Revista Tecnologia Gráfica Nº 88

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ANO XVIII Nº 88 VOL. I 2014 ISSN 1678-0965

A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO

Flexografia

Evolução da pré-impressão impulsiona qualidade, produtividade e redução de custo

Entrevista

R E V I S TA T E C N O L O G I A G R Á F I C A 8 8

Darcio Berni e Claudio Chiari falam do novo modelo de gestão da ABTCP e do segmento de celulose e papel.

Tutorial

Aprenda a usar o filtro para lente grande angular do CS6

Gestão Ambiental

Quem tem medo do fiscal ambiental?

Normalização

O que mudou com a nova versão da ISO 12647-2, a principal norma do setor



E

Apoio

Esta publicação se exime de responsabilidade sobre os conceitos ou informações contidos nos artigos assinados, que transmitem o pensamento de seus autores. É expressamente proibida a reprodução de qualquer artigo desta revista sem a devida autorização. A obtenção da autorização se dará através de solicitação por escrito quando da reprodução de nossos artigos, a qual deve ser enviada à Gerência Técnica da ABTG e da revista Tecnologia Gráfica, pelo e-mail: abtg@abtg.org.br ou pelo fax (11) 2797.6700

ABTG sob demanda

m sua última edição, a 23 ª‒ , o Prêmio Fernando Pini alcançou um novo tento. Entregou o conta‑fios dourado para 45 empresas, mostrando que, como afirmei à Revista Abigraf, não só mais gráficas de vários Estados estão participando do concurso, quanto mais empresas estão ganhando prêmio. A expansão geográfica do Fernando Pini é uma demanda antiga, a qual a ABTG vem procurando suprir através de várias ações. Ano após ano temos colhido os frutos desse esforço, assistindo à elevação da presença de gráficas dos mais variados perfis. Os principais agentes de tal processo são os prêmios regionais, e muitos deles contam com o suporte da ABTG nas fases de organização e julgamento. É muito bom acompanhar o sucesso dessas parcerias e 2014 terá esse olhar como norte. A ABTG está ainda mais interessada em estender seus limites, em dividir o conhecimento que gera, em compartilhar sua experiência na difusão da tecnologia gráfica. Estamos estudando alternativas que viabilizem esse objetivo. Uma delas é o desenvolvimento de novos cursos de pós‑graduação em todo o Brasil, mediante acordos com instituições de ensino e universidades. Outra é a popularização da ABTG Junior, consultoria modular e gratuita direcionada às micro e pequenas empresas. O modelo está sendo oferecido às Abigrafs Regionais para que elas mesmas possam, por meio de especialistas locais, fazer a análise dos processos industriais das gráficas interessadas em conhecer seus pontos fortes e fracos. Está em estudo, igualmente, o uso das novas tecnologias de comunicação para levar os cursos da associação para quem tiver interesse. O importante é que não temos fórmulas prontas. A flexibilização pode atingir a maior parte dos serviços que a ABTG presta. Trabalharemos intensamente na identificação de necessidades, garimpando oportunidades para a montagem de projetos customizados. O que não abriremos mão será de garantir a qualidade do serviço. Onde estiver, a marca ABTG carregará a expertise e a credibilidade adquiridas em seus 55 anos de atuação. Claudio Baronni, presidente executivo da ABTG.

VOL. I  2014  TECNOLOGIA GRÁFICA

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Sumário 12

A evolução da pré‑impressão na flexografia

36

Executivos da ABTCP falam da profissionalização da entidade

48

Conheça o recurso de correção de distorção de lentes fotográficas

ESPECIAL

ENTREVISTA

TUTORIAL

Liderança ativa com foco no resultado

16

A nova ISO 12647‑2

20 24

Gestão

Normalização

Adobe Systems anuncia o Adobe PDF Print Engine 3

26

Usos práticos da impressão 3D

32

Spindrift

Quem tem medo da visita de um fiscal ambiental?

42

Tintas com gamut de cores ampliado

44

Gestão Ambiental

Produtos Literatura e sites Cursos

5 8 61 62 ANO XVIII Nº 88 VOL. I 2014 ISSN 1678-0965

A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILE IRO

Pré‑impressão

Flexografia

O que fazer antes de imprimir em flexografia

52

João Mosz, puncionista brasileiro

58

Evolução da pré-impressão impulsiona

qualidade, produtividade e redução de custo Entrevista

Darcio Berni e Claudio Chiari falam do novo modelo de gestão da ABTCP e do segmen de celulose e papel. to

Produção Gráfica

Tipografia

88

Seybold

Digitec

Notícias

IA GRÁFIC A

Norma para produtos encadernados deve sair em 2016

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R E V I S TA T ECNOLOG

Normalização

Boas práticas no manuseio de papéis – Parte II

Tutorial

Aprenda a usar o filtro para lente grande angular do CS6

Gestão Ambiental

Quem tem medo do fiscal ambiental?

Normalização

O que mudou com a nova versão da ISO 12647-2, a principa norma do setor l


NOTÍCIAS

Cor, vinil e ABTG promove estratégia de consultoria vendas são coletiva temas dos durante a Serigrafia Sign Cursos Digitec o dia 26 de abril o Digitec Future Textil promoverá o curso Como

E Informações de qualidade na palma da mão

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ABTG está disponibilizando seu con­teú­do técnico e informativo para os dispositivos móveis. Agora os manuais, cartilhas e guias da ABTG e da Abigraf podem ser acessados em smart­pho­nes e tablets. A revista Tecnologia Gráfica também ganhou um novo canal. Além da versão digital disponível no site www. revistatecnologiagrafica.com. br, a publicação passa a ter um

aplicativo na Apple Store (iOS) e na Play Store (Android). Para baixar os aplicativos basta entrar na AppStore ou Play Store e procurar por ABTG, Abigraf ou Revista Tecnologia Gráfica. Na AppStore estão disponíveis aplicativos para iPhone 4 ou su­p e­rior e iPad 2 ou su­pe­rior. Na Play Store, os aplicativos podem ser baixados em dispositivos com tela su­pe­rior a sete polegadas.

Faça a leitura dos códigos com a câmera do seu celular ou tablet e baixe os aplicativos. Abigraf

ABTG

Tecnologia Gráfica

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ntre os dias 6 e 9 de maio, quando ocorre a Serigrafia Sign Future Textil no Anhembi, a ABTG rea­li­za­rá ações de consultoria coletiva paralelas ao evento. Nas manhãs dos dias 6 e 8, Luiz Ema­nuel­li estará à disposição dos participantes no sentido de ajudá-​­los na escolha do maquinário mais adequado para o tipo de serviço da sua empresa e as implicações técnicas de cada processo. Nos dias 7 e 9 o tema será como minimizar erros na compra de vinis adesivos, assunto que será debatido por Eduar­ do Yamashita. A consultoria coletiva atenderá um número restrito de empresas, contemplando pré-​ ­ava­lia­ção da empresa de acordo com preen­chi­men­to de formulário; consultoria de orien­ta­ção personalizada com es­pe­cia­lis­ta da ABTG ; coffee-​­­break e transporte gratuito para a feira Serigrafia Sign após o intervalo para o almoço. As palestras serão rea­ li­za­das no auditório da ABTG , na Escola Senai Theo­bal­do De Nigris, na Rua Bresser, 2315, em São Paulo. Para participar, os interessados devem rea­li­zar um investimento de R$ 570,00 (pagamento em até 2 parcelas no boleto bancário ou em 3 vezes no cartão de crédito). Informações: (11) 2797-​­6700, digitec@abtg.org.br

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reproduzir a mesma cor sobre diferentes substratos em grandes formatos. Será discutido o impacto das diferentes cores dos substratos na consistência das cores na impressão em grandes formatos. O curso será ministrado por Bruno Mortara. Aplicação geral de vinil: seco e úmido será o tema do curso no dia 17 de maio. O objetivo é com­preen­ der as técnicas de instalação de vinil autoadesivo usando as me­to­do­lo­gias a seco e a úmido. O tema será debatido por Eduar­do Yamashita. No dia 26 de julho será a vez de Clineu Stefani falar sobre Es­tra­té­ gias de vendas, como se be­ne­ fi­ciar das ten­dên­cias atuais do mercado. O foco é capacitar o pro­f is­sio­nal de vendas do futuro com técnicas envolvendo impressão digital e offset, bem como soluções híbridas. Para os três cursos do Digitec, o investimento necessário é de R$  190 para as­s o­ cia­dos e estudantes, ao passo que não as­s o­c ia­d os pagam R$  230. Eles serão rea­li­z a­dos das 9 às 16 horas no auditório da ABTG (Rua Bresser, 2.315, na Moo­ca, em São Paulo). Informações: (11) 2797-​­6 700, digitec@abtg.org.br. VOL. I  2014  TECNOLOGIA GRÁFICA

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NOTÍCIAS

Ensaios laboratoriais para as indústrias gráficas e afins

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Escola Senai Theo­b al­do De Nigris coloca à disposição das in­dús­trias de papel, celulose, gráficas, editoras e empresas em geral seus la­bo­ ra­tó­rios de ensaios em pa­péis, tintas e livros, através da prestação de serviços do Laboratório de Ensaios em Pa­p éis e Livros – LPL . Equipada com recursos para o desenvolvimento de ampla gama de ensaios, e com uma equipe de profissionais es­pe­cia­li­za­dos, a escola está capacitada a analisar detalhadamente as pro­prie­da­des da maioria dos substratos celulósicos e das tintas de impressão, líquidas e pastosas. Também podem ser rea­li­z a­dos ensaios de imprimibilidade, que ava­ liam a relação entre tintas e substratos de impressão sob diferentes condições. Os la­bo­ ra­tó­rios da escola contam também com equipamentos para ensaios específicos em livros,

6 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I  2014

determinando a resistência à tração das páginas (page pull) e à flexão (flex test). Os ensaios podem ser complementados com testes em condições reais de impressão. Para isso a Theo­ bal­do De Nigris conta com um completo parque gráfico. Empresas que participam de licitações para execução de trabalhos que exigem especificações de pa­péis e livros podem utilizar os serviços do LPL para identificar ­­áreas com possíveis problemas que venham a interferir em um resultado satisfatório. Empresas que precisam comprovar a utilização de pa­péis na gramatura especificada ou a estrutura de embalagem para acon­di­cio­na­men­ to de produtos, entre outras especificações que os clien­tes exigem, também podem contar com os serviços da escola. Mais informações: (11) 2797.6306, papel@sp.senai.br

Senai-​­SP desenvolve curso de Aprendizagem Industrial em Vinhedo

Escola Senai de Valinhos está coor­d e­nan­do a oferta de uma turma do curso de Aprendizagem In­dus­trial – Au­ xi­liar de Produção Gráfica, para 22 jovens da re­gião de Vinhedo, com idade entre 16 e 18 anos. O desenvolvimento do curso está sendo possível graças a uma parceria com a Log & Print e ao apoio técnico da Escola Theo­ bal­do De Nigris. O curso teve início em janeiro. A Log & Print tomou a ini­cia­ti­v a de solicitar o projeto ao Senai e ofereceu suas instalações para o desenvolvimento das aulas. A empresa também se responsabiliza pelo transporte dos alunos. Em algumas etapas do curso, os estudantes se deslocarão até a

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Theo­bal­do De Nigris para aulas práticas em equipamentos que não existem na Log & Print. Após a conclusão do curso os jovens receberão certificados de qualificação de Au­xi­liar de Produção Gráfica, expedido pelo Senai-SP, e poderão ser efetivados pela empresa. Hoje eles estão contratados como aprendizes, em cumprimento à cota obrigatória por lei. Na qualidade de aprendizes, os estudantes já têm registro em carteira de trabalho, desfrutando de todos os be­ne­ fí­cios de um fun­cio­ná­rio efetivo, tais como assistência médica, convênio farmácia, seguro de vida, refeição no local, transporte e cesta básica, entre outros. valinhos.sp.senai.br

Inscrições para cursos regulares

e 1º‒ de abril a 21 de maio estarão abertas as inscrições para o curso su­pe­rior de Tecnologia em Produção Gráfica. A prova acontece no dia 8 de junho. Para se inscrever o interessado deve comprovar a conclusão do ensino médio ou estar matriculado em curso que lhe permita concluí-​­lo até a data do início das aulas e pagar taxa de R$ 53,00. Inscrições e ma­nual do candidato apenas pelo site: www.sp.senai.br/processoseletivo. Em maio, do dia 7 ao dia 16, é a vez do curso de Aprendizagem In­dus­trial – Au­xi­liar de Produção Gráfica. A prova será rea­li­z a­da em 1º‒ de junho e os interessados devem comprovar a conclusão do ensino fundamental até a data de início do curso. Inscrições também apenas pelo mesmo site. A inscrição é gratuita.


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APOIO INTERNACIONAL | APOYO INTERNATIONAL | INTERNATIONAL SUPPORT

REALIZAÇÃO | REALIZACIÓN | REALIZATION

ORGANIZAÇÃO E PROMOÇÃO | ORGANIZACIÓN Y PROMOCIÓN | ORGANIZATION AND PROMOTION


PRODUTOS

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Oki apresenta linha de impressoras A3

rês novos modelos am­pliam a família de soluções da Oki para artes gráficas. Em janeiro a empresa apresentou a linha de impressoras coloridas A3 , com os sistemas C911dn, C931dn e C941dn. Além do tra­ di­cio­nal CMYK, a C941 traz a exclusiva quinta estação para as cores branco ou ­clear. Os modelos C931 e C941 podem ser equipados com o servidor op­cio­nal EFI ­Fiery XF 5, um RIP de alta velocidade, onde é possível controlar a reprodução e manter a fidelidade das cores ao longo do processo. O servidor chega pré-​­configurado com os principais aplicativos EFI e os controladores das impressoras C931 e C941, inclusive com o recurso de cores Spot. Outro di­fe­ren­cial da série C900 é a flexibilidade no manuseio de mí­dias. Graças ao caminho plano do papel, as impressoras suportam pa­péis de até 360 g/m2 e banners de 1,32 m. Com resolução de 1.200 × 1.200 dpi, a série C900 destaca-​­se também pela velocidade de impressão e alcança 50 páginas por minuto,

tanto em preto, quanto em cores. A capacidade do papel é expansível até 2.950 folhas e os equipamentos pos­suem suporte para os formatos tabloide extra (12" × 18") e super-​­B (13" × 19"). As impressoras contam com rede Gigabit e duplex

padrão (impressão frente e verso) e, também, com fácil acesso frontal aos cartuchos de toner e aos cilindros de impressão. Além disso, o painel de LCD colorido de alta resolução de 4.3

polegadas facilita o acompanhamento da vida dos suprimentos e informações gerais da impressora. A impressora C911 dn é ­ideal para usuá­r ios que buscam qualidade, eficácia e redução de custo. O aparelho oferece bons resultados em alta velocidade. A impressora é fácil de operar e vem com duplex automático e rede padrão. O equipamento C931dn é apro­pria­ do para departamentos, empresas ou escolas de publicidade, artes gráficas e design porque oferece amplo controle de cores. Com o produto, os usuá­r ios obtêm consistência e precisão nas cores exigidas em projetos e impressões rápidas. Além disso, oferece bom desempenho de custo, inclusive em grandes volumes. O modelo C941dn destaca-​­se por agregar características iguais aos equipamentos an­te­rio­res com a capacidade de aplicação de toner branco e ­clear, além do padrão CMYK . O dispositivo é um equipamento 5 em 1 que possibilita uma produção multimídia. www.oki.com.br

Zanatto anuncia chapa térmica Z Power Digital Plate

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Zanatto Soluções Gráficas lançou no final de janeiro a chapa térmica Z Power Digital Plate. Há 35 anos atuan­d o como revenda de soluções de pré-​­impressão, comunicação vi­ sual, acabamento e impressão, a Zanatto agora expande seus horizontes, apostando em um produto de marca própria. A nova chapa tem base de alumínio, trabalha com espessuras de 0,15 a 0,30 mm, apresenta sensibilidade a laser com potência de 800 e 850 nm, li­nea­tu­r a de até 200 lpi e opera com trabalhos com retículas estocásticas de até 20 micras. O equipamento é compatível com os principais CtPs do mercado, dispensa pré-​­forno e apresenta velocidade de gravação entre 120 e 150 µJ/cm². Como solução, a nova geração Z Power Digital Plate é composta, além da chapa digital, por outras quatro linhas complementares de produtos: o revelador Z Power Developer, o reforçador Z Power Replenisher, a solução de forno Z Power Pre Bake So­lu­ tion e a solução de acabamento Z Power Plate Finisher. www.zanatto.com.br

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Artecola lança formulação exclusiva em hotmelt

o final de janeiro, a Artecola Quí­mi­ca apresentou ao mercado o adesivo Artemelt Supera 1000, focado nas necessidades das in­dús­trias de alimentos, cosméticos, far­ma­cêu­ti­cos e hi­giê­ni­cos. O novo adesivo chega ao mercado com múltiplas vantagens. O produto conta com uma base polimérica cons­ti­tuí­da de ma­té­rias-​­primas de alta performance e rendimento, dentre as quais po­ lio­le­f i­nas de elevada resistência à oxidação. Além desta característica es­pe­cial, o novo adesivo possibilita a diminuição de gastos 8 TECNOLOGIA GRÁFICA  VOL. I  2014

com paradas e limpeza de máquinas, fazendo com que os intervalos entre as manutenções no equipamento aplicador (coleiro) sejam mais espaçados. Outra vantagem do Artemelt Supera 1000 é o alto rendimento. Por apresentar densidade mais baixa, pro­por­cio­na rendimento su­pe­rior em comparação a tec­no­lo­gias convencionais. O adesivo Artemelt Supera 1000 tem desempenho su­pe­rior em colagens para caixas corrugadas de Cobb va­ria­do e cartuchos diversos. Possui viscosidade na

faixa de 1.300 a 1.700 mPa.s (160°C) e ponto de amolecimento na faixa de 110 a 120°C. www.artecolaquimica.com.br


Desempenho e robustez são diferenciais da Novajet UV M10

Front-​­end Fiery equipa novas impressoras monocromáticas Ricoh

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impressora de grande formato Novajet UV M10 é mais uma novidade trazida pela Akad no seu portfólio de equipamentos com robustez e capacidade industriais. No topo dessa gama, a M10 pode rea­li­z ar impressões va­ria­das em diferentes tipos de materiais, como vidro, acrílico, chapa de espuma de PVC , cerâmica, painéis com compostos à base de alumínio, placas corrugadas, metais, madeira, MDF, pa­p éis de parede, vinil, tela e couro. Dependendo do ma­t e­ rial, o equipamento não exige tratamento es­pe­cial. Na Novajet UV M10 , a alimentação é de base plana (cama plana) e o nível de qualidade da impressão é ajustável, com modos de impressão desde 360 dpi × 360 dpi a 1.440 dpi × 1.440 dpi. Com tamanho máximo de impressão de 2,05 m por 3,20 m, pode-​ ­se imprimir a uma velocidade máxima de 58 m2/h (no modo draft 360 dpi × 360 dpi, com oito cabeças KM-1024). Existe a possibilidade de configuração com quatro ou até

16 cabeças de impressão. Dependendo do número de cabeças de impressão, o equipamento trabalha com quatro cores (CMYK) ou seis cores (CMYK LcLm), op­cio­nal­men­te branco e verniz. A arquitetur a in­d u s­ trial dessa máquina é visível. Não somente pelas suas dimensões físicas de 4,80 × 3,93 × 1,38 m, ou por seus 2.160 quilos. É dotada de mesa com revestimento exclusivo e quatro zonas de vácuo para fixação de ma­te­ rial. A tecnologia de impressão é pie­zoe­lé­tri­ca e o sistema de cura utiliza lâmpadas UV. A impressora também dispõe de reservatório de tinta que pode ser rea­bas­te­ci­do durante o processo de impressão. O equipamento atende principalmente a pontos de vendas, decoração de am­bien­ tes residenciais ou comerciais, sinalização externa e interna, estandes de vendas, totens promocionais, painéis de informações, impressão em produtos, impressão de embalagens, murais decorativos etc.

