ANO XV Nº 80 VOL. V 2011 ISSN 1678-0965
A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO
Especial
R E V I S TA te c n o l o g ia g r á f i c a 8 0
Os 40 anos da Escola Senai Theobaldo De Nigris
Entrevista
Walter Vicioni, diretor regional do Senai-SP, fala da formação do profissional do futuro
Tutorial Como construir arquivos no Illustrator para a aplicação de verniz com reserva
Drupa Media Partner
Tendências na impressão de grandes formatos
Volume V – 2011 Publicação bimestral da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica e da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, Rua Bresser, 2315 (Mooca), CEP 03162030 São Paulo SP Brasil ISSN: 1678-0965 www.revistatecnologiagrafica.com.br ABTG – Telefax (11) 2797.6700 Internet: www.abtg.org.br ESCOLA SENAI – Fone (11) 2797.6333 Fax (11) 2797.6309 Presidente da ABTG: Reinaldo Espinosa Diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris: Manoel Manteigas de Oliveira Conselho Editorial: Andrea Ponce, Bruno Mortara, Enéias Nunes da Silva, Manoel Manteigas de Oliveira, Plinio Gramani Filho, Reinaldo Espinosa, Simone Ferrarese e Tânia Galluzzi Apoio Técnico: Vivian de Oliveira Preto Elaboração: Clemente e Gramani Editora e Comunicações gramani@uol.com.br Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159.3010 gramani@uol.com.br Jornalista Responsável: Tânia Galluzzi (MTb 26897) Redação: Letânia Menezes Revisão: Giuliana Gramani Projeto Gráfico: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosária Scianci Foto da capa: AGE Fotostock/ AGB Photo Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão: Senai Theobaldo De Nigris Acabamento: Stilgraf Laminação, Hot Stamping: (fitas MP Brasil): UVPack Acabamentos Especiais Papel: couché fosco Nevia APP 90 g/m² (miolo) e couché fosco Nevia APP 170 g/m² (capa), fornecidos pela Cathay BR Assinaturas: 1 ano (6 edições), R$ 54,00; 2 anos (12 edições), R$ 96,00 Tel. (11) 3159.3010 Cathay-GuiaEspecialExpoprint-Abigraf247-c.indd 3
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Apoio
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4 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. V 2011
Escola Senai Theobaldo De Nigris, 40 anos dedicados à indústria gráfica paulista
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indústria gráfica, em seus 200 anos de atividades no Brasil, tem acompanhado o crescimento da economia nacional, mostrando que também é um setor de grande importância: representa 3% do PIB industrial, sendo responsável pela geração de mais de duzentos mil empregos diretos. Para 2011, a projeção é de que o setor feche o ano com faturamento 3% maior. Animador para o mercado nacional, muito mais para São Paulo, Estado que detém 46% da produção gráfica brasileira. Nossas 6.122 gráficas empregam hoje cerca de 100 mil funcionários. E, só no período de dezembro de 2009 a novembro de 2010, o Estado gerou 5.600 novos empregos no setor. É neste cenário dinâmico e promissor que se inserem as Escolas Senai Theobaldo De Nigris e Felício Lanzara. Essas duas, juntamente com a Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, ocupam uma área de 16 mil m² e formam um centro tecnológico único no mundo, onde todas as etapas da cadeia de produção gráfica são contempladas, desde a fabricação da celulose até o acabamento e a restauração de documentos em papel. Até aqui, já são quatro décadas dedicadas à indústria gráfica paulista, acompanhando toda a evolução tecnológica do setor e, assim, formando profissionais altamente qualificados, prontos para atuar no segmento e contribuir para o seu crescimento. Assim como é importante olhar para o futuro e continuar investindo em equipamentos e capital humano, almejando sempre o desenvolvimento do País, devemos igualmente olhar para o passado, valorizando a história e observando as nuances que nos trouxeram até o patamar em que estamos hoje. Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.
Sumário 16
Escola Senai Theobaldo De Nigris completa 40 anos
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Walter Vicioni aborda os desafios na formação do profissional do futuro
Especial
Entrevista
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5 ª‒ Conferência da Abro discute as oportunidades para a impressão rotativa Abro
Etiquetas de identificação por radiofrequência
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Gestão
Tipografia
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Normalização
Como Funciona
Produção de matrizes de tipos de metal – Parte II
O que é e para que serve o código QR
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Adaptação de ilustrações através do processo de flocagem
54
Verniz reserva no Illustrator
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Notícias Produtos Cursos
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ANO XV Nº 80 VOL. V 2011 ISSN 1678-0965
A REVIS TA TÉCNI CA DO SETOR GRÁFI CO BRAS ILEIRO
EspEcia
l Os 40 anos da Escola Senai Theobaldo De Nig ris
Acabamento
Tutorial
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R E V I S TA T Ecnolog
O daltônico no gerenciamento de cor
Entrevis ta
Walter Vicioni, diretor regional do Sena fala da formação i-SP, profissional do do futuro
Tuto rial Como construir arquivos no Illust para a aplicação rator verniz com reser de va
Capa: ilustração de Cesar Mangiacavalli
Drup a Med ia Part ner
Tendências na impressão de grandes formatos
NOTÍCIAS
Nova turma de Planejamento e Produção de Mídia Impressa
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Paulo Skaf homenageia José Mindlin no Senai de Barueri
presidente da Fiesp, Paulo Skaf, prestou homenagem póstuma no dia 21 de outubro ao empresário e biblióf ilo José Ephim Mindlin, que se tornou patrono da Escola Senai de Ba rueri. A iniciativa é um reconhe cimento à trajetória empresarial e enorme contribuição na área de cultura do advogado que se tornou, na década de 60, um dos mais bem-sucedidos em presários do País e, mais tarde, um grande incentivador da li teratura e cultura. “José Mindlin foi um grande empresário, de sucesso, que esteve à frente do seu tempo. Ele já discutia inova ção há 40 anos, e para nós é um orgulho e um privilégio nomear a Escola Senai de Bar uer i em sua homenagem porque tudo aquilo que Mindlin simboliza, essa escola do Senai representa para a cultura: educação e espí rito inovador”, reconheceu Skaf. “É muito emocionante receber em nome do meu pai essa ho menagem tão especial. Particu larmente acho apropriado a es cola receber o nome dele, que 6 TECNOLOGIA GRÁFICA
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sempre foi uma pessoa volta da para a cultura e tecnologia”, afirmou, emocionado, Sérgio Mindlin que, ao lado da irmã, Sonia Mindlin, representaram a família do empresário. Prestigiaram a cerimônia os alunos do Senai; o prefeito de Barueri, Rubens Furlan; a pre feita de Jandira, Anabel Sabati ne; vereadores da região; Car los Eduardo Moreira Ferreira, presidente emérito da F iesp e do C iesp; e Walter Vic ioni, superintendente oper acional do Sesi- SP e diretor regional do Senai-SP. José Mindlin exerceu a pro fissão de advogado até o início da década de 50, quando, ao lado de outros sócios, fundou a empresa Metal Leve, dedicada à produção de pistões automo tivos. Em 1960, ocupou a vice- presidência da Fiesp. Em 1965, construiu em sua casa o primei ro espaço destinado a abrigar sua vultosa biblioteca, paixão iniciada quando crianç a e ali mentada nas livrarias do cen tro de São Paulo. Na década de
70, patrocinou a reediç ão de diversas revistas importantes, como a Revista de Antropofagia, a Revista do Salão de Maio e a Verde, além de livros de arte e literatura. Em 1975, foi nomeado secre tário da Cultura, Ciência e Tec nologia do Estado de São Paulo, atuando diretamente na publi cação e reedição de títulos im portantes da literatura nacional. Paralelamente, promoveu me lhorias na Pinacoteca do Esta do, no Arquivo Público e na Or questra Sinfônica do Estado de São Paulo. Abandonou o cargo no ano seguinte, em protesto contra o assassinato do jornalis ta Vladimir Herzog (1937-1975), por ele escolhido para ocupar o cargo de chefe do Departamen to de Jornalismo da TV Cultu ra. Foi eleito membro da Aca demia Brasileira de Letras (ABL) em 2006, ocupando a cadei ra número 29. Em 2009, doou parte de seu acervo de mais de 40 mil livros para USP. José Min dlin faleceu no ano passado, em São Paulo.
sp ec ialm ent e planeja do para profissionais das áreas de produção gráfica, criaç ão, publicidade, pro paganda, market ing e co municação, o programa de pós-graduação Planejamento e Produção de Mídia Impressa também é de gran de valia para quem já atua no segmento gráfico e dese ja ampliar e aprofundar suas competências na produção gráfica. Durante o curso o aluno aprende a identificar, planejar e monitorar todas as etapas do fluxo produtivo, adequadas à fabricação dos mais importantes produtos da indústria gráfica; interpre tar as tendências de evolução tecnológica dos processos de produção; avaliar a ade quação de matérias-primas e insumos para o projeto de produtos gráficos e realiz ar análise de custos e de viabili dade econômica de projetos de produtos gráficos. O programa abrange os mais importantes proces sos de produção dos diver sos produtos da indústria gráfica e inclui demonstra ções práticas na Escola Senai Theobaldo De Nigris. Investimento: 18 parcelas de R$ 525,00 Duração: 360h em 18 meses Aulas aos sábados, das 9h às 16h Início: 28/1/2012
Novo curso de Pós‑graduação: Projeto e Produção de Embalagens Flexíveis
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Faculdade Senai de Tecno logia Gráfica continua a ex pandir sua oferta de cursos de pós-graduação lato sensu, ago ra com um programa especial mente desenvolvido para profis sionais que atuam no segmento de embalagens flexíveis e para es tudantes que querem prepararse para iniciar carreira nessa área. Desenvolver embalagens, consi derando o produto a ser embala do, planejar, coordenar e contro lar os processos de produção de embalagens flexíveis, no que se refere às etapas de pré-impres são, impressão e pós-impressão são competências desenvolvidas neste programa. A grade do curso inclui os se guintes módulos: ◆◆ Design de embalagens (30 horas) ◆◆ Materiais (45 horas) ◆◆ Processos de conversão (90 horas) ◆◆ Custos e negociaç ão (45 horas)
Gestão da produção (30 horas) ◆◆ Gestão da qualidade (30 horas) ◆◆ Embalagem e sustentabilidade (30 horas) ◆◆ Desenvolvimento de embalagens flexíveis (30 horas) ◆◆ Desenvolvimento e gestão de projetos (30 horas) Contando com corpo docen te de alto nível, o curso será de senvolvido combinando aulas teóric as e demonstrações prá ticas na Theob ald o De Nigris. Os candidatos devem comprovar a conclusão de um curso de ní vel superior, em áreas tecnológi cas de design, ciências exatas ou de administração ou em outras áreas desde que demonstrem ex periência anterior no segmento de embalagens flexíveis. ◆◆
Investimento: 18 parcelas de R$ 525,00 Duração: 360h em 18 meses Aulas aos sábados, das 9h às 16h Início: 4/2/2012
Faculdade Senai abre inscrições para curso a distância
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curso Gestão da Produção na Indústria Gráfica é um programa de extensão universitária que tem como foco a busca da excelência oper acional, o aumento da produtividade, a redução de custos e o atendimento às necessidades dos clientes. Definir estratégias de ope rações como vantagem com petitiva, desenvolver ferra mentas de relacionam ento com clientes e fornecedores, tomar decisões na gestão dos processos e gerenciar mudan ças provocadas pela inserção de novas tecnologias são al gumas das competências de senvolvidas neste programa, destinado a profissionais do segmento gráfico. O curso está estrutura do com base na metodolo gia de formação por compe tências e será desenvolvido a distância, em plataforma
de ensino online. A flexibili dade do ensino a distância possibilita que interessados de qualquer reg ião do País ou do ext er ior possam ter acesso a este curso. Para se inscrever no pro grama os interessados de vem comprovar que estão matriculados em um curso sup erior ou que já concluí ram esse nível. Devem tam bém ter acesso à internet e conhecer as ferramentas do pacote Office. Embora a dis tância, o programa é condu zido por um professor que orient a e acompanha todo o desenvolvimento dos es tudantes. O número de alu nos por turma é limitado, de modo que cada um possa re ceber a atenção necessária do docente. Investimento: R$ 1.300,00 Duração: 80h Início: 6/2/2012 Término: 16/4/2012 VOL. V 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
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15º- Congraf discute os desafios impostos pelas mídias digitais
á um consenso em torno do fato de que a indústria gráfica terá de se reinventar para responder às novas demandas de comunicação criadas a partir da consolidação das mídias e tec nologias digitais. E saber exata mente como sobreviver a estas mudanças parece ser o grande desafio imposto ao setor. A ver dade, entretanto, é que há mais oportunidades do que ameaças no meio dessa encruzilhada. Esta foi uma das conclusões centrais do 15º‒ Congresso Brasi leiro da Indústria Gráfica (Con graf), realiz ado entre os dias 8 e 11 de outubro na cidade par a naense de Foz do Iguaçu, reali zado pela Abigraf Nacional, em parceria com a Abigraf Regional Paraná, com o apoio técnico da ABTG . Nos quase quatro dias de palestras, reuniões e muitas tro cas de experiências, mais de 500 congressistas puderam refletir so bre os rumos da indústria gráfica no Brasil e no mundo. Muito lon ge da resignação ou do desânimo que a situação poderia suscitar, os sentimentos predominantes du rante o encontro foram de u nião e de otimismo diante das pers pectivas para o setor. “A indústria gráfica está numa encruzilhada, e esse congresso capta bem o mo 8 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. V 2011
mento. Porque, como toda en cruzilhada, ela pode represen tar tanto ameaças como grandes oportunidades”, resumiu, na aber tura do encontro, o presidente interino da Confederação Lati no-Americana da Indústria Grá fica (Conlatingraf), Mário César Martins de Camargo, que liderou a assembleia geral da entidade durante o congresso, com a par ticipação de representantes das indústrias gráficas do Brasil, Ar gentina, Chile, Paraguai e Uruguai. A própria mudança concei tual que marcou a concepção do evento refletiu o momento des crito por Mário César. Pela pri meira vez, a grade de palestrantes deixou as discussões de aspectos cotidianos da indústria um pou co de lado para olhar de manei ra mais abrangente para o futuro de toda a cadeia da comunica ção impressa. Para o presiden te da ABTG , Reinaldo Espinosa, mais do que apresentar respos tas, a proposta do encontro era suscitar a discussão. Quem assistiu à maioria das palestras pôde deixar o Con graf com algumas boas conclu sões sobre os rumos do setor. Para o consultor gráfico Hamil ton Terni Costa, que apresentou uma palestra com o sugestivo
nome de “O futuro da gráfica e a construção de valor nas rela ções comerciais”, as empresas que conseguirem ser mais do que for necedores estarão a meio cami nho do sucesso nesse novo ce nário. Nesse sentido, explicou Hamilton, é importante que as gráficas se insiram no processo de comunicação de seus clientes. “Ser parte do processo é gerar demanda, inclusive aquelas que não existiam antes, desenvolver produtos e soluções que o clien te nem imaginava que precisaria”, exemplifica o consultor. Em meio a tantos desaf ios e oportunidades, o 15º‒ Congraf provou, acima de tudo, a capa cidade de mobilização do setor gráfico. Liderado pelo presidente da Abigraf Nacional, Fabio Arru da Mortara, o evento foi promo vido pela Abigraf Nacional em parceria com a Abigraf-PR, e con tou com apoio técnico da ABTG. Além do Paraná, representantes de 17 regionais estiveram presen tes no congresso: Bahia, Distri to Federal, Espírito Santo, Goi ás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Per nambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Gran de do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Mortara também presidiu uma reunião com os presiden tes das regionais da Abigraf e de sindicatos da indústria gráfica de 15 estados, em plena tarde de domingo. No encontro, os diri gentes discutiram soluções para a ampliação do projeto Semana de Artes Gráficas, da ABTG , para todos os estados onde a Abigraf possui representações. O maior exemplo da união do setor veio, contudo, da apro vação da Carta de Foz do Iguaçu (veja box), que encerrou o con gresso. O documento, que apon ta os caminhos pelos quais a in dústria gráfica brasileira pode contribuir para a erradicação da miséria no Brasil, foi assinado por todos os presidentes regio nais da Abigraf presentes no en cerramento do evento. A carta traz, ainda, um apelo de toda a indústria gráfica em prol da am pliaç ão dos investimentos em educação no Brasil. Desta for ma, a Abigraf tornou-se a pri meira entidade representativa da indústria brasileira a apoiar a meta de investimento de 10% do PIB em educação, propos ta atualmente em discussão no âmbito do Plano Nac ional de Educação, em tramitação no Congresso Nacional.
