNOLOGIA GRÁFICA
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também destacava o processo de aquisição da Ca deia de Custódia e como a certificação está relacio nada a um maior comprometimento da companhia com o meio ambiente. Além disso, cada uma das três principais certificações de papel são descritas e os leitores eram convidados a fazer o download de cópias dos certificados da LSI. Certificação para gráficas menores
Mesmo as gráficas menores investem em certificações ambientais. E da mesma forma que as empresas grandes, elas trilham esse caminho muitas vezes a pedido de clientes específicos. Uma vez certificadas, essas empresas podem optar por manter a certificação como parte de um compromisso am biental mais amplo. As gráficas irmãs Gerardi Press e DigitalXPress (em Rockaway, New Jersey, EUA) se enquadram nessa categoria. A Gerardi Press obteve a certificação FSC há dois anos em resposta à demanda dos clientes. “[O investimento no setor offset] foi motivado diretamente por clientes grandes que estavam abraçando a iniciativa verde”, disse o gerente David Marf iewicz. “A certificação foi necessária até mesmo para orçar os projetos. Isso foi o que nos levou a aderir à certificação. Uma vez aprovados, nós usamos a nossa certificação como outro ponto positivo a ser divulgado para nossos clien tes. A certificação do setor digital é menos voltada para o cliente”, afirmou Marf iewicz, “mas achamos que isso vai se transformar em uma necessidade à medida que os clientes pedirem tiragens maiores e com conteúdo mais relevante”. Outros proprietários de gráficas acreditam que as certificações devem ser motivadas por algo mais do que a possibilidade de ampliar as vendas ou satisfazer determinados clientes. “A adoção de práticas de sustentabilidade deve ser feita por ser a coisa certa, e não para ganhar uma licitação”, ressaltou Jim Branch, vice-presidente de desenvolvimento de ne gócios na Precision Services Group (Orange County, Califórnia, EUA). A empresa é certificada pela Rain forest Alliance e pelo Forest Stewardship Council. Branch acredita que “fazer a coisa certa” também é uma decisão racional para os negócios. “Quando os clientes podem escolher, a maioria opta por uma empresa com essa mentalidade”. Branch crê que, assim como grupos como o FSC e FSI foram bem sucedidos ao apontar que o papel pode ser uma opção sustentável, a certificação das gráficas também irá se tornar mais importante. “O que destaca uma empresa em relação aos concorrentes
do mercado é poder mostrar a seus clientes poten ciais que ela tem uma iniciativ a ecológica abrangente ao longo de todo o processo de produção”. Compromisso sem certificação
Enquanto alguns duvidam que clientes prefiram dar apoio a um negócio comprometido com a sustentabilidade ambiental, uma companhia não precisa ne cessariamente ter um certificado ambiental para ter um compromisso com a sustentabilidade. Na verdade, uma certificação pode realmente prejudicar os negócios da gráfica se a obtenção do selo representar uma restrição severa nos recursos da empresa. “A certificação FSC/SFI significa muito menos agora do que há três ou quatro anos”, observou Mic key Gulley, chefe de operações da RGI , em Atlanta (EUA), que mantém as duas certificações. “Agora tantos papéis vêm de florestas manejadas que os clientes se interessam menos em colocar um selo em seus produtos. Continuamos mantendo nossas certificações, e elas nos tornam aptos para trabalhos para os quais não seríamos elegíveis sem elas, mas esse número está diminuindo. Do ponto de vista da marca, acho que um programa forte e global de sustentabilidade, registros e divulgação são muito mais eficazes do que um monte de selos”. Joe Hill, gerente geral da The Dot Printer (de Las Vegas, EUA), acrescentou: “Nós nos tornamos certificados pelo FSC há dois anos, devido aos pedido de alguns clientes, principalmente os clientes das áreas de jogos e da hotelaria, que queriam mostrar a ideia de uma consciência verde vinculada à identidade da empresa para seus clientes globais. No entanto, à medida que eles perceberam atrasos na aprovação
dos materiais (provas), o objetivo mudou de pou par o meio ambiente para poupar dinheiro e a necessidade do selo desapareceu”. A demora ocorre por causa da verificação que pode ser exigida para trabalhos com certificação am biental. O FSC, o maior e mais conhecido órgão de certificação, por exemplo, exige que todas as provas sejam por ele avaliadas antes de serem submetidas ao cliente. Gráficas dizem que esta etapa adi cional de verificação e revisão pode aumentar em 24 horas ou mais o processo de aprovação. Segundo Hill, entre a consciência crescente sobre o uso de papéis certificados ambientalmente e o aumen to no gasto e tempo necessários para concluir um trabalho, a empresa foi solicitada a produzir apenas um único trabalho FSC no ano passado. Nosso ponto de vista
O debate sobre certificações ambientais representa o momento que as empresas estão vivendo e é provável que esse cenário mude em um futuro próximo. Nos primeiros anos de implantação das certificações, quando as iniciativas para sustentabilidade eram menos comuns, os selos de certificações ambientais davam muito destaque a uma empresa. À medida que mais empresas assumiram a bandeira verde, mais gráficas estão se envolvendo e ganhando maior visibilidade. Muitos dos que adotaram as práticas “verdes” logo no início desenvolveram programas concretos. Seu sucesso incentivará gráficas menos comprometidas filosoficamente. Conforme o tempo passa, as editoras e os compradores de produtos grá ficios terão maior dificuldade para escolher dentre os diferentes programas de sustenTabela de Preços da tabilidade. Nesse contexto, as certiSustainable Green Printing Partnership ficações independentes podem se Membro de Taxa de Taxa básica Taxa por tornar mais importantes. associações inscrição de auditoria* hora Gráficas interessadas em prograPrinting Industries mas de certificações ambientais preof America (PIA) cisam saber quanta importância seus Flexographic Technical clientes dão para programas formais Association (FTA) US$ 295 US$ 1.500 US$ 75 de sustentabilidade. Elas precisam National Association of Printing Ink conscientiz ar os clientes de que é Manufacturers (NAPIM) possível garantir a sustentabilidade Envelope Manufacturers ambiental utilizando matérias-primas Association (EMA) US$ 450 US$ 1.750 US$ 100 certificadas. Mesmo que a empresa Foil & Specialty Effects Association (FSEA) se recuse a investir em um prograEmpresas que ma formal de certificação, ela deve US$ 595 US$ 3.000 US$ 150 não são membros trabalhar com algum tipo de proje*Não inclui as despesas de viagem do auditor, que devem ser adicionadas à taxa básica to para sustentabilidade e informar de auditoria. seus clientes sobre estes esforços. Fonte: Sustainable Green Printing Partnership VOL. III 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Editoras e compradores do mercado gráfico devem reconhecer que as certificações ambientais são uma maneira útil de diminuir a confusão e simplificar o caminho rumo à responsabilidade ambien tal. Mas precisam estar dispostos a olhar as gráficas não certificadas com seus próprios programas independentes de sustentabilidade, com foco em gráficas que acompanham seus processos e mantêm registros de seu progresso. Quem optar por trabalhar com empresas que não contam com um programa de sustentabilidade deve considerar o uso de consumíveis certificados. Discute-se ainda se a pegada de carbono é sempre inferior à de ou tros consumíveis, mas a fibra utilizada para criar o papel é colhida de forma responsável e o processo produtivo é responsável também. Olhando além dos selos
Um número crescente de vozes está pedindo cau tela quanto à simplificação de decisões ambientais, feitas com base apenas nas certificações. Isso porque muitas certificações abrangem apenas uma fatia do processo. Um exame de todo o ciclo de vida útil de um produto pode evidenciar que alguns produtos não certificados ou com certificações ambien tais menos conhecidas acabam deixando, de fato, pegadas ambientais menores. Phil Riebel, consultor ambiental para a indústria de celulose e papel, argumenta que os papéis certificados pelo Forest Stewardship Council (FSC) são 28 TECNOLOGIA GRÁFICA
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altamente promovidos como a escolha ecologicamente correta, mas que o gerenciamento da fábrica de papel também deve ser levado em consideração (o que a certificação FSC não faz). Segundo Riebel, deve-se considerar caso a caso, levando em conta que todo o ciclo de produção tem um grande impacto ambiental, para concluir se realmente o produto certificado pelo FSC é a melhor escolha. Em uma publicação recente no blog da Risi, provedora de informações para a indústria mundial de produtos florestais, Riebel fez a seguinte afirmação: “Papéis com fibra reciclada e/ou certificada pelo FSC podem ter o dobro da pegada de carbono de um papel feito de madeira ou certificado pelo SFI/ PEFC, apenas por não utilizarem combustíveis fós seis e energia comprada. Eles também podem ser produzidos em fábricas que têm ‘desempenho am biental’ abaixo da média, em comparação com as melhores práticas da indústria. Por exemplo, uma fábrica de celulose de-inked [celulose feita com papel impresso de modo analógico ou digital do qual se retira a tinta], produzindo a partir de papel reciclado, pode estar depositando todos os seus re síduos sólidos em aterro se não for equipada com a tecnologia de caldeira adequada para queimar sólidos residuais do processo de de-inking de forma a gerar energia, ou se a fábrica não tiver uma alternativa de eliminação de resíduos”. Essas fábricas podem ter custos significativamente mais elevados e maiores impactos ambien tais devido à manutenção de aterros, em relação a uma fábrica moderna que trabalhe com derivados de madeira e reutilize a maioria de seus resíduos sólidos. Esses problemas de “desempenho ambiental” podem também se aplicar a outros parâmetros, tais como qualidade das águas residuais e emissões de gases de efeito estufa, para citar alguns. Essa questão do ciclo de produção vai além do papel. Há muit as indúst rias aplicando selos am bientais em diferentes produtos com a esperança de que isso aumente suas vendas. A preocupação é que, ao aceitar um selo como garantia suf iciente do impacto ambiental de um produto, a indústria pode estar observando o cenário de forma mui to genérica e esquecendo out ras opções, igualmente positivas. Selos e certificações são úteis para tomar decisões ger ais, mas não são os únicos fatores a serem considerados. Eles são apenas um ponto de partida. Tradução autorizada do The Seybold Report,
volume 11, número 3, 7 de fevereiro de 2011.
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IMPRESSÃO
Ricardo Cuenca
Será que curou?