EFI apresentou em fevereiro um novo DFE (Digital Front-​­End) EFI ­Fiery, que oferece maior detalhe de imagem, além de acelerar a configuração e o ge­ren­cia­ men­to de trabalhos nas novas impressoras digitais preto e branco Ricoh Pro 8100 s/8100EX /8110 s/8120 s. O novo DFE EFI ­Fiery EB -32 foi desenvolvido na mais recente plataforma ­Fiery FS100 Pro, que oferece fun­cio­na­li­da­de avançada com produção de imagens de alta qualidade, fluxos de trabalho automatizados e ferramentas que aumentam a produtividade. O novo DFE também inclui o F­ iery Grayscale Ca­li­bra­tion, um recurso de soft­ware que garante a reprodução consistente e de alta qualidade, através do processo automático de medição e correção de va­ria­ ções tonais em imagens em preto e branco. Os usuá­rios que também utilizam o F­ iery em impressoras digitais coloridas podem integrar o DFE diretamente ao seu fluxo de trabalho de impressão a­ tual. O ­Fiery EB -32 oferece conectividade a soluções de fluxo de trabalho de pré-​­impressão de terceiros, como Kodak Prinergy e Agfa:Apogee, para permitir fluxos de trabalho digital/offset híbridos, um fator que torna os DFE s ­Fiery uma boa escolha para gráficas comerciais interessadas em otimizar a efi­ciên­cia da produção. Além disso, o DFE se integra aos processos de estimativa, agendamento, bilhetagem de trabalhos, contabilidade, entre outros processos ge­ren­cia­dos pelo pacote de produtos de web-​ ­to-print e fluxo de trabalho de ge­ren­cia­men­to líderes de mercado da EFI, incluindo os soft­wares PrintSmith Vi­sion, Pace e Digital StoreFront da EFI . O ­Fiery EB -32 DFE pode ser adquirido junto à Ricoh e a seus revendedores autorizados. www.efi.com

www.akad.com.br VOL. I  2014  TECNOLOGIA GRÁFICA

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Durst Brasil lança modelos Kappa 180 V2 e Kappa 320

Novas cores em papéis da VSP

P Durst Brasil lançou no mercado na­cio­nal em janeiro dois novos modelos para sua série de impressoras industriais jato de tinta UV destinadas ao segmento têxtil: a Kappa 180 V2 e a Kappa 320 . Novidades também no ex­te­rior, onde já contam com cases de sucesso, as impressoras agora estarão disponíveis aos em­pre­sá­rios brasileiros no setor têxtil e serão destaque da Durst na Febratex 2014, feira que acontecerá de 12 a 15 de agosto, em Blumenau (SC). A Kappa 180 V2 é a versão atua­li­z a­da da Kappa 180 (lançada em 2011). Trata-​­se de uma impressora robusta com qualidade de imagem de 1.000 dpi, sistema de impressão oito cores, nova unidade secadora de alto desempenho, que permite secagem sem contato com a mídia em três fases a uma temperatura máxima de 130°C. Além disso, suas tintas receberam certificação GOTS (Global Organic Textile Standard), que assegura que o processo é totalmente ecológico e não agressivo tanto às fibras dos tecidos, quanto ao meio am­bien­te ou operadores. Possui velocidade va­riá­vel entre 580 m2/hora (modo de passagem única) ou 297 m2/hora (dupla passada). Já o modelo Kappa 320 suporta largura máxima de 3,3 metros, possui secador horizontal com três passagens, resolução de 1.000 dpi, oito canais de impressão, pode trabalhar com diferentes tipos de tecidos, incluindo corino, e agrega uma série de fun­cio­na­li­da­des paralelas, como o sistema RIP Caldera es­pe­cial­men­te desenvolvido para trabalhos em grandes formatos, e o sistema ­CostView, que automaticamente calcula os custos de produção e a emissão de CO 2. Sua velocidade varia entre 650 e 340 m2/hora.

ara enriquecer ainda mais o portfólio dos pa­péis perolados e brilhantes, a VSP Pa­péis Especiais iniciou 2014 com novas cores na linha bestseller Relux e uma nova modelagem para a linha Sparkle, ambas inspiradas pelo tema diversidade. As mudanças atendem à crescente demanda do mercado ávido por produtos di­fe­ren­cia­dos e competitivos. Os lançamentos fazem parte do novo catálogo de linhas pró­prias da VSP, denominado Finest. A linha Relux agora é composta por 36 cores, sendo 13 lançamentos. As novas cores com brilho perolado são: Fantasy (pink iridescente), Moscatel (verde bebê), Rust (marrom ferrugem), Maxi Gold (superdourado), Vir­tual (branco iridescente), Copper (cobre), Shiraz (vio­le­ta), Hèrmes (laranja ouro), Grafite (prata escuro), Ouro Amarelo (amarelo dourado), ­Jeans (azul ­jeans), Pas­sion (vermelho intenso) e Nobuck (café com leite). Essa última cor também está disponível na versão Relux Texture, Telado. Já a linha Sparkle foi toda remodelada, desde o nome, que passou para Relux Sparkle, até as cores, todas novas e no padrão Relux, com brilho perolado em profundidade unido às finas partículas de glitter, marca registrada da linha. Relux Sparkle é composto por sete cores: Maxi Gold, Esmeralda, Rosa Luxcent, Fantasy, Galáxia, Grafite e Ônix. Excelentes para convites, embalagens e outras comunicações que busquem uma sofisticação moderna, alegre e despojada. Toda a linha Finest já está disponível para pronta entrega, são co­mer­cia­li­z a­das em pacotes e também em folhas avulsas, como já acontece com os demais pa­péis do portfólio da VSP.

www.durst.com.br

www.vsppapeis.com.br

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10 TECNOLOGIA GRÁFICA

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Heidelberg inicia produção em série da Speedmaster XL 75 Anicolor

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o início deste ano a Heidelberg começou a produção em série da Speedmaster XL 75 Anicolor. Depois do sucesso da unidade de entintagem curta sem zonas de tinta da Anicolor no formato de 30 x 50 cm para pequenas tiragens, a Heidelberg estendeu a tecnologia para o formato de 50 x 70 cm. A Speedmaster XL 75 Anicolor fez sua estreia na Drupa 2012 e passou pelos testes de campo envolvendo gráficas comerciais e de embalagens. Graças à aplicação estável de tinta desde o início do processo, com a tecnologia Anicolor o acerto da máquina limita-se a 20 ou 30 folhas, diminuindo o desperdício de papel em até 90% e reduzindo no tempo gasto nas trocas de trabalho. As primeiras impressoras da série Speedmaster

XL 75 Anicolor foram entregues a gráficas na Alemanha, Suíça e Holanda. Ainda neste ano devem sair os primeiros modelos com reversão (impressão frente e verso). www.heidelberg.com.br

VOL. I  2014  TECNOLOGIA GRÁFICA

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FLEXOGRAFIA Tânia Galluzzi

A pré‑impressão faz toda a diferença

O desenvolvimento de novas tecnologias na primeira etapa do processo flexográfico de produção, em especial o ponto de topo plano, tem colaborado decisivamente para que a flexografia ganhe mais e mais adeptos.

12 TECNOLOGIA GRÁFICA

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O

s números confirmam o que os profissionais do setor vêm repetindo: a impressão flexográfica continua sua curva ascendente, im­pul­sio­na­da por um círculo vir­tuo­so: evolução tecnológica e aumento na demanda nos principais segmentos cobertos por tal processo. Em direção oposta à diminuição do ritmo do setor gráfico em geral, os nichos atendidos pela flexografia registram balanço positivo. Segundo dados da Abflexo/FTA-​ ­Brasil, As­so­cia­ção Brasileira Técnica de Flexografia, o segmento de banda estreita, que engloba rótulos e etiquetas e também tiragens menores de embalagens flexíveis e de pa­péis com alto nível de tecnologia embarcada, tem apresentado um crescimento muito su­pe­rior à média, oscilando entre 6 a 8% ao ano, com viés de elevação para os próximos anos com a inclusão da impressão digital como complemento das plantas produtivas. O setor de banda larga, cujo forte são as embalagens flexíveis e de pa­péis, com grandes formatos e tiragens, também cresce de maneira um pouco su­pe­rior ao patamar geral, algo em torno de 4 a 5% ao ano. Já o universo do papelão ondulado tem evo­luí­do de forma muito su­pe­rior aos outros segmentos, principalmente por viver um momento de transição tecnológica, alavancada pela exigência de embalagens de maior qualidade. A perspectiva nessa área é de expansão entre 7 a 10% para os próximos anos. Como comenta Júlio Cezário, responsável pelo departamento de mar­ke­ting da Abflexo, o mercado brasileiro de flexografia é imenso, dis­tri­buí­do de forma mais ou menos pro­por­cio­nal à importância econômica de cada re­gião. “Temos uma concentração muito grande de empresas no Sul e Sudeste do País e observamos uma taxa de crescimento maior em re­giões como o Centro-​­Oeste e Nordeste, onde as empresas estão investindo fortemente no aumento da qualidade e na capacitação da mão de obra es­pe­cia­li­za­da. A entidade não tem um cálculo preciso do segmento flexográfico brasileiro, mas congrega hoje 4.500 empresas em suas ações. Nessa corrida pela qualidade, a pré-​­impressão flexográfica reinventou-​­se, sobretudo com o advento de soft­wares específicos e da gravação direta das chapas de fotopolímero, ou clichê com cópia digital, o que vem ajudando a equiparar a qualidade final da flexo ao patamar da offset e da rotogravura. Uma

das inovações que mais tem con­tri­buí­do para isso é a tecnologia de ponto com topo plano ( flat top dot). Destinada a impressões de altíssima qualidade, beneficia principalmente aqueles que trabalham com impressoras de banda estreita e banda larga. Desde o lançamento dos primeiros CtPs para flexografia, na Drupa de 1995, a confecção dos clichês digitais tem se aperfeiçoado. Diferentes sistemas foram cria­dos, resultando em melhor qualidade de impressão e dos processos produtivos, com elevação da resolução das imagens e eliminação de solventes no processamento, entre outros fatores. Mas a gravação direta das imagens do computador para as chapas trouxe consigo, ini­cial­men­ te, uma limitação, como explicam Felipe Wagner da Silva Consiglio e Sérgio Barbosa de Oliveira, instrutores de roto e flexo na Escola Senai Theo­bal­ do De Nigris. Uma va­riá­vel no processo que ocorre durante a etapa de exposição dos clichês deixa os pontos com o topo arredondado, comprometendo a precisão da área de contato e impossibilitando a reprodução 100%, prejudicando o controle do ganho de ponto. O problema concentra-​­se na etapa pos­te­rior à cópia digital. Durante a exposição com lâmpadas UV, a chapa sofre a in­f luên­ cia do oxigênio que está dentro da expositora, que atrapalha a luz, impedindo a cópia exata das imagens. Tal característica da gravação digital é mais crítica na impressão sobre plástico, mas também afeta os substratos celulósicos. FLAT TOP DOT

Do esforço para so­lu­cio­nar essa questão surgiram diferentes soluções voltadas para a obtenção do ponto de superfície plana, ou flat top dot, decisivo

CtP Kodak Flexcel NX


Chapa Flexcel Kodak NXH

na transferência da tinta, es­pe­cial­men­te nas ­­áreas de mínima porcentagem. A primeira empresa a lançar a tecnologia de ponto plano foi a Kodak, em 2008, com o sistema Kodak Flexcel NX . Ele é composto pelo dispositivo de gravação, o CtP Kodak NX com tecnologia laser Kodak Squarespot, a película es­pe­cial Thermal Imaging Layer (TIL), o laminador Kodak NX e as chapas Flexcel Kodak NXH . Além da reprodução 1:1, garantindo que as informações contidas no arquivo sejam fiel­men­te reproduzidas na Thermal Imaging Layer, que pos­te­rior­men­te é laminada na chapa Kodak Flexcel NXH , o sistema incorpora be­ne­f í­cios como: eliminação da curva bump up (curva de compensação), permitindo que os arquivos sejam trabalhados sem a necessidade de ajustes nas ­­áreas de altas luzes, imagens mais nítidas e com maior contraste, redução no tempo gasto na preparação dos arquivos, uso de imagens de alta resolução, previsibilidade de resultados e maior segurança no uso de retículas especiais. Durante o processamento, o carregamento da Thermal Imaging Layer é rea­li­z a­do de forma automática, dispensando a necessidade de abrir e po­si­ cio­nar ma­nual­men­te a chapa sobre o tambor. Com isso, tal tecnologia pro­por­cio­na maior velocidade na ablação da camada Thermal Imaging Layer, disponibilizando a chapa mais rapidamente para exposição UV. A fidelidade obtida pela TIL faz com que a imagem a ser reproduzida sobre a chapa não sofra va­ria­ções e garante em 100% a repetibilidade da operação. A redução dos tempos no processamento (carregamento, ablação, exposição e secagem) amplia a efi­ciên­cia do processo e permite o aumento na quantidade de chapas produzidas por hora. A lista de vantagens da tecnologia Flexcel NX na impressão é longa, segundo a Kodak. Ela vai desde chapas mais estáveis, impressão simultânea de chapados e retículas dispostos sobre a mesma chapa, maior efi­ciên­cia na transferência de tinta e expansão do gamut de cores, até maior velocidade de impressão, menos paradas de máquina para limpeza de chapas, set ups mais rápidos e menor desperdício.

De acordo com a equipe da Kodak que cuida da área de flexografia e embalagens, Mauro Freitas, gerente de conta, Fabio Rocha, es­pe­cia­lis­ta em flexografia, e Natalia Mat­tio­li, gerente de mar­ke­ting, segue forte o ritmo de crescimento do uso do sistema Flexcel NX no Brasil. “A evolução do sistema Kodak Flexcel NX seguirá como parte pri­mor­dial no nosso negócio. Durante 2014 teremos lançamentos nessa área, mas ainda não podemos revelar as novidades”, comenta Mauro Freitas.

Pontos com topo plano na chapa Flexcel Kodak NXH

OXIGÊNIO NEUTRALIZADO

Afora a tecnologia de ponto plano, uma das inovações da Kodak na sea­ra da flexografia é o soft­ ware Kodak Spotless, ferramenta que trabalha no sentido de reduzir a quantidades das cores usadas na produção de um determinado ma­te­rial e, consequentemente, o custo da impressão. O soft­ ware permite, através da leitura da gama de cores de impressão do clien­te, ­criar e ge­ren­ciar uma bi­ blio­te­ca de cores especiais e cores Pantone, com suas respectivas receitas, para a reprodução de tais tonalidades com as quatro cores (CMYK) apenas. Em 2011 a Flint Group Flexographic Products apresentou a sua alternativa em gravação de ponto flat: o nyloflex NE xT. A tecnologia consiste em uma exposição à luz UV de alta intensidade, na qual a elevada potência polimeriza a imagem antes da ação do oxigênio na placa (ou chapa). “É uma tecnologia de fácil implementação por não ter processo e insumos adicionais. Temos vá­rias unidades em fun­cio­na­men­to fora do Brasil. Por aqui já temos três equipamentos em fun­cio­na­men­to e outros em ne­go­cia­ção”, comenta Marcos Akio Tamura, técnico su­pe­rior da Flint Group. De acordo com o es­pe­ cia­lis­ta, além dos ganhos com a utilização de pontos de topo plano, o sistema nyloflex NE xT oferece como vantagens o fato de poder ser implementado em um fluxo de trabalho digital já existente, sem

Prova de cor da chapa nyloflex NExT, da Flint Group VOL. I  2014  TECNOLOGIA GRÁFICA

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Pontos digitais convencionais (topo arredondado)

Pontos com topo plano na chapa nyloflex NExT

etapas de processamento adicionais (como laminação), de dispensar consumíveis adicionais (sem gás inerte, sem filme), evitando todos os riscos de variáveis e custos adicionais. O sistema é compatível com todos os soft­wares de pré-​­impressão padrão e tecnologia HD Flexo (da Esko), tem potência constante de exposição devido à tecnologia de exposição por LED UV de alta intensidade, sendo indicado para todas as chapas digitais padrão (todas as espessuras e formatos). Mirando o aumento na qualidade de impressão e acompanhando o aumento na velocidade das impressoras flexográficas, a Flint Group lançou em 2012 as chapas nyloflex New Ace, voltadas para curtas e longas tiragens e produções just in time. A linha caracteriza-​­se por facilidade no manuseio e montagem no porta-​­clichê; baixa atração de poeira, diminuindo as paradas da impressora por acúmulo de poeira e impregnação de tinta; fácil limpeza do clichê; aumento da qualidade e estabilidade de impressão, principalmente em longas tiragens; economia devido ao menor número de paradas; durabilidade su­pe­rior da placa, garantindo maior vida útil de impressão; tempos mais curtos de processamento; e aumento na velocidade de impressão. PONTOS HÍBRIDOS

Durante a Drupa 2012 foi a vez da DuPont am­ pliar sua consagrada linha Cyrel — composta por chapas de fotopolímero, equipamentos de processamento e produtos para montagem e acabamento — com o DuPont Cyrel Digiflow. Trata-​­se de um sistema para formação de pontos híbridos

(especificação do fabricante) na chapa de fotopolímero por meio da ação do nitrogênio. Segundo a DuPont, a tecnologia requer modificações relativamente simples e de baixo custo no equipamento de exposição, consistindo na cria­ção de uma atmosfera controlada durante a exposição principal. “Chamamos de híbrido justamente porque essas unidades foram desenhadas para serem utilizadas de acordo com a necessidade do clien­te e podem ser facilmente desativadas quando o ponto digital con­ven­cio­nal, arredondado, for mais adequado ao processo”, afirma Rodrigo Yamaguchi, gerente de vendas do Brasil da DuPont Packaging Graphics.

DuPont Cyrel Digiflow

A DuPont lançou também na última edição da feira alemã as chapas de Alta Performance DuPont Cyrel. Elas são compostas de uma combinação de polímeros digitais, atendendo a demanda do mercado por alta densidade em áreas ­­ de sólido, com reflexos na qualidade do processo e, principalmente, na produtividade. Esses be­ne­fí­cios são alcançados uma vez que as chapas Cyrel de Alta Performance pos­suem superfície modificada, que reproduz o efeito da reticulagem alcançada através de soft­wares. As novas chapas estão disponíveis nas versões Solvente (Cyrel DSP) e Térmica (Cyrel Fast DFP). Ambas fun­cio­nam com um fluxo de trabalho digital padrão, o que não exige investimentos adicionais em tecnologia e pré-​­impressão digitais. De acordo com o executivo, tais sistemas já estão sendo utilizados no Brasil. DIRECT LASER ENGRAVING

Chapa DuPont Cyrel DSP

14 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I  2014

Outra alternativa é a tecnologia DLE (Direct Laser Engraving), utilizada em CtPs como os fabricados pela Stork, empresa do grupo holandês SPGPrints, que no Brasil tem parceria com a Dugraf. Como explica Marcio de Mendonça, diretor da Dugraf, nessa tecnologia a formação das retículas ou sólidos são feitas por um laser de CO₂ que “constrói”


2,84 mm. A Laserline possui em sua estrutura uma camada compressível que substitui o uso das fitas dupla face acol­choa­das. ANTES DO PONTO, O SOFT­WARE

Fonte: ContiTech

Quan­do se trata de soft­wares para pré-​­impressão flexográfica o mercado é praticamente atendido por um único fornecedor, a Esko-​­Graphics. Até 2007, sua hegemonia era dividida com a Artwork Systems, adquirida pela Esko naquele ano. Estão sob o seu guarda-​­chuva os consagrados programas para pré-​­impressão de embalagens ArtPro, PackEdge e Au­to­ma­tion Engine. O primeiro é um editor

Chapa com gravação direta (CO₂).

Fluxo de trabalho do Automation Engine

Superfície da chapa. Comparativo do desenho dos pontos.

o ponto de acordo com a necessidade do clien­te/ arquivo. Aquilo que consta no arquivo será gravado na chapa sem o risco de perdas por tratar-​­se de tecnologia que permite a gravação direta. “Assim, com facilidade, é possível construir e controlar na chapa pontos com flat top, microcells, entre outros, que inclusive podem ser mais baixos que as áreas ­­ de chapados ou sólidos, na mesma chapa, fazendo com que o excesso de pressão na impressora para se alcançar boa cobertura, ou densidade de tinta, não prejudique a impressão de retículas finas, tornando o ganho de ponto praticamente zero”. Para a pré-​­impressão o sistema DLE significa a eliminação de etapas como exposição no verso, exposição principal, processamento, tempo de descanso da chapa e pós-​­exposição de luz UVC . Para a impressão representa possibilidade de impressão de ­­áreas de sólidos ou chapados, retículas e traços em um mesmo clichê, redução de marcas ou es­trias de vibração, possibilidade de eliminação da fita dupla face acol­choa­da, compatibilidade com tintas base d’água, solvente, UV e EB (electron beam). Para essa tecnologia, a Dugraf traz para o Brasil as chapas Laserline, fabricadas pela Continental, com chapas que atendem todas as espessuras do mercado de embalagens flexíveis, partindo de 0,76 até

ArtPro

PackEdge

Au­to­ma­tion Engine

Digital Flexo Suite

de pré-​­impressão para Mac, o segundo cumpre a mesma função em PCs, e o Au­to­ma­ tion Engine faz a automação e a integração do fluxo de trabalho de pré-​­impressão. De acordo com Ernande Ramos, vice-​­presidente para a América Latina, as atuais versões 12.1 serão atua­li­za­das no meio deste ano, quando a Esko planeja a renovação de toda a sua gama de soft­wares com o lançamento da chamada Suite 14. O executivo não pôde detalhar os novos recursos. Enxergando oportunidades na produção digital das chapas, a Esko desenvolveu uma solução completa, composta pelo CtP CDI, o padrão de impressão flexográfica (retícula) HD Flexo e a Digital Flexo Suite, conjunto de soft­w ares para a confecção de chapas. O sistema atende a impressão flexográfica tanto para rótulos e etiquetas, quanto para embalagens flexíveis e corrugados.

Kodak www.graphics.kodak.com Flint Group www.flintgrp.com DuPont www.dupont.com.br Dugraf www.dugraf.com.br Esko‑Graphics www.esko.com VOL. I  2014  TECNOLOGIA GRÁFICA

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GESTÃO

Práticas de liderança ativa com foco no resultado

Cristina Simões

U

ma das principais pesquisas sobre o pa­ norama e as ten­dên­cias do setor de trei­ namento no Brasil, “O Retrato do Treina­ mento no Brasil – 2013/2014”, revela que para 80% das empresas participantes os progra­ mas de desenvolvimento de líderes terão a prio­ri­ da­de dos investimentos em treinamento e desen­ volvimento, numa perspectiva de crescimento de 9% do valor médio investido anual­men­te em capa­ citação pro­f is­sio­nal para o pe­río­do de 2013/2014. Fortalecendo o grau de preo­cu­pa­ção e interes­ se das organizações no desenvolvimento de téc­ nicas, habilidades e práticas de liderança, a pes­ quisa distingue ainda como principais demandas dos programas de treinamento as temáticas re­la­ cio­na­das a modelos e estilos de liderança (81%) e à comunicação e feed­back (58%). Mesmo que o investimento na capacitação dos líderes não seja novidade como parte da estratégia de competitividade das empresas — em face do am­ bien­te complexo e mutável em que operam, e dian­ te da necessidade de construir valor e c­ riar di­fe­ren­ cial perceptivo para o clien­te —, o desafio aponta para mudanças significativas no foco da gestão e no estilo de liderar e conduzir pes­soas. Refletindo sobre a questão, a tría­de mercado (clien­te) + trabalhadores (pes­soas) + desempenho (resultados), sempre foi para as organizações o cen­ tro de suas preo­cu­pa­ções. O que muda no cená­ rio ­atual é a significação e a dimensão desses pon­ tos centrais, com vistas à sustentação da vantagem competitiva do negócio: ◆ O PODER DO CLIENTE , da relação de troca LIDERANÇA DE NÍVEL SUPERIOR para a dimensão da fidelização. ◆ O VALOR DAS PESSOAS , ELEVADA VONTADE DE REALIZAÇÃO de recurso produtivo para a dimensão do diferencial competitivo. FORTE VIÉS PARA A AÇÃO

FOCO EM RESULTADOS

16 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I  2014

O FOCO EM RESULTADO, da

execução da tarefa para a dimensão de fazer mais com menos.