Pensando no futuro? Nós podemos ajudá-lo. Formação inicial e continuada, pós-graduação e extensão universitária
Pós - graduação
Formação inicial e continuada
Projeto e produção de embalagens flexíveis (NOVO)
Meio oficial impressor flexográfico banda larga
Tecnologia de impressão offset: qualidade e produtividade
Impressor flexográfico banda larga
Planejamento e produção de mídia impressa
Fechamento de arquivos
Gestão inovadora da empresa gráfica
Pré-impressão digital para flexografia
Extensão Universitária Gestão da produção na empresa gráfica (Curso a distância) Otimização do processo offset para a qualidade e produtividade Controle de processo na impressão offset Gestão da qualidade na indústria gráfica Green belt estratégia lean-seis sigma Gestão estratégica da indústria gráfica
Colorimetria aplicada aos processos gráficos Tecnologia de embalagens celulósicas Tecnologia de embalagens flexíveis Tecnologia de impressão flexográfica banda larga Preparação de tintas líquidas Gerenciamento de cores Colorimetria aplicada aos processos gráficos
Gestão estratégica de pessoas Marketing industrial
Inscrições abertas! Visite nosso site Faculdade SENAI de Tecnologia Gráfica e Escola SENAI Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 - Tel: 2797-6300/6301/6302/6303 - www.sp.senai.br/grafica
Iguaçu o d z o F e d a t r a C
m e a c i f á r g a i r t s dú Manifesto da inlv imento brasileiro prol do desenvo
destes os fornecedores e tr en ão tiç pe ultar a com os para cima. so Bra e dific pressiona os preç a º id 5 ‒ Congres 1 ed isentar m no , a , çu os ua m do Ig is insu à educação seria ria o st ul du tím in , es af eunidos em Foz de gr a on impostos , Outra medid ria Gráfic a – C por res de todos os la m co ra es va is ro ia sileiro da Indú st ap er s, at ileira por par os e m s as regiões bras ando a compra da os cadern l da lit ia ci c to i fa of e de , la o os st ce ic cu an áf u gr mbém, o o se sob a ch Defendemos , ta te documento, m barateand a. es co e nd de re ad o id or iss im en an m om un icípios compr ílias de blicas nos mun se te de fam al, em apoio ao pú n us as io c c Ro e a t a N lio ilm af b D gr bi bi te de A ção mil ha esiden para cada trinta ão a implanta reiterado pela pr a aç iz um an de rg o O im da ín al bater a miséria, Ger 10% do brasileiros, no m 66ª‒ Assembleia iro propõe que ile as br o ic áf gr o. ff na abertura da tembr bitantes . O setor . das, em 21 de se as graves crises te o em educação das Nações Uni an ante ao as ez rt ce in B seja investid PI de to fator condicion n en o te tr en om s, ou ia e, d pe ú ro Neste m sa eu s da rimos a açõe No âmbito lor os Unidos e em n o da miséria, suge va çã u ca se di ra de er ém de al a fiscais nos Estad iva, met gens dos usão social intens sobre as embala ca sucesso da er es m nt de do ci to in en os im st demos que a incl alec dos remé de impo ribuirá para o fort ratearia o custo ções isenção la ba ci a os id às ed s m ei l ív Ta humanitário, cont et susc gens dos entos. ando-nos menos s de medicam lica-se às embala ai ap m io n de í c a c io i c m ra ô do interno, torn n o eco a pesada mesm ascensão socio sta básica. Sem ou a dios . O ce ov a pr m em co põ os m an internacionais. A co os eço dos que asileiros nos últim os produtos s positivos no pr xo em ss fle rá re pe ria su ve e ha qu , 40 milhões de br ia para o objeto carga tributár se, contribuindo elevação tem sid de a . ci 08 ên 20 nd e te correção dessa te d ise s Nações s, cuja pido e ef icaz a cr Organiz ação da a se alimento da es nt ão ç va a le p u re c as eo de modo mais rá m nte pr ainda tem proble tação (FAO). to de cresce Contudo, o País icultura e Alimen ências a serem gr d i A v o ra pr lha de pa pa s as e da tr ni os . Den pro U soneração da fo ia de de a ca a, à nd a ai , ad rem solucionad os lig sé de núme Defendem s mais premente alidade um gran ica de bl rm fo pú à ão ria aç va uc madas , uma da le ed :a , que produção, icação impressa s de gamento ria os custos de ea do t a ta r ili ba ib e ss s po re dutiva da comun im do iros ro de trabalha mais acessíveis. todos os brasile odutos gráf icos qualidade para pr em do ial. Por isso, tin . es fle rticular tro desafio cruc progra re ou s é do da ão vi ç pagar escolas pa lia da p e m juros di Qualidad propomos a am s de crédito, co o em ha nt lin ta s, de ro Nesse sentido, ão liv ç ia de cr as limpa nas omos a entais de compr tos em produção ros. En prop en ne im gê st e ve in os ul mas governam ra tít pa dos, com isso, e plares , quanto de enta ferencia s, preocupa-se po em m pl te im já há , , número de exem ão or et us O s sponibilida um avanço a incl das gráf ic as . aram. Porém, a di ém ic al l, rif ra ve ge se e já ss tendemos como s re ço te pequenas s avan literatura e de in que milhares de nheci muito ria co ta ili do ib e ss ad po da, de obras de id rs os ve curs l, pudessem do, a imensa di para de de re rque empresaria ço pa pa e ss es ne re ia ab didáticas . Contu or o ai ne m do contemporâ stentabilidade. ais gráf icas , a cebam gama m mento no mun ão de casa da su re liç as sa ic es bl ancia a con ar pú z i l s a la re s esco opostas consubst compra pr a as a d ss lia no p que os alunos da de am r to Brasil melhor. O conjun Também deve se a em favor de um s, borra ic pi áf lá , gr os ria rn st ampla de livros. de dú in ca saúde e meio ção da lar básico, como duais e tribui imentado, com al ta o, es ad os uc rn de material esco ed ve , go lto ais racia e do de Povo cu gerimos que m ência da democ s es a é el cha e régua. Su áv o. ud rç fo iséria . iente sa jem-se nesse es r um país sem m po s noss os amb a do sc to bu a al en municipais enga , n em to cr vimen Abigraf Nacion a para o in pel im senvol pa de a Contr ibuiria aind , it ná tr ra es Pa irr Foz do Iguaçu, ionais a ofer ta re cém- a , im ss . A 11 padrõe s educ ac l. 20 ia r o de se gm ento edit 11 de outubro ão para aç rt po im po rt ado para o de ia a de licença prév a. Ao restringir adotada exigênci deveria ser revist s éi p pa de os alguns tip
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VOL. V 2011
Empresas de 12 estados concorrem ao conta‑fios dourado
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este ano, 102 empresas, re presentadas por 284 pro dutos passaram para a segunda fase do Prêmio Brasileiro de Ex celência Gráfica Fernando Pini, concorrendo em 60 categorias (distribuídas em 11 segmentos). No total, 164 gráficas, de 14 es tados, inscreveram 950 peças. Ainda serão distribuídos três prê mios de Atributos Técnicos do Processo — chamados de Grand Prix —, que conferem a Melhor Impressão, o Melhor Acabamen to Cartotécnico e o Melhor Aca bamento Editorial entre todos os
produtos finalistas. O concurso também entrega prêmios para fornecedores do setor gráfico em 13 categorias. No ano passado, 1.285 pro dutos, inscritos por 175 empre sas, participaram da primeira fase do concurso. “As gráficas estão cada vez mais seletivas no momento da escolha dos materiais que enviarão ao con curso. Podemos perceber isso pela elevação no padrão mé dio das peças em todas as ca tegorias”, afirma Francisco Ve loso, coord enad or do Prêmio Fernando Pini. Esse aumento na qualidade dos trabalhos per meou praticamente todas as
categorias, segundo o coorde nador, com destaque para re vistas, livros e embalagens, que brilharam em função da diversi ficação dos recursos de enobre cimento aplicados e do uso de materiais diferenciados. Uma novidade no regula mento da edição 2011 do con curso foi a exclusão da categoria de impressão digital em função da maturidade da tecnologia. “Anteriormente, havia uma dife rença clara entre o que era im pressão digital e offset, dispari dade que não existe mais. O que fizemos foi só adequar o con curso à realidade do mercado”, explica Veloso.
Outra inovação foi o uso do tablet da Apple como platafor ma de pontuaç ão na primeira fase do julgamento, que ocor reu no início de outubro. Cada jurado usou o iPad de forma in dividualizada, possibilitando que as notas fossem computadas em tempo real, evitando a transcri ção das avaliações e conferin do maior segurança e rapidez ao processo. A segunda etapa acon teceu nos dias 9 e 10 de novem bro. Os vencedores serão conhe cidos no dia 22 de novembro, em festa comandada pela jornalista Izabella Camargo no Expo Barra Funda, em São Paulo, e encerrada com show de Lulu Santos.
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VOL. V 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
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PRODUTOS
Impressora de cartões e sistema de corte a laser são as novidades da Akad
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Tidland apresenta suporte eletrônico de facas no ABTCP 2011
urante o ABTCP 2011, 44º‒ Congresso e Exposição In ternacional de Celulose e Papel, realiz ado em outubro, a Tidland apresentou seu novo sistema de corte longitudinal (pat ent ead o), o Linking Pin System. O sistema é composto de carros de corte que deslizam sobre guias lineares e conectam-se pneumaticamente às contrafacas. Estabelecida a geometria de corte, esta não mais se modifica, resultando na redução do tempo de ajuste durante a troca de formatos.
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AIMCAL
Especializada em sistemas para desenrolamento, enrolamento e corte de materiais flexíveis, a Tidland recebeu o prêmio Tecnologia do Ano da Associação Norte-Americana de Equipamentos para as Indústrias de Conversão (AIMCAL). De acordo com a entidade, os juízes ficaram bem impressionados com os níveis de produtividade e segurança atingidos e pela redução de intervenção do operador da máquina. www.tidland.com.br
Akad ampliou sua linha de impressoras de cartões PVC com a impressora Datacard SD360. O equipamento possibilita a impressão automática frente e verso (duplex), personaliza até 200 cartões coloridos por hora ou até 830 cartões monocromáticos por hora (frente ou verso) e até 155 cartões coloridos por hora (frente e verso). Ele tem resolução de impressão de 300 dpi, 256 tons, 128 MB de memória, alimentação automática com bandeja de entrada para 100 cartões e de saída para 25 cartões (0,76 mm), além de conectividade padrão Ethernet e USB e fácil acesso para troca de suprimentos, o que representa economia de tempo e redução de desperdícios. A impressora possui um intuitivo painel de LCD para exibição de mensagens de status e prompts úteis com interface interativa, de fácil utilização com controles de toque. A Datacard SD360 também conta com a nova tecnologia de im-
pressão TrueMatch, que garante alta qualidade de impressão e cores vibrantes e nítidas. A impressora é ideal para quem imprime cartões de identificação para segurança, cartões de fidelidade e cartões de membros de faculdades, escolas, clubes e associações, entre outros. Outro lançamento é a LaserPro X380 , da GCC , um equipamento de corte a laser que pode ser utilizado para diferentes aplicações. Trata-se de uma alternativa econômica para corte a laser, por ser equipado com tubo de laser CO₂ selado com até 100 W de potência para produção. Ele possui área útil de trabalho de 960 mm × 610 mm. O equipamento conta com abertura dianteira e traseira que aumenta a possibilidade de adequar placas ou objetos com dimensões superiores às da área de trabalho. O foco principal da LaserPro X380 é o corte de materiais como acrílico, MDF, tecidos e couro. www.akad.com.br
Agfa lança solução para fluxo de trabalho em jornais
urante a Ipex Expo 2011, que aconteceu de 10 a 15 de outubro em Viena, na Áustria, a Agfa lançou sua nova solução para fluxo de trabalho em jornais, o :Arkitex Graphix RIP 9. Integrada à plataforma :Arkitex (pacote de aplicativos para ge renciamento de fluxo de traba-
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VOL. V 2011
lho para jornais), a solução traz como novidade o suporte à tecnologia :Sublima, que consiste no uso de retículas em frequência cross modulated que, em linhas gerais, permite que se mesclem as melhores características dos padrões AM e FM (estocástica) para obtenção de imagens
visualmente mais atraentes, com maior nível de detalhes e qualidade. A gama tonal obtida pode ficar entre as porcentagens de 1 a 99 para áreas de máxima e mínima (tamanhos máximos e mínimos das retículas). O novo :Arkitex Graphix RIP 9 também suporta o tra-
balho aprimorado com dados de cor, rodando em máquinas de 64 bits, podendo trabalhar com vários tipos de documentos PDF. Sua estrutura está toda bas ead a na consagrada plataforma Harlequin. www.agfagraphics.com
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Xerox lança multifuncional WorkCentre 7556 no Brasil
ançada em outubro no mercado brasileiro, a nova multi funcional a cores da Xerox Cor por ation oferece uma série de recursos para ajudar desde escri tórios de médio porte até grandes grupos de trabalho, associan do aumento de produtividade à obtenção de metas sustentáveis. A Xerox WorkCentre 7556 permite fazer impressões coloridas a uma velocidade de 45 e 50 páginas por minuto e de 45 e 55 ppm em preto e branco. Com avançada tecnologia Hi-Q LED e saí da de alta resolução para documentos coloridos e profissionais, a multifuncional copia, digitaliza, envia fax e e-mails, incluindo ainda ferramentas avançadas para
gerenciamento de documentos e fluxo de trabalho. O equipamento oferece recursos avançados e softwares que trazem melhor controle dos ne gócios e permitem a criação de documentos que tenham qualidade superior de cores. A mul tif uncional atinge resolução de 1.200 × 2.400 dpi, incorpora ferramenta de edição de cores que permite obter imagens apuradas e com colorido vibrante já na primeira impressão e servidor de impressão opcional EFI Fiery. Os benef ícios “verdes” da WorkCentre 7556 incluem driver de impressão Earth Smart, que pode ser definido para incluir a impressão frente e verso,
amostra de impressão, sem banners e impressão de 2-up, toner Xerox Emulsion Aggregate Ultra Low-Melt, que permite a fusão por indução de calor, reduzindo
o consumo de energia do equipamento e escâner em LED que consome 1/3 menos energia do que os tradicionais. www.xerox.com
LANÇAMENTO DA MÁQUINA MIRUNA MODELO 3 D2 SEMI AUTOMÁTICA A nova máquina Modelo 3 com dois cabeçotes de grampeação agora possui opção equipada com alimentador automático de revistas e empilhador de produção na saída da grampeação. Esta nova tecnologia alia a qualidade de grampeação já proporcionada pelas máquinas MIRUNA com a velocidade e a facilidade no trabalho do operador, aumentando a produtividade e garantindo maior eficiência no processo de grampeação de sua gráfica. Esta inovação da MIRUNA também contribuirá para o desenvolvimento dos profissionais da área gráfica, formados com excelência pela Escola SENAI Theobaldo de Nigris, parceira da MIRUNA. Entre em contato com os vendedores MIRUNA para saber sobre este lançamento e conheça a máquina também na feira DRUPA 2012, que acontecerá de 03 a 16 de maio de 2012 em Düsseldorf, Alemanha, no Pavilhão 12, Stand D-72.
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VOL. V V2011 GRÁFICA VOL. 2011TECNOLOGIA TECNOLOGIA GRÁFICA
NESTA CAÇA AO TESOURO ENCONTRAMOS ALGO DE MU ITO VALOR: A SUA PARCERIA. AGRADECEMOS NOSSOS PATROCINADORES POR AJUDAREM A FAZER DESSE PRÊMIO UM VERDADEIRO TESOURO. ESPERAMOS QUE PARCERIAS TÃO VALIOSAS SE RENOVEM A CADA ANO. MU ITO OBRIGADO. Patrocinadores:
Realização:
Apoio Institucional:
ESPECIAL
Theobaldo De Nigris acompanha a evolução da indústria gráfica Escola completa 40 anos e projeta aumentar em mais de 50% o número de matrículas nos próximos três anos.
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s Escolas Senai Theobaldo De Ni gris e Felício Lanzara e a Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica cons tituem o mais importante centro de tecnologia gráfica do Hemisfério Sul. São referência no âmbito do Senai, com a função de dar suporte a outras escolas, liderar o processo de inovação de currículos e propor mudanças. Hoje a Theobaldo De Nigris vive um ciclo vir tuoso de adequação às demandas do setor e às no vas tecnologias. O projeto da atual reestruturação da escola começou a ser delineado em 2006, envol vendo a instituição como um todo: reforma predial, aquisição de novos equipamentos, atualização, am pliação e criação de novos cursos, com investimento da ordem de R$ 30 milhões. Assim como a Theobal
do De Nigris, todas as demais unidades do Senai-SP estão passando por esse processo. A estrutura física da escola está sendo modifica da com o intuito de modernizar as instalações, pro porcionando mais conforto aos alunos e docentes, assim como reduzindo o impacto ambiental da uni dade e aproveitando melhor seus recursos. Os no vos espaços já estão recebendo equipamentos de última geração. Na área de impressão offset, des taca-se um equipamento que emprega tecnologia de secagem ultravioleta. Em flexografia, uma nova impressora de banda estreita com seis unidades de impressão, para rótulos e etiquetas. O acabamen to foi incrementado com linhas de lombada canoa, dobradeiras e máquinas de corte e vinco especial mente desenhadas para o segmento de embalagem.
A pré-impressão vem recebendo novos softwares e os lab or at ór ios amp liar am sua atuaç ão com modernos sistemas de medição, ensaios e testes. A renovação das instalações das escolas que constituem o Senai-SP é acompanhada pelo reali nhamento das grades curriculares. Na verdade elas nunca foram estáticas. Ajustes para que os cursos quer a formação de comitês técnicos setoriais, envolven do representantes das ativi dades industriais, que cola boram na definição do perfil prof issional que o mercado está demandando. A Esco la Senai Theobaldo De Ni gris já adequou o curso de aprendizagem industrial e o curso superior à nova meto (E/D): Ignaz Sessler, primeiro presidente da ABTG; João Franco de Arruda, dologia. Em 2012 será a vez diretor da Escola Senai Felício Lanzara; Damiro de Oliveira Volpe, presidente do Sindigraf‑SP; e Josef Brunner, presidente da ABTG, durante formatura dos cursos técnicos. de turmas da Felício Lanzara em dezembro de 1970 Essa mudança deverá re sigam os movimentos da indústria fazem parte da forçar ainda mais o alto índice de empregabilidade dinâmica das escolas, todavia o que ocorre agora vai dos cursos técnicos oferecidos pelo Senai-SP. De um além. Trata-se de um ponto de inflexão, uma vez que modo geral, no período de um ano após a conclu a metodologia de ensino está sendo alterada. são do curso, 86% dos alunos egressos do Senai Partilhando de uma tendência mundial no ensi estão empregados. Esse resultado é fruto da orga no prof issionalizante, as unidades do Senai-SP estão nização da instituição, dos recursos tecnológicos abandonando a metodologia com base em conteú dos quais dispõe e do fato de os cursos refletirem dos, substituindo-a pela metodologia com base em as necessidades da indústria. competências. Essa metodologia baseia-se no con Outro patrimônio fundamental das escolas ceito de que formar um prof issional é muito mais são os docentes, cujo aperfeiçoamento é cons do que alimentá-lo de conhecimento. É garantir que tante. Quando o Senai busca professores vai ao ele possa mobilizar, além do conhecimento, habi mercado à procura de profissionais com profun lidades e atitudes. O que passa a nortear o desen do conhecimento de suas respectivas áreas de volvimento do curso é a solução de problemas que atuação. A preparação pedagógica acontece den o indivíduo vai enfrentar dentro da indústria, tra tro das escolas, e em outras instituições, proces zendo a realidade da fábrica para a sala de aula. O so que leva anos, acompanhando o professor em ajuste dos currículos dentro desses parâmetros re toda sua trajetória na escola.