E
stamos assistindo a uma grande mudança no cenário gráfico mundial com a otimi zação dos processos de produção, aliada a uma crescente preocupação ambiental. Na impressão offset, por exemplo, hou ve uma redução significativa da porcentagem dos óleos minerais presentes nas tintas e um aumento do uso de óleos vegetais, cuja fonte de produção é renovável e ecologicamente correta. Vamos relembrar. As tintas utilizadas em impres são gráfica são constituídas basicamente por resi nas, pigmentos, solventes e aditivos. O solvente é responsável pela solubilização das resinas. Estas têm a função de envolver os pigmentos, transportá-los pelo sistema de tintagem e fixá-los permanente mente no substrato, na forma de uma película uni forme. A secagem dessa película de tinta pode ser por evaporação ou absorção dos solventes, ou por polimerização (oxidopolimerização, quando o agen te é o ar, ou cura instantânea, quando são usadas
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tintas ou vernizes UV). A utilização de tintas e verni zes ultravioleta tem crescido bastante e neste artigo vamos nos aprofundar nesse assunto. Entende-se por cura UV a conversão instantâ nea de um líquido reativo em uma camada sóli da com o uso de radiação ultravioleta. Essa reação química acontece quando uma substância — o fo toiniciador — presente na formulação da tinta ab sorve a energia emitida pela lâmpada UV, gerando radicais livres. Estes iniciam a polimerização, resul tando em uma camada sólida em poucos segun dos. Para a polimerização das camadas aplicadas sobre os substratos é utilizada uma unidade de cura geradora de radiaç ão UV na faix a de 200 a 400 nanômetros (nm). A tecnologia de cura UV vem sendo bastante uti lizada como uma alternativa para a preservação do meio ambiente, por se tratar de um sistema livre de emissão de compostos orgânicos voláteis (VOC). Es sas formulações são 100% sólidas, ou seja, durante
o processo de cura da película impressa não emi tem nenhum solvente para a atmosfera. Além dis so, consegue-se uma economia considerável devido à sua alta produtividade, alta qualidade do mate rial de impressão curado, baixos índices de refugos e grande versatilidade de formulações, tanto para sistemas pigmentados (tintas de impressão) quanto para sistemas transparentes (vernizes). Para alcançar o máximo aproveitamento da tec nologia UV é necessário observar alguns parâme tros que inf luenciam diretamente o processo e a velocidade de cura: Tipo de refletor UV
Existem dois tipos de refletores na unidade de cura UV: elípticos e parabólicos. Os refletores elípticos são os mais utilizados. Seu foco preciso concentra a radiação em um ponto, aumentando deste modo a velocidade de cura. Especificação da lâmpada UV O fabricante de lâmpadas UV especifica a potência
aplicada e distribuída por todo o corpo da lâmpada e indica o espectro de emissão no qual ela atua para atender a necessidade de cura dos revestimentos
aplicados. O tipo de lâmpada mais utilizado é de mercúrio a média pressão, dotada de gálio, que atende bem a concentração de energia em faixas sup eriores aos 390 nm exigidos para os sistemas pigmentados ou de alta camada aplicada. Dose de UV
Indica a energia total que atinge uma determinada área da superfície do material por um tempo de ex posição suf iciente para que a formação de radicais livres seja alcançada. Assim, quanto maior a veloci dade, menor será o tempo de exposição e menor será a dose de UV sobre a superfície a ser curada. É expressa em J/cm². Intensidade de UV
É a quantidade de fótons recebidos por unidade de área pela superfície do substrato, variando confor me a potência da lâmpada e a distância entre a su perfície do substrato e a unidade de cura (refletor). É expressa em W/cm². Seleção do fotoiniciador
De forma geral, a seleção dos fotoiniciadores, fo tossensibilizadores e das aminas (substâncias que
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melhoram a ação dos fotoiniciadores) deve corres ponder às necessidades de aplicação da formula ção em desenvolvimento. O fabricante da tinta ou do verniz é responsável por essa formulação e de verá considerar: o tipo de lâmpada utilizada, pig mentação (sistema pigmentado), espessura de ca mada aplicada (alta ou baixa), velocidade de linha, espectro de absorção, intensidade da luz, potência da lâmpada, custo etc. Espessura da camada
Quanto maior for a espessura da camada aplica da, maior será a dificuldade de obter a cura, por que os fotoiniciadores da parte superior da cama da absorvem a maior parte dos fótons, formando uma barreira. Numa camada excessivamente espes sa a radiação UV pode não chegar à parte inferior, resultando numa cura apenas superf icial. Sistemas pigmentados
Nos sistemas pigmentados (tintas) existe uma for te competição entre pigmentos e fotoiniciadores pela absorção dos fótons durante o processo de cura. Assim, a velocidade de cura é inf luenciada também pelo grau de transparência, concentração de pigmento e pelo grau de dispersão dos pigmen tos dessa tinta. Os fabricantes de tintas, para com pensar essa dificuldade, adicionam à formulação fotossensibilizadores, que têm a função de absor ver fótons de comprimentos de onda diferentes e ativar os fotoiniciadores. Cor do substrato
Substratos brancos, pretos ou coloridos também competem com os fotoiniciadores, tanto nos sis temas pigmentados quanto nos transparentes (ver nizes). Diferentes resultados de cura são obtidos se aplicarmos a mesma espessura de camada so bre esses tipos de substratos, em consequência da reflexão ou absorção dos fótons UV. Janela de cura
Uma cura eficiente e constante é obtida somente quando os valores de dose e intensidade são corre tamente controlados em conjunto. Os usuários fi nais devem utilizar um radiômetro para o controle eficiente do processo de cura UV na linha de produ ção. Esse equipamento permite avaliar se o sistema de cura está fornecendo os níveis de intensidade e dose necessários para a cura completa. O controle do processo de cura UV só se mos tra eficiente quando há um parâmetro de compa ração dos valores mínimos e máximos ideais para a cura do mater ial aplicado. Os parâmetros são conhecidos por janela de cura. 32 TECNOLOGIA GRÁFICA
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A determinação da janela de cura é de funda mental importância. Conhecendo-se esses limites evita-se a ocorrência de camadas “pegajosas” (com tack) ou sem aderência causadas por radiação in suf iciente, ou de camadas amareladas e quebradi ças por exposição excessiva. Os valores da janela de cura são determinados a partir da variação de ve locidade da esteira que transporta o material a ser curado e da potência das lâmpadas (baixa, média ou alta). Com a janela de cura determinada pode-se dar início a um controle de processo eficiente. O resultado da cura de uma camada aplicada pode ser avaliado por intermédio de um ou mais testes que, embora não sejam padronizados, for necem bons indícios de como se encontra o nosso sistema de cura UV. Teste de resistência à blocagem
O fato de as folhas impressas “grudarem” umas nas outras sob uma carga significativa, gerada pelo em pilhamento, na maioria das vezes nos leva a acredi tar que a cura está inadequada. Porém, o problema pode estar relacionado ao efeito termoplástico da camada impressa, ou seja, pode ser que a tinta es teja bem curada, mas, em função da absorção do calor intenso gerado durante a cura, ocorre o amo lecimento da camada impressa, principalmente se não houver um resf riamento eficiente. Um méto do rápido para verificar a resistência à blocagem é conhecido como o “teste do polegar”, que consiste em pressionar o dedo fortemente contra a superfí cie impressa e oscilar em um movimento pendular entre 90 e 120 vezes no mesmo local, verificando posteriormente se esta área se apresenta fosca ou se ocorreu alguma abrasão na camada aplicada. Teste de adesão
Esse teste consiste em avaliar a adesão de uma tin ta ou verniz UV sobre substratos imp ermeáveis, como os plásticos, ou sobre alguns papéis ou car tões não porosos. Tal teste só tem efeito quan do temos certeza que a tinta utilizada é adequada para aquele substrato. Aplica-se uma fita adesiva padrão (3M 683) sobre a camada curada e remo ve-se com uma puxada rápida, observando poste riormente se existe a presença de uma mancha de camada de tinta arrancada na fita, que sinalizará uma cura insuf iciente. Teste de resistência a riscos
Esse teste depende muito da experiência do im pressor, pois consiste em esfregar a unha repeti das vezes sobre a área contendo a tinta UV impres sa e curada com uma ligeira pressão de contato. A presença de riscos indicará uma cura insuficiente
ou uma película demasiad amente macia. Nesse caso, um verniz de acabamento sobre a impres são é recomendado. Teste de resistência à fricção (atrito)
Este teste consiste em esfregar a superfície im pressa e curada com out ro pedaço de substra to, impresso ou não, que não necessita ser idên tico ao da impressão. O limite da resistência à fricção a seco da amostra impressa é caracteriza do por uma degradação, que pode ser acompa nhada pela transferência da tinta devido à fricção com um substrato. O número de ciclos necessá rios para ocorrer tal degradação ou transferência mede o limite de resistência. A modificação do as pecto ou alteração visual (pó, riscos, transferência) pode ser julgada com uma escala qualitativa (de 0 a 5) ou pela comparação com um padrão (inferior, igual ou superior ao padrão).
oligômeros), causando uma coloração amarelada na camada aplicada, bastante visível. A densidade ópti ca da coloração criada pela solução sobre a super fície é proporcional à quantidade de ligações du plas que não reagiram dentro do produto curado. Assim, quanto mais forte for a coloração, menores são as ligações cruzadas na camada curada. Esse teste envolve uma comparação com um va lor padrão, que pode ser obtido realiz ando o teste sobre um trabalho previamente validado. Teste de resistência ao etanol
O etanol tem uma ação de dissolução, especialmen te sobre os componentes da tinta que não reagiram. Esse teste julga o grau de cura do filme de tinta e consiste em esfregar sobre a amostra impressa um chumaço de algodão embebido com etanol e veri ficar ao longo do tempo de teste se ocorreu alguma retirada de material da superfície impressa.
Teste de permanganato de potássio Quando curamos uma tinta UV, a quebra das liga
Teste de resistência ao MEK Assim como o etanol, o MEK (metiletilcetona) tem
ções duplas das estruturas moleculares dos monô meros e oligômeros resultará em uma polimerização (ligação cruzada) entre os dois componentes por ação do fotoiniciador. Dependendo das proprieda des da tinta UV, essa rede química pode ficar mais ou menos entrelaçada e mudará as propriedades da camada, deixando-a flexível/macia, muito rígida/ frágil ou com resistência química elevada. Uma cura considerada adequada (ótima) não apresenta 100% das ligações cruzadas, mas apro ximadamente entre 70 e 90%, em média. Os 10 a 30% das ligações duplas restantes que não reagi ram ficarão presos na rede química e não conse guirão evaporar, podendo ser detectados pelo tes te de permanganato. O permanganato de potássio em solução aquosa (1%) oxida os acrilatos que não reagiram e estão presentes na laca (monômeros ou
poder de dissolução sobre vernizes, especialmente sobre seus componentes que não reagiram. O MEK é usado para testar apenas os vernizes de cura UV, uma vez que ele seria bastante agressivo sobre as tintas UV (um teste usando MEK não daria resulta dos conclusivos sobre as tintas UV). Também consis te em esfregar sobre a amostra com verniz um chu maço de algodão embebido com MEK e verificar se ocorreu alteração visual na camada curada. Deve ser observado que um resultado de teste “negati vo” pode estar relacionado não apenas a uma cura ineficaz, mas também pode ocorrer devido a uma camada de revestimento de verniz insuf iciente. Ricardo Cuenca é tecnólogo gráfico,
professor da Escola Senai Theobaldo De Nigris e especialista em tintas e colorimetria. VOL. III 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
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SPINDRIFT REVIEW
Prova contratual ou prova de verificação?
A interface de usuário do EFI Colorproof 4.5 não sofreu muitas alterações desde a revisão feita em 2009, quando a versão 4.0 foi lançada. Um dos recursos mais importantes continua sendo o preflight com verificação de conformidade com uma norma ISO previamente configurada.
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U
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ma das empresas veteranas no mercado de sistema de provas é a EFI, com conhe cimento sobre cor acumulado em anos de experiência. Ela desenvolveu as séries de RIP Fiery e, depois da aquisição da BestColor em 2002, os sistemas de RIP BestColor (para provas). Hoje existem duas linhas de RIPs da EFI para impressoras de jato de tinta: o Fiery XF e o Color proof XF. O primeiro é destinado às impressoras jato de tinta de grandes formatos. Já o segundo, como o nome indica, é voltado para a produção de provas de contrato e validação de documen tos e também se conecta a uma série de impres soras jato de tinta. Versões aprimoradas e melhoradas dos dois sis temas foram lançadas em janeiro de 2011, identi ficadas como 4.5. Concentramos nosso teste no Colorproof XF. Em geral, as novas versões estão mais rápidas do que nunca, utilizando um siste ma oper acional que suporta 64 bits e múltiplas
tarefas. A EFI afirma ter conseguido uma melho ria de até 177% no desempenho para ripagem de PDFs, em comparação com a versão anterior, 4.1. O novo modelo de fluxo de trabalho também ajuda a elevar a produtividade. Mas são os detalhes da nova versão que reve lam sua verdadeira identidade. Agora o RIP supor ta melhor o uso de cores especiais, como branco, vernizes ou tintas metálicas, usadas frequentemen te em provas e impressos mais elaborados, esp e cialmente para o segmento de embalagens. A tec nologia Dynamic Wedge, já introduzida em 2009 na versão 4.0, agora permite calibração e caracteri zação de cores especiais. Isso pode parecer trivial, mas em muitos sistemas de RIP apenas as áreas só lidas das cores especiais são definidas corretamente e as áreas de meios tons podem ficar muito aquém do desejado. Gráficas e designers que usam muitas cores especiais em seus projetos irão gostar desse novo nível de controle.
comprovaram melhora nos detalhes das áreas de meios tons e precisão de cor com a nova versão. Os procedimentos de calibração e lineariz ação se mostraram simples e rápidos para fluxos de traba lho em RGB, quando são utilizados os perfis de pa pel já existentes no driver da impressora, otimizando e potencializ ando o resultado final. A interface do usuário foi simplificada; contudo, ainda há espaço para melhorias nesse quesito. Ela ainda está “carregada” demais e é pouco intuitiva. Existe uma versão mais leve do RIP Colorproof cha mada Express EFI , ainda não testada por nós. Mas certamente o Colorproof XF 4.5 realiza um excelente trabalho para a produção fotográfica. Em suma, essa é uma atualiz ação útil e impor tante do já muito competente sistema de provas, com opções para, entre outras cois as, gerar pro vas com retículas precisas, uma necessidade em muitos fluxos de trabalho de produção de emba lagens e flexografia. Tradução autorizada do boletim Spindrift,
publicação produzida pela Digital Doots, empresa de consultoria na área gráfica, publicado em fevereiro de 2011.