O ge­ren­cia­men­to efi­cien­te da rotina de traba­ lho é condição básica de sustentação, mas não é mais su­f i­cien­te para responder a essas dimensões. Os fatores de di­fe­ren­cia­ção envolvem hoje: ◆◆ A clara definição das es­t ra­té­gias comerciais e de mercado para garantir a fidelização dos clien­tes ◆◆ A concepção sistêmica da gráfica para operar gerando valor em toda a cadeia produtiva ◆◆ A consolidação da cultura da inovação e da alta performance para assegurar os resultados da organização e a sua vantagem competitiva ◆◆ A identificação e a retenção dos talentos humanos como forma de gerar valor, inovar con­ti­nua­men­te e transformar a gráfica num modelo rentável de negócio. É, portanto, decisivo para a liderança ativa, a prática de uma gestão estratégica que re­di­re­cio­ ne os focos determinantes dos modelos mecani­ cistas, centrados na tarefa, na produção e na mera efi­ciên­cia ope­ra­cio­nal. Líderes que ­atuam no modelo ativo fazem da si­ nergia or­ga­ni­z a­cio­nal uma de suas principais dire­ trizes estratégicas, decidindo para melhorar pro­ cessos, agindo para eliminar fronteiras setoriais e liderando para alcançar a eficácia no desempenho global da gráfica. Consolidar essa capacidade cole­ tiva de alinhar objetivos, ações e resultados, requer, além da gestão estratégica, a prática de um mode­ lo de liderança de nível su­pe­rior, capaz de valori­ zar as pes­soas e conduzir equipes de forma parti­ cipativa, ao mesmo tempo em que lidera com foco em resultados, forte viés para a ação e elevada von­ tade de rea­li­z a­ção. Para tanto, vale refletir acerca das metas que, como indicadores de performance, fun­cio­nam também como medida de sucesso. Metas exercem pressão, mas defini-​­las de forma de­sa­f ia­do­ra e compartilhá-​­las com a equipe cons­ ti­tuem não só o objetivo da gestão como o cora­ ção da motivação. Nada é tão determinante para a motivação humana como o ato de superar de­sa­ fios para alcançar metas e atingir objetivos, obten­ do sucesso pro­f is­sio­nal e rea­li­z a­ção pes­soal. Cabe ainda considerar que esse viés mo­ti­v a­ cio­nal somente se concretiza se o alcance das me­ tas operacionais produzir os resultados esperados


REALIZAÇÃO

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AUTOMOTIVAÇÃO

SUCESSO

CUMPRIMENTO DA MISSÃO

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VANTAGEM COMPETITIVA

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AUTOESTIMA METAS

pela gráfica, o que exige decisões e ações concretas sobre os ofensores da produtividade, ◆◆ Eliminando o desperdício de recursos, tempo ou esforço; ◆◆ Minimizando o retrabalho proveniente da falta de direcionamento, capacitação, comunicação, foco ou comprometimento. A liderança ativa requer, assim, o pensamento disciplinado dos líderes gráficos, para encarar os problemas como oportunidades e lidar com eles de forma proa­ti­va, buscando soluções, me­lho­rias e inovações. A proposta do líder de nível su­pe­rior não é a de ­criar “super-​­homens”, e tampouco as práticas da li­ derança ativa sugerem re­la­cio­na­men­tos perfeitos. O que se busca é a sustentação de um modelo de excelência ba­sea­do na liderança pelo exemplo, que alinha e integra os objetivos da empresa com os dos colaboradores, e que tem como fundamentos

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a construção de relações de parceria e o exercício compartilhado do poder como forma de: ◆◆ Gerar novas ideias e soluções ◆◆ Compromissar com os resultados ◆◆ Construir equipes de alta performance, capazes de produzir mais com menos e de realizar para agregar valor. Neste ponto o desafio está na com­preen­são da gestão do desempenho como o objetivo central 

VOL. I  2014  TECNOLOGIA GRÁFICA

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Assunção do seu papel de referência, exercendo o autoconhecimento e a autoliderança como os pilares de sua conduta ◆◆ Compromisso com a missão de conduzir colaboradores ao sucesso, construindo resultados com a equipe e atuan­do como facilitador para a concretização das metas ◆◆ Di­re ­cio­na­men­to para resultados desafiando o status quo com metas audaciosas, padrões elevados e alto desempenho, avaliando e medindo o desempenho por meio de indicadores e métricas simples e consistentes ◆◆ Firmeza e constância para executar o que foi compromissado ◆◆ Gerenciamento da rotina para a eficiência operacional, a melhoria contínua e a inovação em processos e métodos de trabalho ◆◆ Estilo de liderança assertivo e participativo, que indica a direção, compartilha metas, padrões e informações, capacita, orien­ta e mobiliza para o desempenho superior, acompanha a execução, avalia e pratica o feedback produtivo capaz de reconhecer e valorizar bons desempenhos, e de corrigir e de­sa­f iar para a alta performance ◆◆ Visão sistêmica do negócio para gerir a gráfica e o dia a dia da operação com foco estratégico, priorizando a agregação de valor na cadeia produtiva e a eficácia no desempenho organizacional. Fica para as lideranças gráficas a motivação para modificar seus estilos e modelos de gestão — lide­ rando com visão, com pes­s oas e com resultados su­pe­rio­res — como forma de: ◆◆ Fortalecer a dinâmica interativa e relacional das interfaces profissionais e operacionais ◆◆ Consolidar a gestão estratégica, desenvolvendo a cultura da inovação ◆◆ Gerar resultados que transcendem as limitações individuais, diferenciam sua gráfica das demais e asseguram a vantagem competitiva do negócio. Do contrário, resta a opção da luta pela sobrevi­ vência diária num mercado em contínua transfor­ mação, onde o verdadeiro diferencial está na prática de uma liderança ativa capaz de captar, desenvolver e reter o talento humano. ◆◆

da liderança ativa, para compor um time de pes­ soas disciplinadas que desempenham com foco na produtividade e dão o melhor de si na busca de performances su­pe­rio­res. Não se trata de magia ou milagre, mas sim da prática de um modelo de gestão do capital huma­ no que coloca a pessoa certa no lugar certo. “Quem estou contratando, promovendo ou mobilizando” é a questão que define a pessoa certa, visto que focaliza o perfil pes­soal do pro­f is­sio­nal, buscando com­preen­der sua cultura, seus valores e os traços mais marcantes de sua conduta. “O quê estou contratando, promovendo ou mobilizando” é a questão que avalia a competência pro­ fis­sio­nal e define o lugar certo para o colaborador, dado que compatibiliza seu perfil pro­f is­sio­nal com os requisitos e de­sa­f ios dos cargos. Na construção dessas equipes de pes­soas disci­ plinadas, o di­fe­ren­cial está em entender a compe­ tência não como a “bagagem” que cada pro­f is­sio­ nal traz para o trabalho, mas como o que ele pode e quer entregar como resultante da articulação de seu CHA, ou estoque de Conhecimentos, Habilidades e Atitudes que detém. Assim, nessa questão, a prática da liderança ati­ va amplia o “emprego do trabalho” para a “disponi­ bilização do talento”, a relação “esforço/dedicação” para “competência/solução” e o vetor “efi­ciên­cia/ execução” para “ideias/inovação”, resultando em desempenhos de maior valor agregado. Em geral, para liderar de forma ativa focalizando resultados, gestores e líderes gráficos precisam con­ siderar em suas decisões e sintetizar em suas ações as seguintes práticas: 18 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I  2014

CRISTINA SIMÕES é diretora de desenvolvimento

da ID Consulting e professora de pós-graduação na Faculdade de Tecnologia Gráfica.



NORMALIZAÇÃO

A

Bruno Mortara

As principais novidades da nova versão são os novos papéis em linha com os existentes no mercado, a nova metodologia de medição (condição “M1”), a modificação de curvas de ganho de ponto para refletir o uso generalizado do CtP (em substituição ao fotolito) e as curvas idênticas para as quatro cores de processo.

A nova ISO 12647‑2

ISO 12647 é uma família que contém oito partes: parâmetros e metrologia, offset plana e rotativa com heat­set, coldset ou jornais, rotogravura, serigrafia, flexografia, provas contratuais e provas de validação. A versão 2013 da ISO 12647-2 foi publicada em dezembro passado e, em breve, será traduzida para português. Sendo a mais importante norma da indústria gráfica é importante com­preen­der as novidades trazidas na norma e os impactos sobre o setor, em es­pe­cial para as empresas que já adotaram a versão an­te­rior ou estão em vias de adoção. No cenário na­cio­nal, a versão an­te­rior é coberta pela NBR 15936 -1, com certificação executada pela ABTG Certificadora e acreditada pelo Inmetro. Assim que a norma for traduzida e as implicações de sua adoção ava­lia­das, a NBR 15936 será atua­li­z a­da. A primeira publicação da ISO 12647-2 data de 1996 e foi um marco na normalização de processos offset comerciais. Com abrangência in­ter­na­cio­ nal, a norma se disseminou e tornou-​­se parâmetro para as transações na cadeia gráfica na Europa, Estados Unidos e Ásia. No Brasil, a indústria gráfica ainda não compreendeu inteiramente as vantagens na sua adoção, na medida em que aumenta a qualidade e a economia na produção gráfica in­dus­trial, tendo a norma, até o momento, pouca adoção. A ABTG e a ABTG Certificadora, apoiando os esforços do ONS27, organismo da ABNT que faz as normas gráficas no Brasil, suportam a produção normalizada, incluindo a normalização até mesmo como categoria no Prêmio Fernando Pini. In­ter­na­ cio­nal­men­te a norma está consolidada e é utilizada como requisito básico para exportação de produtos gráficos da China, Tailândia e outros paí­ses

asiá­ti­cos. Além das vantagens econômicas, as empresas gráficas devem entender que a ISO 12647-2 é um requisito mínimo in­ter­na­cio­nal­men­te adotado e, como tal, é a condição es­sen­cial para participar do competitivo mercado mun­dial. Uma das razões da boa adoção in­ter­na­cio­nal é que a norma ISO 12647-2 determinou parâmetros iguais para todas as empresas do setor, tornando os resultados previsíveis e repetíveis na impressão offset. Entre os parâmetros estão: substrato, tinta de impressão, sequência de cores na impressão e a reticulagem. Eles têm relação direta com as características visuais da imagem final e são chamados de condição de impressão. Os substratos, nas versões de 1996 e 2004, são chamados de tipos de papel (PT): PT1/2 papel couché brilho ou fosco; PT3 papel LWC (revestido de pouco peso); PT4 papel branco, não revestido; e PT5 papel amarelado, não revestido. Além do substrato é cru­cial o controle do ganho de ponto, agora denominado TVI (Tone Value In­crea­se), e as cores dos chapados, definidas em termos colorimétricos (Cie­lab) e não em densidade. As curvas de TVI estão especificadas na norma e devem ser seguidas através de ajustes no sistema de RIP (Raster Image Processor) da gravadora de chapas (CtP). Em 2004 houve uma atua­li­z a­ção da norma com pequenos ajustes nas cores sólidas (chapados CMYK e RGB) e eliminando re­fe­rên­cias aos fotolitos. A atua­li­z a­ção de 2013 tem como conceito de condição de impressão as variáveis: substrato, pri­ má­rias, TVI e balanço de grises. As condições de impressão levam ne­ces­sa­ria­men­te a uma aparência vi­ sual previsível, simulável em prova física ou vir­tual e repetível em futuras tiragens. Portanto, veremos DESCRIÇÃO DE RETÍCULAS Periódica (AM)

Novas condições de impressão da ISO 12647‑2:2013

20 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I  2014

Condição de impressão (PC)

Substrato (PS)

Descrição Curva de colorimétrica (CD) TVI

PC1

PS1

CD1

PC2

PS2

CD2

PC3

PS3

PC4

PS4

PC5

Não periódica (FM)

Lineatura em cm-1

Curva de TVI

Tamanho do ponto em µm

A

60-80

E

20(25)

B

48-70

E

25

CD3

B

48-60

E

30

CD4

B

48-60

E

30

PS5

CD5

C

52-70

E

30(35)

PC6

PS6

CD6

B

48-60

E

35

PC7

PS7

CD7

C

48-60

E

35

PC8

PS8

CD8

C

48-60

E

35


que a versão 2013 mantém o espírito das versões an­te­rio­res, renovando detalhes que a indústria global solicitou. Na ISO, o grande debate foi travado entre alemães e norte-​­americanos, pois nos Estados Unidos é utilizada a técnica chamada de G7, ou acerto por balanço de cinzas, que não é ne­ces­ sa­ria­men­te compatível com a ISO 12647-2 . Os novos dados de caracterização e perfis as­s o­cia­dos serão desenvolvidos pela ECI (Fogra 51, 52 . . .) e o ­atual perfil para pa­péis Tipo 1 e 2, couché, ISO Coa­ tedV2 será subs­ti­tuí­do pelo PSO Coa­ted V3 (ECI — ver em www.eci.org).

para cada condição de impressão da nova norma, há uma curva de TVI média. Além disso, se observou uma va­ria­ção media de 5% (nos meios tons) entre pa­péis de uma mesma categoria. Isso é reflexo da mudança do fotolito (versão de 1996 e 2004 da norma) para CtP, versão 2013. Por isso, foram cria­ das cinco novas curvas de TVI , no­mea­das de A a E, representadas por meio de funções matemáticas, o que garante, pela primeira vez, a obtenção precisa de valores de saí­da para cada valor de entrada. Um outro avanço em relação às versões an­te­rio­ res é a obri­ga­to­rie­da­de da utilização de uma mesma curva para todas as cores de processo (CMYK), numa certa condição de impressão. Isso já era permitido an­te­rior­men­te, porém valores de até 3% acima de TVI , para o preto, foram amplamente utilizados e acabaram gerando bastante confusão entre os es­pe­cia­lis­tas.

NOVAS CONDIÇÕES DE IMPRESSÃO Os membros da ISO, entre eles o Brasil, decidiram

que, como os pa­péis estão cada vez mais carregados com alvejantes óticos (OBA) — o que lhes confere uma aparência “mais branca” que, na verdade é azulada —, isso deveria estar refletido na nova versão da ISO 12647-2. Por isso foram definidos novos substratos de impressão. Com o apoio da indústria papeleira, presente no TC130 como o Paperdam Group, foi possível reunir diferentes tipos de papel em oito novos substratos de impressão, representando mé­dias de substratos similares, de diferentes fabricantes. Uma das principais demandas do mercado era o número limitado de pa­péis nas versões an­te­rio­res da ISO 12647-2, todos com valores Cie­lab que desconsideravam os valores encontrados nos mercados, com cores sempre mais azuladas. O problema enfrentado pelos gráficos era como controlar seu processo com a versão da ISO 12647-2 que desconsiderava os alvejantes ópticos e, no final, os clien­tes observavam seus produtos sob iluminação natural ou ar­ti­f i­cial, que contém UV, e vi­sua­li­z a­vam cores diferentes daquelas controladas na gráfica.

HARMONIZAÇÃO ENTRE VISUALIZAÇÃO E MEDIÇÃO INSTRUMENTAL Em 2009 foram revisadas as normas ISO 3664 de vi­

sua­li­z a­ção e iluminação, que se aplicam aos consoles de máquinas offset e cabines de iluminação, e a ISO 13655 , que estabelece as me­to­do­lo­gias, unidades, geo­me­trias e métricas de medição colorimétrica. As duas normas passam a contar com iluminante com excitação na faixa não visível (UV), resultando em vi­sua­li­z a­ções e medições mais precisas, quando feitas sobre pa­péis com elevados teo­ res de alvejantes óticos, fato corriqueiro no mercado mun­dial. Nas novas cabines de vi­sua­li­z a­ção, compatíveis com a ISO 3664:2009, a iluminação contém uma fonte D50 com con­teú­do UV, e os novos espectrofotômetros, compatíveis com a condição M1 da ISO 13655 , também usam fonte D50 , com certa quantidade de UV. Isso faz com que pa­péis com alto con­teú­do de alvejante ótico não mais provoquem resultados diferentes, quando vi­sua­li­z a­dos e medidos. A ISO 12647‑­2 :2013 traz essas mudanças, notadamente ao fornecer valores objetivos de cor, sob condição M1 para base branca (white backing) e para base preta (black backing).

CURVAS DE COMPENSAÇÃO DE GANHO DE PONTO (TVI) PARA CHAPAS

Em 2012 e 2013 foram rea­li­z a­dos testes de impressão e controle de ganho de ponto (TVI) por diversas organizações na Europa e Ásia e se percebeu que,

TIPOS DE SUBSTRATO PS1

PS2

PS3

PS4

Tipo de superfície

Couché premium

Couché boa qualidade

Couché básico

Couché matte padrão

Processo utilizado

Offset plana e rotativa heatset

Rotativa heatset

Rotativa heatset

Rotativa heatset

PS5

PS6

PS7

PS8

Tipo de superfície

Papel sem lignina não revestido

Supercalandrado

Não revestido melhorado

Não revestido padrão

Processo utilizado

Offset plana e rotativa heatset

Rotativa heatset

Rotativa heatset

Rotativa heatset

Novos substratos e suas categorias, da ISO 12647‑2:2013 VOL. I  2014  TECNOLOGIA GRÁFICA

21


Com a consolidação dos fabricantes de instrumentos, o mercado de espectrofotômetros ficou dividido entre poucas marcas e alguns modelos, sendo que o X-​­Rite iOnePro predomina entre os modelos utilizados. O problema que se apresenta agora está no fato de os modelos iOnePro 1 pos­ suí­rem fonte de luz incandescente, M0. No modelo ­atual, iOnePro 2, a fonte de luz foi melhorada para se comportar dentro das to­le­rân­cias de M1 (Iluminante D50 com con­teú­do UV). Ainda é cedo para sabermos quais serão as consequências do uso de diferentes modelos de instrumentos (iOnePro 1 e iOnePro 2 etc) nos controles de cadeias produtivas onde as modificações da norma introduziram mais incerteza instrumental, forçando os compradores e clien­tes a especificarem se utilizaram M” ou M1. Uma novidade positiva na nova versão é a possibilidade do uso da metodologia DeltaE 2000 para aferir as diferenças de cor. Essa metodologia é bem mais fiel à percepção humana do que a an­te­rior­ men­te utilizada, DeltaE 76. Infelizmente os es­pe­cia­ lis­tas da ISO legislaram que tal metodologia pode ser utilizada apenas informativamente. Nessa versão da norma ficou definitivamente requerido um balanço de grises, levando em consideração a coloração do papel. Esses valores podem ser usados durante o processo de calibração. Gostaria de terminar este primeiro artigo sobre a nova versão da ISO 12647-2 comentando sobre a importância da folha de máquina aprovada, chamada de OK-print. Durante a execução de uma impressão em conformidade, os alvos colorimétricos das condições de impressão devem ser atingidos pela folha aprovada, com tolerância de DeltaE76 de 5. A partir

daí, durante a produção, pelo menos 68% das folhas devem estar a uma tolerância de DeltaE76 de 4 para CMY e 5 para K , da folha aprovada, OK-print. Apesar de o Brasil ter se colocado contra essa prática, a maioria dos paí­ses se colocou a favor da OK‑ -print e de dupla tolerância. No cenário pessimista, uma folha impressa em conformidade poderia estar até 9 unidades de DeltaE 76 do alvo da tabela de valores da norma. Isso é bastante preo­cu­pan­te! CONCLUSÕES

Apesar dos problemas apontados, a produção offset é, sabidamente, sujeita a muitas variáveis e o processo é de difícil controle. Se foram melhoradas as condições em relação aos pa­péis existentes no mercado, continua existindo o critério da folha de máquina aprovada, OK-print, que fragiliza, a meu ver, o controle de processo. Se foi feita uma importante atua­li­z a­ção de harmonização entre o aspecto vi­sual e a medição por instrumento (espectrofotômetro), a confusão entre instrumentos antigos e novos pode ser problemática, es­pe­cial­men­te nos mercados emergentes. No próximo artigo vamos investigar os requisitos da nova versão da norma, passo a passo, de forma a entender as etapas ne­ces­sá­rias para a implementação e as principais dúvidas geradas durante o processo. BRUNO MORTARA é superintendente do ONS27 e coordenador da Comissão de Estudo de Pré‑Impressão e Impressão Eletrônica e professor de pós‑graduação na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica.