Industriais italianos visitam as instalações da rua Bresser, na Mooca. Novembro de 1971
Theobaldo De Nigris (1907–1990), quando era presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo, em 1965. Contribuiu decisivamente para a instalação do Colégio Industrial de Artes Gráficas em 1971, que, em justa homenagem, passou a se chamar Escola Senai Theobaldo De Nigris, em agosto de 1974
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Theobaldo De Nigris apresenta a maquete do complexo escolar do Senai em São Paulo, em 1969, que viria a ser inaugurado em 1971 com o nome de Colégio Industrial de Artes Gráficas. À sua direita, de terno claro, Rubens Amat Ferreira, presidente da Abigraf
Felício Lanzara (1895–1962), fundador da Gráfica Lanzara, foi presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo no biênio 1938/39. Em novembro de 1962, a Escola de Artes Gráficas do Cambuci, em sua homenagem, passou a ser conhecida como Escola Senai Felício Lanzara
Interesse crescente
Assim como o Brasil diverge de outros países com relação ao desempenho do segmento de jornais, por aqui a procura pela formação técnica na área gráfica continua alta, diferentemente de nações europeias e dos Estados Unidos, em que a tônica é o desinte resse pela carreira. Por oferecer oportunidades reais de trabalho na indústria, o Senai é muito procurado. Ao longo de seus quase 70 anos, que serão comple tados em 2012, o Senai consolidou-se no Brasil como a opção de formação que garante empregabilidade, fazendo com que seus cursos tenham, anualmen te, mais candidatos do que vagas. É o que aconte ce na Theobaldo De Nigris. Se em alguns cursos a procura recuou ligeiramente não é porque o inte resse pela área caiu, e sim pelo fato de o Senai ter inaugurado novas escolas em São Paulo. O principal agente de divulgação da Theobaldo De Nigris é o próprio aluno. Cerca de 80% das pes soas que procuram a escola tiveram contato com ex-alunos. E esse contingente é bastante heterogê neo. Os cursos de aprendizagem industrial rece bem, de forma geral, estudantes indicados por em presas para serem contratados como aprendizes. Os cursos técnicos, ministrados nos períodos ves pertino, noturno e integral, acolhem, pela manhã, os jovens que completaram o ensino fundamental no Sesi, Serviço Social da Indústria, com o qual o Senai mantém acordo. À noite, o público é forma do por pessoas que já trabalham, nas áreas gráfica e de celulose e papel ou não, e o período integral é
Primeira turma de formandos do curso superior de Tecnologia Gráfica, em 2002
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a melhor opção para quem mora fora de São Pau lo. O curso sup erior é procurado tanto por pro fissionais que atuam no setor e buscam melhores colocações quanto por alunos do próprio Senai, en quanto a pós-graduação atrai pessoas formadas em outras áreas e que procuram adquirir conhecimentos específicos para alçar voos mais altos. Concluído todo o processo de reestruturação, a Escola Senai Theobaldo De Nigris projeta chegar a 2014 com um total de 8.225 matrículas ativas, o que representa crescimento de 57% em relação aos nú meros de 2011. Mais do que a expansão quantitati va, que não pode ser posta de lado em função da expansão do mercado, a instituição estará qualitati vamente mais bem organizada para continuar con tribuindo para o desenvolvimento da indústria. Escolas Senai Theobaldo De Nigris¹, Felício Lanzara² e Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica Matrículas ativas (2011) Aprendizagem industrial: 145 Cursos técnicos: 1.090 Curso superior: 483 Pós-graduação: 172 Formação inicial e continuada: 3.350 Total: 5.240 Projeção para 2014: 8.225 Quadro de pessoal Administrativo: 53 Docentes (efetivos + terceiros): 145 Serviços terceirizados: 33 Alunos formados desde o início das atividades Cursos de aprendizagem industrial: 2.828 Cursos técnicos: 6.922 Curso superior: 514 Formação inicial e continuada: 126.409 ¹ Inaugurada em 1971 ² Inaugurada em 1945
Origens poentes do setor. Sete anos depois, as duas unidades tiveram suas operações integradas nas mesmas
a implantação, em 1998, da Faculdade de Tecnologia Gráfica o Senai tornou-se a primeira institui-
Escola Senai Felício Lanzara, no Cambuci
A primeira escola de Artes Gráficas do Senai foi instalada em 1945 no bairro do Belém, em São Paulo, destinada à formação de aprendizes para atender à demanda dos estabelecimentos gráficos na cidade, que, naquela época, empregavam cerca de 12.000 trabalhadores. Nos anos seguintes o Senai paulista intensificou a oferta de cursos e treinamentos e, em 1951, transferiu a Escola de Artes Gráficas para um novo edifício, no bairro do Cambuci, tradicional reduto da indústria gráfica na capital. Em 1962, essa unidade passou a se chamar Escola Senai Felício Lanzara, em homenagem ao importante líder do setor gráfico. Em 1971, com a coop er aç ão técnica da Associação dos Fabri-
cantes Italianos de Máquinas Gráficas e Afins (Acimga), da Itália, o Senai- SP inaugurou o Colégio In dustrial de Artes Gráficas na Moo ca, onde passou a oferecer o curso técnico em Artes Gráficas, incorporando Theobaldo De Nigris ao nome três anos depois, em deferência ao empresário, um dos principais ex-
Colégio Industrial de Artes Gráficas no início da década de 70
instalações. Em 1979 teve início a oferta do curso técnico de Celulose e Papel para atender à crescente demanda desse segmento. Com
ção da América Latina a oferecer um curso superior nesse segmento. Em abril de 2002, o curso foi reconhecido pelo MEC, tendo sido ava liado com a menção “A”. Os cursos de pós-graduação começaram a ser oferecidos em 2005. Atualmente, a Escola Senai Theobaldo De Nigris e a Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica atuam em quatro vertentes de prestação de serviço: educação profissional, assessoria técnica e tecnológica, pesquisa aplicada e informação tecnológica. A formação profissional é oferecida desde o nível básico até a pós-graduação.
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GESTÃO Adriana dos Santos e Leandro Robson Marques
O daltônico no gerenciamento de cor
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erá que um daltônico poderia trabalhar no gerenciamento de cor em uma indústria grá fica? Esta questão surgiu em uma discussão entre operadores e produtores gráficos, du rante o processo de impressão de um catálogo de produtos de beleza em uma gráfica. Buscando uma resposta, começamos a nos apro fundar no tema, considerando que a percepção das cores é diferente para cada ser humano, daltônico ou não. Dentre os fatores responsáveis por essas di ferenças destacamos as interferências das cores do ambiente onde a amostra é observada, os diferen te níveis de fadiga visual do observador ao longo do dia de trabalho, o tipo de iluminação utilizado durante a observação e eventuais imperfeições no aparelho visual de diferentes observadores. A grande maioria das pessoas que pertencem a este grupo são homens. De acordo com estatísti cas da Organização Mundial de Saúde (OMS), um em cada treze homens é daltônico. Já entre as mu lheres, a relação é de uma daltônica a cada trezen tas. É importante observar que há diferentes graus de daltonismo e que, não raramente, uma pessoa é daltônica mas não tem consciência disso. Alexandre C. Leão, em sua dissertação Geren ciamento de Cores para Imagens Digitais, descre ve que o olho humano possui uma grande quan tidade de células nervosas1, cerca de seis milhões de cones e 120 milhões de bastonetes. Os basto netes não distinguem cores, eles apenas são sensí veis à luz e são úteis quando existe baixa luminosi dade. Os cones são sensíveis às cores. Existem três diferentes tipos de cones, cada um capaz de per ceber uma das três cores prim ár ias da síntese aditiva — vermelho, verde e azul. Uma pessoa normal tem a combinação exa ta dos três tipos de cones sensíveis às diferentes longitudes de ondas do espectro, portanto pode 1 São células especializadas em transformar sinais visuais em impulsos elétricos para o cérebro
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perceber todas as cores. Já os daltônicos são pes soas que apresentam um mau func ionam ento ou ainda a não existência de cones e por isso não conseguem visualiz ar determinadas cores. Os daltônicos são classificados, basicamente, em quatro grupos: ◆◆Grupo 1: Os protanopes, que não identificam a cor vermelha ◆◆Grupo 2 : Os deuteranopes, que não identificam a cor verde ◆◆Grupo 3 : Os tritanopes, que não identificam a cor azul ◆◆Grupo 4 : Os acromatopes, que só reconhecem tons de cinza Com base no exposto, a nossa dúvida continuava ainda sem resposta. Como pessoas que apresentam características tão peculiares poderiam trabalhar com gerenciamento de cores na indústria gráfica? Luiz M. Régula explica em sua dissertação Padrões Virtuais e Tolerâncias Colorimétricas no Controle Ins trumental das Cores que, apesar de muitos profissio nais ainda avaliarem a cor visualmente, o aumento de exigência do mercado faz com que a utilização de instrumentos para medição de cor torne-se cada
Grupo 1
Grupo 2
vez mais indispensável. Sobretudo porque o avalia dor pode apresentar def iciências no campo visual e estas só podem ser supridas com a medição de cor através de equipamentos adequados. Frederico N. Leite, autor do estudo Calibração de Dispositivos de Cores Utilizando uma Câmera Digital, propõe que uma cor só pode ser medida por instrumentos esp ecializ ados, que possuem sensores responsáveis por medir a luz refletida ou
a transmitida. Entre os principais instrumentos de medição utilizados destacam-se o espectrofotô metro, o colorímetro e o densitômetro. Esses equi pamentos trabalham como contadores de fótons com filtros de valores espectrais definidos. A dife rença básica entre eles é a quantidade de filtros que possuem e a sensibilidade de seus sensores. O densitômetro não é, rigorosamente falando, um equipamento para medição de cores, uma vez que não indica valores absolutos que representam de forma inequívoca cada cor. Densitômetros per mitem a avaliação comparativa de quantidades de tintas aplicadas na impressão. Medições densitomé tricas também permitem controlar outras variáveis de processo, tais como ganho de ponto, contras te relativo, a aceitação de um filme de tinta sobre outro (trapping), entre outros. O colorímetro é um equipamento com capaci dade de classificar as cores baseado em três carac terísticas que podem definir uma cor: a tonalidade
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Grupo 4
ou matiz (define a cor pelo comprimento de onda), o brilho ou luminosidade (destaca a proximidade do branco ou preto) e a saturação ou croma (grau de pureza da cor). O espectrofotômetro é o aparelho mais eficaz na medição de cores e foi desenvolvido com a ca pacidade de cumprir essa tarefa através da medida da transmitância e refletância de uma amostra em função de um comprimento de onda. Conforme afirma Luiz Régula, uma luz policromática e difu sa inicialmente ilumina a amostra. Essa luz refletida passa pelo prisma, grade ou outro dispositivo apro priado e sofre uma difração. Os componentes mo nocromáticos chegam a detectores espectrais, cada um no lugar correspondente ao seu comprimento de onda. Cada um dos detectores manda um sinal correspondente à energia relativa recebida naque le comprimento de onda e finalmente o fator de refletância, em porcentagem, fica registrado. Considerando-se que: 1. Mesmo pessoas “normais” percebem as cores de forma diferente 2. Há diferentes graus de daltonismo e esse proble ma afeta uma grande parte da população 3. A padronização do controle de processos exige quantificações e medições consistentes e com grau de precisão conhecido 4. Há equipamentos à disposição que permitem a medição de cores com consistência e alto nível de precisão Podemos concluir que um daltônico pode tra balhar em área de gerenciamento de cor na indús tria gráfica desde que tenha conhecimento sobre
Grupo 3
colorimetria2 e sobre as normas técnicas que regem essa área e desde que a gráfica onde ele trabalha pos sua os equipamentos de medição adequados. 2 Colorimetria é a ciência que estuda a medição da cor.
REFERÊNCIAS BERTOLINI , Cristiano. Sistema para medição de cores utilizando espectrofotômetro. 2010. 95 f. Trabalho de conclusão de curso (bacharel) – Universidade Regional de Blumenau, SC. LEÃO, Alexandre C. Gerenciamento de cores para imagens digitais. 2005. 135 f. Dissertação (mestrado em Artes Visuais) – Curso de mestrado em Artes Visuais, Escola de Belas Artes, Belo Horizonte, MG. LEITE , Frederico N. Calibração de dispositivos de cores utilizando uma câmera digital. 2006. 58 f. Dissertação (mestrado em Engenharia Elétrica) – Curso de pós-graduação em Engenharia Elétrica, Universidade de Brasília, DF. MORTARA , Bruno. As imagens de teste SCID ou ISO 12640. Revista Tecnologia Gráfica, São Paulo, SP, v. 6, n. 75, p. 38-42, 2010. RÉGULA , Luiz M. Padrões virtuais e tolerâncias colorimétricas no controle instrumental das cores. 2004. 135 f. Dissertação (mestrado em Metrologia) – Curso de pós-graduação em Metrologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, RJ. ROSSI , Sergio. Densitometria. Revista Abigraf, São Paulo, SP, v. 24, n. 190, p. 104, set./out. 2000. SANTOS , Adriana dos; MARQUES, Leandro Robson. Os daltônicos nas indústrias gráficas. 2010. 68 f. Trabalho de conclusão de curso (curso técnico) – Escola Senai Theobaldo De Nigris, São Paulo, SP. TORNQUIST, Jorrit. Color y luz: teoria y prática. Barcelona, Espanha: Gustavo Gili, 2008. Adriana dos Santos e Leandro Robson Marques
são ex‑alunos do curso técnico de pré‑impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris. Colaborou Marlene Dely Cruz, do Naipe – Núcleo de Apoio e Incentivo à Pesquisa, na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica.
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Quem patrocina as fronteiras do futuro vale muito. Mais que agradecer, queremos demonstrar todo o nosso reconhecimento aos nossos patrocinadores. Obrigado por trazer novos horizontes para o futuro da Indústria Gráfica.
Apoio Técnico:
Realização:
ESPECIAL Tânia Galluzzi e Letânia Menezes
Membros da diretoria da Abro, na abertura dos trabalhos (E/D): André Arantes, vice-coordenador do Conselho de Fornecedores; Augusto Dalla Vecchia, diretor de marketing; Claudio Baronni, vice-presidente executivo; Eduardo Gandara Costa, presidente executivo; Carlos Jacomine, diretor administrativo e financeiro e Rodney Casadei, diretor técnico
5ª- Conferência Anual da Abro O evento anual da Associação Brasileira de Empresas com Rotativa Offset (Abro) levou 288 pessoas ao São Paulo Center no dia 17 de agosto. Em pauta, as oportunidades para a impressão rotativa.
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ráficos, fornecedores e profissionais ligados ao setor de impressão rotativa se reuniram em agosto para debater as perspectivas econômicas, o desenvolvimento da mão de obra, a sustentabilidade e novas tecnologias. O dia começou com a palestra de Gabriel Chalita, deputado federal, ex-secretário da Educação do Estado e pré-candidato à sucessão da prefeitura de São Paulo, que falou sobre o gargalo da educação no Brasil. Enfatizando que a educação não vai nada bem, mencionou os índices internacionais, nos quais o País está em 70º‒ lugar, ou até em colocações piores. A capacidade de leitura, que toca diretamente à indústria gráfica, é mínima. “Por que as pessoas não consomem mais livros? Porque elas não conseguem ler, não conseguem compreen der aquilo que leem”, afirmou Chalita. “A leitura é nosso grande desafio”. Para ele, a educação só vai melhorar no Brasil quando o professor for de fato valorizado. Além disso, criticou a interrupção de políticas públicas ligadas à educação: “Cada ministro da Educação para o que o anterior fez. No período de Lula, tivemos vários ministros e propostas educacionais diferentes no mesmo governo. Em São Paulo, foi a mesma coisa”. Como deputado federal, Chalita informou estar tentando criar uma Lei de Responsabilidade Educacional, nos moldes da Lei de Responsabilida-
de Fiscal, punindo o gestor público que interromper as metas que estão sendo aplicadas. “É importante a lei ser construída pelos partidos políticos, pela sociedade, com instrumentos que garantam que, independente de quem estiver no governo, não haja interrupção do processo”. O desafio da educação no Brasil é imenso, mas o olhar sobre a educação não é só um olhar de governo. É preciso ter um olhar de sociedade. “O governo precisa ter a responsabilidade de não atrapalhar, de não interromper processos, de não truncar o que o outro desenvolveu. É preciso ter uma continuidade para que as pessoas possam investir. Não é só uma visão pedagógica, é uma segurança jurídica”. Segundo o deputado, o grande caminho para formar um país de incluídos é a educação. Depois de Chalita, os participantes da conferência se dividiram para acompanhar dois fóruns, o Estratégico e o Gerencial. A Copa de 2014 e a iniciativa privada
A primeira palestra do fórum Estratégico foi “Panorama de oportunidades de negócios — meio am biente e Copa do Mundo”, ministrada por Mário Hirose, diretor do departamento de meio ambien te da Fiesp, e Rogério Santos, diretor executivo da Value Partners e consultor do Ministério do Esporte. Falando sobre ativos ambientais, Hirose afirmou que no Brasil as empresas vêm se empenhando para
Gabriel Chalita
Mário Hirose
cumprir seu papel na preservação do meio ambien te. Segundo dados da Fiesp com relação à gestão ambiental no setor privado em 2009, considerando as empresas responsáveis por 80% do PIB do Estado, 76% dessas companhias possuem indicadores de consumo específico de energia, 98% mantêm programas de treinamento ambiental aos funcio nários, 62% têm metas de redução de consumo de água e 56% desenvolvem programas de reflorestamento. E mais: 42% utilizam fontes renováveis de energia, 23% já fecharam negócios para a obtenção de créditos de carbono, 46% só contratam fornecedores que empregam procedimentos de gestão ambiental e 48% conta com projetos para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Mesmo apontando falhas na nova Política Nacio nal de Resíduos Sólidos, o especialista elogiou os esforços das empresas brasileiras para adequarem-se às novas exigências. “Na China ainda se produz como no Brasil dos anos 50. Mão de obra escrava sem nenhum tipo de preocupação ambiental e social. O Brasil, queira ou não, fez sua lição de casa. A China ainda tem um longo caminho a trilhar e mesmo assim é a maior economia do mundo hoje”. Hirose comentou que tudo o que há de mais moderno nessa área chegará aqui até 2014, inclusive aproveitando os bons exemplos de outros paí ses-sede de grandes eventos. “Tóquio e Barcelona deram exemplo na administração do lixo quando sediar am as Olimpíadas”. Esse legado será muito importante para o Brasil. “Se tivermos o setor em pres arial envolvido, poderemos resolver grandes problemas sociais e educacionais”. Rogerio Santos centrou sua apresentação nas medidas que o governo brasileiro vem tomando na preparação para a Copa de 2014. “Hoje o País já é respeitado lá fora, mas nos falta relevância. Essa é a oportunidade para elevar nossa relevância econômica”. A Copa de 2014 deverá agregar cerca de R$ 183 bilhões ao PIB do Brasil até 2019, dos quais
Rogério Santos
Adalberto Franchin Cavinato
R$ 47,5 bilhões virão dos investimentos diretos em inf raestrutura, dos gastos dos turistas e do incremento no consumo das famílias e R$ 135,7 bilhões de forma indireta, através da recirculação do dinheiro na economia e do aumento do turismo e do uso dos estádios após a Copa. O consultor explicou os ciclos de planejamento para a Copa dentro do governo. O primeiro, entre 2009 e 2010, envolveu os projetos de inf raestrutu ra. O segundo e atual, de 2010 a 2011, engloba os projetos de inf raestrutura de suporte e serviços e o terceiro, de 2011 a 2013, as operações e ações específicas. “Há muitas oportunidades de negócios para as empresas que se propuserem a prestar serviços durante o evento”. Para integrar o setor privado à organização da Copa, o Ministério do Esporte criou o Acervo de Experiências para a Copa do Mundo Fifa 2014. Procurado constantemente por diversas empresas que gostariam de oferecer seus produtos e serviços para a organização da Copa, o ministério resolveu convidar as companhias interessadas para participarem da elaboração de um grande cadastro sobre suas experiências. Os cadastros serão disponibilizados para consulta gratuita a todas as organizações interessadas na contratação de produtos e serviços. O acervo está disponível no site http://copa2014.questionpro.com/. Gestão de pessoal
No fórum Gerencial “Desenvolvimento de Mão de Obra”, Adalberto Franchin Cavinato, psicólogo e consultor associado da MarQ Consultoria, discorreu sobre a importância das pessoas dentro das organizações, lembrando que sem elas nada pode ser implementado ou realiz ado. Segundo Cavinato, o tempo médio de recolocação no primeiro semestre de 2007 era por volta de oito meses e meio; no segundo semestre de 2009, seis meses; e agora está por volta de cinco meses. Mais da metade das pessoas consegue um novo emprego VOL. V 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
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em apenas três meses. “Nunca se teve tanta brevidade em recolocação”, afirma ele. “O motivo é, em 41% dos casos, abertura de novas vagas e, em 59%, substituições. O mercado está muito aquecido, com muita rotatividade”. No primeiro semestre de 2011, houve 500 mil vagas no setor de serviços, 240 mil na indústria, 160 mil na agropecuária e 150 mil na construção civil. “Os números revelam que os jovens hoje se sentem mais atraídos pelo setor de serviços, embora o salário seja menor do que na indústria. A questão que surge, então, é descobrir como apresentar o mundo industrial de forma a seduzir os jovens”. Um ponto importante é c riar mecanismos e ações para atrair pessoas talentosas. Depois, a empresa precisa saber mantê-las e fazer com que cresçam e se desenvolvam, para que agreguem mais valor, permaneçam na empresa e justifiquem o investimento da organização. Para construir e fortalecer o vínculo, é necessária uma política de remuneração e benefícios, com perspectiva de ascensão na carreira e estímulo ao estudo. Assim, em um instante de crise é possível agir sem agravamentos da situação. É importante fazer o término do vínculo empregatício com respeito e consideração. Para isso, há necessidade de habilidade gerencial para o cuidado com todos os procedimentos, como expor claramente os critérios para a demissão e também explicar para os que ficam os motivos das demissões. A política de estágios também é essencial, inclusive para a formação da imagem da empresa no mercado. A comunicação entre os jovens é instantânea e a impressão que cada um tem da empresa é repassada com rapidez. Não se pode tratar mal os estagiários e deixar para eles todas as tarefas desinteressantes. Ao final da palestra, Rodney Casadei, diretor técnico da Abro, informou que a entidade criou um grupo de estudos sobre mão de obra.