MET014
O EFI Colorproof XF executa preflights nos PDFs antes de dar saída no arquivo. Na nova versão essa função foi ampliada, incluindo os novos formatos PDF/X-4 e PDF/X-5 (da série de normas ISO 15930 de PDFs para impressão). Porém, esse recurso está dis ponível apenas para quem comprou o recurso op cional EFI Color Verif ier. O EFI Colorproof XF tem uma estrutura modular de cliente-servidor, tanto para Mac OS quanto para Windows, com diversos recursos presentes na versão padrão, mais muitos opcionais que podem ser adquiridos separadamen te. O suporte para informações de acabamento e posicionamento de marcas de corte foi aprimora do, seguindo padrões como iCut, Fotoba, Grom met e Zünd. O suporte para JDF também foi es tendido para incluir a conectividade com o fluxo de trabalho do fabricante, o EFI Web2Print (Digital StoreFont e sistemas MIS). Por último, mas não menos importante, para uma produção fotográfica de alta qualidade, o novo Dynamic Rendering Intent escolhe o melhor mé todo de renderização para cada trabalho especí fico, com a finalidade de obter o melhor resulta do possível na renderização de fotograf ias. Testes
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ENTREVISTA Elisabete Pereira
Para controlar a cor e os processos, a gráfica precisa de software, hardware e “peopleware”
A
adesão ao gerenciamento de cor vem sendo um processo grada‑ tivo na indústria gráfica brasilei‑ ra, porém num ritmo ainda len‑ to. Essa é a opinião de Oliver Povareskim, diretor da Povareskim Color Consulting, empresa especializada em soluções e apli‑ cações profissionais para os setores gráfico, flexográfico, de embalagem e de pré‑im‑ pressão. “Se compararmos o setor hoje e há 14 anos, o que mudou muito foi a tecnolo‑ gia, mas as gráficas são lentas em adotar as novas práticas”, diz o executivo, que soma 25 anos no setor gráfico, dez dos quais na Burti. Confira, a seguir, na entrevista exclu‑ siva para a revista Tecnologia Gráfica, os entraves e as novidades dessa área.
Oliver Povareskim 36 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Há 14 anos, quando a Povareskim começou a operar, poucas empresas falavam ou sabiam o que era gerenciamento de cor na indústria gráfica e um número ainda menor o fazia. Olhando pra trás, como o senhor vê o desenvolvimento desse processo no Brasil? Oliver Povareskim – A disseminação des‑ se processo vem sendo gradativa, mas num ritmo extremamente lento. As gráficas até compram equipamentos, têm a vontade de fazer, mas esbarram no problema cultu‑ ral. Pelo menos 95% não tem preocupação com gerenciamento. Nesses 14 anos o que mudou muito foi a tecnologia, mas as em‑ presas são lentas em colocá‑la em prática. Para se ter uma ideia, tem gráfica que ainda não possui densitômetro, depende de ter‑ ceiros para medição das cores. Uma refe‑ rência clássica é o empresário que montou
a gráfica há anos, tem casa na praia e em Miami, os filhos estão formados, então por que se preocupar? Outro problema é a mão de obra. Muitos dos profissionais que ope‑ ram as impressoras não sabem, por exemplo, o que é valor colorimétrico.
O que falta para que essa prática tenha maior penetração na indústria gráfica brasileira? É apenas uma questão de investimento? Qual a principal dificuldade do gráfico para iniciar essa prática?
Das empresas que dizem que fazem o controle de cor, há ainda as que desconhecem as reais aplicações dessa tecnologia, deixando de explorar todas as suas possibilidades? OP – Calculo que 80 a 90% das gráficas se preocupam com um trabalho de gestão e têm experiência com o processo. Por falta de conhecimento, de gente treinada e de experiência, as empresas acabam não utili‑ zando todas as possibilidades do controle de cor, até porque há anos trabalham dessa maneira e se preocupam apenas com o bá‑ sico. As empresas não se dão conta de que, utilizando corretamente as ferramentas de gestão, conseguimos tirar um terço a mais de uma máquina em termos de produção.
Por falta de conhecimento, de gente treinada e de experiência, as empresas acabam não utilizando todas as possibilidades do controle de cor.
Com relação ao gerenciamento de cor, deixamos algo a desejar em comparação às gráficas europeias ou americanas? OP – No Brasil há uma deficiência no pro‑ cessamento, no know‑how e na tecnologia. Estamos bastante atrasados, mas já existem alguns estudos nesse sentido. As principais empresas têm até um controle razoável. Se pensarmos em qualidade de pessoal, es‑ tamos comparados aos americanos e euro‑ peus, mas o problema é que seguimos mo‑ delos estrangeiros e não temos uma base de estudo para criar o nosso próprio modelo, adaptando as normas internacionais para o nosso ambiente, nosso papel, nossa tinta, en‑ fim, nossa realidade. A gente não questiona, apenas segue, e deixa a desejar porque não existe uma diretriz própria. Os americanos, por exemplo, têm o processo Gracol, cria‑ do especialmente por uma associação para atender o setor gráfico do país.
OP – Todos têm boa vontade no sentido de tentar melhorar. O que acontece é que as empresas investem em equipamentos ou softwares, mas há dificuldade para ope‑ racionalizar esse processo que, na maioria das gráficas, fica restrito ao meio produtivo. Poucas empresas têm alguém especializado em gerenciamento de cor, que acaba sen‑ do feito por alguém da produção. Algumas até contratam serviços de terceiros, como os da Povareskim, porém a máquina se des‑ gasta, há a troca do suprimento, resultando em dependência ou defasagem. Em quais segmentos o controle da cor está mais desenvolvido? OP – Na parte de embalagem e na promo‑ cional tem‑se maior controle, principalmen‑ te no segmento de embalagem, porque os lotes precisam ser controlados. O mercado exige esse controle e as grandes empresas, como a Tetra Pak, a Rigesa, a Dixie Toga e a Newpel, tentam, ao máximo, fazê‑lo de forma mais acirrada e organizada. O con‑ trole da cor está num estágio mais crítico no segmento editorial, em que apenas cer‑ ca de 10% das gráficas se preocupam com um controle maior.
O senhor consegue resumir os principais benefícios da adoção das novas ferramentas para o gerenciamento da cor dentro de uma gráfica? OP – Agilidade na produção é o principal be‑ nefício. As ferramentas podem ser divididas em dois segmentos: softwares e hardwares. Há softwares, por exemplo, que podem ser utilizados para normatizar os arquivos que vêm de forma incorreta em relação à cor, à quantidade de tinta etc. e colocá‑los dentro do eixo para impressão. Há softwares que auxiliam na análise da produção gráfica em termos de qualidade e até permitem verifi‑ car se o operador da manhã é melhor que o da tarde, se o processo produtivo dele é mais eficiente que o do outro. Enfim, dão o histórico da máquina. Enquanto isso, para fazer os softwares funcionarem, precisamos dos dados ma‑ temáticos das cores, o valor Lab e o valor colorimético, entre outros, fornecidos pe‑ los hardwares. Dependendo da solução de software ou hardware, você consegue au‑ mentar de 30% a 70% a eficiência do pro‑ cesso de impressão com essas ferramentas, apenas analisando o processo. Em paralelo ao controle da cor vem o controle da impressão e do processo como um todo e o atendimento às normas internacionais como a ISO. O gráfico brasileiro está maduro com relação à normalização ou ainda enxerga a adequação às normas apenas como um custo? Como o senhor vê o processo de normalização na área gráfica? OP – Existem as normas internacionais que o Brasil está começando a utilizar, mas a gráfica depende de terceiros: fabricantes de tinta, de papel etc. O nosso papel ain‑ da não está normatizado, alguns fabrican‑ tes de tintas já estão. O grande entrave é o modismo. Quando alguém fala que a nor‑ ma ISO vai resolver o problema e melhorar a parte produtiva, o que ela faz, na verdade, VOL. III 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA 37
é alavancar o controle do processo produti‑ vo. Uma gráfica pode trabalhar sem a norma ISO e estar totalmente controlada. A ISO é apenas um caminho para direcionar os grá‑ ficos a trabalhar com o processo normatiza‑ do. É como fazer um bolo que vai sair sem‑ pre com o mesmo gosto, garantindo além da repetibilidade, mais rapidez e economia de suprimentos. A norma é uma referên‑ cia muito boa porque alguém já planejou isso. O gráfico precisa estudar mais para sa‑ ber por que usar a norma. Se algum cliente adotar a ISO 100% em um livro de arte, ele fica igual ao dos outros. No entanto, com o processo produtivo normatizado, ele faz a impressão diferenciada.
Dependendo da solução de software ou hardware, pode-se aumentar de 30% a 70% a eficiência do processo de impressão com essas ferramentas, apenas analisando o processo. É possível listar os cinco primeiros passos de uma gráfica que deseja começar a controlar a cor e seus processos? Quais cuidados o gráfico deve tomar? OP – A gráfica precisa cuidar da normati‑ zação dos arquivos recebidos, do contro‑ le de ganho de ponto, dos valores densito‑ métricos na impressão e dos suprimentos (papel e tinta), da iluminação do ambiente de trabalho, da manutenção dos equipa‑ mentos gráficos, do treinamento contínuo e da capacitação do pessoal. Para controlar a cor e seus processos, a gráfica precisa de software, hardware e “peopleware”. Nas feiras internacionais ou mesmo aqui no Brasil, vemos cada vez mais espaço 38 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. III 2011
dedicado aos softwares. Novos players e até mesmo fornecedores tradicionais estão investindo em aplicativos que tornem os processos gráficos mais eficientes, confiáveis e ágeis. Essa tendência vai se fortalecer? Por quê? OP – Os problemas só são solucionáveis se forem adotados softwares para compensar essa limitação. Hoje, em cinco segundos, pode‑se ter uma informação que há qua‑ tro anos demoraria dois minutos. Essas fer‑ ramentas permitem fazer compensações no tinteiro da máquina, de ganho de pon‑ to, de Lab. Grandes empresas que vendem chapa, equipamentos e soluções de impres‑ são estão preocupadas em atender o cliente com uma solução completa, um pacote fe‑ chado, mas com limitações, já que a atuali‑ zação dos softwares pode ficar defasada ou demora a chegar ao mercado. Em compen‑ sação, novos players estão ocupando esse espaço. Nosso grande sucesso está exata‑ mente em oferecer soluções para completar e otimizar o processo. A Povareskim tem uma boa penetração no interior e em outros estados. O senhor consegue quantificar a interiorização das boas práticas no Brasil? OP – Calculo que 70% das boas práticas estão nos grandes centros, mas as gráficas do interior também estão preocupadas em manter o controle. Nessa área de softwares para o controle da cor e do processo de impressão, o que há de mais novo, o que está sendo desenvolvido e que deve chegar ao mercado nos próximos meses? OP – Há algumas novidades na parte de ge‑ renciamento de cor na área de impressão, em Pantone e Hexachrome. Vamos lançar na Drupa 2012 o Max Color, desenvolvido na Malásia, que permite ao cliente impri‑ mir a escala Pantone com seis cores e 95% de precisão colorimétrica. No mercado, já
existem algumas automações. A Alwan Co‑ lor Expertise tem o Print Standardizer, que automatiza totalmente o controle de ga‑ nho de ponto sem a interferência humana. No entanto, as gráficas não têm condições de usá‑lo 100%. Outra grande novidade é o Bodoni pressSign Pro, um lançamento revolucionário, desenvolvido na Inglater‑ ra e que já está rodando em alguns sites, mas sem grande divulgação. Essa ferramen‑ ta faz um banco de dados do processo de impressão controlando ganho de ponto, Lab e repetibilidade de processo. Permi‑ te a integração da produção com a gerên‑ cia. Via web, por exemplo, o cliente pode acompanhar até a produção
Soluções tropicalizadas A Povareskim, sociedade dos irmãos Emerson e Oliver Povareskim, surgiu há 14 anos. Era uma das revendas da Apple (Mac) para as agências, para as quais a empresa já prestava serviço, além de suporte. “Resolvemos, então, oferecer tecnologia”, conta Oliver, acrescentando que, na época, o mercado não tinha tanta concorrência. Gradativamente a empresa, por meio de pesquisas e da relação com grandes distribuidores internacionais, começou a importar algumas máquinas (impressoras de provas cromáticas). “Esse foi o ponto de partida e trouxe todo conhecimento sobre cor em uma época que ninguém sabia nada sobre esse assunto”, diz Oliver Povareskim. Atualmente, a empresa desenvolve produtos com parceiros da Inglaterra, Malásia, Hong Kong e França. Dessa parceria, Oliver cita o Chromedot, software para gerenciamento de cor usado há oito anos pelo setor gráfico. “Avançamos bastante e agora tropicalizamos nossas soluções, oferecendo serviços de gestão para gráficas de acordo com as necessidades de cada uma”.