TVI - valor tonal obtido com impressão

32 28 24 20 16 12 8 4 0

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Valor tonal dos dados (Dataset) Curva A

22 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I  2014

Curva B

Curva C

Curva D

Curva E

Novas curvas de ganho de ponto com o uso em CTP, para diferentes substratos



NORMALIZAÇÃO

Norma para produtos encadernados deve sair em 2016

Maíra de Oliveira

Q

uem trabalha no setor de pós-​­impressão sabe de cor os problemas mais comuns: o ma­te­rial muitas vezes já chega à última etapa do processo produtivo com problemas de registro, sem área de sangria, marcas de corte, vinco ou dobra, para citar os mais corriqueiros. São pontos que podem passar despercebidos ao longo das etapas de produção e só são notados pelo pro­f is­sio­nal do acabamento, que precisa fazer o possível para re­me­diar tais falhas — quando possível. Essas ocor­rên­cias de não conformidades atrapalham em muito a vida do pro­f is­sio­nal de acabamento e os “métodos alternativos” possíveis para corrigir as falhas tornam o processo lento e improdutivo. Foi pensando em melhorar o fluxo de produtos e informações dentro da gráfica e evitar esse tipo de problema que surgiu, em 2009, a proposta de se ­criar um grupo de trabalho para discutir requisitos para pós-​­impressão dentro do comitê técnico de normalização em tecnologia gráfica da ISO (TC 130). O grupo de trabalho conta hoje com a participação de cerca de 50 es­p e­cia­lis­t as de 14 paí­ses, entre eles Alemanha, Japão, China, Estados Unidos, Suí­ça e Brasil. A proposta deste grupo, que vem tomando corpo ao longo dos anos, é a elaboração de documentos que possam facilitar a co­mer­cia­li­z a­ção de produtos gráficos entre os paí­ses, as compras públicas e o próprio fluxo de trabalho dentro das gráficas. O primeiro passo nesse sentido foi fazer um levantamento das normas nacionais existentes que abordassem o tema. A delegação brasileira, que desde o início se comprometeu em participar ativamente do projeto, apresentou a NBR 14869 Tecnologia gráfica – Livros, Parte 1: Classificação e Parte 2: Livros didáticos e a NBR 15201 Tecnologia gráfica – Livros – Classificação de defeitos de impressão e de pós-​­impressão e métodos de ensaio. As delegações da China, Estados Unidos e Suí­ça também colaboraram com documentos nacionais e os primeiros rascunhos foram desenvolvidos.

24 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I  2014

O projeto ini­cial era desenvolver uma norma em sete partes, mas essa ideia foi subs­ti­tuí­da por um projeto composto por quatro documentos, sendo seus temas: requisitos gerais, produtos encadernados, embalagens e acabamento su­per­f i­cial. A proposta desse conjunto de normas é definir parâmetros para os componentes de um produto não acabado e para os atributos que precisam ser verificados para que ele possa passar pela pós-​­impressão sem problemas. Além de facilitar a comunicação das necessidades do setor de pós-​ i­mpressão dentro da gráfica, essa proposta pode ser vista também como uma forma de resguardar o produtor; uma vez que os procedimentos sejam seguidos adequadamente haverá menores chances de ele ser responsabilizado por eventuais problemas. Os rascunhos foram alvo de grandes debates, na medida em que as exi­gên­cias para pós-​­impressão são diferentes em cada país, mas os dois primeiros temas já estão em desenvolvimento. O texto base para “produtos encadernados” foi elaborado e amplamente revisado nos últimos anos antes que o projeto fosse ofi­cial­men­te registrado junto à ISO, o que aconteceu no início de 2013. A partir do momento que um projeto é registrado na ISO ele recebe um prazo de 36 meses para passar por quatro es­tá­gios de elaboração e votação e, finalmente, ser publicado. Por isso, a previsão de publicação dessas normas é 2016 e 2017, respectivamente. A ISO 16762 apresenta requisitos gerais que serão elaborados de forma mais específica pelos outros três documentos. Ela pode ser dividida em cinco grandes blocos de requisitos e recomendações: requisitos para matéria-​­prima (seleção de ma­te­rial, esquadro etc); requisitos para materiais in­ter­me­diá­ rios (sangria, marcas de corte, sentido de fibra etc); requisitos para o processo e para o am­bien­te (temperatura e umidade, perdas de processo, controle de qualidade etc); inspeção e medição (que inclui uma referência à nossa NBR 15201 Tecnologia gráfica – Livros – Classificação de defeitos de impressão


e de pós-​­impressão e métodos de ensaio) e requisitos para embalagem e transporte do produto final (armazenamento, identificação etc). Já a ISO 16763 é di­re­cio­na­da para materiais encadernados. Ela cobre, em linhas gerais, as etapas de refile e dobra, tratando de tipos, métodos de controle e to­le­rân­cias de medidas; organização de cadernos e inserção; requisitos para a encadernação, incluindo métodos e to­le­rân­cias para a aplicação de costuras, grampos e os diferentes tipos de cola, bem como de espirais e requisitos para materiais de confecção de capas. Esta norma conta ainda com uma seção sobre controle de qualidade e anexos abordando especificações para materiais e métodos para testes como o page pull e page flex (ainda sendo definidos). Um ponto importante para observar em ambos os documentos é que boa parte dos seus requisitos definem itens que precisam ser adequados antes do

produto chegar à pós-​­impressão a fim de garantir a qualidade. Hoje os dois trabalhos em desenvolvimento são acompanhados de perto pela comissão de estudos de pós-​­impressão do ONS -27. Paralelamente ao desenvolvimento do ma­nual de boas práticas para pós-​­impressão — a­ tual trabalho do grupo —, os es­p e­cia­lis­t as membros da comissão acompanham as alterações feitas nos documentos da ISO e en­viam suas opi­niões para colaborar com a elaboração do projeto. Se este tema lhe interessa ou à sua empresa, a participação nos trabalhos da comissão é aberta a todos os interessados, bastando entrar em contato com a secretaria do ONS-27, na ABTG. Os participantes têm acesso a todos os projetos e documentos em desenvolvimento. MAÍRA DE OLIVEIRA é técnica gráfica e secretária

do ONS27.

VOL. I  2014  TECNOLOGIA GRÁFICA

25


SEYBOLD

Adobe Systems anuncia o Adobe PDF Print Engine 3

N

o dia 4 de setembro de 2013 a Adobe anunciou a sua mais nova tecnologia de renderização de imagens ba­s ea­d as em PDF, o Adobe PDF Print Engine 3, APPE 3. Mark Le­wieck, gerente de produto sê­nior da Adobe, diz que há vá­rios be­ne­fí­cios para a indús­ tria na nova versão, incluindo melhor suporte para o formato de dados variáveis, PDF/VT, e preflight com os recursos do Adobe Acrobat XI . Em função desses be­ne­f í­cios, Le­wieck afirma que a nova arquitetura de alta velocidade, chama­ da pela Adobe de Mercury RIP Architecture, é um “divisor de águas para o segmento de impressão di­ gital de alto volume”. Para justificar as vantagens da nova e veloz arquitetura de RIP, o executivo enu­ mera as me­lho­rias possibilitadas pelo Mercury RIP Architecture. Os sistemas que usarão o PDF Print Engine 3 poderão: ◆◆ Ativar o modelo de RIP tipo farm 1 para, even­ tual­men­te, substituir o modelo de um DFE por equipamento de impressão ◆◆ Usar um RIP em cluster 2 di­men­sio­ná­vel para ge­ ren­ciar vá­rios dispositivos em uma gráfica, si­mul­ ta­nea­men­te ◆◆ Alocar dinamicamente nú­cleos de CPU disponíveis para páginas, faces ou trabalhos, com base em regras ◆◆ Eliminar as CPUs paradas enquanto há trabalho a ser feito (ge­ren­ciar nú­cleos de CPU e potência) ◆◆ Trazer à tona a velha ideia de 15 anos por trás do Adobe Post­Script Extreme, possível agora graças ao hard­ware de computação e sistemas operacionais rápidos e modernos. DESENHADO PARA VELOCIDADE E FLEXIBILIDADE

A Adobe usou o termo Mercury Graphics Engine ao anun­ciar que o Crea­ti­ve Suite 6 era subs­tan­cial­ men­te mais rápido do que as versões an­te­rio­res do Crea­ti­ve Suite. Durante nossas resenhas desse produto — es­pe­cial­men­te em tarefas de edição de 1  (NT) Modelo de matriz de servidores RIP onde páginas de um PDF podem ser distribuídas entre vários servidores e os mesmos enviam a uma mesma impressora. 2  (NT) Modelo de matriz de servidores RIP onde páginas de um PDF podem ser distribuídas entre vários servidores e os mesmos enviam a uma mesma impressora.

26 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I  2014

imagem e vídeo, notamos aumento na velocidade. Uma vez que a Adobe está usando agora um termo similar para o PDF Print Engine 3, perguntamos a Le­ wieck se a tecnologia subjacente era a mesma em ambos os casos. “Na verdade não”, disse ele, “embo­ ra o uso da palavra ‘Mercury’ infere o conceito de velocidade, as coisas são diferentes, no caso com o PDF Print Engine 3”. O relatório do IDC, encomendado pela Adobe e fornecido a nós, diz que a arquitetura é projeta­ da para velocidade e flexibilidade. O resultado é o que chamamos de “velocidade flexível”. O relató­ rio explica o conceito desta maneira: “a Mercury RIP Architecture é desenhada para escalabilida­ de. É, es­sen­cial­men­te, uma estrutura para maximi­ zar a efi­ciên­cia de processamento, tomando intei­ ra vantagem dos recursos de hard­ware disponíveis”. Quan­do o gerente de produto explicou como a arquitetura distribui o trabalho de processamento, para tirar proveito dos recursos disponíveis, a pala­ vra “multitarefa” e o termo “processamento parale­ lo” vem à mente e perguntamos se essas são formas precisas para descrever o processo. Ele disse que sim e aqui o relatório do IDC afirma que “aproveitando as vá­rias ins­tân­cias do Adobe PDF Print Engine em conjunto, o RIP, com o coração contendo o APPE, consegue entregar as páginas rasterizadas para serem impressas ao motor de impressão nas altíssimas ve­ locidades que estes equipamentos estão atingindo”. Claro, essas velocidades re­la­cio­nam-​­se apenas à velocidade de processamento de um trabalho e pre­ paração dele para ser impresso; a velocidade geral de impressão de um trabalho é, também, significa­ tivamente afetada pela velocidade de impressão do dispositivo de impressão. A Adobe entende, porém, assim como os fabricantes e usuá­rios de sistemas de impressão digital, a necessidade de velocidade em todo o processo. O passo de processamento do trabalho, que é a primeira etapa em qualquer proje­ to de impressão digital, não pode ser lento. Como nossos leitores entendem muito bem, o processa­ mento mais lento nesse passo ini­cial causa uma bai­ xa produtividade de todo o sistema de impressão. Então, perguntar sobre a velocidade desse novo sistema (APPE 3) é uma preo­cu­pa­ção válida. O tem­ po dirá como os sistemas OEMs adotaram a nova tecnologia, mas o IDC foi longe para oferecer uma


estimativa da velocidade do PDF Print Engine 3: “A abordagem flexível permite que o Mercury RIP Architecture satisfaça os requerimentos das im­ pressoras de produção digital (e as facilidades dos multidispositivos) de hoje, a velocidades su­pe­rio­res a 5.000 páginas por minuto, bem como à deman­ da de dispositivos mais rápidos vindos no futuro. O Mercury RIP Architecture harmoniza a configura­ ção de hard­ware e soft­ware para um fluxo máximo de dados para o dispositivo”. Além disso, o relatório contém resultados de testes de velocidade conduzidos pela Adobe em conjunto com a PIA (Printing In­dus­tries of Ameri­ ca) para ava­liar as capacidades do sistema. O rela­ tório contém vá­rias páginas de explicação sobre os arquivos usados para os testes e os resultados. Re­ sumidamente, no entanto, o conjunto de testes in­ clui arquivos de imagem com dados estáticos e va­ riáveis. Os testes foram conduzidos em sistemas de impressão jato de tinta de classe co­mer­cial e em sis­ temas eletrofotográficos de alta velocidade. Neste artigo apresentamos os três gráficos que resumem os resultados dos testes.

VELOCIDADE E CAPACIDADE DE DADOS VARIÁVEIS Se um RIP pode processar arquivos rapidamente, de

ime­dia­to pensamos que ele possa usar essa veloci­ dade para renderizar trabalhos impressos com da­ dos variáveis mais rapidamente. A resposta a essa pergunta é sim, corroborada pelo relatório do IDC : “Além da estrutura escalável, o PDF Print Engine 3 engloba um conjunto abrangente de fun­cio­na­li­da­ des para renderização de alta performance, para elementos de projeto complexo, em trabalhos de dados variáveis. Essas fun­cio­na­li­da­des in­cluem ar­ mazenamento em cachê de vá­rias camadas e a ha­ bilidade para maximizar a efi­ciên­cia da compressão com algoritmos diferentes para diferentes tipos de elementos (imagens versus vetores)”. No entanto Le­wieck afirma que “o novo PDF Print Engine é focado nas soluções de alto desempenho para todos os tipos de trabalho e aplicável a todos os segmentos de impressão”. Ou seja, o mecanismo de impressão deve fun­cio­nar bem “para renderiza­ ção (rasterização) do trabalho mais com­pu­ta­cio­ nal­men­te intensivo que é aquele mais graficamente 

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Norma para o setor de metalgrafia deve entrar em vigor em 2014

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VOL. I  2014  TECNOLOGIA GRÁFICA

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Resultados de Testes Eletrográficos de Alta Velocidade Conjunto de Testes PIA 668

A4 PPM

700 600 500 400 300 200 100 0

383

Comercial

◆◆

394

Publicação

VDP

Resultados de Testes em Jato de Tinta de Alta Velocidade – Trabalho VDP Conjunto de Testes Otimizados VDP 3.961

A4 PPM

4,000 3.500 3,000 2,500 2,000 1,500 1,000 500 0

1.336

Otimizado para Estático

Otimizado para VDP

Resultados de Testes em Jato de Tinta de Alta Velocidade – Trabalho Estático Conjunto de Testes Otimizados PIA para Trabalho Estático 1.129

1,400

1.336

994

1,200 1,000 A4 PPM

Fotolivro Impressão de produção de tamanho in­dus­t rial de grande formato (outdoors, envelopamento de veí­cu­los) ◆◆ Mapas vetoriais GIS intrínsecos (Geo Info Systems) ◆◆ Arquivos PDF mal cons­t ruí­d os (gerados, por exemplo, por serviço web-​­to-print da gráfica) ◆◆ Trabalhos de embalagem com múltiplas cores spot, fotos etc. ◆◆ Anún­cios que combinam espaços de cor mistos, efeitos de mistura e transparência ◆◆ Novas tec­no­lo­gias, como Smart e-​­Packaging ◆◆

800 600 400 200 0 Comercial

Publicação

VDP

rico em con­teú­dos de dados variáveis”. Entretanto, há alguns limites. Para alguns tipos de projetos de impressão digital, o ganho de velocidade e me­lho­ rias no rendimento podem não ser tão significan­ tes. Le­wieck lista alguns projetos dessa categoria: 28 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. I  2014

PRIMEIROS USUÁRIOS

De acordo com a Adobe, vá­rios fabricantes de im­ pressoras anun­cia­ram o suporte ao PDF Print En­ gine 3. Em julho, a Agfa anunciou o novo fluxo de trabalho Asante para grandes formatos (sinalização e displays) ba­sea­do no APPE 3 , que já está sendo vendido. Em setembro, a Fujifilm anunciou a XMF 5.5 para Jet Press 540 W, que é ba­sea­do na Mercury RIP Architecture. Além disso, Le­wieck diz que seis fornecedores parceiros estão trabalhando com a Adobe, que espera anun­ciar novos produtos ba­ sea­dos na nova Mercury RIP Architecture, nos pró­ ximos meses. As seis com­pa­nhias são: Canon, EFI , Fujifilm, Kodak, ­Screen e Xeikon. NOSSA OPINIÃO

Essa é a primeira grande atua­li­za­ção da Adobe para o PDF Print Engine em vá­rios anos; a companhia in­ troduziu o APPE 2 em maio de 2008. Essa versão in­ troduziu o suporte para o formato PDF/VT, na épo­ ca um padrão emergente para impressão de dados variáveis. Portanto, faz sentido para a companhia expandir seu suporte ao PDF/VT com o Print Engi­ ne 3. Estamos an­sio­sos para ver, e ouvir sobre, quão bem a expansão do APPE 3 está acontecendo e sua performance em projetos de impressão na vida real. No entanto, está claro que a Adobe estava di­re­ cio­na­da a uma melhora significativa na velocidade de processamento com muitos tipos de projetos possíveis, como essa última versão. A companhia teve esse objetivo em mente com as me­lho­rias e mudanças feitas nesse lançamento. Irá demorar um ano ou mais para que os produtos comecem a ser vendidos, e não saberemos qual será o ritmo de adoção/upgrade dos fabricantes e usuá­rios dos sis­ temas com APPE3 , porém nos parece que a Adobe está no caminho certo. T RADUÇÃO AUTORIZADA DE TEXTO PUBLICADO NO THE SEYBOLD REPORT, VOLUME 13, Nº- 17, DE 9 DE SETEMBRO DE 2013.



desde 2003

PROJETO BIBLIOTECAS leitura para todos


Criado em 2003 pela ABIGRAF-SP e pelo SINDIGRAF-SP, o Projeto Bibliotecas inaugurou 15 bibliotecas em todo o Estado ao longo da última década. O projeto é realizado em parceria com as Prefeituras Municipais, que cedem espaços reformados para equiparmos com computadores e uma extensa variedade de livros, selecionados pela Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo. Em 2014, ultrapassaremos a marca de mais de 15 mil livros doados, sempre com o apoio das Seccionais Ribeirão Preto e Bauru da ABIGRAF-SP, fundamentais para a escolha das cidades que recebem as novas Bibliotecas. A iniciativa ainda contribui para a disseminação da Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa, difundindo informações corretas sobre o uso do papel e seus benefícios junto ao meio ambiente. Incentivar a Educação. É assim que a Indústria Gráfica Paulista investe no futuro.


SPINDRIFT

Tente imprimir isso. . .

De vez em quando uma tecnologia que surgiu como ficção científica se torna parte do nosso dia a dia. Já vimos isso acontecer com telefones celulares e tablets e agora a impressão 3D começa a decolar.

N

o início de 2013 a impressão 3D apare­ ceu nas manchetes, ao redor do mundo, quando um tolo nos Estados Unidos — onde mais? — imprimiu uma arma. Mas a no­to­rie­da­de não revelou como a impressão 3D está amadurecendo e se tornando uma tecnologia mais acessível e viá­vel. A impressão 3D é também conhecida como processo aditivo por conta da de­ posição de ma­te­rial durante o processo, ao contrá­ rio de processos de fabricação tra­di­cio­nal (torno, fresa etc.), onde parte da peça original é removida até que se forme o produto final. A tecnologia já existe há algum tempo, desde a demonstração da primeira impressora 3D, em 1984, por Chuck Hull, da 3D Systems, que utilizou na épo­ ca a es­te­reo­li­to­gra­f ia. Isso envolve um laser e um tubo de fotopolímero líquido com uma plataforma

perfurada. O laser desenha uma forma na superfí­ cie do líquido, que endurece uma fina camada no topo do polímero. A plataforma perfurada é en­ tão abaixada revelando mais do líquido e outra ca­ mada do objeto é curada com o laser e o processo é repetido uma camada por vez até que o objeto finalizado possa ser removido do tubo. Há vá­r ios outros tipos de impressão 3D. Por exemplo, o método de jato de ma­te­rial que envol­ ve o aquecimento de um polímero plástico até que derreta e possa ser ejetado por meio de uma cabe­ ça similar àquelas utilizadas em impressoras digitais. Da mesma forma que no processo an­te­rior, os ob­ jetos são cons­truí­dos em camadas. Outra va­ria­ção é o método de filamento fundido, que ejeta mate­ riais semilíquidos, incluindo ABS e termoplástico. Há também o jato aglutinante, em que uma ca­ beça de jato esguicha uma cola que é usada para grudar diferentes camadas de pó, geralmente um composto à base de gesso. Uma alternativa a isso é usar um laser em vez de cola para ligar os pós em conjunto. USOS PRÁTICOS A impressão 3D ainda é usada principalmente para

prototipagem rápida, permitindo a designers e en­ genheiros ma­te­ria­li­z ar rapidamente seus concei­ tos, acelerando consideravelmente as etapas de um projeto. Ter um produto tangível faz com que seja muito mais fácil demonstrar uma ideia para to­ dos os envolvidos antes de qualquer parte ter de se comprometer em uma decisão po­ten­cial­men­te cara. Também possibilita que os projetistas verifi­ quem como as diferentes partes se encaixam juntas. Porém, hoje em dia, a impressão 3D é também usada para ­criar todo tipo de objetos. Pode, por exemplo, incluir peças de reposição naqueles ca­ sos em que é difícil ou caro produzir uma peça iso­ lada, como reposição para máquinas obsoletas ou partes de automóveis antigos. No entanto, a tec­ nologia também inclui aplicações altamente es­ pe­cia­li­z a­das. Numa delas, ci­rur­giões imprimiram peças para substituir partes do crânio de pa­cien­ tes, que foram removidas e subs­ti­tuí­das em uma 32 TECNOLOGIA GRÁFICA

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cirurgia. Essa mesma estratégia tem sido usada para reconstruir rostos de pes­soas, incluindo reparação de maxilares quebrados. Até mesmo a Nasa revelou interesse pela tecno­ logia anun­cian­do que planeja en­viar uma impres­ sora 3D à Estação Es­pa­cial In­ter­na­cio­nal em 2014, esperando imprimir até 30% das peças de reposi­ ção ne­ces­sá­rias a bordo. De fato, a Nasa disse que a habilidade de imprimir partes no espaço será cru­ cial para qualquer via­gem es­pa­cial de longa distân­ cia no futuro. Mas a impressão 3D também está chegando às massas. Nos Estados Unidos, a em­ presa de logística UPS está testando a impressão 3D em suas lojas, permitindo que os clien­tes impri­ mam seus pró­prios projetos. É uma jogada ousada, uma vez que a impressão 3D po­ten­cial­men­te de­ safia o negócio da empresa — não há necessidade de encomendar peças sobressalentes para entrega se você pode simplesmente imprimir sua própria peça. Enquanto isso, em Londres já há vá­rias lojas de rua que vendem impressoras 3D, tal como iMa­ kr, que possui impressoras 3D com valor em torno de 790 euros (cerca de R$ 3.000). CABEÇAS DE IMPRESSÃO