Rodney Casadei
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Eduardo Gandara Costa
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Tasso Azevedo
Sustentabilidade
Após o almoço, seguiram-se os fóruns Gerencial e Tecnológico, envolvendo os temas “Sustentabilidade e GHG Protocol como ferramenta de geren ciamento da emissão de gases de efeito estufa” e “Novas tecnologias para o mercado de rotativas offset”, respectivamente. Para inserir o tema sustentabilidade, Eduardo Gandara Costa, presidente da Abro, apresentou e convidou as empresas a participarem do grupo de gráficas, lideradas pela Abril, que vem discutindo sustentabilidade desde o ano passado. Na sequência, Tasso Azevedo, engenheiro florestal e consultor do Ministério do Meio Ambiente, tratou sobre o impacto das mudanças climáticas nas florestas e as políticas nacional e estaduais de mudanças climáticas. Beatriz Kiss, pesquisadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas, esmiuçou o Greenhouse Gas Protocol, ou Protocolo de Gases de Efeito Estufa, mostrando como as empresas podem se benef iciar do inventário. O GHG Protocol é a ferramenta mais utilizada internacionalmente por governos e líderes empresariais para compreender, quantificar e administrar as emissões de gases de efeito estufa. O Programa Brasileiro GHG Protocol adaptou para o cenário nacional, em uma ação conjunta das 27 empresas fundadoras, a metodologia internacio nal. O objetivo do programa, iniciado em 2008, é promover no Brasil uma cultura permanente para o desenvolvimento e publicação de invent ários corporativos de emissões de GEE . A pesquisadora explicou que o inventário divide as emissões de GEE em três escopos. O primeiro envolve as emissões diretas, originadas na própria empresa. O escopo 2 diz respeito às emissões indiretas, originadas nas fontes de energia, e o escopo 3 relaciona as outras emissões indiretas de gases de efeito estufa, originadas em fornecedores
Beatriz Kiss
Bernhard Kuchenbaur
Thomas Linkenheil
ou terceiros. Em 2010, 77 inventários foram publicados no Brasil, envolvendo a emissão de 107 milhões de toneladas de CO2, o que corresponde a 21% das emissões nacionais. Três gráficas figuram entre as 77 empresas que publicaram inventários em 2010: Abril, Plural e Log&Print. Para fazer o inventário a empresa deve começar mapeando as fontes mais significativas de emissão de GEE . De acordo com as dados dessas três gráficas, as maiores fontes emissoras no setor são o consumo de papel, combustíveis e de energia, seguidas pelo transporte de matéria-prima e de produtos. As etapas seguintes do inventário são o levantamento dos dados, o cálculo das emissões e o relato dessas informações. A empresa deve então aderir ao Programa Brasileiro GHG Protocol, capacitando-se na metodologia, tendo acesso ao registro público de emissões e ao suporte técnico. Novas tecnologias
O fórum “Novas tecnologias para o mercado de rotativas offset” reuniu profissionais de cinco empresas: Bernhard Kuchenbaur, vice-presidente de vendas da manroland, Thomas Linkenheil, diretor de produtos da Trelleborg, Gert Volmer, gerente geral da Procemex, Tommi Hemmilä, gerente de vendas técnicas da UPM , e Bernhard Fritz, gerente de produtos e marketing da Sun Chemical. A coordenação das apresentações ficou a cargo de Rainer Kuhn, diretor da PrintCity Alliance, grupo formado por fornecedores do setor gráfico com a finalidade de promover a discussão e o compartilhamento de conhecimento. Com uma abordagem sobre as mudanças climáticas no mundo, Bernhard Kuchenbaur falou de ecologia e rentabilidade na impressão heatset. “Com a tecnologia moderna de impressão temos a possibilidade de reduzir o consumo de energia e a emissão de dióxido de carbono através da automação”. Ele apresentou pesquisas indicando que em impres28 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. V 2011
Gert Volmer
soras maiores o consumo de energia por página é 50% menor do que nas máquinas pequenas. “Economizar papel reduz o consumo de energia e consequentemente de custos. Rentabilidade e ecologia são metas que seguem na mesma direção”. A seguir, Thomas Linkenheil analisou os desaf ios da indústria frente ao binômio qualidade e preço. “Pesquisas indicam que 80% dos problemas na impressão são inf luenciados diretamente pela blanqueta e seu desempenho e seriam resolvidos com o uso de blanquetas corretas”. Segundo Linkenheil, “a idade e as condições da blanqueta, bem como sua dureza ou maciez, afetam a qualidade da impressão. Ao fazer a escolha, é preciso pensar não só no preço, mas em todo o processo”. Bernhard Fritz discorreu sobre as múltiplas varie dades de tintas e seus efeitos especiais. Para Fritz, os inovadores efeitos das tintas para chamar a atenção podem ser uma técnica ou uma ferramenta para visualizar e convencer pessoas de ideias, conceitos, emoções. Lembrando que os papéis não são iguais, Tommi Hemmilä explicou que o papel é poroso, heterogêneo, com diferentes superf ícies e fibras. A grande variedade de papéis aumenta a necessidade de ajustes no processo de impressão, inclusive na escolha da tinta, exigindo um cuidadoso gerenciamento de cores. Antes da palestra de encerramento, Alexandre Marques, da AMSG Consultoria, comentou rapidamente os principais números da Análise Seto rial 2010, pesquisa patrocinada pela Abro que traça o panorama econômico e de mercado do setor de impressão rotativa. Os resultados, bem como o Índice Setorial de Preços, fazem parte do Diretório Abro 2011, publicação anual que começou a ser distribuída durante a conferência. O Brasil está preparado para a borrasca
Finalizando o evento, o economista Maíls on da Nobrega, ex-ministro da Fazenda e sócio da
Tommi Hemmilä
Tendências Consultoria, falou sobre as perspectivas da economia brasileira. Otimista, explicou os motivos da atual crise e analisou a situa ção do País. “Estamos razoavelmente preparados se a borrasca vier. Imune o Brasil não vai ficar. O efeito disso tudo poderá ser uma taxa menor de crescimento”, previu. Maílson da Nóbrega citou a crise iniciada no dia 8 de agosto de 2011. “Houve uma decepção com a recuperação americana. Já se projetava um crescimento do PIB americano em 2012 de 3,5 a 4%. Quando saíram os números, viu-se que o país cresceu apenas 0,8%. A economia americana ainda está num nível inferior a 2010 e o desemprego continua alto. Em seguida, a crise na Europa começou a ser percebida como muito mais grave, mais até do que nos Estados Unidos”. Depois do colapso de 2008, os governos foram muito bem sucedidos em evitar o risco da depressão, ao agirem em duas frentes, através de ações fiscais e mone tárias, explicou o ex-ministro da Fazenda. “A primeira visava evitar a falência em cadeia do sistema bancário, o que seria um desastre. Geralmente é uma ação que nenhum governo evita, embora seja muito mal compreendido ao tomar essa medida. Salvar os bancos é ruim, difícil politicamente, mas não salvar é pior”. A outra frente diz respeito à forte queda de conf iança no futuro. Quando os consumidores se contraem, o mercado estanca, as empresas investem menos. O governo tem que entrar neste momento, dependendo das condições fiscais, para suprir essa lacuna. “Agora em 2011 estamos vivendo os reflexos disso, o que significou um aumento gigantesco de gastos. A relação entre a dívida e o PIB , que é o principal indicador de solvência do setor público, aumentou, em alguns casos de forma dramática”, explicou Maílson. “É o caso da Irlanda, que tinha uma dívida pública de 27% do PIB e ago-
Bernhard Fritz
Rainer Kuhn
ra está perto dos 100%. Na Europa, todos estão acima dos 60% do PIB , o que é um indicador de prudência. Os Estados Unidos estão em 95% do PIB ; no Japão é de 230% do PIB”. Agravando esse quadro negativo, a Standard & Poor’s reclassificou os Estados Unidos, o que aconteceu pela primeira vez na história. “Tudo indica que foi uma ação precipitada”, opinou o ex-ministro. “Os Estados Unidos não estão insolventes, longe disto. Um país que emite a moeda de reserva do mundo nunca ficará insolvente”. Ao contrário dos países ricos, os emergentes estão sólidos, têm gestão macroeconômica responsável e serão o polo dinâmico de crescimento nos próximos anos. “Este ano calcula-se que os países emergentes serão responsáveis por mais de 80% da economia mundial, que deve ter um crescimento da ordem de 3,5%. O Brasil está até mais preparado do que em 2008 por duas razões. Uma das fortalezas do País em 2008 foi ter reservas internacionais robustas. Havia 200 bilhões de dólares em reservas no Banco Central. Hoje são 350 bilhões de dólares”. Também conta a experiência. Em 2008 o Banco Central liberou o compulsório dos bancos, monitorou seu comportamento, deu liquidez para reserva e fez uma operação de troca de moeda com o banco central americano. A tendência até o final de 2011 é a desaceleração da economia, o que, segundo Maílson da Nóbrega, deve ser comemorado, pois significa que o governo está agindo. E concluiu: “Ao pensar o Brasil numa perspectiva de longo prazo, pode-se dizer que o risco para o futuro é de baixo crescimento, e não retrocesso. Nesse sentido, é um país promissor e como tal é percebido por investidores de todo o mundo. Dá para olhar o País com otimismo”. A 5ª‒ Conferência Anual da Abro teve como patrocinadores Kodak, Flint Ink, Agfa, Deltagraf, Goss e Müller Martini.
Alexandre Marques
Maílson da Nobrega
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ESPECIAL DRUPA 2012 Cary Sherburne
Tendências na impressão de grandes formatos
M
uitos esp ecialist as da indústria chamaram a Drupa 2008 de “A Drupa do jato de tinta”, e, em muitos aspectos, foi mesmo. Depois da feira, alguns fornecedores lançaram soluções jato de tinta de alta velocidade, que foram mostradas na Drupa como produto ou protótipo, e esses equipamentos ainda estão chegando ao mercado. Conforme nos aproximamos da Drupa 2012, quais são as tecnologias que podemos esperar ver e que irão promover mudanças no mercado de impressão? Mais uma vez, ficamos na expectativa de um posicionamento forte do jato de tinta entre as novas tecnologias que serão apresentadas. Desta vez, porém, embora ainda haverá uma presença marcante do jato de tinta no setor de produção, podemos também aguardar uma inserção maciça no segmento de grandes formatos, uma vez que as ofertas digitais nesse setor continuam a amadurecer, melhorando seus custos e o desempenho, substituindo os sistemas convencionais no campo da comunicação visual, como a impressão serigráfica, em inúmeras aplicações.
O mercado de grandes formatos
As impressoras digitais de grande formato não são novidades nas áreas de comunicação visual e gigantografia. O que há de novo é o quanto a tecnologia tem avançado em termos de velocidade, qualidade e variedade de aplicações para as quais processos digitais — ao invés de analógicos — podem ser
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empregados. Assim como o mercado de impressão offset tem visto a elevação na demanda por tiragens menores, pelo tempo de resposta mais rápido e por conteúdos relevantes proporcionados pela tecnologia digital, a mesma transformação está ocorrendo na área de grandes formatos. E as tecnologias para isso já estão disponíveis. A inovação também continua. A EFI, por exemplo, afirma que seu novo sistema de secagem à base de LEDs para a linha Vutek, chamado Cool Cure, opera na mesma velocidade que as lâmpadas UV, mas com menor consumo de energia, com capacidade de imprimir em substrato mais fino e mais barato, devido ao calor reduzido, e com menor custo em função da ausência de necessidade de substituição das lâmpadas. Scott Schinlever, vice-presidente sê nior e gerente geral de soluções de jato de tinta da EFI , espera ver outros fornecedores chegando ao mercado com soluções em LED na Drupa: “Não há grandes desvantagens no uso de tratamento com LED se for feito sem comprometer as funcionalida des básicas do processo”. A FujiFilm Graphic Systems lançou um produto que poderia ser visto como um cruzamento entre a impressão comercial e o mercado de comunicação visual, a FujiFilm J-Press 720, impressora jato de tinta com alimentação a folha, no formato de 73 cm, projetada para aplicações de impressão comercial. Contudo, o tamanho da folha e a qualidade final a tornam adequada para peças menores de comunicação visual e de outros produtos de grande formato, especialmente materiais
de ponto de venda. Esse tipo de abordagem pode ser uma abertura para que os impressores comerciais entrem no mercado de comunicação visual e de grandes formatos, já que a impressora também pode ser usada para fazer produtos tradicionalmen te comerciais e promocionais de pequenas tiragens. Além disso, a FujiFilm é a distribuidora exclusiva de impressoras Inca Onset nos Estados Unidos e oferece sua impressora UV da série Acuity alimentada a bobina ou de mesa plana e a série Uvistar alimentada a bobina em todo o mundo. Grande parte desse avanço é impulsionado pelas necessidades do mercado. Em junho de 2011, a empresa de pesquisa InfoTrends concluiu um estudo desenvolvido para coletar mais informações sobre os compradores de produtos de grande formato1. O estudo visava tanto compreender as exi gências do mercado de grandes formatos quanto acompanhar as mudanças nos padrões de compras em relação ao estudo anterior, realiz ado em 2009. Embora este seja um estudo do mercado norte- americano, ele destaca as exigências dos compradores, que provavelmente são similares ao redor do globo. Mais de 300 compradores responderam à pesquisa, que foi a base para o estudo. Aplicações e padrões de compra
O estudo revelou que banners, cartazes e placas de sinalização continuam a ser as principais aplicações em grandes formatos, com a fotografia ganhando uma fatia cada vez maior na comparação com 2009 (em 2011, 42,6% dos entrevistados relataram terem comprado aplicações de fotografia, em comparação com 30% em 2009). Desenhos, provas, bandeiras e têxteis apresentaram declínios mais acentuados, com outras aplicações permanecendo relativamente estáveis. Em média, os entrevistados afirmaram comprarem aplicações de grande formato 5,4 vezes por ano, um ligeiro aumento na frequência em relação a 2009. No estudo de 2011, o número médio de impressões por pedido foi de 36,5, um número que favorece a produção digital em comparação com processos analógicos tradicionais. Preço, qualidade e velocidade são os três fatores-chave para a seleção de um prestador de serviços de impressão em grandes formatos. Em 2009, o preço foi o principal critério de seleção. Essa mudança também foi notada por Linda Bell, presiden-
te da Inca Digital Printers, que disse: “Houve uma mudança definitiva. Os clientes estão mais familia riz ados com a tecnologia e mais exigentes sobre o que eles querem que a tecnologia faça. Eles estão interessados em ter diferentes tipos de impressão e acabamento e qualidade superior no resultado comparado ao que vimos no passado. Como já têm certa expectativa sobre a velocidade, eles agora se focam menos na velocidade e mais na qualidade”. Para atender a essas expectativas a Inca introduziu recentemente impressoras de maior qualidade com menor velocidade, os modelos S20 e S40, que também oferecem escolha de acabamento acetinado, brilho e fosco. Bell acrescenta: “se você pode elevar a qualidade até níveis comparáveis ao offset, ela vai abrir um mercado ainda maior para grandes formatos”. A velocidade ainda é importante, mas a maioria dos fornecedores continua a aumentar o rendimento de equipamentos com mesas de impressão maiores e mais velozes. Schinlever, da EFI , afirma: “para as cabeças de impressão e para os próprios sistemas de impressão, a relação preço/desempenho está aumentando exponencialmente. Para os fornecedores de impressoras, como a EFI , a Durst, a Inca e outros, não é exagero dizer que vamos finalmente ter algo tão ou mais rápido do que uma impressora automática de serigrafia, o que fará com que soluções integradas de fluxo de trabalho passem a ser cada vez mais importantes”. Aprimorando a comunicação visual com códigos QR
Uma das descobertas mais interessantes na pesquisa da InfoTrends foi o fato de que 20% dos compradores de comunicação visual e de outras aplicações em grandes formatos têm usado os códigos QR e outros elementos interativos de mídia em seus displays e que, desses, mais de 90% planejam conti nuar usando esses elementos interativos. Dentre os entrevistados, 70% considerariam o uso de códigos QR ou outros elementos interativos em seus banners. Isso representa uma enorme oportunidade para as empresas que oferecem serviços de grandes formatos, tanto para educar os consumidores sobre a importância dos elementos interativos quanto para adicionar valor aos trabalhos dos clientes e gerar mais receita. Displays digitais não ameaçam
1 Who Buys Wide Format 2011 [Quem compra grandes formatos 2011], de Tim Greene, diretor da InfoTrends, 7 de junho de 2011.