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PRODUÇÃO GRÁFICA
As retículas de impressão, ponto a ponto
Ana Cristina Pedrozo Oliveira
I
lusão de ótica? Sim, construir imagens coloridas utilizando quatro tintas distribuídas em quan tidades diferentes por meio de pontos pare ce incrível! Pois, como sabemos, é dessa forma que conseguimos trazer para os materiais impres sos as fotos que tanto fascinam os consumidores das peças gráficas. Obviamente podemos reticular também as co res especiais, como as produzidas por meio da es cala Pantone, aumentando assim a quantidade de cores resultantes. Porém, mais do que reproduzir co res, as retículas são responsáveis por características importantes no resultado final do impresso. Analisando as imagens impressas, podemos no tar que, quanto maior o número de pontos, maior é o detalhamento da foto. Mas esse raciocínio não deve ser visto de forma tão simplista. O aumento na quantidade de pontos de uma determinada reprodução esbarra nos limites técni cos dos sistemas de impressão. Em todos existem tamanhos mínimos de geração do ponto na ma triz. Sendo assim, se essa referência não for respei tada, a imagem terá um resultado inverso ao es perado, ou seja, os detalhes irão desaparecer, ao invés de tornarem a imagem mais nítida. Da mes ma maneira, o atrito gerado no momento da im pressão deve ser considerado. Alguns pontos, de tão pequenos, acabam desaparecendo. Outro fator muito importante é o substrato que receberá a tinta durante o processo. Quanto mais poroso, mais absorvente será. Portanto, se o ponto de retícula for muito pequeno, acabará aumentan do de tamanho, juntando-se aos pontos adjacen tes. O resultado final será um grande borrão. Bem distante do que queremos quando reproduzimos imagens nos nossos impressos. O ideal é gerar a
quantidade de pontos de retícula compatível com a absorção do substrato, através do controle dos valores de lineatura. Utilizada na grande maioria dos materiais im pressos, a retícula convencional, conhecida tam bém como linear ou ainda AM (Amplitude Mo dulada), possui os pontos de tamanhos diferentes, os quais estão dispostos em linhas. É possível con trolar a quantidade dos pontos determinando a lineatur a, medida em lpi (linhas por polegadas) ou lpc (linhas por centímetro), além de escolher o pos ic ionam ento desses pontos, determinan do a angulação em que estão dispostos, sendo o padrão amarelo 90°, magenta 75°, preto 45° e cyan 15°. Essas angulações podem ser alteradas para obter diferentes resultados, além de depender do sistema de impressão em que o material está sendo reproduzido (1). O que acontece é que, mesmo com os contro les mencionados anteriormente, temos uma for mação linear na mudança dos tons, pela própria disposição dos pontos. Não é raro enxergar “de graus” ou mudanças bruscas de tons em gradien tes. Para resolver problemas desse tipo, algumas for mas diferentes de reticulagem foram introduzidas na reprodução das imagens. Retícula estocástica
Conhecida também como FM (Frequência Modu lada), não possui diferença no tamanho dos pontos, distribuídos de forma aleatória. Foi trazida para o Brasil pela ABTG em 1993 por meio do Projeto HiFi Color, com coordenação de Fernando Pini, então di retor de tecnologia da ABTG , na tenta tiva de aumentar o nível de detalha mento das imagens reproduzidas,
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Prinect Reticulagem Linear (AM) ampliada em 1.000%
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VOL. III 2011
Fonte: Guide Prinect Screening Family.
2
Prinect Reticulagem Estocástica (FM) ampliada em 1.000%
Fonte: Guide Prinect Screening Family.
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Prinect Reticulagem Híbrida ampliada em 1.000%
Fonte: Guide Prinect Screening Family.
eliminar o moiré (defeito resultante da angulação in correta dos pontos) e obter cores de alto impacto, conforme informação disponível no site da entida de. Porém, as gráficas tinham def iciências estrutu rais que impediam a obtenção de dados ajustáveis e criação de padronizações importantes para o uso da retícula estocástica. Sem contar o fato de que na época o fotolito era o único meio para geração da matriz de impressão. A utilização de sistemas de gra vação digital (CtP) trouxe uma nova oportunidade para a utilização dessa retícula (2). Pela exigência de re 4 petibilidade e fidelidade na reprodução das cores, atualmente as empresas de embalagens são as mais be nef iciadas pelo uso da retí cula estocástica, devido à evolução das tecnologias de impressão, os controles do fluxo de trabalho e as nor matizações dos processos.
As retículas híbridas possuem nomes comer ciais dependendo do sistema de workflow. A Po vareskim, por exemplo, comercializ a a iTone, que, segundo a empresa, consegue economizar até 20% do consumo de tinta no processo produti vo. A Screen disponibiliza a Spekta, enquanto que a retícula híbrida da Agfa é denominada de Subli ma. A Heidelberg dispõe da reticulagem híbrida no sistema de fluxo de trabalho Prinect. Todos os fabricantes garantem que a qualidade da imagem reproduzida com essa retícula tem um alto ganho de detalhamento (4). Vários produtos gráfi cos podem se benef iciar da utilização desse tipo de retícula, destacando-se os que possuem maior núme ro de fotos com alto nível de detalhamento, como catálogos de moda, bebi das e joias, revistas de arte e embalagens sofisticadas. O mercado nacional per manece na experimenta Retícula híbrida ção da retícula estocás Com o grande fluxo de tica. Muit as das gráficas materiais e a necessidade Diferença entre a retícula linear e a híbrida entrevistadas continuam de processos cada vez mais (reticulagem iTone). Fonte: Povareskim utilizando a retícula linear, produtivos e que garantam uma estabilidade na qua bastante conhecida pelos lidade final, foi desenvolvida uma nova tecnologia impressores pela facilidade no uso. Algumas es de reticulagem que corrige os problemas da retí tão implantando a retícula estocástica em função cula linear e diminui a sensibilidade a variações do dos investimentos em novos equipamentos, ado processo da estocástica: a retícula híbrida (3). ção de procedimentos normatizados e sistemas de Essa reticulagem é gerada de forma inteligen qualidade, itens indispensáveis para utilização de te, misturando a retícula linear e a estocástica por retículas mais sofisticadas. meio de um algoritmo. O RIP que possui essa tec nologia rastreia o material a ser impresso e aplica a retícula estocástica nas áreas de destaque e a linear Ana Cristina Pedrozo Oliveira é produtora nos tons médios, permitindo assim grande quali gráfica da Fábrica de Ideias Comunicações e ministra treinamentos em instituições como dade de impressão na transição das cores e con Senai, ABTG, Dabra, Bytes & Types e GraphWork, trole dos grisês, além de um ganho significativo de além de prestar consultoria em empresas por todo o Brasil. detalhamento nas imagens. VOL. III 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
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TUTORIAL
Caio Carvalho Biasoli
Texturas e brushes no Photoshop
U
ma das principais características do Pho toshop é a possibilidade de se trabalhar com imagens bitmap, formadas por pixels, e ainda utilizar ferramentas veto riais, como a caneta e as formas geométricas. Des sa forma, além da própria edição de fotos, é possível manipular imagens, criando diversos efeitos. Aqui mostraremos alguns desses recursos.
Tratamento de imagem
Nosso objetivo aqui é transformar as pessoas que es tão na foto escolhida através de fusões e texturas. Antes de começar é necessário ajustar a lumi nosidade. Para isso, vá ao menu Image ➠ Adjustments ➠ Curves. Será aberta uma janela que relacio na a luminosidade e o contraste. Explore um pouco 42 TECNOLOGIA GRÁFICA
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até encontrar o ponto desejado. Feito isso, é hora de começar o verdadeiro retoque. A partir daí se rão utilizadas as ferramentas Spot Healing Brush, Healing Brush, Patch e Clone Stamp.
Utilize a ferramenta Spot Healing Brush para re tocar áreas pequenas, como pintas e espinhas, a fer ramenta Healing Brush para áreas um pouco maio res, como olheiras, a ferramenta Patch para grandes áreas, como marcas de expressão, e a ferramenta Clone Stamp para “esconder” áreas desejadas.
Fusão
Se estiver levando muito tempo, não se preocu pe. É normal que o retoque de imagens leve algum tempo. Uma dica é tentar habituar-se aos atalhos das ferramentas.
É hora da verd ad eir a transformação! Agora que os modelos já estão com suas imperfeições trata das, vamos transformá-los em monstros. A grande jogada é trabalhar com texturas — escamas, pe dras, madeira etc. E lembre-se de sempre manter as texturas, a imagem original, os olhos e outros elementos em camadas diferentes. VOL. III 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Para começar, tomemos como base a modelo do meio. Antes de transformá-la em réptil, suas co res foram “dessaturadas”. Para fazer o mesmo, vá ao menu Image ➠ Adjustments ➠ Desaturate.
Depois, vá às opções da layer (camada) da tex tura e selecione Overlay. Com isso, você mesclará as camadas, deixando os tons escuros mais escu ros, clareando os tons claros e misturando os tons médios por igual. Uma dica é trabalhar no menu Color Balance em Image ➠ Adjustments ➠ Color Balance. Ajustando os controles deslizantes, você pode equilibrar ou desequilibrar as cores da imagem. Neste caso, elas foram desequilibradas com doses de verde e um pouco de amarelo.
Agora importe a imagem da textura desejada, sobreponha a modelo com ela e, com a ferramenta Eraser, apague os excessos. Para dar um tom mais macabro, vá em Images ➠ Adjustments ➠ Invert para trabalhar com o negativo da textura.
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Com a textura já pronta, é hora de trabalhar com os olhos. Assim como com as escamas, uma ima gem de olho reptiliano foi importada. As áreas in desejadas foram apagadas e, no menu Color Balance, a imagem foi dosada com bastante verde. Você pode ainda usar a ferramenta Blur para suaviz ar as extremidades do olho.
Com essas mesmas téc nicas, há uma porção de efeitos possíveis de fazer. Veja as imagens ao lado. Temos o exemplo do ho mem-p edra e do garoto de fogo, ambos mais fáceis de fazer. Basta ter texturas e imagens bacanas com a melhor resolução possível. No caso do homem-pedra, ao invés da opção Overlay, foi utilizada a Multiply, que trabalha apenas com as áreas escuras da imagem, dando destaque somen te às rachaduras da ima gem e às deformações da pedra, por exemplo. Para ser alcançado o efeito do fogo é preciso mexer com layers. Aqui, as camadas foram utilizadas para sobrepor ou escon der as imagens de fogo, que, como já mostrado, fo ram apagadas com a ferramenta Eraser para manter apenas a parte desejada, sem o fundo.