A Ricoh vem fornecendo cabeças de impressão para impressoras 3D há alguns anos. Joe Ryan, gerente

de desenvolvimento co­mer­cial da Divisão de Tec­ nologia de Jato de Tinta da Ricoh América, diz que há uma crescente gama de materiais que podem ser ejetados. “Você tem que ser capaz de pegar qualquer ma­te­rial que está sendo ejetado e dimi­ nuí-​­lo o su­f i­cien­te para que possa passar por uma pequena abertura e é aí que está a evolução”. Ele acrescenta que novos métodos, como a nanotec­ nologia, têm sido um grande fator para ajudar a fa­ zer partículas sólidas ejetáveis. Isso inclui materiais semelhantes à borracha, usados para cria­ç ão de protótipos de objetos como solas para tênis, que pos­suem padrões muito intrincados. Ryan diz que até agora a impressão 3D é limita­ da, principalmente, à prototipagem. Ele explica. “De­ pende do estresse ao qual será submetida a peça. Se você fizer uma válvula de descarga caseira, a pres­ são da água será relativamente baixa, vai fun­cio­nar bem, pois a maioria das partes é feita de plástico, então pode-​­se usar qualquer coisa que tenha sido impressa. Mas num conjunto de engrenagens que sofrem um torque bastante elevado, como uma cai­ xa de câmbio, seria muito diferente”. Para ele um dos fatores recentes mais excitantes é o custo relativa­ mente baixo das impressoras de mesa, o que está levando muita gente a usar a tecnologia, mudan­ do o paradigma de fabricação: “Agora há pes­soas

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pensando em fabricação por impressão 3D em vez de produção em fábricas”. Ryan diz que as cabeças de impressão Ricoh po­ dem produzir uma gota de até 16 mícrons. “Você precisa obter o máximo fluxo possível de ma­te­rial através da impressora, mas, ao mesmo tempo, você quer que as gotas sejam pequenas o su­f i­cien­te para dar-​­lhe detalhes finos. Você pode controlar quão grande a gota fica quando atinge o objeto, pois pode controlar quando a luz UV começa a curar a gota assim que atingir o objeto sendo impresso”. A principal limitação na cabeça de impressão é a necessidade de controlar a temperatura, como ex­ plica Ryan: “Nós estamos lidando com um fluí­do viscoso muito pesado. É preciso aquecê-​­lo, então a cabeça de impressão trabalha com altas tempera­ turas. Nossas cabeças são de aço inoxidável e pos­ suem aquecedores embutidos, de modo que seja possível manter a cabeça aquecida. Nossas cabe­ ças utilizam tecnologia pie­zoe­léc­tri­ca e o elemen­ to pie­zo é separado do ma­te­rial sendo ejetado por uma membrana de aço inoxidável para que possa­ mos ejetar sobre qualquer coisa que seja compatível com aço inoxidável”. Um dos clien­tes da Ricoh é a Stratasys, que tem produzido impressoras 3D há mais de uma déca­ da e é uma das melhores fabricantes do ramo. Ela produz vá­rias impressoras para diferentes aplica­ ções, incluindo a série ­Ideas para ini­cian­tes, a série Design para produção de protótipos e a série Pro­ duc­tion, mais pesada, para fabricação de pequenas tiragens e peças pontuais. A gama HP de impresso­ ras Designjet 3D é, na rea­li­da­de, uma parceria com modelos OEM da Stratasys. A Stratasys adquiriu recentemente outra fabri­ cante de impressoras 3D, a MakerBot, numa tro­ ca de ações com valor de cerca de 305 milhões de euros. A MakerBot tem se concentrado nos usuá­ rios amadores do mercado, com um crescimento considerável nos últimos anos. Andy Middleton, gerente geral da EMEA Stra­ tasys, diz que o desenvolvimento de materiais será um importante fator no futuro: “A capacidade de imprimir modelos de impressoras com capacidade de ejetar diferentes materiais por uma única máqui­ na é um requisito cada vez mais procurado por pro­ fissionais de design de produtos e é algo que dife­ rencia nossa máquina Objet em relação aos outros fornecedores do mercado”. 34 TECNOLOGIA GRÁFICA

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Dentre os modelos Stratasys, encontra-​­se a sé­ rie Objet Convex, que pode misturar dois materiais juntos para ajudar designers a produzirem protóti­ pos com sensações muito rea­lis­tas. A combinação de materiais similares à borracha, flexíveis e rígidos, pode resultar em modelos que melhor emulem a aparência, sensação e função de um produto final. Middleton diz: “À medida que os materiais con­ti­ nuam a serem desenvolvidos, acredito que a tec­ nologia de impressão 3D irá mover-​­se mais e mais, a curto prazo, para a fabricação rápida”. IMPRIMINDO EM METAL

Bernhard Buck, vice-​­presidente de qualificação de produtos de tecnologia da Heidelberg, diz que é possível produzir formas de metal utilizando um processo muito similar à sinterização1. “Esse é um processo de produção antigo, onde se utiliza pó de metal e pres­sio­na-​­se na forma necessária. O ma­te­ rial é aquecido a uma temperatura muito elevada e as partes do pó são cimentadas. É tra­di­cio­nal­men­te utilizado para peças muito complexas ou onde é re­ querida uma combinação de vá­rios tipos de metal”. O pó pode ser ejetado em finas camadas e en­ tão aquecido com um laser para cimentá-​­lo às ca­ madas já solidificadas. É possível produzir peças bas­ tante robustas dessa maneira, que podem ser usadas para objetos como turbinas de ­avião, dotadas de formas complexas. Buck diz que a peça resultante não é tão forte como o uso de metal tra­di­cio­nal, mas está dentro de um gama aceitável. “Há mui­ to a fazer em termos de metalurgia e no modo de aquecer e arrefecer os pós e como utilizar o laser”. IMPRIMINDO EM 3D

A Heidelberg tem trabalhado no desenvolvimen­ to de impressão 3D com uma abordagem diferen­ te. Buck diz que mesmo havendo muita excitação em torno da cria­ção de objetos 3D, há uma gran­ de oportunidade na impressão para objetos 3D tal como carros ou sapatos esportivos. Buck afirma que, hoje em dia, as pes­soas imprimem em folhas 2D, mas imprimir em 3D é complexo e dis­pen­dio­so. 1  (N.T.) Sinterização é a fabricação de produtos sólidos através do aquecimento controlado de matérias-​­primas em pó, criando adesão dos grãos sem fundir o material (normalmente a 2/3 do ponto de fusão do material). Geralmente é usada na produção de cerâmicas, metal, vidros e objetos de plástico, bem como compostos e ligas.


“Podemos imprimir diretamente em vá­rios objetos com um sistema de jato de tinta utilizando um sis­ tema robotizado que move o objeto. Por exemplo, com sapatos esportivos é mais fácil mover o objeto do que o sistema de impressão”. Cabeças de jato de tinta normalmente ficam muito perto da superfície de impressão, gerando muita dificuldade quando o objeto é curvo ou pe­ sado. “Investimos bastante na impressão em dis­ tân­cias maiores e como comandar os robôs de­ finindo os caminhos que eles devem seguir com o objeto sendo impresso. Em geral os robôs são pouco precisos para tais movimentos, ne­ces­sá­rios durante a impressão”. Imprimindo diretamente em objetos como car­ ros será possível para os fabricantes de veí­cu­los ofe­ recerem decorações customizadas como parte do processo de fabricação altamente automatizado, o que trará economia de custo considerável em relação aos métodos atuais, tal como no envelopamento de veí­cu­los com filmes laminados, impressos em equi­ pamentos de grande formato. Atual­men­te, a maio­ ria das impressões em objetos curvos está limita­ da a pequenas ­­áreas de impressão, como o logo da companhia em uma caneta ou bola de golfe, mas a Heidelberg tem por meta itens muito maiores, mes­ mo sendo muito mais fácil imprimir em su­per­fí­cies convexas do que em côncavas. Por enquanto, a Heidelberg está imprimindo em modo monocromático, embora o vice-​­presidente diga que a impressão 3D em quatro cores seja pos­ sível: “Te­ría­mos que fazer alguns cálculos geo­mé­ tri­cos para ter certeza que as cores caiam no lugar certo”. Em geral a Heidelberg está usando cabeças de jato de tinta “de prateleira” e não deseja desen­ volver cabeçotes pró­prios. As tintas são principal­ mente UV, com fórmulas específicas para cada su­ perfície a ser impressa e, com algumas exceções, tal como tintas térmicas. Claramente, a Heidelberg também vê outras possibilidades, tal como o uso para embalagens, onde a impressão direta em for­ mas complexas pode adi­cio­nar um impacto positivo nas gôndolas e reduzir os custos. Ambas as abordagens — cria­ção de objetos 3D e impressão em formas 3D — são processos indus­ triais e provavelmente estejam fora do âmbito de boa parte da indústria gráfica. No entanto, a maio­ ria das gráficas possui habilidades e in­f raes­tru­tu­ra, se não a visão, para oferecer serviços 3D. Isso pode

ser desde a personalização de objetos até a impres­ são de produtos complexos. Por enquanto a tecno­ logia ainda está no estágio ini­cial, mas certamente vale a pena ficar de olho para as novidades neste interessante campo de aplicação.

A Heidelberg tem desenvolvido sistemas de jato de tinta para impressão de objetos 3D, como explicou Bernhard Buck, vice‑presidente de qualificação de produtos de tecnologia.

Tradução autorizada do boletim Spindrift,

publicação produzida pela Digital Dots, empresa de consultoria na área gráfica, publicado em setembro de 2013.

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ENTREVISTA Tânia Galluzzi

ABTCP profissionaliza sua administração

N

Em 2013 a ABTCP adotou um novo sistema de gestão, com o senhor assumindo a gestão executiva. Como foi esse primeiro ano e quais os principais projetos da ABTCP para 2014? Darcio Berni – As mudanças envolveram a estrutura or­ga­ni­z a­cio­nal e estatutária da entidade. Esse processo começou em 2008, na gestão do presidente Alberto Mori, cujo planejamento estratégico previa a contrata­ ção de um diretor executivo. Isso aconteceu em 2011, com Lairton Leo­nar­di na presidên­ cia, quando fui contratado. Em 2012 foram definidas as diretrizes do novo modelo de governança corporativa e aprovado o novo estatuto, ofi­cia­li­z an­do o término da gestão voluntária no comando da as­so­cia­ção, ob­ jetivando pro­f is­sio­na­li­z ar o comando da entidade. No ano passado o novo estatuto entrou em vigor, com novas atribuições ao diretor executivo e aos conselhos diretor e executivo, agora com maior participação dos as­s o­cia­dos, num modelo semelhante ao adotado pela Bracelpa. 36 TECNOLOGIA GRÁFICA  VOL. I  2014

As principais vantagens desse novo for­ mato são a autonomia e a consequente ra­ pidez na tomada de decisões. Nem os mais otimistas po­d e­r iam imaginar que a fase de adaptação que prevemos para 2013 se­ ria tão fácil. Nossa principal preo­cu­pa­ção foi fazer com que o mercado, os nossos as­s o­cia­dos, não sentissem as mudanças, e assim aconteceu.

Fotos: Guilherme Balconi

o ano passado a As­so­cia­ção Bra­ sileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP) adotou um novo mode­ lo de gestão, abandonando o vo­ lun­ta­ria­do na diretoria, pri­vi­le­gian­do a auto­ nomia e a maior participação do as­so­cia­do. A direção executiva está agora a cargo de Darcio Berni, administrador de empresas com mais de 16 anos de atua­ção no setor, alguns deles como gerente geral co­mer­cial da Fibria. Nesta entrevista, ao lado do geren­ te técnico Claudio Chia­ri, engenheiro quí­ mico com 30 anos de ex­pe­riên­cia no setor de celulose e papel nas ­­áreas in­dus­trial e de serviços, ele fala das mudanças na entidade e projetos para 2014.

Darcio Berni

Não queremos perder o caráter inovador dos projetos mostrados no congresso, mas desejamos trazer também o dia a dia, falando sobre uma diversidade maior de assuntos. Se a fase de transição foi muito tranqui­ la, em 2013 o segmento de celulose e papel não respondeu às expectativas, o que aca­ bou comprometendo algumas das atividades

que ha­vía­mos programado. Aproveitamos então para promover uma rees­tru­tu­ra­ção interna, adequando produtos e serviços às expectativas de nossos as­so­cia­dos. Quais os principais serviços da ABTCP? DB – A ABTCP é uma entidade sem fins lu­ crativos, que tem a missão de promover o desenvolvimento tecnológico da cadeia pro­ dutiva de celulose e papel de forma susten­ tável e inovadora, por meio da capacitação técnica, informação e re­la­cio­na­men­to. Nos­ so principal produto é o Congresso e Expo­ sição In­ter­na­cio­nal de Celulose e Papel, que em outubro passado reuniu seis mil pes­soas. Temos também as comissões técnicas, seis ativas atual­men­te, com a participação de fabricantes e fornecedores. No campo da formação pro­f is­sio­nal, atua­mos na es­pe­cia­ li­z a­ção da mão de obra, a partir de cursos abertos e cursos in company, além do ensino a distância. Temos ainda a pós-​­gra­dua­ção, com seis turmas neste ano, rea­li­za­da em par­ ceria com a Universidade Federal de Viçosa e com o Mackenzie. Além disso, a ABTCP edita a revista O Papel, que em abril de 2014 completará 75 anos de circulação no setor de celulose e papel. Não é para qualquer um comple­ tar e se manter no mercado durante tanto tempo. Só mesmo sabendo se modernizar para acompanhar as mudanças de hábitos dos leitores e da própria forma de aborda­ gem da comunicação é possível atravessar e vencer os de­sa­f ios de cada pe­río­do. Uma das principais ini­cia­ti­vas este ano em come­ moração aos 75 anos da revista foi dar mo­ bilidade maior para o con­teú­do a partir da veiculação da revista também em forma­ to digital, mantendo a principal circulação que é impressa.


E os projetos para 2014? DB – A capacitação técnica é fundamental. O Senai promove a formação básica e nós procuramos complementá-​­la. Neste ano es­ tamos trabalhando intensamente para es­ truturar o processo de educação a distância via EAD e e-​­lear­ning e queremos maximi­ zar o uso destes meios modernos de ca­ pacitação. Eles se tornam ainda mais im­ portantes em um momento como o que estamos vivendo agora, com o início das operações de novas fábricas como as unida­ des da Eldorado e da Fibria, em Três La­goas, e da Suzano, em Imperatriz. A 47ª‒ edição do nosso congresso deve­ rá vir com mais inovações em seu progra­ ma. Para tanto, estruturamos uma comissão de profissionais do setor de celulose e pa­ pel que estão nos ajudando a reformular a programação do congresso, gerando maior atratividade às sessões técnicas e eventos agregados. E isto envolve incluir apresen­ tações relevantes, tanto do ponto de vis­ ta acadêmico quanto prático in­dus­t rial e sobre gestão, mercado, ne­gó­cios e recur­ sos humanos, entre outros temas impor­ tantes. Enfim, não queremos perder o ca­ ráter inovador dos projetos mostrados no congresso, mas desejamos trazer também para a programação o dia a dia, falando so­ bre uma diversidade maior de assuntos de interesse aos profissionais. Agora, falando um pouco de tecnologia, quais os avanços recentes da indústria de celulose e papel que podem colaborar para melhorar a performance do papel para imprimir e escrever durante o processo de impressão? DB – A atua­li­z a­ção tecnológica na indús­ tria de celulose e papel é contínua. Por se tratar de equipamentos de grande porte e produção ininterrupta, as me­lho­rias são in­ corporadas ao processo produtivo quando da rea­li­z a­ç ão das paradas gerais para ma­ nutenção obrigatória das caldeiras, ou du­ rante as paradas programadas para manu­ tenção. A indústria está sempre ouvindo o mercado e, no caso do papel para imprimir

e escrever, vem implementando me­lho­rias para oferecer pa­péis mais resistentes, que su­ portem a elevação na velocidade das máqui­ nas impressoras. A indústria busca também consistência na qualidade e a melhoria nos perfis dos produtos, para responder inclusi­ ve à disseminação da impressão digital, que exige pa­péis de altíssima qualidade. A quantas anda a pesquisa na produção de papel reciclado? Claudio Chia­ri – Quan­do falamos da pro­ dução de papel reciclado, o maior proble­ ma está na coleta. Apesar de termos uma norma ABNT que regula a correta destina­ ção dos materiais, não há como garantir a uniformidade do ma­te­r ial pós-​­consumo.

Claudio Chiari

Não há como garantir a uniformidade do material pós‑consumo. Assim, o processo de reciclagem tem de ser capaz de dar conta de qualquer material. Assim, o processo de reciclagem tem de ser capaz de dar conta de qualquer ma­te­ rial. Não há linhas separadoras que pro­por­ cio­nem tratamento di­fe­ren­cia­do para cada

tipo de papel. O que a indústria está ana­ lisando agora nessa área é o seu papel no âmbito da logística reversa, prevista pela Política Na­cio­nal de Re­sí­duos Sólidos. É correto afirmar que a demanda por papel reciclado com aparência de reciclado foi subs­t i­t uí­da pelo papel certificado? Essa mudança é benéfica do ponto de vista técnico e am­bien­tal? CC – A alta demanda por papel reciclado foi im­pul­sio­na­da ini­cial­men­te pelo apelo de mar­ke­ting do produto, e com o passar do tempo foi subs­ti­tuí­do pelo entendimento do processo de produção do papel recicla­ do para imprimir e escrever. Em vá­rias si­tua­ ções, como na fabricação de papel reciclado de melhor qualidade, pode ser mais onero­ so produzir a partir de ma­te­rial reciclado do que de fibra virgem, principalmente devi­ do aos problemas na coleta deste ma­te­rial. Com certificações, como a FSC , o foco está na certificação da origem da matéria-​ ­prima, o que é válido, pois contempla aspec­ tos sociais, ambientais e econômicos envol­ vidos na obtenção da matéria-​­prima. Para a indústria de celulose e papel não mudou nada. Há muito tempo a indústria está preo­ cu­pa­da com o manejo florestal e com sua responsabilidade so­cioam­bien­tal. Pelas características do segmento, acreditamos que a adequação às normas internacionais seja uma prática totalmente incorporada à indústria de papel e celulose. Está correto? Quais os de­sa­f ios? DB – Sim. A indústria de celulose e papel está acostumada a trabalhar dentro das nor­ mas técnicas por estar inserida em um mer­ cado global. As normas fazem parte da cul­ tura do setor. A ABTCP é o braço da ABNT na área de normalização. Somos responsá­ veis pela elaboração das normas técnicas, com comissões de estudo que reú­nem re­ presentantes dos fabricantes, da so­cie­da­de civil e do governo. Hoje temos 170 normas para o setor e mesmo quando não havia pa­ drões brasileiros a indústria na­cio­nal lançava mão das normas internacionais. VOL. I  2014  TECNOLOGIA GRÁFICA 37


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Boas práticas no manuseio dos papéis

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m sequência à série de manuais, publicamos nesta edição a segunda e última parte do volume 3 da Coleção Digitec, que trata de pa­péis para impressão digital. DIFERENÇAS ENTRE SUBSTRATOS PARA IMPRESSÃO CONVENCIONAL/DIGITAL

A diferença básica e ini­cial está no formato disponível para o mercado.

O papel digital já vem de fábrica formatado adequado para uso nas impressoras digitais e embalado para proteção contra umidade. Na fabricação dos pa­péis pró­prios para impressão digital controla-​­se a umidade, resistividade, condutividade, corte e esquadro, tratamento su­p er­f i­cial entre outros itens diferente do papel con­ven­cio­nal. Com isto o papel pro­por­cio­na uma melhor qualidade de impressão e até economia de toner. Como regra geral o papel digital possui uma certificação em órgãos competentes como RIT (Rochester lnstitute of Technology) que avalia o papel e aprova os de melhor performance para os equipamentos disponíveis no mercado mun­dial. O R.I.T avalia itens como maquinabilidade, fixação do toner/tinta, descamação, arrancamento e atolamento, teste de números de cores frente e verso tipo 1/0, 1/1 e 1/4. Os testes de certificação em mí­dias são robustos e confiáveis, o que permite determinar a adequação do substrato para as impressoras digitais. As mí­dias são classificadas de acordo com o desempenho sobre a seguinte escala: ◆◆ Papel de melhor performance (***) ◆◆ Papel recomendado (**) ◆◆ Bons pa­p éis (*) A IMPORTÂNCIA DO PAPEL PARA O SEGMENTO DIGITAL

O papel é o principal veí­cu­lo daquilo que se coloca nele, seja tinta, laminação, etc. E se o papel não corresponder à alta qualidade dos equipamentos de impressão e acabamento, todo o trabalho será de qualidade baixa. O papel para o segmento digital possui esta compatibilidade para gerar o melhor destes

40 TECNOLOGIA GRÁFICA

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equipamentos, o que não acontece com os pa­péis convencionais, e é muito bem aceito para uso em outras tec­no­lo­gias como offset, serigrafia, etc. A combinação do papel digital certificado para uso digital e com a certificação florestal será sempre a melhor solução. PRINCIPAIS CUIDADOS COM O PAPEL

Os cuidados e recomendações descritos a seguir re­la­cio­na­dos ao papel afetam a qualidade de impressão e sobretudo a produtividade das impressoras digitais. Referem-​ ­se principalmente ao controle de umidade do papel que é o con­teú­do de água contida em relação à massa do mesmo (%). Além de afetar a condutividade de cargas elétricas o que gera manchas na impressão e paradas constantes dos equipamentos devido aos atolamentos, as fibras do papel incham e encolhem com a mudança de umidade, principalmente no sentido transversal, o que gera impressos com superfície irregular e com en­ca­noa­men­to. Recebimento e manuseio

Ins­pe­cio­ne as caixas dos papéis imediatamente ao recebê‑las do fornecedor ◆◆ Se estiverem amassadas ou com sinais que evidenciem que foram molhadas ou se encontram úmidas, comunique ao fornecedor para que sejam devolvidas ◆◆ Ao transportar as caixas, segure‑as sempre por baixo, e nunca pelas fitas plásticas ◆◆ Evite que caixas sejam jogadas ou carregadas pela fita plástica ◆◆ Deposite com cuidado, evitando impactos que possam rasgar as embalagens. ◆◆

Armazenamento das caixas ◆◆

Coloque as caixas sobre uma superfície plana, afastada do chão (preferencialmente sobre paletes de madeira) e de paredes

Observe o limite máximo de empilhamento das caixas de papel: 6 caixas ◆◆ Armazene em local coberto, com baixa ventilação, temperatura ambiente de 20° a 25° C e umidade relativa do ar entre 35 e 55% ◆◆ Caso não seja possível controlar a umidade ambiente, recomenda‑se manter as caixas e pacotes em sacos plásticos. ◆◆

Armazenamento das resmas ◆◆

Armazene as resmas em posição deitada e sobre uma superfície bem plana em armário de madeira.