Uma ameaça clara para o segmento de produtos para sinalização e banners é o surgimento da sinalização digital eletrônica, que muitos temiam que VOL. V 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
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roubasse mercado da sinalização impressa. Porém, essa transição não ocorreu, de acordo com o estudo da InfoTrends. Apenas 11% dos entrevistados tinham comprado displays digitais, embora 38% indicaram que planejam fazê-lo. Essas compras, no entanto, parecem ter pouco impacto sobre impressos de grande formato, com 76% dos respondentes indicando que usam displays digitais juntamente com impressões de grande formato. O mix de tecnologias digitais
Cada vez mais, a dinâmica das tecnologias digitais está conquistando uma parte do mercado de trabalhos feitos em serigrafia, e muitas empresas de serigrafia tradicionais estão investindo em tecnologias digitais. Assim como no mercado de impressão offset, haverá aplicações adequadas para a impressão serigráfica em um futuro próximo, pois não é rentável realizar muitos trabalhos com a impressão digital em grandes formatos. Mas a gama de aplicações que agora pode ser produzida digitalmente está aumentando significativamente. Muitos acreditam que as únicas aplicações em serigrafia que não podem ser feitas digitalmente giram em torno do uso de tintas especiais, como metálicas e fluores centes, que possivelmente não estarão disponíveis para aplicações digitais por algum tempo. Em termos de aplicações específicas, as roupas serão as últimas a fazer a transição para as grandes tiragens digitais. 32 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Tipos de tinta
Uma forma de segmentar o mercado de grandes formatos é examinar os vários tipos de tinta utilizados. A InfoTrends segmenta-as, em três catego rias principais: ◆◆ Base água, que inclui aquosas duráveis como um subsegmento, como as tintas látex da HP. ◆◆ Solvente/ecossolvente, que possui a maior fatia do mercado, mas que está perdendo espaço para a aquosa durável e para as tintas da terceira categoria, de cura UV. ◆◆ Com cura UV, que conquistou o mercado. As impressoras UV com essa tecnologia representam a maior parte das vendas de novos equipamentos de grandes formatos, à medida que os fabricantes deixam de produzir impressoras com tecnologia de tintas à base de solvente. O UV está ganhando terreno mais rapidamente na Europa do que na América do Norte, porém em um ritmo menor em mercados emergentes como a China e América Latina, onde o controle ambiental é menos rigoroso. Tim Greene, da InfoTrends, declara que “na América do Norte, a tecnologia digital de grande formato ainda é um negócio lucrativo em comparação com a China, onde o solvente é a tecnologia preferida e as gráficas compram o litro de tinta por um décimo do preço que pagam os gráficos norte-americanos. Os chineses têm im pulsionado o preço para baixo, vendendo grandes
formatos por apenas US$ 0,35 por pé quadrado [929,0304 cm²], quando o preço normal seria de US$ 3 a 4 dólares por pé quadrado”. Greene também aponta que as gráficas em mercados altamente regulamentados, como na Europa Ocidental e América do Norte, estão usando o que ele chama de cross-shore para atender as necessidades de certos clientes, por exemplo, fazendo um pedido de impressão em um país com legislação am biental menos rigorosa, como a Polônia, e enviando o produto final para o Reino Unido. Neste caso, a gráfica atende às exigências tanto do cliente quanto da legislação ambiental, uma vez que a impressão não está sendo produzida no Reino Unido. “A China começou com tintas solventes, enquanto a América do Norte e a Europa Ocidental começaram com as tintas base água”, acrescenta Greene. “O solvente parece continuar sendo a principal tecnologia na China e em outros mercados emergentes devido ao seu menor custo, enquanto os mercados desenvolvidos estão se afastando das tintas à base de água e de solvente para embarcarem nas tintas de cura UV e, conforme as tecnologias evo luem, esperamos ver avanços significativos também em tintas base água duráveis”. Uma tecnologia para se observar com atenção é a das tintas base água duráveis. Apesar de a HP ter uma posição de liderança nesse segmento, com suas tintas látex, Greene afirma que formulações similares estão sendo desenvolvidas por empresas como a Sun Chemical e a Sepiax, acrescentando: “Essas tintas são boas para uso em algumas impressoras piezo da Epson, assim como muitos equipamentos do mercado, como da Roland DG , Mutoh e Mimaki. Vários desses equipamentos poderiam ser modificados para usar tintas duráveis base água, substituindo o ecossolvente simplesmente através da limpeza do sistema e mudando as cabeças de impressão”. Tintas base água duráveis poderiam ser uma virada de jogo para retardar o crescimento do UV e acelerar o declínio de tintas solventes. Vale a pena assistir o mercado e observar se os prestadores de serviços entenderão que há valor em migrar seus sistemas para tintas à base de água duráveis à medida que esta tecnologia amadurece. Curiosamente, em um estudo conjunto da Fespa/InfoTrends realiz ado em 20112 , o tipo mais comum de equipamento em uso pelas gráficas pesquisadas ainda era solvente, e apenas um terço relatou 2 Fespa/InfoTrends Evolution Studes [Estudo de evolução Fespa/InfoTrends], abril de 2011.
ter tecnologia à base de água, apesar de existir uma tendência mundial em direção às tintas de cura UV. De acordo com Andrew Oransky, diretor de marketing e gestão de produtos da Roland DG , “embora a tecnologia UV prometa eventualmen te substituir a tinta à base de solvente para muitas aplicações, será necessário algum tempo até que os preços das impressoras UV se igualem aos níveis que estamos vendo atualmente nas impressoras jato de tinta solvente. Por essa razão, impressoras jato de tinta à base de solvente continuarão a ser necessárias, especialmente em gráficas de pequeno e médio porte, nas quais um investimento em tecnologia UV tem um custo proibitivo”. As gráficas não estão acabando até que estejam acabadas!
O acabamento também é um aspecto importante da produção de grandes formatos e pode adicio nar tanto margem quanto valor a um projeto simples. Por exemplo, os fornecedores especializ ados em grandes formatos estão partindo para instalações com aplicações de backlight, corte a laser para terminar os materiais de ponto de venda, envelopamento de veículos, decoração de vitrines e muitas outras. Eles também estão aplicando diferentes acabamentos às peças, através de laminação ou usando tecnologias como as oferecidas pela Inca Digital, que permitem uma escolha entre acabamento fosco, acetinado ou brilhante. Embora essas operações mais complexas possam ser mais difíceis de gerir do ponto de vista de custos e lucros do que sob uma ótica de produção “imprimir, embalar e enviar”, um fornecedor de impressão pode oferecer uma gama completa de serviços para aumentar pedidos e o lucro, criando uma diferenciação no mercado e fidelizando os clientes. Para a maioria das operações, impressão e corte são dois processos distintos. A Roland DG oferece uma plataforma única de impressão com corte pa tenteada que combina as capacidades de impressão digital com um mecanismo de corte de contorno para agilizar o processo de produção, permitindo que as imagens sejam produzidas desde a concepção até o produto final de uma forma automatizada, eliminando algumas etapas realiz ad as de forma manual. Sua nova impressora desktop VersaStudio de 20 polegadas (50,8 cm) possui recorte incorporado e permite aos profissionais gráficos acesso a esta tecnologia por menos de US$ 10.000. Esta máquina é ideal para a produção de amostras totalmente acabadas ou provas. VOL. V 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
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Participação de mercado
A classificação das parcelas do mercado global dos fornecedores por tipo de tinta mostra que: ◆◆ Os líderes do mercado global de jato de tinta à base de água ou aquosa são HP, Canon e Epson. A HP é a única grande marca no mercado de látex e já vendeu mais de 5.000 impressoras à base de tinta látex, de acordo com a InfoTrends. ◆◆ Em ecossolvente a Roland DG é a número um, com uma quota de mercado duas vezes maior que todas as outras empresas na América do Norte. A Mimaki e a Mutoh vêm em seguida no ranking, respectivamente. Oransky, da Roland DG , afirma que a participação da empresa no mercado global de ecossolvente é de 41,9%, com uma quota global de mercado UV de 5,6%.3 ◆◆ No campo das tintas UV, a Océ está na liderança no mercado global, seguida pela Mimaki, HP e EFI. Uma vantagem da impressão UV usando um equipamento de mesa é a capacidade de imprimir diretamente em substratos rígidos de até cinco centímetros de espessura, eliminando a necessidade de montar e laminar posteriormente os produtos. As impressoras UV estão disponíveis em modelos de mesa, rolo a rolo ou híbridos, que facilmente se convertem de um para o outro. Esses fornecedores serão bem representados na Drupa 2012, mas os visitantes devem também aproveitar a oportunidade para visitar os pequenos fabricantes, como a Grapo Technologies, da República Tcheca, bem como procurar produtos inovadores e novas tecnologias em exposição em estandes de fornecedores maiores. Mudança guiada por mercados em evolução
Uma coisa fica clara: o mercado de grandes formatos está evoluindo e os participantes bem sucedidos estão realiz ando as mudanças em dois planos, de acordo com o estudo da Fespa/InfoTrends. O estudo mostra que os prestadores de serviço podem desenvolver estratégias para evoluir em duas direções: “De um lado está a capacidade de melhorar a sua eficácia operacional, desenvolvendo maior velocidade, melhorando a qualidade de imagem, a eficiência de ganho, reduzindo o impacto ambiental e melhorando o padrão de serviço aos seus clientes. Do outro lado, as estratégias podem ser desenvolvidas para ajudar a criar novos serviços, novos produtos, conquistar novos clientes e criar novos modelos de negócio”. 3 Em 31 de março de 2011, segundo a InfoTrends.
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Direções evolutivas estratégicas
As decisões estratégicas que essas empresas tomam terão impacto sobre o tipo de equipamento, os clientes e os aplicativos que elas irão optar por comprar. Além dos dados quantitativos obtidos através de levantamentos com prestadores de serviços de grandes formatos, a pesquisa da InfoTrends também apresentou exemplos de estudo de caso de empresas que optaram por esses caminhos. Dois destes cases, que representam a entrada no mercado de dois pontos de partida diferentes estão resumidos aqui como exemplos da evolução pela qual a indústria está passando em termos de tecnologia e no campo da concorrência. A busca de novas fontes de receita Alderson – A companhia britânica Alderson Print
Group é um exemplo de um concorrente não tra dicional na indústria de visual e banners, um fenômeno cada vez mais comum. No caso dessa gráfica comercial, em atividade desde 1963, a produção de grandes formatos foi percebida como uma estratégia de crescimento para compensar o declínio das receitas com impressão offset. Em 2009, a empresa estabeleceu uma divisão dedicada ao ponto de venda, combinando a tecnologia KBA em offset plana com diferentes equipamentos jato de tinta digitais de bobina da HP. A Alderson utilizou essa nova divisão para am pliar a receita com clientes já existentes, tornandose mais um fornecedor integrado, bem como para conquistar novos negócios com novos clientes. Desde que a divisão foi criada, ela vem dobrando suas vendas, que agora são responsáveis por 20% do faturamento da empresa, que é de 30 milhões de libras (83 milhões de reais). Estes 20% são gerados com o trabalho de 30 pessoas, de um total de 236 funcio nários. Um desafio fundamental para a Alderson, como para muitas gráficas comerciais que optam pelo caminho dos grandes formatos, é a significativa necessidade de espaço adicional para acomodar produção e acabamento, bem como para serviços de atendimento ao cliente e logística. Massive Graphics – Localizada em New Bruns wick, Canadá, a Massive Graphics é uma loja digital com sete funcionários, comandada por um empresário inovador. A empresa utiliza três impressoras de grandes formatos, duas ecossolventes Mimaki e uma Agfa de mesa, e atende aos mercados de varejo de produtos para sinalização e banners. Em 2010,
a Massive Graphics viu uma oportunidade de integrar códigos QR em suas ofertas. Embora a empresa não venda códigos QR por um custo extra, os clien tes reconhecem que o uso desses códigos aumenta os resultados das suas campanhas. O conhecimento especializado nesta área também posiciona a Massive Graphics como uma consultoria para seus clientes, muitas vezes ajudando-os no design para fazer um uso eficaz dos códigos na impressão de grandes formatos. Os códigos QR também tornam mais fácil fornecer um link para informações sobre produtos na internet em vários idiomas, uma exigência e, muitas vezes, um desafio no Canadá, em que se fala tanto francês quanto inglês. Os códigos QR também produzem dados de medição de resultados. As empresas querem saber se estão recebendo uma resposta direta e os códigos QR são uma ótima maneira para avaliar o retorno, já que os acessos a eles são rastreados. Em um prazo muito curto desde que começou a oferecer códigos QR , a Massive Graphics passou a ser vista pelos seus clientes como capaz de produzir campanhas muito mais abrangentes e eficazes, elevando seu valor e com pouco risco, já que a adição de códigos QR exige pouco investimento adicional por parte da empresa de impressão.
Grandes oportunidades para grandes formatos
A impressão jato de tinta de grandes formatos é um segmento interessante do negócio de impressão. Ela está crescendo e pode oferecer margens mais elevadas do que muitos outros segmentos e a tecnologia continua a evoluir para permitir ao cliente soluções ainda mais inovadoras. A Drupa 2012 será uma oportunidade imperdível para os fornecedores de serviços de impressão de todos os tipos investigarem a gama de opções a fim de entrar nesse lucrativo nicho de mercado. Os visitantes devem aproveitar ao máximo a chance de entender mais sobre equipamentos, tintas, soluções de acabamento e aplicativos na busca pelo melhor caminho para o lucro em novas possibilidades de negócio, ou procurar novas formas de melhorar os seus atuais serviços de grandes formatos. Os visitantes devem também olhar para “fora da caixa” e investigar as ferramentas e soluções que irão ajudar a simplificar as suas operações. A maioria dos fornecedores do mercado de grandes formatos, se não todos, oferece uma grande variedade de soluções de pré-impressão, fluxo de trabalho e acabamento que tornam o processo de impressão de grande formato mais eficiente e rentável.
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DA INFORMAÇÃO
É P L A N T A D A. . TEM UMA INFORMAÇÃO
A cadeia produtiva do papel e da comunicação impressa vem realizando uma campanha de informação sobre o que produz para a sociedade. Esclarecer dúvidas e, principalmente, trazer à luz da verdade algumas questões ligadas à sustentabilidade.
MUITO IMPORTANTE
SOBRE TODA
A principal delas é deixar claro que, as árvores destinadas à produção de papel provêm de florestas plantadas, e que essas são culturas, lavouras, plantações como qualquer outra.
A INDÚSTRIA GRÁFICA QUE VOCÊ PRECISA SABER:
Somos uma indústria alinhada com a ecologia e a natureza, ou seja, as nossas impressões são extremamente conscientes porque utilizamos processos cada vez mais limpos. E, mesmo assim, buscamos todos os dias novas tecnologias de produção que respeitem ainda mais o equilíbrio do meio ambiente. Somos uma indústria que traz prosperidade para o País e benefícios para todos os brasileiros. Temos imenso orgulho de saber que cada vez que imprimimos um caderno, um livro, uma revista, um material promocional ou uma embalagem, estamos levando conhecimento, informação, democracia e educação a todos. Imprimir é dar veracidade, tornar palpável. Imprimir é assumir compromisso. Imprimir é dar valor. Principalmente à natureza. I M P R I M I R
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ENTIDADES PARTICIPANTES: ABAP, ABEMD, ABIEA, ABIGRAF, ABIMAQ, ABITIM, ABRAFORM, ABRELIVROS, ABRINQ, ABRO, ABPO, ABTCP, ABTG, AFEIGRAF, ANATEC, ANAVE, ANDIPA, ANER, ANL, ARTEFATOS, BRACELPA, CBL, FIESP E SBS.
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Imagem de Eucalipto
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COMO FUNCIONA
O que é RFID?
Maya Shikida
V
ocê pode até nunca ter ouvido falar em RFID, o que duvido, mas certamente já utilizou códigos de barras e muito pro vavelmente já teve problemas com eles em lojas, livrarias ou supermercados, onde a aten dente teve que girar o produto até que a leitura de seu código fosse possível. Basicamente, o RFID tem uma função parecida com a dos códigos de barras normais, porém com uma segurança muito melhor e uma infinidade de aplicações. As etique tas RFID contêm um chip e uma antena que arma zenam informações, posteriormente lidas por um leitor especial. RFID é a sigla para Radio Frequency Identif ication, no português “identificação por ra diof requência”. Ela utiliza frequência de rádio para transmitir e capturar dados e surgiu como forma de complementar a tecnologia de códigos de bar ras. Suas utilizações são as mais diversas, poden do atender as indústrias, os setores comercial e de segurança, dentre outros.
mesmo que ainda estivesse distante. Porém, esse sistema não permitia saber se o avião era inimi go. Os alemães descobriram então que, se os pilo tos girassem o avião quando estivessem retornan do, modif icariam o sinal de rádio, permitindo sua identificação. A partir daí, foram desenvolvidos sis temas baseados nessa tecnologia, como os sistemas antifurto utilizados até hoje, nos quais chips de um bit são colados em produtos. Se o cliente paga pelo produto, o bit é posto em 0; caso não pague, ele continua em 1, acionando um alarme. Composição Um sistema RFID é basicamente composto por um leitor e uma etiqueta RF tag. O leitor possui uma an
tena que é responsável por emitir sinais de rádio que ativam a etiqueta, realiz ando a leitura. A etiqueta RF tag (transponder) é composta por um microchip e uma antena. As etiquetas podem ser ativas, com baterias internas, ou passivas, sem baterias próprias, sendo ativadas através da antena do leitor.