Observe que cada camada possui uma imagem, seja do modelo, do fogo ou até da própria textura. Dessa forma, trabalhe com a sobreposição de layers para o modelo possuir fogo atrás e em sua frente. Para que o efeito fique mais real, diminua a opacidade das camadas do fogo para deixá-los mais transparentes. Efeitos
O último passo para a total transformação é criar um fundo místico. Para a nossa proposta nada me lhor do que uma noite escura de lua cheia, não?
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Bem, para começar importe uma imagem de lua cheia e uma de céu estrelado. Lembrando-se de trabalhar com layers diferentes, selecione a imagem da lua e a sobreponha ao céu. A partir daqui, um artifício muito importante do Photoshop será utilizado: a ferramenta Brush. Além das imagens digitais encontradas nas biblio tecas que já são carregadas normalmente quando instalado o Photoshop, você pode aind a fazer o download de diversas brushes diferentes na inter net. Dessa forma, torna-se muito mais fácil e rápi do alcançar efeitos que antes poderiam levar dias para serem feitos, como o deste caso.
Agora, utilize sua imaginação para criar compo sições diferentes. Atentando novamente ao uso das camadas, explore suas Brushes em diferentes apli cações para que obtenha o melhor resultado pos sível. Optamos por criar uma floresta de pinhei ros secos sob uma lua que esteja emanando uma energia mística no céu.
Selecionando a ferramenta Brush, diversas ope rações são exibidas no painel de opções. Selecione a opção Load Brushes para carregar a Brush deseja da. Procure no seu sistema onde você deixou suas Brushes e carregue-as. Aqui, as Brushes 89-abstract3, com efeitos de luzes, e Roots_and_leav es_by_ winerla, dos pinheiros, foram carregadas.
Caio Carvalho Biasoli é aluno
do curso técnico de pré‑impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris e está se preparando para a fase estadual da Olimpíada do Conhecimento.
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E assim foi criada a arte-f inal. O Photoshop é uma grande ferramenta para designers bem pre parados. Por isso, procure sempre incrementar seus conhecimentos para representar o melhor de sua profissão!
VEM AÍ AS SEMANAS DE ARTES GRÁFICAS.
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QUEM PERDER ESSES 5 DIAS PODE ACABAR PERDENDO OS OUTROS 360. As Semanas de Artes Gráficas, agora com o apoio do SEBRAE foram estendidas para outros estados como Rio Grande do Sul, Pernambuco e Minas Gerais.
Durante 5 dias profissionais da Indústria Gráfica, técnicos do setor e de áreas correlatas tem a chance de aprofundar seus conhecimentos em seminários de grande valor para o mercado, focado nas áreas de Gestão, Técnica e de Vendas, contando com a presença dos melhores profissionais do setor. As vagas são limitadas. IMPERDÍVEL. 1ª edição Semana de Artes Gráficas de Pernambuco - 21 a 25 de março 5ª edição Semana de Artes Gráficas de Sorocaba - 28 de março a 01 de abril 1ª edição Semana de Artes Gráficas de Minas Gerais - 11 a 15 de abril 5ª edição Semana de Artes Gráficas de Araçatuba - 25 a 29 de abril 1ª edição Semana de Artes Gráficas de Rio Grande Sul - 09 a 13 de maio
SUCESSO ABSOLUTO
6ª edição Semana de Artes Gráficas de Bauru - 23 a 27 de maio 6ª edição Semana de Artes Gráficas de São José dos Campos - 27 de junho a 01 de julho 6ª edição Semana de Artes Gráficas de Ribeirão Preto - 25 a 29 de julho 6ª edição Semana de Artes Gráficas de São José do Rio Preto - 22 a 26 de agosto 6ª edição Semana de Artes Gráficas de Campinas - 26 a 30 de setembro 3ª edição Semana de Artes Gráficas de Barueri - 24 a 28 de outubro
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É IMPRESSO? UMA NOVA ÁRVORE DA EDUCAÇÃO, DA INFORMAÇÃO E DA DEMOCRACIA É PLANTADA.
A cadeia produtiva do papel e da comunicação impressa vem realizando uma campanha de informação sobre o que produz para a sociedade. Esclarecer dúvidas e, principalmente, traz à luz da verdade algumas questões ligadas à sustentabilidade. A principal delas é deixar claro que, as árvores destinadas à produção de papel provêm de florestas plantadas, e que essas são culturas, lavouras, plantações como qualquer outra. Somos uma indústria alinhada com a ecologia e a natureza, ou seja, as nossas impressões são extremamente conscientes porque utilizamos processos cada vez mais limpos. E, mesmo assim, buscamos todos os dias novas tecnologias de produção que respeitem ainda mais o equilíbrio do meio ambiente. Somos uma indústria que traz prosperidade para o País e benefícios para todos os brasileiros. Temos imenso orgulho de saber que cada vez que imprimimos um caderno, um livro, uma revista, um material promocional ou uma embalagem, estamos levando conhecimento, informação, democracia e educação a todos. Imprimir é dar veracidade, tornar palpável. Imprimir é assumir compromisso. Imprimir é dar valor. Principalmente à natureza.
IMPRIMIR É DAR VIDA.
ENTIDADES PARTICIPANTES: ABAP, ABEMD, ABIEA, ABIGRAF, ABIMAQ, ABITIM, ABRAFORM, ABRELIVROS, ABRINQ, ABRO, ABPO, ABTCP, ABTG, AFEIGRAF, ANATEC, ANAVE, ANDIPA, ANER, ANL, ARTEFATOS, BRACELPA, CBL, FIESP E SBS. C A M PA N H A D E VA L O R I Z A Ç Ã O D O PA P E L E D A C O M U N I C A Ç Ã O I M P R E S S A . Acesse e saiba mais:
Imagem de eucalipto
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SEGURANÇA NO TRABALHO Érico Franco Mineiro
Sinalização de segurança no trabalho industrial gráfico
T
oda situaç ão de trabalho apresenta ris- Gráfica/Senai-MG), em parceria com o Centro de cos. Uma das medidas preventivas que Referência em Saúde Ocupacional (Sesi-MG), com se pode adotar é um bom projeto de si- a Abigraf-MG e a Primacor Gráfica e Editora, denalização de segurança. É fundamental senvolveram um projeto de pesquisa com o obconhecer e aplicar as normas nacionais relatijetivo de sistematizar o conhecimento existente vas à sinalização de segurança no trabalho, em publicações e em normas técnicas inter como a norma brasileir a de sinalização nacionais a respeito da sinalização de secontra incêndio e pânico, a NR 26 , e as gurança no trabalho. Esse conhecimennormas brasileiras relativas às cores em to foi confrontado com a realidade das sinalização. Porém, de maneira compleindústrias gráficas nacionais, por meio Sinal Geral de Alerta mentar, também se deve dar atenção de pesquisas presenciais e online. Como às situações de riscos típicas do trabalho em toda resultado desse importante projeto produziu-se o sua amplitude. Com o apoio dos departamentos Guia de Sinalização de Segurança no Trabalho In nacionais do Senai e do Sesi, o Centro de Forma- dustrial Gráfico, que começa a ser distribuído para ção Prof issional Sérgio de Freitas Pacheco (Ceco- as unidades do Sesi e do Senai pelo País. teg, Centro de Comunicação, Design e Tecnologia Neste artigo, vamos apresentar alguns dos pontos importantes para a elaboração de um sistema de sinalização de segurança no trabalho na indústria gráfica. Para saber mais, ou para se capacitar para a elaboração desse tipo de projeto, procure pelo Centro de Formação Prof issional Sergio de Freitas Pacheco (Cecoteg/Senai-MG). Compreender a empresa
Compreender a empresa como um todo é pré- requisito para um bom projeto de sinalização de segurança. Conhecer os fatores que levam ao au mento da rotatividade de funcionários — como a sazonalidade de aumento de produção —, identificar os processos produtivos da empresa, áreas de circulação de empilhadeiras, compreender outras ações realiz adas em saúde e segurança no trabalho já realiz adas, o histórico de acidentes de trabalho e mesmo as características da população trabalhadora faz parte do esforço que permite vi sualiz ar a empresa como um todo e identificar si tuações de risco frequentes na organização, que devem ser sinalizadas. 50 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Um dos desaf ios certamente é identificar o que deve ser sinalizado. A sinalização deve ser suf icien te para cobrir os riscos de cada posto de trabalho e setor, mas, ao mesmo tempo, deve ser discreta, ou seja, não deve ser excessiva, para que não venha a se tornar um transtorno no ambiente de trabalho. Assim, postos de trabalho que apresentem alta rotatividade de operadores devem sempre ser bem sinalizados. Cada situação de trabalho é única
Existem situações de risco comuns a vários postos de trabalho e indústrias. Entretanto, há também si tuações bastante específicas. Uma das informações que se obteve durante as pesquisas de campo é a manutenção de maquinário antigo tanto pelas empresas pequenas e médias quanto pelas grandes. Por outro lado, é preciso averiguar se mesmo os equipamentos novos têm dispositivos de segurança em a mensagem alcance diretamente o trabalhador funcionamento e ativados. Características de cada exposto àquela situação de risco. um dos postos de trabalho servem para identiRelacionar aspectos da empresa como um ficar as situações de risco às quais cada um todo com as situações específicas de cada dos trabalhadores está exposto. posto de trabalho é um esforço que perTambém é importante identificar os mite a compreensão dos aspectos que riscos que são recorrentes em cada pardeterminam a atividade real e como te da empresa ou setor. Algumas peças eles se relacionam. Assim, esses assunde sinalização podem ser orientadas a tos devem ser objeto de atenção do pro mais de um posto de trabalho, ou mesfissional responsável pela elaboração do mo a setores inteiros, enquanto outras sistema de sinalização da empresa antes Proibido subir podem ser direcionadas para operadoda realiz ação do projeto. na superfície res de postos específicos, para que assim
Uso obrigatório de protetor auricular
Conhecer os riscos Sinalização vertical
O tipo mais frequente são as peças instaladas sobre parede.
Sinalização aérea
Tem seus suportes fixados no teto dos ambientes, sendo interessante para as situações em que se deve sinalizar a mesma mensagem para trabalhadores separados por uma grande distância.
Sinalização horizontal
É pintada ou fixada sobre o piso dos ambientes. Em geral, determina áreas de circulação ou áreas de armazenamento temporário.
Rótulos de segurança
Servem para atender aos trabalhadores individualmente, em cada posto de trabalho. De modo geral, são fixos em superfícies lisas das máquinas, dentro do campo de visão do operador.
Sinalização temporária
Peças de sinalização como cavaletes e faixas zebradas.
Uma vez identificados os riscos que cada situação de trabalho apresenta é preciso identificar quais são as situações que apresentam risco de ferimentos menores, risco de ferimentos graves ou morte e as situa ções que oferecem risco estritamente não pessoal, ou seja, apresentam risco apenas a equipamentos ou a materiais envolvidos na produção. Outra dimensão importante para classificar os riscos é a probabilidade de ocorrência. A partir do conhecimento da gravidade dos riscos e da probabilidade de o risco causar acidentes e danos, assim como das informações levantadas anteriormen te sobre a empresa e sobre cada situação específica de trabalho, é possível definir, com base nesses dados, quais riscos devem ser sinalizados por posto de trabalho e por setor. É preciso considerar que
Atenção: Material radioativo de radiação ionizante
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uma única situação de trabalho pode envolver riscos múltiplos e usar a classificação de riscos para definir quais serão prioriz ados na elaboração das peças de sinalização. Tipos de peças de sinalização Atenção: Material Tóxico
Há diferentes tipos de peças de sinalização e para que se tenha um sistema de sinalização completo e adequado deve-se considerar o tipo de peça correspondente para cada mensagem e situaç ão de trabalho. O plano funcional do sistema de sinalização
Proibido o trânsito de pessoas
As mensagens de segurança podem ser expressas de modo verbal e/ou visual. Muit as vezes essas duas maneiras de comunicar são utilizadas de modo complementar. Para todas as situações recomenda-se objetividade na redação da mensagem verbal, que deve ser bastante acessível, simples e clara. Uma mensagem VOL. III 2011
Prototipagem e documentação do projeto
A prototipagem serve para testar a efetividade do projeto e para apontar possíveis revisões antes da produção do projeto efetivo. Uma vez testado e revisado, este deve ser documentado para que viabilize a produção e a instalação das peças de sinalização, tanto no momento da implementação do sistema quanto em eventuais reposições futuras. Um projeto bem documentado deve apresentar o plano funcional, acompanhado do inventário de peças que compõem o sistema, do projeto de cada peça detalhada e dimensionada e com especificação das cores para produção.