Utilização

Abra as resmas sem rasgar as embalagens, possibilitando a recolocação das folhas não utilizadas ◆◆ Somente retire da embalagem as folhas que serão utilizadas ◆◆ Se forem observadas as recomendações de armazenamento e controle de umidade, não é preciso ventilar o papel ◆◆ Caso haja alguma folha com cantos amassados, marcas ou outro defeito, separe‑a das demais ◆◆ Use o papel após 12 horas de permanência no mesmo local onde se encontram os equipamentos ◆◆ Coloque o papel na impressora, observando a seta que indica o primeiro lado para impressão ◆◆ No final do ex­p e­dien­te o papel deve ser retirado das bandejas de alimentação e recolocado na embalagem original, fechando‑a com cuidado ◆◆ Convém imprimir sempre no sentido da fibra. Para descobrir qual é o sentido de fibra de um papel, dobre a folha paralelamente à borda mais longa, e a seguir perpendicularmente. A borda no sentido da fibra será mais uniforme e mais reta. A borda contrária ao sentido da fibra será menos uniforme, com tendência a quebra. ◆◆

ELABORADORES DA COLEÇÃO Membros Digitec: Autor e Editor: Ricardo Minoru Horie, Bytes & Types – minoru@bytestypes.com.br Autores: André Liberato, Konica Minolta – andre.liberato@bs.konicaminolta. com.br; Wiliam Corrêa, Alphaprint – wiliam.correa@alphaprint.com.br Colaboradores: Lara Venegas Vargas, Kodak Brasil – lara.vargas@kodak.com; Paulo Addair, Thomas Greg & Sons – paulo.addair@thomasgreg.com.br Projeto Gráfico: Camila Christini Tomás, Rede Senai SP Design E scola Senai Theobaldo De Nigris rededesign114@sp.senai.br

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GESTÃO AMBIENTAL

Erika Waisel

Sua gráfica está apta a receber a visita de um fiscal ambiental? Saiba quais são os principais documentos exigidos pela fiscalização ambiental.

A

s questões relativas ao meio am­bien­te vêm ganhando grande destaque em fun­ ção da exploração indiscriminada do am­ bien­te natural, fazendo com que todos os segmentos da so­cie­da­de aumentem sua aten­ ção e preo­cu­pa­ção em relação a esse tema. Nesse contexto, cabe às empresas, que exploram direta ou indiretamente tais recursos, uma fatia subs­tan­ cial da resolução dos problemas ambientais e da aplicação do desenvolvimento sustentável. E o po­ der público, através de seus agentes fiscalizado­ res, bem como a so­cie­da­de, através de de­nún­cias, têm exigido cada vez mais o cumprimento das leis ambientais pelos empresários. Além disso, cada vez mais os clien­tes buscam gráficas “verdes” a fim de fortalecer a sustentabi­ lidade em sua cadeia de valor. Para isso, algumas empresas já exigem, para a concretização de suas par­ce­rias, certificações ambientais e sociais, afora a comprovação da destinação adequada de re­sí­duos. Neste artigo, trataremos dos cinco principais do­ cumentos exigidos e que são comuns às fiscalizações. Porém, os documentos exigidos em uma fiscaliza­ ção am­bien­tal podem sofrer alterações de acordo com o foco de interesse do órgão fiscalizador, ten­ do em vista que muitas vezes os fiscais são moti­ vados por alguma denúncia (ruí­do, vibração, fuma­ ça, odor etc.). A presença de um deles ou de alguns deles pode acarretar multa, paralisação das ativida­ des comerciais e até a prisão do responsável legal. Vamos a eles:

governamentais. Os responsáveis por sua emissão devem observar a legislação vigente em cada mu­ nicípio ou re­gião, pois ele deve estar embasado no Código de Posturas e no Código Tributário. Para sua emissão é cobrada uma taxa, normalmente de acordo com o seu prazo de vigência ou validade. No município de São Paulo existem alguns ca­ sos de dispensa de alvará, bem como a possibili­ dade de rea­li­z ar seu pedido pelo site da prefeitura (www.prefeitura.sp.gov.br).

1 – ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO OU AUTO DE LICENÇA DE FUNCIONAMENTO

3 – LICENCIAMENTO DE PRODUTOS CONTROLADOS (ÁLCOOL ISOPROPÍLICO, XILENO, ÁCIDO FOSFÓRICO ETC.

O alvará é um documento ou declaração que auto­ riza o fun­cio­na­men­to de qualquer tipo de empresa ou comércio e também a rea­li­za­ção de eventos. Pode ser emitido por uma prefeitura ou por outros órgãos 42 TECNOLOGIA GRÁFICA

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2 – A.V.C.B. (AUTO DE VISTORIA DO CORPO DE BOMBEIROS)

O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (A.V.C.B.) é o documento emitido pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP) certificando que, durante a vistoria, a edificação pos­suía as condições de segurança contra incên­ dio previstas na legislação e constantes no processo, estabelecendo um pe­río­do de revalidação. É necessária a apresentação de um projeto téc­ nico que demonstre os sistemas de proteção con­ tra incêndio das edificações ou ­­áreas de risco. Após a aprovação do projeto é feita a vistoria técnica e a emissão do A.V.C.B. O A.V.C.B. é obrigatório nos seguintes casos: I – Construção e reforma II – Mudança da ocupação ou uso III – am­plia­ção da área cons­truí­da IV – Regularização das edificações e áreas ­­ de risco V – Construções pro­vi­só­rias (circos, eventos etc.).

O ál­cool isopropílico e alguns outros produtos quí­ micos usados pelas gráficas em seus processos são considerados produtos controlados por se tratar


de soluções que podem ser utilizadas ilicitamente, na produção, fabricação e preparação de entorpe­ centes e subs­tân­cias psicotrópicas. (Portaria Fede­ ral nº‒ 1.274, de 25 de agosto de 2003). As atividades que envolvem produtos controlados são fiscalizadas pelo Exército, Polícia Federal e Polícia Civil. A lista de produtos controlados pela Polícia Ci­ vil é muito mais abrangente do que a do Exército e a da Polícia Federal e, dependendo da categoria do produto, haverá necessidade de obter li­cen­cia­ men­to nos três órgãos citados. As pes­soas físicas e jurídicas que desenvolvem atividades com produto controlado e não pos­suem as devidas licenças, de acordo com as exi­gên­cias estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos, incorrem em crime am­bien­tal previsto no Artigo 56 da Lei Federal 9.605/98, com multa no valor de R$ 500,00 a R$ 2.000.000,00. Não é aconselhável impedir ou dificultar a fis­ calização, pois quem assim agir também estará in­ correndo em crime am­bien­tal previsto na Lei Fe­ deral 9605/98, Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões ambientais: Pena — detenção, de um a três anos, e multa de R$ 500,00 a R$ 100.000,00. 4 – LICENCIAMENTO AMBIENTAL

A licença am­bien­tal tem por objetivo não só autori­ zar a abertura do negócio, como também controlá-​ ­lo. É uma medida es­sen­cial para que uma empresa seja sustentável, isto é, faz parte de sua responsa­ bilidade so­cial. Normalmente, o li­cen­cia­men­to é feito em etapas: LP (Licença Prévia), LI (Licença de Instalação) e a LO (Licença de Operação). Esta últi­ ma permitirá o fun­cio­na­men­to da atividade. A LO é válida em média por três anos. O empresário que operar sem a licença am­bien­ tal, com ela vencida ou em desacordo com a licen­ ça obtida, incorre em crime am­bien­t al cuja pena prevista no Art. 60, da Lei nº‒ 9.605/98 é: detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. O valor da multa é de R$ 50,00 a R$ 50.000.000,00, conforme previsto no Decreto

nº 6.514/08, Art. 9º.‒ Além disso, fi­nan­cia­men­tos, es­ ‒ pe­cial­men­te os oficiais, são liberados apenas para os em­preen­di­men­tos com projetos habilitados e em conformidade com as regras específicas de cada li­ cen­cia­men­to, e que cumpram as normas, os cri­té­ rios e os padrões expedidos pelo Conama (Conselho Na­cio­nal de Meio Am­bien­te). 5 – CADRI (CERTIFICAÇÃO DE APROVAÇÃO PARA DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS)

No Estado de São Paulo, para fazer a destina­ ção de materiais considerados de interesse (o que inclui re­sí­duos perigosos, segundo a norma ABNT NBR 10004: 2004), as empresas devem ter obrigatoriamente um documento chamado Cadri. Ele é composto por documentos que comprovam a correta destinação dos re­sí­duos. É de suma importância certificar-​­se de que a em­ presa responsável pela coleta e destinação final dos re­sí­duos de sua empresa, tenha a licença am­bien­tal para tal fim e que real­men­te destina corretamen­ te os re­sí­duos, pois a sua empresa pode ser solidá­ ria em um processo de crime am­bien­tal, caso seja encontrado algum resíduo de sua gráfica em local inadequado. Por isso, o i­deal é visitar à UR (unidade receptora) de seus re­sí­duos e exigir sempre cópia dos documentos atua­li­z a­dos da empresa. É importante sa­lien­tar que as empresas que bus­ cam diminuir seu impacto no meio am­bien­te, atuan­ do e investindo em movimentos que defendem a bandeira de uma so­cie­da­de mais verde, ganham cada vez mais destaque no mercado. Os clien­tes estão cada vez mais exigentes e todas as empresas que desejam con­ti­nuar competitivas devem se adequar. Ser sustentável e estar em dia com as leis ambien­ tais são medidas que valorizam a empresa fazendo-​ ­a gozar de uma imagem positiva junto aos clien­tes e tornando-​­a competitiva dian­te dos concorrentes. Ser sustentável dá lucro! ERIKA WAISEL é advogada especialista

em direito ambiental e diretora da Arth Assessoria Ambiental.

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PRÉ-IMPRESSÃO

Tintas CMYK offset com gamut de cores ampliado

Andre Nato

V

ocê está tendo dificuldades para obter suas cores especiais e Pantone em CMYK? A maioria dos arquivos digitais utiliza o espaço de cores RGB , aquele gerado pelas câmeras fotográficas digitais e mostrado em monitores. Como o espaço de cores CMYK é menor que o espaço RGB , é impossível reproduzir a sua gama total de cores. Quan­do se necessita reproduzir uma porção maior do espaço RGB original em processo de impressão CMYK, é possível utilizar processos de impressão empregando seis ou sete cores, aumentando o gamut. Porém essa escolha encarece o processo. O uso de tintas de gamut de cores am­plia­do pode ser uma boa alternativa para contornar esse problema e poupar uma ou duas unidades de sua impressora. Um processo otimizado, usando as quatro cores ao invés de cores especiais, representa uma economia significativa ao longo de um ano. Essas tintas têm como objetivo expandir o gamut de cores, aproximando-​­as do gamut do sistema RGB e de sistemas como hexa ou heptachromia. Dependendo do fabricante de tinta, é possível reproduzir até 70% das cores Pantone Coa­ted através desse sistema. Os verdes de campos de futebol, os azuis de um céu ensolarado, entre outras paisagens, podem ser dramaticamente melhorados ao valer-​­se de uma

Fonte: ToyoInk

Davilson Oliveira

Representação gráfica do espaço de cores de CMYK Coated Fogra 39 (amarelo), uma tinta de gamut ampliado (ToyoInk Kaleido, vermelho) e o espaço Adobe RGB (azul).

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tinta de gamut am­plia­do. Pode-​­se perceber que, em geral, há um aumento subs­tan­cial na gama de cores es­pe­cial­men­te nos tons de azul. Devido à pigmentação das tintas de gamut am­ plia­do ser diferente daquelas tintas convencionais de processo (CMYK), a sua simples substituição em máquina não dará os resultados desejados. A substituição das tintas vai aumentar a gama de cores, mas se for mantido o mesmo perfil de cores, os be­ne­f í­cios irão diminuir significativamente. É preciso que os arquivos digitais fornecidos pelos clien­tes e provedores de con­teú­do digital não sejam mais preparados em CMYK, mas sim em RGB, sempre com perfil ICC embutido. Em geral, desde que o ge­ren­cia­men­to de cores através do uso de perfis ICC foi incorporado ao mercado, a necessidade de se en­viar arquivos em CMYK para as gráficas deixou de ser fundamental. Porém, trabalhar em fluxo de arquivos RGB exige um trabalho de desenvolvimento na preparação dos arquivos na pré-​ ­impressão com adoção dos perfis ICC corretos, em linha com aqueles da gráfica ou com as normas internacionais, como a ISO 12647-2. Outro detalhe é procurar não utilizar diferentes separações de cores em um mesmo impresso, como Fogra 39 para algumas imagens e um perfil de gamut am­plia­do para outras. Será muito difícil para o impressor descobrir o correto equilíbrio de cores durante o acerto de máquina. Enquanto algumas cores são muito semelhantes, outras são muito diferentes devido aos diferentes processos e tintas utilizados. Ele mostra as cores RGB separadas em SWOP (offset), GRACoL (offset plana) e finalmente uma tinta com gamut de cores am­plia­do, no caso a Kaleido sheet­fed offset. Não se utilizou GCR nas separações, pois a intenção era mostrar as diferentes cores com diferentes separações. As imagens devem ser mantidas e tratadas no espaço de cor RGB até o momento da saí­da para provas ou gravação de chapas. Conversões de ge­ren­cia­men­to de cores podem ocorrer sem problemas durante a ripagem. Esta é talvez a melhor maneira de garantir que todas as imagens sejam separadas corretamente.


Ao escolher e desenvolver suas cores, evite o uso de valores separados em CMYK . Embora fa­mi­lia­res, eles podem ser os menos propensos a reproduzir o resultado esperado. É preferível escolher suas cores tanto no RGB quanto em espaços de cor Lab, sendo em Lab a melhor opção.

CONVERSÃO DE UM ARQUIVO PARA O PERFIL TINTA GAMUT AMPLIADO.ICC

Aqui vamos apresentar como exemplo a instalação do perfil de cores da tinta ToyoInk Kaleido, mas esse tu­to­rial aplica-​­se a qualquer tipo de perfil de tinta, dos mais va­ria­dos fabricantes. Conversão para CMYK através do Photoshop

Fonte: Gary Hampson

Copie o arquivo Toyo Kaleido V4.00.icc para o seu computador:

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No sistema operacional Mac OS utilize a pasta de sistema /Library/ ColorSync/Profiles/Recommended ◆◆ No sistema operacional Windows utilize a pasta de sistema C:/Arquivos de Programas/Arquivos Comuns/ Adobe/Color/Profiles/Recommended Para verificar se o arquivo Toyo Kaleido V4.00. icc foi instalado corretamente, abra o ajuste de cores do Pho­to­shop, se­ le­cio­nan­do o Menu Edi­ tar e Configuração de Cores (Color Settings). Uma caixa de diá­lo­ go será exibida (se­le­cio­ ne o perfil CMYK Toyo Kaleido V4.00.icc). Após efe­tuar as devidas alterações, um Preset com a extensão .csf contendo essas configurações poderá ser salvo para ser utilizado pos­te­rior­men­te em outro computador ou em outros programas do pacote Adobe (Illustrator, InDesign e Adobe Bridge, por exemplo). Para isso, basta clicar em Save ou Load para carregar esse Preset em outro computador ou programa desejado. Se, ao abrir o arquivo, a caixa de diá­lo­go Embedded Profile Mis­ match for exibida, se­ le­c io­n e usar o perf il incorporado (Use the embedded profile). ◆◆

Observações importantes ◆◆ É recomendável a utilização do AdobeRGB em relação ao sRGB , pois o perfil AdobeRGB possui uma gama de cores mais abrangente, ideal na conversão para o perfil de tintas com gamut de cores ampliado. ◆◆ Utilize a opção perfil incorporado quando for abrir o arquivo sem alterar suas características.

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CONVERSÃO DE ARQUIVOS

Se­le­cio­ne a opção de Conversão de perfis pelo Menu Editar (Edit /Convert to Profile): Se­le­cio­ne o perfil Kaleido. A opção Per­cep­tual é a mais utilizada. Entretanto, algumas vezes a opção Relative é se­le­cio­na­da em gamas de cores mais limitadas. É recomendado utilizar a opção mais semelhante (ou que altere menos o arquivo) entre os dados RGB e CMYK . Atenção:

Para uma correta conversão, o arquivo deverá estar em RGB e em seguida ser convertido para o perfil Kaleido CMYK . Não será possível a conversão para o perfil Toyo Kaleido se o arquivo já estiver em um perfil CMYK Coa­ted Fogra 39 por exemplo, pois se trata de uma gama de cores menor que o perfil Toyo Kaleido. PERFIL DE SIMULAÇÃO DE TINTA COM GAMUT AMPLIADO EM PROVAS DIGITAIS

É possível simular o perfil de tintas com gamut am­ plia­do em provas digitais, mas isso dependerá da gama de cores máxima que a impressora e o sistema de provas digitais possam reproduzir. Impressoras de provas digitais que pos­suem como di­fe­ren­ cial o uso de hexacromia (CMYK + Laranja e Verde) conseguem reproduzir a gama de cores das tintas com gamut am­plia­do com maior eficácia. Para outras informações, contate seu fornecedor de tinta. Ele pode ajudá-​­lo a tirar o máximo proveito do processo! ANDRE NATO é gestor comercial e DAVILSON OLIVEIRA é técnico de processo e gerenciamento

de cores, ambos da Toyo Ink do Brasil.

Texto traduzido e adaptado de Creating

the Kaleido Ink Project, de Gary Hampson. Boletim Técnico e Literaturas ToyoInk Kaleido.


A INDÚSTRIA GRÁFICA ESTÁ

CADA VEZ MAIS VERDE

A ABTG Certificadora acredita em um futuro mais sustentável para a indústria gráfica. Por este motivo, acabamos de lançar o Selo de Qualidade Ambiental ABTG Certificadora, um símbolo de diferenciação e reconhecimento às empresas cujas práticas contribuem para a preservação do meio ambiente e melhor qualidade de vida desta e das gerações futuras.

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TUTORIAL

Thia­go Justo

Novo recurso de correção de distorção de lentes fotográficas

S

empre que tiramos fo­to­g ra­f ias com lente grande-angular ocorre uma distorção na imagem pela própria característica de captura da imagem que a lente possui. Muitas vezes o resultado obtido não é bem o esperado e por isso o Pho­to­shop já possui alguns recursos para corrigir as distorções causadas na imagem pelos diferentes tipos de lentes. O recurso mais conhecido é o de Correção de Lentes (Lens Cor­rec­tion), mas neste tu­to­rial vou apresentar outra ferramenta, específica para corrigir as distorções causadas pelas lentes grande-angulares, o filtro grande-angular adaptável (Adaptive Wide Angle), disponível a partir da versão CS6 do soft­ware.

IMAGEM INICIAL

Requisitos: Adobe Pho­to­shop CS6. IMAGEM FINAL


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Abra uma imagem que possua uma distorção causada por uma grande-angular. Se­le­cio­ne o filtro grande-angular adaptável. O Pho­to­shop usa as informações contidas nos metadados do arquivo digital da própria fotografia. Por isso ela possui a informação de qual lente foi usada na fotografia e de como corrigir essa distorção da melhor maneira possível. Todavia, alguns arquivos de fotografia não pos­suem estas informações. Nesses casos é possível fazer os ajustes na imagem ma­nual­men­te. Na imagem que escolhi para demonstrar existem vá­rias torres, mas, devido à distorção da grande-angular, as torres não estão perpendiculares em relação aos limites da imagem. Vamos corrigir isso com essa nova ferramenta. (1, 2 e 3) Essa nova ferramenta possibilita diferentes tipos de correção, que vão desde o automático, em que o Pho­to­shop calcula a correção a partir dos metadados da imagem, à correção de lente olho de peixe ( fisheye). Também é possível ajustar a escala, o foco e o fator de corte na imagem. (4 e 5)

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6 7

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Se­le­cio­ne a ferramenta Constraint tool (C) do filtro e faça uma linha seguindo o ângulo de algum lugar da imagem que você pretende corrigir. Vou começar pela torre da esquerda. Aparecerá um círculo com linhas e bolinhas brancas. Se­le­cio­ ne uma das bolinhas brancas e gire o círculo até aparecer o ângulo de 90 graus. Quan­do você arruma uma parte da imagem, as outras partes são mexidas também, por isso você precisa repetir o procedimento em cada uma das partes nas quais será preciso ajustar a distorção. Depois de acertar todos os pontos da imagem, aplique o ajuste clicando no botão OK . (6, 7, 8 e 9)

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Agora é só ajustar as partes da imagem que ficaram sem preen­chi­men­to. Você pode simplesmente cortar essas laterais. Se a perda da imagem for muito grande, utilize ferramentas de restauração para compor essas partes da imagem, como o stamp tool (carimbo) ou o preen­chi­men­to content-​­aware. Com isso, nada de pré­dios tortos nas fo­to­gra­fias! (10, 11, 12 e 13)

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THIAGO JUSTO é instrutor de pré-​­impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris.