História
O primeiro sistema RFID foi utilizado na década de 40, durante a Segunda Guerra Mundial. O físi co escocês Robert Alexander Watson-Watt inven tou um radar que identificava através de ondas de rádio quando um avião estava se aproximando,
Funcionamento
Qualquer etiqueta adesiva comum é composta de frontal, adesivo e liner (1). As etiquetas RFID pos suem em seu lado interno uma antena e um chip, responsáveis por armazenar informações sobre os
Etiqueta Adesiva Comum
Etiqueta RFID
Frontal
Imagens: Thiago Sanches
Frontal
Chip
Adesivo
Antena
Liner Encapsulamento
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Adesivo
produtos nos quais são coladas, que podem ser ob jetos, embalagens, produtos, pessoas, animais etc. O lado frontal da etiqueta recebe impressão de dados variáveis através de uma impressora térmi ca especial que também imprime as informações no lado interno (microchip). A antena contida na etiqueta transmite as informações impressas, atra vés de ondas de rádio para o leitor, que, por sua vez, converte as ondas em informações digitais que podem ser lidas por um computador. Aplicações
A tecnologia RFID tem como vantagem a diversi dade de aplicações, entre elas: Controle de estoque – Com etiquetas RFID coladas em todos os produtos, é possível obter relatórios e inventários de materiais em estoque sem se perder tempo com balanços e evitando erros e redundâncias. Rastreamento – Essa tecnologia permite saber a localização de mercadorias em tempo real.
Substituição de códigos de barras – Você já parou para pensar que, quando vai ao supermercado, você tira os produtos da prateleira, coloca no carrinho, tira do carrinho, coloca no caixa, tira do caixa, de volve ao carrinho, tira do carrinho, coloca no carro, tira do carro e os leva para casa? Com o RFID, seria possível, por exemplo, colocar os produtos no car rinho e simplesmente passar por um receptor na saída do estabelecimento, capaz de identificar os produtos e gerar uma fatura. A tecnologia RFID vem crescendo a largos pas sos a cada dia que passa. Os especialistas acreditam que ela não vá extinguir o uso dos códigos de bar ra, uma vez que ambos podem coexistir, mas sim ampliar o mercado de identificação. Maya Shikida é ex‑aluna do Curso Técnico
de Rotogravura e Flexografia da Escola Senai Theobaldo De Nigris, aluna de Engenharia na FEI e assistente de PCP na Adesão Etiquetas.
VOL. V 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
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TIPOGRAFIA
a letra impressa •parte 2 matrizes mecânicas e a fundição de tipos
Claudio Rocha
Nesta série de artigos estão sendo examinados os processos de fabricação de tipos, passando por seus diversos estágios de produção no sistema tipográfico, na fotocomposição e no sistema digital. No primeiro artigo foi apresentado o processo manual de produção de punções e confecção de matrizes. O próximo artigo irá abordar o sistema de composição mecânica desenvolvido pela Linotype. A fonte utilizada no título e legendas deste artigo é a Palatino Sans, criação de Hermann Zapf e Akira Kobayashi, de 2006. Para o texto foi utilizada a Monotype Bembo, versão digital da fonte produzida no século XV por Francesco Griffo sob encomenda do editor Aldus Manutius.
CLAUDIO ROCHA é tipógrafo, editor da revista Tupigrafia e diretor da OTSP, Oficina Tipográfica São Paulo
40 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. V 2011
Quatro séculos se passaram desde a invenção da arte tipográfica no ocidente, por Gutenberg durante o século xv, até que ocorressem aperfeiçoamentos significativos na técnica desenvolvida por ele. Sua grande contribuição foi o desenvolvimento do molde ajustável, que possibilitou o surgimento da técnica da produção de tipos e a disseminação do ofício do tipógrafo por toda a Europa nos séculos seguintes. Somente no final do século xix – quando os avanços da revolução industrial convergiram para a impressão tipográfica – foi possível a otimização do processo de fabricação de tipos móveis.
comparado com o sistema anterior, limitado pela escassez de punchcutters competentes e pelo longo tempo de produção. Com o novo processo foi possível o estabelecimento de numerosas type foundries. Ainda com essa técnica era possível repor facilmente matrizes danificadas durante a fundição e também reproduzir desenhos complexos de capitulares ornamentadas e letras com linhas delicadas, características do estilo art nouveau. Uma outra importante evolução técnica no sistema produtivo ocorreu em 1885, quando Linn Boyd Benton inventou um equipamento para a gravação de punções, posteriorInicialmente, os antigos tipógrafos conce- mente aperfeiçoado e adaptado também para biam e produziam suas próprias fontes, mas a gravação de matrizes. Nesse mesmo ano foi já no século xvi a fundição de tipos se tor- desenvolvida a primeira máquina automática nou um negócio independente. Essas novas de fundição de tipos, completando a mecatype foundries criavam e forneciam os tipos para editores e impressores. Conforme descrito no artigo anterior, para fabricar um tipo era necessário esculpir manualmente uma punção em metal com o relevo da letra em reverso. Essa punção era batida sobre a superfície de uma barra de latão, gerando a matriz – uma imagem da letra em baixo-relevo – que era então utilizada para fundir os tipos para impressão. Esse procedimento foi o único a ser utilizado até a primeira metade do século xix, quando experiências com o processo eletroquímico da galvanoplastia foram aplicadas à tipografia e ficaram conhecidas por galvanotipia (electrotyping). Por meio de eletrólise (separação de elementos químicos de A fonte Walthari, uma mistura dos estilos um composto através do uso da electricida- art nouveau e gótico, criada em 1899 de) foi possível produzir matrizes em bar- por Heinz König para a type foundry alemã ras de cobre com grande precisão e rapidez Rudhard’Schen, de Offenbah.
Na esquerda, imagem do escritório central da American Type Founders, em Jersey City, publicada no catálogo American Specimen Book of Type Styles, de 1912.
nização do processo de produção, atendendo assim à crescente demanda da indústria gráfica que surgia naquele período. Um fato fundamental para a evolução do mercado foi a formação da American Type Founders Company, em 1892. A proliferação de type foundries inviabilizara economicamente o negócio da comercialização de tipos e a solução encontrada foi a fusão de 23 type foundries independentes, formando a ATF. Em pouco tempo, a nova companhia se tornou a principal empresa mundial na produção de tipos de metal. Foram contratados os melhores talentos da indústria, como Linn Boyd Benton, com seu pantógrafo para a gravação de matrizes, e Henry Barth, com sua typecaster (fundidora de tipos). O pantógrafo de Benton ajudou a solidificar a profissão do type designer, substituindo o trabalho do punchcutter, ou puncionista. Até então, os caracteres de um alfabeto eram necessariamente esculpidos em metal, em um longo e trabalhoso processo, o que podia alterar substancialmente o desenho original. No novo sistema, um primeiro pantógrafo produzia punções a partir do desenho de um caractere, com mínimas interferências. Esse molde em alto-relevo era produzido em latão (uma liga de cobre e zinco). Um segundo pantógrafo era utilizado para produzir as matrizes. A punção era posicionada no berço inferior e a ponta de um pêndulo, conduzida por um operador, percorria o contorno desse caractere. Uma barra de metal posicionada no berço superior recebia a incisão do desenho do caractere por meio de uma ferramenta de corte (router), gravando em baixo-relevo o desenho da matriz do
Ao lado, punção da letra B, em latão, para produção de matrizes no pantógrafo. Abaixo à esquerda, a punção é utilizada como guia para produção da matriz. O operador transferia os contornos dos caracteres para uma ferramenta de corte posicionada na parte superior do pantógrafo. Abaixo, o pantógrafo de matrizes inventado por Linn Boyd Benton.
tipo a ser fundido. O pantógrafo de Benton podia gerar matrizes em diversos tamanhos, a partir de uma mesma punção, ajustando-se a altura do braço telescópico. Também era possível alterar as proporções do desenho original para gerar moldes de letras mais condensadas ou expandidas, mais finas ou grossas ou ainda italizadas, com variação dos graus de inclinação. O pantógrafo de Benton logo se tornou um sucesso e foi adaptado por outras type foundries. Diversos sistemas foram utilizados para transferir os desenhos para os moldes, como a estereotipia (clichês de zinco) e filmes de recorte. VOL. V 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
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o molde para fundição do tipo
Acima, tipo fundido por James Mosley em demonstração no Museu Bodoniano, em Parma. O tipo ainda apresenta o excesso de metal na parte inferior, retirado na etapa de acabamento. Na demonstração, feita em 2009, foram utilizados um molde e uma matriz em corpo 24, utilizados por Gianbattista Bodoni no século xviii. O inglês James Mosley é uma das maiores autoridades em história da tipografia e foi diretor da St. Bride Library de 1995 a 2000. À direita, gravura com equipamentos para a fundição mecânica de tipos na Boston Type Foundry, em 1879.
42 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. V 2011
A fundição dos tipos era feita manualmente, com uma peça conhecida como molde ajustável, que possuia dois parâmetros: as medidas do corpo do tipo a ser fundido (body depth) e da altura do tipo (paper depth). Uma outra medida, ajustável, era a largura do caractere. Com o molde fechado e a matriz posicionada, uma liga de metal em ponto de fusão era despejada com uma concha, através de um orifício. Em seguida, o operador sacudia o molde para cima, fazendo a pressão necessária para que todo o tipo fosse preenchido pelo metal. Em seguida, o molde era aberto para retirar o tipo já fundido e novamente fechado, reiniciando a operação. Fundiam-se em média de 6 a 8 tipos por minuto. Depois de fundidos, os tipos recebiam o acabamento, que consistia em eliminar rebarbas nas laterais e excesso de metal na base, resultantes do processo de fusão. Por fim, era ajustada a medida da altura do tipo. O metal utilizado era uma liga de chumbo, estanho e antimônio em proporções diferentes, adequada ao sistema de composição ao qual o tipo seria destinado: tipos móveis ou composição mecânica. Na composição da liga o chumbo entrava na proporção de 50 a 86%. Era a base do tipo, por ter custo relativamente baixo e por sua facilidade em formar liga com outros metais. O estanho, que tinha ponto de fusão baixo, entrava na proporção de 3 a 20%, dando f luidez e resistência à liga. O antimônio entrava na proporção de 11 a 30%, garantindo dureza e precisão às formas do tipo. As inovações introduzidas no século xix aumentaram a produtividade na fusão de tipos, com máquina que fundiam automaticamente até 175 tipos por minuto, em corpos de até 11 pontos. Algumas instituições preservam punções matrizes e moldes em suas coleções. O Museu Bodoniano em Parma conserva 25.500 punções, 50.000 matrizes e 147 moldes, de Gianbattista Bodoni. A Bélgica abriga uma enorme coleção de punções e matrizes de Claude Garamond, presentes no acervo do Museu Plantin Moretus, na Antuérpia. E na Inglaterra as punções de tipos da H. Caslon & Co. Ltd. estão conservadas na St. Bride Library, em Londres.
Acima, imagem publicada em Descriptions des arts et métiers, de 1698, mostrando um molde para fundição de tipos. O arco de metal na parte inferior era utilizado para pressionar a matriz dentro do molde, fixando-a durante o procedimento de fundição. O metal em ponto de fusão era despejado no orifício (A) na parte superior do molde, que era aberto para retirar o tipo fundido. Os ganchos no alto serviam para puxar o tipo para fora do molde .
obras consultadas: McGrew, Mac, American Metal Typefaces of the Twentieth Century. Oak Knoll Books, New Castle, 1993. Lawson, Alexander. Anatomy of a Typeface. David R. Godine Publisher, Boston, 1990. Smeijers, Fred. Counterpunch. Hyphen Press, Londres, 1996. Baines, Phil & Haslam, Andrew. Type and Typography. Watson-Guptill, N. York, 2002.
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ENTREVISTA
W
alter Vicioni Gonçalves sempre esteve ligado à educação. Formado em Pedagogia pelo Mackenzie, com pós-graduação em Administração e Planejamento da Educação pelo International Institute for Educ ational Planning (IIEP-França), está no Senai desde 1970. No Senai-SP já exerceu os cargos de diretor de escolas, diretor de Organização e Planejamento e diretor técnico. No Sesi-SP, foi diretor de operações e na área corporativa das duas instituições foi coordenador de Planejamento e Gestão. Atuou ainda como consultor do Banco Mundial no Projeto de Reorient aç ão do Sistema de Formação Prof issional do Marrocos. Hoje, Walter Vicioni é diretor regional do Senai-SP, superintendente operacional do Sesi-SP e membro titular do Conselho Estadual de Educação de São Paulo. Respirando formação prof issional, ele fala sobre sua passagem pela Escola Senai Theobaldo De Nigris, sobre os projetos e desaf ios do Senai e da miopia dos que insistem em manter desunidas as políticas educacional, industrial e tecnológica.
Walter Vicioni “Para formar o trabalhador do futuro uma boa base é essencial” 44 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. V 2011
O senhor foi diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris entre 1995 e 1996. Como foi sua expe riência junto ao setor gráfico? Walter Vicioni – Na verdade, tive uma rápida passagem anterior, em 1975, durante três meses de licença do diretor na época. Desde então eu sempre acompanhei a escola. De 1975 a 1986 dirigi outra escola, a Suíço-Brasileira, voltada à mecânica de precisão, que era muito prestigiada. Porém, eu aprecia va o estreito relacionamento que a Theobaldo De Nigris tinha com o setor gráfico, com os empresá rios. A mecânica de precisão está presente em vá rios setores. Não existe uma associação que congregue essa indústria, então faltava à Suíço-Brasileira essa identidade que a Theobaldo De Nigris tinha e que facilitava o conhecimento das necessidades do setor, a articulação das ações. Quando, em 1994, o Altino Carabolante deixou a diretoria da Theobaldo De Nigris logo pensei em me candidatar à vaga. Mas antes fui falar com o Fernando Pini, professor e assessor técnico da escola, pois achava que ele deveria ser o diretor. Formalizei meu pedido junto ao Senai quando ele me
disse que não tinha interesse pela vaga e que me apoiaria junto à escola. Nós dois fomos falar com o Max Schrappe, que era presidente da Abigraf Na cional e uma semana depois eu assumi a direção da Theobaldo De Nigris.
WV – Não, principalmente pela globalização. Vivemos em um mercado global. Nosso concorrente não é apenas a empresa da cidade vizinha, mas também as que estão em outros continentes. Isso exige mais qualificação, conhecimento da língua inglesa, atualiz ação constante.
E como foi o ínicio? WV – Fui muito bem recebido pelos funcioná rios e pelos empres ários. Uma das primeiras pes soas que recebi foi o Plácido Loriggio, que era vice- presidente da Abril. Eu sabia que na década de 70 ele havia tentando montar um curso superior com o Senai e nesse encontro disse a ele que montaría mos, como montamos, a faculdade de tecnologia gráfica, como de fato montamos.
Olhando agora para o Senai-SP, a instituição está em fase de investimento e crescimento. Quais são os principais projetos? WV – Não vejo o investimento apenas pelo investimento. Ele é consequência de um modelo de formação prof issional que estamos seguindo, da necessidade de trabalhar com tecnologias e equipamentos com os quais os alunos possam aprender fazendo. Estamos retomanNa sua gestão a escola inten do as origens do Senai, que A educação, sificou as parcerias com insti nasceu dentro de um procestuições do setor e com as em mais do que um direito, so de desenvolvimentismo presas. Em que medida essas que o Brasil estava vivendo é uma ferramenta de parcerias ajudaram a cons na década de 40. A educadesenvolvimento ção, mais do que um direito, é truir o que a escola é hoje? econômico. uma ferramenta de desenvolWV – Fiquei pouco tempo na vimento econômico e para escola, mas foi uma fase muito rica. Conseguimos fazer muita coisa porque tanto que ela aconteça, um ambiente de aprendizagem o pessoal da escola quanto o setor acreditou que adequado é essencial. seria possível. Para citar alguns exemplos, fechamos acordos importantes com fornecedores para Os projetos, então, seguem essa linha? colocar a escola em sintonia com as novas tecno WV – Sim. No passado, a tecnologia caminhava logias digitais. Conseguimos, de forma inédita, levar mais lentamente. Então, a expansão do Senai se mais de 20 profissionais da escola à Drupa. Trouxe- deu através de um modelo reprodutivo. Pegava-se mos uma turma fechada de Minas Gerais, com 32 escolas que davam certo, como a Escola Senai Ropessoas, que passaram um ano sendo treinados na berto Simonsen, e reproduzia-se sua estrutura, em Theobaldo De Nigris para atender as demandas da menor escala, em outras cidades. Mas o ritmo de região. E tudo isso aconteceu através do apoio das atualiz aç ão tecnológica se acelerou muito, assim empresas e das entidades do setor. como mudou a dinâmica da economia de cada re gião. Hoje, ao se estruturar uma escola, o que preComo o senhor vê a Theobaldo De Nigris hoje? cisa predominar como referência é a vocação ecoWV – Como uma escola de referência. E como nômica da cidade. Por isso nossos investimentos acreditamos na escola, o Senai-SP está investindo têm sido nesse sentido, objetivando atender a dequase R$ 30 milhões na modernização da unida- manda localmente, transformando cada uma das de. A escola precisa estar adequada à realidade do escolas em centros de excelência. mercado. Eu sempre pensei assim e esta também é a visão do presidente da Fiesp, Paulo Skaf. Além da formação de mão de obra, o Senai-SP vem dedicando-se à prestação de serviços técni Os desaf ios que vivia o prof issional gráfico há cos e tecnológicos à indústria. Qual a importân 15 anos são os mesmo atualmente? cia desse trabalho? Ele deve ser ampliado? VOL. V 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
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WV – Sim, e muito, sobretudo junto às pequenas e médias empresas. O Senai-SP criou a figura do agente de inovação, que é o prof issional que vai à empresa para fomentar o processo de inovação. Dentro das escolas também estamos estimulando a criativida de. Os alunos ficam conhecendo problemas específicos da indústria e têm de apresentar soluções. O próprio Senai-SP está financiando 43 projetos de inovação dentro de empresas, com um investimento de R$ 15 milhões, projetos focados em necessidades concretas. Por meio desse trabalho acredito que as escolas possam ser reconhecidas como centros de inovação e tecnologia. Não se trata de adotar essa nomenclatura e sim fazer por merecer, atuar de tal forma que a escola se distinga por isso.