Depois de conhecer a empresa, os postos de trabalho e as situações de risco envolvidas a partir de uma lista hierarquizada dos riscos que devem ser sinalizados, é preciso decidir quais serão as peças de sinalização que farão parte do projeto, com base no layout da produção da empresa. As peças de sinalização podem conter mensagens múltiplas, com recomendações de procedimentos seguros, alertas para situações de risco e mensagens de proibição ou de obrigatoriedade. As peças podem variar Considerações finais também em relação ao seu tipo de suRespeitadas as normas e a legislação viporte físico. Assim, sobre a planta progente relativa à sinalização de segurança dutiva pode-se localizar cada uma das no trabalho, um projeto direcionado às peças do sistema, caracterizadas por situações de risco de cada empresa Uso obrigatório de luvas uma legenda que defina o tipo de pode prevenir danos pessoais e ma de segurança mensagem e o tipo de suporte fíteriais, servindo como recurso para sico da peça de sinalização. Sobre essa planta ve- a segurança e a saúde dos operários e também à rifica-se, também, a maior distância desejável de produtividade e mitigação dos prejuízos empre leitura, uma informação imprescindível para a de- sariais decorrentes de acidentes no trabalho. Para finição do tamanho das letras e símbolos gráficos obter mais informações, procure uma unidade do que compõem cada mensagem. Sesi ou do Senai em sua região. Mensagens de segurança
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verbal completa pode descrever um risco, sua possível consequência de dano e ainda um procedimento preventivo de segurança. A mensagem visual contém símbolos gráficos específicos para cada situação de risco. Esses símbolos são especialmente úteis para trabalhadores semialfabetizados, analfabetos ou com def iciências fisiológicas que dificultam a leitura. Recomenda-se a apresentação desses símbolos para cada trabalhador após a instalação de um sistema de sinalização, ou mesmo nos momentos em que haja admissão ou rotatividade nos postos de trabalho.
Érico Franco Mineiro é mestrando, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e consultor do Edital Sesi/Senai Inovação – Senai/Cecoteg. O Guia de Sinalização de Segurança
no Trabalho Industrial Gráfico está sendo distribuído gratuitamente nos sindicatos gráficos de cada região.
• Colônia de férias • Plano Odontológico • Descontos na compra de veículos GM • Assessoria Jurídica • Convênio cartão BNDES
• Descontos em cursos da ABTG • Desconto para o Prêmio Fernando Pini
• Revistas ABIGRAF e Tecnologia Gráfica
• Consultoria gratuita
• Assessoria gratuita na importação de equipamento • Auxílio para o cálculo do crédito acumulado de ICMS • Convênio com a Caixa Econômica Federal
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COMO FUNCIONA
Luiz Sérgio Galleti e Rodrigo Venturini Soares
Características e particularidades das extensões PDF, TIFF e JPEG
P
ara entender qual o melhor formato a ser usado para o fechamento de um arquivo é necessário antes compreender a diferença entre imagens vetoriais e imagens de mapa de bits. No primeiro grupo estão gráficos de dese nhos realiz ados a traço (chapados, sólidos, ilustra ções, marcas, logotipos). O segundo grupo corres ponde a imagens fotográficas. Imagens vetoriais, como o próprio nome já diz, são definidas matematicamente por vetores — são, na verdade, gráficos com características geométri cas. São consideradas imagens vetoriais, por exem plo, tanto um logotipo quanto um texto digitado. Imagens vetoriais podem ser movidas e ter seu ta manho ou cor alterados sem nenhuma perda de qualidade. A definição matemática dessas imagens possibilita essas alterações sem nenhuma alteração da resolução final. Programas como Illustrator, CorelDraw e InDe sign permitem trabalhar com esse tipo de imagem e os formatos de arquivos escolhidos devem preser var essa característica de vetorização. Desse modo estarão garantidas linhas nítidas e sem serrilhas, independentemente de ampliações. As imagens de mapa de bits, por sua vez, são constituídas por um conjunto de pequenos ele mentos, os pixels, como num mosaico. Cada pixel de uma imagem de mapa de bits tem uma posição determinada e um valor de cor próprio, definidos por coordenadas de localização e por quantifica ções numéricas. Se um logotipo ou texto digitado for descrito como mapa de bits, ao invés de veto rialmente, haverá um número definido de pixels que o compõe. Ao ampliarmos a imagem, esse número não será aumentado e a resolução poderá ser in suf iciente para o novo tamanho. Como resultado, bordas e linhas poderão aparecer serrilhadas. Pro gramas como o Photoshop trabalham com ma pas de bits. Esse tipo de imagem é necessário para reproduzir gradações tonais sutis, como em uma
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fotografia, mas deve ser evitado para elementos a traço, como textos e logotipos. O Adobe PDF
Criado pela Adobe Systems e aperfeiçoado durante os últimos 17 anos, o formato Portable Document Format (PDF) é o padrão global para a captura e a revisão de informação de mídia e para o comparti lhamento com quase qualquer pessoa, em qualquer lugar. É um formato de arquivo flexível para várias plataformas e aplicativos. Com base no modelo de criação de imagem PostScript, os arquivos PDF exi bem e preservam, com precisão, fontes, layouts de página e gráficos vetoriais e de bitmap. O forma to PDF é o padrão para a distribuição e o intercâm bio seguro e conf iável de documentos eletrônicos em todo o mundo e qualquer pessoa pode visuali zá-lo e imprimi-lo com o software gratuito Adobe Reader. É um formato muito eficiente em proces sos de editoração de impressão. Um determinado trabalho salvo em PDF transforma-se em um ar quivo compacto e conf iável que você ou seu pres tador de serviços podem exibir, editar, organizar e usar para gerar uma prova. Em seguida, no mo mento certo do processo de produção, o presta dor de serviços poderá imprimir diretamente o ar quivo PDF ou processá-lo usando ferramentas de várias origens para tarefas de pós-processamento, como verificações de comprovação, trapping, imposição e separação de cores. Outra possibilidade é, ao salvar um arquivo no formato PDF, optar por criar um arquivo compatível com PDF/X (Portable Document Format Exchange), que é um subconjunto do Adobe PDF, com a finali dade de eliminar muitas das variáveis de cor, fonte e trapping que causam problemas de impressão. O PDF/X é um padrão ISO e apresenta as seguintes opções: ◆◆PDF/X-1a:2001 e PDF/X-1a:2003 (para processos de produção CMYK)
Os arquivos podem ter diferentes níveis de com pressão. Quanto maior a compressão, menor será o tamanho do arquivo, porém pior será sua qualida de. O algoritmo de compressão do JPEG é baseado nas limitações de visualização do olho humano. As O formato TIFF sim, todas as informações que não podem ser vistas O formato Tagged-Image File Format (TIFF) é uti serão descartadas. No entanto, é necessário tomar lizado para a troca de arquivos entre aplicativos e cuidado com os diferentes níveis de compactação plataformas de computadores. É um formato fle do arquivo. Quanto maior a compactação, menor xível de imagens bitmap suportado praticamente será a qualidade da imagem. Uma vez compacta do, as perdas no pro Confrontando a imagem vetorial com o mapa de bits: cesso de gravação são GRÁFICO VETORIAL GRÁFICO DE MAPA DE BITS definitivas. Da mesma forma, sucessivos co mandos de grava ção caus am sucessi vas perdas. Os níveis de compressão vão de 0 a 12, podendo texto vetorial ser digitados ou se lec ion ad os através da barra de rolagem por todos os aplicativos de pintura, edição de ima constante na caixa de texto “qualidade do JPEG”. gens e layout de página. Além disso, quase todos os Assim, se você for disponibilizar imagens na inter escâneres de mesa podem produzir imagens TIFF. net, é interessante mantê-las em um tamanho pe O formato TIFF suporta imagens CMYK , RGB , queno. No entanto, se a imagem for utilizada em Lab, de cores indexadas e em tons de cinza com um documento, muitas vezes é melhor mantê-la canais alfa, bem como imagens no modo bitmap com o máximo de qualidade possível, para que a sem can ais alfa. O Phot os hop pode salvar ca impressão não seja prejudicada. madas em um arquivo TIFF. Entretanto, se você abri-lo em out ro aplicativo, somente a imagem Conclusão achatada estará visível. Quando geramos arquivos com base no mode lo de linguagem PostScript, como por exemplo os O formato JPEG arquivos PDF, temos a plena certeza de que esta O JPEG (Joint Photographic Experts Group) é usa mos propiciando a exibição e preservação “com do frequentemente para exibir fotograf ias e outras precisão” das fontes, layouts de página e gráficos imagens de tons contínuos em documentos HTML vetoriais e de bitmap. Esteja, então, ciente de que, na web e em outros serviços online. O formato JPEG ao utilizar as extensões de arquivo TIFF ou JPEG , oferece suporte a modos de cores CMYK, RGB e tons como opção de fechamento do arquivo, você está de cinza, mas não oferece suporte à transparência. trabalhando com arquivos formados por mapas O JPEG preserva todas as informações de cores de de bits que podem gerar serrilhados em todos os uma imagem RGB, porém faz a compactação de ar textos e logotipos. quivos descartando dados de maneira seletiva. Tam Além disso, você não terá a oportunidade de uti bém é possível salvar uma imagem com um ou mais lizar o PDF/X-1a e/ou PDF/X-3 e X-4, que permitem arquivos JPEG usando o comando “salvar” para a web o uso do gerenciamento de cores, de cores espe e dispositivos. O JPEG oferece suporte somente a ima ciais e CMYK , trapping, imposição e separação cor gens de oito bits. Se você salvar uma imagem de 16 reta das cores (elementos essenciais para a geração bits nesse formato, o Photoshop automaticamente correta de uma imagem gráfica a ser reproduzida, diminui a profundidade de bits. conforme norma ISO 15930). ◆◆
PDF/X-3:2002 e PDF/X-3:2003 (para processos de
produção com gerenciamento de cores) ◆◆PDF/x-4:2008 (que é conf iável para transparências em tempo real e gerenciamento de cores).
Luiz Sérgio Galleti e Rodrigo Venturini Soares
são professores de pré- impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris.
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SITES
LITERATURA
Heidelberg www.br.heidelberg.com A Heidelberg do Brasil está disponibilizando catálogos de peças, encartes técnicos e editoriais de seus equipamentos e sistemas em português em sua página na internet. Com essa ação, a empresa coloca ao alcance dos clientes, imprensa e público em geral todo o conteúdo de seu portfólio (pré-impressão, impressão e acabamento), além dos consumíveis da linha Saphira, Systemservice e peças.
Design Gráfico Sustentável Brian D ougherty A o se falar em design sustentável, a primeira coisa que vem à cabeça das pes soas é o uso de materiais reciclados, em geral associado a um visual “alternativo” encontrado em objetos que as pessoas compram por má consciência. Design gráfico quase nunca está inserido nessa primeira preocupação e, quando está, pensa-se que se trata apenas de usar ou não papel reciclado nas publicações. A questão, no entanto, é muito mais ampla e complexa, exigindo uma análise mais profunda da qual sem dúvida decorrerão alterações nas práticas profissionais. Essas mudanças ainda estão sendo experimentadas e geridas, na base da tentativa e erro. É nesse ponto que podemos avaliar os benefícios deste livro. Edições Rosari www.rosari.com.br
GMG www.gmgcolorla.com Especializada em softwares para gerenciamento de cores, a GMG lançou em maio a versão latino-americana de sua homepage. Acessível em português e espanhol, o site traz informações sobre a empresa, produtos e mercados atendidos pela GMG . A área de produtos oferece arquivos PDF para download sobre toda a linha de soluções da empresa. Além dos PDF s, há vídeos e apresentações demonstrando o uso dos produtos da GMG . Os visitantes também podem se cadastrar para receber atualizações e notícias. Há ainda uma área exclusiva para revendedores, protegida por senha.