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PRODUÇÃO GRÁFICA

Ana Cristina Pedrozo

O que fazer antes de imprimir em flexografia

U

m dos sistemas de impressão que tem evo­luí­do muito nos últimos anos, a flexografia, desde o uso de anilina até os mais modernos sistemas automatizados de produção, possui características pe­cu­lia­res e cada vez mais estudos técnicos visando normatizar o controle do processo. Responsável pela impressão de micro-​­ondulado, embalagens flexíveis, cartuchos, sacolas plásticas, rótulos e etiquetas, a flexografia tem recebido atenção de em­pre­sá­rios da área gráfica como um modelo de negócio rentável, observando o aumento significativo no consumo e o surgimento de novas marcas de produtos que necessitam deste tipo de impresso. Porém, para o designer de embalagem e para o operador de pré-​­impressão, a flexografia é um sistema de impressão pe­cu­liar, possuindo características pró­prias que necessitam de atenção e capacitação. Nesse caso, alguns tópicos merecem destaque.

fazem parte da produção e quais são as suas variáveis, objetivando estabelecer um controle maior sobre esses itens. Na flexografia as principais variáveis são o clichê, a tinta, a impressora, a dupla face e o am­bien­te. O clichê tem in­f luên­cia direta na qualidade da impressão e possui um custo significativo na produção. A li­nea­ri­z a­ção e o controle na gravação são condições ne­ces­sá­rias para assegurar uma boa qualidade na reprodução, além do cuidado no manuseio, limpeza e conservação. Responsável pelas cores, a tinta de flexografia deve receber atenção especial no que se refere à viscosidade, tonalidade e secagem. Por ser líquida, o controle de dosagem é necessário e a escolha do anilox adequado está re­la­cio­na­da com a boa entintagem do clichê. A manutenção e conservação da máquina flexográfica é outro ponto que merece consideração durante o processo. É de extrema importância a VARIÁVEIS DO PROCESSO FLEXOGRÁFICO existência de uma rotina de trabalho e preservação, É fundamental, dentro de um sistema in­dus­t rial com procedimentos documentados. de reprodução, entender quais os elementos que A escolha da dupla face i­deal reflete na qualidade final de impressão, por isso uma análise do grafismo é ava­lia­da para 82,5° 82,5o 67,5° tomar essa decisão. Normalmente 67,5o utilize-​­se: ◆ Para linhas e retículas – baixa densidade ◆ Para misturas de chapados, 37,5° o 37,5 linhas e meios tons – média densidade ◆ Para chapados, negativos e traços – alta densidade. A condição do am­bien­te interfere nas características da impressão, o 7,5 principalmente quando re­la­cio­na­ 7,5° da à temperatura. Como a tinta é à base de solvente, a va­ria­ção de temperatura muda a secagem, por isso Angulação para flexografia essa relação deve ser controlada.

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HEXACHROME

CMYK

Comparativo do sistema convencional do uso de CMYK com o Opaltone. Fonte: http://opaltone.com

RETICULAGEM

A formação da imagem por meio de pontos de retícula é um processo básico no sistema de reprodução. Na flexografia, porém, existem cuidados que precisam ser mensurados. Como o processo utiliza o anilox, formado por células que dis­tri­ buem a tinta e que formam linhas dispostas a 30, 45 ou 60 graus em relação ao eixo, as inclinações das retículas devem estar em ângulos diferentes dos convencionais 15, 45, 75 e 90 graus. Para flexografia, o ­ideal é a utilização do cyan inclinado a 7,5 graus, do preto a 37,5 graus, do magenta a 67,5 graus e o amarelo a 82,5 graus. Essa va­ria­ção entre os ângulos evita o aparecimento de moiré devido a proximidade da inclinação da retícula com a do anilox. Uma opção interessante para reprodução em flexografia sem a preo­cu­pa­ção do moiré é o uso de retícula estocástica. Esse modelo de reticulagem não possui va­ria­ção do tamanho dos pontos, que são dis­tri­buí­dos randomicamente, por isso não formam linhas. LINEATURA

Devido ao uso do anilox no processo de impressão, outro fator relevante quanto à reprodução do ponto de retícula em flexografia é a li­nea­tu­ra. Em linhas gerais deve ser entre cinco a seis vezes menor

do que a do anilox. A li­nea­tu­ra i­deal está re­la­cio­ na­da com vá­rios itens, entre eles o substrato e tipo de clichê. As recomendações são: ◆◆ Papel ondulado – 25 a 34 lpc (60 a 85 lpi) ◆◆ Banda larga – 36 a 42 lpc (90 a 100 lpi) ◆◆ Banda estreita – 46 a 60 lpc (110 a 150 lpi). GANHO DE PONTO

Como a flexografia utiliza clichê de polímero, que possui variáveis na dureza e na espessura, e tinta líquida, o ganho de ponto é mais acen­tua­do se compararmos com outros sistemas de impressão como o offset e a rotogravura. Neste caso, o ganho de ponto é maior nas ­­áreas mé­dias, que tendem a acumular mais tinta, e é menor nas ­­áreas claras e escuras. DISTORÇÃO DO CLICHÊ

A utilização do clichê de polímero envolvendo o cilindro porta-​­clichê dentro da máquina impressora confere uma distorção longitudinal à imagem gravada. Como o clichê é gerado de forma plana, a imagem a ser impressa deve sofrer essa deformação antes da gravação. Clichês mais espessos distorcem mais que clichês mais finos, portanto a distorção é pro­por­cio­nal à espessura do clichê. Para calcular a deformação da imagem antes da gravação utilize a seguinte equação: VOL. I  2014  TECNOLOGIA GRÁFICA

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Comparativo de gamut de cor Hexachrome e CMYK. Fonte: http://www.newvision‑net.co.uk

DI = DPC + 2 × (EC + EDF) : DPC + 2 × (EDF + EP)

Onde: DI = Distorção da imagem DPC = Diâmetro do porta-​­clichê EC = Espessura do clichê EDF = Espessura da dupla face EP = Espessura do poliéster É importante que os valores sejam confirmados e atua­li­z a­dos com os respectivos fabricantes. GERENCIAMENTO DE COR

O processo de impressão flexográfica, por estar inserido em um mercado voltado, em sua maioria, para embalagens e rótulos, necessita de um controle ainda mais apurado na repetibilidade da cor impressa. Para isso, é necessário que seja inserido no processo de produção o ge­ren­cia­men­to de cor. Por meio de um test form, rea­li­z a­do na máquina impressora, é gerado um perfil ICC, tendo como base padrões densitométricos, utilizados no correto alinhamento das cores durante todo o processo de impressão. O uso de CMYK mais cores especiais (Pantone) é comum em trabalhos impressos em flexografia por conferir uma fidelidade de cor mais apurada, tornando a repetição da impressão mais exata. É possível utilizar cores especiais em substituição às cores de processo. Por exemplo, usar vermelho ao invés de magenta e amarelo. Alguns espaços de cores também são interessantes como o Opaltone e o Hexachrome, por exemplo. 54 TECNOLOGIA GRÁFICA

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O Opaltone é um sistema de cor que incorpora o RGB como cor de processo na produção tra­di­cio­ nal em quadricromia. Dessa forma, as limitações do CMYK são superadas e a quantidade de cores resultantes é muito maior, além da possibilidade de utilização do vermelho, do verde e do azul vio­le­ta como cor sólida. No Hexachrome, as cores resultantes do CMYK ganham mais duas tintas, o laranja e o verde. Dessa forma, o gamut de cor aumenta, a produção de tons Pantone fica mais precisa, além de tornar os tons mais vibrantes e rea­lis­tas.

SAIBA MAIS

Livros: Flexografia: Manual Prático – Eudes Scarpeta Flexografia: Conceitos e Tecnologia – Osvaldo de Toledo Manual de Impressão Flexográfica – ABTG Sites: http://opaltone.com http://www.deltae.com.br/ http://flexomagazine.blogspot.com.br/ http://www.tpgflexo.com.br ANA CRISTINA PEDROZO é produtora gráfica

da Fábrica de Ideias Comunicações e ministra treinamentos em instituições como Senai, ABTG, Dabra, Bytes & Types e GraphWork, além de prestar consultoria em empresas por todo o Brasil.


A MELHOR FERRAMENTA PARA A ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS, SALÁRIOS E BENEFÍCIOS DA INDÚSTRIA GRÁFICA PAULISTA.

O material contém apresentação, metodologia, relação das empresas participantes distribuídas por porte e segmento, gráficos analíticos, medidas estatísticas, além de análise de política de RH.

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EMPRESAS PARTICIPANTES

18.234

PROFISSIONAIS NA AMOSTRA

ASSOCIADOS ABIGRAF-SP

R$750,00

266

CARGOS SETORIAIS

NÃO ASSOCIADOS ABIGRAF-SP

1.500,00

R$

6

SEGMENTOS

Para mais informações: Ligue (11) 3232 4500 ou sindigraf@sindigraf.org.br | www.sindigraf.org.br

Execução

Apoio

Realização


RELAÇÃO DOS CARGOS INCLUSOS NA 22ª PESQUISA DE SALÁRIOS E BENEFÍCIOS NA INDÚSTRIA GRÁFICA PAULISTA - 2013 ÁREA DE PRÉ-IMPRESSÃO GERENTE DE PRODUÇÃO, GERENTE DE PRÉ-IMPRESSÃO, SUPERVISOR/COORDENADOR DE PRÉ-IMPRESSÃO, LÍDER DE PRÉ-IMPRESSÃO, OPERADOR DE TRÁFEGO, OPERADOR MONTAGEM ELETRÔNICA, OPERADOR TRATAMENTO IMAGEM DIGITAL, OPERADOR DE CTP E/OU CTF, OPERADOR DE SCANNER, OPERADOR DE MONTAGEM CONVENCIONAL, COPIADOR (CHAPAS, CLICHÊS, ETC.), ARQUIVISTA DE FILMES E/OU FORMAS DE IMPRESSÃO, REVISOR DE PRÉ-IMPRESSÃO – FOTOLITO/DIGITAL, PROJETISTA GRÁFICO, DESIGNER GRÁFICO, OPERADOR DE SISTEMA DE PROVA DIGITAL, OPERADOR DE IMPOSIÇÃO ELETRÔNICA, AUXILIAR DE PRÉ-IMPRESSÃO, LÍDER DE SCANNER OPERADOR IMPOSIÇÃO ELETRÔNICA, MONTADOR DIGITAL. PREMEDIA GERENTE DE PRODUÇÃO (PREMEDIA), LÍDER DE RECEPÇÃO DE FOTOLITO, RECEPTOR DE PRÉ IMPRESSÃO JR. RECEPTOR DE PRÉ IMPRESSÃO PL., RECEPTOR DE PRÉ IMPRESSÃO SR., AUXILIAR DE PRE IMPRESSÃO (PREMEDIA), LÍDER DE OPI, REVISOR DE PRE IMPRESSÃO (PREMEDIA), OPERADOR DE SCANNER, FINALIZADOR, LÍDER DE MONTAGEM ELETRÔNICA, OPERADOR DE MONTAGEM ELETRÔNICA JR.,OPERADOR DE MONTAGEM ELETRÔNICA PL., OPERADOR DE MONTAGEM ELETRÔNICA SR., ASSISTENTE DE MONTAGEM ELETRÔNICA, OPERADOR 3D, ASSISTENTE DE CRIAÇÃO 3D, OPERADOR DE TRATAMENTO DE IMAGEM JR., OPERADOR DE TRATAMENTO DE IMAGEM PL., OPERADOR DE TRATAMENTO DE IMAGEM SR., OPERADOR DE RETOQUE ELETRÔNICO JR., OPERADOR DE RETOQUE ELETRÔNICO PL., OPERADOR DE RETOQUE ELETRÔNICO SR. ÁREA DE IMPRESSÃO GERENTE DE IMPRESSÃO, SUPERVISOR/COORDENADOR DE IMPRESSÃO, LÍDER DE IMPRESSÃO, ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS JR., ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS PL., ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS SR., ANALISTA DE DADOS VARIÁVEIS JR., ANALISTA DE DADOS VARIÁVEIS PL., ANALISTA DE DADOS VARIÁVEIS SR., OPERADOR IMPRESSÃO ELETRÔNICA / DIGITAL, IMPRESSOR FORM. CONTÍNUOS - 4 A 6 CORES, IMPRESSOR FORM. CONTÍNUOS - 6 CORES, IMPRESSOR FORM. CONTÍNUOS - 8 CORES, IMPRESSOR FORM. CONTÍNUOS - 10 CORES, IMPRESSOR OFFSET PLANA MONOCOLOR (OFICIAL), IMPRESSOE OFFSET PLANA BICOLOR (OFICIAL), IMPRESSOR OFFSET PLANA 4 CORES (OFICIAL), IMPRESSOR OFFSET PLANA 6 CORES (OFICIAL), IMPRESSOR OFFSET PLANA 8 CORES (OFICIAL), IMPRESSOR OFFSET PLANA 10 CORES (OFICIAL), IMPRESSOR OFFSET ROTATIVA – MONOCOLOR, IMPRESSOR OFFSET ROT. 4 CORES (H. SET/SEC.QUENTE), IMPRESSOR OFFSET ROT. 6 OU MAIS CORES (C.SET/SEC.FRIO), IMPRESSOR FLEXOGRAFIA, IMPRESSOR FLEXOGRAFIA (1/2 ODICIAL), IMPRESSOR OFFSET PLANA (1/2 OFICIAL), IMPRESSOR OFFSET ROTATIVA (1/2 OFICIAL), IMPRESSOR OFFSE 6 OU MAIS CORES (HEAT SEAT), 1º AJUDANTE IMPRESSOR OFFSET PLANA, 1º AJUDANTE IMPRESSOR OFFSET ROTATIVA, 2º AJUDANTE IMPRESSÃO OFFSET, REBOBINADOR, BOBINADOR, COLORISTA, IMPRESSOR DE SERIGRAFIA, OPERADOR DE GUILHOTINA. ÁREA DE ACABAMENTO GERENTE DE ACABAMENTO, SUPERVISOR/COORDENADOR DE ACABAMENTO, LÍDER DE ACABAMENTO, OPERADOR CORTE E VINCO AUTOMÁTICO, OPERADOR CORTE E VINCO MANUAL, OPERADOR PROCESSO INTEGRADO, OPERADOR MÁQUINA COSTURA, OPERADOR DE ALCEADEIRA, OPERADOR DE DOBRADEIRA, OPERADOR MÁQUINA COLAGEM (EMBALAGEM), OPERADOR DE GRAMPEADEIRA, OPERADOR GUILHOTINA, OPERADOR MÁQUINA MONT. CAPA AUTOMÁTICA, PLASTIFICADOR, OPERADOR MÁQUINA COSTURA (1/2 OFICIAL), OPERADOR MÁQ. ACAB. PROC. INTEGRADO (1/2 OFICIAL), AJUDANTE GERAL / AUXILIAR DE ACABAMENTO, BLOQUISTA, AJUDANTE DE ACABAMENTO, OPERADOR DE ACABAMENTO, 1/2 OFICIAL DE ACABAMENTO. MANUTENÇÃO GERENTE DE MANUTENÇÃO, SUP. MANUTENÇÃO MECÂNICA/ELÉTRICA/ELETRÔNICA, LÍDER MANUTENÇÃO ELETRÔNICA, LÍDER MANUTENÇÃO MECÂNICA, TÉCNICO ELETRÔNICO, ELETRICISTA DE MANUTENÇÃO (OFICIAL), MECÂNICO DE MANUTENÇÃO (OFICIAL), MECÂNICO DE MANUTENÇÃO (1/2 OFICIAL), ELETRICISTA DE MANUTENÇÃO (1/2 OFICIAL), AUXILIAR DE MANUTENÇÃO, ENCANADOR DE MANUTENÇÃO, LÍDER DE MARCENARIA, MARCENEIRO, AJUDANTE DE MARCENEIRO, SOLDADOR DE LONA, AJUDANTE DE SOLDADOR DE LONA, PINTOR, SERRALHEIRO. PRODUÇÃO/PCP GERENTE DE PCP, SUPERVISOR/COORDENADOR DE PCP, ANALISTA DE PCP JR OU I, ANALISTA DE PCP PL OU II, ANALISTA DE PCP SR OU III, ASSISTENTE DE PCP, PROGRAMADOR DE PRODUÇÃO, APONTADOR DE PRODUÇÃO, GERENTE DE TI SUPORTE E PRODUÇÃO, OPERADOR DE EMPILHADEIRA GARFO, OPERADOR DE EMPILHADEIRA CLAMP, LUBRIFICADOR, EMBALADOR. CONTROLE DE QUALIDADE GERENTE DE CONTROLE DE QUALIDADE, SUPERVISOR/COORDENADOR DE CONTROLE DE QUALIDADE, ANALISTA DE SISTEMA DA QUALIDADE JR., ANALISTA DE SISTEMA DA QUALIDADE PL., ANALISTA DE SISTEMA DA QUALIDADE SR., INSPETOR DE CONTROLE DE QUALIDADE. ALMOXARIFADO SUPERVISOR/COORDENADOR DE ALMOXARIFADO, ALMOXARIFE JR., ALMOXARIFE PL., ALMOXARIFE SR., AUXILIAR DE ALMOXARIFADO.

COMERCIAL GERENTE COMERCIAL, SUPERVISOR/COORDENADOR COMERCIAL, ANALISTA DE VENDAS JR., ANALISTA DE VENDAS PL., ANALISTA DE VENDAS SR., EXECUTIVO DE CONTAS JR., EXECUTIVO DE CONTAS PL., EXECUTIVO DE CONTAS SR., ASSISTENTE DE VENDAS, SUPERVISOR/COORDENADOR DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO, ANALISTA DE IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO JR., ANALISTA DE IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO PL., ANALISTA DE IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO SR., ASSISTENTE DE IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO GERENTE DE SISTEMAS, SUPERVISOR/COORDENADOR DE SISTEMAS, ANALISTA DE SISTEMAS JR. ANALISTA DE SISTEMAS PL., ANALISTA DE SISTEMAS SR., ANALISTA DE SUPORTE JR., ANALISTA DE SUPORTE PL., ANALISTA DE SUPORTE SR., ASSISTENTE DE SUPORTE. FINANCEIRO GERENTE FINANCEIRO, SUPERVISOR/COORDENADOR FINANCEIRO, ANALISTA FINANCEIRO JR., ANALISTA FINANCEIRO PL., ANALISTA FINANCEIRO SR., ASSISTENTE FINANCEIRO, AUXILIAR FINANCEIRO, ANALISTA DE CRÉDITO E COBRANÇA JR., ANALISTA DE CRÉDITO E COBRANÇA PL., ANALISTA DE CRÉDITO E COBRANÇA SR. ASSISTENTE DE CRÉDITO E COBRANÇA, AUXILIAR DE CRÉDITO E COBRANÇA. SUPRIMENTOS GERENTE DE SUPRIMENTOS, SUPERVISOR/COORDENADOR DE COMPRAS, COMPRADOR TÉCNICO JR., COMPRADOR TÉCNICO PL., COMPRADOR TÉCNICO SR., COMPRADOR (MATERIAL NÃO PRODUTIVO) JR., COMPRADOR (MATERIAL NÃO PRODUTIVO) PL., COMPRADOR (MATERIAL NÃO PRODUTIVO) SR., TÉCNICO DE MATERIAIS. RECURSOS HUMANOS GERENTE DE RECURSOS HUMANOS, SUPERVISOR/COORDENADOR DE RECURSOS HUMANOS, ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS JR., ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS PL., ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS SR., ASSISTENTE DE RECURSOS HUMANOS, AUXILIAR DE RECURSOS HUMANOS, ANALISTA DE PESSOAL JR., ANALISTA DE PESSOAL PL., ANALISTA DE PESSOAL SR., ASSISTENTE DE PESSOAL, AUXILIAR DE PESSOAL, MÉDICO DO TRABALHO (4 HORAS), ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO, TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO JR., TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO PL., TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO SR., TÉCNICO DE ENFERMAGEM DO TRABALHO, AUXILIAR DE ENFERMAGEM DO TRABALHO. MEIO AMBIENTE SUPERVISOR/COORDENADOR DE MEIO AMBIENTE, ANALISTA DE MEIO AMBIENTE JR., ANALISTA DE MEIO AMBIENTE PL., ANALISTA DE MEIO AMBIENTE SR., TÉCNICO DE MEIO AMBIENTE. CONTABILIDADE GERENTE DE CONTABILIDADE, SUPERVISOR/COORDENADOR DE CONTABILIDADE, CONTROLLER, ANALISTA CONTÁBIL JR., ANALISTA CONTÁBIL PL., ANALISTA CONTÁBIL SR., ASSISTENTE DE CONTABILIDADE, AUXILIAR DE CONTABILIDADE, ANALISTA FISCAL JR., ANALISTA FISCAL PL., ANALISTA FISCAL SR., ASSISTENTE FISCAL, AUXILIAR FISCAL, ANALISTA DE CUSTOS JR., ANALISTA DE CUSTOS PL., ANALISTA DE CUSTOS SR., ASSISTENTE DE CUSTOS, AUXILIAR DE CUSTOS. ORÇAMENTOS SUPERVISOR/COORDENADOR DE ORÇAMENTOS GRÁFICOS, ORÇAMENTISTA GRÁFICO JR., ORÇAMENTISTA GRÁFICO PL., ORÇAMENTISTA GRÁFICO SR., ASSISTENTE DE ORÇAMENTOS, AUXILIAR DE ORÇAMENTOS. EXPEDIÇÃO/FATURAMENTO SUPERVISOR/COORDENADOR DE EXPEDIÇÃO, LÍDER DE EXPEDIÇÃO, ASSISTENTE DE EXPEDIÇÃO, AUXILIAR DE EXPEDIÇÃO, SUPERVISOR/COORDENADOR DE FATURAMENTO, FATURISTA JR., FATURISTA PL., FATURISTA SR., ASSISTENTE DE FATURAMENTO, AUXILIAR DE FATURAMENTO. LOGÍSTICA GERENTE DE LOGÍSTICA, SUPERVISOR/COORDENADOR DE LOGÍSTICA, ANALISTA DE LOGÍSTICA JR. ANALISTA DE LOGÍSTICA PL., ANALISTA DE LOGÍSTICA SR., ASSISTENTE DE LOGÍSTICA, AUXILIAR DE LOGÍSTICA. ATENDIMENTO AO CLIENTE GERENTE DE ATENDIMENTO AO CLIENTE, SUPERVISOR/COORDENADOR DE ATENDIMENTO, ANALISTA DE ATENDIMENTO JR., ANALISTA DE ATENDIMENTO PL., ANALISTA DE ATENDIMENTO SR., ASSISTENTE DE ATENDIMENTO. ADMINISTRATIVA ASSISTENTE ADMINISTRATIVO, AUXILIAR ADMINISTRATIVO, SECRETÁRIA DE DIRETORIA, ASSISTENTE DE DIRETORIA, RECEPCIONISTA, TELEFONISTA (6 HORAS), MOTORISTA DE DIRETORIA, MOTORISTA DE VEÍCULOS LEVES, MOTORISTA DE VEÍCULOS PESADOS.