A questão é que as relações de trabalho no Brasil precisam evoluir muito. O empresário está voltado somente para o resultado. Assim, em época de baixa, quando deveria investir no treinamento de suas equipes, acaba demitindo e quando a economia se aquece não está preparado para responder à demanda.
Como o Senai pode ajudar nesse cenário? WV – O Senai tem flexibilidade para atender demandas pontuais. Para citar um exemplo, na década de 70 eu era agente de treinamento em Santo André, período em que começava a ser construí do o polo petroquímico de Capuava. Uma empresa procurou o Senai porque estava precisando de soldadores. EstaO apagão está, va recrutando gente em todo o Muito se fala hoje do apagão Brasil, mas era um processo caro na verdade, de mão de obra e da urgên e demorado. O curso de soldana mente cia em preparar profissionais dor tinha duração de 24 meses e das pessoas. a empresa não podia esperar. Fipara responder a necessida zemos uma análise ocupacional des imediatas. É possível res ponder a essa carência com rapidez? Está mesmo para verificar o perfil do soldador e as competências necessárias para a execução do trabalho específihavendo um apagão de mão de obra? WV – A formação dessa mão de obra não é só res- co daquela obra. Com base nesse estudo, estrutuponsabilidade do Senai. Mesmo porque em várias ramos um treinamento de sete semanas. Montaáreas a necessidade é por pessoas com formação mos uma escola de solda no canteiro de obra e a superior. Mas, por exemplo, eu acho complicado fa- cada sete semanas cerca de 200, 300 soldadores lar em apagão de mão de obra em áreas que têm se eram treinados. E essa tem sido uma prerrogativa mostrado menos atraentes ao trabalhador. No ano do Senai: atender sob demanda, respondendo às passado, por exemplo, segundo dados do governo necessidades emergenciais da indústria. federal, foram pagos R$ 24 bilhões em salário desemprego. Ou seja, o que acontece é que existem seto- Qual o maior desafio do Senai? res que, pela natureza do trabalho, já não atraem WV – O maior desafio é encarar as novas tecno mais tantos profissionais. logias. Até o final do ano, por exemplo, teremos a O verdadeiro apagão de mão de obra existe quan- nanotecnologia na grade curricular na Escola Senai do há um descompasso entre a oferta e a deman- Suíço-Brasileira e em mais cinco escolas móveis. Teda, e, em consequência disso, o setor atingido co- mos de nos preparar para o futuro da indústria. E a meça a elevar os salários para atrair profissionais. formação prof issional depende de uma formação Isso está acontecendo com os engenheiros. Há fal- básica de qualidade. Pensando nisso, no Sesi que ta desses profissionais no mercado e as empresas mantém escolas de ensino básico, estamos instajá oferecem salários 20, 30% superiores. lando o regime de tempo integral, proporcionando Como queremos um país mais competitivo se à criança o contato com a ciência e a tecnologia. temos 27,4 mil cursos superiores espalhados pelo Isso a partir do seis anos. Para formar o trabalhaBrasil, dos quais apenas 2,3 mil formando engenhei- dor do futuro uma boa base é essencial. Se poderos e tecnólogos? Não há um alinhamento entre as mos fazer a diferença dentro de nossa casa, com políticas de tecnologia, educacional e industrial. os recursos que dispomos, vamos fazer. 46 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. V 2011
II CONFERÊNCIA DE IMPRESSÃO DIGITAL
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A MÍDIA IMPRESSA NO FUTURO
A II Conferência de Impressão Digital Gedigi (Grupo Empresarial de Impressão Digital) foi organizada com o objetivo de manter a discussão, troca de ideias e otimização de recursos para o desenvolvimento das aplicações com impressão digital no mercado gráfico brasileiro.
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NORMALIZAÇÃO
Bruno Mortara
O que é e para que serve o código QR?
O
código QR é um símbolo bidimen sional. Foi inventado em 1994 pela Denso, uma das principais empre sas do grupo Toyota, e foi aprova do como padrão internacional pela ISO (ISO/IEC 18004) em junho de 2000. Este símbolo bidimensional era destinado ao uso no controle de produção de peças automotivas, mas acabou se es palhando por toda a economia. O código QR é vis to agora todos os dias e em todos os lugares pelo mundo, sobretudo por quatro razões: ◆◆Possui características sup er iores aos códigos de barras lineares, como a possibilidade de agregar muitos dados em alta densidade e dar suporte a caracteres kanji (caracteres da língua japonesa com origem em caracteres chineses) ◆◆Pode ser usado por qualquer pessoa sem custos, uma vez que a Denso abriu mão dos direitos de patente para o domínio público ◆◆A estrutura dos dados não é um requisito padrão para os usos atuais ◆◆A maioria dos telefones celulares no Japão e nos principais países já é de smartphones, equipados com câmeras que permitem a leitura de códigos QR , acessando imediat am ente informações na web, SMS ou até chamadas telefônicas. História dos símbolos 2D Em 1970, a IBM desenvolveu os símbolos UPC com
postos de 13 dígitos de números de computadores 48 TECNOLOGIA GRÁFICA
VOL. V 2011
para permitir a leitura automática em sistemas com putacionais. São ainda amplamente usados em sis temas de ponto de venda (POS). Em 1974 apareceu o código 39, que pode armazenar 30 dígitos alfanu méricos. Em 1994, após sucessivos desenvolvimen tos, surge o código QR , que pode conter até 7.000 caracteres, incluindo os kanji. Os códigos bidimen sionais geralmente contêm quantidade de dados muito superior se comparados aos símbolos linea res, como um código de barras — aproximadamen te 100 vezes mais informação — e, portanto, sua lei tura é um processo mais complexo que necessita de muito mais tempo de processamento. A norma ISO 18004 A norma ISO 18004 tem como título Information
technology – Automatic identif ic ation and data capture techniques – Bar code symbology – QR code. Segundo a norma, o código QR “é um gra fismo matricial constituído por um conjunto de módulos nominalmente quadrados dispostos em um padrão global quadrado, incluindo um padrão único, localizador encontrado em três cantos do símbolo e destinado a facilitar a localização de sua posição, tamanho e inclinação. Uma ampla gama de tamanhos de símbolo é prevista em conjunto com quatro níveis de correção de erro. As dimen sões do módulo são especificadas pelo usuário para permitir a produção de símbolos por uma grande variedade de técnicas”.
A evolução dos códigos de dados 10.000
Número de dígitos
Um código QR pode codificar em seu interior di ferentes unidades ou valores. Entre estes pode arma zenar dados numéricos (algarismos 0–9); dados alfa numéricos (algarismos 0–9, letras maiúsculas A–Z e outros nove caracteres: o espaço, $ % * + – / : . ); da dos de 8 bits ou de 1 byte Latim ou Kana; e carac teres kanji. Pode também representar dados biná rios, em que um módulo escuro é um binário 1 e um módulo branco é um zero binário. Seu tamanho, sem incluir a zona de “silêncio”, pode ser de 21 por 21 módulos até 177 por 177 módulos, correspondendo às versões 1 a 40, com incrementos de 4 módulos para cada lado. Os dados armazenados em um QRC podem ser (para o tamanho máximo – versão 40-L): ◆◆Dados numéricos: 7.089 caracteres ◆◆Dados alfanuméricos: 4.296 caracteres ◆◆Dados de 8 bits: 2.953 caracteres ◆◆Dados em kanji: 1.817 caracteres O QRC tem a capacidade de correção de er ros de leitura, através de redundâncias. Isso facili ta seu uso em celulares e outros periféricos móveis de menor resolução e sua impressão por equipa mentos de média resolução. Há quatro níveis de correção de erro que permitem a recuperação de dados: o nível L, com 7%; o nível M, com 15%; o nível Q, com 25%; e o nível H, com 30%.
código 49
1.000 código 39
100
10
código QR
código 16k
código UPC
1970
(c)
1975
1980
1
(a)
(b)
1
(b)
1
1985
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Ano
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1
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(a) 1
(c)
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1
1
Padrões de localização
A alta performance do código QR O código QR tem a capacidade de leitura de alta
velocidade, em todas as direções (360°), propor cionand o aplicações até então nunca imagina das. Normalmente, a leitura do QR é feita através de um sensor CCD, como o de um celular. Os da dos da linha de varredura capturada pelo sensor são armazenados na memória. Em seguida, atra vés do software de interpretação, são analisados os detalhes e encontrados os padrões identifica dores, bem como a posição, o tamanho e o ângu lo de leitura do código QR . Depois é feita a deco dificação do símbolo. Em símbolos bidimensionais, a sua leitura pode demorar muito tempo até de tectar a posição/ângulo/tamanho do símbolo, além de problemas de precisão. Com o código QR , o leitor encontra os padrões de pos ic ionam ento em três cantos, o que per mite uma alta velocidade de leitura em todas as
Y X L
Identificando um QRC VOL. V 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
49
direções. A relação entre posições em preto e em branco, numa linha de leitura dos padrões de po sicionamento, é sempre 1:1:3:1:1, quando lido de qualquer direção. Ao detectar esse posicionamen to o leitor é capaz de identificar a posição do có digo QR , e por consequência o tamanho (L) e o ângulo (θ) (1 e 2). Leituras distorcidas Quando o código QR estiver colado em uma super
fície curva ou o leitor estiver inclinado, a imagem resultante fica distorcida e dificulta sua leitura. Para corrigir esta distorção, esse código tem padrões de alinhamento arranjados com um intervalo regular dentro do intervalo de símbolo. A variação entre a posição do centro do padrão de alinhamento, estimada a partir da forma exte rior do símbolo e da posição do centro real do pa drão de alinhamento, é calculada para conter os mapeamentos a fim de identificar a posição cen tral de cada célula, corrigida. Isso tornará legível um código QR praticamente ilegível (3).
Posição estimada central
Ponto central
Correção da variância Correção de símbolos distorcidos
Símbolos danificados
Funcionalidade de correção de erros No código QR há dados para a restauração de sua
funcionalidade, tornando-o resistente a borrões ou símbolos danificados. Ele possui quatro níveis dife rentes de correção de erro — 7%, 15%, 25% e 30% da área do símbolo. A funcionalidade de correção é im plementada de acordo com os borrões ou danos da imagem e são chamados de código Reed-Solomon. Estes estão dispostos na área de dados do código QR. Com essa funcionalidade, os códigos podem ser lidos corretamente mesmo quando estiverem sujos ou danificados até o nível de correção de erro, au mentando a sua utilidade e permitindo aplicações inéditas para códigos já existentes (4).
1/4
2/4
3/4
4/4
Marcação direta
Outras funcionalidade do código QR O código QR tem uma funcionalidade que permi
te vincular um único símbolo a diversos outros, di vidindo-o em até 16 símbolos. O exemplo mostra do na Figura 5 é aquele em que um único código QR é dividido em quatro símbolos e cada símbolo tem um indicador que mostra em quantos símbo los o original foi dividido. Isso permite que se utili ze o código QR e em impressos com pouquíssimo 50 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. V 2011
Vistas de frente
Vistas do verso
< Células circulares > < Células PB invertidas > < Frente/verso invertida >
espaço. Outra função é o mascaramento, essencial para leituras em condições de sujeira em merc a dorias ou produtos. Para isso, o processamento de um código QR passa por máscaras que permitem distinguir de modo não ambíguo o que é branco e o que é preto. Existem oito padrões de máscara. A avaliação será feita para cada um deles e aquele com o melhor resultado de avaliação, juntamente com o resultado do cálculo EX-OR, será armazenado na área de dados. Uma funcionalidade interessante para algumas aplicações é a encriptação dos dados contidos no código QR . A menos que a tabela de conversão entre o tipo de caracteres e os dados armazena dos seja decifrada, ninguém será capaz de ler aque le código QR . Finalmente, é importante destacar como funcionalidade a chamada “marcação dire ta” sobre embalagens flexíveis feitas por impresso ras laser ou matriciais. Para os símbolos marcados
diretamente, a forma da célula não tem necessa riamente de ser quadrada, como mostrado na Figura 6. Pode-se ler bem no verso ou pela frente, assim como em substratos de baixa refletância, como plásticos ou vidros transparentes. Perspectivas de adoção do código QR
As oportunidades em mercados desenvolvidos estão literalmente explodindo, baseadas na ado ção de smartphones e nas estatísticas de leituras de código QR : ◆◆80% dos consumidores dos Estados Unidos têm celulares ◆◆35% dos celulares são smartphones ◆◆75% dos propriet ários de smartphones têm leito res de código QR ◆◆Os consumidores que leem códigos QR são mais velhos, têm maior grau de escolaridade e renda acima da média nacional.
VOL. V 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
51
Exemplos de aplicações de códigos QR A seguir elencamos alguns exemplos de aplicações do
Mapas
código QR na Austrália, China, Hong Kong, Japão, Co reia, Cingapura e Taiwan, país es mais avançados em sua utilização.
Mapas impressos estão utilizando códigos QR para melhor orientar os turistas no Japão. Em uma área de montanhas, rios e florestas, com muitos sítios naturais termais e tem plos, por exemplo, os códigos QR fornecem um link para um site no qual o usuário pode selecionar um interesse particu lar (por exemplo, história, acomodações, templos, museus), e um mapa do Google é exibido com as posições relevantes em destaque e a posição do usuário.
Consumo e redes sociais Ralph Lauren Durante o Aberto de Tênis dos Estados Unidos, a Ralph Lauren apresentou códigos QR em seus anúncios impres sos, malas diretas e nas janelas da loja para levar usuá rios ao seu site. No site, o consumidor podia comprar produtos da marca.
Códigos QR transformam embalagens em documentos multicanal
Adegas Portuguesas utilizam códigos QR em rótulos para construir uma rede social online de amantes do vinho chamada Adegga.
Consumidores que compram vinho leem o código QR com o celular e são levados a uma página sobre aque le vinho no adegga.com. Lá podem ler os comentários de outras pessoas sobre o produto e verificar os preços.
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Emissão de passes de transporte Desenho do Sistema Na primeira vez a aplicação precisa que se preencha o for mulário que leva a informação da aplicação. ◆◆ A aplicação de renovação necessita somente do tempo de duração e o código QR na passagem velha dá as infor mações necessárias. ◆◆
Vantagens de se usar o código QR ◆◆
Serviço instantâneo e eficiente de renovação de passes de transporte.
Volume de dados: 200 caracteres Tamanho do símbolo: 15 mm² Conteúdo dos dados: nome do usuário, tarifa do usuário, estações, etc.
Controle de produtos alimentícios Desenho do Sistema
Desenho do Sistema
Os dados do QR no prato de sushi podem sempre ser escaneados. ◆◆ Todo o sushi que durar mais que 55 minutos é descartado. ◆◆
Vantagens de se usar o código QR ◆◆
Controle de alimentos em Taiwan
O controle de qualidade dos pratos de sushi é realizado e sua frescura é garantida.
Cada pacote de vegetais tem um ID único com um código de produto QR rastreável. ◆◆ O código QR no pacote tem o nome do vegetal, nú mero de identificação GS1 data de embalagem e código de rastreabilidade. ◆◆ O ministério da Agricultura ( C.O.A. ) de Taiwan desenvolveu uma conexão móvel via web. ◆◆
Vantagens de se usar o código QR O código QR pode facilitar o processo de rastreabi lidade e permitir aos varejistas segregar pacotes de vegetais que não estiverem mais frescos. ◆◆ Lojistas podem também obter informações sobre plantadores ao escanear as etiquetas com o có digo QR que os levam à fazenda através do siste ma móvel via web desenvolvido pelo ministério da Agricultura ( C.O.A. ) de Taiwan. ◆◆
transportador
Volume de dados: 10 caracteres Tamanho do símbolo: 10 mm² Conteúdo dos dados: número de ID
1 Etiqueta agrícola rastreável 2 Nome do produto agrícola 3 Instituição verificadora 4 ID código de barra 5 Código QR 6 Data da embalagem 7 Código agrícola rastreável
Cobrança por empresas em Taiwan Controle de gado na Austrália
Desenho do Sistema
Desenho do Sistema Uma etiqueta código QR grudada no rabo do animal é usa da para rastrear os movimentos em fazendas de gado. ◆◆ Se surge alguma doença como ‘vaca louca’ então cada animal tem uma identidade única e as fazendas podem ser controladas melhor. ◆◆
Vantagens de se usar o código QR
Vantagens de se usar o código QR ◆◆
A capacidade de correção de erros ajuda a gestão com sujeira na leitura. ◆◆ Sistemas off-line podem ser construídos já que o gado possui identificação. ◆◆
A empresa FarEasTone ( FET ), de Taiwan, codificou o link de pagamento ( URL) na conta do usuário. ◆◆ O cliente lê o código QR impresso na sua conta e o ce lular vai direto à página de pagamento de sua conta de celular, através da internet. ◆◆
Isso facilita o pagamento de contas de celulares, sem computadores ou ida a bancos.
Internet Volume de dados: 15 caracteres Tamanho do símbolo: 9 mm² Conteúdo dos dodos: número ID
Bibliografia http://en.wikipedia.org/wiki/Matrix_barcode ISO/IEC 18004: ISO Standard on QR Code 2005 Bar Code Symbology Specification. JIS-X0510: Japan Industrial Standard. JAMA-EIE001: Japan Automobile Manufacturers Association Standard.
GB/T 18284: China National Standard. KS-X ISO/IEC 18004: Korea National Standard. TCVN7322: Vietnam National Standard. GS1 Japan Handbook 2007. 2D Code and Barcode Image Generator: Denso Wave Incorporated, Japan.