Geometria do Design
Kodak
A Kodak Brasileira desenvolveu uma página específica para a área gráfica no Fa cebook, com o objetivo de compartilhar informações, produtos e lançamentos para os interessados no mercado gráfico. Informações são postadas diariamen te, seja sobre uma novidade ou resposta a alguma dúvida gerada por alguns dos seguidores. Lá, é possível encontrar também testemunho de clientes, fotos dos eventos e contato dos distribuidores. O objetivo é interagir e se fazer cada dia mais presente na vida de casa usuário. Para curtir a página procure por Kodak – Soluções Gráficas no Facebook. http://on.fb.me/lf0MsO.
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Kimberly Elam Uma discussão dos parâmetros objetivos do design e de suas formas, Geome tria do Design acompanha a história da humanidade — da antiguidade greco- romana às manifestações do modernismo e a produção dos dias atuais — para explicar, em termos visuais, os princípios da composição geométrica. Analisando um conjunto abrangente de peças gráficas e objetos, desde cartazes franceses do final do século XIX às peças construtivistas do grupo holandês De Stijl, do construtivismo russo à B auhaus, da cadeira Barcelona, de Mies van der Rohe, até a versão mais recente do Fusca — o New Beetle —, o livro aborda a descoberta das relações geométricas implícitas nas diferentes manifestações do gênio humano. Ao discorrer sobre objetos de tão variada natureza, a autora oferece uma reflexão extremamente rica, que auxilia no entendimento de critérios de beleza e construção formal para além das características clássicas. Cosac N aify http://editora.cosacnaify.com.br
Serviços & Produtos Gráfica vende Ryobi 524, ano 2000, em perfeito estado. A máquina possui 71 milhões de impressões, pré-registro, Ryobi Matic D e rolos reserva. Em funcionamento, é a única máquina 4 cores da empresa, não havendo necessidade de qualquer ajuste. Tel. (11) 8134.2144 michelguerra@gmail.com
GRAF-FACA A melhor solução em facas A mais bem equipada fábrica de facas de corte e vinco da América do Sul Qualidade e precisão absoluta para atender ao exigente mercado cartotécnico. • Facas planas e rotativas • Contrafacas em pertinax • Destacador e separador de pose com sistema exclusivo Graf-faca • Fornecimento de canaletas, borrachas, fitas e folhas de calço, etc. • Treinamento de pessoal para preparação de facas, no sentido de: – Redução no tempo de acerto de máquina, com menor perda de material – Aumento da produtividade – Maior vida útil das facas e acessórios – Melhor aproveitamento dos equipamentos utilizados
GF Facas de Corte e Vinco Ltda. Rua Barão de Jaguara 1093 (Cambuci) 01520-010 São Paulo SP Tel. (11) 3273.9622 Fax (11) 3277.7714 www.graffaca.com.br graffaca@uol.com.br
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GESTÃO
Foto: AGB Photo Library
José Pires de Araujo Júnior
A competição por custo
S
egundo dados de 2011 da Abigraf, há 20.000 competição por custos prop orciona vantagens indústrias gráficas no Brasil, as quais empre- apenas temporárias. Uma vez que a empresa estegam mais de 220.000 colaboradores. Des- ja concentrada apenas nos custos, ela acaba abanse universo, 96,6% são micro e pequenas donando o foco em marketing. Não há a visão claempresas. E todas sofrem com a chegada de no- ra das necessidades do mercado e, em caso de vas tecnologias de comunicação, que ameaç am mudanças dessas demandas, simplesmente pero já tão concorrido mercado gráfico. Essa com- dem-se os clientes. Não se constrói a fidelização do cliente, uma vez que este trocapetição, aliada à falta de hábirá o fornecedor atual por outro to da maioria dos empresários Existe uma que ofereça um preço menor na em planejar estrategicamente o forma de ganhar próxima compra. seu próprio negócio e à elevada carga tributária, aumenta ainda Competir por custos ba dinheiro que os mais as dificuldades na gestão seia-se, fundamentalmente, empresários insistem dessas empresas. no controle de desp erdícios e em não usar: é deixar Para pior ar, as gráficas, em no gerenciamento dos custos. de perdê-lo. sua maioria, concentram-se no Competir por preço sem gePhilip Crosby, quesito preço na corrida pela rir corretamente os custos da pensador e filósofo conquista do cliente, o que leva empresa com certeza leva ao a um modelo de competição cofracasso. Nesse sentido, exisnhecido por “oceano vermelho”, citado no livro A tem ferramentas importantes que podem ser utiEstratégia do Oceano Azul, de W. Chan Kim e Renée lizadas para tornar os processos mais eficientes. Mauborgne. Neste artigo vamos discutir um pouco mais a fundo os impactos da escolha por esse mo- Os sete tipos de desperdícios: delo no segmento gráfico e suas consequências. A competição por custo é abordada por Mi 1. Superprodução – Produzir mais do que o nechael Porter, especialista em competitividade, quancessário pode criar um incontável número de do ele discute as estratégias competitivas. Porter desp erdícios: estoque excessivo, deterior aç ão elenca três possíveis estratégias genéricas: liderande materiais e produtos, custos de energia, maça no custo total, diferenciação e enfoque. Confornutenção de equipamentos, encobrimento de me o especialista, a liderança por custos impõe seproblemas oper acionais e administrativos por veros encargos para a preservação da empresa no meio de “estoques de segurança”. mercado. A ausência de investimentos em plane- 2. Tempo de espera – Ocorre quando o operário jamento e desenvolvimento pode tornar produpermanece ociosamente assistindo uma máquitos e serviços rapidamente ultrapassados. Outro na em operação, ou quando o processo precegrande problema dessa estratégia é a facilidade de dente não entrega seu produto na quantidade, ser copiada pela concorrência. Como resultado, a qualidade e tempo certos.
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3. Transporte – Deslocamentos desnecess ários ou estoques temporários, criando “passeios” de materiais, funcionários e equipamentos. 4. Processamento impróprio – Acontece quando defeitos ou limitações (capacidade) dos equipamentos estão presentes. O processo para ou se desenvolve lentamente. Operações extras são introduzidas. 5. Movimentos desnecessários – Acontecem pela diferença entre trabalho e movimento. É a ação de quem realiza algum tipo de seleção ou procura alguma coisa sobre a bancada. É o movimento que não agrega valor. 6. Estoques desnecess ários – É o dinheiro “apri sionado” no sistema produtivo. Pode ser a tranquilidade no sentido de que não haverá riscos de falta de materiais. No entanto, esse estoque de segurança pode representar um custo excessivo. Todo remédio desnecessário deve ser evitado. 7. Produção de itens defeituosos – Esse caso é tão óbvio quanto frequente e deve ser evitado por meio de programas de qualidade. Não importa qual tipo de desperdício ocorre; ele sempre reduz o lucro. A melhor maneira de perceber isso é analisar a demonstração de resultado do exercício de sua empresa. Esse relatório pode revelar lucros que não estão se realizando por conta da má gestão de custos. É possível ter uma avaliação do peso dos custos na empresa como um todo através da medição do percentual dos custos das mercadorias (ou serviços) vendidas sobre a receita total e sobre o lucro líquido da empresa. A mesma avaliação pode ser feita com relação às despesas e deduções que também ajudam a dimi nuir o lucro da empresa. O conceito aqui é analisar e identificar o que está reduzindo o lucro. Essa análise deve levar em consideração no mínimo dois perío dos, para que haja uma comparação temporal que permita acompanhar a evolução dos índices. Para combater o desperdício e controlar os custos da empresa, é necessário elaborar estratégias que levem à produção enxuta. O segmento gráfico, em geral, realiz a produção por lote e por demanda. Esse modelo de produção por demanda tem vantagens que podem ser maximizadas se combinadas com a produção enxuta. Ferramentas como Kanban, JIT, 5S e outras ajudam a diminuir desper dícios e melhorar a gestão, tornando mais fácil a tomada de decisões.
A indústria gráfica vende produtos e serviços com alto valor agregado. Mesmo impressos mui to simples demandam equipamentos e materiais bastante caros. Não é cabível vendê-los como se fossem commodities. Esse modelo deve-se a uma miop ia estratégica e à ânsia por conseguir um pedido a todo custo. Hoje a competição deve ser focada no valor de entrega ao cliente, e não só no preço de venda. Isso não quer dizer que não há necessidade de controlar os custos quando se compete por valor. Os custos devem Demonstração do Resultado do Exercício – DRE ser sempre bem geridos, mas en 1 RECEITA OPERACIONAL BRUTA – ROB (1.1 + 1.2) tender as neces1.1 Venda de Mercadorias sidades do clien 1.2 Serviços Prestados te e atendê-lo de forma a solucio 2 (–) DEDUÇÕES (2.1 + 2.2 + 2.3) 2.1 Devolução de Vendas nar sua neces2.2 ICMS sobre Vendas sidade na hora e da forma que 3 (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA – ROL (1 – 2) ele necessita é o 4 (–) CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS – CMV grande dif eren cial competiti 5 (=) LUCRO BRUTO (3 – 4) vo do mercado 6 (–) DESPESAS OPERACIONAIS (6.1 + 6.2 + 6.3) atual. 6.1 Despesas com Vendas Ter uma es6.2 Despesas Financeiras tratégia bem 6.3 Despesas Administrativas def inida , com 7 (=) LUCRO OPERACIONAL (5 – 6) objetivos e metas claros, torna 8 (+) OUTRAS RECEITAS se fundamental 9 (–) OUTRAS DESPESAS para a empresa gráfica. Esse seg10 (=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IR E DA CS (7 + 8 – 9) mento está evo 11 (–) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL luind o rapidamente para um 12 (=) LUCRO OU PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (10 – 11) horizonte mais amplo de atendimento às necessidades de comu- Modelo básico de uma DRE. nicação dos seus clientes, e não apenas a venda de material impresso. Não se pode deix ar de lado o controle dos custos, mas é importante trabalhar para a inovação com criatividade e buscar atender o cliente com soluções que englobem todas as suas necessidades, incluindo o devido valor que a indústria gráfica agrega. José Pires de Araujo Júnior é professor de
graduação e pós-graduação na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica. VOL. III 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
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GESTÃO AMBIENTAL
Marta Vaz e José Pires de Araújo Jr.