TOTAL 266 CARGOS


QUANDO O ASSUNTO É CONSULTORIA,

EXPERIÊNCIA É FUNDAMENTAL

A ABTG Consultoria tem mais de 53 anos de experiência e é a mais confiável consultoria gráfica do País. Agende uma visita e dê um upgrade no seu negócio. Consultorias técnicas Pré-impressão, impressão e pós-impressão

Implantação da norma NBR 15540 Bons negócios são feitos na base da segurança

Consultorias em gestão PCP, custos, orçamentos e planejamento estratégico

ABTG Junior Diagnóstico focado para pequenas indústrias gráficas

Implantação dos requisitos FSC e Cerflor O planeta precisa, os clientes exigem e a ABTG implanta

Homologação de Indústrias Gráficas Quando compradores e fornecedores se entendem.

Pareceres técnicos Avalia processos, capacidades técnicas e sigilo da informação

Diagnóstico de processo industrial Saiba quais são os problemas e as soluções para sua empresa: técnicas e sigilo da informação

Treinamentos e palestras in Company Os melhores consultores dentro de sua empresa

Aplicação de Test Form Análise mecânica e de qualidade de sua impressora offset

Informações: ligue (11) 2797 6700 para acessar o portifólio de treinamentos w w w .ab t g .o rg.br | c onsul tor ia@ a b t g . o rg . b r


TIPOGRAFIA

JOÃO MOSZ, PUNCIONISTA BRASILEIRO

Claudio Rocha

O papel do puncionista (punchcutter em inglês) foi fundamental na fabricação dos tipos móveis. O entalhe de punções em metal já era utilizado na idade média, para a gravação de ornamentos em série, aplicados em armas e outros utensílios de metal, e foi adaptada com sucesso por Gutenberg para a tipografia. O ofício do puncionista era transmitido diretamente para aprendizes, capacitando-os a entalhar com precisão o perfil de letras em uma barra de aço, utilizada como matriz para fundir tipos em uma liga de metal. O talentoso type designer Hermann Zapf, responsável pela criação de fontes clássicas, como a Palatino e a Optima, entre outras, contou com a colaboração do punchcutter Augustus Rosenberg na materialização de seus desenhos na forma de matrizes para fontes. Ele resume assim o reconhecimento pelo trabalho de seu colaborador: “... eu não me atrevi a gravar punções depois de ver a perfeição do trabalho de Rosenberg. Mas, eu quis aprender alguns detalhes a mais sobre seu ofício e sobre o tempo necessário para se conseguir tamanha precisão. Depois de machucar meu polegar várias vezes com o buril, enchi-me de imen- João Mosz tem 87 anos, reside em Pirituba, zona oeste de São Paulo, e ainda trabalha, so respeito pela arte do puncionista.” No Brasil jamais foram criadas fontes originais fazendo gravações em alianças de noivado. para a composição manual. Os tipos de metal foram comercializados no País a partir do sécu- 1980. O sr. João nasceu em 1926, filho de alelo XIX e eram confeccionados com matrizes mães, e só veio a descobrir que seu nome era importadas. Portanto, não se presumia a exis- Johan quando se alistou no exército. tência de um puncionista entre nós, até a his- As origens da Funtimod remontam à liga tória de João Mosz ser conhecida. hanseática – a Hansa Teutônica – , uma Funcionário da Funtimod – a principal em- associação entre as cidades de Hamburgo presa brasileira a produzir e comercializar ti- e Lübeck, ocorrida em 1141 e que motivou pos de metal –, ingressou como aprendiz em outras associações entre cidades no período 1940 na seção de clicheria da Bremensis, em- medieval. Este tipo de associação era destipresa que deu origem à Funtimod, e ficou nado à proteção dos comerciantes e a defenlá até sua liquidação, no início da década de der seus interesses políticos e econômicos. A

CLAUDIO ROCHA é tipógrafo, editor da revista Tupigrafia e diretor da OTSP, Oficina Tipográfica São Paulo

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Hansa Teutônica chegou a contar com cerca de 90 cidades do mar do Norte e do mar Báltico, sendo a mais poderosa entre as associações desse gênero. A liga foi extinta pelo Tratado de Westfalia (1648), que veio a definir o conceito de Estado-nação. No século XVIII, governos hanseáticos subsistem apenas em Lübeck, Hamburgo e Bremen. No início do século XX, um grupo de alemães remanescente da liga hanseática chega ao Brasil com a intenção de fundar uma sociedade técnica. Eles constituem a empresa Bremensis, cujo nome homenageia a cidade de Bremen. Essa empresa atuava nas áreas de eletricidade, materiais ferroviários, máquinas agrícolas e artes gráficas. Esta última atividade deu origem à Funtimod, a primeira empresa a importar máquinas gráficas em nosso território. A Funtimod foi constituída em 1932 e as primeiras matrizes, junto com equipamentos de fundição de tipos, foram compradas do Liceu Coração de Jesus, quando essa escola encerrou as atividades da oficina para formação de técnicos em artes gráficas. Entre os técnicos alemães da Bremensis, estava um gravador chamado August Öksle, chefe da seção de clichês, que conhecia a arte da produção de punções e foi o mestre de João Mosz. No início, a principal tarefa no setor era o retoque de clichês fotográficos, que necessitavam de limpeza após a gravação, feita com banhos químicos. Em 1947 surgiu a oportunidade de uma transferência para a Funtimod, quando um ex-diretor da Funtimod deixou a companhia para fundar a Manig, levando consigo um dos gravadores para a nova empresa. Com o passar dos anos, e com a aposentadoria dos mais

As punções da fonte Dorchester Script, em corpo 18, foram preservadas em uma antiga lata de pastilhas Valda. Elas foram gravadas por João Mosz para fundição no sistema Monotype de composição mecânica. Sr. João: “tinha receio que isso um dia fosse parar no lixo...”, e ele então, gentilmente, doou as punções para o acervo da Oficina Tipográfica São Paulo. A fonte Dorchester Script, à esquerda, foi criada pelo Monotype Design Studio, em 1939. VOL. I  2014  TECNOLOGIA GRÁFICA

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Acima, imagem de um puncionista, extraída do livro Die Buchdruckletter, editado em Berlim, em 1954, e preservado até hoje pelo sr. João. À direita, o departamento de fundição de tipos da Funtimod, no auge da empresa, na década de 1960, antes da chegada da fotocomposição no mercado brasileiro. Fotografia cedida por Mario Picado da Maia, ex-funcionário do departamento comercial da Funtimod.

antigos, o Sr. João tornou-se o chefe da seção de gravação. No final, já com a empresa passando por dificuldades financeiras, ele também trabalhou como tipógrafo, imprimindo os materiais promocionais da Funtimod. O sr. João produzia matrizes em substituição àquelas que eram danificadas durante o processo de produção, nos equipamentos automáticos de fundição de tipos. Esses equipamentos eram fabricados na Alemanha, mas, nos últimos anos, os técnicos da Funtimod chegaram a fabricar fundidoras de tipos no Brasil, copiando as importadas. O instrumento de trabalho do sr. João era o buril, usado desde os primórdios da tipografia. É um trabalho minucioso, feito com o auxílio de uma lupa, para entalhar punções que chegam a ter aproximadamente 1 mm de altura, correspondente ao corpo 4/6, o menor tamanho que as máquinas 60 TECNOLOGIA GRÁFICA

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eram capazes de fundir. Ele também utilizava o pantógrafo para reproduzir desenhos de logotipos e fabricar matrizes especiais para fundição, sob encomenda. Ele chegou a produzir matrizes de símbolos matemáticos para Linotipo, sob encomenda da Companhia Melhoramentos.


NA REDE

LITERATURA

4 pequenas histórias que juntas mudaram o mundo

MULTIVERDE PAPÉIS www.multiverdepapeis.com.br

C om o objetivo de estreitar ainda mais o re­la­cio­na­men­to com o mercado, a Mul­ tiverde Pa­péis Especiais realizou uma completa reformulação de seu site. A nova versão está no ar desde o início de fevereiro. O novo lay­out, desenvolvido com as mais modernas ten­dên­cias de design, apresenta as linhas de produtos as­so­cia­ das a imagens atrativas e informações técnicas completas como características, aplicações e onde encontrar. Quem navega tem também a oportunidade de co­ nhecer a história da Multiverde e acompanhar, através de uma linha do tempo, a evolução da empresa desde a sua fundação, em 1940. O site conta, ainda, com uma área de no­tí­cias e também traz uma relação atua­li­za­da de todos os eventos do setor. Facilita a interface com os distribuidores e com o hot site da linha Ima­ ginário, a família de pa­péis especiais coloridos na massa da Multiverde, que, por suas características pe­cu­lia­res, tem uma plataforma exclusiva que também não pode deixar de ser visitada.

Fabio Mestriner O livro conta a trajetória da escrita, do pa­ pel e da gravura e seu importante papel na evolução da humanidade. A maioria das pes­soas que recebe uma formação edu­ ca­cio­nal conhece a história da escrita e das letras. Muitas conhecem também a história do papel. Já a história da gra­ vura é conhecida apenas e principal­ mente por aqueles que trabalham com alguma forma de impressão. Estes sa­ bem que a gravura é a mãe das artes gráficas e de todas as formas de impres­ são dela derivadas. Para escrever o livro Fabio pesquisou a jornada da escrita, do papel e da gravura, partindo da Mesopotâmia e da China im­pe­rial em anos remo­ tos, cruzando caminhos difíceis e perigosos em que não faltaram batalhas, perso­ nagens heroicos e acontecimentos ex­traor­di­ná­rios. Para Fabio, está é uma saga que merece ser conhecida, pois quando estas his­tó­rias se fundiram na prensa de Gutenberg deram início a uma grande revolução. M Books www.mbooks.com.br

Coleção Indústria Gráfica – Web to Print

ESKO www.esko.com/en/store/ A Esko anunciou em janeiro a abertura de sua loja online. A novidade irá faci­ litar a aquisição de peças por parte dos usuá­rios de equipamentos das linhas Kongsberg e CDI. O site da loja, em inglês, está disponível para clien­tes novos e já existentes da Esko em todo o mundo. Os consumidores podem encontrar as peças mais adequadas às suas necessidades informando na página especifica­ ções do trabalho, como ma­te­rial, qualidade e método de acabamento. Eles tam­ bém podem cadastrar os equipamentos da Esko que pos­suem, para que possam receber indicações de aces­só­rios.

Ricardo Minoru e Marcelo Tomoyose O livro oferece uma visão abrangente das possibilidades técnicas e comerciais des­ ta nova tendência no segmento gráfico na­cio­nal, já bastante disseminada em mercados internacionais. A obra trata dos principais aspectos técnicos para a tomada de decisão, planejamento, pesquisa de mercado, investimento e implantação de soluções tecnoló­ gicas para web-​­to-print. O primeiro público-​­alvo são os em­preen­de­do­res e em­pre­sá­rios gráficos que desejam investir de forma segura na tecnologia em suas gráficas, seja para integrar esta solução a fim de con­ti­nuar a produzir a li­ nha a­ tual de produtos gráficos ou para c­ riar uma nova unidade de ne­gó­cios com segmentos, clien­tes e produtos gráficos novos. O segundo são os profissionais de ­­áreas correlatas que ­atuam direta e indiretamente na indústria gráfica, tais como design gráfico, web design, dia­gra­ma­ção, pré-​­impressão, mar­ke­ting, co­mer­cial, administrativo, financeiro, tecnologia de informação, e-​­commerce, atendimento aos clien­tes, e tantas outras que são afetadas pela tecnologia. Bytes & Types loja.bytestypes.com.br

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CURSOS

ABTG Abril Formação de líderes de produção

Data: 29 de Abril Horário: 9h45 às 18h Investimento: R$ 190,00 para es‑ tudantes; R$ 290,00 para associa‑ dos; R$ 390,00 para não associados. Palestrante: Cristina Simões.

Maio Planejamento e controle de produção (PCP): Como aumentar a produtividade e a rentabilidade na indústria gráfica.

Data: 19 a 23 de Maio Horário: 18h45 às 21h45 Investimento: R$ 190,00 para es‑ tudantes; R$ 290,00 para associa‑ dos; R$ 390,00 para não associados. Palestrante: Marcelo Ferreira

Junho Como aumentar a rentabilidade controlando a cor no processo gráfico

Data: 4 de Junho Horário: 9h às 18h Investimento: R$ 190,00 para es‑ tudantes; R$ 290,00 para associa‑ dos; R$ 390,00 para não associados. Palestrante: Bruno Mortara

Julho Formação de inspetores da qualidade

Data: 29 a 31 de Julho Horário: 18h45 às 21h45 Investimento: R$ 190,00 para es‑ tudantes; R$ 290,00 para associa‑ dos; R$ 390,00 para não associados. Palestrante: Márcia Biaggio Local: Auditório ABTG, Rua Bresser, 2315, Mooca, SP, Capital (estacionamento gratuito).

SENAI INICIAÇÃO PROFISSIONAL Copiador de chapas offset (28h) – R$ 411,00 Sábados: 5/4 a 31/5, das 8h às 12h

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Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.

Requisitos de acesso: 16 anos completos, ensino médio concluído.

Encadernador de lombada canoa (80h) – R$ 850,00

Colorimetria aplicada aos processos gráficos (32h) – R$ 510,00

Sábados: 12/4 a 5/7, das 8h às 17h Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.

Encadernador manual de livros (32h) – R$ 336,00 Sábados: 26/4 a 28/6, 19/7 a 6/9, das 8h às 12h ou das 13h às 17h Requisitos de acesso: 14 anos completos e ensino fundamental concluído.

Impressor de corte e vinco automático (80h) – R$ 848,00

Sábados: 12/4 a 5/7, 26/7 a 27/9, das 8h às 17h 2ª‒ a 5ª:‒ 12/5 a 26/6, 7/7 a 21/8, das 19h às 22h Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.

Impressor de corte e vinco manual (32h) – R$ 492,00

Sábados: 5/4 a 10/5, 17/5 a 7/6, 19/7 a 9/8, das 8h às 17h 2ª‒ a 5ª,‒ 10/9 a 26/9 das 19h às 22h Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.

APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL Artios Cad (32h) – R$ 453,00

Sábados: 24/5 a 28/6 das 08h às 17h Requisitos de acesso: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à pré‑impressão, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.

Ferramenta de qualidade para área gráfica: CEP (20h) – R$ 170,00

Sábado: 17/5 a 14/6, das 8h às 17h

Sábados: 26/4 a 28/6, 19/6 a 6/9, das 8h às 12h Requisitos de acesso: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à produção gráfica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.

Colorista gráfico (preparação de tintas líquidas e pastosas) (40h) – R$ 464,00 Preparação de tintas líquidas (20h) – R$ 232,00 Sábados: 31/5 à 14/6, 19/7 a 2/8, das 8h às 17h Requisitos de acesso: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à impressão flexográfica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.

Preparação de tintas pastosas (20h) – R$ 232,00 Sábados: 26/4 a 17/5, 28/6 à 12/7, das 8h às 17h Requisitos de acesso: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à impressão offset, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.

Contas a pagar e receber (20h) – R$ 170,00 Sábados: 17/5 a 14/6 das 8h às 12h Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.

E‑ books – livros eletrônicos para publicação digital (20h) – R$ 450,00 Sábados: 24/5 a 28/6, 2/8 a 30/8, das 13h às 17h Requisitos de acesso: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e ter conhecimento básico em software de editoração eletrônica.

Para inscrição é necessário apre‑ sentar, para simples conferência, cópias ou originais dos seguintes documentos: histórico ou certifi‑ cado do ensino fundamental, RG, CPF, comprovante de residência e comprovante do pré‑requisito. Alunos menores de idade deve‑ rão comparecer para matrícula acompanhados por responsável. Empresas que matricularem três ou mais funcionários tem 15% de desconto ou ainda, que sejam as‑ sociadas a ABTG, Abigraf ou Aber, possuem 20% de desconto. O pagamento dos cursos de FIC pode ser dividido em até três ve‑ zes no boleto bancário, sendo a primeira parcela antes do início do curso. O Senai reserva‑se o direito de não iniciar os cursos se não houver nú‑ mero mínimo de alunos inscritos. A programação, com as datas e valores pode ser alterada a qual‑ quer momento pela escola. A Escola atende de 2‒ª a 6‒ª, das 8h às 21h, e aos sábados das 8h às 14h.

Escola Senai Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 (Moo­ca) 03162-030 São Paulo SP Tel. (11) 2797.6333 Fax: (11) 2797.6307 Senai-SP: (11) 3528.2000 senaigrafica@sp.senai.br www.sp.senai.br/grafica Inscrições também pelo site: http://grafica.sp.senai.br


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Determine o seu futuro. Escolha SENAI. Aprendizagem industrial - Auxiliar de produção gráfica Candidatos da comunidade - Inscrições: 07 a 16/05/2014

Técnico em pré-impressão, impressão offset, rotogravura e flexografia Inscrições: 26/02 a 19/03/2014

Superior de tecnologia em produção gráfica Inscrições: 01/04 a 21/05/2014

Inscrições somente pelo site: www.sp.senai.br/processoseletivo Pós-graduação

Inscrições abertas permanentemente Desenvolvimento e produção de embalagens flexíveis Gestão inovadora da empresa gráfica Planejamento e produção de mídia impressa

Inscrições e informações pelo email: posgrafica114@sp.senai.br Faculdade SENAI de Tecnologia Gráfica Escola SENAI Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 Mooca São Paulo SP Tel: (5511) 2797.6331/6332/6333

email:senaigrafica@sp.senai.br/http:grafica.sp.senai.br/www.facebook.com/senaigrafica


A Rotatek Brasil inova mais uma vez, oferecendo ao mercado uma nova dimensão em impressão digital para rótulos e embalagens.

Impressora TAU 330 UV Inkjet Label Press A TAU 330 é uma impressora Digital UV Inkjet, produzida pela Durst, projetada para pequenas e médias tiragens em aplicações de impressão em banda estreita, com larguras de até 330 mm e velocidade de até 48 m/min. Com o objetivo de oferecer um fluxo produtivo digital de ponta a ponta, a TAU 330 possibilita a configuração do sistema de corte e acabamento a laser em linha, de alta produtividade e troca automática de corte com somente um cabeçote, o que permite produzir diversos trabalhos diferentes na mesma passada. Completando o processo de acabamento é possível ainda configurar cobertura UV em linha e laminação. Dependendo das aplicações o cliente tem a possibilidade de optar entre duas tecnologias de tinta UV Inkjet: as tintas UV convencionais para aplicações industriais ou a mais nova tecnologia de tintas UV Inkjet de baixa migração para aplicações de segurança nos segmentos de embalagens para alimentos, farmacêuticos e cuidados pessoais.

Para saber mais, ligue para a Rotatek Brasil. Tels.: (11) 3215-9999 / 3215-9998 ou acesse: www.rotatek.com.br

Tais características permitem à TAU 330: • Pequenas e médias tiragens de impressão em uma grande variedade de rótulos para os segmentos de: alimentos e bebidas, industrial, cuidados pessoais, cosméticos, farmacêutico, produtos de limpeza e segurança. • Impressão em filmes e películas como: alumínios e filmes para blister, tampas de iogurte e aplicações em embalagens com filmes sem suporte. • Sistema para impressão de materiais pré-cortados. • Sistema de impressão de dados variáveis para textos, códigos de barras, datamatrix, código QR e numerações randômicas ou sequenciais.


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