Bruno Mortara é superintendente do
ONS27, coordenador da Comissão de Estudo de Pré-Impressão e Impressão Eletrônica e professor de pós-graduação na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica. VOL. V 2011 TECNOLOGIA GRÁFICA
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ACABAMENTO
Vivian de Oliveira Preto e Cláudia Matsumoto
Adaptação de ilustrações para livros infantis por processo de flocagem
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ma pesquisa de mestrado revelou que a maior parte dos livros voltados para os def icientes visuais possui poucas figuras adaptadas e que, na maioria das vezes, durante a adaptação, se perdem informações im portantes quanto a volume e textura dos objetos. O processo de adaptação de ilustrações para os def icientes visuais é muito complexo. Algumas ins tituições voltadas para a assistência à pessoa cega e o MEC aconselham o designer a utilizar os recursos de ilustração da forma mais simples possível, lem
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brando que nem sempre o que é “bonito” para os olhos é legível para a percepção tátil. As crianç as sentem falta de desenhos nos li vros, principalmente porque elas sabem que as ilus trações existem! Isso porque, com a inclusão de pess oas com def iciências no ensino regular, elas têm contato com outras crianç as, e estas citam as ilustrações, as cores e as formas dos desenhos. A impressão de ilustrações em relevo pode ser feita em serigrafia, com tintas PUF, ou com relevo americano. No que diz respeito à serigrafia há uma
gama de vernizes e tintas que podem vir a propor cionar diferentes sensações táteis para o def icien te visual. No caso da pesquisa citada as figuras fo ram adaptadas por meio de impressão serigráfica, com tinta PUF e flocagem. Esses dois processos foram escolhidos porque o livro adaptado foi A Bela e a Fera, que tem uma particularidade no final da história: a transforma ção da Fera em uma pessoa. A adaptação dessa metamorfose é de suma importância para o en tendimento do contexto da narrativa pela crian ça. Dessa maneira, toda a diagramação do texto e dos elementos compositivos da trama foi projeta da levando em conta o processo final de impressão e acabamento, serigrafia e flocagem. Produção
O primeiro passo para a adaptação do livro foi a digitalização de todas as páginas e a vetorização das imagens com a aplicação de cor e sombra. De pois os textos foram transformados em braille e as imagens tiveram seu contorno adaptado para a impressão em tinta PUF. O livro foi projetado para que tanto crianç as def icientes visuais quanto as
que enxergam pudessem lê-lo. Com isso, a página esquerda do livro foi impressa em processo digi tal e a da direita tem as adaptações: os textos em braille e imagens em alto relevo (1 e 2). As letras em braille e os contornos das figuras foram impressos em serigrafia com a utilização da tinta PUF para gerar a altura necessária dos pon tos. Contudo, queríamos um diferencial neste pro jeto e por isso escolhemos o rosto do personagem Fera para utilizarmos o processo de flocagem, que permite à crianç a com def iciência visual sentir, pelo toque das mãos, que se tratava de um rosto aveludado e macio (3). Flocagem
Depois de impresso, o livro foi levado para a floca gem. Este processo tem ampla aplicação na indús tria têxtil, calçadista e também tem sido usado em vários produtos do nosso dia a dia, como objetos de decoração, sacolas, capas de caderno, caixas, taças, imagens de santos ou agendas, sempre como agre gador de valor, dando às superfícies nas quais é apli cado uma sensação aveludada. Por conta da grande variedade de utilizações, há no mercado máquinas
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de flocagem que trabalham com quase todos os materiais, como papel, tecido e plástico. A maté ria-prima utilizada é composta por fios de náilon de várias cores cortados em tamanho milimétrico. O processo funciona da seguinte forma: na arte fazemos uma cor esp ecial somente para as áreas onde serão aplicados os flocos de náilon. Dessa cor especial será gerado um fotolito e gravada uma tela para serigrafia. Nas páginas que têm a presença dos dois tipos de processo, serigrafia e flocagem, a im pressão de tinta PUF não recebeu o termoaqueci mento, que tem de ser efetuado após o processo de flocagem para alcançar o registro perfeito (4). Com a tela pronta, acertamos primeiro o re gistro por cima do trabalho já impresso com tinta PUF. Coloca-se então a cola na tela e esta é trans ferida para o papel. O processo é muito parecido com a impressão em serigrafia com a diferença de que “imprimimos” a cola, e não a tinta. Após a aplicação, o papel é levado para uma máquina es pecífica que sopra o náilon sobre a cola. No final, onde havia a cola teremos náilon colado; a sensação tátil é da textura de camurça. Após impresso e acabado, levamos o trabalho para que crianças def icientes visuais fizessem um teste de legibilidade. Elas conseguiram sem dificul dades ler os textos em braille e entender o concei to de cada imagem. Claro que a imagem que mais 56 TECNOLOGIA GRÁFICA
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atraiu atenção foi a do rosto da Fera com sua tex tura aveludada, provando o ponto que defendía mos e mostrando que o uso da serigrafia com o processo de flocagem para esse tipo de reprodu ção é extremamente interessante. Outras textu ras podem ser utilizadas para um melhor entendi mento das imagens e facilitando a assimilação do conteúdo pelo def iciente visual. Por fim, com o livro pronto e testado por crian ças com def iciência visual, a ideia da flocagem mos trou-se muito válida, só restando então para sua utilização efetiva a conscientiz ação e contribuição dos empresários e técnicos da área dispostos a in vestir no aprimoramento da produção desse ma terial tão importante como recurso educacional. Os def icientes visuais também necessitam de li vros desde cedo e o mercado gráfico ainda não está preparado para atender essa carência, devido às di ficuldades técnicas e altos valores que envolvem os atuais métodos de impressão de literatura brail le. Isso torna esse material, tão necessário, escasso e inacessível às classes menos favorecidas. Vivian de Oliveira Preto é coordenadora de
formação inicial e continuada da Escola Senai Theobaldo De Nigris e Cláudia Matsumoto é aluna do curso Técnico em Artes Gráficas da Escola Senai João Martins Coube
SÓ NÃO SABEMOS QUEM GANHOU MAIS COM A SUA PARTICIPAÇÃO, VOCÊ OU A GENTE.
A todos os que participaram da Semana de Artes Gráficas: A sua presença fez toda a diferença e queremos agradecer por cada dia. Em todos os estados por onde passou, o evento trouxe muito conhecimento para o setor. Mais uma vez agradecemos o grande número de pessoas que compareceu e aprendeu com nossos seminários. A todos os participantes, um muito obrigado.
Realização:
Execução:
TUTORIAL
Thiago Justo
Reserva Verniz reserva no Illustrator
H
oje em dia o enobrecimento das peças gráficas é algo muito comum. Ele é usado principalmente para diferenciar ou agre gar valor à peça gráfica. Um dos recursos de enobrecimento mais utilizados para essa finalida de é a aplicação de verniz com reserva. Este tutorial esclarece como construir um arquivo no Illustrator que contenha aplicação de verniz reserva. Requisitos: Adobe Illustrator 1
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Abra o documento ao qual você pretende aplicar verniz reserva, ou seja, em áreas específicas. A pri meira etapa é definir as áreas que receberão o ver niz. Essas áreas podem ser textos, vetores, fotogra fias ou apenas uma área específica de uma imagem. Para este tutorial eu escolhi um arquivo com recor tes de imagens e textos e nele o verniz será aplicado em uma das imagens e sobre um texto (1). A construção correta de um arquivo com verniz reserva está condicionada ao entendimento sobre o processo de separação de cores na produção gráfi ca. Qualquer imagem ou cor é passível de ser repro duzida com as quatro cores primárias de impressão (ciano, magenta, amarelo e preto). Isto significa que qualquer fotografia, mesmo com diferentes tons e VOL. V 2011
cores, sempre será reproduzida nas quatro cores primárias de impressão — o famoso CMYK . Para visualiz ar a separação de cores no Illustra tor vá no menu Window ➠ Separations Preview. Esta janela mostra as cores que formam seu arqui vo. É possível “ligar” e “desligar” as cores separada mente. Para isso basta clicar sobre o ícone em for mato de olho à esquerda de cada cor. Inicialmente esse arquivo só possui as quatro cores de impres são. Portanto, para reproduzi-lo em uma impresso ra offset é preciso confeccionar uma matriz/forma para cada uma das quatro cores (2 e 3). Entretanto, as cores primárias de impressão não conseguem reproduzir todas as cores existentes. Cores metalizadas, por exemplo, não são repro duzidas por esse sistema. Para isso existe o que chamamos de cor spot ou cor especial, que geram uma nova matriz de impressão. Por isso, se você criar uma cor especial num arquivo que já possui as quatro cores primárias de impressão, ela resulta rá em uma quinta cor de impressão ou uma quin ta matriz de impressão. Nesse caso dizemos que o arquivo possui cinco cores. O verniz reserva pode ser considerado uma cor esp ecial, já que para aplicá-lo em offset é preci
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so gerar uma matriz separada, independente das outras cores. Assim, para determinar as áreas de aplicação de verniz reserva é preciso criar uma cor especial que será impressa com este verniz. Agora vamos ver como criar uma cor especial no Illustrator. No menu Window abra a janela de Swatches, que é a janela de amostra de cores do Illustrator. Abra o menu e selecione a opção New Swatch (4). Uma nova janela é aberta. Nela você deve escolher a opção spot color. Você também pode dar um nome para essa cor, neste caso “ver niz”, e escolher a tonalidade que vai ser visuali zada no arquivo digital. Lembre-se: não importa a cor que você escolha, pois ela irá gerar uma for ma que será impressa com o verniz. Portanto, não é preciso se preocupar em escolher uma cor parecida com o verniz, pois a cor usada pela matriz que esta cor spot irá gerar será determinada na impressão. Eu escolhi uma tonalidade de azul, só para facilitar a diferenciação e visualiz ação da cor (5). Na paleta de Swatches aparecerá sua nova cor. Basta posicionar o mouse sobre ela para o software mostrar o nome da cor. O chanfro na parte inferior
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direita da amos tra de cor indica a sua condição de spot color (6). Agora é a hora de determi nar as áreas que receberão o verniz. Es colho uma das imagens e vou fazer um retângu lo preenchido com essa cor esp ecial sobre ela. Ao preencher o retângulo com a cor spot, estou determinando que a área do retângulo seja im pressa com verniz. Portanto, mesmo que no ar quivo digital esta área esteja azul, na gráfica será impressa com verniz (7). Observe que a nova cor também aparece na janela de separação de cores. Se você desligar a visualiz ação da cor verniz, verá que a fotografia que está abaixo do retângulo não será impres sa (8). Para imprimir a fotografia e depois o ver niz por cima é preciso aplicar overprint no retân gulo da cor spot. No menu Window, abra a janela Atributes (Ctrl + F11) e, com o retângulo seleciona do, selecione a opção Overprint Fill (9). Caso tenha aplicado a cor spot no contorno, a opção Overprint Stroke também será habilitada e você poderá selecio ná-la. Repare na mudança da visualiz ação do arquivo. Isso ocorre caso a opção Overprint Preview da janela de separação de cores esteja habilitada (10). Para que um texto seja impresso em verniz, basta se lecioná-lo e aplicar a cor spot. Para aplicar o verniz reser va sobre um texto com uma cor, faça uma cópia deste texto, cole no mesmo local do texto original usando o
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comando Paste in front (Menu Edit ➠ Past in front ou Ctrl + F) e na cópia aplique a cor spot do verniz. Não esqueça de acionar o Overprint, senão somente o verniz será impresso (11). E, por último, caso queira aplicar o verniz em uma parte específica da imagem, é preciso fazer o path (o desenho) da área em que você pretende apli car o verniz. Para isso use as ferramentas de de senho do Illustrator, como a Pen Tool (P). Trace o desenho, aplique a cor spot e selecione a op ção de impressão em Overprint. Deste modo, o vetor que você traçou vai ser impresso em verniz sobre a imagem (12 e 13).
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Thiago Justo é instrutor de pré-impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris.
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CURSOS
Senai Aperfeiçoamento Profissional CorelDRAW para pré‑impressão
Carga horária: 32 horas Investimento: R$ 458,00 Sábados: 21/1 a 17/3, 14/4 a 23/6, das 8h às 12h ou das 13h às 17h
PhotoShop para pré‑impressão
Carga horária: 32 horas Investimento: R$ 564,00 Sábados: 21/1 a 17/3, 14/4 a 23/6, das 8h às 12h
Illustrator para pré‑impressão
Carga horária: 32 horas Investimento: R$ 561,00 Sábados: 21/1 a 17/3, 14/4 a 23/6, das 8h às 12h ou das 13h às 17h
InDesign para pré‑impressão
Carga horária: 32 horas Investimento: R$ 510,00 Sábados: 21/1 a 17/3, 14/4 a 23/6, das 8h às 12h ou das 13h às 17h
Montagem eletrônica e operação de equipamentos Computer to Plate (CtP)
Carga horária: 40 horas Investimento: R$ 1.065,00 Sábados: 21/1 a 25/2, das 8h às 17h
Fechamento de arquivos
Carga horária: 16 horas Investimento: R$ 567,00 Sábados:17/3 à 24/3 e 2/6 a 16/6 das 8h às 17h
Gerenciamento de cores
Carga horária: 24 horas Investimento: R$ 513,00 Sábados: 5/5 a 19/5 e 29/9 a 20/10 das 8h às 17h
Produção gráfica
Carga horária: 32 horas Investimento: R$ 480,00 Sábados: 21/1 a 17/3, 14/4 a 23/6, das 8h às 12h ou das 13h às 17h
Produção gráfica digital
Carga horária: 72 horas Investimento: R$ 841,00 Sábados: 4/2 a 14/4 das 8h às 17h
Tratamento de imagens Carga horária: 32 horas
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Investimento: R$ 582,00 Sábados: 21/1 a 17/3, 14/4 a 23/6, das 13h às 17h
Diagramação e Ilustração digital
Sábados: 4/2 a 10/3, 5/5 a 2/6, das 8h às 17h
Gestão estratégica da indústria gráfica
Tecnologia de embalagens flexíveis
Carga horária: 30 horas Investimento: R$ 735,00
Carga horária: 70 horas Investimento: R$ 1.015,00 Sábados: 4/2 a 14/7 das 8h às 12h
Carga horária: 32 horas Investimento: R$ 417,00 Sábados: 4/2 a 3/3, 5/5 a 26/5, das 8h às 17h
Colorimetria aplicada aos processos gráficos
Tecnologia de impressão flexográfica banda larga
(32h) — R$ 510,00 Sábados: 21/1 a 17/3, 14/4 a 23/6, das 8h às 12h
Densitometria aplicada aos processos gráficos
(32h) — R$ 510,00 Sábados: 21/1 a 17/3, 14/4 a 23/6, das 13h às 17h
Preparação de tintas pastosas
Carga horária: 20 horas Investimento: R$ 464,00 Sábados: 28/1 a 3/3, das 8h às 12h
Preparação de tintas líquidas
Carga horária: 20 horas Investimento: R$ 464,00 Sábados: 28/1 a 3/3, das 8h às 12h
Impressão offset em máquina bicolor
Carga horária: 60 horas Investimento: R$ 851,00 Sábados: 21/1 a 17/3, 31/3 a 16/6, 21/7 a 15/9 e 29/9 a 8/12 das 8h às 17h Impressão offset em máquina quatro cores (60h) — R$ 1.174,00 Sábados: 21/1 a 17/3, 31/3 a 16/6, das 8h às 17h
Impressão offset em máquinas monocolores com comandos
eletrônicos (40h) — R$ 523,00 Sábados: 4/2 a 10/3, 14/4 à 26/5, das 8h às 17h
Tecnologia de impressão offset
Carga horária: 40 horas Investimento: R$ 753,00 Sábados: 4/2 a 10/3, 5/5 a 2/6, das 8h às 17h
Tecnologia de impressão flexográfica banda estreita
Carga horária: 40 horas Investimento: R$ 753,00 Sábados: 4/2 a 10/3, 5/5 a 2/6, das 8h às 17h
Problemas, causas e soluções em impressão offset
Carga horária: 20 horas Investimento: R$ 380,00 Sábados: 4/2 a 25/2, 5/5 a 19/5, das 8h às 17h
Orçamento de serviços gráficos
Carga horária: 40 horas Investimento: R$ 468,00 Sábados: 21/1 a 25/2, 10/3 a 14/4, 12/5 a 16/6, das 8h às 17h Requisitos de acesso: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à impressão offset, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.
Extensão Universitária Green Belt Estratégia Lean‑Seis Sigma (Novo) Carga horária: 80 horas Semana: 9/1 a 15/2 das 19h às 22h — R$ 1.200,00
Controle de processo na impressão offset
Carga horária: 40 horas Investimento: R$ 540,00 Sábados: 4/2 a 10/3, 5/5 a 2/6, das 8h às 17h
Carga horária: 30 horas Investimento: R$ 735,00
Tecnologia de embalagens celulósicas
Gestão da qualidade na indústria gráfica
Carga horária: 40 horas Investimento: R$ 617,00
Carga horária: 30 horas Investimento: R$ 735,00
Gestão estratégica de pessoas Carga horária: 30 horas Investimento: R$ 735,00
Marketing industrial Carga horária: 30 horas Investimento: R$ 735,00
Otimização do processo offset para a qualidade e produtividade Carga horária: 45 horas Investimento: R$ 1.101,00 Requisito de acesso: ensino superior completo. Para todos os cursos: o (a) aluno (a) deverá comprovar ter 16 anos completos e ensino fundamental concluíd o (verificar exceções). Alunos menores de idade deverão comparecer para matrícula acompanhados por responsável. Apresentar cópia do histórico ou certificado do ensino fundamental, RG, CPF, comprovante de residência e comprovantes do pré-requisito para simples conferência. A Escola Senai reserva-se o direi to de não iniciar o programa se não houver o número mínimo de alunos inscritos. A programação, com as datas e valores pode ser alterada a qualquer momento pela escola. A Escola atende de 2 ‒ª a 6‒ª, das 8h às 21h, e aos sábados das 8h às 14h.
Escola Senai Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 (Mooca) 03162-030 São Paulo SP Tel. (11) 2797.6333 Fax: (11) 2797.6307 Senai-SP: (11) 3528.2000 senaigrafica@sp.senai.br www.sp.senai.br/grafica
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Presente no mercado brasileiro desde 1985, a ROTATEK BRASIL, proporciona soluções na medida certa para as diversas produções gráficas, combinando processos de impressão offset, flexo, rotogravura, serigrafia, cold e hot stamping e agrega sistemas de acabamento em linha com toda a automação de controle de registro e controle de cor, além do auto-zero, que permite pré-ajuste com equipamento parado, proporcionando diminuição significativa nas horas paradas e na perda de material. Com sede própria em Barueri/SP, a ROTATEK BRASIL segue uma política de melhoria e desenvolvimento contínuo de seus equipamentos e serviços, procurando manterse competitiva e disponibilizar os mais modernos equipamentos do setor aos seus clientes.
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