Os três pilares da sustentabilidade
O
desenvolvimento sustentável é hoje um objetivo global, envolvendo or ganizações não governamentais, em presas privadas, governos e a socie dade em geral. Construir processos sustent áveis implica em realiz ar, sistematicamente, ações que visam não só a preservar os ecossistemas e a bio diversidade, mas também a melhorar as condições socioeconômic as das comunidades nas quais a organização está inserida. Um grande número de ferramentas, incluindo diversas certificações, está disponível para o gestor que deseja produzir de forma sustentável. No en tanto, a sustentabilidade apoia-se sempre em três pilares: o econômico, o social e o ambiental. As certificações ambientais
Sistemas de certificação, com sua abrangência ou limitação, podem prover uma estrutura operacio nal para verificar se os produtos são manufatura dos, processados e distribuídos de maneira sustentá vel. Uma certificação adequada pode criar diversas vantagens para a empresa, como: ◆◆Participação em mercados mais seletivos ◆◆Melhoria contínua de desempenho ◆◆Melhoria da relação da organização com seus fornecedores. Principais certificações FSC – Forest Stewardship Council (Conselho de Ma nejo Florestal), criado em 1993. Através dele foi cria da uma certificação, ou selo, que estabelece requisi tos de sustentabilidade para os produtos florestais a partir de 10 princípios e 57 critérios. Inclui a ava liação das plantações e de rastreabilidade da cadeia de fornecimento de produtos florestais. ISO 14001 – Criada em 1993, a norma da Interna tional Org aniz ation for Stand ardiz ation estabe lece requisitos de um sistema de gestão ambien tal com foco na melhoria contínua e prevenção da poluição. 60 TECNOLOGIA GRÁFICA
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OHSAS 18001 – Criada por um grupo de certifi cadoras internacionais, a norma estabelece requi sitos para controle da saúde ocupacional e segu rança dos colaboradores com foco na prevenção e melhoria contínua. SA 8000 – Criada em 1997, a norma é baseada na Declaração Universal dos Direitos Humanos e nas Convenções da Organização Internacional do Tra balho. Estabelece requisitos para atendimento de critérios, como não utilização de mão de obra in fantil e forçada, discriminação, práticas disciplina res e remuneração, horários de trabalho, direito à associação, livre negociação e saúde e segurança. ISO 26000 – Concluída em 2010 pela International Organiz ation for Standardiz ation, apresenta dire trizes de responsabilidade social (sem ter caráter de sistema de gestão) e orient a organizações de diferentes portes e naturezas (pequenas, médias e grandes empresas, governos e organizações da so ciedade civil, entre outras) a incorporá-las em sua gestão, e não somente às empresas. A ISO 26000 utiliza a termologia responsabilidade social (RS), e não responsabilidade social empresarial (RSE). GLOBAL G.A.P. – Criada pelos varejistas europeus para controle de sua cadeia de fornecimento de produtos primários, como café, frutas, flores, car nes, está baseada no atendimento de critérios am bientais, sociais e de saúde e segurança. Os objetivos dos programas de certificação não são criar barrei ras não tarif árias para o processo de internaciona lização, mas sim mostrar às comunidades compra doras que as empresas estabeleceram e cumprem regras mínimas de conduta. Meio ambiente
A crescente preocupaç ão com o meio ambiente tem levado empresas no mundo todo, inclusive no Brasil, a buscar alternativas de produção mais lim pa e matérias-primas menos tóxicas, a fim de re duzir o impacto de seus processos. Segmentos da
sociedade, conscientiz ados quanto aos problemas ambientais, têm induzido essas empresas a buscar uma relação mais sustentável com o meio ambien te. Aceita-se cada vez menos a exacerbação do lu cro obtido à custa do comprometimento do meio ambiente. Diante disso, a indústria tem sido força da a investir em modificações de processo, aperfei çoamento de mão de obra, substituição de insumos, redução de resíduos e racionaliz ação de consumo de recursos naturais. Responsabilidade social
Ela nasce de um contexto internacional em que te mas como direitos humanos, direitos do trabalhador, meio ambiente e desenvolvimento sustentável ga nham vulto na discussão entre os países-membros das Nações Unidas, resultando em diretrizes que, de certa forma, orientam a formulação conceitual da Responsabilidade Social Empresarial – RSE . Esse tema, bem como o da preservação am biental, consagrou-se como preocupação das Na ções Unidas a partir da Conferência Rio’92. Desde aquela época, intensificou-se a discussão interna cional e aumentou o número de convenções sobre o meio ambiente, que se somaram a outros acor dos já existentes. A partir disso, a ONU criou uma série de diretrizes sobre as questões de responsa bilidade social, dando aos governos poderes para que estes possam exigir das organizações o respei to pelos direitos humanos, pela soberania e pelo desenvolvimento econômico local. Economia
Segundo o conceito mais amplo de sustentabilida de, não basta a uma empresa simplesmente bus car o lucro. Resultados devem incluir ganhos am bientais e sociais. Isso leva as empresas a considerar, como parte integrante de um plano de negócios, a inclusão de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável dela mesma e da so ciedade. Ao mesmo tempo em que representa um desafio, a busca pela sustentabilidade pode repre sentar novas oportunidades de negócios. A ten dência de os consumidores preferirem produtos e serviços sustentáveis é o exemplo mais eviden te de vantagens competitivas que podem advir de práticas sustentáveis como estratégia de negócios.
Já há alguns anos se verifica, também, uma ten dência mundial dos investidores preferirem em presas sustentáveis como destino de seus recursos. Nos Estados Unidos foi lançado, em 1999, o índice Dow Jones de Sustentabilidade (Dow Jones Sustai nability Index – DJSI), que acompanha o desempe nho financeiro de empresas líderes no campo do desenvolvimento sustentável. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) criou, em 2005, um índice semelhante ao DJSI, através do qual os investidores podem encontrar empresas socialmente responsáveis, sustentáveis e rentáveis para aplicar seus recursos. Tais aplicações, deno minadas Investimentos Socialmente Responsáveis (SRI), consideram que empresas sustentáveis geram valor para o acionista no longo prazo, pois estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais. Essa demanda veio se forta lecendo ao longo do tempo e hoje é amplamente atendida por vários instrumentos financeiros no mercado internacional. Iniciativas de sustentabilidade no setor gráfico
O setor gráfico brasileiro, que completou 200 anos de existência em 2008, abrange um universo de pelo menos 19 mil empresas, responsáveis por cerca de 220 mil empregos diretos e faturamento girando em torno de R$ 23 bilhões. No Estado de São Pau lo existem 6.172 gráficas, que empregam cerca de 90 mil pessoas e faturam R$ 15 bilhões. Apesar de diversas iniciativas de empresas e ins tituições no sentido de implementar métodos de produção mais limpa e de destinar corretamente seus resíduos, a indústria gráfica brasileira, de um modo geral, ainda está pouco consciente da sua im portância e sua responsabilidade com as ações sus tentáveis. Essa tomada de consciência e de atitude é dificultada pelo fato de a grande maioria das gráfi cas ser composta por micro e pequenas empresas, com gestão pouco prof issionaliz ada. Marta Vaz é empresária do setor gráfico e aluna
do curso de pós-graduação da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica. José Pires de Araújo Jr. é professor de graduação e pós-graduação na mesma escola.
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CURSOS
Cursos ABTG Julho Custos e Formação do Preço de Venda Data: 11 a 14 de julho Horário: 18h45 às 21h45 Instrutor: Flávio Botana Investimento: R$ 320,00 para asso ciados ABTG, Abigraf, Abraform, Sin grafs e A biea; R$ 420,00 para não asso ciados e R$ 220,00 para estudantes.
Fechamento de Arquivos para a Indústria Gráfica Data: 19 de julho Horário: 9h às 18h Instrutor: Ricardo Minoru Investimento: R$ 290,00 para associa dos ABTG, Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 390,00 para não associa dos e R$ 190,00 para estudantes.
Agosto Produção Gráfica Data: 2 de agosto Horário: 9h às 18h Instrutor: Ana Cristina Pedrozo Investimento: R$ 290,00 para associa dos ABTG, Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 390,00 para não associa dos e R$ 190,00 para estudantes.
Problemas e Soluções na Pós‑Impressão Data: 9 a 11 de agosto Horário: 18h45 às 21h45 Instrutor: Jairo Alves Investimento: R$ 320,00 para asso ciados ABTG, Abigraf, Abraform, Sin grafs e A biea; R$ 420,00 para não asso ciados e R$ 220,00 para estudantes.
Escola de Vendas II Data: 16 de agosto Horário: 9h às 18h Instrutor: Auro Aldo Gorgatti Investimento: R$ 290,00 para associa dos ABTG, Abigraf, Abraform, Singrafs e Abiea; R$ 390,00 para não associa dos e R$ 190,00 para estudantes.
Custos e Formação do Preço de Venda Data: 27 de agosto a 3 de setembro Horário: 9h às 16h Instrutor: Flávio Botana Investimento: R$ 320,00 para asso ciados ABTG, Abigraf, Abraform, Sin grafs e A biea; R$ 420,00 para não asso ciados e R$ 220,00 para estudantes.
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Cursos Senai APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL PhotoShop para Pré‑Impressão (32h) – R$ 564,00
Sábados: 23/7 à 10/9 e 1/10 a 3/12 das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisito: comprovar conhecimen tos e experiências anteriores referen tes à editoração eletrônica, adquiri dos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
InDesign para Pré‑Impressão (32h) – R$ 510,00
Sábados: 23/7 à 10/9 e 1/10 a 3/12 das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisito: comprovar conhecimen tos e experiências anteriores referen tes à editoração eletrônica, adquiri dos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Montagem Eletrônica e Operação de Equipamentos Computer to Plate (CtP) (40h) – R$ 1.065,00
Sábados: 23/7 à 20/8 e 22/10 à 3/12 das 8h às 17h Requisito: comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à utilização de softwares para editora ção eletrônica e fechamento de ar quivos, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Produção Gráfica (32h) – R$ 480,00
Sábados: 30/7 à 17/9 e 1/10 a 3/12 das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisito: comprovar conhecimen tos e exp eriências anteriores refe rentes à área gráfica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Tratamento de Imagens (32h) – R$ 582,00
Sábados: 30/7 à 17/9 e 1/10 a 3/12 das 13h às 17h Requisito: comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à utilização de softwares para pré im pressão, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Diagramação e Ilustração Digital (70h) – R$ 1.015,00
Sábados: 30/7 à 10/12 das 8h às 12h Requisito: comprovar conhecimen tos e experiências anteriores referen tes à editoração eletrônica, adquiri
dos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Densitometria Aplicada aos Processos Gráficos (32h) – R$ 510,00
Sábados: 30/7 a 17/9 e 1/10 a 3/12 das 13h às 17h Requisito: comprovar conhecimen tos e exp eriências anteriores refe rentes à produção gráfica, adquiri dos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Preparação de Tintas para Serigrafia (20h) – R$ 464,00
Requisito: comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à serigrafia, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Impressão Offset em Máquina Quatro Cores (60h) – R$ 1.174,00
Sábados: 23/7 à 10/9 das 8h às 17h e 1/10 à 3/12 das 8h às 17h Requisito: comprovar conhecimen tos e exp eriências anteriores refe rentes à impressão offset, adquiri dos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Tecnologia de Impressão Offset (40h) – R$ 540,00
Sábados: 30/7 à 27/10 das 13h às 17h e 1/10 a 5/11 das 08h às 17h Requisito: comprovar conhecimen tos e exp eriências anteriores refe rentes à impressão offset, adquiri dos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Tecnologia de Embalagens Celulósicas (40h) – R$ 617,00
Requisito: comprovar conhecimen tos e exp eriências anteriores refe rentes à área gráfica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Tecnologia de Embalagens Flexíveis (32h) – R$ 417,00
Sábados: 30/7 à 17/9 e 1/10 à 19/11 das 8h às 12h Requisito: comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à produção de embalagens, adqui ridos em outros cursos, no trabalho ou em outros meios informais.
Tecnologia de Impressão Flexográfica Banda Estreita (40h) – R$ 753,00
Requisito: comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes
à flexografia, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou em outros meios informais.
Orçamento de Serviços Gráficos (40h) – R$ 468,00
Sábados: 23/7 a 24/9 e 1/10 a 17/12 das 8h às 12h ou 13h às 17h Requisito: ensino médio concluído e comprovar conhecimentos e expe riências anteriores referentes à área gráfica, adquirido sem outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
ESPECIALIZAÇÃO PROFISSIONAL Impressor Offset em Máquinas com Dispositivos de Cura por Radiação UV (Novo) (80h) – R$ 1.250,00
Requisito: comprovar conhecimen tos e exp eriências anteriores refe rentes à impressão offset em má quinas quatro cores, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais. Para todos os cursos: o (a) aluno (a) deverá comprovar ter 16 anos completos e ensino fundamental concluído (verificar exceções). Alunos menores de idade deverão comparecer para matrícula acompanhados por responsável. Apresentar cópia do histórico ou certificado do ensino fundamental, RG, CPF, comprovante de residência e comprovantes do pré-requisito para simples conferência. A Escola Senai reserva-se o direito de não iniciar o programa se não hou ver o número mínimo de alunos inscritos. A programação, com as datas e valores pode ser alterada a qualquer momento pela escola. A Escola atende de 2‒ª a 6‒ª, das 8h às 21h, e aos sábados das 8h às 14h.
Escola Senai Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 (Mooca) 03162-030 São Paulo SP Tel. (11) 2797.6333 Fax: (11) 2797.6307 Senai-SP: (11) 3528.2000 senaigrafica@sp.senai.br www.sp.senai.br/grafica
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